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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
EFEITOS BIOLÓGICOS DIRETOS E INDIRETOS A BORDA DE UM FRAGMENTO
DE CAATINGA NO MUNICÍPIO DE CARUARU, PERNAMBUCO, BRASIL
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, 2011
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
EFEITOS BIOLÓGICOS DIRETOS E INDIRETOS A BORDA DE UM FRAGMENTO
DE CAATINGA NO MUNICÍPIO DE CARUARU, PERNAMBUCO, BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao curso de graduação
em licenciatura em ciências biológicas
como requisito para incremento de
carga horária de atividades
complementares do curso de
licenciatura em ciências biológicas.
Aluno:
Eliseu Pessoa de Andrade Junior
Orientador:
André Maurício Melo Santos
VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, 2011
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SUMÁRIORESUMO.....................................................................................................................1
ABSTRACT………………………………………………………………………………....2
INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................5
OBJETIVO GERAL......................................................................................................7
OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................7
HIPÓTESES.................................................................................................................8
METODOLOGIA
ÁREA DE ESTUDO..............................................................................................8
DISPOSIÇÃO DAS PARCELAS..........................................................................9
LEVANTAMENTO DE ANGIOSPERMAS............................................................9
LEVANTAMENTO DE SEMENTES E SERRAPILHEIRA....................................9
ANALISE DE DADOS.........................................................................................11
RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................11
CONCLUSÃO............................................................................................................17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................18
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BANCA EXAMINADORA:
Orientador: ____________________________________________________
Prof. Dr. André Maurício de Melo Santos – UFPE/CAV
Examinadores:
_______________________________________________________________
Profa. Dra. Ana Virgínia de Lima Leite – UFRPE (Titular)
_______________________________________________________________
Prof. Jefferson Thiago Souza – UFRPE/PPGB (Titular)
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Augusto Cesar Pessoa Santiago – UFPE/CAV (Suplente)
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RESUMO: Existem evidências de um atual processo de extinção em massa no
planeta. Cerca de 10-20% das espécies reconhecidas pela ciência foram
condenadas a extinção em 20-50 anos, conseqüência do crescimento desordenado
da população humana. Este pode ser o caso da Caatinga brasileira, a qual somente
recentemente foi “redescoberta” pela ciência como um bioma rico em espécies,
sendo muito delas endêmicas. A hipótese principal desse estudo foi de que não
existem efeitos biológicos diretos e indiretos na borda do fragmento de caatinga. O
estudo foi realizado em uma área de Caatinga, na Estação Experimental do Instituto
Agronômico de Pernambuco – IPA (8º14’18”S e 35º55’20”W, 535 m de altitude),
localizada em Caruaru, estado de Pernambuco. No fragmento, foram gerados
mapas vetoriais e, com base nestes mapas, foi utilizado o programa ArcGis 9.2 para
gerar randomicamente 20 pontos que deram lugar a 20 parcelas de 10X10,
distribuídas com diferentes distâncias da borda e do núcleo. A composição de
sementes e serrapilheira foram obtidos com a instalação de coletores nas parcelas,
onde estes foram visitados mensalmente para a coleta. Após a realização do
levantamento de angiospermas foram encontrados 347 indivíduos com uma variação
de 20 e 50 (media 34,7) nas diferentes parcelas, a abundância de espécies nas
parcelas foi estatisticamente igual entre as parcelas de borda e núcleo. A altura das
plantas variou de 1-15 m (média de 3,84 m) nas diferentes distâncias da borda e
apresentou diferença significativa entre as parcelas. Os valores de diâmetro do caule
ao nível do solo variou 3 a 35,4 centímetros com uma média de 9,03 ± 5,73 (média ±
DP) centímetros e não geraram resultados significativos entre as parcelas com
diferentes distâncias da borda. Tanto serrapilheira quanto chuva de sementes não
apresentaram resultados significativos nas parcelas nos meses analisados. Diante
dos resultados concluímos que mesmo com o resultado da altura não apoiando a
hipótese predita nesse estudo, a força dos outros resultados mostra a não existência
de efeitos diretos e indiretos à borda da Caatinga.
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ABSTRACT: There are evidences of an actual mass extinction process on the planet.
