folha metalurgica nº 827

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Filiado a CUT, CNM e FEM Nº 827 4ª edição de março de 2016 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320 Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região Curso Inscrições abertas para Inglês da Move On Idiomas PÁG. 2 Serviço Preenchimento de Imposto de Renda vai até dia 26 PÁG. 3 Suplemento Folha Metalúrgica traz especial sobre as intenções da Fiesp Encarte É HORA DE SE UNIR vamos juntos defender a democracia NESTA QUINTA-FEIRA, DIA 31 DE MARÇO Os movimentos progressistas, comprometidos com o Estado Democrático de Direito, estarão nas ruas para a defesa de uma sociedade justa e contra as manipulações midiáticas e jurídicas PÁG. 3 PÁG. 4 PÁG. 4 Foguinho / SMetal Foguinho / SMetal Divulgação Contra o golpe e pela democracia: Cerca de 500 mil pessoas participaram do ato contra o impeachment, dia 18 deste mês, na Avenida Paulista Formação: O líder do MST, João Pedro Stédile, abordará na sede do SMetal, no dia 1º de abril, a conjuntura política e social, para promover reflexão sobre a importância de um projeto para a sociedade brasileira. Lançamento: A obra “O Sonho de Lara”, do Banco de Alimentos de Sorocaba, é voltada para o público infantil, tem o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e foi editada pela Loja de Ideias. Palestra de João Pedro Stédile na sexta-feira aborda política e reforma agrária Livro infantil 'O Sonho de Lara' será lançado nesta quarta-feira no SMetal

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4ª edição de Março de 2016

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Page 1: Folha Metalurgica nº 827

Filiado a CUT, CNM e FEM

Nº 827 4ª edição de março de 2016 Rua Júlio Hanser, 140 Lageado - Sorocaba/SP CEP 18030-320

Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

CursoInscrições abertas para Inglês da Move On Idiomas

PÁG. 2

Serviço Preenchimento de Imposto de Renda vai até dia 26

PÁG. 3

SuplementoFolha Metalúrgica traz especial sobre as intenções da Fiesp

Encarte

É HORA DE SE UNIRvamos juntos defender a democracia

NESTA QUINTA-FEIRA, DIA 31 DE MARÇO Os movimentos progressistas, comprometidos com o Estado Democrático de Direito, estarão nas

ruas para a defesa de uma sociedade justa e contra as manipulações midiáticas e jurídicas PÁG. 3

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Contra o golpe e pela democracia: Cerca de 500 mil pessoas participaram do ato contra o impeachment, dia 18 deste mês, na Avenida Paulista

Formação: O líder do MST, João Pedro Stédile, abordará na sede do SMetal, no dia 1º de abril, a conjuntura política e social, para promover reflexão sobre a importância de um projeto para a sociedade brasileira.

Lançamento: A obra “O Sonho de Lara”, do Banco de Alimentos de Sorocaba, é voltada para o público infantil, tem o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) e foi editada pela Loja de Ideias.

Palestra de João Pedro Stédile na sexta-feira aborda política e reforma agrária

Livro infantil 'O Sonho de Lara' será lançado nestaquarta-feira no SMetal

Page 2: Folha Metalurgica nº 827

Os servidores públicos munici-pais puseram fim à greve, iniciada no dia 23, na tarde dessa segunda--feira, dia 28, após a aprovação de reajuste salarial de 8%, parcelado em três vezes.

Em vídeo divulgado na página do Sindicato dos Servidores (SS-PMS) no Facebook, o presiden-te da entidade, Salatiel Hergesel, afirma que o reajuste não foi o es-perado, mas que a categoria mos-trou união e deu uma lição de cida-dania com o movimento grevista.

A proposta inicial da Prefeitu-

ra era de 3,5%. O SSPMS reivin-dicou a reposição da inflação de 10,6% pertinente ao período de data-base.

Além do reajuste - que será pago 3% retroativo a janeiro, com pagamento previsto entre os dias 10 e 15 de abril; 3% em agosto e 2% em outubro – também ficou acordado que não haverá desconto dos dias parados dos funcionários que participaram da greve. Os dias de paralisação serão repostos de forma branda, com o acompanha-mento do jurídico do Sindicato.

