heteridade 7 os tempos do sujeito do inconsciente

298
7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 1/298 Heteridade 7 Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1 Heteridade 7 Revista de Psicanálise OS TEMPOS DO SUJEITO DO INCONSCIENTE  A psicanálise no seu tempo e o tempo na psicanálise Internacional dos Fóruns Escola de Psicanálise do Fóruns do Campo Lacaniano

Upload: cleliamello

Post on 20-Feb-2018

244 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 1/298

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1

Heteridade7

Revista de Psicanálise 

OS TEMPOS DO SUJEITO DOINCONSCIENTE

 A psicanálise no seu tempo e o tempo na psicanálise 

Internacional dos Fóruns

Escola de Psicanálise do Fóruns doCampo Lacaniano

Page 2: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 2/298

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2

Heteridade7

Revista de Psicanálise 

OS TEMPOS DO SUJEITO DOINCONSCIENTE

 A psicanálise no seu tempo e o tempo na psicanálise 

Internacional dos Fóruns

Escola de Psicanálise dos Fóruns Campo Lacaniano

Page 3: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 3/298

Page 4: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 4/298

. O TEMPO DA NEUROSEUm tempo de e%pera para o o8%e%%iFo Andr+a )rune!!o ............................................................................................................................................................. %O tempo da &i%teria e o -ora do tempo da “"Bo toda 8lisabe!h 5ocha #iranda .............................................................................................................................................. /

MESAS SIMULTGNEASO tempo "a direBo do tratame"toO !%o dia5"%ti(o do tempo em P%i(a"#$i%e'hris!ian Duner .......................................................................................................................................................... 100O -!t!ro a"terior "a eperi"(ia p%i(a"a$ti(a$onia #agalh9es ........................................................................................................................................................... 104O tempo da e"tradaGon,alo Galv9o ............................................................................................................................................................ 107O% tempo% de !ma pr#i%5onaldo orres ............................................................................................................................................................. 111Lo% tiempo% Fer8a$e% de$ %!9eto 

erla :asserman .......................................................................................................................................................... 114 A pe%ar de$ tiempo rinidad $anchez6)iezma de Lander ;.................................................................................................................... 117S!89etiFar $a m!erte, !"a ap!e%ta a $a FidaFlorencia Farias ............................................................................................................................................................. 121O i"e%%e"(ia$ do %!9eito %!po%to %a8er$ilvia Fon!es Franco ..................................................................................................................................................... 124O tempo "a direBo do tratame"to  Alba Abreu .................................................................................................................................................................... 127O tempo $5i(o e a d!raBo da %e%%Bo a"a$ti(aDelma Gon,alves ......................................................................................................................................................... 1%1

Tempo e e%tr!t!raE%pao e tempo "a eperi"(ia do %!9eito do i"(o"%(ie"te'larice Ga!!o ................................................................................................................................................................. 1%"Um "oFo tempo para o %!9eito 6!e %e d# a partir do e"-re"tame"to do rea$ ei%te"te "o i"=terFa$o %i5"i-i(a"te5obson #ello ................................................................................................................................................................ 140Tempo e %i"toma Andr+a Fernandes ........................................................................................................................................................ 14%Le p'tir et $e 8'tir d! temp%Diego #au!ino .............................................................................................................................................................. 14/2re!d e La(a" K Cami"&o% "a rede de %i5"i-i(a"te% Glaucia *agem ............................................................................................................................................................. 14Do %i5"i-i(a"te 6!e -a< tempo

aulo 5ona ................................................................................................................................................................... 1"2Se &'ter de $;a(te o! dre%%er (o"%tat#a!ilde <urlin6=ribe ................................................................................................................................................... 1""

 A $5i(a tempora$ de C&ar$e% Peir(e, A 3de%4(o"ti"!idade "a ($"i(a p%i(a"a$ti(a8lisabe!h $a>ori!i .......................................................................................................................................................... 1"(

Moda$idade% %!89etiFa% do tempoE$ tiempo+ $a di%(o"ti"!idad ) e$ (orteGabriela <aldemann .................................................................................................................................................... 1/2O tempo de (o"%tit!iBo da i"i8iBoGloria -us!o #ar!ins ..................................................................................................................................................... 1/"O tempo do %!9eito "a p%i(a"#$i%e, (o"%iderae% %o8re o o89eto e a "omi"aBoDaniela $cheinman 'ha!elard .................................................................................................................................. 1/(Co"%idera(io"e% %o8re e$ i"%ta"te'ris!ina oro ................................................................................................................................................................. 171

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 4

Page 5: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 5/298

Da -i$iaBo "o8re 8a%tardia, $i"&a5em rea$ do de%e9o)?rbara Gua!imosim .................................................................................................................................................... 174Tempo+ repetiBo "o -i"a$ de a"#$i%e @ngela Diniz 'os!a ...................................................................................................................................................... 1(0Le temp% d! de!i$ de $/o89et a)ernard La>inalie ......................................................................................................................................................... 1(%L!to e a"5%tia "o -im de a"#$i%e $andra )er!a .................................................................................................................................................................. 10

 A(er(a de $a ($"i(a de$ -i" de a"#$i%i%8nrique a!z ................................................................................................................................................................. 11O tempo rea$ "a eperi"(ia a"a$ti(a 8liane $chermann ........................................................................................................................................................ 14

O tempo e e%tr!t!ra% ($"i(a%Tempo para -a<er %e &omemIda Frei!as ...................................................................................................................................................................... 17

 A(er(a de $a a"ti(ipa(i" e" $a ($"i(a p%i(oa"a$ti(a $a(a"ia"a (o" "io%ablo eusner ............................................................................................................................................................... 200E$ tiempo de$ %!9eto "io de$ i"(o"%(ie"te $usB 5oizin e Ana Guelman ....................................................................................................................................... 20%

 A repetiBo e o tempo de %a8er #aria Luisa 5odriguez $an!CAna .. ............................................................................................................................. 20/Tempo% do %!9eito e o de%e9o do a"a$i%ta "a ($"i(a Leni!a . Lemos Duar!e ............................................. ................................................................................................ 20O tempo de (o"%tr!Bo da met#-ora de$ira"teGeorgina 'erquise ........................................................................................................................................................ 212E$ tiempo (($i(o de $a% p%i(o%i%GladBs #a!!alia ............................................................................................................................................................. 21"Tempora$idad de$ arrepe"timie"toa!rcia #uEoz .............................................................................................................................................................. 220

 A perFer%Bo e o tempo era ollo .......................................................................................................................................................................22%O %epp!Q! de Mi%&ima, a derradeira eroti<aBo da morte #aria <elena #ar!inho ............................................................................................................................................... 22"Como %e a"a$i%a “&o9e a perFer%Bo #aria Lucia Arauo ....................................................................................................................................................... 22(

 A p%i(a"#$i%e "o %e! tempo2ormaBo do p%i(a"a$i%ta e tra"%mi%%Bo da p%i(a"#$i%e, 6!a$ arti(!$aBo po%%Fe$ )ea!riz liveira ............................................................................................................................................................. 2%2I"%tit!(io"e% P%i(oa"a$iti(a% 34 e" $a era de $a 5$o8a$i<a(i" iviana Gmez ............................................................................................................................................................. 2%"D!raBo e pro-!"didade, a$5!ma% (o"%iderae% %o8re tempo e e%pao a partir da pi"t!rare"a%(e"ti%taLuis Guilherme #ola ................................................................................................................................................... 2%

 A eter"idade do e%pao+ o! o 6!e podemo% apre"der (om a pi"t!ra de 2ra"(i% a(o"

$onia Havier de Almeida )orges ................................................................................................................................ 242I"$a"d Empire = E$ (i"e de DaFid L)"(& (omo a(o"te(imie"to para e$ p%i(oa"#$i%i%Laura $alinas .................................................................................................................................................................. 24"Tempo e po$ti(a "a ($"i(a p%i(a"a$ti(a #arcelo Amorim 'hecchia ......................................................................................................................................... 2"0

 A (a!%a -i"a$ "a p%i(a"#$i%e e "a arte $ilvana essoa ............................................................................................................................................................... 2"%La %!(e%io" de i"%ta"te% de tiro" e" e$ tiempo de $a% (omp!$%io"e%  Alicia Ines Donghi ....................................................................................................................................................... 2"/

 A p%i(a"#$i%e e o di%(!r%o (apita$i%ta A po%iBo do %!9eito "o $ao tota$it#rio do (apita$i%mo (o"tempor'"eo 

5aul Albino acheco .................................................................................................................................................... 2"Capita$i%mo+ Imperio ) S!89etiFidad, e$ dere(&o+ $a 5!erra ) e$ tiempo #ario =ribe ................................................................................................................................................................... 2/%

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano "

Page 6: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 6/298

O " do tempo "o% tempo% at!ai%+ Fi(i%%it!de% da memria  @ngela #ucida .............................................................................................................................................................. 2/7E$ p%i(oa"#$i%i% ap$i(ado e" $a e"%ea"<a ori5i"aria de La(a"  Anbal DreBzin .............................................................................................................................................................. 271 A 8reFidade (omo pri"(pio da e-i(i"(ia, a% p%i(oterapia% e a ($"i(a do e"%!rde(ime"to 'onrado 5amos ............................................................................................................................................................ 27"Le (o!p$e p%)(&iatrie>p%)(&a"a$)%e, d! temp% de% amo!r% a! temp% d! diFor(e  -ean6ierre Dra>ier ...................................................................................................................................................... 27

Maa"a e$ (ampo $a(a"ia"o 8duardo Fern?ndez $?nchez ...................................................................................................................................... 2(4H#+ ai"da+ tempo para a P%i(a"#$i%e $erg io #arinho de 'arvalho ....................................................................................................................................... 20

 Amor ) pre%%!ra (apita$i%ta  -orge anghellini .......................................................................................................................................................... 24

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano /

Page 7: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 7/298

Editoria$Dominique Fingermann 

  Heteridade número 7   + o >rimeironJmero da 5evis!a In!ernacional da IF

>ublicada on line. 8la con!+m a!o!alidade dos !rabalhos a>resen!adosem -ulho de 200( em $9o aulo duran!eo 8ncon!ro In!ernacional dos Frunse da 8scola dos Fruns do 'am>oLacaniano 6 IF68F'L. !ema do8ncon!ro Ks !em>os do suei!o doInconscien!e a >sican?lise no seu !em>oe o !em>o da >sican?liseM convidava osanalis!as >ara sus!en!ar e demons!rar aa!ualidade da >sican?lise.

  &uandoN no mundo globalizadoN o!em>o !ransOormou6se em mercadoria PKime is #oneBM 6N quando a ciQnciaN a!ecnologia e o mercado un!am6se >aranos Oazer ganhar !em>o a qualquer >re,oNa >sican?lise >ersis!e e insis!e namanu!en,9o de sua via. $uas vias edesvios >ro>orcionam uma e3>eriQnciado !em>o na con!ram9o da e3>eriQnciasube!iva do K!em>o que >assaMNinOlacionada >elos !em>os que correm.

8n!re o K-? OoiRM e o Kode serSMN o!em>o que a consciQncia a>reende + asucess9o irreversvel do >assado aoOu!uroN >assando >elo ins!an!e >resen!eNsem>re Ougidio e ina>reensvel. Asmodalidades sube!ivas desse a >riori!em>oral de !oda e3>eriQncia declinam a

 vivQncia do !em>o com ma!izes que v9oda nos!algia a!+ a es>eran,aN com

 versTes K>a!olgicasM conhecidas comoangJs!iaN maniaN melancoliaN !+dio que

!es!emunham uma maneira ou!ra de vivenciar o !em>o.s K!em>os que corremM e sua ciQncia

im>lac?velN >re!endem remediar essasmodalidades e3is!enciais e os aOe!osconsequen!es. A >sican?lise >reconizaou!ro !ra!amen!o dar6se um !em>o.

De Oa!oN ela >ro>icia o acesso a umaes!ranha !em>oralidade. Desde o inciodas en!revis!as >reliminares 6 embora aOala que se desdobra e se descobre a

quase que imedia!amen!eN !enha uma

es!ru!ura !em>oral diacrUnica e es!ea sedesenvolvendo na Oorma linear da

sucessividade 6N desde as >rimeiras vol!asnos di!osN abre6se uma !em>oralidadea!ordoan!e >ara quem chegades>revenido e Oica a!urdidoN quando searrisca a se dizer. =m !em>o Ksem >+nem cabe,aM inaugura6se aN ? que nessaOic,9oN que ar!iOicia a verdade do suei!oNo >resen!e se anunciaN a!ro>elado >or umOu!uro su>os!oN Oorma!ado >or um>assado hi>o!+!ico que !eria sido. Aa!ualidade do analis!a saber? dar con!a de

seu 5eal.  <? dois males que os rem+dios>roduzidos >elo >rogresso cien!Oico n9ocuram a busca do !em>o >erdido e oadiamen!o do momen!o o>or!uno. =mae3>eriQncia >sicanal!ica !ra!a desses mal6es!ares do homem da civiliza,9o e >ode>ermi!ir no Oinal de !odas as vol!as deseu discurso e de seu m+!odoN que o!em>o sea enOim encon!rado omomen!o o>or!uno do deseoN quando

n9o escoa na deriva e no adiamen!oN elan,a m9o do a!o que Oaz do ins!an!eNeven!o.  ocQs encon!rar9o logo abai3o as 20con!ribui,Tes a>resen!adas em >len?riase "/ !rabalhos a>resen!ados em salassimul!Vneas. s !e3!os s9o >ublicadosaqui na lngua na qual Ooram e3>os!os.  sum?rio da >?gina % orien!ar? sualei!uraN os !e3!os es!9o agru>ados emsequQncias !em?!icas que re!omam as

sequQncias >revis!as >ela comiss9ocien!Oica do 8ncon!ro. oder9oiden!iOicar Oacilmen!e que o !ema Ooiam>lamen!e e3>lorado e desenvolvidonas suas diversas dimensTes clnicasNes!ru!urais e discursivas >ro>os!as desdeo !!ulo a !em>oralidade lgica da curaN aes!ru!ura,9o !o>olgica e !em>oral dosuei!oN o dialogo com os ou!rosdiscursos e enOim o lugar da >sicanaliseno mundo de hoe.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 7

Page 8: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 8/298

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (

Page 9: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 9/298

 

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano

PLENÁRIAS

Page 10: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 10/298

O “tempo de !ma a"#$i%e.

Dominique Fingermann 

 Kem>oM em mJsica + omovimen!ocarac!ers!ico com o qualse e3ecu!a uma obramusicalN + o seu ri!moN oseu Kandamen!oM. smovimen!os Wad?gioNandan!eN modera!oX s9odeOinidos >ela dura,9o

de uma no!a ba!ida cer!o nJmero de vezes >or minu!o. Y essa dis!ribui,9o deuma dura,9o em uma sequencia dein!ervalos regularesN !ornados sensveis>elo re!orno >eridico de algum marcoque >roduz o ri!mo de uma sequenciamusical.  or e3!ens9o o Z em>o [ + o ri!mo dodesenrolamen!o de uma a,9o \OilmeN obrali!er?ria] do come,o ao Oim. 'omsequQncias meldicasN >ausasN arranosharmUnicos Wsimul!VneosXN dis>osi,9oregular de !em>os Oor!esN con!ra!em>os econ!ra>on!osN re>ar!i,9o dos acen!osN ecesurasN o ri!mo Oaz a obra. K!em>oMNo andamen!oN Oaz a obra ao e3>lorar ea!ravessar as suas >ossveis modula,Tes

 via re>ar!i,9o de descon!inuidadeN numOlu3o con!nuo. A cadQnciaN re>ar!i,9o dadescon!inuidade no Olu3o con!nuo \desonsN imagensN signiOican!es] recor!ains!an!esN dis!ribuindo silQncios eevidenciando sequQnciasN >arece

 prod!<ir  a eOe!iva,9oN >rogressiva eirremedi?velN do >on!o de conclus9o.assado es!e >on!oN qualquer mJsicaseria li!ania Oas!idiosa.  Da mesma OormaN o andamen!o deuma an?lise do come,o a!+ o Oim resul!ado seu Ktempo”, recor!ando ins!an!es queisolam sequQnciasN que >roduzemconsequQncias.  O !empo” N conduzido>ela ba!u!a do deseo do analis!aN >roduzo !em>o de uma an?liseN a medida de suadura,9o.  A cadQncia da en!rada do analis!a P nosdi!os do suei!o 6 condiciona umadescon!inuidade que >roduzN em a!oN noOinal das con!asN o $imiteN a (o"($!%Bo+

Oazendo da Ks+rie sem Oim dos di!os umasequencia Oini!aM1. or isso KIl Oau! le!em>sM2  um !em>o + necess?rioN >arae3!rair do !em>o que >assa o !em>o queOal!a e o !ransOormar no !em>o queres!a%.  A !em>oralidade >eculiar e necess?riade uma an?lise >ermi!e >assar de um!em>o >erdido a!+ o !em>o encon!rado.*9o o !em>o Kre6encon!radoMN is!o +N o!em>o que se encon!ra numa an?lise n9o+ o !em>o da busca do !em>o >erdidoN +o !em>o encon!rado enquan!o encon!rocom o 5ealN + o !em>o achadoN com oqual a gen!e K!o>aM como Ktrouvaille” 4.  2. Desde o incioN desde as en!revis!as>reliminaresN uma an?lise revela umaes!ranha !em>oralidade. 8mbora a OalaNque se desdobra e se descobre a quaseque imedia!amen!eN !enha uma es!ru!ura!em>oral diacrUnica e es!ea sedesenvolvendo na Oorma linear dasucessividadeN desde as >rimeiras vol!asnos di!osN abre6se uma !em>oralidadea!ordoan!e >ara quem chegades>revenido e Oica a!urdido. =m !em>oKsem >+ nem cabe,aMN inaugura6se aN ?que nessa Oic,9o que ar!iOicia a verdadedo suei!oN o >resen!e se anunciaa!ro>elado >or um Ou!uro su>os!oNOorma!ado >or um >assado hi>o!+!icoque nunca Ooi. #ui!as vezesN nessaes!ranha !em>oralidadeN reminiscQnciasNnovela OamiliarN sin!omaN re>e!i,9o!raum?!ica >arecem dar no!cias de um!em>o que n9o >assa.

1 $L85N '. O tempo que "alta \200(].2 LA'A*N -. Radio"onia  \170^200%N >.42"]. Lacannesse !e3!o e3>lora o Kcris!al da lnguaM quere>ercu!e a e!imologia la!ina de "allire   e  "allere N ees>irra em !odos os sen!idosN do equivoco de KilOau!M do verbo KOalloirM \ + necess?rio] ao KilOau!M do verbo KOaillirM OalharN Oal!ar N >assando>or Oau3 \Oalso] e Oau3 \Ooice do !em>o].3  5eOerQncia ao !!ulo da obra de Giorgio AgambenN #e temps qui reste \arisN Ydi!ions aBo!

_ 5ivagesN 2004]. 4 5=$N #. $ la rec%erc%e du temps perdu  arisNYdi!ions GallimardN 1(7.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 10

1.

Page 11: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 11/298

  O tempo do (ro"o% P que devora suacria os ins!an!es evanescen!esN na medidaem que eles nascem P n9o + suOicien!e>ara e3>licar essa !em>oralidade queFreud descobriu no Oundamen!o e noOuncionamen!o dos >rocessosinconscien!esN i"temporai% P diz ele. Y

que os !ra,os mnQmicos inscrevem algoque n9o !em regis!ro P a vivQncia real. AsKOorma,Tes do inconscien!eMN re!orno dorecalcadoN n9o cessam de escreverN essaOalha na origem que n9o cessaN de n9o seinscrever. 8m 1%2N nas  &ovas'on"er(ncias N Freud a>on!a >ara aincid(ncia da cl)nica psicanal)tica so*re essa,supostamente inegável, intemporalidade ". >rogresso na clnica >sicanal!ica n9o>ode se reduzir ` lei!ura e ` descober!a

do deseo indes!ru!velN masN comoa>on!a e a>os!a Freud nessa conOerQnciaNuma an?lise deve conduzir um suei!o aou!ra vivQncia do !em>o que >assa.'uriosamen!eN ele lamen!aN en!9oN n9o !ere3>lorado melhor essa carac!ers!ica doinconscien!eN na !eoria eNconsequen!emen!eN na clnica

#ui!ssimas vezesN !ive a im>ress9ode que !emos Oei!o mui!o >ouco uso!erico desse Oa!oN es!abelecido al+mde qualquer dJvidaN da inaltera*ilidadedo reprimido com o passar do tempo. Is!o>arece oOerecer um acesso `s mais>roOundas descober!as. 8NinOelizmen!eN eu >r>rio n9o Oizqualquer >rogresso nessa >ar!e/

%. nde Freud descobre a in!em>oralida6deN Lacan >roduz a a6!em>oralidadeN queele p+e em "un-o na dire,9o da cura comoK!em>o lgicoM. desenvolvimen!o deseu ensino e3>lici!a que n9o + o >assado

que es!orva e a!ravanca o >resen!eN + o5ealN uma Oalha na origem quecons!range o suei!o ` re>e!i,9o e `sdeclina,Tes inOini!as de sua Oal!a a ser. Aes!ru!ura do signiOican!e >reci>i!a osuei!o no !em>o lgico dean!eci>a,9o^re!roa,9o que o Oaz se>roduzir^ se >arir^ se causarN a >ar!ir daOun,9o nega!iva que sua aOirma,9o >elo

"  F58=DN $.  &ovas con"er(ncias introdutrias so*re

 psicanálise  \1%2^1/].6 /*id N 'on"er(ncia 000/1A dissec-o da personalidade ps)quica N >.7. I!?licos meus.

signiOican!e do u!ro inscreve. A es6!ru!ura do signiOican!e inaugura um !em6>o >erdidoN nunca acon!ecido e que n9oacon!ecer? nunca P K!erei sidoM PN !em>oreal que a re>e!i,9o n9o cessa deinscrever.

nde isso era P re>e!i,9o P Lacan Oaz

advir o a!o como descon!inuidade nosen!ido da neurose. Y no >on!o mesmoda Kinaltera*ilidade do reprimido” que ele in6sere o !em>o lgicoN >rodu!or do mo6men!o de concluirN in!rus9o do analis!a ede seu nai>e \silQncioN vozN >resen,aN cor6!e] que orien!a e conduz a an?lise a!+ suaconclus9o. Y assim que >odemos a>re6ender como o ato do a"a$i%ta  >roduzno Oinal das con!as o momen!o de con6cluir da an?lise o ato do a"a$i%a"te.

  'omoS 'omo o maneo >elo deseo doanalis!a do i"%ta"te do cor!e na sess9oNcomo a >rodu,9o do ins!an!e do cor!ecausa a d!raBo da an?lise como Oini!a en9o inOini!aS A medida de uma an?liseN oseu !em>oN a sua Oini!ude de>ende damarca,9o do K!em>oM >elos cor!es dassessTes. =ma an?lise n9o se mede emanosN nem horas nem minu!os a sua me6dida + o cor!e. &uan!os cor!es sua an?lisedurouS \donde a im>or!Vncia da Ore6

qQncia das sessTes que acolhe a al!er6nVncia sess9o Pcor!e 6 in!ervalo]. a!oKOai! dCune >ierre deu3 cou>sM7N causaeOei!os de suei!o sur>reendeN evidencia eesvazia a su>osi,9o do suei!o no u!roeN ao mesmo !em>oN sur>reende eevidencia o suei!o como res>os!a doreal.  4. analis!aN toda% a% Fe<e%+ (orta a%%e%%e% que seam de !em>o vari?vel ousess9o cur!as \!ema de nossos deba!es]N +

im>revisvel + res>onsabilidade in!em6>es!iva do a!o anal!ico. Ao sus>ender acon!inuidadeN isola6se uma sequencia naqual >ode ser lida uma su>osi,9o do su6ei!o. que se ouviuS que Ooi di!oS1N2N%S u 21N%4S u "N (N 1%S 8m que>on!o eu >arei mesmoS (N1%N21RR 144S*9o en!endiR *9o Oez nenhum sen!ido>ara mim a sua in!erru>,9o da minha Jl6!ima sess9oR cor!e n9o Oaz sen!ido.

7  8m >or!uguQsN  "aire d2une pierre deu3 coupsequivale ` e3>ress9o Kma!ar dois coelhos numacaadada sM.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 11

Page 12: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 12/298

0N0N1S Y issoS 5econhecemos nessas se6quencias !rechos de uma s+rie de Fibo6nacciN uma s+rie ma!em?!ica inOini!a naqual cada elemen!o + cons!rudo a >ar!irda soma dos dois nJmeros >receden!es( + sim>les como >rinc>io de recorrQnciaNmas quando se escu!a esses !rechosN +

necess?rio um !em>o an!es de >oderconcluir o !em>o que Oal!aN o c?lculo doin!ervalo en!re um e ou!ro. KAssimN alinguagem Oaz uma nova,9o do querevela do gozo e Oaz surgir a Oan!asia queele realiza >or algum !em>o. 8la s sea>ro3ima do real ` medida que odiscurso reduz o di!o a cavar um Ouro emseu c?lculoM.  A>esar de !odos os =ns dosenunciados que se agregam um a um 1N

1N 1...N um !em>o sem>re Oaz Oal!a >ara osuei!o \ Kil Oau! le !em>sM] ele nuncaresga!ar? o Kum6a6maisM10N emborasem>re !en!e recu>erar o !em>o >erdidona sua demandaN no seu Kblabl?MN na suasu>osi,9o de um u!ro. A associa,9olivreN a>aren!emen!e linearN desenrolaN nadiacroniaN o que a sincronia do ins!an!ede ver a>reendeu KOal!a o !em>oM11. Aes!ru!ura >r>ria da Oala desenrola nosdi!os as consequQncias do dizerN

desdobraN es!icaN inOlaN >in,aN desinOlaNcos!ura e recor!a o es>a,o !o>olgico daes!ru!ura do suei!oN !ornando >a!en!essuas descon!inuidadesN seus OurosN suas

 vizinhan,as. KA !o>ologia de nossa>r?!ica do dizerM12. ouco a >oucoN as

 vol!as dos di!osN con!ornando o oco dademandaN conOiguram e e3ibem o es>a,o!o>olgico da neurose um !oroN logoa>reensvel como enodado com ou!ro!oroN do qual ele >reenche e escamo!eia o

Ouro es!ru!ural. 8sse !oro do suei!o neu6r!ico enla,ado com o !oro do u!ro + o

( 'riada >elo ma!em?!ico i!aliano Leonardo deisa \117"612"0]N na rela,9o de recorrQncia das+rie de Fibonacci cada !ermo da s+rie + a somados dois !ermos >receden!es F00N F11 logoNF2 F0F1N ou seaN F2 01N is!o +N F21NF%2N F4% e assim sucessivamen!e. Radio"onia N op. cit.N >. 44/.10 LA'A*N -. Do um4a4mais . In $emin?rioN livro1/ de um u!ro ao ou!ro \1/(6/^200(N >. %/16

%74].11 5adioOoniaN op. cit.12 LA'A*N -. a!urdi!o \172^200%N >.4((].

enredo >rinci>al da novela OamiliarN mol6dada >ela Oan!asia Oundamen!al. A novelaOamiliar gira em !orno de uma vol!a n9ocon!ada P Oalha na suas con!as dos di!osque o 5tourdi  P o avoado P vai a!ribuir aou!roN ligando sua Oal!a6a6ser ` Oal!a POalha P >ecado do u!ro eN daN sua

su>osi,9o de que o seu !em>o >erdidoes!? no saber do u!ro. 'omodemons!ra Lacan no seu !e3!o#6tourdit 1%N + o cor!e do analis!a na s+rieinOini!a da associa,9o livreN nas vol!as dosdi!osN que Oaz a>arecer o K!em>oM daneuroseN e sus>ende >or um !em>o a suaraz9o Oan!asm?!ica Mvamos sus>enderRM

 A in!erru>,9o prod!< o cor!e medianoda Oi!a de #biusN rea$i<a o dizer quen9o es!? nos di!os. K&ue se diga >erma6

nece esquecido a!r?s do que se diz noque se ouveM14. #asN de novoN na seqQn6cia a esse dizerN >or deOini,9o Oora dosen!idoN ser? a!ribudo um sen!idoN cuosegredo es!? aloado no u!ro e sua leis(N 1%N 21.... %4R amos sus>enderR

&uan!as vezes se in!errom>e a su>osi6,9o de saber no u!ro >ara que caia a Oi6cha da sua inconsis!QnciaS  deseo do analis!a que su>or!a o cor6!e da sess9o valida o in!ervaloN como ins6

!Vncia do dizer. Z'ette dimension temporelleest l2angoisse, cette dimension temporelle est cellede l 2anal8se. '6est parce que le d5sir de l6ana4 l8ste suscite en moi la dimension de l9attente que

 :e suis pris dans l9e""icace de l9anal8se [1".  analis!a em a!o P actuall8 6 susci!andoa dimens9o da es>era Oaz valer as in!er6mi!Qncias P os in!erdi!os como causado6resN como causa,9o do suei!o. A atuali4 dade  do analis!aN o seu a6!em>o !em umaincidQncia clnica na in!em>oralidade do

suei!o do inconscien!e1/. a!o anal!ico prod!<+ etrai+ da repetiBoN essa ou!ra

13 /*id . 14  /*id N >. 44(. *a vers9o Orancesa Z&uCon diseres!e oubli+ derrire ce qui se di! dans ce qui sCen6!end[.1"  LA'A*N -. #6angoisse 4 ;5minaire 0 \1/26/% s.d.N >1(0]. Z8s!a dimens9o !em>oral + aangJs!iaN es!a dimens9o !em>oral + a da an?lise. Y>orque o deseo do analis!a susci!a em mim es!adimens9o da es>era que es!ou >reso na eOic?cia

da an?lise.[16  $e o inconscien!e + in!em>oralN o analis!a +a!ual.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 12

Page 13: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 13/298

dimens9o do !em>oN conhecida >ela Oilo6soOia da Gr+cia e a!+ na 'hina o <airos NKo momen!o o>or!unoM.  *o FimN o #omen!o de 'oncluir + a!odo Analisan!e. momen!o de concluirin!errom>e a diacronia da associa,9o li6

 vreN in!errom>eN insucc=s de l6une4*5vue 17. A

in!erru>,9o da sua sucess9o + da ordemdo a!o que se Oaz sem o saber su>os!o aou!ro e >roduz a sua sus>ens9o. Kamossus>enderRM  *o Oim + momen!o de concluir que ai"de(idi8i$idade da partida %e tra"%=-orma "!ma (arta "a mBo doa"a$i%a"te P n9o o Kmico >re!oMN car!ada im>o!Qncia que es!orva o ogo eim>ede a >ar!ida \se>ara,9o]N mas a car!aque chega a seu des!ino na Oorma de uma

le!ra.&uan!o !em>o necess?rio >ara chegar

ao OimR K , portanto, somente depois de umlongo desvio que pode advir para o su:eito, essesa*er de sua re:ei-o original M1(. &uan!o !em6>o necess?rio >ara chegar ao OimS !em>o + >recisoN a!+ que o KtempoM doanalis!a >roduzaN ` medida de seusgol>esN o sus>ense da es>eraN e asus>ens9o do sen!ido Oalha no !em>o dou!ro onde o suei!o + Olagrado como

res>os!a do real. =m longo !em>o +necess?rio >ara sacar a Oalha inaugural do!em>o do suei!o. Y isso >.. ce qu2il "aut detemps pour "aire trace de ce qui a d5"ailli ?s6av5rer d6a*ord [. K ..+ >reciso o !em>o>ara Oazer !ra,o daquilo que Oalhou em serevelar de sada.M 1 

17  LA'A*N -. ;5minaire 00/@1 #6insu que sait del6une4*5vue s6aile ? mourre \17/6177^1(]1(  LA'A*N -. O ;eminário1 a identi"ica-o BCB4 

EEGG, p.BCIJ.1  LA'A*N -. 5adio>honie \170^2001]. >.42(5adioOonia >.427

Re-er"(ia% 8i8$io5r#-i(a%

F58=DN $. \1%2]. &ovas con"er(ncias introdutriasso*re psicanálise . rad. sob a dire,9o de -aBme$alom9o. 5io de -aneiro ImagoN 1/. \8di,9o$!andard )rasileira das bras sicolgicas'om>le!as de $igmund FreudN vol. HHII].LA'A*N -. O ;eminário1 a identi"ica-o K ;eminário

/0 BCB4EJ 5eciOeN ublica,9o n9o comerciale3clusiva >ara os membros do 'en!ro de 8s!udosFreudianos do 5eciOeN 200%.LA'A*N -. #6angoisse 4 ;5minaire 0 BCE4J a6risN ublica!ion hors commerce P Documen! in6!erne ` lCA.L.IN s.d.LA'A*N -. O ;eminário, livro B1 de um Outro ao ou4 tro BCL4CJ. 5io de -aneiro -orge ahar 8di!orN200(.LA'A*N -. \170]. 5adioOonia. In Outros escritos .5io de -aneiro -orge ahar 8di!orN 200%N >.4006447.LA'A*N -. \172]. a!urdi!o. In Outros escritos .

5io de -aneiro -orge ahar 8di!orN 200%N >.44(647.LA'A*N -. #6insu que sait de l6une4*5vue s6aile ?mourre  BC74BC77J ;5minaire 00/@ arisN ubli6ca!ion hors commerce P Documen! in!erne `lCA.F.IN 1(.$L85N '. O tempo que "alta . In @olume Preparat4 rio para o @ Mncontro /nternacional da /F4PF'#   WonlineX. Dis>onvel em fh!!>^^.vencon!ro6iOe>Ocl.com.br^vol>re>a.h!ml. Acesso em 01 deulho de 200(. 

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%

Page 14: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 14/298

La &'te et $a %ortie

#uis /Ncovic% 

Po$iti6!e d! temp%

i lCinconscien! ne conna!>as le !em>sN on >eu!d+duire que lCorien!a!iondCune analBse ne >eu!donc >as se limi!er aud+chiOOrage delCinconscien!. Lacan leOormule e3>lici!emen! en

172N dans le com>!e rendu de sons+minaire Z u >ire; 20 [ Dans ce !e3!eN

Lacan +voque la d+couver!e Oreudiennede lCinconscien! e! en re>rend lCessenceen disan! quCil es! s!ruc!ur+ comme unlangage. #ais Lacan ne me! >as lCaccen!sur la d+couver!e de FreudN il le me! surla cr+a!ion du dis>osi!iO analB!ique il>arle dCun +!age su>+rieurN une au!rezoneN Z l` oj le r+el !ouche au r+el [N e!aou!e que cCes! ce quCil a ar!icul+ comme+!an! le discours analB!ique.

ar cons+quen!N la >ers>ec!ive de lCana6

lBse ne se sou!ien! >as uniquemen! duOai! que le sBmbolique >erme! de cernerle r+el du sue! mais considre la maniredon!N dans la >ra!ique analB!iqueN lecou>le analBsan!6analBs!e es! >ris >ar ler+el. Z Le r+el !ouche au r+el [ indiquenon seulemen! la >ossibili!+ dCun eOOe!analB!ique qui ne se limi!e >as ` r+v+ler lesigniOian! reOoul+N mais aussi la >ossibili!+que le r+el de lCanalBsan! soi! susce>!ibledCQ!re modiOi+ sans >asser >ar le sBmbo6

lique.'e!!e >ro>osi!ion de Lacan mon!re quesa >ers>ec!ive de la cure analB!ique es!li+e ` lCinconscien! maisN >lus essen!ielle6men!N au r+el du sBm>!UmeN ce qui es!d+!erminan! >our le maniemen! du!em>s dans la cure.

n >ourrai! eOOec!ivemen! a>>liquer `lC+gard du !em>s le !ri>ode avanc+ >arLacan dans Z La direc!ion de la cure 21[NcCes!6`6dire quCil sCagirai! dCune ques!ion

20 LA'A*N -. ;cilicet, no  N arisN $euilN 17".21 LA'A*N -. crits, arisN $euilN 1//.

de !ac!iqueN de s!ra!+gie e! de >oli!ique.renonsN >ar e3em>leN le d+ba! sur ladur+e de la s+ance que e !rouve essen!ielde >lacer sur la base de ces coordonn+es.Il B a un niveau >uremen! !ac!ique danslequel lCanalBs!e es! libreN comme cCes! lecas dans !ou!e in!erven!ionN e! lCanalBs!ees! +galemen! libre de choisir le momen!de la Oin de la s+ance. 'e!!e >osi!ioncons!i!ue une obec!ion ` Oaire de las+ance ` dur+e variable ou des s+ancescour!es une rgle !echnique carNconcernan! la !ac!iqueN lCanalBs!e es! leseul ma!re ` bord.$i lCanalBs!e es! moins libre quan! ` las!ra!+gie du !em>s dans la cureN cCes!>arce que le !em>s dans lCanalBse es! li+ `la logique im>os+e >ar la s!ruc!urecliniqueN variable au cas >ar casN maisavec des >oin!s cons!an!s selon less!ruc!ures.

 enons6en main!enan! ` ce que Lacana a>>el+ la >oli!ique de la >sBchanalBseN l`oj lCanalBs!e es! moins libre >arce que sa>oli!ique es! li+e ` son manque ` Q!re.n >ourrai! homologuer ce manque `Q!re au manque dCinscri>!ion du !em>sdans lCinconscien!. LCabsence des deu3 `la OoisN qui son! ce>endan! en >osi!iondCe36sis!er \e3is!er en dehors]N les si!ue `la >lace dCun r+el qui guide lCe3>+rience.Le !em>sN !ou! comme le manque ` Q!rede lCanalBs!eN condi!ionne la >oli!ique dela cure. 8! on >ourrai! >os!uler que las+ance cour!e es!N de ce >oin! de vue>oli!iqueN ce qui corres>ond ` lCorien!a6!ion du r+el du sBm>!Ume e! le !em>s dela cureN ce qui corres>ond ` se Oaire ` sonsBm>!Ume.  -e reOormule aOin de dissi>er les mal6en!endus. Il ne sCagi! >as de si!uer une>r++minence de la s+ance cour!e dans la!echnique analB!ique. ou! >os!ula!!echnique rela!iO au !em>s im>lique une>rescri>!ion e! >eu! devenir un s!andard.

 AinsiN il >eu! B avoir un s!andard de las+ance cour!e e! aussi un s!andard de la

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 14

S

Page 15: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 15/298

s+ance ` dur+e variable. Il sCagi! donc deconsid+rer queN logiquemen!N la Oinali!+de la s+ance cour!e corres>ond ` laOormula!ion lacanienne de la cr+a!iondCun dis>osi!iO oj Z le r+el !ouche au r+el[. 'e!!e >ers>ec!ive es! rela!ivis+e si las+ance analB!ique es! con,ue comme une

s+quence uni!aire >onc!u+e >ar lC+mer6gence de lCinconscien! e! dans le bu! deOaire a>>ara!re le sens ou la >arole>leine.  8n r+ali!+N au6del de ce que lCincons6cien! di!N cCes! le dire de lCinconscien! quies! vis+N ce! indicible qui !ou!eOois d+!er6mine lCensemble des associa!ions. 'ela necorres>ond ni ` une !echnique ac!ive ni `une sacralisa!ion de lC+cou!e. LCid+e quCunanalBs!e se Oai! de la dur+e de la s+ance

corres>ondN me semble6!6ilN ` lCid+e quCilse Oai! de lCinconscien!. 8! ind+>endam6men! de son usageN la s+ance cour!e es!solidaire de lCo>!ion lacanienne quicon,oi! un inconscien! comme r+el e!

 vise lCos des +lucubra!ions qui>roviennen! de lCinconscien!. 'ela se!radui! >ar un eOOe! analB!ique crucialrela!iO au Oai! que lCanalBs!e sera >lussusce>!ible dCQ!re le !em>sN de lCincarner>our chaque analBsan!N au lieu de le

>enser.L/a"5oi%%e e%t $e temp%  renons la ques!ion du >oin! de vue du!ransOer!. ou! au long de lCanalBseN il nese limi!e >as au !em>s de la rencon!reavec lCanalBs!e lCinconscien!N !ravailleurinOa!igableN ne se limi!e >as au !ravail>endan! la s+ance. )ien >lusNlCinconscien!N !ravailleur id+alN ne Oai!aucune >ause e! se maniOes!e lorsquCon

sCB a!!end le moins. =n !em>s es! doncn+cessaire>our le d+>loiemen! de la logique sBmbo6lique qui corres>ond au3 diOO+ren!smB!hes s+cr+!+s >ar lCinconscien! e! quion! condui! ` lCim>asse se3uelle du sue!.#ais alorsN >ourquoi su>>oser que las+ance devrai! Q!re rB!hm+e >ar lC+mer6gence de lCinconscien! S Au con!raireN las+ance >eu! Q!re consid+r+e comme lemomen! oj lCanalBsan! conclu! une s+6

quence dC+labora!ion.

 Au6del` dCun >ousse6`6associerN chaques+ance devrai! Q!re consid+r+e commeune >r+>ara!ion ` la rencon!re avec ler+el de la Oin de lCanalBse.

 ou!eOoisN >ourquoi LacanN en Oormu6lan! Z le r+el qui !ouche au r+el [N ser+Ore6!6il au discours analB!ique S n

>eu! >ercevoir que ce dernier a unes!ruc!ure semblable ` celle de lCangoisse.Il suOOi! de revenir ` la ligne su>+rieuredu discours analB!ique qui va de a     e!indique que lCanalBs!e se !rouve ` la >lacede la cause du d+sir >our le sue! qui es!aussi le lieu de lCangoisse.  'Ces! ce!!e >ers>ec!ive que Lacan>rivil+gie concernan! le !em>sN il en >arled+` dans le s+minaire #6angoisse oj ilmon!re que la Oonc!ion de lCangoisse es!

dCin!roduire le sue! dans la dimension du!em>s. Lacan +voque une rela!ion!em>orelle dCan!+riori!+ >ar ra>>or! aud+sir e! considre que la dimension!em>orelle de lCangoisse +quivau! ` ladimension !em>orelle de lCanalBse. 8neOOe!N lCangoisse >r+>are le rendez6vousavec le d+sir. Il nCes! >as sur>renan! queLacan ai! u!ilis+ la mQme Oormuleconcernan! le Z maniemen! de lCangoisse[ e! le Z maniemen! du !em>s [ lCun es!

solidaire de lCau!re.  Le Oai! de si!uer le !em>s de lCanalBseen Oonc!ion de lCangoisse es! une >ers6>ec!ive d+` signal+e >ar FreudN Oaisan! delCangoisse un >oin! nodal dans la re6>r+sen!a!ion du !em>s. LCangoisseN don!lComission es! au coeur de la cons!i!u!iondu !raumaN cons!i!ue une m+dia!ion Oace` lCurgence >ulsionnelle ou Oace au d+sirde lCAu!re. k ce! +gardN FreudN conOron!+` lCabs!rac!ion du !em>s de la conscienceN

Oavorise le !em>s de lCangoisse quisCo>>ose au !em>s du sBm>!Ume.LCangoisse in!rodui! une discon!inui!+ l`oj le sBm>!Ume assure une >ermanence.Le sBm>!Ume ralen!i! le !em>s >arce quesa !em>orali!+ es! d+!ermin+e >ar sa>ro>re cons!i!u!ionN ` savoir celle dCun!em>s qui sCes! arrQ!+.'Ces! ce que la clinique analB!ique d+6mon!re. Le sue! su>>l+eN avec le Oan6!asmeN le manque de cer!i!ude de lCin6

conscien!N e! cCes! dans la vacilla!ion duOan!asme quC+merge une au!re !em>o6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"

Page 16: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 16/298

rali!+ Oavoris+e >ar lCangoisse. De Oai!Nnous !rouvonsN dCune manire ou dCuneau!reN >our !ou! sue! ` lCen!r+e de lCana6lBse e! ind+>endammen! de la s!ruc!urecliniqueN lCid+e dCun re!ard qui es!>ro>re au sBm>!Ume ainsi que le >assage` une au!re !em>orali!+ donn+e >ar

lCangoisse.'e!!e !em>orali!+ inclu! le !em>s marqu+>ar les ba!!emen!s de lCinconscien!N cCes!6`6dire ses Oorma!ions e! la r+>+!i!ion elle>erme! +galemen! de si!uer un au6del`N e!cCes! ce que Lacan a ar!icul+ avec la Oonc6!ion de la hV!e.

2o"(tio" de $a &'te  La hV!e nCes! ni la ra>idi!+ r+solu!iveN nilCurgenceN ni la >r+ci>i!a!ion.

'ommen,ons >ar la >remireN la ra>idi!+r+solu!ive. Il e3is!eN de>uis FreudN lCid+equCun !em>s es! n+cessaire aOin dC+vi!er lasa!isOac!ion imm+dia!e e! les risques quecelle6ci >eu! im>liquerN comme le Oai!dCescamo!er la ques!ion de qui sesa!isOai!. 'Ces! la raison >our laquelleN sCila sugg+r+ de ne >rendre aucune d+cisionmaeure avan! le !erme de lCanalBseN cCes!>arce queN >our la >sBchanalBseN lessa!isOac!ions du surmoiN du moiN ou de

lCinconscien! ne son! >as +quivalen!es.#aisN qui oserai! auourdChui >ro>oser `un analBsan! de sCabs!enir de >rendre desd+cisions avan! la Oin de la cure S Ladur+e ac!uelle des analBses Oai! obec!ion` ce >rinci>e dCabs!inence. De >lusNFreud a lui6mQme mis en garde con!re lesdangers dCune solu!ion !h+ra>eu!iquein!ervenan! !ro> !U!. LCid+e es! que le!em>s de com>rendre ne >eu! Q!recom>ress+. Les eOOe!s !h+ra>eu!iques qui

in!erviennen! de Oa,on >r+ma!ur+e>euven! Oaire obs!acle ` la >oursui!e delCanalBse e! ` une r+solu!ion >lus consis6!an!e.LCan!ici>a!ion r+solu!ive du sBm>!UmenCim>lique >as le consen!emen! ` la sa!is6Oac!ion. 'Ces! >our cela que Lacan+voqueN concernan! la >sBchoseN le !ermede solu!ion >r+ma!ur+eN ce!!e dernire>ouvan! Q!re g+n+ralis+e au3 au!res s!ruc6!ures cliniques. Dans la solu!ion >r+ma!u6

r+eN le sBm>!UmeN bien que r+dui!N ne

>arvien! >as ` sC+lever au rang de nom deouissance du sue!.  renez main!enan! la ques!ion delCurgence. Lacan sCB r+Ore souven! `>ro>os de lCen!r+e en analBse ojN en eOOe!Nil B a urgence ` !rouver le >ar!enaire quir+>onde au sBm>!Ume du sue!. 'ela se

conOirme au momen! de la demandeanalB!ique. =n sBm>!Ume >eu! Q!re l`de>uis long!em>s. Il suOOi! que celui6cidevienne un signe >our le sue! aOin dedemander une aide imm+dia!e.  &uan! ` la >r+ci>i!a!ionN il sCagi! dCuneacc+l+ra!ion du !em>s qui n+glige lescoordonn+es sBmboliques e! cCes! laraison >our laquelle sa meilleure illus6!ra!ion demeure le >assage ` lCac!e. Lesue! conclu! en ome!!an! le !em>s >our

com>rendre. Lacan Oai! du >assage `lCac!e m+lancolique le >aradigme de ce!!e+quivalence dans laquelle le sue! se Oai!obe!. DCoj la n+cessi!+ dCin!roduire unsemblan! de !em>sN lorsque cela es!>ossibleN >our la >sBchose. $i la solu!ions>on!an+e de $chreber se r+vle eOOicaceNcCes! dans la mesure oj elle r+sou! uneim>asse subec!ive li+e ` une solu!ion>r+ma!ur+e. Dans ce casN il ne sCagissai!>as de Oaire mrir un Oan!asme mais

dCin!roduire une solu!ion asBm>!o!iquequi corres>onde ` une au!re o>!ion dusue! dans son ra>>or! au !em>sN solu!ionqui e3!rai! celui6ci de la >r+ci>i!a!ion>uisquCelle im>lique un rendez6vous dansun avenir ind+!ermin+ qui ne doi! >asdevenir r+ali!+.Il convien! de signaler ici quCil e3is!e unau!re moBen de >asser ou!re le !em>s>our com>rendreN lorsque lCins!an! de

 voir e! le !em>s de conclure son!

colla>s+s. 'Ces! le cas de lCe3>+rience!rauma!ique qui ne se cris!allise >as ensBm>!Ume analB!ique. LChomme au3lou>s illus!re ce que Lacan a a>>el+lCannula!ion du !em>s de com>rendre. Ler+sul!a! es! v+riOiable !ou!e une vieconsacr+e ` une +!ernelle !en!a!ivedCe3>liquer ` la communau!+ analB!iquee! ` un >ublic >lus +largi ce qui es!ingu+rissable dans la cure. Le sue! es!Oi3+ ` une ouissance !rauma!ique qui

e3clu! la >rise en com>!e du !em>s e!

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/

Page 17: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 17/298

quiN >ar cons+quen!N le condui! ` un deuilim>ossible.$i le maniemen! du !em>s dans laclinique de la >sBchose im>lique unsavoir6Oaire avec le semblan! du !em>sN lar+>onse analB!ique sera diOO+ren!e dansles cas de n+vrose. Le !em>s qui >asseN

>our le dire de Oa,on s>on!an+eN neOavorise rien Oace ` la divisionsubec!iveN la r+>onse analB!ique diOOrede la r+>onse >sBcho!h+ra>eu!ique. Zrenez un !em>s de r+Ole3ion [ es! lemoBen de donner du !em>s en>sBcho!h+ra>ie. 8! la Oormule couran!e Zle !em>s Oai! bien les choses [ convien!dans de nombreuses circons!ances de la

 vieN ` lCe3ce>!ion de la n+vrose. $iNauourdChuiN la Oormule de Freud Z une

Oemme es! inanalBsable a>rs %0 ans [>ara! anachroniqueN ce qui res!e en

 vigueurN cCes! que la n+vroseN sansanalBseN sCaggrave avec le !em>s.

La &'te et $/o89et  LCanalBse in!rodui! le !em>s au!remen!que dans un Z >rendre le !em>s de r+Ol+6chir [. 'Ces! ce qui us!iOie la r+O+rence `la hV!eN la s>+ciOici!+ de ce!!e dernire+!an! bas+e sur son lien avec le

sBmbolique quCelle !ranscenden+anmoins. Au!remen! di!N bien que lesBmbolique condi!ionne la hV!eN ce nCes!>as ce qui la cause. La cause de la hV!ees! lCobe! a qui nous renvoie ` la Oois `lCangoisse e! au discours analB!ique.  $i Cu!ilise la dis!inc!ion en!re la hV!e e!lCurgenceN cCes! >our indiquer que ce quirend >ossible la logique de la hV!e cCes!que lCanalBs!e >uisse oc!roBer le !em>squCil Oau!. 8n eOOe!N il B a un !em>s n+ces6

saire ` la cure e! cela es! d+` indiqu+chez FreudN dans son !e3!e sur laques!ion de lCanalBse >roOane e! laOormidable d+Oini!ion de lCanalBse quCil Bavance une Z magie len!e [.ar d+Oini!ionN la magie se ser! du sem6blan! de la sur>rise e! sa !em>orali!+ es!celle de lCins!an!. 'Ces! la raison >our la6quelle le >ublic demande quCon r+>!e lenum+ro maisN ce!!e OoisN >lus len!emen!aOin de com>rendre le >oin! de ru>!ure

avec lCillusion.

  n no!era bien que Lacan se r+Ore `ce!!e o>>osi!ion lorsquCil +voque la dis6!inc!ion en!re les semblan!s de la magiee! ceu3 du discours analB!ique. LCanalBsee3ige du !em>s >our com>rendre lascne qui a +cha>>+N celle ` laquellelCinconscien! a r+>ondu en >roduisan!

lCembrouille. =n !em>s es! n+cessaire+galemen! >our le d+>loiemen! de lachane inconscien!e mais le !em>s quCilOau! es! >ar essence celui qui in!rodui! lesue! dans la Oonc!ion de la hV!e >ro>re `la cause de son d+sir.

'Ces! ce qui us!iOie que nous >arlionsde lCanalBse comme dCune hV!e len!e ojlCanalBsan! se Oai! ` son Q!reN ce qui ne

 veu! >as dire uniquemen! quCil sChabi!ue `Q!re ce quCil es!N mais quCil o>re un

changemen! sur lCQ!re. 'ar lCincidence dur+el sur le r+el du sue! \e reviens ici ` laOormule Z le r+el !ouche au r+el [] a la>r+!en!ion dCin!roduire un nouveau r+el.

LCinconscien! nCes! >as sim>lemen! uneo>+ra!ion de r+v+la!ion de ce qui es! d+`l`N de mise en lumire des +nigmescach+es du sue!. Au6del` du d+chiOOragede ce que lCinconscien! a chiOOr+N il sCagi!dC+crire ce qui ne cesse >as de ne >assC+crire.

  Logiquemen!N la ques!ion du !em>sdans la direc!ion de la cure sCar!icule aveclCobe! a N cause de d+sir e! dCangoisse quicible la rencon!re avec un nouveau r+el.renez la >ers>ec!ive du d+sir. Dans sonessenceN il es! m+!onBmique du manque `Q!re. 8! nous devons signaler que Lacan+!abli! une dis!inc!ion en!re le d+sirinconscien! e! le d+sir cen!r+ sur lenarcissisme qui >eu! Q!re lCeOOe! dCuneanalBse en r+>onse ` lC+>h+mre de la vie.

8n ce sensN il B a un !em>s dans lCanalBse>our >roduire un d+sirN un d+sir eOOe!dCune +noncia!ion singulire qui doi! Q!redis!ingu+ dCun d+sir cen!r+ sur lenarcissisme. La !em>orali!+ de lCa>rs6cou> es! essen!ielle carN comme eOOe!dC+labora!ionN elle noue lCe3>+rience>ass+e e! la connec!e avec lCe3>+rience `

 venir. Le d+sir Oorge un vec!eur dedirec!ion l` oj le non6sens r+dui! le sue!` errer dans le !em>s. lus le sue! accde

` une >osi!ion d+siran!eN >lus il sC+loignedu ra>>or! au !em>s con,u comme la

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 17

Page 18: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 18/298

somme des ins!an!s. 8! commelCinconscien! es! +vasiON il sCagi! donc deca>!er la m+!onBmie du d+sir. 'erner led+sirN cCes! le ca>!er ` la le!!re. Le sue!en!re dans le !em>s via le d+sir e!N>aralllemen!N il cesse de >enser. 'Ces! ceque !radui! la Oormule couran!e lorsquCun

sue! se si!ue en sBn!onie avec son d+sir Z -e nCai >as vu le !em>s >asser [. !redans le !em>s e! r+Ol+chir au !em>ssCo>>osen! au!an! quCQ!re e! >enser.

L/a(te et $e temp%  #ain!enan!N il convien! de sCin!errogersur la >lace de lCin!er>r+!a!ion dans sonra>>or! au !em>s. Dans la >rogression delCenseignemen! de LacanN on >er,oi! uner+duc!ion de lCin!er>r+!a!ion usquC` ce

que celle6ci devienne minimale e! ce quies! cibl+N cCes! la >roduc!ion de lCac!e. Laques!ion qui ressor! de Oa,on ne!!e nCes!>as seulemen! de savoir commen!ob!enir le degr+ ma3imal desBmbolisa!ion mais de viserN au6del`N lab+ance en!re le sBmbolique e! le r+el. IlsCen d+dui! alors que si la dernire>ers>ec!ive de Lacan es! de d+OinirlCinconscien! comme un moBen deouissance du sBm>!UmeN le bu! dernier

de lCo>+ra!ion analB!ique ne consis!e >as` in!er>r+!er le reOoul+ mais ` modiOier le>rogramme de ouissance du sue!.  'ela im>ose une r+vision de la conce>6!ion du !em>s dans lCanalBse. Il es! vraique lCanalBse dure le !em>s n+cessaire>our un sue! de sCa>>ro>rier lCobe! aquCil avai! au>aravan! >lac+ du cU!+ delCanalBs!e qui lui6mQme lCincarne >our lesue!.  In!er>r+!er ce qui es! reOoul+ in!rodui!

d+` le sue! dans lCac!uali!+ du !em>s carle reOoul+N avec son carac!re immuableau !em>s qui >asse e! au3 con!ingencesqui lCaccom>agnen!N le submerge dans un!em>s !ouours >ass+. Le Oai! de >ouvoird+>ouiller la vivaci!+ ac!uelle de la re>r+6sen!a!ion +!ai! d+` >our Freud un obec6!iO !h+ra>eu!ique cen!ral. $i le n+vros+ es!hors du !em>sN cCes! >arce quCil es! r+gl+>ar le !em>s du Oan!asme don! lCa3iomees! r+sis!an! ` lCusure e! si!ue le sue! `

lCheure de lCAu!reN avec >our eOOe! unes!+r+o!B>ie a!em>orelle. Freud indiquai!

d+`N avec >r+cisionN quCa>rs des d+cen6niesN les re>r+sen!a!ions reOoul+es seconduisaien! avec la mQme vivaci!+ quCaud+bu!. &uelle meilleure illus!ra!ion quecelle de la r+miniscence hBs!+rique lesann+es se son! +coul+esN les charmes seson! +vanouisN mais elle con!inue ` rQver

au >rince charman! comme lorsquCelle+!ai! >e!i!e Oille. 8n ce sensN lCorien!a!iondu r+el e! le d+sir de lCanalBs!e qui es!celui de r+veillerN in!roduisen! unchangemen! dans la rela!ion au !em>s.'e>endan!N lCanalBse ne se limi!e >as au!em>s de la >roduc!ion dCun d+sirN elleim>lique lCin!+gra!ion du !em>s du circui!>ulsionnel e! la modiOica!ion de laouissance de lCinconscien!.

La r+alisa!ion du circui! >ulsionnel

usquC` son dernier !our e3ige du !em>s.Il ne sCagi! >as uniquemen! du !em>s du>arcours de la >ulsion en!re le sue! e!son obe! se3uelN mais aussi du !em>s li+` la consomma!ion cCes! le !erme deLacan de lCanalBs!e. 'e!!e dimensionde lCanalBs!e comme +!an! un obe! `consommerN >r+sen!e !ou! au long de lacureN acquier! une valeur s>+ciOique a>rsla chu!e du sue! su>>os+ savoir. 'Ces! le!em>s dCun deuil in!erne ` lCanalBse. -e

soulve que ce!!e >+riode de deuil es!cruciale >ar ra>>or! ` lCe3>+rience quCunanalBsan! >eu! Oaire de ce que lCanalBs!eadvien! ` la Oin e! que Lacan a qualiOi+ede Z d+sQ!re [. 'Ces! dans ce!!e zone oj seconugue la v+ri!able issue de lCanalBselacanienne quiN comme !ou!e +labora!ionde deuilN >eu! se !raduireN ` lCoccasionN>ar une im>ossibili!+ ` conclure.

'e!!e zone qui sCouvre dans lCanalBsea>rs la chu!e du sue! su>>os+ savoir

condi!ionne le d+sir de lCanalBs!e car il Ba une diOO+rence en!re le Z desQ!re [ delCanalBs!e comme eOOe! de la chu!e de lasu>>osi!ion de savoir e! comme eOOe! delC+labora!ion dCun deuil. Il B aN bien+videmmen!N des sor!ies dCanalBseOulguran!esN mais ce nCes! >as la Oulgu6rance qui nous indique la us!esse de lasor!ie. La zone Oinale de lCanalBse cor6res>ond ` la logique qui >r+side ` lCen6semble une magie len!e e! une ins!an6

!an+i!+ de lCac!e qui im>liquen! une hV!edans la sor!ie comme eOOe! de

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1(

Page 19: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 19/298

Page 20: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 20/298

La (ita ) e$ e"(!e"tro

a*riel #om*ardi 

3is!e >ara noso!ros loque no se elige muchas

 veces sen!imosN B conraznN que es muB >ocolo que de>ende denoso!rosN de nues!ra

 volun!ad conscien!e oinconscien!e 'ole!!e

$oler habl de ello hace unos aEos en5io de -aneiro. Ahora bienN es sin dudaen ese es!recho margen de liber!ad quenos res!a adonde reside lo que >ara cadauno de noso!ros es lo decisivoN el nJcleo

+!ico de nues!ro serN all donde lo>ulsional >uede conugarseN o noN con eldeseo que viene del !ro.  or eso en nues!ra vocacinN en elamorN en nues!ra condicin de sereslibresN un >oco libresN no elegimos lo queocurre en el modo de lo necesario. 8n!an!o >sicoanalis!asN !am>oco buscamosall la e!iologa de los sn!omas. Lahis!oria B la clnica del >sicoan?lisissugieren Ouer!emen!e que lo que

llamamos causaN causa del sn!omaN causasube!ivaN no res>onde al r+gimen de lonecesarioN sino a o!ras coordenadaslgico6!em>orales.  La causalidad que nos in!eresaN B quenos in!eresa en el goce como >un!o deengarce del deseo del !roN es la queocurre K>or acciden!eMN decimos en!+rminos a>ro3imadosN B !al vez serameor decir K>or !raumaMN >ordiscon!inuidadN >or ru>!ura !em>oral que

marca un an!es B un des>u+s. currecomo >or azarN de un modo no>rogramado.  ara considerar las causas acciden!alesNLacan se ins>ir en ese segundo libro dela F)sica  en el que Aris!!eles e3>lica quela causalidad >or acciden!e se ordena endos regis!ros diOeren!es del ser elacciden!e que acaece en un ser inca>azde elegir se llama autmaton N el acciden!eque ocurre en un ser que s es ca>az de

elegir se llama túQ%e  !+rmino queusualmen!e se vier!e al es>aEol como

KOor!unaMN >ero que LacanN bao lainOluencia de FreudN >reOiere !raducir

como rencontre N encuen!ro o reencuen!ro.8l eem>lo de túQ%e que >ro>one

 Aris!!eles es el siguien!e un hombrehubiera >odidoN de haberlo sabidoNacercarse a !al lugar >ara recu>erar undineroN us!o cuando su deudor >ercibeuna suma considerable. Llega al lugarus!o en el momen!o o>or!unoN >ero nocon ese OinN sino >or azar. or acciden!ele sucede que habiendo llegado has!a allNllega >ara reunirse con el deudor B

encon!rar el dinero que se le adeuda. pes!oN no >orque venga a ese lugarOrecuen!emen!e o necesariamen!eN sucede>or azar algo que +l deseabaN B se ac!ivaas una eleccin en un momen!oines>eradoN >or un eOec!o de Oor!unaN uneOec!o de encuen!ro acciden!al de algodeseado.8l verbo tuQ%(in   es en!onces es!ar>resen!e en el lugar B el momen!oo>or!unoN >ara encon!rar a alguien o algo

que !al vez no se es>erabaconscien!emen!eN >ero se deseabaencon!rar. An!ici>a la dimensin delinconscien!e.'u?l es la im>or!ancia >ara noso!ros delo que acaece >or acciden!eN >or !raumaS&ue e3!rae de lo necesarioN haciendolugar a la eleccinN que es el ac!o esencialdel ser hablan!e.

La (ita ) e$ e"(!e"tro

8l eem>lo de Aris!!eles !iene la vir!udde describir un encuen!ro sin ci!a >reviaNsin rendeN4vous  agendado.La clnica de la neurosis nos haacos!umbradoN en cambioN a los eem>losde ci!a sin encuen!ro la ci!a ha sido>ac!adaN >ero el encuen!ro no se>roduceN OallaN se >os!ergaN se dea >asarla ocasin. La !ensin esencial que hacede la neurosis una >a!ologa del !iem>oNun desOasae en!re el deseo B el ac!oN se

e3>resa co!idianamen!e en la brechalgico6!em>oral en!re ci!a B encuen!ro.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 20

E

Page 21: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 21/298

=na aclaracin en es!e 5endez6vousmul!ilinge los !+rminos Kci!aM BKencuen!roM se recubren >arcialmen!eN>ero >ueden ser dis!inguidos en algunaslenguasN es>aEolN Oranc+sN ingl+sN B!ambi+n se >uede o>oner el !+rminola!ino cito al griego túQ%ein .

'IA 8*'=8*5

58*D86=$ 58*'*58

 AI*8#8* #88I*G P8*'=85 

'I8 =*<A*\im>era!ivo rendez6vousR] \encon!rar >or azar]

'I llamarN hacer venir. =<I*res>onder al deseo B a laes>era2%.

  8n su seminario Pro*lemas cruciales del psicoanálisis  Lacan da un eem>lo de ci!a!omado de la !eora del signo de eirceNKcinco Oloreros en la ven!ana con lacor!ina corrida hacia la izquierdaMN cuBosigniOicado segJn el lingis!a sera es!ar+sola a las cinco. Lacan observa sinembargo que no se !ra!a de un signo quecom>onga un mensae unvoco. &u+quiere decir Ksola a las cincoMS5emi!imos a la clase del " de maBo de

1/" >ara el >recioso an?lisis que allrealizaN solaN seule N es !ambi+n JnicaN >arael soloN el Jnico que recibe el mensaean!e la mirada ciega del vecindario.5e!engamos solamen!e es!e comen!arionosogr?Oico de Lacan &uien reciba es!esigno reaccionar? de un modo diOeren!esegJn su !i>o clnico en el caso del>sic!ico la a!encin recae sobre elmensae B su leQton N el >erverso sein!eresa en el deseo en uego B el secre!o

>osedoN el neur!ico >one el acen!o en elencon!rarN o meor dichoN reencon!rar elobe!o.  8l neur!ico enOa!iza lo que loses!oicos llamaban tunQ%ánon N >ero con la>ar!icularidad siguien!eN que se in!eresaen el encuen!ro >ara Oallarlo. 8n eOec!oNlas dis!in!as neurosis >ueden en!endersecomo Oormas diversas de evi!ar el

23 =n eem>lo de ucdides en sus 'rnicas de la

 guerra del Peloponeso  !5s %eQástou *oul5seos te Qad3en tuQ%(in  \ responder  al deseo B la e3>ec!a!iva decada uno].

encuen!roN de Oal!ar a la ci!a del deseo. 8lhia!o >or ellas acen!uado en!re ci!a Bencuen!ro las dis!ingue de o!ros !i>osclnicosN des!acando el desOasae !em>oralque se>ara al sue!o de su ac!oN Brevelando ese orden causal descri>!o >orFreudN B an!es vislumbrado >or

 Aris!!elesN en que lo >erdido B deseadoha sido olvidadoN B slo se reencuen!ra>or acciden!e.  'uando aun as alguna vez el encuen!rose >roduceN es >or lo generalcom>le!amen!e desconocido >or elsue!oN o bien es considerado como unmal encuen!roN un acon!ecimien!o ades!iem>o demasiado pronto  >ara elhis!+ricoN demasiado tarde   >ara elmelanclicoN el obsesivo >or su >ar!e

em>lea una es!ra!egia !em>oral mi3!a>ara Oal!ar al encuen!ro anticipa tarde . 8ncualquier casoN se !ra!a de unacon!ecimien!o a des!iem>o que de!odos modos lleva la marca deldesconocimien!o.  Los sueEos de desencuen!ro sonsueEos !>icos de la neurosisN B es O?cilencon!rar en ellos eem>los que ilus!ranbas!an!e bien esa evi!acin que esesencial en ese !i>o clnico. =na >acien!e

sol!eraN a!rac!iva aunque Ba no !an ovenNconsul!a us!amen!e >or no >oderencon!rar un hombre que al mismo!iem>o le resul!e in!eresan!e B que!odava no es!+ casado. 5ela!a dos sueEosrei!erados en su vida >revia a la consul!a.8n el >rimer sueEo es!? en su casaNa!rincheradaN rodeada de indios. K&u+sus!oRM P dice con !ono aniEado 6. 8n elsegundo sueEo sale de su casaN >erocomo un es>ri!uN sin que los o!ros

>uedan verlaN un es>ri!u sin cuer>o.K#e encan!aRMN comen!a diver!ida.  Las es!ra!egias de desencuen!ro sondiversas en la neurosis. 8s !>ico de lahis!eria ceder cor>oreidad a !ra muerNas como Oorma >ar!e de las es!ra!egiasdel obsesivo realizar el deseo sin que seno!eN de con!rabando. ero si se >res!aa!encinN se >uede adver!ir que las!+cnicas de desencuen!ro en las neurosisuegan eminen!emen!e sobre el ee del

!iem>o. La es>eraN la >rogramacinN elaburrimien!oN la an!ici>acin a

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 21

Page 22: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 22/298

des!iem>oN el demasiado !arde B eldemasiado >ron!oN el Oal!ar a la ci!a sindarse cuen!a B >or los m?s diversosmo!ivosN e incluso la urgencia sube!ivadesorien!adaN son algunas de lasmodalidades de encubrimien!o del!iem>o en las neurosis. La in!ervencin

anal!ica habr? de rein!roducir el !iem>ocomo coordenada +!icaN como llamado ala Oini!ud hecho desde el Jnico >un!o de!rascendencia que res!a al ser hablan!e eldeseo del !ro P deseo que al analis!a le!oca encarnar 6.

E$ a(to de$ a"a$i%ta  8s!a !ensin esencial que hace de laneurosis una >a!ologa del !iem>oN es!abrecha lgico6!em>oral en!re ci!a B

encuen!roN se >resen!a !ambi+n en la cura>sicoanal!icaN >oniendo a >rueba laeOicacia del !ra!amien!o. or ella el>sicoan?lisis no se reduce a la a>licacinde un m+!odo que se a!enga a una ci!aru!inaria. 8l >sicoan?lisis !iene unm+!odoN el que >rescribe la reglaOundamen!al OreudianaN >ero elcum>limien!o de ese m+!odo de>ende dela au!orizacin que conOiere al analizan!eNcada vezN el ac!o del >sicoanalis!aN ac!o

que ha de res>onder a la lgica delencuen!roN con lo que ella im>lica deo3moron. Lacan lo dio magis!ralmen!een su seminario Ml deseo 8 su interpretacin.

  8l an?lisis no es una sim>lerecons!i!ucin del >asadoN no es!am>oco una reduccin a normas>reOormadasN no es un epos N no es unet%os  Bo lo com>arara con un rela!o !alNque el  rela!o mismo sea el lugar delencuen!ro del que se !ra!a en el rela!oEI.

  8vocar+ aqu el eem>lo de o!ra>acien!e que rela!a su in!er>re!acin deun sn!oma duradero >ero Badesa>arecidoN la bulimiaN como unsn!oma de la Oal!a de in!ervencin de su>adreN /0 aEos maBor que ellaN en algunassi!uaciones >recisas de su inOancia BadolescenciaN si!uaciones dominadas >orel ca>richo de la madre. 'uriosamen!eN lodice en !ono de re>rocheN como si esere>roche se dirigiera ac!ualmen!e al

24  LA'A*N -. KLe d+sir e! son in!er>r+!a!ionMNclase del 1 de ulio de 1".

analis!aN >or lo que me au!orizo a decirleNsin ocul!ar cier!a incomodidad6=s!ed es>erara que Bo in!ervenga en el>asadoN an!es de que es!e an?lisiscomienceR6 *oN noRN Bo no dira Kes>eraraMN Boespera*a  una in!ervencinN >ero no llegN B

es cier!oN ahora Ba es !ardeN !uve quecor!ar Bo misma esas si!uaciones con misn!omaN B luego !ambi+n !uve que!erminar Bo sola con mi sn!omaN cuandome encon!r+ con el lmi!e de la sangre enel vmi!o. p buenoN su in!ervencin llega!ardeRN aEade con rabiaN es as; qu+quiere que le hagaR. #?s adelan!e lograrama!izar Kes!? !odo malN >ero de !odasOormas creo que aqu >odr+ elaborarN B!al vez Ba es!+ elaborando de o!ra manera

eso que no ocurriN esa Oal!a dein!ervencin que me Oorz a !ener quearreglar Bo >or mi misma las cosasM.8s!e viEe!a ilus!ra >ara m un encuen!roanal!icoN en es!e caso >or la reedicin delcor!e que el analizan!e debi realizar aOal!a de in!ervencin del !ro con ladiOerenciaN en es!a reedicinN de que elanalis!a encarna ahora una causa m?sdeseable que la que anim la ins!alacino el cese del sn!oma6ac!ing bulmico. Las

!ieras de la in!er>re!acin anal!icameoran sin duda el ins!rumen!al>recario que el sue!o encon!r aEosan!es >ara cor!ar los lmi!es im>ues!os alsue!o >or el cuer>oN la angus!ia an!e lasangre. Ahora el analis!a llega demasiado!arde a su vidaN es cier!oN >ero al aloar sureclamo anacrnico a>or!a alivio alsuOrimien!oN B dial+c!ica a las >osicioneslibidinales ac!uales de la analizan!e. Losreclamos del neur!ico siem>re son

anacrnicosN lo que !iene de >ar!iculares!e caso es que ese rasgo !em>oral enes!a o>or!unidad no Oue camuOlado.  ara su conce>cin del ac!o>sicoanal!icoN Lacan se ins>ir en Ontrans"erence E N un !e3!o en el que :innico!!sos!iene que en de!erminados momen!osdel !ra!amien!o anal!icoN el analis!a debeK\;] >ermi!ir que el >asado del >acien!esea   el >resen!eMN >ara revivir ese

25  :I**I'N D. On trans"erence.  8s!e !e3!o>recioso es ci!ado >or Lacan en  Autres crits N$euilN arisN 2001N >. 27".

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 22

Page 23: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 23/298

momen!o en que el niEoN en el momen!odel cor!e disru>!ivo en que hubieradebido e3>erimen!ar OuriaN no encon!rel !ro an!e el cual >oder hacerlo. 8lrela!o ac!ual al analis!a no >odrarealizarse verdaderamen!e sin que esaOuria se maniOies!e slo si es!a vez ella no

slo se revela sino que !ambi+n se realizaNel analizan!e >uede encon!rar al !ro deuna manera diOeren!e que a !rav+s de laasuncin de un Oalso sel"  P m?scara quere>i!e B seEala aquel desencuen!ro>rimero.

La ($"i(a -re!dia"a de$ e"(!e"tro  La Psicopatolog)a de la vida cotidiana   deFreud oOrece al >sicoanalis!a la>osibilidad de sensibilizarse a la clnica

del encuen!ro. 8s un !e3!omaravillosamen!e en!ramado en losgol>es de la Oor!unaN en lo que ocurrecomo >or azarN en los >equeEos ac!osque se aOirman !an!o m?s Ouer!emen!ecomo ac!os cuan!o que re>resen!an Oallasen el hacer. ar!icularmen!e ladivergencia B la !ensin !em>oral en!reci!a B encuen!ro Oue all obe!o deobservaciones B comen!arios. omemosun eem>lo de encuen!ro milagroso con

una >ersona en quien us!amen!e unoes!aba >ensandoN un eem>lo Ksim>le Bde O?cil in!er>re!acinMN segJn el >ro>ioau!or  ocos das des>u+s que me hubieronconcedido el !!ulo de >roOesor que !an!aau!oridad conOiere en >ases deorganizacin mon?rquicaN iba Bo dandoun >aseo >or el cen!ro de la ciudad B de>ron!o mis >ensamien!os se orien!aronhacia una >ueril Oan!asa de venganza

dirigida con!ra cier!a >area de cnBuges.#eses an!esN ellos me haban llamado>ara e3aminar a su hii!aN a quien le habasobrevenido un in!eresan!e Oenmenoobsesivo des>u+s de un sueEo. res!+gran in!er+s al casoN cuBa g+nesis creaen!ender sin embargoN los >adresdesau!orizaron mi !ra!amien!o B medieron a en!ender su in!encin de acudira una au!oridad e3!raneraN que curabamedian!e hi>no!ismo. po Oan!ase+ >uesN

que !ras el !o!al Oracaso de es!e in!en!olos >adres me rogaban que in!erviniera

con mi !ra!amien!o dici+ndome queahora !enan >lena conOianza en mN e!c.ero Bo res>onda ZAh... claroR Ahoraque Bo !ambi+n soB >roOesor us!edes me!ienen conOianza. ero el !!ulo no hahecho variar en nada mis a>!i!udes sius!edes no >odan u!ilizar mis servicios

siendo Bo encargado de cursosN !ambi+n>ueden >rescindir de m como >roOesor[.8n es!e >un!o mi Oan!asa Ouein!errum>ida >or un saludo en voz al!aZAdisN seEor >roOesorR[N B cuando mir+de qui+n >rovena vi que >asaba un!o am la >area de la que acababa de

 vengarme rechazando su >edido. =nasomera reOle3in des!ruB la a>arienciade lo milagroso. po marchaba en sen!idocon!rario a la >area >or una calle rec!a B

anchaN casi vaca de gen!eN B a dis!anciaquiz? de unos vein!e >asos habadis!inguido con una mirada Ougi!iva susim>or!an!es >ersonalidadesNreconoci+ndolosN >ero elimin+ esa>erce>cin P siguiendo el modelo de unaalucinacin nega!iva 6 >or los mismosmo!ivos de sen!imien!o que se hicieron

 valer luego en esa Oan!asa de a>aren!eemergencia es>on!?nea.  *o se !ra!a en es!e eem>lo de un en6

cuen!ro con alguien en quien Freud es6!aba >ensando conscien!emen!eN los>ensamien!os all se >roducen m?s biencomo consecuencia de una >erce>cin>revia. 8s!e eem>lo mues!ra o!ro rasgoque carac!eriza los hechos Oundamen!alesdel >sicoan?lisis las coordenadas delencuen!ro B del desencuen!ro nonecesariamen!e son >ercibidas >or laconcienciaN B como en o!rasmaniOes!aciones del inconscien!eN a

menudo >ueden ser si!uadas en!re>erce>cin B conscienciaN des>u+s de la>erce>cinN >ero >recediendo laconciencia.  La al!eracin an!i6in!ui!iva del ordencausal es !>ica de es!os KhechosM que en

 verdad son ac!osN como !ambi+n >asa enlas >remoniciones onricas que Ksecum>lenM se cum>lenN e3>lica FreudNsolamen!e >or inversin de la secuencia!em>oral de los hechos. =n encuen!ro

sin ci!a >revia res>onde a lascoordenadas de una eleccin

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%

Page 24: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 24/298

inconscien!eN en +l el ser hablan!e see3>resa >or Ouera del dominio Boico.Lo volun!ario del ser hablan!e no sereduce a la volun!ad conscien!e.

N!e%tra po$ti(a de E%(!e$a  La dis!incin en!re ci!a B encuen!ro>uede ser relevan!e no slo en la clnicadel >sicoan?lisisN !ambi+n en su >ol!ica.  'omo designacin de una reuninin!ernacionalN el !+rmino Kci!aMN Krendez6

 vousMN es m?s >ruden!e que Kencuen!roMo Krencon!reMN >orque nadie garan!izaque eOec!ivamen!e en una ci!a haBaencuen!roN B menos aJn que lo que seencuen!ra sea lo es>erado. 8n !odo casoNel deseo que >uede animar a algunos no>odra cum>lirse en el modo de lonecesarioN sin hacer lugar a lo que deldeseoN en un ser ca>az de eleccinN serealiza en el modo de la túQ%e .  Al K8ncuen!roM de 1( >or eem>lose le llam as >ero no hubo >ro>iamen!eun encuen!roN no en !odo caso un buenencuen!ro. 8s!o ilus!ra ese rasgoes!ruc!ural del encuen!roN que res>onde auna !em>oralidad que no obedece el>rogramaN el !iem>o de la eleccin.  La Kci!aMN que nos convoca en el mododel im>era!ivoN citote   o rendez6vousRN esuna convoca!oria que >uede Oacili!ar o noel encuen!ro. 'omen!ando la dis!incinen!re !u eres el que me seguir?s P tu escelui qui me suivrasJ 4 N con o sin KsMN Lacanmos!r que haB dis!in!as maneras de ci!aral !roN de llamarloN es dis!in!o invi!arlodesde el deseo que darle ins!ruccionescomo a un au!ma!a2/.

26 LA'A*N -. #es ps8c%oses N $euilN arisN clase del 1%de unio de 1"/.

  La ci!a ordena a la manera de lonecesarioN >ero el encuen!ro slo se>roduce en seres ca>aces de eleccinN Ben el modo de la con!ingencia. La +!icadel >sicoan?lisis inci!a a adver!ir lo que seencuen!ra de realN B lo que se encuen!rade realN no necesariamen!e es un buen

encuen!roN a veces se >resen!a bao laOorma de lo que dece>cionaN del OracasoNincluso de la crisis.<abr? en es!os >rimeros das de ulio de200(N en $9o auloN encuen!roS *o es!?garan!izado de an!emano.'oincidiremos en la his!oria que aqu seelaboreN la his!oria que segJn deca<eineN es la >roOeca del >asadoS &u+hemos hecho en es!os diez aEosS &u+es>eramos >ara los >r3imosS

  &uienes acudimos a es!a 'i!aenOren!amos >or eem>lo la >regun!a'u?l es la reglamen!acin quenecesi!amosS A>rovecho >ara dear aquuna o>ininN que creo coheren!e con loque vengo de e3>licar. La reglamen!acinque necesi!amos es la mnima necesariaN>ara asegurar el ac!o anal!ico en susdiOeren!es incidencias en la in!ensinNOacili!ando el Ouncionamien!o de losdis>osi!ivos es>ecOicos de la 8scuela que

hacen lugar a o>ciones reales desde la>ers>ec!iva del >sicoan?lisis en lae3!ensinN Oacili!ando el acceso del>sicoanalis!a a o!ros con!e3!os en los que+l !enga la chace de hacerN de sus ci!as>roOesionalesN ocasiones de encuen!ro>sicoanal!ico.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 24

Page 25: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 25/298

Repetir+ rememorar e de(idir, a a"#$i%e e"tre oi"%ta"te da -a"ta%ia e o mome"to do ato

 Ana #aura Prates Pac%eco!!ulo do meu !rabal6

ho +N eviden!emen!eNuma homenagem ao!e3!o de Freud de114 K5ememorarNre>e!ir e elaborarMNmas inclui o concei!o

de decis9oN in!roduzido >or Lacan >reco6cemen!e com a e3>ress9o Ka insond?veldecis9o do serM 27N  e que a>resen!a inJ6meros desdobramen!os clnicos e +!icosao longo de seu ensino. en!arei desen6

 volverN en!9oN es!e !emaN a!rav+s de !rQsbreves recor!es.

1. RepetiBo, O i"%ta"te da -a"ta%ia,;e eu "osse, quando eu "iNer, se tivesse pensado,eu n-o queria...  suei!o neur!ico vivesus>enso num !em>o que >roe!a sobre oOu!uro !oda a >romessa de um >resen!eque K!eria sidoMN se n9o Oosse a maldi,9oque de!ermina o ?libi >ara a e!ernasus>ens9o do a!o. 'ongelado no ins!an!eda Oan!asia P cena na qual esbo,ou sua

 vers9o de uma rela,9o se3ual  po%%Fe$ Po neur!ico almea o impo%%Fe$ >arar o!em>o queN in!roduzindo (o"ti"5"(iana s+rie "e(e%%#riaN desmascara a>recariedade e a ins!abilidade de suamon!agem.

suei!oN !en!ando !a>ear o Oracassoreal de !al em>rei!adaN alia6se a 'ronos N>agando o >re,o de >or ele se dei3ardevorarN em !roca da ilus9o de umacon!abilidade queN se n9o >ara o !em>oN

ao menos o domes!ica. <? mesmoaqueles que dedicam a vida ` !areOa dedomes!ic?6lo. K*a medida em que -J>i!er+ >erOei!amen!e ca>az de cas!rar 'ronos

 P diz Lacan PN nossos >equenos -J>i!eres!emem que o >r>rio 'ronos comeceOazendo o !rabalhoM \LacanN 1W1"7^"(X] Alguns s9o a!rasados e >ro6cras!inadoresN ? que + sem>re >ossveladiar ainda um >ouco a decis9oN ` es>era

27  8s!a e3>ress9o + in!roduzida >or Lacan no!e3!o de 14/ KFormula,Tes sobre a causalidade>squicaM.

de mais !em>o >ara >ensar. em>o + o

que lhes Oal!a P >resumem P >ara livr?6los da dJvida e da dvida com seu amoim>lac?vel. 8m con!ra>ar!idaN h? aqueles

 P ou mais Oreqen!emen!e aquelas P quean!eci>am uma encena,9o qualquerN !en6!ando Our!ar6se da >assagem ine3or?velcom uma es>+cie de Keu Oa,o a horaMNnum esca>e calculado do encon!ro ine6

 vi!?vel com a hora marcada. <? !amb+mos que Oogem de 'ronos   como o diaboOoge da cruzN >revendo que o relgio n9o

os livrar? da mordida. Acelera,9o e^oua!rasoN encon!ram6se na !or,9o que cria aOace Jnica da banda de Soe*ius \ilus!radano car!az de nosso 8ncon!ro]N onde osuei!o P como uma Oormiga o>er?ria Pcorre con!ra o !em>o. A diacronia quemove a cadeia signiOican!e +N assimN ume!erno Kvir a serM que movimen!a osuei!oN >roe!ando6o num Ou!uro incer!oNmas consis!en!e P ? que no OinalN es!avaescri!o na >roOecia da Oan!asia o que ele

iria encon!rar Kessa cadeia inOini!a de sig6niOica,Tes a que se chama des!ino. o6demos esca>ar dela indeOinidamen!eN maso que se !ra!aria de encon!rar +us!amen!e o come,o P como + que osuei!o en!rou nessa his!ria de signiOi6can!eSM  P >ara usar as >alavras de Lacanno $emin?rio KA AngJs!iaM \LacanN 200"W1/2^/%XN >. 7(].

'omo dizia uma analisan!e &-o sei oque me espera . *9o sabeN mas !em a cer!eza

de queN sea l? o que OorN KissoM es!aria l?N>ron!oN es>erandoN em algum lugar noOu!uro. To es Uar, soll ic% Uerden   P comonos ensinou Freud P Kl? onde isso es!avaNo eu dever? advirM. 'abe ao suei!ocon!inuar caminhando na es!rada da vida\a banda]N a!+ P como dizia ou!roanalisan!e P c%egar láV   8is a su>osi,9oinconscien!e que o sus!en!a em suaaliena,9o neur!ica a da e3is!Qncia dou!ro que sabeN >orque es!? Kl?MN no

Ou!uro. suei!oN assimN Ks se anunciaque !er? sido no Ou!uro an!eriorM P como

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"

O

Page 26: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 26/298

e3>ressa Lacan em sua c+lebre Orase. Dasua obsess9o >ela >revis9o oracular sesoubesse o que o u!ro sabeN se !ivesseacesso ` senhaN an!eci>adamen!eN !odo oriscoN o OuroN o erroN o equvocoN oenganoN seriam a>agados eN a simN o a!oes!aria garan!ido. 8nquan!o esse dia n9o

chegaN e o suei!o n9o Kchega l?MN o a!oes!? sus>enso ou simulado. que n9oim>lica em ausQncia de acting out oumesmo de >assagens ao a!o queN en!re6!an!oN a>enas reOor,am sua aliena,9o.

 A es!? o >arado3o do neur!ico em6bora sua rela,9o com o !em>o sea daordem do Kmui!o cedoM ou Kmui!o!ardeMN o suei!o + bas!an!e >on!ual noque diz res>ei!o ao encon!ro com suaOan!asia Oundamen!al. A Oan!asiaN que

es!amos acos!umados a !ra!ar enquan!oum lugar P A u!ra cena PN !amb+ma>resen!a uma dimens9o !em>oral na

 ver!en!e sincrUnica. A vida vivida na Kmi6s+ria neur!icaM + re>le!a de sincronicida6des P como su>Us -ung P \oucoincidQncias se vocQs >reOerirem].

8s!amos acos!umados a escu!ar nossosanalisan!es quei3arem6se 'omigo 5 sempreassim, parece que ando em c)rculos, parececarma, de novo a mesma coisa, sempre caio

nessa . ocQs devem !er sua >r>riacole,9o de Orases recor!adas da clnica.8las a>on!am >ara o que Freud chamoude Kcom>uls9o ` re>e!i,9oM queN comosabemosN vai al+m do >rinc>io do >razer.or es!a viaN Freud concluiu em KAl+mdo >rinc>io do >razerMN o que se con6

 vencionou chamar de a!em>oralidade doinconscien!e Kos >rocessos >squicosinconscien!es encon!ram6seN em siN Oorado !em>o. Is!o quer dizerN em >rimeiro

lugar que n9o >odem ser ordenados!em>oralmen!eN que o !em>o n9o mudanada neles e que neles n9o se >odea>licar a id+ia de !em>oM. \FreudN 1(1 v.III W120XN >. 2"20]. 8ssa e3>ress9o KOorado !em>oM Freud ar!icula com algo que>odemos Oormalizar logicamen!e comoKo que n9o cessa de n9o se inscreverM*o analisan!e   P diz Freud P   Kacom>uls9o ` re>e!i,9o na !ransOerQncianos mos!ra que os !ra,os mnQmicos

recalcados de suas e3>eriQncias >rimeirasn9o se encon!ram nele em es!ado de

liga,9o \)indung]M. \IdemN >. 2"20].$abemos que >ara Freud a re>e!i,9o +a!ribuda ao Kre!orno ao inanimadoM.

'om Lacan esse Kre!orno ao mesmoM P que con!+m um im>ossvel na >r>riaOrmula P + chamado de real Ko real +aqui o que re!orna sem>re no mesmo

lugarM \LacanN 1/2]. que Lacanchamava de retroversion  \receber do u!rosua >r>ria mensagem de Oorma in6

 ver!ida] revela a >r>ria es!ru!ura doinconscien!eN Oormalizada mais !arde naescri!a do Discurso do #es!re.

$1t

>>

$2a 

  8ssa escri!aN en!re!an!oN que inclui oque da es!ru!ura es!? Oora da linguagem

\o obe!o Kmais6de6gozar] con!+m aOrmula da &ac%traglic%Qeit   Oreudiana nas ver!en!es diacrUnica \$1 $2 o que semodiOica] e sincrUnica \t◊a  o que>ermanece cons!an!e]. u!roNenquan!o senhor do !em>o +N >or!an!oNaquele que goza do saber sobre o Ou!uroNenquan!o o suei!o man!+m6se Oi3ado noins!an!e da Oan!asia P simul!aneamen!eOle3vel e ine3!ensvel P na e!ernae3>ec!a!iva da alcan,?6lo.

*. RememoraBo, tempo e"tre oi"%ta"te e o mome"to, A in!romiss9odo analis!a na es!ru!ura da neurose ins6!auraN via associa,9o livreN a lgica darememora,9o. 'omo ar!iculava FreudNaquilo que era re>e!i,9o \ Tieder%olungJ>assa a ser lembran,a \  Mrinner  ]N sob!ransOerQncia. ra!a6se de um ar!iOcioNum !ruque P nos adver!e Lacan. =m!ruque a!rav+s do qual o analis!a inci!a oneur!ico ao saberN Oazendo6se de su6

>or!e >ara o ;;;   \LacanN 1/]. 8is ahis!eriza,9o do discursoN que LacansublinhaN desde o incio de seu ensinon9o se !ra!ar de memria his!ricaN masda rememora,9oN da %istoristeria %8stoireJEL  

na qual Kn9o + o que vem de>ois que +modiOicadoN >or+m !udo o que es!?an!esM   P dizia nos anos "0. Arememora,9o P acrescen!a em 17/ PKconsis!e em Oazer as cadeias en!rarem

28  Fa,o aqui reOerQncia ao !e3!o de Lacan de17/ KreO?cio da edi,9o inglesa do $emin?rio11M. In Outros Mscritos  \200%].

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/

Page 27: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 27/298

em alguma coisa que ? es!? l? e que senomeia como saberM \LacanN 2007W17"^7/X]. 

t $1a ^^ $2

  Falar >ara ser escu!adoN Oalar >ara ser vis!oN Oalar >ara Ourar o u!ro ou >araOazQ6lo e3is!ir. saberN no dis>osi!ivoanal!icoN >assa a ser uma >rodu,9oN quese retira do prprio su:eito >elas Oorma,Tesdo inconscien!e. 8videnciam6seN assimNos dois as>ec!os da !ransOerQncia seN >elainclus9o do analis!a na Oan!asiaOundamen!alN ela + a a!ualiza,9o da reali6dade se3ual inconscien!e P is!o +N darela,9o se3ual im>ossvel PN ela n9o +N

en!re!an!oN a>enas re>e!i,9o de um>assado a ser revelado ` luz da memria. Ao con!r?rioN o que abre a margem >arao a!o anal!icoN + us!amen!e sua ver!en!ede cria,9o.

Duran!e a maior >ar!e do !em>o quedura uma an?liseN en!re!an!oN o que secria P a >ar!ir dessa as>ira,9o v9chamada neurose de !ransOerQncia P +uma Oic,9o. Fic,9o que enquadra eus!iOica a realidade ao cons!ruirN >ouco a

>oucoN o cas!elo onde iriam habi!ar osaber e a verdade a>s consumarem seucasamen!o im>ossvel. A>risionado na!orre que ele >r>rio !er? erguidoN osuei!o desconhece a servid9o volun!?riaim>licada em sua Oi3a,9o no obe!o>arcial da Oan!asia que se sus!en!a numequvoco o da !o!alidade do gozo. 'ons6!ruir o cas!elo da Oan!asia +N logicamen!eNcondi,9o necess?riaN con!an!o que osuei!o n9o se con!en!e em habi!?6lo.

  A >rodu,9oN ao longo de uma an?liseN>or!an!oN >or!a em seu Vmago o cJmulodo enganoN que Lacan chamou oequvoco do ;;;   $u>os!o no saber emque ele consis!e como suei!o doinconscien!eM \200% W17%X]. $u>osi,9oNainda demasiado neur!icaN de que osaber >roduzido sob !ransOerQnciaalcan,ar? enOim o obe!o da Oan!asiainconscien!e localizadoN como verdadeNem algum lugar do >assado.

=m analisan!e !es!emunhou com umaanedo!a o momen!o em que se deu con!a

de sua >osi,9o na Oan!asia Dois %omens as4 saltam um *anco e cada um "oge com uma mala.

 Aps alguns anos, um dos assaltantes, que%avia "icado rico com o din%eiro rou*ado, v(

 pela :anela de seu carro, um mendigo que elerecon%ece ser seu cúmplice no assalto. 'urioso,

 pára o carro para perguntar por que ele estava

naquela situa-o miserávelW M o outro responde1 &a min%a mala s encontrei pap5is com d)vidas .assar a vida >agando a dvida con!rada>or ou!ro eN a >ar!ir dessa escolhaN >agaro >re,o de viver na mis+ria >ela cul>a dereconhecer6se agen!e de ou!ro crime. A>iada P que de res!o revelava a >resen,ado obe!o anal ar!iculado ao olhar Paludia a uma cena de sua inOVnciaNrecons!ruda a >ar!ir da in!erven,9o daanalis!a Oora severamen!e re>reendido

>or rou*ar as "erramentas do pai  nas quaisera >roibido !erminan!emen!e de me3erN>ara em>res!?6las a um amigoN ob!endoassim o >res!gio de ser vis!o comoaquele que tem as "erramentas . 'aaN assimNsua imagem !9o cul!ivada de KmeninobonzinhoM. A >resen,aN en!re!an!oN dodu>lo es>ecularN encarnado naquele quegoza da vidaN do dinheiro e das mulheresao roubar a mala cer!aN ainda>ermaneceu duran!e mui!o !em>oN nessa

an?liseN como um ideal a ser alcan,ado>elo avesso.

0. De(i%Bo, O mome"to do ato>-a<ero!tra -i(Bo do rea$.  $abemosN desdeFreudN que os !em>os da cons!ru,9o daOan!asia a!+ sua redu,9o a um resduodessube!ivadoN de>endem das escansTeso>eradas >elo analis!a. ogo do!ra!amen!o anal!icoN assimN gira em !ornodo cor!e. Y o cor!e que !ornar? >ossvel

o sal!o mais al+m das seqQncias dacons!ru,9o. Aquele mesmo analisan!eNquando se d? con!a da consis!Qncia quehavia dado ao u!ro que n9o e3is!eNinicia a sess9o com o seguin!e chis!e O

 portugu(s entra num Xni*us vaNio, com a presena apenas do motorista e do co*rador esenta4se em um lugar qualquer. Mstá c%ovendo e

 :usto no lugar escol%ido tem uma goteira que pinga so*re sua ca*ea. Aps algum tempocirculando, o co*rador pergunta1 4 Portugu(s,

n-o tem ningu5m no Xni*us e voc( "ica com essa goteira pingando em cima da sua ca*ea. Porque

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 27

Page 28: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 28/298

n-o troca de lugarW M o portugu(s responde1 4!rocar com quemW  'or!e da sess9oR Des!a

 vezN !er? sido enOim suOicien!e >ara queul!ra>asse o horror ao a!oS

 endo a !ransOerQncia se reduzido aoe3!remo da insigniOicVncia P es!e >on!oreal n9o in!er>re!?velN quando a >resen,a

do analis!a + quase idQn!ica aoesquecimen!o da coisa sabida P o queainda a man!eriaN sen9o a covardia dosuei!o em desabonar6se do inconscien!e

 P as migalhas de saber P enquan!o las!roS#ais uma sess9oN o saber $n1N alembran,a encobridora mais remo!aNuma vol!a a mais na demandaN a Jl!ima>alavraN o !iolo derradeiro da cons!ru,9odo !al cas!elo de Oan!asia. *9o. *9o h?Jl!ima >alavra. *enhuma es>eran,a de se

!erminar uma an?lise >or essa viaN queFreud >ercebeu ser inOini!a. 'omo noslembra Lacan a >ro>si!o do >arado3ode en9o P que a>on!a us!amen!e >ara oincomensur?vel P Aquiles, 5 *em claro, s

 pode ultrapassar a tartaruga, n-o pode :untar4sea ela. Mle s se :unta a ela na in"initude . $e\como vimos no incio]N n9o h? o u!roque de!+m a senha que deciOra a charadasobre o Ou!uroN !am>ouco h? o u!ro do>assado >leno de signiOica,Tes

condensadas a serem desvendadas. alcren,aN ali?sN s >ode conduzir o suei!o a>er>e!uarN sob !ransOerQnciaN a *usca dotempo perdido.

=ma vez !endo se de>arado com ohorror da modalidade de gozo elei!aN n9o+ em absolu!o de mais !em>o que osuei!o >recisa >ara decidir abrir m9o daOi3a,9o do obe!o na Oan!asiaN do acessoao n-o sa*ido que sa*e da castra-oN aoinsucesso da rela-o se3ua l EC N do casamen!o

Oic!cio en!re saber e verdade. analis!an9o + o noivo da verdadeN adver!e Lacan.

 AquiN + >reciso dar um >asso al+m deFreudN um >asso que + um sal!o e queLacan chamou de >asse. momen!o do>asseN >or!an!oN >ressu>Te us!amen!e a!rans>osi,9o da lgica dos obe!os>arciais da Oan!asia \a >ar!e >elo !odo]N>ara a lgica incom>le!a do n9o6!odo.

 ra!a6seN assimN de um esvaziamen!oK*o Oim da o>era,9o o analis!a a re>re6

29 5eOerQncia ao $emin?rio de Lacan #9insu quesait de l9une4*5vue s9aile ? mourre .

sen!a o esvaziamen!o do obe!o aN ele cai>ara se !ornar ele mesmo a Oic,9oreei!adaM \LacanN 1/]. 5eei!ar a Oic,9oNse des>edir do cas!elo. *9o >or acasoNLacan ar!iculou esse momen!o de >leno>asse a cer!a >osi,9o de>ressiva quecorres>onde logicamen!e ` queda do ;;;

e ` cer!eza an!eci>ada de que a Oal!a +Nrealmen!eN >ura >erda. 8ssa >osi,9o de6

 ver?N en!re!an!oN ser a!ravessada. $ se!ermina uma an?liseN >or!an!oN >or uma!o que ul!ra>assa o suei!oN >ois im>licaem sua des!i!ui,9o.

$imN + >reciso !em>o \ /l "aut letemps  ] n9o h? cur!o circui!o >ara oa!ravessamen!o da Oan!asia /sso s se o*t5m

 P sublinha Lacan \172^7%] P Kde>ois deum !em>o mui!o longo de e3!ra,9o >ara

Oora da linguagemN de algo que l? es!?>resoM es!e Kres!o da coisa sabidaM quese chama obe!o a . ara uma analisan!euma mulherN as Oerramen!as do >ai!amb+m a>resen!avam um valor mui!oes>ecialN na medida em quere>resen!avam o acesso ao di!o >a!erno!omado como im>era!ivo @oc( tem queaprender a se virar soNin%a . *a cai3a deOerramen!as encon!rava os ins!rumen!osnecess?rios >ara Oazer tudo o que um %omem

sa*e  o que incluiu a Oabrica,9oN nainOVnciaN de um >Qnis ar!iOicial com oqual >odia urinar em >+. *o momen!oem que consen!e com sua cl?ssica esur>reenden!e  penisneid N !em um sonhoes!ava andando em aris com o >aiNa>reciando os monumen!osN quando sede>aram com um man!o no ch9oN !odobordado e brilhan!e. >ai dei!a6se sobreo man!o e ela !en!a em v9o Oo!ograO?6lo>or !odos os VngulosN ? que sem>re

havia uma sombra que im>edia a ca>!urada imagem. >ai levan!a6se e o man!o!ransOorma6se em !ra>os de mendigos eres!os de comida. *as associa,TesN se d?con!a da invers9o >ulsional meu paisempre "eN som*ra so*re mim . 83>lici!a6seNassimN sua inscri,9o n9o6!oda O?lica na>resen,a des!e obe!o n9o ca>!ur?vel >elaimagem P >r>ria deOini,9o de obe!o a  Pessa manc%a  queN segundo LacanN estruturao lugar de "alta em toda vis-o \LacanN 1/].

 Ao mesmo !em>oN revela6se a res>os!aOan!asm?!ica que lhe Oornecia

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2(

Page 29: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 29/298

consis!Qncia imagin?ria na iden!iOica,9ocom o rebo!alho do ou!ro \Kos res!os decomidaM] P marca de sua rela,9o com oshomens.

 A e3!ra,9o do obe!o a des!acaNassimN a >resen,a na es!ru!uraN dessaou!ra banda n9o es>eculariz?velN im>ri6

mindo a >ressa lgica a "un-o da pressa G

 P enOa!iza Lacan P K+ colocada >eloobe!o a como causa de deseoM.  \LacanN1(" W172^7%XN >. /7]. A >erda >ura>odeN en!9oN causar outra "ic-o do real B. que e3igeN en!re!an!oN uma decis9o. raNa decis9o + um a!o soli!?rio. $oli!?rio esem las!roN ? que suas conseqQncias n9o>odem ser an!eci>adas >or nenhumc?lculo. 8n!re o an!es e o de>oisN h? umindecidvel lgicoN im>ossvel de calcular.

8 isso >or razTes !9o sim>les quechegam a ser desconcer!an!es o >assadoreduz6se a>enas ao !ra,o que su>or!ou ainscri,9o >rimeiraN e o Ou!uro s e3is!eenquan!o deseo e a>os!a. momen!odo a!oN assimN >rovoca uma >roOunda!ransOorma,9o na >r>ria rela,9o dosuei!o com o !em>o. 'onsen!indo emceder ` ine3or?vel mordida de 'ronos N +>ossvelN en!9oN e3>erimen!ar a boa horaque os gregos chamavam de <airos   P

!em>o que n9o >ode ser medidoN masque >ode ser vivido. KA miragem da

 verdadeN da qual s se >ode es>erar amen!iraN n9o !er? en!9o ou!ro limi!e Pnos ensina Lacan P   sen9o a sa!isOa,9oque marca o Oim da an?liseM \200% W17/XN>. "/(].

%0 ra!a6se de uma reOerQncia ao !e3!o de LacanK !em>o lgico e a asser,9o da cer!ezaan!eci>adaM\14]N re!omada >or ele no

$emin?rio 20 K#ais AindaM \172^7%].%1 83>ress9o u!ilizada >or Lacan no $emin?rio 17K avesso da >sican?liseM \1/^70].

Re-er"(ia% i8$io5r#-i(a%

LA'A*N -. \1"46""]. $emin?rioN livro 2O eu na teoria de Freud e na t5cnica da psicanálise.

 rad. de #arie 'hris!ine Lasni eno! com acolabora,9o de An!Unio Luis &uine! de

 Andrade. 5io de -aneiroN aharN 1(".

 . \1"/6"7]. $emin?rioN livro 4 A rela-o de o*:eto. rad. Dulce Duque8s!rada. 5io de -aneiroN aharN 1".

 . \1"76"(]. $emin?rioN livro " As "orma+es do inconsciente .  rad. era 5ibeiro.5io de -aneiroN aharN 1(".  . \1/26/%]. $emin?rioN livro10 A angústia.  rad. era 5ibeiro. 5io de

 -aneiroN aharN 200".  . \1/4]. $emin?rioN livro 11Os quatro conceitos "undamentais de psicanálise.

 rad. #D #agno. 5io de -aneiroN aharN1(.

  . \1/ P 70]. $emin?rioN livro17 O avesso da psicanálise.  rad. Ari 5oi!man.5io de -aneiroN aharN 12.

  . \17267%]. $emin?rioN livro20  Sais, ainda.  rad. #.D.#agdo. 5io de

 -aneiroN aharN 1(2.   . \17"67/]. $emin?rioN livro2% O sint%oma.  rad. $+rgio Laia. 5io de

 -aneiroN aharN 2007. LA'A*N -. \14/]. Formula,Tes sobre a cau6

salidade >squica. In Mscritos . >.'i!. . \14"]. !em>o lgico e aasser,9o de cer!eza an!eci>ada. In  Mscritos .>.'i!.

 . \1/0]. $ubvers9o do suei!o edial+!ica do deseo no inconscien!eOreudiano. In Mscritos. >.'i!.LA'A*N -. . \1/16/2]. A /denti"ica4 

 -o. $emin?rio n9o es!abelecido oOicialmen!e. rad. Ivan 'orrQa e #arcos )agno. 'en!rode 8s!udos FreudianosN 5eciOeN 200%.

 . \1//6/7]. #a lgica del "antasma.$emin?rio n9o es!abelecido oOicialmen!e.

 . \1/76/(].  O ato anal)tico.$emin?rio n9o es!abelecidooOicialmen!e.

 . \1/(6/]. De um Outro ao outro.$emin?rio n9o es!abelecido oOicialmen!e.

 . \17467"]. R.;./.  $emin?rio n9oes!abelecido oOicialmen!e.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2

Page 30: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 30/298

Page 31: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 31/298

 vraimen! S +riOions encore quwils son!assur+s de leur d+cisionN que leur d+>ar!>r+c+den! +!ai! bien volon!aire. ArrQ!ons6nous encore une Oois e! voBons swilsre>ar!en!. uiN re>ar!ir deu3 Oois suOOi! `Oaire >reuve que la >remire sus>ensionnw+!ai! >as le Oai! du hasard. 'e nwes! donc

>as la mise en mouvemen! du sue! quilui donne sa cer!i!udeN mais la sus>ensionde ce mouvemen!. 8! cwes! la deu3imesus>ension qui donne le sens desus>ension vraie ` la >remire.

 oici donc lwobe! qui swoOOre ` moi. La>or!e de la >rison es! sur le >oin! deswouvrir e! e vais enOin en >asser le seuil.#e voil` libreN bien!U! R #ais libre dequoi S 'e quiN >ass+ la >or!eN swoOOreN nwes!>as lwes>ace inOini des >ossibles. Il B a

bien un obe! qui swoOOre l N maisNd+ce>!ion en mQme !em>s que sou6lagemen!N ce! obe! ob!enu nwes! >aslwobe! a!!endu. D+ce>!ionN car il ne meres!e que la liber!+ de consommer+ven!uellemen! ce! obe!6r+com>enseNusquw` ce que lweOOe! de sa!isOac!ion ensoi! >ass+ e! quwil me Oaille re>ar!ir enquQ!e du v+ri!able obe!. $oulagemen!Ncar si cw+!ai! le bonN cwen serai! cui! de maquQ!eN e! le d+sir qui me re>r+sen!e swabo6

lirai! en mQme !em>s quwelle. -e >uis donch+si!er ` me sa!isOaire de lwobe! qui se>r+sen!eN h+si!a!ions qui corres>onden!au3 !B>es cliniques des n+vroses soi!que !ro> mena,an! il Oaille au >hobiquelw+vi!erN soi! que !ro> d+cevan! il Oaille lereOuserN ` lwhBs!+rique en swB sous!raBan!Nanore3ie de sa consomma!ion doncN e! `lwobsessionnel en le rendan! inad+qua! e!donc im>ossible.

 -e >eu3 aussi Q!re Oa!igu+ de la course

>our un !em>sN le !em>s de r+cu>+rerN desomnoler. DwailleursN avec le >ilo!ageau!oma!ique de lwa>>areil >sBchiqueN e>eu3 somnoler e! con!inuer ma course.&ue e dorme e! rQveN ou que e sois+veill+N cwes! la mQme course.

#ais quoi quwil en soi! de mon +nergie` d+sirerN le sens du d+sirN cwes! la Oui!e du>r+sen!N au sens de lw+vasion. $i le sensOui!N au sens du !onneauN le sens du d+sires! la Oui!eN au sens de la d+!alade. D+sir

comme d+Oense di! Lacan aou!onscomme d+Oense con!re le >r+sen!.

II> Le% temp% de $;i"terprtatio"  Le deu3ime !em>s que nousdis!inguons es! celui de lwin!er>r+!a!ion.*ous avons di! les !em>s delwin!er>r+!a!ionN non >arce quwils son!gramma!icalemen! vari+sN mais >arce

quwils se r+>!en!N ` !ravers des OormesdiOO+ren!es. 'wes! le !em>s du !rauma6!isme. =n !em>s qui ne se di! >asN nwes!>as un !em>s gramma!icalN ni nwaccde `lwe3is!ence langagire. Au con!raireN!em>s du malen!enduN la>sus ou+quivoqueN il cou>e le Olu3 du langageNin!errom>! la douce somnolence du>ilo!age au!oma!ique. Il Oai! sur>riseNsus>end les semblan!s. 8! >ar l` r+>!e `lwiden!ique le !rauma >remierN celui de la

>rise manqu+e de lwobe!. Avec luiN il Oau!se r+veillerN il B a urgence. Il Oau! +!eindrelwincendie >rovoqu+ >ar la chu!e ducierge quiN au lieu de brler bien ` sa>laceN enOlamme le cor>s en!ier.

5endre im>ossible la chu!e du ciergeNcwes! ce ` quoi swem>loie le n+vros+. ardes Oi3a!ions au3quelles il arrime leciergeN mQme si >ar l` il se Oi3e un >eu!ro> lui aussi. -usquw` se Oaire le servan!du ciergeN lui su>>oser mQme un vouloir

Q!re cierge e! ainsi lwadorer >our swassurerquwil res!e bien cierge bienveillan!N cwes!6`6dire immobile. 'roire savoir !enir lecierge sous son con!rUleN >ar ses ri!esNcwes! rassuran!. #ais le d+men!i de lar+ali!+ ne manque amais. Lwacciden!N sous!ou!es ses OormesN mon!re que ce nw+!ai!>as ,a R Au!re chose e3is!e encoreN que>our conna!reN cwes!6`6dire ma!riserN ile! Oallu a>>areiller au!remen! R

ar la r+>+!i!ion des cou>ures in!er6

>r+!a!ivesN se d+voilen! au sue! sesmanuvres >our Oaire e3is!er ` son d+sirun cierge do!+ dwun vouloir qui le >ro!gede lwincendieN qui assure les semblan!s quiconOren! une image ` lwobe! de sond+sir. Ainsi >rogressivemen! le ciergea>>ara! dans sa bQ!ise de ciergeN $1.

8n eOOe!N il nwB a >as >lus de vouloir ducierge que de direc!eur de >risonN e! >arl` de liber!+N dw+vasion >ossible. Il nwB a>as de direc!eur >our d+cider dwinscrire

sur le cor>s de chaque >risonnier sacouleur s>+ciOi+e ce que nous +crivons

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano %1

Page 32: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 32/298

Page 33: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 33/298

8nOin >eu!6Q!reN ce dire qui sw+cri! au>r+sen! es!6il >r+sen! aussi dans la!ransmission de lwe3>+rience de lwanalBseNdonc dans les dis>osi!iOs qui se>ro>osen! ` nous ` ce!!e OinN >asseNcon!rUleN +labora!ion analB!ique enOin.

 AinsiN le !em>s de lwac!e r+aliserai! le

>r+sen!N momen! non de >romesse!ouours d+ >ass+e comme celui dud+sirN momen! non de sus>ensN dwabsencedu sue! comme dans les !em>s delwin!er>r+!a!ionN mais !em>s de >r+senceau con!raireN !em>s dwincarna!ion du

 verbeN de xr++lisa!ionx du sue! donc.'e serai! ici le lieu de dis!inguer

lw<is!oireN e! mQme lwuvre dwar!N delw+cri! !el que nous en >arlons avec Lacan.8n eOOe!N lChis!oire comme lwuvre dwar!

son! +>ingl+s >ar Lacan non de lwac!emais du !our de >asse6>asse. ourquoi S'er!esN lwun comme lwau!re ne son! >as>ensables sans lwac!e qui les a cons!i!u+sNmais lwun comme lwau!re ne >euven! dece! ac!e rien !ransme!!reN ils ne >euven!quwenregis!rer quwil a eu lieu.

Lwhis!orien ne >eu! quwB su>>oser unsensN sans accs >ossible au r+el du sue!de lwhis!oireN ` sa dimension cr+a!rice.Lwuvre dwar! en revanche Oai! bien !racede ce que quelque chose swes! r+ellemen!>ass+N comme di! 'laude L+vi6$!raussNmais !race seulemen!N car le sue! dans

son uvre nwB es! d+` >lusN ce!!edernire nw+!an! que d+che! de son ac!e.

'ela devrai! nous amener ` dis!inguerlwuvre dwar! de lw+cri!N qui ne >eu! amaisse r+duire au d+che!N mQme swil lui Oau! en>asser >ar la x>oubellica!ionx. Il res!e eneOOe! !ouours >or!eur de la singulari!+ dela voi3 de celui qui lwa commis e!Ncon!rairemen! ` lwuvre dwar!N sesin!er>r+!a!ionsN ses lec!uresN aussiouver!es soien!6ellesN ne >euven! Q!re

ouver!es ` !ous les sens. De ce >oin! de vueN +crire e! lire se reoignen! dans un>r+sen! !ouours r+>+!ableN dwuner+>+!i!ion qui se carac!+riseN comme celledu savoirN !ouours >remireN cwes!6`6diresans >er!e. 5es!e ` nous souhai!er ` !ousdwQ!re de bons lec!eurs.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano %%

Page 34: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 34/298

Page 35: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 35/298

Page 36: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 36/298

do homem dos ra!os e o gozo oral do >aide Dora.  es>ec!ro recobreN mascaraN vela e!amb+m desvela o >ai real ou o real doai. es>ec!ro + a encena,9o daar!icula,9o en!re o >ai real e o >aiimagin?rio. Y o que se encon!raN como

diz #arc $!raussN na Oan!asia de )a!e6senuma crian,a em que as cenas vQem aosuei!o >e!riOicarN cris!alizar um e3cessocomo um ciOramen!o >rimeiroN umare>resen!a,9o do inomin?vel do gozo\r+OleN maio 1N n 2N >. 4(]. *9oim>or!a se + eOe!ivamen!e do gozo do aique se !ra!a ou do gozo imaginarizado doai e sim do dis>osi!ivo que o suei!oem>rega >ara endossar um gozo que sea>resen!a a ela como e3!eriorN vindo do

u!ro. >ai do crime n9o + o >ai da leiN o

*ome6do6ai. >ai es!u>radorN ladr9oNassassinoN s9o Oiguras do >ai imagin?rioque do Orum ` hBbris do >ai o gozodesmedido. A desmedida do >ai com seureal + aquilo que o OilhoN com Oor,aN n9oquer saber. homem + como Ydi>oNOilho de laio P ele n9o quis saber dadesmedida >a!erna. *o lugar do >ai reale3is!eN diz LacanN a ordem de uma igno6

rVncia Oeroz \$emin?rio HIIN >. 1"].  <? uma in!erdi,9o x8s!? e3cludo quese analise o >ai realN diz Lacan em elevi6s9oN o melhor que se >ode + o man!o de*o+N quando o >ai + imagin?riox\+l+visionN $euilN >.%"]. =m dia *o+ seembriagou e Oicou nu em sua !enda. =mde seus OilhosN 'hanN o viu e Ooi chamaros ou!ros dois queN ao chegarN !a>aram osolhos e o cobriram com um man!o >araesconder a nudez >a!erna e saram de

cos!as. 8s!es se salvaram e a !oda adescendQncia de 'han Ooi amaldi,oada. que *o+ Oazia nu na !endaN amaissaberemosN mas sem dJvida era algo daordem de um gozo que Oilho algum >o6deria em !em>o algum ver ou saber. odanudez do >ai ser? cas!igada... no Oilho.

>ai que ma!a o Oilho + abordado >orLacan a >ar!ir do sacriOcio de Isaac >orseu >ai Abra9o comen!ado >orieregard descri!o em !emor e !remor

em que descreve qua!ro varia,Tes domi!o que se diversiOicam a >ar!ir do

>on!o em que Deus diz a Abra9oxsacriOica !eu OilhoN ma!e6ox. Y na>rimeira que ele descreve a !en!a!iva deOilicdio.. Abra9o agarrou Isaac >elo>ei!oN ogou6o no ch9o e gri!oux8s!J>idoR 'rQs !u que sou um >aiS *9oNn9o sou !eu >ai. $ou um idla!raR 'rQs

que es!ou obedecendo a um manda!odivinoS *9o. Fa,o isso somen!e >orqueme d? von!ade e >orque me inunda de>razerRx. Abra9o a>arece como o >ai realque diria xou !e ma!ar >or >uro gozoRx.x8n!9o Isaac e3clamou angus!iado wDeusde Abra9o !ende >iedade de mimR $Qmeu >aiN ? n9o !enho ou!ro nes!emundoRw. Abra9o se dirigiu a 8leN di6zendo $enhor oni>o!en!e receba minhahumilde a,9o de agradecimen!oN >ois +

mil vezes melhor que meu Oilho acredi!eque sou um mons!ro do que >erca a O+em !ix \ieregaardN 2004N >. 22]. >aimons!roN ca>az de ma!ar o Oilho nem quesea >or amor a DeusN + o que +!ransmi!ido ao Oilho como seu >ecado.

Y a >ro>si!o dessa >assagem de i6ereggard que Lacan diz no $emin?rioHI que o que se herda + o >ecado do >ai.Isaac herda o crime do >ai de !erdeseado ma!?6lo. 8is a heran,a de Isaac

e !amb+m a de Ydi>o. DiOeren!emen!e de Abra9oN que no mi!o udaico6cris!9orecebe a ordem de Deus de ma!ar o Oilho>redile!o como >rova de seu amorN Laiosele mesmo decide ma!ar seu Oilho Ydi>o>ara evi!ar que es!e o ma!e segundo amaldi,9o oracularN Oura6lhe en!9o os >+se o en!rega a um >as!or >ara ser ogadono li39o do mon!e 'i!+ron.  =rva!er de o!em e !abuN *o+ comsua nudezN o Deus de Abra9oN pav+ com

sua ignorVncia Oeroz e Laios s9o Oigurasimagin?rizadas e m!icas do >ai real.  Ydi>o carrega em seu nome e em seucor>o a marca do crime do >ai. A Oeridacausada >or seu >ai ao Ourar6lhe os!ornozelos >ara >endur?6lo como umanimal e e3>U6lo e o edema queocasionou Ooi o que lhe deu o a>elido deidi>ousN de oidenN edema nos >+s. a>elido virou nome >r>rio e a Oeridadei3ou6lhe co3o. $eu >+ carrega um saber

\oida] sobre o crime do >ai do qualYdi>o n9o quis saber. A esOingeN como

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano %/

Page 37: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 37/298

Page 38: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 38/298

Temp%+ pa% $o5i6!e

'olette ;oler 

essen!iel de ce qui a+!+ +labor+ >ar Lacan

concernan! le !em>sde lCanalBse lCa +!+dans le cadre de sonre!our ` FreudN >ourune analBse !elle queFreud lCa ini!i+eN cCes!6

`6dire une analBse orien!+e vers la v+ri!+Nla v+ri!+ qui >arle dans la s!ruc!ure delangage >ar la bouche de lCanalBsan! maisaussi >ar les sBm>!Umes de son cor>s.

 em>s de la chane qui assure le re!our

du reOoul+ en sur>riseN !endu en!rean!ici>a!ion e! r+!roac!ionN !em>s duOu!ur an!+rieur du sue! que commanden!les >oin!s de ca>i!on de son discours e!quiN dans lCa>rs6cou>N lui Oeron!re!rouver les marques des >remirescon!ingences de sa vie.  La >ers>ec!ive que Cai choisie >our ce5endez6vous sur le !em>s de la>sBchanalBse es! Oonc!ion de ce que Cai!ravaill+ ces dernires ann+es. 'Ces! la

suivan!e commen! le r+el en eu dansune analBseN le r+el vers lequel ellesCorien!e >our !rouver sa OinN e!!e6!6il unour nouveau sur le !em>s du !ransOer!aussi bien que sur celui de la s+ance.

 -e >ose en eOOe! la ques!ion de savoir si las+ance cour!e lacanienne e! la dur+e quCilOau! >our lCanalBse ne relveraien! >asdCune mQme causali!+N alors mQme quedans les Oai!s la dur+e de lCanalBseNr+guliremen! longueN semble

ind+>endan!e de celle des s+ances qui varie de beaucou> selon les couran!s.  La vis+e du r+elN cCes! ce qui a amen+Lacan ` sor!ir de la >ers>ec!ives!ruc!urale de son re!our ` FreudN `r+cuser une ` une les m+!a>hores de sesd+bu!sN celle du >reN du sBm>!Ume e! dusue!N ` >asser du signiOian! au signe e! `la le!!reN du langage ` lalangueN e! `r+cuser >aralllemen! le modlescien!iOique de la >sBchanalBse comme

condi!ion de !ransmission. 'e!!e >robl+6

ma!ique es! e3>lici!e ` >ar!ir dus+minaire Mncore .

  'Ces! >our au!an! que la >sBchanalBseNcomme >ra!ique de >aroleN mobiliselCimaginaire e! le sBmboliqueN soi! lecham> des semblan!sN que le r+el B Oai!ques!ion e! que lCon >eu! se demandercomme Lacan lCa Oormul+ ` la OinN si cenCes! >as un d+lire ` deu3. La ques!ion es!+videmmen! ca>i!ale.

Co"($!%io"% par $e re$  Le r+el qui >ourrai! se Oaire our dans la

>arole e! me!!re un !erme ` la d+riveinOinie aussi bien du d+chiOOrage que dusensN Lacan en a avanc+ !rois +labora!ionsqui engagen! !rois d+Oini!ions de la >asseOinale e! non >as une seule.  Les deu3 >remires son! >ens+es >arra>>or! au3 Z n+ga!ivi!+s [ de la s!ruc!ure.'e !erme es! une Oa,on de d+signer ceque la s!ruc!ure de langage rendim>ossible. 'es bu!+es6l` son! ds lors!rans6s!ruc!urales e! >rogrammen! des

limi!es in+vi!ables de lC+labora!ionanalB!ique qui valen! >our du r+el dans lesBmbolique.  La >remireN don! il si!ue le >oin! declU!ure du >rocessus analB!ique dans la Zro>osi!ion de 1/7 sur le >sBchanalBs!ede lCYcole [N cCes! la >asse ` lCobe!N la>lus commen!+e. 8lle sanc!ionnelCincom>a!ibili!+ de la >arole e! de lCobe!cause du d+sirN lequelN >our Q!re cause e!sCincarner en qua!re Z subs!ances

+>isodiques%2  [ oraleN analeN sco>ique e!invocan!eN nCen es! >as moins;im>ossible ` dire. 'Ces! en ce sens que la>asse ` lCobe! >ouvai! Q!re mise aucom>!e du r+elN e! >endan! !ou! un!em>s Lacan a dCailleurs si!u+ son obe! acomme r+el. oil` une limi!e qui >eu!Oaire mauvaise sur>rise dans une >ra!iqueoj le !ransOer!N au6del des es>oirs!h+ra>eu!iquesN vous a Oai! miroi!er la>ers>ec!ive du savoir. Au!remen! di!N

32 LA'A*N -. Z *o!e i!alienne [N Autres 5crits, arisN$euilN 2001N >. %0

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano %(

L/

Page 39: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 39/298

im>uissance de la v+ri!+ qui ne conclu!amais mais qui sCobs!ine on la reOouleNelle revien!N on la bVillonneN elle >arleailleursN on lui demande le mo! de la OinNelle mi6di!. 'e>endan! son insis!ancer+i!+r+e ouvre un a>er,u sur la >r+sencede la cause innommable qui lCanime.

Lacan nCen Oaisai! >as encore un savoir delCim>ossibleN au con!raire Z savoir vaindCun Q!re qui se d+robe%%  [N cC+!ai! son

 verdic! en 1/7.La deu3ime avanc+e vers le r+el Oai! un

>as de >lus en convoquan! lCim>ossible `+crire. 'ela annonce une >asse e! uneconclusion de Oin >ar d+mons!ra!ion lo6gique de lCim>ossibleN le >os!ula! +!an!que via le dire analB!ique quelque chosesC+cri!N cesse de ne >as sC+crire. 'Ces! la

d+Oini!ion de la con!ingence.LCe3>ression marque que lCanalBsenCe3>lore >as seulemen!N comme on lecroi! >arOoisN du d+` l`N mais >rodui! delCin+di!Nqui sC+cri! enOin.  &uCes!6ce donc S Il B a beaucou> deOormulesN e nCen re!iens quCune qui lescondense !ou!es ce qui cesse de ne >assC+crireN cCes! le =nN sous !ou!es sesOormes =n de lC=n dire du >arlQ!reN =n

de la ouissance >halliqueN cCes!6 6direchV!r+eN Z qui du sue! Oai! Oonc!ion%4 [N e!mQme =n de lCobe!.

Le Z B a dClC=n [N de lC=n e! rien dCau!reNqui es! dCailleurs +quivalen! ` Z B a lacas!ra!ion [N cCes! ce quC+cri! une analBse.8lle nCa >as dCau!re >rodui!. 'e!!econ!ingence qui Oai! !race insis!an!e du=n d+mon!re indirec!emen! lCim>ossibledC+crire le deu3 qui serai! du se3eN le deu3quCil nCB a >asN qui Z ne cesse >as de ne

>as sC+crire [ aussi Z inaccessible [ que le2 de la s+rie des nombres en!iersN celui duZ B a >as de ra>>or! se3uel [. el es! ler+el Z >ro>re [ au chiOOrage delCinconscien!. $a d+mons!ra!ion ne se Oai!>as sur le >a>ier mais dans la cure. D+6mons!ra!ion s>+ciale >ar insis!ance du=nN e! qui dure usquC` ce que ce =nr+i!+r+ vaille >our la d+mons!ra!ion du

33 LA'A*N -. Z *o!e i!alienne [N Autres 5crits, op.

cit., >. 2"434  LA'A*N -. Z ;u >ire [N Autres 5crits, op. cit., >.""1.

deu3 im>ossible. -e >ourrais dire quecCes! une >asse au =n e! rien dCau!reN>our re>rendre lCe3>ression de LacanN ouaussi une >asse Z au >as de deu3 [N aveclC+quivoque de lCe3>ression.  8! >uis !roisimemen!N il B a lCin6conscien! r+el qui es! au!re choseN qui ne

se d+mon!re >as au !erme dCun long>rocessusN mais qui se maniOes!eN quisCim>ose. Il a son g!e dans la lalangueN e!ne relve >as de lCa>>roche s!ruc!uralequi le >r+cde dans lCenseignemen! deLacan. n le rencon!re hors analBse dans!ou!es les Oorma!ions langagires de lCin6conscien! mais sans savoir quCil es! r+el.'Ces! dans lCanalBseN e! dans lCanalBseseulemen!N avec des eOOe!s qui son!dCaOOec!sN que ces +>i>hanies langagires

son! r+dui!esN au6del du !ravail de!ransOer!N ` lCabsurde du hors sens.

'e! inconscien!N qui maniOes!e combienle langage !ravaille !ou! seulN sans sue!Nes! doublemen! r+el ses =ns son! horschane donc hors sensN e! ils son! >ass+sdans le cham> de la subs!ance ouissan!e.Il es! irr+duc!ible e! im>renableN les eOOe!sde la lalangue d+>assan!N comme di!LacanN !ou! ce que le sue! >eu! en savoir.LCinconscien!6lalangue es! im>ossible `

savoirN il e36sis!e ` lCinconscien!6langagequi es! lCinconscien! si!u+ Z de sond+chiOOrage%"[N lequel isole cer!es unessaim de unsN mais !ouours ` !i!rehB>o!h+!ique e! >ar!ielN Z +lucubra!ion [di! Lacan.  Dans les !rois casN nous avons un>rinci>e de conclusion >ar un r+el. 'eluide lCim>ossible ` dire >our la >asse `lCobe!N celui de lCim>ossible ` +crire >ourla >asse au r+el Z >ro>re [ ` lCinconscien!N

celui du hors sens >our la >asse au r+el!ou! cour!.

L/a!tre Faria8$e  Alors Oau!6il dire que dans les !rois casNle !em>s quCil Oau! >our mener uneanalBse ` son !erme e! que lCon !rouve silongN es! un !em>s +>is!+mique dCaccs `la conclusion >ar le r+el S $remen! >as.8! ds 14 avec la no!ion du Z !em>s>our com>rendre [N inan!ici>able car il

35  LA'A*N -. #e ;5minaire #ivre 00, Mncore, arisN$euilN 17"N >. 127.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano %

Page 40: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 40/298

ne se r+dui! amais ` la seule in!ellec!ionNLacan avai! marqu+ la >lace de ce queCa>>elle auourdChui la variable nonlogique. 8lle es! >arOai!emen! +viden!equand il sCagi! de lCinconscien! r+el. -ecrois avoir mon!r+ ` >ro>os de la>remire >hrase du !e3!e Z LCin!roduc!ion

` lC+di!ion anglaise du ;5minaire 0/ [ quele la>sus ramen+ ` son hors sens donneun modle r+dui! de la >asse au r+el ser+>+!an! dans une analBse comme sor!iedu !ransOer!. #aisN sans mQme >arler dusBm>!UmeN combien de la>sus ramen+sau r+el ne Oaudra6!6il >as >our arriver `conclure ` lCinconscien! r+el S  'Ces! que dans !ous les casN une au!re

 variable non +>is!+mique es! en eu. 'Ces!dCailleurs >ourquoi les voies dCune

conclusion en ac!e ne son! amaisseulemen! celles des n+cessi!+s de lad+duc!ion logique. #erci ` Gdel sur ce>oin!N e! ` Lacan quiN me!!an! les >oin!ssur les i ` la Oin de son YcoleN disai! quechacun ne conclu! amais que Z selon sond+sir [. 8! voil` un des noms de la

 variable qui d+com>l!e assez la logique>our que la conclusion qui solu!ionnerai!la >lain!e de lCim>uissance soi! un sau!.

 Au!remen! di!N la conclusion de Oin `

>ar!ir de la conclusion +>is!+mique nCes!amais que >ossible.  Di! au!remen!N ce nCes! >as lCabsencedCun >rinci>e de conclusion qui Oai! lCana6lBse longueN cCes! que dans !ous les cas le>rinci>e de conclusion es! insu>>or!able.De lCa>er,u sur le bV!i du Oan!asmeN en+clair ou >asN ` la conclusiondCim>ossibili!+ du ra>>or!N usquClCinconscien! r+el de lalangueN commesavoir insuN le savoir acquis es! le savoir

dCun im>ossibleN sBnonBme decas!ra!ion. Il bu!e ds lors sur un reOusNun Z e nCen veu3rien savoir [ qui >ro!ge de Z lChorreur dusavoir [.

Z Fau! le !em>s de se Oaire ` Q!re [Ndisai! Lacan dans Z 5adio>honie [. Dansle con!e3!eN cela voulai! dire ` Q!relCobe! qui es! en e3clusion in!erne ausue!. Le Z se Oaire [ conno!e la >a!ience `su>>or!erN ` acce>!er le r+el que

lC+labora!ion de lCinconscien! a Oai!a>>ara!re.

=n inde3 de ce!!e variable non logiqueNde ce seulemen! >ossible de la OinN e le!rouve aussi chez les sue!s don! Cai eulCoccasion de >arler r+cemmen!N qui

 venus ` bou! de la rela!ion au savoirquCes! le !ransOer!N sCallgen! de leur>ro>re Z horreur de savoir [N en la

conver!issan! en haineN aussi bien hainede lCanalBse que de ses su>>U!sN FreudNLacanN e! bien sr celui ou celle qui les aaccom>agn+s dans le >arcours. Il B a biendCau!res inde3 de la variable non logiquedon! Lacan a !ouours marqu+ la >laceN e!quCil a inscri!e avec le mo! Z +!hique [.

 Au!an! dire quCavec ce!!e variable nonlogiqueN on ne >eu! >as >r+voir le !em>squCil Oaudra ` lCanalBse. Z n [ ce nCes!>as lCanalBs!e seulemen!N cCes! aussi bien

le sue! lui6mQme. 8! combien de OoisnCaura6!6on >as cons!a!+ avec sur>riseque lCanalBsan! d+cid+ des d+bu!s sere!rouve le >lus r+calci!ran! ` la Oin SLCinverse es! aussi vraiN e! on voi! lesce>!ique dCen!r+e devenir le !rs d+cid+de la Oin.  Le >rinci>e +>is!+mique de la Oin >ar ler+el es! requis >our clore une analBsemais quCil soi! requis ne le rend >assuOOisan! sCB aou!e une r+>onse de lCQ!re

qui ne relve >as de la logique. n es! l`dans le cham> du deuil !ransO+ren!ielN dece deuil don! Lacan a e3>lici!emen!indiqu+N e! dans la Z ro>osi!ion sur la>sBchanalBse de lCYcole [ e! dans ZLC+!ourdi! [N quCil suivai! le momen! de>asse au r+elN en re>oussan! au6del` le!erme de lCanalBse. 'e!!e r+>onse delCQ!reN qui in!rodui! la marge de liber!+sans laquelle chacun ne serai! que la ma6rionne!!e de son inconscien!N es! non

seulemen! im>r+visibleN e lCai di!N maisinOormulable en +nonc+N e! ds lors ellene se laisse a>>rocher que >ar des signes.

L/a--e(t (omme %i5"e  'es signesN Lacan a Oini >ar les si!uerdu cU!+ de lCaOOec! e!; il lui a Oallu le!em>s.  'Ces! la !hse de la Z *o!e i!alienne [ e!de lCZ In!roduc!ion au ;5minaire 0/ [ queC+voquais. Il B a A8N di! le >remier !e3!eN

quand le sue! analBs+ es! >ass+ de lChor6reur ` lCen!housiasme. Il B a dCau!res cas

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 40

Page 41: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 41/298

Page 42: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 42/298

s+ance cour!e cC+!ai! comme un co!in!errom>u ne >ensai! >as si bien dire.  #ais en Oai!N e crois que ce qui com>!edans une s+anceN quelle que soi! sa dur+eNcCes! sa OinN comme >our lCanalBsedCailleurs. Il B a les Oins de s+ance quiconcluen! en d+gagean! un >oin! de ca>i6

!onN qui g+n+ralemen! sa!isOai! les Oinsqui ques!ionnen! en soulignan! un !ermequi relance la ques!ion !ransO+ren!ielleN e!>uis les Oins de s+ances que Cai a>>el+esOins sus>ensives qui cou>en! la chane>our viser le sus>ens du sens. La s+ancecour!e lacanienne quasi >onc!uelle Braou!e de Oaire >asser en ac!e le rasoir dela cou>ure en!re lCes>ace des di!sN dessemblan!s e! la >r+sence r+elle.  Les deu3 >remiresN conclusives ou

ques!ionnan!esN son! des >ousse6`lChBs!orisa!ion de la v+ri!+. Les deu3secondesN sus>ensivesN son! >lu!U! des>ousse6au r+el. 8lles on! des aOOini!+savec lCin!er>r+!a!ion a>o>han!ique quiNcomme lCoracleN Z ni ne r+vleN ni necacheN mais Oai! signe%/ [. $igne de ce quie36sis!e ` lChBs!orisa!ion du sue!. Dans ZLa direc!ion de la cure; [ Lacan avai!avanc+ lCid+e dCune in!er>r+!a!ion si6lencieuseN doig! >oin!+ vers le signiOian!

du manque dans lCAu!reN au !erme cCes! ledoig! >oin!+ vers le r+el qui vien! ` ce!!e>lace.  LChBs!orisa!ion se Oai! >ar les !em>s di!dCouver!ure de lCinconscien! dans lesquelsla v+ri!+ se d+>lie dans la s!ruc!ure delangage le !hme es! connu e! a Oai!d+>lorer les !em>s de Oerme!ure. #ais ler+el quelle que soi! sa d+Oini!ionN semaniOes!e en !em>s de Oerme!ure delCinconscien!N voire de ree! de

lCinconscien! bavard. ;icut palea.LCinconscien! r+el no!ammen! es! un in6conscien! Oerm+N Oerm+ sur ses =ns deouissance.  #ain!enan!N en!re la v+ri!+ e! le r+el ilnCB a >as ` choisir dans lCanalBse. asdCanalBse sans hBs!orisa!ion du sue!.Dans la diachronieN le r+el es! au !ermedu >rocessusN aussi bien celui de las+ance que de lCanalBseN oj il Oonc!ionnecomme limi!eN donc >oin! dCarrQ! de la

36 LA'A*N -. Z In!roduc!ion ` lC+di!ion allemandedes crits [N in Autres 5crits, op. cit., >. ""(

 v+ri!+ men!euse. Dans la sBnchronie r+ele! v+ri!+ son!N disonsN nou+s ce quie3clu! que de la v+ri!+N malgr+ !ou!e lad+valorisa!ion que lCon B a>>or!eN on ensor!e com>l!emen!. LCinconscien! r+el Z!ri>o!e [ avec la v+ri!+. 'Ces! si vrai quCaumomen! mQme oj Lacan aOOirme

lCinconscien! r+elN il r+i!re lCid+e que la>asse consis!e ` !+moigner de la v+ri!+men!euse. {a >erme! de >r+ciser lasa!isOac!ion de Oin. 8lle es! moinssa!isOac!ion du r+el que sa!isOac!ion de laOa,onN acquise ` lCusage dCun >ar!iculierNde Z balancer [ ce!!e embrouille en!re

 v+ri!+ e! r+el. k lCusage veu! dire >eu `>euN avec le !em>s. LCusage ce nCes! >as `lCusureN si cC+!ai! ` lCusure ce serai! >our!ous. Le !em>s de lCanalBse cCes! le !em>s

dCacquisi!ion de ce!!e sa!isOac!ion6l .Im>r+visible. 8lle ne sCacquier! >as sansdes >asses au r+el r+i!+r+es au cours delCanalBseN que la s+ance cour!e es! Oai!e>our servir.  La s+ance cour!eN e! cCes! le >oin!ca>i!alN nCem>Qche nullemen!N commecer!ains le disen!N la d+clinaison bribe >arbribe des +l+men!s de lCinconscien!. )ribe>ar bribe cCes! lCeOOe! des scansions. 'eseOOe!s son! ` cer!ains +gards incalculablesN

mais les +l+men!s qui sCen d+>osen! e!que la scansion >erme! dCe3!raireN son!eu3N limi!+s e! obec!ivables. &ue son! ces+l+men!s de lCinconscien! que nouscherchons ` e3!raire dans le Olu3 de la>arole analBsan!e car la >arole es! unOlu3 e! >as seulemen! dans lCanalBse S Ilsson! en nombre limi!+ e! de deu3 !B>esNsans com>!er le silence. u bien ce son!des uni!+s s+man!iques \>hrases ous+quences de >hrases qui bouclen! leurs

signiOica!ions sur un >oin! de ca>i!on]N e!nous ob!enons alors ce que e vaisa>>eler une uni!+ conclusive sur une >ar!de ce qui sCes! di! dans le Olo! de la>arole. u bien nous isolons des uni!+sas+man!iquesN >ar cou>ureN soi! que nouse3!raBons un signiOian! de son con!e3!eNsoi! que nous in!errom>ions la chaneavan! son >oin! de chu!e Oinal \>ra!iqueOr+quen!e chez Lacan]. Alors nousob!enons une uni!+ non >as conclusiveN

mais >lu!U! as+man!ique que e vaisa>>eler uni!+ sus>ensive. &uelle que soi!

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 42

Page 43: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 43/298

la dur+e dCune s+anceN son >oin! dCarrQ!es!N ou bien un arrQ! conclusiON si >e!i!soi!6ilN ou bien un arrQ! sus>ensiO. $ur ce>oin!N e! sur ce >oin! seulemen!N e Oaisremarquer que s+ances cour!es oulongues son! ` +gali!+. Au bou! dCuneminu!e ou de !ren!e ou de quaran!eN >as

dCau!re choi3 cCes! ou lCuni!+ conclusiveNou lCuni!+ sus>ensive. 8! si cCes! lesilenceN il es! lui6mQme sus>ensiO.

 -e conclus donc que ce qui Oai! ladiOO+renceN e! il B en a une +videmmen!Nce nCes! >as la ca>aci!+ de lCune ou delCau!re ` +laborer lCinconscien!.  Les deu3 le Oon!N cCes! la moindre deschoses; $or!i de l`N on nCes! >lus dans la>sBchanalBse mais dans le grand cham>

>sB avec lequel elle ne se conOond >as.Dire des bQ!isesN sans valeur decommunica!ionN consis!e ` dire des>aroles ouissan!es.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 4%

Page 44: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 44/298

Le temp%, !" o89et $o5i6!eZernard &omin5 

e !em>s es! un conce>!diOOicile ` saisirN !an! >our

les >hBsiciens que >ourles >hiloso>hes. n ne>eu! sCem>Qcher delCimaginer comme unOleuve qui coule du >ass+

 vers le Ou!ur. #ais es!6onsi sr que le !em>s >asse r+ellemen!NnCes!6ce >as nous qui l|imaginons >asseralors que cCes! nous qui >assons S Z #etemps s6en va, le temps s6en va Sadame, las V#e temps non, mais nous nous en allons[. \

+crivai! le >o!e 5onsard.  Le !em>s es! indissociable de lCes>aceNles dis!ances son! courammen! mesur+esen !em>s n+cessaire >our les >arcourirN>ar e3em>le. #ais le !em>s es! lui6mQmeconsid+r+ >ar les >hBsiciens comme unes>aceN on >arle alors de lCes>ace6!em>se! !ous ne son! >as dCaccord sur sas!ruc!ure es!6il >la! ou courbeN con!inuou discon!inu S our cer!ains >hBsiciensNlCes>ace6!em>s es! un bloc rigide qui nCes!

nullemen! orien!+ a >rioriN si ce nCes! >arnousN dans la mesure oj nous organisonsla sui!e des +v+nemen!s selon un >rinci>equi es! celui de la causali!+. #ais cCes! unecons!ruc!ion men!ale e! nous savonsmQmeN de>uis FreudN que lCinconscien!es! ca>able de Oabriquer une causalit5

 ps8c%ique  qui >ara! Oonc!ionner ` reboursdu !em>s qui >asse. Le !em>s qui >assenCes! donc >as un r+el en soiN seul le

 pr5sent   es! r+el. n >ourrai! !rs bien

d+Oinir le r+el comme >r+sen!N !ouours+!ernellemen! >r+sen!. ar con!recommen! Oi3er ce r+el !ouours >r+sen! S8n +crivan!N cCes! ` dire en his!orian!N enlCordonnan! en pass5 . A ce !i!re le pass5  es!du cU!+ du sBmbolique. 5es!erai! alors lCi6maginaire >our le "utur N ce qui collerai! as6sez bien. La >erce>!ion du cours du!em>s d+>end donc de la conscience quidoi! >ouvoir in!+grer ce qui es! pr5sent N lerelier au pass5  e! le dis!inguer de ce qui se

>roe!!e du "utur .

'Ces! sans dou!e ce nud qui ins!alle lesue! dans une r+ali!+ !em>orelle

in!elligible. #ais le nouage de ces !roisregis!res laisse malgr+ !ou! +cha>>erlCobe! que e cherche ` cerner dans ce!ravail. Z #e temps ce n6est peut4(tre que a, lestrinit5s ou l65ternit5 de l6espace, ce qui sort l?d6un coincement sans rem=de. [%7

  'e! obe! qui +cha>>e au coincemen!Ne vais essaBer de lCa>>rocher >ar lC+!udede ce genre de rQve r+>+!i!iO que !ou! lemonde Oai!N oj lCon doi! re>asser une3amen que lCon a r+ussi. Dans le rQveN

on se >erme! la Oan!aisie de remon!er lecours du !em>sN on rQve donc que lCones! dans lC+>oque dCavan! le >assage delCe3amenN on sCB re>r+sen!e mais sansavoir rien >r+>ar+. 'ela >eu! !ourner aucauchemar e! on es! con!en! de ser+veiller en cons!a!an! que ce nC+!ai!quCun rQve. 'e que lCon rQve de re>asserNcCes! !ouours une +!a>e d+cisive qui amarqu+ un avan! e! un a>rs e! que lConsCes! eOOorc+ de >asser avec succs. n

rQve raremen! de re>asser un e3amenque lCon a ra!+. $ouven! le rQveur sai!dans le rQve quCil a d+` >ass+ ce!!e+>reuve avec succs >ourquoi donc lare>asser S Le !hme du re>roche es!!ouours l` e! selon Freud il sCa>>lique `quelque chose de la veilleN une condui!er+gressive >ar e3em>le. Z !u es d5:? ]g5, tuas *eaucoup v5cu et tu "ais encore des *(tises, desen"antillages. [  n >ourrai! aussi +voquer ce genre de

rQve oj lCon re!ourne dans une anciennemaison a>rs un d+m+nagemen! mais onB re!ourne comme un voleurN car on sai!que lCon ne devrai! >lus Q!re l`. 'e!!ea!mos>hre dCill+gali!+ va bien dans lesens de lCin!er>r+!a!ion Oreudienne dure>roche. #ais e >ense quCon >eu! aller>lus loin que Freud sur ce sue!. Le cara6c!re r+>+!i!iO de ce genre de rQve es!lCindice dCun eOOor! du sue! >our

37 LA'A*N -. Z Les non6du>es erren! [N ;5minairenon pu*li5, leon du BB d5cem*re  7%.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 44

L

Page 45: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 45/298

sBmboliser un +v+nemen! im>or!an! quies! un momen! de >assage un e3amenNun d+m+nagemen!N la dis>ari!ion dCun>roche. $i lC+>reuve se r+>!e dans lerQveN cCes! que quelque chose +cha>>e `ce!!e sBmbolisa!ionN cCes! que quelquechose nCes! >as >ris dans la

re>r+sen!a!ion de lC+v+nemen!. Il ne sCagi!>as de lC+v+nemen! en soi carN encore uneOoisN un e3amen r+ussi nCa aucune raisondCQ!re diOOicile ` sBmboliser. AlorsN>ourquoi Oaire comme si ce! +v+nemen!heureu3 nCavai! >as e3is!+ S 8n g+n+ralN silCon in!erroge le rQveurN il nous di! quedans son rQveN il doi! re>asser lCe3amen e!Oai! comme sCil ne lCavai! >as >ass+ !ou!en sachan! conOus+men! que cCes! Oau3.'e nCes! donc >as la na!ure de

lC+v+nemen! qui >ose >roblme mais sas!ruc!ure mQme dC+v+nemen!N cCes! ` direune +!a>e signiOian!e qui !race uneOron!ire en!re un avan! e! un a>rs. Lere>roche que le sue! se Oai!N cCes! >eu!6Q!reN avan! !ou!N le re>roche de vouloirnier le Oranchissemen!N de vouloir revenirdans lCavan! alors quCil es! d+` danslCa>rs. #ais au6del` du carac!re illici!ede ce voBage dans le !em>s que >erme! lerQveN la r+>+!i!ion de ce genre de rQve

nous suggre que le sue! ne renonce >as` saisir dans ce!!e sBmbolisa!ion quelquechose dC+vanescen!N quelque chosedCinsaisissable qui se d+cou>e sur laOron!ire en!re lCavan! e! lCa>rs.

$i les heures de lChorloge d+Oilen! de Oa6,on rigoureusemen! cons!an!eN on ne>eu! >as dire queN >our un sue! donn+N le!em>s >asse de Oa,on con!inue. La no!ionmQme dC+v+nemen! en !+moigne. #ais cequi Oai! +v+nemen! >our lCun ne Oera >as

Oorc+men! +v+nemen! >our son voisin.'e!!e !em>orali!+ don! il es! ques!iondans lC+v+nemen! nCa donc rien ` voiravec le !em>s qui >asseN ni avec le !em>sde lC<is!oireN ce!!e !em>orali!+ concernele sue!. 8lle es! en ra>>or! +!roi! avec lesue!N au >oin! quCon >ourrai! dire quCelle>ar!ici>e au3 a!!ribu!s du sue!N au sensgramma!ical du !ermeN car ces+vnemen!s sur lequel le sue! sCeOOorcede revenir dans ses rQves son! des

momen!s qui on! d+!ermin+ ce que lesue! a +!+N ce quCil es! devenuN ce quCil

aura +!+ quand;ce quCil aurai! >u Q!resi;breON il sCagi! dCessaBer de sBmboliserNde serrer au >lus >rs ce momen!N ce la>sde !em>sN ce! ins!an! oj !ou! sCes!>r+ci>i!+ >our Oaire que le sue! es!devenu ce quCil es!.