About 10-20% of species known to science have been condemned to extinction in
20-50 years, due to the uncontrolled growth of human population. This may be the
case of the Brazilian Caatinga, which was only recently "rediscovered" by science as
a species-rich biome, and many of them endemic. The main hypothesis of this study
was that there are direct and indirect biological effects in the bush edge. The study
was conducted in an area of Caatinga in the Experimental Station of Agricultural
Research Company of Pernambuco State - IPA (8 ° 14'18 "S and 35 º 55'20" W, 535
m altitude), located in Caruaru, Pernambuco state. In the fragment, vector maps
were generated based on these maps, we used the program ArcGIS 9.2 to generate
randomly 20 points which gave rise to 20 plots of 10X10, distributed at different
distances from the edge and core. The composition of seeds and litter were obtained
with the installation of collectors on the plots where they were visited monthly to
collect. After completion of the survey of angiosperms found 347 individuals with a
range of 20 and 50 (average 34.7) in the different plots, the abundance of species in
plots was statistically equal between edge and core portions. Plant height ranged
from 1-15 m (average 3.84 m) at different distances from the edge and significant
difference between the plots. The values of stem diameter at ground level ranged
from 3 to 35.4 inches with an average of 9.03 ± 5.73 (mean ± SD) cm and did not
generate significant results between plots with different distances from the edge.
Both litter and seed rain did not show significant results in installments in the months
analyzed. Considering the results we conclude that even with the result of the time
did not support the hypothesis predicted in this study, the strength of the other results
showing the absence of direct and indirect effects the edge of the Caatinga.
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INTRODUÇÃO
O efeito de borda é um dos maiores vilões da fragmentação florestal, a criação
de borda expõe os habitat de borda e pode modificar seriamente as condições do
microclima local, aumentar a mortalidade de árvores, e promovendo o
estabelecimento de espécies não-florestais (Lovejoy et al, 1986;. Kapos, 1989;
Laurance et al, 1998a). Mudanças nas abundâncias e na composição de espécies
de plantas também podem ocorrer, em grande parte por causa alterações bióticas e
abióticas (Laurance et al., 2002), ao longo das bordas da floresta (Murcia, 1995;.
Laurance et al, 1998b). Podendo afetar as interações entre as plantas/plantas e
plantas/animais. Tais alterações nas interações com os animais, associadas às
mudanças microclimáticas verificadas nas bordas (Laurance et al., 2002), podem
diminuir bastante as chances de estabelecimento das sementes de algumas
espécies de plantas nas bordas dos fragmentos (Fleury & Galetti, 2004). A caatinga
brasileira está atualmente com um alto nível de degradação, inclusive sofrendo com
fragmentação e desertificação de seu habitat.
Assim a Caatinga, a qual somente foi recentemente “redescoberta” pela
ciência, compreende uma área aproximada de 800.000 km2, representando 70% do
território nordestino e 11% do território nacional, até recentemente vinha sendo
equivocadamente negligenciada pelos biologistas da conservação (Leal et al. 2005).
A negligência cedeu lugar à surpresa somente após ser constatado que a aparente
pobreza biológica da Caatinga era fruto de um preconceito sobre uma região que era
na verdade carente de estudos (ver Silva & Dinnouti 1999). Atualmente a Caatinga é
cientificamente representada por pelo menos 932 espécies vegetais (41%
endêmicas), 185 espécies de peixes, 156 espécies de anfíbios e répteis (15%
endêmicas), 348 de aves (4% endêmicas) e 148 de mamíferos (6,7% endêmicos)
(MMA 2002), além de ter sido reconhecida como uma das 37 grandes áreas naturais
do planeta (Gil 2002). Do ponto de vista biogeográfico, a Caatinga tem papel
fundamental na dinâmica da biota continental, fazendo parte de um enorme contínuo
de vegetação seca que cruza toda a porção central do Brasil (Prado & Gibbs, 1993),
dividindo os dois grandes blocos de vegetação úmida da América do Sul: a floresta
Amazônica e a floresta Atlântica.
