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celebrar na música a amizade secular luso-chinesaPorto interiorcelebrar na música a amizade secular luso-chinesaPorto interiorIniciativa cultural lançada em 2006 pela Fundação Jorge Álvares, o Porto Interior tem vindo a apresentar-se em diversas
instituições e salas de espectáculo do nosso país, celebrando a secular amizade entre o povo português e o chinês e divulgando
este extraordinário e interessante encontro de instrumentos musicais – a flauta de bambu e a pi´pa – e de instrumentistas –
Rão Kyao e Yanan.
Após a sua estreia no dia 5 de Agosto de 2006, num concerto realizado no cenário imponente dos claustros do Palácio Nacional
de Mafra (Convento), seguiram-se no mesmo ano um concerto nos jardins e lago da Casa de Bonjóia, no Porto. Em 2007, o Porto
Interior actuou em Braga, no âmbito das comemorações dos 40.º aniversário da Universidade Católica Portuguesa, na
Universidade de Évora e no Centro Cultural de Belém, sala de referência de Lisboa, onde o auditório se encheu de um público
atento, interessado e conhecedor que não poupou elogios ao espectáculo.
Já no início de 2008, após um ciclo de concertos realizados em Fevereiro na cidade do Porto, entre outros locais no Salão Nobre
da Câmara Municipal, o Diário de Notícias, a propósito desta iniciativa e com o integral patrocínio da FJA, ofereceu aos seus
leitores o primeiro cd do Porto Interior.
Três perguntas a Rão Kyao eYanan a propósito do Porto Interior1_ O que considera mais importante no projecto do “Porto
Interior”? Qual a razão principal que o (a) levou a aderir a
esta iniciativa da Fundação Jorge Álvares?
Rão Kyao_ Considero como a razão mais importante o facto
de poder tocar música livremente na companhia de uma amiga
e excelente executante instrumental. Para além de, nesta
formação, poder continuar a concretização de um sonho que
é o de apresentar alternativas para a nossa música portuguesa
com ênfase especial na nossa relação secular com a China.
Penso também que a minha razão de aqui estar se deve ao
facto de este grupo ser a continuação de várias tentativas
feitas por mim, em disco (Macau o amanhecer, Junção) e em
vários espectáculos com músicos do extremo oriente.
Yanan_ Neste projecto o mais importante é a ligação
intercultural das distintas sonoridades e das musicalidades
portuguesa e chinesa, os nossos instrumentos são muito antigos
e fazem-nos sempre lembrar o tempo em que os nossos avós
se encontraram. No nosso reportório existem temas milenares
que no passado se produziam em todo o sul da China, alguns
dos quais por certo foram escutados e sentidos por Camões.
A razão de eu estar no projecto Porto Interior devo-o à sorte
que tive de, após a minha chegada a Portugal, ter efectuado
um pequeno recital em casa do saudoso Maestro Filipe de
Sousa para alguns dos seus convidados e amigos, pessoas
que eu facilmente concluí serem todas grandemente
importantes, entre as quais se encontrava o Senhor General
Rocha Vieira que, como todos sabem foi o último Governador
Português de Macau. Foi ele quem no final desse encontro,
com elevado entusiasmo logo apressou e promoveu o meu
primeiro achego musical com o Rão Kyao, tendo-nos agregado
com as nossas sonoridades. O Senhor General animou-nos e
estimulou-nos muito, para que com a nossa forma musical
continuássemos a demonstrar um passado tão inimitável e
encantador como foi o dos nossos dois povos.
Conquanto já debilitado o Maestro Filipe de Sousa cedeu o seu
magnífico espaço para aí esboçarmos e então iniciarmos um
desígnio musical. Revelado que foi esse intuito às distintas
pessoas que constituem a Fundação Jorge Álvares, esta
instituição desde logo decidiu patrocinar e fazer principiar o
programa do Porto Interior.
2_ Como classificaria musicalmente esta experiência?
Rão Kyao_ Esta experiência põe em contacto dois músicos
que exploram as sonoridades das suas músicas tradicionais,
que simultaneamente tentam manifestar através do som
ligações entre os dois povos (Português e Chinês) que no
território de Macau tão amplamente estão exemplificados.
