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C3 Campo Grande-MS | Quarta-feira, 1º de julho de 2020 ARTES&LAZER Série Cinema estreia filme, documentário e animação nesta semana pelo streaming do Sesc São Paulo De Federico Fellini a documentário ‘Uma Noite em 67’: atrações para todas as idades Música Literatura #EmCasaComSesc Marcelo Rezende A programação de filmes em streaming do Sesc São Paulo, na plataforma Sesc Digital, que reserva a cada semana um espaço exclusivo para as sessões, oferece mais quatro novos títulos a partir dessa quinta-feira, 2 de julho. Basta acessar o Cinema Em Casa para conferir longas e documentários, sempre a partir de quinta-feira, com acesso gratuito a qualquer hora do dia para ver e rever e sem necessidade de cadastro. No ar desde 4 de junho, o novo serviço de streaming já ultrapassou 100 mil visualiza- ções, atendendo ao público de diversas regiões do país. Nesta semana, o #EmCa- saComSesc exibe o clássico documentário “Os Palhaços”, do italiano Federico Fellini, que, a partir de seu sonho de infância, revisita a arte do pa- lhaço, ao retratar a primeira ida de um garotinho ao circo. Outra opção é o espanhol “A Academia das Musas”, de José Luis Guerín, que narra a história de um professor de filologia e sua relação com a mítica figura das musas que inspiram escritores. A produção de cinema na- cional também tem reservada duas salas (virtuais) que com- pletam a programação desta semana. A partir de quinta (2), o público pode conferir o documentário “Uma Noite em 67”, de Ricardo Kalil e Renato Terra, que mostra os detalhes da fim do III Festival da Mú- sica Popular Brasileira da TV Record, em 21 de outubro de 1967, e entre os candidatos aos principais prêmios figuravam Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, prota- gonista da célebre quebra da Da Redação Um mural de camadas que vão se sobrepondo umas às outras. Essa é a sensação que a escritora Alexandra Vieira de Almeida pretende transmitir para o leitor por meio do livro “Painel”, que chega à sua segunda edição. A ideia é criar, por meio das poesias, um mosaico com elementos variados, misturando, em suas páginas, o subjetivo, o onírico e o denso. Segundo a autora, a obra se caracteriza principalmente pela pluralidade. A escritora explica que o título do livro tem ligação com a representa- tividade de um mosaico, como um verdadeiro caleidoscópio, onde o sonho e a realidade se mesclam. Para a poeta consa- grada Astrid Cabral, a poesia de Alexandra “nocauteia a realidade”. Nas páginas, a poeta ca- rioca procura a metáfora como forma de apresentar a potência poética junto de diferentes ima- gens dimensionadas pelo oní- rico. Símbolos do inconsciente são lapidados pela arte como forma de trazer o interior para o exterior. “O dentro e o fora se conjugam belamente em muitos dos poemas metalinguísticos que abordam o próprio fazer da poesia”, comenta Alexandra. Para Marcelo dos Santos, Doutor em Literatura Compa- rada pela Uerj, responsável pela orelha de “Painel”, a escri- tora “conduz o leitor para um lugar poético, construído por seus versos imagísticos no mo- mento mesmo em que convite e imaginação se articulam”. Ficha técnica: Livro: “Painel”, segunda edição Autora: Alexandra Vieira de Almeida Gênero literário: Poesia Editora: Penalux Tamanho: 21 cm x 14 cm Páginas: 98 Link para comprar: https:// www.editorapenalux.com.br/ loja/painel?search=painel. Folhapress Depois de quatro anos afastado da música, aconteci- mentos importantes na vida de Chay Suede o levaram a voltar a compor e gravar. No inter- valo de alguns meses em 2019, o ator e cantor se mudou do Rio de Janeiro para São Paulo, trocou alianças no jardim de sua casa paulistana com a modelo Laura Neiva e teve sua primeira filha, Maria. “Não sou uma