geografia de mato grosso - pantanal

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PROF. PAULO FANAIA

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Page 1: Geografia de Mato Grosso - Pantanal

PROF. PAULO FANAIA

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Page 3: Geografia de Mato Grosso - Pantanal

Trem do Pantanal (Paulo Simões / Geraldo Roça) Enquanto este velho trem atravessa o

pantanalAs estrelas do cruzeiro fazem um sinal De que este é o melhor caminho Pra quem é como eu, mais um fugitivo da guerra

Enquanto este velho trem atravessa o pantanal O povo lá em casa espera que eu mande um postal Dizendo que eu estou muito bem vivo Rumo a Santa Cruz de La Sierra

Enquanto este velho trem atravessa o pantanal Só meu coração esta batendo desigual Ele agora sabe que o medo viaja também

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A ORIGEM DO NOME :

PÂNTANO: BREJO , CHARCO,PANTANAL, LODAÇAL, ETC .

LUGAR PERMANENTEMENTE INUNDADO.

O PANTANAL É UMA ÁREA PERMANENTEMENTE

INUNDADA ?

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PANTANAL

MAIS EXTENSA PLANÍCIE BRASILEIRA E TAMBÉM A MAIOR PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO DO MUNDO.

OCUPA,EM TERRAS BRASILEIRAS,CENTO E TRINTA MIL QUILÔMETROS QUADRADOS.

PRATICAMENTE A ÁREA DA GUIANA E BEM MAIOR QUE A DO URUGUAI.

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SOLO RESSECADO PRÓXIMO A ESTRADA TRANSPANTANEIRA

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O MESMO LOCAL DA FOTO ANTERIOR,PORÉM EM PERÍODO DE CHEIA.

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CAMPO INUNDADO -FOTO TIRADA DURANTE O PERÍODO DA CHEIA NO PANTANAL.

-OBSERVE A PRESENÇA DE ÁGUA EM TODO O CAMPO E AO FUNDO O CAPÃO.

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PARQUE DE CERRADO ÁRVORES AGRUPADAS EM

PEQUENAS ELEVAÇÕES DO TERRENO,CONHECIDAS COMO ‘MURUNDUS’ OU ‘MONCHÕES’.

SOLOS HIDROMÓRFICOS E

MELHOR DRENADOS QUE NAS ÁREAS PLANAS ADJACENTES.

A ORIGEM CONTROVERTIDA E AS HÍPÓTESES MAIS COMUNS APONTAM-NOS COMO CUPINZEIROS ATIVOS OU INATIVOS OU RESULTANTES DE EROSÃO DIFERENCIAL.

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A HISTÓRIA GEOLÓGICA DO PANTANALHÁ CERCA DE 400 MILHÕES DE ANOS,DURANTE O PERÍODO DEVONIANO DA ERA PALEOZÓICA,OS CONTINENTES ATUAIS FORMAVAM UM ÚNICO SUPERCONTINENTE DENOMINADO PANGÉIA.

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A HISTÓRIA GEOLÓGICA

NA PARTE CORRESPONDENTE À AMÉRICA DO SUL,HAVIA APENAS QUATRO EXTENSOS BLOCOS EMERESOS.

TRÊS DELES CONSISTIAM NOS NÚCLEOS ANTIGOS DAS ATUAIS TERRAS BRASILEIRAS.

O QUARTO,AO SUL,CORRESPONDIA À PARTE PEQUENA DO QUE HOJE É A ARGENTINA.

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TRANSGRESSÃO MARINHA

O ESTUDO DOS FÓSSEIS PROVA QUE DEVIDO À MAIOR TRANSGRESSÃO MARINHA DE TODOS OS TEMPOS,O RESTANTE DA AMÉRICA DO SUL ENCONTRAVA-SE SOB ÁGUAS OCEÂNICAS.

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A HISTÓRIA GEOLÓGICA CEM MILHÕES DE ANOS,NO

PERÍODO FINAL DA MESOZÓICA,O OCEANO ATLÂNTICO ESTAVA SE ALARGANDO.

A PLACA TECTÔNICA DA AMÉRCIA DO SUL TINHA SE DESPRENDIDO DA ÁFRICA E DESLOCAVA-SE PARA O ESTE,PRESSIONANDO A PLACA DE NAZCA.LENTAMENTE,A CORDILHEIRA DOS ANDES COMEÇAVA A SE ERGUER,

SOERGUIMENTO DOS ANDES FOI ACOMPANHADO PELO LEVANTAMENTO , MUITO MAIS SUAVE ,DA PLACA SUL AMERICANA.

ESSE LEVANTAMENTO FEZ COM QUE AS TERRAS SUBMERSAS EMERGISSEM,CONFIGURANDO A ATUAL AMÉRICA DO SUL.CONTUDO,MUITO DEPOIS,HÁ CERCA DE DOIS MILHÕES DE ANOS,UM PROCESSO DE AFUNDAMENTO ATINGIU A REGIÃO ONDE FICA O PANTANAL.

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A PLANÍCIE COMEÇOU A SE FORMAR.

A DEPRESSÃO ABSOLUTA FOI SENDO PREENCHIDA,AOS POUCOS,POR MATERIAIS TRANSPORTADOS PELOS RIOS.

OS SEDIMENTOS,FORMADOS POR ARGILA E AREIA,ATINGEM HOJE UMA ESPESSURA DE MAIS DE 400 METROS.

A PLANÍCIE ATUAL,SITUADA ENTRE 80 E 150 METROS ACIMA DO NÍVEL DO MAR,CONTINUA A ACUMULAR SEDIMENTOS. FOTO DA SERRA DO AMOLAR

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UM ECOSSISTEMA EM DOIS TEMPOS.

