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GEOGRAFIA DE MATO GROSSO

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Page 1: Geografia de Mato Grosso

GEOGRAFIA DE MATO GROSSO

Page 2: Geografia de Mato Grosso

GEOGRAFIA DE MATO GROSSO – PARTE 1

Mato Grosso é o terceiro maior Estado em área do Brasil, com área total de 906.807 km². Encontra-se na região Centro-Oeste do país, centro do continente Sul-Americano.

Sua localização privilegiada – território fronteriçointernacional e que faz parte da Amazônia brasileira – confere-lhe a condição de espaço estratégico, ao qual tem sido atribuido relevante papel nos planos de desenvolvimento nacional e de integração sul-americana.

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Page 4: Geografia de Mato Grosso

GEOGRAFIA DE MATO GROSSO – PARTE 1

Aspectos Gerais Fuso Horário: -4 horas em relação a hora mundial

GMT.

Números de Municípios: 142

Fronteiras: Mato Grosso do Sul( ao Sul), Tocantins (ao Nordeste), Goiás(a leste), Pará(ao Norte), Amazonas (ao Norte/Noroeste) e Rondônia (Noroeste) e um país, a Bolívia(a oeste) .

População: 2.857.642 hab. (2007)

População Urbana: 76,6%

Densidade demográfica: 3,2 hab/km2 (2007)

Page 5: Geografia de Mato Grosso

GEOGRAFIA DE MATO GROSSO – PARTE 1

Coordenadas Geográficas: Situa-se entre as Paralelos

7°20’39’’ e 18°10’00’’ de latitude Sul; e os

meridianos 50°13’48’’ e 61°31’00’’ a oeste de

Greenwich

Seus pontos extremos são:

Norte: confluência dos rios Teles Pires e Jurema;

Sul: cabeceira dos rios Furnas e Araguaia;

Leste: extremo sul da Ilha do Bananal;

Oeste: cabeceira do rio Madeirinha.

Page 6: Geografia de Mato Grosso

GEOGRAFIA DE MATO GROSSO – PARTE 1

Aspectos Gerais – maiores (2007)

Cuiabá - 530.831 hab.

Várzea Grande - 230.307 hab

Rondonópolis - 172.783 hab

Sinop - 105.762 hab

Cáceres – 84.175 hab

Tangará da Serra – 76.657 hab

Sorriso – 55.134 hab.

Barra do Garças – 53.243 hab

Alta Floresta – 49.140 hab

Primavera do Leste – 44.729 hab

Page 7: Geografia de Mato Grosso
Page 8: Geografia de Mato Grosso

PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO

TERRITORIAL MATOGROSSENSE

A ocupação efetiva do espaço brasileiro no séc.XVI tem início com o estabelecimento dasCapitanias Hereditárias, cujo principal objetivoera assegurar a Portugal a soberania da porçãocosteira.

Bandeirismo Apresador – aprisionamento deindios.

Bandeirismo prospector – descobrimento deouro e pedras preciosas.

Page 9: Geografia de Mato Grosso

PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO

TERRITORIAL MATOGROSSENSE

Início do século XVIII – Paisagem natural de MatoGrosso intocada e inalterada.

Em 1718, Antonio Pires de Campos aporta asmargens do Rio Coxipó.

Descoberta dos primeiros veios auríferos junto aorio Coxipó pela bandeira de Pascoal MoreiraCabral Leme(1719) – Rio Mutuca e Coxipó. (Arraiáda Forquilha).

Em 1722, Miguel Sutil descobriu um dos maisimportantes novos veios auríferos do Estado: AsLavras do Sutil, onde hoje situa-se a Igreja doRosário em Cuiabá.

Page 10: Geografia de Mato Grosso

PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO

TERRITORIAL MATOGROSSENSE

Em 1748, é criada a Capitania de Mato Grosso,

que é desmenbrada da Capitania de São

Paulo.

Vila Bela da Santíssima Trindade é elevada a

sede administrativa da nova província( para

proteção de interesses geopolíticos), assim

permanecendo até 1835, quando a capital é

transferida para Cuiabá.

Page 11: Geografia de Mato Grosso

PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO

TERRITORIAL MATOGROSSENSE

O abastecimento das Minas de Ouro – as Monções – expedições de viajantes seguindo os rios da Bacia Platina(Tietê)onde a província de Mato Grosso era abastecida de alimentos e transportava o ouro extraído.

Introdução da pecuária em 1726.

Início da produção de cana de açúcar em Mato Grosso (1750) – Açúcar Mascavo – 19 engenhos.

Page 12: Geografia de Mato Grosso

PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO

TERRITORIAL MATOGROSSENSE

Novas descobertas de ouro em 1805 na região leste do Estado – Barra do Garças – estimulando processos imigratórios de Goias, Minas Gerais, Bahia e Maranhão.

