elaboração do pe, ri e pa

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    Bibliotecas

    Escolares

    Saber para dar a conhecerConhecer para fazerSaber fazer para ser

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    NDICE

    MISSO 05

    A INSERO DA BIBLIOTECA NA ESCOLA 07

    PROJECTO EDUCATIVO 09

    REGULAMENTO INTERNO 11

    PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES 13

    EQUIPA 17

    INSTALAO E ORGANIZAO DO ESPAO 31

    LITERACIA(S) 43

    MAPA DO STIO 55

    COORDENAO INTER-CONCELHIAPARA AS BIBLIOTECAS ESCOLARESINSTRUMENTOS DE APOIO 65

    LEGISLAO 67

    ACORDO DE COOPERAO 69

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    MISSO

    Abiblioteca escolar uma estrutura que disponibiliza equipamentos,recursos e servios de aprendizagem, livros e outros recursos que per-mitem a todos os membros da comunidade escolar desenvolver o esp-rito crtico e tornarem-se utilizadores efectivos da informao em todos

    os suportes e formatos. Deve proporcionar aos seus utilizadores todos os recur-sos de informao, conhecimento e recriao literria, promover a utilizao dastecnologias da informao e comunicao, orientando para a construo demateriais pedaggicos, de forma a completar o trabalho da sala de aula.

    A equipa da biblioteca desempenha um papel primordial na consecuodo programa da biblioteca que, se por um lado, deve prever actividades de

    carcter formativo e ldico que respondam s opes e gostos individuais dos jovens, designadamente a leitura, por outro, o seu programa deve ser tambmuma extenso da sala de aula e articular com os professores estratgias emetodologias que integrem os recursos da BE nas aprendizagens dos alunos,permitindo-lhes elevar os nveis de literacia e contribuir para a autonomia essen-cial aprendizagem ao longo da vida.

    Finalidades e objectivos da biblioteca:

    1. Participar no desenvolvimento global e na formao do aluno:o Explorar os recursos documentais para o desenvolvimento global

    do aluno

    A biblioteca escolar proporciona informao e ideiasfundamentais para sermos bem sucedidos na sociedadeactual, baseada na informao e no conhecimento. A biblioteca escolar desenvolve nos alunos competncias para a aprendizagem ao longo da vida e estimula aimaginao, permitindo-lhes tornarem-se cidadosresponsveis.

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    o Utilizar os recursos documentais na formao individual do alunoo Utilizar os recursos documentais para integrar os conhecimentos

    do alunoo Ser capaz de avaliar a informao disponibilizada atravs de

    suportes diversificados2. Ser um local cultural e educativo face ao patrimnio colectivo de

    ontem, hoje e amanho Descobrir as realidades do mundo actualo Abrir-se ao meio atravs da biblioteca escolar e municipalo Criar e fomentar o hbito e gosto pela leiturao Aprender e utilizar a biblioteca para uma aprendizagem perma-

    nenteo Utilizar a biblioteca e os seus recursos para as actividades de

    lazer e ocupao de tempos livres

    o Desenvolver a cultura geralo Descobrir e conhecer o seu patrimnio culturalo Alargar a aco da biblioteca comunidade em geralo Apoiar e difundir as normas de convivncia social para a vida

    individual e colectivao Ser solidrio e cooperativo com as necessidades dos outros

    centros educativos e instituies da rea.

    3. Ser um recurso para a escola em estreita relao com o desenvol-vimento dos programas

    o Apoiar os objectivos do Projecto Educativo

    o Utilizar os recursos documentais, servindo os diferentes progra-mas

    o Aprofundar o estudo adequando-o aos interesses e percursoindividual de cada aluno

    o Utilizar os recursos documentais para estabelecer a ligaoentre as diferentes matrias e as disciplinas

    o Proporcionar a convivncia democrtica responsvel e o uso daliberdade individual

    4. Ser um meio de aprendizagem e de desenvolvimento das compe-tncias de informaoo Aprender a utilizar os sistemas de informaoo Adquirir mtodos do trabalhoo Utilizar os recursos da biblioteca para responder s suas necessida-

    des de informaoo Utilizar e explorar os diferentes mediao Desenvolver a autonomia atravs da pesquisa, produo e difuso

    da informaoo Criar oportunidades de utilizao da informao para a aquisio

    de conhecimentos, compreenso e desenvolvimento da imaginaoo Desenvolver a capacidade de anlise e o esprito crtico, face uti-

    lizao da informao

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    A INSERO DA BIBLIOTECA NA ESCOLA

    Oprocesso de integrao das bibliotecas no Programa Rede de Biblio-tecas Escolares desde 1997 tem vindo a permitir a criao de umnmero significativo de bibliotecas onde foram feitos investimentosconsiderveis, quer a nvel de recursos fsicos e materiais quer dos

    recursos humanos.A integrao no Programa RBE implica um conjunto de princpios e

    orientaes que as escolas integradas devem assumir, no que respeita criaodas instalaes adequadas e espaos funcionais; constituio de uma equipaconsistente, estvel e com formao; adopo de uma poltica documentalajustada populao escolar; dotao oramental anual que permita a susten-tabilidade da BE; ao desenvolvimento de um conjunto de actividades, quer narea da aprendizagem quer do lazer e ao estabelecimento de parcerias comoutras bibliotecas escolares e pblicas.

    De acordo com estes princpios, no quadro da lei da autonomia queconfere escola opes, atravs dos seus rgos administrativos e gesto,enquanto centro de polticas educativas... que esta deve orientar as suas deci-ses e prioridades de forma a criar condies para uma efectiva institucionaliza-o e integrao da biblioteca como estrutura pedaggica de pleno direito. Osseus recursos devem ser potencializados ao servio da melhoria das prticas ealterao de metodologias dos professores e contribuir para aquisio e desen-volvimento das competncias dos alunos, designadamente a autonomia.

    Definidas as linhas orientadoras da actividade da Escola pela Assem-bleia, rgo onde participam todos os representantes da comunidade educativa

    Uma Escola que assume a sua Autonomia umaEscola que escolhe objectivos, que toma

    decises, que opta por determinadas estratgiaspara implementar as suas decises e queconsegue reflectir criticamente sobre os

    resultados que obtm

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    devem ser inscritas as metas para a orientao educativa da escola no Pro- jecto Educativo, definindo o seu regime de funcionamento no RegulamentoInterno, bem como o planeamento das actividades a concretizar atravs doPlano Anual de Actividades.

    No caso de escolas constitudas em agrupamento, os instrumentosinstitucionais acima referidos devem reflectir a poltica educativa global des-te, no que respeita (s) biblioteca(s) escolar(es). As linhas orientadoras parao desenvolvimento da(s) BE(s) devem traduzir a aplicao de um projectopedaggico que contemple os diferentes pblicos das escolas, numa ptica deracionalizao, rentabilizao e partilha de recursos e actividades que englo-bem todas as escolas do agrupamento, face aos objectivos, funes e recur-sos da(s) biblioteca(s) escolar(es).

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    PROJECTO EDUCATIVO

    OProjecto Educativo um instrumento organizacional que permite escola explicitar a sua poltica educativa, as formas de organizaoe de conduo do processo ensino aprendizagem de um modo ade-quado aos alunos e de gesto dos recursos humanos e materiais de

    que dispe. Deve a Escola desenvolver uma poltica dinmica de participaode todos, tendo como objectivo primeiro a melhoria da qualidade da educao.Assim, definidas as linhas orientadoras da actividade da escola o Projecto Edu-

    cativo elaborado com a participao, entre outros, dos elementos do conselhopedaggico cabendo equipa, representada pelo seu coordenador colaborarna elaborao de propostas, explicitando as metas e estratgias a inscrever queconduzam institucionalizao e integrao da BE no seio da comunidade esco-lar. Estas propostas devero ter em conta os princpios orientadores do Progra-ma RBE, no que respeita instalao e fases de desenvolvimento da BE, consi-derando os recursos fsicos, humanos e financeiros, de forma a garantir a suaexecuo anual:

    - a criao de condies que respeitem os objectivos gerais e especficosda bibliotecas escolar. No caso de escolas constitudas em agrupamento

    a integrao e desenvolvimento da BE deve ter em conta essa realidade,devendo contemplar um plano de execuo em torno de um projectopedaggico comum, considerando os recursos e actividades partilhadas;

    - a institucionalizao da biblioteca na escola, como estrutura pedaggicade pleno direito, interventora e catalisadora de mudanas na prtica emetodologias dos professores e no desenvolvimento da autonomia dosalunos e na formao de leitores;

    - a criao de condies para a formao de uma equipa heterognea,estvel e desenvolvimento do seu trabalho;

    - o desenvolvimento de uma interaco efectiva da BE e todos os seusrecursos com todas as estruturas de orientao educativa: articulao

    curricular, coordenao de ano, ciclo e curso, servios especializados de

    O documento que consagra a orientao

    educativa da escola, elaborado e aprovado pelos

    seus rgos de administrao e gesto para um

    horizonte de 3 anos, no qual se explicitam os

    princpios, os valores, as metas e as estratgias

    segundo os quais s escola se prope cumprir a

    sua funo.

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    apoio educativo e demais agentes da comunidade;- a valorizao do papel e funo da BE no contexto da escola actual,

    realizando actividades continuadas que permitam uma apropriaoefectiva de todos os recursos e potencialidade da BE, de forma a

    envolver todos os parceiros e susceptveis de criar sinergias colectivaspara ultrapassar dificuldades/obsctculos;- o estabelecimento de parcerias, sobretudo com outras escolas, institui-

    es, designadamente a Cmara Municipal, atravs dos servios doSABE (Servios de Apoio a Bibliotecas Escolares), Centros de Forma-o e outros.

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    REGULAMENTO INTERNO

    Aincluso da biblioteca enquanto estrutura educativa de pleno direito

    no Projecto Educativo obriga a que todos os agentes da comunidadeescolar tenham em conta a definio de metas e estratgias a adop-tar, tendo em vista o seu desenvolvimento e consolidao. Nesta pers-

    pectiva, a biblioteca deve ocupar um espao no Regulamento Interno que espe-lhe a assumpo desta tomada de deciso pela escola. Atravs da sua institucio-

    nalizao na escola, inscrita nos documentos institucionais legtimos, enquadra-dos na lei da autonomia que confere escola o direito de assumir prioridades eresponsabilidades, a biblioteca estar menos sujeita a flutuaes de interessespessoais e sensibilidades diferentes.

