filosofia da ciencia natural

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do Un[versidode de q: i:: ... , ...... ' ...'.-, .... ' .. '.-' ''','> .' CARl G. HEMPEL '->i ::<X:-l·":,oacô 'E."#/@jl!Ú':'- o estudo da F]osol'a aprosentou sempre "ma cidade soberana, que a distingue radicalme",. de todas as ' discip",nas cultura;, ou do espírita, o pet"amen:o !::os6f:.cq é. por assim dizer. um o.u" capla a e.lsên· cia da realidado que exi"encia hu,,",ana. coor,dena os fenômenos qce impregnarr. esSa realic.adc e as saiu.vôos universaj, aos nroblemas por osse avanço anai1.Eco. Todo movimento filo,ófico só adq"ü,-e auter.dciC:ade criado,"" e CO"_'l",,,iva, r.o entanto, se ""iver impulsionado ?e:o "aro or à - qu.úlicação q,:" se alimenta éa 'iincubção primordial à sua é.,ignaçac helênica, ,ir.al originár'a e " rta- deiro de filo,ofar !.gitimo_ Escrito pOI Ut:l g,npo d. "miner.!.s ?rofessore" .ste CLi'l'.!G MODE"r:O DE FILOSOFIA rem finalidade' ex?or alguns do, problemas no,; campos da Fhsoh" ta.; C0::10 se apresentam na ama' êase da hi,:ória LusMica, ;Os organizadores desce curso, assim como· seus autores, eSIão ."'. r,' venCidos da necess:dade de rtoons:derar o e"udo da F:los"';:ú em cada época, à bz de conhec'mentos cicrdEcos ma:s vas'., , e mais probnda experiência ét'::a e, Ttligiosa. Conquanto seja provável qce cer:os setores esteja.'ll repre· sentados na maioria dos cursOS 'ntrodmório3 à. Filosofia, .,. cia.sé. universi:ârias· diferem IT..'Jito em &lfaso, métodos de e no' ritmo de ,,"ogresso, Todos (\s profossorb; necessitam de liberdade úerarem seus à med:da seus próprios inlere,,'-s !':os6ficos, o tamanho e as caraCI(:- rí,tica, da composição de suas classes o as necessidades dos a!unos "aricrr: d. Ma para ar.o, Os diversos volume, do CURSO MODERl<O DE FlLOSOFIA _ um corr:pleto er::. si mesmo rr:as servir.do rambém de para oS OC:rO. - oh receorl :Ima nOva ao ?rofo<sor. que pode criar se. próprio curso mediante a de vários va':Imes, cor,- forme deseja,_ e e.colher diversas combinações em difé· rentes ocasiões, t.ndo sempre assegurada a eEcác:a d< um f!uxo conthua de pensam.hto unitário. I """j.J ij ! '. 4·,·_·_ I

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  • do Un[versidode de Pr;,~oeto"

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    .' CARl G. HEMPEL'->i

    ::

  • ~rr/1,1!)\Jh ._,1- - CURSO "'OCEll.NO DE fQOSOl'!A CARL G. HEMPEL

    FILOSOFIA DA,

    CIENCIA NATURAL

    PLll

  • ,11

    -- - ---

    1. Alca~ce e Objetivo deste Livro .. , . , ...2. Jnv.srigado Cienlifica: lnveno e Verificao

    Um Caso Hi'trioo como &emplo, 13. As EtapasF\1Jldamemai, para Ve:ificar Uma Hiplese, 16.O Papel da Induo na Inve,tigao Cicn~ca, 21.

    3. A VerificaiW de uma Hip6tese: S~a Lgica eSua Fora , .Verifia.. &p""imentai, vs No-E;!ovas'''Im_pUoae" 52. O Apc;o Torico, 54, Simpl:o:d"d~, 57. A Probabilidade das Hipl~'",; 63.

    5. As Lers e seu Papel na EXplicao CiemI/icaDuas E:tigncia, Bsicas para as Exp~o&esCkntfioas, 65. A Exp:icao Dduo~Nomo~.gica, 68. Lei, t,'niversais e Generalizaes Ao'den.tais, 73. A, Expiio"es P,obabilistEo~s: Seus Fur..damemos, 78. ProbabiEdd'l Estati'tioas -e i,Probabilsticas, 79. Car-tor In'dao Familiar", 106.

    !~DICE

    Prefcio

    , ."

    . -.-

    -',.'.. Ij ',',

    - ,-'"-, '-', -('y"~ '.' ~,}~

    Titulo or;gin.~:

    ------~

    Philoliophy 01 .'(mural Sei,nc.

  • FILOSOPIA DA OftI'C'" l\ATURAL

    ELlZil,BElH BBAll.DSLBY

    Muitos dos probkmas da Filosofia so de to ampla rele-v.ncia para as preOC'Ul'ae' humanas, e to complexo, em ."asramific.aes, que 'e encontram, de uma !onna ou ct:l,a, cons_tantemente pTesente,. Embora, na decorrer do lem?O, ele, sesubmetam iDv~tig.a:o filosfica, talvez nece"itern ser reCOn-siderado, em cada poca, ! luz de con.i.ecim.nto, cientfico,mais va,tm -e lllais profunda expmncia tica e rel:giosa. Me"lho"", sDlu~ so descol>eItas por mtodos mais r~,iud"" erigorosos. Assim, quem abordar O estudo da filo'cfia ;;la e>pe.rana de compreender o melhor do que ela prcporciorul,procurar tanto as quest5es fundamentais cOrno as realiza5e,contempornea,.

    E,eritc por um grupo de eminentcs filsofo" "CursoMo

  • ,-[

    'Pom PETER ANDREWe TOBY ANNE

    ,,

    '-"

    PREFCIO

    Esto livro ofor.ce llma introduo a alguns 60' l6pioos"'ntrais da Y,ewdologia e da F:lo,ofia da Cincia ~atl",l con-temporneas. Para atender s exigncias do e,p.p sponvel,preferi t'~tar com certa minl1cia um nmerO lirnitaclo "" quos-tes importantes alentar u:n esboo rudimentar de 'lI" psno-rama mais \'os'o. Embora ,eja bro de "atite, e:.:nou,a" pro-curei eV;lar lima ,implificaao enganosa e apQuei vria,questes qU~ ainda e'to Se..~D p.$qui~"das " ci,outidas,

    Os leitores que quiserem conhecer melhor as qu~st&s aquiexaminadas ou se infDrmar sobre oucros problema, d~ Filosofiada Cincia en:ontr""ao suge;te, para leitura. adi:bnai. pacurta bibliografia que se acha no fim do volume.

    Uma parto substanoial

  • II

    ,

    1

    ALCANCE E OBJETIVO DESTE i..lVRO

    Os ~if"'.nte' ramo> da investigao cientific. ?~dem ser..parade, em do'. grupo, maior.. , aI C:hci~, "II'~Ho", e asno_emprica" As primei,~' pfoouram d.,o"o

  • F,LOSOFIA OA CIh"C1A :'>fATURAI.

    sic", entre ess", vasto, dom(nio< j o fo; a:nplamente afirmadoe COm, as mai, diversas e iltteressantf;, razes. Ma, um ~s~udocompIfaturai, como s Cincias Sociais, .., palavras "d:tcia" e"cientfico" sero, portanto, freqentemont' usada, "m rcl'orn_cia aO dom:lio intei,o da Cincia em;>fica; ma, quando a olareza exigir, resrri0 d, S=.".~lw,~ , '''' ,;,~,,,,,,,,, ", ,~ "",."."'" ..",,"'"' ""'. ",,"" :'>oi,,"" " h'"'''' . .'" ,,".~"i 'm"" " ""''''''' '" lo"", ""h" d" "'"''''"" ""'''''''''''', ."''''''_>< '" W, r. "".

  • FILOSOFIA DA CINCIA KATURAL

    estabelecidos; outras, passou a ,ubmo:er a verifica5es .,peei-ficas.

    Uma id,a amplamenIe aceita na ?~cs atribuo. aI ~'...n'_taes da febre pu~oral a "b:fluSnci",- epidmica,", vaga:ntntoOOscrita, co:no mndanas "c6smioo-telrico-atmD,i:ica," e'pa_lhandc>-se wb:e barr,os inteirol' _ oausg~jQ a febre nas m"l;,e_reI ir:tomadas. Mal, :adcdna Semm_h'!8, co:no pcd,,;arr: tai.in:flundas afetar n P:i:nei,o Servio durante ano, e pot:p, oSegundo? E COmO poderia recoociliar-se e'Sa idsOl~riva. Finalmen,e, Semmclw~i, nota ue algumas d"" mu-lhcr~s admitidas no Primoiro Servio, r~,idbdo longe dD hospi~al.venoidas pelo traba:-l;o de parto aiuda om c.:n;nho, t;"nam ~ado luz em plena rna; ?"is, do;" de Urna

    ago~ia em que se reveiaram OI mesmOs sintomas obwrvadosnas vitimas da febre puerperal.

    Apesar de nessa poca no estar alnda "conh~;:do o papeldosempen.-"lado nas infeces 1'eloo mi~IOrgani'mos, Serr:me1w",,,compreendeu que "a matria eadavrica", introduzio na cor-reute sangn de Kollelscl1ka pelo bisturi, q;:re causara adoena fatal. do seu c",lega. As seroolhanas eorte O cur,o dadoena de KOlletschka e a das mulheres em ,ua clnica levaram8emme!weis concluso de que 'uaS padent~s mor,eram damesma espci

  • FlLOSOFlA DA O.NC'A l'ATlJAAL

    ria ser prtvenida pela d,:s:ru:o qurni. do ma:erial '~:"cclOSQaderido s mos. Ordenou enti~ que :o:1os m estucames lavas-sem suas mos. n"ma solua0 de cal C:Drada antes de procede-r.m a qualquer exame. A mortalida!e pela febre logo comeoua decre,cer, c~indo em 1848 a 1,27 por cemo n~ PrimeiroServio, onquanto que no Segundo era do 1,33.

    Juslificando alnda mai, sua idia ~u sua hiptese, .comOt~mbm d:remoo, Semmelweis oo"rvoll que da expli~ava O fatede ser a mortalidade do Segundo Servi,o mais baixa: l as pa_

    ",e~t" eram sQcorr:da< por pantiras, cujo t,cino no ,~cluainstruo anatmi

  • Ir,,1

    F!LOSOFl DA O!NClA NATt:RAL

    o racioclnio que conduzin rejeio pode ser esquematizadoda seguinte maneira:

    S, H ,',road'ito, 0."0 I ',,,nbm o .Q) M.. (como mes'ra a evidoncia) I n.o verdadei:-o.

    H no ""'lad.;,o.

    Oualquer argumento de,la fOl1lla, chamado modus tolk~$ emLgica,' dedutivomeDle vlido, ilto , se suas preuSSM (assentena. acima da linha horil\OJltal) sl\e verdadeiras, er.te suaconcluso (a s

  • ",

    FILOSOFIA. DA CIb:CIA. KA.T1.JAAL

    Vejamo, agora Outr" exemplo' que no, far prestar aten.o a outros aspecto' da inve'tigao cientfica.

    Como j se sabia no tempo de Oalileu, e prova\'elmcutemuito mais cedo, qualquer bomba aspirante que retira gua deum poo por meio de llm mbolo mvei no interio; de Umcilindro no con"gue elevar a gua a mais de cerca de 10,5metros acima da superfcie livre do poo. Galileu f;eo~ intri_gado por esta limitao e ,ugeriu Uma explicao a?re;sadapara ela, Depois da morte de Gali:eu, seu Ciscpnlo Toni-celli props uma outra re'po'ta. Argumentou que a ":'erra estenvcl,'ida por um oceano de ar quo, em virtude do seu peso,exerce pro"o sobre o seu fundo, e que e>sa ;>ro,so sobre asuperllcie livre do poo que lora a gua a ,ubir "ua~do selovanla o mbolo. Aquela altura m>:ima ,d. c~,ca d, 10,5metros pa,a a cc-:una dgua sob,"levad~ d simplesmente Umamedida de p~rflcielivre do p"o,

    Sendo evidentemente impo"lvel detorrninar po~ lu,poodireta ou por observao s: a suposio correta, Totricolli pro--curou verific_la indiretamente. Rao:ocinon 'lu, se 10lSe Ver-dadeira sua conjetura, emfio a pre,,[o atmosfrica '~r:a tam_bm capaz de ,uporrar uma colllna proporcionalme~te menorde. mercIio; COm efeito, ..r..:!o a d~~sidade d(> mero"r'o cercade 14 veze. menOt que a da gua, e altura da colu~a de mer-crio deveria ,er da ordem de 10,5/14 m.no,. is:o , da otdemde 75 em. Vetilioou eSSa implicao ?O, melO do um apar.;lhoengenho,amente s;mples, que era, de fato, o barmetro de mer-eurio. O poo de gua substitudo por uma cuba cont,ndomercrio. O cano de suco da bomba sub,ti!udo por un,tubo de vidro f.;dlado numa das extremidades. Enchendo COm_

    pl~ament. O tubo c"m mereri" e obturando a eT.tromidadeaberta com o dedo polegar, Torriccili im'err~u_o, ,uonetgbdono mercIio ~ e:t:remidade tapada pelo polegar. Reti:::a~do em

    ~r~~~~ g:~~h' a coluna de merecrio caiu a ceroa de 75 em,

    o lo'"" INV1\NW E VERIFICAO

    Outra implica" de.,a hip6te,e f"i anorada pcr Pascal,raciocinando que, >e o mercIio n da jnf:rncia dd)tiva, daqual difero, em pomos importantes.

    Num argumento dedutivam""te vlido, a ~oncluso se rela-ciona com as premi"as de tal modo que, >':teo "tas verda_deira" -ento a conclUSo inlallvelme:tte tambm verdadeira.Essa exigncia lioa sat;'f~ita. por exemplo, por qu

  • FILOSOFIA DA ClhclA >!ATURAl

    Outro tipo de inferncia dedutiva.:nente vlida est U:lstradopor elte e~emplo:

    Qu'\G"or ,.1 de sdio, qu."~O oolo",do n. oh,,,," de umbioo d, Euo,"", tom. a ch'"'' .:n.rela.Esto ;>Prmelro, uma investigao cientfica como .esta apresen_tada nunCa poderia ~eD"ol,"er-se. M..mo ,ua primeira otapanunCa seria exooutada, pois uma ,ooleo de lodw os, iatos ~ia,por assim dizer, que aguardar 9 fim do muodo;~lem-ciie.mopoderia Ser coleoionada a totalidade de todos oS falos at agora,pols, eles ,o.em mm:ro infiDto e de infinita variedade.