Yanan_ O Porto Interior colige uma excelente experiência
musical, o Rão Kyao como todos sabem é um magnífico músico.
O Cancioneiro Português é variadamente riquíssimo. Os meus
instrumentos tão antigos, tão singulares e admiráveis
propiciam as mais diversificadas ligações e uniões musicais,
eu própria cada vez mais me predisponho receptiva a outros
estímulos e a novas experiências. Com as flautas do Rão a
Pi’pa e o Guzheng convivem em expressiva e perfeita harmonia.
Tenho a convicção de que se este projecto continuar tutelado,
protegido e acarinhado como até aqui, vai por certo gerar e
produzir um surpreendente início de musicalidades Luso
Chinesas neste tempo que se diz de globalização. Para além
disso, será sempre prosseguir a inigualável graça e
cordialidade da afeição que uniu os nossos dois povos.
3_ Como encara o êxito que têm alcançado e como vê este
encontro de instrumentos no futuro?
Rão Kyao_ Estamos ambos evidentemente muito gratos pela
reacção maravilhosa do público e sentimos um crescente
desejo de alargar as possibilidades de aumentar o número de
locais onde possamos apresentar a nossa música e nesse
aspecto contamos com a preciosa colaboração da Fundação
Jorge Álvares com a qual somos um só nesta aventura musical
que é o Porto Interior.
Yanan_ Apesar da sempre animada recepção e da aceitação
primorosa e aquecida que o Porto Interior tem colhido junto
do deslumbrante público Português que muito prezo, considero
ainda não ter atingido o êxito desejável, porquanto o Porto
Interior continua a necessitar de mais realizações, e sobretudo
do arrimo dos meios de comunicação, para assim chegar à
maioria dos Portugueses, essa é uma condição indispensável
para alicerçar e conferir a base de sustentação que nos
permitirá ampliar e expandir este encontro instrumental para
um futuro de promissoras sonoridades.
Porto Interior em Mafra, em Agosto
No dia 6 de Agosto, quarta-feira, integrado no Verão Cultural do município, o Porto Interior dará mais umconcerto, desta vez na imponente sala da Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra (Convento). É às 22H00e a entrada é gratuita.
No âmbito da realização em Lisboa, no Centro Cultural de
Belém, da XVI edição do Concurso Internacional de Música
Vianna da Motta e das comemorações do seu 50.º aniversário,
a FJA associou-se a esta iniciativa, realizada por várias vezes
em Macau durante a administração portuguesa do território,
e apoiou a deslocação a Portugal do pianista da República
Popular da China Tao Chang, laureado em 1997 neste prestigiado
concurso internacional.
Fundado pelo pianista e pedagogo Sequeira Costa, seu
Presidente, o Concurso Vianna da Motta disputou-se pela
primeira vez em 1957, tendo a presente edição contado com 48
pianistas de 28 nacionalidades, originários maioritariamente
do Japão, Coreia do Sul e Rússia.
Esta edição do Concurso Vianna da Motta contou ainda com a
atribuição, pelo Estado português, de uma Medalha de Mérito
Artístico a Tao Chang, o pianista da República Popular da China
apoiado pela Fundação, bem como a outros dois antigos
laureados do Concurso - Viktoria Postnikova e Artur Pizarro.
Incluído no Verão Cultural da Câmara Municipal de Mafra, teve
lugar na Sala de Diana do Palácio Nacional de Mafra (Convento),
um concerto de homenagem ao maestro Filipe de Sousa,
benemérito e membro do Conselho Consultivo da Fundação,
falecido em 2006.
O concerto, realizado no concelho onde o maestro viveu os
últimos anos da sua vida, contou com a participação da soprano
Teresa Gardner e do pianista José Brandão.
Foram interpretadas canções da autoria do maestro com letras
de grandes nomes da poesia nacional e internacional, tais como
Fernando Pessoa, Rainer Maria Rilke, Garcia Lorca, Sebastião
da Gama, Camilo Pessanha, Paul Eluard e Langston Hughes.