No final do séc. XIX, novo surto de povoamento orientado pela extração da borracha, poaia e erva-mate.

Erva-Mate( 1856 a 1882)

Poaia (1878 a 1890)

Borracha (1880 a 1920)

Page 13: Geografia de Mato Grosso

PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO

TERRITORIAL MATOGROSSENSE

2° Ciclo de exploração de diamantes no séc.

XX – Rios Garças e Cassununga – Surgimentos

de núcleos urbanos como Guiratinga, Poxoréo,

Dom Aquino, Itiquira, Tesouro, Alto Garças,

Pontal do Araguiaia, Alto Araguaia e Torixoreu.

A partir da década de 60, criação de projetos

de desenvolvimento de Mato Grosso como:

PIN – Programa de Integração Nacional –

Estradas e assentamento de 100 mil pessoas.

Page 14: Geografia de Mato Grosso

PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO

TERRITORIAL MATOGROSSENSE

Proterra – Programa de Distribuição de Terras e de

Estímulo à Agroindústria do Norte e Nordeste. –

Incentivar a produção de alimentos na Amazõnia Legal.

Prodoeste – Programa de Desenvolvimento do Centro-

Oeste – Integração da região.

Probor – Programa de Incentivo á Produção de Borracha

Vegetal – incentivar a produção de borracha.

Metamat – Companhia Matogrossense de Mineração.

Codemat – Companhia de desenvolvimento de MT

Page 15: Geografia de Mato Grosso

PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO

TERRITORIAL MATOGROSSENSE

Projetos coordenados pela Sudeco:

Polonoroeste / Polocentro / Prodiat /

Poloamazônia / Promat / Prodei.

Após a década de 60, inicía-se uma nova fase

de imigração em Mato Grosso: Os projetos

particulares de colonização, executados por

empresas particulares. Totalizaram acerca de

50 projetos, dentre os quais se destacavam:

Page 16: Geografia de Mato Grosso

PROCESSO DE OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO

TERRITORIAL MATOGROSSENSE Porto dos Gauchos (50/60) Colonizadora Conomalli.

Canarana: (70) Cooperativa 31 de março; terras de índios

xavantes.

Água Boa: (70) Conagro, do Pastor Norberto Schwuantes.

Vila Rica: (80) Colonização Vila Rica

Nova Mutum: Mutum Agropecuária

Sorriso: Colonizadora Sorriso

Sinop e Vera: Colonizadora Sociedade Independente do Norte

do Paraná.

Alta Floresta/Paranaita/Apiacás: Colonizadora Indeco

Colíder: Colonizadora Líder S.A.

Terra Nova: Copercana/Cooperativa Canarana.

Page 17: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO

Ecossistema: Conjunto de elementos básicos

(seres vivos) e Abióticos (não vivos, como clima,

altitude, solo, etc) de uma determinada área, que

trocam entre si influências notáveis com a

transferência de matéria e energia, visando o

equilíbrio estável. ( ODUM, 1988; Leite 1998)

Bioma: Conjunto de condições ecológicas de

ordem climáticas e características de vegetação: o

grande ecossitema com fauna, flora e clima

próprios.

Page 18: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO

Dentre os diversos ecossistemas encontrados

no Brasil, Mato Grosso, em sua totalidade,

possui três (03) grandes domínios e uma (01)

área de transição:

AMAZÔNIA

CERRADO

PANTANAL

Áreas de Transição entre ecossistemas.

Page 19: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO

Page 20: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO

CERRADO

Também denominado Savana, ocupava originalmente

38,29% da cobertura vegetal do Estado. É constituído de

várias formações herbáceas graminosas contínuas, em geral

lenhosas. Típica de clima tropical estacional, com estação

chuvosa entre outubro e abril e precipitação média de

1.500mm anuais. Possui pequenas árvores com galhos

retorcidos de até 15 metros de altura e abustos que em seu

estrato superior misturam-se a vegetação rala e rasteira. O

Cerrado está associado a solos com altas concentrações de

Alumínio e pobres e nutrientes.

