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Condomínios de alto padrão seduzem famílias com promessas de segurança, conforto e sofisticação, criando um novo jeito de veranear no Litoral Norte

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33.fev.2012 33.FEV.2012

Um duelo no Velho Oeste

Os bastidores de um drama que revoltou Caxias

Condomínios fechados, a nova onda do verão

Temporada oficial de leitura

A nostalgia deságua no Tega

A garota que se divide entre panelas e troféus

Rugby caxiense tem sotaque neozelandês

A fórmula para salvar a Série C

Ainda maisbela (e fera)em 3D

Uma jornadano coração do poder dos EUA

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A metamorfose do bairroSão Pelegrino

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Fotos: 11 e 16: Maurício Concatto/O Caxiense

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Evoluir é compromisso permanente de O CAXIENSE, desde sua fundação, em dezembro de 2009. As melhorias no site diário, o lançamento pioneiro de aplicati-vos para as mídias móveis (iPad, iPhone e Android) e a transformação do jornal em revista são os resultados mais visíveis desse esforço. Por trás dessas iniciativas, logicamente, há muito trabalho.

Neste início de 2012, estamos imple-mentando modificações importantes, que merecem ser compartilhadas.

A principal delas é a troca do comando operacional na Redação. Os jornalistas Marcelo Aramis e Jaisson Valim passam a ser os novos editores-chefes de O CA-XIENSE, dividindo a responsabilidade imediata pela produção dos conteúdos impressos, online e mobile.

Formado pela UCS, Marcelo Aramis, 26 anos, está conosco desde o início, vindo do jornal Correio Riograndense. Multitalentoso – é também o criador e editor de toda a parte gráfica de O CA-XIENSE – e incansável, logo tornou-se um profissional imprescindível em nossa trajetória de evolução. Acumulando tantas contribuições decisivas, Marcelo chega naturalmente ao posto de chefia da Redação.

Também formado pela UCS, Jaisson Valim, 30 anos, desembarcou em O CA-XIENSE em junho de 2011, trazido do diário Zero Hora, de Porto Alegre, onde

exercia a função de editor de Polícia. Suas habilidades, entretanto, jamais se limitaram a uma ou outra área do jor-nalismo. Leitor aficionado de periódicos do mundo todo e observador crítico da imprensa e da sociedade – atualmente, conjuga o trabalho com os estudos na faculdade de Ciências Sociais da UFRGS –, Jaisson trouxe na bagagem sugestões e ideias igualmente decisivas para a aplica-ção do nosso lema – evolução constante –, motivos de sobra para se juntar a Marcelo no comando da Redação. Para auxiliá-los na tarefa, a jornalista Carol De Barba, outra formada pela UCS, assu-me a função de subeditora.

Marcelo, Jaisson e Carol serão lidera-dos internamente pela jornalista Paula Sperb, formada pela PUCRS e mestranda em Letras, Cultura e Regionalidade pela UCS. Paula assume o cargo de Diretora de Redação, sendo responsável por ad-ministrar a produção e conduzir a linha editorial da revista e do site. Até então, Paula dividia a função de editor-chefe com o jornalista Felipe Boff, formado pela UCS e mestre em Ciências da Co-municação pela Unisinos. Felipe passa a exercer as tarefas de Publisher, que vão do relacionamento com o mercado à supervisão editorial. Os dois somam-se ao terceiro fundador de O CAXIENSE, o administrador Luiz Antônio Boff, forma-do e pós-graduado pela UCS, na direção da empresa.

Junto com as medidas mencionadas acima há a decisão de reforçar nosso investimento na reportagem, impressa e online, realocando recursos. Assim, os colunistas Renato Henrichs e Rober-to Hunoff, tão importantes em nossa caminhada até aqui, despedem-se de O CAXIENSE.

As colunas Plenário e Diretoria con-tinuam sendo publicadas, mas agora produzidas coletivamente pela equipe de Redação.

