edição de junho de 2015

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Sociedade Baguim do Monte: Delegação da Cruz Vermelha de Gondomar inaugurada na EB1 de Torregim > P.6 Tapetes florais vão colorir festas religiosas de Fânzeres > P.12 e 13 Reportagem Vivacidade Desporto Meia maratona D'Ouro Run: Prova quer ser referência no norte do país > P.34 São Pedro da Cova: 11 anos depois as marchas populares regressam à vila > P.8 e 9 Campeões de Gondomar Metro do Porto: Linha F em funcionamento na madrugada de S. João > P.15 Atletismo . Basquetebol . Futebol . Futsal Polo Aquático . Ténis de Mesa . Trail Running > P.24 e 25

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Nesta edição, o destaque vai para o desporto. Há uma série de vitórias desportivas que merecem a nossa atenção. Vamos, por isso, dar a conhecer alguns feitos nas modalidades de atletismo, basquetebol, futebol, futsal, polo aquático, ténis de mesa e trail runnig. Na reportagem Vivacidade falamos no regresso das Marchas Populares a S. Pedro da Cova, uma tradição perdida em 2004 e que agora é recuperada. Abordamos ainda temas como a inauguração da Delegação da Cruz Vermelha de Gondomar, em Baguim do Monte, a arte dos Tapetes Florais, em Fânzeres, e a apresentação oficial da meia maratona D'Ouro Run.

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Page 1: Edição de junho de 2015

Sociedade

Baguim do Monte:Delegaçãoda Cruz Vermelhade Gondomarinaugurada na EB1de Torregim> P.6

Tapetes floraisvão colorirfestas religiosasde Fânzeres> P.12 e 13

ReportagemVivacidade

DesportoMeia maratonaD'Ouro Run:Prova quer ser referênciano norte do país> P.34

São Pedro da Cova:11 anos depoisas marchaspopularesregressam à vila> P.8 e 9Campeões de

Gondomar

Metro do Porto:Linha Fem funcionamentona madrugadade S. João> P.15

Atletismo . Basquetebol . Futebol . FutsalPolo Aquático . Ténis de Mesa . Trail Running

> P.24 e 25

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2 VIVACIDADE JUNHO 2015

Editorial

Caros Leitores,

É impressionante o impacto que o programa semanal que o Vivacidade está a realizar em parceria com a rádio “Gon-domar FM” está a ter. Quer os ouvintes desta rádio, quer aqueles que assistem aos Podcasts em dispositivos móveis, quer ainda aqueles que ouvem o programa no nosso site têm demonstrado a sua satisfa-ção com as notícias do concelho estarem agora ao alcance de um simples clique to-das as semanas.

Este impacto leva-me a partilhar com os nossos leitores a importância de ser-mos leais e honestos nas nossas parcerias. Muitas vezes, ter um parceiro de negócios é ainda mais complexo do que ter um casamento, mas o grau de lealdade e de honestidade mútua, que deve existir na relação, deve ser igualmente elevado, pois só uma imensa confiança mútua pode fa-zer com que exista a cumplicidade essen-cial para o sucesso nos negócios e para o sucesso da nossa satisfação e desenvolvi-mento pessoal.

E daqui passo para os políticos. Haver uma profunda confiança entre os eleito-res e os eleitos é essencial para que o de-sempenho de altas funções públicas possa ter sucesso. E os exemplos que temos tido não são os melhores e levam-nos a ques-tionar e a concluir que a confiança que entregamos aos políticos é muitas vezes mal dirigida e mal utilizada por eles.

Felizmente a nova geração de políti-cos é muito mais transparente, o que faz com que aumentemos a nossa confiança no futuro. n

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (CP-10017)Departamento comercial:Serafim RibeiroTel.: 910 600 079Paginação:José VazAdministração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 1974435-778 Baguim do MonteAdministrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOTel.: 910 600 078 / 919 275 934Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes, Ana Portela, André Campos, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Catarina Martins, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, João Pedro Sousa, José António Ferreira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Luís Alves, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rita Lopes, Rui Nóvoa, Rui Oliveira, Salomé Ferreira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgFacebook: www.facebook.com/vivacidadegondomarE-mail: [email protected]: [email protected]

Sumário:

BrevesPágina 4

Reportagem VivacidadePáginas 8 e 9

SociedadePáginas 6 a 23

DestaquePáginas 24 e 25

CulturaPáginas 26 a 28

PolíticaPáginas 30 a 32

DesportoPáginas 34 a 37

OpiniãoPáginas 38 a 40

Empresas & NegóciosPágina 41 a 43

LazerPáginas 44 e 45

EmpregoPágina 46

Próxima Edição 16 de julho

No último número o “Bisturi” denunciou nestas páginas o estado lastimoso em que se encontra a rede de abastecimento de água do-méstica, e cuja face visível são os sucessivos rebentamentos de condutas, com as con-sequências conhecidas nos cortes, e, sobretudo, nas mal amanhadas intervenções ao nível dos pisos das rodovias onde tal acontece.

Por muito que esta situa-ção incomode os responsáveis diretos e indiretos, os factos são indesmentíveis, porque a sua prova está ao alcance de qualquer gondomarense. Ninguém conseguiu contestar esta realidade.

Todavia, e porque há sem-pre quem se doa com aspetos secundários que não deixa-remos de abaixo relevar, se-ria oportuno que a empresa concessionária do serviço, ou

a própria Câmara de Gondo-mar tornassem públicas todas as intervenções feitas na rede ao longo de mês, e onde fo-ram feitas, qualquer que seja a sua dimensão.

Os gondomarenses pode-riam assim ajuizar quem tem razão, ou se esta denúncia é aceitável ou exagerada. É que o “Bisturi” estranha que nin-guém tenha vindo a público contestar a opinião que aqui foi deixada. E estranha tan-to mais quanto chegaram à redação do Vivacidade dois reparos que aqui damos a co-nhecer, e de que nos peniten-ciamos.

Um leitor atento veio es-clarecer que a empresa que abastece em alta o concelho de Gondomar, e vários ou-tros, é a empresa “Águas do Douro e Paiva”, inserida na “Águas de Portugal”, e não a “Águas do Porto” como por lapso aqui fora referido. É uma correção oportuna, aliás sobejamente conhecida, sen-do que a “Águas do Porto” é tão só a empresa municipal que assegura a distribuição

em baixa à cidade do Porto.Um pormenor efetiva-

mente relevante, sobretudo porque poderia deixar na pe-numbra a “Águas do Douro e Paiva”, de resto uma empresa de altíssima qualidade técnica e de excelente desempenho.

Um outro reparo que foi feito refere-se às perdas de água na rede de Gondomar. O mesmo leitor aproveitou para informar quais são os atuais níveis de perdas de água, relevando que essas mesmas perdas têm vindo a ser sucessivamente reduzi-das, de forma muito drástica, nos últimos anos, encontran-do-se hoje nos níveis padrão do setor. Congratulamo-nos com isso, e aqui deixamos o nosso agradecimento àquele leitor.

Mas voltamos ao início da questão: é ou não verdade que a rede rebenta pelas costuras, com óbvios prejuízos para os consumidores, que ainda por cima pagam uma fatura de água bem mais cara do que os portuenses? Esta é que é a essência da questão… n

Outra vez a Rede de Água Doméstica

Bisturi

Henrique Villalva

POSITIVOA LIPOR e seus muni-cípios associados lança-ram recentemente o Ob-servatório de Resíduos (Reciclómetro), um por-tal com informação esta-tística atualizada relativa à gestão e tratamento de resíduos urbanos (RU) na área de intervenção.

NEGATIVO

Desde o dia que este muro que indicava no nome da localidade “Gens” foi destruído nunca mais ninguém removeu os restos nem houve nenhuma repara-ção.

António Cardoso, leitor do Vivacidade

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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4 VIVACIDADE JUNHO 2015

Breves

O Concurso das Quadras Populares ao S. Pedro, promovido pela Junta da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, contabilizou a inscrição de 65 autores adul-tos com 310 quadras e nove autores sub-18 com 33 quadras registadas. Os trabalhos en-

tregues vão agora ser avaliados e classifica-dos por um júri. Os prémios serão entregues durante o período das Festas aos Padroeiros, São Pedro e São Paulo, no dia 4 de julho, no auditório da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova.

O grupo musical Xilobaldes, formado na Oficina de Música do Projet’Arte, estreou--se a 5 de junho no auditório do Centro de Formação do IEFP no Cerco do Porto, no

espetáculo de encerramento das Oficinas Trocas e Transformas do projeto Lagartei-ro e o Mundo E5G. A banda promete mais atuações para breve.

Jogos, dança, demonstração de karaté, pa-pagaios, fotos, pinturas e uma fábrica de bola-chas animaram o Dia Mundial da Criança no Centro Republicano e Democrático de Fânze-

res. A associação promoveu uma tarde de fes-ta a 7 de junho que contou com a colaboração do grupo Sururus Teatro, ARGO, Espaço da Dança e o cartoonista Onofre Varela.

A Junta de Freguesia de Rio Tinto organi-zou a 7 de junho uma caminhada solidária a favor da Liga Portuguesa contra o Cancro. A

inscrição para a caminhada reverteu com o valor de três euros para o Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa contra o Cancro.

Em maio de 2014, o Vivacidade noticiou um caso de solidariedade em Gondomar. Mi-lhares de pessoas angariaram cerca de 7.500 euros para ajudar Tiago Vieira, um jovem gondomarense que combatia o Sarcoma de Ewing. Tiago não resistiu à doença e faleceu a 13 de junho no IPO do Porto, onde estava a ser acompanhado. O funeral realizou-se em Jovim.

A União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova está a organizar caminhadas se-manais, durante os domingos de junho e julho, nas freguesias. Os participantes na caminha-da têm também possibilidade de realizar uma

aula desportiva (body attack, body pump, body combat, yoga). No próximo domingo, dia 21, as caminhadas regressam a S. Pedro da Cova, com partida às 9h30, no edifício da Junta de Fregue-sia local.

A tradicional demonstração pública da PSP voltou a lotar o Multiusos de Gondomar a

2 de junho, no âmbito das celebrações do Dia Mundial da Criança.

As II Jornadas de Emergência Hospitalar, organizadas pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Areosa-Rio

Tinto, reuniram mais de 300 pessoas na Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar, no dia 30 de maio.

32.º Concurso de Quadras Populares ao S. Pedroem fase de avaliação

Xilobaldes estreiam-se no Porto

Centro Republicano e Democrático de Fânzeres celebrou Dia Mundial da Criança

Caminhada Solidária pela Liga Portuguesa contra o Cancro

Tiago Vieira não resistiu à doença

Freguesias em Movimento em Fânzeres e S. Pedro da Cova

Demonstração da PSP lotou Multiusos de Gondomar

II Jornadas de Emergência Hospitalar reunirammais de 300 pessoas

A Escola Secundária de Rio Tinto orga-nizou a 5 de junho um desfile de alunos que alertou simultaneamente para as tendências do próximo verão e para os cuidados a ter com a pele. O desfile “Verão Saudável” rea-lizou-se no átrio da Secundária de Rio Tinto e contribuiu para a sensibilização das medi-das de prevenção para a época mais quente do ano.

“Verão Saudável” na Escola Secundária de Rio Tinto

A presidente da Comissão da Democracia, Direitos Humanos e Assuntos Humanitários da Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Isabel Santos, moderou a 12 de junho o debate “40 Anos após a Ata Final de Helsínquia”, pro-movido pelo Clube Gondomarense, nas instala-ções da associação de S. Cosme. A falta de aber-tura para uma fiscalização mais eficiente dos direitos humanos em certos países, entre outros relatos sobre a posição da OSCE, motivaram a plateia durante mais de duas horas de debate.

“40 Anos após a Ata Final de Helsínquia”debatidos no Clube Gondomarense

A Topázio inaugurou a 28 de maio um novo espaço no Altis Grand Hotel, um dos mais emblemáticos hotéis de Lisboa, situa-do na Rua Castilho. A marca passa assim a

dispor de um espaço com 80 m2. Para assi-nalar o momento da inauguração, a Topázio apresentou a sua coleção de celebração dos 140 anos.

Topázio inaugura novo espaço em Lisboa

O Club5 Basket, equipa de basquetebol de Rio Tinto, encerrou a época desporti-va com uma festa que reuniu os atletas de

todos os escalões da equipa, a 6 de junho no pavilhão da Escola Secundária de Rio Tinto.

Club5 Basket encerrou a época em festa

O Grupo de Teatro da Escola Dramática e Musical Valboense encerrou a 30ª edição do Festival de Teatro Amador de Valbom com a peça “Os Emigrantes”, de Slaworir

Mrojek, numa versão de João Lourenço, com encenação de João Ribeiro. O certame de teatro promete regressar em 2016 para a 31ª edição.

“Os Emigrantes” encerraram o 30.º FETAV

Baguim do Monte acolheu a 6 de junho o Encontro Comemorativo do 61.º Aniver-sário da Partida do Batalhão de Caçadores Vasco da Gama para a Índia. Em 1954, o

batalhão português partiu para o território indiano e voltou a reunir-se 61 anos depois num encontro realizado na Igreja Paroquial de Baguim.

Batalhão “Vasco da Gama” comemorou 61.º aniversário da partida para a Índia

A Universidade Sénior de Gondomar vai passar a dispor de um polo em Valbom. As inscrições para o ano letivo 2015/2016 já es-tão abertas e podem ser efetuadas na secretaria da União das Freguesias em Valbom, até 15

de setembro de 2015. As aulas vão realizar-se na Junta de Freguesia local e destinam-se a fregueses com 50 anos ou mais que possuam robustez física e mental e que se sintam moti-vados para a aprendizagem.

Valbom vai ter polo da Universidade Sénior de Gondomar

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O edifício do antigo pavilhão da EB1 de Torregim deu lugar à Delegação de Gondomar da Cruz Vermelha e as portas das novas instalações foram abertas ao pú-blico. A inauguração oficial da Delegação iniciou-se no dia 11 de junho. A cerimónia contou com a presença de várias personali-dades ligadas ao projeto, como o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, o presidente da Junta de Baguim, Nuno Coelho, o administrador da Lipor, Fernando Leite, e o embaixador oficial da delegação, Fernando Rocha. Guido, repre-

sentante da Cruz Vermelha Na-cional, e o intendente Alberto Martins, representante da divisão de Gondomar da PSP, também marcaram presença na inaugura-ção e acompanharam de perto a cedência do espaço à Delegação de Gondomar da Cruz Vermelha. Em discurso, Nuno Coelho re-lembrou a necessidade de apostar em projetos como a Cruz Verme-lha e considerou o ato inaugural uma “prova de que uma autarquia aposta nas instalações para dina-mizar o espaço público devoluto” e acrescentou que sente “grande satisfação em ter uma delegação com as funções humanitárias a que se propõe”. Fernando Leite, administrador-delegado da LI-POR, uma das instituições que

fundadoras da Delegação, garan-tiu que a instituição está sempre atenta ao que a comunidade pre-cisa e congratulou a Junta de Fre-guesia de Baguim por conseguir erguer na cidade uma instituição de cariz humanitário. O humoris-ta Fernando Rocha também des-tacou a importância do prémio ganho por um grupo organizado pela Junta de Baguim, no progra-ma “O Preço Certo”, da RTP. O embaixador da delegação e come-diante felicitou ainda o trabalho desempenhado pelos voluntários da Cruz Vermelha.

Já Marco Martins agradeceu o apoio prestado para a inauguração e afirmou que a Cruz Vermelha pode contribuir para resolver os

“grandes problemas” do concelho de Gondomar. “Ainda há muitas lacunas de índole social”, lamentou o autarca. Por sua vez, o represen-tante da Cruz Vermelha Nacional, afirmou ser “um grande milagre congregar tantas forças em tão pouco tempo”. Ao intendente Al-berto Martins coube felicitar o início do funcionamento da Cruz Vermelha “em prol e benefício de todos”.

A cerimónia terminou com um gesto de agradecimento a Nuno Coelho por parte de Genoveva Souza, diretora técnica da institui-ção. Seguiu-se a apresentação do livro “A Herança de Deus”, de José Ribeiro Sá, e um arraial solidário a favor da Cruz Vermelha. n

Delegação de Gondomar da Cruz Vermelhaoficialmente inaugurada na EB1 de TorregimAs novas instalações da Delegação de Gondomar da Cruz Vermelha, em Baguim do Monte, já estão em funcionamento. O espaço, situado na antiga escola de Torregim, foi oficialmente inaugurado a 11 de junho.

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Sociedade: Baguim do Monte

VIVACIDADE JUNHO 2015

Texto: João Pedro Sousa

MAIS FOTOS:

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TO: JPS

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TO: JPS

> A Delegação de Gondomar estava instalada na Junta de Baguim

> Nuno Coelho, em discurso, no auditório Fernando Rocha

> Marco Martins na chegada à antiga escola de Torregim

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A Associação Promotora das Festas aos Padroeiros S. Pedro e S. Paulo e a União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova uniram esforços e decidiram re-cuperar uma tradição considerada como perdida no território sampe-drense. Ao Vivacidade, o presiden-te da UF, Daniel Vieira, aponta um conjunto de fatores que podem ex-plicar o fim das marchas em 2004. “Assumimos que um dos fatores foi a perda de disponibilidade de um conjunto de pessoas que esta-vam envolvidas todos os anos na construção das marchas. Em 2004 deu-se o fim das marchas que de-ram lugar às rusgas. Perante uma lacuna foi encontrada uma solu-ção. Não é possível um povo pen-sar o seu presente e o futuro sem conhecer as suas tradições e a sua história. É fundamental reavivar estas tradições”, declara o autarca. “As rusgas cumpriram o seu papel e animaram as nossas festas mas não havia essa tradição. Arrisco afirmar que, tirando as Festas do Concelho, não havia iniciativa no

concelho que juntasse tanta gen-te como as marchas populares”, acrescenta Daniel.

Nas marchas populares estão envolvidas muitas pessoas, cole-tividade e instituições privadas, garante o presidente. “Vão estar representados os lugares de Tarda-riz, Passal, Silveirinhos, Covilhã e a zona da Mó. Todos os lugares da freguesia estão representados nes-tas marchas. Esperamos a 3 de ju-lho dar um bom pontapé de saída com milhares de pessoas envolvi-das nesta iniciativa. Estão envolvi-das mais de 300 pessoas”, explica o presidente de Fânzeres e S. Pedro da Cova.

Marchas convergem, a 3 de julho, junto à Igreja de S. Pedro da Cova

O ponto central é junto à Igreja Matriz. No dia 3 de julho centenas de marchantes desfilam até ao terreno que se encontra à frente da Junta de Freguesia, para aí apresentarem as coreografias e músicas preparadas, aos milhares de pessoas que a autarquia espera receber nesse dia. “Vai gerar-se aqui um bairrismo saudável que queremos impulsionar”, afirma

Daniel Vieira. “A ideia é dar con-tinuidade a esta iniciativa nos pró-ximos anos, iniciativa que envolve muita disponibilidade e trabalho voluntário”, acrescenta o presiden-te que admitiu ao Vivacidade já ter estado do outro lado. “A primeira vez que participei numa marcha popular tinha 11 anos. Partici-pei como músico e continuei até ao fim das marchas. Participei na marcha do Passal, Carvalhal, Tar-dariz e Silveirinhos. Admito que o bichinho também está dentro de mim”, confessa.

Para a realização destas mar-chas populares, a Comissão de Fes-tas e a Junta de Freguesia atribuem a cada grupo o valor de 1000€. No entanto, alerta o presidente, “sabe-mos que os investimentos de cada marcha são muito superiores.”

Hélder Magalhães, presidente da direção da Associação Promo-tora das Festas aos Padroeiros S. Pedro e S. Paulo, vai mais longe e fala no grande esforço financeiro que cada um dos grupos faz para que tudo esteja pronto no dia das marchas. “Cada marcha custa cer-ca de 3500€. Os apoios que nos são dados não são suficientes para cobrir as despesas mas as associa-

ções estão dispostas a suportar esses custos, felizmente. Estas fes-tas envolvem a comunidade nesta organização”, explica. O objetivo principal para o membro da co-missão organizadora é “cativar as pessoas de S. Pedro da Cova e en-quadrar quem visita a freguesia”. “Este ano estava na iminência de não se realizarem as festas da fre-guesia porque a Comissão de Fes-tas teve que abandonar a direção por razões pessoais. No entanto, houve um apelo de pessoas jovens para continuarmos com as tradi-ções”, refere ainda Hélder Maga-lhães.

Da parte da Paróquia, Fernan-do Rosas, pároco da freguesia, explica que “as pessoas já tinham saudades desta tradição”. “Estão envolvidos com grande entusias-mo a preparar as músicas, as co-reografias e as letras”, afirma ao Vi-vacidade. Na questão dos apoios o padre afiança: “A paróquia precisa de apoio financeiro, não pode dar. No entanto, temos cedido as insta-lações para os ensaios de um gru-po e dos que necessitarem. Sei que a Comissão de Festas está a fazer um grande esforço para a concre-tização das marchas.”

