faculdade assis gurgacz - centro universitário fag · as colegas aline schikotski e renata ......
TRANSCRIPT
FACULDADE ASSIS GURGACZ
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO Syzygium cumini (JAMBOLÃO) E Rosmarinus officinalis (ALECRIM) FRENTE A ESPÉCIES DE Candida sp
Cascavel
2015
FERNANDA PEDROSO KROHN
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO Syzygium cumini (JAMBOLÃO) E Rosmarinus officinalis (ALECRIM) FRENTE A ESPÉCIES DE Candida sp
Trabalho de conclusão de curso apresentado a Faculdade Assis Gurgacz, FAG, Curso de Farmácia.
Professor Orientador: Patricia Stadler Rosa Lucca
Cascavel
2015
FERNANDA PEDROSO KROHN
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO Syzygium cumini (JAMBOLÃO) E Rosmarinus officinalis (ALECRIM) FRENTE A ESPÉCIES DE Candida sp
Trabalho apresentado no Curso de Farmácia da FAG, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia, sob a orientação da Professora Patrícia Stadler Rosa Lucca.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________ Professora Me. Patrícia Stadler Rosa Lucca
____________________________________ Giovane Douglas Zanin
____________________________________ Jacqueline Godinho
Cascavel, junho de 2015.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho às pessoas que amo e que sempre estiveram ao meu lado, me apoiando e incentivando a concluir esta etapa tão importante em minha vida. Aos meus pais, Claudete e Gilberto, meus irmãos Francieli e Matheus e ao meu noivo Thiago, obrigada por todo apoio dedicado a mim. Esta conquista é nossa.
AGRADECIMENTOS Acima e antes de todos a Deus, a quem recorri inúmeras vezes pedindo
sabedoria, paciência e força para continuar. Sou extremamente grata por me
abençoar e iluminar meus caminhos.
Aos meus pais, Claudete e Gilberto, pois sem eles nada disso seria possível.
Obrigada pelo amor que me faz cada dia mais forte, aos ensinamentos valiosos que
me passaram, pela confiança e apoio ao meu sonho, por acreditarem em mim e por
tudo que me deram tornando possível a conquista dos meus objetivos.
Aos meus irmãos Francieli e Matheus, que apesar de tudo sempre estiveram
ao meu lado, me apoiando, me dando força, mandando energias positivas e
abaixando o volume da tv (Matheus).
Ao meu noivo Thiago, por estar ao meu lado o tempo todo, nos momentos
bons e nos ruins, por me incentivar nos momentos que mais precisei, pela confiança,
paciência, compreensão e amor.
Aos meus amigos, que me apoiaram e sempre estiveram ao meu lado durante
esta longa caminhada. Em especial as minhas amigas Fernanda Schuroff, Marcela
Uemoto e Solange Silva, que muitas vezes compartilhei meus momentos de
tristezas, alegrias, angustias e ansiedade, mas que sempre estiveram do meu lado
me apoiando e me ajudando. A todos os meus amigos, agradeço a amizade. Vocês
fazem parte da minha história.
A todos os meus professores, em especial a minha orientadora Patricia
Stadler Rosa Lucca, por me ajudar, esclarecer minhas dúvidas, pela paciência e
incentivo. Agradeço por transmitir seus conhecimentos e contribuir com o meu
crescimento acadêmico.
As colegas Aline Schikotski e Renata Perboni, pela colaboração na aquisição
das cepas de Candida sp.
As coordenadoras e técnicas dos laboratórios em especial a Rose, Karine e
Talissa, por toda a ajuda durante as análises, pelas palavras de incentivo e carinho
que passam a mim.
Agradeço a todos que me ajudaram direta ou indiretamente, para o
desenvolvimento deste trabalho, aos que torceram por mim, este trabalho não
poderia ser realizado sem o auxilio e apoio de vocês.
SUMÁRIO
1. REVISÃO DA LITERATURA .................................................................07 REFERÊNCIAS .....................................................................................22
2. ARTIGO .................................................................................................29 ANEXO I – NORMAS DA REVISTA CIENTÍFICA..................................50
7
REVISÃO DA LITERATURA
A FITOTERAPIA NO MUNDO
A tradição do uso de plantas medicinais tem apontado que elas fazem parte
do desenvolvimento humano e foram os primeiros recursos terapêuticos
empregados pelos povos. As antigas comunidades têm suas próprias alusões
históricas acerca das plantas medicinais e, muito antes de surgir alguma forma de
escrita, o homem já empregava o uso das plantas e, entre estas, algumas como
alimento e outras como remédio (DORTA, 1998).
As plantas medicinais desempenham um grande papel na cura de doenças,
desde o inicio da humanidade. Sendo, portanto, a natureza a primeira fonte de
remédios a quem o homem pode recorrer (LIMA, 2006).
Devido a fácil disponibilidade e os menores custos, a fitoterapia, no passado,
era mais utilizada pela população carente das áreas rurais e urbanas. O uso de
plantas como fonte para tratamentos alternativos é predominante em países em
desenvolvimento, estando bem esclarecido em algumas culturas e tradições,
especialmente na Ásia, América Latina e África (SHALE, 1999).
As ervas eram inicialmente classificadas de acordo com sua forma, aroma,
sabor e cor, os primeiros a fazer esta classificação foram os chineses, indús, gregos
e egípcios. Com esta classificação, as plantas puderam com o passar das gerações,
ser utilizadas nas mais diversas finalidades terapêuticas, gerando um vasto
conhecimento tradicional (LIMA, 2006).
A FITOTERAPIA NO BRASIL
No Brasil, a utilização das plantas não apenas como alimento, mas também
como fonte terapêutica, deve-se a chegada dos primeiros habitantes as terras
brasileiras, como índios, negros e europeus. Nesta época, os cuidados médicos
eram restritos às metrópoles e nas regiões suburbanas a população recorria-se ao
uso das ervas nos cuidados com a saúde. Os conhecimentos empregados naquela
época criaram vasta bagagem que sobrevive até os dias atuais (SILVA, 2004).
8
A contribuição dos escravos africanos com a tradição do uso de plantas
medicinais, em nosso país, se deu por meio das plantas que trouxeram consigo que
eram empregadas em rituais religiosos e também, por suas características
farmacológicas, empiricamente desvendadas. Os índios que aqui habitavam,
usavam grande número de plantas medicinais e, por intercessão dos pajés, este
conhecimento das ervas locais e seus usos foram herdados e aprimorados ao
decorrer das gerações. Tais fatos fizeram com que os europeus expandissem seu
contato com a flora medicinal brasileira e a usassem para fins alimentares e
medicamentosos (LORENZI, 2002).
Após as várias expedições dos cientistas naturalistas pelo Brasil foi
descoberta a imensa diversidade da flora brasileira, expedições estas que
aconteceram desde o descobrimento das terras brasileiras até o final do século XIX
(SILVA, 2004).
Em meados de 1900, começaram a surgir os primeiros medicamentos
sintéticos, as antipirinas e aspirinas, contanto, após a II Guerra Mundial as
pesquisas e desenvolvimentos com plantas medicinais foram deixadas de lado, e
retomadas apenas nos dias de hoje (FRANCESCHINI FILHO, 2004).
As plantas medicinais foram os primeiros remédios e as primeiras farmácias
que o homem experimentou, o conhecimento sobre estas muitas vezes era o único
recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos (LIMA, 2006).
Até os dias de hoje, em várias regiões, as plantas medicinais são
comercializadas em feiras, casas ervanárias, mercados e também cultivadas pela
população. Os relatos populares são a maior forma de divulgação da terapêutica das
plantas, que são empiricamente indicadas (LORENZI & MATOS, 2002).
Segundo a Anvisa (2008) plantas medicinais são aquelas capazes de tratar
ou curar doenças, sendo estas, plantas de uso tradicional pela comunidade. O
fitoterápico, nada mais é do que o resultado da industrialização de uma planta
medicinal, na obtenção de medicamentos.
O conhecimento tradicional ao se referir às plantas, em especial as
medicinais, é uma herança dos antepassados, que de forma tradicional, tem
passado seus conhecimentos de geração a geração, desde os tempos mais remotos
até os dias atuais. Assim, o processo de utilização das plantas em práticas
populares e tradicionais como remédios caseiros e comunitários, é conhecido como
medicina alternativa (LIMA, 2006).
9
A descoberta de novos antimicrobianos mostrou-se importante, sobretudo
pela observação de que a sensibilidade das bactérias as drogas podia sofrer
variações, encontrando-se microrganismos pertencentes a uma mesma espécie nos
quais algumas estirpes ou raças eram sensíveis, enquanto outras eram resistentes à
ação de um mesmo antibiótico. Com isto, verifica-se que o fenômeno da resistência
bacteriana aos antimicrobianos, tão seriamente estudado nos dias atuais, já era
manifestação observada desde o inicio da antibioticoterapia (TAVARES, 2002).
ANTIMICROBIANOS
Antimicrobianos, são drogas capazes de inibir o crescimento de
microrganismos, sendo, portanto indicados ao tratamento de infecções microbianas
sensíveis (GOODMAN & GILMAN, 2006). Podendo ser sintéticos ou naturais, agem
inibindo o crescimento bacteriano ou causando sua destruição (SÁEZ-LIORENS X et
al., 2000).
As substâncias antimicrobianas representam o maior avanço da
farmacoterapia nas últimas cinco décadas ou mais, com grandes avanços dentro da
terapêutica medicamentosa. Este grupo de medicamentos condiciona, o efeito de
espécies microbianas patogênicas e oportunistas responsáveis pelas mais variadas
patologias que tanto causam a incapacidade prolongada ou óbito de seres humanos,
sem restrição de faixa etária, situação financeira ou estado de saúde do indivíduo
atingido (ROBERTS et al., 1997).
A história do desenvolvimento e uso de substâncias antimicrobianas no uso
médico antecede a descoberta das espécies microbianas, visto que Hipócrates (460-
337 a.C) indicava lavagem de ferimentos com vinho para impedir o processo
infeccioso. Existem dados documentados de 2.500 a 3.000 anos atrás, que povos
chineses e indianos, ou ainda os mais primitivos, utilizavam mofo, pão mofado, papa
de soja e produtos similares para o tratamento de lesões infectadas e processos
inflamatórios (ROBERTS et al., 1997).
A partir do uso de fungos nos tratamentos antinflamatórios, em 1881, o
microbiologista John Tyndall descreveu as propriedades antibacterianas dos fungos,
onde observou que meios de cultura turvos pelo crescimento bacteriano, tornavam-
se límpidos quando os fungos cresciam na superfície (PITTA & PEREIRA, 2002).
10
E assim, sucessivamente, várias foram às descobertas em torno dos
antibióticos. Pasteur e Joubert observaram que, culturas puras do bacilo carbúnculo
cresciam bem em urina, entretanto o bacilo desaparecia quando determinados
microrganismos estavam presentes. No inicio da década de 1920, Gratia e Dath
realizaram uma das primeiras pesquisas sistemáticas para os antibióticos, tendo
como resultado a descoberta da actinomicetina, produzida por certos actinomicetos.
Embora não tenha sido utilizada no tratamento de pacientes a actinomicetina serviu
para destruir células bacterianas na produção de vacinas. E Fleming, após 1928,
deu inicio a era moderna dos antibióticos, quando notou que uma placa de ágar
inoculada com Staphylococcus aureus, tinha sido contaminada com um fungo e
existia uma grande zona clara ao redor do mesmo, indicando a inibição do fungo por
alguma substância. Fleming destinou-se a pesquisas para identificação do fungo e
sua ação, descobrindo posterirormente que se tratava de Penicillium e desta forma
ele denominou, a substância antimicrobiana produzida pelo fungo, de penicilina
(PITTA & PEREIRA, 2002).
Os antibióticos foram, primeiramente, obtidos apenas a partir de certos
microrganismos e, também, de certos vegetais superiores. Após, com o
conhecimento da sua estrutura química, alguns passaram a ser sintetizados em
laboratórios, enquanto de outros foram obtidos derivados semissintéticos que podem
apresentar propriedades diferentes da substância original (TAVARES, 2009).