pessoa que está sempre, a todo tempo, escrevendo música, apesar de ser uma das coisas que mais amo na vida. Volto a escrever quando tem alguma coisa forte acontecendo dentro de mim”, afirma o cantor, que começou sua carreira musical ao parti- cipar do reality show “Ídolos”, em 2010, no qual ficou em quarto lugar. Suede lançou ontem (30), dia em que completou 28 anos, o primeiro single de seu novo projeto musical, “O Sal”. Gra- vada em parceria com o DJ e produtor de música eletrônica Pedro Zopelar, a faixa “Chora pra Ver Como É” marca “o meu renascimento como indivíduo, um renascimento de tudo, para que eu possa retornar para esse ponto se um dia tiver dúvidas”, diz. A sonoridade ingênua e meio sem graça da sua banda anterior, Aymoréco, dá lugar a um instrumental expansivo, com referências do R&B con- temporâneo de Frank Ocean e do rap de Kanye West & Tyler, The Creator. Suede explica que queria emoldurar as le- tras curtas que compôs junto ao amigo Rodrigo Peirão com as “imagens sonoras” desses músicos, capazes de formar “um universo completo com cor, cheiro e cara”. Influência bíblica Em “Chora pra Ver Como É”, a voz do cantor parece deslizar por sobre as melodias, algo lânguida e preguiçosa, como quem curte um dia de verão na praia, sem pressa. A letra faz referência ao livro do personagem bíblico Daniel, um dos profetas do Antigo Testa- mento levado como refém para a cidade da Babilônia e jogado à cova dos leões. Apesar do tumulto ao seu redor, tanto por estar na maior cidade da época quanto pelo sofrimento pelo qual passou, Daniel “conseguia ouvir um som real, interno, que o nor- teava e o levava para onde ele quer ir”, afirma Suede, acrescentando que se viu em um momento de olhar para si e de tomar o controle da própria vida que o remetia ao personagem bíblico. O estalo para voltar a compor aconteceu justa- mente neste período em que Suede decidiu passar a fazer escolhas de vida mais cons- cientes. Foi uma época sem tanto trabalho, conta, após as gravações da novela “Segundo Sol” e do primeiro longa de ficção do diretor brasileiro João Wainer com o argentino Mariano Cohn, “4x4”, no qual vive um ladrão. A faixa que saiu nessa terça faz parte de um EP que terá cinco músicas a ser lançado em setembro ou outubro. O conceito artístico foi definido entre abril e junho do ano pas- sado, no estúdio de Zopelar, em São Paulo, momento no qual também foram gravados os três primeiros singles. Os demais estão em finalização. Novidade no streaming Além de compor, Suede canta e toca guitarra. A pró- xima música a chegar aos serviços de streaming é “A Verdadeira Onda”, criada nos primeiros meses da gravidez de sua mulher e que fala sobre a descoberta do sentimento de amar como pai, algo até então inédito em sua vida. Em seguida virá “Última Vez”, com participação do francês radi- cado no Brasil Loïc Koutana. Compor e atuar acontecem em lugares muito diferentes dentro de si, conta Suede, que vive este ano o personagem Danilo, na novela “Amor de Mãe”, da Globo, cuja gravação foi interrompida pela pan- demia de coronavírus. viola no palco. Já a animação infantil “Garoto Cósmico”, de Ale Abreu, conta a história de três amigos que vivem em um mundo futurista, onde as vidas são inteiramente programadas. Uma noite eles se perdem no espaço, enquanto buscam obter mais pontos para ganhar um bônus na escola. A programação do Cinema #EmCasaComSesc contempla quatro eixos principais neste primeiro momento. Uma cura- doria de clássicos do cinema, em sua maioria cópias restau- radas e exclusivas na plata- forma; uma seleção contem- porânea internacional, com filmes que tiveram uma tra- jetória relevante em festivais no mundo todo e que merecem uma nova oportunidade de exi- bição ao público; uma janela dedicada ao cinema