eduardo nivón cultura politica y globalización

Este libro es un intento colectivo para y disciplinas sobre fenoacutemenos que surgen social y que impulsan a la antropologiacutea l coi vedosas de la realidad contempoi am i i mas fue convocada en ocasioacuten de un congrr-por el Departamento de Antropologiacutea clt deacutemico Cultura Urbana para sentildealar los encueniCBI y gt

rivadas de la observacioacuten de estos procoioi en I IIMHU

geograacuteficos Los participantes en la mesa dodlc nli a IIM fias de la cultura y los otros autores que fueron Ifi te por quien coordina este volumen a reflexionar subiacute i ca proponen en sus textos algunos instrumento gtlt lt teoacutericos como metodoloacutegicos sobre distintos aacutembltOl cial en la que se estaacuten gestando nuevos fenoacutemenoi alcance global El comuacuten denominador lo constituv truir conceptos y categoriacuteas del anaacutelisis cultural que sean i uacutetiles para entender la reconfiguracioacuten de la relacioacuten enu res y ciudadaniacutea en un contexto de intercambios globales y i nes socioterritoriales de la ubicacioacuten de los sujetos y sus flpai accioacuten y de pertenencia con el objetivo de dibujar mnpr nuevos esto es nuevas topografiacuteas de la cultura

BIBLIOTECA DE aLTeRiDaDes

ARCHIPIEacuteLAGOS

J szlig Auml UNIVERSIDAD AUTOacuteNOMA METROPOLITANA Casa abierta al tiempo

Nuevas topogr de la cultur

Angela Giglia Amalia Signorel

(coordinadoras)

szlig

UTA

Eacute

O N 1 N u e v a s t o p o g r a f iacute a s d e l a c u l t u r a c o o r d A n g e l a G i g l i a c o o r d A m a l i a

N 9 6 4 S i g n o r e l l i mdash M eacute x i c o U n i v e r s i d a d A u t oacute n o m a M e t r o p o l i t a n a U n i shy

d a d I z t a p a l a p a D i v i s i oacute n de C i e n c i a s S o c i a l e s y H u m a n i d a d e s D e shy

p a r t a m e n t o d e A n t r o p o l o g iacute a J u a n P a b l o s E d i t o r 2 0 1 2

2 8 4 p mdash ( B i b l i o t e c a d e A l t e r i d a d e s 2 1 A r c h i p i eacute l a g o s R e d I n t e r shy

n a c i o n a l d e A n t r o p o l o g iacute a )

ISBN 9 7 8 - 6 0 7 - 4 7 7 - 6 8 1 - 2 UAM

ISBN 9 7 8 - 6 0 7 - 7 1 1 - 0 6 2 - 0 J u a n P a b l o s E d i t o r

1 C u l t u r a 2 C i u d a d a n iacute a I G i g l i a A n g e l a c o o r d I I S i g n o r e l l i A m a l i a c o o r d I I I Ser

P r i m e r a e d i c i oacute n 2 0 1 2

D R copy 2 0 1 2 A n g e l a G i g l i a y A m a l i a S i g n o r e l l i ( c o o r d s )

D R copy 2 0 1 2 U n i v e r s i d a d A u t oacute n o m a M e t r o p o l i t a n a

P r o l o n g a c i oacute n C a n a l d e M i r a m o n t e s 3 8 5 5

E x H a c i e n d a S a n J u a n d e D i o s

D e l e g a c i oacute n T l a l p a n 1 4 3 8 7 M eacute x i c o D F

U n i d a d I z t a p a l a p a D i v i s i oacute n d e C i e n c i a s S o c i a l e s y H u m a n i d a d e s

D e p a r t a m e n t o d e A n t r o p o l o g iacute a

T e l ( 5 5 ) 5 8 0 4 4 7 6 3 ( 5 5 ) 5 8 0 4 4 7 6 4 y f a x ( 5 5 ) 5 8 0 4 4 7 6 7 lt a n t r o x a n u m u a m m x gt

D R copy 2 0 1 2 J u a n P a b l o s E d i t o r S A

2a C e r r a d a d e B e l i s a r i o D o m iacute n g u e z 19

C o l d e l C a r m e n D e l C o y o a c aacute n 0 4 1 0 0 M eacute x i c o D F

lt i m p r e j u a n p r o d i g y n e t m x gt

I m a g e n d e p o r t a d a J u a n E z c u r d i a

ISBN 9 7 8 - 6 0 7 - 4 7 7 - 6 8 1 - 2 UAM

ISBN 9 7 8 - 6 0 7 - 7 1 1 - 0 6 2 - 0 J u a n P a b l o s

I m p r e s o e n M eacute x i c o

R e s e r v a d o s l o s d e r e c h o s

IacuteNDICE

Introduccioacuten La cultura y la ciudadaniacutea en el contexto global

nuevos escenarios y problemas Angela Giglia y Amalia Signorelli

PRIMERA PARTE

PAISAJES C U L T U R A L E S Y P R O C E S O S G L O B A L E S

Queremos mentiras nuevas La cultura despueacutes de los grandes desoacuterdenes Neacutestor Garciacutea Canclini

Cultura poliacutetica y globalizacioacuten Claves para el debate contemporaacuteneo Eduardo Nivoacuten

Etnocentrismo racismo relativismo en un paiacutes civilizado Italia a comienzos del tercer milenio

Amalia Signorelli

Movimientos religiosos procesos de patrimonializacioacuten y construccioacuten de alteridades en el Mercosur Mariacutea Julia Carozzi

t (Des)certificacioacuten de la(s) cultura(s) De Barcelona a Monterrey a traveacutes de un Forum Universal Rossana Reguillo

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SEGUNDA PARTE

R E P E N S A N D O L O S L U G A R E S Y L A C U L T U R A

Antropologiacutea urbana y lugar Recorridos conceptuales Miguel Aacutengel Aguilar Diacuteaz

Sentido de pertenencia y cultura local en la metroacutepoli global Angela Giglia

Sujetos y lugares La construccioacuten interdisciplinaria de un objeto de investigacioacuten Amalia Signorelli

TERCERA PARTE

N U E V O S E S C E N A R I O S Y F O R M A S D E C I U D A D A N Iacute A

Transmigracioacuten y salud Acceso y uso del sistema sanitario entre el colectivo pakistaniacute de Barcelona Hugo Valenzuela Garciacutea

Negociando la ciudadaniacutea en el Estado de Meacutexico Pablo Castro Domingo

Redes poliacuteticas y comiteacutes ciudadanos en la ciudad de Meacutexico

Heacutector Tejera Gaona y Emanuel Rodriacuteguez Domiacutenguez

8

I I

Introduccioacuten

La cultura y la ciudadaniacutea en el contexto global nuevos escenarios y problemas

Angela Giglia y Amalia Signorelli

El volumen que el lector tiene en sus manos es uno de los resultados del coloquio internacional Archipieacutelagos de la Antropologiacutea orgashynizado por el Departamento de Antropologiacutea de la U A M Iztapalapa en noviembre de 2008 con motivo de la celebracioacuten de los 15 antildeos de existencia de su posgrado Convocamos a ese gran evento para rashyzonar con estudiosos de distintos paiacuteses en torno a los cambios en cursos en el habitus de las ciencias sociales por efecto de las transshyformaciones societales del contexto actual caracterizado por una situacioacuten en la que los sujetos objetos y significados que hemos esshytudiado cruzan fronteras literales y conceptuales En las nuevas condishyciones de circulacioacuten de los sujetos los bienes y los conocimientos y dadas las nuevas caracteriacutesticas del ejercicio del poder y de la ciudadashyniacutea a nivel global se hace necesario abrir el estudio y la comprensioacuten de los problemas sociales a un aacutembito en el cual diversas instituciones y disciplinas sean convocadas a trabajar juntas atravesando no soacutelo las distancias geograacuteficas sino tambieacuten los esquemas conceptuales surshygidos en eacutepocas pasadas El diagnoacutestico que debiacutea entenderse al misshymo tiempo como un auspicio contenido en la propuesta del coloquio sosteniacutea que una nueva divisioacuten internacional del trabajo entre las ciencias sociales se encuentra en marcha en la que se articulan de nuevas maneras los archipieacutelagos de los conocimientos disciplinashyrios Este libro atestigua por lo tanto un intento colectivo para razoshynar desde diversas posiciones y disciplinas sobre los fenoacutemenos que surgen en el campo cultural poliacutetico y social y que impulsan a la anshytropologiacutea a construir interpretaciones que reorganicen nuestra imashygen de la realidad contemporaacutenea y del lugar de nuestra disciplina en

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V

Cultura poliacutetica y globalizacioacuten Claves para el debate contemporaacuteneo

Eduardo Nivoacuten

A principio de los antildeos setenta del siglo xx tras la publicacioacuten de El advenimiento de la sociedad posindustrial el socioacutelogo Daniel Bell afirmaba que la cultura habiacutea adquirido importancia suprema por dos razones que se complementaban mutuamente En primer teacutermino porque la cultura se habiacutea convertido en el componente maacutes dinaacutemishyco de nuestra civilizacioacuten superando deciacutea la dinaacutemica del desashyrrollo tecnoloacutegico La otra razoacuten que esgrimioacute fue que desde los antildeos veinte se habiacutea producido la legitimacioacuten de este impulso cul-

U A M - I z t a p a l a p a 1 P u b l i c a d o o r i g i n a l m e n t e e n 1973 A l i a n z a l o p r e s e n t oacute e n cas te l lano e n 1976

Bel l c o n s i d e r a q u e la s o c i e d a d e s t a d o u n i d e n s e t r a n s i t a b a de u n a e c o n o m iacute a p r o d u c shy

t o r a de b ienes a o t r a de s e r v i c i o s l o q u e se expresaba en u n c a m b i o de la e s t r u c t u r a

de l e m p l e o e n p r o v e c h o de los profes iona les y t eacute c n i c o s L a t r a n s i c i oacute n de la s o c i e d a d

i n d u s t r i a l a la p o s i n d u s t r i a l se d i o a t raveacutes de la e x t e n s i oacute n de la r a c i o n a l i d a d t e c n o l oacute shy

gica y c i en t iacute f i ca a las esferas e c o n oacute m i c a soc ia l y po l iacute t i ca D o n d e antes d o m i n a b a n

los i n d u s t r i a l e s a h o r a d o m i n a b a n los t e c n oacute c r a t a s p l a n i f i c a d o r e s y c i e n t iacute f i c o s D e

a c u e r d o c o n B e l l q u e escr ibe su l i b r o antes d e l g o b i e r n o de Reagan el g o b i e r n o pasa

a ser cada vez m aacute s i n s t r u m e n t a l e n el m a n e j o de la e c o n o m iacute a y de ja a c t u a r cada vez

m e n o s a las fuerzas de l m e r c a d o E n l u g a r de descansar e n la m a n o i n v i s i b l e d e l m e r shy

cado la s o c i e d a d p o s i n d u s t r i a l t r a b a j a r aacute hac ia u n a s o c i e d a d d i r i g i d a y t e c n oacute c r a t a E l

o r i g e n de la s o c i e d a d p o s i n d u s t r i a l es taacute e n los a ntilde o s i n m e d i a t o s a la p o s g u e r r a c u a n shy

d o o c u r r e u n g r a n desarro l lo t e c n o l oacute g i c o expresado e n la t e c n o l o g iacute a nuc lear y el i n i c i o

de la c o m p u t a c i oacute n L a s o c i e d a d p o s i n d u s t r i a l n o cons is te s oacute l o p a r a Be l l e n el desplashy

z a m i e n t o de l p r e d o m i n i o de u n p o d e r basado e n la p r o p i e d a d o e n la po l iacute t i ca p o r

o t r o basado en el c o n o c i m i e n t o s i n o e n el c a r aacute c t e r d e l c o n o c i m i e n t o e n siacute m i s m o

El c o n o c i m i e n t o t e oacute r i c o h a l l e g a d o a ser c e n t r a l c o m o m a t r i z de i n n o v a c i oacute n Este

c a m b i o afecta la s o c i a b i l i d a d h u m a n a q u e a h o r a es taacute m e n o s m e d i a d a p o r las m aacute q u i shy

nas y p o r t a n t o el e n t r a m a d o soc ia l es m aacute s es t recho y las i n t e r a c c i o n e s h u m a n a s m aacute s

n u m e r o s a s l o q u e afecta la f o r m a de t o m a r dec i s iones de los i n d i v i d u o s

[ 3 3 ]

I 1

t (Bell 197745) Creo que es posible encontrar ecos del pensashymiento de Bell en Francis Fukuyama y Samuel Huntington cuando por ejemplo este uacuteltimo sentildeala que ha ocurrido en el mundo un desplazamiento del predominio de las contradicciones poliacuteticas insshytauradas a partir de la Guerra Friacutea por una reconfiguracioacuten apoyada en criterios culturales (Huntington 1977147)2