Page 21: Geografia de Mato Grosso
Page 22: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO

CERRADO

O cerrado subdivíde-se em cinco (05) partes:

- Campo Limpo

- Campo Sujo

- Campo Cerrado

- Cerrado

- Cerradão

Page 23: Geografia de Mato Grosso
Page 24: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO

IMPACTOS AMBIENTAIS

Os impactos sobre o Cerrado em decorrência do processo

ocupacional e de urbanização:

- Compactação do solo;

- Erosão e perda do solo;

- Assoreamento dos rios;

- Contaminação das águas pelo uso de intensivo de agrotóxicos, vinhoto das

usinas canavieiras e mercúrio dos garimpos;

- desequilíbrios ecológicos provocados pelas queimadas e desmatamento,

monocultura extensiva, provocando doenças e pragas;

- Proliferação de insetos;

- Invasão de terras indígenas;

- Redução de biodiversidade;

Page 25: Geografia de Mato Grosso
Page 26: Geografia de Mato Grosso
Page 27: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO

AMAZÔNIA

A Amazônia representa a área dos maiores

ecossistemas brasileiros. È a maior floresta do

mundo, e avança sobre Bolívia, Colômbia,

Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela, e

equivale cerca de 35% das áreas florestais no

planeta. A maior parte é composta de formação

vegetal latifoliada ( de folhas largas), que

apresenta as seguintes características:

Page 28: Geografia de Mato Grosso
Page 29: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - AMAZÔNIA

É perene: permanentemente verde, nunca

perde as folhas;

É heterogênia: Constituída de várias espécies;

É densa: Fechada;

É higrófila: várias espécies vivem em

ambientes úmidos.

Subdivide-se em Mata de terra firme, Igapó e

Mata de Várzea.

Page 30: Geografia de Mato Grosso
Page 31: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - AMAZÔNIA

A Amazônia recobria originalmente 55% do território

matogrossense. Possui clima quente e umido (equatorial)

com temperaturas médias de 26° e pouco variação anual e

precipitação pluviométrica acima de 2.000mm, com período

de seca de 30 a 90 dias.

As árvores formam uma densa cobertura, com alturas que

podem fácil atingir 60 metros, regulando a penetração de

luz.

Seu solo é pobre. Sua produtividade primária dá-se ao alto

grau de produção de matéria orgânica em decomposição,

criando entre fugos e outros, uma cobertura natural que se

transforma em adubo para floresta.

Page 32: Geografia de Mato Grosso
Page 33: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - AMAZÔNIA

Em relação a sua fauna, observa-se incontáveis espécies.

Desde insetos (mais de 15.000 catalogados) a mamíferos,

repteis e peixes, todos vivem em sintonia na natureza.

Os principais impactos ambientais relacionados com o

homem na amazônia são:

Destruição da fauna e flora, com a eliminação dos habitat;

A caça predatória ;

A erosão do solo;

Assoreamento dos rios;

Empobrecimento do patrimônio genético;

Alterações climáticas;

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Page 35: Geografia de Mato Grosso
Page 36: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - PANTANAL

O Pantanal Matogrossense constitui-se em

importante feição ecológica, formando a maior

área inundável continua do planeta.

Ocupa 7,02% da área do Estado, e

compreende uma área inundável na Planície e

Pantanal do rio Paraguai, seu principal

mantenedor.

Constitui uma área de convergência de quatro

grandes ecossistemas brasileiros: Amazônia,

Mata Atlântica, Cerrado e Chaco Paraguaio.

Page 37: Geografia de Mato Grosso
Page 38: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - PANTANAL

De modo geral, as formações

dividem-se em 04 áreas:

Áreas permanentemente alagadas;

Áreas de solos alagadiços e não secam perene;

Áreas periodicamente inundáveis;

Áreas mais altas que não são inundáveis;

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Page 40: Geografia de Mato Grosso
Page 41: Geografia de Mato Grosso

ECOSSISTEMAS DE MATO GROSSO - PANTANAL

Em relação a Flora, foram catalogados cerca de

1.700 espécies.

Já a Fauna reúne acerca 262 espécies de

peixes, 650 aves, 100 mamíferos, 50 répteis e

mais de 1.000 espécies de borboletas. Só sua

“população” de jacarés é estimada em 32

milhões de indivíduos.

A ocupação do Pantanal deu-se através de

construções de pousadas para viajantes.

Muitas guerras entre os índios Bororo, Paresi,

Guarani e os colonos criadores de gado.

Page 42: Geografia de Mato Grosso
Page 43: Geografia de Mato Grosso
Page 44: Geografia de Mato Grosso

HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO

A hidrografia de Mato Grosso tem como

características gerais:

Apresenta densa e importante rede fluvial, com

rios que pertencem a três das maiores bacias

hidrográficas brasileiras: Bacia Amazônia,

Platina e Araguaia-Tocantins.

Possui “aguas emendadas” – Encontros de

bacias;

Page 45: Geografia de Mato Grosso

HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO

Apresenta rios de planalto, com cachoeiras e

corredeiras, principalmente ao norte do Estado.

Não possui grandes lagos, mais lagoas de

erosão pluvial;

Padrão de drenagem exorréica – desague no

mar.

Possui rios que se infiltram no subsolo;

Rios que trabalham com o regime anual de

chuvas

Page 46: Geografia de Mato Grosso

HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO

A Bacia do Rio Paraguai ruma do centro do

Estado em direção ao Uruguai.