A Renato e Beto, deixamos nosso agradecimento sincero e reiteramos a admiração de sempre.

Os diretores

DIGA!O caminhO da evOluçãO | mudanças internas | agradecimentO aOs cOlunistas

DIRECAO

Diretor Executivo - Publisher

Felipe BoffDiretora de Redacao

Paula SperbDiretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

REDACAO

Editores-chefes

Marcelo AramisJaisson Valim

SubeditoraCarol De Barba

Fabiana SeferinGabriel IzidoroRafael MachadoRobin Siteneski

Gesiele LordesDimas Dal Rosso

Maurício Concatto

Designer

Luciana Lain

COMERCIALExecutivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo

ASSINATURASAtendimento

Tatyany R. de Oliveira

Assinatura trimestral: R$ 30Assinatura semestral: R$ 60Assinatura anual: R$ 120

CAPAMaurício Concatto/O Caxiense

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) 3027-5538www.ocaxiense.com.br

O caminho da evolução exige ca-pacidade de adap-tação e disposição

para enfrentar novos desafios.

Em uma palavra, muitas vezes signi-

fica mudança

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53.fev.2012

BASTIDORESum repórter de caxias nO cOraçãO dO pOder nOrte-americanO | O nOvO sOtaque dO rugby | verãO é tempO de ler

Que tal um banho no Tega?O inauguração da Estação de Trata-

mento de Esgoto revitaliza a esperança de despoluição de um dos mais simbó-licos arroios de Caxias do Sul e reins-taura um clima de nostalgia. Afluente do Rio das Antas, o Tega cumpriu o papel de ponto de lazer para os caxien-ses quando ainda não era tão castigado pelos esgotos industriais e residenciais. “As crianças tomavam banho e os mais velhos chegavam a pescar caranguejos. Também sabemos que pessoas cons-truíam casas de banho perto da ponte negra, e isso atraía muitos turistas”, relembra Sônia Storchi Fries, historia-dora do Departamento de Memória e Patrimônio Cultural de Caxias.

Essa época deixa ainda mais saudade em quem tem ligação afetiva com o arroio. Lília Dal Corso Girardi, de 85 anos, é neta de João Corso – conheci-do como “Tega” pelos amigos –, que tinha terras cortadas pelo riacho. Ela se recorda da época em que os vizinhos

passavam pelo terreno do avô para buscar água para beber e para afazeres domésticos. “Os amigos do vô vinham aqui no Tega para lavar a roupa. Tinha um poço, umas duas quadras atrás da nossa casa, e todos da redondeza passa-vam aqui para para buscar água”, conta.

Outra neta de João Corso, Zélia Lourdes Dal Corso Panazol, de 88 anos, relembra de sua adolescência e de como se divertia com seus amigos no riacho.“Era um tempo muito legal. Quando tinha alguma mulher lavando roupa, nós pulávamos na água e mo-lhávamos elas. Ou, também, íamos nas margens do Tega e fazíamos um pique-nique. Sinto saudades disso”, relata.

Mas, desde o início do século XX, a qualidade da água já não era essas coi-sas. Sônia lembra que o Tega começou a se degradar ainda ainda na década de 1910 – situação que se agravou com o crescimento da cidade a ponto de torná-lo moribundo. “As primeiras

tecelagens começaram a jogar seus re-jeitos, vieram outras empresas e depois o esgoto, tudo isso contribuiu para o estado atual do riacho”, afirma.

Se depender das promessas do Ser-viço Autônomo Municipal de Água e Esgoto, o Tega voltará a ser o que era: o caxiense poderá usá-lo como área de lazer. Segundo a diretora substituta da divisão de esgotos do Samae, Maria do Carmo Suita, a nova estação de trata-mento de esgoto proporcionará uma estrutura que direcionará o esgoto para o tratamento. “Essa nova tubulação le-vará o esgoto para um lugar adequado. Como a poluição deixará de alcançar as águas do Tega, o próprio riacho conse-guirá se renovar”, garante.

