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Entendendo os usuários

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Page 1: Entendendo os usuários. Por quê nós devemos compreender os usuários? A interação com a tecnologia é cognitiva Nós devemos considerar os processos cognitivos

Entendendo os usuários

Page 2: Entendendo os usuários. Por quê nós devemos compreender os usuários? A interação com a tecnologia é cognitiva Nós devemos considerar os processos cognitivos

Por quê nós devemos compreender os usuários?

• A interação com a tecnologia é cognitiva

• Nós devemos considerar os processos cognitivos envolvidos e as limitações cognitivas dos usuários

• É interessante ter o conhecimento sobre o que os usuários esperam ou não da interface

• Identificar e explicar a natureza dos problemas que os usuários encontram

• Teorias de apoio, ferramentas de modelagem, guias e métodos podem conduzir o design para melhores produtos interativos

Page 3: Entendendo os usuários. Por quê nós devemos compreender os usuários? A interação com a tecnologia é cognitiva Nós devemos considerar os processos cognitivos

Perceber...Pensar...Lembrar...Aprender...

Entender os outros...Conversar com os outros...Induzir ou convencer os outros...

Planejar uma refeição...Organizar uma viagem...Escrever, pintar, compor...

Imaginar...Tomar decisões...Resolver problemas...

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Principais aspectos cognitivos

• Atenção

• Percepção e reconhecimento

• Memória

• Ler, falar e escutar

• Solução de problemas, planejamento, raciocínio lógico, tomada de decisão, aprendizado

Page 5: Entendendo os usuários. Por quê nós devemos compreender os usuários? A interação com a tecnologia é cognitiva Nós devemos considerar os processos cognitivos

Atenção • Faça com que a informação fique saliente quando

for necessária em um dado momento da realização de uma tarefa

• Utilize técnicas como gráficos animados, cores, sublinhado, ordenação de itens, seqüenciamento de informações diferentes e espaçamento de itens

• Evite entulhar a interface com muita informação, o que deve ser aplicado especialmente ao uso de cores, sons e gráficos, o que acaba por distrair e incomodar o usuário

• As interfaces simples são muito mais fáceis de se utilizar porque o usuário descobre facilmente como interagir com ela

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Exemplos de sobrecarga gráfica

Our Situation

State the bad news

Be clear, don’t try to obscure thesituation

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Exemplos de sobrecarga gráfica

Page 8: Entendendo os usuários. Por quê nós devemos compreender os usuários? A interação com a tecnologia é cognitiva Nós devemos considerar os processos cognitivos

Percepção e reconhecimento

• Como a informação é adquirida e transformada em experiências

• É um processo complexo que envolve outros processos cognitivos, como a memória, a atenção e a linguagem– O texto deve ser legível– Os ícones devem ser fáceis de serem

interpretados e encontrados

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Qual dos botões abaixo é o mais fácil de ser lido e por quê?

What is the time?

What is the time?

What is the time?

What is the time?

What is the time?

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Memória• Envolve a codificação e a recuperação do

conhecimento; implica em recordar vários tipos de conhecimentos que nos permitem agir adequadamente

• Nós não conseguimos lembrar de tudo; nós fazemos uma filtragem e processamos as informações

• O contexto é importante e afeta a nossa memória

• Nós reconhecemos coisas muito melhor do que lembramos delas– Interfaces gráficas são infinitamente melhores que

interfaces baseadas em linhas de comando

• É melhor lembrar imagens do que palavras– O uso de ícones é melhor do que o simples de um menu

com palavras

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O problema do número mágico “72”

• Refere-se a teoria de George Miller sobre a quantidade de informações que uma pessoa pode se lembrar de imediato

• A capacidade de memória imediata das pessoas é muito limitada (“memória cache”)

• Muitos projetistas foram levados a acreditar que esta teoria era a base absoluta para o desenvolvimento de novas interfaces

Page 13: Entendendo os usuários. Por quê nós devemos compreender os usuários? A interação com a tecnologia é cognitiva Nós devemos considerar os processos cognitivos

Os designers passaram a…

• Construir apenas 7 opções em um menu• Mostrar apenas 7 ícones em uma barra de

ferramenta• Elaborar listas com no máximo 7 bullets• Mostrar apenas 7 items em um menu pull

down• Organizar um website com no máximo 7

botões no topo da página– Mas está errado!!! Por quê?

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Por quê?

• Aplicação inapropriada da teoria

• As pessoas podem percorrer as listas, tabelas e menus para encontrar o que procuram

• As pessoas não precisam necessariamente recuperar as informações da memória, mas podem reconhecer o que estão vendo

• Muitas vezes um menor número de itens define um melhor design

• Tudo depende da situação específica de cada tarefa e do “status” do software no momento

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Aplicação mais apropriada da recuperação de dados de memória

• Gerenciamento de arquivos e sua recuperação é um problema para a maioria dos usuários;

• Pesquisa na recuperação de dados de memória é extremamente útil

• A memória envolve 2 processos– recuperação direta da informação (lembrar) e busca /

reconhecimento da informação

• O gerenciamento de arquivos em um sistema computacional deve contemplar os dois processos de recuperação de dados de memória

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Gerenciamento de arquivos

• Deve facilitar as estratégias de memória existentes e ajudar o usuário na recuperação dessas informações

• Deve ajudar o usuário de forma a proporcionar diversas formas de armazenamento e recuperação de dados – Armazenar arquivos com a utilização de

cores, flags, imagens, hipertexto, etc

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Modelos mentais

• Os usuários desenvolvem um entendimento do sistema aprendendo e usando este

• O conhecimento freqüentemente é descrito em termos de um modelo mental– Como usar o sistema (o que fazer em seguida)– O que fazer em situações não familiares ou

inesperadas (como o sistema funciona)

• Pessoas fazem inferências usando modelos mentais de como realizar suas tarefas

Page 18: Entendendo os usuários. Por quê nós devemos compreender os usuários? A interação com a tecnologia é cognitiva Nós devemos considerar os processos cognitivos

Modelos mentais• Craik (1943) descreveu os modelos

mentais como construções internas de algum aspecto do mundo exterior permitindo fazer predicções

• Envolve processos conscientes e incoscientes, onde imagens e analogias são ativadas

• Modelos aprofundados e superficiais (por exemplo, como a bicicleta funciona e como se equilibrar em duas rodas)

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Raciocínio e modelos mentais• Você entra em um prédio e dirige-se ao elevador.

Enquanto aguarda junto com outras pessoas, você vê que a luz indicativa do botão para subir está acesa. Você aperta novamente o botão? Por quê?

E quando você estiver esperando novamente o elevador no andar, para retornar ao térreo, você aperta tanto o botão para subir como para descer?

• Você chega em casa com fome e vai esquentar aquele pedaço de pizza que estava na geladeira. Você coloca o botão do forno na temperatura máxima? Por quê?

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Modelos mentais

• Muitas pessoas acabam desenvolvendo modelos mentais errados (Kempton, 1996)

• Por quê?– Teoria do princípio do “mais e mais” é

generalizada para diversas coisas– Um termostato é baseado no modelo de

chave liga-desliga

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• Isso também é válido para que as pessoas construam modelos mentais de como o computador funciona:– Pobres de interface, freqüentemente

incompletos, confusos, baseados em analogias inapropriadas e superstições (Norman, 1983). Exemplo: o que fazer quando o computador trava?

Modelos mentais

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Como é para você?

• O seu modelo mental– Quão exato ele é?– Quão similar ao mundo real ele é?– Quão detalhado ele é?

• Payne (1991) realizou um estudo e descobriu que as pessoas freqüentemente recorrem a analogias para explicar como as coisas funcionam

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Cognição externa

• Refere-se como nós interagimos com as representações externas (mapas, anotações e diagramas)

• Quais são os beneficios cognitivos e quais são os processos envolvidos

• Considerar como é possível extender a nossa cognição

• Como podemos desenvolver representações em aplicações baseadas em computador que possam ajudar cada vez mais?

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Externalizando para reduzir a carga de memória

• Diários, lembretes, calendários, notas, listas de compra, listas de tarefas: escrever ajuda-nos a lembrar

• Post-its, pilhas, e-mails assinalados ou destacados: marcação de prioridades do que fazer

• Representações externas:– Lembra-nos que nós precisamos fazer alguma coisa

(comprar um presente para o Dia das Mães, por exemplo)– Lembra-nos o que fazer (por exemplo: levar flores,

chocolate, etc)– Lembra-nos quando fazer (domingo, Dia das Mães)

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Sobrecarga computacional

• O uso de uma ferramenta junto com uma representação externa para executar um cálculo (por exemplo, lápis e papel)

• Tente executar as contas abaixo(a) de cabeça(b) com a ajuda de papel e caneta(c) com uma calculadora – 234 x 456 =??– CCXXXIV x CCCCXXXXXVI = ???

• Qual é mais fácil e por que já que ambas representam contas idênticas?

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Anotação e traçado cognitivo

• Anotação envolve modificar as representações existentes fazendo-se marcas (sublinhar, assinalar, etc)

• O traçado cognitivo envolve externamente a manipulação em ordens ou estruturas diferentes (jogar cartas, xadrez, etc)

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Implicação do design

• Forneça as representações externas na interface de forma a reduzir a carga de memória e facilitar o processamento das tarefas A visualização da

informação através de gráficos e interface gráfica, permite a interpretação melhor de uma grande massa de dados e a rápida tomada de decisões

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O design da informação baseado na nossa compreensão dos usuários

• Como nós podemos usar o nosso conhecimento sobre os usuários para desenvolver o projeto de um sistema?

• Forneça a orientação e as ferramentas– Projete os princípios e conceitos– Defina regras

• Forneça ferramentas analiticas– Métodos para avaliar a usabilidade

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Modelos mentais e o design do sistema

• A noção de modelos mentais foi usada como base para os modelos cenceituais

• A suposição é que se você pode compreender como as pessoas desenvolvem os seus modelos mentais, você pode ajudá-las a desenvolver um modelo mental mais apropriado a funcionalidade do sistema

• Por exemplo, um princípio de design é tentar fazer com que o sistema seja “transparente”, assim as pessoas podem compreende-lo melhor e saber o que fazer e como operá-lo

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O princípio datransparência no design

• Não deve ser entendido de forma tão literal• fornece um feedback útil• fácil para entender• intuitivo de se usar• claro e fácil de seguir instruções• help on line apropriado• orientação sensível ao contexto e ajuda de como proceder em caso de falhas

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Pontos chaves

• A cognição envolve muitos processos, incluindo a atenção, a memória, a percepção e o aprendizado

• A forma com que uma interface é projetada pode afetar a forma de como os usuários podem perceber, atender, aprender, e recordar como utilizar a aplicação para realizar as suas tarefas

• A estrutura conceitual de modelos mentais e a cognição externa fornecem maneiras de entender de como e porque as pessoas interagem com os sistemas e, desta forma, nos leva a considerar como melhorar o design de sistemas e produtos