    Princpios e orientaes a constar no Regulamento Interno:

    1. Definio da BE2. Objectivos da BE3. Poltica documental da Escola:

    A poltica documental deve ser definida, ouvidos o Conselho Executivo, o Conse-

    lho Pedaggico, os Departamentos de Articulao Curricular, os professores, osalunos e a restante comunidade educativa e deve estar de acordo com:- O Currculo Nacional;- Projecto Educativo de Escola ou agrupamento de escolas;- Projecto Curricular de Escola;- Equilbrio entre os ciclos e nveis de ensino existentes na escola;- As necessidades educativas especiais e as origens multiculturais dosalunos;

    - As reas curricular, extracurricular e ldica;- O equilbrio entre o suportes que, de uma maneira geral, deve respeitar

    a proporcionalidade de 1:3, relativamente ao material livro e no livro;

    - As reas do saber, respeitando as reas disciplinares/temticas, a

    O documento que define o regime de

    funcionamento da escola, de cada um

    dos seus rgos de administrao e

    gesto, das estruturas de orientao e

    dos servios de apoio educativo, bem

    como os direitos dos membros da

    comunidade escolar

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    literatura, as obras de referncia e o nmero de alunos que asfrequentam;

    - Obteno de um fundo documental global equivalente a 10 vezes onmero de alunos.

    - O Coordenador, com o apoio da equipa da BE, ser o principalresponsvel pela execuo da poltica documental definida;- O Coordenador e a equipa decidiro, em ltima instncia, as aquisi-

    esdocumentais, ouvidos os diferentes utilizadores e de acordo com adotao oramental consignada para o efeito;

    - Todos os documentos adquiridos pela escola sero registados na BE eser feito o respectivo tratamento documental, ficando, assim, acess-veis pesquisa no catlogo da BE;

    - Os documentos adquiridos pela escola (oferta, permuta ou compra)devem ficar no espao da BE, sem prejuzo de haver requisies a

    mdio e longo prazo devidamente justificadas.

    4. Organizao/gesto- Definio do espao ocupado pela BE, sem que isso constitua uma

    limitao sua ampliao;- Definio das reas nucleares, sem que isso constitua uma limitao

    sua evoluo;- Apresentao em Conselho Pedaggico de um Plano de Actividades,

    discriminando as actividades, os recursos humanos, materiais e finan-ceiros e os instrumentos/momentos de avaliao (1 ciclo ver anexo recursos partilhados)

    - Elaborao de um Relatrio de Avaliao Anual, pelo Coordenador ,coadjuvado pela equipa.

    - Devendo o PAA da BE/CRE:

    - Respeitar o Projecto Educativo de Escola- Respeitar o Projecto Curricular de Escola- Respeitar os objectivos definidos para o ano escolar- Respeitar os objectivos gerais da BE/CRE- Definir os objectivos especficos da BE/CRE- Considerar os recursos humanos, materiais e financeiros indispens-

    veis sua concretizao

    5. Equipa- Constituio da equipa : perfil e competncias do professor coordena-

    dor ( formao e experincia)- Forma de designao do Coordenador- Durao do cargo do Coordenador;- Crdito horrio mnimo a atribuir;- Funes do Coordenador;- Outros professores (perfil, competncias, funes e crdito horrio);

    - Funcionrios (perfil de competncias, funes formao e experincia).

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    6. Integrao na orgnica da escola:

    Integrao do coordenador no conselho pedaggico

    Representao nas comisses de elaborao/reviso do R.I, PEEe PC de Escola7. Cooperao com o exterior:

    Cooperao com outras instituies oficiais e particulares em reas comoo trabalho tcnico, a animao pedaggica, etc

    Condies de parceria tcnico-pedaggica com a BM, em particular com oSABE

    PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES

    OPlano de Actividades da Escola um instrumento que permite Escola planificar a sua actividade anualmente e concretizar as opese prioridades assumidas, em funo do Projecto Curricular de Escola,em conformidade com o Projecto Educativo.

    Este documento elaborado a partir das propostas de todos os agentes da comu-nidade educativa, designadamente o conselho pedaggico deve reflectir a polti-ca educativa da escola, elegendo todos os recursos envolvidos.Para o desenvolvimento de uma verdadeira aco concertada das funes e

    objectivos da biblioteca, de forma a potencializar todos os seus recursos, o Planode Actividades desta deve ser elaborado em consonncia com as metas e objec-tivos constantes nos documentos acima referidos.Assim, a equipa, atravs do seu coordenador deve elaborar propostas de activi-dades e estratgias, em primeiro lugar, para poder cumprir os princpios e orien-taes do Gabinete RBE. Uma vez assumido o projecto de instalao e desen-volvimento da biblioteca, por toda a comunidade, como uma estrutura pedag-gica catalisadora de mudana, capaz de responder aos desafios da sociedadeda informao devem ser criadas condies para o seu raio de aco se alargare interagir, de forma articulada, com todas as estruturas educativas da escola,como sejam os departamentos de articulao curricular, organizao das activi-

    dades de turma e coordenao de ano, de ciclo e curso, servios de apoio espe-

    O documento de planeamento, elaboradoe aprovado pelos rgos deadministrao e gesto da escola, quedefine, em funo do projecto educativo,os objectivos, as formas de organizao ede programao das actividades e que

    procede identificao dos recursosenvolvidos

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    cializado e outros parceiros.O Plano de Actividades da Biblioteca, em articulao como Plano Anual deActividades da Escola deve prever:

    Actividades de acordo com os objectivos e funes da BE; Actividades tendo em conta o desenvolvimento da BE,designadamente a formao e o estabelecimento de par-cerias;

    Recursos humanos e materiais de suporte planificaodas actividades;

    Recursos financeiros, ou seja dotao oramental desuporte s despesas correntes, aquisies quer do fundodocumental, quer de outros equipamentos e ainda s acti-vidades a desenvolver ao longo do ano. Garantir um fundofinanceiro do oramento da Escola e outras fontes de

    financiamento; Calendarizao de actividades; Avaliao

    - actividades de formaoEm articulao com o plano de formao da escola, devem existiraces destinadas equipa, contemplando formao mais especfica,de acordo com as necessidades da equipa, com diversos graus de pro-fundidade e modalidades.Para uma melhor compreenso do papel e funes da biblioteca eintegrao dos seus recursos no currculo, devem ser propostas aces

    destinadas a todos os elementos da comunidade educativa: rgo degesto, conselho pedaggico, directores de turma, etc, bem como acti-vidades de formao de utilizadores a professores, alunos, funcionriose outros.

    - actividades para valorizao da biblioteca na escolaDebate e reflexo nos rgos competentes sobre a importncia dabiblioteca como espao pedaggico privilegiado, explicitando o investi-mento feito e a multiplicidade de recursos, ao servio de toda a comuni-dade educativa; calendarizar etapas para o desenvolvimento da BE

    - actividades de cooperaoEstabelecimento de estratgias e procedimentos articulados com orgo de gesto, designadamente o oramento financeiro para a biblio-teca e encontrar alternativas para obsctculos que surjam como sejama nvel da constituio da equipa, incluindo funcionrios, equipamentos,etc.; com os rgos intermdios da escola, realizando reunies, paradiscusso e implementao de actividades conjuntas; com todos osdocentes em geral, designadamente os directores de turma para con-secuo de actividades e produo de documentos conjuntos; com osalunos a nvel do apoio e acompanhamento individual ou realizao

    de aces na ptica da formao de utilizador; com os encarregadosde educao no sentido de conhecerem as potencialidades da BE e

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    que, como parceiros no processo educativo, podem ser desenvolvidasestratgias ao nvel do trabalho individual e da promoo da leitura, querna escola quer atravs de emprstimo domicilirio; com outras escolas darea, Cmara Municipal, atravs dos Servios do SABE, com vista for-

    mao de redes, ou ainda elaborao de publicaes, etc.- actividades de animao

    Actividades vrias para os diferentes pblicos e com finalidades diversas;promoo da biblioteca e difuso da informao

    - avaliaoelaborao de um relatrio no final do ano que permita avaliar o trabalhorealizado e propostas de reformulao.

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    EQUIPA

    Vivemos hoje um processo de globalizao social, econmica, cultural ecomunicacional, onde a abundncia da informao e a sua constante

    mutao impem uma capacidade de adaptao permanente s pos-svel em indivduos preparados para pensar, criticar, criar e agir trans-

    formando informao em conhecimento e este em nova informao socialmentedisponvel.

    Neste contexto, caracterstico da sociedade do conhecimento, a educaodever assentar, segundo a UNESCO, em quatro pilares essenciais: aprender aconhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser.

    Aprender a aprender tem sido a palavra de ordem dos novos mtodos deaprendizagem que deslocaram para o aluno o centro do processo de ensinoaprendizagem, desvalorizando o ensino verbalista centrado no professor e real-ando a necessidade de investir na autonomia do aluno e na sua auto-formaopreparando-o para uma nova exigncia, emergente da sociedade do conheci-mento, que a formao ao longo da vida.

    A biblioteca tem procurado dar resposta s necessidades criadas pelaevoluo social e, em consequncia, s constantes mudanas das teorias edu-cacionais, mtodos de ensino e sistemas educativos. Sem esquecer a sua expe-rincia anterior, tem sua frente novos caminhos e novas misses a desempe-nhar, e os seus responsveis tm que estar preparados para elas.

    A biblioteca escolar, de hoje, no pode ser apenas um repositrio de cul-

    O bibliotecrio escolar o elemento do corpo docente,qualificado, responsvel pelo planeamento e gesto da bibliotecaescolar. apoiado por uma equipa to adequada quanto possvel,trabalhando em conjunto com todos os membros da comunidadeescolar e em ligao com a biblioteca pblica e outras.

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    tura ou local de desenvolvimento do gosto pela leitura literria, que o aluno utilizacomo local de estudo, como instrumento no processo de aprendizagem nomanuseamento das fontes de informao consideradas relevantes para a apren-dizagem do currculo em geral. A biblioteca inserida neste mundo globalizado dasociedade do conhecimento, tem que dar resposta s necessidades cruciais

    resultantes da abundante e constante mudana da informao, desenvolvendonos alunos habilidades de pensar criticamente, ler, ouvir, enfim aprender aaprender.

    Assim, se por um lado se faz apelo s competncias tradicionais do pro-fessor bibliotecrio, por outro exige-se-lhe a capacidade de induzir nos alunoscompetncias para lidar com a informao, competncias para a aprendizagemautnoma e competncias para a cidadania plena.Do professor bibliotecrio espera-se que se adapte e adopte atitudes condizen-tes com o novo ambiente social, que aceite o papel central do desafio exigido escola actual que educar os alunos para viver e aprender em ambiente rico eminformao. O professor bibliotecrio , assim, a figura principal no discurso da(s) literacia(s) e a biblioteca escolar o lugar privilegiado onde os alunos apren-dem a lidar com os novos desafios.

    Mas o professor bibliotecrio no age isolado, ocupado apenas com asactividades da biblioteca, ele est inserido numa comunidade e num sistemaeducativo, faz parte de uma ecologia comunicacional sem fronteiras onde as tec-nologias so o instrumento que potencia o acesso informao e o trabalho emrede, conectando as pessoas, contribuindo para uma inteligncia conectivacolectiva.

