globalização da economia

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GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA Prof.º André Luiz Marques [email protected]

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Page 1: Globalização da Economia

GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA

Prof.º André Luiz [email protected]

Page 2: Globalização da Economia

O TERRITÓRIO NA CONSTRUÇÃO DO ESTADO NAÇÃO Ao estudar temas ligados à geopolítica, é importante

estabelecer a relação entre o poder e o território.

Fora da globalização, o território representava os limites políticos, projetados cartograficamente e, em muitos casos, proporcionais ao poder exercido por determinada nação.

Page 3: Globalização da Economia

DEFININDO GLOBALIZAÇÃO Não é possível entender a dinâmica mundial de forma isolada,

como se cada país fosse fechado e autônomo. Existe ligações em graus

diferentes que estabelecem o contato entre nações e podem ser

chamadas de globalização.

Page 4: Globalização da Economia

INTERDEPENDÊNCIA Para entender a globalização é necessário saber o conceito de

interdependência que é:

Quando ocorre a troca de produtos ou serviços entre as nações, dizemos que existe uma interdependência, um depende do outro.

Assim a interdependência entre os países constitui o termo chave para entender o processo de globalização que começou no século XV, aonde barcos atravessavam os mares em busca de novas rotas comerciais a procura de territórios e mercado consumidor para os seus produtos.

Page 5: Globalização da Economia

INTERDEPENDÊNCIA A modernização das redes de comunicação e de transportes e os

avanços tecnológicos são considerados fatores primordiais para a integração

comercial, cultural e científica entre as nações, as fronteiras passaram a ter

valor secundário e a interdependência aumentou entre as nações.

Page 6: Globalização da Economia

INTERDEPENDÊNCIA Porém a interdependência proporciona resultados desiguais entre as

nações ricas e pobres, e estes se estendem por toda a população. Quem mais

sofre são os países ditos subdesenvolvidos que não tem poder econômico e nem

tecnologias para lutar neste mercado tão competitivo, e acabam sendo

explorados pelos países desenvolvidos.

Page 7: Globalização da Economia

INTERDEPENDÊNCIA Determinados países se limitam a fornecer matéria prima e/ou

mão de obra a baixo custo para os países que dominam a tecnologia industrial. Esses últimos, por sua vez, fornecem produtos acabados a preços elevados e fornecem empregos em suas unidades produtivas espalhadas em vários pontos do globo, aprofundando a interdependência entre os países subdesenvolvidos e desenvolvidos.

Page 8: Globalização da Economia

INTERDEPENDÊNCIA A interdependência proporciona resultado desiguais entre as

nações ricas e pobres, e os resultados estendem a todas populações.

Como os países desenvolvidos investem muito mais em pesquisas que os subdesenvolvidos, dominam o avanço tecnológicos e descobertas científicas. Suas indústrias atingem escalas mundiais, levando-os a fornecer seu produto e serviços por um valor mais elevado do que os produtos e serviços originados nos países menos desenvolvidos.

Foxconn – Fábrica de IPADS

Page 9: Globalização da Economia

LIBERALISMO ECONÔMICO No LIBERALISMO ECONÔMICO há o enfraquecimento do Estado

sobre a economia, caracterizado pelo livre comércio, livre concorrência e desregulamentação, assim o Estado não interferia na economia.

A economia seguiria a sua próprias regras, sem tabelamento de preços ou barreiras que dificultassem o comércio.

Page 10: Globalização da Economia

LIBERALISMO ECONÔMICO Adam Smith, fundador da economia moderna foi o principal

divulgador do liberalismo, e ele explicava que, com a divisão do trabalho, ocorreria a busca pela especialização, que provocaria um aumento considerável da produção e, finalmente, chegaria à redução de custos.

Page 11: Globalização da Economia

LIBERALISMO ECONÔMICO Os blocos econômicos são verdadeiros representantes do

liberalismo, pois estimulam o comércio competitivo entre seus associados, gerando um aumento de consumo e de produção.

Como exemplos de blocos econômicos temos o MERCOSUL, ALCA, UNIÃO EUROPÉIA entre outros.

