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Escola Secundária c/3º Ciclo do Ensino Básico de Matias Aires (402199) Comissão de Avaliação Interna Ana Paula Valentim António Inácio Natália Nunes Relatório Intermédio de Autoavaliação | 2011 2012

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Escola Secundária c/3º Ciclo do Ensino Básico de Matias Aires (402199)

Comissão de Aval iação Interna

Ana Paula Valentim

António Inácio

Natália Nunes

Relatór io Intermédio de Autoaval iação | 2011 ���� 2012

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ESMA | Relatório de autoavaliação final 2011.2012 | Página 2 de 32

ÍNDICE

1 Introdução ........................................................................................................................... 3

2 Balanço do trabalho realizado pela CAI ............................................................................... 3

3 Recolha e análise de dados ................................................................................................ 4

3.1 Metodologia de recolha de dados……………………………………………………………4

3.2 Análise dos dados recolhidos por questionário ……………………………………………6

3.2.1 Funcionamento de projetos e serviços ...................................................................... 6

3.2.2 Grau de satisfação de responsáveis e colaboradores – projetos .............................. 8

3.2.3 Grau de satisfação de utilizadores – projetos .......................................................... 10

3.2.4 Grau de satisfação de responsáveis e colaboradores – serviços ............................ 12

3.2.5 Grau de satisfação de utilizadores – serviços ......................................................... 13

3.3 Análise dos dados recolhidos por entrevista ……………………………………………..14

3.3.1 Alunos ..................................................................................................................... 14

3.3.2 Pessoal docente ..................................................................................................... 17

3.3.3 Pessoal não docente .............................................................................................. 20

3.3.4 Encarregados de Educação .................................................................................... 23

3.4 Análise de taxas de sucesso ……………………………………………………………….26

3.4.1 Ensino básico ........................................................................................................ 26

3.4.2 Ensino secundário .................................................................................................. 28

3.4.2.1 Ingresso no ensino superior ……………………………………………………..30

4 Conclusões ....................................................................................................................... 31

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ESMA | Relatório de autoavaliação final 2011.2012 | Página 3 de 32

1 Introdução

De acordo com o plano de trabalho definido para o período compreendido entre 2011 e 2014, este relatório assume um caráter intermédio, na medida em que incide maioritariamente sobre dados relativos ao ano letivo de 2011-2012.

Começando por um balanço do trabalho realizado pela Comissão de Avaliação Interna (CAI) no presente ano letivo, este relatório inclui sobretudo o tratamento de dados recolhidos sobre áreas do funcionamento da escola, uma vez que não se procedeu à implementação do novo projeto educativo, cujas metas e estratégias foram analisadas por esta comissão e deveriam constituir a base do respetivo trabalho.

Neste sentido, procedeu-se à recolha de dados sobre o funcionamento de projetos e serviços, assim como sobre o grau de satisfação dos respetivos responsáveis, colaboradores e utilizadores. A realização de entrevistas, cujo guião foi elaborado com base em áreas problemáticas já identificadas em relatórios anteriores e o levantamento realizado na reunião da comissão alargada, teve por objetivo aprofundar opiniões de alunos, encarregados de educação, pessoal docente e não docente relativamente a essas áreas.

Foi, ainda, incluída uma breve apreciação dos resultados da avaliação sumativa interna e externa de ambos os ciclos de ensino e relativamente ao ensino secundário integraram-se igualmente os resultados do ingresso no ensino superior (1ª e 2ª fases de colocação).

O último ponto deste relatório integra um quadro-síntese de conclusões, das quais deverá decorrer um conjunto de recomendações que orientem práticas futuras e visem, na fase de transição para agrupamento de escolas, a consolidação ou a melhoria das características mais positivas da escola, assim como a identificação de estratégias que contribuam para ultrapassar aspetos mais deficitários.

2 Balanço do trabalho realizado pela CAI Com base no plano de trabalho definido no início do ano letivo, foi realizada a maioria das atividades previstas de acordo com a listagem a seguir apresentada. O trabalho desenvolvido consta dos sumários do livro de ponto específico e a documentação produzida pode ser consultada no dossiê que se encontra arquivado na sala da direção, estando ainda disponível no arquivo online (Dropbox). Assim, foram realizadas as seguintes atividades:

• Revisão do regimento da CAI; • Conclusão de recolha de dados sobre avaliação externa e metas 2015 relativamente a 2010-

2011; • Constituição da equipa alargada composta pelos docentes em permanência, por um aluno do

ensino básico, um aluno do ensino secundário, um representante dos encarregados de educação e um representante do pessoal não docente;

• Definição de parâmetros para instrumentos de recolha de dados sobre as diferentes áreas de funcionamento da escola;

• Recolha e tratamento de dados para autoavaliação intermédia.

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ESMA | Relatório de autoavaliação final 2011.2012 | Página 4 de 32

No início do ano letivo 2012/2013 serão incluídos os dados relativos à avaliação sumativa interna e externa, e posteriormente proceder-se-á a uma divulgação e reflexão sobre a informação e conclusões deste relatório em reunião com equipa alargada da CAI e num painel de reflexão constituído por representantes dos órgãos de gestão da escola. As atividades previstas e ainda não realizadas prendem-se com dois aspetos: a identificação das metas do PEE orientadoras do trabalho desta comissão, impossibilitada devido ao atraso na aprovação do novo projeto para 2011-2014, assim como a constituição e atualização do observatório da ESMA, que aguardou a renovação da página da escola.

3 Recolha e análise de dados

3.1 Metodologia de recolha de dados

Os dados seguidamente apresentados foram recolhidos através de questionários, os quais incidiram sobre aspetos específicos relacionados com o funcionamento de projetos e serviços, assim como o grau de satisfação dos respetivos responsáveis, colaboradores e utilizadores.

Num primeiro momento, procedeu-se à identificação dos diferentes projetos em funcionamento e dos serviços existentes na escola, e procurou-se constituir um conjunto de questionários que pudessem ser aplicados transversalmente aos mesmos. Houve necessidade de, antes da sua aplicação, verificar a pertinência dos diferentes itens, sendo em alguns casos necessário, suprir e/ou esclarecer o âmbito de alguns desses itens.

A cada projeto foi entregue um questionário de recolha de dados sobre o seu funcionamento – número de colaboradores e utilizadores em cada período, alterações nesse número e razões justificativas para essa alteração e, ainda, respetivo impacto nas aprendizagens.

A todos os projetos e serviços foram entregues questionários sobre o grau de satisfação de coordenadores/responsáveis e utilizadores, sendo que para este último grupo foram destinados dez questionários a distribuir aleatoriamente. Nos projetos, estes questionários foram distribuídos pelos coordenadores; quanto aos serviços, e dependendo das suas características, foram aplicados pelos respetivos responsáveis ou pelos elementos desta comissão, diretamente nos espaços de funcionamento, o que pretendeu evitar respostas que não correspondessem a um real conhecimento dos projetos, como já reconhecemos ter acontecido anteriormente em questionários aplicados de forma alargada.

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ESMA | Relatório de autoavaliação final 2011.2012 | Página 5 de 32

Quadro 1. Designação de projetos e serviços a funcionar em 2011-2012 e respetivos responsáveis

Em termos das entrevistas, foram selecionados quatro professores de acordo com diferentes características: um professor do quadro mais antigo na escola; um professor do quadro mais recente na escola; um professor contratado; um professor com incidência de horário em ensino não regular. Estes perfis foram sorteados em cruzamento com os quatro departamentos, resultando na seleção final, que será anónima em termos de análise de conteúdo neste relatório. No que refere ao pessoal não docente, foram sorteados um assistente operacional e um assistente técnico, e quanto aos alunos procedeu-se ao sorteio de uma turma por ano do ensino regular, uma turma dos cursos de educação e formação, e uma turma dos cursos profissionais, das quais foi entrevistado o delegado ou o subdelegado, incluindo-se ainda um aluno da turma PIEF T2. Finalmente, no que refere aos encarregados de educação, procedeu-se à entrevista de dois representantes cujos educandos se encontrassem nos ensinos básico e no secundário, com frequência da ESMA desde o 7º ano.

Nos resultados escolares em análise, procedeu-se à comparação dos dados estatísticos de cada ano de escolaridade relativos ao 3º Período em 2010/2011 e 2011/2012, de forma a identificar-se a sua evolução, à análise dos resultados da avaliação externa nos dois ciclos de ensino e da percentagem de entrada de alunos no ensino superior.

1 Embora a Mediateca Escolar preste um serviço à escola, com horário regular e atendimento assegurado por professores e uma assistente operacional, os resultados dos dados recolhidos são analisados no âmbito dos projetos, uma vez que na sua génese esteve um projeto de escola e esta ainda integra o núcleo de projetos da ESMA.

PR

OJE

TO

S

Ateliê de Línguas Mª do Céu Calado e Deolinda Rosa Clube de Astronomia Margarida Pessoa Clube de Badminton Acácio Gonçalves Clube de Ciências Paula Roque Cornucópia Micaela Teixeira e Helena Gaspar Desporto Escolar Rodrigo Barroso Eco-Escolas Luísa Gordo Jornal Escolar “Atitudes” Mª José Antunes Laboratório de Matemática Cristina Faria Mediateca Escolar1 Gina Rodrigues / Sandra Baião (assistente

operacional - atendimento) Museu Escolar Amália Martins PESES Graça Sobral Sala de Estudo Paulo Martins

SE

RV

IÇO

S

Bar Alunos Maria da Luz Sanches e M. Conceição Ovídio Bar Professores Isabel Veiga Ensino Especial João Lino Papelaria Manuela Coelho Pavilhão Gimnodesportivo Isabel Lourenço e Rosa Martins Pavilhões Luísa Basílio Portaria Pedro Adam e Alberto Fazenda Refeitório Nuno Garcia / Helena Reis (assistente técnica) Reprografia Isabel Seita Secretaria Luísa David Serviço de Psicologia e Orientação Mónica Silva

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3.2 Análise dos dados recolhidos por questionário A análise dos dados incluiu dois tipos de procedimento – uma análise estatística dos dados e opiniões expressas com base numa escala de 0 a 6 e a análise de conteúdo das respostas abertas. Sempre que os espaços se encontrem a sombreado significa que os dados não se encontravam disponíveis, a recolha não se adequava a esse projeto / serviço ou a esse aspeto do respetivo funcionamento.