    Compete-lhe, assim, um papel de consultor pedaggico, encarregado deintegrar o plano de actividades da biblioteca no currculo escolar e colaborar noprocesso de ensino aprendizagem, tendo em vista a literacia global dos alunos,visando a sua autonomia no acesso ao conhecimento e facultando-lhe os instru-mentos indispensveis sua formao ao longo da vida.

    COMPETNCIAS

    Atendendo filosofia do Programa da Rede de Bibliotecas Escolares misso e objectivos nele definidos e ao que atrs ficou dito que, de uma maneira

    geral, vai ao encontro desses princpios, torna-se indispensvel definir as compe-tncias e funes das equipas das bibliotecas escolares em geral e do seu coor-denador em particular.

    A sistematizao e enumerao das competncias tem essencialmente afinalidade de orientar as escolas, particularmente os rgos directivos e pedag-gicos, na elaborao do Regulamento Interno da Escola, na seleco dos mem-bros da equipa da biblioteca escolar, especialmente do seu coordenador e nadefinio de uma poltica de formao de professores orientada para a constitui-o das equipas e para o aprofundamento/actualizao dos seus conhecimentose ampliao das suas competncias. Tem, tambm, o objectivo de orientar pes-

    soalmente os membros das equipas para a auto-definio de um perfil de forma-o.

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    Estes objectivos s podero ser atingidos se a nomeao dos membrosdas equipas se pautarem por critrios de competncia e se a sua estabilidadeestiver garantida, permitindo uma formao contnua programada e de acordo

    com as necessidades da biblioteca e o perfil de formao definido por cadamembro da equipa.

    Em funo do Programa da Rede de Bibliotecas Escolares e das consideraesque atrs foram enunciadas organizmos as competncias da equipa em doisgrupos: competncias profissionais e pessoais.

    As COMPETNCIAS PROFISSIONAIS foram sistematizadas da seguintemaneira:

    Competncias que permitam a plena integrao da biblioteca

    na escola (capacidade de intervir na elaborao do Regula-mento Interno, Projecto Curricular de Escola; Projecto Educati-vo da Escola, Plano de Actividades) ;

    Competncias que permitam a elaborao de uma polticadocumental em consonncia com a escola;

    Competncias na rea do planeamento e gesto (planificaode actividades, gesto do fundo documental, organizao dainformao, servios de referncia e fontes de informao,difuso da informao e marketing, gesto de recursos huma-

    nos materiais e financeiros); Competncias na rea da literacia da informao (formao de

    utilizadores, promoo da leitura, etc.);

    Competncias no desenvolvimento do trabalho em rede coo-perao/ parcerias a nvel interno e externo;

    Competncias na rea da avaliao (software, hardware, fontes de informao, actividades e servios).

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    COMPETNCIAS

    PROFISSIONAIS DA EQUIPA

    1. Competncias que permitam aplena integrao da bibliotecana escola (capacidade de inter-vir na elaborao do Regula-mento Interno, Projecto Curri-cular de Escola; Projecto Edu-cativo da Escola, Plano de Acti-vidades) ;

    1.1. Conhecer o sistema educati-vo

    1.2. Conhecer os programas deestudos

    1.3. Participar como um membrode uma equipa educacionalno esboo, implementao eavaliao do curriculum;

    1.4. Colaborar na planificao dasactividades curriculares e dosprojectos de desenvolvimento

    educativo da comunidade,assegurando uma adequadautilizao dos recursos dispo-nveis;

    1.5. Relacionar o programa dabiblioteca escolar com o enri-quecimento do curriculum;

    1.6. Conhecer a misso da escolae da biblioteca escolar

    1.7. Saber situar a escola e o ser-vio da biblioteca no interiordo sistema educativo e doprojecto educativo da escola

    1.8. Articular as actividades dabiblioteca com os projectoscurriculares das turmas

    1.9. Assessorar os rgos deadministrao e gesto daescola para viabilizar as fun-es do centro de recursos,

    no mbito curricular, na ocu-

    FUNES DA EQUIPA

    1. Integrao da biblioteca na escola1.1. Implementar mecanismos

    para a integrao dos recur-sos documentais nos pro-gramas de estudo

    1.2. Participar na elaborao erealizao do projecto edu-cativo

    1.3. Participar na elaborao doRI

    1.4. Trabalhar em concertao

    com os professores, o con-selho pedaggico para inte-grar recursos documentaisnos programas de estudos

    1.5. Propor actividades em arti-culao com os alunos eprofessores, de forma a inte-grar os recursos da bibliote-ca no currculo formal einformal

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    pao de tempos livres e nou-tros aspectos do desenvolvi-mento do projecto educativo;

    1.10. Assessorar os rgos

    de administrao e gestodas escolas e os centros deformao das associaes deescolas no mbito da gestoda informao.

    2. Competncias que permitam aelaborao de uma polticadocumental em consonnciacom a escola;

    2.1. Definir as necessidades deformao documental e infor-macional

    2.2. Conhecer as necessidadepedaggicas e os programasde estudo

    2.3. Elaborar e redigir uma polticade desenvolvimento do fundodocumental

    2.4. Proporcionar a existncia defundos documentais diversifi-cados, assegurando a unici-dade do seu tratamento

    2.5. Dinamizar uma poltica deconstruo e valorizao deum fundo documental local;

    2.6. Elaborar e executar uma pol-tica de aquisies

    2.7. Ter uma viso global do servi-o de biblioteca e da sua evo-luo a curto, mdio e longoprazos

    3. Competncias na rea do pla-neamento e gesto(planificao de actividades,gesto de coleces, organiza-o da informao, servios de

    referncia e fontes de informa-o, difuso da informao e

    2. Poltica Documental2.1. Propor a poltica documental

    do estabelecimento quedeve ser vista como umrecurso ao servio dasaprendizagem

    2.2. Definir as necessidades deformao documental einformacional, apoiando-sena anlise do ambientesociocultural dos utilizadores

    e das prticas pedaggicasda escola

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    marketing, gesto de recursoshumanos materiais e financei-ros);

    3.1. Planificao de actividades

    3.1.1. Trabalhar em equipa eintegrar equipas multidis-ciplinares

    3.1.2. Colaborar na planifica-o das actividades curri-culares e dos projectosde desenvolvimento edu-cativo da comunidade,assegurando uma ade-quada utilizao dos

    recursos disponveis;3.1.3. Acompanhar as equi-

    pas educativas envolvi-das nas actividades doscentros de recursos;

    3.1.4. Delinear uma polticade biblioteca escolar eesboar um programapara implementar essapoltica;

    3.1.5. Estabelecer metas alongo mdio e curto pra-zos para o desenvolvi-mento da biblioteca, emcooperao com o pes-soal e a administrao daescola;

    3.1.6. Esboar e planearestratgias;

    3.2. Gesto do fundo documen-tal

    3.2.1. Determinar as modali-dades de aquisio dosdocumentos

    3.2.2. Desenvolver procedi-mentos para ordenar,receber e processarrecursos de educao

    3. Planeamento e gesto

    3.1. Planificar actividades3.1.1. Organizar, manter e

    desenvolver um sistemade informao

    3.1.2. Identificar e organizar

    recursos humanos e ascompetncias de umaequipa ao servio doprojecto

    3.1.3. aplicar uma polticade aquisio que seapoie nas necessidadesdos utilizadores dacomunidade escolar

    3.1.4. Pr a funcionar ferra-mentas de anlise e degesto ao servio de

    uma poltica3.1.5. Facilitar a implanta-o pedaggica das tic

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    3.2.3. Preparar e manter umcatlogo do fundo docu-mental de acordo comprincpios apropriados epadronizados de catalo-

    gao;

    3.2.4. Utilizar princpios declassificao e organizaro material de acordo comesquemas de classifica-o padronizados;

    3.2.5. Indexar material dispo-nvel e tornar as fontesde informao da colec-o totalmente disponvel

    para pesquisa por assun-to;

    3.2.6. Seleccionar o softwareapropriado para a auto-matizao da gesto dabiblioteca escolar.

    3.2.7. Capacidade para inde-xar os documentos deacordo com as necessi-dades dos utilizadores

    3.2.8. Conhecimento das eta-pas da cadeia de trata-mento documental: inde-xao e difuso da infor-mao

    3.3. Gesto da informao

    3.3.1. Capacidade para gerarum sistema informatizadode gesto de documen-tos

    3.3.2. Conhecimento da infor-mtica e das redes

    3.3.3. Capacidade para utili-zar as redes de comuni-cao para a pesquisadas informaes

    3.3.4. Capacidade para mani-pular os computadorespara a transferncia de

    informaes

    3.2. Gesto documental3.2.1. Elaborar a misso e

    os objectivos da biblio-teca

    3.2.2. Elaborar um plano dedesenvolvimento dabiblioteca

    3.2.3. Elaborar uma polticade desenvolvimento decoleces

    3.2.4. Elaborar polticas deaquisio, de cataloga-o e de classificao ede indexao

    3.2.5. Manter uma colecodinmica reflectindo asnecessidades dos utili-

    zadores3.2.6. Estabelecer procedi-mentos de aquisio ede recepo dos docu-mentos

    3.2.7. Criar utenslios depesquisa documentalapropriados aos utiliza-dores

    3.2.8. Estruturar bancos dedados ou ficheiros e p-los em dia conforme as

    necessidades3.2.9. Difundir a informaodisponvel

    3.2.10. Conceber guias cor-respondendo s diferen-tes necessidades dosutilizadores em matriade pesquisa de informa-o

    3.2.11. Produzir bibliografiassobre temas relaciona-dos com as necessida-

    des pedaggicas do

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    3.4. Gesto oramental

    3.4.1. Elaborar previses

    oramentais de curto,mdio e longo prazos

    3.4.2. Preparar um oramen-to que auxilie e reflicta oprograma de ensino egira os assuntos financei-ros;

    3.4.3. Planear estratgiasque assegurem recursosfinanceiros para a BE.

    3.5. Gesto de recursos humanos

    3.5.1. Supervisionar e pla-near a gesto efectivado pessoal da bibliotecaescolar.

    3.6. Gesto de recursos materiais

    3.6.1. Planear a utilizaoeficiente do espao;

    3.6.2. Proporcionar e garantira conservao apropria-da e cuidado dos recur-sos de aprendizagem eequipamento.

    3.7. Competncias na rea daformao

    3.7.1. Conceber um plano deformao para os mem-bros da equipa;

    3.7.2. Conceber e realizarformao na rea das BEpara os professores emgeral;

    3.7.3. Conceber e dinamizaractividades de educaopara os media;

    pessoal docente e como desenvolvimento daleitura dos alunos

    3.2.12. Manter em bom esta-do os documentos

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    4. Competncias na rea da(s) lite-racia(s) (formao de utilizado-res, promoo da leitura, etc.);

    4.1. Conhecer as fontes de infor-mao

    4.2. Conhecer as estratgias depesquisa de informao eanlise crtica da informao

    4.3. Apoiar e coordenar activida-des para apadrinhar pensa-mento crtico e aprendizagemindependente.

    4.4. Dominar as tecnologias deinformao e comunicaoem ambiente educativo;

    4.5. Conhecer o mercado de ani-mao do livro

    4.6. Conhecer a psicologia dasfaixas etrias dos destinat-rios

    4.7. Conhecer o nvel de desen-

    volvimento dos utilizadores edos seus comportamentosliterrios

    4.8. Conhecer a literatura para ajuventude

    4.9. Estruturar o funcionamentode dispositivos de utilizao ede produo multimdia;

    4.10. Promover a produo e

    divulgao da informao,assegurando o envolvimentode alunos, professores e deoutros agentes da comunida-de educativa;

    4.11. Conceber e dinamizar umapoltica global de animaopedaggica da biblioteca/centro de recursos educati-vos;

    4.12. Analisar o comportamentode procura de informao e

    3.7. Formao

    3.7.1. Planificar actividades deaperfeioamento do pessoal

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    os interesses de alunos eprofessores e de relacionaressas necessidades e inte-resses para adequar fontesde informao;

    4.13. Auxiliar alunos e profes-sores no uso efectivo deuma variedade de recursoseducativos, tanto de mate-riais como de equipamen-tos.

