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FRONTLINE N.º 40 Março 2012 LES AIRELLES UM MANTO BRANCO “O MINISTRO DA SAÚDE É OBRIGADO A GERIR UM ORÇAMENTO INGERÍVEL” ANO JUDICIAL DIAGNÓSTICO DO SETOR GUIMARÃES CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA MACAU ENCRUZILHADA DO DESENVOLVIMENTO JOSÉ LUIZ MOREIRA TURISTRELA HOTELS & RESORTS CORTIÇA INDÚSTRIA DE PESO MERCEDES APOSTA NA DIVERSIDADE DE ESTILOS JOSÉ MANUEL SILVA MARÇO 2012 | ANO IV | N.º 40 | MENSAL | 5 56 0107 30 8155 9 0 4 0 0 0

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FR

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N.º

40

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LES AIRELLESUM MANTO BRANCO

“O MINISTRO DA SAÚDE É OBRIGADO A GERIR UM ORÇAMENTO INGERÍVEL”

ANO JUDICIALDIAGNÓSTICO DO SETOR

GUIMARÃESCAPITAL EUROPEIA DA CULTURA

MACAUENCRUZILHADA DO DESENVOLVIMENTO

JOSÉ LUIZ MOREIRATURISTRELA HOTELS & RESORTS

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SILVA

MARÇO 2012 | ANO IV | N.º 40 | MENSAL | €5

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8/ NEWS

12/ GRANDE ENTREVISTA José Manuel Silva

22/ OPINIÃO José Caria

Isabel Meirelles Carlos Zorrinho Luís Mira Amaral Adalberto Campos Fernandes 28/ EM FOCO

Ano judicial

34/ EM DESTAQUE Guimarães

40/ DOSSIER Macau

46/ MAGAZINE Indústria da cortiça

50/ HOTELARIA José Luiz Moreira

56/ ESPECIAL Capi One

58/ BOLSA IMOBILIÁRIA By Sotheby’s Realty

SUMÁRIO

4/FRONTLINE

34

FICHA TÉCNICADiretor: Nuno Carneiro | Diretores Adjuntos: João Cordeiro dos Santos e Casimiro Gonçalves | Editora: Ana Laia | Chefe de Reda ção: Patrícia Vicente | Colaboradores: Fernanda Ló, Filomena G. Nascimento, Isabel Meirelles, José Caria, M. Sardinha, Maria João Matos, Rui Calafate, Rui Madeira | Revisão: Helena Matos | Fotografia: António Mil-Homens, José Frade, Eduardo Grilo, João Cupertino, Luis Filipe Catarino/Presidência da República, Nuno Madeira, Ricardo Oliveira, Carmo Montanha, Vitor Pires | Diretor Comercial: Miguel Dias Consultor de Publicidade: Carlos Tavares | Sede: Airport Business Center Avenida das Comunidades Portuguesas Aerogare, 5º piso–Aeroporto de Lisboa 1700 – 007 Lisboa - Portugal | Tel. 210 998 039 | E-mail: [email protected] | Registada no ICS com o n.º 125341 | Depósito Legal n.º 273608/08 | Impresso num país da U.E. | www.revistafrontline.com | Facebook: RevistaFRONTLINE

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62/ CHECK-IN Les Airelles

68/ MOTORES

Mercedes

74/ ON THE ROAD

78/ PROPOSTA Homelidays

82/ SOCIAL International Club of Portugal

Copacabana Palace Inauguração sede CPLP Gala Portugal Aplaude Princesa da Tailândia

90/ RELÓGIOS Perrelet

91/ JOIAS

Gilles

92/ LIVROS

94/ EXPOSIÇÃO NACIONAL

95/ EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL

96/ MÚSICA

98/ AGENDA

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EDITORIAL

6/FRONTLINE

José Manuel Silva é bastonário da Ordem dos Médicos há um ano e revela, em entrevista à FRONTLINE, que o cargo que exerce excedeu as suas previsões, muito “por causa dos problemas que o país atravessa”. A verdade é que, na sua opinião, as pessoas depositam no bastoná-rio da Ordem dos Médicos “uma grande esperança de que possa contribuir para a resolução dos problemas”, contudo a realidade é um pouco diferente e José Ma-nuel Silva revela que o seu maior dilema é “não poder resolver todos os problemas”.Consciente de que o cargo que desempenha é bastante complexo, é perentório ao afirmar que é necessário que exista dinheiro para a saúde, mesmo que falte para tudo o resto. Enfrentando uma nova situação, “um clima de medo entre os médicos”, dado o excesso de profissio-nais com que atualmente nos deparamos no nosso país, o bastonário acredita que tal poderá ser prejudicial aos doentes, uma vez que um médico com medo de perder o emprego “pode trazer constrangimentos extremamente complicados ao Sistema Nacional de Saúde e ao trata-mento dos doentes”.Analisando a nossa situação, o bastonário acredita que “estamos em risco de ficar sem país”, uma vez que “a tro-co dos subsídios da União Europeia liquidámos a nossa agricultura e as nossas pescas”. Para José Manuel Silva, é impossível ter produtividade se estamos a ser privados “de forma consciente e deliberada daquilo que são os re-cursos primários e secundários de qualquer economia”.

Momentos marcantesNo arranque de mais um ano judicial sucederam-se os discursos duros dos vários protagonistas. Culpas

lançadas dos dois lados da barricada, críticas duras e um diagnóstico verdadeiramente negro. Um cenário não muito diferente de outros anos.Guimarães é este ano a Capital Europeia da Cultura. A cidade-berço vai receber durante 2012 artistas e visi-tantes de toda a Europa. Com um orçamento reduzido, a grande aposta foi feita na diversidade de projetos inova-dores e na rentabilização do centro histórico.Macau investe em novos aterros, num gigantesco campus universitário na ilha da Montanha e numa ligação cada vez mais estreita com a China, Hong Kong e Zhuhai.

Unidades especiaisJosé Luiz Moreira é o responsável pela Turistrela Hotels & Resorts, a empresa que gere, em exclusivo, as unidades hoteleiras existentes na serra da Estrela. Com um vasto currículo na área da hotelaria, este profissional passou já por São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Cancún, Buenos Aires e Panamá, mercados onde exerceu funções ligado à Caesar Park Hotels & Resorts. De referir ainda o cargo que desempenhou como regional manager do Crown Pla-za em Atlanta, nos EUA, e no Brasil.

Para umas férias diferentesEscondido na magnífica paisagem dos Alpes franceses, entre flocos de neve e pistas de esqui, o Les Airelles derrete verdadeiramente emoções. Esta unidade de char-me é ideal para umas férias de neve, onde todos os mem-bros da família têm um lugar especial.

Até abril,

UMA MUDANÇA DE ATITUDE

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NEWS

8/FRONTLINE

Pousadas de Portugalcom ofertas de Páscoa irresistíveisDeixe-se encantar pelo coelhinho da Páscoa e fique numa das Pousadas de Portugal. As ofertas são irresistíveis e ideais para quem quer festejar a data em família e fora de casa. Quem passar duas noites em quarto duplo entre os dias 5 e 8 de Abril, vai poder usufruir de um crédito de 25 euros numa belíssima refeição no restaurante da respetiva pousada. E, para que não deixe os seus filhos em casa, é oferecido o almoço ou jantar das crianças, até um máximo de dois menus infantis, quando acompanhando a refeição dos pais no restaurante. Porque o período é de festa e férias escolares, as Pousadas de Portugal oferecem ainda a estada a uma criança até aos 12 anos, dependendo da tipologia do quarto e desde que seja partilhado com dois adultos. Caso prefira uma suíte, a oferta estende-se a um segundo filho, também com menos de 12 anos.Aproveite esta oferta e venha descobrir o melhor de Portugal. Desde castelos, mosteiros ou palácios, as pousadas são sempre locais únicos. Paisagens de tirar o fôlego, aliadas a uma gastronomia de excelência para experimentar por todo o país.

The Yeatman para uma Páscoa em família O The Yeatman, um hotel vínico de luxo, preparou um programa especial de Páscoa para toda a família, que con-vida a desfrutar dos primeiros dias de primavera, no cenário idílico proporcionado pela localização privilegiada sobre o rio Douro. O programa inclui alojamento de duas noites em quarto superior, com vistas panorâmicas para a cidade do Porto, pequeno-almoço para toda a família e visita gratuita à garrafeira do The Yeatman. As crian-ças são convidadas do hotel para alojamento em cama extra (uma cama extra por Quarto Superior e duas camas extra por Suite), com pequeno-almoço incluído. E porque no fim de semana se deve descontrair e relaxar, haverá acesso gratuito à piscina exterior e interior panorâmica, ao ginásio e à área de bem-estar e 20% de desconto em tratamentos no spa Vinothérapie® Caudalie. No Domingo de Páscoa, será servido um almoço especial, preparado pelo chef Ricardo Costa, detentor de uma estrela Michelin, que será acompanhado por uma seleção especial de vinhos sugerida pela diretora de Vinhos Beatriz

Machado. O almoço é opcional e aberto a qualquer pessoa que pretenda desfrutar de uma experiência gastronómica e vínica exclusiva, pelo preço de 65 euros por pessoa (bebidas incluídas). O programa inclui um mínimo de duas noites e tem um valor de 200 euros por quarto, por noite, com alojamento e pequeno-almoço grátis até duas crianças.

Dom Pedro Laguna recebeu Dilma Rousseff A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, almoçou recentemente com o governador do estado do Ceará, Cid Gomes, no restaurante White no Hotel Dom Pedro Laguna no Ceará. Dilma Rousseff foi recebida com um bouquet de rosas amarelas e brancas pelo gerente geral do Dom Pedro Laguna, num momento marcante em que o hotel faz um ano após a sua abertura. O Dom Pedro Laguna Beach Villas & Golf Resort foi o primeiro hotel a ser inaugurado no resort ecológico de luxo “Aquiraz Riviera”, ficando situado a 35 km de Fortaleza. Este é o maior empreendimento turístico do Brasil de padrão internacional, numa área total de 300 hectares, com 58 hectares de área de proteção ambiental e 1800 metros de frente mar.

Audi soma vitóriasA Audi fez o pleno nas três categorias a que concorreu na edição 2012 das “Classes do Carro do Ano”. As vitórias foram repartidas pelos Audi A6 3.0 TDI 204 cv multitronic (Executivo do Ano), Audi A6 Avant 3.0 TDI 204 cv multitronic (Carrinha do Ano) e Audi Q3 2.0 TDI 140 cv (Crossover do Ano). Um resultado que veio aumentar o vasto portefólio de prémios nacionais e internacionais conquistados por estas três gamas da marca.Entre os candidatos a concurso às diversas “Classes do Carro do Ano”, um dos mais prestigiados prémios atribuídos a um produto automóvel em Portugal, com a chancela organizativa das revistas Autosport e Volante, a Audi superiorizou-se, assim, em três categorias distintas. Qualidades dinâmicas, segurança, ecologia, consumos, conforto, preço e equipamento foram alguns dos itens analisados, em cada automóvel, por um júri constituído por 18 jornalistas de alguns dos mais importantes órgãos de comunicação social.

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NEWS

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BREVES

Mercedes-Benz com propostas para pais especiaisPorque todos os pais merecem um presente verdadei-ramente especial, para este dia do Pai a Mercedes-Benz sugere o relógio Business Silver com um moderno mos-trador em preto e tecnologia de ponta, cujo preço é de 300 euros. No mês dedicado a todos os pais, estará em vigor na rede de oficinas autorizadas Mercedes-Benz uma cam-panha que lhes é exclusivamente dedicada e onde pode-mos encontrar artigos tão diversos como o porta-cha-ves Brussels Silver (8,81 euros), botões de punho (50,93 euros) ou uma mala de fim de semana (165,82 euros).

Termas de Monte Real já reabriramAs Termas de Monte Real iniciaram mais uma época termal no passado dia 27 de fevereiro, com a abertura dos balneários termais a cumprir o tradi-cional horário de funcionamento diário de segunda a sábado, das 08h00 às 12h00 e das 16h00 às 18h00, sem qualquer restrição no horário de reali-zação dos tratamentos termais.De acordo com o diretor Luís Mexia Alves, “a época nas Termas de Monte Real de 2012 fica uma vez mais marcada pela manutenção de preços dos tratamentos termais que se mantêm inalterados desde 2010, bem como pelo lançamento de uma terceira época baixa de preços que correspon-dem a uma diferença de aproximadamente 25% face aos momentos de maior movimento registados no verão”.Nesta nova época termal, são ainda apresentados pela primeira vez três Programas Termais Terapêuticos de sete e dez sessões nas vertentes do aparelho digestivo, respiratório e músculo-esquelético, destinados respe-tivamente a afeções como colite, obstipação, rinite alérgica, sinusite, asma brônquica, tendinites, artrite reumatoide, fibromialgia, entre outras.Recordamos que as Termas de Monte Real foram totalmente reconstruídas em 2009 e dotadas de novas estruturas, equipamentos e serviços, num novo espaço de 5 mil metros quadrados inteiramente dedicados ao terma-lismo clínico e ao bem-estar termal.

Café Bar BA com projeção internacionalDaniel Soares, barman do Café Bar BA, no Bairro Alto Hotel, participou no evento “The Leading Bartenders of the World”, no âmbito da comemoração do 60.º aniversário do Jimmy’s Bar, um dos melhores e mais conceituados bares da Alemanha. Nessa noite comemorativa, Daniel Soares, juntamente com quatro conceituados barmans de bares internacionais, preparou e apresentou pessoalmente os seus três melhores cocktails de assinatura. Os cinco participantes desta fantástica noite foram: Andrès Amador, do Hotel Hessischer Hof, em Frankfurt; Daniel Soares, do Bairro Alto Hotel, em Lisboa; David Sinclair, do Hotel Gleneagles, em Auchterarder; Franz Höckner, do Hotel Adlon Kempinksi, em Berlim, e, por último, Jan Schäfer, do Hotel Bayerischer Hof, em München.

Hotéis Blue&Green apresentam programas para a Páscoa Os hotéis Blue&Green prepararam uma experiência única para as miniférias da Páscoa. A pensar nos mais novos, o Koala Club preparou mais uma grande missão: a “Caça aos Ovos”. O programa inclui três noites de alojamento; pequeno-almoço buffet; brunch do Domingo de Páscoa (bebidas não incluídas); missão “Caça aos ovos” para crianças dos 3 aos 12 anos e 20% de desconto no tratamento de spa Especial Páscoa.Em termos de preços, eles oscilam entre os 221 euros (Troia Design Hotel, em quarto duplo, preço por pessoa); os 258 euros (The Lake Spa Resort) e os 368 euros (Vilalara Thalassa Resort).

Restaurante Flores premiadoO restaurante Flores foi recentemente premiado com um galardão no âmbito do concurso “Lisboa à Prova 2011”. Situado no piso térreo do Bairro Alto Hotel, no coração da capital, o restaurante Flores atingiu mais uma fantástica classificação, recebendo dois Garfos como prémio. Com uma cozinha marcadamente por-tuguesa, a cargo do chef Vasco Lello desde maio de 2011, não deixa de acolher as influências do mundo, sendo promovidos e destacados os produtos e igua-rias nacionais e tradicionais. Ideal para almoçar ou jantar, o espaço oferece uma vasta possibilidade de experimentar outros sabores e sensações com os ma-ravilhosos menus disponíveis.

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NEWS

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The Cliff Bay recebe 10 Chefs MichelinDepois do sucesso alcançado com a iniciativa “Rota das Estrelas”, em 2011 e em 2010, o evento soma e segue em 2012. Várias entidades juntam-se para dar continuidade a este pro-jeto gastronómico português que está cada vez mais internacional.A estreia do roteiro gastronómico faz-se uma vez mais no Funchal, no restaurante Il Gallo d´Oro, do hotel The Cliff Bay (Porto Bay Hotels & Resorts), e o primeiro evento da Rota das Estrelas 2012 acontece já nos próximos dias 16, 17, 20 e 21 de março. O chef Benoît Sinthon é anfitrião de 10 chefs convidados, que chegam não só de Portugal como de vários pontos da Europa: Finlândia, Reino Unido, Espanha, Hungria e Áustria.

Do estrangeiro chegam Hans Välimäki, o mais prestigiado chef do momento na Finlândia, com duas estrelas Michelin; Diego Guerrero, uma das revelações da alta gastronomia em Espanha, que este ano recebeu a segunda estrela Michelin; Nigel Haworth, celebridade da gastronomia no Reino Unido, com uma estrela Michelin; Miguel Vieira, chef português a trabalhar em Budapeste, na Hungria, com uma estrela Michelin; e Chris-tian Petz, da Áustria, com um percurso de luxo no seu país.

Roberta Medina agraciada com Prémio Personalidade Turística do Ano A Associação de Jornalistas Portugueses de Turismo (AJOPT) atribuiu a Roberta Medina, vice-presidente exe-cutiva do Rock in Rio, o Prémio Personalidade Turística do Ano.O presidente da AJOPT, Salvador Alves Dias, realçou que o Rock in Rio é um dos grandes eventos musicais que se realizam em Lisboa, promovendo o turismo nacional e reforçando os laços entre Portugal e o Brasil, refe-rindo que “Roberta Medina, responsável pelo evento no nosso país, tem vindo a revelar-se uma embaixadora de Portugal, pois utiliza o seu enorme peso mediático no Brasil num permanente elogio às qualidades turísticas de Portugal”.

O contributo de Roberta Medina na aproximação da Câmara Municipal de Lisboa e do Turismo de Portugal com a TV Globo Brasil, com vista à promoção da cidade de Lisboa e de Portugal nas novelas desta emissora, que se constituem como um dos principais canais de comunicação e influenciadores de comportamentos de massas no Brasil, assim como o seu apoio na vinda da exposição de Vik Moniz para o CCB, que teve mais de 100 mil visitantes, foram fatores decisivos para a sua escolha.

Lisboa distinguidaLisboa consta pela primeira vez do leque das “Cidades Europeias do Futuro”, no ranking elabo-rado pelo Financial Times, “European Cities & Regions of the Future 2012/13”. Referenciada em duas categorias distintas, Lisboa ficou posicionada no 3.º lugar do ranking geral de Cidades do Sudoeste da Europa, atrás de Barcelona e Madrid, respetivamente, e no 2.º lugar da Estratégia de Investimento Direto Estrangeiro das Cidades do Sudoeste Europeu, atrás de Barcelona.O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, em reação a esta distinção para Lisboa, referiu que a presença nos rankings se deve em grande parte ao facto de Lisboa ter um especial compromisso com a criação e atração de talentos, empresas e investimentos. Refere ainda que, ao aumentar a capacidade competitiva da sua economia, o executivo municipal quer posicionar Lisboa como uma cidade global e única, onde a inovação, a criatividade e o espírito empreendedor fazem a diferença.

Álvaro Santos Pereira e Cecília Meireles na BTL O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, es-tiveram presentes no espaço da Embratur na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) durante a abertura oficial do evento que se realizou na FIL, em Lisboa, e que teve o Brasil como país convidado. Este momento foi também partilhado pelo embaixador do Brasil, Mário Vilalva, e pela diretora da BTL, Fátima Vila Maior.A presença do Brasil na BTL aposta na proximidade dos dois grandes eventos mundiais que o país está a preparar – o Mundial de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 –, que envolvem enormes preparativos e grande exposição perante todo o mundo.