Bell ha sido publicado frecuentemente por las revistas y supleshymentos culturales desde Meacutexico en la cultura de Carlos Monsivaacuteis hasta Letras Libres Quienes hemos leiacutedo Las contradicciones culshyturales del capitalismo no podemos dejar de reconocer la eleganshycia de sus ideas pero lo que maacutes causa intriga es su escasa influencia en la academia mexicana y latinoamericana a pesar de su temprana traduccioacuten al castellano Explico esta situacioacuten por nuestro posible provincianismo mdashiquestquieacuten puede creer que Meacutexico es una sociedad posshyindustrialmdash el antiamericanismo militante de otros y tambieacuten por la derivacioacuten poliacutetica de su pensamiento al escindir los oacuterdenes que organizan la sociedad contemporaacutenea en una estructura tecnoeco-noacutemica el orden poliacutetico y cultural 3 En lugar de pensar que los tres oacuterdenes se integran en un sistema holiacutestico Bell piensa estos aacutembishytos como no congruentes entre siacute y movilizados con ritmos diferentes de cambio cada uno con normas diferentes que legitiman tipos de conducta diferentes y hasta opuestos Son las discordias entre estos aacutembitos los responsables de las diversas contradicciones de la soshyciedad (Bell 197723) Esta temprana y radical presentacioacuten de la escisioacuten de los campos que propondraacute Bourdieu poco tiempo desshypueacutes conduciacutea a una visioacuten de la cultura que en esos antildeos y ahora se muestra incongruente con una idea de sociedad en la que las tensio-

2 E l t e m a c e n t r a l d e l l i b r o es d e f i n i d o p o r e l a u t o r d e l s i g u i e n t e m o d o E l h e c h o de q u e la c u l t u r a y las i d e n t i d a d e s c u l t u r a l e s q u e e n s u s e n t i d o m aacute s a m p l i o s o n i d e n shyt i d a d e s c i v i l i z a c i o n a l e s e s t aacute n c o n f i g u r a n d o las p a u t a s de c o h e s i oacute n d e s i n t e g r a c i oacute n y c o n f l i c t o e n el m u n d o de la p o s g u e r r a f r iacutea ( H u n t i n g t o n 197720) Por o t r a p a r t e Bel l p u b l i c a en 1960 The End ofldeology q u e a d e l a n t a bastantes a ntilde o s antes de la ca iacute shyda d e l M u r o la idea de la v i c t o r i a de la d e m o c r a c i a p o l iacute t i c a de O c c i d e n t e y d e l c a p i t a shyl i s m o e n genera l

3 U n a n o c i oacute n de c u l t u r a m e n o s p r oacute x i m a a la idea de m o d o de v i d a y m aacute s a la idea a r n o l d i a de ideas r e f i n a d a s y a la de l o g r o i n d i v i d u a l (Be l l 197725)

3 4

lies producidas por las relaciones de poder constituyen la dinaacutemica de cambio y resistencia econoacutemica poliacutetica y cultural

Con todo la idea de que la cultura habiacutea tomado el mando en la Organizacioacuten de la sociedad contemporaacutenea no fue patrimonio ex-i tusivo del pensamiento conservador En general la segunda mitad del siglo x x fue escenario de un giro de los modelos teoacutericos emshypleados en la investigacioacuten cultural En una forma simple pienso que una de las caracteriacutesticas principales del cambio consistioacute en la 11 msideracioacuten de la cultura en un sentido amplio antropoloacutegico que hizo posible sortear los estudios centrados en el viacutenculo cultura-na-( i o n mdashdonde la cultura era el gran integradormdash para abordarla a par-i n de grupos sociales como la clase obrera inicialmente donde la 11iltura parece convertirse en un gran diferenciador social Este cam-bio hizo posible interesarse por ejemplo en coacutemo la cultura de un grupo respondiacutea al orden social o coacutemo se imbricaba con las relacioshynes de poder El giro teoacuterico se manifestoacute en experiencias institu-Cionales mdashcentros de investigacioacuten y revistas especializadas fueron las maacutes relevantesmdash y en una expansioacuten global de las investigaciones i 1111 urales que tuvo peculiaridades de acuerdo con las diversas tra-bull liacutet iones regionales U n hecho notable es la diversidad disciplinaria de la investigacioacuten cultural criacuteticos literarios filoacutesofos especialistas en i omunicacioacuten socioacutelogos psicoacutelogos y antropoacutelogos han intentado lt lesde entonces poner en comuacuten tradiciones teoacutericas y metodoloacutegicas para dar cuenta de la creciente amplitud de problemaacuteticas abar-cadas por la investigacioacuten cultural que va desde las praacutecticas culturashyles de las clases subordinadas hasta los medios de comunicacioacuten los estudios de recepcioacuten los modos de construccioacuten de la diferencia y la exclusioacuten la contracultura el ecologismo y muchiacutesimos temas maacutes

Como consecuencia de este panorama la moderna investigacioacuten cultural requirioacute la superacioacuten de los liacutemites disciplinarios tradicioshynales y por ello se dispuso a asumir un decidido diaacutelogo entre la l in shyguumliacutestica la comunicacioacuten las ciencias sociales el arte y la literatura I a forma que adquirioacute este intercambio disciplinario en los diversos contextos regionales es variada y se deriva tanto de la conformacioacuten de estas tradiciones de conocimiento como de los problemas sociashyles que enfrentan en su quehacer cotidiano

3 5

EL G I R O C U L T U R A L

Sin duda que en los uacuteltimos antildeos del siglo x x la transformacioacuten bre vemente resentildeada se ha hecho maacutes notable David Chaney es tal vez uno de los especialistas que maacutes contribuyeron a expresar este camshybio con su libro de 1994 The Cultural Turn expresioacuten con la que se refiere al advenimiento de un movimiento fundamental o una era mdashun teacutermino que reconoce que es imprecisomdash en el que nosotros coshymo miembros de la sociedad rutinariamente expresamos e intercamshybiamos los sentidos valores y significados de nuestra experiencia cotidiana (Chaney 19942) En otras palabras con el vuelco cultural Chaney quiere decir que en la era moderna la cultura ha dejado de ser algo extraordinario por ejemplo ritos u obras prestigiosas y se ha incorporado a la carne de lo cotidiano El vuelco cultural de acuerdo con Kate Nash (2001) tiene dos vertientes una epistemoloacutegica en el sentido de que la cultura es un constituyente del sentido de las reshylaciones sociales y las identidades mdashtal como Giddens por ejemplo piensa las estructuras como proveedoras de los recursos o de habishylidades que hacen posible que los actores sociales tengan capacidad de hacer viable su agencia socialmdash 4 y otra histoacuterica en cuanto que reshyclama el importante papel de la cultura en la sociedad contemporaacutenea en la constitucioacuten de las relaciones sociales e identidades Eacuteste es por ejemplo el aporte de Lash y Urry (1998) quienes sentildealan que el conshysumo y la produccioacuten del capitalismo contemporaacuteneo se encuentran crecientemente mediados por los signos Con el advenimiento de lo que llaman capitalismo posorganizado es decir el capitalismo bashysado en corporaciones que trascienden los liacutemites nacionales sin que otras organizaciones como los sindicatos alcancen esa expansioacuten

4 E n t raba jos de los a ntilde o s n o v e n t a G i d d e n s e x p u s o su n o c i oacute n de a u t o r r e f l e x i v i d a d

q u e es e l t r a b a j o de r e c o n o c i m i e n t o soc ia l de los ac tores q u e los c o n d u c e a p r o d u c i r

y t r a n s f o r m a r e s t r u c t u r a s c o m o la f a m i l i a o e l E s t a d o - n a c i oacute n L a m o d e r n i d a d finishy

secular s e g uacute n G i d d e n s se expresa t a n t o p o r s u extensionalidad ( su d e s p l i e g u e y sus

actuales f o r m a s i n s t i t u c i o n a l e s ) c o m o p o r su intencionalidad ( a l t e r a c i oacute n de la v i d a

c o t i d i a n a y a f e c t a c i oacute n d e las d i m e n s i o n e s m aacute s iacute n t i m a s de n u e s t r a e x p e r i e n c i a ) L a

a u t o i d e n t i d a d el siacute m i s m o se t r a n s f o r m a a c o n s e c u e n c i a de los m i s m o s p r o c e s o s d e

la m o d e r n i d a d y e l lo hace necesar io s e g uacute n eacutel q u e se pres te a t e n c i oacute n a la g r a n c a n t i shy

d a d de recursos a c a d eacute m i c o s o de la s o c i e d a d de masas mdash c o m o los m a n u a l e s de a u t o -

a y u d a mdash q u e c o n t r i b u y e n a la r e f l e x i oacute n s o b r e la m o d e r n i d a d ( G i d d e n s 1996)

36

l i |iiii(luccioacuten de bienes se ha vaciado cada vez maacutes de materialidad i i i il gtio se ha llenado de signos hoy la produccioacuten capitalista nos

1 I ash y Urry es cada vez maacutes informacional y estetizada5

I I ni neo de la economiacutea global es sin duda el nuevo contexto de |laquo i el le xioacuten cultural Aqueacutella no soacutelo consiste en la ampliacioacuten de las M ln iacutees e interacciones sociales hasta escala planetaria mdashcon la bull nimiamente reestructuracioacuten de lo localmdash sino en una reorgani-gtni m u de la economiacutea y de los poderes puacuteblicos La nueva organiza-

c le la economiacutea de casi todos los paiacuteses basada en la expansioacuten de MI e e i o i exportador es tan notable que en 2003 por citar un ejem-I gtli i el crecimiento de las exportaciones mundiales ocurrioacute a un ritmo muyor (casi 5 por ciento) que el de la creacioacuten del producto Iacutentershyin liruto mundial (menos de 3 por ciento) 6 La misma fuente sentildea-lilia la fuerte implicacioacuten de Ameacuterica Latina en este proceso con un i ielt imiento del PIB de 12 por ciento en el mismo antildeo y un aumento del valor de sus exportaciones de mercanciacuteas y servicios de 9 y 7 por i icnto respectivamente

No obstante lo importante de esta transformacioacuten econoacutemica lo que maacutes ha interesado a los especialistas en humanidades y ciencias lociales de este proceso son sus repercusiones sociales y culturales AI respecto se ha sostenido que el cambio representa un protagonisshym o distinto del Estado y de las grandes corporaciones que ahora no parecen marchar a un mismo paso Asiacute por ejemplo lo que es bueshyn o para la Volkswagen o Telmex no necesariamente es bueno para Alemania o Meacutexico Y viceversa los Estados buscan preservar autoshynomiacutea o compromisos sociales que son despreciados por las grandes corporaciones De este modo el cambio en la economiacutea capitalista ha

5 E l c o n c e p t o q u e u t i l i z a n es el de acumulacioacuten reflexiva ( L a s h y U r r y 199860-

I 10) i n s p i r a d o en G i d d e n s p o r supuesto y c o n eacutel t r a t a n de c o m p r e n d e r el c o n t e n i d o

c u l t u r a l de los procesos e c o n oacute m i c o s y la c a p a c i d a d cada vez m a y o r de rea l izar el in-

formacionalismo es dec i r la a c u m u l a c i oacute n d e c o n o c i m i e n t o p a r a a p l i c a r l o e n la v i d a

c o t i d i a n a 6 I n f o r m a c i oacute n de o t r o s a ntilde o s m u e s t r a i g u a l o m a y o r d i n a m i s m o e x p o r t a d o r L o s

datos c i t a d o s p r o v i e n e n de la O r g a n i z a c i oacute n M u n d i a l de C o m e r c i o Estadiacutesticas del

comercio internacional 2004 evolucioacuten del comercio mundial en 2003 y perspectivas

para 2004 lt h t t p 6 4 2 3 3 1 6 7 1 0 4 s e a r c h q = c a c h e 4 n K G 5 n F p I _ M J w w w w t o o r g

s p a n i s h r e s _ s s t a t i s _ s i t s 2 0 0 4 _ s i t s 0 4 _ g e n e r a l _ o v e r v i e w _ s p d f + p i b + m u n d i a l + e s t a

d C 3 A D s t i c a s amp h l = e s amp c t = c l n k amp c d = l amp g l = m x gt

3 7

hecho de las corporaciones un agente econoacutemico emancipado de lo| poderes poliacuteticos nacionales e internacionales El problema que ln mediatamente resalta a ojos de los investigadores sociales es queacute representa para la cultura y la vida social este nuevo panorama Mu chos sectores han sufrido el impacto de poliacuteticas acordadas en aacutertl bitos externos al contexto tradicional que es el Estado-nacioacuten Asiacute con frecuencia poliacuteticas puacuteblicas en terrenos como la economiacutea la pobreza la preservacioacuten del ambiente los derechos humanos o las co municaciones aparecen como impuestas por fuerzas externas a las sociedades nacionales Maacutes relevantes son los nuevos lenguajes con los que son comprendidos estos procesos Los intereses del consu mo parecen haberse impuesto sobre los de la produccioacuten los de la tribu el grupo de edad o el geacutenero sobre los de la clase la apertura de nuevos canales aparentemente ilimitados de informacioacuten ha creado una imagen de un mundo maacutes proacuteximo e inmediato el tradicional prestigio de algunos bienes culturales ha migrado hacia los productos de la cultura de masas y no es menos importante que en medio de toda esta voraacutegine hayan surgido respuestas que intentan contraerse soshybre las comunidades y los espacios locales ante el veacutertigo que viene de afuera y del Norte

