fisiopatologia iii funÇÃo pulmonar - stoa social · broncoconstrição que dificulta a...

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FUNÇÃO PULMONAR Ana Campa FBC [email protected] Fisiopatologia III

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FUNÇÃO PULMONAR

Ana Campa

FBC

[email protected]

Fisiopatologia III

A CRIAÇÃO DE EVA

MICHELANGELO

Segmento de árvore brônquica

Circulação Pulmonar e Bronquial

O pulmão

direito é o

mais espesso

e mais largo

que o

esquerdo. Ele

também é um

pouco mais

curto pois o

diafragma é

mais alto no

lado direito

para

acomodar o

fígado. O

pulmão

esquerdo tem

uma

concavidade

que é a

incisura

cardíaca.

A pleura é uma dupla camada que envolve os pulmões, a pleura

visceral envelopa o pulmão e a parietal cobre a cavidade

toráxica. Sob condições normais o espaço interpleural entre

estas camadas contem somente uma pequena quantidade de

fluido lubrificante.

A parede bronquial

contém musculo liso e

tecido elástico assim

como cartilagem na

porção grande. O

movimento de gases

ocorre pelo fluxo tidal

nas porções grandes,

enquanto que nas

pequenas porções ela

resulta apenas da

difusão.

Fractais na Fisiologia

brônquio

bronquíolo

Bronquíolo

respiratório

Ductos e sacos

alveolares

Estrutura da parede das vias aéreas

O epitélio pseudo-estratificado se simplifica.

A cartilagem desaparece.

A parede se tona mais fina permitindo a troca de gases e não à sustentação

Photopmicrograph of lung

Proximity of the capillary to the alveolar wall

Pneumócitos do tipo I

Troca de gases

ocupa >95% da superfície alveolar

(são grandes e estreitos)

São menos numerosos que o tipo II

Não proliferam e são susceptíveis à insultos tóxicos

Na presença de dano os de tipo II podem proliferar

ou se diferenciar ao tipo I para compensar

Pneumócitos do tipo II

são granulares e tem formato cubóide

produzem surfactantes (fosfolípideos e outros)

estocados em vesículas

Se desenvolvem a partir da

24 semana de gestação

(quantidade adequada só será

disponível a partir da 35 semana)

Parto prematuro pode levar a síndrome

do desconforto respiratório infantil

Pulmão imaturo Pulmão maduro

Estrutura da

hemoglobina humana. As

subunidades α e β estão

em vermelho e azul e o

grupamento heme em

verde.

CO2

CO2

CO2

H2CO

3

HCO3

- HbO

2

HHb

O2

O2

O2

Cl-

H+

Cl-

HCO3

-

H2O

pulmão eritrócito

CO2 CO

2

CO2

H2CO

3

HCO3

- HbO

2

HHb

O2

O

2

O2 Cl

-

H+

Cl-

HCO3

-

H2O

pulmão eritrócito

CO2

CO2

CO2

H2CO

3

HCO3

- HbO

2

HHb

O2 O

2 O

2

Cl-

H+

Cl-

HCO3

-

H2O

tecido eritrócito

Vantagens fisiológicas

mesmo que a

PO2 caia a

HbO2 será

pouco afetada

tecidos periféricos

podem extrair uma

grande quantidade

de O2 da

hemoglobina

facilitando a

difusão de O2 para

o tecido que o

necessita

Um gradiente de pressão entre o diafragma e caixa toráxica é

responsável pelo fluxo de ar.

Expiração é usualmente um processo passivo.

Medula:

Controla a respiração

automática(neurônios I inspiração) e

nerônios E expiração)

NI estimulam neurônios que inervam

musculos respiratórios

NE inibem NI (acontece a expiração)

O mecanismo pelo qual a respiração é controlada é

complexo.

