elisabeth leonskaja - amazon simple storage service · se desvia das rígidas convenções da...

12
Elisabeth Leonskaja elisabeth leonskaja © marco borggreve 16 JANEIRO 2018

Upload: ngoliem

Post on 25-Aug-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ElisabethLeonskaja

elis

abet

h le

onsk

aja

© m

arco

bor

ggre

ve

16 JANEIRO 2018

mecenas principalgulbenkian música

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

mecenasmúsica de câmara

mecenasmúsica e natureza

03

Duração total prevista: c. 1h 45 min.Intervalo de 20 min.

Este recital é gravado pela EuroArts Music International e será transmitido em streaming pelo canal ARTE Concert.

Ciclo de Piano

Elisabeth Leonskaja Piano

16 JANEIROTERÇA21:00 — Grande Auditório

Ludwig van BeethovenSonata para Piano n.º 30, em Mi maior, op. 109

Vivace ma non troppo. Sempre legato – Adagio espressivoPrestissimoAndante molto cantabile ed espressivo

Sonata para Piano n.º 31, em Lá bemol maior, op. 110

Moderato cantabile molto espressivoScherzo: Allegro moltoAdagio ma non troppo – Fuga: Allegro ma non troppo

intervalo

Sonata para Piano n.º 32, em Dó menor, op. 111

Maestoso – Allegro con brio ed appassionatoArietta: Adagio molto semplice e cantabile

04

Sonata para Piano n.º 30, em Mi maior, op. 109 composição: 1820duração: c. 23 min.

O presente recital reúne as três derradeiras sonatas para piano de Ludwig van Beethoven, projeto em tríptico que ocupou o músico a partir do verão de 1820, altura em que iniciou conversações com o editor berlinense Adolf Martin Schlesinger no sentido de levar as obras à estampa dentro do prazo de meio ano. A fervilhante rota criativa do músico não se coadunou, no entanto, com o compromisso assumido e outras partituras de grande envergadura vieram a ocupar os seus esforços, entre as quais as Variações Diabelli e a monumental Missa Solemnis. Por esta razão, apenas uma sonata foi concluída dentro do prazo estipulado, a Sonata em Mi maior, op. 109, dedicada à jovem aluna do compositor, Maximiliane Brentano.Distanciando-se do cânone vienense, Beethoven fez evoluir o primeiro andamento, Vivace ma non troppo, por via de um fluxo contínuo de ideias originais, animadas por um cenário harmónico surpreendentemente variado, o qual

se desvia das rígidas convenções da forma-sonata. Acompanhado pela indicação sempre legato, o primeiro tema parece anunciar a veia poética de Robert Schumann. Já o segundo tema constitui declamação lenta, baseada em prolongados harpejos, sob a indicação Adagio espressivo.O segundo andamento, Prestissimo, prossegue a mesma lógica de dramatização musical, opondo diferentes figurações e agregados motívicos, numa sucessão de patamares com diferentes intensidades expressivas. O andamento encerra com a recapitulação abreviada do material musical inicial.Apesar de se apoiar no modelo classicista do tema e variações, o terceiro e último andamento destaca-se também pela inovação, ao introduzir não somente um tema de partida, mas sim dois componentes melódicos distintos, indicados Andante molto cantabile ed espressivo e Molto expressivo, respetivamente. A variação sobre o tema de partida surge, curiosamente, em segundo lugar (Var. II), após o enunciado do Molto espressivo que é designado pelo compositor como “Var. I”, mas constitui, na realidade, um tema autónomo, no cômputo global do andamento.

Ludwig van BeethovenBona, 16 (ou 17) de dezembro de 1770Viena, 26 de março de 1827

l. v

an b

eeth

oven

, son

ata

op. 1

10. e

d. sc

hles

inge

r, 1

822

© d

r

05

Sonata n.º 31, em Lá bemol maior, op. 110composição: 1821duração: c. 22 min.

Composta no seguimento da Sonata anterior, a Sonata em Lá bemol maior, op. 110, veio a ser publicada pela mesma tipografia de Adolf Martin Schlesinger, primeiramente em Berlim e depois em Paris. Talvez devido ao facto de escrever sob pressão, já fora do calendário inicialmente previsto, Beethoven deixou a obra sem dedicatória, circunstância rara em toda a sua produção de sonatas. Os elementos típicos do seu idioma tardio encontram-se bem patentes no curso dos três andamentos que compõem a obra, destacando-se os amplos desenvolvimentos e as arquiteturas contrapontísticas de grande complexidade. Um pouco à imagem de um coral, o primeiro andamento principia com um enunciado breve a quatro partes, em acordes verticais. Pouco depois eleva-se um segundo componente melódico, ascendendo na textura sobre o acompanhamento simples da mão esquerda. Beethoven introduz ainda um terceiro tema, com perfil rítmico vincado, sobre moldura cerrada de semicolcheias. Sucede-se o desenvolvimento, apoiado no tema principal da exposição e marcado por modulações a tonalidades distantes. A tonalidade de Lá bemol maior regressa com a recapitulação, a que se segue uma coda final.O segundo andamento, Allegro molto, na tonalidade relativa de Fá menor, encerra reminiscências das várias séries de Bagatelas, com os seus contrastes e frequentes mudanças de acentuação. Emerge, no fundo, o modelo do Scherzo, ao serviço de uma estética personalizada que procura romper, uma vez mais, com as convenções melódicas e harmónicas preestabelecidas.