Para una regioacuten que hizo de la reflexioacuten sobre su identidad y el curso de su desarrollo mdashiquesthacerse modernamdash el campo esencial de su propio reconocimiento estas transformaciones la obligan a nueshyvas reflexiones Entre el Ariel de Rodoacute (1900) y Latinoamericanos buscando un lugar en este siglo de Garciacutea Canclini (2002) las represhysentaciones de lo latinoamericano han pasado del esencialismo aposhyliacuteneo de Ariel al reconocimiento de que soacutelo con una nueva poliacutetica de integracioacuten con menos espiacuteritu romaacutentico que el de los padres del panamericanismo pero con el concurso praacutectico de las eacutelites cultushyrales las diaacutesporas latinoamericanas los movimientos sociales y los Estados democraacuteticos la relacioacuten con el otro tendraacute posibilidades de eacutexito En teacuterminos de la preocupacioacuten estatal por la cultura en la uacuteltishyma deacutecada del siglo pasado Garretoacuten especificaba el cambio en las preocupaciones puacuteblicas sobre la cultura 7

7 A esto t a l v e z se deba q u e i m p o r t a n t e s t e oacute r i c o s q u e e n los se tenta t u v i e r o n

g r a n presenc ia e n la d i s c u s i oacute n s o b r e la t e o r iacute a de la d e p e n d e n c i a h a y a n p a s a d o a ser

3laquo

I I n las deacutecadas de 1950-1960 el tema principal de la poliacutetica fue bull traquo - i i n I I ID por lo que la poliacutetica fue sobre todo poliacutetica econoacutemi-

I i i l as deacutecadas 1970-1980 el tema principal fue el cambio poliacutetico 11 11 i leacutecada del noventa y creo que en las que vienen el tema centildeshyid d e la poliacutetica lo que constituye la problemaacutetica histoacuterica de las i i l e i l u l e s latinoamericanas y de la nuestra sera la cultura Es decir

dt poliacutetica predominante seraacute la poliacutetica cultural La preocupacioacuten fundamental no seraacute tanto el problema de la economiacutea ni el de los t i -I ele regiacutemenes poliacuteticos sino los temas culturales el tema del

l ni Ido del lenguaje de las formas de convivencia comunicacioacuten y l o iiividad No es que los temas econoacutemicos o propiamente poliacute-Icos desaparezcan sino que me parece que seraacuten planteados en

teacuterminos baacutesicamente culturales (Garretoacuten 199355)

I le este modo el giro cultural en Ameacuterica Latina ha tenido ma-i n i p i i gtpios En primer lugar por la forma como se ha estructurado Huiacute ira modernidad la cual ha estado signada por procesos simul-i o s de alto desarrollo tecnoloacutegico en materia de comunicaciones 11 i r i onviven con formas tradicionales de organizacioacuten cultural pro-

lt mentes de las culturas populares e indiacutegenas Se calcula que en eacutel ica Latina la penetracioacuten de la telefoniacutea celular por ejemplo

i bull en extremo amplia pues alcanza 317 millones de clientes y en los I n i iximos antildeos se incorporaraacuten a este volumen otros 100 millones de i ui utas8 El acceso a otras tecnologiacuteas de comunicacioacuten como la i n -i i i net es menos amplio pero su ritmo de crecimiento es igual de esshypectacular como lo es tambieacuten la expansioacuten de las nuevas formas de i onsumo en Meacutexico por ejemplo el crecimiento de las grandes bullaiperficies comerciales fue durante 2005 y 2006 superior a 10 por i lento Un triunfante reporte reciente sentildeala que a ese ritmo de ere-Importantes f u n c i o n a r i o s c u l t u r a l e s en el p e r i o d o rec iente c o m o A n t o n i o W e f f o r t

ministro de c u l t u r a d u r a n t e la pres idenc ia de C a r d o s o en Bras i l o (oseacute N u n secretashy

r i o de c u l t u r a de A r g e n t i n a G a r r e t oacute n p o r o t r a par te f u e asesor d e l p r e s i d e n t e Lagos

I D la e l a b o r a c i oacute n de l p r o y e c t o d e l C o n s e j o N a c i o n a l de C u l t u r a y A r t e de C h i l e 8 V eacute a s e lt h t t p c a p a c i t a c i o n e n c o s t o s b l o g i a c o m 2 0 0 7 0 2 2 5 0 1 - e l - m e x i c a n o - i n -

s a c i a b l e p h p x Por o t r a p a r t e la c o n s u k o r a T h e M o b i l e W o r l d a f i r m a b a e n u n i n f o r shy

me de m e d i a d o s de 2007 q u e L a m i t a d del m u n d o t iene te leacute fono moacutevil En j u l i o habraacute

tres m i l m i l l o n e s de u s u a r i o s de te lefoniacutea m oacute v i l El Paiacutes 27 -06 -2007

39

cimiento el inventario de centros comerciales en Meacutexico se habiacutea duplicado para 20099 Por otro lado el peso demograacutefico de las plt i blaciones indiacutegenas en Ameacuterica Latina era en los antildeos noventa ltlr maacutes de 28 millones de personas 1 0 pero su importancia social y poli tica es mucho mayor sea por el alarmante azote de pobreza y enfei medad de que son viacutectimas esas poblaciones o por la relevancia d i sus acciones y reivindicaciones que van de los movimientos armados como el neozapatismo mexicano a la ocupacioacuten de las estructural poliacuteticas institucionalizadas como ocurre actualmente en Bolivia

Otra caracteriacutestica es de iacutendole intelectual los estudios sobre cul tura en Ameacuterica Latina a pesar de que cuentan con el aporte de una rica tradicioacuten ensayiacutestica han estado maacutes vinculados a las ciencias sociales que a las humanidades Este factor fue notado claramente por George Yuacutedice a principios de los noventa en un trabajo que inshytenta comprender el cauce de los estudios culturales en Ameacuterica Lashytina y en Estados Unidos Algunas diferencias que apunta son las siguientes mayor amplitud del mercado para determinadas teoshyriacuteas e investigaciones en Estados Unidos que en Ameacuterica Latina como Foucault o Bourdieu la recepcioacuten de autores como Saussure Lacan Althusser y Barthes por citar algunos fue maacutes importante en Estados Unidos en las Humanidades un campo que tambieacuten tiene un significado distinto al usual en los paiacuteses latinoamericanos pues bajo ese paraguas se integran los estudios transdisciplinarios asiacute co-

9 A c t u a l m e n t e h a y e n M eacute x i c o u n t o t a l de 3 7 4 c e n t r o s c o m e r c i a l e s c o n aacuterea r e n t a b l e m a y o r a d i e z m i l m e t r o s c u a d r a d o s A l g u n o s e j e m p l o s d e c e n t r o s c o m e r c i a shyles en M eacute x i c o c o n aacute r e a s rentab les cercanas a los d i e z m i l m e t r o s s o n las m u l t i p l a z a s y a lgunas galer iacuteas fashion s i n t i e n d a s anc la

M i e n t r a s t a n t o los c e n t r o s c o m e r c i a l e s e n M eacute x i c o c o n aacute r e a s s u p e r i o r e s a los 50 m i l m e t r o s c u a d r a d o s r e n t a b l e s s o n los c e n t r o s reg iona les de l t i p o C e n t r o Las A m eacute -r icas C e n t r o Santa Fe y Perisur e n t r e o t r o s

E l c r e c i m i e n t o d e l m e r c a d o de los c e n t r o s c o m e r c i a l e s e n los uacute l t i m o s d o s a ntilde o s es g i g a n t e s c o y e q u i v a l e a d o s d iacute g i t o s A la fecha s u m a n 66 m i l l o n e s de m e t r o s c u a d r a shydos para 2006 D e c o n t i n u a r c o n este r i t m o de c r e c i m i e n t o el i n v e n t a r i o de c e n t r o s c o m e r c i a l e s en M eacute x i c o se h a b r aacute d u p l i c a d o para 2 0 0 9 ( C l a u d i a O l g u iacute n 2007)

1 0 En la r e d es taacute d i s p o n i b l e u n c u a d r o e l a b o r a d o a p a r t i r d e e s t i m a c i o n e s y c e n shysos L a m i s m a paacutegina m u e s t r a q u e la p o b l a c i oacute n n e g r a y m e s t i z a l a t i n o a m e r i c a n a era en i l m i s m o p e r i o d o de 148 m i l l o n e s ( lt h t t p w w w i n t e g r a n d o o r g a r d a t o s d e i n t e -r e s i n d i g e n a s e n a m e r i c a h t m gt )

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los de medios y de comunicacioacuten Por lo que toca a Ameacuterica La-llhu lo que corresponderiacutea al anaacutelisis cultural que se realiza por los indios de comunicacioacuten historia de las ideas anaacutelisis del discurso y

is estudios interdisciplinarios incluidos los estudios artiacutesticos t literarios estaacuten generalmente incorporados a disciplinas cientiacutefi-i e mientras que en Estados Unidos caeriacutean maacutes en lo que se entienshyde por ciencias sociales y que en Ameacuterica Latina se identifican maacutes

la sociologiacutea o la antropologiacutea Esto ocasiona seguacuten Yuacutedice que ( I anaacutelisis cultural en Latinoameacuterica se relaciona maacutes directamenshyte con el estudio de las sociedades civil y poliacutetica que en los Estados I lindos (Yuacutedice 199310)

P O S C O L O N I A L I S M O Y S U B A L T E R N I D A D

I n cuanto a las liacuteneas de anaacutelisis sobre la cultura en Ameacuterica Latina I I necesario reconocer la existencia de diversas tradiciones y co-11 untes marcadas a veces por cuestiones generacionales a veces p o r experiencias diaspoacutericas y en otras ocasiones por el compromi-| i i con los procesos poliacuteticos de la regioacuten En ocasiones las corrien-tes tambieacuten surgen a consecuencia de roces y rupturas propiciadas por desencuentros teoacutericos yo personales pero aun en este caso es indispensable reconocer el lugar central de la poliacutetica en los estushyd i o s de cultura A l respecto de encuentros y desencuentros las con-

uleraciones que hace uno de los participantes de la propuesta maacutes radical mdashy la maacutes recientemdash es indicativa del curso que a menudo liguen las diferencias teoacutericas Es el caso de los llamados estudios poscoloniales y de subalternidad John Beverly hace el siguiente re-l uento del distanciamiento teoacuterico con respecto a lo que llama la Corriente de estudios culturales latinoamericanos

Inicialmente inscribimos la idea del grupo dentro de los estudios culshyturales consideraacutebamos que nuestro trabajo era un componente meshynor pero interesante del proyecto maacutes amplio de crear los estudios culturales latinoamericanos Algunos de nosotros estaacutebamos metishydos tambieacuten en la Red Interamericana de Estudios Culturales orga-

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nizada por George Yuacutedice y Neacutestor Garciacutea Canclini Lo que pasoacute sin embargo es que hubo una polarizacioacuten entre lo que estaacutebamos entenshydiendo por mdasho inventando comomdash estudios subalternos y estudios culturales No seacute exactamente coacutemo o por queacute ocurrioacute esta polarizashycioacuten Parece ser que era necesario para establecer nuestra identidad subalterna producir una diferencia u otredad con respecto a estushydios culturales mdashen otras palabras quizaacutes estaacutebamos reproducienshydo en nuestra propia constitucioacuten la oposicioacuten dominantesubalterno que pretendiacuteamos estudiar En cualquier caso el resultado fue que hoy en vez de pensar que los estudios subalternos son un composhynente dentro de los estudios culturales seriacutea maacutes correcto decir que representan una manera alternativa de articular las preocupaciones de los estudios culturales (Beverly 1996)

La corriente de los estudios poscoloniales surge entonces alredeshydor de lo que el mismo Beverly llama usando una categoriacutea de la soshyciologiacutea grupo de intereacutes formado principalmente por acadeacutemicos provenientes del campo de las humanidades 1 1 La influencia de la l i shyteratura anglosajona en este sentido es determinante especialmente la proveniente de intelectuales de las ex colonias britaacutenicas de Asia que asumieron una visioacuten criacutetica sobre la tarea de los intelectuales nacionales provenientes de eacutelites locales 1 2 Paradoacutejicamente es notashyble que los autores con maacutes presencia en el proyecto de comprender el espacio latinoamericano como una realidad poscolonial perteshynezcan a una generacioacuten de acadeacutemicos que conforman una diaacutespora estrechamente conectada con la academia estadounidense 1 3 y que

1 1 D e los 15 m i e m b r o s de l g r u p o (de e s t u d i o s s u b a l t e r n o s l a t i n o a m e r i c a n o s ) p u shyd e i d e n t i f i c a r l a d i s c i p l i n a y e n c o n t r a r las o b r a s d e 12 D e estos 12 n u e v e e r a n c r iacute t i shyc o s l i t e r a r i o s ( M a l l o n 2001 139)

1 2 L a h i s t o r i o g r a f iacute a d e l n a c i o n a l i s m o h i n d uacute ha es tado d o m i n a d a p o r el e l i t i s m o