    Teramos, pOl exemplo, que examinor todos os gros deareia em lodo,

  • FILOSOfIA DA Cll1.'CIA ::rATllML

    nossos compallheiros de investigao? Tudo i'S. e tanta coi,amais pertencem, afinal de conta', "totalidade, do, iatos atagora".

    Dir-se_ talva que tudo quanto s" ;requer na primelra fase que sejam cole,cionado, todo, os fatos re.l"'anles. o.:""~ rei...=:-

    v~.ML9Ell.. Ainda que o aUtor no O m,;n~ione, ,uponha-mo, que a 'Ilvestlgao, se, r",trinja a = problema bem deter-

    mi",~do. N,j"-diii,'enamos ento coinear colecionando tod", o,fatos _ ou melhor, todos o, fatos disponveis _ relevante>-para o problema? A pergunta no tem sentido claro, Sem-mclwei, procurava resolver um problema bem definido e Ineressa norar que o, cientista, ,oci~i, ao tentarem veri-fica, uma hiptese usando o va,to a"lUivo ';e fatos registrado'pelos SOlvios de Recenseamenro, ou por out,a, orgalzaescoletoms de dados, ficam s veze, de'apontados pcr no en-conUa,em registro algum dos valo,,"s de uma var;hel que de,

  • --1.11,'184 G;:; OiJ 3

    Certo, em situae' especIais e r.!ativamenle sirr.ples, 1'0-demos receita, Um proced:mento mecnico para "inferir" lndu-tivamenl~ Uma hiptese a partir de eertos dado,. Po: exemplO,"Uma Vt'l medido comprimento de uma "arra de cobre emdiferent", temperatura'. oS re,ullante, pare, d. ,valores 0$,.0-dados podem 5er repres .ntece-dent>. menos e,pecifica (i. e., quo uma eerta va,li:v>l fisicasoja f"fo apenas de uma oulla vari.e11i$;~0), que no podeser obttda pe10 mesmo proc.dimento.

    No existem, port,,~to, "regras de iuduo" op"~i...is emgeral, mediante a, quais hipteses ou I.orias possa>:', ,er me"oanicamente deriyodas ou 1nforida, dos dados empir;eos, Allan,io dos dado' teoria requ~r uma imaginao criadora.A, moteses o a.I teorias cientfIca, no ,o derivada;; do, falOS

    ob~rVados, ma, ;nyenlada:; com o fim d. explic_ios, Con,"

    lNVE"O B VEIUl'lCAO

    hipt=' robre como esto esse, fenm~no, correlacionacio,; semessas hipteses, a aJlli,e e .. cla"ificao so cegos.

    Essas nossa, reflexes crtica. ""br~ a, dua, p:imeiras ela-pai da inve'tigao tal corno foi desorito na passagem cimdainvalidam tambm a. idia de qu~E.1~J6 ..~hJn!r.o.d!,~

    tid~!!!..!!'p:eira...E,~ p-~,__pel!Tnf:~ncia, i_~dlltiya_~_ par,r_d.",da

  • 1I'l.i'-I'

    .."

    "e::_:"""'" ~-- --------- ~~ ~

    FILOSOFIA DA CIblCIA :'..:nemoradical dos modos co,rentes de pen''''''enIO cientEoo, comoaconteceu, p"r exempl", com a leoria da ~elativjdade ~ a teoriado, quanta. Ka'ru,al:nenre, es,. ~sforQ inventiv" s podo ,erbeneficiad" por uma fam~iaridade completa com o cODhecim~ntocorrente do" campo em questo. Um principiante dicilm~nl~far uma descoberta oienllioa imp>l"ta:ltt, pois O provv,l que as iclias que venlJam a lhe ocorrer sejam 'imp:es cluplica-tas do que j foi temado antes oU entrem em conlfilo comteoria, ou falos bem e,tabelecidos de que ele tem conhe::imecto.

    ,Sem embargo, os caminllos pelos quais se ~hega a palpitacientficos pr"voito',,' diferem muito de qualquer processo deinferncia si'tcmilioa. Por exemplo, o qum,oo Kekul nos con-la com", numa noi de 1865, enquanto dormitava Cianlo dosua lareira, achou a soluo para o problema de e;bDar umafrmula estrutural para a m"lcuta de benzeno, ap6s l'-!a pro_curado sem sucesso por rnlli!O tempo. Olha~dD para as ch..-n..pareceu_lhe ver tomos clananclo em filas sinuosas. Subitame,,te, uma de,.as filas formou um anel, como se fora uma s",p"~tesegurando seu prprio rabo e p5s-st a girar vertiginosamentecomo se estivesse caoando dele. Kekul" acordou numa ":p ou q

    me nos di>:, COm efei!", qlle da propoolo 'iue p Q ca;o, se_gue-se que p ou q o caso, onde p e q podem ser quaisquerproposioos. O vocbulo 'ou' deve ser aqui enrendii:c no '"~tido "no exclmivo", de modo que 'p ou q' eqruvale a 'cu p ouq ou p e q conjuntamente>. E

  • verdadoiJ:o; por exemplo, 'a atmosfera da Lua 6 muito tnuo','a Lua no habitada', '0 ouro mais denso que a prata', 'aprata mais deDsa que o ouro' etc. (:'-lo ,em ,n:eresse eno dificil provar que se pode fOImar uma inl1lda"~ de c:!Un_dado, diferente, em pOl1:ugul:,; cada um deles pod. ser po,tonO local da varivd 'q'.) E, naturalmente, mitra' regra, deinferncia dedutiva aorescentam novos enunciados derivvlsde urna ou mais premissas. Portanto, para um dado conjuntode premisss, as (egr~' do deduo n"'" permitem amar "ma.

    diretri~ para ll,OSSOS procedimentos inferenciais. No isolam umenunciado nioo comO "a" concluso a ser tita"da das nossa,premissas. N'em nos dizem COmO ob!.r oonciuses inle'~"antes ou sistematicamente impolUlnte,; ~o fornecem uma rotinamecnica para, por exemplo, em Ma,emMica tirar dos pos-tulados teoremas s:~nificativos. A descoberta em Matemticade tooremas import"ntes e feOlmdos COmo a deacoborta de teo-rias importantes e fe::undas na cincia emprica requerem .,nge-nho invent\'o; ped., capacidade adivinhat6ria, imaginativa e (e-uospectiva. Ma.; aq:1i tambm, os interesses da ()bj.:ivldade cien-tfica ficam salvaguardados pcla exigncia de uma validaiio"bietiva para rais conjeruras, Em Matomtica, isso quer dizerprova 1'0, d01J)on'tra~o dedutiva a partir do; axiom.,. E paraprovar que ti vaIdad.ira ou falsa um. proposio matemticaapre..ntad. como conjetura ne~es3rio muita, ve;,:es pos,ui,-engenho invontivo do mais aito nvei; as regras de infernciadedui"a nem mesmo fornecem nma li~ha geral a segui' nessaSpro,'as. AlItes, deser:Jp.nham apenas um modesto papel de ser-virem como critrio. de legirimidade para os argumemos nfere-

    ~idos cOmO provas, um argumento con,titui uma prova mate-mtica vlida quando' caminha dos axiomas al o teo,ema pro-

    p~ro por Um~ cadeia de passos Worenciais e cada am do, quai, vlido de acordo com uma da, regra, da iulern;ia dcdua.Verificar se um dado argumellto uma prova vlida nost. sen-lido bom uma tarefa puramente m,,;nioa.~ No se chega ao conhecimento ci.utilioo pela a"lioao de

    algum procedimento de inferncia indutiva a dados coligido'anteriormente mas, ,.:Ms, pelo que freqentemente cbamado"o mtodo da hip6t.se", ;. e., pela in"~no da hip6teses oomo!eHtativas de IeSpoota ao probloma em astudo a submiss[o ries-sas hip6teses verifka[o emplrioa. Parte dessa vedica,[oconsistir em apurar se a hiptese se aj"'ta a.o que j fOIa esta-

    i beiecido antes de ,ua fonnuia1iC>; Outra parte, em derivar nova'c.--~

    I,

    I

    iI

    Iimplicaes para submet-las a observaes e exp.rincias apro_oriadas. Como j Itotamos anteriormente, uma verJfica.[o nu_mero,a, COm resultados intei,amente favorveis, n[o e;;abelecea hiptese conclusivamente; fornece apena, um ,uporte mai,ou meno. slido para ela. Portamo, embora no seja iudulivano sentido estrito que e;m certa mincia, a investi-gao cientfica ti indutiva "um semido mais amplo, na m~didaem que aceita hipteses baseadas em dados qu~ no fornecemoara ~ia evidncia dedulivamente conciusiva, mas lbe confe_rem apouas um "suporte indulivo" ou coufirma[o mais ou me-nos forte. As "regras de induo" devem SaI concebidas, emanalogia com as regras de deduo, como cnones de validaoe no propriamente de descoberta. Longe de gorarem uma hi_pteso que d uma razo de certos dados empricos, essas regraspressup5em que alm desses dados emprico, qu~ formam as"premi'sas" da um 'argumento indu,ivo" seja dada '''...-nbm allip6tese proposta cOmO sua "concluso". "" .. r.'.yas de induo. __forneceriam ento critrios para a legitimiid. do argumento,Oe"'acordo eOm certas teorias da induo, essas regras de,"mU_nariam a fora do apoio fornecido peio; dados hip,"," e de_veriam e;

  • II!i"

    r,

    A VE'UFICAO DE l:MA Hl~TESE 33

    So um barmetro d, TornooU< for "",,,portado ilitu:!eoo=oo"t". endo ,u. oel"n, de morer;.o dimiuuir 'o",,

    ~endOIl,"U\.nte de oomprjmente.As implica5es de uma hip6tese so pois normalmen.e im-

    plica"S num duplo sentido' ,o enul1cia~os implicados, ~.lahiptese e ,o enunciados da forma .se-.ntaO, qu~ ~m L6g.ca,,o chamados condicioDais ou imphcaes mat."",,.

    Em cada Um do, trs e;, ocor_rer Um resultado de Uma certa espcie. Podem pois ser postasna forma cxphdtamente condicional ,eguinte:

    Se .. p=o" que ruidam das m"lh",.. no Primeiro Servio1l>""", .. mo, num. ",In,ao 4, "I do"do, e."~o a morta-

    lid.~, pela f.bre pue"..",l di",in"i';'

    .) S," realiza,.", ,oodi

  • I,

    tador, anlos de tudo, ma~te. a 'emperatura co'lStan:e psra eli_minar a influncia porturbadcra desse fator (embo,a possa, ;nl-\Starde, variar sistomaticamente a temperatura para averiguar seO' valor., de c~los padmelro" qu~ comparecer:: na ex?r"'odaquela funo, dependem da tempela.turo); e nessas e:

  • FILOSOFIA DA ClNCIA "-ATURAI.

    mllados no pod. Se H suficiente para impliCa! I e

  • ii

    FILOSOFIA DA CltNCIA NAlt:RAL

    hip6tese de Copr~ico com auxiio da suposiao de sue ~lasestejam to prxim~, da Terra qlle sens mOVJmentcs para.!llco'tenham ampiitnde ,uficiente para serem observados ~cm o'inS!(llmentos. Br...':te no ignorava que estava lazendo ~,sa ,u-posio auxiliar, ma, acreditava ter ra.oos para julg-ia verda-deira; dai sua rejeio da hip6tese de Coprnecc. Yiais t~rdeficu provado qu.e 3rabe se enganara: :neSmO a, e't:el~\ 1=mais prximas e,to muitsmo mais lo~ge do que e~e .'"p:Jnha,de modo que as medida, M paralaxe exIgem 1eiesoop:o, ?'Jde_rasoS e tcnicas u.ltrapreciaas. Somente em 1833 V~lO a serrealizada a primeira medida u::liversaioente actira de uma 1''''"raluo estolar.

    A significao da, hipteses au.".iare. ve.i '.lm. Sapo_n1Iamos que uma hiptese E seja ve,jc;cada mediante ,,;na im_pllreo 'Se C entD E qu" decorr"u de H e de u:n co~ju~to Ade hip6tose< auxiliares. A verificao se redu~ enr.o a :or.'ta:arsc E ocorre oU no numa s,tuae> em que, lante> qUa~to ,,,,bao in\'estigador, esto reali,adas as cOCldie, C. Se do l.co nolr este o caso - se por ex=plo o equipamen!o u'ad~ ."h'erdefeituoso OU no ior suficientemente s~nsvel _ ent;:e> E podeno ocorrer me,mO que H e A sojam ambas v",i':adei,a,. POressa Tro:o, ~nlre as :'ip6resos auxiiia,,", pressupo,tas pei~ v.~i_ficao deve-se inclUir a de que a ,i;uao inici"l satlSf~;a ,condies determbada, C.

    E't. ponto pa'ticularmente importame quado a h'p6teseem exam~ j loi v:torie>,a em provas anteriores e part. essen-cial do um sisroma mais ;'a'te> de hi?r",O mut'~a",.o::tte legada"tambm apoiado por mitipla evidn, e pW'JveL ~ue en,tal caso seja leito um esloro para j~stilicar a nlo-oc,cnciade E mostrando que algum.. da. condie, C no oslava", sa_tisfelras.

    Como exemp:o, cons:deremos a ;-,ip6te,e de que", cargaseltricas tm uma estrurura alOmistica o.... sejam tocas :rl'ittiplosinteiro' da carga do tomo de ..lerricidace, o elct:on. ;2:\$a hi_p6te,e Iecebeu a?oio L-rtpre'siona~te das exp.orino:as fei"" 1'0,R. A. Millikan, a pa,tir de 1909. :'

  • FILOSOHA DA CINCIA KATm""_L

    VERlFICAES CRUCIAIS

    AS observaes precedenles ,ao importantes tambm pa",~ idia de verificeo ,",ucial, que pode ser rapidamente des_crita comO 'egu~: ,uponhamos que_ lI, e lI, sejem duas ~i?(\..l:ltem'meore reguenos que '" ",o-"Cm em alta vclocidace. Ambas "' conce?,e, permitiam con-cluir que o, "raio," de luz obedecem '" leis da propageo t"t;lneo, da reflexo e da (efrao. Ma, a coac'po onulatriaimp:ioava que a luz c.m!nha mai, depressa ~o ar que ~a gua,enquanto que a corpuscu).r l~':a.va a c":Jclusao OPOSta. E-nlESO, Fou~aul, eonsegniu roa];~ar um e,;pe,imento en; que ~,".:ocid~des da luz n~ ar e na gua eram di'etamccte CO~1p",~dn,. As imagens de dtIa' foutes lumino,as puntiformes "",m10,","d", mediante ra:cs luminosos 'lU:> passavam atravs :gua e ~travs do ar, separadamente, ante' de ,erem ,-eletide,por um e,pelbo gira,;,," em alIa veloddade. Conforme a .,.,l~cidede d. luz foS$~ maior oU meuor no ~, que na gua. aimagem da primeLra !on:e iria aparec.r direita ou 'Squ"rdada imagem da ,egunda fonte. As implicaes e~Ulgnk", co"-fronlOdas ,Om a exp"in~in podem portanto ,~, b,evemer.t"formuladas do segui"t: modo, ',e s: realiza O exp::rL-I:eo'o d.r'Oucaul!, ento a primeira imagem aparo"" direil' d:1 'C_gunda im.gem' e 'se Se lealiza o exp:rL

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    , ~,,,. o '""'O _"oi' ., P;"", O'-""~m. """, , t."''''"" " ~'"''',,"''''',. Cf. P,rt,!l, c". VI, ,. "" "vro Th,Aim ,"d s,,"""" ,'.P>,.k"T"'","" ",d".', "" P. P. w"," (p"ooo= U"vno , ,",,",o.