Seus principais afluentes: Rios Jauru,

Sepotuba, e Cuiabá.

Podem ser dividido em dois treços: Paraguai

Superior com 430 km de extensão e Alto

Paraguai 1263 km.

È a principal mantenedora do Pantanal.

Page 47: Geografia de Mato Grosso
Page 48: Geografia de Mato Grosso

HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO

O Rio Araguaia pertence à bacia do Tocantins.

Constitui a divisa de Mato Grosso com Goiás e

Tocantins.

Desenvolve longo curso d’água e subdivide-se

nas seguintes seções:

Alto Araguaia; Médio Araguaia; Baixo Araguaia

Na região do Médio Araguaia encontra-se a Ilha

do Bananal, considerada a maior ilha fluvial do

mundo.

Page 49: Geografia de Mato Grosso
Page 50: Geografia de Mato Grosso
Page 51: Geografia de Mato Grosso

HIDROGRAFIA DE MATO GROSSO

A Bacia Amazônica drena 2/3 do território de

Mato Grosso.

Subdivide-se em Sub-bacias do Guaporé;

Aripuanã; Juruena-Arinos; Teles Pires; Xingu.

Rios como Roosevelt, Juruena, Teles Pires são

grandes afluentes de rios que formam o grande

Rio Amazonas, considerado o maior do mundo

em extensão e volume d’agua.

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Page 53: Geografia de Mato Grosso
Page 54: Geografia de Mato Grosso
Page 55: Geografia de Mato Grosso

CLIMA DE MATO GROSSO

Entende-se por sistema climático o conjunto das

interações existentes entre a atmosfera, os oceanos, as

massas de gelo e neve, as massas continentais e a

vegetação, cujos vínculos físicos e químicos tem papel

primordial no estabelecimento do clima mundial.

Tempo e Clima

Em Mato Grosso, vemos dois climas distintos: O Tropical

e o Equatorial. Porém também usamos duas

classificações científicas para definir o clima: a

classificação de Köppen e a de Strahler.

Page 56: Geografia de Mato Grosso

CLIMA DE MATO GROSSO

O comportamento da temperatura do ar no território

mato-grossense é influenciado principalmente por

fatores geográficos, com continentalidade, latitude e

altitude, e pela circulação atmosférica. A distância da

costa brasileira impede a ação moderada dos

oceanos, o que condiciona a região à ocorrência de

altas temperaturas, enquanto que a altitude pode ser

considerada com a principal responsável pelas

temperaturas amenas verificadas nos trechos mais

elevados de planalto.

Page 57: Geografia de Mato Grosso

CLIMA DE MATO GROSSO

Clima Tropical Chuvoso de Floresta: Clima

tropical, com temperaturas médias superiores

a 18°C em todos os meses. A precipitação

anual é abundante e maior que a evaporação:

ocorre em áreas de florestas. Em Mato Grosso,

apresenta-se na porção setentrional, área de

mata de transição e floresta tropical.

Page 58: Geografia de Mato Grosso

CLIMA DE MATO GROSSO

Clima de Savana: Clima Tropical, com estação seca no

outono/inverno, e estação chuvosa, na

primavera/verão. Ocorre na porção centro-sul do Estado

de Mato Grosso e em trechos do Pantanal.

Clima tropical de Altitude: Clima Chuvoso, com inverso

seco, onde as temperaturas do mês mais quente estão

acima de 22°C. Ocorre no extremo sul em áreas com

altitudes de 800m e subdivide-se em: Quente úmido(3

meses secos) Subquente úmido( 3 meses secos) e

Subquente semi-úmido( 4 a 5 meses secos).

Page 59: Geografia de Mato Grosso

CLIMA DE MATO GROSSO

Page 60: Geografia de Mato Grosso

CLIMA DE MATO GROSSO

Classificação de Strahler

Em síntese, a classificação de Strahler, que leva em

conta as massas de ar dominantes e as chuvas identifica

Mato Grosso assim:

Clima Equatorial Quente-Úmido: dominado pela massa

equatorial continental, (1 a 3 meses secos) no extremo

norte;

Clima Tropical Seco-Úmido: dominado pela massa tropical

continental, no restante do Estado.

Page 61: Geografia de Mato Grosso

RELEVO DE MATO GROSSO

Considera-se relevo o conjunto de formas

encontradas na superfície terrestre. Segundo

classificação do geógrafo Jurandir Ross, elas podem

ser:

Planalto: Áreas planas e altas, com altitudes

superiores a 250 metros.

Planícies: Áreas planas e baixas, com altitudes

inferiores a 200 metros.

Depressões: Áreas rebaixadas em relação as que a

circundam. Podem ser relativas (acima do nível do

mar) e absolutas (abaixo do nível do mar).