A s iacute c o m i e n z a R a n a j i t G u h a su O n S o m e A s p e c t s o f t h e H i s t o r i o g r a p h y o f C o l o n i a l

I n d i a a r t iacute c u l o i n a u g u r a l d e l p r i m e r n uacute m e r o de Subaltern Studies (1994) E l a b o r a d o

c o m o u n c o n j u n t o de tesis G u h a sost iene q u e la h i s t o r i o g r a f iacute a del c o l o n i a l i s m o y el

n e o c o l o n i a l i s m o c o m o la d e l n a c i o n a l i s m o o n e o n a c i o n a l i s m o p a r t i c i p a n d e l p r e j u i shy

c i o d e q u e la c o n s t r u c c i oacute n de la n a c i oacute n h i n d uacute y e l d e s a r r o l l o d e s u c o n c i e n c i a n a c i o shy

n a l h a s ido u n l o g r o e x c l u s i v o de las eacute l i t e s 1 3 E n t r e l o s a c a d eacute m i c o s m aacute s c o n o c i d o s e s t aacute n W a l t e r M i g n o l o I l e a n a R o d r iacute g u e z

S a n t i a g o C a s t r o - G oacute m e z E d u a r d o M e n d i e t a F e r n a n d o C o r o n i l A l b e r t o M o r e i r a s

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l i n i centrado su esfuerzo en reconstruir el paradigma moderno-eu-roceacutentrico de conocimiento a fin de restituir a los grupos subalter-111 is su memoria negada o subsumida en las narrativas imperiales y nacionalistas que los han privado de su condicioacuten de sujetos con historia El nuevo sujeto poliacutetico que proclaman el individuo subal-l e r n o es a la vez un personaje poliacutetico y un sujeto epistemoloacutegico 1 orno sentildeala el Manifiesto inaugural del Grupo Latinoamericano de lstudios Subalternos la

[ ] comprobacioacuten de que las eacutelites coloniales y poscoloniales coincishydiacutean en su visioacuten de subalterno llevoacute al grupo Sudasiaacutetico1 4 a cuestioshynar los macroparadigmas utilizados para representar las sociedades coloniales y poscoloniales tanto en las praacutecticas de hegemoniacutea culshytural desarrolladas por las eacutelites como en los discursos de las humashynidades y de las ciencias sociales que buscaban representar la realidad de estas sociedades (Grupo Latinoamericano 199886)

En este contexto el subalterno aparece como un sujeto migrante tanto en sus propias representaciones culturales como en la naturaleshyza cambiante de sus pactos con el Estado-nacioacuten De acuerdo con las categoriacuteas del marxismo claacutesico y del funcionalismo socioloacutegico respecto al modo de produccioacuten el sujeto migrante aparece carto-grafiado como formando parte de los estadios de desarrollo de la economiacutea nacional En tales narrativas la participacioacuten de las clases subalternas y su identificacioacuten con categoriacuteas econoacutemicas sirven

e n t r e o t r o s E l l i b r o Teoriacuteas sin disciplinas Latinoamericanismo poscolonialidad y

globalizacioacuten en debate c o o r d i n a d o p o r C a s t r o - G oacute m e z y M e n d i e t a (1995) c o n s t i t u y e

u n v e r d a d e r o b u q u e i n s i g n i a de l p e n s a m i e n t o p o s c o l o n i a l de estos autores U n t e x t o

c r iacute t i c o m u y i n t e r e s a n t e es e l de F e r n aacute n d e z ( 2 0 0 3 ) 1 4 Se re f ie re a l G r u p o de E s t u d i o s S u b a l t e r n o s d i r i g i d o p o r Rana j i t G u h a Este

uacute l t i m o usa P u e b l o y clases s u b a l t e r n a s c o m o s i n oacute n i m o s e i n c l u y e n a los g r u p o s y

e l e m e n t o s q u e se d i f e r e n c i a n d e m o g r aacute f i c a m e n t e de aquel los q u e s o n d e s c r i t o s co shy

m o eacutelite a u n q u e haya g r u p o s c o m o la nobleza r u r a l terratenientes e m p o b r e c i d o s c a m shy

pes inos r i c o s y m e d i o s u b i c a d o s e n t r e la eacute l i te y las clases s u b a l t e r n a s q u e p u e d e n

s e g uacute n las c i r c u n s t a n c i a s a c t u a r a f a v o r d e la eacute l i te y p o r t a n t o ser c las i f i cados c o m o

tales e n a lgunas s i tuac iones locales y reg iona les ( G r u p o L a t i n o a m e r i c a n o 19988)

4 3

para enfatizar el crecimiento de la productividad que es el signo del progreso y la estabilidad La pregunta por la naturaleza del pacto soshycial entre el subalterno y el Estado resulta fundamental para la im-plementacioacuten de un gobierno eficaz en el presente asiacute como para la planeacioacuten de su eficiencia en el futuro (Grupo Latinoamericano 199895)

Sujeto pluriclasista desterritorializado (migrante) no aprehen-sible desde las categoriacuteas de nacioacuten y clase y que en cambio aparece en una gran variedad de formas nacioacuten hacienda lugar de trabajo hogar sector informal mercado negro (Grupo Latinoamericano 199897) el individuo subalterno es a la vez una criacutetica al sentido de la nacioacuten asiacute como un haz de emociones y sentimientos de recursos para comprender la realidad desde la propia situacioacuten de desplazashymiento y tambieacuten una perspectiva narrativa que cuestiona el orden impuesto por la cultura letrada

A l comentar la aplicacioacuten de la categoriacutea de sociedad poscolo-nial a Ameacuterica Latina Gustavo Lins Ribeiro hace dos observaciones interesantes La primera es sobre su procedencia el entorno acadeacuteshymico estadounidense La segunda es la constatacioacuten de la ausencia en la actualidad latinoamericana de una teoriacutea identificable con la regioacuten como lo hubo en la era de la dependencia (Lins Ribeiro 200341) En cuanto a la primera consideracioacuten sin aacutenimo chovinisshyta Lins Ribeiro comenta que el concepto poscolonial pese a su amshyplio sentido criacutetico no deja de provenir de un entorno externo a la regioacuten En Ameacuterica Latina el poscolonialismo seriacutea igual a lo que eacutel mismo condena un discurso externo sobre el Otro que llega a trashyveacutes de un poder metropolitano (Lins Ribeiro 200343) Hugo Achu-gar hace un sentildealamiento auacuten maacutes refinado el problema remite a la discusioacuten de lo que llama posicionalidad (1998) y al intento por l i shyberarnos de la oposicioacuten radical de las categoriacuteas colonizadoras Conshycretamente el discurso sobre lo latinoamericano estaacute muy lejos de ser un discurso homogeacuteneo maacutes bien consiste en una construccioacuten en la que intervienen muy diversos proyectos que se han reflejado sobre todo en los grandes movimientos sociales y culturales del sishyglo xx Es por eso que Achugar sentildeala de manera criacutetica que

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[] lo que no parece tenerse en cuenta en los llamados estudios poscoloniales del Commonwealth teoacuterico es que la reflexioacuten o la reshyconstruccioacuten de Ameacuterica Latina como toda construccioacuten suposhyne ademaacutes del lugar desde donde se habla el lugar desde donde se lee Y precisamente el lugar desde donde se lee Ameacuterica Latina pashyrece ser en el caso de gran parte de los estudios poscoloniales el de la experiencia histoacuterica del Commonwealth por un lado y por otro como veremos maacutes adelante el de la agenda de la academia norteshyamericana que estaacute localizada en la historia de su propia sociedad civil (Achugar 1998276)

La segunda criacutetica realizada por Lins Ribeiro es maacutes compleja y supone al menos dos niveles de anaacutelisis Llamemos al primero ideoshyloacutegico o cultural y se relaciona con el gran alcance que tiene en la actualidad el concepto cultura Un alcance contradictorio pues a su gran visibilidad hay que antildeadir el que se haya convertido en un sitio intrincado de intercambios poliacuteticos y acadeacutemicos (Lins Ribeiro 200346) El extendido sentido de la cultura en Ameacuterica Latina la han convertido en

[] un medio para negociar poder en ausencia de un discurso no rashydicalizado en el cual clase y acceso diferenciado al poder podriacutean ser abiertamente debatidos En este sentido la nocioacuten de cultura estaacute contribuyendo a reificar las diferencias culturales como el probleshyma principal para el acceso al poder y en esto quiero ser provocativo el multiculturalismo estaacute convirtieacutendose en la base para una teoriacutea funcionalista de armoniacutea poliacutetica en una sociedadcoyuntura que soshybreestima el papel que la cultura los siacutembolos y la tradicioacuten pueden tener en la construccioacuten de la igualdad y la justicia social (Lins Ribeishyro 200346)

Clarificado el liacutemite del anaacutelisis y las reivindicaciones culturales Lins Ribeiro propone la consideracioacuten del espacio latinoamericano como un espacio explicado a partir de su condicioacuten postimperial Un concepto que tambieacuten se presta a debate como todo lo pos(t) pero que supone la

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I I

[] he gemoniacutea del capitalismo flexible [] la hegemoniacutea militar ecoshynoacutemica y poliacutetica de Estados Unidos [] un control y concentracioacuten de la produccioacuten de conocimientos cientiacuteficos y tecnoloacutegicos sobre todos aquellos sectores punta de la acumulacioacuten [] el control del espacio y la produccioacuten de mediapanoramas Este capitalismo triunshyfante en un mundo de un solo sistema no necesita dividir el planeta en esferas de influencia como lo hicieran las potencias imperialisshytas europeas claacutesicas en una reparticioacuten programa del globo (Lins Ribeiro 200353)

iquestPuede efectivamente la categoriacutea postimperialismo contribuir a una mejor comprensioacuten de los procesos culturales en Ameacuterica Latishyna Mucho me temo que tenga un alcance limitado Postimperialismo es una categoriacutea instrumental un recurso para pensar la cosmoacutepo-lis esto es la tensioacuten entre fuerzas expansionistas externas y fuerzas localizadas heterogeacuteneas 1 5 Maacutes que una definicioacuten de lo que soshymos es un espacio para reflexionar sobre el sentido de las relaciones y las producciones culturales la tecnologiacutea el multiculturalismo la diversidad o el trasnacionalismo y por ello pese a su posible relevanshycia teoacuterica pierde eficacia cuando volvemos la mirada hacia nosotros mismos a diferencia de la reflexioacuten sobre lo latinoamericano que siacute habiacutea tenido una gran capacidad heuriacutestica Los estudios poscolonia-les han permitido al impulsarnos a remover las cenizas de los muacutelshytiples trastos que su planteamiento obligoacute a echar a la hoguera de la criacutetica rescatar la tradicioacuten de la reflexioacuten sobre la identidad latinoashymericana para reiniciar la danza de su deconstruccioacuten al observar los estudios latinoamericanos como agenda de la sociedad civil estashydounidense o bien al mirar el proyecto latinoamericano como un esshyfuerzo de racionalizacioacuten y modernidad (frustrada) Tambieacuten porque aparcan la idea de Ameacuterica Latina como una esencia y en cambio nos hacen descubrir su sentido fenomenoloacutegico que en un extremo se asoma perpetuamente al espejo de Proacutespero y en el otro se piensa radicalmente opuesta a Occidente Ariel macondismo la raza coacutesshymica el hombre nuevo En esto tal vez estriba la fuerza de los

l r V eacute a s e el c a p iacute t u l o C o s m o p o l iacute t i c a s de L i n s R i b e i r o 2003

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UNI i id ios poscoloniales no en pretender encontrar una esencia o unos i (genes culturales sino en hacer plausible una interpretacioacuten resshypecto a los lugares en los que se ha venido construyendo histoacutericashym e n t e la verdad sobre nosotros mismos (Castro-Goacutemez 1995203)

C U L T U R A I D E N T I D A D Y M O V I M I E N T O S S O C I A L E S

( )l ra perspectiva para mirar la cultura en Ameacuterica Latina se ha elashyborado en clave de identidad La oposicioacuten entre el localismo y el universalismo ha sido desde hace maacutes de dos siglos el eje de la cons-i ruccioacuten de las identidades modernas pero en la actualidad un nueshyvo factor ha hecho presencia la sociedad de la informacioacuten No es ii re levante acudir a Manuel Castells para tratar de comprender su posicioacuten sobre este problema pues su reflexioacuten constituye un soacutelido punto de partida para tratar de proyectar el desarrollo de los con-llictos de la identidad en este periodo

Castells acude a la dialeacutectica de la confrontacioacuten social a traveacutes de los movimientos sociales cuyo sentido es transformar los valores y las instituciones de la sociedad El punto central de los movimienshytos sociales para Castells no se reduce exclusivamente a las relacioshynes de fuerza sino a la construccioacuten de identidades pues eacutestas son la fuente del sentido y experiencia de la gente (Castells 200028) Define identidad como el proceso de construccioacuten del sentido atenshydiendo a un atributo cultural o un conjunto relacionado de atribushytos culturales al que se da prioridad sobre el resto de las fuentes de sentido (Castells 200028) Se trata de un fenoacutemeno siempre consshytruido y por tanto imposible de ser definido a partir de rasgos on-toloacutegicos