Page 12: Globalização da Economia

NEOLIBERALISMO ECONÔMICO Atualmente este novo liberalismo (neoliberalismo), o Estado

assumiu responsabilidades sociais, como educação, saúde, aposentadorias, mas mantém barreiras alfandegárias para controlar a entrada de produtos estrangeiros no país. Logo percebemos que neste modelo o Estado interfere na economia através de barreiras alfandegárias e do protecionismo, mas devemos salientar que as indústrias continuam tendo um poder maior sobre as decisões econômicas.

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PRIVATIZAÇÕES No Brasil, e em grande parte da América Latina, a privatização

de várias indústrias estatais (do Estado) nos últimos anos enfatizou a

idéia de neoliberalismo e até hoje motiva discussões e debates sociais.

Criada por Getúlio Vargas e

privatizada em 1993 por Itamar

Franco

Page 14: Globalização da Economia

PROTECIONISMO ECONÔMICO Quando representantes dos Estados criam leis direcionadas para

o controle das importações, ele está colocando medidas protecionistas, que se caracterizam, pelas práticas contrárias ao liberalismo.

Page 15: Globalização da Economia

PROTECIONISMO ECONÔMICO PONTO POSITIVO

Proteção da industria nacional, pois com impostos os produtos das transnacionais vão ter um aumento de preço, garantido que não haja concorrência frente aos produtos importados.

PONTO NEGATIVO

Um fator negativo é o comodismo da industria nacional, que, por não estar exposta à concorrência, deixa de investir em melhorias de produtos. Desse modo, sobram poucas opções ao consumidor, que ficando submetido, também, a produtos de baixa qualidade e a altos preços.

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RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS No contexto da globalização, as relações diplomáticas são

fundamentais, já que, sempre surge alguma discordância entre países, a primeira solução é buscar por negociações.

O papel do diplomata é utilizar o diálogo para firmar acordos, evitando situações de embargo econômico ou conflito.

Embaixada brasileira na Rússia, Moscou

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O TERRITÓRIO RELACIONADO COM A GLOBALIZAÇÃO Observando o mapa-múndi observamos limites territoriais e

fronteiras, reconhecidas internacionalmente , que constitui o elemento de soberania de cada povo.

SOBERANIA: PODER POLÍTICO, INERENTE AO ESTADO MODERNO, NO QUAL O GOVERNO TEM O CONTROLE SOBRE O TERRITÓRIO.

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O TERRITÓRIO RELACIONADO COM A GLOBALIZAÇÃO Porém quando se fala em limites territoriais dentro da

globalização da economia, os limites já não são os mesmos expressos

no mapa político, pois ocorre uma expansão e intersecção de domínios.

A globalização da economia exerce influência, direta ou

indiretamente, promovendo o deslocamento de antigas fronteiras.

Estas passam a ter um valor secundário, submetida a acordos

internacionais que favorecem cada vez mais o aumento de

interdependência entre as nações.

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O TERRITÓRIO RELACIONADO COM A GLOBALIZAÇÃO Com o fortalecimento da globalização nas últimas décadas, o

poder privado, representado pelas empresas transnacionais, ocupa cada vez mais o papel originalmente destinado ao Estado. Muitas vezes com poder de decisão superior.

Ao Estado, resta se adaptar a novas funções, como a de fornecer estrutura para a instalação das transnacionais.

A fábrica da Sony em Minokamo, Japão

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O TERRITÓRIO RELACIONADO COM A GLOBALIZAÇÃO Enquanto as corporações estrangeiras e o Estado se apropriam

do poder redistribuídos sobre os moldes da globalização, grande parte

da população mundial, segundo estudos da própria ONU, continua

submetida a desigualdade e a pobreza.

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TRANSNACIONAIS Para que uma empresa conquiste o status de internacional, após

a aceitação de seus produtos no mercado nacional, a empresa em questão exporta, torna-se conhecida e, finalmente, amplia a sua atuação no exterior.

Page 22: Globalização da Economia

TRANSNACIONAIS O principal interesse de uma empresa em se instalar num país

está no mercado consumidor, porém, quando se trata em um país em desenvolvimento as vantagens são maiores.

Rua 25 de Março, São Paulo

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GUERRA FISCAL

Na expectativa de oferecer mais empregos para a população, o

governo propõe acordos de redução ou isenção dos impostos por

determinado período, disponibilizando infra-estrutura e se submete às

exigências da multinacional.

