Ética contemporânea. século xix avanços técnicos, industrialização e conflitos sociais a...
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Ética contemporânea
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Século XIXAvanços técnicos, industrialização e
conflitos sociais• A partir do século XVIII, o
capitalismo foi se consolidando.
• A revolução industrial desenvolverá amplos setores da economia: agricultura, comércio, transportes, etc.
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• Oficinas de artesãos foram substituídas por fábricas;
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• Em lugar das fontes de energia como:Água , força muscular e vento
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• Passou-se a utilizar também oCarvão, a eletricidade e o petróleo
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• A essas inovações somaram-se inúmeras outras ao longo do século XIX, a invenção da
• Locomotiva elétrica• Motor a gasolina• Automóvel• Motor a diesel• Avião• Telegrafo• Telefone• Fotografia• Cinema • Radio
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• Paralelamente, a expansão e consolidação do capitalismo trouxeram a exploração do trabalho humano.
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• Considera-se a Revolução francesa como o marco inicial da época contemporânea.
• Ela trouxe a cena, anseios da burguesia, aspirações dos trabalhadores urbanos e o campesinato.
• Assim, uma série de questões sociais e políticas ganharam destaque nas reflexões filosóficas.
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• O notório otimismo em relação a razão da idade moderna, foi minguando ao longo da idade contemporânea.
• Novas reflexões lançaram desconfiança em relação a ciência e tecnologia.
• Surgiram diversas propostas para os dilemas humanos, destacando-se o romantismo.
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Romantismo
• Iniciou no século XVIII e predominou na primeira metade do século XIX.
• Envolvia arte e filosofia.• Reagiu contra o espírito racionalista, que
pretendia abraçar o mundo e orientar a sociedade.
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Ética contemporânea (Séculos XIX e XX)
• A reflexão ética cotemporânea se desdobrou numa série de concepções distintas acerca da moral e a sua fundamentação;
• Seu ponto comum é a recusa de uma fundamentação exterior, transcendental para a moralidade.
• Centra no homem concreto a origem dos valores e das normas morais.
• Um dos primeiros a formular a ética do homem concreto foi Hegel.
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Hegel• Georg Wilhelm Friedrich
Hegel (1770-1831)• Nascido em Stuttgart,
Alemanha• estudou no seminário de
Tubinga
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• Estudou com o poeta Friedrich Hölderlin e o filósofo Schelling.
• Os três estiveram atentos ao desenvolvimento da Revolução Francesa e colaboraram em uma crítica das filosofias de Kant e Fichte.
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• Sua obra é ponto culminante do racionalismo
• Buscou respostas para o maior número de questões.
• Tentou reconciliar a filosofia com a realidade.
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Obras principais
• Fenomenologia do espírito• Princípios da filosofia do direito• Lições sobre a história da filosofia
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• Para entender sua obra é necessário entender a realidade como processo, movimento.
• Critica a filosofia anterior que considerou que as ideias só seriam racionais e verdadeiras se fossem as mesmas em todo tempo e lugar.
• Criticou o inatismo, empirismo e o kantismo,• por não haverem compreendido que a razão é
histórica.• Não quer dizer que a razão é relativa.
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• Diz que a mudança, transformação da razão e de seus conteúdos é obra racional da própria razão.
• A razão não está na história, é a história; não está no tempo, é o tempo; dá sentido ao tempo.
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• Hegel diz que os conflitos filosóficos são a história da razão buscando conhecer-se a si mesma. Diz :>razão na batalha interna entre teses e antíteses, é enriquecida, acumula conhecimento sobre si mesma.
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>a razão possui força para não se destruir a si mesma em suas contradições internas,
• >a razão supera cada uma das contradições chegando a uma síntese harmoniosa de todos os momentos que constituíam sua história.
• Esse desenvolvimento que se faz através do embate e da superação de contradições hegel chama de dialética
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A razão é histórica
A unidade e harmonia da razão não é um dado eterno, é uma conquista da razão que é realizada no tempo.
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ÉticaCrítica de Hegel à ética kantinana
Hegel Criticou a ética kantiana por:• não levar em conta a história e a relação do
indivíduo com a sociedade.• não apreender os conflitos reais existentes na
decisões morais.• considerar a moral como questão pessoal,
íntima e subjetiva na qual o sujeito decide entre suas inclinações e razão.
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Ética de Hegel
• Para Hegel a moralidade assume conteúdos diferenciados ao longo da história das sociedades.
• A vontade individual seria apenas um dos elementos da vida ética de uma sociedade em conjunto.
• A moral seria resultado da relação entre indivíduo e o conjunto social.
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• Em cada momentos histórico, a moral se manifestaria tanto nos códigos normativos como nas culturas e nas instituições sociais.
• Desse modo, Hegel vinculou a ética à história e à sociedade.
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Século XXEra das incertezas
• Duas guerras mundiais;• Revolução russa;• Barbárie nazista;• A tecnologia teve avanço
vertiginoso,• Mas trouxe a corrida armamentista;• As impressões dos intelectuais que
viveram no século XX são díspares e antagônicas
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• Destituída de valores éticos, ciência e tecnologia nem sempre contribuem como o desenvolvimento humano.
• Em certos casos prestam serviço a tirania e à barbárie.