Os antibióticos podem ser classificados de acordo com a sua estrutura
química, espectro de ação e efeitos sobre os microrganismos. Sua classificação
química consiste na divisão de quatro grupos, este agrupamento tem importância
pelo fato de substâncias do mesmo grupo apresentarem, mecanismos de ação
semelhantes e partilharem, os microrganismos sobre os quais atuam. Portanto, os
aminoglicosídeos agem de modo semelhante, tendo efeito bactericida, atuam
principalmente sobre bacilos gram-negativos, os poliênicos agem sobre os fungos
pelo mesmo mecanismo fungicida, as distintas tetraciclinas são antibióticos
bacteriostáticos, agindo com espectro de ação semelhante, os macrolídeos tem
efeito bacteriostático sobre os mesmos microrganismos. Em relação às penicilinas e
às cefalosporinas, o espectro de ação é distinto entre o grupo, embora todas sejam
bactericidas sobre microrganismos sensíveis (GOODMAN & GILMAN, 2006).
Outro ponto importante sobre o grupamento de antibióticos, de acordo com a
constituição química, refere-se ao fato de existir resistência cruzada entre
11
constituintes de um mesmo grupo. O conhecimento da resistência cruzada entre
antibióticos é importante para que se evite a associação de duas drogas do mesmo
grupo químico ou substituição em casos de resistência (PITTA & PEREIRA, 2002).
De acordo com sua ação, são divididos em bactericidas e bacteriostáticos. Os
bactericidas provocam alterações incompatíveis com a sobrevida bacteriana, os
bacteriostáticos são os que inibem o crescimento e reprodução sem causar a morte
imediata, sendo o seu efeito reversível (TAVARES, 2009).
O mecanismo de ação das drogas antimicrobianas é exercido essencialmente
por interferência na síntese da parede celular, alterações na permeabilidade da
membrana citoplasmática, alterações da síntese proteica, interferência em
processos metabólicos, interferência na replicação cromossômica e inibição da
síntese de ácidos nucleicos (GOODMAN & GILMAN, 2006).
A resistência aos antimicrobianos é um fenômeno genético. Podendo ser
natural, quando os genes de resistência fazem parte do código genético do
microrganismo, ou adquirida, quando os genes não estão normalmente presentes no
código genético do microrganismo. Outra possível origem da resistência é a
importação dos genes causadores do fenômeno, constituindo a resistência
transferível (TAVARES, 2002).
Na atualidade, os países desenvolvidos e em desenvolvimento tem um
problema preocupante em relação à resistência microbiana, dentre os
microrganismos resistentes destaca-se as espécies de Candida, resistentes aos
azóis antifúngicos (LOPES, 2005).
No sentido, de resolucionar a resistência aos antimicrobianos, Cardoso e
Santos, em 1948, iniciaram, no Brasil, estudos sobre pesquisas de antimicrobianos
de origem vegetal. Os autores testaram extratos de 100 plantas, mas somente 5
apresentaram atividade inibitória contra S. aureus, E. coli e Proteus X-19. A maior
parte dos trabalhos desenvolvidos até o inicio de 1970 referem-se, apenas, às
propriedades antimicrobianas de extratos brutos e totais.
Atkinson, em 1944, estudou 1.200 extratos de plantas nativas da Austrália
contra microrganismos gram-negativos e gram-positivos, e destes, 50 apresentaram-
se ativos contra Staphylococcus aureus e Salmonella typhi.
A avaliação da atividade antimicrobiana de extratos vegetais é realizada
através da determinação da quantidade necessária da substância para inibir o
12
crescimento bacteriano testado, o valor obtido é chamado de Concentração Mínima
Inibitória (CMI) (PINTO et al., 2003).
Vários são os métodos para avaliar a atividade antimicrobiana e fúngica dos
extratos vegetais. Os de maior destaque incluem o método de difusão em ágar,
macrodiluição e microdiluição (PINTO et al., 2003).
A técnica aplicada, o microrganismo, a cepa utilizados no teste, época da
coleta da planta e ainda vários outros fatores pode ser os responsáveis pelas
variações apresentadas na realização da determinação da CMI. Não existindo um
método padrão para demonstrar os resultados destes testes antimicrobianos de
produtos naturais (FENNEL et al., 2004).
CANDIDA SP
As leveduras são microrganismos comensais que podem ser encontrados no
trato gastrointestinal, na pele e no trato genital feminino (POULAIN et al., 2009).
As leveduras do gênero Candida são microrganismos eucarióticos, sua
parede celular é composta basicamente por quitina e sua membrana plasmática
contém vários esteróis, sendo grande parte dela composta por ergosterol. Sua
parede celular rígida não permite a realização de fagocitose, portanto, sua nutrição é
feita a partir da absorção de fontes de carbono provenientes do ambiente (AGUIAR,
2007). Possui forma de micélio e hifa, geralmente mantendo a morfologia de hifas
(SERRACARBASSA et al., 2003).
O gênero Candida conta com 163 espécies (SILVA et al., 2002), das quais
apenas 10% são reconhecidas como causadoras de infecções humanas e
classificadas como oportunistas comensais da superfície de mucosas e pele de
seres humanos e animais (VALLE et al., 2010).
A Candida albicans é a espécie mais conhecida do gênero e considerada de
maior interesse clínico por ainda corresponder ao principal agente de infecções
fúngicas em humanos (CHENG, 2005) e, ocupar diversos habitats, ao contrário de
outras espécies do gênero que tem distribuição limitada (ÁLVARES et al., 2007),
sendo a espécie mais prevalente isolada no corpo humano, como comensal ou
patógeno oportunisa (LIMA et al., 2006).
Dentre as Candida não-albicans já foram identificadas a Candida tropicalis,
Candida glabrata, Candida krusei, C. tropicalis, C. kefyr, C.lusitaniae, C. parapsilosis,
13
C. guilliermondi (SEGAL, 2005; BELAZI et al., 2004) e C. dubliniensis, considerado o
mais novo fungo reconhecido como principal causa de doenças de mucosas em
pacientes com AIDS, tornando-se uma causa significante de infecções humanas,
que incluem infecções abdominais e fungemias (KANTARCIOGLU & YUCEL, 2002).
As leveduras do gênero Candida se expõem em meio sólido, contendo ágar
Sabouraud dextrose em colônias úmidas, cremosas, de aspecto liso ou rugoso e
coloração branco-amarelada. Ao microscópio as células apresentam-se globosas,
ovaladas, medindo em torno, de 3 por 7µm a 3 por 14 µm. Em meio líquido,
presença de sedimento em caldo Sabouraud dextrose e provas de identificação de
fonte carbono e de fermentação de açúcares admitem a identificação de espécies de
Candida (MALUCHE et al., 2008).
A levedura está muito bem adaptada ao corpo humano e tem a capacidade de
coloniza-lo sem que produza sinais de doença (RIBEIRO et al., 2007). Mudanças
imunológicas químicas e mecânicas podem beneficiar a ruptura do equilíbrio
instalado entre o fungo e o hospedeiro e levar ao surgimento da candidíase (BOER
et al., 2001). A capacidade da Candida sp. de continuar no local colonizado e
provocar infecção tem sido imputada à habilidade dessas leveduras em crescer em
extremas condições fisiológicas, bem como pH e nutrientes (CALDERONE & FONZI,
2001).
O tratamento convencional das candidíases incide no emprego de agentes
antifúngicos de uso tópico e/ou sistêmico, sendo os derivados triazólicos e poliênicos
os mais comuns. Estes fármacos podem manifestar efeitos colaterais ou toxicidade,
além das espécies de Candida apresentarem resistência aos mesmos quando
administrados de maneira inadequada, o que se torna um problema cada vez mais
comum (ZHANG et al., 2005).
Com o aumento das infecções causadas por espécies de Candida sp, o uso
indiscriminado de agentes antifúngicos e antimicrobianos também tem crescido,
tornando alguns fungos menos sensíveis a determinadas drogas (NUCCI et al.,
2002).
Desta forma, torna-se necessária a descoberta de novos agentes terapêuticos
oriundos de outras fontes, como as plantas medicinais (SOUZA et al., 2003;
CCAHUANA-VASQUEZ et al., 2007).
Pessini e colaboradores (2003) avaliaram 13 plantas utilizadas na medicina
popular para tratamento de doenças infecciosas, dentre elas a Eugenia uniflora, que
14
apresentou capacidade de inibição no desenvolvimento de algumas cepas de fungos
e bactérias.
Menezes et. al., (2009) testaram a atividade antifúngica de 7 extratos de
plantas frente a Candida albicans, sendo que destes 7, apenas 2 extratos
apresentaram atividade antifúngica significativa, o extrato de Eleutherine plicata
formou halo de inibição de 12 mm e o extrato de Psidium guajava apresentou halo
de inibição de 17mm.
Em 1998, Queiroz testou extratos de Anacardium occidentale, Plectranthus
amboinicus, Punica granatum e Pithecellobium avaremotemo e o óleo essencial da
Lippia sidoides, e estes por sua vez apresentaram significativa atividade antifúngica
frente a 14 cepas do gênero Candida.
Santos e colaboradores (2002) testaram o efeito da própolis na forma de
extrato etanólico, sobre o crescimento in vitro de Candida albicans de pacientes
brasileiros HIV positivos e negativos, que eram portadores de candidose oral, e
neste estudo puderam observar alta eficácia da própolis na inibição da referida
levedura.
Alves et al., (2006), avaliaram a atividade antifúngica do extrato das folhas de
Psidium guajava e este apresentou ótimos resultados, inibindo o crescimento das
cepas de Candida albicans, Candida tropicalis, Candida stelatoidea, Candida krusei.
JAMBOLÃO (Syzygium cumini L.)
Syzygium cumini (L) Skeels é uma árvore pertencente da família Myrtaceae,
nativa dos trópicos, particularmente da Índia, sendo popularmente conhecida no
Brasil como jambolão, jamelão ou azeitona-roxa, no Brasil é encontrada em vários
estados do Norte, Nordeste, Sul e Sudeste (MIGLIATO et al., 2006).
Uma das características marcantes da família Myrtaceae é a formação de
bolsas secretoras de essências, presentes tanto no córtice do caule como no
parênquima das folhas, compreendendo então a denominação Myrtaceae, “myron"
que do grego quer dizer perfume (DI STASI &HIRUMA-LIMA, 2002).
Suas flores apresentam-se regulares, andróginas, tetrâmeras ou pentâmeras.
O androceu é composto por estamos de número indefinido, em dois verticilos. Seu
cálice, com quatro ou cinco divisões, é aderente ao ovário, geralmente inteiro e
persistente. A semente apresenta variação quanto a forma do embrião, que pode ser
15
reto, curvo ou espiralado. Apresenta pistilo ínfero, com carpelos fechados e grande
número de óvulos anátropos. Os frutos podem aparecer em bagas, drupa, pixídio,
cápsulas loculicidas ou aquênio (DI STASI &HIRUMA-LIMA, 2002).
O gênero Syzygium compreende aproximadamente 14 espécies, dentre
estas, todas possuem efeito fisiológico comprovado (ALBERTON et al., 2001).
Syzygium cumini (L.) Skeels pode apresentar os seguintes sinônimos:
Eugenia jambolana Lam., S. caryophylifolium DC., Eugenia cortisona Lour.,
Syzygium jambolanum DC., E. jambolifera Roxb., E. frandosa Wall., E. moorei
Muell., E cumini Druce., E caryphylifolia Lam., E obtusifolia Roxb., E. glomerata
Siber, Jambolifera penduculata Gaertn, C. jambolana Willd., Calyptrantes
caryophylifolia Willd., C. cumini Pers., Myrtus cumini L. (SHARMA et al., 2003).
A Syzygium cumini L. é uma árvore com aproximadamente 10 metros de
altura, com folhagens abundantes. Possui caule aéreo, ereto, tronco lenhoso e
cilíndrico (ALBERTON, 2001; MIGLIATO, 2005; OLIVEIRA, 2000).