    Quando a maneira particular de verifioar uma hiptese Hpressupe enunciada, ai,Urrbte~ A" A" ... , Ao - i. '., G:uandaestes ,o usados CDma prern'a,as adicionais ao se' derivar deEi a implicao relevante I _ ento, "omo ,e viu ao:"" umresultado negativo, mostrando que I falsa, diz ap""as que Hou ll."Ila da, hip6res,s auxiliares deve ~er lalsa e que alg deveser mudado ness~ conjunto de sentenas para que ele ,e ajusteao resultado da verificao, quer modilioa."'lD 0:1 abandonandocompletamente H, quer alterando o sistema de hi?6tes" auxiliares. Em princip!o, pode-,e ,empre rerer H, me,mo el:l face dere,ultado, seriam~nte adv~rso', de,de que ,e queira :ever a,hip6teses auxiliares de um moda ,ufiden:emenre radica:', aindaque trabalho,o. ).1as a ci~ncia nao est interessada em p'oteger,uas hip6teses oU suas t,orias a qllalquel preo ~ e ";'I ba'raze, para ;sso. CDn,ideremos nm cxem"lo. Ant"- c, Tor_ric.lli inn:oduzir ,ua conoeplio da ptesso a:m:>~:;:"a. expli-cava-,e O comportamento das bombas aspirames ad--n:t'!1.GO que natUreza tem horror ao vcuo'" que, port~nto, ~ gua sobepdo cano da bomba parndler o vcuo criado pel~ elevaodo mbolo. A meSma idia servia tambm para explicar di,

    HIPTESES ".'" HOC"

    que medida, cuidado,as f01:am feitas. E mesmo que a lei d,Galilcu tivesse sido rigorosamente ,atisfeita em todos os ca,osobservado" nlio se teria obviamente excludo a poss:bliidade decerto, casos n~o b,ervo.dos no passado e no iutlro no a

    seguir~m. Em ,uma, a exp~-incia mais ouidadosa e mais repe_tida no pode provar uma de du., h;?tese, nem "oiutar aOUlta. Ne'te sentido estritO, uma experi~ncia crudal ;; impos-,vel na ci~ncia.4 Mas uma e>.:pori~nda como a de Foncaultou a de Unard pode Ser "molal num sentido menoS rg

  • FILOSOFIA DA CrIlNCIA KATURAL

    versos outros f"nme~os. Quando Pascal escreveu a Prier pe--dindo-lhe para ""ecutor a experincia de Puy-de-Dme, ao"s-centou que o resultado esp

  • A VEJ\lFICM;O DE U!>'lA HlPTESE

    7 A "",,b~"" ,od C"",,,,,", "" C. o. """",l, /.",,"01 Sd""I" -"",,,,",,,,. ,'

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    CRrTIL"'UQS DE CONFIRMAOE ACEITABILIDADE

    Como j nol"mOs anteriormente, um re,ultado favD!ilveIdas verificai'ie., ainda que numeroSa, e exata', no' forneceprova condu,in para uma hiptese, maS apenas o apo!o d.uma evidncia mais ou menos forte, que a confirmao dela.Quo fone e\$~ suporte que,to que depende de "riascaractersticas d. evidncia, qu~ vamOS agora exam:nar.

    )la avaliao oucouma confirmao, do que faz cres",r o~ deere,,,,r a ace{tab:Ji-dade de uma hiptese e de queste, s~melhantes. No 5m dooo.ptulo, examinaremos rapidamente ,e oS conceitos aqui btr(}-duzido' admitem ou no uma interpretao quantitativa pre-cisa.

    QUA"TIDADE, V""UBPADJ! E PRECISO DAJ!vm~CIA SlJS"J:E"T-'l>ORA

    Na ausncia d. evidncia desfavorvel, a confirmao d"uma hip6t~ su norrnalment< cousiderada como cre'c,~t~com o nmero dos resulrados favorveis naS verilica:;3es. Por..xemplo, cada nO'la varivel Cefeida encontrada Com ueriodoe luminosidade confonue lei de Leavi't-Shapl~y se, ""u aumentO em conf::mao trazido por um nOVOcaso hvorvcl vai-se tornando menor li medida que cresce anmero de caSoS favorve;, previamente e'tabelecidos. Ra-vendo j milhares de caSOS confirmatrios, a adio de m,is umaumenta pouco a confirmao.

    J:; preciso porm acrescentar: se o novo caso for obt:do pe-lo me,mo tipo de verificao que o, ""'oS anterior~'. Poi' ;"re,ultar de um outro tipo, a confirmao da hiptese f'carmajorada de um modo significativo. A confirmaiio ~pen.no som

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    FILOSOFIA D.~ CIENCJA 1\-ATURAL

    resultado dos doi> primeiros casos do conjunto. :'ia" isw Umerro. O que Se r~peiiu 100 vezes nao foi literablenre c mesmoexperimento, po" as sucessivas exeoue, diferiam eo vriosaspectos: certan::e::lte a distnda. do aparelho Lua, :;Gve;:: aremperatura da fonte de luz ou a presso atmosfrica etc. Oque se "manrcve o mesmo" foi simpie;mente certo conj,mto decondies, entre as quais determinado ngulo de inoidhcia eum particular par de m.ios. E ainda que as prim.iras medidasnes,a, circun,tn::ias _tivessem fOlne~:do o mesmo valor para,en a/son {l, nao logicamenre impossvel que as subseqlien_l-ss, nas mesmas dr~~IlS:ndas, far:occc$'S'm outro, "alores. Arepetio de medidas com resultado favorvel- aume::lto'J d. fatoa confirmao da hipteso, .mbora muito m~no, do 'p" fize.-ram as medidas executadas numa varI..dack ma:, a""p;a d~casos.

    Em geral, as teorias ci.ntli-:as e,to apoiadas por umavariedack considervel de falos. Lembremo-nos da cc::ilir;naoencontrada por Semm.lweis para a sua hipreoe final. Um,bremo_nos sobretudo da impresslo::lante confirmao rocebidapela teoria newtoliana do moviUl~n:o e da gravitab: delasao deduzidas as leis de queda livro, do pndulo simples, domovimento da L~~ em torno da Ter:a e do, pian.la e:n tomodo Sol, das rb:tas dos cometas e dos ,atlites feitos ?e:o ho-mem, do mO"imento r..iativo das estreias duplas, dos fenmenosdas mars e de :nuitoo outros fenm.no;. Todo, os r~s;lltadosob,ervationais experimentais que .stao do acordo CO;n essa,leis !rUem apoio teoria de N~tou.

    A 1o.::aO pela qual a diversidade de evidncie 6 'Jm fatorto importante na confirmao de UI:la hiptese pode ser su-gerida pela segcinoo considerao, re:ativa ao ;losso exemplodas vrias verificae, da lei de Sncil. A llip:ese em quesro _ que vamos designar por S _ se rdere a wde>, os par~sde meios pticos e afirma que para um par qualquet a relaoSm ,,;-sen {3 lem O m.smo valor para rodos os associadosngulo; de incidncia ~ de refrao. Qnanto mais d;'tribudasfor= as experibcias robre essas div.rsas possi~iJdades, tanromaior ;er a probabilidade de achar -:Im caso desfavo,vcl se Sfor falsa. Pode-s. dizer que o pr;m';ro conjun,o d~ expe'i'

    m~ntos examina Uma hiptese mais parricnla, S" s;:gunc-o a qual'sen",;,en{3 tem o meSmo valor toda-vez que o ,aie l=;oosopassa do ar para a gua COm uma bddncia de 30". POr-tanro, se S, fosse verdadeira mas S -falsa, O primeiro ripa de

    -- ~------

    CRITRIOS DE CONFIRMAO 5 AEITABILIDADE

    resto no O revelaria, Analog.meut., O segundo conjunto je ""--perimentos verifica uma hiptese S" que afirma distin:amente

    m~is do que S, mas no tan10 quanto S _ a saber, quesen a;,en {3 tem o meSmO valor p.,a todos os ngulos a e ,eusCOt'~'pondentes ugulos {3 quando a ll1z passa do ar para agua. Aqui tambm, se S, fo,se v:rdadeire mas S. f,,",.a, o se-gundo tipo de t.,te no O revelana. ~~d..se, POIS, dl~r q~eO t..rceiro conjunto de experimentos venflca a leI de Snell m~IScompletamente que os outro, dois e que por !Sso u:n ros;ll,"dodole, inteiramente -fa\'oIvel, fornece um apolO mao' fo:... pa-ra ela.

    Mas no estamo' exagerando a importncia da evidnciadiv-orsificada? Afinal de contas, um anment~ de variedack pocks vezes ser considerado ~omo insignificante, ju'lam nosso primeiro conjunto de verifica., da lo> d. S,:;,lI.avariedade poderia ter sido aumentada reali:!:ando a e~penenclaem locai, diferente' sob diferenres fases da Lua oU "i'J: expe-, .rimenladores com olhos de diferentes co,,,,. Mas proO-l"" taISva:rh";;5es poderia SOI Uma stitude razo...l s. :lada ,0u'Ji;semosou soub,semos extremame.nle pouco ,ob,e os fatore, cap=sde afetarem os fen6menos ptico,. Na po"a da exp~o:nda dePuy-de_Pme, por exemplo, OS experimentad.o;es no tin~amid"ia preci,a sobre quais latote" alm da, ,:,mude, p".denamai.,taI o comprimenro da CD;una de mercu:lO no ba'e;mmo;quando o cunhado de Pascal e seu, as,oclado, r~?"t;ram aexperincia de Torricelli no alro da m,ontanlla.~ ach'-l~:n quea coluna de mercrio dimilluira maIS de 0110 C0311m.trOS,decidiram logo refazer a exp."ifuda em di::,"enres !uga"s ..em diferemes poca" mudando a; CIrcunstncIaS d. v~_ns mo-dos, ~ o prprio Prior quem o diz .m seu relatr:o: "Pro-cur.i a me,ma ooisa ainda cinco "ezos, CDm grande p=lslio,em dif.temes looais no alto da montanha; no int..r.or da ca-pela que l w acha, fo:a Mia, .m pleno ventD : abriga~odele, em bom le",po ~ duraute a chuva e o ne~''''''ro ~u~ asvezes cslam ""b," n;, tomi!.:ldo ~l'll1pre a precall

  • 2 l.'m "'''lo '4;'0 , '0'*''0, '" ,,. RoJ'''. FD"."'''' '! M'''mp>",,,, S",," IRo,,"oo. M..,., Ao"""_W..l,, P"'''''''O Co.. lO").

    onde b uma const.nt~ CUjD valor E.lmer d"~et""~o'-' e",prri.c'meme COmO sendo 3645,6 A o n Um inte,,,o maior que 2.Para" = 3, 4, 5 e 6, eSSa f6rmuia fornec.. valore, para .\ queconcordam est,eitament" com os medidos por ~g,tr,".; Balmer porm confiava que os ou!ros v':o:e, tambem :eFesentassem comprimentos de onda de r.ia> qne aida no t'Jamsido mtdidos - e nem mesmo encontr.dos - no e'pectrod. hidrognio. (l'a "'iidado, BalJuer de,oonhecia quo "'ltras,aias j tinh.m sido ob,erva6, e mediMs.) Atu.:mor:t., j,o conhe~jd'$ 35 raia, oOn3ecu:ivas n. o:nr::w:. ,ri" doBalme, e lodas -da, tm compr:mento, de o~d. em boa con-cordncia com os valore, previsto, peln f6rm'lla de Balmer.'

    Nao de surpreender que ~mn :o :1.Olhel conf::~ln,opor "novos" fa,os previstos com e~arido aumente a crenaque tnhamos na hiptese. Entre:anto, ,u,ge aqui UC.l o~'gma.Su~onharnDs, por um momento, que a f6r:nula de 3O:mer Stiv..s", ,ido propo>!a depois q:lc a, 35 rai.s atu.lm~~te r~gi..tr.das n. srie tiv~>se:n sido cuidad~,"mente mei".,. Nutecaso fictioio, ter- , raias que ,e "uoc~travam ~m ?rofuso nD' eSpectro, de .misso e de aborKo do,ga,e,. Em 1855, um m;:,tre-"",ol. suo, l. J. Balmor, prop,um. f6rmula que ele pensava exp,.ssar r

  • delas. O apolo pode "ir lamb'm "d. cima", iMo , d~ hip:ese,mais ampla, ou de teorias que implicam a ,hip6!"" con,ideradae qu~ tm o apoio de uma "vidncia independente. Para .xem-plificar, consideremos novam~ot~ a lei hipoltica para a quedalivre na Lua s = 89 t' cm. Embora n.nhuma de sua, con-seqncias tenha sido jamais verificada por exp.rincia n& Lua,tem entrelanto um forte "poio terico, pois deoorre d"dutj;a-mente da teoria newtoniana do movimento ~ da gravitao (io,_t.ment. apoiada por uma e"idncia altamente di,"u.5.cada)juntamente COm a ioformao d. que o raio. a ma"a daLua so 0,272 e. 0,0123 dos da T~la e que a ac.lera,J degravidade na vizinhana da superfcie da Terra de 981. c~~timetro, por s.guDdo pOl' sogundo.

