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Mônica Viegas Andrade - Governança e Gestão dos Hospitais de Atendimento Público no Brasil. Confira as fotos do evento e mais informações no site do FGV/IBRE: http://bit.ly/1raMkfpTRANSCRIPT
Governança e Gestão
Governança e Gestão dos Hospitais deAtendimento Público no BrasilMônica Viegas Andrade | 2014
seminário
dos hospitais de atendimento público no BrasilGOVERNANÇA E GESTÃO
RIO DE JANEIRO
20 DE OUTUBRO DE
2014
SEMINÁRIO IBRE
GOVERNANÇA E GESTÃO DOS
HOSPITAIS DE ATENDIMENTO
PÚBLICO NO BRASIL
MÔNICA VIEGAS ANDRADE
OUTUBRO, 2014
FINANCIAMENTO
9.3% PIB WHO,2012
US$1109
WHO,2012
ORGANIZAÇÃO
MODELO HOSPITALOCÊNTRICO
70% DOS GASTOS PÚBLICOS
LA FORGIA & COUTTOLENC, 2009
REORGANIZAÇÃO RECENTE DO CUIDADO
ATENÇÃO PRIMÁRIA - ESF
SUS: DECENTRALIZAÇÃO
CONTEXTO: SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO
MIX PUBLICO-PRIVADO
GASTOS POR TIPO DE CUIDADO
OECH HEALTH DATA, 2010
Em média ós
países da
OCDE
gastam 30%
dos gastos
totais com
saúde em
despesas
hospitalares
HOSPITAIS SÃO UNIDADES MULTIPRODUTORAS – ARRANJOS COMPLEXOS DE PRODUÇÃO COM MÚLTIPLOS INTERESSES
ECONOMIA POLÍTICA COMPLICADA
GASTOS HOSPITALARES
FRAÇÃO IMPORTANTE DOS GASTOS TOTAIS
ESTRUTURA DE FINANCIAMENTO – SEGURO
CONCORRENCIA PELA QUALIDADE
MECANISMO DE PREÇO NÃO É SUFICIENTE PARA GARANTIR EFICIENCIA TÉCNICA E
ALOCATIVA
PREOCUPAÇÃO: EFICIÊNCIA TÉCNICA E
ALOCATIVA
CONCORRÊNCIA PELOS MÉDICOS
INDUÇÃO TECNOLOGICA
SISTEMA DE REEMBOLSO AFETA A
QUALIDADE DO CUIDADO OFERTADO
MOTIVAÇÃO: POR QUE ESTUDAR O SETOR HOSPITALAR?
ECONOMIAS DE ESCALA E ESCOPO
LEARNING BY DOING NA QUALIDADE DO CUIDADO
TENDÊNCIA: MERCADOS CONCENTRADOS
PRINCIPALMENTE EM ÁREAS MENOS DENSAS
NEGOCIAÇÃO DE PREÇO ENTRE HOSPITAIS E
SEGURADORAS
MUITOS HOSPITAIS: ORGANIZAÇÕES NÃO
LUCRATIVAS
MINIMIZAÇÃO DOS CUSTOS PODE NAO SER
UM OBJETIVO CLARO
MOTIVAÇÃO: POR QUE ESTUDAR O SETOR HOSPITALAR?