FIGURA I. Árvore de Syzygium cumini (L.) Skeels (jambolão).
16
As folhas são simples, pecioladas, lanceoladas ou lanceoladas oblongas até
elípticas, com margens onduladas, ápices cuspidados e bases cuneadas
(ALBERTON, 2001; MIGLIATO, 2005; OLIVEIRA, 2000).
FIGURA II. Folhas da árvore de Syzygium cumini (jambolão).
As flores são brancas e dispostas em inflorescências, pluriflorais compostas,
racemosas (ALBERTON, 2001; MIGLIATO, 2005; OLIVEIRA, 2000).
FIGURA III. Flores da árvore de Syzygium cumini (jambolão).
Os frutos apresentam certa de 3 a 4 cm de comprimento por 2 cm de
diâmetro. Podem apresentar-se na forma de bagas ou elípticos (ALBERTON, 2001;
MIGLIATO, 2005; OLIVEIRA, 2000).
17
FIGURA IV. Frutos maduros de Syzygium cumini (jambolão).
É conhecido em vários países com diferentes denominações, sendo elas:
jambolão, jamun, jamblon, jambolan, jambolana, jambol, jamdlan, jamoon, jambul,
black plum, blackberry, jamelão, jalão, neredu, jam, azeitona, azeitona-roxa, murta,
jambuí, oliva, alla, naeredu, oliveira, java plum, portuguese plum, malabar plum,
purple plum, damson plum, jaman, jambu, jambool, jambhool, jamelong, jamblang,
jiwat, salam, koriang, luk-wa, madan, malak rose-apple, naval, negresse, rotra, tete,
wa, waa, ma-há, pring bai, pring das krebey, voi rung, duhat, lomboy, lunaboy,
djoowet, doowet, pésjua extranjera, guayabo pésjua, koeli, jamoen, druif, jambeiro
(SHARMA et al., 2003; TIMBOLA, et al., 2002; GROVER et al., 2001; GARCIA, et al.,
2003).
Suas ações relatadas na literatura são principalmente: hipoglicemiante,
hipotensiva, antimicrobiana, cardiotônica, anti-inflamatória, adstringente, diurética,
antipirética, estimulante do sistema nervoso central, antiemética, anti-hemorrágica,
antiescorbútica, anticonvulsivante e carminativa. Sendo utilizada popularmente no
tratamento de leucorréias, purificação do sangue, constipação, úlcera, desinteria,
asma, gengivite, bronquite, dispepsia, queimaduras, descamação do couro
cabeludo, estomatite e retenção urinária (ALBERTON et al., 2001 ZANOELLO et al.,
2002).
Migliato (2005) utilizou frutos de Syzygium cumini para a avaliação da
atividade antimicrobiana de extratos alcoólicos, utilizando várias concentrações e
métodos de extração, nos quais obteve concentração mínima entre 1250,0 µg/mL a
312,5 µg/mL.
18
Loguercio et al., (2005) avaliaram a atividade antibacteriana do extrato
hidroalcoólico 10% feito com as folhas de jambolão contra 17 isolados bacterianos
gram-negativos e gram-positivos. Todas as espécies avaliadas apresentaram
sensibilidade ao extrato estudado. Segundo os autores, a maior atividade contra
bactérias gram-positivas se dá pelo teor de taninos do extrato hidroalcoólico porque
a constituição da parede celular bacteriana, menos complexa e com menor teor
lipídico que as gram-negativas, permitem que os taninos atuem sobre a membrana
alterando sua funcionalidade.
Nascimento et al., (2000) avaliaram a atividade antimicrobiana de vários
extratos de plantas e fitofármacos sobre bactérias sensíveis e resistentes a
antimicrobianos. Dentre os extratos testados verificou-se que o de Syzygium cumini,
apresentou inibição de 57,1 % das bactérias testadas, muitas destas resistentes a
antibióticos, com uma CIM variando entre 50 a 400 µL/mL.
Machado et al., (2003) também observaram um efeito inibitório, do extrato de
Syzygium cumini sobre bactérias S. aureus, resistentes a oxacilina.
ALECRIM (Rosmarinus officinalis L.)
O Rosmarinus officinalis L., é um arbusto perene, nativo do Mediterrâneo,
pertencente à família Lamiaceae (AFONSO et al., 2008). Compreendendo cerca de
150 gêneros com aproximadamente 2800 espécies distribuídas no mundo, a família
Lamiaceae tem sua maior dispersão na região do Mediterrâneo e hoje já se
expandiu para o mundo (FLAMINI et al., 2002).
Rosmarinus officinalis, é também conhecido popularmente como: alecrim-de-
jardim; alecrim; rosmarino; labinotis; alecrinzeiro; alecrimcomum; alecrim-de-cheiro;
alecrim-de- horta; erva- coada; flor-do-olimpo; rosa-marinha; rosmarinho. (LORENZI
& MATOS, 2006).
Do latim o termo Rosmarinus quer dizer “orvalho que vem do mar”, em
decorrência de suas flores azuladas, que cercam as praias do Mediterrâneo
(BOTTEGA et al., 2000).
Sua árvore possui porte subarbustivo lenhoso, ereto e pouco ramificado, com
até 1,5 metros de altura (LORENZI, 2006).
19
FIGURA V. Árvore arbustiva de Rosmarinus officinalis (alecrim).
Suas folhas apresentam-se lineares, coriáceas e muito aromáticas. Flores na
cor azulado-claras, pequenas e com aroma muito agradável (LORENZI, 2006).
FIGURA VI. Folhas de Rosmarinus officinalis (alecrim).
As folhas desta planta são, comumente, utilizadas na alimentação como
tempero e conservante de alimentos (ZENG et al., 2001), mas vem ganhando
espaço por apresentar propriedades farmacológicas (MULINACCIA et al., 2011;
NABEKURAA et al., 2010).
20
Suas flores apresentam-se azuladas, pequenas e com aroma agradével.
(LORENZI, 2006).
FIGURA VII. Flores de Rosmarinus officinalis (alecrim).
Um das primeiras espécies identificadas e classificadas da família apresenta
propriedades estomacais, antiespasmódicas, estimulantes, emenagogas e
hipoglicemiante (BARBOSA FILHO et al., 2005; BARBOSA FILHO et al., 2006).
As propriedades do extrato de Rosmarinus officinalis L. estão relacionadas
com sua fração volátil e compostos fenólicos (MULINACCIA et al., 2011; PEREIRA
et al., 2005), e frações de flavonóides e diterpenos (PÉREZ FONS et al., 2006).
Estudos de Dulger & Gonuz (2004), demonstraram que o alecrim inibiu o
crescimento de cepas de S. aureus.
Jarrar et al., (2010) avaliaram o uso de extrato hidroalcoólico de alecrim em
combinação com cefuroxima frente a cepas de Staphylococcus aureus meticilina
resistente (MRSA), indicando sinergismo contras todas às cepas MRSA avaliadas.
Packer e Luz (2007) testaram a atividade antimicrobiana de óleos de sete
plantas, dentre estas o Rosmarinus officinalis, contra S. aureus, E. coli, P.
aeruginosa e C. albicans. O óleo de alecrim apresentou atividade positiva nas
linhagens estudadas e inibiu totalmente o crescimento de C. albicans.
Cordeiro et al., (2006), desenvolveram um enxaguatório bucal contendo
extratos hidroalcoólicos de Rosmarinus officinalis, Plantago major, Tabebuia
impetiginosa, Achillea millefollium e Nasturtium officinale e posteriormente avaliaram
sua atividade antibacteriana frente á S. aureus, B. subtilis, E. coli, E. faecalis e P.
21
aeruginosa. Os microrganismos apresentaram-se sensíveis aos extratos, com maior
sensibilidade para S. aureus e B. subtilis.
Gauch et al., (2014) testaram o óleo essencial de Rosmarinus officinalis,
sobre Candida albicans, Candida krusei, Candida dubliniensis e Candida
parapsilosis. A estirpe mais sensível foi a de C. albicans, apresentando CIM de
0,5%, seguida pela C. dubliniensis e C. krusei com valores de CIM de 1%.
22
REFERÊNCIAS
AFONSO, M. S. et al. Atividade antioxidante e antimicrobiana do alecrim (Rosmarinus officinalis L.) em filés de tilápia (Oreochromis ssp) salgados secos durante o armazenamento congelado. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 10, n. 2, p. 12-17, 2008.
AGUIAR, Michelle Maria Gonçalves Barão de. Desenvolvimento de Novos Comprimidos Bucais de Nistatina para o Tratamento de Candidíase Oral. 2007.146 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
ALBERTON, J. R.; RIBEIRO, A.; SACRAMENTO, L. V. S.; FRANCO, S. L. Caracterização farmacognóstica do jambolão (Syzygium cumini (L.) Skeels). Rev. Bras. Farmacog., v. 11, n.1,p. 37 - 50, 2001.
ÁLVARES, C. A.; SVIDZINSKI, T.I.E.; CONSOLARO, M.E.L. Candidíase vulvovaginal: fatores predisponentes do hospedeiro e virulência das leveduras. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro, v. 43, n. 5, p. 319- 327, 2007.
ALVES, M. P. et al., Atividade antifúngica do extrato de Psidium guajava Linn. (goiabeira) sobre leveduras do gênero Candida da cavidade oral: uma avaliação in vitro. Revista Brasileira de Farmacognosia Brazilian Journal of Pharmacognosy 16(2): 192-196, Abr./Jun. 2006.
ATKISON, N., Nature, 1946.
BARBOSA-FILHO, J. M., MEDEIROS, K. C.P., DINIZ, M. F. F. M., BATISTA L. M., ATHAYDE-FILHO, P. F., SILVA, M.S., CUNHA, E. V. L., ALMEIDA, J. R.G. S., QUINTANS-JÚNIOR, L. J., 2006. Natural products inhibitors of the enzyme acetylcholinesterase. Ver Bras Farmacogn 16: 258-285.
BARBOSA-FILHOS, J.M, VASCONCELOS, T. H. C., ALENCAR A.A., BATISTA L. M., OLIVEIRA, R. A. G., GUEDES, D. N., FALCÃO, H. S., MOURA, M.D., DINIZ, M. F. F. M., MODESTO-FILHO, J., 2005. Plants and their active constituents from South, Central, and North America with hypoglycemic activity. Rev Bras Farmacogn 15: 392-413.
BELAZI, M., VELEGRAKI, A., KOUSSIDOU-EREMONDI, T., ANDREADIS, D., HINI, S., ARSENIS, G. et al .Oral Candida isolates in patients undergoing radiotherapy for head and neck cancer: prevalence, azole susceptibility
23
profiles and response to antifungal treatment. Oral Microbiol Immun. 2004; 19: 347-351.
BOER, H.J. et al. Virulence factors of Candida albicans. Trends Microbiol., Cambridge, v. 9, no. 7, p.327-335, July 2001.
BOTTEGA, S.; CORSI, G.; Botanical Journal of the Linnean Society 2000,132,325-335.
CALDERONE R.A. & FONZI, W.A. Virulence factors of Candida albicans. Trends in Microbiology, Cambridge, v. 9, n. 7, p. 327-335, 2001.
CARDOSO H.T.; SANTOS M.L, Bas. Res. 1948.
CCAHUANA-VASQUEZ, R. A.; et al. Atividade antimicrobiana da Uncaria tomentosa sobre patógenos da cavidade bucal humana. Braz Oral Res 45;21 (1): 46-50, 2007.
CHENG, M. F., YANG, Y. L., YAO, T. J., LIN, C. Y., LIU, J. S., TANG, R.B., YU, K. W., FAN, Y. H., HSIEH, K. S., HO, M., LO, H. J. Risk factors for fatal candidemia caused by Candida albicans and non-albicans Candida species. BMC Infectious Diseases 5:1-5, 2005.
CORDEIRO, C. H. G. et al. Análise farmacognóstica e atividade antibacteriana de extratos vegetais empregados em formulação para higiene bucal. TBCF., São Paulo, v.42, n.3, 2006.