3.2.1 Funcionamento de projetos e serviços

Quadro 2. Número de colaboradores e utilizadores por projeto Ateliê de

Línguas Clube de

Astronomia Clube de Ciências

Clube de Badminton

Cornucópia Desporto Escolar

Projeto Eco-Escolas

Colaboradores/ Responsáveis

1º Período

PD – 15 A – 0

PD – 3 A – 11

PD – 1 PND – 1 EE – 2

PD – 58 A – 869 PND – 4 EE – 1

PD – 7

PND – 2

PD – 3 A – 17

PND – 2

2º Período

PD – 17 A – 12 EE - 1

PD – 12 A – 17

PD – 1 PND – 1 EE – 2

PD – 7 PND – 2

PD – 3 A – 9

PND – 2

3º Período

PD – 44 A – 25

PD – 11 A - 17

PD – 1

PND – 1 EE – 2

PD – 7 PND – 2

PD – 3 A – 9

PND – 2

Utilizadores2

1º Período 20 / 120 11 / 27 20

13003 (325

alunos)

250

Comunidade Educativa

(1308 alunos)

2º Período 17/ 21 17 / 233 20 250

3º Período 18 / 200 17 / 76 20 250

Jornal Atitudes

Laboratório Matemática

Mediateca Escolar

Museu Escolar

PESES Sala de Estudo

Colaboradores/ Responsáveis

1º Período

PD – 22 PND – 2 A - 60

PD – 8 PND – 1

PD - 4 PD – 6

2º Período PD – 8

PND – 1 PD - 4 PD – 6

3º Período

PD – 8 PND – 1

PD - 4 PD – 6

Utilizadores

1º Período

Aproximada-mente 50 por cada

número do jornal

PD – 132 PND -1 A - 1540

Comunidade Educativa

73

424

2º Período

PD – 16 PND – 3 A - 2059

54

3º Período

PD – 2

PND – 0 A - 1306

24

Legenda: PD – Pessoal Docente; PND – Pessoal Não Docente; A – Alunos; EE – Encarregados de Educação

Na recolha de informação relativa ao funcionamento de projetos, foi primeiramente necessário proceder à identificação daqueles efetivamente em funcionamento, formas específicas de organização, e respetiva abrangência, verificando-se a existência de características muito diferenciadas. Os dados acima apresentados mostram a diversidade da tipologia de projetos, potenciadora de aprofundamento do saber e desenvolvimento de competências nas áreas da ciência, línguas, desporto, história, educação para a cidadania, etc. Por outro lado, verificam-se graus de abrangência muito distintos, nomeadamente em termos do número de utilizadores, o que se poderá a dever a diferentes fatores (alguns focados mais adiante), mas devendo refletir-se sobre possíveis formas de melhorar a adesão aos projetos com menor número de participantes. Em termos da leitura dos dados deve ser chamada a

2 Sempre que são apresentados dois números estes referem-se, respetivamente, ao número de utilizadores fixos e de participantes em atividades pontuais dinamizadas pelo projeto. 3 Este número inclui utilizadores que acedem ao projeto através do Facebook. 4 Os dados inseridos na Sala de Estudo dizem respeito às tutorias desenvolvidas neste espaço.

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ESMA | Relatório de autoavaliação final 2011.2012 | Página 7 de 32

atenção para o fato de existirem projetos com utilizadores não apenas fixos mas também pontuais, ou seja, que participam apenas em algumas das atividades dinamizadas e que o número de utilizadores da Mediateca e do projeto Eco-Escolas refere-se utilizações / participações e não a utilizadores individualizados. A dinamização dos projetos é sobretudo da responsabilidade de professores, destacando-se a quase ausência de encarregados de educação explicitamente envolvidos nos mesmos. De entre os projetos, o Ateliê de Línguas é aquele que apresenta impacto mais direto nas aprendizagens, uma vez que gere as aulas de apoio das línguas, com consequentes efeitos no aproveitamento dos alunos.

Quadro 3. Distribuição de utilizadores dos projetos por ano de escolaridade (nº de participantes no total dos três períodos)

Ateliê Línguas

Clube Astron.

Clube Ciências

Badmin-ton

Cornucó-pia

Desp. Escolar

Eco-Escolas

Jornal Atitudes

Lab. Matem.

Media-teca

Museu Escolar PESES

Sala Estudo

7º 27 243 4

27

Média de 250 alunos

dos vários anos

365

4905 registos

de utiliza-ção ao longo

do ano

Sem registo

de utiliza-dores

por ano

51 15

8º 21 26 4 60

280 21 25

9º 3 26 4

64 123 31 2

10º 0 54 4 7 128 13

11º 3 40 1

33 96 4

12º 0 0 3 21 41 4

CEF 1 0 0

26 89 15

Prof. 0 0 0 60 125 9

PIEF 0 0 0 10 61 3

Outros 17 (ex-alunos)

Total 555 381 20 325 1308 151 42

O quadro acima especifica o grau de abrangência dos projetos, verificando-se um maior envolvimento de alunos do ensino básico – ciclo com maior número de turmas - do que do ensino secundário, assim como o envolvimento de alunos dos cursos CEF, PIEF e Profissionais num número mais reduzido de projetos.

5 Utilizadores permanentes

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Quadro 4. Número de colaboradores/ responsáveis e utilizadores por serviço

Bar de alunos

Bar de professo-

res

Ensino Espe-cial

Papelaria Pavilhões Pavilhão Desportivo

Portaria

Refeitório

Reprografia Secretaria SPO6

N.º de Colabora-dores/ Responsá-veis

2 1 1 1 2 2 2 3 a 4 1 7

N.º médio de Utilizado-res / dia

120 100 5 Variável

A – 150 B – 400 C – 250 D – ---- F – 250

560 Toda a

comunidade escolar

100 30 1º P – 60 2º P – 35 3º P – 60

Justificação para a variação no n.º de utilizadores

Redução do n.º de utilizadores ao longo do ano e a partir do meio do mês.

Redução do n.º de utilizadores após o final das aulas; oscilação de acordo com o calendário de exames.

Dias de entrega de material ao ASE

Redução do n.º de utilizadores no 3º P, devido ao final das atividades letivas das turmas PIEF e anos de estágio das turmas CEF e Profissionais, assim como devido ao abandono escolar.

Redução do n.º de utilizadores ao longo do ano, devido a abandono escolar e transferên-cias.

Oscilação no n.º de utilizadores em função da ementa (menos utilizadores em dias em que o menu é peixe).

Maior afluência em alturas de testes e quando há avarias na fotocopiado-ra da sala de professores

A diminuição de utilizadores no 2º período deve-se à estabiliza-ção das turmas e da colocação dos professores.

Na análise dos dados de funcionamento dos serviços destaca-se o número restrito de responsáveis / colaboradores para dar resposta ao número de utilizadores, o que pode, nomeadamente, dificultar o controlo dos alunos e o apoio às atividades letivas. Estes casos verificam-se especialmente nos bares e nos pavilhões. São apontadas, na maioria dos casos, oscilações de utilização, sobretudo tendentes à redução de utilizadores, com exceção da reprografia que acusa um aumento de frequência em épocas de testes e quando ocorrem avarias na fotocopiadora da sala de professores, a qual complementa o funcionamento deste serviço. É de assinalar que este serviço é um dos que apresenta um horário mais restrito de atendimento, justificado pelo funcionamento articulado com essa fotocopiadora No bar de alunos, verifica-se um frequência diária de aproximadamente 10% da população escolar, o que pode ser considerado baixo, sobretudo se considerado o número de alunos apoiados por ASE escalão A (319 alunos) e B (216 alunos), ou ainda outros casos de carências económicas que vão sendo detetados ao longo do ano.

3.2.2 Grau de satisfação de responsáveis e colaboradores – projetos Dos projetos constantes do quadro 1, foram recolhidos os dados seguidamente apresentados. A escala utilizada para avaliação dos mesmos é a seguinte:

Quadro 5. Escala adotada para resposta nos questionários 0 1 2 3 4 5 NS

Nada Pouco Razoável Bom Muito Bom Excelente

Não sabe Nunca Quase nunca Poucas vezes Bastantes vezes

Quase sempre Sempre

Deve ser salientado que a inexistência de dados se deve ao facto de alguns projetos funcionarem em ambiente virtual (Cornucópia e Eco-Escolas) e/ou não possuírem um horário fixo de funcionamento. A responsável pelo Laboratório de Matemática não considerou ser pertinente realizar, neste ano letivo, este tipo de avaliação, dado considerar que este espaço não funcionou como um projeto ao serviço da

6 Os dados em branco (sombreado) correspondem a dados em falta ou inexistentes.

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comunidade, mas sobretudo como apoio a um número reduzido de alunos que a ele acediam no horário em que esta professora estava presente, sobretudo alunos seus.

Quadro 6. Grau de satisfação de responsáveis e colaboradores - projetos

Nota: A fim de facilitar a leitura, assinalam-se a cinzento escuro os valores inferiores a três (pouco satisfatório ou razoável), aspetos mais problemáticos, e a cinzento claro a avaliação entre 3 e 3,9 (Bom), considerando-se que a mesma pode ser melhorada.

De uma forma geral, a avaliação dos coordenadores e colaboradores dos projetos situam a prestação do serviço à comunidade entre o Bom e o Muito Bom, havendo apenas referências menos positivas relativamente ao horário e espaço de funcionamento, aos recursos existentes e ao acesso a informação online. A Revista Cornucópia é o projeto com a avaliação global mais alta, corroborada pela atribuição do primeiro prémio para projetos de excelência da Câmara Municipal de Sintra, sendo a autoavaliação mais baixa a realizada pelo Jornal Escolar. Apesar das médias globais bastante positivas, são referidas necessidades de melhoria nas respostas abertas, nomeadamente quanto à necessidade de alargamento do horário de funcionamento - Clube Astronomia; Ateliê de Línguas; PESES e Desporto Escolar – Futsal e Badminton – que pode ser associado à necessidade de um maior número de horas para os coordenadores (Ateliê de Línguas; Eco-Escolas), maior número de colaboradores (Clube de Astronomia) e professores que possam garantir a abertura em permanência (Sala de Estudo). Relativamente ao Museu Escolar foi ainda referida a necessidade de encontrar um espaço de funcionamento adequado. Um outro aspeto que originou maior número de sugestões prende-se com a necessidade de melhorar recursos, informáticos e outros - apoio informático prestado por professor da área (Eco-Escolas); disponibilização dos computadores portáteis da Mediateca Escolar (Clube de Astronomia); aquisição de programas e meios multimédia necessários – e-book,

videobook – e a criação de espaço para gravações áudio (Cornucópia); recursos materiais e melhoria das instalações (Mediateca e PESES). Há ainda uma referência à necessidade da melhoria do aspeto gráfico do site da ESMA. A formação é igualmente uma das necessidades mais referidas no âmbito dos projetos – em software específico (Cornucópia), na coordenação e edição de jornais escolares (Jornal Escolar), no âmbito da partilha de projetos (Mediateca Escolar), em orientação, escalada e manobras de cordas (Desporto Escolar); em planeamento familiar, substâncias psicoativas, bullying e problemas juvenis (PESES). Finalmente, outra das áreas objeto de sugestões prende-se com um envolvimento mais alargado da comunidade escolar (Eco-Escolas) e, mais especificamente, dos alunos (Jornal Escolar) e dos diretores de turma (PESES).