As questões ecológicas da Caatinga pareciam estar entrando em processo de
acomodação, até que recentemente Santos & Santos (2008) defenderam e
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corroboraram a hipótese de que não existe efeito de borda (efeito biológico direto)
para plantas lenhosas naquela formação vegetacional, situação completamente
diferente do observado para várias outras florestas tropicais (ver Murcia 1995; Ries
et al. 2004). Segundos os autores, se não existe efeito de borda na Caatinga, é
logicamente provável que muitos dos processos ecológicos associados à
distribuição espacial das plantas lenhosas também não sejam semelhantes aos que
ocorrem em outras florestas. Assim, usar bases teóricas de outras florestas para
tratar questões ecológicas da Caatinga pode repercutir de forma bastante drástica
nos esforços de conservação/restauração desse sistema, podendo representar um
grande equívoco teórico com repercussões práticas de difícil correção.
Partindo da premissa de que não há efeito de borda (efeito biológico direto) na
Caatinga, como defendido por Santos & Santos (2008), então é razoável esperar
que também não haja efeitos biológicos indiretos (sensu Murcia 1995) associados à
distância da borda nessa formação vegetacional. Uma forma de verificar esta
questão é testando hipóteses sobre processos envolvendo, por exemplo, a
composição de serapilheira e a dispersão de sementes ao longo do gradiente borda-
núcleo. As hipóteses envolvem exclusivamente a verificação da estrutura e
composição das espécies de plantas lenhosas e do padrão de distribuição de
sementes e da composição da serapilheira no solo. Neste contexto a proposta do
estudo é, testar as hipóteses de que não existe diferença significativa na, (a)
abundancia, (b) altura, (c) diâmetro das árvores, (d) quantidade de sementes das
plantas lenhosas e (e) composição de serapilheira entre habitats próximos e
distantes da borda.
A fortificação da hipótese de que não existe efeito de borda (abiótico, biológico
direto e biológico indireto, sensu Murcia 2005) na caatinga repercutirá em aspectos
ecológicos (e.g., Ecologia de Meta-populações, Ecologia de Paisagens)
fundamentais para estratégias de conservação e/ou restauração relativamente mais
flexíveis sem perda de eficiência. Ou seja, a “nova ciência” da Caatinga deve
contribuir para que o manejo adequado para conservar/restaurar o sistema natural
da região de forma eficiente não prive desnecessariamente parte do uso dos
recursos naturais pelas populações locais.
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REVISÃO DE LITERATURA
Existem evidências de um atual processo de extinção em massa no planeta
(Soulé & Terborgh, 1999). Cerca de 10-20% das espécies reconhecidas pela ciência
foram condenadas a extinção em 20-50 anos (Wilson, 1989), conseqüência do
crescimento desordenado da população humana (Galindo-Leal & Câmara, 2003).
Muitas espécies de plantas e animais ainda vêm apresentado grandes perdas no
número e na distribuição geográfica de suas populações, com muitas delas se
tornando raras e restritas a poucos habitats (Tabarelli et al, 2004), antes de se
tornarem completamente extintas na natureza (Primack & Rodrigues, 2001). Um dos
grandes desafios do homem moderno é, portanto, entender como os diferentes
sistemas naturais estão sendo ecologicamente afetados pelo avanço das fronteiras
humanas, para que os planejamentos de conservação ou restauração sejam
realmente efetivos.
As estratégias de conservação e/ou restauração dos ecossistemas naturais
têm sido reconhecidas, na verdade, como fortemente dependentes do conhecimento
ecológico em várias escalas de abordagens. De fato, têm sido geradas muitas
informações importantes abordando desde princípios de ecologias de populações,
comunidades e ecossistemas (Soulé 1985) numa escala espacial reduzida, até os
estudos de Biogeografia (Santos et al. 2007) ou Macroecologia (Gastón & Blackburn
2002) em escalas mais amplas, passando naturalmente pelas ecologias de
paisagens (Gutzwiller 2002) e metapopulações (McCullough 1996) em escalas
intermediárias. Uma questão fundamental, entretanto, é que a baixa disponibilidade
de informações sobre processos ecológicos detalhados em algumas escalas e/ou
ecossistemas específicos pode fazer com que a teoria ecológica obtida a partir de
estudos em ecossistemas generalizados acabe sendo usada inadvertidamente em
quaisquer estratégias de conservação e/ou restauração.