DORTA, E. J. Introdução. In: Escala Rural: especial de plantas medicinais. 1(4):1-62. São Paulo: Escala Ltda; 1998.
DULGER, B., GONUZ, A. Antimicrobial activity of certain plants used in Turkish traditional Medicine. Asian J Plant Sci. 2004; 3(1): 104-107.
FENNEL CW, LINDSEY KL, MC GAW LJ, SPARG SG, STAFFORD GI, ELGORASHI EE, GRACE OM, VAN STADEM J. Review: Assessing African medicinal plants for effi cacy and safety: Pharmacological screening and toxicology. J. Ethnopharmacol, 2004.
24
FLAMINI, G.; CIONI, P. L.; MORELLI, I.; MACCHIA, M.; CECCARINI, L. Main agronomic-productive characteristics of two ecotypes of Rosmarinus officinalis L. and chemical composition of their essential oils. J. Agric. Food Chem., v. 50, n. 12, p.3512-3517, 2002. GARCIA, C. G.; POLO, A. S.; IHA, N. Y. M. Photoelectrochemical solar cell using extract of Eugenia jambolana Lam as a natural sensitizer. Annals Braz. Acad. Sci., v. 75, n. 2, p. 163 –165, 2003.
GAUCH, L.M.R., PEDROSA, S.S., ESTEVES, R.A. et al.Atividade antifúngica de Rosmarinus officinalis Linn. óleo essencial contra Candida albicans, Candida dubliniensis, Candida parapsilosis e Candida krusei. Rev Pan-Amaz Saude, mar. 2014, vol.5, no.1, p.61-66. ISSN 2176-6223.
GOODMAN & GILMAN: As bases farmacológicas da terapêutica – Rio de Janeiro: McGraw- Hill Interamericana do Brasil, 2006.
GROVER, J. K.; VATS, V.; RATHI, S. S.; DAWAR, R. Traditional Indian anti-diabetic plants attenuate progression of renal damage in streptozotocin induced diabetic mice. J. Ethnopharmacol., v. 76, p. 233 - 238, 2001.
JARRAR, N.; ABU-HIJLEH, A.; ADWAN, K. Antibacterial activity of Rosmarinus officinalis L., alone and in combination with cefuroxime, against methicillin-resistant Staphylococcus aureus. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine, China, v. 3, n. 2, p. 121-123, 2010.
KANTARCIOLU, A.S., ŸUCEL, A. The presence of fluconazole-resistant Candida dubliniensis strains mong Candida albicans isolates from immunocompromised or otherwise debilitated HIV-negative Turkish patients. Rev Iberoam Micol. 2002; 19: 44-48.
LIMA, I. O.: OLIVEIRA, R. A. G.; LIMA, E. O.; FARIAS, N. M. P.; SOUZA, E. L. Atividade antifúngica de óleos essenciais sobre espécies de Candida. Revista Brasileira de Farmacognosia, 2006.
LIMA, I. O.: OLIVEIRA, R. A. G.; LIMA, E. O.; FARIAS, N. M. P.; SOUZA, E. L. Atividade antifúngica de óleos essenciais sobre espécies de Candida. Revista Brasileira de Farmacognosia, 2006.
25
LOGUERCIO, A. P. et al., Atividade antibacteriana de extrato hidroalcoólico de folhas de jambolão (Syzigium cumini L. Skells). Ciência Rural, Santa Maria, v.35, n.2, 2005.
LOPES H.V. CA-MRSA: um novo problema para o infectologista. Rev. Panamer Infectol. 2005.
LORENZI, H., MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. São Paulo: Instituto Plantarum; 2002.
MACHADO, T. B., PINTO, A. V., PINTO, M. C. F. R., LEAL, I. C. R., SILVA, M. G., AMARA, C. F., KUSTER, L. R. M., NETO, K. R. 2003. In vitro activity of Brasilian medicinal plants, naturally ocorring naphthoquinones and their analougues, against methicilin-resistant Staphylococcus aureus. Int J Antimicrob Ag 21: 279-284.
MALUCHE, M.E.; SANTOS, J.I., Candida sp. e infecções hospitalares: aspectos epidemiológicos e laboratoriais. Rev. Bras. Anal. Clin., Rio de Janeiro, v. 40, n. 1, p. 65-67, 2008.
MENEZES, A. O. T.; ALVES, A. B. C. A.;VIEIRA, S. M. J.; MENEZES, F. A. S.; ALVEZ, P. B.; MENDONÇA, V. C. L. Avaliação in vitro da atividade antifúngica de óleos essenciais e extratos de plantas da região amazônica sobre cepa de Candida albicans. Revista de odontologia da UNESP. 2009; 38(3): 184-91.
MIGLIATO, K. F. (2005) “Syzygium cumini (L.) Skeels - jambolão: estudo farmacognóstico, otimização do processo extrativo, determinação da atividade antimicrobiana do extrato e avaliação da atividade anti-séptica de um sabonete líquido contendo o referido extrato”. Dissertação de Mestrado em Ciências Farmacêuticas.
MIGLIATO, K. F.; BABY, A. R.; ZAGUE, V.; VELASCO, M. V. R.; CORRÊA, M. A.;SACRAMENTO, L. V. S.; SALGADO, H. R. N. Ação farmacológica de Syzygium cumini (L.) Skeels. Acta Farmaceutica Bonaerense, v.25, p.310-304, 2006.
MULINACCIA, N., INNOCENTIA, M., BELLUMORIA, M., GIACCHERINIA, C., MARTINIB, V., MICHELOZZIB, M., 2011. Storage method, drying processes and extraction procedures strongly affect the phenolic fraction of rosemary leaves: an HPLC/ DAD/MS study. Talanta 85, 167–176.
26
NABEKURAA, T., YAMAKIA, T., HIROIA, T., UENOA, K., KITAGAWAB, S., 2010. Inhibition ofanticancer drug efflux transporter P-glycoprotein by rosemary phytochemicals. Pharmacological Research 61, 259–263.
NASCIMENTO, G. G. F., LOCATELLI, J., FREITAS, P. C. D., SILVA, G. L., 2000. Antibacterial activity of plant extract and phytochemicals on antibiotic-resistant bacteria. Braz J Microbiol 31: 247-256.
NUCCI, M.; COLOMBO, A. L.; Emergence of resistant Candida in neutropenic patients.Braz J Infect Dis. Salvador, v.6 n.3 jun. 2002.
OLIVEIRA, F. & G. Akisue (2000) “Fundamentos de Farmacobotânica”, Ed. Atheneu, 2a edição, São Paulo, págs. 67-139.
PACKER, J. F.; LUZ, M. M. S. Método para avaliação e pesquisa da atividade antimicrobiana de produtos de origem natural. Rev. Brás. Farmacogn, João Pessoa, v.17, n.1, 2007.
PEREIRA, P., TYSCA, D., OLIVEIRA, P., BRUMA, L.F.S., PICADA, J.N., ARDENGHI, P., 2005. Neurobehavioral and genotoxic aspects of rosmarinic acid. Pharmacological Research 52, 199–203.
PÉREZ-FONS, L., ARANDA, F.J., GUILLÉN, J., VILLALAÍN, J., MICOL, V., 2006. Rosemary (Rosmarinus officinalis) diterpenes affect lipid polymorphism and fluidity in phospholipid membranes. Archives of Biochemistry and Biophysics 453, 224–236.
PESSINI, G.L., HOLETZ, F.B., SANCHES, N.R., CORTEZ, D.A.G., DIAS-FILHO, B.P., NAKAMURA, C.V. 2003. Avaliação da atividade antibacteriana e antifúngica de extratos de plantas utilizados na medicina popular. Rev Bras Farmacogn 13(Supl. 1): 21-24.
PINTO, T. J. A., KANEKO, T. M., OHARA, M. T. Controle Biológico de Qualidade de Produtos Farmacêuticos, Correlatos e Cosméticos. 2.ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2003.
PITA, J. R.; PEREIRA, A. L., 2002 - A Europa científica e a farmácia portuguesa na época contemporânea. “Estudos do Século XX”, Vol. 2, p. 231-265.
27
POULAIN, D., SENDID, B., STANDAERT-VITSE, A., FRADIN, C., JOUAULT, T., JAWHARA, S., et al. Yeasts: neglected pathogens. Dig Dis. 2009;27 Suppl 1:104-10.
RIBEIRO, E. L., et al. Candida albicans bucais de crianças com Síndrome de Down: Comportamento de tubos germinativos, exoenzimas e sensibilidade a toxinas “killer”. Rev. Odonto Ciênc., Porto Alegre, v. 22, n. 57, 2007.
ROBERTS J. E.; SPEEDIE, M. K.; TYLER, V.E. Farmacognosia e Farmacobiotecnologia. São Paulo: Editorial Premier, 1997.
SÁEZ-LIORENS, X., CASTREJÓN-DE WONG, M., CASTAÑO, E., DE SUMAN, O., MORÓS, D., DE ATENCIO, I. Impact of an antibiotic restriction policy on hospital expenditures and bacterial susceptibilities:a lesson from a pediatric institution in a developing country. Pediatr Infect Dis J 2000; 19: 200-6.
SEGAL, E. Candida still number one – what do we know and where we going from there? Mycoses, Berlin, v. 48, Suppl. 1, p. 3-11, 2005.
SERRACARBASSA, P. D.; DOTTO, P. Endoftalmite por Candida albicans. Arq. Bras. Oftalmol. São Paulo, v.66 n.5, set/out. 2003.
SHALE, T.L., STIRK, W.A., VAN STADEN, J. (1999). Screening of medicinal plants used in Lesotho for anti-bacterial and anti-inflammatory activity, J. of Ethnopharmacol. 67:347-354.
SHARMA, S. B.; NASIR, A.; PRABHU, K. M.; MURTHY, P. S.; DEV, G. Hypoglycaemic and hypolipidemic effect of ethanolic extract of seeds of Eugenia jambolana in alloxan-induced diabetic rabbits. J. Ethnopharmacol., v. 85, p. 201 - 206, 2003.
SILVA V.; M CRISTINA DÍAZ J.; NALDY FEBRÉ Y. Red De Diagnóstico En Micología Médica.Vigilancia De La Resistencia De Leveduras A Antifúngicos. Rev. Chil. Infectol. Santiago v.19 Supl.2 2002.
SOUZA, M.M.; et al. Métodos de Avaliação de Atividade Biológica de Produtos Naturais e Sintéticos. In: BRESOLIN, T. M.B., CHECHINEL FILHO, V. Ciências farmacêuticas: contribuição ao desenvolvimento de novos fármacos e medicamentos. Itajaí: UNIVALI, 2003.
28
TAVARES, Walter.; Antibióticos e quimioterápicos para uso clínico/ Walter Tavares., 2ª ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.
TIMBOLA, A. K.; SZPOGANICZ, A. B.; MONACHE, F. D.; PIZZOLATTI, M. G. A new flavonol from leaves of Eugenia jambolana. Fitoterapia, v. 73, p. 174 - 176, 2002.
VALLE, G. C.; RENDE, J. C.; OKURA, M. H. Estudo da Incidência do Gênero Candida em Hospital Público Universitário. NewsLab., São Paulo, v.17, n.101, p. 202-222, 2010.
ZANOELLO, A. M.; MAZZANTI, C. M.; GINDRI, J. K.; FILAPPI, A.; PRESTES, D.; CECIM, M. Efeito protetor do Syzygium cumini contra Diabetes Mellitus induzido por aloxano em ratos. Acta Farm. Bonaerense, v. 21, n. 1, p. 31 - 36, 2002.
ZENG, H. H., TU, P. F., ZHOU, K., WANG, H., WANG, B. H., & LU, J. F. (2001). Antioxidant properties of phenolic diterpenes from Rosmarinus officinalis. Acta Pharmacologica Sinica, 22, 1094–1098.
ZHANG J. D. et al. In vitro and in vivo antifungal activities of the eight steroid saponins against fluconazole-resistant fungal. Biol. Pharm. Bull., v.28, 2005.