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GRANDE ENTREVISTAJosé Manuel Silva

12/FRONTLINE

por Ana Laia

José Manuel Silva assumiu o cargo de bastonário da Ordem dos Médicos há um ano e diz que a complexidade excedeu as suas expetativas, dada a situação difícil que o país atravessa. O “clima de medo” que diz haver entre os médicos preocupa-o e garante que é preciso haver dinheiro para a saúde, mesmo que falte para tudo o resto. Crítico de situações como as do BPN ou da “agiotagem” que diz estar a ser feita pelo BCE, o bastonário pede mão firme para acabar com o que chama de “criminoso”. O ministro da Saúde, Paulo Macedo, conta com o apoio de José Manuel Silva, que até diz que ele seria melhor primeiro-ministro que Passos Coelho, deixando indiretamente uma crítica aos políticos profissionais que têm no curriculum cursos feitos tardiamente. O orçamento da Saúde é “ingerível”, mas é possível fazer melhorias e aumentar a eficiência. Aos alunos de Medicina, lembra que a emigração pode ser a única solução num futuro próximo, uma vez que o país não precisa, no imediato, de mais especialistas, precisa é de melhor organização.

“HÁ UM CLIMA DE MEDO ENTRE OS

MÉDICOS”

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GRANDE ENTREVISTAJosé Manuel Silva

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GRANDE ENTREVISTAJosé Manuel Silva

14/FRONTLINE

O que é para si ser bastonário da Ordem dos Médicos? É um cargo que tem correspondido às suas ex-petativas?É um cargo que me permite ter a honra imen-sa de representar uma classe de grande pres-tígio, dignidade e de grande complexidade. É um cargo cuja dificuldade excedeu as minhas previsões por causa dos problemas que o país atravessa. Não tanto por problemas dentro da classe médica, ou até dentro do SNS, mas pelas consequências que a crise do país tem tido a nível da saúde. Neste momento temos proble-mas em todo o lado e as pessoas depositam no bastonário da Ordem dos Médicos uma grande esperança de que possa contribuir para a reso-lução dos problemas, mas infelizmente este não tem os meios para o fazer de forma autónoma. Isso torna o cargo extremamente difícil. Não me preocupa a exigência, nem o trabalho inten-so, nem a complexidade, o maior problema é a frustração de não podermos resolver todos os problemas que nos colocam.

As notícias de que algumas farma-cêuticas estão a deixar de abastecer os hospitais do SNS são preocupan-tes... Estamos em risco de ficar sem medicamentos?Estamos em risco de ficar sem país e portanto em risco de ficar sem tudo. A troco dos subsí-dios da União Europeia liquidámos a nossa agri-

cultura e as nossas pescas. Com a globalização e concorrência desleal que existe, em que é impossível concorrer contra a escravatura com que se trabalha na China ou mesmo na Índia, a nossa indústria ficou extraordinaria-mente reduzida, excetuando alguns nichos de particular qualidade que conseguiram resistir. Com as dificuldades económicas que suces-sivos governos, sobretudo os dois últimos, nos colocaram, estamos a vender as grandes empresas públicas que eram lucrativas para o Estado. Não temos agricultura, não temos pescas, não temos indústria, não temos em-presas públicas, depois não nos podemos ad-mirar que nos continuem a acusar de falta de produtividade. É impossível ter produtividade se afinal estamos a ser, de forma consciente e deliberada, esbulhados daquilo que são os recursos primários e secundários de qualquer economia. Toda a gente sabia que numa situa-ção de moeda única os países periféricos têm mais dificuldade em ter uma estrutura econó-mica concorrencial. Tudo aquilo que nos está a acontecer era previsível e eu diria até que estava deliberadamente previsto. Os países da periferia estão a sofrer as consequências da moeda única, como já se podia antecipar face àquilo que se conhece que são os efeitos de uma moeda única generalizada a múltiplos países com características diferentes: as eco-nomias mais frágeis são mais prejudicadas e causticadas, como aconteceu. Se calhar tudo

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GRANDE ENTREVISTAJosé Manuel Silva

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estava previsto e estamos a assistir a uma es-tratégia da Europa Central de dominar a Euro-pa da periferia, o que pode trazer dificuldades de coesão europeia e problemas que poderão regressar e que nós pensamos que estavam afastados do horizonte histórico da Europa. Perante esta situação, a saúde sofre todas as consequências que sofrem todos os restantes setores.

O que é que vai acontecer se o Es-tado deixar realmente de ter condi-ções para pagar?Há várias soluções. O que o Governo portu-guês, como outros governos, não pode tolerar é que isso seja justificado com legislação ou com o Tratado Europeu, porque já houve vá-rias modificações do tratado, portanto, se há limitações, modifiquem os tratados. Não po-demos tolerar que o BCE empreste dinheiro, centenas de milhões de euros, à banca com juros de 1%, para depois a banca emprestar aos países com juros de 4%, 5% e 6%. Aquilo a que estamos a assistir é agiotagem. Se o BCE emprestasse diretamente a 1% a Portugal, nós tínhamos automaticamente o nosso problema resolvido e podíamos fazer face a todas as nossas responsabilidades financeiras e estimu-lar a nossa economia. O que está a ser impos-to a Portugal, com colaboração do Governo português e dos anteriores, é um mecanismo de empobrecimento ativo do país, com juros

incomportáveis para a nossa situação econó-mica e com um lucro imenso para a banca dos países do Centro da Europa. Perante isto, é difícil resolver o problema.

Os médicos sentem no terreno o seu trabalho dificultado por este tipo de situações?Claro que sim, como sentem os doentes.

Já receberam queixas de médicos impedidos de fazer o seu trabalho porque os hospitais do SNS estão sem dinheiro?Estamos a assistir a uma situação nova que é um clima de medo entre os médicos. Como temos dito, estamos numa situação em que começa a haver um excesso de médicos, e, portanto, eles começam a sentir que o seu emprego e a sua sobrevivência podem estar em risco e isso coloca questões éticas muito complexas, nomeadamente na forma como tratamos os doentes. Um médico com medo, pelo poder que tem na ponta da sua caneta, que pode usar bem ou mal, pode trazer cons-trangimentos extremamente complicados ao Sistema Nacional de Saúde e ao tratamento dos doentes. Com médicos a menos, é óbvio que se colocam dificuldades de acesso dos doentes aos cuidados de saúde. Há muitos anos oiço chamar a atenção para o problema que iríamos viver agora de falta de médicos

e necessidade de aumentar numerus clausus. Mas a decisão de redução drástica de nu-merus clausus foi de sucessivos governos e para valores insustentáveis em termos de planeamentos futuros dos recursos em saú-de. Chegámos a uma situação em que havia teoricamente falta de médicos, mas essen-cialmente por problemas de organização, porque a média de médicos em Portugal sempre esteve na média ou acima da média dos países da OCDE. Em termos de núme-ro de médicos, não tínhamos falta, mas havia graves problemas de organização e pro-dutividade do SNS que também não eram da responsabilidade dos médicos. Porque quando se diz que os blocos cirúrgicos não funcionam 12 horas por dia, não é por falta de médicos, eles não podem sozinhos pôr um bloco cirúrgico a funcionar, sendo ne-cessários todos os outros profissionais que contribuem para a equipa de saúde. A ANEM - Associação Nacional de Estudantes de Medicina está a pedir que diminuam as vagas das entra-das em Medicina, porque dizem que há saturação do ensino em Portugal e que os alunos, depois de entra-rem, se acomodam, porque ninguém chumba. Partilha desta opinião?Há muito poucos chumbos, porque os alunos que entraram eram de grande capacidade in-

“COMO TEMOS DITO, ESTAMOS NUMA SITUAÇÃO EM QUE COMEÇA A HAVER UM

EXCESSO DE MÉDICOS”

Já receberam queixas de médicos impedidos de fazer o seu trabalho porque os hospitais do SNS estão sem dinheiro?

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GRANDE ENTREVISTAJosé Manuel Silva

16/FRONTLINE

Como se pode alterar isso?Neste momento há número de horas médicas disponíveis no mercado a mais. Como se pode alterar? Planeando. Quando dizemos que deve haver um controlo do numerus clausus, as pes-soas pensam que é corporativismo. Se olha-rem para os meus cabelos brancos, veem que não estou preocupado com os jovens que vão entrar em Medicina agora, que não me vêm fazer concorrência nenhuma, nem aos cor-pos sociais da Ordem, que são pessoas acima da meia-idade. Portanto, o nosso problema é para com os doentes, porque é tão prejudicial ter médicos a mais como a menos. Deve haver um equilíbrio. O que pensa da reforma hospitalar que está a ser feita?Vai concentrar serviços, permitindo em mui-tas situações melhorar a qualidade, e isso é de-sejável que aconteça, desde que não compro-meta a acessibilidade dos doentes. Somos a favor da reforma, porque há nalgumas regiões um excesso de capacidade instalada que resul-tou de meros interesses políticos. Porque para um autarca ganhar umas eleições, o que fez foi construir mais um hospital, centro de saúde ou extensão, mesmo onde não era necessário. Há espaço para, com qualidade, e até melho-rias da qualidade, haver uma concentração dos recursos do SNS, e aí somos favoráveis. Acho que não há mais país no mundo que tenha,

telectual. O problema é que as faculdades de Medicina, em Portugal, têm alunos a mais, há escolas médicas a mais, o que seria aceitável se fosse necessário.Mas se fizermos um planeamento estra-tégico, como aliás a troika impõe, devíamos começar a reduzir o número de escolas e o número de alunos por escola. Médicos a mais são prejudiciais para o doente, porque não só aumentam os custos em saúde, como mercantilizam a saúde e os doentes. Não queiram ser doentes num país com médicos a mais, porque correm o risco de serem mer-cantilizados e iatrogenizados. Temos médicos a mais?Neste momento temos médicos a mais em Portugal. Estamos acima da média da OCDE, e com a concentração a que estamos a as-sistir do SNS, o número de vagas em saúde está a diminuir e o mercado privado está, no essencial, saturado. Um dos sinais que permite objetivar isso de forma muito eco-nómica é o facto de as seguradoras impo-rem reduções do preço de pagamento em especialistas no setor privado de forma uni-lateral. Reduzem o valor que pagam aos mé-dicos por consulta de especialidade e sem receio de que os médicos digam que por esse preço não trabalham, porque por cada um que diga que não faz, há dois disponíveis para dizer que sim.

“VAI CONCENTRAR SERVIÇOS, PERMITINDO EM MUITAS SITUAÇÕES MELHORAR A QUALIDADE, E ISSO É DESEJÁVEL

QUE ACONTEÇA”

O que pensa da reforma hospitalar que está a ser feita?

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GRANDE ENTREVISTAJosé Manuel Silva

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como Portugal tem na região do Médio Tejo, cinco grandes hospitais (Leiria, Santarém, Tor-res Novas, Tomar, Abrantes). Em Lisboa, havia claramente um excesso de capacidade instala-da. No Grande Porto e em Coimbra também. Há possibilidade para concentrar recursos, ao mesmo tempo que se prossegue e completa a reforma dos cuidados primários que é essen-cial. A concentração pode permitir poupanças com melhoria da qualidade, e temos dito ao ministro da Saúde que todas as decisões técni-cas terão o nosso apoio, independentemente dos interesses com que possam colidir. Claro que as decisões políticas, contestá-las-emos.Quando há opções que acabam por pôr em causa a disponibilidade de medicamentos para os doentes, temos que contestar, porque há aqui opções políticas que foram feitas para desviar o dinheiro para outro sítio e temos o que, em economia, se chama custos de opor-tunidade. É evidente que se o Estado prefere enterrar 600 milhões de euros no BPN para o vender por 40 milhões, todos nós percebemos que está tudo errado, e quando a AR recusa a constituição de uma comissão de inquérito ao BPN, todos percebemos que há gato escon-dido com rabo de fora e há ali corrupção e crime, provavelmente em dimensão inaceitá-vel. Depois não nos podem vir dizer que não há dinheiro para a saúde, porque há dinheiro para outras coisas. Há dinheiro para favorecer negócios tão obscuros que a Assembleia da

República recusa uma comissão de inquérito. Nós, médicos, e doentes não podemos aceitar essas circunstâncias. Façam o que quiserem do resto, mas dinheiro para a saúde e para tratar as pessoas tem que haver.Dinheiro para os dois princípios da medicina, que é tratar doentes com qualidade e huma-nidade, não pode faltar. Se não há dinheiro, se dizem e querem que haja transparência, a Assembleia da República que aprove uma co-missão de inquérito ao caso do BPN. Temos no SNS uma dívida de 3 mil milhões de euros, quando as empresas públicas têm uma dívida que parece ser de 15 mil milhões de euros, e nunca aconteceu nada. Não nos venham dizer que não há dinheiro para a saúde.

Houve um investimento imenso na formação dos jovens em Medicina, e depois dizem para emigrar?É um contrassenso para o qual temos chama-do a atenção. Nós falamos com o reitor de uma universidade, que não vou dizer qual é, que basicamente se comprazia por agora ir haver desemprego entre os médicos e haver uma pool de recrutamento entre o desempre-go médico para o SNS. Eu disse que não en-tendia esse sentimento de alguma forma mes-quinho, embora possa compreender que as pessoas possam achar que se há em todas as profissões, também deve haver nos médicos. Esse princípio, eu até aceito. Não queremos

que os médicos sejam privilegiados, mas que os doentes sejam protegidos e sejam tratados com qualidade, humanidade e rigor.Um médico é um profissional de saúde que fica muito caro na sua formação e com uma formação muito específica e muito direcio-nada. Um engenheiro tem um leque de em-pregabilidade muito superior à de um médico. Um médico foi preparado durante seis anos e fez a especialidade ainda durante mais para tratar doentes, não sabe fazer mais nada. Qual é a vantagem para o país de ter um médico a conduzir um táxi? Nenhuma. A não ser as pes-soas ficarem contentes por terem um taxista com formação em Medicina.Tendo uma formação muito específica, depois vamos exportá-lo para outras economias be-neficiarem dessa formação? Isso é empobre-cer ainda mais o país. Precisamos de orientar a formação dos nossos recursos para as novas tecnologias e para as necessidades do país.

O país precisa mais de especialistas ou de médicos especialistas em me-dicina geral e familiar?Neste momento temos falta de especialistas em medicina geral e familiar e por isso as vagas aumentaram. O ano passado houve mais 400 vagas. E no fim desta década teremos espe-cialistas suficientes em medicina geral e fami-liar para as necessidades da nossa população. Neste momento há que privilegiar a formação

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em medicina geral e familiar para permitir dar uma cobertura de qualidade nos cuidados de saúde primários a todos os cidadãos. E é pos-sível, com algumas medidas, dar rapidamente um médico a todos os portugueses, sendo que no imediato não é possível ser um especialista em medicina geral e familiar, mas esse deve ser o desiderato e durante esta década isso ficará assegurado para todos os portugueses.

O que pensa das alterações à lei da Procriação Medicamente Assistida (PMA)?Não tenho acompanhado essa matéria com grande pormenor. O presidente da secção re-gional sul é especialista em procriação medica-mente assistida e portanto essa matéria está essencialmente com ele.

Mas disse que os casais homosse-xuais ou monoparentais não devem ter acesso a este tipo de tratamen-to. Porquê?Temos que ver também a questão pela ótica da criança. Uma criança tem direitos consig-nados nos Direitos da Criança e portanto tem direito a ser gerada num contexto que lhe permita ter um desenvolvimento dentro daquilo que é o conceito geral de uma família. Se há pessoas que, por algum determinismo genético ou por opção, fazem outras opções de vida, elas são respeitáveis e aceitáveis e a convivência na sociedade deve ser sã, mas não podemos querer ter filhos apenas por uma questão de egoísmo, como ter um animal de estimação. Temos obviamente de dar a todas as crianças que vão nascer um ambiente fa-miliar dentro daquilo que são as regras gerais e conceito geral de uma família. Se há outro tipo de opções, são respeitáveis, mas como todas, têm também o reverso da medalha. Em defesa dos direitos das crianças, deve haver limites éticos à PMA e à paternalidade ou ma-ternalidade das crianças que vêm ao mundo, e essas decisões devem ser vistas pelos olhos dos direitos da criança. Nós, adultos, não po-demos achar que temos direito a tudo. Não temos direito a tudo.

Também disse que as barrigas de aluguer devem ser um último recur-so. Mas devem ser permitidas?Há questões éticas que se colocam e essas situações devem ser muito bem analisadas,

porque o determinismo genético de uma criança não se faz só com os genes dos pais, mas também com a epigenética do útero materno. Há aí uma série de condi-cionantes que devem ser tidas em conta. Poderá ser considerada a possibilidade de barrigas de aluguer dentro de contextos muito bem definidos e claramente regula-mentados. Uma lei sem qualquer tipo de ambiguidade para situações muito concre-tas e com regras muito transparentes. Não podemos transformar as barrigas de alu-guer numa banalidade que possa pôr em causa o equilíbrio psicológico da futura criança. E todos sabemos o impacto tre-mendo numa criança e, às vezes, até num adulto, a forma como veio a este mundo e a forma como foi educado.

Já sentiu que os doentes estão a dei-xar de ir aos centros de saúde e hos-pitais por aumento das taxas?Já. A informação que tenho de muitos colegas é que há cada vez mais doentes a faltar a con-sultas e a tratamentos por impossibilidade de fazerem face aos custos que lhes são impostos neste momento.

Há uns dias, numa apresentação do ministro da Saúde, ouvi uma inter-venção sua em que dizia “PM a PM”, ou seja, Paulo Macedo a primeiro--ministro. Acha que daria melhor primeiro-ministro que ministro da Saúde?Acho que Paulo Macedo é um excelente ministro da Saúde dentro dos condiciona-lismos do país. É obrigado a gerir um orça-mento ingerível e portanto é colocado pe-rante dificuldades intransponíveis. Por isso preconizamos que são necessárias altera-ções ao memorando e à forma de gover-nação do país. Não tenho dúvidas de que, pelo seu curriculum, seria um primeiro-mi-nistro de extraordinária qualidade. Tenho muitas reservas relativas a políticos pro-fissionais que adquirem títulos académicos já numa fase tardia da vida. Muitas vezes estão desfasados das dificuldades reais da vida e de pessoas. Não tenho quaisquer hesitações em dizer que, provavelmente, sendo isto obviamente uma especulação, o PM ministro da Saúde seria melhor PM do que o atual PM.