'e nCes! >as >our rien que Lacan a

u!ilis+ lCa>ologue des !rois >risonniers>our cerner ce quCil a a>>el+ le tempslogique N ce! ins!an! de hV!e n+cessaire>our que le sue! >uisse se >r+sen!er !elquCil es! e! sor!ir de la >rison de sesiden!iOica!ions ali+nan!es. 'e !em>slogique es! >ro>re ` chacunN il Oai! >ar!iede ses a!!ribu!sN il >ar!ici>e de son modedCQ!reN mQme sCil nCen a lui6mQme aucunees>ce dCid+e. 'Ces! ce qui me Oai! direque ce !em>s logique Oai! >ar!ie de la

ca!+gorie de lCobe! !el que Lacan en adessin+ le con!our e! cCes! dCailleurs cequCil Oinira >ar dire dans les com6men!aires de son a>ologue quCil Oera bien>lus !ard dans son enseignemen!N que cesoi! dans son s+minaire Mncore  oj il nousdi! que lCobe! a oue sa Oonc!ion dans lahV!e  %( ou que ce soi! dans #es non4dupeserrent N quand il di! carr+men! que > l6o*:eta est li5 ? cette dimension du temps % [. Au6!remen! di!N ce! obe! que le rQveur

essaBe dCa!!ra>er dans son rQve r+>+!i!iOqui >ara! se r+sumer en >remire lec!ure` une recherche du bon !em>s >erduN enr+ali!+ ce! obe! es! ina!!eignable >arcequCil nCa >as dCQ!reN dCoj la r+>+!i!ioninlassable >our essaBer de lCa>>rocher.  Le !em>sN comme obe! r+elN nCa >asdCQ!reN cCes! ce qui lui conOre sa Oonc!ionla >lus commune >our re>r+sen!er no!remanque ` Q!re. 'Ces! ce que disai! d+`lo!in dans lCAn!iqui!+ grecque le Ou!ur

es! le lieu oj nous si!uons ce qui nousmanque >our Q!re. $i nous courons versle Ou!ur cCes! dans l |id+e dCB !rouver >lusdCQ!re. Au!remen! di!N le !em>s qui nousmanque >our Q!reN ce a>rs quoi nouscouronsN nCes! rien dCau!re que no!remanque ` Q!re s!ruc!ural.38 LA'A*N -. #e s5minaire livre 00,  Mncore. DanslCenregis!remen! audio de la s+ance du 1/ anvier17% que mCa Oai! +cou!er a!ric alasN onen!end !rs clairemen! ceci Z #a "onction de la

%]te, c6est la "onction de ce petit a, petit a4t \ %]t5J.% LA'A*N -. Z Les non6du>es erren! [Ns+minaire non >ubli+N le,on du avril 174.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 4"

Page 46: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 46/298

  -e >ourrais raou!er que ce! obe!auquel nous conOions de re>r+sen!erno!re manque ` Q!reN e! qui se si!ue enquelque sor!e en marge du langageN nCenes! >as moins un >rodui!. Le !em>s es!>rodui! >ar le sue! qui >arle. 'eci nCes!>as sans ra>>or! avec la langue qui

conugue. De>uis les Grecs e! les La!insNnous dis!inguons le >ass+ le >r+sen! e! leOu!ur. Z #e seul "ait de con:uguer su""irait ?

 prouver que le temps e3iste .40[ #ais cer!aineslangues ne conuguen! >asN cCes! le cas duchinois don! les verbes ne >rennen! >asla d+sinence. Il sCen sui! P ` en croireFran,ois -ullien P quCil nCB a >as deconce>! du !em>s dans la >ens+e chi6noise. La sagesse chinoise sCin!+resse >lusau momen! quCau !em>s en lui6mQme.

)reON si la >hiloso>hie occiden!ale sCeOOor6ceN usquC lCobs!ina!ion >arOoisN deconce>!ualiser ce >rodui! du langageN cenCes! >as >our rien.

our r+sumerN au >oin! oj nous ensommesN Cai essaB+ de mon!rer en quoi le!em>s es! un r+el qui >ersonnalisechacunN il es! un a!!ribu! du sue!N>ar!iculiremen! convoqu+ dans son ac!een !an! quCil Oai! +v+nemen! voireavnemen!N il es! insaisissable bien

quCimaginable sous les es>ces du !em>squi >asseN du !em>s qui manqueN du!em>s >erduN breON du manque ` Q!re e! iles! un >rodui! du langage. &ue Oau!6il ra6ou!er de >lus >our nous convaincre quCilOai! >ar!ie de la ca!+gorie de lCobe! a S IlOaudrai! >ouvoir d+gager sa Oonc!iondans lCali+na!ion ` lCAu!re >uisque cCes! l`que lCon >eu! saisir au mieu3 la Oonc!ionde lCobe! a de Lacan comme res!e delCo>+ra!ion qui !en!e dCinscrire la

ouissance du vivan! dans lCAu!re dusigniOian!.

Dans son s+minaire l6Angoisse, Lacan+bauche cinq s!ades >our ce!!einscri>!ion e! il les me! en rela!ion surune sor!e de gra>he ` !rois niveau3. Il meOau! donc voir commen! inscrire le !em>sdans ce!!e cons!ruc!ionN +!an! bienen!endu que e ne com>!e >as raou!er unsi3ime s!ade. Il suOOi! de relire la le,ondu 1 uin 1/% >our sCa>ercevoir que ce

40 -=LLI8*N F. Du > temps \, arisN Grasse!N 2001N>. %0.

qui >erme! ` Lacan de me!!re en rela!ionces cinq >r+sen!a!ions de lCobe! a N cCes!la Oonc!ion du !em>s ar!icul+e au langage>uisque ce sch+ma!isme es! celui dugra>he. 'Ces! un >arcours Ol+ch+N e! ce!!eOlcheN on >ourrai! la nommer  "l=c%e dutemps. #ais ce >arcours Ol+ch+ nCes! >as

rec!iligneN la Olche mon!eN comme sCilsCagissai! dCune >rogression du s!ade oralNau s!ade anal >our arriver au s!ade>hallique e! l`N la Olche sCinverse commesCil sCagissai! dCune r+gression vers leniveau inO+rieur oj Lacan inscri! laOonc!ion du regardN au mQme niveau quele s!ade analN >uis vers le niveau encoreinO+rieur oj il si!ue la Oonc!ion de la voi3qui se re!rouve au mQme niveau que les!ade oral. 'e!!e cons!ruc!ion de Lacan

mCa !ouours >aru !rs im>or!an!e. 8llear!icule demandeN d+sir e! >lus de ouir e!il Oau! ces !rois regis!res >our saisir laOonc!ion logique de lCobe! a.  $ur labranche mon!an!e de ce >arcoursN on>eu! si!uer le !em>s de lCali+na!ion qui sed+cline ` deu3 niveau3N le niveau oral e!le niveau anal. Au niveau oralN lenourrisson !o!alemen! d+>endan! doi!sCada>!er ` lCe3igence de la demande delCAu!re qui im>ose ses scansions dans la

sa!isOac!ion du besoin. 'Ces! l` quelCAu!re se mon!re comme le ma!re du!em>s Z mon heure sera la !ienne [.'eci se renOorce au niveau anal ojlCAu!re im>ose encore >lus clairemen!son heure >our la sa!isOac!ion desbesoins. A ceci >rs quC` ce niveau lesue! es! un >eu >lus en mesure de sCBo>>oser >uisquCil >eu! se re!enirN ce quilui >erme! dCinverser le >rocessus e! de>r+!endre im>oser ` lCAu!re son heure en

se Oaisan! a!!endre. *ous sommes l` dansle !em>s de lCali+na!ion e! e crois quCon>eu! lCassimiler ` l6instant de voir   dusop%isme des trois prisonniers  >uisque cCes! lamQme logique qui B >r+vau! le sue! Bmesure ce que son iden!i!+ doi! ` lCAu!re.Le !roisime niveauN oj Lacan inscri! les!ade >halliqueN cCes! le !em>s oj le sue!>eu! saisir le sens de son ali+na!ionNlCobe! oral e! lCobe! anal r+>ondan! ` lademande de lCAu!re B son! mesur+s `

lC+!alon de lCobe! du d+sir de lCAu!reNcCes!6`6dire au >hallus.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 4/

Page 47: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 47/298

  'e qui sCo>re ` ce s!ade >halliqueNcCes! donc une !raduc!ionN cCes! >ourquoie >ense quCon >eu! B si!uer le temps pourcomprendre N mais ce!!e signiOica!ion ne>eu! in!ervenir quC` un cer!ain momen!NcCes! !ou!e la ques!ion de la >hase>hallique d+cri!e >ar FreudN elle o>re

dans lCa>rs6cou>. Il Oau! du !em>s >ourcom>rendre. #ais quand le sue!com>rendN il ado>!e le sens venu delCAu!re e!N dCune cer!aine Oa,onN il es! d+`!ro> !ardN il a ra!+ la rencon!re avec ce quile causeN ce qui laisse ` d+sirerN du Oai!dCun >e!i! rien qui rend les obe!s de lademande inad+qua!s au d+sir de lCAu!re.'Ces! dans ce! +car! que lCobe! a !rouvesa Oonc!ion e! cCes! l` aussi que le sue!!rouve sa >lace du Oai! de lCim>ossibili!+

de Oaire =n avec lCAu!re. *ous en!rons l`dans une au!re !em>orali!+N il ne sCagi!>lus du !em>s >our com>rendre mais dela hV!e ` >oser lCac!e qui s+>areN lCac!e quichange la >ers>ec!iveN lCac!e qui sCim>osedu Oai! de la logique de lCobe! >lus deouir o>+ran! en un +clairN quCil sCagissedu regard ou de la voi3. *ous sommes l`sur la branche descendan!e du >arcoursOl+ch+ qui enlace le regard e! la voi3N deu3obe!s qui son! lCeneu de la s+>ara!ion

qui sui! le !em>s de lCali+na!ion. 'Ces! l`quCil Oau! si!uer la Oonc!ion de la hV!eN e!ce!!e Oonc!ion de la hV!eN cCes! lCaOOaire dece! obe! a N obe! %]t5  s>+cialemen! sousson as>ec! de regard ou de voi3Nraremen! vuN raremen! en!endu si ce nCes!de Oa,on e3!rQmemen! Ougace. Le !em>snCes! >lus du !ou! le !em>s de lCAu!reNcCes! le !em>s du sue!N le !em>s comme!rai! carac!+ris!ique du sue!N le !em>s quile s>+ciOie e! le Oai! e3is!erN disons mQme

qui le cause. Le regard e! la voi3 seraien!alors ` consid+rer comme>r+sen!iOica!ions de la !em>orali!+ dusue!N !em>orali!+ >ar!iculiremen!d+mon!r+e dans cer!ains ac!es cr+a!iOscomme dans le ges!e du >ein!re >are3em>le. Lacan re>re ainsi dans la!ouche du >ein!re la temporalit5 originale IB 

qui carac!+rise sa rela!ion ` lCAu!re ` qui ildonne ` voir. #ais ce!!e !em>orali!+

41  LA'A*N -. #e ;5minaire N #ivre 0/, #es quatreconcepts "ondamentau3 de la ps8c%anal8se, arisN $euilN17%N >>.104^10".

originale es! aussi ce qui doi! +merger `la Oin de la cure analB!ique. 'e nCes! >as>our rien que Lacan a inven!+ cedis>osi!iO quCil a nomm+ la >asse. 'eluiqui sCB >r+sen!e nCB rencon!re >as un an+qui es! >ass+ mais un >asseur >our quies! >r+sen! ce momen! >ar!iculier de

lCanalBse qui lui >erme! dCouvrir les Beu3e! les oreilles. Z DCoj >ourrai! donc Q!rea!!endu un !+moignage us!e sur celui quiOranchi! ce!!e >asseN sinon dCun au!re quiNcomme luiN  l6est encoreN ce!!e >asseS  42['Ces! une Oormula!ion curieuse. Lacan nedi! >as que le >asseur es! dans la >asseNmais quCil lCest. 'e nCes! >as un es>acedans lequel on >eu! Q!reN cCes! un >urmomen! e! le sue! es! assimil+ ` cemomen!. 'ommen! com>rendre ce!!e

Oormula!ion si ce nCes! en consid+ran!que la >asse es! assimilable ` la rencon!redu sue! avec sa !em>orali!+ originaleNcCes!6 6dire avec lCobe! logique qui lecause S  A bien B r+Ol+chirN cCes! quelque chosequi sC+>rouve dans !ou! ce qui a la quali!+dCun ac!e. Le sue! B concide avec sa!em>orali!+ originaleN ce qui leur donne Pau sue! comme ` ce momen! P unedensi!+ !ou!e >ar!iculire. 'Ces! ` ce

genre de rendez6vousN >as si Or+quen!dans la vieN que >eu! conduire uneanalBse. #ais >our cela il Oau! du !em>s.8n ce sensN lCe3>+rience de lCanalBse sesi!ue en marge de lCair du !em>sN elle nese >r+occu>e >as du !em>s qui >asseN du!em>s >erduN du !em>s gagn+N qui son!au!an! de Oa,ons de concevoirN dedonner Oorme au manque ` Q!re.'e>endan! Lacan nous a mon!r+ quece!!e >ra!ique es! Oond+e sur le

maniemen! du !em>s comme o>+ra!eurlogique.

 oil` >ourquoi une analBse >eu!conduire lCanalBsan! ` Oaire le deuil du!em>s >erduN ` ne >as sCobnubiler sur le!em>s qui >asse mais ` savoir saisir lemomen! oj il >eu! se r+aliser.

42  LA'A*N -. Z ro>osi!ion du oc!obre 1/7sur le >sBchanalBs!e de lC+cole [N  Autres 5crits,arisN $euilN 2001N >.2"".

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 47

Page 48: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 48/298

Page 49: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 49/298

esses smbolos amais s9o equvocosM4".8is >orque Ooi >ossvel a Freudiden!iOicar as >ulsTes de vida nacon!ram9o da en!ro>ia elas dizemres>ei!o aos inves!imen!os das inOor6ma,Tes P os !ra,os mnQmicos que arma6zenamos em cadeias associa!ivas. $e en6

!endemos o saber como inscri,9o de in6Oorma,9oN en!9oN como diz )ousseBrou3No Kreserva!rio das inOorma,TesM + ne6guen!r>ico4/N enquan!o que o cam>odos gozos + en!r>icoN ? que os gozos sse recu>eram sob a condi,9o de uma en6!ro>ia. K$e a neguen!ro>ia !em o sen!idoinverso da en!ro>ia OsicaN en!9oN quan!omais o cam>o das la!usas aumen!a P e eleci*eraumenta R P mais crescem as >erdas>roduzidasM47  \idem]. AssimN ao mesmo

!em>o em que o !eleOone e o !el+graOoderam a >ossibilidade aos !ericos da in6Oorma,9o de iden!iOicar es!a com a ne6guen!ro>iaN >romoveram o aumen!o daen!ro>ia >ois n9o + >ossvel !eleOonar ou!elegraOar sem com isso disci>ar maisenergia eN >or!an!oN aumen!ar as >erdas>roduzidas.45 Kune Oonc!ion de code swB e3erce >ar ou se Oai!la n+guen!ro>ie de r+sul!a!s dwobserva!ion. )ien>lusN des condui!es vi!ales swB organisen! desBmboles en !ou! semblables au3 nU!res \+rec!iondwun obe! au rang de signiOian! du ma!re danslwordre du vol de migra!ionN sBmbolisme de la>arade !an! amoureuse que du comba!N signau3de !ravailN marques du !erri!oire]N ` ceci >rs queces sBmboles ne son! amais +quivoquesM \LacanN#2tourdit N $cilice! 4N $euilN arisN17% 4/].46 *ega!ive en!ro>B or negen!ro>B or sBn!ro>B oOa living sBs!em is !he en!ro>B !ha! i! e3>or!s !omain!ain i!s on en!ro>B lo. he conce>! and>hrase ere in!roduced bB 8rin $chrdinger inhis 14% >o>ular6science boo :ha! is liOeS.W1XLa!erN L+on )rillouin shor!ened !he >hrase !o

negen!ro>BN W2XW%X !o e3>ress i! in a morex>osi!ivex aB a living sBs!em im>or!snegen!ro>B and s!ores i! \:ii>edia]. In a no!e !o :ha! is LiOeS $chrdinger e3>lained his use oO!his >hrase KW...X iO I had been ca!ering Oor !hemW>hBsicis!sX alone I should have le! !he discussion!urn on Oree energB ins!ead. I! is !he more Oamiliarno!ion in !his con!e3!. )u! !his highlB !echnical!erm seemed linguis!icallB !oo near !o energB Oormaing !he average reader alive !o !he con!ras!be!een !he !o !hingsM \idem].47  KLa n+guen!ro>ie que aBan! le sens inverse delwen!ro>ie >hBsiqueN es!6ce ` dire alors que >lus le

cham> des la!houses grandi! e! ilcBbergrandi! R >lus swaccroissen! les >er!es >ro6dui!esW...XM \)ousseBrou3N o>. ci!.].

Tr% re(orte% &i%tri(o% do tempo+ "a-%i(a.  *a Osica cl?ssicaN o !em>o + umaconsis!Qncia. Acredi!ava6se que e3is!iaalgo chamado !em>o que Olua e >odiaser medidoN >or Oazer >ar!e da es!ru!uraOundamen!al do universo como uma di6

mens9o na qual os acon!ecimen!os ocor6rem em seqQncia. 'omo sis!ema de re6OerQncia absolu!oN o !em>o ne!oniano +uma base de reOerQncia em que se !oma!rQs dimensTes do es>a,o mais o !em>o. !em>o seriaN no concei!o cl?ssico daOsicaN um KrelgioM com marcha sem>recons!an!eN sem ins!an!e inicial nem Oinal.8s!e + o >rinc>io da uniOormidade do!em>o as coisas mudamN mas o !em>o +sem>re o mesmoN cons!an!e. $eria ne6

cess?rio aguardar 8ins!ein >ara que se>udesse iden!iOicar de que consis!Qnciase !ra!ava.  Dois s+culos de>ois de *e!on \4 de

 -aneiro de 1/4% LondresN %1 de #ar6,o de 1727]N no s+culo HIH mais >reci6samen!eN mui!a coisa come,ou a mudar.8 >ara cons!ruir a rela!ividadeN 8ins!einNna es!eira do !rabalho de #a3ell e deLoren!zN >assou a si!uar o !em>o comouma grandeza rela!iva. >os!a ` conce>6

,9o realis!aN Ko !em>o ? n9o se reOere anenhuma es>+cie de wcon!inen!ew a!raves6sado >elos acon!ecimen!osN nem !am6>ouco W+X uma en!idade que wOluiwN masNno lugar dissoN 5 parte de uma estrutura inte4 lectual "undamental :unto com o espao e o nú4 meroJ atrav5s da qual os %umanos seq^enciame comparam os acontecimentos . 8s!a segundaace>,9oN W...X sus!en!a que o !em>o n9o +nem um acon!ecimen!o nem uma coisaNn-o sendo portanto em si mensurável M4(. De

Oa!oN ao con!r?rio das ou!ras grandezasreOeren!es ao es>a,oN e que >odemosmedir com uma r+gua ou !renaN o !em>on9o seria mensur?vel. !em>o n9o semedeN se conta N se ciOraN >oderamos dizercom a observa,9o de Lacan \17%64] deque aquilo que se ciOra + da ordem dogozo \cO. $emin?rio HHIN li,9o de 20 denovembro de 17%]. K*9o >odemosusar uma r+gua >ara medir o !em>o.=samos o chamado relgio. #as o rel6

4(h!!>^^en.ii>edia.org^ii^ime. GriOomeu.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 4

Page 50: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 50/298

gio + um dis>osi!ivo de con!agem. $eamos badalos de um >QnduloN seam as ba!i6das de uma molaN seam gr9os de areia oua OreqQncia de !ransi,9o de el+!rons emrbi!a de um ?!omoN !odas as Oormas demedir o !em>o s9o de contagem  e n9o demedidaM4.

Isso n9o + sem rela,9o com a observa6,9o de Lacan na conOerQncia de 1 de un6ho de 172N no boo de seu curso K sa6ber do >sicanalis!aM. *essa conOerQnciaNLacan observa o seguin!e !eria havidoum dia em que os >i!agricos P ainda naGr+cia an!iga P esbarraram na ~2. A ~2Nus!amen!eN + incomensur?vel"0. Isso !eriasido re!omado >elos OilsoOos eN se na+>oca ningu+m es!eve ` al!ura de res>on6der ` ques!9oN nem >or isso dei3aram de

com ela se darem con!a de que Ko inco6mensur?vel e3is!iaN e com isso secome,ava a colocar a ques!9o sobre oque era o nJmeroM \LacanN 1 de unho de172]. Algo no nJmero Ourava o nJmeroR  !em>oN com as mudan,as que a OsicasoOreu no incio do s+culo HHN !ornara6seen!9o uma grandeza rela!ivaN n9o men6sur?vel. &uando se !rabalha na Osica e se+ Oor,ado a escrever as grandezas sem pos4 si*ilidade de medida N u!iliza6se o ar!iOcio de

ano!?6las sem>re mul!i>licadas >or i N ouseaN o nJmero imagin?rioN ~\61]N comoLacan \1/162] o re!omaria ? no ;eminá4 rio C, A identi"ica-o. *Jmero imagin?rio>orque >ermi!e lidarN de alguma OormaNcom o real que revela P da mesma Oormacomo o Oalo revela o OuroN ainda no mes6mo ;eminário C . 8 de que realN no con!e36!oS Aquele que Oaz obe,9o ao nJmeroin!eiro K8m sumaN quan!o mais se Oa,amobe,Tes ao =mN quer dizerN ao nJmero

in!eiroN mais se demons!ra que + us!a6men!e do im>ossvel que em ma!em?!icase engendra o realM \LacanN 17162N li,9ode 1^/^72].

 AssimN o !em>o >assa a ser uma gran6deza iden!iOicada com o nJmero imagin?6rio a>esar de n9o haver Knada de menos

4h!!>^^.daO.on.br^lm^>iniao^!em>o naOisica.h!ml"0Kcua rela,9o n9o >ode ser e3>ressa >or um nJ6

mero in!eiro ou Oracion?rio \diz6se de rela,9o degrandezas]M in Dicion?rio <ouaiss da lngua >or6!uguesa.

imagin?rio do que ~\61]M \idem]N comomui!o bem Lacan se reOere a isso nesseseu ;eminário. Ar!iculando isso `>rimeira li,9o do ;eminário EBN em queLacan \17%64] associa e equivale os !rQsregis!rosN realN simblico e imagin?rioNconclumosN necessariamen!e que a dit4 

mansion   engendrada >ela K>ar!e de umaes!ru!ura in!elec!ual Oundamen!al \un!ocom o es>a,o e o nJmero] a!rav+s daqual os humanos seqenciam ecom>aram os acon!ecimen!osM \!e3!o ?ci!ado]N ou seaN  o !em>oN a >ar!ir domomen!o em que 8ins!ein o derrubacomo reOerQncia absolu!aN + o >r>rio Ida ar!icula,9o dos !rQs regis!ros realNsimblico e !em>o.

Oa!o + que a ma!em?!ica da qual se

serve 8ins!einN de oincar+N ? + uma !o6>ologia em Oorma,9o. Y uma geome!riaque in!roduz sen!ido Ourando as !rans6Oorma,Tes de Lorenz que au3iliaram8ins!ein a >ro>or a !eoria da rela!ivi6dadeN da mesma Oorma que observ?va6mos Lacan dizer o imagin?rio Oura osimblico >orque in!roduz nele o sen!i6do. &uando es!ud?vamos o >lano >roe6!ivo no qual se baseia a cons!ru,9o do8squema 5 \LacanN 1"/]N n9o h? dJvi6

da que a banda de #oebius ? es!ava>resen!e em sua Oormula,9o. >lano>roe!ivo que ? se im>usera na +>ocane!oniana im>lica o OuroN mesmo se +somen!e com a !o>ologia no s+culo HHque se >assar? a >ensar a partir   dos Ou6rosR

I"-ormaBo e tempo.  *a realidadeN a >ar!ir da d+cada de140N associando as >esquisas Osicas

com as da !eoria da inOorma,9oN en6!ende6se que a en!ro>ia age no sen!idosem>re de destruir a in"orma-o. ara ima6ginarizarmos !al cons!a!a,9oN bas!a lem6brar queN n9o im>or!a o que se Oa,aN umdisco vai >erdendo a inOorma,9o ` medi6da em que o !em>o >assa P ele arranhaNenche de >oeira... ou quebra PN e o mes6mo se d? com o achado arqueolgicoN>or e3em>lo. Isso >ermi!e levan!ar ahi>!ese de que a a,9o do !em>o n9o +

sen9o a >r>ria a,9o da en!ro>ia. O tem4  po 5 a mani"esta-o da entropia . LogoN o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano "0

Page 51: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 51/298

!em>oN como grandeza >rim?ria n9oe3is!eN ele + derivado da a,9o da en!ro>ia. queN eviden!emen!eN >rovoca anecessidade de se e3>licar a deOini,9o queconhecemos do inconscien!e >or Freudele + a!em>oral mas regidoN singularmen6!eN >ela >uls9o de mor!e P aquela que

Freud associa dire!amen!e ` en!ro>ia. inconscien!e como a!em>oral + o incons6cien!e do saberN em que !ra,os mnQmicosse associam e se inscrevem sem levar emcon!aN minimamen!eN o !em>o que se>arauma lembran,a da ou!ra. al comoN ali?sNas coisas ocorrem no mundo quVn!icoem que !am>ouco as coisas ocorrem emqualquer reOerQncia ao !em>o. or sua

 vezN a re>e!i,9o do gozo sem>re omesmo + o que Oaz >assar o !em>o >ara

um suei!o. $e Ko !em>o !udo a>agaMNcom o Osico )ol!zmann e o !erico dainOorma,9o $hannon + a en!ro>ia queK!udo a>agaM. !em>o +N >or!an!oNen!ro>ia. Ficar ovemN ao con!r?rioN +>oder armazenar sem>re maisinOorma,9o e man!er ocu>ados oses!adosN o que a sabedoria >o>ularconhece mui!o bem quando se reaOirma anecessidade de se ocu>ar no envelheci6men!o. *a !en!a!iva de len!iOicar o eOei!o

en!r>icoN o >siquismo se com>le3iOica.  Ainda no ;eminário B7 N Lacan \1/670]iden!iOica a Kenerg+!icaM com a rede de si6gniOican!es \>. "4]. KocQs ignoram que aenerg+!ica + a mesma coisa W...X que uma>lique da rede dos signiOican!es sobre omundoSM \idemN >. "4]"1.  ara us!iOicaressa concei!ua,9oN Lacan sugere a se6guin!e e3>eriQncia Des,am uma ladeiracom (0g nas cos!as e de>ois a subam.ara quem o OizerN duvido que isso n9o

!enha sido um grande !rabalhoR K#as se vocQs a>licarem sobre isso os signiOi6can!esN quer dizerN se vocQs en!rarem na

 via da energ+!icaN + cem >or cen!o cer!oque n9o houve nenhum !rabalhoM \idemNibidem]"2. or quQS orque >ara o es!udoda mecVnica !rabalho + Oor,a vezes a dis6"1 KIgnorez6vous que lC+nerg+!iqueN ce nCes! >asau!re choseN W...X que le >lacage sur le monde dur+seau des signiOian!s SM \>. "4]."2K#ais si vous >laquez l`6dessus les signiOian!sN

cCes!6`6dire si vous en!rez dans la voie de lC6+nerg+!iqueN il es! absolumen! cer!ain quCil nCB aeu aucun !ravailM \idemN ibidem].

!Vncia >ercorrida. LogoN se vocQ desce(0g a Oor,a da gravidade e3erce um !ra6balho equivalen!e ` al!ura e na vol!aN agravidade Oaz um !rabalho nega!ivoigual. LogoN o !rabalho da gravidade Ooinulo. >roblema + queN >ara a mecVnicanessa e3>eriQnciaN !rabalho + da Oor,a da

gravidade queN no e3em>loN se anula. Aose inscrever a a,9o com signiOican!es damecVnicaN n9o h? nenhuma reOerQncia `en!ro>ia. *o m?3imoN h? neguen!ro>iaNaumen!o de inOorma,9o. #as essa inscri6,9o !amb+m se OazN como vimosN sem re6OerQncia ao !em>o. *em !em>oN nem en6!ro>ia.  &ual + o Ouro dessa e3>lica,9oS Ouro es!? no Oa!o de que a a,9oN ela mes6maN n9o + Oei!a com signiOican!es... >ara

descer vocQ Oez um esOor,o que se >er6deu >ara evi!ar que os (0g se es!abacas6sem l? em bai3o e >ara subir vocQ !eveque Oazer um novo esOor,oN esOor,o du6>licado >ara vencer a gravidade. *oconun!oN a en!ro>ia sobeR A energia usa6da se dissi>ouN mesmo se >ara a mecVni6ca n9o houve nenhum !rabalho. 8isonde en!rou !amb+m a m?3ima de aB6lor em>o + dinheiro queN nesse !rabal6ho com os (0gN se >erdeu >ara sem>re

 P !irando qualquer ca>i!alis!a do s+rio...  em>o + um concei!o que a>arece>orque e3is!e en!ro>ia. que acon!ecenesse ins!an!e im>lica que o que acon!e6ceu h? dez minu!os a!r?s + diOeren!e doque acon!ece agora as coisas acon!ece6ram `s e3>ensas do crescimen!o da en6!ro>iaN houve um acr+scimo de en!ro>ia.or isso criou6se uma escala que acom6>anha essa mudan,aN e a essa escala cha6mou6se !em>o.

O% $imite% do 5o<o e o tempo $5i(o.  $e o signiOican!e + a energ+!icaNconOorme LacanN a inscri,9o dos !ra,osmnQmicosN conOorme FreudN en!9oN ao sereOerir ao signiOican!eN n9o d? >ara de!er6minar o !em>o P como vimosN o incons6cien!e + a!em>oral. Isso !amb+m coadu6na com o >rinc>io da incer!eza de <ei6senberg queN ao reOerir6se ao mundo mi6crosc>ico P cam>o da Osica quVn!ica P

>ercebeu queN num >ar com>lemen!arN>or e3em>loN o >ar  posi-o e velocidade  de

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano "1

Page 52: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 52/298

uma >ar!culaN n9o + >ossvel de!erminarde Oorma absolu!a ambas as grandezascom>lemen!ares. $e medimos com >re6cis9o absolu!a a >osi,9o da >ar!culaN n9oser? >ossvel de!erminar sua velocidadeN e

 vice6versa. u!ro >ar com>lemen!ares!udado >or <eisenberg + us!amen!e o

>ar energia  e tempo. $e medimos a energiade uma >ar!cula n9o sabemos >recisar oins!an!e em que ela a >ossua. $e>recisamos o ins!an!e em que >ossua !alenergiaN n9o saberemos em que es!adoenerg+!ico a >ar!cula es!ava. *um>rimeiro momen!oN o absolu!ismo do!em>o + desbancado >ela rela!ividadeNde>ois veio a !eoria quVn!icaN que odesbancou deOini!ivamen!e. KW...X o !em>o? n9o + considerado como uma grandeza

>rim?riaN is!o +N uma grandeza de onde se>ar!e >ara cons!ruir ou derivar ou!ras. <?mesmo quem diga que o !em>o n9oe3is!e. 83is!e sim o movimen!oN sendo o!em>o uma grandeza derivada des!eM"%. 

Donde + >reciso levan!ar a hi>!ese deque se es!udamos o inconscien!e comoa!em>oralN n9o se de!ermina com >re6cis9o o gozoN e quando se de!ermina ogozo P o !em>o P en!9o n9o d? >ara deOi6nir o signiOican!e.

  ive a o>or!unidade de a>roOundar aques!9o do gozo como >rocesso cclico"4 

quando !en!ava en!ender o que Lacan\1/(6] ar!icula em seu ;eminário 0@/sobre a mor!e como encon!ro do limi!emais bai3o do >on!o su>remo com omais al!o do >on!o nOimo. >rocessocclico P que n9o dei3a de im>licar a re6>e!i,9oN mas a re>e!i,9o na qual sem>rese >erde P + sem dJvida o >rocesso que>ermi!e a con!agem do !em>o. 'on!a6

gem do !em>oN ciOramen!o e gozo se>a6ram6se do inconscien!e >ela le!ra que lhesOaz li!oral \LacanN 17162a]. que Oinal6men!e nos leva ` >rovoca,9o e o !em>olgicoS

O tempo $5i(o e a (a%traBo.  #inha visada com esse !rabalho +con!ribuir >ara a discuss9o da Oun,9o do!em>o numa >sican?liseN no que !ange a

"%h!!>^^s!aOO.on.br^lm"4 AL)85IN $. K bem que se e3!rai do gozoMIn $!BlusN abril 2007N no. 14N >. 7162.

sess9o anal!icaN levando em con!a a dis6un,9o en!re a >rodu,9o dos $1 no dis6curso anal!ico e a correla!a >erda degozoN no mesmo discursoN ou seaN os>r>rios $1 no lugar do mais6de6gozar\cO. K saber do >sicanalis!aMN LacanN17162"" ]. 'omo observa LBdia Gomes

#ussoN nas KreliminaresM de nosso 8n6con!roN a >ar!ir do !e3!o Karian!es do!ra!amen!o >adr9oM \LacanN 1""]N desdecedo Lacan imiscui !em>o e !ransOerQn6cia e ela ci!a K8is >orque a !ransOerQncia+ uma rela,9o essencialmen!e ligada ao!em>o e ao seu maneoM"/.  Gos!aria dear!icular a conclus9o de meu !rabalho aessa observa,9o que + aqui !amb+m umahomenagem ` nossa colega que queriaes!ar en!re ns nesses diasN mas nos

dei3ouN em de aneiro >assado.  Levan!o minha hi>!ese o cor!e na!ransOerQnciaN o cor!e como signiOican!e\conOorme o ;eminário C P LacanN 1/162]N in!roduzindo o tempo lgicoN in!er6rom>e o >rocesso cclico en!r>icoN >ro6movendoN em conseqQnciaN a neguen6!ro>ia.  8s!ra!+gia do >sicanalis!aN conOorme aDire-o do tratamento e os princ)pios de seu po4 der  "7N a !ransOerQncia + re>e!i,9oN mas da

!iquQ r5p5tition ? la t8c%5JN e + dever doanalis!a re!iOic?6la na in!er>re!a,9o"(. La6can lembraN em seu ;eminário BBN que a!ransOerQncia + an!es de mais nadaNconOorme FreudN _*ertragnungsUiderstand

 P resis!Qncia da !ransOerQncia PN na medi6da Kque o inconscien!e se Oecha >ormeio da !ransOerQnciaM". 5endendo ho6""'O. o ar!igo K bem que se e3!rai do gozoMN noqual se veriOica a mudan,a dos lugares nosdiscursos a >ar!ir dos desenvolvimen!os na

conOerQncia de % de Oevereiro de 172 sobre Ksaber do >sicanalis!aM \Alber!iN $. In $!BlusN abril2007N no. 14N >. 7162]."/ Gy#8 #=$$N L. )arcelonaN novembro de2007. KA ransOerQncia + a in!romiss9o do !em>ode saber no inconscien!eM.h!!>^^.vencon!ro6iOe>Ocl.com.br^!e3!os^>re/ransOer.>dO."7  LA'A*N -. KLa direc!ion de la cure e! les>rinci>es de son >ouvoirM in crits ."( LA'A*N -. $+minaire 11N Les qua!re conce>!sOondamen!au3N >.74. KW...X la rec!iOier cCes! le de6 voir de lCanalBs!eN dans lCin!er>r+!a!ion du

!ransOer!M."Kque lCinconscien! se reOerme >ar le moBen du!ransOer!M. \LacanN Le $+minaireN livre HI14/]

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano "2

Page 53: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 53/298

Page 54: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 54/298

L/to--e d! <ro$a topo$o5ie et $e temp%

Franoise osselin 

acan re!rouve ` la Oin deson enseignemen! sons!ade du miroirN mais a>rsun long !our >ar lC+cri!uredes nuds >our ar!iculer le!em>s ` lCes>ace dans lemiroirN un es>ace ` !roisdi!6mensions oj le r+el du

cor>s B !rouve son +>aisseurN lC+!oOOe duz+ro de la cas!ra!ion.

#6inconscient r5el   'hez Freud comme chez Lacan se d+6>loie un eOOor! cons!an! >our cerner ler+el en cause dans la s!ruc!ureN >our en+laborer le ma!hmeN Z >our combler lab+ance en!re lCImaginaire e! le 5+el;lC+!oOOe mQme dCune >sBchanalBse/4 [N soi!>our imaginer le r+el au!remen! que >arlCimaginaire. FreudN >ressen!an! ladimension du r+el dans sa d+couver!eque lCinconscien! ne conna! >as le !em>sN

!en!e dCen +laborer une  Msquissescienti"ique. LacanN luiN se ser! de lC+cri!ure!o>ologique >our >arer ` lCab6sens dura>>or! se3uelN au !rou dans le savoirN ` laconOusion du z+ro qui nCes! >as le videmais la consis!ance du !rou. =ne!o>ologie qui sCo>>ose ` la Oascina!ion du!rou imaginaireN une !o>ologie Z qui nCadCau!re +!oOOe ` lui donner que ce langagede >ur ma!hme/" [. Z -e mCeOOorce ` Oaireune g+om+!rie du !issuN du OilN de la

mailleN cCes! !ou! au moins oj me condui!le Oai! dCanalBse// [. 8! >our rendrecom>!e de lC+>aisseur de ce !issu quCes! ler+el/7N   il >ar! du >oin! de serrage dunud qui Z suggre que lCes>ace im>liquele !em>s/( [. =ne !o>ologie qui sen+cessi!e de ce que le r+el lui revienne du/4 LA'A*N -. Z Le momen! de conclure [N \in+di!]Ns+minaire 177617(N s+ance du 0^0"^17(.65  LA'A*N -. Z LC+!ourdi! [N  Autres 5crits N arisN$euilN 2001N >.472.66

 LA'A*N -. Z Le momen! de conclure [N o>. ci!.Ns+ance du 11^04^17(.67 /dem N s+ance du 0^0"^17(.

discours analB!ique. Le !em>s Oai! +!oOOeau dire. Le !em>s cCes! la cou>ureN unecou>ure qui nCim>lique nul !rou \unecou>ure circulaire Oerm+e] qui Z nCes!mQme >as surOace de ne rien \;] s+>arerNe! >our!an! ,a se d+Oai!/ [.  Z #a !o>ologie \;] nCes! >as !h+orie.#ais elle doi! rendre com>!e de ce queNcou>ures du discoursN il B en a de !ellesquCelles modiOien! la s!ruc!ure quCilaccueille dCorigine 70[. =ne Au!re di!6

mension qui us!iOie la >asse.'e!!e au!re dimension es! celle du r+eldon! Freud a reOus+ de se Oaire la du>eNbloquan! sur le roc de la cas!ra!ion. ou!lCeOOor! de Lacan a >or!+ sur lad+signa!ion du r+el comme lCim>ossibleNle !issu mQme de lCinconscien!N un r+el!iss+ >ar le nombreN un r+el ` chercher ducU!+ du z+ro absolu. Z D+signer la Oormedu z+ro >lac+ au cen!re de no!re savoircCes!N di!6ilN la vis+e de mon ( in!+rieur;

ma !o>ologie a r+habili!+ le !issage71 [. Lez+ro cCes! le !rou. 5ien nCe3is!e sanslCe3is!ence du !rou.

 Mt son 5criture   Lacan inven!e donc une nouvelle+cri!ure >our rendre lisible lCirre>r+6sen!able du ra>>or! en!re les se3esNlCincurable de la division en!re le sig6niOian! e! lCobe!. Il nous in!rodui! ` ladialec!ique de son nud borrom+en >ar

le !ruchemen! du nombre Z seul r+elreconnu dans le langage72 [. ar!an! de ladi!6mensionN +quivoque in!rodui!e >arFrege sur le nom du nombreN que 0 e! 1,a Oai! 2N avec lC+quivoque de 2N dCeu3 \qui>our Lacan va sBmboliser le sue!/( LA'A*N -. Z Les non6du>es6erren! [N \in+di!]Ns+minaire 17%^174N s+ance du 11^12 ^17%.69 LA'A*N -. Z LC+!ourdi! [N Autres 5crits, o>. ci!.N>.4/1.70 /dem N >. 47(.71

 LA'A*N -. Autres Mcrits N Anne3es, >."(%.72 LA'A*N -. Z ; ou >ire [N Autres 5crits N o>. ci!.N>.4(1.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano "4

L

Page 55: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 55/298

su>>os+ savoir] le z+roN cCes! le !rouN le=* d+signe le vide du non6ra>>or!se3uelN son +cri!ure es! le b&4dire, soi! lenom du nombre  z+ro. ar ailleurs lema!hme du ra>>or! des se3es Oai!subversion 2 =ns li+s >ar un  !roisime+l+men!7%N   Oigure mQme du nud

borrom+en ` % ` >ar!ir duquel on >eu!d+>lier lC+num+rable.

> #65ternit5 de l6espace \   Lacan sCes! a!!el+ ` la mani>ula!ion deses ronds de Oicelle usquC` lC+>uisemen!>our !rouver lC+cri!ure de la consis!ancedu !rouN lC+>aisseur de ce !issu quCes! ler+el. *ous nCavons >asN di!6ilN la no!iondu volume ni de lC+>aisseurN nous ne>ouvons nous si!uer que dans un es>ace

` deu3 dimensions \dCoj la mise ` >la! deses Oigures !o>ologiques]. Le seulmaniemen! du volumeN cCes! le nudborrom+en qui a lCavan!age de sugg+rerque lCes>ace im>lique le !em>s. Z Le!em>s ce nCes! >eu!6Q!re rien dCau!requCune succession de !iraillemen!s \>ourle sue!] en!re le $BmboliqueN lCImaginairee! le 5+el. Le !em>s cCes! >eu! Q!re ,alC+!erni!+ de lCes>ace; le nud ,a donneune au!re id+e de la s>a!ialisa!ion que

lCunivers ambide3!re74.[

#e temps de l6acte   Le seul !em>s >our la >sBchanalBse es!le !em>s de lCac!eN un !em>s qui nCes! >aschronologiqueN ni mQme vraimen!logique mais un !em>s qui >eu! se saisirdu re!ournemen! !o>ologique du !ore dusue! dans le !em>s oj il se >rodui!.LCeOOe! de sens e3igible du discoursanalB!ique nCes! >as imaginaireN il nCes!

>as non >lus sBmboliqueN il Oau! quCil soi!r+el. Z \;] le dire Oai! nud Wle r+elX. La>aroleN elleN !rs souven! glisseN laisseglisser WlCimaginaireX 7"[.

Le >sBchanalBs!eN ` >ar!ir de la !e3!urede Oic!ion de la v+ri!+N vaN de son Q!reOaire +!oOOe ` la >roduc!ion dCun Z irr+el [Nen se revQ!an!N en servan!N >our son ana6

73 Idem.74 LA'A*N -. Z Les non6du>es erren! [N o>. ci!.N

s+ance du 11^12^17%.75  LA'A*N -. Z 5$I [N s+ance du 11^02^17"NOrnicar W  n•4N ren!r+e 17".

lBsan!N de su>>or! ` lCobe! cause dud+sirN ` lCobe! a   Il es! le gond >our>erme!!re ` la !Vche analB!iqueN a>rs unnombre im>air des !ours des di!s de lademande \cou>ures ouver!es]N queN dCunecou>ure circulaire Oerm+eN se d+Oasse lecross6ca> \la mise ` >la! du !ore] en la

bande moebienne du sue! \le $ barr+] e!le a N lCagalma du sue!6su>>os+6savoir\$$$]N don! le >sBchanalBsan! >eu!N sCil lCad+cid+N re>rendre le Olambeau en !an! quesue! aver!i du des!in de d+che! de ce!!ecause. LCobe! a  es! li+ ` la dimension du!em>sN il es! inclus dans le direN unedimension ` ar!iculer avec la dimensionde lCes>ace l` oj cC+!ai!N e dois ledevenir ce d+che!.  $i la >lume de Freud sCes! sus>endue

sur la ;paltung, la division subec!iveN cellede Lacan sCes! arrQ!+e sur la b+ance en!relCimaginaire e! le r+elN en!re lare>r+sen!a!ion e! lCobe!N soi! lCinhibi!ionNqui es! !ouours une aOOaire de cor>sN ima5i"er $e re$  >arce quCil nous+cha>>eN une b+ance quCil sCes!N di!6ilNeOOorc+ de combler. Il Oau! se briserN di!6ilN` un nouvel imaginaire concernan! lesens. Le r+el es! orien!able mais OorclU! lesens >uisquCil e3clu! la co>ula!ion du

sBmbolique e! de lCimaginaire. LCeOOe! desens e3igible dans la >sBchanalBseN il Oau!quCil soi! r+el.  Le savoir dans le r+el nCes! >as de ce!ordre de savoir qui >or!e le sens. Le sensde ce r+el es! le sBm>!Ume. Z Le 5+elNcCes! lCe3>uls+ du sensN cCes! lCaversion dusens. 'Ces! aussi la version du sens; Le5+el cCes! le sens en blancN le sens blancNle semblan! >ar quoi le cor>s se Oai! sem6blan!N semblan! don! se Oonde !ou!

discours7/[.  Le >sBchanalBs!e doi! se Oaire lCins6!rumen! de lCo>+ra!ion de lCe3!rac!ion dua   en serran! de son dire lCeOOe! de sensdCun nud qui soi! le bon \les >oin!s6nuds de lC+quivoque] Z >our que le>arlQ!re ne croi! >lus ` lCQ!re77 [N Z l` ojlCQ!re Oai! la le!!re 7([. our cela il doi!

76  LA'A*N -. Z 5$I [N s+ance du 11^0%^17"NOrnicar W n•"N <iver 17"^17/.77

 LA'A*N -. Z 5$I [N s+ance du (^04^17"N idem.78 LA'A*N -. Z ; ou >ire [N Autres 5crits N o>. ci!.N>. "4(

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano ""

Page 56: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 56/298

Page 57: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 57/298

T!>er $a mort

 Sartine Sen=s 

> ;i vis vitam, para mortem  LB \ 

on!rairemen! ` lCa!!enduNle !em>s ne >asse >as surlChomme cCes! lChommequi >asse sous les arcadesdu !em>sN B cheminan!selon la cons!ruc!ionquCil en Oai!N de lCignorersu>erbemen! usquC en

Q!re accabl+N sans !ouours le savoir. 'arla Oin du voBageN cCes! la mor!N imagee3!rQme de la cas!ra!ion don! nul ne >eu!

ni se >ro!+gerN ni >ro!+ger au!rui. asdCAu!re en!re la mor! e! le sue!N seuldevan! le gouOOre de lCirre>r+sen!able.  Le ra>>or! ` la !em>orali!+ r+vle la r+6>onse du sue! au r+elN en!endons >ar l`N>our sim>liOierN le vivan!N le se3eN la mor!.'ommen! !rai!e6!6il le nouage en!re vie e!mor!N +!a! de Oai! qui nCe3is!e ni >ourcelui auquel cCes! arriv+ >uisque le sue!mor! ne sai! >as quCil es! mor!N ni >ourcelui qui lCenvisage >uisquCil ne >eu!

amais nCen Q!re que s>ec!a!eur(2S $ans!races ni mo!s cernan! la c%ose N vivre sesachan! mor!el es! une d+cision quisu>>ose un consen!emen! d+>endan! delCoriginelle Ze:a%ung N dans un choi3 Oorc+Nnon seulemen! ` la cas!ra!ion mais aussi `ce quCelle +choue ` !raduire. Le ra>>or! `la mor! de lCun se rencon!re donc ` lamQme >lace que le manque dans lCAu!reN+cho des limi!es signiOian!es e!imaginaires qui le divisen! en!re Q!re e!

sensN e! qui le Oon! >our amaisN >our!ouoursN >erdan! e! soli!aire.

 Ainsi la >remire acce>!ion de la mor!se loge dans lCoriginelle >er!e de vivan!N

81 F58=DN $. Z *o!re a!!i!ude devan! la mor! [N Mssais de ps8c%anal8se, arisN aBo!N 1(1N >. 40.Freud conclu! son ar!icle >ar ce!!e ci!a!ion Z $i!u veu3 >ouvoir su>>or!er la vieN soi! >rQ! `acce>!er la mor! [.82 /dem . 'omme 8>icureN Freud d+clare Z Il nouses! im>ossible de nous re>r+sen!er no!re >ro>re

mor! e! !ou!es les Oois que nous lCessaBonsN nousnous a>ercevons que nous B assis!ons ens>ec!a!eurs. [

ancr+e dans lCen!ame Oai!e ` lCabsoluesa!isOac!ion mB!hique du narcissisme >ri6maireN don! lCobe! a   es! le res!e e! la>ulsion de mor! la m+moire. Le videcreus+ dans le sue! es! dans un deu63ime !em>s in!er>r+!+ via la diOO+rencedes se3esN e! !rai!+ >ar la cas!ra!ion qui va>our >ar!ie !ransOormer ce!!e >er!e enmanque s!ruc!uran!N origine dCoj le sue!>eu! \se] com>!er. DCembl+e donc lasaisie de la mor! oscille en!re deu3ins!an!sN celui de la >er!e e! celui dumanque. 8! si comme Freud le relveNlCangoisse de mor! \don! il >r+cise quCellees! de Oai! angoisse devan! la vie] es!lCanalogon de lCangoisse de cas!ra!ion(%Nce que Lacan >oursui! en les d+claran!in!er>r+!ables(4 de Oa,on +quivalen!eN ellene >eu! en!iremen! sCB r+duire.

Le temp% -ait %)mptme'e >a!ien! que Ca>>ellerai Ahasv+rus(" 

marche sans re>os e! Z erre seul dans les

immenses d+ser!s de lC+!erni!+

(/

[ commeZ quelquCun d+guis+ en >ersonne(7[. IlsCennuie ` mourir mais il ne meur!amais. Aucune da!eN aucun rendez6vousNaucun souvenirN ne Oai! >our lui >oin! deca>i!on. $ans >roe!N conOondan!m+moire e! avenirN il nCa!!end ni nCes>rerien. Z #ieu3 aurai! valu ne >as na!re [Nse di!6ilN comme le Oi! €di>e. Le voil`donc en deuil >er>+!uel de lui6mQmeNmor! dans le !em>s mor! qui enserre son

83  F58=DN $. /n%i*ition, s8mptXme, angoisse,  arisN=FN 1(1N >. "% e! /4.84  LacanN -. #e s5minaire livre 0, #6angoisse N arisN$euilN 2004N >.%0" Z 'Ces! une angoisse qui sera>>or!e au cham> oj la mor! se noue+!roi!emen! ` la vie. &ue lCanalBse lCai! localis+een ce >oin! de la cas!ra!ion >erme! Oor! bien decom>rendre quCelle soi! +quivalemmen!in!er>r+!able; [("  Ahasv+rusN le uiO erran! condamn+ `lCimmor!ali!+ >our avoir mal!rai!+ le 'hris! sur lechemin du Golgo!ha86

 :LFN . Orlando.87 F5=85N '. e! L='8*I*IN F. #6Amantsans domicile "i3e, arisN LaOOon!N 2007.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano "7

C

Page 58: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 58/298

e3is!ence. 'ar ` !uer le !em>sN le sue! dud+sir se !ue aussi((. 

Devan! ce sue! m+lancoliqueN lCanalBs!ees! >ouss+ ` !enir la >lace dC8choN >arlan!>our nCQ!re en!endu que de lui6mQme. Illui Oau! donc inven!er un modedCin!erven!ion diOO+ren!N >arado3alN ac!+N

>our arracher le gisan! ` son +!erni!+. Ahasv+rus O! e3!rai! de son non6Q!re `>ar!ir dCune >e!i!e his!oire que Cairacon!+e ` voi3 basse e! dans laquelle iles! ques!ion de la >ar! de e^u que me!un enOan! ` se >erdre >our con!raindrelCau!re ` le chercher. LCobec!iO +!ai! degreOOer une adresse ` la dis>ari!ion dansle vide. -Cai vu le >a!ien! relever la !Q!edoucemen! e! +cou!er. 'e Ou! le d+bu! deson re!our.

  assons ` des >ersonnages moins!ragiquesN qui >lus banalemen! rusen!avec le !em>s de mourirN limi!einsu>>or!able >os+e ` leur !ou!e6>uissance. LCun es! arrQ!+ dans un >ass+an!ici>+ >erdu >our !ouoursN >our luicCes! d+sormais !ro> !ard. LCau!re a!!enddans un Ou!ur an!+rieur inOiniN >our ellecCes! cons!ammen! !ro> !U!.

Le >remierN que Ca>>ellerai <enri com6me Faus!N >r+vien! !ou!e sur>riseN h+las

>our lui mQme les bonnes. ou! en>r+>ara!ionN >r+cau!ionN >r+visionN ilr+ussi! >our!an! ` !rom>er sa >onc!uali!+e! il lui arriveN >lus souven! quC` son !ourNde se Oaire a!!endre. Alors lCangoissesurgi! devan! le vague d+sir quCil >ourrai!rencon!rer en Oace. $ur!ou! que lCau!re nelui demande rien R 'e serai! ds lors !ro>risqu+. 'ar du risque il ne veu! >lus d+`il a +!+ mis au monde sans son accordN>rodui! dCune scne >rimi!ive ` laquelle il

>r+Orerai! ne amais >enser mais qui sera>>elle >arOois ` lui dans les m+andresde ses rQves. 'hacune de ses >e!i!eslVche!+sN oj il >che de c+der sur sond+sirN souven! au d+!rimen! de son>ar!enaireN sCinscri! non sur un !ableauremis+ dans une chambre close comme

(( LA'A*N -. Le s+minaire Z LCiden!iOica!ion [N in6+di!N le,on du 2% mai 1/2 Z ce!!e vie +!ernelle

don! serai! +car!+e !ou!e >romesse de la Oin nCes!concevable que comme une Oorme de mourir+!ernellemen! [.

>our Dorian GraB (N mais sur la ciremolle dCune cul>abili!+ !ouours Orachedon! il ne veu! rien savoir mais qui luirend la vie insu>>or!able. Il v+g!e danslCa>rs6cou> de demandes obsol!esN!ouours nos!algique dCune a>rs6midi+!ernelle oj il avai! +!+ lCenOan! >lus6que6

>arOai!N comblan! une mre ravie. Ainsi >risonnier dCune Oi3a!ion qui le

main!ien! dans un +!a! de l+!hargie oj la>ulsion de mor! >arle en silenceN ilignore lCheure de la Oa!ale visi!euse don!>our!an! la sim>le +voca!ion le >longedans une inqui+!an!e angoisse. Il es!quasi d+` mor! mais ne le sai! >as.  La secondeN que Ca>>ellerai )elleN ne

 voi! >as le !em>s >asserN >arOois cour!a>rsN mais le >lus souven! a!!end quCun

homme dCe3ce>!ion lui courre a>rs. $a vie ressemble ` celle de lCh+ronecondamn+e ds sa naissanceN >ar une O+equi ne Ou! >as invi!+e au3 Oes!ivi!+sN ` se>iquer avec un Ouseau e! ` en !omberraide mor!eN ce !rs >r+cis+men! ` lCVgede 1" ans0. 'e nCes! >as banal que ce soi!lCVge de |lC+veil du >rin!em>sC1N   soi! lemomen! de la rencon!re avec la se3uali!+eOOec!iveN deu3ime !em>s du !raumain+vi!able quCes! la rencon!re du se3uel

r+v+la!eur du manque. Le sor! seraadouci >ar une O+e concurren!e e! lamor! !ransOorm+e en un sommeil de cen!ans.  'e que )elle !ien! ` ignorerN cCes! quCilB a escroquerie sur le >rince di!charman!. 5a>>elons brivemen! lesOai!s le chV!eau en!ier avec !ous seshabi!an!s se Oige dans le !em>s e! unemuraille dC+>ines le cerne. Les euneshommes !en!+s >ar lCobe! O+minin recel+

B res!en! accroch+s usquC` ce que mor!sCen suive. 'elui qui r+ussi! ` OranchirlCobs!acle le Oai! !o!alemen! >ar hasard.

 ou! sim>lemen! le !em>s de lamal+dic!ion es! r+volu. Il se !rouve us!eau bon momen!N celui du r+veil de la>rincesse au d+sir endormi. as le

89 :ILD8N . #e portrait de Dorian ra8.0Z La )elle au bois dorman! [ >remire version

de 'harles erraul!N >uis des Orres Grimm.1 De F. :edeindN >r+Oac+ >ar -acques LacanNarisN GallimardN 1(%.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano "(

Page 59: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 59/298

moindre e3>loi! dans ce!!e rencon!reNus!e une ques!ion de bon^ne heur^e.  )elle ne veu! >as courir le risque de sa6

 voir la sui!e de lChis!oireN elle se Oai!absence +!ernelle >our sou!enir unea!!en!e !ouours insa!isOai!e. Assassinenarcissique du d+sirN elle ne voi! >as le

!em>s >asser. LCheure de la mor! la laisseindiOO+ren!eN ` >eine lCa>er,oi!6elle quandun >roche en re,oi! la visi!e Ounes!e.

;e mettre ? l6%eureIl serai! souhai!able que ces >a!ien!sN

qui incarnen! >ar!iculiremen!lC+quivoque du signiOian! 6 ils ne son! que!ro> >a!ien!sN !rouven! dans lCanalBse unemise ` lCheure qui ne soi! >as !an! celle delCinconscien!^savoir qui ignore le !em>sN

mais celle du r+elN cCes!6`6dire celle de lamor!. 'U!+ inconscien!N le d+roulemen!de la chane signiOian!e versus +nonc+>rivil+gie le mode diachroniqueN organis+>ar les bornes signiOian!es de la cas!ra!ion!ou! en res!an! sous le con!rUle dCunere>r+sen!a!ion conscien!eN cons!rui!e e!sBmbolis+eN du !em>s. Il Oau! unein!erven!ion >ar!iculire >our rom>re leOil de lCautomatum N laisser >lace ` la tuc%5 delC+noncia!ion e! !oucher ` la sBnchronie

in!em>orelle du sBm>!Ume. 'Ces!>ourquoi Lacan a in!rodui! dans lacondui!e mQme de la cure un ac!eaOOec!an! le !em>s concre!N >our quelCanalBsan! lasse le hors6!em>s de laouissance e! en!re dans le !em>sNcom>!+N com>!ableN du d+sir. Ainsi ilsCagi! de viser un bouclage de la s+rie dessigniOian!s non sur les !ours de la vainer+>+!i!ion mais sur une cons!ruc!ion e!une !ravers+e du Oan!asme qui brise sa

Oi3i!+ >ulsionnelle e! re^me! ` our lera>>or! du sue! ` lCim>ossible.

;eule la mort est immortelle   La >sBchanalBse avec les enOan!s es!>ar!iculiremen! ins!ruc!ive car lCenOan!6analBsan! baigne dans la ma!+riali!+ dusigniOian! e! il >arle le r+elN ce que les di!s|mo!s dCenOan!sC illus!ren!.  La ques!ion de la mor! se >r+sen!e `lCenOan! en mQme !em>s que celle de la

 vieN ins!an! de voir2.   Le >e!i! sue!NlorsquCil se d+couvre seul e! limi!+ enen!ran! dans la >+riode de n5vrose in"antile N!em>s >our com>rendreN e3>lore avecses !h+ories se3uelles inOan!iles !ou!es leshB>o!hses sur le non6sens de lwe3is!ence.La conscience dwune origine swim>oseN e!

il Oai! vi!e lChB>o!hse que swil B a und+bu! alors il B a une Oin. Derrire !ou!esles ques!ions sur la naissance des b+b+sNsur lC+nigme de la diOO+rence des se3esN se>roOilen!N le >lus souven! mue!!esN cellessur le devenir de chacun. Ainsi dCembl+eNse3eN vie e! mor! se !rouven! nou+s >ar led+sir de savoir e! les limi!es de ses>ouvoirs. LwenOan! rencon!re avechorreur ce!!e Oace de r+el qui res!e >our>ar!ie hors dCa!!ein!eN hormis >ar ce que

lCassom>!ion sBmbolique de la cas!ra!ion>ourra en m+!aboliserN en laissan!lCessen!iel ` charge dCune |insondabled+cisionC.

 Mt seul le vivant est mortel   'e gar,on de hui! ans va scander enquelques s+ancesN a>rs un cer!ainnombre de rencon!res sans cons+quenceNle >assage dCune angoisse de cas!ra!ionqui sCe3>rimera en angoisse de mor! ` la

>ossibili!+ de la cas!ra!ion assum+eN vec!eur de soli!ude mais aussi de d+sir.  =n malheureu3 acciden! dwarbre lui

 vau! un bras cass+. La chose res!e banaleusquwau our oj le >lV!re es! enlev+.LwenOan! es! saisi dweOOroi devan! la scieNdevien! blQme e! sweOOondre. De>uis iles!N di!6ilN obs+d+ >ar la mor!N ce quisigniOie >our lui Z ne >lus voir la maisonNni >a>aN ni maman [. Dans un >remierrQveN une imago >a!ernelle digne du >re

de la horde >rimi!ive a>>ara! commeagen! dCune modali!+ du manque quirelve sur!ou! de la cas!ra!ionimaginaire Z \ ... ] le cheON il Oaisai! >eur.$on nom cCes! 'roque4tout . 'wes! unmons!re qui mange !ou!N e! !ou! lemonde [. 5econnaissons au >assage laOigure de lCogreN ce mangeur dCenOan!sdon! le >remier es! 'ronosN qui incarne

92 'O. <ans Z la >r+sence du !hme de la mor!

es! s!ric!emen! corr+la!ive du !hme de lanaissance [. Lacan -.N #e s5minaire livre /@, #arelation d6o*:et N arisN $euilN 14N >.41%.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano "

Page 60: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 60/298

le !em>s sus>enduN ce quCil Oai! en eOOe!en d+voran! ses descendan!s. Dans ce!!eOamille bien >lus modes!e que celle delwlBm>eN e me con!en!e de relever ceque di! lwenOan! son >re >arle Z en!re lesden!s [.

Dans un rQve suivan!N !ou!e la Oamille

se !ransOorme en lou>s6garous ilcommen!e Z #on >re nw+!ai! >lus mon>re [. D+clara!ion de la diOO+renceradicaleN que ce gar,on a rencon!r+ dCuneOa,on >ar!iculiremen! e3>os+eN quwil B aen!re le >re >ar!enaire de la mreN avecle r+el se3uel quCil em>or!eN e! le >renourricier. 'wes! +videmmen! le >remierqui su>>or!e les Oan!asmes de r+!orsionque le >e!i! eusN >ro!+g+ >ar lCamour desa mreN crain! !ou! de mQme. 'e gar,on

!rs euneN vers 4 ansN +!ai! d+` venu me>arler de son eOOroi de nwavoir >asreconnu son >re. 'e dernier sw+!ai! ras+la barbe quCil >or!ai! de>uis !ouours e! il+!ai! a>>aru comme un au!re au3 Beu3 deson Oils. Ainsi >uis6e Oaire lChB>o!hseque la cou>ure o>+r+e >ar la scie es! ledeu3ime !em>s du !rauma inaugur+ >arlCa>>ari!ion dCun >re qui nCes! >lus lemQmeN r+v+lan! dans son a>>ari!iondChomme +!ranger son s!a!u!N s+>ara!eur.

 -e commen!e le rQve en signalan! aueune gar,on quCen eOOe! la mor! \es!]sre mais que la morsure de lou>6garoune lCa >as !u+ mais en a Oai! un lou>6garou comme son >re.

Dans le rQve suivan!N les lou>s nCa>>a6raissen! >lus si !erriblesN ce son! deslouve!eau3 qui lCa!!aquen!N mais ceuniquemen! >our manger ses chaussonse! son >re >our la >remire Ooisa>>ara! >ro!ec!eurN il chasse avec unmar!eau les b+b+s lou>s.

  Le dernier rQve donne la cl+. LwenOan!arrive en me d+claran! Z -e nwai >lus >eurde la mor!N e sais >ourquoi [. uis ilracon!e Z -wai Oai! un rQveN w+!ais dans ungrand arbre \comme celui don! il es!!omb+]N on a Oai! une cabane [. 8! ilcommen!e Z 'wes! us!e derrire unruisseauN comme ,a maman ne >ourra>as >asser [. Il mCe3>lique alors quCil ar+ellemen! cons!rui! une cabane avec sonOrre an+ e! son >reN dans un lieu

su>>os+ >eu accessible >our le se3e di!Oaible. Il o>re ainsi la s+>ara!ion avecune mre !ro> >roche en se rangean!cU!+ homme e! en me!!an! en!re elle e!lui un obs!acle inOranchissable. 'e!!esor!ie !rs di>ienne via lCiden!iOica!ionde genre >erme!!ra6!6elle ` lCenOan! desu>>or!er lCim>ossible S Il semble en>rendre le chemin lorsqueN ouan!dis!rai!emen! avec quelques >e!i!s>ersonnages sur le bureauN il d+clare

sereinemen! Z Il nwB a que les Oau3 quine meuren! >as [. oil` lwenOan! devenu>hiloso>he%. 

% 'omme #on!aigne ra>>elan! que la mor! ne!ouche que le vivan!.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano /0

Page 61: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 61/298

E$ “%i" tiempo de $a &i%teria &ipermoder"a

'armen allano

ues!ra +>oca e3>eri6men!a una >aradica

rareOaccin del !iem>oB una reduccin del!iem>o his!orizado ensu >ro>ulsin a un>resen!e con!inuo. 8suna consecuencia de la

incidencia de las !ecnologas de la inOor6macin B la comunicacin en los merca6dos B en nues!ras vidas. =n economis!a BsocilogoN #. 'as!ells analiza cmo si la5evolucin Indus!rial cons!ruB el !iem6

>o cronolgico N la 5evolucin InOorm?6!ica ha >roducido el Ksin !iem>oM de un!iem>o a!em>oral >or eliminacin de lasecuenciaN B ello >or la ges!inelec!rnica de los mercados Oinancieros .La >lusvala crece hoBN en!re ganancias B>+rdidasN en las Oracciones de segundoen la que circula el ca>i!al Oinanciero ennues!ro mundo. De dondeN aOirma'as!ellsN las im>redecibles crisiseconmicas devas!adoras del siglo HHIN

>or esa velocidad de decisionesins!an!?neas a>oBadas en los modelosma!em?!icos de los ordenadoresN de lasque caen res!os incalculables. La sociedaden redN com>rime el !iem>o en laaceleracin de los >rocesos B hace lasecuencia !em>oral im>redecible Balea!oria. AsN m?s a>risa se vaN menos!iem>o se !ieneN B eliminando los in6!ervalos como K!iem>os muer!osMN seKma!a el !iem>oM. LacanN en 172N en

#il?nN Ba haba diagnos!icado que loas!ucioso del discurso ca>i!alis!a es loque lo hace insos!enible Kva como sobreruedasN no >uede ir meorN >erous!amen!e va demasiado de>risaN seconsumeN se consume !an!o que seconsumaM. pa a >ar!ir del /(N Lacan haba!omado muB en cuen!a la conce>cinmar3is!a de la >lusvalaN que e3>lica el!ime is Sone8. #ar3 descubri como segeneraba la >lusvala que se aEade al

ca>i!alN en!re el menos6de6!iem>oconvenien!e a la >roduccinN B el m?s6de6

!iem>o e3!rado al !rabao del >role!ario.$olo ci!ar+ lo que escribi en los

r^ndisse , en 1("( K el ca>i!al se basaen la >roduccin de sobre6!rabao como!iem>o su>erOluo desde el >un!o de vis!adel valor de uso N de la sim>lesubsis!encia B el !rabao vivo am?sob!iene el equivalen!e de su >recio N >orello es un !rabao alienado K 8sa es lacon!radiccin !em>oral inheren!e alca>i!alismoN cada da m?s agudizada. Laangus!ia crece hoBN !omando la Oormadel a>remio de la >risa ca>i!alis!a. *o es

el a>remio de la vida P el &ot ds le*ensOreudiano6 que >asa al cam>o delinconscien!e B man!iene el !iem>o delsue!o en el encadenamien!o signiOican!e.La com>resin es>acio6!em>oral del!ardoca>i!alismo no es >ro>icia al!iem>o del sue!oN >ues el sue!o no>uede !ranscurrir sino en un la>so!em>oralN en la >ulsacin !em>oralin!ersigniOican!e. 8n el >resen!econ!inuo de la vida de hoB el sue!o es!?

dividido en!re el menos de !iem>o que lequeda como sue!oN B el m?s de goce queasedia al cuer>o. 8se im>asse del >lus6de Pgoce como >+rdida B recu>eracinque no alcanza al sue!oN hace sn!oma.Lacan en el seminario HIN dice queKde lo que se !ra!a en el sn!oma es de lom?s o menos desahogado de los andaresdel sue!o en !orno del >lus6de6goce que+l es inca>az de nombrarM. 8n cuan!o alsn!oma his!+ricoN se >rendeN hoB como

aBerN a las marcas im>erdibles del $1N esdecir a las marcas del surgimien!o delgoce que >er!urb el cuer>o. Algunasmueres his!+ricasN muB solidarias en suiden!iOicacin O?lica con el >oder del=no ca>i!alis!aN desenmascaran en sus

sn!omas su divisin sube!ivaN bao laOorma de una disociacin !em>oralen!re sumisin B resis!encia al Ksin!iem>oM ca>i!alis!a.'i!ar+ aqu dos casosN ambos de mueres

!rein!aEeras que !ienen en comJnhaberse volcado en la ambicin de ser

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano /1

N

Page 62: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 62/298

conquis!adoras de mercados B suOrir >orsen!irse e3cludas de las cosas del amor.La >rimera se deOine en su >osicinN alinicio con orgullo B luego condesolacinN como Kel bulldozerM la se6gunda sed eOine como K la que en!ra asacoM N cosa que no cues!ionar? sino >or

lo que le dicen sus amigos del alma es loque la hace in!olerable >ara los hombresB es!ro>ea su ser de muer. La >rimeraNlleg a mi consul!a !ras haber recorridomuchos m+dicos que no encon!rabancausa clara a unas inOecciones urinariasman!enidas con >ermanen!e dolor a lamiccin. Le dieron que sera K>ors!ressM B le recomendaron una>sico!era>ia. Al !iem>o que venadisci>linadamen!e a sus dos sesiones >or

semana >ara hablar de los sinsabores desu his!oriaN ace>! some!erse a una>eculiar !+cnica de Oisio!era>ia queconsis!a en !ra!ar el dolor de los K>un!osga!illoM \!ender >oin!s] localizados >or laOisio!era>eu!aN con la in!roduccin de unar!ilugio >or va vaginal. ero no Oue es!ae3!ravagan!e !+cnica del cuer>o lo quehizo desa>arecer su sn!oma de conver6sinN sino el recuerdo de que el sn!oma

 vino des>u+s de una >ene!racin con

o!ro cariz que la que le >rac!ica laOisio!era>eu!a. 8lla se >res!abaN amenudoN en noches de alcohol B drogaN airse a la cama con hombres >or los queluego se sen!a desechada. =na de esas

 veces Oue >eor que o!ras el hombre alque ella haba querido conquis!arN la>ene!r sin >reliminaresN en una >risaN medice Ken la que ni !iem>o !uve de saber silo deseaba ni de e3ci!armeM. $e dehacerN >ero se sin!i agarro!ada en un

in!enso dolor. A >ar!ir de la desa>aricindel sn!oma de conversinN abord en suan?lisis lo >roblem?!ico de su KserbulldozerM es que su vida es!? !an

 volcada en lo K>roMN que se queda sin!iem>o >ara lo K>ersoM. Aclaro con Klo>roM B Klo >ersoM se reOiere a Klo>roOesionalM B Klo >ersonalMN >ues es!esue!o moderno habla con signiOican!es6abrevia!uraN como en el argo! de los $#$.$u inOor!unio es que la >o!encia

hi>er>roduc!iva que surca el cam>o del!roN se salda re>e!i!ivamen!eN de una

em>resa a o!raN en el Oracaso de suas>iracin de ob!ener un re6conocimien!o del K)ig )ossMN como ellallama a sus -eOes. =na B o!ra vezN en!odas la em>resas en las que ha!rabaadoN se ha vis!o e3>oliada de su!iem>o de !rabao >ara solo beneOicio del

 -eOe que se !raducir? en un menos >araella. *o recibe del =noN al que asigna ellugar del !roN la equivalencia de su!rabao vivo como valor dado a su>ersonaN que sen!ir? !ra!ada comodesechoN obe!o cado del discurso. Lacosa se agrava a >ar!ir del momen!o enque se >reci>i!a a ace>!ar la >ro>ues!adel )ig )oss de subs!i!uir al eOeinmedia!amen!e su>erior a ellaN que seacababa de suicidar. ues no solo no

ob!ieneN !ras un aEo B medioN lo quees>eraba a cambio P ser admi!ida comoasociadaN >ara al Oin igualarse a los =nosque !enan ese s!a!us 6 sino que ni lesuben el sueldo B encima se ha ganado lahos!ilidad de aquellos que an!es habansido sus iguales en el equi>o. ues eso sNno !odo en ella es sumisinN B como eraeOeN desa>areca de vez en cuando del!rabaoN !om?ndose cor!as vacacionesN>ara >rac!icar sus ac!ividades Oavori!as

el si B los de>or!es n?u!icos. or unareorganizacin de la em>resa la sacan deese >ues!o de eOe6 su>len!e B la mu!an auna Ouncin en la que la >o!encia de suiden!iOicacin O?lica se quiebraN >ues leOal!a el saber >ara realizarlaN >oni+ndoseen evidencia su inca>acidad >arasa!isOacer a los clien!es como ellasiem>re haba hecho. *adie la aBuda enesa !esi!uraN >ues los colegas e3>er!os enel !ema no es!?n dis>ues!os a dedicar un

>oco de !iem>o a res>onder a sus>regun!as. p >or mucho que corraes!udiando esos !emasN no llega a!iem>o B se angus!ia con cada nuevodossier. #e recuerda al 'oneo )lancode Alicia en el as de las #aravillasN quemira su relo de  gentleman   solo >aralamen!arse en su carreraN de que va>erdiendo sus emblemas >or el caminoNde que se le hace !arde N B aBR de +lN ledegollar?n. A la vis!a del Oracaso en ese

>ues!oN el )ig )oss le oOrece dedicarse a!areas de mare!ingN cosa que a ella la

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano /2

Page 63: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 63/298

hunde duran!e un !iem>oN >ues esosen!encia deOini!ivamen!e que la e3cluBendel s!a!us que corres>onde a la carreraque ha es!udiadoN considerada en elmundo >roOesional de nivel su>erior a lade mare!ing . endr? que rendirsenunca ser? lo que as>iraba ser. p

>aralelamen!eN cuando se ocu>a un >ocode lo K>ersoMN los hombres a los que !ra!ade conquis!ar con su ac!ivismo desean!eNsiem>re la desechan >ara >reOerir a o!ra.8s el saldo de su a!adura his!+rica al =node su Oan!asma. or eOec!o de su an?lisisNir? ace>!ando que el >ues!o de mare!ingque le dear?n desarrollar a su manera le

 va muB bien B se dice curada del s!ress enel que an!es viva Ksin !iem>oMN >ues Bano se >reci>i!a de cabeza segJn dic!en los

signiOican!es del !ro. ero si se dicecurada del s!ressN B Ba no avanza como unbulldozerN no >or ello ha abandonado loque ella llama su s>eedN con el que gozacomo algo >ro>io de su >ersona. Locelebra como +3i!o !era>eJ!ico Kels>eed sin s!ressM. 8se goce O?lico no ser?sin con!ra>ar!ida. 'omienza a >adecerOuer!es dolores de es>aldaN agravados >orsu gus!oso ir de aero>uer!o enaero>uer!oN siem>re de>risaN >or su

!rabao. p de gol>e me anuncia que no>uede venir al an?lisisN >ues es!? clavadaen la camaN >or una hernia de discoN quelos m+dicos dicen ino>erable B que >arasu !ra!amien!o requiere co!idianas largassesiones de Oisio!era>ia >ara que >uedallegar a volver a moverse sin dolor. Almes se inco>ora al !rabaoN >ero en sua>re!ada agendaN no cabe Ba el !iem>o>ara las sesiones de an?lisisN colonizadoahora >or las sesiones de rehabili!acin.

Lo KOisioM que encarna el >oder sobre elcuer>o ob!ura lo K>sicoM aloado en elan?lisis como la incgni!a de un saberOal!an!e sobre la verdad de su ser. AsN

 vemos como ahora su >resen!e es!?dividido N en al!ernancia !em>oral N en!reel goce del s>eedN en el que ciOra unbien sube!ivoN B volver a la escena en laque oOrece el mal de su cuer>o a lasmani>ulaciones de la !+cnica de losKOisioM . 5educe sus visi!as a la analis!a a

una vez cada !res meses >ara des>legarsu amor de !ransOerenciaN ser algo

rece>!iva a mis in!er>re!aciones B>roBec!ar m?s adelan!e volver a suan?lisis >ara !ra!ar lo aJn insa!isOecho desu deseo su radical carencia de vidaamorosa . La hora de la verdad de sudeseoN la hace es>erarN >ero le cierra elhueco en su >resen!e.

Del segundo casoN del sue!o que sedeOine como Kla que en!ra a sacoMN que!ambi+n lleva como el sue!o an!eriorNcua!ro aEos de sesiones conmigoN nodar+ de!alles de las coBun!uras en las quela em>resa creada >or ella con la que seha asociadoN a modo de socio indus!rialNcon o!ra m?s Ouer!e de o!ro >as que esel socio ca>i!alis!aN >ara conquis!armercados en comJnN se ve amenazadade quiebra. 8l asun!o se >uede resumir a

que no logra ahora que el Ki>o +s!eMNcomo ella lo llamaN >ague a unos >rovee6dores unos gas!os im>revis!os en el>resu>ues!o inicial de un >roBec!orealizado >or ella. K8n!rarle a sacoM >aradecirle sus 4 verdades se le revelacon!ra>roducen!e B desa!a sus Ourias Bangus!ia en el div?n >ro!es!ando de loinJ!il que es hablarme de !odo es!oN >uessolo ve una causa e3!erior a su angus!iaKes!e mundo de lobosKen el que

descubre que ella >ara ese socio6eOe N noera sino alguien Kde quien hacerse dineroa su cos!aM . 8s!? !en!ada de dear elan?lisisN m?s ahora que >or el aguero enlos Oondos de su em>resaN ha !enido quebuscarseN >ara llegar a Oin de mesN un!rabao de con!ableN ella que !iene unmas!er en ciencias econmicas.. $esien!e Ken!re las cuerdasMN >ues los 40euros de su sesin semanal le escuecen.eroN m?s sensible a la in!ervencin de la

analis!a que la >acien!e an!eriorN o>!a>or no des>erdiciar esos 40 eurossemanales N cansadaN dir?N de haberorien!ado su discurso en el div?n solo>ara ser queridaN sin dis>onerseN Ka sacarla basuraM que es la me!?OoraN diceN de loque aJn no haba hecho en el div?n.<as!a ese momen!oN se >resen!aba comola his!+rica indus!riosaN Oebrilmen!een!regada a su >roOesinN reivindicandosu es!ilo unise3N su ambigedad

imaginada bise3ual como laKenalmoradaM gozando de los deba!es

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano /%

Page 64: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 64/298

Page 65: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 65/298

La $i8ert o! $e temp% Sario Zinasco

e suis >ar!iN >our ce! e3>os+Nde lChB>o!hse selon laquellela ques!ion de la liber!+ a

quelques ra>>or!s avec laques!ion du !em>sN soi! du!em>s du sue! de lCincons6cien!N soi! du !em>s de la>sBchanalBseN e! Cai essaB+

de v+riOier ces ra>>or!s. DCau!an! queN ennous in!errogean! sur la Oa,on don! le!em>s de la >sBchanalBse se si!ue dans ceque nous a>>elons no!re !em>sN nous

 voBons combien celui6ci semble marqu+>ar la r+O+rence ` la liber!+N au >oin! que

nous >ourrions dire queN dans le discourscouran!N le !em>s cCes! le !em>s de laliber!+ qui es! la chose don! le !em>sserai! le conce>!. Le !em>sN dans ce sensNserai! !ouours le !em>s de quelquesOormes de lib+ra!ion soi! n+ga!iveN soi!>osi!iveN selon deu3 versan!s de la liber!+Nle versan! e3>+rience e! reOus dCunmanque e! dCune limi!eN e! le versan!e3>+rience dCun su>>l+men!.

'oncernan! le versan! n+ga!iON il sCagi!

dCune recherche de lib+ra!ion dCun>ouvoir e3erc+ >ar un Au!re su>>os+r+elN dans nCim>or!e quelle condi!ion quid+OinisseN localise ou mQme iden!iOielCindividu. 'Ces! donc une lib+ra!iondCavec ses liens. n rQve de se lib+rer >asseulemen! des au!res P des au!ori!+s e!des conoin!s P mais aussiN bien srN desoi6mQmeN que ce soi! de son imageN deson cor>sN de son se3e ou  gender N de samor!ali!+N de son iden!i!+ P >ouvan! Q!re

re>r+sen!+e >ar deu3 OiguresN lCunediachronique lCamn+sieN lCau!re sBn6chronique la clona!ion.

&uan! au versan! >osi!iO cCes! la r+alisa6!ion dCune sa!isOac!ionN mais don! lemodle unique !ou! de mQme es!auourdChui lCobe! Z mon!+ au z+ni!hsocial [N le >lus de ouir comme 'ole!!e$oler lCa bien e3>liqu+ dans ses !e3!es.'Ces! lCobe! qui se croi! la m+!hodeN la

 voie >our r+aliser ce!!e lib+ra!ion cU!+

n+ga!iO.

n >eu! mQme vouloir se lib+rer de laliber!+N au nom de la liber!+ bien srNquand ce!!e liber!+ manque de

sa!isOac!ion ou sCo>>ose ` la sa!isOac!ion.8n Oai!N il es! vrai que lCon >eu! vouloir selib+rer de >resque !ou! sauO dCunesa!isOac!ion digne de ce nomN >arce quedCune cer!aine Oa,on la sa!isOac!ion aussies! ins!an! de r+alisa!ion de la liber!+. LasigniOica!ion de la liber!+ es! in!rinsque `la sa!isOac!ionN elle B es! incluse e! en es!donc indissociable.

n >eu! vouloir se lib+rer dCuneouissanceN +videmmen! non >as de la

ouissance a!!endueN mais de la r+>+!i!ionde ce!!e a!!en!eN donc quand ce!!e a!!en!emon!re sa Oace r+elle.#ario )inasco es! co6res>onsable avec

8n eOOe! de quoi veu!6on se lib+rersinon dCun r+el S n >eu! mQme vouloirse lib+rer dCun d+sirN sauO quand d+sirercCes! d+` vivre une sa!isOac!ion. *o!onsque soi! le d+sir en !an! que vec!eurN soi!la ouissance attendue,  inclue unedimension !em>orelleN !ou! comme la

liber!+. -e ra>>elle en >assan! quelCa!!en!e es! la dimension !em>orellecommune au d+sir e! ` lCangoisse.

 -e vais >ar la sui!e signaler dCau!resno!ions au3quelles la signiOica!ion de laliber!+ me semble in!rinsque. #aisres!ons encore un momen! sur Z no!re!em>s [. -e souligne que la solidari!+en!re sa!isOac!ion e! liber!+ es! orien!+e>arce que cCes! la liber!+ qui es! inclusedans la sa!isOac!ion e! non >as le con6

!raire. r no!re !em>s inci!e ` ob!enir laliber!+ >ar lCobe! dans le bu! dCen!ranerla sa!isOac!ion. La >romo!ion delCinsa!isOac!ion >ar lCusage du >lus6de6ouir dans no!re +>oqueN la >romo!ion dumanque ` ouirN nCes!6ce >as ce quirelance la quQ!e de lCobe! >r+cis+men!comme signe de liber!+N e! au nom de laliber!+ S n le voi! soi! >ar les obe!s quideviennen!N sur le march+ g+n+ral de laouissanceN mQme les6di!s Kdroi!s de

liber!+M \ceu3 qui +!aien! au!reOois>ersonnels e! indis>oniblesN donc

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano /"

 J

Page 66: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 66/298

sous!rai!s ` lC+change]N soi! >ar la>ublici!+ qui d+sormais insre !ouoursdans ses m+!onBmies quelquesigniOica!ion de liber!+N liber!+ quCellenous Oai! ache!er car incluse dans lCobe!>ro>os+.

n >eu! se demander dCabord si ce!!e

liber!+N incluse dans lCobe!N cause le d+sirdu consomma!eur ou >lu!U! es! Oai!e>our le rassurer comme une Oormeac!uelle de lCo>ium des >eu>les e! ensui!esi ce! obe! e! ce!!e liber!+N leconsomma!eur les >aBe e! commen!N e!sCil le sai!. u bien encoreN sCil se croi!>lu!U! comme le riche lacanien du$+minaire HII4 qui ne >aBe >as. Alorsce!!e liber!+N incluse dans un >ri3 quConne >aBe >asN liber!+ aussi ` lC+gard du

>ri3N Oai! >ar!ie de la Zquali!+ de riche[ `laquelle on Oai! >ar!ici>er leconsomma!eur. 'e!!e ques!ion du >ri3>aB+ ou >asN on B reviendra ` >ro>os dela rec!iOica!ion subec!ive don! lCanalBs!ese ser! >our lCen!r+e dans en lCanalBse. -ecrois que !ou! analBs!e a rencon!r+ aumoins une Oois un >a!ien! qui >r+!endai!quCil ne devai! rien >arce quCil >aBai! d+`avec le !em>s quCil d+>ensai! >our venir `lCen!re!ienN >r+liminaire +videmmen!.

  k >ro>os du march+ du manque6`6ouirN e me >erme!s une >e!i!e remarque.our >arler du >sBchanalBs!e dans no!re!em>s nous sommes souven! revenusNavec raisonN sur lCancienne r+O+rence deLacan. Il >arle de Z la subec!ivi!+ de son+>oque [ que lCanalBs!e devrai!Z reoindre ` son horizon" [ e!c; 'ela aun sensN mQme !ro> h+g+lien e me suisdemand+ si ce ne serai! >as us!emen!>our nous P nous qui avons >luralis+

beaucou> de choses P le momen!dCessaBer de >luraliser aussi Z La [subec!ivi!+ de no!re +>oque e! dCen Oaireune r+O+rence moins absolueN sur!ou! de6>uis que nous avons commenc+N avec La6canN ` consid+rer la subec!ivi!+ >arra>>or! au3 discoursN les qua!re discours>lus le discours ca>i!alis!e.

94 LA'A*N -. #e ;5minaire. #ivre 0@//. #6envers de

la ps8c%anal8se N arisN $euilN >.4.95 LA'A*N -. Z Fonc!ion e! cham> de la >arole e!du langage [N crits N arisN $euil 1//N >.%21.

  'Ces! ce dernierN me semble6!6ilN quisou!ien!N avec son >rogramme de cir6cula!ion sans res!es e! sans im>ossibili!+s\nCes!6ce >as le comble de la liber!+ SR]NZ lC+>oque [ au singulierN qui es! lesingulier dCune universalisa!ion e! non>as dCune singulari!+. LCuniversalisa!ion

es! en mQme !em>s dCun cU!+Z lCid+ologie de la liber!+N la seule ` ce quelChomme de la civilisa!ion sCen arme/  [Navec son id+al du consomma!eur >arOai!Ne! de lCau!re cU!+ une universalisa!iondCobe!N de !elle sor!e quCil Oaudrai! >eu!6Q!re >arler >lu!U! de lCo*:ectivit5  de no!re+>oqueN ou mQme de lCa bec!ivi!+ deno!re +>oque. Il sCagi! alors dCuneuniversalisa!ion dans laquelle lCobe! Oai!o*:ection   ou a*:ection   de conscienceN ` sa

Oa,onN au lien en!re le sue! e! lCAu!re.'ommen! si!uer dans no!re !em>sN

Oace ` ce !B>e dCuniversalisa!ionN lCana6lBs!e e! son oOOre qui >ar con!re es!singulire. DCune >ar! >arce quCelle es!oOOre de singulari!+N e! dCau!re >ar! >arcequCelle se Oai! >ar la voie dCun ac!esingulierN qui >rodui! un march+ !rssingulierN oj il B a oOOre e! demandeN maisnon >as rencon!re P au moins rencon!rede >ersonnes7 \si e lis bien Lacan dans

sa Pr5"ace ? l65dition anglaise du B7 maiBC7  ]. =n march+ cCes! sur!ou! lCes>acede la rencon!re \con!ingen!e donc] delCoOOre e! de la demande  mais aussi du!em>s de lC+labora!ion de ce!!e rencon!reNde ses Oormes de r+ussi!e ou aussi bienque de ra!age.

Il sCagi! de savoir commen! Oaire vivreces march+s singuliers Zdans[ le con!e3!ede lCa bec!ivi!+ de no!re +>oque. Lacan en17/ avance que Z donner ce!!e

sa!isOac!ion +!an! lCurgence ` quoi >r+sidelCanalBseN in!errogeons commen!quelquCun >eu! se vouer ` sa!isOaire cescas dCurgence; LCoOOre es! an!+rieure `la requQ!e dCune urgenceN quCon nCes! >assr de sa!isOaireN sauO ` lCavoir >es+e(  [.Z 'as dCurgence [N drUle de d+Oini!ion de96  LA'A*N -. Z Discours de clU!ure du 'ongrssur la >sBchose e! lCenOan! [N  Autres 5crits N arisN$euil 2001N >.%/2.97 LA'A*N -. Z r+Oace ` lC+di!ion anglaise du $+6

minaire HI [ 17 mai 17/N  Autres 5crits N o>. ci!. >."7%.( /*id N >."7%

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano //

Page 67: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 67/298

lCanalBsan! mais bien !em>orelleN il Oau!no!erN >ar la >r+ci>i!a!ion ou au moins>ar la !ension quCelle im>lique. 8voque6!6elle ce que >ar ailleurs Lacan a>>elle Z und+sir d+cid+ [ S 8! ce d+sirN en >lus d5cid5 NnCaurai!6il >as aOOaire avec la liber!+ S  as de march+ qui nCai! ` Oaire avec la

sa!isOac!ion avec sa conno!a!ion deliber!+. 'ela vau! >our la >sBchanalBseaussi oj se lien! lCanalBs!e e! lCanalBsan!Ne! qui Oai! e3is!er un es>ace du lien dusue! ` lCAu!re \cour!6circui!+ dans lacivilisa!ion]N avec sa dissBm+!rie en>ro>osan! ` nouveau son ali+na!ioncons!i!uan!e ` >ar!ir de ce que nousa>>elons avec Lacan Zrec!iOica!ion desra>>or!s du sue! avec le r+el  [. 'e!!eo>+ra!ion qui se >lace au commencemen!

du !em>s de lCanalBse im>liqueN no!onsleN que le sue! se reconnaisse dans unrapport  avec le r+elN aussi im>ossible soi!6il. D+sir d+cid+ de sCim>liquer dans unes+>ara!ionN >ourrai!6on direN e! ra>>or!sBm>!oma!ique avec le r+elN voil` deu3Oa,ons de >rendre >osi!ion sur laques!ion de la liber!+. Il B aN me semble6!6ilN de liber!+ sinon comme li*ert5 del6Autre   \g+ni!iO obec!iO mais subec!iOaussi] ou encore li*ert5 du r5el   \mQme

usage des g+ni!iOsN >our >arado3al quecela >uisse >ara!re].  -Cai +voqu+ ` ce >ro>os le !erme dCac!esingulier. 'Ces! une au!re no!ion quiinclu! une signiOica!ion de liber!+. Il es!+viden! que sCil nCes! >as libreN ce nCes!>as un ac!eN comme im>lici!emen! ce queLacan di! de lCac!e le conOirme. 8! lCac!ees! un !erme essen!iel aussi >our ce quies! du !em>sN >arce que lCac!e r+alise!ouours un commencemen! dCune

cer!aine Oa,on absoluN ou!re ` \se]>roduire des a>rs6cou>s. oir ` ce sue!<annah Arend! commen!an! sain!

 Augus!in oj la liber!+ es! d+Oinie commela ca>aci!+ de Zdonner commencemen!100 [.  AlorsN ` s+rie de la sa!isOac!ion e! delCac!eN Caou!erai que la signiOica!ion deliber!+ es! in!rinsque aussi ` lCamourN

 LA'A*N -. Z Direc!ion de la cure [N  crits N o>.

ci!.N >. "(.100 A=G=$I*=$N De civitsate Dei   Zini!ium u!esse!N crea!us es! homo[.

dans sa d+Oini!ion lacanienne. $i lCamourcCes! donner ce quCon nCa >asN e! que cequCon nCa >as ne >eu! Q!re donn+ que >ardes signes qui on! us!emen! lasigniOica!ion de ce  donN alorsN l` encoreN ilOau! que le don dCamour inclue la liber!+>our Q!re signe de lCamour. Dans ce cas

on voi! bien le carac!re de contingence  quies! associ+ ` la liber!+ >arce que si le donr+>ondai! ` une quelconque n+cessi!+N il>erdrai! son carac!re de signe delCamour. *ous >ouvons en avoir dese3em>les dans la vie amoureuse e!conugale mais +galemen! danslC+ro!omanie bien quCa contrario. 8! lCon

 voi! aussi le carac!re !em>orel de ce!!econ!ingence du don \signe] dCamourNdans le dire \en ac!e] oj lCamour Oai!

!+moignage e! >romesse dCune n+cessi!+que >arado3alemen! on ne >eu!quCa!!endre.  Donc la liber!+ regarde lCQ!re du sue!NlCQ!re >arlan! aussi. 'eci es! conOirm+ >arun dernier !erme qui inclu!N ` mon sensNla signiOica!ion de liber!+ e! qui di! le!errain +!hique sur lequel se oue ce!!einclusion celui de res>onsabili!+. L`aussiN il B a orien!a!ion >arce que cCes! lares>onsabili!+ qui inclu! la liber!+ e! non

>as le con!raire. n ne >eu! >as d+duireque nous sommes res>onsables ` >ar!irde lCa3iome de Z La [ liber!+ car le >oserainsi renverrai! ` lCind+cidable du librearbi!re. 'Ces! au con!raire >arce que nousnous !rouvons r5ellement res>onsables quenous ne >ouvons que nous re!rouverlibresN cwes!6`6dire dans le >arado3e de laliber!+. *ous >ourrions chercher avan!!ou! ` nous lib+rer avec le r+el de ce!!eres>onsabili!+. DCau!re >ar!N la Oorme de

no!re res>onsabili!+ >eu! changer aveclCanalBseN corr+la!ivemen! au !rai!emen!de no!re im>lica!ion de ouissance. -ecrois que cCes! au Oond ce qui rend>lausible un !erme comme celuidCZ iden!iOica!ion au sBm>!Ume [.  -e crois avoir d+` signal+ quelques>oin!s de con!ac! en!re la liber!+ e! le!em>sN mais e vais en ra>>eler dCau!resNen suivan! Lacan.

Lacan nCa amais voulu !rai!er direc6

!emen! de la liber!+ comme dCune no!ion>sBchanalB!ique e! e crois que lCaccen! ici

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano /7

Page 68: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 68/298

doi! Q!re mis sur le mo! Z une [ >lus quesur le mo! Z >sBchanalB!ique [. -e croisque ce qui nCen Oai! >as une no!ion>sBchanalB!ique cCes! que dans la>sBchanalBse elle ne >eu! >as Q!re une .'ela nCa >as em>Qch+ Lacan dCen >arler `>lusieurs re>rises dans son

enseignemen!N !ou! en >arlan! dCau!reschosesN en ar!iculan! ses >ro>res no!ionsNdon! cer!aines Oor!emen! li+es ` laques!ion du !em>s.  n conna! bien le !em>s logiqueN avecses !rois >risonniersN leur direc!eur de>rison e! les su>>os+s disques sur leursdos. Dans ce! a>ologueN en eOOe!N on >eu!dire que !ou! se !ien! dans Z lasubec!ivi!+ de son +>oque [ +!ablie >arle direc!eur avec le >roblme quCil

>ro>ose de r+soudre e! dans lequel il lie!ou! le monde e! oj les sus>ensions desau!res con!ribuen! ` lCac!e de lib+ra!ionde chacun. Ici la liber!+ en!re en eucomme une oOOreN comme une >ossibili!+al!erna!ive ` la mor!N oj !ou! nCes! >asencore >erdu ni encore ou+. Avec ce!!eoOOre un >eu !ordue e! abusive sCouvre un!em>sN commence e! sCorien!e un !em>sdCac!ion. -e voudrais souligner que !ou!cela >rend son d+>ar! dCun !rou que le di6

rec!eur ouvre dans la si!ua!ion r+elleN enassignan! ` chacun un disque. Ds lorslCins!an! de voir devien! le !em>s deregarder un manqueN de voir quCon ne>eu! >as voir le signe du sue! quCon es!.Il nCB a >as de !em>s logique sans ce !rou.

'Ces! d+` Zla liber!+ ou la mor![N maisici elles ne son! >as sBnchroniques e! nere>r+sen!en! >as le sue!. Le sue! enques!ion nCes! >as divis+N la >er!e ou lemanque ne lCen!ame >as en !an! que !el.

LCa>ologue mon!re >lu!U! la Oonc!ion delCAu!re dans la Oigure du direc!eurN avecses >romesses e! son savoir su>>os+. -ene crois >as quCil sCagisse de sou!enir quele direc!eur nCe3is!e >as le sBmboliquees! l`N avec sa dimension de >romesse>our le vivan! humain. #ais ce don! ilsCagi!N cCes! que >remiremen! il nCa >aslCau!orisa!ion ou la garan!ie >our lemain!enir >uisque lCAu!re de lCAu!remanque. Il es! donc !rou+ car le sBmbo6

lique est  un !rouN dira Lacan en 17"101. 101  LA'A*N -. #e ;5minaire. #ivre 00//. R;/ N in6

Deu3imemen! lui6mQme ne >eu! >assavoirN cwes!6`6dire d5cider  ce que signiOie ledisque quCil a >laqu+ sur le >risonnier>arce quC` ce disque >eu! sCa>>liquer la>hrase dC Mncore   que nous ra>>elai!'ole!!e $oler oj Lacan di! que la valeurde $1 Zres!e ind+cisN en!re le >honmeN le

mo!N la >hraseN voire !ou!e la >ens+e[ ouZune vie en!ire 102[. 5emarquons que!ou!e ques!ion de liber!+ se >ose ` unmomen!N ` un !em>s oj il es! ques!ion dece!!e d+cision de la valeur du $1. $i celares!e Oinalemen! non d+cid+N il B a quel6que chose de !rou+ dans !ou! ce qui Oai!lCiden!i!+ dCun sue!. 8! donc cCes! bien>ar ce !rou que >eu! se mon!rer dans sesac!esN ses res>onsabili!+sN ses amoursN sessa!isOac!ionsN quelques liber!+s imputa*les

au sue!.5a>>elons un au!re !em>s Oondamen!al

de lC+labora!ion de Lacan. La liber!+ es!un signiOian! que Lacan convoque aumomen! de Oormuler sa causa!ioninconscien!e du sue!N dans la logique delCali+na!ion e! de la s+>ara!ionN oj le!em>s es! >os+ comme Oac!eur d+cisiO dece!!e s!ruc!ureN iden!iqueN dCune cer!aineOa,onN au sue! mQme. 'es !e3!es son!connus les cha>i!res HI e! HII du

$+minaire #es quatre concepts "ondamentau3de la ps8c%anal8se e! Z osi!ion delCinconscien! [.  ous savez commen!lCali+na!ion se cons!i!ue de la sBnchronieNe! commen! la s+>ara!ion Oai! in!ervenirla diachronie. 'e que e voudrais soulig6nerN cCes! que le !em>sN comme !em>s dusue!N c6est   la sBnchronie. DCabord il nCBaurai! >as de !em>sN sBmbolisable biensrN sCil B avai! seulemen! du un  e! sCil nCBavai! >as de deu3 . r la sBnchronie es!

>ossible >arce quCil B a le signiOian!N e! lesigniOian! cCes! le deu3 . $ans cela ne se>oserai! aucune ques!ion sBnchronique e!le !em>s ne >ourrai! Q!re ni in!errog+ nianalBs+ au >r+sen!N donc dans sa causer+elleN >r+sen!e e! non >as >ass+e. rN ceque le choi3 de lCali+na!ion mon!re \Zlabourse ou la vie[N Zla liber!+ ou la vie[N Zlaliber!+ ou la mor![]N cCes! quCil nCB a >asque les deu3 signiOian!s en >r+sence

+di!.102 LA'A*N -. #e ;5minaire. #ivre 00. Mncore N a6risN 17"N $euilN >. 1%1 e! >.4(.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano /(

Page 69: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 69/298

sBnchronique. Il B a un !roisime Oac!eurqui r+sul!e de leur logique de r+union.'Ces! un Oac!eur qui es! dCun au!re ordre>uisque cCes! lC+v+nemen! de ce!!e >er!ede ouissance oj le vivan! es! >ris dans lelogo. =ne remarque la prise  du signiOian!NnCes!6ce >as ce qui si!ue e! OondeN dans le

c%amp du r5el N lCid+e mQme de la liber!+ Sensons ` la diOO+rence en!re lecom>or!emen! animal e! celui humainOace au r+el.  'Ces! donc lCessen!iel de lasBnchronieN le !rou e! lCobe!N quiengendre le !em>s du sue! mais aussi du

 vivan! P du vivan! humain. 'ommeLacan le di! dans la 'onO+rence deGenve Z il nCB a de logique que chez un

 vivan! humain 10%  [N >arce queN mesemble6!6ilN seul le vivan! humain Oai! ren6

!rer de la logique >armi ses normes vi!alesN normesN il Oau! le soulignerN!ouours aussi singuli=res . 5a>>elons6nousque lCali+na!ion se qualiOie >ar le Oai! quel6(tre  du vivan!^sue! B es! >ris. Il sCagi! delCQ!re qui Oigure soi! au d+>ar! des !ravau3de LacanN >ar e3em>le dans la 'ausalit5

 ps8c%ique N soi! ` la Oin avec le !erme de>arlQ!re e! les nuds.  -e nCai >as le !em>s >our a>>roOondir laques!ionN sur laquelle e me suis souven!

in!errog+N du s!a!u! des deu3 signiOian!squi >roduisen! lCali+na!ion. Il sCagirai! desavoir si ce son! des signiOian!squelconques ou >asN e! quel es! leur lienau r+el ou ` son cham>. 8n eOOe!lCali+na!ion me semble vouloir rendrecom>!e dCun momen! de |!rouageC ojsBmbolique e! r+el se >rennen! lCun dansun !rou de lCau!re. Dans quelle mesureZ la liber!+ [ dans le choi3 ali+nan!>ourrai! Q!re un signiOian!

Z quelconque [ S -e veu3 seulemen!souligner que LacanN dans Position del6inconscient N les sus>end au Oai! que cessigniOian!s Z sCincarnen! >lus>ersonnellemen! dans la demande oudans lCoOOre 104 [N >hrase ` mon sens !rsim>or!an!e ` d+chiOOrer mo! ` mo!.

 -e d+velo>>erai seulemen! deu3 >oin!s

10%  LA'A*N -. 'onO+rence de Genve sur le

sBm>!Ume 17"N !e3!e in+di!.104 LA'A*N -. Z osi!ion de lCinconscien! [N  crits,o>. ci!.N >.(41

  6 remiremen!N >uisque dans lCali+na6!ion la liber!+ en!re en eu en >remier!erme comme signiOian!N e! signiOian!

 veu! dire Z !ou! ou rien [N cela im>liqueque la liber!+ de lCali+na!ion es! Z La [liber!+. 'e nCes! >as la signiOica!ion de laliber!+ don! Cai >arl+ avan! e! donc ce

nCes! >as banal quCali+na!ion e! s+>ara!ionlCen!amen!N la renden! si e >uis direN >as!ou!e.  6 Deu3imemen!N Lacan si!ue quandmQme le !em>s de la liber!+ comme li6b+ra!ionN comme mouvemen!original^diachroniqueN au niveau de las+>ara!ion e! de la !orsion que celle6cisu>>ose e! qui donne commencemen! au!em>s du d+sir. Il la si!ue >r+cis+men!comme !en!a!ive de Z se lib+rer de lCeOOe!

a>hanisique du signiOian! binaire10"[N en!an! que celui6ci es! le >oin! dureOoulemen! >rimordialN donc du !rou.  -Cai insis!+ sur la sBnchronie e! surlCim>or!ance de la >r+sence en elle delCobe! >arce que cCes! ce qui nous >erme!de si!uer >ar e3em>le la manieN avec son

 v+cu !em>orelN comme Z r+alisa!ion [\re!our dans le r+el] de Z La [ liber!+ >arreOus de lCinconscien! e! de lCobe!6manque. 'ela nous >erme! aussi

dC+voquer le cU!+ >lu!U! maniaque delCusage de lCobe!6liber!+ dans no!re!em>sN que e men!ionnais >r+c+dem6men!.  ar ra>>or! ` celaN C+voque en >assan!les r+sonances !em>orelles dCune no!ionlacanienne comme celle du s+rieu3N lu enra>>or! avec la s+rie. Le s+rieu3 Oai! s+rie>arce quCil >rend au s+rieu3 la s+rie. Ilo>re avec la s+rieN comme dans lCanalBseNil B a de lCo>+ra!ionN de lCac!e e! donc un

cer!ain dire. 'Ces! bien la condi!ionN mesemble6!6ilN >our >ouvoir localiser>arado3alemen!N >our !rai!ers+rieusemen! mQme les +l+men!s quires!en! hors s+rie.  Avan! de conclure e dois men!ionnerdeu3 au!res !B>es de Z sBnchronie [N oudCanalBse du !em>s au >r+sen!N qui ` monsens son! !rs im>or!an!s >our no!re

10"  LA'A*N -. #e ;5minaire #ivre 0/, #es quatreconcepts "ondamentau3 de la ps8c%anal8se, arisN $euil17%N >.200.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano /

Page 70: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 70/298

ques!ion ` >ro>os du !em>s du sue! delCinconscien! e! son ra>>or! ` la liber!+.  Le >remier se ra!!ache ` lCusage que La6can Oai! des ca!+gories de la logiquemodale. Il sCagi! dCun !B>e de logique quinCim>lique >as lCuniversel de la mQmeOa,on que dCau!res logiques]. Les !ermes

de n+cessaireN >ossibleN con!ingen!Nim>ossibleN son! !radui!s >ar Lacan en!ermes de Z cesser  [ ou Z ne pas cesser  [ desC+crire. LCim>lica!ion !em>orelle de!ermes qui disen! le ra>>or! aveclCe3is!an! >ar les e3>ressions de Z cesser [ou de Zne >as cesser; [ es! +viden!e. LeZ cesser de; [ scande e! qualiOie lera>>or! avec lC+v+nemen! e! lCac!ecomme sor!an! de deu3 +!erni!+sN lCunedCinclusion \le n+cessaire]N lCau!re dCe3il

\lCim>ossible]. n ne sai! >as quelle >eu!Q!re la >lus inOernaleN la sor!ie >ar ce quie3is!e comme cessa!ionN comme>ossibili!+ ou comme con!ingence. L`aussiN ` >ro>os de la subec!ivi!+ de no!re+>oqueN nous >ouvons nous demanderquel >eu! Q!re le ra>>or! au !em>s dequelquCun qui >our aller au6del dun+cessaire voudrai! conna!re e! >ra!iquerseulemen! le >ossible \>ar e3em>le la!echniqueN avec son cU!+ des!ruc!eur

cesser de sC+crire]N !andis que >ar ailleursserai! Oorclose lCim>ossibili!+ \inh+ren!eau3 choses de lCamour e! ` lCe3il dura>>or! se3uel] S n >eu! observer sa!endance ` s6assurer sCassurer de   la>ossibili!+N avec ses cons+quencesdCangoisseN e! sCassurer contre   lacon!ingence. n sCassure con!re la con6!ingenceN cwes!6`6dire con!re la rencon!ree! con!re ce quCelle im>lique de !ouoursra!+N >erduN mais qui es! la seule voie de

r+ussi!e e! de sa!isOac!ion. 8! >ar ra>>or!` lCes>oirN no!ion e! aOOec! !em>orelsN sCilB en aN ra>>elons que Lacan nous me! engarde con!re dans Z +l+vision 10/[ endisan! que cela amne les gens au suicide.Il me semble >ouvoir dire que Lacan>arle l` de lCes>oir qui se voudrai! Oond+sur la >ossibili!+ e! non >as dCun es>oirqui e3is!e quand mQmeN Oond+ sur unecon!ingence e! sur lCim>ossibili!+.

106  LA'A*N -.  Autres 5crits N o>. ci! ,. >. "0.

  our ce qui es! de la n+cessi!+N e re6>rends >lus longuemen! ma ci!a!ion>r+c+den!e de la 'onO+rence de Genve

Z-usquC` un cer!ain >oin!N onconclu! !ouours !ro> !U!. #ais ce!ro> !U! es! sim>lemen! lC+vi!emen!

dCun !ro> !ard. 'ela es! !ou! ` Oai!li+ au Oin Oond de la logique. LCid+edu !ou!N de lCuniverselN es! d+` enquelque sor!e >r+Oigur+e dans lelangage. Le reOus de lCuniversali!+es! esquiss+ >ar Aris!o!eN e! il le re6e!!eN >arce que lCuniversali!+ es!lCessen!iel de sa >ens+e. -e >uisavancer avec une cer!aine vraisem6blance que le Oai! quCAris!o!e le re6e!!e es! lCindice du carac!re en Oinde com>!e non n+cessi!+ de la lo6

gique. Le Oai! es! quCil nCB a de lo6gique que chez un vivan! humain.[

  ourquoi ne >as essaBer de OormulerNa>rs Z la liber!+ ou la vie [N Z la liber!+ oule !em>s [ S 8! encoreN Z la vie ou le!em>s [N oj >ar un glissemen! la liber!+se !rouverai! du mQme cU!+ de la vie S  8n rela!ion avec lCim>ossibili!+ \dura>>or! se3uel] e ci!e brivemen!

Z*Ces! vrai que ce qui a un sens.

&uelle es! la rela!ion du 5+el au vraiS Le vrai sur le 5+elN si e >uismCe3>rimer ainsiN cCes! que le 5+elNle 5+el du cou>le ici nCa aucunsens. 'eci oue sur lC+quivoque dumo! sens. &uel es! le ra>>or! dusens ` ce quiN iciN sC+cri! commeorien!a!ion S n >eu! >oser laques!ionN e! on >eu! sugg+rer uner+>onseN cCes! ` savoir que cCes! le!em>s. [

  'Ces! dans ce sens que >lus hau! Caisoulign+ deu3 Oois le carac!re orien!+ dedeu3 Oac!eurs de la ques!ion de la liber!+au niveau du cham> du r+el.

 A lire LacanN le Oai! sCim>ose que dansles dernires ann+esN il a commenc+ `u!iliser de Oa,on con!inue le vocabulairede la liber!+ lib+rerN libreN e!c.N mais non>as a>>liqu+ au sue!N ni ` lCAu!reN ni `lChomme. Il lCa a>>liqu+ ` lCQ!reN ` ce!!enouvelle manire de rendre com>!e de

lCQ!re >arlan! dans lCe3>+rience analB!iquequi consis!ai! ` !ravailler avec les nuds

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 70

Page 71: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 71/298

borrom+ens. L` alors la liber!+ devien! lacondi!ion des ronds d+nou+sN renduslibres lCun >ar ra>>or! ` lCau!re.

La liber!+ selon Lacan re!rouveN chosequand mQme sur>renan!eN la mQmerela!ion avec la Oolie quCelle avai! eue aud+bu!. n >eu! sim>lemen! no!er que ce!B>e de liber!+ regarde moins le sue! quelCanalBs!eN son o>+ra!ion de cou>ureN sares>onsabili!+ ` lui.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 71

Page 72: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 72/298

O i"(o"%(ie"te, tra8a$&ador idea$

 Saria @itria Zittencourt 

scolher como !!ulo Z oinconscien!e

!rabalhador ideal [ >araabordar nosso !ema +uma Oorma de ques6!ionar a deOini,9o queLacan a>resen!a em!elevis-o  Z o

inconscien!e + \;] um saber que n9o>ensaN nem calculaN nem ulgaN o que n9oo im>ede de !rabalharN no sonho >ore3em>lo. Digamos que + o !rabalhadorideal107 [ . 'omo ar!icular esse

!rabalhador ao !em>o do inconscien!e Sro>onho assim re!omar o sonhoN >arailus!rar o !rabalho do inconscien!eN!en!ando res>onder ` ques!9o da >r?!icada in!er>re!a,9oN que viria in!roduzir uma!em>oralidade ao !rabalho do sonho.Disso decorre ou!ra ques!9o haverianecessidade de in!er>re!ar o sonho S  A reOerQncia de Lacan ao !rabalhador

 vem de #ar3N mas esse !ermo P !rabalho P se encon!ra em Freud a >ro>si!o do

sonhoN OenUmeno que lhe >ermi!iu lan,aros Oundamen!os dos >rocessos dosis!ema inconscien!e. #esmo que !enhasido a >ar!ir do sin!oma his!+rico queFreud concebeu a mensagem ciOrada doinconscien!eN Ooi o sonho que abriu ocaminho ` Z via r+gia[. *o en!an!oNFreud n9o Oez do sonho um equivalen!edo inconscien!e. ara eleN a essQncia dosonho se encon!ra us!amen!e no!rabalho do sonho P Ar*eit  P mais im>or6

!an!e que seu con!eJdoN maniOes!o ou la6!en!e. A >ar!ir da lei do inconscien!e eseus mecanismos o>era!riosN se abre!oda uma elabora,9o semVn!ica em !ornoda lei!ura dos sonhos e de suain!er>re!a,9o. equvoco signiOican!ecoloca Freud na via da ar!icula,9o do quechama Z mo,9o >ulsional [N o deseoinconscien!e.

107 LA'A*N -. !elevis-o ahar 8di!oraN 5io de -a6neiroN 10N >.%1.

  &uan!o ` in!er>re!a,9oN desde o incioNFreud chama a a!en,9o con!ra a

Oascina,9o que os mis!+rios doinconscien!e >odem gerar. 8m 112NFreud adver!e que + >reciso uma cer!aabs!inQncia quan!o ao deseo de in6!er>re!ar >ois e3is!em sonhos que v9omais r?>ido que a an?lise e que Z ao!en!ar in!er>re!?6losN >ode6se abalar !odasas resis!Qncias la!en!esN e n9o se vQ maisnada [.10(  83is!e assim um !em>o >arain!er>re!ar. 'om eOei!oN Freuddescobriu na >r?!ica que o sonho + uma

maniOes!a,9o de ou!ra coisaN ou seaN +uma demanda de in!er>re!a,9oN sendo o>r>rio sonho um indicio da!ransOerQncia. =m a>elo ao analis!a >aradeciOrar o enigma do deseo. oisN emrela,9o `s ou!ras Oorma,Tes doinconscien!eN o sonho !em essa>ar!icularidade o suei!o acredi!a que elequer dizer alguma coisa e con!a seusonho >ara demandar o sen!ido.

Foi o que Lacan cons!a!ou no ;e4 

minário //   Z *uma an?liseN n9o in6!ervimos unicamen!e na medida em quein!er>re!amos o sonho do suei!o P se +que o in!er>re!amos 6 mas como ?es!amos N a !!ulo de analis!aN na vida dosuei!oN ? es!amos em seu sonho [10 8n!9oN o sonho + um >rodu!o do !ra6balho anal!icoN >rodu!o do !rabalho da!ransOerQnciaN do encon!ro do deseo doanalis!a com a demanda do analisando. Z*ingu+m >ode ser mor!o in a*sentia   nos

diz Freud a >ro>si!o da !ransOerQncia.oderamos acrescen!ar nada >ode sersonhado in a*sentia . LogoN o inconscien!edo suei!o em an?lise + um inconscien!eque !rabalha P ar*eite r P cuo suei!osu>os!o saber + o >ivo! em !orno do qual

108 F58=DN $ . Z maneo da in!er>re!a,9o desonhos na >sican?lise [ \112] in O*ras ompletasde ;igmund Freud @olume 0//, Imago 8di!oraN 5iode -aneiroN 1/N >.121.109 LA'A*N -. O ;eminário livro E K O eu na teoria deFreud e na t5cnica da psicanálise N ahar 8di!orN 5iode -aneiroN 17"N `.14.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 72

E

Page 73: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 73/298

se ar!icula a !ransOerQncia Pum ou!ro !ra6balho.  AssimN duas o>era,Tes se encon!ramno sonho o !rabalho do sonho e orela!o do sonho. De um ladoN o rela!on9o + o sonhoN ? + uma in!er>re!a,9o dodeseoN uma coloca,9o ao !rabalho do

inconscien!e em busca do saber. Des!amaneiraN Lacan vai inver!er os >a>+is aquele que in!er>re!a + o sonhadorN >oiso sonho + ele6mesmo uma in!er>re!a,9o. sonho >ode se reduzir a uma Orase queo inconscien!e reves!e com a auda da en6cena,9o. AssimN como diz Lacan Z

 A!rav+s do sonhoN vem ao inconscien!esomen!e o sen!ido incoeren!e que OabulaN>ara reves!ir o que ar!icula em !ermos deOrase ; o que vem ? + uma in6

!er>re!a,9o que >odemos dizer selvageme que a in!er>re!a,9o argumen!ada quelhe + subs!i!uda s vale >ois Oaz surgir aOalha que a Orase deno!a [110. Des!amaneiraN Oica es!abelecido dois !em>os>ara a in!er>re!a,9o . sonho n9o + oinconscien!eN ele >ode se reduzir a umaOrase cor!adaN um >ensamen!odeOormadoN !omado ao >+ da le!ra e quea in!er>re!a,9o vem res!i!uir a ordemN>ara Oazer emergir o suei!o.

De ou!ro ladoN >roduzir um sonhoim>lica a >resen,a do analis!a. Logo orela!o do sonho + uma coloca,9o ao!rabalho do inconscien!e que se realiza a>ar!ir da im>lica,9o da >resen,a doanalis!aN uma coloca,9o em a!o darealidade se3ualN como Lacan deOiniu a!ransOerQncia. A Oun,9o do sonho + Oa6zer Oalar o suei!oN colocar o inconscien!eno !rabalho >ara con!ar ao analis!a.  #asN e3is!e uma ou!ra Oace do !rabalho

do sonho. $e + uma mensagem que visaser in!er>re!adaN >ois + uma demanda dein!er>re!a,9oN ele !em como Oun,9o!amb+m de >reservar o sono. AssimNo sonho serve >ara con!ar ao analis!a eassim con!inuar a dormir !ranquilamen!eNsem !ocar no realN em ou!ros !ermosN>ara gozar da !ransOerQncia. 'omo diz

110  LA'A*N -. Z 'om>!e rendu du $+minaireLC+!hique de la >sBchanalBse [ in Ornicar EL N*avarin Ydi!eurN arisN 1(4N >.17.

LacanN Z >assamos o !em>o a sonharN n9ose sonha somen!e quando se dorme. [111

  AssimN >ara FreudN o !rabalho do so6nho !es!emunha de uma a!ividade deciOramen!o e de elabora,9o que +des!inada a evi!ar um encon!ro en!re o>ensamen!o do sonho e a >uls9o.

suei!o sonha >ara n9o des>er!ar o deseoinconscien!e. *os anos 20N Freud indicouuma liga,9o en!re o sonho e a >uls9o Zo eu adormecidoN con!udo N es!?Oocalizado no deseo de man!er o sono ele sen!e essa e3igQncia >ulsional comouma >er!urba,9o e >rocurar livrar6sedela. eu consegue realizar isso a!rav+sdo que >arece um a!o de submiss9o elesa!isOaz a e3igQnciaN com uma realiza,9oinoOensiva de um deseo e assim livra6se

dele[. 112

  or!an!oN se seguirmos essa lgica N o!rabalhador ideal >ode >assar seu !em>o!odo a sonhar. #asN o que >ode des>er!?6lo S $egundo LacanN s a angJs!ia vemrom>er o Z sono do suei!o quando osonho desemboca no Z real do de6seado [11%. \odemos encon!rar emLacan ou!ras reOerQncias a >ro>si!o daemergQncia de um real no sonho]. *umcomen!?rio do sonho do Oilho mor!o P

|Pai, n-o v(s, estou queimando6   P Lacancons!a!a que o que vem des>er!ar + umaZ ou!ra realidade [N aquela do Z real>ulsional [. 114  real nesse sonho surgedo encon!ro im>ossvel en!re um >ai eum OilhoN um encon!ro Oal!oso que marcaa im>o!Qncia do simblico a inscrever oim>ossvel. des>er!ar >ara a realidade+ a Ouga de um ou!ro des>er!ar >ara orealN aquele que se anuncia no sonhoquando o suei!o se a>ro3ima daquilo

que n9o quer saber.  *os anos 70N Lacan re!oma um !e3!ode 12" de Freud sobre os sonhosN ondeN

111  LA'A*N -. Z =ne >ra!ique du bavardage [\Le,on du 1" novembre 177 6 $+minaire Lemomen! de conclure] in Ornicar BC N *avarinYdi!eurN arisN 17N >."112 FreudN $. Z 8sbo,o de >sican?lise [ \ 1%(] inO*ras completas de ;igumund Freud,  Imago 8di!oraN5io de -aneiroN 1/N volume HHIIIN >.1/.11% LA'A*N -. Ibid *o!a 114.114  LA'A*N -. O ;eminário livro BB4 Os quatroconceitos "undamentais da psicanálise, ahar 8di!oraN5io de -aneiro N >. /1.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 7%

Page 74: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 74/298

!ra!ando dos limi!es da in!er>re!a,9oNFreud aOirma que o !rabalho do sonho

 visa um ganho imedia!o de >razerN com ain!en,9o u!ili!?ria de >reservar o sono.Z sonho >ode ser descri!o como umaOan!asia a !rabalhar em >rol damanu!en,9o do sono [ 11". Lacan

acrescen!a que o mo!or do sonhoNenquan!o deseo de dormirN se !raduz >oraquilo que cons!i!ui o essencial do!rabalho do sonho + um ciOramen!o quecon!+m nele mesmo um gozoN umasa!isOa,9o do sonhador nesse !rabalho.11/

 AssimN o !rabalhador ideal !eria comomes!re o gozo Z o que >ensaN calcula eulga + o gozo [ diz Lacan em u >ior117. sonho !eria assim como OinalidadeNuma !en!a!iva de dar sen!ido ao n9o

sen!ido da rela,9o se3ual N onde oinconscien!e !rabalha sem mes!re. -? osuei!o do gozoN que >ensaN calcula eulgaN es!aria no lugar do regen!e\ r5gisseur  ]11(ou melhor regoziador\ r5:ouisseur   ] . Assim o limi!e dain!er>re!a,9o >oderia se si!uar nessasa!isOa,9o que o sonho con!+mN o gozodo sen!ido.

$e o real >ulsional surge no sonhoNqual o es!a!u!o de sua in!er>re!a,9oS 8m

 vez de in!er>re!ar o sonhoN n9o seria>reciso >ensar em des>er!ar o suei!o Sois o deseo do sonho n9o + sen9oaquele de buscar o sen!idoN e + isso quesa!isOaz a in!er>re!a,9o >sicanal!ica. #asNser? a via >ara um verdadeiro des>er!ar>ara o suei!o S11  ra!a6se en!9o de>ensar a in!er>re!a,9o segundo omodelo do >esadelo S 'omo conceberum verdadeiro des>er!ar S

$e re!omarmos o sonho de FreudN co6

nhecido como o sonho da ine,9o deIrmaN o Jnico que Freud considera como!endo sido com>le!amen!e analisadoN

115 F58=DN $. Z Algumas no!as adicionais sobre ain!er>re!a,9o de sonhos como um !odo [ \12"]in O*ras completas de ;igmund Freud,Imago 8di!oraN5io de -aneiroN 1/N volume HIHN >. 1".11/ LA'A*N -. $+minaire Les non du>es erren! Nle,on du 20 *ovembre 7%N In+di!.117 LA'A*N -. Z ; u >ire [ in ;cilicet  IN $euilNarisN >..118 ra!a6se de um ogo de >alavras em OrancQs 6r5gisseur  3 r5:ouisseur.11 LA'A*N -. /*i*  *o!a 114.

>odemos lembrar que o sonhador n9odes>er!a do >esadelo P Z + um duro naqueda[N diz Lacan. *o momen!o emque Freud olha a gargan!a de IrmaN umaes>+cie de obe!o inom?velN ele se re!irado sonho e a>ela >ara ou!ros >ersona6gens que !omam seu lugar . *esse

momen!o N surge uma vozN uma voz deningu+mN e a>arece a Ormula da!rime!ilaminaN Oormula qumica de umasubs!Vncia dos me!abolismos se3uaisN quelhe Ooi comunicada >or Fliess. sonhose conclui assim com esse !ermo que n9oquer dizer nada mas que surge enquan!oma!+ria visual. Lacan acen!ua queN dian!edo encon!ro com o real da cas!ra,9o dou!roN Freud a!ravessou esse momen!ode angJs!ia >orque es!ava !omado >or

uma >ai39o de saberN que + mais Oor!eque seu deseo de dormir. AssimN ele !emacesso ` revela,9o do que + oinconscien!eN sua inven,9o. Freudcon!inua a dormir !ranquilamen!eNOan!asiando que um dia !eria uma >lacaonde se >oderia ler Z nessa casaN no dia24 de ulho de 1("N o mis!+rio do sonhoOoi revelado ao Dr. $igmund Freud.odemos considerar esse sonho comouma sada da !ransOerQncia de Freud a

FliessN o verdadeiro des>er!ar de FreudNse desembara,ando daquele que ocu>avao lugar do suei!o su>os!o saber.

oderamos >ro>or que nesse sonhode FreudN o Z isso Oala [ do signiOican!eNque cons!i!ui o rela!o do sonho na suaOinalidade de Oazer sen!ido P sen!idose3ual P vem recobrir o Z isso mos!ra [do obe!oN o n9o sen!ido da rela,9ose3ual. #os!rar se dis!ingue de Oazersen!ido >ois equivale a colocar em cena

um gozo ar!iculado `s cenas inOan!is!raum?!icasN criadoras e Oundamen!os de!odos os sonhos segundo Freud. Fun6damen!o Oan!asm?!ico. Assim o sonhoconver!e o sen!ido se3ual numa OrmulaNem le!rasN uma ciOra que con!+m nelamesma um gozo um Z isso se escreve [

 vem concluir o Z isso Oala [ e o Z issomos!ra [ do sonho.

*esse sen!idoN a in!er>re!a,9o vem des6 velar que o modo de Oalar 6 o rela!o do

sonho 6 vem recobrir o modo de gozar6 o !rabalho de ciOramen!o do sonho.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 74

Page 75: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 75/298

Page 76: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 76/298

Mod!$aBo p!$%io"a$ do tempo Ang5lia !ei3eira 

 #em*ra4te que o tempo 5 um :ogador que gan%a todos os lances sem rou*ar. 

'. )audelaire

  !em>o + condi,9o ne6cess?ria >ara Oalar desube!ividade.  5egularmen!eN evoca6mos a dimens9o !o>o6gr?Oica do a>arelho >s6quico na obra de Freud.8n!re!an!oN n9o Ooi >or

ele ignorada a dimens9o !em>oral dasube!ividade e suas incidQncias clnicas.Desde cedoN Freud a>resen!ou suashi>!eses >sicanal!icas sobre o !em>oNre!omadas >os!eriormen!e >or Lacan.odemosN resumidamen!eN ci!ar cincoreOerQncias im>or!an!es em sua obra 16 oinconscien!e n9o conhece o !em>oN +a!em>oralN in!em>oralN como es!? >os!ona |In!er>re!a,9o dos sonhosCN en!reou!ros !e3!os 26 a conce>,9o deindes!ru!ibilidade do deseoN 6 e3!ensivoaos >rocessos inconscien!es 6 que n9o es6!9o subme!idos aos desgnios do !em>o%6 o !em>o da sube!ividadeN que s >odeser recu>erado a >os!erioriN s de>ois 6nach!raglichN Ooi o signiOican!e u!ilizado>or FreudN a>r+s6cou>N Ooi a !radu,9oado!ada >or Lacan 4 6 a im>or!Vncia dae3>eriQncia se3ual inOan!il ou da neuroseinOan!il >ara a cons!i!ui,9o da neurose.  A quin!a reOerQncia !raz a rela,9o do!em>o com a Oan!asia e merece des!aque.Freud si!ua a Oan!asia Olu!uando en!re!rQs !em>os o !rabalho men!al vincula6se

a uma im>ress9o a!ualN no presente N ca>azde des>er!ar um dos >rinci>ais deseosdo suei!o dali re!rocede a umalembran,a de um acon!ecimen!o pret5ritoque >ode criar uma si!ua,9o reOerida ao

 "uturoN >or re>resen!ar a realiza,9oN asa!isOa,9o do deseoN a >ar!ir das marcasda lembran,a. *o !e3!o |8scri!orescria!ivos e devaneiosC conclui Kque o>re!+ri!oN o >resen!e e o Ou!uro a>arecem

en!rela,ados >elo Oio do deseoN que osune12%M.Freud concebeu o regis!ro do !em>o >re6sen!e como uma o>era,9o Oundamen!alda consciQnciaN es!aN deOinida como umes!ado men!al o>erando num de!er6minado !em>o. AssimN circunscreveu asube!ividade nas !rQs dimensTes !em>o6rais que conhecemos.

De Oorma Jnica e e3aus!ivaN Lacane3al!ou a im>or!Vncia das dimensTes!em>orais da sube!ividadeN Oormulando>reciosas !eorias de m?3imo valorN queim>rimiram grandes modiOica,Tes clni6cas o !em>o da sess9o + lgicoN e n9ocronolgico deOende a an?lise Oini!aN Oor6mulando algumas conce>,Tes do seu Oi6nal a !ransOerQnciaN ou seaN a su>osi,9o edessu>osi,9o de saber ao analis!aN + o!em>o da an?lise cria uma nova divis9osube!iva >ara o !em>oN en!re ou!ras >ro6>osi,Tes. 'ons!riN enOimN uma m?quinado !em>o u!ilizando alguns recursos >r6>rios da sua +>oca.  Lacan escreveN em 14"N o !e3!o |!em>o lgico e a asser,9o da cer!eza an6!eci>ada um novo soOismaC124N dividindoo !em>o em dois lgicoN e cronolgico.

 Sodula o !em>o lgico em !rQs escans+es  a>rimeira + o ins!an!e de verN ou de olhara segundaN o !em>o >ara com>reenderN a!erceira escans9oN + o momen!o de con6cluir.

  #odular o >rimeiro momen!o do !em6>o como um ins!an!e de verN ou a >ri6meira escans9o !em>oralN como sendo oolharN nos reme!e dire!amen!e ao cam>oda >uls9o e nos leva a conec!urar que h?uma !ens9o !em>oral >r>ria a cada umdos !rQs momen!osN ou ao menos na >ri612%  F58=DN $. 8scri!ores cria!ivos e devaneios.In  Mdi-o standard *rasileira das o*ras psicolgicascompletas . 5io de -aneiro ImagoN 1(7N olumeIHN >. 1"%.124 LA'A*N -. !em>o lgico e a asser,9o dacer!eza an!eci>ada. In  Mscritos . 5io de -aneiro -orge ahar 8dN 1(.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 7/

O

Page 77: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 77/298

meira !ens9o !em>oralN que + o ins!an!ede verN !al qual a !ens9o !em>oral quea!ribuiu ao momen!o de concluir.

inconscien!e n9o conhece o !em>o.De qual dimens9o do !em>o OalavaFreudN ? que elas >odem ser !an!asS Do!em>o cronolgicoN !eoriza Lacan. 8 a

>uls9oN em quais dimensTes do !em>o>oderia se inscreverS De acordo com as>ro>osi,Tes acima a>resen!asN >odera6mos inversamen!e >ergun!ar se h? umadimens9o >ulsional do !em>oS ergun!aque me re!eve.

*es!e >recioso es!udo >sicanal!ico so6bre o !em>o que es!amos em>reendendoh? dois anosN a re$aBo p!$%Bo > tempoou o 5o<o do tempo+ como quero crerN

Ooi crescendo aos meus olhos como umaim>or!an!e ques!9oN que iden!iOico >re6sen!e na clnica de v?rias maneiras e queme levou a algumas reOle3Tes.

 As considera,Tes !ericas sobre o !em6>o a>resen!adas >or Freud e Lacan s9oOundamen!ais >ara esclarecer alguns as6>ec!os rela!ivos aos analisandos es>ecial6men!e e sin!oma!icamen!e embara,adoscom o !em>o. 8s!as >ro>osi,Tes Oavore6cem a lei!ura clnica que reconhece que

h? dimensTes de sa!isOa,9o ineren!es ao!em>oN ou seaN reconhecem o gozo do!em>oN que >asso a ado!ar em lugar de>uls9o.  8s!a Oormula,9o que es!ou !en!ando

 valorizar e desenvolver a>arece no avessodo que usualmen!e se Oaz. ende6se inad6

 ver!idamen!e a limi!ar a ques!9oN >ore3em>loN isolando6se o !em>o necess?rio>ara que a >uls9o Oa,a seu circui!o. Aocon!r?rioN es!ou !en!ando iden!iOicar a%

moda$idade% de 5o<o do tempo e suasescansTesN >ara reconhecer que o !em>on9o es!? a servi,o da sube!ividadeN >os!oque o tempo %!89etiFidade+ o  !em>o>roduz gozo enquan!o a!ribu!o da sube6!ividade.  An!es de !udoN o !em>o + um signiOi6can!e. KA >ai39o do signiOican!e maniOes6!ando6se como >ai39o do !em>oM12"N diz$oler. rescinde do es>a,oN e em lugar de

125 $L85N '. !em>o que Oal!a. In Os tempos dosu:eito do inconsciente . $alvador 8F'L6)rasilN200(N >.12.

ser !omado como um elemen!o da na!u6reza deve ser !omado como um signiOi6can!e Oundamen!al da es!ru!ura delinguagemN que requer v?rios !ra!amen!ose >ode ser iden!iOicado em v?rias di6mensTes da cons!i!ui,9o da sube!ivida6de. $oberano e im>lac?velN o !em>o va!i6

cina a vida e a mor!e.odemos !amb+m dizer se o homem

inven!ou o !em>oN o !em>o inven!a o ho6memN veamos a>ressadosN a!rasadosNOleum?!icosN serenosN agi!adosN im>acien6!esN en!ediados. $abemos o >eso que ossigniOican!esN e!ernoN inOini!oN imor!alNressurrei,9oN renascimen!oN anacrUnicoN

 velhiceN a!rasoN horaN minu!oN >razoN !Qmnas nossas vidas. *9o seria o !em>o umadas modalidades do grande u!roS *9o

>or acaso o >oe!a can!a |o acaso vai me>ro!egerC...  !em>o !raz com>le3idade de !odaordemN a>arecendo nos ca>richos maismarcan!es dos Deuses das mi!ologiasNdas lendasN das religiTesN e + !ema de es6!udo e >esquisa em v?rios cam>os do co6nhecimen!o. *a OilosoOiaN na li!era!uraNno romance | re!ra!o de Dorian GraBCNes>ecialmen!e na >oesiaN o >oe!a brasilei6ro inicius que o diga Kque n9o sea

imor!alN >os!o que + chamaN mas que seainOini!o enquan!o dureMN o amor...N namJsicaN na ma!em?!icaN na OsicaN comsuas sucessivas !eorias. *e!on deu ao!em>o !oda au!onomiaN emanci>ando6odo es>a,o 8ins!einN ques!ionou o car?!erabsolu!o do !em>o ne!onianoN criandoa no,9o de rela!ividade.  A >sican?liseN >ar!icularmen!e emFreud e LacanN !amb+m Oez largo uso do!em>o >ara en!ender a cons!i!ui,9o da

sube!ividadeN seu pat%os e seu maneo cl6nicoN dando suas con!ribui,Tes !ericas>reciosas. $e a o>ologia + a ciQncia quese ocu>a do es>a,oN !alvezN a >sican?lisees!ea con!ribuindo com um Ou!uro cam6>o que venhaN >on!ualmen!eN se ocu>ardo !em>o.  *ada mais real e demasiadamen!e hu6mano que a angJs!ia em sua rela,9o como !em>oN esse !em>o que !em aOinidadescom o obe!o a. Y des!a >ers>ec!iva que

>odemos dizer que o !em>o n9o a>enasOaz sin!omaN mas que ele + sin!oma.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 77

Page 78: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 78/298

  rago >equenas observa,Tes clnicassobre os que >adecem do !em>o >aramos!rar que !em>o + sube!ividade egozo. enho conOerindo cer!as curiosasre>e!i,Tes rela!ivas ao !em>o que algunsanalisandos a>resen!am. ou me de!eres>ecialmen!e em um caso um homem

e3!remamen!e disci>linadoN organizadoNme!dicoN obedien!e ` sua rgida ro!ina.

 udo >arecia es!ar sob con!roleN aOorasua imensa angJs!ia. Fala do soOrimen!oque e3>erimen!a Oren!e ao !emor de verOalhar o seu con!role milime!ricamen!econs!rudo e >reservado. k >rimeira

 vis!aN ou Oenomenicamen!eN !udo >oderiasim>lesmen!e >arecer um ri!ualobsessivo. 'on!udoN associa!ivamen!ea>arece na an?lise o signiOican!e a(a%o+

>assando o >acien!e a Oalar e3as>eradodo &orror ao impreFi%to \ Qairs  ].

 A>arelhava6se ele com !odos os m+!odosseguros >ara se >revenir do acaso e doim>revis!o. #e!onimicamen!eN en!ra emogo no !rabalho anal!ico o horror ao-!t!roN o !emor de n9o >oder garan!ir oOu!uroN Oinalmen!eN de n9o !er como se>ro!eger da morte. 'one!urei umhomem que !em &orror ao a(a%o+  que!em &orror (o"ti"5"(ia e ao Ou!uro.

8s!avam em ogo as incidQncias do realNmaniOes!ando o im>ossvel a dizer sobreo !em>o e sobre a mor!e.  Des!a >ers>ec!ivaN >odemos dizer queo !em>o em si n9o a>enas !razNinevi!avelmen!eN a >r>ria ques!9o damor!eN mas que ao mesmo !em>o + oelemen!o que nos >ermi!e cer!aa>ro3ima,9o da mor!eN ? que como osolN n9o se >ode encar?6la de Oren!e.  =m homem se aOlige demasiadamen!e

com o Ou!uro >orque n9o >ode !er cer!e6za do que lhe acon!ecer? vive o >resen!eimerso na angJs!iaN >or n9o >oder garan6!ir !udo que conquis!ou e que man!+msob con!role. !em>o Ou!uro o amea,a.$oOre >elo que >oder? >erder. ar!iculargozo da dJvida conugada no Ou!uro.ar!icular gozo da an!eci>a,9o de uma>ossvel runa. ossvel dvida Ou!ura.  Alguns soOrem de reminiscQncias con6ugam o gozo no !em>o >assadoN lem6

brando nos!algicamen!e ou conurando o>assadoN !ornam6se escravos do >assado.

s melanclicos s9o os melhores e3em6>los.  u!ros gozam com o Ou!uroN na es>e6ran,a de resolver os seus im>assesN e3ul6!am com o Ou!uro que nunca chegaN sem6>re adiado. Aqui se encon!ra o maiore3em>lo do ogo com o !em>oN a >ro6

cras!ina,9o. emos bons e3em>los en!reos obsessivos.  s manacos gozam do >resen!eN so6Oregamen!e consumindo !udo hoe. >resen!e + !amb+m a medida de seguran6,a dos Obicos.  8n!re !emer o Ou!uro e nele de>osi!aras es>eran,asN vacila6seN b?scula do serOalan!e. Alguns >endem mais >ara umlado.  &uando o homem cogi!aN quando sin6

!oma!izaN quando ageN sea em que esOeraOorN goza do !em>o. *ada e3is!e Oora do!em>oN nada >ode >arar o !em>o. su6ei!o se a>resen!a como um ins!an!e de

 verN uma modalidade de gozo >on!ual eevanescen!e. gozo do obe!o a   e3igeou!ras escansTes. 8n!re o suei!o e o ob6e!o aN es!9o es>+cies de !em>oralidadedo gozo em sua dimens9o real.  Y de grande valor o gozo que + >rodu6zido >ela e3>ec!a!iva do Ou!uroN o que se6

reiS gozo de cone!urar a mor!e como!em>o Oinal. gozo da es>era e do >or6

 vir. s que soOrem do !em>oN de a!rasarou de an!eci>ar. gozo da mor!eN enOim.

'uriosamen!eN en!re o >assado e o Ou6!uroN o >resen!e n9o oga o >eso maiorna e3is!Qncia do indivduo. 8le acaba selimi!ado a es!a con!agem de !em>oN quen9o se sus!en!a sen9o do Ou!uro an!eriorNdo que !ivera sidoN conugando >assado eOu!uro. ivemos en!re o >assado e o Ou6

!uroN o >resen!e + sobre!udo o ins!an!edo a!o. 8s!e + um dos grandes desaOiosda an?lise Oazer uma nova equa,9o !em6>oralN >resen!iOicando em a!o a e3>eriQn6cia.  8m |;u*vers-o do su:eito e dial5tica do dese:ono inconsciente "reudiano6 N ao cons!ruir ograOo do deseoN Lacan vol!a a des!acar aques!9o do Ou!uro an!erior >ara os Oran6ceses ou o Ou!uro com>os!o do modo in6dica!ivo na gram?!ica brasileira ao se re6

Oerir ao KeOei!o de re!rovers9o >elo qualo suei!oN em cada e!a>aN se !ransOorma

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 7(

Page 79: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 79/298

naquilo que eraN como an!esN e s seanuncia Kele !er? sidoMN no Ou!uroan!eriorM 12/.

 A Oormula,9o do !em>o lgico >ro6>os!o >or Lacan + uma Oormula,9o dasmodalidades sube!ivas do !em>oN ouseaN modalidades de gozo do !em>o+ que

 vem esclarecer a Oun,9o do !em>o naclnicaN que + a Oun,9o da >ressa la %]te Ndo verbo %]ter N que diz res>ei!o a>reci>i!ar o momen!o de concluir sea dasess9oN sea da an?lise.

126 LA'A*N -acquesN $ubvers9o do suei!o e dial+6!ica do deseoN In Mscritos . 5io de -aneiro -orgeahar 8d. 1(N >. (2%

  ar!indo des!a dimens9o sube!iva do!em>oN e3>lica6se a Oun,9o da >ressa 6 lahV!e 6 no a!o anal!ico. Is!o +N Lacan >ro6>Te recorrer aos recursos do !em>o nasOormas da >ress9o^ >ressa^ >reci>i!a,9oN>ara dar a!ualidade ao gozo. 5equer >res6saN como condi,9o >ara >roduzir eOei!os

anal!icos sobre as escansTes do gozo.$abe que !em>o + sube!ividade e gozo.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 7

Page 80: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 80/298

E$ a8!rrimie"to+ !"a -orma de$ tiempo

;ilvia SigdaleQ

a >r?c!ica del>sicoanalis!aN conOron!a!odo el !iem>o con ladimensin de lasube!ividadN o en !odocaso con su ausencia;'on es!o Jl!imo aludimosquiz?N a las nuevas Oormas

de >resen!aciones clnicas noenmarcables en el cuadro de lo quellamamos cl?sicamen!e las neurosis de!ransOerencia.

or ello mismo B m?s que nunca los>sicoanalis!as no dudamos en reconocerla vigencia de la Ba cl?sica adver!encia+!ica LacanianaN 6no debemos renunciar adar cuen!a de la sube!ividad de nues!ra+>oca 6 es!amos inmersos en ella. 8l!ema de es!e encuen!roN !es!imonia deello en la eleccin de su !em?!ica cen!ralque gira alrededor del !iem>oN B en es!esen!ido !oma la >os!aN el desaOoN de hacerescuchar lo que el >sicoan?lisis !iene >aradecirN sos!eniendo su a>ues!a como!ra!amien!o del >adecimien!o >squicoN!ra!ando en!onces de es!udiar Breconocer las m?scaras con que es!e semues!ra hoB. 8l consul!orio de los>sicoanalis!as es un lugar en el queresuenan los Kma!icesM de una +>oca.8s el aburrimien!o un ma!iz de nues!ra+>ocaS  8l aburrimien!oN como OenmenoNcomo $!immungN es!ado aOec!ivoN !ieneuna no!able relacin con el !iem>oN !alcomo que !ra!aremos de mos!rar en elrecorrido de es!e !rabaoN re>ensando ein!errogando las Orac!uras >or las que seOil!ra el ac!ual males!ar en la cul!ura.Lo ac!ual nues!ro !iem>oN el !iem>o enel que !ranscurrimosN hagamos algunasconsideraciones acerca del !iem>oNmenuda cues!inR  8l enigma insondable del !iem>o hasido abordado >or grandes >ensadoresNescri!oresN >oe!asN OilsoOosN cien!OicosN>sicoanalis!as que en dis!in!os momen!os

se han ocu>ado de +l. or nombrarsolamen!e algunos memorables )orgesN<eiddeggerN ascalN 8ins!enN Aus!erNFreudN Lacan. ero !ambi+n el hombrecomJnN en lo vivido de cada daN en algJnmomen!oN es alcanzado >or lae3>eriencia del !iem>o;  Desde el comienzo de su his!oriaN elhombre ha !ra!ado de hacer KalgoM conel !iem>oN >or eem>lo medirloN B una desus Oormas Oue la cons!ruccin deins!rumen!os des!inados a !al eOec!o losreloes.

Lacan se reOiere a ellos en dis!in!oscon!e3!osN habla del >rimer relomec?nico creado >or un holand+s<uBgens en el aEo 1/00. 8voca eseacon!ecimien!oN >ara Oundamen!ar ellugar que el >sicoan?lisis debera !eneren!re las ciencias. *o ser? al modo deuna conce>cin >osi!ivis!a de lasmismasN sino >or la va de lo que +lllama las ciencias cone!uralesN de las queLacan subraBa que en ellas Kla verdad nocoincide con la e3ac!i!udMN aunque no>or ello se !ra!a de una verdad menosrigurosaN su rigurosidad es la de la lgica.

 Acerca de es!o me gus!ara acen!uar unsesgo KAhora bienN es diver!ido observarque el a>ara!o \se reOiere al reloins!rumen!o] Oue !erminado an!es de quela hi>!esis \se reOiere a la hi>!esis quees!ara des!inado a demos!rar elins!rumen!oN es decir la de GalileoN acercade la equigravedad de los cuer>osN o seaNla aceleracin uniOorme que le da su leB>or ser la misma en !oda cada] hubiese>odido ser veriOicada >or la observacinNB que >or es!e hecho la haca inJ!il almismo !iem>o que le oOreca elins!rumen!o de su rigor.MLo simblico crea un ins!rumen!o >aracon!abilizarN >ara medir el !iem>o. p lae!ernidad se vuelve im>osible; comoeOec!o de es!ruc!ura.  Des>u+s; Ba sucede que como en elconocido bolero; aqu+l en el que el

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (0

L

Page 81: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 81/298

relo solo servir? >ara marcar ladesolacin del aman!e que le >ide

 vanamen!e K5elo no marques las horasN>orque voB a enloquecerN ella se ir? >arasiem>reN has!a que amanezca o!ra vez.M;La e3>eriencia del !iem>oN en!onces en la>area amorosaN un !ema;

La ciencia B la !+cnica a>or!an en lacreacin del obe!o 6 ins!rumen!o unanueva Oorma de >adecimien!oN Ba lo decaFreud en el #ales!ar en la 'ul!ura.