No numeroso público que aplaudiu esta iniciativa incluíram-
-se, para além de membros dos órgãos sociais da Fundação,
autoridades municipais locais e ainda o então Secretário de
Estado da Cultura, Dr. Mário Vieira de Carvalho, e o Presidente
da Fundação Calouste Gulbenkian, Dr. Rui Vilar.
Teresa Gardner nasceu em Lisboa e iniciou os seus estudos de
canto na Escola Superior de Música de Lisboa onde estudou
com Joana Silva, Luís Madureira, João Paulo Santos, Fernando
Eldoro e Olga Pratts entre outros. Bolseira do Centro Nacional
de Cultura, do governo austríaco e da Secretaria de Estado da
Cultura, concluiu, em Junho de 1998, o Mestrado em Ópera na
Escola Superior de Música e Arte Dramática de Viena de Áustria.
Teresa Gardner apresentou-se nos últimos anos em várias
C U L T U R A _ M ú s i c a / C o n c e r t o s
salas de concerto da Europa, Líbano, China, Japão e Estados
Unidos da América interpretando vários papéis de relevo, entre
outros, a Mimi da “Bohéme” e a Rosina do “Barbeiro de Sevilha”.
José Brandão é natural do Porto, fez os seus estudos de piano
sob a orientação de Helena Sá e Costa. É diplomado pelo
Conservatório de Música do Porto (1986) e licenciado em Ciências
Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. Realizou o curso
de pós-graduação em Acompanhamento ao piano na GuildhallSchool of Musica and Drama onde estudou com Graham Johnson
e onde obteve os prémios para melhor pianista acompanhador
nos concursos John Ireland´95 e Schubert Lieder´96. Ensina na
Escola de Música do Conservatório Nacional e na Academia
Nacional Superior de Orquestra.
Concerto de homenagem ao
compositor e maestro Filipe de Sousa
Concurso Internacional de
Piano Vianna da Motta
Organizado pelo Instituto
Confúcio da Universidade do
Minho, após uma primeira
audição em Braga, o concerto
de música chinesa erudita
que se realizou em Outubro
de 2007 no Centro Científi-
co e Cultural de Macau em
Lisboa, com o apoio da FJA,
constituiu uma combinação
estética chinesa de poesia,
música (instrumento erudito
chinês Qin), canto, caligrafia
e pintura e, ainda, a arte cor-
poral Taijiquan.
O recital permitiu ao público
de Lisboa interessado apre-
ciar os sons da poesia chinesa
acompanhada por instrumen-
tos antigos e interpretada simultânea e visualmente com pincel
e tinta-da-china sobre papel de arroz.
Participaram no recital dois conceituados professores do
Conservatório de Música de Tianjin, Wang Jianxin e Li Fengyun,
um professor de pintura tradicional chinesa da Universidade
de Nankai, Zhao Jun, uma docente da disciplina Poesia Clássica
Chinesa da Licenciatura em Línguas e Culturas Orientais do
Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do
Minho, Sun Lam, a vocalista Bárbara Passos e a praticante
medalhada de Taijiquan, Wang Yizhen.
Concerto de Música chinesaerudita em Lisboa
“Faces da China” de José Manuel Duarte de Jesus
O n.º 3 da Colecção Jorge Álvares - “Faces da
China”, do Embaixador José Manuel Duarte de
Jesus - integra um interessante e variado conjunto
de ensaios, textos de conferências, artigos e
comunicações em seminários ou simpósios
efectuados sobre a China, alguns resultando de
reflexões sobre aspectos culturais, outros sobre
uma visão histórica e política, e outros ainda sobre
as relações com Portugal, numa perspectiva
histórica em que Macau não pode deixar de estar
presente.
Na apresentação da edição é referido que “A China
da subtileza cultural e milenária surgiu na cena
internacional moderna em Bandung, e afirma-se
hoje como potência económica e politica regional.