Tem uma boa relação com este Go-verno. Também partilha da opinião de Paulo Macedo de que existe mui-to desperdício nos hospitais e que são precisas ações para redução dos custos?Concordo, mas ao mesmo tempo essa afirma-ção irrita-me um pouco. Para já, porque essas avaliações partem de análises matemáticas e de um benchmarking duvidoso, cujos resultados devem ser sempre questionados. Depois, por-que oiço toda a gente falar em desperdício, mas não vejo ninguém a corrigir os desperdícios ci-rurgicamente, a não ser com medidas genéricas impositivas, que são cegas e tomadas de forma igual para todos os hospitais, independente-mente de serem bem geridos ou não, indepen-dentemente de terem mais desperdício ou não. Se há desperdício, indique-se os responsáveis e corrijam-no cirurgicamente. Terão todo o nos-so aplauso. É fácil falar de desperdício às vezes para justificar o injustificável. Até porque não vejo que esse desperdício seja consequente, porque não vi, até hoje, um governo substituir o conselho de administração de um hospital por ser mal gerido. Ninguém assume que há hospitais mal geridos e ninguém assume as respetivas consequências de substituir um conselho de administração que seja um mau gestor dessa instituição. Acho que há algum desperdício e que todos, em conjunto, pode-mos trabalhar para gerir melhor e com mais rigor o SNS. Mas gostava de ver quem tem o poder, quem está no Governo, quem é minis-tro da Saúde, dizer onde está o desperdício e ser consequente nessas afirmações. Corrigin-do o desperdício e substituindo os conselhos de administração que não conseguem comba-ter o desperdício das respetivas instituições. Os médicos e enfermeiros acabaram por ser uma exceção nas horas extra que vinham estipuladas no OE 2012. Foi uma vitória da classe ou uma contrapartida do Governo para não irem para a frente com a greve?É evidente que foi uma cedência do Governo para não se avançar com uma greve ou com uma situação diferente, que é, pura e simples-mente, os médicos recusarem-se a fazer mais horas do que aquilo a que são obrigados por lei. Isto é um sinal de alguma perplexidade do nosso SNS, porque ouvimos o ministro dizer que havia mil médicos a mais nos hospitais, que

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é possível reduzir o desperdício dos hospitais e, ao mesmo tempo, não vemos reduzir de forma significativa as horas extraordinárias. A boa ges-tão permite reduzir as horas extraordinárias, agora, quando existem, elas têm que ser pagas. Houve uma redução do preço pago por hora extraordinária, com aceitação dos profissionais que sabem que todos nós temos que contribuir de forma equitativamente proporcional para os sacrifícios que são necessários à recuperação financeira do país. Claro que temos a perceção de que esses sacrifícios não estão a ser todos iguais, poderíamos voltar ao caso do BPN ou outros. Todas as instituições da saúde, ainda que bem geridas, necessitarão de horas extraordi-nárias, porque isso faz parte das necessidades de funcionamento de alguns serviços.Há muitos anos disse que devíamos acabar com as horas extraordinárias em saúde. São um contrassenso. Nasceram de uma necessidade de ter os profissionais mais tempo e ao mesmo tempo de compor um vencimento base que é muito baixo. Porque todos os ministros da Saú-de reconhecem que os vencimentos médicos são muito baixos, mas nunca fizeram nada para resolver o problema. Sempre lhes preferiram pagar horas extraordinárias para estarem mais tempo nas instituições. Se aumentássemos de forma aceitável os vencimentos base dos mé-dicos, por exemplo ao nível dos juízes, era per-feitamente normal que, se os médicos tivessem que trabalhar mais tempo, fossem pagos pelo seu preço/hora e não como hora extraordi-nária. Essa palavra “extraordinária” estigmatiza negativamente os médicos e faz toda a gente pensar que os médicos ganham fortunas. Temos outliers absolutamente chocantes, como aquele médico do SNS que ganhou mais de 700 mil euros num ano com as horas extraordinárias e isso é criminoso. Há soluções para impedir e evitar que essas situações se repitam. Mas deixe-me dar-lhe um exemplo, de um colega es-pecialista em medicina geral e familiar, teorica-mente carenciada e de que o país tanto neces-sita, que está numa extensão com 2700 utentes. Um lugar que já foi ocupado por dois médicos em exclusividade. E aquilo que lhe foi proposto foi um contrato de 11 meses, de avença, recibo verde, sem qualquer tipo de regalia – se fizer fé-rias não é pago, se estiver doente não é pago – e está a receber um vencimento bruto de 1800 euros para assegurar a resposta a 2700 doen-tes. E fá-lo tão bem ou tão mal que os cidadãos não querem lá mais ninguém, só o querem a ele.

perceber que está interessado em reduzir o número de vagas. Até porque já tem a perce-ção de que não precisa de tantos especialistas. Agora, o que a nós choca é que, tendo essa perceção, não promova uma redução do nu-merus clausus e não encerre por exemplo o último curso que foi formado, que foi Aveiro, distribuindo os jovens pelas outras faculdades de Medicina. Não podemos dizer que não há dinheiro para tratar doentes, mas podemos andar a desperdiçar dinheiro na formação de médicos, para eles emigrarem e outros paí-ses beneficiarem dessa formação. Isso só nos empobrece ainda mais.O Estado não quererá formar tantos especialistas, para cortar gastos com a formação, e a concentração do SNS, com redução do número de serviços, diminui o número de vagas de formação disponíveis.A decapitação do SNS com as reformas preco-ces, em que os mais velhos estão a sair quase todos precocemente, reduz também a disponi-bilidade de formadores de qualidade.Por estas razões vamos ter quase inevitavel-mente este ano uma redução do número de vagas para a especialidade, o que significa que não haverá vagas para todos os licenciados em Medicina. É necessário planear os recur-sos em saúde e reduzir o numerus clausus em saúde, porque não faz sentido formar médi-cos para emigração. Esperamos que haja esse bom senso, para que os nossos jovens que se licenciarem em Medicina possam continuar em Portugal. Eles têm sempre mercado no estrangeiro, porque a formação em Portugal é reconhecidamente de grande qualidade e eu diria até acima da média europeia. Mas exportar cérebros, técnicos altamente espe-cializados e caros é empobrecer ainda mais o país. Qual é o reflexo que isto vai ter? É que as médias de entrada para Medicina vão di-minuir. As médias estão artificialmente eleva-das porque até aqui a medicina era vista pelas famílias como uma via profissional de suces-so e de empregos garantidos. Há jovens que acabaram por ir para Medicina apenas porque tinham média para entrar e com a pressão das famílias a dizer que era um desperdício não ir. A partir de agora começaremos a ver ir para Medicina exclusivamente os que sentem verdadeiramente vocação. Passando a ser um curso que não garante empregabilidade, os jo-vens vão também ponderar outras opções e a procura de vagas nas faculdades de Medicina diminuirá, pelo que as médias vão diminuir.

E ele responde por uma lista de utentes muito superior à média e tem este tipo de contrato, inferior ao que é oferecido aos colombianos e cubanos que vêm para Portugal sem a respetiva especialidade. Temos aqui uma série de distor-ções inaceitáveis, mas são da responsabilidade de sucessivos governos. Começaram nomeada-mente com a empresarialização dos hospitais e com Correia de Campos. Com a troika, as prescrições médi-cas passaram a estar mais controla-das, agora têm que fazer relatórios mensais…Nós não fazemos relatórios mensais. Todas as medidas que têm sido tomadas nessa área têm tido o apoio ativo da Ordem. Apoiamos a prescrição eletrónica, estamos a apoiar e a colaborar ativamente na realização de normas de orientação clínica, apoiamos o envio da in-formação de retorno aos médicos. Isso é feito pelo Governo, através do centro de conferên-cia de faturas, que envia para cada médico o seu perfil de prescrição comparando com os co-legas da mesma especialidade. Para as pessoas terem a noção daquilo que prescrevem. E nós achamos isso excelente.

Não vê isso como um controlo ao médico mas como forma de melho-rar?Claro. Não temos qualquer medo que con-trolem. A profissão médica é talvez a profissão mais escrutinada e controlada do mundo. Qual-quer coisa que acontece abre os telejornais. Estamos habituados e desejamos esse contro-lo, porque não temos dúvidas de que 99% dos nossos profissionais são de enorme qualidade e de grande ética e queremos que toda a gente tenha a certeza disso. Apoiaremos sempre to-das as medidas que auditem a atividade médica e vemos isso de forma positiva.

Qual é a sua mensagem ao jovem que acaba o curso de Medicina?Como em qualquer profissão, haverá sempre lugar para os melhores. Neste momento, infe-lizmente, as pessoas têm que equacionar seria-mente a possibilidade de emigrarem para outro país. Possivelmente não iremos ter vagas de especialidade suficientes para todos os jovens que acabaram a licenciatura, por várias razões: porque o Governo quer reduzir os custos com a formação médica e portanto começamos a

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OPINIÃOJosé Caria

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Os políticos deixaram de falar com as pessoas e passaram a falar com a comunicação social. Ninguém diz que há fuga a este caminho ou que esta realidade seja inultrapassável. Ela tem é de ser compreendida, assimilada, sob pena de se passarem as pessoas para um plano secundário e permitir à própria comunicação social ganhar um estatuto que não tem nem nunca poderá ter. Hoje já estamos a meio caminho en-tre a mediatização e a espetacularização, correndo o risco – mesmo que não seja essa a intenção – de transformar todo o discurso político numa imensa amálgama de propaganda, com todas as consequências nefastas que daí podem advir.A este propósito relembro só o que, há mais de 70 anos, escreveu Adolf Hitler, no capítulo dedicado à propaganda, no Mein Kampf: “A capacidade de compreensão das grandes massas humanas é limitada e o seu entendimento muito res-trito; em compensação, a sua falta de memória é maiúscula (…) Toda a propaganda deve ser popular e adotar um nível intelectual dentro dos limites das faculdades de assimilação do mais limitado daqueles a que é dirigida.”Estamos a falar de propaganda ou do discurso estereotipa-do a que todos os dias assistimos nos media, principalmen-te na televisão? Como rasgar esta cortina? Este papel cabe não só aos políticos mas também às elites, essas mesmas capazes de catalisar o amorfismo do discurso político vi-gente, propagandeado pela forma, mas que em simultâneo lhe vaza o conteúdo.É fundamental rasgar esta cortina e que os políticos perce-bam que têm de voltar a falar para as pessoas. E que só o po-dem fazer se procurarem apoio nas elites que têm teimado em aniquilar. Caso contrário, olhem para a Grécia…

“É FUNDAMENTAL RASGAR ESTA CORTINA E QUE OS POLÍTICOS PERCEBAM QUE TÊM DE

VOLTAR A FALAR PARA AS PESSOAS”

RASGAR A CORTINA

Recentemente almocei com o ministro da Saúde! Na realidade, o facto em si não tem nada de extraor-dinário, a não ser que almocei eu e mais uma centena de pessoas numa, ou melhor, em mais uma, iniciativa do International Club of Portugal (ICPT). Porquê falar nisto? Por uma razão óbvia e simples: não por se tratar do mi-nistro da Saúde, mas sim por se tratar de um político a falar com gente real. A falar, a explicar, a ser inquirido e a inquirir sem o véu, sem a cortina da comunicação social, sem enfermar da mediatização da política a que hoje não conseguimos fugir. É óbvio que os que estiveram presen-tes talvez não retratem o cidadão comum, mas também é óbvio que muitos destes por certo representam o perfil de pertença das tão necessárias elites que este país tem visto desaparecer a serem erodidas muitas vezes por em-penho e determinação do Poder Político.Ainda o mês passado aqui escrevi que Portugal precisa de elites, precisa de uma sociedade que se reveja nas suas elites, precisa de um poder político que entenda as elites como um fator de coesão para o seu exercício político. Não precisa é de uma massa intelectualmente aculturada, pronta a respostas meramente emotivas, sem tentar des-cortinar a sua natureza ou as consequências da sua adesão.São iniciativas como a do ICPT que dão lastro para co-meçarmos a mudar o estado das coisas, para “ressuscitar” um tão necessário espaço público bem compreendido pelas doutrinas sociológicas dos anos 70, como forma de combater a aculturação provocada pela excessiva media-tização do discurso político, mas que, em última análise, se estende viralmente a todos os domínios da sociedade.

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OPINIÃO Isabel Meirelles

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Advogada e especialista em assuntos europeus

Numa altura em que a União Europeia parece de-sorientada, até porque os líderes europeus estão regular-mente a ser sufragados pelos respetivos eleitorados que ditarão a sua continuação ou retirada do projeto nacional e também europeu, cabe perguntar qual é a filosofia de governação que lhe está subjacente, o modelo teórico que lhe está ínsito na tomada de decisões. E esta questão vale, com mais ou menos acuidade, para os 27 Estados-mem-bros, incluindo Portugal.Neste sentido, é bom voltar à antiguidade clássica e sobretudo a pensadores como Aristóteles e, posterior-mente, Cícero, que elaboraram os fundamentos da go-vernação da hodierna sociedade ocidental e sobre cujas ideias urge refletir. Assim, Aristóteles defendia, já no século IV a.C., que a me-lhor forma de governo é uma república, considerada como o governo da maioria, exercido no respeito da legalidade e do primado do direito, de forma sã e no interesse de todos. Na sua obra A Política, Aristóteles chama a atenção para o perigo das revoluções em que a principal causa é o desejo de igualdade. Ora, para evitar este perigo, defende o pen-sador que “nas democracias (governo dos pobres) os ricos devem ser poupados e nas oligarquias (governo dos ricos), deve-se tomar o maior cuidado com os pobres”. Isto por-que estes precisam de maior apoio do Estado, enquanto os ricos apenas precisam de não ser perseguidos. Aristóteles defendia, assim, como modelo ideal de governação uma re-pública de classes médias que, sem perseguir ou destruir a classe dos ricos, tomasse todas as providências que pudes-se a favor dos mais pobres.Cabe então perguntar se, designadamente no caso portu-guês, os ricos estão a ser poupados, os pobres a ser pro-tegidos e sobretudo se, no meio dos extremos, a classe média não está a ser esmagada, sendo atirada para franjas

que, em geral, estarão sempre mais perto da classe dos mais desfavorecidos.Cícero, embora tenha sido muito influenciado por Aris-tóteles, foi ainda mais além do que o seu antecessor nos desenvolvimentos de uma ciência política ideal no governo da república. Tendo vivido no século VI a.C., defende na sua principal obra, De República, que todos os cidadãos têm o dever de participação política e traz desenvolvimentos ao pensamento de Aristóteles, ao defender a distribuição do poder governativo pelos diferentes estratos sociais, bem como a liderança por um homem, hoje em dia também por uma mulher, que mande e que comande a direção e execu-ção da política traçada. E este líder teria que ser escolhido de entre os melhores, como é escolhido o timoneiro de um barco que se está a afundar, e deveria ser respeitador das leis e do direito natural, entendido de origem divina, e, por isso, aceite universalmente. Considera, assim, que a democracia, enquanto entendida como o governo dos mais pobres, “é o pior dos regimes porque a multidão quando entregue a si própria, com os seus apetites, a sua cegueira, os seus abusos de poder, é o pior dos tiranos”.Com este quadro mental simples, quiçá simplista mas profundamente claro, parece-me fácil dar um rumo ló-gico e coerente às políticas que estão a ser seguidas em Portugal, na Grécia e nos restantes países da União Eu-ropeia. Políticas de equilíbrio que não ponham em causa, pelo menos em excesso, nenhum dos estratos sociais, distribuindo sacrifícios equitativamente, de molde a que os equilíbrios se mantenham.Já agora, sugiro que se recomende aos responsáveis da troi-ka e lideres políticos europeus a leitura do essencial do pensamento político de Aristóteles e de Cícero, como re-positório de valores da Antiguidade que perduraram até aos nossos dias e que se mantêm com imensa atualidade.

“CABE ENTÃO PERGUNTAR SE, DESIGNADAMENTE NO CASO PORTUGUÊS,

OS RICOS ESTÃO A SER POUPADOS, OS POBRES A SER PROTEGIDOS”

REGRESSO ÀS ORIGENS DO GOVERNO DA COISA PÚBLICA

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OPINIÃOCarlos Zorrinho

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Professor universitário e deputado do PS

A propósito da não concessão de tolerância de ponto aos funcionários públicos na terça-feira de Car-naval, e das razões enunciadas para isso, muito há a refletir e a ponderar. É o que faço seguidamente neste texto, escrito antes do dia referido e que será editado já depois de podermos avaliar a realidade dos factos.O Governo fundamentou a decisão de não conce-der tolerância de ponto aos funcionários públicos no Carnaval em duas razões fundamentais: em primeiro lugar, na importância de aumentar a produtividade da economia portuguesa e, em segundo lugar, na ima-gem de empenho “forçado” que foi decidido encenar em pleno período de visita da troika para avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal.Aumentar a produtividade é necessário. No entanto, na maioria dos setores, dentro e fora da Administra-ção Pública, o aumento da produtividade depende mais dos métodos, dos processos e dos produtos e serviços prestados, do que da quantidade de horas dedicada ao trabalho. A qualidade vale mais do que a quantidade. A desmotivação ou a desqualificação são os pecados capitais da nossa competitividade e da nossa produtividade. Trabalhamos em média mais horas que os nossos parceiros europeus. A questão não está em trabalhar mais, mas em trabalhar melhor.A questão da imagem dada aos elementos da troika parece uma questão de somenos, mas não é. Pres-

supõe que o caminho para Portugal é copiar a Ale-manha ou os outros países nórdicos, com valências, tradições e identidades muito diferentes de Portugal e dos outros países do Sul da Europa.A Alemanha e os países nórdicos têm o seu próprio copyright. Portugal também. Queremos pagar os direi-tos e o preço de usar uma marca alheia, ou queremos valorizar a nossa marca? Queremos ser uma fotocópia contrariada e de má qualidade dum modelo alheio e inadequado, ou queremos ser um original com orgulho, capaz de se afirmar globalmente pela sua especificida-de e pelo aproveitamento das vantagens de localização, relacionamento e conhecimento adquirido? Ser um bom original exige muito empenho e muito trabalho. Optar pela diferença é o oposto da desis-tência e da subserviência. Mas esse é um trabalho que motiva e diferencia. Um trabalho que se inspira na cultura, na inovação e até no lazer. Um trabalho com sentido e com estratégia, que os feriados não atrapa-lham porque os objetivos não se medem em horas de trabalho mas em valor acrescentado, exportações e redução de importações. Eu sei que nem sempre é assim. Que um país tem que trabalhar nalguns setores com o copyright alheio. Mas se essa for a matriz da sua economia, então torna-se um país descartável e irrelevante. Um país de máscara, em nome da “máscara” que lhe querem tirar à força.