[] ninguna identidad puede ser una esencia y ninguna identidad tiene per se un valor progresista o regresivo fuera de su contexto histoacuterico Un asunto diferente y muy importante son los beneficios de cada identidad para la gente que pertenece a ella (Castells 200030)

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I I

Ahora bien desde la perspectiva de anaacutelisis de Castells la idenshytidad se asoma a nuestra sociedad moderna de diversos modos coshymo una identidad legitimadora una identidad de resistencia o una identidad proyecto Dos rasgos muestran la diferencia entre ellas su origen y sus efectos en la construccioacuten de la sociedad

El origen se define a partir de la posicioacuten de poder que ocupan sus principales agentes La identidad legitimadora es introducida por las instituciones dominantes de la sociedad para extender y racionalishyzar su dominacioacuten frente a los actores sociales (Castells 200030) Se construye entonces desde una situacioacuten de autoridad y dominio coshymo corresponde a las eacutelites poliacuteticas eacutetnicas o culturales En camshybio la identidad de resistencia es

[] generada por aquellos actores que se encuentran en posiciones condiciones devaluadas o estigmatizadas por la loacutegica de la dominashycioacuten por lo que construyen trincheras de resistencia y supervivencia basaacutendose en principios diferentes u opuestos a los que impregnan las instituciones de la sociedad (Castells 200030)

Un tercer modelo de identidad al que Castells denomina identishydad proyecto tiene lugar cuando

[] los actores sociales basaacutendose en los materiales culturales de que disponen construyen una nueva identidad que redefine su posishycioacuten en la sociedad y al hacerlo buscan la transformacioacuten de toda la estructura social (Castells 200030)

El feminismo seriacutea un ejemplo paradigmaacutetico de este tercer tipo En realidad Castells piensa el fenoacutemeno de lo identitario de manera dinaacutemica pues las identidades que comienzan como resistencia pueshyden inducir proyectos y con el tiempo convertirse en dominantes con lo cual se vuelven identidades legitimadoras Es la dialeacutectica del poder la que les da su tono

En cuanto a sus efectos en la construccioacuten de la sociedad Castells sentildeala que las identidades legitimadoras al estar generadas desde una posicioacuten preponderante de la organizacioacuten social producen

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[] una sociedad civil es decir un conjunto de organizaciones e insshytituciones asiacute como una serie de actores sociales estructurados y orshyganizados que reproducen si bien a veces de modo conflictivo la identidad que racionaliza las fuentes de la dominacioacuten estructural (Castells 200031)

La nocioacuten de sociedad civil aquiacute es usada por Castells en un senshytido gramsciano es decir estaacute

[] formada por una serie de aparatos como la(s) Iglesia(s) los sinshydicatos los partidos las cooperativas las asociaciones ciacutevicas etc que por una parte prolongan la dinaacutemica del Estado pero por otra estaacuten profundamente arraigadas en la gente Precisamente este doble caraacutecter de la sociedad civil es el que la hace un terreno privilegiado para el cambio poliacutetico al posibilitar la toma del Estado sin lanzar un asalto directo y violento (Castells 200331)

Las identidades legitimadoras buscan entrelazarse con el conshyjunto de la sociedad Se empentildean en echar sus raiacuteces en la escuela la religioacuten o los medios de comunicacioacuten

Las identidades de resistencia subordinadas en las relaciones de dominacioacuten recurren a otros instrumentos para desarrollarse Este tipo de identidad seguacuten Castells conduce a la formacioacuten de comushynas o comunidades que en la formulacioacuten de Etzioni son redes de relaciones sociales que comparten sentidos y sobre todo valores (Etzioni 199524) y constituyen un punto de equilibrio entre el orshyden social y la autonomiacutea individual 1 6 Puede que este tipo de reshylacioacuten identitaria sea el maacutes importante en la construccioacuten de la identidad en nuestra sociedad El nacionalismo es la expresioacuten maacutes

1 6 A l r e s p e c t o p u e d e verse t a m b i eacute n E t z i o n i 1999 Eacute s t e s e ntilde a l a que s e g uacute n las c i r -

Cunstancias p u e d e n ser i n c l u i d a s e n esta n o c i oacute n f a m i l i a a ldea v e c i n d a r i o o soc iedashy

des nacionales b i e n integradas a d e m aacute s de las nuevas c o m u n i d a d e s T a m b i eacute n advier te

que la c o m u n i d a d n o n e c e s a r i a m e n t e es u n l u g a r de v i r t u d m u c h a s s o n a u t o r i t a r i a s

y represivas y p o r t a n v a l o r e s q u e i n c l u s o p u e d e n ser c o n s i d e r a d o s h o r r e n d o s A fin

de cuentas c o m o r e c u e r d a E t z i o n i t a m b i eacute n el K u K l u x K l a n p u e d e ser e n t e n d i d o coshy

m o u n a c o m u n i d a d ( E t z i o n i 199524ss)

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comuacuten de este tipo de relacioacuten identitaria pero tambieacuten lo son las expresiones de etnicidad o de comunalidad

Construye formas de resistencia colectiva contra la opresioacuten de otro modo insoportable por lo comuacuten atendiendo a identidades que apashyrentemente estuvieron bien definidas por la historia la geografiacutea o la biologiacutea facilitando asiacute que se expresen como esencia las fronteshyras de la resistencia (Castells 200031)

Castells califica el fundamentalismo religioso las comunidades territoriales la autoafirmacioacuten nacionalista o incluso el orgullo de la autodenigracioacuten como expresiones de lo que denomina la exclusioacuten de los exclusores por los excluidos (Castells 200031) es decir la construccioacuten de una identidad defensiva en los teacuterminos de las instishytucionesideologiacuteas dominantes invirtiendo el juicio de valor mienshytras que se refuerza la frontera La dialeacutectica de estas identidades excluidasexcluyentes es incierta y soacutelo puede conocerse a partir de la experiencia histoacuterica que puede arrojar el mantenimiento de las sociedades o su fragmentacioacuten en tribus a las que eufemiacutesticamente dice Castells algunas veces se vuelve a llamar comunidades (Castells 200032)

Pero si Castells estaacute mirando el desarrollo de los movimientos soshyciales desde la perspectiva de la globalidad de la sociedad de la inforshymacioacuten la dinaacutemica de las movilizaciones poliacuteticas en la regioacuten ha conducido a diversos investigadores a atender este fenoacutemeno desde aacutengulos nuevos Un presupuesto baacutesico contenido en los planteashymientos de Castells es el rechazo a la determinacioacuten de la accioacuten de los sujetos por las estructuras sociales y es la superacioacuten del estruc-turalismo lo que permite a los estudiosos desplegar nuevos instrushymentos de anaacutelisis 1 7

1 7 N o p r e t e n d o g e n e r a l i z a r este p l a n t e a m i e n t o Susan Ecks te in e n Poder y proshy

testa popular Movimientos sociales latinoamericanos sost iene u n c r i t e r i o m e t o d o l oacute g i shy

co e s t r u c t u r a l - h i s t oacute r i c o q u e p r i o r i z a los c o n d i c i o n a m i e n t o s sociales de la p r o t e s t a

p o r s o b r e las m o t i v a c i o n e s i n d i v i d u a l e s de los ac tores e i n t e n t a e x p l i c a r cada m o v i shy

m i e n t o social en su c o n t e x t o e s p e c iacute f i c o s in r e c u r r i r a falsas genera l izac iones D e este

m o d o rechaza e x p l iacute c i t a m e n t e la t e o r iacute a de la m o d e r n i z a c i oacute n e l c o n d u c t i s m o e l p o s -

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Manuel Antonio Garretoacuten uno de los socioacutelogos latinoamericashyn o s que mejor han discutido las transformaciones de la movilizacioacuten poliacutetica en la regioacuten ha planteado que los cambios estructurales y culturales que afectan tanto al tipo societal latinoamericano como al modo claacutesico de relacioacuten entre Estado y sociedad significan en teacuterminos de la accioacuten colectiva un cambio de paradigma en un doshyble sentido En primer lugar la organizacioacuten de la accioacuten colectiva y la conformacioacuten de actores sociales se hacen menos en teacuterminos de la posicioacuten estructural de los individuos y grupos y maacutes en teacuterminos de ejes de sentido de esa accioacuten En segundo lugar los ejes de accioacuten que actualmente definen los movimientos sociales 1 8 no estaacuten imbri shycados en un proyecto societal uacutenico que los ordena entre siacute y fija sus relaciones prioridades y determinaciones en teacuterminos estructurales sino que cada uno de ellos es igualmente prioritario tiene su proshypia dinaacutemica y define actores que no necesariamente son los misshymos que en los otros ejes como ocurriacutea con la fusioacuten de las diversas orientaciones en el movimiento nacional popular o en el movimienshyto democraacutetico que le siguioacute

Los cambios en la sociedad civil han ocasionado nuevos tipos de demandas y principios de accioacuten que no pueden ser capturados por las viejas luchas por igualdad libertad e independencia nacional Los

m o d e r n i s m o y la t e o r iacute a d e la e l e c c i oacute n r a c i o n a l c u y o p r e s u p u e s t o es q u e t o d o i n d i shy

v i d u o es taacute b aacute s i c a m e n t e aislado y ca lcula peacuterdidas y reacuteditos antes de dec id i rse a f o r m a r

p a r t e d e u n m o v i m i e n t o soc ia l T a n t o r e c h a z o dar iacutea a e n t e n d e r q u e el l i b r o se c e n t r a

e n las t r a d i c i o n a l e s d e f i n i c i o n e s categor ia les s o b r e los actores p e r o los es tudios p r e shy

sentados en el l i b r o s o n a veces b a s t a n t e p r o c l i v e s a m i r a r f a c t o r e s c o m o la s o l i d a r i shy

d a d o la f o r t a l e z a m o r a l de las c u l t u r a s p o p u l a r e s c o m o el p r i n c i p a l r e c u r s o de los

m o v i m i e n t o s 1 8 L o s c u a t r o ejes de m o v i l i z a c i oacute n soc ia l a b a r c a n d i versos o b j e t i v o s y n o s i e m p r e

s o n c o i n c i d e n t e s e n c u a n t o a los ac tores socia les E l p r i m e r o se re f ie re a los p r o c e s o s

de d e m o c r a t i z a c i oacute n desde diversas s i t u a c i o n e s de a u t o r i t a r i s m o El s e g u n d o t i e n e

c o m o o b j e t i v o la d e m o c r a t i z a c i oacute n soc ia l E n t r e los v a r i o s s i g n i f i c a d o s que t i e n e esshy

te c o n c e p t o dos s o n p e r t i n e n t e s p a r a n u e s t r o s efectos El p r i m e r o se re f iere a la r e d e shy

finicioacuten de la c i u d a d a n iacute a E l s e g u n d o a la s u p e r a c i oacute n de la p o b r e z a y la e x c l u s i oacute n E l

t e rcer eje de a c c i oacute n c o l e c t i v a se e n f r e n t a a las consecuenc ias de la t r a n s f o r m a c i oacute n

de l m o d e l o de d e s a r r o l l o ( n e o l i b e r a l ) El c u a r t o eje q u e i n t e g r a a los a n t e r i o r e s a u n shy

q u e posee u n a d i n aacute m i c a p r o p i a se ref iere a las luchas e n t o r n o al m o d e l o de m o d e r n i shy

d a d las i d e n t i d a d e s y la d i v e r s i d a d c u l t u r a l y o b v i a m e n t e c o m o t o d o s los o t r o s se

r e c u b r e t a m b i eacute n de luchas p o r la c i u d a d a n iacute a ( G a r r e t oacute n 2002)

Siacute

nuevos temas referidos a la vida diaria relaciones interpersonales logro personal y de grupo aspiracioacuten de dignidad y de reconocimienshyto social sentido de pertenencia e identidades sociales se ubican maacutes bien en la dimensioacuten de lo que se ha denominado mundos de la vida o de la intersubjetividad y no pueden ser sustituidos por los viejos principios Ya no pertenecen exclusivamente al reino de lo privado y ejercen sus demandas en la esfera puacuteblica Por supuesto que esta nueva dimensioacuten no remplaza a las anteriores sino que agrega maacutes diversidad y complejidad a la accioacuten social (Garretoacuten 2002)

El principal cambio que esta dimensioacuten introduce en la accioacuten coshylectiva ademaacutes de que las viejas formas de organizaciones parecen ser insuficientes para estos propoacutesitos particulares (sindicatos partishydos) es que define un principio muy difuso de oposicioacuten y se basa no soacutelo en la confrontacioacuten sino tambieacuten en la cooperacioacuten Por conshysiguiente no se dirige a un oponente o antagonista claro como soliacutea suceder con las claacutesicas luchas sociales Mientras que en el pasado fuimos testigos de un sujeto central en busca de movimientos y acshytores sociales que lo encarnaran el escenario actual parece acercarshyse maacutes a actores y movimientos particulares en busca de un sujeto o principio constitutivo central (Garretoacuten 2002)