29
Atividade antimicrobiana do Syzygium cumini (jambolão) e Rosmarinus
officinalis (alecrim) frente a espécies de Candida sp
KROHN, F.P¹; LUCCA, P.S.R.²
¹ Faculdade Assis Gurgacz, Curso de Farmácia. Endereço: Av. das Torres, 500, Loteamento Fag, Cascavel/PR. Email: [email protected] ² Faculdade Assis Gurgacz, Curso de Farmácia. Endereço: Av. das Torres, 500, Loteamento Fag, Cascavel/PR. Email: [email protected]
RESUMO: As infecções fúngicas, principalmente as que acometem a pele e mucosas constituem um sério problema em países subdesenvolvidos. A candidíase é uma das principais infecções fúngicas e a Candida albicans é a espécie mais frequente em casos de candidíase. As espécies citadas podem ser isoladas das superfícies da mucosa oral, vaginal, do trato gastrointestinal e da região retal. Usualmente as candidíases são tratadas com o uso de agentes antifúngicos, mas nem sempre este tratamento torna-se efetivo, devido às reações adversas e a toxicidade destes agentes e a resistência dos fungos, fazendo com que a infecção se torne recorrente. Tendo em vista o aumento da recorrência desta infecção, a busca por terapias alternativas provindas de outras fontes, como as plantas medicinais, vem crescendo. Dentro desta perspectiva, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana dos extratos hidroalcoólicos do Rosmarinus officinalis (Alecrim) e Syzygium cumini (Jambolão) frente a espécies de Candida sp. Para tal estudo, foram adquiridas folhas de Alecrim e Jambolão no comércio da cidade de Cascavel – PR, após a identificação das mesmas, foram produzidos seus extratos hidroalcoólicos em concentração 1:5 e testados pelo método de difusão em discos em cepas de Candida tropicalis, Candida albicans e Candida parapsilosis. Após período de incubação de 48 horas, constatou-se que os extratos hidroalcoólicos não apresentaram inibição frente às cepas testadas. Palavras-chave: Infecções fúngicas, candidíase, antifúngicos.
ABSTRACT: Antimicrobial activity do Syzygium cumini (Java plum) and Rosmarinus officinalis (Rosemary) facing each Candida species sp. The yeast infections, especially the ones that attack skin and mucous create a seriously problem for undeveloped countries. Candidiasis is one of the principal yeast infections, but Candida albicans is the most frequent species in cases of candidiasis. Cited species can be isolated from oral mucosal surfaces, vaginal, gastrointestinal tract, and rectal region. Usually candidiasis are treated by using antifungal agents, but not always this treatment becomes effective, due to adverse factors and toxicity of this agents and the resistance of the fungi making the infection becomes tough.
30
Seeing the increasing occurrence of these infections, the search for alternative therapies stemmed from other sources, such as medicinal plants, is growing. From this perspective, this study aims to evaluate the antimicrobial activity of hydroalcoholic extracts of Rosmarinus officinalis (Rosemary) and Syzygium cumini (Java plum) against Candida sp species. For this study, leaves were acquired from Rosemary and Java Plum in commerce of the Cascavel – PR city, after identifying them, were produced their hydroalcoholic extracts in concentration 1: 5 and tested by diffusion method of strains on disks in Candida tropicalis, Candida albicans and Candida parapsilosis. After a period of 48 hours incubation, it was found that the hydroalcoholic extracts showed no inhibition front of the strains tested.
Key words: yeast infections, candidiasis, antifungals.
INTRODUÇÃO
Infecções humanas, principalmente aquelas abrangendo a pele e mucosas
constituem um sério problema, sobretudo em países subdesenvolvidos tropicais e
subtropicais, consistindo os fungos dermatófitos e a levedura Candida sp os
patógenos mais comuns (PORTILLO et al., 2001).
O gênero Candida caracteriza-se por patógenos oportunistas pertencentes a
microbiota do homem desde o nascimento. Mudanças imunológicas, químicas e
mecânicas podem beneficiar a ruptura do equilíbrio instalado entre o fungo e o
hospedeiro e levar a candidíase (BOER et al., 2001).
A candidíase caracteriza-se como a infecção fúngica mais comum, sendo a
Candida albicans seu agente etiológico mais comum e é a espécie mais prevalente
isolada do corpo humano, como comensal ou patógeno oportunista (LIMA et al.,
2006).
A Candida albicans é a espécie mais frequente em casos de candidíase, mas
outras espécies também já foram identificadas, sendo elas: Candida tropicalis,
Candida glabrata, Candida krusei, dentre outras. As espécies citadas podem ser
31
isoladas das superfícies da mucosa oral, vaginal, do trato gastrointestinal e da região
retal (SEGAL, 2005).
Convencionalmente, as candidíases são tratadas com base na utilização de
agentes antifúngicos, porém este tratamento nem sempre é efetivo, pelo fato de que
os fármacos disponíveis para tratamento podem causar efeitos colaterais ou
toxicidade, e ainda resistência quando utilizados de forma inadequada, tornando os
casos recorrentes (ZACCHINO, 2001; ZHANG et al., 2005).
A resistência de microrganismos patogênicos vem aumentando com o
decorrer dos anos, pela existência do uso indiscriminado de antimicrobianos no
tratamento de doenças infecciosas (SILVA et al., 2010). Este aumento da resistência
dos microrganismos faz com que a busca por novas terapias antimicrobianas torne-
se uma importante estratégia no tratamento de infecções de difícil tratamento
(COSTA et al., 2009).
Desta forma, torna-se necessário o investimento em estudos e pesquisas a
fim de descobrir novos agentes terapêuticos provenientes de outras fontes, uma das
alternativas é a partir das plantas medicinais (CCAHUANA-VASQUEZ et al., 2007).
O uso de plantas medicinais é entendido como uma prática que vem sendo
utilizada há muito tempo, estando presente na sabedoria do senso comum,
articulando cultura e saúde (ALVIM et al., 2006).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) 80% da população
dos países em desenvolvimento empregam técnicas tradicionais nos seus cuidados
básicos de saúde e 85% utilizam plantas medicinais ou seus preparos. A partir disto,
a OMS tem expressado a sua postura sobre a importância da necessidade de
estimular o emprego de plantas medicinais no setor sanitário e na atenção básica à
saúde (ROSA et al., 2011).
32
Neste sentido, a pesquisa da atividade antimicrobiana de plantas medicinais
frente a espécies de Candida sp, torna-se relevante, pois vem colaborar de modo
fundamental para a obtenção adequada de dados científicos que possam validar
terapêuticas alternativas inseridas nos sistemas de saúde, propiciando maior
aceitação destes tratamentos, tanto dos pacientes quanto dos prescritores, elevando
o papel de destaque do Brasil no cenário mundial de pesquisas e delineamento de
fármacos fitoterápicos.
Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade
antimicrobiana dos extratos hidroalcoólicos de Rosmarinus officinalis e Syzygium
cumini frente a espécies de Candida sp.
MATERIAL E MÉTODO
A pesquisa da atividade antimicrobiana de Syzygium cumini e Rosmarinus
officinalis frente às espécies de Candida sp, foram realizadas no laboratório de
Microbiologia na Faculdade Assis Gurgacz – FAG, em Cascavel – PR.
CEPAS
Para o presente teste de atividade antimicrobiana foram utilizadas cepas de
Candida albicans ATCC 10.231, Candida parapsilosis ATCC 22.019 e Candida
tropicalis ATCC 20.336.
33
PLANTAS TESTE
As amostras de Syzygium cumini (Jambolão) e Rosmarinus officinalis
(Alecrim) foram adquiridas no comércio da cidade de Cascavel – PR e identificadas
baseando-se nas descrições botânicas de análise macroscópica da Farmacopeia
Brasileira (1998), onde estão descritas as características destas plantas.
EXTRATOS HIDROALCOÓLICOS
A obtenção dos extratos de Syzygium cumini e Rosmarinus officinalis foi
realizada através do método de maceração onde o líquido extrator utilizado foi o
álcool a 70%.
A droga vegetal foi colocada em contato com o líquido extrator, em
concentração 1:5, durante um período de 20 dias com agitação esporádica em
temperatura ambiente e sem renovação do liquido extrator (SIMÕES et al., 2003).
MEIO DE CULTURA
O meio de cultura utilizado na realização dos testes de sensibilidade das
leveduras aos extratos vegetais produzidos foi o Àgar Sabouraud Dextrose.
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA
Os ensaios da avaliação antimicrobiana dos extratos hidroalcoólicos foram
realizados pelo método de disco difusão que é aceito pelo FDA (Food and Drug
34
Administration) e estabelecido como padrão pelo NCCLS (National Committe for
Clinical Laboratory Standasds) (BARRY & THORNSBERRY, 1991).
Com swab estéril, o inóculo bacteriano com turvação de 0,5 da escala
McFarland, foi distribuído sobre a superfície do ágar e deixado em repouso em
temperatura ambiente por 3 minutos.
Foram utilizados discos de papel de 6mm de diâmetro, que foram
impregnados com 10 µl dos extratos testados, o controle positivo utilizado foram
discos de nistatina, produzidos através de uma diluição de 1:5 da suspensão oral
comercial e o negativo, discos de álcool 70%. Estes discos foram dispostos em Ágar
Sabouraud Dextrose previamente inoculados com as cepas de Candida sp, com o
auxilio de pinça flambrada e fria, pressionando cuidadosamente os discos para
maior aderência ao meio, mantendo-os a distância suficiente para que não se
sobreponham os halos de inibição.
As placas foram incubadas em estufa com temperatura de 25 a 27º por 48 a
72 horas (CARVALHO et al., 2002; CHANDRASEKARAM & VENKATESALU, 2004;
KARAMAN et al., 2003; MOODY et al., 2004; SPRINGFIELD et al., 2003). Os testes
foram realizados em duplicata.
Após o termino do período de incubação a leitura dos testes procedeu-se
medindo em milímetros o diâmetro dos halos de inibição ao redor dos discos.
Todos os procedimentos foram realizados nos laboratórios da Faculdade
Assis Gurgacz.
35
ANÁLISES DOS DADOS
Os testes foram realizados em duplicata e expressos em mm pela média
aritmética dos halos de inibição formados ao redor dos discos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os extratos de alecrim e jambolão, nas condições do presente ensaio, não
apresentaram halos de inibição sobre as espécies analisadas, Candida albicans,
Candida parapsilosis e Candida tropicalis, o que indica ausência da atividade
antimicrobiana da mesma frente a estas espécies.
A Tabela I demonstra os resultados obtidos na avaliação dos extratos
hidroalcoólicos de Rosmarinus officinalis (Alecrim) e Syzygium cumini (Jambolão)
sobre as espécies de Candida albicans, Candida parapsilosis e Candida tropicalis.
Os extratos não apresentaram potencial antimicrobiano sobre as espécies
ensaiadas.
TABELA I. Resultados obtidos nos testes de avaliação da atividade antimicrobiana dos extratos de Alecrim e Jambolão, sobre as espécies de Candida sp.
C. albicans C. parapsilosis C. tropicalis
Extrato Nistatina Extrato Nistatina Extrato Nistatina
Alecrim --- 9mm --- 9mm --- 8mm
Jambolão --- 10mm --- 12mm --- 8mm
--- : Não houve formação de halo de inibição.
36
Outros autores descrevem o potencial antimicrobiano da espécie Syzygium
cumini, tais como, Migliato (2005) que utilizou os frutos de Syzygium cumini para a
avaliação da atividade antimicrobiana de extratos alcoólicos, utilizando várias
concentrações e métodos de extração, nos quais obteve inibição na concentração
mínima entre 1250,0 µg/mL a 312,5 µg/mL.
Loguercio et al. (2005) avaliaram a atividade antibacteriana do extrato
hidroalcoólico 10% feito com as folhas de jambolão contra 17 isolados bacterianos
gram-negativos e gram-positivos. Todas as espécies avaliadas apresentaram
sensibilidade ao extrato estudado. Segundo os autores, a maior atividade contra
bactérias gram-positivas se dá pelo teor de taninos do extrato hidroalcoólico porque
a constituição da parede celular bacteriana, menos complexa e com menor teor
lipídico que as gram-negativas, permitem que os taninos atuem sobre a membrana
alterando sua funcionalidade.
