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FEUP VGTTecnologia CMOS
Fabricação CMOS
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FEUP VGTTecnologia CMOS
Fabricação CMOS: Passos básicos
• Os circuitos CMOS são fabricados numa wafer de silício.
• As wafers são fatias circulares de silício, cortadas de um cilindro (~2m de comprimento, com diâmetros que podem chegar aos 40cm) de cristal único de silício (pureza > 98%) levemente dopado com átomos dadores (fósforo, arsénio ou antimónio - substrato tipo n-) ou átomos aceitadores (boro, alumínio ou gálio - substrato tipo p-). A espessura de ~1mm é necessária por questões de manuseamento.
• O substrato é comum a todos os dispositivos (assumimos p-). Uma vez que transístores de canal P necessitam de um substrato de tipo n-, é necessário criar regiões no substrato com impurezas deste tipo. Essa região é designada por poço de tipo n (n-well). Esta pode ainda ser utilizada como resistência.
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Fabricação CMOS: Passos básicos
• Preparação do cristal: Cilindro de cristal único de silício.
• Fotolitografia: Processo pelo qual áreas predefinidas podem ser mascaradas (escondidas ou protegidas) por forma a que determinado passo do processo seja aplicado apenas à restante região. Neste processo a wafer écoberta por um liquido orgânico e viscoso (polímero semelhante a Latex), denominado de foto-resiste (photoresist). A aplicação é feita com a wafer
em rotação para uma distribuição uniforme do foto-resiste (~1µm de espessura). Este é posteriormente endurecido por aquecimento. O foto-resiste altera as suas características com a incidência de luz, tornando-se resistente (negativo) ou sensível (positivo) à remoção por um solvente orgânico. Após a acção do solvente teremos regiões com material exposto, que pode ser removido por ácidos (etching), e outras protegidas. Desta forma podemos criar padrões com os diferentes materiais que constituem um CI (e.g. Interligação metálica...).
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Fabricação CMOS: Passos básicos
• Máscara: Película de vidro coberta de material fotográfico que quando exposto a feixes de electrões (e-beam) cria zonas escuras com os padrões desejados para o CI final. O processo de produção de máscaras é muito critico e complexo, com custos que podem ascender a mais de € 50.000,00. Estas mascaras são depois colocadas próximo da wafer, interpondo-se entre esta e a luz ultravioleta, passando assim o padrão para o foto-resiste, polimerizando as zonas expostas à luz (foto-resiste negativo).
• Implantação por difusão e de iões: Processo de introdução de dopantes no substrato para definir n-wells, transístores (regiões de dreno/fonte),... Na difusão um gás contendo o dopante é colocado em contacto com o substrato. Elevadas temperaturas (~1000oC) causam a difusão do implante, verticalmente e horizontalmente, pelo substrato. A concentração de dopantes é maior à superfície, reduzindo de uma forma Gaussiana para o interior. Na implantação iónica um feixe de iões é varrido pela wafer. Com este método consegue-se um melhor controlo da concentração e profundidade do implante. Um processo de annealing
(aquecimento prolongado seguido de um arrefecimento lento) é normalmente necessário para uniformizar o perfil de concentração de impurezas e para reparar o cristal (o processo de bombardeamento danifica a estrutura cristalina do silício).
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Fabricação CMOS: Passos básicos
• Polisilísio e Metal: São depositados acima do substrato, isolados deste, e entre si, por SiO2.
• Várias camadas de metal são isoladas com óxido. A interligação entre camadas é efectuada por metal através de orifícios no óxido. São chamados de contactos quando se fala de uma ligação entre o metal e um implante ou polisilício. Entre metais de diferentes camadas os contactos são designados por vias.
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Fabricação CMOS: Passos básicos
• A geometria das diferentes máscaras é da responsabilidade de quem desenha os circuitos.
• O processo de definição dessa geometria é denominado “desenho estrutural” (layout).
• Não é necessário desenhar toda a geometria (algumas podem ser extrapoladas automaticamente).
• A espessura do material em cada camada é predefinida pelo fabricante.
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Fabricação CMOS: Processo base
SiO2
foto-resiste
Base de silícioa >98%
Oxidação: Formação vidro ou SiO2.
