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Projecto FEUP
Emergência de incêndio na FEUP
Plano de emergência para evacuação
Outubro de 2009
Equipa: ELE 302
Monitor: Nuno Soares
Supervisor: Prof. Dr. Martins de Carvalho
Emergência de incêndio na FEUP
Plano de emergência para evacuação
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Resumo
O presente relatório foi elaborado com o objectivo de analisar os planos de
emergência para evacuação da FEUP.
Ao longo deste relatório vão ser analisadas as capacidades e características do
sistema de evacuação e emergência existente na FEUP e verificar a necessidade de
alterações e complementos consoante a legislação em vigor sobre segurança contra
incêndio em edifícios e mais especificamente a legislação referente a emergências em
estabelecimentos de ensino.
Serão também tratados vários assuntos, tais como os momentos e locais de
maior risco, a análise de eventuais planos de emergência para a evacuação do
complexo e a realização de eventuais simulacros.
Vão também ser analisados os dados relativos a um inquérito realizado, cujo
público-alvo foram os estudantes da FEUP de modo determinar o nível de
conhecimento sobre os planos de evacuação existentes e para determinar se se
achavam capazes de agir numa situação de emergência.
Vai ser abordada uma reunião com a Dra. Paula Rego, dos Serviços Técnicos e
de Manutenção, reunião esta que teve como objectivo principal obter informações
detalhadas sobre o funcionamento de todo o sistema de emergência e evacuação da
FEUP.
Emergência de incêndio na FEUP
Plano de emergência para evacuação
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Agradecimentos
Agradece-se aos doutores: Ana Azevedo, Manuel Firmino e Carlos Oliveira por
terem disponibilizado algum do seu tempo para nos instruir, dando palestras
importantes para aquisição de conhecimentos essenciais para a realização deste
projecto.
Agradece-se ainda ao monitor Nuno Soares pelo constante acompanhamento
do projecto, à Dra. Paula Rego por nos ter facultado as informações requisitadas
relativamente ao plano de segurança da FEUP. Agradecemos por fim a supervisão do
Prof. Dr. Martins de Carvalho, que nos aconselhou em certos aspectos do trabalho.
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Índice
Resumo ....................................................................................................................................... iii
Agradecimentos .......................................................................................................................... iv
Índice............................................................................................................................................5
Introdução ....................................................................................................................................6
A FEUP ..........................................................................................................................................7
Reunião com Dra. Paula Rego ......................................................................................................9
Normas de Segurança ................................................................................................................10
O que é o Plano de Prevenção? ..............................................................................................10
O que é o Plano de Actuação? ................................................................................................11
O que é o Plano de Evacuação? ..............................................................................................11
Plantas de Emergência ...............................................................................................................12
Plantas de Emergência na FEUP .............................................................................................13
Classificação dos Edifícios FEUP .................................................................................................15
Quanto à utilização ................................................................................................................15
Quanto ao risco ......................................................................................................................16
Análise da Segurança Contra Incêndios na FEUP........................................................................17
Formação e Simulacros ..........................................................................................................17
Auditório e Anfiteatros ...........................................................................................................19
Análise dos Inquéritos ................................................................................................................21
Conclusão ...................................................................................................................................24
Referências Bibliográficas ..........................................................................................................25
Emergência de incêndio na FEUP
Plano de emergência para evacuação
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Introdução
O trabalho descrito neste relatório foi elaborado no âmbito da disciplina
“Projecto FEUP” e está inserido na temática “Emergência de Incêndio da Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto”.
O objectivo deste trabalho consiste em aprofundar conhecimentos ao nível do
plano emergência da FEUP. Sendo este um tema de uma importância extrema e fulcral
para todos os alunos e docentes da FEUP, desde logo destacamos os nossos objectivos
para deixar bem claro o nosso ponto de situação. A FEUP é uma instituição de carácter
pública e alberga centenas de alunos, o que só aumentou a nossa inquietação e
empenho para verificarmos e analisarmos se todos os componentes de emergência em
caso de incêndio da FEUP estão ou não conforme a lei em vigor.