    5. Competncias no desenvolvi-mento do trabalho em rede

    cooperao/ parcerias a nvelinterno e externo;

    5.1. Activar a ligao da escolacom a rede de leitura pbli-ca.

    5.2. Elaborar propostas articula-das com os rgos pedaggi-cos da escola de forma a darvisibilidade ao trabalho realiza-do pelos alunos no mbito da

    biblioteca6. Competncias na rea da ava-

    liao (software, hardware,fontes de informao, activi-dades e servios)

    6.1. Auto-avaliar as produese os processos

    6.2. Desenvolver instrumentosde avaliao

    6.3. Avaliar documentos emtodos os suportes

    6.4. Avaliar os efeitos das acti-vidades desenvolvidas noseu contributo para odesenvolvimento da quali-dade da aco educativa.

    6.5. Avaliar o programa, emfuno das metas definidase de o adaptar e rever se

    necessrio

    4. Literacia da informao4.1. Facilitar e encorajar a pes-

    quisa4.2. Ajudar a localizar a informa-

    o4.3. Determinar as modalidades

    de utilizao dos recursosdocumentais

    4.4. Facilitar o acesso aos recur-sos e sua explorao(localizao e utilizao dosdocumentos)

    4.5. Conduzir os alunos para amaestria da informao, edesenvolver-lhes o gosto daleitura e do livro permitir aoaluno o direito informao, responsabilidade crtica e sua autonomia de pensa-mento

    4.6. Permitir aos alunos: construirsaberes; adquirir uma culturade informao; elaborar e

    validar um mtodo pessoal4.7. Sustentar e encorajar odesenvolvimento das TIC

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    COMPETNCIAS PESSOAIS

    1. Possuir experincia de ensino (de preferncia pertencer ao QNDda escola);

    2. Possuir formao nas reas vocacionadas para o desempenhode funes na BE;

    3. Apresentar motivao para o desempenho de funes na BE;

    4. Mostrar interesse e disponibilidade para aprofundar a formaona rea das BE;

    5. Reconhecer a necessidade de formao ao longo da vida;

    6. Possuir caractersticas de liderana;

    7. Defender o trabalho de equipa;

    8. Ter uma boa cultura geral;

    9. Possuir uma viso alargada e integradora da BE;

    10. Partilhar conhecimentos e experincias em contextos alargadose profissionais;

    11. Identificar novas oportunidades e factores de mudana;12. Defender a inovao e a abertura ao exterior;

    13. Possuir cultura de informao

    14. Comunicar facilmente com os utilizadores;

    15. Mediar/gerir conflitos

    15. Induzir alteraes nos comportamentos.

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    CARACTERIZAO DA EQUIPA

    Constituio da equipa

    A equipa da biblioteca escolar nos estabelecimentos de Ensino do 2 Ciclo edo Ensino Secundrio dever ser constituda por um mnimo de 4 e um mximo deoito professores e por um mnimo de um e um mximo de 4 funcionrios:

    O nmero de professores depender do n de alunos da escola, dosnveis de ensino, dos turnos a funcionar, das valncias da biblioteca(consulta/produo) e do nvel e complexidade da gesto/funcionamento;

    O nmero de funcionrios depender dos turnos e do horrio de fun-cionamento dirio, do nmero de alunos e dos nveis de ensino, do

    espao e complexidade das tarefas que lhes so atribudas.A equipa dos estabelecimentos de Ensino do 1 Ciclo ser constituda pelo profes-sor destacado na qualidade de recurso partilhado, por professores nomeados pelaescola (no mnimo um professor) e por um funcionrio.

    Organizao da equipa

    O Coordenador das BE dos 2 Ciclo e Secundrio ser nomeado peloConselho Executivo, de acordo com as regras estabelecidas no Regu-lamento Interno da Escola (forma de nomeao, durao do cargo ecompetncias) e, desejavelmente, ratificado pelo CP.

    Os restantes membros da equipa devem ser nomeados pelo CE, ouvi-do o Coordenador, e de acordo, tambm, com o RI (n de elementos,forma de nomeao, durao do cargo e competncias respectivas).

    A atribuio de funes aos membros da equipa (para alm do coor-denador) ser feita de acordo com a estruturao da equipa previstano Regimento da Biblioteca e com as competncias de cada um.

    FUNES DO COORDENADOR

    1. Coordenar a equipa;2. Cooperar com o CE na seleco dos membros da equipa

    3. Representar a BE no CP;4. Representar a BE nas comisses de elaborao do RI, do Projecto

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    Educativo, do Projecto Curricular, do Plano de Formao ;5. Coordenar a comisso responsvel pela definio da poltica docu-

    mental da escola e ser o responsvel pela sua elaborao/redaco;

    6. Executar a poltica documental;

    7. Propor e executar a poltica de aquisies8. Assessorar o CE nas questes relacionadas com a poltica docu-

    mental, gesto da informao e funcionamento da BE e com aorganizao curricular;

    9. Assessorar o Centro de Formao da sua rea pedaggica para asquestes de formao dos docentes e no docentes no mbito dasBE;

    10. Coordenar a elaborao do Regimento da BE e propor a sua apro-vao em pedaggico;

    11. Coordenar a elaborao e apresentar o Plano Anual de Activida-des da BE ao CE e ao CP;

    12. Coordenar e responsabilizar-se pela execuo do Plano Anual deActividades;

    13. Definir os mecanismos de articulao da BE com os diferentessectores e actores da escola e zelar pela sua aplicao;

    14. Coordenar a elaborao e apresentar ao CE e CP o RelatrioAnual de Avaliao da BE;

    15. Coordenar a gesto documental e a difuso da informao;16. Gerir os recursos financeiros previstos e aprovados para a execu-

    o do Plano de Actividades;17. Estabelecer redes de cooperao, acordos, protocolos no plano

    interno e externo nas reas de actividade da BE, de acordo com oCE e o CP;18. Representar externamente a BE de acordo e em consonncia com

    o CE e o CP;19. Zelar pela guarda e manuteno do mobilirio, equipamentos e

    documentos;20. Delegar funes nos membros da equipa de acordo com o CE e

    CP;21. Desenvolver estratgias de forma a valorizar o papel e misso da

    biblioteca na escola.

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    INSTALAO E ORGANIZAO DO ESPAO

    APRESENTAOO documento presente resulta da adaptao de uma publicao elaboradaem 1998 no Departamento de Gesto de Recursos Educativos (DEGRE) doMinistrio da Educao, no mbito do programa Rede de Bibliotecas Esco-lares, e tem como principal objectivo apoiar as escolas na elaborao do seuprprio projecto de adaptao de instalaes para o funcionamento de bibliote-cas escolares, entendidas como centros de recursos educativos multimdia.Com esse fim, estabelecem-se princpios e normas de referncia sobre as carac-tersticas dos espaos e sua organizao, bem como sobre o mobilirio e equi-pamentos. Identificam-se tambm algumas das condicionantes funcionais e tc-

    nicas a ter em conta nas obras de adaptao de espaos.Na elaborao deste quadro de referncia tiveram-se em conta as orientaesgenricas propostas no Relatrio "Lanar a Rede de Bibliotecas Escolares", bemcomo a necessidade de encontrar solues flexveis, adaptveis a diferentescontextos e tipologias de escolas. Para esse efeito, foi importante o conhecimen-to directo de solues encontradas por escolas que j desenvolveram projectosneste domnio.Para facilitar a operacionalizao das recomendaes constantes desta publica-o, so apresentados em anexo vrios exemplos da sua aplicao em diferen-tes tipos de escolas, o que, para alm do seu valor indicativo, permite visualizaras principais transformaes propostas e orientar a sua execuo em escolas j

    existentes.

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    O ESPAO E A SUA UTILIZAO

    A instalao de uma biblioteca escolar, entendida como um centro de recursos

    educativos multimdia, passa muitas vezes pela modernizao do espao daantiga biblioteca da escola. De um modo geral, este espao inicialmente previstopara biblioteca no suficiente, nem rene as condies julgadas necessriaspara a sua instalao, na perspectiva actual e dinmica de o encarar. Nos edif-cios para escolas do 1 ciclo do ensino bsico nunca foi previsto espao especfi-co para biblioteca.Assim, ser necessrio reunir condies para poder dispor de um espao ade-quado aos servios e actividades que as novas bibliotecas devem proporcionar.Ao nvel do espao - para que possa funcionar como um centro de recursos daescola - a biblioteca dever dispor de localizao valorizada e rea adaptvel,em termos de utilizao exclusiva. Consoante os casos, ser preciso redimensio-nar o espao da primitiva biblioteca, encontrar um espao alternativo ou disporde um local que possa vir a ser a primeira biblioteca da escola.Ser desejvel que o espao destinado biblioteca tenha uma localizao cen-tral na escola, de fcil acesso quer do interior quer do exterior, devendo ter o per-curso de acesso devidamente assinalado nos trios e acessos principais. Deverconstituir um local de convergncia cuja localizao convide entrada e o seuinterior torne apetecvel a permanncia. Deve ser atractivo, agradvel e confort-vel. A facilidade de acesso do exterior, quando possvel, revela-se de particularutilidade na cooperao com outras escolas da zona e ainda na participao,entre outros, dos pais dos alunos.