M e parece imposible evitar pensar que el giro posestructuralis-ta en el anaacutelisis de los movimientos sociales coincidente en parte con el desarrollo de las reflexiones posmodernas en este campo que dieron a los sujetos un papel preponderante en los anaacutelisis 1 9 no sea producto exclusivo de la reflexioacuten sino de la amplitud de las movishylizaciones en la regioacuten latinoamericana y su sorprendente ubicuidad y alcance Los grandes hitos de la movilizacioacuten poliacutetica en Ameacuterica Latina en las uacuteltimas deacutecadas del siglo xx como el movimiento de los sem teacuterra la insurreccioacuten zapatista los levantamientos eacutetnicos anshydinos las variadas manifestaciones de rechazo protesta y rebelioacuten ciacutevica contra las poliacuteticas neoliberales en Uruguay o el caso de los piqueteros en Argentina forman un conjunto diverso de movilizashyciones que en su vastedad producen una gran dosis de malentendidos Estos grandes movimientos sociales son efectivamente consecuen-

1 9 V eacute a s e S h e r r y O r t n e r 1984

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| la de tensiones econoacutemicas y sociales incluso de condiciones de explotacioacuten pero siempre van maacutes allaacute y en ocasiones desbordan

M I S demandas y sus liacutemites de clase para convertirse en recursos simboacutelicos que impugnan el orden poliacutetico cuestionan el intento de reducir la sociedad a la ley y producen sentidos de identificacioacuten y I iei tenencia que abarcan a sectores sociales muy diferentes iquestQueacute han dicho los anaacutelisis culturales de estas praacutecticas Por un lado que s o l o se las puede comprender a partir de la produccioacuten y significacioacuten de significados y praacutecticas por otro sentildealan que lo simboacutelico estaacute entretejido con lo material y que por tanto los anaacutelisis deben obsershyvar simultaacuteneamente significados y praacutecticas lo ideal y lo material Es precisamente en el campo de los movimientos sociales donde maacutes clara se hace esta interrelacioacuten como sentildealan Escobar Aacutelvarez y Dagnino

[] la tensioacuten entre lo textual y aquello que lo fundamenta entre la representacioacuten y lo que subyace a ella entre los significados y las praacutecticas entre las narrativas y los actores sociales asiacute como entre el discurso y el poder nunca podraacuten ser resueltas en el terreno de la teoriacutea Sin embargo el no es suficiente tiene dos caras Si siempre hay algo maacutes de la cultura que no es suficientemente captado por lo textualdiscursivo tambieacuten hay algo maacutes que desborda lo denoshyminado material que siempre es material y textual (Escobar et ai 1999139)

Me parece interesante sentildealar que a pesar del desarrollo que ha tenido la perspectiva comentarista en el anaacutelisis de los movimientos eacutetnicos hasta el momento permanece relativamente marginal Posishyblemente esto se deba al choque que en los mismos movimientos sociales criacuteticos de la globalizacioacuten ha llegado a suscitar el riesgo de reclusioacuten comunitaria frente al avance de la globalizacioacuten

D E L C O M P R O M I S O D E L O S I N T E L E C T U A L E S

A L O S E S T U D I O S D E C U L T U R A Y C O M U N I C A C I Oacute N

La ocupacioacuten de Francia en la Segunda Guerra Mundial con la subshysiguiente bancarrota de la Tercera Repuacuteblica y la conversioacuten del parti-

do comunista en la fuerza popilar dominante de la resistencia desde 1941 creoacute las condiciones segin Anderson para la difusioacuten del marshyxismo como producto teoacuterico lorriente en Francia (Anderson 1979 50) A l teacutermino de la guerra lapostura de la nueva generacioacuten de inshytelectuales agrupados en torne al existencialismo estaba claramente definida reconocer el papel drigente del partido comunista franshyceacutes como representante de la Case obrera y contribuir a la discusioacuten y debate de la estrategia Cono diraacute antildeos maacutes tarde en sus textos sobre el sesenta y ocho franceacutes Un intelectual para miacute es esto alshyguien que es fiel a una realidadpoliacutetica y social pero que no deja de ponerla en duda (Anderson 198654) A l menos eacutese fue el sentido de publicaciones como Les Lettres Franccedilaises creada durante la eacuteposhyca de la ocupacioacuten y sobre todo Les Temps Modernes fundada bajo el auspicio de Gastoacuten Gallimard ei 1945 2 0 Los intelectuales suscribiacutean la tesis marxista de que las ideas dominantes de una eacutepoca de la soshyciedad son siempre las ideas deacutela clase dominante pero que puestos en contacto con el proletariadc mdashla clase que niega el orden social burgueacutesmdash encuentran con ella as condiciones para desquiciar sisteshymaacuteticamente el equilibrio de djminacioacuten absoluta de la clase burshyguesa Asiacute el rigor intelectual l j consecuencia cientiacutefica ideoloacutegica y esteacutetica de los hombres de cu tura pueden volverse sinoacutenimos de criacutetica de impugnacioacuten de contestacioacuten (Echeverriacutea y Castro 1968 10) Antildeos maacutes tarde muchos ce los intelectuales del entorno sar-treano dudaraacuten de las posibilidades revolucionarias del capitalismo occidental y volveraacuten la mirada al tercer mundo En el radicalismo del movimiento de 1968 Cohn-Benuumlt diraacute

[] yo no creo que la revolucioacuten sea posible asiacute de un diacutea para otro Yo creo que soacutelo se pueden obtener arreglos sucesivos maacutes o me-

2 0 L a r e d a c c i oacute n d e Les Temps Modernes d e f i n e s u p o l iacute t i c a s i t u aacute n d o l a e n r e f e r e n shy

cia a la d e l P a r t i d o C o m u n i s t a f r a n c eacute s reconoce q u e eacutes te es i n d i s c u t i b l e m e n t e el parshy

t i d o de la clase o b r e r a y q u e t o d o p r o y e c t o r e v o l u c i o n a r i o q u e p r e t e n d e p r e s c i n d i r de

eacutel es n e c e s a r i a m e n t e u t oacute p i c o m a n t i e n e s i n e m b a r g o s u i n d e p e n d e n c i a de a p r e c i a shy

c i oacute n t e oacute r i c a p o r c u a n t o cons idera q u e t i 6 n e c o n eacutel d i ferenc ias de p r i n c i p i o e n l o c o n shy

c e r n i e n t e a la c o n c e p c i oacute n de la estrategia r e v o l u c i o n a r i a Esta a c t i t u d c r iacute t i ca se d i r i g e

b aacute s i c a m e n t e c o n t r a el c a r aacute c t e r r e f o r m i s t a de la l iacutenea seguida p o r el PCF y e n c o n t r a de

la i n t e r p r e t a c i oacute n s o c i o l oacute g i c a q u e la f u n d a m e n t a ( E c h e v e r r iacute a y C a s t r o 1968 11)

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nos importantes pero que estos arreglos soacutelo podraacuten ser impuestos por acciones revolucionarias (Sartre y Cohn-Bendit 196817)

La cuestioacuten de saber si todaviacutea puede haber revoluciones en las sociedades capitalistas desarrolladas y lo que se debe hacer para proshyvocarlas verdaderamente no me interesa Cada uno tiene su teoriacutea Algunos dicen las revoluciones del Tercer Mundo son las que proshyvocaraacuten el hundimiento del mundo capitalista Otros gracias a la revolucioacuten en el mundo capitalista podraacute desarrollarse el Tercer Munshydo Todos los anaacutelisis estaacuten maacutes o menos fundados pero en mi opishynioacuten no tienen mayor importancia (Sartre y Cohn-Bendit 196820)

Aunque van a pasar algunos antildeos para que Bourdieu en El senshytido praacutectico siente las bases de una sociologiacutea de los intelectuales pensaacutendolos como un sector proveiacutedo de un capital cultural que les dota de intereses especiacuteficos mdashuna praacutecticamdash rodeando asiacute el tampo minado de la intelectualidad heroica o total representada por Sartre los intelectuales maacutes comprometidos se veraacuten obligados a enshycontrar nuevas rutas para darle sentido a la criacutetica de la sociedad

El paso del reformismo al gradualismo revolucionario apoyado en la accioacuten de las masas supone en el fondo una criacutetica a la estrateshygia de integracioacuten de los partidos comunistas occidentales a la racioshynalidad capitalista pues sus estrategias han mostrado la posibilidad de ser incorporadas a la loacutegica burguesa pero tambieacuten implica un cambio en la apreciacioacuten de la constitucioacuten de la sociedad A l asushymir el Partido Comunista una actitud servil hacia el Kremlin hizo del trabajo de los intelectuales una fuente de ambiguumledad que a la larshyga iba a terminar en una escisioacuten entre el estalinismo y el trabajo i n shytelectual Italia por su parte descubriacutea a fines de los antildeos cuarenta los escritos de Gramsci lo que seguacuten Anderson ayudoacute a inmunishyzar al comunismo italiano contra los mayores estragos de la Guerra Friacutea el P C I resistioacute el zhdanovismo 2 1 en mayor medida que el P C F 2 2

2 1 A n d r e i Z h d a n o v f u e u n d u r o d e f e n s o r d e l r e a l i s m o soc ia l i s ta e i m p u l s o r d e

una c a m p a ntilde a de c r iacute t i c a s y desca l i f i cac iones c o n t r a m u c h o s c o m p o s i t o r e s E l z h d a shy

n o v i s m o pres id ioacute la p o l iacute t i c a c u l t u r a l de la U n i oacute n S o v i eacute t i c a e n los p r i m e r o s l u s t r o s de

la G u e r r a Fr iacutea 2 2 N o o b s t a n t e el P C I t a r d a r aacute m aacute s de 25 a ntilde o s d e s p u eacute s d e l t eacute r m i n o de la g u e r r a

para e d i t a r u n a v e r s i oacute n c r iacute t i c a d e las o b r a s d e G r a m s c i ( A n d e r s o n 198654)

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(Anderson 198654) Perry Anderson observa en el curso del mu xismo occidental posterior a la segunda guerra un cambio formil importante Mientras que en los primeros antildeos el anaacutelisis econoacute mico dio origen a la discusioacuten poliacutetica y tardiacuteamente a la cultural el marxismo posterior a la Segunda Guerra Mundial montado en li contradiccioacuten entre partidos comunistas dependientes del Kremlin y con escasa capacidad revolucionaria y un movimiento intelectual cada vez maacutes criacutetico de la estrategia revolucionaria experimento una ruptura notable

Todo ocurrioacute como si la ruptura de la unidad poliacutetica entre la teoriacutei marxista y la praacutectica de masas diese como resultado un irresistible desplazamiento hacia otro eje de la tensioacuten que deberiacutea haberla vinculado En ausencia del polo magneacutetico de un movimiento revoshylucionario de clase la aguja de toda esta tradicioacuten tendioacute a dirigirse hacia la cultura burguesa contemporaacutenea (Anderson 198671)

De esta manera el anaacutelisis de la cultura se convirtioacute en el princi pal sentido del trabajo intelectual de izquierda

Al mismo tiempo dentro de la nueva constriccioacuten de sus paraacutemeshytros la brillantez y fecundidad de esta tradicioacuten fueron se mire como se mire notables No soacutelo alcanzoacute la filosofiacutea marxista un nishyvel de sofisticacioacuten muy por encima de los niveles medios del pasado sino que los principales exponentes del marxismo occidental inishyciaron tambieacuten normalmente estudios de los procesos culturales en las esferas maacutes altas de las superestructuras como si se tratara de una brillante compensacioacuten por su descuido de las estructuras e inshyfraestructuras de la poliacutetica y de la economiacutea El arte y la ideologiacutea sobre todo fueron el terreno privilegiado de esta tradicioacuten tratados por un pensador tras otro con una imaginacioacuten y una precisioacuten que el materialismo histoacuterico nunca habiacutea desplegado con anterioridad en este punto En los uacuteltimos diacuteas del marxismo occidental en efecto puede hablarse de una verdadera hipertrofia de la esteacutetica que llegoacute a estar sobrecargada de todos los valores reprimidos o negados en otras artes por culpa de la atrofia de la poliacutetica socialista del momento

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imaacutegenes utoacutepicas del futuro maacuteximas esteacuteticas para el presente I neroacuten desplazadas y condensadas en las complejas meditaciones soshybre arte con las que Lukaacutecs Adorno o Sartre concluyeron gran parshyle de la obra de su vida (Anderson 198615)