8n el siglo III an!es de 'ris!oN!esibiosN diseEa un relo de aguaNconocido !ambi+n como 'le>sBdra. 8s!eOunciona >or la va del ri!mado ruido delo que go!eaN im>osible no evocar el griOoque go!eaN el !ic !ac del relo; 8n la'le>sBdraN >rimer Oorma de relo de aguaN

el !iem>o B el ruidoN a>arecen de es!emodo Oormando una curiosa >areaN queins!i!uBe una serie.  )orges evoca la 'le>sBdraN >rimernombre del !iem>oN en algunos de sus>oemas B escri!osN B Oiccionaliza un rela!o>or el cual un sul!?nN quiz? nadaaburridoN la u!ilizaba >ara medir el!iem>o que des!inaba a cada una de susaman!es;*o dea de ser in!eresan!e lasiguien!e deOinicin de es!e >rimer

ins!rumen!o des!inado a medir el!iem>oN a do!arlo de alguna unidad KOorma de una vasia cnica que se llenabade aguaN la cual iba vaci?ndose >or un>equeEo aguero que !ena en elOondoM.Gr?Oicamen!eN el !iem>o se va>or un aguero. 8s decir que el !iem>oNirremediableme!e se >ierdeN lo cual noquiere decirN que debamos >erder el!iem>oN B quiz? >or ello mismoN alcon!rario.

  La reOerencia al !iem>oN es Oundamen!alen el es!ado del aburrimien!o o en suOorma e3!remaN lo que llamamos el !edioNBa que en +l se !iene una >ar!icular>erce>cin del !iem>o que !ranscurre.  Lo >rimero que >odemos convenir esque al aburrido el !iem>o se le vuelvedensoN len!oN B >lan!eo como >regun!aque >odremos luego re!omar en nues!rodi?logoN lo denso es vaco o >leno B lolen!o revela los es>acios vacosN o

!ranscurre len!o >ara ocul!ar la Oini!udS

  $e >odra decir que se aburre quien se>iensa inmor!alN e!erno.  8l aburrimien!oN en !+rminos$>inozianos Oorma >ar!e de las >asiones!ris!esN que nacen del odio B la !ris!eza.  or cues!iones de K!iem>oM no vamosa abordar la his!oria de la OilosoOa de las

>asiones.8n Descar!esN con quien se inicia la

modernidadN las >asiones son buenas en>rinci>ioN e involun!ariasN es decir elsue!o no se sien!e res>onsable.Descar!es escribe el !ra!ado de las>asiones del almaN deOini+ndolas comoK>erce>cionesN o sen!imien!osN oemociones que se relacionan>ar!icularmen!e a ellasM  8n el has!o se !ra!ara de que a veces la

duracin del bien causa el has!o o lasaciedadN B es!a Jl!ima es una es>ecie de!ris!eza que >roviene de la misma causaque an!es nos diera sa!isOaccinN es decirque es!aramos >re>arados de !al modoNque la maBor >ar!e de las cosas de las quegozamosN nos gus!an solo >or un !iem>o.<aB una Orase de nues!ra sabidura>o>ularN dirigida a calmar la quearecalci!ran!e de alguno^a que lo ilus!raclaramen!e vos !e que?s de llenoR

  <echa es!a in!roduccinN vamos aaden!rarnos en el !ema que nos ocu>a.ara ello vamos a considerar algunasbreves >recisiones e!imolgicas.

 Aburrir B aborrecer !ienen el mismoorigen e!imolgico del la!n ab horrereKalearse con horrorN !ener re>ugnanciaMdel la!n ab6 KleosM B horrere KerizarseN!emblarM.  $innimo de KaburrirM es KOas!idiarMNdel la!n Oas!idium KascoN re>ugnanciaM.

!ro sinnimo de Kaburrimien!oM es!edio. Del la!n !aedium KcansancioNre>ugnanciaM lennuiN en Oranc+sN lanoiaN en i!alianoN B el ingl+s s>leen.$e han ocu>ado es>ecialmen!e del !emaNascalN $>inozaN <eideggerN B ieregardNen el cam>o de la FilosoOa.Freud B LacanN desde el >sicoan?lisis sehan ocu>ado del !emaN desde dis!in!as>ers>ec!ivas que vamos a dear >ara elOinal del !rabao.

$olo a modo de ilus!racin recor!aremosalgunos modos de decir de los OilsoOos

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (1

Page 82: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 82/298

acerca de es!e aOec!o6>asinierQe5ard  Ml a*urrimiento es unaeternidad sin contenido, una "elicidad sin gusto,una pro"undidad super"icial, un %artaNgo%am*riento”VV   8s con Heide55er  que LennuiN se!ransOorma en la !onalidad Oundamen!al

del dassein. La angus!ia B el aburrimien!omues!ranN sin >iedadN nues!ra condicinde seres Oini!osN limi!adosN con!radic!o6rios. 8l aburrimien!o como visin gris delo que e3is!e es una es>ecie de dolor delalma que causa sinsabor B elimina las ga6nas de vivir. &uien se aburre es!? asus!a6do de enOren!arse a su >ro>io vaco. KLamuer!e anda cerca. Lo s+. La >resien!o. $ime vuelvo B miro >or encima del hom6bro consigo a veces a!isbarlaM

  <eidegger >lan!ea !res modos o Oor6mas del aburrimien!oN el !erceroN lennui>roOundoN como !onalidad Oundamen!aldel serK8s!e no es el que sobreviene cuandoslo nos aburre es!e libro o aquel es6>ec!?culoN es!a ocu>acin a aquel ocio.)ro!a cuando xse es!? aburridox. 8laburrimien!o >roOundo va rodando >orlas simas de la e3is!encia como una silen6ciosa niebla B nivela a !odas las cosasN a

los hombresN B a uno mismo en una e36!raEa indiOerenciaM. $u obe!o se >arecem?s a lo desconocidoN que se enunciaN>or e. cuando decimos es!? !ronandoNes!? lloviendoN es!oB aburrido;!iene una!onalidad de lo desconocido

odemos escuchar ah algJn eco de laangus!iaN algJn >aren!esco en!re aburri6mien!o B angus!ia. 8n ambos se !ra!a dela relacin con algo desconocidoN B la in6de!erminacin !ambi+n es!? >resen!e en

la angus!iaN con la consecuen!e diOicul!ad>ara discernir el an!e algo de angus!iaN!an!o como >ara el obe!o del aburri6mien!oN es>ecialmen!e en es!a versin delaburrimien!o heideggeriana.  8n Freud se >uede >esquisar algunalnea que conec!a nues!ro !ema con loque se considera como su modeloenerg+!ico.  8l aburrimien!o a>arece mencionadoen los es!udios sobre his!eriaN como

Ksobran!eM de can!idad o Ksuma dee3ci!acinM liberado en cier!os >rocesosN

>roduciendo una inca>acidad >araso>or!ar una vida mon!ona o elaburrimien!oM. 'an!idad no ligable>squicamen!eN  'abe recordar !ambi+n la >regun!a quese hace FreudN cuando des>legando sume!?Oora de lo que imagina como el

es!ado originario del vivien!eN una vescula vivaN Olo!ando en un mundo>lagado de es!mulosN mucho an!es decualquier diOerenciacin en!re un aden!roB un aOueraN una vescula de sus!anciaes!imulable.Freud se >regun!a qu+ es lo que lollevara abandonar ese es!ado ameboidedel que !odo lo vivo >ar!iraS  $i bien haB un res!o de energa o libidoque >ersis!e inmu!able en el in!erior de la

 vesculaN la !ransOerencia al e3!erior esuna Oorma de libramien!o de la energa.Lo e3!erior a>arece asN como genuino>roveedor de es!mulosN B al la vezN comoel verdadero >er!urbador de dicha

 vescula.  KLo e3!eriorM es lo que an!es que KesoMquiera nadaN quiere >or +lN es decirN eldeseo del !roN Ba es!? ah es>erando.  )las ascal es!ableci en el $.17 quexnues!ro ins!in!o nos hace sen!ir que

debemos buscar la Oelicidad Ouera denoso!ros. *ues!ras >asiones nos em>uanhacia OueraN B lo haran aunque losobe!os no se >resen!asen >ara e3ci!arlas.Los obe!os e3!eriores nos !ien!an >or smismos B nos llamanN aun cuando no>ensemos en ellos;x  Freud >iensa que en el amor semues!ra la ca>acidad de inves!ir algodiverso al s mismo >ro>ioN a la vez queun es!ado de em>obrecimien!o libidinalN

Ba que casi !oda la libido es!? aOec!ada>or el es!ado de enamoramien!o. 'ones!o es!aramos rozando el !ema de la>asin amorosa. De !odos modosN comoes O?cilmen!e cons!a!ableN haB algo enesa as>iracin al =* del amorN en elque el aburrimien!o !ambi+n se hace>resen!e en la >area amorosa. !ro!ema >ara in!errogar.  8n el aburrimien!oN no se !ra!araus!amen!e de es!a dimensin del deseo

B su ar!iculacin con la Oal!aN bien alcon!rario. odos los in!en!os >or

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (2

Page 83: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 83/298

cancelar es!e hia!o en!re lo es>erado B loob!enidoN son un vano in!en!o de volvera un es!ado que en realidad nuncae3is!i.  Lacan deOine al aburrimien!oN como elaOec!o del deseo de !ra cosaN B uegacon lennui B lo unien en el anagrama

que >ermi!e hacer la lengua OrancesaNconcluBendo que el aburrimien!oN !ieneque ver con algo de es!e =noN como dela re>e!icin unianaN que clnicamen!ea>arece con ese car?c!er Oa!igan!e Baburrido que a veces irrum>e en elrela!o re>e!ido de algJn sue!oN bao laOorma de o!ra vez es!oB hablando de lomismoR  $abemos !ambi+n >or el >sicoan?lisisNque !odo obe!o se recor!a sobre un

Oondo de Oal!a cons!i!u!ivaN. que hemossido e3>ulsados del >arasoR 8so no hacambiadoR

  Lo que ha cambiado son los >arasosque nos >rome!en. Los venes se>resen!an has!iados de !odo. 8n elaburrimien!o >odemos reconocerN no laOal!a de la Oal!aN sino la >resenciainquie!an!eN de la ausencia de lmi!esN delanegamien!o del !odo es >osibleN

a!es!ados de obe!os que >roducen una>las!amien!o sube!ivoN el abara!amien!ode los idealesN !ransOormados en gadge!sal alcance de la mano B >or endeN ela>las!amien!o >ro>io del aburrimien!oen la im>iadosa B mon!ona con!inuidaddel todo es posi*le.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (%

Page 84: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 84/298

Immorta$it)#eonardo ;. Rodr)gueN 

n his !ale |he Immor!alCN -orge Luis )orges !ells !headven!ures oO an e3>lorer

 ho aO!er much !roublemanages !o reach !he ci!B oO!he Immor!als. he >lace isdeser!ed and i!s dis>osi!ionand buildings mos! s!range.

 heB do no! a>>ear !o serve anB>ur>ose indos !ha! are !oo highdoors !ha! o>en !o em>!B s>aces or holesin !he ground corridors and s!aircases!ha! lead nohere s!aircases cons!ruc!edu>side don s!aircases i!h s!e>s so

irregular !ha! i! is verB hard !o al on!hem cons!ruc!ions i!h unin!elligiblesha>es. he race oO immor!als !ha! buil!!he ci!B no lives elsehereN in caves orin !he o>en. heB are !roglodB!es !heBdo no >rac!iceN as )orges >u!s i!N |!hecommerce oO !he ordC. heB live in as!a!e oO le!hargic a>a!hBN !o!allBindiOOeren! !o !he orld. he visi!orno!ices a !roglodB!e lBing on !he ground

 i!h a birdCs nes! on his ches! buil! in

immemorial !imes. heir bodies areliOeless !heir immor!ali!B has guaran!eed!hem com>le!eN inOini!e sa!isOac!ion andall >ossible human e3>eriences P and as aresul!N !heir desire has died. )orges

 ri!es

W ;X he re>ublic oO immor!almen had achieved !he >erOec!ionoO !olerance and almos! oOdisdain. heB ne !ha! hen

!ime is inOini!e everB!hingha>>ens !o everB man. For his>as! or Ou!ure vir!uesN everB manhas !he righ! !o everB Oorm oOindnessN bu! he is also o>en !oeverB Oorm oO !reasonN Oor hiscrimes oO !he >as! and Ou!ure. W;XIn such a orldN all our ac!s areus!N bu! also indiOOeren!. here isno moral or in!ellec!ual meri!.<omer crea!ed !%e Od8sse8  i O!ime is inOini!eN iO circums!ances

and changes are inOini!eN !hen !heim>ossible !hing is no! !o ri!e!%e Od8sse8 a! leas! once. *obodB

is somebodB a single immor!alman is everB man. Lie 'ornelius

 Agri>>aN I am godN I am heroN I

am a >hiloso>herN I am a demonand I am !he orldN hich is ara!her !edious aB oO saBing !ha! Iam no!. \)orgesN >. "41]

Immor!ali!BN !he aboli!ion oO dea!hNen!ails !he dea!h oO desire bu! alsoNaccording !o !he >oe!N a Oorm oO radicalinsani!B hose salien! Oea!ure is a s!a!e oOca!a!onic au!ism. )orgesC e3>lorer loosa! a >alace in !he ci!B oO !he Immor!als

and !hins !%is palace %as *een *uilt *8 t%e gods . hen be reOlec!s Our!her andcorrec!s himselO !%e gods t%at erected t%is

 palace %ave died . And OinallB he concludes!%e gods t%at constructed t%is palace Uere mad.

 :i!h !he dea!h oO desire comes !he dea!hoO crea!ivi!B. )orges ri!es

 he Oounda!ion oO !heir ci!B as!he las! sBmbol !o hich !heImmor!als consen!ed i! signalleda s!age henN concluding !ha! all

en!er>rise is Ou!ileN !heB decided !olive onlB in !hough!N in >ures>ecula!ion. heB erec!ed !he ci!BNOorgo! abou! i! and en! !o live incaves. ermanen!lB in a !rance6lies!a!eN !heB barelB >erceived !he>hBsical orld. \)orgesN >. "40]

  Dea!hN hich our subec!ion !olanguage maes i! a necessarB >resence inour beingN is !he ul!ima!e mo!or oO

desire. ur Oini!e condi!ion maes ushumanN subec!s oO a res!ric!ed!em>orali!BN oO a circumscribedN singularand necessarilB mu!ila!ed his!orBN alaBsrunning ou! oO !imeN >ermanen!lB losingo>>or!uni!ies. Freud !hough! !ha! e Oearcas!ra!ion ra!her !han dea!hN and !his isso >reciselB because our mor!alcondi!ion maes our lacs and losses!rulB irreversible i!hin our limi!edalloca!ed !ime.

Freud did no! see in our mor!alcondi!ion a handica> bu! ra!her a Oer!ile

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (4

I

Page 85: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 85/298

incen!ive. I! is our dreaded mor!ali!B !ha!>romo!es desire and crea!ivi!B. In hisshor! essaBN |n ransienceCN Freud

 ri!es

*o! long ago I en! on a summer al !hrough a smiling

coun!rBside in !he com>anB oO a!aci!urn Oriend and oO a Boungbu! alreadB Oamous >oe!. he>oe! admired !he beau!B oO !hescene around us bu! Oel! no oB ini!. <e as dis!urbed bB !he!hough! !ha! all !his beau!B asOa!ed !o e3!inc!ionN !ha! i! ould

 vanish hen in!er cameN lie allhuman beau!B and all !he beau!Band s>lendour !ha! men havecrea!ed or maB crea!e. All !ha! he

 ould o!herise have loved andadmired seemed !o him !o beshorn oO i!s or!h bB !he!ransience hich as i!s doom.W;X I could no! see mB aB !odis>u!e !he !ransience oO all!hings W;X. )u! I did dis>u!e !he>essimis!ic >oe!Cs vie !ha! !he!ransience oO ha! is beau!iOulinvolves anB loss oO i!s or!h. n!he con!rarBN an increaseR

 ransience value is scarci!B value

in !ime. \Freud 11/aN >. %0"]

  Freud !hen goes on !o saB !ha! ha! isa! s!ae is our human revol! agains!mourningN agains! !he de!achmen! oOlibido Orom obec!s !ha! have been los!N|even hen a subs!i!u!e lies readB !ohandC \14%0/67].

 o me !his sugges!s !ha! !he ac! oOcrea!ion does no! >rovide a re>lacemen!Oor our losses \as some conce>!ions oO

crea!ivi!B aOOirm]. 'rea!ion is ra!her !heges!a!ion and bir!h oO !hings !ha! come!o inhabi! !he orld and hichN lie !heircrea!ors and !he alreadB e3is!ing !hingsNare des!ined !o >erish. Freud saBs in !hesame essaB

 A Oloer !ha! blossoms onlB Oor asingle nigh! does no! seem !o uson !ha! accoun! less lovelB. *orcan I unders!and anB be!!er hB!he beau!B and >erOec!ion oO a

 or oO ar! or oO an in!ellec!ualachievemen! should lose i!s or!hbecause oO i!s !em>oral

limi!a!ion. A !ime maB indeedcome hen !he >ic!ures ands!a!ues hich e admire !odaB

 ill crumble !o dus!N or a race oOmen maB Oollo us ho nolonger unders!and !he ors oOour >oe!s and !hinersN or a

geological e>och maB even arrive hen all anima!e liOe u>on !heear!h ceases bu! since !he valueoO all !his beau!B and >erOec!ion isde!ermined onlB bB i!ssigniOicance Oor our onemo!ional livesN i! has no need !osurvive us and is !hereOoreinde>enden! oO absolu!edura!ion. \14%0/]

  ur ca>aci!B !o sus!ain our desire and

crea!ivi!B is correla!ive oO our ca>aci!B !omourn >as!N >resen! and Ou!ure losses.LacanCs conce>! oO !he obec! a N !heobec! cause  oO desireN oes i!s originali!B>reciselB !o i!s deOini!ion as acircumscribed lacQ  hose >osi!iveNs!ruc!uring eOOec!s de>end on i!s beingassumed bB !he subec! as a loss N i!h !he>sBchical or oO mourning !ha! !hisassum>!ion requires.  he discon!en!s oO our civiliza!ion

have aOOec!ed human crea!ivi!B in a>ervasive aB. his is no! !o saB !ha!crea!ivi!B has declined P on !he con!rarB.)u! crea!ivi!B com>le!es a Oull circle>ro>elled bB human mor!ali!BN i!>o>ula!es !he human orld i!h i!screa!ions and crea!ures and becauseno!hing guaran!ees !ha! i! be >u! !o !heservice oO !he livingN i! in!roduces ha!Lacan called t%e let%al "actor N !hemor!iOBing eOOec! oO !he signiOier. In our

!imesN !o cases are salien!.  In !he Oirs! >laceN e are all i!nesses!o ha! Giorgio Agamben has called  t%edestruction o" e3perience . he uncon!rolledand uncon!rollable >rogress oO !he!echnological a>>lica!ions oO modernscience has resul!ed in !he massiveemergence oO e3>eriences !ha! eundergo >assivelB and hich are des!ined!o be des!roBed a! !he verB momen! oO!heir ince>!ion e3>eriences !ha! are no!

 or!h regis!eringN because !heB involve!he senseless sa!isOac!ions >rovided bB

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano ("

Page 86: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 86/298

!he >revalen! com>ulsive consum>!ionoO goods and gadge!sN or because !heBare e3>eriences !ha! e ac!ivelB OorecloseNas !heB are no!hing bu! a com>le!e as!eoO !ime !ha!N subec!s alaBs running ou!oO !ime !ha! e areN e canno! reallBaOOord e3>eriences !ha! do no! ge!

recorded in our >ersonal or collec!ivehis!ories. \Agamben]  $econdlBN recen! develo>men!s in !hebiological sciences and bio!echnologBhave >romo!ed serious >roec!s !ha! aima! >rolonging human liOe indeOini!elB P!hisN !hrough !he im>lan!a!ion andre>lacemen! oO organs !ha!con!em>orarB !echnological crea!ions aremaing >ossible. hese develo>men!shave led some au!hors !o s>ea oO a

|>os!6humanC eraN hich in Oac! hasalreadB s!ar!ed an era !ha! oOOers adis!inc! >ossibili!B Oor !he ma!erialrealiza!ion oO a verB e3!endedN iO no!immor!alN liOeN and !he selec!ive>romo!ion oO !rai!s !ha! ould mae oOhumans an al!oge!her ne s>eciesN heredesire as e no i! ould be ou! oO>lace. :e can imagine !he res! or ra!herNread i! in !hose >ages !ha! -orge Luis)orges ro!e as Oic!ion. pe! our

reduc!ion !o being !roglodB!es unable !oengage in !he commerce oO !he ordN isalreadB a Oirm >ossibili!B in a cul!ure !ha!>romo!es silen!N iner!N uncri!icalconsum>!ion and discourages all OormsoO crea!ive discourse.  In his orN Humain post4%umainW Human post%uman  X \=F 200%]NDominique Lecour! discusses !heOorecas!s and >ro>hecies !ha! ar!iOicialin!elligence and o!her scien!iOic

disci>lines have >roduced concerning!his  >os!human era. Lecour! argues !ha!!here are !o grou>s oO !hiners hohave Oormula!ed !hese >redic!ions.

 he !hiners oO !he Oirs! grou>N hich Lecour! calls tec%noprop%ets Nenvisage !he crea!ion oO robo!s !ha! illno! onlB have !he in!ellec!ual ca>aci!B oO!he human brain bu! ill also add neabili!ies in a >rodigious scale. Lecour!saBs !ha! |!heB announce !he adven! oO

minds i!hou! cons!rain!sN libera!ed OrombodiesN Oree Orom >assions and i!h

access !o immor!ali!B.C \Lecour! 200%N >.%"]  he second conce>!ion oO>os!humani!BN >ro>osed bB !he au!hors!ha! Lecour! calls *iocatastrop%ists N bes!re>resen!ed bB !he ors oO FrancisFuuBama \ Our Post%uman Future  ]N is

concerned i!h !he e!hicalN social and>oli!ical eOOec!s oO !he advances inbiological sciences and !echnologies.

 heB >redic! he >rocess oO >rocrea!ion ill

be mas!ered. he se3 oO !he inOan! hoarrives in !his orld ill no! be alea!oricagain. Inheri!ed diseases ill never beOa!al. he >rocess oO aging ill bere!ardedN and dea!h i!selO ill be>os!>oned indeOini!elB. *ei!her

ha>hazard nor des!inB in a>>lBing hisgenius !o !ha! living being !ha! he isamong o!her living beingsN !he humanbeing ill change !he condi!ions oO hison liOe he ill !res>ass !he limi!s oO

 ha! cons!i!u!es !he essence oO i!sOini!ude. \Lecour! 200%N >. %/]

 he selec!ion oO !he geno!B>e beOoreconce>!ionN hich ould mae >ossible!he e3clusion oO undesirable !rai!sN ouldaOOec! !he social s!ruc!ure i!selO. Ano!her

au!horN <ans -onasN >redic!s !ha!

DiOOeren! social grou>s ill !rB !oimprove  !heir descendan!s cer!ainlB!he richN bu! also religious sec!sNand some e!hnic grou>s. W;X heris oO !his ould be W;X !heemergence oO ne Oorms oOdiscrimina!ion. \Lecour! 200%N >.%/]

  hese are onlB >roec!ions on!o !heOu!ure oO ha! are alreadB dailB e3ercisesin megalomaniac ouissance. his is us!one oO !he sBm>!oms oO !he discon!en!sNor malaiseN oO our cul!ure.

In his seminar on !he e!hics oO>sBchoanalBsisN Lacan s!ressed !he need!o consider !he rela!ionshi> oO !hesubec! oO desire !o his dea!h as anin!egral >ar! oO analBsis. <e said !hen

 he Ounc!ion oO desire mus!remain in a Oundamen!alrela!ionshi> !o dea!h. he ques!ion

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (/

Page 87: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 87/298

I as is !his shouldnC! !he !rue!ermina!ion oO an analBsis P and bB!ha! I mean !he ind !ha! >re>aresBou !o become an analBs! P in !heend conOron! !he one houndergoes i! i!h !he reali!B oO !hehuman condi!ionS I! is >reciselB

!hisN !ha! in connec!ion i!hanguishN Freud designa!ed as !helevel a! hich i!s signal is>roducedN namelBN Hil"losigQeit   orhel>lessnessN !he s!a!e in hichman is in !ha! rela!ionshi> !ohimselO hich is his on dea!hW;X and can e3>ec! hel> Orom noone. \Lacan 12N >>. %0%64]

 As one oO !he Oe discourses s!ill viable!o us \as Lacan >u! i! !hir!B6Oive Bears

ago]N >sBchoanalBsis is !hereOore engagedin !he acnoledgemen! oO !he humanmor!al condi!ion in a aB !ha! is no!anBmore !he !erri!orB oO on!ologB and!heologBN bu! !ha! oO !he deOence oO our!imeN our !ime as Oini!e subec!s in !hiss!ill human eraN >recarious as ourhumani!B maB be.

Re-ere"(e%

 AGA#)8*N G. \1%] /n"anc8 and Histor81On t%e Destruction o" M3perience.  London

 erso.)5G8$N -. L. \1(0] O*ras 'ompletas.)uenos Aires 8mec+.

F58=DN $. \11/a] |n ransienceC.;tandard Mdition  14 %0%.LA'A*N -. \12] !%e ;eminar, ZooQ @//, !%e

 Mt%ics o" Ps8c%oanal8sis, BCC4BCG. *e por*or!on.L8'=5N D. \200%] |ecno>ro>h!es e!bioca!as!ro>his!sC.  SagaNine litt5raire  422 %467.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (7

Page 88: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 88/298

Temp% $o5i6!e et temp% arrt+ i"(ide"(e%($i"i6!e%

 ean4acques orog 

e !em>s logique es! celuidu signiOian! dans sadBnamique >ro>reNin!er>r+!able aveceOOicaci!+ >arce quCilim>lique une conclusion>ossible. #ais il arriveque le !em>s sCarrQ!e. Il

maniOes!e alors sa >r+sence. 'omme lecor>s quand il es! malade. 'e! arrQ! >eu!relever de s!ruc!ures cliniques vari+es e!

su>>ose des r+>onses ada>!+es. 8nr+ali!+ il im>ose de si!uer ` sa >lacelCobe! a  lacanien.  LorsquCon !en!e de Oaire la >r+sen!a!iondCun e3>os+N long!em>s ` lCavanceN il seglisse une ambi!ionN l+gi!ime sans dou!emais Oor! diOOicile ` sa!isOaire lorsquCon se!rouve au >ied du mur. &uCim>or!eN cCes!une Oa,on cer!es risqu+e mais souven!eOOicace de se Oorcer ` agirN ` >enserN e!comme !ouours avec un !em>s qui se

com>!e ` >ar!ir de sa limi!eN son momen!de conclure.  Lacan me! lCaccen!N Cai !en!+ de le Oaired+` dans un !e3!e qui a +!+ +cri! en>r+ambule ` ces ourn+esN sur leOranchissemen! o>+r+ dans ce quCila>>elle le momen! de conclure e! quCil!h+orisera avec lCac!e dans le s+minaire dumQme nom.

#on >ro>os es! ici de revenir sur lesOranchissemen!s im>ossibles que >our

lCoccasion e !rai!erai en !ermes de !em>sNle !em>s arrQ!+.Dans son ouvrageN #e tempo de la pens5e N

a!rice Lorau3 considre que cCes! un>roblme g+n+ral de la >hiloso>hie Z )reO au seuil de lC+>reuve de r+ali!+N la>ens+eN >rise dCune Oa!ale ins>ira!ionNsCoc!roie un !em>s dCarrQ! oj elle ugedevoir Oaire le >oin!N en ce lieu cri!iqueoj elle assume le risque de res!er ` amaislCombre dCune o>+ra!ion127. [

127 L5A=HN . #e tempo de la pens5e N arisN $euilN1%N >.24.

  n reconna!ra dans ce!!e !h+ma!iqueNe! dCailleurs ci!+e dans ce !e3!eN la>rocras!ina!ion bien connue delCobsessionnel >as +!onnan! >uisquCilOai! sBm>!Ume de sa >ens+e. 'ela di!Ncelui6ci >eu! es>+rer de la >sBchanalBsequCelle >arvienne ` en r+duire les eOOe!s.  #ais il nCB aura >as lieu dCQ!re sur>risnon >lus quCil +voque souven! dans unau!re regis!re :i!!gens!einN e! cri!iqueZ >r+su>>osi!ion e! !au!ologie [ comme

+!an! les deu3 Oormes de ce qui arrQ!e la>ens+eN ce!!e >ens+e qui Z ignore le!em>s bouscul+N le !em>s qui manque de!em>s [. Il ironise mQme Z $e mouvoirdans la >r+su>>osi!ion e! la !au!ologie>asse >our lCindice quCon >ense12(. [  La >hrase Z &uCon dise res!e oubli+derrire ce qui se di! dans ce qui sCen6!end12 [N im>lique lCoubli de ce queLacan a>>elle iciN dans Z LC+!ourdi! [N ledire >ar o>>osi!ion au3 di!sN no!ammen!

de lCinconscien!. Au!remen! di! lCanalBs!e>eu! bien relever les di!s de lCinconscien!de son analBsan!N il ne >eu! en res!i!uer ledireN soi! le !em>s oj ,a sCes! di!. ourune >ar!N ceci recouvre le Oai! quCil nCB a>as de >oin! de vue e3!+rieur qui>erme!!e dCobserver le langageN quCil nCB a>as de m+!alangage.

#on hB>o!hse es! que dans la >sB6choseN ce dire6l`N !ou! se >asse comme sCilnC+!ai! >as oubli+. n le v+riOie avec

lChallucina!ion don! la >erce>!ionsC+!erniseN e! qui us!emen! ne >asse >asau di!. 'Ces! dCailleurs >ourquoi il nCB a>as de dis!ance en!re la voi3 e! le di! ainsiN >ar e3em>leN ce que di! la voi3 es!indiscu!able. n sai! que >ar lCo>+ra!ionanalB!iqueN cCes! ` ne >as me!!re en dou!elCe3is!ence mQme de la voi3 quCon ob!ien!que >uisse venir au d+ba! ce que di! la

 voi3N que quelque chose donc se d+!ache

128

 /dem  >.%%".129  LA'A*N -. Z LC+!ourdi! [N  Autres 5crits N arisN$euilN 2001N >.44.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano ((

L

Page 89: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 89/298

en!re la voi3 e! ce quCelle di!N e! !+moignequCil B avai! quelque chose dans lequel ledi! +!ai! res!+ englu+. 'Ces!6 6dire que>r+cis+men! le dire nCavai! >as >u Q!reoubli+ e! con!inuai! de >arasi!er le di!.'omme on le voi! ce dire non oubli+nCem>or!e >as v+ri!ablemen! un gain

mais >lu!U! un embarras qui es!N malgr+ou ` cause de celaN le modle de lCobe!a 1%0.  Il me semble que d+crire la chose dece!!e Oa,onN un dire qui dans cer!ains casne sCeOOace >asN >r+sen!e quelqueavan!age si lCon se souvien! delCim>or!ance de la >sBchose danslCensemble des d+velo>>emen!s de La6can1%1. DCau!an! >lus dans ce! Z Y!ourdi! [qui commence avec un ra>>el de

lCadresse de ce! +cri!N le cinquan!enaire delChU>i!al <enri 5ousselleN service danslequel il Oaisai! sa >r+sen!a!ion. 8! ilinsis!e encore sur ce!!e >r+sen!a!ion en sa!ou!e Oin

Z ; e salue <enri65ousselledon! ` >rendre ici occasionN enCoublie >as quCil mCoOOre lieu `Nce eu du di! au direN en Oaired+mons!ra!ion clinique. j mi6

eu3 ai6e Oai! sen!ir quC`lCim>ossible ` dire se mesure ler+el P dans la >ra!ique S1%2 [

#ais e3>liquons6nous dCabord sur ce>oin! le dire oubli+N cCes! ` >ro>remen!>arler ce qui cons!i!ue le reOoulemen! e!>as seulemen! le reOoulemen! originaire>uisquCil se >rodui! chaque Oois quCon>rend la >arole. &uCil sCagisse danslCanalBse de re!rouver le reOoul+ es! une

sor!e dC+videnceN mais ce que Lacan+voque es! au6del` de ,a >uisquCil sCagi!

130 &ue >enser de ce >ro>os de :i!!gens!einN ci!+>ar Lorau3N #e tempo de la pens5e N op. cit .N >.%27 Z $ouvenez6vous la >lu>ar! des gens disen!quCon ne sen! rien sous anes!h+sie. 'e>endan! il Ben a qui disen! il se pourrait  bien que lCon sen!equelque choseN mais quCon oublie com>l!emen!quCon lCa sen!i; [131  LA'A*N -. Z LC+!ourdi! [N  Autres 5crits N op. cit .N>.44 Z ;mon discours nCes! >as s!+rileN ilengendre lCan!inomieN e! mQme mieu3 il se

d+mon!re >ouvoir se sou!enir mQme de la>sBchose. [132 /dem N >.4".

dCun !h+orme don! il Oournira la d+6mons!ra!ion au cours du !e3!eN !h+ormequi es! vrai dans !ous les cas >our le sue!>arlan! >uisquCil sCagi! dCune >ro>ri+!+ dulangage. La >er!e don! il sCagi!N du direNcommen! la r+cu>+rerN ou !ou! au moinscommen! >erme!!re au sue! de sCen

a>>rocherN ou de Oaire valoir ce!!e >er!en+cessaire S n en mesurera la validi!+avec Lacan ` lCaune du sue! >sBcho!iquequi B >arvien! cer!esN mais ` ses d+>ens.  'Ces! ` ce! endroi! quCin!ervien! le!em>s logiqueN que Lacan ne cesse derevisi!er. La hV!e maniOes!e la >r+sence delCobe! e! lC+quivoque lCins!rumen! du>sBchanalBs!e.  -e >rendrai >our illus!rer le >oin! ceOilm de :oodB Allen bien connu e! quiN `

le revoirN nCa >as >ris une ride  AnnieHall . Il B es! ques!ion de ra>>or! se3uelim>ossibleN dChomme e! de OemmeN e! de>sBchanalBse >our !en!er dCB Oaire Oace.  #ais dCabord ceci qui nous a>>rendquelque chose sur le !em>s e! son in6!er>r+!a!ion celle des s+ances manqu+esmais duesN mo!iO drUle >arce que s+rieu3N>our ne >as se suicider >uisquCil devrai!>aBer les s+ances manqu+es. n voi!lCar!icula!ion du d+sir e! de la mor! que

Lacan avai! souven! re>ris avec le Z il+!ai! mor! e! ne le savai! >as [ du rQveurOreudien.

LCau!re mo!iO nCinclu! >as direc!emen!le !em>s mais il sCen d+dui! ais+men!.'Ces! le mo! de Groucho #ar3 Z 'ommen! su>>or!erais6e dCQ!reacce>!+ comme membre dCun club quimCadme!!rai! comme membre S [ Le clubserai! donc au!oma!iquemen! d+valu+.LCeOOe! es! sensible ` des degr+s divers

mais raremen! absen! ds quCon ob!ien!quelque nomina!ion que ce soi!. Il vau!bien sr dans no!re Ycole. ouss+ danssa logiqueN on ob!ien! le !B>e dCe3clusionqui es! celui que Lacan Oai! valoir au !i!redu manqueN dans le s!Ble de 5ussel lCensemble des ensembles qui ne secon!iennen! >as eu36mQmes se con!ien!6illui6mQme S1%% 

133  /dem N >.4% Z Irai6e ` >arler de la Z >ulsion

g+ni!ale [ comme du ca!a6logue des >ulsions >r+6g+ni!ales en !an! quCelles ne se con!iennen! >aselles6mQmesN mais quCelles on! leur cause ailleursN

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (

Page 90: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 90/298

  #ais :oodB Allen imagine dCabord quela ci!a!ion >rovien! de Freud e! mQme du#e mot d6esprit  et ses rapports avec l6inconscient Nce qui accen!ue la dimension de lalogique du #ustgeUinn N du gain de >laisir.8nsui!eN il se >ro>ose de la me!!re enuvre >our son oOOiceN comme ce qui

e3>liquerai!N une Oois r+dui! le club audeu3 du cou>leN ce >ourquoi il ne>arvien! >as ` res!er avec une OemmeN e!>lus >r+cis+men! Annie <all.  &uoiquCil en soi!N ceci me >erme!dCinsis!er sur ce Oranchissemen! dans le!em>s de la >osi!ion du sue!N celle6ci sCen!rouvan! !ransOorm+eN dans un +clair. -era>>elle les +l+men!s du Oilm que nousadme!!rons comme vrais >uisquCilso>ren! ainsi dans la Oic!ionN e! >arce

quCils son! susce>!ibles de mon!rer lar+ali!+ de ce que nous rencon!rons danslCe3>+rience analB!ique.  La rencon!re amoureuse res>ec!e lesnormes du genreN e! nous mon!re un

 :oodB Allen embarrass+ mais somme!ou!e !rs eOOicace dans sa conquQ!e e!sur!ou! >arOai!emen! normalN manian! lemo! dCes>ri! sans !omber dans uneclonerie souven! >r+sen!e dans dCau!resOilms. A>rs ce!!e rencon!reN sans dou!e

>eine6!6il quelque >eu ` sCengager e! lemaniOes!e bruBammen! lorsquCelle d+cidede renoncer ` son a>>ar!emen! il nCa>as gain de cause e! cdeN mais ceOranchissemen! >rodui! sans +clairage surle dire qui devrai! lCaccom>agner nesaurai! Q!re sans cons+quence dans sessui!es.

Le sBm>!Ume surgi! >eu a>rs chezelleN de ne >as >ouvoir ouir sanslCa>>oin! du haschich. #ais ici la Z bonne

san!+ men!ale [ de #om BI  e3ige uneouissance non >ar!ag+e avec lCherbeNconcurren! insu>>or!able. 'Ces! >ourquoielle doi! se soume!!re ` ce!!e e3!ra6ordinaire inven!ion quCes! la >sBchanalBse` laquelle lui sCes! soumis non sans

soi! dans ce! Au!re ` quoi la Z g+ni!ali!+ [ nCaaccs quC` ce quCil >renne Z barre [ sur elle de ladivision qui sCeOOec!ue de son >assage ausigniOian! maeurN le >hallus S [1%4 'onO+rence donn+e >ar -. Lacan dans le grand

am>hi!h+V!re de la $orbonne le 1/ uin 17" `lCouver!ure du "e $Bm>osium in!erna!ional -ames -oBce. LCVneN 1(2N n• /.

en!housiasme de>uis quinze ansN maiscomme il le di! sans que ,a nCai!a>>aremmen! rien chang+. Le dire oubli+es! ou+ ici >ar la >osi!ion qui es! lasienne ` luiN ce qui res!e escamo!+ de sa>ro>re >osi!ionN son im>ossible ` luiN qui>eu! se dire l` oj la mor! es! conoin!e

au d+sir. 'ela ne se voi! >as car quoi de>lus normal que dCe3iger une ouissancesans >ar!age avec la drogue S

8nsui!e vien! la >remire s+anceN scnequi m+ri!erai! quelques commen!airesmais que nous laisserons de cU!+ >ournous in!+resser ` ce qui Oai! le cur duOilmN ce!!e cour!e s+quence oj lCon voi!les deu3 chacun sur un divanN dire sa

 v+ri!+ sans dCailleurs quCil nCB ai! dC+car!en!re les Oai!sN seulemen! une >osi!ion>ro>re ` chacun. n se souvien! que lesZ ra>>or!s se3uels [ son! avou+sN >ar lCune! lCau!reN au nombre de !rois >ar se6maineN chiOOre >our lui ne!!emen! in6suOOisan! e! >our elle bien e3cessiO. uis

 vien! lCa>orie non r+solue qui mCarrQ!eici elle ne >eu! >as lui reOuser ce quCildemandeN ni le qui!!erN >arce que cCes! luiqui >aBe les s+ancesN e! lui de son cU!+considre quCelle >rogresse avec lCanalBsemais con!re luiN en somme il se Oai! avoir.#oBennan! quoi elle >arvien! ` le lVcher>uisque comme elle le di!N elle sCaOOirmee! sai! ce quCelle veu!N mais elle arrQ!e dumQme cou> son analBse. La>sBchanalBs!e nCavai! rien di!N e! a donc+!+ e!+e comme le b+b+ avec lCeau dubain sans que rien nCai! +!+ acquis sauOune Oausse assurance moqueN la sui!emon!ran! une Annie <all erran!edChomme en homme. #anquai! donclCin!er>r+!a!ion qui aurai! !rai!+ lCim>asselogique de !elle sor!e que le dire ne O!

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 0

Page 91: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 91/298

>as com>l!emen! oubli+N si!u+ ` sa>lace. LCa>orieN le >ige es! aussi!rom>eur que le >arado3e du men!eurdans le sens oj la solu!ion e3is!e `condi!ion de saisir ce! +car! en!relC+noncia!ion e! lC+nonc+N le sue! delC+nonc+ aBan! +!+ modiOi+ de>uis e! `

cause de lC+noncia!ion. La diOO+rence queLacan in!rodui! en!re ce!!e version du>roblmeN disons en!re lC+>oque de Z La'hose Oreudienne [ e! celle deZ LC+!ourdi! [N consis!e dans ce!!ea>>roche du r+elN de ce! oubli en !an! queZ s!ruc!ural [.

#ais de mQme que lCensemble de Z LC+6!ourdi! [ insis!e sur ceci quCil nCB a >as dem+!alangageN il ne cesse de nous Oairemiroi!er !ou! ce qui >ourrai! B

ressemblerN !ou! ce qui >ourrai! si!uer lesue! comme eOOe! de son dire.LCin!er>r+!a!ionN si elle >r+!end changerquelque choseN ne le >eu! quC` ce niveau.'elle qui eu! +!+ ad+qua!e es! doncNLacan nous lCa>>rendN lC+quivoqueN ` ceci>rs quCon la r+dui! !ro> souven! `lChomo>honieN au3 eu3 de mo!sN don!Lacan use am>lemen! dans ce! +cri! mais>r+cise quCils se ouen! de nous

Z \;] ce son! eu3 qui nous ouen!.$auO ` ce que les >o!es en Oassen!calcul e! que le >sBchanalBs!e sCenserve l` oj il convien!1%". [

 *Coublions donc >as la grammaire qui

 vien! ensui!eN >lus >ro>ice ` nous Oairesaisir commen! si!uer le !em>s du sue! e!de son dire. -e crois que nous >ourrionsre!enir >our no!re gouverne la cri!iqueque Lacan adresse au3 >sBchanalBs!es qui

se son! m+>ris sur le >r+!enduendoc!rinemen! de Freud sCadressan! `ses >a!ien!s1%/ 

135  LA'A*N -. Z LC+!ourdi! [N  Autres 5crits N op. cit .N>.41.136 LCe3em>le le >lus ne! es! le cas de lC<ommeau3 ra!sN ci!+ en eOOe! >ar Lacan \>. 41 des Autres5crits  ].

Z Freud Oai! au3 sue!s Z r+>+!er leur le6,on [N dans leur grammaire. k ceci >rs quCil nous r+>!e queN dudi! de chacun dCeu3N nous devons Q!re>rQ!s ` r+viser les Z >ar!ies dudiscours [ que nous avons cru >ouvoirre!enir des >r+c+den!s1%7. [ 

'Ces! ce!!e grammaire qui condui!Lacan ` sa d+Oini!ion de lCin!er>r+!a!ionqui nous ser! de via!ique Z e ne !e le Oais>as dire [N +quivoque cer!es mais dans unau!re regis!re que celui de lChomo>honieNqui la com>l!e de l` oj le sue! vien! `sCinscrire.

8! cCes! en !roisime lieu la logiquedon! ce nCes! >as un hasard quCon Bre!rouve >lus direc!emen! la ques!ion du

!em>s P logique de>uis 14" P o>+ra!eurce!!e Oois du momen! oj le sue! bascule vers Z Au!re chose [ grVce ` cemouvemen! du di! au dire. -CB vois unesor!e dCaver!issemen!1%( e! un ra>>el leeu de mo!s auquel on iden!iOie un >eu

 vi!e Lacan en en Oaisan! une e3clusivi!+ Pil ironise lui6mQme sur le mo! valise PnCes! >as le !ou! de lCin!er>r+!a!ionN sCilnCes! >as resi!u+ dans le con!e3!egramma!ical oj se >lace le sue!N ni dans

celui logique qui su>>ose une !em>orali!+e! une chu!eN une Oin O!6elle >rovisoire.Dans le cas de Annie <all la Oic!ion nousau!orise ` imaginer une r+>onse au >ige.

 A!!ra>er la conscience de lCAu!reN delChommeN qui dans son souci dCobla!ivi!+

 veu! !ou! >our elle; sauO ce quCelled+sire.

137 /dem N >.42.138 LCaver!issemen! nCe3clu! >as Lacan lui6mQmedans ce!!e discr!e no!a!ionN com>l+!an! lere>roche Oai! ` Freud de lCobscuran!isme de ses+lves dCun Z 'er!es >as moi qui ai aussiN ` ce!endroi! \de mon envers]N quelquesres>onsabili!+s. [ \  Autres 5crits N op. cit .N >.42] Il Oai!allusion ici une Oois de >lus ` ce momen! crucialquCa +!+ le colloque de )onnevalN lui r+v+lan!commen! lCerreur grossire de ses +lves es! ausside sa res>onsabili!+ e! demandai! une r+vision de

lCensemble de sa descri>!ion de lCinconscien!eOOec!u+e les ann+es suivan!es.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1

Page 92: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 92/298

Um tempo de e%pera para o o8%e%%iFo, “E%t# proFado, 6!em e%pera "!"(a a$(a"a

 Andr5a Zrunetto

o mundo modernoNca>i!alis!aN que !em>ressa e que o !em>o +dinheiro P algo a ser

 valorizadoN uminves!imen!o P es>erar+ uma vergonha.

 ergonha que recaisobre aquele que es>era. Bgmun!)aumanN em Kidas des>erdi,adasMescreve Kcorrer a!r?s das coisas e

ca>!ur?6las em >leno vUoN ainda Orescas echeirosas P isso + in . AdiarN escolher oque ? es!? l?N + out.  Y esse ri!mo ver!iginosoN em que!em>o + dinheiroN que Oaz com que acada dia a avidez dos suei!os P que +humanaN demasiada humanaN ? quenenhum obe!o >ode !am>onar a Oal!a Psea diu!urnamen!e reavivada >or novosobe!os que >rome!em o im>ossvel.

8n!9oN esse !rabalho une o !ema do

!em>o com um >equeno e3!ra!o clinicoem que mos!ra a en!rada em an?lise deum suei!o obsessivo que Kn9o >odees>erarM.  or isso esse !rabalho !em es!e !!uloOrase da mJsica de 'hico )uarque de<olanda K8s!? >rovadoN quem es>eranunca alcan,a. Fa,a como eu digoN Oa,acomo eu Oa,o aa duas vezes an!es de>ensarM.  obsessivo Oica meio >erdido nesse

!em>o a!ual em que !udo + r?>ido. AOa,anha + ser r?>idoN como na mJsica de'hicoN n9o adiarN n9o >rocras!inar. 8 ele!em necessidade de um grande !em>o decom>reender.

Lacan alega que + necess?rio en!endero 8u dos suei!os his!+ricos e obsessivos>ara saber a!rav+s de quem e a quem eleOormula sua >ergun!a eN assimN reconhe6cer seu deseo. AOirma que o obsessivoKarras!a >ara a aula de seu narcisismo os

obe!os em que sua ques!9o se >ro>agaNno ?libi mul!i>licado de imagens mor!ais

eN domando6lhes as acrobaciasN dirige suaambgua homenagem ao camaro!e emque ele mesmo se ins!alaN o domes!re senhor que n9o se >ode verM. 8con!inuaN aOirmando que nessees>ec!ador invisvel do >alco es!? a Oigurada mor!e.  A rela,9o en!re a >reocu>a,9o com seudesem>enho e a mor!e ? es!avaa>on!ada >or Freud desde o <omem dos5a!osN sus!en!a &uine! em Uang und

!rie* Kquando se e3ibia !arde da noi!eN aoes>ec!ro >a!ernoN quando se >re>arava>ara uma >rova e abria a >or!a >ara seuOalecido >ai eN logo em seguidaNcon!em>lava seu >Qnis em es>elhoM.  omando um recor!e da minha clnicaNesse suei!o obsessivo + um >roOissionaleOicien!e e bem sucedido que sabe Oazer a|boa horaC. Y uma an?lise que se inicia\!em menos de um ano] e desde a>rimeira sess9oN ele reclama >or eu n9o

res>ei!ar e3a!amen!e os hor?riosmarcados e ele Oica !endo que es>erarNes>erar. Faz sem>re a a>ologia de quegos!a de !udo cer!oN nos dias e hor?rioscer!os.

 Al+m da me!iculosidade >r>ria doobsessivoN n9o >oder es>erar + um doslemas do ca>i!alismo. 'onsuma e gozeagoraR 8 Ko inconscien!e n9o + an!ica6>i!alis!aN >elo con!r?rioN ele !rabalhaincessan!emen!e >ara >roduzir gozoM

\$olerN A conOus9o dos discursos].=m dia + ele que !em de sair da ro!inae mudar o hor?rio de sua sess9o e chegarde>ois das 20hs. 8s>era Oora doconsul!rio alguns minu!osN sem saber seeu es!ava a!endendo \a secre!?ria ? !inhaido embora]. 8n!9oN abro a >or!aN um>acien!e sai e ele en!ra. Ao Oinal dasess9oN ? em >+N me diz que achou queeu !inha esquecido ele l? Oora. Digo quede Oorma alguma esqueci deleN o que

esqueci Ooi de avis?6lo que nesse hor?rio

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2

N

Page 93: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 93/298

a secre!?ria ? !eria ido embora e ele!alvez !ivesse que es>erar alguns minu!os.

Y isso que cons!i!ui sua en!rada eman?liseN enla,ando o sin!omaN a Oan!asia ea in!erven,9o da analis!a. *a sess9o se6guin!eN vem a lembran,a inOan!il quandocrian,aN a m9e soOreu um aciden!eN ele era

>equeno e n9o >ode en!rar no hos>i!al.Ficou es>erando do lado de OoraN!orcendo >ara a m9e n9o morrer.Demorou mui!o e achou que a m9e!ivesse esquecido dele ou morrido. *9orelaciona de Oorma nenhuma a his!riacom a es>era do lado de Oora doconsul!rio.

8m K semin?rioN livro " as Oor6ma,Tes do inconscien!eMN Lacan aOirmaque + >reciso que >ara o obsessivo haa

algu+m que regis!re e !es!emunhe suas>roezas. K*9o se >ra!ica uma >roezasozinhoMN alega Lacan. u!ro + dian!ede quem !udo isso se >assaN o lugar ondese regis!ra a Oa,anha. *ovamen!e aOirmaum lugar de !es!emunha invisvel >ara ou!ro. 8 como es>ec!adorN a mor!e.  Fa,anhaN acrobaciaN >roeza s9o>alavras que Lacan usa >ara dizer dessees>e!?culo que o obsessivo !rava com amor!e. 'omo dizia ou!ro obsessivo que

a!endo quando sin!o que a mor!e merondaN >enso em 8>icuro |se eu es!ouaquiN a mor!e n9o es!? se ela es!? +>orque ? OuiC.

'om suas Oa,anhas a>resen!a umaheroicidade cada vez mais inJ!il P es!ouusando uma Orase de 'armem Gallano>ara designar a solid9o >aranicaN mascreio que cabe aqui P em um mundo emque n9o h? mais ordem que a domercado ca>i!alis!aN o da >rodu,9o

e3!ensiva da Oal!a6a6gozar.  8sse !em>o de com>reender !9o longoNque a clnica evidenciaN >ode ser en6!endido como >ar!e do es>e!?culomor!OeroN visando a manu!en,9o dou!ro. AssimN o obsessivo se envolvecom seus >ensamen!os e adia o a!o. 8com isso o momen!o de concluir Oicadis!an!eN unindo6se o inOini!o do !em>ocom o im>ossvel em desear. ro6cas!inarN Oingindo6se de mor!o >ara

enganar a mor!eN + sua Oorma de man!ero u!ro sem Oal!a. |bom conselhoC da

mJsica de 'hico )uarque + um convi!eao a!o.  A >roeza de meu >acien!e em |Oazer aboa horaC em seu !rabalho + >ara ne6gociar com a mor!e. Y >or isso que elesabe Oazer a Kboa horaM.

'om a in!er>re!a,9o |n9o esqueci de

 vocQC a analis!a + enla,ada no sin!oma dosuei!o eN >ara al+m de seu lugar de u6!roN >assa a ser obe!o a. *o $emin?rio11N Lacan diz que a >resen,a do analis!a+ ela >r>ria uma maniOes!a,9o doinconscien!e. 8 que o inconscien!e es!?do lado de OoraN >or+m >ela boca doanalis!a es!a >or!a >ode ser aber!a.

que !em acon!ecido recen!emen!e +que ele !em chegado bem an!es de seuhor?rio e Oica es>erando na sala de es6

>era. 8 n9o diz que chegou an!esN n9oOala sobre isso duran!e a sess9o. 8s!aes>era >or vezes de cerca de uma horan9o o incomoda.

*o argumen!o des!e !rabalho coloqueiuma ques!9o qual o eOei!o dessa an?lisesobre esse sin!oma da es>eraS 8n!re aescri!a do argumen!o e es!aN agoraN eledei3ou de seu !rabalho. 8s!? inves!indoem ou!ro que envolve a recen!e e OamosaindJs!ria da es!+!ica.

  Is!o signiOica uma mudan,aS $eu!em>o de com>reender + r?>idoS Acabeide aOirmar que o obsessivo >rolonga o!em>oN n9o concluindo. #inha res>os!a +n9o. 8le con!inua o |bom >role!?rioC queen!ende as necessidades do mercado ebusca o bom desem>enho. 8ssa + suanova vers9o de |Oazer a boa horaC comsua verdadeira >roeza que + amanu!en,9o do u!ro. Alega que agoraes!? na >roOiss9o do Ou!uroN que a!rasa a

 velhice agora n9o + mais um !em>o >ara velhos.

8le con!inua na re>e!i,9oN do lado deOora do hos>i!al ` es>era de ser chamadoN` es>era da mor!e do ou!ro ou da deleN oque d? no mesmo. 8 es!a es>era damor!e + uma >ossibilidade cer!eiraNinsu>er?vel e inde!erminada do suei!oNcomo aOirma Lacan ci!ando <eideggerem KFun,9o e cam>o...M.  5e!omando a mJsica de 'hico )uar6

queN ele ainda diz K'orro a!r?s do !em>o. im de n9o sei onde. Devagar + que n9o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano %

Page 94: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 94/298

se vai longeM. AssimN 'hico inver!e o|quem es>era sem>re alcan,aC >ara |quemes>era nunca alcan,aC. #as o analis!aes>eraN >orque se n9o es>era + o >iorNes>era nas avenidas da Oala >ara abrir o>os!igo.

Re-er"(ia% i8$io5r#-i(a%

)A=#A*N Bgmun!. @idas desperdiada s. 5iode -aneiro -orge ahar 8di!orN 200"F58=DN $igmund. *o!as sobre um caso deneurose obsessiva \10]. In 8$). 5- Imago8di!oraN 17/.GALLA*N 'armem. K*9o sou>aranicoMN in O sintoma4c%arlat-o. 5- -8di6!orN

GALAN Luiz 5ena!o.  Mstrat5gias naneurose o*sessiva . 5- -8di!orN 2002.LA'A*N -acques. KFun,9o e cam>o da Oala eda linguagem em >sican?liseM. In  Mscritos .5io de -aneiro -orge ahar 8di!orN 1(.LA'A*N -aques. O seminário, livro 1 as

 "orma+es do inconsciente . 5io de -aneiro -orge

ahar 8di!orN 1(.LA'A*N -aques. O seminário, livro BB1 os concei4 tos "undamentais da psicanálise . 5io de -aneiro

 -orge ahar 8di!orN 1(.&=I*8N An!onio. ang und riebN inDestinos da puls-o. 5- 'on!raca>aN 17.$ALI*A$65$Y$N -oan. sican?lise.sico!era>ia. Deseo do analis!aS In ;t8lusB . Revista da Associa-o dos Fruns do 'ampo#acaniano4Zrasil . *o >relo.$L85N 'ole!!e. A 'onOus9o dos discursosNin O tempo da psicanálise . Heteridade N 2004.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 4

Page 95: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 95/298

O tempo "a &i%teria e o -ora do tempodo "Bo=todo

 Mlisa*et% da Roc%a Siranda 

inconscien!e Oreudiano+ a!em>oral1N mas a vida + marcada >oruma !em>oralidade de6bi!?ria do encon!ro!raum?!ico. *a linhada vidaN o suei!o a>a6rece como evanescen!e

na eOemeridade de um !em>o >resen!eNa>arece nas en!relinhas do di!o. 83is!eNen!9oN um inconscien!e que es!? aN alheio

ao !em>oN mas !amb+m susce!vel de>resen!iOicar6se >or meio das a,Tes quede!erminam no suei!o. #asN >ara esse>rocesso ocorrerN !orna6se necess?ria aOun,9o da me!?Oora >a!ernaN barrando odeslizamen!o inOini!o da a,9oN si!uando osuei!o em um discurso. Lacan diz K*9oh? realidade >r+6discursivaN cadarealidade se Ounda e se deOine >or umdiscursoM  2N dando ao suei!o uma>osi,9o se3uada.

or e3celQnciaN a Oun,9o do discurso +dar ao suei!o acesso a uma >ar!e dogozo >erdido como ilimi!ado ao qual elerenunciou >ara !ornar6se humano. arase e3ercer se3ualmen!e em uma >osi,9oNo suei!o >recisa ocu>ar um lugar que lhe+ dado >ela Oan!asiaN Oorma como cadaum recu>era seu gozo e sus!en!a seudeseoN o qual Oi3a o !em>o como sendosem>re o mesmoN a!ualizado na viagemda vida. AssimN K>resen!eN >assado e

Ou!uro s9o como as con!as de um colarunidas >elo Oio do deseoM%.  A Oan!asiarege as rela,Tes do suei!o com o !em>oNim>licando uma acen!ua,9o do  "adingsube!ivo sem>re mui!o !arde ou mui!ocedo >ara o encon!ro com o obe!o. inconscien!e n9o conhece o !em>oN mas

1 F58=DN $. KLo inconcien!e Las >ro>riedades>ar!iculares del sis!ema inconscien!e \11"^2000N>.1(4].2  LA'A*. -. O ;eminário, livro EG1 Sais Ainda.

 17267%^1(%N >.4"].% F58=DN $. K8l creador li!er?rio B el Oan!aseoM\10760(^2000N >.1%0].

a libido o conhece e3is!e uma!em>oralidade de 8ros !an!o no amorquan!o no deseo e no gozo. or issodizemos que o suei!o en!ra no !em>oN>oisN a >ar!ir de sua cas!ra,9oN OazescolhasN e mais es>eciOicamen!eN aescolha na >ar!ilha dos se3os. 8n!re onascimen!o e a mor!eN o !em>o +con!ado e marcado >ela >osi,9o se3uadaNregida >elo deseo e >elo gozo. A escolhae3ige um a!o de assun,9o sube!iva do

se3oN !areOa que Oaz o neur!ico vacilar ees>ecialmen!e ao his!+rico que secarac!eriza us!o >or es!ar sem>re um>ouco indecisoN man!endo a ques!9ocl?ssica sou homem ou sou mulherS8ssa vacila,9o !orna a his!eria e3em>larna demons!ra,9o de que a Oan!asiainconscien!eN de!erminan!e da realidade>squicaN + inOan!il e sem>re a!ualizada.Freud >ensaN inicialmen!eN que odesmentido  da Oal!a no cor>o da mulher

seria indcio de uma >sicose Oeminina4 >araN logo em seguidaN descar!ar essahi>!ese. *o en!an!o o concei!o dedesmentido  da Oal!a + a raiz da loucuraOeminina. emos a a >ossibilidade de umsuei!oN na >osi,9o OemininaN si!uar6se naOal!a do u!roN no lugar de N e cair noOora do simblicoN do discursoN do se3oNdo !em>oN lugar em que Lacan si!ua oque na mulher Oica Oora do O?licoN o n9o6!oda O?lica.

 A his!+rica banca o homem na !en!a6!iva de se colocar !oda na norma O?licaNcomo evi!a,9o da e3>eriQncia do n-o4todoO?licoN lugar de obe!oN de >uro real.&uando a Oan!asia his!+rica vacilaN e osuei!o + chamado a com>arecer com acas!ra,9oN ele se e3>erimen!a comoobe!o e >ode desse lugarN e3>erimen!ar6se Oora do !em>o. emos isso na vinhe!aque >asso a comen!ar.

4  F58=DN $. MAlgunas consecuencias >squicasde la diOerencia ana!mica en!re los se3osMN\12"^2000N >. 2716272].

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano "

O

Page 96: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 96/298

  #ariaN em>res?ria bem sucedidaN !em%" anos e um Oilho de 10N Oru!o de seucasamen!o. Filha JnicaN sua inOVncia +marcada >elo convvio com uma m9e>sic!icaN cuo delrio consis!ia em que asduas deveriam ir >ara $a!urnoN >lane!aonde eram es>eradas como rainhas eN

>ara !alN deveriam morrer. Aos cincoanosN evi!ou uma >rimeira !en!a!iva desuicdio da m9e que a incluaN a cenare>e!iu6se >or mais !rQs vezes a!+ queNaos dez anos de #ariaN a m9e vol!a >ara acidade na!al e a Oamlia consegue in!ern?6la. *o hos>cioN a m9eN KsozinhaN sem aOilhaM consegue eOe!ivar o suicdio. 8ssascenas dei3am Oor!e im>ress9o e !razemuma marca !em>oral. !em>o de vida>ara #aria sus!en!a6se >elo lugar que ela

ocu>a no deseo do u!roN lugar regido>ela >osi,9o Oan!asm?!ica de ser asen!inela da vidaN de cuidar do ou!ro.Desse lugarN #aria se im>Te um des!inoNre>e!indo sua his!ria no >resen!e e>roe!ando seu >assado no Ou!uro.

#aria >assa a viver com a av >a!ernaNcria!ura e3!remamen!e religiosa queN emsuas ora,TesN >ede ao K>ai nosso quees!ais no c+uM >ara >erdoar a m9e de #a6ria Kessa alma em soOrimen!o que arde no

inOernoM. >ai abandona a casa quando#aria !em !rQs anos e morre assassinadoem uma brigaN K>or causa de mulherMNquando ela !inha qua!ro anos. A Jnicaliga,9o de #aria com o >ai + a avreligiosa e que Ooi agressivamen!econ!es!ada >or sua m9eN >ara quem Kareligi9o era a e3>ress9o m?3ima daignorVnciaM com o que #aria concordacom e3al!ada veemQncia.  'om o maridoN vive uma rela,9o

>ra!icamen!e sem se3oN >ois ela Kn9oacha mui!a gra,a nes!as coisasMN al+m domais ele + bru!oN gri!alh9o e s Oala de si.*9o !rabalhaN >assa os dias es!udandoNcon!es!a a >riori !oda e qualquer o>ini9o

 vinda de #aria. Iden!iOica no maridomui!os !ra,os da >r>ria m9eN Kele +assim como ela in!em>es!ivoNim>revisvelN inadequado socialmen!eNbriga com !odo mundo + um homemOora de >ro>si!oN algu+m que n9o >ode

Oicar sozinho >orque Oaz bobagensN>recisa ser cuidadoM. Dian!e deleN #aria

coloca6se no mesmo lugar que ocu>avaun!o ` m9eN Kela >recisa salv?6loMN n9o>ode abandon?6loN ele n9o !em vida>r>ria e >ode morrer assim como suam9e queN KsozinhaN sem a OilhaN se ma!a.M

 A rela,9o se man!+m ancorada nainOVncia Oeliz do Oilho eN !amb+m no

saber desse homem queN no dizer de#ariaN + !udo issoN mas Kn9o me dei3a noarN sem>re sabe o que OazerN en!ende de!odos os assun!osN + loucoN mas mui!oin!eligen!e. 8u n9o !enho >aciQncia >ara>essoas limi!adasN minha m9e erabrilhan!e.M 8m sua vidaN ela >ermaneceOi3ada no es>a,o e no !em>oN no lugarque encon!rou un!o ` m9e.

#aria viaa a !rabalho e conhece umhomem >or quem se encan!a de Oorma

desmedida. 8m suas >alavrasN Ke3>eri6men!a com ele uma sensa,9o de in!i6midade e de es!ranheza concomi!an!esNque a im>edem de se aOas!ar e ao mesmo!em>o lhe causam medoN + a >ai39o ou>erder6se nele.M homem + >obre comosua Oamlia e #aria resolve dar6lhe umachance na vidaN oOerecendo6lhe are>resen!a,9o de sua em>resa na cidadedele. A oOer!a recusada causa6lheirri!a,9oN mas Kela sen!e6se abra,ada >or

aquele homem Oor!e que a escu!a e lhediz >alavras de amorM. Do se3oN omelhor s9o os abra,osN mas + es!ranhoNK>ensei que queria algu+m >ara cuidar demimN mas me sen!i insegura com isso.M Y>ara evi!ar de>arar6se com o real dacas!ra,9o marcado >ela >riva,9o nocor>oN que a his!+rica e!erniza o deseocomo insa!isOei!o. $ua >r?!ica consis!eessencialmen!e na dissocia,9o en!redeseo e gozoN Oazendo com que sua

essQncia !em>oral sea ob!er ae!erniza,9o do deseo >ela sus>ens9o dogozo. an!o com o maridoN quan!o como namoradoN observa6se a es!ra!+giahis!+rica >ara lidar com o !em>o. Duas>ossveis conseqQncias disso s9o oOenUmeno da OrigidezN no sen!ido darecusa radical ao gozo se3ual e ae3acerba,9o do amor e!ernizado comoinsa!isOei!o.  #ariaN ao re!ornar a casaN man!+m com

o namorado uma corres>ondQncia >oremail   duran!e um mQs e meioN a!+ lhe

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano /

Page 97: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 97/298

comunicar que decidiu ir vQ6lo. A >assa6gem ? es!ava com>rada. Y en!9o sur>re6endida com a rea,9o do namorado Kelan9o deve irN ele n9o es!ar? na cidade.MDesde en!9oN ele se esquiva dosencon!ros e n9o res>onde mais aos emailsde #aria. en!a Oalar com ele >elo

!eleOoneN ele a!endeN mas ela n9o ouve sua vozN ele >ermanece mudo e desliga. silQncio dele + encarnado >or #aria queemudece eN mudaN Oaz de seu cor>o 6assim como a mulher de #ausolo quebebe as cinzas do maridoN >ara !omar seulugar 6 o mausol+u de um grande amor. sin!oma conversivo leva6a ` an?lisea>s qua!ro meses de mu!ismo e uma

 vas!a >eregrina,9o >elos consul!rios doso!orrinos. 'om seu sin!omaN ela man!+m

a adora,9o ao homemN a e3acerba,9o doamor e!ernizado como insa!isOei!oN n9orealizado eN >or issoN >erOei!o.  8nciumadoN o marido 6 com quem elase Our!a ao gozoN mas que a man!+m emsua >osi,9o Oan!asm?!ica 6 sai de casa.#aria se vQ s. -? n9o h? com quem ocu6>ar o lugar de Ksalvar o ou!roMN diz quen9o en!ende bem como as coisasmudaram !an!o e !9o bruscamen!e.$en!e6se >erdidaN como >ode o marido

nem !eleOonarS alvez !enha se me!idoem conOus9oN masN e se ele es!iver bemS namorado eva>orou do nada. KOu!uro + a es>eraN o >assado a lembran,aNmas ambos s9o vividos no >resen!esem>re ins!an!VneoM". #aria n9oconsegue se si!uar no ins!an!e >resen!eem que o Ou!uro es>erado some e o>assado ? n9o lhe d? garan!ias.

KDuran!e a semana sou em>res?ria em9eN no Oim de semanaN sem Oilho e ma6

rido >ara cuidarN n9o sou nadaN caio no vazioN me sin!o desmanchandoN sem Oio!erraN no es>a,o. *9o consigo !irar acamisolaN nem comer nem me me3erN>asso !odo o Oim de semana na camaNcom um vazio a!errorizan!e. Y horrvelsen!ir que vocQ !oda + um grande eassus!ador buraco.M #aria + >uraangJs!iaN es!ado que a>on!a >ara ela oaniquilamen!oN o desmanchar6se no lugarem que as >alavras e os >ensamen!os lhe

5 $A* AG$I*<. 'on"iss+es. \17%N>.244].

Oal!am. #as ainda assimN asre>resen!a,Tes que ela >ode Oazer dessaangJs!iaN man!+m6na no regis!ro dosen!ido.

K$er? que vou Oicar louca como minham9eS *ada !em sen!idoN e quandoamanhece na segunda6Oeira >reciso re6

cu>erar o cor>oN come,ar a ves!i6lo acom>U6loN >reciso ves!ir com >alavras a!+as coisasN saio Oalando em voz al!a o quees!ou OazendoM. 83>lica esse Kves!ir ascoisasM dizendo que as nomeia ` medidaque vai agindo. K8u sou #ariaN vou melevan!arN cal,ar os chinelos e!c. &uandome recu>eroN >aro de Oalar sem>erceber.M #aria !en!a se a>oderar do!em>o >resen!eN !en!a OazQ6lo >arar >araque ela se si!ue nomeando seus a!os e

obe!os com voz cada vez mais al!aN masainda assim as coisas lhe esca>amN>orque Ko >resen!e P ou aquilo que era o>resen!e6? + >assadoM/ e o >assado >ara#ariaN as lembran,as e re>resen!a,Tescom as quais ela cons!ruiu sua Oan!asiaOoram abaladas >elo encon!ro com o realdo se3o que a Oez e3>erimen!ar6se comoobe!o des>ido. *ua de signiOican!esN nosmomen!os de maior angJs!iaN nos quais!em medo de se desin!egrarN ela come,a a

re>e!ir au!oma!icamen!eN K>ai nosso quees!ais no c+uN >ai nosso que es!ais noc+uMN e s assim Kvol!a ` vidaN ao !em>odos ou!rosM. 8ssas >alavrasN >elas quais +!omadaN s9o >ara ela enigm?!icas Kcomo>osso eu rezarS 8u n9o !enho religi9oNn9o vivo de crendices e elas me irri!amNeu sei que n9o es!ou rezando.M 5e>e!indoo signiOican!e da av >a!ernaN #aria vol!aao regis!ro do O?lico. 8la se vQ comoobe!oN e o obe!o desregula o desenrolar

uniOorme do !em>o. 8la sai do !em>o `medida em que sua >osi,9o Oan!asm?!icarevelada a!rav+s dos signiOican!es 6Ksen!inela da vidaMN Kguardi9 do ou!roMNKsalvar a vida do ou!roM 6 vacila noencon!ro com um homemN no qual ela se

 vQ como obe!o cado e dee!ado dou!ro simblicoN lugar em que #ariacoloca o aman!eN lugar deendeusamen!os >r>rios ` e3acerba,9odo amor.

/ )5G8$N -.L. KLe em>sM N \17(N >. 20%].

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 7

Page 98: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 98/298

  $uas graves crises de angJs!ia como elaas chamaN ? n9o acon!ecem com !an!aOreqQnciaN mas ela conclui >er!encer aum gru>o de mulheres que amam demaise que >ensou em ingressar na #AD\associa,9o das mulheres que amamdemais]N mas descobriu que a condu,9o

dos encon!ros nes!a associa,9o + amesma dos AA \Alcolicos AnUnimos] eela n9o es!? a >ara Klavagem cerebralM.  Iden!iOicada com a Oal!a !omada comoobe!oN #aria >erde6se na Oal!a do u!roN!ornando6se >ura ausQnciaN um ser >ara ae!ernidadeN >ara o Oora do !em>oN deonde s re!orna com o a>elo ao signiOi6can!e vindo da Oamlia >a!erna.  #aria con!inua na viagem da vida habi6!ando !an!o o lado O?lico 6 como

em>res?ria e m9e 6 quan!o o Oora do!em>o do lado n-o4toda   O?licaN >osi,9o `qual + com>elida >ela >resen,a dohomem es>eradoN sem>re inadequadoNnunca alcan,adoN Oora do !em>o.

Re-er"(ia% i8$io5r#-i(a%

)5G8$N -orge Luis. \17(] KLe em>sM8m 'on"5rences. aris Gallimard FolioN 1(".F58=DN $. 6\11"] KLo inconcien!e Las>ro>riedades >ar!iculares del sis!emaInconscien!e. 8m O*ras 'ompletas . )uenos

 Aires Amorror!u edi!oresN vol.14N >ar!e N

2000.F58=DN $. \107610(] K8l creadorli!er?rio B el Oan!aseoM 8m O*ras 'ompletas N)uenos Aires Amorror!u edi!oresN vol.N2000.

F58=DN $. \12"] MAlgunas consecuencias>squicas de la diOerencia ana!mica en!relos se3osM. 8m  O*ras 'ompletas . )uenos

 Aires Amorror!u edi!ores vol.HIH 2000

LA'A* -. P \1/4] Do rieb de Freud 8m8scri!os 5io de -aneiro -orge ahar edi!or1(N >.(/7

LA'A* -. \172617%] O ;eminário, livro EG1 Sais Ainda. 5io de -aneiro -orge ahar 8di6!orN 1(%.

$A* AG$I*<. 'on"iss+es. #ivro 0/1 O %omem e o tempo. $9o aulo Abril 'ul6!uralN 17%.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano (

Page 99: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 99/298

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano

MESAS SIMULTÂNEAS

Page 100: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 100/298

O tempo na dire-o do tratamento

 U%o Dia5"%ti(o do Tempo em P%i(a"#$i%e'%ristian /ngo #enN DunQer 

 Se"time"to do

Tempo  caso Aim+e >odeser considerado o maise3!enso e sis!em?!icoesOor,o diagns!ico queencon!ramos na obrade Lacan. !e3!o +

mais conhecido >ela >ro>osi,9o de umanova Oorma clnicaN re>resen!ada >ela>arania de au!o>uni,9oN \o>os!a `>arania de reinvindica,9o]N mas elecon!+mN subsidiariamen!eN a in!ui,9ome!odolgica que levar? LacanN anosmais !ardeN a cons!ruir a no,9o dees!ru!ura clnica. ra!a6se da !ese de queno delrioN em seu es!ado cons!i!udoN naqualidade de um !odo mais ou menosorganizado !em?!icaN Oormal e discursiva6men!eN >odemos encon!rar o>rolongamen!o de si!ua,Tes sube!ivasmais sim>les. $i!ua,Tes es!as que>ossuiriam assim um valor cons!i!u!ivo>ara o delrio. ais si!ua,Tes mais sim>less9o os OenUmenos elemen!aresN descri!os>or 'l+rambaul!. *o caso Aim+e elesa>arecem em qua!ro signos clnicos \1]es!ados oniridesN \2] dis!Jrbios deincom>le!ude da >erce>,9o \%]in!er>re!a,Tes >ro>riamen!e di!as e \4]ilusTes de memria 1%.  As ilusTes de memria s9o o Oa!o cl6nico mais diOcil de e3!rair. Aim+e declaraque em havia lido um ar!igo de ornal no

qual seus >erseguidores declaravam quema!ariam seu Oilho como vingan,a >orsua maledicQncia. 8la diz que havia vis!ouma Oo!ograOia de sua casa na!al. correque Aim+e n9o dis>unha do ar!igo elemesmo o que a levava a ir ao ornalcons!an!emen!e >ara com>rar osnJmeros a!rasados. $ua casa Oicaen!ulhada de ornais e ela man!+m acer!eza de que havia lido o ar!igo e visto a

1% LA'A*N -. P Da sicose aranica em suas5ela,Tes com a ersonalidade. ers>ec!ivaN 5iode -aneiroN 1(7 21".

Oo!ograOia. A inves!iga,9o diagns!ica deLacan leva ` conclus9o de que ela s>odia realmen!e recordar6se de um Oa!oem um dado ins!an!e ela acreditou lem*rar4 se   do ar!igo. 5e!enhamos a su!ileza daevidQncia clnica ela lem*rou4se que %aviaacreditado que se lem*rava . Y uma me!a6recorda,9oN uma recorda,9o de umarecorda,9o. corre que a segundarecorda,9o baseia6se em uma cren,aN ouem uma imagem6Oan!asia que subs!i!uiuma imagem6recorda,9oN segundo ae3>ress9o de Lacan. Assim o que se

 gostaria que tivesse acontecido  a>arece aosuei!o como tendo acontecido.

mesmo OenUmeno ocorre nos so6nhos que >arecem !er uma dura,9o sig6niOica!iva an!es de se in!errom>erem >orum rudo. *a verdade o rudo es!ava l?desde o incio. sonho cum>re suaOun,9o de man!er o sono a!+ o >on!olimi!e em que o rudo que es!ava noincio Oaz acordar. #as quando issoocorre o que o suei!o se lembra + que orudo es!ava no Oim do sonho n9o emseu incio. u seaN uma >ar!e darealidade Ooi su>rimidaN subs!i!uda >oruma imagemN sendo o resul!ado umainvers9o !em>oral.

8s!e eOei!o de a>reens9o sube!iva do!em>o + chamado >or LacanN na !ese de1%2N de sen!imen!os do !em>o. sen!i6men!o do >assado e o sen!imen!o doOu!uro ligam6se a es!a Oun,9o de

>resen!iOica,9o que de!ermina o alcance>ara um a!o. al sen!imen!o do !em>o +a>ro3imado >or Lacan dos sen!imen!ossociais de realidadeN de Oamiliaridade e deres>ei!o. an!o as ilusTes de memriaquan!o os sonhos >ro!e!ores n9o s9oin!er>re!a,Tes re!ros>ec!ivasN masargumen!am em Oavor de que o a>arelho>squico reconhece a >resen,a \umrudo] ou a ausQncia \uma Oo!ograOia] esimul!Vnea ou sucessivamen!e reconhece

seu >r>rio reconhecimen!oN conOerindo6lhe realidadeN Oamiliaridade e

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 100

1.

Page 101: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 101/298

!em>oralidade. A Oun,9o de>resen!iOica,9o nada mais + do que aar!icula,9o des!as duas Oormas dereconhecimen!o. ara que ela >ossao>erarN induzindo a orien!a,9o !em>oraldo suei!oN + im>or!an!e que ela mesman9o se maniOes!e como Oun,9o de

reconhecimen!o. Da que a Oun,9o de>resen!iOica,9o deOina6se du>lamen!e \b]>or seu alcance >ara o a!o e >elo eOei!ode cer!eza e \b] >or sua dimens9o dedesconhecimen!o e >elo eOei!o de cren,a.

8s>ero com isso !er in!roduzido meuargumen!o. !e3!o de 14" sobre o!empo lgico e a asser-o da certeNaantecipada BIG  desenvolve claramen!e um>roblema abordado na ese de 1%2N asaber um >roblema diagns!ico.

Lembremos que a >reci>i!a,9oN o a!raso ean!eci>a,9o s9o !i>os de sen!imen!o do!em>o. A >ar!ir do que e3>os!o Oica claroque o sen!imen!o do !em>o n9o devemser conOundidos com a a>reens9o sub6e!iva da dura,9o \mais e3!ensa ou maiscom>rimida]N e nem com a a>reens9oobe!iva do >assado ou do Ou!uro. que>ermi!e a Lacan Oalar do !em>oN comouma e3>eriQnciaN como uma es>+cie deencon!ro Oigurado em me!?Ooras do !i>o

Khora da verdadeM e Ko !em>o deconcluirM ou >or no,Tes como Qairs .$9o hi>s!ases de uma e3>eriQnciaim>ossvel em si mesma o !em>o n9o +um >ersonagemN nem uma coisa. O tempoequivaleN nes!e sen!idoN `quilo que seria aconsciQncia do >on!o de vis!a do in6conscien!eN ou sea \a] algo que sea>resen!aN mas n9o se re>resen!aN \b]algo que + >or na!ureza aber!oN mas quese a>resen!a como um conun!o Oechado

e \c] algo que qualiOica as liga,Tes comos obe!os na medida em que !ransOormao >r>rio suei!o.

*. PerFer%Bo  ol!emos aos !ermos do nosso >ro6blema agora a>licando6os ao !ema dadiOeren,a en!re es!ru!uras clnicas. \1] <?o reconhecimen!o da >resen,a ou daausQnciaN \simblico6real] \2] h? o

140 LA'A*N -. P !em>o lgico e a asser,9o dacer!eza an!eci>ada um novo soOisma. In Mscritos N -orge aharN 5io de -aneiroN 2000.

reconhecimen!o des!e reconhecimen!oNque nos d? o sen!imen!o do !em>o \real6simblico] e \%] h? a Oun,9o de>resen!iOica,9o que ar!icula as duas>rimeiras dimensTes \real6imagin?rio].

 emos que a >rimeira condi,9o + in!eira6men!e de>enden!e da es>acializa,9o do

!em>o. reconhecimen!o da >resen,aou ausQnciaN acrescida do sen!ido da!ransi,9o en!re um e ou!ro s9o acondi,9o elemen!ar do !em>o comoal!ernVncia. 'on!udo es!as s9o condi,Tesdo !em>o como es>acializa,9o do obe!o.s e3em>los de Lacan s9o mui!o !>icosa es!e res>ei!o o dia e a noi!eN os me6!eorosN o re!orno nos >lane!as a umadada >osi,9o.

8s!e !i>o de !em>oralidade a>arece em

a>resen!a,Tes da !ransOerQncia nas quaisela >olariza6se en!re o amor ou o dioNen!re a acei!a,9o e a recusa. $9o!ransOerQncias que >arecem du>licar aes!ru!ura da demanda. 8la + !>ica nodiscurso no qual se acen!ua a al!ernVnciaen!re a >resen,a e a ausQncia do sin!oma.acien!es que !razem um OenUmeno>sicossom?!icoN cer!as de>ressTesN bemcomo si!ua,Tes >r3imas da !o3icomaniaou da ero!omania organizam

!ransOerQncias baseadas nes!a al!ernVncia.*es!e caso a rela,9o de obe!o e o>r>rio obe!o encon!ram6se emsobre>osi,9o. $9oN >or!an!oN !eorica6men!e !ransOerQncias em es!ru!ura de>ervers9o. *9o digo que se !ra!e aqui deuma es!ru!ura >erversaN mas de uma!ransOerQncia em es!ru!ura de >ervers9o.)aseio6meN >ara !an!o na aOirma,9o deLacan  K Oan!asma na >ervers9o + a>el?velN

ele es!? no es>a,oN ele sus>endeN n9o seiqual rela,9o essencial ele n9o +>ro>riamen!e a!em>oralN ele es!? Oora do!em>o.M141 

0. Ne!ro%e,  A si!ua,9o seria in!eiramen!e diOeren!eNe >or!an!oN do!ada de valor diagns!icodiOerencialN no caso da neurose

141 LA'A*N -. O ;eminário #ivro @/ K O Dese:o esua /nterpreta-o  \1"(61"]. Associa,9o si6canal!ica de or!o AlegreN 2002%%2.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 101

Page 102: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 102/298

  KA rela,9o do suei!o ao !em>oN naneuroseN + us!amen!e es!e algo do qualse Oala mui!o >ouco e que +N en!re!an!oN a>r>ria base das rela,Tes do suei!o comseu obe!o ao nvel do Oan!asma. *aneuroseN o obe!o se carrega des!asigniOica,9oN que es!? >ara ser buscada no

que chamo de hora da verdade. obe!oa es!? sem>re na hora do an!esN ou nahora do de>ois.M 142

  obsessivo an!eci>a sem>re !arde de6maisN o his!+rico re>e!e sem>re o que h?de inicial em seu !rauma. udo se >assacomo se o neur!ico >udesse ler umade!erminada !em>oralidade em seuobe!o. A hora do um e a hora do ou!roNo cedo e o !ardeN o que >oderia !er sido eo que se acredi!a !er sido. raN es!amos

aqui na si!ua,9o de reconhecimen!o doreconhecimen!oN ou seaN na realiza,9o dosimblico. Da que a Oan!asia venha aocu>ar o lugar daquilo do que o suei!oencon!ra6se em >rivado simbolicamen!e.

*o!e6se como + uma conseqQncia da!eoria da !em>oralidade que a Oan!asiasea >ensada como uma seqQncia em!rQs !em>os onde um deles encon!ra6seabolido o >r>rio suei!o \  "ading  ]. *amesma dire,9o en!ende6se >orque a

diOeren,a en!re neurose e >ervers9o seauma diOeren,a no es!a!u!o da Oan!asia. *aneurose acen!ua6se o >lo do suei!o edo !em>oN na >ervers9o acen!ua6se o>lo do obe!o e do es>a,o. 8s!es !rQs!em>os s9o designados de inJmeras ma6neiras >or LacanN uma que nos >arecedid?!ica assinala que\a] *o >rimeiro !em>o h?

es!ranhamen!o \  estrangement,un%emilic%  ] o que acusa uma

>er!urba,9o do sen!imen!o do!em>o. =ma se>ara,9o en!re o obe!oa e o Oalo. raN es!a se>ara,9o +es!ru!uralN na neurose e na >ervers9oN>or!an!o o que ocorre no >rimeiro!em>o da Oan!asia + a >erce>,9odes!a se>ara,9oN + a a>resen!a,9odes!a singularidade sob Oorma deaOVnise.

142 LA'A*N -. O ;eminário #ivro @/ K O Dese:o esua /nterpreta-o  \1"(61"]. Associa,9osicanal!ica de or!o AlegreN 2002%%2.

\b] *o segundo !em>o !ra!a6se de umain!egra,9o narcsica des!e obe!o>arado3al. suei!o e3!erioriza oOalo como smbolo signiOican!e. 8lereei!a seu >r>rio ser em nome doOalo. 8s!? em curso umaiden!iOica,9oN a saberN em !ermos

!em>oraisN uma subs!i!ui,9o en!re oque se >oderia !er sido \obe!o a]>elo que se >oderia vir a ser \Oalo].

\c] *o !erceiro !em>o encon!ramos aOun,9o da >resen!iOica,9oN ou seaN ahora da verdadeN na qual o suei!oencon!ra6se abolidoN n9o comoOadingN nem como aOVniseN mas comoa!o.

. P%i(o%e,

  8s!a e3>osi,9o sum?ria dos !rQs !em6>os da Oan!asiaN do qual se >oderiamdesdobrar os !em>os da !ransOerQncia eos !em>os do sin!omaN nos induz a umaim>recis9o. $e a Oan!asia condiciona a!em>oralidade do suei!oN !an!o nosen!ido do sen!imen!o do !em>oN quan!ono sen!ido da sua lgica de a>ari,9o edesa>ari,9o e ainda quan!o ` !em6>oralidade do a!oN ela mesmaN a Oan!asiaNn9o >ode ser e3aminada segundo os

>r>rios >arVme!ros !em>orais quedeveria e3>licar. u seaN se a Oan!asiamodela o !em>o do suei!o o que modelao !em>o da Oan!asiaS  raN a si!ua,9o clnica que deve serchamada >ara e3>licar es!e >roblema +us!amen!e aquela na qual a Oan!asia es!?ausen!e ou subs!i!uda >or ou!raes!ru!ura. 8s!e + e3a!amen!e o caso!erico re>resen!ado >ela >sicose. raN a>rimeira cons!a!a,9o que se >ode Oazer

en!9o + que a e3>ress9o tr(s tempos da "antasia   + bas!an!e a>ro3ima!ivaN !an!oquan!o a e3>ress9o os tr(s tempos do dipo.

 ra!a6se aOinal de !rQs modos de rela,9o\cons!i!ui,9o de obe!o]N >os!os em umasucess9o baseada em umacondicionalidade lgicaN n9o de !rQsOormas dis!in!as de Oazer a e3>eriQncia do!em>o. rQs !em>os quer dizer aqui !rQsmodos. 8m cada um des!es modos se>oderia reencon!rar a !em>oralidade da

Oan!asiaN mas isso n9o signiOica que o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 102

Page 103: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 103/298

conun!o res>onda ` mesma Oorma!em>oral.

or e3em>loN quando Lacan argumen!aque a demanda >ossui uma lgica deordem modal ele indica que es!a >ossuiuma ar!icula,9o grama!ical com o modosubun!ivo \ que eu "aa N se eu "iNer N quando eu

 "iNer  ]. A in!er>re!a,9o econseqen!emen!e o deseo e3>ressam6se segundo o modo a>oOVn!icoN ou in6dica!ivoN \ eu "aoN eu "iN  N eu "arei  ].Finalmen!e o gozo e3>rime6se segundo omodo im>era!ivo ou gerJndio. smodos do necess?rioN >ossvelNim>ossvel e con!ingen!e s9o modos dademanda que e3>rimem !amb+m e36>eriQncias !em>orais.

De Oa!oN quando se diz que n9o h?

cons!i!ui,9o da demanda na >sicoseN nosen!ido de que nela n9o h?>osicionamen!o do Oalo no cam>o dou!roN ou seaN que h? uma zeriOica,9o da>osi,9o O?licaN !udo se >assa como umaes>+cie de dedu,9o da maneira neur!icade ar!icular o !em>o. *a neurose e na>ervers9o a>lica6se a no,9o de vol!as dademandaN ou seaN a demanda se Oecha ese con!a em circui!os de re!ornoNreconhecimen!o e desconhecimen!o. *a

>sicose a demanda n9o se OechaNsobrevindo assim !rQs OenUmenosclnicos \a] o em>u3o ? mulher \b] ainOini!iza,9o do gozo \c] a descren,aassociada com a cer!eza.  raN es!es !rQs OenUmenos encon!ram6se Oi3ados claramen!e em modos !em6>orais \a] a !ransOorma,9o em mulher +um even!o gerJndio \es!? acon!ecendo]N\b] a inOini!iza,9o do gozo + um even!osubun!ivo \seN que e quando isso

acon!e,a] e \c] a e3>eriQncia dees!ranhamen!oN des>ersonaliza,9o edescren,a + um even!o indica!ivo radicalN!9o bem e3>resso >ela no,9o de e>iOania.

or!an!o os !rQs !em>os da Oan!asia en6con!ram6se claramen!e >resen!es na>sicoseN uma vez >ensados como modoslgicos e grama!icais. que es!ariaausen!e + a ar!icula,9o en!re eles. #as a>ergun!a remanesce es!a ar!icula,9oseria ela mesma !em>oral ou lgicaS

:. Co"($!%Bo,  &uando -oBce rela!a es!a e3>eriQncia de!er a>anhado de dois colegas de !al ma6neira que ele !eria sado de si como umacasca sai de uma Oru!a madura !emos umdes!es enclaves !em>orais de valordiagns!ico. 8le diz que nada sen!iuN nemdorN nem raivaN nem deseo de vingan,anem humilha,9o. u seaN Oal!a osen!imen!o socialN a in!egra,9o sube!iva

des!a e3>eriQncia que Oica assiminde!erminada do >on!o de vis!a !em>o6ral. Assim como o ar!igo que Aim+e lerasobre os >erseguidores de seu OilhoN -oBceconseguia da!ar o acon!ecimen!o. 8s!eOazia >ar!e de uma his!ria ca>az de sernarrada. #as Oazia >ar!e como umaes>+cie de inde!ermina,9o e3is!encial!eria ocorridoS !eria sido imaginadoS !eriaacredi!ado !er acon!ecidoS 8le + o nomede um es!ranhamen!oN de uma

iden!iOica,9o e de uma ausQncia de si. Yum nomeN n9o um signiOican!e.  'oncluindo. *a >ervers9o o !em>oa>arece es>acializado >orque se !ra!a da>osi,9o !erminal da Oan!asia. *a neuroseo !em>o es!? ar!iculado ao modo derela,9o e cons!i!ui,9o dos obe!os >orquenele a !em>oralidade equivale aos>rocessos de iden!iOica,9oN carac!ers!icosda segunda Oase da Oan!asia. Finalmen!ena >sicose a e3>eriQncia in!ersube!iva do

!em>o nos mos!ra a !em>oralidade comoela +N ou seaN um conun!o Oragmen!?riode e3>eriQncias cuo eOei!o e n9o a causa+ a unidade do !em>o.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 10%

Page 104: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 104/298

O tempo na dire-o do tratamento

O -!t!ro a"terior "a eperi"(ia p%i(a"a$ti(a

;onia 'ampos Sagal%-es 

ara iniciar es!e !rabalhoN !o6marei um Oragmen!o de umar!igo de Daniela 'ha!elardno qual ela nos diz queKem alguns momen!osNquase OugazesN de uma>sican?liseN o suei!o>ercebe o seu ser de gozo

>ois se conOron!a com o que ele Ooracomo obe!o >ara o u!ro. AssimN deve>assar >or um desvio em !orno da

ques!9o de sua e3is!Qncia o que souSM A res>os!a >ara es!a indaga,9o P o que

souS PN a au!ora des!e ar!igo vai buscarna Orase que Lacan !oma de em>r+s!imoa aul al+rB >ara mos!rar que o gozoOala K$ou no lugar de onde se vociOeraque o universo + uma Oalha na >ureza do*9o6serM . Ao si!uar es!a OraseN Lacan lhed? uma seqQncia. 8le diz que es!ares>os!a n9o + sem raz9o >orque KesselugarN >ara se >reservarN Oaz o >r>rio $er

ansiar com im>aciQncia. 'hama6se oGozoN e + aquele cua Oal!a !ornaria v9o ouniversoM .

$e vol!armos ao Oragmen!o do !e3!o si6!uado no incio des!e !rabalhoN>oderemos >erceber que o gozo queOoraN aliN a!ribudo ao u!roN seria umgozo encon!rado no momen!o mesmoem que se d? a sua des!i!ui,9oN ades!i!ui,9o do u!roN momen!o !amb+mno qualN de Oorma OugazN o suei!o

>ercebe o seu ser de gozo.  *es!e ar!igo de 'ha!elardN a au!orarecorre ` li!era!ura >ara !rabalhar o !emaKGozo e >osi,9o sube!iva a >ar!ir deconsidera,Tes sobre o romance arreba!amen!o de Lol . $!ein. 8la quermos!rar que a!rav+s des!e !e3!o de#argueri!e DurasN se >ode >erceber n9os as mudan,as da >osi,9o da>ersonagem Lol comoN !amb+mN ondees!aria si!uado o seu >on!o de gozo queN

>or !ra!ar6se de um romanceN Oicain!oc?vel >ara ela.

*esse nosso !rabalhoN a!rav+s do rela!ode um sonhoN !en!aremos levan!arques!Tes a res>ei!o dos !em>os dosuei!o na e3>eriQncia anal!ica buscandonos a>ro3imar do que nos diz Lacan ares>ei!o do Ou!uro an!erior.

O So"&o sonho que escolhemos >ara !razer

nes!e !rabalho + um ma!erial si!uado logono come,o de uma e3>eriQncia >sica6

nal!ica. Ao longo do >ercurso des!aan?liseN es!e sonho ser? mui!as vezesre!omado eN a cada vezN embora emsendo o mesmo sonhoN ele n9o ser? maiso mesmoN mos!rando que a e3>eriQnciaanal!ica avan,aN em um !em>o decom>reenderN >assandoN de incioN >ela

 ver!en!e do mi!oN >elo romance OamiliarNmas a>on!ando >ara o OinalN l? onde oOuro e3igir? que o suei!o conclua em!ermos es!ru!uraisN que o u!ro n9o

e3is!eN que h? do =# mas n9o h? nadado u!ro.  5ela!o do sonho  )em >r3ima do cai39o aber!oN de >+Nela olhava a sua m9e imvelN como queadormecida... 8n!re as Olores dis>os!ascom o a>uro que ela amara em vidaN ocor>o encober!o da m9eN agoraN quasen9o se dava a ver. seu ros!oN noen!an!oN l? es!ava >or in!eiro. *eleN onariz aOilado se des!acava en!re as

>?l>ebras cerradas e os l?bios OinosNdiscre!osN na >alidez da mor!e.  )em >r3ima do cai39o OloridoN mui!o!em>o ela es!eve assimN de >+N olhando am9e com a es!ranheza de vQ6laN enOimNemudecida...  erdeu6se no !em>o...  De re>en!eN dis>Us6se a sair. $em>re aolh?6laN deslizou num movimen!o >ara!r?sN em dire,9o ` >or!a. iuN en!9oN queenquan!o recuavaN o cor>o da m9eN num

movimen!o su!ilN se erguia.... eN l? es!ava

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 104

P

Page 105: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 105/298

elaN agoraN sen!adaN de olhos aber!osN aOi!?6la...  DevagarN rea>ro3imou6se e >ercebeuque a cada >asso que a levava ` m9eN es!a

 vol!ava ` >osi,9o de mor!a em seu cai39oOlorido.  iu6seN en!9oN a viver uma cena es6

!ranha se saaN a m9e vivia eN se vol!avaNela morria... a!+ queN enOimN num ges!oOinalN decididamen!eN abriu a >or!a e>ar!iu.  ol!emosN mais uma vezN ao Oragmen!odo !e3!o de 'ha!elard que escolhemos>ara dar incio a es!e !rabalho. eamosKem alguns momen!osN quase OugazesN deuma >sican?liseN o suei!o >ercebe o seuser de gozo >ois se conOron!a com o queele Oora como obe!o >ara o u!roM. 8m

!ermos dos !em>os lgicosN !razidos >orLacan ao longo de seu ensinoNencon!ramos aN um ins!an!e de verN quereme!e o suei!o ` >ergun!a P o que souSY um ins!an!e de encon!ro do realN quedar? incio a um !em>o >aracom>reender que a>on!a >ara o Ou!uroN>ara o momen!o de concluirN gra,as ao!rabalho da !ransOerQncia.  5e!ornando ao sonho acima ci!adoNuma >ergun!a se nos a>resen!a ser? que

>odemos dizer que h?N aN nes!e incio deuma an?liseN um vislumbre do OinalN umaan!eci>a,9o do Ou!uroS  *o seu !e3!o 8scri!ores cria!ivos edevaneiosN ao se reOerir ? a!ividade deOan!asiar do ser humanoN Freud vai nosdizer que os >rodu!os des!a a!ividadeN\que se >ode encon!rar nos sonhos e nosdevaneios]N n9o s9oN de modo algumN>rodu!os rgidos e imu!?veis. ara FreudNmui!o ao con!r?rioN es!es >rodu!os se

ada>!am `s im>ressTes mu!an!es da vidaN!ransOormam6se com as circuns!Vncias dae3is!Qncia do suei!o e recebem de cadanova im>ress9o eOicien!e o que se>oderia chamar o K selo do momen!oM.  *es!e !e3!oN Freud vai se reOerir `im>or!Vncia do !em>o na sua rela,9ocom a Oan!asia. 8le nos diz que a Oan!asiaOlu!ua en!re !rQs !em>os os !rQs Oa!ores!em>orais de nossa a!ividadere>resen!a!iva. !rabalho anmico se

enla,a a uma im>ress9o a!ualN a umaocasi9o do >resen!eN susce>!vel de

des>er!ar um dos grandes deseos dosuei!o a >ar!ir des!e >on!oN a>reendeNregressivamen!eN a lembran,a de umacon!ecimen!o >re!+ri!o e criaN en!9oNuma si!ua,9o reOerida ao Ou!uroN que osonho ou a Oan!asia a>resen!am comosa!isOa,9o do di!o deseoN !razendoN en!9oN

em siN as marcas de sua >rocedQncia daocasi9o e da lembran,a.  ar!indo daN Freud aOirma Y assimN>or!an!oN que o >re!+ri!oN o >resen!e e oOu!uro a>arecem en!rela,ados no Oio dodeseoN que >assa a!rav+s delesM .  *o !e3!o P A !em>oralidade da!ransOerQncia PN $lvia #igdaleN em dadomomen!oN nos diz que Kse um !rabalhoNcomo o + o do sonhoN serve a Freudcomo >or!a de en!rada >ara a delimi!a,9o

da e3>eriQncia do inconscien!eN n9odeveramos descuidar do que h? nis!o dereOerQncia a um !rabalhoM . ara es!aau!oraN + Ka Oor,a >ulsional dos deseosinconscien!es que coloca a energianecess?ria >ara que esse !rabalho serealize eN mais >recisamen!eN + seu car?!erde imor!ais e indes!ru!veisN o que nosin!roduz em uma es!ranha dimens9o!em>oralN ? queN como deseo !em umade!ermina,9o que >rov+m do Ou!uroN no

que se >Te como !es!emunha do quehaver? de serN s >elo Oa!o de !Q6lo di!oM.

8m A interpreta-o dos son%os N Freud nosdiz que Kna medida em que o sonho nosa>resen!a um deseo como cum>ridoNnos !rans>or!aN indubi!avelmen!e aoOu!uroN mas es!e Ou!uroN que ao sonhadorlhe >arece >resen!eN + criado ` imagem esemelhan,a daquele >assado >elo deseoindes!ru!vel.x .  A !eoria >sicanal!icaN desde os >ri6

mrdios da sua cons!ru,9oN ao !razer aques!9o do !em>oN nos si!ua Oace aques!Tes >ar!icularmen!e diOceis. $abe6mos que Freud qualiOica os >rocessosinconscien!es como in!em>orais e odeseo como indes!ru!vel. *o en!an!oNainda que o >resen!e sea im>ossvel dea>reenderN es!e deseo indes!ru!vel queNem sendo inconscien!eN desconhece o!em>oN >ode a>arecer no >resen!eN nae3>eriQncia da an?liseN gra,as `

!ransOerQncia. Y o que o >r>rio Freudnos ensina.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 10"

Page 106: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 106/298

  #igdaleN no !e3!o acima ci!adoN noslembra que Freud em 5ecordarN 5e>e!ir e8laborar Oaz usoN como ? o havia Oei!oem A in!er>re!a,9o dos $onhosN do!ermo P Arbei! P !rabalho. 8la chamaa!en,9o >ara o Oa!o de queN nesse ar!igode 114N 5ecordarN 5e>e!ir e 8laborarN ao

Oalar de !rabalho P Arbei! P Freudrecorre !amb+m a um ou!ro !ermo PDurcharbei!ung P que cono!a ummovimen!o e queN li!eralmen!eN se>oderia !raduzir como K!rabalhar a!rav+sdeM. 8s!e !ermo Durcharbei!ung vemmarcar a im>or!Vncia da !ransOerQnciaNum dos concei!os Oundamen!ais nae3>eriQncia >sicanal!icaN que diOerencia o!ra!amen!o anal!ico de !oda a inOluQncia>or suges!9o.

  odemos cons!a!ar queN ao se Oalar de!ransOerQnciaN en!re ou!ras coisasN se es!?a Oalar do !em>oN !al como a >sican?lise oconcebe.

LacanN em v?rios momen!os de seuensinoN como Freud o OezN vai !amb+mconceder im>or!Vncia ` ques!9o do!em>o na e3>eriQncia >sicanal!ica. *oseu !e3!o Fun,9o e cam>o da Oala e dalinguagem em >sican?liseN ele inova echama a!en,9o >ara o Ou!uro an!erior

quando nos diz KIden!iOico6me com alinguagemN >or+mN somen!eN ao me>erder nela como obe!o. que serealiza em minha his!ria n9o + o>assado sim>les daquilo que OoiN uma vezque ? n9o o +N nemN !am>oucoN o>erOei!o com>os!o do que !em sidonaquilo que souN mas o Ou!uro an!eriordo que !erei sido naquilo que es!ou me!ransOormandoM .  8m ;u*vers-o do su:eito e dial5tica do dese:o

no inconsciente "reudianoN ao cons!ruir ograOo do deseoN Lacan vol!a a des!acar aques!9o do Ou!uro an!erior ao se reOerirao KeOei!o de re!rovers9o >elo qual osuei!oN em cada e!a>aN se !ransOormanaquilo que eraN como an!esN e s seanuncia Kele !er? sidoMN no Ou!uroan!eriorM .

*esse sen!idoN >odemos dizer que oOu!uro an!eriorN na e3>eriQncia >sicanal!i6caN consis!e em si!uarN na en!rada em

an?liseN um signiOican!e do >assado que

>ode anunciar a sada. Ou!uro an!erior vai e3igirN da en!rada ? sada dae3>eriQncia anal!icaN a ar!icula,9o do $1NsigniOican!e da en!radaN a um ou!rosigniOican!eN o $2 queN >or sua vezN vaiOazer cair o a queN sem dJvidaN + o quees!? em ogo no Oinal. 8nquan!o signi6

Oican!e do >assadoN es!e signiOican!e daen!rada anuncia o que ser? o suei!o nasada da e3>eriQncia anal!ica na medidaem que ele >ar!ici>a da !ransOorma,9o e+N ele mesmoN o o>erador da !ransOor6ma,9o. odemos observarN no Discursodo #es!reN es!a rela,9o do signiOican!emes!reN $1N signiOican!e da en!rada que sear!icula a um ou!ro signiOican!eN o $2N>ara que o $uei!oN t N se encon!reN noOinalN com o obe!o a.

  AssimN quando se Oala de regress9o!em>oralN como na Orase P !erei sidonaquilo que es!ou me !ransOormando PN!emos a um e3em>lo de Ou!uro an!erior>orque nela o suei!o n9o vol!a ao>assadoN + o signiOican!e do >assado quese a!ualiza.  Y o que >odemos cons!a!ar em ou!rosonho no qual o signiOican!e m9eN dosonho an!eriorN rea>arece deOormadoa!rav+s de um recurso !ranslingus!ico 6

#A5 6 #85 #‚58 6 #ƒ8 e sea!ualiza no !rabalho da !ransOerQnciaNnum !em>o de com>reenderN si!uandouma >ressa >ara o momen!o de concluir.

ou!ro sonhoDe re>en!eN ela se vQ a dei3ar a casa

ainda adormecida e a caminhar descal,a>ela relva orvalhada em dire,9o ? >raia.ercebe que a conhecida areia da >raiaNan!es !9o Oina e dcil no con!a!o com os>+sN a>resen!avaN agoraN um as>ec!o

hos!il. s >ingos Oor!es da chuva damadrugada haviam dei3ado sulcos naareia Oormando grumos grossos e>on!iagudos queN como es>inhosN !or6navam diOcil a caminhada.  De!eve6seN en!9oN e >ercebeu que seencon!rava Oren!e a !rQs escolhas o re6!ornar ` casaN o aden!rar6se em dire,9oao mar >erigosoN e a !erceira \ a que ser?escolhida] seguir o caminho diOcil aolongo da cos!a a se >erder de vis!a.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 10/

Page 107: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 107/298

O tempo na dire-o do tratamento

Tempo de e"trada K Re-$ee% a(er(a dae"trada em a"#$i%e

onalo Soraes alv-ogos!inho + um au!or bas6!an!e lembrado quando sequer Oazer reOerQncia ao!em>o. 8nquan!o OilsoOomedieval >ercorre uma va6riedade de assun!os een!re eles es!? umareOle39o sobre o !em>o

que merece res>ei!o e !em>o deen!endimen!o. $egundo ele >or um lado>odemos reconhecerN enquan!ohumanosN nossa inser,9o no !em>ocomo algo corriqueiro e sim>les

&ue assun!o mais Oamiliar e maisba!ido nas nossas conversas do queo !em>oS &uando dele Oalamoscom>reendemos o que dizemos.'om>reendemos !amb+m o quenos dizem quando dele nos Oalam.\AG$I*<N 170]

  or ou!ro lado n9o esca>a ao bis>o de<i>ona o quan!o se ignora dessa mesmainser,9oN ou seaN aquilo que >arece obvio!raz uma s+rie de >roblemasN quando nos>ro>omos a !rabalhar a ques!9o commais cuidado. Y assim que sobre omesmo assun!o aOirma

$e ningu+m me >ergun!ar eu seiN>or+mN se quiser e3>licar a quem me

>ergun!arN ? n9o sei. \AG$I6*<N 170]

  8s!a ignorVncia n9o ser? um elemen!o>aralisan!eN mas ao velho es!ilo socr?!icolevar? o OilsoOo a em>reender um ?rduo!rabalho >ara >ensar o que + e quais se6riam as condi,Tes do !em>o >ara o hu6mano. Assim >arece vi?vel >egarmos ca6rona naquilo que des!aca enquan!o ques6!9o >ara avan,ar

&ue +N >oisN o !em>oS &uem >oder?e3>lic?6lo claro e brevemen!eS W...X e

que modo e3is!em aqueles dois !em6>os P o >assado e o Ou!uro P se o>assado ? n9o e3is!e e o Ou!uroainda n9o veioS &uan!o ao >resen!eNse Oosse sem>re >resen!eN e n9o>assasse >ara o >re!+ri!oN como>oderamos aOirmar que ele e3is!eNse a causa de sua e3is!Qncia + amesma >ela qual dei3ar? de e3is!irS\AG$I*<N 170]

  A >ar!ir des!es elemen!os vai se deli6neando >ara es!e au!or queN >elo menosOilosoOicamen!eN n9o + >ossvel ae3is!Qncia de um !em>o obe!ivo. 8le ir?argumen!ar logicamen!e a Oavor da n9oe3is!Qncia obe!iva do >assado e doOu!uro. =m ? OoiN ? >assou e assim | :án-o 5 C e o ou!ro ainda n9o veioN ou seaN|ainda n-o 5 C des!a Oei!a !9o Oalso quan!oaOirmar a e3is!Qncia do >assado + aOirmara do Ou!uro. >resen!eN >or sua vezN oJnico modo de lhe reconhecermosenquan!o >resen!e + quando con!ras!adoaos ou!ros dois !em>osN >assado e Ou!uroNassim sendo !amb+m n9o !em e3is!Qnciaem si mesmo.

De>ois des!a conclus9oN de es!ranha6men!o Oren!e ao !em>oN o bis>o de <i6>ona n9o >ara >or a. Ir? >ro>or a >ar!irdo ? !rabalhado um segundo momen!ode conclus9o

que agora !rans>arece + queNn9o h? !em>os Ou!uros nem>re!+ri!os. Y im>r>rio aOirmar os!em>os s9o !rQs >re!+ri!oN>resen!e e Ou!uro. #as !alvez Oosse>r>rio dizer os !em>os s9o !rQs>resen!es das coisas >assadasN>resen!e dos >resen!esN >resen!edos Ou!uros. 83is!emN >ois es!es!rQs !em>os na minha men!e quen9o veo em ou!ra >ar!elembran,a >resen!e das coisas >as6sadasN vis9o >resen!e das coisas>resen!es e es>eran,a >resen!e das

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 107

Page 108: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 108/298

coisas Ou!uras. $e me + lci!o em6>regar !ais e3>ressTesN veo en!9o!rQs !em>os e conOesso que s9o!rQs. \AG$I*<N 170]

  A >ar!ir do des!acado Oica >ossvel >er6ceber os esOor,os >ara marcar o !em>o

como algo que de alguma maneiracons!i!ui6se a >ar!ir da rela,9o com osuei!o sendo que o mesmo + seucorol?rio P o suei!o se d? no !em>o Pa>esar de n9o ser algo que se a>resen!eclaramen!eN ou seaN n9o h? consciQnciadeclarada des!es as>ec!os. $e Agos!inhoa>on!a >ara o as>ec!o da sube!ividadedo !em>oN ou seaN o !em>o em sua !eorian9o + algo inde>enden!e do homem eobe!ivoN mas con!r?rio a issoN nos dirige

!amb+m >ara >erceber a rela,9o dereci>rocidade en!re es!es dois elemen!os.$e o !em>o e3is!e >or causa de nossasconsciQncias es!a s se d? >or con!a do!em>o.

 Ao Oazer uso de Agos!inhoN Oa,o aquiuma >ro>osi!al digress9oN >or saber quees!e Ooi lido >or <eidegger que >or sua

 vez Ooi lido >or LacanN >ara o qual o!em>o n9o + qualquer coisa. !em>o +algo caro ` !eoria e ` clnica lacaniana.

 Al+m de ser um divisor >ol!icoN nahis!ria da >sican?liseN se assim >odemosen!enderN acaba sendo nor!e >ara acondu,9o dos !ra!amen!os. $e a chamadasube!ividade humana se >lasma numacer!a !em>oralidade que se >lasma nohumanoN en!9o a clnica deve incluircomo um de seus elemen!os >assveis demaneo o >r>rio !em>o P n9o h? clnicalacaniana sem uma s+ria reOle39o sobre aincidQncia do !em>o.  Y des!a maneira que en!rada e sadan9o s9o !ermos ingQnuos ou au!om?!icosna >ro>os!a de -. LacanN mas nos reme!ea uma >reocu>a,9o que >assou a Oicarmais des!acada na >sican?lise a >ar!irdes!e au!or que acolhe o desdobramen!odas consequQncias do !em>o no!ra!amen!o >sicanal!ico P n9o h? en!radaes>on!Vnea em an?lise e se assim o +N amesma >ode ser >ensada como algo quese reOere ao analisandoN mas que envolveo analis!a em !odos os seus as>ec!os daOun,9o que ocu>a. $e n9o h? en!radaes>on!VneaN en!9o n9o bas!a um

encon!ro de um suei!o que Oala e ou!roque escu!a P aqui es!amos Oren!e a umadis!in,9o >ossvel en!re a >sican?lise e as>sico!era>ias. *9o bas!a um |encon!roConde um se >Te a Oalar e ou!ro a escu!arNalgu+m deve se dis>or a um lugar deescu!a que inclua a indecorosa >ro>os!a

de que o inconscien!e se a>resen!a >elas vias inusi!adas da linguagem P oinconscien!e + es!ru!urado comolinguagem. 'aso isso n9o ocorra corre6seo risco de se man!er mui!o Oacilmen!enum regis!ro dominado >elo imagin?rioonde a linguagem + um sis!ema designosN que >ossibili!a a comunica,9o e oen!endimen!o en!reN no mnimoN duas>ar!es.  Lacan >au!ado na >ro>os!a Oreudiana

do |Oale !udoC coloca6nos Oren!e a umdis>osi!ivo P nes!a rela,9o n9o es>on6!Vnea vai se ins!alando aquilo que >odeser recor!ado como dis>osi!ivo quecon!a com o >r>rio analis!a como re6cursoN >ara que o |Oale !udoCN o |n9o su6gerirCN a ou!ra cenaN e a!+ mesmo umou!ro !em>o >ossa se ins!alar. =m!em>o onde o suei!o >ossa se ver >las6mado >elas !eias signiOican!es das quaisOizeram dele e que Oez uso >ara ser hoe

o que +. Lacan como bom Oreudiano leva`s Jl!imas consequQncias a >ro>os!a do>ai da >sican?lise im>licar o >acien!e deou!ra maneira em rela,9o a sua quei3a eao enunciado de seu !ormen!o.  Des!a Oei!a Oica claro que a >sican?lisesomen!e >oder? se desenvolver ao >re,ode um cons!i!uin!e !ern?rioN que + osigniOican!e in!roduzido no discurso quese ins!aura P cabe ao analis!a dar ouvidosao signiOican!e que se in!rome!e no

discurso. 8 isso somen!e + >ossvel a>ar!ir do momen!o que h? qualquer umocu>ando o lugar de analis!aN mas n9oum qualquerN >ois necessariamen!e>recisou >assar >elos desOiladeirosdaquilo que agora >ode oOerecer.8scu!emos &uine!

Y o analis!a com seu a!o que d?e3is!Qncia ao inconscien!eN >romo6

 vendo a >sican?lise no >ar!icularde cada caso. Au!orizar o incio deuma an?lise + um a!o >sicanal!ico

 P eis a condi,9o do inconscien!e

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 10(

Page 109: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 109/298

cuo es!a!u!o n9o +N >or!an!oNUn!icoN mas +!icoN >ois de>endedesse a!o do analis!a. \&uine!N1"N >.10]

  Y assim que a ques!9o desse au!orN em| As IB 'ondi+es da Análise CN ganha sua

e3!rema coerQncia quais condi,Tes s9onecess?rias >ara que ocorra uma an?liseS que + a en!rada em an?liseS alvez>ossamos esbo,ar uma res>os!a a >ar!irda >ersonagem cl?ssica de 'lariceLis>ec!or em | A Hora da Mstrela C P#acab+a P mulher de >ouca valia queal+m de ser es!rangeira na !erra em quehabi!a + !amb+m es!rangeira de si mesma

 P >arece desaOe!ada do mundo. A>resen!ada e con!ada >or um homemN

5odrigo $. #.N ar!iOcio criado >ela au!ora>ara marcar que uma mulher n9osu>or!aria acom>anhar6lhe a !rae!riaK\...]  porque escritora mul%er pode lacrime:ar

 piegas .M \LI$8'5N 1(]  Assim se im>Te a esse homem escri6!orN a >ossibilidade de se Oazer enquan!o!al P escri!or Pacom>anhando^con!ando a his!ria de#acab+aN que escreve >or mo!ivo de|Oor,a maiorCN ou seaN |>or Oor,a de leiC.

 Algo se im>Te a 5odrigo $. #. deOorma absolu!a e im>eriosaN comouma lei. #as !ra!a6se de algo que seim>Te in!eiramen!eN mobilizandoas razes de sua >r>riasube!ividade. 8s!e vivencia a sua>r>ria e3clus9o in!eriorN >elo con6!a!o com esse ou!ro |#acab+aC que+ |vida >rim?riaN que res>iraNres>iraN res>ira. C \858I5AN1(]

  Y assim que aos >oucos vamos !oman6do con!a!o com essa nordes!inaN cadela

 vadia que n9o se Oaz >ergun!asN que a>e6sar da mis+ria concre!a de sua condi,9on9o !em angJs!ia. *osso narradorN ar!iO6cio de 'larice Lis>ec!orN n9o conseguedei3ar de demons!rar seu encan!amen!oe in!erroga,9o Oren!e a !amanhasim>licidade K \...] como ela podia sersimplesmente ela mesma, sem se "aNer

 perguntasW M \LI$8'5N 1(]

  #as isso n9o bas!a >ara dizer de #aca6b+aN ? que >or ou!ro lado + >ossvel >en6sar que essa desaOe!a,9o em rela,9o aomundoN as coisas e a si mesma P >roOun6do desconhecimen!o de si P marca desua a>aren!e inocQnciaN + uma Oorma dedesviar6se de se ver >ega enquan!o

desean!e

&uero an!es aOian,ar que essa mo,an9o se conhece sen9o a!rav+s de ir

 vivendo ` !oa. $e !ivesse a !olice dese >ergun!ar Kquem sou euSM cairiaes!a!elada e em cheio no ch9o. Yque Kquem sou euSM >rovoca neces6sidade. 8 como sa!isOazer anecessidadeS &uem se indaga +incom>le!o. \LI$8'5N 1(]

  A>esar de se man!er enquan!o aqueleque d? voz ` es!a his!riaN nosso narra6dorN 5odrigo $. #.N n9o in!erOere con6sis!en!emen!e na mesmaN Oica inconOor6mado com o es!ado de sua >ersonagemes!ado de absurda resigna,9o e>assividade. Fren!e a isso a>enas >odeusar daquilo que nomeia de |direi!o aogri!oC. #as esse n9o + um a>elo de #a6cab+aN + a>enas o >ro!es!o de um nar6rador Oren!e ` desenvol!ura e Oor,a da6quilo que narra. $em ele seria im>ossvel>ercebermos os con!ornos de #acab+aNassim + >erce>!vel que o que OazOuncionar algo da ordem do discurso quecoloca em ques!9o o lugar do ou!ro.

or con!a de ser e su>or!ar aquilo quese coloca na ordem da al!eridadeN 5odri6go $. #.N Oaz girar sobre #acab+a aques!9o que lhe >ermi!ir? desembocarNmesmo que >alidamen!eN nos umbrais de#adama 'arlo!aN a car!oman!e qual + a>ar!e que lhe cabeN dessa his!riaSDeseasS Ao em>res!ar a essa mo,a umencadeamen!o discursivo que !ece a sua>r>ria his!riaN com me!?Ooras e me6!onmiasN alcan,ou6se algo a mais do queum sim>les rela!o P galgou se a!rav+s deuma ques!9o a >ossibilidade de um novo!em>oN que >ode ser conduzidoimaginariamen!e ou sus!en!ar a >ergun!aque se coloca su>or!ando as suasconseqQncias

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 10

Page 110: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 110/298

&ual Ooi a verdade de minha #acaS)as!a descobrir a verdade que elalogo ? n9o + mais >assou o mo6men!o. ergun!o o que +S5es>os!a n9o +. \LI$8'5N1(].

  Assim a >osi,9o de #adama 'arlo!a>ode ser desdobrada em dois >on!os dereOle39o um aonde o imagin?rio conduzo suei!o ao >ior e ou!ro aonde asus!en!a,9o do deseo do analis!a >ossi6bili!a a>arecer aquilo que + da ordem dodeseo daquele que Oala >on!o de en!radade uma >sican?liseN >ro>riamen!e di!a|&ue queresSC Ins!aura,9o de um novo!em>o onde aquilo que + da ordem dosuei!o >ode ser escu!ado. A >ossibi6

lidade de escu!a do inconscien!e abre umnovo !em>o onde analis!a e analisandos9o convidados a su>or!ar a al!eridadeN>ermi!ida >ela in!rus9o do signiOican!eNJnico caminho >ara se alcan,ar uma

 verdadeN mesmo que n9o !oda

#adama 'arlo!a havia acer!ado!udo. #acab+a es!ava es>an!ada.$ en!9o vira que sua vida era umamis+ria. eve von!ade de chorarao ver o seu lado o>os!oN ela queNcomo eu disseN a!+ en!9o se ulgavaOeliz.$aiu da casa da car!oman!e aos!ro>e,os e >arou no becoesquecido >elo cre>Jsculo Pcre>Jsculo que + hora deningu+m. #as ela de olhosoOuscados como se o Jl!imo Oinalde !arde Oosse mancha de sangue e

ouro quase negro. an!a riquezade a!mosOera a recebeu e o>rimeiro esgar da noi!e queN simNsimN era Ounda e Oaus!osa. #acab+aOicou um >ouco a!urdida semsaber se a!ravessaria a ruaN >oissua vida ? es!ava mudada. 8

mudada >or >alavras P desde#ois+s se sabe que a >alavra +divina. A!+ >ara a!ravessar a ruaela ? era ou!ra >essoa. =ma>essoa gr?vida de Ou!uro. $en!iaem si uma es>eran,a !9o violen!acomo amais sen!ira !amanhodeses>ero. $e ela n9o era mais elamesmaN isso signiOicava uma >erdaque valia >or um ganho. \LI$68'5N 1(]

 

Re-er"(ia% i8$io5r#-i(a%, AG$I*<N $an!o.  As 'on"iss+es . 5io de -aneiro 8di,9o de uroN 170.LA'A*N -.  Mscritos . 5io de -aneiro -..8.N1(.LA'A*N -. Outros Mscritos . 5io de -aneiro

 -..8.N 200%.LA'A*N -. O ;eminário, #ivro B K Os Mscritos!5cnicos de Freud . 5io de -aneiro -..8.N 1(1.

 fffffffff O ;eminário, #ivro 7 K A tica daPsicanálise . 5io de -aneiro -..8.N 11.

 fffffffff O ;eminário, #ivro L K A

!rans"er(ncia . 5io de -aneiro -..8.N 112.LI$8'5N '.  A Hora da Mstrela . $9oaulo #ar!ins Fon!esN 1(.858I5AN #.8.'. ;olid-o e Alteridade em AHora da Mstrela, de 'larice #ispector . In ereiraN#.8.'. \rg.] #eituras da Psicanálise  8s!+!icasda 83clus9o. 'am>inasN $. #ercado dasLe!rasN 1(.&=I*8N A.  As IB 'ondi+es da Análise .5io de -aneiro -8N 11.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 110

Page 111: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 111/298

O tempo na dire-o do tratamento

O% tempo% de !ma pr#i%Ronaldo !orres 

uais s9o os !em>os deuma >ra3isS ara a issores>onder devemos re6cu>erar que o a!o na>ra3isN que concerne!an!o ao cam>o da +!icaquan!o ao da >ol!ica naGr+cia an!igaN a>resen!a

uma conOigura,9o bem diOeren!e do a!o>resen!e na na!ureza \>hisis] e na ar!e\>oiesis]. $ >ara se a!er ` dimens9o do!em>oN o a!o na >hisis se desdobra emum !em>o de desenvolvimen!onecess?rio de uma ordena,9o do logosNna >assagem de!erminada da >o!Qncia aoa!o e na >oiesis o !em>o se coloca noin!ervalo en!re o agen!e e o >rodu!oNonde a !echne acha seu lugar. or seuladoN na >ra3isN devido ao Oa!o de que n9oh? dis!in,9o en!re agen!eN >rodu!o eOinalidade no a!o \ou seaN o a!oN na>ra3isN + o agen!eN o >rodu!o eOinalidade]N o !em>o + inde3ado de OormadiOeren!e. 8le + marcado !an!o >eloins!an!e do a!oN >or e3em>loN de um a!ous!oN como !amb+m !raz em si a e3!en6s9o his!rica de seu agen!eN >or e3em>loNum homem no!adamen!e inus!o. oressa raz9oN o !em>o do a!o na >ra3is>ode ser !an!o um !em>o de re>e!i,9oNquan!o >ode ser um !em>o dereordena,9oN de irru>,9o do novo.

8ssa marca do a!o >ene!ra !oda a>ra3is na medida em que a +!ica n9o +um cam>o do singular. AssimN da mesmaOormaN o e!hosN como cam>o !rans6individualN a>resen!a a mesma >ulsa,9oen!re re>e!i,9o e cria,9o. Devemoslembrar a du>la nomea,9o do e!hos >orum lado o Ke!hos \com e!a inicial]designa a morada do homem...a me!?Oorada morada e do abrigo indica us!amen!equeN a >ar!ir do e!hosN o es>a,o domundo !orna6se habi!?vel >ara o homem. domnio da  p%isis   ou o reino danecessidade + rom>ido >ela aber!ura does>a,o humano do e!hos no qual ir9o se

inscrever as a,Tes... A segunda ace>,9ode e!hos \com +>silon inicial] diz res>ei!oao com>or!amen!o que resul!a de umcons!an!e re>e!ir dos mesmos a!osM\Lima azN 1%N >. 12]. AssimN comoh?bi!oN o e!hos !raz em si a marca do quese re>e!e eN como cos!ume a inscri,9o donovoN da cria,9o que esca>a `necessidade na!ural.  *o que !oca a >sican?lise e em >ar!i6cular Lacan + im>or!an!e lembrar que anomea,9o da e3>eriQncia anal!ica >elo!ermo >ra3is s acon!ece a >ar!ir do s+!i6mo ano de seu semin?rioN us!amen!e emKA Y!ica da sican?liseM. A!+ en!9oNLacan normalmen!e u!ilizava a e3>ress9oK!+cnica >sicanal!icaM. Fica >or saberNen!9oN >orquQ um semin?rio em que h?um claro esOor,o >ara dis!anciar a e3>e6riQncia >sicanal!ica do or!hoslogos aris6!o!+licoN dei3a6nos !amb+mN con!radi!o6riamen!eN a heran,a de localizar a >sica6n?lise no cam>o da >ra3is. A res>os!a>ode es!ar em cer!a disun,9o da KY!ica a*icUmanoM que se >ode o>erar en!re oque seria rela!ivo `s >ro>riedades doe!hosN nas quais vemos elemen!os con6cernen!es ` >sican?liseN e o que !oca a !e6leologia da +!ica aris!o!+licaN dian!e daqual Lacan >osiciona a e3>eriQncia anal6!ica como uma es>+cie de an!!ese.  $obre o que aOas!a a >sican?lise da +!icaaris!o!+licaN is!o es!? bem claro nes!esemin?rio na cr!ica ` no,9o de K$obera6no )emM e no !ra!amen!o dado ` ques!9odo deseo. 8sse n9o ser? o Ooco de nossae3>osi,9o. #as >elo lado con!r?rioN>odemos !rabalhar a a>ro3ima,9o dae3>eriQncia anal!ica a >ra3is >or alguns

 v+r!icesN como a ques!9o da al!eridade edo endere,amen!o que se coloca no a!oou a ques!9o da su>osi,9o ao saber !am6b+m >resen!e nesse a!o. Devemos recor6dar que a liberdade im>licada no e!hosNcomo >ossibilidade de cria,9oN es!? condicionada a al!eridade >os!a no e!hoscomo re>e!i,9o. Isso decorre da dial+!ica

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 111

Page 112: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 112/298

in!erna ao >r>rio e!hos e reOere oconOli!o ao cam>o do saber conOli!oen!re o saber cons!i!udo e o saber comoraz9oN >o!Qncia cria!iva. Assim !alal!eridade se maniOes!a !an!o na rela,9odire!a dos cidad9os na olisN como!amb+m na rela,9o do cidad9o ao saber.

 A ques!9o do !em>o se insere como umou!ro v+r!ice >elo qual >odemosrelacionar a >sican?lise e a >ra3isN masque acaba >or incluir esses ou!roscam>osN como veremos.

!em>oN !al como indicamosN em seinscrevendo du>lamen!e no a!o da >ra63isN sugere >ro3imidades ao !em>o do su6ei!o !al como a >sican?lise o concebe. a!o na >ra3isN como vimosN + um a!o que+ o seu >r>rio agen!e. *9o + a

a>resen!a,9o de uma Oace!a ou are>resen!a,9o de um >a>elN mas simN noa!o es!? o >r>rio agen!e que + !amb+mo >rodu!o do mesmo a!o. AssimN o quemarca o a!o como e!hos + a ins!aura,9ode um suei!oN >elo menosN a!+ aquiNsuei!o da a,9o. #as !amb+m vimoscomo esse a!o n9o es!? dado ao inOini!ode >ossibilidades abs!ra!asN sendoN an!esNsu>os!o a uma al!eridade que lheconvoca a um !em>o de re>e!i,9oN mas

que se a>resen!aN igualmen!eN como aJnica >ossibilidade de inscri,9o de um!em>o novo. 8n!9oN >odemos ver comoo a!o + o ins!an!e mesmo em que osuei!o surge como subme!ido `scoordenadas ou!ras e como lugar dacria,9o. or+m o a!o + o suei!o. or!an!oeleN o suei!oN + o ins!an!eN a su>osi,9o e +o lugar da cria,9o. Da >odemosde>reender a es!ru!ura do suei!o em seu!em>o.

  *essa mesma dire,9oN vemos esses!em>os se colocarem na !ransOerQncia.orque esses !em>os do suei!o n9o noss9o dados sen9o >ela realidade doinconscien!e >os!a em a!oN uma dasdeOini,Tes de !ransOerQncia dadas >orLacan. *o dis>osi!ivo anal!icoN + na!ransOerQncia como a!ualiza,9o darealidade inconscien!e que a quei3aN osin!omaN o ac!ing6ou! e o delrio se des6dobram em re>e!i,Tes que s9oN de Oa!oN

a!ualiza,Tes das rela,Tes que o suei!ocriou com o u!ro. emos assimN em um

>rimeiro >lanoN como + na !ransOerQnciaque os !em>os de cria,9o e re>e!i,9o darela,9o en!re suei!o e u!ro se inscre6

 vem. or+mN salien!emos >or enquan!oNque essa re>e!i,9oN como nos adver!eLacanN + da ordem de autXmaton  e n9o de!iquQ como veremos de>ois.

  $eguindo nosso caminhoN devemosagora abordar a ques!9o do !em>o a >ar6!ir da >ra3is no que !oca n9o a>enas osuei!o e a !ransOerQnciaN mas o !em>odesses !em>os na e3>eriQncia anal!ica.orque o suei!o na !ransOerQncia es!aren!re cria,9o e re>e!i,9o + condi,9o de>ossibilidadeN mas n9o condi,9o suOici6en!e >ara que sua an?lise se inicie. A en6!rada em an?lise !em a marca de sua di6re,9o e se es!abelece >or um !em>o e >or

um a!o. A isso Lacan nomeou re!iOica,9osube!ivaN mas >odemos !amb+m si!uares!e >on!o no >rimeiro !em>o dos!em>os lgicosN o Kins!an!e de verM. Aquise Oor!alece a a>ro3ima,9o com a >ra3isno sen!ido da Oinalidade do cam>o da+!ica e da >ol!ica en!re os gregos. Oa!oda >sican?lise n9o com>ar!ilhar damesma dire,9o n9o a >osiciona ne6cessariamen!e Oora do cam>o da +!ica eda >ol!ica.

8m >rimeiro lugarN a dire,9o + dada nosen!ido de que se !ransOorme a !rans6OerQncia imagin?ria >os!a na Oigura doanalis!a em !ransOerQncia ao saber. su6ei!o su>os!o saber. 8ssa + uma o>era,9oque ser? Oei!a >elo suei!oN mas nodis>osi!ivo. Aqui + um ou!ro a!o se quecoloca como >aradigm?!ico o a!o Oalho.ois a >osi,9o sube!iva no a!o Oalho es!?colocada na de!ermina,9o de sua rela,9ocom o u!ro. or+mN n9o bas!a surgir o

a!o OalhoN mas que sea >ossvel que osuei!o se vea nes!e !i>o de >osi,9o emque + o u!ro quem nele Oala. Y essa>osi,9o re!iOicada >or esse KverM que>ode abrir ` u!ra cena como nosa>on!ava Freud. 8ssa + a >rimeira escan6s9oN um cor!e como cria,9oN mas que re6dunda na re>e!i,9o do au!oma!ismo sig6niOican!e do segundo !em>o da an?liseN o!em>o de com>reender.

 odaviaN >ara seguirmosN e Oinalizar6

mosN !orna6se necess?ria a in!rodu,9o deum elemen!o novo. 8sse elemen!oN ve6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 112

Page 113: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 113/298

mos Lacan in!roduzi6lo !amb+m e curio6samen!e no semin?rio 7 Kois bemN coi6sa curiosa >ara um >ensamen!o sum?rioque >ensaria que !oda e3>lora,9o da +!icadeve incidir sobre o domnio do idealNsen9o do irrealN iremosN >elo con!r?rioN aoinversoN no sen!ido de um

a>roOundamen!o da no,9o de realM\>.21].  s >assos dados a!+ aqui o !em>o dosuei!oN a !ransOerQncia como a!o e aen!rada em an?liseN >oderiam se sus!en!arsomen!e em Freud. #as a abordagem doreal como dire,9o >ara a >ra3is anal!icaNis!o se deve a Lacan. ois os !em>os daan?lise n9o se esgo!am no !em>o dosuei!o e no Kins!an!e de verM. K!em>ode com>reenderM e a escans9o que se

denomina Kmomen!o de concluirM s9oim>lica,Tes lgicas daqueles !em>os\embora n9o necess?rias] que devemin!roduzir a dimens9oN n9o mais a>enasdo suei!oN mas !amb+m do obe!o.be!o >equeno a como nos indicaLacan.

Isso se o>era >ela !ransOerQnciaN masagora em se !ra!ando de Ksacar como a!ransOerQncia >ode nos conduzir aonJcleo da re>e!i,9oM \LacanN $11N >. 71].

8sse nJcleo real da re>e!i,9o como !iquQNcur!o6circui!a os !em>os de re>e!i,9o ecria,9oN >ois o !em>o da re>e!i,9o +sem>re o !em>o da >rimeira vezN >orquen9o h? inscri,9o do que se re>e!e na

cadeia signiOican!e. YN >or!an!oN um!em>o sem>re novo. K !em>o da>uls9o + mui!o diOeren!e. Y um !em>o deencon!roN es!ru!urado como um ins!an!eNque o>era como um cor!e nacon!inuidade do !em>o signiOica!ivoM\$ollerN 17N >.//]. *o K!em>o de

com>reenderMN !ra!a6se da e3>eriQnciadessa re>e!i,9oN as vol!as da demandacomo nos descreve Lacan. ra!a6se dedescobrir que a re>e!i,9o + a cria,9o quese Oez a >ar!ir do obe!o como obe!ocedido ao u!ro. #as isso s encon!ra oOim >or um ou!ro a!o com seu !em>o noa!o da escans9o do Kmomen!o deconcluirMN no a!o anal!ico como>assagemN !ravessiaN a >ra3is grega +subver!ida >ela >sican?lise. ois aquiN no

momen!o do a!oN n9o h? suei!oN e na>osi,9o de agen!e se coloca o obe!o. A!oque marca um giro e ins!aura o>sicanalis!a. Analis!a que s se au!orizade si mesmo \LacanN 200%N >.24(].

Re-er"(ia% 8i8$io5r#-i(a%LA'A*N -. Outros Mscritos . -orge aharedi!ora. 5io de -aneiroN 200%.LA'A*N -. O ;eminário 4 vol @// . -orge aharedi!ora. 5io de -aneiroN 1(".

LA'A*N -. O ;eminário 4 vol 0/ . -orge aharedi!ora. 5io de -aneiroN 1(".LI#A AN <.'.  Mscritos de Filoso"ia // K

 tica e 'ultura . $9o auloN 1%.$LL85. '. $uei!o e o u!ro. In Para#er o ;eminário BB de #acan . -orge ahar8di!ora. 5io de -aneiroN 17.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 11%

Page 114: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 114/298

O tempo na dire-o do tratamento

“Lo% tiempo% de$ %!9eto, = de%eo i"de%tr!(ti8$e,=trie8 por Fe"ir>=$o a(t!a$ e" $a tra"%-ere"(ia

Perla Tasserman i !rabao es!? guiado>or una >regun!a res6>ec!o del !iem>o B escomo sigue si eldeseoN como lo>lan!ea FreudN esindes!ruc!ibleN lo esen !an!o esca>a al

!iem>o. 8n!onces a qu+ regis!ro de la

realidad >er!enece el deseoS  <e !omado como reOerencia dos ci!as.La >rimeraN escri!a >or Freud en su libroKLa in!er>re!acin de los sueEosM la se6gundaN de Lacan en su seminario KLoscua!ro conce>!os Oundamen!ales delsicoan?lisisM.  La ci!a de Freud es la siguien!e Kp el

 valor de los sueEos >ara el conocimien!odel Ou!uroS *i >ensar en elloN na!ural6men!e. odramos reem>lazarlo >or es!o

o!ro >ara el conocimien!o del >asado.ues del >asado !ra!a el sueEoN en !odosen!ido. Aunque !am>oco la vieacreencia de que el sueEo nos enseEa elOu!uro dea de !ener algJn con!enido de

 verdad. 8n la medida en que el sueEonos >resen!a un deseo como cum>lidonos !raslada indudablemen!e al Ou!uro>ero es!e Ou!uro que al soEan!e le >arece>resen!e es creado a imagen B semeanzade aquel >asado >or el deseo

indes!ruc!ible.M  <aB una >reocu>acin de FreudN a lolargo de !oda su obraN en ubicar un lugar>ara el a>ara!o >squicoN un lugar que nosea neurolgico. 'u?l es el lugar donde!ranscurre el sueEoS &u+ escena es laque el soEan!e rela!aS Dnde es!? es!aescena que se realizaS

 oma en!onces una hi>!esis.<i>!esis que !rae de Fechner que diceMla escenaN en que los sueEos se

desarrollan es dis!in!a de aquella en laque se desenvuelve la vida dere>resen!acin des>ier!a. $lo es!a

hi>!esis >uede hacernos com>render las>ar!icularidades de la vida onricaM.Freud concluBe en!onces en lo siguien!eKLa idea que aqu se nos oOrece es la deo!ra localidad >squicaM.

Freud >lan!ea como hi>!esis >ara queel sueEo sea lo que esN una in!er>re!acin6en !an!o in!er>re!ar es si!uar es!ossueEos en relacin a un discurso.6!oma

en!onces como hi>!esis la e3is!encia deK!ra escenaM. !ra escena donde elsueEo !ranscurreN que es siem>re en el>resen!e del con!enido maniOies!o.  Ahora bienN sobre es!e Oondo de escena!ambi+n los recuerdos inOan!iles !ienen sulugar siendo lo que son deseos inOan!ilesque !oman su im>ulso del deseoinconcien!e. De es!e modoN el deseo >orrealizar en el sueEo B los recuerosinOan!iles Oorman >ar!e de esa K!ra Lo6

calidad K que nombra Freud B que Lacanllama Kla !ra 5ealidadM.  AsN es!a !ra escena Ounciona comohi>!esis en la cual el sue!o >uede verseNser mirado segJn la >osicin en elOan!asma. 8s decirN adem?s de ser la >o6sibilidad del >resen!e en el rela!o delsueEoN es la >osibilidad de cons!i!ucindel sue!o en !an!o le es necesario !ro.*o slo !ro como diOeren!eN sino comoo!ro lugar diOeren!e de aquel que el sue!o

>uede ocu>ar.8n!oncesN !ra escena como !ra lo6calidad que >odra >lan!earse como se6cuencia es>acialN es a mi en!ender !am6bi+n una secuencia !em>oral que no es ni>rogresiva ni regresivaN en !odo caso essobre el Oondo de es!a o!ra escena que elOan!asma !iene lugar en >resen!e.  p ahora !raigo la ci!a de Lacan enKLos 'ua!ro conce>!os Oundamen!alesdel sicoan?lisisM...>ero >or o!ro lado

esa realidad no es >oca cosaN >ues nosdes>ier!a la o!ra realidad escondida !rasla Oal!a de lo que hace las veces de re6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 114

M

Page 115: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 115/298

>resen!acinN el trie* N nos dice Freud... Bsi >or Oal!a de re>resen!acinN no es!? ahNde qu+ trie*  se !ra!aN !al vez !engamos queconsiderar que solo es trie*  >or venir.M  All Lacan agrega o!ras me!?Ooras >arahablar de esa !ra realidad ru>!ura en!re>erce>cin B concienciaN en!re carne B

uEaN el lugar in!em>oral. La >regun!aacerca del cam>o de la >erce>cin Lacanla va a si!uar relevando lo que es delcam>o esc>icoN no sin relevar la !raescena el sueEo como un lugar dondealgo se da a ver en esa !ra escena B >oro!ra >ar!e lo >ulsionalN ar!iculado en elsueEo >or el deseo en relacin a unare>resen!acin que es ine3is!en!e.

8l Kquiero verM de la e3igencia>ulsional se hace >resen!e en el sueEoN

>resen!e como !iem>o verbal B >resen!e!ambi+n como me!?Oora de una ausencia.

 Ausencia que en la e3>eriencia delan?lisis la so>or!a la >resencia delanalis!aN ausencia del !iem>o an!eriorborrado a la manera en que Freuddescribe la >izarra m?gicaN donde lo quequeda es una marca. iem>o en el que sele demanda al !ro B en el KdecirM la>romesa que la >alabra evoca. iem>o>or venir...

  p lo >or venir en!oncesN si el !iem>oan!erior Oal!a dnde se ubicaS  $i no haB re>resen!acin de la Oal!aNsino la de una hi>!esis que hace las

 veces de re>resen!acin de lo que no haBNlo >or venir B all obe!osN sa!isOaccionesNinsa!isOaccionesN >enasN gocesN deseos enOinN >alabras lo >or venirN en!oncesN esre!roac!ivo res>ec!o de es!a hi>!esis quehace las veces de an!ici>acin hi>!esisde una !redad necesaria que da la

>osibilidad >ara ese sue!o de desaloarese lugarN no sin a>ro>iarse de algo quees!? en el !ro.

<as!a aquN dos >lanos en que se realizael !ro >ara el sue!o unoN el quecons!ruBe la !ra realidadN lo >ulsional>or venir B el o!ro >lanoN el de la !raescena donde el deseo !iene lugar.  8n!onces lugar B !iem>o como equiva6len!es. !ro B >resen!e como me!?Oorade esa equivalencia.

  Ahora lo !erceroN que es de la >r?c!icamisma.

  Liliana una muer de 4" aEosN casada. iene !res hios. LlegaN B en a las >rimerasen!revis!as >ronuncia es!a Orase K'on mimadre no >uedo >ensar.M. Alrededor dees!e dicho van a girar sus queas. <abr?o!ras Orases en el mismo sen!ido dondeella queda vaca de >ensamien!os Oren!e a

su madre. $en!ido el de sus Orases querevela momen!os de angus!iaN all dondeno >uede >ensar. $en!ido que le da e3is6!encia. $u ser es!? ah como obe!o en6!regado al !ro. $e lamen!aN se enunciacomo cul>able del lugar que !iene >ara sumadre. 'ul>able >or no decir lo que>iensaN cuando >iensa dis!in!o B >or su6>ues!o cul>able >or >ensar dis!in!o.  $e >lan!ea colmarlaN >ara callarlaN >araque la dee !ranquila. *ecesi!a creer Oer6

 vorosamen!e en que es >osible unaiden!idad que anule el !iem>oN la diOe6rencia. Iden!idad que sabemosN >or >ro6>ia e3>erienciaN es la medida de la insa6!isOaccin es la re>e!icin >ues!a a re>e6!ir. La e3igencia de ir a ese lugarN lo diceNKes mas Ouer!e que ellaM. Incesan!emen!e

 va de #ar!nez a )elgrano \dos >un!osdis!in!os de la 'iudad de )uenos Aires]cuando algo en la voz de su madre varaNcuando ella >ercibe su insa!isOaccin BN

aclaraN la de su madre.  8scena de ir B volver que re>i!e unaan!eriorN an!erioridad que en el >rinci>iose le an!ici>a como des!ino. &u+ >ideSDe qu+ insa!isOaccin se !ra!aS or su6>ues!o que es la insa!isOaccin de sumadreN >ero no sin la de ella. AllN en es!oque es lo >rimero B como segundo quedaborradoN re!orna. 5e!ornaN a mi en!enderNen una segunda Orase que corres>onde aun segundo momen!o en el an?lisis de

Liliana. La Orase es Kcon mi mama nome en!iendoMN que es dicha en elcon!e3!o de una nueva discusin que!iene con su madre. La escansin all es“"o me e"tie"do. 

=biqu+monos en el !e3!o de FreudK#?s all? del >rinci>io del >lacerM.'uando el niEo se se>ara de la madre esalgo de s que >ierde a !rav+s de es!aau!o6mu!ilacin. 'uando algo es >erdidoNen !+rminos de obe!o amadoN es algo de

s que el sue!o >ierde. odemos llamarsu ser lo que el sue!o >ierde al

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 11"

Page 116: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 116/298

cons!i!uirse es!a >rimera esquicia. p quela madre a su vez vaBa al si!io de KlacosaM no la hace id+n!ica al Das DingNsino que la eleva >or >erdida al lugar delo >rohibido.  $e !ra!aN en!oncesN de la re>e!icin de la>rimera esquiciaN re>e!icin que es huella

de ese >rimer !iem>o >erdidoN B luegoSque sea lo mismo en !odos sus de!allesNeso es lo que Freud remarcaN que no haBa

 variacin. p qu+ es lo que se !ra!a dealcanzar all sino algo que se >ierde en el>ro>io advenimien!o al lenguaeS 8s!oque se >ierde B que llamamossigniOicancia . es!o que no >uede sersigniOicado .

$e >ierde algoN en!onces haB en la de6manda el >edido de que es!a >+rdida sea

signiOicada B as reencon!rar al obe!o ensu signiOicacin.  K8s que me en!endSM K<abr+ sidoen!endidaSM  8n!oncesN >odemos >regun!arnos si loid+n!ico esca>a al !iem>o B la re>e!icines la de la no variacinN qu+ hace en!raral !iem>o que se esca>aS  La 'osaN id+n!ica a s mismaN esabJsqueda incesan!e de su K>rinci>ioM que

realice el deseo la 'osa en !an!o id+n!icalo es en !an!o id+n!ica a su >+rdida.+rdida que queda Ouera del !iem>o. orlo !an!o lo id+n!ico no esca>a el !iem>oNlo que esca>a al !iem>o es lo id+n!ico dela >erdida.