“A DESMOTIVAÇÃO OU A DESQUALIFICAÇÃO SÃO OS PECADOS CAPITAIS

DA NOSSA COMPETITIVIDADE E DA NOSSA PRODUTIVIDADE”

“COPYRIGHT”

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OPINIÃOLuís Mira Amaral

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Engenheiro e Economista

Fala-se muito, hoje em dia, em sustentabilidade, mas alguns esquecem-se que esse conceito não é apenas ambiental. A sustentabilidade tem uma tripla dimensão – ambiental, económica e social.Portugal já é campeão mundial no rácio energias reno-váveis/consumo de eletricidade. Estamos, em termos do binómio energia/ambiente, numa excelente situação, contando com a energia hidroelétrica, as biomassas e a eólica. Nesta, a nossa rede de eletricidade acomoda-va, sem sobrecustos derivados do facto do vento ser intermitente e incontrolável, cerca de 2000Mw de po-tência instalada, e nós já vamos com 4000Mw, tendo o Governo anterior querido ir aos 8000Mw!Tal excesso leva à necessidade de investimentos adicio-nais em duas muletas, bombagem hidroelétrica de noite (quando há vento e não há consumo) e centrais térmi-cas de dia (quando há consumo e não há vento) como está a acontecer agora. As centrais térmicas passam a trabalhar de forma ineficiente, só para apoio às eólicas, mas os consumidores têm de pagar, nas Garantias de Potência e nos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual, os custos fixos de tais centrais. As muletas são caras e têm de ser pagas.Temos já abundante capacidade ociosa, quer nas eólicas quer nas térmicas. O nosso problema não é, pois, num contexto de recessão económica e de decréscimo de consumo de energia, investir mais em eólicas, à custa de preços políticos, mas termos o sistema sustentável do ponto de vista económico e social, pondo a energia ao serviço da economia e não, como no Governo an-terior, pondo a economia ao serviço da energia, o que não era sustentável. Neste contexto, a troika, na medida 5.15 introduzida na 2.ª revisão do Programa em dezembro de 2011, exigiu “measures to set the national electricity system on a

sustainable path leading to the elimination of the tariff debt (défice tarifário) by 2020 and ensuring that it will stabilize by 2013”.Há então que calcular as rendas excessivas dos eletro-produtores obtidas através da diferença entre as ren-dibilidades excessivas que têm e o que obteriam num investimento sem risco garantido pelo Estado e pelos consumidores, que é aquilo que se passa!De acordo com os nossos cálculos, essas rendas ex-cessivas deverão somar 300 milhões de euros só em 2011 e cerca de 1500 mil milhões de euros no período 2011-2020, se nada se fizesse para corrigir a situação! Estes valores mostram as escandalosas rendas da situ-ação que a eólica, a cogeração e a EDP estão a sacar dos consumidores. Na Produção em Regime Especial (PRE), eólicas e cogeração repartem praticamente 50-50 essas rendas excessivas, enquanto que a Produção em Regime Ordinário (PRO), que são basicamente os CMEC’s, já atinge montantes também avultadíssimos. Mas de notar que uma parte é derivada do pagamento de custos fixos de centrais térmicas pouco utilizadas, por só servirem de apoio às eólicas!Se recuássemos a 2007, teríamos então, segundo os meus cálculos:

O Governo português tem agora, como aliás já fez o recém nomeado Governo espanhol, que rever todas estas excessivas rendas da situação, tornando o siste-ma sustentável.

“ESTES VALORES MOSTRAM AS ESCANDALOSAS RENDAS DA SITUAÇÃO QUE A EÓLICA, A COGERAÇÃO E A EDP ESTÃO A SACAR DOS CONSUMIDORES”

PRO-CMEC PRE TOTAL

2500 1500 4000

Valor total das ren-das excessivas des-de 2007 até 2020 (Milhões de euros)

AS RENDAS EXCESSIVAS NO SETOR ELÉTRICO

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Docente da ENSP UNL

OPINIÃOAdalberto Campos Fernandes

“A REFORMA DO SISTEMA DE SAÚDE IMPÕE UMA PROFUNDA MUDANÇA NO

PARADIGMA DE ORGANIZAÇÃO”

Na verdade, para a grande maioria dos cidadãos a aber-tura a novos modelos de financiamento, organização e prestação de cuidados de saúde não pode, em nenhuma circunstância, comprometer a responsabilidade pública de garantir o acesso a cuidados de saúde de qualidade.A reforma do sistema de saúde impõe, por essa razão, uma profunda mudança no paradigma de organização, no sentido de ajustar progressivamente o sistema às necessidades das populações sem prejudicar ou com-prometer a sua sustentabilidade e, consequentemente, o seu desenvolvimento.Um dos exemplos dessa mudança passa pela necessidade de concentração de serviços diferenciados para garantir reforço de competências e incremento de qualidade, ao mesmo tempo que se desenvolvem as redes de cuidados de saúde primários e de cuidados continuados integrados.Estas medidas são necessárias e urgentes porque contri-buem, decisivamente, para a defesa do serviço nacional de saúde. A sua concretização é a melhor forma de reforçar a relação de confiança dos cidadãos com o sistema de saúde. Dessa forma será possível conciliar proximidade no acesso com melhoria da qualidade, tornando, desse modo, mais racional e mais segura a utilização dos cuidados de saúde.

SAÚDE E CIDADANIA UMA QUESTÃO DE CONFIANÇA

Os cidadãos habituaram-se, ao longo do tempo, a reconhecer no sistema de saúde um papel de prote-ção não apenas na doença, mas também na salvaguarda da sua qualidade de vida. Podemos dizer que se trata de uma relação de confiança baseada num contrato de natureza moral. De modo geral, existe a convicção profunda de que o Estado deve garantir, da forma mais ampla possível, esse direito de proteção. Esta perceção contribuiu, ao longo do tempo, para reforçar um eleva-do grau de dependência, em matéria de saúde, entre os cidadãos e o Estado.Mesmo em situação de grave crise económica e finan-ceira, resiste a ideia de que ao Estado cumpre a missão de garantir um bem público de elevado valor social. Tal não impede que a generalidade das pessoas aceite a ne-cessidade de reforma ou de regeneração. Mas apenas no sentido de adaptar o sistema de saúde à evolução social e demográfica, sem prejudicar os padrões de resposta às necessidades de saúde das populações.É por isso que os processos de mudança no setor da saúde são habitualmente muito difíceis de executar. A complexi-dade destes processos não resiste, na maior parte dos ca-sos, à vulnerabilidade política e social que comportam.

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ANO JUDICIAL COMEÇA COMO TERMINA

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A cerimónia de abertura do ano judicial começou com discursos duros dos vários protagonistas, culpas lançadas entre os lados da barricada, críticas inflamadas e um diagnóstico negro do setor. Igual, portanto, à dos outros anos.

ANO JUDICIAL COMEÇA COMO TERMINA

por M. Sardinha

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Todos os anos a história repete-se: abertura do ano judicial recheada de duras críticas ao setor e ao poder político. As acusações são mútuas e, todos os anos, o resultado é o mesmo: muito diagnóstico, pouca ação. Uma e outra vez, os problemas da justiça são classificados, enumerados, destacados. De todas as vezes, nada de novo é feito durante o ano e nada muda verdadeiramente. Por isso, no ano seguinte, voltam a repetir-se as mesmas acusações e as mes-mas críticas, quase sempre por parte dos mesmos protagonistas.Este ano não foi diferente. Cavaco Silva, Noronha do Nascimento, Pinto Monteiro e Marinho Pinto dispa-raram em todas as direções, resta saber se desta vez atingiram de facto algum alvo. Já toda a gente sabe que o setor da justiça é um dos que mais problemas cria ao país. A ineficiência da máquina judicial, a sua burocratização e demora a que normalmente estão

condenadas todas as decisões afasta investidores, amedronta as empresas e deixa os cidadãos à beira de um ataque de nervos. Mas nestes discursos, como noutros anos, os protagonistas voltaram a preferir atacar-se entre si, atirando para o outro as culpas do que corre mal.O primeiro a subir ao púlpito foi o bastonário da Ordem dos Advogados. Como sempre, atirou para cima dos juízes, acusando-os de “vedetismo”, e para cima das elites, que diz terem falhado na condução do país. Do lado dos magistrados, o procurador--geral Pinto Monteiro preferiu apontar o dedo aos políticos, falando em “contaminação política de pro-cessos judiciais” e dizendo que “o corporativismo fora de época não pode servir aqueles que a prestam (a justiça) mas a quem a prestam”. Já o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nasci-mento, preferiu dizer que têm que haver limites aos

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as reformas na justiça devem ser consideradas “um compromisso de regime”, notando que as medidas inscritas no acordo da troika representam “um es-tímulo” para operar mudanças que exigem a parti-cipação de todos. Para que sejam bem sucedidas, o Presidente acredita que é preciso fazer uma reflexão urgente e serena sobre o funcionamento da justiça em Portugal e uma “atitude de mútua compreensão e cooperação”. Até porque, lembrou, “ninguém sai imune da crise de credibilidade” que tem afetado o setor e a “cultura judicial deve pautar-se pela con-tenção verbal, pela discrição de atitudes e pelo rigor profissional que, em geral, é timbre dos servidores da causa da Justiça”.Quem também esteve ao seu melhor estilo foi Ma-rinho Pinto. O bastonário da Ordem dos Advogados não poupou nas críticas. Dos juízes aos políticos, pas-sando pelos funcionários do Banco de Portugal que

cortes que estão a ser impostos em matéria de direi-tos adquiridos na sociedade portuguesa. Cavaco Silva apelou, novamente, a mais ação e que haja consenso entre os operadores judiciais, enquanto Paula Teixeira da Cruz preferiu falar do mapa judiciário e elencar as reformas que já foram feitas no seu mandato. Novidades, novidades… só completando com o co-nhecido slogan de um supermercado. Porque pelos lados da cerimónia de abertura do ano judicial con-tinuou tudo a soar a velho.

Cavaco apelou a “mútua compreensão e cooperação”Igual a si próprio, o Presidente da República adotou um papel de apaziguador, ao mesmo tempo que re-novou os alertas de que “ninguém está isento de dar o seu contributo para ultrapassar a situação difícil em que o país se encontra”. Cavaco defendeu que

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pretendiam ficar isentos de algumas medidas de auste-ridade, ninguém escapou à língua afiada do advogado. Marinho Pinto denunciou “as gigantescas remunera-ções que gestores transformados em políticos e polí-ticos transformados em gestores se atribuem uns aos outros, em lugares e cargos para que se nomeiam uns aos outros, que constituem nas circunstâncias atuais uma inominável agressão moral a quem, muitas vezes, é obrigado a cortar na satisfação de necessidades es-senciais”. Também as nomeações de amigos e familia-res para cargos públicos esteve no centro do discurso do bastonário, que diz estarem a criar “um gigantesco polvo clientelar”, cujos tentáculos se estendem já a empresas privadas, onde o Governo detém influência política. A animosidade com a ministra da Justiça é co-nhecida e Marinho Pinto foi duro ao criticar a “política errática marcada pelo populismo e por uma chocante incapacidade de responder adequadamente aos prin-cipais problemas”. O Governo foi acusado de estar “declaradamente empenhado em criar condições para que em torno da Justiça floresça o mesmo género de negócios privados que outros governos criaram em torno da saúde, com destaque para essa justiça semi--clandestina que são os tribunais arbitrais em que as partes escolhem e pagam aos pseudo-juízes”. “Com este Governo os juízes deixarão de ser apenas julga-

dores e serão também procuradores e polícias, pois passarão a poder aplicar, durante o inquérito, medidas de coação e de garantia patrimonial mais graves do que as requeridas pelo próprio MP, incluindo a prisão preventiva”, criticou.

Pinto Monteiro em jeito de balançoA pouco tempo de abandonar o cargo, por ter atin-gido o limite de idade, o procurador-geral da Repú-blica, Pinto Monteiro, aproveitou o último discurso para fazer um balanço dos oito anos e meio em que esteve no lugar. Criticou o “excesso de leis” e as re-formas dos códigos que não contribuíram para uma justiça mais célere e transparente, como se preten-dia. Mas foi a ligação entre política e justiça que me-receu as maiores críticas do procurador-geral, uma vez que há em Portugal uma tendência para resolver problemas políticos através de processos judiciais. “É preciso dar à política o que é da política e aos tribunais o que é dos tribunais. Não se pode, por exemplo, atribuir à ineficácia da justiça na punição dos crimes económicos os problemas da economia do país”, salientou. No final, o ano judicial começou como terminou: culpas atiradas de um lado para o outro, apelos ao bom senso e farpas deixadas para análise.

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Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012 arrancou em janeiro e trará à cidade-berço artistas e visitantes de toda a Europa. Com um orçamento reduzido, a aposta é feita na diversidade de projetos inovadores e na rentabilização do centro histórico renovado.

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por M. Sardinha

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Depois de Lisboa, em 1994, e do Porto, em 2001, este é o ano de Guimarães. O berço de Portu-gal é, em 2012, a Capital Europeia da Cultura, mas com muito menos dinheiro no orçamento do que qualquer outro dos projetos anteriores. Os tempos de crise não deixam margem para gran-des investimentos, mas a cidade minhota promete um cartaz cultural inovador que prenda os visitantes e a faça fazer boa figura no cenário internacional. Como disse Pedro Passos Coelho na cerimónia de abertura, “a cultura nunca é um bem menor” e Guimarães deve aproveitar a oportunidade para se afirmar “como um cluster cultural de referência”. Com um centro histórico totalmente renovado pelo famoso arquiteto Fernando Távora, a cidade minhota não deixa os créditos de berço da Nação por mãos

alheias e ergue-se linda e maravilhosa, com o rosto limpo e o corpo a cheirar a História. Ruas estreitas, tascas tradicionais com petiscos deliciosos, praças sem trânsito, esplanadas soalheiras e sossegadas e, claro, uma oferta cultural que, por estes dias, fará in-veja a grandes palcos como Paris ou Londres. Uma cidade de capas negras, com a Universidade do Minho a encher de jovens este ponto de paragem tão antigo como o país. Música, cinema, artes perfor-mativas e uma oferta hoteleira que prevê viver nos próximos meses um pico de crescimento que ajude a contrariar a tendência triste que se vive por todo o país. Para fazer face às necessidades de alojamento, a Fundação Cidade de Guimarães e a Câmara Munici-pal criaram a bolsa de alojamento “Viver Guimarães 2012”, tanto para visitantes como artistas.

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A par com MariborEm conferência de imprensa, o vereador da Câmara Municipal de Guimarães com o pelouro do Turismo, Amadeu Portilha, explicou que esta iniciativa pretende colmatar a “incapacidade da oferta hoteleira existente de dar resposta ao aumento da procura que se espera para 2012”. Atualmente, a oferta hoteleira de Guima-rães comporta cerca de 1300 camas, estando, adiantou o vereador, “a ser construídas quatro unidades hote-leiras para que a oferta aumente para as 1500 camas”.A Capital Europeia da Cultura é uma iniciativa da União Europeia que tem por objetivo valorizar a diversidade das culturas europeias e dar um co-nhecimento mútuo que permita a aproximação dos cidadãos europeus. Este ano, além de Guimarães, também Maribor, na Eslovénia, é Capital Europeia da

Cultura. Quase o mesmo que dizer que todos os caminhos culturais da tradição europeia irão dar a uma das duas cidades. Em Portugal, a conceção, realização e promoção do projeto está a cargo da Fundação Cidade de Guima-rães, criada em 9 de julho de 2009 e que, findo o evento, deverá assumir a gestão do património cul-tural do município. Gerir o parco orçamento atribuí- do este ano – 25 milhões de euros estimados, em contraponto, por exemplo, com os 226 milhões de euros que foram colocados à disposição da capital Por-to 2001 – terá sido o maior desafio da fundação que, também é certo, está a trabalhar com uma cidade em menor escala do que Lisboa ou a Invicta. Mas se nestas duas a aposta foi na restauração e construção de novos edifícios culturais, de que é exemplo a Casa da Música,

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em Guimarães o desafio passou pela elaboração de uma “engenharia de projeto que tem que ver com a ligação ao tecido cultural da região, à rede institucional e criati-va”, como explicou João Serra, presidente da Fundação Cidade de Guimarães, ao Expresso. A 21 de janeiro de 2012, o berço de Portugal tornou-se Capital Europeia da Cultura 2012 e milhares de pessoas encheram as ruas e praças históricas para assistir aos espetáculos musicais que grassaram um pouco por toda a cidade. O Largo do Toural foi o epicentro da inaugura-ção, com uma demonstração multimédia que conjugou música, projeção de vídeo e iluminação nas fachadas dos edifícios circundantes, um espetáculo da companhia cata-lã “La Fura dels Baus”, intitulado, como não podia deixar de ser, “Berço de uma Nação”. O largo transformou-se num gigantesco teatro de marionetas, com um homem e um cavalo gigantes, suportados por gruas, a circularem por entre a multidão. “Mi Casa Es Tu Casa”Uma das iniciativas mais inovadoras desta Cidade Eu-ropeia da Cultura é o projeto “Mi Casa Es Tu Casa”,

em que algumas casas da cidade vão ser transforma-das em palcos para cerca de 20 artistas, como Virgem Suta, Nuno Prata, We Trust, entre outros. Uma ideia com a assinatura de Fernando Alvim.Ao longo dos próximos meses em que será Capital Europeia da Cultura 2012, Guimarães terá um progra-ma assente nos valores “Cidade”, “Cidadania e Partici-pação” e “Dimensão Europeia”, construído com três objetivos: desenvolver o capital humano, capacitando a comunidade local com novos recursos e compe-tências humanas e profissionais; criar uma economia criativa na cidade, que a torne internacionalmente competitiva; e “gerar uma nova Geografia dos Senti-dos”, como se lê no portal do projeto, que passa por “transformar um espaço de preservação passiva da memória num espaço de permanente oferta de novas e surpreendentes experiências culturais e criativas”.Em março tem várias opções de espetáculos de mú-sica, dança, cinema e teatro. Decorre ainda o espetá-culo de marionetas “Ilha Desconhecida”, no Centro Cultural Vila Flor. Aproveite e respire cultura numa cidade histórica magnífica!

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TÍTULO SIMULADO

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MACAU NA ENCRUZILHADA DO DESENVOLVIMENTO

Macau aposta em novos aterros, num gigantesco campus universitário na ilha da Montanha e numa ligação cada vez mais estreita com a China, Hong Kong e Zhuhai.

por Ana Laia

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Novos aterros para ganhar espaço para uma popu-lação e economia em crescimento. Investimento na educa-ção para ganhar know-how e se posicionar como um player internacional. A aposta num ensino superior de qualidade, com a construção de um gigantesco campus universitário. Macau está hoje em profundo crescimento, com muitos projetos na manga e um futuro promissor à frente. Fugir às amarras do jogo e diversificar a sua economia é o grande desafio para os próximos anos, num território que perten-ceu a Portugal até 1999.Espera-se que a educação seja um ponto de partida para que Macau venha a florescer enquanto destino turístico no futuro e se torne um local de habitação agradável para a maioria da sua população. A falta de espaço numa região constituída por uma península e duas ilhas (Taipa e Coloa-ne), com pouco mais de 28,6 km2 de superfície total, é um dos principais problemas da RAEM (Região Administrativa Especial de Macau). Com cerca de 538 mil habitantes, a maioria dos quais de etnia chinesa, Macau tem feito muitos aterros na foz do rio das Pérolas para conseguir mais es-paço de construção. A RAEM situa-se na costa meridional da República Popular da China, a oeste da foz do rio das Pérolas e a 60 km de Hong Kong. Faz também fronteira, a norte e a oeste, com a Zona Económica Especial de Zhuhai.