nacional, com produções de grande alcance de público e filmes independentes que merecem maior espaço de exibição – haverá também destaque aos documentários, ponto forte na produção cinematográfica brasileira –; e por fim, uma se- leção de filmes infantojuvenis, visando à formação de público, desde os primeiros anos de vida, para a diversidade do cinema e ampliação do lastro de narrativas. A iniciativa de oferecer filmes em streaming em sua nova plataforma digital re- força os aspectos que ancoram a ação institucional do Sesc São Paulo, garantindo o acesso a conteúdos da cultura a va- riados públicos. Com maior presença no ambiente on-line, o Sesc amplia sua ação de difusão cultural, de maneira acessível e permanente. O pú- blico ganha assim mais um espaço para contemplar, des- cobrir e redescobrir o cinema, a partir de grandes obras se- lecionadas, disponibilizadas on-line e gratuitamente. Os filmes ficam disponíveis por um período determinado, com alterações e novas es- treias semanais a cada quinta- -feira (considerando a semana de cinema de quinta a quarta- -feira). Haverá ainda possi- bilidade de prorrogação da exibição, conforme a demanda do público, além de sessões es- peciais por períodos menores (como 24h, por exemplo). A curadoria do Cinema #Em- CasaComSesc conta com a experiência do CineSesc, que segue fechado desde o mês de março, por conta da crise cau- sada pelo novo coronavírus. Os Palhaços (Dir.: Federico Fellini, Itália/ França/Alemanha, 1970, 93 min, documentário, 12 anos) O universo circense possui uma grande variedade de per- sonagens, mas certamente não teria a mesma importância sem a presença da figura do palhaço. As múltiplas sequ- ências de atuação e as en- trevistas de indivíduos que seguiram seu destino no circo comprovam a mudança de sig- nificado que esta instituição sofreu e preservam a valori- zação do papel do palhaço. A Academia das Musas (Dir.: José Luis Guerín, Es- panha, 2016, 92 min, ficção, 10 anos) Questionado por sua esposa sobre a abordagem pedagó- gica que pretende adotar no curso “A Academia de Musas”, sobre a reforma do mundo pela poesia, um professor de filo- logia fala da mítica figura das musas que inspiram escritores a criar algo inexistente. Mas o projeto toma rumos inespe- rados quando o professor se envolve com algumas alunas. Do mesmo diretor de “Na ci- dade de Sylvia”. Festival de Locarno 2015 e Melhor Filme no Festival de Sevilha. Uma Noite em 67 (Dir.: Ricardo Calil, Renato Terra, Brasil, 2010, 85 min, documentário, livre) Fim do III Festival da Mú- sica Popular Brasileira da TV Record, 21 de outubro de 1967. Entre os candidatos aos principais prêmios figuravam Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, prota- gonista da célebre quebra da viola no palco. Com imagens de arquivo e apresentações de músicas hoje clássicas, o filme registra o momento do tropi- calismo, os rachas artísticos e políticos na época da ditadura e a consagração de nomes que se tornaram ídolos. Garoto Cósmico (Dir.: Ale Abreu, Brasil, 2007, 76 min, animação, livre) Cósmico (Aleph Naldi), Luna (Bianca Rayen) e Ma- ninho (Mateus Duarte) vivem em um mundo futurista, onde as vidas são inteiramente pro- gramadas. Uma noite eles se perdem no espaço, enquanto buscam obter mais pontos para ganhar um bônus na escola. Eles então descobrem um universo infinito, esque- cido num pequeno circo, onde vivem novas experiências. SERVIÇO: O Cinema #EmCasaComSesc acontece toda semana, sempre a partir de quinta- feira, e tem quatro novos filmes para streaming pelo link sescsp. org.br/cinemaemcasa. Fotos: Divulgação Reprodução Internet Alexandra Vieira/Divulgação Livro ‘Painel’ transforma poesia num mosaico de sentimentos Em novo projeto musical, Chay Suede canta sobre casar e ser pai em disco