Ateliê de Línguas

Clube Astrono mia

Clube de Badmin-

ton

Cornucó-pia

Despor-to

Escolar

Eco-Escolas

Jornal Atitudes

Media-teca

Escolar

Museu Escolar PESES

Sala de Estudo

MÉDIA POR ITEM

Nº de questionários devolvidos

2 1 5 4 5 6 3 8 4 6 1

Horário de funcionamento

4,0 1,0 4,8 3,8 4,6 3,8 3,7 4,0 3,7

Espaço de funcionamento

4,0 4,0 4,8 4,6 2,0 3,9 1,8 2,5 4,0 3,5

Recursos existentes 5,0 2,0 4,4 4,8 3,8 4,0 3,0 4,0 3,3 3,5 4,0 3,8

Acesso a informação online

5,0 5,0 3,8 5,0 3,6 3,0 4,0 4,0 3,8 2,5 4,0 4,0

Adequação do serviço prestado

4,0 5,0 5,0 4,8 4,4 4,7 3,0 4,8 3,8 4,8 4,0 4,4

Contributo para a integração e o bem-estar dos alunos

5,0 5,0 5,0 5,0 4,6 4,3 4,0 4,6 3,8 4,7 5,0 4,6

Contributo para a melhoria das aprendizagens

5,0 5,0 5,0 4,8 4,2 4,5 4,0 4,4 3,3 4,5 4,0 4,4

MÈDIA POR PROJETO 4,6 3,9 4,7 4,9 4,1 4,1 3,3 4,3 3,4 3,7 4,1

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3.2.3 Grau de satisfação de utilizadores – projetos Após diálogo com os respetivos coordenadores e analisadas as características de cada projeto, verificou-se que nem todos têm utilizadores regulares por diferentes razões, que podem ser cumulativas: porque se destinam a toda a comunidade escolar, porque os utilizadores participam através de um ambiente virtual aberto, ou ainda porque os utilizadores vão variando conforme as atividades propostas. São disso exemplo os projetos a seguir descritos. A Cornucópia desenvolve-se online, sendo neste ambiente que são recolhidos os contributos e as opiniões dos colaboradores e utilizadores, os quais têm sido regularmente divulgados junto da comunidade educativa. Da mesma forma, o projeto Eco-Escolas enquadra-se no trabalho promovido pela Associação da Bandeira Azul da Europa e pela Secção Portuguesa da Foundation for Environmental Education, abrangendo na ESMA um conjunto de colaboradores que integra alunos, professores, funcionários e encarregados de educação, com atividades abertas à participação de toda a comunidade educativa. O Museu Escolar conta igualmente com uma coordenadora e três colaboradores diretos, destinando-se as atividades propostas igualmente a toda a comunidade educativa. Finalmente, a Sala de Estudo conta com um coordenador, funcionando como local de desenvolvimento de atividades de apoio e de tutoria, estas últimas com avaliação própria em conselho de turma, e permite ainda a frequência livre de alunos para trabalho autónomo.

Deste item do relatório constam, assim, os dados recolhidos junto dos seguintes projetos - Ateliê de Línguas, Clube de Badminton, Clube de Astronomia, Clube de Ciências, Desporto Escolar, Laboratório de Matemática, Mediateca Escolar e PESES - com os resultados seguidamente apresentados. Dos 80 questionários entregues, foi devolvido um total de 73, os quais abrangeram alunos de ambos os sexos - 36 raparigas e 34 rapazes (3 referências em falta), com idades compreendidas entre os 12 e os 21 anos e de todos os anos de escolaridade, embora com distribuição irregular: 7º ano (7), 8º ano (17), 9º ano (5), 10º ano (12), 11º ano (13) e 12º ano (8), com 11 referências em falta.

A modalidade de funcionamento destes projetos é variável, havendo casos em que foram frequentados por um número limitado de alunos face ao horário em que era possível assegurar a sua abertura. É este, por exemplo, o caso, já mencionado, do Laboratório de Matemática, o qual, dado o horário restrito, funcionava predominantemente para apoio a alunos da professora coordenadora.

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ESMA | Relatório de autoavaliação final 2011.2012 | Página 11 de 32

Quadro 7. Grau de satisfação dos utilizadores dos projetos

Ateliê de Línguas

Clube Astrono-

mia

Clube de Badminton

Clube de Ciências

Desporto Escolar

Lab. Matemá-

tica

Mediateca Escolar

PESES MÉDIA

POR ITEM

Nº de questionários devolvidos

5 117 8 7 11 10 10 11

Horário de funcionamento

3,8 2,6 4,5 1,1 3,8 3,4 4 3,5 3,3

Espaço de funcionamento

4 3,7 4,4 4,8 4,6 3,6 4,1 3,5 4,1

Disponibilidade do coordenador / responsável

4,4 4,8 4,9 4,7 4,8 4,4 4,6 3,9 4,6

Recursos existentes 4,6 2,7 4,5 3,9 4,1 3,9 4,3 3,6 4,0

Acesso a informação online

3,8 3,4 4 2,4 4,5 4 4,4 3,4 3,7

Contributo para o bem-estar da

comunidade educativa 3,6 4 4,6 4,3 4,6 4,1 4,3 3,6 4,1

Contributo para a melhoria das aprendizagens

4 4,5 4,6 4,2 4,6 4,1 4,4 3,6 4,3

Adequação do serviço prestado

3,6 4,1 4,9 4 4,5 4,3 4,4 4,3 4,3

MÉDIA POR PROJETO 4 3,7 4,6 3,7 4,4 4 4,3 3,7

Continuidade do projeto8

Sim (100%)

Sim (100%)

Sim (100%)

Sim (100%)

Sim (100%)

Sim (100%)

Sim (100%)

Sim (100%)

Da análise do quadro acima, verifica-se maioritariamente uma apreciação entre o Bom e o Muito Bom em todos os projetos, sendo a média de resultados mais baixa na adequação do horário de funcionamento, que volta a ser referido nas respostas abertas como aspeto a melhorar (4 referências). Outras dimensões com resultados menos favoráveis prendem-se com referências ao acesso a informação online. O item que recolhe opiniões mais positivas prende-se com dinâmicas interpessoais, nomeadamente com a disponibilidade do coordenador e, de uma forma geral, a adequação do serviço prestado, o contributo para a qualidade das aprendizagens e para a satisfação e bem-estar dos alunos. Ainda no que se refere às respostas abertas, foram sinalizados outros aspetos positivos, como o tipo de atividades realizadas (pesquisa, jogos, torneios ….) / temas abordados (35 referências); aquisição / aprofundamento de conhecimentos e capacidades (13 referências), adequação de espaços e recursos (11 referências), socialização (9 referências), promoção da saúde (2 referências) e disponibilidade / apoio do coordenador e colaboradores (4 referências). Relativamente à continuidade dos projetos, 94,5% dos inquiridos (4 não responderam) consideram que estes devem ter continuidade.

7 Apesar de se ter previsto 10 questionários por projeto e serviço, há casos em que foram devolvidos 11, uma vez que foi preenchido o questionário destinado apenas à informação do coordenador / responsável. 8 Não foram considerados, nesta percentagem, os inquiridos que não deram resposta.

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3.2.4 Grau de satisfação de responsáveis e colaboradores – serviços

Quadro 8. Grau de satisfação de responsáveis e colaboradores – serviços

Bar de alunos Bar de

professores Papelaria Pavilhões

Pavilhão Desportivo

Portaria

Nº de questionários devolvidos 2 1 1 9 2 2

Horário de funcionamento 4,0 4,0 5,0 3,2 5,0 5,0

Espaço de funcionamento 4,0 4,0 5,0 3,1 5,0 4,0

Recursos existentes 2,0 3,0 NS 3,2 5,0 3,0

Acesso a informação online 3,5 2,0 4,0 3,0 9 5,0 10

Adequação do serviço prestado 3,5 2,0 5,0 3,2 5,0 3,0

Contributo para a integração e o bem-estar dos alunos

4,0 4,0 5,0 3,2 5,0 4,0

Contributo para a melhoria das aprendizagens

4,0 NS 3,1 5,0 3,0

MÉDIA POR SERVIÇO 3,6 3,3 4,8 3,1 5 3,7

Ensino Especial

SPO Refeitório Reprografia Secretaria MEDIA POR

ITEM

Nº de questionários devolvidos 1 1 1 7

Horário de funcionamento 4,0 4,0 3,0 4,0 4,1

Espaço de funcionamento 2,0 3,0 4,0 2,4 3,7

Recursos existentes 4,0 NS/NR 3,0 3,3 3,2

Acesso a informação online 3,0 3,0 3,0 2,7 3,2

Adequação do serviço prestado 5,0 4,0 3,0 3,8 3,8

Contributo para a integração e o bem-estar dos alunos

5,0 5,0 NS/NR 4,2 4,4

Contributo para a melhoria das aprendizagens

5,0 NS/NR NS/NR 4,2 4,1

MÉDIA POR SERVIÇO 4,0 3,8 3,2 3,5

Na apreciação global dos serviços segundo a escala fornecida, verifica-se que as apreciações mais baixas se situam ao nível do acesso a informação através da Internet, abrangendo-se aqui a utilização também de serviços informatizados, e dos recursos existentes. Na média dos itens apenas três atingem o nível 4, referentes ao impacto dos serviços na integração e bem-estar dos alunos, horário de funcionamento e contributo do serviço para a melhoria das aprendizagens, ou seja, o facto de este proporcionar apoio e estabilidade necessários às mesmas. As apreciações restantes são inferiores, mas ainda no nível Bom. Alguns dos aspetos com apreciação mais negativa são corroborados pelas sugestões dadas nas respostas abertas. Assim, são sugeridas melhorias na formação em termos das relações interpessoais / gestão de conflitos (pavilhões) e nas áreas de funcionamento da Secretaria; no aumento do número de assistentes operacionais (pavilhões); na atualização / adequação de software (reprografia e bar de professores); na circulação de informação entre pessoal docente e não

9 Perceção sobre acesso online nas salas de aula.

10 Embora não exista acesso a informação online, os responsáveis do serviço consideram que o sistema poderia ser melhorado, quer através do cruzamento do controlo de entradas com a presença nas aulas, quer evitando congestionamentos através da separação das entradas e saídas.

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docente (pavilhões), na qualidade / adequação dos espaços (bar de professores e Ensino Especial), sendo que, no caso do Ensino Especial é especificada a necessidade de privacidade no atendimento dos alunos. São ainda sugeridas uma maior variedade e qualidade dos produtos alimentares (bar dos professores) a implementação de regras básicas de higiene na utilização das casas de banho e a aquisição de contentores assépticos (pavilhões).

3.2.5 Grau de satisfação de utilizadores – serviços Relativamente a esta recolha, a mesma envolveu alunos e professores, existindo maior diversidade quanto ao público-alvo, embora maioritariamente constituído por alunos.