Em Tardariz, “Leões” e crianças unem-se num só grupo

Bruno Nogueira preside a As-sociação Recreativa e Desportiva “Os Leões de Tardariz” e junta-mente com Mafalda França Ro-drigues, do Jardim de Infância “Pedrocas”, decidiram pôr mãos ao trabalho e formar um dos gru-pos, com cerca de 30 pessoas, que vai integrar as marchas de S. Pe-dro. “A parceria está a ser benéfi-ca. Começamos há duas semanas a trabalhar juntos e tem que ficar pronto no dia 3 de julho”, explicou ao Vivacidade o presidente dos “Leões”. “Esta preparação envolve um grande espírito de sacrifício e companheirismo, principalmente

da parte dos responsáveis. É difícil juntar toda a gente, pessoas de vá-rias idades, feitios diferentes e con-seguir que no fim saia um bom es-petáculo”, afirma ainda. “Às vezes é difícil conseguir coordenar todas as pessoas. As pessoas mais velhas recorrem à sabedoria e por vezes têm dificuldades em aceitar ideias novas”, comenta também Mafalda França Martins.

No Passal, há uma “rivali-dade saudável” entre duas associações

Num outro lugar da freguesia, a zona do Passal, não há um, mas dois grupos que preparam os mar-chantes para a grande noite. Do Rancho Folclórico do Passal, com 84 anos, Camilo Oliveira ainda se lembra de quando esta tradição teve início em S. Pedro da Cova. “Há cerca de 50 anos começaram as marchas populares de S. Pe-dro da Cova em vários lugares da freguesia. Eu não imaginava que ia participar novamente nas mar-chas mas atendendo ao pedido do Hélder e do presidente da Junta, entendi que o lugar devia mostrar mais uma vez as suas tradições”, comenta com o Vivacidade. A es-colha da música foi difícil, revelou o octogenário, mas depois de defi-nida os ensaios foram recorrentes. “Este é o quarto ensaio e a terceira semana. Os arcos e as roupas já estão prontas e quando chegar a hora vai estar tudo resolvido”, ga-rante Camilo Oliveira. Da parte do Centro Desportivo e Recreati-vo do Passal – um grupo distinto no mesmo lugar – Sónia Ferreira garante que “vai entrar a matar”. Experiência não lhe falta porque é “há 20 anos” que faz parte e or-ganiza as marchas neste grupo. “A preparação deste grupo é entrar a matar. Não sabemos se vamos ser o melhor grupo mas vai ser a melhor marcha. Estão envolvidas aqui 41 pessoas”, afirma a ensaia-dora. “O Serafim Neves está a pre-

Em S. Pedro da Cova, as marchas popularestêm regresso marcado para julhoA expressão “a tradição já não é o que era” não se aplica à freguesia de S. Pedro da Cova. Pelo menos não este ano. As marchas populares, um costume com cerca de 50 anos na terra mineira, regressam agora após um interregno de 11 anos. Do Passal a Tar-dariz, são vários os lugares e instituições da freguesia que preparam o grande dia. O Vivacidade acompanhou alguns dos ensaios.

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Reportagem Vivacidade

VIVACIDADE JUNHO 2015

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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parar a música e o letrista foi o José Reis”, revela, ao Vivacidade, Sónia Ferreira, enquanto dá ordens ao grupo para que prossiga com a marcha.

Vila Verde nasceu com as marchas populares

A Associação Recreativa Cul-tural e Desportiva de Vila Verde é também uma das entidades envol-vidas na organização deste evento. O presidente da associação, Adão Ribeiro, confessa que “as marchas sempre disseram muito à associa-ção”. “Nascemos em 2001 e come-çamos com as marchas populares. Houve um interregno há sete anos e as rusgas taparam o sol com a pe-neira mas não se podem comparar às marchas. Aqui demonstramos o trabalho das associações”, explica o dirigente associativo. “As marchas requerem mais coordenação e nes-ta altura já estamos a trabalhar há cerca de um mês”, acrescenta Adão Ribeiro.

Associação Estrelas de Sil-veirinhos também assegu-ra a participação na inicia-tiva

“A Junta e a Comissão de Fes-tas estão a recuperar uma tradição que estava parada há cerca de uma década. É importante retomar esta tradição que junta as pessoas e anima a população”, começa por dizer João Martins, presidente da Associação Social Estrelas de Silveirinhos. “Em Silveirinhos a adesão da população não foi muita mas após um forte impulso tive-mos um primeiro ensaio e vamos avançar com a marcha”, admite o responsável. “Se a Junta e a Comis-são de Festas continuarem a apos-tar nas marchas vamos analisar a nossa continuidade. As marchas

necessitam de um investimento maior do que as rusgas e de um envolvimento reforçado”, lembra João Martins.

S. Pedro da Cova, uma fre-guesia inclusiva

A liderar o grupo da Associa-ção Recreativa Cultural e Social de Silveirinhos está Matilde Mon-teiro. “Este grupo é uma junção de três coletividades: o Órfeão de S.

Pedro da Cova, a Associação So-cial de Silveirinhos e o Núcleo de Necessidades Educativas Especiais do Agrupamento de Escolas de S. Pedro da Cova”, esclarece a sam-pedrense. Matilde tem preparado para as marchas música e letras originais, tudo baseado num mote: “a freguesia inclusiva”. “O mote da marcha de rua vai ser feito com le-tra e música originais e queremos recuperar as tradições. A música

e a letra falam-nos de S. Pedro da Cova como uma freguesia inclusi-va, uma vez que temos pessoas que vêm de vários lugares da freguesia. Temos elementos de todas as ida-des. Somos cerca de 60 pessoas. Vamos tentar incluir pessoas com deficiência, acompanhados. Temos também crianças, adultos e alguns elementos da terceira idade”, ex-plica a presidente da Associação Social de Silveirinhos. No que diz

respeito às despesas, Matilde Mon-teiro confessa que “esta iniciativa está a ser mais dispendiosa” do que esperavam. “Mas está relacionado com a escolha que fizemos para os materiais. O envolvimento das pessoas vem do gosto que têm pela própria freguesia. O presidente de Junta também envolve a comuni-dade nestas iniciativas e a comuni-dade quer o regresso das marchas populares”, conclui. n

Em S. Pedro da Cova, as marchas popularestêm regresso marcado para julhoA expressão “a tradição já não é o que era” não se aplica à freguesia de S. Pedro da Cova. Pelo menos não este ano. As marchas populares, um costume com cerca de 50 anos na terra mineira, regressam agora após um interregno de 11 anos. Do Passal a Tar-dariz, são vários os lugares e instituições da freguesia que preparam o grande dia. O Vivacidade acompanhou alguns dos ensaios.

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Reportagem Vivacidade

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> “Leões de Tardariz” e Jardim de Infância “Pedrocas” > Rancho Folclórico do Passal

> Centro Desportivo e Recreativo do Passal > Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Vila Verde

> Associação Social Estrelas de Silveirinhos

> Associação R.C.S. Silveirinhos, Orfeão de S. Pedro da Covae Núcleo de Necessidades Educativas Especiais

Page 10: Edição de junho de 2015

“Este é o nosso principal even-to, onde concentramos cerca de 140 pessoas com 60 carros”, co-meça por referir ao Vivacidade José Passos, presidente do Clube Gondoclássicos de Portugal, co-letividade sediada em S. Cosme. “Neste momento o clube tem 314 sócios e está em crescimento, o que é uma mais valia para o concelho de Gondomar. Temos sócios de Gondomar, Gaia, Porto, Mon-ção e arredores do Porto”, acrescenta o presidente da associação que começou com “uma paixão de dois ou três sócios”. “Em Gondomar já existia uma grande frota de carros clássi-cos que resolveram inaugurar um grupo com o apoio da Câmara de Gondomar e da União de Fregue-sias de Gondomar (S. Cosme), Val-bom e Jovim”, conta José Passos.

O sétimo encontro organizado para este ano levou os sócios num passeio por S. Pedro da Cova. “Va-mos passar por S. Pedro da Cova a convite da Escola Profissional de Gondomar. O percurso passa tam-bém pela Câmara Municipal e pelo Museu Mineiro de S. Pedro da

Cova e dirigimo-nos a Aguiar de Sousa para almoçar-mos na Quinta da Eira”, explica o dirigente associativo. “Na exposi-ção do largo vamos ter carros de 1929, até 1956, dos anos 60, 70 e 80. Temos viaturas de grande valor

histórico e a frota continua a cres-cer. Neste momento Portugal está a exportar carros clássicos e isso é mau para a frota de carros clás-sicos portuguesa”, comenta ainda José Passos.

Luís Neves é sócio do clube há três anos e também participou na concentração mas a paixão pelos carros clássicos já vem de antes.

“Julgo que esta paixão pe-los carros clássicos

tem vindo a crescer. Tenho participado nestes encontros.

Felizmente não tenho tido problemas mecânicos com este carro”, confessa ao Vivacidade.

A VII Concentração de Carros Clássicos e Pré-Clássicos contou com a presença e atuação da Fan-farra de Gondomar. O presidente da Câmara Municipal de Gondo-mar, Marco Martins, a vereadora Sandra Brandão e a representante da União das Freguesias de Gon-domar (S. Cosme), Valbom e Jo-vim, Cláudia Amaral, também marcaram presença neste encontro e receberam uma lembrança da co-letividade.

Fundado em fevereiro de 2009, o Clube Gondoclássicos de Portu-gal é uma associação sem fins lu-crativos. n

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VII concentração doClube Gondoclássicosjuntou 60 viaturas clássicase pré-clássicas Organizado pelo Clube Gondoclássicos de Portugal, a VII concentração de viaturas clássicas e pré-clássicas teve lugar, a 14 de junho, no Largo da Feira de S. Cosme. As dezenas de viaturas desfilaram depois pelas ruas do concelho até à hora do almoço, onde as dezenas de sócios se juntaram num convívio.

O verão está aí mesmo á porta e quem ainda não foi, com certeza deve de estar para ir à praia. Na praia a roupa é pouca, mas não é motivo para descuidarmos da nossa imagem. A escolha certa do bikini pode fazer verdadeiros milagres pela nossa silhueta. Para a ajudar a escolher o bikini certo para si, vou dar-lhe algumas dicas úteis.

Antes de escolher o seu bikini, tem que saber qual o seu tipo de corpo, ou melhor que isso, tem que saber que parte quer realçar ou es-conder.

Se tiver o peito grande opte por uma parte de cima que lhe dê um bom apoio, de preferência com arco e alças. Esqueça de todo o famoso caicai e o bikini em triângulo. Se o seu peito for pequeno pode realçá--lo com um modelo almofadado. Os almofadados em forma de triân-gulo são ótimos para este caso. Os caicais nem sempre ficam bem para quem tem o peito mesmo muito pequeno, pois pode achatar ainda mais. Se quiser optar por um cai-cai, experimente vários modelos até encontrar um que lhe assente na perfeição. A nível de cores, se quiser realçar o peito, opte por tons

mais claros e abertos e por padrões grandes. Pode também escolher um modelo com franjas. Se pelo con-trário, quiser esconder o peito opte por tons mais escuros e fechados, de preferência sem padrão.

Ao escolher a parte de baixo, se a sua intenção for disfarçar o volu-me da anca, tenha em atenção que os detalhes, como por exemplo os lacinhos, vão dar ainda mais volu-me. Opte por modelos simples, de preferência com a tira lateral mais grossa. Se pelo contrário, quiser realçar a anca, use e abuse dos deta-lhes e padrões nessa zona. Opte por cores mais claras e abertas do que as cores que usar na parte de cima. Se optar por usar um bikini branco, tenha em atenção se este tem forro, para não ficar transparente depois de ir á água.

Lembre-se que não tem que usar as partes do mesmo conjunto para estar perfeita. Divirta-se a con-jugar diferentes modelos. Tenha em atenção às cores para haver sempre uma harmonia entre o conjunto es-colhido.

Sinta-se confiante no seu bikini, pois no final o que importa é sentir--se bem. n

Viva Moda

Alcina Cunha

www.alcinacunha.com

Consultora de Imagem

Sabe escolher o bikini perfeito?

Opinião

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Para Elisa Gomes e Fátima Pin-to, a arte de enfeitar as ruas com o auxílio das flores já não é novidade. Desde 1965, que o grupo em que estão inseridas faz as honras ao Di-vino Salvador, santo padroeiro da freguesia. “Nos últimos anos temos variado os desenhos florais que envolvem milhares e milhares de flores. Desde 2005 que fazemos os tapetes da Igreja até ao cruzamento do Centro Republicano e Demo-crático de Fânzeres e a partir daí

os outros grupos dão continuidade ao nosso trabalho”, explica Fátima Pinto.

O grupo começa a preparar as flores e as verduras com um mês de antecedência mas é na madrugada que antecede a procissão que são desenhados e montados os tape-tes florais. “Todos os anos dizemos que vamos deixar de participar nesta tradição mas não consegui-mos abdicar disto”, refere a conter-rânea Elisa Gomes.

Ao grupo de Alcina Oliveira e Bibiana Silva cabe a tarefa de conti-nuar o trabalho da equipa anterior. Durante o dia cortam-se os verdes

e pela noite tratam-se as flores com a ajuda dos cerca de 30 voluntários que compõem o coletivo. “Estamos habituadas a participar na realiza-ção dos tapetes. Estou casada há 25 anos e lembro-me que nessa altura já existia esta tradição”, realça Alci-na Oliveira ao Vivacidade.

Já Bibiana Silva lamenta as condições da rua “envelhecida e pouco uniforme” mas sublinha a participação dos jovens nesta tra-dição.

Da Travesa de Santa Bárbara à Rua de Santa Bárbara a preparação dos tapetes são da responsabilidade do grupo de Emília Silva e Marlene Jesus que ainda mantém a tradição. “Esperamos que esta tradição nun-ca acabe porque é motivo de grande orgulho”, destacam as porta-vozes do grupo composto por 15 pessoas.

Otília Oliveira e Luísa Mendes, inseridas no grupo responsável por colorir o percurso entre a Igreja e o Largo Júlio Dinis [percurso que termina na rua de Santa Bárbara] participam na tradição há seis anos em honra do padroeiro S. Tiago e das festas à Srª. Auxiliadora, Stª. Bárbara e S. Vicente e compõem

os moldes com diversos produtos como o sal, café, flores e verduras recolhidas na Associação do Mora-dores de Santa Bárbara.

Por fim, Aurora Nunes, repre-sentante do grupo que completa a última parte do percurso, também não esquece a tradição e mostra--se satsisfeita com o apoio pres-tado pela União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova. Nos últimos anos, a autarquia suportou financeiramente parte dos custos associados à preparação dos tape-tes florais.

De 3 a 5 de julho, Fânzeres rece-be as Festas em Honra da Srª Auxi-

liadora, Santa Bárbara e S. Vicente. S. Tiago e Santa Luzia, celebram-se de 24 a 26 do mesmo mês e as festi-vidades em honra do Divino Salva-dor são de 7 a 9 de agosto.

Junta e paróquia enaltecem esforço da comunidade

Maria José Cardoso, da UF de Fânzeres e S. Pedro da Cova, tem acompanhado os trabalhos dos grupos envolvidos na preparação dos tapetes florais de Fânzeres e salienta o envolvimento da popu-lação. “No ano passado a junta já apoiou a realização dos tapetes flo-rais mas este ano a nossa aposta é

Tapetes florais vão colorir procissõesem honra dos santos populares de Fânzeres

Em Fânzeres já se preparam as festas em honra dos santos populares. Pela vila multiplicam-se os grupos envolvidos nas solenidades e na preparação dos tapetes florais, uma tradição com mais de meio século na

freguesia. Ao Vivacidade, os cinco grupos explicam o trabalho necessário para colorir as principais artérias da vila fanzerense com flores, especiarias e outros produtos.

Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

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> Festa ao Divino Salvador > Festa ao Divino Salvador > Festa ao Divino Salvador

> Preparação dos tapetes para a Festa ao Divino Salvador> Tapete em honra do padroeiro São Tiago

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maior. Queremos envolver cada vez mais a comunidade nestas tradições e para isso con-tamos com a ajuda da paróquia que fez um grande apelo para a participação nos tapetes florais”, explica a representante da Junta ao Vivacidade.

Para o padre Andrade, da paróquia de

Fânzeres, a tradição “está a ser conservada” através do apoio voluntário dos populares. “No início de julho temos a primeira festa e os tapetes vão embelezar a procissão. A paró-quia não dá apoio financeiro mas tem dado apoio logístico aos grupos que participam nos tapetes florais”, refere o sacerdote. n

A segunda fase da 7ª Edição da “Ge-ração Depositrão da ERP Portugal” reve-la que, entre 80 escolas participantes do Porto, já foram recolhidos mais de 15.000 quilos de REEE (Resíduos de Equipamen-tos Elétricos e Eletrónicos) e RP&A (Resí-duos de Pilhas e Acumuladores). A Escola EB 2,3 de Rio Tinto alcançou a primeira posição no ranking das escolas do distrito, tendo recolhido cerca de 2000 quilos des-tes resíduos.

Até ao momento, entre as cerca de 600 escolas participantes, já foram recolhidos mais de 220.000 quilos de resíduos (REEE e RP&A) em todo o país.

A campanha da European Recycling Platform (ERP) Portugal, implementada em parceria com o Programa Eco-Escolas, da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), conta com o apoio de entidades parceiras, que oferecem os prémios finais às escolas vencedoras: 600 euros em equi-pamentos Worten, 500 euros em cartão Pingo Doce para doar a uma instituição de cariz social e um micro-ondas Orima.

Para além dos prémios indicados, as escolas que somarem 200 quilogramas e 300 quilogramas de pilhas usadas rece-berão cheques no valor de 50 euros e 100 euros, respetivamente, para a compra de materiais diversos.

As escolas vencedoras são apuradas por dois critérios, peso absoluto e peso por aluno de resíduos recolhidos, elegendo o top cinco do ranking do final do ano letivo, em ambas as categorias. Além desta ativi-dade, as escolas também serão reconheci-

das pela elaboração de trabalhos criativos sobre a gestão de REEE e RP&A, segmen-tados por níveis de escolaridade.

“Toda a comunidade escolar par-ticipou na recolha”

Ao Vivacidade, Sandra Domingues, professora de Física e Química da EB 2,3 de Rio Tinto e coordenadora do projeto “Programa Eco-Escolas” na instituição, mostra-se orgulhosa pela liderança na recolha de REEE e RP&A alcançada a ní-vel distrital. “Vamos passar a barreira dos 2000 quilos graças a um grande trabalho de sensibilização e de motivação, com uma grande ajuda de professores, auxiliares, alunos e pais. As gerações mais novas estão mais sensibilizadas para esta preocupação ambiental mas têm que ser relembradas”, afirma a professora.

Já Filipa Moita, responsável de comu-nicação da ERP Portugal, realça a “mo-tivação para a entrega de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos que apresentam risco de problemas de saúde e requerem um tratamento específico”. “As escolas têm uma grande capacidade de mobilização, por isso têm tido um papel fundamental na estratégia da ERP Por-tugal”, admite a porta-voz da empresa de gestão de resíduos.

Este foi o terceiro ano consecutivo de participação da EB 2,3 de Rio Tinto na campanha. A escola regista uma evolução positiva de 250 quilos (1.º ano), para 471 quilos (2.º ano) e que agora ultrapassa os 2000 quilogramas. n

EB 2,3 de Rio Tintolíder na recolha de resíduoselétricos e pilhasA Escola EB 2,3 de Rio Tinto ocupa a primeira posição nas 80 es-colas do distrito do Porto que participaram na 7ª Edição da “Ge-ração Depositrão da ERP Portugal”. O projeto tem como objetivo a recolha do maior número de resíduos de equipamentos elétri-cos, eletrónicos e pilhas. A escola riotintense venceu esta edição com mais de 2000 quilos, dos 15 mil recolhidos na totalidade.

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> Festa a Sra. Auxiliadora, Sta. Bárbara e S. Vicente

> Demonstração de tapete floral produzido em honra de São Tiago

> Alunos envolvidos na campanha > Joana Amaral, Sandra Domingues e Filipa Moita

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Os Som Livre Band inaugura-ram a festa no dia 5 de junho. Pelo palco do evento passou ainda a Banda Iniciadores, o músico Paulo Ribeiro (ex-Bandalusa) e o con-junto Prata Latina. Marcus Ma-chado regressou à freguesia após o concerto da Gondomar Band, no dia 9, pelas 21h30. O último dia foi para a banda Union Salsera, que atuou pelas 21h30. A 14ª edição da Feira de Artesanato foi também motivo de visita no Rio Tinto em Festa, com uma tenda montada para o efeito.

Ao Vivacidade, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tin-to, Nuno Fonseca, afirma que “o evento deste ano foi um sucesso.”

“Não tínhamos forma de com-parar o número de entradas com anos anteriores porque a entrada era livre. Este ano conseguimos vender 9.453 pulseiras que possi-bilitaram a entrada todos os dias”, conta o autarca. “Tivemos três noi-tes com o recinto completamente cheio”, refere ainda Nuno Fonseca.

Segunda edição terá cartaz melhorado

Já a pensar na segunda edição, o autarca de Rio Tinto que orga-nizou o evento em parceria com uma empresa do concelho, quer que o Rio Tinto em Festa seja reco-nhecido como “um grande evento de música popular portuguesa.”