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C3Campo Grande-MS | Quarta-feira, 1º de julho de 2020ARTES&LAZER

Série Cinema estreia filme, documentário e animação nesta semana pelo streaming do Sesc São Paulo

De Federico Fellini a documentário ‘Uma Noite em 67’: atrações para todas as idades

Música Literatura

#EmCasaComSesc

Marcelo Rezende

A programação de filmes em streaming do Sesc São Paulo, na plataforma Sesc Digital, que reserva a cada semana um espaço exclusivo para as sessões, oferece mais quatro novos títulos a partir dessa quinta-feira, 2 de julho. Basta acessar o Cinema Em Casa para conferir longas e documentários, sempre a partir de quinta-feira, com acesso gratuito a qualquer hora do dia para ver e rever e sem necessidade de cadastro. No ar desde 4 de junho, o novo serviço de streaming já ultrapassou 100 mil visualiza-ções, atendendo ao público de diversas regiões do país.

Nesta semana, o #EmCa-saComSesc exibe o clássico documentário “Os Palhaços”, do italiano Federico Fellini, que, a partir de seu sonho de infância, revisita a arte do pa-lhaço, ao retratar a primeira ida de um garotinho ao circo. Outra opção é o espanhol “A Academia das Musas”, de José Luis Guerín, que narra a história de um professor de filologia e sua relação com a mítica figura das musas que inspiram escritores.

A produção de cinema na-cional também tem reservada duas salas (virtuais) que com-pletam a programação desta semana. A partir de quinta (2), o público pode conferir o documentário “Uma Noite em 67”, de Ricardo Kalil e Renato Terra, que mostra os detalhes da fim do III Festival da Mú-sica Popular Brasileira da TV Record, em 21 de outubro de 1967, e entre os candidatos aos principais prêmios figuravam Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, prota-gonista da célebre quebra da

Da Redação

Um mural de camadas que vão se sobrepondo umas às outras. Essa é a sensação que a escritora Alexandra Vieira de Almeida pretende transmitir para o leitor por meio do livro “Painel”, que chega à sua segunda edição. A ideia é criar, por meio das poesias, um mosaico com elementos variados, misturando, em suas páginas, o subjetivo, o onírico e o denso.

Segundo a autora, a obra se caracteriza principalmente pela pluralidade. A escritora explica que o título do livro tem ligação com a representa-tividade de um mosaico, como um verdadeiro caleidoscópio, onde o sonho e a realidade se mesclam. Para a poeta consa-grada Astrid Cabral, a poesia de Alexandra “nocauteia a realidade”.

Nas páginas, a poeta ca-rioca procura a metáfora como forma de apresentar a potência poética junto de diferentes ima-gens dimensionadas pelo oní-rico. Símbolos do inconsciente são lapidados pela arte como forma de trazer o interior para o exterior. “O dentro e o fora se conjugam belamente em

muitos dos poemas metalinguísticos que abordam o próprio fazer da poesia”, comenta Alexandra.

Para Marcelo dos Santos, Doutor em Literatura Compa-rada pela Uerj, responsável pela orelha de “Painel”, a escri-tora “conduz o leitor para um lugar poético, construído por seus versos imagísticos no mo-mento mesmo em que convite e imaginação se articulam”.

Ficha técnica:Livro: “Painel”, segunda ediçãoAutora: Alexandra Vieira de AlmeidaGênero literário: PoesiaEditora: PenaluxTamanho: 21 cm x 14 cmPáginas: 98Link para comprar: https://www.editorapenalux.com.br/loja/painel?search=painel.

Folhapress

Depois de quatro anos afastado da música, aconteci-mentos importantes na vida de Chay Suede o levaram a voltar a compor e gravar. No inter-valo de alguns meses em 2019, o ator e cantor se mudou do Rio de Janeiro para São Paulo, trocou alianças no jardim de sua casa paulistana com a modelo Laura Neiva e teve sua primeira filha, Maria.