Quadro 9. Grau de satisfação dos utilizadores dos serviços

Bar alunos Bar professores Papelaria Pavilhões Pav. Desportivo Portaria

Nº de questionários devolvidos

10 10 10 10 9 11

Horário de funcionamento 3,9 2,5 3,4 3,5 4,7 4,1

Espaço de funcionamento 4,7 3 3,6 3,3 4,9 3,9

Disponibilidade do(s) responsável/veis

4,2 3,6 3,8 3,3 4,8 4

Recursos existentes 3,7 2,3 3,3 3,4 5

Acesso a informação online

4,2 3,5 3,611 3,3 3,8

Contributo para o bem-estar da comunidade

educativa 4,1 3,5 4 3,3 4,8 4,4

Contributo para as aprendizagens

4 4 3,2 4,7 3,6

Adequação do serviço prestado

3,9 3,1 3,5 3,3 4,8 4,1

MÈDIA POR SERVIÇO 4,1 3,1 3,7 3,3 4,8 4,0

Continuidade do serviço Sim (70%) Sim (56%) Sim (100%) Sim (80%) Sim (100%) Sim(100%)

Ensino Especial SPO Refeitório Reprografia Secretaria MEDIA POR ITEM

Nº de questionários devolvidos

8 7 11 10 10

Horário de funcionamento 3,1 3,6 4,6 1,1 2,8 3,4

Espaço de funcionamento 3,8 3,6 4,3 3,5 3,2 3,8

Disponibilidade do responsável

4,1 3,9 4,4 4,1 3,7 4,0

Recursos existentes 3,6 3,7 3,9 3,9 3,6

Acesso a informação online 3,2 4 3,7 3,1 3,6

Contributo para o bem-estar da comunidade

educativa 3,7 3,5 4,2 3,7 3,1 3,8

Contributo para as aprendizagens

4,1 3,7 3,7 3,3 2,8 3,7

Adequação do serviço prestado

4,2 3,7 4 3,3 3,1 3,7

MÈDIA POR SERVIÇO 3,7 3,7 4,1 3,3 3,1

Continuidade do serviço Sim

(100%) Sim

(100%) Sim

(100%) Sim (50%)

Sim (78%)

11 Funcionamento do Kioske e carregamento de cartões.

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Da análise dos dados recolhidos através da escala de qualidade, verifica-se comparativamente a dados anteriormente apresentados, um nível mais baixo de avaliação, com maior número de itens classificados entre 3 e 3,9 (Bom). O horário de funcionamento recolhe três apreciações mais baixas, com avaliação global inferior, enquanto que a disponibilidade dos responsáveis mereceu apreciações mais positivas. Nas respostas abertas são identificadas necessidades de melhoria nas seguintes dimensões: horário de funcionamento, com 12 referências (sendo 8 relativas a serviços destinados aos professores - reprografia e bar), seguidas da qualidade do serviço - 10 referências, sobretudo relacionadas com a diversidade e qualidade de alimentos, a adequação de espaços e recursos (incluindo a limpeza), com 7 referências, e o atendimento com 6 referências, sobretudo no que refere aos serviços destinados aos alunos. Os aspetos positivos salientados nas respostas abertas incidem sobre a disponibilidade/simpatia no atendimento com 32 referências, a adequação de espaços e/ou recursos, com 19 referências e a organização e qualidade do serviço prestado, com 9 referências. É apontado como importante a existência de mais um funcionário para dar apoio no serviço do bar dos professores durante os intervalos e na hora de almoço. Relativamente à continuidade dos serviços nos moldes atuais, esta é menos favorável no que diz respeito aos bares (professores e alunos) e à reprografia.

3.3 Análise dos dados recolhidos por entrevista

3.3.1 Alunos Após recolha de informação através de nove entrevistas realizadas aos alunos (ver guião em anexo), foram identificadas as opiniões que a seguir se explicitam.

Objetivos / metas da escola Três alunos reconhecem a existência desses objetivos e seis expressam dúvidas quanto aos mesmos ou afirmam mesmo não saber se estes existem. Relativamente ao tipo de objetivos, as opiniões dividem-se entre o caráter genérico dos mesmos, associado ao sucesso e preparação para o futuro, e a educação para a cidadania em termos de comportamentos e cumprimento de regras. Um aluno refere, contudo, que a escola se caracteriza por falta de exigência e rigor, ao tentar adequar a prática pedagógica ao perfil da maioria dos alunos da escola.

Funcionamento da escola Quando questionados relativamente à sua opinião sobre a organização e o funcionamento da escola, a maioria (oito alunos) reconhece serem bons, com apenas uma opinião divergente – “É mais ou menos”. Os aspetos positivos apontados incluem: a gestão dos recursos e equipamentos, a simpatia dos elementos da comunidade escolar, o horário escolar e o controlo das entradas na escola. Quanto aos aspetos negativos são referidos os seguintes: os horários de funcionamento – papelaria, refeitório e bar -, a quantidade e variedade de alimentos no bar, o atendimento no bar dos alunos, e os conflitos entre os elementos os alunos.

Recursos materiais A maioria dos alunos reconhece as boas instalações, a qualidade dos recursos desportivos e tecnológicos / informáticos e as condições das salas de aula associadas a equipamentos específicos para determinadas áreas (aspetos referidos por alunos do PIEF, CEF e Curso Profissional). Como aspetos negativos são apontados a degradação das salas (cadeiras), as condições de higiene e algumas falhas na manutenção do equipamento informático das salas de aula.

Recursos humanos Quanto aos recursos humanos, a maioria dos alunos refere a qualidade do trabalho dos professores – incluindo a boa relação estabelecida - e dos funcionários (assistentes técnicos e operacionais). Em

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termos de aspetos negativos, a maior parte das referências prende-se com as características dos alunos: conflitualidade, desinteresse e falta de empenho. Outra dimensão referida prende-se com os funcionários, nomeadamente a existência de conflitos com alunos, a falta de equidade no tratamento dos alunos e o incumprimento do horário. Um dos alunos refere a necessidade de existir maior número de funcionários do sexo masculino, a quem reconhece maior capacidade para gerir conflitos entre alunos.

Atividades letivas Em termos do funcionamento das atividades letivas são referidos mais aspetos positivos do que negativos. Entre os aspetos positivos destacam-se a diversificação e adequação de estratégias, o equilíbrio entre as atividades teóricas e práticas e o acompanhamento dos professores. Quanto aos aspetos negativos é referida a duração das aulas (90 e 135 minutos), falta de atividades referentes a celebração de festividades e de final de período e ano como, por exemplo, o baile de finalistas.

Avaliação das aprendizagens No que se refere à avaliação dos alunos, a maioria considera que esta é desenvolvida de forma adequada, embora alguns alunos apontem a necessidade de maior equilíbrio entre o peso dos testes e dos restantes critérios.

Atividades de apoio e de enriquecimento Estas atividades são reconhecidas como resposta às necessidades e interesses dos alunos, em termos da utilidade / eficácia na organização pessoal e no reforço das aprendizagens (exemplo das atividades de PLNM) e ainda em termos da sua diversidade e oportunidade para ocupação gratuita de tempos livres. Um entrevistado refere que a maioria dos alunos desconhece a oferta de atividades de enriquecimento curricular, com exceção das do Desporto Escolar. Um outro aluno sugere que a frequência das atividades desportivas seja sujeita à existência de requisitos, como, por exemplo, o aproveitamento, a assiduidade e o comportamento.

Relação entre elementos da comunidade escolar A relação entre os elementos da comunidade reuniu um conjunto alargado de referências, sendo que maioritariamente é reconhecida a boa relação entre estes, havendo um aluno que afirma mesmo que “os professores, é como se fossem nossos pais”. Um dos alunos refere-se à melhoria deste relacionamento entre os vários elementos, comparativamente ao ano anterior, embora três alunos mencionem a existência de conflitos pontuais entre os vários elementos da comunidade, determinada pelo comportamento incorreto dos alunos e o seu tratamento diferenciado pelos funcionários, no que respeita ao cumprimento de regras dentro dos pavilhões.

Participação dos encarregados de educação A maioria dos alunos salienta a boa relação entre o diretor de turma e os encarregados de educação, que se pauta pela disponibilidade ao nível do atendimento e da informação prestada aos pais, bem como a procura de uma estreita colaboração com os mesmos para um melhor acompanhamento dos jovens. Alguns alunos reconhecem a pouca participação dos encarregados da educação nas reuniões, motivada por incompatibilidade com a vida profissional.

Disciplina e segurança Questionados sobre a disciplina e a segurança na escola, a maioria dos alunos refere que se sente seguro na escola - um aluno refere mesmo o bom serviço realizado pelos vigilantes, - com sete referências positivas relativamente às medidas aplicadas em caso de indisciplina e associadas aos termos “educativo”, “rigor”, “justiça”, ”eficaz”, “…quando houve um problema (…) resolveram logo isso”. Contudo, é também referido um conjunto de aspetos negativos, onde se salienta, por contraste com os aspetos positivos, a ineficácia destas medidas, nomeadamente as suspensões, a que um aluno se

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refere como “miniférias”. São ainda referidos o número insuficiente de vigilantes e falhas no controlo das saídas e falta de vigilância em locais-chave, que geram alguma insegurança - “há certos locais menos vigiados onde é fácil agredir ou assaltar”, “procuro não andar sozinha”, havendo ainda alunos que referem o receio de represálias e atitudes intimidatórias. Um dos alunos refere, ainda, como aspeto negativo, a falta de explicitação de regras de funcionamento na sala de aula e outro sugere a necessidade de maior acompanhamento dos alunos problemáticos pelos professores e pelo Serviço de Psicologia e Orientação.

Motivação para o sucesso Quando questionados sobre se os alunos sentem motivação para o sucesso, a maioria das referências é negativa, explicitando que os alunos se sentem desmotivados sobretudo por razões exteriores à escola e que frequentam a escola por obrigação - “a motivação vem de casa. Antes de estarmos na escola já eramos educados em casa”. Contudo afirmam que a escola procura motivar os alunos e reconhecem a ajuda proporcionada pelos professores neste âmbito. Uma aluna refere a atitude prejudicial dos alunos “desmotivados” relativamente aos colegas – “ eu não tenho que aturar pessoas que vêm para a escola para não fazer nada”.

Imagem da escola A imagem exterior da escola junto da comunidade envolvente é considerada negativa por oito dos nove entrevistados, associada a situações de conflitos e agressões ocorridos no interior e exterior da escola, nomeadamente os divulgados nos meios de comunicação social. Há ainda perceções negativas associadas aos maus resultados escolares e ao perfil dos alunos que frequentam a escola (“alunos agressivos”). Contudo estas perceções sobre a escola, são, de acordo com os entrevistados, modificadas quando os alunos a frequentam, através do reconhecimento do bom trabalho desenvolvido e do acompanhamento que lhes é prestado. Dois alunos sugerem uma maior divulgação das iniciativas / projetos no exterior como estratégia de melhoria desta imagem.

Em termos das questões finais da entrevista, solicitou-se a identificação do aspeto mais positivo e mais negativo da escola, assim como a identificação de uma área a modificar pelo aluno se lhe fosse concedida a oportunidade e os recursos necessários, listando-se abaixo as opiniões recolhidas.