    Por "utto lado, a crneo~ndo p"rtan", um apo;" deduvc ?araela. E em 1913 ,urgiu um apnio dodmi"" po, uma teoria,quaodo B"hr mo'trou quo a f6rmula generalizada - e portanwa orlgiruil de Balmer _ dec"rria da ,ua teori~ do ta:r'" deh1drognh Essa d.duo ro:o~ou enormem.nt. o apoio frmula de Balme:r, p"r con-

    ju~to de dados s ~ependo do qne afirmado pela hipte,ee do que sejam 08 dad"s: saber se f"i a hipte,e ou " conjumodas dados que," aFeseOlou ~m prim~:r" lugar q'lest" pura-monte hi'trica e por jsso Do pode ser J~"ado em C"U~ naconfirmao da hip6tose. Esta a co"c"p" oo.:tame::lt-e im-plcita nas toorias estat,ticas ds ,.,ritica,o, rec.mement. de-sonvolvidas, e taon',,,;n eon algnmas aml;s.s ]gi~as con:~mparim."" da conl:,mao e da induo, c"mo veroma. b,e-V~meme ao fim do .,aplUlo.

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    Outro asp.cto que afeta a a~ei'abilidade d~ uma "ip6t.se a ,ua simplicidade comparad:!! ~om a de ;'i?6te.., dtornativasque justificam o mesmo fenmeno.

    Considel'emos uma li:lstra[o e'qu~mtica. S~p~nhamo'que a investiga"o de corto tipo d .iS!.mas fisicos (C.,das,molas e1"ioa$, lquido, visoosos cu o que for) 'ugira que certa

    caracterstio~ quanrltstiva, n, d.sses siste",as possa SCt uma fun-"lio d. outra caracterstica u e, assim, determinada ur,wooam"-"-te por u (do m.smo mooo quo o perodo de um pndulo lifuno do ,.u comprimento). Procur.mos pnrtantc construiruma hiptese enunciando a forma exata da 'un1.c t,,-,do cons_t.,tado muiro, casos em 'lu. u tinha o, valor.s O, 1, 2, ou 3 correspondent.mente n 0' valor.s 2, 3, 4 " 5. Suponhamo'linda:- gu. no tiv,semo' pressupos,o a1gum ,obre q\:~l poderiaser a forma da relao !uncioual que as.seguintes :r%\ hip6t,,"SC. ttnham sido propostas lu:;: dos !!osso' dadD"

    CRlTtRIOt DE CO"FIRMA,1.tJ E ACEITABILtDADE

    Cada uma d.ssas hiptese. s. ajusta aos dados: par. c.d.Um dos quatro valore, .xsntinados de u cada unta o.la, f37.correspond.r exatam.m. o valor achado associ.do. ;m lingua-gem genmtrica: u,,-duzindo oada nma da, trs hipI''''" porum grfico, a, lrs curva, obtidas contm cada uma os guatropontos d.dos (0,2), (1,3), (2,4) e (3,5).

    Kln hav.ndo, como foi admitido, qnalquer p".smpo'to qu,no, indic.... um. escolha diler~nle,. a bipt.s. t.ria anosSa prderncia, por s.r mai, simple, qu. H, H,. Issosugere que, de duas hip6teses em acordo com os me\;;:~S dados

    SIMPLlCID!>llE

    sa,isia!ri. se ap,"",nt.r - mas boas teorias so la. :Mas para d.sal~!ar um~ tec"ia bem esta_belecida exigem-s. raze, p~nd

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    CRITl'lOS DE CONFIRMAo E ACEITAlllLlD.

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    FILOSOFIA ~A CI~CIA :~Om esta os pOntos Ii,do' em comUm. ,,-ias meliid. que Ccientista vai detolminando mais ponto, it traa.Ildo novos gr_ficos mai, simple, g., go, ;;., que iro coincidindo cada ,.,2mais COm a veriiace:ra cu;va g, assim COmo as func5es aSlOcie_ci,$ f" h j, aprcx;m.r-se_o cada \'ez mais d; verdad~irarolao fundonal j. A obedibcia ao prino1pio de ,impIicidadeno pode pois garamir que se obtell'ha a funo I d" uma s6 vozou mosmo em vri.,; mas,. existir Uma rekao lu~dcnal encoU o n, o procosso con~uzir gradualmente a uma luuo q~. seaproxima da verdadeira :la ordem desejada.

    O argumento do :;Ceichenbaoh, aqui ,ep,oJLlZido em formaum tanto simplificad., " e:lg.nho,o, ma> sua fora iiJ:'li:~.Pois, por mai, longo que '" tonha ido n~ CJ~'t,uo dos grf'-

    , H. R"""'.o",,,,. E-.< lJ,.,....,,':,. "Ch~''''' P,"". lO"l. '' ;; o corrhecime~lo, os ~:lundados sim pio' dovem :or co:ao ma:s aJ:a quo oS menos sim_pIos porque eles "os dizem mais, parque a contedo empfricodeles moior e porque so verificveis em melhor 8ro".'"Popper toma sua noo d. ';mplioidade como gr~u de 11J,i-ficabilidae mais explbta por meiD de doi, crilrios difere~l.,.D. acordo com um deles, a )jip6,e'e do que a rbi;a ck. umplaneta seja um ci;culo mais simple, do que a que ifinna

    , K. R. ",;>]>O,, To. Lo:'" 'i S6'""I" .o""".", (l.cT.',,,, }I"".,-,,",.lO"), ,. '''' I" """" ,'o d, '""'). A ",,,,,,,-,," d", ,,,;,, , "'" .,,'_""" """i", , ''--'to ''''' """"0' Vl VII ,.~. li.", ,-.., "'o

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    FlLOSOFIA DA CINCIA ).lATeRAL

    que s~ja I!:na ~lipso, porqu~ a pri:neira podoria ser l:1dioadapela determinao de quatro po,i5es que no pert~n.m aum mCSm(} crulo (trS ponto' podsinl ex-pres,ar essa credibilidade em termo, quantitativo, exates, me-diante uma definio que pa.n qualqoer biplese H e qO'"''luerconjunto K de enunciaM. determine om ll-Lm1ero c(fi, .>(J que,,",a o grau de c.redibilidad' q~e E possui em relao a K. E,j que fulam"" freqentemente em bip6t'ses mais 00 ;nenesprovveis, perguntamos logo se e'te conceito quantitativo nopoderia oer dellnido de mO"" a .atisiazer aos principios bsicosda teoria da probab!iidade. :'-l,oole caso, a credibilidade de lirelativa a K seria Um nu'metO ,.,al no inlerior a O e "aosuperior a 1; Um. hiprese qoe v'ldadeira por razocs pora-mente lgicas (lal como 'A.:ncl chover Ol:. no e;"overnc CorcDvado') ter sempre a cr.,dibilidade 1; e a cre6ibili-dade da hip6te>e de qoe ,eja verdadeiro um 0"- outm de doisenunciados li, e H, logioamente inoompatvei, ,er igual soma de suas credibilidades: (H, ou E", K) "" c(H" Kl ..,....:,. c(H" K).

    n.. fato, I'ria' t,otias para ""as probahilidades forampmpo,!&S.lO Partindo de ",tos axiomas, como o, que acaba-mes de mencionar, chegam a uma var""dade de teorema, maisou menes complexos que Servem para determinar ""na.> pro-babilidades c

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    II

    FILOSOFIA DA CINCIA :'-lATURAL

    claro C(>mo caractorizar com rigor falore, como a ,implicieadodo uma hiptese o~ a variedade da ev!dncia quo a ~'lSIonta;muito menos, COmO ""pre~s_los numoricamonto.

    Entretanto, ccrtoa rosultadoo elucidativoa- o de onormealcanc. foram obtido, r.c.nt.ment. por Camap, que .,t::douo problema em linguage"'- modelo tigotoaamente fDrma3.ada,cuja estrutura 16gica consideravelm.Iltc mais simples q::e arequerida para 0< propsitos da cincia. Carnap d.senvolveuum mtodo geral d. ddioir o que chamou o grau de 'c::fU:-mao para qualquer hip6tese exp"e.,a em tal linguagem. Oconceito assim ddioido satisfaz a todos os principios da teoriadi! probabilidade, O que permitiu a Cama? referir-se a e:. cOmo"- probabilidade lgica ou indutiva d~ h'p6tc,e r-,lativa in-formao dad."

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    AS LEIS E SEU PAPEL NA EXPLICAOCIENTFICA

    DUAS EXIGNCIAS BSlCAS pARA AS EXPLICAES CIE).:TiFlC>..5

    Explio"," os fen6mono, do mundo ff.ico tlm do. prin-cipais objelh'os da9 Cincia, )Jatur.is. Ik fato, quase tDS .,investigaes cientificas que ,erviram como iltlmaos "OScaptulos p"",dentes visaram no descoberta de um fato par-tioular, mas conqui'ta de u,na cDncepo explicativa; ?lo-curou-se ,aber COmO era contrada a febre pncr;oeral, pOe 'lu,havia uma li",irai" caracterlstica para a capaoidado deva--I6ria das b~mbas, por que. trammiss"o da luz obedoci. s leisda 6ptica g.omrrica etc. N~ste captulo" no prximo "acne,examinar com aigum Mtaihe O carter das ex?!ica'. c;e"tfi-ca, e a e.pcie da compreenso que elas fome"'m.

    Oue o homoID .empre e persi.tememente preocupOll-,e emcompreender a enonne divusidade da. ocorrncias no mundoque o envolvia, (kixando-o muitas vczes perploxo e no rarOamedrcntado, prova-o a Il)ultiplicida& de mito. e meliforas qu~imaginou para justificar a tlisrncia meSma do mundo ~ de siprprio, a vida e a morte, os movimentos dos a.tro~ a dia e da noite, as,calllbiantes estaes, a ,,",;,wae o bom tempo, o rellmpago e o. trovao. Algumas dessa. ou os inoscrutvei, desgo,io,de um Deus. E inegvel que davam a qu~m "" ~ceilava o son-timento de uma compreemio, porque ihe aplacava a perple-xidade; neste sentido eram "respo.tas" s pergunras formuladasM.. por mai, satisfatria. que o fossem psicologicamente, noeram adequadas finalidade da cincia que , 011'. suma, a dedesenvolver Uma Nncepo do universo apoiada -clara e iogi-

  • 11,,

    FILOSOFIA DA CIhcIA :- Sol Da' ~otL:ul", _.0' ,_ '0'que exi t '" =eras "",pri-CO, no pode justiflcar a expectativa dos fenmeno, ca:aot

  • ,ri ,:I,I';I""II"

    ',. tacgenle s_perfcie esrie-a nesse POfi'lO e usando a lei bsioa da rtes, la~\rnas etc,).

    Te>das eSsas expliea:;es podem ser concebidas, eUo, co-mo s, que constillli um de>' tipos &e explkao cJe"tiica, ?odeser representada pelo !eguinte esquema:

    \ , A""""," ,,, lo .. ",""",, "", ,"","i~ .. ''''.'', "",,,imo,,, ""Ilioa6z, dedutivo_nomol6gicas satisfazem ao requi-sito da relevnda ..xplanal6ria no ~n:ido mais forte pcssvel:a informao explanat6Iia que das fotnecem implioa a 5e,,:enaexplatttmdum deduti""men!e e permite assim oonoeuir logica-mente por que de esperar o f~nmeno explanandum. (EJcon"tratemos em breve oUlras explicaes cientficas que satisfazemao r'"'luisito ap~nas nUm sentido mai, fraco, .inclutivo.) E orequlslto de ~rificabilid.de tambm satisfeito, poi' o expla-nam implica ..ntro outra, coisas que nas cOlldies especilica-das o fenmeno expitmandum ocorr~r.

    Algumas expli~aes cientifioas obedecem ao "'quema0-)1) d., um modo "ostante e~ato. E; o que aca~t~oe, paltem devidas a um planota e~terior allda ~io 01>--ser"",do e calculou a posio, a mas,a e outra, oa.:actzticas

    As LEIs E SEU PAPEL NA. ExPLIA.O

    que esse planeta deveria possuir para, de acordo .;om a :tonade ='leMOl!, dar razo quantitativa das irregularidades con'ta-tadas. Sua explicao foi sensacionalmente confirmada peladesooberta, na po'io prevista, de um novo planeta, )l.runo,que tinha exatamente aquelas qaraotel\stica .;lalouladas porLeverrier. Aqui t.mbm a explicao tem o carter de umargumento dedutivo cujas pr-ernissaB incluem lei!; gerai' - nocaso, as lei. Mwtnianas do movimento e da gravitao - enunciados que esp-ecilicam OS valores particulares aO planera

    peIturb~dor de vrias grandezas.No raro, emretamo, a, exIiicaes dedulvo"llo:noldgi-

    CaS so enunciadas em forma elptica: omite..-n a menao de"'rlaS supooies pressupostas pela explicao ma. tacitamen-te aceita, no oonte~to dado. So explicaes s vez~s ~::

  • ,,"

    As LEIS E SEU P,'~EL NA ExPLICAO

    Como acabamo, de ver, as leis desempenh"-'n l:.."!l pap.Je"eJlcial nas explicaes decutivo-nomolgioas. For~~cem oelc> em razo do qual ci,,:unst!inda, particulares (i~dicadaspor C" C, .' _, C,) podem servir para explioa:: a ocorrnciade um eVento. E quando O explanandum !to Um ev~nl"particular. ma' Uma un:formidade COme> a das caractersticasdos espelho, esfrioos " parablico" as ).eis explioo,;.,-", ffie>S-tram 11m sistema de uDile>rmidades mai, comprn,tante a sua presso, o ,eu volume aumontal; s~mp:e queSe dissol""r um stico nUm lquido, subJr o ponto de iOllliaode.se ~iquid:>: sempro que Um caio de luz se fletir numa ':lperf_de plana, o ngulo de reflexilo ,er igual ae> llc"Ulo de incidncia;sempre q\le .. partir uma barra imalltada, os pedac>, obtido,tambm sero lmas; ,empre que um cc>rpo oair Jivromente nOvazio, partindo do :repou,o e de uma airura naO muilO g:-and.,a distnoia percorrida em 1 ,e)';Und", s-'...r de 490 t' em, As Jei,das cincia, natnrais so em maioria quantitativas: ,e\taJ".,Jecm

    LEIS UNIVERSAIS E GENERALIZAOES AClDE~TAlS

    ria ser muito denso, muHo pequeno e e'tar cc>locae .zutre oSol e Mercrio. Ma~, ao contrrio co qu~ sucedeu COm asanomalias de Urano, Vulcano no fc>i aado. Uma "xplica,o ,atislatria s v"io a ser encontrada muita mai, lard~ pela

    \ teoria du a,' irr~gula"ridade, de Mercrio no pela existncia de Um eleme~to per-turbador. mas deduzindo-as de Um nC>vo ,i'tema de lei,.

    no a!'Iese.ntaVr ~xemplo, aqu~cimento do g'; moviment~ ca bobinaatravs de um ca:npo magntico). Para v-Ie>, no przo:samosentrar nas' complexas ramificaes da IH>:;c> de Cau,a, ~a,tanotarmos qu~ ditado "Me'mas causa&, mesmos efe:IO''',aplioado a eSSes enun~iados, implioa diz"" quo toda vez queOCOrrOr um eVe~to da espcie F, el~ ser a:ompanhado do umeVento da espcie G.