    A utilizao do espao pelos alunos, individualmente ou em grupo, deve ser livree espontnea, para a elaborao de trabalhos solicitados pelos professores ouda sua prpria iniciativa e, tambm, para usufrurem dos recursos disponveisnos seus tempos de lazer.A documentao existente (livros, revistas, diapositivos, cassetes vdeo, DVDsou udio, CDs, CD-ROMs, etc.) deve ser de livre e fcil acesso a todos os utiliza-dores, tanto alunos como professores e funcionrios, devendo encontrar-se devi-damente exposta e assinalada, para facilmente poder ser procurada e encontra-da.Os meios de consulta (leitores de udio portteis, leitores de vdeo e de DVD,portteis sempre que possvel, computadores de mesa ou portteis, etc.) devem

    ser disponibilizados e facilitada a sua utilizao autnoma, nomeadamente oacesso Internet.A escola deve providenciar a instalao de uma rede informtica na biblioteca,fsica ou sem fios e, se possvel, ligada rede pedaggica da escola, em particu-lar s salas de aula. Hoje em dia comea a ser possvel a utilizao da Internetpara aceder televiso, devendo ser considerada esta hiptese. muito importante o papel da escola pela dinmica que poder imprimir a esteespao, para que ele seja verdadeiramente vivido, os interesses dos alunossejam despertados e desenvolvidas novas actividades.

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    Consideraes

    A planificao e construo do espao podem condicionar, desde logo, o

    sucesso ou insucesso do projecto.Uma biblioteca construda de raiz, para corresponder ao que se espera dela, deveser encarada como o produto de um dilogo entre o(s) arquitecto(s) e os especialis-tas de vrios ramos que sobre ela tm uma palavra a dizer.

    Tendo sempre presente que, em termos gerais, deve corresponder aos prin-cpios enunciados pelo Programa da Rede de Bibliotecas Escolares e aos condicio-nalismos de ordem organizacional e pedaggica que o sistema de ensino vai crian-do, devem ser considerados, na sua multiplicidade, vrios requisitos, dos quais des-tacamos

    1. Localizao2. Iluminao3. Insonorizao4. Energia e redes de comunicao5. Acessibilidade6. Segurana7. rea de construo8. Organizao do espao9. Mobilirio e equipamentos

    1. Localizao Em funo do contexto global da escola: deve ficar localizada numa

    zona central e de fcil acesso a partir das salas de aula, longe daszonas mais ruidosas e do sector administrativo, da direco da escola,bem como da sala de professores;

    Em funo da orientao espacial e dos microclimas locais: aorientao deve privilegiar uma boa iluminao natural e prevenirvariaes trmicas exageradas ou grau de humidade excessivo noespao interior;

    Em funo do acesso do exterior sendo a biblioteca um equipa-mento cultural que, em muitos casos, nico na localidade onde seinsere, deveria ser rentabilizado o investimento realizado, permitindo oacesso fcil a partir do exterior pelos restantes membros da comunida-de e a sua fruio aos fins de semana, devendo, por isso, procuraruma localizao que, para cumprir este objectivo, enunciado desde oprincpio no Programa da RBE, no implique recursos humanos acres-cidos, custos exagerados ou organizao complexa.

    2. Acessibilidade Deve localizar-se preferencialmente no rs-do-cho e permitir o aces-

    so fcil, a partir do exterior, a pessoas portadoras de incapacidade fsi-

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    ca.

    3. Flexibilidade Prever a possibilidade de adaptaes resultantes do crescimento

    populacional e, essencialmente, de alteraes curriculares e tecno-lgicas;

    Considerar a circulao externa e interna dos utilizadores de modoa salvaguardar possveis distrbios ou falhas de segurana

    Resumindo: Localizao central Rs-do-cho Respeito pelos incapacitados Evitar as zonas ruidosas e/ou recorrendo a solues construtivas

    que resolvam o problema Flexibilidade Previso do crescimento populacional Acesso pela comunidade local

    4. Insonorizao A escola , por definio, um espao onde o rudo frequente e

    agride quem se dispe a um trabalho de reflexo e produo deinformao que o da biblioteca, nesse sentido deve ser considera-do o tratamento acstico em todas as reas da BE, recorrendo aosprocedimentos tcnicos mais comummente usados nestas circuns-tncias, de modo a evitar o rudo do exterior e, por outro lado, con-

    trolar o rudo interno resultante da sua utilizao e das caractersti-cas especficas dos seus utilizadores preferenciais os alunos.

    5. Iluminao Iluminao natural deve ser garantida a iluminao natural de

    forma indirecta impedindo a entrada directa do sol no espao dabiblioteca.Com a preocupao de uma boa iluminao natural, a maior partedas bibliotecas possui uma fachada envidraada virada a nascente,poente ou a sul, permitindo a entrada avassaladora do sol, originan-do um sobre-aquecimento interior no vero e, por outro lado, aten-

    dendo s caractersticas climticas do nosso pas, o arrefecimentoacentuado no inverno, no sendo possvel recorrer a equipamentosadequados, atendendo ao seu custo, manuteno e respectivosconsumos, para obviar esta situao pouco ecolgica.

    A compartimentao dos espaos da BE recorre utilizao dasestantes, contrariando a metodologia tradicional de as colocar lon-ge das janelas e junto das paredes viradas a norte, nesse sentido aentrada directa do sol encontra aqui mais uma razo para ser evita-da, com o objectivo de impedir a deteriorao dos documentos e dasinaltica usada no apoio aos utilizadores (quer nos livros, quer nas

    estantes e respectivas prateleiras).

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    Uma boa iluminao natural e uma relao visual com o exterior soimprescindveis a um espao que se quer aprazvel, mas a entradadirecta do sol dever ser evitada, de modo a no obrigar a utilizao decortinas mais ou menos opacas, mais ou menos decorativas e de difcil

    enquadramento e manuteno.A rea multimdia deve estar organizada de modo a que os monitoresno recebem luz directa ou estejam em contra luz.

    A iluminao artificial seguindo as regras e regulamentos especficosdeve levar em conta a natureza das reas funcionais e a compartimen-tao dos espaos recorrendo ao mobilirio.

    Resumindo:A BE exige um espao bem dimensionado em funo do nmero de utiliza-dores previstos, bem como do clima especfico da regio onde se insere.Sendo um espao com caractersticas especiais, pela sua natureza e tipo deutilizao, deve constituir, por si s, motivao para a sua fruio, devendo,por isso, ser encarada a utilizao de materiais e solues tcnicas que aisolem do rudo exterior, do frio e calor bem como da humidade excessiva.A biblioteca pode ser um bom exemplo de utilizao ecolgica dos materiaise de solues amigas do ambiente que promovem a qualidade de vida,recorrendo a solues com custos aceitveis.

    Solues construtivas especficas e sistemas de controle dahumidade;

    Solues construtivas especficas e sistemas de controle da

    temperatura.6. Rede elctrica e de comunicaes a planificao da instalao elctrica e da

    rede de comunicaes (telefones, rede local/Internet e televiso) deve serconsiderada de incio em funo das reas funcionais, do nmero de utiliza-dores e dos servios de apoio e ser flexvel, permitindo alteraes ou amplia-es que no exijam intervenes complexas ou onerosas.

    7. A segurana dos utilizadores e dos documentos/equipamentos deve ser equa-cionada segundo vrios aspectos, referimos aqui aqueles que nos parecemevidentes e que no vemos aplicados na maioria das BE:

    Sentido da abertura das portas e respectivo dimensionamento Portas de emergncia e janelas funcionais Utilizao de materiais no comburentes e incombustveis Sistemas de combate a incndios (sensores, asperso automtica),

    extintores estrategicamente colocados e adequados ao tipo de mate-riais existentes e sinaltica de apoio aos utilizadores em situaes deemergncia.

    8. Organizao do espaoAs bibliotecas Escolares existentes resultaram, na maioria dos casos, da

    adaptao de espaos que no foram criados para essa funo, ou se o

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    exigncias especficas da arrumao e exposio dos vrios suportesdocumentais e da utilizao de equipamentos de leitura udio, vdeo einformticos portteis (prever terminais elctricos, de rdio/televiso ede rede/wireless). Assim, nesta zona, poder-se- considerar global-

    mente um espao para consulta de material impresso, udio e audio-visual.

    d. Zona de consulta e produo multimdiaEsta zona ser dotada de material informtico (computadores, scan-ners, impressoras, webcams, mquinas fotogrficas e cmaras de fil-mar digitais) de modo a permitir o acesso Internet, rdio e televi-so, bem como a possibilidade de produo de documentos impres-sos (desde textos a cartazes, etc.), udio, audiovisuais e multimdia.Os computadores sero detentores de hardware, software e caracte-rsticas que permitam a produo referida.Esta zona, para alm das mesas de computador, dever possuirmesas para o trabalho de grupo.

    2. rea da gesto e do tratamento documentalEsta rea destina-se ao trabalho da equipa e ao tratamento documental,devendo estar em contacto visual com a rea nuclear atravs de uma paredede vidro.3. rea de utilizao polivalenteSala de apresentao multimdia, de conferncias, de debates e de activida-des de apoio curricular em grupo ou em turma.

    4. rea de armazenamento

    5. rea de exposiesrea de circulao e de acesso rea nuclear e exterior a esta

    9. Clculo da rea Parece-nos que o sistema previsto no documento inicial pecava por

    defeito, devendo ser corrigido de modo a considerar espaos de cir-culao mais amplos servindo de amortecedor ao rudo visual eauditivo, resultante da deslocao dos alunos entre as diversas

    reas e, por outro lado, ampliando o espao crtico atribudo a cadaaluno. A existncia das reas curriculares no disciplinares, particularmen-

    te a rea de Projecto, e as exigncias postas biblioteca no apoioao desenvolvimento das competncias de informao destes alunose ao trabalho de parceria a desenvolver entre os professores e abiblioteca, exige um espao prximo, com as caractersticas da salade aula e em comunicao com a biblioteca, impondo-se, assim, acriao de uma sala polivalente que, de resto, servir, tambm, deapoio s actividades de substituio que do origem a momentoscrticos de utilizao por alunos, em regime de turma, que acedem

    biblioteca sem o apoio de qualquer professor, exigindo um acompa-

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    nhamento e um redimensionamento desta de modo a absorver,em termos de espao e rudo, estes alunos.

    O espao da recepo da zona de acolhimento, sendo criadauma rea de trabalho para a gesto da biblioteca e tratamento

    documental, pode ser reduzida relativamente proposta inicial.