FreudN res>ec!o de la >+rdida de ese

obe!o >rimeroN aquel de la vivencia desa!isOaccinN nos dice que caB sobre +l lare>resin que nombr >rimaria. $i ese!iem>o de >+rdida Oal!a >or re>rimido>rimordialN Oal!a como Oal!a la cosa >arael sue!o.  LuegoN lo que re!orna es el des>is!e delos obe!os >or venir. 8n cuan!o al!iem>oN re!orna en K#enos un !iem>o in6con!adoMN =1 que el sue!o >ondr? en lacuen!a indes!ruc!ible de su deseo. La

bJsqueda incesan!e de esa iden!idad es loque en an?lisis un sue!o demanda la>romesa de sen!idoN la >romesaN en Jl!i6ma ins!anciaN del obe!o de la re>resen6!acin de lo irre>resen!able.  ara el sue!oN Kel no haber es!ado ahMNeso que design+ como 61N Oal!ar ahN es la>romesa que el analis!a >odr? cum>lirKcon el !iem>oM. &uiero decir Kcon el!iem>oMN no con el sue!o.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 11/

Page 117: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 117/298

O tempo na dire-o do tratamento

 A pe%ar de$ tiempo!rinidad ;anc%eN4ZieNma de #ander 

l inconscien!eN seEalaLacan en 1/7 Kno es>erder la memoriaN es noacordarse de lo que sesabeM. 8s un saber que sibien se im>one en lasre>e!iciones B en lossn!omas no re>resen!a al

sue!o. 8s memoria en la que el sue!o nose reconoce. =na memoria que no es

mera leBenda sino algo vivo que abre el>aso al saber de las huellas que quedaroninscri!as como de!erminacin de unsue!o. #emoria que no es aEoranza sinoresor!e de vidaN memoria del !raumaNe3>eriencia misma de sube!ividad.  8l inconscien!e es esa memoria delorigen el !rauma B su OiacinN que>odemos en!ender como !abla desalvacin a la que el niEo se agarra conOuerza >ara o!ear la orilla. abla que

!ermina convir!i+ndose en reOerencia desa!isOaccin. or>eza de la que es!amoshechos B de la que se guarda un saberNsaber ocul!o del origenN de la vida en suinicio >recario.  Desde las >rimeras elaboracionesFreud ar!icula el eOec!o del !rauma al!iem>o B diceN que la vivencia !raum?!icaque es!? en la base de la Oormacin delsn!oma corres>onde a una e3>erienciase3ual >recoz in!olerable >ara el Bo.

 ambi+n descubreN que el eOec!o!raum?!ico no es!? ligado a es!a escenade seduccinN sino que esa escena es a su

 vez un >roduc!o Oan!asm?!ico es decirNuna elaboracin apr=s4coup Klos !raumasconsis!en en e3>eriencias som?!icas o en>erce>ciones sensorialesN >or lo general

 visuales o audi!ivas sonN >ues vivencias oim>resionesM \FreudN 1%%2("]N en unmomen!o en el que el Bo no es!aba enca>acidad de en!ender de esas cosas

odas o vis!as.

  os!eriormen!e Freud ser? m?s radicalal decir que el inconscien!e no conoce el!iem>o es decirN que es !al la huella queese encuen!ro >recoz \signiOicado en unsegundo momen!o] dea en el BoN que elsue!o llevar? de >or vida una marcaerradicada de su conciencia B de la quesolo quedar? en el inconscien!e sure>resen!acin apr=s4coupN un recuerdo.  Lo eem>liOica con el caso 8mma

\FreudN 1("2"2]. <aB que recalcar queen el momen!o el suceso no haba sido!raum?!ico >ara la niEaN no locom>rendi en!oncesN >ero sin!i unae3!raEa B vaga sensacin de algo>rohibido.  #ara !ambi+n sabe de lo >rohibidocuando a los !res aEosN escondida de!r?sde unos arbus!os escarba !ierra en elardn de su casa K8s como si buscaraalgoN o abriera un huequi!o con mi dedo

 ndiceN encuen!ro una >equeEa monedaNno es!oB segura >ero me llevo algo a labocaN la moneda o !ierra. igo la voz demi mam? que me llamaN creo que es!oBescondida de ella haciendo algo que megus!a >ero que es!? >rohibido <acer>u>J de es!a maneraSM  Freud le dio im>or!ancia a las escenasinOan!iles. raba la escena primaria delhombre de los lobos B cinco aEosdes>u+sN o!ra escena no menos

im>or!an!e que !i!ul  pegan a un nioNescena que a>arece en los !e3!osOreudianos igual a como asoma en laclnica aisladaN a>ar!ada del res!o de laselaboraciones del >acien!e.  8n el caso del hombre de los lobosNFreud habla de dos !iem>os cons!i!u!ivosde su >osicin se3uada en relacin a lae3>eriencia de cas!racin. 8l >rimer!iem>o esN la observacin del coi!o de los>adres que alimen!a su teor)a se3ual in"antil .

8n es!e >rimer !iem>o el niEo es!abaiden!iOicado con su madreN con !odos sus

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 117

E

Page 118: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 118/298

sn!omas in!es!inales Freud es!ima quees!e rgano es!aba aOec!adohis!+ricamen!e.  Des>u+sN el sueEo de los lobos endonde a>arece una ca!a!oniaN unade!encin Oascinada B a la vezhorrorizada de la imagenN B que marca

una discon!inuidad la madre es!?cas!rada B Oren!e a es!o !iene que !omaruna >osicin o reconoce la eOicacia de lacas!racin B la !oma !an!o >ara su madrecomo >ara +lN oN la re>udia B >ermaneceen su teor)a se3ual in"antil.  os!erior a es!e sueEoN cons!ruBe unaimagen de su inOancia. =na muer encuclillas que le recuerda a su madre en laescena >rimariaN B un hombre que se>or!a en es!a escena como su >adre.

 Aqu haB un niEo co>iando a su >adreN loque nos hace su>oner la !endencia acrecer en una direccinN que >odramosllamar viril.8s!e !i>o de escenaN graba >ara el sue!oel encuen!ro con la diOerencia de losse3os. $abemos desde Freud que es!aescena adquiere su valor demoledor solocuando es reOerida a la cas!racin de lamadre. $on escenas que conOron!an alsue!o con un enigma >ara el que no haB

res>ues!a el se3o es!? all >resen!e comodiOerencia B no como ac!ividad es>ecOicaque dara sen!ido a esa diOerencia. 8s elencuen!ro con una hendiaN una Oal!a enel saber.

 Ana nos cuen!a una clara cons!ruccinacerca del origen de los niEos en dondese nues!ra el drama de la niEa desean!eKera muB >equeEa B es!aba sola en unamon!aEi!a mirando al cieloN haba unagran luna llena B >ens+ qu+ >asara si

!engo de niEoN un gran quesomanchegoSN como la luna. ena miedoNel queso manchego era el >reOerido de mi>a>?M.  8s >or amor al >adre B la me!?Oora que+l im>licaN me!?Oora en la que >or suamorN >ara su amor se condesciende asi!uarse en la diOerencia se3ual. 8l amoral >adre es el ee alrededor del cual gira laorganizacin del sn!oma his!+rico B >orlo cual su cuer>o siem>re se man!iene a

>un!o de desOallecer. La escena Oia la>osicin Oemenina.

La iden!iOicacin >revia B lacons!a!acin de la Oal!a de la madre queera su >ro>ia Oal!aN la orien! al >adresiendo igual a ella B queriendo lo que ellaquera. 5econocer la cas!racin ma!erna Belegir al >adre Oue elegir el miedo B laneurosisN >ero !ambi+nN al elegir la Oal!a B

el deseoN elega al hio >ara !a>onar laOal!a. La relacin con la madre orien!a laeleccin de se3oN al amor al >adre B alhio es!?n unidos al re>roche >ermanen!ea esa madre que era la res>onsable de suOal!a de niEa.  An!eriormen!e el sue!o habacons!ruido sus !eorasN sus hi>!esissobre el nacimien!o B el se3o B dere>en!e es!as hi>!esis es!?n endesacuerdo con un saber que se le

esca>a. Lacan lo dice claramen!e K8l malencuen!ro cen!ral es!? a nivel de lose3ual. Lo cual no quiere decir que loses!adios !omen un !in!e se3ual que sediOunde a >ar!ir de la angus!ia decas!racin. Al con!rarioN se habla de!rauma B de escena >rimaria >orque es!aem>a!a no de >roduceM \LacanN 1/472]  5ecordemos que la eleccin se3uadano de>ende de la >ar!ida de nacimien!oque inscribe al sue!o como varn B

hembraN sino de un encuen!ro B lasigniOicacin que el sue!o le da. or esohablamos de eleccin del sue!oN Ba queesN >or una >ar!eN libre de es!asigniOicacin BN >or o!ra >ar!eN es!asa!isOaccin se deriva de la >ulsin enes!e caso oral. 8s la cas!racin en su>leni!ud de verdad que ins!i!uBe el deseose3ual inOan!il re>rimidoN que se sus!en!aen el Oan!asma Oundamen!al. 8n la escenahaB un claro deseo del hio como

me!?Oora del OaloN B claro es!?N como>roduc!o del amor >or el >adre.  Las o!ras escenas a manera de se pegaaun nio  iden!iOican al sue!o en unaOrmula Jnica B carac!ers!ica. La Oraseenuncia dos >osiciones dis!in!asN del niEo>egado B del adul!o que >ega.

 A diOerencia de la >rimeraN es!a escenare>resen!a una accin >recisa B si bien elsue!o >uede no haberle dado unaim>or!ancia decisiva duran!e mucho

!iem>oN siem>re >ermaneci n!ida en suconciencia. La escena no !iene con!enido

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 11(

Page 119: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 119/298

se3ualN a>arece siem>re im>licado !roun >ar!enaire es!? siem>re >resen!e B elsue!o >ar!ici>a ac!ivamen!eN inclusocuando se si!Ja en >osicin >asivaN comomasoquis!a. La escena !iene un valor>aradigm?!ico B eem>liOica la >osicindel sue!oN que resume los ava!ares de su

his!oriaN >resen!?ndose como ma!rizoriginaria e iden!iOic?ndolo con unaOrmula.  !ú serás as)  N B as !e asegurar?s como loque le Oal!a al !ro. 8s la Orase inauguraldel orden de un a3ioma al que el sue!oes!? some!ido B le condena alsuOrimien!o. Ana nos comen!a de >asadauna escena en la que se encuen!ra en unaac!i!ud de some!imien!o an!e la miradadel !ro. K8s!aba arrodillada con las

manos un!as im>lorandoN su>licando>erdn a mi mam?N ella me mirabaduramen!eN sen!a miedo. <aba hechoalgo que no debaM. 8l cuadro de valor>aradigm?!ico >ermi!e ver la >osicininaugural que resume su e3is!enciaN>resen!?ndose como ma!riz originaria desu vidaN a la vez que >ermi!e ubicar ellugar Oren!e a la demanda del !ro.  8s!a bella B !ris!e escena con!iene un>lus6de6goce que esconde esa mirada de

la madre. 8sa mirada esconde el P>hiN lacas!racin. KLa mirada solo se nos>resen!a bao la Oorma de una e3!raEacon!ingenciaN simblica de aquello queencon!ramos en el horizon!e B como!o>e de nues!ra e3>erienciaN a saberN laOal!a cons!i!u!iva de la angus!ia decas!racinM \LacanN 1/4(1]  K8n medio de aquello que se realiza laasociacin libreN eOec!ivamen!eN se ve

 venirN a>arecer una imagen >or eem>loN

una escenaN una imagen sin origenN unaimagen que se >resen!aN llegado el casoNcomo aquello que Freud llam recuerdoencu*ridor N o incluso como un sueEo deinOanciaN una imagen surgida no se sabede dondeN como sin raznN que es!? casi aOlor del OenmenoN que resis!e aldes>lazamien!oN B que el signiOican!e hace

 volver siem>re. 8viden!emen!eN haB que>ulsar esa imagen como a>resada en elsigniOican!e B >reEada de signiOicacin.

$igniOicacin absolu!aN que no derivaN queesca>a a la rela!ividad del signiOican!eN

que es inamovibleN que es casi como unquis!e en las signiOicacionesN B que LacanOormul como a3iomaN en o!ras >alabrasN>rinci>io de in!eligibilidad del conun!ode la relacin con el mundo de esesue!oM \$olerN 1(/72]N B que Oundaadem?s la seguridad del sue!oN de lo que

no dudaN su >un!o de cer!eza.  Lacan dice que el Oan!asma es una

 ven!ana sobre lo real Kahora !enemosque de!ec!ar el lugar de lo realN que va del!rauma al Oan!asma Pen !an!o que elOan!asma nunca es sino la >an!alla quedisimula algo absolu!amen!e >rimeroNde!erminan!e en la Ouncin de lare>e!icinM \LacanN 1/4/(].  Freud en K8l roBec!o ;M >lan!ea>or >rimera vez la >osibilidad de

ar!icular las dos escenas. Deduce quealguna vez hubo una vivencia queconsis!i en sumar A B )N B en donde Ase convir!i en smbolo de )N un smboloinconscien!eN re>rimido la 'osaN dasDing Oue sus!i!uida >or el smbolo.

 AEade adem?s que haB des>lazamien!ode can!idades de ) a AN o que ) essus!i!u!o de AN lo que sera !ra!arlo almodo de la re>resin his!+rica.  $i la >rimera escena enOren!a al sue!o

con un enigma >ara el que no haBres>ues!aN la segunda eem>liOica la>osicin del sue!o B las condiciones desa!isOaccin >ulsionalN una sa!isOaccinque >ermanecera ignorada >ara el sue!o.5e>resen!a una accin carac!ers!ica quese man!iene viva en la memoriaN B a laque no se le haba dado la im>or!anciaque la in!er>re!acin revela.In!er>re!acin aus!ada. A !iem>o quesor>rendeN hecha en el cuadro de la

!ransOerencia B que >ermi!e avanzar en elan?lisisN salir del marco del Oan!asma.  8l obe!o en su cada se lleva el horrorNsu condicin !errorOica. <orror B !emordesa>arecenN la angus!ia cae B en su lugara>arece la verdad an!es ocul!a. 8la!ravesamien!o conlleva una cada de laconsis!encia imaginaria del obe!o B>ermi!e una nueva luz sobre la his!oriaNuna luz que ilumina en el !iem>oN a >esardel !iem>o.

ara Oinalizar lo quiero hacer con unescri!o de ic!oria de $!+Oano.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 11

Page 120: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 120/298

KAhora escriboN en mi!ad de lo queescribo me de!engo. 8n realidadN siem>rese es!? en la mi!ad de lo que se escribeN>ues el escribir no acaba nunca. Loslibros siN los libros !ienen un comienzo Bun OinalN una !a>a que abre B o!ra quecierraN cosas en!re cosasN >ero el escribirN

que es como la san!idadN siem>re vir!ual>or m?s que se ac!JeN no !iene OinalN amenos que llamemos Oinal al hechomeramen!e con!ingen!e de la veez B lamuer!eM.

Re-ere"(ia% 8i8$io5r#-i(a%.

F58=DN $. \1%]. K#ois+s B la religinmono!es!aM. O*ras completas . #adrid.)iblio!eca *ueva.F58=DN $. \1("]. K8l >roBec!o de una>sicologa >ara neurlogosM. O*ras completas .

#adrid. )iblio!eca *ueva.LA'A*N -. \1/4]. ;eminario BB. #os cuatroconceptos "undamentales del psicoanálisis” . )uenos

 Aires. aidos.IdemN >(1$L85N '. \1(/]. KFinales de an?lisisM.)uenos Aires. #ana!ial.LA'A*N -. \1/4]. $eminario 11. KLoscua!ro conce>!os Oundamen!ales del>sicoan?lisisM. )uenos Aires. aidos.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 120

Page 121: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 121/298

O tempo na dire-o do tratamento

S!89etiFar $a m!erte, !"a ap!e%ta a $a FidaFlorencia Farias 

iem>oN muer!e B ac!o seen!relazan a lo largo deun an?lisis.<ablar del !iem>o esin!roducirnos en esadualidad a la que el>sicoan?lisis nos invi!a

 vida6 muer!eN vida que>ara realizarse >recisa de la muer!e.

KLa inclinacin a no com>u!ar lamuer!e en el c?lculo de la vida !rae comoconsecuencias muchas o!ras renuncias Be3clusionesM nos dice Freud \1].odramos >araOrasear K$i quieresso>or!ar la vidaN >re>?ra!e >ara lamuer!eM.

Freud insis!i que el inconcien!e nosabe nada de la muer!e B que no conoceel !iem>oN es a!em>oral. os!ula una!ensin en!re el reconocimien!o de lamuer!e como la !erminacin de la vida Bla negacin de la muer!e B su reduccin ala nadaN con la ilusin de la vida e!erna.*adie cree en su >ro>ia muer!eN o lo que

 viene a ser lo mismo cada uno denoso!ros es!? convencido en suinmor!alidad.  $in embargoN las >+rdidas soncircuns!ancias inevi!ables a lo largo de la

 vida. 83igen eOec!uar algo con ellasNrequieren un !iem>o que >ermi!aa!ravesar una dimensin de aguero en lae3is!encia e ins!alar all el lugar dondereconocer B simbolizar la Oal!aes!ruc!ural. Fal!a es!ruc!ural que remi!e ala Oal!a en ser en el sue!oN B su rec>rocaNla cas!racin del !ro.  La direccin de la cura !iene desde elcomienzoN en su horizon!eN la dimensindel ac!o B adem?s el !iem>o de la curaes!? signado >or su OinN >ues!o que se!ra!a de un !iem>o limi!adoN queredu>lica en ac!o en el in!erior deldiscurso anal!icoN el irreversible >aso del!iem>o vi!alN habi!ualmen!e signado >orla desmen!ida.

  'ada an?lisis !iene un !iem>o lgicoN>ara el cual no haB >rescri>cinN ser? elapr5s4coup  que sancionar? si ese an?lisis!ranscurri en un !iem>o que le >ermi!ialcanzar el Oin.

8s el Oin del an?lisis que >osibili!a queel !iem>o se his!orice en ac!o. Desaloa alsue!o de la comodidadN de la >asividad.

Lo% tiempo% de $a (!ra  &u+ im>lica el !iem>o en la lgica dela curaS 8l !iem>o en su cons!i!ucin

misma se localiza en el ac!o de la >alabraNsin ella no >odramos localizarnos en el!iem>o.  8n la dial+c!ica de la ar!iculacin en!reel !iem>o de la re>e!icin B el !iem>o>ara concluir el an?lisis se uega un an?6lisis. 8n es!os dos !iem>os se !ra!a deevi!ar el vaco del uno como el inOini!odel o!ro. AsN al !iem>o de la re>e!icin Bal de la >reci>i!acinN !enemos queo>onerle o!roN lo que llamamos !iem>o

lgico. iem>o que es escansinN >un!o de al6mohadilladoN cor!es de sesin ein!er>re!aciones que van en con!ra delsen!ido.  odemos diOerenciar en la cura dosgrandes !iem>os =n >rimer !iem>o dea>er!ura del inconcien!eN es un !iem>o deirru>cin en un Oondo de a!em>oralidadNB el !iem>o del >roceso lgicoN lo queLacan llama Kcer!idumbre an!ici>adaM

que >aradicamen!e es ca>az de in6!roducir de manera eOec!iva una dimen6sin de incer!idumbre.

 As en!re el ins!an!e de mirarN el !iem>o>ara com>render B el momen!o deconcluirN una de las cues!iones Ounda6men!ales es cmo in!erviene cier!o gradode incer!idumbre. $in +l no habr?>osibilidad de una verdadera conclusin.  8l uso del !iem>o lgicoN va a con!ra6corrien!e de la inercia de>resiva de la re6

>e!icin. *o es un !iem>o que siguecier!a burocra!izacinN !iem>o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 121

T

Page 122: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 122/298

s!andarizadoN sino es el !iem>o de la!ransOerencia en la dimensin del ac!o.

 Ac!oN que como !al es !an incalculablecomo incon!rolable. or lo cual seencuen!ra e3cluido del ?mbi!o del an?lisis!odo !i>o de >revisinN de timing N deOiacin >revia de >lazo.

  Lacan >lan!ea en el $eminario HN queun >sicoan?lisis em>ieza a >ar!ir del ac!oinaugural del analis!a que ins!aura la reglaOundamen!alN B a lo largo del an?lisis se

 van dando sucesivos ac!osN queOormaran >ar!e de lo que es el ac!oanal!ico. Largo recorrido que va!ransOormando la Oal!a en >+rdidaN laim>o!encia en im>osibilidad.

E$ tiempo e" $a "e!ro%i%

  8l neur!ico se ins!ala en un !iem>ocris!alizadoN goza en es!e !iem>oim>roduc!ivoN hecho de incer!idumbresNse desva hacia !areas con!ingen!esN >araevi!ar de ese modo la consumacin delac!o radicalN que es aquel en el que seuega en la a>ues!a de su deseo decididoB se hace res>onsable de +l.  8l sue!o man!iene una >aradica Bsin!om?!ica relacin con el !iem>o. Lamanera en la cual cada sue!o se las

arregla con el !iem>oN se reencuen!ra ensu sn!omaN se ar!icula a +lN mos!rando larelacin del sue!o con lo real.  8l neur!ico realiza !odo !i>o demaniobras dila!oriasN Ba sea >os!ergandoel ac!o como lo hace el obsesivoN que en

 vez de realizarloN >iensa bao la Oorma dela dudaN considera que nunca lleg elbuen momen!oN no >ermi!iendo lasor>resa B lo im>revisible. 8l obsesivo enKla es>era de la muer!eMN vive es!a es>era

de la muer!e como su vida. In!en!a quesu e3is!encia !ranscurra en un mundoa!em>oralN la !ardanzaN es!?n al servicioque no suceda nadaN en!ra en un !iem>oque no e3is!e.

8l !iem>o del inconcien!e no reconoceun >roceso cronolgico sino que em>uaa la vuel!a hacia el mismo lugarN a lairru>cin de lo realN al arrasador goce del!roN a las Oauces del cocodriloN amenos que un saber comience a

inscribirse.

  8l an?lisis su>one la liberacin del!iem>o como ca!egora vaca B Oini!a en!an!o la enOermedadN que sos!iene laOan!asa de inmor!alidadN im>lica elsome!imien!o a un !iem>o linealNcuan!iOicadoN sus!rado de nues!ro con!rolB decisiones.

  uede advenirN luego del recorrido deun an?lisisN el !iem>o del ac!o >lacen!eroB res>onsableN liberado Ba el sue!o de la>er>e!ua >os!ergacin desidera!ivaN ascomo de la Oan!asa de un e!erno>resen!eN signado >or la inOluencia de un>asado no resuel!o B un Ou!uro que no!ermina de acon!ecer.

Tiempo de (o"($!ir  'u?ndo es el !iem>o de concluir un

an?lisisS 8l dar >or !erminado un an?lisis!iene que ver con una decisin. ero&ui+n decideS *o es el analis!aN !am6>oco el analizan!eN es una decisin ac+6OalaN sin au!orN no de>ende de la volun6!ad. 8l analis!a !iene sin embargoN la res6>onsabilidad de escuchar esa decisin.  'oncluir an!es de que sea demasiado!arde B an!es de >erderN quiz?s >arasiem>reN el momen!o o>or!uno. 8s!e!iem>o demues!ra que no haB !iem>o.

*o es que al an?lisis le Oal!e !iem>oN >orel con!rario !iene !odo el !iem>o >osible.$e !ra!a de un !iem>o lgicoN !iem>o enque cesan las dudas B adviene una es>e6cie de cer!ezaN el ac!o anal!ico so>or6!ando lo incalculableN !ramos Oinales enque el saber Ba no se es>era del analis!aN!es!igo a veces silencioso de es!os en6cuen!rosN se >reanuncia su cada.  Debe hacerse el duelo >or el analis!aque sos!uvo la Ouncin a lo largo del

an?lisis B el duelo >or el obe!o KaMN>+rdida radical en la es!ruc!uraN que seinscribe como Oal!a aus>ician!e.  8n K#omen!o de concluirMN Lacan>ro>oneM 8l Oin del an?lisis es cuando seha girado dos veces en crculoN es decirreencon!rado es!o de lo cual es!? >ri6sioneroM. 8n!endemos que dos son las

 versiones en que lo real desanudado !ocael cuer>o muer!e B se3o. Girar en !ornoa elloN arrancar un decir a lo real.

  Del an?lisis debe surgir un nuevo!iem>o sube!ivoN dado que se !ra!a de

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 122

Page 123: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 123/298

lograr la !ransOormacin cuali!a!iva delmismoN en el sen!ido de ins!alar una!em>oralidad signada >or la liberacindel goce.

8l !iem>o de la creacin se >uededes>legar en !oda su >o!encia en !an!o seasumeN aun con !emorN la cer!eza de la

>ro>ia Oini!udN siendo la obra el modom?s logrado de res>ues!a sublima!oria alim>ac!o !raum?!ico de lo real de lamuer!e.  $olo con el !iem>o aco!ado que mediaen!re la cer!idumbre de la >ro>ia muer!eB su consumacin se >uede ins!alar lacreacinN B los >lazos breves B>eren!orios de !oda e3is!encia amenazada>or su e3!incin inminen!eN son el mo!orque acelera B >reci>i!a el a>uro B la

>remura necesarios >ara la realizacin de!oda >roduccin.  $e !ra!a de inscribir en la his!orialibidinal del sue!o un !iem>o au!+n!icocorrela!ivo de la sube!ivacin de lamuer!eN que el an?lisis o!orgue al sue!o el!iem>o necesario >ara que >ueda!em>oralizar su serN concien!izando Bdisolviendo sus es!?!icos >un!os de goce.  oda !em>oralizacin del ser se hallasignado >or la ca>acidad de an!ici>ar la

even!ualidad de la >ro>ia muer!e. *o se!ra!a de es!ar a la es>era de queacon!ezca la muer!eN >oniendo as Oin a lae3is!encia. $ino asumir con valor laan!ici>acin de la muer!e que o>eracomo Kme!?Oora realM B >ermi!e realizarun >roBec!o que incluBe el car?c!erres!i!u!ivo del lmi!e !em>oralN el queabreN >aradicamen!eN las m?3imas >o6sibilidades

$olo la muer!e sube!ivada es condicin

de !oda sublimacin >osible. 8l !iem>osube!ivo resul!a una ca!egora ligada a lasublimacin B >or ende su>one la ca>aci6dad de asumir valien!e B crea!ivamen!e la>osibilidad cier!a de la >ro>ia muer!e.8n!onces la muer!e enOren!ada sincobarda >ermi!e la inscri>cin sube!ivadel !iem>o.  K&uiz?s el ar!e B el >sicoan?lisis cons!i6!uBen Oormas >rivilegiadas desube!ivacinN al o!orgarnos la >osibilidad

de re>resen!ar es!+!ica B >o+!icamen!eNen el marco de una !em>oralidad

>lacen!eraN es!e e3ceso !raum?!ico>ulsional a!em>oral en !orno del cual secons!ruBe nues!ra his!oria libidinalM \2].  $e !ra!a ni m?s ni menos que de laasuncin de la cas!racin. 5ecorrido >orlos conOines de la cas!racin quesube!ivan la Oal!a B >ro>icia un ac!oN que

no es im>ulsivo ni >os!ergado. &ue elsue!oN sirvi+ndose de su an?lisisN >uedaalcanzar a >ene!rar en lo real que leconcierne B de es!a manera >rescinde desu an?lisis.  oder acceder a o!ro goceN a la medidadel deseoN el goce de la vida.

Re-ere"(ia% i8$io5r#-i(a%,

\1] F58=DN $. \11"] De guerra B muer!e.

 emas de ac!ualidad. ' omo HI.)s A$. Amorror!u edi!ores. 1%\2] #IL#A*I8*8N -. 8l !iem>o del sue!o.8di!orial )iblos. )uenos AiresN 200".

 AllouchN -. 8r!ica del duelo en el !iem>o dela muer!e seca. 8di!orial 8del>N )s AsN 1/'<A#55N -. 'lnica del Oin del an?lisis.'a>. KIden!iOicacin al sn!omaNM B KLo real Bla iden!iOicacinM.8LN Grama. )s AsN 200"D58I8*N A. Los !iem>os del duelo.<omo $a>iens 8dicionesN 2001F58=DN $. KAn?lisis !erminable e

in!erminable K.'.omo HHIIIN )s AsN8d.Amorror!uN 1%F58=DN $. \11"] KDe guerra B de muer!eMM.'. omo HIN )s AsN 8di!orial

 Amorror!uN 1%FreudN $. \11"] KDuelo B melancoliaM '.

 omo HIN )s As N 8di!orial Amorror!u N1%LA'A*N -. \1/4] 8l seminarioo 11 . Loscua!ro conce>!os Oundamen!ales del>sicoan?lisis. )s AsN aidsN 1(7LA'A*N -. \1/7] 8l seminario 1" 8l ac!o

>sicoanal!ico. In+di!o.LA'A*N -. \174] 8l seminario 22.5$I.In+di!oLA'A*N -. \17/] 8l seminario 24 Lnsuque sai! de lJne6b+vue saile a mourre6In+di!o.Ly8N <. KLo Oundamen!al de <eideggeren LacanM )s. As 8d. Le!ra ivaN 2004#IL#A*I8*8N -. K8l !iem>o del sue!oM)uenos AiresN 8di!orial )iblosN 200"$L85N '. KFinales de an?lisisM )s. As.8di!orial #anan!ialN 1((

$L85N '. K8l >lus de !iem>oM 5evis!a=no >or =no * %/N 1%.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 12%

Page 124: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 124/298

O tempo na dire-o do tratamento

O i"e%%e"(ia$ do %!9eito %!po%to %a8er, a%(o"%e6!"(ia% a"a$ti(a% do pa%%e

;)lvia Fontes Franco

  &esse des4ser revela4se o inessencial do su:eito su4  posto sa*er, donde o "uturo psicanalista entrega4se aoagalma da ess(ncia do dese:o, disposto apagar por eleem se reduNindo, ele e seu nome, ao signi"icante qual4 quer BI”.

 !!ulo des!e !rabalho Ooi!omado de uma >assa6gem do !e3!o de -acques

LacanN a KProposi-o de Cde outu*ro de BC7 so*re oanalista da Mscola M 144. La6can dir? Kque "oi com o o*4 

 :etivo de isolar o que 5 do dis4 curso anal)tico que "eN a Pro4 

 posi-oM.14"  Ao longo do seu ensino +>ossvel des!acar v?rios >on!os >recisosdesse em>enho de Lacan em man!er vivoo discurso anal!icoN sua KlVmina cor6!an!eM.

  *a KProposi-oM Lacan es!abelece umcor!eN uma ru>!ura em rela,9o a !udo oque havia sido es!abelecido a!+ en!9o>ara a Oorma,9o do analis!a e >ara a dire6,9o do !ra!amen!o. in+di!oN o subversi6

 vo nesse escri!o + colocar em con!inui6dade a sican?lise em in!ens9o e a si6can?lise em e3!ens9o e + em !orno daOormaliza,9o do Oinal de an?lise que essaar!icula,9o + >ossvel.  *es!e !e3!o de 1/7N que com>le!ou

quaren!a anosN Lacan coloca na berlindaNmais uma vezN a an?lise dos analis!as. *oOinal de seu ensinoN e3>ressouN mais uma

 vezN que es>erava que o dis>osi!ivo do>asse dissesse alguma coisa sobre o queocorre no Oinal de uma an?lise Kcomo 5que pode passar pela ca*ea deles K 5 a) que eu14%LA'A*N -. Kro>osi,9o de de ou!ubro de1/7MN > 2". In Outros Mscritos.144 LA'A*N -. Kro>osi,9o de de ou!ubro de1/7M. In Outros Mscritos.145  LA'A*N -. K$obre a e3>eriQncia do asse\17%]M. In Documentos para uma escola. Revista#etra Freudiana . Ano HIN n.0 >. "46". 

situo a quest-o K a ideia de se autoriNarem aser analistas 14/M.  'omo + >ossvel man!er vivo o discur6so anal!icoN sem colocar em ques!9o aan?lise dos analis!asS 'omo + >ossvel al6gu+m ocu>ar um lugar quando ainda es!?embara,ado em seu gozo Oan!asm?!icoS<? uma ar!icula,9o lgica e indissoci?vel

en!re o incio e o Oinal de an?liseN en!re a>osi,9o do analis!a e a dire,9o do !ra!a6men!o. que sus!en!a essa ar!icula,9olgica + a !ransOerQncia e seu maneo su6>or!ada >elo deseo do analis!a \um lu6garN uma Oun,9oN um 3]N >ossvel resul!a6do de uma an?lise levada a!+ o OimN a >ar6!ir da >assagem de analisan!e a analis!a.

*o semin?rio KO avesso da psicanálise BI7 ” N`s vol!as com a !ransOerQnciaN Lacan >er6gun!a novamen!e o que deOine um analis6

!aSN e mais a Oren!eN o que se es>era deum >sicanalis!aS8 res>onde Kan?liseN eiso que se es>era de um >sicanalis!aM.  *a KProposi-o” N Lacan indica Kos pontosde :un-o onde devem "uncionar nossos rg-os de

 garantia BIL  MN e ar!icula o come,o e o Oimda >sican?lise. 8 + a >ar!ir da !eoriza,9odo Oinal de an?lise e do a!o >sicanal!ico =a!o em que o analisan!e se !orna analis!a6 que ele >ro>Te o dis>osi!ivo do >asseKonde o ato poderia ser apreendido no momento

em que se produN 

BIC 

M. Dis>osi!ivo in+di!o+ o>asse+  desde o incio+ !eve consequQncias

na comunidade anal!icaN >rovocando on6das ao subver!er a Oorma,9o do analis!a

146 LA'A*N -. K-ornadas sobre a e3>eriQncia doasse\17(]M. In Documentos para uma escola.Revista #etra Freudiana . Ano HIN n.0 >. /%. 147  LA'A*N -. O seminário, livro B71 O avesso da

 psicanálise N >. "0N 5io de -aneiro -orge aharN11148  LA'A*N -acques. Kro>osi,9o de deou!ubro de 1/7MN > 2"2. In Outros Mscritos.149 LA'A*N -. KDiscurso na 8scola Freudiana dearis \1/7]MN >. 271. In Outros Mscritos.  5ioNaharN 200%.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 124

O

Page 125: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 125/298

OundadaN a!+ en!9oN numa !en!a!iva deK!a>ea,9o do realM.  LacanN cr!ico das conce>,Tes de Oinalde an?lise que !inham como obe!ivo aiden!iOica,9o com o eu do analis!a e„ouuma ada>!a,9o ` realidadeN se>ara do su6ei!o su>os!o saber a >essoa do analis!aN a

!ransOerQncia + com um signiOican!e qual6quer do analis!a. suei!o su>os!o saber+ um equivocoN e a >sican?lise visa redu6zir sua Oun,9o a!+ sua des!i!ui,9o ao Oinalde uma an?lise K &o comeo da psicanáliseestá a trans"er(ncia M 1"0. K M o su:eito supostosa*er 5 o ei3o a partir do qual se articula tudo oque acontece com a trans"er(ncia”  1"1. 

#as o que condiciona a !ransOerQnciaS8mbora Lacan diga nesse !e3!o que n9o!emos que dar con!a do que a condicio6

naN n9o cessou de Oormaliz?6lo \o que acondiciona] e sua >ossvel resolu,9oN a!+o Oinal do seu ensino.  A >sican?lise n9o inven!ou a !ransOe6rQnciaN ela sem>re e3is!iuN + um OenUme6no geralN eOei!o da linguagem. m+ri!ode FreudN desde Anna .N Ooi n9o !er re6cuado Oren!e a sua maniOes!a,9o+ isolan6do6a e incor>orando6a ao !ra!amen!oanal!ico. Lacan demons!rou6aN >recisouseu maneo e resolu,9o >ar!indo da lgi6

ca e da !o>ologia.  A >ar!ir do ensino de LacanN escolhium >on!o do semin?rio KDe um Outro aooutroBE ”   >ara !en!ar ar!icularN inicial6men!eN aquilo que se veriOica na >r?!icaem uma an?lise levada a seu !ermo. #in6ha in!en,9o + Oalar disso que ocorreN nomomen!o de concluirN o desOecho Oinalquando o suei!o conclui sobre aquiloque ele Ooi como obe!o >ara o u!ro aomesmo !em>o em que surge a su>osi,9o

de saber no u!ro e sua des!i!ui,9o.  *o semin?rio KDe um Outro ao outroB” NLacanN re!oma  a ques!9o do suei!o nasua rela,9o com o u!roN e >recisa aques!9o do suei!o su>os!o saber e a Oun6,9o lgica do obe!o a. A >ar!ir da !eoria150  LA'A*N -. Kro>osi,9o de de ou!ubro de1/7MN > 2"2. In Outros Mscritos.151 IdemN >.2"%.152 LA'A*N -. O seminário, livro B1  De um Outro aooutro. ublica,9o do 'en!ro de 8s!udos

Freudianos do 5eciOe. ublica,9o n9o comerciale3clusiva.1"% Idem.

dos conun!osN LacanN mais uma vez co6loca em evidQncia que o que Kcondicio6naM a !ransOerQnciaN + a es!ru!ura do suei6!o !ransOerQncia + a !ransOerQncia da es6!ru!uraN ou seaN sua es!ru!ura de lingua6gem. #ais uma vezN Lacan recorre ` Or6mula o signiOican!e + o que re>resen!a o

suei!o >ara o u!ro signiOican!e e de6mons!ra a coalescQncia en!re a es!ru!urado suei!o e o suei!o su>os!o saber. Y a>r>ria cren,a do suei!o no saber in6conscien!e que >ossibili!a que ele se diriaa um u!ro que ocu>e essa Oun,9o. La6can enOa!izaN que o suei!o + re>resen!adocomo um \1] >ara um ou!ro signiOican!eNes!e um u!roN + o que re>resen!a o um\1]N un?rio\marca de um gozo] no u!ro.'ada inscri,9o do !ra,o un?rio no u!ro

 visa a re>e!i,9o de um gozo enigm?!ico.Lacan nos diz que + necess?rio acrescen6!ar a esse um no u!roN o conun!o vazio\segundo a deOini,9o da !eoria dosconun!os] 1N \1N0]. que es!? den!ro do>arQn!ese + o u!ro \A]N o conun!o va6zioN Kesse um6a6maisMN re>resen!ado >orcrculos que se engendram indeOinida6men!eN !ransOormando o que era in!eriorem e3!erior. 8ssa re>e!i,9o se organizaao redor de uma bordaN um buracoN o lu6

gar do obe!o a1 h... um *uraco soNin%o*asta para "i3ar toda uma conduta su*:etiva BI.8sse conun!o vazio re>resen!a a incom6>le!ude do u!ro \ele evoca o >arado3ode 5ussel] que o obe!o a N em6OormaN ouseaN o obe!o a  enOorma A. 8s!e u!roinconsis!en!eN esse vazioN o obe!o a  esseOalso ser] ir? enOormar \envolver].  odemos aOirmar que o suei!o buscana !ransOerQnciaN na su>osi,9o de saberN oserN ser =m. suei!o divididoN Oal!a6a6

serN demanda ao u!roN serN como e3>li6ci!a Lacan em KPosi-o do /nconsciente M K Aespera do advento desse ser em sua rela-o com oque designamos dese:o do analista,h... h...porsua prpria posi-o, 5 essa a última e verdadeiramola do que constitui a trans"er(ncia. Mis

 porque a trans"er(ncia 5 uma rela-o estrita4 mente ligada ao tempo e ao seu mane:o1""M.  que KcondicionaM a !ransOerQncia + aKcoalescQnciaM en!re o !oro do suei!o e o

1"4 IbidemN >.2"%.155 LA'A*N -. Kosi,9o do inconscien!eMN >.("(.In Mscritos . 5io de -aneiroN aharN 1(.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 12"

Page 126: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 126/298

!oro do u!roN es!ru!ura da neuroseN algomui!o eviden!e nas an?lises onde Kver4 dades escondidas, as neuroses as sup+em sa*i4 das. preciso destacá4las dessa suposi-o paraque eles, os neurticos, cessem de representar nacarne essa verdade B M. Lacan e3>lica en!9oNque cabe ao analis!a eOe!uar Ko corte graas

ao que, essa suposi-o de sa*er 5 arrancada B7 ”.  8s!a es!ru!uraN essa coalescQnciaN que ocor!eN o a!o do analis!aN visa se>arar. La6can deOine a in!er>re!a,9o como umcor!eN KW...X cortes que t(m e"eito de su*vers-otopolgica BL ”j cor!e no !oro do neur!icoNevidenciando o Ouro cen!ralN o vaziodes!e obe!o a N que a su>osi,9o de saber

 visava encobrir.  *o semin?rio Somento de concluir BC ”,na Oamosa aula de 10 de aneiro de 17(N

Lacan re>e!e mais uma vez que o suei!o+ sem>re su>os!oN n9o h? suei!oN e o su6>os!o saberN + o su>os!o ler de ou!romodoN o que se inscreve no incons6cien!e.

156 Idem. O seminário, livro B1 De um Outro ao outroN>.%7".1"7 IbidemN >.%7".158 LA'A*N -. a!urdidoN >. 474. In Outros

 Mscritos . 5io de -aneiroN aharN 200%.159 LA'A*N -. momen!o de concluir. Aula de

10 de aneiro de 17(. radu,9o de -airo Gerbase.In .cam>o>sicanali!ico.com.br.

analis!a lQ o que se inscreve no incons6cien!eN n9o como uma ciOraN mas como

 ndice do realN como $\A barrado] que oanalis!a com seu cor!e em a!o Oaz a>are6cerN o>erando a se>ara,9oN Oazendo surgiressa su>osi,9o de saber no u!roN evi6denciando sua inconsis!Qncia. A su>osi6

,9o de saber se sus!en!a >or um saberabsolu!o. *9o e3is!e o suei!o su>os!o.

*o Oinal da an?liseN como nos >risio6neiros do a>logoN h? um sal!oN uma >as6sagem que se Oaz no limi!e \momen!o deconcluir]N um a!o do suei!oNKa>esar daOal!a de saberMN uma conclus9o quecons!i!ui uma asser,9o sobre si mesmo.*esse momen!o em que o suei!o concluisobre aquilo que ele Ooi como obe!o>ara o u!roN nesse momen!oN + que o

suei!o se d? con!a da su>osi,9o de saberNda su>osi,9o do u!ro ao mesmo !em>oem que se revela o inessencial do suei!osu>os!o saber K A %ora do encontro 5 tam4 *5m despedida M.1/0

160 #il!on *ascimen!o. #Jsica K8ncon!ros edes>edidasM.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 12/

Page 127: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 127/298

O tempo na dire-o do tratamento

O tempo "a direBo do tratame"to Al*a A*reu #ima 

O passado n-o recon%ece seu lugar1 está sempre presente...” 

#ario &uin!ana

  !em>o em que vive6mos nunca es!eve !9osa!urado de >rodu!os.rodu!os cada vezmais e3ceden!es e in6

 ven!ados >ela Oor,ado ca>i!alismo >ara

condicionar os consumidores a >ossuirsem>re algo novoN sendo esse o modoque legi!imaria a >ersonaliza,9o. Ychegada a hora da desgra,a simblica aque Freud se reOeria em mal es!ar naciviliza,9o K>or mais que se assemelhe aum deusN o homem hoe n9o se sen!eOelizM.  A >sican?lise vislumbra o >erigo dassolu,Tes r?>idas e das res>os!asinsuOicien!es a>enas >ara res>onder o

Olu3o da !endQncia !ana!olgicaN e o que +>iorN nos quadros das chamadasins!i!ui,Tes >sicanal!icas.  !em>o sem>re Ooi analisado comoum concei!o relacionado ` cul!ura nasociedade a qual >er!encemos. *ami!ologia gregaN 'ronosN deus do !em>oNera >ersoniOicado na Oigura de um velhoaladoN simbolizando sua ra>idez comuma OoiceN >ara re>resen!ar seu >oderdes!ruidor eN alguns ar!is!asN colocam6lhe

ainda uma am>ulhe!a na m9o >orque osan!igos se serviam des!e ins!rumen!ocomo relgioN >ara a medida do !em>o.

Galileu Galilei se >reocu>ou em medire u!ilizar o !em>o como uma maneira decom>reender a na!ureza de!erminandoequa,Tes de movimen!o da queda doscor>os demons!rou que era >ossvel >re6

 ver os movimen!os conOorme o !em>o>assava. os!eriormen!eN Isaac *e!oncons!ruiu as bases da Osica cl?ssicaN a>re6

sen!ando o concei!o de !em>o absolu!oNcomo se Oosse um rio que Olusse sem>re

>ara Oren!e e de maneira uniOorme P o!em>o sim>lesmen!e >assa. #as Ooi

 Alber! 8ins!ein quem in!roduziu oconcei!o de que o !em>o e o es>a,o n9os9o coisas dis!in!as. 'om a !eoria darela!ividadeN deOiniu que o mesmoin!ervalo de !em>o >ode ser diOeren!e>ara diOeren!es observadores o !em>oN>or!an!oN + rela!ivo >ara quem o es!?medido e n9o e3is!e um !em>o universal.  Freud P !9o revolucion?rio quan!o

8ins!ein nas Oron!eiras do im>ossvel 6!amb+m inven!a sua |!eoria da rela!ivida6deC quando aOirma que a realidade >squi6ca n9o + a realidade Oac!ualN mas de>endein!eiramen!e do !rilhamen!o signiOican!edei3ado >elas marcas do vividoN quees>eram um acon!ecimen!o que lheOorne,a sen!idoN re!roa!ivamen!e\  &ac%trkglic%  ].8le n9o abordou diretame"te  a no,9ode !em>o a n9o ser num sucin!o e

admir?vel ensaio de 11"N ;o*re atransitoriedade N onde rela!a a conversa que!ivera num >asseio >elos cam>osi!alianos na com>anhia de 5ainer6#aria5ile e da amiga Lou6Andreas $alom+.*a ocasi9oN conversavam sobre o car?!er!ransi!rio da beleza das coisas e acaducidade dos obe!os e Oini!ude da

 vida. >oe!a Oala do deseo dee!ernidade e Freud res>onde que + >reci6so re!irar a libido dos obe!os >ara lig?6la

aos subs!i!u!os. Freud n9o com>reendia>orque alguma coisa >erderia seu valorNJnica e e3clusivamen!e devido a sua limi6!a,9o no !em>o. ara FreudN diOeren!e6men!e de 5ileN a !ransi!oriedade im>lica6ria n9o em uma >erdaN mas em um au6men!o do valor do obe!o em ques!9oN>ois a limi!a,9o da >ossibilidade de umaOrui,9o elevaria o valor dessa Orui,9o. di?logo ocorreu no ver9o an!es de deOla6grada a >rimeira guerraN como se Freud

houvesse >revis!o os acon!ecimen!os quese sucederam. 8le escreve…

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 127

O

Page 128: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 128/298

K valor da !ransi!oriedade + o valor da escassez no !em>o. Alimi!a,9o da >ossibilidade de umaOrui,9o eleva o valor dessa Orui,9o...

 A beleza da Oorma e da Oacehumana desa>arece >ara sem>re nodecorrer de nossas >r>rias vidas

sua evanescQnciaN >or+mN a>enaslhes em>res!a renovado encan!oM.

  *o en!an!oN an!es dissoN em 1(N no!e3!o #em*ranas enco*ridoras V  +  ele revelaque as marcas mnQmicas >odem ser rea!i6

 vadasN inde>enden!es do !em>o que!enha >assado 6 s9o as >egadas daero!iza,9o inOan!ilN Oundamen!os daOan!asia 6 e que >ersis!em sob uma ca>aa>aren!emen!e insigniOican!e. que elenos ensina com esse !e3!o + que uma

cena esconde uma ou!ra que !em razesOan!ass!icasN que recobrem o !raum?!icoedi>iano.  *a /nterpreta-o dos ;on%os IJ, eleaborda um inconscien!e a!em>oral e nomecanismo de esquecimen!o dos sonhosdemons!ra a >ossibilidade de in!erven,9odo analis!a a >ar!ir do levan!amen!o dorecalqueN >roduzindo eOei!os re!roa!ivosde ar!icula,9o signiOican!e.

assando ao !ema da d!raBo do

tratame"toN 8le a!es!a em !odos os!rabalhos sobre a !+cnicaN que na neurosede !ransOerQnciaN mo,Tes >ulsionais sere>e!em com a mesma Oor,a da inOVnciaN>or con!a do deseo indes!ru!vel que n9odesgas!a sua !essi!ura com o >assar do!em>o.  'oncluindo seu >ercurso em Análise ter4 minável e interminável J discu!e e3aus!iva6men!e a dura,9o da an?liseN o que sobrade imu!?vel no suei!o P algo que es!aria

Oora de !em>o 6 a>esar do longo >erodoe da eOe!ividade do !ra!amen!o noesvaziamen!o de gozo do sin!oma e dodes!ino da >uls9o.  $abemos que LacanN desde o incio sein!eressa >elo !em>o ar!iculando6o ` sub6e!ividade. A >ar!ir do !e3!o sobre osoOisma de 14"N O tempo #gico J  elemodula o !em>o de acordo com umao>era,9o que se desenvolve num !em>oque n9o + cronolgicoN mas de

>ro>osi,TesN obedecendo a uma lgica decircuns!Vncias ins!an!e de verN !em>o de

com>reenderN momen!o de concluir. *arela,9o de al!eridadeN o suei!o adquireuma cer!eza an!eci>ada sobre suaiden!idade em Oun,9o de uma o>era,9olgica de aOirma,9o conclusiva. A >ar!irdaN a clnica se a>arelha nessa modula,9odo !em>o >ara a convoca,9o ao saber na

dire,9o do !ra!amen!o o cor!eN asus>ens9o da cer!ezaN a >on!ua,9o dodiscurso in!errom>em os momen!os emque o suei!o >oderia concluirN >ara lev?6lo a um !rabalho de elabora,9o doinsabido.  8m Fun-o e 'ampo da Fala e da #ingua4 

 gem \7] Lacan re!oma a no,9o de suei!oque se cons!i!ui >ela al!eridadeN emOun,9o do deseo e acrescen!aN baseadono !e3!o de 14"N os e-eito% t("i(o% do

tempo.De incio in!erroga os casos Oreudianos

e >rinci>almen!e o >razo Oi3ado >ara adura,9o do !ra!amen!o do <omem dosLobos >orque no seu >on!o de vis!a aan!eci>a,9o do !em>oN s >ode serindeOinida eN numa >ers>ec!iva dial+!icaNbuscar a verdade do suei!o. De>oisN elein!roduz a ques!9o da dura,9o da sess9oKo inconscien!e demanda !em>o >ara serevelar... mas qual + sua medidaSM.

In!roduz aqui sua cr!ica ` sess9o de!em>o cronolgicoN indiOeren!e `s !ramasdo discurso. 8le en!9oN se o>unha a umaconce>,9o >sicanal!ica e3!raviada ecen!rada na !eoria do 8uN e acen!ua queNqualquer !ra!amen!o que oOere,ares>os!as ` demanda do suei!oN sreOor,a o sin!oma do >acien!e.$im>lesmen!e >orque n9o e3is!emres>os!as adequadasN ? que o 8= + umamiragemN uma ilus9o que >recisa ser

dissi>ada.  'armen LaOuen!e \(]N em Heteridade 1O tempo da psicanálise, recomenda aos >si6canalis!as que quiserem conhecer os eOei6!os da es!ru!uraN que se debrucem nomodo como se ordena o !em>o na aln6gua do analisan!e assim comoN na regres6s9oN que reOaz o caminho a!+ o !raumaN>assando >elos signiOican!es da aliena,9oN>ara que se >ossa >roduzir uma o>era,9ode se>ara,9o. que signiOica dizer queN o

!em>o de uma an?lise de>ende do mane6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 12(

Page 129: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 129/298

o da !ransOerQncia e seus ava!aresN num>ercurso que nada !em de linear.  Ana inicia suas en!revis!asN re!icen!en9o sabe se Oica com o analis!a de mui!osanos >or ? conhecer !oda sua his!ria ouse quer come,ar K!udo de novoM comigo.Fui indicada >elo colega de !rabalho

como a que n9o d? KsigniOica,Tes >es6soais no !ra!amen!oN n9o e3ige que o >a6cien!e venha !odos os diasN >agueadian!adoN ou que a sess9o sea uma!or!ura de "0 minu!osM \>alavras dela]diOeren!e de seu analis!a. =m dia chegano hor?rioN sen!a e es>era >orque su>Teque a >laca na minha >or!a indicava >araaguardar. De>ois de um !em>oN saio e>ergun!o >or que n9o ba!euN ? que a>laca indicava que >odia ba!er. 8la cai

em >ran!osN >ergun!a como >osso Oicarsozinha. Ao >erceber a incoerQncia da>ergun!a dian!e do meu silQncioN Jnicain!erven,9o >ossvel \R] diz que + assimna vida acha6se inconvenien!e com osOilhos adolescen!esN com o maridoN comas >oucas amigasN no e3erccio decomando e3igido >ela >roOiss9o. AOirmaque Oala as coisas erradasN nos momen!osmais im>r>rios e rela!a um >roblemamui!o grave que es!? enOren!ando no

!rabalho... Diz que ul!imamen!e !em>ensado em desis!ir de viver Kse n9oOosse o rem+dio n9o levan!aria da camaM.Dian!e de uma >ergun!a sobre levan!arda camaN relaciona que !eve vergonha deOalar ao analis!a de mui!os anos commedo de ser Kmal in!er>re!adaMN um Oa!oque n9o + Oalado >or ningu+m da OamliaN>ois + mo!ivo de mui!a vergonha >ara am9e ela nasce quando seu >ai ? n9o!inha Kcomo levan!ar da camaM.

  A >ar!ir da relaciona sua cena inOan!il eo lugar enigm?!ico que desde sem>re res6>ondia ao deseo do u!ro P a nos!algiade ocu>ar um lugar >ara um >aiimobilizado e uma m9e a!areOada com osou!ros Oilhos.  Lacan \]N em @ariantes do tratamento pa4 dr-o,  adver!e que o analis!a quandoacredi!a saberN conver!ido em quemde!+m a e3>eriQnciaN induz a cons!ru,9ode >adrTes P !endo como resul!ado um

K!ra!amen!o !i>oMN e3cluindo aquelessuei!os que n9o res>ondem ` >ro>os!a

Oormalis!a. *esse escri!o Oundamen!alNele recoloca o analis!a em sua >osi,9o+!ica K analis!aN com eOei!oN s >odeenveredar >or ela \>sican?lise do>ar!icular] ao reconhecer em seu saber osin!oma de sua ignorVnciaM. De uminconscien!e como lugar es!?!ico e de

sen!ido obscuro !omado >elos >s6Oreu6dianosN Oaz bro!ar uma conce>,9odinVmicaN de um suei!o re>resen!ado>elo signiOican!e em movimen!o a ou!rosigniOican!e.

Forma!ar o !ra!amen!oN Oazer uma re6educa,9o emocionalN nor!eado a>enas nasuges!9oN sem lugar >ara o deseoN que +dei3ado !rans>arecer na demandaN comoLacan evoca na Dire,9o da 'ura\10]N a>on!o de Oechar a boca e dei3ar a >acien6

!e no lei!oN como >udemos observar nocaso AnaN >arece ser a >reocu>a,9o de#arc $!rauss na mesma revista Heteridade Nno !e3!o  As sess+es *reves  \10]. Demons6!rando o avan,o dado >or Lacan desde

 A dire-o da 'ura K   a >assagem doimagin?rio ao simblico P ao O Aturdito 6>assagem dos di!os ao dizerN ou seaN a>alavra como res>os!a de gozo `cas!ra,9o que leva o discurso no qual osuei!o es!? !omadoN ele !amb+m >ro>Te

dois !em>os >ara a an?lise  1] !em>o da elabora,9o O?lica com ses6sTes de tempo Fari#Fe$+ onde o suei!oa!iva seu cen?rioN elaboraN cons!riN !es!e6munha sua his!oria

2] sessTes breves como o modo de al6can,ar o mais al+m dos di!osN a>on!andoo dizer em sua radicalidadeN corres>on6dendo ao a!ravessamen!o da Oan!asia.  *a >ressa nossa de cada diaN as sessTesbreves n9o >odem nos servir de >adr9oN

sob o risco de vol!armos a uma >r?!ica!9o ine3a!a quan!o aquela denunciada >orLacan. Des!a Oei!aN invocando o !em>olgico >ara us!iOicar uma condu,9o de!ra!amen!o que nada !eria de lgica... #e6lhor seria seguirmos Gil

 em>o reiN N !em>o reiN N !em>o rei ransOormai as velhas Oormas do viver8nsinai6meN N >aiN o que eu aindan9o sei#9e $enhora do er>+!uoN socorrei...

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 12

Page 130: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 130/298

Nota% i8$io5r#-i(a%,

F58=DN $igmund. O mal4estar na civiliNa-oBCEJ. In O*ras 'ompletas . 5io de -aneiroImagoN 177.F58=DN $igmund. ;o*re a transitoriedadeBCBJ.  In O*ras 'ompletas . 5io de -aneiro

ImagoN 177.F58=DN $igmund. #em*ranas enco*ridorasBLCC  ]. In*ras psicolgicas completas . 5io de

 -aneiro ImagoN 177.Freud $. 6 A /nterpreta-o dos ;on%os BCGGJ PI*bras 'om>le!as de $. Freud P vols. I e

  P 5io de -aneiro Imago P177F58=DN $. An?lise !ermin?vel ein!ermin?vel. 8$)N v.HHIIIN >. 24162(7N v.HHIII. 5io de -aneiro ImagoN 1/

LA'A*N -. \14"] x !em>o lgico e aasser,9o de uma cer!eza an!eci>adaxN in

 Mscritos. 5io de -aneiro -orge ahar 1(LacanN -. \1"%]. Fun,9o e cam>o da Oala e dalinguagem em >sican?lise. 8m  Mscrito. \>>.2%(6%24]. 5io de -aneiro -orge aharN 1(<e!eridade %

LacanN -. \1""^1(] xarian!es do!ra!amen!o >adr9oxN in  Mscritos N 5io de -aneiroN -orge ahar.LA'A*N - A dire,9o do !ra!amen!o e os>rinc>ios de seu >oder \1"(] in Mscritos N 5iode -aneiroN -orge ahar.<e!eridade %

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%0

Page 131: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 131/298

O tempo na dire-o do tratamento

O Tempo L5i(o e a D!raBo da Se%%Bo A"a$ti(a

Delma Saria Fonseca onalves 

? uma diOeren,a quegera !ens9oN uma se>a6ra,9o cerrada en!re o!em>o do indivduo nasociedade e o !em>o dosuei!o. 1 muda como !em>o. s agen!es

sociais es!9o sem>re a dar coordenadassobre como se subme!er ao !em>o. 83is6

!em diOeren,as Oundamen!ais en!re as so6ciedades >rimi!ivas e as modernas. *associedades >rimi!ivas e ruraisN o !em>o!em uma cons!ru,9o cosmolgicaNinscrevendo6se nos ri!mos da na!urezaNnos ri!uais que escandem as >r?!icassociais. -? nas sociedades modernas o!em>o en!ra no regis!ro da quan!iOica,9o.ara o sis!ema ca>i!alis!a no quales!amos inseridos time is mone8 . Y umo>erador Oundamen!al dos >rocessos

sociais de >rodu,9o e a ren!abilidade dae3>eriQncia do !em>o se in!er>Te aosuei!o. <? uma diOeren,a Oundamen!alen!re o !em>o de !odas as logiasOilosOicas P on!oN !eoN cosmo e !amb+m>sicologia e o !em>o do suei!o.  <? uma diOeren,a Oundamen!al e quegera mal es!ar en!re o maneo do !em>oen!re os lacanianos e o dos >s Oreudia6nos. 8sses Jl!imos imaginaram a no,9ode regress9o !em>oral nos !ra!amen!osN

Oundamen!ada sobre a ideia >r+via de umdesenvolvimen!o do suei!oN es!abelecido>or es!?diosN sucedendo6se no !em>oNonde Oica >ermi!ido un!ar uma !em>ora6lidade de his!oriciza,9o e uma !em>orali6dade de desenvolvimen!o. 8ssa no,9osus!en!a uma >r?!ica ou um !ra!amen!oque deveria conduzir o analisando a >as6sar de novo >elas o>acidades ou Oi3a,Tesa su>os!os es!?dios em uma >re!endidaregress9o real. 8 aindaN os >sicanalis!as

da IAN come,ando >or FreudN que se valem de um !em>o essencialmen!e

simblicoN o !em>o s!andar! das sessTesde "0 minu!osN Oazem !amb+m umadiOeren,a Oundamen!al com o !em>o desess9o vari?vel es!abelecido >ela novaconce>,9o de inconscien!e que nos !r?s aevolu,9o da !eoria lacaniana.  *essas aOirma!ivas Oei!as acimaN a socie6dadeN a >sicologiaN os >s6Oreudianos des6conhecem o signiOican!e e seus eOei!osN o

suei!o divididoN o lugar do u!roN da>ar!icularidade do obe!o na >uls9oN nodeseo e no gozo. 83cluem !amb+m oque Lacan >Ude Oormular a res>ei!o dadisun,9o en!re saber e verdade de onde>rocede o discurso anal!ico . A ciQnciaesOor,ou6seN desde sem>reN >ara inven!aros a>arelhos mais >recisos queassegurassem a mensuralidade do !em>oNmas >ara >sican?lise a e3a!id9o nada !ema ver com a verdade. 8ssa a>on!a a

divis9o do suei!oN com a conce>,9o doinconscien!e que vai al+m daquelees!ru!urado como uma linguagemN vai!ocar no inconscien!e como hiVnciaNOendaN Ouro.

$abemos que s o discurso do >sicana6lis!a Oei!o de im>revisibilidadeN escan,Tese a!oN res!aura o >oder de !ocar o incons6cien!e. =m !al des>er!ar requer um ou!romaneoN inclusive do !em>oN >or !rabalharcom uma conce>,9o do inconscien!e es6

 vaziado de !oda conce>,9o de con!eJdo.'omo Lacan nos indica no semin?rio HIele + vazioN >ura OalhaN ru>!ura e + o con6cei!o de Ouro que subaz a !odos os eOei6!os e n9o o do =#. Ali onde buscava6seos !ra,os equvocos ou a>agados em!udo que Oaz re!orno do recalcadoN ondereinava o ciOramen!o e deciOramen!o que!rabalham a Oavor do sen!idoN aquiacen!ua6se a es!ru!ura de hiVncia. 8m5adioOonia \1/(]NLacan diz que o ics se

revela ser um saberN mas um saber semconhecimen!o6 >or!an!o se mos!ra como

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%1

H

Page 132: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 132/298

uma disun,9o do saber e da verdade. Ale!ra es!? aqui em de!rimen!o dores!abelecimen!o do sen!ido la!en!e. mes!re in!eressa ao neur!icoN mas n9o osur>reendeN >orque Ooraclui a verdade. 8+ em dire,9o da verdade que uma sess9ode an?lise se nor!eia N onde o suei!o +

sur>reendido em sua divis9o. !em>ode uma an?lise + o de uma !ransOerQnciaque se con!a em !em>o lgico. alvez aim>lica,9o decisiva de se inves!igar o!em>o em an?lise sea a de!ermina,9o demomen!os de >assagemN onde o suei!oconclui com o u!roN >ela >osi,9o ondeencon!ra6se s P uma verdade sobre oque o causa.

com>romisso +!ico do analis!a +com a e3is!Qncia desse inconscien!eN seu

Ou!uro de>ende de ser escu!ado e omaneo do !em>o da sess9o e a Oun,9odo cor!e em>reendido >or eleN longe deserem um ar!iOcio !+cnicoN ou umacoordenada de como se subme!er ao!em>oN si!uam6se como deriva,9o lgicae necess?ria dessa es!ru!ura signiOican!ede hiVnciaN OuroN buraco. Y em nomedessa descober!a que >rocuroN nessebreve es!udoN a sus!en!a,9o !erica >ara a>r?!ica das sessTes de !em>o vari?vel.

*osso colega #arc $!raus diz em<e!eridade % que Kuma vez que a sess9o!em uma dura,9o vari?velN nenhum Oimde sess9o + Kinocen!eMN eles s9o !odossigniOican!es K>or que nesse momen!oS queN >oisN ele ouviuS As escansTes s9oN>or!an!o >r>rias >ara relan,ar a cadeiaassocia!iva na >rocura da causaM.

$abemos que Freud anunciou que o in6conscien!e ignora o !em>oN mas acen!uouo eOei!o do nac%traglic% N ondeN o que n9o

>ode ser lidoN mas se inscreveu num 1!em>oN dei3ando marcas e im>ressTesN sedeciOram ` >os!erioriN >or in!erm+dio deuma nova inscri,9o.  LacanN sem amais abandonar essa no6,9oN vai in!roduzir o !em>o no raciocnio>sicanal!ico `s cus!as de um soOismaN ob6!endo o que >oderamos chamar uma es6!ru!ura lgica do !em>oN que >assa a sern9o cronolgica. 8m K em>o Lgicoe a Asser,9o da 'er!eza An!eci>adaM

14"N h? um embara,o que o soOisma dos!rQs >risioneiros >roduzN e esseN adv+m

da considera,9o de que o suei!o >odeassen!ir algo como verdadeN a des>ei!o daOal!a de saber 6 dire!or de um >resdiochama % >risioneiros e lhes diz 6 ocQss9o % aqui >resen!es e !enho " discosque s diOerem >or sua cor6 % s9obrancos e 2 s9o >re!os. renderei um

disco nas cos!as de cada um de vocQs. ocQs n9o ver9o a cor do >r>rio discoNmas ver9o os dos dois com>anheiros. >rimeiro que >uder deduzir sua >r>riacor se beneOiciar? com a medidaliber!adora. $er? >reciso ainda que aconclus9o sea Oundamen!ada emmo!ivos de lgica e n9o de >robabilidade.De>ois de se haverem considerado en!resi >or um cer!o !em>oN os % suei!os d9oun!os alguns >assosN que os levam si6

mul!aneamen!e ` >or!a de sada. 8m se6>aradoN cada um Oornece en!9o uma res6>os!a semelhan!eN que se e3>rime assim

K$ou brancoN e eis como sei disso.Dado que meus com>anheiroseram brancos N achei que N se euOosse >re!oNcada um deles >oderia!er in!erOerido o seguin!e |$e eu!amb+m Oosse >re!oN o ou!roNdevendo reconhecerimedia!amen!e que era brancoN!eria sado na mesma horaNlogon9o sou >re!o. 8 os dois !eriamsado un!osNconvencidos de serbrancos. $e n9o es!avam OazendonadaN + que eu era branco comoeles. Ao que sai >or!a aOoraN >aradar a conhecer minha conclus9o.Foi assim que !odos !rQs saramsimul!aneamen!eN seguros dasmesmas razTes de concluir.M

  er Q3i!o em concluirN a des>ei!o da Oal6

!a de saberN Ooi es!e o >roblema colocado>ara cada um dos >risioneirosN onde cadaum deve deduzir sua >r>ria corN que n9osabe qualN embora os ou!ros dois saibam.

K'ada >risioneiro hesi!a sobre sua>r>ria conclus9oN !endo medode ser su>erado >elos ou!rosNcaso n9o o Oa,a ra>idamen!e.

 A!rav+s dessa !ens9o do !em>oN vQ6se que a cer!eza do suei!oequivale a uma an!eci>a,9o doulgamen!o asser!ivoN que see3>rime aqui >or um a!o.M

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%2

Page 133: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 133/298

  !em>o lgicoN nos diz ' $oler K+ o!em>o necess?rio >ara >roduzir umaconclus9o a >ar!ir do que n9o + sabidoM

 oda a ques!9o + saber como concluironde h? Oal!a de saber . 8n!9oN essa lgica+ que sus!en!a a >r?!ica da sess9o de!em>o vari?velN e >or isso n9o in!eressa `dire,9o de uma an?lise a e3a!id9o do!em>oN subme!ido ao relgioN mas o!em>o necess?rio >ara >roduzir algoN uma!oN onde h? Oal!a de saber.

soOisma !razido >or LacanN >ermi!edis!inguir !rQs >ar!esN algo que conhece6mos como o Ins!an!e de erN o em>ode 'om>reender e o #omen!o de 'on6cluir. rimeiro um !em>o ins!an!VneoN se6guido do !em>o de com>reenderN que +de dura,9o inde!erminadaN mas que !emque se >roduzirN e a conclus9oN que n9o +um novo ins!an!e de verN nemcon!em>la,9o de uma verdadeN + omomen!o do a!oN na medida em que acer!eza da conclus9o se an!eci>a `realiza,9o. cor!e da sess9oN longe dees!? acomodado ao !em>o do ca>i!alis!aNque s >ensa em como ren!abilizar o!em>oN !oca o >on!o em que o sen!idoesca>aN como no momen!o de concluirNim>edindo que o discurso se Oi3e aossigniOican!esN >ondo em ogo o obe!o.*o soOisma dos >risioneirosN a conclus9on9o de>ende da in!er6sube!ividadeN masda rela,9o dos suei!os com o obe!o KaM.8ssa de!ermina o !em>o de concluirNmomen!o onde uma sube!iva,9o >ode6se realizar.

*o semin?rio HH6 27 anos de>ois de!er escri!o K em>o Lgico... Lacandiz

K$e h? alguma coisa queN nosmeus 8scri!osN mos!ra que minhaboa orien!a,9oN >ois + aquela comque !en!o convencQ6losN n9o da!ade on!emN + mesmo queN logode>ois de uma guerraN quandonada eviden!emen!e >arecia>rome!er amanh9s douradosNescrevi  em>o Lgico e a

 Asser,9o de 'er!eza An!eci>ada.ode6se ler mui!o bem aliN se se

escreveN e n9o somen!e se se!em bom ouvidoN queN a Oun,9oda >ressaN ? + esse KaM mi6

nJsculo que a !e!iza. AliN valorizeio Oa!o de que algo como umain!ersube!ividade >ode dar comuma sada salu!ar. #as o quemereceria ser olhado de mais>er!o + o que su>or!a cada umdos suei!osN n9o em ser um en!re

os ou!rosN mas em serN em rela,9oaos dois ou!rosN aquele que es!?em ogo no >ensamen!o deles.'ada qual s in!ervindo nesse!ermo a !!ulo desse obe!o KaMque ele + sob o olhar dos ou!ros.\...]8m ou!ros !ermosN eles s9o!rQsN mas na realidadeN s9o doismais KaM. 8sse dois mais KaMN no>on!o do KaMN se reduzN n9o aosdois ou!rosN mas a =m mais KaM.\ ...]+ que Ounciona o que >ode

dar com uma sada na >ressa.M  'omo >odemos ver n9o se >ode >ensaro !e3!o K em>o Lgico e a 'er!eza

 An!eci>adaM sem se reOerenciar ao a!oNque s se d? >ela in!erven,9o do analis!aNquando descen!ra a demanda em dire,9oao que a causaN Oicando do lado da rela6,9o do suei!o com o obe!o KaM. Koma6dos um a um N os suei!os AN)N' N s9o !o6dos iguais e cada um diOeren!e. A + o su6ei!o real que vem concluir sozinho. 8le

designa cada um dos suei!os enquan!orealN na medida em que + ele mesmo quees!? em ques!9o e se decide ou n9o aconcluir >or si. ) e ' s9o os dois ou!rosNna medida em que s9o obe!os doraciocnio de AM \8ri orge] Da mesmaOorma A + !amb+m obe!o do raciocniode ) e 'N que n9o s9o a>enas obe!os de

 AN s9o !amb+m suei!osN reOle!idos. AN>oisN n9o + idQn!ico a A. 'ada um + aomesmo !em>o A e ) ^ '. #ais 'ada um

s + A se Oor ao mesmo !em>o ) e '.M'ada um que decide + AN decis9o advindada >ressaN de sua >r>ria sube!ividade en9o >or submiss9o a uma coordenadasimblica N advinda do u!ro. ordeOini,9oN o obe!o KaM n9o + s o que se>erdeN mas !amb+m + algo que se >roduzno a!o de Ounda,9o do suei!o e no a!ode concluir. emos a clnica doinconscien!e es!ru!urado como umalinguagem que es!? subme!ida `

!em>oralidade do a >os!eriori e !emos aclnica do inconscien!e es!ru!urado como

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%%

Page 134: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 134/298

OuroN cua !em>oralidade es!? ligada `a"te(ipaBo que + o !em>o lgico . 8sseJl!imo se carac!eriza >elo A!oN quecomo vimosN an!eci>a uma conclus9oonde Oal!a saberN ouN >roduz uma conclu6s9o a >ar!ir do que n9o + sabido. Issoes!? na con!ra m9o do !em>o do indiv6

duo na sociedade N como dissemos noincio desse !e3!o. mercado um rom6>imen!o ou acha!amen!o do !em>o lgi6coN onde Lacan vai e3a!amen!e analisaras condi,Tes que !em que se dar >ara queuma sube!iva,9o sea >ossvel $em !em6>o de com>reender N >erdido nosim>era!ivos da ren!abilidadeN da>rodu!ividadeN da com>e!i!ividadeN osuei!o Oracassa como desean!eN >araa!ender o que + e3igido >elos agen!es

sociais dessa +>ocaN ao >re,o da e3clus9ode sua sube!ividadeN Jnico lugar deonde >ode >roduzir uma signiOica,9onovaN arriscar uma conclus9o an!eci>ada Nadvir no e3erccio do seu deseo que o!ransOorma e o coloca como um Oazedorde his!ria. u como diz nosso colegaGabriel LombardiN Oazer de sua horamarcada a ocasi9o de um encon!ro como inconscien!e real que o neur!ico evi!a.

i8$io5ra-ia,

1. LA'A*N -acques K !em>o lgico e aasser,9o da cer!eza an!eci>adaM in  Mscritos

 -8 5- 1(.2. LA'A*N -acques K5adioOoniaM in  Outrosescritos  -8 P5- P 200%

%. LA'A*N -acques K $emin?rio P livro HI qua!ro concei!os Oundamen!ais da>sican?lise -84. LA'A*N -acques KO ;eminário K livro 00

 Sais, ainda BC7E4J, -8 5-N1("". F58=DN $igmund KO Pro:eto para uma

 psicologia cient)"ica” BLCJ 8$)5- Imago 1//. $5A=$$N #arc KO tempo do Ato” inHeteridade  /FMP'# N 20047. $L85N 'ole!!e K e3!o In+di!o K in@olume Preparatrio para o @ Mncontro da /F4 

 MP'#4 ;P 

(. 5G8N 8ri Psicanálise e !empo  6 1('ia de Freud edi!ora

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%4

Page 135: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 135/298

!empo e estrutura 

E%pao e tempo "a eperi"(ia do %!9eito doi"(o"%(ie"te

'larice attoA "ala avana no escuro. O espao n-o se estende, mas se escuta. Pela "ala, a mat5ria está a*erta, crivada de palavrasj o r eal ali se

desdo*ra. O espao n-o 5 o lugar dos cor posj ele n-o nos serve de apoio. A linguagem o carrega agora diante de ns e em ns, vis)vel eo"erecido, tenso, apresentado, a*erto pelo drama do tempo no qual estamos com ele suspensos. O que %á de mais *onito na linguagem 5que passamos com ela. !udo isso n-o 5 dito pelas ci(ncias comunicativas, mas ns sa*emos muito *em disso com nossas m-os na noite1

que a linguagem 5 o lugar do apar ecimento do espao”.\alre *ovarina]

ou come,ar >ela diOiculda6deN >remida >elo !em>o>ara escrever... !!ulo

surgiu >rimeiro Kes>a,o e!em>o na e3>eriQncia dosuei!o do inconscien!eM elogo es!ranhei ? que o!ema do encon!ro Ks

!em>os do suei!o do inconscien!e. A >si6can?lise no seu !em>o e o !em>o da >si6can?liseM n9o nos reme!e imedia!amen!ea no,9o de es>a,o. u ser? que simS

*a a>resen!a,9o do livro >re>ara!riodes!e 8ncon!ro -os+e #a!!ei ci!a de

modo in!eressan!e o livro ous qui habi6!ez le !em>s. Descubro v?rios livros des6se au!or edi!ados em >or!uguQsN in!eres6sei6me es>ecialmen!e >or um. AN come6,ou uma ou!ra buscaN o livro es!? esgo!a6do no )rasilN de>ois de alguns dias a edi6!ora en!regou um e3em>larN belssimo de

 alre *ovarina. ron!o. 8sse era o sig6niOican!e que Oal!ava >ara a ar!icula,9oque eu es>erava.

Dian!e da >alavra1/1 do >oe!a me ocor6

reu a ar!icula,9o que eu es>erava es!aval? o !em>o !odo P inconscien!e P es!am6>ado no car!az do 8ncon!ro a banda de#oebiusN Oigura !o>olgica >or onde La6can demons!ra a e3>eriQncia do suei!odo inconscien!e.  -? que nosso !em>o + cur!ssimoN Oareibreves >on!ua,Tes a >ro>si!o de es>a,oe !em>o e em seguidaN >or meio de umOragmen!o de um caso de his!eriaN assina6lo >ara a Oorma,9o do sin!oma >or meio

1/1 *A5I*AN . Diante da palavra   \1]. 5iode -aneiro $e!e Le!rasN 200%.

de um dizer no Vmbi!o da e3>eriQncia dosuei!o do inconscien!e.

O e%pao, a"t+ La(a"+ 2re!d

s concei!os de es>a,o e !em>os9o >ara an! \172461(04] Kduas Oormas>uras da in!ui,9o sensvelM \oriundas dasensibilidadeN ou seaN da ca>acidade deob!er re>resen!a,Tes median!e o modocomo somos aOe!ados >or obe!os]como >rinc>ios do conhecimen!o a>riori e n9o da Kin!ui,9o em>ricaM>rovenien!e da e3>eriQncia. ara an! a>os!eriori + o que >ode ser dado nae3>eriQncia. 8s>a,o e !em>o s9oN

>or!an!o >ara ele a >riori a qualquere3>eriQncia do suei!o. Is!o quer dizerque Ko sen!ido in!erno median!e o qual amen!e in!ui a si mesma ou o seu >r>rioes!ado in!ernoN na verdade n9o>ro>orciona nenhuma in!ui,9o da>r>ria alma como um obe!o consis!ea>enas numa Oorma de!erminada unica6men!e sob a qual + >ossvel a in!ui,9o doseu es!ado in!erno de modo a !udo o que>er!ence `s de!ermina,Tes in!ernas ser

re>resen!ado em rela,Tes de !em>oM1/2.  Aqui an! lembra LacanN se + que >ossoOazer essa ar!icula,9oN >or e3em>loN no8s!?dio do es>elho como Oormador daOun,9o do eu !al qual nos + revelado nae3>eriQncia >sicanal!ica. Lacan com>arao es!?dio do es>elho como uma iden!iOi6ca,9oN no >leno sen!ido que a an?lise lheconOereN ou seaN a !ransOorma,9o >rodu6zida quando o suei!o assume uma ima6gem que vai da insuOiciQncia a an!eci>a6

1/2  A*N I. 'r!ica da raz9o >ura. In OsPensadores . $9o aulo Abril cul!uralN 1(0.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%"

Page 136: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 136/298

,9o revelando a ma!riz simblica em queo eu se >reci>i!a numa Oorma >rimordialan!es de se obe!ivar na dial+!ica daiden!iOica,9o com o ou!ro e an!es que alinguagem lhe res!i!uaN no universalN suaOun,9o de suei!o. \8ncon!ramos!amb+m em Freud Ka iden!iOica,9o

como a e3>ress9o mais >rimi!iva de uma|liga,9o sen!imen!alC \ e"^%ls*indung  ] comuma ou!ra >essoaM1/%.] 'erca de onzeanos de>ois em bserva,9o sobre orela!rio de Daniel LagacheN de 1/0NLacan re!oma o es!?dio do es>elho e nos>ro>Te uma reOormula,9o do 8squema!ico de )ouasse >ara >ensar a es!ru!urado eu ideal e do ideal de eu. Au3iliada>or um >roOessor de OsicaN re>e!imos ae3>eriQncia >ro>os!a >or LacanN e Ooi

>ossvel veriOicar que o es>a,o necess?rio>ara a cria,9o da imagem vir!ual Oicouelidido no 8squema >ro>os!o >or Lacan. esquema abai3o \Fig.1] + uma OiguramodiOicada do esquema >ro>os!o >orLacan. es>a,o vazio dei3ado en!re aOlor e o a>aradorN + o es>a,o da Kin!ui,9osensvelM an!iana >ara o vaso \ou ocor>o]N de modo que a imagem do vaso\ou do cor>o] >ossa de Oa!o ser Oormada

 vir!ualmen!e e vis!a >elo suei!oN >or

meio do Kes>elho Oalan!eM do \grande]ou!ro

Fig.1 Figura modiOicada do 8squema de Lacan.

  Lendo Lacan com an! !alvez >ossa6mos su>or que o es>a,o + mesmo a prioria !oda e3>eriQncia do suei!oN ou seaNoriundo da Kin!ui,9o sensvelM caso con6!r?rio n9o seria >ossvel Lacan come!eresse engano e mesmo assim aOirmar cor6

1/% FreudN $. Psicologia das massas e análise do eu . In

8di,9o $!andard )rasileira das bras com>le!as>sicolgicas de $. Freud. 5io de -aneiro ImagoN14. ol. 1(.

re!amen!e a e3>eriQncia. alvezN >ossa6mos a>ro3imar os a priori   an!iano doque Freud denominou uma su>osi,9oKnecess?ria e leg!ima da e3is!Qncia domen!al inconscien!eM. \Ficou essaques!9o >ara ou!ro momen!o.]

8m O inconsciente 1/4N de 11"N no ca>!u6

lo Kcarac!ers!icas es>eciais do sis!ema in6conscien!eM Freud resume no Inconsci6en!e h? isen,9o de con!radi,9o mJ!ua en6!re os re>resen!an!es >ulsionaisN>revalece o >rocesso >rim?rio\mobilidade dos inves!imen!os]N n9o h?nega,9oN nem dJvidaN nem grau decer!ezaN os >rocessos inconscien!es s9ointemporais N is!o +N n9o s9o ordenados!em>oralmen!eN n9o se al!eram com a>assagem do !em>o n9o !Qm

absolu!amen!e qualquer reOerQncia ao!em>o e h? subs!i!ui,9o da realidade e36!erna >ela >squica.

'om a auda do Aur5lio P o ou!ro mais>o>ular do signiOican!e de nossa lngua Pencon!ramos !an!o intemporal   quan!oatemporal . A!em>oral quer dizer queinde>ende do !em>oN enquan!oin!em>oral quer dizer Kn9o !em>oral ou!ransi!rio e!ernoN >ereneM Kn9o!em>oral ou >roOano es>iri!ualM.

In!em>oral  grosso modo  + o que dei3ainscri,9oN ves!gioN como assinala Freudno Zloco mágico ou conOorme OormulouLacan no  Mncore   Kn-o para de n-o seescrever M.  in!eressan!e nessa relei!ura do !e3!oO inconsciente   + a aOirma,9o con!unden!ede Freud Kh? ordem do !em>oM e es!a +dada >ela censura   do sis!ema >r+6conscien!e quando esca>a >rovoca orisoR u seaN o acesso aos

re>resen!an!es >ulsionaisN ousigniOican!es como e3>rime LacanN>assam >or uma censura. Y a es!acensura que se dirige a regra Oundamen!alda >sican?lise da associa,9o livre e as Oor6ma,Tes do inconscien!e.  $omen!e em  Ac%ados, ideias e pro*lemas Nde agos!o de 1%(N Freud se reOere aan! >ara abordar es>a,o e !em>o narela,9o com do suei!o do inconscien!e.

1/4  FreudN $. O inconsciente.  In 8di,9o $!andard)rasileira das bras com>le!as >sicolgicas de $.Freud. 5io de -aneiro ImagoN 14. ol.14.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%/

Page 137: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 137/298

8le discorda de an!. 8le escreve Kes>a,o >ode ser a >roe,9o da e3!ens9odo a>arelho >squico. *enhuma ou!raderiva,9o + >rov?vel. 8m vez dosde!erminan!es a priori N de an!N de nossoa>arelho >squico. A >sique + es!endidanada sabe a res>ei!oM. 8sse Oragmen!o +

um verdadeiro achado e a banda de#oebius u!ilizada >or Lacan nosdemons!ra esses de!erminan!es a priori .

O tempo+ o di<er, a 8a"da de MX8i!%

  an! ainda !rabalha no es>a,o da Geo6me!ria >lanaN ainda que ele !enha sido as6sim como Freud e Lacan umKins!aurador de discursividadeM. es>a,o da Geome!ria >roe!iva ser?

descri!o em meados do s+culo HIH.#bius em 1(/1 descobre a Oigura que>assar? >ara a >os!eridadeN como nosinOorma -eanne Granon6LaOon!1/"N   aKbanda de #biusM e suas su>erOciesunil?!eras. que era Kes!udo do lugarMem 1/7 com Leibniz >assa quase doiss+culos de>ois a se chamar o>ologiaNes!udo dos es>a,os e de suas>ro>riedades.

Lacan na aula de 14 de aneiro de 17"

de 5.$.I. dis!ingue que o nosso cor>o P>resen!e no es>a,o P sea de !rQs di6mensTesN + o que n9o dei3a nenhuma dJ6

 vidaN ? queN com esse cor>oN a gen!e >in6!a e borda mas isso n9o quer absolu!a6men!e dizer que o que chamamos de es6>a,o n9o sea sem>re mais ou menos >la6no. <? a!+ ma!em?!icos >ara o escrevercom !odas as le!ras !odo es>a,o +>lanoM1//N  1/7.  Lacan nos lembra !amb+mque sabemos manear mui!o mal

qualquer coisa do 5eal que esca>a essees>a,o de !rQs dimensTes.  -eanne Granon6LaOon! em seu es!udoda !o>ologia de Lacan in!erroga sobrecomo >odemos com>reender !al ob6

1/"  A topologia de acques #acan . 5io de -aneiro -orge ahar 8di!orN 10.1//  LA'A*N -. O seminário1 R;/ N aula de 14 deaneiro de 17"N vers9o >ira!a brasileiraN s^d.1/7  'O. an! em ;o*re o primeiro "undamento dadistin-o de dire+es no espao B7LJN W!radu,9o de

5og+rio asso $everoXN dis>onvel emh!!>^^.uOrgs.br^an!congress^sociedadean!^Oundamen!o.>dO 

serva,9o. 8la res>onde que o es>a,o emsi n9o encerra a dimens9o da >roOundida6deN a Oamosa !erceira dimens9o. Y so6men!e >ara aquilo que se encon!ra mer6gulhado no >r>rio es>a,o queN segundoseus movimen!os que se desenrolam no!em>oN vai e3is!ir um an!es e um de>ois

eN >or e3!ens9oN um na Oren!e e um a!r?s.s !o>logosN !en!ando mani>ular es!a>erce>,9o e suas ilusTesN recorremclassicamen!e a Kme!?Oora da OormigaM>resen!e na ca>a do semin?rio dC Angústiade Lacan e desenhado >elo ar!is!a gr?OicoholandQs #auri!us 'ornelis 8scher\1((6170]. 

ImaginemosN comen!a a au!oraN que nolugar da Oormiga si!ua6se o suei!o eman?lise. 8s!e suei!o6Oormiga ou P os

homenzinhos na Oi!a da >rimeira divulga6,9o des!e 8ncon!ro P se desloca sobre abanda de #biusN su>erOcie >lana comduas dimensTesN que assim + deOinida narela,9o que man!+m com sua vizinhan,aimedia!a. or ou!ro ladoN diz elaN o hori6zon!eN o >on!o onde a banda reviraN>in,a sua !or,9oN sem>re na rela,9o `s

 vizinhan,as imedia!asN + >ercebido como>roOundidade. ra essa >roOundidade Pcria o >lano >roe!ivo P !em como medi6

da o !em>o que a Oormiga levar? >ara al6can,ar es!e >on!o de !or,9oN ao qual elaamais chegar?N uma vez que !9o logo oa!inaN um novo horizon!e ir? sem>re sea>resen!ar como !erceira dimens9oNcomo >roOundidade.  >lano + o que se deOine como asu>erOcie de um quadro limi!ado >orseus con!ornosN e o es>a,o >ela >erce>6,9o da >roOundidade. ra!a6se do hori6zon!eN o qual sabemos n9o ser o limi!eN

mas que !o>ologicamen!eN se en!endecomo o !em>o necess?rio >ara alcan,?6lo.

que + in!eressan!e + que ser? >ormeio da e3>eriQncia >rovocada >elo mo6

 vimen!o de !or,TesN de cor!esN de meias6!or,TesN e!c.N que se Oaz surgir Kcomo um

 vazioM o es>a,o mbiano ou >lano>roe!ivo. Is!o !emN sem dJvidaN um valorOundamen!al >ara a e3>eriQncia >sicanal6!ica. A e3>eriQncia do vazioN do buracoN

cer!amen!eN >ode ser a>ro3imada da e36>eriQncia da angJs!ia P que + mediana

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%7

Page 138: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 138/298

en!re gozo e deseoN como assinala Lacan P vividaN >elo suei!o na an?lise. YcuriosoN de>endendo da condi,9oeconUmica de nossos analisan!esN>odemos ouvir aqueles que dizem>arecer es!ar em uma mon!anha russa ouaqueles que >arecem es!ar em um !rem

descarriladoR 8is a a e3>eriQnciasube!iva da banda de #bius que a>sican?lise revela. 'omo o >sicanalis!a>ode se servir delaS or meioN claroN da>romo,9o da associa,9o livre do lado doanalisan!e e da in!er>re!a,9o e do a!o>sicanal!ico do lado do analis!a.  -airo Gerbase na aula de 12 de maio de2000 de seu semin?rio 'l)nicas de ns de to4 ros 4 comentários BL  Oaz um resumo do livro

 -.6D. *asio  Sonstration et !opologie N de

1(% nesse esquema *asio >ro>Te es!a6belecer rela,Tes en!re qua!ro concei!oslacanianos que deOinem a realidade e osobe!os !o>olgicos res>ec!ivos. Dasqua!ro >ro>osi,Tes recolho a>enas uma? que nosso !em>o + cur!oN mas reme!o

 vocQs ao !e3!o de -airo que + mui!oin!eressan!e.

*a >rimeira a demanda e o deseo s9ore>resen!ados >elo !oro. *a !erceiraN osigniOican!e e a cadeiaN re>resen!ados >ela

garraOa de lein. *a quar!aN a rela ,9o dosuei!o e o obe!o \a Oan!asia]N re6>resen!ados >elo gorro cruzado \oucross6ca>]. *a segunda rela,9o do suei!oe o dizerN a que recolhi >ara comen!ar>or meio de um Oragmen!o clnicoN es!?re>resen!ada >ela banda de #oebius.8n!9oN indaga -airo GerbaseN como dizerque somos suei!o se somos dizerS 'omoser ou!ro ou como haver !ransOorma,9o>elo Oa!o de dizerS A banda de #bius

\Fig. 2] mos!ra o suei!oN suas >eri>+cias.$ua >ro>riedade de !er um Jnico lado se!ransOorma se nela o>eramos um cor!emediano. *9o bas!a re>resen!ar o suei!ono es>a,o + >reciso !amb+m o a!o decor!ar. a!o de dizer + da mesmaordemN o signiOican!e Oende o suei!o emdois o signiOican!e simul!aneamen!ere>resen!a o suei!o e o Oaz esvaecer1/ 

\a>agar6se].

1/(  G85)A$8N -. 'l)nicas de ns de toros   6comen!?riosN aula de 12 de maio de 2000Ndis>onvel em .cam>o>sicanal!ico.com.br.

 Fig. 2 P )anda de #bius in!eira e cor!ada ao meio

2ra5me"to de !m (a%o de &i%teria e a-ormaBo do %i"toma

  K<oe es!ou mui!o OelizR 8scu!a sR Fuidesignada a conOerir os microsc>ios dose!or de >rodu,9o >ara >adronizar ocon!role de qualidade dos !es!es de AID$que o )rasil e3>or!a >ara diversos >ases.8ra mui!a res>onsabilidade e eu !remiados >+s a cabe,aN n9o >ela Oun,9o >ara a

qual Oui designada >orque eu sabia OazerNmas >orque !eria que vol!ar naquele se!orque gerou !odos os >roblemas que me!rou3eram aqui h? dois anos a!r?s...M  8ssa mo,a de vin!e e >oucos anosN bo6ni!aN >rossegue descrevendo6se >or meiode uma imagem \signiOican!e]N aquela queela >re>arou desde a noi!e an!erior >araocu>ar o lugar que lhe Ooi designado e aoqual ela !emia n9o saber se >oderia ocu6>ar na hora marcada.

  KFui bem boni!aN coloquei meu sal!omais al!oN meu melhor !erninhoN me ma6quieiN coisa que nunca Oa,o... 8u e umou!ro colega come,amos a !areOaN eu !re6mia !an!o que o colega me sugeriu Oazersomen!e >ar!e do e3>erimen!o. *es!eins!an!e me sen!i igual a uma Oormigui6nhaN humilhadaN diminuda como se Oosseli!eralmen!e cair... Lembrei6me do sal!i6nho Oino \risos] e me sen!i >oderosaN en6!9o res>ondi len!amen!e a ele de ei!o al6

gumN + minha res>onsabilidade Oazer oe3>erimen!o do come,o ao OimN n9o !em>orque n9o Oazer...M

8la se es>an!a e indaga Kcomo >odeNdou!oraN um dizer modiOicar o que +ra6mosSM

8sse diNer N esse modo de *em4diNer   osin!oma P !es!emunhado >or meio da!ransOerQncia na e3>eriQncia >sicanal!ica

1/ LA'A*N -. $emin?rio A !o>ologia e o !em>oNaula de 1" de maio de 17. 8di,9o Oora decom+rcio.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%(

Page 139: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 139/298

 P se chama in!er>re!a,9oN diz Lacan170N e!em rela,9o com o deseo do suei!o doinconscien!e.  'omo diz o >oe!a K que h? de maisboni!o na linguagem + que >assamoscom ela.

170  LA'A*N -. #6etourdit . Wradu,9o de Isidoro8duardo Americano do )rasilX. 8di,9o Oora decom+rcio.

 udo isso n9o + di!o >elas ciQnciascomunica!ivasN mas ns sabemos mui!obem disso com nossas m9os na noi!eque a linguagem + o lugar doa>arecimen!o do es>a,oM.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%

Page 140: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 140/298

!empo e estrutura 

Um "oFo tempo para o %!9eito 6!e %e d# a partirdo e"-re"tame"to do rea$ ei%te"te "o i"terFa$o

%i5"i-i(a"te

Ro*son Sello

  concei!o lacaniano so6bre o suei!o nos orien!aquan!o ao Oa!o de queh? algo da ordem da in6consis!Qncia e do n9o6!odo. -acques Lacan nosreme!e ` linguagemN e `smarcas que dela decor6

remN >ara nos dizer que o suei!o + !9osomen!e da ordem da re>resen!a,9o. suei!o + re>resen!ado >or umsigniOican!e >ara um ou!ro signiOican!e.Desde ? h?N aN algo que + da ordem deum !em>o que + o !em>o do advirN!em>o da cas!ra,9oN !em>o da rela,9oimagin?ria e !em>o de uma verdade quese dei3a surgir a >ar!ir da su>osi,9o deum saber. 8le nos reme!e ao Oa!o de queo suei!oN mesmoN e3is!e no in!ervalo

e3is!en!e en!re os signiOican!es $1 e $2 equeN >or!an!oN o regis!ro do real sem>rea>arece e o>era como um ndice do!em>o e3is!en!e no inconscien!e. suei!o +N logoN o resul!ado de uma sig6niOica,9o que se deu a >ar!ir do encon!rocom o indizvel do real a>resen!ado >elou!ro.  A>ro>riamo6nos da !eoria Oreudiana>ara dizer do inconscien!e correla!o auma !rama P con!endo mui!as redes e en6

!recruzamen!os >or ondeN en!9oN encon6!raremos marca,Tes signiOican!es >oronde a libido !ransi!a. A rede + !ecida a>ar!ir da linguagem que vem do u!roN equeN >or ser assimN marca um !em>o >arao deseo. !em>o >ara o suei!o come,aa ser con!adoN >or!an!oN a >ar!ir do en6con!ro com o $1 \m9e]N seu marco zeroN eainda na inOVncia. em>o que + sem>reinOan!il.

 Ao se a>oderar dos seus obe!os in!er6

nos ou e3!ernosN a libido circula de umamarca simblica a ou!raN e >ercorre !oda

a cadeia signiOican!e >resen!e noinconscien!e.

&uan!o mais o !em>o do suei!o Ooraquele que >ossibili!e esse !rVnsi!oN na as6socia,9o livreN !an!o mais ser9o os mo6men!os o>or!unizados >ara osurgimen!o do seu deseo e da sua

 verdade.

 A verdade do suei!o es!? in!imamen!eligada ao recalcado. 8N dessa verdadeNnada ele quer saber. recalcado P marcasigniOican!e que guarda consigo o !em>odo real da angJs!ia P e3is!e e insis!e >orum lugar na consciQncia. $1 e $2N ago6raN >odem ser in!er>re!ados como o !em6>o do an!es e o !em>o do de>ois >araum ser que se >Te a Oalar sob os eOei!osda !ransOerQncia anal!ica. !em>o dosuei!o +N !amb+mN o !em>o de uma

decis9o en!re a vida e a mor!e.&uan!o mais o suei!o Oalar das marcas

da linguagem da sua his!ria amorosaN!an!o mais ser9o as suas chances >ara umnovo !em>oN agora ? n9o mais !9o amar6radas ao as>ec!o >sico>a!olgico do sin6!oma. $1 e $2 >odem ser iden!iOicadosNaquiN enquan!o !em>o do sin!oma do su6ei!o num dado momen!o an!es da an?li6seN e !em>o em que esse mesmo sin!omase desdobra em sin!oma anal!ico queN

endere,ado ` Oigura do analis!aN vai >aramui!o al+m dela.

'om issoN >odemos OalarN en!9oN que oou!ro nome da re>e!i,9o diz res>ei!o aoOa!o de n9o querer aceder `s regras da as6socia,9o livre sob o ve!or !ransOerencial.

Y a linguagem que >ossibili!a a codiOi6ca,9o do sin!omaN e + elaN !amb+mN que>ossibili!a a sua decodiOica,9oN seu deci6Oramen!o sob an?lise. emosN aquiN >or6!an!oN o !em>o do suei!o Oace a duas

>ossibilidades o !em>o do sin!oma \$1]

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 140

O

Page 141: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 141/298

e o !em>o do deciOramen!o signiOican!e\$2].

8sse in!ervalo diz da >assagem do n9oquerer saber da verdade inconscien!e aoa!o da livre associa,9o signiOican!e amar6rado ao deseo de saber. in!errogar6sesobre o >orquQ de um de!erminado signi6

Oican!e es!ar re>resen!ando o suei!o >araum ou!ro suei!o Oaz com que o "alasser  sedescole do lugar de submiss9o Oren!e `marca signiOican!e eN en!9oN >odendoolh?6laN agora com ou!ros olhosN ressigni6Oic?6laN o>or!unizando um lugar >ara oseu deseo e >ara a verdade na sua

 ver!en!e mais radical e singular. 8ssare!iOica,9o sube!ivaN que + >romovida eman?liseN Oaz al!erar a rela,9o do suei!ocom o obe!oN >roduzindoN assimN uma

rela,9o de causa de deseo. 5evela6seN>oisN que o u!ro em ques!9o + mesmoN ean!es de !udoN o inconscien!e. $1 lugardo analisan!e >ara o !em>o do $2 surgimen!o do analis!a.

 A >ossibilidade de que o sin!oma dosuei!o >ossa vir a se es!abelecer enquan6!o sin!oma anal!ico somen!e >oder?ocorrer a >ar!ir do >on!o em que o Oalan6!eN na rela,9o analisan!e6analis!aN sob o

 ve!or da !ransOerQncia e em livre associa6

,9oN endere,ar o seu sin!oma >ara um ou6!ro signiOican!eN que ele cria P o signiOi6can!e que marca o lugar do u!ro en6quan!o lugar de su>osi,9o de um saberlugar do analis!a. $er? essa mesma >osi6,9oN enquan!o signiOican!e de suei!o su6>os!o saberN queN ao ins!i!uir o lugar dou!ro da vida amorosa >ara o analisan!eNo Oaz lan,ar ao u!ro do inconscien!e.odemosN en!9oN dizer que o ou!ro nomedo $1 P $2 >oder? ser analisan!e6analis!aR

$1 realidade co!idiana >ara o !em>o do$2 realidade sube!iva.  lugar do suei!o + mesmo o lugar doreal. concei!o de suei!o se liga ` res6>os!a que o Oalan!e d? quando do seu en6con!ro com o indizvel do regis!ro do realam>arado >elos eOei!os da linguagem. seu lugar diz do in!ervalo signiOican!e que+ marcado >ela cas!ra,9o em seu vi+scom o Ydi>o. !em>o do suei!o + mar6cado no vir6a6serN no vazio e no s de>ois

signiOican!e.

  Oalan!e inaugura o cam>o do novo a>ar!ir do >on!o em que ele se >Tedis>os!o a deciOrar o con!eJdo recalcadoque !an!o o assola e o Oaz >adecer. cam>o do novo se encon!ra enquan!ouma vir!ualidade >resen!e desde sem>rena rela,9o que se es!abelece en!re um

inconscien!e >ara ou!ro inconscien!e. $1 inconscien!e do analisan!eN $2 inconscien!e do analis!a cons!i!udo a>ar!ir da e3>eriQncia e do saber e3!radosde sua >r>ria an?lise $n cadeia designiOican!e sob eOei!o da associa,9o livreconduzida >elo analisan!e a >ar!ir da suaOala.  $ o !em>o >r>rio ` an?lise P com ocor!e que Oaz se>arar o suei!o do signiOi6can!e do seu gozo re>e!idor P + ca>az de

Oazer com que o u!ro do $2 >ossa caireN en!9oN o suei!o >ossa se descobrir an!eao recalcado queN agoraN se Oaz novo a>ar!ir do deciOramen!o do sin!oma quesem>re se Oez seu >arceiro. 5es!a !9o so6men!e ao suei!oN agora !endo como >ar6ceiros o res!o do seu sin!omaN a sua ver6dadeN o seu deseo e a sua cas!ra,9o. *olugar de um u!roN que agora +ine3is!en!eN e >ara o qual ele sem>re sedirigiuN o suei!o >TeN com sua

ca>acidade cria!ivaN se quiserN a causaanal!ica e a 8scola de sican?liseorien!ada >or Freud e >or LacanN que>ossibili!ar? o surgimen!o das !rocasen!re seus >aresN das Oormula,TesN does!udoN e !amb+m dos im>asses. $1 !ransOerQncia anal!ica ao $2 !ransOerQncia de !rabalho. #asN mesmosendo assimN e e3a!amen!e >or issoNrevela algo do res!o signiOican!e com oqual !odo suei!o !em de lidar em sua

 vida. que Oazer com o res!o no Vmbi!oda solid9o que !oca na verdade dosuei!o. ara onde des!in?6lo S A 8scola oacolhe e o recebe sob os nomes da

 verdade de cada suei!o e de suacas!ra,9oN queN agoraN se desdobram em>rodu,9o e !rabalho. A alvez a 8scola>ossa vir re>resen!arN mesmoN o qu9odiOcil + >ara o suei!o lidar com o !em>o>ara que se Oique s eN ao mesmo !em>oNra!iOicar seu mais radical !em>o de

solid9o e desam>aro Oren!e ao ou!ro. Da vermos a solidariedade como Oa!or !9o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 141

Page 142: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 142/298

 valioso na 8scola de Lacan. $1 solid9odo sin!oma anal!ico ao $2 solid9o dasua verdade com seus >ares.  novo que surgiu !oca no >on!o quediz de um re!ornar daquilo que alisem>re es!iveraN a saberN o suei!o com asua verdade inconscien!eN e que agora

ambos encon!ram solo >ara germinar nocam>o O+r!il da 8scolaN da 'omunidade

 Anal!ica de 8scola. 8s>a,o onde o bem6dizer da e3>eriQncia !ransmi!ida de um aoou!ro se d? com alguma sin!onia `quiloque se Oala e se escu!a.

novo !em>o vir? em Oun,9o do cir6cular da libido de um >on!o ao ou!roN emOun,9o de um signiOican!e que um dia Ooies!ranho recalcadoN e hoe + da ordem doOamiliar e do conscien!e da !ransOorma6

,9o do sin!oma banal >ara o sin!omaanal!ico das verdades ` verdade dosuei!o Oren!e ` vidaN ao se3oN e ` mor!e edo deciOramen!o do sin!oma. Abre6se

>ara o ser Oalan!e uma nova rela,9o como obe!o Oal!oso. novo surge a >ar!irdas marcas simblicas que ali sem>rees!iveram >resen!esN e queN sob a Oor,a da!ransOerQncia anal!icaN e do deseodecidido do suei!o.

*ovo que diz do Oa!o de o suei!o !er

conseguido Oazer a re6escri!ura da sua vida. $1 !e3!o sin!om?!ico >ara $2 !e3!o novinho em Oolha. Assim sendoN osuei!o o escreveN re6escreveN >on!uaN re6sume >ara ao Oinal in!i!ul?6lo. 5ein!i!ula6oN agoraN ao seu modo e es!ilo >r>rios. A cada ida e vinda de um signiOican!e a

ou!ro signiOican!e h? uma >erda >erdade gozoN >erda de >ar!e do sin!oma quese Oi3a ao signiOican!e. erda de >ar!e desi mesmo que se desdobraN ao OinalN no

mais >uro ganho.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 142

Page 143: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 143/298

!empo e estrutura 

Tempo e %i"toma

 Andr5a Hort5lio Fernandes 

esde FreudN >odemosaOirmar que a no,9o dosin!oma es!? associada `no,9o de !em>o na >si6can?lise. Lacan re!oma algica Oreudiana ao aOir6marN no $emin?rio5.$.I.N haver Kconsis!Qn6

cia en!re o sin!oma e o inconscien!eM Ndonde o sin!oma + uma das maniOes!a6,Tes dos !em>os do suei!o do inconsci6en!e. !ema do sin!oma leva Freud a de6clarar queN com o >assar do !em>oN o su6ei!o descobre que Oez |mau negcioC aoo>!ar >ela neurose. Da surge ` ques!9ocen!ral que buscamos !ra!ar nes!e ar!igo+ den!ro da lgica !em>oral do inconsci6en!e que o suei!o >ode virN gra,as ao ma6neo da !ransOerQnciaN a lidar com o que>ersis!e do real se3ualN sem>re !raum?!i6coN no seu sin!omaS ara res>onder es!aques!9o vamos re!omar o caso Dora !alqual ele + re!omado >or Lacan.  *os >rimrdios da >sican?liseN o in!e6resse de Freud >ela e!iologia dasneuroses leva6o a aOirmar que KasdiOeren!es neuroses !Qm seus requisi!oscronolgicos >ar!iculares >ara suas cenasse3uaisM. 8s!amos a Oren!e ao real se3ualsem>re !raum?!icoN conOorme a !eorialacaniana.

 Ao longo da obra OreudianaN Freud vaidando6se con!a do dis>Qndio de energiagas!o >elos suei!osN ao longo dos !em>osda neuroseN na manu!en,9o dos sin!omas.DeOende que o maior dano causado>elos sin!omas Kreside no dis>Qndiomen!al que acarre!amM . *es!a +>ocaN osin!oma en!endido como uma sa!isOa,9osubs!i!u!iva vai orien!ar a !+cnica>sicanal!ica a lidar com os !em>os dosuei!o do inconscien!e.

*o !e3!o Ks caminhos da Oorma,9odo sin!omaM \11/] Freud declara queKos sin!omas criam um subs!i!u!o da

sa!isOa,9o Orus!radaN realizando umaregress9o da libido a +>ocas dedesenvolvimen!o an!erioresN regress9o aque necessariamen!e se vincula umre!orno a es!?dios an!eriores de escolhaobe!alM . 8s!a >assagem a!es!a a!ransOerQnciaN en!endida >or LacanN como!razendo uma rea!ualiza,9o da realidadese3ual do inconscien!e.

 As diOiculdades do maneo da !ransOe6rQncia v9o ser !ra!adas >or Freud em Kes!ado neur!ico comumM \11/]. Freudadver!eN en!9oN das diOiculdades que oanalis!a deve encon!rar ? que o sin!omaNcomo Oorma,9o subs!i!u!ivaN !raz um ga6nho secund?rio >ara o suei!o. odera6mos dizerN com LacanN que o sin!omaa>resen!a em si um mais de gozar que sesus!en!a na Oan!asia do suei!o.

*es!a evolu,9o da !+cnica >sicanal!ica vemos que Ko analis!a abandona a!en!a!iva de colocar em Ooco ummomen!o ou um >roblema es>ecOicoMNn9o + es!a a lgica !em>oral doinconscien!e. A >sican?liseN com FreudN

 vai buscar su>erar os em>ecilhos >ara aassocia,9o livre con!ando que o sin!omasea >ossvel de ser !raduzidoN como seOosse >ossvel >ensar que h? u!ro dou!roN dei3ando de lado no maneo da!ransOerQnciaN o ma!ema do signiOican!eque Oal!a no u!ro. A >ar!ir dos anosse!en!aN Lacan vai dar as coordenadas decomo !rabalhar a dimens9o do real e is!oabarca o !ra!amen!o das ques!Tesrela!ivas ao !em>o e ao sin!oma na>r?!ica anal!ica.  Freud nos ensina queN com o >assar do!em>oN o suei!o descobre que Oez ummau negcio ao o>!ar >ela neurose. Deacordo com LacanN a e3>eriQncia>sicanal!ica dever? levar o suei!o a seconOron!ar com o obe!o que ele Oora>ara o u!ro. Alcan,amos en!9o uma a6!em>oralidade do inconscien!eN na qual o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 14%

D

Page 144: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 144/298

obe!o a ser? de Oundamen!al im>or!Vncia>ara >ensar os !rQs !em>os lgicosenvolvendo o ins!an!e de verN o !em>o>ara com>reender e o momen!o deconcluir. Y den!ro des!a lgica que a>sican?lise >assar? a !ra!ar o sin!oma.

=!ilizemos aqui do e3em>lo de Dora

>ara !ra!ar des!e !ema. udo Ouncionava bem na vida da ovem

de 1( anos a!+ que ela se descobre Oazen6do >ar!e de um agenciamen!o amorosono qual ela era oOerecida ao marido dasu>os!a aman!e de seu >ai. Dora acredi!aque o com+rcio se3ual em>reendido es!?na origem do seu mal6es!ar. 8n!re!an6!oN seus sin!omas denunciam como ela>ar!ici>a do mal6es!ar do qual se quei3a.

 Absorvida >elo enigma da Oeminilidade

que lhe causa horrorN Dora OicaN duran!eduas horasN Oi3ada Oren!e a um quadro da#adona $is!inaN de uma galeria de Dres6den. quadroN !al qual a $ra .N aca>!ura >ela brancura da >ele ou >eloKador?vel cor>o alvoMN que segundoFreud !eria uma K!Unica mais a>ro>riadaa uma aman!e do que a uma rivalM .Freud vai insis!ir em !ra!ar o caso Dorahabili!ando6a ` vida amorosa. 'omLacanN >odemos dizer que Freud es!aria

a !am>onando a Oal!a6a6ser com obe!ode amor.

8n!re!an!oN o que nos in!eressa no nos6so esOor,o de a>ro3imar o !em>o e o sin6!omaN + em que medida a >uls9o esc>icarevela es!ar DoraN enquan!o suei!oN ca>6!urada nes!e ins!an!e de ver. *o e>isdiodo lago com o $r . Dora e3>erimen!aalgo similarN >ois o $r . ao declarar quesua es>osa n9o signiOica nada >ara eleNdei3a Dora Oren!e a Oren!e com a $ra .

 A cena do quadro rea!ualiza o que Dorae3>erimen!a no lago. al rea!ualiza,9oevidQncia Ka raiz da >uls9o esc>icaM quedeve ser >egaN nos diz Lacan no $emin?6rio HIN re!omando FreudN Kno Oa!o deque o suei!o se vQ a si mesmoM. =maressalva im>or!an!eN o suei!o n9o se vQno es>elhoN mas + Ka se3ualidade como!al Oaz re!ornoN W...XN >or in!erm+dio das>ulsTes >arciaisMN no caso de Dora >ela>uls9o esc>ica.

  A circularidade da >uls9o ao mos!rarque Ka he!erogeneidade da ida e da vol!a

mos!ra no seu in!ervalo uma hiVnciaM re6 vela como a se3ualidade Oaz re!orno nosin!oma. A hiVncia a>on!a >aradimens9o da Oal!a !an!o >ara o suei!ocomo >ara o u!ro. *es!e >ercursoN osin!oma surge ali onde Ka re>resen!a,9odo u!ro Oal!aN >recisamen!eN en!re esses

dois mundos o>os!os que a se3ualidadenos designa como masculino eOemininoM. LogoN >ara al+m de umahabili!a,9o ao amor seria >reciso levarDora a >oder lidar com a sua divis9osube!ivaN vislumbrada >ela hiVnciaN >elaOal!a que se ins!aura no cerne do suei!o.  'omo sabemos nos anos "0N Lacan vaienOocarN sobre!udoN a sua !ese do incons6cien!e es!ru!urado como uma linguageme vai >ar!ir da >remissa do signiOican!e

como causa do suei!o. #as ? nes!e>erodoN Lacan vai cons!ruindo aelabora,9o de que o suei!o + causado>or um obe!o. an!o que em 1/0N ele ?Oala que Ka rela,9o do obe!o com ocor>oM revela Kque esse obe!o +>ro!!i>o da do!a,9o de sen!ido docor>o como >ivU do serM. 8 em 17"N elediz que Ko suei!o + causado >or umobe!o que s + no!?vel >or uma escri!urae + assim que um >asso + dado na

!eoria... obe!o que designoN que escrevocom a escri!ura >equeno aN e da qualnada + >ens?velN com o sen9o a>enas deque !udo que + suei!oN suei!o do >en6samen!o que se imagina $erN + >or issode!erminado.  A>oiando6nos na Kconsis!Qncia en!re osin!oma e o inconscien!eM vamos !en!ardar >rosseguimen!o na nossa elabora,9oacerca do sin!oma como um marcadorlgico dos !em>os do suei!o do

inconscien!e. ol!aremos ao $emin?rioHIN na !en!a!iva de ar!icular as duascausas do suei!o signiOican!e e obe!al.*es!e semin?rioN Lacan diz que oOechamen!o e aber!ura do inconscien!emos!ra que Ka sua essQncia + de marcaresse !em>oN >elo qualN >or nascer comosigniOican!eN o suei!o nasce divididoM.'om a ressalva de que Ko suei!o + essesurgimen!o queN us!oN n9o era nadaN masqueN a>enas a>arecidoMN >ela e3!ra,9o do

obe!o aN Kse coagula em signiOican!eM .

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 144

Page 145: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 145/298

  De acordo Dominique Fingerman +>reciso !em>o >ara se chegar ` conclus9ode que a Oal!a + causa. ara elaN K+ nesse>on!o aN nesse momen!o de concluir quese de!+m o suei!o ` derivaN em "ading  nasleis de combina,Tes signiOican!esN + dessareOerQncia ao >on!o a que >rov+m a >er6

manQncia do suei!oN sua a6!em>oralida6deM. 8la diz en!9o ser >reciso !em>o >ara>roduzir uma conclus9o a >ar!ir dessealgo que n9o es!? sabidoN incgni!aN Kc?l6culo sobre o obe!o aMN momen!o de con6cluirN c?lculo de gozoM.

maneo da !ransOerQncia ensear? o!em>o de com>reender e o momen!o deconcluir. *o caso DoraN Freud declara

n9o !er sido K>ossvel dominar a !ransOe6rQncia a !em>oM e !ermina >or an!eci>ar6se com o seu saber criando diOiculdades>ara manear com os !em>os do suei!odo inconscien!e. 8le sobre>ua omomen!o de com>reender ao ins!an!e de

 verN e acaba sem levar em con!a a queda

do obe!o a olhar que causa a aOonia emDora.

Des!e caso >odemos e3!rair que >araque uma >sican?lise acon!e,a de Oa!o +>reciso levar em considera,9o que Kosen!ido do sin!oma de>ende do Ou!urodo real. udo de>ende que o real >ersis!aM e que haa um analis!a >ara manearcom isso.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 14"

Page 146: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 146/298

!empo e estrutura 

Le p'tir et $e 8'tir d! temp%Y

Diego Sautino

>#6eterno orologio a polvere dell6esistenNa viene sempre dinuovo capovolto, e tu con esso K granello di polvere dalla

 polvere venuto\  171.

ace a>ro3imadamen!e2."00 aEosN Aris!6!eles172  haba Ba anali6zado el >roblema del!iem>o advir!iendoque el !iem>o era lamedida del

movimien!o en la>ers>ec!iva del an!es B del des>u+s. p eses!o lo que !odava hacemos hoB medimos el !iem>o con reloes que!ienen un movimien!o >eridico. 8s!ores>onde a la lgica del >+ndulo einduce a >ensar que si no hubieserozamien!oN con!inuara oscilando has!ael inOini!o. 8n cambio el movimien!o sea!enJa B llega al re>osoN se dice es >oreOec!o de un |>un!o a!rac!orC \en los

Jl!imos aEos se descubrieron los a!rac6!ores Orac!ales]17% . Funcionara como el>un!o en una OraseS eroN qu+ es lo queseEala el an!es B el des>u+sS Aris!!elesno res>ondi a es!a cues!in.  Lacan dice que deando el alma comoiden!idad su>ues!a al cuer>o B elin!elec!o como agen!e de la OuncinsimblicaN Aris!!eles Kno haba gozadoMde la revelacin cris!iana174  \laencarnacin de Dios en un cuer>o B la

171 *I8'<8N F. in >ereN vol. N Adel>hiN#ilano 11N >?g. 2%/. *ie!zsche rom>e con laconce>cin linear del !iem>o B re!orna a unaconce>cin cclica. >oniendo el re!orno con ele!erno 8rns! -nger dir? Z#eor >ensar a unre!orno del e!ernoN que >uede acon!ecersolamen!e una vez B es solo con suacon!ecimien!o que se ma!a el !iem>o[N en A.Gnoli e F. ol>iN / prossimi titani N Adel>hiN #ilano17N >?g. 110 WdAX.172 A5I$y8L8$N F)sica N † 11N 21b 162.17%  5IGGI*8N I.  Ml nacimiento del tiempoN usque!s 8di!oresN )arcelona 11N >?gs. (60.174 ed. -. LacanN $eminario HHN  Aún N ca>. IHKDel barrocoMN ( maBo 17%N aidsN )arcelonaN1(1.

>asin suOrida en una >ersonacons!i!uBendo el goce de !ro]N deandodesconec!ada la >alabra del goce.orqu+ una Orase !erminaS orqu+algunos sue!os son convocados >or loseOec!os de |Orases in!errum>idasCS Freudinscribe la deriva WriebX del goce en lahiancia de la di!6mension. Decir BmedidaN en el Kcuer>o hablan!eMNconec!an al goce che Lacan condensa enla Ormula KDonde eso hablaN goza17"M .

E$ tiempo pre(ipitado de $a %orpre%aFreud es el primero en articular con audacia 8 potencia

que el único momento de goce que conoce el %om*re está enel lugar mismo donde se producen los "antasmas B7 ”.

La sor>resa es el eOec!o de !iem>o en lae3>eriencia del sue!o Ksobre>asadoM >orlos even!os queN abriendo un m?s all?N>onen en uego su divisin. 8l chis!eN ella>susN el sueEoN evi!ando el encuen!ro

del inconscien!e con lo realN !es!imonianuna des!i!ucin del sue!o en su dominioB com>ar!en con el ac!oN sea suinscri>cin en un lazo social que el hechode res>onder a una !em>oralidad dedivisin del sue!o. 'mo dis!inguir esa!em>oralidad eOmera de aquello queN encambioN se im>one >or su cons!ancia B suinsis!encia el sn!omaS

=n sue!o que calcula con el >redomi6nio del inconscien!e177N   com>e!e con la

 velocidad B converge con la hi>!esis quela >risa es!? im>licada !an!o en la emer6gencia de la verdad como en la eOicaciade la in!er>re!acin. 8Oicacia queNres>ec!o al sn!oma WKse in!er>re!acorrec!amen!e solo en Ouncin de la

17" LA'A*N -. ZL` oj ,a >arleN ,a oui![N$eminario HHN cit .N >?g. 1%.17/  LA'A*N -. $eminario IIN #a 5tica del

 psicoanálisis N aidsN )uenos AiresN 12N >?g. %"".177  LA'A*N -.KelevisinMN en Psicoanálisis1Radio"on)a !elevisin N AnagramaN )arcelona1(0N >?g. 1%4.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 14/

H

Page 147: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 147/298

realidad se3ual17(MXN a>un!a a lacoalescencia en!re lalengua B elencuen!ro con el goce >rimero P doshe!eridades dis!in!as.  'oalescencia en la que >reci>i!a un ob6e!o cuBa >resencia nos ilus!ra la obra dear!eN en lo que el enigma del !iem>o es6

cribe en el relo de arena con la Ouerzadel es!ilo P el duro Drer17  B !an!oso!ros; Z'mo se im>rime el !iem>oen la ma!eriaS 8n deOini!iva es!o es la

 vidaN es el !iem>o que se inscribe en lama!eria;[1(0  'u?les son los modos de>resencia de ese obe!oN con Ouncin deagen!e en el ac!o anal!icoN en lasdiOeren!es versiones del >a!ir B del bas!irdel !iem>oS

a=tiempo1(1 8l amor de !ransOerencia demanda el

saber en cuan!o obe!o. Lacan no!a quela escri!ura del ma!hema de la!ransOerencia inscribe el sue!o su>ues!osaber debao de la barraN Ken el lugar delreOeren!e Wobe!oX aJn la!en!e1(2M. 8s!aOrase anuncia una sus!i!ucin B un eOec!ode !iem>o donde era el $s$ advendr? elobe!o B es!o no im>ide que el $s$Ouncione desde el inicio como un obe!oN

no el mismoN sin embargo que el a6venirlo que el obe!o a coordina di unae3>eriencia de saber. Los modos de>resencia de ese obe!o en la e3>eriencia>asan

17(  LA'A*N -. KLe sBm>!UmeMN 'onO+rence `GenveN 17"N en #e *loc4notes de la ps8c%anal8se N n•"N Genve.17'"r . Albrech! DrerN #elancholia I W1"14XN /lcavaliere, la morte e il diavolo, ;an irolamo nello

studio.1(0 5IGGI*8N I. Z;B es!o vale no slo >arala vida sino !ambi+n >ara la obra de ar!e. W;X laobra de ar!e es la inscri>cin de nues!ra sime!raro!a en la ma!eria[N K'onversacin con !!avia)asse!!iMN #il?nN 27.10.1(4N in op. cit .N >?g. 40.1(1 '"r. -. LacanN Zor qu+ no asen!ar en el ac!ivodel ac!o el que haBamos in!roducido su es!a!u!o a!iem>oS 8se a6!iem>o; >odemos a!revernos areconocerlo como !es!imonio de una ci!a.[ K8lac!o >sicoanal!icoM W1/76/(XN 5eseEas deenseEanzaN III• 8ncuen!ro 'FN )uenos Aires1(4N >?g. "/.1(2 LA'A*N -. Kro>osi!ion du oc!obre 1/7sur le >sBchanalBs!e de lCYcoleMN en Autres 5crits NYdi!ions du $euilN aris 2001N >?gs. 24(6.

1. en los hilos de la me!onimia que |hilva6naCN embas!e WbV!irX un h?bi!oN com>oneun h?bi!a!N una casa W<eimXN una >a!riaW<eima!XN un secre!o \Oamiliar] WheimlichXNlo sinies!ro W=nheimlichX.2. en la angus!ia de Zes!e e3!raEo ser quea!raviesa el !iem>o B que en su lucha con

la *ada es llamado a o!ras dos >ruebasinevi!ables la duda B el dolor1(%[.%. el ac!o queN con la angus!iaN es elsegundo modo de la cer!eza que se>resen!a en la e3>erienciaN mien!ras quelo sinies!ro W=nheimlichX >ermanece dellado del enigma. Desde el >rimer !iem>odel enigma W>V!irX de no saberN al segundo!iem>o del bas!ir WbV!irX incluso del|bas!arC de la cer!eza P que en la angus!iaes cer!eza que surge Oren!e al deseo del

!ro ZIl Oau!N Oal!a; es necesario el ac!oque >roduzca en lo real el signiOican!eWdel ac!oX1(4[. 8n!oncesN no >odemossi!uar la muer!e como el ac!o Oinal.Desde la sen!encia de *ie!zsche KDiosha muer!oMN an!es de llegar al discursoes!ablecidoN KDieu se re!ire1("M B desdesu reserva un W>oe!aX ser devorado >orlos versos1(/  escribe Ksolo san!oseOmeros me >ro!egenM.

N!e%tra po(a, Lo% di%(!r%o% epi-#"i=(o%  erminado el !iem>o del >oe!a maldi!oNnues!ra +>oca no cesa de >roducir laOigura del >oe!a nuevoN soli!arioNanacrnicoN con!ra corrien!e del amo.<oB en da los >oe!as Ba no son maldi!osNla singularidad >o+!ica es sim>lemen!eignorada. 5azn >ara volver a >ensar lasubversinN en la que Zel sue!o se hiende>or ser a la vez eOec!o de la marca B

so>or!e de su Oal!a1(7[. $ubversin que nose sos!iene cuando el signiOican!e amoregula los lazos es!ablecidos desde el

1(%  -‡*G85N 8. / prossimi titani N 'onversazioniNci!.N >>. 10/67 WdAX.1(4  $L85N '. La >oli!ique de lCac!eN 'ollge'linique de aris W162000XN 2 mars 2000.1("  )LpN L. ci!. 8. -ngerN in KAl muro del!em>oMN 'onversaNioni[ cit .N >. 1.1(/Fr. vers  versosN >ero !ambi+n gusanos. -. LacanN5adioOonaN AnagramaN )arcelona 177N >?g. 1%.1(7  LA'A*N -. Kroblemas cruciales >ara el>sicoan?lisisM W1/46/"XN en Reseas de enseanNa Nci!.N >?g. %2.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 147

Page 148: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 148/298

lugar del agen!e. 'on el declino o laOragmen!acin del signiOican!e amo en elca>i!alismo la e3ce>cin divergen!e hacambiado valor. 8n!re los Oenmenosque as>iran a la res!auracinN las sec!as Blas lobbies son el >aradigma. 8l eOec!ode aburrimien!o Oren!e a la

homogenizacin B a es!as as>iracionesde res!auracinN dan hoB una maBora>er!ura al discurso singular Bsingularizan!e.

'ues!in social B clnica \>ol!ica] es!u6diar B saber lo que valen en cada casoNlos lazos Oundados sobre su>lenciaso!ras que el >adre. olcar !odo en lagran caa de las >sicosisN no hace avanzarla cues!in. Z&u+ es >or eem>lo lo quecarac!eriza el lazo social singular que

 -oBce ha logrado es!ablecer con sus solasOuerzas discursivasS &ue la cues!in se>onga >ara +l no nos e3ime deconsiderar come se >lan!ea >ara cadadiscurso no es!ablecido1(([. =n discursoes un lazo social Oundado sobre un decirB les aOOaires dCamour es!?n escindidosde los lazos sociales es!ablecidos1(.'ole!!e $oler >ro>one un !ernario en!relos lazos 1. Discursos es!ablecidosN 2.Forcluidos o |Ouera discursoC de la

>sicosis !i>o B %. ZDiscursos e>iO?nicoslazos sociales no es!ablecidosN o sea dis6cursos que se au!orizan de un decircon!ingen!e >ara es!ablecer duran!e un!iem>oN B >ara algunosN un lazo que noes!? en el >rograma de los discursoses!ablecidos10[.

Repeti(i" ) preteri(i"  8l !ro >roduce eOec!os sobre lo realdel vivien!e como el deseoN que genera

el obe!o causa. La elaboracin en!+rminos de saber de!ermina la causaN>orqu+ no cesa de re>roducir el eOec!ode >+rdida signiOican!eN >roduciendo lacada del obe!o P medio de >roduccinque no se cierra como saber sobre lacausa.

1(($L85N '. #a querelle des diagnostics N 'ollge'linique de aris W200%62004XN 10 mars 2004.1('Or. -. LacanN Radio"on)a !elevisin N ci!.N >?g.12".10/*idem.

8n el discurso anal!icoN la !em>oralidadde la >roduccin del sue!o en sues!ruc!ura de im>asseN encuen!ra en lare>e!icin del im>asseN ocasin >ara>roducir un Wa6!iem>oX obe!o queN >oresa hendiduraN !oma su Ouncin de causa>ara el deseo. 8l sue!o se encuen!ra as

de nuevo en el nihil del im>asse \hendido>or ser eOec!o de la marca B so>or!e desu Oal!a] re>roducido a >ar!ir delsu>ues!o sue!o saber. $ea cual Ouere elnJmero B el modo de las elaboracionesZ;cada una de es!as o>eraciones es Ba elcero >roducido >or lo que inser! en loreal lo que elabora cada unaN a saberN ese!iem>o >ro>io del cam>o que analizaN elque alcanz Freud al decir que erare>e!icin11[. La re>e!icin en ac!o

em>as!aN anacrnicaN la diOerencia llevadaal signiOican!e. 8l ac!o quiere decir ZLoque OueN re>e!idoN diOiereN B se hace sue!ode la rei!eracin W devenant su:et ? redite  X12.[

8l patir  del !iem>o en la subversin si6gniOican!eN convoca el sue!o a una ci!acon el *astir   del !iem>o1%  en lare>e!icin del im>asse. ZLa >re!ericinque con!iene es cosa muB dis!in!a de esemandamien!o del >asado con que se la

 vuelve OJ!il14[ .

  La >re!ericin dice que el signiOican!eque se re>i!e no se hereda de la e3>erien6cia >rimera B asegurando esa >+rdida enla re>e!icin; em>ua a decirN aJn.

\ˆ Z#e p]tir et le *]tir du temps\ es una e3presin de#acan que en espaol traduNco >Ml patir 8 el *astir del

tiempo\, donde el padecer resuena en el "altar 8 tam*i5nen el *astar del tiempo ]

11LA'A*N -. KLa logica del Oan!asmaM W1//6/7XNen Reseas de enseanNa N ci!.N >?gs. 42^%.12 LA'A*N -. o>. ci!.N >?g. 4%.1%'Or. -. LacanN Z;acudimien!o a la ci!a que socurreN >ero donde no adviene la >alabra sino>orque el ac!o Ba es!aba. 8n!i+ndase es!aba all>or >ocoN as no hubiese llegado la >alabraN es!abaall en el ins!an!e en que +s!a >or Oin llegaba.[ K8l

ac!o >sicoanal!icoM W1/76/(XN en 5eseEas ci!.N>?g. "7.14 -. LacanN KLa logica del Oan!asmaMN ci!.N >?g. 42.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 14(

Page 149: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 149/298

▪ Tempo e estrutura

2re!d e La(a", Cami"&o% "a rede de %i5"i-i(a"te%

laucia &agem 

er Lacan nos reme!e ao!e3!o de FreudN e a cada re6!orno a FreudN !emos umasur>resa. Y >eloscaminhos de Freud que>odemos ver o !erreno noqual Lacan se a>oiou.Fa,amosN en!9oN como

Lacan insis!e |5e!omemos o !e3!o deFreudC \1].  A ques!9o do !em>o Ooi !ra!ada >or

Freud com mui!o a>re,o. $ua >reocu>a6,9o ia desde o !em>o de dura,9o das ses6sTes ao !em>o do !ra!amen!o e mesmo o!em>o do inconscien!e. 8m An?lise !er6min?vel e in!ermin?velN ele inicia umadiscuss9o sobre o encur!amen!o ou n9odo !em>o de !ra!amen!o. Localiza a!en!a!iva de !!o 5an como |um>rodu!o de seu !em>oC a uma res>os!a `urgQncia que o >s6guerra !rou3e a >ar!irda mis+ria na 8uro>a e  prosperit8 na

 Am+rica. 8m seu >s6escri!o A ques!9oda an?lise leigaN isso Oica ainda mais claro.8le diz |'er!oN time is mone8 N mas n9o secom>reende mui!o bem >or que deveconver!er6se em dinheiro com !an!a>ressa W...X s decursos >squicos en!reconscien!e e inconscien!e !QmN >oisN suascondi,Tes !em>orais >ar!icularesN queaOinam mal com a demandaamericanaC\2].  emos ai que o !em>o de uma an?lise

n9o >ode seguir uma lgica cronolgica emenos ainda mercadolgicaN !an!o que nacon!inua,9o de An?lise !ermin?vel e in6!ermin?vel ele Oaz uma revis9o de seusconcei!osN as suas >rimeiras ideias sobreo Oim de uma an?liseN as ideias comunssobre algu+m analisado e as rela,Tesen!re as ins!Vncias >squicas >ara dizerNs no OimN o que viria a ser o !+rmino deuma an?lise.  *os de!eremos aqui na ar!icula,9o que

Freud Oaz do !em>o do !rauma >ara >en6sarmos >or qual caminho >odemos

seguir o !em>o da cons!i!ui,9o de umsuei!o. ara issoN vemos a im>or!Vnciado concei!o de nkc%traglic%   que Freud ?u!iliza no |roe!oC quando rela!a o casode 8mma. *eleN Freud demons!ra comoo !rauma se maniOes!a no |s de>oisC.

*o caso 8mmaN Freud >ro>Te um es6quema que >ode ser chamado de rede ougraOoN conOorme deOine 8idels!ein |'ha6mamos graOo ou rede ` !rade de v+r!icesNares!as e Oun,9oN de modo que a cada

ares!a corres>onde a dois v+r!icesN assimcomo ` Oun,9o es>ecOica que >ossuemC\%].

que Freud desenhaN no caso de8mmaN >ode assim ser chamado graOoou rede. 8le escreve nes!e graOo a>enasalguns signiOican!es de>ois de rela!ar ocaso des!a mo,a.

5esumidamen!eN Freud rela!a que8mma acha6se dominada a!ualmen!e >elacom>uls9o de n9o >oder en!rar nas loas

sozinha. 'omo mo!ivo >ara isso ela ci!ouuma lembran,a da +>oca em que !inhadoze anosN quando ela en!rou em umaloa >ara com>rar algoN viu dois vendedo6res rindo un!os e saiu correndoN !omadade uma es>+cie de sus!o. 8m rela,9o aissoN !erminou recordando que os doises!avam rindo de seu ves!ido e que haviasen!ido a!ra,9o se3ual >or um deles. 5es6sal!a ainda que !an!o a rela,9o dessesOragmen!os en!re si quan!o o eOei!o da

e3>eriQncia s9o incom>reensveis.rosseguindo nas inves!iga,TesN revelou6se uma segunda cena em queN aos oi!oanos de idadeN Ooi duas vezes com>rardoces numa conOei!ariaN sendo que logona >rimeira o >ro>rie!?rio agarrou6lhe as>ar!es geni!ais >or cima do ves!ido.

 A>esar dissoN vol!ou l? de novo a agorase recrimina >or essa segunda vezN comoseN com issoN !ivesse deseado >rovocar oa!en!ado. 8N com eOei!oN sua !or!uran!e

m? consciQncia >ode ser a!ribuda a essae3>eriQncia.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 14

L

Page 150: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 150/298

  vnculo associa!ivo en!re as duas ce6nas + o riso \dos vendedores e o do con6Oei!eiro]. A lembran,a evocou o que elacer!amen!e n9o es!aria a>!a a sen!ir naocasi9o uma libera,9o se3ual que se!ransOormou em angJs!ia. Devido a essaangJs!iaN !eve medo de que os

 vendedores da loa >udessem re>e!ir oa!en!ado e saiu correndo. Freud concluique decis9o P de n9o >ermanecersozinha na loa devido ao risco doa!en!ado P + >erOei!amen!e lgicaNlevando em con!a !odos os elemen!os do>rocesso associa!ivoN e que esse caso +!>ico do recalque que se >roduz nahis!eria. $em>re se com>rova que serecalca uma recorda,9oN o qual donkc%traglic%   chega a conver!er6se em

!rauma \4].  8m LacanN >odemos >ensar nesses ele6men!os como |signiOican!esCN e que Ooi|en!reC eles que algo do suei!o em ques6!9o surgiu. A segunda cena !raz o >eso!raum?!ico da >rimeiraN sob o eOei!o donkc%traglic% . 8mma sen!e a recrimina,9o Po eOei!o do recalque da >rimeira cena Psomen!e na recorda,9o que a segundacena lhe !raz e do car?!er se3ual da >ri6meiraN Oazendo uma >on!e en!re elas.

  &uando Lacan ar!icula o |inconscien!ecomo uma linguagemC indica que FreudN|dcil ` his!+ricaCN chegou a ler os sonhosNla>sos e a!+ mesmo os chis!es como sedeciOra uma mensagem ciOrada.\"] emosque desde 8mma o !em>o es!? >os!o emrela,9o ` linguagemN conOorme nosindica o >r>rio Freud em duasobserva,Tes nas quais vemos a>ossibilidade de lei!ura do inconscien!e>ela via da es!ru!ura de linguagem

1. nculo associa!ivo 8le escreve | vnculo associa!ivo en!re as duas cenas +o riso.C ercebemos na lei!ura que o queFreud escu!a n9o s9o os Oa!os em siN maso |vnculo associa!ivoC. riso + lidocomo signo que liga o conOei!eiro e os ra6>azesN signo que !em em si a marca dealgo se3ual. |es!idoC como signiOican!eque se re>e!e nas cenas e que >or!a umaincongruQncia lgica.2. $obre a @erdrangung   \ 5ecalque]N em

sua rela,9o com o !em>o |s de>oisCNFreud escreve |$em>re se com>rova que

se recalca uma recorda,9oN o qual do a>os!eriori chega a conver!er6se em !rau6ma.C  5iso ser um signo nos evoca as !an6!as vezes que Lacan recorre ` lingus!ica>ara ar!icular o que + um signiOican!e e oque + um signo. 8nquan!o signoN o riso

signiOica algo >ara algu+mN e esse algu+m+ 8mma. ara que houvesse |vnculo as6socia!ivoCN ele >recisou deslizar >ara o ca6r?!er de signiOican!eN Oazendo assim comque o suei!o >udesse advir em uma ca6deia ^ rede associa!iva.  !em>o es!? nesse desenrolar da ca6deiaN >ois como >uro signo algo >arava8mma em seu >r>rio movimen!oN haa

 vis!a sua quei3a \inibi,9o]. Freud a Oaz vol!ar no !em>oN recordar >ara dizer algo

queN a>esar de ser >assadoN es!? sendo vi6 vido no agoraN em sua |agoraOobiaC. Y oque Lacan a>on!a na re!roa,9o da cadeiaassocia!ivaN em seu movimen!o sincrUni6co um signiOican!e n9o se signiOica >orsiN ele >recisa de um ou!ro. As marca,TesOreudianas no valor do riso e da >alavra|ves!idoC Oazem com que essa cadeia serom>a e >asse a ou!raN marcando um>on!o de bas!a na his!ria rela!adaN indi6cando sua diacroniaN >assando a ou!ro

>a!amar.  emosN como indica LacanN que o ins6!an!e de ver + a sincroniaN que no rela!ode 8mma se localiza nessa mirada dos

 vendedores rindo >ara ela e o desenca6deamen!o de sua |agoraOobiaC. Adiacronia + o !em>o >ara com>reenderNque no caso dessa >acien!e se d? >elasescansTes que Freud eOe!ua e que a Oaz

 vol!ar ` cena de sua inOVncia. momen!o de concluir + a >ressa queN

>ensando nes!e caso es>ecOicoN >oderiaser sua libera,9o >ara o movimen!oN suasada do sin!oma \/].  8m seu semin?rio 2%N Lacan diz que |AreminiscQncia + dis!in!a da rememora,9o.

 As duas Oun,Tes s9o dis!in!as em FreudN>orque ele !inha o senso das dis!in,TesW...X A id+ia !es!emunhada >or Freud no>roe!o + de Oigurar isso a!rav+s de redesNe Ooi isso !alvez o que me inci!ou a lhesdar uma nova OormaN mais rigorosaN Oa6

zendo com isso alguma coisa que se

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"0

Page 151: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 151/298

encadeiaN em vez de sim>lesmen!e de!ran,arC \7].  $e inicialmen!e as redes Oreudianas >o6deriam ser relidas >elo graOoN vemos aium >asso a mais >or onde >oderamosler as redes >ela via do n. A inibi,9o de8mma >ode ser localizada >ela

ar!icula,9o do $imblico com oImagin?rioN e + >ela via do sen!ido \ sens  ]que algo dessa inibi,9o se dissolve e oinconscien!e se mos!ra como um saberN$2. #as esse $2 !raz o sen!ido no a>os!eriori ao re!roagir sobre $1N Oazendoalgo do suei!o com>arecer en!re essesdois signiOican!es. 'omo lemos aindanes!e semin?rio |A rememora,9oconsis!e em Oazer essas cadeias en!raremem alguma coisa que ? es!? l? e que se

nomeia como saber W...X que Freudsus!en!a como o inconscien!e su>Tesem>re um saberN e um saber Oalado W...XDa minha escri!a do saber como !endosu>or!e no $ com ndice >equeno doisN$2. A deOini,9o que dou do signiOican!eao qual conOiro o su>or!e $ ndice um +re>resen!ar um suei!o como !al ere>resen!?6lo verdadeiramen!eC. A!rav+sde 8mmaN um caso que es!? !9o no incio

da sican?liseN acom>anhamos os >assosdados >or Lacan no ras!ro OreudianoN alei!ura do inconscien!e es!ru!urado comouma linguagemN as ar!icula,TessigniOican!es do GraOo do deseo e aindado * )orromeu. or essas viasN cabe ansN analis!as >ensarmos >or onde

colocamos nossos >+s.

i8$io5ra-ia

1. -acques LA'A*N semin?rio 2N 5io de -aneiro -orge ahar 8di!orN 1("N >. 1%/.2. $igmundN F58=DN |Fragmen!o in+di!o do>s6escri!o |A ques!9o da >sican?lise leiga\127]CN in A an?lise + leiga \revis!a]N 5io de

 -aneiro 8scola Le!ra FreudianaN 200%N >. 1".%. AlOredo 8ID8L$8I*N #odelosN 8sque6mas B graOos en la enseEanza de LacanN #a6nan!ial 8s!Jdios de sicoanalisisN >. 1%1.4. $igmundN F58=DN |roe!oCN in bras'om>le!asN )iblio!eca *uevaN 4‰ edi,9oN1(1N >. 2"2.". -acques LA'A*N elevis9oN 5io de

 -aneiro -orge ahar 8di!orN 1%N >. 22./. -acques LA'A*N semin?rio 12\in+di!o]N Li,9o de 1% de aneiro de 1/".7. -acques LA'A*N semin?rio 2%N 5io de

 -aneiro -orge ahar 8di!orN 2007N >. 127.(. >. 'i!. >. 127612(.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"1

Page 152: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 152/298

!empo e estrutura 

Do %i5"i-i(a"te 6!e -a< tempo

Paulo Sarcos Rona 

  breve an?lise que aqui>ro>onho se a>oiaN de umladoN no caso 8mmaN a>re6sen!ado no roe!o >arauma >sicologia cien!Oica\FreudN 1("] eN de ou!roNnas elabora,Tes de Alain)adiouN !an!o em #6(tre et

l65v5nement N quan!o em #ogique des mondes,em uma !en!a!iva de mos!rar uma in!era6,9o >ossvel com a !eoria do signiOican!ede Lacan. ra!a6se de e3erci!ar uma lei!u6ra do roe!o a >ar!ir da chave da mul!i6>licidadeN ou da !eoria dos conun!osN !alcomo )adiou a OormulaN e daN demos!rar a a>ari,9o do signiOican!e e do!em>o.  8mmaN nos con!a FreudN + uma ovemque se acha dominada >or um medo deen!rar sozinha em loas. Inquirida >elas>ossveis razTes dissoN a mo,a a>resen!auma lembran,a da +>oca em que !inhacerca de doze anos e na qual havia en!ra6do em uma loa >ara com>rar algo. Alihavia vis!o dois vendedoresN dos quais aomenos de um ainda se lembraN >orque ahavia agradadoN rindo un!os. omada>or um aOe!o de sus!oN a garo!a sara cor6rendoN e considera que a raz9o do riso Pessa + sua associa,9o P eram as suas rou6>as. $e o mo!ivo real Oossem suas rou>asNisso ? !eria sido remediadoN vez queNcomo adul!aN ? se ves!ia de modo diOe6ren!e al+m dissoN en!rar em um loa sozi6nha ou acom>anhada nada !eria a vercom as rou>as. 8 que dizer ainda da lem6bran,a de que um dos vendedores a !eriaagradadoS *9o Oaria diOeren,a sees!ivesse acom>anhada. Inci!ada >orFreudN 8mma a>resen!a uma ou!ra cenaaos oi!o anosN ela havia en!rado em umaconOei!aria >ara com>rar docesN e o>ro>rie!?rio lhe havia agarrado as >ar!esgeni!ais >or cima das rou>asNe3>ressando um riso. A>esar dessae3>eriQnciaN ela ainda vol!ara ` conOei!aria

6 recrimina6se >or isso PN e de>ois n9oOora mais l?.  A !ese sus!en!ada >or Freud + a de quea >rimeira ocasi9oN a do a!aqueN s che6gou a ser !raum?!ica >elo eOei!o dasegundaN aquela do riso dos vendedores.$u>os!amen!eN a libera,9o do aOe!ose3ualN >resen!e na >uberdadeN Oez re6signiOicar \ou signiOicar] a >rimeira cena.Ficaram re!idas em sua memriaN oin!eresse >elo vendedor na segunda loaNcomo re>resen!an!e do des>er!ar se3ualNas rou>asN como re>resen!an!e doin!eresse se3ual do conOei!eiroN e o risoNcomum ` e3>ress9o dos dois homens nasduas cenas. 8ssa an?lise de FreudNa>aren!emen!eN >rovocou os eOei!osdeseadosN Oazendo desa>arecer osin!oma.  *osso in!eresseN obviamen!eN re>ousana !em>oralidade dessas duas si!ua,Tes eno Oa!o de que o sin!oma de 8mmaN aman!eve >resa no !em>o.  odo mJl!i>lo + com>os!o de mJl!i6>losN diz )adiouN em uma dissemina,9omJl!i>la que >ersis!eN sea a!+ o vazio queos cons!i!uiN a !odosN no caso o maisna!uralN sea a!+ o elemen!o mais o>acoNem que o vazio se esconde insidiosamen6!e. A Oun,9o de um conun!o + a !en!a!ivade es!abelecer uma consis!Qncia dissoque se reJne sob um !ra,o. 8ssa !en!a!ivado conun!o + redobrada >elacons!i!ui,9o de um segundo conun!o. $eo >rimeiroN )adiou chama de umasi!ua,9oN ao segundo denomina es!ado dasi!ua,9oN e sua Oun,9o + a de es!abeleceras >ar!es com>onen!es da si!ua,9oN nacren,a de que se as >ar!es s9oconsis!en!esN seu conun!o !amb+m oseria. =ma si!ua,9o a>resen!a seuselemen!os e o es!ado da si!ua,9o os re6a>resen!a. 8le + o conun!o das >ar!es.=m !eorema na !eoria dos conun!osNOru!o do conhecido >arado3o de 5usselou do au!o6>er!encimen!oN en!re!an!oN

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"2

Page 153: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 153/298

reza que o conun!o de !odas as >ar!es PeN >ar!icularmen!e daquelas de umconun!o inOini!o P e3cede absolu!amen!eo !amanho do conun!o original !em um!amanho desmedido. $eN Oru!o desse!eoremaN n9o se >ode garan!ir que !udo oque se inclui em um conun!o a ele

>er!en,aN !en!a6se o inverso o de !en!argaran!irN ao menosN que o que >er!encesea includoN e issoN !ransi!ivamen!eN demul!i>licidade a mul!i>licidadeNconOorme a cons!i!ui,9o mJl!i>ladisseminada das si!ua,Tes. ode ocorrerNno en!an!oN que a uma si!ua,9o >er!en,aum conun!o cuos elemen!os n9o sea>resen!em e queN Ougindo assim `condi,9o de !ransi!ividadeN !am>ouco sere>resen!em no es!ado da si!ua,9o.

8mma a>resen!a duas si!ua,TesN ques9o mJl!i>losN ou seaN conun!osN comseus com>onen!es !amb+m mJl!i>los.8m ambasN alguns mJl!i>los em comumrou>asN risoN loaN vendedoresN se3o. *a>rimeiraN no en!an!oN um dos elemen!osda si!ua,9o a>resen!a6se de maneira >er6Oei!amen!e o>acaN n9o dei3ando !rans>a6recerN quan!o ` sua com>osi,9oN nenhumelemen!o >ar!icular. DiramosN corriquei6ramen!eN sem sen!ido nada nele +

in!eligvel. 8ssa carac!ers!icaN segundo oOilsoOoN daria a essa si!ua,9o a>ro>riedade de ser uma singularidade eNao elemen!o consideradoN a de ser algoque ele denomina de um s!io even!ural\ site   5v5nementielle  ]. A carac!ers!ica b?sicade um elemen!o com essa >ro>riedade +que ele !em o >o!encial de ser um even!o\ 5v5nement  ]. *o caso de 8mmaN n9o Ooi.ara que >udesse !er sido umN !eria sidonecess?ria uma decis9o P um a!oN

diramos P que carac!erizasse o even!ocomo even!oN Oazendo6o >er!encer `si!ua,9o. #ais !eria sido necess?rio quesuas consequQncias !ivessem sidoOielmen!e acom>anhadas em sua dissemi6na,9o >elo es!ado da si!ua,9o. or+mN asi!ua,9o de um even!o corres>ondeN se6gundo )adiouN >or sua es!ru!ura >arado63alN a um indecidvelN Oru!o mesmo do in6discernvel dos com>onen!es de um s!io.

 A >ar!ir de Logique des mondesN dira6

mos >ossivelmen!e que a in!ensidade dea>ari,9o do ine3is!en!e >r>rio `

si!ua,9o n9o !eria sido suOicien!e Oor!eNrela!ivamen!eN >ara que um even!oencon!rasse lugarN ou en!9oN o que seriamais >rov?velN que as condi,Tes daquiloque em que consis!iria um cor>oN ca>azde !ra!ar o even!oN n9o es!avam>resen!es.