1] acceso al pensamiento gramsciano en Ameacuterica Latina tuvo muacutel-liples viacuteas Joseacute Aricoacute comenzoacute en Argentina la traduccioacuten de sus obras a principios de los antildeos sesenta del siglo xx En Meacutexico divershysos especialistas y profesores visitantes hicieron posible incorporar al anaacutelisis de la cultura pensada en su sentido amplio la perspectiva de la hegemoniacutea y sobre todo de la resistencia de las culturas subshyalternas Mario Alberto Cirese por ejemplo propuso un esquema de 11 abajo para los estudios que permitiacutea contemplar con mayor amplishytud los desniveles de cultura Un resultado de sus planteamientos fue la buacutesqueda afanosa de expresiones de resistencia a la hegemoniacutea burshyguesa otro fue la apertura hacia nuevos terrenos de reflexioacuten pr inshycipalmente las expresiones de la cultura de masas donde pudiera ser posible observar tanto los mecanismos de dominacioacuten como las diversas maneras de incorporar a la vida cotidiana la oferta cultural burguesa En esos antildeos Garciacutea Canclini recababa la informacioacuten con que confeccionoacute Las culturas populares en el capitalismo que en 1981 recibioacute el premio de ensayo Casa de las Ameacutericas El libro resultoacute un parteaguas en la antropologiacutea mexicana Sin negar el sentido econoacuteshymico de la produccioacuten artesanal Garciacutea Canclini desarrolla apoyashydo en la obra de Pierre Bourdieu Maurice Godelier Antonio Gramsci y Raymond Williams entre otros 2 3 el anaacutelisis simboacutelico de las crea-

2 3 U n a d eacute c a d a m aacute s t a r d e G a r c iacute a C a n c l i n i c o m e n t a r aacute d e la i n f l u e n c i a d e G r a m s c i

S i n d u d a m u c h o s tex tos r i g u r o s a m e n t e t raba jados d u r a n t e aquel la e u f o r i a e x e g eacute t i c a

n o se q u e d a b a n e n esta b uacute s q u e d a m a n i a c a de r e s t a u r a c i oacute n [del m a r x i s m o E N ] Pienso

en la e l a b o r a c i oacute n sobre l o h e g e m oacute n i c o y l o s u b a l t e r n o s o b r e las re lac iones e n t r e

c u l t u r a y po l iacute t i ca e n los a n t r o p oacute l o g o s n e o g r a m s c i a n o s de I t a l i a ( A l b e r t o M Cirese

A m a l i a S i g n o r e l l i e n t r e o t r o s ) c u a n d o la a n t r o p o l o g iacute a era p o c o capaz d e i n c l u i r los

c o n f l i c t o s e n s u t e o r iacute a de los c o n t a c t o s c u l t u r a l e s y la s o c i o l o g iacute a navegaba p o r m i g r a shy

c iones m a r g i n a l i d a d e s y m o d e r n i z a c i oacute n e n las q u e l o s i m b oacute l i c o n o parec iacutea j u g a r n i n shy

g uacute n p a p e l

M e a c u e r d o de l i m p u l s o r e c i b i d o desde las i n t u i c i o n e s g r a m s c i a n a s p a r a r e p e n shy

sar las a r t i c u l a c i o n e s e n t r e s o c i e d a d c u l t u r a y p o d e r m aacute s allaacute d e las c o m p a r t i m e n t a -

c i o n e s e n t r e s o c i o l o g iacute a a n t r o p o l o g iacute a y e s t u d i o s p o l iacute t i c o s p o r q u i e n e s b u s c aacute b a m o s

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Con ello c o n l s t r u y e las bases de un programa de ciones pop a n z a r a durante lo s antildeos ochenta en los estudios sobre trabajo que a puacuteblicos y consumo cultural y en la constitucioacuten poliacuteticas c ^ s t u d i o s d e cultura urbana A partir de su trabajo otras del grupo e sobre la cultura popular se desarrollaraacuten en varias i n v ^ ^ deg c a L a t m a y p 0 v ello le seraacute posible en 1987 reali Meacutexico y e n ^ ^ ^ ^ m aacute s p i c a l e s de los estudios de la cultura

zar una crisis teoacuterica en la investigacioacuten de la cul-popular en Meacutexico En La crisis tura popular sentildeala

bull iexcle teoacuterica de lo estudios sobre cultura popular en Parte de la crisis i c

e n iexcl a atribucioacuter indiscriminada de esta nocioacuten a su-Mexico con ^ ^ ^ ^ ^ e n p ioCesos histoacutericos diversos del paiacutes y j e t o s s o c i a

b i n a c i oacute n pocoelaborada de las teoriacuteas que auto-tambieacuten a iraquo

la cultura popular de ls estrategias clasicas usadas por la nomizan recortar v exornar el objeto de estudio (Garciacutea antropologiacutea para ilaquo= Canclini 198870)

i i c o l e c t a r de Garca Canclini con el tratamiento que Gran parte del malestar M

recibiacutean ias culturas populares erad sentido esquivo de su relacioacuten recium pipmn o cuestiona la asociacioacuten del iacutendige-ronla modernidad lore jemp o el anaacutelisis de la cultura ppular porque produce una tden-

nismo c o n ^ n a d e c u a a a y a para est eacutepocamdash de la cultura indiacutegena tificacion i D t r a dicional y enambio se asimilan las modalida-LCsTePctluaTa0unrbana con lo modero Esta visioacuten impediacutea observar oue los grupos indiacutegenas y campesin no son ajenos al desarrollo ca-que ru 6 r ^ c o n t r a r i 0 i s e les mira como sociedades portadoras pitalista ore nuras o en do caso de procesos de resis-AP identidades eacutetnicaraquo v tncia frente a la intromisioacuten de lo moderno

t e lo que esas discipias abarcaban Seriacutea injusto desdentildear analizar transversalmen ^ ^ ^ ^ escuela la prensa la literatura ma-el estiacutemulo que Gramsci n t e n t aacute b a m o s t r a niexclgtrmar los estudios acadeacutemicos sobre s i v a y el folclor a q u i e n relaciones de pe Su visioacuten precursora de que lo poshyla cultura ubicaacutendolos ^ tradiciones costumbres sino que se define - d e pular no es un paque ^ _ p Q r [ a p o s i c i oacute n (los grupos subalternos en cada blo-distintas maneras ca a

l a s i n v e s t i g i p n e s nostaacutelgicas y embalsamadoras q u e histoacuterico ayudebull ^ a

U n iexcl gt 1 9 9 1 9 9 ) de los folclonstas (Garciacutea c u

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Alio parecido sucediacutea con los estudios sobre el folclor que se incuban a asumir que las manifestaciones que hoy apreciamos en

bull gl upos tradicionales son lejanas a las originales en su forma d e |0dult cioacuten o de difusioacuten y tampoco se preocupaban por lo que ocu-

i ii con las manifestaciones folcloacutericas cuando se volviacutean masivas (( Luciacutea Canclini 198874) Maacutes auacuten las culturas populares afirmoacute i i aquel momento responden a la necesidad de la modernizacioacuten v en consecuencia deben verse como fenoacutemenos contemporaacuteneos que no necesariamente estaacuten ligados a visiones ancestrales o tradicio-ndes de la cultura Viceversa la modernidad no aplasta a su paso las foi mas culturales disfuncionales populares ni la hegemoniacutea se i m shyp o n e como un todo Las culturas populares por tanto deben ser re-localizadas teoacuterica y poliacuteticamente no ocupan el espacio recluido de lo tradicional ni son formas criacutepticas o ingenuas de respuesta a li dominacioacuten capitalista Maacutes bien son una expresioacuten de la dinaacuteshym i c a cultural de la modernidad que no puede desarrollarse sino mul-l iplicando sus formas y campos de dominio

La conjuncioacuten de teoriacutea con movilizacioacuten social tambieacuten abrioacute el camino para una nueva reflexioacuten sobre la cultura y la comunicashyc i oacute n Durante el periodo de la Unidad Popular al mismo tiempo que el movimiento de No Alineados abriacutea el debate internacional sobre el agobiante sistema mundial de informacioacuten se dieron importantes disshycusiones sobre el papel de los medios y la forma como el sistema de dominacioacuten haciacutea uso de los recursos comunicativos Para leer al Pato Donald (comunicacioacuten de masa y colonialismo) de Ariel Dorfman y Armand Mattelart fue uno de los productos maacutes notables 2 4 Su i n shytencioacuten fue contribuir a la descolonizacioacuten reconstruyendo la ideoloshygiacutea imperialista bajo la que se relacionan los personajes de la historieta El libro no exento de criacuteticas por lo que podriacutea ser una expresioacuten maacutes del modelo cultural unidimensional propuesto por la escuela de Frank-furt una perspectiva apocaliacuteptica como se le calificariacutea casi enseshyguida sin duda contribuyoacute a revelar las bases de la dominacioacuten y su omnipresencia y contribuyoacute al estallido de los estudios de comunishycacioacuten en Ameacuterica Latina A fines de los antildeos setenta el informe

2 4 Treinta antildeos despueacutes Siglo xx i sigue reeditando este libro

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iacutees Con ello construye las bases de un programa de t r a l i iexcl ^f 0 n z a r aacute durante los antildeos ochenta en los estudios sobre pdjP iexcl iexclvl V 6 S P u b l i c o s y c o l n s u m o cultural y en la constitucioacuten del L$-ludios de cultura lurbana A partir de su trabajo otras varB 1 n o l t i J c i o n e s s o b r e la c i u l tura popular se desarrollaraacuten en Meacutex 1 rftoacute iquest C eacute r i c a Latina y p o i r ello le seraacute posible en 1987 realishyzar - InVlLv11 revisiones maacutes radia les de los estudios de la cultura PODT i Uf) iqueste Aco- E n L a c r i s i s teoacuterica en la investigacioacuten de la cul-tura

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de los folciacute

58

-para recortar y e x m j n a r e l o b j e t 0 d e e s t u d i o ( G a r d a

570)

combinacioacuten poco elaborada de las teoriacuteas que auto-iltura popular de Mas estrategias claacutesicas usadas por la

W J

cf leiacute malestar de Garcciacutea Canclini con el tratamiento que

poP turas populares eraj e l sentido esquivo de su relacioacuten ^ l a d Por ejemplo cuestiona la asociacioacuten del indige-

r iexcllisis de la cultura papular porque produce una iden-^(O^ldecuada ya para estta eacutepocamdash de la cultura indiacutegena 13 1I0 tradicional y en cambio se asimilan las modalida-ryi^ibanacon lo m o d e t m o Esta visioacuten impediacutea observar I indiacutegenas y campesinos no son ajenos al desarrollo ca-

1 ontrario se les miraba como sociedades portadoras r wZ bull laquo j

anteas puras o eni todo caso de procesos de resisshyt iacute a intromisioacuten de lo moderno

l jmente lo que esas d i s c i i p i i n a s a b a r c a b a n Ser iacutea i n j u s t o d e s d e ntilde a r

-^afasci dio con sus a n aacute l i s i s d e [ a escuela la prensa la l i t e r a t u r a m a -

PiexcliexclMienes in tentaacutebamos t r a r n s f o r m a r los es tudios a c a d eacute m i c o s s o b r e

iJirj e n l a s relaciones de ppoder Su v i s i oacute n p r e c u r s o r a d e q u e l o p o -

e cerrado de t r a d i c i o n e s y c o s t u m b r e s s ino q u e se d e f i n e mdash d e R 9 fjk v e z - por la p o s i c i oacute r n d e l o s g r u p o s s u b a l t e r n o s e n cada b l o -

Pjffo dmamizar las i n v e s t i S g a c i o n e s n o s t aacute l

gicas y e m b a l s a m a d o r a s Garciacutea Canclini 199199b

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Mgo parecido sucediacutea con los estudios sobre el folclor que se lii 1 iban a asumir que las manifestaciones que hoy apreciamos en lim |M upos tradicionales son lejanas a las originales en su forma de produccioacuten o de difusioacuten y tampoco se preocupaban por lo que ocu-ni i con las manifestaciones folcloacutericas cuando se volviacutean masivas (I inicia Canclini 198874) Maacutes auacuten las culturas populares afirmoacute 1 n aquel momento responden a la necesidad de la modernizacioacuten y e n consecuencia deben verse como fenoacutemenos contemporaacuteneos que no necesariamente estaacuten ligados a visiones ancestrales o tradicio-rniles de la cultura Viceversa la modernidad no aplasta a su paso las l u iacute mas culturales disfuncionales populares ni la hegemoniacutea se i m -111 me como un todo Las culturas populares por tanto deben ser re-I01 atizadas teoacuterica y poliacuteticamente no ocupan el espacio recluido de lo tradicional ni son formas criacutepticas o ingenuas de respuesta a la dominacioacuten capitalista Maacutes bien son una expresioacuten de la dinaacuteshymica cultural de la modernidad que no puede desarrollarse sino mul-1 ipliexclcando sus formas y campos de dominio

La conjuncioacuten de teoriacutea con movilizacioacuten social tambieacuten abrioacute ti camino para una nueva reflexioacuten sobre la cultura y la comunica-non Durante el periodo de la Unidad Popular al mismo tiempo que el movimiento de No Alineados abriacutea el debate internacional sobre el agobiante sistema mundial de informacioacuten se dieron importantes disshycusiones sobre el papel de los medios y la forma como el sistema de dominacioacuten haciacutea uso de los recursos comunicativos Para leer al Pato Donald (comunicacioacuten de masa y colonialismo) de Ariel Dorfman y Armand Mattelart fue uno de los productos maacutes notables 2 4 Su inshytencioacuten fue contribuir a la descolonizacioacuten reconstruyendo la ideoloshygiacutea imperialista bajo la que se relacionan los personajes de la historieta El libro no exento de criacuteticas por lo que podriacutea ser una expresioacuten maacutes del modelo cultural unidimensional propuesto por la escuela de Frank-furt una perspectiva apocaliacuteptica como se le calificariacutea casi enseshyguida sin duda contribuyoacute a revelar las bases de la dominacioacuten y su omnipresencia y contribuyoacute al estallido de los estudios de comunishycacioacuten en Ameacuterica Latina A fines de los antildeos setenta el informe