    CLCULO DA REA

    Frmula para o clculo global do espao: 12% X n total de alunos X

    3,6 m2

    Lugares sentados: n total de alunos X 12%rea de gesto: 12/15 m2

    rea polivalente: 60 m2

    rea de armazenamento: 8/16 m2

    QUADRO2 e 3 Ciclos e Secundrio - rea de ocupao da biblioteca escolar (espao nuclear, outras

    salas e arrecadao)N. de turmas 10 15 20 25 30N. de alunos 250 375 500 625 750

    Espaos / reas / OcupaoUtiliza-dores

    sentadosrea(m2)

    Utiliza-dores

    sentadosrea(m2)

    Utiliza-doressenta-

    dos

    rea(m2)

    Utiliza-dores

    sentados

    rea

    (m2)

    Utiliza-dores

    sentados

    rea

    (m2

    )

    Espaonuclear

    Zona de acolhimentoAtendimento e servio tcnicoZona de leitura informal 5 8 10 13 15Zona de consulta de documen-tao 15 17 26 32 43

    Multimdia e internet 14 20 24 30 32Total 34 108 45 162 60 216 75 270 90 324

    Outrasreas

    Sala polivalente 60 60 60 60 60

    Sala de gesto 12 12 15 15 15

    Arrecadao 8 8 10 10 12Totais 25 188 38 242 50 200 63 244 75 278Total 34 170 45 215 60 301 75 355 90 411

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    10. Mobilirio e equipamentos por rea O mobilirio seleccionado deve ser produzido por empresas idneas e

    devidamente qualificadas na produo de mobilirio especfico. Deve ser robusto, esttica e ergonomicamente adequados funo. Deve considerar as diferentes reas e zonas funcionais e as caracte-

    rsticas prprias de funcionamento de cada uma e os seus destinat-

    rios; Deve ser modular, flexvel, de prateleiras amovveis e regulveis em

    altura, e de produo garantida de modo a prever futuras aquisies; Deve permitir o acesso livre, o que implica a existncia de estantes/

    armrios adaptados ao armazenamento e consulta de documentos emdiferentes suportes e equipados de modo a possibilitar a instalaoamovvel de sinaltica adequada, indicando o contedo das estantes edas prateleiras.

    11. Equipamento por reas de funcionamento:Devem ser definidas as necessidades especficas relativamente a cadauma das reas e zonas de funcionamento da biblioteca em termos deenergia, comunicaes, mobilirio e equipamentos.

    1. rea de exposies exterior rea nucleara. Placares para exposio de cartazes, cartolinas, etc.b. Mesas e armrios vitrine para exposio de materiais de acesso

    reservadoc. Sistemas de iluminaod. Terminais de rede/Internet/wirelesse. Terminal para televiso

    f. Tomadas elctricas

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    2. rea NuclearZona de acolhimento:

    a. Trs terminais de rede local/Internet /wirelessb. Linha telefnica para as comunicaes internas e externas

    c. Tomadas elctricasd. Fotocopiadora/impressora/scanner ligada rede local/

    wirelesse. Balco de atendimentof. Estantes para novidades e placares informativosg. Armrio para armazenamento do miolo do material no

    livro: cd-roms, DVD, cd-audio, videocassetes, etc.h. Bloco de cacifos para pastas e equipamento individual

    Zona de leitura informal:a. Estantes para arquivo e exposio de peridicosb. Caixa de lbunsc. Mesas de apoiod. Maples individuais

    Zona de consulta de documentaoNota: esta zona deve estar organizada nas seguintes sub-zonas:

    - zona de referncia, na transio da zona de acolhimento paraa zona de consulta da documentao. Esta zona dever possuirum ou mais terminais de rede/Internet de modo a permitir a con-sulta do catlogo.

    - Zona do fundo documental (fico e no fico). Esta zonadever possuir terminais de rede/Internet de modo a permitir aconsulta do catlogo e a consulta de cd-roms, DVD, vdeo cas-setes e internet

    a. Terminais de rede/wireless/Internet (em funo do nmeromximo de utilizadores previstos)

    b. Terminais de televisoc. Tomadas para corrente elctrica ao longo das paredes/

    pavimento de modo a permitir ligar computadores, materialporttil udio, vdeo e informtico

    d. Computadores de mesa ou portteise. Leitores portteis de DVDf. Leitores portteis udiog. Estantes simples e duplas com 5 e/ou 6 prateleiras para

    livrosh. Arquivos rotativos para dossiersi. Estantes para arquivo e exposio de material udio e audio-

    visual para consulta e visionamento presencial j. Mesas para trabalho individual e de grupo de acordo com as

    faixas etrias dos utilizadoresk. Cadeiras de acordo com as faixas etrias dos utilizadores

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    Zona multimdiaa. Terminais de rede/wireless/Internetb. Terminais de televisoc. Tomadas elctricas

    d. Computadores para consulta, produo e comunicao multi-mdia com disco, memria ram e placa grfica e software ade-quados a estas funes, bem como monitores de 17

    e. Monitor de televisof. Mquinas fotogrficas digitaisg. Camcorders digitais / webcamsh. Gravadores digitaisi. Leitores gravadores de cd-roms/DVD j. Digitalizadoresk. Impressoras a coresl. Mesas para computadoresm. Mesas para trabalho de grupon. Cadeiras adequadas para cada um dos tipos de mesaso. rea polivalentep. Terminais de rede/Internetq. Terminal de televisor. Tomadas elctricass. Projector de vdeo/PCt. cran de paredeu. Impressora a coresv. Computador de mesa ou porttil

    w. Mesas individuais ou duplasx. Cadeirasy.

    rea de gesto e tratamento documentalNota: a localizao desta sala ter uma porta para a rea nuclear, poden-do ter um acesso independente, e apresentar uma parede envidraadavirada para a rea nuclear

    a. Terminais de rede/wireless/Internetb. Terminal de televisoc. Tomadas elctricasd. Dois computadores

    e. Uma impressoraf. Estantes abertasg. Armrios fechadosh. Mesa de reuniesi. Duas mesas para o tratamento documental j. Cadeiras

    rea de armazenamento/arrecadaoa. Terminal de rede/wirelessb. Estantes abertas e fechadasc. Mesa

    d. Cadeiras

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    LITERACIA(S)

    A biblioteca da escola ao servio da aprendizagemO mundo do sc. XXI caracteriza-se pela exploso contnua dos conhecimentos cientficose pelo desenvolvimento acelerado das tecnologias. Todos os aspectos da existncia humanasero contnua e profundamente transformados. Se, desde a inveno da mquina a vaporat do computador, o gnero humano transformou a face do mundo e o seu quadro devida, tudo isso pouco representa diante da acumulao previsvel de novos conhecimentoscientficos e novas inovaes tecnolgicas. A humanidade acumulou mais conhecimentoscientficos desde 1900 que ao longo de toda a sua histria. As inovaes tecnolgicas acu-mulam-se a um ritmo vertiginoso, como podemos verificar na nossa vida quotidiana, inva-dida de h uma dezena de anos pelo telefone celular, a videocassete, o micro-computador,etc. [i]

    1.1 Um recurso presente, actual e essencial1.2 A informao ao servio da aprendizagem e do sucesso1.3 Um parceiro indispensvel

    1.1 Um recurso presente, actual e essencialDesde o seu arranque, aps as recomendaes do relatrio Parent em 1963, abiblioteca da escola EB 2,3 e secundria, tende a afirmar-se, cada vez mais, comouma parte integrante dos recursos pedaggicos, oferecidos aos alunos e aos pro-fessores, nos planos cultural e informativo. Os alunos frequentam a biblioteca com

    o objectivo de a realizar os trabalhos escolares ou simplesmente para encontrarleituras em funo de um interesse, de uma necessidade ou de uma aprendiza-

    O uso da informao um aspecto bsico da formao do indivduoque deve fazer-se ao longo da escolaridade com um programa

    adequado s capacidades dos alunos. Neste artigo, apresenta-se

    uma proposta de programao que contempla as funes essenciais

    da biblioteca, agrupada em objectivos e actividades para os

    diferentes ciclos, para trabalhar com os alunos a variedade de

    recursos educativos e a sua utilizao.

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    gem especfica. Os professores podem recorrer aos especialistas em documenta-o e aos numerosos recursos documentais disponveis para responder aos pro-cessos pedaggicos que privilegiam na sua prtica de ensino.A implementao das tecnologias de informao e comunicao dizem respeito,

    em primeiro plano, biblioteca e ao seu pessoal e refora, assim, o seu papelenquanto centro de informao ao servio dos alunos e dos professores. As tec-nologias permitem aos utilizadores descobrirem modos renovados de acesso informao para consulta de documentos em suportes digitais, ou interrogar ban-cos de dados locais ou distantes atravs das auto-estradas da informao. A utili-zao esclarecida dos meios tecnolgicos adequados favorecem a pesquisa, semfronteiras da informao. Obriga, no entanto, a aprender a validar a fiabilidadedestas novas fontes de informao. Neste contexto, desenvolver nos alunos umacultura de informao, baseada no rigor e no discernimento, parece imperativo. Ao mesmo tempo importante sublinhar o grande surto da literatura infantil e juvenil que tem ocorrido nos ltimos anos, no Quebeque, no Canad ingls, nosEstados-Unidos, na Europa ou na sia. um gnero, hoje, abundante quer na

    diversificao temtica quer na grande qualidade dos temas abordados, no trata-mento literrio ou na originalidade da ilustrao.As coleces de documentos da biblioteca, os diversos bancos de dados assimcomo as tecnologias de informao e comunicao constituem para os alunosmeios de acesso informao, de se apropriarem da realidade, de enriqueceremos seus conhecimentos, desenvolver o seu imaginrio, estruturar o seu pensa-mento, desenvolver um esprito curioso e criativo, em suma, aprender de formaautnoma e com sucesso. Os recursos disponveis na biblioteca escolar, tantohumanos como materiais, constituindo meios complementares para o professor,permite-lhe enriquecer o seu ensino e induzir estratgias pedaggicas mais efica-zes.

    1.2 A informao ao servio da aprendizagem e do sucesso

    A biblioteca escolar est enraizada na paisagem escolar do Quebeque. Hoje, pre-tende-se a utilizao plena de todos os seus recursos, integrando-a, prioritaria-mente nos projectos pedaggicos da turma e da escola, nomeadamente na pes-quisa e tratamento da informao.Nesta ptica, o ponto de partida da pesquisa da informao deve ser a biblioteca,constituindo uma das vias a explorar e a desenvolver. Por pouca importncia quelhe demos, seja na forma tradicional, seja pela via das tecnologias das auto-estradas da informao, os recursos documentais podem alimentar e satisfazer,no aluno, este desejo de saber e de descobrir o mundo.A abordagem desenvolvida na pesquisa da informao inscreve-se, por sua vez,na pedagogia da descoberta e do sucesso, questo ilustrada pela afirmaoaprender procurando e aprender a procurar, muitas vezes em processo simult-neo. Preconizando que o aluno seja o prprio agente no processo de pesquisa,compreende-se que aprenda procurando, quer dizer, que se pratique uma peda-gogia de descoberta. Quanto pedagogia do sucesso, coloca em evidncia oenquadramento feito pelos professores e especialista em documentao, paraguiar o aluno no seu processo de aprendizagem, propondo-lhe mtodos de traba-lho, ateliers, trabalhos prticos ou exerccios relativos ao domnio e exerccio dehabilidades precisas.