Nascimento et al. (2000) avaliaram a atividade antimicrobiana de vários
extratos de plantas e fitofármacos sobre bactérias sensíveis e resistentes a
antimicrobianos. Dentre os extratos testados verificou-se que o de Syzygium cumini,
apresentou inibição de 57,1% das bactérias testadas, muitas destas resistentes a
antibióticos, com uma CIM variando entre 50 a 400 µL/mL.
Machado et al. (2003) também observaram um efeito inibitório, do extrato de
Syzygium cumini sobre bactérias S. aureus, resistentes a oxacilina.
Oliveira et al. (2007) avaliaram a atividade antimicrobiana do extrato
hidroalcoólico (100 mg/ ml) das folhas de Syzygium cumini, este apresentou
atividade antimicrobiana contra Cândida krusei e cepas multiresistentes de
Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus.
37
Costa et al. (2009) testaram a atividade antifúngica do Syzygium cumini na
forma de extrato glicólico, o qual apresentou efeitos antifúngicos para todas as
cepas de Candida testadas.
Michelin et al., (2005) testou o extrato de Syzygium cumini o qual não inibiu o
crescimento de cepas padrão de Candida albicans, assemelhando-se com os
resultados obtidos neste estudo.
Quanto ao Rosmarinus officinalis, outros autores já testaram seu potencial
antimicrobiano, em estudos Dulger & Gonuz (2004), demonstraram que o alecrim
inibiu o crescimento de cepas de S. aureus.
Resultados obtidos por Haida et al., (2007) demonstraram que extratos de
Rosmarinus officinalis apresentam ação contra bactérias Gram positivas.
Hentz & Santin, (2007) concluíram que o óleo essencial comercial de alecrim
testado, apresenta ação inibitória contra Salmonella sp. na sua forma pura.
Jarrar et al., (2010) avaliaram o uso de extrato hidroalcoólico de alecrim em
combinação com cefuroxima frente a cepas de Staphylococcus aureus meticilina
resistente (MRSA), indicando sinergismo contras todas às cepas MRSA avaliadas.
Packer e Luz (2007) testaram a atividade antimicrobiana de óleos de sete
plantas, dentre estas o Rosmarinus officinalis, contra S. aureus, E. coli, P.
aeruginosa e C. albicans. O óleo de alecrim apresentou atividade positiva nas
linhagens estudadas e inibiu totalmente o crescimento de C. albicans.
Gauch et al., (2014) testaram o óleo essencial de Rosmarinus officinalis,
sobre Candida albicans, Candida krusei, Candida dubliniensis e Candida
parapsilosis. A estirpe mais sensível foi a de C. albicans, apresentando CIM de
0,5%, seguida pela C. dubliniensis e C. krusei com valores de CIM de 1%.
38
Lima et al., (2006) testaram os óleos essenciais de 6 plantas frente a espécies
de Candida sp, dentre elas o Rosmarinus officinalis, que por sua vez apresentou
baixa efetividade antimicrobiana. Esta baixa efetividade do óleo essencial de
Rosmarinus officinalis também foi observada por Araújo (2003) frente a cepas de
Candida sp isoladas do meio ambiente.
Castro et al., (2011) avaliaram os óleos essenciais de Ocotea odorífera Vell e
Rosmarinus officinalis L. sobre espécies do gênero Candida sp, os quais
apresentaram fraca atividade sobre as espécies fúngicas.
Costa e colaboradores (2009) testaram o potencial antifúngico do extrato
glicólico de Rosmarinus officinalis, o extrato em estudo apresentou significantes
efeitos antifúngicos para todas as cepas de Candida sp estudadas.
Cordeiro et al., (2006), desenvolveram um enxaguatório bucal contendo
extratos hidroalcoólicos de Rosmarinus officinalis, Plantago major, Tabebuia
impetiginosa, Achillea millefollium e Nasturtium officinale e posteriormente avaliaram
sua atividade antibacteriana frente á S. aureus, B. subtilis, E. coli, E. faecalis e P.
aeruginosa. Os microrganismos apresentaram-se sensíveis aos extratos, com maior
sensibilidade para S. aureus e B. subtilis.
As diferenças encontradas no presente estudo em relação às pesquisas
acerca da atividade antimicrobiana já publicadas sobre o Rosmarinus officinalis Linn.
e Syzygium cumini Linn. podem ter ocorrido devido as diversas formas de preparo
dos extratos e as diferenças na composição química das plantas. Esta composição é
determinada por fatores variáveis, como local, condições de cultivo e época de
colheita.
Em estudos Martins & Santos (1995), concluíram que existem horários em
que a concentração dos princípios ativos na planta é maior. Assim o conhecimento
39
da influência desses fatores é de suma importância para o uso correto dessas
espécies.
Segundo Marchiori (2004) a colheita das folhas deve ser feita antes que se
inicie a floração, no período da manhã, com tempo encoberto, a partir do seu
segundo ou terceiro ano de plantio. Recomenda-se também fazer a colheita antes
do ápice solar, de preferência entre as 6 e 10 horas da manhã. A secagem deve ser
tão logo que se colha a planta e nunca em temperatura superior a 35ºC.
Outro dado importante deste trabalho foi a utilização de extratos
hidroalcoólicos, diferente da maioria dos estudos encontrados, que utilizaram óleos
essenciais.
Segundo Lambert et al., (2001) a ação antimicrobiana apresentada por óleos
essenciais e extratos pode ser devido ao prejuízo à diferentes enzimas,
principalmente aquelas envolvidas com a produção de energia ou síntese de
componentes estruturais dos microrganismos. Outra hipótese levantada por Cox et
al., (2000) seria de que os óleos essenciais sensibilizam a bicamada fosfolipídica da
membrana celular, causando um aumento da permeabilidade e perda de
constituintes intracelulares vitais, ou ainda, na tese de Pinto et al., (2006) devido a
ocorrência de danos na membrana citoplasmática e redução no conteúdo de
ergosterol dos fungos.
A composição química dos óleos voláteis e extratos dependem diretamente
das condições climáticas e de cultivos, da parte da planta que foi utilizada e o tipo de
preparação do material, assim como o método de extração utilizado (CARVALHO-
JUNIOR et al., 2004).
Blanco (2001), pesquisando sobre a espécie Rosmarinus officinalis em
Botucatu/SP, não notou variação no rendimento do óleo essencial entre as estações
40
verão e inverno, apesar disso constatou pequenas diferenças nos teores dos
componentes do óleo essencial ao decorrer do ano.
Os óleos essenciais são constituídos basicamente por terpenóides e
caracterizam-se pela volatilidade e aroma agradável. Os compostos mais frequentes
nos óleos essenciais são os monoterpenos e os sesquiterpenos (SIMÕES et al.,
2003).
Sob o ponto de vista de vista farmacológico, as principais atribuições dos
óleos essenciais são a atividade antifúngica, antiviral, anti-inflamatória, antisséptica,
entre outras (SIMÕES et al., 2003).
Segundo Duarte (2006) os óleos essenciais apresentam maior ação
antimicrobiana sobre um maior número de microrganismos, do que os extratos
etanólicos.
É ainda importante ressaltar que as análises antimicrobianas realizadas nos
trabalhos citados foram realizadas em diferentes concentrações e metodologias,
dificultando a comparação segura entre os resultados.
Contudo, uma das hipóteses que podem explicar a ausência de efeito
antimicrobiano, seria a obtenção das plantas. Visto que as folhas das plantas
utilizadas foram adquiridas no comércio de Cascavel – Pr, não podendo garantir os
procedimentos corretos na colheita e secagem.
CONCLUSÃO
Como demonstrado no presente estudo, os extratos hidroalcoólicos de
Alecrim (Rosmarinus officinalis) e Jambolão (Syzygium cumini) não demonstraram
ação antimicrobiana frente às cepas estudadas. Embora alguns estudos apresentem
41
o potencial antimicrobiano destas espécies, as informações ainda são insuficientes
para assegurar sua eficácia e novos testes devem ser realizados a fim de explorar a
atividade antimicrobiana dos mesmos.
42
REFERÊNCIAS
AFONSO, M. S. et al. Atividade antioxidante e antimicrobiana do alecrim (Rosmarinus officinalis L.) em filés de tilápia (Oreochromis ssp) salgados secos durante o armazenamento congelado. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v. 10, n. 2, p. 12-17, 2008.
AGUIAR, M.M.G.B. Desenvolvimento de Novos Comprimidos Bucais de Nistatina para o Tratamento de Candidíase Oral. 2007.146 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.
ALBERTON, J. R.; RIBEIRO, A.; SACRAMENTO, L. V. S.; FRANCO, S. L. Caracterização farmacognóstica do jambolão (Syzygium cumini (L.) Skeels). Revista Brasileira de Farmacognosia., v. 11, n.1,p. 37 - 50, 2001.
ÁLVARES, C. A.; SVIDZINSKI, T.I.E.; CONSOLARO,M.E.L. Candidíase vulvovaginal: fatores predisponentes do hospedeiro e virulência das leveduras. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro, v. 43, n. 5, p. 319- 327, 2007.
ALVES, M. P. et al., Atividade antifúngica do extrato de Psidium guajava Linn. (goiabeira) sobre leveduras do gênero Candida da cavidade oral: uma avaliação in vitro. Revista Brasileira de Farmacognosia. Brazilian Journal of Pharmacognosy 16(2): 192-196, Abr./Jun. 2006.
ALVIM, N.A.T. et al. O uso de plantas medicinais como recurso terapêutico: das influências da formação profissional às implicações éticas e legais de sua aplicabilidade como extensão da prática de cuidar realizada pela enfermeira. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v.14, n.3, p.316-323, 2006.
ARAÚJO, J.C.L.V. 2003. Perfi l de sensibilidde de microrganismos oportunistas de origem clínica e ambiental a óleos essenciais. João Pessoa, 77p. Dissertação de Mestrado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, Universidade Federal da Paraíba.
ATKISON, N., Nature, 1946.
BARBOSA-FILHO, J. M., MEDEIROS, K. C.P., DINIZ, M. F. F. M., BATISTA L. M., ATHAYDE-FILHO, P. F., SILVA, M.S., CUNHA, E. V. L., ALMEIDA, J. R.G. S.,
43
QUINTANS-JÚNIOR, L. J., 2006. Natural products inhibitors of the enzyme acetylcholinesterase. Revista Brasileira de Farmacognosia. 16: 258-285.
BARBOSA-FILHOS, J.M, VASCONCELOS, T. H. C., ALENCAR A.A., BATISTA L. M., OLIVEIRA, R. A. G., GUEDES, D. N., FALCÃO, H. S., MOURA, M.D., DINIZ, M. F. F. M., MODESTO-FILHO, J., 2005. Plants and their active constituents from South, Central, and North America with hypoglycemic activity. Revista Brasileira de Farmacognosia. 15: 392-413.
BELAZI, M., VELEGRAKI, A., KOUSSIDOU-EREMONDI, T., ANDREADIS, D., HINI, S., ARSENIS, G. et al .Oral Candida isolates in patients undergoing radiotherapy for head and neck cancer: prevalence, azole susceptibility profiles and response to antifungal treatment. Oral Microbiol Immun. 2004; 19: 347-351.
BLANCO, M.C.S.G. Preparado biodinâmico, épocas de colheita, temperaturas de secagem, tempo de armazenamento e tipos de embalagem na produção e conservação de alecrim (Rosmarinus officinalis L.). 2001. 76p. Tese (Doutorado - Área de Concentração em Horticultura) - Departamento de Produção Vegetal, Universidade Estadual Paulista, Botucatu.
BOER, H.J. et al. Virulence factors of Candida albicans. Trends Microbiol., Cambridge, v. 9, no. 7, p.327-335, July 2001.