É um actor incontornável do mundo moderno,
liderando uma nova Ásia. Os Estados Unidos e a
Europa devem rever a sua posição face a esta nova
potência e Portugal deve analisar atentamente as
possibilidades de utilizar Macau como porta de
entrada para a Ásia, evitando os equívocos que, no
passado, marcaram as relações entre estes dois
países e potenciando um legado histórico de
singular convivência e o exemplo notável da recente
transição amigável da administração daquele
território.”
Sobre o livro, o Prof. Doutor Heitor Romana,
apresentador da obra na Sociedade de Geografia
de Lisboa, referiu que as «”Faces da China” não
dão tréguas ao seu leitor, nem facilitam leituras
aporísticas, conduzindo-nos, antes, a um fascinante
percurso de interpretação da matriz histórico-
-cultural de “um País sem Passado, com um
Presente Eterno”, constituindo a obra um meio de
estudo imprescindível para todos os que, nos
sectores académico, diplomático e político,
acompanham a temática da China».
José Manuel Duarte de Jesus é diplomata, com
formação histórica e filosófica. Serviu em diversos
países da Europa Ocidental e de Leste, do Maghreb,
da África sub-sahariana, da América e da Ásia,
onde representou Portugal em Pequim. É actual-
mente docente no Instituto Superior de Ciências
Sociais e Políticas da UTL, tendo anteriormente
publicado outras obras, nomeadamente sobre a
Ásia e a China.
“A Mulher na China” de Ana Cristina Alves
“A Mulher na China”, de Ana Cristina Alves, edição
publicada pela Editorial Tágide com o patrocínio,
entre outros, da Fundação Jorge Álvares, é uma
obra que tem por objectivos dar a conhecer a
situação da mulher chinesa ao longo da história
do país, aprofundar os estudos da China em
Portugal e ajudar a contribuir para a criação de
uma área de estudos comparativos e interdiscipli-
nares sobre a Mulher. Trata-se de um trabalho no
âmbito da Filosofia cultural, que chama a atenção
para a importância da área do conhecimento na
manifestação do pensamento e dos valores das
culturas e do seu peso nas mentalidades, onde a
autora reflecte sobre o modo como os intelectuais
chineses viam a Mulher bem como sobre o lugar
que lhe reservaram na sociedade.
Ana Cristina Alves é doutorada em Filosofia. Lê,
escreve e fala mandarim, e tem vários trabalhos
publicados sobre a China. A apresentação da obra
teve lugar no Centro Científico e Cultural de Macau,
em Lisboa, e esteve a cargo da Prof.ª Wang Suoyng,
docente de mandarim, e da Dra. Paula Alves, vice-
-Presidente da Comissão para a Cidadania e
Igualdade de Género.
“Daxiyangguo – Revista Portuguesa de Estudos Asiáticos”
Mantendo-se o patrocínio integral da Fundação
Jorge Álvares a esta iniciativa, foram publicados
os n.ºs 10 e 11 da Revista Daxiyangguo – Revista
Portuguesa de Estudos Asiáticos, fruto da parceria
existente com Instituto do Oriente do Instituto
Superior de Ciências Sociais e Políticas da
Universidade Técnica de Lisboa ao abrigo de um
Protocolo de Cooperação celebrado em 2002 entre
as duas instituições.
Apoio a outras ediçõesPelo interesse de que se revestem, a primeira no
âmbito da divulgação do património cultural comum
entre Portugal e o Oriente e em especial entre
Portugal e a China, e a segunda pelo seu interesse
histórico e documental, a FJA apoiou em 2007,
através da compra de alguns exemplares, duas
edições: “As Alfaias bordadas sino-portuguesas
(sécs. XVI a XVIII)”, da autoria de Maria João
Pacheco Ferreira, da Universidade Lusíada, e
“História do Liceu de Macau”, de João Oliveira
Botas, que contituiu um trabalho de investigação
sobre aquela instituição de ensino e inclui muitos
documentos e imagens inéditas.