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    O processo de pesquisa e tratamento da informao visa trs objectivos principais :

    Tornar o aluno competente na utilizao de um mtodo de trabalho eficaz. Desenvolver a autonomia do aluno nas suas aprendizagens Familiarizar o aluno com um processo de resoluo de problemas

    Um mtodo de trabalho baseado no rigor do processo utilizado, subtileza nos instrumen-tos e meios escolhidos e lgica na execuo das tarefas a cumprir. No plano prtico,a autonomia das aprendizagens significa que o aluno saiba identificar e utilizar osrecursos da biblioteca, outros locais e stios de informao. Tambm a autonomia, noplano intelectual, permite ao aluno melhorar os seus conhecimentos e competnciasde pesquisa, adquirir novos, tornando-se mais crtico face aos produtos de informa-o, noutros termos, que se torne num consumidor advertidono vasto e rico dom-nio da informao o que nos parece bastante necessrio no contexto de desenvolvi-

    mento das tecnologias e da multiplicao das fontes de informao, de acesso cadavez mais fcil.1.3 Um parceiro indispensvel

    A via pedaggica da escola e as responsabilidades educativas face formao do alu-no favorecem as trocas profissionais entre professores e especialistas em documen-tao. Trocas que incidem, sobre a seleco da documentao, tendo em conta osprogramas de ensino, sobre a realizao de actividades de animao da leitura esobre a implementao de estratgias de iniciao explorao dos diversos recur-sos da biblioteca.

    Sempre que os professores escolhem fazer equipa com o responsvel pela biblioteca,implementam uma parceria dinmica que permite consolidar a cooperao na prepa-rao, na realizao e, tambm, na avaliao de um trabalho de pesquisa e trata-mento da informao, realizado pelo aluno. Este trabalho de equipa favorece, signifi-cativamente, a utilizao e integrao dos recursos documentais nas estratgias deensino e aprendizagem.

    A colaborao dos agentes educativos na escola permite elaborar planos de interven-o ( ou aces) feitos de acordo com as necessidades individuais dos alunos, queconduzem ao domnio das competncias especficas, necessrias compreenso e utilizao do processo de pesquisa de informao. Neste aspecto, o pessoal doCentro de Recursos deve exercer uma liderana que estimule os docentes a asso-ciar-se-lhes para a preparao e realizao de programas de formao por etapas

    que faam recurso s competncias respectivas. [iii]Este tipo de parceria permite aprofundar as trocas profissionais, que podem mesmo

    englobar estratgias e apreciaes relativos avaliao, tanto no plano das prticaspedaggicas, como nos processos de aprendizagem dos alunos.

    Neste sentido, a parceria constitui uma mais-valia para todos na actividade educativa.Assim, a interveno documental iniciada pela equipa da biblioteca constitui um esti-mulante ponto de partida. A colaborao entre profissionais de diversos campos deespecializao favorece a descoberta de meios e de mtodos assim como a emer-gncia de novas maneiras de fazer que permitiro um melhor acompanhamento doaluno.

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    As seis etapas de um processo de pesquisa de informao

    Toda a pesquisa de informao obriga prtica e ao domnio de habilidadesmais ou menos complexas, exige que tarefas de diferente ordem sejam executa-das e que o aluno, envolvido neste processo, tenha tempos de paragem e reflexoantes de empreender uma nova etapa. ttulo de exemplo, ler para recuperarum ttulo muito diferente de ler , comparando, trs ou quatro pargrafos sobreum mesmo tema ; anotar informaes difere se o aluno est a iniciar ou a termi-nar a pesquisa; se esta simples ou complexa, livre ou imposta. No decurso dasexperincias, o aluno desenvolver atitudes de questionamento; noutras pala-vras, obter o domnio de mtodos de trabalho eficazes ao longo dos seus estu-dos e transferveis em diversas situaes da vida, por exemplo, na procura deemprego, na planificao de um plano de estudos especializado ou de um plano

    de carreira ; ou, simplesmente na organizao, em poca de frias, de uma via-gem.A situao de aprendizagem deve favorecer a autonomia do pensamento ;deve encorajar o aluno a investir e a pesquisar a informao que necessita,a seguir o seu percurso, a desenvolver o seu prprio processo de resoluode problemas, a utilizar as suas ideias pessoais

    2.1 Um processo em seis etapas2.2 A pesquisa da informao. - Quadro sntese2.3 Ilustrao de uma aplicao do processo de pesquisa deinformao

    2.3.1 Identificar o tema2.3.2 Procurar fontes de informao2.3.3 Seleccionar os documentos2.3.4 Retirar a informao dos documentos2.3.5 Tratar a informao2.3.6 Comunicar a informao

    2.4 As habilidades exercidas

    2.1 Um processo em seis etapas No final do secundrio o aluno dever ter adquirido um conjunto decapacidades metodolgicas : a capacidade de recuperar, de explorar, devalidar e utilizar diferentes fontes de informao necessrias ao seu tra-balho, quer sob forma impressa (livros, revistas, jornais, dicionrios, enci-clopdias, etc.), quer visual ou informatizada, sendo capaz de a encon-trar numa biblioteca, num museu, num centro de documentao e saben-do utilizar as tecnologias de informao e os procedimentos de recupera-o e de navegao para aceder eficazmente informao.;[ii]

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    O processo de pesquisa e tratamento da informao desenvolvidos neste guia constitudo porseis grandes etapas interdependentes umas dasoutras.

    IDENTIFICARo tema

    PROCURARAs fontes de informao

    SELECCIONARos documentos

    RETIRARA informao dos documentos

    TRATARa informao

    COMUNICARA informao

    O percurso proposto apoia-se nas habilidades e aprendizagens feitas pelos alunos,ao longo da escolaridade. Necessita, tambm, do domnio de novas habilidades e denovas aprendizagens para as diferentes tarefas a realizar. O domnio destas habilida-des no pode ser feito sem uma aprendizagem formal.Por outro lado, este processo est em consonncia com os objectivos dos programasde ensino bsico e secundrio, com numerosas estratgias pedaggicas utilizadaspelos professores e com as estratgias de aprendizagem utilizadas pelos alunos,como por exemplo a resoluo de problemas, o processo cientfico, a anlise de tex-tos, a cronologia. Neste contexto, a estrutura do processo e a sua utilizao reves-tem um carcter universal, independentemente do tema pesquisado.

    O processo de pesquisa e de tratamento da informao inscreve-se num conceito deformao contnua. global, em espiral, por vezes indutivo, outras dedutivo ; com-porta uma parte de descobertas espontneas, de interrogaes, de hesitaes, deerros, de verificaes, de ir e vir; obriga reflexo, anlise, sntese e tomadade decises.

    O aluno-investigadorAinda que esquematizadas, as seis etapas propostas para o processo so bem con-cretas. Constituem pontos de referncia metodolgicos para o aluno-investigador e momentos pedaggicos privilegiados que permitem ao professor e equipa dabiblioteca acompanhar o aluno seja na aquisio, na prtica ou no aprofundamento

    de habilidades de diferentes ordens necessrias ao cumprimento de uma tarefa e aoseu sucesso.A conduo de um processo de pesquisa de informao da responsabilidade doaluno. A estrutura do processo permite-lhe reinvestir constantemente, de uma etapaa outra, o que j domina. Pode regressar a uma etapa anterior, antes de prosseguirpara a seguinte, ou completar as tarefas da etapa em que se encontra. Neste senti-do, os processos de pesquisa revelam aspectos constantes no tipo de tarefas a cum-prir e nas habilidades a exercer pelo aluno. Pe, tambm em evidncia, numerosasvariantes, inerentes progresso do processo, nomeadamente nos planos de exi-gncia da tarefa a cumprir, no grau de exerccio de uma habilidade ou de uma apren-dizagem a dominar pelo aluno.Assim, quanto maior for o domnio de certas habilidades, mais facilmente poder rea-

    lizar uma pesquisa de informao complexa, acelerar o seu ritmo de trabalho e mes-

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    mo desenvolver estratgias particulares. O aluno torna-se o sujeito do seu pro-cesso de aprendizagem.2.2 A pesquisa de informao. Quadro-sntese

    A realizao das seis etapas do processo de pesquisa e de tratamento da infor-mao permite ao aluno completar o ciclo de pesquisa, desde a enunciao dotema at comunicao dos resultados. No quadro-sntese que se segue, cadaetapa precedida de uma descrio, dos meios a utilizar e das tarefas a seremcumpridas pelo aluno. As etapas no so estanques entre si, o que significa que possvel saltar de uma para outra, regressar a uma anterior, aprofundar uma, aomesmo tempo que inicia outra.As informaes inscritas no quadro-sntese so, em definitivo, as palavras-chaveque permitem delimitar a natureza e a extenso do processo de pesquisa de infor-mao no seu conjunto e tambm de cada uma das etapas. Estas palavras-chave

    constituem pontos de referncia para o aluno, para os professores e para a equipada biblioteca. Possibilitam uma viso de conjunto de todos os elementos constituti-vos do desenvolvimento duma pesquisa, seja a descrio duma etapa, seja da iden-tificao dos meios disponveis e da exactido das tarefas a serem cumpridaspelo aluno.A designao dos locais, sala de aula, biblioteca ou outros no processo de natu-reza metodolgica, o que permite tornar mais evidente as responsabilidades doprofessor e da equipa da biblioteca e das diferentes tarefas a desenvolver peloaluno. No esprito da dinmica da pesquisa esta distino no tem um carcterrestritivo. O aluno pode tambm consultar outros locais de biblioteca ou reali-zar tarefas noutros lugares, que no apenas a aula ou a escola. O acesso s auto-estradas da informao vai permitir cada vez mais, interrogar bases de dados ou

    stios de informao distncia, o que pe em causa o conceito de lugar fsico.

    2.3 Ilustrao de uma aplicao de um processo de pesquisa de infor-mao

    O desenvolvimento da pesquisa e tratamento da informao descrito nas pginasque se seguem uma ilustrao prtica de um processo completo. Permite com-preender todas as modalidades, percepcionar a utilidade dos instrumentos e dasestratgias disponveis, identificar as ligaes existentes entre as etapas e a lgi-ca do resultado. A prtica deste processo favorece o rigor do projecto pedaggico

    desde o ponto de partida e permite a familiarizao com as linguagens documen-tais.Na realidade, de acordo com as experincias adquiridas e o grau de competnciados alunos, segundo as circunstncias ou a complexidade da pesquisa, o proces-so pode ser simplificado ou aplicado parcialmente.Deste modo, por exemplo, o professor pode pedir aos alunos para efectuaremuma pesquisa sobre as duas primeiras etapas, identificar o tema e procurar asfontes de informao, com o objectivo de as dominarem perfeitamente completo;ou ainda insistir na etapa 4. retirar a informao. Alguns aspectos podem serobjecto de um exerccio especfico : a comparao de palavras-chave com oscabealhos de assunto ; a utilizao dos operadores boleanos ; a anotao deinformaes para uma sntese ou para a transcrio de um extracto de texto para

    uma citao.