Page 62: Geografia de Mato Grosso

RELEVO DE MATO GROSSO

O relevo matogrossense pode dividir-se assim:

Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, com altitudes

entre 900 e 1000 metros. Subdivide-se em:

a) Chapada dos Guimarães;

b) Planalto Casca;

c) Planalto dos Alcantilados;

Planalto e Chapada dos Parecis, ocupando o meio norte

do Estado, com altitudes acima de 700 metros

Page 63: Geografia de Mato Grosso

RELEVO DE MATO GROSSO

Planaltos Residuais Sul - Amazônico, que são

áreas que emergem das superfícies rebaixadas

da depressão Sul Amazônica.

- Serras residuais do Alto Paraguai, com

altitudes chegam a 800 metros, é constituída

por rochas sedimentares muito antigas.

- Depressão Marginal Sul – Amazônica, uma

superfície rebaixada, dividida por uma

infinidade de rios, extrapolando os limites ao

norte de Mato Grosso.

Page 64: Geografia de Mato Grosso

RELEVO DE MATO GROSSO

Depressão do Araguaia, localizada a leste do

Estado com superfície plana entre 200 a 300

metros. Drenada pelos rios Araguaia e das

Mortes

Depressão Cuiabana, apresenta rampeamento

com inclinação ao norte, com altitudes

variando de 200 a 450 metros

Page 65: Geografia de Mato Grosso

RELEVO DE MATO GROSSO

Planície e Pantanal do Guaporé, correspondente a áreas

de acumulação de sedimentos, frequentemente sujeitas à

inundações com altitudes variando entre 180 a 220

metros.

Planícies e Pantanais Mato-Grossenses, que forma uma

planície topográfica plana, com áreas sujeitas a

inundações.

Planícies do Rio Araguaia (Bananal), apresenta topografia

plana de sedimentação recente sujeita a inundações

periódicas, com altitudes entre 200 a 300 metros.

Page 66: Geografia de Mato Grosso
Page 67: Geografia de Mato Grosso

RELEVO DE MATO GROSSO

Page 69: Geografia de Mato Grosso

RELEVO DE MATO GROSSO

Page 70: Geografia de Mato Grosso

SOLO

O solo é a “camada superficial de terra arável possuidora

de vida microblana e é o único ambiente onde se

encontram reunidos em associação íntima os 4

elementos: litosfera (rochas) hidrosfera (água) atmosfera

(ar) e biosfera (vida)” (Guerra, 1987).

Por isso é importante conhecer as características do solo

para que haja um planejamento do uso e manejo de

técnicas adequadas às suas potencialidades, evitando

assim sua depreciação e degradação.

Page 71: Geografia de Mato Grosso

SOLO

Segundo o PRODEAGRO, existem uma

variedades de solos em Mato Grosso, indo

desde os mais férteis até os muito pobres,

tendo as seguintes denominações principais:

1 – Latossolo; 2 – Terra Roxa Estruturada;

3 – Brenizem Avermelhado; 4 – Podzóico Vermelho-amarelo;

5 – Cambissolo; 6 – Planossolo;

7 – Solonetz; 8 – Vertissolo; 9 - Areias Quaztosas;

10 – Solos Litólicos; 11 – Solos Aluviais.

Page 72: Geografia de Mato Grosso
Page 73: Geografia de Mato Grosso
Page 74: Geografia de Mato Grosso

SOLO

O Estado de Mato Grosso é produtor de

importantes recursos minerais tais como ouro,

diamante, calcário, água mineral, além de

minerais empregados na construção civil com

areia, argila, cascalho e brita.

Page 75: Geografia de Mato Grosso

SOLO

Page 76: Geografia de Mato Grosso

AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO

Características iniciais agricultura

Produção para exportação;

Monoculturas

Mecanização agrícola

Diversidade produtiva

Industrialização da agricultura

Venda em Commodities

Page 77: Geografia de Mato Grosso
Page 78: Geografia de Mato Grosso

AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO

Culturas predominantes são a Soja, o Milho,

Algodão, o Arroz, a Cana-de-açúcar, que são o

carro chefe da balança comercial do Estado.

Outras culturas menores e menos produtivas

como café, feijão e a mandioca estão

presentes para subsistência do mercado

interno. Também se pode ressaltar os cinturões

verdes, onde pequenas produções de

hortaliças e legumes atendem a demanda das

cidades.

Page 79: Geografia de Mato Grosso

AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO - SOJA

A soja é planta originada na Manchúria,

sudeste a Ásia, sendo cultivada pelos chineses

a mais de 5 mil anos. Começou a ser explorada

de modo racional desde 1898 pelos EUA. No

Brasil, foi introduzida por imigrantes japoneses

no início do século XX, sendo plantada

indicialmete para consumo. A exploração da

soja comercialmente iniciou-se em 1914, no

Rio Grande do Sul, com o uso de técnicas dos

EUA.