Centros respiratórios localizados no cérebro

produzem atividade respiratória automática.

grupos inspiratórios e expiratórios de neurônios

medula

quimireceptores centrais e periféricos

*Receptores centrais localizados na medula respondem a concentração de

H+ no CSF que é determinado pelo CO2 que difunde livremente cruzando a

barreira hemato-encefálica do sangue arterial. A resposta é rápida e

sensível.

*Quimioreceptores periféricos localizados nos corpos carótido e aórtico

respondem a diminuição no O2 e a um aumento no arterial CO2.

TLC

(capacidade pulmonar total)

6000mL

VC

Capacidade vital

(5000mL)

IRV

volume inspiratório

de reserva

(3000mL)

RV

Volume residual

(1000mL)

FRC

Capacidade residual funcional

(2500mL)

TV

Volume tidal de repouso

(500mL)

Volume inspirado

ou expirado em

cadarespiração

normal.

Volume máximo que

pode ser inspirado

além da respiração

normal. Usada

durante exercício.

Volume que permanece

no pulmão após máxima

expiração. Não pode ser

medida por espirometria.

ERV

volume expiratório

de reserva

(1500mL)

Volume máximo que

pode ser expirado

além da normal.

Volume de gás

que permanece

no pulmão após

expiração normal

CAPACIDADE PULMONAR

Características do pulmão que permitem a inspiração e expiração

ELASTICIDADE,

PLASTICIDADE

(no sentido de voltar ao estado não distendido, é o inverso da elasticidade,

Surfactantes diminuem a TENSÃO DE SUPERFÍCIE

RESISTÊNCIA é a força que se opõe ao fluxo dos gases

(quanto < o raio > a resistência)

TLC

(capacidade pulmonar total)

6000mL

VC

Capacidade vital

(5000mL)

IRV

volume inspiratório

de reserva

(3000mL)

RV

Volume residual

(1000mL)

FRC

Capacidade residual funcional

(2500mL)

TV

Volume tidal de repouso

(500mL)

Volume inspirado

ou expirado em

cadarespiração

normal.

Volume máximo que

pode ser inspirado

além da respiração

normal. Usada

durante exercício.

Volume que permanece

no pulmão após máxima

expiração. Não pode ser

medida por espirometria.

ERV

volume expiratório

de reserva

(1500mL)

Volume máximo que

pode ser expirado

além da normal.

Volume de gás

que permanece

no pulmão após

expiração normal

CAPACIDADE PULMONAR

FRC diminue na posição supino,

obesidade, gestação e anestesia.

Doença pulmonar obstrutiva

aumenta a resistência em

decorrência da obstrução ao

fluxo aéreo pelos brônquios e

bronquíolos broncoespasmo

(ex. bronquite crônica,

enfisema pulmonar, asma,

infecção)

Doença pulmonar restritiva

diminui a plasticidade em

decorrência de problemas na

expansibilidade torácica. Neste

caso mais esforço é necessário

para inflar os alvéolos.

(ex. ARDS, fibrose pulmonar,

paralisia infantil, sequelas de

trauma de medula)

Na doença obstrutiva, o

fluxo respiratório pode ser

melhorado pelo aumento do

esforço respiratório para

combater a resistência. Isto

é normalmente veradade

para a inspiração, não é

necessariamente o caso

durante a expiração, uma

vez que o aumento na

pressão intrapleural deve

agir na compressão do fluxo

próximo ao alvéolo, levando

à uma obstrução sem

aumento no fluxo

expiratório.

Este é usualmente o

principal problema durante

um ataque de asma.

TLC

(capacidade pulmonar total)

6000mL

VC

Capacidade vital

(5000mL)

IRV

volume inspiratório

de reserva

(3000mL)

RV

Volume residual

(1000mL)

FRC

Capacidade residual funcional

(2500mL)

TV

Volume tidal de repouso

(500mL)

Volume inspirado

ou expirado em

cadarespiração

normal.

Volume máximo que

pode ser inspirado

além da respiração

normal. Usada

durante exercício.