Quem dispuser de melhores propostas vencerá a concorrência e

terá a industria estabelecida em seu território..

Page 24: Globalização da Economia

MÃO DE OBRA BARATA, COMO COMPETIR ? Os salários pagos aos trabalhadores nos países em

desenvolvimento são menores, o que significa uma atrativa oferta maior de mão de obra barata. Além disso, a exploração de matéria-prima é feita a custos inferiores.

Salário nas Industrias (salário-hora)

Brasil: US$ 8,32 Na China: US$ 1,36; Índia: US$ 1,17

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NIKE

Mão de obra barata

Exploração do trabalho infantil

Manipulação das massas

Fábrica da Nike na Coréia do Sul

Algumas acusações sofridas pela Nike

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MAIORES TRANSNACIONAIS As maiores transnacionais faturam isoladamente mais do que o

PIB de países subdesenvolvidos, dominam as decisões políticas e ditam

as regras do comércio mundial, estabelecendo seu próprio território

independente das suas fronteiras nacionais.

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DIT (DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO) Podemos analisar a DIT em duas situações:

1 – Países subdesenvolvidos não industrializados que exportam matéria-prima para os países desenvolvidos e importam produtos industrializados, tornando-se dependentes de recursos financeiro desses países.

2 – Países subdesenvolvidos industrializados que, além de matéria-prima também exportam produtos industrializados para os países desenvolvidos, mas também importam tecnologia e produtos industrializados. Nesse modelo encontra-se boa parte da América Latina, inclusive o Brasil.

Em qualquer situação, a DIT favorece uma dependência maior dos países subdesenvolvidos em relação aos países industrializados.

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PROBLEMAS SOCIAS A exclusão social é um dos maiores efeitos da globalização. A

maioria absoluta dos países não tem competitividade industrial (tecnologia) e se submete a minoria detentora do poder.

Através da tecnologia assistimos um aumento da produção agrícola, as industrias apresentaram crescimento e expansão, a renda per capta tem aumentado, porém alguma coisa está errada pois o número de indivíduos que vivem abaixo da linha da pobreza, são altíssimos.

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DESIGUALDADES SOCIAIS O movimento de capitais tem acelerado o desenvolvimento

econômico mundial, o lucro que se faz presente nos setores produtivos, porém acumulado e apropriado por uma pequena parcela da população.

A desigualdade cresce levando a sociedade ao desequilíbrio, representado sobre as inúmeras manifestações de violência urbana e grande número de organizações sociais em defesa dos direitos básicos do cidadão.

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DESIGUALDADES SOCIAIS Em outras palavras, a dignidade do cidadão se completa quando

ele pode se alimentar, manter uma habitação descente, estudar, cuidar de sua saúde e ter direito ao lazer.

Page 31: Globalização da Economia

DESEMPREGO DESEMPREGO CONJUNTURAL: É aquele que mediante a crises econômicas, a oferta de

empregos diminui, e as empresas deixam de contratar funcionários.

DESEMPREGO ESTRUTURAL: Quando a mão-de-obra é substituída pelas máquinas.

SUBEMPREGO: Atividades de baixíssima remuneração, sem garantias legais e geralmente

exercidas em condições precárias.

Page 32: Globalização da Economia

SUBEMPREGO Quando o desemprego surge, muitos trabalhadores recorrem às

atividades informais, que geralmente não garantem rendimentos suficientes para a manutenção mínima das suas necessidades básicas.

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PROBLEMAS AMBIENTAIS Os países subdesenvolvidos, motivados pela geração de

emprego, atraem as transnacionais e oferecem facilidades para explorar os seus recursos naturais. Muitas dessas empresas degradam o meio ambiente com práticas indevidas de exploração.

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PROBLEMAS AMBIENTAIS A exploração das florestas, a contaminação dos rios e do solo e a

emissão de poluentes na atmosfera são os principais problemas

resultantes do uso inadequado dos recursos naturais.

O aquecimento global, devido as emissões de combustíveis

fósseis tornou-se a principal preocupação na área ambiental.

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BONS ESTUDOS !!!

"Nenhum candidato pode lutar contra a globalização. Seria como lutar contra o clima."

Dick Morris, ex-assessor político do presidente Bill Clinton (setembro)