Mas não vai ser tão cedo que os caxienses poderão preparar seus trajes para se resfrescar em plena área urbana de Caxias. Maria do Carmo avisa que o processo de recuperação do Tega levará anos.

Tega, década de 70 | Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami, Reprodução/O Caxiense

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um repórter no discurso de Obama

Robin Siteneski | Acervo pessoal/O Caxiense

Cannon House Office Building | Robin Siteneski/O Caxiense

6,5 hORAS NA vIDA DE...

Repórter da revista O CAXIENSE, Robin Siteneski recebeu uma missão que muitos jornalistas experientes sonham por toda a vida: em Washing-ton para um estágio na Scripps Howard Foundation Wire, ele foi convocado para acompanhar o State of the Union, o discurso anual do presidente norte-americano ao Congresso. A seguir, ele narra os bastidores da cobertura de um dos momentos políticos mais im-portantes do ano nos EUA, no dia 25 de janeiro:

16:15 Um dos 5 estagiários que iam comi-go, Salvador Guerrero, lembra de um conselho de um editor para disfarçar o inevitável entusiasmo para cobrir grandes eventos: “Aja como se já estivesse lá antes”. Pegamos o metrô até o Capitólio. Os ingressos para assistir ao State of the Union seriam distribuídos até as 17:00. A antessala da Press Gallery, no 3º andar, é divi-dida em 4 partes e ainda tem lareiras desativadas e cabines telefônicas que poderiam ajudar Clark Kent a se transformar em Superman. E já es-tava cheia. A 5 horas do State of the Union, resolvemos comer algo.

18:00Na volta, uma guarda disse que não podíamos voltar ao Capitólio. Minha pressão arterial subiu como se tivesse visto o fantasma de Abraham Lincoln. O ataque de choro foi evitado por ou-tro segurança, que nos deixou passar. 20:21Os primeiros 30 ingressos são cha-mados. O meu é o número 141. A Press Gallery fica acima do plenário e raramente aparece na TV. Fico na extrema direita do presidente, em pé atrás da última fileira dos 90 repórteres com assento. Quando a primeira-dama Michelle Obama entra, bato palmas um pouco e logo paro. Não devo, ninguém na Press Gallery o faz, exceto eu e outros estagiários. Se eu tivesse ouvido o conselho... Aos poucos, chegam sena-dores e a comitiva do presidente.

21:00 O presidente Barack Obama entra. Có-pias do discurso são distribuídas quase que imediatamente com a notificação EMBARGOED UNTIL DELIVERY. Posso ver a cabeça do presidente enquanto ele discursa, sem improvisos, em um tom que mistura o de um pai

xingando um filho mal criado (o Con-gresso que recusa o bipartidarismo) e um estadista tentando pintar o país de rosa por causa das eleições. Até a saída dele do Congresso, ninguém passa pelos corredores do Capitólio.

22:45Os corredores estão livres, mas não podemos usar os túneis para chegar ao Cannon House Office Building, onde redes de TV estão posicionadas para esperar os congressistas para entrevis-tas. Policiais restringem os acessos aos confusos corredores até a rua. São 16 redes de TV, cada uma com uma equipe de não mais do que 4 pessoas.Recebo uma lista de 17 congressistas que as emissoras da empresa querem entrevistas. Como não conheço nenhum dos listados, peço emprestado um livro com fotos. Tomo nota em português de características para tentar reconhecê-los. Não queria que eles pudessem enten-der coisas como “velho, usa peruca” ou “grande sorriso, pouco cabelo, magro”. Logo o Cannon Building começa a se esvaziar. Consigo chegar em dois: um senador e um deputado. Não é uma grande vitória, mas meu colega não conseguiu nenhum.