  $egunda si!ua,9o eN num cer!o nvel dadissemina,9o mJl!i>laN os mesmos ele6men!os se a>resen!amN mas agoraN o con6un!o cuo !ra,o carac!ers!ico + a se3uali6dade n9o + mais o>aco P a menina ? !emdoze anosN aOinal. or+mN n9o se >ode di6zer que esse conun!o a>resen!e !am>ou6co !odos os seus elemen!os. Deriva6se da!ese Oreudiana do !rauma!ismo da se3uali6dade que algo sem>re >ermanece o>aconessa conOorma,9o mJl!i>laN o que quer

dizer que sem>re h? algumasingularidade que >ode se a>resen!ar a eo >o!encial >ara um even!o. <? que seconsiderarN >or!an!oN que essa segundasi!ua,9o !amb+m conOiguraria um s!ioeven!uralN mas queN aN a decis9o de queum even!o !eria !ido lugar Ooi !omada. >on!o chave + queN Oru!o de sua es!ru!ura>arado3alN como um conun!o que>er!ence a si mesmoN um even!o s >odeascender a essa mesma condi,9o >or

eOei!o de uma in!erven,9o cua>ossibilidade lgica s9o as consequQnciasde um ou!ro even!o. Di!o de ou!ramaneiraN o even!o + o que Oaz !em>o.  Y o que se aOiguraria com 8mmaN amenos da redu,9o da dis!VnciacronolgicaN que Oaz com que o even!oan!eriorN que habili!a a decis9o do>os!eriorN >assa ` condi,9o de even!o nomesmo !em>o lgico que esse. De umacer!a maneiraN s9o o mesmo even!o. Do

>on!o de vis!a dos elemen!os mJl!i>loscom>onen!esN realmen!e o s9o + Oru!odo a3ioma da e3!ensionalidade da !eoriados conun!os.  #as !amb+mN !omando as Oormula,Tesde #ogique des mondes N >oderamos su>orqueN mesmo a in!ensidade de a>ari,9o doine3is!en!e que carac!eriza o s!io !endosido m?3imaN eN novamen!eN que n9o ha6

 vendo condi,Tes de !ra!ar o even!o ouN oque + mais >rov?vel e de acordo com a

!ese de FreudN que a >osi,9o sube!iva emques!9oN e aN de acordo com )adiouN

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"%

Page 154: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 154/298

seria a de um suei!o rea!ivoN ca>az denegar as consequQncias do !ra,o doeven!o eN >or!an!oN inca>az de >roduzirum novo >resen!e. 8m ambas>ers>ec!ivasN o !em>o Oicou congelado.  *a segunda si!ua,9oN a se su>or a ocor6rQncia de um even!oN !eria havido aquilo

que >ro>riamen!e o carac!erizaN is!o +N aescolha de um nomeN colhido na bordado vazio \quase] a>resen!adoN um nomecomumN con!ingen!eN cua Oun,9oN >ara oeven!oN seria a de re>resen!?6loN sem !erlegi!imamen!e !ais >oderes. orqueN doindiscernvelN o que es!aria sendodiscernidoS &ue isso sea >ossvel + umdos a3iomas da !eoria dos conun!osN oa3ioma da escolhaN e a !ese + a de queesse nome comumN que n9o re>resen!a

nada em >ar!icularN en!ra na com>osi,9omJl!i>la da si!ua,9o e de seu es!adoNdisseminando6seN relacionando6se comou!ros elemen!os. =m signiOican!eN>or!an!oN como Lacan o deOine. or+mNnessas condi,TesN um signiOican!e quen9o Oaz !em>o.  A !erceira si!ua,9o + a an?lise comFreud. Y necess?rio su>or que a !enhahavido !amb+m um even!o que o ine3is6

!en!eN que seu vazio in!rnsecoN !enha !idoa ocasi9o de se insinuar e que o !enhaOei!o com in!ensidade m?3ima. Ynecess?rio su>or a >resen,a de um cor>o\ corps  ] ca>az de !ra!ar a singularidadeN>orqueN como diz Lacan K+ incor>oradaque a es!ru!ura Oaz eOei!oM P aN !alvezN a

>resen,a necess?ria e a Oun,9o doanalis!a. =ma an?liseN nesses !ermosNdeveria !er o >o!encial de cons!i!uireven!oN ou even!osN habili!ados >oreven!os an!erioresN e !alvezN essesN schegando a essa condi,9o >ela o>era,9oanal!ica. 'ons!i!uir even!os eN >or!an!oNsigniOican!es queN >or >oderem !ra!ar emum cor>o os even!os segundo suasconsequQnciasN esses simN Oariam !em>o.

Re-er"(ia%)ADI=N Alain. LCQ!re e! lC+v+nemen!. arisYdi!ions du $euilN 1((.

  Logique des mondes lCQ!re e!lC+v+nemen! 2. aris Ydi!ions du $euilN 200/.F58=DN $igmund. 8di,9o $!andard)rasileira das bras sicolgicas 'om>le!asde $igmund Freud. rad. sob dire,9o geralde -aBme $alom9o. 5io de -aneiro ImagoN1/

  \1("] roe!o >ara uma>sicologia cien!Oica.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"4

Page 155: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 155/298

!empo e estrutura 

Se &'ter de $;a(te o! dre%%er (o"%tat

 Satilde Hurlin4bri*e 

Cai a>>ris avec Lacan quwilnwB a >as de >rogrs `a!!endre de v+ri!+ e! debien6Q!reN lorsquwil di! quexle virage de lwim>uissanceimaginaire ` lwim>ossiblequi swavre dwQ!re le r+el `ne se Oonder quwenlogique soi! l` oj waver!is

que lwinconscien! sigeN mais >as >ourdire que la logique de ce virage nwai!>as ` se hV!er de lwac!ex\x5adio>honiexN xAu!res Ycri!sx >.4%]

Lwindica!ion qui sui! sur xlwim>ossibi6li!+ don! le se3e swinscri! dans lwincons6cien!N ` main!enir comme d+sirable laloi don! se conno!e lwim>uissance `ouirx e! selon laquelle x le >sBchana6lBs!e nwa >as ici ` >rendre >ar!iN mais `dresser cons!a!x me guide danslw+cou!e de mes >a!ien!s.  #wa>>uBan! sur ce!!e >osi!ion dudiscours de lwanalBs!eN e com>!e a>>or6!er un !+moignage de ma >ra!ique. AOinde vous Oaire >ar! de mes ques!ionne6men!s cliniquesN e vais dCabord >oserquelques re>res !h+oriques.

 -Cai a>>el+ ce!!e >remire >ar!ie

I. Le temp% $o5i6!e et $a &'te  A>rs avoir >arl+ dans ses Ycri!sN du!em>s logique e! lwasser!ion de cer!i!udean!ici>+ \14" ]N Lacan aOOirme dans le

livre HH que la xOonc!ion de la hV!eNcwes! d+` ce >e!i! xax qui la !h!ise x\ 17%N >> 4/647]. A >ar!ir de son direque x nous ne sommes quwun Z a [N il re6>rend sa mise en valeur du Oai! quequelque chose comme une in!ersubec!i6

 vi!+ >eu! abou!ir ` une issue salu!aireNcwes! ` direN dwarriver ` xconclurex.  La logique de Lacan es! une logiquede lwac!ion e! de la d+lib+ra!ion >renan!a>>ui sur !rois !em>s. Dwa>rs 8. orge

\ xLwa>>or! Oreudienx )ordas >. "/7]ce!!e logique donne ` la r+>+!i!ion de

deu3 scansions une valeur qui nwes! >ascelle de si!uer lwanalBsan! dans le !em>sNmais dwengendrer le sue! de lwasser!ion>ar les !em>s de ces scansionsN isolan!du mQme cou> la Oonc!ion s>+ciOique dela hV!e. Dans xLa logique du Oan!asmex\'om>!e rendu du $+minaire 1//61/7dans xAu!res Ycri!sx >. %2/] N Lacannous ra>>elle queN e ci!e xr+>+!i!ione! hV!e aBan! d+` +!+ >ar nous ar!icul+esau Oondemen! dwun x !em>s logiquexN lasublima!ion les com>l!e >our quwunnouveau gra>heN de leur ra>>or!orien!+N sa!isOasse en redoublan! le>r+c+den!N ` com>l+!er le grou>e delein6 >our au!an! que ses qua!resomme!s sw+galisen! de rassemblerau!an! de concours o>+ra!ionnelsx. 'edeu3ime gra>he nous le !rouvons dansle cours de 'ole!!e $oler xLa oli!ique delwac!ex \cours du 1" mars 2000] >. 7.'ela lui >erme! de >r+sen!er les !roiso>+ra!ions de lwim>asse du sue! ali+na!ionN v+ri!+N !ransOer!.

Lacan e3>lique ces o>+ra!ions dansxLwac!e >sBchanalB!iquex \livre HN le,ondu 17 anvier 1/(]. '. $oler aou!e quedans la xLogique du Oan!asmex \livreHIN le,on du 22 O+vrier 1/7 ] Lacanconvoque !rois au!res o>+ra!ions la r+6>+!i!ionN la hV!e e! la sublima!ion e! celacons!i!ue un au!re gra>he que celui delCim>asse. Dans ce cadre la r+>+!i!ion es!ac!e e! la hV!e es! connec!+e ` lCac!ingou!. 'Ces! dans la hV!e quCon accde ` la

 v+ri!+N le sue! +!an! agi >ar la v+ri!+ deses >ens+es inconscien!es. Dans sonali+na!ionN le sue! ne veu! rien savoir dece qui lCagi!e.

Dans la cons!ruc!ion lacanienneN lesdeu3 gra>hes se com>l!en! !ou! en res6!an! dis!inc!s e! ce!!e dis!inc!ion signiOieque lCanalBs!eN le $ue! su>>os+ savoir Zres!e ` dis!ance du r+el [N de mQme que lesue! >eu! B acc+derN au r+el en !an! quelogiqueN seulemen! >ar le Oan!asme. r+ci6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1""

 J

Page 156: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 156/298

sons queN selon LacanN le Oan!asme !ien!la >lace de ce r+el. Les deu3 modes de!ravers+e sauvage du Oan!asme >euven! selireN dans le cas du >assage ` lCac!e Z lesue! commande lCobe! [ e! dans celui delCac!ing ou! Z lCobe! commande le sue![. LCac!ing ou! es! analBsableN >uisquCil

>eu! donner accs au3 >ens+esinconscien!s qui on! r+gi lCac!e.

 Au momen! de conclure N le !em>sdwavance >ossible de lwau!re se cons!i!uecomme obe! dwune concurrence !em6>orelle lwanalBsan! se >r+ci>i!e `conclure >our Z ra!!ra>er [ son re!ard+ven!uel N ravir ce! obe! !em>orel deconcurrenceN ce! obe! h\ a ]!+Ncomme di! Lacan.  k ce momen! ce! obe! h \a ] !+ se

subs!i!ue ` lwobe! xax regard don! d+6>end le sue! \ oir 8ncore . 47].'hacun nwin!ervenan! dans ce !ernairequwau !i!re de ce! obe! xax quwil es! Nsous le regard des au!res e! qui chu!edans la Oaille en!re ce qui es! su>>o6sable vu >ar lwau!re e! ce que le sue!aOOirme en se d+>renan! de ce!!e su>6>osi!ion.  8. orge nous +claire en disan!quwaussi dans lwiden!iOica!ion >ar

lwimage dans le miroirN oj lwanalBsan!d+signe comme moiN e! au Oond de lar+>onse Oan!asma!ique N oj il B a unra>>or! du sue! au !em>s quisw+nonce au Ou!ur an!+rieur \Z il aura

 voulu [] N du lieu de lwAu!reN laOonc!ion de la hV!e es! d+cisiveN doncconcluan!e.

II. Le temp% 6!;i$ -a!tLe discours de a!riceN qui vien! me

 voir de>uis !rois ansN !ourne au!our deson inca>aci!+ de sa!isOaire se3uellemen!une Oemme quCil arrive !rs bien ` s+duiresans grand eOOor!N us!e en se mon!ran!dans !ou!e sa beau!+ >hBsique e! +!an! un>eu in!+ress+ >ar lCobe! de sa conquQ!e.#ari+ e! >re dCun Oils >r+6adolescen!N il!en!e de>uis >lusieurs ann+es une s+>ara6!ion Z im>ossible [ de sa Oemme qui ZlCaime [ e! cCes! us!emen! >our cela quCilse sen! oblig+ de la qui!!er. Il ne com6

>rend >as >ourquoi il es! obs+d+ >arce!!e id+e. $ur!ou! quCavec elleN dans [

lChainamora!ion [ qui lCa li+e ` elleN >arailleursN il nCa >as de >annes se3uelles.'eci usquCau momen! de la cure lorsquece!!e >ens+e se >r+sen!e ` lui !el uncommandemen!N sinon Z mon >re neserai! >as con!en! [.

a!rice in!erroge lC+nigme de son

sBm>!Ume qui se maniOes!e avec desOemmes don! il se di! Q!re amoureu3Nmais qui son! en >osi!ion de le ree!erN lelVcher. Face ` celles6ciN il nCarrive >as `Q!re un hommeN il >erd ses moBensN!rans>iran! e! !remblan!. Il redevien! le>e!i! gar,on dCune !rs nombreuse Ora!ried+sign+ ` dormir \surveillerN servir de>are e3ci!an! S] en!re ses deu3 >aren!susquC` lCVge de ( \hui!] ans e! Oinalemen!abandonn+ >ar sa mre >ar!ie avec un

au!re homme. La Oonc!ion de Z bouchon[ lui a!!ribu+e !aci!emen! es! vou+e aussi!aci!emen! au ra!age >ar les deu3 adul!esqui sCadonnen! ` des +ba!s se3uels malgr+la >romiscui!+ avec leur eune Oils. LuiNlCenOan!N il ser! les Oces sen!an! derrirele se3e en +rec!ion de son >re.

8n cureN a!rice se di! d+go!+ >ar sesrQves homose3uels ` r+>+!i!ion e!cons!a!e avec horreur Z mon >re a ga6gn+N il mCin!erdi! !ou!es les Oemmes. Il ne

mCin!erdi! >as les hommes P cCes! moi R..[

 A un au!re momen! de sa cureN a!ricese rend com>!e que son sBm>!UmequCil a>>elle Z blocage [ +!ai! li+ au d+sirinconscien! Z dCQ!re >ris >our !ouours [>ar sa mre. Il Oau! >r+ciser quCil la >erdd+Oini!ivemen! dans un acciden! >eu de!em>s a>rs sa Oui!e de la maison. $ar+ac!ion dans la hV!e a +!+ de se rendreau cime!ire >our lui >arler e! lui Oaire

ses adieu3. Il a >leur+ sur sa !ombe e!lui a racon!+ son malheur en amourNdans le bu! dwaccom>lir un d+!ache6men! N e! en Oinir avec.  La nui! suivan!e il Oi! le rQve quisui! xon es! dans une voi!ure N )er!he\ Oemme d+` >rise vers laquelle il sesen! a!!ir+]...elle nwes! >as seule avecmoiN il B a un homme avec elleN >lus unau!re qui condui! la voi!ure. A>rsN)er!he dis>ara!N a!rice se me! `

crier son >r+nom >our lare!rouver....$ans succs.x

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"/

Page 157: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 157/298

  Dans la s+ance ul!+rieure il se>lain! dCQ!re dans la merdeN il sanglo!e...il se d+!es!eN il d+cri! sa diarrh+eN sa>er!e dC+nergie ...il es! d+ses>+r+ Z Caideu3 maisons e! e nCai >as oj vivre [. Ildi! quwil croBai! que sa visi!e sur la!ombe de sa mre e! ses >rires allaien!

le Oaire surmon!er sa souOOrance. asdu !ou!R x )er!he res!e >our moiaussi insaisissable que ma mre. x

#algr+ sa hV!e de gu+rirN malgr+ songes!e rela!iO au deuil de sa mre ...ilres!e x!iers l+s+xN dirai! Freud. 'Ces!seulemen! dans une au!re s+ance quCil va>ouvoir Oaire le lien avec le Oai! que lascne du rQve se >asse dans un v+hiculeNsigniOian! du >reN !rs >r+sen! dans sesrQvesN en !an! que mouvance e! ins!abili6

!+.$ur la scne de son Oan!asmeN derrirelCassue!!issemen! au d+sir de sa mreN a6!rice sCeOOorce ` sCiden!iOier ` lCobe! de ced+sir de la Oemme qui a +!+ sa mre. 5iva6lisan! avec lChomme >our lequel sa mrelCavai! qui!!+N il cherche au!an! quCil re6>ousse lCamour du >re P ainsi son choi3amoureu3 r+>ond ` la condi!ion que laOemme Oasse d+` cou>le avec un au!reNun homme. 'e!!e condi!ion es! la seule

qui lui >erme! de re!rouver lC+!a! dans le6quel son cor>s en!ier dCenOan! sC+rigeai!en!re sa mre e! son >re en lui +vi!an!de choisir le >ar!enaire inces!ueu3.

III. De $a $o5i6!e d! -a"ta%me a $a p!$%io"  our LacanN la >lace du Oan!asme es!marqu+e du xe ne >ense >asx. $ouli6gnan! sa na!ure essen!iellemen! langa6gireN il in!rodui! x$ barr+ >oin,on de

>e!i! xax. 'e ma!hme d+signe le ra>6>or! >ar!iculier dwun sue! de lwincons6cien! N barr+ e! irr+duc!iblemen! divis+>ar son en!r+e dans lwunivers des si6gniOian!sN avec lwobe! xax qui cons!i6!ue la cause inconscien!e de son d+6sir.

  ABan! du mal avec son d+sirN a!rice>r+Ore Oaire ce quCon lui demande. Il d+6sire quCon lui demande quelque chose.De >ar son obe! analN lCe3>+rience duOan!asme Oondamen!al de a!rice devien!la >ulsion. LCobe! regard B es! connec!+>erme!!an! de res!er en rela!ion avec

lCAu!re ` une cer!aine dis!ance. n >eu! voir ` ce!!e >lace lCobsessionnel qui sCeO6Oorce de Oaire en sor!e que ce! Au!re de6

 vienne un mQmeN un >e!i! au!re. 5ame6nan! les choses au mQmeN a!rice le re6!rouve dans ses rQves e! Oan!asmes ho6mose3uelsN conOron!+ ` quelque chose delCordre de lCim>ossible. #e!!an! en >laceun au!re semblableN il ne Oai! que seme!!re en scne soi6mQmeN dCQ!re dans cesc+nario e! de Oan!asmer avec ce! au!re

qui nCes! que lui6mQme !ou! ce qui lui>erme! dCavoir son assise.

$on Oan!asme le me! ` lCabri de ce qui>ourra Q!re le d+sir de lCAu!reN !ou! en>ouvan! avoir une ouissance. A la de6mande de lCAu!reN ` la demande Oai!e `lCAu!reN il me! en >lace la >ulsion. 'e quiOai! que lCobe! cause du d+sir nCaura >as `se conoindre avec le sue! barr+. 'Ces!seulemen! >ar le biais de la >ulsion analeassoci+e au regardN >ar Z se Oaire chier [

e! Z se Oaire voir [ que a!rice >eu! ouir.  LCobsessionnel ne >ense >as la diOO+6rence se3uelleN mais se >ose la ques!ionde son se3e. n en!end cela chez monanalBsan! qui ne sai! >as se ranger Z ni decU!+ hommeN ni Oemme [N la r+>onse ` laques!ion >eu!6Q!re Oormul+e de la Oa,onsuivan!e Z cCes! un enOan! [. Le com6mandemen!N lCin!erdi! lui serven! de d+6OenseN cCes! une Oa,on dCavoir lCau!orisa6!ion de lCAu!re e! la >ulsion es! l` >our le

me!!re ` lCabri du d+sir de lCAu!re.LCobe! a du Oan!asmeN ce! obe! ded+che!N ce res!e de ouissanceN il a du mal` lCacce>!er en !an! quCobe! >erdu e! ilOai! !ou! >our r+cu>+rer ce! obe! >erdu.'Ces! un obe! qui cause un d+sirim>ossible >uisquCil es! du cU!+ du 5+el.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"7

Page 158: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 158/298

!empo e estrutura 

 A $5i(a tempora$ de C&ar$e% Peir(e, a3de%4(o"ti"!idade "a ($"i(a p%i(a"a$ti(a

 Mlisa*et% ;aporiti !ime %as usuall8 *een considered *8 logicians to *e U%at is called e3tra logical matter.

/ %ave never s%ared t%is opinion.” \eirce '.. 4 "2%] 1.

!%e reader Uill note t%at our entire account o" !/SM is a semiotic construct.” \eirce '.. 4 "2%]

...J l9anal8st comme tenant4lieu de #a continuit5.” \Danielle 5oulo!]

ma an?lise se d? duran!eum cer!o >erodo de!em>oN como um cor!eno con!inuum de uma

 vida. 'ada sess9oN >orsua vezN >ode ser consi6derada como umaescans9o do !em>o

maior do !ra!amen!o anal!ico vis!o comoum !odo.  ensar ques!Tes rela!ivas ao !em>o e `>sican?lise conun!amen!eN somen!e >ode!er sen!ido se essas ques!Tes es!iverem dealguma Oorma a servi,o da !en!a!iva de seencon!rar res>os!as sem>re mais a>ro6>riadas a es!a >ergun!a ainda mais Ounda6men!al K&ual o !em>o >ara que umaan?lise >ossa se mos!rar eOe!ivaN >ara queuma cura anal!ica >ossa se realizarSM 8s6sas considera,TesN >or sua vezN !eriamseu desdobramen!o na!ural em ou!rasNn9o menos signiOica!ivas e im>or!an!esNcomo >or e3em>lo K#asN aOinalN de onde>ar!e um !ra!amen!o anal!icoS &uais asOases >elas quais ele >assaS que seriauma cura anal!ica bem sucedidaSM....'omo se >ode observarN ? a >rimeira

 vis!aN !ra!ar dessas ques!Tes !odase3!ra>olaria o !em>o \ahR !em>o...] quenos cabe aqui e nos aOas!aria do !emaenunciado no !!ulo. AssimN >ar!irei dealgumas aOirma,Tes de FreudN de Lacan ede ou!ros >sicanalis!as !omando6as como>ressu>os!osN como a >riori N !en!andodes!a Oorma Kcor!ar caminhoM egerenciar o !em>o dis>onvel.

 A lgica de eirce >or incluir !em>oN!ransOorma,9o e movimen!o >ode ilumi6

nar e Oundamen!ar ques!Tes da >sican?li6se. 8s!a + a a>os!a des!e !rabalho. 'onhe6cemos a aOirma,9o de Freud segundo aqual o inconscien!e n9o conhece o !em6>o. Y Kzei!losM.\1] 'onhecemos !amb+msua Oamosa Orase : 8$ :A5N $LLI'< :85D8* \2]N geralmen!e !raduzi6da como KL? onde o Isso eraN deve o euadvirM. Dian!e dessas duas aOirma,Tesa>aren!emen!e an!agUnicas e inconcili?6

 veis Kcomo dar con!a de es!abelecer umne3o en!re uma >ro>osi,9o que nos Oalade algo a6!em>oralN o inconscien!e eN deou!ro ladoN uma ou!ra >ro>osi,9o queNim>era!ivamen!eN Oaz alus9o de Oorma ne6cess?ria ` id+ia de !em>oSM Dian!e des!ea>aren!e im>asse veamos como >ode sedar es!a ar!icula,9o com a lgica >eircea6na.  'harles eirce + um au!or ainda hoemui!o >ouco conhecido com>ara!iva6men!e com ou!ros lgicos. $ua vas!a >ro6du,9o !ericaN >roe!ada >ara ser edi!adaem mais de %0 volumesN !em a>enas seisdeles >ublicados >or enquan!o. res!an6!e deve ser consul!ado em manuscri!osde diOcil acesso. 8n!re!an!oN o Oa!o real6men!e sur>reenden!e e que nos in!eressade >er!oN + que LacanN ? nos anos /0 \%]en!rou em con!a!o com as ideias de eir6ceN bebeu nes!a Oon!e e dei3ou marcas su6Oicien!es em sua obra >ara que >ossamos!er a evidQncia da im>or!Vncia que elesoube reconhecer da lgica de eirce>ara >sican?lise.  Y im>or!an!e des!acarN com bas!an!eQnOaseN que quando se Oala da lgica >eir6ceana es!amos sem>re nos reOerindo a

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"(

U

Page 159: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 159/298

uma conce>,9o de lgica que ul!ra>assaN vai mui!o al+mN do enquadre da lgicaOormal ou da lgica cl?ssica \4] comeirce assumimos que a lgica + umou!ro nome da semi!ica geral. =ma vezque !odo >ensamen!o somen!e se d?a!rav+s de signosN sua lgica^semi!ica +

deOinida como Ka quase necess?ria ouOormal dou!rina dos signosM \'.. 2.227]\"]N ou Ka >ura !eoria dos signos emgeralM \#$ L 107]N ou seaN + a !en!a!ivade considerar !oda e3>eriQncia como umsis!ema es!ru!urado de signos emin!era,9o uns com os ou!ros. 8ssa !eoriaN>or sua vezN se baseia nas ca!egoriasuniversais >eirceanas rimeiridadeN$ecundidade e erceiridade que veem aser uma combina,9oN com mui!as

nuances >ossveisN do geral com o>ar!icular. $em me de!er na descri,9odessas ca!egoriasN gos!aria de enOa!izarcom eirce que K come,o \de qualquer>rocesso] + rimeiroN o !+rmino +$egundo e a media,9o + erceiroM\'..1.%%7] A rimeiridade e a

 erceiridade s9o as ca!egorias que nosOalam de '*I*=IDAD8. A$ecundidade re>resen!a o '58N a\D8$]con!inuidade. AssimN al+m do

a!ualN essa lgica inclui o >ossvel e o>o!encial.  Lacan vai >ro>or que a no,9o deKdes!i!ui,9o sube!ivaM >ode serconsiderada como a sua in!er>re!a,9o daOrase de Freud : 8$ :A5N $LLI'< :85D8*. \/] omar es!aaOirma,9o como um >ressu>os!o ser?aqui !amb+m um ar!iOcio >ara se abreviarcaminhos na!uralmen!e mais longos. A>ar!ir da >odemos dizer que o >rocesso

anal!ico que se d? no !em>o vem a serus!amen!e es!e movimen!o >ara sechegar ` Kdes!i!ui,9o sube!ivaMNlogicamen!e se >ressu>ondo que noincio haveriaN en!9oN um suei!oins!i!udo \7]. $e essa >assagem se deu deOa!o ou n9oN isso + algo a ser veriOicadono asse e deve ser desvinculado de umOinal de an?lise que im>lica sem>reou!ras considera,Tes. 8s!abele,amosN>or!an!o aqui uma equivalQncia en!re a

Kdes!i!ui,9o sube!ivaM e a Kdes!i!ui,9o veriOicada no asseM. $em en!rarmos na

in!eressan!e ques!9o de se Oundamen!ar adiOeren,a en!re Kdes!i!ui,9oM e Kdes6serMque es!aN sim nos Oala de uma Oini!ude daan?liseN marquemos que a Kdes!i!ui,9osube!ivaM enquan!o algo que !em a vercom o >rocesso anal!ico + sem>re umades!i!ui,9o >rogramadaN diOeren!emen!e

de ou!ras des!i!ui,Tes que acon!ecemOora da an?lise. 8ssa des!i!ui,9o>rogramada s + >ossvel se es!iver>resen!e a !ransOerQnciaN o analis!acolocado no lugar do su>os!o saber. Daser eviden!e a aOirma,9o de Lacan queuma an?lise es!? vinculada ` !ransOerQnciae ao seu maneo no !em>o.\(] Y uma ar!edo analis!a saber colocar em >r?!ica essa>rograma,9o da des!i!ui,9o sube!iva>ara que o analisan!e >ossa ir

abandonando sua Oi3a,9o ou Oic,9o degozo que o >rende ao !em>o do =6

 5N assimN assumir6se como suei!o de6sean!e. 8m !ermos da lgica acima reOe6ridaN essa mudan,a + Oac!vel >orque e3is6!e como coluna dorsal comum !an!o ao>rocesso lgico como ao anal!ico a id+iamui!o >roeminen!e de que deve haveruma '*I*=IDAD8. suei!o dese6an!eN con!rariamen!e aquele >aralisado>elo gozoN + um suei!o que >ode deslizar

>ela cadeia me!onmica. A lgica >eircea6na ilumina o KcomoM se d? essa con!inui6dade. que a !orna >ossvel s9o as no6,Tes de vagueza e de generalidade que acarac!erizam. A vaguezaN >r>ria da ri6meiridadeN se e3>lici!a >elo Oa!o de queh? um !em>o em que o >rinc>io da con6!radi,9o >ode ser aqui derrogado ummomen!o ca!ico em que ser algo e n9oser esse algo >odem coe3is!ir6 o que naslgicas cl?ssicas e Oormais + inconcebvel.

$omen!e >or esse meio + que as iden!iOi6ca,Tes >odem ser !rabalhadas numa an?6liseN bem como as insgnias recebidas dou!ro. A con!inuidade !amb+m encon!ranes!a lgica um ou!ro >on!o de a>oio.5eOiro6me agora ` generalidade que eir6ce diz ser a carac!ers!ica da ca!egoria da

 erceiridade. <averia aqui um >rinc>iogeralN uma Oor,a vivaN ca>az de gerara!ualiza,Tes a!rav+s do !em>o. Y somen6!e des!a Oorma que no !ranscorrer de

uma an?lise v9o se >resen!iOicando>or,Tes esgar,adas de uma Oorma,9o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"

Page 160: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 160/298

Oan!asm?!ica a que se chegar? K>ordedu,9oM no Oinal aquilo que>oderamos chamar sua ma!rizN ou!ronome >ara o Oan!asma Oundamen!al. Y dalgica >eirceana essa !erminologia de quena erceiridade e3is!iria esse >rinc>ioOormalN organizacionalN Ouncionando

como uma lei. Aqui eirce Oaz umadis!in,9o chamando de I \ t8pe  ] o>rinci>io Oormal que vai gerar v?rias5+>licas \ toQens  ]. *o >rocesso anal!icoNa!rav+s das in!er>re!a,Tes vamos !endoacesso a essas >resen!iOica,Tes our+>licas e >elas Kcons!ru,TesM>oderemosN num segundo momen!oNchegar aos >rinc>ios gerais. Asin!er>re!a,Tes Ouncionam sem>re comocor!esN descon!inuidades de um

con!inuum. AssimN + mui!o in!eressan!e aobserva,9o de 'ole!!e $oler de que aangJs!ia nos Oala sem>re de des!i!ui,9o.\] 8N nes!a des!i!ui,9o >rogramada que +cons!i!u!iva de uma an?liseN o analis!adeve saber usar o cor!e P cor!e que +sem>re $ecundidadeN enquan!o ca!egoriaN+ in!er>re!a,9o e !amb+m su>Te se levarem con!a a angJs!ia >ara que o suei!oins!i!udo do incio >ossa ir sedesOazendo de suas insgnias e

iden!iOica,TesN dando lugar ao vazioessencialN vazio n9o do a>enas ocoN maso vazio em vol!a do qual o oleiro Oaznascer um vaso.. Ainda ou!ro >on!oN es!ebem elaborado >elo >sicanalis!a #ichel)ala! \10] + o Oa!o de que ao darau!onomia ao $igniOican!eN inver!endo aordem do algori!mo de $aussure \de s^$Nem Lacan $ s] a !eoria lacaniana seimbricou com a lingus!icaN mas ao dizerque n9o era da lingus!ica que se !ra!avaN

e sim de uma linguis!eriaN LacanNconOorme suas >r>rias >alavras >assa>ara uma ou!ra lgicaN n9o mais bin?riaNmas agora !ern?ria e + quando ele ci!amesmo a lgica^semi!ica de eirce \11].)ala! vai chamar a a!en,9o >ara o Oa!o deque o KsigniOican!eM lacanianoN n9o + uma>alavra qualquer \como >oderia ser sees!iv+ssemos na lingus!ica]. *umalinguis!eriaN >ensando6se na lgica!ri?dica de eirceN aqui sem>re um

signiOican!e ser? necess?riamen!e umlegissignoN ou sea um signo que !raz em

si uma leiN + a >resen!iOica,9o dela. 8ssalei !em a ver com algo da his!ria>ar!icular desse suei!oN que o levouN >oruma Kinsond?vel decis9o do serMN a ligares!e signiOican!e a algoN es!abelecendo6sea uma cris!aliza,9oN uma leide!erminan!e de como esse

signiOican!e^legissigno ir? Ouncionar. Yclaro que aqui es!? im>licada a ideia de!rauma e a Oorma como esse suei!o lidoucom ele. KA e3>eriQncia anal!ica nosobrigaN sem maisN a su>or que algumas

 vivQncias >uramen!e con!ingen!es dainOVncia s9o ca>azes de dei3ar comosequela Oi3a,Tes da libidoMN nos diz Freud\..]M \12] u seaN o con!ingen!e se!ornouN aN necess?rio. Duramen!e o!ra!amen!oN no chamado K!em>o >ara

com>reenderMN o !em>o se es>acializadando lugar aos signiOican!es mes!res\$1] cuo conun!o marca a his!ria dessesuei!o como Jnica. FicaN en!9oN a>ergun!a que nos in!eressa K#asquandoN en!9oN essa s+rie inOini!a mos!raseu >on!o de bas!aSM Freud nos Oala deuma an?lise Oini!a e inOini!a. eirce nosOala de um Kin!er>re!an!e OinalM.\'..(.%1"] 8sse Oim nos assinala o !+rminode um >rocesso de deslisamen!o e se

carac!erizaN en!9o >or se >resen!iOicara!rav+s de uma mudan,a de habi!o.

 enho me >ergun!ado se is!o n9o seria omesmo que acon!ece numa an?lisequando o suei!oN de>ois de esgo!ar !odasas suas cadeias designiOican!es^legisignosN de>ois dacons!ru,9o do Oan!asmaN ao a!ravess?6loNao se >osicionar Oren!e aquilo a quechegouN n9o es!aria num mesmo regis!roao mudar sua >osi,9o Oren!e ao gozoS

signiOican!e novo do qual nos Oala LacanN\1%] n9o !eria a ver com essa mudan,a deh?bi!o de eirceN quando se !em umnovo >rinc>io de organiza,9o dos di!osNmais de acordo com um Kbem6dizerMquando se !ra!a da an?liseS  Gos!aria de !erminar com uma obser6

 va,9o de 'ole!!e $oler sobre a des!i!ui,9osube!iva e a angJs!ia. $e com>reendibem sua >ro>os!aN no OinalN n9o + mais aangJs!ia que >redomina. A angJs!ia ser6

 viu duran!e o >rocesso >ara >ro>iciar osdeslocamen!os necess?rios. #as de>oisN

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/0

Page 161: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 161/298

e3is!iria en!9o um suei!o K>re!6`6su>>or6!erMN um suei!o com >ron!id9o >ara darcon!inuidade ` sua vida enOren!ando oque der e vierN a!+ a mor!eN nos dizela\14]. 8n!9oN assim como acon!ece nalgica !em>oral de eirceN !amb+m no>rocesso anal!ico o que deve

>redominar + a '*I*=IDAD8\enquan!o !erceiridade]. As\D8$]con!inuidadesN \secundidades]re>resen!adas >elos cor!es necess?riosnas sessTes e de>ois >elo >r>rio ANes!ariam a servi,o des!a'*I*=IDAD8.

Nota%1. F58=DN $. Kbras 'om>le!as de$igmund FreudM. radu,9o de Luis

)alles!eros B de orres. % vol. #adri)iblio!eca *uova. 1(1. Inconscien!e\11"].2. idemN \1%1] 'onOerQncia %1%. Lacan Oala >ela >rimeira vez de eirce no$emin?rio 7N da Y!ica da sican?liseN na li,9ode 1% de aneiro de 1/0.

4. <AA'N $usanN KFilosoOia das LgicasMN$9o aulo. =nes>. 2002.". A norma usual nas ci!a,Tes de eirce + aindica,9o dos 'ollec!ed a>erN >or '..seguida do nJmero do volumeN >on!oN>ar?graOo./. $L85N 'ole!!e. 'linica de a des!i!ucin

sube!iva in K&u+ se es>era Del >sicoan?lisisB Del >sicoanalis!aSM )uenos Aires. Le!ra iva. 2007 >>."16(2.7. Idem(. LA'A*N -acques osi,9o doInconscien!eN in K8scri!osMN 5io de -aneiro.

 -orge ahar. 1(.. $L85N 'ole!!eN idem10. )ALAN #ichel. KDes Oondemen!ss+mio!iques de La >sBchanalBse eirce a>rsFreud e! LacanM aris. L<arma!!an.2000.11. LacanN - $emin?rio 2%. $in!oma.

Li,9o de 1/ de mar,o de 17/.12. F58=DN $ a>ud $ilvia )leichmar in5e>e!icin B !em>oralidad. Kem>oralidadNDe!erminacin B AzarMN )uenos Aires.aids 14N no!a11N >."(.1%. LA'A*N -. li,9o de 17 de maio de 177.14. $L85N 'ole!!eN idem

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/1

Page 162: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 162/298

Sodalidades su*:etivas do tempo

E$ tiempo+ $a di%(o"ti"!idad ) e$ (orte

a*riela Haldemann 

La parti(!$aridad de$ tiempo e" $a a"=5!%tia

e in!eresa es>ecial6men!e la !em?!ica del!iem>o en la angus!iaBa que +s!e >resen!auna >ar!icularidadque es digna de de!e6nernos en su diOe6rencia. La angus!ia se

>resen!a como un com>?s de es>eraN cer6cana a la >er>leidad B >uede involucrarcoordenadas sube!ivas o noN como seaNnos >resen!a grandes diOicul!ades a lahora de su dialec!izacin. $e !ra!a de un!iem>o de de!encinN de cor!eN que gene6ralmen!e se mues!ra como discon!inui6dadN un momen!o de >+rdida de coorde6nadas sube!ivas. 8s!a abru>!a >+rdida dereOeren!esN Ba sean sube!ivosN imagina6riosN o bien en el caso en queobservamos una reduccin del sue!o asu cuer>oN le >ermi!e a 'ole!!e $olerdeOinir la angus!ia como un caso salvaede des!i!ucin sube!iva. Des!i!ucin quese >roduce >or encuen!roN B que no !ienenada de did?c!icoN >orque a >esar deleOec!o de re!orno el sue!o no >uedeob!ener un eOec!o did?c!ico de es!are>e!icin.  &uerra !rabaar es>ecialmen!e la an6gus!ia en !an!o aOec!o que irrum>eN mo6men!o cr!ico B >un!ual B no aquello queconce>!ualiza Freud como Kangus!iaseEalM que es el >un!o de anclaeN deamarre la >rimera emergencia que>ermi!e al sue!o orien!arse.

&uiero desarrollar B des!acar el sesgoclnico con el cual Lacan dis!ingui es!eaOec!o de en!re los o!ros. 8s un aOec!oe3ce>cional >orque es!? amarradoN B ese3ac!amen!e el >un!o de amarre el que le>ermi!e a Lacan aOirmar que es Kun aOec6!o que no engaEaM.

De!eng?monos >or un momen!o enes!a e3>resin >ara ser >recisos la an6gus!ia Kno engaEaM al analis!aN >orque enlo que res>ec!a a quien la >adece se !ra!ade un caso de cer!idumbre que incluBeuna >aradoaN Ba que siem>re se liga a unma!iz de >er>leidadN de desconocimien6!o. La e3>eriencia de la angus!ia dis!amucho de la idealizacin clnica que con6Ounde Kcer!eza de lo realM con la >osibili6dad de un eOec!o did?c!ico de la angus!ia.  =na de las deOiniciones de lo real quenos da Lacan en Ml ;eminario 11 es que se!ra!a de lo im>osible. $olidariamen!e cones!a ideaN en KLa a>er!ura de la $eccin'lnicaM deOine a la clnica >sicoanal!icacomo Klo im>osible de so>or!arM.  La angus!ia !iene una cercana os!ensi6ble con lo real >or eso mues!ra una >ar!i6cularidad res>ec!o de su a>aricin su!em>oralidad es!? ligada al momen!oN na6die >uede habi!ar allN algo en la e3>erien6cia misma eBec!a al sue!oN Lacan uegaen Ml ;eminario 10 con el !+rmino e:ecter Narroar el :e .  La angus!ia me evoca la im>osibilidadde habi!ar en un medio sin o3geno. 836>eriencia que hemos realizado !odos alsumergir la cabeza en el agua in!en!ando>ermanecer abao >ara luego de unos se6gundos salir boqueando a la su>erOicie.  Lacan deOine a la angus!ia como unKmomen!o de inmovilidadM. $iem>re re6sul!a J!il de!enernos cuando nos !ro>eza6mos con un o3moronN Oigura re!ricaque in!en!a conugar dos conce>!oso>ues!os en una sola e3>resin. 8n la

 violencia de esa conugacin asis!imos alesOuerzo que realiza el lenguae >or a>re6sar lo real. Del lado del oBen!e esa im>o6sibilidad lo obligaN a su vezN >or su car?c6!er de absurdoN a buscar un sen!ido me!a6Orico.

K#omen!oMN del la!n momentum  curio6samen!e !iene dos signiOicados en a>ari6enciaN con!ra>ues!os. La >rimera ace>ci6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/2

M

Page 163: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 163/298

n >roviene de movere N deno!a un movi6mien!o con!inuo B la segunda nos condu6ce a ins!an!eN temporis puctum N que acarreaun ma!iz sincrnicoN de cor!e.  !ras e3>resiones que Lacan u!iliza>ara reOerirse a la angus!ia son las deKabismoM B Kmu!ismo a!erradoM.

'ada uno de noso!ros !endr? numero6sos eem>los clnicos de cmo los>acien!es enuncian es!a de!encin!em>oralN modos de recor!ar esemomen!o en el que desa>arece el sue!ode la >alabraN donde la >er>leidadim>ide incluso la >osibilidad de dirigirseal !ro.

 omemos como eem>lo >aradigm?!i6co la Kalucinacin del dedo cor!adoM del<ombre de los Lobos. 8s!e e>isodio

acaecido en la inOancia del >acien!e es re6la!ado a Freud del siguien!e modo

KDe >ron!o no!+ con indecible!error que me haba seccionado eldedo meEique de la mano \derechao izquierdaS]N de !al suer!e que slocolgaba de la >iel. *o sen! ningJndolor slo una gran angus!ia. *o mea!rev a decir nada al aBaN dis!an!eunos >ocos >asos me desmoron+sobre el banco inmedia!o B

>ermanec all sen!adoN inca>az dearroar o!ra mirada al dedo;M.

  'omo vemos se !ra!a de una angus!ia!al que el niEoN duran!e un ins!an!eN no>uede siquiera dirigirse a su amada niEe6raN es realmen!e un momen!o de e3clusi6n del sue!o su>ues!o a la >alabra.

8l rela!o nos ilus!ra !ambi+n o!ra >ar!i6cularidad del !iem>o en los Oenmenosde angus!ia es que se >resen!an como unKmomen!o Ouera de serieM que no >uede

encadenarse.8s >or es!a va que se asemea a la >er6>leidad >ro>ia de la >re6>sicosis en losbordes del desencadenamien!o.  'omo des!aca $oler xvolver en lo realxN!iene >ara Lacan una deOinicin muB >re6cisaN e3>lci!a B quiere decir volver Ouerade la cadena signiOican!e. Algo re!orna deun modo !an crudo cuando la cadena seha ro!o. 8l sue!o ca>!a que >asa algo>ero no >uede deOinirlo. 8s >or eso que

nos reOerimos al abismo o al v+r!igo al

evocar la angus!iaN !odo ello condensadoen un ins!an!e.

KIns!an!eM e!imolgicamen!e deriva dela e3>resin Kes!ar en >ieMN Kes!ar inm6

 vilM. $i !uviera que elegir o!ro o3moron+s!e sera Kins!an!e a!em>oralM. La angus6!ia es un momen!o en sus>enso que dea

al serhablan!e sin movimien!oN sin!iem>o B sin voz.

$u car?c!er !rans6es!ruc!ural borra lasgrandes dis!inciones en!re las Oormas deres>ues!a neur!icas B >sic!icas. 8l sue6!o se con!en!a con huirN re>rimir B evi!ar.$us maniOes!aciones clnicas suelen ser>asaes al ac!oN ac!ings ou! B sn!omasN enel meor de los casos !odos es!osrecursosN aun los m?s deses>eradosN>ermi!en me!onimizar la angus!iaN es de6

cir reducirla.ero el momen!o >ro>io de la angus!ia

es la >e!riOicacin Oren!e al >eligroN all elsue!o no se mueve su evi!acin Ba es unresul!ado.

$abemos que el obe!o a es causa dedeseoN cuando es!e obe!o se encuen!raen Ouncin de causa del deseoN es m?sbien una solucin a la angus!ia. 'uandoel sue!o se man!iene como desean!eN nohaB angus!ia. 8s!o im>lica que una solu6

cin no >a!olgica >ara la angus!ia se di6 visa en !orno al deseo.

E$ (orte i"terpretatiFo  8l descubrimien!o Oreudiano veriOicaen la e3>eriencia clnica que e3is!e un sa6ber ar!iculado que de!ermina al sue!o>ero que >or la e3!raEeza que >roduce aquien lo >roOiere hace que nadie se sien!a>or com>le!o res>onsable del mismo.

'uando un sue!o se encuen!ra con ese

saberN B es!o slo es >osible >or la va de>onerlo a hablar B de silenciar el sen!idocomJn que nos habi!aN se desconoce enaquello que diceN bien >uede seguir esa>is!a o elegir desconocerla >or >oco gra6!a. 8s la a>licacin del dis>osi!ivo anal!i6co lo conduo a Freud al Km?s all? del>rinci>io del >lacerM.

Lacan nos dice en KLa direccin de lacura B los >rinci>ios de su >oderM

K;>orque es como en derivacinde la cadena signiOican!e comocorre el arroBo del deseo B el sue!o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/%

Page 164: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 164/298

debe a>rovechar una va de !iran!e>ara asir en ella su >ro>io Oeedbac\;] orque el deseoN si Freud dicela verdad del inconscien!e B si elan?lisis es necesarioN no se ca>!asino en la in!er>re!acinM.

  La re>e!icin no im>lica un e!erno re6

!orno de comienzos B OinalesN recae en unrasgoN un elemen!o de escri!uraN que con6memora una irru>cin del goce.

 Ahora bienN cmo es >osible que el ser6%a*lante  regis!re el eOec!o de la re>e!icin>ara hacer de ella algo que de >aso a unaescri!ura nueva.  8s >or la >resencia del analis!aN la a>li6cacin de la regla B la in!er>re!acin quese >odr? hacer del ins!an!e serie.  *os inclinamos a >ensar en!onces que

el ac!o anal!ico mismo su>one la reduc6cin de la angus!ia.  'omo Lacan dice en )& *eminario 11ser? necesario +,cana&i-ar&a

dosificar&a. para /e no nos abrme e

imp&ica &a dific&tad /e es corre&ati$a

de &a /e e'iste en conar e& seto

con &o rea&M.  La in!er>re!acin siem>re im>lica uncor!eN se !ra!e o no de un cor!e de sesinB ser? esa o>eracin la que re!ome eseelemen!o que se re>i!e B le o!orgue o!ro

 valor. 8l cor!e in!er>re!a!ivo >ermi!e deese modo que el sue!o >ueda >erca!arsede su >ro>ia ubicacin en lo real.

8l medio decir de la in!er>re!acina!aEe a la causa del deseo >ero no>redica nada acerca del obe!o. 8n sumedio decir in!roduce bruscamen!e unelemen!o Oal!an!e B !ransmu!a lare>e!icin en la >osicin Oan!asm?!ica delsue!o. La Oiccin del sue!o su>ues!osaber >ermi!e que el analis!aN con sudeseo ar!iculado en el decir a medias dela in!er>re!acinN >uede dar un sen!ido aalgo que >ara el sue!o no lo !ena. *o va

en la direccin de e!ernizar el Kins!an!ea!em>oralM ni de su!urarlo.  ara OinalizarN en el mismo !e3!o LacandeOine la in!er>re!acin de la siguien!emanera

KLa in!er>re!acinN >ara desciOrarla diacrona de las re>e!icionesinconscien!esN debe in!roducir enla sincrona de los signiOican!esque all se com>onen algo quebruscamen!e haga >osible su!raduccin P>recisamen!e lo que>ermi!e la Ouncin del !ro en laocul!acin del cdigo P Ba que esa >ro>si!o de +l como a>arece suelemen!o Oal!an!eM.

  8s!a ci!a re!oma las dos dimensionesque condensa Kmomen!oMN una diacrni6

ca B o!ra de orden sincrnicoN in!roduci6do >or el analis!a. $e !ra!a de una res6>ues!a nueva que >or una va diOeren!e ala K>ol!ica del aves!ruzM >ro>icia una so6lucin a la angus!ia.

i8$io5ra-a

Diccionario @O0 N )arcelona 8s>aEaN 17.

F58=DN $.N KDe la his!oria de una neurosisinOan!ilM \'aso Khombre de los lobosM]N

 omo HIIN O*ras 'ompletas N   Amorror!u8di!oresN 1(/.

LA'A*N -.N KLa direccin de la cura B los>rinci>ios de su >oderMN Mscritos  2N $iglo HHI8di!oresN )uenos AiresN 1(7.

 Ml ;eminario 10 #a angustia N 8di!orial aidsN200".

 Ml ;eminario 111 #os cuatro conceptos "undamentales del psicoanálisis. 8di!orial aidsN)uenos AiresN 1(.

 A>er!ura de la seccin clnica. 8n OrnicarW .e!relN )uenos AiresN 177.

$L85N 'ole!!e &u+ se es>era del >sicoa6n?lisis B del >sicoanalis!aS Le!ra iva 8di!o6rialN )uenos. AiresN 2007.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/4

Page 165: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 165/298

Sodalidades su*:etivas do tempo

O tempo de (o"%tit!iBo da i"i8iBo

lria usto Sartins 

 clnica >sicanal!ica reve6la as diOeren!es Oormasda realidade do !em>oN

 vivenciadas >or cadasuei!oN de>endendo dasOases da vida e daes!ru!ura >squica. A>ro>os!a des!e !rabalho

+ es!abelecer uma rela,9o en!re o eOei!odo !em>o e a sua conseqQncia no es!udoda inibi,9o neur!icaN a >ar!ir de

Oragmen!os de um caso clnico.  !ermo inibi,9oN numa abordagemm+dicaN diz res>ei!o ` Ksus>ens9oN dimi6nui,9o ou re!ardamen!o !ransi!rio daa!ividade de uma >ar!e do organismoN>or eOei!o de e3ci!a,9o nervosaM1. *os>rimrdios da sican?liseN no >erodo dassuas corres>ondQncias a FliessN Freud u!i6lizaN >ela >rimeira vezN no #anuscri!o A2No !ermo inibi,9o \<emmung]N cuas reOe6rQncias >os!eriores vQm associadas `

deOesa do a>arelho >squicoN devido aoe3cesso de se3ualidade >squica que gerades>razer.  *o es!udo sobre =ma lembran,a da in6OVncia de Leonardo da inci%N >or e3em6>loN Freud associa o !ema da inibi,9o `ques!9o da >esquisa se3ual. 8nOocaN em>ar!icularN a >uls9o esc>icaN ou o deseode ver o cor>o nu da m9eN gerando o im6>ulso de saber 6 Tissensdrang . A hi>!eseOreudiana + que a acen!uada curiosidade

de Leonardo es!? relacionada com os >ri6meiros anos de vida em que Oicou en!re6gue ` carinhosa sedu,9o ma!erna e ` >ri6

 va,9o !o!al da au!oridade do u!ro >a!er6no. *aquele >erodoN des>er!ou6se neleuma com>rovada in!ensiOica,9o da a!ivi6dade se3ual inOan!il eN consequen!emen!eNde suas >esquisas inOan!is. A >uls9o esc6>ica e o deseo de saber Ooram Oor!emen6!e e3ci!ados >elas im>ressTes mais remo6!as da inOVncia. $ua !endQncia >ara a cu6

riosidade se3ual Ooi sublimada numaVnsia geral de busca do saber. A ou!ra

>ar!e da sua libidoN mui!o menorNre>resen!a a vida se3ual adul!aN com!ra,os homosse3uais.  A >ar!ir daN veriOicou6se que o im>ulsode saber vai !er !rQs des!inos diOeren!es1] inibi,9o neur!icaN em que a >esquisa>ar!ici>a do des!ino da se3ualidade P acuriosidade in!elec!ual >ermanece inibidae a liberdade da a!ividade in!elec!ual>oder? Oicar limi!ada 2]desenvolvimen!o in!elec!ualN

suOicien!emen!e Oor!e >ara resis!ir aorecalque se3ual que o domina P a >esqui6sa !orna6se uma a!ividade se3ual eN >ormui!as vezesN a subs!i!uiN visandoN com6>ulsivamen!eN a encon!rar o gozo se3ualdas >rimeiras inves!iga,Tes %] im>ulsode saberN o qual esca>aria ` inibi,9o do>ensamen!o neur!ico com>ulsivo P aa!ividade se3ual + recalcada e subs!i!uda>ela >esquisa com>ulsiva.Freud des!aca que Leonardo es!aria no

!erceiro casoN em que a libido se un!a `curiosidade se3ual desvia seu alvoa!rav+s do mecanismo da sublima,9oN e a>esquisa in!elec!ual !orna6se libidinalNsem !ra!ar do saber se3ual. 8sse algo queesca>a >ela via da sublima,9o + o que OazLeonardo criar P >or e3celQnciaN a ar!ede driblar o recalque.

 Anos mais !ardeN em 12/N emInibi,9oN sin!oma e angJs!ia4N Freudar!icula o concei!o de inibi,9o com

ou!ros dois concei!os >resen!es naclnica o sin!oma e a angJs!iaN Oormandouma !rade de relevan!e im>or!Vncia na!eoria anal!ica. Assinala que os concei!osde inibi,9o e de sin!oma n9o seencon!ram no mesmo >lano. A inibi,9o+ um >rocesso que ocorreNe3clusivamen!eN na dimens9o do eu e see3>ressa como redu,9o OuncionalnormalN n9o sendoN necessariamen!eNalgo da ordem do >a!olgico. 'on!udoN

quando essa Oun,9o a>resen!ar6semodiOicadaN ou surgir nova maniOes!a,9o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/"

Page 166: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 166/298

>a!olgica delaN >oder? !ornar6se umsin!omaN nomeado de inibi,9o neur!ica.  A inibi,9o + e3clusiva do euN ocorre deOorma im>os!aN sea >or consequQncia demedida de >recau,9oN sea >or em>obre6cimen!o energ+!ico. eu + a>resen!adocomo algo que !em de servir a dois se6

nhores o isso e o su>ereu. ara im>ediro recalque e o conOli!oN o eu res!ringe assuas Oun,Tes como Oorma de >recau,9ocon!ra o su>ereu. or issoN a inibi,9o es!?Orequen!emen!e relacionada ` angJs!ia eao recalque".  A im>or!Vncia da inibi,9o >ara a !eoria>sicanal!ica vai al+m do Oa!o dere>resen!ar a res!ri,9o de uma Oun,9o doeu. Freud a e3>licou como Oun,9omo!ora. Lacan re!oma o es!udo de !ais

concei!osN re>resen!ando6os na !o>ologiado n borromeano a!rav+s dos regis!rosKimagin?rioN simblico e realM/. Ainibi,9o es!? localizada num Oalso buracoN>roduzido >ela invas9o do imagin?rio nosimblicoN o qual Oica reduzido eN comoconsequQnciaN res!ringe6se aambiguidadeN carac!ers!ica >r>ria dosigniOican!e.

K8s!ar im>edido + um sin!oma e inibi6do + um sin!oma >os!o no museuM7.

que Lacan queria dizer com !al >ro>osi6,9oN ? que n9o desenvolve seu signiOica6doS =ma hi>!ese >ode ser levan!ada83is!emN num museuN v?rias cole,Tes deobe!os e3>os!as ao olharN mas n9o ao !o6que s9o >e,as de ar!eN descober!as cien!6OicasN en!re inJmeras ou!rasN que com6>Tem uma his!ria localizada no >assado.Y como se o suei!o inibido es!ivesse >a6ralisado num museuN evidenciando6se aum simblico em>obrecido na cadeia as6

socia!iva.  'abe o recor!e de um caso em incio dean?lise. =m homem de 40 anos de idaderela!a uma inibi,9o de Oalar e de e3>or6seem >Jblico P >ossibilidade que lhedesencadeia e3>ec!a!iva angus!ian!e euma s+rie de sin!omas Osicos \sudoreseN!aquicardiaN >ress9o no >ei!oN bolo nagargan!a e angJs!ia]. >acien!e >er!encea um gru>o religioso no qual cos!umavarealizar !areOas que lhe demandam dirigir

e organizar encon!rosN OalarN can!ar e!ocar numa banda >ara de!erminadas

>la!eias. A!ualmen!eN sen!e6se inca>azN>aralisadoN a!errorizadoN quandoconvidado `s mesmas a!ividades quean!es lhe davam >razer. Frequen!emen!eN+ escolhido >ara realizar cer!as !areOas>or a>resen!ar as melhores ideiasN >or+mcede seu lugar ao u!ro. suei!o

inibidoN em geralN mos!ra6se im>edido dee3ecu!ar o a!oN n9o arrisca eN eOe6!ivamen!eN n9o e3>Te seu deseoN que Oicaes!agnado.  *uma sess9oN o >acien!e associa !aissensa,Tes Osicas com a lembran,a quelhe reme!e aos 12 anos de idadeN ao ga6nhar bolsa de es!udo e !rocar a escola>Jblica >ela >ar!icularN onde sua m9e eraOuncion?ria. *9o se sen!ia ` von!adecom os ou!ros colegasN >ois n9o

com>ar!ilhavam as mesmas vivQnciasNcom e3ce,9o do ogo de Ou!ebolN quandoera escolhido >or suas habilidades. Alembran,a mais marcan!e relaciona6se aum >roOessor que n9o usava livrodid?!ico suas aulas eram di!adas eN Kdere>en!eMN ele a>on!ava >ara um aluno eOazia >ergun!as sobre a ma!+ria. >acien!e recorda que Oicava a>avoradocom a >ossibilidade de ser o escolhido>or issoN es!ra!egicamen!eN sen!ava no

Oinal da salaN escondendo6se a!r?s dos co6legasN longe do olhar do >roOessor.  *a verdadeN !al >roOessor nunca lhe di6rigiu uma >ergun!aN >or+mN h? dois anosdes!e rela!o ` analis!aN a si!ua,9o se re>e6!e ele a>resen!a um soOrimen!o angus6!ian!eN semelhan!e ao sen!ido na escola.Duran!e os cul!os religiososN >rocuraOicar no Oundo da igreaN >er!o da >or!ade sadaN longe daqueles que lhe>oderiam >edir algo.

  *um segundo momen!oN associa aOigura do >roOessor ` do >as!or. Aos 20anosN engravidou a namorada e Ooichamado >elo >as!or >ara conversarsobre casamen!o. 'omo o ovem decidiun9o se casar an!es do nascimen!o dobebQN o casal Ooi e3cludo do quadro demembros da igreaN >araN s mais !ardeN!ornar a ser admi!ido. al si!ua,9o Oezcom que o >acien!e se sen!isse ainda>reso ao signiOican!e Kde re>en!eMN

escondendo6se a!r?s do u!roN a Oim deevi!ar serN Kde re>en!eMN chamado em

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1//

Page 167: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 167/298

>Jblico. 8m ou!ra si!ua,9o na sala dees>era do analis!aN diz que levou umsus!o quando Kde re>en!eM abriu6se a>or!a.  *a inibi,9oN o u!ro se a>resen!a as6sus!ador P o >roOessorN o >as!or... *a his6!eria masculinaN o >acien!e su>Te que !ais

re>resen!an!es do u!ro homem sabe6riam res>onder o que + ser um homemS suei!o inibido evi!a a ques!9o do 'he

 vuoiS que o u!ro quer de mimS La6can assinala que o suei!o n9o sabe sobreo deseo do u!ro + a que a angJs!ia semaniOes!a de Oorma com>le3aN >orque Kosuei!o n9o consegue saber qual o obe!oa que ele + >ara o u!roM(.  Dessa OormaN o >acien!e man!+m o de6seo insa!isOei!o o soOrimen!o de ser cha6

mado em >Jblico na escola ou na igreaassemelha6se ao soOrimen!o do n9o6acon6!ecidoN do n9o ser chamadoN na medidaem queN solici!ado ou n9oN os mesmossin!omas Osicos a>arecem. Y in!eressan!edes!acar que o signiOican!e Kde re>en!eMn9o desliza na cadeia signiOican!eN >oisqueN >ara o suei!oN ele reme!e a uma an6!eci>a,9o !em>oral da hora derradeiraNcomo uma declina,9o do !em>o da neu6

rose his!+ricaN Ko cedo demaisMN !razendoconsigo um aOe!o >r>rio P a angJs!ia.  A dire,9o do !ra!amen!o seria !irar osin!oma do museuN >romovendo o desli6zamen!o do signiOican!e Kde re>en!eM nacadeia associa!ivaN ins!aurando6se umanova !em>oralidade que n9o seriaN neces6

sariamen!eN de sus!oN de sur>resaN de mo6men!o an!eci>ado.

Re-er"(ia% i8$io5r#-i(a%,1. <LA*DAN Aur+lio )uarque. *ovodicion?rio da lngua >or!uguesa. 5io de

 -aneiro *ova Fron!eiraN 17N >. 7/7.2. F58=DN $igmund. #anuscri!o A \1(2].In bras com>le!as. )uenos Aires

 Amorror!uN ol. I 1%.%. F58=DN $igmund. =n recuerdo inOan!ilde Leonardo da inci. \110]. In bras'om>le!as. b.ci!.N ol. HI.4. F58=DN $igmund. InhibicinN sin!oma Bangus!ia. \12/]. In bras com>le!as. .>.ci!.N ol.HH.". Ibid. >. (46(/./. LA'A*N -acques. $emin?rioN livro 215$I. \17467"]. In+di!o.7. LA'A*N -acques. $emin?rioN livro 10

 A angJs!ia \1/26/%]. In+di!o.(. Ibid.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/7

Page 168: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 168/298

Sodalidades su*:etivas do tempo

O tempo do %!9eito "a p%i(a"#$i%e, (o"%iderae%%o8re o o89eto e a "omi"aBo

Daniela ;c%einQman '%atelard a clnica >sicanal!icaN!rabalhamos com a!em>oralidade dosuei!o inconscien!eem sua rela,9o com aes!ru!ura da linguagem.8m !ermos !em>oraisNsabemos o quan!o +

>recioso >ara a >sican?lise a reOerQncia ao

Ou!uro an!eriorN no s6de>ois daelabora,9o simblica. !em>o >aracom>reender im>lica o !em>o >ara a>assagem ao simblico. Assim sendoNessa assun,9o Oalada de sua his!ria lhe>ermi!e Kreordenar as con!ingQncias>assadas dando6lhes o sen!ido dasnecessidades >or virM . 8sse !rabalho dea6>ari,9o do serN de >arir o serN + !odoum >rocesso de Durchabei!ung >erlabora,9o de uma >sican?lise. *es!a

mesma veiaN Lacan sublinha a im>or!Vn6cia da rela,9o simblicaN no seu >oder denomear os obe!osN es!ru!urando a>erce>,9o. Y a!rav+s da nomina,9o que oser Oaz subsis!ir a consis!Qncia num obe6!o. Aqui se Oaz uma men,9o ` dimens9o!em>oral do obe!o x obe!o num ins6!an!e cons!i!udo como uma a>arQncia dosuei!o humanoN a>resen!aN en!re!an!oNuma cer!a >ermanQncia de as>ec!oa!rav+s do !em>o. 8ssa a>arQnciaN que

>erdura um cer!o !em>oN s +es!ri!amen!e reconhecvel >or in!erm+diodo nome. nome + o !em>o do obe!ox.$abemosN que !em>o + >reciso. $e +>reciso !em>oN + >orque uma >sican?liseacon!ece >or uma su>osi,9o. To esUar,soll /c% Uerden N o suei!o deve advir. orde!r?s do advir + a verdade do suei!o quees!? em causa. erdade do suei!o comoOic,9o a >ar!ir da qual uma his!riacome,a a ser con!ada.

ara desdobrar !al !em?!icaN FregeN di6 versas vezes ci!ado >or LacanN duran!e o

seu ensinoN sobre!udo em seu Jl!imo se6min?rio de 171^72 \ $aber dosicanalis!a] + e3em>lar. que +essencial >ara ns na lgica de FregeN s9oas duas rela,Tes concei!o^obe!o eNdeno!a,9o^sen!ido. FregeN Ooi uma dasgrandes reOerQncias que >ermi!iu LacanOormular sua !eoria do =m e dacon!agem na re>e!i,9o vindo do cam>o

do u!ro. ara FregeN com eOei!oN ZonJmero \...] deduz6se do concei!oN ele +\...] um !ra,o do concei!o[ . 83is!e uma!ransi,9o do >uro concei!o ao nJmeroque + a e3!ens9o do concei!o. 8s!e>rimeiro concei!oN en!9oN Ouncionariacomo um >on!o de reOerQncia que dariaem seguida sen!idos diOeren!es. raN es!econcei!o Oundamen!al seria um concei!o

 vazioN da seguiria uma s+rieN umae3!ens9o do concei!oN conOorme a

e3>ress9o de FregeN mas nes!e concei!o vazio >ermaneceN no en!an!oN umelemen!o o conun!o vazioN o elemen!oda ine3is!QnciaN que e36sis!e e Ounda ae3!ens9o do concei!o. $e nosre>or!armos ` >sican?liseN nelaencon!raremos a Oun,9o do !ra,o un?rioNque + bem a Oun,9o do um comoOundadorN o um da ine3is!Qncia comoinscri,9o do signiOican!e. =m vai aomesmo !em>o e36sis!irN inaugurar e dar `

cadeia signiOican!e seu !om de re>e!i,9oo =mN a s+rie dos $I signiOican!esmes!res do suei!o o en3ameN vai daras modula,Tes da re>e!i,9o. nJmero +um >redicadoN Zele +[ e sua essQncia + serum >uro mJl!i>loN um mJl!i>lo >or!ando>redicados. que nos in!eressa nessa!eoria + a aber!ura que ela nos d? >ara>odermos Oalar do lugar ausen!eN vazioNda ine3is!Qncia que >ermi!e Oundar o=m. #as o =m em sua singularidade + o

que e36sis!e e Ounda de um lado o lugar

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/(

N

Page 169: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 169/298

 vazio eN do ou!roN + o que se inscreve nas+rie dos signiOican!es.

ara LacanN a lgica do nJmero in!ro6duz o con!?vel. *o que concerne ao limi6!e do con!?velN ar!iculado ao limi!e da lin6guagemN Frege !ra!a o ZnJmero inde>en6den!emen!e do a!o de con!ar[. nJmero

>ode ser considerado como uma sequen6cia serial e como o limi!e de uma Oun,9o.raN o >r>rio Frege era um lgico dalinguagem eN como !alN era sensvel a esse>on!o de limi!e con!ido >elo universosimblicoN o universo da linguagem. 'omLacanN esse limi!e da linguagem + o>on!o de obs!?culo que indica o real.Frege !oma o concei!o de conun!o vaziocua a!ribui,9o de nJmero + o zero a>ar!ir do qual a >roliOera,9o dos nJmeros

se mul!i>lica sem limi!eN maniOes!andosob Oorma serial uma inOini!ude. que>ermi!e o vnculo en!re o suei!o e ocom>lemen!o de obe!o + Za ins!aura,9odo sen!ido[. AssimN como demons!raFregeN Zo nJmero 2 cai sob o concei!onJmero >rimeiro[ + >reciso oencadeamen!o das >alavras cai sob >araque uma Orase >ossa deno!ar uma rela,9oe !er um sen!idoN ao >asso que as >alavras` rela,9o de subsun,9o de um obe!o sob

um concei!oN longe de designarem umarela,9oN designam bem mais um obe!oNcon!an!o que esse obe!o !enha valor de

 verdade. 8m ou!ras >alavrasN de acordocom essa lgicaN o obe!o e3is!e se adeno!a,9o do signo \ou de um concei!o]que e3>rime um sen!ido !iver valor deZverdade verdadeira[N e o obe!o n9oe3is!e se a deno!a,9o do signo !iver valorde Zverdade Oalsa[. 8m ou!ras >alavrasNe3is!e em Frege a >assagem do concei!o

como signo ` e3is!Qncia do obe!o essa>assagem soOre o >rocesso da subsun,9o.

 AssimN n9o se !ra!a mais de rela,9oN masbem mais do obe!oN de sua e3is!Qnciaque cai sob um concei!o. 8m sumaN Zumobe!o cai sob o concei!o se Oor bem umcaso de verdade[N em ou!ras >alavras seZo obe!o validar o concei!o.

 udo \...] se origina do valor de verdade dos enunciadosN que + adeno!a,9o delesN o verdadeiro ou o Oalso[

. $e em Frege encon!ramos a dualidade verdadeiro^Oalso reOeren!e ao valor do

obe!oN na >sican?liseN >or ou!ro ladoNencon!ramos a>enas um Jnico obe!oNaquele que de imedia!o es!? >erdidoN quedei3a um lugar vazio um obe!o que caisob o Oalso6ser do suei!o e que ser?cons!rudo em sua diacronia. 'om eOei!oNn9o + do valor de verdade que se !ra!aN

mas bem mais da verdade criada de umacausa doravan!e >erdidaN de uma verdadeque cai sob o Oalso6ser. Y >elo Oa!o decausar um obe!o que o deseo vaiaOigurar6se onde ele !inha no incio umaOoiceˆ do !em>oN uma Oalha e ao mesmo!em>o + >reciso !em>o ZAssim + que oinconscien!e ar!icula6se daquilo que doser vem ao dizer[ . YN com eOei!oN sobreessa >ers>ec!iva e es!ru!ura Oundamen!alque a Oala do suei!o desliza e con!a sua

singular his!riaN a>esar dos caminhos!urbulen!osN a des>ei!o de !odos osdesvios e con!ornos a!ravessados >elosacon!ecimen!os do suei!oN esse suei!odo inconscien!eN como lei!or de nadamenos que sua >r>ria his!ria doinconscien!e. ra!a6se de ler os eOei!os deum dizer Z*a >sican?liseN a his!ria +ou!ra dimens9o que a dodesenvolvimen!oN a his!ria s >rossegueem con!ra!em>o do desenvolvimen!o[ .

Y >reciso !em>o >ara >arir o ser.  'omo mos!ra Lacan em seu $emin?rioHIH u >ior saber do >sicana6lis!a o =mN o $1 e o zero Oazem a>enasum 8sse $1 que + o signiOican!e daine3is!Qncia + igualmen!e aquele queOunda a cadeia signiOican!e + a unicidadeque >ermi!e a seqQncia das unidadesN aunicidade como !ra,o Jnico. #as Ooi>reciso seu >receden!eN o zero o um se3is!e a >ar!ir do ZOundo de ine3is!Qncia[.

8sse !ra,oN embora es!ando e3cludo deuma s+rie a virN concerne ao suei!o aadvir. A esse !ra,o JnicoN a esse 8inzigerugN n9o se >ode a!ribuir o es!a!u!o designiOican!eN como diz Lacan no$emin?rio III A ransOerQnciaN masbem an!es o de signoN signo comoOun,9o da unidadeN de uma reOerQnciaN deuma baliza que indiquem ao mesmo!em>o uma >resen,aN um deseoN odeseo do u!ro. Z =m como !al + o

u!roN \...] >roOunda e enigm?!ica es6!ru!ura do =m como diOeren,a \...] de

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/

Page 170: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 170/298

onde se >ode ver o signiOican!e se cons!i6!uir \...] + no \u!ro][ . signiOican!e!em como su>or!e esse !ra,o !omado emsua unicidade e que doravan!e escrevesua diOeren,a. 8is a iden!iOica,9oinaugural que Znada !em a ver com auniOica,9o[. 8sse signo !em como

ZreOerQncia origin?ria o ou!ro[N ao qualbas!a o olhar do u!ro Zin!eriorizando6se>or um signo[ N esse signo de ondeseguir? o signiOican!e queN diOeren!emen!edo signoN Zre>resen!a o suei!o >ara ou!rosigniOican!e[. Y o signoN como Oun,9o dosigniOican!eN uma vez que ele + o >on!ode amarra de algo de onde o suei!o se

con!inua[ . obe!o aN o obe!o da>sican?liseN + o Jnico que e36sis!e einsis!e em dar a vol!a em !orno da Oal!aes!ru!uran!e.

suei!o deve advir sob os eOei!os dosigniOican!eN sob os eOei!os das Oor6ma,Tes do inconscien!eN do inconscien!e

es!ru!urado no cam>o da linguagemonde a Oala es!? como Oun,9oN comoelemen!o vari?vel. $er? nessa es!ru!uralgicaN diacrUnica e sincrUnicaN que osuei!o e o obe!o !omar9o seus lugares.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 170

Page 171: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 171/298

Sodalidades su*:etivas do tempo

Co"%idera(io"e% %o8re e$ i"%ta"te

'ristina !oro

  a nocin de ins6!an!e es en s mismacasi una reOerenciaobligada a $renieregaard N>ensador in!eresadoen el !ema del!iem>o que se

ocu> >ar!icularmen!e de es!a nocin. LareOerencia a ieregaard es rei!erada en laobra de LacanN a veces e3>lci!amen!e B

o!ras veces no. Finalmen!e lo ci!arindi+ndole homenae en el seminario5$I. A es!e au!or muchos lo ubicancomo OilsoOoN o!ros no lo ace>!an es esaca!egoraN +l se deOine como escri!or.  8n Ml concepto de la angustia M1"  deOineal ins!an!e como una !em>oralidad arran6cada a la e!ernidad. *os dice que en elins!an!e la e!ernidad >ene!ra al !iem>oN loque >ermi!e >ensar inversamen!e que aunes!ando en el !iem>oN es un Ouera de

!iem>o a la vez. 8s en el ins!an!e cuandose >roduce la >aradoa !em>oral en quelo e!erno >ermi!e sube!ivar lo Oini!o.'om>robamos que se !ra!aN >ara es!eau!orN de una radicalizacin de lacon!radiccinN en la cual se ubica el!iem>o en una dimensin que anuda loe!erno B el devenir.

ienso que es!a nocin de ins!an!e !alcomo la >lan!ea ieregaardN que ar!iculaal ins!an!e como la bisagra mismaN como

el cor!e en!re >ensamien!o B ser1/N  va a!ener sus resonancias en la >ar!icularidadde la modulacin17 del !iem>o en la clni6ca anal!icaN en la que el inconsciente es elcorte en acto entre su:eto 8 el Otro1(.

195 I858GAA5DN $. K Ml concepto de la angustia M8di!orial 8s>asa6'al>e196  ieregaard dice K#a e3istencia no puede ser

 pensada, pero el e3istente es pensante”, en el '?>. %MLasube!ividad real.Mde la osda!a a las #igaasFilosOicas17 5eOerido a la Lgica.1( LA'A*N -. osicin del inconscien!e. 8scri!os2. ?gina (1(. $iglo HHI edi!ores

  ara ieregaard el !iem>o es discon!i6nuidad de ins!an!esN B el ins!an!e ubicadocomo una ru>!ura en la con!inuidad es el>un!o de m?3ima !ensin de lae3is!encia. 8s la ca!egora !em>oral en laque se >roduce lo que +l llama el saltoN laru>!ura de la con!inuidadN el cor!e. 8s enel ins!an!e que el sue!o se enOren!a a la>ura diOerencia en la que se aOirma a smismo. ieregaardN que es el >ensadorde la diOerencia absolu!aN a la que >lan!ea

en !+rminos de e3is!enciaN !al como lohace Lacan en el seminario #aidenti"icacin M1N va a considerar comoins!an!e +!ico al ins!an!e en que se>roduce la eleccin de s mismo. 'abeseEalar que adem?s >ara es!e au!or haBdis!in!os ins!an!esN el de la creacinar!s!icaN el del enamoramien!oN el de laOe.  $iguiendo la obra de Lacan com>roba6mos que su >ensamien!o se dis!ancia de

<egelN B se a>ro3ima a ieregaardNcuando >lan!ea a la cura no como eldevenir de las !ransOormacionessube!ivas en una con!inuacin lanzadahacia el inOini!oN en la cons!ruccin de unsaber absolu!oN sino in!roduciendo la ideade es!e salto  que la mediacin dial+c!icano >uede anularN sal!o en la cadenasigniOican!e N m?s all? del >ar!enaire !roNdonde se a!ra>a al obe!o >ar!enaire delgoceN donde se hace lugarN a eso que se

esN a la eleccin de la a*soluta di"erencia Nque cabe agregarN no es sin que o>ere eldeseo del analis!a200.

$abemos que el !iem>o en la clnica>sicoanal!ica lacaniana es !iem>o >ensa6do en !res !iem>os ins!an!e de verN !iem6>o de com>render B momen!o de199  LA'A*N -. $eminario Libro IH K#aidenti"icacin M 'lase 7 del 10 de enero de 1/2.\ In+di!o]200 I858GAA5DN $. K Ml concepto de la angustia M

8di!orial 8s>asa6'al>eN B Lacan -. $eminarioNLibro 11 K#os cuatro conceptos "undamentales del psicoanálisis M. ?ginas 2(1 a 2(4. 8di!orial aids]

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 171

L

Page 172: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 172/298

concluir. Decimos que el ins!an!e de verno es simul!aneidad de elemen!os si6mul!?neosN sino que Ba im>lic una elec6cinN que es una seleccin en esa simul!a6neidadN >or eso >odemos decir que el ins6!an!e de ver es una o>eracin de cor!eN delocalizacinN sin sue!oN mien!ras que el

!iem>o de com>render es la a>rehensinde una OormaN que da lugar a que se>reci>i!e el momen!o de concluir.201 

Ins!an!eN !iem>o B momen!o anudan laan!ici>acin B la re!ros>eccinsigniOican!eN >ero el ins!an!e en !an!ocor!e es el !iem>o e!ernoN realN que slo>uede sube!ivarse como ru>!ura de lacon!inuidad.  Dos !iem>os elec!ivos diOeren!esN el delins!an!e de ver B el del momen!o de

concluir. 8s!e Jl!imo coincide con la no6cin de se>aracin >lan!eada en el semi6nario HIN B que se >uede ar!icular al !iem6>o del ac!o como el de reunin lgica.or eso la certidum*re  es siem>re anticipada Nla e3>eriencia de concluirN desde el >un!ode vis!a lgicoN aOirma la >rimera. #ien6!ras que el segundo !iem>o es de sus>en6sinN en relacin a la sube!ivacinN Ba queel segundo !iem>oN el de la duda en elsen!ido car!esianoN es el !iem>oN la hora

del !ro. 8l !ercer !iem>o es el de la de6!erminacin sube!iva. 5ecordar que los!iem>os son lgicos B no haB uno sin elo!roN se sumergen uno en o!roN son mo6men!os de la evidenciaN dice LacanN >eroen su modulacin los !i>os clnicos mos6!rar?n su >ar!icularidad.  8ncuen!ro que la idea con la que >lan6!ea Lacan la !em>oralidad del ins!an!e ensu obraN si bien es un momen!o de laobra de Lacan >roOundamen!e

hegelianoN >uede ser ar!iculada con loque desarroll ieregaard. pa que el!iem>o de lo realN sin obe!ivacin nisube!ivacinN res>onde curiosamen!e a lalgica del ins!an!e ieriergaariana.

ieregaard dice que la voz de Dioscuando ordena a Ad?nN ordena algo que

 Ad?n no >uede en!ender >orque no dis6>one del lenguae B >or lo !an!o no sa*e

201  LA'A*N -. Libro 12 KPro*lemas cruciales del psicoanálisis”   . 'lase " del 1% de enero de 17".\In+di!o]

de la le8 .202  oz equivalen!e a una nadainicial inasimilable. 'omo dice Lacan en

 Aun  sobre el 5nesis N ser? el verbo el queo>ere sobre la nada.20%

  Argumen!acin que des>liega iere6gaard >ara in!roducir su idea de>ecado204  B que a noso!rosN

>sicoanalis!asN nos >ermi!e >ensar la!em>oralidad de lo real en la clnicacomo lo que se sube!iva como angus!iacuando el sue!o se ve aOec!ado >or eldeseo del !roN de una manera inmediata,no dialectiNa*le .20" 

FreudN cuando habl del !iem>o delinconscien!eN si!u lo que llam laa!em>oralidadN Lacan !oma lo dea!em>oralidad^ !em>oralidad delinconscien!e >ara ubicarlo en su lec!ura

como pulsacin temporal N diciendo que se!ra!a de lo que sale a luz un ins!an!eN!iem>o en apertura 8 cierre 20/N   8n elseminario de los conce>!os Ounda6men!ales dice Kel inconsciente es lo evasivo,

 pero conseguimos circunscri*irlo en una estructu4 ra, una estructura temporal, de la que podemosdecir que, %asta aqu), nunca %a sido articuladacomo tal M 207

  8n es!e >?rraOoN a>arece la Ormulaestructura temporal N Ormula que a>aren!e6

men!e un!a dos o>ues!osN Ba que mane6amos >or un lado el !+rmino es!ruc!uraNcuBa na!uraleza es considerada a!em>oralB el !+rmino !em>oralidadN que es !oma6do en !an!o !iem>o sensible que se a>re6hende como un devenir. ienso que La6can >resen!a su nocin de es!ruc!ura!em>oral >ara me!aOorizar el lugar dondees!alla la o>osicin en!re a!em>oralidad B!em>oralidadN es decir que es una o>osi6cin que conce>!ualmen!e no se man6

!ieneN B que es!alla cuando hace irru>cin

202  I858GAA5DN $. K Ml concepto de laangustia”  ?g."% 8di!orial Liber!ador203  LA'A*N -. Libro 20. K Aun” . ?gina "4.8di!orial aids204  I858GAA5DN $. Ml concepto de laangustia”  ?gina (. 8di!orial Liber!ador20"  LA'A*N -. 'lase Šnica del seminarioIn!errum>ido. ?gina 70. 'oleccin aradoas.8di!orial aids206  LA'A*N -. Libro 11.6 K#os cuatro conceptos

 "undamentales del psicoanálisis”. ?gina %. 8di!orialaids207 Op.'it  N ?gina 40.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 172

Page 173: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 173/298

lo realN ar!iculado a la nocin de ins!an!e. pa que se !ra!a de !em>oralizarN ahora enes!a argumen!acinN lo que es ca>!ado enun ins!an!eN lo que sale a la luN un instante>ara volver a >erderseN dispuesto a esca*ul4 lirse de nuevo  8l !ra!amien!o que Oue concebido >or

Freud en !+rminos de sesiones de dura6cin de!erminada es un >rocedimien!oque como nos diceN cons!ruBe a su medi6daN a la medida de su !eora B de su>r?c!icaN B que es solidario de su modo deintervencin  20(N  da lugar al nacimien!o deuna escancin !em>oral que es la sesinanal!icaN ar!iOicio original creado >or el>sicoan?lisis como recor!e de un !iem>oque corres>onde al encuen!ro en!reanalizan!e B analis!aN que se cons!i!uBe en

una serieN B que se inscribe B res>onde ala lgica de la cura. 'ura que se da en un>roceso  que abreva de la nocin dedeseo indes!ruc!ibleN Ba que el deseocuBo ve%)culo es la me!onimia >ar!e de unaOal!a B a>un!a a una Oal!aN >ero donde elsu:eto en su intervalo ataca a la cadena,e3>resin en la que queda subraBadoen!onces que se !ra!a de ubicar ladiscon!inuidadN20 que el sue!o del que se!ra!a se aloa en esa discon!inuidad.   A la

!em>oralidad B a la a!em>oralidad lasca>!amos anudadas en la sesinN !iem>onecesario >ara el decir analizan!eN !iem>oque se imaginariza en con!inuidadN!iem>o de resis!encia Oiado en lare>e!icinN que re!rasa B has!a diOicul!a elencuen!ro con el deseo. Pero, la cl)nica nos

 permite veri"icar que en la sesin %a8 la presencia de lo real que el instante recorta .

De es!a es!ruc!ura !em>oral !enemosconOirmacin en la sesin anal!ica. 'ada

sesin abre su >osibilidad >ara que se>roduzca el cor!e en la e!ernidad Oan6!asm?!ica neur!icaN >or eso es!imo quela elucubracin Oreudiana dice Kno tieneque %a*er preparacin previa  MNin!roduciendo la regla Oundamen!alNar!iOicio que debe hacer lugar a lasor>resaN no slo >ara el analizan!eN

208 LA'A*N -. KDel psicoanálisis en sus relaciones conla realidad”, en In!ervenciones B !e3!os 2. ?gina

44. 8di!orial #anan!ial.209 LA'A*N -. KPosicin del /nconsciente”  8scri!os 2.?gina (22. $iglo HHI edi!ores.

como seEala Lacan cuando hacereOerencia a eodor 5ei. $e !ra!a dehacer de la sor>resaN el momen!o de*rilloN de iluminacin, en que se a>rehendeel inconscien!e. Dice Lacan enroblemas 'ruciales que la sor>resa esla Oron!era >sicoanal!ica misma donde

a>arece la negacin de lo es>erado.210 

 ema crucial de un !ra!amien!oNresguardar la dimensin de la sor>resaNdel hallazgoN >ara no caer en lo queFreud advier!e res>ec!o del analis!aNquien corre el riesgo de no %allar nunca másde lo que 8a sa*ej 8 si se entrega a susinclinaciones, con toda seguridad "alseará la

 percepcin posi*le. &o se de*e olvidar que lasmás de las veces uno tiene que escuc%ar cosascu8o signi"icado slo con posterioridad nac%trk4 

 glic%J discernirá.” 211

  Fal! decirN el analista está o*ligado a soste4 ner la parado:a N >orque el !iem>o del in6conscien!eN el !iem>o lgicoN que es elque nos concierne en el marco de unacuraN el de la subversin misma del sue!oque es !iem>o B no devenirN encierra algode >aradoalN !al como >iensaieregaard a la >aradoaN quecuriosamen!e es!e au!or u!iliza comoins!rumen!o >ara desaOiar los lmi!es

mismos del >ensamien!o.

210 LA'A*N -. KDel psicoanálisis en sus relaciones conla realidad”, en In!ervenciones B !e3!os 2. ?gina4". 8di!orial #anan!ial. Lacan -.N $eminario HIIPro*lemas cruciales del psicoanálisis”. 'lase 4 del / deenero de 1/". \In+di!o]211  F58=DN $. 'onse:os al Sedico so*re eltratamiento psicoanal)tico”   ?gina 112. omo HII.8di!orial Amorror!u

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 17%

Page 174: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 174/298

Sodalidades su*:etivas do tempo

Da -i$iaBo "o8re 8a%tardia, $i"&a5em rea$ dode%e9o = (ome"ta"do !ma epre%%Bo de La(a"

Zár*ara uatimosim M quando escutar um sam*a4can-o

 Assim como Mu preciso aprender a ser s6 Reagir e ouvir o cora-o responder1 

Mu preciso aprender a s ser.6” G. Gil.

O emp!o ao %era >sican?liseN o suei!oNcomo sabemosN n9o +o indivduo ou a

>essoa. 8s!a nasce >araa vida biolgicaN masNinse>aravelmen!eN >arao banho da linguagemem um de!erminado

con!e3!o socialN cul!ural e Oamiliar. erboOazendo6se carne e carne Oazendo6se

 verboN em uma com>osi,9o Oundan!e. A vida inci>ien!e do in"ans como obe!oN>or!a em >o!Qncia o suei!o que inicia sua!rae!ria marcado >elos deseosN gozos e

di!os do meio signiOica!ivo que o cerca .8 desde o incio de uma vidaN !9odes!i!uda de serN >arece que !udo sedesenvolve vo!ado ao ser Y6se Oulano de!alN menino ou meninaN rico ou >obreN acara do >ai ou da m9eN e!c. que serquando crescerS A >essoa se insere emum lugarN na linha das gera,TesNdescenden!e de seus >redicados e dase3>ec!a!ivas de ou!rem.

$9o >or!an!o os a!ribu!os e designa,Tes

queN nes!e momen!oN colando6se `>essoaN Oazem o di!o ser. 8viden!emen!eNessas o>era,Tes de mon!agensN Oazemalguma coisa. Foram o euN bemnecess?rioN mas cons!i!udo de ca>!urasimagin?rias que recobremN re>resen!am eOazem um Kcor>oMN de!en!or de umaiden!idade individual. *esse >rocessoN onome do >ai em cor!e me!aOricoin!roduz a leiN no que >oderia ser umacolagem absolu!a no u!ro ma!ernoN na

 visada de ser =m !odo212. Isso n9o se Oazsem que sea dadoN >ara al+m doimagin?rio da >resen,a >a!ernaN umasigniOica,9o simblica ao suei!oN

liberando ainda um deseo real n9oar!icul?velN mas que se !ransmi!e. Deseoliberado >ela hiVncia do deseo en!re am9e e o >ai e queN consequen!emen!eNse>ara o Oilho. <iVncia que n9o s se>araos elemen!os em ogoN mas revela ainda ocor!e no ser de cada um cor!e 6 que d?lugar ` causa 6 Orequen!emen!e elidido>ela cober!ura imagin?ria dasiden!iOica,Tes que Oora um K8uM.  #as >ara o suei!o como !al se a>resen6

!ar em sua condi,9o de OendaN aOVniseN di6 vis9o que abole uma subs!ancia e iden!i6dade >lenas de serN + >reciso que se Oa,ao levan!amen!o das signiOica,Tes que su6>os!amen!e o designamN das iden!iOica6,Tes imagin?rias e miragens a!ribu!ivasNgaran!ias e condena,TesN que >re!endemdizer o que ele +N >ara relan,?6lo em re6

 vers9o no que !eria sido. Isso n9o dei3ade evocar FreudN no que ele en!endecomo alcance de uma an?lise K

nervoso curado realmen!e veio a ser umou!ro ser humanoN embora no Oundo ele>ermaneceuN na!uralmen!eN o mesmoNis!o +N ele veio a ser comoN no melhor doscasosN sob as condi,Tes mais Oavor?veisN>oderia vir a ser. IssoN >or+mN ? + mui!acoisaM. 21% 

212  Aqui + in!eressan!e observar o que Lacanainda >recisa ao dis!inguir o nomear >ara P comoum >roe!o ma!erno em sua lei O+rrea 6 do dar o

nomeN o ba!ismoN nomina,9oN im>licado na Oun6,9o >a!erna. LacanN $emin?rio HHIN #es non dupeserrent, li,9o de 1^0%^174N in+di!o.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 174

N

Page 175: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 175/298

  odemos ler esse condicionalOreudiano ogando aqui com a marca doK!er? sidoM lacaniano 6 que !an!o >odecum>rir6se no Oecho de uma signiOica,9o>redes!inadaN como abrir6se ` Oenda que

 vaza e cons!i!ui o suei!o >ara aacon!ecQncia con!ingen!e. ois o que !er?

sidoN ainda n9o Ooi.  214  Isso nos Oazlembrar novamen!e FreudN ao Oormularo devir +!ico radical onde isso eraN osuei!o deve vir a luz Kcomo lugar deserM.21"

  8s!a ques!9o reme!e ao que Lacan cha6mou >ai3Tes do ser aquilo que se de6manda ao u!ro >reencherN sendo o que!amb+m lhe Oal!aN s9o demandas de serNem seus eOei!os de amorN dio e ignorVn6cia que recrudescem quan!o mais a de6

manda + sa!isOei!a.21/ $e o humanoN desdeo incio de sua e3is!QnciaN + vo!ado aoserN n9o Oal!ar9o demandas queres>ondam nesse sen!ido. 8 !odas asinves!idas do suei!o >odem recair nessaaOluQncia demandan!eN reduzindo ademanda mesmaN a uma >ai39o de ser.

213 F58=DN $. \11/6117] conOerQncia HHIIN A trans"er(ncia N >."0(. *o original alem9o KDergeheil!e *ervse is! irlich ein andere #ensch

geordenN im Grunde is! er aber na!rlich dersel6be gebliebenN d.h. er is! so geordenN ie er bes6!enOalls un!er den gns!igs!en )edingungen h‹!!e erden nnen.M FreudN Gesammel!e :ere 8d.Fischer erlagN FranOur! am #ainN ol. HIN 1N>. 4"2. radu,9o >ro>os!a >or 5aquel ardini e$+rgio )ecer.214 Freud Oaz agir aqui um Ou!uro do >re!+ri!oN quese a>ro3ima do sen!ido do K!er? sidoM de um Ou6!uro an!eriorN \Lacan \1/0]N ;u*vers-o do su:eitoN >.(2% e Fun,9o e cam>o da Oala e da linguagemN>.%01N 8scri!os. !ermo surge aindaN nes!e sen!i6doN no $em. I >?gs. 1(461(/.] mas que su!ilmen!e

in!erroga sua de!ermina,9oN abrindo >ossibilida6des. 'uriosamen!eN o Ou!uro an!erior na lngua>or!uguesa + nomeado Ou!uro do >resen!e com6>os!oN ou seaN Ou!uro do >resen!e que se conugacom o >assadoN com um verbo >ar!ci>e do>assadoN en!rela,ando assimN em um s !em>oNOu!uroN >resen!e e >assado.215 KsCQ!re Wser6seX 6N onde se e3>rime o modo desube!ividade absolu!aN !al como Freud >ro>ria6men!e a descobriu em sua e3cen!ricidade radical|Ali onde isso eraCN como se >ode dizerN ou |alionde se eraCN gos!aramos de Oazer com que se ou6 visseN |+ meu dever que eu venha a serC.M LacanN

 A coisa "reudiana, \1""]N 8scri!osN >?gs. 41(641.216 LA'A*N -. \1"(]N A dire-o do tratamento e os princ)pios de seu poder, 8scri!osN >. /%4.

 Assim como ou!rasN a demanda deOilia,9o 6 ser Oilho deN mulher deNmembro de 6 >ode !amb+m insis!ir>a!ologicamen!e e man!er6se em !oda a

 vida do suei!oN desenhando deslo6camen!osN subs!i!ui,Tes e conveniQnciasem sua !rae!riaN correndo sobre o lei!o

onde subaz a as>ira,9o inOini!a de =mser217. al >remQncia de $er a qualquer>re,oN >ode chegar a consubs!ancializa6,Tes >a!+!icasN como aler!a Lacan K#asa demanda de ser uma merdaN eis o que!orna >reOervel que nos coloquemosmeio de esguelha quando o suei!o sedescobre nela. Desgra,a do serM21(. 8vi6den!emen!eN es!e comen!?rio vem >araaguilhoar os analis!as que se queremcbalo.

K&uem n9o sabe levar suas an?lises di6d?!icas a!+ o >on!o de viragem em que serevelaN !remulamen!eN que !odas as de6mandas que se ar!icularam na an?lise P eNmais do que qualquer ou!raN a que es!eveem seu >rinc>ioN a de !ornar6se analis!aNque en!9o esgo!a seu >razo P n9o >assa6ram de !ransOerQncias des!inadas aman!er ins!aurado um deseo ins!?vel ouduvidoso em sua >roblem?!icaN es!e nadasabe do que + >reciso ob!er do suei!o

>ara >oder garan!ir a dire,9o de umaan?liseN ou >ara sim>lesmen!e Oazer nelauma in!er>re!a,9o com conhecimen!o decausaM21 8s!a demanda inOini!iva de ser visa desin6cumbir o suei!o de se >ararN se>ararN dese >arirN e de Oazer6se ser. Y nesse !em>oque Lacan deOinir? a +!ica da >sican?liseN>recisamen!eN como uma >ol!ica da Oal!aa serN >rinc>io que se >rolonga na +!icado deseo queN ao analis!aN cabe sus!en!ar.

217 K suei!o n9o iden!iOicado Oaz mui!a ques!9ode sua unidade seria >reciso e3>licar6lheN mesmoassimN que ele n9o + umN e + nisso que o analis!a>ode servir >ara alguma coisa.M LacanN \17(] or4 nadas so*re a e3peri(ncia do passe N >. /4.218 LA'A*N -. o>.ci!N A dire-o do tratamento, >./42.21 LA'A*N -. idem. A Oar>a !em ressonVncias em!odo o ensino de Lacan e mais claramen!e no dis6curso ` 8F no qual Lacan comen!a que o dese6o do analis!a \como obe!o a] n9o !em nada a vercom o deseo de ser analis!aN o que >ode se ade6

quar >erOei!amen!e ao deseo de ser uma merda.or!an!o + >reciso subme!er ` an?liseN es!e deseode ser.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 17"

Page 176: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 176/298

Do pai 8a%tardia  'om a >luraliza,9o do nome do >aicomo nomes do >aiN ocorre o des>rendi6men!o de uma >rimeira reOerQncia de leiNda cas!ra,9o ed>icaN >ara a lei do enoda6men!o das dimensTes Oundamen!ais do5$I. Ao !ornar6se nome de nome de

nomeN !rQs buracos que ar!iculam o nborromeanoN o >ai !orna6se nome ema!oN a a,9o nomean!eN o que nomeia eenoda desde a e34sist(ncia  220.  suei!oN aluz des!a !o>ologiaN >ode ser en!9oconcebido como cons!i!udo >eloenodamen!oN >or sua vez descober!o eado!ado >or LacanN a >ar!ir do bras9o dadinas!ia i!aliana dos )orromeoN desdeuma con!ingQncia que lhe Kcaiu comoum anel no dedoM221.  8s!a !rae!ria de

Lacan >elo >ai em seus Jl!imossemin?riosN >ode se enla,ar re!roa!i6

 vamen!e a uma e3>ress9oN um !an!oenigm?!icaN sobre o suei!oN que surge em!orno de 1"(N em >elo menos dois mo6men!os no semin?rio N a e3>ress9oKabas!ardamen!oM es!? ligada a >ossibili6dade de anula,9o do signiOican!eN de sercor!adoN barradoN revogado e subs!i!udoeN como >rodu!o de uma a,9o simblicaNdei3ado a desear.222 

220 er LacanN $eminário R.;./ .N li,9o de 1" de abrilde 17".221 K\...] ? que >ar!o da !ese de que o suei!o + oque + de!erminado >ela Oigura em ques!9oN de!er6minado n9o como sendo de algum o du>lo masque o + >elos cruzamen!os do nN daquilo queNno nN de!ermina os >on!os !ri>los >elo Oa!o does!rei!amen!o do n que es!abelece o suei!o.M La6canN \174617"] R;/ N li,9o de 1( de mar,o de17".222 K<? no signiOican!eN >or!an!oN em sua cadeia eem sua manobraN sua mani>ula,9oN algo que es!?

sem>re em condi,Tes de des!i!u6lo de sua Oun,9ona linha ou na linhagem P a barra + um sinal deabas!ardamen!o P de des!i!u6lo como !alN em ra6z9o da Oun,9o >ro>riamen!e signiOican!e do quechamaremos considera-o geral. &uer dizer que osigniOican!e !em seu lugar no dado da ba!eria sig6niOican!eN na medida em que ele cons!i!ui um cer6!o sis!ema de signos dis>onveis num discursoa!ualN concre!o P e em que ele >ode sem>redecair da Oun,9o que lhe cons!i!ui seu lugarN serarrancado da considera,9o em cons!ela,9o que osis!ema signiOican!e ins!i!ui ao ser a>licado aomundo e ao >on!u?6lo. A >ar!ir daN ele cai da

desconsidera,9o >ara o re*ai3amento hd5sid5ration  X Nonde + marcado >recisamen!e >or issoN >or dei3ara desear.M LacanN \1"761"(]  As "orma+es do

*o !e3!o KA dire,9o do !ra!amen!oMLacan se reOere ` Knobre bas!ardiaMcomo o eOei!o de re"enda   que inscreve abarra como a>agamen!o do ser e ins!au6ra,9o do dizerN advindo en!9o o suei!oNsuei!o barrado e desean!eN >or ser Oalan6!e.22% Y !omando o deseo ao >+ da le!raN

na Jl!ima >ar!e do !e3!o mencionadoNque Lacan se reOere ao suei!o do deseocomo sendo aquele queN ao sus>ender odi!o que o marcaN o K !u +sMN encon!ra emseu >r>rio dizer a con!undQncia dou!ro da linguagem que o remarca. 8s!ao>era,9oN >or!an!oN n9o >roduz aabsolvi,9o do suei!oN a liberdade dodeseoN mas a im>ress9o do que o causaNOazendo a uma du>la marcaNconsuma,9o da Oenda spaltung  ]224. *essa

reOendaN um dos nomes da cas!ra,9oN osuei!o se cons!a!a irremediavelmen!emor!iOicado >elo signiOican!e mais queOilho do signiOican!eN mais quesim>lesmen!e di!oN nomeadoN vQ6se a>or!ador do signiOican!eN de um dizer quenomeiaN >ai do nome. 8s!e >ode ser ummodo de ler a e3>ress9o Knobrebas!ardiaM22" n9o como uma sim>lesilegi!imidade ou degenera,9oN mas comoreal linhagem do deseo do >ai enquan!o

e34sistente . Desse modo o suei!o recu>erao que terá sido  o deseo desde sem>redeseo do u!ro 6 u!ro como agen!e dodeseo. $audade do Ou!uro sem>re>resen!e na e3>eriQncia da causa. Filhodo deseoN do signiOican!e Falo e doenodamen!oN e3cQn!rico e n9oreconhecido >elo eu e sua consciQnciaN osuei!o desea >orque Oal\h]aN ao que lheres!aN Kser Oalan!eM.  22/  Disso + >ossvelconcluir que os !ermos Ksuei!oM e Kser

inconsciente N >.%"/.223 K\Y o que simboliza a barra oblquaN de nobrebas!ardiaN com que assinalamos o $ do suei!oN>ara graO?6lo como sendo esse suei!o t.]M LacanN

 A dire-o do tratamentoN o>.ci!.N >./40.224  !e3!o de Oundo em que se baseia Lacan na!eoriza,9o da ;paltung   do suei!o + a KDivis9o\ ;paltung  ] do eu no >rocesso de deOesaM de Freud.22" Algumas deOini,Tes de bas!ardo K Filho quenasceu Oora do ma!rimUnio. Degenerado da es>+6cie a que >er!ence. <bridos ou mes!i,osN Oormasresul!an!es de cruzamen!os de duas es>+cies bem

deOinidas ouN mesmoN de variedades. i>oNes>a,oNe!c.N que n9o obedecem aos sis!emas !i>o6m+!ricos usuais. M Dicion?rio *ovo Aur+lio.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 17/

Page 177: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 177/298

Oalan!eM s9o versTes de uma mesmano!a,9o t. deseoN um aqu+m que cavao al+m da demanda de serNen!recruzando sua !ara de es!ir>eenigm?!icaN a!ravessa o suei!o !ornando6oN nes!a Oenda causalN desean!e. 8 como+ >reciso !em>o >ara se K "aire ? l6(tre NM227

em seu deseo e gozo singularN como serse3uado 6 onde incide ainda eli!eralmen!e a sec,9o 6 + >recisodesa>ai3onar6se em serN >ara dei3ar6se serem seu Oazer.22( *essa revers9oN a en!rada>ara o Oinal de an?lise e a singularidadede cada um se >resen!iOicam desde oresga!e e relan,amen!o de um !em>oan!eriorN enuncian!e da cons!i!ui,9ooriginalN radical do suei!o.  *9o + incomum ouvirmos os ecos da

Orase mencionada de FreudN em suei!osque >assaram >or uma an?liseN ao dize6rem que de>ois dessa e3>eriQncia se sen6!em \e isso n9o sem a conOirma,9o de al6guns ou!ros] ou!ra >essoa. 8viden!emen6!eN n9o se !ornaram ou!ra >essoa e n9o se!ra!a !amb+m da emergQncia de um novosuei!o. Y o suei!o que + sem>re novo.

 A E%(o$a da Ca!%a K a8a%tardame"toe adoBo

  *o !em>o da dissolu,9o da 8FN + auma indigQncia Oundamen!al que Lacanlan,a a 8scola ao invocar a 'ausa Freu6226 K deseoN >or sem>re !rans>arecer na deman6daN como se vQ aquiN nem >or isso dei3a de es!ar>ara6al+m. 8 es!? !amb+m >ara 6 aqu+m de umaou!ra demanda em que o suei!oN re>ercu!indo nolugar do ou!roN menos a>agaria sua de>endQncia>or um acordo de re!orno do que Oi3aria o >r6>rio ser que ele vem >ro>or ali. Isso quer dizerque + de uma Oala que sus>enda a marca que osuei!o recebe de seu di!oN e a>enas delaN que

>oderia ser recebida a absolvi,9o que odevolveria a seu deseo. #as o deseo nada +sen9o a im>ossibilidade dessa OalaN queN >orres>onder }a >rimeiraN n9o consegue Oazer ou!racoisa sen9o redu>licar sua marcaN consumando aOenda \ ;paltung  ] que o suei!o soOre >or s sersuei!o na medida em que Oala.MN LacanN A dire-odo tratamentoN o>.ci!.N >./40.227 LA'A*N -. Radio"onia  \170]N u!ros 8scri!osN>.42".228 KAo que sou euW n9o h? ou!ra res>os!a no nveldo u!ro que o dei3a4te ser. 8 !oda >reci>i!a,9odada e es!a res>os!aN qualquer que sea ela na or6

dem da dignidadeN crian,a ou adul!oN n9o >assa deeu "u:o ao sentido deste dei3a4te ser .M LacanN \1/1] Atrans"er(ncia N >. 2%.

diana22. Y >recisoN nesse cor!eN que elecomo >ai se v?N e34sista NKaOim 6 de serN en6OimN u!ro.M2%0N ois in!eressa6lhe K\...]vero que acon!ece quando minha >essoan9o o>aciOica o que ensinoM.2%1 Dian!e deuma 8scola carregada de sen!idohier?rquico e religiosoN Lacan >assa a

con!ar com a mola mes!ra do signiOican!ee do real K A hierarquia s se sus!en!a>or gerir o sen!ido. Y >or isso que n9odou um em>urr9ozinho a qualquerres>ons?velN na 'ausa Freudiana. Y como !urbilh9oN com a h+lice que con!o. 8Ndevo dizQ6loN com os recursos dedou!rina acumulados em meu ensino.M2%2 

Y uma declarada Kdesiden!iOica,9oM comsua 8scola que Lacan evoca como um!rabalho de lu!o a ser Oei!oN res>ondendo

a F. Dol!o que en!endia a dissolu,9ocomo au!o6des!rui,9o K#asN Oelizmen!e>ara mimN eu n9o disse amais que a8scola Freudiana sou euM e aindaN KMeun9o me iden!iOico em absolu!o comFran,oise Dol!oN e mui!o menos com a8scola Freudiana. Y isso o que meus!iOica >reci>i!ar6me ao !rabalho >aracons!ruir a 'ausa Oreudiana.M2%%  *9o +>or acaso que nesse momen!o dedissolu,9oN !em>o d65colage N

con!rariamen!e ` religi9o que crQ que!udo >ode ser reveladoN Lacan re!oma oenigma !raum?!ico da condi,9o herdadado ser Oalan!e mal6en!endido Kan!osquan!os vocQs s9oN que s9o vocQs sen9omal6en!endidosSM2%4  Desde an!esN olegado do deseo e do balbucio dosascenden!es Oaz o homem nascer mal6en!endido e o cor>o s a>arece no realcomo !al. K$eamos aqui radicais seucor>o + Oru!o de uma linhagem da qual

boa >ar!e de suas desgra,as >rov+m deque ela ? nadava no mal6en!endido om?3imo que >odia. 8la nadava >ela

229 KA causa Oreudiana n9o !em ou!ro mvel a n9oser minha cai3a de correio. IndigQncia \ d5nuement  ]que !em mui!as van!agens \...]M. Lacan \1(0]N ;e4 n%or A ., >."4.230 LA'A*N -. \1(0] O Outro "alta N >. 4(.231 LA'A*N -. \1(0]N O mal4 entendido, >. /0.232

 LA'A*N -. o>.ci!.N ;en%or A., >. "4.233 LA'A*N -. \1(0]N #uNV, >. "(.234 LacanN o>. ci!.N O mal4 entendido, >./0.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 177

Page 178: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 178/298

sim>les raz9o de que ser6Oalaria \  parl(trait  ]a quem Oizesse melhor.M2%"

  orque a obscenidade e o desvio da verdade anal!ica >uderam mais que acausa anal!icaN Lacan inci!a ao deba!e sere!irandoN abas!ardando a 8scola da 'au6saN ao ado!?6la como sua. udo issoN n9o

sem en!usiasmo K A e3>eriQncia !em seu>re,oN >ois n9o + algo que se imagine an6!eci>adamen!e. \...] ale a >ena arriscar6se. Y a Jnica sada >ossvel P edecen!e.M2%/

No8re% 8a%tardo%  Y >rosseguindo e >erseverando na con6di,9o de suei!os de nobre bas!ardiaN quealguns homens >odem o>erar cor!e nosaber es!abelecido e avan,ar na Oei!ura dealgo in+di!o. n9o es>eradoN sea Oilhoou descober!aN soOre de uma bas!ardiacons!i!u!iva. 8 o queN nesse con!e3!oN anobreza ade!ivaS alvezN a linhagem mi6lenar da condi,9o signiOican!e e real Oun6da,9o desean!e do tN aliadas ao duro !ra6balhoN enobrecedorN que e3ige a sus!en!a6,9o do que acon!ece de ines>erado >araNe em cada um.

=m OilsoOoN no im>ac!o no seu encon6!ro com a >sican?liseN n9o se Our!ou emOazer a seguin!e declara,9o

K&ue eu saibaN no !ranscorrer dos+culo HIHN duas ou !rQs crian,asnasceramN sem ser es>eradas#ar3N *ie!zscheN Freud. Filhos|na!uraisCN no sen!ido em que ana!ureza oOende os cos!umesN ohonrado direi!oN a moral e a ar!ede viver na!ureza + a regra

 violadaN a m9e sol!eiraN logoN aausQncia de >ai legal. A 5az9o

ciden!al Oaz >agar caro a umOilho sem >ai \...] >re,ocon!abilizado em e3clusTesNcondena,TesN inJriasN mis+riaNOome e mor!es ou loucura.M2%7 

 Al!husser comen!a que Freud soOreu>rinci>almen!e uma solid9o !erica. A

2%" LacanN idemN >./1.2%/ LacanN \1(1] rimeira car!a do Frum. 'i!a6,9o e3!rada do si!e h!!>^^.ecole6

lacanienne.ne!^biblio!heque \!radu,9o da au!ora]237 Al!husserN \1/"] Freud e #acan 4 Sar3 e Freud N>?gs. "16"2

descober!a que de>arava em sua >r?!icaNn9o !inha ascendQncia !erica >a!erna.

 eve que se arranarNK\...]ser ele mesmoN o seu >r>rio>ai cons!ruirN com suas m9os dear!es9oN o es>a,o !erico em que>udesse si!uar sua descober!a

!ecerN com Oios em>res!ados aquie aliN >or adivinha,9oN umagrande rede com a qual ca>6!urariaN nas >roOundezas da e3>e6riQncia cegaN o >ei3e abundan!edo inconscien!e \...]2%(M. 

 Al!husser que Oazia um re!orno ` #ar3Nescreve isso iden!iOicado a Lacan queN emseu re!orno a FreudN soOria a e3comu6nh9oN e aos homens queN em a!oN sus!en6!aram um cor!e e>is!emolgico. #as a

dis!in,9o que Al!husser n9o OaziaN no seuesOor,o em conser!arN KOazer o >aiMN emser ele mesmo K>ai do >aiM que n9o!inhaN ao n9o >rescindir des!eN + queNdiOeren!emen!eN >or se garan!irem no >aida e34sist(ncia, >ara al+m da ascendQnciaNque FreudN #ar3N *ie!zsche e ou!rosN se

 valeram da bas!ardia. $e na >ai39o daes>eran,aN o KOu!uro dura mui!o!em>oM2%N ou nunca chegaN na causa quen9o cede e anima o deseoN chega e bas!aN

ainda que !ardiaN a an!erioridade de umOu!uroN sem>re relan,ado no >resen!e.

Re-er"(ia% i8$io5r#-i(a%,

 AL<=$$85N Louis. Freud e Lacan P #ar3e Freud. 8d. GraalN 5io de -aneiroN 1(4.

 AL<=$$85N Louis. Ou!uro dura mui!o!em>o. $9o aulo 8d. 'om>anhia das le!rasN12.F58=DN $igmund. \11/6117]N 'onOerQn6cias in!rodu!rias sobre >sican?lise. In.

bras com>le!asN 8di,9o $!andard brasileiraN5io de -aneiro ImagoN 17/. ol. HI.LA'A*N -acques. 8scri!os. 5io de -aneiro

 -orge ahar 8di!oresN 1(.LA'A*N -acques. u!ros escri!os. 5io de -a6neiro -orge ahar 8di!oresN 2002.LA'A*N -acques. semin?rio P livro AsOorma,Tes do inconscien!e \1"761"(]. 5iode -aneiro -orge ahar 8di!oresN 1.2%( Al!husser. IdemN >."2239  K*e >as c+der >arce que lCavenir dure long6!em>s.M Frase do General De Gaulle que ins>ira

o !!ulo do livro >s!umo de L. Al!husserN ondeele Kse e3>licaM e aguardaN >or sua vezN umae3>lica,9o.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 17(

Page 179: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 179/298

LA'A*N -acques. semin?rio 6 livro III A ransOerQncia \1/061/1]. 5io de -aneiro -orge ahar 8di!oresN12.LA'A*N -acques. semin?rio P livro HHILes non du>es erren!.\17% P 174] In+di!o.LA'A*N -acques. semin?rio P livro HHII5.$.I. \174617"] In+di!o.

LA'A*N -acques. $emin?rio 6 Dissolu,9o\1(0]. Documen!os >ara uma 8scola. 5evis6

!a 8scola Le!ra FreudianaN 5io de -aneiro Ano I 6 *0N >. 4" 6/2.LA'A*N -acques. -ornadas sobre a e3>eriQn6cia do >asse \17(]. Documen!os >ara uma8scola II 6 Lacan e o >asse. 5evis!a 8scolaLe!ra FreudianaN 5io de -aneiro *. 0CN >./%6/4. 1".

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 17

Page 180: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 180/298

Sodalidades su*:etivas do tempo

RepetiBo "o tempo de -i"a$ de a"#$i%e ngela DiniN 'osta 

ara si!uar os concei!os Oun6

damen!ais da >sican?lisere>e!i,9oN inconscien!eN!ransOerQncia e >uls9oN La6can !eve como Oiocondu!or a es!ru!ura dosigniOican!e  Kse Ounda na Oun,9o de

cor!eN e na Oun,9o de borda240MN e ser?uma das bJssolas >ara abordar o !emades!e !rabalho.

or um ladoN o concei!o de inconscien6

!e + correlacionado a re>e!i,9o signiOican6!e. *essa ver!en!eN a Oun,9o do re!orno\ UiederQe%r  ] se mos!ra Oundamen!alN >ois a>ar!ir da discrimina,9oN de como a redesigniOican!e se en!recruzaN de como ela sere>e!eN de>reende6se uma KlinguagemOormal241MN que + cons!i!uda de umamaneira !al que esca>a ao acasoN Oazendoemergir um realN Oora do sen!idoNindicando que o simblico + si!uado aolado do au!Uma!onN como linguagem

Oormal cons!i!uin!e e de!erminan!e dosuei!o. Y a re>e!i,9o enquan!o um saberque o suei!o n9o sabe e que ao mesmo!em>o cons!i!ui6se num !ra!amen!o que odiscurso inconscien!e realiza do real!raum?!icoN ` medida que o Kinconscienteassegura a passagem do real traumático do goNo

 para o sim*licoEIE ” . A re>e!i,9o Ounda6sena comemora,9o desse res!o de gozoinesquecvelN e ao mesmo !em>o vaide>arando6se com a im>ossibilidade de

re>e!ir aquela >rimeira vez. ra!a6se dare>e!i,9o enquan!o memria de gozo. A!em>oralidade da re>e!i,9o + aquelaqualiOicada como se Oosse sem>re a>rimeira vez. or isso Lacan nos a>on!aque o !>ico da re>e!i,9o + que Kesses unsse re>e!emN mas n9o se !o!alizam24%Mins!alando um >ercurso de uma s+rie

240 LA'A*N -. ;eminário BB241 LA'A*N -. $emin?rio da 'ar!a roubada.####242 $L85N '. Discurso e !rauma. In Retorno do

 M3)lio1  8di!ora 5ios AmbiciososN 5.-.24% LA'A*N -. ;eminário Ob P/R 8.

insis!en!e de re>e!i,Tes >elos caminhos

!ra,ados >elos signiOican!es. Des!aco umareOerQncia que nos in!eressaN >ara odesenvolvimen!o desse !rabalhoN que seencon!ra no semin?rio 17244N quandoLacan nos a>on!a a re>e!i,9o enquan!oiden!iOica,9o do gozoNe que + nessaar!icula,9o que encon!ramos a Oun,9o do!ra,o un?rio. KY no !ra,o un?rio que !emorigemN esse saber qualiOicado comomemria de gozoN que !rabalha nosuei!oN ordenando seus sin!omasN a

es!ru!ura do Oan!asma... Y esse saber quein!eressa aos analis!as24"M.

u!ra considera,9o im>or!an!e a se Oa6zer >ara abordar es!e vi+s da re>e!i,9oN +que nes!e >ercursoN de !an!o o suei!o>ercorrQ6lo acaba >or engendrar uma>erda de KOor,aN de velocidade24/M. 8 +no Oa!o da re>e!i,9o se Oundar numre!orno do gozo que se origina nodiscurso OreudianoN a Oun,9o do obe!o>erdido247M. 8s!a reOerQncia ? Oun,9o do

obe!o >erdido me reme!e ao !e3!o 6KA'ar!a 5oubada24(Mno qual encon!ro umacoloca,9o de Lacan que me abre a>ossibilidade de abordar ou!ra ver!en!esobre a re>e!i,9o em seu en!rela,amen!oao inconscien!e Kes!e Oormalismo ligado` cadeia simblicaN cua lei >ode serOormulada... inscreve um !i>o decon!ornoN onde o que chamamos decaput mortuum  do signiOican!e assume seuas>ec!o causal24MŒ. signiOican!e

Oazendo cor!eN dei3a um res!o Ko caputmortuum   do signiOican!eMN e !amb+m Oazborda com isso que lhe esca>a. <? umin!ervaloN um buraco en!re a causa e a leisigniOican!e. que se >assa noinconscien!eN + aquilo que + >roduzido

244 LA'A*N -. ;eminárioB7 . avesso dasican?lise24" LA'A*N -. ;eminário B7.24/ LA'A*N -. ;eminário B7 >.247 LA'A*N -. ;eminário #ivro 0@//4 O avesso da

 psicanálise BCC4BC7G, 12 5.-. 248 LA'A*N -. KA 'ar!a 5oubadaM In Mscritos .24Idem an!erior.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1(0

Page 181: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 181/298

nessa hiVncia. Y o inconscien!e comoOendaN como !ro>e,oN como ru>!ura que+ es!ru!ura de descon!inuidade !em>oral.

 AquiN a re>e!i,9o a>on!a a Oun,9o derealN qualiOicado como aciden!alN ines6>eradoN inassimil?velN >elo discurso en6quan!o encon!ro sem>re Oal!osoN

denominada como !iquQ. 8s!a!em>oralidade >ulsa!iva do inconscien!e+ bas!an!e dis!in!a da !em>oralidade dainsis!Qncia signiOican!e re>e!i!iva. 8s!adis!in,9o me Oaz o gancho >arain!errogar sobre as vicissi!udes dare>e!i,9o em sua ar!icula,9o aoinconscien!eN no !em>o do Oinal de an?li6se. &uais s9o as >remissas que Ounda6men!am essa hi>!ese6 de que ae3>eriQncia anal!ica in!erv+m na

re>e!i,9o enquan!o insis!Qncia re>e!i!ivaNcriando a >ossibilidade do suei!o >oderse se>arar des!a modalidade dere>e!i,9oS A >rimeira >remissa + de que >ara che6

gar ao momen!o de uma conclus9o deum >ercurso anal!icoN requer doanalisan!e um deseo de >ercorrer essaaven!uraN que n9o + sem conseqQnciaN>ois uma vez iniciado Kseu vUoN amaisencon!ra lugar seguro >ara seu >ouso2"0M

bem comoN requer do analis!a um Oazerque im>lique que ele se inclua  nae3>eriQncia Kna es!ru!ura da equivoca,9odo suei!o su>os!o saberN >ois + a que eleencon!ra a cer!eza de seu a!o e a hiVnciaque cons!i!ui sua lei2"1M. >r>rio dae3>eriQncia anal!icaN + que a Oun,9oanal!ica requer um maneo clinicoconseqen!e com essas modalidades!em>orais da re>e!i,9o em sua ar!i6cula,9o ao inconscien!eN >or isso + de

>ouca valia Oicar a>on!ando ao suei!osuas re>e!i,TesN >ois elas n9o acumulamas unidades que se re>e!em. Oazeranal!ico !em mais rela,9o com o Oazer>revalecer os eOei!os de suei!o quea>arecem e desa>arecemN e que eles>roduzam a acumula,9o de uma Oormade um saber. 8ssa hi>!ese de que ae3>eriQncia anal!ica >ossibili!a acons!ru,9o de um saberN a >ar!ir docar?!er >ulsa!ivo do inconscien!e nos

250 LA'A*N -. ;eminário EG2"1LA'A*N -. engano...N o>. ci!.

envia a uma segunda >remissa Oaz6senecess?rio que o analis!a saiba o>erar>resen!iOicando a dimens9o de equvocoali onde o suei!o sanciona um sen!idoN>ois + >or esse vi+sN !al como es!? escri!ona Ormula do suei!o su>os!o saberN>resen!e no in!erior do >arQn!ese. KY no

Vmbi!o dessa s+rie signiOican!e que sea>reende aquilo que se a>resen!a comoeOei!o de suei!o que se de>osi!a eacumula como saberM2"2.

Desde essas >remissasN >odemos en!9oe3!rair que a ins!aura,9o do suei!osu>os!o saber + condi,9o da en!radaN e da!ravessia de uma an?liseN e que nesse la,o!ransOerQncia im>lica um saber6Oazer doanalis!aN >ara >resen!iOicar na!ransOerQncia a a!ualidade do

inconscien!eN e assim !amb+m >odemosdizer que + >ela via do suei!o su>os!osaberN que a Oun,9o do !em>o +in!roduzida no inconscien!eN al!erando amodalidade insis!en!e da re>e!i,9oNa>on!ando que o analis!a manea a !rans6OerQnciaN !endo como reOerQncia ahiVnciaN que cons!i!ui sua lei e que aquiloque concerne ao inconscien!e + ma!+riade linguagem2"%. Y >or esse vi+sN que a>sican?lise Oaz des>renderN n9o seus

eOei!os de sen!idoN mas os eOei!os de OuroNde cor!eN criando a >ossibilidade daqueda do suei!o su>os!o saberN enquan!omaniOes!a,9o sin!om?!ica doinconscien!e. ‚ >or esse caminhocor!adoN que a an?lise >ode modiOicaralgo das in+rcias das condi,Tes de gozoNOazendo advir a re>e!i,9o enquan!oOun,9o de real encon!ro sem>re Oal!osoNdenominada como !iquQN encon!ro como realN que + causa do suei!o como

se>arado do u!ro. *esse sen!ido are>e!i,9oN !em a K>o!QnciaM2"4  de >oderreabrir o >assado sobre o Ou!uro ao>ossibili!ar ao suei!o resigniOicar seu>assadoN Oan!asma!icamen!e !omado >eloneur!icoN como aquilo que de!ermina

2"2 $an!iagoN -+sus In IA**IN Gilson e! AL \org].O tempo, o o*:eto e o avesso 4 Mnsaios de "iloso"ia e

 psicanálise . )elo <orizon!e. 8di!ora Au!Qn!ica.2004.2"% LA'A*N -. ;eminário BL. De um discurso que n-o

seria do sem*lante. Li,9o de 12^0"^171. \In+di!o]2"4  ermo de ieregaardN >ara se reOerir are>e!i,9o.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1(1

Page 182: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 182/298

seu des!ino. Fra!urando essede!erminismoN que >elo Oio condu!or do!rabalho anal!icoN rein!roduz a con!in6gQncia na his!riaN no qual es!a im>licadoo a!o do analis!aN que >ela equivocidadeOaz o>erar o cor!e en!re $1 e $2. KA!o>ologia do limi!e en!re saber e verdade

es!? Oormulada no algori!mo do suei!osu>os!o saberN ou seaN da !ransOerQncia2"". $endo a Jnica rela,9o >ossvel com a

 verdade + a da cas!ra,9o >odemos dizerque esse suei!o n9o + su>os!o saber a

 verdadeN mas a>enas que ele se suei!a a!rabalhar a Oim de Ksaber lidarM com a

 verdade. saber cons!i!udo na an?liseOaz su>or que desde que colocado nolugar da verdade \$2]N ele >ossa in!er>elaro suei!o >ara >roduzir um $1N

MsigniOican!e >elo qual o suei!o >oderesolver sua rela,9o com a verdadeM 2"/N eaqui se !ra!a da verdadeN !al como esse!ermo + em sua origem urdicaN que aorequerer do !es!emunho dizer a verdadeNo que + buscado + >oder ulgar o que +do seu gozo. Assim o $16 >rodu!o dodiscurso anal!icoN signiOican!e Oora dosen!idoN e3!rado da cadeia que reme!e aogozo do encon!ro marcado com a Oal!a.

 A re>e!i,9o nesse !em>o n9o + mais

relacionada com a in+rcia do gozoOan!asm?!ico ela + em sua es!ru!uralgica que a re>e!i,9o !ra,aN con!a e ciOrao gozoN o que se >erde dele. 8ssaciOragemN que + recolhida no !em>o deconclus9o de uma analise como $1a!rav+s do qual ressoa o sen!ido do gozoque + Oi3ado a esse mesmo elemen!oNassim >odemos dizer que esse sen!idonesse !em>oN Ounciona mais como limi!eque um enigma a deciOrar. 8s!a reOerQncia

reabre a via >ela qual iniciamos nossareOle39o sobre o maneo do Oazeranal!ico >ara aquele que inicia e concluio >ercurso de uma an?liseN ele acaba >orde>arar que essa aven!ura n9o Ooi semconsequQncia. )uscava um saber su>os!oao u!roN e a Oalha ineren!e ao saber +desveladoN >ossibili!ando !o>ar com oirreversvelN enquan!o ser6Oalan!eN serdividido en!re a in!rus9o do signiOican!e edo gozo. suei!o que a!ravessa essa

2"" LA'A*N -. 5adioOonia In Outros Mscritos.2"/ LA'A*N -. ;eminário EGN >. 12%

e3>eriQnciaN o >ossibili!a saber queN aoOinalN >ode6se dizer que dos inumer?veisdeciOramen!os ? >er>assados v9o!ecendo um !e3!o de um sen!idoesvaziado da >re!ens9o em ca>!arsigniOicado. Y nes!a dis!Vncia criada en!resigniOican!e e signiOicado que Lacan

insere a Oun,9o do escri!oN >ois + adimens9o do escri!o que nos Oaz>erceber que Ko signiOicado n9o !emnada a ver com os ouvidosN mas somen!ecom a lei!ura do que se ouve designiOican!eN o inconscien!e + o que selQ2"7MŒ *es!a reOerQncia ligada ? escri!uraNo inconscien!e + !raduzido >or LacanNcomo bne4*5vue 2"(  6 =m equvocoreal,ando que o >r>rio do inconscien!e+ se maniOes!ar na equivocidade da

lnguaN e de >recis?6lo como um mododeN de ciOrar o gozoN na equivocidade dosigniOican!e. AssimN >odemos dizer que>ara !ra!ar esse real >os!o na e3>eriQnciaanal!icaN Oaz6se necess?rio o a!o doanalis!a >ara Oazer advir Ko inconscien!e +o concei!o decorren!e da ins!aura,9o deum !ra,o que se re>e!e como diOeren,a.

 Algo que se escreve no suei!o sem quese !ranscreva in!eiramen!e na >alavraN enem + in!egralmen!e lido. *o semin?rio

#omen!o de 'oncluir2"N Lacan re!oma oconcei!o Oreudiano de >uls9o de mor!eN>ara e3!rair que o !rabalho anal!icoassen!a6se num im>ossvel de dizer edelimi!ar um novo es!a!u!o do real umreal sem lei e avesso ao sen!ido.8ncon!ro aquiN uma >ossibilidade dereler com LacanN aquilo que FreudN ?havia nos Oei!o no!arN que a orien!a,9o+!ica de uma an?liseN im>lica um >on!ode assuei!amen!o do qual o suei!o n9o

!em como desembara,ar6seN >ois Ko queum dia veio ` vidaN aOerra6se !enazmen!e` e3is!Qncia2/0M.

2"7 LA'A*N -. ;eminário EG. A Oun,9o do escri!o.'a>. %.258  LA'A*N -. ;eminário #2insu...N conOerQnciaN0/^11^7/N in+di!o.2" LA'A*N -. O momento de concluir ...2/0  F58=DN $. roblema econUmico domasoquismo.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1(2

Page 183: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 183/298

Sodalidades su*:etivas do tempo

Le temp% d! de!i$ de $/o89et a

Zernard #apinalie 

> Disons pourtant la "in de l6anal8se[ #2anal8sant ne termine qu2? "aire de l2o*:et aJ le repr5sentant de larepr5sentation de son anal8ste. '2est donc autant que son deuil dure de l2o*:et aJ auquel il l6a en"in r5duit, que le

 ps8c%anal8ste persiste ? causer son d5sir[ Puis le deuil s2ac%=ve. Reste le sta*le ...\ -. LacanN LC+!ourdi! \ ;ilicet N >.44]

insiN de mQme quwil B aun !em>s des >r+li6minaires >our lwen!r+een analBseN il B aurai!selon Lacan un momen!oj lwanalBsan! en!re dansla sor!ieN >our la Oin de

son analBse.Il B a un >r+alable ` la lec!ure de ce!+nonc+ qui >ara! bien asser!iO. n ne>eu! ignorer le mode avec lequel Lacanengage son sue! sur la Oin de lwanalBse ZDisons R.. [. 'ar nous B re!rouvonslwossa!ure mQme qui a en!am+ e! organis+son !e3!e Lw+!ourdi! Z &uwon dise \R]res!e oubli+ derrire ce qui se di! dans cequi swen!end [.

 Avec ce Z Disons >our!an! la Oin de

lCanalBse [N Lacan >lace donc son >ro>os` lwaune dwun direN dwun Z >as6e [.

8! en !rois >hrasesN il di! une conce>6!ion !em>oralis+e de la Oin de lCanalBseNquwil >lace sous les aus>ices du deuilN Bincluan! ainsi le r+el du !em>s que ce!!eOin im>rime Z le !em>s que dure le deuilde lwobe! \a] [. 8! il en indique mQme lescoordonn+es >r+cises dans le !ransOer!Navec !rois !em>s que nous allonse3aminerN e! soume!!re ` lw+>reuve de la

clinique 1. Di%o"% $e mome"t de (ette perte6!i o!Fre a! de!i$ de $;o89et 3a4 ,

Le >remier cou> de cloche de la Oin se6rai! le momen! oj Z lCanalBsan! a enOin \R]r+dui! lCanalBs!e ` lwobe! \a] [. Il B a uncU!+ un >eu surr+alis!eN un >eu occul!eNmais nous >ouvons au moins Oairequelques remarques 'e ZenOin r+duire lCanalBs!e ` lwobe! \a] [

>lace lwo>+ra!ion ouvran! ` la Oin de lwana6

lBseN ` ce deuilN dans le !ransOer! e! >asailleurs.  {a >ose bien sr la ques!ion de savoiren quoi consis!e ce!!e r+duc!ion de lwana6lBs!e >ar lwanalBsan!N ` un obe! don! laouissance lui es! radicalemen! in!erdi!e ` un obe! irr+duc!ible du Oai! de lwem6

>rein!e sBmbolique im>os+e au sue! e!` lwobe! le >lus inaccessible >our luiN>uisque cwes! sa >er!e mQme qui su>>or!esa subec!iva!ion dans le ra>>or! ` lwAu!re 'e que Lacan disai! en /4 Z aOOaire de

 vie e! de mor! en!re le signiOian! unaireNe! le sue! comme $! binaireN cause de sadis>ari!ion.  LwanalBse serai! donc ce!!e si!ua!ionuniqueN quasimen! con!re na!ureN qui oO6Orirai! ` une >ersonne de rencon!rer ce!

obe! im>ensableN le >lus in!ime mais le>lus +!ranger. 8! ce serai! mQme lwocca6sion in+di!e de >ouvoir en en!amer ledeuilN >our !erminer lwanalBse.  'e qui ouvre bien sr la ques!ion de sa6

 voir si cer!ains on! Oai! le deuil de leurobe! \a]N si cer!ains mieu3 que dCau!resNsi cer!ains >as du !ou!N si cer!ains ne>ourron! >as le OaireN e!c... 8n !ou! casN sice deuil nCes! >as Oai!N une >sBchanalBseselon Lacan serai! un moBen >our les n+6

 vros+s de Oaire ce deuil e! ce serai!mQme la condi!ion de la Oin r+elle dwuneanalBse.  n voi! ainsi quwavec ce!!e no!ion dedeuilN avec son >oids de r+elN Lacan im6>lique >our la Oin dwune analBseN dwavoir

 v+cu une >er!e e! un deuil dans le !rans6Oer!. Il ne swagi! l` ni de rem+mora!ionN nide re!rouvaille e! que lwavoir v+cu Pcomme le disai! Freud 6 es! au!re choseque lCavoir com>ris in!ellec!uellemen!..

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1(%

 A 

Page 184: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 184/298

*. Di%o"% $a -ao" do"t %/opZre (ette perte da"% $e tra"%-ert ,

Il Oaudrai! Z r+duire son analBs!e ` lCob6e! \a] [N e! cwes! ce!!e r+duc!ion qui >er6me!!rai! alors de Oaire le deuil de cemQme obe! \a]. *o!ons d+` que ,aim>lique une >ar! dwac!e de lwanalBsan!.

  8! Lacan nous donne la rece!!e >ouro>+rer ce!!e r+duc!ion LwanalBsan! doi! ZOaire de lwobe! \a] le re>r+sen!an! de la re6>+sen!a!ion de son analBs!e[. 'e!!e r+O+6rence au3 re>r+sen!a!ions nous raccrocheun >eu au3 les agons de la >arole a!!ardons nous donc sur ce!!e his!oire dere>r+sen!an! de re>r+sen!a!ion.  Le re>r+sen!an! de la re>r+sen!a!ionNcwes! le vors!ellungre>r‹sen!anz Freudien.Freud liai! d+` ce !erme `une >ar! irr+6

duc!ible >ar le sBmboliqueN >uisquwil lwem6>loBa >our la >ulsion \versan! obe!]N e!>our le reOoulemen! originaire \versan!sue!].

Lacan re>rend ce !erme en /4 >our r+6O+rerN comme FreudN ` ce qui res!e dwirr+6duc!ible au sBmbolique. uisque cwes! les+minaire de sa grande reOon!e de la >ul6sionN ` laquelle il associe sa conce>!ionde la Z causa!ion du sue! [ Lere>r+sen!an! de la re>r+sen!a!ion cwes! le

signiOian! binaireN sur quoi >or!e lereOoulemen!N e! oj swo>re Z lwali+na!ion [Oondamen!ale. 'wes! la Oameuse Z aOOairede vie ou de mor! en!re le signiOian!unaireN e! le sue! en !an! que signiOian!binaireN cause de sa dis>ari!ion [N qui di!que cwes! une >er!e oblig+e qui es!subec!ivan!e ` lworigineN e! que cwes!lwessen!iel de lwali+na!ion.Il B a une ques!ion >ra!ique 'e nouager+el que >ro>ose LacanN en!re !ransOer!N

>er!e irr+duc!ibleN e! deuil... commen!>ouvons nous le Oaire solidaire dwune >ra6!ique oj il swagirai! >our lwanalBsan! de ZOaire de lwobe! \a] le re>r+sen!an! de la re6>r+sen!a!ion de son analBs!e [N >our enOinir S  $i on >rend le !em>s du !ransOer! ojlwanalBsan! charge lwanalBs!e de ses re>r+6sen!an!s de re>r+sen!a!ionN des signiOian!squi su>>or!en! son ali+na!ionN ce !em>s>eu! Q!re assimil+ au !ravail minu!ieu3

dwun deuilN au sens de la recons!i!u!ion>ar le d+!ail de !ou! ce qui a +!+ v+cu avec

lwancien obe!N !el que lwanalBsai! Freuddans Deuil e! m+lancolie \11"].

Lacan corrigera que ce nwes! quele versan! de r+sis!ance du deuil car ler+sul!a! es! de main!enir lwobe!N e! doncle !ransOer! R Dans quel bu! S arce6quwenr+ali!+ ce quwil swagi! de main!enir Z ce

son! les liens >ar oj le d+sir es! sus>endu` lwimage narcissique >ar quoi !ou! amoures! narcissiquemen! s!ruc!ur+...[ \Lwan6goisse > 410]. 'wes! le versan! ali+nan!N e!sans Oin du !ransOer!N comme >arOois dudeuil. 'ommen! en sor!ir S  Il Oau! un deuil v+ri!able. 'wes! donc enaccord avec Freud queN >our la OinN Lacan>ro>ose quwa>>araisse au!re chose dansle !ravail de deuil du !ransOer! au!rechoseN qui g+nre une >er!e r+elleN >our

>ouvoir Oaire un deuil r+el. 8! celaadviendrai! lorsquwenOin lwanalBsan! aurai!Oai! de lwobe! \a] le re>r+sen!an! de lare>r+sen!a!ion de lwanalBs!e.

L` bien srN nous devrions rencon!rerune diOOicul!+N au moins logique 'ommen! ce! obe! \a]N ce Z hors signi6Oian! [N irr+duc!ible >ar le sBmboliqueN>eu!6il venir ouer sa >ar!ie dans le >ro6cessus des re>r+sen!a!ionsN dusBmbolique S n a une >is!eN si on

nwoublie >as que lwobe! \a]N cwes! aussi la v+ri!+ du sue! comme signiOian! binaireNcwes! la v+ri!+ de lwali+na!ion. 8n !ou! cason es! au niveau du >rocessus >rimairede lwInconscien! Freudien.

8n mQme !em>sN avec ce!!e im6>asse a>>aren!eN on a envie de dire Z

 an! mieu3 [N si on sor! de lwinOini de lachane signiOian!e e! de ses eOOe!s de re6lance cwes! lwes>oir dwune >ossibili!+ deOin r+elle dwune analBse. Dwau!an! quwavec

ce >assage +nigma!ique de lwobe! \a] dansle cham> des signiOian!sN on nwes! >as !o6!alemen! sor!i du cham> des re>r+sen!a6!ionsN e! on nwes! donc >as >ass+ dans unindicible absolu >our la Oin.

#ais ,a nous laisse encore la ques!iondwune issue >ar!iculire de lwanalBse >ourchacunN cwes! ` dire de la diOO+rence abso6lue >our la s+>ara!ion.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1(4

Page 185: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 185/298

0. Di%o"% $e temp% 6!e d!re (e de!i$+ po!r $a -i" de $;a"a$)%e ,

L` encore Lacan semble >r+cis Z 'wes!la dur+e quwil Oau! au deuil de lwobe! \a]Ncwes! le !em>s oj le >sBchanalBs!e >ersis!e` causer son d+sir; uis le deuilswachve[.

  &ue le deuil swachveN e! commen!N de6meura une ques!ion >our Freud cwes!mQme ce quwil in!errogea en vain avec lamanie. 8s!6ce6que lwarrQ! de Freud surce!!e ques!ion de la Oin du deuilN ne rend>as com>!e de son +chec ` ar!iculer la Oinde lwanalBse S

'e qui >ermi! ` Lacan dwaller >lus loinque Freud sur ce!!e ques!ion du deuil e!de la Oin de lwanalBseN Ou! dwavoir in!rodui!son obe! \a]N avec son s+minaire sur

Lwangoisse \>410]. L` oj Freud >arlai!dwe3+cu!er en d+!ail le d+!achemen! libidi6nal de lwobe!N Lacan a renvers+ le >ro6blme e! a >arl+ au con!raire de res!aurerle lien Zavec lwobe! a... masqu+ derrirelwimage narcissique [.

=ne analBse >erme!!rai! donc de Oairele deuil de lwobe! \a]N >arce6quwelle>erme!!rai! dwen res!aurer le lien vialwanalBs!eN e! dwainsi >ouvoir le >erdre.  n en!revoi! que si ce >assageN ce! ac!e

de lwanalBsan! es! >ossibleN cwes! >arcequwil B a comme >r+alableN lwac!e delwanalBs!e qui es! Z Oai! de lwobe! a [ >arcequwil B a eu le s+minaire de Lacan en /7sur Lwac!eN qui lwa >r+>ar+.  -waou!erai une remarque >our la >ra6!ique lwobe! \a] +!an! masqu+ derrirelwimage narcissiqueN on >eu! su>>oser que>our en res!aurer le lienN il Oaudra une s+6rieuse brisure du narcissisme. 'e quiN au>assageN me! le cor>s dans le cou>.

uis le deuil swachve. 5es!e le s!able...L;pre!Fe de $a ($i"i6!e ,

our la Oin de lCanalBseN Lacan a doncmis les >roec!eurs sur une o>+ra!ionr+elle dans le !ransOer!N sur un v+cu. 'equi >ose la ques!ion du s!a!u!obec!ivable de ce v+cuN qui demeuresubec!iO e! !rom>eur. DCoj la solu!ion>ro>os+e >ar la >asse Z de lC+>rouv+ ` la>reuve [.

  our!an! e voudrais !en!er de dire P le!enan! dwun analBsan! 6 ce quiN ` un mo6

men! dwune analBse a >u Oaire non !rom6>eur ce! aOOec!N donner consis!ance `lw+>rouv+ dwun momen! dwen!r+e dans laOin de lwanalBse 'e Ou! une +mo!ioninsis!an!e bien que banale Lw +moi \e!moi.. ce qui +cha>>e au moi]N avec soncorr+la! de Oui!e cor>orelle que Ouren!

>arOois les larmesN !ouours au bord delwangoisse.

'e! +moi me >aru! Q!re lwindice de lades!i!u!ion subec!ive a!!endueN e! sonnale >remier cou> de cloche P non >as dud+lire 6 mais de la Oin de lCanalBse...Lacan nwaOOirmai! 6il >as dans Lwangoisseque Z lw+moi nwes! rien dwau!re que le \a]lui6mQmeN dans les ra>>or!s du d+sir e!de lwangoisse [.

'omme Lacan le >r+cise bien dans Z

lw+!ourdi! [ il swes! agi >our ce! analBsan!dwun !em>s >r+cis dans lwanalBseN e! >ourune s!ruc!ure donn+eN la n+vrose. 'e!em>s se d+com>osa en deu3 +!a>es -edirai une versan! obe!N un versan! sue!Nles deu3 ne swa>ercevan! >as en mQme!em>s sur la scne

1. La 8ri%!re "ar(i%%i6!e+ o! $;ape!%!r $;o89et ma"6!a"t ,

De>uis un cer!ain !em>sN un sBm>!Ume

avai! >ris une dimension Z concen!ra!ion6naire [ dans la vie de ce!!e >ersonneNcomme >our ravalerN nier lw+volu!ion a>6>aremmen! Oavorable de sa cure. LeconOli! moral +!ai! im>or!an!.

uis un our advin! oj ce! analBsan! Ou!sur>ris dwa>ercevoir quCun cer!ain Oonc6!ionnemen! Oan!asma!ique P sans >ro6blme usque l` P >ouvai! ` con!rariocom>or!er un obs!acle ` son d+sir. 8!mQme que ce!!e incom>a!ibili!+ de sa

ouissance avec son d+sir nwallai! logique6men! >as sans alimen!er son sBm>!UmeNe! le !ransOer!.

=n savoir nouveau +!ai! donc advenuNsur quelque chose ` >erdreN mais qui res6!ai! sans >riseN sans nomN e! quasi im>en6sable. #ais du cou> une urgencenouvelle se >r+sen!ai! ` lui 'ommen!>erdre ce qui ne >ouvai! swen!revoir quecomme manquan! S

Lwavoir com>ris in!ellec!uellemen!N e!

lwavoir v+cu +!aien! bien deu3 choses diO6O+ren!es .

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1("

Page 186: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 186/298

  'e savoir nouveau susci!a dwabord unesur>renan!e angoisse.

'omme >our un >a!ien! schizo>hrnede LacanN no!re >a!ien! se !rouvai! luiaussi au >ied du mur de devoir assumerle manque Oondamen!al qui lecons!i!uai! un abime sw+!ai! ouver!.

  Du cou>N le sue! comme lwanalBs!e swen!rouvren! quelque >eu d+su>>os+s.

*. La de%tit!tio" %!89e(tiFe , O[ $e %!=9et %e 8arre+ o[ $e (orp% -!it ,  -usque l`N il aurai! >u ne swagir que dwun+>isode su>>l+men!aire des sur>rises dumanqueN de lwInconscien!N dans la cureNswil nwavai! eu >our cons+quence unebrisure subec!ive durable qui me sembleavoir sonn+ le >remier cou> de cloche P

non >as du d+lire 6 mais du deuil delwobe! \a].'ommen! S Au6del` de lwangoisseN ce

>a!ien! >u! a>ercevoir un au!re versan!de la Oaille *on seulemen! la solu!ion>ar le manqueN en!revueN lui +cha>>ai!Nmais sur!ou! il a>er,u! quwelle com>or!ai!chez lui un reOus ul!ime comme un>ousse ` sCaccrocherN ` son insuN ` laouissance qui ne convenai! >as. $onsen!imen! +!an! dwun Z >lu!U! ce que wai

!ouours connu que ce! inconnu l` [. Z'e! inconnu l` [ le renvoBan! ` lwAu!rebarr+N au3 >ar!enaires qui lwincarnaien!NlwanalBs!e com>ris.

Lwau!re versan! de la Oaille r+v+lai! doncson Q!re de reOus reOus de c+der quelquechose quwil m+connaissai! R

'wes! ce momen! qui Oonc!ionnacomme une brisure subec!iveN avec lCa>6>ari!ion irr+>ressible dwun +moiN dwun aO6Oleuremen! de larmesN comme une Oui!e

cor>orelleN qui dura >lusieurs mois. 'e!!e+mo!ion le submergean! aussi bien dansles s+ances dwanalBse quwen!re les s+ancesNds que sa >ens+e a>>rochai! ce!!e Oaillee! ce reOus des!i!uan!s Z Le sue! se barre[ disai! Lacan dans 8ncore ` >ro>os deslarmesN lorsquwon vous marche sur le>ied. -waou!erai que cwes! aussi bien lecor>s qui Oui! P celui qui nous es! donn+>ar lwics. Lacan ne disai!6il >as Z Lw+moidans les ra>>or!s du d+sir e! de

lwangoisseN nwes! rien dwau!re que le a lui6mQme [.

  )ien srN comme !ou! aOOec!N la >or!+ede ce! +moi demeure cri!iquable *ousre!rouvons en eOOe! ce!!e +mo!ion lar6moBan!e ` !ou!es les +!a>es dwune analBseNe! dans !ou!es les s!ruc!ures cliniques. -e>ense ` ces analBsan!\e]sN au !em>s des>r+liminairesN qui maniOes!en! ce!!e +mo6

!ion dans le !ransOer!N alors quwils avaien!>ens+ au3 mQmes choses e! sans +mo!iondans la salle dwa!!en!e. em>s oj il Oau!bien !rier ceu3 qui seraien! susce>!iblesou non de Oaire le deuil de lwobe! a.ensons aussi ` ces >a!ien!s>sBcho!iquesN >araissan! solidemen!d+saOOec!+sN qui se !rouven! soudainarrQ!+sN voire submerg+s dwune a>>aren!e+mo!ionN dwa>>rocher un Z e [im>ossible ` assumer cwes! !ouours au

>oin! oj Z ils risquen! de ne >lus >ouvoirnier les sensa!ions Oausses dwun cor>squwils ne >euven! reconna!re [ ils ne>euven! dwailleurs g+n+ralemen! rien endire. Les schizo>hrnes son! e3em>laires` ce! +gard ces >a!ien!s qui eu3 ne>ourron! >as Oaire le deuil de lwobe! a.

'wes! ce !em>s me semble6!6il quiouvri! la voie de la s+>ara!ionN cwes! ` diredu deuil de lwobe! \a].

our!an!N chez no!re analBsan!N lw+mo6

!ion e! sa dur+e dans le !ransOer! ne suOOi6raien! !ouours >as ` aOOirmer quwil swagis6sai! bien dwune en!r+e dans ce !em>s de laOin Lacanienne.

Le de!i$ de $;o89et a+ e"tam ,'omme nous en avons lwhabi!udeN ce

son! les sui!esN lwa>rs cou>N qui im>ri6mren! ` ce !em>s sa dimension de r+elNde deuil de lwobe! \a].  Le >lus sr de son Q!re se r+v+lai! >our

ce! analBsan! dans les !races de lwabec!Ndu >lus im>robable >our son moi.La r+duc!ion de lwanalBs!e ` la

!ournan!e des obe!s >ulsionnelsau3quels le sue! sw+quivalai!N +!ai! d+`bien en!am+e.

'wes! ainsi que lwanalBs!e se >r+sen!acomme res!e en !an! que voi3 mue!!eNquasi surmoqueN qui ne disai! rien e!>oussai! ` dire un >ousse ` sonoriserlCanalBs!eN ` le Oaire consis!er au gr+ de

son Oan!asme. LwanalBs!e avai! Oonc!ionn+en creu3N nwaBan! renvoB+ que lw+cho de

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1(/

Page 187: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 187/298

lwobe! du Oan!asme cons!rui! dans lacure. j se conOirmai! que le Oan!asme secons!rui! bien dans la cure.  #ais ce!!e brisure subec!ive Oi! a>erce6

 voir au!re chose. Disons =n dire +!ai! ` lwuvre qui +!ai! un Z

>as6e [. #ais un dire qui nw+!ai! >as

neu!re >our au!an!N qui nw+!ai! >as sansconsis!anceN qui +!ai! >or!eur dwune !race>ulsionnelle.

  =n dire qui nw+!ai! >as sans un vouloirob!enir la com>laisance de lwau!re.  =n dire qui Oaisai! nudN inOil!ran!!ous ses di!sN !ous ses liens.

=n dire comme marqu+ dwune ouis6sance >rimordialeN Oi3+e dans le ra>>or! `lwAu!reN au3 au!res quelque chose

dwarchaqueN marqu+ de la r+>+!i!ionNcomme une lalla!ion.  =n dire res!+ oubli+ derrire ce quisw+!ai! di! dans ce qui sw+!ai! en!endu.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1(7

Page 188: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 188/298

Sodalidades su*:etivas do tempo

L!to e a"5%tia "o -im da a"#$i%e;andra #eticia Zerta 

ma an?lise chega a seu

Oim. ra!a6se de um su6ei!o obsessivo queN a>sa mor!e ines>erada dasua mulherN inicia uma

 vida amorosa du>la quese es!ende >or anosN quelhe >er!urba e que lhe

Oaz demandar an?lise. As duas mulheresabrem >ara o sin!oma que ele mesmonomeia Kvou Oalar das duasM. *a en!radaem an?liseN se a>resen!a uma >iada na

qual o signiOican!e que lhe re>resen!a +Ko malandro agulhaM. A >iada + aseguin!e um homem e uma mulherOazendo o amor s9o in!errom>idos >orum es!ranho que es!? armado. 8s!eN an!esde es!u>rar a mulherN ordena ao aman!eKvocQ Oicar? den!ro desse crculoM Pdesenhado no ch9o P Kcaso vocQ saiaN eua ma!oM. Assim o aman!e Oica |>resoC nocrculo e >ensa o seguin!e K>odereiengan?6loN >oderei en!rar e sair do crculo

sem que ela me veaN enquan!o ele !ransacom a minha mulherM. A sa!isOa,9o seob!+m desse desaOio ` mor!e. 8is a >iadado Kmalandro agulhaM que lhe re>resen!aem !odas as si!ua,Tes nas quais ele seKaOinaM Oace `s amea,as do u!ro. 8ssacena vincula `s versTes do >aiNcons!rudas na an?lise. 8m relevoN ou!racenaN des!a vez inOan!ilN re!orna emmomen!os cruciais da an?lise. $endocrian,aN ele es!? no banheiro e ouve que

sua av ma!erna es!? chegando em casa.Decide assomar6se >ela anela e cus>ir nacabe,a da avN acer!ando o alvo.Imedia!amen!e de>ois sua m9e sobe asescadasN es!? >ossessa e Oor,a >ara queele abra a >or!a do banheiroN ele n9oconsegue n9o abrirN recebendo emcas!igo um mon!e de >imen!a na boca eescondendo6se da sua >r>ria vergonhana banheira. 8ssa cena ser? vinculada aoKmalandro agulhaM. or+mN >er!o do

OinalN e >or um sonoN o KmalandroM vira oKcag9oM. *9o sem angus!ia >ode veriOicarque com o u!roN nem mesmo no

desaOio amoroso que es!abeleceu com a

mor!eN com o u!ro absolu!oN s se >odeser cag9o. #asN >or quQS orque o u!roma!erno assim o deseouN em >ar!icular>ara eleN o Oilho >redile!oN bem sucedidoe >rovedor. #omen!o de se>ara,9o e dee3!ra,9o de um novo saber que lhemodiOica sua vida amorosa. -amais se!inha considerado um cag9o com asmulheresN an!es um Kbom mo,oMN is!o +ideal ma!erno do qual sabia h? !em>os naan?lise e >elo qual !inha a!es!ado

modiOica,Tes sube!ivas. *esse !em>o doOinal da an?lise se sur>reende ao veriOicarcomo seu cor>o res>ondeu ao Kcag9oMcagando rei!eradas vezes >or diaN dadoesse que nunca !inha sido considerado>or ele.

or que raz9oN isso que se sabe no Oinalda an?liseN se sabe nesse momen!o e n9oem ou!roS or que raz9oN isso que se sabees!ava ` dis>osi,9o no discurso do anali6san!eN >or vezes mui!o !em>o an!esS or

que n9o um >ouco an!es ou um >oucode>oisS 5es>onderei a essa ques!9o sobrea !em>oralidade >ergun!ando6me seN nes6se in!ervaloN en!re o que es!ava ` dis>osi6,9o do suei!o e n9o se sabiaN ou se sabiaum >oucoN e o momen!o do Oim da an?li6se devem ser ar!iculados um |!rabalhoCN asaber o lu!o e um |aOe!o que n9oenganaC \LacanN 1/%]N a saber aangJs!ia. ale aqui uma ressalva nem!udo >assa ao saber. $e no Oim da an?lise

h? um ganho de um saberN no mesmomomen!o res!a uma dimens9oenigm?!ica.  rganizo minha ques!9o diOerenciandobrevemen!e lu!o e angJs!ia. omo comoreOerQncia as ar!icula,Tes de LacanN em1/%N quando diz K*9o es!amos de lu!osen9o de algu+m de quem >oderamosdizer eu era a sua Oal!aM \LacanN 1/261/%N >. 1"1] em con!ra>on!o com adeOini,9o >recisa da angJs!ia Ka Oal!a

 vem Oal!arM \LacanN 1/2 61/%N >. "0].#inha hi>!ese + que nesse in!ervalodo Oim da an?liseN >odemos ar!icular uma

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1((

U

Page 189: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 189/298

serie que vai do lu!o ` angJs!iaN !endocomo eOei!o a >rodu,9o de um signiOi6can!e que !ransOorme o Kgaio issaberMNgaB s,avoirN \LacanN 174]N o saberKalegreMN sem>re do OaloN que a!+ omomen!o Ouncionava con!es!ando uma>ossvel !ris!eza \a qual seria demi!ir6se

de querer saber].Lu!o e angJs!ia !Qm uma !>ica em co6

mumN >ois ambos aOe!amN em >rimeirains!Vncia o eu. lu!o + um !rabalho queacon!ece no eu. 8nquan!o a angJs!ia +um sinal no eu. Lembremos sinal de umrealN ndice de um real.  *o lu!o !ra!a6se da desmon!agem dasdiOeren!es iden!iOica,Tes que aOe!am osimblico e o imagin?rio >ara dar con!ade um Ouro no real. !rabalho dever?

con!em>lar as modiOica,Tes ao nvel dasiden!iOica,Tes imagin?rias i\a] e simbli6cas I\A]N es!as Jl!ima sendo o signum   dou!ro. As marcas do u!roN as quais seinscrevem >or !ra,os isoladosN JnicosNK!endo cada um a es!ru!ura do signiOican6!eM localizam o suei!o em rela,9o a suaimagem i\a]N envol!rio da Oal!a \6] queindica um lugar >ara ser amado >elo u6!ro.

or!an!oN o lu!o + um !rabalho econU6

mico no qual a libido se desloca em no6 vos obe!osN sendo o >rimeiro o eu. #es6mo se Lacan \1"(] nos >ro>Te >ensarque em !odo lu!o h? um Ouro no realdiOeren,ando6o da >sicose na qual o Ouro+ no simblicoN e acrescen!ado que h?>on!os de Ouga em !odo lu!o somoslevados a >ensar que o lu!o !em um Oinal.

 A lgica !em>oral do lu!o se resume emins!an!e de ver que reOere ` >e!riOica,9oNo es!u>or sube!ivoN o !em>o de

com>reender reOerido ao desOolhamen!odos ideaisN um a um e o momen!o deconcluir ligado ao >re,o que o suei!odeve >agar >ara que o lu!oN de modoenviesadoN chegue a seu !+rmino. 8ssemomen!oN segundo LacanN deOine um>re,o a ser >ago >elo enlu!ado a libra decarne. suei!o deve >agar com sua librade carneN is!o + o sacriOcio que o suei!odo deseo >agou >or e3is!ir. 8is a raz9o>ela qual o lu!o e angJs!ia >odem ser

correlacionadosN >ois o Ouro no real do

lu!o conOron!a o suei!o com a libra decarne.  A res>ei!o da angJs!iaN a seguin!e deOi6ni,9o >arece6me >reciosa K8m sumaN aangJs!ia + correla!iva do momen!o emque o suei!o es!? sus>enso en!re um!em>o em que ele n9o sabe mais onde

es!?N em dire,9o a um !em>o em que eleser? alguma coisa na qual amais se>oder? reencon!rar. Y isso aN a angJs!iaM.\LacanN 1"/67^1"N >.2%1].  8m 1/% a angJs!ia se deOine >or ser oaOe!o que n9o enganaN im>ar en!re !odosos ou!rosN e >or n9o ser sem obe!o. 8isa que a angJs!ia Oaz sinal no euN us!a6men!e quando o enquadre da borda Oan6!asm?!ica 6 que inscreve a rela,9o do su6ei!o ao deseo do u!ro P vacilaN a>on6

!ando o real do obe!o. A angJs!ia a>are6ce no que n9o se encai3a e se vincula aessa !or,9o en!re o bn%eimlic%  e o %eimlic%na qual se evidencia que o que >rovocaes!ranheza + a inquie!an!e Oamiliaridade.8n!re!an!oN a angus!ia + uma sube!iva,9odesse real e >or essa raz9o guia o suei!oquando de encon!ro com o mais n!imodo seu ser. odemos >ensar nesses !er6mos !an!o a en!rada quan!o o Oim da an?6lise.

 A angus!iaN aOe!o de e3ce,9o \$olerN200"] + ndice do mais n!imo do ser. Ascoordenadas desse aOe!o Ooram ar!icula6das >or Lacan em 1/2 na o>era,9o decor!e do cross4capN a saber o obe!o aN queconserva as >ro>riedades da su>erOcieNmas n9o + es>eculariz?velN >ois + irredu!6

 vel ` imagemN mesmo dela >ar!ici>ando.or sua vezN o cor!e do cross4cap cria uma>ar!e >eriO+rica que + a su>erOcie da ban6da de #bius na qual se re>resen!a a es6

!ru!ura do suei!o. Isso >os!o !ra!a6seN a>ar!ir da o>era,9o do cor!eN da Oormula6,9o das coordenadas da Oan!asia Ounda6men!al \t Ža]. cor!e serve >ara enun6ciar as rela,Tes do suei!o com o obe!oque a an?lise >rocura \a Ž t]N >ermi!indoes!abelecer uma disun,9o radical queOar? que nenhum saber diga amais a

 verdade !oda. mi!o individual que sear!icula nos signiOican!es quere>resen!am o suei!o !em >re!ens9o de

 verdade \considerando o discurso doanalis!aN embai3o da barra 6 $2 no lugar

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1(

Page 190: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 190/298

da verdade]. recisamen!e o saberN noseu booN carrega a seguin!e OrmulaKdesde que isso se sabeN que alguma coisade real chega ao saberN h? algo >erdidoN ea maneira mais cer!eira de a>ro3imar6sedesse algo >erdido + concebQ6lo comoum >eda,o de cor>oM \LacanN 1/%N >.

144]. Y isso que o obe!o aN no lugar doagen!eN >romove no discurso do analis!a.&uando Ka Oal!a vem Oal!arM h? uma>agamen!o do signiOican!e em rela,9oao '%e voi S or+mN >recisamen!e no Oinalda an?liseN a >rodu,9o de um signiOican!e\$1] que decan!a as signiOica,Tesan!eriores >ermi!e Oazer uma !or,9oN sem>or isso es!ar de >osse de !odas asres>os!as. Di!o de ou!ro modo sem >orisso Oechar o enigma do ser Oalan!e.

$e o lu!o aOe!a a dial+!ica da iden!iOica6,9oN a angus!ia aOe!a o cor>oN vai dire!oao cora,9o do ser e lhe >er!urba >orquel? n9o h? signiOican!e. #asN >ensando oOim da an?lise + a que se a>resen!a o >a6rado3oN >ois quando cai a demanda quesu>or!ava o sin!oma e us!iOicava a Oan!a6siaN um signiOican!e amarra e d? a senhado ogo da neurose >ara o suei!o.  8n!9oN >orque n9o an!es ou de>oisN sealgo do saber ? es!ava ` dis>osi,9oS

orque a>s o lu!o das iden!iOica,TesN asmais singelas e as mais cer!eirasN a Oic,9oneur!ica se !orna |bobaCN sur>reenden!e6men!e bes!a. 8 + esse o momen!o deconcluir sobre esse saber neur!ico. #asn9o sem que an!es se abraN mais uma vezNuma Ores!a na anela Oan!asm?!ica queconOron!a o suei!o com o indizvel. Issodeveria nos guiar >ara uma clnica daangJs!ia e do a!o \que lhe corres>ondeem sua cer!eza] no Oinal da an?lise

incluindo aliN os OenUmenos do a!oac!ing6ou! e >assagem ao a!o ediOerenciando6o do a!o que a Oun,9o da>ressa im>Te ao suei!o no momen!o deconcluir. s mesmos a>on!am `im>ossibilidade >r>ria ao saber >aradizer !oda a verdade. De>oisN sendo oun9o >ra!ican!e da an?liseN h? um >rimeiro!es!emunho que o suei!o doinconscien!e d?. 8is o que esse analisan!eencon!ra no Oinal a >assagem do

malandro6>rovedor >ara o cag9o resul!a6lhe uma sur>resaN mesmo >orque em seudesaOio ` mor!eN a !urgQncia O?lica !inhasido a res>os!a neur!ica queOundamen!ava seu sin!oma.

i8$io5ra-ia

F58=DN $. \117W11"X]. Lu!o e melancolia.In . 8di,9o $!andard )rasileira dasbras sicolgicas 'om>le!as de $igmundFreud. radu,9o -. $alom9o. v. HI. 5io de

 -aneiro ImagoN 17. >. 27064. . \11a]. Lo sinies!ro. In .bras 'om>le!as. radu,9o Luis Lo>ez)alles!eros B de orres. v. III. 4. ed. #adrid64N 8s>anha )iblio!eca *uevaN 1(1. >. 24(%6"0/.LA'A*N -. \14"]. !em>o lgico e aasser,9o da cer!eza an!eci>ada. In .

8scri!os. radu,9o . 5ibeiro. 5io de -aneiro -orgeaharN 1(N >. 117621%.

 . \1"/ P 1"7] 8l $eminarioN libroIN La 5elacin de be!o. )uenos AiresaidsN 12.

 . \1"( P 1"]. $emin?rio. Livro I. deseo e sua in!er>re!a,9o. radu,9oda Associa,9o sicanal!ica de or!o Alegre a>ar!ir do !e3!o es!abelecido >ela Associa!ionFreudienne In!erna!ionaleN 2002.

 . \1/1 P 1/2]. $emin?rio A

iden!iOica,9o. \in+di!o]. . \1/2 P 1/%]. $emin?rio. LivroH. A angus!ia. %. ed. radu,9o do 'en!ro de8s!udos Freudiano de 5eciOe a >ar!ir da!ranscri,9o realizada >ela Associa,9oFreudiana In!ernacionalN 2002.

 . \1/4]. $emin?rio. Livro HI. squa!ro concei!os Oundamen!ais da>sican?lise. 5io de -aneiro -orge aharN1%.

 . \1/ P 170]. 8l $emin?rio. LibroHII. 8l reverso del >sicoan?lisis. )uenos

 Aires aidsN 12. . \17% P 174]. elevis9o. In . u!ros 8scri!os. \. 5ibeiroN !rans.].5io de -aneiro -orge aharN 200%N >. "0( P"4%.$L85N '. AngJs!iaN o aOe!o de e3ce,9o.*o!as >essoais da 'onOerQncia minis!radaem $9o auloN no dia 11 de novembro de2004N no 8ncon!ro *acional da

 Associa,9o Fruns do 'am>o Lacaniano PII 8ncon!ro da 8F'L P )rasilN de 11 a 14de novembro de 2004.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 10

Page 191: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 191/298

Sodalidades su*:etivas do tempo

 A(er(a de $a ($"i(a de$ -i" de a"#$i%i%

 Mnrique <atN 

res!o a!encin B o>inoN elamor que cree el>sicoan?lisis es verdaderoNo quiz?s !an men!irosocomo aquellos que !odoslos das creen en lo

 verdadero de lo queencuen!ran.

8s!o dice mucho sobre la >r?c!ica queme in!eresaN me dice algoN que los amores!ambi+n se !erminan.

'uando dos que se amaronN me dieronque se sien!an a hablar sobre la Oal!a deamorN cuando el amado no sos!ienecomo obe!oN la ilusin de que es +l loque hace Oal!a Ba no haB nada m?s quehablar. As Oue que me encon!r+ conenredos en algunos an?lisis >ara darcuen!a de la elaboracin del OinN comodear la !ransOerencia.  <aB amores que cuen!an un >uro!ranscurrir. =n devenir que se sos!iene

en el !iem>oN >eor que no >arece lograrencuen!ro alguno de aquello que el amorbuscaN B !ambi+n haB o!rosN donde sehace >a!en!e que no son m?s queencuen!ro !ras encuen!ro donde la>asin que alcanzaN no >arece >rovocarni duracin ni his!oriaN cosa de laneurosisN donde lo que en!iendo >or>sicoan?lisis no lo hallo. 'ada amor !eesu !iem>oN cu?l es el Jl!imo.

8ncuen!ro !ras encuen!roN donde el

K!rasM im>lica una cronologa en donde>ro>ongo recu>erar >ara >ensar la>alabra Oreudiana e3comulgada de laelaboracin.  8ncuen!ro !ras encuen!ro 'mosi!uar >or que alguno de es!osencuen!ros merece ser el Jl!imoS p enes!os enredos del amor a >un!o que lacada del sue!o su>ues!o saber es unmomen!o que se incluBe en!re el amor Bel olvido. Digo en!onces si el !iem>o del

>sicoan?lisis es el !iem>o delinconscien!eN cada >sicoan?lisis !iene su!iem>o.

  8l !iem>o del inconscien!e no es un!iem>o cronolgicoN sino un !iem>oligado al >roceso de elaboracinsigniOican!e que le sue!o es!? llamado arealizar en el marco de su >ro>iae3>eriencia res>ec!o a sus >ro>ias>regun!as B elecciones e3is!enciales en el!iem>o haB una medida.

<acer decir !ic P !ac al relo nos>ermi!e >ercibir su duracin >orque Baes!? organizado. eroN !ras la en!rada

necesaria de la ciOra en el !iem>oN quedasiem>re un res!oN es!a es la razn >or lacu?l el in!ervalo en!re los dos sonidos del!ic P !ac es!? cargado de duracinsigniOica!iva el !ic 6 !ac es >ues una !ramaNcomo la ar!iculacin signiOican!e Oor! Pda del uego inOan!il Oreudiano >ero!rama que humaniza el !iem>o alconOerirle Oorma B donde el in!ervaloen!re ambos re>resen!a el !iem>o>uramen!e sucesivo B desorganizado que

necesi!amos humanizar.  ero ese !ic P !ac es !ambi+n un !iem>omor!iOicado que no recubre !o!almen!e el!iem>o como realN el !iem>o vivo delsue!o desean!eN el !iem>o >eculiar delsue!o.  8s!e !iem>o no es !an >oco el !iem>ocomo medida del valor del !rabao delanalis!a.  $egJn los >ar?me!ros >ro>ios de laeconoma del discurso ca>i!alis!a que

sanciona que el !iem>o equivale al dinero.8n un >sicoan?lisis se !ra!a en!onces deres!aurar la Ouncin del !iem>o enconOormidad al Ouncionamien!o !em>oraldel inconscien!e del sue!o.  $i haB un resumen insu>erable querec!iOica el a>or!e de la lings!ica B quean!e !odo rec!iOica el conce>!o de !iem>oes Klo que se diga >ermanece olvidadode!r?s de lo que se dice en lo que seescuchaM. Lec!ura de Lacan del

KA!olondradichoM.  Lo que se digaN cuando se habr? dedecirS 'u?ndo sinoN en una diOerencia

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 11

P

Page 192: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 192/298

>ara siem>re diOeridaS 8n la gram?!icaque se diga menciona el >resen!e delsubun!ivoN !iem>o vir!ual B desidera!ivo.

 ir!ualidad que e3cluBe la ac!ualidad delac!o. \8l ahora es sino sido siendo]. Loque se dice es siendo sido lo que habr?sido gracias al es>aciamien!o de lo que se

dice con aquello que se escucha\en!iende].  8s!e in!ervalo sin duracin que se>arael decir del escuchar es o>erado Bre!enido >or la sus!raccin de una>resencia vir!ualN sin consumacin.\$iem>re Oal!a algo >ara la >lena descargaB sa!isOaccin] Freud B susconmovedoras no!as >s!umas.  8n!re el decir B el dichoN en!re laenunciacin B el enunciadoN la se>aracin

>roBec!a hacia el Ou!uro lo que se haBa dedecir sin que sea >osible decirlo. Lo queres!a >or decir habr? de ser dichocuando sea dicho lo que ha sidoN curiosoOu!uro an!eriorN que es an!erior al re!ornode lago sido 'u?ndo Oue lo sido mismoSAlguna vez Oue >asado sin >resen!eS bienN >resen!e sin >asadoS *o haB o!rares>ues!a que la adelan!ada lo que es!?siendo es sidoN >orque no haB ningJnsue!o que sea con!em>or?neo de si

mismoN el cor!e B la re>e!icin que deOineal ac!o se ar!icula eludiendo la dimensindel >resen!eN >orque !odas lasdimensiones !em>orales >asan decon!inuo >or ese lugar vacio que es el!iem>o vir!ualN !iem>o de eli3is.  Lo que ocurre en mi rela!o no es unahis!oria acabadaN lo que se realiza en mihis!oria no es el >re!+ri!o deOinidoN en elsen!ido de Klo que OueMN no es lo que hasido en lo que Bo soBN es Ou!uro an!erior

es Klo que habr+ sido >ara lo que es!oBllegando a hacerM es!a accin venideraque an!ici>a a o!ra accin venidera es!aes la !em>oralidad del sue!o anal!ico.

KLo que habr+ sido >ara lo que es!oBllegando a hacerM se carac!eriza >ore3>resar acciones e3>resadas en Ou!uroen relacin con hechos del >asadoNninguna de las dos acciones hanconcluidoN ni lo que habr+ sido ni lo quees!oB llegando a hacer. $in embargo haB

ma!ices den!ro de es!a Ormula delOu!uro an!eriorN us!amen!e lo que se

>ercibe como >regun!a es >orque es de!i>o cone!uralN el Khabr+M es unacone!ura haB una accin dudosa osu>ues!aN Khabr+M de un >asadoN KsidoMN Brela!iva a o!ra accin venidera !ambi+ncone!uralN >orque no es Klo que ser+MsinoN Klo que es!oB llegando a hacerM.

  <aB una doble cone!ura en el Khabr+sido B en el Kllegando a hacerMN en!onceses!o >ro>icia una sensacin dein!errogacin de que haB algo que noes!? acabado ni en un lado ni en el o!ro.

 p con !odo es!aN qu+ ocurre con losanalis!as B el Oin del an?lisisS

5ecuerdo una >r?c!ica de con!rolN laanalis!a !emerosa de la violenciaes>erable en ac!o que crea escuchar en eldecir del analizan!eN quera su

Oinalizacin. 'rea encon!rar la solucinsubiendo los honorarios m?s all? de las>osibilidades de >ago. &uera echarlo. 8le3>ulsado se las ingeni luego de un!iem>oN reorganiza su economa B a>re!

 vic!orioso el !imbre de la asus!adiza. *osera !an r?>ido ni !an O?cil el Oinal de loque se !rami!abaN >orque el sue!o >uedehacer ah donde le >edan que se vaBa.8scena b?sica de su Oan!asma de>rovocacin al o!ro.

  Ahora un suceso en a>ariencia querela!a !odo lo con!rario. Aqu en elanalis!a su Oan!asma se ug en !ra!ar dere!ener a esa >acien!e en momen!os enque le >reocu>a demasiado el !ener elconsul!orio des>oblado. $e cuida de decirlo que escuchaN el !ema de la Oinalizacindel an?lisisN insis!e en la >alabra de esamuer.  'uidado !emerosoN no muB eOec!ivoN>ues!o que no im>ide que la analizan!e

insis!a en la !ransOerencia lo suOicien!e>ara no dear ser enmudecida. 8n una deesas veces en que la muer declara queK!odo se !erminaMN el analis!a sabiendohacer ahora un >oco m?s sobre susmiedosN subraBa lo que escuchaN lo queno se a!reva a >ronunciar con laes>eranza de con!rolar sus im>licancias Bes ah que el analis!a dice Kes cier!oN !odose !erminaN cmo has!a el an?lisisM.Des>u+s de un silencio de ellaN la

analizan!e que >arece no haber >res!adoa!encinN se acuerda de dos hombresN el

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 12

Page 193: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 193/298

em>a>elador B el mec?nicoN con quienesse >el Ouer!emen!eN Klos !rabaos se!erminan bien o no se !erminanMN Bo meenoo demasiadoN si a veces >udiera hacerun chis!eN Ormula ro!unda >ara quealguien diga de su anhelo que en un!iem>o >orvenir su an?lisis le >ermi!a

realizar lo que quiere de lo que desea.  As !iene !rascendencia la !rami!acinde la inclusin del Oin de an?lisis en eldecir del analizan!e. &ue alguien sedecida a hablar de la !erminacin dequien Oan!asea des>edirse. $i has!a ahhubo an?lisisN es un >asoN nada O?cil desos!ener >or el analizan!eN !oda vez quecues!iona la e3is!encia de la !ransOerenciaN

 Aqu quiero diOerenciar de la >regun!aque a>arece en las en!revis!as >reviasN a

 vecesN sobre B es!o cu?n!o duraScu?ndole >arece a us!ed que es!e an?lisis debe!erminarS Frmula que una analizan!eencon!r >ara in!roducir el Oin de an?lisisbao el modo de la demanda. &ue laabs!inencia ubique el Oin de an?lisis enserio con o!ros obe!os de su his!oriaN noocul!a que se realiza una o>eracin >araque sea ledo ese Oin como >osible.  8n una sesin >os!eriorN una Orase saleal encuen!ro del analizan!e en medio de

una de sus habi!uales queasN >or eldesasosiego que le >roduce su >areaKhas!a que la muer!e nos se>areN es muB>esadoN no >ermi!e que se eliaM dicedescubriendo que una se>aracin cambiacon s >osibilidad de e3is!encia losdes!inos de una relacin. *o es lo mismoque algo !enga o no un Oin. De esode>ende que haBa lugar >ara el deseo. $ele marca aqu que le Oin de su an?lisis Oueincluida >or ella al modo de una >e!icin

a ser concedida. La vuel!a que ahora

encon!raba era cmo seguaN si seguaaquello que >oda !ener un Oin. 5eencon!rarse con su deseo de analizarseiba >or el sesgo de que el Oin de an?lisisera un !iem>o que >oda llegar.  8l !iem>o del an?lisis no >areceencon!rarse en el meor lugar si Oorma

>ar!e del Oan!asma del analis!aN m?s bienes!e debera saber >agar el >recio que suOuncin e3ige de?ndolo en!re >ar+n!esis.  8n!onces el !rabao arduo de losanalis!as se>arar los dos sen!idos de la>alabra KOinM en cuan!o a Oinalizacin Ben cuan!o a Oinalidad no >arece banal B!erminado. *o se mues!ra saldada lacues!in B aunque los analis!as es!emosm?s avisados que es inheren!e a nues!rolugar >agar con nues!ras as>iraciones B

>reuiciosN no !erminamos con nues!roOan!asma de es>erar KalgoM.  8l Oin de un an?lisis se >resen!a comoun lugar >rivilegiado >ara que la analis!aes>ere. ero que sera >ro>icio quees>ereS *ada que es>erar de un Oin dean?lisis. ArriesgoN m?s que la manera>ar!icular con que ese an?lisis se lasarregla >ara dar a leer que ah hubo unOin. =n Oin de la cues!in que lo inicia Bes que vamos a un an?lisis >ara saberN sin

relucir es!e a un conocimien!oN ah dondela angus!ia hace >regun!aN en!onces &u+o!ra cosa oOrece como >romesa inauguralun >sicoan?lisisN sinoN KeseM saber sobreel >adecimien!oS

'omienzos del seminario HHI diceLacan Kel >sicoan?lisis >ar!icularmen!eno es un >rogreso. 8s un sesgo >r?c!ico>ara sen!irse meorM.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1%

Page 194: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 194/298

Sodalidades su*:etivas do tempo

O tempo rea$ "a eperi"(ia a"a$ti(a3o 6!e (o"9!5a a e"trada e a (o"($!%Bo da

eperi"(ia de a"#$i%e4

 Mliane . ;c%ermann reud aOirma que oinconscien!e ignora o!em>o. ara LacanN o!em>o Oaz o in6conscien!e. ara LacanNo !em>o orien!a aes!ru!ura desse Kdiscursosem >alavrasM e deOine o

inconscien!e como Kum saber que n9o>ensaN nem calculaN nem ulgaN o que n9oo im>ede de !rabalharM \elevis9o]. !em>o + !ra!ado >or Lacan como escan6s9oN como hia!oN como o que cessa e oque n9o cessa de escrever os !ra,os nosquais o suei!o se a>aga e se >reci>i!a aose desvelar em a!o. *o en!an!oN ele !am6b+m aOirma ser >reciso !em>o >ara queo inconscien!e advenha ` Oalha que serevela no KserM ao se dizer. $eN >or um

ladoN + K>reciso !em>o >ara Oazer !ra,odaquilo que Oalhou \ d5"ailli  ] em semos!rar de sadaMN >or ou!ro ladoN aOun,9o da >ressa >reci>i!a o suei!o nolugar vazio do obe!oN Oazendo com queNno a!oN o suei!o se Krealize na >erda emque surgiu como inconscien!eM\5adioOonia].

8ssa e3>eriQncia su>Te uma !ravessia>ela >erdaN regulada >elo obe!o a. *9o>odemos ignorar a con!ingQncia do a!o

anal!icoN >rovocando seus eOei!os no!em>o a >os!eriori da e3>eriQncia anal!i6ca. 8nOimN o obe!o a + o Oundamen!o daes!ru!ura !o>olgica do inconscien!e eserve de las!ro ao !em>o necess?rio \>ore3em>lo nac%trkglic hN na Oun,9o da>ressaN no apr=s4coup ] >ara liberar osuei!o da re>e!i,9o mon!ona em queOi3ou seu ser.

'omo ar!icular a Oun,9o da >ressacom o !em>o necess?rio >ara que o

KserM nas,a da Oalha >roduzida ao sedizerS !em>o real insis!e em se dizer

>araN enOimN alcan,ar o que ? es!ava emcausa e n9o >odia ser di!o desde aen!rada. Lacan nomeia em 5adioOonia deKa Ooice do !em>oM \ la "au3 du temps il

 "aut du temps  ] essa e3>eriQncia de sede>ararN mesmo sem o saberN com o que? l? es!ava desde Ko ins!an!e de verM aOal!a e a cas!ra,9o do u!ro.

8m >sican?liseN as ques!Tes sobre o!em>o s >odem ser abordadas em rela6,9o ` es!ru!ura. suei!o de>ende dosigniOican!e que o de!ermina e que!amb+m o divide. Ao !rabalhar <amle!NLacan aOirma que Ko !em>oN em sua>r>ria cons!i!ui,9o nos !em>os dagram?!ica P >assadoN >resen!e e Ou!uro Pse reOere a nada mais do que ao !em>oda OalaN do bl?6bl?6bl?M. LogoN emborasea >reciso !em>o >ara alcan,ar a

 verdadeN o !em>o na e3>eriQncia anal!icaes!? es!rei!amen!e ligado ` !ransOerQnciaNou seaN ao queN a >ar!ir delaN doequvoco do $s$N se desvela e se>reci>i!a. 8n!9o a !ransOerQncia n9o +sim>lesmen!e re>e!i,9o de um >assadodesconhecido que segue o !ra,ado daorien!a,9o O?lica. A !ransOerQncia + de6Oinida >or Lacan como Ka coloca,9o ema!o da realidade se3ual do inconscien!eM.8 es!a realidade nada mais + do que regi6

da >or um Kn9o h?MN >or algo que seOur!a ` raz9o O?lica \que Oaz com que ossigniOican!es se sucedamN nadescon!inuidadeN orien!ados >elame!onmia e >ela me!?Oora].

 A !ransOerQncia se reOere ` dimens9odo !em>o necess?rio >ara que o suei!oencon!re os signiOican!es de suaaliena,9o. s signiOican!es que dasurgem obedecem `s leis da re>e!i,9o eda au!oma,9o. 8les s9o regidos >elas leis

do simblico de >ermu!a,9o esubs!i!ui,9o. =m suei!o re>e!e na

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 14

2

Page 195: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 195/298

e3>eriQncia de an?lise os signiOican!esque marcaram o momen!o em que Oi3ouseu ser. s signiOican!es se desvelam nosin!omaN sem o saber. L? onde es!ava osigniOican!e de um gozo >rimordialNdever9o advir os signiOican!es >rodu6zidos >elo !rabalho de !ransOerQncia. 8n6

!re!an!oN K+ o realM P insis!en!e em se di6zer P Kque >ermi!e eOe!ivamen!e desa!araquilo em que consis!e o sin!omaN ouseaN esse n de signiOican!esM \elevis9oN>. 2"].  Ao lado de um !rabalho de !ransOerQn6cia nomeado >or Freud deDurc%ar*eitung N >ro>omos dis!inguir umou!ro eOei!o des!e !rabalho que n9o +sim>les re>e!i,9o. <? uma e3igQncialgica ineren!e ao >ercurso anal!ico que

n9o ignora a causa do deseo subacen!eao deslizamen!o da s+rie. Ao reenviar osuei!o ` descon!inuidade >squicaN o queOoi vivido como sucess9o se inscrevecomo simul!aneidade. 8m um ins!an!e Po do a!o 6N en!re a causa e o eOei!o h?\a!ualiza6se] um hia!o que se desnudacomo >uls9o. A causa Ounda naa!ualidade a ma!riz de um KOu!uro an!e6riorM P nac%trkglic% .  ara discu!ir a en!rada que an!eci>a a

conclus9o da e3>eriQncia anal!icaN vamos nos de!er em dois momen!oscruciais da dire,9o de um !ra!amen!o. Ya >ar!ir das en!revis!as >reliminares que>oderemos dizer se um suei!o a serealizar como >ossvel analisan!eencon!rou um >ossvel analis!a ao qualendere,ar KaquiloM que lhe re!ornar?como ques!9o. 8n!9oN + necess?rio um!em>o >ara que se dQ es!e Kencon!ro^re6encon!roM. *o en!an!oN a en!rada na

e3>eriQncia anal!ica corre o risco de secons!i!uir em um !em>o mon!ono quese >er>e!ua no mal6en!endido inevi!?vel>r>rio ` es!ru!ura \o >r>riosigniOican!e + equvoco] se n9o houvernenhuma in!erven,9o que conduza a um!rabalho que vise descen!rar a demandaem dire,9o ` causa. ara !an!oN + ne6cess?ria a in!erven,9o de um analis!a.8sse + o momen!o inicial do a!oanal!ico que >ermi!e ao suei!o da

e3>eriQncia anal!ica des!acar sua marcade gozo .

'omo eOei!o do a!o anal!icoN uma Oal!a+ e3!rada da lei re>e!i!iva da cadeiasigniOican!e \? que es!a Oal!a + correla!aao mo!or da demanda]. A Oal!a abre ocircui!o da >ulsa,9o inconscien!e \abre ocircui!o >ulsional] >ara >ermi!ir acons!ru,9o de uma Oic,9o nos ins!an!es

de encon!ro ines>erado do suei!o comsua verdade. 'omo eOei!oN o suei!o!ende a se >reci>i!ar na sur>resa quereOle!e a urgQncia da >erda de um gozoa!+ en!9o >ossivelmen!e ignorado. 8ssesins!an!es Ougazes em que o suei!o se>reci>i!a como eOei!o da >erdasubacen!e ao desdobramen!o do !ra,adoda KbJssolaMN raz9o ou orien!a,9o O?licaNmarcam uma sus>ens9o \  Au"%e*ung  ] euma in!erru>,9o de um !em>o que se

sucede.8mbora sea >reciso um !em>o >ara

que se desOa,am os ns que a!aram o su6ei!o aos seus sin!omasN + da al!ernVnciaen!re !+dioN mono!onia de signiOican!es e>reci>i!a,9o na >ressa que a es!ru!ura +cons!i!uda. Assim duas versTes do gozos9o recu>eradas P uma O?licaN da qual e36!ramos as marcas da sequencia !ensiona6da en!re an!eci>a,9o e re!roa,9o \ou seaNe3!ramos as marcas do sin!oma que sur6

giram da descon!inuidade O?lica no en6con!ro com a >uls9o de mor!e]N e ou!raorien!ada >elo obe!o a N em que o n9o6!odo se Our!a ao gozo O?lico e Oaz comque o suei!o se >reci>i!e em umadecis9o im>ens?velN im>revisvel.

 A con!ingQnciaN >rovocada >ela >ressaem concluirN es!? mais >ara o regis!ro doque Kcessa de n9o se escreverM. Oaloobe!a a >ossibilidade do encon!rose3ualN im>ede o encon!ro de se realizar.

'on!udoN o Oalo Ounciona como smboloda cas!ra,9oN !ornando assim visvel o!em>o zero da Oal!a. Oalo !amb+m valecomo smbolo do gozo. Y dessa Oormaque o Oalo se reaOirma como da ordemdo im>ossvel P Ko que cessa de n9o seescreverM. A>enas no a >os!eriori P apr=s4 coup  6 da e3>eriQncia + >ossvel serrevelada a res>os!a que reduz o suei!oao seu KserM sem o u!ro \ou seaN osuei!o enOim se reduz ao seu ser de

gozoN ser necess?rio ao real em sua

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1"

Page 196: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 196/298

consis!Qncia lgica >ara que da >ossa se>reci>i!ar no novo que o re6signiOica].  vazio includo na su>osi,9o de saberda coloca,9o em a!o da realidade se3ualda !ransOerQncia se o>Te ` re>e!i,9o da>resen!iOica,9o do >assado. 'omo a se63ualidade + marcada >or um Kn9o6h?MN

esse KnadaMN es>a,o vazio da >uls9oNconvoca o suei!o >rome!ido ao novoN>assvel de ser com>arado ao voc?buloKh?6de6virM KadvirM da e3>ress9oOreudiana To Ms Tar, ;oll /c% Terden .\nde o Isso eraN o suei!o P eOei!o daa!ividade do obe!oN correla!o ao a!o queOaz com que o suei!o se >reci>i!e P h?de vir].

dis>osi!ivo anal!ico oOerece aoanalisan!e a >ossibilidade de reorganizar

as marcas \o !ra,ado] signiOican!es deseus di!os no apr=s4coup  de suae3>eriQnciaN no a >os!eriori de seu>ercurso. Da se de>reende a lgicae3>lici!ada >or Lacan em 5adioOonia Koser nasce da Oalha que >roduz o ser ao sedizerM.

=ma nova mon!agem da >uls9o +>assvel de se reorganizar >ara al+m daOan!asia que sus!en!ou o suei!o em seusdi!os. 8sse KserM n9o mais adv+m do

u!ro nem do la,o !ransOerencial queN>ela demandaN conec!ava o suei!o aou!ro. 'omo eOei!o des!a se>ara,9oN n9omais haver? corres>ondQncia nem noamor nem no saber. A im>ossvelres>os!a do simblico revela n9o haverKboa6horaM6 \ ticQ5  ] >ara o se3ual >orquees!e + marcado >ela con!ingQncia.

 A e3>eriQncia de an?lise n9o + um >ro6cesso devo!ado `e!erniza,9o^e!ernidade. Y mais uma

e3>eriQncia que visa levar o suei!o aOalar. #as Oalar o essencial em um cur!oes>a,o de !em>o \veremos surgir na>ressa o que + o essencial]. 8sse es6

sencial se reOere a agarrar a >rova do im6>ossvel na con!ingQncia da >reci>i!a,9oque desvela o suei!o em a!o.  8nOimN o obe!o a Ounda a es!ru!ura !o6>olgica do suei!oN serve de las!ro ao!em>o que sem>re Oal!a no >rocessocons!i!u!ivo do suei!o \Ou!uro an!erior].

8nquan!o a re>e!i,9o + acom>anhada>or um erro na con!abilidadeN h? nelamesma sem>re um6a6menosN uma vol!aque Oal!a e que Oaz Ouro levando o suei!oa !en!ar ressurgir e a se re>resen!ar no!ra,o un?rio..*o !ra,oN ele se desvela mas!amb+m se a>aga. *essas vol!as dare>e!i,9o N o suei!o >oderia se con!arcronologicamen!eN uma a>s a ou!ra.'on!udoN nessa con!agemN h? sem>reuma vol!a que Oal!a. Di!o de ou!ro modoN

!ra!a6se de um !em>o lgico que a seOur!a. que cono!amos como obe!o aNobe!o Oora6de6sen!ido >roduz o eOei!ode cor!eN hia!o e sus>ens9o de sen!ido.'omo eOei!o da >ressa em concluirN osuei!o se ecli>sa no obe!o a que o>reci>i!a em a!o >ara >assar a um !em>oem que o deseo se !orna novamen!e umOu!uro calcul?velN Oru!o da incalcul?velKleveza do serM >roduzida >elo obe!o.8nOimN + o obe!o a que conuga a

en!rada em an?lise com a sada. A o>era,9o anal!ica deve \dever +!ico]

conduzir o suei!o a se iden!iOicar comseu a!oN assim como deve conduzir o su6ei!o a Oazer a!o de sua causalidade. 8n6OimN + >reciso !em>o >ara Ksaber lidarMcom o que es!ava em causa desde aen!rada \saber sem suei!o] e que!amb+m reordena um dizer a >ar!ir dasua rei!erada >erda. KA cada con!oN seacrescen!a \e se >erde] um >on!oMN diz o

di!ado >o>ular.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1/

Page 197: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 197/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

Tempo para -a<er=%e &omem

/da Freitas 

  OrequQncia com que osin!oma da Oobia vem sea>resen!ando na clnicaNem es>ecialN aquela Oobiaca>az de >roduzir umadescon!inuidade na vidado suei!oN como oaOas!amen!o da vida

escolar e social de ovens ra>azesN !emme levado a reOle!ir a res>ei!o desseOa!o clnicoN semN no en!an!o >erder de

 vis!a a singularidade dos casosconcernidos ao mesmo OenUmeno.  !!ulo escolhido P ornar6se homem

 P adv+m das >rimeiras reOle3Tes sobre asobserva,Tes clnicas reOeridas. Algunssuei!os >arecem >recisar de mais !em>oque ou!rosN mergulhando num longo!em>o >ara com>reenderN acom>anhadodo isolamen!o no ambien!e Oamiliarevi!ando assim o con!a!o com es>a,os>JblicosN e consequen!emen!e !odos os

riscos ali im>licados. em>o >ara queS ara >oder

res>onder aos a>elos O?licosN como a>osi,9o em rela,9o a diOeren,a se3ualN `assun,9o de seu >r>rio se3oN esobre!udo em rela,9o ao deseo quea>on!ar? >ara a >ossibilidade de gozardo cor>o de um >arceiroS ara assumira res>onsabilidade >elas >r>riasescolhasS ara encon!rar um lugar naes!ru!ura signiOican!eN a!rav+s do

!rabalho de iden!iOica,9oS 8nOimN !em>o>ara Oazer6se homemN ? que os casosque me ins>iram a essa elabora,9oreOerem6se a suei!os que se encon!ramna >assagem de meninos >ara homensS  'en!rarei minha reOle39o a luz de !rQscasos clnicos que como observadoacima >ossuem alguns >on!os emcomum. 'aso A P #eninoN 1% anos. AangJs!ia + desencadeada a >ar!ir daausQncia da m9e de!erminada >or uma

cirurgia de hemorroidas. Desde en!9o>assa a recusar6se a ir a escolaN e isso

dura a>ro3imadamen!e 2 anos e meio.s sin!omas eram mJl!i>loscarac!erizando um quadro de medo eangJs!ia com seus eOei!os sobre o cor>oNque >assa a Ouncionar como um!ermUme!ro >ara os >assos e>ensamen!os do suei!o. A isola6se emcasa relacionando6se a>enas

 vir!ualmen!e com seus semelhan!esN vivendo um mundo >aralelo a!rav+s deseu ogo >reOerido em um c%at   da

In!erne!. em a an?lise es!abelecendosem diOiculdades um la,o !ransOerencial>osi!ivo e >rodu!or de saberN mas quee3ige !em>oN a !em>oralidade >r>ria daassocia,9o livreN segundo $oler  \=m !em>o a mais P <e!eridade %>.10%] que + a dos enunciadosN que colo6cam os di!os em s+rie. A>esar do incon6Oormismo OamiliarN do Orequen!e ques!io6namen!o dos amigos e de seu >r>rio!+dio A es!eveN e3ce!o >or >oucas

!en!a!ivas de re!orno a escolaN im>assvelna sua decis9o de n9o ir a escola. Aan?lise que !eve como Oio condu!or a>ergun!a o que + um >aiS &ue sedesloca >ara o que + ser um homemS 8que encon!ra a res>os!a iden!iOica!riaNque lan,a o suei!o no Ou!uro de seudeseo &uero ser um homem bomcomo meu >ai. $e conseguir ser >araalgu+m o que meu >aiN a>esar de suaignorVnciaN Ooi >ara mimN Oicarei sa!is6

Oei!o.  Ca%o  P #eninoN 1/ anosN desmaiano $ho>>ingN a>resen!ando a >ar!ir da omedo de desmaiar em lugares >JblicosNencerrando6o em casa na com>anhia deseu com>u!ador. Inicia a an?lise e in!er6rom>e os es!udos >or % anos. $uaan?lise !raz uma lembran,a inOan!ilN viusua m9e !raindo seu >ai e silenciou sobreisso. u!ra lembran,a im>or!an!equando seu avU morreu >ensou eu serei

o >r3imo. desmaio surge comome!?Oora da mor!eN que o coloca ao

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 17

Page 198: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 198/298

abrigo de seu deseoN na medida em quedesear uma mulher >oderia im>licar emKser Oei!o de corno6idio!aN como seu>aiM. =ma in!er>re!a,9o do inconscien!e

 via um sonho indica um signiOican!e >araa iden!iOica,9o >rocuradaN seu avU lhediz K#eu OilhoN esse lugar + seuN em

reOerencia ao lugar que eleN o avUNsen!ava ` mesaN e com>lemen!aN o lugardo homem da casaM.Ao Oazer anivers?rio) enuncia Oiquei !ris!e >orque es!oumais velhoN n9o !emo mais a mor!eN masme en!ris!ece o Oa!o do !em>o >assar !9or?>ido e s !ermos uma vida >ara viver.  Ca%o C P #enino 1/ anosN muda deescola e n9o consegue mais serengra,ado e >or!an!o >o>ular. *9oencon!ra mais as >alavrasN n9o se encai3a

mais na imagem que !inha de siN ou!ros>assam a ocu>ar seu lugarN n9o su>or!ao olhar do ou!ro >orque o in!er>re!acomo KvocQ + um merdaM. 'omoconsequQncia dessa inibi,9o adv+m oaOas!amen!o da escolaN >orque como o>r>rio ' re>e!e inOini!amen!eN seu>roblema incide na rela,9o com o ou!roNesse ou!ro que encon!ra na escola. abalo das iden!iOica,Tes imagin?riasdei3a ' dian!e do vazio levando o suei!o

a se in!errogar sobre seu serN &uem soueuN sou um merdaS $ou nadaS $ou umloucoS Gos!aria de vol!ar a ser quem euera... 8 aindaN >orque us!o no momen!oem que eu deveria !er me aOirmadocomo homemN >areiN dei3ei o !em>o>assar e agora n9o sei como vol!ar. 'ainda es!? a derivaN a >rocura de uma Kiden!iOica,9o que se cris!alize numa iden6!idadeMN seu !em>o de com>reenderainda n9o levou o suei!o a dar os giros

necess?rios >ara concluirN aOirmar algosobre seu ser.

odemos dizer a!rav+s dos ensinamen6!os de Freud e Lacan que o grandeembara,o da adolescQnciaN se carac!eriza>or um novo encon!ro com o realN coma inconsis!Qncia do u!roN com acas!ra,9o. =m encon!ro com o real >ode

 vir a >roduzir um abalo simblicoNe3igindo do suei!o um !rabalho men!alno sen!ido de um rearrano des!e na

es!ru!ura.

*a adolescQnciaN o real irrom>e deOorma >ar!icular. Aquele suei!oN quehavia renunciado ` a!ividade se3ualN num!em>o de com>reender que + a la!QnciaN+ des>er!ado desse sonoN com ase3ualidade Oazendo barulho e buraco `sua >or!a. 'omo consequQncia desse

acordar adv+m o a>elo ao encon!ro deum >arceiroN colocando o suei!o deOorma in+di!aN Oren!e ao enigma quere>resen!a A #ulherN obrigando oadolescen!e a se recolocar em rela,9o `diOeren,a en!re os se3osN ` assun,9o deseu >r>rio se3o eN sobre!udoN emrela,9o ao seu deseo. Deseo esseN queinclui a >ossibilidade de gozar do cor>odo >arceiroN !em>o >ar!icularmen!eOecundo que im>Te o a!o de escolher.

  8m  A temporalidade do su:eitoN Finger6mannN >recisa que

KA iden!iOica,9o do suei!o + ummomen!o inauguralN K>assagemao a!oM do suei!oN momen!o deconcluir a sua Kinsond?veldecis9o do serM decis9o6conclus9o6se>ara,9o6iden!iOica,9o.

  KDecis9o do ser insond?velM que>odemosN no en!an!o sondar comoacon!ecimen!o singular do suei!oN a>ar!ir das !rQs modalidades deiden!iOica,9o que Freud descreveN e quereme!emos aos !rQs !em>os lgicos que>roduzem o suei!o a!+ o seu momen!ode concluir inaugural.  8s!as !rQs escansTes do !em>o lgicoNque >roduzem o suei!o a >ar!ir de umcor!eN de uma ru>!ura de sua su>erOcieN

im>licam uma !o>ologia >eculiar. rQs!em>osN dois movimen!osN uma !o>olo6gia. 8s!a es!ru!ura !o>olgica concluiN>osicionaN localiza o suei!o em !orno dasua Ke3!imidadeMN ou seaN da ar!icula,9o!o>olgica de seu Ouro Kin!ernoMN com oOuro do u!roM.  odemos >ensar que essa >assagem dainOVncia a vida adul!a que n9o se d? semque o suei!o ar!icule sua divis9oN com oOuro do u!roN e3ige uma a!ualiza,9o

das o>era,Tes de decis9oN conclus9oNse>ara,9o e iden!iOica,9oN uma

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1(

Page 199: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 199/298

a!ualiza,9o dessa conclus9o inaugural dosuei!o.  8ssa o>era,9o de !ransOorma,9o queacon!ece num suei!o quando es!eescolhe um !ra,o com o que ore>resen!aN >ara um ou!ro signiOican!eNessa o>era,9o de iden!iOica,9o como um

!em>o >ara com>reenderN + o que >odere!irar o suei!o da deriva signiOican!eN>ara um !em>o de asser,9o sube!ivaN decris!aliza,9o de uma hi>!ese au!Qn!icaN +a cer!eza an!eci>ada >elo suei!o no!em>o de com>reender !em>o daaOirma,9oN *e:a%ung N !em>o de umconsen!imen!o ao =#N que marca e!ransOorma o ras!ro em !ra,o.  Ainda seguindo a elabora,9o deFingermann concordamos que Ka

iden!iOica,9o un!a as >ar!esN Oaz ancoraNamarra,9oN Oaz sin!oma d? consis!Qnciaimagin?riaN ` e36sis!Qncia realN a >ar!ir deum Ouro simblicoM.  =ma >sican?lise + desde Freud umae3>eriQncia sube!iva que requer !em>oN!em>o real >ara que as o>era,Tes lgicas>ossam se eOe!uar. =m >sicanalis!a hoeNmais do que em qualquer ou!ro !em>oan!erior se de>ara com as e3igQncias da>ressaN da eOic?cia dos resul!ados. Y com

!oda raz9o que uma m9e se angus!ia edemande resul!ados ao !ra!amen!o deum Oilho que es!? Oora da escola h? umNdois anos ou a!+ mais !em>o. quedizer a esses >aisN se n9oN >aciQnciaR

Lacan no $emin?rio 2 \ >.11%]>ergun!aN P K que a >sican?lisedesvenda P se n9o a discordVnciaOundamen!alN radicalN das condu!asessQncias do homemN com rela,9o a !udoo que ele viveS A dimens9o descober!a

>ela an?lise + o con!r?rio de algo que>rogrida >or ada>!a,9oN >ora>ro3ima,9oN >or a>erOei,oamen!o. Yalgo que vai aos sal!osN aos >ulosM.

*os e3em>los clnicos !razidosencon!ramos nos dois >rimeirosN resul!a6dos sa!isOa!rios e acredi!o que o mesmoocorrer? com o !erceiroN mas !ais resul!a6dos n9o Ooram alcan,ados sem a >assa6gem >or !odos os ques!ionamen!osN >elaquase desis!Qncia do !rabalhoN es>ecial6

men!e >or >ar!e dos >aisN >or ou!ras!en!a!ivas como a medicaliza,9o dosin!omaN ou breve >assagem >or alguma!era>iaN >ela religi9oN mas a a>os!asem>re relan,ada que o deseo do>sicanalis!a o>eraN >ossibili!ou acon!inuidade da e3>eriQncia anal!ica em

>aralelo a descon!inuidade na vida dosuei!o.

<? um !em>o necess?rio >ara se OazerserN >ara Oazer6se homemN nos casosabordados. !em>o lgicoN segundo$olerN + o !em>o necess?rio >ara>roduzir uma conclus9o a >ar!ir do quen9o + sabido. Alguns suei!os necessi!amde mais !em>o que ou!rosN isso + umOa!oN alguns conseguem a>esar do medoe da angJs!ia seguir sua ro!inaN suas

!areOasN ou!rosN e isso !em sido habi!ualem nossos diasN >recisam se abrigar emseus !erri!rios seguros >aracom>reender e reordenar seu >ar!icularuniverso signiOican!eN sem a auda domouse. assar dos games >ara o ogo da

 vida >ara alguns >ede um esOor,o a mais. A vir!ualidadeN a >ossibilidade de ser>oderosoN Oor!eN ricoN enOim !er a!ribu!osO?licos no ogo ele!rUnicoN >arece >ro6duzir a ilus9o de uma Oacilidade em con6

quis!arN em !er e a!+ mesmo serN mas o!em>o >assa e esse >equeno in!ernau!ase !orna grande e o mundo o convoca aou!ros ogos.

*os !rQs casos !razidosN a inser,9o dosra>azes duran!e longo >erodo de suas

 vidas nos ogos ele!rUnicos Ooi a meu vere3cessivaN sem limi!esN assim como >edeo ca>i!alismo. $em a!+ o momen!o uma>esquisa um >ouco mais a>roOundada ares>ei!oN Oica a ques!9o >ara um >r3imo

desenvolvimen!oN de que se >ara essesovens a maior diOiculdade >ara lidarcom seus sin!omas n9o recebe umacon!ribui,9o dos eOei!os dessa ou!rae3>eriQnciaN ainda um !an!odesconhecida >ara mui!os adul!os dehoe.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 1

Page 200: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 200/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

 A(er(a de $a a"ti(ipa(i" e" $a ($"i(a p%i(oa"a$ti(a $a(a"ia"a (o" "io% 3Wo$Fer a$

-!t!ro4

Pa*lo Peusner 

n la enorme bibliograOa>sicoanal!icaN B es>ecOi6camen!e en aquella dedi6cada a los >roblemasemergen!es de la clnicaNse veriOica una Ouer!e in6sis!encia >or des!acar elcar?c!er re!roac!ivo del si6

gniOican!e o seaN su valor en lo reOeren!e ala resigniOicacin. $in embargoN LacanaOirmaba que debido a su na!uralezaN elsigniOican!e Kan!ici>a siem>re el sen!idoNdes>legando en cier!o modo an!e +lmismo su dimensinM .  8s!e doble ma!iz !em>oral >ro>io de suOuncionamien!o es!aba Ba >resen!e en elade!ivo alem?n  &ac%trkglic%   que Freudu!ilizaba con Orecuencia >ara dar cuen!ade >rocesos de !em>oralidad >aradica.$e !ra!a de un !+rmino que admi!e unadoble lec!ura >uede indicar que el sue!ocon!inJa cargando cier!o even!o del >asa6do has!a el >resen!e Pes decirN cier!a !en6sin hacia adelan!eN cier!a !ensin hacia elOu!uroP B !ambi+n >uede indicar que elsue!o vuelve al >asado >ara encon!rarsecon el even!o PoN lo que es equivalen!eNque el sue!o !rae el even!o del >asado ha6cia el >resen!eN Ou!uriz?ndoloP. 'onvieneen!onces des!acar queN en es>aEolN al !ra6ducirse  &ac%trkglic%   >or K>os!erioridadM\recurso Orecuen!e en!re los >sicoanalis!asde habla his>ana] se >ierden la nocin dere!orno al even!o B la idea de >ermanen6cia del even!oN !an!o como la reOerencia aun con!inuo >roceso elabora!ivo de nuevasigniOicacin.

 Ahora bienN cmo es!ablecer un dis>o6si!ivo que >ermi!a el des>liegue de ambos

 valores !em>orales del signiOican!eN o seaan!ici>acin B re!roaccinN en un ?mbi!ode !rabao con las carac!ers!icas de la cl6nica >sicoanal!ica lacaniana con niEosS

 An!es de res>onderN conviene hacer no6!ar que si bien no >odemos desconocer lade>endencia gen+rica del niEo res>ec!ode sus o!ros >aren!ales que re>resen!an almedio humanoN s >odemos aOirmar Psi6guiendo a LacanP que esa de>endencia>uede considerarse como Kde>endenciasigniOican!eM desde un es!ado increble6men!e >recoz del desarrolloN us!iOicandode es!e modo que el analis!a no re!rocedaan!e la si!uacin de la consul!a >or unniEo. $i es!e modo de de>endencia >uedeconsiderarse KsigniOican!eMN en!onces es>osible Oormular la siguien!e hi>!esis la>resencia de los >adres B >arien!es en laclnica >sicoanal!ica lacaniana con niEosno >uede considerarse un real. $i bien >orel momen!o se !ra!a slo de una hi>!esisNconviene desarrollar las im>licancias deuna aOirmacin !al.  8l signiOican!e K>resencia de >adres B>arien!esM no es un signiOican!e de Lacan.*o haB en los !e3!os lacanianos reOeren6cias e3>lci!as al >roblemaN sino que el!+rmino >areciera >rovenir de los !e3!osOreudianosN donde dicha K>resenciaM erareducida a una >resencia en la realidaduna >resencia Osica queN adem?sN cobraba

 valor de obs!?culo al !ra!amien!o. 'i!oKsicolgicamen!eN el niEo es un obe!odiverso del adul!oN !odava no >osee unsu>erBN no !olera mucho los m+!odos dela asociacin libreN B la !ransOerencia de6sem>eEa o!ro >a>elN >ues!o que los >ro6geni!ores reales siguen >resen!esM .

*oso!rosN >sicoanalis!asN no deOinimosal >adre B a la madre de un niEo a >ar!irdel lazo sanguneo que en!re ellos man!ie6nen. La clnica con!em>or?nea se ar!iculacon !odo un mues!rario de nuevos modosde lazos Oamiliares queN de alguna maneraNnos obligan a resi!uar en lo simblico loslazos >a!erno6Oiliales \B !ambi+n los Ora6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 200

E

Page 201: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 201/298

!ernales]. Ahora bienN la e3is!encia deesos lazos... Jnicamen!e >uede cobrar

 valor de obs!?culo en el devenir clnicoN o>uede resul!ar u!ilizable en alguna medi6daS  ara res>onderN conviene recordar quela accin que el analis!a >roduce sobre el

>acien!e Po en nues!ro casoN sobre el niEoconsiderado como >acien!eN B sus >adresB >arien!es incluidos en el dis>osi!ivoPKse le esca>a un!o con la idea que se hacede ellaN si vuelve a !omar su >un!o de >ar6!ida en aquello >or lo cual ella es >osibleNsi no re!iene la >aradoa en lo que ella!iene de desgarradoN >ara revisar en el>rinci>io la es!ruc!ura >or donde !oda ac6cin in!erviene en la realidadM . <e aqusu >ol!icaN la del analis!aN a la que sugeri6

mos adscribir el dis>osi!ivo de >resenciade >adres B >arien!es dis>osi!ivo que sediseEar? con la maBor liber!ad segJn la!?c!ica de cada casoN !omando >osicinacerca de qui+nes >ar!ici>ar?n B con qu+Orecuencia PaunqueN >ara Oacili!ar cier!osOenmenos !em>orales de !i>o an!ici>a!o6rioN >ro>onemos que +s!a debe ser OiaP.

8s!e dis>osi!ivo Pque no ser? sino unared generada >or un discurso que incluBedecisiones reglamen!ariasN enunciados

cien!OicosN >ro>osiciones enunciadas B noenunciadasP es!ar? inscri>!o en un uegode >oder \del que 'ole!!e $oler ha seEala6do su violencia inicial >ara cualquier mo6delo de dis>osi!ivo]N B con!ribuir? a lacreacin de la llamada Ksi!uacin anal!i6caM. As es que la >resencia de los >adresB >arien!es se conver!ir? en un ar!iOiciogenerado a >ar!ir de las direc!ivas >lan!ea6das >or el analis!a bao el modo de consi6gnasN consignas que vehiculizar?n Pinclu6

so has!a en las inOle3iones de su enuncia6doP la doc!rina con que el >rac!ican!e lassos!engaN !an!o como el eOec!o que en suan?lisis >ersonal haBan >roducido sobre+l.  $i el dis>osi!ivo de >resencia de >adresB >arien!es en la clnica >sicoanal!ica la6caniana con niEos es llevado a su m?3imodesarrolloN se !ensar? una red discursivaen la que se hablar? del sue!o o asun!odesde diversas >osiciones enuncia!ivasN

>ermi!iendo que dicho sue!o bidimensio6nal quede en clara >osicin de de>enden6

cia res>ec!o del signiOican!e. AsN en losrela!os que >uedan a>arecerN Ba no im6>or!ar? qui+n sea el au!or de los !e3!osNsino que es!os Kse diganM. 8n una red !alNser? >osible enunciar acon!ecimien!os >a6sados como si Oueran >os!eriores al mo6men!o de la enunciacin re>oniendo el

 &ac%trkglic%   OreudianoN aunque ahora!ransmu!ado en Ou!uro an!erior. p comoel analis!a cone!uraN su in!ervencin>uede devenir en una hi>!esis o abduc6cin hi>ocodiOicada de eOec!o an!ici>a!o6rio B decisivo >ara el asun!o en cues!inN>ermi!i+ndole es!ablecer relaciones cohe6ren!es en!re da!os !e3!uales diOeren!es BaJn incone3os.  <emos veriOicado en la muB diversiOica6da clnica >sicoanal!ica lacaniana con

niEos que dear en manos de los >adres B>arien!es la decisin del momen!o de laen!revis!a con el >sicoanalis!aN >roduceque casi siem>re lleguemos !arde al >ro6blema en cues!inN adem?s de derivar enuna es>ecie de cesin de nues!ra !an >re6ciada direccin de la cura.  'reemos que el !rabao as >lan!eadocon!ribuBe a una labor conun!a en la quecier!as ideas >ueden ma!izarse B >resen6!arse menos bruscamen!eN a la vez que

>ermi!e !rabaar en un !erreno de >roba6bilidades beneOicioso >ara lo que hemosdado en llamar Kel suOrimien!o de losniEos en su ma!iz obe!ivoM .  8n uno de sus !e3!os cl?sicosN KIn!ro6duccin al narcisismoMN Freud >ro>onaque los >adres ob!ienen >or la va delniEo cier!a sa!isOaccin como modo derecu>ero de un an!iguo narcisismo Ba re6signado. $in embargoN nos a!revemos aaOirmar que un hio siem>re es m?sN me6

nos o dis!in!o de aquello que >odra ha6berlos sa!isOecho >lenamen!e a nivel deese narcisismo Ba >erdido. $urge as unadiOerencia que al re!ornar sobre la >osi6cin >aren!al de!ermina un modo >ar!icu6lar del suOrimien!o el suOrimien!o de losniEos en su ma!iz obe!ivo. p como cuan6do el >acien!e es el niEo es!e suOrimien!oes susce>!ible de ser abordadoN des>lega6do B modiOicado >or la va del dis>osi!ivode >resencia de >adres B >arien!esN encon6

!ramos o!ro mo!ivo >ara us!iOicar el uso

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 201

Page 202: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 202/298

del mismoN B >ara reOle3ionar acerca desus alcances.  em>ranamen!eN en 14N con ocasinde >ro>oner su >roBec!o de K5eglamen!oB doc!rina de la comisin de la enseEanzade la $MN Lacan subraBaba la Ole3ibili6dad !+cnica que deba acredi!ar cualquier

candida!o al eercicio de la clnica conniEos. p en ese marcoN aOirmaba que anoso!rosN los analis!as que no re!rocede6mos an!e los niEosN se nos solici!aban sincesar invenciones !+cnicas e ins!rumen6!alesN lo que !erminaba >or ins!alar al !ra6

bao !erico6clnico con niEos en el lugarde Kla Oron!era mvil de la conquis!a >si6coanal!icaM. &ue nues!ra >ro>ues!a de!rabaar con el dis>osi!ivo de >resenciaOia de >adres B >arien!es en la clnica >si6coanal!ica con niEos sea consideradocomo un in!en!o de e3!ender dicha Oron6

!eraN Oavoreciendo los dos valores !em>o6rales del signiOican!eN valores coadBu6

 van!es a la hora de in!en!ar ceEir a lo real.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 202

Page 203: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 203/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

E$ tiempo de$ %!9eto "io de$ i"(o"%(ie"te

 Ana uelman e ;us8 RoiNin 

os diOeren!es >un!ua6ciones en el !i!uloN dosresonancias signiOi6can!es1] 8l !iem>o del sue!o...niEo del inconscien!e.8l inconscien!eN es!ruc6!urado simblicamen!eN

engendra al sue!oN como a un niEo6>ro6duc!o del lenguae. 8n !an!o sue!oN no!iene edad. 2] 8l !iem>o del sue!o6

niEo ... del inconscien!e $e !ra!a as de lasube!ividad de una K>ersonamenorMNviviendo en el >rimer !iem>o desu vida B >or lo !an!o de>endien!e delamorN e3>ues!o como una es>ona >er6meable al discurso Oamiliar B a sus signiOi6can!es Amo B a la vez in!+r>re!e de losac!os B decires del !ro.  *os >regun!amos >or el !iem>o del su6e!o B >or sus >ar!icularidades en elan?lisis con niEos. 'u?l es el !iem>o

del sue!o del inconscien!eS  8n 1"1N era el >asadoN >resen!iOicado.La ransOerencia se deOina como lare>e!icin de los modos >ermanen!es decons!i!ucin de los obe!osN habia quedesciOrar al inconcien!e como unaescri!ura de con!enidos re>rimidosN como

 verdades que >odian ser !odas6dichasN>ara liberar al neur!ico de sus sn!omas.  8n 1/0N el !iem>o del sue!o del in6conscien!e es un !iem>o grama!icalN el Ou6

!uro an!erior advendr? en el Ou!uro >erose ubicar? en la es!ruc!ura como habien6do acon!ecido en un !iem>o an!erior.8suna sube!ivacin en a>res cou>.  8n 1/4 Lacan se se>ara de la IA B la

 ransOerenciaN como >ues!a en ac!oN sese>ara de la 5e>e!icin. Lacan habla dels!a!us +!ico del inconscien!e. $i el incons6cien!e no !iene s!a!us n!icoN !am>oco lo!iene su !iem>o. 8s un !iem>o evanes6cen!eN como el KahoraM aris!o!+licoN un

ins!an!e ubicado en!re el >asado que BaOu+ B el Ou!uro que !odava no. 8l !iem>o

es a >ar!ir de ese momen!o lo eOmero deuna >ulsacinN >orque a>arece un real enuegoN m?s all? de la ver!ien!e simblicadel inconscien!e. 8n el encuen!ro en!re lo5eal B lo $imblico queda una huella degoce im>osible de absorver >or elsigniOican!e. <ace Oal!a en!onces unsegundo !iem>o. 8s un !iem>o que duraNel !iem>o de la re>e!icin de sus vuel!assigniOican!es que nunca alcanzan a ese5ealN >ero que >ueden enmarcarlo en una

cons!ruccin Oan!asma!ica. 8l sn!oma esla e3>resin del Oracaso de la re>resinan!e la e3igencia >ulsional cons!an!e B lare>e!icin es la insis!encia de lo que no!ermina de anudarse. Desde los resensaBos de FreudN el goce >erdidoN lase3ualidad !raum?!icaN com>e!en al>erverso >olimorOoN !an!o como a las>ersonas grandes. or eso sos!enemosque el niEo !iene sus sn!omas. 8l niEo>uede !ambi+n ser un sin!oma.

  8l niEo es hablado >or sus >adres B !o6cado >or una >ro>ues!a signiOican!e ac!ivaB ac!ual desde el !ro que ellos encarnan.8l sue!o niEo ser? el eOec!o B la res>ues!aa esa >ro>ues!a. Adem?s de oOrecerle unsaber ar!iculadoN los >adres lo e3>onen alenigma de sus deseosN que no se ar!iculanen las >alabras. 8s!e enigmaN llamado $i6gniOican!e del !ro barradoN es in!er>re!a6do como la evidencia de una Oal!a que elniEo se sien!e a!rado a su!urarN ocu>ando

+l mismo el lugar del obe!o !a>nN comome!onimia del deseo ma!erno de un Oalo.ara que o>ere una Ouncin se>aradora esnecesario que la versin de un >adre hagade la madre una muer. La divisin la haceno6!oda madre. La muerN en !an!o no6!oda O?licaN debe consen!ir con la cas!ra6cin. La madre deber? es!ar dis>ues!a a>erder lo que la colmaba. Del lado delniEo lo que o>era es lo que Lacan llamaKsu insondable decisinM +l >odr? des6

garrarse del lugar que crea ocu>ar B re6nunciar a ese goce >ara ob!ener a cambio

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 20%

D

Page 204: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 204/298

la dimensin sube!iva N en su deOec!oNquedar ubicado en el lugar del Oalo. 8nKDos no!as sobre el niEoMN a -ennB

 AubrBN Lacan describe o!ras dosmodalidades sin!om?!icas. 8n unaN elniEo es!? Oiado en la >osicin de obe!odel Oan!asma ma!erno B en la o!raN

re>resen!a simblicamen!e lo que noOunciona en la >area >aren!al. 8s!aJl!imaN es m?s sensible a lasin!ervenciones del analis!a us!amen!e>orque se !ra!a de re>resen!acionessimblicas B no de un obe!ocondensador de goceN en !an!o !alN m?sresis!en!e al an?lisis. 8n algunos casosser? necesario abrir el discurso de los>adresN !rabaando direc!amen!e conellos. 8l deseo del analis!a orien!a la cura

hacia el obe!o aN hacia la $e>aracinNcomo solucin del el de la Alienacin BoOrece la >osibilidad de crear unares>ues!a >ro>ia desde la singularidad deun sue!o6niEo desean!e. La >osicin delanalis!a de niEos se desdobla en dos orun ladoN es el >ar!enaire del uego en elque el niEo re>resen!a su novelaNdes>legando el au!oma!n signiOican!e B>roduciendo un saber que se ubica comoen el !iem>o m!ico del Khabia una vezMN

como si se !ra!ara de un cuen!o escri!o enalgJn lugar. 8s la ilusin de un sabersu>ues!oN que ar!icula la !ransOerencia.or o!ro ladoN el analis!a busca aislar elsigniOican!e como le!ra que no se e3!ravaen el sen!ido. 8l es>era el !ro>iezoN la!Bch+N lo nuevo lo que >one en evidencialo real B la Ouerza >uan!e de laKsubs!ancia gozan!eM. $e hace >osible lacons!ruccin de un sn!oma B un modode goce >ro>iosN de los cuales el niEo

>odr? ser sube!ivamen!e res>onsable.Los >adres consul!an >orque algo noanda bien en el niEoN >ero oOrecer unan?lisis im>lica un esOuerzo narcisis!a. *o!odos los >adres son ca>aces de un ac!o!an generoso. er desa>arecer a su niEode!r?s de la >uer!a herm+!ica de unconsul!orio es un momen!o dedes!i!ucin angus!ian!e. Los >adres dansu aval B eso le da al niEo el corae decorrerse de la cadena que lo sos!ieneN a

condicin de no >erderlos. ero e3is!e!ambi+n >ara el niEo el riesgo de ser

sus!raido del an?lisisN como el hilo de uncarre!elN en manos del adul!o. Los >adresson quienes >agan B !ienen el >oder deoOrecer un an?lisis que dure !odo el!iem>o que hace Oal!a >ara que llegue a suOin. 8n la >ro>osicin de oc!ubre Lacandice que la o>eracin anal!ica rom>e las

cer!idumbres del sue!o has!a sus Jl!imoses>eismos.... rom>e el es>eo en la!em>oralidad del ins!an!eN que lo hacecaer de su Oan!asma. 'ual seria laconclusin lgica de la e3>eriencia conun niEoS 'u?l es el niEo del Oin delan?lisisS Lo llamamos un Ka!revido6diver!idoM. A!revidoN >orque se a!reve aKno ser esoM que se es>eraba de +lNdesiden!iOicado de las demandas del!ro.8s un niEo que vive con sus >adres

>ero no en sus >adres. Diver!idoN >orqueson diversas las >osibilidades que abre lacon!ingencia de los encuen!ros una vezabandonada la Oieza del Oan!asma.Diver!ido !ambi+n >or es!ar abier!o a loseOec!os de sor>resaN del chis!e B elsinsen!ido.<a cons!ruido su >ro>ioOan!asma B !ambien >uede a!ravesarlo.  omaremos dos escenas en las que dosniEos desa>arecenN no es!?n donde se es6>era que es!+n BN >araOraseando a Lacan

en osicin del Inconscien!eN diramosque revisan si K>ueden >erderlosM. $on

 variaciones sube!ivas del uego de las es6condidasN como >aradigma de la $e>ara6cinN donde el niEo Kse animaM. #ai !iene10 aEos B comienza su an?lisis des>u+s decua!ro meses de en!revis!as >reliminares.8l >adre no es!? convencido de lo nece6sario de un !ra!amien!o Ba que +l la ve asu hia Oeliz B si alguien hubiera necesi!a6do !era>ia de niEo era +l.La madre dice

que #ai es inOan!il >ara su edad B es re6chazada >or sus amigui!as desde la +>ocadel ardin.Duran!e !odos es!os aEos Ouesome!ida a una serie de maniobrasconduc!is!as >ara resolver sus graves diOi6cul!ades de lec!o6escri!ura que !ransOor6maron el hogar en un cam>o de en!rena6mien!o.$e hablaba de ella como de niEa6>roblema. #ai comienza su an?lisis aver6gonzadaN inhibida N casi sin hablarN >eror?>idamen!e a>arecen seEales de alivioN en

la sesin B Ouera de ella. A>arece en eluego una nena que vive con sus abuelos

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 204

Page 205: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 205/298

millonarios >orque los >adres murieronen un acciden!e ella es muB com>la6cien!eN la llenan de regalos carosN >ero Oi6nalmen!e se esca>a de la casaN a Aus!raliaB gri!a que la deen !ranquilaN que no labusquenN que no quiere volver nuncam?s. =nas sesiones m?s !arde le >ide a la

madre que no se vaBa. #ai se queda unosminu!os en el baEo B al salir me cuen!aque a veces a la noche duerme en un col6chn en la >ieza de los >adres >orque!iene miedo que se mueran.uelve a ir albaEoN vuelve m?s angus!iadaN B me cuen!amirando a la >aredN que hace unos mesesNlos chicos la insul!aron en el recreo B seOue corriendo al ?rbol de la cueva de lasser>ien!es. $e !re> con ganas de sal!ar Bdesa>arecer. *adie la vino a buscarN ni si6

quiera se dieron cuen!a que Oal!aba en elaulaN >ero >ens en la !ris!eza que le iba a>rovocar a su madre B se ba. Al salir dela sesin haB un silencio muB es>ecial B lamadre lo res>e!a sin >regun!ar nada. re6sen!e en el o!ro cuar!oN >resen!e en sus>ensamien!os. #ai se a!reve a hablar deun deseo de desa>aricinN se a!reve a de6silusionarN corri+ndose del es>eismo deser una niEa Oeliz B de las de las marcasde niEa re!ardada que lleva grabadas.

$olaN >ero en lazo con la madre.#e>ro>one ugar al ahorcadoN B la >alabraque !engo que adivinar es la >alabra -66F686$6'<. La oOer!a de an?lisis es Ba el

inicio de un >roceso de se>aracin de loque re>resen!a >ara sus >adres. 5amBN unniEo de ocho aEosN es!? escondido en elmomen!o en que la analis!a le abre la>uer!a. Algo no anda de acuerdo a lo>rogramado. La analis!a >regun!aDnde es!? 5amBS La madre con!es!aN

cm>lice K5amB no es!?M. $e genera unes>acio lJdico en el que la madre B laanalis!a hablan de +lN Oingiendo creer que+l no es!?.p en!onces el niEo a>arece deun sal!oN sor>rendiendoN a modo de i!zNsonrien!e B diver!ido. 5amB sola re>e!iren las sesionesN insis!en!emen!eN un uegocon muEecos B soldadi!osN en el que>areca in!en!ar dominar un >eligroe3!erior. odia ser un mons!ruoN un robo!gigan!e o un e+rci!o e3ageradamen!e

numeroso que amenazaba a una vc!imades>rovis!a de recursos >ara deOenderse.=n niEo embrollado en la relacin en!reun >adre violen!o B una madrein!imidadaN que !ena la mirada >ues!a enel hio B no >oda dear de >reocu>arse>or +lN Ba sea como vc!ima del rechazode sus com>aEerosN Ba sea como quienlas!ima a los dem?sN en sus a!aques deenoo. La escena elegida es un momen!o>rivilegiado en su an?lisisN en el que

>arece haberse corrido del au!oma!nsigniOican!e B >uedeN >or un ins!an!eNugar con la sor>resa.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 20"

Page 206: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 206/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

 A repetiBo e o tempo de %a8er

 Saria #uisa ;ant6Ana 

m seu !e3!o KA signiOica6,9o do OaloM de 1"(NLacan aOirma que odesenvolvimen!o deuma crian,a ocorre nadial+!ica en!re ademanda de amor e ae3>eriQncia do deseo. A

demanda de um suei!o se cons!i!ui comodemanda ao u!ro \>uls9o oral] e vai se!ornar demanda do u!ro \>uls9o anal].

8ssa demanda do u!ro + incondicionale o suei!o dian!e dela se vQ assuei!ado. u!ro demanda que o suei!o lhe de ocom>lemen!o que lhe Oal!aN o Oalo.8n!re!an!o + o deseo que vai >ermi!ir aosuei!o des!acar6seN desligar6se do u!ro. deseo !em uma Oun,9o de deOesacon!ra a demanda do u!roN in!ro6duzindo o suei!o na dimens9o da esco6lha.  eresa + !razida ao consul!rio quando

!inha oi!o anos de idadeN devido a umsin!oma de incon!inQncia urin?ria e Oecal\enurese e enco>rese]N que surgira aosqua!ro anos de idade e que vinha >ioran6do com o !em>o. A m9e de eresa nuncaconheceu seu >r>rio >ai. iveu sem>recom sua m9e numa rela,9o mui!o diOcil.De>ois de !er Oicado gr?vidaN nunca n9o

 vol!ou a Oalar com o >ai de eresa eassim a menina Ooi sem>re Oilha de duasm9esN a >r>ria m9e e a av. A ela Ooi

di!o que seu >ai es!ava mor!o. #asquando eresa !inha qua!ro anosN ouviusua av dizer >ara a sua m9e K*9omin!a. 8la !em que saber que o >ai es!?

 vivo e que mora aqui no bairro.M  $egundo o rela!o de sua m9eN Ooi a >ar6!ir da que eresa iniciou com seu sin!o6ma de incon!inQncia. 'on!a ainda queNde>ois desse e>isdioN decidiu >romovera a>ro3ima,9o da crian,a com o seu >aibiolgico e en!rou na us!i,a com um

>rocesso de reconhecimen!o da >a!erni6dade e ob!en,9o de >ens9o alimen!cia.De>ois de algum !em>oN o sobrenome do

>ai de eresa Ooi incor>orado ao seunomeN ocorrendo assim uma mudan,a noseu regis!ro civil.

&uando recebo eresaN em sua >rimeirasess9oN veriOico que ela a>resen!a umaobesidade im>or!an!eN Oala !odo o !em>ode comida e !em suas >r>rias ques!TesK8u sou mui!o grande >or isso na escolasem>re !enho que ser a ul!imaN Oicar a!r?s.$ou obrigada a sen!ar na Jl!ima car!eira. meu colega me colocou o a>elido de

)aleia Assassina. 8u n9o !enho cul>a seminha m9e me deu Oermen!o >ara eucrescerM.  eresa >assa a maior >ar!e das sessTescon!ando his!orias Oan!asiosas sobre asa>ari,Tes de uma louraN assassina decrian,asN que cos!umam acon!ecer no ba6nheiro da escola. 8m meio a essasnarra!ivas Oaz comen!?rios do !i>o K8ume caguei de medoM ou K8u me miei demedoM.

  'om o >rosseguir de seu >rocesso dean?liseN come,aram a surgir os comen!?6rios sobre as no!as Oalsas. 8la e3aminavacuidadosamen!e as c+dulas de dinheirocom que >agava as sessTes an!es de en6!reg?6las a analis!a e comen!ava que + >re6ciso !er mui!o cuidadoN >ois h? mui!o di6nheiro Oalso circulando >or ai. Den!rodessa s+rieN comen!a sobre uma >roOesso6ra que !em unhas mui!o longasN >in!adasde vermelhoN mas eram unhas Oalsas. 8n6

!9o ela comen!a K8la >odia machucaruma crian,a com aquelas unhas OalsasM.  8ssas associa,Tes de eresa demons6!ram que >ara a meninaN a descober!a damen!ira de sua m9e a res>ei!o de seu >aiN>Te em ques!9o a demanda da m9eN quese a>resen!aN en!9oN como uma demandaOalsaN n9o conOi?vel e mor!Oera.  A revela,9o de que seu >ai biolgicon9o es!ava mor!oN se cons!i!ui num mo6men!o !raum?!icoN de invas9o de realN que

marca um cer!o Oracasso da Oun,9o >a!er6na de deOender a crian,a das demandasdo u!ro. A Oun,9o >a!erna + Oalha >or

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 20/

E

Page 207: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 207/298

es!ru!uraN uma vez que o signiOican!e n9oconsegue recobrir !odo o gozoN sendonecess?rio que quem encarna essa Oun,9o

 venha a Oalhar a Oim de signiOicar >ara osuei!o esse deseo >roceden!e do u!ro.Y nessa Oalha da Oun,9o >a!erna que

 eresa en!ra com seu sin!oma de

incon!inQncia urin?ria e Oecal.  ara a sican?lise o sin!oma + uma me6!?Oora da es!ru!ura edi>ianaN >ois eOe!iva aar!icula,9o da lei com o deseo. sin!o6ma + a Oorma como o suei!o res>onde `Oalha da Oun,9o >a!ernaN ele !em a Oun,9oes!ru!uran!e de desaloar o suei!o da >o6si,9o de angJs!ia dian!e da demanda dou!ro. eresa ins!i!uiN com o real de seusin!omaN algo que vem em socorro dame!?Oora >a!erna.

  *uma sess9o eresa con!a que viu na!elevis9o um animal do Ou!uro. 8le + umamis!ura de Ooca com >inguim e >ara sedeOenderN ele vomi!a uma Kgosma noen6!aN uma >orcariaM. A analis!a >ergun!aKDeOender de queSM  KDe quem quer comer eleM P res>onde.*essa +>ocaN Oaz sem>re comen!?rios do!i>o K$e eu n9o >assar na >rova minham9e vai comer meu OgadoM.  amb+m Oaz mui!os comen!?rios sobre

as biu!erias da analis!aN quer saber se s9oias verdadeiras ou OalsasN assim como osou!ros obe!os da sala. 8la diz que !emduas cer!idTes de nascimen!oN uma verda6deira e uma OalsaN e diz que n9o queria!rocar seu sobrenome. 8m seguida sedei!a no div9 e brinca de dormir e desonhar com um Oan!asmaN um mor!o queOoi assassinado.  Assim eresa rein!roduz o !ema que>ercorre !oda a sua an?lise seu medo de

Oan!asmasN vam>irosN dos zumbisN dosmor!os vivosN do 'hucN da #Jmia. 5ela6!a Oilmes que assis!iuN his!rias que ouviuou inven!ou com esses >ersonagens.KocQ conhece a his!ria do 'hucS Foiuma mulher que ma!ou um homemN de6>ois !irou a alma dele e colocou num bo6neco. De>oisN no segundo OilmeN ele que6ria uma com>anheiraN >ara n9o Oicar sozi6nho. 8n!9o ele vai ma!ar uma menina e

 vai colocar a alma dela numa bonecaN a

eles v9o !er um bebe.M

  *essa +>oca Oala sem>re de seu >aiN amudan,a do seu nomeN e come,a a es!a6belecer uma rela,9o mais eOe!iva com ele.

 Algum !em>o de>ois mon!a uma >e,a de!ea!ro na escola e >assa quase !odo o anole!ivo `s vol!as com essa mon!agemN emque ela escreve o !e3!oN dirige a >e,a e in6

!er>re!a um dos >ersonagens. A >e,a +sobre o Oolclore brasileiro e na his!oriaque eresa criouN ela in!er>re!a o Anhan6g?N >ersonagem que se envolve numa dis6>u!a de vida e mor!e com a 'uca e sai vi6!oriosoN na ba!alha Oinal. eresa descreveo seu >ersonagem da seguin!e Oorma K

 Anhang? + um veado com olhar de Oogo.8le engana os ca,adoresN causando Oebree loucura em quem olha >ara ele. Y um>ro!e!or da Olores!a. 8le + !odo azulN a>a6

rece e desa>arece. 8le e um zumbiN ummor!o vivoM.  odemos veriOicar como eresaN >ar!in6do do signiOican!e K)aleia AssassinaMNa>elido dado >or um colega da escolaN vaicons!ruindo sua cadeia Loura AssassinaN'hucN #or!o ivoN umbiN #JmiaN

 Anhang?. 8 dessa OormaN cons!ri uma!eia simblica com a qual !en!a dar sen!i6do ao real do !raumaN o>erando um ciOra6men!o do gozo >resen!e no seu sin!oma

de incon!inQnciaN com a sua sa!isOa,9o >a6rado3al. 'om isso consegue in!errom>ero !em>o da demandaN a>risionado na re6>e!i,9o inOini!a do seu sin!oma. odera6mos concluir que isso se d? num >roces6so !em>oral em que a !ransOerQncia viabi6liza uma subs!i!ui,9o dos obe!os da de6manda P a comida e o coco P >elo obe!ocausa do deseo P o olhar 6 como elecom>arece em sua cons!ru,9o do >erso6nagem do Anhang?.

aralelamen!e a esse !rabalho de ciOra6men!oN eresa >assa a gos!ar de usar osobrenome do >aiN consegue emagrecerbas!an!e e come,a a se in!eressar >elosmeninos da escola. 8la !amb+m come,a amaniOes!ar um grande in!eresse >ela his6!ria do 8gi!oN seus OarasN sua cul!ura.$em>re >rocura livros e Oilmes com esse!ema. $eu >ersonagem Oavori!o + um sa6cerdo!e que + assassinado como cas!igo>or amar uma mulher >roibida. 8le + mu6

miOicado e ressurge cen!enas de anos de6>oisN quando uma e3>edi,9o de >esquisa

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 207

Page 208: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 208/298

>roOana o seu !Jmulo. Algum !em>o de6>ois eresa decide es!udar museologia.  ara que Oosse >ossvel uma virada do!em>o da demanda >ara o !em>o do de6seoN Ooi necess?rioN no caso de eresaque uma elabora,9o de saber sobre a cas6!ra,9o >udesse se eOe!ivar num !rabalho

de associa,9o livre sob !ransOerQncia.$obre o caso de eresaN >odemos con6cluirN como aOirma 'ole!!e $olerN no !e3!oK=m !em>o a maisM >ublicado em <e!e6

ridade % Kara que o >rocesso de an?lisese cons!i!ua em uma sequencia Oini!aNrequerem6se mui!os modos de!em>oralidade. <? o !em>o >r>rio daassocia,9o livreN dos >ensamen!oscolocados em s+rie de>ois h? o !em>olgicoN que + diOeren!e daqueleN >ois + o

!em>o necess?rio >ara >roduzir umaconclus9o a >ar!ir do que n9o se sabe.M

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 20(

Page 209: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 209/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

Tempo% do %!9eito e o de%e9o do a"a$i%ta "a($"i(a

#enita Pac%eco #emos Duarte es!e !rabalho abordoalgumas ques!Tes dedois suei!osN -aneN de04 anos e -o9oN (4anosN que a >ar!ir deacon!ecimen!os da or6dem do realN do !rau6m?!ico P a e3>ec!a!iva

do nascimen!o de um irm9o e a in!erna6,9o e mor!e de um Oilho 6 desenvolvemsin!omas que os levam ` analis!a.rocuro ilus!rarN >or meio de Oragmen!osda minha clnicaN o que nos a>on!am5osine e 5ober! LeOor! KA es!ru!uraN osigniOican!e e a rela,9o com o grandeu!ro n9o concernem de maneiradiOeren!e ` crian,a a ao adul!o. Y issoque Oaz a unidade da sican?liseM  2/1. $obes!a !ica n9o h? uma crian,a ou umadul!oN h? um suei!o eN se h?>ar!icularidadesN elas decorrem n9o daidade ou do Oa!o de ser um Ksuei!o >e6queno ou grandeMN mas da rela,9o do su6ei!o com o gozo. A crian,a desde cedoOaz escolhas que orien!ar9o a lgica desua e3is!QnciaN ou seaN Oaz escolhas degozo den!ro de uma es!ru!urade!erminada >elo sin!oma e >ela Oan!asiados >ais. A diOeren,a en!re uma crian,a eum adul!o + o encon!ro com o ou!ro noa!o se3ualN ou seaN o gozo se3ual com oqual se deOron!ar? na adolescQncia.  Al+m des!as >on!ua,Tes !ericasNressal!o a ques!9o do deseo do analis!a.  Dois !em>osN dois suei!os. i!en!aanos cronolgicos os se>aram. -anechega ` consul!a !razida >ela avN>reocu>ada com o com>or!amen!o dane!a mui!o ansiosaN agressiva edis>ersiva na escola. *o >rimeira sess9ochega can!ando al!o a mJsica da )rancade *eve. De>ois e3clama K&uero ma!ara Oada >orque ela n9o + carinhosa2/1#ILL85N -. \org.] A criana no discurso anal)tico1ahar edi!orN 11N >.1%.

comigoRM 'ome,a a desenhar uma Oigurahumana dizendo K 8ssa sou euN mam9eN

 vov e vocQN !odas numa s.M'on!inuando K<oe Oiz um >ouco decoisa errada. )a!i no >a>ai e na mam9eNmas no meu irm9o Oiz o maior carinhoRarei de Oazer malcria,9o.M #alcria,9oSMN>on!ua a analis!a. KYN >orque n9o gos!ode meninoM. &ue meninoS KY o Fl?vioN omeu irm9o que vai nascer. a>ai e mam9eme ba!em >r? valer quando Oa,o negcioerradoRM

 -ane ilus!ra suas his!rias >in!ando Olo6resN sereiasN o solN o c+uN o marN a chuvaN o

 ven!oN o !ubar9oN o mons!ro baleia e osK>assarinhos !ris!esM. on!ua a analis!a

 ris!esS KYN >orque o ca,ador quer comQ6losMN diz -ane. 8nquan!o >in!aN can!arolaK5um ram rum + o !ubar9o. 8le n9o que6ria comer a menina >orque achou ela bo6ni!inha. 8n!9o ele beiou ela. #+Nm+Nm+N>eN >ere>e>eN mamN mamN mes!icuiaM que + issoS K#es!icuia + uma coisa !ris!eNque Oica com saudade. lucaia!e!amb+mM. De>ois -ane >ergun!a Kossochu>ar o >elinho do >incelSM $egundo$olerN KA Oala irres>ons?vel da crian,a W...X+ solid?ria de uma Oron!eira Oluida en!re aOan!asia e a realidadeM  2/2.   'onv+m darseu >eso na >sican?lise com as crian,as>equenas a dimens9o Oabula!ria da OalaNque + o ndice de uma >osi,9o em rela6,9o ao gozoN ainda incom>le!amen!e deci6dido.

Y >or meio de desenhosN e de re>resen6!a,Tes de >ersonagens de his!rias inOan6!isN advindos de signiOican!es a>resen!ados>elos u!ros P >aisN m9esN avs esubs!i!u!os P que ela !en!a e3>ressar suaangJs!iaN ciJme e a ambivalQncia aOe!ivadian!e da a>ro3ima,9o do nascimen!o do

2/2  $L85N '. KLe d+sir du >sBchanalBs!e P j

es! la diOO+renceSMN In #a #ettre Sensuelle N aris n.1%1N >.106 12N ul. 14 . radu,9o $onia#agalh9es.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 20

N

Page 210: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 210/298

irm9o KFl?vioM. 'omo ainda n9o dis>Tede um vocabul?rio adequado e da >ossi6bilidade da escri!aN ela se u!iliza de ou!rosrecursos >ara e3>ressar a sua dor dian!eda amea,a de >erder seu valor O?lico nodeseo do u!roN assim como >erderseus obe!os agalm?!icosN Oon!es de

>razer oral. #os!rando6se enciumada een!ris!ecidaN -ane e3clama indignadaK#am9e vai dar minha mamadeira echu>e!a >ara o nen+mRM.  or ou!ro ladoN -o9oN convoca a analis!aem casa. 8m vir!ude de uma queda quedei3ou6o hos>i!alizado duran!e cerca de40 diasN sen!e6se inseguro >ara sair decasa sozinho. Angus!iadoN ques!iona Ksees!e sin!oma + orgVnicoN men!al ou de6>ress9oM. 5ela!a que >or ocasi9o de sua

in!erna,9oN seu OilhoN que ? es!ava doen6!eN Oaleceu em ou!ro hos>i!al. Assim n9o!eve a chance de acom>anh?6lo nos seusJl!imos momen!os de vida. 5eOere sen!irmui!a Oal!a deleN com quem con!ava nosmomen!os de doen,a. 8m an?liseN es!esuei!o desOila os signiOican!es de sua his6!ria >essoal de maneira Oluen!eN Oalando!amb+m dos d+Oici!s audi!ivoN visual e ol6Oa!ivoN decorren!es de sua idadeavan,ada. #esmo a>resen!ando essas

limi!a,TesN acha que sua >rodu,9oin!elec!ual n9o Ooi aOe!adaN man!endo umh?bi!o an!igo escrever ar!igos >ara umornal. $igniOican!es n9o lhe Oal!am >aracon!ar suas his!riasN as quais >rocurailus!rar >or meio de Oo!osN  "las%esOamiliaresN onde a>on!a v?rios >aren!esmor!osN des!acando a m9eN o >ai e irm9>reOereridaN assim como cenas dana!ureza des!ruda >elo !em>o e^ou!ransOormada >ela m9o do homem.

  8m uma sess9oN -o9o acha a analis!a>arecida com a namorada do Oilhomor!oN dizendo K8la + claraN louraN assimcomo vocQ.M Associando livremen!eNcon!a que sem>re ia ` uma lanchone!eN>r3ima ` sua casaN mas que agora !eme

 vol!ar l? sozinho. &uando Ooi nomear !allocalN num a!o OalhoN disse o nome dosho>>ing onde o Oilho cos!umava levar anamorada KclaraMN indicando aqui suaiden!iOica,9o com o Oilho mor!o. 8s!a

maniOes!a,9o do inconscien!eN nos leva a>ensar na !ransOerQncia. &uem sabe -o9o

n9o desea a analis!a como >arceiraN anamorada KclaraMN >ara se sen!ir6seam>arado e vol!ar a caminhar comOirmeza em dire,9o ` vidaS 'om mui!adiOiculdade dian!e da >erda real e!raum?!ica do OilhoN >ara qual -o9o n9o!em >alavras >ara e3>ressarN \o simblico

n9o d? con!a in!egralmen!e]N ele vaicon!ando ou!ras his!riasN inclusive sobreas mulheres. Diz ele KAs mulheres dehoe andam com >ar!es dos seios de Oorase oOerecendo como obe!os de deseodescar!?veisN que n9o servem >ara seremm9es e es>osasM. arado3almen!eN escrevear!igos enal!ecendo a mulherN colocando6a como >resen,a im>rescindvel na vidado homem.Dois suei!os !en!am cons!ruir com os

signiOican!es K!ris!eN OilhoN nascimen!oNmor!eN m9eN >ai e irm9osMN cada um a seumodoN seus romances Oamiliares. an!oum quan!o o ou!ro se deOron!am comsen!imen!os de >erda e angJs!ia de cas6!ra,9o. -ane se angus!ia Oren!e ` >ossibili6dade de >erder o amor do u!ro >a!ernoe ma!erno e com a se>ara,9o de seus ob6e!os de >razer. $en!indo6se desam>aradaNbusca o simblico >ara dar con!a do realque a acome!e. $egundo 'ole!!e $oler

K... cada crian,a se Oaz in!+r>re!eNse agarra em es!abelecer sua>r>ria lei!ura do dizer do u!roNe da m9eN >rinci>almen!e W...X dashiVncias do seu discurso. 8la es!?eviden!emen!e in!eressada em seu>r>rio serN ? que o que busca>erOurar aN + !an!o o mis!+rio desua conce>,9o quan!o o de seuse3o. in!er>re!ado se !ornaN>oisN in!+r>re!eN e + nes!e n das

in!er>re!a,Tes que az o segredode !odas as suas in!er>re!a,Tes2/%M.

  A ques!9o do ser quem sou eu >araque o u!ro me OaleS que eu soucomo obe!oS *a res>os!a da linguagemes!? a ques!9o daquilo que eu souN >oiseu s !enho acesso ao meu ser comoeOei!o do di!o. Y no cam>o da linguagemque se cons!i!ui o di!o sem e3is!Qncia!ericaN o que chamamos lalangueN Kaln6

2/% $L85N '. KA crian,a In!er>re!adaM in Revista'arrossel N ano IN no 0N 17N >. 1(.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 210

Page 211: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 211/298

gua2/4MN !ermo que Lacan encon!roumais >r3imo da lala,9oN que serelaciona com o !a!ibi!a!e da crian,aan!es dela ar!icular a linguagemN queN nocaso a>resen!adoN corres>onde `quelesKm+N meCN >e>ere>e>eN mes!icuiaN>lucaia!eNman manMN e3>ressos >or -ane.

 Ao lado do obe!o a   como causa degozo !emos os signiOican!es da alnguaque >ermi!em Oazer a un,9o dalinguagem com o gozo. que Oica >arao suei!o + que vai de!erminar a Oormadele gozar.  5e!ornando ao -o9oN es!e soOre com a>erda do Oilho e com a >ossibilidade de>erder sua au!onomiaN e3clamando revol6!ado K>reciso da minha mulherN comouma bengala >ara me acom>anhar a ruaN

coisa que nunca me acon!eceuRM A velhi6ce + mui!o !ris!e... K$imul!aneamen!eNa>on!ando uma rosa >ara analis!aN e3cla6ma K8u namoro o ardim da minha casaN

 vibro com o nascimen!o e a !ernura deuma OlorRM  *os dois casos observamos suei!osem !ransOerQncia com a analis!aN que >araum re>resen!a a Km9eN avN Oada ou!ubar9oM e que >ara o ou!ro es!? no lugarda Knamorada claraM do OilhoN da

Kmulher bengalaM ou da irm9 Ana.

2/4 LA'A*N -. 'onOerQncia in Ginebra sobre elsin!oma. In /ntervenciones 8 te3tos E . )uenos Aires#anan!ialN 17".

 Al+m dissoN !emos duas Oormas dis!in!asde dizer do realN amea,adorN avassaladorNque o simblico n9o d? con!a de esvaziar!o!almen!e. 83>ressTes do suei!o do in6conscien!eN suei!o do deseoN dividido>elo sin!oma. inconscien!eN Kes!ru!ura6do como uma linguagemM segundo La6

canN !em uma lgica e uma ar!icula,9o>r>riaN que desconhece a con!radi,9o e+ a!em>oralN como diz Freud.  que se analisa numa an?liseS 'omoindica $oler K8m !ermos Oreudianos ana6lisa6se o sin!oma eN de acordo com os en6sinamen!os de Lacan >ode6se generalizarNdizendo6se que se analisam as rela,Tes dosuei!o com o real o real que se a>resen!asob a es>+cie do se3o e do gozo2/"M . Ares>ei!o des!e >on!oN adul!o e crian,a di6

Oerem. A ques!9o coloca6se em saber se oanalis!a >ode se deOron!ar com n9o im6>or!a que rela,9o ao real eN mais >recisa6men!eN se o deseo do analis!a >ode o>e6rar sob n9o im>or!a em que es!ado doser. deseo do analis!a enquan!o deOini6do como elemen!o da es!ru!ura do dis6cursoN is!o +N como >arceiro do suei!oanalisan!eN n9o >oderia o>erar sen9oquando cer!as condi,Tes se encon!ramrealizadas sobre!udo que o Klugar n!ido

do deseoM es!ea >os!oN como Lacan desi6gnou.

2/" #ILL85N -. \org.]. A criana no discurso anal)tico.ahar edi!orN 11N >. 1%.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 211

Page 212: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 212/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

O Tempo e a (o"%tr!Bo da met#-ora de$ira"te

eorgina 'erquise   >r?!ica >sicanal!icaes!? relacionadaN in!rin6secamen!eN com o con6cei!o de !em>o. 8m ge6ralN ao subme!er6se auma >sican?liseN osuei!o \1] re!oma oOlu3o de sua his!riaN

e3>lici!ando a descon!inuidade !em>oral

do inconscien!eN que e36sis!eN insis!e ecom>arece nas reminiscQncias eelabora,Tes K*9o e3is!e nada quecorres>onda ` id+ia do !em>o noinconscien!eN n9o h? reconhecimen!o da>assagem do !em>o \2]M. A sican?lise!rabalha com um !em>o re6cons!rudoN a>ar!ir da escu!a da realidade >squicaN>ossibili!ando ao suei!o umaa>ro>ria,9o elaborada da sua his!ria.

Lacan observa sobre a cons!ru,9o ar!i6Oicial do !em>oN >ara in!errogar sobre oque insere o suei!o numa escala!em>oral razo?vel Knde >ode es!ar amola da e3a!id9oN a n9o ser us!amen!eno Oa!o de se >orem os relgios emconcordVnciaS\%]M. *a clnica da >sicoseN>ela via do realN observa6se aim>ossibilidade da ordena,9o da!em>oralidade na cadeia signiOican!e.83is!e um !em>o que n9o >ara dechegar o Ooracludo >elo suei!o n9o ces6sa de re>roduzir6seN marcando a ausQnciado >on!o de bas!aN de amarra,9o da Oun6,9o O?lica.  ara LacanN !al qual >ara FreudN a >erdada realidade e a Oorma,9o deliran!e \4]a>on!am >ara um Ou!uroN um !em>o as6sin!!icoN inOini!amen!e >rolongado. *ocaso $chreberN a sua !ransOorma,9o emmulher de Deus se dar? num Ou!uro dis6!an!e K8nquan!o o Ou!uro n9o acon!eceNcada qual con!inua seu !rabalho de signi6Oican!iza,9o do real >ara a>aziguar o

gozo que localiza >arcialmen!e o u!rodo delrio \"]M.  Freud Oormula queN Kno m+!odo des6con!nuo do sis!ema c>!6'sN !emos aorigem do !em>o \/]M. A Oal!a de con!i6nuidade da >erce>,9o conscien!e do eud? a no,9o do !em>oN ou seaN o carrilh9oda !em>oralidade se es!abelece no in!er6

 valoN na hiVncia. *o >erodo de sua se6

gunda in!erna,9oN $chreber \7] com>rovaa !ese Oreudiana. 8m es!ado de vigliacons!an!e P uma insUnia sequer a!enuadacom a medica,9o P e sem nenhum in!er6

 valo >erce>!ivo >ara seu a>arelho >squi6coN ele >erde a reOerQncia ao !em>o que oman!inha em sua sube!ividade

K=ma virada Oa!al >ara ahis!ria da erra e dahumanidade >areceu6meN en!9oNindicada >elos acon!ecimen!os

de um Jnico diaN do qual me re6cordo claramen!eN em que seOalou de e3!in,9o dos relgiosdo mundoN e simul!aneamen!eocorreu um aOlu3o con!nuoN deuma rara abundVncia de raios>ara o meu cor>o \(]M.

  bserva6se a o e3em>lo da rela,9o en6!re os OenUmenos elemen!ares e a desor6dem cronolgica. A clnica >sicanal!ica

com>rova queN na >sicoseN + im>ossveldissociarem6se as >erdas da realidade >s6quica das de reOerQncia !em>oral P Oa!orque revela a desorien!a,9o e obnubila,9odo >acien!eN e3>lici!ada >ela !en!a!iva deremodelar a realidade a!rav+s das alucina6,Tes e dos delrios.  Lacan \] e3>lici!a queN >ara regular orelgio como ins!rumen!o de e3a!id9oN +>reciso uma unidade de !em>oN !omadaem>res!adaN que se reOere ao realN >ois

 vol!a sem>re ao mesmo lugar. $chreberrevelaN a!rav+s da alucina,9oN que a desar6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 212

 A 

Page 213: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 213/298

!icula,9o do !em>o e o gozo na >sicosees!9o relacionados. eriOica6seN assimN a>osi,9o de um suei!o >erdido no abismodo !em>oN no vazio que >roduz uma de6sorganiza,9o do mundo que o rodeia.

O tempo do% %i"toma%,

  As descober!as OreudianasN realizadasna escu!a dos sin!omas e dasreminiscQncias dos >acien!esN >ermi!irama !eoriza,9o sobre a im>or!Vncia do!em>o na es!ru!ura,9o do suei!o. ode6se !amb+m >ensar no !em>o como ummodo verbalN >ela via do signiOican!e. 8mou!ras >alavrasN >assadoN >resen!e eOu!uro es!9o revelados no discurso dosuei!oN embora n9o sea regra geral. *a>sicoseN escu!amos suei!os que

a>resen!am >erdas da >erce>,9o da!em>oralidade a Ooraclus9o \10] do*ome6do6ai im>ede a organiza,9o dacadeia signiOican!e e as mensagens Oicamdes!rudasN inin!eligveis. Lacan \11] !razo caso do <omem dos Lobos >arain!errogar K&ual + o valor do >assado dosuei!oSMN chamando a!en,9o >ara a>ouca im>or!Vncia de o suei!orememorarN no sen!ido in!ui!ivo da>alavraN os even!os Oormadores da sua

e3is!Qncia. *a verdadeN o cen!ro degravidade do suei!o + a sn!ese >resen!edo >assadoN a que se chama his!ria Kque con!a + o que ele disso recons!ri\12]M.  Y >reciso ir mais al+m da lembran,aN ea clnica da >sicose a!es!a isso as lem6bran,as n9o s9o associadasN uma vez queNna >sicoseN o !em>o se deses!ru!ura e seconOunde >or Oal!a da signiOica,9o O?lica.

8scu!amos alguns >acien!es >sic!icos

relembrarem Kalgo de seu >assadoM!odaviaN n9o conseguem associar o queKirrom>eM no discursoN e a causa de suadoen,a. 'om diagns!ico de >araniaN a>acien!e !raz uma lembran,a do >rimeiro!em>o da alucina,9o na inOVncia

K#eu >ai brigavaN minha m9echoravaN ele >assou a m9o nomeu ros!o e saiu >ela anela dasalaN o gQnio da LVm>ada de

 AladimN voava e >assava nas >a6redes dos >r+dios vizinhos.#ui!o lindoN era um bom

mo!ivoN isso Ooi quando eracrian,aM. 

 Aqui o >on!eiro do relgio a>on!a >arao !em>o no >assado a cruzarNeOe!ivamen!eN o momen!o cr!ico daalucina,9o do suei!o e sua Oala. u!rosem barra >asseia >elas >aredesN>reenchendoN ocu>ando o lugar deausQncia da me!?Oora >a!erna.

Tempo de (o"%tr!Bo da met#-orade$ira"te,

  A me!?Oora deliran!e + uma cons!ru,9oque vem subs!i!uir a ausQncia dame!?Oora >a!ernaN como uma das>ossveis !en!a!ivas de simboliza,9oN dees!abiliza,9o do suei!o. 'onOorme

recor!e clnico a>resen!adoN a lembran,an9o + a geradora de cons!ru,TesN >ois o!em>o do >assado n9o es!? signiOicadoenquan!o !al. Lacan diz que K u!roes!? e3cludo na Oala deliran!e daN umOenUmeno bru!o a >er>le3idade. 8 +>reciso mui!o !em>o >ara que o suei!o>sic!ico !en!e res!i!uir uma ordemdeliran!e em !orno disso \1%]M. signiOican!e KOecundoMN a>regoado >orFlechsig quan!o ` >rescri,9o dos novos

sonOerosN + u!ilizado >or $chreber >aradar origemN de>ois de longo >erodo dein!erna,9oN ` >ossibilidade de Oazer umaamarra,9o na cadeia signiOican!eN que seservir? da causalidade >squica na cons6!ru,9o da me!?Oora deliran!e K$ou uma#ulher que vai co>ular com Deus >aragerar uma nova ra,aM.  razemos um caso de >acien!eesquizoOrQnicoN a!endido no in!ervalo deausQncia da analis!a que o acom>anhava

>or dez anos. 'uriosamen!eN a>esar dagravidade dos sin!omasN com v?rias!en!a!ivas de suicdios e in!erna,TesNacom>anhamosN na ausQncia da reOeridaanalis!aN uma con!en,9o dos OenUmenoselemen!ares. 8le re!oma Kseu !rabalho\14]M e com>arece `s sessTes com aanalis!a subs!i!u!aN rela!ando >rogressosde escri!a e diminui,9o das consul!ascom o >siquia!raN sem>re se reOerindo ao!em>o e ao com>romisso de re!orno da

analis!a. A !em>oralidade >ara ele +marcada >ela corres>ondQncia escri6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 21%

Page 214: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 214/298

!a^analis!a ausen!e. K<oe + o Jl!imo diaque venho aqui. #inha analis!a vol!ou eeu a escolhoN >ois !emos um caso deamor >la!UnicoM. re!orno marcado>ela analis!a Oez um >on!o de amarra,9oNdeu um con!orno no !em>oN e a es>eraOi3ou o gozo.

Levando6se em con!a os casos clnicosa>resen!adosN se o !em>o na >sicose + daordem do realN en!endemos que a cons6!ru,9o da me!?Oora deliran!e + !en!a!ivade cavar um momen!o de a>aziguamen!odo que n9o cessa de re!ornarN ins!alandoum in!ervalo no !em>o6Ou!uro do K>arasem>reM do re!orno do Ooracludo.

FinalizandoN >ara Lacan \1"]N a Oal!a do*ome6do6ai abre um Ouro no signiOica6doN que d? inicio ` casca!a de remanea6

men!os do signiOican!eN de onde >rov+mo desas!re crescen!e do imagin?rioN a!+que sea alcan,ado o nvel em que signiOi6can!e e signiOicado se es!abilizam na me6!?Oora deliran!e. 8 + >reciso mui!o !em>o>ara que o suei!o >sic!ico !en!e res!i!uiruma ordem deliran!e em !orno disso.

Re-er"(ia% i8$io5r#-i(a%,

\1] *a es!ru!ura clnica da neurose.

\2] F58=DN $igmund. W1%2X. A disseca,9oda >ersonalidade >squica. In O*ras psicolgicas completas . 8di,9o $!andard)rasileira \8$)]N 5io de -aneiro ImagoN ol.HHII \174 "].\%] LA'A*N -acques. W1"46""X. O seminário,#ivro E1 O eu na teoria de Freud e na t5cnica

 psicanal)tica . 5io de -aneiro ahar. \1("%72].\4] F58=DN $igmund. W111X. *o!as>sicanal!icas sobre um rela!o au!obiogr?Oicode um caso de >arania. In O*ras psicolgicascompletas . 8di,9o $!andard )rasileira 174.

 ol. HII. \174 /(].

\"] &=I*8N An!onio. Autismo e esquiNo"reniana cl)nica da esquiNe. \1104] #arca DC?gua.5io de -aneiro.\/] F58=DN $igmund. =ma no!a sobre obloco m?gico. W12"6124X. In O*ras

 psicolgicas completas.  8di,9o $!andard)rasileira \8$)]N 5io de -aneiro ImagoN vol.HIH \174 20].\7] erodo de mar,o a unho de 1(4.( $'<58)85N aul Daniel. Semrias de umdoente de nervos . $9o aulo az e erra \1"((0].

\] LA'A*N -acques. W1"461""X. Oseminário, #ivro E1 O eu na teoria de Freud e nat5cnica da psicanálise . 5io de -aneiro ahar\1(" %72].\10] 'oncei!o de Ooraclus9o como modo dee3>uls9o do signiOican!e da Lei do >aiN dealgu+m >ara Oora das leis da linguagem.\11] LA'A*N -acques O seminário, #ivro B1 Osescritos t5cnicos de Freud hBC4I . 5io de

 -aneiro ahar. \17 22].\12] IdemN ibidem.\1%] LA'A*N -acques. O seminário, #ivro 1

 As psicoses hBC4 . 5io de -aneiro ahar.\1(" /"].\14] radu,9o das le!ras das mJsicas de )obDBlan.\1"] LA'A*N -acques.  Mscritos . 5io de

 -aneiro ahar. \1( "(4].

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 214

Page 215: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 215/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

E$ tiempo (($i(o de $a% p%i(o%i%

lad8s Sattalia 

a im>osibilidad e3>eri6men!ada del discurso>ulverulen!o es el cabal6lo de roBa >or dondeen!raN en la ciudad deldiscursoN el amo que esen ella el >sic!ico.

 -acques Lacan P 1/7.

  $i >ar!imos de la aOirmacin sos!enida>or LacanN a lo largo de su enseEanzaNque las >sicosis no es un caosN undesordenN sino un nuevo ordenamien!odel mundo un orden del sue!o quiero!rabaar en es!e recorrido las incidenciascausales de la ausencia del signiOican!e>rimordial B las consecuenciasN >ara unsue!o >sic!icoN de la Oalla en la o>era6cin de se>aracin que condena a las >si6cosis a !ransi!ar >or KOuera6del6incons6

cien!eM o >or KOuera6de6discursoM.#e de!endr+ >ar!icularmen!e en las in6cidencias sobre la cons!i!ucin de la !em6>oralidad en es!a es!ruc!uraN cuando la)eahung >rimordial ha sido Oorcluda.

8l sue!o >sic!icoN sea en la Krei!era6cinM esquizoOr+nica o en la Kre!roaccinen un !iem>o cclicoM de la >aranoiaN nosilumina sobre un uso >ar!icular del !iem6>oN que hace de las >sicosis una es!ruc!u6ra de cer!eza.

ar!ir+ de algunas consideracionessobre la cons!i!ucin de la )eahung P aOirmacin6 >rimordial B de lo que quedaOuera de la simbolizacinN B >or lo !an!olo que es del orden de la ererOung Pre6chazo6 B que Oue !raducido >or LacanN alOinal de su $eminario %N Las sicosisNcomo Oorclusin.

8s!o cons!i!uBe dos modalidades sin6!om?!icasN dos es!ruc!uras diOerenciadasneurosis B >sicosis. Dos modos de e3is6

!encia e3is!ir en lo simblico B e3is!ir en

lo real cons!i!uBen dos es!ilos claramen!ediOerenciados.

Reitera(i" e%6!i<o-r"i(a

  Dos !e3!os Oreudianos iluminan el !ra6bao de Lacan De la his!oria de una neu6rosis inOan!il;61146 B La *egacin612"6.

  Del >rimero e3!rae LacanN un hechoclnico que cons!a!a una Ormula KLoque es!? Oorcludo de lo simblicore!orna en lo realM. Del segundo un da!ode es!ruc!ura es la Khiancia de un vacoMlo que >roduce lo simblico.

 aBamos >rimero a la viEe!a clnica dela >equeEa alucinacin del Kdedo cor!a6doM de $erguei 'ons!an!inovich ane6eOO \inmor!alizado >or Freud como K8l<ombre de los LobosM] conocida >or !o6

dos B !rabaada >or muchos.Keniendo cinco aEos ugaba en elardnN al lado de mi niEeraN !allando unanavai!a en la cor!eza de uno de aquellosnogales N que desem>eEaban !ambi+n un>a>el en mi sueEo. De >ron!o observ+Ncon !errible sobresal!oN que me haba cor6!ado el dedo meEique de la mano \dere6cha o izquierdaS] de !al maneraN que slo>ermaneca sue!o >or la >iel. *o sen!adolor ningunoN >ero s un miedo !errible.

*o me a!rev a decir nada a la niEeraN quees!aba a >ocos >asos de mN medes>lom+ en el banco m?s >r3imo B>ermanec sen!adoN inca>az de mirarmeel dedo. or Jl!imoN me !ranquilic+N memir+ el dedo B vi que no !ena en +lherida alguna.M  8s in!eresan!e ver que el rela!o es!? cal6cado sobre lo vividoN sin localizacin!em>oral. 5ela!ado como es vivido. =nasus>ensin en la >osibilidad de hablar.

K<aB aqu abismoN una >icada !em>oralNun cor!e de la e3>erienciaN des>u+s de la

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 21"

L

Page 216: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 216/298

cual resul! que no !ena nadaN !odo!erminN no hablemos m?s de elloM

Freud lo seEala como un OenmenomuB es>ecial no saber nada de la cosaN nisiquiera en el sen!ido de la re>resin.  Lo que es rehusado en el orden simb6licoN vuelve a surgir en lo real.

  8s!e Oenmeno alucina!orio nos hablade la his!oria del sue!o en el ordensimblico. *os habla de un sue!o en re6lacin a la cas!racin.

*o hubo >ara +l )eahungN aOirmacindel >lano geni!al B la cas!racin se mani6Oies!a en lo imaginario de la vivencia alu6cina!oria. am>oco haB o!ro a qui+ncon!ar la e3>erienciaN ni ras!ros de emo6cin; slo la vivencia de un sen!imien!oca!as!rOico. an slo un mundo e3!erior

inmedia!o.K8l sue!o no es en absolu!o >sic!ico.

$lo !iene una alucinacin. odr? ser>sic!ico m?s adelan!eN >ero no lo es enel momen!o en que !iene esa vivencia ab6solu!amen!e limi!adaN nodalN e3!raEa a las

 vivencias de su inOanciaN !o!almen!edesin!egrada. 8n ese momen!o de suinOancia nada >ermi!e clasiOicarlo comoun esquizoOr+nico BN sin embargoN se !ra!aen eOec!o de un Oenmeno de >sicosisM.

8l esquizoOr+nico se em>eEa en Krei!e6rar ese >asoMN lo cual cae en saco ro!o>ues!o que >ara +l lo simblico es real.8l <ombre de los LobosN que al Oinal desu vidaN !odava >in!aba !are!as >os!alescon la escena del sueEo de los Klobos enel nogalM. &ued Oiado en el ins!an!e de

 verN en Kla alienacin de su verdadM Oan6!asm?!ica. La >sicosisN escribe FreudNKadquiere su Ouerza de conviccin de unOragmen!o de verdad his!rico vivencial

que se ubica en el lugar donde la realidades rechazadaM

8l esquizoOr+nico se sien!e vc!ima>asiva de lo que le llegaN como desde ele3!eriorN B es!o >or el deOec!o de la desimbolizacin >rimordial que conmueve!odo el ediOicio sube!ivo. araOraseandoa Freud diremos as como Klainal!erabilidad de lo re>rimido que>ermanece insensible al !iem>oM 6en lasneurosis6 as !ambi+n se cons!a!aN la

inal!erabilidad de lo Oorcludo que>ermanece insensible al !iem>o P en las

>sicosis. 8l <ombre de los LobosNnombre hecho de goceN no cesa de no es6cribirseN de rei!erarseN de suOrirseN de e!er6nizarse en el ins!an!e de ver de su Oan!as6ma que anula el !iem>o de com>render Bcola>sa el momen!o de concluir. odauna vida inde3ada a la im>osibilidad de la

sube!ivacin de la escena !raum?!ica.8l !iem>o esquizoOr+nico es un

K!iem>o sin !roMN >or lo !an!o no es un!iem>o que se >ierde o se a>resure o se>rocas!ine; 8s un !iem>o que no incasus races en el !ro del K!esorosigniOican!eMN B que se !raduce >or lainOini!ud de secuencias comenzadas KunaB o!raM vez. 5ecuerdo un sue!o reducidoa la OraseN Orase re>e!idaN mas noin!errum>ida K8l gordo #ario se ha

com>rado una mo!o;M #inu!osN horasNdasN semanasN mesesN aEos;la >JaraBada en el mismo discoN >ero sin la>osibilidad de marcar am?s un surcocomo un res!o de inscri>cin. 8s!a Orasere>e!ida es la garan!aN el escasoreaseguro de la realidad. iene queasegurarse de es!o a cada ins!an!e.  8l signiOican!e en lo real de la esquizo6OreniaN esa e3is!encia en lo realN donde la3 del sue!o Oal!a BN >or endeN la Ouncin

de re>resen!acin signiOican!e \$16$2].$lo res!a un enambre de zumbidossigniOican!es \$1N $1N $1] que al nore>resen!arloN lo dean librado a la !iranade la Oragmen!acin B la esquicia de lasiden!idadesN de los obe!osN de los!iem>os; en un Km?s ac?M de laalienacin a los signiOican!es del !ro.=n sue!o KOuera6del6inconscien!eM es!?K\;] >reso de lo mJl!i>le no

 vec!orializadoN de cronologas ahis!ricas

que Bu3!a>onen hechos B da!os sinordenarlosM . iene a mi memoria el casode un oven sue!o que en una de las>resen!aciones de enOermosN en nues!ro'olegio 'lnico en el nor!e de Argen!inaNdeca KA mi hermano lo ma!aron de un!iro en la cabezaN de all Bo me enloquecNOue cuando me in!ernaronN Bo no e3is!a!odavaN no haba nacido;M. La Kmuer!edel sue!oM es!aba Oechada an!es de sunacimien!o. =na muer!e resul!an!e de la

no aOirmacin de la simbolizacin>rimordialN >reso de un KnoM OorclusivoN

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 21/

Page 217: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 217/298

>ara nada discordancialN que im>idi lainscri>cin del sue!o en el Ksen!imien!ode la vidaM. #uer!e que se Oenomenalizaen una >luralidad de maniOes!acionesabuliaN es!ereo!i>iasN Kveleidades ino>e6ran!esM;  Luego de un !rabao sos!enidoN una

muer haba cons!ruido >enosamen!e queKdos salchichas B un huevoMN oOrecidas>or su madreN eran la cer!iOicacin de quela Kquiso hombreM. La Kre>resen!acinde cosasM OreudianaN el !ra!ar las >alabrascomo cosas \$achvors!ellungen] seeOec!iviza en los Oenmenos en que lascosas co>ulan en!re s. Las >alabras han>erdido su calidad de signiOican!esNreducidas a sim>le ma!eria sonora o

 visual. 8l esquizoOr+nico dis>one de la

lenguaN >or ello hablaN >ero no dis>onede lo simblico. 'omo diimos un sue!oKOuera6del6inconscien!eMN sin !roN >or elOracaso de la beahung >rimordial.

Retroa((i" e" !" tiempo (($i(o

  La Krei!eracinM esquizoOr+nica es biendiOeren!e a la Kre!roaccin en un !iem>occlicoM de la >aranoia. iem>o cclicoque evocaN a mi en!enderN el !iem>o ccli6co en la an!igedad orien!al B re!omado

>or #ircea 8liade bao el signo delKe!erno re!ornoM. 8l >sic!ico es!?condenado al e!erno re!orno de sue3is!encia en lo realN que al decir deLacan

Khace !an diOcil la anamnesia desus >er!urbacionesN de Oenmenoselemen!ales que son solamen!e>resigniOican!es B que no logransino des>u+s de una organizacindiscursiva larga B >enosa es!able6

cerN cons!i!uirN ese universosiem>re >arcial que llaman un de6lirio.M 

8l >aranoico encuen!ra una solucinque im>lica el !iem>oN se man!iene en laalienacin a la cadena signiOican!e Bconserva la relacin al !ro en la gravi6dez de su delirio. !ro que goza de +lN un!ro Ksin barraduraM como lo es el Diosde $chreber. Al Kes!asisM de la abulia es6quizoOr+nica se o>one el K+3!asisM de la

 volun!ad de goce de la >aranoiaN en es!a

relacin >ar!icular de $chreber con suDios.

8n De una cues!in >reliminar;Lacannos da una Ormula

K$in duda la adivinacin del in6conscien!e ha adver!ido muB>ron!o al sue!o de queN a Oal!a de>oder ser el Oalo que Oal!a a lamadreN le queda la solucin de serla muer que Oal!a a los hombresM.

=na solucin >rema!uraN una conclu6sin a>resurada >ara >oder cerrar el agu6ero deado >or la ausencia de la signiOica6cin O?lica. 8n la >aranoia lo que es!?Oorcludo es el signiOican!e del *ombre6del6adre que no >ermi!e lame!aOorizacin del Deseo de la #adre.

8n la >aranoia es!? conservada la 3 delsue!o de la )eahung >rimordialN m?s>r3imo al sue!o divididoN que al sue!ode la esquicia. eroN Oal!a elabrochamien!o del segundo !iem>o de lame!?Oora >a!erna que incluira al sue!oen el orden del discurso. 8l sue!o>aranoico es un KOuera6de6discursoMN>ero conserva en la me!onimia de lossigniOican!es una relacin >ar!icular al!ro. 8l Ouera6de6discurso del sue!o

$chreber se >resen!a como unsigniOican!e que no re>resen!a al sue!o Bque no >one barrera a su goce. 8n!reDios B $chreber haB una relacin se3ual.La relacin se3ual es >osible.

8n la >aranoia encon!ramos laes!ruc!ura de la re!roaccin !em>oral \a>os!eriori P a>rs6cou>] >ro>ia de laes!ruc!ura signiOican!eN >ero bao unaOorma cclica del !iem>o o bao losOenmenos elemen!ales que dan cuen!a

de la muer!e del sue!o a consecuencia dela Oorclusin. p lo que ha desOallecido endemos!rase es el ser de goce del sue!oNser que se >reci>i!a a res>onder >or lame!?Oora deliran!e.  8n De una cues!in >reliminar; La6can cons!ruBe el 8squema IN >arae3>licar las >sicosis \o B o] B noshabla de la relacin Kasin!!icaM inOini!aNque une al Bo deliran!e con el o!ro divino.=na divergencia hi>erblica en el es>acio

B el !iem>o. $eEalando que Freud Ba lo

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 217

Page 218: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 218/298

haba in!uido con su !+rminoasBm>!o!isch.

8n $chreberN varios momen!os lgicosB !em>orales

rimero no >uede Kser el Oalo que leOal!a a la madreM \KnonM $]. Ins!an!ede ver.

  $egundo Kser la muer que le Oal!a a loshombresM B es!o se e3>resa en la Orase in6!errum>ida o Oan!asa >re6conscien!e$era hermoso ser una muer en momen6!o del aco>lamien!o. La >re6>sicosis.eroN Kser la muer que le Oal!a a loshombresM no es una solucinN Ba que nohaB signiOicacin O?lica \]N sino que haBo. *o haB >ara el sue!o $chreber elKconun!o de los hombresMN en!onces noes suOicien!e ser la muer de los hombres.

K$er la >u!a de los hombresMN no cierra laecuacin que no se >roduoN no cierra$. Los hombres son !an im>robablescomo +l mismo. odos es!?ndes>rovis!os de Oalo. iem>o decom>render.  ercero la @ers%nung   \sacriOicio]. Lasalida es el sacriOicio suOrir la8n!CmannCung 6 eviracinN >ara luego

 erCeiCblichung 6 !ransOormacin enmuer. *ecesi!a hacer el sacriOicio de la

norma masculinaN norma virilN de lonorm6mVle \norma6macho]. #omen!ode concluir.  =na cons!ruccin de !al envergadurano >uede hacerse >or Ouera del !iem>oN aaul Daniel $chreber le ha !omado !odauna vida BN sobre !odoN varias escansioneslgicas B !em>orales.

Lo que la resen!acin de enOermosnos enseEa  ara concluirN brevemen!e un caso de

un sue!o >aranoico en la resen!acinde enOermos de nues!ro 'olegio 'lnico

La ausencia del signiOican!e >rimordialdel *ombre6del6>adre lo cons!a!amos en#. Ksin nadie que me diga qu+ hacer ome lleve de la manoM. =n sue!o que de6Oine su inOancia como KmuB OelizM. =nainOancia sin conOlic!osN >odemos agregarsin indicadores de neurosis inOan!il. =nniEo KinOan!ilN chiquilnN inocen!eN inge6nuo;M. =n niEo muB aleado del K>er6

 verso >olimorOoM Oreudiano.

  8s!o es claro en #. donde su mundose ordena alrededor de variossigniOican!es Kser con!adorMN Kser eOeMNKdenunciar las es!aOasM. $u dimensin+!ica Oren!e al mundo corru>!o. 8l rigor Bla dignidad del sue!o >sic!ico.  8n dos momen!os de su vida P dos es6

cenas 6 a>rendi la leccin del o!roN dosmomen!os de alienacinN >ero sin a>ro6>iarse del discursoN sin incluirse en +l

6K=nos minu!os en el calabozo bas!>ara que a>rendiera la leccin;M B ano esca>arse am?s de la escuela.

  KA los 1/ aEosN !odo se !ergiversN ma6dur+ de gol>e. 8ra ingenuo has!a ese en6!onces en lo se3ualN >orque mi >adre nome comen! nadaN B em>ec+ a desarrollar

mi curiosidad. =n >roOesor de ana!omaNme enseEo sobre la se3ualidad OemeninaB masculinaN B me llevo a la madurezhumana;M =na leccin de ana!oma leindic el camino de la diOerencia se3ual.  La >sicosis nos >resen!a un sue!o noinscri>!o en la Ouncin O?lica. =n sue!oque mira la vidaN desde aOueraN sin in6cluirse Kel ro en el que se baEaban loscor>ulen!osN Bo no era asN >reOera lo in6!elec!ualM. $u lgica se3uada es Kodos

O?licos cor>ulen!osM. eroN +l no es!? in6cluido en el universo O?lico de K!odos loshombres cor>ulen!osM B se inscribe en lae3ce>cinN #. hace e3ce>cin aluniversal O?lico. #?s bien se ubica en loque hace rasgo diOerencial. #. no >udoN>or incidencia de la OorclusinNinscribirse en la Ouncin O?licaN que regulael goce del rgano.

$u Kle!raM es un Kno a leerM. =n es!u6dian!e KnormalMN que Kes!udia B es!udia B

es!udia;M. #. es un sue!o KnormalMN>ero no es Knorm6mVleM \norma6macho].*o es!? regido >or la normaN que hace almacho. $e incluBeN m?s bienN den!ro deluniverso de los que !ienen Kca>acidadesdiOeren!esMN >ero vive en un mundo queno encaa. 8s muB signiOica!iva la Oraseque denuncia su >osicin +!ica Ksi !odosres>e!aran a los o!rosN !odo el mundosera meorM. 'ier!oR eroN es us!amen!ees!oN lo que lo dea >or Ouera Kel sol!ero

que sigo si+ndoloM. 8s m?sN cuando se

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 21(

Page 219: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 219/298

enamora son amores de e3ce>cinKudaM Kraza ariaM.  emos momen!os de irru>cin delgoce del rganoN Kmomen!os locosMN lue6go de que elige una muer BN a >esar desus ar!ilugios \asadosN Olores;] no >uedeseducirla B se aboca a un goce locoN sin

regulacin.8n un momen!o de la en!revis!a nos

en!rega su Ormula K'u?ndo me recibNme me!a en !odos ladosN como las mu6eres a |revolear las chancle!asC M.  =na lgica se3uadaN la de #.N quedivide los se3os en Kmuereschancle!as ^ hombres hoo!asM<ace una condensacin Krevolear la car6!eraM B Kchancle!earM B dice Krevolear lachancle!aM. =n Kem>ue a la muerMSN

o!ro rasgo de la >sicosis. oma un rasgode lo Oemenino >ara nombrar su gocese3ual;  La muer no es un !ro diOeren!eN sinoun Ko!ro >arecidoMN o!ro es>ecular.  $abe claramen!e la diOerencia se3ualKlos hombres usan hoo!asMN >ero #. a la

hora de gozar Krevolea la chancle!aM. $urganoN una chancle!aS <aB que ver;  *inguna va >ara hacerla su muer;darle un hio; alen m?s la >a!riaN losaOec!osN sus >adres.

or o!ra >ar!eN vemos en #. que su >si6cosis se disimula bao una hi>er6normali6

dad Kuno !iene ca>acidades diOeren!esN ouna cons!i!ucin Osica meorN Bo no soBa!le!aN lo mo es lo in!elec!ualN si !odos re6s>e!aran a los o!rosN !odo el mundo seriameor;M  #. nos habla de sus >adres no biolgi6cos Ka!a DiosMN K>roOesor deana!omaMN los K>adres es>iri!ualesM.  Al nombrarlosN se nombra 6rengln se6guido 6 con un nombre que le dioN comosu>lenciaN su >roOesin K$oB el meor

economis!a del mundoN de la macro B mi6cro economa;M

8l es el meor economis!a sumaN res!aNcalculaN organiza B dirige em>resas.uede !ransOormar !odoN incluso un>siqui?!ricoN en un negocio ren!able;

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 21

Page 220: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 220/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

Tempora$idad de$ arrepe"timie"to

Patricia SuoN 

s!e !!ulo es unaredundancia >ues elarre>en!imien!o en smismoN im>lica un!iem>o an!erior en el cualse realizo algo de lo cualuno sien!e >ena B secul>a >or ello. $iendo

como esN un verbo reOle3ivoN arre>en!irseNese ves!igio de voz media en que adem?sde la im>licacin del sue!o en la>ersona del verboN se insis!e de nuevocon el >ronombre. 8l verbo nunca es>asivo en las oraciones mediasN la vozmedia designa que la accin del verboaOec!a al sue!o. Grama!icalmen!e es!esigniOican!e !iene una im>licacinredoblada del sue!o. 8n la!n decan me

 poenitet N que in!er>re!ado sera Kme aOlige

una vez B o!ra vezM Kme a!ormen!a la>enaM >or eso se inven!o el >unireN esdecir el im>oner >enas. 8larre>en!imien!o \me >oeni!e!] nace en la>eni!encia. Ys!a es el males!ar cons!an!e\rei!erado] que e3>erimen!a quien es!?>agando una >ena. 8se mismo males!arredu>licado es el arre>en!imien!o.  8s una >osicin +!icaN el sue!o se saberes>onsable B asume una cul>aN en elarre>en!imien!o no haB solamen!e la

doble im>licacin del sue!o sino que!ambi+n haB un males!ar redu>licado  $e quiere con es!e !rabao acercarseNaunque sea slo un >ocoN a lo que sera larelacin con el !iem>o en la >sicosisN!omado un caso en el que des>u+s deldesencadenamien!o se ins!ala unobsesivo sen!imien!o de arre>en!imien!o.

8n la >sicosisN en el momen!o deldesencadenamien!o haB una ru>!ura conla realidad B >or la !an!o con las

coordenadas simblicas B es>acio!em>orales. La !em>oralidad im>lica laes!ruc!ura del lenguae B el !iem>o

grama!ical el >asadoN el >resen!e B elOu!uro. $era im>osible concebir una!em>oralidad en una dimensin animalNlos animales no !ienen ninguna relacincon el !iem>o.

ara el >sicoan?lisis se !ra!a del sue!oque habla B >or lo !an!o inmerso en ellenguaeN que se es!ruc!ura en una

relacin com>lea con el signiOican!e B sede!ermina en un eOec!o del signiOican!e.8n el seminario Las >sicosis Lacan nos

habla de un !iem>o lgico B nocronolgicoN >revio a !odasimbolizacinN en el cual habra una e!a>adondeN >uede suceder que >ar!e de lasimbolizacin no se lleve a cabo; >uedeen!onces suceder que algo >rimordial enlo !ocan!e al ser del sue!o no en!ra en lasimbolizacinN B seaN no re>rimido sino

rechazado. 8s lo que Lacan llama laverUer"ung   >rimi!ivaN algo que no essimbolizado B que se maniOies!a en loreal. 8l Oenmeno >sic!ico es >araLacan en es!e seminarioN la emergenciaen la realidadN de una signiOicacinenorme que >arece una naderaN en lamedida en la que no se le >uede vincularcon nadaN Ba que nunca en!ro en elsis!ema de simbolizacin >ero que ende!erminadas condiciones >uede demoler

!odo . 8s una signiOicacin que concierneal sue!o >ero que es rechazada B queslo asoma de la manera m?sdesdibuada en su horizon!e B en su +!icaB cuBo surgimien!o de!ermina la invasin>sic!ica.

8n la >sicosis se deshace la secuencia!em>oral >or helecho del signiOican!e enlo realN >ero que quiere decir unsigniOican!e en lo realSN en el seminarioKlas >sicosisM se reOiere >rimero a lo que

el llama un >uro signiOican!e B m?sadelan!e habla del signiOican!e en lo real.*os dice Lacan que en relacin a la

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 220

E

Page 221: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 221/298

OenomenologaN en la >sicosis no se>uede desconocer la originalidad delsigniOican!e en cuan!o !alN se !ra!a delabordae >or el sue!o del signiOican!e encuan!o !al B de la im>osibilidad de eseabordae. 8n!onces un >uro signiOican!eNel signiOican!e en lo real B el signiOican!e

en cuan!o !alN diOeren!es Oormas de nom6brar algo diOcil de asir. 8s un signiOican!eOuera de la cadena.  $abemos !ambi+n que en laa>ro>iacin que hace el sue!o delsigniOican!e haB un res!o de esao>eracin que es el obe!o a. 8sa relacines esencialN es cier!amen!e la que>ro>orciona una es!ruc!ura a la a>re6hensin del mundo. 8s el Oan!asmallamado !ambi+n la ven!ana sobre la

realidad. La relacin del sue!o con elobe!o a.  8s!os son los desarrollos !erico esen6ciales >ara la >sicosisN >ero a >ar!ir de losaEos 70 Ba no son solamen!e las elabora6ciones que se reOieren a las relaciones delsue!o con el signiOican!eN sino que iniciala !eora de los nudos B haB un cambio enla conce>cin de los % regis!rosN 5$INanudados >or un cuar!o !+rminoN elsn!oma o algo que haces las veces de

Ouncin del *ombre del adreN B es!aOuncin >asa a ser una Ouncin quenombra.

Des>u+s de un rodeo !erico vamos alcasoN haB en es!a >acien!e una gran in6quie!ud que inicia con el grado de su hiamaBorN al mimo !iem>o se van>resen!ando los sn!omas de lameno>ausiaN en!endida +s!a como es!ar

 viea B que las hias Ba crecieronN ellahubiera querido que se quedaran

>equeEas. 8n relacin a las hias es algode la se3ualidad de ellas que le es diOcilace>!arN haB !ambi+n en ese !iem>o unagran cul>a >or los abor!os que se hizoan!es de decidirse a !ener sus hias.

<aB algo del >aso del !iem>o im>osiblede a!ra>ar B que >roduce un arre>en!i6mien!oN de haberse se>aradoN de haberdeado un !rabao B de no haber a>rove6chado el !iem>o cuando sus hias es!aban>equeEas.

  <aB !ambi+n un rechazo hacia lo vieoNno so>or!a lo que le evoca el >asadoN la

mJsica vieaN encon!rarse con >ersonasque com>ar!i en esas +>ocasN las Oo!os

 vieasN lugares que le !raen recuerdosN>ara ella es como si !odo se le devolviera.

*o es!a Ouera del !iem>oN como >asaen la neurosisN es!a dolorosamen!eaOerrada a +l >or el arre>en!imien!oN no

ace>!a el >resen!e >orque es!a siem>re>ensando en lo que hizo B en lo que nohizoN se >odra nombrar como K=n granesOuerzo >or vivir en el >resen!e acosada>or el >asado B con horror al Ou!uroM  ara ella el >asado es algo oscuroN haBen su Oamilia un enigmaN los a>ellidos desu madre son diOeren!es a los de suabuelo B adem?s su >adre man!uvo dosOamilias al mismo !iem>oN una legalizadaB la o!raN que es la de la >acien!eN ocul!aN

secre!a. ambi+n haB una !endencia a losau!o re>roches B un rechazo de s misma.  $i en el neur!ico haB una ausencia delos eOec!os del >aso del !iem>oN >ara es!a>acien!e >odramos decir que esN ese>esoN >aso del !iem>o lo que la desenca6dena. 8l !iem>oN la vida B la muer!eN lase3ualidadN la generacinN la Oiliacin B lae3is!enciaN anudados en un momen!o >orel !iem>o.

8l arre>en!imien!o se >odra !omar

como una solucin al vaco que se abreen!e ella. <aB en la >in!ura un !+rminore>en!ieN que hace reOerencia a los !razosque ha hecho el >in!or B luego se ha arre6>en!ido de ellos B ha >in!ado encimaNsolo se ha vis!o m?s claramen!e con la!ecnologa de los rallos 3N >ero en la vidarealN qui+n >odraN al arre>en!irse de loBa vividoN corregirlo aEadiendo nuevasca>as de >in!ura has!a que lo nuevoocul!ara cualquier !raza de lo an!iguoSN

no en la neurosisN >ero en la >sicosisN se>odra >ensar que el arre>en!imien!o esla manera de >oner encima ca>as de>in!ura que no dean ver lo que haBdebaoN como una solucinN un sn!omaque >ermi!ira anudar lo realN losimblico B lo imaginarioN como cuar!onudo que su>lira la Ouncin anudan!e del*ombre del adre. Lo que le dara unnombreN Kla arre>en!idaM que adem?s!iene que ver con su nombre >ro>io.

  Aunque el desencadenamien!o Oue>ersecu!orioN he >ensado si en es!e caso

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 221

Page 222: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 222/298

no se !ra!a m?s bien de una melancola Bno de una >aranoia. Dice FreudN lamelancola se !ra!a de un duelo >or la>+rdida de la libidoN de una hemorragiain!ernaN aunque haB au!orre>roches Bau!odenigracionesN no haB cul>a nie3>ec!a!iva de cas!igo B el

arre>en!imien!o va en el sen!ido de lacul>a.  $ol A>aricioN en su !e3!o K8n su horaMdice K8n la >sicosis se deshace la

secuencia !em>oral >or el hecho mismodel signiOican!e en lo real Ouera de lacadena B en la melancola es el >resen!ee!ernizadoM. *o creo !am>oco que se>ueda decir que es el >resen!e e!ernizadoNaunque el !rabao con ella es vivir el da adaN ir a !rabaarN !ener un horarioN es!ar

mirando el relo.  Lo que nos enseEa es!e caso ;.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 222

Page 223: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 223/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

 A peFer%Bo e o tempo@era Pollo 

e considerarmos a al!a inci6

dQncia do !ermo >ervers9ona dou!rina >sicanal!icaN!alvez nos es>an!e a>equena OrequQncia dsuei!os de es!ru!ura>erversa em nossosconsul!rios. Y que o uso

do !ermo se es!ende desde Ka >ervers9o>olimrOica da inOVnciaM assinalada >orFreudN a!+ o comen!?rio de LacanN em5.$.I.N de que + >reciso que o homem

!ome K>re6ver!idamen!eM uma mulhercomo obe!o a causador do seu deseoN>ara que mere,a o res>ei!o OilialN>assandoN eviden!emen!eN >ela carac!eri6za,9o da Oan!asia como K!ra,o >erversoda neuroseM.

8m 1"7N Lacan >ro>Te a >ergun!a Kque + a >ervers9oSMN >araN com sua re6s>os!aN aOas!ar a id+ia de que ela seriaa>enas o ndice de algo que >arou no!em>oN como um aciden!e na evolu,9o

das >ulsTes. 8nOa!izou que a OrmulaOreudiana KA >ervers9o + o nega!ivo daneuroseM n9o signiOica que a >rimeiradei3a ver |a c+u aber!oC o que a segundaescondeN indicando que >odemos lQ6lacomo a diOeren,a en!re a sube!iva,9oneur!ica e a dessube!iva,9o >erversa. AOan!asia >erversa >arece es!a!uir a maiscom>le!a equivalQncia 8romenos ^8ras!esN amado^aman!e t ‘ a suei!odeseo de obe!oN obe!o deseo de suei!o.

*essa ocasi9oN Lacan salien!ou que omolde da >ervers9o + a valoriza,9o daimagemN a >revalQncia da dimens9oimagin?ria.