La Forgia & Couttolenc (2009) distinguem duas características
do sistema hospitalar brasileiro
Pluralidade: MÚLTIPLOS ARRANJOS DE FINANCIAMENTO,
ORGANIZAÇÃO E PROPRIEDADE
Estratificação: qualidade (número reduzido de hospitais com
alta qualidade/excelência e um número grande de hospitais
de qualidade reduzida e elevada ineficiência
BRASIL: SISTEMA HOSPITALAR BRASILEIRO
PROPRIEDADE E ADMINISTRAÇÃO PUBLICAS
PROPRIEDADE E FINANCIAMENTO PÚBLICO COM GERENCIAMENTO PRIVADO
FINANCIAMENTO PÚBLICO COM PROPRIEDADE E GERENCIAMENTO PRIVADOS
FINANCIAMENTO E PROPRIEDADE PRIVADOS
PLURALIDADE
Extraido de Lima,
2013
•6901 estabelecimentos com internação no Brasil (total)
•38.3% privados
•35,5% públicos
•25.0% filantropicos
ESTABELECIMENTOS
•HOSPITAIS PÚBLICOS
•ADMINISTRAÇÃO DIRETA OU INDIRETA
ADMINISTRAÇÃO PELAS TRÊS ESFERAS DO GOVERNO
•489467 leitos
•34.6% filantropicos
•27%% privados
•37% públicos
LEITOS
SISTEMA HOSPITALAR BRASILEIRO (CNES,2014)
DECENTRALIZAÇÃO: IMPACTA NA ORGANIZAÇÃO E NA ALOCAÇÃO DO CUIDADO
PROVIMENTO PÚBLICO E PRIVADO: IMPACTA NA ORGANIZAÇÃO DO CUIDADO
SISTEMA DE REEMBOLSO NO SUS DISTORCIDO: ALTERA A ALOCAÇÃO DO CUIDADO
SISTEMA HOSPITALAR BRASILEIRO: CARACTERIZAÇÃO
TENDÊNCIA
Redução de
estabelecimentos
privados
2005 a 2009
392
estabelecimentos
fechados
Ampliação dos
estabelecimentos
públicos
Redução em todas as regiões exceto a região Norte
LEITOS POR MIL HABITANTES
Tendência de Redução
Região Norte: número de leitos por 1000
habitantes inferior a 2
MUDANÇA NA COMPOSIÇÃO PUBLICO-PRIVADO
EXTRAÍDO DE
Gragnolati,
Lindelow,
Couttolenc 2013
Tabela 1: Média das variáveis de acesso aos serviços de saúde para a população com e sem
plano de saúde, Brasil e grandes regiões, 1998 e 2008
1998 2008 1998 2008 1998 2008 1998 2008 1998 2008
Brasil 49,63 63,19 3,38 3,76 6,68 6,62 44,76 52,96 4,75 3,97
Sudeste 51,33 65,47 3,65 3,97 5,78 5,87 48,60 55,05 3,48 2,82
Norte 48,87 60,93 2,90 3,47 7,46 7,69 43,42 49,08 6,43 5,09
Nordeste 47,01 61,23 3,06 3,58 6,76 6,66 35,61 47,43 6,62 5,68
Sul 50,89 63,53 3,57 3,82 7,95 6,95 53,92 61,69 3,20 2,45
Centro-Oeste 52,43 62,56 3,11 3,58 8,26 8,27 50,07 55,67 5,83 4,20
Brasil 70,55 78,88 4,09 4,34 7,69 7,48 73,10 76,38 1,48 1,12
Sudeste 69,96 79,07 4,18 4,38 6,99 7,04 71,97 75,50 1,11 0,94
Norte 66,74 78,19 3,46 4,23 9,14 8,31 67,22 71,29 3,35 1,48
Nordeste 73,72 80,53 4,02 4,33 8,04 7,63 73,75 76,02 2,36 1,85
Sul 70,64 77,89 4,06 4,31 8,79 7,70 77,95 80,36 1,37 0,85
Centro-Oeste 70,42 76,55 3,73 4,15 9,71 9,69 72,96 77,34 2,28 1,45
Número médio de
consultas
Esteve internado
(%)
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE, 1998 e 2008).
Notas Metodológicas: Indicadores padronizados por sexo e idade segundo a população brasileira de 1998.
Os indicadores foram estimados considerando a correção por pesos amostrais.