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BOAGENTE

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Para Elisa Costa Maffessoni, de 16 anos, ouvir que nasceu para esquentar a barriga no fogão pode soar como elogio. A guria, que é estudante do Serviço Na-cional de Aprendizagem Comercial (Senac Caxias) há pouco mais de um ano, já se mostrou uma chef de mão cheia. Em novembro, ela irá representar o Rio Grande do Sul nas Olimpíadas do Conhecimento, em São Pau-lo, disputando uma vaga no concurso WordSkills Amé-ricas, competição que serve de vitrine para mostrar os melhores em diversas modalidades profissionais.

A descoberta do dom veio quando criança, aos 6 anos. A avó, responsável pela cozinha – a mãe de Elisa trabalhava fora –, tomou por engano a dose errada de um remédio e ficou indisposta por 3 dias. Precisou da ajuda da garota para preparar o almoço. E Elisa foi pe-gando gosto pela coisa. Com 15 anos, fez seu primeiro curso: massas e molhos, no Senac. Depois, decidiu que queria fazer o curso de padeiro/confeiteiro, mas havia um obstáculo: a idade – só eram aceitos alunos a partir dos 16. Não fosse a mãe ter convencido a direção da escola, Elisa ainda não seria a melhor do Estado.

Mas não é só o incentivo da mãe que integra a receita da jovem chef. A carreira do namorado e professor de culinária de Elisa, Charlie Colonetti, é inspiração para conquistar títulos na cozinha. No ano passado, ele ven-ceu o reality show Super Chef, do programa Mais Você. É a cereja do bolo.

Uma chef entre troféus

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Livros para transformar as férias em uma viagem maior

No período de férias, a maioria das pessoas aproveita o tempo livre para viajar: uns pegam a estrada para se esbaldar nas águas do mar, outros mergulham em histórias. E a segunda viagem também cabe na primeira. Maria Helena Lacava, de 50 anos, homenageada na última Feira do Livro e guia turística de viagens pela literatura, dá as dicas para voar alto neste verão.

O Poder do Agora, de Eckhart Tolle. Recomendado para quem está de bem com vida ou no fundo do poço. Con-forme Maria Helena, o livro não está na seção de autoajuda, mas auxilia o leitor a desenvolver seu lado espiritual. 224 páginas. Editora Sextante.

Aléxandros, de Valério Massimo Man-fredi. O autor, um dos maiores pesqui-sadores da vida de Alexandre o Grande, romanceia a história do jovem príncipe da Macedônia. A trilogia é composta pelos títulos O sonho de Olympias (312 páginas), As Areias de Amon (352 páginas) e Os Confins do Mundo (412 páginas). Rocco.

A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr. O jornalista descobre o que aconteceu nos bastidores das campanhas presiden-ciais e revela documentos secretos sobre o maior assalto ao patrimônio público brasileiro. 344 páginas. Geração Edito-rial.

X da Questão, de Eike Batista. Em uma autobiografia que cabe em 160 páginas, o homem mais rico do Brasil conta como acumulou uma fortuna. O conselho é vendido para quem almeja ter muito dinheiro ou crescer na vida – quase todo mundo. Editora Sextante.

Em algum lugar do Paraíso, de Luis Fernando Veríssimo. Nesta obra, Verís-simo descreve a fantasia dos primeiros habitantes do planeta e o Paraíso antes de Eva. Segundo a livreira, ao mesmo tempo em que brinca com o mito, o livro estimula uma reflexão sobre amor e rela-cionamentos que permeiam a experiência humana. 200 páginas. Objetiva.

TOP5 CAMPUS Nada mais justo do que os acade-

micos de Design de Moda da UCS inventarem moda para mudar o vi-sual da sala do Diretório do curso. Para concluir a reforma do ambien-te, as dirigentes do D.A. estão arre-cadando fitas cassete. Quem quiser doar pode entrar em contato atra-vés do perfil do Diretório de Moda no Facebook.

+ VESTIBULARESFaculdade Anglo-AmericanoA primeira data do vestibular agendado é sexta (3), às 19:00, na sede da faculdade. Ainda este mês, o concurso também pode ser marcado para os dias 10, 17 e 24, sempre às 19:00. Inscrições pelo site www.angloame-ricano.edu.br .