Quadro 10. Identificação de potencialidades e constrangimentos - alunos

Aspetos positivos Aspetos negativos Áreas de intervenção • Qualidade dos professores • Apoio dos professores • Funcionamento em geral • Preocupações ecológicas

(bandeira verde) • Bom ambiente / Clima de escola • Espaços de convívio • Relação entre alunos • Relação entre professores e

alunos • Recursos tecnológicos • Caracter prático e dinâmico das

aulas • Empenho dos alunos • Empenho dos funcionários • Atendimento / Apoio na Mediateca

Escolar

• Nenhum (2 alunos) • Falta de funcionários nos

pavilhões • Falta de espaços de convívio e de

ocupação dos tempos livres • Inexistência de mobiliário e clima

favorável à permanência dos alunos no bar

• Condições de higiene das casas de banho

• Comportamento dos alunos • Falta de vigilância

• Melhoria das condições dos campos de jogos exteriores (redes e pavimento)

• Embelezamento da escola • Criação de espaços de permanência

nos intervalos em condições atmosféricas adversas (chuva)

• Valorização do voleibol (referida diferença na valorização e tempo concedido para o treino das diferentes modalidades)

• Controlo da utilização das casas de banho femininas (preservação da higiene)

• Quantidade e diversidade dos alimentos no bar

• Diversidade de produtos da papelaria • Recuperação do Casal Saloio • Recuperação dos espaços verdes • Renovação do mobiliário das salas de

aula • Maior número de vigilantes

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3.3.2 Pessoal docente Objetivos / Metas da escola Quando inquiridos sobre a existência de objetivos de escola, constatam-se dúvidas sobre o conhecimento dos mesmos, nomeadamente quanto às metas definidas no PEE, e surgem referências tanto à sua adequação como, por contraste, ao seu caráter genérico e inadequação às características e interesses dos alunos da escola, que não geram motivação para a escola e as aprendizagens. Consequentemente é referida a necessidade de maior especificidade destes objetivos, com a incidência na educação para a cidadania, na melhoria de comportamentos, envolvimento, motivação e integração dos alunos, adequando-se às características da população escolar. É referida ainda a necessidade de uma implementação consistente dos objetivos definidos por todos os professores, com especial enfoque nos conselhos de turma. Um dos professores refere que as metas não deverão ser muito exigentes, uma vez que os alunos têm baixas expectativas.

Funcionamento da escola De uma forma geral, o funcionamento da escola foi considerado bom pelos inquiridos, embora com referências a diferentes aspetos que carecem de atenção. Assim, verifica-se a inexistência de hierarquização na circulação da informação, sendo os canais de comunicação pouco claros, sem a divulgação de medidas a toda a comunidade antes da sua implementação. Por outro lado, são por vezes exigidos procedimentos extra a todos os professores, sobrecarregando-os, em consequência de falhas de apenas alguns professores. Quanto ao funcionamento dos serviços foram referidos um horário demasiado restrito (caso da reprografia), ausência do local de trabalho e atendimento incorreto, assim como distribuição de funções que não cobrem todas as necessidades, levando à sobrecarga de exigências colocadas aos professores (caso do trabalho relativo à gestão dos processos dos alunos) e encerramento de alguns serviços após a conclusão das aulas do ensino regular (bares e refeitório).

Recursos humanos Neste âmbito, foi essencialmente focada a falta de assistentes operacionais, sendo referida a necessidade de apoio aos professores nos pavilhões durante as atividades letivas – “às vezes queremos alguma coisa naquele momento e a senhora não está lá” – e de controlo dos alunos nos intervalos, embora seja reconhecida a incapacidade da escola em suprir esta falta.

Recursos materiais As opiniões neste domínio são, em geral, positivas, tendo sido referida a disponibilização do material solicitado (material específico de certas áreas disciplinares) e outros materiais e equipamento que acusam algum desgaste, mas que a comunidade escolar deve ter cuidado em preservar. É valorizada a existência de computadores em todas as salas, cujas avarias pontuais são facilmente resolvidas, embora devesse ser melhorado o acesso aos mesmos no curso profissional de informática e na sala de diretores de turma no final dos períodos.

Atividades letivas Neste ponto é valorizado o trabalho e esforço dos professores em envolver e motivar os alunos, embora seja reconhecida a dificuldade em lidar com alunos colocados em áreas para as quais não têm motivação, com falhas ao nível dos critérios de encaminhamento para os cursos, e, em geral, com o desinteresse dos alunos - “Eu às vezes acho que faço o pino, a cambalhota, todas as coisas para ver se os consigo puxar e mesmo assim a pessoa chega ao fim e pensa: mas o que é que eu estive aqui a fazer? […] A pessoa sai daqui altamente frustrada.” Um dos entrevistados refere a necessidade em desenvolver atividades mais práticas.

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Avaliação Neste domínio foi sobretudo expressa a necessidade de responsabilizar os alunos no cumprimento de regras e prazos acordados por todos os professores relativamente à realização de testes e trabalhos, assim como valorizar mais os projetos e trabalhos de caráter mais prático relativamente aos testes escritos nos cursos de cariz profissionalizante - “…obrigar um aluno a fazer um trabalho e ser tão pouco valorizado […] às vezes nem lhes digo quanto vale o trabalho.” É ainda referida a necessidade de redefinir os critérios de avaliação, a fim de aumentar o grau de exigência e evitar uma avaliação sumativa interna inflacionada, relativamente aos resultados dos exames nacionais.

Relação entre elementos da comunidade escolar Os entrevistados referem aspetos diferentes neste domínio. Se por um lado, três entrevistados consideram existir uma boa relação entre professores, alunos e funcionários, por outro é salientada a necessidade de reforçar a figura de autoridade do professor, ou seja, a importância de os alunos saberem “que a mesma pessoa […] exige-lhes regras e disciplina, mas por outro lado, [pode] ser um ombro amigo”. É reconhecida também a existência de agressividade entre alunos, e a dificuldade dos professores em realizar trabalho conjunto de forma consistente que deveria ser otimizado para partilha de experiências e materiais e não ocupado com trabalho burocrático.

Atividades extracurriculares É referida por uns entrevistados a sua diversidade e mais-valia e por outro a sua escassez. Contudo, reconhece-se a pouca procura devido ao “peso” dos horários letivos e o pouco envolvimento dos alunos em atividades práticas, que possam contribuir para o desenvolvimento do gosto pela escola.

Apoios e tutorias Neste domínio são reconhecidas como importantes as atividades desenvolvidas para os alunos com necessidades educativas especiais e alunos com maiores dificuldades e a necessidade de reforço das mesmas quando se anuncia o aumento do número de alunos por turma. É ainda referida a necessidade de maior apoio individualizado e a atenção ao perfil do professor tutor do qual depende o sucesso da tutoria – “ para que o aluno se sinta identificado com o professor e não para mera ocupação das horas dos professores.”

Participação dos Encarregados de Educação Os entrevistados expressam opiniões sobre duas dimensões. Por um lado existe uma boa participação dos EE, embora se reconheça que a maior parte dos EE não prestam maior apoio aos alunos devido a condicionantes socioeconómicas – “dois ou três empregos”, “famílias heterogéneas e de proveniências muito variadas, que por vezes não têm tempo para acompanharem melhor os seus educandos”. É ainda referida e lamentada a falta de preocupação e a “participação nula” de alguns EE, embora exista uma maior pressão devido à possível intervenção da CPCJ ou da polícia – “eles começaram a ter medo”. Refere-se ainda que a falta de comparência pode dever-se à tentativa de escapar às queixas constantes por parte dos diretores de turma, devendo tentar-se criar um ambiente mais acolhedor na receção a estes pais. Um dos entrevistados considera que a participação dos EE poderá melhorar devido ao enraizamento das famílias nesta zona, os quais poderão vir a participar mais na vida escolar e a acompanhar melhor os seus educandos.

Disciplina e segurança Neste domínio é sobretudo reconhecida a existência de alunos problemáticos, com questões disciplinares sobretudo no ensino básico e com o envolvimento em álcool e drogas - “Nestes alunos [dos CEF] está tudo virado do avesso!” Constata-se a necessidade de maior controlo e acompanhamento, com medidas que envolvam outras instituições (como a polícia) relativamente a situações mais gravosas que requeiram deteção e dissuasão. É referida a necessidade de “pulso forte” e a ineficácia das medidas corretivas, devendo investir-se na prevenção (cumprimento de regras) e

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não na penalização, muitas vezes com poucas consequências na ótica dos alunos - “Não acontece nada!”. Um dos entrevistados refere ter havido uma evolução positiva dos comportamentos comparativamente a anos anteriores.

Em termos de segurança é referida a falta de atuação por parte dos funcionários, devido à proximidade da residência e receio de represálias, sendo que os vigilantes não intervêm em situações duvidosas (por exemplo, jogos a dinheiro). Considera-se haver falta de pessoal para vigiar os espaços exteriores às salas de aula.

Motivação para o sucesso A maioria dos entrevistados reconhece a falta de motivação dos alunos dado o contexto social e económico, com baixas expectativas dos alunos face ao futuro e não diretamente relacionada com o trabalho desenvolvido na escola - “é deles próprios: já vêm de casa sem vontade.” Os alunos que definem objetivos, no entanto, conseguem atingi-los, e nos cursos com vertentes profissionalizantes, o estágio proporciona oportunidades de emprego. Por outro lado, existem alguns alunos que ingressam no ensino superior, embora constituam uma minoria relativamente ao total dos aos que iniciam o ensino secundário - “Está dentro daquilo que se espera da nossa escola, as expetativas não podem ser exageradas.” Um dos entrevistados refere o facto de se descurar os bons alunos ao centrar a atenção nos mais problemáticos, razão para a saída de alguns alunos para outras escolas na transição para o ensino secundário.

Imagem da escola Em termos da visibilidade da escola no exterior, esta é considerada negativa, devido ao tipo de alunos, episódios de violência, falta de disciplina e à ideia da pouca exigência. Contudo, esta opinião pode vir a ser alterada com o ingresso na mesma - “eu achei a escola espetacular em muitos aspetos e os alunos nem são aqueles mauzões que te apregoavam.”

Considera-se haver falta de divulgação das atividades que são promovidas na escola, devido a falta de tempo dos responsáveis - “Há escolas que… ‘enchemos um balão’ e toda a gente sabe que eles encheram um balão […] aqui […] trabalha-se com montes de instituições, fazem-se atividades aqui e ali, exposições, atividades nos centros de dia. Nunca ninguém sabe nada. Nem na escola, nem lá fora.” Relativamente a este aspeto foca-se a necessidade de criação de um grupo de trabalho responsável pela divulgação das atividades.

Considera-se ainda que a imagem da escola tem melhorado, com uma conotação menos negativa do que há alguns anos, havendo alunos que dizem bem da escola, incluindo antigos alunos, o que passa uma imagem positiva.