A Move On idiomas, parceira do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) há 12 anos, está com matrículas abertas para o Curso de Inglês para turmas de iniciantes.

A mensalidade para sócios e dependentes é de R$ 70 e não só-cios pagam R$ 100. A taxa de ma-trícula é de R$ 10. As vagas são limitadas.

O curso tem início assim que as vagas forem preenchidas.

Os horários são os seguintes: Turma 1 (de segunda-feira, das 19h às 21h), Turma 2 (aos sába-dos, das 13h às 15h), Turma 3 (durante a semana, das 10h às 12h, destinada aos filhos dos me-talúrgicos ou aos trabalhadores do segundo turno).

Mais informações pelos telefo-nes: (15) 3013-8252 , 98809-0416 ou 99724-5757 (WhatsApp).

O e-mail para contato é o [email protected]

Página 2 Folha Metalúrgica - Março de 2016 - Ed. 827

Perguntas da classe trabalhadoraNo momento atual de luta de classes acirrada

vale fazer uma releitura dos poemas de Bertold Brecht (1898-1956), dramaturgo alemão que, além de escrever poemas e peças de teatro, man-teve toda uma militância artística para denunciar o estrangulamento das relações humanas pelo sis-tema capitalista.

Uma ode a Brecht, no sentido de homenagem, faz-se necessária em tempos de fortes manipula-ções midiáticas e jurídicas, pelas quais vêm à tona um projeto elitista de sociedade, mas mascarada por discursos de juristas e políticos transformados em “salvadores da pátria”.

Mais do que nunca é preciso discernimento para ouvir, ler e desconfiar. Os grandes meios de comunicação estão totalmente atrelados ao pro-jeto do impeachment, que visa tirar Dilma e Lula do caminho e, assim, pôr fim imediato à Opera-ção Lava-Jato.

Recentemente veio à tona uma lista com mais de 200 nomes de políticos que a emprei-teira Odebrecht tinha sob mira para pagamen-to de propina. A lista foi censurada pelo juiz curitibano Sérgio Moro porque contém nomes como Aécio, Serra (PSDB) e outros do ninho conservador/elitista. Não consta Dilma na lista, mas querem o impeachment. Mesmo sem argu-

a FIESP distribui filé mignon aos manifestantes pró-impeachment? Como no poema de Bertold Brecht “Perguntas de um trabalhador que lê”, que continua atual, é preciso questionar. O poema cita que nos livros quem construiu Tebas foram os reis, mas foram os reis que carregaram as pedras?

Atualizando para o contexto de hoje, pergun-tamos: Aécio, Eduardo Cunha, Paulo Skaf, levan-tam a bandeira do “fora corrupção”, mas eles são os exemplos? Será que por trás do Pato da FIESP não estão interesses gananciosos como o de pre-carizar o trabalho e desregulamentar as leis da CLT para se aumentar os lucros dos industriais?

Por que eles também não cobram investiga-ção e punição para todos da lista da Odebrecht? A empresa laranja da empreiteira é a Leroyz de Caxias, que na campanha política de 2010 finan-ciou R$ 8,5 milhões ao PMDB e R$ 4,5 milhões ao PSDB. No todo, os pagamentos feitos pela Odebrecht atingiram 16 partidos, 47 políticos, como Cunha (PMDB) e Alckmin (PSDB), em 16 estados.

Mas por que a Globo esconde isso de você? Por que o Moro esconde isso de você, por meio de censura à lista? São perguntas de trabalhado-res comprometidos com o Estado Democrático de Direito.

editorial

Por que eles não cobram

investigação e punição para

todos da lista da Odebrecht?