O trabalho irá basear-se na recolha de informação através de inquéritos, de
uma entrevista com um responsável pelos Serviços Técnicos de Manutenção da FEUP,
e na vistoria realizada aos edifícios FEUP e seus equipamentos. Posteriormente será
realizada toda a análise de dados, dados estes que vão permitir através deste relatório
alertar e informar qualquer docente ou aluno para a situação em questão.
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A FEUP
A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) é uma instituição
pública de grandes dimensões dedicada ao ensino da engenharia, por onde todos os
dias passam centenas de pessoas.
As instalações da faculdade, inauguradas em 2001, foram consideradas pela
ordem dos engenheiros como uma das 100 edificações de maior relevância feitas em
Portugal tendo uma área total de 90 000 m2, onde se podem encontrar 6
departamentos, blocos de aulas, laboratórios, gabinetes, auditórios e uma biblioteca,
encontrando-se estes divididos pelos seus 6 departamentos. Dentro do campus da
faculdade pode-se encontrar ainda a cantina e a associação de estudantes a sul, o
INESC e o INEGI a norte e 5 parques de estacionamento.
Esta faculdade está aberta 24 horas por dia, sete dias por semana e nela estão
inscritos cerca de 6500 estudantes e 1500 funcionários. Existe um corpo responsável
pelo correcto funcionamento do sistema de segurança de todo o complexo bem como
responsável por prestar primeiro auxilio em eventuais situações de emergência que
possam ocorrer, que pelo que podemos verificar tem de ser bastante coeso para que
um edifício desta envergadura funcione normalmente e em segurança.
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A - Administração, Auditório E – Engenharia Química
I – Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Engenharia Informática B – Bloco pedagógico, Engenharia Física
F – Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Engenharia de Minas
J – Engenharia Electrotécnica e de Computadores Norte C – Biblioteca
G – Engenharia Civil
L – Engenharia Mecânica, Engenharia Industrial e Gestão D – Centro de Informática
H – Engenharia Civil Norte
M – Engenharia Mecânica Norte
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Reunião com Dra. Paula Rego
A FEUP possui um sistema de alarme de incêndio ligado a uma central de
gestão interna. Em caso de alarme, o vigilante em serviço é avisado e dirige-se ao local
para averiguar a situação. Tratando-se de uma situação de emergência real são
accionados os meios de socorro (Bombeiros, Protecção Civil, …). O alarme de incêndio
da FEUP pode ser accionado a partir dos sensores de fumo (pré-alarme) ou dispositivos
de emergência (alarme) que se encontram distribuídos pelas instalações. A faculdade
de Engenharia da Universidade do Porto possui uma equipa de socorro, composta por:
29 elementos sendo 9 dos quais preparados para prestar primeiros socorros.
Todas as divisões da faculdade disponibilizam um plano de emergência e
respectivas saídas devidamente assinaladas. Relativamente às zonas de maior risco
(Laboratórios de Química, Biblioteca, CICA) estes possuem material extra como as
mantas ignífugas, extintores, entre outros.
Não há registo de quaisquer simulacros realizados até à data.
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Normas de Segurança
A segurança deve constar da base de conhecimentos de toda a comunidade e
além de um bom conhecimento e informação nesta matéria é necessário criar rotinas
e experiência em procedimentos e comportamentos em situações de emergência.
É, deste modo, recomendável que o ensino desta temática esteja integrada no
programa das grandes instituições públicas e empresas através da sensibilização
daqueles que frequentam as suas instalações de forma a contribuir para desenvolver
um comportamento colectivo de segurança.
Assim pode ser considerado de extrema importância que instituições como a
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, devido às suas dimensões, criem
condições para que a temática da segurança faça parte dos conhecimentos básicos de
qualquer pessoa que a frequente.
Situações de emergência são, na maioria dos casos, imprevisíveis quanto à
altura da sua realização, e, por isso é de extrema importância que os planos de
emergência estejam definidos e que sejam de conhecimento de todos os
frequentadores de determinado complexo de forma a reduzir ao máximo os danos
materiais e pessoais.
O que é o Plano de Prevenção?
O Plano de Prevenção é o plano que visa identificar, prevenir e reduzir os riscos
de ocorrência e agravamento de situações de emergência garantindo a
operacionalidade dos meios e equipamentos ligados à segurança.
Deve ser do conhecimento geral da comunidade de forma a uniformizar e
sistematizar o comportamento a adoptar neste tipo de situações.
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O que é o Plano de Actuação?
O Plano de Actuação deve contemplar, de acordo com as situações de risco
existentes em cada instituição/edifício, a organização e a pormenorização das acções e
dos procedimentos a adoptar numa situação de emergência.
O que é o Plano de Evacuação?
O Plano de Evacuação deve estabelecer os procedimentos a observar por todo o
pessoal do estabelecimento, de forma a criar uma grande articulação das operações
com o intuito de se efectuar a evacuação ordenada, rápida e segura dos ocupantes.
Este deve ser do conhecimento de todos e deve envolver várias sessões de
treino para cada elemento interiorizar e consolidar o processo.
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Plantas de Emergência
Uma planta de emergência é, segundo a Norma Portuguesa 4386:2001, uma
“planta esquemática do edifício, que tem por objectivo orientar, informar e instruir os
utilizadores dos edifícios e instalações, para procedimentos a adoptar numa situação
de emergência. Engloba ainda as instruções gerais de segurança e a legenda da
simbologia utilizada.”. Estas plantas estão predestinadas ao “público em geral e
trabalhadores de organismos oficiais, privados e mistos.”.
SÍMBOLOS GRÁFICOS E SIMBOLOGIA
Boca de incêndio
Botão de alarme
Extintor de incêndio
Ponto de reunião
Telefone de emergência
Localização do utilizador
Caminho de evacuação normal
Caminho de evacuação alternativo
Percurso final de evacuação
Para cada piso do edifício deverá ser elaborada uma planta de emergência de
acordo com as disposições da Norma Portuguesa 4386:2001 e da Portaria n.º 1456-
/95 de 11 de Dezembro.
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Plantas de Emergência na FEUP
Ao que foi apurado, a FEUP cumpre com o que é exigido ao nível das plantas de
emergência. Em todos os pisos de cada edifício existem plantas de emergência
situadas em pontos estratégicos para que na situação de urgência a evacuação dos
edifícios possa ser feita de uma forma segura.
As plantas estão bem identificadas e estão em conformidade com normas
4386:2001 e da Portaria n.º 1456- /95 de 11 de Dezembro. Todas as plantas têm
instruções de como proceder em português e em inglês, o que se torna útil visto que a
FEUP é o local de trabalho e estudo de pessoas de várias nacionalidades e é visitada
por pessoas de toda a parte do mundo.
É possível encontrar na planta de emergência os números para os quais se deve
ligar em situação de emergência, bem como a legenda dos símbolos gráficos para
plantas de emergência de Segurança Contra Incêndios.
As plantas vêm ainda acompanhadas de um mapa em miniatura do campus,
onde se encontra sobressaído o edifício em que o utilizador se encontra.
Uma planta de emergência tem por regulamento definir princípios, normas e
regras de actuação face a diferentes cenários. Como tal deixa-se sugestões para
possíveis melhorias.
Propõem-se que esteja evidenciado de uma forma mais clara e fácil, em termos
visuais, e com os devidos símbolos gráficos, como agir em caso de incêndio. De tal
forma aconselha-se que certos princípios como, por exemplo, caminhar baixado para
não respirar o fumo; ou atacar o fogo com os meios ao alcance, sem correr a riscos
desnecessários; sejam evidenciados nas plantas de emergência.
Sugere-se também que no futuro, estas plantas possam ser substituídas por
outras com as informações em maior tamanho, de maneira a proporcionar uma
melhor visualização em alturas de maior aflição.
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Valerá a pena salientar, que as plantas da FEUP estão bem sinalizadas e que
permitem encontrar a saída de emergência rapidamente e sem dificuldades. Não
obstante, se estas seguissem as sugestões a cima referidas a sua eficácia e facilidade
de leitura seria maior.