O andamento final, Adagio ma non troppo – Allegro ma non troppo, segue a tendência de outras obras tardias do catálogo beethoveniano, no sentido do rebuscamento extremo das bases formais em que assenta e da própria linguagem musical, a qual se revela densa e extremamente contrapontística.

Sonata para Piano n.º 32, em Dó menor, op. 111composição: 1822duração: c. 28 min.

Tal como as Sonatas op. 109 e op. 110, a Sonata em Dó menor, op. 111, foi publicada por Adolf Schlesinger, em abril de 1823, com dedicatória ao Arquiduque Rudolph da Áustria. Seguindo a linha estética já anunciada pela Sonata op. 110, Beethoven leva ainda mais longe o ensejo de rutura com o passado, tanto em termos formais – sendo apenas dois os andamentos seus constituintes – como na própria mensagem (ou mensagens) que quis fazer passar através do som e das suas múltiplas combinações e nuances. A busca das profundezas do sentimento constitui um vetor primordial na partitura, a qual aponta, como nenhuma outra sonata de Beethoven, para o Romantismo tardio. O primeiro andamento, Maestoso – Allegro con brio ed appassionato, vê-se dominado pela marcha impetuosa do tema principal, num crescendo de complexidades rítmicas e harmónicas que servem de esconderijo às mais veementes e tumultuosas interrogações existenciais. Já o segundo andamento, Arietta – Adagio molto, semplice e cantabile, suaviza bastante o discurso musical, aparecendo como solução de compromisso entre o andamento lento e o Finale da sonata convencional. O pathos contemplativo inicial vai dando lugar a um processo gradual e inexorável de amplificação rítmica e motívica que chega a dissolver por completo o sentido da indicação inicial de andamento.

rui cabral lopes

elis

abet

h le

onsk

aja

© m

arco

bor

ggre

ve

Elisabeth Leonskaja nasceu em Tbilisi, na Geórgia, sendo descendente de uma família russa. A sua paixão pelo piano, bem como as suas capacidades artísticas prodigiosas revelaram-se muito cedo, tendo dado o seu primeiro concerto público aos onze anos de idade. Ainda como aluna do Conservatório de Moscovo, foi premiada nos prestigiados concursos internacionais Enescu (Bucareste), Marguerite Long (Paris) e Rainha Elisabeth (Bruxelas). Antes de deixar a União Soviética, em 1978, o convívio com Sviatoslav Richter exerceria sobre ela uma forte influência. O lendário pianista reconheceu-lhe um excecional talento e, para além da partilha da sua experiência e dos seus conhecimentos, convidá-la-ia a formar um duo e a apresentarem-se juntos em concerto. Esta experiência forneceu-lhe a maturação definitiva e o impulso decisivo para o brilhante percurso artístico que se seguiria. Depois de se estabelecer em Viena, a participação de Elisabeth Leonskaja no Festival de Salzburgo, em 1979, marcou o início da sua carreira de solista no Ocidente. Desde então,

Elisabeth Leonskaja

afirmou-se definitivamente como uma das mais conceituadas pianistas da sua geração, tendo atuado em recital ou em colaboração com as grandes orquestras mundiais, sob a direção de maestros de renome internacional, bem como nos mais prestigiados festivais internacionais. O seu percurso pelos grandes palcos incluiu também o Grande Auditório Gulbenkian, onde se apresentou diversas vezes, a mais recente, com a Orquestra Gulbenkian, em janeiro de 2015.Reconhecida como uma excelente intérprete de música de câmara, é frequentemente solicitada a colaborar com solistas de primeiro plano e agrupamentos como os quartetos Artemis, Borodin ou Emerson. Realizou um elevado número de gravações, tendo muitas delas sido premiadas. O seu mais recente disco, intitulado Saudade (ed. eaSonus) é dedicado a obras de Tchaikovsky, Chostakovitch e Rachmaninov.Membro honorário do Konzerthaus de Viena, recebeu em 2006 a mais alta condecoração da República da Áustria pelos serviços prestados à atividade cultural daquele país.