Faculdade América LatinaAs inscrições se encerram nesta terça (7), e podem ser feitas pelo site www.americalati-na.edu.br. A taxa é de R$ 30. A prova será quinta-feira (9), às 19:00. Há vagas para Administração, Ciência Política, Design, Relações Internacionais, Jornalismo e Publi-cidade e Propaganda.

FTecAs incrições vão até o dia 7, pelo site www.ftec.com.br, e custam R$ 25,00. A prova é quarta (8), às 19:00. Há vagas nas áreas de Administração, Informática, Marketing, En-genharia, Moda e Design.

ANGLO AMERICANO. FEIJÓ JÚNIOR, 1049, 3536-4404 | FTEC. GUSTAVO RAMOS SEHBE, 107, 3027.1300 | FACULDADE AMÉRICA LATINA. MARECHAL FLORIANO 889, 3022-8600 | UCS. FRANCISCO GETÚ-LIO VARGAS, 1.130, 3218-2800

D.A. de Moda na Campanha da Fita K7

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93.fev.2012

“Os caxienses têm a cabeça aberta, isso vale muito para o crescimento do rugby”, diz o técnico neozelandês

Theo Bennett | Maurício Concatto/O Caxiense

Com alguns tropeços no português, compensados pela maneira de gesti-cular característica dos descendentes de italianos, o novo treinador do Serra Rugby, o neozelandês Theo Bennett, de 39 anos, pretende levar o nome do time ao topo da lista das melhores equipes do país. Em entrevista à revista O CAXIENSE, Bennett contou como foram seus primeiros dias à frente do time e como planeja transformar Caxias – e o Brasil – em território do rugby.

Como foi sua primeira semana como treinador do Serra?

Muito boa. Os jogadores foram muito receptivos e são também muito esforçados.

Com a sua grande experiência. tanto como jogador quanto como treinador, você poderia escolher qualquer equipe para treinar. Por que escolheu Caxias?

Não é só sobre Caxias, mas o Brasil também. É um país que tem muitas

oportunidades. Além disso, eu gosto de Caxias, eu já morava aqui. A cidade tem pessoas que trabalham muito. Isso é importante. Os caxienses têm a cabeça aberta, isso vale muito para o crescimento do rugby.

Que qualidades da cidade podem influenciar no desempenho do esporte?

A cidade tem uma cultura bem parecida com a dos italianos. Portanto, é muito aberta para novas coisas, assim como os italianos, que jogam tanto rugby quanto futebol.

Como se treina uma equipe que ficou 17 pontos abaixo do atual cam-peão gaúcho, ficando entre os piores classificados?

Com muito trabalho e motivação.

O rugby já é conhecido entre os caxienses?

Os caxienses conhecem o rugby da televisão, mas a maioria não associou que existem times aqui na Serra.

Você acredita que o rugby possa um dia estar no sangue dos brasileiros, assim como o futebol está?

Sim, porque assim que você começa a jogar ou acompanhar o rugby começa a gostar muito do esporte. É possível moldarmos jogadores de rugby com características bem brasileiras.

Qual seu maior objetivo?Fazer com que as pessoas gostem do

rugby.

Como você avalia as estruturas onde o time treina? O que falta?

Precisamos de mais gente que jogue. Gente com cabeça aberta. Tendo isso, as outras coisas virão com o tempo.

O caxiense tem fama de não ser

muito sociável, você concorda? Não, são pessoas muito abertas.

Quanto mais falar que eles são fecha-dos, mais serão. Estou aqui porque quero fazer o rugby caxiense crescer, não para avaliar o povo, que gosto muito.

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Apesar de ter sofrido desacelera-ção ao longo de 2011, a economia caxiense mantém seu destaque em comparação com o Estado e o país: o crescimento no ano passado foi de 6%, conforme a CIC e a CDL. O setor de serviços teve destaque, avançando 10,6%. O comércio teve alta de 6,5%. A indústria, o setor mais prejudicado pela crise da mão de obra, chegou aos 3,2%.