8m seu livro KA subec!ividade >or virMN izec \2004^200/] comen!a que ? se!ornou lugar6comum Oalar do la,o n!imoque une a >ervers9o e o ciberes>a,o. Is!o>orqueN se o cen?rio >erverso >Te emcena o desmen!ido da cas!ra,9oN a >er6

 vers9o s >ode ser en!endida como uma

Oorma de deOesa con!ra o mo!ivo Kmor!ee se3ualidadeMN consequen!emen!eN

deOesa con!ra a amea,a de Oini!ude \o

!em>o real] e con!ra a im>osi,9ocon!ingen!e da diOeren,a se3ual. au!ornos lembraN en!9oN que o >erverso ins!alaum universo semelhan!e ao dos desenhosanimadosN onde sobrevivemos ilesos a!odas as ca!?s!roOes. *eleN n9o somosobrigados a morrer nem a escolher umdos dois se3os. 'omo universo da mais>ura ordem simblicaN do ogo designiOican!e en!regue a si mesmoN ele es!?desembara,ado da in+rcia do 5eal e da

Oini!ude humana. *9o corres>onde `realidade em que vivemosN mas `>roe,9o es>acial da Oan!asia narcsica deimor!alidade.  *esse sen!idoN >odemos dizer que a>ervers9o Oaz e3is!ir um grande u!roimagin?rio como um deus do !em>oN alionde a neurose Oaz e3is!ir >rivilegiada6men!e um grande u!ro simblicoN deusdo es>a,o. resul!adoN o sabemosN +queN K>reso ` hora do u!roMN o neur!i6

co es!? sem>re adian!ado ou a!rasadoN>rocras!inando ou >reci>i!ando6se. 8mcon!ra>ar!idaN o >erverso encon!ra8benbildN a imagem e3a!a. #as s9o osdi!os neur!icos que denunciam ae3is!Qncia de um !em>o eminen!emen!e>ulsionalN se assim >udermos nose3>ressarN uma vez que carac!erizam oobe!o !em>o al!ernada ousimul!aneamen!e como Oal!a e comoe3cesso. Im>o!Qncia e im>ossibilidade

enunciam6se como K*9o !enho !em>oNes!ou sem !em>oM eN inversamen!eK8s!ou >erdendo !em>oN ogo !em>oOoraM. *9o se indicaN assimN a e3is!Qnciade uma Oan!asia em que o !em>o + umOlu3o con!nuoN !al qual o orrar dossigniOican!esS  8m seu !e3!o KA !em>oN o que n9o es6>eraM N )ousseBrou3 \2002] ressal!a queo !em>o da his!ria s nos Oaz andar emcrculoN uma vez que o mundo humano +

!rico. que equivale a dizer queN emsuas rela,Tes simblicasN o suei!o + um

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 22%

S

Page 224: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 224/298

aglomerado de signiOican!es em !orno dedois es>a,os vazios e que o vazio cen!ralcomunica6se com o e3!erior. mo!ivoda im>ossibilidade dessa re>resen!a,9ocen!ral n9o reside sim>lesmen!e no Oa!odela ser demasiado !raum?!icaN mas deque nsN suei!os que a consideramosN

con!inuamos sem>re im>licados nela eOazemos >ar!e in!egran!e do >rocessoque a engendrou \izecN 2004]. Assimcomo o real da his!ria resis!e `his!oriza,9oN o real do !em>o resis!e `cronologiza,9o. 8m KFun,9o e cam>oMNLacan ? observava que Ko que se realizaem minha his!ria n9o + o >re!+ri!o>erOei!o do que OoiN uma vez que ? n9o +W...X mas o Ou!uro an!erior do que !ereisido >ara aquilo em que me es!ou

!ransOormandoM \1"%^1(%01]. <?uma e3cessiva >ro3imidade do suei!ocom o irre>resen!?vel. ois o suei!o sse comunica com o u!ro real P o quenos ensina Lacan no semin?rioN livro 10 Pno ?>ice da angJs!ia. 8s!e momen!o dequeda do obe!o a conOigura6se comoKum n do !em>o como su>erOcieM N umre!orno do ins!an!e do olhar nomomen!o de concluirN que decideNre!roa!ivamen!eN o !em>o >ara

com>reender. puio #ishima N um dos au!ores mais

!raduzidos da moderna li!era!ura a>one6saN inicia seu livro 'onOissTes de umam?scara com a seguin!e Orase Kor umbom !em>oN insis!i em que !inhalembran,a de cenas do meu >r>rionascimen!oM. 8m seguida desOia umas+rie de lembran,as de sua >rimeirainOVnciaN cenas que Ko a!ormen!aram eassombraram a vida in!eiraM e que !eriam

im>rimido nele um deseo de!ransOormar6se em um ou!roN que !an!o>odia ser um Kra>az !odo suoMcarregando baldes de e3cremen!os e ves6!indo uma cal,a mui!o us!aN quan!o umabailarina o>ulen!a K envol!a em !raes se6melhan!es aos da mere!riz do livro do

 A>ocali>seM.  8m no!a enviada ao edi!orN o ovem#ishimaN en!9o com vin!e e qua!ro anosNobserva que 'onOissTes de uma m?scara

ser? seu >rimeiro romance au!obiogr?Oi6coN mas n9o um KIch6roman convencio6

nalM. 8 acrescen!a KA>on!arei >ara mimo bis!uri da an?lise >sicolgica que aguceiem >ersonagens imagin?rios. en!areidissecar6me bem vivo. 8s>ero a!ingir ae3a!id9o cien!Oica...M \a>ud 5i!!erN200"2(]. Diz6se que sua escri!a +!amb+m uma !en!a!iva !era>Qu!ica que

Oaz a>elo ao que ele designa comoK>oderes de au!o6an?liseM ou Kum dessescrculos ob!idos dando um sim>lesmovimen!o de !or,9o a um >eda,o de>a>elN cuas e3!remidades s9o em seguidacoladas un!as. que >arecia ser oin!erior era o e3!erior e o que >arecia sero e3!erior era o in!eriorM \idem 2]. *9oh? dJvida de que #ishima >ercebeu oin!eresse da !o>ologia da banda de#bius na an?lise dos Oa!os sube!ivosN

ao mesmo !em>o em que dizia >ossuirum K!alen!o >erversoM ca>az deK!ransmudar o soOrimen!o em gozo e aOal!a em >leni!udeM. ara #illo!\1/^2004]N seu !alen!o inscreve6se nalinha dire!a do masoquismo origin?rioNdi!o ergenoN sob a Oorma de um Kero!is6mo da desola,9oM. -? AssounN a>s con6cluir que Kraramen!e se ver?N como em#ishimaN a iden!iOica,9o de um escri!orcom uma es!ru!ura !ransOormada em

>rinc>io de escri!aM \1(1"]N >ro>Teque Kn9o + !alvez uma casualidade seN de6>ois de uma momen!o ainda observ?velno s+culo >assado em que a li!era!ura sedis!inguia como reOJgio neur!icoN a li!e6ra!ura \>s]moderna acaba servindo >ara!razer ` cena a sube!ividade >erversaM\Idem1(].  LembremosN >ara !erminarN queN assimcomo a mascarada Oeminina n9o + umamen!ira ou uma Oalsa imagem de mulherN

masN como assinala LacanN o K>res!ar6se `>ervers9o dC homemM \Lacan 17%N>.71] que nela encon!rar? a sua hora de

 verdade e >oder? chegar ao ?libi O?lico doorgasmoN !amb+m a mascarada >erversaNao Oazer6se le!ra eN a!+N li!era!uraN >res!a6se ` >ervers9o do u!ro.  #ishima >re>arou cuidadosamen!e oseppuQu  como mor!e !elevisionado. 'on6Oirmou suas >alavras de que Ka mor!e

 violen!a + a beleza su>remaN con!an!o

que aquele que morre sea ovem.M

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 224

Page 225: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 225/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

O seppuQu  de Mi%&ima, a derradeira eroti<aBo damorte

 Saria H. Sartin%o

imi!ae <iraoa nasceuem quio em 14 de a6neiro de 12"N membrode uma OamliaburguesaN Ooi criadocomo um herdeiro do!rono im>erial. Ado!ou

o >seudUnimo puio #ishima P que>assaria a usar >or !oda a sua vida 6N aosdezesseis anos quando >ublicou seu>rimeiro romanceN A Olores!a em >lenoes>lendor \141]. #ishima Ooi o maisOamoso dos au!ores ni>Unicos de sua+>oca. &uase !odos os seus dramas

 visam ` es!+!ica !r?gicaN baseada no !ri>+Nuven!udeN beleza e mor!e. 8sse !e3!o>re!ende des!acar alguns as>ec!os dahis!ria do escri!or a>onQs e3!rados dacria,9o li!er?ria do >r>rio au!orN nosquais ele descreve e Oormaliza e>isdiosde sua vidaN de seu romance OamiliarNdei3ando !rans>arecer o modo que u!iliza>ara negar a cas!ra,9o do u!ro odesmen!ido \ @erleugnung  ]N ilus!rando as6simN de Oorma >aradigm?!ica o que + aes!ru!ura >erversa >ara a >sican?lise. !e3!o >rocura ressal!ar o que h? desingular na >ervers9o de #ishima eledeveria >erseguir a dissolu,9o de !odas as>olaridades 6 Ka carne e o es>ri!oMN Kocor>o e as >alavrasMN Ko amor e odeseoMN Ka ar!e e a a,9oMN a!+ aose3!remos da derradeira ero!iza,9o damor!e que Ooi seu suicdio.

Na i"-'"(ia (o"9!5a, %o$idBo+ eroti%=mo e morte

8m 'onOissTes de uma m?scara \14]N#ishima mis!ura realidade e Oic,9o.

 A!rav+s da narra!iva do >ro!agonis!adesse romance #ishima conOessa cenasde sua >r>ria vida e3!radas das suasmais remo!as lembran,as que conugam

o ero!ismo e a mor!e. A lembran,a deuma cena ocorrida aos qua!ro anos de

idade >assou a >ersegui6lo. encon!rocom um ovem la!rineiro com quemcruzou na es!rada re>resen!a >ara omenino algo da ordem de um sacriOcioheroico que con!inha o auge dasensualidade. K=m ovem descia a ver6!en!e carregando uma canga de baldes deOezes no!urnas num ombro W...X 8s!ava

 ves!ido como um o>er?rio e cal,as us!asde algod9o azul6escuroN do !i>o chamadoK>u3a6co3asM \14N >. 11]. lhando>ara o ovem suo o menino OicouKsuOocado >elo deseoM. deseo !inhadois >on!os de enOoque as cal,as us!as eo oOcio de la!rineiro. A cal,a us!acon!+m uma carga de ero!ismo e o oOciode la!rineiro de K!rag+diaM. Isso Oez comque o menino >ensasse Kquero me!ransOormar neleMN Kquero ser eleM. Dali>or dian!e quer Kser eleMN !ornar6secole!or de e3cremen!os e ves!ir aquelarou>a colada no cor>o. $er la!rineiro>arecia ao menino >oder desem>enharum oOcio heroico semelhan!e aomar!rio. >ro!agonis!a de 'onOissTesde uma m?scara descreve uma ou!ra cenamarcan!e vivida aos qua!ro anos de idadeque re!ra!a o Oascnio que sen!ira dian!eda Oigura de um cavaleiro mon!ado Ken6Oren!ando a mor!eM. *o ins!an!e que lhe+ e3>licado que aquele belo cavaleiro erauma mulher P -oana dCArc 6N e n9o umhomem seu encan!amen!o >ela Oigura sedesOazN >ois a Kmor!e !r?gicaM se dissociada Oigura do KcavaleiroM m?sculoN viril.u!ra cena e3!rada das lembran,as da!enra inOVncia e3>lici!a o Oascnio do me6nino >elo des!ino !r?gicoN >elo suoN Oedo6ren!oN >ela mor!e. cheiro de suor das!ro>as de soldados que >assam dian!e do>or!9o de sua casa. KAnseio a>ai3onado>or coisas como o des!ino dos soldadosNa na!ureza !r?gica de seu a>eloN as !errasdis!an!es que veriamN as maneiras comomorreriam...M \14N >. 1/]. Kinha >redi6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 22"

 

Page 226: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 226/298

le,9o >or >rnci>es assassinados ou des!i6nados ` mor!e W...X #eu cora,9o se incli6nava >ara a #or!eN a *oi!e e o $angueM\14N >. 20]. As visTes de >rnci>es queOoram mor!os o >erseguiam !enazmen!e.K&uem >oderia e3>licar6me >or que euOicava !9o encan!ado com a Oan!asia em

que aquelas rou>as us!as que moldavamo cor>oN usadas >elos >rnci>esN eramassociadas com suas mor!es cru+isS W...X8u me deliciava imaginando si!ua,Tes emque eu mesmo morria em comba!e ouassassinadoM \14N >. 20]. A carga dedeseoN ao mesmo !em>o a qualidade!r?gica que es!? ligada a elaN >er!ence `Oigura do la!rineiroN dos cavaleirosmor!os na guerraN aos >rnci>esassassinados e aos m?r!ires cris!9os. Aos

doze anos de idade >egou alguns livrosde ar!e do >ai.

  Ko>ei com uma Oigura que eu !inhaque acredi!ar es!ivera ali ` minha es>eraN>or minha causa. 8ra uma re>rodu,9odo $9o $ebas!i9o de Guido 5eni. =movem e3ce>cionalmen!e boni!o es!avaamarrado nu ao !ronco da ?rvore. *9o +dor que >aira sobre seu >ei!o re!esadoNseu abdUmen !ensoN seus quadris

levemen!e con!orcidosN mas um !remularde >razer melanclico como a mJsicaM\14N >. %2].

  &uando se de>ara com a gravura de$9o $ebas!i9o o menino Oica !9o e3ci!adoque se mas!urba e !em a sua >rimeira ea6cula,9o. A e3ci!a,9o se3ual do >ro!ago6nis!aN gerada ao ver a gravura do #ar!riode $9o $ebas!i9o !amb+m Oora >rovocada>elo choque de ero!ismo e mor!e. $9o$ebas!i9o >assou a re>resen!ar >ara

#ishima o seu ideal de !i>o Osicomasculino. ara #ishima a coragem era acoisa mais im>or!an!e da vida. >rinc>io b?sico do cor>o >ara ele + ocul!o do heriN um concei!o OsicoN uma

 vez que relacionado ao con!ras!e en!reum cor>o robus!o e a des!rui,9o damor!e. 8m sumaN + o !ema do mar!riode $9o $ebas!i9o. ara #ishima a belezaes!aria associada ` des!rui,9o e a mor!e.

 A eroti<aBo da morte

  A ero!iza,9o da mor!e se desvela em#ishima desde a mais !enra inOVncia. Ascenas descri!as >elo au!or P o encon!rocom o la!rineiroN com os soldadosN com ocavaleiro enOren!ando ` mor!eN com $9o$ebas!i9o 6N revelam que a >ar!ir dos seusqua!ro anos de idade esse suei!o conuga

solid9oN ero!ismo e mor!e. 8m $ol e A,o\1/(]N aos quaren!a e !rQs anos de idadeN#ishima conOessa que !en!ou a>ro3imaro cor>o e o es>ri!o ao longo de !oda asua vidaN mas Kcor>o e es>ri!o nunca de6ram boa combina,9oM \1/(N >.0]. 'on6!udoN #ishima n9o cessava de buscar ain!erse,9o !9o almeada en!re o cor>o e oes>ri!o Kem algum lugar cor>o e es>ri!odevem se encon!rar. nde >or+mS W...X8m algum lugar deve haver um >rinc>io

maior onde os dois se encon!rem eOa,am as >azes. 8sse >rinc>io maiorN eu>enseiN era a mor!eM \1/(N >.0]. *uma!arde de invernoN a " de dezembro de1/7N !rQs anos an!es de seu seppuQu .#ishima embarca num ca,a su>ersUnicoF104 !rans>or!a o seu cor>o a 4"00 >+sda !erra. KA es!a dis!Vncia da !erraN minhaaven!ura in!elec!ual e minha aven!uraOsica >oderiam se Oundir em harmonia.8ra o que eu sem>re havia buscadoM

\1/(N >. 100]. Foi en!9oN num momen!ode Q3!ase se3ualN que ele viu aKgigan!esca ser>en!e de nuvens brancascercando o globo !erres!re e mordendosua >r>ria caudaM. L? no al!oN envol!o>ela mor!eN >os!o que Kas regiTes maisal!asN onde n9o h? arN es!9o re>le!as demor!e >uraMN sua consciQnciacon!em>lou a uni9o de cor>o e es>ri!oNo gigan!esco anel6ser>en!e que su>era as>olaridades. crculo da ser>en!e revela6

 va o mis!+rio Ka carne e o es>ri!oN o sen6sual e o in!elec!ualN o den!ro e o OoraN v9odes>render6se do ch9o eN mais al!oN maisNmais al!o a!+ do >on!o onde o crculo6ser>en!e de nuvens brancas que cerca a!erraN !odas as coisas v9o se encon!rarM\1/(N >. (]. K mundo in!erior e omundo e3!erior !inham se invadido mu6!uamen!e e se !ornado com>le!amen!ein!ercambi?veisM \1/(N >.100].

O Sepp!Q!, a derradeira eroti<aBoda morte

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 22/

Page 227: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 227/298

  *o >rocesso cria!ivo de seus romancese dramasN #ishima s come,ava a escre6

 ver quando de!erminava claramen!e o Oi6nal. De>ois >ensava em como levar `conclus9oN !endo em vis!a a Jl!ima cena.8 isso ele !amb+m >ra!icou na sua e3is6!Qncia. escri!or escul>iu o seu cor>o

como uma obra de ar!eN que segundo asua es!+!ica es!ava irremediavelmen!eOadado ` des!rui,9oN a !rag+dia derradeira.Dois anos an!es de come!er o seppuQu#ishima revela em $ol e a,o a suainsa!isOa,9o com a li!era!uraN >ois nelaembora a mor!e sea a Oor,a condu!orana cons!ru,9o de Oic,TesN a ar!e n9omorreN ela + e!ernaN cria uma Olor imor!alNar!iOicialN Oic,9o. Ao >asso que na a,9o semorre com a Olor que n9o + imor!al. K*a

li!era!uraN a mor!e + man!ida em 3equemasN ao mesmo !em>oN usada como umaOor,a condu!ora W...X A,9o + morrer coma Olor li!era!ura + criar uma Olor imor!al.8 uma Olor imor!alN eviden!emen!eN s>ode ser uma Olor ar!iOicialM \1/(N >. 4].'om a sua mor!e #ishima combina a,9oe ar!eN a Olor que Oenece e a Olor que dura>ara sem>reN mis!ura a um s !em>o osdois deseos mais con!radi!rios dahumanidade e os res>ec!ivos sonhos da

realiza,9o desses deseos. A -orma de "e5aBo da (a%traBo doO!tro, a @erleugnung 

8m K8sbo,o de sican?liseM\140 W1%(X]N es>eciOicamen!e na >ar!e

 IIIN in!i!ulada K a>arelho >squico e omundo e3!eriorMN Freud d? uma enormea!en,9o ` Kdivis9o do euM e aoKdesmen!idoM. 8sse im>or!an!e !rabalhoFreud nos d? subsdios >ara su>or o

modo que #ishima encon!rou >aranegar a cas!ra,9o do u!ro a @erleugnug .#ishima !en!ou cons!i!uir dois >los de>ureza e >erOei,9oN dois absolu!osN >oruma se>ara,9o que e3clui a mis!ura deles.s deseos divergen!es re>resen!am duassolu,Tes das quais cada uma !raz umdesmen!ido ` cas!ra,9o ma!erna e queNembora con!radi!riasN se reOor,ammu!uamen!e. #ishima >erseguiu asolu,9o da divis9o do eu que se

a>resen!ava nas >olaridades. *o en!an!oNa Oenda en!re os >los o>os!os n9o se>reencheuN ao con!r?rio s ressal!ou airremedi?vel incom>le!ude de cada umdos !ermos. KAs Olores ar!iOiciais da ar!eMe as KOlores >erecveis da a,9oM s9o umao ideal da ou!ra. gozo do ins!an!e e o

da e!ernidade res>ondem a vo!oscon!r?rios. $ a mor!e >ode resolver adiscordVncia deles. $ a mor!e do beloheri conuga a ar!e e a a,9o. A mor!e seaOigura a Jnica resolu,9o >ossvel dadualidade que o habi!a e a Jnica maneirade >arar o incessan!e movimen!o que o>roe!a de um >lo ao ou!ro de suasube!ividade dilacerada.

Re-er"(ia% i8$io5r#-i(a%

F58=DN $igmund. \10"] O*ras completas.Kres ensaios de !eoria se3ualM )uenos Aires Amorror!uN 200". . \127] O*ras completas1  KFe!ichis6moM. )uenos Aires Amorror!uN 200".

 . \140 W1%(X] O*ras completas.KLa escisin del Bo em el >rocessodeOensivoM. )uenos Aires Amorror!uN 200".

 . \140 W1%(X] O*ras completas.K8l a>ara!o >squico B el mundo e3!eriorM.In K8squema Del >sicoan?lisisM. )uenos

 Aires Amorror!uN 200".

=$A*N Darci. uQio Sis%ima1 O %omem deteatro e cinema . $9o aulo ers>ec!ivaFunda,9o -a>9oN 200/.LA'A*N -acques. O ;eminário, livro I1 a rela-ode o*:eto BC47J.

 . Kan! com $adeM. \1/%]. In Mscritos . 5io de -aneiro aharN 1(. . O ;eminário, livro BL1 de um discur4 so que n-o seria do sem*lante BC7BJN in+di!o.#ILL5N 'a!herine. ide, enet, Sis%ima1intelig(ncia da pervers-o. 5io de -aneiro'om>anhia de FreudN 2004.

#I$<I#AN puio. \14] 'on"iss+es de umamáscara.  $9o aulo er!en!e 8di!ora L!daNsem da!a.

 . \1"/] O templo do pavil%-o dourado.5io de -aneiro 5occoN 1((.

 . \1/(] $o l e Ao. $9o aulo8di!ora )rasilienseN 1(".$8$N <enrB $.  A vida e a morte de

 Sis%ima . or!o Alegre L_# L!daN 1(/. ALA$N a!ric. Freud e a pervers-o 5io de -aneiro -orge ahar 8di!orN 10.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 227

Page 228: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 228/298

O tempo e estruturas cl)nicas 

Como %e a"a$i%a “&o9e a perFer%Bo

 Saria #ucia Araú:o 

ideia a3ial desse !rabalho+ >ar!ir de algumas con6sidera,Tes das no,Tes dedeseo e gozo >ara in!er6rogar como nsN analis6!asN !emos nos a!ualizadoem rela,9o ` an?lise da

es!ru!ura >erversa.  $abe6se que n9o h? consenso en!re osanalis!as a res>ei!o da >ossvel an?lise deum suei!o de es!ru!ura >erversa. =m as6>ec!o >reocu>an!eN e que chama a a!en6,9oN + o Oa!o de e3is!ir uma !endQnciaNden!ro do cam>o >sicanal!icoN de dizerque o >erverso n9o demanda an?lise. 8n6Oa!iza6se o suei!o >erverso n9o !emques!9o...s suei!osN realmen!e >erver6sosN Oicam >ouco !em>o e in!errom>em o!ra!amen!o...N e!c. *esse sen!idoN ocorreu6nos >ensar em que >on!o es!amos na>esquisa e !ra!amen!o desses suei!osN a>ar!ir da descober!a Oreudiana e a>s osavan,os lacanianosN >ois sabemos desdeFreud que >erversidade n9o + >ervers9oe que h? !ra,os >erversos em !odas ases!ru!uras.  FreudN quando a>resen!a o Oe!ichecomo >aradigma da >ervers9oN ? Oaz umadis!in,9o en!re neuroseN >sicose e>ervers9o. -acques Lacan vaiN en!9oN a>ar!ir da du>la Oun,9o do v+uN que + aum s !em>o o que esconde e o que de6

signaN nos a>resen!ar a es!ru!ura de !odaa >ervers9o.  *esse sen!idoN chega a causar es!ranhe6za ouvir alguns analis!as aOirmarem que odis>osi!ivo anal!ico n9o + adequado >araos >erversos. odaviaN consideramos a>ar!ir de nossa >esquisa !erico6clnicaNque o >erverso >rocura an?liseN es!abele6ce !ransOerQncia e h? maneos a >ar!ir dasquais o analis!a o>era. Al+m dissoN en!en6demos que + um dever >au!ado na +!ica

a!ender !ais suei!osN >ois o analis!a sabeque em !al dis>osi!ivo !rabalha6se a >ar!ir

da rela,9o do suei!o ao signiOican!e e da>osi,9o do suei!o na Oan!asiaN e n9o a>ar!ir da realidade. AssimN + a >ar!irdesses dois o>eradores que o analis!a>oder? iden!iOicar as es!ra!+gias de deseodo suei!o e sua modalidade de gozo. >r>rio Lacan nunca es!eve de acordocom n9o analisabilidade do suei!o>erverso e a >rova disso + que mui!as s9oas reOerQncias ` >ervers9o duran!e !odo o>ercurso de sua obraN onde ele seem>enhou em demons!rar a >ossvelan?lise de !ais suei!osN sem>reconsiderando que e3is!em diOeren,as nadire,9o do !ra!amen!o.  *ogueira nos lembra que K... a lingua6gem + condi,9o do inconscien!e...M e queKA rela,9o simblica que a linguagemcons!i!ui >ossibili!a a inves!iga,9oN e si6mul!aneamen!eN a modiOica,9o do quees!? al+m da linguagemN mas que ela indi6ca a se3ualidade humana enquan!o umaeconomia de gozoN e n9o a>enas oe3erccio das rela,Tes de re>rodu,9o ou a>r?!ica do >razer do se3oM. au!or dizNaindaN que KLacan se >reocu>ou emes!abelecer a Lgica dessa economia>ro>ondo o que ele chamou de Klgicado signiOican!eMN es!udando a realidadedas Oan!asias inconscien!es. $igniOican!e>orque na inves!iga,9o >sicanal!ica oque vai ser >rivilegiadoN >ela escu!a do

analis!aN decorren!e da Oala do analisan!eser? a maniOes!a,9o mesma da lnguaN doenunciadoN enquan!o indicador dasube!ividade do Oalan!e e n9o areOerQncia a realidade. 8 Oan!asia >orque+ ela que es!abelece o >on!o de >ar!idadessa lgica que es!? ar!iculando eorien!ando essa economiaN sabendo que aOan!asia + um signiOican!e cons!rudo a>ar!ir da indica,9o da associa,9o livre.M

*o semin?rio A angus!iaN Lacan consi6

dera que se alguma coisa + reveladora>ela e3>eriQncia anal!icaN + que mesmo

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 22(

Page 229: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 229/298

na >ervers9o onde o deseo em sumaa>areceria como aquilo que Oaz a leiN ouseaN >or uma subvers9o da leiN ele + deOa!oN verdadeiramen!e o su>or!e de umalei. 8le nos chama a a!en,9o >ara o Oa!ode que K$e h? algo que sabemos agorado >erversoN + que isso que a>arece e36

!ernamen!e como sa!isOa,9o sem Oreio +deOesaN e verdadeiramen!e coloca,9o emogoN e3erccio de uma lei na medida emque ela OreiaN sus>endeN de!+mN >recisa6men!e sobre o caminho do gozo. A von6!ade de gozo no >erversoN...N + von!adeque OracassaN que encon!ra seu >r>rio li6mi!eN seu >r>rio OreioN no e3ercciocomo !al do deseo >erverso.M  Ao comen!ar esse semin?rioN )icalhoesclarece que a Oan!asia + um dos lugares

que >ermi!e uma diOerencia,9o das es!ru6!uras clnicas. Isso a >ar!ir de v?rias lei!u6ras que Lacan Oez da Oan!asia >ara a lgi6ca da Oan!asia. AssimN o lugar que a an6gus!ia ocu>aN diz elaN + o mesmo lugar daOan!asiaN o que >ermi!e !ra!ar da angus!ialigada `s deOesas do euN isso al+m de umconcei!o + um o>erador clnico. $ublinhaNaindaN que a garan!ia do cam>o do deseona >ervers9o + o Oe!icheN e h? um !i>o deOan!asia no Oe!iche. $endo assimN se h?

cam>o do deseoN h? barreira ao gozoN e aangus!ia + mediana en!re eles. DessamaneiraN na neurose !emos o cam>o dodeseoN enquan!o que na >ervers9o !emoso deseo !ransOormado em von!ade degozo.

'abe ainda ressal!arN que o nosso !ra6balho clnico vem nos revelando que ademanda de an?lise de um suei!o >erver6so + Oei!a quando h? >er!urba,9o com ogozoN >ois a sobrevQm sin!omas. >er6

 verso !em a von!ade decidida de gozarNrealizando sua Oan!asia. Y uma Oorma>ossvel do deseo >erversoN is!o +N !rans6Oormando o deseo em von!ade de gozo.8m seu ar!igo K Oe!ichismoMN Freud ob6serva que o Oe!iche re>resen!a Orequen!e6men!e o Jl!imo obe!o que o suei!o viuan!es de ser !rauma!izado >ela cas!ra,9oOeminina. 'ons!i!ui como uma es>+cie de>arada na imagemN deslocadame!onimicamen!e >ela rela,9o da Oal!a

O?lica.

  AssimN guiamo6nos na an?lise de um>erverso seguindo sua cadeia signiOican!eNe diagnos!icamos a >ar!ir do enquadre daOan!asiaN !endo o Oe!iche como >rova cl6nica da es!ru!ura.

8n!re!an!oN >ara o >erverso n9o h? sus6!en!a,9o no cam>o do deseo como dese6

o do u!roN como acon!ece na neuroseN>ois ele Oaz um cur!o6circui!o na ques!9odo deseo e inver!e o a3ioma da Oan!asiaNindo em dire,9o ao gozo do u!ro. Des6sa OormaN ele !en!a inver!er o ogo na di6re,9o da an?lise com a in!en,9o de an6gus!iar o ou!ro + sua maneira de lidarcom o cor!eN com a cas!ra,9o. Do >on!ode vis!a da !ransOerQnciaN o ogo quemoga + ele. 8le n9o se in!eressa >elo ogodo ou!ro. A iden!iOica,9o na >ervers9o +

com o gozo da m9e e n9o com o deseoda m9eN h? re>e!i,9o >or invers9o. Acrian,a que Ooi obe!o de !al gozo >er>e6!ua esse gozoN gozando >or sua vez deum obe!o semelhan!e ao que ela Ooi. 8n6!raN en!9oN em uma rela,9o imagin?ria aservi,o do gozo do u!ro a ser man!ido.

 Ali?sN conv+m sublinhar queN -acquesLacanN em seu !e3!o KDe uma ques!9o>reliminar a !odo !ra!amen!o >ossvel da>sicoseM salien!a que Kodo >roblema

das >erversTes consis!e em concebercomo a crian,aN em sua rela,9o com am9eN rela,9o es!a cons!i!uda na an?liseNn9o >or sua de>endQncia vi!alN mas >elade>endQncia de seu amorN is!o +N >elo de6seo de seu deseoN iden!iOica6se com oobe!o imagin?rio desse deseoN na medi6da em que a >r>ria m9e o simboliza noOaloM.

 AssimN K que deOine se uma es!ru!ura+ >erversa n9o s9o os a!os a ela associa6

dosN mas sim a >osi,9o do suei!o na !ra6ma ed>icaMN conOorme nos lembra 'her6mann.

*a verdade o Ydi>o + um o>erador dodiscurso do deseo. *as considera,Tes de

 An!onio &uine!N KAlguns analis!as seequivocam ao abandonar a reOerQncia `ses!ru!uras clnicasN e ao n9o considerar a>osi,9o do suei!o no Ydi>oN a rela,9o `cas!ra,9oM. KA clnica dos discursosN dizeleN como >ro>Te Lacan ao inserir a >si6

can?lise no cam>o do gozo a >ar!ir dosanos 70N >ermi!e um acr+scimo ` clnica

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 22

Page 230: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 230/298

das es!ru!uras sube!ivas ordenadas >eloYdi>oN e n9o a e3clus9o des!aM.  $abe6se que >ara FreudN a crian,a + um>erverso >olimorOo e que a >olimorOiadas >erversTes se a>lica a !odas as es!ru6!urasN !odaviaN >ara que se es!ru!ure >si6quicamen!e a >ervers9o + necess?rio que

o suei!o >asse >or uma sucess9o de !em6>os lgicos e que a is!o se acrescen!e!rans!ornos no >ercurso ed>ico. 'omoobserva 'hermann K*es!a es!ru!ura a!ransgress9o e o desaOio andam un!os. Yo desaOio que angus!ia o ou!ro e o dei3asem sada mui!as vezes. 8le convoca oou!ro como !es!emunha de um segredoN>ois >recisa do olhar do ou!ro como !er6ceiroM.

'omo o >erverso se Oi3a no segundo

!em>o do Ydi>oN is!o +N no !em>o da >ri6 va,9oN ele Oica a!relado ao deseo da m9ee n9o ar!icula deseo ` lei. A Ormula dame!?Oora >erde a >ossibilidade de subs!i6!ui,9oN mas n9o >erde a condi,9o dese6an!eN h? acesso ao simblicoN mas comoo 3 do deseo da m9e n9o + enigm?!icocomo na neurose o >r>rio suei!o Oaz alei. Oalo !em es!a!u!o imagin?rioN + >o6si!ivado e o obe!o KaM + reves!ido >eloOe!icheN sendo es!e a >rova clnica da re6

cusa da cas!ra,9o ma!erna. ara a >erver6s9oN o n9o er + !ransOormado em erNa!rav+s do mecanismo do desmen!ido dacas!ra,9o. *a verdade o >erverso es!? in6!eressado no gozo do u!ro. 'omo eleen!ende que o u!ro n9o sabe gozarN elese dedica a Oazer o u!ro gozar.

$eguindo os ensinamen!os lacanianos>odemos encon!rar no $emin?rio in!i!u6lado deseo e sua In!er>re!a,9o a se6guin!e ci!a,9o de Lacan que nos a>on!a

uma das diOeren,as em rela,9o ao deseoe gozo na neurose e na >ervers9o K$eNno neur!icoN o deseo es!? no horizon!ede !odas as suas demandas longamen!edesdobradas e li!eralmen!e in!ermin?veisN>ode6se dizer que o deseo do >erversoes!? no cora,9o de !odas as suasdemandasM.

 A>s es!as breves considera,Tes con6 v+m nos in!errogarmos a res>ei!o deuma ques!9o crucial qual + o >ivU que

su>or!aria a !ransOerQncia de !al es!ru!urano curso de uma an?liseS

  =ma >ossvel elucida,9o dessa ques!9o>odemos encon!rar no $emin?rio K#aisNaindaM em que Lacan nos diz KA !rans6OerQncia + o deseo do analis!a e que + ele\o deseo do analis!a] o >ivU e mo!or do!ra!amen!o. &ue o analis!a n9o deve ce6der de seu deseo e abrir m9o de seu real

cuo nome + n9o h? rela,9o se3ualM. raNsabemos que o deseo do analis!a deveus!amen!e ser deOinido em o>osi,9o aodeseo do >erverso e que a +!ica da >sica6n?lise n9o nos dei3a o>,9o >ara qualqueracordo com a >ervers9o.

$erge Andr+N um >sicanalis!a que h?anos se debru,a sobre a com>le3idade!erico6clnica da es!ru!ura >erversaN aOir6ma que Ks analis!asN >arece que concor6dam que os >erversos in!errom>em >re6

ma!uramen!e sua an?lise. A ques!9o +iden!iOicar o >on!o e3a!o em que eles>Tem Oim ` sua an?lise. *a maioria das

 vezes ele assinala o momen!o em que osuei!oN re>e!indo sua suei,9o >rimordialsigniOican!eN que o de!ermina no incons6cien!eN escolhe ouN >elo menosN ado!a sua>ervers9o. Fica Oal!ando uma modiOica6,9o de sua >os!ura em rela,9o `Oan!asiaM. AssimN K... onde o >erverso>araN come,a o deseo do analis!ax. 8

acrescen!aN Kningu+m solici!a melhor doque o suei!o >erverso a e3>ress9o dessedeseo no analis!aN >ois ningu+mreivindica mais do que o >erverso a>ossibilidade de Oazer de seu sin!omauma escolhaM.  ara concluirN ressal!amos que ao ana6lis!a cabe o>erar em !ermos de deseoNis!o +N ser causa de deseoN >ois como nosadver!e 5abinovich K>erar em !ermosde gozo + o>erar em !ermos de recu>era6

,9o. or essa raz9oN n9o h? gozo >ara oanalis!a no e3erccio de sua Oun,9oN n9oh? gozo do Kser >sicanalis!aM. Lacan + ca6!egrico a esse res>ei!o em seu !e3!o e6levis9oN quando aOirmaN com severidadesardUnicaN que o lugar do analis!aNenquan!o ele desem>enha a Oun,9o quelhe + >r>riaN + um lugar drenadoNesvaziado de gozo...M

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%0

Page 231: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 231/298

i8$io5ra-ia

 A*D5YN $N A impostura perversa N -orge ahar8di!orN 5io de -aneiro \1"N >.27].)I'AL<N <N K Oan!asma na dire,9o daan?liseMN !ese de dou!orado no I=$N 10.)I'AL<N <N Aula minis!rada no Ins!i!u!ode iscologia da =niversidade de $9o auloN

no dia 1%^0^2004 \!rabalho n9o >ublicado].'<85#A**N 8N Pervers-o em 'ena   N8di!ora8scu!aN $9o auloN \2004].F58=DN $N \17/] Fe!ichismo. In. $.FreudN  Mdi-o ;tandart Zrasileira das O*rasPsicolgicas 'ompletas de ;igmund Freud\L.HHI] 5io de -aneiroImago \!rabalhooriginal >ublicado em 127].LA'A*N -N \1"] O ;eminário #ivro I1 A rela4 

 -o de O*:eto. 5io de -aneiro -orge ahar. \!ra6balho original >ublicado em 1"761"(].LA'A*N -. \2000] O ;eminário #ivro BG1 A

 Angustia . $emin?rio In+di!oN ublica,9o In6!erna da Associa,9o Freudiana In!ernacional.5eciOe 'en!ro de 8s!udos Freudianos do5eciOeN \1/2].

LA'A*N -. \1(]. De uma ques!9o >relimi6nar a !odo !ra!amen!o >ossvel da sicose.In.  Mscritos   5io de -aneiro -orge ahar\!rabalho >ublicado em 1"761"(].LA'A*N -. BC7E4BC7J #ivro EG, mais, ainda.

 ers9o brasileira de #. D. #agnoN 5io de -a6

neiroN -orge ahar 8di!or. \1("].*G=8I5AN L. '. N A psicanálise1 bma e34  peri(ncia originalj o tempo de #acan e a nova ci(ncia . ese de Livre6docQnciaN Ins!i!u!o de sicolo6gia N =niversidade de $9o aulo.\17N>.1"1].&=I*8N  A, Psicose e lao social, esquiNo"renia,

 parania e melancolia . -orge ahar 8di!orN 5iode -aneiroN \200/].5A)I*I'<N D.N O dese:o do psicanalista4 li4 *erdade e determina-o em psicanálise. 'om>anhiade Freud edi!oraN 5io de -aneiro \2000N>.12(].

 'omo se analisa”%o:e” a pervers-o, t)tulo deste tra*al%o, "oiinspirado no t)tulo do !erceiro Mncontro /nternacional do 'am4  po Freudiano1 'omo se analisa %o:eW. Pu*licado em livro. Mdi4 tora1 Sanancial. Zuenos Aires. Argentina, BCL7J.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%1

Page 232: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 232/298

A psicanálise no seu tempo

2ormaBo do a"a$i%ta e Tra"%mi%%Bo daP%i(a"#$i%e, 6!a$ arti(!$aBo po%%Fe$

ZeatriN Oliveira 

m seu !e3!o de 112//NFreud dei3a claro qual aim>or!Vncia da Oorma6,9o em uma sociedade>sicanal!ica. Al+m do!rabalho de an?lise >es6soalN Freud considera

Oundamen!al a !roca com analis!as e3>e6rien!es em sessTes cien!OicasN bem como

o !rabalho de su>ervis9o e an?lisedid?!ica com analis!as reconhecidos. AssimN sua >ro>os!a ins!i!ucional sesus!en!a como um lugar onde aOorma,9o >sicanal!ica deveria acon!ecer.  Desde sua Oorma,9o na $ociedade si6canal!ica de arisN ins!i!ui,9o ligada ` In6!ernacional P IA P Lacan sus!en!a umacr!ica assdua aos abusos !ransOerenciaise desvios em rela,9o ` dire,9o dos !ra!a6men!os dis>ensadosN a >on!o de rom>er

com a $ em "%. 8m "/2/7

N Lacanesclarece que es!ru!ura de Oorma,9o daIA era consequQncia da >r>ria dire,9odo !ra!amen!o ali es!abelecida. u seaN>ara se Oormar analis!aN era necess?riauma gradua,9o ob!ida no ins!i!u!o deOorma,9oN bem como a au!oriza,9oob!ida do >r>rio analis!a. raN es!aau!oriza,9o es!ava relacionada com adire,9o do !ra!amen!o ali dis>ensada oOim de uma an?lise >ela iden!iOica,9o ao

analis!aN >ela Kin!roe,9o do bomobe!oM2/(  A !ransOerQncia + um >on!o nodal >ara

a cr!ica realizada >or Lacan ` IA.Lacan Oar? reOerQncia ao !e3!o Oreudianosicologia das #assas >ara argumen!arcon!ra a Oorma,9o dis>ensada na IA.

2//  F58=DN $. \11] Deve ensinar6se a>sican?lise na universidadeS In O*ras 'ompletas . Amorror!u 8d.N vol. HII2/7  LA'A*N -. 6 $i!ua,9o da >sican?lise e

Oorma,9o do >sicanalis!a em 1"/ In  Mscritos . -orge aharN 8. 1(.2/( >. 'i!N >. 4//

8ssa dimens9o da !ransOerQncia >ela qualo analisan!eN ao OinalN iden!iOica6se ao eudo analis!a ser? o elemen!o cons!i!uin!edo Ouncionamen!o das sociedadesanal!icasN !al como acon!ecia na igreaou e3+rci!o os indivduos colocavam asKsuOiciQnciasM 6 nome dado aos analis!asreconhecidos como !al6 no lugar de Idealaos quais !odos se iden!iOicavam. A

consequQncia dis!o seria o silQncio dosanalisandos mais ovens. Diz Lacan

 A Oun,9o da iden!iOica,9o na!eoria P sua >revalQncia6 assimcomo a dis!or,9o de reduzir a elao !+rmino da an?liseN es!9o ligadas` cons!i!ui,9o dada >or Freud `ssociedades P e levan!am a ques!9odo limi!e que com isso ele>re!endeu dar a suamensagem2/M.

 A ques!9o que >re!endo discu!ir nes!e!rabalho reOere6se ` >ro>os!a deOorma,9o anal!ica in!roduzida >orLacan. 8m que es!a se diOerenciaria dade Freud e quais seriam os elemen!osque >ermi!iriam uma sada ins!i!ucionalque n9o re>roduzisse os eOei!os deiden!iOica,9o e hierarquia !al como

 veriOicado na IAS  A ro>osi,9o de /7 + um !e3!o Ounda6

men!al >ois + a >rimeira vez que LacanOaz uma >ro>os!a eOe!iva de Forma,9odos >sicanalis!as em sua 8scolaNar!iculando6a necessariamen!e com o>r>rio Ouncionamen!o de umasociedade >sicanal!ica trata4se de

 "undamentar as garantias mediante as quaisnossa Mscola poderá autoriNar um psicanalista

 por sua "orma-o e... responder por ela ...J.

2/ LA'A*N -. P rimeira vers9o da Kro>osi,9o

de de ou!ubro de 1/7 sobre o sicanalis!a da8scolaM In u!ros 8scri!os. -orge ahar 8d.200%

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%2

E

Page 233: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 233/298

Pode tam*5m constituir o meio de e3peri(ncia ede cr)tica que esta*elea ou sustente as condi+esde mel%ores garantias”. E7G

  'r!ico da conce>,9o de Oinal dean?lise >ela via da iden!iOica,9oN Lacansus!en!ar? que o analis!a au!oriza6se de simesmo. u seaN a ques!9o do lugar e

Oun,9o do >sicanalis!aN no incio e Oim da>sican?liseN es!? orien!ada >elo concei!ode !ransOerQncia como Lacan Oormalizar?na >ro>osi,9o. K O su:eito suposto sa*er 5,

 para ns, o ei3o a partir do qual se articulatudo o que acontece com a trans"er(ncia” E7B.  A!ransOerQncia se veriOica na ar!icula,9o deum signiOican!e qualquer do analis!a coma cadeia signiOican!e do analisando.*es!e sen!idoN Lacan ser? claro aoaOirmar que a !ransOerQncia Oaz

resis!Qncia ` in!ersube!ividadeNdescons!ruindo a id+ia de rela,9o dualen!re analisando e analis!a e sus!en!andoo Oinal da an?lise n9o >ela via daiden!iOica,9oN mas >ela via da des!i!ui,9osube!iva.  Lacan ar!icular? dois >on!os de un,9oNonde !em que Ouncionar seus rg-os de ga4 rantia   a in!ens9o e a e3!ens9o da>sican?lise e o incio e o Oim da>sican?lise P !al como a >ar!ida de

3adrezN sendo que o >on!o de encon!ro+ us!amen!e a >assagem de>sicanalisan!e a >sicanalis!a. *es!e>on!o a !ransOerQncia + o >ivU em !ornodo qual a >assagem se ar!icula. u seaNcomo !ransmi!ir o que se Ooi >ara ou!ro e o modo >ar!icular de como sesaiu dissoS 'omo Oazer >assar do>ar!icular ao universal um deseo que see3!rai nes!a >assagemS

Lacan se reOere ao deseo do

>sicanalis!aN uma enuncia,9o que ocu>ao lugar do 3 em uma Oun,9oN resto que,como determinante de sua divis-o, o "aN decairde sua "antasia e o destitui como su:eito” E7E .8m 7N Lacan dir? que Ooi >or isso queins!aurou o dis>osi!ivo do asse o que

 "aN com que , aps ter sido analisante, nos

270LacanN -. ro>osi,9o de de ou!ubro de 1/7sobre o >sicanalis!a da 8scola. In Outros Mscritos .

 -orge ahar 8d.N 200%271 >. 'i!. >. 2"%272 IdemN >. 2"7

tornamos psicanalistasW” E7.  'om is!oN>odemos dizer que Lacan Oaz um giroem rela,9o ` sada >ela iden!iOica,9o aosi!uar a !ransmiss9o da >sican?lise nocerne de sua >ro>os!a ins!i!ucional.Dessa Oorma ele desloca o lugar doobe!o como idealN !al como nas

ins!i!ui,Tes OreudianasN >ara o lugar decausaN o que im>lica em man!er aber!a a>ergun!a a res>ei!o do que Oaz a>assagem de analisando a analis!a.  $e >or um lado es!a >areceu ser uma>ro>os!a subversiva e audaciosaN >or ou6!roN e >or sua es!ru!ura mesmaN nos Oazques!ionar a res>ei!o de suas consequQn6cias.  *a 'ar!a de Dissolu,9o da 8F NLacan aOirma que

KA In!ernacional reduz6se aosin!oma que + daquilo queFreud dela es>erava. $abemos oque cus!ou o Oa!o de Freudhaver >ermi!ido que o gru>o>sicanal!ico >revalecesse sobreo discursoN !ornando6se Igrea.M

 Assim cri!ica os rumos >elos quais a>sican?lise se orien!ouN qual seaN a via do

sen!ido e conclui Ka esta*ilidade da religi-o prov5m de o sentido ser sempre religioso274M.  Aqui si!uamos o >on!o >roblem?!icodas sociedades >sicanal!icas. LacanN em1(0N cri!ica e dissolve a 8F >or ques6!Tes semelhan!es `s que veriOicava na In6!ernacionalN >or seus eOei!os de gru>o. Aques!9o que se coloca + se sua >ro>os!ade 8scola >ermi!iria um ou!ro !i>o dela,o que Oizesse Kresis!Qncia `in!ersube!ividadeMN que barrasse os

eOei!os de gru>o ineren!es ao IdealN que>ermi!isse um avan,o em rela,9o `>ro>os!a Oreudiana de Oorma,9oanal!ica. Lacan dir? claramen!e que sua8scola >re!ende dissi>ar a sombra queencobre es!e >on!o de un,9oN de>assagem de >sicanalisan!e a >sicanalis!aNmui!o embora diagnos!ique

27%  'ongrs de lCYcole Freudienne de aris surKLa !ransmissionM. arue dans les Le!!res de

lCYcoleN 17N n 2"N vol. IIN >> 216220.274 Lacan -. 'ar!a de Dissolu,9o In Outros escritos -orge ahar ed.N 200%.N >. %20.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%%

Page 234: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 234/298

Kh? um real em ogo naOorma,9o do >sicanalis!a e que associedades e3is!en!es Oundam6senesse 5eal. 8sse 5eal >rovocaseu >r>rio desconhecimen!oNa!+ mesmo sua nega,9o sis!e6m?!ica27"M 

raN como !ra!ar es!a nega,9o sis!em?6!icaN >r>ria da es!ru!ura do sen!idoN dosigniOican!eN da neuroseN que >romove oeOei!o de cola nas ins!i!ui,TesNcons!i!uindo igreasS oderia odis>osi!ivo do >asse barrar issoS

$e a>os!amos no >asse como um dis6>osi!ivo de !ransmiss9o do que Oez umanalis!a au!orizar6seN >odemos encon!rara um >rinc>io de dissolu,9o que barre

a cons!i!ui,9o de igreasS $e acom>anha6mos a adver!Qncia em rela,9o ` via dosen!ido P sem>re religioso6 >oderamoses>erar do asseN a cada !es!emunhoNuma reinven,9o do in!ransmissvel da>sican?liseN !al como Lacan ar!icula em7S Dessa OormaN cada sada encon!radacolocaria em ques!9o um sen!idounvocoN ao mesmo !em>o que>ermi!iria dar um testemun%o do que seria

 preciso para colocar o analista no passo de sua

 "un-o27/

. Foi >or isso que Lacan>erseverou em seu caminho de ma!emasNcomo diz em 1(0.

 AssimN a >ro>os!a de 8scola inclui a ransmiss9o como mais um elemen!o naOorma,9o dos analis!as hoe.

 ransmiss9o es!a que se veriOica a>os!erioriN !al como a Oun,9o do mais6um em um car!el !al como o discursoanal!ico que >ro>icia os giros. que seob!Qm s9o eOei!os de 8scola.

27" LA'A*N -. ro>osi,9o de de ou!ubroN >.2427/LA'A*N -. 'ar!a de Dissolu,9oN >. %20.

  raN nes!e sen!idoN me >arece que es!eeOei!o ar!icula o que Lacan >rocurou de6senvolver com sua >ro>os!a de >on!o deun,9o na >ro>osi,9o. A 8scola seria acausa de se Oazer es!a un,9o do >ar!icu6lar ao universal. *es!e sen!ido queN >araOazer a >sican?lise durarN >reocu>a,9o

desde FreudN me >arece que n9o s an?6liseN a !eoria e a su>ervis9o seriam ne6cess?riasN mas algo mais. *9o a>enas umlugar onde is!o >ossa ocorrer P comoFreud >ro>Us6 mas um la,o a maisN umaquar!a enoda,9o que !enha uma Oun,9ode sus!en!ar um deseo que n9o sea anU6nimoN uma nomina,9o277  consequQnciadas !rQs ins!Vncias OreudianasN que >ermi6!aN na >resen!iOica,9o da >sican?lise nomundoN man!er aber!a a OendaN o OuroN o

es!ilo cor!an!e da >sican?lise. arece6meque a 8scola se >resen!iOica >elo eOei!ode cor!e que seu es!ilo >ode !ransmi!ir.

 A ques!9o que me >arece Oundamen!alcolocarmos hoe + es!amos Oazendo 8s6colaS

277*o <ouaissN o verbe!e nomina,9o reOere6se `KOigura de re!rica que consis!e em denominaralgo que n9o !enha nome

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%4

Page 235: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 235/298

A psicanálise no seu tempo

I"%tit!(io"e% p%i(oa"a$iti(a% 3\4 e" $a era de $a5$o8a$i<a(i"

@iviana omeN  A modo de i"trod!((i"

esde la Oundacin de laIAN >asando >or la8F de Lacan has!anues!ros das sos!enerla >resencia del discur6so anal!ico den!ro deuna comunidad cuBodevenir cien!Oico e

ideolgico la em>uaba con Orenes haciala Oorclusin del sue!oN Oue la a>ues!a.  Leos de ideales de ada>!abilidadN el>sicoan?lisis su>o leer la >ar!icularidadNel caso >or caso B aun a3ial es!ablecer !i6>os clnicos B es!ruc!uras de la sube!ivi6dad in!en!ando vencer la !endencia del>sicoan?lisis a la KreligiosidadM8n es!e !rabao in!en!o reOle3ionar sobreel quehacer de cier!o conun!o de Ins!i6!uciones sicoanal!icas que Ouncionan

en la ac!ualidad en Argen!ina B oOrecensus servicios asis!enciales.  5eOle3ionare siN !al como lo hicieronFreud B Lacan >ueden ellas mismas re6conocerse herederasN no solo del as>ec!o!era>+u!ico de una cura sino de res>on6sabilizarse >or la >ermanencia del dis6curso anal!ico en la +>oca ac!ual.  La >sicoOarmacologia o el conduc!is6mo se nos >resen!an como adversarios!emiblesN >eroN son ellos >or quienes !e6

nemos que >reocu>arnosS !al vez elriesgo de la desa>aricin del >sicoan?li6sis sea res>onsabilidad de noso!ros mis6mosN los >sicoanalis!asN que a!ravesados>or el discurso ca>i!alis!a es!amos si6guiendo una huella que creemos nosacerca a e3!ender !an!o el >sicoan?lisiscomo la Oormacin de los analis!as den6!ro de la comunidad B en vez de eso es6!amos con!ribuBendo a su se>ul!amien6!o.

  al vez lo >eligrosoN lo desbas!ador del>ensamien!o del hombre no sea Kel olvi6

doN sino olvidar que haolvidadoM\*ie!zche].

Do% te%timo"io%  1er. es!imonio #i !ransi!o >or unaIns!i!ucin sicoanal!ica con obe!ivosde KOormacin B asis!encialesM se e3!en6di >or !res aEos.  Fui docen!e B su>ervisora de un gru>o

de alumnos que acababan de egresar dela 'arrera de sicologa de la =)AN ?m6bi!o en el cual !ambi+n Oui docen!e.  #i !area consis!a en una su>ervisinsemanal Kgru>alM donde cada >ar!ici6>an!e comen!aba el caso de algJn >a6cien!e que haba sido derivado desde unaen!revis!a de admisin.  8l >ar!ici>an!e >oda !ener has!a / >a6cien!es en el aEo B >er!eneca a la Ins!i!u6cin abonando una cuo!a mensual.

  or cada >acien!e que a!endaN +l re6ciba un >orcen!ae de los honorariosacordados B el o!ro >orcen!ae lo recibala ins!i!ucin.  Los >acien!es >ac!aban con el >siclo6go el mon!o de los honorarios >ero si>or alguna razn no >oda >agar debaser a!endido en Oorma gra!ui!a.Las derivaciones eran hechas >or una se6cre!ariaN la cual adudicaba los >acien!esde acuerdo a la dis>onibilidad de hora6

rios de los >rac!ican!es. 8l !ra!amien!odurabaN como mnimoN un aEo en la ins6!i!ucinN B luego >odan con!inuar enOorma >rivada \Oin]  2do !es!imonio #e llamo Andr+s.  $al hace un aEo de la =niversidadN soBLic. 8n sicologaN !engo Oormacin si6coanal!ica N me in!eresa la clnica B quie6ro a!ender >acien!es.  #e ano!e en el e3amen de K5esidencia<os>i!alariaM >ero como solo haban 20

 vacan!es >ara 2000 inscri>!os B quede enel lugar 2(0N lo cual me >ermi!i a>licar

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%"

D

Page 236: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 236/298

>ara la concurrencia en el <os>i!al#oBano.  ens+ si hacia esos 4 aEos comoconcurren!e o me inscriba en una delas Ins!i!uciones Asis!enciales que oOre6cen Kresidencias >rivadasM B o>!e >or losegundoN en!end que era lo meor me

iba a OormarN e iba >oder em>ezar aa!ender >acien!es. 8n el <os>i!al no !e>agan al ser concurren!e B adem?s !enseque >agar un seguro de mala >ra3is.  8n la ins!i!ucin >agas >or mes B!ense >acien!es N !ambi+n K!e incluBeMseminarios B su>ervisiones gru>ales Badem?s !e dean llevar!e a los >acien!esdes>u+s de un aEo de a!enderlos all.

$i >agas la cuo!a un >orcen!ae al!o delo que abona el >acien!e es >ara mi sino

una >ar!e es >ara mi B o!ra >ara la ins!i6!ucin mas o menos un /0 >ara mi B un40 >ara ellos. odes !ener has!a / >acien!es B si unase vaN !e derivan o!ro. 8so siN el >acien!eque no >uede >agar lo a!ended gra!is.8legsN un modulo de horas B all !e aco6modan a los >acien!esN si quedes adul!oso niEos.  po !odava no me analizo. *o se conquienN !endr+ que ver cuando comience

a a!ender >orque no cuen!o con muchodinero.  al vez !ambi+n me em>iecen a deri6

 var >acien!es >ara el consul!orio >rivadoB a3ial con los >acien!es de la ins!i!ucinB los >rivados me >ueda sos!ener econ6micamen!e \Oin]  odo le cierraN verdadS <e aqu un>siclogo que >er!enece a la nueva ge6neracin.  Andr+sN >lan!ea sus inquie!udes e rela6

cin a una >rac!ica en la cual desea ha6cer su e3>eriencia. al vez haBa aOirma6ciones cues!ionables de las cuales no >o6demos qui!arnos >ar!e de la res>onsabi6lidad quienes Ouimos sus docen!esN mu6chos de noso!rosN >rac!ican!es del >si6coan?lisis.  al vezN Andr+s crea que su !i!ulo deLic. 8n sicologa incluBe una Oorma6cin anal!ica suOicien!e sin saber que ese!i!ulo se ubica en el lugar que las Ins!i6

!uciones $icoanal!icas deben ocu>arres>ec!o de esa au!orizacin B dea vaco

el es>acio del an?lisis >ersonal comoOundamen!o del deseo del analis!a.  ero noso!rosN los analis!asN sabemosque no son los !!ulos universi!arios losque sos!ienen la garan!a sino el >ase Blos reconocimien!os sos!enidos en un!rabao >ermanen!e.

  8l >aseN en !an!o veriOica el momen!oclnico del surgimien!o del deseo del ana6lis!a B el reconocimien!o como analis!ade una 8scuela de aquel que ha dado>ruebas de ser !al.  A lo meor Andr+s crea que el Kqueha6cer anal!icoM como obe!o de conoci6mien!oN >ueda ca>!urarlo al Oinal del re6corrido de su >os!grado o a>rehenderlocuando Oinalice su concurrencia B Kseaun analis!aM >roduc!o de una carrera B

no >roduc!o de un an?lisis;  Andr+s creeN >ero quienes hace algJn!iem>o que sos!enemos una >r?c!ica Buna Oormacin sabemos que eso no esm?s que Kvana ilusinM.  Lo ur!ican!e es que algunas ins!i!u6ciones asis!encialesNMverdaderamen!eM>sicoanal!icas >rome!an conseguir Kloim>osibleMN que en ac!o de oOer!ar Oor6macin que haga lugar ala demanda delmercado socave los Oundamen!os del >si6

coan?lisis que in!en!a sos!ener.  8n es!a misma lneaN encon!ramos elobs!?culo de las ins!i!uciones hos>i!ala6rias.  #e >regun!oN 'ual es esa demanda di6rigida al Korden medicoM de ser recono6cidos como analis!asN cuando sabemosque el >sicoan?lisis mismo necesi!o se>a6rarse de la medicina >ara >oder e3is!irNhaciendo lugar a una clnica de la escu6cha en vez de una clnica de la miradaN

un saber del lado del analizan!e B no delmedicoN !omando el error como obe!ode es!udio B no como Oalencia.Dice Freud. 8n K8l sicoan?lisis roOa6noM 8l neur!ico cons!i!uBe una condi6cin indeseada >ara la #edicinaN !an!ocomo >ara los !ribunales de us!icia o>ara el servicio mili!ar\;] Ahora bienN laOormacin medica universi!aria no >ro6>orciona medio alguno >ara su es!udio osu !ra!amien!o\;]La si!uacin seria aun

so>or!able si la Oormacin acad+mica delos m+dicos se limi!ase a im>edirles

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%/

Page 237: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 237/298

orien!arse hacia el !erreno de laneurosisM.

Tiempo=tra"%-ere"(ia=pa5o  omare es!os !res eesN B los in!erro6gare en relacin al lugar que ocu>an ennues!ra >r?c!ica anal!ica B a la signiOica6

cin que corren el riesgo de correr en laera ac!ual donde se valoriza lo eOicazN elr?>ido rees!ablecimien!oN el consumo Bel mercado.

Dice 'ris!ian Ferrer en su !e3!oK8l nido ro!oM Ine3is!en!e has!a co6mienzos de los noven!aN la >alabra deordenN GL)ALIA'I* llego a lamanera de cier!os >roduc!os im>or!a6dosN con ins!rucciones de uso es>eciOica6das en idioma ingles en el manual cor6

res>ondien!e. $u inclusin en los len6guaes >Jblicos ha sido r?>idaN ram>an!ee im>era!iva B >ron!o se dis>uso an!e lao>inin >ublica como desidera!um hu6manis!a B Ouncional cuBa na!uralidad se6ria indiscu!ible. ero el >roceso de glo6balizacin no solamen!e reorganiza es6>acios sociales B modiOica los !iem>osan!ro>olgicosN o los a>lanaN !ambi+ndes>liega una imagen del mundo al in6!erior de cuBos conOines cier!as Oormas

de vida se hacen >osibles B o!ras cance6lables e incluso inOormulables. 8n la l6gica de la globalizacin K!odos losbienes humanos del mundo es!?n siendo!asados B Oorma!eados como mer6cancasM. p agrego no olvidemos que losKhumanoM !ambi+n se ha !ransOormadoen un KrecursoM un!o a los recursos ma6!eriales;  'uan!as veces se ha >lan!eado el >si6coan?lisis su duracin. $in lugar a dudas

su !em>oralidad armoniza a>aren!e6men!e con un roman!icismo que se llevameor con los valses de $!rauss que conla +>oca ac!ualN >ero su razn sin!onizacon su Oundamen!o. Freud nosrecuerdaM=n !raBec!o que en !iem>o de>az recorre un !ren en >ocas horasN>uede cos!ar semanas en!eras a un eer6ci!o si !iene que ir venciendo la e3is!en6cia del enemigo. ales comba!es necesi6!an !iem>o en la vida anmicaN !odas las

!en!a!ivas realizadas has!a el dia \dehoB]>ara a>resurar la curaN han Oracasa6

do. 8l meor medio de abreviarla es de6sarrollarla correc!amen!e.M  8s claro >uesN que cualquier escansinque no es!e vinculada a una in!ervencinanal!ica in!roduce la incidencia del dis6curso del amo >arame!rando el !iem>oen relacin a circuns!ancias si!uacionales

o reglamen!arias que a>un!an a queK!odo andeM evi!ando el encuen!ro Oalli6do con lo real.  La Ins!i!ucinN regida necesariamen!e>or el discurso del amo e3is!e con unalgica que no se ar!icula a la lgica deldiscurso anal!ico sino que man!iene con+l una relacin de K!ensinM.  Del mismo modo cuando un >rac!i6can!e en!iende que el >acien!e es de laIns!i!ucinN B lo es >orque ella misma

>uede sancionar a quien se lo a>ro>iean!es de !iem>oN con qu+ conce>!o de!ransOerencia nos es!amos maneandoS  olvamos a Freud M8l neur!ico >res6!a su colaboracin >orque !iene Oe en elanal!ico B es!e sen!imien!o va cons!i6!uB+ndose duran!e la cura. am>oco elniEo cree sino a aquellos a quienesquiere. 8s!a inOluencia Ksuges!ivaM !anim>or!an!eN no la u!ilizamos >ara Bugularlos sn!omas B es!o diOerencia el m+!odo

anal!ico de o!ros >rocedimien!os >sico6!era>+u!icosN sino como Ouerza im>ulsiva>ara mover al Bo a vencer sus resis!en6ciasN >ara darle un gran im>ulso hacia sudesenlaceM.  ara Oinalizar la cues!in del Dinero ar6!iculada al >ago.  &uien >agaS. $i el >sicoan?lisis se sos6!iene en una >la!ica que im>lica una >er6didaN >agar es es!ar dis>ues!o a >erderN>erder qu+;goceN >or ello >aga el sue6

!o.  Dice Lacan K$abemos la im>or!anciaque !iene el >ago en >sicoan?lisisN no esalgo >ara !omar a la ligera B dearlo libra6do a la in!er>re!acin mundanaM.  $i el que >aga es el que !rabaaN cuandoel analizan!e no >agaN quien !rabaaSN re6s>onder+ sin masN el analis!aN si no cobraN>aga.  A qu+ >osicin de al!ruismo debemoses!e quehacer del >resun!o analis!aN es

acaso curadorS el que !ieneSN el quesabeSN aquel que escamo!ea su cas!ra6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%7

Page 238: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 238/298

cin al mos!rarse >oderoso >udiendoescuchar B so>or!ar la !ransOerenciaS  8l >roblema es!a bas!an!e generaliza6do en el ambien!e del >sicoan?lisis en!an!o que hemos hecho de nues!ra >r?c6!ica una discusin religiosaN somos sa6cerdo!es B humani!ariosN sos!enemos

>rinci>ios que no se solidarizan connues!ra labor.  8n su ar!iculo sobre KLa iniciacin del!ra!amien!oM FreudN escribeM8l !ra!a6mien!o gra!ui!o in!ensiOica enorme6men!e algunas de las resis!encias delneur!ico \;]La ausencia de com>ensa6cin que su>one el >ago de honorariosse hace sen!ir >enosamen!e al enOermoNla relacin en!re ambos >ierde !odocar?c!er real quedando el >acien!e >riva6

do de uno de los mo!ivos >rinci>ales>ara a!ender a la !erminacin de la curaM  *o >ocas veces en mis !iem>os de su6>ervisora en aquella ins!i!ucin escucha6ba in!ervenciones que los >rac!ican!eshacan a KesosM >acien!es en las que se

 vehiculizaban sen!imien!os de im>o!en6cia B hos!ilidad hacia aquel que regulabasu >ago B >or lo !an!o su goce.

Co"%idera(io"e%.  #e >regun!oN si no somos >rac!ican!esde la medicina B el >sicoan?lisis aunqueconserva el dicho M!ra!amien!oM !am>o6co lo es.  'ual es la razn >or la cual necesi!a6mos que en ese orden sea reconocido

>ara >oder au!orizarnos.  *o ser? acaso que nos ocurrir? comoal sacerdo!e que quiso conver!ir al ven6dedor de seguros B en vez de lograrlo re6sul!o +l asegurado con!ra !odo riesgoSNsegJn comen!a Freud  *o nos >asara como a 8ins!ein que>ara que resul!e mas com>rensible la

 eora de la 5ela!ividad la sim>liOico !an6!o que !ermino siendo o!ra cosaS.  8n!iendo queN si la consis!encia del dis6

curso anal!ico se veriOica en el ase !al vez solo necesi!emos un 'am>o B una8scuela donde !rabaar en !orno a la >re6gun!a &ue es un analis!a B que la >rac!ica

 vuelva a los consul!orios B que de suan?lisis >ersonal se res>onsabilice cadacual.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%(

Page 239: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 239/298

A psicanálise no seu tempo

D!raBo e pro-!"didade, a$5!ma%(o"%iderae% %o8re e%pao e tempo a partir

da pi"t!ra re"a%(e"ti%ta

#u)s uil%erme Sola m seu !e3!o O !empo#gico e a asser-o da cer4 teNa antecipada N Lacanu!iliza o que ele deno6mina um soOisma >aradiscu!ir a insuOiciQnciada lgica cl?ssica naresolu,9o de

>roblemas que envolvam a dimens9o!em>oral. A diOiculdade residiriasegundo LacanN na redu,9o do !em>o auma Jnica dimens9oN a dura,9oN queseria re>resen!ada de maneiraes>acializada ao que >ode ser visto de umúnico golpe 27(.  *o en!an!o a cr!ica deLacan ` es>acializa,9o do !em>o n9odeve ser en!endida como uma recusa aqualquer !en!a!iva de ar!icula,9o en!reessas duas dimensTesN o recurso ` !o>o6

logia mos!ra um esOor,o >araul!ra>assar uma conce>,9o queconsidera o !em>o uma sucess9o deins!an!es e o re>resen!a es>acialmen!eora congelando um desses ins!an!esN oraenla,ando6os em cenas das quais sede>reenderia uma dimens9o cro6nolgica. *o en!an!oN seriam essas asduas Jnicas Oormas de !ra!ar as rela,Teses>a,o6!em>oS *9o haveria uma Oormade es>acializa,9o do !em>o \al+m da !o6

>olgica] que seguisse ou!ros cri!+riosque os da linearidadeS eamos as Oor6mas >elas quais es!a ques!9o OoienOren!ada em um momen!o es>ecOicoda his!ria da ar!e e se as ar!icula,Tes a>roduzidas >odem con!ribuir >ara onosso >ro>si!o. *o que se reOere ` ar!ede maneira geral o incio do5enascimen!o re>resen!a um momen!ode >roOundas modiOica,Tes nas Oormas>elas quais os homens e suas rela,Tes

27(LA'A*N -. O !empo #gico e a asser-o da certeNaantecipada.  In 8scri!os. 5io de -aneiroN -orgeaharN 1(N >.202.

com o mundo s9o re>resen!adas. *oen!an!oN + !alvez na >in!ura que essasmodiOica,Tes se mos!ram maiscon!unden!es. As Oiguras Kcha>adasM eus!a>osi,9o de cenas >ara re>resen!ar a>assagem do !em>oN !9o !>icos da>in!ura medievalN ? n9o s9o maissuOicien!es >ara dar con!a do olhar do

ar!is!a da 5enascen,a. orna6senecess?rio encon!rar novas maneiras dere>resen!ar uma realidade que adquiriunovas dimensTes. As rela,Tes en!rees>a,o e !em>o !iveram que ser revis!asou mesmo subver!idasN a >ar!ir domomen!o em que a vis9o >assa a serconcebida mais como uma a!ividade damen!e do que como uma Oun,9o>!ica27. 8n!endida como Oun,9o >!icaNa vis9o receberia da realidade suas

OormasN cores e rela,Tes cabendo aoar!is!a re>roduzi6los a seu modo. $eN noen!an!oN a vis9o >assa a ser en!endidacomo uma a,9o do in!elec!o na qual oolho + a>enas um ins!rumen!oN omovimen!o se d? do suei!o >ara oe3!eriorN a,9o que organiza o es>a,oN queo subme!e a regrasN que o deOorma >araque eleN >arado3almen!eN se !orne maissemelhan!e ao que >re!ende re>resen!ar.

 A vis9o >ers>ec!iva + o o>os!o da vis9o

>!ica. >on!o de vis!a do ar!is!aencon!ra6se >roe!ado no >on!o de Ougada re>resen!a,9o que ele cons!ri. =mbelo e3em>lo de como o olho do ar!is!a+ KcolocadoM no quadro encon!ra6se emuma das >rimeiras e3>eriQncias sobre ade!ermina,9o das leis da >ers>ec!ivarealizada >or )runelleschi. 8le >in!a umre!?bulo re>resen!ando o )a!is!+rio deFloren,a que >ara Oornecer a ilus9o de>roOundidade deveria ser >os!o dian!e de

27  A5GA*N G. '. 'lássico e anticlássico1 oRenascimento de Zrunellesc%i a Zruegel.  $9o auloN'om>anhia das Le!rasN 1.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%

E

Page 240: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 240/298

um es>elho colocando6se o observadora!r?s do quadro e observando seureOle3o >or meio de um oriOcio Oei!o na>r>ria >in!ura. *esse esquema >!icoNo olho ocu>a um >on!o Oi3oN calculado>ara que a imagem no es>elho lhedevolva a vis9o do ar!is!a.

os!eriormen!e esse ar!iOcio n9o ser?mais necess?rioN bas!a Oazer com que oolhar escoe >elas linhas que conduzema esse >on!o >ara que o es>ec!ador!enha a sensa,9o de >roOundidadecalculada >elo criador da cena. A>ers>ec!iva Oornece `s >in!uras um!erceiro ei3o que lhes conOere volume eam>lia o es>a,o >ermi!indo assimnovas Oormas de re>resen!a,9o >ara adimens9o !em>oral. $endo !alvez mais

>recisoN a ques!9o que aqui se coloca + a>ossibilidade de se derivar umaes!ru!ura !em>oral a >ar!ir de umare>resen!a,9o es>acial. eamos comoessa ques!9o + !ra!ada >or um dos maisre>resen!a!ivos nomes da >in!ura desse>erodo #asaccio. *ascido em 1401em 'as!el $an GiovanniN cidade>r3ima a Floren,aN #asaccio cons!i!uicom )runelleschi e Dona!ello os>ioneiros da revolu,9o renascen!is!a da

>in!uraN arqui!e!ura e escul!urares>ec!ivamen!e. InOluenciadoN segundo

 ArganN >ela re!omada de umaconce>,9o !eolgica em que a verdadereligiosa embora racional deveriarevelar6se >ela KevidQncia li!eral daOorma2(0M e n9o >or demons!ra,9oargumen!a!ivaN #asaccio >rocuraalcan,ar a KOorma !o!alMN is!o + Kaunidade Oormal absolu!a en!re es>a,o e!em>o.M =m e3em>lo dessa !en!a!iva

>ode ser encon!rado em sua obra  A!rindade . cu>ando !oda uma >arede daIgrea de $an!a #aria *ovellaN #asacciore>resen!a 'ris!o cruciOicado encimado>elo 8s>ri!o $an!o sus!en!ados >elaOigura de Deus ai \cua re>resen!a,9oera >ouco usual a!+ en!9o]. A>ers>ec!iva aqui + u!ilizada >ara marcarum cor!e en!re o es>a,o >roOanoNco!idiano \re>resen!ado >elas Oigurasdos >a!rocinadores da obra] e o es>a,o

sagradoN absolu!oN daquilo que ? OoiN2(0 IdemN >.42.

ainda +N e sem>re ser? o lugar >or!an!oNdo e!erno. es>a,o n9o + aqui um vazioa ser >reenchido >or uma cena qualquerou uma sucess9o de even!osN mas umes>a,o que engendra uma de!erminada!em>oralidade. *as >alavras de ArganK#asaccio com>reende queN >ara

re>resen!ar o verdadeiro sen!ido dodogmaN + >reciso re>resen!ar na mesmacena a causa e o eOei!oN a!+ !orn?6losidQn!icos. Assim essa !rindadeN !odacons!i!uda >or !riangula,Tes es>aciaisNn9o ilus!ra seu !emaN mas o re>resen!aes!ru!uralmen!e. 'onsegue evi!ar osmbolo e a alegoriaN subs!i!uindo6os >oruma re>resen!a,9o que encarna e !ornaeviden!e >or si mesma2(1M. #asaccioKenOormaM o !em>o sem que isso

conduza ao singular do ins!an!eN o que seencon!ra a + o universal do e!erno. #asNcomo ar!icular !em>o e es>a,o em umaobra que re!ra!a um e>isdio com>os!ode v?rias cenas sem necessariamen!eu!ilizar uma sucess9o cronolgicaS quadro O !ri*uto  Ooi >in!ado >or#asaccio nos anos de 142762( >ara a'a>ela )rancacci e re>resen!a o e>isdioem que ao ser cobrado >ara en!rar nacidade de 'aOarnaumN 'ris!o diz a edro

>ara >escar um >ei3e quemilagrosamen!e !rar? em sua boca umamoeda >ara >agar o im>os!o. 8mbora!ra!e de even!os que se sucedem no!em>o a cena n9o es!? re>resen!adaconvencionalmen!e da esquerda >aradirei!aN mas organizada segundo ahierarquia dos Oa!os o que im>lica umahierarquiza,9o do es>a,oN a organiza,9oes>acial do quadro segue uma e3igQncia+!ica o cen!ro deve ser ocu>ado >elo

even!o mais signiOica!ivoN ainda que issocon!rarie a sucess9o !em>oral doe>isdio. #asaccio sabe que o Oa!oOundamen!al dessa >assagem n9o omilagre \!an!o que o re>resen!a demaneira >ouco deOinida e ` margem doquadro]N mas a simul!aneidade dosges!os de 'ris!o e edro Kk indica,9oaliV, corres>onde a e3ecu,9o aliV ELE M. movimen!o + condensado em umaOorma Jnica a a,9o e a rea,9o !ornam6se

2(1 IdemN >.4%.2(2 IdemN >.4/.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 240

Page 241: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 241/298

uma coisa s. A ar!icula,9o en!re ascenas re>resen!adas n9o + cronolgicaNKan!esM e Kde>oisM n9o s9o relevan!es>ara o en!endimen!o da cenaN embora adimens9o !em>oral es!ea Oor!emen!e>resen!e no quadro. =ma vez mais

 Argan KY >reciso en!9o !raduzir o

!em>o em !ermos visveisN e >or!an!oem !ermos de es>a,o Oazer coe3is!ir nomesmo es>a,o aquilo que n9o >odecoe3is!ir no mesmo momen!o. que

 vem a serN en!9oN esse es>a,oS Ana!urezaN !alvezS *9oN >orque ana!ureza n9o >ode abranger >resen,assimul!Vneas. Y uma quar!a dimens9oN +!em>o condensadoN solidiOicado oucoaguladoN visualizado. #as con!inuasendo !em>o2(%M. 8sses e3em>losN que

cons!i!uem o incio de um !rabalho de>esquisaN >rocuram mos!rar que aes>acializa,9o do >ensamen!o emboraim>lique em uma es>acializa,9o do!em>oN como aOirma orge2(4N   n9onecessariamen!e conduz a umare>resen!a,9o es!?!ica que Knada !razque n9o >ossa ser vis!o de uma s vezMNmas que >ossibili!aN ou melhor dizendoNe3ige novas Oormas de nodula,9o en!reessas duas dimensTes.

2(% IdemN >.4".2(4 5G8N 8. Psicanálise e !empo1 o tempo lgico de#acan . 5io de -aneiroN 'om>anhia de FreudN1(.

  Lacan encon!ra na !o>ologia>ossibilidades de su>erar a re>resen!a,9ounidimensional do !em>oN haveriaou!rasS As res>os!as sugeridas >elaan?lise das obras aqui a>resen!adasindicam ou!ros caminhos ou >odem serconsideradas Kin!ui,TesM de uma

es!ru!ura,9o !o>olgica de es>a,o e!em>oS &ue cor!es seriam >ossveis ounecess?rios >ara que se >reci>i!e osuei!o im>licado nessas cons!ru,TesS

 Ainda maisN que concei!o de suei!o es!?im>licado nessas conce>,TesS alvezaquele que se ocul!a no >on!o de Ouga edaliN invisvelN organiza !oda a cena queoOerece ao olhar do u!roS 8mbora ar!ee >sican?lise cons!i!uam cam>osdis!in!osN !alvez as >rodu,Tes ar!s!icas

>ossam >rovocar e ins!igar o >sicanalis!aa Kocu>ar seu !em>oM na inves!iga,9odos >ressu>os!os que Oundamen!am sua>r?!ica.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 241

Page 242: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 242/298

A psicanálise no seu tempo

 A eter"idade do e%pao+ o! o 6!e podemo%apre"der (om a pi"t!ra de 2ra"(i% a(o"

;onia 0avier de Almeida Zorges 

rancis )acon Ooi ca>az deOormalizar a sensa,9o de!em>o no es>a,o da !ela.ara eleN o obe!ivo daar!e deve ser o de rom>ercom as >erce>,Tesordin?rias e esca>ar dosclichQs. in!ar as

sensa,TesN de modo a >rovoc?6las!amb+m no rece>!adorN Ooi o>rocedimen!o que escolheu >ara is!oNainda que o considerasse uma !areOaim>ossvel. &ueimava suas !elas >orn9o o haver conseguidoNmas n9oadmi!ia ou!ra >ossibilidade.  As carac!ers!icas absolu!amen!eoriginais do seu !rabalho e es!a QnOaseque concede ` Oun,9o da sensa,9o e!amb+m ao acaso na >rodu,9o da obra

de ar!e me ins!igaram a uma maiora>ro3ima,9o de sua >in!ura e dadescri,9o que a>resen!a de suaa!ividade cria!iva nas en!revis!as queconcedeu a David $Blves!er >or vin!eanos. #asN o que a >in!ura de )acon>ode nos ensinar sobre o !em>oS  *o !e3!o K inconscien!eM de 11"NFreud menciona !rQs carac!ers!icas do!em>o em >sican?lise organiza,9o des6con!nuaN ou n9o linearN e!ernidade ou

imu!abilidade e inde>endQncia do!em>o cronolgico !al como >ercebido>ela consciQncia como !em>o vivido.8s!as ideias adquirem ainda maior>recis9o quando em 120N em K#aisal+m do >rinc>io do >razerMN onde >Teem dJvida a aOirma,9o an!iana de que!em>o e es>a,o seriam duas ca!egoriasnecess?rias e ina!as cons!i!u!ivas denosso >ensamen!o. #asN >ode6se dizerque +N ainda nes!e mesmo anoN em

K=ma no!a sobre o bloco m?gicoM quea>resen!a a sua !eoria sobre o !em>o

  KY como se o inconscien!e es!endessesensoresN median!e o veiculo do sis!emac>!6's. rien!ados >ara o mundo e3!er6noN e ra>idamen!e os re!irasse assim que!ivesse classiOicado as e3ci!a,Tes >roveni6en!es dele \...] ive ainda a sus>ei!a deque es!e m+!odo descon!nuo de Ouncio6namen!o do sis!ema c>! P 's az no

Oundo da origem do concei!o de !em>o.\FreudN )loco m?gicoMN v. HIHN >.20]  oe!icamen!e >odemos resumir a >ers6>ec!iva da >sican?lise sobre o !em>o comas >alavras de <amle! K !em>o es!?Oora dos gonzosM. em>o que rom>ecom os cri!+rios cien!Oicos P OilosOicoscl?ssicos de uma soma!ria de ins!an!esN e!am>ouco se alinha ` descri,9o modernaNbergsonianaN de um Olu3o con!nuo. em6>o livre de !oda medidaN in!ervaloN nJme6

ro. Inde>enden!e do que seria a >erma6nQnciaN a sucess9o ou a simul!aneidade>orque subme!ido ` lgica indissoci?veldos eOei!os de !em>oralidade rela!ivos `incidQncia das cadeias signiOican!es queNcomo mais !arde Lacan enOa!izariaN condi6cionam a modula,9o !em>oral de cadasuei!o.  &ac%trkglic% >Te em ogo um!em>o que + >arado3almen!e. reversvel edescon!nuo. ra!a6se de um vir Pa Pserno !em>o e no es>a,oN Oei!o de cor!esN

ru>!urasN como Freud o a>resen!a no li6 vro dos sonhos  'omo vocQ sabeN es!ou !rabalhandocom a hi>!ese de que nosso mecanismo>squico !enha se Oormado >or um >ro6cesso de es!ra!iOica,9o ma!erial >resen!esob a Oorma de !ra,os mnQmicos Oica su6ei!o de !em>os em !em>os WsicX a umrearranN de acordo com novas circuns6!VnciasN a uma re!ranscri,9o. AssimN o queh? de essencialmen!e novo em minha

!eoria + a !ese de que a memria n9o seOaz >resen!e de uma s vezN e sim ao lon6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 242

2

Page 243: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 243/298

go de diversas vezes. WeX que + regis!rada>or v?rios !i>os de indica,Tes.\ FreudN100 20]  'onsidero im>or!an!e regis!rarN >oisnos leva ` conce>,9o de !em>o ? a im6>lci!aN que desde o Kroe!oMN Freud ?nos reme!e ` considera,9o de que

quando se !ra!a da memriainconscien!eN a repeti-oN im>licada nareprodu-o  ou na transncri-oN + lugar dadi"erena N e n9o da mim+sis ou da c>ia.8s!9oN >or!an!oN em ogoN segundoFreudN rela,Tes que n9o reme!em a umoriginalN masN como e3>lica DerridaN `di"erena invis)vel e indiscern)vel entre ostril%amento \17%].  Iden!idadeN >resen,aN !em>o e es>a,oNcomo cons!ruc!os da OilosoOia cl?ssicaN

sem>re es!iveram sob sus>ei!a >araFreud..A ideia de re>e!i,9o em Freudn9o diz res>ei!o nem ` qualidadeN nem `quan!idadeN mas ` grandezaN `magni!ude N ` Oor,aN no,Tes que n9o s9oe3>lica!ivasN masN audam em sua descri6,9o. Y uma grandeza que varia em ume%pao = tempo

8m ar!e n9o se !ra!aria de re>roduzirou inven!ar OormasN mas de ca>!arOor,as. )acon + >in!or da Oor,aN da

in!ensidadeN do movimen!o e !amb+mdo !em>o. 8m sua obra h? um>redomnio da Oor,a sobre a Oorma. 8le!o>ologisa a Oor,a do !em>o no es>a,oem branco da !ela. #asN de onde >ar!ir>ara se chegar a es!as conclusTesS

 An!es de mais nadaN de uma conce>,9oes!+!ica que reconhe,a na obra de ar!euma realidade on!olgicaN is!o +N re6conhe,a que nela e3is!em elemen!osnuma !ens9o in!erna ca>az de >rovocar

sensa,Tes. $ensa,Tes advindas e quedevem ser e3aminadas na >r>ria obraNe n9o na men!e do ar!is!a ou do Oruidor. esOor,o de )acon + de sube!iva,9o eOormaliza,9o na >in!ura do que lhe a!i,aos sen!idos. 8m linguagem da>sican?liseN diramos que quer des!i!uiras de!ermina,Tes narcsicas e asre>e!i,Tes Oan!asm?!icas naquilo que>odem re>resen!ar de limi!a,9o `cria,9o. =m e3em>lo dis!o s9o as v?rias

!elas em queN sucessivamen!eN re6>resen!a o Gri!o buscando OazQ6lo

Kcomo amais algu+m o !eria Oei!oM. 8aOirma que o seu in!ui!o nunca Ooi >in!aro horrorN que su>os!amen!e originaria oGri!oN masN o >r>rio Gri!oN de modo a!ornar audvel o inaudvel.

8s!e + o Oio que liga o seu !rabalho aode '+zanne e aul lee que !amb+m con6

sideravam que a mJsica e a >in!ura deve6riam !ornar visveis Oor,as invisveisN so6noras Oor,as n9o sonoras. 'omo >in!arou Oazer ouvir o !em>o que + insonoro einvisvelS 5eOerindo6se a an GoghN )a6con aOirma que seus quadros n9o mos6!ram girassisN masN sensa,Tes advindasda Oor,a invisvel de sua germina,9o. 8mseu belo livro sobre )aconN KA lgica dassensa,TesM Deleuze comen!a que

>in!ar >ara )acon + como equili6brar6se em uma corda !ensiona6da en!re aquilo que se cos!umachamar de >in!ura Oigura!iva eaquilo que + abs!ra,9oN masN na

 verdadeN nada !em a ver com ela.Y uma !en!a!iva de Oazer comoque a coisa Oigura!iva a!ina o sis6!ema nervoso de uma maneiramais violen!a e >ene!ran!e.\2007.12]

  ara )aconN a !ela nunca es!? em bran6coN masN >reenchida >or clichQsN de que +necess?rio se livrar. 8 s haveriam doiscaminhos >ara is!o a >in!ura abs!ra!aN ouNna via aber!a >or '+zanneN a >in!ura dasensa,9o. *as en!revis!as a $Blves!erN e36>ressou a inusi!ada o>ini9o de que a >in6!ura abs!ra!a ainda lhe >arecia insuOicien!e>ara desem>enhar a !areOa. 8 >ergun!a*9o haveria ou!ra via mais dire!a e sens6

 vel >ara is!oS  A via da sensa,9oN aOirma. ara eleN asensa,9o dirige6se ` carneN ao cor>oN emenos ao in!elec!o. *a sensa,9oN a dis!in6,9o suei!oPobe!o + conOusaN n9o s nocor>o do suei!o que sen!eN mas !amb+mna coisa sen!ida. Ao Oalar de seusesOor,os >ara a consecu,9o des!a !areOaN)acon se reOere a Kordens de sensa,TesMNKnveis sensi!ivosMN Kdomnios sensveisMNKsequencias moven!esM. =m quadro seriauma Ksequencia moven!eM d sensa,Tesque s9o ou es!9o em diversos nveis.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 24%

Page 244: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 244/298

  A Oormaliza,9o da sua >in!ura d?6sesem>re a!rav+s de uma. #esmaorganiza,9o !o>olgica de seuselemen!os ou >lanosN cons!i!u!ivos daOiguraN em que en!ram em cone39o \ouKcon!ra,9oM] a >r>ria KOiguraMN aKgrande su>erOcie >lanaM e a K?rea

redondaM. ra!a6se sem>re de umaOigura,9o desOigurada >ela varia,9o edeOorma,9o des!es >lanos !o>olgicoNsobre!udo das cabe,as e cor>osN que!em como eOei!o a emergQncia de resso6nVncias in!ernas como ri!mo emovimen!o e !em>o. *os quadros de)aconN n9o se !ra!a de >assar does>acial ao !em>oralN mas de realiz?6losa um s !em>o.

 A des!i!ui,9o dos >rocessos

in!elec!uais visada >or )aconN >orquenecess?ria ` cria,9oN se d? >ela

 valoriza,9o da sensa,9o e !amb+m doacaso na cria,9o Kode6seN 6 diz ele 6 deum ei!o mui!o >arecido com a >in!uraabs!ra!aN Oazer marcas involun!?riassobre a !elaN que sugerem ou!roscaminhos mui!o mais >ene!ran!es >araa>reender o Oa!o que vocQ >ersegueM

=m dos quadros que >in!ei em

14/N aquele que >arece uma,ougueN surgiu dian!e de mim>or acaso. 8u es!ava !en!andoOazer um >?ssaro >ousandonum cam>o W...X de re>en!e aslinhas que eu !inha desenhadosugeriram uma coisa mui!odiOeren!eN e des!a suges!9obro!ou o quadro. W...X 

*a >in!ura de )aconN o que con!a + a>ro3imidade absolu!a dos elemen!osN

que Oaz com que >ossam se iman!arNorganizando um regime de Oor,assensveis que >ossibili!a que a Oigura>asseie >elos v?rios >lanos. )acon acei!ao desaOio de desOigurar a OiguraN>rinci>almen!e cabe,as e cor>osN >araNdesOigurando6aN Oigur?6la de Oorma a

rom>er com o que seria consideradocomo iden!idade do obe!o >in!ado. AOigura + dis!orcidaN con!orcida nummovimen!o de vai e vem em que >assa deuma ordem >ara ou!raN ou >rovoca a suacon!ra,9o. s cor>os se alongamquerendo OugirN ou se diluirN ou es!9osaindo de uma convuls9o in!ernaS AGrande ?rea !amb+m se movimen!aNnuma Ouga ou a>ro3ima,9o da Oigura.$eus mJl!i>los >lanos des!erri!orializam

as OigurasN desma!erializam os cor>osN ?que as sensa,Tes que >romovem vQm de>erce>,Tes queN >orque nunca es!9o aca6badasN sem>re nos ul!ra>assam. 8s!esmesmos >rocessos de iman!a,9o e resso6nVncias mJ!uas ocorre nos !r>!icos. 

 As imagens de )acon s9o lugar de mo6 vimen!oN !em>oN es>a,o de mJl!i>los de6 vires que im>edem es!abilidades e iden!i6dades >erce>!ivas.

8m /4N Lacan ensaia re>resen!ar !o>o6

logicamen!e a rela,9o !em>o6es>a,o coma garraOa de lein. Desde en!9o se >er6gun!a Kcomo deOinir aquilo que em umconun!o de dimensTes Oaz de uma s vezsu>erOcie e !em>oSM 8m 17%N no. $em.21N aOirma K es>a,o im>lica o !em>o eo !em>o n9o + nada mais que uma suces6s9o de ins!an!es de con!ra,9o. !em>o +!alvez a e!ernidade do es>a,oM. \Li,9o de11.12.17%].

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 244

Page 245: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 245/298

A psicanálise no seu tempo

/nland Mmpire  E$ (i"e de DaFid L)"(& (omoa(o"te(imie"to para e$ p%i(oa"#$i%i%

#aura ;alinas 

l momen!o del comen!a6rio de la >elcula suele re6sul!ar !an gra!o como elmomen!o de su >roBec6cin. 'omen!ario que>uede !ener la o>or!uni6dad de la charla a>asiona6da en la >izzera o el caO+N

o lo ino>or!uno de surgir us!o en esemomen!o en que nues!ra >area es!? a>un!o de lograr el sueEo.

8s!ar hoB aqu con =ds. in!en!arenovar esa incau!a e3>eriencia de lacharla sobre cine >ara >oderN errandoNdecir algo que im>or!e al >sicoan?lisis Bno !al vez a David LBnch.

8l modo en que Lacan realiza suhomenae a #argueri!e Duras2("N   abreuna nueva o>eracin en la relacin del

>sicoan?lisis con el ar!e o>eracin quese hace necesaria no al ar!eN sino al>sicoan?lisis. 8s!a nueva relacin nosa>ar!a de la va del >sicoan?lisis a>licadocomo !rabao de revelar lo incc re>rimidodel au!or en la obra. Lacan insis!ir? en laadver!encia Oreudiana que alcanza al>ro>io Freud en algunas o>or!unidadeses el ar!is!a quien viaa adelan!e del>siclogo en el desbrozado del camino.

LBnchN asN conci!a nues!ro asombro no

slo como es>ec!adores sino en !an!o>sicoanalis!asN al modo en que Lacan seano!icia de cmo K#argueri!e Duras evi6dencia saber sin +lN lo que +l enseEa.2(/ 

 endramos que ace>!ar >ara em>ezarNque no haB >sicoan?lisis sin e3>erienciadel !iem>o. K'on el !iem>o >asar?M... esla Ormula a veces resignada a veces deci6didaN que vulgarmen!e suele oOrecerse

2(" LA'A*N -. \1("] K<omenae a #argueri!e

DurasN del ra>!o de Lol . $!einMN In!ervencionesB e3!os 2N 8di!orial #anan!ialN 1((.2(/  IbidN 1("N >ag. //.

como !ra!amien!o >ara la re>e!icin delsn!oma. Aunque no d+ resul!ado en lamaBora de los casosN haB un sabercolec!ivo que man!iene anudados dealgJn modoN !iem>o B sue!o. an!o esasN que Freud Ounda su >ro>ues!a >ara el>sicoan?lisisN incluBendo en el!ra!amien!o la e3>eriencia del !iem>o.

8n Recordar, repetir, reela*orar   dir? K8lanalizado re>i!e en vez de recordar Bre>i!e bao las condiciones de laresis!enciaM eroN agregar? Knombrar laresis!encia no >uede >roducir su ceseinmedia!o. 8s >reciso dar !iem>o alenOermo >ara enOrascarse en laresis!enciaN no consabida >ara +l...$lo enel a>ogeo de la resis!encia descubre unoNden!ro del !rabao en comJn con elanalizadoN las mociones >ulsionales

re>rimidas que la alimen!an B de cuBae3is!encia B >oder el >acien!e seconvence en vir!ud de !al vivenciaM.#ien!ras el enOermo vivencia es!acondicin >a!olgica ar!iOicial de laneurosis de !ransOerencia Kcomo algoreal6obe!ivo B ac!ualN !enemos noso!rosque realizar el !rabao !era>+u!icoN que enbuena >ar!e consis!e en la reconduccinal >asadoM 8s decir que es en la accinde es!e !iem>o de la re>e!icin en la que

el >asado habi!a el >resen!eN >or donde el>sicoan?lisis encuen!ra el mo!or de lacura.

/nland Mmpire  o Im>erio como se la !ra6duoN >uede ser en!endida como invi!a6cin a hacer la e3>eriencia del !iem>o.=na invi!acin a !ransi!ar o!ro !iem>oque el linealN con >ersonaes que se deba6!en sobre un !iem>o descalibrado. =n >a6sado que a>arece en el Ou!uroN B un >re6sen!e con!inuo que no >uede consu6

marseN OinalizarN devenir >asado. Los re6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 24"

E

Page 246: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 246/298

loes escol!ando escenas mues!ran su in6ca>acidad >ara medir las horas.  8s!e >ersonae ominoso viene a encar6garse de in!errogar la res>onsabilidad delsue!o >or el sendero del olvido. 8l olvi6doN es el !iem>o del amo que avanza en lacer!idumbre de un !iem>o que >rogresa

un!o a un >asado que Ba ha acon!ecido Bun Ou!uro que vendr?.

ero LBnch se mues!ra Oascinado >ores!a reversin del !iem>o como sus!en!ode la e3>eriencia humana. 8se !iem>o re6

 versivo que >areciendo ir hacia el Ou!uro va a mos!rar simul!?neamen!eN su ins6cri>cin en el >asado. K*o !e acuerdas sihoB Ouera maEanaN es!aras sen!ada ah Bsucedera eso.M

8n el OilmN recordar no es el regodeo

nos!?lgico de la Oan!asa encubridoraNsino un ver6se ah. er6se en un lugardonde el ser Ba no >uede reconocerse.La re>e!icin como encuen!ro Oallidocon lo 5ealN es es!e !iem>o que no >asa al>asadoN que vuelve B que no cesa de no6escribirse.

La imagen de esa incesan!e >Ja quesurcaN sobre un disco de vinilo en movi6mien!o.

 A >ar!ir de allN comenzar? un abismo

del ser. =n abismo del ser que Ba no>uede reconocerse en la imagen alienadadel es>eo. 8se po que ahora es o!ro Bque aqu se da a ver en el encuen!ro del>ersonae con su doble en ese es>eoque reOlea las dos silue!as de *iise>ar?ndose de s en la ven!ana que dea

 ver al >ar!enaire >ero que no!rans>aren!a su >ro>ia imagen. AsN el

 vidrio del !elevisor es una ven!ana realdonde es>ec!ador B >ersonae conOorman

las dos caras moebianas de un mismosue!o. La oven >ros!i!uida del inicio quemira del o!ro lado del !elevisor llorandoNser? con quien *ii se reencuentra  al Oinaldel >eri>lo. 8l >ersonaeN $ue B la ac!rizN*iiN in!egran ahora a un Jnico sue!oque ha descubier!o el o!ro lado de labanda moebiana >ero no >uede acceder a+l. As como *ii en la escena de lacama le reclama al >ar!enaire quecon!inJe siendo +lN el aman!e6ac!orN

>odr? >asar luego a buscar a K)illBM elaman!e en la Oiccin.

  LBnch >arece in!eresarse adem?s >oruna alienacin que no slo se visualiza enlo ImaginarioN sino >or aquella o!ra alie6nacin Psimblica6 que revela la divisindel sue!o en!re dos es!ados del ser el es6!ado del sen!ido B el del sinsen!ido.

'onvoca a >ensar ese o!ro modo del

!iem>o que es el inconcien!e B que revelala subversin del cogito que Ounda el dis6curso de la ciencia moderna el cogito carte4 siano. 8l >sicoan?lisis encuen!ra unsue!oN dividido en!re el soB donde no>ienso \ese inconcien!e] B el >ienso \elinconcien!e] donde no soB.

odra en!enderse asN el modo en queLBnch hace !ransi!ar a su >ersonae desdees!a >osicin inicial del no >ienso desdeuna cier!a comodidad de la e3is!encia que

ha encon!rado en el olvido el modo derechazar el saber sobre su >osicin deobe!oN a una >osicin de encon!rarsecon el no ser el no6ser bao his!oriarechazadaN enviada al olvido.

8n la cohabi!acin de es!e es!ado delno serN se ve a una *ii que ahora se en4 cuentra   en!re >ros!i!u!as. Ambiguamen!e>asa a ser la criminal o la vc!ima del cri6men que va a >er>e!rarse. =na Orase lare>resen!a como sue!o inca>az de res6

>onsabilizarse sube!ivamen!e en !an!odeslocalizado en el !iem>o de la re>e!i6cin des>einadaN desencaada visible6men!e gol>eada B las!imada B con undes!ornillador en la manoN reOle3iona an!eun in!erlocu!or que la escucha ensilencio K=n da su>use que al des>er!ardescubrira qu+ diablos sucedi aBerMLBnch >ro>one que es necesaria una>resenciaN un semblan!eN >ara que es!a>regun!a del sue!o >ueda des>legarseS

K*o s+ qu+ hago ac?M. K*o Oue O?cil en6con!rar el lugarN ehSM Kine >orque medieron que >odra aBudarmeM Frases co6nocidas >ara un analis!a B que son aquel6las con las que es!a *ii se anuncia alllegar has!a es!e in!erlocu!or AludeLBnch a la Oigura de un analis!aS $i lo Oue6raN >arece diOuminarse en la imagen de ungordo que so>or!a semblan!es de idio!aNde de!ec!ive >rivado B de alcahue!e delamo.

  odra arriesgarse una hi>!esis m?ssobre el Oilm de LBnch. 8n |Im>erioC se

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 24/

Page 247: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 247/298

Page 248: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 248/298

de las dos lec!uras >osibles cabra >aralos even!os que vive el >ersonaecons!ruido >or LBnch.

La hi>!esis >si es denos!ada engeneral >or los seguidores del direc!or Baque consideran P!al vez leg!imamen!e6que la varian!e de an?lisis >si del Oilm es

inOruc!uosa B es!+ril >ara desen!raEar elOin e3>resivo de la es!+!ica >ues!a enuego.

ara quienes es!amos habi!uados aescuchar desde el >sicoan?lisis eldiscurso de la >sicosis con las vas queabri la !eorizacin del delirio B deldesencadenamien!o a >ar!ir de LacanNconci!a asombro la coherencia de unrela!o2((  que conserva varios de loselemen!os B !emas que >ueden >oblar el

desencadenamien!o de una >sicosis B elin!en!o res!i!u!ivo del delirio.

 emos al >ersonae enOren!ado a ladisolucin de su mundo Oren!e a>resencias ominosas B Oenmenos delenguae lo vemos an!e el encuen!ro conla >resencia real de su dobleN B !ambi+nan!e el Oenmeno del em>ue6a6la6muer!odos Oenmenos >ro>ios deldesencadenamien!o de la >sicosis.

 an absurdo como >ensar que Ouera

necesario haber ledo a Lacan o a Freud>ara escribir <amle!N es absurda la>regun!a sobre si LBnch leB o no aLacan.

De !odos modosN habi!ar ese !iem>odel no6soB sin la a>oBa!ura del amor de!ransOerenciaN nos habla o de la >esadillao de los Oenmenos de las >sicosis.  8n la Jl!ima clase del seminario 11NLacan dice ...Mla religinN en!re losmodos que !iene el hombre de hacerse la

>regun!a >or su e3is!encia en el mundo BNm?s all? como modo de subsis!ir delsue!o que se hace >regun!asN se dis!ingue>or una dimensin que le es >ro>ia B quees!a signada >or el olvido.M  La muer!e de dios de la>osmodernidadN con el nacimien!o delindividuoN ha cedido >aso

2(( Ace>!ar que LBnch ha Oilmado sin guinN>odra hacer caer en la ingenuidad de que >orque

no lo !iene escri!oN creer que no sabe lo quequiere !ransmi!ir. Los >sicoanalis!as sabemosalgo de eso.

llama!ivamen!e al recrudecimien!o de lasreligiones. 8l ca>i!alismo como o!rareliginN no aBuda a man!ener ni acon!es!ar las >regun!asN >ero >uede>rome!er a los individuos una >equeEagaran!a >ara la Oal!a de ser. La >ublicidad>arece una !en!a!iva. Las boqui!as

a!omizadas B besuconas bao el lema|'oca6cola O?brica de OelicidadC que se

 vea has!a hace unos das en nues!rocar!el de 'orrien!es B 'allaoN re>resen!anese in!en!o. 8n o!ro e3!remo como lohaca no!ar -orge Alem?n con res>ec!o ala es!ra!egia >ublici!aria de hace unos>ocos aEos de )ene!!on de mos!rar elhorror >ara acercarnos a la moda elmercado Ba no necesi!ara velo >araconvocar la mirada no haB m?s que es!e

horror que !e mos!ramosN as que vs!e!econ )ene!!on que slo queda !ua>ariencia.M

LBnch gus!a de !ransi!ar los bordes dela gran maquinaria legi!imadora que es<ollBood. 8s!? m?s a!en!o a la>enumbra de los es!udios de OilmacinN alos bas!idores de los escenariosN B a lasocul!as redes de >oder que sus!en!an losOilms. 8s!? a!en!o a aquello que esrechazado de es!e discurso en su

>roduccin como maquinaria ideolgica.*iiN emblema iden!iOica!orio >ara la

cul!ura globalizadaN >uede ser una m?sen!re esos seres6desecho que moran enlos bordes del consumoN que habi!ados>or la locura o la debilidad men!almues!ran sin velo el saber de lasegregacin.

'omo Lacan lo seEala en marzo de170N es del !iem>o de la re>e!icin de locual el discurso del ca>i!alismo se

sus!en!a. 'omo resul!ado de laco>ulacin en!re el discurso del amo B lacienciaN su mo!or se reanuda al serviciode la Oorclusin de la verdad de lacas!racin.

8l discurso ca>i!alis!a se alimen!a de su>ro>ues!a >ara el goce sin lazo socialN esdecir la >romesa de una cone3in direc!acon el obe!o de goce.  La lgica del su>ermercado gobiernano slo la >ulverizacin de los ideales

sino del obe!o de goce. )ao el ideal deun !iem>o que >rogresaN lo nuevo se

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 24(

Page 249: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 249/298

Page 250: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 250/298

A psicanálise no seu tempo

Tempo e po$ti(a "a ($"i(a p%i(a"a$ti(a

 Sarcelo Amorim '%ecc%ia 

m 1/1 Ooi criada >elaIA \In!erna!ional sB6choanalB!ical

 Associa!ion] umacomiss9o que Oicouconhecida como 'omis6s9o urque!N >or ser diri6gida >elo >sicanalis!a in6

glQs ierre urque!N cua miss9o era a deinves!igar a $F \$oci+!+ Fran,aise desBchanalBse] eN >rinci>almen!eN o uso

do !em>o na >r?!ica clnica lacaniana.8ssa comiss9o chegou a convocaranalisandos de Lacan >ara ob!er in6Oorma,Tes sobre seu m+!odo eN mais es6>eciOicamen!eN sobre o !em>o de dura,9odas sessTes \Didier6:eilN Alain :eissN8mil GravasN FlorenceN 2007]. Is!o >or6queN ? h? algum !em>oN ao longo da d+6cada de 1"0N Lacan Oicou conhecido >orconduzir as an?lises did?!icas sem seguiros >adrTes es!abelecidos >ela IAN

>rinci>almen!e no que diz res>ei!o `arbi!rariedade dos "0 minu!os de sess9o.

 A variabilidade e o encur!amen!o do!em>o da sess9o lacaniana susci!aramuma ques!9o >ro>riamen!e >ol!ica. sdirigen!es da IA P >rimeira ins!i!ui,9o>sicanal!ica in!ernacionalN Oundada >orFreud e Ferenczi em 110 PN Oizeram va6ler o >oder a eles inves!ido >ela >r>riacomunidade de analis!as da qual Lacanqueria Oazer >ar!e e negaram o

reconhecimen!o da $F. 8m 1/% a'omiss9o urque! emi!iu seu >arecerOinal negando o >edido de Oilia,9o da$F ` IA. que es!ava em ogoN>or!an!oN era a legi!ima,9o ou n9o deuma ins!i!ui,9o >sicanal!ica em Oun,9oNessencialmen!eN do res>ei!o ao !em>ocronolgico da sess9o. Y a >ol!icain!erOerindo dire!amen!e no !ra!amen!odo suei!o.

#as a conun,9o en!re !em>o e >ol!ica

a>resen!a ainda ou!ras in!erOerQncias naclnica >sicanal!ica. !em>o dos

cidad9os des!inado ao !rabalhoN ao lazerou ao cuidado de si + !amb+m de dom6nio da >ol!ica. *as grandes cidades dasociedade con!em>orVnea os homens seorganizaram de !al OormaN com base em!al sis!ema econUmicoN que !em>o >assoua signiOicar dinheiro. !em>o de >rodu6,9oN de consumo e mesmo das rela,Tesin!er>essoais Oora do Vmbi!o >roOissionalOoi abreviado. *o nvel da organiza,9odo !rabalhoN as cor>ora,Tes e3igem al!a

>rodu!ividade num cur!o es>a,o de!em>o no nvel ideolgicoN as>ro>agandas demandam al!o consumoem ri!mo acelerado. A maioria doscidad9os es!? subme!ida a essa >ol!icado !em>o.  lhando >or essa >ers>ec!ivaN >oder6se6ia dizer que as sessTes lacanianas maiscur!as enquadram6se >erOei!amen!e nessa>ol!ica. InclusiveN essa era uma dascr!icas que Lacan recebia ele >odia a!en6

der mui!o mais >essoas e assim enrique6cer mais Oacilmen!e. KLacan era um ca>i6!alis!aRMN >oderiam bradar seus cr!icos.

 ra!a6seN obviamen!eN de um grande equ6 voco. 8m seu s+!imo semin?rioN A +!icada >sican?lise \1"61/0^17]N Lacandei3a bem claro que a clnica >sicanal!ican9o deve seguir na dire,9o da >ol!ica deOelicidade \e seu equivalen!e na id+ia desucesso da an?lise como conOor!o indivi6dual] >r>ria daquilo que ele denominou

de Kservi,o dos bensM . A garan!ia debem6es!ar no >lano >ol!ico n9o >assa deuma Oal?cia o ordenamen!o universal doservi,o dos bens im>lica sacriOciosN re6nJnciasN o que na verdade com>lica a re6la,9o do homem com seu deseo. or!an6!oN al+m de ques!ionar e mesmo cri!icarqualquer associa,9o da clnica >sicanal!i6ca com o >ro>si!o de re6educa,9o emo6cional >or meio da harmoniza,9o en!reas ins!Vncias >squicas e de ada>!a,9o e

adequa,9o ao sis!ema socialN LacanN emseguidaN denuncia o >oder do Kservi,o de

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"0

E

Page 251: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 251/298

bensMN cua moral + a de n9o dei3ar es>a6,o >ara a maniOes!a,9o do deseo. A>osi,9o desse >oder em rela,9o aodeseo sem>re OoiN segundo LacanN emqualquer circuns!Vncia his!ricaN amesma K'on!inuem !rabalhando. &ue o!rabalho n9o >are. \...] A moral do >oderN

do servi,o dos bens + P quan!o aosdeseosN vocQs >odem Oicar es>erandosen!adosM \1"61/0^17N >>. %776%7(].  A >ol!ica lacaniana de !ra!amen!o n9osegueN >or!an!oN a lgica do ca>i!alN mas ado inconscien!eN da Oal!a6a6serN !al comoele aOirma em A dire,9o do !ra!amen!o eos >rinc>ios de seu >oder \1"(^1(]. !em>o da sess9o es!? subme!ido a essa>ol!ica queN >or sua vezN Oundamen!a6se

no !em>o lgico do inconscien!e. Aorecusar o es!abelecimen!o de umcon!ra!o modelado no servi,o dos bensNcon!ra!o no qual o suei!o >agaria >eloservi,o de an?lise e !eria assim o direi!ode consumidorN de usuOruir de !odo o!em>o combinado nesse con!ra!oN o>sicanalis!a indica de ou!ro modo que ocerne dessa e3>eriQncia + a Oala. Amboses!9o subme!idos a\o] issoN o que nos!raz uma ques!9o bem in!eressan!e a do

es!a!u!o do >oder na e3>eriQncia>sicanal!ica.  A!ualmen!eN n9o se >ode >ensar em>ol!ica sem se reOerir !amb+m ` no,9ode >oder. K >oder >ol!ico >er!ence `ca!egoria do >oder de um homem sobreou!ro homemMN aOirma *orber!o)obbioN >oderN >or e3em>loN que osgovernan!es e3ercem sobre osgovernadosN >oder que + e3ercido >elaK>osse dos meios que >ermi!em ob!er os

|eOei!os deseadosCM \)obbioN 2000N >.1/1]. De cer!o modoN um suei!o elegeum >sicanalis!a >ara !ra!?6loN a!ribuindo aeleN >ela su>osi,9o de saberN o >oder degovernar o !ra!amen!o. AdemaisN o>sicanalis!a >ossui uma e3>eriQncia \a da>r>ria an?lise] e uma !eoria que >rocuraOormalizar essa e3>eriQncia >ara que se>ossa !ransmi!i6la. Isso >ode lhe dar o>oder de ocu>ar um lugar >ar!icular queOaz Ouncionar o dis>osi!ivo anal!icoN de

Oazer in!erven,Tes que visam ob!er osKeOei!os deseadosMN como uma

associa,9o livre. #as esse >oder n9o >a6rece ser >ro>riamen!e um >oder >ol!icoN>ois es!e + carac!erizado !amb+m >ela>ossibilidade de uso da Oor,a >ara ob!en6,9o de seus OinsN !al como ocorre na su6ges!9o.

Y curiosoN con!udoN que Lacan !enha

recorrido a 'lausei!zN OilsoOo daguerraN cua no,9o de >ol!ica es!? es!rei6!amen!e associada `s es!ra!+gias e !?!icasde domnio sobre o ou!ro na e3>eriQnciada guerraN >ara !ra!ar da >ol!ica do !ra!a6men!o. Y claro que reduzir a no,9o laca6niana de >ol!ica `s inOluQncias de 'lau6sei!z s >ode ser uma es>+cie de i!zNuma vez que o uso da Oor,a >ela suges!9oOoi abandonado >or Freud h? mui!o !em6>o. #as o lugar do >sicanalis!a n9o dei3a

de Kim>orM algo ao analisando. que seKim>TeM ao suei!o em an?lise + a e3>e6riQncia da Oal!aN do deseoN que o leva are!iOicar suas rela,Tes com o gozo e coma realidade. >sicanalis!a n9o deverecuar dian!e dissoN >or isso ele + !9omenos livre em sua >ol!ica do que emsua es!ra!+gia e !?!ica.  $e o >oder da suges!9o deve serrecusadoN o >oder a!ribudo ao >sicanalis6!a >ela !ransOerQncia deve ser maneado.

8le n9o recusa !o!almen!e esse >oder quelhe + dadoN mas o u!iliza com a Oinalidadede Oazer o suei!o associar e !razer signiOi6can!es que liberam signiOicados a!+ en!9orecalcados. Y aqui que en!ra !amb+m aOun,9o do cor!e da sess9o. 8sse cor!eNcomo qualquer ou!ra in!erven,9o do >si6canalis!aN deve !er um es!a!u!o signiOican6!e e deve ser realizado sob !ransOerQncia.8s!aN >or sua vezN !em n!ima rela,9ocom a !em>oralidade do inconscien!e Ka

!ransOerQncia + uma rela,9oessencialmen!e ligada ao !em>o e a seumaneoMN aOirma Lacan em osi,9o doInconscien!e \1/0^1(]. A

 variabilidade do !em>o da sess9o es!?assim associada ao maneo !ransOerencial.  #as Oica ainda a ques!9o sobre oes!a!u!o do >oder na clnica >sicanal!ica.Y eviden!e que ele n9o deve ser e3ercidode Oorma arbi!r?riaN des>!ica ou suges!i6

 vaN mas Oundamen!ado na +!ica do deseo.

'on!udoN mesmo a n9o h? !amb+m umuso de >oderS 8mbora n9o saiba no in6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"1

Page 252: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 252/298

cio da sess9o quan!o !em>o es!a durar?N+ o >sicanalis!a que em a!o realiza ocor!eN sea isso do agrado do analisandoou n9o. #as ele s o Oaz com basenaquilo que Ooi di!o ou enunciado >elosuei!o. &ue !i>o de >oder + esseN en!9oNligado ` !em>oralidade do inconscien!eS

&ual a >o!Qncia desse >oderS ois o Oa!odo >sicanalis!a o>erar o cor!e n9ogaran!e que es!e !enha eOei!o de a!o. 8esse a!o >ode ser considerado !amb+mum a!o >ol!icoS Dei3o essas ques!Tes>ara nosso deba!e.

O8ra% (itada%)))IN *. \2000]. eoria Geral da ol!ica6 a OilosoOia >ol!ica e a li,9o dos cl?ssicos.5io de -aneiro 8lsevier.

DIDI856:8ILN Alain :eissN 8mil GravasNFlorence. \2007]. 8n!revis!a com 'hris!ian$ima!os. In A. Didier6:eilN 8. :eissN _ F.GravasN &uar!ier Lacan. 5io de -aneiro 'iade Freud.LA'A*N -. \1"(^1(]. A dire,9o do!ra!amen!o e os >rinc>ios de seu >oder. In

 -. LacanN 8scri!os. 5io de -aneiro -orgeahar 8d.LA'A*N -. \1"61/0^17]. $emin?rioNlivro 7 a +!ica da >sican?lise. 5io de -aneiro

 -orge ahar 8d.LA'A*N -. \1/0^1(]. osi,9o doInconscien!e. In -. LacanN 8scri!os. 5io de

 -aneiro -orge ahar 8d.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"2

Page 253: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 253/298

Ps8c%oanal8sis and t%e capitalist discourse 

 A (a!%a -i"a$ "a p%i(a"#$i%e e "a arte

;ilvana Pessoa 

ual + o !em>o necess?6rio ` !ransOorma,9o deuma es!ru!uraN sea elade um bloco de m?r6more ou do suei!o eman?liseS De>ende. $e oar!is!a Oor mui!o >erOec6cionis!aN o >rocesso de

cons!ru,9o n9o acabar? nunca. $e o ana6lisando e o analis!a colocarem o Oinalcomo um idealN a res>os!a ser? a mesma.

$e n9o houver abandono da obra ou daan?lise 6 que ser9o considerados inacaba6dos 6N chegar? o momen!o de concluir.  *as ar!esN o momen!o de uma e3>osi6,9o ou >ublica,9o >reci>i!a a >rodu,9oNmesmo que haa >rocras!ina,9o duran!e!odo o >rocesso. Assim Ooi com Leonar6do da inciN assim + com mui!os escri!o6resN >in!ores e escul!ores que !rabalhamcom da!as marcadas >ara a en!rega daobra. *a >sican?liseN a >ressa !amb+m +

necess?ria >ara a conclus9o. 8n!re!an!oNn9o se >ode Oi3ar uma da!a >ara a KOinali6za,9o do >rodu!oMN >ois n9o h? >rodu!oOinalN e uma an!eci>a,9o desse !em>o>ode dei3ar o suei!o >risioneiro na sua>r>ria re>e!i,9o.

 A dura,9o de um >rocesso >sicanal!i6co >recisa ser indeOinidaN >ois n9o >ode6mos >rever o !em>o necess?rio >aracom>reender e o !em>o que levar? oalargamen!o das !ramas discursivasN a

\de]Oorma,9o ou a des!i!ui,9o sube!iva.#as + >reciso veriOicar o que encon!ra6mos no >ercurso ou ao Oinal de uma an?6liseN a>s decorrido um !em>o a !rans6Oorma,9o do mesmo ou a emergQncia donovoS

 Analisaremos o que as ar!esN >ar!icular6men!e na li!era!ura e na mJsicaN >odemnos ensinar a esse res>ei!o.  *em sem>reN a um >rimeiro olhar deuma cena qualquerN >ercebe6se a e3is!Qn6

cia de algo novo eN quando isso se d?N noins!an!e seguin!e !en!a6se e3>licar o diOe6

ren!eN dar um nomeN associ?6lo a algo vis6!oN inseri6lo num mundo das coisas co6nhecidas. )usca6se reduzir o desconheci6doN o que nos causa >reocu>a,9oN ao Oa6miliarN ao KmesmoMN que nos acalma.#asN com issoN lamen!avelmen!e >erde6seo novo.

8sse mecanismo !amb+m acon!ece nalei!ura adquirimos o vcio de n9o ler oun9o ler direi!o. )uscamosN no que lemose no que escu!amosN aquilo que !em rela6

,9o com as nossas verdades. Inven!amosN>ara ns mesmosN boa >ar!e do Oa!o. $o6mos !odos inven!ores. #as vemos e ou6

 vimos o geral segundo as nossas verdades e >erdemos o de!alhe. Isso!amb+m >ode ocorrer em algumasan?lisesN quando n9o en!ende6se alinguagem como causa do inconscien!e.  *a >sican?liseN !emos Oamiliaridadecom os chis!esN que s9o im>or!an!es >or!erem a carac!ers!ica de uma escu!a que

ca>!a o de!alhe. 8les des>er!am >razernos ouvin!es >elo seu ogo com as >ala6

 vras e >or es!arem ligados a Oon!es re>ri6midas ou a hos!ilidades. A!rav+s da !+cni6ca de condensa,9o acom>anhada de umsubs!i!u!oN do nonsense ou o du>lo sen!i6do das >alavrasN ns nos vingamos donosso inimigo ao !razemos o ou!roN um!erceiroN >ara rir do nosso lado. *a!ural6men!eN al!eramos a es!ru!ura discursiva P+ como abrir lugar >ara a emergQncia de

algo diOeren!eN algo novo.  Dar !em>o >ara a coisa a>arecerN dei3ara coisa serN sem >ensar em nadaN sememi!ir >arecer ou ulgamen!oN dei3ar acoisa se mos!rarN + a orien!a,9o nessescam>os o da linguagemN o da ar!e e o da>sican?lise 6 !alvez >ar!icularmen!e no>asse. 8n!re!an!oN nem sem>re se conse6gue isso P um momen!o diOcil de ca>!u6rarN diOcil de se a>resen!ar e de >assar.

Dei3ar as imagens irem e viremN sem

ulgar a >riori P sen!ir o mundo sem !en6!ar e3>lic?6loN mesmo que num segundo

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"%

Page 254: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 254/298

momen!o >ossamos ro!ul?6lo 6 o que +inevi!?vel. 'riar o silQncioN um es>a,oNum momen!oN en!re esses dois !em>osN>ara !er o a>arecimen!o das coisas comorecom>ensa P es!ru!ura de linguagemque >ossibili!a a a>ari,9o do suei!o doinconscien!e en!re dois signiOican!es.

 A mJsica de -ohn 'age nos ensina aOazer isso na sua Oorma dadas!a de com6>or. 'age im>TeN na sua obraN o uso deli6berado do acasoN |da inde!ermina,9o e daindis!in,9o en!re som es!ru!urado e ru6dos vindos da vida ordin?ria. 8le KW...Xleva `s Jl!imas conseqQncias seu >roe!ode cr!ica ` racionalidade da mJsica oci6den!alM . 5acionalidade queN ao con!r?rioN!em uma ansiedade enorme de dizerN co6men!arN murmurarN remedarN e3>ressar6

seN buscar sen!ido P e3>ressa nas es!ru!u6ras dos romancesN nas grandes sinOoniasNnas Oalas dos analisandos.  Kodos querem a!rav+s da >alavraN en9o do silQncioN >rovar que es!9o vivosMNe >erdem a o>or!unidade de >ermi!ir quese ins!ale um es>a,o >ara ou!ras vozes ir6rom>erem. =m horror a vacuiN e3>ress9ou!ilizada na era do 5enascimen!oN quan6do os >in!ores n9o dei3avam um >eda,ode sua !ela sem corN >or menor que Oosse

o es>a,oN e os com>osi!ores criavam>riorizando o sen!ido e os aOe!os P >en6sando em !ermos de >rogress9oN e3>ec!a6!iva e resolu,9o.  #as + no vazio que as coisas acon!e6cem. \ ]. que >re!endemos com esse!rabalho + inves!igar a ca>acidade decria,9o de um signiOican!e novo no >er6curso ou no Oinal de an?liseN ou seaN deum novo saber que colocamos nesse va6zioN da nossa ca>acidade de de>or nosso

ulgamen!o e dei3ar os sons serem elesmesmosN como nos a>on!a 'age na con6uga,9o da sua Kgram?!ica dadesaOec,9oM. Gram?!ica que >odemosa>ro3imar do analis!a como algu+m Kn9oaOe!adoM >elas >ai3Tes ou ignorVncia.

movimen!o de dial+!ica que uma>sican?lise ins!aura Kn9o de!ermina so6men!e o suei!oN ` sua revelia \...]N mas ocons!i!ui numa ordem que s >ode sere3cQn!rica em rela,9o a qualquer realiza6

,9o da consciQncia de siM. s analis!asNque Oazem >ar!e desse movimen!o 6 e

>ara quem se dirige a Oala 6N devema>render a Kagir com a linguagem comose Oaz com o som seguir a velocidadedela >ara rom>er o seu muroM N muroque lhe + >r>rioN e >assar esse modo deOuncionamen!o ao analisandoN!ransmi!indo6lheN com issoN a >sican?lise .

 A ra>idez + e3igida >ara an!eci>ar6se `sdeOesas do suei!oN `s cren,as a que essesuei!o se a>ega na civiliza,9o e cons!i6!uem uma variedade de delrio. Y >recisoseguir a velocidade >r>ria da linguagem>ara que >ossa emergir o deseoN ca>!ado>ela brincadeira do For!6DaN mas que osuei!o Oaz abolirN desa>arecer cem vezes>ara >oder vQ6lo a>arecer novamen!eNnas re>e!i,Tes que vol!am >ara ser elabo6radas.

ara adquirir essa >r?!icaN conv+m n9onos enganarmos com regrasN modas e>roibi,Tes >resen!es em !odos os ladosN>rinci>almen!e nas ins!i!ui,Tes. 8sse +um risco que sem>re corremos.

Lacan sugere que os analis!as abram osouvidos >ara as can,Tes >o>ulares e >araos maravilhosos di?logos de rua. 8ssasuges!9o a>on!a >ara um as>ec!o quenunca engana que !oda sabedoria + umgaio saberN desde que o homem come,ou

a enOren!ar o seu des!inoN como ele diz.=ma linguagem que subver!eN can!aN

ins!rui e riN um gaio saber. Alimen!am6sedessa !radi,9oN >ara ci!ar alguns -oBceN#achado de AssisN 5abelaisN esse Jl!imoNre>resen!an!e da s?!ira meni>eia N gQneroli!er?rio que des!aco nes!e !rabalho >or6que consis!e em >roduzir um !i>o >ar!i6cularmen!e Oragmen!?rio de narra!iva einclui >ar!icularidades queN quando n9ode!ec!adas ou bem analisadasN s9o geral6

men!e consideradas como aberra,Tes ouirregularidadesN que a>ro3imamos da es6!ra!+gia de descons!ru,9o do mesmo ouemergQncia do signiOican!e novo >ro>os6!a >or Lacan.

 an!o a >sican?lise como a obra de 5a6belais convidam os analisandos ou lei!o6res a realizarN eles mesmosN a !areOa de>rocurar sua >r>ria sabedoria. A >eda6gogia rabelaisiana e a lacaniana ensinamque + necess?rio dissolver as OrmulasN as

ideias recebidas eN no lugar delasN desen6 volver6se um es>ri!o cri!icoN am>liar a

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"4

Page 255: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 255/298

!rama discursivaN aquela em que !odoses!amos >eados.

an!agruelN >ersonagem criado >or 5a6belaisN acolheN no erceiro Livro N a ang6Js!ia de anurge P queN !al como umneur!ico obsessivoN buscava garan!ias doOu!uro e >rocras!inava a decis9o de

con!rair ma!rimUnio. an!agruel acolhe oque vem do ou!ro >or saber que e3is!eigualdade na im>erOei,9o 6 si!ua,9o es6sencialmen!e humanaN que amais deveser >re!e3!o >ara a in!olerVncia.

an!agruelN !al como os analis!asN sabea limi!a,9o e a inca>acidade de ada>!a,9oque as viseiras das ideias Oei!as !endem aim>or aos seres humanosN queN a!rav+s da>sican?liseN da li!era!ura e^ou das ar!esN>rocuram minimamen!e liber!ar6se.

Kudo o que im>ede a mul!i>licidade darealidadeN da cons!an!e descober!a domundo s9o vcios. Y essa Oorma de es!u6>idez que se a>resen!a em anurge. $uaobsess9o em n9o acei!ar as verdades e asmudan,as da vida Oazem com que o >r6>rio curso dessa se re>i!a incessan!emen6!e dizendo6lhe sem>re a mesma

 verdadeMWsicX.&ual a verdade em ques!9oS ara a Oi6

losoOia de an!agruel casar ou n9o casar

d? no mesmo. 'rer ou n9o crer d? nomesmoN ? queN >ara 5abelais e v?rios ou6!rosN vivemos num lusco6Ousco da cons6ciQnciaN nunca cer!os de quem somos ousu>omos ser h? sem>re um erro cuoVngulo n9o sabemos. 8s!amos Oalandode au!ores que ensinam sobre o indecid6

 velN sobre a im>ossibilidade de Oazer umaescolha acer!adaN sem dJvidasN baseadano >orvir. A >sican?lise segue o mesmo!rilho.  anurge !em dJvidas deve casar6seN>ois !eme ser !rado >ela es>osa. *adado que lhe digam o convence de que

deve seguir o seu deseo. que quer quese digaN ? Ooi. ara 5abelaisN melhormesmo que se esque,a. essoa diz queNde>ois que escreveN ? n9o mais sereconheceN e LacanN que os signiOican!esque nos s9o dados do u!roN a>esar de!erem diversas combina!riasN seguemum de!erminado >adr9o e es!ru!uraNre>resen!an!es do mesmoN queN aindaassimN nos causam es!ranheza.

*a verdadeN n9o h? a o>ini9o verdadei6

ra e Jnica 6 ? que h? >arado3os. *9o valeconOron!arN desaOiar as coisas. 5es!a6nosNao OinalN res>ei!?6las no seu !em>o comhumorN valorizando os chis!es e !ro>e,osda linguagem na clnicaN com a cer!ezaque h? o indecidvel demons!rado >or5abelaisN assim como os mundos si6mul!Vneos e mundos im>ossveisN re>re6sen!ados >or 8scher ouN na mJsica cria6da >or -ohn 'ageN Oormas >ossveis doOimN que >odem vir em socorro e !rans6

Oormar algo do mesmo \!ransOorma,9oineren!e ` >r>ria es!ru!ura de lingua6gem] em um signiOican!e novoN que >odeemergir do silQncioN no vazio en!re doissigniOican!esN duran!e !odo o >rocesso e!amb+m no Oinal.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2""

Page 256: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 256/298

Ps8c%oanal8sis and t%e capitalist discourse 

S!(e%i" de i"%ta"te% de tir" e" tiempo% de(omp!$%i"

 Alicia Dong%i Para no ver pasar el tiempo,

 nos tapamos los o:os con el pauelo de la eternidad”roverbio chino

  iem>o B magia dimen6sin enigm?!ica solo >aralos seres >arlan!es >erono as >ara los res!an!es.$ube!ivamen!e a veces>asa ver!iginosamen!eN es

!an Oren+!ico BsubBugan!e que has!aasombra que la cronologa no coincidaNen !an!o en o!ras si!uaciones la brumadel aburrimien!o lo envuelve B no OluBe>asa nada”.  or la lgica de la raznNsabemos que >ara los sue!osN ni el!iem>o ni el es>acio son e!ernos oinOini!osN >ero es slo en esa o!ra lgicade la e3>eriencia vivida en un>sicoan?lisisN que se >ueden evidenciar

los Kcontratiempos” o Kdes4 encuentros Mcuando se descubre que somos losJnicos animales vivien!es que solemos!ro>ezar m?s de una vez con la misma>iedra. ambi+n en lo ine3>licable de Klacompulsin a la repeticin” N as como en eldiscurso como Kinsistencia signi"icante”cuando se descubre el enredo en hechosB ac!os que le dan consis!encia B Oieza alsn!oma. Insis!ir en lo que no andaNquedarse en el >adecimien!oN es una

manera de >ermanecer varado en el!iem>o !ormen!oso B subBugan!e de lamagia de ese e3!raEo goceN que LacandenominaraN K plus de goce” 8 que loau!orizara a >roclamar K ;in goce es vano eluniverso”.  iem>o lindan!e con unae!ernidad a la que no se renuncia. A

 veces desenredar esos nudos hechos de!iem>o B !rauma B sor!ear ese maleOicio\mal 6 beneOicioS] >ara >asar a o!racosaN signiOica sos!ener una lgica que

no es la del sen!ido comJnN sino la delac!o anal!icoN que alivia B libera al sue!o

de un !rozo o K pedaNo de real 2(”   quecom>ar!e races con la e!ernidad.Presencias del o*:eto a” N lugar al que elanalis!a deber? advenir B semblan!ear>ara que un sue!o >ueda !ransi!ar desdela barrera del bienN que no es el soberano

bienN sino el inheren!e a Kla 5tica del deseo”,>ara >oder acam>ar en la barrera de labellezaN el Ktiempo” que haga Oal!a >araque su vivir incor>ore el goce comoKaperitivo” o sea de muer!e !an solo un>oco.

Lacan dice K8n!re lo simblicoN loimaginario B lo real el !iem>o se lo >asa!ironeandoN sucesin de instantes de tirn9[>resencias del obe!o aMN dimensin !am6bi+n es>acial con movilidadN girosN nudos.

8s!o demues!ra que la medidaN la horaus!a o la can!idad >recisaN no son de es!emundoN cons!i!uBendo o!ra Oorma de leerla Oal!a de >ro>orcin se3ual. La >risa sinac!oN el a>remioN la urgencia desorien!adaNhacen de la aceleracin elOuncionamien!o >rivilegiado del mundocon!em>or?neo. 8s en es!e !iem>odonde el Kno pienso”   >roduce uncor!ocircui!o en!re Kel instante de ver”  B Kelmomento de concluir”.

  <aB !res cues!iones ligadas en!re siN res6>ec!o del >sicoan?lisis en el !iem>o de laim>ulsin B^ o com>ulsin al consumoNlas cuales !ienen cada una su >ro>ialgica B se relacionan con Oenmenos demasa la drogaN las adiccionesN B la!o3icomana. 'ada una !iene su >ro>iahis!oriaN su >ro>ia +>ocaN su >ro>ianarra!iva. or un lado la droga es !an

 viea como el hombre B lo haacom>aEado !an!o en la >roduccin de

2(  Asi denomina Lacan al obe!o a en el$eminario H \ La angus!ia]

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"/

T

Page 257: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 257/298

mi!os colec!ivosN como en ceremoniassagradas de diversas creencias B reli6giones. La adiccinN en cambioN ha idoa>areciendo ligada a >ruebas m+dicas>ara la analgesia B luego a la indus!ria delmedicamen!o m?s !ribu!aria de undiscurso de la ciencia inci>ien!e Las

drogas >asan al cam>o medicoN aldescubrirse los >roblemas cola!erales aluso de sus!ancias \Kel s)ndrome dea*stinencia”J. 8s el momen!o donde seem>ieza a u!ilizar la morOina >ara calmarlos dolores de los heridos de la guerracivil americana de Oines del siglo HIH en88== B se los llamaba K%a*ituados” N!+rmino aun des>rovis!o de unaconno!acin !eolgica o moral. 8s la+>oca de Freud cuando el uso de

narc!icos es!? asociado a una es!ra!egiam?s Oren!e al Kmales!ar en la cul!uraM osea un medio >ara un Oin. 8n es!asins!ancias cada adic!o era una en!idadsingular en si misma BN como dice LacanNera un asun!o de la polis, una con!ra6

 vencin ligada a lo >olicial. 8nconsonancia con es!a >osicin se han idocon el !iem>o cons!ruBendore>resen!aciones que consolidaran a losadic!os como delincuen!es desde

>aradigmas +!ico6urdicosN o comoenOermos desde >aradigmas medico6sani!arios. LuegoN a>arece un !ercer mo6men!oN hacia Oines del siglo >asado vigen6!e en los Jl!imos aEosN en que elconsumo se !ransOorma en un Oin en simismoN algo generalizado B >roduc!o dela globalizacin. 8n o!ras cul!uras lasdrogas eran sagradasN el gru>o>ar!ici>aba de los consumosN el lazosocial ordenaba los in!ercambios B no se

!ransOormaban es!as >rac!icas en unasa!isOaccin en si mismaN es decir no secerraba el circui!o >ulsional B es!o nogeneraba !o3icomana.

 oB a hacer un rodeo B diOerenciar de6>endencia de nudo adic!ivo. odo Oen6meno de de>endencia es un >roceso ob6e!alN que >uede !ener diOeren!es Oormas\!elevisinN se3oN >sicoan?lisisN velocidadNuegoN e!c.] 8l nudo adic!ivo es la adicci6n a un eOec!oN a un cambio de es!ado

que !iene que ver con la ca>acidad que!iene el Bo >ara lograrlo. Lo >roblem?!i6

co no es el eOec!oN sino el camino >ara lo6grarlo 6 en el caso de las drogas6 que sal6!ea ni mas ni menos que el circui!o del !i6em>o del deseo que su>one una es>era.8n!onces en la com>ulsin al consumoNes adiccin a un eOec!oN a un cambio dees!ado inmedia!o en el BoN mas que la cl?6

sica Oiacin a un obe!o. 8s!a inmedia!ezsu>one sal!ear el !iem>o de com>renderNque es el !iem>o de inscri>cin. *o en

 vano en los !res !iem>os lgicosN Lacansi!Ja un ins!an!e de ver B un momen!o deconcluir >ero donde ubica el !iem>oN esen el de com>render. 'omo decia )orges>aradoalmen!e K#o único que puede ser mo4 di"icado en la vida de alguien es el pasado” $ihaB algo no inscri>!oN si haB una >ulsaci6n !em>oral que no !ermina de >ermi!ir

la inscri>cinN eso circula en un  presentecontinuoN es decir se !orna menes!er his!o6rizarloN en!ramarlo en un !iem>o. 8n elan?lisis se es!ablece una va de escri!uraque hace necesario dear que Kla lenguava8a delante de uno”, delan!e incluso delanalis!a como sue!o >ara devenirM sem6blan!eM de;

La Oamilia de H \2% aEos]N oven !o3ic6mano de larga da!aN !ras largas e inOruc6!uosas in!ernaciones en dis!in!as ins!i!u6

ciones >or diOeren!es >rac!icas de riesgoNconsul!a >or un dis>osi!ivo ambula!oriomas >ersonalizado en una ins!i!ucin es6>ecializada con un marco >sicoanal!icode abordae. =na de las >rac!icas adic!i6

 vas se recor!a con Oieza a lo largo de losJl!imos " aEos el consumo de cocanaNOumada !ras cocinarla \ cracQ ]N soloN encer6rado en su habi!acin. *egado a cual6quier e3>eriencia !era>+u!ica individualNace>!a solo en!revis!as con su Oamilia con

quien vive. $e logra si!uar el origen deese consumoN !ras la muer!e de su abuelama!erna Kcocinera”, cuando >asacasualmen!e a acampar”  en la habi!acindonde ella muereN a causa de un c?ncer!erminal que la >os!ra. Los>sicoO?rmacos que ella de:a por aNar”escondidos an!es de Oallecer le sirven de>un!a>i+ al inicio de un consumo quer?>idamen!e se desliza a la K "etic%iNacindel ritual 20”, lec!ura re!roac!iva median!e.

290  K'ualquier ritual tiene ese do*le matiN1 a8uda aela*orar una perdida, pero al mismo tiempo el

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"7

Page 258: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 258/298

<icieron Oal!a diOeren!es >r?c!icas\acom>aEamien!os !era>+u!icosN en6cuen!ros gru>alesN e!c] >ara que algo dela his!orizacin B de la sube!ivacin advi6niese. Le cos! se>ararse de es!e consu6mo Oa!dicoN recurso iden!iOica!orio degoce >ro>icio !ambi+n >ara sus allegadosN

negados >or su>ues!o a em>render cual6quier !rabao de dueloN !a>onando cones!e sue!o ” elegido” ,  iden!iOicacin almuer!o median!eN la e3is!encia de aquella>ara quien Ksupo ser su "alta 21” . =na >esa6dilla que se re>i!e +compro cocana de

ma&a ca&idad. a& cocinar&a se estropea

no pedo fmar&a s trabao de

e&aboracin inicio n derro!ero anal!icoque >ermi!i que la com>ulsin ingresaraen el desOiladero de las Oormaciones delinconcien!e. $e despierta cada vezanstiado ante esta repeticin onrica.

 pero no recrre a& consmo % no sin n

acto de por medio% mdarse con s

 parea &a apesta sb&imatoria de

comen-ar estdios de hef# )sto

determina &a cada perdrab&e

abso&ta de na adiccin. /e a

insta&ado en s an&isis. e& definir

como +de otro tiempo. de otra $ida

:a $ida de /ien;### De all las m?s omenos bruscas a>aricionesN en el cursodel an?lisisN no !an!o del sen!imien!o del!iem>oN como de la re>en!ina concienciade su e3is!encia \ sucesin de instantes detironWJ a vecesN con un !in!e de angus!ia.8s >recisoN en!oncesN dis!inguir es!esen!imien!oN que sin duda vuelve >re6sen!e al !iem>oN de los momen!os de rea6lizacin del !iem>oN cuBo eOec!o dedeseo es eviden!e. &uiz?s >ara es!e

>sicoan?lisis el oOrecimien!o consis!i en>osibili!ar que >ueda ni m?s ni menosque volver a decidir acerca de su goceNcon o!ro !i>o de liber!adN des>u+s dees!ar adver!ido sobre las condiciones enque KesoM gozaba.

recusarla[ suerte de "etic%iNacin[ permite seguir conla vida[ perdida a medias M <echizos del !iem>o de. Lamorgia21  K &o estamos de duelo, sino de 9alguien9 de quien

 podemos decirnos1 8o era su "alta[&o sa*emos que

llevamos por nuestro caminoJ esa 9"uncion9, a sa*er 1 lade estar en el lugar de su "alta M -. Lacan N $eminarioHN la angus!ia. 'lase del %0^1^ /% \Oragmen!os]

8n ese sen!idoN es!e dis>osi!ivo >er6sonalizado de !ra!amien!oN Ouncioncomo >reliminar a la en!rada en an?lisisNen!endido como !iem>o de im>licacinsube!iva de un goce que devino deseoNno sin su >erdida >er!inen!e.