BOTTEGA, S.; CORSI, G.; Botanical Journal of the Linnean Society 2000,132,325-335.
CALDERONE R.A. & FONZI, W.A. Virulence factors of Candida albicans. Trends in Microbiology, Cambridge, v. 9, n. 7, p. 327-335, 2001.
CARDOSO H.T.; SANTOS M.L, Bas. Res. 1948.
CARVALHO-JUNIOR, R. N.; REHDER, V. L. G.; SARTORATTO, A.; SANTOS, A. S.; MEIRELES, M. A. A. Comparison of the global yield and chemical composition of rosemary (Rosmarinus officinalis) extracts obtained by hidrodistillation and SFE. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE FLUIDOS SUPERCRÍTICOS, V, 2004, Florianópolis. Caderno de Resumos do V EBFS. Florianópolis: EQA/CTC/UFSC, 2004. 81 p.
CASTRO, R.D.; LIMA, E.O.; Atividade antifúngica dos óleos essenciais de sassafrás (Octea odorífera Vell) e alecrim (Rosmarinus officinalis L.) sobre o gênero Candida. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v.13, n.2, p. 203-208, 2011.
44
CCAHUANA-VASQUEZ, R. A.; et al. Atividade antimicrobiana da Uncaria tomentosa sobre patógenos da cavidade bucal humana. Braz Oral Res 45;21 (1): 46-50, 2007.
CHENG, M. F., YANG, Y. L., YAO, T. J., LIN, C. Y., LIU, J. S., TANG, R.B., YU, K. W., FAN, Y. H., HSIEH, K. S., HO, M., LO, H. J. Risk factors for fatal candidemia caused by Candida albicans and non-albicans Candida species. BMC Infectious Diseases 5:1-5, 2005.
CORDEIRO, C. H. G. et al. Análise farmacognóstica e atividade antibacteriana de extratos vegetais empregados em formulação para higiene bucal. TBCF., São Paulo, v.42, n.3, 2006.
COSTA, A.C.B.P; PEREIRA, C.A; FREIRE, F.; JUNQUEIRA, J.C.; JORGE, A.O.C. Atividade antifúngica dos extratos glicólicos de Rosmarinus officinalis Linn e Syzygium cumini Linn. Sobre cepas clinicas de Candida albicans, Candida glabrata e Candida tropicalis. Revista de Odontologia da UNESP. 2009, 38(2): 111-116.
COX, S.D. et al. The mode of antimicrobial action of the essential oil of Melaleuca alternifolia (tea tree oil). Journal Applied of Microbiology, v.88, n.1, p.170-5, 2000. Farmacopéia Brasileira. 4.ed. São Paulo: Atheneu, Parte I, 1988.
DORTA, E. J. Introdução. In: Escala Rural: especial de plantas medicinais. 1(4):1-62. São Paulo: Escala Ltda; 1998.
DUARTE, M.C.T., Atividade Antimicrobiana de Plantas Medicinais e Aromáticas Utilizadas no Brasil. MultiCiência: Construindo a história dos produtos naturais ed. 7, outubro, 2006.
DULGER, B., GONUZ, A. Antimicrobial activity of certain plants used in Turkish traditional Medicine. Asian J Plant Sci. 2004; 3(1): 104-107.
FENNEL CW, LINDSEY KL, MC GAW LJ, SPARG SG, STAFFORD GI, ELGORASHI EE, GRACE OM, VAN STADEM J. Review: Assessing African medicinal plants for effi cacy and safety: Pharmacological screening and toxicology. J. Ethnopharmacol, 2004.
FLAMINI, G.; CIONI, P. L.; MORELLI, I.; MACCHIA, M.; CECCARINI, L. Main agronomic-productive characteristics of two ecotypes of Rosmarinus officinalis L. and chemical composition of their essential oils. J. Agric. Food Chem., v. 50, n. 12, p.3512-3517, 2002.
45
GARCIA, C. G.; POLO, A. S.; IHA, N. Y. M. Photoelectrochemical solar cell using extract of Eugenia jambolana Lam as a natural sensitizer. Annals Braz. Acad. Sci., v. 75, n. 2, p. 163 –165, 2003.
GAUCH, L. M. R., PEDROSA, S. S., ESTEVES, R. A. et al. Atividade antifúngica de Rosmarinus officinalis Linn. óleo essencial contra Candida albicans, Candida dubliniensis, Candida parapsilosis e Candida krusei. Rev Pan-Amaz Saude, mar. 2014, vol.5, no.1, p.61-66. ISSN 2176-6223.
GOODMAN & GILMAN: As bases farmacológicas da terapêutica – Rio de Janeiro: McGraw- Hill Interamericana do Brasil, 2006.
GROVER, J. K.; VATS, V.; RATHI, S. S.; DAWAR, R. Traditional Indian anti-diabetic plants attenuate progression of renal damage in streptozotocin induced diabetic mice. J. Ethnopharmacol., v. 76, p. 233 - 238, 2001.
HAIDA, K. S. et al. Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de oito espécies de plantas medicinais. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 11, n. 3, p. 185-192, set./dez. 2007.
JARRAR, N.; ABU-HIJLEH, A.; ADWAN, K. Antibacterial activity of Rosmarinus officinalis L., alone and in combination with cefuroxime, against methicillin-resistant Staphylococcus aureus. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine, China, v. 3, n. 2, p. 121-123, 2010.
KANTARCIOLU, A.S., ŸUCEL, A. The presence of fluconazole-resistant Candida dubliniensis strains mong Candida albicans isolates from immunocompromised or otherwise debilitated HIV-negative Turkish patients. Rev Iberoam Micol. 2002; 19: 44-48.
LAMBERT, R.J.W.; SKANDAMIS, P.N.; COOTE, P.J. A study of the minimum inhibitory concentration and mode of action of oregano essential oil, thymol and carvacrol. Journal Applied of Microbiology, v.91, n.3, p.453-62, 2001.
LIMA, I. O.: OLIVEIRA, R. A. G.; LIMA, E. O.; FARIAS, N. M. P.; SOUZA, E. L. Atividade antifúngica de óleos essenciais sobre espécies de Candida. Revista Brasileira de Farmacognosia, 2006.
LOGUERCIO, A. P. et al., Atividade antibacteriana de extrato hidroalcoólico de folhas de jambolão (Syzigium cumini L. Skells). Ciência Rural, Santa Maria, v.35, n.2, 2005.
46
LOPES H.V. CA-MRSA: um novo problema para o infectologista. Rev. Panamer Infectol. 2005.
LORENZI, H., MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. São Paulo: Instituto Plantarum; 2002.
MACHADO, T. B., PINTO, A. V., PINTO, M. C. F. R., LEAL, I. C. R., SILVA, M. G., AMARA, C. F., KUSTER, L. R. M., NETO, K. R. 2003. In vitro activity of Brasilian medicinal plants, naturally ocorring naphthoquinones and their analougues, against methicilin-resistant Staphylococcus aureus. Int J Antimicrob Ag 21: 279-284.
MALUCHE, M. E.; SANTOS, J. I. Candida sp. e infecções hospitalares: aspectos epidemiológicos e laboratoriais. Revista Brasileira de Analises Clinicas, Rio de Janeiro, v. 40, n. 1, p. 65-67, 2008.
MARCHIORI, V.F. Monografia de Rosmarinus officinalis. Fitomedicina Herbarium. 2004.
MARTINS ER; SANTOS RHS. 1995. Plantas medicinais: uma alternativa terapêutica de baixo custo. Viçosa: UFV, Imprensa universitária. 26p.
MENEZES, A. O. T.; ALVES, A. B. C. A.;VIEIRA, S. M. J.; MENEZES, F. A. S.; ALVEZ, P. B.; MENDONÇA, V. C. L. Avaliação in vitro da atividade antifúngica de óleos essenciais e extratos de plantas da região amazônica sobre cepa de Candida albicans. Revista de odontologia da UNESP. 2009; 38(3): 184-91.
MICHELIN, D.C.; MORESCHI, P.E.; LIMA, A.C.; NASCIMENTO, G.G.F.; PAGANELLI, M.O.; CHAUD, M.V. Avaliação da atividade antimicrobiana de extratos vegetais. Revista Brasileira de Farmacognosia. V.15, p.316-320, 2005.
MIGLIATO, K. F. (2005) “Syzygium cumini (L.) Skeels - jambolão: estudo farmacognóstico, otimização do processo extrativo, determinação da atividade antimicrobiana do extrato e avaliação da atividade anti-séptica de um sabonete líquido contendo o referido extrato”. Dissertação de Mestrado em Ciências Farmacêuticas.
MIGLIATO, K. F.; BABY, A. R.; ZAGUE, V.; VELASCO, M. V. R.; CORRÊA, M. A.;SACRAMENTO, L. V. S.; SALGADO, H. R. N. Ação farmacológica de Syzygium cumini (L.) Skeels. Acta Farmaceutica Bonaerense, v.25, p.310-304, 2006.
47
MULINACCIA, N., INNOCENTIA, M., BELLUMORIA, M., GIACCHERINIA, C., MARTINIB, V., MICHELOZZIB, M., 2011. Storage method, drying processes and extraction procedures strongly affect the phenolic fraction of rosemary leaves: an HPLC/ DAD/MS study. Talanta 85, 167–176.
NABEKURAA, T., YAMAKIA, T., HIROIA, T., UENOA, K., KITAGAWAB, S., 2010. Inhibition ofanticancer drug efflux transporter P-glycoprotein by rosemary phytochemicals. Pharmacological Research 61, 259–263.
NASCIMENTO, G. G. F., LOCATELLI, J., FREITAS, P. C. D., SILVA, G. L., 2000. Antibacterial activity of plant extract and phytochemicals on antibiotic-resistant bacteria. Braz J Microbiol 31: 247-256.
NUCCI, M.; COLOMBO, A. L.; Emergence of resistant Candida in neutropenic patients. Braz J Infect Dis. Salvador, v.6 n.3 jun. 2002.
OLIVEIRA, F. & G. Akisue (2000) “Fundamentos de Farmacobotânica”, Ed. Atheneu, 2a edição, São Paulo, págs. 67-139.
OLIVEIRA, F.; AKISUE, G. Fundamentos de farmacobotânica. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. p. 67 - 139.
PACKER, J. F.; LUZ, M. M. S. Método para avaliação e pesquisa da atividade antimicrobiana de produtos de origem natural. Revista Brasileira de Farmacognosia. João Pessoa, v.17, n.1, 2007.
PEREIRA, P., TYSCA, D., OLIVEIRA, P., BRUMA, L.F.S., PICADA, J.N., ARDENGHI, P., 2005. Neurobehavioral and genotoxic aspects of rosmarinic acid. Pharmacological Research 52, 199–203.
PÉREZ-FONS, L., ARANDA, F.J., GUILLÉN, J., VILLALAÍN, J., MICOL, V., 2006. Rosemary (Rosmarinus officinalis) diterpenes affect lipid polymorphism and fluidity in phospholipid membranes. Archives of Biochemistry and Biophysics 453, 224–236.
PESSINI, G.L., HOLETZ, F.B., SANCHES, N.R., CORTEZ, D.A.G., DIAS-FILHO, B.P., NAKAMURA, C.V. 2003. Avaliação da atividade antibacteriana e antifúngica de extratos de plantas utilizados na medicina popular. Revista Brasileira de Farmacognosia. 13(Supl. 1): 21-24.
48
PINTO, E. et al. Antifungal activity of the essential oil of Thymus pulegioides on Candida, Aspergillus and dermatophyte species. Journal of Medical Microbiology, v.55, n.10, p.1367-73, 2006.
PINTO, T. J. A., KANEKO, T. M., OHARA, M. T. Controle Biológico de Qualidade de Produtos Farmacêuticos, Correlatos e Cosméticos. 2.ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2003.
PITA, J. R.; PEREIRA, A. L., 2002 - A Europa científica e a farmácia portuguesa na época contemporânea. “Estudos do Século XX”, Vol. 2, p. 231-265.
