electromiografia ii aula x: miopatias docente: rui braga

27
Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

132 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Electromiografia II

Aula X: Miopatias

Docente: Rui Braga

Page 2: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Miopatias

• As miopatias incluem qualquer distúrbio em que o factor patológico primário envolve o músculo.

Page 3: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofias musculares

Page 4: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofias musculares

• As distrofias musculares compreendem um grupo de patologias genéticas, com uma evolução clínica progressiva desde o nascimento ou após um período variável de infânica aparentemente normal.

• A maioria dos casos resultam de uma lesão primariamente miogénica sob a forma de degeneração muscular

• Existem quatro tipos principais de distrofias musculares;– Duchenne, Becker, facioscapulohumeral e das cinturas

Page 5: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga
Page 6: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Duchenne

• Apresenta uma transmissão hereditária recessiva associada ao cromossoma X

• Todas as mães de crianças afectadas são portadoras do gene, e transmitem-no com uma probabilidade de 50% à descendência.

Page 7: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Duchenne

Page 8: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Duchenne

• Trata-se da distrofia muscular mais comum e apresenta uma incidência de 1/3500 rapazes que nascem

• Estes pacientes apresentam uma mutação no gene distrofina

• A ausência da distrofina levam a uma drástica diminuição de todas as proteínas associadas à distrofina

Page 9: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Duchenne

• Nas fases iniciais a sequência patológica de eventos consiste em episódios repetidos de necrose da fibra muscular e posterior regeneração.

• A incompleta regeneração reduz o número de fibras musculares

• A acumulação progressiva de colageneo finalmente substitui as fibras musculares

Page 10: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Duchenne

• Fraqueza progressiva na musculatura proximal ao nível dos membros inferiores surge na pequena infância, embora evidências histológicas demonstrem que estas anomalias já existem à nascença.

• A criança tem um desenvolvimento inicial normal

• Poderá apresentar dificuldades em levantar-se e em andar

Page 11: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Duchenne

• A fraqueza muscular torna-se evidente por volta dos 3, 4 anos, com incapacidade para correr ou subir escadas

• O paciente tem tendência a andar em pontas dos dedos, com os seus pés rodados externamente e ao levantarem-se do chão demonstra o sinal de Gowers

Page 12: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga
Page 13: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Duchenne

Page 14: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Duchenne• A doença progride lentamente.

• Os achados neurologicos dependem da fase da doença.

• Podem-se detectar músculos duros com uma consistência fibrosa e reflexos diminuídos ou ausentes.

• O quadricipite é o mais afectado mas a musculatura da cintura escapular também apresenta marcadas anomalias. São poupados os músculos extra-oculares

Page 15: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Duchenne• Nas fases avançadas da doença os pacientes

desenvolvem severas escolioses, cardiomiopatia e dificuldades respiratórias como resultado do envolvimento do diafragma e musculatura intercostal

• Os músculos da barriga da perna desenvolvem pseudohipertrofia, tal como o deltóide, quadricipite e gluteos.

• A maioria das crianças encontram-se numa cadeira de rodas antes dos 12 anos de idade, e habitualmente morrem por volta dos 20 anos.

Page 16: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga
Page 17: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Becker• É uma forma benigna de distrofia muscular,

recessiva, ligada ao cromossoma X

• Resulta de igual forma numa mutação do gene distrofina.

• Comparativamente com a forma de Duchenne, esta tem um inicio mais tardio, e um curso evolutivo mais longo e menos severo, com sobrevida até à meia idade.

Page 18: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia muscular de Becker• Os sintomas iniciais que habitualmente se

iniciam por volta dos 5 a 20 anos consistem em fraqueza da musculatura da cintura pélvica e pernas e caimbras musculares frequentes após exercício.

• Os sintomas clínicos com semelhantes com Duchenne, mas não de uma forma tão acentuada

Page 19: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia fascio-escapulo-humeral

• Também conhecida como do tipo Landouzy-Dejerine

• Afecta de forma idêntica ambos os géneros

• Incidência de aprox. 1/ 100.000

• Apresenta uma transmissão autossomica dominante

• Resulta de um defeito genético ao nível do cromossoma 4q35

Page 20: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia fascio-escapulo-humeral

• A doença inicia-se tipicamente no final da primeira década, embora possam aparecer mais cedo.

• Sinais precoces da doença são a fraqueza da musculatura mímica

• Habitualmente apresentam lábios saídos , um sorriso transverso, fraqueza no fecho dos olhos e incapacidade para encorrilhar a testa

Page 21: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia fascio-escapulo-humeral

Page 22: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia fascio-escapulo-humeral

• A perda da capacidade para usar os braços é um sintoma inicial que resulta da fraqueza dos músculos grande peitoral, latissimo do dorso, bicipite, tricipite e braquiorraialis

• Apresentam espada alada

• A progressão muito lenta dos défices , levam a uma incapacidade minor e a apenas uma pequena diminuição da esperança de vida

Page 23: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia fascio-escapulo-humeral

• Ao contrario das distrofias de Duchenne e de Becker, nesta os níveis de CK no sangue costumam manter-se normal

Page 24: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia fascio-escapulo-humeral

Page 25: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia fascio-escapulo-humeral

Page 26: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia fascio-escapulo-humeral

Page 27: Electromiografia II Aula X: Miopatias Docente: Rui Braga

Distrofia fascio-escapulo-humeral