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Classificação dos Edifícios FEUP
Quanto à utilização
A FEUP como instituição de ensino e investigação é considerada pela lei em
vigor como um edifício com tipo de utilização iv (Artigo 8º do Decreto-Lei 220/2008).
Contudo existem utilizações-tipo diferentes nos vários edifícios e espaços
dentro do complexo da FEUP, entre eles pode ser destacada a Biblioteca - tipo xi e os
parques de estacionamento – tipo ii.
Artigo 8.º
Utilizações-tipo de edifícios e recintos
(...)
b) Tipo ii «estacionamentos», corresponde a edifícios ou partes de
edifícios destinados exclusivamente à recolha de veículos e seus
reboques, fora da via pública, ou recintos delimitados ao ar livre, para o
mesmo fim;
(...)
d) Tipo iv «escolares», corresponde a edifícios ou partes de edifícios
recebendo público, onde se ministrem acções de educação, ensino e
formação ou exerçam actividades lúdicas ou educativas para crianças e
jovens, podendo ou não incluir espaços de repouso ou de dormida
afectos aos participantes nessas acções e actividades, nomeadamente
escolas de todos os níveis de ensino, creches, jardins-de-infância,
centros de formação, centros de ocupação de tempos livres destinados
a crianças e jovens e centros de juventude;
(...)
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l) Tipo xi «bibliotecas e arquivos», corresponde a edifícios ou partes de
edifícios, recebendo ou não público, destinados a arquivo documental,
podendo disponibilizar os documentos para consulta ou visualização no
próprio local ou não, nomeadamente bibliotecas, mediatecas e
arquivos;
Quanto ao risco
A FEUP é ainda constituída por diversos edifícios, com diferentes
características, e por isso classificados diferentemente relativamente ao nível da
Classificação de locais de risco prevista no Decreto-Lei 220/2008.
São então necessitados de especial atenção os laboratórios, o Centro de
Informática Prof. Correia de Araújo (CICA) e a Biblioteca classificados pelo Artigo 10º
do Decreto-Lei 220/2008 como Locais de Risco C (Laboratórios e Biblioteca) e F (CICA).
Artigo 10.º
Classificação dos locais de risco
(...)
c) Local de risco C - local que apresenta riscos agravados de eclosão e de
desenvolvimento de incêndio devido, quer às actividades nele
desenvolvidas, quer às características dos produtos, materiais ou
equipamentos nele existentes, designadamente à carga de incêndio;
(...)
f) Local de risco F - local que possua meios e sistemas essenciais à
continuidade de actividades sociais relevantes, nomeadamente os
centros nevrálgicos de comunicação, comando e controlo.
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Análise da Segurança Contra Incêndios na FEUP
Depois de analisados os recursos disponíveis na FEUP relativos à sinalização e
equipamento relacionados com segurança em situações de emergência bem como
através do esclarecimento, por parte da Dra. Paula Rego, sobre todo o sistema de
evacuação, seu modo de funcionamento, pessoal envolvido e modo de actuação foi
possível verificar que a FEUP a maioria dos requisitos previstos na lei ao nível de
equipamentos e procedimentos.
Formação e Simulacros
No entanto, a FEUP falha num dos pontos previstos na lei imposta pelo
Decreto-Lei n.º 220/2008.
Artigo 21.º
Medidas de autoprotecção
1 - A autoprotecção e a gestão de segurança contra incêndios em
edifícios e recintos, durante a exploração ou utilização dos mesmos,
para efeitos de aplicação do presente decreto-lei e legislação
complementar, baseiam-se nas seguintes medidas:
a) Medidas preventivas, que tomam a forma de procedimentos de
prevenção ou planos de prevenção, conforme a categoria de risco;
b) Medidas de intervenção em caso de incêndio, que tomam a forma de
procedimentos de emergência ou de planos de emergência interno,
conforme a categoria de risco;
c) Registo de segurança onde devem constar os relatórios de vistoria ou
inspecção, e relação de todas as acções de manutenção e ocorrências
directa ou indirectamente relacionadas com a SCIE;
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d) Formação em SCIE, sob a forma de acções destinadas a todos os
funcionários e colaboradores das entidades exploradoras, ou de
formação específica, destinada aos delegados de segurança e outros
elementos que lidam com situações de maior risco de incêndio;
e) Simulacros, para teste do plano de emergência interno e treino dos
ocupantes com vista a criação de rotinas de comportamento e
aperfeiçoamento de procedimentos.