Page 80: Geografia de Mato Grosso
Page 81: Geografia de Mato Grosso

AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO

Começou a ser plantada comercialmente no

final da década de 70 em municípios da região

sudeste do Estado, como Rondonópolis, Alto

Araguaia e Alto Garças. Posteriormente

expandiu-se por todo o cerrado, respondendo

aos incentivos fiscais. Hoje os maiores

municípios produtores são Sorriso, Nova

Mutum e Lucas do Rio Verde.

Page 82: Geografia de Mato Grosso
Page 83: Geografia de Mato Grosso

AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO

A Soja produzida em Mato Grosso é vendida

como:

Oléo de soja

Farelo (usado para ração animal)

Óleo Degomado

Soja Esmagada

Page 84: Geografia de Mato Grosso

AGROPECUÁRIA EM MATO GROSSO

O milho integrou-se ao complexo sojífero, onde

expandiu e alcançou maiores índices de

produção e produtividade. È cultivado

associado a soja pelo sistema de rodízio e

rotação de culturas, contribuindo para os

efeitos degradativos do solo ocasionados pela

monoculturas.

Page 85: Geografia de Mato Grosso

AGRICULTURA - ALGODÃO

Seu plantio era feito em terras consideradas férteis, por

métodos manuais, exigindo a contratação de mão-de-obra

temporária para colheita. A produção concentrava-se em

Colíder (região norte), São José do Povo (região sudeste)

Araputanga e Mirasol D’oeste na região sudoeste.

Atualmente é encontrada em várias partes do cerrado

matogrossense, mais hoje com cultivo mecanizado e em

escala empresarial. Isso foi viabilizado por programas de

incentivo do governo do estado apartir de 1997 e por

pesquisas de desenvolvimento da Embrapa, em parcerias

com a Fundação Mato Grosso e a Empaer.

Page 86: Geografia de Mato Grosso
Page 87: Geografia de Mato Grosso

AGRICULTURA - ALGODÃO

Ressalta-se que a cultura do algodão devido à

sua suscetibilidade a diversas pragas, exige a

aplicação de um grande volume e diferentes

agrotóxicos, que, altamente poluidores,

provocam diretamente a contaminação do solo,

com conseqüente perda de produtividade e

fertilidade.

Page 88: Geografia de Mato Grosso
Page 89: Geografia de Mato Grosso

AGRICULTURA - ARROZ

Mato Grosso é produtor de Arroz sequeiro,

cultivado em áreas planas, não alagadas e

irrigadas. Tradicionalmente seu plantio tem

sido utilizado na abertura de novas terras de

cultivo agrícola e de formação de pastagens,

em razão dos baixos custos de produção. É

uma cultura disseminada em todo Estado,

tendo Sinop como seu principal pólo

beneficiador.

Page 90: Geografia de Mato Grosso
Page 91: Geografia de Mato Grosso

AGRICULTURA – CANA-DE-ACÚCAR

A cana-de-açúcar é outra monocultura que se

expandiu nos cerrados, apresentando altos

índices crescentes de áreas plantadas e

produção, mantendo uma produtividade

relativamente estável. O plantio é feito nos meses

de abril a maio e a colheita se setembro a

dezembro. Embora grande parte da produção seja

mecanizada, o trabalho braçal ainda é muito

utilizado, sendo a maioria da mão-de-obra

contratada temporariamente pelas empresas.

Page 92: Geografia de Mato Grosso
Page 93: Geografia de Mato Grosso

AGRICULTURA – CANA-DE-ACÚCAR

A produção é absorvida no próprio Estado, pelo

setor industrial sucroalcooleiro, que produz

açúcar, álcool hidratado e anidro. A produção

está concentrada nos municípios de Barra do

Bugres, Denise, Nova Olímpia, Diamantino,

Jaciara e Juscimeira, Confresa dentre outros.

Atualmente 9 usinas estão em funcionamento

no Estado, destacando-se a Usina Itamarati.

Page 94: Geografia de Mato Grosso
Page 95: Geografia de Mato Grosso
Page 96: Geografia de Mato Grosso

PECUÁRIA

A pecuária, a criação de gado de corte foi à principal

atividade econômica do Estado até meados da

década de 1970, quando a agricultura passou a

apresentar maior rendimento, embora ocupando

menor extensão de terras que a pecuária.

Tradicionalmente praticada de forma extensiva em

todo Estado, principalmente no Pantanal, onde

predomina esta forma de criação, a pecuária vem se

modernizando, pressionada pelas exigências do

mercado de exportação. O efetivo atual de cabeças de

gado ultrapassa 25 milhões de cabeças de gado.