*adie >uede ges!ionar el goce in!rnse6

co al cambio de es!ado sin un es>acio>ara la angus!ia como indicador !em>oralOundamen!al. De gobernarla B educarla seocu>an las >sico!era>ias B losdis>osi!ivos queN creBendo en la

 volun!adN obedecen a Oormas de con!rolsocial que >ro>ician la dilucin de lassingularidades en >ro de la masa. 8l!iem>o del >sicoan?lisisN con su in!ervaloen!re el im>ulso B la accinN >or un ladoB el maneo de la !ransOerencia \en!re azar

B c?lculo] como Kintromisin 4inmi3ion4 deltiempo de sa*er M >or el o!roN hacenobecin al >resen!e con!inuo del Kno>iensoM. $u >rinci>al misin vec!orizarel goce de una e!ernidad con >rescin6dencia del !iem>o del !ro hacia la in6!em>oralidad de la re>e!icin del goce O?6lico del sn!oma con un analis!aNadver!ido de la Oini!ud en su ac!o. Dandoel rodeo e3igido >or su sumisin al!iem>o del sue!oN !iem>o >ro>io que

de!ermina la incom>resible duracin desu recorrido. &ue es!a no >ueda seran!ici>ada no quiere decir que el analis!ala ignore. A condicin de que consigaa>rehender la es!ruc!ura lgica en la cual+l mismo se encuen!ra. 8s decirN acondicin de si!uar los ins!an!es de verNde res>e!ar los !iem>os >ara com>renderB de reconocer los momen!os de concluirque no advienen sin +l.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"(

Page 259: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 259/298

A psicanálise e o discurso capitalista 

 A po%iBo do %!9eito "o $ao tota$it#rio do(apita$i%mo (o"tempor'"eo

Raul Al*ino Pac%eco Fil%o  cons!i!ui,9o do suei!o eseu ingresso no simblicoNna linguagem e na cul!uraN|cobra o >re,oC dacis9o^aliena,9oorigin?riasN que seredobram a cada vez queele Oala. A en!rada do

suei!o em !odo e qualquer la,o social

sem>re im>lica essa aliena,9o origin?ria econs!i!u!ivaN que + da ordem da es!ru!urae n9o da con!ingQncia >oderamos dizQ6la |!rans6his!ricaC. *a es>eran,a deassim es!ar servindo a uma ins!Vnciaabsolu!a e sem OalhasN >o!en!e >ara lheassegurar esca>ar aos soOrimen!osordin?rios da vida humanaN os suei!osinven!am um u!ro^ai Absolu!o quelhes >ermi!a sus!en!ar o ideal im>ossvelde um gozo absolu!o e ilimi!ado mas

queN ao mesmo !em>oN os >ro!ea con!raessa mesma >ossibilidade de gozo. Iludi6dos de que es!9o un!os na mesma Oan!a6siaN e de que se reme!em a um Jnico emesmo u!ro absolu!o e sem OalhasN ossuei!os com es!ru!ura neur!ica en!re6gam6se como ins!rumen!os desse saber.8 is!o es!? na origem de inJmeras!rag+dias sociais os !o!ali!arismos dedirei!a ou esquerdaN os Oundamen!alismosreligiososN os genocdios e massacres

racis!as ou 3enOobos e assim >or dian!e.  Dis>arado esse >rocessoN ele >rosseguena dire,9o de uma aliena,9o !o!al do su6ei!oN em um movimen!o de >rogressivaredu,9o da >ar!ici>a,9o de sua singulari6dadeN nas a,Tes em sociedade. Aqui voume reOerir a is!o como a |in+rcia !o!ali!?6riaC do la,o social. u!ro n9o e3is!eNmasN mesmo assimN o suei!o deve sus!en6!ar sua >seudo6e3is!Qncia mesmo quesea `s cus!as da sua insa!isOa,9o ou

im>o!Qncia.

  obe!ivo des!e !rabalho + ressal!ar ae3is!Qncia de um adicional de aliena,9oes>ecOico do la,o social im>licado >eloca>i!alismoN que es!? >ara al+m da aliena6,9o es!ru!ural an!eriormen!emencionada e que res>onde >or umaacelera,9o e3>onencial da reOerida|in+rcia !o!ali!?riaCN nessa Oorma his!ricade sociedade. 'onsis!eN >or!an!oN em

uma !en!a!iva de con!ribuir >ara a cr!icado ca>i!alismoN a >ar!ir da considera,9oda ques!9o do suei!o ou seaN oOereceruma con!ribui,9o da sican?lise >ara ain!erlocu,9o com o >ensamen!o e as!eorias sobre a sociedade.  8m um de seus !e3!osN Lacan diz que aKin!egra,9o ver!ical e3!remamen!e com6>le3a e elevada da colabora,9o socialMe3igida >elo sis!ema de >rodu,9o ca>i!a6lis!a conduz a um K>lano de assimila,9o

cada vez mais horizon!alM dos ideaisN noqual \...] os indivduos descobrem6se !en6dendo >ara um es!ado em que >ensamNsen!emN Oazem e amam e3a!amen!e asmesmas coisas nas mesmas horasN em>or,Tes do es>a,o es!ri!amen!e equiva6len!es. #eu >ro>si!o + e3>lorar es!e as6>ec!o do la,o social ca>i!alis!aN esmiu,an6do as bases sobre as quais ele se assen!a.  8n!endo que uma cr!ica do ca>i!alis6moN que n9o se >re!enda Oundamen!ada

em um >on!o de vis!a meramen!eCmoralCN n9o >ode alegar uma >re!ensa|desumaniza,9oC do suei!o >eloa!relamen!o do seu deseo ` >osse demercadorias. ove nos lembra que odeseo >ro>riamen!e humanoN|an!ro>ogQnicoCN n9o busca um obe!oreal |>osi!ivoCN mas sim o deseo de umou!ro ser humano. deseo >or umobe!o s + |humanoCN se Oor media!izado>elo deseo de um ou!ro ser humano

>elo mesmo obe!o. 8N no que dizres>ei!o a is!oN ningu+m >oderia acusar o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"

Page 260: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 260/298

ca>i!alismo de |desumanizarC o suei!o. Acria,9o da |Oorma6valorCN analisada >or#ar3 em K 'a>i!alMN >ossibili!a a>adroniza,9o e universaliza,9o dos>rocedimen!os de medida do valor dasmercadoriasN >or meio do |valor6de6!rocaC. 8 is!o viabiliza uma am>liOica,9o

inusi!ada da reOerida media,9oN >elaar!icula,9o do deseo dos dis!in!ossuei!os aos obe!os6mercadorias. Aqui +>ossvel es!abelecer6se uma seguin!ear!icula,9o relevan!e \>oder6se6ia dizerhomologiaS] en!re |Oun,9o >a!ernaC e o>rocesso de ins!i!ui,9o social do |valor6de6!rocaC a] Ainda que o signiOicado doDeseo da #9e sea um enigma >ara osuei!oN o *ome6do6ai >ermi!e|signiOican!iz?6loCN criando a signiOica,9o

O?lica e >ossibili!ando a circula,9o doOalo b] Ainda que o signiOicado Jl!imodo valor do obe!o sea um enigma >ara osuei!oN o |equivalen!e6geralC \e sua Oormamais bem acabadaN o dinheiro] >ermi!e|signiOican!iz?6loN criando o valor6de6!rocae >ossibili!ando a circula,9o demercadorias.  s deseos >or obe!os !amb+m s9omedia!izados >elos deseos de ou!remNem cul!uras n9o ca>i!alis!asN como + o

caso do valor de um bom arcoN en!re os ndios de uma !ribo. A!+ mesmo o querelaciona os seres humanos ao seualimen!o + deseo humanoN na medida emqueN ? se disseN comemos signos. L+vi6$!rauss n9o mos!rou algo des!a ordemNem K cru e o cozidoMS or+mN >ormeio do valor6de6!rocaN a cul!uraca>i!alis!a criou um >oderoso e in+di!oins!rumen!o de ar!icula,9oN Oi3a,9o e>adroniza,9o da |deseabilidadeC >elos

obe!os do mundo !alvez >ud+ssemosnos reOerir a is!o como a Oi3a,9o^>a6droniza,9o^homogeneiza,9o do |valor6deseoC de um obe!oN >ara !odos osmembros do cor>o social. Acredi!o quese >ossa relacionar is!o ` observa,9o deLacanN de que o ca>i!alismo !alvez !enha>roduzido um >on!o cr!ico de ru>!uraNao ar!icular o suei!o ao |obe!o causa dodeseoC. Ali?sN #ar3 >ro>Us que a >assa6gem ` Oorma6valor6geral cons!i!uiu um

sal!o quali!a!ivoN >ois se dissolveu na !o6!alidade social a an!iga rela,9o em que o

 valor6de6uso ainda >redominava sobre o valor6de6!roca.  ro>onho que a sada de um mundo de

 valores6de6usoN >ara um mundo de valo6res6de6!rocaN a>resen!a uma homologiacom o >rocesso de com>ar!ilhamen!osigniOican!eN que + >ossibili!ado >ela

ins!i!ui,9o de uma lngua. =ma lnguacria as |amarra,TesC de signiOica,Teso>eradas >elos signosN viabilizando acomunica,9o e a cul!ura humana\res>ei!adaN + bvioN a >revalQncia dosigniOican!e no que diz res>ei!o `emergQncia do suei!o do inconscien!e].8 algo como um |valor6deseoC >elosobe!os >ode ser signiOican!izado >eloequivalen!e6geralN em >rocesso queguarda rela,9o de homologia com aquele

>elo qual o |Deseo da #9eC >ode sersigniOican!izado >elo |*ome6do6aiC.or!an!oN n9o me >arece absurdo chamara a!en,9o >ara uma cone39o en!re a] AOun,9o do *ome6do6aiN queN ao serincluda no lugar do u!roN Ouncionacomo >on!o6de6bas!a e >ossibili!a que osuei!o conOira signiOica,9o aos seussigniOican!es b] 8 o que seria uma|Oun,9o equivalen!e6geralCN queN ao seres!abelecida no seio da sociedadeN

in!roduz algum !i>o dehomogeneiza,9o^ >adroniza,9o darela,9o dos suei!os com os obe!os domundoN >or meio da cria,9o de algo dana!ureza de um |valor6deseoC.  A linguagem >ossibili!a um cer!o com6>ar!ilhamen!o >arcial dos obe!os domundo e uma cer!a uniOica,9o das a,Tesa eles dirigidasN mas com uma |>erdaC Pregis!rada >ela e3!ra,9o do |obe!o aCN emOun,9o daquilo a que o simblico n9o

>ode dar con!a PN >roduzida >ela equivo6cidade signiOican!e. 8quivocidade signiOi6can!e queN de algum modoN res>onde >elasingularidade na rela,9o desean!e do su6ei!o com o mundo. ro>onho a seguin!eques!9o n9o seriaN a Oun,9o equivalen!e6geralN res>ons?vel >ela >rodu,9o de umalimi!a,9o sem >receden!es na margem desingularidade da rela,9o do suei!o com omundoS Limi!a,9o >roduzida >elo Oa!odela ca>!urar algo da ordem de um

|valor6deseoC >elos obe!osN em suasmalhasS *9o Ooi issoN ali?sN que

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/0

Page 261: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 261/298

>ossibili!ou o desenvolvimen!o de!ecnologias sociais de adminis!ra,9o dodeseoN como + o caso da >ublicidade edo mare!ingS 'i!o o $emin?rio 17KAquiN na encruzilhadaN enunciamos queo que a >sican?lise nos >ermi!e concebernada mais + do que is!oN que es!? na via

aber!a >elo mar3ismo P a saberN que odiscurso es!? ligado aos in!eresses dosuei!o. Y o que na ocasi9o #ar3 chamoude economiaN >orque esses in!eresses s9oNna sociedade ca>i!alis!aN in!eiramen!emercan!is. $ queN sendo a mercadorialigada ao signiOican!e6mes!reN nadaadian!a denunci?6lo assim.M  =nidos >elo com>ar!ilhamen!o doideal de consumoN n9o me >arece que ossuei!os do ca>i!alismo es!eam a!ados

>or um la,o social Or?gilN nem imersosem um narcisismo me!a>sicolgico|s!ric!o sensuCN como cer!as an?lises>arecem >re!ender. *elesN o que mais meassus!a + a dis>osi,9o >ara se en!regarem` |in+rcia !o!ali!?riaC do |discurso doca>i!alis!aC. $e e3is!e >ossibilidade de se>roduzir abalos na ilus9o dos suei!osN deque es!9o un!os na mesma Oan!asia e sereme!em a um Jnico e mesmo u!roNisso de>ende de que >ercebam as

con!radi,Tes en!re as diOeren!es Oormasde rela,9o com o mundoN que decorremdas dis!in!as conce>,Tes que eles \osdiOeren!es suei!os] !Qm a res>ei!o domundo. or+mN como + >ossvelques!ionar6se a convic,9o de que !odoscom>ar!ilhamos a Jnica e mesma|realidadeCN seN como mencionadoan!eriormen!eN Lacan nos lembra quees!amos na sociedade em que !odosK>ensamN sen!emN Oazem e amam

e3a!amen!e as mesmas coisasMN nasmesmas horas e lugaresS  Dis>arada >or uma >adroniza,9o sem>receden!es his!ricos dos |valores6dese6oC >elos obe!os do mundoN lan,a6se `sal!uras a dis>onibilidade >ara en!rega `aliena,9o >roduzida >ela Oan!asia cole!ivade reOerQncia a um Jnico e mesmo u!ro

 Absolu!o. Y es!eN assim o en!endoN o >e6rigo maior des!a Oorma de es!ru!ura,9oda sociedade a |in+rcia !o!ali!?riaC do la,o

social ca>i!alis!a. erigo !9o maior quan!o!amb+m o >r>rio suei!o dei3e de re>re6

sen!ar um |enigmaCN >ara !ornar6seN igual6men!eN a>enas um obe!o com |valor6de6seoC quan!iOicado e >adronizado umamercadoria \seu !rabalho]N com valor so6cialmen!e deOinido >ela medida do equi6

 valen!e6geral. 'i!o #ar3 W*o modo ca>i6!alis!a de >rodu,9oX o >r>rio o>er?rio

somen!e a>arece como vendedor demercadorias \...]. s >rinci>ais agen!esdes!e modo de >rodu,9oN o ca>i!alis!a e oo>er?rio assalariadoN n9o s9oN como !aisNsen9o encarna,Tes do ca>i!al e do!rabalho assalariadoN de!erminadascarac!ers!icas sociais que o >rocessosocial de >rodu,9o im>rime nas >essoasN>rodu!os des!as rela,Tes de!erminadas de>rodu,9o.  suei!o do ca>i!alismo ensaiou seus

>rimeiros >assosN na <is!riaN subs!i!uin6do a obediQncia ao ai da Igrea 'a!lica>ela obediQncia ao ai da 5eOorma ro6!es!an!e. rosseguiuN ensaiando uma !en6!a!iva de liber!a,9o da aliena,9o esubmiss9o a qualquer ai Absolu!oN!en!ando >osicionar6se como criador doseu >r>rio mundoN res>ons?vel >ela sua'iQncia e au!or de sua >r>ria his!ria.#as o Oe!ichismo da mercadoriaamarrou6o em suas malhas e desviou6o

do >ercurso buscadoN deres>onsabilidade >elo seu >r>riodes!ino. Fe!ichismoN es!eN o>erando nosdois sen!idosN mar3iano e OreudianoNconOorme a dis!in,9o >ro>os!a >orize \...] no mar3ismoN o Oe!iche ocul!aa rede >osi!iva de rela,Tes sociaisN ao>asso queN em FreudN o Oe!iche ocul!a aOal!a \|cas!ra,9oC] em !orno da qual sear!icula a rede simblica. 8squivar6se dese subme!er a qualquer !o!aliza,9o

>osi!ivaN sus!en!ando o >r>rio deseocomo nor!eN e assumindo as con!radi,Tese conOli!os ineren!es ao la,o socialN !alvezsea es!e o Jnico modo >elo qual o serhumano >ossa re!omar o >rogresso na<is!riaN na condi,9o que + >r>ria doseu |serC. ermino ci!ando o+ve \...] o>r>rio $er desse 8u ser? devirN e aOorma universal desse $er n9o ser?es>a,oN mas !em>o. #an!er6se nae3is!Qncia signiOicar?N >oisN >ara esse 8u

Kn9o ser o que ele + \$er es!?!ico e dadoN$er na!uralN car?!er ina!o] e ser \is!o +N

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/1

Page 262: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 262/298

devir] o que ele n9o +.M 8sse 8u ser?assim sua >r>ria obra ele ser? \no Ou!u6ro] o que ele se !ornou >ela nega,9o \no

>resen!e] do que ele Ooi \no >assado]Nsendo essa nega,9o eOe!uada em vis!a doque ele se !ornar?.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/2

Page 263: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 263/298

A psicanálise e o discurso capitalista 

Capita$i%mo+ Imperio ) S!89etiFidad, e$ dere(&o+$a 5!erra ) e$ tiempo

 Sario bri*e a ins!auracin con!em6>or?nea de una nueva Oor6ma de soberana solidariade la globalizacin irrever6sible de los in!ercambioseconmicos B cul!uraleshace surgir un nuevo sue6!o dis!in!o del sue!o Oreu6

diano de la +>oca vic!oriana. A diOerencia

del sue!o del males!ar OreudianoNdominado >or la cul>a B la vergenzainheren!es a la >reeminencia de un !roque uzgaN el nuevo sue!o KdesnudoM delIm>erio obedece a una lgica de au!oOundacin sube!ivaN !iende inercialmen!eal goceN al ac!oN B su obscenidad consis!een no mos!rarse >ar!icularmen!e >rocliveni a la cul>a ni a la vergenza. 83aminar+ese cambio de es!a!u!o de la sube!ividadNel males!ar en la cul!ura asociado B la

diOicul!ad >ara el >sicoan?lisis de o>erarsobre el sue!o en es!a nueva cul!uraca>i!alis!a donde las relaciones en!re elderecho B la guerra son solidarias de la>recariedad simblica de la +>oca.  8l >sicoan?lisis encuen!ra al sue!odividido del males!ar Oreudiano B suscondiciones de >osibilidad en las>os!rimeras de la +>oca vic!orianaNOuer!emen!e disci>linariaN B dominada>or el >uri!anismoN la re>resin de la

se3ualidadN una ne!a demarcacin en!rees>acio >rivado B es>acio >Jblico B unamuB conocida doble moralidad. 8n esecon!e3!oN Freud deOine un mi!o delorigen de la cul!uraN de la leB B de laguerra a >ar!ir del eOec!o creacionis!a deun crimen >rimordial el >arricidio.Desde en!onces la Oamilia del neur!icose o>one a la Oamilia >rimi!iva B seescande un ga> irreduc!ible en!re goce Bdeseo. Freud >ro>one inauguralmen!e la

guerra on!ra el >adre de la horda B lalgica !riunOal de Kunin de los m?s

d+bilesM con!ra la leB del Km?s Ouer!eMNcon lo cual no hace o!ra cosa quehumanizar el crimen B deOinir de >aso lacul!ura como una maniOes!acin er!icacon!raria a la des!ruc!ividad inheren!e ala >ura >ulsin de muer!e. $e ins!aura asun modo de lazo social cuBa es!abilidades el eOec!o de la libido B de la lgica delas iden!iOicaciones. De la misma maneraN

deOine una !eora de la Kguerra us!aMdondeN m?s all? del cl?sico us ad bellumo derecho a hacer la guerra asociado a lasim>le >erce>cin de una amenaza deagresin o >eligro >ara la in!egridad!erri!orial o >ol!ica del es!adoN lalegi!imidad de la guerra va a de>ender deque en su desencadenamien!o haBa>rimado 8ros o la unin er!ica de losmuchos >or sobre h?na!os o la

 violencia des!ruc!iva del uno. 8n su

ar!culo or qu+ la guerraS B Oren!e aldebili!amien!o de la Liga de las *acionesNFreud concluBe que la ma!erializacin delideal >aciOis!a de >osguerra va ade>ender de que los es!ados6nacinunidos sean ca>aces de o!orgarle >oder Bes!abilidad >ermanen!e B duradera a es!ains!i!ucin de violencia cen!ralmediadora. eroN qu+ uniOica en nues!ra+>oca donde el Im>erio im>lica unasoberana dis!in!a de aquella de los

es!ados6nacinS &u+ une al sue!o en unmundo donde se elogia o banaliza laguerra luego del resurgimien!o del vieoconce>!o de guerra us!a en !orno a laguerra del GolOo segJn lo denunciara

 An!onio *egriSLo que une en !iem>os de Freud es un

cier!o es!ilo de ero!ismo B una lgica deiden!iOicaciones donde des!aca la Oigura>reeminen!e de un >adre Ouer!e como!ro en el lugar de la leB. La monarquaN

el es!adoN la iglesia B el e+rci!oN en!reo!rasN son algunas de las es!ruc!uras

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/%

L

Page 264: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 264/298

simblicas Ouer!es que inciden en lasube!ividad de la cul!ura Oreudiana cuBodenominador comJn es el >adre. *oobs!an!e B >aradicamen!eN al mismo!iem>o que uneN el >adre divide. 8neOec!oN algunas de sus declinaciones lamirada >an>!ica de un !ro que uzgaN

>rohbeN sanciona B desnuda la in!imidaddel sue!o has!a el >udor B la vergenzaNel signiOican!e de la leBN el !ro quelegi!ima la guerra us!a en !an!o cul!a Ber!icaN en Oin el >adre del 8di>oN no solocons!i!uBen el ee creacionis!a alrededordel cual gravi!a en Jl!ima ins!ancia !odala clnica de la cul>aN el deseoN la

 vergenzaN la inhibicinN el sn!oma B laangus!iaN sino !ambi+n el males!ar en lacul!ura del neur!ico. #?s aJnN el sue!o

dividido que recrea la >osibilidad del>sicoan?lisis en sus orgenes es un eOec!ode la marca imborrable o rasgo unarioque dea el >adre en +l bao la Oorma delsu>erB.  ara bien o >ara malN no se >uede decirlo mismo a >ro>si!o de la sube!ividad Bdel >sicoan?lisis en los albores del sigloHHI. 8l >aso de una sociedad norma!ivadominada >or una Ouncin >a!erna>oderosa B eOicaz a un modelo de lazo

social carac!erizado >or la declinacin>rogresiva B la Oal!a de ubicuidad del!ro cons!i!uBe un !erreno>ar!icularmen!e ?rido >ara el desarrollodel >sicoan?lisis. De manera general B adiOerencia del modelo cul!ural vic!orianoNla clnica anal!ica B la reOle3in OilosOicaB sociolgicaN coinciden en que el lazosocial con!em>or?neo conlleva un d+Oici!de sube!ivacinN una decadencia de lae3>eriencia colec!ivaN B un

em>obrecimien!o de la e3>eriencia>rivada.

La 'ul!ura del *uevo 'a>i!alismo de5ichard $enne!! revelaN >or eem>loN eld+Oici! de cul!ura del ca>i!alismo !oda vezque una economa !an Ole3ible B encons!an!e rees!ruc!uracin modiOica el>aradigma de >r?c!icas B valores que!radicionalmen!e unan a la gen!e comola leal!ad con sus em>resas eins!i!ucionesN el valor de la caliOicacin B

e3>eriencia >roOesionalesN el sen!imien!ode con!inuidad B la >osesividadN en o!ros.

 Al igual que FreudN el au!or se in!errogasobre aquello que une a los ciudadanoshoB cuando las ins!i!uciones en las cuales

 viven se Oragmen!an B se disuelven losa>rendizaes >asados. res aris!as de es!enuevo males!ar debieran in!eresar al>sicoanalis!a. rimeroN la im>osibilidad

>ara el sue!o asalariado de ins!i!uir unrela!o sobre su vivencia en el marco desu relacin con el !rabao B laconsecuen!e inca>acidad de in!er>re!arsu his!oriaN a>ro>iarse de ella B susci!ar laaccin. $egundoN la herida narcisis!a delsue!o en el >lano de la com>e!encia>roOesionalN >roduc!o de la im>osibilidadde cons!i!uir una e3>erienciaacumula!ivaN en una cul!ura dominada>or una !em>oralidad del orden de una

sincrona del >resen!eN B donde elcon!e3!o econmico disi>acons!an!emen!e la e3>eriencia >asada.

 erceroN el car?c!er insos!enible einace>!able >ara un sue!o de cier!a edadde !ener que >ar!ir a menudo de cero enel con!e3!o de ins!i!uciones Ole3iblesin!eresadas en el desarrollo de nuevascom>e!encias en!re sus asalariados.8n cuan!o a LacanN desde Los 'om>leosFamiliares Ba nos haba aler!ado sobre los

riesgos aludidos de la declinacinsimblica de la +>ocaN >ar!icularmen!e dela Ouncin >a!erna. os!eriormen!eN endis!in!os momen!os de su obraN alude almales!ar en la cul!ura con!em>or?nea enlos !+rminos de una ob!uracin de las>osibilidades de sube!ivacin delciudadano comJn como eOec!o deldiscurso ca>i!alis!a B su ins!rumen!oN laciencia >osi!ivaN la cual >one sobre elmercado una enorme >roduccin de

obe!os de consumo que colma!an la Oal!aen ser. Dos as>ec!os de es!e males!armerecen una >ar!icular mencin.rimeroN la >+rdida de la signiOicacin dela sancin en un mundo dominado >or elu!ili!arismo. $egundoN el em>ue a laobscenidad en un sis!ema donde KnohaB vergenzaM.

 A >ro>si!o del sen!ido de la sancinen un mundo dominado >or elneoliberalismo de mercadoN Lacan

an!ici>a Ba en los aEos "0 su !endencia ala desa>aricin. ara LacanN la marca del

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/4

Page 265: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 265/298

su>erB o del >adre en el sue!o im>licauna necesidad es!ruc!ural de cas!igo. orsu >ar!eN el sen!ido e3>ia!orio del cas!igoim>lica que la leB >osi!iva del cor>ussociocul!ural que lo decre!e encuen!reuna resonancia en el nivel de la leBsimblica del sue!o. 8s!a resonancia solo

es >osible median!e el asen!imien!osube!ivoN condicin suOicien!e >ara quela sancin !enga un eOec!o re!ribu!ivo Beven!ualmen!e cura!ivoN Ba que >ermi!e alsue!o admi!ir su res>onsabilidad

 verdadera B ace>!ar la sancin comoKsu us!o cas!igoM. Al no recrear el!erreno Oavorable a la sube!ivacin oasen!imien!oN nues!ra +>oca no Oavorecela res>onsabilidad sino la >roduccin deuna irres>onsabilidad generalizada.

  8n OinN a >ro>si!o de la vergenzaN enel 5everso del >sicoan?lisis;N Lacan>roclama un mundo donde Kno haB

 vergenzaM. La Ormula im>lica uncambio de es!a!u!o de la mirada enrelacin con la decadencia del !ro. La

 vergenzaN en!endida como el ndice deun momen!o donde Oal!a ese cam>o del!ro que de!ermina la Ouncin del rasgounario B del Ideal del poN es un aOec!oraro en una +>oca >roclive a la au!o

Oundacin del sue!o o a la escisin en!reel sue!o B el !ro. La vergenza es unaOec!o que >resu>one una miradaNre>resen!a un in!en!o de esconder larealidad de la cas!racinN B surge cuandola coBun!ura mues!ra la Oalla de laiden!iOicacin O?lica. AOirmar que no haB

 vergenza im>lica en!onces admi!ir uncambio del es!a!u!o del !ro que miraN oen o!ros !+rminosN admi!ir que se !ra!aNsea de un !ro que no e3is!eN sea de un

!ro cuBa mirada es!? des>rovis!a de la>o!encia de >rovocar vergenza. AhorabienN en es!ric!o rigorN al mismo !iem>oque anuncia la muer!e de aquella

 vergenza ligada al honorN la dignidad Bla noblezaN es decir de la vergenza comoan!nimo del >udorN Lacan aOirma en!relneas que no es >osible esca>ar a un !i>ode vergenza >rimordial la vergenza de

 vivir. 8s!a Oorma de vergenzaon!olgicaN ligada al goce m?s n!imo del

serN es el eOec!o de la relacin del sue!ocon un !ro dis!in!o del !ro Oreudiano

de la cul>aN reOlea bien la relacin ac!ualdel sue!o con el !roN B condiciona eladvenimien!o de la era de la vida nudi!aN!an bien iden!iOicada >or Agamben.  Fren!e al >anorama esbozadoN el >asode un !ro que em>ua al deseo a un!ro que em>ua al goce B su correla!o

Jl!imoN es decir un sue!o que no quieresaber nada sobre su Oal!a en serN im>licala >regun!a >ara el >sicoanalis!a sobre eldesarrollo B diOusin de su ar!e. &u+es!ra!egia Ou!uraS &u+ ac!i!ud Oren!e alderecho a la guerraS 8n Los caminos dela !era>ia >sicoanal!icaN Freud an!ici>aalgunas soluciones >osibles. $e evoca allla Kada>!acin de nues!ra !+cnica a lasnuevas condicionesM B el uso de m+!odosKm?s ac!ivosM. ara el Freud de Los

caminos;la ada>!acin del discursoanal!ico im>licara ir m?s all? del sue!oindividual B considerar seriamen!e la>osibilidad de im>ac!o sobre grandesmasas de individuos en el marco de lasins!i!uciones >Jblicas o >rivadas desaludN incluBendo incluso la >ol+mica>osibilidad de un acceso gra!ui!o al>sicoan?lisis >ara las clases >o>ulares. 8nla >ers>ec!iva de la +!ica Oreudiana de laada>!acinN creo >er!inen!e o>erar hoB

una su!ura en!re la realidad >squicaindividual B la a>licacin del ar!e de lacura en el nivel de la masa. 8s!a diOcil!area im>licara >osicionar el discursoanal!ico en !odos aquellos niveles>ol!icos en que se !ra!e de con!rarres!arel im>era!ivo al goce inheren!e alsu>erB de la cul!ura con!em>or?nea.ara ello se necesi!an es!ra!egiasadecuadas B >sicoanalis!as decididos adear la comodidad de la consul!a >rivada

B crear ac!ivamen!e la demanda con laoOer!a en el seno del es>acio >JblicoN !alcual lo hiciera Freud a >ro>si!o de ladiOusin de la >es!e. 8n!endiendo que eldiscurso anal!ico o>era como reguladorde goceN creo deseable B >er!inen!eN >oreem>loN su inclusin en >rogramas>Jblicos de >revencin orien!ados aes!imular la res>onsabilidad del sue!o Bde las ins!i!uciones del Im>erio. 'rear unes>acio >ara la >alabra all donde

ac!ualmen!e domina el goceN es decir enlos ?mbi!os del com>or!amien!o se3ualN

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/"

Page 266: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 266/298

del consumoN B de la delincuenciaNcon!ribuira a re>osicionar el deseoN aemanci>ar al sue!o de las leBes delmercado B a Oavorecer la resonancia de laleB >enal >osi!iva en el nivel de la leBsimblica del sue!o. De es!a manera Ben!re o!ras OrmulasN las es!ra!egias de

con!rol social B los >rogramas derehabili!acin de delincuen!es ganaranen eOicacia. 8n OinN a >ro>si!o de laguerra en un mundo donde ni el >adre nila *= cum>len eOicazmen!e su rolagrega!ivo B resurgen vieos discursosque el secularismo moderno Ba haba

borradoN lo menos que un >sicoanalis!a>uede e3hibir es una ac!i!ud cr!icaOren!e a Ormulas a>olog+!icas comoaquella de David FrumN !an biendenunciada >or *orman #ailerN B queiden!iOica a la 83 #eso>o!amia con Kelee del malM. 8n eOec!oN muB leos de los

discursos moralis!as de legi!imacin de laguerra ins>irados en la lucha medievaldel bien con!ra el malN al Oundar lasrelaciones en!re la cul!ura B la guerrasobre una me!a>sicologaN Freud si!Ja deen!rada el us ad bellum m?s all? del bienB del mal.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2//

Page 267: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 267/298

A psicanálise e o discurso capitalista 

O " do tempo "o% tempo% at!ai%+ Fi(i%%it!de% damemria

 ngela Sucida 

a 'ar!a "2 Freuda>resen!a uma>arelho >squicocons!i!uindo6se >or!ra,os. De um lado edo ou!roN se>arados>or in!ervalos de !rQs!em>osN si!ua6se o

sis!ema >erce>,9o6consciQncia. s>rimeiros !ra,os da >erce>,9o

cons!i!uem6se os >rimeiros !ra,os damemria e o 1 !em>o da cons!i!ui,9o dosuei!oN delimi!ando uma rela,9o es!rei!aen!re suei!oN !em>o e memria.odemos aOirmar com Freud que osuei!o + !amb+m um eOei!o do !em>o eda memriaN ? que es!a + a >rimeiraa>reens9o do !em>o. 8sse !em>o>rimordial escri!o >or !ra,os que n9o sea>agamN s >ode ser !raduzido>arcialmen!e >elo 2 !em>oN de liga,9oN e

o % das re>resen!a,Tes verbais. 5elendoessas indica,Tes com as indica,Tes deLacan em #ais AindaN diremos que esse1 !em>oN marcado >ela simul!aneidadeNcons!i!ui6se de signiOican!es esvaziadosde sen!idoN denominados >or Lacan dele!ra. 8les s9o aquilo que s9oN n9o Oazemcadeia e n9o soOrem a eros9o do !em>o.Y um !em>o real !em incidQncia sobre osuei!oN n9o se a>agaN mas n9o >ode ser>ercebido ou a>reendido. 8n!re o 1 e o

2 !em>oN h? uma barra ao sen!idoNim>ondo uma Oalha origin?ria no !em>oque >ercorrer? !odo o Ouncionamen!o damemriaN !raduzindo a nosso ver o queLacan nomeia de KdebilidadeM do suei!o>ara !ra!ar a >recoce incidQncia do u!roem sua cons!i!ui,9o. 8ssa Oalha inauguralNmarca a >rimeira e Oundamen!al

 vicissi!ude da memria. An!es de OalarNar!icular um discurso e !en!ar !raduzir o!em>o marcadoN o suei!o ? Ooi OaladoN

nomeadoN con!ado >or um !em>o an!e6riorN que n9o se recu>era amais. 2 e

% !em>o >ermi!e cer!o !ra!amen!o doreal do !em>o >elas liga,TesN !radu,Tes erearranos con!ingen!esN su>or!ados >orum im>ossvel a !raduzir e recu>erar.8sse Kbom !em>oM de cada diaN n9oo>era sem essa aliena,9o Oundamen!al einaugural. A memria + o que se recordae como se recorda no !em>o que >assaNmarcado >or essa barra ` recorda,9o>ro!e,9o do a>arelho >squico con!ra o

e3cesso de soOrimen!oN limi!e ` sincroniae ao deslizamen!o signiOican!e. 'omLacan M a>arecimen!o evanescen!e seOaz en!re dois >on!osN o inicial e o!erminalN desse !em>o lgico P en!re umins!an!e de ver em que algo + sem>reelididoN se n9o >erdidoN da in!ui,9omesmaN e esse momen!o elusivo em queN>recisamen!eN a a>reens9o do in6conscien!e n9o concluiN em que se !ra!asem>re de uma recu>era,9o logradaM

\LacanN1(N >>.%"N%/].x5ecu>era,9ologradaM que abre ` neurose sen!idos>ossveisN !ransi!riosN con!ingen!esdian!e de um !em>o >erdido. $e amemria + uma Oun,9o do !em>oN ela oa!ualizaN carregando suas OalhasN buracosNin!ers!cios inassimil?veis >resen!es narealidade >squica concei!o queN segundoLacanN enodaria em Freud os !rQs!em>os.

Lacan indica uma associa,9o en!re !o6

>ologia e !em>o e em $in!homa >ro6>Te um enodamen!o en!re 5.$.I >or umquar!o !ermoN o sin!homa. ra!a6se deum enodamen!o que >ermi!e re>arar acadeiaN man!endo un!os 5.$.I e aes>eciOicidade de cada um como e36sis!QnciaN buraco e consis!Qncia.Inde>enden!e da es!ru!uraN o sin!homareOere6se a uma inven,9o singular dosuei!oN dian!e da debilidade Oace ` suacons!i!ui,9o. *a an?liseN acen!ua LacanN

!ra!a6se de ensinar o analisan!e a emendarseu sin!homa e o real que >aralisa o gozo

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/7

N

Page 268: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 268/298

a um gozo >ossvel \LacanN 200".>.71] NaOirmando dessa maneira umenodamen!o dos !em>os.  *a obra de rous! >ara al+m do!em>o >erdido ou a ser redescober!oN oe3!ra!em>oral e3>TeN a nosso verN umen!rela,amen!o das !rQs dimensTes >or

um !ra,o singular e in!raduzvel M\...] orudo da colher no >ra!oN a desigualdadedas >edrasN o sabor da madeleine   Oazendoo >assado >ermear o >resen!e a >on!o deme !ornar hesi!an!eN sem saber em qualdos dois me encon!rava na verdadeN oser em mim en!9o gozava dessaim>ress9o e lhe desOru!ava o con!eJdoe3!ra!em>oralN re>ar!ido en!re an!igo e oa!ualN era um ser que s surgia quandoN>or uma dessas iden!iOica,Tes en!re o

>assado e o >resen!eN se conseguia si!uarum Jnico meio >or onde >oderia viverNgozar a essQncia das coisasN is!o +N Oora do!em>o.M\rous!N 14N >.1"2]. $e o gos!oda >equena madeleineN o >isar nocal,amen!o irregularN os rudos e cheirosde ou!rora lhe serviram naquelemomen!o >ara acalmar os !emores damor!eN Ooi >orqueN ali ele >ode encon!rarum !ra,o singular enodadando os!em>os.

=!ilizamos K!em>osM >ara indicar as!radu,Tes >ossveis do real do !em>o.

 em>os que circulamN v9o com o !em>o6ralN aliam6se aos discursos e incidem so6bre os sin!omasN >rovocando ou!ras

 vicissi!udes da memria. *os qua!rodiscursos Oormalizados >or LacanN h?!rQs Oormas de incidQncia do signiOican!e\tN $1N $2] e o obe!o a que >odem selidos como qua!ro versTes do !em>o. *oD#N nos dois !em>os da cons!i!ui,9o do

suei!o $1\!em>o real e in!raduzvel] e $2\!em>o da >rodu,9o do sen!ido] >ersis!eum in!ervaloN uma >erdaN marcando adivis9o sube!ivaN e como >rodu!o dessao>era,9o do !em>oN um res!o \obe!o a]!em>o que e3cede e n9o se a>reende. *oD' >revalecem dois !em>os $1 sobre $2sem a barra do im>ossvel e o !em>o dosobe!os queN mesclando6se como obe!osde um !em>o que se recu>eraN incidedire!amen!e sobre o !em>o do suei!oN

!en!ando anul?6lo e convocando6o ao!em>o do mais6de6gozar. em>o bizarro

queN buscando a>agar o ina>reensvelNa>resen!ando6se como Oac!vel eassimil?velN >roduzindo suei!osKenlouquecidosM >elo !em>oN !omados>elo !em>oN sem !em>o... be!o a serconsumidoN >recioso e agalm?!icoN o!em>o + regido >or uma con!radi,9o

Oundamen!alN quando n9o o !Qm oqueremN ao !Q6lo devem consumi6lo. *o!em>o das simul!aneidadesN algumascrian,as aceleram demaisN ? que o !em>o+ !amb+m da desmedidaN >assando deum obe!o e a!ividade a ou!ros sem quenada lhes de!enha a a!en,9o. s hi>er6a!ivos sinalizam os eOei!os do real quere!orna de um !em>o que desliza sem osinal do Kbas!aM.  im>era!ivo de que !udo circule em

um !em>o mnimoN com >assagens r?>i6das de um obe!o a ou!roN incide dire!a6men!e sobre a memria. A!ualizarN reno6

 varN modernizar em um !em>o cada vezmais cur!oN im>Te uma Oorma dememoriza,9o alheia ` memria sube!ivaque demanda um in!ervalo >ara que a re6!en,9o se >rocesse. =ma analisan!e de 7%anos acen!ua sua diOiculdade em memori6zar senhas banc?rias e nJmeros de !eleOo6nes celulares ao con!r?rio dos Oi3os Kque

!Qm uma lgicaM. 8n!re o Oi3o e o mvelNuma lgica se im>Te cada um + convoca6do a memorizar uma gama enorme desenhas >ara acessar sim>les !ransa,Tesbanc?rias. =ma vez escolhidaN deve6semud?6las Orequen!emen!e >ara resguardaro sigilo. idoso que !ende a escolhernJmeros ligados ` sua his!ria +orien!ado a n9o OazQ6loN >ois s9oOacilmen!e descober!os. *a nova ordemda memoriza,9o ins!an!Vnea e ar!iOicial

im>era o cor!e com a his!ria. *acon!ram9o do novoN os idosos s9oconvidados a esquecerem suas lem6bran,as e a his!riaN sem>re Oora dos!em>os a!uais eN sem es>a,os >ara oslu!os6 cada vez mais evasivos6N de >erdasque se agudizamN encon!ram inJmerasdiOiculdades >ara enodarem os !em>osNa!ualizando sua memria. 8squecer edei3ar cair s9o >alavras dos novos!em>os que n9o levam em con!a o !em>o

>ar!icular. 8squecidosN mui!os idososadoecemN n9o OalamN >erdem a >alavra ou

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/(

Page 269: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 269/298

se agarram Kao seu !em>oM. or essa viaNqual o !em>o do AlzheimerS De imedia!o>oderamos res>onder + um Oora do!em>o de uma memria que se a>agaNmas qual memria se a>agaS  Da clnica com suei!os diagnos!icadoscom Alzheimer ou com sus>ei!a dessa

>a!ologiaN de>reendi a e3is!Qncia de um>on!o singularN ? que !odo desencadea6men!o >assa >elo suei!oN que !oca umrombo na rela,9o com o u!ro e queNsem um !rabalho de lu!o6 movimen!oque >ermi!e enla,ar os !em>osN abrindoas vias ao deseo6N >rovoca odesenla,amen!o do !em>o e da vida. $emas emendas `s su!uras6N >ossibili!andoque 5.$.I man!enham6se un!os sem seconOundirem6N no Alzheimer >revalece a

>erda grada!iva da cadeia eNconsequen!emen!eN a mis!ura dos !em>ose uma indis!in,9o avassaladora en!re 5$I.$em essas amarras o suei!o !ende a seagarrar a um >assado conhecidoN comomedida >ro!e!ora con!ra um realdevas!ador. $em os meios simblicos eimagin?rios eN >or!an!oN sem re!en,9o dosimblico e imagin?rioN >ersis!e um realdo !em>o que desliza. 5es!am a>enasOragmen!os de cada regis!roN sem rela,9o

en!re si. =m suei!o com % anos acen!uaque de>ois da >erda do marido come,oua esquecer os nomes das coisas. AO?sica>ara alguns nomes co!idianosN !en!a enla6,ar com mui!os Oios sua his!ria de amorN!em>o que n9o se a>agaN ` vida quecon!inua.

'omo Oalar na Oal!a dos reOeren!esS'omo >ensar sem as >alavrasS Insis!e emOalar >elas lembran,asN mas n9o !odasn9o quer se lembrar da >erdaN mas

a>enas do que vive do obe!o amado. alvez como Garcia #?rquez e pourcenarN >ud+ssemos >ensar que K\...]a memria dos homens assemelha os

 viaan!es Oa!igados que se desOazem dasbagagens inJ!eis a cada >ausa docaminhoM \pourcenarN 1(%N>.17]N masn9o + >ossvel desOazermos de !udo. K$eao menos >udesse sonhar com eleRM.

 em>o real do sonhoN onde o obe!o>erdido >ode re!ornar !al como OoiN sem

os limi!es dos !em>os que corroem a!+ aslembran,as. #esmo com aOasias esse

suei!o agarra6se `s lembran,as que lhein!eressam e is!o n9o a dei3a sair do!em>o. ara ou!rosN ao con!r?rioN na Oal!ado es>a,o >ara o lu!oN o buraco aber!ocom as >erdas \marcadas inicialmen!eNsobre!udoN no cor>oN com buracossubs!anciais sobre a consis!Qncia ima6

gin?ria] e o domnio de um real sem oam>aro do simblico e imagin?rioN im>e6ra a demiss9o dos !em>os com recuo ao!em>o >rimordialN real.

bserva6se que no Oinal dessa viacrucis dos !em>osN v?rios suei!osre!ornam ao !em>o do balbucioN>equenos sons conhecidosN >equenasle!ras !ocadas como mJsicaN Orasesescu!adasN !ra,os que marcados n9omorrem amais e encon!ram6se ainda

dis>onveisN mas sem os recursos da!radu,9o e da amarra,9o. $e -oBce >odecorrigir os erros do enodamen!o en!re5$I >elo sin!homa de sua escri!aN dirigin6do6se dire!amen!e ao real da linguagemNes!ilha,ando6aN quebrando as >alavras eOazendo das le!ras uma inven,9o originalde escri!aN do lado do Alzheimer >erma6nece !amb+m um encon!ro com um !em6>o real \es>ecialmen!e no Oinal]N mas sem>ossibilidade de inven,9oN amarra,9o ou

cos!ura. 8ssas le!rasN res!os me!onmicosNresqucios da cadeia que se esgar,aN me6mria de um !em>o >rimordialN !alvezsea o Jl!imo recurso a que algunssuei!os com Alzheimer se agarram >ara!ra!ar o real avassalador desse !em>o querealmen!e desliza e n9o >?ra.

Re-er"(ia% 8i8$io5r#-i(a%

F58=DN $igmund. 'ar!a "2\W1(/X. 8$)N5io de -aneiro ImagoN 177. v.LA'A*N -acques. $emin?rio.s qua!roconcei!os Oundamen!ais da >sican?lise.\1/4].5io de -aneiroN aharN 1((.66666666666666666666666. $emin?rio W172617%X. Livro 20 #ais ainda. 5io de -aneiroaharN 1("666666666666666666666. 5.$.I. $emin?rio \174617"]. In+di!o.666666666666666666666. o>ologie du !em>s. $emin?rio.\17]. In h!!>^^.ecole6

lacanienne.ne!^biblio!heque.>h>666666666666666666666. $emin?rio. $in!homa\17"67/]. 5io de -aneiroN aharN 200"N >. 0.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/

Page 270: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 270/298

#’5&=8N Gabriel. #emria de minhas>u!as !ris!es. 5io de -aneiro 6 $9o aulo5ecordN 200"N>. 14.5=$N #arcel. !em>o redescober!o.$9o aulo GloboN 14.

 p=5'8*A5. #argueri!e. !em>o essegrande escul!or. 2‰ ed.N 5io de -aneiroN *ovaFron!eiraN 1(%.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 270

Page 271: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 271/298

A psicanálise e o discurso capitalista 

E$ p%i(oa"#$i%i% ap$i(ado e" $a e"%ea"<aori5i"aria de La(a"

 Ani*al Dre8Nin acan sos!uvo a lo largo desu >r?c!ica !res caminos dee3>eriencia que recorrisin cesar la enseEanzaN ensu seminario desde 14Naunque se >ublic desde1"% la >r?c!ica del >si6coan?lisis en su gabine!e

en el "N rue de Lille B una ac!ividad en el<os>i!al $ain!6AnneN donde llev ade6lan!e de modo inin!errum>ido sus c+6lebres B demasiado desconocidas >resen6!aciones de enOermos.  'uando Ound su >rimer 8scuelaN la8scuela Francesa de sicoan?lisis \8F]N>lan!e la ac!ividad en !res seccionesN unaseccin de es!udio de la doc!rina B los!e3!os del cam>o OreudianoN una seccinde >sicoan?lisis >uro B una seccin quellamo de >sicoan?lisis a>licado .  8l >aralelo B cier!o equilibrio es no!o6rio en!re los lugares en la 8scuela B losees de su e3>eriencia como >sicoanalis6!a. =n equilibro en el que sos!ena las doscues!iones que le im>or!abanN >rac!icar el>sicoan?lisis B man!ener abier!a la >re6gun!a qu+ es un >sicoanalis!a S 'onside6raba que de o!ro modo la cues!in seracerradaN B adem?sN desde o!ros discursosNcon o!ros Oines.  8n es!a 8scuela de sicoan?lisis quecreo Lacan en 1/4 haba en!onces !res

secciones. A su vezN >ara cada una de es6!as secciones haB un >roBec!o de !rabaoes>ecOico B orien!ado desde el >sicoan?6lisis.  8n modo alguno se !ra!a en es!as sec6ciones de grados o degradaciones de lao>cin lacaniana. 8n !odo casoN >odranconsiderarse las !areas de cada seccincon los >ares conce>!uales enseEanza B!ransmisinN >or un ladoN !rabao anal!i6co en in!encin B en e3!ensinN >or o!ro

lado.

 amos a avanzar aqu algunos !emasrela!ivos al sicoan?lisis A>licado.  8n la >ro>ues!a originaria de Lacan nose !ra!aba con relacin a las !areas de la$eccin de sicoan?lisis A>licado decues!iones de duracin del !ra!amien!oN!era>ia m?s o menos cor!aN ni de valora6ciones clasis!as del es!ilo de >sicoan?lisis>ara algunosN >sicoan?lisis >ara muchossegJn las >osibilidades ma!eriales o lu6gares donde se desarrolla.

$e !ra!a de dis!in!os ees o lugares deinsercin de la >r?c!ica de los >sicoana6lis!as.  5esca!ar la >ers>ec!iva lacaniana cuan6do Oundamen! la seccin de sicoan?li6sis A>licado en su 8scuela en 1/4 nosresul!a de in!er+s clnico B +!ico en la ac6!ualidad >ues con el >aso de los aEos laar!iculacin original que Lacan haba>lan!eado >ara es!os dis!in!os ees o>r?c!icas de los >sicoanalis!as se ha idodesdibuando. A Oal!a de esa ar!iculacinoriginal se ha generado mucho ruido Blos >rac!ican!esN incluso las ins!i!uciones>ierden la >osibilidad de sos!ener conclaridad sus Oundamen!os. La conOusinse generaliza. La >r?c!ica se degrada B Oi6nalmen!e vienen a >oner orden en el >si6coan?lisis desde o!ros discursosN desde la=niversidad o desde el 8s!ado.

ero all Ba no im>or!ar? sos!ener

abier!a la >regun!a qu+ es un >sicoanalis6!a S #ucho menos encon!rar la res>ues!aen los an?lisis mismos B en aquello quede ello >uedan decir quienes concluBeronla e3>eriencia !al como lo >ro>uso Lacan.

'mo deOina Lacan la $eccin desicoan?lisis A>licado S  5ecordemos muB brevemen!e B >araque us!edes >uedan medir la diOerenciaNque la seccin de >sicoan?lisis denomina6

do >uro en 1/4 era aquella cuBa ac!ivi6dad era la >ra3is donde se >roduca el

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 271

L

Page 272: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 272/298

nuevo analis!aN es decirN el >sicoan?lisisdid?c!ico. Luego los !+rminos cambiaran>ero seguir? !ra!?ndose de la >r?c!icaanal!ica que a>un!a hacia el Oinal dean?lisis del cual surge el nuevo analis!aNaquel de quien la Ins!i!ucin Anal!icaes>era que en el Orescor de ese momen!oN

llamado momen!o del >aseN nos >uedadecir algo sobre qu+ es un analis!aN sobrelos >un!os m?s relevan!es de una cura Bdel Oinal de un an?lisis.  La seccin de >sicoan?lisis a>licado dela 8scuela en cambioN es aquella que co6biaba >roBec!os !era>+u!icosN llevadosadelan!e >or Ksue!os >sicoanalizados ono >or >oco se hallen en condiciones decon!ribuir a la e3>eriencia >sicoanal!icaM.

  De qu+ modo S  K...median!e la cr!ica de sus indica6ciones en sus resul!ados... >or la >ues!a a>rueba de los !+rminos ca!egricos B delas es!ruc!uras que en ellos in!rodue... enel e3amen clnicoN en las deOiniciones no6sogr?OicasN en la >osicin misma de los>roBec!os !era>+u!icosM .

 amos a desarrollar ahora en es!e !ra6bao los Oundamen!os de una e3>erienciaque bien hubiera >odido en 1/4 ubi6

carse bao la rJbrica de la seccin de si6coan?lisis A>licado en la 8F. lan!eare6mos >ar!icularmen!e aquellos conce>!osque sos!ienen nues!ra ac!ividad en la di6reccin de un 'en!ro de Da B <ogar>siqui?!rico que venimos llevando ade6lan!e desde hace >ron!o quince aEos .

'u?les Oueron las deOiniciones delroBec!o !era>+u!ico en cues!in S  ara comenzarN en el inicio de la e3>e6rienciaN cuando Oundamos la clnicaN hici6

mos >ie en las es!ruc!uras Oreudo6lacania6nas de la sube!ividad.  As Oue que nos >usimos las >rimerasbalizas B condiciones de >osibilidad. *os>ro>usimos !rabaar con sue!os >sic!i6cos. 8s decirN no a!endemos en ningunade las modalidades que desarrollamos Bque son de in!ernacin B de cen!ro de daa >acien!es neur!icosN ni >erversos. *oa!endemos >acien!es adic!os a las drogasNalcoholis!asN menores delincuen!es ni

o!ras >a!ologas que gol>ean a las >uer6!as. 8s decir que la >rimera >au!a es!?

a>oBada en un ee nosogr?Oico B declnica diOerencial segJn las es!ruc!urasOreudo6lacanianas.  $egundo conce>!oN es!e muB es>ecOicode Lacan que gua nues!ro !rabaoN elconce>!o de no6!odoN que !uvo >ara no6so!ros una es>eciOicidad clnica de en6

orme incidencia.  odemos >resen!ar algunas declina6ciones o consecuencias clnicas del !raba6o con es!e riqusimo conce>!o.

=na de ellas es que !rabaamos con es!aorien!acin >ero que no !odos somos>sicoanalis!asN no !odos >sicoanalizadosni >sicoanalizan!es. Damos adem?s elmaBor valor a la in!erdisci>linariedad delequi>o.

*o !odo lo que hacemos es >sicoan?li6

sis. *o somos una ins!i!ucin >sicoanal6!ica sino una Ins!i!ucin de $alud #en!al.'onsideren us!edes que el dis>osi!ivo esde in!ernacin o de cen!ro de daN es de6cir que los >acien!es es!?n con noso!rosal menos 1" horas semanales. 8l >a6cien!e suele llegar a noso!ros con diver6sos !ras!ornos >sic!icos o asociados alas >sicosisN mo!ricidad de!erioradaN diOi6cul!ades cogni!ivasN abandonos diversosligados a los !ra!amien!os o in!ernaciones

>siqui?!ricas donde slo im>or!a la com6>ensacin deando de lado cues!ionessube!ivas o rela!ivas al lazo social B >re6sen!an diversos de!erioros derivados de laes!ruc!ura.  ercer conce>!o que nos gua en!oncesN6 recuerden que el >rimero Oue el de dia6gns!ico es!ruc!ural B el segundo el deno6!odo 6N hacemos de secre!arios delalienadoN de >r!esisN de cuar!o nudo Bdesde esa >ers>ec!iva surgen las es!ra!e6

gias !era>+u!icas.  $i una de las consecuencias e3is!en6ciales de la es!ruc!ura >sic!ica es la se6gregacinN la im>osibilidad >ara el sue!ode sos!enerse en el lazo socialN el >roBec6!o !era>+u!ico se orien!a all >ara >aliaresa inercia mor!iOican!e de la es!ruc!ura>resen!e en el cam>o de las >sicosis.

8s!o lo hacemos en lo co!idiano de lasac!ividades que >ro>onemos con granOle3ibilidad. <aB >ara quienes a>oBamos

m?s en !al o cual as>ec!oN >ero en !odoslos casos a>un!amos a inscribir al sue!o

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 272

Page 273: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 273/298

>sic!ico en aquello donde el neur!icose inscribe habi!ualmen!e solo B el >sic6!ico no >uede hacerlo. 8s!o va de la esco6laridad al cBbercaOeN del gimnasio a la u!i6lizacin del !rans>or!eN de la na!acin a laca>acidad de escribirN >roducir obe!osde valor social reconocibleN reanudar un

lazo Oamiliar cadoN la lis!a es !an largacomo ava!ares haB en la vida de cerca decuaren!a >ersonas.

'uar!o conce>!o. La cues!in sube!ivadesde el inicio la inversin de la deman6da desde la admisin. AJn el sue!o au!is6!a m?s >roOundo !iene la eOicacia sube!i6

 va necesaria >ara consen!ir o no a una>ro>ues!a !era>+u!ica. Desde +s!e has!ael sue!o >aranoico en su des>liegue BaJn en su re!icencia cada uno de ellos

>uede consen!ir o no al >roBec!o !era6>+u!ico que >ro>onemos. De all surge lamodalidad singular de admisin quesiem>re >rac!icamos. =na admisin esen!onces un >rocesoN >uede llevar un dao !res mesesN dos encuen!ros al menosN oquince. $iem>re m?s de un !iem>o >uesun !iem>o es el del sue!o !radoN a >ar!irde all haB que ins!aurar o!ro !iem>o queinicia la dial+c!ica de la demanda. 8s!o esinusual B genera sor>resas in!eresan!es en

algunos casos. As como el sue!o neur6!ico !iene en la >ra3is anal!ica un >ero6do de en!revis!as >reliminares que >ue6den llevar o no al comienzo de un an?li6sisN as un >roceso de admisin de un su6e!o >sic!ico en es!a Ins!i!ucin >uedellevar a comenzar con +l en una modali6dad >res!acional de In!ernacin o 'en!rode Da o no.

&uin!o conce>!o. =n dis>osi!ivo !era6>+u!ico bien cons!ruidoN una es!ra!egia

!era>+u!ica >ara cada cual. <aB >roBec!o!era>+u!icoN haB dis>osi!ivosN >rogramasNun !erri!orio balizado que a>un!a a >re6sen!ar una suer!e de Kru!a >rinci>alM . A>ar!ir de esa consis!encia cada >acien!ehar? Oallar el dis>osi!ivo a su modoN lou!ilizar? a su modoN nos in!er>elar? a sumodo B segJn sus !iem>os B as se ir? di6buando la es!ra!egia !era>+u!ica >aracada cual. =na >acien!e u!ilizar? el 'en6!ro de Da de #edia -ornada >ara es!abi6

lizar su ornada como es>osaN un >a6cien!e u!iliz los >roduc!os de la huer!a B

el !aller de cocina >ara ser recibido comonovio ca>az de >roveer en la casa de susuegra.

'ada uno >ondr? !ambi+n en uego su>ar!icular eOicacia sube!iva B noso!rosdesde la >ers>ec!iva lacaniana que nosevi!a volver a !ransi!ar los caminos reba6

!idos del Ouror curandis no buscamos surehabili!acin al mercado ca>i!alis!a del!rabaoN somos Ole3ibles a la es!ruc!ura.

$e3!a. Los !alleresN la >roduccin deobe!o B su sube!ivacin. 8n o!ro lugarBa >lan!eamos el deba!e acerca de lacues!in de los !alleres en el dis>osi!ivo .8l dis>osi!ivo in!erdisci>linario donde sedes>liegan diversos !alleres B ac!ividades!era>+u!icasN educa!ivasN de socializacine inscri>cin del sue!o en las m?s diver6

sos >lanos de la ac!ividad humana >uede!ener lugar en ese marco ins!i!ucional Blenguaero am>lio donde !ambi+n !ienelugar la >sico!era>ia o el !ra!amien!o in6dividual. *o >ara !odos o en !odos loscasosN sino all donde se >lan!ea Ba sea>orque la es!ra!egia !era>+u!ica lo re6quiereN Ba sea >or la demanda del sue!o.8l es>acio del >sicoanalis!a no requierenecesariamen!e de un marco e3!erno .5ecordemos la >os!ura de #aude #an6

noni cuando Ound )onneil era de re6chazo de los dis>osi!ivos de !alleres Bo!ros que desde su ideologa an!i>siqui?6!rica en ese momen!o rechazaba. 8l de6manda de los >acien!es Oue con!unden!elos >acien!es demandaron un dis>osi!ivoque incluBera esas ac!ividades rechazadas>or la Oundadora de )onneuil B +s!a vol6

 vi sobre sus >asos reconociendo su >re6uicio. =n dis>osi!ivo !odo6>sicoan?lisisdea a los >acien!es libradosN en su no

inscri>cinN a la inercia de las >ulsiones Blos libra a la agresividad B la mor!iOica6cin. 8se no es el cam>o >ara el encuen6!ro con la >alabra. *oso!ros >lan!eamosun dis>osi!ivo con !alleres B ac!ividadesque >osibili!an el desarrollo de la sube!i6

 vada en las ?reas cogni!ivaN de la mo!rici6dadN ocu>acional B e3>resiva. Insis!imosen la es>eciOicidad de cada saber B cada>r?c!ica. 8n >ar!icular evi!amos !odas lasac!ividades inOan!ilizan!es que hacan a la

!radicin asilar B nos vedamos los cami6nos que conducen a la >roduccin de ob6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 27%

Page 274: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 274/298

e!os que redu>lican la segregacin >ro6>ia de la es!ruc!uraN obe!os que algunosllaman esquizoOr+nicos. Los >acien!es ensu medida >roducen obe!os de valor demercadoN haB un !rabao a>ro>iacin Bsube!ivacin de esas >roducciones. 8n lahora de >iscina no se in!er>re!a. 8n cam6

bio haB un momen!o es>ecOico >ara el!ra!amien!o individual.  La e3!ra!erri!orialidad del !ra!amien!oindividual no es Oormal. La demandasurge all donde es!? la oOer!a B esa oOer!aes >osible en el dis>osi!ivo.  La >alabra encuen!ra su lugar en es>a6cios >ar!icularizados de la vida ins!i!ucio6nalN que no em>uaN ni siquiera a la >ala6bra. 8l goce em>uaN el >sicoanalis!a noem>ua. 8l dis>osi!ivo !era>+u!ico no

!iene que em>uar.

  $+>!ima cues!in. La duracin del !ra6!amien!o. La >sicosis acom>aEa al sue!oa lo largo de su vida. *oso!ros no noshacemos en consecuencia ningJn >lan!eode Oinalizacin del !ra!amien!o. 8n !odocaso acom>aEamos al sue!o en el des6>liegue B nos >res!amos a modiOicar el

dis>osi!ivo >ro>ues!o !oda vez que eso lees J!il al sue!o. AsN un mismo >acien!e>uede es!ar in!ernado B luego en unamodalidad ambula!oria o al rev+sN >uedeconcurrir !odo el da o medio da o !res

 veces a la semanaN es!ar in!ernado sie!edas a la semana o cinco o cua!ro. LoOundamen!al es que el sue!o sabe quenos >res!aremos Ole3iblemen!e a sus >ro6cesosN que cuen!a con noso!ros.

Lo Oundamen!al es que a lo largo del

!iem>o el sue!o se>a m?s de cmo ma6nearse con su es!ruc!ura en la vida.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 274

Page 275: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 275/298

A psicanálise e o discurso capitalista 

 A *revidade  (omo pri"(pio da e-i(i"(ia, a% p%i(oterapia% e a ($"i(a do e"%!rde(ime"to

'onrado Ramos m Freud \1((] escreveuKsem dJvida + dese?velabreviar a dura,9o do!ra!amen!o anal!icoN mass >odemos conseguirnosso in!ui!o !era>Qu!icoaumen!ando o >oder daan?lise em vir em assis6

!Qncia do eu22M \>.24"]. 8ssa >assagem

indica a rela,9o que h? en!re a abrevia,9odo !em>o de !ra!amen!o anal!ico e osdis>osi!ivos de socorro !era>Qu!ico calca6dos no imagin?rio e na suges!9o. As mo6dalidades de !ra!amen!o conhecidascomo >sico!era>ias brevesN que sus!en6!am clnicas or!o>+dicasN educa!ivas oude a>oioN ao buscarem o alvio imedia!odos sin!omas assemelham6se ` >r?!icam+dica queN a>s o diagns!ico daKdoen,aMN >rescreve a condu!a mais ade6

quada ` elimina,9o do sin!oma \e n9o aoseu ques!ionamen!o]N o que cala o suei!oque deveria escu!ar.  A Oun,9o da pressa N que den!ro do !em6>o lgico nos a>on!a `quele momen!oem queN >or um a!o de OalaN o suei!o seim>lica dei3ando6se re>resen!ar nacadeia de signiOican!esN Oora do !em>olgico P is!o +N no !em>o cronolgicolinear P corres>onde ao >rinc>io deeOiciQncia da lgica ca>i!alis!a que deve

alcan,ar o m?3imo de >rodu,9o nomnimo de !em>o. *es!e casoN nas>sico!era>ias o equivalen!e ` Oun,9o da>ressa assume a Oorma da *revidade   e o>acien!e + chamado a >roduzir !9or?>ido quan!o >uderN devendoN >oisNconcen!rar !odos seus esOor,os no  "oco\ou seaN na associa-o n-o4livre  ].

292 'ien!es de que Freud amais escreveu eu  e issocom os res>ec!ivos !ermos gregos ego  e id

ado!ados na !radu,9o inglesaN o>!amos >oreOe!uar as corre,Tes nas ci!a,Tes da edi,9ostandard  brasileiraN origin?ria da vers9o inglesa.

  Al+m dissoN sob a >ers>ec!iva do au6men!o da >rodu,9o num mnimo de!em>oN v?rios recursos s9o convidadosao !ra!amen!o da hermenQu!ica ecodiOica,9o da comunica,9o cor>oral\OacialN ges!ual e >os!ural] e do clima deacol%imento a"etivo  ao uso combinado de!+cnicas de rela3amen!o e ca!arse \comoa a>lica,9o de socos em almoOadas] do

>laneamen!o de situa+es 6 pro*lema   e demanipula+es  am*ientais  >ara al+m do settingao uso do dis>osi!ivo de re>e!i,9o deOrases com vis!as ` re>rograma,9o desis!emas cogni!ivos daniOicados emaneos de corre-o perceptiva e emocional .ara lembrar Lacan \1/0^1(] KoaOe!o + inca>az de desem>enhar o >a>eldo suei!o >ro!o>?!icoN uma vez que esse+ um cargo que n9o !em !i!ular aliM\>.(1%]. De cer!o modoN !odos esses s9o

dis>osi!ivos clnicos de >rodu,9o de sen6!idosN cdigos de enredamen!o dos aOe!osnuma imagem cris!alizada. ale dizer ques9o clnicas da linguagem intersu*:etiva N masno sen!ido que esses !ermos ganham ao>ensarmos na rela,9o es>ecular e na co6munica,9o cibern+!ica.  $e al+m do >rinc>io de eOiciQncia dalgica ca>i!alis!a recordarmos !amb+m dalei geral da cibern+!ica P >ara a qual nummnimo de energia consumida um m?3i6

mo de inOorma,9o deve ser !ra!ada \6'I8LLN 1"] P e sua ver!en!e den!roda >ro>aganda subliminar P que >ro>Teque quan!o maior a quan!idade de es!6mulos em menor !em>o de e3>osi,9oNmaior a subliminaridade \'ALAA*$N12] PN >odemos sus!en!ar a e3is!Qnciade uma "rmula  comum >ara os dis>osi!i6

 vos adminis!ra!ivos de con!role e domi6na,9o >resen!es em nossos dias a asso6cia,9o do grau de eOiciQncia ao nJmero

de inOorma,Tes >rocessadas num mesmo

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 27"

E

Page 276: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 276/298

in!ervalo de !em>o2%.   Yuanto maior onúmero de in"orma+es num tempo dado, maioro grau de e"ici(ncia . Is!o d? ` no,9o de*revidade   um valor   imperativo  cuo ad?giomais conhecido + o time is mone8 .  =ma Ormula como essa ns >odemosencon!rar em diversos cam>os da cul!ura

que v9o da >ro>aganda e do videocli>e `!ecnologia de ensino e `s rela,Tes in!er6>essoais \que devem ser in!ensas enquantoduram N gra,as ao desgnio moral >redomi6nan!e de que a qualidade da presena  + mui6!o mais signiOica!iva do que a quantidadeda presena  + assim que se Oazem os >aise"icientes N os >arceiros e"icientes N os amigose"icientes   e os !rabalhadores  por produ-o ].*9o seria de se es!ranhar que essa Or6mula se Oizesse >resen!e !amb+m nas >si6

co!era>ias24. ois bemN quando num !ra!amen!o a

 pressa  + re!irada de sua Oun,9o lgica >arares>onder >or sua Oun,9o social im>era6!iva \como *revidade  ]N as us!iOica!ivas damanu!en,9o dessas o>,Tes clnicas n9oconseguem se dis!anciar dessa mesmaOrmula.  Invariavelmen!eN cri!+rios obe!ivos ouobe!iv?veis acabam sendo chamados ares>onder em nome da eOiciQncia. *es!e

casoN maior + o grau de eOiciQncia de um!ra!amen!o quan!o maior o nJmero de*ene")cios  alcan,ados num mesmo es>a,ode !em>o.  arecem6nos inevi!?veisN en!9oN qua!roconsequQncias >ara essas clnicas2" 1] o!em>o como denominador comum ecom Oun,9o im>era!iva nes!a >ro>or,9obeneOcios^dura,9o 2] o >rinc>io >rag6m?!ico e rela!ivis!a da e"ici(ncia   como aKverdade >ossvelM sus!en!ada >or essa

>ro>or,9o %] + en!re a *revidade   \como2%  *o. inOorma,Tes >rocessadas 8OiciQncia  

  !em>o294  aleria a >ena in!errogar e inves!igar asassocia,Tes que >odem ser Oei!as en!re o car?!eres>ecular e cibern+!ico >r>rio dessesdis>osi!ivos de domina,9o e as mais diversascorren!es que >os!ulam uma sociedade narc)sica .2" A>licando os !ermos ao discurso do mes!reN!emos)revidade ragma!ismo    lgica u!ili!aris!a doconsumo

8OiciQncia ^^ )eneOcios mensur?veis

signiOican!e6mes!re] e o  pragmatismo\como um Ksaber6OazerM !+cnico] que !aisclnicas acabamN em geralN >orre>resen!ar sua eOiciQncia e 4] + na>rodu,9o de *ene")cios   mensuráveis   queencon!ram sua us!iOica!iva. 8s!as s9o ascondi,Tes nas quais si!uamos !odos os

esOor,os de Oormaliza,9o >resen!es nocam>o das >sico!era>ias. )as!a ir aos!e3!os de >sico!era>ias breves que aOrmula e a lis!a de beneOciosN mui!as

 vezes mensur?veisN es!9o l?N comoargumen!os lgicos de sua eOiciQncia eOundamen!o terico”   do marQeting  de sua>r?!ica. 8s!es !e3!os Ouncionam como*ulas N descrevendo as composi+es   de suas!+cnicasN suas indica+es   e contra4indica+es N

 precau+es  e advert(ncias N posologia  e resultados

esperados  com>aram6se en!re si >or meiodos resul!ados que ob!iveram com umnJmero signiOica!ivo de >acien!es comde!erminados !rans!ornos oOerecem6secomo moderniza,9o em rela,9o a!+cnicas ul!ra>assadas e Jl!ima novidadeno !ra!amen!o de dis!Jrbios es>ecOicoss9o >anac+ias com beneOcios medidosem Oun,9o do !em>oN mais do que emraz9o dos sin!omas.  &uan!o ` discuss9o dos *ene")cios N na

condi,9o que adquirem de cri!+rios obe6!ivos ou obe!iv?veisN >recisamos vol!ar `Freud. *a >ar!e III do Análise terminável einterminável   \ou  "inita e in"inita  ]N Freud\1%7^1((] discu!e a rela,9o econUmicaen!re Oor,a das >ulsTes e Oor,a do euNa>on!ando o Oa!or quan!i!a!ivo na e!iolo6gia da neurose. 8s!e + um >on!o mui!oci!ado em !e3!os de >sico!era>ia breveN>os!o queN se a Oor,a do eu diminuiN aOor,a das >ulsTes !Qm suas e3igQncias au6

men!adasN decorrendo da a im>or!Vnciados Oa!ores co!idianos e obe!ivos nae!iologia das neuroses ou crises   e aorien!a,9o clnica em dire,9o ao eu. #asobservemos o que escreve o >r>rioFreud \1%7^1((]

 emos aqui uma us!iOica,9o dodirei!o ` im>or!Vncia e!iolgica deOa!ores n9o es>ecOicosN !ais comoo !rabalho e3cessivoN o choque e!c.

8sses Oa!ores sem>re gozaram dereconhecimen!o geralN mas Ooramrelegados >ara o segundo >lano

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 27/

Page 277: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 277/298

e3a!amen!e >ela >sican?lise. Yim>ossvel deOinir saJdeN e3ce!oem !ermos me!a>sicolgicosN is!o+N >or reOerQncia `s rela,TesdinVmicas en!re as ins!Vncias doa>arelho >squico que Ooramiden!iOicadas P ou \se se >reOerir]

inOeridas ou conec!uradas P >orns. \ >. 241N no!a %]

  AssimN >odemos su>or que >ara FreudNdeOinir saJde >or meios n9o me!a>sicol6gicosN is!o +N >or *ene")cios   obe!ivos ouobe!iv?veisN leva a >sican?lise mais Oacil6men!e `s >r?!icas or!o>+dicas ada>!a!ivas\!orna6se a:ustamento segundo cri!+rios co6!idianos]. Freud escreveN no mesmo !e36!oN que a >sican?lise vai orien!ar6se >eloamansamento das >ulsTesN ou seaN >ela in6!erven,9o no cam>o das Oan!asias quesus!en!am a Oor,a das >ulsTesN e sabemoso quan!o as >sico!era>ias brevesN ao con6!r?rioN v9o dar >reOerQncia ao Oor!aleci6men!o do euN !rabalhando no cam>o dasdeOesas.  A >ers>ec!iva clnica de que ossin!omas res>ondem como crises >rovo6cadas >or aciden!es e3!ernos e que o !ra6!amen!o deve levar ` recu>era,9o dosaus!amen!os co!idianos do euN reme!e6nos ao seguin!e !recho de 'ole!!e $oler\2004]

 A QnOase dada ` causalidade!raum?!ica da neurose nosin!eressa mui!o >ar!icularmen!e>orque Oaz do sin!oma o resul!adode um aciden!e da his!riaN deuma das con!ingQncias da vidaN naqualN no OundoN o suei!oN mesmocom alguma nuan,aN + essen6cialmen!e v!ima v!ima do mauencon!ro mais que >ar!ein!eressada. \>.4(]

  ia de regraN quan!o mais os >sicodiag6ns!icos >au!ados >elo modelo m+dicoseguem cri!+rios anamn+sicosN mais bus6cam res>onsabilizar a causalidade !rau6m?!ica e mais Kinocen!amM o suei!o.

 ale dizerN com $oler \2004]N que a medi6cina e as ciQncias na!urais conhecem bemo !raumaN mas desconhecem a Oan!asia. A

>sican?liseN >or sua vezN >or conhecerbem a Oan!asiaN coloca em ques!9o o mo6

delo m+dico calcado no !rauma e !omacomo uma dimens9o +!ica a im>lica,9odo suei!o na sua neurose. 8s!a + uma di6Oeren,a Oundamen!al >orque nos leva alei!uras conOli!an!es da clnica se do ladoda >sican?liseN Lacan caminhou >ara aOormaliza,9o do a!o e da cons!i!ui,9o do

suei!o >or re!roa,9oN >ara as>sico!era>ias >au!adas no modelom+dicoN os o>eradores clnicosconduziram ` via >sicolgica edesenvolvimen!is!a da regress9o e `com>reens9o do suei!o como um dadona!ural. Aqui chegamos novamen!e `sdiOeren,as clnicas en!re tempo lgico  etempo cronolgico  e `s suas res>ec!ivasOun,Tes da pressa  e da *revidade .  *o Oinal de seu escri!o sobre o !em>o

lgicoN Lacan \14"^1(] nos diz que a>ressa em au!orizar6se e reconhecer6se>or si mesmoN vem em res>os!a ao medode n9o ser reconhecido >elo u!ro. 8ssa>osi,9o + diOeren!e daquela >resen!e nadial+!ica do senhor e do escravoN >elaqualN >or medo de ser mor!oN naurgQnciaN o escravo cede e reconhece osenhorN oOerecendo6se a ele como obe!o.

 Ao inv+s de buscar o reconhecimen!o doou!ro \deseo de reconhecimen!oN !endo

a brevidade como im>era!ivo]N !ra!a6sedeN !amb+m na urgQnciaN reconhecer6se>or meio do a!o de Oala \reconhecimen!odo deseo ou a >ressa como Oun,9olgica]. A diOeren,a en!re as duasurgQncias acima >ode ser esclarecidaquando recordamos que Knada h? decriado que n9o a>are,a na urgQnciaN enada na urgQncia que n9o gere suasu>era,9o na OalaM \LA'A*N 1"%^1(N>.242].

 As >sico!era>ias brevesN ao >au!arem6se >elo im>era!ivo do !em>o e n9o >ela+!ica do deseoN conduzem a clnica `lgica do senhor e do escravoN >edindoque o suei!o se aus!e ao seu lugar decriado o mais r?>ido >ossvelN !endo >or>re,o o seu deseo. or es!a viaN >ara osuei!o !ra!a6se de ceder em seu deseoNguiado >elo mes!re e >elo alvio imedia!odo sin!oma na >rodu,9o de uma nova>osi,9o de obe!o ou na corre,9o da

>osi,9o rom>idaN num cam>o que + o dadire,9o do >acien!eN is!o +N da suges!9oN e

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 277

Page 278: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 278/298

n9o do !ra!amen!oN ou seaN da!ransOerQncia. !em>o >aracom>reenderN aquiN se conclui >or seuengessamen!oN quando um m?3imo deinOorma,Tes num mnimo de !em>o eenergia reduz o suei!o ` sua imagemN >e6renizando6o nas rela,Tes dos suei!os re6

c>rocos ou reOle!idos do soOisma do!em>o lgicoN imerso no cam>o da lin6guagem em sua ace>,9o cibern+!ica a>li6cada `s rela,Tes imagin?rias \5G8N14]. 8s!amos no muro da linguagemNa6aCN e na codiOica,9o de zeros e unsN >elaqual as m?quinas se conversam e os >si6co!era>eu!as se !ornam surdos ao suei!odo inconscien!e.  araOraseando a cr!ica de Lacan\1/0^1(] ` >sicologia do egoN >ode6

mos dizer que es!amos OalandoN Kbemen!endidoN da e3!raordin?ria !ransOerQnciala!eral >ela qual vQm recobrar6se na>sican?lise as ca!egorias de uma >sicolo6gia que com isso revigora seus usos visde e3>lora,9o socialM \>.(12].  Dian!e dissoN cum>re ques!ionarmosse a >sican?lise que coloca o !em>ocomo im>era!ivo clnico n9o ruma ao>ior. Y >reciso o>or a +!ica do deseo ao>rinc>io da eOiciQnciaN o que nos leva a

sus!en!ar o momen!o simblico da lin6guagemN is!o +N a OalaN que + es!ranha `sm?quinas e ` Ormula reducionis!a da ci6bern+!icaN e que se in!roduz Ka >ar!ir domomen!o em que o suei!o Wdo soOismado !em>o lgicoX e3ecu!a essa a,9o >elaqual aOirma |eu sou brancoCM \5G8N

14N >.77]. #as o>or a +!ica do deseoao >rinc>io da eOiciQncia im>lica!amb+mN e Oundamen!almen!eN o>erar>ela via da e3!ra,9o do obe!o a.

Re-er"(ia% 8i8$io5r#-i(a%

'ALAA*$N F. Propaganda su*liminarmultim)dia . $9o aulo $ummusN 12.F58=DN $. \1%7]. An?lise !ermin?vel ein!ermin?vel. In O*ras completas de ;igmundFreud  edi,9o standard   brasileira. 5io de

 -aneiro ImagoN 1((N vol. HHIIIN >g. 22"6270.LA'A*N -. \14"]. !em>o lgico e aasser,9o da cer!eza an!eci>ada. In  Mscritos .5io de -aneiro -orge aharN 1(N >.17621%.LA'A*N -. \1"%]. Fun,9o e cam>o da Oala eda linguagem em >sican?lise. In Mscritos . 5io

de -aneiro -orge aharN 1(N >.2%(6%24.LA'A*N -. \1/0]. $ubvers9o do suei!o edial+!ica do deseo no inconscien!eOreudiano. In Mscritos . 5io de -aneiro -orgeaharN 1(N >.(076(42.'I8LLN '. s desaOios da leveza as>r?!icas cor>orais em mu!a,9o. In$A*wA**AN D.). de \org]N Pol)ticas do corpo.$9o aulo 8s!a,9o LiberdadeN 1" , >. 11"620.5G8N 8. Psicanálise e tempo o !em>olgico de Lacan. 5io de -aneiro 'am>o

#a!QmicoN 14.$L85N '. rauma e Oan!asia. ;t8lus  revis!ade >sican?lise. 5io de -aneiro Associa,9oFruns do 'am>o LacanianoN n.N >.4"6"Nou!ubro de 2004.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 27(

Page 279: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 279/298

A psicanálise e o discurso capitalista 

Le (o!p$e p%)(&iatrie>p%)(&a"a$)%e,d! temp%de% amo!r% a! temp% d! diFor(e

 ean4Pierre Drapier ous sommes >ass+s `lC+>oque du !roub6le qui nCes! rien dCau6!re quCun !our de>asse6>asses+man!ique >ourim>oser la >ens+e\ S] anglo6sa3onneN le

Z desorder [ am+ricain.

Les cliniciens de la vieille 8uro>eN don!nous nous revendiquons sans aucune vergogneN avaien! lChabi!ude dCu!iliser lesigniOian! !rouble N en >ar!iculier dans laclinique dCenOan!N mais ils lCem>loBaien!au >luriel les !roubles ducom>or!emen!N de la rela!ionN les!roubles de la >arole e!c.; comme un

 vrai sBnonBme de Z diOOicul!+s [. 'e>luriel classai! sim>lemen! ces !roublesdu cU!+ de la descri>!ion sBm6

>!oma!ique ils voulaien! dire !el enOan!a du mal dans ses rela!ionsN son sBm>!U6me sCe3>rime >ar lCagi!a!ion qui es! =*!rouble du com>or!emen! e!c.; 'ela nedisai! rien sur la cause du !rouble e! en6core moins quCil +!ai! une en!i!+ en lui6mQme. Les !roubles son! com>a!iblesavec la >sBcho>a!hologieN solubles dansune clinique dBnamique.  Avec t%e desorder N L8 !rouble on >asse `au!re choseN ` !ou! au!re chose le

!rouble es! ` lui6mQme sa >ro>re cause la sim>le a>>roche >uremen!>h+nom+nologique e! descri>!ive suOOi! `cr+er de nouvelles en!i!+snosogra>hiquesN d+barrass+s desa>>roches dBnamiques singulires e!>ouvan! renvoBer ` des s!ruc!uresdiverses. Les !roubles du com>or!emen!de lCenOan! son! des >h+nomnes aussibien com>a!ibles avec la n+vrose ou la>sBchose e! qui B !rouven! leurs causesN

>lurielles comme les sue!s. A con!rarioL8 !rouble des condui!es es! une en!i!+

e! sur!ou! une en!i!+ a6subec!iveNuniversalisan!eN qui es! >lus causequCeOOe! cause de condui!e an!i6socialeou asocialeN de socio>a!hie e!c. 'ausesans causeN obe! ` d+>is!erN >r+venirNgu+rir ou r+>rimer. L8 !rouble nCes! >assoluble ni com>a!ible avec la cliniqueN iles! >lu!U! l` >our la dissoudre.  )reON L8 !rouble nCes! ni ` +cou!erN ni `

en!endre e! encore moins ` in!er>r+!er ildonne enOin ` la >sBchia!rie une nosogra6>hie ac+>haleN e!an! encore >lus le!rouble dans le drUle de cou>le quCelleOorme avec la >sBchanalBse.  8! >our!an!N >endan! des d+cades >sB6chia!rie e! >sBchanalBse se son! !an! ai6m+es R8lles on! +!+ obe! dCamour lCune>our lCau!re.  Z 8! si e !Caime >rends garde ` !oi R ['e son! les >aroles de 'armen de )ize!

qui me !ro!!aien! dans la !Q!e en>r+>aran! ce !e3!e quand e >ensais `lCar!icula!ion >sBchia!rie6>sBchanalBse. 8!aussi des >hrases de Lacan sur lCamour Z lChorizon du ra>>or! ` lCobe! nCes! >asavan! !ou! un ra>>or! conserva!iO. IlsCagi! dCin!erroger lCobe! sur ce quCil adans le ven!re;^; -usquCoj lCobe!>eu!6il su>>or!er la ques!ion S eu!6Q!re;^; usquCau >oin! oj la ques!ion seconOond avec la des!ruc!ion mQme de

lCobe!. [ \1] 5ien que ,a.Dans lCamour dela >sBchia!rie >our la >sBchanalBse il B ace ra>>or! de curiosi!+N dCinves!iga!iondes!ruc!ive mais aussi comme dans !ou!amour une !rom>erie dans la rencon!reNun malen!endu de base quand le sue!croi! dire Z e !Caime [ il di! en Oai! Z emCaime ` !ravers !oi [N e! quand ildemande ` lCau!reN il ne sai! >as quelCau!re ne >eu! rien lui lui donner hormisce quCil nCa >as.

  -e >rendrai qua!re e3em>les desamours malheureuses de #onsieur

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 27

N

Page 280: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 280/298

sBchia!rie e! #adame sBchanalBse.uis CessaieraiN conOorm+men! au !hmedCauourdChuiN dCaugurer du devenir dece cou>le im>robable .  1. Z -e !e donnerai une belle nosogra6>hie [ se son!6ils >romis lCun ` lCau!re au!em>s de leurs belles Oian,ailles; 8!

 voil` la >sBchia!rie >rQ!an! son hBs!+rie `la >sBchanalBse qui lui cde la n+vroseobsessionnelleN remise en Oorme e! enraison de la vieille >sBchas!h+nie. Laca!+gorie n+vrose au sens moderneado>!+e >ar la >sBchia!rie lui vien!direc!emen! de Freud e! de ses +lves.'eu36ci en revanche on! !ir+ vers eu3 les>sBchoses quCelles soien!schizo>hr+niques ou >aranoaques. =nelangue commune cCes! bien >ra!ique

>our sCaimer ; mais derrire ce!!erencon!re a>>aren!e se cache unmalen!endu de Oond   La >sBchia!rie classai! ` >ar!ir de signese! de sBndromes cCes!6 6dire u!ilisai! uneclassiOica!ion in Oine >h+nom+nologique la >sBchanalBse sCorien!e ` >ar!ir dC+l+6men!s s!ruc!urau3 !els que le ra>>or! ` lacas!ra!ionN la Oonc!ion >a!ernelle ou lemode de ouissanceN ce qui lCamne ` >ri6

 vil+gier avan! !ou! le discours du sue!

>lus que son com>or!emen!.LorsqueN>our !el sue!N #onsieur >arledChBs!+rie \Z il B a conversion ousugges!ibili!+ [ di!6il] #adame >arledCobsession \Z $a!isOac!ion im>ossible [Z >osi!ion mor!iOre [ di! elle] lorsquCelle >arle >aranoa au nom dud+chanemen! de ouissance de lCAu!reN ilnCB voi! quChBs!+rie ou schizo>hr+nieselon les cas. 5a>>elons6nous lemalen!endu his!orique re>r+sen!+ >ar le

cas du r+siden! $chreber schizo6>hr+nie classique en >sBchia!rie >our sadissocia!ionN son morcellemen! e! sa ar6gono>hasie >aranoa +viden!e en >sB6chanalBse >ar lCins!aura!ion dCun Au!reabsolu de m+chance!+ ouissan! sans m+6nagemen! du cor>s du >auvre $chreber.  #alen!endu redoubl+ quand la>sBchia!rie se sim>liOie la vie ensim>liOian! sa nosogra>hieN recour!encore >lus massivemen! ` la

>h+nom+nologie voire au3 eOOe!s desm+dicamen!s >our +!ablir une

classiOica!ion sans queue ni !Q!e de >lu6sieurs cen!aines de >ages. Le D$# 4N re6e!on adul!+rin de #onsieur sBchia!rieNabou!i! ` des >erles savoureuses !ellecelle6ci que Caime ` ci!er sans me lasser Z la d+>ression es! ce qui gu+ri! sous an!i6d+>resseur [ \2] R Fi de lC+!io>a!hog+nie

qui diviseN vive la robus!e sim>lici!+ delCeOOe! m+dicamen!eu3 qui uni! les>ra!iciens e! les maladies >ourquoisCembarrasser de d+>ression n+vro!iqueou de m+lancoliesN alors quCavec une !elled+Oini!ion le mel!ing6>o! des Z maladiesd+>ressives [ sera >arOai!.  Dans les deu3 dernires d+cennies NcequCil B a de remarquable cCes! la >r+e3is6!ence chronologique ou logique du m+di6camen! ` chaque Z inven!ion [ Z nosogra6

>hique [ >ilo!+e >ar les labora!oires. r+6e3is!ence logique Z la d+>ression es! cequi gu+ri! sous an!i6d+>resseur [ osaien!donc +crire dans Z les maladies d+>res6sives [ nos conOrres li+N oirier e!Loo. 8! dans ce qui se voulai! Q!re labible de la d+>ression des ann+es 0 \4(0>. don! de nombreu3 e3em>laires oOOer!sgracieusemen! >ar un labora!oire>harmaceu!ique] ils lan,aien! und+cou>age de la d+>ression en

d+>ression s+ro!oninergique  oud+>ression do>aminergique >oussan! `ses ul!imes cons+quences le m+canismede Oorma!ion de ce!!e nouvelle nosogra6>hie ` >ar!ir de la >harmacodBnamiquedes m+dicamen!sN ce qui +videmmen!+conomise la ques!ion de la cause .  #ais aussi >r+e3is!ence chronologiquedu m+dicamen!N lCe3is!ence de celui6ci en6!ranan! la naissance dCun mu!an! noso6gra>hique ainsi de la 5i!aline >our la6

quelle on a inven!+ le sBndrome hB>eri6n+!ique \<DA] en >iquan! lCagi!a!ion e!les !roubles de lCa!!en!ion !an!U! chezlCenOan! d+>ressiON !an!U! chez lCenOan!>sBcho!iqueN !an!U! chez lCenOan! angois6s+N en au!onomisan! ces !roubles e! en les+levan! ` la digni!+ dCune nouvelle mala6die. 8! >uis !an! quC` Oaire +!endonslC<DA ` lCadolescen! e! ` lCadul!eN ,a+!end les indica!ions de la 5i!aline.  Idem >our les an3iolB!iquesN insuOOi6

sammen! u!ilis+es >our les n+vroses e! les>sBchoses. Alors >iquons lCangoisseN

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2(0

Page 281: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 281/298

nommons la sBndrome Z dCangoisseg+n+ralis+e [ ou Z a!!aque de >anique [ e!en avan! les grosses doses.  8! les an!id+>resseurs croBez6vousquCil soi! raisonnable de r+server cese3cellen!s m+dicamen!s ` la seuled+>ressionN mQme si on a vu quCils la

d+Oinissaien! S 8! si on a>>elai! ..'.les com>ulsions obsessionnelles ou>sBcho!iques S 8! si de lC+vi!emen! ou delCisola!ion on Oaisai! une nouvelle >hobieNa>>el+e disons ; >hobie sociale S <+bienN on >ourrai! donner les an!i6d+>resseurs ` deu3 ou !rois Oois leurdose usuelle e! >uis +!endre lCindica!ionau3 adolescen!s e! >uis au3 enOan!s. 8!aussi les donner dans la >r+ven!ion des!roubles maniaco6d+>ressiOs ;e! ac6

cessoiremen! dans la >r+ven!ion de la>sBchanalBse e3i! cul>abili!+N obe! >er6du e! deuil e3i! >ulsionN Oan!asme e! d+6sir e3i! le sBm>!Ume analB!iqueN sa miseau !ravail e! le !ransOer! P que dC+cono6mies R  Avouons6le dans ce cou>le maudi! cenCes! >lus un malen!enduN cCes! une !rahi6son. #adame sBchanalBse aurai! biendu mal ` croire ou mQme ` Oaire sem6blan! de reconna!re des enOan!s com6

muns dans ces ree!ons .  2. Il lui avai! di! aussi Z aide6moi `gu+rir !ous ces malheureu3 [. 8lleN

 vaillan!eN sC+!ai! mise au !ravail. 8! >uisNchemin Oaisan! elle sCes! a>er,ue quedans la vie elle nC+!ai! >as Oai!e >oursoigner mais >our +clairerN que son+!hique +!ai! celle du bien6dire .  8n v+ri!+N la >sBchia!rie nCarrive >as `soigner les sBm>!Umes du n+vros+ Pmais elle le croi! alors quCelle ne Oai! que

les d+>lacer ou les masquer. La>sBchanalBseN avec FreudN >ensai! Barriver >our lui le sBm>!Ume es! la !racedCun conOli! oubli+ don! le sens es!enOoui. 'Ces! donc un hi+roglB>he quCilOau! d+chiOOrer >ar lCin!er>r+!a!ion. 'elle6ci suOOi! ` Oaire c+der le sBm>!Ume qui a>erdu sa valeur ce com>romis ou desa!isOac!ion subs!i!u!ive. Avec Lacan la>sBchanalBse es! >lus >ruden!e e!considre le sBm>!Ume comme une

r+>onse ` lCinsa!isOac!ion s!ruc!urelle dura>>or! se3uelN comme un au!re mode

de ouissance. Il ne sCagi! >lus dCun com6>romisN dCun ra!ageN dCune clocherie maisen quelque sor!e dCune r+ussi!e qui vien!combler le sue! P dCoj lCamour quCil lui>or!e; e! la robus!esse du sBm>!Ume. Ilne sCagi! >lus de gu+rir du sBm>!Umemais de Z Oaire avec [. AlorsN la

>sBchanalBse se donne >our bu! le savoirNce qui nCes! >as la gu+rison mais >eu!lCamener Z de surcro! [ comme elle >eu!conduire ` une sim>le >aciOica!ion unsue! qui sCassue!!i! au Z malheur banal [.&uand il di! [e veu3 gu+rir e! lib+rerlCindividu [ e! qu|elle lui r+>ond [-e visele savoir e! >our moi la gu+rison es! desurcro! [ N,a ne >eu! que d+g+n+rer Z rahison [N !ran+e R lui crie6!6il Z 'ause!ouours; e !C+cou!e [ r+>ondi!6elle.

  $ur ce!!e ques!ion du sBm>!Ume leurd+saccord ne Oi! que cro!re. Avec les m+6dicamen!s e! les !h+ra>ies com>or!emen6!ales il se >ensai! redevenu ma!re du eue!N en eOOe!N il assurai! ou en !ou! cas lecroBai!. Z u voisN lui di!6ilN e gu+ris lesn+vros+s main!enan! [ Z 'r+!in R !umasques les sBm>!Umes e! aggrave leursdes!in+es R [. Z 8cou!e au moins ce que eOais avec les neurole>!iques sur les d+lirese! sur; [. 8lle lCin!errom>! dCun Z a>6

>rends ` !Cen servir e! sache ce que !u visesN em>o!+ si cCes! Oaire !aire le sBm>6!Ume e! le sue! alors l` bravo !u B arrivesmais e !Caver!is e !e qui!!e. Le silence desorganesN lChom+os!ase du cor>sN lCharmo6nie an!+rieure cCes! bon >our la m+decine>as >our nousN rQveur. u Ora>>es sur!ou! ce qui bouge con!en! quand !u+crases ` bon escien! les eOOe!s de ouis6sance !elles que lCagi!a!ion ou les halluci6na!ions aussi bien que lorsque !u +cra6

bouilles maladroi!emen! les eOOe!s desue! !els que les d+liresN lesiden!iOica!ions e! au!res !en!a!ives decons!ruc!ion [ Z )Qcheuse [ lui r+>ond6ile! il sCen va. \%]  %. #onsieur >sBchia!rie a une au!re r+6crimina!ion envers sa belle. Il voulai!Oaire m+nage avec elle >our quCelle viennedonner du sens ` ce qui nCen avai! gure.

 ouours la mQme his!oireN au d+bu! ellelui a Oai! >laisirN elle es! all+ dans son sens

si Cose +quivoquer . Avec Freud e! sonZ sBm>!Ume P hi+roglB>he [N ses !races

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2(1

Page 282: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 282/298

sur la neige e! son re!our du reOoul+ la vie +!ai! belle e! ils roucoulaien! on>asse du signe au sensN du signiOian! `son signiOi+ e! en avan! >our lasigniOica!ion. #ais voil` Navec LacanN ellees! devenue so>his!iqu+eN com>liqu+eNrebelle ` lCusage sim>liOi+N quasi

domes!ique quCil es>+rai! dCelle. D+` ilnCa>>r+ciai! >as sa so>his!ica!ion dusBm>!Ume6ouissanceN main!enan! ne la

 voil`6!6elle >as qui le >rive du sensN le>r+ci>i!e dans le hors6sens en >arlan! delogique de la chane signiOian!eNraccordan! un signiOian! non >as ` un si6gniOi+ mais ` un au!re signiOian! e! celasans Oin;  8ncore un es>oir d+,u e! le cou>le quise d+chire un >eu >lus.

  4. 8! >uis ils sCa>er,oiven! un beauour quCils ne son! mQmes >as dCaccord>oli!iquemen!. our luiN il B a un id+alavec des signiOian!s6ma!res qui leconOor!en! soignerN gu+rir mQmeN>ro!+ger \le >a!ien! ou la soci+!+ `lCoccasion] ; il B cro! e! il nCa >as !or!>uisque cCes! sa Oonc!ion mQmeN son Q!requi sCB !rouve engag+. 8! en eOOe! Il B aune uni!+ en!re discours s+curi!aireNdiscours scien!is!e e! !en!a!ive de r+duire

le sue! ` lCindividuN le cor>s `lCorganismeN la !h+ra>eu!ique au m+dica6men! e! le sBm>!Ume au silence. 'e!!euni!+ es! devenu +viden!e avec lera>>or! de lCI*$85# sur les !roubles>r+dic!iOs de la d+linquance cC+!ai! undiscours scien!is!e ` commandes+curi!aire e! ` solu!ions s+curi!airesOaisan! a>>el au3 !h+ra>eu!iquesscien!is!es !elles les !h+ra>iescom>or!emen!ales e! cogni!ivis!es P

don! le >r+alable es! la r+duc!ion dusBm>!Ume ` un !rouble !rans6nosogra>hiqueN du cou> hors6sens>ar!iculier ` chaque sue! e! im>ossible `a>>r+hender dCune manire ar!icul+e au3au!res sBm>!Umes e! modes de d+Oense>ro>res ` chaque s!ruc!ure.  #ais la ca!inN elleN se la oue subversivese m+Oian! des id+au3 comme de la>es!eN de lCuniversalisa!ion comme dudiscours de la $cience e! lCaccuseN luiN de

collaborer avec le #a!re e! son ava!armoderneN le 'a>i!alis!e. D+` que la

si!ua!ion nCes! >as Oacile avec ces derniersqui veulen! lui cou>er les cr+di!sN il sedemande oj il va avec une com>agne quinCa quCune boussole lCobe! cause dud+sir.  ou! cela Oai! beaucou> R DCau!an! quedans ce vieu3 cou>le sCil B a un ree!on

adul!+rin cCes! quCil B a une ma!resseNdCabord !a>ie dans lCombre e! qui main!e6nan! sCaOOiche sans vergogne. 8lle >lai!beaucou> ` #onsieur car elle es! do!+ede mul!i>les Oace!!es #ademoiselle*eurosciences avec sa neuro>hBsiologieNsa >sBcho6>harmacologieN sa neurochi6mieN sa biologie mol+culaireN e!c.;8! en>lus la donzelle >ara! !ellemen! >luseune R  8lle va lui donnerN via les neuro6!rans6

me!!eurs e! leurs dBsOonc!ionnemen!sN lesens quCil r+clame. an! >is si le sue!risque dCavoir du mal ` B !rouver le sienNqui >asse >ar la reconnaissance dCun cer6!ain non6sens. 5a!ionnelN #onsieur sB6chia!rie >r+Ore les mol+cules; au risquede sCB >erdre Nde >erdre son nom >ourredevenir #onsieur *euro>sBchia!rie e!de dis>ara!re dans le grand cor>s de lam+decine.  Avec la >sBchanalBseN il cons!i!ue un

cou>le conOlic!uelN bas+ sur desmalen!endus en somme un cou>lebanal. Avec les neurosciences ilcons!i!uerai! un cou>le !ranquille celuidu boa en !rain de dig+rer la souris. ourma >ar! e >r+Ore le brui! des dis>u!esNencore mieu3 celui de la dis>u!a!ionN ausilence de la >ens+e e! au consensusbQliOian!. 'Ces! >eu!6Q!re dans ce!!ecer!i!ude dCQ!re +!ouOO+e >uis dig+r+edans les !en!acules des neurosciences que

la >sBchia!rie !rouvera le courage decon!inuer sa vie inOernale avec la>sBchanalBse e! de lui crier [reviens Ne!e haime [  Il B a une remarque ` Oaire sur mon >e6!i! a>ologue e! que e me suis Oai!e danslCa>rs6cou> dans la dis!ribu!ion desrUles e nCai >as h+si!+ une minu!e e! nesuis amais revenu sur la dis!ribu!ion desrUlesN #onsieur sBchia!rie e! #adamesBchanalBse.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2(2

Page 283: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 283/298

  La >sBchia!rie du cU!+ de la >osi!ion>halliqueN de celui qui nCes! >as sanslCavoir e! la >sBchanalBse du cU!+ du >as6!ou!. La >sBchia!rie du cU!+ masculin dece cU!+ le >ar!enaire es! un sBm>!Ume e!en eOOe! la >sBchia!rie me! bien souven!la >sBchanalBse en >lace de com>l+!er

son manqueN de su>>l+er `lCinsa!isOac!ion Oondamen!ale qui es! lasienne. Dans Z 8ncore [ \>.7"] LacannC+crivai!6il >as que cU!+ masculin Z lesue! nCa amais aOOaireN en !an! que>ar!enaireN quC` lCobe! \a] inscri! delCau!re cU!+ de la barre [N dCoj il concluai!que >our les hommes Z la cononc!ionde ce t e! de ce \a] ce nCes! rien dCau!reque le Oan!asme [ \t ‘ a]. La rela!iondCamour en!re #onsieur sBchia!rie e!

#adame sBchanalBse !ien! du Oan!asme>our lui e! du danger >our elle car on>eu!N comme LacanN se >oser la ques!ionZ usquCoj lCobe! >eu!6il su>>or!er laques!ion S eu!6Q!re ;^; usquCau

>oin! oj la ques!ion se conOond avec lades!ruc!ion mQme de lCobe! S [  8! en eOOe! me!!re la >sBchanalBse ducU!+ O+minin nCes! >as anodin le >ar!e6naire >our la Oemme nCes! >as un sBm>6!Ume mais un ravage e! on com>rendbien >ourquoi ` la lumire de ce que e

 viens de dire. Alors la >sBchia!rie ravage>our la >sBchanalBse S $remen! si elle selaisse >i+ger ` nCavoir aOOaire quCau>hallus du >ar!enaireN +blouir >ar sabrillance e! au semblan! de >ouvoir quCilconOre. 'e leurre a souven! Oonc!ionn+avec la >sBchia!rie;comme aveclCuniversi!+N dCailleurs. #ais si!uer la>sBchanalBse du cU!+ O+minin cCes! aussila d+Oinir comme >as6!ou!eN aBan! aOOaire` une au!re ouissance que la ouissance

>hallique. )reON me!!re la >sBchanalBse ducU!+ O+minin cCes! avoir lCid+e quCelle >eu!se sauver du >ige >hallique e! du mQmecou> sauver son >ar!enaireN la >sBchia!rie.8! >ourquoi >asN >uisque comme le di! le>o!e la Oemme es! lCavenir de lChomme S

i8$io5rap&ie ,

1. LA'A* -. Le $+minaire livre III Z Le ransOer! [ arisN $euilN 11 P >.4"%2. LI8 -..N oirier #.F.N LUo #. Z Lesmaladies d+>ressives [arisN FlammarionN1" P >. HH %. cO. LC8nOan! e! les $or!ilgesN IIImes5encon!res du '.#... dCrlBN cha>i!re Z Lesm+dica!ions du carac!re [ rlB 1(N

 Associa!ion 5..$.8. +di!eurN >." ` %0.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2(%

Page 284: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 284/298

A psicanálise e o discurso capitalista 

Maa"a+ e$ Campo La(a"ia"o

 Mduardo FernándeN ;ánc%eN 

E$ (o"(epto de Campo $a(a"ia"o(omo &erramie"ta (o"tra $a (ri%i% ) e$(o$ap%o

ace cuaren!a aEosN losabundan!es conOlic!osque a!ravesaban elmundo hicieron signoa una >rimera genera6cin de >osguerra en

dis!in!os lugares del>lane!a. 8n esa coBun6!ura his!rica el doc!or -. Lacan Oor unamagniOica herramien!a conce>!ual que!rascendi a la e3>eriencia >sicoanal!icala !eora de los discursos.

Dicha !eora cobra enorme relevanciaen la ac!ualidad como herramien!a >araca>!ar el ins!an!e de ver que el mundoes!? en!rando en una crisis de una magni6!ud in+di!a en la his!oria de la humanidadN

com>render su na!uraleza B ac!uar enOuncin de sus >osibles salidas.

E$ di%(!r%o de$ a"a$i%ta

  ensar la direccin de la cura desde losdiscursos nos aBuda a en!ender de qu+manera el analis!a >uede in!ervenir >araque el analizan!e circule >or la ronda delos discursos. *os aBuda a en!ender quesin his!erizacinN es decirN sin que el sue6!o dividido ocu>e el lugar del agen!eN nohaB >osibilidad de >sicoan?lisis. *os aBu6da a en!ender que sin in!ervencin deldiscurso anal!ico el saber >roducido noocu>ar? el lugar de la verdad del sue!o Ben!onces ni los signiOican!es amos que di6rigieron al sue!o ni o!ros nuevos a>are6cer?n.  Algo homlogo al discurso del analis!aemerge cuando en la sociedad haB cam6bios de discursoN cuando a>arecen nuevossemblan!es de la causa del deseo B el >lusde gozar B se >roducen nuevos signiOi6can!es amos.

  La >regun!a que me hago B les !rans6mi!o es de qu+ manera el saber de>osi6!ado >or la e3>eriencia del discurso delanalis!a B la !eora de los discursos >ue6den con!ribuir a una lgica colec!iva queaborde los inevi!ables cambios en B deldiscurso ca>i!alis!a inheren!es a la crisisdel sis!ema >roduc!ivo que lo sos!ieneS

 A$5!"o% di(&o% de La(a" %o8re e$ di%=(!r%o (apita$i%ta

  Dice Lacan en elevisin K;al discur6so ca>i!alis!aN Bo lo denuncio. Indico sola6men!e que no >uedo hacerlo seriamen!eN>orque al denunciarlo lo reOuerzo P lonorma!ivizoN a saberN lo >erOecciono.M

8l sen!ido de la aOirmacin resul!a in6equvoco >ues es la misma !esis Oormula6da sobre el hallazgo de la Ouncin de la>lusvala >or #ar3. Demos!rar que la>lusvala es la clave del ca>i!alismoN noslo ha aBudado al ca>i!alis!a a ob!enerlaNsino que ha hecho de la >lusvala el obe6!o a recu>erar >or el !rabaadorN !ransOor6mando as la >lusvala en la causa de de6seo de !oda una economa.  8Oec!ivamen!eN no se !ra!a de denun6ciarloN se !ra!a de en!enderlo a Oondo B va6lorar si >odemos es!ar en!rando en el!iem>o del Kreven!nM.  Dice Lacan en la conOerencia de #il?nde maBo de 172 K\;] la crisisN no deldiscurso del amoN sino del discurso ca>i6!alis!aN que es el sus!i!u!oN es!? abier!a \;]discurso as!u!o >ero abocado al reven!n.8s insos!enible \;] >orque no >uedemarchar meorN marcha demasiado r?>idoNse consumaN se consumaN de modo que seconsume.M

Co"ti"5e"(ia &i%tri(a de$ di%(!r%o(apita$i%ta  odemos Oormular la >regun!a en losmismos !+rminos que em>lea Lacan. 8n

que momen!o nos encon!ramos res>ec!oa la insos!enibilidad B al reven!nS

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2(4

H

Page 285: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 285/298

  *os encon!ramosN >or un ladoN con unacrisis Oinanciera B de sobre>roduccin demercancasN inheren!es B >ro>orcionalesal grado de e3>ansin e in!ernacionaliza6cin del sis!emaN es decir a la cons!i!ucindel mercado mundial >or o!ro lado nos!o>amos Ba con los lmi!es im>ues!os >or

la na!uraleza a !odo sis!ema de >roduc6cinN maniOes!ados desde hace algJn!iem>o en sub>roduccin \disminucin>rogresiva >or habi!an!e del >lane!a] deenerga B alimen!osN B en enormes riesgosmedioambien!alesN incluido el cambioclim?!ico. Los cambios de las civiliza6ciones his!ricasN m?s o menos violen!osB !raum?!icosN han sido siem>re conse6cuencia de es!e !i>o de crisis de sub>ro6duccin B medioambien!ales.

  8l desmen!ido de la de>endencia de lana!uralezaN >roduc!o de la >asin de laignoranciaN de no querer saber de qu+ go6zamos realmen!eN con sus varian!es de in6diOerencia B des>recioN com>or!a laconsecuencia de dear a la humanidad encondiciones de gran vulnerabilidad.  La ideologa mar3is!a a remolque delK>rogresoM cien!Oico6!+cnico ca>i!alis!a P al con!rario que #ar3 P desdeE el he6cho de que !odo !rabaoN !oda !ransOorma6

cinN no >uede ser m?s que sobre B de lana!uraleza hecho +s!e que #ar3 e3>uso>or doquier en su obra B que hoB se noshace eviden!e.

Cri%i% e"er5ti(a ) (e"it de $a etra(=(i" de petr$eo  La aceleracin del >roceso de >roduc6cin B consumo de la era indus!rial hasido >osibleN en!re o!ros Oac!oresN >or ladis>onibilidad de una Ouen!e de energa

de gran valor de uso >or su enorme ca>a6cidad energ+!ica BN has!a el momen!oN O?6cilmen!e ob!enible los hidrocarburos. 8lcarbnN el >e!rleo B el gasN recursos limi6!ados de la na!uralezaN han !ardado mil6lones de aEos en Oormarse.  La e3!raccin de >e!rleo se encuen!raal lmi!e de su ca>acidadN es decir en suc+ni!N B en >ocos aEos en!raremos en laOase de declive. Des>u+s de la cares!a

 vendr? la escasez.

  'onOiar en que el mercado >ermi!ir?ada>!arse a la cares!aN >r3ima escasez B

a la !asa de ago!amien!o geolgica Ou!uraN>asando la Oac!ura a los m?s des>ro!egi6dos en el mundoN cons!i!uBe una ac!i!udsuicida >ara las clases medias de los >asesdesarrollados que son igualmen!e vulne6rablesN dado que el sis!ema Oinanciero sesos!iene en el su>ues!o de un crecimien!o

Ou!uro.  8s diOcil hacerse una idea del grado dede>endencia que la sociedad ac!ual !ienedel >e!rleo. La correlacin en!re roduc6!o In!erior )ru!o \I)] del >lane!a B elconsumo de >e!rleo es del N74 “.  Dos da!os relevan!es  1] 8l !rans>or!e P necesario >ara la es6cala B >roduc!ividad en la que es!?n orga6nizadas la >roduccin B dis!ribucin P de6>ende en m?s de un 0“ del >e!rleo.

  2] 8n la alimen!acin humanaN cincode cada seis caloras >rovienen de laenerga OsilN B solamen!e una de laenerga solar direc!a. La >roduccin agr6cola ac!ual Pla llamada revolucin verde6de>ende del uso in!ensivo de maquinasNOer!ilizan!es B >es!icidas. Adem?s de lade>endencia del >e!rleoN la >osibilidadde aumen!ar las !ierras cul!ivables B la dis6>onibilidad de agua >ara regado es!?nmuB limi!adas a nivel mundial.

  *o >uedo e3!enderme aqu sobre lasenormes diOicul!ades >ara sus!i!uir loshidrocarburos B dis>oner de Ouen!esenerg+!icas suOicien!es B econmicas >arasos!ener la >roduccin B el consumo enun Ou!uro >r3imo.

8s>ero haber !ransmi!ido suOicien!e6men!e la magni!ud B urgencia del >roble6ma al que m?s de /."00 millones \2."00en 1."0] de habi!an!es del >lane!a nosenOren!amos.

  8l discurso !ecno6>ol!ico ca>i!alis!aNam>liOicado has!a la sa!uracin >or losmedios llamados de comunicacinN se es6Ouerza en creer B hacer creer en la cienciaB la !ecnologa como si Oueran la divina>rovidencia.  or el con!rarioN la ciencia B la !+cnica>onen de maniOies!o !an!o su de>enden6cia de la na!uraleza como los lmi!es a la!ransOormacin de la mismaN !an!o su in6ca>acidad >ara sus!i!uirla como su ca>aci6

dad >ara violen!arlaN ago!arla B des!ruirla.La ciencia B la !+cnica mues!ran la inviabi6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2("

Page 286: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 286/298

lidad B banalidad de las grandes solu6ciones que el discurso dominan!e >ro6me!e a !rav+s de sus colosales medios desuges!in.

Lo >osible de hacer >ara evi!ar la ca!?s6!roOe a la que es!? abocada la crisisN resul6!a an!inmico B an!agnico con el discur6

so ca>i!alis!a. 'onOiar su ges!in al sis!e6ma que la >roduce es sencillamen!e suici6da >ara gran >ar!e de la humanidad.

E"tre$a<amie"to de $a% diFer%a% (ri%i%

  odemos a>reciar Ba desde el inicio dela crisis cmo las medidas !omadas >ara>aliarla no hacen m?s que agravarla.  8l in!en!o de sus!i!uir un >equeEo >or6cen!ae del >e!rleo >or agro6carburan!esre>ercu!e inmedia!amen!e sobre la ali6

men!acin humana. $i a es!o aEadimosqueN >or eOec!o de la crisis econmico6Oi6nancieraN ingen!es can!idades de ca>i!al seinvier!en en lo Jnico ren!able en es!osmomen!os \algunas ma!erias >rimasN >e6!rleo B cereales] el resul!ado inevi!ablees la cares!a de esos >roduc!os b?sicos.

 om+moslo con un >oco de ironaNcomo aOirman nues!ros gobernan!es lasolucin es sencilla. La crisis de sobre>ro6duccin de mercancas se resuelve au6

men!ando el consumoN B la crisis de re6cursos na!urales reduciendo el consumo.

]!erra (o"tra  e$ terrori%mo+ 5!erra% por e$ petr$eo

  La es!ra!egia de las grandes >o!encias selimi!a a in!en!ar asegurarse el suminis!ro Bcon!rolar las reservasN en la medida desus OuerzasN median!e alianzas mili!ares.La mili!arizacin B la guerra Ba han co6menzado en !orno a las grandes reservasN

>rinci>almen!e el GolOo +rsico B el #ar'as>io  8l con!rol B a>ro>iacin de las reservasde >e!rleo B de los alimen!os cons!i6!uBen la es!ra!egia Oundamen!al es!adou6nidense >ara aOron!ar la crisis B su >ro>iodeclive. K'on!rola el >e!rleo B con!ro6lar?s la economaN con!rola los alimen!osB con!rolar?s a las >oblacionesMN viene di6ciendo <enrB issinger desde hace !iem6>o.

ara desarrollar !al agenda hace Oal!a elconsen!imien!o de las >oblacionesN de la

o>inin >JblicaN lograda median!e la o>i6nin >ublicada. $i no se consigue >ormedio de la suges!in >acOicaN en!oncesuna buena dosis de Kchoque B >avorMhar? a las gen!es m?s suges!ionables.

E%(e"ario% pro8a8$e% ) 5o(e mort-ero

  'ualquier escenario Ou!uroN incluido elmeorN resul!a sinies!ro.  $i la recesin econmica a>laza el iniciodel declive del >e!rleoN la gobernabilidaden el mundo !endr? alguna o>or!unidadde meorar B el inevi!able decrecimien!o>odra resul!ar m?s regulable. #?s >ro6bable ser? que eso no ocurra e inclusoque la si!uacin se agrave como conse6cuencia de las luchas B guerras >or elcon!rol de las reservasN es>ecialmen!e de

>e!rleo B alimen!os.  8l escenario m?s >robable resul!a ser elde un mundo donde la crisis sis!+micaN lade recursosN es>ecialmen!e energ+!icosN Bla medio ambien!al se en!relacen B >o!en6cien en!re si. 8s >revisible un >roceso decola>so >rogresivo de los dis!in!os nivelesde la com>lea organizacin social mun6dialN de reordenamien!o de nacionalismosenOren!adosN de migraciones B des>laza6mien!os masivosN de em>obrecimien!oN

cares!aN escasezN e>idemiasN hambre Bguerras. La >ulsin de muer!e desanudadaB maniOes!ada bao su Oorma de odio Bdes!ruccin cam>ear? a lo largo B anchodel >lane!a.  La evolucin ha do!ado a los humanosde am>lios recursos >ara la su>ervivenciaN>ero limi!ados a los gru>os reducidos Beercidos sobre o!ros gru>os B es>ecies.  Duran!e es!e >roceso los cambios dediscursoN el cues!ionamien!o de los signi6

Oican!es amos ac!ualesN la a>aricin deo!ros nuevos B la rea>aricin de an!iguosser? una cons!an!e.  $abemos que solamen!e la ace>!acindel derecho a gozar del usuOruc!o de la

 ierra B la renuncia a su >osesin >ermi6!ir? conservar +s!a >ara las Ou!uras genera6cionesN >ero sabemos !ambi+n lo leosque los humanos es!amos de ac!uar enconsecuencia B renunciar a los gocesconsumis!as B des!ruc!ivos.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2(/

Page 287: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 287/298

E$ (ampo $a(a"ia"o ) $a teora de $o%di%(!r%o%  8l conce>!o de cam>o lacanianoN comocam>o del goceN B la !eora de los discur6sos cons!i!uBen una valiossima con!ribu6cin del sicoan?lisis a la >osibilidad de>ensar B an!ici>arseN sin >reci>i!arseN en

alguna medidaN a lo que es!? >or venir.  8n !odo casoN sea >robable o im>ro6bable la hi>!esis de escenario que hedescri!oN la >rudencia B sensa!ez aconse6an que sea !omado en consideracin B>ues!o a >rueba.  Les >ro>ongoN en >alabras de LacanNuna >rimera herramien!a

K; quiz?s si la gen!e !rabaara un >ocoN si verdaderamen!e in!errogaran el signiOi6

can!eN el Ouncionamien!o del lenguaeN dela misma manera que lo in!erroga un ana6lizan!e en!onces quiz?s saliera algo.M \La6canN 'on"erencia en Silan, ma8o de BC7EJ. 

GinN ulio de 200(

$DAA  A los >ocos meses de haber escri!o loan!eriorN las crisis Oinanciera B econmica

se han hecho eviden!es >ara !odo el mun6do. 5esul!a necesario >lan!earse la na!ura6leza de la crisis B el momen!o de su evo6lucinN >ues las eli!es dirigen!es B los >o6deres >Jblicos en el mundo han !omadoel camino del desas!re >ara la maBor >ar!ede la humanidad con el Oin de man!enerun sis!ema de >roduccin B unacivilizacin ago!ados

\Depre%i" e(o"mi(a ) -i"a$ de (i($o

$ar5o (apita$i%ta o impo%i8i$idad de$%i%tema para %o%te"er $a (iFi$i<a(i"

  *os encon!ramos en el Oinal del cuar!ociclo largo de la his!oria del sis!ema ca>i6!alis!a. La >regun!a a >lan!earse es si des6>u+s de la des!ruccin de la sobre>roduc6cin se relanzar? un nuevo ciclo de acu6mulacin o si com>renderemos que Banos encon!r?bamos en la senilidad B des6com>osicin del mismo.  or qu+ ha durado es!e ciclo m?s de lohabi!ual B se ha demorado !an!os aEos la

ac!ual crisis de sobre>roduccinS &u+cambios ha e3>erimen!ado el sis!emaS  8l ciclo largo iniciado en los aEos cua6ren!a B que ahora OinalizaN cuBa Oase as6cenden!e dur has!a Oinales de los sesen6!aN comenz a >ar!ir de los >rimeros se6!en!a un largo declive en la !asa de beneOi6

cio del ca>i!alN causado Ba >or la sobreca6>acidad ins!alada en las indus!rias manu6Oac!ureras mundiales.  Los numerosos >asesN que Oueron de6sarrollando su indus!ria manuOac!urera eincor>or?ndose al mercado mundialN >ro6dueron los mismos bienes que los an!e6riores >ero m?s bara!os. 8l e3ceso deoOer!a en relacin a la demanda conduo a>recios B beneOicios m?s baosN las em>re6sas recurrieron en!onces a la innovacin

!ecnolgica >ara aumen!ar su >roduc!ivi6dad con la consecuencia de aumen!ar lasobreca>acidad >roduc!iva ins!alada enrelacin a la demanda.  Los beneOicios decrecien!es de las in6

 versiones aminoraron el crecimien!o enmaquinariaN equi>o B em>leoN B rebaaronlos salarios reales mien!ras los gobiernosreducan el gas!o social.

8s!a ada>!acin del ca>i!al a la decre6cien!e !asa de ganancia se !raduo en >ol6

!ica en una nueva e!a>a de liberalismoeconmico. Los beneOicios se orien!aronen gran medida hacia el ca>i!al OinancieroB es>ecula!ivoN mien!ras la reduccin delos d+Oici!s B deuda de los es!adosN encondiciones de baa ren!abilidad delca>i!alN inOligieron un duro gol>e a lademanda. La consecuencia Oue unaim>or!an!e recesin a >rinci>ios de losaEos noven!a.  ara es!imular la demanda las au!ori6

dades Oinancieras sacaron de la chis!era elcr+di!o bara!o orien!ado a la com>ra deac!ivos Oinancieros. 'uando la burbua delos mercados burs?!iles se desinOl a Oi6nales de los noven!aN la manera de es!i6mular la demanda B el crecimien!o consis6!i en recurrir a un !an >equeEo comoJ!il obe!oN a>aren!emen!e menos vol?!ilque la bolsa de valores el ladrillo.  pa se >oda >res!ar a cualquieraN aunqueno >udiera >agar. La deuda !i!ulizada B

em>aque!ada con Oalsas cer!iOicacionescomenz a dis!ribuirse >or el mundo en6

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2(7

Page 288: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 288/298

!ero a la bJsqueda de incau!os con dineroB conOianza ciega en el sis!ema.  A Oinales de 2007 la suma del valor al6canzado >or los mercados Oinancieros de88== era equivalen!e a "N( veces el I)es!adounidense B el mercado de los segu6ros con!ra im>agos de cr+di!o unas %N7

 veces el mismo I)N equivalen!e al /%“del I) mundial. $e calcula el valor de losac!ivos Oinancieros e3is!en!es en el mun6do en unos mil billones de dlaresN unas1 veces el valor de los bienes reales a losque re>resen!an.

8l es!allido de la burbua inmobiliaria Bel inicio de la crisis Oinanciera en 88==su>uso que el gobierno diera ingen!escan!idades de dinero a los bancosN no>ara sanearlos como se aOirma sino

>ara;que la es!aOa con!inJe.  A la !endencia del sis!ema a la insuOi6ciencia de la demandaN se ha aEadido enlos Jl!imos !iem>os un e3!raordinario!rasvase de ren!as del !rabao al ca>i!al B>ara rema!ar la demanda ha de>endido enenorme medida del cr+di!o.

 A las deudas de los >ar!iculares se su6man las de los es!ados a !odos los nivelesadminis!ra!ivos convir!i+ndolas sencilla6men!e en im>agables. &ueda un recurso

Kadre nues!ro que es!as en los cielos\;] >erdona nues!ras deudas as comonoso!ros >erdonamos a nues!rosdeudores;M

\Podra &a8er %ido de otra ma"eraS

*o son errores ni e3cesos regulables.La acumulacin de ca>i!al ha de>endidoen los Jl!imos !iem>os de oleadas de es6>eculacin cuidadosamen!e diseEadas Breguladas >or los res>onsables de las >ol6

!icas >Jblicas de las me!r>olis B coreadas>or las eli!es dirigen!es del mundo. 8lcor!o>lacismoN la es>eculacin B el >arasi6!ismo son los rasgos deOini!orios del ca>i6!alismo en su e!a>a de mercado mundial Bhegemona Oinanciera.  odo sis!ema econmico6social lleva ensu germen desde el nacimien!o las causasde su au!odes!ruccin. La clave del ca>i6!alismoN la ob!encin de >lusvala >or elca>i!al de la Ouerza de !rabao no >agadaN

B la reinversin de +s!a en m?s medios de>roduccinN im>lica la !endencia a que la

ca>acidad >roduc!iva ins!alada su>ere laca>acidad de consumo de la sociedadN lademanda. Ys!a es siem>re la causa de lascrisis de sobre>roduccin ca>i!alis!as. Lades!ruccin de esa sobreca>acidadN de sussec!ores m?s obsole!os e im>roduc!ivoses condicin necesaria >ara la solucin

que el sis!ema da a sus crisis. !ra condi6cin necesaria es la reac!ivacin de la de6manda. 8n la an!erior gran crisis esa reac6!ivacin de la demanda la >ro>orcionaronlos gas!os en armamen!o de la Guerra#undial.  8l >roblema es que el desarrollo de unciclo largo de acumulacin ca>i!alis!a >re6cisa de nuevos >roduc!os de consumomasivoN !ecnologas B es>ecialmen!eOuen!es energ+!icas. =n >rimer ciclo de

acumulacin ca>i!alis!a lo >ro!agonizaronla m?quina de va>or \creada >recisamen!e>ara e3!raer el carbn de las minasN an!ela carencia de madera combus!ible en lasciudades inglesas] B la indus!ria !e3!ilN gra6cias al carbn. =n segundo ciclo de>en6di de las indus!rias siderJrgicas B me6!alJrgicas B el OerrocarrilN !ambi+n >o6sibles >or el uso del carbn. 8l !ercer ci6clo se bas en la qumica B los mo!ores Bla generalizacin de la elec!ricidad \en

gran medida de origen !+rmicoN ob!enidomedian!e la quema de carbn]. 8l cuar!oNque ahora OinalizaN se bas en laelec!rnicaN >e!roqumica B au!omocinN!eniendo como Ouen!e energ+!ica el>e!rleo.

*i las condiciones >ara un nuevo ciclode acumulacin B crecimien!o e3is!enN nie3is!e la >osibilidad de que a>arezcan.'u?l es la si!uacinS

Lo% $mite% de$ (re(imie"to  8n el aEo 172 aus>iciado >or el 'lubde 5oma Oue elaborado un inOormeN >u6blicado con el !!ulo #os l)mites del creci4 mientoN en +l se >lan!eaba la necesidad de>oner Oreno a la u!ilizacin descon!roladade los recursos na!uralesN la im>osibilidadde un crecimien!o econmico sos!eniblesi con!inuaba la misma din?mica. 8n12 se >ublic una edicin revisada delinOormeN !i!ulada Sás allá de los l)mites del

crecimiento, las conclusiones no deaban lu6gar >ara las dudasN las !endencias no solo

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2((

Page 289: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 289/298

con!inuaban sino que se haban acen!ua6do maniOies!amen!e la humanidad Bahaba !ras>asado los lmi!es de la ca>aci6dad de carga de la ierra. =na !ercera edi6cin #os l)mites del crecimiento G despu5s  de6mues!ra la e3!ralimi!acin en que nos en6con!ramosN la ca>acidad de carga del >la6

ne!a es decir la ca>acidad >ara suminis!rarlos recursos consumidos >or lahumanidad B >ara absorber sus emisionesha sido sobre>asada en m?s del 20“.

8s!amos ins!alados en la insos!enibili6dad. $olo un ingen!e B conscien!e esOuer6zo >odra modiOicar el rumbo. $i a la en6orme diOicul!ad de los humanos >ara re6nunciar a los goces inmedia!os aEadimosla lgica inheren!e al sis!ema de >roduc6cin ca>i!alis!a B en >ar!icular a su e!a>a

Jl!ima >arasi!aria B de>redadoraN la >re6

gun!a >er!inen!e es cuando B de que ma6nera se >roducir? el cola>so.  La ac!ual crisis de sobre>roduccinsera !ericamen!e una buena o>or!uni6dad >ara >laniOicar B organizar el decreci6mien!o. Desgraciadamen!e los hechosN lasmedidas !omadas B las >ol!icas decididas

 van en el sen!ido o>ues!o.  8s!oB convencido de que el >sicoan?li6sis B en >ar!icular la !eora de los discur6sos >ueden B deben con!ribuir a au3iliar ala humanidad en los >r3imos !iem>os.ara ello lo >rimero es librarse de la su6ges!in del discurso dominan!eN >ara >o6der ver B com>render la lgica del >roce6so en curso.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2(

Page 290: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 290/298

A psicanálise e o discurso capitalista 

H#+ ai"da+ tempo para a P%i(a"#$i%e

;5rgio Sarin%o de 'arval%o

 ciQncia moderna >rovo6cou !ransOorma,TesOundamen!ais no ei3o decom>reens9o que ohomem >ossui de simesmo. A!+ o Oim daIdade #+dia era o >oderda religi9o que dominava

as men!es humanas. A ciQncia modernaN>or sua vezN !rou3e ` baila uma novaconce>,9o de au!oridade. A querelaenvolvendo Galileu + um momen!oe3em>lar dessa ques!9o e marcou oconOli!o radical en!re um >rinci>io deau!oridade calcado no enunciador P o>oder !em>oral da Igrea P e um>rinc>io de au!oridade Oundado nalgica in!erna dos enunciadosNinde>enden!e do enunciadorN que >assoua carac!erizar o novo saber emergen!eN aciQncia. A ciQnciaN e o discurso que lhe +subacen!eN criaram uma nova si!ua,9osocial carac!erizada >ela subs!i!ui,9o darela,9o mes!re6suei!o >or uma rela,9osaber6suei!o.2/  8sse novo saber n9o>ossui um enunciador mas es!ru!ura6senas leis e rela,Tes lgicas que lhe s9o>r>rias e que inde>endem de qualquerau!oridade enunciadora. 8sse as>ec!o +bas!an!e relevan!e >ois a>on!a >ara oOa!o de que o suei!oN no discurso daciQnciaN + e3cludo.

u!ro as>ec!o im>or!an!e a ser salien6!ado + que o surgimen!o da ciQncia mo6derna coincide com o surgimen!o domodo de >rodu,9o ca>i!alis!a. &uema>on!a com clareza essa ques!9o + osocilogo 5ober! urz. Diz ele K!riunOo da ciQncia na!ural sobre o>ensamen!o cr!ico da sociedade e suaen!roniza,9o como xa ciQncia n9o + obrado acaso. Isso >orque a ciQncia na!uralmoderna e a ordem social ca>i!alis!adominan!e !Qm uma origem his!rica

2/ er L8)5=*N -6. o>. ci!.N >?g. "%

comumM.27 ara urzN a >revalQncia dasciQncias na!urais como o modelo deciQncia !em sua raz9o de ser nodesenvolvimen!o do sis!ema ca>i!alis!a namedida em que elas KOorneceram um>aradigma de |obe!ividadeC sem suei!oM.Isso >ermi!iu ao ca>i!alismo a!ingir seues!?gio a!ual de !ransOorma,9o em que!udo + in!ercambi?vel e !em um >re,obem deOinvel.

Do >on!o de vis!a da ciQnciaN esse >ro6cesso culminou na Kmedicaliza,9o da

 vidaMN is!o +N na diOus9o socialN median!eo discurso da ciQnciaN de que os>roblemas habi!uais da e3is!QnciahumanaN que causam angJs!iaNsoOrimen!oN desam>aroN e!cN s9oN na

 verdadeN oriundos de disOun,Tesbioqumicas >erOei!amen!e corrigveismedian!e o devido diagns!ico e a devida>rescri,9o m+dica. 8ssa KcoisiOica,9oM dae3is!Qncia humanaN !al qual >romovida>elas ciQncias biolgicasN + concomi!an!e` KcoisiOica,9oM da e3is!Qncia humana>romovida >elo sis!ema ca>i!alis!a. Le6brun salien!a que a con!em>oraneidade +de!erminada >ela subs!i!ui,9o das ideolo6gias an!igas >ela ideologia da !ecnociQn6cia K\...] Doravan!eN n9o h? mais necessi6dade de >roe!o >ara sus!en!ar a e3is!Qn6ciaN nem de recurso ao mi!o >ara inven!aro sen!idoN n9o h? mais necessidade de re6conhecer ao erceiro seu lugar \...]M.2( 

De Oa!oN n9o se !ra!a de que n9o e3is!ammais ideaisN mas que o ideal adquiriu co6no!a,Tes nega!ivasN is!o +N o ideal + n9o!er ideal algumN + serN sim>lesmen!eN con6Oorme aquilo que se a>resen!a. 'om issoNo soOrimen!o humano des>rende6se daOrus!ra,9o >rovocada >elo regis!ro do$imblico e liga6seN us!amen!eN ` recusaem acei!ar os limi!es que o $imblico im6>Te. A incer!eza e o riscoN que movem o

27 =5N 5. O Homem reduNido. Folha de $9oaulo P %.10.1.2(L8)5=*N -6. o>. ci!. >?g. 1%2

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 20

 A 

Page 291: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 291/298

deseoN s9o a!acadosN !an!o quan!o o !em6>o da es>era. 8m seu lugar surgem Kasca!egorias de seguran,a e de imedia!ezsem limi!eN ? que es!as s9o abusiva eenganosamen!e >rome!idas >elosim>lci!os de nosso socialM.2  8mes>ecialN >elo discurso da ciQnciaN que

!orna o suei!o reivindicadorN na medidaem que >rome!e o K!udo + >ossvelM.Dessa OormaN o suei!o + >os!o comocredor insis!en!e de uma dvida que n9o+N con!udoN >assvel de simboliza,9o.

8sse >rocesso de avan,o do ca>i6!alismo >ara as esOeras mais n!imas dasube!ividade >ermi!iu a ingerQncia dodiscurso da ciQncia naquilo que sem>rees!eve Oora de seus domnios. A sube!ivi6dadeN de um ladoN se coisiOicaN en!9oN em

neurUniosN em bioqumicaN em gen+!icaNeN de ou!roN se imaginarizaN num >rocessocom>lemen!ar ao >rimeiroN !ornando vir6!ual as insgnias do serN num simblicoque n9o marca mais a Oal!a6a6ser mas queNao con!r?rioN alimen!a uma >romessa deK!udo + >ossvelM.

 As chamadas Knovas >a!ologiasMrelacionam6seN en!9oN Ka uma deOesa con6!ra a desordem consequen!e ` desinscri6,9o do signiOican!e O?licoM. ra!a6se de

uma !en!a!iva de se desembara,ar do !er6ceiro a!rav+s do desembara,amen!o do>ai. movimen!o realizado >elo suei!oNen!9oN in!en!a desOazer essa rela,9o como !erceiroN num correr da cadeiasigniOican!eN sem >on!o6de6es!oOo>rovocado >elo recalque. A consequQnciadesse >rocesso + a >rodu,9o de um !i>ode gozo mais ligado ` imedia!ez e menos`s re>resen!a,Tes do simblico. 'omissoN h? uma QnOase na economia dos

signos e o cor>o P dessigniOican!izado P!orna6se a sede desse gozo semsimblico.

=ma ou!ra consequQncia desse>rocesso >ode ser cons!a!ada na >rogres6siva necessidade de reconhecimen!o ima6gin?rio >or >ar!e do suei!o P an!es sus6!en!ado e garan!ido >elo simblico. 8ssanecessidade de reconhecimen!o imagin?6rio !em como carac!ers!ica !ornar o ou6!ro uma mera >r!ese con!ra a angJs!iaN

com>rome!endo sensivelmen!e a ca>aci62 L8)5=*N -6. o>. ci!. >?g. 1%2

dade de cons!ru,9o de la,os sociais es!?6 veis.  K$eguramen!eN nos lembra LebrunN>odemos >ensar queN no Oim das con!asNsem>re Ooi assimN que a al!eridade sem>reOoi !raum?!icaN o que + verdadeiroN mas oque >arece a!ualmen!e novo + a

am>li!ude da rea,9o que ela susci!aN +considerar que esse !rauma!ismo n9odeveria !er acon!ecido !udo se >assacomo se !ivesse havido n9o s oa>agamen!o da diOeren,aN masa>agamen!o do a>agamen!o e quando adiOeren,aN en!re!an!oN + encon!radaNassis!imos sea a um com>or!amen!o deesOolado vivoN sea ` indiOeren,aabsolu!aM.%00  *esse con!e3!oN em que ou!ro + vis!o como quem oOer!a bens e

obe!os de sa!isOa,9o \ca>i!alismo] ouque diz que nada + im>ossvel \ciQncia]N osuei!o de>ara6se com a ausQncia dereOerQncias. Isso >rovoca uma invas9o degozo e o ou!ro adquireN n9o raras vezesNcarac!ers!icas meramen!e o>eracionais.  $e as chamadas Knovas >a!ologiasM s9oNna verdadeN Oormas con!em>orVneas dese evi!ar a cas!ra,9oN h? a uma diOeren,aOundamen!al os discursos da ciQncia e doca>i!alis!a Oundam um simblico vir!ualN

calcado basicamen!e na !roca e noes!abelecimen!o de imagens. simblicode uma +>oca marcada >ela religi9o eraum simblico de !odosN Kcoe3!ensivo `humanidadeN >ree3is!en!e a !odos nsNn9o >er!encen!e a ningu+mM. Isso >ermi6!ia ao suei!o se si!uar numa genealogiaque lhe era >r>ria Oundar sua se3ualida6de em !ermos que n9o se resumiam aomero biolgico do cor>oN o Oazer devedor>eran!e a linguagem ou seaN lhe >ermi!ia

lan,ar6se no social !ecendo inJmeras rela6,Tes. simblico essencialmen!e vir!ualNin!roduzido >elos discursos dominan!esNdes!ri Ka Oal!a comum a !odosM e esgar,ao !ecido social.%01 ara Lebrun isso re>re6sen!a um germe !o!ali!?rio >resen!e nodiscurso da ciQncia queN Kliberando6se daobriga,9o m!ica do aiN crQ >oder libe6rar6se da lgica do !erceiroM. discursoda ciQncia Kdes!i!ui a legi!imidade da au6!oridade e queN >or abandonar sua !areOa

%00L8)5=*N -6. o>. ci!. >?g. 1/(%01 er L8)5=*N -6.N o>. ci!. >?g. 1/

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 21

Page 292: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 292/298

de reOle!ir o car?!er Oundamen!almen!edece>cionan!e da ordem simblicaN semos!ra dessimbolgeno e queN >or esseOa!oN n9o cons!i!ui mais limi!e >ara umimagin?rio desvairadoN OavorecendoNassimN a vi!imiza,9o !an!o quan!o ainOla,9o das e3>ec!a!ivasM. %02

  8s!abelecido o quadro scio6>squicocon!em>orVneoN res!a6nosN a seguirN!en!ar !ra,ar algumas >ossibilidades dea!ua,9o do >sicanalis!a. arece6nos que ain!erven,9o do >sicanalis!a \ou do saber>sicanal!ico] no ambien!e social P emsen!ido am>lo P + cada vez mais necess?6ria em Oun,9o dos >rocessos >a!ologica6men!e desagregadores mencionados a!+aquiN cada vez mais dis>ersos e mais in6!ensos.

  Y >reciso salien!arN an!esN que a ciQnciae seu discursoN Oalham. A ciQncia n9o +ca>az de !udo dizer sobre a verdade dascoisas ou da verdade do homem. 'omonos recorda LebrunN Kcom eOei!oN aliondeN an!es de seu nascimen!oN 5eal e$imblico es!avam in!rincadosN o que o|>roe!o ma!em?!ico da na!urezaC ins!ala +um $imblico queN sozinhoN doravan!eNelidindo a enuncia,9oN >re!ende dar con!ado real \...] um real com o qualN a >ar!ir

de en!9oN a ciQncia n9o >ara de querer co6incidirN |esquecendoC a in!rinca,9o daqualN no en!an!oN >rocede seguramen!eNn9o >ode chegar a issoN + uma im>ossibi6lidade es!ru!ural \...]M.%0%

  <avendo uma im>ossibilidade es6!ru!uralN a realidade !rabalhada >ela ciQn6cia e o 5eal n9o se conOundem amais. $eNde um ladoN isso alimen!a o discurso daciQncia \real e realidade se equi>arar9oum dia] de ou!roN delimi!a o lugar de

onde a >sican?lise >ode !razer algo denovoN algo que >ermi!a descons!ruir essediscursoN ressal!ando o lugar do suei!o.

 A Oun,9o da >sican?liseN >or!an!oN + a deressal!ar o lugar do suei!oN con!ra>ondo6se ` Oun,9o da ciQncia e de seu discurso.  Lacan u!iliza o !ermo cons!i!ui,9o dosuei!o >ara marcar o car?!er de >osi!i6

 vidade que ele >ossui. suei!oN >ara a>sican?liseN n9o surge da in!era,9o de e36!erioridadesN masN ao con!r?rioN ele se

%02 L8)5=*N -6. o>. ci!. >?g. 170%0%L8)5=*N -6. o>. ci!. >?g. /1

cons!i!ui. suei!o K+ a >rova >osi!iva econcre!a de que + n9o a>enas >ossvelcomo absolu!amen!e e3igvel e necess?rioque se conceba o ve!or em !orno do qualse organiza o cam>o de a!ua,9o da>sican?lise como !endo um modo de>rodu,9o que n9o + nem ina!o nem

a>rendidoM.%04  suei!o !em sua origem na linguagem.

*9o + o caso aqui de nos de>ararmoscom o desenvolvimen!o da !eoria dosuei!o em LacanN mas Oaz6se necess?rioa>on!ar o car?!er social de sua !eoria. Is!o+N a >sican?lise + an!es de !udoN ar!iculadaao mundo social. bebQ humano s se!ransOorma em um suei!o humano se Oorinserido numa ordem Oamiliar e sociales>ecOica. A esse desam>aro de base

deve corres>onder uma res>os!a. 8ssares>os!aN como sabemos desde LacanN>rov+m do u!ro. 8sse u!roN no en!an6!oN deve ser encarnadoN deve ser algu+mNdeveN an!es de !udoN ser ca>az de re>re6sen!ar a ordem simblica. Y a >ar!ir des!aordem simblica que chegam ao bebQ hu6mano os signiOican!es P marcas ma!eriaise simblicas P que Ksusci!ar9o em seucor>oN um a!o de res>os!a que se chamade suei!oM.%0" s signiOican!es recebidosN

>or!an!oN gerar9o res>os!as de sen!idoque cons!i!uir9o o novo suei!o.  8sse suei!oN que nenhuma rela,9o>ossui com a biologiaN + o que nos cara6c!eriza como humanos. Y esse suei!o quees!? sendo amea,ado >ela lgica dos dis6cursos ca>i!alis!a e da ciQncia >oisN comodiscursos da cul!uraN emi!emN a!rav+s dou!roN signiOican!es enriecidos e com6>rome!idos com uma lgicaKcoisiOican!eM. 8ssa lgicaN como vimosN

!en!a inserir o >r>rio suei!o numa ca6deia de obe!os consumveis. 5eside a orisco dos OenUmenos cul!urais con!em>o6rVneos e suas res>ec!ivas conseqQnciasNreOle!idas na eclos9o dos Knovos sin!o6masM. $e observarmos bemN

 veriOicaremos que esses sin!omascarac!erizam6se >ela >rogressivadessube!iva,9oN is!o +N >ela ausQncia dereOerQncias a qualquer >rocesso de

%04 8LIAN L. 'oncei!o de $uei!o P -orge ahar8di!or P 2004 P 5io de -aneiro >?g. %/%0" 8LIAN L. o>. ci!. >?g. 41

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 22

Page 293: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 293/298

sube!iva,9o. Isso gera a emergQncia deum gozo sem limi!es e o Jnico rem+dio>ara issoN como sabemosN + o deseo. Y odeseo que Oaz barreira ao gozo e + odeseo que Oaz barreira ` emergQncia daangJs!ia. 8 o que assis!imos hoe +us!amen!e a diOiculdade de lidar com a

dimens9o do deseo.  A >sican?liseN >or!an!oN >ossui a Oun,9ode legislar sobre o gozoN is!o +N K\...]in!roduzir signiOican!es que se>arem osuei!o e suas demandas da busca de sa6!isOa,9o imedia!aN es!abelecendo umanova >osi,9o sube!iva que se eOe!ive >ela

 via do deseo e n9o >or uma submiss9o>assiva ao gozo do u!roM.%0/  que aan?lise !em a OazerN como lembra carizN+ resga!ar o direi!o ` singularidade dos

sin!omas. Garan!ir a cons!ru,9o de umasingularidade do sin!oma consis!e em !ra6balhar as rela,Tes con!em>orVneas rela6cionadas ` com>uls9o >ara com o obe!o

 P is!o +N ao consumo desenOreado e abusca incessan!e >or um obe!o desa!isOa,9o >lena 66 >rocurando ressal!arsigniOican!es que >ermi!am se>arar osuei!o da >rocura >or sa!isOa,9oimedia!aN que re>resen!a uma submiss9on9o ques!ionada ao gozo do u!ro.

%0/ 'A5IN #. '. P o>. ci!. >?g. 10

8sse u!ro con!em>orVneo im>Te Oideli6dade ao consumo desenOreado e se a>re6sen!a como !odo >oderosoN um u!ron9o barradoN nos !ermos lacanianos.

Do >on!o de vis!a socialN cabe aos ana6lis!as uma mili!Vncia em nome do suei!o.*9o se !ra!aN eviden!emen!eN de uma mili6

!Vncia >ol!ica qualquerN mas de uma in6ser,9o social que lhe >ermi!a Oazer circu6lar o discurso da >sican?lise. ra!a6se deocu>ar um lugar n9o >revis!o na lgicado mercado e da ciQncia masOundamen!al >ara sus!en!ar la,os sociaisconsis!en!es. Ao Oazer issoN a >sican?lisemarca seu car?!er de resis!Qncia aosdiscursos dominan!es. 5esis!Qncia dosuei!o que requer a resis!Qncia de umlugar que >ossa ser u!roN barrado e

simblico.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2%

Page 294: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 294/298

A psicanálise e o discurso capitalista 

 Amor ) pre%!ra (apita$i%ta

 orge ang%ellini 

 a +>oca nos gri!aN >lenade gigas de aumen!o dia6rioN que es de la velocidadde aquello que no es >o6sible moderar. 8l im>ulso

 velozN con!ra los duelos Bcon!ra las relaciones deamorN us!amen!e cuandio

amor B duelo son im>osibles sin !iem>o.8s un lugar comJn sos!ener la diOerencia

en la escena de amor de la +>oca res>ec!oa o!ros !iem>os asi como dar cuen!a delos sin !iem>os de !odo lazo al o!ro.  ero as como en esa Oamosa melodade la >elcula 'asablancaN wwwAs ime Goes)BwwwN el as >asan los aEosN >elcula del aEo142N el !ema Ba haba sido es!renado en1%1 en una obra musical de )roadaB.La >rimera es!roOa del !ema originalN es elsiguien!e 8l da B e>oca que es!amos vi6

 viendo

  *os da causa de a>rehensin  'on velocidad B nuevas invenciones  p cosas que gus!an de la cuar!a dimen6sin  erminando de hacer reOerencia a 8in6s!ein B su !eora B la necesidad de baarnues!ra ansiedad al !iem>o que >asa. Des6>u+s vendra pou mus! remember !his

 A iss is us! a issN a sigh is us! a sigh. he Oundamen!al !hings a>>lB As !ime goes bB.

  pA F58=D lo >recisaba en los aEosdiez.  ero es que los mismos albores del si6glo vein!e nos !rao el em>ue al v+r!igo oes que ello no es solo consecuencia de la!ecnociencia B siN una consecuencia de lamisma lgica ca>i!alis!aN donde el !iem>oregido no es el >ro>io del sue!o sino loque conlleva la necesariedad del mercadoS  p si es asN >uede hablarse de amorcomo si su deOinicin Ouera sin !iem>oS

ensar >rimero si aquello que se llamaamor en la +>oca qu+ su>oneS dados es6

!os rasgos del !iem>o ca>i!alis!aN no si esnecesario >ara dar cuen!a de ese lazoN lla6marlo a>ego rom?n!icoN como hace elcogni!ivismo.  8l A8G es una >ro>iedad de las re6laciones >sicosociales donde un sue!om?s d+bil B menos ca>az conOa en la >ro6!eccin que le brinda o!ro sue!o m?scom>e!en!e B >oderoso. Ambos sue!osdesarrollan vnculos emocionales rec>ro6

cos B cons!ruBen una re>resen!acin in6!erna de la relacin vincular. La re>resen6!acin men!al in!erna que cons!ruBen losinOan!es es denominada >or un cien!Oicocogni!ivo N)olbBN ” oring model ”.  )olbB \1(2] considera que los sis!e6mas de a>ego inOan!iles son similaresN ensu na!uralezaN a los que m?s !arde se >o6nen en uego en las relaciones amorosas BNen realidadN seEala >ocas diOerencias en!relas relaciones cercanasN sean +s!as en!re

>adres e hios o en!re >ares. Ainsor!h\11] remarc la Ouncin del sis!ema dea>ego en las relaciones adul!asN enOa!izan6do el Oenmeno de base segura como unelemen!o cr!ico a ellas. =na relacin dea>ego seguro Oacili!a el Ouncionamien!o Bla com>e!encia e3!erior a ella misma.  8l conce>!o de a>ego >ermi!e des6sub6e!ivar lo que en el amor su>one el ser im6>licado.$os!ienen los cogni!ivis!as que =n adul6

!o mues!ra un deseo hacia la >ro3imidadde Oiguras de a>ego en si!uaciones de ma6les!ar. $ien!e bienes!ar an!e la >resenciade esa Oigura B ansiedad si +s!a es inacce6sible. La aOliccin es es>erable an!e la >+r6dida de una Oigura de a>ego.\ $im>sonN$!even 5holesN 1(]. 

De all que >ueda hacerse una clasiOica6cin en relacin acua!ro Oormas de a>egoque se denominan seguroN ansiosoN evi6!a!ivo B !emeroso. 8n el es!ilo seguroN las

>ersonas !ienen una buena imagen de smisma B del o!roN >or lo !an!o se sien!en

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 24

L

Page 295: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 295/298

dignas de ca>!ar la a!encin B el amor delos o!ros B es>eran que sus e3>resionesde amor sean bien recibidas. 8n cambioNlos de es!ilo des>reocu>ado !ienen unaimagen >osi!iva de s mismos >eronega!iva de los o!rosN lo cual los lleva aau!o>ro!egerse de desencuen!ros

amorososN evi!ando relaciones muB n!imas B man!eniendo el sen!ido deinde>endencia. Los >reocu>adosmues!ran un modelo nega!ivo de smismo B >osi!ivo de los dem?s seesOuerzan con!inuamen!e >or serace>!ados >or o!ras >ersonasN al!amen!e

 valoradas >or ellos. Finalmen!eN losmiedosos o inseguros !ienen modelosnega!ivos de s mismos B de los o!rosN >orlo cual !ienden a evi!ar relaciones

rom?n!icas Oirmes.  Las >ersonas que es!?n e3>ues!as so6cialmen!e a maBores niveles de es!r+s es6>ecialmen!e >a!ernidades de !i>o insensi6!ivasN ambien!es Osicamen!e violen!os Bgraves inconvenien!es econmicos !ien6den a desarrollar es!ilos de a>ego insegu6ros asociados con es!ra!egias de eleccinde >area de cor!o >lazo.

$ue!os de con!e3!os sociales con es!r+sm?s baoN como >ersonas que viven en

cul!uras con am>lios recursosN !ienden adesarrollar es!ilos de a>ego rom?n!ico se6guros asociados con es!ra!egias de elec6cin de >areas mongamas.  Lo mismo sucedi al com>arar el >ro6duc!o bru!o encon!raron que un )I>er c?>i!a al!o es!aba asociado con baosniveles de a>ego des>reocu>ado.  !ra in!elec!ualN muB celebrada en elambien!e acad+mico es!adounidense Bque ha recibido el Dis!inguidhed $ervice

 Aard de la Asociacin *or!eamericanade An!ro>ologa B a la que se considerauna au!oridad en las cues!iones del amorrom?n!icoN <elen Fisher%07 >lan!ea que;

 Amamos >orqueN hace millones de aEosNnues!ros an!e a>asados necesi!aban eseOluo cerebralN es!os im>ulsos B sen!imien6!os >ara dirigir su cor!eoN a>areamien!oNre>roduccin B >a!ernidad. 8l im>ulsodel amor es!? >roOundamen!e imbricadoen el cerebro humano. or lo !an!oN el

%07 FI$<85. <. Por que amamosW  8di!orial un!oDe Lec!ura. )uenos Aires. 2007.

amor es una necesidad OisiolgicaN unins!in!o animal B !ambi+n el resul!ado deun Oluo qumico en el cerebro.  $e !ra!a de sus!ancias que cam>ean >orlas llanuras del cerebroN subsidiadas >or lanecesidad animalN sin o!ra signiOicacinque el ins!in!o. Luego vendr?n las >ala6

brasN lo que se llama la sube!ividad a ves6!ir ese real de la >ura qumica. La cienciaNha >odido >or Oin reducir los brillos !on6!os del amor a la nominacin de sus!an6cias que son causa.  p la >rinci>alN la do>amina.  8n el amor !odo es qumicaS $in duda.'ada veN que pensamos, tenemos una motivacino una emocin, siempre se trata de qu)mica dela dopamina, uno de los estimulante más podero4 sos de la naturaleNa, por dar un casoJj sin em4 

*argo, por más que se conoNcan todo los ingre4 dientes del pastel amoroso ;  'omo se veN no Oal!an las me!?OorasN a>esar de que !oda causa sea qumica. 8l>as!el amorosoN !iene los ingredien!es delas sus!ancias dulces B saladasN >ero suOorma de>ende de cmo ello se organice.

 p >ara !al eOec!oN quienes seran lo meorNsino los encargados en el mundo ca>i!a6lis!a de dar Oorma a los obe!os deseableslas agencias de >ublicidad.

  8n el mundo com>leo en!onces dela>ego rom?n!icoN in!ervienen los an6!ro>logos acad+micosN los qumicos delas Oarmaco>eas im>or!an!es B las agen6cias de >ublicidad.8s indudable la asocia6cin com>lemen!aria en!re las deOini6ciones cogni!ivis!as del amor B la >ol!icade los grandes labora!orios.orque quiz?slos que no es!?n nominados como in!e6gran!es del >as!el son los >siquia!ras B>siclogos cogni!ivos que !ienen su ubi6

cacin Oundamen!al cuando el >as!elN a losumoN 1( meses des>u+s\segJn serias in6

 ves!igaciones]N comienza a derruirseNcuando las migaas adquieren mala ima6genN cuando los olores evidencian quealgo de de ser >erOumado B brilloso. Lasinves!igaciones sobre la do>amina B o!rassus!anciasN llevan sos!ener conclusivosN ano >ocos inves!igadores como r!iz&uesada \ciruano meicano] que cuan4 do dos personas se atraen se3ualmente, una cas4 

cada de neurotransmisores recorre su cere*ro 8 sucuerpo. !ales agentes son o3itocina, "enilenetila4 

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2"

Page 296: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 296/298

mina, adrenalina, noradrenalina, serotonina, do4  pamina, vasopresina, endor"ina, as) como las%ormonas se3uales testosterona 8 estrgenos. 8sdecirN que si se e3>lica que es el amorN escuando la sero!inina no es m?s del 40“ Bel amor locoN >asional con el e3ceso dedo>amina. 8n cambioN cuando us!ed se

queda con la misma >ersona >or !iem>oconsiderableN es la >resencia de una de!er6minada !asa de ocB!ocinaN llamada la hor6mona del amor. 8s!? muB claro que elamor es en!endido con la lgica cuan!i!i6

 vis!a B hacia lo que !iende el mercado.8sos elemen!os qumicosN >osibles en6!onces de ser elaborados >ermi!ir? la>r3ima modiOicacin de los males deamor.  8l con!ra!o ca>i!alis!a im>ulsa a hacer

del o!ro del amorN incier!o e ina>rensibleNde una consis!encia deOinible B de un va6

lor >recisoN como bien dira un >siclogocien!Oico. 8l o!ro del a>ego ser?N en unaeleccin ada>!ada a la lgica de la globali6zacinN un o!ro con ro>aes de Dior B conesencia de caa de seguridad. *o es acasola >rinci>al cues!inN >ara el mercadoN lascues!iones de seguridadS De all que el

amor es an!ica>i!alis!a en !an!o que >oneen uego el no !ener con la Oal!a en ser.or elloN de uno u o!ro ladoN un6amor eslo que hace su>lencia en la escena de ne6gociacin de la diOerencia B donde se diri6men las elecciones sube!ivas. De all loque com>or!a la !esis lacaniana devenidadel no haB relacin >ro>orcin se3ual.

 alen!a an!e Oa!al des!ino. 8s el enOren!aresa valen!a la >osicin Ouer!e del >si6coan?lisis en la +>oca B el lugar >osible

>ara una clnica de la in6>area lacanianael hacer Oal!a al !iem>o.

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 2/

Page 297: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 297/298

Heteridade 7

Internacional dos Fóruns-Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano 27

Heteridade 7

Comi%%Bo editoria$ 3Heteridade 74, CRI2 *^^=*^1^'ris!ina oroDominique Fingermann8s!her FaBeLola Lo>ez#arc $!rauss#aria eresa #aiocchi#iquel kngel Fabra

5icardo 5oas

E6!ipe de rea$i<aBoDominique Fingermann#iguel kngel FabraLola Lo>ez

Dia5ramaBo'cero liveira

CapaDanilo 'arvalhoDominique Fingermann

Comi%%Bo (ie"t-i(a do W E"(o"tro da I2=EP2CL Ana Diaz a!ron \Argen!ina 6 '5IF] Angelia ei3eira \)rasil 6 'I8] An!onio &uine! \Dire!or 8F'L 6 )rasil]'ole!!e $oler \Fran,a 6 '5IF]Dominique Fingermann \)rasil 6 >residen!e do 8ncon!ro]Luis Fernando alacio \'olUmbia 6 '5IF]

#arc $!rauss \Fran,a6 'I8]#ario )inasco \I!?lia 6 '5IF]5amn #iral>ei3 \8s>anha 6 'I8]$onia Alber!i \)rasil 6 '5IF]

Page 298: Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

7/23/2019 Heteridade 7 Os Tempos Do Sujeito Do Inconsciente

http://slidepdf.com/reader/full/heteridade-7-os-tempos-do-sujeito-do-inconsciente 298/298