Piano

06

19 + 20 Janeiro

DaniilTrifonov

Orquestra Gulbenkian

dani

il t

rifo

nov

© d

ario

aco

sta

mecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasmúsica de câmara

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

mecenasmúsica e natureza

mecenas principalgulbenkian música

GULBENKIAN.PT

GULBENKIAN.PTmecenascoro gulbenkian

mecenasciclo piano

mecenasconcertos de domingo

mecenasmúsica de câmara

25 + 26 Janeiro

mecenasestágios gulbenkian para orquestra

mecenasmúsica e natureza

YujaWang

Orquestra Gulbenkian

mecenas principalgulbenkian música

yuja

wan

g ©

kir

k ed

war

ds

A PwC, enquanto Mecenas do Ciclo de Piano da Temporada Gulbenkian Música, tem honra em apoiar a cultura, incentivando a divulgação da música clássica.

Apoiar a cultura

© PwC 2017. Todos os direitos reservados. PwC refere-se à PwC Portugal, constituída por várias entidades legais, ou à rede PwC. Cada firma membro é uma entidade legal autónoma e independente. Para mais informações consulte www.pwc.com/structure.

Visite-nos nas redes sociais

www.pwc.pt

Anúncio PwC_Gulbenkian_2017.indd 1 10-10-2017 11:38:39

O BPI obteveo índicede Satisfaçãodo Clientemais elevado,de acordocom o ECSI Portugal 2017.

Este estudo utiliza uma escala de satisfação de 1 a 10 e é realizado com recurso a 250 entrevistas telefónicas a Clientes de cada Banco/Marca estudado, com base numa amostra seleccionada de modo aleatório e extraída da população portuguesa.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidade que o atribuiu.

Este índice, baseado numa metodologia internacional comum, permite avaliar a qualidade dos bens e serviços disponíveis no mercado nacional, em vários sectores de actividade, com base em 8 dimensões: imagem, expectativas dos Clientes, qualidade apercebida, valor apercebido (relação preço/qualidade), satisfação, reclamações, confiança e lealdade. O ECSI Portugal é um estudo independente, desenvolvido anualmente pelo Instituto Português da Qualidade, pela Associação Portuguesa para a Qualidade e pela NOVA Information Management School da Universidade Nova de Lisboa.

O BPI é líder pelo 2º ano consecutivo na Satisfação dos Clientes, de acordo com o Índice Nacional de Satisfação do Cliente - ECSI Portugal 2017.

na Satisfação dos Clientes.No1

7,71BPI

7,00 7,10 7,20 7,30 7,40 7,50 7,60 7,70 7,80<< <<

BANCO 5

BANCO 6

BANCO 7

BANCO 2

BANCO 3

BANCO 4

direção criativaIan Anderson

design e direção de arteThe Designers Republic

design gráficoAH–HA

Pedimos que desliguem os telemóveis durante o espetáculo. A iluminação dos ecrãs pode igualmente perturbar a concentraçãodos artistas e do público. Não é permitido tirar fotografias nem fazer gravações sonoras ou filmagens duranteos espetáculos. Programas e elencos sujeitos a alteraçãosem aviso prévio.

O BPI obteveo índicede Satisfaçãodo Clientemais elevado,de acordocom o ECSI Portugal 2017.

Este estudo utiliza uma escala de satisfação de 1 a 10 e é realizado com recurso a 250 entrevistas telefónicas a Clientes de cada Banco/Marca estudado, com base numa amostra seleccionada de modo aleatório e extraída da população portuguesa.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidade que o atribuiu.

Este índice, baseado numa metodologia internacional comum, permite avaliar a qualidade dos bens e serviços disponíveis no mercado nacional, em vários sectores de actividade, com base em 8 dimensões: imagem, expectativas dos Clientes, qualidade apercebida, valor apercebido (relação preço/qualidade), satisfação, reclamações, confiança e lealdade. O ECSI Portugal é um estudo independente, desenvolvido anualmente pelo Instituto Português da Qualidade, pela Associação Portuguesa para a Qualidade e pela NOVA Information Management School da Universidade Nova de Lisboa.

O BPI é líder pelo 2º ano consecutivo na Satisfação dos Clientes, de acordo com o Índice Nacional de Satisfação do Cliente - ECSI Portugal 2017.

na Satisfação dos Clientes.No1

7,71BPI

7,00 7,10 7,20 7,30 7,40 7,50 7,60 7,70 7,80<< <<

BANCO 5

BANCO 6

BANCO 7

BANCO 2

BANCO 3

BANCO 4

tiragem500

preço2€

Lisboa, Janeiro 2018

GULBENKIAN.PT

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN