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08-04-2010
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Engenharia Química
uma perspectiva da indústria
Diogo Almeida Santos
Porto, 23 Março 2010
Ordem dos Engenheiros – Colégio de Engenharia Química – Março 2010
Indústria química portuguesa e europeia
I&DT na indústria química(o case study da CUF-Químicos Industriais)
Lugar para a engenharia química
Temas
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Indústria química portuguesa
• adubos
• pasta de celulose / papel
• cloro-álcalis / carbonato sódio
• refinação de petróleo� combustíveis e lubrificantes� nafta (»» gás de síntese)� petroquímica de olefinas e aromáticos
• fibras têxteis� celulósicas / poliéster / acrílicas
• resinas sintéticas e plásticos
• outros� indústria farmacêutica� tintas e vernizes / colas e adesivos� tensioactivos e detergentes� perfumes e cosméticos� pneus e artefactos em borracha
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Indústria química europeia
• A ind. química europeia, incluindo refinação de petróleo eactividade farmacêutica, é a maior ind. transformadora da UE– 35 mil empresas, 2 milhões de empregados, 1,1 triliões deEuros de vendas [dados EUROSTAT relativos a 2006]
• A Europa é a maior região produtora de produtos químicos, àfrente da Ásia e EUA, respondendo por mais de metade docomércio mundial destes produtos
• Os trabalhadores da ind. química tendem a ser qualificados eremunerados acima da média da ind. transformadora
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Algumas características da indústria química moderna:
• indústria de capital intensivo
• tecnologias muito evoluídas, com elevados padrões deautomação das operações
• alta competitividade
• capacidade de inovação tecnológica
• elevada qualificação dos recursos humanos
A I&DT na indústria química
• as actuais restrições / constrangimentos
� período + extenso de baixos volumes de produção e margens estreitas
� crédito financeiro mais limitado e exigente
� flutuação e imprevisibilidade do petróleo
em conjunto com
� novos perfis de mudança da sociedade de consumo: maior focagem nas necessidades básicas e menos em produtos “inovadores” e “apelativos”
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ICIS – Outlook 2010-2012
• O papel da I&DT
� empresas de commodities: assegurar-se de que têm efectivamente os preços mais baixos nos mercados em que concorrem
� empresas de especialidades: assegurar-se de que oferecem aos clientes produtos genuinamente inovadores
implicando,
� uma intensificação e focagem das actividades de I&DT pelas empresas como condição fundamental de sustentabilidade das operações
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� as empresas têm de investir cada vez mais em I&DT,de forma estruturada, isto é, com RH de elevado nívelde formação e criação sustentada de competênciasespecíficas.
� a melhor forma de o fazer é através de parceriasintensas com o sistema científico e tecnológico nacional(Universidades e Institutos Superiores).
O case study da CUF
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A CUF »» História
19301908
1898 1908 1930 1970 1975
A CUF »» História
A CUF é fundada
em Lisboa
Alfredo da Silvacompra e dirige a
CUF
“O que o país não tem, a CUF cria.”
16 mil postos de trabalho em fábricas localizadas em vários pontos do
país.
1930
A CUF é nacionalizada
e extinta
O Grupo CUF era o maior grupo privado português com 110 000 empregados e representava 5% do PIB
1908
Início da actividade fabril
no Barreiro
1865 1898 1908 1930 1970 1975
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•
�
Desenvolvimento
O Grupo José de Mello adquire o controlo da Quimigal e volta a adoptar o nome CUF.
Nova etapa
Reestruturação da CUF. Focalização no core business:
Químicos e Adubos, e mudança de identidade
corporativa.
Construir o futuro
Concentração eDuplicação do Pólo
Químico de Estarreja
Reinício…
Grupo José de Mello adquire a Uniteca.