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    Esta ilustrao do processo permite, ao professor e equipa da biblioteca, rigor nospapis e nas responsabilidades de cada um e estabelecer a parceria desejada paraacompanhar o aluno no processo de pesquisa de informao, o qual no pode serdissociado do prprio processo de aprendizagem.Esta ilustrao tambm pode servir de esquema para uma detalhada preparaoprvia de todo o processo, de cada uma das etapas, ou de elementos precisos decada uma. Pode inspirar a elaborao de actividades pedaggicas pertinentes, emfuno de um contexto determinado. Por outro lado, pode constituir uma refernciapara a elaborao de programas por turma ou para o 2, 3 ciclos e ensino secund-rio.2.3.1 Identificar o temaO tema o primeiro elemento a determinar na pesquisa. Pode ser livre ou imposto.Explorando todos as facetas possveis do tema, torna-se mais fcil para o alunodeli-mit-lo, quer dizer, compreender melhor a sua natureza e extenso e perceber ongulo sob o qual pretende abord-lo.a) Identificar o que j conhece :

    Listar os seus conhecimentos pessoaisNesta primeira etapa, o aluno identifica os seus prprios conhecimentos sobre oassunto, o que conhece sobre questo. Pode tambm pedir a contribuio dos seuspares, sugerindo um brain-strorming, que lhe comuniquem o que conhecem dotema e as fontes de informao que lhe aconselham. Pode completar com um exerc-cio de antecipao da existncia de outras fontes de informao, para alm das quej conhece. a partir destas conquistas que o aluno pode progredir e identificar osaspectos sobre os quais pretende encontrar informaes. De seguida, formula porescrito o que j sabe do tema e o que pretende descobrir na sua pesquisa. Consultar dicionriosO aluno formula a sua questo ou o seu objecto de pesquisa em linguagem natural,quer dizer, na linguagem corrente da vida quotidiana. Apesar de correctos do pontode vista da lngua, os termos utilizados podem ser diferentes dos das obras a consul-tar, onde frequentemente encontramos uma terminologia tcnica e especializada.O aluno deve utilizar os instrumentos disponveis que facilitem a sua pesquisa e quemelhor lhe permitam identificar as fontes de informao pertinentes. Com a ajuda dodicionrio procura sinnimos, termos equivalentes aos que utilizou na sua primeiraformulao e anota-os. Este exerccio leva-o a tornar o pensamento mais preciso e areter as diferentes palavras-chave que orientaro a pesquisa.b) Desenvolver uma viso geral :Fazer leituras exploratriasO aluno utiliza os instrumentos usuais, dicionrios, manuais escolares para enrique-cer os campos da investigao e obter uma ideia geral do tema. Pode tambm con-

    sultar outros documentos na biblioteca.Tomar notas.O aluno toma notas de leitura, regista outras fontes de informao a consultar. Agru-pa e hierarquiza as informaes recolhidas, situa-as no contexto geral ou especficodo seu objectivo.c) Orientar o tratamento :Escolher o ngulo de abordagemComparando as informaes recolhidas torna-se mais claro para o aluno o tipo detratamento que pretende dar questo, se a primeira vez que o aborda ou se, pelocontrrio um aprofundamento de conhecimentos j adquiridos. , neste momento,que precisa e situa o tema da sua pesquisa, seja uma viso mais geral e vasta, sejaum tema especfico dentro docontexto geral. Escolhe as palavras-chave que deter-

    minaro o ngulo de abordagem do assunto.

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    d) Esboar um plano de pesquisa:O aluno faz um primeiro esquema do estdio dos seus conhecimentos e das fon-tes imediatamente disponveis. Identifica tambm grandes linhas de pesquisa ;esboa agora o seu plano de trabalho, tendo em conta quer o contedo da pes-

    quisa (que informaes procurar) quer as tarefas que lhe permitiro faz-lo (comoencontrar as informaes). Identifica o tipo de pesquisa que pretende fazer:explorao, demonstrao, anlise, sntese, ou qualquer outro tipo. Finalmenteorganiza um calendrio de trabalho tendo em conta a data de entrega do trabalhoao professor.

    2.3.2 procurar as fontes de informaoPara uma procura eficaz das fontes de informao que lhe sero teis, o alunoutiliza as linguagens documentais e o catlogo da biblioteca para elaborar umaprimeira lista dos recursos disponveis. Identifica o tipo de documentos, incluindoas pginas web e os repertrios da internet que lhe permitem uma viso geral doassunto. Em seguida, distingue as obras que tratam aspectos especficos do tema

    em pesquisa.a) Saber qual o tipo de documento que fornece a informao necessria ao temada pesquisaUm mesmo tema pode ser tratado em diferentes suportes, contribuindo cada umpara uma qualidade diferente da informao. Um documento audiovisual, pelo seutratamento, d uma viso de conjunto instantnea, que pode ser aprofundada pelaconsulta posterior de outro tipo de obras, impressas ou informticas. Graas sauto-estradas da informao, a consulta distncia de stios ou de bases dedados enriquece o conhecimento do tema. Por outro lado, a manipulao de umobjecto pode permitir a compreenso directa de um fenmeno. Nesta etapa domtodo, o aluno explora as diferentes vias que lhe so abertas. Obras de referncia gerais do informaes sucintas que ajudam a alargar o cam-po de compreenso de um fenmeno. o caso de alguns cd-rom, de dicionriosespecializados, de enciclopdias e de atlas. As informaes que contm so teis,no s porque situam o tema num contexto geral mas tambm porque permitem atomada de conscincia de aspectos especficos, ainda no tidos em conta. Utilizadocumentos de referncia para melhor compreender e precisar as questes relati-vas ao seu trabalho.b) Utilizar as linguagens documentais e o catlogo da biblioteca para iniciar a pes-quisaExplorando os pontos de acesso oferecidos pelo catlogo da biblioteca, o alunoretira os ttulos que lhe parecem interessantes a reter. Quer tomar conhecimentode obras de um autor que lhe agradou? Consulta, ento, o ndice dos autores.

    Prefere dar prioridade a uma coleco de que aprecia o tipo de tratamento dainformao? Consulta o ndice das coleces. Quer saber se a biblioteca tem ottulo que j identificou ?Consulta o ndice de ttulos.Interessa-se por um domnioem particular ? Consulta o ndice de assuntos.c)Associar as palavras-chave aos cabealhos de assuntoGraas s informaes contidas na ficha catalogrfica rene ndices sobre dife-rentes aspectos : o autor, a coleco, a data de publicao, o nmero de pginas.Toma conhecimento dos cabealhos de assunto atribudos e verifica a sua asso-ciao com as palavras-chave do seu tema de pesquisa. Assim, atravs de dedu-es, descobre novas pistas.d)Perceber o nvel de especificidade da obraLendo a ficha catalogrfica o aluno retira a cota atribuda ao documento de acordo

    com o sistema de classificao decimal universal, CDU. Segundo a complexidade

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    da cota, o aluno percebe o nvel de especificidade da obra. e) tomar notasO aluno regista uma lista de ttulos de obras pertinentes e a cota respectiva. De acor-do com as situaes anota os endereos URL da Internet. Inscreve os cabealhos de

    assunto retirados das fichas ao lado das palavras-chave do tema da sua pesquisa.Pode, ainda, verificar o estado de identificao das suas fontes de informao relati-vamente ao seu plano de trabalho.

    2.3.3 Seleccionar os documentosNesta terceira etapa, o aluno consulta rpida e metodicamente as obras identificadasou os stios web j assinalados para se assegurar que correspondem ao tema dapesquisa e s questes colocadas. o momento de comparar as informaes dasfichas catalogrficas com as palavras-chave e com as informaes dos documentosseleccionados.a) Utilizar a estrutura dos documentos para melhor identificar o seu contedo Duma forma geral a apresentao das obras permite facilmente ter uma ideia da

    abordagem e do contedo desenvolvido. O aluno usa os elementos que compem aestrutura dos documentos para proceder ao levantamento das palavras correspon-dentes s palavras-chave da sua pesquisa. Descodificando estes pontos de acessoda informao (ndice, plano da obra, glossrio, etc.) consegue identificar as obrasou parte das obras que necessitam de consulta posterior mais aprofundada. b)Associar o contedo dos documentos s palavras-chave da pesquisa inicialO aluno efectua um exerccio de comparao entre as palavras-chave de partida eas reencontradas aps a recuperao da informao ; pode mesmo tratar-se dasmesmas palavras ou de termos semelhantes ou equivalentes. Este exerccio confir-ma as suas escolhas e ajuda-o a identificar novas palavras-chave, ao mesmo tempoque selecciona as obras que correspondem s suas necessidades. c)Classificar os documentos seleccionados

    Uns documentos apresentam um interesse geral, outros um interesseespecfico.Uns parecem indispensveis enquanto outros acessrios. Nesta altura o alunoclassifica os documentos em funo de diferentes critrios: o carcter geral ou espe-cfico da informao, a sua importncia relativa no desenvolvimento da pesquisa, osaspectos do tema cobertos. No caso da pesquisa incidir sobre assuntos cujos dadosevoluem rapidamente, anota a data de produo da obra, para verificar e assegurar-se da sua actualidade. Selecciona os documentos pertinentes e rejeita os que noso.d) Tomar notasA tomada de notas permite ao aluno fazer o ponto da situao. , de alguma manei-ra, um esforo de sntese. O aluno regista os diferentes tipos de informao emfichas ou numa base de dados. Deste modo, poder encontrar os ttulos dos docu-mentos, os captulos, as pginas assinaladas; de se lembrar das caractersticas iden-tificadas nos documentos e nas informaes ; constatar as ligaes estabelecidasentre as palavras-chave e os descritores escolhidos. , ainda, o momento de optarcomo entende utilizar as informaes recolhidas durante o processo de pesquisa.

    2.3.4 Retirar a informao nos documentosO aluno explora as diferentes fontes de informao s quais teve acesso, seja nabiblioteca, seja por via telemtica. Seleccionou o que lhe parecia pertinente. Deseguida, examina os documentos ou as bases de dados de modo sistemtico e ana-ltico afim de retirar a informao a tratar. Nesta etapa, a tomada de notas mais ela-borada e reveste um carcter capital para a formulao e sntese das ideias e dos

    factos. O aluno toma decises sobre a pertinncia das informaes conhecidas e

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    sobre o que deve reter. Avalia tambm quais as informaes em falta.a) Ler rapidamenteNum primeiro tempo, l rapidamente todos os documentos ou bases de dados quelistou para se assegurar que identificou correctamente todas as fontes possveis

    de informao. Utiliza a tcnica da leitura em diagonal , procura de uma palavraou ideia para registar passagens interessantes, percorrendo os documentos e asbases de dados, de maneira sistemtica, concentrando-se nos ttulos, nos sub-ttulos, nas ilustraes e grficos procura das palavras-chave. Procede a umanova seleco de informaes.b) Ler atentamenteO aluno l atentamente, quer dizer, minuciosamente e de forma detalhada as pas-sagens seleccionadas. Utiliza, agora, a tcnica da leitura de aprofundamento quelhe permite tomar decises e reter as informaes pertinentes para a pesquisa.Neste momento, o aluno realiza numerosas actividades de anlise, sntese, com-parao, reformulao e mesmo de transcrio. A leitura acompanha-se da toma-da de notas.c) Tomar notas para compreenderA tomada de notas simul