POULAIN, D., SENDID, B., STANDAERT-VITSE, A., FRADIN, C., JOUAULT, T., JAWHARA, S., et al. Yeasts: neglected pathogens. Dig Dis. 2009;27 Suppl 1:104-10.
RIBEIRO, E. L., et al. Candida albicans bucais de crianças com Síndrome de Down: Comportamento de tubos germinativos, exoenzimas e sensibilidade a toxinas “killer”. Revista Odontologia e Ciência. Porto Alegre, v. 22, n. 57, 2007.
ROBERTS J. E.; SPEEDIE, M. K.; TYLER, V.E. Farmacognosia e Farmacobiotecnologia. São Paulo: Editorial Premier, 1997.
SÁEZ-LIORENS, X., CASTREJÓN-DE WONG, M., CASTAÑO, E., DE SUMAN, O., MORÓS, D., DE ATENCIO, I. Impact of an antibiotic restriction policy on hospital expenditures and bacterial susceptibilities:a lesson from a pediatric institution in a developing country. Pediatr Infect Dis J 2000; 19: 200-6.
SEGAL, E. Candida still number one – what do we know and where we going from there? Mycoses, Berlin, v. 48, Suppl. 1, p. 3-11, 2005.
SERRACARBASSA, P. D.; DOTTO, P. Endoftalmite por Candida albicans. Arq. Bras. Oftalmol. São Paulo, v.66 n.5, set/out. 2003.
SHALE, T.L., STIRK, W.A., VAN STADEN, J. (1999). Screening of medicinal plants used in Lesotho for anti-bacterial and anti-inflammatory activity, J. of Ethnopharmacol. 67:347-354.
SHARMA, S. B.; NASIR, A.; PRABHU, K. M.; MURTHY, P. S.; DEV, G. Hypoglycaemic and hypolipidemic effect of ethanolic extract of seeds of Eugenia
49
jambolana in alloxan-induced diabetic rabbits. J. Ethnopharmacol., v. 85, p. 201 - 206, 2003.
SILVA V.; M CRISTINA DÍAZ J.; NALDY FEBRÉ Y. Red De Diagnóstico En Micología Médica.Vigilancia De La Resistencia De Leveduras A Antifúngicos. Rev. Chil. Infectol. Santiago v.19 Supl.2 2002.
SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; MELLO, J. C. P.; MENTZ, L. A.; PETROVICK, P. R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed. Porto Alegre: Ed. UFSC, 2003. p. 232 - 235, 263 - 288, 289 - 319.
SOUZA, M.M.; et al. Métodos de Avaliação de Atividade Biológica de Produtos Naturais e Sintéticos. In: BRESOLIN, T. M.B., CHECHINEL FILHO, V. Ciências farmacêuticas: contribuição ao desenvolvimento de novos fármacos e medicamentos. Itajaí: UNIVALI, 2003.
TAVARES, Walter.; Antibióticos e quimioterápicos para uso clínico/ Walter Tavares., 2ª ed. rev. e atual. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.
TIMBOLA, A. K.; SZPOGANICZ, A. B.; MONACHE, F. D.; PIZZOLATTI, M. G. A new flavonol from leaves of Eugenia jambolana. Fitoterapia, v. 73, p. 174 - 176, 2002.
VALLE, G. C.; RENDE, J. C.; OKURA, M. H. Estudo da Incidência do Gênero Candida em Hospital Público Universitário. NewsLab., São Paulo, v.17, n.101, p. 202-222, 2010.
ZANOELLO, A. M.; MAZZANTI, C. M.; GINDRI, J. K.; FILAPPI, A.; PRESTES, D.; CECIM, M. Efeito protetor do Syzygium cumini contra Diabetes Mellitus induzido por aloxano em ratos. Acta Farm. Bonaerense, v. 21, n. 1, p. 31 - 36, 2002.
ZENG, H. H., TU, P. F., ZHOU, K., WANG, H., WANG, B. H., & LU, J. F. (2001). Antioxidant properties of phenolic diterpenes from Rosmarinus officinalis. Acta Pharmacologica Sinica, 22, 1094–1098.
ZHANG J. D. et al. In vitro and in vivo antifungal activities of the eight steroid saponins against fluconazole-resistant fungal. Biol. Pharm. Bull., v.28, 2005.
50
ANEXO I – NORMAS DA REVISTA BRASILEIRA DE PLANTAS MEDICINAIS
A Revista Brasileira de Plantas Medicinais - RBPM é publicação trimestral,
exclusivamente eletrônica a partir de 2012, e destina-se à divulgação de trabalhos
científicos originais, revisões bibliográficas, e notas prévias, que deverão ser inéditos
e contemplar as grandes áreas relativas ao estudo de plantas medicinais.
Manuscritos que envolvam ensaios clínicos deverão vir acompanhados de
autorização da Comissão de Ética pertinente para realização da pesquisa. Os
artigos podem ser redigidos em português, inglês ou espanhol, sendo obrigatória a
apresentação do resumo em português e em inglês, independente do idioma
utilizado. Os artigos devem ser enviados por e-mail: [email protected], com
letra Arial 12, espaço duplo, margens de 2 cm, em "Word for Windows". Os artigos,
em qualquer modalidade, não devem exceder 20 paginas. No e-mail, enviar telefone
para eventuais contatos urgentes.
REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS E NOTAS PRÉVIAS
Revisões e Notas prévias deverão ser organizadas basicamente em: Título, Autores,
Resumo, Palavras-chave, Abstract, Key words, Texto, Agradecimento (se houver) e
Referência Bibliográfica.
ARTIGO CIENTÍFICO
Os artigos deverão ser organizados em:
TÍTULO: Deverá ser claro e conciso, escrito apenas com a inicial maiúscula, negrito,
centralizado, na parte superior da página. Se houver subtítulo, deverá ser em
seguida ao título, em minúscula, podendo ser precedido de um número de ordem em
51
algarismo romano. Os nomes comuns das plantas medicinais devem ser seguidos
pelo nome científico (binômio latino e autor) entre parênteses.
AUTORES: Começar pelo último sobrenome dos autores por extenso (nomes
intermediários somente iniciais, sem espaço entre elas) em letras maiúsculas, 2
linhas abaixo do título. Após o nome de cada autor deverá ser colocado um número
sobrescrito que deverá corresponder ao endereço: instituição, endereço da
instituição (rua e número ou Caixa Postal, cidade, sigla do estado, CEP, e-mail).
Indicar o autor que deverá receber a correspondência. Os autores devem ser
separados com ponto e vírgula.
RESUMO: Deverá constar da mesma página onde estão o título e os autores, duas
linhas abaixo dos autores. O resumo deverá ser escrito em um único parágrafo,
contendo objetivo, resumo do material e método, principais resultados e conclusão.
Não deverá apresentar citação bibliográfica.
Palavras-chave: Deverão ser colocadas uma linha abaixo do resumo, na margem
esquerda, podendo constar até cinco palavras.
ABSTRACT: Apresentar o título e resumo em inglês, no mesmo formato do redigido
em português, com exceção do título, apenas com a inicial em maiúscula, que virá
após a palavra ABSTRACT.
Key words: Abaixo do Abstract deverão ser colocadas as palavras-chave em inglês,
podendo constar até cinco palavras.
INTRODUÇÃO: Na introdução deverá constar breve revisão de literatura e os
objetivos do trabalho. As citações de autores no texto deverão ser feitas de acordo
52
com os seguintes exemplos: Silva (1996); Pereira & Antunes (1985); (Souza & Silva,
1986) ou quando houver mais de dois autores Santos et al. (1996).
MATERIAL E MÉTODO (CASUÍSTICA): Deverá ser feita apresentação completa
das técnicas originais empregadas ou com referências de trabalhos anteriores que
as descrevam. As análises estatísticas deverão ser igualmente referenciadas. Na
metodologia deverão constar os seguintes dados da espécie estudada: nome
popular; nome científico com autor e indicação da família botânica; nome do
botânico responsável pela identificação taxonômica; nome do herbário onde a
exsicata está depositada, e o respectivo número (Voucher Number); época e local
de coleta, bem como, a parte da planta utilizada.
RESULTADO E DISCUSSÃO: Poderão ser apresentados separados, ou como um
só capítulo, contendo a conclusão sumarizada no final.
AGRADECIMENTO: deverá ser colocado neste capítulo (quando houver).
REFERÊNCIA: As referências devem seguir as normas da ABNT 6023 e de acordo
com os exemplos:
Periódicos:
AUTOR(ES) separados por ponto e vírgula, sem espaço entre as iniciais. Título do
artigo. Nome da Revista, por extenso, volume, número, página inicial-página final,
ano.
KAWAGISHI, H. et al. Fractionation and antitumor activity of the water-insoluble
residue of Agaricus blazei fruiting bodies.Carbohydrate Research, v.186, n.2,
p.267-73, 1989.
53
Livros:
AUTOR. Título do livro. Edição. Local de publicação: Editora, Ano. Total de
páginas.
MURRIA, R.D.H.; MÉNDEZ, J.; BROWN, S.A. The natural coumarins: occurrence,
chemistry and biochemistry. 3.ed. Chinchester: John Wiley & Sons, 1982. 702p.
Capítulos de livros:
AUTOR(ES) DO CAPÍTULO. Título do Capítulo. In: AUTOR (ES) do LIVRO. Título
do livro: subtítulo. Edição. Local de Publicação: Editora, ano, página inicial-página
final.
HUFFAKER, R.C. Protein metabolism. In: STEWARD, F.C. (Ed.). Plant
physiology: a treatise. Orlando: Academic Press, 1983. p.267-33.
Tese ou Dissertação:
AUTOR. Título em destaque: subtítulo. Ano. Total de páginas. Categoria (grau e
área de concentração) - Instituição, Universidade, Local.
OLIVEIRA, A.F.M. Caracterização de Acanthaceae medicinais conhecidas como
anador no nordeste do Brasil. 1995. 125p. Dissertação (Mestrado - Área de
Concentração em Botânica) - Departamento de Botânica, Universidade Federal de
Pernambuco, Recife.
Trabalho de Evento:
AUTOR(ES). Título do trabalho. In: Nome do evento em caixa alta, número, ano,
local. Tipo de publicação em destaque... Local: Editora, ano. página inicial-página
final.
VIEIRA, R.F.; MARTINS, M.V.M. Estudos etnobotânicos de espécies medicinais de
54
uso popular no Cerrado. In: INTERNATIONAL SAVANNA SYMPOSIUM, 3., 1996,
Brasília. Proceedings… Brasília: Embrapa, 1996. p.169-71.
Publicação Eletrônica:
AUTOR(ES). Título do artigo. Título do periódico em destaque, volume, número,
página inicial-página final, ano. Local: editora, ano. Páginas. Disponível em:
<http://www........>. Acesso em: dia mês (abreviado) ano. PEREIRA, R.S. et al.
Atividade antibacteriana de óleos essenciais em cepas isoladas de infecção
urinária. Revista de Saúde Pública, v.38, n.2, p.326-8, 2004. Disponível
em:http://www.scielo.br. Acesso em: 18 abr. 2005.
Não citar resumos e relatórios de pesquisa, a não ser que a informação seja muito
importante e não tenha sido publicada de outra forma. Comunicações pessoais
devem ser colocadas no rodapé da página onde aparecem no texto e evitadas se
possível. Devem ser também evitadas citações do tipo: Almeida (1994) citado por
Souza (1997).
TABELAS: Devem ser inseridas no texto, com letra do tipo Arial 10, espaço simples.
A palavra TABELA (Arial 12) deve ser em letras maiúsculas, seguidas por algarismo
arábico; já quando citadas no texto devem ser em letras minúsculas (Tabela).
FIGURAS: As ilustrações (gráficos, fotográficas, desenhos, mapas) devem ser em
letras maiúsculas seguidas por algarismo arábico, Arial 12, e inseridas no texto.
Quando citadas no texto devem ser em letras minúsculas (Figura). As legendas e
eixos devem ser em Arial 10, enviadas em arquivos separados, com resolução 300
DPI, 800x600, com extensão JPG ou TIFF, para impressão de publicação.