2 - O plano de segurança interno é constituído pelo plano de prevenção,
pelo plano de emergência interno e pelos registos de segurança.
3 - Os simulacros de incêndio são realizados com a periodicidade
máxima, definida no regulamento técnico mencionado no artigo 15.º
4 - As medidas de autoprotecção respeitantes a cada utilização-tipo, de
acordo com a respectiva categoria de risco são as definidas no
regulamento técnico a que se refere o artigo 15.º
Segundo o artigo 21º, Decreto-Lei 220/2008 num estabelecimento como a
FEUP deveria existir formação a pessoal docente e não docente em Segurança Contra
Incêndio em Edifícios e a existência de simulacros de incêndio. O artigo 25º do mesmo
Decreto-Lei estabelece que em caso de falta de formação e não realização dos
simulacros o estabelecimento pratica uma contra-ordenação.
Artigo 25.º
Contra-ordenações e coimas
(...)
gg) Não realização de acções de formação de segurança contra
incêndios em edifícios, em infracção ao disposto nas normas técnicas,
publicadas no regulamento técnico referido no artigo 15.o;
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hh) Não realização de simulacros nos prazos previstos no presente
regime, em infracção ao disposto nas normas técnicas, publicadas no
regulamento técnico referido no artigo 15.o;
(...)
3 — As contra-ordenações previstas nas alíneas a), b), d), e), f), h), j),
q), s), v), z), bb), dd), ee), gg), hh) e jj) do n.o 1 são puníveis com a coima
graduada de € 275 até ao máximo de € 2750, no caso de pessoa
singular, ou até € 27 500, no caso de pessoa colectiva.
Tendo em conta que esta falha diz respeito a todos os alunos que frequentam a
FEUP foi realizado um inquérito de forma a saber o que pensavam sobre o assunto.
Através das respostas ao referido inquérito mostraram a necessidade que a população
em estudo sente de existir uma maior informação e sensibilização relativamente a
possíveis situações de emergência e de instrução relativo ao método de agir.
Auditório e Anfiteatros
O auditório, com capacidade para cerca de 400 pessoas, constitui um ponto
crítico em termos de evacuação, em caso de emergência.
Apesar do seu uso esporádico, as situações de emergência podem sempre
acontecer, e como tal, será importante que as saídas de emergência estejam de acordo
com a capacidade total do auditório.
Foi possível constatar que as suas saídas são demasiadamente reduzidas, para
a sua lotação máxima, e que este facto tornará mais difícil e atormentada uma
eventual emergência. De tal forma, sugere-se que, no futuro, os acessos para o
exterior sejam, de alguma forma, ampliados, para que numa situação de maior aflição
os problemas inerentes a estes sejam de menor grau, e que as pessoas possam
abandonar mais rápida e facilmente o local.
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No caso dos anfiteatros, com capacidade total de 100 pessoas, coloca-se a
mesma questão que no caso do auditório. As saídas de emergência mais próximas, não
só serão utilizadas por quem está num anfiteatro, como por todos aqueles que estão a
ter aulas no mesmo corredor. Consequentemente, o número de pessoas a utilizar uma
saída de emergência será maior, ou seja, com a dimensão reduzida destas haverá
maior pânico e aflição, tal como numa eventual emergência no auditório.
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Análise dos Inquéritos
A fim de compreender e analisar o grau de conhecimento dos alunos da FEUP,
em relação ao plano de emergência da mesma, foi realizado um sucinto inquérito a
751 pessoas.
Tem conhecimento do plano de emergência da FEUP?