Servidores encerram greve após reajuste salarial de 8%

Curso de inglês está com inscrições abertas

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Luta: Milhares de servidores públicos fizeram história ao se unirem na greve para conquistar acordo

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formação

Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de Andrade

Redação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda Ikedo Daniela Gaspari

Fotografia: José Gonçalves Filho (Foguinho)

Projeto Gráfico e Editoração: Lucas Delgado Cássio de Abreu Freire

Auxiliar de Redação: Gabrielli Duarte Vagner Santos

ComunicaçãoSMetal

Folha Metalúrgica, Portal SMetal, Revista Ponto de Fusão,

redes sociais, comunicação visual e assessoria de imprensa

Sindicato do Metalúrgicos de Sorocaba e RegiãoRua Júlio Hanser, 140 - Sorocaba SP - www.smetal.org.br

Diretoria Executiva SMetal

Presidente: Ademilson Terto da Silva

Vice Presidente: Tiago Almeida do Nascimento

Secretário Geral: Leandro Cândido Soares

Administrativo e de Finanças: Alex Sandro Fogaça

Secretário de Organização: João de Moraes Farani

Diretor Executivo: Joel Américo de Oliveira

Diretor Executivo: Silvio Luiz Ferreira da Silva

Sede Sorocaba: Tel. (15) 3334-5400

Sede Iperó: Tel. (15) 3266-1888

Sede Araçariguama: Tel. (11) 4136-3840

Sede Piedade: Tel. (15) 3344-2362

Folha Metalúrgica Impressão: Bangraf Publicação: Semanal Tiragem: 30 mil exemplares

mentos, sem base legal, sem provas.O Jornal Nacional, que dedica grande parte de

seu noticiário para acusar e propagandear dela-ções premiadas que apontam para nomes do PT, se calou na noite da divulgação da lista. O apre-sentador Bonner fez o papel ridículo de tentar ex-plicar os motivos de não mencionar os principais nomes dos envolvidos com a Odebrecht.

A que projeto a Globo está atrelada? Por que

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Página 3Folha Metalúrgica - Março 2016 - Ed. 827

Movimentos voltam às ruas nesta quinta contra o golpe

pela democracia

Contexto histórico: Neste dia 31 será diferente do dia 31 de março de 1964: não haverá golpe!

Atos em São Paulo reforçam lutaOutras mobilizações em defesa da democracia e

contra o golpe ocorreram na última semana. Na quar-ta-feira, dia 23, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve reunido com mais de mil sindicalistas de diversas centrais sindicais, em São Paulo.

Durante o ato, Lula falou sobre a importância de impedir o retrocesso e lembrou que a elite conserva-dora do país sempre teve dificuldade de conviver com governantes de outras origens sociais, ou cujos gover-nos não dessem prioridade aos mais ricos.

Para o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, o golpe é contra a classe trabalhadora. “Os mesmos que querem o golpe são os que querem acabar com a CLT, criando a terceirização indiscriminada. Os mes-mos que acham que peão que pensa com a cabeça do patrão é piolho. E nosso interesse é que o Brasil saia da crise, sem perda de direitos”, afirmou.

Protesto na Rede GloboJá na quinta-feira, dia 24, cerca de 30 mil pessoas

saíram às ruas para denunciar o golpe e marchar do Largo da Batata até a sede da TV Globo, na zona sul de São Paulo.

Com o tema “a saída é pela es-querda”, o ato foi organizado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne mais de 30 organi-zações, entre elas a CUT e a Frente Brasil Popular.

“A Rede Globo está nesse golpe, junto com outras empresas de co-municação, como esteve em 64. [Naquela época] o jornalista e em-presário Roberto Marinho, dono da Globo, estava na mesa que definiu a data do golpe”, lembrou Janeslei Aparecida Albuquer-que, secretária de Mobilização e Relação com Movi-mentos Sociais da CUT Nacional.

Militantes sindicais, sociais e estudantes, que inte-gram o Comitê de Resistência Democrática de Soro-caba e região, participam nesta quinta-feira, dia 31, na Praça da Sé, em São Paulo, de novo ato em defesa da democracia e contra o golpe.

A atividade faz parte da jornada de lutas promovida em todo o país pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo que, além de defender a democracia, é contra o ajuste fiscal e reforma da previdência e a favor de uma outra política econômica no país.

Na capital paulista, o ato contará com apresenta-ções culturais e terá início a partir das 16h, na Praça da Sé, na região central.

O Comitê sorocabano está disponibilizando cerca de 10 ônibus aos interessados. A concentração aconte-ce às 13h, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal).

O presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva, que também é coordenador da Subsede Regional da CUT em Sorocaba e membro do Comitê de Resistên-

cia, explica que o ato não é em defesa do governo da presidenta Dilma Rousseff, e sim contra o golpe que vem sendo instalado pela direta brasileira, com apoio da grande imprensa.

“A gente sabe o que significa um golpe, é tentar calar os movimentos sociais, sindicais e estudantis e retomar o Estado mínimo, no qual o Estado não tem compromisso nenhum com a população”, afirma.

O Comitê é composto por mais de 50 entidades do movimento sindical, social e estudantil de Sorocaba e região.

Ato na PaulistaAos gritos de “Não vai ter golpe” e “Fora Cunha”,

foi realizado dia 18 de março um grande ato na Ave-nida Paulista, que reuniu cerca de 500 mil pessoas a favor da democracia e dos direitos sociais. A manifes-tação, também organizada pela Frente Brasil Popular, contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Projeto deColeta Seletiva

O pato da FIESP

Preenchimentode IR no SMetal

A Coreso (Cooperativa de Trabalho de Catadores e Catadoras de Materiais de Recicláveis de Sorocaba) foi uma das oito cooperativas brasileiras pré-selecionadas para participar da última etapa do projeto “Excelência Ambev Recicla 2016”, que tem por objetivo fomentar empreendimentos sociais e melhorá-los. As três finalistas firmarão parceria de dois anos com o projeto, sendo um ano de assessoria técnica, mais investimento em equipamentos. O resultado deve ser anunciado até 15 de maio.

A Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos (FEM) da CUT/SP externa a sua opinião a respeito da postura da FIESP, nessa onda de golpismo que agita atualmente o nosso País. Em documento divulgado nesta semana, a FIESP, representante da elite burguesa e empresarial paulista e paulistana, lembra que os aliados políticos da FIESP são da qualidade do Eduardo Cunha, a quem a FIESP “beijou-lhe as mãos” para colocar em pauta com urgência o PL 4330, ou seja, o projeto da terceirização. O documento mostra o que está por trás do Pato da FIESP. Leia o texto completo no portal www.smetal.org.br

Estão disponíveis nas sedes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Araçariguama o serviço de preenchimento de Imposto de Renda 2016. O atendimento vai até dia 26 de abril e tem custo de R$ 20 para sócios e dependentes do SMetal e R$ 50 para não sindicalizados. Os interessados devem ficar atentos aos documentos necessários para o preenchimentos do IR. Veja a documentação completaem www.smetal.org.br

notas

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Página 4 Folha Metalúrgica - Março 2016 - Ed. 827

João Pedro Stédile fazpalestra no SMetal

formação

Mesmo com a agenda disputada, o economis-ta e fundador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, estará em Sorocaba nesta sexta-feira, dia 1º de abril, para realizar palestra sobre o contexto po-lítico e social, assim como a luta pela terra, por trabalho e pelo meio ambiente.

O evento acontece no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMe-tal), a partir das 19h, com entrada gratuita e aber-ta ao público em geral.

Em fevereiro, Stédile concedeu entrevista à

imprensa do SMetal, que será publicada na 5ª edição da Revista Ponto de Fusão, e na ocasião ele aceitou o convite para a atividade, na sede do SMetal Sorocaba. João Pedro é gaúcho e há 32 anos iniciou a luta pela reforma agrária no Brasil, que tem a maior concentração de terras improdutivas do mundo.

Em sua palestra, o líder do MST analisará o momento político pelo qual passa a sociedade brasileira, abordará a natureza da crise instalada no Brasil e apontará os principais desafi os e en-frentamentos dos setores progressistas.

Com 32 páginas, a obra infantil “O Sonho de Lara”, de João Aparecido Almeida do Nascimento, será lançada nesta quarta-feira, dia 30, a partir das 18h30, no auditório do SMetal.

A entrada é gratuita e aberta ao público em geral. O livro conta a história da menina Lara, que não se alimentava adequadamente, apesar dos esforços dos pais, até que um sonho mudou totalmente seu com-portamento à mesa.