Volume que permanece

no pulmão após máxima

expiração. Não pode ser

medida por espirometria.

ERV

volume expiratório

de reserva

(1500mL)

Volume máximo que

pode ser expirado

além da normal.

Volume de gás

que permanece

no pulmão após

expiração normal

CAPACIDADE PULMONAR

Na doença pulmonar restritiva

FEV1 (ERV) ↓e FVC (IRV) ↓

Na doença pulmonar obstrutiva

FEV1 (ERV) ↓ mais que FVC

Doenças Pulmonares

*Síndrome da doença respiratória aguda

*Doença obstrutiva pulmonar (COPD)- asma

Infecções, doença vascular câncer

Caso OPD

Obstrutive pulmonary disease

(asma)

Caso ARDS

Acute respiratory distress syndrome

ARDS

Doença severa do pulmão causada por uma injúria aguda ou uma doença

sistêmica severa

causas infecção, trauma severo, pneumonia, injúria após inalação de

compostos tóxicos, drogas e aspiração de comida

inflamação aguda

*dano na parede alveolar e no entorno dos capilares que aumenta passagem

de líquidos para os alvéolos

•surfactantes alveolares são perdidos ou degradados causando uma redução

na plasticidade e colapso pulmonar

•É uma doença restritiva cuja principal causa é um edema intersticial

edema pulmonar agudo e falência

múltipla de órgãos

• outras complicações incluem

pneumotorax (devido a ventilação e

redução na resistencia pulmonar),

pneumonia secundária e fibrose

•ARDS tem prognóstico pobre (morte

em ~ 50%)

• a ventilação assistida pode injuriar

o pulmão ainda mais

•estudos mostram que prover um

volume menor de ar durante a

ventilação pode reduzir a taxa de

mortalidade.

Síndrome

da doença

respiratória

aguda

Section of HFJV

Krishnan J. A., Brower R. G. Chest 2000;118:795-807

©2000 by American College of Chest Physicians

VENTILAÇÃO ASSISTIDA

Comparações de pulmões de ratos após ventilação com várias pressões.

Não há modificação histológica e morfológica em pulmões não ventilados ou

então ventilados a baixas pressão (A)

Há distensão do tecido em (B).

Há escurecimento (hemorragia), edema e congestão em (C)

Importância do controle da ventilação

Krishnan J. A., Brower R. G. Chest 2000;118:795-807 ©2000 by American College of Chest Physicians

A B C

*Doença obstrutiva pulmonar (COPD)-

Asma, bronquite, enfisema

Do ponto de vista clínico na asma e bronquite existe uma certa

sobreposição de sintomas.

Asma é uma doença que se manifesta em forma de crises provocadas

por broncoconstrição, por inflamação e contração da musculatura. É

um mal-estar passageiro e, vencida a crise, a pessoa volta ao normal.

Bronquite se distingue pela ocorrência de tosse produtiva crônica,

com catarro, por mais de três meses num ano, durante dois anos

consecutivos. A bronquite crônica também pode ocasionar

broncoconstrição que dificulta a respiração e produz sintomas

semelhantes aos da asma como falta de ar e chiado. Não é reversível.

Enfisema se caracteriza por uma dilatação dos alvéolos pulmonares

com perda de capacidade respiratória e uma oxigenação insuficiente,

causada por exposição a produtos químicos tóxicos.

Sinais e Sintomas da Doença Pulmonar

Dispnéia

Tosse

Hemoptise

Cianose

Dor

osteoartropatia hipertrógica pnêumica

(clubbing)

Bronquite, bronquite alérgica, bronquite asmática, asma

Doença inflamatória crônica das vias aéreas e causa obstrução

REVERSÍVEL do fluxo aéreo e aumento da reatividade brônquica.

Causas:

Alergenos

Infecções

Dieta

Medicamentos

Fatores emocionais

Exercício físico

Ar frio

Exposição a irritantes químicos