“Queremos melhorar o cartaz e queremos que o cartaz seja um chamariz para a festa. A Festa da Cerveja estava mais orientada para a restauração”, esclarece. Quanto a artistas para 2016, Nuno Fonseca não quer arriscar nomes. “Ainda não temos nomes pensados para o próximo ano mas queremos ar-tistas conhecidos. Não apostamos este ano porque não tínhamos histórico. Queremos um cartaz melhorado em 2016. Esta festa é totalmente suportada pela Junta de Freguesia e pela empresa orga-nizadora com a ajuda das entradas e das comparticipações dos expo-sitores”, conclui o presidente de Rio Tinto. n

Milhares de pessoas na primeira edição do Rio Tinto em Festa

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O espaço da antiga feira de Rio Tinto recebeu, de 5 a 10 de junho, o primeiro ‘Rio Tinto em Festa’, evento que veio substituir a Festa da Cerveja. A música, a gastronomia e o artesanato levaram milhares de pessoas ao recinto e a organização promete melhorias para a edição de 2016.

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No dia 3 de julho, o Largo do Mosteiro vai receber um sarau des-portivo promovido por um ginásio local. A iniciativa marca o início da romaria a S. Bento das Peras e S. Cristóvão, organizada pela Co-missão de Festas da freguesia e pela Junta de Rio Tinto, em parceria com a Câmara Municipal de Gon-domar.

Seguem-se dezenas de iniciati-vas agendadas para o palco do largo riotintense, junto à Igreja Matriz da freguesia. No dia 4, a Orquestra dos Alunos da Escola Básica Infanta D. Mafalda atua pelas 16h. O espetá-culo antecede a realização do XV Festival de Folclore de Rio Tinto, organizado pelo Grupo Etnográ-fico da Escola Preparatória de Rio

Tinto. Já no dia 5, a Igreja Matriz recebe a missa solene em honra de São Bento das Peras.

Cinco dias depois, a romaria regressa à freguesia com o concerto do conjunto musical Os Iniciado-res, que atuou recentemente no Rio Tinto em Festa.

Para os dias 11 e 12 estão previs-tas atuações musicais da Banda de

Música do Pejão (Castelo de Paiva), da Banda de Música de Loureiro, da Banda de Música São Cristóvão de Rio Tinto e da Fanfarra Juventude da Madalena. O dia 11 encerra com a tradicional sessão de fogo de artifí-cio, marcada para as 23h45.

Quando o relógio marcar as 18h do dia 12, sai para a rua a pro-cissão em honra de São Bento das

Peras e S. Cristóvão.Ao Vivacidade, Nuno Fonseca,

presidente da Junta de Rio Tinto, destaca a melhoria da qualidade da festa e o reforço da iluminação pú-blica. “A Junta vai apoiar financei-ramente com um valor semelhante ao do ano passado e vai prestar o apoio logístico necessário”, esclare-ce o autarca. n

São Bento das Peras com cartaz alargadoA romaria a S. Bento das Peras e S. Cristóvão da cidade de Rio Tinto arranca a 3 de julho e prolonga-se até ao dia 12 com um cartaz alargado de iniciativas recreativas, culturais e profanas.

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A Linha Laranja (F) terá até às 2h da manhã uma frequência de 10 minutos e de 30 minutos até às 6h.

Este ano, para além do serviço especial durante a noite de 23 para 24, a grande no-vidade é a operação especial nos “Concertos na Avenida”, de 19 a 22 de junho. O aumen-to das frequências e o reforço do número de veículos vêm reforçar a mobilidade dos utentes ao longo dos festejos de todas as noites de animação na cidade, com epicen-tro na Avenida dos Aliados. Com a circula-ção automóvel proibida ou muito condicio-nada em grande parte do centro da cidade, o Metro garante que “a única preocupação dos cidadãos vão ser as marteladas típicas de São João.”

Na noite de S. João, o reforço da circula-ção das várias linhas começa às 20h do dia 23 de junho e só termina às 6h do dia 24.

Quanto aos “Concertos na Avenida”, promovidos pela Câmara do Porto na Ave-nida dos Aliados, o Metro assegura um re-forço da capacidade em toda a rede e o pro-longamento da operação até cerca das 2h, assegurando que, após os concertos, todos poderão regressar a casa de Metro.

A Metro do Porto recomenda “a todos os seus clientes a compra ou carregamento dos títulos de viagem antecipadamente, de forma a evitar filas de espera”, assim como “a correta validação de todos os títulos de transporte.” n

Metro do Porto: Linha F em funcionamento na madrugada no S. JoãoA Metro do Porto vai preparar uma vez mais um serviço espe-cial durante a noite de 23 para 24 de junho. O metro vai assim funcionar ininterruptamente durante a noite de São João e a linha F (Gondomar) não é exceção.

Frequência das linhas:

Linha Azul (A) – frequência de 10 minutos até às 2h e de 15 em 15 minutos até à manhã do dia seguinte.Linha Vermelha (B) – frequência de 20 minutos até às 3h e de 30 minutos até às 6h.Linha Verde (C) – com destino à estação Fórum da Maia, frequência de 10 minutos até à 1h. Na mesma linha mas com destino à estação ISMAI, frequência de 20 minutos até às 2h e de 30 minutos até às 6h.Linha Amarela (D) – frequência de 6 minutos até às 2h e de 10 minutos das 2h às 6h, passando após esta hora a oferecer a circulação habitual de um dia de feriado.Linha Violeta (E) – não sofrerá qualquer tipo de alteração, estando em funcionamento até pouco depois da 1h, como é habitual. Linha Laranja (F) - frequência de 10 minutos até às 2h e de 30 minutos até às 6h.O Funicular dos Guindais estará em funcionamento durante toda a noite e madrugada de São João.

Programa dos “Concertos na Avenida”:

19 de junho, 22h - D.A.M.A20 de junho, 22h - Rui Veloso21 de junho, 22h - Deolinda22 de junho, 22h - António Zambujo23 de junho, 22h - DJs de Vacaciones e José Cid

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A unidade hospitalar da Universida-de Fernando Pessoa, sediada em Valbom, apresentou uma técnica minimamente invasiva em que a remoção do tecido da próstata , que provoca a obstrução da bexi-ga, é feita com um laser introduzido atra-vés da uretra.

O novo método utiliza a vaporização anatómica prostática (VAP) para evitar fe-ridas cirúrgicas e consequentes cicatrizes, além de evitar tratamentos prolongados exigidos pela cirurgia tradicional.

A técnica introduzida pelo coordena-dor do serviço de Urologia, Fábio Almei-

da, permite ao paciente ser operado de manhã e poder regressar à sua atividade habitual de tarde, com a função urinária normalizada, independentemente do vo-lume da próstata.

A intervenção inovadora proporciona ainda melhor qualidade de vida ao pacien-te. n

Hospital-Escola apresenta tratamento inovadorda doença da próstataO Hospital Escola da Universidade Fernando Pessoa apresen-tou um tratamento inovador e diferenciado para os pacientes que sofrem de dificuldades urinárias através da cirurgia por vaporização anatómica. Insufláveis, escalada, jogos tradicionais,

demonstrações de canoagem, aeromodelismo, jogos ambientais, póneis, “air bungee”, “rappel”, jogos didáticos e caças ao tesouro animaram durante dois dias a zona de Gramido. As ati-vidades organizadas pela Câmara Municipal de Gondomar no âmbito da comemoração do Dia Mundial da Criança levaram milhares de

munícipes à marginal gondomarense. Boa disposição, alegria, música, dança e

algumas surpresas foram o principal atrativo das famílias que optaram por celebrar a oca-sião com o rio Douro como pano de fundo.

Recorde-se que em 2014 o Município apostou pela primeira vez na comemoração do Dia Mundial da Criança em Gramido. n

Gramido juntou milharesno Dia Mundial da CriançaDurante os dias 30 e 31 de maio, Gramido foi o centro da fes-ta organizada pelo Município no âmbito do Dia Mundial da Criança. Milhares de pessoas deslocaram-se à marginal do Douro para comemorar em família.

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Texto: Rita Lopes

A ideia surgiu com a existência de outras feiras do género na cida-de do Porto, garante ao Vivacidade, Nuno Martins, da organização do ‘Bai-me à Loja’. “Eu costumava ir ao Silo Auto, no Porto, onde fazem uma venda de artigos usados nos carros com mala aberta. Como em Gon-

domar já não há Feira de Artesanato pensei em fazer algo do género com e sem carro. Nesta primeira edição oferecemos aos expositores espaços de cinco metros quadrados no par-que privado da Rua 25 de Abril”, ex-plica o porta-voz da iniciativa.

O conceito do ‘Bai-me à Loja’

baseia-se na venda de artigos usa-dos e produtos de artesanato feitos à mão na bagageira de um automóvel ou em mesas e estruturas, colocadas pelos expositores no parque de esta-cionamento, para o efeito. “Isto per-mite vender produtos que não são usados em casa”, explica ainda Nuno

Martins, que pretende organizar este bazar uma vez por mês.

“Sendo este local uma zona de comércio tradicional de Gondo-mar, esta iniciativa proporcionará alguma dinamização, seja no cativar de pessoas novas, tanto nos parti-cipantes do Bazar, como de todo o

comércio envolvente”, revelou ainda a organização. O bazar de 10 de ju-nho juntou mais de 60 expositores das 10h às 19h, no parque de esta-cionamento da rua 25 de Abril, num evento que “ultrapassou as expecta-tivas”. O próximo evento é já a 5 de julho no mesmo local. n

‘Bai-me à Loja’ juntou 62 expositores em S. CosmeBazar de artigos usados e artesanato volta a 5 de julhoO parque de estacionamento privativo da rua 25 de Abril, em S. Cosme, recebeu a 10 de junho a primeira edição do Bazar ‘Bai-me à Loja’. Ao todo foram 62 os expositores que participaram nesta iniciativa com o objetivo de vender artigos usados e produtos de artesanato.

> O Município voltou a apostar em Gramido

> O parque privativo da Rua 25 de Abril recebeu o ‘Bai-me à Loja’ > A 1ª edição foi um sucesso

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“Sendo uma data redonda ainda é mais importante para nós ter uma comemoração condigna. Há 20 anos atrás houve a feliz ideia de unir as populações de Rio Tinto e Baguim do Monte pelo título de cidade e para nós é muito importante comemo-rar esta data em comunidade”, começa por dizer Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, que este ano acolhe a sessão solene comemorativa do 20.º aniversário da elevação de Rio Tinto a cidade.

Para celebrar a data estão a ser prepa-radas várias iniciativas de cariz cultural, recreativo e desportivo abertos à população de Baguim e de Rio Tinto.

Por sua vez, Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, desta-ca a atribuição das medalhas de mérito da cidade às obras sociais das paróquias de Ba-guim, Rio Tinto e Corim, distinguidas pelo apoio diário prestado à comunidade.

No dia 20 de junho, a partir das 14h30, tem início o X Encontro de Bandas da Ci-dade de Rio Tinto, organizado pela Banda de S. Cristóvão de Rio Tinto, no Largo do Mosteiro da freguesia. Já no dia 27 de ju-nho, está marcado o concerto de verão do Órfeão de Rio Tinto, às 21h30, no jardim da Junta de Freguesia riotintese. No mesmo dia, em Baguim, tem início o Torneio de Futsal de Baguim do Monte, no Polidespor-tivo do Crasto.

1320 músicos marcam presença no X Encontro de Bandas da Cida-de de Rio Tinto

A 10ª edição do Encontro de Bandas da Cidade de Rio Tinto vai receber 1320 músi-cos, divididos por 22 bandas filarmónicas, que vão apresentar no Largo do Mosteiro, Rio Tinto, um concerto conjunto da Ban-da S. Cristóvão de Rio Tinto, da Banda de Música de Pinheiro da Bemposta, da Banda Filarmónica Severense e da Banda Musical de Rio Mau.

Paralelamente, vai realizar-se o I Con-curso Nacional de Composição da Cidade de Rio Tinto.

Ao Vivacidade, Rodolfo Silva, da Banda S. Cristóvão de Rio Tinto, destaca a iniciati-va inserida nas comemorações do 20.º ani-versário da elevação de Rio Tinto a cidade como “um dos melhores encontros de ban-das do Norte de Portugal”. n

Baguim do Monte acolhe 20.º aniversário da elevação de Rio Tinto a cidadeO Centro Escolar de Baguim do Monte vai acolher a 20 de junho a sessão solene comemorativa do 20.º aniversário da elevação de Rio Tinto a cidade. Este ano, as obras sociais das paróquias de Baguim, Rio Tinto e Corim vão ser distinguidas com a me-dalha de mérito da cidade.

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> O Encontro de Bandas de Rio Tinto vai na sua 10ª edição

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O projeto de criação de hortas biológicas da LIPOR tem mais um espaço em Gondomar, o terceiro no concelho. Desta vez foram inaugu-rados 56 talhões, cada um com 25 metros quadrados disponível, que ficam agora à disposição de “novos” agricultores no centro de S. Cosme.

Coube ao presidente da Câma-ra Municipal de Gondomar, Marco Martins, e presidente da União de Freguesias de S. Cosme, Valbom e Jovim, José António Macedo, descerrar a placa que dá acesso ao terreno cedido à comunidade por Alice Castro Neves.

Após o ato formal os autarcas destacaram a importância da im-plementação do mais recente es-paço verde de Gondomar e subli-nharam a necessidade de promover parcerias com as entidades públicas e privadas.

“Através da sinergia das insti-tuições públicas e privadas tudo é possível. Espero que os novos agricultores possam usufruir deste espaço”, afirmou o presidente do Município antes de desafiar a Lipor a abrir uma nova horta no concelho “até ao final de 2015”.

Para José António Macedo, a inauguração da Horta de Subsis-

tência de S. Cosme representou o “concretizar de um sonho antigo”. Segundo o autarca, o objetivo da Horta é “incentivar o sentimento de partilha, a vida em comunidade, a reutilização de produtos bioló-gicos e a promoção de hábitos de vida saudável”.

Por sua vez, a responsável da LIPOR, Benedita Chaves, destacou a evolução do projeto Horta à Por-ta, inaugurado em 2004 pela em-presa de gestão de resíduos. “Onze anos depois estamos a inaugurar este espaço e temos neste momento 45 hortas semelhantes a esta, com mais de 10 hectares cultivados com produção biológica”, referiu a re-

presentante da LIPOR.O Horta à Porta – Hortas Bio-

lógicas do Grande Porto, é um pro-jeto que visa promover a qualidade de vida da população, através de boas práticas agrícolas, ambientais e sociais.

Dos 56 talhões disponíveis em S. Cosme, cerca de metade já foi entregue a “novos agricultores”. Contudo, José António Macedo não descartou a possibilidade de vir a ampliar o número de talhões disponíveis para a comunidade. Recorde-se que a Horta de Sub-sistência de S. Cosme privilegia a atribuição de talhões a agregados familiares carenciados. n

Centro de Gondomar já temHorta de SubsistênciaA Horta de Subsistência de S. Cosme foi inaugurada a 5 de junho. O projeto integrado no programa “Horta à Porta” da LIPOR é composto por 56 talhões disponíveis para agricultores de todas as idades.

Esta semana inicia-se no nosso Hospital Lusíadas Porto, uma recertificação de quali-dade em saúde pela Joint Co-mission Internacional, um dos mais conhecidos e exigentes auditores de qualidade em saú-de, a nível mundial. Sendo este Hospital já distinguido por este selo de qualidade, não interes-sa o ter sido no passado, mas principalmente que se mante-nha atualizado. Sei que para o comum cidadão que utiliza os serviços de saúde públicos ou privados, esta qualificação não lhe dirá nada ou muito pouco, no entanto, para nós profissio-nais de saúde obriga-nos a uma disciplina de atitudes e proto-colos, no nosso dia a dia, hos-pitalar e clínico, com empenho em manter os critérios de qua-lidade de saúde. Sei bem que, perante as dificuldades econó-micas atuais, o fator preço tem um papel muito importante quando se trata de escolher o serviço de saúde que precisa-mos de recorrer, mas tal como o povo diz, “às vezes o barato sai caro”. Lembro-me de um doente que ainda esta semana, na necessidade de realizar uma ressonância magnética, exame não disponível no seu médico de família, perante a escolha do local para realizar o respectivo exame, perante as varias hipó-tese postas à disposição por critérios de qualidade, prefe-riu fazer esse exame, no local mais barato. Por cerca de 10 euros mais barato, (é dinheiro) fez a RM, mas o seu resultado se mostrou inadequado, sem

imagens a não ser num CD de fraca qualidade, obrigando o clínico a cingir-se ao relatório também ele inconclusivo. Logo obrigou a repetir o exame, com o dobro do prejuízo e de tem-po. Efetivamente a qualidade nem sempre se alia à economia, e na saúde, isso é relevante. É óbvio que o caro nem sempre também será sinónimo de qua-lidade, tal como tudo na vida, no equilíbrio, estará a virtu-de. O direito à saúde, livre e tendencionalmente gratuita, é uma das regras mais conheci-das da constituição portuguesa, que é confundida com a ideia, que é grátis. Em saúde, nem sempre os critérios económicos serão aliados à qualidade, logo esse preço será uma opção que deve ser tomada por todos nós. Na decisão de um tratamento médico, o profissional de saú-de, deverá colocar em primei-ro lugar critérios científicos e de qualidade só depois virão os necessários critérios de eco-nomia. Cada opção tem o seu peso e medida, não devendo ser confundidos, ou apenas restritos aos critérios econó-micos. Mesmo em saúde, não devemos esbanjar ou ser despe-sistas, pois a sustentabilidade e a realidade económica do nos-so país deverá estar patente na nossa decisão, mas não deverá ser nunca o primeiro critério na nossa opção terapêutica. Daí a necessidade de os serviços de saúde serem avaliados e vigia-dos por critérios de qualidade.

Até breve, estimados leito-res… n

Qualidade na saúde...

Opinião

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital Lusíadas Porto.

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: RITA LOPES

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> José António Macedo e Marco Martins inauguraram a horta

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Sociedade

VIVACIDADE JUNHO 2015

O condomínio quer apurar res-ponsabilidades junto da autarquia e pede respostas. A Câmara e a Junta de Freguesia alegam que a empresa já foi notificada e o problema está na reparação do sistema de drenagem, responsabilidade do condomínio [ver caixa].

“Nos últimos anos houve mui-ta construção na zona envolvente e houve uma grande impermea-bilização dos solos envolventes. A terra foi mexida para meter as condutas e não acautelaram conve-nientemente a drenagem da zona envolvente”, queixa-se ao Vivaci-dade Paulo Ribeiro, responsável da empresa de condomínio do Edifício Estrela D’Avenida, em Rio Tinto. Na opinião do gerente da empresa, “as águas freáticas encontram [no subsolo] o prédio como obstáculo e desviam para a estrada. No passeio a Avenida começou a abater. No úl-timo ano o passeio abateu cerca de dois centímetros”, refere ainda Paulo Ribeiro. “Nos dias de chuva não há escoamento das ruas. Por norma a água vai pela Avenida porque isto está tudo entupido e os tubos estão partidos. Todas as condutas que

andam ali estão a ficar sem susten-tação. No dia em que decidiram repavimentar a avenida colocaram papéis a informar-nos nas caixas de correio e enviamos email para o presidente da Câmara e o presidente da Junta a dizer para não brincarem com o nosso dinheiro porque iam repavimentar uma avenida que está a precisar urgentemente de obras e que tem problemas graves por resol-ver. No entanto, a repavimentação avançou e mascararam estes proble-

mas”, acrescenta o responsável.A empresa, Nidus, confirmou

ao Vivacidade que já reuniu com o presidente da Câmara, Marco Mar-tins, numa audiência solicitada, e que o mesmo “ficou de dar uma resposta até hoje”. “Fomos recebidos pelo presidente que conhece bem o caso mas ainda não tivemos res-

posta. Também nos queixamos às Águas do Douro e Paiva que deram resposta imediata e enviaram técni-cos para analisar esta situação. As Águas do Douro e Paiva garantiram que tinham feito recentemente uma análise mas também disseram que o meu problema não acabaria aqui. Disseram-me que se houvesse um problema da parte deles, assumiam a responsabilidade”, esclarece Paulo Ribeiro.

Questionado sobre a possibili-

dade de haver risco para o edifício, Paulo Ribeiro explica que “no ime-diato, não existe risco”. “O edifício está impecável. É feito em betão por isso aguenta com tudo. No entanto, já tivemos infiltrações porque uma das saídas da água passava por uma janela que foi tapada e nunca mais houve problemas”, conta.

Ao Vivacidade, o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, explica que “o as-sunto tem sido motivo de conversa entre a Junta e a CMG.” “Os servi-ços técnicos da CMG já notificaram o condomínio sobre a responsabili-dade do prédio sobre as águas plu-viais do edifício. Terá que ser o con-domínio a fazer a obra mas parece que o condomínio tem uma opinião diferente e não tem verba para fazer a obra. Independentemente disso a CMG não pode autorizar que esse problema se mantenha e já devia até estar resolvido. No entanto a res-ponsabilidade é do condomínio e não do Município. A Junta é alheia a esse processo”, esclarece. n

Passeio em Rio Tintoabate dois centímetros por anoCâmara, Junta e condomínio discutem responsabilidade no assunto

Parte da avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá, em Rio Tinto, está a ser alvo de análise pelo Município gondomarense. Em causa está um passeio que serve de entrada ao edifício Estrela d’Avenida que tem vindo a abater de ano para ano.

1 – O Presidente da Repú-blica fez saber recentemente que o país precisa de estabili-dade política, pelo que alerta os cidadãos para que votem nas próximas eleições de for-ma a assegurar um governo de maioria absoluta. Cavaco deu ainda a entender que não estará disponível a dar posse a quem não assegure a desejada estabi-lidade governativa. Trata-se de um desejo legítimo do Chefe do Estado, mas com sérias im-plicações políticas.

De facto, há desejos que an-tes de serem anunciados devem ser bem ponderados, sobretu-do ao nível das suas potenciais consequências. E este é clara-mente um deles. Porque sendo razoável aceitar que o país pre-cisa, na sequência das eleições, de um governo estável, o Chefe do Estado não pode deixar ins-talar a ideia de que só dará pos-se a um executivo com maioria absoluta.

2 – Em democracia todas as escolhas são legítimas, inde-pendentemente das consequên-cias que delas podem decorrer. Se o povo é soberano, tem de lhe ser reconhecida a liberdade de escolher como muito bem entende. Mesmo que esse mes-mo povo depois se arrependa, e venha a alterar de novo as suas opções. Tal como nas nossas vidas, muitas vezes só apren-demos com o erro, e quantas vezes pagamos bem caro pelas nossas escolhas erradas.

Por tudo isto, a opinião do Presidente da República não

deveria ter ido além de um desejo, de um alerta, e de uma lição de pedagogia política. Mas nunca deveria chegar ao patamar de uma ameaça, ainda que subtil, velada ou indireta. Porque ao fazê-lo, autolimita--se na sua condição de Chefe do Estado, e corre o sério risco de ter mesmo de empossar um governo minoritário.

3 – Todas as sondagens apontam para a impossibili-dade de nenhum dos blocos partidários dominantes con-seguir obter maioria absoluta nas próximas eleições. E assim sendo, de duas uma: ou quem ganhar consegue um acordo com outras forças partidárias, seja de incidência governativa ou meramente parlamentar, ou o Presidente terá mesmo de optar entre dar posse a um executivo minoritário ou pas-sar para o seu sucessor a deci-são final.

Ora, esta última opção se-ria desastrosa para o país. No controlo de danos, será sempre preferível dar posse a um go-verno minoritário do que dei-xar o país, durante longos me-ses, mergulhado num pântano político. É claro que um gover-no minoritário, seja de quem for, será sempre um governo de transição, e de curta duração. E ainda que consiga aprovar o primeiro orçamento, com o apoio da oposição moderada, seguramente já não consegui-rá aprovar o segundo. Todos temos de pensar nisso, na hora do voto… n

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Governos minoritáriosserão sempre instáveis

Opinião

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar

A Câmara Municipal está a acompanhar o assunto?A Câmara Municipal de Gondomar tem acompanhado em permanência to-dos os casos de que tem conhecimento, independentemente da área em que se registam ocorrências. O caso do prédio na Avenida Dr. Domingos Gonçalves de Sá, em Rio Tinto, não é exceção. Sobre este caso em específico, pensa que a zona em questão po-derá estar em risco, no que diz respeito a um possível aluimento do piso ou rebentamento de uma conduta?Não há risco. Ou melhor, há o mesmo risco que em qualquer outro local. Confirma que a autarquia já reuniu com a empresa e foi alertada sobre isto?Sim, eu próprio reuni com responsáveis pela empresa que gere o condo-mínio do prédio em causa. O que está / poderá vir a ser feito em relação a esta questão?A empresa em causa já foi notificada por duas vezes, pessoalmente e por escrito, de que tem de proceder à reparação do sistema de drenagem, que é pertença do condomínio e, portanto, é da sua responsabilidade a respetiva reparação. Apesar disso, o Município assumiu o compromisso de fazer uma inspeção do passeio, o que acontecerá por estes dias até porque sei que há contactos entre os serviços da Câmara e os gestores do condomínio.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

> O abatimento do passeio é visível junto à entrada do edifício

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A cerimónia começou com um momen-to musical protagonizado por Francisco Gouveia. De seguida, Onofre Varela brindou o público presente com mais um momento, de humor.

A diretora da USRT abriu as intervenções dando palavra a Eugénio Saraiva, presidente da Assembleia de Rio Tinto e à diretora do agrupamento, Luísa Pereira. O presidente da Assembleia Municipal, Aníbal Lira, seguiu--se nos discursos. “A USRT representa uma instituição educativa muito digna e uma bela forma de ocupar os tempos livres”, conside-rou.

Marco Martins, presidente do Município de Gondomar, também marcou presença e deixou duas notas breves: “um reconheci-mento pelo projeto de qualidade e outra para dar nota da nossa disponibilidade, apesar das dificuldades financeiras graças aos processos judiciais. Sempre que conseguimos, cedemos apoios à USRT, como foi o caso do Centro Cultural de Rio Tinto. Assim se constrói o futuro”, afirmou.

Já Nuno Fonseca, em representação do

Conselho Executivo da USRT e da Junta de Freguesia, agradeceu a disponibilidade e aju-da do agrupamento e da Câmara que cedeu um espaço no Centro Cultural para acolher a nova sede da instituição já no início do próximo ano letivo. “Não temos dúvidas que a US de Rio Tinto vai ser provavelmente a maior Universidade Sénior que temos. Já te-mos na forja uma fornada de professores no-vos prontos a entrar, com novas disciplinas e com novos alunos também”, referiu.

No final da cerimónia, vários alunos de-dicaram algumas palavras à Universidade e juntaram-se num Porto d’honra, mas não sem antes apresentar a nova bandeira da USRT. n

Universidade Séniorde Rio Tinto celebra1.º aniversárioa pensar no futuroA Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT) comemorou, a 2 de ju-nho, um ano de existência. A sessão solene dinamizada pelo conselho executivo da instituição e pela Junta de Freguesia juntou alunos, pro-fessores e convidados no auditório da Escola Secundária de Rio Tinto.

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Sociedade

Nuno Fonseca,presidente do Conselho Executivo da Universidade Séniore da Junta de Freguesia de Rio Tinto

“Há coisas que nos dão uma satisfação tre-menda e posso dizer-vos que as iniciativas da US Rio Tinto enchem-me de uma alegria imensa. Este é o maior projeto que implemen-tamos em Rio Tinto.”

Marco Martins,presidente daCâmara Municipal de Gondomar

“Este projeto cresceu graças aos alunos e professores. Finalmente o executivo da Junta conseguiu pôr este sonho em prática. Sabe-mos que estes projetos demoram a crescer mas é positivo registar que um ano depois da inauguração a US Rio Tinto é um sucesso.”

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Sociedade

VIVACIDADE JUNHO 2015

Como e quando surgiu a ideia de criar o “Repórter de Gondomar”?

A edição 0 do Repórter surgiu no dia 16 de junho de 1990. Eu cola-borava no “Notícias de Gondomar”, onde aprendi muita coisa. Fui subs-tituir a jornalista Magda Rocha, da RTP, e depois acabou por surgir a ideia de lançar um novo jornal, em conjunto com o meu irmão José Gomes que ainda hoje lidera o de-partamento comercial. Falamos com o Aurélio Mesquita que tratou do grafismo do jornal e paginou as primeiras edições.

O jornal era feito de uma forma artesanal?

Sim, naquela altura o texto era todo fotografado e só depois disso é que era impresso. Depois passava para a película e ia à chapa.

Tudo isto feito em Gondomar?Tudo feito em Gondomar.

A primeira sede que tivemos foi em Jovim, depois tivemos outra junto à Câmara Muni-cipal e acabamos por passar para Covelo, em 1995, onde tínhamos uma pequena gráfica totalmente equi-pada que nos tornou autónomos. Agora continua a ser feito em Gondomar mas já não é impresso por nós.

O que trouxe de novo o “Repórter de Gondomar” ao concelho?

Privilegiamos sempre Gondo-mar, desde a Lomba até Rio Tin-to. Naturalmente que o centro do concelho (São Cosme) tinha mais iniciativas mas sempre acompanha-mos os eventos de todas as fregue-sias. Recordo-me que a 1ª edição

saiu no dia 30 de junho de 1990 e trouxe um suplemento especial so-bre S. Pedro da Cova. Acabamos por fazer suplementos sobre todas as freguesias, sobre a Agrindústria [atual Ourindústria] e todas as ou-tras iniciativas de relevo. Ainda hoje fazemos.

O jornal foi sempre gratuito?Nunca foi pago apesar de ter

um preço estipulado. Con-tinuamos a achar que o jornal gratuito conti-nua a fazer sentido.

Por vezes diz-se que o “Repórter de Gondomar” mantém uma liga-ção com a Câmara Municipal. Concorda com esta afirmação?

A Câmara de Gondomar f o i

um grande parceiro do jornal, como as Juntas de Freguesia e a Associa-ção Comercial e Industrial de Gon-domar (ACIG). Sempre respeitamos as instituições do concelho e quem as preside. Respeitamos sempre os presidentes eleitos e quem represen-ta cargos públicos.

O jornal é bimensal mas não tem data para ser lan-

çado nas bancas?O jornal sai duas vezes por mês,

essa é a nossa aposta porque o con-celho tem muitas iniciativas e exige muito de nós. Além disso mante-mos as edições especiais que conti-nuamos a fazer.

A tiragem é de quantos exempla-res?

São sempre impressos entre 2000 a 3000 exemplares.

Continuam a mostrar o que se faz de melhor em Gondomar?

Continuamos nesse registo com grande gratidão aos nossos anun-ciantes que têm sido um grande apoio. Sabemos que as pessoas gos-tam de ler o jornal mas uma das nossas mais valias é a consideração e confiança que temos tido por par-te dos anunciantes.

E também destacam os feitos des-portivos dos clubes gondoma-

renses?Foi sempre uma das nossas prio-

ridades, nomeadamente o futebol. Temos um enorme arquivo fotográ-fico de equipas de futebol. Quando Portugal acolheu o Euro 2004 fize-mos uma edição especial com todas as equipas federadas e com todos os escalões dos clubes do concelho. Acompanhamos sempre as ativida-des desportivas, políticas e culturais pela positiva.

Também travaram lutas políticas?Estivemos envolvidos numa

grande luta contra o depósito dos resíduos tóxicos em Covelo, entre outras situações.

Em 25 anos passaram momentos em que havia muito dinheiro mas também por momentos de crise. Como consegue gerir estes perío-dos?

É sempre difícil mas tem que ser bem gerido. A crise veio dificultar a vida das empresas e naturalmente a imprensa local e regional. O que nos valeu foram os nossos anunciantes.

Entretanto acabaram por surgir outros jornais em Gondomar. Atualmente, que avaliação faz da imprensa local no concelho?

Quando surgimos tínhamos “guerras” com o “Notícias de Gon-domar” e o “Comércio de Gon-domar” [risos]. Entretanto foram surgindo outros títulos como o “Gondomar Atual” e o “Progres-so de Gondomar” que mais tarde acabaram por desaparecer. O “Re-pórter” conseguiu manter-se com grande esforço, sacrifício e dedica-ção. Queremos continuar a acredi-tar neste projeto que noticia o que é bem feito em Gondomar.

O que podemos esperar do futuro do “Repórter de Gondomar”?

No passado já tivemos o “Repór-ter de Valongo”, em 2005, e quere-mos reerguer esse projeto novamen-

“O Repórter quer mostrar a grandeza deste concelho”É, provavelmente, uma das pessoas mais conhecidas do concelho de Gondomar. Rui Gomes é o jornalista e diretor do Repórter de Gondomar, jornal que nasceu precisamente há 25 anos no concelho. Com uma passagem pelo periódico Notícias de Gondomar – já extinto - e pela Escola Superior de Jornalismo, Rui Gomes chegou a frequentar o curso de Direito da Universidade Portucalense mas não chegou a concluir a formação. O Vivacidade esteve à conversa com o jornalista para tentar perceber como está o “repórter de Gondomar”, 25 anos depois.

Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

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23VIVACIDADE JUNHO 2015

Sociedade

“O Repórter quer mostrar a grandeza deste concelho”

te. Esse é um dos nossos objetivos. O jornal continua a viver do meu esforço e do meu irmão e dos nossos colaboradores.

Em 25 anos ficou alguma coisa por contar?Ficaram por contar muitas histórias [ri-

sos]. Se eu escrevesse um livro de memórias dava a conhecer muitas histórias empresariais e institucionais de bastidores. O “Repórter de Gondomar” esteve para ser comprado, essa é uma delas.

Como vão ser comemorados os 25 anos do jornal?

Não vamos fazer uma grande festa mas vamos organizar pequenas iniciativas ao longo do ano para lembrar os 25 anos do “Repórter de Gondomar”. Durante as Festas do Concelho está também programada uma exposição alusiva aos 25 anos na Biblioteca Municipal. Vamos expor algumas capas, fo-tos e artigos de relevo publicados ao longo destes anos. n

Última edição do Repórter de Gondomar (à esquerda)Edição n.º 0, de 1990 (à direita)

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Destaque

VIVACIDADE JUNHO 2015

Atletismo, basquetebol, futebol, futsal, polo aquático, ténis de mesa e trail running. É nestas modalida-des que os atletas gondomarenses foram premiados esta época. O Vivacidade reuniu depoimentos dos principais protagonistas e foi à procura do segredo para o sucesso desportivo assente no treino diário, espírito de sacrifício, confiança e motivação para alcançar os títulos.

Ala de Gondomar conquis-tou três títulos nacionais

Raquel Martins foi a Loulé conquistar duas medalhas de ouro e uma de bronze no Campeonato Nacional Individual de Cadetes. A mesatenista garantiu o título in-dividual e de pares (com o apoio da atleta Raquel Varejão, do CTM Mirandela) e em pares mistos, com Miguel Cunha, conquistou a meda-lha de bronze.

Para Pedro Oliveira, treinador

da atleta gondomarense, a conquis-ta tem “grande significado” para o clube e corresponde aos objetivos traçados no início da época. No próximo ano, Raquel Martins vai manter-se no escalão de cadetes do ténis de mesa da Ala de Gondomar. De acordo com o técnico, a atleta vai “apontar aos mesmos objetivos e procurar melhorar o 3.º lugar conquistado na categoria de pares mistos”.

Já na 1ª Divisão Regional de Sé-niores Masculinos, a Ala foi cam-peã e garantiu a disputa pela subi-da da equipa de ténis de mesa à 2ª Divisão Nacional, que vai disputar--se a 20 e 21 de junho, em Viseu. “Queremos subir de divisão porque seria positivo aumentar o nível de dificuldade para os atletas”, disse Mária Nogueira, treinador da equi-pa, ao Vivacidade.

Riotintense Pedro Ferreira, da Casa do Benfica de Pa-redes, poderá representar Portugal no Mundial da Co-lômbia

Carlos Tavares treina, já há alguns anos, em Rio Tinto, ver-dadeiros campeões do atletismo. André Pereira é um dos exem-plos mais recentes do trabalho do treinador riotintense mas as atenções focam-se agora em Pe-dro Ferreira, também de Rio Tin-to, que recentemente atingiu os mínimos para competir no Cam-peonato Mundial de Juvenis, na Colômbia. O treino, quase diário, é feito no concelho de Gondo-mar mas é pela Casa do Benfica de Paredes que Pedro Ferreira compete. “É um feito gratifican-te. Mais uma vez vejo o meu tra-balho a ser reconhecido e dá-me força para continuar. No entanto, o trabalho é do atleta e ele é que merece ser reconhecido porque vê compensado alguns anos de sacrifício”, explica o treinador Carlos Tavares. A participação no mundial ainda não está ga-rantida, já que a Federação impôs um limite de quatro atletas a re-presentar Portugal na Colômbia. “Neste momento o Pedro atingiu

os mínimos mas ainda estamos à espera da convocatória da Fede-ração de Atletismo, só aí é que te-mos a certeza absoluta se o Pedro vai representar Portugal”, afirma. Para além da prova colombiana, Pedro Ferreira parte para a Chi-na, em representação de Portugal no desporto escolar, no dia 26 de junho.

Infantis da Casa FCP de Rio Tinto foram campeões de série da 2ª Divisão

Apesar da derrota contra a Associação Solidariedade Social Amanhã da Criança, na final da 2ª Divisão de futsal da Associa-ção de Futebol do Porto (AFP), o escalão de Infantis (sub-13) da Casa FC Porto de Rio Tinto ga-rantiu, no final de maio, a con-quista da Série 2 da competição. O Vivacidade noticiou na edição de maio o feito alcançado pelo conjunto riotintense. Na altura, José Carlos Rocha, presidente do clube, realçou o “significado es-pecial” do título de formação.

Diogo Matias e João Pinto, do FIDES Gondobasket, são campeões distritais

A modalidade do basquetebol também está bem representada em Gondomar. Integrados na seleção distrital, Diogo Matias e João Pin-to foram campeões no Distrito do Porto, uma vitória que também soube bem ao clube gondomaren-se. “Esta é uma vitória individual dos atletas mas também do clube. Somos o clube com maior repre-sentatividade do concelho de Gon-domar e para nós é muito impor-tante ter estas conquistas”, disse ao Vivacidade, o coordenador técni-co do FIDES Gondobasket, Luís Gonçalves. Segundo o treinador, os dois atletas têm vindo a evoluir muito. “O João Pinto é um atleta que se entrega de corpo e alma ao basquetebol e o Diogo, apesar de ter começado mais tarde, vai ser um atleta de grande nível”, refere o técnico. De resto o clube vai tam-bém agora disputar a final four em Guifões, nos escalões masculinos de sub-14, sub-16 e sub-18 e sub-14, sub-16 e sub-19 femininos. “Era nossa expectativa chegar a esta fase bem representados. Para nós é mui-to gratificante estar representados”, conclui Luís Gonçalves.

Marco Vigário elogia cam-peões distritais nos sub-20 do Pinheirense

“Este era um objetivo do clube, ser campeão distrital e ir à final--four da taça nacional. Ficamos apurados para disputar a taça du-rante os dias 26, 27 e 28 de junho, em Ponte de Sor. No próximo ano vamos disputar o campeonato na-cional de sub-20, é a segunda vez que se realiza essa competição e já estamos inseridos”, explica ao Vi-vacidade, o presidente do Futebol Clube Unidos Pinheirense, Marco Vigário. “Temos uma boa equipa com dois internacionais portu-gueses que vão continuar no nosso plantel no próximo ano. Temos es-perança de trazer a taça para casa”, acrescenta ainda o dirigente.

Estes são os campeões de GondomarA época desportiva aproxima-se da fase final e é tempo de apresentar os campeões de Gondomar, nas diversas modalidades. A con-quista de títulos distritais, regionais e nacionais premiaram o trabalho diário, esforço e dedicação dos atletas gondomarenses. Ao Vivacidade, os campeões e dirigentes desportivos explicam o segredo para o sucesso e apontam objetivos para a próxima época.

Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

> Equipa campeã da 1ª Divisão Regional de Séniores Masculinos da Ala de Gondomar > Carlos Tavares e Pedro Ferreira, da Casa de Paredes do SL Benfica

> Raquel Martins conquistou duas medalhas de ouro para a Ala > Diogo Matias e João Pinto, atletas premiados do FIDES Gondobasket

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25VIVACIDADE JUNHO 2015

Destaque

Gondomar Cultural sa-grou-se campeão regional de polo aquático

As equipas sub-15 e sub-17 de polo aquático do Gondomar Cultural sagraram-se campeãs regionais. José Santos, presiden-te da direção, realça a satisfação garantida pelo título regional e promete “continuar a desenvol-ver o trabalho feito na modali-dade”.

No campeonato nacional fe-minino de polo aquático o Gon-domar Cultural ficou classifica-do em 2.º lugar. Nas restantes modalidade da associação, des-tacam-se o percurso da equipa de andebol no campeonato INA-TEL, vencedor da zona norte, e voleibol feminino, 2.º classifica-do na 3ª Divisão.

Gondomarense Lucinda Sousa foi a melhor atleta nacional no Campeonato do Mundo de Trail Run-ning

A atleta do Gondomar Fut-sal Clube, Lucinda Sousa, foi a melhor atleta nacional no Cam-peonato do Mundo de Trail Run-ning, terminando a prova The

Lake Annecy MaXi Race Trail Run, em França, na 30.ª posição.

A gondomarense sofreu uma queda na partida, que provocou uma lesão na rótula, limitando a atleta durante toda a prova, especialmente nas descidas. Ao Vivacidade, Lucinda Sousa ad-mite que não desistiu apesar das dificuldades após a queda. “A prova correu muito bem, dentro dos possíveis. A lesão da rótula foi logo no arranque – nos pri-meiros 30 metros – e a partir daí as subidas foram-se fazendo e as descidas com muita dificuldade.

A chegada à meta foi difícil”, ex-plica.

A atleta ficou contente com o resultado obtido apesar de con-siderar que poderia ter ido mais longe, caso não tivesse lesiona-doa rótula. “Tentei gerir a prova dentro do possível mas na fase final fui ultrapassada. A classi-ficação poderia ter sido muito melhor”, admite a gondomaren-se. “O próximo passo agora é recuperar da lesão e lutar para ir à prova do Monte Branco, em agosto”, acrescenta Lucinda Sou-sa.

Juvenis do Gondomar SC sagraram-se campeões dis-tritais

A equipa de juvenis do Gon-domar Sport Clube sagrou-se campeã distrital de futebol. Ao Vivacidade, Álvaro Cerqueira explica a importância da con-quista. “A vitória vem de encon-tro aos nossos objetivos. Houve um grande empenho da secção de formação e conseguimos que a equipa subisse à 1ª divisão. Para o clube, ter todos os esca-lões a competir a nível nacional revela grande exigência e é moti-vo de orgulho”, refere o presiden-te do clube.

Juvenis da Juventude Des-portiva de Gondomar con-quistam título distrital e sobem à 1ª divisão

“Ao longo dos 10 anos da sua vida, a Juventude Desportiva de Gondomar (JDG) foi-se consoli-dando nos diferentes escalões e des-de os mais pequeninos até aos Vete-ranos, é hoje uma das equipas com maior número de atletas em ativida-de no futsal da AFPorto”, lembra o presidente do clube, Carlos Alberto. O escalão dos juvenis da JDG sobem à primeira divisão, após a conquista do título distrital na segunda divi-são. O clube está de parabéns, até porque celebra este ano dez anos de vida. “No mesmo momento em que a JDG celebra o seu 10º aniversário e tendo sempre como lema principal o enfoque na formação de futsal, a sua equipa de Juvenis acaba de con-quistar o título Distrital da 2ª Divi-são (consequente subida à 1ª divi-são), numa época em que terminou com um único empate em todos os jogos realizados”, refere, com orgu-lho, o presidente da Juventude.

Atletas do Luz e Vida trouxe-ram medalhas para “casa”

No clube de atletismo Luz e Vida Gondomarense, os atletas Henrique Neves e Sara Moreira sagraram-se campeões regionais de 1000 me-tros no Torneio Olímpico Jovem Nacional, pela Seleção Regional do Porto. O clube também conta com três campeões regionais individuais. Para David Fernandes, presidente e treinador do clube gondomarense, as conquistas “trazem boas perspeti-vas para o Luz e Vida” e demonstram a evolução dos atletas. Também três outras atletas do clube foram cam-peãs regionais de 4x60 metros, a 13 de junho, no escalão benjamins. n

> Equipa de sub-15 do Gondomar Cultural

> Equipa de sub-17 do Gondomar Cultural

> Equipa de juvenis do Gondomar SC

> Equipa de juvenis da Juventude Desportiva de Gondomar

> Henrique Neves e Sara Moreira, campeões regionais do Luz e Vida > Campeãs regionais do escalão benjamins

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Cultura

VIVACIDADE JUNHO 2015

Mais um ano, mais um festival. Foi fácil pre-parar o Gasómetro deste ano?

Contrariamente ao que se seria expectá-vel, até porque nos últimos dois anos surgi-ram grandes dificuldades que puseram em causa a sua realização, para este ano as coisas correram muito bem e nunca se pôs em causa a sua não realização. Prova disso é o contrato com o grupo UHF que foi feito no início do ano.

Por falar em UHF, está à espera de uma maior afluência de público para esta edição?

De facto, os UHF assumem-se claramen-te como a principal referência do Gasómetro. Se o tempo nos ajudar - note-se que nos últi-mos anos a chuva tem sido nota dominante - durante os três dias do Gasómetro poderão passar pelo recinto cerca de 20 mil pessoas.

Que novidades traz esta edição do Ga-sómetro?

Para além dos UHF, é impor-tante referir o concerto de aber-tura. Não é surpresa para nin-guém que a abertura do festival assume-se como uma verdadeira referência cultural, com concertos únicos, únicos pela quali-dade e únicos porque muitas vezes só temos oportunidade de os ver neste dia e, este ano não

foge à regra. Os elementos do principal grupo da noite, que já não atuam juntos há cerca de 40 anos, juntaram-se propositadamente para esta atuação. Vai ser uma noite excelente de grandes recordações com certeza. A ocu-pação do espaço andará muito próxima dos anos anteriores, com ligeiras alterações, prin-cipalmente na parte dedicada ao Artesanato.

A Associação Estrelas de Silveirinhos assu-me uma vez mais a organização deste even-to. Considera que o Gasómetro já é reco-nhecido noutros municípios?

Não tenho dúvidas de que o Gasómetro é o evento mais conhecido quer em Gondomar quer nos concelhos limítrofes. É para mim e para a equipa que me acompanha um enorme orgulho organizar o Gasómetro.

Qual o orçamento e com que apoios contam para esta edição?

O orçamento para este ano rondará os 18 mil euros e para este ano contamos com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar,

IPDJ, Junta da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova e

comércio e indústria local. Des-conhecemos ainda os valores envolvidos por parte das enti-dades. Esperamos sinceramen-te receber valores que possam

ir de encontro à impor-tância do evento e

àquilo que ele re-presenta para

a freguesia e para o con-

celho. n

“Não tenho dúvidas queo Gasómetro é o eventomais conhecido quer emGondomar quer nosconcelhos limítrofes”Com o Gasómetro 2015 à porta [entre 10 e 12 de julho], o Vi-vacidade entrevistou o presidente da entidade organizadora, a Associação Social Estrelas de Silveirinhos. João Martins espera receber 20 mil pessoas no festival que, este ano, conta com a banda UHF como cabeça de cartaz.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Cultura

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A obra “Um Grito Rompe o Silêncio”, de 1981, do investigador Serafim Gesta foi reeditada e lança-da pela União de Freguesias de Fân-zeres e São Pedro da Cova, numa iniciativa inserida na comemoração dos 40 anos do processo revolucio-nário mineiro da freguesia.

O livro conta inúmeros rela-tos de vida de homens e mulheres que trabalham nas antigas minas de carvão de São Pedro da Cova, recolhidos pelo autor junto dos ex--mineiros. “Neste livro há relatos de casos de fome, de desespero, de mutilação para descansos forçados

e de atos sórdidos dos capatazes que sujeitavam as mulheres mineiras a prostituírem-se”, explicou o autor do livro durante a apresentação.

A iniciativa contou com a pre-sença de Silvestre Lacerda, diretor do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e amigo do autor, apresen-tou a reedição da obra e realçou a “necessidade de conhecimento” de Serafim Gesta. “O título dá voz os que não a têm e aos que têm difi-culdades em registar por escrito os seus testemunhos dos trabalhos realizados nas minas”, disse o arqui-vista.

Já Daniel Vieira, presidente da União de Freguesias de São Pedro da Cova, destacou a “importância do conhecimento” e o contribu-to prestado pelo autor à freguesia. “Com a reedição deste livro procu-ramos dar a conhecer a vida dura e por vezes cruel dos mineiros”, refe-

riu o autarca. Após o lançamento da reedição

do livro que reúne 130 depoimen-tos de homens e mulheres “Mazola” deixou ainda um pedido à plateia: “Não quero que me falem mais das minas, estou cheio das minas”.

No final, Serafim Gesta sur-

preendeu Daniel Vieira com a en-trega de uma réplica da medalha de Mérito Industrial de Serafim Mo-reira – avô do autor – entregue em 1932, pelo presidente da Repúbli-ca Óscar Carmona. A medalha foi cedida pela neta do autor, Raquel Gesta. n

“Um Grito Rompe o Silêncio” reeditado pela UF de Fânzeres e S. Pedro da CovaO livro “Um Grito Rompe o Silêncio” de Serafim Gesta “Mazola” foi reeditado e lançado pela União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, a 12 de junho, no auditório da Junta de São Pedro da Cova.

O espetáculo “Foral de Gon-domar”, apresentado pelo Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas de Valbom, a 4 de junho, perante uma Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar lotada, foi o ponto de partida para o cer-tame internacional de marione-tas que percorreu o concelho até 7 de junho.

Na inaugu-ração, Luís Filipe Araújo, vice-presidente e vereador da Cultura do Muni-cípio, destacou o “momento de cul-tura ao mais alto nível” dos espetá-culos agendados para a 1ª edição do EI – Encontro Internacional de

Marionetas. “O teatro de marione-tas encontra-se a meio

caminho entre o real e o sonho e a nossa expectativa é que pos-samos sonhar”, disse

o autarca no discurso

inaugural.Seguiram-se

três dias recheados de espetáculos para be-

bés, crianças, jovens e adultos, que

despertaram a curiosidade de mi-lhares de pessoas.

“Tivemos uma excelente adesão do público nos espetáculos de rua e de sala. As companhias que nos vi-sitaram saíram de Gondomar com uma imagem muito positiva deste primeiro Encontro de Marionetas”, realça Clara Ribeiro, porta-voz do Teatro e Marionetas de Mandrá-gora, associação organizadora do evento em parceria com a Câmara de Gondomar.

Quanto ao futuro, a represen-tante das Marionetas de Mandrá-gora reforça a aposta no “cresci-mento e diversificação” do número de convidados e a necessidade de “trazer companhias distintas com propostas diferentes”.

No horizonte está já a próxi-ma edição do EI!!!. Ao Vivacidade, Clara Ribeiro aponta a divulgação do evento como um dos aspetos a corrigir no próximo ano de forma a “cativar o público dos concelhos

envolventes do Grande Porto”.A 1ª edição do Encontro In-

ternacional de Marionetas contou com um investimento superior a 6000 euros por parte do Município gondomarense. n

Cerca de 1500 pessoas assistiramao Encontro Internacional de MarionetasA 1ª edição do EI!!! – Encontro Internacional de Marionetas juntou cerca de 1500 pessoas entre os dias 4 a 7 de junho, em vários pontos do concelho. Ao Vivacidade a organização faz um balanço “muito positivo” e promete regressar no próximo ano.

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> A 1ª edição do livro foi lançada em 1981 > Após a apresentação Serafim Gesta autografou alguns exemplares da obra

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30 VIVACIDADE JUNHO 2015

Política

“Há um sentimento claro de que os médicos deste posto de saú-de têm uma saúde duvidosa”, referiu José Andrade, presidente da União das Freguesias de Melres e Medas, na reunião pública camarária que decorreu a 9 de junho no edifício de Medas. “Em boa verdade, já há alguns anos que o posto de saúde de Medas tem sido delapidado no número de utentes. Já chegamos a ter mais de 4000 utentes e, de um momento para o outro, com a ges-tão danosa do Ministério da Saúde e dos seus representantes locais, os médicos foram sendo transferidos para as Unidades de Saúde de Foz do Sousa e de Melres e os utentes

foram migrando, numa intenção clara de acabar com o modelo de posto de saúde em detrimento das Unidades de Saúde Familiar (USF)”, acrescenta o autarca.

José Andrade explicou ao Viva-cidade, à margem da reunião cama-rária, que não tem “nada contra as USF” mas não compreende o por-quê da freguesia “ter ficado em Me-das com dois médicos que têm uma qualidade de saúde duvidosa.” “Não compreendo como os médicos con-seguem estar constantemente doen-tes, com doenças de foro duvidoso. Não tenho competência técnica para avaliar as competências dos médicos, baseio-me nas declara-

ções dos utentes. Já expusemos esta questão e pedimos a substituição dos médicos em questão ou um re-forço do posto médico porque que-remos evitar o seu encerramento. No entanto, já percebemos que há aqui uma intenção deliberada do Ministério de encerrar o posto de saúde”, adiciona o presidente.

Da parte do Ministério, o au-tarca afirma que as respostas que lhe foram dadas indicam “que o modelo legal existente não permite aos responsáveis agir.” “Isto não traz satisfação à população. É estranho ir a uma consulta e perceber que o médico está pior que o doente”, la-menta José Andrade. n

Posto Médico das Medascom “saúde duvidosa”,aponta Junta de Freguesia A União das Freguesias de Melres e Medas está preocupada com o futuro do Posto Médico das Medas. O presidente, José Andrade, aponta, ao Vivacidade, algumas falhas na gestão da saúde na freguesia e diz não compreender algumas “doenças de foro duvidoso” apresentadas pelos profissionais de saúde do posto.

O Plano Diretor Municipal deve ser um arquétipo do bem-público e, por isso, precisamos de aceitar como premissa a sua vocação eminente-mente política. Trata-se, pois, de um documento estratégico de uso comum, de organização, situação e associação da sociedade no espaço. O conhecimento necessário é a ex-periência de habitar o território e, nesse sentido, todos temos os recur-sos suficientes para aprofundarmos e debatermos a proposta. Não há nem especialistas nem debates de natureza especificamente técnica, científica ou disciplinar. Neste tex-to, procuro, empiricamente, alertar para alguns riscos potenciais e con-tribuir para um processo crítico de construção colectiva.

Os pressupostos do plano, produzidos há mais de nove anos (2006), sofrem de uma desatualiza-ção crónica que fere de credibilida-de todo o documento. Referem-se à IC29 como uma via que termina num nó provisório com a estrada D. Miguel e que tem previsto outro em Gens quando, como sabemos, todo o traçado está já concluído há mais de quatro anos. Também a informa-ção estatística integrada é anterior a 2011, ignorando os censos mais recentes e as significativas alterações de tendência. Aponta, ainda, o ano horizonte do PDM para 2015, quan-do, afinal, ainda nem está, sequer, aprovado.

Sendo certo que estes erros não se refletem diretamente nas peças desenhadas e regulamento, eles manifestam uma frágil definição paradigmática sobre a qual assenta o próprio Plano. Mais do que lapsus linguae ou anacronismos retóricos, preocupa-me a desconsideração das profundas transformações nas dinâ-micas sociais e territoriais que, des-de 2007, a crise tem acelerado.

Por outro lado, regular num contexto hiperprodutivo e exceden-tário não pode ser igual a regular num contexto de retração. É certo que alguns progressos foram alcan-çados. Porém, variando somente a

proporção, o princípio subjacente persiste: a utopia das novas centra-lidades, corredores verdes e zonas industriais para os terrain vague que permanecem na expectativa do “mercado libertador”, quando todos reconheceram há muito que os dis-positivos neomodernos do planea-mento, como o zoning, falharam estrondosamente.

O calendário que visa a apro-vação do PDM também nos deve preocupar. Ele é pressionado pela entrada em vigor da nova legislação que muito brevemente obrigaria o longo processo de revisão a voltar ao início. É compreensível a vonta-de de não desperdiçar o trabalho já realizado. Porém, o novo plano de ação do Programa Nacional de Po-lítica de Ordenamento do Território (PNPOT) e as novas leis, mais do que um novo código burocrático, correspondem à incorporação de uma revisão crítica e de novos pro-cedimentos. Estamos numa espécie de “dobra histórica” e nesta cronolo-gia, como noutras, Gondomar ficará do lado de trás.

Os planos e o planeamento não têm valor intrínseco; isto é, apesar de haver uma certa mitologia em torno dos conceitos, um território planea-do não é necessariamente melhor do que um território não planeado. A discussão pública atribui qualida-de do plano – essa sim, uma questão essencial – e os 30 dias mínimos que a lei prevê para que qualquer muni-cípio discuta um PDM são, no caso do 12º mais populoso, objectiva-mente insuficientes.

As contradições e o anacronis-mo desta proposta são uma espé-cie de projeção contemporânea de alguns erros dos anos 90. Um 90s Redux, como lhe chamamos, que ainda que aperfeiçoado, está longe de corresponder às expectativas e urgências do nosso tempo. A pro-posta do PDM será, previsivelmen-te, aprovada. Mas o bom governo teria de determinar que o dia 1 do Plano seria, também, o dia 1 da sua própria revisão. n

90s Redux – Riscos potenciaisdo novo PDM de Gondomar

OpiniãoPedro Bragança

Arquiteto e Investigador.Faculdade de Arquiteturada Universidade do Porto

A aprovação formaliza o projeto técnico já apresentado à Área Metropolitano do Porto e aprovado pelo Conselho Me-tropolitano do Porto. O projeto expressa as vantagens da promo-ção da “utilização sustentável do território através das suas poten-cialidades naturais nas serras de Santa Justa, Pias e Castiçais, área que está incluída na Rede Natura 2000 (partilhada pelos três mu-nicípios), mas também nas serras das Flores, Santa iria e Banjas”.

“Hoje estava em causa o acor-do de colaboração e as obriga-ções de cada autarquia (Valongo,

Gondomar e Paredes) para for-malizarem aquilo que se com-prometem fazer, para iniciarem as candidaturas aos projetos que vão integrar o Pulmão Verde”, explica Marco Martins, presiden-te do Município de Gondomar, à margem da reunião. “Temos no-ção que este projeto vai demorar vários anos a ser construído mas achamos que no próximo ano já poderão haver movimentações no terreno para implementação de trilhos e sinalética. Há um plano de ação para cada conce-lho e o objetivo é avançar homo-geneamente nos três municípios.

O processo de implementação do Pulmão Verde poderá demorar entre oito ou dez anos”, revela o autarca.

Marco Martins afirma ainda que “no PDM que está em revi-são já está também prevista uma área de parque e outra de pré--parque, ou seja, vão existir áreas que limitam a construção”.

Questionado sobre a possi-bilidade de incluir no projeto o Complexo Mineiro de S. Pedro da Cova, Marco Martins assegu-ra: “A área geográfica que corres-ponde ao Complexo Mineiro está devidamente salvaguardada.” n

Pulmão Verde aprovadopor unanimidadeem reunião camaráriaA Câmara Municipal de Gondomar aprovou a 9 de junho, por unanimidade, uma proposta de acordo de colaboração a estabelecer entre os Municípios de Gondomar, Paredes e Valongo, no âmbito da implementação do “Projeto Pulmão Verde… Uma Paisagem Comum. Um Projeto Conjunto” que poderá ter “movimentações no terreno” já em 2016.

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Política

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A segunda fase do programa “+ Habi-tação” – um dos quatro vetores do “Social

+”, que dispõe de apoios nas áreas de habi-tação, alimentação e saúde, bem como um fundo de emergência – está agora aberta aos interessados, contudo exclui os bene-ficiados num semestre anterior, que não deverão candidatar-se no seguinte.

O apoio do Município às famílias tem a duração de meio ano e privilegia a privaci-dade dos candidatos, sendo salvaguardada a identidade dos mesmos.

Segundo a autarquia, até ao final de agosto devem ser conhecidos os resultados das candidaturas agora abertas que vão prolongar-se ao até 30 de junho.

A documentação oficial para a inscri-ção no programa “+ Habitação” está dis-ponível no site da Câmara Municipal de Gondomar. n

Candidaturas ao + Habitação abertas até ao final de junhoO período de entrega de candidaturas ao eixo “+ Habitação”, no âmbito do programa Social +, abriu a 1 de junho e prolonga--se até ao final do mês. O programa da autarquia visa atribuir um apoio mensal para pagamento de renda da casa ou crédito à habitação.

Em causa está a expropriação de um terreno efetuada pela Câmara Municipal de Gondomar em 2006. Na altura, a autarquia indemnizou os proprietários em um milhão de euros, mas estes nunca aceitaram o valor, contrapondo lucros cessantes e danos emer-gentes, confirmados em peritagem judicial não contestada pela autarquia, de que pre-tendem ser ressarcidos, além de uma repa-ração financeira pelo próprio ato.

No acordo agora alcançado fica estabe-

lecido o pagamento de mais um milhão de euros, de forma faseada e num período de um ano. A proposta mereceu a aprovação do Município, com a abstenção dos verea-dores do PSD e da CDU.

Segundo o Gabinete de Informação e Comunicação da autarquia, o acordo vai possibilitar uma poupança de cerca de 2,5 milhões de euros face á petição inicial do processo.

Município avança com delimitação administrativa

Na mesma reunião, a Câmara Municipal aprovou também, com a abstenção dos três vereadores do PSD, o início do processo de delimitação administrativa relativo às fre-guesias de Águas Santas, concelho da Maia, e de Rio Tinto, Gondomar. O processo tran-sita assim para a Assembleia Municipal. n

Câmara evita nova sentença de 4,5 milhões de eurosA Câmara Municipal de Gondomar aprovou, a 27 de maio, a celebração de um acordo que evitou nova sentença condenató-ria no valor de 4,5 milhões de euros para o Município.

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Política

“A forma como o presidente da Câmara lançou a discussão pública – sonegando ao Executivo munici-pal o conhecimento prévio da do-cumentação que instrui o dossier e sem esperar pelo parecer final da Comissão de Acompanhamento – é o corolário da falta de transpa-rência de um documento que vai condicionar o desenvolvimento do concelho nas próximas décadas”, começa por referir o comunicado da CDU de Gondomar, enviado às redações. Na opinião do partido, o prazo de discussão pública do PDM não deveria ser apenas o mí-nimo legal [30 dias] e “a proposta em discussão não consegue esta-belecer um Plano Estratégico de Desenvolvimento do concelho a

médio prazo, apoiando-se apenas num conjunto de medidas disper-sas e desconexas de uma estratégia que permita o desenvolvimento sustentável do território gondo-marense e das suas gentes”.

De resto, uma das críticas apre-sentadas baseia-se no “aumento do solo urbano em territórios já den-samente artificializados como é o caso de Baguim do Monte, Fânze-res, Rio Tinto, S. Cosme e Valbom, que aumentará a pressão sobre a rede viária que serve as freguesias urbanas – já saturada – sem que estejam previstas alternativas ro-doviárias ou a criação de uma rede de transportes públicos eficiente.” Outro dos pontos refere que a revi-são “não identifica polos de desen-

volvimento turístico distribuídos coerentemente pelo território mu-nicipal, nem áreas de intervenção ao nível do urbanismo comercial e de serviços” e que “lamentavel-mente, a proposta que se encontra em discussão não dá resposta à desqualificação dos espaços urba-nos, à falta de espaços verdes pú-blicos com dimensão adequada, ao desordenamento industrial, ao atrofiamento e descontinuidade dos sistemas e corredores ecológi-cos e à baixa cobertura territorial da rede viária estruturante, que caracterizam o ‘Baixo Concelho’, nem apresenta soluções para as deficientes acessibilidades, falta de infra-estruturas básicas, dificul-dades no acesso a equipamentos

e serviços e debilidade do tecido empresarial do chamado ‘Alto Concelho’”.

Em suma, a CDU de Gon-domar avalia a revisão do PDM como “demasiado vaga, carecendo de maior detalhe quanto aos ob-jetivos, prioridades e fontes de fi-nanciamento das ações propostas”.

PDM devia estar aberto a discussão pública há mais tempo, afirma vereador Joaquim Barbosa

Ao Vivacidade, o vereador da CDU, Joaquim Barbosa, considera que “o PDM devia estar aberto a discussão pública há mais tempo”. “Votamos contra a ratificação do despacho. Legalmente o presiden-

te pode fazer como fez mas acha-mos que independentemente da questão legal – o PDM tem que ser aprovado até 29 de junho, senão tem que ser feito sobre a legisla-ção mais recente e tem que voltar a uma fase inicial - temos dúvidas. Aceitamos a questão de urgência mas achamos que nada impedia a colocação à discussão. Na Lomba o presidente viu-se confrontado com algumas situações polémicas. Isto devia ter sido resolvido antes e a proposta da Câmara já devia ter incluído a opinião dos habi-tantes das freguesias”, comenta o vereador. “Nós pedimos algumas informações sobre o PDM e não as tivemos”, lamenta Joaquim Bar-bosa. n

CDU critica revisão do PDM que “impede o desenvolvimento sustentável do concelho”No âmbito da discussão pública da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Gondomar, a CDU tomou uma posição sobre os documentos criticando, em dez pontos, a autarquia por continuar a incluir, nesta matéria, “um ambiente de grande secretismo”.

Em causa está o impedimen-to da eleição de órgãos sociais da Metro do Porto e a aprovação do orçamento da empresa de trans-porte metropolitano para 2015. Segundo Marco Martins, o Estado revelou “mais uma vez” desres-peito pelo Conselho Metropolita-no do Porto. Para o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, o Estado bloqueou a assembleia-

-geral da Metro do Porto, a 26 de maio, na qual foram aprovadas as contas de 2014 – ano em que a empresa registou um prejuízo de 400 milhões de euros e um novo recorde anual no número de clientes transportados – porque “não permitiu a aprovação do pla-no de atividades e orçamento para 2015 e a eleição de novos órgãos sociais”. n

Marco Martins acusa Estado de “desrespeito” O presidente da Câmara de Gondomar acusou o Estado de não respeitar os autarcas da Área Metropolitana do Porto.

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Desporto

“Uma equipa destroçada”. Foi desta forma que Pedro Ferreira, presidente e treinador do Gens Sport Clube, classificou o rescal-do do último jogo da Divisão Eli-te Pro-nacional que sentenciou o

clube gondomarense à descida de divisão, após uma derrota “casei-ra” por 4-1.

O desfecho do campeonato levou mesmo o dirigente do Gens a pedir a demissão depois de um

conjunto de maus resultados que ditaram o afastamento da prin-cipal competição da AFP. “Após o jogo decidi apresentar a minha demissão. Estão já agendadas elei-ções para o dia 30 de junho e espe-ramos que haja uma lista para dar continuidade ao trabalho desen-volvido no clube”, afirmou Pedro Ferreira em entrevista ao Vivaci-dade.

Para o técnico principal, as condições atípicas desta época “prejudicaram a equipa” que até aqui treinava no campo pelado do Zebreirense, depois do início das obras de instalação do relvado sin-tético no campo do Gens. “Tive-mos que andar sempre com a casa às costas e isso acabou por pre-judicar-nos. Além disso, tivemos

algumas lesões mal tratadas mas assumo a minha responsabilidade e quero pedir desculpa aos adep-tos. Agora temos que tirar ilações do que correu mal para corrigir no futuro”, referiu Pedro Ferreira.

Na próxima época o Gens vai disputar a Liga de Honra da AFP.

SC Rio Tinto em 3.º lugar após empate com o Rebor-dosa

O SC Rio Tinto não foi além de um empate a uma bola na vi-sita ao terreno do Rebordosa. Ainda assim, a equipa riotintense garantiu o 3.º lugar da Divisão Eli-te Pro-nacional com um impres-sionante registo de 20 vitórias em 38 jornadas. A possibilidade de subida de divisão foi alimentada

até ao último minuto mas caiu por terra após vitória do Varzim B por 2-0 contra o Valadares Gaia. Na próxima época o SC Rio Tin-to volta a disputar a Divisão Elite Pro-nacional.

S. Pedro da Cova garantiu manutenção na última jor-nada

Em S. Pedro da Cova, o Es-tádio do Laranjal esgotou para assistir ao último jogo da época 2014/2015, contra o Aliados Lor-delo. A equipa mineira agarrou--se à última oportunidade para garantir a manutenção e derrotou o conjunto lordelense por 2-1. O resultado levou o público ao delí-rio com festa nas bancadas até ao fim do jogo. n

Gens protagonizou surpresacom descida de divisão na última jornadaNa última jornada da Divisão Elite Pro-nacional o Gens foi derrotado pelo Aliança de Gandra por 4-1 e ficou condenado à des-cida de divisão. O afastamento da principal divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP) levou o técnico/presidente Pedro Ferreira a pedir a demissão.

“Aceitamos o desafio dos atletas e aumentamos o traçado da prova para 21 quilómetros”, começou por dizer Carlos Ferreira, porta-voz da organização da D’Ouro Run, à mar-gem do lançamento da 2ª edição do maior evento desportivo do conce-lho.

Este ano a principal novidade é a inclusão da meia maratona, alte-ração muito solicitada pelos atletas que participaram na primeira edi-

ção do evento. Segundo Marco Martins, pre-

sidente da Câmara Municipal de Gondomar, a prova reúne as con-dições necessárias para tornar-se uma “referência em Gondomar e no Norte do País” e serve de “promo-ção turística e desportiva” do conce-lho ao longo do traçado da Estrada Nacional 108.

O autarca não deixou de su-blinhar a necessidade de “ampliar

o sucesso” da 1ª edição que reuniu milhares de atletas na marginal do Douro. Marco Martins destacou também a iniciativa de reflorestação posterior à prova que permitiu plan-tar 3500 árvores em Covelo e na Foz do Sousa, que deseja ver alargada a outras zonas do Município.

Já Bernardino Alves, presiden-te da Associação de Atletismo do Porto (AAP), marcou presença na apresentação da II D’Ouro Run e

destacou igualmente o apoio da Câmara Municipal de Gondomar à realização da prova. “Queremos que a prova mantenha este selo de quali-dade”, reforçou o dirigente da AAP.

Albano Carneiro, do Centro Re-gional de Excelência (CRE) Porto, Aníbal Lira, presidente da Assem-bleia Municipal de Gondomar, San-dra Brandão, vereadora do Despor-to do Município, e António Ferreira, representante da ex-atleta olímpica

Rosa Mota, embaixadora da prova gondomarense, também marca-ram presença na apresentação da II D’Ouro Run.

Recorde-se que a D’Ouro Run é organizada pela EventSport e pelo Município de Gondomar. A prova de atletismo conta com três catego-rias em competição: meia maratona, de 21 quilómetros, mini maratona, de 10 quilómetros, e caminhada, de cinco quilómetros. n

D’Ouro Run quer ser prova de “referência” no Norte do PaísA II D’Ouro Run foi oficialmente apresentada a 9 de junho, junto à Casa Branca de Gramido. O maior evento desportivo de Gon-domar está marcado para 28 de junho e vai estrear este ano a meia maratona de 21 quilómetros.

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Gondomar foi a localidade escolhida para receber, este ano, o Campeonato Nacional de Dar-dos Eletrónicos, organizado pela Associação Nacional de Dardos

(AND), edição que substituiu a de Lisboa, dinamizada em 2014.

Júlio Costa, da organização, destacou ao Vivacidade as con-dições “excelentes” que encon-trou em Gondomar para o evento desportivo. “Este ano decidimos apostar na região do Porto e Gon-domar foi escolhido porque ofe-rece excelentes condições no

Multiusos. Houve também uma grande recetividade por parte do Município para acolher o nosso evento”, referiu.

A prova é organizada qua-se sempre em sistema rotativo e o concelho foi o eleito deste ano. “Por norma apostamos neste sis-tema mas ficamos limitados a al-

gumas zonas porque temos algu-mas obrigações a cumprir. Temos aqui 600 jogadores e temos que garantir-lhes logística hoteleira. Gondomar não tem essa logística mas tem todas as outras condições necessárias para a realização des-te evento”, explicou o responsável da Associação Nacional de Dar-dos. Júlio Costa acrescentou que

“é preciso paixão e dedicação para competir neste campeonato”, com atletas de todos os pontos do país. “Neste momento temos os melho-res atletas a nível nacional, que es-tão em competição desde janeiro para se apurarem para o campeo-nato nacional”, indicou.

Foram 600 os dardistas que es-tiveram em competição individual e coletiva. O Clube de Setas Fraga-ta foi o vencedor no nível um, na competição por equipas. Já no ní-vel dois, o Rumos Bar, do Fundão, ficou também em primeiro lugar. O lugar cimeiro para o nível três fi-cou para a equipa Bobos da Corte.

Gondomar poderá acolher Campeonato Europeu

O objetivo de AND para o pró-ximo ano é trazer para Portugal o Campeonato Europeu de Dardos Eletrónicos, que este ano se reali-za em Espanha. Gondomar apa-rece como possibilidade, garante a organização. “No próximo ano queremos trazer o Campeonato Europeu a Portugal, que requer uma grande logística e traz cerca de 3000 atletas ao país. O Cam-peonato Europeu pode passar por Gondomar, vamos estudar essa hi-pótese”, explicou a organização. n

Campeonato Nacional de Dardos Eletrónicos trouxe 600 jogadores ao Multiusos A Associação Nacional de Dardos juntou, a 13 e 14 de junho, 600 pessoas a competir no Campeonato Nacional de Dardos Eletrónicos. A Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar recebeu as competições individuais no sábado e as competições por equipa no domingo.

As companhias aéreas são responsáveis pelo extravio, atra-so, destruição das bagagens que transportam. O passageiro deve apresentar uma reclamação escrita à transportadora para efeitos de indemnização ou ain-da para que lhe adiantem uma quantia destinada a cobrir os gastos necessários à compra de roupas e outros artigos, no caso do atraso da bagagem. Nesta si-tuação, é aconselhável guardar todos os recibos das despesas que efetuar. Há prazos - limi-te para as reclamações: Atrasos - 21 dias a contar da data da

chegada; Perda definitiva – a bagagem é dada como perdi-da 21 dias após a data em que deveria ter chegado; Danos - 7 dias a contar da entrega da baga-gem. Na reclamação deverá ser descrita a bagagem, conteúdo e valor de cada peça. O passagei-ro tem direito a uma indemni-zação, variável, com valor atual de, aproximadamente, 1435 eu-ros. Se transportar bens de valor elevado, é aconselhável pedir no check-in uma declaração espe-cial para os descrever e valorizar e poder, assim, se for o caso, pro-var os concretos prejuízos. n

Em época de férias, são cada vez mais os consumidores que utilizam o transporte aéreo, sendo, muitos deles, confronta-dos com a perda ou atraso de bagagem. Perante esse facto, o que podem exigir?

Opinião

Para qualquer pedido de informação ou apoio pararesolução de conflitos de consumo e situações desobre-endividamento, dirija-se à DECO([email protected]) ou ao Gabinete de Defesado Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar.A autarquia dispõe de um protocolo de colaboraçãocom a DECO, Associação Portuguesa para a Defesado Consumidor e presta apoio gratuito aos munícipes. Contactos: [email protected]: 224 660 536 (ext. 2036)

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

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EquipaS. MartinhoVarzim BSC Rio TintoValadares de GaiaOliv. DouroVila MeãRebordosaAliados de LordeloSerzedoLixaAliança de GandraAD GrijóPerafitaParedesCandalPadroenseLeçaS. Pedro da CovaGensUD Valonguense

Pontos7870686564646362484746454544434040403931

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Tabela Classificativade Futebol

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EquipaGondomarSC CoimbrõesCinfãesSobradoLusitânia LourosaFC Pedras RubrasSp. EspinhoMoimenta da Beira

Pontos4138352727272320

CNS - Fase Manutenção - Série C

Desporto

37VIVACIDADE JUNHO 2015

A parte norte da ilha do Havai dá nome à mais recente escola de surf de Gondomar, a North Sho-re Surf School. O projeto inicia-do em maio por professores com mais de 10 anos de experiência na modalidade quer apostar nas regiões mais afastadas do mar e na possibilidade de transporte coletivo dos alunos para marcar a diferença. “Temos duas carri-nhas, uma que transporta alunos e outra que transporta material. Em Gondomar, como o concelho é grande, marcamos dois ou três locais de fácil acesso aos alunos e, excecionalmente, fazemos reco-lha e entrega em casa deles”, ex-plica André Araújo, um dos fun-dadores do projeto.

A ideia surgiu com a mudança do professor de surf para Gondo-mar. “Os meus vizinhos começaram a falar-me de jovens interessados em aulas de surf e a ideia acabou por surgir. Já tinha tido uma escola em Espinho e tenho uma grande li-gação ao mar que quero trazer para o concelho”, afirma o instrutor da North Shore.

No entanto, a escola também está disponível para ensinar os fãs do bodyboard e tem a ambição de “realizar aulas de surf adaptado para jovens e adultos com dificul-dades físicas”.

Para atrair novos alunos – a maior parte vem de Gondomar – a escola iniciou um processo de par-cerias com várias instituições do concelho e continua aberta a novas parcerias.

“Apostamos sempre no incen-tivo a aulas de grupo para fomen-

tar o espírito de entreajuda ineren-te à prática da modalidade. Além disso, fornecemos todo o material necessário às aulas e temos um seguro opcional de acidentes pes-soais”, refere o professor ao Viva-cidade.

Até ao final de junho, a North Shore Surf School tem disponível uma promoção de oferta de uma aula e convida os interessados a “oferecer o convite aos pais para co-nhecerem a modalidade”.

Segundo André Araújo, Gon-

domar é “cada vez mais procura-do” pelas escolas de surf apesar da distância ao mar. “Gondomar sem mar tem cada vez mais uma ligação ao surf”, brinca o fundador da aca-demia.

Assim, a praia de Espinho é o destino preferencial para treinar mas a escolha do local “varia con-soante o estado do mar e a sazona-lidade”.

“Queremos implementar um espírito de surf constan-te”

Sobre a ascensão mediática e o crescimento do número de pra-ticantes da modalidade, André Araújo admite que o interesse “é positivo” mas considera prejudicial a “forma desorganizada e por ve-zes ilegal” da fundação das escolas de surf. Para o fundador da North Shore “a segurança dos alunos” é o principal requisito.

Ao Vivacidade, o surfista realça ainda que gostaria de “ajudar a tra-zer as boas referências de Peniche e da Ericeira para as praias do Norte de Portugal” e deixa um desafio aos fãs da modalidade: “experimentem o surf e o bodyboard porque o nos-so aluno mais novo tem três anos e o mais velho tem 72 anos”. n

Escola North Shorepõe gondomarenses a surfarEm maio, André Araújo, Nicole Ferreira e Luís Soares, professores de surf, fundaram a North Shore Surf School, uma escola de surf e bodyboard móvel apta a transportar alunos de Gondomar até às praias. “Trazer o mar até Gondomar” é o principal objetivo da academia.

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EquipaFamalicãoVarzimFafeSousenseMirandelaSC Salgueiros 08CesarenseLusitano FCV

Pontos3830241615151110

CNS - Fase SubidaZona Norte

Texto: Pedro Santos Ferreira

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: PSF

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: DR

> Guilherme e André Araújo com o material da escola de surf na Quinta das Freiras, em Rio Tinto

> Morar em Gondomar já não é desculpa para não praticar surf ou bodyboard

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Recentemente o Partido Comu-nista Português, apresentou, na As-sembleia da Republica, uma iniciativa legislativa onde “Recomendavam ao Governo a urgente e completa resolu-ção dos problemas ambientais em São Pedro da Cova”. Face a esta iniciativa, os deputados do Partido Social Demo-crata, eleitos pelo círculo eleitoral do Porto, manifestaram o seu desacordo a esta iniciativa, não pelo tema em si, mas sim, pelo seu oportunismo político. Na verdade, os Deputados do Partido Social Democrata, sempre estiveram, estão e estarão, incondicionalmente, ao lado das populações do concelho de Gondomar, nas posições públicas que sempre assumiram, assumem e assu-mirão, sobre os problemas ambientais de São Pedro da Cova. Assim como, o atual Governo, através do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Ter-ritório e Energia (MAOTE) tem dado prioridade à resolução dos passivos ambientais e, por conseguinte, à remo-ção dos resíduos perigosos depositados em São Pedro da Cova, e tem envida-do todos os esforços no sentido da sua concretização. Nesse sentido, todas as providências foram tomadas com vista

a que se iniciasse o processo de remo-ção deste passivo, tendo o mesmo ar-rancado em outubro de 2014 e encon-trando-se atualmente em curso. A este nível, importa realçar todo o processo, iniciado em 2012 por este Governo, com vista à remoção dos referidos resí-duos. A prioridade máxima do MAO-TE sempre foi, assim, a de criar as condições para iniciar os trabalhos de remoção previstos, cumprindo todos os procedimentos legais, para iniciar a resolução de um passivo ambiental com décadas de existência. O Governo, ao contrário do que se diz, nunca con-siderou ou assumiu o arranque destes trabalhos como o fim do processo. E, nessa medida, após a conclusão da remoção dos resíduos, seguiu-se uma fase de avaliação do grau e extensão da eventual contaminação dos materiais das escombreiras existentes na camada inferior e subjacente ao depósito dos resíduos em remoção, bem como para averiguar a existência, ou não, de resí-duos perigosos adicionais, para então se poder determinar qual a intervenção adequada e necessária para concluir a requalificação de toda a área. Com essa requalificação mantém-se assim

um objetivo partilhado pelo Governo e pelas entidades de governação local, que será passível de concretizar após a conclusão de todo o processo de ava-liação ambiental e remoção de resíduos e de eventuais solos contaminados nas escombreiras de São Pedro da Cova. Após este processo, que se mantém em curso, será possível – e assim se preten-de – a total requalificação ambiental da área afeta, para benefício das po-pulações e do território. Importa ainda referir que, a área considerada para a realização dos trabalhos de campo que precederam a contratação da remoção de resíduos, efetuados pelo Labora-tório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), correspondeu à área de proje-to que havia sido autorizada, em 20 de julho de 2001, pela ex-Direcção Regio-nal do Ambiente e do Ordenamento do Território - Norte (ex-DRAOT-N), para a deposição de resíduos perigo-sos nas escombreiras das antigas mi-nas de carvão de São Pedro da Cova. Recentemente, tendo sido constatada a existência de resíduos perigosos lo-calizados fora da área da intervenção, foram imediatamente desencadeados no local os procedimentos de avalia-

ção dos mesmos. Após a determinação da exata localização e verificação das profundidades das camadas, cujo pro-cesso se encontra em curso, serão esti-madas as quantidades de resíduos de-positados nesses locais. A partir desse momento, poderá o MAOTE, com as restantes entidades competentes, atuar no sentido da sua remoção, estando já a ser preparados vários cenários de atuação. No que respeita à responsa-bilidade pela deposição de resíduos perigosos nas antigas minas de São Pedro da Cova, refere-se que o MAO-TE, através da CCDRN, tem atuado na reposição de legalidade assumida pelo Governo Português, que tomou a deci-são de atuar por conta dos infratores, mas sem prejuízo das diligências, que se encontram em curso, com vista ao apuramento das responsabilidades pelas infrações praticadas. Face ao ex-posto, verifica-se que as recomenda-ções propostas na iniciativa do Partido Comunista Português, já encontram expressão na atuação do Governo, sendo redundantes e extemporâneas, tratando-se, apenas, de um mero apro-veitamento político-partidário em tor-no de uma causa comunitária. n

Ficou concretizado o processo da escolha dos novos donos da TAP. Fi-nalmente. É um processo que dura há quinze anos. Começou num governo de António Guterres (!) quando já era evidente que o estado português não conseguia suportar os recursos financeiros que uma transportadora aérea moderna exige. Note-se que um dos responsáveis, à data Minstro dos Transportes era… Eduardo Ferro Ro-drigues. O hoje líder parlamentar do Partido Socialista subscreveu na altura o Orçamento de Estado para 2002 que previa explicitamente a reprivatização da TAP até junho de 2002, decidida já pelo mesmo governo em 2000. Senta-

do na mesma sala com o mesmo com-promisso estava o Ministro da Justiça. Chamava-se António Costa, talvez o leitor o conheça. Desde então vários Governos tentaram e por várias ra-zões falharam em levar o desiderato de Ferro e Costa a bom (aero)porto. Pouco antes de telefonar à Troika por-que tinha estourado o dinheiro do Es-tado português, Sócrates escreveu em março de 2010 e em março de 2011 o mesmo objetivo: privatizar a TAP. Igual inequívoca vontade está escrita no Memorando com a Troika. Posto isto, quando este Governo consegue um objetivo que atravessou todos os governos desde 2000, são de estranhar

algumas reações. Recordemos que a TAP tem dívidas na ordem de grande-za de mil milhões de euros. Isso em si não seria de assustar, se tivesse ativos (aviões, instalações, etc.) que cobris-sem esse valor. Não tem. Se se ven-desse tudo que pertence à TAP ainda ficávamos a dever cerca de 500 milhões de euros – os chamados capitais nega-tivos. A TAP, como a generalidade das transportadoras aéreas passa alguns anos com números positivos (lucro) mas num só ano de prejuízo deita abai-xo cinco anos. Quando por isso Antó-nio Costa (recordo que era responsável no Governo que pela primeira vez quis privatizar a TAP) diz que quer reverter

o negócio e que acha “escandaloso que a TAP tenha sido vendida por um valor inferior às das contratações dos merca-dos de futebol” a minha única reação é perguntar “o que é que vai na cabeça desta gente?”. Que raio de reações são estas de quem quer chefiar o governo? Como nunca lá chegará são “bocas” sem consequência, mas é lamentável que se tomem os portugueses por par-vos, na luta por um votinho de alguém menos esclarecido. Portugal junta-se ao crescente número de países que não detêm uma transportadora aérea com os riscos que isso traz. Avancemos que há mais país para governar. Sem co-mentários tristes e demagógicos. n

Remoção dos resíduos perigosos em São Pedro da Cova

Não TAP os olhos à demagogia

Margarida AlmeidaPSD

1 . Quando faltam menos de três meses para as eleições eis que o Gover-no decidiu avançar a passo acelerado para a privatização da TAP, numa espé-cie de impulso juvenil, com os trabalhos de avaliação dos processos de concurso a serem feitos pela noite dentro, como acontece com os alunos que deixam a preparação dos exames para a véspe-ra. Se juntarmos o facto de a TAP ser vendida a um preço abaixo do valor das contratações de muitos dos jogado-res de futebol com a falta de informa-ção sobre a formação dos consórcios e o contrariar, mais uma vez, de um compromisso assumido pelo Governo quando o Ministro da economia anun-

ciou que a venda não ocorreria próximo das eleições, temos neste episódio mais um curioso retrato do modus operandi desta maioria. Há no ar um cheiro insu-portável a fim de feira, mas há, sobre-tudo uma pergunta que não podemos deixar de fazer: se dentro de menos de três meses teremos eleições e um novo Governo, qual é a pressa desta venda em fim de mandato? Sim, caro/a leitor/a, a resposta que lhe está a passar pela cabe-ça neste momento é a chave de toda esta história.

2 . Com o aproximar das eleições vão surgindo sondagens anunciadas com um tom cada vez mais carregado de dramatismo, de modo a fazer su-

bir as audiências e vender jornais. As últimas sondagens têm, contudo, um traço curioso que merece a nossa aná-lise. Apontam para estarmos a viver um período em que, no que diz respeito à intenção de voto, o PS não sobe e, em alguns momentos, regista mesmo uma descida, permitindo uma aproximação da coligação no Governo, deixando no ar a inevitabilidade de uma maioria re-lativa ou até mesmo de uma surpresa eleitoral depois do desastre destes qua-tro anos. Contudo, esta visão altera-se completamente quando analisamos os dados referentes à confiança nos líderes e nos programas eleitorais apresentados. Aí António Costa e o programa eleitoral

do PS vencem com uma diferença mais de que estonteante. Ora, sabendo nós o quanto estes dois fatores são condicio-nantes da decisão de voto só podemos concluir que os portugueses não estão a querer assumir claramente a sua verda-deira opção e que corremos o sério risco de ver as sondagens derrapar nas urnas. Seria absolutamente esdrúxulo que os portugueses fossem votar num líder e num projeto em que manifestamente não se revêm, produzindo um distan-ciamento tão acentuado entre a sua expressão de confiança e o voto. Penso que não andarei longe da realidade ao vaticinar uma noite eleitoral negra para as empresas de sondagens. n

Qual é a pressa?

Michael SeufertCDS-PP

Isabel SantosPS

Opinião: Vozes da Assembleia da República

38 VIVACIDADE JUNHO 2015

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Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

39VIVACIDADE JUNHO 2015

Decorreu entre o dia 21 de maio e o dia 19 de junho o período de dis-cussão pública dos documentos da proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Gondomar e respetivo relatório ambiental.

O PDM do nosso Município en-trou em vigor em 1995, significando que deveria ter sido revisto por lei em 2005. Como na maioria dos as-suntos, a vontade política do ante-rior executivo foi nula e resultou que durante o seu mandato o assunto foi esquecido.

Antes ainda de completar dois anos de mandato, este executivo vem mostrar a distância que o separa do seu antecessor. Quer no que diz respeito à celeridade dada aos docu-

mentos estratégicos, quer na eficácia com que os trata.

Durante este período, e para que se entenda a complexidade do as-sunto e não venha ninguém leviana-mente tentar acusar a Câmara sobre o que for nesta matéria, foi necessá-rio fechar questões relacionadas com entidades como a Reserva Agrícola Nacional e a Reserva Ecológica Na-cional, rever as propostas de zona-mento e redefinir planos de urbani-zação e de pormenor já elaborados.

A empresa que desde 2004 estu-dava a revisão ao PDM tinha muito trabalho já elaborado, que como referi não foi concretizado pela au-sência de interesse do anterior exe-cutivo. Não obstante, foi necessário

rever os planos estratégicos propos-tos, uma vez que a realidade do con-celho havia mudado e alterado com o passar do tempo.

Assim, teria sido profundamen-te leviano se este executivo tivesse avançado com a discussão públi-ca desta revisão mais cedo, porque havia trabalho a reavaliar e outro a executar. Num documento tão caro como este, seria infantil colocar em discussão rascunhos e não propostas concretas.

O período de discussão, previsto na lei, foi usado ainda para levar a cabo uma série de sessões de escla-recimento nas várias freguesias, de forma a que o PDM fosse levado a todo o concelho e estivesse acessível

a toda a população. Qualquer pessoa poderia, por isso, fazer a proposta para esta revisão.

Por fim, a revisão do Plano Dire-tor Municipal será levada a votação à próxima Assembleia Municipal, o órgão deliberativo na nossa Câmara (quem decide em última instância), que em caso de aprovação entrará em vigor.

Mais uma vez, um processo de extrema importância para o conce-lho, tratado com responsabilidade, transparência e participação coleti-va. Quem assim o não quis ver, não deve estar familiarizado com a ação executiva e deliberativa, perdendo--se apenas na retórica do lugar co-mum. n

Plano Diretor Municipal

Catarina MartinsBE

1. Privatiza-se porque os merca-dos liberalizados garantem os me-lhores preços para os consumidores. E assim se venderam a EDP e a REN e a conta da luz aumentou 30%. E as-sim se vendeu a ANA e as taxas de aeroporto aumentaram outro tanto.

2. Privatiza-se porque a gestão privada é que é boa e espera-se que ninguém se lembre da PT, do GES, do BES e as tantas outras falências de gigantes privados.

3. Privatiza-se porque o país pre-cisa de dinheiro e assim se venderam os CTT por metade do preço que valem hoje em bolsa, muito embora mantenham exatamente os mesmos bons resultados que tinham. Mas com uma diferença: agora os divi-dendos não ficam no Estado. Como

os da EDP, da REN, da ANA, tam-bém os lucros dos CTT vão agora para o estrangeiro.

4. Privatiza-se porque há uma dívida das empresas para pagar. Mas a dívida nunca vai com o negócio. Na TAP, a dívida será paga, como nos últimos 20 anos, em que o Esta-do nunca lá pôs dinheiro, pelos pro-veitos da própria empresa. E em úl-timo caso, volta a bater-nos à porta. Nos transportes coletivos do Porto e Lisboa, a dívida entrou toda para o Estado e a concessão a privados é só da parte que dá lucro.

5. Privatiza-se porque assim novos investimentos surgem e mais emprego se gera. E a cada empresa privatizada só se ouve falar de rees-truturações e ajustamentos, o que só

quer dizer despedir e encolher. 6. Privatiza-se, enfim, para aca-

bar com os jobs for the boys e as fa-migeradas PPP. E Eduardo Catroga, depois de negociar a venda do que restava da EDP no memorando da Troika, lá foi para o conselho geral da EDP e para seu salário milioná-rio. E José Luís Arnault, depois de ter estado, ora do lado privado ora do lado público, em quase todas as privatizações, lá foi para a Goldman Sachs, o maior acionista dos CTT. E quem ficar com os autocarros e me-tros do Porto e Lisboa receberá por quilómetro, quer tenha passagei-ros ou não, tal qual as PPP das ex--SCUTS, que o Estado paga aos pri-vados passem ou não passem carros nas autoestradas.

7. Privatiza-se porque é seguro e dá menos dores de cabeça. As em-presas privadas vão continuar a fazer serviço público porque prometeram. E nós acreditamos. Acreditamos que alguém assumirá por nós a respon-sabilidade que é nossa. Que uma em-presa estatal chinesa nos vai fornecer sempre a energia de que precisamos, que um senhor americano vai garan-tir as ligações aéreas que nos unem à família lá longe, que um banco in-ternacional será o garante do serviço postal na aldeia perdida do interior, que a empresa francesa garante que teremos o autocarro ou o metro que precisamos para ir para o trabalho ou a escola com o passe a um preço justo. Se não fosse um assalto, dir-se--ia que é um conto de crianças. n

Sete boas razões para (não) privatizar

Joana ResendePS

Foi um mar de gente que inun-dou Lisboa a 6 de junho, numa ação de massas que se traduziu num mo-mento notável, tanto pela sua orga-nização como pela sua extraordiná-ria participação.

Foram mais de cem mil pessoas que, de forma convicta e firme, com alegria e confiança, afirmaram nas ruas a alternativa patriótica e de es-querda que a CDU transporta.

Uma extraordinária participa-ção feita de comunistas, membros d’Os Verdes, independentes e muitos milhares de democratas e patriotas que, descontentes com a política de direita praticada por PS, PSD e CDS ao longo dos últimos 39 anos, não se resignam, rejeitam este caminho de empobrecimento e exploração e não

aceitam a inevitabilidade que nos querem vender.

Foi um mar de gente que sabe ser possível a construção de uma sociedade mais justa, ao serviço dos trabalhadores e do Povo, dos seus in-teresses e aspirações.

Foram muitos mil a celebrar Abril e os seus valores; a lembrar as suas conquistas libertadoras e pro-gressistas; a denunciar os objetivos dos sucessivos governos de liquida-ção dos direitos que a luta dos tra-balhadores e do Povo conquistou e a Constituição da República consa-grou.

Muitos mil a afirmar que toda a ofensiva contra Abril encontrará pela frente um mar de gente que sabe resistir e que não deixará cair o que o

Povo alcançou.Foram homens, mulheres e jo-

vens; trabalhadores, desempregados, reformados e muitas camadas da po-pulação, que vieram de todo o país e demonstraram, com a sua participa-ção neste momento de luta, a força deste projeto, feito de convicção, de verdade, de honestidade, de traba-lho, de competência e de dignidade.

Foi mais confiança e mais pos-sibilidade de concretizar uma forte campanha eleitoral de massas, que abra caminho à rutura com 39 anos de afundamento.

Foi momento de protesto, mas foi também momento de afirmação de soluções para o país.

Soluções que passam pela urgen-te renegociação da dívida, pelo fim

das privatizações e pela defesa do controlo público de setores e empre-sas estratégicas da nossa economia.

Soluções de valorização da pro-dução nacional, dos salários e das pensões.

Soluções que defendem as fun-ções sociais do Estado e os serviços públicos.

Soluções que passam por uma política fiscal mais justa, que tribute fortemente o capital, desonerando os trabalhadores.

Soluções de afirmação da nossa soberania e independência.

Foi a força do Povo na rua, com vontade de mudança, e esperança e confiança num futuro melhor.

É com a força do Povo que Por-tugal tem futuro! n

A força do Povo saiu à rua

Diana FerreiraPCP

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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

40 VIVACIDADE JUNHO 2015

António ValpaçosCDU

Relativamente ao processo de re-moção dos resíduos perigosos, depo-sitados ilegalmente na freguesia de S. Pedro da Cova, chegou recentemente ao conhecimento do PCP que exis-tem graves problemas no seu proces-so de remoção.

Na verdade, há a intenção de se proceder ao reaterro de resíduos e à compactação com os solos de cober-tura limpos depositados em contacto com os taludes contaminados. Esta decisão parece merecer contestação de técnicos envolvidos no processo que, reiteradamente afirmam que este procedimento é considerado “fortemente desaconselhável” e é “claramente contrário às melhores

práticas de gestão de resíduos” e “cla-ramente prejudicial para todos os re-levantes interesses em causa”. A em-presa responsável pela remoção terá inclusive manifestado profundas re-servas, e recusado assumir qualquer responsabilidade pelas consequên-cias que possam advir desta solução que lhe está a ser imposta.

Além disso, foram identificados depósitos de resíduos perigosos fora da área de intervenção e existe, tam-bém, um deferencial quantitativo dentro dos limites de intervenção. Ou seja, foram encontrados resí-duos perigosos fora da área de in-tervenção e, dentro desta, em maior quantidade do que inicialmente

previsto. Ora, com a remoção dos resíduos, iniciada em setembro de 2014, rapidamente se constatou que os resíduos perigos existentes ultra-passam as estimativas inicias de 88 mil toneladas, bem como a margem de 20% de erro prevista, e detetou a existência de resíduos perigosos fora da área de intervenção que não tinha sido inicialmente detetados. Mais, as soluções encontradas e a prospeção e investigação da totalidade de resí-duos e sua localização estão condi-cionadas por questões financeiras.

Face a este cenário, os deputados do PCP na Assembleia da República dirigiram um conjunto de perguntas ao Governo pugnando pela exigên-

cia de resolução urgente dos pro-blemas ambientais em S. Pedro da Cova, pelo que caracterizaram esta situação como sendo de “caracterís-ticas extraordinariamente gravosas e assustadoras para a população local”, requerendo o “apuramento cabal das responsabilidades políticas e crimi-nais”, bem como uma “compensação às populações de São Pedro da Cova, pelos prejuízos ambientais e de saú-de pública provocados”, nomeada-mente a “remoção da totalidade dos resíduos e a requalificação do espaço afetado”, não devendo por isso o Go-verno permitir que estes trabalhos sejam condicionados por questões financeiras. n

PCP questiona o Governo sobre a exigência de resolução urgentedos problemas ambientais em S. Pedro da Cova

Rui NóvoaBE

Está neste momento em discussão pública o novo Plano Diretor Munici-pal (PDM) em Gondomar. Os Planos Diretores surgiram em meados do sé-culo XX e incluem mapas com previsão de crescimento da cidade (concelho). Estes mapas prescrevem o uso dos solos e apontam as caraterísticas das edifica-ções (uso, função e altura…).

Qual a finalidade dos Planos? Pri-meiro definir regras para a ocupação e utilização racional do espaço. Em segundo, controlar a construção indi-vidual que se desenvolva no território.

O planeamento do território, deve ter por objetivo o desenvolvimento e não apenas o espaço físico. O exercí-cio do planeamento é condicionado por normas sobre a utilização do solo. A RAN (Reserva Agrícola Nacional) tem como objetivo resguardar os solos de maior aptidão agrícola das interven-ções urbanísticas. Já a REN (Reserva Ecológica Nacional), visa a proteção dos ecossistemas assim como a Rede

Natura 2000 que protege os habitats na-turais e a fauna e flora.

Apesar destas finalidades e ao con-trário do que seria de prever, a planifi-cação urbanística agravou a devastação dos recursos ambientais, florestais e agrícolas.

Nos últimos 20 anos, a área cons-truída no país cresceu 42% à custa do desaparecimento da vegetação natural e das zonas agrícolas em redor das gran-des cidades.

Os PDM ampliaram brutalmente a área do solo com capacidade edifica-dora para cerca de 30 milhões de habi-tantes.

O diploma legal que institui o cré-dito bonificado para aquisição de ha-bitação própria (Resolução do Conse-lho de Ministros de 24 de fevereiro de 1976), visou o relançamento da cons-trução civil e foi muito bem recebido pela Banca que, encontrou na conceção do crédito para aquisição de habitação própria, um meio fácil e garantido de

obter lucros elevados. Assim, na déca-da de 80 foram construídos em média 28.000 “fogos” por ano para habitação própria.

Este número aumentou para 64.000 entre 1990 e 1997 e atingiu, o número incrível de mais de 100.000 “fogos”/ano, o dobro da média europeia, entre 1998 e 2001.

O endividamento familiar que daí decorreu, atingiu números brutais, no-meadamente: 5,8 mil milhões de euros em 1990; 50 mil milhões de euros em 2000; 122 mil milhões de euros em maio de 2010.

Resultado, hoje existem cerca de um milhão de casas devolutas. Se atri-buirmos a cada uma, o valor médio de 100 mil euros, isto significa que, o país tem empatado em casas vazias a soma descomunal de 100 mil milhões de euros. Para além desta soma, nas aqui-sições de casa própria o Estado gastou anualmente, entre bonificações e bene-fícios fiscais cerca de 1000 mil milhões

de euros!É pois necessário, introduzir novas

preocupações no planeamento, isto é: Que contrariem a expansão urbanísti-ca (limitação dos perímetros urbanos); que reforcem as caraterísticas especí-ficas dos locais, a identidade e memó-ria histórica; que atendam aos aspetos ambientais e a qualidade urbana; que valorizem a participação pública nas intervenções sobre o território.

São fundamentais para nós, as questões do alojamento, estando sem-pre presente qualificar as periferias e contenção dos perímetros urbanos, prioridade ao edificado em detrimen-to de novas construções, ter em conta os impactos energéticos, das escolhas urbanísticas como meio de combate às alterações climatéricas e concretizar o planeamento através de unidades de execução (em áreas urbanas mais sen-síveis).

O Bloco de Esquerda defende o princípio: a cidade é tua, usa-a! n

Para onde vai Gondomar?

Pedro OliveiraCDS-PP

Os portugueses passaram nos úl-timos quatro anos por uma das mais complicadas crises da sua já longa his-tória, a qual obrigou, objetivamente, a um crítico abaixamento da sua quali-dade de vida, materializada num enor-me aumento dos níveis de desemprego no setor privado como também do nível de rendimentos dos trabalhado-res do setor público com uma redução que, em média, atingiu os 20%.

Obviamente os portugueses acre-ditam tratar-se de uma realidade transitória, necessária para que as fi-nanças e a economia do país possam ser reestruturadas e recolocadas em patamares fundamentais de sustenta-bilidade para, a partir daí, começar a produzir efeitos o já encetado processo

de retoma dos padrões de crescimento e desenvolvimento económicos, tão essenciais à recuperação da qualidade de vida de toda a sociedade.

A profunda crise que muito tem maltratado os portugueses e o pro-cesso em curso de reestruturação da economia nacional, mostram-nos que o país não pode continuar a viver de romantismos anacrónicos e que, por isso, deve adaptar a realidade do seu setor público ao estritamente necessá-rio, expurgando custos de milhões em áreas que, no clima económico con-correncial em que nos encontramos, podem melhor ser desenvolvidas fora do âmbito do Estado.

Na verdade todos gostaríamos de continuar a ver, e designadamente,

a TAP, com a maioria do seu capital adstrito ao Estado. Contudo, todos sabemos também que se trata de uma empresa com dívidas superiores a 500 milhões de euros, permitindo a priva-tização não só a continuidade da sua atividade em condições de dignifica-ção da “bandeira” portuguesa, como a libertação de um “peso” enorme nos tão depauperados cofres nacionais.

Este exemplo, que é apenas um, no amplo cômputo de entidades as-sociadas ao setor público em situação de objetiva falência técnica, é também suficientemente demonstrativo da ab-soluta premência na libertação do Es-tado de custos desnecessários porque privatizáveis, que sendo sistemáticos ano após ano, limitam a canalização

de tais recursos para áreas bem mais fundamentais da intervenção pública. O pernicioso reiterar na manutenção no seio do Estado de tais entidades, tantas vezes por razões eminentemen-te emocionais, impedem a capacidade de intervenção pública em áreas tão inadiáveis como a educação, a saúde ou a justiça.