    Dizer que uma explicao repousa em leis g~rais ~o dizer que a ,ua desooberta requer a deSCOberta de l~i. O queh d. decisivo na rev-ele.c> trazida por Uma explicao ",odeprovir , v=s da descoberta de um fato particulir (por eXem-plo, a existncia de Um planeta at ente> d~sape=:'ida; amatria inlectada introduzida durant~ o exame !>"las 'I1ao, domdico) que, em virtude d~ leis gerai' j aceitas, d a razodc> fenmeno e;r;plar.andum. Em outros casos, como o dasraia. no espectro de hidmgnio, o trIunfo explanat6rio comi,teM d~soobert" de U"la lzi d~ oObertura (010 caso, a d~ Balmer)ou, eventualmente, de uma teoria expli::ativa (no ca'so, a deBohl); e, em e>Ul'OS casos ainda, a maior faanha de umaexpli~allo est em mOstrar que, e exs: O caso determina l'e>r si meSme> aespck de descoplita req>reda para sua soluo, u,ve'riertentou explicar o, desvios observados ne> movimeJlto de Mer-crio relativamente ao calculado teoricamente pela atoaodevica a Um pianeta ainda l1o observado, Vulcano, que deve-

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  • II"

    FILOSOFIA DA CINCIA KATUM~

    rclaoos mat~mticas entre diferenl~' o.raC:elstlcas q:nan:il~,iva'dos sistemas ffsi~s (por exemplo, ~ntre o v':ume, a pres,o e ..rernperaru,a de um g,) oU de processos (?or exemp:o, e.~tJ:e otempo e a distnola pe:corridos em q:ueda livre na lei do Gal:l;entro o perbdo de revoluo de um planeta e sua distbci~ rr:i-dia ao Sol na te,ceira lei de Kepler; entre Os ngulos de inci-dncia e de refrao nl l~i de Snell).

    Estritamente falando, um enunciado q:ue assevera uma co-nexo unifo,me no ser conside,ado "ma lei se no 1:cu.'errazes p.ra admiti-lo como verd.deiro, nC'rmalmen,e, ningumfala de fal..., leis da natureza, Ma, se isso fosse flgidarr.~nteobservado, oS enunci.do, habitu.lmente ""oamadcs l; de Ga-meu e leis de .Kepler no seriam cta"ific~dos como leis, paes deacordo com o que sc sabe hoje em dia e'~' S valem ap'oxi_m'damentc; e, como ve,emo, mais tarde, a teoria fsica c>:pllca por que assim o . Ob,el"vaos anloga, se ap:icam sleis da ptica geomtr:'-o. Por ex.mp'o, mesmo em m." ho","gneo, a luz nao se move rigC'ro,amente em linha re"-'l' podes::r encurvada por mna ar"",ta. U'ar~mQs entretanto a p.avrn'lei' de meda Um tan,o liberal, aplicando C' t.rmo tam"",,, aenunciado, do tipo aqui =cionado, "iliCo' aP:Jla, com a,m,..>:imao e cOm restrio que a teoria jOlstilica. Vc:taremos aeste ponto q:ua:ldo, no prximo captulo, con,id.rnrmc, ~ "~plicao das leis pelas teoria,.

    Vimo, q:ne a' leis invocadas nas explb'es cient:,oas ti-e-dutlvo-nomo!gicas t"L). uma forma bsic", 'Em todos os "~wsem que ,e realizam con6i", de espcie F, rea1izam-'~ tambmcondies da espocie G', !nloressa ob,ervar, entreta.:lto, q:le nemtodo enunciado ~o:n e'ta lorma nnive"al, alnd~ que "",,cacoi-ro, pode ,er .qualifioado como lei da nam",za. Por exemp:o, a,ent'na 'Todas as rochas nesta caixa contm lerro' :em ic,mauniver,al (F a condiC' de ser uma rocha na oa:xa, G a deconter ferro); oontndo, mesmo sendo verdadeira, n[D ,e,,,, con-siderada COmO Uma :ei, e sim como uma assero de alga q,,""aoontece ser o caso", COmO "ma "ger'",aJizao aoidentci".Como outro exemplo, tomemo' o enuncizdQ; 'Todos os co,?~,consrirudm; de ouro p"ro lm m"-'sa inferior a 100.000 quJa-gr.amas'. Sem dvida alguma, todos o' b:oco, de OUrO at ~go:aexaminado, pelo 1).ornem esto de acordo ootn essc enunciado;h, .,;'im, uma com:dervel e,~dnda co:tlirmat6ria dele e nenhnm ca,o se codhece que o refute. !. ""Smo possvel q:l

  • 'I,

    ,

    lei de Galileu) decorre da teoria newtoniana do mo,.L."e"toe da gravilao .m conjunik> COm o enunciado de ~u. a ace_lerao de queda livre na '::'erra t de 9,8 m.t,os p, ,eg'J"dopor .egundo; rem as.im um forte apoio terico, =lam.nt~ ~Omoa lei mencionada anteriormente da queda livre' na Lu.o"

    J observamos que uma lei pode .ustenter enunciado,condicionais subjuntivo. e contrafaluai, sobre casos "!lO/en-ciais, lsto , .ohre casos particulares qu.. possam ocorier ouque poderiam ter ocorrido mas no ocorreram. D~ modJ an-logo, a teoria de Kewlon S"Ste~la nO'Sso enunciado gera, nUmave,-siio 'llbjumh'a que sugere "ua cmdo e lei, a saber:'Em qualquer corpo OOle'10 quo pudesse existir COm o mesmolamanhe> da Terra mas oom O dObro a duas vezes maior, a nueda 11'..,ea pattir d~ repouso ob~dece lei s = 4,91' m. Podo' no ha"erno Univ.rso imeITo obj.to que l.nha esse ralo e essa massa,e contudo o onunciado tem o cart~r Ce uma 1.1. Po;, .le(ou anles, uma e,trei.:a aproximao d~le. como ne ca,o da

    II

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    alta prob5bi!jdod, ?"r~ p,,"was OX~Q'''5ao samrlp d, '1,"".:0'"", doenahullnho ,"ovo exposto 'o 'ar=po

    [fez a11m.,nco ~".v;:dl

    lRvemo, agora con,iderar mai, de P'I1D os dais traoscaracterstico< da explicao probabilstica quo a~abamo' d.anrar: as leis probabil,tica, ql'e ela invoca e o gnero p,cdiarde impIcao probabilstica que ligs O expk",.:"'" ao exp!f,mln_"'=

    :;.:fa costumeira apresentao de um argumento d.cutivo,que uSamOS no e'quema 0-)1) visto anteriormeDto, a OGr:ou_so fica '.parada das premissa, por uma :"teuma co""",ao cntr~ ficar porto de 11m d,:",ute_ de 'n'a~~o eapanhar a doena_ Entretanla, essa co~,xao nao pede s_. ox-pre,sa por uma lei de fo:ma uniYe",~I; ?~s nem tod-o c,:-sc d~oxposio ao sararr:po produz cuotg:o. ;. udo qu~~:o 1. pobE1M:ica ou, ab:ev,adamente, leiS pr~b"b"ISi'~I>'!.

    1\0 nosso exemplo, emo, O e:'l7Iflnans co=ste. na Ie: pro--babilis:ica que acab~mos d. m,ncionar e ,,-o enuncldo d. quoPau!inho estove exposto ao sarampo. Ao C1l~trr:o do, que'acontece na -expl:oao dedutivo-nomo,6gi~a, es~es elluno:adosexplana", no imp:icam dedmivam-olll-o en~D""'do, expI~dum de quo Paulinho apanhou , _naO ,sor~ 5uah,~,~a10como uma lei se ,xcluit oonaS ~orre"Cla, hlpOtelloas ("~,:,-oa fuso de dois bloco; de onro c(Jm maS,a T-osultan:e ",:p.:!or

    100,000 ~uilo""amas, no caw do !lQs,a gonerahzaac H)a",," ""4que uma r.ria aco'1a consiuera PO,SlVOlS,

  • =='= .....=.....,',.,==_===",__~JiI

    1(,I1 iII"I"~o

    ""If l", ,.,;j: \

    ,, ...,, ,I

    li "I,I "lI'

    quocien:e entre O nmero de es~olha, la,'orveis di'~oni"~i, eo nmero de tOda< aS escolhas possive[s, i,to , 600/10CO. Ainterpmao cl"ioa de b) e c) seris anloga,

    Mas esra oaracterizao inad

  • prl>babilidados a"ooiadas ~Qm a desi~tegr8.(;o radic-ativa, comas transi,os emre diferentes estados de energia at:rba, comprc~e"os g~ntlcos etc" so determinadas pola ave,iguai':o dasfr~qiJucias r",ative, correspl>udeme,; en:retanto, i"o rr:~itasveze, feito por meios altamente indireto; e no pO:a oor.ragem

    d~ ewntos atmi~os individuais ou ev.~to' indhiduai' das ou.tra, :,pcies relevames,

    A interpretao, "'m t'

  • n']I!,I,! li. i 'I,i,, 1;':1

    r

    'I',.,

    II'

    '11,11'I

    tais vonfioae', entretanto, aproU.nta problomas ospecia;. quoped.m por um e~am', ainda que br..'.

    Consideremos a hiptese, H, d. que a p,obabilidade delanar um s com um oorlo dado "ia 0,15; em norao con_cisa p(A,D) = 0,15, onde D o experim,nto fo:iu:to dolanar o dado .m questo. A hi?tese H no i:nplica ded,,livam.me quantos ases sairD numa srio finita d. laname~to"Klio implioa, pDt .x.mplo, quo exatament. em 75 do, primeiros500 lanamontos sair um ., nom mesmo que o n:nero deveze, em qu.sair um s esteja compreendido, digamos, entre50 e 100. 1.go, se a proporo dos a.., rea!m'nt. obtidanum grande nl1lll"ro de lanam.ntos difl>rir considerav.lrr oeso, a hip6tesea,s",'",a I por implicno 16gioa o resultado da vorifica:;[o oonfirmar6rio no ,entido de mOStrar qu. uma oerta partedo que a hip6tese ass.vora de fato verdadeira. Ma, nad~ d.estrilam.nto anlogo fica mo,trado para }f por m.dida, de L-..-qncia confirmatria" pois H no as,overa por implicao quea freqUncia cio, ase, numa longa, srie ck lanameDtOS sercertamente muito prxima de 0,15.

    Ma, embota H no impea logicam.nt. que a proporlktdos age,; obtidos nUma ionga, ,,,ri. d~ lanamentos possa "ias'ar-,e gl'andernent~ d~ 0,15, cortam~nto implica logicamenteque esses afastamentos s.jam aJtamente imprm'veis ao sen:idotatistioo, isto , que se tep':i,mos um gl'.nde nmero devezes o e.xp.rimento de executar Uma 10ag. srIe de laaaI:len-tos (digamos, 1000 dele, por ,ri"), ento somente Uma abi1:dade de. obterum .s nUm ianame~to no d-eponda do re5111tado do laaaJ:leu-to p,"c.

  • FILOSOFIA DA CINCIA :-~ quo determinaro a) quais d'5Vios das fre'l~:ias o"jsor-vada. em relao . probabilidades enunciadas por U"'" hip.tese podem ser oomid~rados oomO raZeS para rejeitar a :tipdeesee b) com que aproximao de"em a, f,eqncias observadasconcordar com a ?ro~)bmdad'O hipo:r:oa para q":l~ " ?ossaaceitar a hip6tese. &nta o grau de conoordi.ncia dosresuitados estatsticos com as probab:licades especiiicdas pela

    rI!I

    As LErs E SEU hPEL N;,. ExPLiCAO

    hip6tese, mas tambm quo ,ria seria a con"qncia de. acei-tar a :tin,ese e a"ir em conformid~de Cv. fI, ;no"'Ji"~do o"~:Jas

    . . . .com a vacina) quando de lato .ia bisa o" d. rejeI:ar a

    ~ip6.ese e agir em co~,"q'ncia Ce. g"" desrouindo ~ vacba em'>difcando ou inte:rrnn'>endo O processo de mar.n:a:ura)q"ando ck fato a h;pt.. verdadei,a. Os Fob:-,mr.s CC~lplexo> que ,u,gem o..te oonte)::-~ formam a m~tria da te~ri~das vetifica., e decises es,~t,ticas, que se des,nvoiveu nasdcadas recentes baseada na teoria mat~mlica da jlro;'l-bilidadee estati,:ic.'

    Mui:a, lei, e muitos principio' :e6,icos jo:portan:es da'Ciocias Na:urai, so de car:er I'robab'lstico, e",'ocra '"iamfreqenteme.."'lte de forma mais compEoada que os sim{os enun-ciado, d. I'robabilidad~ que dlS~-ltimas. Por "".mplo, de _aoor_do com a teoria ls:oa co,"n:e, a de'imegra,&o. rad,oet:va um fenmeno fortuito em aue OS 'omos de cada ehn.moradioativo possllem Uma probabilidade c"ao:ersti-oa de d.,into-g,ar durame um d.terminaco ?"rado de t~m?a. As _lei, pro-babilsticas co"espOllde"t.s s1 que do a "vida :udia" do demoLlo roiocid.j pcrele,. Assim, as leis de que a "vida mdia"' do rdio'" de1620 anos e a do poinio''' d. 3,05 minu.os sigr.i!icamso, de 1/2 a prooabiEd~de para um tomo de rid,o'" desin-tegrar",. dentro de 1620 anos o Sa' d. 1/2 a p,obab1idaMpara um tomo de ~Jlnio d~,:n:egrar"se do~tro do 3,05 mi-JlUros. De acordo com a interpretao estatStica citada onte-riorm,ntc, e..os lei, implicam que, de um g,a~d. ~~m ..oCo tomos de rdio'" ou de oolo'o'''' exister.tes ~ um~erto instante, pratioament, s met~de coorbuar e~istiodo ainda1620 anos ou 3,05 minutos depo:s~ a outra p~r:e d"iut.g.rou.seradio.tivam.nt. Outro e:

  • 'lU" a evidncia de apoio achada para elas ,emp'. a de umcODjuntD d. dosco"ortas e verifioaes fllta e Jogican::"~t' in-conclusivo, que lhes pode conferir somente uma probabLidademai, ou menOS a~ta. :;0..a' este argumento esquece que a dis-tino entre leis d. forma universal e leis d. form~ p,okt>ili's-tica no se refel" fora do suporte e"idencial para os doistipos de enunciado, mas forma delo>. que rei].;!. c "rtorlgico do que eles afirmam. Uma lei d. forma llniv'''a1 ess"ndalmenr
  • FILOSOflA DA CJtNCIA KATURAL

    zendo que as primeiras efetuam uma sub,uno decu,h'a soblei, de forma unh'ersal e que a, ltima, ,;emam Uma ,u-"unoindutiva sob leis de forma probabil,tica.