Um triângulo que lhe abre os horizontes e lhe permite sonhar com uma cooperação profunda com estas regiões. Em 2008, a RAEM formulou junto do governo chinês mais um pedido de autorização para a construção de novas zonas urbanas através de aterro, o qual foi con-cedido em 2009. A área tem aproximadamente 350 hectares e será um misto de habitação, atividades eco-nómicas, zonas verdes e lazer.Para já, o governo tem duas versões para o projeto de desenvolvimento destes aterros, havendo três diferenças principais entre uma e outra versão: a densidade popula-cional e o número de casas (a primeira está pensada para absorver 30 mil pessoas por km2 e dar terreno a 33 mil frações); e a distribuição de infraestruturas de serviço ao público (uma prevê a manutenção do terminal marítimo do Porto Exterior, a outra sugere que este seja transferido para outro lugar). O tipo de habitação a construir também tem suscitado algumas divisões, com deputados a defende-rem que não deve existir habitação de luxo, sob pena de os ricos tomarem conta da área e a parte social ficar, mais uma vez, relegada para segundo plano.A CEM (Empresa Elétrica de Macau, participada pela EDP) irá abastecer a ilha da Montanha. Este abas-tecimento de energia tem várias fases e, segundo

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que se localizam a leste e a sul da península de Macau, assim como a norte da Taipa.A zona A, localizada a leste da península de Macau, o maior aterro, tem 138 hectares onde ficarão o Terminal Marítimo do Porto Exterior e o Reservatório da Zona da Areia Preta; a leste, terá a ilha artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, separada de Zhuhai por um canal. Haverá aqui instalações de apoio à vida quotidiana, in-dústrias diversificadas e um portal urbano. O número de frações previstas no anteprojeto é de 20 mil. Na zona B, localizada a sul da península, com 47 hectares, ficará o corredor verde costeiro, com instalações turísticas e culturais. Nas zonas C, D e E, localizadas a norte da ilha da Taipa, ficarão um bairro piloto de baixo teor de car-bono, um corredor verde costeiro e um centro modal de transportes.A construção da ponte que liga Hong Kong a Macau e Zhuhai começou em dezembro e deve estar pronta em 2016. A ilha artificial de 150 hectares vai ser construída nas águas nordeste do aeroporto internacional de Hong Kong e espera-se que facilite a cooperação entre as três zonas.

Franklin Willemyns (presidente da Comissão Exe-cutiva da distribuidora), já foram investidos 80 mi-lhões de patacas. Sem tecer muitos comentários à aquisição da EDP pela China Three Gorges e às suas repercussões para a CEM, admite continuar com ta-rifário reduzido.

Plano Diretor das Novas Zonas UrbanasNo anteprojeto do Plano Diretor das Novas Zonas Ur-banas, que esteve em consulta pública desde novembro, o governo central salienta que “construir novas zonas urbanas de Macau é uma ação importante que dinami-za as vantagens do princípio de um ‘um país, dois siste-mas’, para aliviar a grave escassez de recursos de solo da RAEM e melhorar a qualidade de vida da população, ajudando a RAEM a fazer face à crise financeira e manter um desenvolvimento económico estável e relativamente rápido, promovendo a harmonia e estabilidade social”. Os terrenos estão, por isso, reservados para atividades propícias à diversidade económica, ficando de fora desde logo a do jogo. O novo aterro consiste em cinco zonas

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Campus universitário na ilha da MontanhaA falta de espaço em Macau levou a RAEM a transfe-rir o seu campus universitário para a ilha da Montanha, depois de cedido o espaço pela China. Nada mais do que um simples quilómetro quadrado no território da China Continental, com capacidade para 15 mil alunos, onde vale a lei macaense, o que torna tudo mais simples em termos de liberdade de comunicação. O campus está separado de Macau por uma faixa de água. Pelo terreno, o executivo de Macau pagará um prémio pela concessão do mesmo, até 2049, de cerca de 1,2 mil milhões de pa-tacas (cerca de 105 milhões de euros).Dinheiro que se junta agora ao orçamento de uma obra que está a ficar muito mais cara do que o inicialmente previsto. Segundo uma nota do Gabinete para o Desen-volvimento de Infraestruturas (GDI), o orçamento de todo o projeto das instalações de infraestruturas de apoio – incluindo o túnel que vai ligar o campus a Ma-cau – subiu de 500 milhões para 2 mil milhões de pata-cas (185,5 milhões de euros). Já o custo da construção das estruturas principais do novo campus universitário

passou de 6 mil milhões para 7800 milhões de patacas (723 milhões de euros). Espera-se que as obras estejam concluídas até final de 2012. Na ilha de Hengqin, ou da Montanha, a China está, por sua vez, a construir um destino turístico internacional e um centro de tecnologia. Resorts, moradias de luxo, cam-pos de golfe, centros de software, para uma população que se espera ser de 200 mil pessoas em 2020. No plano existem duas componentes principais de transporte de massas – a extensão do metropolitano li-geiro que liga Cantão, capital da província de Guangdong, a Zhuhai, cidade fronteiriça a Macau, e que irá percorrer toda a ilha até à zona do aeroporto de Zhuhai; e a ex-tensão da via rápida entre Cantão e Zhuhai.

Aposta no turismoPara crescer, os especialistas aconselham Macau a in-vestir em ligações logísticas com Nansha e a apostar no turismo na ilha da Montanha. O porto marítimo em Nansha pode ser uma porta de entrada para iates e cruzeiros de luxo que coloquem Macau no mapa do

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turismo internacional. Também o metro interurbano Cantão/Zhuhai, que alcança velocidades da ordem dos 250 km/h, e que começou a funcionar no início do ano, pode desempenhar aqui um papel importan-te. O troço do comboio inclui 13 estações – Bei-jao, Shunde, Ronggui, Xiaolan, Dongsheng, Norte de Zhongshan, Zhongshan, Nanlang, Guzhen, Jiangmen, Xingui, Sul de Cantão e Norte de Zhuhai – e faz parte do projeto de integração regional, que prevê que as deslocações no delta do rio das Pérolas sejam feitas em pouco mais de uma hora. Macau tem um enorme potencial turístico, graças so-bretudo à sua vivência de “encruzilhada de culturas”, onde se junta a cultura chinesa e a ocidental, deixada sobretudo pelos portugueses. O facto de o seu cen-tro histórico pertencer à Lista do Património Cul-tural Mundial da UNESCO, desde 2005, é igualmente importante. A indústria turística de Macau atingiu, em 2010, os 24 milhões e 965 mil visitantes, um au-mento de 142,9% relativamente a 2001.A aposta na educação é igualmente importante. Além do gigantesco campus universitário na ilha da Mon-tanha, Macau está a promover outras iniciativas. Re-

centemente, os Serviços de Educação de Macau de-cidiram financiar, por exemplo, os manuais escolares de mais de 70 mil alunos, através de uma verba de 10 milhões de euros, disponibilizada para subsídios escolares (cerca de 130 euros por aluno).A Oriente não se pára e continua a investir-se em novos negócios e em novas oportunidades. O em-preendedorismo na região continua a estimular a criação de empregos e a desenvolver o país com in-vestimentos e distribuição de receita. Macau soma e lucra, não só pela sua localização, como com o co-mércio livre e um sistema simples de impostos que permite que a indústria do jogo continue a aumen-tar a prosperidade da economia local. Foi fortaleci-da a plataforma de parcerias comerciais, melhorado o sistema de transportes e continua a aumentar o número de quartos de hotel (excelente para a in-dústria do turismo, como também para a realização de convenções). Surgiu o Centro de Convenções e Entretenimento; as ligações internacionais também são abundantes. A tudo isto adiciona-se agora o cam-pus universitário, que vai dar à RAEM as melhores condições de sucesso.

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UMA CASCA QUE CHEIRA A INOVAÇÃOA cortiça está a ganhar uma nova dimensão de negócio em Portugal, líder mundial nesta indústria. As empresas apostam na inovação e na exclusividade para terem sucesso num mercado que cheira a tradição.

por M. Sardinha

Cortiça ou casca do sobreiro, uma árvore nobre disposta em mais de 720 mil hectares de montado de sobro em Portugal. Um produto que ganhou uma nova dimensão e agarrou novas áreas de negócio. Um material que permite inovação exclusiva e design ultramoderno. Uma indústria corticeira de grande importância económica num país se-dento de novas ideias para gerar crescimento.Cem por cento natural, reciclável e biodegradável, a cortiça é um produto ótimo para os novos tempos, em que a sus-tentabilidade está tão presente na economia. Além disso, as suas qualidades únicas de tecido leve, impermeável, elástico e excelente isolante térmico ou acústico dão-lhe armas para vencer em mercados competitivos.

Alma GémeaPelas suas características, a cortiça tem sido alvo de novas áreas de negócio associadas sempre à ex-clusividade. É o caso do novo projeto Alma Gémea, resultado de uma parceria entre a Amorim Cork Composites e a Matceramica, duas empresas de re-

ferência em Portugal. A primeira transforma cortiça, a segunda produz cerâmica utilitária. E em que é que as duas se juntam? Para começar, no facto de tra-balharem com dois materiais de forte tradição em Portugal e, depois, trabalham ambas no setor casa. Aliando as duas experiências, surgiu uma coleção de produtos que associam a cor da faiança à textura da cortiça, dirigidos a quatro áreas de ação: mesa, pequeno-almoço, cozinha e decorativo.Para a mesa, o designer Gonçalo Martins pensou numa linha que respondesse a uma crescente percentagem da população que consome “TV Food”. Surgiu então a Cor-K, uma linha de “colo”, para “apreciarmos a nossa refeição enquanto vemos o nosso programa favorito”, explica.Para decoração foi pensada a coleção de Vera Gomes, Love Affair, composta por elegantes jarras, um aprimo-rado centro de mesa e um requintado candleholder. Toda a louça cerâmica é revestida a cortiça, num “casamento” entre os dois materiais. Ao pequeno-

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-almoço, podemos escolher o serviço de chá The Whistler ou O Assobiador, que foi buscar o nome ao maior e um dos mais antigos sobreiros do mundo que se encontra no Alentejo. A linha é da autoria de Raquel Castro e vai beber inspiração à olaria alente-jana, com a cortiça a envolver a madeira.Por último, Francisco Vieira Martins pensou na cole-ção Check-in-out. Contentores que permitem a mu-dança dos ingredientes, tal como é sempre necessá-rio quando se prepara uma refeição. Um dos mais importantes clientes destas linhas é o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque – MoMA, que está neste momento a comercializar alguns des-tes produtos, com bastante êxito. Numa ação in-serida na iniciativa comercial Destination Portugal promovida pelo MoMA, foram selecionados cerca de 100 produtos de design português, para serem co-mercializados nas lojas moma store (Nova Iorque e Tóquio) além da sua loja online.

Cadeiras para eco-hotéisOutra parceria inovadora que envolve uma empresa do grupo Corticeira Amorim, a Dyn Cork, é a linha de mobiliário lançada com a Fenabel, fabricante de cadeiras para hotelaria e restauração. Trata-se de

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uma linha ecológica de cadeiras, as eco chairs, que utiliza como materiais a madeira e a cortiça. A Dyn Cork foi a responsável por desenvolver um tecido inovador oriundo da cortiça: flexível, durável, resis-tente ao atrito e lavável. Trata-se de uma coleção di-rigida, em especial, aos “eco hotéis”.Uma das empresas de maior sucesso no ramo da cortiça é, hoje em dia, a Pelcor, dirigida por Sandra Correia, vencedora do Troféu de Melhor Empresária da Europa 2011, atribuído pelo Parlamento Europeu e Conselho Europeu das Mulheres Empresárias. Esta empresa algarvia nasceu da antiga fábrica de rolhas de cortiça do pai da empresária e transformou-se num caso de sucesso no mundo da moda e do design. A marca continua a apostar no mercado das rolhas para os mais finos champanhes, licores e vinhos do mundo, mas tem produtos tão diferenciadores como chapéus de chuva, malas, relógios de pulso, aventais, carteiras, entre outros. A Pelcor até já criou uma li-nha exclusiva composta por mala, malote, carteira e porta-óculos para a cantora Madona, quando a artis-ta esteve em Portugal em 2008.Inovação é mesmo a palavra de ordem nestes novos negócios da cortiça. Prova disso é a maqueta em cor-tiça criada pelo Museu Nacional Machado de Castro

que vai facilitar a visita dos deficientes visuais ao Criptopórtico Romano de Coimbra.

Setor perdeu 28% das empresasMas nem tudo são boas notícias. Entre 2000 e 2009, o setor da cortiça perdeu 28% das suas empresas, de acordo com os dados mais recentes da Associa-ção Portuguesa da Cortiça (APCOR), que explica os números com a “perda efetiva de quota de mercado para produtos concorrentes na área dos vedantes para vinhos e o efeito da recessão económica inicia-da em 2008”. Ainda assim, Portugal continua líder no mercado mundial da cortiça, com 61,3% da quota e sete em cada dez rolhas vendidas são fabricadas cá. A balança comercial foi de 662 milhões de euros em 2010, sendo os franceses, os norte-americanos e os espanhóis os principais clientes. A exportação é composta, sobretudo, pelas rolhas (70%) e materiais de construção (23,4%).Relativamente à área de investigação e desenvolvi-mento, a APCOR refere que a indústria corticeira atraiu investimentos de 482 milhões de euros nos úl-timos 10 anos, sendo que conta já com 44 processos de concessão de patentes de invenção nacional e 13 associados a patentes de invenção europeia.

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HOTELARIAJosé Luiz Moreira

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“POSICIONARMO-NOS COMO UM PRODUTO ÚNICO NO MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL”

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Em plena serra da Estrela, bem no interior do parque natural, descobrem-se verdadeiros refúgios de montanha, propriedade da Turistrela Hotels & Resorts. Hotéis, chalés, esqui, natureza e saúde proporcionam estadas únicas e memoráveis. José Luiz Moreira é o grande responsável pelo sucesso alcançado. Com uma carreira longa na área da hotelaria, no seu currículo está bem presente a sua vasta experiência internacional, tendo passado por São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Cancún, Buenos Aires e Panamá, mercados onde exerceu funções ligado à Caesar Park Hotels & Resorts. De referir ainda o cargo que desempenhou como regional manager do Crown Plaza, em Atlanta, nos EUA, e no Brasil.Para José Luiz Moreira, “é uma experiência fantástica trabalhar com pessoas, desenvolver novas metodologias e estratégias, alcançar e superar objetivos”. Para si, realizar sonhos é uma “prioridade absoluta” em hotelaria e no turismo.

por Nuno Carneiro

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O que é a Turistrela? Quais são as suas prin-cipais valências? A Turistrela detém a exclusividade da exploração tu-rística acima dos 800 metros na serra da Estrela, facto que, aliado à diversidade única da oferta – natureza, neve, gastronomia, localização geográfica –, permite, entre outros aspectos, posicionarmo-nos como um produto único no mercado nacional e internacional.

Qual é a principal aposta da Turistrela? As unidades hoteleiras, o spa ou os desportos de inverno com a Estância Vodafone? A nossa principal aposta é feita na qualidade, seja dos produtos, seja do serviço. Complementaridade com qualidade é o nosso caminho nas diferentes estações do ano.

Quais são as principais unidades hoteleiras? O Hotel Serra da Estrela é único pela sua localização e características, assumindo-se como um verdadeiro hotel de montanha. A base da sua decoração assenta

na utilização de produtos locais nobres, como a ma-deira e o xisto. Outra das opções são os Chalés de Montanha, que, como os definem os nossos hóspedes, são a sua residência de montanha, uma vez que pos-suem infraestruturas de autonomia para uma estada única. O Hotel dos Carqueijais, que goza de uma loca-lização privilegiada sobre o vale, conta com uma vista espetacular e uma decoração mais contemporânea. Acrescento que somos os únicos hotéis em plena serra e dentro do Parque Natural da Serra da Estrela.

Qual é a taxa média de ocupação ao ano? Entre 70 e 80%, variando sempre conforme a tempo-rada de neve.

Qual a unidade que mais aprecia? Porquê? O Hotel Serra da Estrela, tanto pela sua localização – nas Penhas da Saúde –, permitindo desfrutar do me-lhor ar que se respira em Portugal, como pela sua decoração única, de hotel de montanha, algo único em Portugal.

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em Portugal. De referir ainda as instalações de que dis-pomos para reuniões e eventos, seja nos nossos salões, seja ao ar livre. Acrescento a maravilhosa gastronomia, bem como a história, de que são prova os nossos cas-telos e aldeias históricas e o património judaico em Belmonte, presente nos museus e na sinagoga.

O que falta ainda fazer para dar a conhecer melhor o destino Serra da Estrela?Falta, sobretudo, integrar definitivamente a oferta turística nacional. Num país com a nossa dimensão, com praias, cidades com história e roteiros fantásticos, é necessário divulgar mais as experiências de natureza com desportos de inverno na neve. Isto só se faz com estratégias e ações conjuntas, uma vez que juntos podemos fazer mais. Há que mudar algumas mentalidades e atitudes, e talvez o momento que estamos a viver, com todas as al-tera-ções a que a conjuntura obriga, possa ser a oportuni-dade a nível nacional. É necessário menos teoria e mais ação, trabalhar e produzir mais, com melhor estratégia e mais objetividade.

Tendo a serra da Estrela feito uma grande aposta em termos de turismo, está a exis-tir o retorno esperado? Têm alcançado os apoios necessários?O retorno nunca é o ideal, pois queremos sempre mais, e isso motiva-nos a superar metas. Contudo, temos também diferentes apoios através de diversas entidades, exatamente pela nossa localização, em ple-no parque natural, no ponto mais alto de Portugal. É graças a estes diferentes apoios, esforços de muitos e visão de alguns, que estamos onde nos encontramos.

O que é que a serra da Estrela tem para oferecer aos visitantes? Além da neve, temos a altitude e o ar puro como car-tão de visita. Não é por acaso que os atletas de alta competição desenvolvem o seu rendimento estagiando connosco, tal como fez a nossa seleção de futebol an-tes do último campeonato do mundo. Temos ainda para oferecer várias vertentes de experiências de montanha e natureza nas diferentes estações do ano, algo único

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O que fazem para contrariar a sazonalida-de deste destino e o facto de muitos por-tugueses preferirem fazer as suas férias de neve noutros destinos?Diversificamos a oferta para além da neve, aumentan-do as pistas e permitindo o seu uso para além do inverno. Desenvolvemos muito também o turismo de natureza e o ar puro em altitude, único para a saúde. Temos desenvolvido novos mercados, como é o caso do Brasil, que está em pleno crescimento.

Estão já a sentir os efeitos grande crise económica que atualmente enfrentamos?Não partilho desta visão de crise e costumo dizer que não existe crise alguma. O que temos é uma comple-ta mudança a todos os níveis, seja social, política ou económica. Devemos é, mais do que nunca, trabalhar mais e menos teoria, trabalhar em conjunto, (asso-ciativismo) parcerias e encontrar novas soluções e al-ternativas. Como sempre repito, devemos fazer parte da solução e não do problema. Juntos podemos fazer mais e melhor, vamos fazê-lo.

Quais são os principais desafios de um dire-tor-geral de operações? E dificuldades?Num mundo em mudança, é uma experiência fantásti-ca trabalhar com pessoas, desenvolver novas metodo-logias e estratégias, e alcançar objectivos. A hotelaria, mais do que nunca, vende sonhos aos nossos clientes, e realizar esses sonhos deve ser a nossa prioridade absoluta.

A Turistrela conta com uma equipa de quan-tos elementos?Pelo que já disse, temos uma marcante sazonalidade que também abrange a área de recursos humanos. Va-mos normalmente de 100 associados a, muitas vezes, o triplo.