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Quadro 11. Identificação de potencialidades e constrangimentos – pessoal docente

3.3.3 Pessoal não docente

Objetivos / Metas da escola Os objetivos referidos pelos entrevistados incluem o assegurar do seu bom funcionamento, no que respeita à organização, gestão e disciplina. O desconhecimento do regulamento interno é visto como fator que não contribui para o cumprimento de regras, uma vez que este é conhecido apenas em áreas / espaços associados à aplicação de medidas disciplinares, como seja a Mediateca Escolar. A escola é referida, ainda, como tendo uma comunidade escolar muito diversificada, diferindo, neste aspeto das escolas secundárias vizinhas, mas que consegue dar resposta a essa diversidade através objetivos adequados e de “muitas atividades, muito empenho”. O PEE (suas metas/objetivos) não é considerado como documento conhecido pela globalidade da comunidade escolar, mas apenas por professores e funcionários, dado encontrarem-se na escola, e por alguns alunos e professores “talvez mais [pelos] alunos que se envolvem mais nas atividades escolares e dos pais que podem e conseguem acompanhar mais a vida escolar dos seus educandos”.

Funcionamento da escola O funcionamento da escola é visto como irregular, apesar de existirem “bons professores, bons profissionais, bons funcionários, bons alunos também.” O problema centra-se no tipo de alunos que se matriculam, sem a possibilidade de seleção feita por outras escolas, e não existindo os recursos semelhantes a uma escola TEIP. É referida ainda alguma dificuldade de comunicação com os alunos e encarregados de educação provenientes do estrangeiro. Recursos materiais Nesta dimensão é referida a necessidade de obras de conservação exterior e dos equipamentos, assim como a necessidade de uma sala para os alunos permanecerem nos intervalos, especialmente

Aspetos positivos Aspetos negativos Áreas de intervenção • Excelentes relações humanas

(Boa relação professores / alunos e professores / funcionários)

• Ambiente / afetividade existente na comunidade escolar

• Empenho, envolvimento e disponibilidade para a resolução de problemas e promoção do sucesso.

• Nenhum (um professor)

• Imagem da escola no exterior

• Indisciplina – necessidade de fazer cumprir as regras.

• Perfil dos alunos associada a falta de pré-requisitos em termos cognitivos e comportamentais, baixas expectativas e desmotivação.

• Criação de mecanismo de divulgação das atividades

• Contratação de empresa para criação e manutenção da página web (podem colocar-se exigências ao contrário de a um colega)

• Divulgação das atividades em órgãos de comunicação regionais e nacionais

• Melhoria do espaço exterior criando um ambiente mais favorável ao convívio dos alunos

• Recuperação e dinamização da casa saloia/Museu Escolar

• Cumprimento de regras.

• Acompanhamento a nível de apoio e tutorias nos 7º e 8º anos - “há que formar os alicerces para os alunos continuarem depois o seu percurso escolar…”

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em dias de chuva, e de uma eventual falta de espaço na secretaria aquando da futura constituição do agrupamento.

Recursos humanos Nesta dimensão é salientada a falta de assistentes técnicos, mas sobretudo operacionais, cujo número é o estritamente necessário para o funcionamento da escola, havendo, por isso, dificuldade em suprir eventuais faltas, reorganizar o trabalho e evitar acumulação de tarefas. A rotação de funcionários em contrato implica um esforço considerável na integração e formação de novos elementos. Os entrevistados consideram que importa, ainda, investir em formação nas seguintes áreas: informática, “…relações interpessoais, primeiros socorros - faz falta a todos para atuarmos em situações de epilepsia, diabetes, … - prevenção das dependências e formas de atuação em situações de consumo de substâncias psicoativas.” Foi também assinalada a necessidade de sinalização (junto dos funcionários) de alunos com patologias que requerem cuidados especiais. Em termos dos assistentes técnicos, o entrevistado sente necessidade de formação em diferentes áreas, tendo em conta as alterações sucessivas ao nível do código do trabalho, da área do pessoal devido às alterações dos estatutos do professor e do aluno, ao nível da contabilidade, etc., referindo que têm existido limitações de caráter financeiro no acesso à oferta de formação disponível. Atividades letivas Neste domínio é salientado o empenho dos professores na dinamização de diferentes atividades, e o trabalho desenvolvido na Mediateca Escolar, como espaço que reúne diferentes projetos e atividades, com um elevado número de participantes e um balanço muito positivo. Reconhece-se maior dificuldade ao nível da sala de aula, devido à existência de alunos complicados que “às vezes não querem

aprender” e turmas demasiado grandes com grupos heterogéneos, ao nível dos interesses e dos comportamentos. É colocada ênfase na relação entre o professor e os alunos, com necessidade de existir empatia e respeito de ambas as partes, mas “os alunos têm que perceber que quem manda na sala de aula é o professor”. Avaliação A avaliação dos alunos é vista como multidimensional - comportamento, assiduidade, aprendizagens – havendo necessidade de maior acompanhamento dos alunos com dificuldades, mas que revelem empenho, e cuja atitude deve ser valorizada. Em termos de procedimentos, a avaliação não tem sido objeto de processos de reclamação (recursos). Relação entre elementos da comunidade escolar A relação na comunidade escolar é vista como boa, sendo valorizado o lado humano e a criação de laços: “…os alunos são os nossos filhos adotivos”.“Esta escola, pelo lado humano, sempre teve a sua excelência.” É reconhecida, no entanto, a existência de alunos “rebeldes e problemáticos”, sendo que os pais delegam na escola a função educadora, desresponsabilizando-se dessa mesma função. Verificam-se ainda algumas situações de desrespeito pelos assistentes operacionais. Atividades de apoio e de enriquecimento curricular Relativamente a esta dimensão, os entrevistados consideram que os alunos não beneficiam de tempos livres devido às aulas de substituição, cujo impacto na formação dos alunos será, na maioria dos casos, nula. Numa perspetiva mais favorável, os projetos são considerados positivos e importantes para todos os envolvidos e para a imagem da escola. Da mesma forma, são valorizadas as tutorias para os alunos que requerem apoio extra, sendo de investir no apoio aos alunos interessados – “Não

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devíamos perder tempo com quem não quer”. Os alunos com necessidades educativas especiais devem continuar a beneficiar de apoio acrescido. Participação dos Encarregados de Educação Nesta dimensão foi referida a pouca participação dos encarregados de educação, quer nas reuniões ordinárias, quer quando são convocados individualmente, o que pode dever-se às limitações do horário de trabalho. Valoriza-se, contudo, a flexibilidade dos professores na marcação do atendimento, nem sempre correspondida pelo interesse e consideração dos visados, havendo situações em que estes desconhecem o ano e a turma dos seus educandos e a sua situação escolar (assiduidade, aproveitamento, alimentação, …). Por vezes, o interesse surge apenas em situações que implicam perda de benefícios: abonos, ASE, refeições, etc. Disciplina Um dos aspetos referidos pelos entrevistados nesta dimensão prende-se com a “falta de disciplina”, comum a outras escolas, e a necessidade de ação imediata e não sujeita à demora inerente à realização de processos disciplinares, o que retarda a aplicação de penas, agravada pelo fato de alguns alunos não cumprirem as mesmas ou as encararem como tempo de lazer fora da escola (suspensões). Embora a escola não possa ultrapassar a legislação, realça-se o facilitismo e os problemas que decorrem do absentismo grave – “por mim, os alunos chumbavam por faltas” - e da indisciplina. Segurança A portaria é considerada um local de controlo eficaz de entradas e saídas através do cartão magnético, embora haja situações pontuais de entradas de elementos estranhos à escola através de espaços não autorizados (grades, portão), situação problemática dada o contexto circundante de alguma marginalidade. “Apesar de tanta fama que nós temos, [há] proveito felizmente em termos de segurança. Há sempre um caso ou outro, que também se verificam noutras escolas.” Motivação para o sucesso A falta de motivação dos alunos é apontada como decorrendo das características pessoais, sobretudo preguiça e pouco interesse dos pais, não dependendo da escola - “Quem quer vencer, quem realmente está determinado, está motivado”. A obrigatoriedade da escolaridade é o fator que mantém muitos alunos na escola, sendo comum verificar-se falta de empenho nas tarefas escolares, como, por exemplo, a utilização recorrente de “copy-paste” na realização de trabalhos. Imagem da escola A imagem da escola é tida como negativa, decorrente sobretudo de perceções que não correspondem à realidade. Os aspetos que contribuem para esta imagem incluem:

• O perfil dos jovens que frequentam a escola e querem apenas completar o 9º ano e que poderá contribuir para esta perceção de “alunos complicados”;

• A associação ao bairro de Mira Sintra; • Ocorrências que são conhecidas no exterior da escola; • Situações que começam no exterior e acabam por ser resolvidas na escola, por ser o local

onde os alunos passam mais tempo e que contribuem para uma imagem de “escola problemática”;

• O leque de idades diversificado num espaço comum, o que pode gerar conflitos. Contudo, os encarregados de educação acabam por reconhecer o trabalho desenvolvido e os alunos que pedem transferência para a Escola Secundária Ferreira Dias, acabam por reconhecer a existência de um acompanhamento mais individualizado na nossa escola.

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Quadro 12. Identificação de potencialidades e constrangimentos – pessoal não docente

Aspetos positivos Aspetos negativos Áreas de intervenção

• Relações humanas

• Interesse pelos alunos

• Dinamização de atividades para os alunos

• Bom relacionamento entre professores e alunos

• Indisciplina dos alunos

• Integração de alunos excedentários de outras escolas, as quais alegam falta de vaga para os casos mais “problemáticos”.

• Desequilíbrio nas turmas, relativamente à faixa etária

• Desigualdade entre escolas quanto ao perfil dos alunos que as integram.

• Desigualdade de competências desenvolvidas em percursos diferentes para o mesmo tipo de certificação - “alunos que concluem o 9º ano e mal sabem escrever”

• Facilitismo de percursos educativos que serve apenas as estatísticas sobre o grau de alfabetização da população portuguesa

• Obras para recuperação dos edifícios e das salas de aula (pintura e renovação do mobiliário).

• Constituição de turmas com menor número de alunos, de modo a favorecer as aprendizagens, o apoio individualizado aos alunos, o trabalho dos professores e a redução da indisciplina.

3.3.4 Encarregados de Educação Procedeu-se à entrevista de dois encarregados de educação, cujos educandos se encontram no final do ciclo do ensino básico e do ensino secundário, no presente ano letivo. A análise de dados obedeceu a uma estrutura semelhante dos entrevistados anteriores, de acordo com o guião de entrevista proposto.