“Não sou uma pessoa que está sempre, a todo tempo, escrevendo música, apesar de ser uma das coisas que mais amo na vida. Volto a escrever quando tem alguma coisa forte acontecendo dentro de mim”, afirma o cantor, que começou sua carreira musical ao parti-cipar do reality show “Ídolos”, em 2010, no qual ficou em quarto lugar.

Suede lançou ontem (30), dia em que completou 28 anos, o primeiro single de seu novo projeto musical, “O Sal”. Gra-vada em parceria com o DJ e produtor de música eletrônica Pedro Zopelar, a faixa “Chora pra Ver Como É” marca “o meu renascimento como indivíduo, um renascimento de tudo, para que eu possa retornar para esse ponto se um dia tiver dúvidas”, diz.

A sonoridade ingênua e meio sem graça da sua banda anterior, Aymoréco, dá lugar a um instrumental expansivo, com referências do R&B con-temporâneo de Frank Ocean e do rap de Kanye West & Tyler, The Creator. Suede explica que queria emoldurar as le-tras curtas que compôs junto ao amigo Rodrigo Peirão com as “imagens sonoras” desses músicos, capazes de formar “um universo completo com cor, cheiro e cara”.

Influência bíblicaEm “Chora pra Ver Como

É”, a voz do cantor parece deslizar por sobre as melodias, algo lânguida e preguiçosa, como quem curte um dia de verão na praia, sem pressa. A letra faz referência ao livro do personagem bíblico Daniel, um

dos profetas do Antigo Testa-mento levado como refém para a cidade da Babilônia e jogado à cova dos leões.

Apesar do tumulto ao seu redor, tanto por estar na maior cidade da época quanto pelo sofrimento pelo qual passou, Daniel “conseguia ouvir um som real, interno, que o nor-teava e o levava para onde ele quer ir”, afirma Suede, acrescentando que se viu em um momento de olhar para si e de tomar o controle da própria vida que o remetia ao personagem bíblico.

O estalo para voltar a compor aconteceu justa-mente neste período em que Suede decidiu passar a fazer escolhas de vida mais cons-cientes. Foi uma época sem tanto trabalho, conta, após as gravações da novela “Segundo

Sol” e do primeiro longa de ficção do diretor brasileiro João Wainer com o argentino Mariano Cohn, “4x4”, no qual vive um ladrão.

A faixa que saiu nessa terça faz parte de um EP que terá cinco músicas a ser lançado em setembro ou outubro. O conceito artístico foi definido entre abril e junho do ano pas-sado, no estúdio de Zopelar, em São Paulo, momento no qual também foram gravados os três primeiros singles. Os demais estão em finalização.

Novidade no streamingAlém de compor, Suede

canta e toca guitarra. A pró-xima música a chegar aos serviços de streaming é “A Verdadeira Onda”, criada nos primeiros meses da gravidez de sua mulher e que fala sobre a descoberta do sentimento de amar como pai, algo até então inédito em sua vida. Em seguida virá “Última Vez”, com participação do francês radi-cado no Brasil Loïc Koutana.

Compor e atuar acontecem em lugares muito diferentes dentro de si, conta Suede, que vive este ano o personagem Danilo, na novela “Amor de Mãe”, da Globo, cuja gravação foi interrompida pela pan-demia de coronavírus.

Um mural de camadas que vão se sobrepondo umas

variados, misturando, em muitos dos

viola no palco. Já a animação infantil “Garoto Cósmico”, de Ale Abreu, conta a história de três amigos que vivem em um mundo futurista, onde as vidas são inteiramente programadas. Uma noite eles se perdem no espaço, enquanto buscam obter mais pontos para ganhar um bônus na escola.

A programação do Cinema #EmCasaComSesc contempla quatro eixos principais neste primeiro momento. Uma cura-doria de clássicos do cinema, em sua maioria cópias restau-radas e exclusivas na plata-forma; uma seleção contem-porânea internacional, com filmes que tiveram uma tra-jetória relevante em festivais no mundo todo e que merecem uma nova oportunidade de exi-bição ao público; uma janela dedicada ao cinema nacional,

com produções de grande alcance de público e filmes independentes que merecem maior espaço de exibição – haverá também destaque aos documentários, ponto forte na produção cinematográfica brasileira –; e por fim, uma se-leção de filmes infantojuvenis, visando à formação de público, desde os primeiros anos de vida, para a diversidade do cinema e ampliação do lastro de narrativas.