O que podemos esperar no futuro?Digo, geralmente, que nós fazemos o nosso próprio futuro. Como dizia Kennedy: “Mudança é a lei da vida. Aqueles que só olham para o passado ou presente, é certo que perderão o futuro.”

PRIMEIRA PESSOA JOSÉ LUIZ MOREIRA

Viagem inesquecível?Quénia

Hotel de sonho?Hotel Copacabana Palace

Restaurante preferido?Mezzaluna

Carro de sonhoBentley

Um livro que tenha lido mais do que uma vezO Mundo É Plano, de Thomas L. Friedman

Teatro ou cinema?Teatro

Champanhe ou caipirinhaChampanhe

Uma máximaSer feliz

Férias na praia ou na cidade?Praia

Cidade da sua infânciaCoimbra

Sente saudades de...De um tempo que há-de vir.

Viveu tudo o que queria?Não... há muito para viver

Figura pública que admiraWinston Churchill

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ESPECIALFérias na neve

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Trazendo um pouco do calor brasileiro para o mercado europeu e africano, a Polistrade apresenta a Caipi One, a caipiroska autêntica e pronta para beber. Esta é uma bebida com um sabor inigualável que certamente fará as delícias dos apreciadores. Para os que preferem um sabor um pouco diferente, nada melhor do que juntar um pouco de vodka.

VODKA OU CACHAÇA?

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por Patrícia Vicente

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ESPECIALFérias na neve

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VODKA OU CACHAÇA?

ESPECIALCaipi One

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Independentemente da altura do ano em que nos en-contremos, a caipirinha é, sem dúvida, uma das bebidas mais apreciadas em Portugal. Seja numa saída à noite com os amigos, numa festa ou simplesmente numa refei-ção, são muitos os que não dispensam a companhia de uma bebida bem conhecida no Brasil. Porém, são tam-bém muitos os que gostam de inovar, e para esses nada melhor do que, em vez de cachaça, juntar um pouco de vodka. Esta é uma mistura explosiva e deliciosa, perfeita para saborear em qualquer ocasião.Criada com o intuito de inovar e criar produtos para um novo tipo de consumidor, a Natural Drinks lançou no Brasil a Caipi One, que se encontra disponível em vá-rios sabores, com cachaça ou vodka, e que chega também agora a Portugal.

Uma explosão de cor e saborApresentando uma mistura especial de fruta e uma cor sedutora e provocante, a Caipi One de frutos silvestres é elaborada a partir de uma escolha cuidada de amoras, mirtilos e framboesas, combinados com porções equili-bradas de vodka, o que lhe confere um sabor adocicado e verdadeiramente irresistível. Recuperando o sabor ge-nuíno da afamada bebida brasileira, a Caipi One de lima é feita a partir de sumo e fatias de lima, açúcar e vodka.

Deliciosamente refrescante e com uma cor fantástica, a Caipi One de morango é feita com pedaços de moran-gos selecionados, cultivados com plantas importadas do Chile e da Argentina. Apresentando a quantidade ade-quada de açúcar e de vodka importada da Polónia, cria o equilíbrio perfeito entre o desejo e o prazer. De um amarelo luminoso e com pequenas grainhas ne-gras, cheias de sabor e alegria, a Caipi One de maracu-já revela-se sedutora e saborosa e pode ser saboreada com cachaça ou vodka.A nova caipiroska de coco é feita com pedaços de coco natural, sumptuosamente conjugados com porções exa-tas de açúcar e vodka. Esta é uma combinação diferente a que, certamente, ninguém resistirá. Igualmente diferente é a Caipi One de lichias, elaborada com fruta natural a que se juntam açúcar e vodka. O resultado é uma com-binação única.Numa mistura explosiva de lima e morango, esta nova Caipi traz um pouco do Brasil para o copo dos portu-gueses. Num cocktail amarelo vibrante, que contém pol-pa de fruta de lima e maracujá e a dose certa de vodka e açúcar, descobre-se a companhia perfeita para grandes momentos.

A apostaA Caipi One é comercializada pela Polistrade, uma empresa portuguesa criada com o objetivo de levar à mesa dos brasileiros produtos originários da rica e conceituada gastronomia portuguesa. O sucesso das exportações foi tal que surgiu a oportunidade de des-cobrir novos produtos e igualmente novos mercados. Assim, a Polistrade descobriu o sabor inigualável da Caipi One e a oportunidade de parceria com a empre-sa brasileira, para distribuir, em exclusivo, este produto no mercado europeu e africano.

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BOLSA IMOBILIÁRIAby Sotheby’s Realty

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SUPERB PENTHOUSECASCAIS

Preço: € 3.000.000Referência: 4000025906Tel. 919 228 919

Esta penthouse, com uma vista única de mar, situa-se num con-domínio privado junto aos jardins do Casino Estoril. As suas áreas, amplas e nobres, oferecem muita luminosidade e exce-lentes acabamentos, bem como linhas contemporâneas.

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LUXURY & SPACE VILA SOL, ALGARVE

Preço: € 1.250.000Referência: 4000022331Tel. 919 228 919

Situada dentro de um empreendimento de luxo, o Vila Sol Golf & Spa Resort, esta imponente moradia, recentemente acabada, conta com quatro espaçosos quartos, igual número de casas de banho e cave, que tanto se pode destinar a uma sala de cinema ou, em alternativa, a mais um quarto. Existe ainda um hall de entrada, uma cozinha total-mente equipada com a marca Küppersbusch, duas suítes, uma ampla área de estar e jantar com lareira e acesso direto ao jardim e piscina. No primeiro andar, as duas suítes dispõem de terraço. No exterior, descobre-se um jardim, piscina, zona de chuveiro e barbecue. Os proprietários desta moradia podem também usufruir do campo de golfe do empreendimento, com 27 buracos e so-berbamente mantido, que tem a sua própria academia, club house, restaurante, loja de golfe e court de ténis profissional.O Vila Sol Golf & Spa Resort oferece ainda um hotel de cinco es-trelas, galeria de arte, spa, clube infantil e área comercial com cafés, lojas e restaurantes, pelo que às vantagens dos proprietários acresce o acesso ilimitado a todas as zonas comerciais e instalações de lazer.

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BUENOS AIRES LAPA

Preço sob consultaReferência: 4000025513Tel. 919 228 919

Fantástico prédio de traça antiga, na rua principal da prestigiada zona da Lapa, em pleno centro de Lisboa. Com estilo nobre e uma vista única de 360º sobre a cidade de Lisboa, é um prédio para investimento, já com projeto aprovado para apartamentos de tipo-logias T2 a T4 dúplex.

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UM IMENSO MANTO BRANCO

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LES AIRELLES

Le Jardin Alpin, Courchevel Fr 73120, Courchevel

França

Tel. 0033 0 479 00 38 38

Fax 0033 0 497 00 38 39

Website www.airelles.fr

E-mail [email protected]

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Inserindo-se na magnífica paisagem dos Alpes franceses, entre flocos de neve e pistas de esqui, o hotel de charme Les Airelles derrete verdadeiramente emoções. Atreva-se a descobri-lo.

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O inverno apela à neve e isso invariavelmente remete-nos ao coração da Europa, à cordilheira que se estende por vários países, entre os quais a França. É num lugar branco e mágico que se descobre Cour-chevel, uma instância marcada pelas suas altitudes em metros. Quanto mais alto se chega, mais se conquista em termos de exclusividade, e Courchevel 1850 torna--se no destino predileto dos que gostam de chalés e hotéis de luxo. Aqui prevalece o misticismo e a tranquilidade de uma paisagem conquistada por uma natureza intacta, que, ao cair dos primeiros nevões, chama pelos amantes de desportos invernais, dos quais o esqui é sem dúvida o mais suave. Les Trois Vallées reina como palco para os praticantes do esqui, já que oferece cerca de 200 tele-féricos e mais de 600 km de pistas no seu total. O hotel de charme Les Airelles encerra a autenticidade, estilo e hospitalidade inerentes aos chalés do passado com as tradicionais madeiras, mas responde, perante a atualidade, com as mais recentes tecnologias.

Embrulhada no mais puro dos brancos, a paisagem que prevalece nos Alpes franceses é de uma tranqui-lidade quase mágica. Tudo mantém o carácter encan-tado, afastado da grande azáfama urbana, convidando as pessoas a aproximarem-se da natureza de uma forma harmoniosa.

Estada no topo da montanhaPara se manter como o hotel de charme mais tradi-cional e badalado de Courchevel, o Les Airelles sou-be reinventar-se de maneira a guardar este privilégio. Para além das suítes e dos quartos acolhedores e re-confortantes, conta também com a ampliação do es-paço total com a aquisição da casa privada de esqui, o chalé Ormello. Num local em que as pistas de Bel-lecôte estão a poucos passos, este renovado chalé oferece cinco pisos de luxo inquestionável, conforto ímpar e uma infinidade de acomodações modernas, como piscina, jacuzzi e até sala de cinema. É este o cenário que está preparado para receber as famílias

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ou grupos de amigos que anseiam por uns dias de es-qui intenso e, em simultâneo, um descanso sem igual. A decoração, em cada um dos pisos, não deixa de parte o seu lado mais tradicional assente nas madeiras, enfatizando o conforto que é requerido nos resorts de neve. O andar térreo possui uma sala espaçosa, cozinha e três suites, e no primeiro andar, com um toque mais agradável, as duas suítes têm lareira para os serões mais frios. O piso superior é talhado pela área lounge com lareira, sala de jantar, uma segunda cozinha e ainda uma vista pitoresca para as mon-tanhas da região de Sabóia. O ambiente mantém-se sempre rústico, marcado por elementos elegantes da nova moradia e complementado com uma iluminação suave e tecidos ricos. O chalé Ormello integra-se na perfeição naquele que é o conceito Les Airelles: um serviço acolhedor com a imposi-ção do luxo em todos os aspetos da estada. Assim, todos os quartos e suítes têm uma decoração própria com pormeno-res exclusivos, como nos quartos de banho, onde os azule-jos são pintados à mão e os lavatórios foram especialmente desenhados para o hotel. As suítes, mergulhadas em temas,

possuem fontes de água, teto de madeira antiga esculpida, obras de arte em ferro forjado, permitindo que o Les Airelles tenha este eterno testemunho de qualidade, sendo sempre agradável para os hóspedes.

Condições perfeitas para esquiarA neve é de uma presença tão natural como os dias de sol no verão português. Este manto espesso e de uma brancura incomensurável acompanha todas as vistas no topo da mon-tanha. Em Courchevel não é certamente diferente, e mesmo que o tempo decida sabotar alguns metros de neve, esta é garantida durante todo o ano graças aos canhões de neve artificial que preenchem as lacunas, pelo menos nos meses mais altos de dezembro a abril. Acrescenta-se, neste lugar mágico, o facto de existirem trilhos bem desenhados pela floresta, ficando a sensação de que é preciso mais do que uma mera semana para conhecer integralmente esta área. Actividades como snowboard, esqui, parapente, escalada ou até mesmo heli-esqui, em que o praticante é transportado para locais inacessíveis por terra, para se aventurar numa

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descida abismal, são propícias na montanha de pistas qua-se sem fim. O hotel Les Airelles permite, de forma segura, que todos os hóspedes tenham o prazer de invadir a neve e de se aventurar em descidas nas mais diversas pistas, disponibilizando um atendimento preciso. Nessas funções, guarda-lhes o equipamento de esqui e proporciona-lhes o acesso direto às pistas.

Um lugar mágicoO espaço de restauração Pierre Gagnaire, acentuado pela cozinha única de Pierre e decoração igualmente apela-tiva, é dedicado à imperatriz Sissi. A este acrescenta-se o indispensável restaurante do hotel, Le Table du Jardin Alpin, onde o chef se concentra na criação dos pratos de cozinha burguesa tradicional, carimbados com um selo de autenticidade. O Terrasse des Airelles corresponde a desfrutar de pequenos-almoços agradáveis, cujo menu se divide por um buffet rico e diversificado, onde reinam os pequenos deleites das sobremesas. Mas se é por especiali-dades regionais que procura, Le Coin Savoyard coloca-lhe à mesa os queijos mais tradicionais e carnes cozidas em fogo de madeira. O hotel Les Airelles, contudo, divide as suas atenções para com outros prazeres. Há um lugar que merece um olhar mais atento, especialmente depois de um dia intenso em

cima dos esquis a desbravar pistas repletas de neve, fala-mos do Spa Valmont. Banheiras de hidromassagem, duche de jato aromático, sauna e hammam são apenas alguns dos mimos de que se pode usufruir neste spa, para além da gama de tratamentos com assinatura Valmont. Uma sala de fitness também faz parte deste santuário, que integra o sistema pessoal de Kinesis e, ainda, o igualmente ino-vador Snow Cave. Aqui, atreva-se a saltear entre as duas saunas com arrefecimento, criando uma nova abordagem ao conceito de purificação do corpo. Osteopatas e fisio-terapeutas são essenciais numa estância de esqui, dada a facilidade com que se escorrega na neve, sendo por isso possível contar com o seu serviço. E se pensa que já atin-giu todo o atendimento imaginado, engana-se. Tanto para as senhoras como para os senhores, cuidar do cabelo não é algo irreal, pois está à disposição um cabeleireiro e bar-beiro. Quanto às crianças, o reino da brincadeira está à sua espera no espaço The Children’s Kingdom, para que a diversão não termine ao abandonar a neve lá fora. Courchevel, um destino associado ao prazer de férias na neve, tem o seu pico mais alto aos 1850 metros. Sinónimo de prestígio, nas suas encostas sobressaem as moradias mais privadas e os hotéis de luxo. Quando cai a noite, acendem-se as luzes e a cidade ganha uma nova vida nos seus bares e restaurantes sempre bem frequentados.

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“As minhas metassão ambiciosas.O Holmes Placeajuda-me a alcançá-las.”

SIMÃO MORGADO, nadador

Embaixadores Holmes Place, todos juntos por uma boa causa:

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QUE CARRO QUEREM AS MULHERES?Pergunta difícil, mas não impossível, sobretudo quando a Mercedes-Benz tem no mercado opções para todos os estilos e gostos. Qual prefere? Um familiar de luxo como o Classe E Station? Um desportivo como o CLS? Ou um novíssimo SUV como o Classe M?

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O que é que as mulheres querem? Aí está uma pergunta para a qual milhares de homens por esse mundo fora procuram a resposta. Agradar ao sexo fe-minino nem sempre é fácil, já o sabemos. As mulheres são exigentes, ligam a pormenores que o sexo mascu-lino nem sonha que existem, gostam de estilo, confor-to, personalidade. Perceber de que forma se lhes pode agradar quando toca a carros é ainda mais difícil. Isto se não estivermos a falar da Mercedes-Benz, porque nesta marca de automóveis as opções para o sexo feminino são muitas e difícil, difícil, será escolher.Mas qual será o carro que as mulheres mais procuram? Depende da mulher, claro está. Se for uma mãe de fa-mília, vai preferir muito provavelmente a nova carrinha Classe E Station, que combina a elegância do design e materiais de elevada qualidade com sofisticadas tecno-logias e um espaço alargado de carga para alojar todos os brinquedos das crianças e para acomodar vários fi-lhos. Já uma mulher independente, solteira e bem suce-dida na vida, preferirá um desportivo, cheio de arrogân-cia e estilo, como é o caso do novo CLS. Ou então uma

vertente combinada destas duas mulheres, que, ainda por cima, goste de carros robustos e altos como um SUV, optará possivelmente pelo novo Classe M.Para ajudá-la a escolher, nada como dar a conhecer cada um destes modelos.

Station para toda a famíliaA nova Classe E Station tem design de última geração e é uma das maiores carrinhas do seu segmento (compri-mento/largura/altura: 4895/1854/1512mm).O design exterior é definido por linhas acentuadas e perfil atlético de uma secção dianteira em cunha que prossegue até à traseira imponente, a qual engloba um amplo compar-timento de carga com 1950 litros de volume (com os bancos rebatidos). Tem também um sistema de gestão do comparti-mento de carga Easy-Pack, com superfície de carga reclinada e uma tampa da mala que se aciona eletromecanicamente (abre-se com o premir de um botão na porta do condutor, na tampa da mala ou através da chave de ignição e fecha--se através de um interruptor instalado na própria tampa). É ainda possível rebater os encostos dos bancos traseiros

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a partir do compartimento de carga, deixando de ser neces-sário ajustar previamente os apoios de cabeça e os assen-tos. Em combinação com o segundo nível da superfície de carga, está igualmente disponível o kit de fixação Easy-Pack, que através de uma barra telescópica e de calhas permite configurar vários compartimentos de carga. Opcionalmente, poderá ganhar uma terceira fila de bancos e transportar até sete pessoas.Um dos extras opcionais da Station são os bancos dian-teiros multicontorno ativos, que proporcionam um otimi-zado apoio ao condutor e acompanhante. Câmaras de ar reguláveis individualmente podem adaptar-se à estatura de cada um dos ocupantes e os contornos laterais ajustam--se automaticamente e de forma dinâmica a cada situação de condução. Para exagerar no conforto, os engenheiros da Mercedes-Benz equiparam-no ainda com uma dinâmi-ca função de massagem de sete zonas, apoios de cabeça Neck-Pro dianteiros e ajuste pneumático da profundidade dos assentos, do contorno lateral e do apoio lombar.Entre os destaques desta carrinha elegante da Mercedes, temos também o sistema Attention Assist, cujos sensores

extremamente sensíveis controlam, constantemente, mais de 70 parâmetros diferentes, ideal para mamãs cansadas com os filhos a fazer barulho no banco de trás. A Station traz ainda faróis que se adaptam às condições de tráfego, sistema de travagem de emergência automática, sistema de controlo da distância e nove airbags. Depois, temos também o interior da nova Station do Classe E, onde as madeiras nobres e o equipamento Elegance e Avantgarde lhe dão um toque exclusivo e permitem diversas combi-nações com equipamentos opcionais.

Um desportivo para as independentesDo familiar passamos para o desportivo. O CLS é sinóni-mo de dinâmica e elegância, com afinação desportiva do chassi e direção direta. O CLS 350 CDI tem um motor diesel mais potente, mais económico e mais limpo, graças à mais recente tecnologia da Mercedes-Benz que lhe dá potência, mas ao mesmo tempo é silencioso e impres-siona pelo otimizado valor de emissão e consumo. Esta versão tem uma caixa automática de sete velocidades 7G-TRONIC, que permite engrenagens mais suaves e sal-

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tar mudanças ao reduzir velocidade, conseguindo assim um nível de consumo de combustível e emissões de ga-ses mais baixo. No interior, os bancos desportivos são multicontorno (opcionais), ajustáveis eletricamente e com apoio lateral, climatização automática Thermotro-nic de quatro zonas, estofos em pele, rádio áudio 20 CD com teclas para telefone, oito altifalantes, volante multifunções e sistema de manutenção Assyst Plus com computador de manutenção. Graças aos componentes eletrónicos, o sistema de tra-vagem eletro-hidráulico reage com precisão e rapidez.