Consultou
dentista (%)
Problema de
acesso (%)
Sem plano
Com plano
Região
Consultou
médico (%)
EVOLUÇÃO DA PROPORÇÃO DE PESSOAS INTERNADA
MUDANÇA NO ENFOQUE DO CUIDADO
EXTRAÍDO DE
Gragnolati,
Lindelow,
Couttolenc 2013
IMPACTOS DA DECENTRALIZAÇÃO
58% dos hospitais com menos de 50 leitos
20% Leitos em Hospitais de menos de 50 leitos
20% dos hospitais com mais de 100 leitos
60% dos leitos em hospitais com mais de 100 leitos
ESCALA DOS HOSPITAIS (CNES, 2014)
HPP HPP
ESCALA
NATUREZA
PUBLICOS
PRIVADOS
FILANTROPICOS
OUTROS
PUBLICOS
PRIVADOS
DISTRIBUIÇÃO DOS LEITOS EM HPP SEGUNDO A
NATUREZA
FILANTROPICO
DISTRIBUIÇÃO DOS LEITOS EM HOSPITAIS ACIMA DE
100 LEITOS SEGUNDO A NATUREZA
Natureza
publico privado
filantropico outros
FILANTROPICO
PUBLICO
PRIVADO
Região Estados Número de Hospitais %
Centro Oeste
Distrito Federal 25 0,71
Goiás 269 7,63
Mato Grosso 114 3,23
Mato Grosso do Sul 80 2,27
Nordeste
Alagoas 52 1,48
Bahia 367 10,41
Ceará 166 4,71
Maranhão 161 4,57
Paraíba 94 2,67
Pernambuco 200 5,68
Piauí 134 3,80
Rio Grande do Norte 132 3,75
Sergipe 26 0,74
Norte
Acre 21 0,60
Amapá 11 0,31
Amazonas 56 1,59
Pará 119 3,38
Rondônia 68 1,93
Roraima 13 0,37
Tocantins 43 1,22
Sudeste
Espirito Santo 49 1,39
Minas Gerais 334 9,48
Rio de Janeiro 190 5,39
São Paulo 324 9,19
Sul
Paraná 247 7,01
Rio Grande do Sul 119 3,38
Santa Catarina 110 3,12
Brasil 3524 100%
DISTRIBUIÇÃO
DOS HPP,
BRASIL, 2013
EXTRAÍDO DE
BARBOSA et
AL, 2013
HOSPITAIS PRIVADOS COM FINS LUCRATIVOS PARECEM SER OS MAIS EFICIENTES
HOSPITAIS NO BRASIL OPERAM COM UMA ESCALA MUITO INFERIOR AO MENCIONADO
COMO ESCALA OTIMA NA LITERATURA (Dranove (1998) – 270 LEITOS e Posnett
(2002) ENTRE 100 E 200 DEPENDENDO DAS COMPLEMENTARIEDADES DOS
SERVIÇOS OFERTADOS A POPULAÇÃO)
TENDÊNCIAS
TENDÊNCIA A VERTICALIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PRIVADOS: ALINHAMENTO DOS INTERESSES (ATENDE ECONOMIAS DE ESCALA)
FORMAÇÃO DE GRUPOS ECONÔMICOS
INTEGRAÇÃO NO SETOR PRIVADO: OPERADORAS – HOSPITAIS
GRUPOS ECONOMICOS DE HOSPITAIS NAS REGIÕES METROPOLITANAS (2)
Mercados com hospitais privados: observa-se a maioria com grande concentração
Mercados concentrados: menor densidade urbana, menor renda per capta e menor número de leitos.
TENDÊNCIAS
Michele Gragnolati , Magnus Lindelow, and Bernard Couttolenc 2013. Twenty Years
of Health System Reform in Brazil: An Assessment of the Sistema Único de Saúde .
Directions in Development. Washington, DC: World Bank. doi:10.1596/978 -0-8213-
9843-2.
LA FORGIA, Gerard M.; COUTTOLENC, Bernard F. Desempenho Hospitalar no Brasil:
em busca da excelência. São Paulo: Editora Singular, 2009.
LIMA, H. WAJNMAN. CONCENTRAÇÃO NO MERCADO DE HOSPITAIS GERAIS PRIVADOS
EM REGIÕES METROPOLITANAS NO BRASIL, 2013. MONOGRAFIA, UFMG.
IBGE - PESQUISA ASSISTENCIA MÉDICO SANITÁRIA, 2009.
BARBOSA A.C. ET AL. Diagnóstico situacional dos hospitais de pequeno porte
brasileiros: evidências preliminares para a reorientação de papéis. Mimeo
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CONTATO: GRUPO DE ESTUDOS EM ECONOMIA DA SAÚDE E CRIMINALIDADE
http://web.cedeplar.ufmg.br/cedeplar/grupos/geesc/