Urge portanto que os partidos políticos saibam neste processo de recuperação da crise, perceber as exi-gências de redefinição do investimen-to público, objetivando prioridades e desmistificando opções que se têm mostrado apenas românticas e sor-vedoras de recursos tão necessários à potenciação da melhoria da qualidade de vida dos portugueses. n

Libertação do Estado

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41VIVACIDADE JUNHO 2015

Empresas & Negócios

Escola Profissional de Gondomarreuniu a “Geração Radical” A iniciativa “Geração Radical”, promovida pela Escola Profissional de Gon-domar, a 14 de junho, brindou os mais jovens com atividades radicais e um desfile de carros clássicos em S. Pedro da Cova.

Um dia repleto de emoções e com muito divertimento à mistu-ra. Foi desta forma que a Escola Profissional de Gondomar (EPG)

preparou a iniciativa “Geração Ra-dical”, realizada a 14 de junho, nas imediações da escola, em São Pedro da Cova.

O evento contou com demons-trações da prática de atividades ra-dicais como a escalada, rappel, slide, touro mecânico, trampolim, “air bungee”, bola zorb, tiro com arco e zarabatana, em que participaram crianças, jovens e adultos.

O evento aberto à comunidade envolvente procurou “estreitar laços entre a mesma e a EPG, através de uma participação dinâmica nas ati-vidades radicais”.

A iniciativa contou também com um desfile de automóveis clás-sicos, integrado no encontro anual promovido pelo Clube Gondoclás-sicos que recriaram uma “época ro-mântica e de glória”, em que o ritmo quotidiano seguia noutras velocida-des. n

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Empresas & Negócios

VIVACIDADE JUNHO 2015

Torta de Noz chegou a FânzeresA Torta de Noz inaugurou no início de junho um novo espaço em Gondomar. O estabelecimento situado nas Galerias Carvalha, em Fânzeres, vai oferecer aos clientes os habituais bolinhos e um espaço de convívio na zona da cafetaria, para além da tradicional torta de noz que dá nome à casa.

Pense num bolo com recheio de chantili, raspas de chocolate e nozes... Já pensou? Torta de Noz é a resposta certa, pois claro. A em-presa fundada em Matosinhos, a 25 de janeiro de 1969, expandiu--se e dez anos após a sua funda-ção apostou em Gondomar com a abertura de um primeiro estabe-

lecimento em Rio Tinto. Hoje, a empresa familiar conta com dois espaços no concelho, o mais re-cente inaugurado em Fânzeres, nas Galerias Carvalha, no início de junho.

Helena Teixeira é a proprie-tária de ambos os espaços – Fân-zeres e Rio Tinto – e mostra-se

orgulhosa com a mais recente aposta. “Gondomar foi a nossa primeira expansão por isso te-mos que a manter sempre”, expli-ca a jovem de 28 anos.

Acompanhada pela avó, Ma-ria Adelaide Branco, 76 anos, fundadora da Torta de Noz, He-lena revela a necessidade de ex-

pandir o negócio em resposta “aos pedidos dos clientes da loja de Rio Tinto”. Para Fânzeres está pensado um conceito diferen-te. “Queremos vender as tortas de noz mas também queremos vender os nossos bolos à fatia na zona de cafetaria onde os nossos clientes poderão provar e desfru-tar dos nossos produtos. Temos também um espaço com mesas e cadeiras ao dispor dos clientes”, diz a responsável ao Vivacidade.

Maria Adelaide também

aprova o novo espaço e deseja os maiores sucessos à mais recen-te aposta da jovem empresária. “Foi o meu irmão, Américo Jor-ge Branco, quem teve a iniciativa de abrir lojas para a família e ce-deu a marca a alguns amigos de confiança. A única regra era não vender outros bolos para além dos que são elaborados pela Tor-ta de Noz, porque queremos que os clientes sejam sempre servidos com a qualidade a que estão ha-bituados”, refere a fundadora da Torta de Noz.

Quanto à receita, essa fica no segredo dos deuses da doçaria, mas a qualidade tem um selo de confiança de três gerações.

Para além das tortas de noz, Helena Teixeira destaca também os bolos personalizados, os bolos de comunhão e de batizados, que continuam – alguns deles - a ser decorados por Maria Adelaide.

“Volta e meia os clientes vão poder contar também com umas ações promocionais, basta fica-rem atentos ao nosso Facebook”, desafia a proprietária do espaço que prefere pensar no presente e “consolidar a aposta no espaço de Fânzeres”.

Recorde-se que a Torta de Noz conta com vários estabele-cimentos espalhados por Gon-domar, Porto, Gaia, Matosinhos (centro), Senhora da Hora e Pó-voa de Varzim. n

> Helena Teixeira e Sílvia Rebelo convidam os clientes a visitar o novo espaço

> A Torta de Noz faz a delícia dos clientes desde 1969 > A cafetaria é a principal novidade do espaço

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43VIVACIDADE JUNHO 2015

Empresas & Negócios

Husse: cuidar dos animais a pensar em siFundada na Suécia, em 1987, a Husse está presente na Europa, Ásia e América. Gondomar não foge à regra e conta com os ali-mentos naturais da marca para cães e gatos, desde 2013, através da venda direta ao domicílio.

“A excelência do produto e o melhor serviço para comodidade dos clientes”. É desta forma que Joaquim Silva, representante da Husse em Gondomar explica o ob-jetivo da marca que comercializa alimentos naturais, complementos e acessórios diversos para cães e ga-tos, através de uma gama completa

de qualidade e venda direta ao do-micílio.

Os produtos Husse são produ-zidos segundo rigorosos padrões de qualidade, de acordo com as exigentes especificações do mer-cado escandinavo e adaptados às diferentes etapas da vida e carac-terísticas particulares dos animais.

A marca de referência a nível euro-peu quer “primar pela qualidade” no concelho através da “satisfação completa dos clientes e fiéis ami-gos”.

Segundo Joaquim Silva, “nos alimentos Husse os ingredientes de origem animal provêm de animais aprovados para consumo humano e não são adicionados aos produ-tos corantes ou conservantes arti-ficiais”. Soja e organismos geneti-camente modificados também não entram na composição dos alimen-tos para cães e gatos da Husse.

A comprovar a qualidade dos produtos estão os vários certifi-cados da marca sueca e o cumpri-mento das normas definidas pela regulamentação da União Euro-peia.

De acordo com o responsá-vel pelo concelho gondomarense, a “facilidade de encomenda com entregas gratuitas ao domicílio, a simplicidade de pagamento, a inexistência de roturas de stock, o aconselhamento nutricional e a flexibilidade de horários para en-tregas” são referências da Husse

Gondomar, que aposta em distri-buidores qualificados para o acon-selhamento nutricional dos amigos de quatro patas.

As encomendas de produtos podem ser realizadas por telefone, sms, e-mail ou pela internet, no endereço da loja online. “A internet permite aos nossos clientes uma maior comodidade, a simplicidade das encomendas, um acompanha-mento em tempo real, quer no site quer na nossa página de Facebook, que informa constantemente o

cliente acerca de promoções e no-vos produtos”, refere Joaquim Silva ao Vivacidade.

Entre os produtos disponibi-lizados pela Husse Gondomar o responsável destaca a alimentação seca (ração) e húmida, os produ-tos de higiene, biscoitos, produtos de fitoterapia e areão aglomerante, entre outros elaborados pela marca.

“Não vendemos apenas um produto, vendemos saúde e bene-fício, vendemos um serviço e uma relação”, conclui Joaquim Silva. n

Próxima paragem: Taberna da Estação em Rio TintoFoi no dia 30 de maio que a estação de Rio Tinto começou uma nova jornada com a inauguração da Taberna da Estação, um es-paço de restauração e de lazer que acolheu quatro novos postos de trabalho.

O objetivo, segundo o proprietá-rio, Jorge Silva, é “adaptar a oferta de acordo com as necessidades e gostos do cliente, criar uma maior capaci-dade de público e essencialmente

servir bem.” A especialidade baseia-se nos

“pratinhos, lanches a meio da ma-nhã, da noite, os snacks e pratos tradicionais”, acrescenta Jorge. Os

preços apresentam variedade, de acordo com as diferentes classes so-ciais, existindo o conceito de prato económico.

O espaço manteve traços da an-terior gerência. As paredes mantêm a decoração e o restaurante apresen-ta agora um ambiente de taberna, fundamentalmente ligada a elemen-tos rústicos. Na parte superior do edifício, Jorge Silva pretende criar uma sala de antiguidades e uma es-planada, com materiais reciclados, tornando-se um espaço de lazer, com área para fumadores.

Trata-se de um projeto inova-dor para a estação de Rio Tinto, de acordo com o gerente. “É uma apos-ta diferente porque, costumo dizer, quando vou a algum lado gosto de

ser bem servido e tem um conceito que eu gosto. É uma aposta minha. Faz parte de mim ser ambicioso, e ter novos projetos. Não é um projeto em que estou inserido a 100% mas

tenho de assumir a responsabilida-de”, conta ao Vivacidade Jorge Silva.

A Taberna da Estação abre todos os dias [domingos são reservados a festas privadas] das 10h às 24h. n> Jorge Silva é o proprietário da Taberna da Estação

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Lazer

VIVACIDADE JUNHO 2015

VIVA PREVENIDO

Ingredientes:

. 450 g de açúcar;

. 2 Colheres de sopa de manteiga der-retida;. 4 ovos;. 100 g de queijo de Castelo Branco;. 2,5 dl de leite-de-coco;. 1,5 dl de leite;. 150 g de farinha com fermento;. 150 g de doce de framboesa;. 100 g de coco ralado;. Manteiga, farinha e sal q.b.

Preparação:

Forre o fundo de uma forma com papel vegetal, unte-a com manteiga e polvi-lhe-a com farinha.Junte numa tigela, o açúcar, a mantei-ga, uma pitada de sal e bata bem.Adicione os ovos e misture tudo.Ligue o forno a 180º C.Rale o queijo, junte-o ao preparado e mexa de forma delicada.De seguida, acrescente os leites em fio, mexendo sempre com a vara de arames.Por último, peneire a farinha e envolva--a no preparado anterior.Deite a massa na forma e leve ao forno a cozer, cerca de 50 minutos.Deixe arrefecer e desenforme.Cubra o bolo com o doce de framboesa e polvilhe as laterais com o coco ra-lado.

RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE

Chef João Paulo Rodrigues* docente na Actual Gest

Tarte de queijo e coco

Um caracol ia a atravessar a estrada e foi atropelado por uma tartaruga.Quando acordou nas urgências do hospital perguntaram-lheo que é que lhe tinha acontecido:- Como é que quer que eu saiba? Foi tudo tão depressa!

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SOLUÇÕES:

São frequentes as consultas em que um adulto saudável, sem sintomas, sem fatores de risco ou considerado de baixo risco, questiona o seu médi-co sobre a necessidade de fa-zer “exames de rotina” e “ras-treios”. No entanto, a evidência científica demonstra cada vez mais que esta abordagem pre-ventiva “em massa” apresenta problemas potenciais, podendo mesmo causar dano à saúde do utente através da realização de exames invasivos e tratamentos dispensáveis. Atualmente as so-ciedades médicas e científicas

recomendam sim, a realização do exame periódico de saúde, adaptado ao utente em questão.

Se ainda não conhece o seu médico de família é importante fazê-lo, pois as consultas regu-lares podem ser bastante úteis. Apesar de não existir uma perio-dicidade pré-definida para uma consulta de rotina, esta deve ser definida caso a caso, tendo em conta alguns critérios como o seu género, idade, estado de saúde atual, antecedentes clíni-cos pessoais e familiares, hábi-tos e estilo de vida e eventuais sintomas que possa ter.

O mais importante para manter uma boa saúde é ad-quirir estilos de vida saudáveis: adotar uma alimentação corre-ta, praticar exercício físico regu-larmente, cumprir o Programa Nacional de Vacinação, evitar o consumo de tóxicos (tabaco, álcool em excesso, drogas) e evitar comportamentos sexuais de risco.

Muito mais do que as análi-ses e os exames, é a aquisição de comportamentos saudáveis que garante a sua saúde! Acon-selhe-se com o seu médico de família.

Exames de rotina

Elisabete CastroMédica, Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar de Fânzeres

Amor: O seu poder de atração vai abalar muitos corações.

Saúde: Prováveis dores de dentes. Poderá passar por uns dias de grande nervosismo sem que consiga definir muito bem a sua origem.

Dinheiro: Será um bom período para fazer algu-mas alterações profundas na sua vida, no seu compor-tamento e nos seus objetivos profissionais.

Amor: Encontra-se num período difícil, mas não desespere que é passageiro.

Saúde: Poderá ser tempo de começar uma nova vida. Corte com tudo aquilo que achar supérfluo ou inútil.

Dinheiro: Boa altura para gastar e investir no que mais gosta, mas com cuidado.

Amor: Viva fogosamente todos os momentos com o seu amor. Este período é caracterizado por muita ale-gria, contentamento, otimismo e força interior.

Saúde: Previna-se contra os excessos. Dinheiro: Pode aproveitar aquilo que tem vindo a

aprender com os outros para fazer uma coisa diferente na sua vida, como por exemplo iniciar uma atividade por conta própria.

Amor: Será um período muito bom de entreajuda e em que pode receber ou oferecer boas oportunida-des a novas relações de amizade.

Saúde: Possíveis dores musculares.Dinheiro: Não imponha as suas ideias de uma for-

ma agressiva e tenha em consideração a opinião dos outros.

Amor: Este período é um teste à forma como lida com as outras pessoas, em especial as que lhe estão mais próximas.

Saúde: Durante este período lutará para alcan-çar os seus objetivos a nível de forma física e ajudará quem lhe está próximo a fazer o mesmo. Boa fase para iniciar uma dieta.

Dinheiro: Situação financeira favorável.

Amor: Tenha mais confiança em si e cuide da sua aparência.

Saúde: Uma fase de tensão, insegurança e impa-ciência, com dificuldade em planificar a sua vida parti-cular. Procure aliviar o stress que traz acumulado.

Dinheiro: Não se esqueça das suas obrigações.

Amor: Poderão surgir mudanças no seu compor-tamento no que diz respeito às relações afetivas. Seja mais ousado neste campo da sua vida.

Saúde: A ansiedade não é benéfica para a sua saúde.

Dinheiro: Não será um período fácil porque terá dificuldade em analisar as situações com clareza.

Amor: Será uma fase importante para rever o que não está bem na sua relação, compreendendo o que lhe falta e o que pode ser melhorado.

Saúde: Vai sofrer de dores de cabeça.Dinheiro: Em relação à sua situação profissional,

logo no início do mês poderão existir alguns conflitos entre a sua vida familiar e a profissional.

Amor: Procure ser sincero nas suas promessas se quer que a pessoa que tem a seu lado confie em si.

Saúde: Liberte-se mais, e a sua saúde irá melhorar. É uma oportunidade para concluir as ideias que tem em curso. Este mês será um encontro consigo mesmo.

Dinheiro: Desde que não gaste dinheiro em exces-so, pode pôr os seus assuntos financeiros um pouco de parte, ocupando-se com outras áreas da sua vida.

Amor: Procure ser mais extrovertido.Saúde: Possíveis dores nas articulações. A rotina

da sua saúde e a forma física são uma prioridade. Terá tempo para regularizar o seu horário.

Dinheiro: Esta é uma ótima altura para tentar re-duzir os seus gastos.

Amor: A sua relação tem vindo a arrefecer e você precisa de tomar uma atitude. Não exija tanto dos ou-tros, dê mais de si próprio.

Saúde: Não faça dietas demasiado rigorosas.Dinheiro: Invista neste momento em algo que pla-

neia há muito. A sorte é-lhe favorável. Sentirá neces-sidade de se isolar para concluir o seu trabalho, mas poderão ocorrer mudanças.

Amor: Se não disser aquilo que sente verdadeira-mente, ninguém o poderá adivinhar.

Saúde: Cuidado com o excesso de açúcar no seu sangue.

Dinheiro: Poderá sentir-se subjugado pela sobrecar-ga de trabalho.

Maria HelenaSocióloga, tarólogae apresentadora

210 929 [email protected]

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Foi anunciada este mês a aposta da Netflix em Por-tugal. O serviço que permite assistir a séries e filmes atra-vés da internet chega ao território nacional em outubro com um custo mensal de subscrição de 7,99 euros. Con-tudo, a aposta da empresa norte-americana em Portugal não engloba duas das séries mais populares e premiadas do serviço: “House of Cards” e “Orange is the New Black”.

Os fãs de Frank Underwood (Kevin Spacey) poderão continuar a acompanhar o percurso do político norte--americano na SIC e no canal por cabo TV Séries. Quanto a “Orange is the New Black”, cuja ação decorre numa prisão feminina americana, a série ainda não estreou em Portugal, mas nos Estados Unidos a terceira temporada estreou há poucos dias.

No entanto, os portugueses vão poder assistir a to-dos os episódios das séries originais da Netflix, nomeada-mente “Sense8”, “Demolidor”, “Bloodline” e documentá-rios como “Virunga” e “Mission Blue”, todos os conteúdos legendados em português. A principal vantagem do servi-ço prende-se com a visualização ilimitada dos conteúdos através de qualquer dispositivo com ligação à internet.

Para cativar os utilizadores o serviço tem preparada uma campanha de um mês de teste gratuito com a possi-bilidade de cancelar em qualquer momento.

Recorde-se que o Netflix já está presente em cin-quenta países e tem cerca de sessenta e dois milhões de assinantes. Resta saber como vai ser a adesão ao serviço por parte dos portugueses aficionados por séries.

45VIVACIDADE JUNHO 2015

Lazer

Netflix em Portugal sem “House of Cards”

VIVA TEC

Exposições:

Até 3 de julho – “Palavras do Mundo”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Até 31 de julho – Histórias da Ajudaris’13 “Pequenos Gestos Grandes Corações”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

De 27 de junho a 6 de setembro – Extensão do PortoCartoon 2015, na Casa Bran-ca de Gramido

Música:

21h30, 6 de junho – Encontro de Tradições 2015, no Largo do Mosteiro de Rio Tinto

21h30, 4 de julho – Festival de Folclore de Rio Tinto 2015, no Largo do Mosteiro

De 10 a 12 de ju-lho – Festival Ga-sómetro 2015, no largo da feira de S. Pedro da Cova

Cinema:

11h e 16h30, 20 de junho – Sessão de Cinema “Origem dos Guardiões”, na Biblioteca Municipal de Gondomar21h30, 25 de junho – Ciclo de Cinema – “Memento”, de Cristopher Nolan, na Biblio-teca Municipal de Gondomar

Desporto:

11h, 20 de junho – 6ª Jornada da Taça de Por-tugal da FPDD Douro D’Ouro, no Multiusos de Gondomar

28 de junho – II D’Ouro Run, Gramido21h, 11 de julho – 2.º CCD Urban Night Bike, na Câma-ra Municipal de Gondomar

Teatro:

18h, 27 de junho – “Farsa do Mestre Pathelin”, pelo Teatro e Marionetas de Mandrá-gora, na Casa Branca de Gramido

Diversos:

21h, 19 de junho – Come-morações dos 500 Anos do Foral de Gondomar, na Biblioteca Municipal de Gondomar

19 a 21 de junho – Feira Quinhentista, na área circun-dante da Biblioteca Municipal de Gondomar

Das 10h às 18h, 21 de junho – Rio Tinto: Crianças em Movimento, na Quinta das Freiras

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

VIVA FOTO Rio Douro, Lomba

Rui Duarte Silva, Fotojornalista no Jornal Expresso - www.ruiduartesilva.comLELO e ZEZINHA

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46 VIVACIDADE JUNHO 2015

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Professor

588542553

Tempo completo. Contrato a termo

Baguim do Monte

Licenciatura em Matemática ou Química

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Servente Construção Civil

588554455

Tempo completo. Contrato a termo

Jovim

Com experiência em construção civil. Medida Estímulo-Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Pedreiro

588566684

Tempo completo. Contrato a termo incerto

S. Cosme

Obrigatoriamente Oficial de 1ª (acabamen-tos)

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Mecânico Auto

588562669

Tempo completo. Contrato sem termo

Baguim do Monte

Com experiência em reparação de veículos pesados

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Soldador

588556567

Tempo completo. Contrato a termo incerto

Foz Sousa

Com experiência em soldadura mig/mag, eletrodo e tig.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Motorista Pesados

588558312

Tempo completo. Contrato a termo

Melres

Com experiência mínima de 6 meses

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Pintor Auto

588519941

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Com experiência. Medida Estimulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Trabalhador Madeira

588554578

Tempo completo. Contrato sem termo

Rio Tinto

Experiência

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Serralheiro Mecânico

588556629

Tempo completo. Contrato a termo

Foz do Sousa

Com experiência mínima de 2 anos

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Canalizador

588567389

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Estímulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Envernizador (madeira)

588566729

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Com experiência mínima de 1 ano

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Marceneiro

588554581

Contrato sem termo

Rio Tinto

Confeção de peças originais de mobiliário e design contemporâneo

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) as-sociada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Centro de Emprego de Gondomar

Telefone 224 662 510R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar

E-mail: [email protected]

Emprego

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