Trata-se neste último caso, nas palavras do seu
autor, da “história de um dos mais antigos e
prestigiados estabelecimentos de ensino oficial
português no extremo oriente e que funcionou
de forma ininterrupta até 1999 desde a sua
abertura formal em 1894… por ali passaram
várias gerações de portugueses e macaenses
actualmente espalhados um pouco por todo o
mundo. Da sua história fazem parte nomes como
Camilo Pessanha, Wenceslau de Morais, Luis
Gonzaga Gomes, Monsenhor Manuel Teixeira,
Gomes da Silva, Henrique Senna Fernandes,
Beatriz Basto da Silva, Jorge Rangel, Lara Reis,
entre outros…”;
A C T I V I D A D E E D I T O R I A L
Em Macau, tendo em consideração o importante e insubstituível
papel que o Instituto Inter-Universitário de Macau tem vindo a
desempenhar, bem como a importância estratégica do respectivo
projecto, a FJA tem mantido desde o ano 2003/2004 o apoio a
esta instituição de ensino superior da RAEM através do patrocínio
anual de “Cátedras” de ensino.
A primeira Cátedra Jorge Álvares leccionada no Instituto Inter-
-Universitário de Macau foi patrocinada no ano lectivo 2003/2004,
teve a duração de três meses e inseriu-se na área da Gestão
de Empresas. Tendo em conta os excelentes resultados obtidos,
no ano lectivo 2004/2005 a FJA patrocinou uma nova Cátedra,
por um período alargado de seis meses, esta dedicada à
Liderança e Desenvolvimento Organizacional.
Face à importância estratégica do projecto que o Instituto
continua a desempenhar na Região Administrativa Especial de
E D U C A Ç Ã O / C O N F E R Ê N C I A S / S E M I N Á R I O S
Macau da República Popular da China, e do seu plano de
desenvolvimento para o futuro, a Cátedra Fundação Jorge
Álvares em Liderança e Desenvolvimento Organizacional tem
vindo desde então a ser renovada anualmente.
Em Portugal, tendo em consideração o excelente resultado dos
cursos de Língua Chinesa e de História, Cultura e Civilização
da China leccionados no ano de 2006/2007, com o apoio da
Fundação Jorge Álvares, no Instituto de Estudos Orientais da
Universidade Católica Portuguesa, foi oportunamente deliberado
renovar no ano lectivo de 2007/2008 o patrocínio de duas
Cátedras Fundação Jorge Álvares – uma de Língua Chinesa e
outra de Cultura e Civilização Chinesas.
Cátedras Fundação Jorge Álvares em Macau e em Portugal,no Instituto Inter-Universitário de Macaue na Universidade Católica Portuguesa
Mais uma vez com o apoio da Fundação Jorge Álvares realizou-se em Lisboa, na Delegação Económica
e Comercial de Macau e no Centro Científico e Cultural de Macau, e em Gaia, o Fórum Internacional
de Sinologia, iniciativa coordenada e dirigida pela sinóloga Prof. Doutora Ana Maria Amaro.
A edição de 2007 do Fórum teve como patrono, pelo seu sentido de justiça e de equidade, o mais
célebre juiz da história da China, Bao Zheng (999-1062), e incluiu, entre outras, as seguintes temáticas:
Migrações Internas na RPC, história do pensamento jurídico na China, o exercício da justiça na
actualidade, a política chinesa actual: determinantes e princípios, as novas orientações da Política
Externa Chinesa, Macau – ontem e hoje, 1987-2007: 20 anos de Declaração Conjunta Luso-Chinesa.
A edição de 2008 do Fórum, perspectivando a realização do Jogos Olímpicos pela primeira vez na
China, foi subordinada à temática geral do Desporto, Jogos e Lazer na China. A sessão inaugural,
em Lisboa, foi presidida pelo Embaixador da República Popular da China em Lisboa, Embaixador
Gao Kexiang e por um representante do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
As comunicações apresentadas nestes seminários são reunidas em volumes cuja publicação, a que
a Fundação Jorge Álvares igualmente se associa, tem constituído um valioso apoio para investi-
gadores e estudiosos dos assuntos chineses.
Fórum Internacional de Sinologia
Tratou-se de um congresso académico que teve lugar em
Macau, em Setembro de 2007, organizado localmente pela
MAPEAL – Associação de Macau para a Promoção de
Intercâmbio entre a Ásia Pacífico e a América Latina.