O Sindicato das Indústrias Me-talúrgicas de Caxias do Sul (Si-mecs) ainda está otimista. Prevê que o PIB das fábricas da região cresça entre 1,5% e 2,5% em 2012. Mas admite que, no pior dos ce-nários, o faturamento pode recuar até 2,4%. O temor é que a seca afe-te a venda de máquinas agrícolas.

A prefeitura de Caxias do Sul trabalha em um projeto que transformará o bairro São Pelegrino. O Largo da Estação, que será preparado para rece-ber feiras, ganhará mais cal-çadas e locais adequados para estacionamento. O Cameló-dromo mudará de endereço – o lugar ainda está em estudo –

para que a Rua Moreira César seja ampliada. Sob o comando da Secretaria do Planejamento, o pré-projeto já ganhou o “ok” do Iphan. Agora, o secretário Paulo Dahmer reforça a busca por recursos. Um dos candida-tos a financiamento é a Asso-ciação Latino-Americana de Integração.

É curiosa a tentativa do ex-vereador Moisés Paese de retomar à Câmara de Vereadores 3 meses depois da renún-cia, ocorrida durante o auge do escân-dalo provocado pela apresentação de atestados falsos. Se, mesmo sem man-dato, o pedetista já corria o risco de perder os direitos políticos por quebra de decoro, como ficaria a situação dele em uma improvável recuperação de mandato?

Quem souber usar com eficiência os recursos da in-ternet, como fez Barack Oba-ma nas eleições americanas de 2008, conseguirá fazer a diferença na escolha muni-cipal de outubro em Caxias do Sul. Atento ao potencial da web no município, o PSOL caxiense lançou um blog. Para quem quiser conferir: www.psolcaxiasdosul.com.

O novo presidente do Tri-bunal de Justiça, desembarga-dor Marcelo Bandeira Pereira, tem dupla ligação com Caxias. Como juiz, atuou na cidade. Agora, mantém o vínculo: a filha Fernanda é promotora aqui. Pereira está no centro de uma posse controversa. Ele chegou a ser empossado na quarta (1º), mas horas depois o STF suspendeu a cerimônia.

Durante o anúncio da joint venture com a norte americana Navistar, na última quarta (1º), o presidente da Neobus, Edson Tomiello, revelou que a empre-sa também pretende avançar na área de veículos pesados. A produção de ônibus rodoviários deve se iniciar ainda no primei-

ro semestre de 2012. Tomiello está confiante que, somada à venda de ônibus completos – re-sultado da união com a Navistar –, os produtos para passageiros de médias e longas viagens de-vem elevar a receita da empresa – que hoje gira em torno de R$ 470 milhões – para R$ 1 bilhão.

Transformação do São Pelegrino

Volta intriganteA lição de Obama Elo com Caxias

O arrojo da Neobus

Em alta

Apreensão

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PLENARIO

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113.fev.2012

O luxo veraneia em condomínio

fechadoCaxienses surfam na nova onda gaúcha: trocam as casas tradicionais por moradias

nas áreas de alto padrão e mudam o jeito de veranear. Com tanta segurança e conforto, já não dá tanta vontade de ir ao mar. Mas nem tudo é tão impecável como

os gramados desses espaços. Especialistas temem que empreendimentos isolem veranistas e barrem o contato com outras classes sociais, ampliando a intolerância

por Rafael Machado

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manutenção de uma casa no OceanSide Sea Club, condomínio fechado de alto padrão na praia de Itapeva, em Torres, os proprietários desembolsam R$ 338 mensais, totalizando R$ 4.056 por ano. Ou seja: para manter uma casa no local durante o ano inteiro, gasta-se o mesmo valor que seria utilizado para acampar em uma praia gaúcha durante 67 dias, em 3 pessoas, tomando como base uma média diária de R$ 20 por pessoa.