A Caatinga foi considerada uma das 37 grandes regiões naturais do planeta
(i.e., regiões naturais que cobrem mais de 10.000 km², dos quais mais de 70% é
constituído por vegetação intacta). Assim mesmo é ainda considerado o
ecossistema brasileiro menos protegido e com um planejamento de conservação
falho, por não proteger a maioria das espécies ameaçadas de extinção (Silva et al.
2004). Um fator para que a situação da Caatinga esteja dessa forma é que mais de
25 milhões de habitantes (IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) da
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região possuem condições de vida inadequadas e parcela representativa depende
direta ou indiretamente dos recursos naturais explorados in loco (i.e., vivem do
campo). Os habitantes acabam utilizando esses recursos de forma equivocada, o
que vem levando a Caatinga a se transformar em um dos setores mais ameaçados
do país, apresentando inclusive cerca de 15% de sua área já desertificada e
porcentagem ainda maior em processo de desertificação (Casteletti et al., 2004).
A caatinga possui um dossel baixo e bem aberto proporcionando assim
poucas diferenças no ambiente físico dos dois lados da borda, ocasionando uma
menor apresentação do efeito de borda. Segundo Harper et al. (2005) a estrutura do
dossel é um dos principais fatores responsáveis pela magnitude do efeito de borda.
Os ecossistemas florestais geralmente têm três tipos de efeitos quanto à influência
de borda. (Murcia 1995) classificou-os em (1) efeitos abióticos, que envolvem
mudanças nas condições ambientais que resultam da proximidade para uma matriz
estruturalmente diferente (por exemplo, aumento dos ventos e diminuição da
umidade do ar e do solo), (2) efeitos biológicos diretos, que envolvem mudanças na
abundância e distribuição das espécies, causadas diretamente pelas condições
físicas perto da borda e determinados pelas tolerâncias fisiológicas das espécies a
novas condições físicas (por exemplo, a mortalidade de árvores devido ao aumento
dos ventos, dessecação de habitat e etc.) e (3) efeitos biológicos indiretos, que
envolvem mudanças nas interações entre as espécies (por exemplo, a predação, o
parasitismo, a competição, a herbivoria, a polinização, a dispersão, a chuva de
sementes e composição de serrapilheira. Todos os efeitos variam de forma diferente
no espaço e no tempo e tendem de forma cronológica uma criação de gradiente de
borda com efeitos abióticos depois de um curto prazo, e em longo prazo efeitos
biológicos diretos e indiretos.
A chuva de sementes se caracteriza pelo fluxo de sementes em uma
determinada área, podendo ter uma dispersão autóctone ou alóctone (Martínez -
Ramos & Soto - Castro 1993), as sementes podem ser dispersas pela água, vento e
ou animais, com isso disponibilizando propágulos na vegetação (Alvarez – Buylla &
García - Barrios 1991). Sendo um processo primordial na regeneração natural (Du et
al., 2007). Na caatinga, há uma predominância de espécies autocóricas e
anemocóricas (Lima, 2007). São poucos os trabalhos abordando essa temática (ver
em Lima et al. 2008; SOUZA, 2010), a maioria dos trabalhos estão concentrados nas
florestas úmidas.
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De forma geral, a serrapilheira é formada a partir de material decíduo, como:
folhas, gravetos, sementes, flores, cascas, galhos, partes vegetais não identificáveis,
restos de animais e material fecal. Possuindo varias funções dentre elas, proteção
do solo contra as elevadas temperaturas, armazena em seu conteúdo uma grande
quantidade de sementes, abriga uma abundante fauna composta por micro e macro
invertebrados que atuam nos processos de decomposição dos materiais, fertilizando
naturalmente o solo. A serapilheira é a principal via de transferência de matéria
orgânica e da maior parte dos macro e micronutrientes para o solo. Na caatinga,
onde as pesquisas de ciclagem de nutrientes são escassas, o conhecimento dessa
dinâmica é fundamental para o seu manejo e conservação.