Face ao interesse e à actualidade da temática, ao carácter
internacional derivado da participação de académicos de todo
o mundo, e à idoneidade e prestígio das entidades organizadoras,
a Fundação Jorge Álvares entendeu por bem acolher positiva-
mente o pedido de apoio transmitido pela organização do evento,
tendo o seu patrocínio sido dirigido especificamente para o
apoio à deslocação e estadia de académicos portugueses.
Sob o título geral “América Latina e Ásia-Pacífico no século
XXI”, o Congresso abordou 10 temas gerais: Macau, Desenvol-
vimento Social e Humano, Economia e Tecnologia, Desenvolvi-
mento Político, Lei e Justiça, Relações Internacionais, Globali-
zação, Cultura, História e Literatura.
XIII Congresso da “Federación Internacional de Estúdios sobreAmérica Latina y el Caribe”
Fundado em 1993, o Centro Português de Fundações é uma pessoa colectiva de direito privado, sem finslucrativos, que tem por objectivo principal a defesa dos interesses das fundações, a promoção e a trocade experiências entre as mesmas e a divulgação do ideal fundacional. O CPF conta com cerca de 112fundações associadas, sendo a sua Direcção presidida actualmente pela Fundação Calouste Gulbenkianna pessoa do seu Presidente do Conselho de Administração, Senhor Dr. Emílio Rui Vilar.
Fundação Jorge Álvares associa-se ao Centro Português de Fundações
O U T R O S A P O I O S
Exposição comemorativa dos
140 anos do nascimento de Camilo PessanhaA Associação Wenceslau de Morais organizou no decurso de 2007 uma série de iniciativas com vista a comemorar os 140 anos
do nascimento do poeta Camilo Pessanha, e a evocar, em vários locais do País e na RAEM, o lugar de relevo que ocupa na literatura
portuguesa não só como poeta, mas também como cidadão, professor e jurista.
A FJA associou-se a esta iniciativa cultural patrocinando a produção de uma colecção de 18 cartazes evocativos da pessoa e da
obra de Camilo Pessanha, os quais constituíram a base de uma série de exposições realizadas em Coimbra, Óbidos, Braga, Porto,
Setúbal, Macau e Lisboa, e serviram de apoio a outro tipo de acções, tais como palestras e conferências, a realizar em Portugal
e no estrangeiro sobre este grande vulto da poesia nacional.
Apoio à
Liga dos Chineses em Portugal – Ano Novo LunarDesde a sua criação que a FJA tem vindo anualmente a apoiar e a colaborar com a Liga dos Chineses em Portugal, sediada no
Porto, dinâmica associação da comunidade chinesa que, agregando outras associações de vocação mais específica, se dedica
prioritariamente aos aspectos sociais.
Trata-se de uma comemoração muito especial que, por ocasião do Ano Novo Lunar Chinês, algumas instituições do norte do País
representativas da grande comunidade chinesa residente naquela região organizam no Casino da Póvoa do Varzim, entre elas a
Liga dos Chineses em Portugal, o ICODEPO – Instituto para a Cooperação e Desenvolvimento Portugal-Oriente, a Associação
Industrial e Comercial dos Chineses de Vila do Conde e o Colégio Chinês.
Apoio à viabilização da Loja do
Museu do Centro Científico e Cultural de MacauTem vindo a ser mantido, no âmbito de um Protocolo assinado para o efeito entre as duas instituições, o apoio anual à Loja do
Museu do Centro Científico e Cultural de Macau, na qual, para além de funcionar a bilheteira do Museu, podem ser encontrados
e adquiridos materiais e artigos alusivos ao Museu, a Macau e ao Oriente em geral, artigos de “merchandising”, edições sobre
Macau, a cultura chinesa ou o Extremo Oriente e, ainda, peças de vestuário e produtos diversos, característicos das civilizações
orientais e da história das relações comerciais luso-chinesas.