SUV? Porque não?E quem disse que os jipes não podem ser femininos? Basta olhar para o novo SUV da Mercedes-Benz para perceber que essa ideia é totalmente falsa. O Classe M é bonito por fora e por dentro, além de ser ex-tremamente económico para um carro do género. Com um inovador motor a diesel BlueTEC, utiliza menos combustível e produz emissões bastante bai-xas, ainda que tenha um binário elevado e suavidade de funcionamento.

Seis anos depois do lançamento do primeiro modelo, o novo M é mais tecnológico do que nunca, mais espa-çoso, confortável e funcional. Com madeiras e revesti-mentos nobres no interior, associados a um painel de instrumentos dominado pelo equilíbrio de proporções e organização funcional da consola central, este SUV tem uma fileira de pequenas luzes âmbar ao longo do tablier, conjugadas com a iluminação dos puxadores das portas, que lhe conferem um charme único. Ao dispor de cinco lugares individuais, é também uma excelente opção para a família, sem descurar os elementos desportivos, como diversos detalhes cromados ao longo da carroçaria ou rodas que vão até às 21 polegadas. Nos destaques tec-nológicos, temos o assistente de visão noturna com de-teção de peões, ideal para as mais distraídas, ou o siste-ma de ajuda à visibilidade no ângulo morto e, claro, algo que dá sempre jeito a qualquer senhora: o Park Assist, um auxílio ao estacionamento. A Mercedes-Benz reforçou a sua quota de mercado em Portugal, tendo atingido um valor recorde de 4,6% em 2011. A família do Classe E foi a mais procurada, tendo--se vendido 562 unidades Station.

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ON THE ROADSuzuki Swift

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ON THE ROADMercedes Classe C Coupé

A BMW continua a desenvolver sistemas de acionamento hí-bridos inteligentes e alarga a gama de modelos com mais uma viatura de série, na qual a ação conjunta de um motor de combustão com um motor elétrico contribui não só para mais eficiência, como também para um prazer extra no que à con-dução diz respeito. O BMW ActiveHybrid 5 combina, pela primeira vez, um motor de seis cilindros em linha BMW TwinPower Turbo com um mo-tor elétrico e uma caixa automática de oito velocidades. Para além disto, a mais recente geração da tecnologia ActiveHybrid da BMW abrange, ainda, um sistema de gestão de energia inteligen-te controlado com precisão e, por isso, especialmente eficiente. Este ajuda o BMW ActiveHybrid 5 a obter uma excelente relação entre performance e consumo de combustível, o que o transfor-ma num automóvel demarcadamente favorável no segmento pre-mium da classe média superior. O sistema de acionamento cria um débito do sistema de 250 kW/340 cv. Este viabiliza uma condução puramente elétrica até

ESPECIALMENTE EFICIENTE60 km/h durante 3 a 4 km, permitindo uma aceleração em 5,9 segun-dos dos zero aos 100 km/h, reduzindo o consumo de combustível para valores médios entre 6,4 e 7,0 litros a cada 100 km, bem como as emissões de CO2 para 149 a 163 g/km (valor de acordo com ciclo de teste EU, em função do formato de pneus selecionado). O seu potente motor de seis cilindros em linha, de 225 kW/306 cv, com tecnologia BMW TwinPower Turbo, corresponde ao motor do BMW 535i, conhecido pelo prazer de condução, força de tração e eficiência. O motor eléctrico debita 40 kW/55 cv e é alimentado com energia por uma bateria de iões de lítio de alto rendimento integrada na bagageira. A força de ambos os motores é transmitida às rodas traseiras através da caixa automática de oito velocidades. Para além da sua característica inteiramente híbrida, que possibilita uma condução puramente elétrica e, por isso, localmente livre de emissões no trânsito urbano, o BMW ActiveHybrid 5 apresenta não só performances muito desporti-vas, como uma economia de consumo na ordem dos 16% com-parativamente ao 535i.

ON THE ROADBMW ActiveHybrid 5

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ON THE ROADBMW Série 3

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As duas primeiras gerações do Audi A6 Allroad Quattro, lança-das em 2000 e 2006, respetivamente, foram autênticas vence-doras em todos os sentidos, sendo que a marca espera agora um sucesso similar com a terceira geração. Considerado uni-versalmente como um modelo talentoso, o novo A6 Allroad Quattro amplia a gama de utilização para o A6 Avant, porque quando o asfalto acaba, esta versão está pronta para enfrentar uma condução fora de estrada. Destaque para um desempe-nho melhorado e um consumo de combustível reduzido até 20%, em comparação com o modelo anterior.O novo Audi A6 Allroad Quattro possui um comprimento de 4,94 metros, uma largura de 1,90 metros e uma altura de 1,47 metros, valores maiores, em alguns milímetros, do que a versão Avant. Foi utilizado o mesmo processo de construção ultraleve e híbrida da limusina, com os componentes em alu-mínio a representarem cerca de 20% da carroçaria. Em termos de peso total, este foi reduzido em cerca de 70 quilos, em comparação com o modelo anterior.O interior do Audi A6 Allroad Quattro oferece uma generosa abundância de espaço, graças à longa distância entre eixos de 2,91 metros. O modelo apresenta, assim, um design elegan-te, ergonomia exemplar e acabamentos de qualidade superior. Uma função que descreve todas as funções do veículo foi adi-cionada ao sistema MMI, cujas teclas de comando são brilhan-

MODELO TALENTOSOtes e em alumínio. O sistema MMI está incluído no equipa-mento de série, assim como o computador de bordo com programa de eficiência. Um pacote abrangente de sistemas de retenção ajuda a atenuar as consequências de um acidente.Em termos de aspetos visuais, destaque para o revestimento e para o painel de instrumentos, sendo abundante a tonalida-de preta em todo o interior. Outros detalhes de requinte no habitáculo são, por exemplo a cor “Santos Brown” e as inser-ções de alumínio opcionais. As guarnições das embaladeiras das portas são também de alumínio com o logótipo “allroad”.O compartimento de bagagem do novo A6 Allroad Quattro tem uma capacidade de 565 litros.

ON THE ROADAudi A6 Allroad

Quattro

ON THE ROADBMW ActiveHybrid 5

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ON THE ROADMini Countryman

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UM DESPORTIVO ECONÓMICOTrês anos após a sua comercialização, o Laguna Coupé adquire agora um estilo ainda mais desportivo, graças à integração dos faróis diurnos de LED – de série em todas as versões – e da nova gama de jantes em liga leve de 17’’, de série logo a partir do primeiro nível de equipamento. No novo Laguna Coupé, a versão GT 4Control passa a disponibilizar a oferta do teto panorâmico negro (em qualquer cor da carroçaria), que até agora estava reservada à série limitada Monaco GP.O estilo mais desportivo deste Laguna Coupé alia-se perfeita-mente à existência, em todas as versões, do sistema 4Control de quatro rodas direcionais. O sistema, unanimemente elogia-do pela imprensa pela sua eficácia, confere-lhe um compor-tamento dinâmico de exceção e, em simultâneo, um elevado prazer de condução e uma segurança sem paralelo. Por baixo do capô, o novo Laguna Coupé recebe três varian-tes do reconhecido motor 2.0 dCi da Renault. O bloco M9R estará disponível com as potências de 150, 175 e 180 cv, todas equipadas com filtros de partículas. O motor dCi 175 estará

ON THE ROADLaguna Coupé

disponível unicamente associado à caixa de velocidades auto-mática de seis relações. O novo motor Energy dCi 150 beneficia dos 35 anos de pre-sença da marca na Fórmula 1, que possibilitaram o desenvol-vimento de novas tecnologias agora aplicadas nos motores de série. Equipado com os sistemas Stop & Start e Energy Smart Management (ESM), o motor Energy dCi 150 apenas emite 118 g CO2. Ou seja, é visível uma redução de 13% face à ver-são anterior. As versões de 175 e 180 cv apresentam também uma redução de, respetivamente, 9 e 6 gramas de CO2, graças à generalização do ESM no motor M9R.Com um consumo de 4,5 litros/100 km, menos 0,6 litros/100 km que a geração anterior, e um elevado binário de 340 Nm, o novo Laguna Coupé, equipado com o motor Energy dCi 150, prova que um desportivo pode ser, ao mesmo tempo, econó-mico e respeitador do ambiente. Tal como acontece com toda a gama, este modelo beneficia da garantia contratual de cinco anos ou 150.000 km.

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PROPOSTAHomelidays

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PRAIA DA GALÉ ALGARVE

Referência: 353211Preço: de 1000 € a 4000 € por semanaWebsite: www.homelidays.com

Terminada em março de 2011, esta casa com 360 metros qua-drados de superfície habitável dispõe de quatro suítes, uma cozinha americana, quatro casas de banho, sala de estar e de jantar e varanda.No exterior descobre-se uma piscina privada com 5 metros de largura e 10 de comprimento, que está inserida num jardim com 200 metros quadrados. Existe ainda uma garagem e um barbecue em tijolo, para grelhados.

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PROPOSTAHomelidays

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PRAIA DA LUZ ALGARVE

Referência: 353211Preço: de 1000 € a 4000 € por semanaWebsite: www.homelidays.com

As duas salas de estar existentes convidam a uma estada repleta de conforto e requinte. Sente-se nos deliciosos sofás ou descanse numa chaise-longue enquanto contempla a piscina, o jardim e o oceano. Prove as iguarias do mar na sala de jantar interior, ilu-minada com a luz natural que entra pela parede de vidro que se estende ao longo de todo o espaço, ou aproveite o bom tempo e demore-se em longas refeições no alpendre. Na sala de jogos, po-nha em prática os seus conhecimentos de snooker, a sua perícia em matraquilhos ou a habilidade no pingue-pongue. Relaxe na zona de estar ou desafie os amigos na mesa de jogo. Nas casas de banho privativas há três banheiras de hidromassagem e duches revigoran-tes. Quatro quartos têm acesso ao terraço com vista sobre o mar e dois dão para um pátio interior com jardim. A cozinha está to-talmente equipada e a garagem tem espaço para quatro carros. Tem vista sobre o mar e a falésia da praia da Luz, que fica a escassos dez minutos a pé. A simpática Vila da Luz (também a apenas dez minutos) serve iguarias do mar nos vários restaurantes com janelas para o oceano. Na praia há inúmeros desportos náuticos à disposição.

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PROPOSTAHomelidays

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SAGRES ALGARVE

Referência: 335300Preço: de 500 € a 1680 € por semanaWebsite: www.homelidays.com

Com quatro assoalhadas e 150 metros quadrados de superfície habitável, esta casa, construída em 2010, tem capacidade para aco-lher até seis pessoas. À cozinha americana totalmente equipada, juntam-se as salas de estar e de jantar, as três casas de banho e os três quartos.No jardim, com 600 metros quadrados, encontra-se uma piscina privada, não aquecida, com 3 metros de largura e 7 de comprimen-to, bem como espreguiçadeiras para desfrutar de alguns momen-tos de pura evasão.

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Raindance® Select.My Shower Pleasure.

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SOCIALInternational Club of Portugal

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SOCIALInternational Club

of Portugal

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O International Club of Portugal promoveu no passado dia 19 de janei-ro, no Fontana Park Hotel de Lisboa, um almoço-debate com António Saraiva, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP). Na palestra, subordinada ao tema “O Imperativo do Crescimento”, António Saraiva defendeu, perante uma audiência composta por lí-deres empresariais, embaixadores, jornalistas e personalidades dos mais variados quadrantes sociais e políticos, que o Governo não compensou as empresas com “medidas equivalentes” à redução da taxa social única (TSU), nem à retirada da meia hora adicional, con-

CONSIDERAÇÕES NECESSÁRIAS

| 1. António Saraiva | 2. António Saraiva e Manuel Ramalho | 3. Choi Man Hin e António Carmona Rodrigues | 4. Choi Man Hin, António Ruivo, Manuel Ramalho

e António Carmona Rodrigues | 5. Abdool Vakil e António Saraiva | 7. Representantes das embaixadas da Tunísia, Luxemburgo e Áustria | 8. Ana Juma, Manuel

Ramalho e Nuno Ramalho | 9. Susana Brito e Manuel Pombo Cruchinho | 11. Representantes da Embaixada do Panamá em Portugal | 12. Embaixador da Alemanha

e José Ribeiro e Castro | 13. Carlos Medeiros, António Gonçalves e José Borges | 15. Maria da Conceição Correira, Gonçalo Coelho, Marta Correia e Susana Brito

| 16. Mahomed Iqbal, Luiz Godinho Lopes e Manuel Ramalho | 17. Ana Bela César e Choi Man Hin | 18. Representantes das embaixadas da Nigéria e de Angola e Diogo

Araújo | 19. António Saraiva, Ana Laia e Nuno Carneiro | 20. António Saraiva e Mário Patinha Antão

siderando que a proposta levada à concertação social não tinha eficácia real. O líder patronal pediu ainda “sensibilidade” para tornar Portugal mais atrativo ao investimento, como forma de esbater os aspetos que nos diferenciam negativamente.O evento terminou com um debate, aberto a todos os convidados, num ambiente multicultural e multinacional, que desde sempre tem sido marco forte nos encontros deste clube – espaço privilegiado de interação e networking para a troca de ideias informal, comple-mentando a programação formal do evento.

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SOCIALCopacabana Palace

Recordando as rainhas do Carnaval carioca, o Baile do Copacabana Palace foi mais uma vez um dos locais de eleição na noite de Carnaval. Numa festa marcada pela elegância e pelo glamour, a atriz Sheron Menezes foi coroada rainha da noite.Entre os convidados, destaque para nomes como Narcisa Tamborindeguy, Christian Louboutin, Christiane Torloni, Rodrigo Santoro, Gloria Maria e Donata Meirelles, entre muitos outros. Rosamaria Murtinho, também presente, usou a faixa de “rainha das atrizes” que recebeu em 1978.

| 1. Sheron Menezes e Andréa Natal | 2. Andréa Natal, Nara e Philip Carruthers

| 3. Jorge Salomão, Claudia Fialho e Alicinha Silveira | 4. Linda e Armando

Conde | 5. Afonso e Betty Pinto Guimarães | 6. Mauro Mendonça e Rosamaria

Murtinho | 7. Luiza Brunet, Márcia Veríssimo e Lígia Azevedo | 8. Mário e Giovanna

Priolli | 9. Brunete Fraccaroli, Narcisa Tamborindeguy, Guilherme Fiuza e Nina Stevens

| 10. Nizan Guanaes e Brunete Fraccaroli | 11. Marcelo Hicho e Sheron Menezes

| 12. Alexandre Ibitinga e Márcia Veríssimo | 13. Narcisa Tamborindeguy e Amauri Jr.

| 14. Ricardo Bruno e Tânia Caldas | 15. Christian Louboutin e Martinha Castilho

| 16. Ricardo e Gisella Amaral | 17. Bruno Chateubriand, Donata Meirelles e Bruno Astuto

FESTA, ALEGRIA E MUITO SAMBA

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SOCIALCopacabana Palace

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SOCIALInauguração da sede da CPLP

A nova sede da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa, foi inaugurada recentemente pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e pelo Vice-Presidente da República de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, que descerraram a placa de inauguração juntos. O ato teve lugar na presença de altas personalidades dos Estados-membros da organização. Realizou-se ainda um colóquio com o tema “CPLP – Uma Oportunidade Histórica”, no qual participaram antigos presidentes dos Estados-membros, como Jorge Sampaio, Joaquim Chissano, Pedro Pires e Mário Soares.

NOVA SEDE

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SOCIALGala Portugal

Aplaude

O Teatro Nacional D. Maria II recebeu, recentemente, a gala Por-tugal Aplaude, um espetáculo dedicado às artes, que distinguiu e reconheceu as personalidades ou iniciativas que mais marcaram o panorama cultural português em 2011. A sala Garrett abriu, as-sim, as suas portas para prestar tributo à cultura portuguesa em diversas áreas, nomeadamente música, cinema, dança, literatura, teatro e arquitetura.A gala contou com a presença de ilustres convidados que mere-cem o reconhecimento do público, como é o caso de Luísa Sobral, Gonçalo M. Tavares, António Chainho, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, Olga Roriz, Sara Tavares, Aurea, Herman José, Fran-cisco Menezes, Aldo Lima, Laurent Filipe, Mariza e Carmo, entre outros. Portugal Aplaude foi apresentada por Sílvia Alberto.

CULTURA EM DESTAQUE

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SOCIALPrincesa da Tailândia

A princesa herdeira do trono da Tailândia, Maha Chakri Sirindhorn, esteve recentemente em Portugal para inaugurar o pavilhão Thai, implantado em Belém, no âmbito das comemorações dos 500 anos de relações diplomáticas entre o seu país e Portugal. O pavilhão tailandês foi construído em Banguecoque e transportado de barco até ao Jardim Vasco da Gama, em Belém, numa viagem de poucos dias, talvez seguindo o mesmo percurso que os marinheiros portugueses fizeram há cinco séculos, quando pela primeira vez chegaram àquele país asiático.Dourado e com quatro aberturas, o pavilhão remete-nos para a cidade dos anjos, Banguecoque, e para o Mosteiro dos Jerónimos, obra que inspirou o arquiteto Athit Limmu e que acabou por representar o “símbolo da amizade” entre os dois países. O telhado foi coberto com placas que se assemelham à pele de um dragão ou às escamas de um peixe, enquanto os pináculos são anjos estilizados. Na parte de baixo, existe um quase varandim inspirado nas ogivas dos Jerónimos, em tons verdes. Porém, é o dourado a cor dominante, conseguida com mil finas folhas de ouro.A cerimónia de inauguração contou com a presença da primeira-dama portuguesa, Maria Cavaco Silva, e do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa. A princesa Maha Chakri Sirindhorn foi também recebida no Palácio de Belém pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

VISITA REAL

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RELÓGIOSPerrelet

PARA ELE E PARA ELAPara quem procura algo diferente e original, a Perrelet, marca suíça de relógios de luxo, sugere dois modelos distintos. Para ele, o Turbine Erotic. Para ela, o Turbine XS.

O modelo Turbine Erotic, inspirado no estilo das criações Manga (histó-rias em quadrinhos no estilo japonês), explora todas as possibilidades lúdicas oferecidas pelo seu duplo rotor. Especialmente desenhado para esta edição limi-tada, o mostrador do Turbine Erotic é preenchido com ilustrações inspiradas em Hentai, o conhecido género de histórias para adultos da Manga. Por baixo das 12 lâminas, característica da coleção Turbine, podem ser vistas partes das persona-gens, quando as lâminas não estão a girar a grande velocidade. Criada em tons de preto e branco com um toque de vermelho, esta edição especial apresenta oito modelos com apenas 88 exemplares de cada referên-cia, apresentando caixa de 44 mm em titânio ou aço com tratamento DLC para cada variante da esfera.O novo relógio Turbine XS está alojado numa caixa de 41 mm e é tão sedu-tor em aço inoxidável como em aço com tratamento DLC. As suas linhas cur-vas alternam com superfícies polidas e acetinadas, proporcionando um toque mais sensual. O mostrador inferior em pérola branco e preto permite apreciar uns magníficos raios de luz. Com o primeiro movimento da turbina, poderá ser apreciada a magnitude do seu impressionante e deslumbrante efeito. Devido à sensação produzida pela velocidade de rotação, o movimento da turbina tende a deixar de ser o centro da atenção, passando este para os 12 raios em pedras brilhantes que emitem milhares de brilhos. Enriquecido com uma misteriosa pulseira de cetim preto, ou pura e delicada em cetim branco, o Turbine XS encoraja o seu utilizador a viver a vida do jeito que quer, de um modo elegante e moderno, totalmente relaxado.