Dilema sofrido por muitos pais que querem ver suas crianças comerem alimentos saudáveis, o livro destaca a importância das frutas, verduras e legu-mes, como fonte de saúde e bem-estar.

O autor é graduado em Pedagogia pela Universi-dade Federal de São Carlos (UFSCar) e já publicou outros livros, mas este é o primeiro voltado às crian-ças. A obra conta com ilustrações de Daine Cristina Teles de Medeiros, Isabele Scudelér Ferreira e Ga-briella Chambre Esperati Fernandes.

“A minha expectativa em relação a essa obra é de que seja bem aceita pelas crianças, principalmente, para que possam tirar dela alguma mensagem posi-tiva sobre a importância de uma alimentação ade-quada, além de trazer diversão para elas, pois a lite-ratura tem um papel relevante no desenvolvimento da criança”, destaca o autor.

No evento, “O Sonho de Lara” será distribuído gra-tuitamente e depois, os exemplares serão entregues em atividades do Banco de Alimentos de Sorocaba.

O livro é uma realização do 'Banco', com apoio do SMetal e foi editado pela Loja das Ideias.

LANÇAMENTO DO LIVRO

AGENDA• Palestra com João Pedro Stédile, fundador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Dia 1º de abril, a partir das 19h, no auditório do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal), Rua Julio Hanser, 140, Lageado, próximo à rodoviária.

O fundador do MST fez balanço crítico do momento político e divulgou as perspectivas para o próximo período na Carta de Caruaru, divulgada em fevereiro. Ela está disponível no site www.mst.org.br

“O Sonho de Lara” aborda nutrição infantil

MST

Lançamento: “O Sonho de Lara”, de João Aparecido, é editado pela Loja de Ideias

Os direitos autorais do livro, tanto do texto quanto das ilustrações, foram cedidos gratuitamente ao Banco de

Alimentos de Sorocaba (BAS)

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Conheça o projeto daFIESP para o Brasil

A FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), liderada pelo empresário e político Paulo Skaf (PMDB), tem uma proposta muito clara para o trabalhador brasileiro:

Esses são alguns projetos que recebem o direcionamento e o apoio irrestrito de políticos ligados à bancada empresarial,

que pressiona o governo federal para aprovar o retrocesso nos direitos trabalhistas e humanos conquistados duramente por

meio dos movimentos sociais e sindicais brasileiros.

Suplemento Especial da

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Regulamentação da terceirização sem limite permitindo a precarização das relações de trabalho (PLC 30/2015 - Senado, PL 4302/998 - Câmara e PLS 87/2010 - Senado);

Instituição do acordoextrajudicial de trabalho permitindo a negociação direta entre empregado e empregador (PL 427/2015 - Câmara);

Impedimento do empregado demitidode reclamar na Justiça do Trabalho(PL 948/2011 - Câmara e PL7549/2014 - Câmara);

Suspensão de contrato de trabalho(PL 1875/2015 - Câmara);

Livre estimulação das relaçõestrabalhistas entre trabalhador eempregador sem a participação do sindicato (PL 8294/2014 - Câmara);

Extinção da contribuição social devida pelos empregadores ao governo federal referente ao FGTS (PLP 51/ 2007- Câmara e PLS 550/2015 - Senado);

Deslocamento do empregadoaté o local de trabalho e o seu retornonão integra a jornada de trabalho(PL 2409/2011 - Câmara);

Extinção do abono de permanência para oservidor público (PEC 139/2015 - Câmara).

Page 6: Folha Metalurgica nº 827

Eles financiam campanhas políticas

A FARSA DO DISCURSO DA FIESP

Skaf recebeu milhões em doações de empresas investigadas pela Lava Jato

Paulo Skaf, presidente da FIESP, também patrocina campanhas políticas como a do deputado federal Herculano Passos (PSD), que na Câmara dos Deputados deu seu voto a favor da ampliação da terceirização do trabalho e também pelo fim dos rótulos que informam se o alimento é transgênico.

O financiamento empresarial de campanha política é um investimento que o empresário ou empresa faz no político que pode alterar rumos da sociedade. Só que esse político não está representando o povo e sim uma parcela muito pequena de uma elite empresarial que visa apenas o aumento de lucros.