OBJETIVO GERAL
Avaliar os efeitos biológicos diretos e indiretos a borda de um fragmento de
floresta de caatinga.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Realizar um levantamento de plantas lenhosas em habitats próximos e distantes
da borda de um fragmento de Caatinga;
2. Verificar se existe diferença na abundância de plantas entre borda e núcleo de
um fragmento de Caatinga;
3. Verificar se existe diferença na (a) altura das plantas e (b) nos diâmetros do
caule ao nível do solo (DNS) das espécies de plantas lenhosas ocorrentes na
borda e no núcleo de um fragmento de Caatinga;
4. Realizar um levantamento de sementes em habitats próximos e distantes da
borda de um fragmento de Caatinga;
5. Verificar se existe diferença na (a) abundância e (b) quantidade de sementes de
plantas entre habitats próximos e distantes da borda de um fragmento de
Caatinga;
6. Verificar se existe diferença na (a) quantidade de serrapilheira entre os habitats
próximos e distantes da borda de um fragmento de Caatinga.
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HIPÓTESE
A hipótese principal desse estudo é de que não existem efeitos biológicos
diretos e indiretos a borda de um fragmento de caatinga.
MATERIAIS E MÉTODOS
ÁREA DE ESTUDO
O estudo foi realizado em um fragmento (figura 1) de Caatinga situado, na
Estação Experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA (8º14’18”S e
35º55’20”W, 535 m de altitude), localizada no Caruaru, Estado de Pernambuco. A
estação mantém um trecho de vegetação nativa (fragmento), considerado
preservado em relação aos demais trechos do local, onde não é permitido o
desenvolvimento de atividades humanas nem o trânsito de animais para o pastoreio.
O clima é estacional, com precipitação média anual de 680 mm e temperaturas
mínima de 11ºC e máxima de 38ºC, ocorrendo à estação chuvosa entre março e
agosto (Alcoforado-Filho et al. 2003, Reis et al. 2006). O componente lenhoso da
área apresenta elevada riqueza de espécies de Leguminosae e Euphorbiaceae
(Alcoforado-Filho et al. 2003) e o componente herbáceo possui elevada riqueza de
Malvaceae, Poaceae, Euphorbiaceae e Convolvulaceae (Reis et al. 2006).
Figura 1: Fragmento de Caatinga, situado na Estação
Experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA
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(8º14’18”S e 35º55’20”W, 535 m de altitude), localizada no
município de Caruaru, Estado de Pernambuco. Mais os
pontos das 20 respectivas parcelas estudadas.
DISPOSIÇÃO DAS PARCELAS
Para esse estudo foi construído o mapa vetorial do fragmento preservado
(figura 1) da Estação Experimental do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA. A
partir daí foram criados randomicamente 20 pontos dentro do fragmento, com a
utilização do programa ArcGis 9.2. Os 20 pontos deram lugar as parcelas de 10X10
metros distribuídas com diferentes distancias em relação à borda do fragmento.
LEVANTAMENTO DE ANGIOSPERMAS
Para essa analise foram escolhidas 10 parcelas, onde em cada uma foram
contadas todas as plantas maiores que 1m, com DNS 3 cm (ver Rodal et al. 1992,
Santos & Santos 2008), para a verificação da abundância de plantas lenhosas. Foi
estimada a altura (visualmente) e medido o DNS das plantas. Para a coleta dos
dados em campo foram seguidas orientações de Rodal et al. (1992).
LEVANTAMENTO DE SEMENTES E SERRAPILHEIRA
Para esse levantamento foram consideradas as 20 parcelas, sendo essas
divididas em parcelas de borda e parcelas de núcleo a partir da medição de suas
distancias. As parcelas com distancias até 100 metros foram englobadas na borda e
as demais no núcleo do fragmento.
A composição de sementes (chuva de sementes) de cada parcela foi obtida
por meio de coletores de madeira 0,5 m x 0,5 m, com uma altura de 50 cm acima do
solo, revestidos com uma malha fina de nylon (Figura 2), colocados em cada uma
das parcelas.
Os coletores foram visitados mensalmente, ocasião em que os propágulos e a
serapilheira foram coletados e conduzidos ao Laboratório de Biodiversidade do
Centro Acadêmico de Vitória para processamento, onde as sementes foram
contadas e a serrapilheira foi dividida em três categorias: folhas, galhos e
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miscelânea sendo todas essas partes pesadas em balança analítica (KN 2000,
Digimed – precisão 0,01g e um erro de até 0,1 g). O período analisado foi entre os
meses de junho a novembro de 2011, englobando assim três meses da estação
chuvosa e três meses da estação seca.