1 | Turbine Erotic 2 | Turbine XS 3 | Turbine XS

Preços sob consulta.

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JOIASGilles

Fundada em 1992, a Gilles Fine Jewellery é uma marca joalheira portu-guesa, jovem e dinâmica, mas com um know-how de longa data, uma herança que ficou das anteriores gerações da família Gilles. A primeira coleção da marca, The Love Collections, foi apresentada em 2007, seguindo-se, em 2008, Força e Carácter, uma linha inspirada na estrutura de uma árvore e nos con-ceitos, associados, de força e carácter. As criações singulares da Gilles têm sido reconhecidas com diversos prémios por parte das revistas da especialidade e líderes tanto em Portugal como em Espanha ou Itália. A última coleção, Romance, foi buscar inspiração à natureza, aos motivos florais, e conta com a dose certa de romantismo. As peças que a compõem são extremamente femininas e foram concebidas em diversos materiais, que enaltecem o glamour do ouro branco e dos diamantes. Ame-tistas, rubis e pérolas foram também utilizados nesta magnífica linha de joias.Recentemente, a marca deu mais um passo na direção do futuro, ao inaugu-rar mais uma loja, desta vez na Avenida da Liberdade, um local de excelência pelas marcas de luxo que acolhe. A abertura deste novo espaço insere-se no âmbito da expansão da Gilles, que a partir de agora passa a contar com quatro lojas e um atelier em Lisboa. A loja da Avenida da Liberdade disponibiliza, para além das coleções Gilles Fine Jewellery, relógios e joias de outras marcas de prestígio, como Franck Muller, Zenith, Porsche Design, Gucci – Timepieces and Jewellery, Hermès, Chronoswiss, Roberto Coin, Monseo, Stefan, Hafner, Gatto, Tag Heuer, Versa-ce, Michael Kors, Pequignet, entre muitas outras.

Tendo ido buscar inspiração à natureza, a nova coleção Romance, da Gilles Fine Jewellery, apresenta peças femininas, trabalhadas numa diversidade de materiais.

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INSPIRADA NA NATUREZA

JOIASGilles

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LIVROS

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A QUEDA DE WALL STREETMichael Lewis Lua de Papel

Com apenas 24 anos, Michael Lewis foi contratado pelo banco Salomon Brothers. Recebia centenas de milhares de dólares por ano mas não percebia nada de ações. Três anos depois bateu com a porta e escreveu o Liar’s Poker a relatar a sua experiência. E ficou à espera: tinha a certeza absoluta de que Wall Street, mais cedo ou mais tarde, iria cair com estrondo. Esperou mais de 20 anos. Em 2007, Michael Lewis descobriu uma série de investidores que estavam a apostar tudo justamente na queda do sistema. Todos eles colocaram uma questão: e se o preço das casas cair? O que acontecerá ao mercado do subprime? Provavelmente o maior best-seller de sempre sobre a atual crise, A Queda de Wall Street narra-nos a história dos visionários que previram a mudança de paradigma, e que ganharam milhões de dólares com isso.

CURARobin Cook Europa-América

Agora que o neuroblastoma potencialmente fatal que tomou conta do seu filho parece estar em plena remissão, a médica legista de Nova Iorque Laurie Montgomery volta ao trabalho no Gabinete de Medicina Legal, onde trabalha há mais de duas décadas. Preocupada com a incerteza de ainda ter estofo para o seu trabalho ou não, depois da longa ausência, Laurie depara-se com um primeiro caso que é nada mais do que um puzzle altamente perigoso e da maior importância, que envolve o crime organizado e duas empresas recém--criadas de biotecnologia, num jogo de audazes. Apesar dos conselhos e avisos dos seus colegas e do seu marido, o também colega Jack Stapleton, Laurie está determinada a resolver o mistério que este caso representa.

Voltaire (1694-1778, filósofo, escritor, poeta, dramaturgo, historiador francês)

“Um dia tudo será excelente, eis a nossa esperança; hoje tudo corre pelo melhor, eis a nossa ilusão.

O CERCO DE KRISHNAPURJ.G. Farrell Porto Editora

Corre o ano de 1857. Na cidade imaginária de Krishnapur, a comunidade britânica resiste com bravura ao ataque lançado por um exército de indianos. No final do cerco, a cólera, a fome e os agressores mataram a maioria dos ingleses, e os que restam são forçados a alimentar-se de cães, de cavalos e, por fim, de baratas. Mas nunca perdem a habitual fleuma britânica: no meio do caos, o chá continua a ser às cinco e a luta pela sobrevivência prossegue, agora lançando mão dos luxuosos candelabros e violinos, as armas que restam para enfrentar a barbárie. Os episódios desconcertantes sucedem-se, num permanente desafio à mais fértil das imaginações...Esta é uma obra aclamada pela crítica internacional, vencedora do Man Booker Prize de 1973 e nomeada para Best of the Booker.

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LIVROS

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UMA QUESTÃO DE ORGULHOLinda Carlino Editorial Presença

Carlos V tem sido considerado o maior imperador do Sacro Império Romano desde Carlos Magno, mas terá sido mesmo? Neste romance, a autora deixa-nos com uma visão bastante cética daquele que foi um dos homens mais poderosos da Europa no século XVI. Uma história de poder, paixão e arrependimento, onde encontra um elenco de personagens inesquecíveis que vai fazer o leitor rir ou chorar: amigos e família em cómicas confrontações lembrando Carlos; criados oferecendo as suas honestas opiniões; um narrador, no seu inimitável estilo “objetivo”, oferecendo-nos com frequência revelações bastante acusatórias, numa perspetiva mais completa e por vezes surpreendente dos acontecimentos recordados por Carlos…

O SENTIDO NA VIDA Susan Wolf Bizâncio

A maioria das pessoas, incluindo os filósofos, costuma classificar as motivações humanas em duas categorias: as egoístas ou altruístas, as interesseiras ou morais. Para Susan Wolf, porém, muitas das nossas motivações não se enquadram nestas categorias. Muitas vezes agimos por razões que não têm que ver com o nosso bem, com a noção de dever ou com o bem comum. Pelo contrário, agimos por amor para com objetos ou coisas que entendemos serem dignos do nosso amor e são estas ações que dão sentido à nossa vida. Susan Wolf defende que, a par da felicidade e da moralidade, este tipo de sentido constitui uma dimensão que caracteriza uma boa vida. Num estilo vivo e cativante, repleto de exemplos provocadores, O Sentido na Vida é uma reflexão profunda e original acerca de um tema que constitui uma preocupação constante da humanidade.

DINHEIRO DE SANGUEDavid Ignatius Bertrand Editora

Alguém no Paquistão anda a matar os membros de uma unidade de inteligência da CIA que tenta comprar a paz aos inimigos da América. Cabe a Sophie Marx, uma jovem agente, descobrir os culpados e as suas razões. O seu ponto de partida é Londres, mas a investigação não tarda a alargar-se a vários outros pontos do globo. Sophie parece ter um forte apoio de várias frentes, mas, à medida que se aproxima do cerne da questão, começa a perceber que nesta galeria de espelhos nada é aquilo que parece ser. Encontra-se perante um teatro de violência e vingança, do qual não poderia sequer ter imaginado o último ato. Um romance inquietante e envolvente, em que o preço das políticas adotadas é pago com sangue e a paz só é possível através da traição.

Voltaire (1694-1778, filósofo, escritor, poeta, dramaturgo, historiador francês)

“Um dia tudo será excelente, eis a nossa esperança; hoje tudo corre pelo melhor, eis a nossa ilusão. ”

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EXPOSIÇÃO NACIONALFernando Pessoa: Plural como o Universo

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VIAGEMSENSORIAL

Esta exposição, dedicada a Fernando Pessoa e aos seus heterónimos, pretende mostrar toda a multiplicidade da obra do grande poeta de língua portuguesa, conduzindo o visitante numa viagem sensorial pelo universo de Pessoa, para que leia, veja, sinta e ouça a materialidade das suas palavras. Com curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith, a mostra apresenta um espaço repleto de poemas, textos, documentos, fotografias e pintura, onde se incluem rarida-des como a primeira edição do livro Mensagem, com uma dedicatória escrita pelo autor.Nascida de uma colaboração entre a Fundação Roberto Ma-rinho (Brasil) e o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo, com o apoio da Fundação Gulbenkian, esta exposição já ha-via sido inaugurada em São Paulo, em 2010, e apresentada no Rio de Janeiro, em 2011. Em Lisboa, na Fundação Gul-benkian, esta iniciativa assinala o Ano do Brasil em Portugal.Fernando Pessoa: Plural como o Universo compreende várias áreas. Uma delas é reservada à apresentação, em comparti-mentos delimitados, do ortónimo e dos quatro mais impor-tantes heterónimos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares. Noutra parte, encontra-se uma recolha de textos, cuja tónica é mostrar como puderam conviver, no espírito de Pessoa, os heterónimos, os escritos autointerpretativos e todos os outros projetos que o poeta ia desenvolvendo, num processo dinâmico e simultaneamen-te solitário. A exposição inclui ainda documentos inéditos, pinturas e alguns objetos nunca antes expostos em Portugal.Os visitantes têm à sua disposição exemplares de toda a obra de Fernando Pessoa, quer em português quer tradu-zidos para outras línguas. Tudo para que esta mostra possa ser, também, uma oportunidade para a leitura ou releitura, num espaço pouco usual, dos múltiplos e diferenciados es-critos do poeta.

FUNDAÇÃO GULBENKIAN

ATÉ 30 ABRIL

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PERCURSOCRIATIVODe 24 de fevereiro a 13 de maio de 2012, o Museu Gug-genheim de Nova Iorque apresenta a exposição John Chamberlain: Choices, uma análise global do trabalho deste artista. Esta é a primei-ra retrospetiva apresentada nos Estados Unidos da América, desde 1986. Composta por cerca de uma centena de obras de John Cham-berlain, a mostra examina o desenvolvimento do artista ao longo de uma carreira de 60 anos, explorando as mudanças de escala, materiais e técnicas. Os visitantes podem observar algumas das mais antigas obras de Chamberlain, como esculturas de ferro e trabalhos em espuma, acrílico e papel, que nunca tinham sido dadas a conhecer nos EUA. O título da exposição no Guggenheim presta homenagem ao pro-cesso criativo do artista, que privilegiava a seleção ativa, ou a esco-lha, e que se tornou fundamental para a sua prática.Nascido em Rochester, Indiana, em 1927, Chamberlain estudou pin-tura no Art Institute de Chicago (1951-52), e no avant-garde Black Mountain College (1955-56), perto de Asheville, Carolina do Norte. O seu trabalho começou a ser valorizado no final dos anos 1950, quando apresentou esculturas vibrantes concebidas a partir de pe-ças de automóveis fora de uso. O seu expressionismo abstrato sur-preendeu os críticos e capturou a imaginação de outros artistas. Chamberlain, por outro lado, também violou a proibição formalista, ridicularizando o uso da cor nas esculturas.

GUGGENHEIM Nova Iorque

ATÉ 13 MAIO

EXPOSIÇÃO INTERNACIONALJohn Chamberlain: Choices

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MÚSICA

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EROS RAMAZZOTTIBest Love Songs

Um ano depois do final da Ali e Radici World Tour e do nascimento da segunda filha, Raffaela Maria, Eros Ramazzotti lança Eros Best Love Songs, uma nova coleção que celebra o amor. Contém 32 dos

temas de amor mais conhecidos do cantor italiano, incluindo êxitos como “Una storia importante”, “Stella Gemella”, “Più bella cosa” e o novo single “Inevitabile”, que conta com a participação da cantora

italiana Giorgia, entre muitos outros sucessos. Este álbum duplo é a derradeira compilação das baladas e canções de amor de Eros Ramazzotti.

“A MÚSICA É CELESTE, DE NATUREZA

DIVINA E DE TAL BELEZA QUE ENCANTA A

ALMA E A ELEVA ACIMA DA SUA

CONDIÇÃO”Aristóteles

BRUCE SPRINGSTEENWrecking BallO lançamento do novo álbum de Bruce Springsteen, Wrecking Ball, está agendado para 5 de março em Portugal. Este é o 17.º álbum de estúdio e conta com 11 novas gravações de Springsteen, tendo sido produzido pelo próprio e por Ron Aniello, com a produção executiva de Jon Landau. Será também disponibilizada uma edição especial de Wrecking Ball, que inclui duas faixas bónus e artwork e fotografia exclusivos.

INCUBUSIf Not Now, When?

De ponto alto do rock na viragem de milénio a referência da música contemporânea, os Incubus contam com mais de 20 anos de carreira, intervalados com muitos concertos e sete álbuns de

originais. Estão de volta a Portugal, para satisfazer a vontade dos milhares de fãs que fazem deles uma das bandas mais queridas do público nacional. No dia 5 de julho, a banda

californiana apresentará ao vivo o último registo de originais If Not Now, When?, no Palco Super Bock do 18.º Super Bock Super Rock!

DAVID FONSECA SeasonsO novo trabalho de originais de David Fonseca será lançado no dia 21 de março. Com um conceito inovador, Seasons relata um ano na vida do cantor através das suas canções, associando o calendário às novas composições e levando-nos até março de 2013.A forma como o público terá acesso aos conteúdos será diversificada, tendo como pontos altos a edição, a 21 de março, do primeiro volume de Seasons com o subtítulo “Rising”, e, a 21 de setembro, do segundo, intitulado “Falling”. Este ano de atividade será ainda marcado pela edição de algumas canções disponibilizadas apenas em formato digital e por um conjunto de ações e apresentações inéditas no mercado discográfico.

SANTANAThe Woodstock Experience

Este conjunto de dois CD inclui os primeiros trabalhos de sempre de Santana: o disco de estúdio de 1969 e a atuação da

banda em Woodstock, a 16 de agosto do mesmo ano, com temas nunca antes editados.

A edição inclui ainda um poster exclusivo no interior.

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AGENDA

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Em novembro de 2012 os Santos & Pecadores completam 20 anos de carreira. 20 Anos – Acústico é um concerto em ambiente íntimo, tendo os Santos & Pecadores recolhido com total rigor técnico as canções que completam a sua história. São canções que Olavo canta olhos nos olhos e que os Santos tocam com a entrega que lhes garantiu um lugar especial nos corações do pú-blico. Esta é, provavelmente, a mais intensa forma de ouvir a música dos Santos & Pecadores: quando está a ser debitada a partir de um palco, quando a energia voa entre a banda e o seu público e o sentimento de comunhão é genuíno. Os Santos & Pecadores prometem não dar descanso aos fãs, a recor-dar os seus melhores momentos e, ainda, assinar algumas surpresas que reforçam a ideia de que estes são uns Santos & Pecadores como nunca antes os ouviram.

Pichet Klunchun é mes-tre de dança clássica Thai e defende este estilo tra-dicional tailandês enquanto prática artística contemporânea. Em Nijinsky Siam, pretende evocar Vaslav Nijinsky, lendário bailarino e coreógrafo russo. Foi na Ópera de Paris que Nijinsky apresentou Danse Siamoise, em 1910. Cem anos depois, Pichet Klunchun en-controu fotografias desta produção, e as poses e os figurinos que viu trouxeram-lhe vivamente à memória a dança tradicional Thai. No seu Nijinsky Siam, procurou explorar o modo como o bailarino russo interpretou o gesto e o movimento orientais.

12 e 13 de abril Centro Cultural de BelémNIJINSKY SIAM

28 e 29 de abrilPavilhão AtlânticoIL DIVO & ORCHESTRA IN CONCERT

14 de abrilCentro Cultural de BelémLUÍSA SOBRAL

Na sequência do sucesso do disco The Cherry on My Cake, que já atingiu disco de ouro, e de um ano com muitos concertos,

Luísa Sobral apresenta-se em nome próprio em abril, na Casa da Mú-sica, no Porto, e no Grande Auditório do CCB, em Lisboa. Recorde-se que Luísa Sobral passou, durante o ano passado, por diversos palcos portugueses, como o Festival Sudoeste, Vodafone Mexefest, Cascais CooljazzFest (1.ª parte de Jamie Cullum), Festival MED e inúmeros auditórios. Participou ainda no concerto de comemoração dos 30 anos dos GNR e foi muito bem recebida em Espanha, com concer-tos em Barcelona, Cartagena e Madrid, onde o seu trabalho está também editado. Já alcançou o 7.º lugar do top iTunes.

28 de abrilHard Club - PortoSANTOS & PECADORES

Com as suas vozes e arranjos, o grupo clássico mais bem sucedido da atualidade prepara-se para mais uma tournée mundial que o levará aos cinco continentes. Esta é a tournée que sucede a An Evening With Il Divo – um espetáculo que esgotou em mais de 130 cidades, incluindo Lisboa, e que lhes valeu um galardão da Billboard para uma das tournées mais lucrativas do ano.Neste novo espetáculo, os Il Divo apresentam-se ao vivo com orques-tras famosas de cada cidade. Esta tournée promete momentos inesque-cíveis tanto a nível musical como visual. Os fãs vão poder ouvir os seus grandes sucessos, mas também as músicas do novo álbum Wicked Game, que será lançado na Europa a 28 de novembro.

29 de abrilCasa da MúsicaSÉTIMA LEGIÃO

Os Sétima Legião atuam na Casa da Música no dia 29 de abril, num concerto que se integra nas comemorações do 30.º aniversário da fun-dação da banda.Temas como “7 Mares”, “Por Quem Não Esqueci” ou “Glória”, e outros que se tornaram hinos, vão ser recriados neste concerto. Pedro Oliveira (voz e guitarra), Rodrigo Leão (baixo e teclas) e Nuno Cruz (bateria) formaram os Sétima Legião em 1982, numa altura em que o rock portu-guês vivia um momento de expansão.Em 1983, através da editora Fundação Atlântica, editam o single “Glória”, com letra de Miguel Esteves Cardoso, antecipando o primeiro álbum, A Um Deus Desconhecido, lançado no ano seguinte. Em 1999 lançaram Sexto Sentido, o seu último álbum de originais.

27 a 29 de abrilCentro Cultural de BelémDIAS DA MÚSICA

O canto é a expressão da voz humana utilizada como um instrumento musical. Na tradição oci-dental, o canto começou por ser a expressão co-letiva de um estado de espírito essencialmente ligado ao culto divino. Mas rapidamente se tornou uma outra forma de expri-mir sentimentos, por vezes inacessíveis à palavra. Na edição de 2012 dos Dias da Música, em Belém, são essas diversas formas de utilizar musicalmente a voz que se abordam, numa perspetiva histórica. Do canto gregoriano à música sacra contemporânea, do madrigal renascentista e barroco às grandes massas corais sinfónicas do Romantismo, um percurso musical que coloca a voz humana no centro da tradição erudita ocidental.

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