    Diz-s~ s vez~, qlle justamente por callsa do '"" carte,indutivo, uma in:erpretao probabm,t,~a no exp:jc" ~ ocor-rncia de um "'enm, j q1J.e o explanallS nao excbi :'~gjca_mente a SUa no-o~o:rbcia. Mas o pal"'l importa..;:" , cadavcz maior q'le "' leis o as toaria, probabilstica, cosel"pcnhamlla cinoia e nss sua, aplicao> faz 'lu, ,'ja p-llorivolcon,ider~r a, interp,otaes baseada, ~'''e' princi?io, ,~",bmCOmO expli~aes. embora de espcie Menos rigore,a quo "'M forma ded:l1ivo-nomolgica. Tomemos, para e~er..p:", adesiutegrao rad,ealiva de um miligrama de po,nio"'. Su-pon::'amos quo o q'Je lioa dessa quant'dade aps 3,05 mi~uroslenha uma maSSa ~ompreeudida entr, 0,499 e 0,501 :n'ligra_mas. Podemo, di'~r que e'le falo fica axplioado pela ki pro-babi:st,oa da de,;u:egmo do po;6~io''''; po's essa :~', emcombinaao com OS principio, da probabilidade male:ntioa,implica dedutivamente que, dado o e~Orme nmero d. ~amosuum miligrama do polnia"', a "ro;,abmdado de re,U:tadomendonado inoomparavolmente IDa:o:, de modo que a suaocorrncia nUm C">o particular pode ler espe"a com "cer_teu prtica".

    Tomemos, para outro ex,mplo, , explicao dda pelateoria ciutic' dos gases pera a gene~alizao ~stateloc'd. em-pllicamenle que se chamOll iei de d;/",;;o d." Graham. Segun-do e:a, nas mesmas cO::ldies de temperatura." do presso, asvelocidade, com q"e dilerentes gases es~apam, Oll dilu~dem-se,alravs de uma parede porosa dolgrrda s;;o ;nvor,.me~t' proporcionais " razes quadradas da, '"tIS pesos mol~culare,; demodo que, quanto maiQr for s quantidRde de g< dilu::ldicla porsegundo atrav, da ?arede, mais leveI sero as suas molculas.A explicao se apia na considerao de que a maSSa dogs qU~ se difunde atrsvs da p,rece, por segu~do, propar_cionsl volocidad" mdia ck su"' ma:cu!ss c, ?O"tanlo, qu~a le; de Grabam ter ,ido explicada ,e se puder ,,).Ostrar queas velocidade, moleculares mdia, dos dife,enres gases puro,so lnversamente proporcionai, '" raz", qu,dreca, ~os '"uspesos moleculares. Para mostr_lo, a \1:oria !a~ certas supo_sie, cuj. significao ampla a ce ,,-ue um g.s co~siste deum nmero milito grande de molclha, movendo-se ao aoa,oCOm velQcid,des diie.:entes, q"" m:ld,m fr"qen~em"ne e~l

    As LEIS E SEI; PAPEL NA ExPLICAO

    virtllde das colises, e qu~ e,:e COmpJ:tamemo :o,-:"jto .,,,tecertas uni:o,midace, ?robab:!isticas _ e", par:icnla" a deque as mdculas d~ Um dado g.s, COr."! tem"eret~ra e ?ressodeterminadas, toro ciferen,e, vo!oo:dade, 0'*' occ,rnciastm ?ro;'abiHd.des di!oremos bem d~termjnada,. :2ss", ,up~si,es permitem caIoul.r os vaiores prob.bi'lscamer.l~ espe_rados - os chamacos valores "mais prD"v~i," _ ql:e as v~_laoidades n,dias dos dif~rem", ga'es pos,uiro n~' n:esmas

    condi~e' de Iemp,ra:m. ~ presso. Como mos!oa 1 t~Q"ia,eSle' valore, mdio, :nai, p:oviive:s ,o de !ato h",omer.Icproporcionais s rei,,,s quadradas dos pesos molecu:a"s dosga"".. Ma, as ve!ocidades rea:s de difu,o, que ,o ",d:das

    e~p"rim'nlalm.'n:e e es:c ,,*itas lei d~ Grshsm, ,pende_ro do, valores reais que a, veloo,dade, md:., tm r."' va,-tos mas li~i:os enXam~S de mo:culas que C"~'t:tuerr. 0' gasesem questo, E os ",lores ",Mio, ,e.is est~c ,ela~:CTI~~O\ aosccrrespond

  • AS 1EORlAS E A EXPLICAO TERICA

    As CARACTERfsTICAS GERAIS DAS TEORIAs

    1'08 captulos precedentes tivemos r"P"lida.mente Qoasiode mencionar" importante p.pel qu~ "s teorias dostmpenh.mua explicao ciz!ttfica. Vamos agora "",minar sjsr'matica.mente e COm alguma mincia a natureza e s (uno delas.

    Um" lcoria usuilrn.nte introduzida quando UHI .,tudopro'io de urna classe de fenmonos revelou llm si'lerna d. uni_formidade, que podom Ser e~press.s em forma de leis .mpi';-caso A teoria pro"""a entilo e>:plioar essa, regularidados e, emgeral, proporcionar uma compreensD mai$ profunda e mais"-purada dos !enm"lO' """ questo. Com este fim, inte;:>relaos fenmenos cOrno manife'ta~$ rk ecr:dades e de pro,,;essosque esto, por assim diu:!, per trs ou por baixo doio, t queso gOvc"cnaos por lei, terioas cara:terlstkas, ou principiostericos, que permitem ~xpli"ar as u~i::'(l!midades empricaspreviamente de,cobertas e, qua'e ,empr

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    F:LOSOFIA DA CINCIA )IATL'~AL

    Esta ccncepilo par""" forn"cor_nos Uma como,c'nsilom prof~nda d~sse5 notveis fenmenos bblgcos codo-ucsa 1mp,es!ao d" fioa::mos mai familiarizado" mai' "i: von~~d"COm ~l, .. Ma" co.mpreendr n"$l serJido no O que se q"ere.'l'l cluo:~ e ?rn :".'wn';. oon",:p~u.l qe ""?lique os :'e'l6rr:.~.~s1l;est sen"do lnlUIrl:n ~ao ~era~ somem p~r esta razo, ql.:ali_frcado como. un;~ .eo=~a "'&llll\ca, As .$"Jposi6es fd,,-. pmum.a .teorla C1~ntifJCa SODre O. processos ,ubjacentticas que 00 governam e os princpios de tN:~'_posio contm a hip6t= '"bre a proporcionalidade da taxa ddi!usao, que 6 caraCleristica macrosc6pica do gs, velocid"'cem'dia de suas molculas, que quantidade defhida em te::nosde "microrlvel".

    .'

  • FILOSOFIA OA CINCIA KAT\!RAL

    mdia de ,uas moIoul..,. A exp;iao ma ento una "gundahip6tese de lram;>asio: a de que a energia. c;)tica mdia dasmOlculas de u."Ila detorminada massa de gs perma.ne:e eOOS"tante enquanto permanecer cDnstanl, " remperatu,,; e,te princ_pio, jU'llo com a prvia concluso, cond"", evidentem,nt.; II leide Boy:"

    Nost., dois ,x"mpIo. pode.se d;z,", dos principios de t,an._posio que eles ligam cortas entidades admitidas, que no po_dem '" observada, ou m,did.. dire;amente (lai, oomo a. mo-lculas, suas m~"as, suas quantidade, de movimectD e nas ener_gias), COm a'pe:co' mais ou menos direramente ohsorvi:vd. oumensurveis de sist~as fsico' de tamanho ""Wia (e. g., atemperalUra medida por Um termmetro ou a p:eso com "ohservvei,e>:p,rimentals", "orno motra a explica:;o dada por BOhr da ge_neraliza,o emprica expressa pela frmula de Balmer, que per-mte, ~om~ vimns, calcular facilmente o. compr,meoto, ~" andada, raias di,cretas que aparec~:n Co", nmerO t"ori~am"nle in_finito) no eSp"0tN do hidrognio. A oxplicao do B,,:,r e'tb,se.da nas seg:linl", hipteses: a) a luz e:hi"da p~lo vapDr"excilildo" eIlrica ou termicamenle rosulta da enetgia jioertadaquando os elct,on. nos romos indiviciuais ,altam pa,~ um ni_vel energtico ",ai, haixo; b) para um elotron de Um tomode hidrognio s so pormitidos n\'ei, ene,gtIco, que fo,m"mum conjunto disCP.lO (reori:ameme idi:JIto); c) ~ energIa 6Elibertada por um salto de d::tron produz luz de um oon:p,i:nen-to de onda)" dedo pela lei)" = (h. c)!6E onde h a cons-tante universal de Pla.~ck e c a velocidade da luz. Em conse-qnda, cada u",,,- das raia, no e'~ec:ro de hidrogn'~ ~Orre'ponde a um "salto quntico" entre do,s nv~is e~"rg~ticos de-terminados, e a frmula de Balmer deoorte rigoro..:J1"nte dashipteses t'rica, de Bohr. O, prindpios interno, ;:lvocadosaqui i.~oluem as hipreses que caracter'>am o modelo de Eoh,paro tomo d~ hidrognio COmO com'.i:uldo d~ u:n ~~:eo po.itivo e de Um el::lron que se mav, em torno dO:e em umaou oUlta de uma srie de rhitas passveis, oada Cena Ms quaiscorresponde a Uen nvel de e~ergia; e da hiptese b) acima. A,hiptese< a) e c) so princpio, d~ lranspo,i~: cOf'elado-Dam ~s enlidad" le6rloas "inobservvei," oom o Que ;!ove serexplioado _ os comprimentos de onda das raias ist~mes no.,peotro de emisso dD hidrognio. Esse. comprimeutos Co o~da

    r'c',.I IV; TEORIAS E A ExPUCAO ;:'ERlCA

    no ,ao- observvci. no senrido o-rinria da palavra, " :lao po,dem Ser medidos to simple,m"nt" , tO ditota.,necte oomo, di_gamos, o comprimento e a largura de um retrato on o PO'" deum saco de hatatas, A medio deles um procedi.-nen,o ~lram"nle indireto- que .~ ap6ia em numerosas sU;Jo"&s, er.lO" asquals as da teoria ondularria d" luz. Mas uo oO:ltexto quo estamOS comid~rando, essas suposi&s, mais do que ad:nit'd"" es_ro p,essupostas no or6prio enunciado da uniformidade para aquel se procura uni~ explioa~o. As'im, o, fenmeno, quecorrespondem pelos .princlpios do rtansposo s entidade, aosprocessos bsicos postulados por um~ t~oria no procisa:n ser"diretamente" observvcls ou mensurvei" podem mu;.o hemser oaracterizados em termOS de reorias previamen;e eSla":>eleci-das, ve.\icve$

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    FILOSOf!A D,' CfNClA NAT"RAL

    pios de lran5po,i,So, os principio, ime'no, de uma teceia noconduziriam a impl;caC'>es co!1frontveis com O que j no, familiar e a exighoia d, ""rifioabUidade seria viol~da.

    COMPREENSO TERICA

    A verilicabi:idade e o poder explanatrio, e,,-,,_bora de im-portnda deci';va, so apoMs condies neces$ri~, mlnimas aserem satisfeita. por Uma teoria; pois esta pode. sati,fa2_las semelucidar grande coisa e 5em d~Spm.ll interesse cientfica.

    Quais sao as caraterlsticas que distinguem uma bc~ ~e~riaci..mtifica no posslvol diz-lo de maneira muito prdsa, Al-gumas doIa, foram sugeridas no capmlo 4, ao di,cutirmos Oqu

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    II

    Mas ess. concep,o, -por mai, persuasiva que . oOnvono

  • iIiAs TEORIAs E A ExPLICAO T~R('"ihagem ,imblica para inf-orir cerWs fenmenos empr;:os (c,,-

    mo al"'reciment de roias caracter,ticas num -os;Jeo:r6graf"cnveni~ntemeIlte colocado) a partir de outms (c"m" a passa_gom de Uma ds ., suas carao:Orx,,;o.- fa-miliare, po e'tej~:n "",almento aii".

    Algun' cienr:s~a' e oIgun' fiI6'o'D' da cinoia ,ao de "pi-ni" d:ammalmeme "p"'ta a .'ta que ac.bamns de wmieorar.Em linha, getais, e1~s negam a exi$ti\n~:a de "e~ticade$ :.::i-",,," ou acham que e, hip6re,e, te6r:oa> ,ob'e el~, .o ,icesengenho:sament-o b',

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    '05As TEORIAS E A ExnlCAO TERICA

    c, dos principios que se referem a entidades subj~,"mes co-mo ~. moloulas, os tomos e as partculas ,cubalmkas. E seesses princpios ,o verifioados e confirma, o,,,,ncialmentedo m'ima modo que as bip6~esos referentes a coisai e evento'mais Oll m~:lo, diretamente observvds oU mensur", parecearbitrrio rejeilar como fictioias as entidades po"ah.d~\ teorica-mente.

    Y.cas, Iilinal, existe ou no existe Uma ciii~rena impDrlan-t~ emre os doi, nvois? SU;lOnhamos que se queir., xplicar ocomport~:nento d uma "caixa ?reta", que responde a :iif~ren"tes "entradas" Com "sadas" esped:;lcas e compiexa,. f'od~ra"mos aventar uma .hip6tese sobre a estrutura interna da caix~_ talvez Um mecanismo com rodas, engrenagNo verdade porm que a distin[o sej~ tao oTan ~ con-vincente como porec.., pois a classe de observveis a que serolre no dlimitada de maneira pr-ocisa. Pres:m:",elmenteela devooia incluir md~s ~s ~oisas, todas as pro?d-ed~d~s e to-doo os prooessos cuja pre$ena ou ooorrhci~ :;>ude"e serconstatada pC>! observadores !lUmanes ncmnais ",mediatamen-

    '1'''' som a m~diao de ins!Cum,nlos "",,,,ais OU ce h:pttSeSe t,orias interpretativas. As rodaS, aS engrnagns e as. ca-

    tra~as do nosso e>;.mplo penen"m c:rts...-nence a essa classe,assim co"'o Q. seus movimentos solidrios. Obse.ovhcis tam-bm nesre ,entido so os fio, e as cnaves do nDSSO O'l~rD exem-plo. ::vIas surgiram dtvid", quan-lo classificao d. coisa'COmo aS vlvula,. Inegavel=l, nma vlvula "lCl objerofisioo que pode ,er "diretamente" pernaJ' dj'~ordan:es pelas quai, poc.,n ,",r, e O 10:1",. sub-metidas a uma verifIcaQ que ooufir",-. "penas uma. E ver-

    dad~ qu~ a, e1imi.:tao gradual de alg'Jmas das h',preses OUleanas nval' nunoa poder chega:- ao pOnto em que sc:n.nteUma delas fiqll.' d, p; uunca poderenos e,labcie"", em cer-teza. que Uma teoria ""ja a verdadeira, que as entidac~s quoela mlroduz ,ejam reais. Mas reconhe::-Io no revela:: umafalha i""rente "' ~onstrues te6ricas e sim reg;s:rar uma ca-ract

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    Ioaraoterizao se adapta perfeitamente b0leouia,. o, tomo, e as partioulas ,ubatilmicas; qualquerbnba traada pala djvidi-Io, em objem, fsioo, r~ais , .u~idade, fictcias seria inteiramente a,-bit,;,;a.'