Protocolo de Cooperação com a Câmara Municipal de Mafra
A Fundação Jorge Álvares e a Câmara Municipal de Mafra, representadas
pelos seus respectivos Presidentes, assinaram em 20 de Novembro de 2007,
na sede do Município, um Protocolo de Cooperação.
A celebração deste Protocolo teve em consideração, em primeiro lugar, a
institucionalização de uma colaboração já antes iniciada com o município
onde se integra a propriedade da Fundação Jorge Álvares de Alcainça – o
Casal de S. Bernardo.
Tendo igualmente tido em consideração o desejo de ambas as instituições
de colaborarem e de contribuírem, no âmbito dos seus respectivos domínios
de intervenção e tendo em conta os seus respectivos patrimónios e recursos
próprios, para o incremento da actividade cultural do concelho, o Protocolo
lançou as bases para o desenvolvimento futuro de uma estreita articulação
entre as duas instituições.
O Protocolo prevê, entre outras acções a identificar oportuna e pontualmente,
o apoio à realização e a realização conjunta de conferências, colóquios,
seminários, concertos de música clássica e outros, estudos, exposições, actividades de investigação e acções de formação e o
intercâmbio de publicações, bibliografia e outro material informativo.
Apoio ao InstitutoInternacional de MacauAo abrigo do Protocolo de Cooperação existente entre as
duas instituições, e na sequência da estreita articulação
havida nos anos anteriores, a Fundação Jorge Álvares tem
mantido o apoio que, como seu parceiro privilegiado na
Região Administrativa Especial de Macau, tem vindo a ser concedido
anualmente ao Instituto Internacional de Macau, instituição da RAEM
com um papel fundamental e insubstituível na promoção da história da
presença portuguesa no Oriente, no apoio à comunidade macaense e no
reforço da identidade cultural de Macau.
Os apoios concedidos ao Instituto Internacional de Macau têm permitido
o desenvolvimento de muitas iniciativas e projectos, designadamente,
e entre outras directamente relacionadas com o funcionamento do
Instituto, a actividade editorial, os já tradicionais serões macaenses e,
em 2007, iniciativas pontuais no âmbito da organização do Encontro das
Comunidades Macaenses e das comemorações do centenário de Luís
Gonzaga Gomes.
Lusitânia Sport Clube de Macau
A Fundação Jorge Álvares renovou,
para a época desportiva 2007/2008,
o apoio que tem vindo a prestar
nos últimos anos ao Lusitânia Sport
Clube, contribuindo assim para a
melhoria do seu funcionamento,
das condições de trabalho e da
participação nas muitas e impor-
tantes competições locais e
regionais em que participa este prestigiado clube da RAEM, fundado em
1981 graças ao empenho e à boa vontade de algumas famílias de
portugueses de Macau e do continente europeu, que tão bem tem sabido
honrar o nome de Portugal no Oriente, antes e depois do estabelecimento
da Região Administrativa Especial de Macau.
Saliente-se que se trata de um clube de Macau de matriz essencialmente
portuguesa, promotor de uma das modalidades mais queridas e tradicionais
da comunidade macaense – o hóquei em campo, e que é detentor de
honrosas classificações obtidas em competições realizadas quer em
Macau, onde já foi campeão de hóquei em campo e hóquei em patins, e
em vários países da região Ásia-Pacífico.
Rua da Junqueira, nº 281300-343 Lisboa
Tel. 21 362 20 [email protected]
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Réplicas de peças de museu
Publicações
Bilheteira do Museu
Lojado
Museu
O U T R O S A P O I O S
. . . A E S T U D O S
A Fundação Jorge Álvares aprovou dois pedidos de apoio a estudos: um
primeiro, para Pequim, para a frequência de um curso de Língua e Cultura
Chinesas na Beijing Language and Culture University, e um segundo, em
Lisboa, no âmbito de uma tese de doutoramento no ISCSP da UTL, sobre
a análise da interacção com a RPC, enquanto actor estratégico e vital, da
constituição de sistemas e de subsistemas regionais no acompanhamento
do processo de globalização.
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ha
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cn
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tiragem 500 exemplares
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