O RIO PARAGUAI É UM AFLUENTE DO RIO PARANÁ,QUE FORMA O EIXO DA BACIA PLATINA. O PANTANAL É A PLANÍCIE DRENADA PELA SUB-BACIA DO RIO PARAGUAI. TODA A PLANÍCIE ESTÁ CIRCUNDADA POR PLANALTOS,ONDE NASCEM O PRÓPRIO RIO PARAGUAI E SEUS AFLUENTES. O PANTANAL FUNCIONA COM UMA IMENSA ESPONJA,ABSORVENDO AS ÁGUAS QUE ESCORREM DAS ÁREAS MAIS ELEVADAS QUE O RODEIAM.

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ÁREA DE INUNDAÇÃO DO PANTANAL

Quando ocorrem enchentes violentas, causam grande mortandade de animais, principalmente de reses.

Os criadores defendem-se, removendo os animais para locais mais elevados, que são denominados de “cordilheiras”.

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PULSO DA INUNDAÇÃO

O ir e o vir das águas no Pantanal, ou seja, a enchente e a seca, conhecido cientificamente como pulso de inundação é o processo ecológico essencial, ou o fator chave que comanda a riqueza, a diversidade e a abundância de vida no Pantanal

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FOTOS DURANTE A CHEIA NO PANTANAL

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PANTANAL PERÍODO DE SECAHOTEL PANTANAL MATO GROSSO. RIO PIXAIM.

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PANTANAL NA CHEIA HOTEL PANTANAL MATO GROSSO.RIO PIXAIM.

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BACIA PLATINAA bacia platina é constituída pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, drenando áreas do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.

O rio Paraná possui cerca de 4.900 km de extensão, sendo o segundo em comprimento da América do Sul. Possui como principais tributários os rios Paraguai, Tietê, Paranapanema e Iguaçu.

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SERRA DO AMOLARA região do Amolar está encravada entre Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e a fronteira boliviana. Com montanhas, rios, lagoas e campos alagados durante o ano inteiro.

A região do Amolar não sofre tanto o ciclo das águas, permanece alagado durante todo o ano. As montanhas são elementos inusitados na paisagem pantaneira. Por último, pelo passado que confinou ali apenas índios que para sobreviver nesse mundo de águas, tornaram-se mestres na arte da canoagem - os índios Guatós.

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ECOSSISTEMA EM PERFEITO EQUILÍBRIO

O Pantanal é um ecossistema natural em perfeito equilíbrio. Seus rios são os grandes transportadores e fornecedores dos nutrientes que garantem o crescimento da vegetação e a incrível produção de peixes, jacarés e aves aquáticas que povoam a região.

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A ação do homem nesse ambiente Pode destruir

totalmente suas características.

Atualmente, já se nota uma diminuição significativa de espécies de peixes nobres devido à pesca predatória e às agressões sofridas pelos rios que se dirigem para a região pantaneira.

Como o peixe é a base da cadeia alimentar da região, o seu desaparecimento provocará desequilíbrio em todo o ambiente pantaneiro.

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ECOSSISTEMA FRÁGIL"O Pantanal Mato-grossense

é um dos mais belos exemplos, em todo o mundo, de um ecossistema peculiar, frágil e, ao mesmo tempo, extraordinariamente rico, conseqüência do perfeito equilíbrio entre seus componentes."

Os riscos de alteração desse riquíssimo ecossistema são decorrentes, sobretudo, da ação do homem visando a conquista de terras para a criação de gado e mineração.

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PROBLEMAS ECOLÓGICOSOs grandes rios que

percorrem a planície do Pantanal não têm leito fixo, mudando continuamente seu curso, dada a total planura da região. Mas a construção de barragens e o desvio intencional desses rios causam enormes inundações e transporte de terras, que provocam o assoreamento, isto é, o aterramento de seus leitos, tornando-os cada vez mais rasos, provocando novas inundações e a destruição de peixes pela enorme quantidade de terra em suspensão, turvando as águas.

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Peixes nobres da região

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DIMINUIÇÃO DE PEIXESA ação do homem nesse ambiente pode,

entretanto, destruir totalmente suas características. Atualmente, já se nota uma diminuição significativa de espécies de peixes nobres devido à pesca predatória e às agressões sofridas pelos rios que se dirigem para a região pantaneira. Como o peixe é a base da cadeia alimentar da região, o seu desaparecimento provocará desequilíbrio em todo o ambiente pantaneiro.

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PECUÁRIACom as diversas variedades

de gramíneas, o Pantanal se torna um excelente local para a criação de gado.

A pecuária se desenvolveu muito: com subdivisão dos pastos, o preparo de pastagens artificiais no selecionamento das pastagens naturais e na criação de currais, para a separação do gado destinado a cria, recria, engorda e venda.

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MINERAÇÃOErosões ainda maiores,

sucedidas de enorme transporte de terra, são causadas pelas atividades de mineração. Como os solos da região são particularmente ricos em minérios, o garimpo e a extração de minerais vêm sendo intensificados sem quaisquer cuidados no sentido de evitar a erosão e o assoreamento.

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PRESSÕES ECOLÓGICAS - as atividades mineradoras, muito particularmente garimpos

de ouro a base de mercúrio, sobretudo em Poconé, ao norte da planície pantaneira;

- a caça e a pesca predatórias, em toda extensão do Pantanal; - o turismo predatório em certos pontos da região. - os efluentes industriais poluentes, principalmente das usinas

de álcool da região e das atividades de produção de cimento e siderurgia na área de Corumbá;

- o uso de terras altas, com a agricultura intensiva e extensiva em geral de solos; e em geral de soja; à base de agrotóxicos e sem qualquer medida de conservação de solos;

- o lançamento de esgotos domésticos nos cursos de água que ocorrem ao longo da planície, efeito da crescente urbanização nas terras altas.