Figura 2: Coletores de sementes e serapilheira com 0,5 m x 0,5 m, revestidos
com malha fina de nylon, instalados nas parcelas no fragmento de Caatinga
do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, localizada no município de
Caruaru, Estado de Pernambuco.
Tabela 1: Parcelas de borda e núcleo com suas respectivas
distancias em relação a borda do fragmento de Caatinga do
Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, localizada no
município de Caruaru, Estado de Pernambuco.
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ANALISE DE DADOS
Foram gerados modelos lineares generalizados (GLZs) para testar as
hipóteses de que não existe diferença significativa na (1) abundância, (2) altura (3)
diâmetro das árvores, (4) numero de sementes e (5) composição de serrapilheira
entre habitats próximos e distantes da borda. Foi utilizado software Statistica 6.0
para a realização dos testes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a realização do levantamento de angiospermas foram encontrados 347
indivíduos nas dez parcelas amostradas (tabela 1). O numero de indivíduos (tabela
1) variou entre 20 e 50 (media 34,7) nas diferentes parcelas. A abundância (figura 3)
de indivíduos não foi estatisticamente diferente entre as parcelas de borda e núcleo.
Apoiando assim a hipótese de que não exista efeito biológicos diretos a borda do
fragmento de caatinga.
Tabela 2: Parcelas analisadas com
suas respectivas distâncias em relação
à borda e os números de indivíduos do
fragmento de Caatinga do Instituto
Agronômico de Pernambuco – IPA,
localizada no município de Caruaru,
Estado de Pernambuco.
Parcela Distancia da
borda (m)
Numero de
Indivíduos
2 46.35 38
5 23.22 29
8 152.18 37
12 47.34 38
16 232.75 28
18 3.52 20
26 89.79 33
11
16
Parcela Distancia da
borda (m)
Numero de
Indivíduos
27 37.24 50
28 135.22 33
35 41.08 41
-20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260
Distância da borda
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Abu
ndân
cia
Figura 3: Abundância absoluta das parcelas analisadas, com suas
diferentes distâncias da borda do fragmento de Caatinga do Instituto
Agronômico de Pernambuco – IPA, localizada no município de
Caruaru, Estado de Pernambuco.
Os parâmetros de estruturais analisados, altura das plantas e diâmetro do
caule ao nível do solo apresentaram resultados conflitantes. A altura das plantas
(figura 4) variou de 1-15 m (média de 3,84 m) nas diferentes distancias da borda
(tabela 1) e apresentou diferença significativa (F1/8 = 4,3607; p = 0,00002) entre as
parcelas, sendo contrária a hipótese inicial deste estudo. Isso pode ter ocorrido pela
técnica (realização de estimativas visuais) de mensuração da altura das plantas e/ou
pelo número elevado de registros, que também pode favorecer a significância dos
resultados. O reduzido R2 do modelo (apenas 0,080) apóia esta segunda afirmação.
Analisando o percentual de explicação da variável altura no modelo final, observa-se
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que ela explica apenas 10,43%, o que é pouco para uma analise desse nível. Os
resultados para a altura das plantas mostram que o efeito de borda começa a partir
da distancia 89 metros no fragmento, o que não tem correspondência no contexto de
efeito de borda, sobretudo para a Caatinga. Outra provável explicação é que as
parcelas com valores de altura mais altos podem estar em microhabitat diferenciado
no interior do fragmento, independente da distância da borda e, consequentemente,
do efeito de borda.
Figura 4: Altura dos indivíduos das dez parcelas analisada
com suas diferentes distâncias da borda do fragmento de
Caatinga do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA,
localizada no município de Caruaru, Estado de Pernambuco.
Os valores de diâmetro do caule (figura 5) ao nível do solo variou 3 a 35,4
com uma média de 9,03 ± 5,73 (média ± DP) centímetros e não geraram resultados
significativos (F1/8 = 1,2645; p = 0,25516) entre as parcelas com diferentes distâncias
da borda. O que entra em conflitos com os resultados de altura das plantas, onde o
esperado é que uma árvore alta tenha também um diâmetro do caule alto, o que não
ocorreu nesse estudo. O R2 do modelo foi de apenas 0,20 que ainda mostra a
pouca explicação no teste.