2 4 T r e i n t a a ntilde o s d e s p u eacute s Siglo x x i s igue r e e d i t a n d o este l i b r o

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McBride dio en gran parte la razoacuten a los criacuteticos del statu quo de la informacioacuten desatando una airada reaccioacuten de Estados Unidos y Gran Bretantildea quienes abandonaron la U N E S C O en 1984 por conside rar que la propuesta de un Nuevo Orden Mundial de la Informacioacuten coartaba la libertad de expresioacuten

Uno de los trabajos que al tiempo que hacen una siacutentesis de los debates abre nuevos caminos de reflexioacuten es el de Jesuacutes Martiacuten Bar bero De los medios a las mediaciones Filoacutesofo estudioso de la coshymunicacioacuten a partir de la perspectiva benjaminiana con ese libro culmina maacutes de una deacutecada de trabajo sobre la comunicacioacuten y abre nuevas perspectivas de estudios En ese mismo tiempo Renato Or-tiz trabajaba en la industria cultural de Brasil principalmente en la telenovela y maacutes tarde elaborariacutea las primeras propuestas de anaacutelisis de la globalizacioacuten En Argentina Aniacutebal Ford y Beatriz Sarlo trabajashyriacutean diversos temas de anaacutelisis del discurso pero es sin duda Escenas de la vida posmoderna de Sarlo la obra que impactaraacute maacutes clarashymente en la nueva sensibilidad intelectual de fines del siglo xx

iquestCuaacutendo los estudios de comunicacioacuten y cultura popular se h i shycieron estudios culturales Mato cita dos confesiones importantes de Martiacuten Barbero y Garciacutea Canclini

Hace soacutelo unos antildeos Jesuacutes Martiacuten Barbero una de las voces maacutes reconocidas como exponente de lo que algunos llaman Estudios Culturales Latinoamericanos y otrosLatiacuten American Cultural Stu-dies se sentiacutea en la necesidad de hacer la siguiente declaracioacuten

Yo no empeceacute a hablar de cultura porque me llegaron cosas de afueshyra Fue leyendo a Martiacute a Arguedas que yo la descubriacute y con ella los procesos de comunicacioacuten que habiacutea que comprender [] Nosotros habiacuteamos hecho estudios culturales mucho antes de que esa etiqueshyta apareciera (Martiacuten Barbero 198752 citado en Mato 2001)

Por su parte Neacutestor Garciacutea Canclini otra de las voces maacutes recoshynocidas en ese campo en una entrevista que le hiciera el Journal of Latiacuten American Studies comentoacute Comenceacute a hacer estudios cultushyrales antes de darme cuenta que asiacute se llamaban [I became involved

f t

111 1 Judies before I realized this is what is called] (Journal of i m tuertean Studies nuacutem 85 p 84 citado en Mato 2001)

11 lesiones de Barbero y G arciacutea Canclini le permiten a Mato IIHMI i i n i observacioacuten de gran importancia sobre el papel hegemoacuteni-

li ili las i inicias sociales de habla inglesa en lo acadeacutemico y en lo llnuui i i- o y el fenoacutemeno de los estudios culturales latinoamericanos l linio una corriente que se acomoda al curso de la academia estado-

leiise Se trata de un proceso de lo que Mato llama articula- i 11 es t ra nsnacionales entre acadeacutemicos e intelectuales de Ameacuterica l i ii ii -grupos de trabajo centros redes y otras formas institucio-H 111 idas en las que desarrollan sus praacutecticasmdash y actores globales y I les en las cuales participan cuyo resultado puede ser al menos Injusto al sobrevalorar lo que ocurre en ingleacutes y excluir praacutecticas muy valiosas y significativas las cuales guardan relaciones poliacutetica y bull Ipl bull etnoloacutegicamente significativas con los contextos sociales y con lo- movimientos sociales latinoamericanos como

[] las contribuciones de Paullo Freireacute Orlando Fals Borda Aniacutebal Quijano y numerosos intelectuales latinoamericanos que han manshytenido y mantienen praacutecticas dentro y fuera de la academia y que por tanto no necesariamente hacen estudios pero ademaacutes tambieacuten diversos movimientos teatrales y activistas teatrales (los casos de Aushygusto Boal y [el grupo] Olodumn por ejemplo) el movimiento zapa-tista en Meacutexico el de los movimientos e intelectuales indiacutegenas en casi todos los paiacuteses de la regioacuten (pero particularmente en Chile Bolivia Ecuador Colombia y Guatemala) el movimiento feminisshyta el movimiento de derechas humanos diversos movimientos de expresiones musicales (la nueva cancioacuten los rock criacuteticos etc) el trashybajo de numerosos humoristas (Quino Rius Zapata y otros el de cineastas (novo cinema brasilero y otros) etceacutetera (Mato 2001)

A l afirmar que los estudios rJe cultura son anteriores a los estudios culturales Mato no soacutelo sentildealla una obviedad temporal sino tamshybieacuten reivindica el sentido de compromiso poliacutetico de los estudios de cultura A la larga el debate abierto entre los estudios culturales y los estudios subalternos latinoamericanos correcta o incorrectamente

i i

se ha montado sobre la forma como se aprecia el compromiso poliacuteshytico de unos y otros

ES L A P O L Iacute T I C A E S T Uacute P I D O

La excursioacuten que hemos hecho por los estudios de cultura en Ameacuteshyrica Latina (no los estudios culturales que como hemos visto son un campo especiacutefico acotado temporal e institucionalmente) sirve para ver las contradicciones actuales en este campo Puede servir un coshymentario de Misha Kokotovich sobre la obra de Garciacutea Canclini para ubicarnos mejor

Existe sin embargo el peligro de que la teoriacutea cultural latinoamerishycana en la academia norteamericana de habla inglesa sea representashyda exclusivamente por figuras como Garciacutea Canclini que comparten las preocupaciones teoacutericas metropolitanas y por conceptos coshymo la hibridez cultural faacutecilmente asimilables a eacutestas Por esto mismo cabe sentildealar algunas de las limitaciones de la hibridez como ya lo han hecho algunos latinoamericanistas norteamericanos (ver los comenshytarios de Beverley y Yuacutedice abajo) para mantener un espacio abierto a otros aportes latinoamericanos a la teoriacutea cultural como por ejemshyplo los conceptos de la heterogeneidad y la totalidad contradictoria propuestos por Cornejo Polar o el de la transculturacioacuten formulado originalmente por Fernando Ortiz y reelaborado por Aacutengel Rama que captan mejor y maacutes expliacutecitamente las desigualdades y relaciones de poder asimeacutetricas hasta coloniales que condicionan los camshybios culturales bajo la actual fase neoliberal de expansioacuten capitalisshyta llamada globalizacioacuten (Kokotovich 2000290)

Y sobre el desarrollo de la obra de Garciacutea Canclini escribe

La obra de Garciacutea Canclini ha pasado por varias etapas desde Las culturas populares en el capitalismo (1982) en que la produccioacuten culshytural la desigualdad y el conflicto entre grupos hegemoacutenicos y subshyalternos son preocupaciones centrales a Culturas hiacutebridas (1990)

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que inicia un diaacutelogo con las teoriacuteas posmodernistas y se preocupa maacutes por las mezclas culturalesque los conflictos sociales a Consumishydores y ciudadanos (1995) que abandona el intereacutes por la produccioacuten cultural y las luchas sociales colectivas para proponer el mercado coshymo el nuevo espacio de participacioacuten poliacutetica y el consumo como el nuevo modo de ejercer la ciudadaniacutea (Kokotovich 2000291)

Aunque Kokotovich da por concluida una buacutesqueda intelectual que ni Martiacuten Barbero ni Garciacutea Canclini 2 5 ni muchos otros han concluido su cuestionamiento puede servirnos para cerrar de moshymento este proceso de autorreconocimiento iquestEs posible hacer una reintegracioacuten de los estudios de cultura con el compromiso poliacutetico Maacutes allaacute de las definiciones partidarias que en cada coyuntura tomashymos como ciudadanos y que siempre seraacuten motivo de discusioacuten y debate la clarificacioacuten del lugar desde el cual realizamos nuestros estudios de cultura debe ser reconsiderada En un breve texto de bashylance del desarrollo de los estudios culturales y de la conexioacuten de las tradiciones estadounidense y latinoamericana Garciacutea Canclini tershymina colocando de nuevo la discusioacuten en el terreno de la poliacutetica

Adoptar el punto de vista de los oprimidos o excluidos puede servir en la etapa de descubrimiento para generar hipoacutetesis o contrahishypoacutetesis para hacer visibles campos de lo real descuidados por el coshynocimiento hegemoacutenico Pero en el momento de la justificacioacuten epistemoloacutegica conviene desplazarse entre las intersecciones en las zonas donde las narrativas se oponen y se cruzan Soacutelo en esos esceshynarios de tensioacuten encuentro y conflicto es posible pasar de las nashyrraciones sectoriales (o francamente sectarias) a la elaboracioacuten de conocimientos capaces de deconstruir y controlar los condicionashymientos de cada enunciacioacuten (Garciacutea Canclini 1997)

El objetivo del especialista en estudios culturales dice Garciacutea Canclini

2 5 G a r c iacute a C a n c l i n i p u b l i c oacute e n 2 0 0 5 Diferentes desiguales y desconectados u n

t e x t o c l a r a m e n t e p o l iacute t i c o

o

[] no es representar la voz de los silenciados sino entender y nomshybrar los lugares donde sus demandas o su vida cotidiana entran en conflicto con los otros Las categoriacuteas de contradiccioacuten y conflicto estaacuten por lo tanto en el centro de esta manera de concebir los estushydios culturales Pero no para ver el mundo desde un solo lugar de la contradiccioacuten sino para comprender su estructura actual y su dinaacuteshymica posible Las utopiacuteas de cambio y justicia en este sentido pueshyden articularse con el proyecto de los estudios culturales no como prescripcioacuten del modo en que deben seleccionarse y organizarse los datos sino como estiacutemulo para indagar bajo queacute condiciones (reashyles) lo real pueda dejar de ser la repeticioacuten de la desigualdad y la disshycriminacioacuten para convertirse en escena del reconocimiento de los otros [] (Garciacutea Canclini 1997)

Aun para producir bloques histoacutericos que promuevan poliacuteticas contrahegemoacutenicas mdashintereacutes que compartomdash

[] es conveniente distinguir entre conocimiento accioacuten y actuashycioacuten o sea entre ciencia poliacutetica y teatro Un conocimiento desshycentrado de la propia perspectiva que no quede subordinado a las posibilidades de actuar transformadoramente o de dramatizar la proshypia posicioacuten en los conflictos puede ayudar a comprender mejor las muacuteltiples perspectivas en cuya interaccioacuten se forma cada estructura intercultural Los estudios culturales entendidos como estudios cienshytiacuteficos pueden ser ese modo de renunciar a la parcialidad del propio punto de vista para reivindicarlo como sujeto no delirante de la acshycioacuten poliacutetica (Beverly 1996)

Desde Bourdieu ha quedado claro que los estudios de cultura (eacutel se refiere al capital simboacutelico y al carisma) son parte de la sociologiacutea del poder las investigaciones culturales sin pensarse de la misma mashynera no tienen sentido en el contexto latinoamericano y mexicano Es nuestra tarea dar a esos estudios el sentido que hoy nos exige este mundo globalizado y atrafagado en redes comunicativas e intershycambios interculturales

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O N 1 N u e v a s t o p o g r a f iacute a s d e l a c u l t u r a c o o r d A n g e l a G i g l i a c o o r d A m a l i a

N 9 6 4 S i g n o r e l l i mdash M eacute x i c o U n i v e r s i d a d A u t oacute n o m a M e t r o p o l i t a n a U n i shy

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IacuteNDICE

Introduccioacuten La cultura y la ciudadaniacutea en el contexto global

nuevos escenarios y problemas Angela Giglia y Amalia Signorelli

PRIMERA PARTE

PAISAJES C U L T U R A L E S Y P R O C E S O S G L O B A L E S

Queremos mentiras nuevas La cultura despueacutes de los grandes desoacuterdenes Neacutestor Garciacutea Canclini

Cultura poliacutetica y globalizacioacuten Claves para el debate contemporaacuteneo Eduardo Nivoacuten

Etnocentrismo racismo relativismo en un paiacutes civilizado Italia a comienzos del tercer milenio

Amalia Signorelli

Movimientos religiosos procesos de patrimonializacioacuten y construccioacuten de alteridades en el Mercosur Mariacutea Julia Carozzi

t (Des)certificacioacuten de la(s) cultura(s) De Barcelona a Monterrey a traveacutes de un Forum Universal Rossana Reguillo

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SEGUNDA PARTE





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eduardo nivón cultura politica y globalización

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