Mas, para que a temporada nessas luxuosas áreas seja o maior barato, os veranistas precisam antes pôr a mão no bolso – e bem fundo. Só o terreno varia entre R$ 200 mil e R$ 800 mil, depen-dendo da localização. Já as casas preci-sam ser construídas em alvenaria e ter pelo menos 150 metros quadrados. Há moradias que custam até R$ 2 milhões. É para quem pode. E quem pode garan-te: vale a pena. Eles têm a tranquilidade de deixar os filhos brincar à solta sem medo da insegurança e contam com tantas opções de lazer e conforto que, às vezes, nem dá vontade de ir à praia. Com essas vantagens, os condomínios fechados são a nova onda no litoral e transformam o jeito de veranear.

Quem chega ao OceanSide Sea Club nem tem tempo para reparar nos muros em volta: entra em um mundo à parte. O som do mar soa como música para apreciar as sinuosas linhas que moldam as ruas do condomínio. O sol ilumina as casas, todas com mais de um andar, espaçosas e com vidro para garantir o deleite das belezas do local. Balen – empresário de 54 anos de Caxias do Sul que, reservado, pediu para que seu

primeiro nome não fosse divulgado –, interrompe um jogo de vôlei com os fi-lhos e uma amiga deles para receber O CAXIENSE. E já começa a enumerar as vantagens de ter casa ali. “O que mais gosto é que podemos deixar os filhos soltos. Até os cachorros ficam soltos. Quero poder criar os meus filhos como eu fui criado: livre. O condomínio é ba-rato por tudo que temos”, diz.

É bem diferente dos anos em que ve-raneava na praia de Paraíso, bem perto do condomínio. Segundo ele, hábitos como andar de bicicleta, deixar a casa aberta e ficar na rua em qualquer horá-rio não podiam ser cultivados.“A casa do meu pai foi a quarta construída na praia e durante 52 anos passei o verão lá, em Paraíso, mas não havia seguran-ça. Já fomos até assaltados”, conta.

Ao fundo, as crianças recolhiam a bola e corriam atrás de Balen para acompanhar as palavras dele. Descon-traídos, os 2 filhos e uma amiga deles convidam os visitantes para participar da brincadeira. “É muito prático vir para cá. Saio de Caxias às 17:30 e chego aqui às 19:30. Ninguém sai do condo-mínio, é tudo muito cômodo e tranqui-lo, tem até um local para pesca, já com as varas prontas para quem quiser pes-car. O banho de mar continua sendo um hábito das crianças. No espaço cercado destinado aos moradores do condomí-nio, não precisamos nem nos preocupar com mesas, cadeiras ou guarda-sol. Os funcionários deixam tudo pronto para nós”, acrescenta Balen.

Suado e sorridente, ele convida os repórteres para entrar. Queria mostrar um dos seus motivos de orgulho, exi

O que você prefere: passar uma temporada acampando na praia com mais duas pessoas ou ter à sua disposição duran-te o ano todo uma casa em um local reservado, com segu-rança 24 horas, clube particular e área de lazer à beira-mar? Com o mesmo valor, é possível ter ambos. Com o custo de

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Crianças da família Balen com amiga em condomínio de Torres |Maurício Concatto/O Caxiense

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bidos na estante. São troféus, confec-cionados em vidro, conquistados em torneios de sinuca promovidos entre os condôminos.

Em seguida, abrindo uma geladeira repleta de bebidas, oferece uma água e conduz os convidados para a área exter-na. Agora mostra outro motivo de orgu-lho. “Este é meu brinquedinho”, afirma, apontando para o jet sky, devidamente personalizado com o nome Balen es-tampado na parte frontal.

Tudo parece ser agradável para quem visita o OceanSide Sea Club. Uma volta pelo condomínio proporciona um en-contro com a natureza. Cruzando o em-preendimento em diagonal, uma lagoa de água azul-escura, contornada por uma grama impecavelmente aparada e embelezada por coqueiros, tem como trilha sonora o canto das gaivotas, visi-tantes do local. A piscina do clube está diretamente ligada a uma das extremi-dades da lagoa.