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Figura 5: DNS dos indivíduos nas parcelas analisadas, com
suas diferentes distâncias da borda do fragmento de Caatinga
do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, localizada no
município de Caruaru, Estado de Pernambuco.
Nos ecossistemas de floresta, a luz é um recurso limitante e criação da borda
leva à dessecação do habitat perto da borda (Camargo & Kapos 1995). Na Caatinga
arbustiva, no entanto, a luz é um recurso abundante e o seu habitat está
naturalmente dessecado (Andrade-Lima 1989). Devido a isso as plantas não
respondem à proximidade da borda, o que significa que não há mudança na
distribuição da abundância das espécies.
Os parâmetros biológicos indiretos serapilheira e chuva de sementes estão
ligados, já que normalmente a maior parte das sementes prontas para germinar ou
em estado de dormência são depositadas na serapilheira, a partir da chuva de
sementes.
A serapilheira foi dividida em três categorias que foram pesados e geraram os
seguintes resultados, o peso total da miscelânea foi de 688,59 gramas (F1/8 =
0,50857; p = 0,76918; figura 6), já o peso total das galhas de 380,04 gramas (F1/8 =
1,0392; p = 0,39899; figura 7) e o peso total das folhas de 659,44 gramas (F1/8 =
2,0394; p = 0,07959; figura 8) nos meses analisados. Contudo as três categorias não
geraram valores significativos entre ambientes de borda e núcleo, mostrando que
esse parâmetro não sofre mudanças com o distanciamento da borda. Portanto as
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funções desempenhadas pela serapilheira são igualmente prestadas nos diferentes
ambientes do fragmento.
Figura 6: Peso da miscelânea da serrapilhaira nos ambientes de
borda e núcleo nos seis meses analisados no fragmento de
Caatinga do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA,
localizada no município de Caruaru, Estado de Pernambuco.
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Figura 7: Peso das galhas da serrapilhaira nos ambientes de
borda e núcleo nos seis meses analisados no fragmento de
Caatinga do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA,
localizada no município de Caruaru, Estado de Pernambuco.
Figura 8: Peso das folhas da serrapilhaira nos ambientes de borda e
núcleo nos seis meses analisados no fragmento de Caatinga do
Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, localizada no município
de Caruaru, Estado de Pernambuco.
A chuva de sementes tem uma grande importância para a regeneração da
vegetação, nesse contexto foi contado o numero de sementes coletadas em cada
parcela, o numero total de sementes foi de 1269 de sementes nos seis meses
analisados, sendo 511 coletadas na borda e 758 no núcleo. Mesmo assim não
houve diferença significativa entre borda e núcleo (F1/8 = 0,03429; p = 0,85344;
figura 9), mostrando que esse parâmetro não está sendo afetado pela distancia da
borda.
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Figura 9: Número de sementes nos ambientes de borda e
núcleo nos seis meses analisados no fragmento de
Caatinga do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA,
localizada no município de Caruaru, Estado de
Pernambuco.
CONCLUSÃO
Apesar de uma das hipóteses testadas neste estudo não ter apoiado a
hipótese geral, de que não existe efeito de borda na Caatinga, podemos fazer
algumas inferências sobre os mecanismos de influencia de borda diretos e indiretos.
Alguns efeitos que são descritos em alguns ecossistemas de floresta parecem
não estar presentes na caatinga. Por exemplo, (1) as plantas estão apresentando
uma distribuição independente no espaço (entre borda e núcleo), (2) os dispositivos
que proporcionam o fluxo de sementes são os mesmo na borda e no núcleo e (3)
as funções desempenhadas pela serapilheira são igualmente prestadas nos
diferentes ambientes do fragmento.
Portanto mais estudos com outros parâmetros ecológicos (dispersão,
polinização, recrutamento de plântulas e etc.) devem ser realizados para uma
melhor caracterização das questões ecológicas da caatinga, já que esse
ecossistema está sendo descaracterizado rapidamente pelo avanço das fronteiras
da colonização humana.
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