A CUF »» História
1979 1997 2005 2009
Saída do sector adubeiro
GRUPO JOSÉ DE MELLO
QuímicaSaúde
BRISA José de MelloSaúde CUF
EfacecEDP
OutrasParticipações
Infra-estruturas
SGPS
José de MelloImobiliária
Imobiliária
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Pólo Petroquímico de EstarrejaPólo Petroquímico de Estarreja
Pólo Petroquímico de EstarrejaPólo Petroquímico de Estarreja
Metanol
Formaldeído Benzeno
Amoníaco
PVC
Argon
Hidrogénio
CO
MDI
Sal
Hidrogénio
Anilina
Vapor
Energia Eléctrica
Ácido Sulfanílico
MononitrobenzenoÁcido Nítrico
Anilina
CloroNaOH
HCl
VCM
HClH2SO4
Sais deAlumínio
Produtos quimicosIndustriais
Gás Natural
NaOHCloroHCl
Hipoclorito
BRESFOR(Aveiro)
O2 líquido
N2 líquido
CO2
Benzeno
(Lavradio)
PVC
Porto de Leixões
Porto de Aveiro
BAMISO
Vapor
Anilina Mononitrobenzeno
Energia Eléctrica
pIpelIne
ORGÂNICOS
INORGÂNICOS
QUIMITÉCNICA
(Galiza) LOULÉ
Aromáticos
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� núcleo forte de I&DT com diversos licenciados e
doutorados em engenharia química
� laboratório de desenvolvimento
� unidade piloto de teste para a produção de anilina
� unidade laboratorial de electrólise de membrana
� intensa cooperação com faculdades de engenharia
� participação em programas internacionais de I&DT
� acesso ao benchmarking internacional
O case study da CUF
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AP2000
AROMA
INOVA
Electrocloro
CUFTECH
1998-2000
(24 meses)
PeríodoDespesa. Eleg.
(k€)
536
Cash out(k€)
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Univ.
IPN/FCTUC
Âmbito
Nitração e Hidrogenação de
Aromáticos
Internacionalização, Optimização
e Valorização do Processo de
Produção de Anilina
2002-2004
(28 meses)520 97
PRODEQ/FCTUC
CEBQ/IST
Integração Ambiental, Processual
e Energética da Nitração e
Hidrogenação de Aromáticos
2004-2007
(36 meses)750 400
DEQ/FCTUC
CEBQ(Cat.&Amb.)/IST
Estudo e Modelização daProdução de Cloro e Hidróxido de
Sódio por Electrodiálise
2006-2008
(24 meses)150 15 LEPAE/FEUP
CUF Technology- Desenvolvimentode Tecnologia State of the Art naHidrogenação e Nitração de
Aromáticos
2009-2012
(36 meses)1451 153
DEQ/FCTUC
CEBQ(Cat.&Amb.)/IST
Projecto
Projectos de I&DT em Consórcio na CUF-QI
PILLS Intensificação de processos usando micromisturadores
2009-2011
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• Resultados:
� acções de integração energética entre as várias fábricas
� intensificação do processo de produção de anilina:� distribuição interna de correntes reactivas
� sistemas de remoção de energia térmica
� automação e controlo
� redução de custos de produção
� elevada qualidade do produto final
� redução de emissões atmosféricas
� obtenção de produtos secundários com valor comercial
O resultado palpável foi o de conferir condições e garantias para
renegociar contratos de fornecimento de longo prazo (15 anos), com
expansão do negócio, com os partners multinacionais Dow e Air
Liquide e lançar as bases para uma estratégia de internacionalização
(anilina over the fence)
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INAUGURAÇÃO PELO PRIMEIRO MINISTRO DO PROJECTO DE EXPANSÃO DE ESTARREJA
(8 Julho 2009)
CUF – Cloro-álcalis
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CUF – Anilina e Derivados
CUF – Anilina: nova destilação de pesados
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Fonte: Chemical Week; Chemical Market Reporter; Gol dman Sachs; Press; Company websites; A.T. Kearney a nalysis
Actualmente a CUF-QI é um dos principais produtores não integrados de anilina, com uma quota de aproximadamente 3,7% da capacidade global de produção de anilina
Principais produtores de anilina(capacidade estimada em 2006, ktpa)