    Diz-.,e s veze, que as explicae, cientificas efelUsm areduo d

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    ~" "11:-. for, a ci'ncia no hesitar em .explicar me'mO oq!'e e famili."" por UIIl" reduo ao que no iamma,., me-d,ante oouc" map:tico','entropia" 'espao da, fa,.,' elo. Para que e,s,> temo; s'n'amao fim a qa s. dtinam seUS significados devem SOe deter_minado< de modo a ....gurarem aO, euunciaos ~e.,i:'antesuma verificabilidade apropri~da e uma aptidao a se,em usadasnas czplioa.., nas predie, e nas retrodie'. t'eIl'e captulovamos oon,iderar oomo 1"0 feito.

    Pa,a est'> fim, ser oCP(}de pare""r que des_ mtodo, o mai. bvic, e talvez onico adequado, ..ja a definio. Convm poi, examin-lcimediatamente.

    A, defini60s so propcsras com um cu ouoro ce dsfins bastante difemntos, a sabe"

    a) enunciar ou descrever o que so ac.ita oomo ,ign:!i-cado, ou como signifioados, de um termo ji em uso;

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  • ------ :emplos seguintes i~u'tram dif.rentesmodos em que elas se apresentam na literatura cientiLa; cadaum dele. pode facilmente ser pc>s:o numa das form"-.;ladr"que acabamos de mmdonar.

    :'-"'mo, o Imo 'aooli.' ~omo .brevjo;o p.m 'h:" de""o.i:o bmar"O "r",o 'dor"idade' m ombrev'a,a de '",,,,. poruu,d,d, de volum,'.1'or cido ,mend,r",; el"rlj de um termo; pode-se, por i"n, dizer de.:.s que s"mais on m~nos precisas e, mesmo, veri.deiras ou fal.as.

    As de.fini.-"'.estipulatlvas, por -D;t;:~ lido, serv-em panointroduzir Uma expresso a Ser usada em certo sentido espe_cfico De> contexto de uma disC\ls'~o, d, uma teoria on do algosemelhante, A elas pode ser dada a forma

    d,", ter o ",>sn:o ,ignifioado qu, _.

    '",u'eod,,,,a, "'''''''. ,oisa qu, pa, ..

  • DEFINIES OPERACIO"A1s

    , A ",'~~'" ..",;",", """ ~""''''' >lo B,'"",,," .,,' .,,, ",C 1;'"'0 Th,L.c" 'I Moa,," P>.y,'" ,NO', You, Tho ""m"""'. em,-.,,",. "m

    o ncko do istopo d, hidrogl:n;o c~jo n:nero de :na."," , 2:etc. Tais defin,Oes desempenham um papO:: imp",tante r.a lor-mulao e no uso da teOria, mas so incapaz., de dat coo:c~d(>,mprrio(> aos termOS definidDS, ?a,a ~,t.. fim, ,o ne"",;o,enunciado, que especifiquem os ,ignific~d"S d(>s te:mos teri-co, por mei(> de expte"",", j. "omp~eendidas, que pClla'" s.r'usada, Sem I,,,,

    i : 3FORMAO DE CONCEITOS

    Uma conoepo muito particLllar do oa.rt~r d"s se~n:1.asintetptetatvas foi apr,s'ntada peia cham~da c,eoi& o?"a;io_ni'ta que sutgiu da obta m,.wdo:gica do fi,ico 2, W,B,idgman.' A ictia oentral d peracionismo 6 a de ~:le osignificado de cada teml(> cientifio(> de"e so: deu no def'~:5esno sentido ostritn, uma questo que comiderar.:nos mail ~,-,do.Primeito, vamos vor algum exempios.

    No inicio da bvestigao qumica, o ~etm" '';"dD' p"deriato::: sido "def~ido opetadoni:meme" do 'guime rr.ado: pacaa (e de out""termos) e, portanto, fraca,sa no seu im"-llw. A mesma difi_culdade surgiria se proC'Ilnissemos na t","""'ira definio c signi_ficado de 'menina'. A nica maneira de escapar a e"a difi-culdade, obodecend(> ao preceito de defbir C de umdado sistema, a de nllllOa usar nUm deji>tien~ um termo quej lwa sido defi,,~do anleriormente na seqllencla, Mas "esteCM(>, a seqncia n~ca chegaria a um fim, p(>i., peI I!laiSionge que se tenha ido, ficaria por defini" os telmos u,ados noitimo definiens, j que por hiplese r .ua vez d'p'nderia da do segabte e .ssn po~ dianteindefinidamente, de modo que nenhum ,etmo ficar,a reclmente

    e~pJioado..1'tdo termo de Um sistema clentifico,: porta1lto, pode

    ser. definido. custa de outr.~s termos do sistema: .tom,.que h,m,ll.!IL_conjunto.J!e ...terrnoo" ..chamados ptimilivos, quc no !"CCe-bl:m..ddiilio_.deut'o...do...sistema.e Aue _S~1"Vem de b~'e peradelinir..JOO.QLQLcu'rns termo,. Isso levado em conta de ummodo muito claIo na formulao axiorntio,,- das t'oria, male-mticas, onmo, po: ~x

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    FORMAO OE CONCEnos 115

    Analogam,mAssim que U:rl" d..fi~lo oporacion::il 0:, 'comprimento'pnderia de,crever um pwoodimento para det",:rlim::r o cOmprimento da d:stncia entre dois ponto, .empreganco rguas:uma definio operacio~al de 'tem?,ratura' eoificados p'0o.dimentoooperacionais adequado, para determinar se gele ~m~ dadasubstncia e para medir, ou pelo meI>OS 'Dmparar, &, 'empe_raturas dvament~ claros e familiares que possam parecer _ cond~7. aenunoiado, e questes 'Om siguifioao, Assim, a ;'liptese CO~,iderada anterio,mente de que a atrao g::avitacional devidaa uma afinidad. natural ,ubjacenre, desptovida de ligo.i!icaaDpotque nenhum critrio op:racional foi fornecijD ?ata o COn-eito de afinidade natura:. A"im, tambm, (,:00 ausncia decritrios op~racionai$ para O movim.mo absoluto, f:~a recusada

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    llFORMAO O~ CONCE'TOS

    o operacioni,:no .U.IOnla que O siguificado de '"n rermoest oompleta e exc!u.sivam ba'ta ler "ma vaga COm_preenso intuitiva, 'lU quando muito pode sugor;r mofos paradeterminar critrios objeti\'o"

    Em Psioologi. tais critrios so c~:numellt~ o,mue.cio, emtermO, de I'~les (de inteligncia, estab:lidade emccionat habi_lidado m.temtioa et~.). Em linha, geral", o prooedu-nenm C>P""racie>nal consi'te em administrar o le"e de aoc>rdo oC>m ~'p"cifio8.e.; O ~",ultado ,o a, r"po'tas das pes,oa, ,ut:netida.ao test.., "", em r~gra, uma avaliao qualitativa dessas respos-tas, obtida de modo mais ou m~nos o;,)etivo e mais ou meno,preci.o. :t\c> teste do Ror'cha~h, por ~xemplo, -essa &vali.o Seapia mais na compctncia para julgar, gradua1m.~t. ajq~iridapele> intrpr-ete, e menos .m critrio, ..:>:plcitos e pro;;'", quea avaliao do testo d. StanfQrd"Binet para a intciig~n;,a; o deRo 'para o e,tudo filostico e me:codol6g,co daCincia, al:n d_ oxercer_m Uma lort. :~f1un~ia sab,e o, lU&-todo, de pe.quisa em Psicologia e em Cincias Socials. Mas,como v.amos v_r agora, a r-e~onstruo o;Jeracionista do carter

    4 " .,'" """.[to. " "",,, , , , " ",. " "" MoL", o ""~'. F""~"'"lO" oi i~o""" Fk"I", SOM.=. '"'"''''''' "",,",'os, =."''''0< '''''00'

  • grficos; outra po".n. 5
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    120 FILOSOFIA DI.. ClNClA :"lI..TL'RAL FORMAO DB CoNCEITOS

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    rido por Bdgman no, obrigaria a distinguir uma nried.ieoorrespondent d. conceitos d. =pera'~r" e de comprimzntc.E ainda assim a lista estaria longe de ser comple! comprim.nto das bactria, - de-veria ser considerado ODlIlO d~lerm;Dando ciois conooitos dif>o-rentes de compdmento, di> vez qU? Dl d.talhes op",."cior.aisno seriam (xatarnento os mesmos. O preceito l"'radanali"aem pauta nOS obrigarla as,im a provocar -:lm" proliferao ti"conceitos do c>mprimento, de temperatura" de tcdoo os outro,eonceil a~guma entre diferente, conceto, de oo!n-prim.:!to (por exemplo), caracterizad", indh1dualmonte p>la,,uas prprins ddini~'s operacionais. A~res, a teoria co",id""a um wnceiw bsico de comprimen:", e vrios mlX!o"mai, ou menos precisc~, de ID~di" cc>mprirneutos em Ciieren~escircuns:ncias, indioando muitas vez-e, o dClllnic> e a p~cisliodo mtc>do do medida,

    Alm d,"o, o dosouvolvb1.ento de um s;'tema de leis -e em espe;:ial de uma teoria _ ~onduz freqentemen:e a ,"namod:ficao dos c,itrioo opt[""/,:;o~ai, c>rigina:mente adotadospara algun, cc>noeiro, centrais. Por eX'mplo, Uma carao,.a_c> oporaoionlU de comprimento ter qne especiiicar, e~trooutras coi,as, uma unidade de medida qu~, no,:nalm>nto, definida COmO a distncia entre do;' trno, g'avado, n'lma p,rticular barra de metal. Ma, as l:ois e os principios tericos daFsica mostram qu, a distncia ."t" o' tro.os v~,k cc~' atempot,,!ura da barra e COm qc:ai,quer e,for;;os a qn pos, torna,. enle nocessL-:o aoXSotntar certas condi;;5os definio inicial. O m"lO, por exemplo, ccli~ido p.:o di,-tncia de dois traos gravado, nu Metro Padro Inte:nacic>nal_ qllO uma barra e:ta de ?l"ina ,rid;ad" cC'm Um"- "c>reta p do, rolos,'

    Consideremo, um outro exem?lo. Um dos mai, a~tigc" edos mais impcrtantes crit6rios empd= para a ID.dld" dotempo foi fornecido pelas uniformidae, nos mc>vime~ws ~?ar>nles do Sol e das ",, C> l>mpo d:corrido en"e du~, passagem eMleo'lti\'asde um dos,., astros pela me,ma po'io apatonte (por ""em"pio, do Sol pela sua posi-lo znit. Unidades meno"" fc,ram

    "0i""a~'C>nalmente" c.racterb:~d~, ;;>or rnt'o do rel6gios d. sol,ampulheta" cleps!dra, e, mais rarde. pelos pndulos. C"""'rv.... que De'ta fase no faz sentido inagar " dc>is u du", c>scilaOo..s co:n?leta, diferenres de ~rn pn_dulo so "realmente" de mesma durao, O ope".cior~':nocorrotamente nos lembra que nessa fase o. critrios especlfl-

    , u"'., "'''''~'' d,,, de,,,,,,, , ,,, "",,,..,,,,,, ,""",,,,

  • SOBRE AS QUBSTBS uOl'ER'QONAL""~NTE S~M SE;1TITXJ"

    1ei, " os princpio, telico, a'sim aceito' palsam, Feio menosprovi,oriamonle, a exprimir corr.tamente a, lda&-......ntre osconoeitos que nele, figuram, no " de surpr:oender 'pe o, pn-mitivos critrios op'racionais venham a ,er eocarado, comOcapazes de fornecer oaracterizae, solne!lte aproximadas dessesconceito,.