Objetivos / Metas da escola Os encarregados de educação (EE) identificam como o principal objetivo da escola o sucesso dos alunos, embora admitam não conhecer as metas do PEE. Um dos EE afirma nunca ter recebido qualquer informação a esse nível por parte da escola, nem ter sido solicitada qualquer auscultação, embora procure estar a par da legislação e da informação veiculada pela escola; realça apenas o conhecimento do RI que é divulgado / entregue aos alunos. Um dos EE refere a existência de múltiplos projetos como via para alcançar os objetivos. Funcionamento da escola Ambos os EE consideram que a escola se encontra bem organizada e com funcionamento adequado, salientando um deles a superação das expectativas - “…a imagem que a escola tem não corresponde minimamente ao que ela é”. Um dos EE aponta apenas um ponto negativo - a quantidade de comida disponibilizada no refeitório como não sendo adequada a jovens em crescimento. Recursos materiais Os recursos materiais são considerados bons por ambos os entrevistados, destacando-se os laboratórios e o pavilhão gimnodesportivo, com exceção dos campos de jogos exteriores, cujo pavimento é inadequado.

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Recursos humanos Os entrevistados reconhecem a função de segurança / controlo exercido ao nível dos funcionários da portaria, sendo que um dos entrevistados valoriza, ainda, a limpeza dos espaços e o acompanhamento dos alunos no pavilhão desportivo. É ainda questionada, por um dos EE, a suficiência de assistentes operacionais face ao número de alunos que frequentam a escola. Atividades letivas Os entrevistados referem não existir problemas no funcionamento das atividades letivas. Avaliação Ambos os entrevistados concordam com uma avaliação distribuída por diferentes dimensões, embora um dos EE refira que os testes deveriam ser mais valorizados, enquanto que o outro reforça a importância da componente das atitudes e valores como um incentivo à melhoria do comportamento por parte de alguns alunos. Relação entre elementos da comunidade escolar Os EE concordam com a existência de uma relação boa/muito boa entre todos os elementos da comunidade. Um dos EE refere, contudo, dois potenciais problemas - possíveis conflitos na comunidade escolar devido à grande diversidade cultural, étnica e etária (neste último ponto podendo incluir-se a dificuldade de integração dos alunos do 7º ano) e dificuldades de integração de alunos estrangeiros. O outro entrevistado refere especificamente problemas de relacionamento com a funcionária do bar dos alunos, mas justificando-os com a curta duração dos intervalos e a necessidade da funcionária em dar resposta à grande afluência de alunos. Atividades de apoio e de enriquecimento curricular Os EE salientaram o reconhecimento dos recursos disponíveis e do trabalho desenvolvido pela Mediateca Escolar no apoio prestado aos alunos, assim como o apoio do PPE salientado pelo EE do ensino secundário. Este considera no entanto, que o apoio poderia abranger mais disciplinas, para além das disciplinas sujeitas a exame nacional. O EE do ensino básico reconheceu, ainda, a oferta variada de atividades extracurriculares. Participação dos Encarregados de Educação / Relação com DT Novamente, ambos os EE destacam a boa relação existente e comunicação eficaz, incluindo informação sobre os projetos da escola e aspetos positivos dos alunos/turma, por oposição a um enfoque apenas nos aspetos negativos. Relativamente à participação dos EE, um dos entrevistados justifica a falta de envolvimento devido a incompatibilidade com o horário laboral de alguns pais, enquanto que o outro entrevistado considera existir desinteresse no acompanhamento da vida escolar dos educandos, principalmente nos alunos mais velhos, sendo que a estrutura familiar, com muitos pais ausentes, não contribui para a participação dos mesmos. Disciplina Os EE consideram que a disciplina tem vindo a melhorar, referindo a diminuição das situações de violência em meio escolar, embora se continuem, de acordo com um dos entrevistados, a verificar casos pontuais de bullying (extorsão) sobre alunos fisicamente mais frágeis. O mesmo EE considera que existem efeitos positivos produzidos pela aplicação das medidas de integração no espaço escolar, embora discorde da aplicação generalizada da medida de suspensão, excetuando situações de agressão ou coação violenta.

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Segurança Um dos EE lamenta a falta de patrulhamento regular ou presença da polícia, reconhecendo, no entanto, o bom funcionamento da portaria, principalmente no controlo das entradas, mas não tão eficaz das saídas (uma vez que verifica os dados através da internet e não surgem registos de saída do seu educando). O outro entrevistado destaca, igualmente, as boas condições de segurança. Motivação para o sucesso Um dos EE remete a desmotivação dos alunos para causas exteriores à escola: contexto socioeconómico dos alunos e das famílias, assim como a situação do país. Por outro lado, o outro EE associa a motivação à capacidade do professor, destacando a primeira interação entre o professor e os alunos como fulcral para promover o envolvimento dos alunos. Este entrevistado refere ainda que um contexto escolar / de aula disciplinado pode reduzir a tendência para manifestações individuais de indisciplina. Imagem da escola Ambos os entrevistados referem que a imagem exterior da escola é negativa, mantendo-se essa ideia no meio envolvente, nomeadamente no caso de jovens que não frequentam a escola e respetivas famílias. As pessoas mais idosas da comunidade envolvente pensam mesmo que “…aqui os alunos são uns vândalos”. Os entrevistados referiram contudo que a escola tem evoluído positivamente nesta área.

Quadro 13. Identificação de potencialidades e constrangimentos – encarregados de educação

Aspetos positivos Aspetos negativos Áreas de intervenção

• Bons professores

• Todas as dimensões da escola são positivas

• Exigência de pagamento de matrícula a alunos carenciados/com ASE.

• Confeção das refeições (qualidade da comida).

• Turmas mais pequenas para otimização das aprendizagens.

• Seleção dos alunos

• Existência de turmas de nível

• Alteração na qualidade da alimentação ou na equipa responsável pelo refeitório.

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3.4 Análise de taxas de sucesso

É seguidamente apresentada uma breve análise das taxas de sucesso, com recurso a tabelas comparativas dos resultados do 3º Período em 2010/2011 e 2011/2012 do ensino regular, no sentido de identificar a respetiva evolução. A fim de facilitar a leitura, são assinaladas a cinzento escuro as descidas superiores a 10%.

3.4.1 Ensino básico Quadro 14. Taxas de sucesso no ensino básico regular (comparativo)

7º ano Disciplinas 2010/2011 2011/2012 Evolução

Ciências Naturais 81.1 83.6 + 2.5 C. Físico-Químicas 78 90.9 + 12.9 Oficina Artesanato 96.4 99.4 + 3 Educação Física 95.7 95.8 + 0.1

Educação Tecnológica 94.4 94.9 + 0.5 Educação Visual 84.1 89.2 + 5.1

Francês 75 58.2 - 16.8 Geografia 76.2 72 + 4.2 História 72 73.9 + 1.9 Inglês 67.5 79.3 + 11.8

Língua Portuguesa 75.6 77.6 + 2 Matemática 57.9 63.6 + 5.7

PLNM 80 100 + 20

8º ano Disciplinas 2010/2011 2011/2012 Evolução

Ciências Naturais 81.8 88.3 + 6.5 C. Físico-Químicas 81.8 84.7 + 2.9 Oficina Artesanato 88.4 89.8 + 1.4 Educação Física 92 95.1 + 3.1

Educação Tecnológica 94.1 93.1 - 1.0 Educação Visual 94.2 95.2 + 1.0

Francês 81.8 67.4 - 14.4 Geografia 71.3 73.6 + 2.3 História 70.1 66.7 - 3.4 Inglês 59.9 74.3 + 14.4

Língua Portuguesa 78.1 70 - 8.1 Matemática 56.9 47.2 - 9.7

PLNM 92.3 89.5 - 2.8

9º ano Disciplinas 2010/2011 2011/2012 Evolução

Ciências Naturais 88.3 88.1 - 0.2 C. Físico-Químicas 88.3 83.1 - 5.2 Oficina Artesanato 100 80.3 - 19.7 Educação Física 93.6 95.8 + 2.2 Educação Visual 98.8 100 + 1.2

Francês 88.3 75 - 13.3 Geografia 78.7 67.3 - 11.4 História 87.4 72.7 - 14.7 Inglês 71.6 78.3 + 6.7

Língua Portuguesa 81 77.9 - 3.1 Matemática 53 44.1 - 8.9

TIC 95.3 94.5 - 0.8 PLNM 75.9 91.3 + 15.4

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No 7º ano de escolaridade, a evolução da taxa de sucesso no ensino básico regular de 2010/11 para 2011/12 registou melhoria na maioria das disciplinas (com particular destaque para PLNM, C.Físico-Químicas e Inglês), com a exceção da disciplina de Francês, cuja taxa de sucesso desceu 16,8%. No 8º ano de escolaridade, o panorama não foi tão positivo no que respeita à evolução da taxa de sucesso, registando-se melhorias significativas nas disciplinas de Inglês e Ciências Naturais, mas descidas significativas nas disciplinas de Francês (de novo a disciplina com piores resultados comparativos face a 2010/11), Matemática e Língua Portuguesa. No 9º ano de escolaridade, a tónica geral aponta para piores resultados em 2011/12, registando-se apenas melhores resultados nas disciplinas de PLNM (que se destaca) e Inglês. É ainda de assinalar piores resultados em Oficina e Artesanato, História, Francês, Geografia e Matemática.

Apesar das apreciações que possam ser realizadas disciplina a disciplina, identificando causas para as oscilações nos resultados, verifica-se que em 2011/2012, com exceção de Matemática nos 8º e 9º anos, não existem outras disciplinas com percentagens finais inferiores a 50%, sendo frequentes as percentagens iguais ou superiores a 70% (32 em 39 percentagens finais). No entanto, tendo em conta o número total de alunos do ensino básico que obtiveram menção honrosa (67) e quadro de excelência (15), conclui-se que apenas um número reduzido de alunos da escola obtém médias finais boas (nível 4) ou muito boas (nível 5). É, ainda, de assinalar que estes resultados do 3º Período não contempla o número de alunos que vai sendo transferido ou é excluído por faltas, o que favorece as taxas de sucesso.

Quadro 15. Resultados dos exames nacionais do ensino básico – 2011/2012

Exames Nacionais do 9º ano - 2011/201212

Inscritos Média Escola

%

Média Nacional

%

Classificações <<<< 3 (Escola)

%

Classificações <<<< 3 (Nacional)

% Internos Autopropostos

L. Portuguesa (91)

66 6 48,6 54 47,2 36

P.L.N.M. (93) 16 4 72,1 66 5 Informação não

disponível

Matemática (92) 81 11 33,5 54 79,3 45

Dos dados apresentados no quadro acima, constata-se que na disciplina de PLNM, a média da escola foi superior em 6.1 pontos percentuais face à média nacional. Contudo, na disciplina de Língua Portuguesa a média da escola foi 5.4 pontos percentuais inferior à média nacional, e na disciplina de Matemática os resultados da escola situaram-se 20.5 pontos percentuais abaixo da média nacional.

12 Os dados referentes a 2010/2011 não seguiram a mesma escala, pelo que não foi possível estabelecer a comparação entre os dois anos.