Por vapor ou oxigénio
0.25mm a 1mm
Luz UV
máscara
UV: difracção e tolerâncias de alinhamento
limitam larguras a ~ 0.x µµµµm.
Foto-litografia
Solvente orgânico remove áreas polimerizadas
Óxido removido (etched) com ácido. Foto-resiste removido (fica substrato exposto, pronto para se criar a n-well). Aqui é o SiO2 que irá bloquear o implante n-well. O foto-resiste é removido pois poderia derreter no processo de implante.
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Fabricação CMOS: Passos básicos1- Criação da N-well Região do tipo n criada
por difusão (de fósforo) para criação do substrato dos transístores p
2- Crescimento de óxido de campo (Field Oxide - FOX) e implantes de campo p+
Si3N4
Óxidofino
Áreas activas (localização dos transístores)
Channel stopDifusão p+
SiO2
Aumenta VT e portanto isola os transístoresFOX
Há dois processos para fazer crescer o FOX: Húmido – vapor de água é introduzido no topo do substrato a temperaturas moderadamente elevadas. Este vapor reage com o silício, difundindo-se com este, gerando SiO2 e H2. Processo a seco - é O2 que é introduzido (a temperaturas mais elevadas) produzindo-se SiO2 (estes processos consomem Si, à razão de 0.45x para cada x de espessura de SiO2). No entanto, antes deste processo, é ainda depositado o Si3N4 (é ~inerte a H2O e O2) que vai proteger a áreas activas da deposição do FOX. O processo a seco produz um SiO2 de melhor qualidade.
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Fabricação CMOS: Passos básicos
Polislício (poly)
3- Deposição de polisilício (material amorfo constituído por pequenos cristais de silício, dispostos de forma ±aleatória): Permite o auto-alinhamento do canalbloqueando o implante na região de porta.
Uma máscara n+ (select) é usadapara criar as zonas dedifusão n+ São também criadas difusões
para implantação de contactosóhmicos de polarização do n-well
4- Implantes n+. o poly funciona como bloqueio (auto-alinhamento) para o implante. O n+ melhora a resistividade do poly
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Fabricação CMOS: Passos básicos
Criação de difusões para implantaçãode contactos óhmicos de polarizaçãodo substrato p.
5- Implantes p+.
Espaços para inserção de contactos
ao polyàs difusões
6- Crescimento de SiO2 e MetalizaçãoMetalização de pistas e contactos
Após a implantação, toda a wafer é coberta com uma camada de SiO2. Como nas camadas superiores já não há Si para reagir com O2 (ou H2O), é utilizado um outro processo de reacção gasosa denominado por CVD (Chemical Vapor
Deposition),. Este processo também é utilizado para a deposição do Si3N4.
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Fabricação CMOS: Passos básicos
Metal 1
SiO2
substratoP+
n+
N-well
poly
contacto
Layout (desenho em CAD que gera a informação necessária para a produção de mascaras
Região activa
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Sequência de Mascaras
Metal 1
SiO2
substratoP+
n+
N-well
poly
contacto
n-well
Regiões activas(n+ e p+)
Polisilísio
Contactos
Metal
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Fabricação CMOS: Mascaras
n-well difusão n difusão p
poly contactos metal 1
vias metal 2 célula
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Fabricação CMOS: Mascaras
Camadas de metal e vias
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Fabricação CMOSLatch-up
Medidas para evitar latch-up:
- limitar gradiente dos impulsos
- reduzir área dos Ms para diminuir Cs
- reduzir valor das resistências parasitas, i.e.,
aproximar eléctrodos de polarização dos
terminais da fonte
- inserção de anéis de guarda
- eliminar proximidade de transístores n e p
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Fabricação CMOS
Metal 1
SiO2
substratoP+
n+
N-well
poly
contacto
Layout (desenho em CAD que gera a informação necessária para a produção das mascaras)
Região activa
Contacto de n-wellContacto de substrato
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Fabricação CMOS: Drivers
Os drivers de saída dos ICs podem ocupar uma área bastante razoável. Neste sentido o uso de lógica CMOS para este drivers pode representar um considerável risco em termos de latch-up. Por esta razão, e naquelas partes dos circuitos onde se exigem transístores de tamanhos elevados, recorre-se normalmente a lógica NMOS.
• Buffers NMOS
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Desenho de transístores
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Desenho de transístores
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Desenho de transístores