Page 97: Geografia de Mato Grosso
Page 98: Geografia de Mato Grosso

PECUÁRIA

Suinocultura e a avicultura vêm ganhando

espaço no setor agropecuário em decorrência

da implementação da agroindústria ligada à

produção de soja. Em alguns municípios

produtores de soja e milho, a criação de suínos

e de aves é integrada como forma de

diversificar a produção e agregar maior valor

ao produto final, tendo maior aproveitamento

do farelo de soja e do milho como ração.

Page 99: Geografia de Mato Grosso
Page 100: Geografia de Mato Grosso
Page 101: Geografia de Mato Grosso

TRANSPORTES

Por ser um grande exportador de matérias primas e

importador de manufaturados, Mato Grosso precisa de

uma infra-estrutura de transportes capaz de suportar a

demanda crescente de veículos e de carga, que garanta

a entrada de produtos e o escoamento da produção.

Porém a malha viária matogrossense está muito aquém

do necessário, sendo o principal fator pela perda da

competitividade da produção em relação a outros

estados produtores de grãos, como Paraná e Santa

Catarina.

Page 102: Geografia de Mato Grosso

TRANSPORTES

Eixos Rodoviários Federais

BR 163 – Cuiabá-Santarém: Corta Mato Grosso no

sentido sul/norte fazendo ligação com as regiões

sudeste e sul.

BR 364 – Cuiabá-Porto Velho: Cruza Mato Grosso no

sentido sudoeste/oeste, a partir de Goiás.

BR 070 – Cuiabá-Brasília: Liga Cuiabá a capital do país.

BR 158 – Barra do Garças-Marabá: Segue em direção

norte nordeste, cortando o vale do Araguaia.

BR 080 – Rio Araguaia-Cachimbo: Faz a interligação

entre as Brs 158 e 163, cortando o Parque Nacional

do Xingu.

Page 103: Geografia de Mato Grosso

TRANSPORTES

PRINCIPAIS RODOVIAS ESTADUAIS

MT 060 – Cuiabá – Porto Jofre (Transpantaneira)

MT 100 – Alto Taquari - Luciara

MT 130 – Rondonópolis - Paranatinga

MT 140 – Campo Verde – Sinop

MT 170 – Campo Novo dos Parecis – Cotriguaçu

MT 208 – Terra Nova – Nova Brasilandia

MT 220 – Sinop – Juína

MT 338 – Lucas do Rio Verde - Juara

Page 104: Geografia de Mato Grosso

TRANSPORTES

Eixos rodomodal e hidroviários

Eixo Sul I: Interliga Mato Grosso ao porto de Santos

através de ferrovia. Em Mato Grosso, existem

terminais em funcionamento em Alto Taquari e Alto

Araguaia. Está em construção o trecho que liga Alto

Araguaia e Rondonópolis.

Eixo Sul II: Hidrovia Paraguai-Paraná: Transporte

aquático usando o Rio Paraguai (Cáceres) para

exportação de minérios via Argentina/Uruguai.

Page 105: Geografia de Mato Grosso

TRANSPORTES

Eixo Leste-Norte: Hidrovia Rio das

Mortes/Araguaia/Tocantins: Interligará Mato

Grosso à ferrovia Carajás e ao porto de Itaqui, no

Maranhão.

Eixo Oeste-Norte: Hidrovia Madeira/Amazonas:

Implantado pelo Grupo Maggi, serve para escoar

parte da soja plantada. Os graos segue por

rodovia até Porto Velho, seguindo posteriormente

em barcaças pelo Rio Madeira e Amazonas até

Itacotiara, de onde segue rumo a Europa

Page 106: Geografia de Mato Grosso
Page 107: Geografia de Mato Grosso

MATO GROSSO - SETOR INDUSTRIAL

No contexto da expansão capitalista no Brasil e

sua divisão regional do trabalho, Mato Grosso

sempre teve sua economia baseada no setor

primário, destacando-se como fornecedor de

matéria-prima para os centros de produção

industrial, localizados em sua maioria no

sudeste brasileiro. Assim, é recente o processo

de industrialização, pois o mesmo encontra-se

integrado com o crescimento regional.

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Page 109: Geografia de Mato Grosso

MATO GROSSO - SETOR INDUSTRIAL

A indústria madereira é o ramo de atividade

com maior número de empresas em MT

No ramo industrial de alimentos, destaca-se o

beneficiamento de grãos (soja, arroz, algodão)

e a fabricação de bebidas (Cerveja, chopp,

refrigerante, água natural e potável)

Modernas indústrias frigoríficas e laticínios

Indústrias de produção de alcool - usinas

Page 110: Geografia de Mato Grosso

TURISMO

O setor terciário vem assumindo crescente

importância na economia brasileira, uma

tendência da economia mundializada. Neste

contexto, o turismo vem se destacando-se

como um fenômeno econômico e social, sendo

uma das atividades que mais cresce no

mundo, gerando uma grande mobilização de

recursos e geração de empregos.