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3.4.2 Ensino secundário Quadro 16. Taxas de sucesso no ensino secundário regular (comparativo)

10º ano Disciplinas 2010/2011 (%) 2011/2011 (%) Evolução (%)

Biologia e Geologia 95.3 96 + 0.7 Economia A 85.7 94.7 + 9.0

Educação Física 98 97.8 - 0.2 Filosofia 90.7 73 - 17.7

Física e Química A 65.1 73.1 + 8.0 Francês 88.9 79.2 - 9.7

Geografia A 72 67.7 - 4.3 História A 85.7 67.4 - 18.3

Inglês 69.2 69.9 + 0.7 Literatura Portuguesa 66.7 50 - 16.7

MACS 76.7 69.6 - 7.1 Matemática A 74.1 54.3 - 19.8

PLNM 100 100 0.0 Português 81.7 68.8 - 12.9

11º ano Disciplinas 2010/2011 (%) 2011/2012 (%) Evolução (%)

Biologia e Geologia 86.7 82.5 - 4.2 Biologia Humana 100 100 0.0

Economia A 100 77.8 - 22.2 Educação Física 100 97.8 - 2.2

Filosofia 85.7 82.6 - 3.1 Física e Química A 61.3 59.5 - 1.8

Francês 90 100 + 10 Geografia A 78.8 91.9 + 13.1 História A 82.8 87.5 + 4.7

Inglês 77.6 85.5 + 7.9 Literatura Portuguesa 80 80 0.0

MACS 52.9 61.1 + 8.2 Matemática A 51.6 65.4 + 13.8 Matemática B 42.1 78.6 + 36.5

ODD 100 100 0.0 PLNM 57.1 100 + 42.9

Português 86.4 77.8 - 8.6 PDR 100 100 0.0

Psicologia A 95.8 100 + 4.2

12º ano Disciplinas 2010/2011 (%) 2011/2012 (%) Evolução (%)

Biologia 95 100 + 5.0 Economia C 100 83.3 - 16.7

Educação Física 100 98.6 - 1.4 História A 91.3 86.4 - 4.9

Inglês 94.3 100 + 5.7 Matemática A 94.7 69.2 - 25.5 Matemática B 63.6 83.3 + 19.7

ODD 91.7 94.7 + 3.0 PDD1 100 100 0.0 PDD2 83.3 100 + 16.7 PLNM 66.7 100 + 33,3

Português 91.7 67.7 - 24.0 Projeto Tecnológico 1 100 88.9 - 11.1 Projeto Tecnológico 2 100 100 0.0

Psicologia A 70 70 0.0 Psicologia B 88.2 100 + 11.8 Sociologia 88.2 83.3 - 4.9

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Comparando a taxa de sucesso do ano letivo 2010/11 face a 2011/12, no 10º ano de escolaridade registou-se uma descida da maioria das disciplinas, com particular destaque em Matemática A, História A, Filosofia, Literatura Portuguesa, Francês e Português, mas com melhoria nas disciplinas de Economia A e Físico-Química A. Inversamente, no 11º ano, a taxa de sucesso subiu globalmente, com particular destaque para PLNM, Matemática B, Matemática A e Geografia A, verificando-se o pior resultado em Economia A, embora os resultados de 2011/2012 continuem a corresponder a uma média positiva (78%). No 12º ano, verificam-se taxas de sucesso mais baixas nas disciplinas de Matemática A, Português e Economia C e melhoria em PLNM, Matemática B, PDD2 e Psicologia B.

Tal como referido relativamente ao ensino básico, em 2011/2012, nenhuma das disciplinas do ensino secundário obteve taxas de sucesso inferiores a 50%. No entanto, tendo em conta o número total de alunos do ensino secundário regular que obtiveram menção honrosa (15) e quadro de excelência (9), conclui-se que apenas um número muito reduzido de alunos obtém médias finais de Bom (15 a 17 valores) ou Muito Bom (18 a 20 valores).

Quadro 17. Resultados dos exames nacionais do ensino secundário – 2011/2012

Exames Nacionais do 12º ano - 2011/2012

Exame Designação N.º Internos

Taxa de Reprovação

% (2012)

Média Nacional

(2012)

Média Escola (2012)

Média Escola (2011) Evolução

1ª f

ase

702 Biologia e Geologia 38 26,3 098 065 079 - 14

712 Economia A 9 22,2 117 085 096 -11

714 Filosofia 8 25 089 041 ---

715 Física e Química A 31 54,8 081 046 071 -25

719 Geografia A 34 8,8 107 093 102 -09

623 História A 21 9,5 118 103 077 +26

550 Inglês (continuação -bienal) 0

734 Literatura Portuguesa 8 12,5 109 085 060 +25

635 Matemática A 13 23,1 104 066 061 +05

735 Matemática B 0

835 MACS 12 0 106 079 071 +08

639 Português 47 17 104 081 080 +01

739 Português Língua não materna (ini.) 1 0 124 142 146 -04

839 Português Língua não materna (int.) 1 0 143 142 146 -04

2ª f

ase

702 Biologia e Geologia 9 77,8 079 044 090 -46

712 Economia A 3 66,7 110 065 109 -44

714 Filosofia 1 100 090 015 ---

715 Física e Química A 14 92,9 078 029 063 -34

719 Geografia A 5 60 105 066 085 -19

623 História A 6 33,3 100 069 069 0

550 Inglês (continuação -bienal) 0

734 Literatura Portuguesa 1 100 095 045 044 -01

635 Matemática A 4 75,0 097 038 063 -25

735 Matemática B 0

835 MACS 2 0 094 081 048 +33

639 Português 13 61,5 106 065 096 -31

739 Português Língua não materna (ini.) 0

839 Português Língua não materna (int.) 0

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De uma forma geral, e tendo em consideração a primeira fase de exames à qual comparece a maioria dos alunos, registam-se duas subidas significativas (História A e Literatura Portuguesa) e descidas a assinalar em Biologia e Geologia, Economia A e Física e Química A. Estas três disciplinas são também aquelas em que se verificou decréscimo na classificação da frequência em 2012 (Vide Quadro 16 – 11º ano). Contudo, não pode deixar de ser constatado que, em ambos os anos as médias de escola por disciplina são, na grande maioria, negativas, sendo que, em 2012, apenas História A e PLNM apresentam média positiva, e nesta última disciplina apenas um aluno realizou cada exame.

3.4.2.1 Ingresso no ensino superior

Quadro 18 | Ingresso no ensino superior – Comparativo 2011 - 2012

Da análise do quadro acima, deve ser assinalada sobretudo a diferença notória entre o número de alunos que tencionavam candidatar-se ao ensino superior e aqueles que efetivamente apresentam candidatura. Esta situação dever-se-á sobretudo aos resultados negativos obtidos em exame, associados provavelmente a classificações de frequência baixas, assim como a expectativas face ao futuro e/ou à (im)possibilidade de entrada nos cursos pretendidos.

2011 2012 1ª Fase 2ª Fase 1ºFase 2ªFase

Tencionavam candidatar-se 129 108 115 77

Apresentaram candidatura 31 24% 17 94% 23 20% 14 18%

Foram colocados 27 88% 10 59% 19 83% 12 86%

Foram colocados na 1ª opção 18 67% 6 60% 14 74% 5 42%

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4 Conclusões

Da análise efetuada ao longo deste relatório destacam-se, neste ponto, os aspetos mais relevantes que poderão constituir orientações para a definição de planos de melhoria. Estas conclusões assumem um cariz de quadro-síntese, com base numa análise SWOT.13

Fatores internos

Potencialidades

• Organização geral da escola

• Bom relacionamento entre elementos da comunidade educativa

• Sentimento generalizado de segurança, com a identificação de locais problemáticos dentro da escola

• Acompanhamento / Apoio dos professores

• Boa relação entre diretores de turma e encarregados de educação e valorização da flexibilidade no atendimento

• Diversidade do tipo de projetos, adequados a diferentes interesses /áreas do saber, embora com níveis de envolvimento distintos

• Reconhecimento do trabalho dos coordenadores, do impacto dos projetos (atividades / temas) e validação da sua continuidade

• Qualidade dos recursos informáticos e desportivos

• Caráter abrangente dos critérios de avaliação

• Sistema de controlo de entradas na escola

Limitações

• Insuficiente divulgação das atividades da escola, não contribuindo para a melhoria da imagem

• Défice de comunicação de políticas de escola, divulgação e partilha de documentos orientadores

• Dificuldade na aferição de regras de atuação e respetiva divulgação

• Enfoque em alunos problemáticos e indisciplina como limitador do investimento nos alunos motivados para as aprendizagens

• Trabalho desenvolvido “para a suficiência” e não para a excelência

• Imagem negativa da escola centrada em “maus” resultados e alunos problemáticos

• Conflitualidade entre alunos

• Horários e espaços de funcionamento de alguns projetos e serviços

• Degradação dos espaços e equipamentos (mobiliário)

• Falta de (condições nos) espaços de convívio

• Vigilância insuficiente em locais problemáticos

• Desequilíbrio entre a avaliação sumativa interna e externa

13

A análise SWOT é uma ferramenta utilizada para a gestão e o planeamento estratégico de uma organização. Esta análise contempla o ambiente interno (principais aspetos que distinguem a organização dos seus concorrentes; decisões e níveis de desempenho que a organização pode gerir) e o ambiente externo (políticas e circunstâncias externas ao poder de decisão da organização).

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Fatores externos

Ameaças

• Perfil dos alunos – desmotivação, falta de pré-requisitos, historial de retenções e/ou indisciplina, desestruturação familiar, contexto socioeconómico desfavorável, baixas expectativas de alunos e famílias em relação à escola, dificuldades no domínio da língua portuguesa

• Ingresso de alunos excedentários de outras escolas (alunos com percursos educativos irregulares e/ou problemas comportamentais)

• Liberdade dos alunos/ famílias para escolha de percursos educativos, podendo contrariar resultados da orientação vocacional (eventual desadequação de perfis causadora de insucesso)

• Estabilização tardia das turmas

• Défice de recursos para lidar com alunos problemáticos, como os atribuídos a escolas TEIP

• Qualidade e quantidade da alimentação no refeitório

• Número reduzido de assistentes operacionais

• Turmas mais numerosas

• Falta de disponibilidade dos EE para comparecer na escola e participar em atividades

Oportunidades

• Reforço do tempo destinado a modalidades de apoio e acompanhamento de alunos com dificuldades

• Aplicação do novo estatuto do aluno com a possível implementação de novas regras relativas à assiduidade e disciplina e oportunidade para melhorar a divulgação e aferição de normas de atuação

• Existência de parcerias que podem contribuir para colaborar na divulgação das atividades da escola e melhorar a respetiva imagem

• Existência de uma política educativa de constituição de agrupamentos – possibilidade de uma maior previsão do perfil de alunos que ingressa na escola, antecipação de problemas e articulação de estratégias

A análise acima apresentada será objeto de apreciação em reunião da comissão alargada e, posteriormente com representantes dos órgãos de gestão, a fim de serem equacionadas estratégias de atuação que permitam consolidar as potencialidades e ultrapassar as limitações. Será igualmente importante encontrar formas de fazer face às ameaças e usar em benefício da escola as oportunidades proporcionadas pelo contexto externo.