Nesta primeira pergunta colocada é possível depreender que cerca de 81% dos
inquiridos não conhecem o plano de emergência da FEUP. O que vai em contra o artigo
19.º do Decreto de Lei n.º 220/2008 de 12 de Novembro, que afirma que:
1. Nos estabelecimentos escolares devam ser instituídos programas para
sensibilização e instrução de todo o pessoal no domínio da segurança contra incêndio;
2. No prazo máximo de 30 dias após o início de cada ano lectivo, devem ser
realizadas as seguintes acções:
a) Em todos os estabelecimentos escolares, sessões informativas do pessoal
docente e não docente para:
i. Familiarização com o estabelecimento;
ii. Esclarecimento das regras de exploração e de comportamento
estipuladas no plano de prevenção;
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iii. Instrução de técnicas básicas de manipulação dos meios de primeira
intervenção, nomeadamente extintores portáteis e carretéis.
Se sim, considera-o:
Aqueles que responderam positivamente à primeira pergunta consideram,
maioritariamente (cerca de 53%), que o plano de emergência da FEUP é bom,
enquanto que 32% o considera suficiente.
Em caso de emergência sabe o que fazer?
Em caso de emergência, 68% dos inquiridos sabem o que fazer. Não obstante,
32% não sabe como agir, o que não está em conformidade com o artigo referido em
cima, que afirma que é necessário a realização de exercícios para treino do plano de
emergência em causa, envolvendo todos os ocupantes, com vista à criação de rotinas
de comportamento e de actuação e ainda ao aperfeiçoamento do mesmo.
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Já teve algum tipo de formação neste tipo de situações?
De acordo com o artigo 19º do Decreto de Lei n.º 220/2008 que está em vigor,
todos os estabelecimentos destinados a uma lotação superior a 500 pessoas, devem
conter acções de formação e treino do plano de emergência mediante: Instrução dos
delegados de segurança a quem sejam cometidas tarefas específicas na concretização
dos planos de actuação e de evacuação; e os exercícios de treino acima referidos. A
análise dos resultados desta pergunta, permite chegar à conclusão que cerca de 29%
dos inquiridos já teve formação em caso de emergência, o que mediante o artigo
referido, é um número pequeno mas aceitável.
Considera importante, acções de formação nesta área?
O resultado percentual desta pergunta demonstra que a maioria dos inquiridos,
cerca de 89%, dá tremenda importância às acções de formação nesta área. O que
permite chegar à conclusão que estas são necessárias e aceites de bom grado por
parte dos alunos, no caso de um eventual incêndio.
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Conclusão
O que fazer em situação de emergência? Estará a FEUP preparada para alguma
situação de emergência? Foi para responder a questões como esta que o grupo fez
este trabalho, intitulado de “Emergência de incêndio na FEUP”.
Muita investigação foi feita, foram feitos inquéritos, uma entrevista à Dra.
Paula Rego dos Serviços Técnicos de Manutenção, foram analisadas as plantas de
emergência, foram visitados os diferentes departamentos da faculdade, etc., tudo isto
com o objectivo de descobrir se os alunos, os docentes e todas as pessoas que visitam
a FEUP estão mesmo seguras caso alguma emergência aconteça.
Assim sendo, e chegando ao fim deste relatório foram respondidas as questões
a que nos propusemos responder. Chegámos à conclusão de que embora na FEUP nem
tudo esteja como seria desejável, devido à existência de pequenas falhas tanto ao nível
das plantas de emergência como ao da formação dada pela faculdade, caso alguma
urgência ocorra, a faculdade reúne todas as condições para que a sua evacuação seja
feita de uma forma segura e eficaz.
Ainda assim, como foi possível verificar ao longo do relatório, foram deixadas
algumas sugestões e avisos que deveriam ser consideradas como importantes pelos
órgãos responsáveis pela segurança da FEUP. Situações como a de nunca terem sido
feitas simulações de incêndio ou de não haver formação aos alunos, deveriam ser
tomadas como graves, dado que vão contra o que é previsto na lei, e como tal
deveriam ser tomadas medidas para que isto mudasse.
Espera-se que com este trabalho as pessoas tenham ficado esclarecidas de como
um plano de emergência é feito, os pontos onde se deve estar mais atento no
planeamento do mesmo, e da importância que este tem, dado que este pode salvar
vidas dada alguma emergência.
Emergência de incêndio na FEUP
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