    A sIgnificao en,plica refletida nos claros crir"rios deapiicao, a que o opemcioni,mo d com razo tanta \mpor-tncia, no O nico desiderato para os conceito;> cienlficos.A signifioao sistemtica omm exigncia indisp,nsiive1 - atal ponto que a interpretao emplica dos conceitos t"'ricospodo "r a1lerada no inlcresso de encarecer O p~der ,emati-zado. da rede t"'lca. Na investigao cienti!i-oa, a !Olmaod, oonceitos e a formao de t'orias devem caminhar de mo,dadas.

    j'

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    123FORMAO DE CoNEITOS

    Um dos problemas intligantes que 3ridgman dbccte, perallustrar o uso critioo das normas operacionais, re!"r"""se il possi-bllidade de haver uma mudana Inverificvel na ,,"cala absolutade oomplimento. No po"iv.l que lodas a, distncias n.",universo ostejam variando cons\anremtnle de modo a duph--oarem de valor -oada 24 hor..?' BIt.. fenmeno nunca .?odedaser p'lcebido peia Cincia, Uma vez que as banas u;ada. na

    det~rminao operacional dos co:nprimentos aiongar-s.-iam namoSma proporo. Bridgman conclni da ~ue. a q':"'to n~otem s

  • 124

    r.cionalmente ve::ificvtis. Por exem;?lo, se a hiptese _-dadeira, ento tempo gasto por "m sinal SOnr:>rO pa::a peroC>l":(era distncia entre dois pontos ~ digam" as margem postasde um lage> _ cluplicaria oada 24 hr:>ras; e ;'so se::ia verifioivel.!V-'llS se modificarmos a hiptese acres"entandr:> a supos;o deque a velocidade 10s sinais s"nor'" e ~Ietr"magn"ti~o. a"rnontaexatamente na mearrta proporO 'lu. todas as stirtcias?Ainda. assim a no'" hiptese teria impli bdho dela sficient. pararejeit-la OOmo dosprov;da de ce>nredo emprico u comO

    cienttflcament~ Sem sentid. D.vemo" antes, consider-Ia noCOIltexlO ,i"om.ico das utra, lei. e hip6t~'es = qne vaifunciollar e examiuar as irnpli~"es verificveis q~~ podeento originar. O que no quer ce:mcntod slgniHoao a tMas as hipteses 'lu", pos,am ser rropostas;entre outras, as hipteses sobre fr:>ras vitai, e ,bre af;rlidade,nalur". oniverssis, discutida, ant.ri"rm~nte, oo::ltinnariam"",clu1das.

    o C.\ll.TElI. DAS SEXTENAS INTElI.?RET.nWAS

    o que dissencos sohre o operaoionismo foi sugerido pelopensamento que =a teoria s apU~ve1 aos len&menos em-pricOS de?Ois 00 tor Sei" termos earaeterslloos convoniente-mente interpretadCperacic>nisla dessa interpreta" fOr!l""e ,ug~sttmsproveitosas, mas requer mOdifia6es on$",derilvois. Em par-tiCUlar, llvemr:>s ou, rejeltar s tese de que um conceito den:itico "sinIJnC>" d 11m conjunto de op.ra&s, :cir,pode baver _ e '" h habilUalrnent. _ vrioo critr,os iler-nativcs de aplioaao para um mesmo termo, bas-zados em dife-r.rltes or:>njuntoo de r:>pera5es. Segurooo, para comprwnder osignificado de Um lermo cientftioo e u>-lo aprop:ieda:nente,h 'lu,,; conhecer tamb&n .eu papol sist~m.tizador indi""dopelos principioo t.rico, em que funciona e que o vi::lc,-,"am a

    FORMA_Ino obs~rvamos anterior-mente, Vimos qn~, ,e dif.rentes procedime.~tos forem adota~d, comO critrios de aplicaao paTa um mosmo :er:nc>, defluidos e::l\mci.dos perac;onal das t~mperaturas. Em suma, assentenas interpretativas, que frn-eoom critrios de apili>aaopara OS !errooo cientfioos, comb:n.m freqentomen:e ~ funa,stipulativa de uma dciiniao cOm' funo d",ziriva de umageneraliaao emprica,

    B a:nda um out~o ponta de vist;. inreressame e 'mp:>r-tante, segundo o qual as sentena< intorpretativ"" djie".m dasdefinies n senrido cns.iderado anterir:>rment. Os termoS

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  • cientficos so freqilentemen~e usados apenas em lau" oufrMes de cer:a forma caracterstica; 'O~ exemplo, o ""nceito

    d~ dure~a, tai co:no est caraoteri~ado pelo tesR do o, des-tina-se a se,,'ir apenas .m e~press5es da forma 'o min" m, mai, duro que o minorai m;' e em outras fras que ,o ,do-finv.is m.dianR tais expf"'..ss&s. >l~sses casos, - s~ii~ienteter uma interpretao p'ara aquelas express5es caraclOr.ticas.>lo nosso exemplo, tal interpretao fornecida p~jo exame dorisco, que d um ,ignlficado emprico a 'ml mais du'o que""" mas no ao rermo 'dnreza' -em si, nem a expresses como'o mineral m duro' ou 'a dureza de- mineral m tanto'.

    'Enunciados que e.pecificam plenamente o i:gnlflo1.do deum contexto par:icclar que contm um termO dado so cha-madas definies r:ome~tw;i", para istingui-los das chamadasd"...fini,es e"pt;ciJlae interpretao, con"textuais para os termos re6doos. As "irias maneiras de rn~dircomprimento, por exemplo, no inrerpretam o termo 'compri-mento' em si ma> somente express" como 'o oonoprimeu!Oda distncia entre OS pontos A e B' e 'o CC>lIlpdmento da linha1'; os crirrios para a medida do t='po nada diz.;,m sobre oconceito de tempo em geral; e assim por diante, )lo oa~o decertos conceitos terico" como 'tomo', 'elctron', 'fton', SO-mente con!extos mcito especiai, e u::'! tanto restritos podemp.rmitir Uma intorpr.ta,o que for~ea base para verificaoexp'riinenral. CertO, po"vel dar uma deiiniiio ter;,;a dotermo 'ejctron', ht~ , qu~ empregue outros termos '.,,&icos('elctl'Oo' quer dizer 'par.toula elementar cuja maSSa em re-pouso 9,107 X 10-" fi, cuja carga 4,$02 X 10-" fraH-klin e cujo giro de meia unidade'); mas OOmO ,z,i. umadefinio opo:acionaJ do termo? Ce'tamente' no ?odemo,esperar quc sejam dada, reg,a, op=oionais pa:a c.,ermina,se o termo 'elctron' " aplca a um dado ol>jeto - ist~ ,so o objeto um elctron. O que podo "r formulado .o inte:-pretaes conttxtuais para certas espcies de en~n"-'ados con-tendo o termo 'olctwn', tais COmO' 'existom elctrons na su-perfcie eIe,ta ",lera dc mcrol isolada', 'cl60trous eslac esca_pando deste -clec~r6dio', 'este r...lro de condensao na ~marade nUvem marca a traj",ria d, um elctron', e an:ogos. Omesmo se pod"rja dizer dos conc..;tC>s de cam?o ",,u.m,' palav,~s, quandocombinados a -essas sontenas, os enun,iajc>s ,nte:""tat'VO,devem conduzir a implica60s verifidvds, forrr:u:.das nu:nvocabulrio de amemo di>?onvel. A"'irn, a inte1'rt~;o ope-racional da dureza, por meio do leste do :;"00, pe'l:litt a deri-vao de imp!j~a6e, verificvc;s a parti' de senl,nas da forma'm, mais duro que m,'; a bterprotao, oaseada no teste pelopape! de to,nassol, faz o mesmo para "'~t"~aS M ,"rma '0lquido I um cijo. e ass,m por diante, Ora, os diforentesmaneiras polas quai, ("u as impliCaes pelas quj as sen_tenas, que oontm o' lermos d. uma t""ria ciemffico. ;oodemser verificadas esto d~te.crninadas pelos princip;o; de tran~p""o da t,oria. E"" prindpios, cOmo n~tamos "" ,apl~lo6. vinculam as entidades e C>S p'0oessoo oaracters~ico', ,,"postospela reoria, cc>m 00 !cnm:lOs quo poder.-: ser de",:,os emtermos p'&te"'doo" ligando assim os termO, torico, aos jientondjjos previameuto. M'-S esses prin:1p,os n:o attibem aum termo torico um nme:o linlO d: o(rtios de ap.lcao,OOrnO se v comiderand" ainda nma vez o t"''''.o 'o:ctron.J ob..,vamos que nem toda sent.na q~e ,on,", esso te:m::>rer implica"", verificveis !>em defiui~as. Comdo, as 'en-tena, contendo o termo quo produzem imp:ica/ies verific-nis ,o de uma divet>ida& ilimitada, e a diven,d~ce corres_

    pond~nte de verilica5es no po"~, sem Ilrbitraridae, s:rconsiderAda COmo conforme a ap~na. dc>is, ou "". ~~ "inro

    126 FILOSOFiA DA CINCiA ?'.

  • FILOSOFIA DA C!tNCIA :'-lATT.GAL,-",-

    ~

    cntrios diferente, d~ aplicao para O Iermo 'elotron'. Aqui,ento, a oonoepo de que os termos d,,, uma teoria so indivi-dualmente ime:rpre-t.!ldos por um nmero finito de critc""ios ope-racioncis tem que ,er abandonada em favor da idia de umconjunt

  • ~~---~----======--==

    do mecanicismo nUma dupla tese: (M,) toda. "" ".,ao:erist'casdos rganismoo vivos so oaraetorls:icas ffsi"li-.cados, podem ''"' ~xplicado. mediante le> e leorias fsico_qu_micas.

    Quanto primeira dessas a"er.oos, claro que n~ mo-mento a &scle .:los fen6menos biolgi"M r.quo:( " uso nosomente I!J,,,.a cc:n au~xilio de couO"ilm da F,ica da Qumica. O qlle a t~"' afir-ma, eoto, a possib:ndad' de serom dadas "de!bios des-critivas" dos conceitos biol6g;oos em t~rmO' de F,ioa e deQumioa, comormo a classificao das defi~i;es que a?reson_lamo' em linhas gerais no ca~Huio 7, Ora,;:lO ca,". ess'-s do-!icies de,cridva, diflCilmu int~no, que (> defi/1ier.dum, :n'-' 80_

    m~Ule a me,ma exten,o, ou aplicao. O definiens e:Jto "1'-~cifica cc>ndjes que so, de fato, satisfeitas pOT todos oS ca,os,e somen~ por ~Ie', aos quais se apli-~. O delinknd=. t:m""omplo !ladiciOllat a definio de 'ho:nem' oom" 'bipedeimplume'; no .,SeVera que a palavra 'homem' tonha o mesmosignificado que a expresso 'bp.d. implrrme', m&s ap":!~s quetem a mesma extenso, que o termo 'homom' se aplica' todasas ooiJ;as quo .ao bpedes impll'mes ~ somente a estM, ou queser 11m b.lpede implumo ' conio necessria e surr,i.,:J:-e para

    IF1LOSOF!A DA Cn/.,rP. KATURALno

  • F'LOSOfIA DA CIt~CjA !\ATURAL

    ser = hom~':l' ?odemos re!erir_oos a enun~iado' delJle gnero;?mo def""toes em .Xlensao e podemos esq~":nae< lgicas a partir de enunciados ::'e;.ntInls.-dos eXc1u,ivamoUle em termos de F,ica e de QUl!:Jioa :0[0

    ohegar~o a leis caractenstica:neIlte bioI6gi~as, de vez ue eslas!tm que conter tambm ,ermOS espeetfica.'1lento b:e:gico,)Para obtor -e"a, lois, precisamos de premi")s adicioui" queexprimam eonue, entre as oaraoter'ticaa Bi~o-qn::ka, e asbiolgica,. A situao lgica aqUl- 6 a me,ma que exi,te "ouso explanalrio de uma leoria, onde ,o exigidos ,?rincipiosde transposio, alm do, principias tericos in,emos, para aderivao d~ comeqtincia.s que podem Ser expressas exolmi_vamonte em termos pr-tericos. Aqui, para deduzir "is No-lgkas d. l.is f'ico-qurni"""', s'o ne=",rias pr-e.'!l's'as adi_cionais que oonl.nltam lermOS bio16gicos e tennos ;sico-qu-,micos e tenbam o carler de leis qU~ vinculam ""rt", a,pectos'fsioo-qumico, de Um ,on6monD a oeno, aspectOS lioI6gico,.Um "nullciado con~olivo desta esp50ie 1'0

  • IFiLOSOFIA DA CrbClA ::-lATeRAL

    in;pulsoS e1trioos' so do primeim tipo; o en;ln~;a(h que ogas !,,~>un (oaraoterizado por sua eS:!1ltura molecular) bloq,..iaa am'ldade nervosa e por isso causa a morte no homm dosegundo tipo. E muitos outro, tipo, de enunciados J:teotivo,so oon""blvei,.

    . Uma fo:m~ muito simples de dO:1vao de uon ,"i bio-l?glca a partu: .oe uma lei fisico-qulmioa podo",a ser esquema,llzada da segul~n manei,a: S~jam 'P(, 'Pi ~xpr.""s que

    c~nt-1m apenas t",mo.' l'ioo-qllmicos , sejam 'E,', 'B,' ,xpr,,_s':" '!ue contm llm Oll mai~ de Um termc> e'peClicameme:"016g1CC .(p~ndo conter tambm le."'lllOS flsico-quimicos). Se_Ja uma b lJs:~o-qumica do onu~ci~do 'todos os ca'~< de Pso .casos d~ P,' - que ohamal'Omo, L. ~ ,.iam dada. a:$egul~t~' ,1m de conexo: 'Todo' DS caSOI d. S, ,[o O'-SO'

    d~ p, e Todos .'" caso, seria multo difoil formular expc::>ltameutecritrios gerai' med,;ante os 'l.uais 'lua1'lU01' tIDO ci~nci:ico ago-ra om uso, e tambm 'lualquer termo quo venJ;a a ~er Introdu-zido no futuro, possa ser identificado do modo ltl"'l.UI"OOO cOmop~rtenc.nte ao v()~abuhbo especili"" de tal discipl~a panioular.Podo meSmO ser i!npossivcl dar tais critrio'. Pois .n? ~e~orrerda pesquisa futura. a linha divisria entr.,? 31O,Ogca e aF,ica-o-Qumica pode tornar-se to pouoo nmda oOmO a que.epara no, nOS'OS dias a F'1Sca da Qumica. Podo m"!to b",;,acontecer que t"orias futuras, formuladas em termo, oe espe-de> inteiramente Mva" forn.am explica", ta"t~ para os

    fenm~nos a,ualm.nre chamados biolgicos cOmO para o' quo,o agora denominados lsl"". oU quJIo~s. )1'0 vocab~riode urna tal teoria unifloan!e a distino entre term: fis

  • blema p,jcofl'ico, j,to , no problema da rela,o ent"" o corpoe O e,prito. 'Cma conoepo reduoioni'ta da P",ooiogla ,no_tenta, grosro modo, que tOOO, OS f~ne.m":los ?"oo,g'oo, ,ofundamentalmente de lllltu.",za bio:'gka OU f'ico-q"Ji",-ica; ou,mais preolsamer:te, quo os termos e l~is ",pedf'COI Ca P'ico,logia podem Se:!; ,..d",zidD' ao, da B;",ogia, Qurnia ~ .F"ico.Ent que ~jam new';, mastambm rea5es :na:.. sutis, cOmo a, "'""iae, d pre:tsamento '-1:1uente emPai~ologia que, em ,uas mltiplas formas, tem ",."a o~i~ntaofundamentaimente redud~ni'ta; num senlido mai, cu menOSe"trilO, procura reduZir qualquer discurso ,ob;e f.d:n~llOS psi_colgicos a Um disourso sobr-e fenmenos do co:npo'tamento,Orna forma de behavioris;no espe::iaimen:e preocupda em ga_ramit a veIficabiEdade objotiva das hiptese, e t>oria, plicol-gicas insist~ em que lOdo> os lermos p"~oig:~o. .vem teroritlios c!alamen:e especilicados d. aplica;o, for:n:llados emtermos de comportame::lto; e que a, hip61eS e teor;as ~sicDIgoa, devem ler mplioaes concer:::tenles ao c~mp"~tZtm"itlO l'u-bJkamente obSrvvd, Esta e.w;a d peuss,..nento rojcila, emparticular, toda cortfiarla em mtodos com