Page 111: Geografia de Mato Grosso

TURISMO

Segundo o IEB – Instituto de Ecoturismo do

Brasil, possuimos três polos em Mato Grosso:

- Pólo Pantanal do Norte

- Pólo Chapada dos Guimarães

- Pólo Amazônia Mato-grossense.

Page 112: Geografia de Mato Grosso

TURISMO NO PANTANAL

O turismo no Pantanal tem como principais

atrativos a observação de fauna e flora;

passeios de barco e a cavalo; trilha na mata;

safári fotográfico; pesca esportiva.

A Cavalhada e a Dança dos Mascarados no

município de Poconé

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Page 114: Geografia de Mato Grosso

TURISMO – CHAPADA DOS GUIMARÃES

Engloba áreas dos municípios de Chapada dos

Guimarães e Cuiabá, com destaque para o Parque

Nacional de Chapada dos Guimarães e a Área de

Proteção Ambiental no seu entorno e o lago de

Manso, originário das águas represadas do rio

Manso para implantação de usina hidrelétrica.

Destaca-se o Terminal da Salgadeira, Véu da Noiva,

Cachoeirinha e Mirante, Casa de Pedra e Córrego 7

de setembro.

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Page 116: Geografia de Mato Grosso

TURISMO – CUIABÁ, SERRA SÃO VICENTE

E NOBRES

Cuiabá é o portal de entrada para o Pantanal,

Amazônia, Vale do Araguaia e Cerrado mato-

grossenses. Dispõe de infra-estrutura para a

realização de eventos de todos os portes, com

a Copa do Mundo de 2014. Com quase 300

anos, foi considerada por muitos anos com o

Centro Geodésico da América do Sul, tem seu

centro histórico tombado pelo IPHAN.

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TURISMO – CUIABÁ, SERRA SÃO VICENTE

E NOBRES

A Serra de São Vicente, que abrange os

municípios de Jaciara, Juscimeira dispõe de

complexos de águas termais e inúmeros rios e

cachoeiras onde praticam-se esportes com

rapel, rafting, canoagem, bóia-cross entre

outros.

Nobres, região calcária com grande número de

cavernas e nascentes de rios, possui beleza

ímpar, como o Lago Azul.

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Page 120: Geografia de Mato Grosso

ÍNDIOS EM MATO GROSSOO termo índio foi uma denominação dada pelos

conquistadores europeus aos habitantes de tempos

imemoriais do território que compõe hoje o continente

americano. Houve generalização do termo índio a todos os

habitantes do território brasileiro. Os povos indígenas

mato-grossenses se caracterizam por baixa densidade

demográfica. Em compensação, muitos são os povos.

Damos o nome de povo indígena, à língua por eles

falada, à localização geográfica, aos nomes das aldeias.

Ao indicarmos a língua, anotamos as variações dialetais

identificadas. Ao indicar o nome do povo ou da aldeia,

damos o nome em voga entre os não índios, com

anexação do nome indígena, quando possível.

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ÍNDIOS EM MATO GROSSO

Os estudos antropológicos demonstram que a cada

povo indígena corresponde uma língua. A língua,

por sua vez, expressa diversidade de pensamento,

de filosofia de vida, de costumes, de organização

social, de estrutura educativa, religião. Para se

falar corretamente de índios, é necessário situar o

índio num povo determinado. Não existe o índio

genérico. Existe, sim, o Nambikwara, o Xavante, o

Bororo. Cada tribo existe por si e é diferente de

qualquer outra.

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ÍNDIOS EM MATO GROSSO

Em Mato Grosso encontram-se ainda hoje os quatro troncos

lingüísticos falados e mais línguas isoladas. Onze são as

línguas faladas do tronco tupi: Apiaká, tapirapé,

kamayurá, zoró, kayabí, auetí, mundurukú, juruna, arára,

itogapúk e cinta-larga. Nove são as línguas e dialetos do

grupo macro-jê: mentuktíre, kren-aka-rôre, txukarramãe,

suyá, xavante, karajá, bororo, umutína e rikbaktsa. Cinco

são do tronco linguístico arwák: paresi, salumã, wawrá,

mehináku e yawalapiti. Troncos linguísticos ainda não

denominados: bakairí, nahukuá, matipúhu, kalapálo,

txikão, nambikwára do norte, nambikwára do sul e

sabanê. Duas as línguas isoladas: trumái e iránxe.

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ÍNDIOS EM MATO GROSSO

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QUE DEUS VOS ACOMPANHEM.