Só para lembrar os deputados federais Vitor Lippi (PSDB) e Jefferson Campos (PSD) também votaram a favor da terceirização e do fim dos rótulos dos transgênicos. Projetos que só beneficiam as indústrias e prejudicam diretamente a população.

Pelo site da Câmara dos Deputados, dá para acompanhar os votos de cada deputado nos projetos que tramitam.Acesse: www.camara.leg.br

Os representantes da FIESP estão sempre na mídia, nos canais televisivos e nos jornais de grande circulação como porta-vozes da mudança, como os grandes ícones contra a corrupção. Em seus dis-cursos proclamam o desejo ardente de alavancar a economia, só que não é verdade. O que está em jogo e por trás desses discursos são jus-tamente os projetos que eles de-fendem e que não recebem espaço nos noticiários.

São pautas conservadoras, ver-dadeiras bombas para todos que recebem e dependem de salários.

Quando dizem que querem ala-vancar a economia pode traduzir para “aumentar os lucros e os investimentos do capital da minha indústria”.

Eles geram empregos sim, por-que sem a mão-de-obra assalariada não conseguem produzir e faturar. Mas, o papel dos movimentos sindi-cais é o de cobrar um meio ambiente de trabalho digno, para que os traba-lhadores não adoeçam, não percam seus membros nas máquinas, não sejam tratados como uma simples engrenagem. Esse tempo já passou e não podemos retroceder à barbárie!

Só pra complementar: o site do Uol, em 12 de setembro de 2014, mos-trou que “a campanha do candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Paulo Skaf, recebeu doa-ções no valor de R$ 2,5 milhões de duas empresas investigadas por suspeita de participação em esque-ma de corrupção”.

“A construtora OAS S/A ofereceu R$ 1,5 mi-lhão, e a Queiroz Galvão R$ 1 milhão. As duas são investigadas pela Opera-ção Lava Jato da PF (Polícia Federal) e do MPF (Minis-tério Público Federal) por suspeita de superfaturar obras contratadas pela Pe-trobras e por pagar propi-nas a políticos”.

Fique ligado e desconfie do ponto de vista mostrado

pelos meios de comunicação e

dessas pessoas que são consideradas

como “heróis” nas capas das revistas.

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A coerência histórica da FIESP

CNI e FIESP falam a mesma língua pela retirada de direitos

“Eram 18h30 daquela segunda-feira, 19 de abril de 1971, quando Geraldo Resende de Mattos, o “Dr. Geraldo” da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, avançou pelo corredor central do Depar-tamento de Ordem Política e Social (Dops). No prédio ícone da arquitetura ferroviária paulistana funcionava uma falange policial do mecanismo de repressão políti-ca operado pelo 2º Exército. O tratamento de “doutor” na delegacia era reverência policial à organização dos industriais. Os livros do Dops, há pouco revelados pelo

Arquivo Público, indicam que a conexão entre o em-presariado paulista e a polícia política do regime militar foi muito mais extensa do que até então se presumia. Mattos frequentava os andares do Dops, onde funcio-navam as seções de Política e de Informações, três a quatro vezes por semana no final do expediente. Essa foi sua rotina durante sete anos, de 1971 a 1978. Às vezes, passava mais tempo lá do que na FIESP” (Em “O Elo da FIESP com os porões da ditadura”, jornal O Globo, de 9 de março de 2013).

Em 2012, publicamos no portal www.smetal.org.br re-portagem da Rede Brasil Atual sobre a proposta de “moder-nização trabalhista” da Confe-deração Nacional da Indústria (CNI). Ela inclui a flexibilização do trabalho escravo e chama os direitos trabalhistas de “irracio-nalidades”.

A FIESP está sob o guarda-

-chuva da CNI. O pensamento de ambas é o de deixar as em-presas mais “competitivas”. Isso representa prejuízos à saúde do trabalhador, pois inclui redução de investimentos no meio am-biente de trabalho e exploração da mão-de-obra ao máximo – sem a proteção da CLT (Con-solidação das Leis Trabalhistas), por exemplo.

Basta conferir que entre os itens da proposta de “mo-dernização” da CNI/ FIESP – facilmente encontrada na in-ternet – está a desregula-mentação das leis que garan-tem descanso aos domingos, licença-maternidade, jornadas de trabalho estipuladas por lei, entre outros.

Para os empresários alia-

dos ao industrial (sem indústria) Paulo Skaf (PMDB), as conven-ções coletivas devem passar por cima da CLT. Eles querem isso para poder diminuir ano a ano os direitos trabalhistas, au-mentando os lucros.

Esse projeto vem com o discurso de fazer “avançar o Brasil”, mas avançar para quem?

FIESP apoiou o golpe civil-militar e financiou torturas no BrasilEm 1964, quando o gol-

pe de estado foi dado e se iniciou o ciclo dos generais no poder, com perseguição política, censura total aos movimentos de base, segui-dos de sequestros, torturas e assassinatos cometidos con-tra estudantes, professores e militantes de movimentos sociais e sindicais - com o aval dos governos da época - a FIESP deu seu total apoio e financiou esse aparato de repressão.

Nessa época, se proibia as associações sindicais, de bairro, estudantis e qualquer passeata ou manifestação contra a política. As viola-ções contra os Direitos Hu-manos eram recorrentes e patrocinadas na época. E os documentos provam:

JORNAL O GLOBO, DE 9 DE MARÇO DE 2013

Pág. 3 - Março 2016

Page 8: Folha Metalurgica nº 827

É preciso combatera corrupção!

De que lado,então, está a FIESP?

Protestar é importante

Por que ao invés de lutar tanto para reduzir os direitos trabalhistas a FIESP não investe em campanha de combate à sonegação de impostos para se promover mais políticas públicas essenciais como saúde, segurança, educação e in-fraestrutura?

O sonegômetro do Sindicato Nacional dos Procurado-res da Fazenda Nacional (Sinprofaz), até o dia 23 de março de 2016, apontava que R$ 117 bilhões e 335 milhões não foram recolhidos aos cofres públicos do país - o que daria para construir 8 milhões de salas de aulas equipadas ou ainda mais de 1 milhão de ambulâncias equipadas.

Isso é a média de quanto o Brasil está perdendo com a sonegação de impostos, só no período de 1/1/2016 a 23/3/2016.

Sonegar imposto é crime e por ano o valor total passa de R$ 500 bilhões. Com esse valor daria para fechar todas as contas do Brasil no azul. É triste e ainda, boa parte desse valor passa por mecanismos de lavagem de dinheiro.

Os dados econômicos, sociais e históricos não negam que a FIESP tem sim um projeto para a socie-dade brasileira, mas não inclui melhoria na qualidade de vida dos cidadãos (a não ser daqueles que estão no topo da pirâmide dos endinheirados).

A FIESP é parceira de outros grandes empresá-rios, como a família Marinho, da Globo, que têm concessão pública e que é a favor do impeachment.

Para você ter noção, a FIESP distribui até fi lé mig-non para os manifestantes pró-impeachment. Sim, fi lé mignon! Isso aconteceu na avenida Paulista, na própria sede da instituição. Deu no Valor Econômico no dia 17 de março. Assumiram-se como “a casa do impeachment da Dilma”.

Combater a corrupção e reivindicar um governo melhor são atitudes nobres e mere-cem respeito. É preciso um país justo e sobe-rano. É isso que move a Frente Brasil Popular, composta por dezenas de entidades, de mo-vimentos sociais e sindicais.

O que não se pode confundir é o jogo de interesses que move o movimento pró-impe-achment liderado por personalidades como

Paulo Skaf e instituições como a FIESP, que ele encabeça.

Uma saída para toda essa crise e uma forma de acabar com os principais problemas polí-ticos do Brasil é fazer a reforma política e a reforma dos meios de comunicação. Isso pro-vocaria uma mudança fundamental para que a população seja realmente bem representada pelos políticos em suas instâncias de poder.

Março 2016 - Pág. 4

"O projeto da FIESP é o de precarizar o trabalho e

aumentar o lucro das elites"

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