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Questões A dialética idealista de G. W. F. Hegel criticou o inatismo, o
empirismo e o criticismo kantiano. Hegel opõe-se à concepção de uma razão intemporal; na filosofia hegeliana, a racionalidade não é mais um modelo a ser aplicado, mas é o próprio tecido do real e do pensamento. Contra a concepção intemporal da razão, Hegel afirma que a razão é história, e isso é o que há nela de mais essencial. Assinale o que for correto. 01) Sendo a razão história, ela se torna, para Hegel, relativa, isto é, o que vale hoje não vale mais amanhã, nenhuma época pode, portanto, alcançar verdades universais. 02)Um dos movimento s que razão se realiza, para Hegel,consiste na formação de uma síntese, como superação da antítese. 04) Para Hegel, a história não é a simples acumulação e justaposição de fatos e de acontecimentos no tempo, mas resulta de um processo cujo motor interno é a contradição dialética. 16) Hegel critica Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant por terem dado mais atenção à relação entre sujeito humano e natureza do que à relação entre sujeito humano e cultura ou história.
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• Numeros: 2,4 e 16
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Nietzsche• Friedrich Nietzche (1844-1900)• Nasceu em Rocken – Alemanha• Filho de pastor protestante, possuía
gênio brilhante• Teve uma rápida carreira de filólogo, foi
professor de filologia clássica em Basiléia.
• A filologia é a ciêcia que estuda uma lingua, literatura, cultura ou civilização sob uma visão histórica, a partir de documentos escritos.
• estudo da língua grega e da literatura grega
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• Tornou-se professor de Filosofia • A partir da leitura do livro “O
mundo como vontade e representação” de Shopenahuer sentiu-se atraído pelas reflexões filosóficas.
• Em 1889 perde a razão e vive em estado de loucura -de grave loucura- onze anos: morreu em 1900.
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obras• A genealogia da moral,• Além do bem e do mal,• Assim falou Zaratustra,• Humano demasiado humano,• Gaia ciência
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Genealogia da moral
• Desenvolveu uma crítica intensa dos valores morais;
• Propondo nova abordagem: a genealogia da moral, isto é, o estudo da formação histórica dos valores morais;
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• Ele parte do pressuposto de que os valores são meras criações,
• afirma que são moldados de acordo com as necessidades individuais e existem porque foram criados,
• não porque são dados desde sempre. • constata que os valores foram construídos através da
história e nas relações entre dominados e dominadores, fortes e fracos, senhores e escravos,
• atribuir a origem dos valores a algo dependente das relações humanas.
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• São produtos histórico-culturais;• as religiões como o judaísmo e o cristianismo,
impõe esses valores humanos como se fossem a “vontade de Deus”;
• Para o filósofo, grande parte das pessoas acomoda-se a uma moral de rebanho,
• Moral baseada na submissão irrefletida do valores dominantes da civilização cristã e burguesa
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• E o que se toma como verdade, para Nietzsche, seria uma ilusão,
• pois está baseada na moral que se apega a um mundo transcendente, além do efetivo.
• O processo de constituição da verdade levou o homem a desejar algo certo,
• que expressasse unidade e negasse a vida, a pluralidade e o devir.
• Com isso, a verdade passa a ser vista como um valor imutável.
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• Nietzsche trata de defender a atitude dos poderosos, dos homens fortes;
• ele vai contra a compaixão, a piedade com os necessitados;
• crê que tudo isso é contrário à exaltação da vida, que é contrário aos valores vitais
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• Esta idéia de moral do homem enérgico, de certo modo implacável,
• se contrapõe precisamente à moral da resignação, da passividade, da compaixão,
• para Nietzsche isto parece uma certa negação da vida.
• Nietzsche afirma o que ele chama de os valores vitais.
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Tranvaloração
• Há portanto uma vontade de renovar as valorações dominantes e vigentes,
• é o que chama de transmutação ou -mais literalmente- transvaloração de todos os valores.
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Ressentimento
• O ressentimento é um conceito muito importante em Nietzsche e ele acredita que o cristianismo é uma atitude ressentida:
• é a atitude do homem que acaba por aceitar a submissão, a debilidade ou a piedade;
• que aspira a uma espécie de aceitação dos fortes.
• isto faz com que Nietzsche veja o cristianismo como uma forma de ressentimento.
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• Se os valores morais intoxicam a vida, disciplinando-a, ordenando-a, dividindo-a em Bem e Mal, consequentemente
• repudiando toda uma dimensão vital básica, e se isso teve como desenvolvimento levar o homem a renunciar à vida terrena
• e ao mundo real, em prol de uma vida eterna e de um mundo imaginário, inexistente, então é preciso uma investigação
• minuciosa da constituição desses valores.• Reflexões desse tipo levaram Níetzsche à criação d genealogia, que, de
forma geral, pode ser descrita como uma • investigação das condições de nascimento, desenvolvimento e transformação dos
valores morais. E como os valores morais • impregnam, em maior ou menor grau, todas as práticas e produções humanas, a
genealogia estende sua investigação crítica • a tudo de humano que já foi criado ou que ainda venha a sê-lo.• Mas a genealogia, diferentemente de outras práticas filosóficas, não
pode fundar suas investigações num critério de • verdade. Vamos tentar entender por quê.
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Questões38. Sobre a crítica de Nietzsche à moral, é correto afirmar que: a) O cristianismo é a origem do conceito de bem em si e, por isso Nietzsche defere uma crítica mordaz a essa doutrina religiosa.c) Para Nietzsche, não existem fatos morais, mas interpretações sobre a moral, cuja estrutura se remete à essência do homem. d) A transvaloração dos valores é um projeto de rompimento com a moral tradicional, cujo ponto central é a crítica a todos os valores ocidentais. e) Ao contrário do cristianismo, a filosofia de Platão traz elementos importantes para a definição do conceito de bem e nela se pode vislumbrar a moral que Nietzsche procurava.
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