775
545
427
395
340
205
159
150
150
130
130
125
BASF
Bayer
DuPont
Rubicon
Huntsman
Sinopec Nanjing
Mitsui Chemicals
BorsodChem
Tosoh
Dow Chemical
Shanxi Tianji
CUF
17,4%
12,2%
9,6%
8,9%
2,9%
7,6%
3,4%
4,6%
3,4%
3,6%
2,9%
2,8%
Principais produtores de anilina (capacidade estimada em 2009, ktpa)
955
815
427
395
340
300
205
200
160
159
150
135
BASF
Bayer
DuPont
Rubicon
Huntsman
Tosoh
Sinopec Nanjing
CUF
Shangai Lianheng
Mitsui Chemicals
Borsodchem
Singpu Chemicals
17,5%
14,9%
7,8%
7,2%
2,7%
6,2%
2,9%
5,5%
3,7%
3,8%
2,5%
2,4%
Integrados com o MDINão integrados com o MDI
Integrados com o MDINão integrados com o MDI
Quota da capacidadeglobal (%)
Quota da capacidadeglobal (%)
Posicionamento no Mundo
O MNB é a matéria prima principal do paraminofenol, percursor do paracetamol.
Todo o paracetamol fabricado na Europa tem como origem o MNB produzido pela CUF em Estarreja.
Mononitrobenzeno (MNB)
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Necessidades energia
Alterações climáticas
Globalização
Novos mercados
Alterações
demográficas
Intensificação
urbana
Eficiência energética
Energias renováveis
Mobilidade
Comunicação
Saúde
Nutrição
Habitação
Construção
As grandes tendências
Lugar para a eng.ª química
Grande correspondência do âmbito da eng.ª química com as
áreas de maior tendência de evolução na sociedade actual:
� eficiência energética e energias renováveis� tecnologia de membrana em baterias de lítio
� produtos isolantes térmicos de alta tecnologia
� panéis solares fotovoltaicos
� materiais compósitos nas pás das turbinas eólicas
� biofuels e materiais de origem biológica
� mobilidade e comunicação� tecnologia dos materiais (plásticos de elevada performance,
nanomateriais, …)
� aditivos para combustíveis / catalisadores
� células de combustível de membrana para telemóveis, PC´s,…
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� saúde e nutrição� conteúdo nutricional aumentado de produtos alimentares
� biotecnologia para aumento de produção de alimentos
� embalagens com elevados níveis de preservação dos alimentos
� tecnologias para redução do consumo de água em processos
industriais, irrigação,…
� habitação e construção� coberturas de edifícios recuperadoras de energia solar
� isolamentos térmicos de nova geração
� materiais recicláveis
� gestão integrada de água e resíduos
Por outro lado, a formação académica em eng.ª químicaconfere características importantes a um diplomado:
� capacidade de análise (analytical skills)� capacidade de solução de problemas (problem-solving skills)� conhecimento de sistemas (C&A de processos)� conhecimentos científicos especializados
o que faz crer que existe um futuro promissor para os profissionais de engenharia e, em particular,
de engenharia química
que são relevantes para outras actividades, para além da indústriaquímica e afins, nomeadamente tratamento de águas e resíduos,segurança industrial, gestão de projecto, consultadoria,…
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Obrigado
AIPQRAssociação das Indústrias da
Petroquímica, Química e Refinação
A CUF-QI é uma grande dinamizadora da AIQPR, com a missão de construir um Pólo de referência nas Indústrias de Refinação, Petroquímica e Química Industrial, especializado em produções de Alta Tecnologia e/ou elevado crescimento
Cluster Nacional na Indústria Química
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http://www.innovnano.pt/
Investmento em Nanotecnologia
A Innovnano opera no campo da nanotecnologia, em
materiais cerâmicos de elevado desempenho, obtendo vantagem do seu
processo inovador e proprietário de síntese de micro e nanopartículas