A iniciativa de oferecer filmes em streaming em sua nova plataforma digital re-força os aspectos que ancoram a ação institucional do Sesc São Paulo, garantindo o acesso a conteúdos da cultura a va-riados públicos. Com maior presença no ambiente on-line, o Sesc amplia sua ação de difusão cultural, de maneira

acessível e permanente. O pú-blico ganha assim mais um espaço para contemplar, des-cobrir e redescobrir o cinema, a partir de grandes obras se-lecionadas, disponibilizadas on-line e gratuitamente.

Os filmes ficam disponíveis por um período determinado, com alterações e novas es-treias semanais a cada quinta--feira (considerando a semana de cinema de quinta a quarta--feira). Haverá ainda possi-bilidade de prorrogação da exibição, conforme a demanda do público, além de sessões es-peciais por períodos menores (como 24h, por exemplo). A curadoria do Cinema #Em-CasaComSesc conta com a experiência do CineSesc, que segue fechado desde o mês de março, por conta da crise cau-sada pelo novo coronavírus.

Os Palhaços(Dir.: Federico Fellini, Itália/

França/Alemanha, 1970, 93 min, documentário, 12 anos)

O universo circense possui uma grande variedade de per-sonagens, mas certamente não teria a mesma importância sem a presença da figura do palhaço. As múltiplas sequ-ências de atuação e as en-

trevistas de indivíduos que seguiram seu destino no circo comprovam a mudança de sig-nificado que esta instituição sofreu e preservam a valori-zação do papel do palhaço.

A Academia das Musas(Dir.: José Luis Guerín, Es-

panha, 2016, 92 min, ficção, 10 anos)

Questionado por sua esposa sobre a abordagem pedagó-gica que pretende adotar no curso “A Academia de Musas”, sobre a reforma do mundo pela poesia, um professor de filo-logia fala da mítica figura das musas que inspiram escritores a criar algo inexistente. Mas o projeto toma rumos inespe-rados quando o professor se envolve com algumas alunas. Do mesmo diretor de “Na ci-dade de Sylvia”. Festival de Locarno 2015 e Melhor Filme no Festival de Sevilha.

Uma Noite em 67(Dir.: Ricardo Calil, Renato

Terra, Brasil, 2010, 85 min, documentário, livre)

Fim do III Festival da Mú-sica Popular Brasileira da TV Record, 21 de outubro de 1967. Entre os candidatos aos principais prêmios figuravam

Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, prota-gonista da célebre quebra da viola no palco. Com imagens de arquivo e apresentações de músicas hoje clássicas, o filme registra o momento do tropi-calismo, os rachas artísticos e políticos na época da ditadura e a consagração de nomes que se tornaram ídolos.

Garoto Cósmico(Dir.: Ale Abreu, Brasil,

2007, 76 min, animação, livre)Cósmico (Aleph Naldi),

Luna (Bianca Rayen) e Ma-ninho (Mateus Duarte) vivem em um mundo futurista, onde as vidas são inteiramente pro-gramadas. Uma noite eles se perdem no espaço, enquanto buscam obter mais pontos para ganhar um bônus na escola. Eles então descobrem um universo infinito, esque-cido num pequeno circo, onde vivem novas experiências.

SERVIÇO: O Cinema #EmCasaComSesc acontece toda semana, sempre a partir de quinta-feira, e tem quatro novos filmes para streaming pelo link sescsp.org.br/cinemaemcasa.

Fotos: Divulgação

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Livro ‘Painel’ transforma poesia num mosaico de sentimentos

Em novo projeto musical, Chay Suede canta sobre casar e ser pai em disco