Em uma mesa em frente ao restau-rante do clube, curtindo a sombra e des-frutando da companhia dos familiares, o empresário Herberto Heinen, 53 anos, e a mulher Cristina Cemin, também de 53 anos, exaltam as maravilhas do lu-gar. “Deveriam copiar esse modelo e

implantar em Caxias. Lá, moramos em apartamento, por causa da falta de segu-rança. Aqui, podemos deixar as portas abertas, as bicicletas na frente de casa e fazer novas amizades”, afirma Heinen. A opção do OceanSide também aproxi-mou a família da praia, permitindo um aproveitamento melhor das benesses do Litoral. O empresário vendeu uma casa na praia de Palmas, na cidade ca-tarinense de Governador Celso Ramos, para construir no condomínio fechado.

Heinen é o “patrocinador” dos tor-neios de sinuca promovidos pelos condôminos. Sócio de uma fábrica de vidros em Caxias, ele providencia os troféus para cada competição. Os jogos ocorrem nas casas dos participantes. Cada um tem sua mesa de sinuca, um canto para os tacos e, quando se encon-tram, os jogadores brincam.

“Fiquei sabendo que andou treinando para me enfrentar”, diziam um ao outro quando se cruzam.

Os esportes estão por todos os lados no condomínio. Há redes de vôlei, qua-dras de tênis, campo de futebol: tudo para promover a integração entre os moradores.

Foi com a premissa de valorizar as-pectos como esse que a Era dos Condo-mínios Fechados começou no Litoral.

Construído em 1995 e com 377 casas, o Xangri-lá Villas Resort, em Xangri-lá, aparece entre os primeiros. Quase 2 décadas depois, o segmento explodiu. O Sindicato da Construção Civil (Sin-duscon) não tem a conta do número de empreendimentos, mas profissionais como o engenheiro Rodrigo Benedet Maureira monitoram a área e calculam 35 condomínios nas praias gaúchas, en-tre construídos e em obras – a maioria em Xangri-lá e Capão da Canoa. “Este ano, teremos a construção de cerca de 400 casas de alto padrão nessas duas cidades”, estima Maureira, responsável pelo projeto do OceanSide.

Quem não está com o bolso prepa-rado para um alto investimento pode aproveitar opções mais acessíveis – que não oferecem tanto luxo, mas também têm a segurança e o lazer como atrati-vos. No residencial Schaly, em Arroio do Sal, a diária em um sobrado de 2 quartos sai por R$ 150. Com 17 imóveis – todos para aluguel –, o espaço conta com vigilância monitorada 24 horas, piscina, sala de jogos, estacionamento, quiosque com churrasqueira e play-ground. Está localizado a duas quadras do mar.

Entre os sobrados, há um amplo espa-

Família de Rogério Parise em Arroio do Sal |Maurício Concatto/O Caxiense

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Profissionais que monitoram o

mercado calcu-lam que o Litoral tenha pelo menos

35 condomínios fechados – e o

número não para de aumentar

ço gramado, brinquedos para as crian-ças, banquinhos e mesas que convidam as pessoas a confraternizar. Há servi-ços permanentes de manutenção, com cortes de grama, limpeza da piscina e demais dependências de lazer, serviço feito pelos donos do condomínio. Tudo incluído no preço.

Um pedestre que passeia pelo local irá cruzar por crianças brincando na piscina, pessoas se cumprimentando e outros hábitos que só se costuma ver em cidades pequenas. O pátio é todo ilu-minado para garantir a convivência na área externa durante a noite, e as mesas também são cenários de jogos de cartas a qualquer hora da noite ou do dia.

Satisfeito com o conforto, o empresá-rio Rogério Parise, de 48 anos, veraneia pela 4ª vez no condomínio. De chinelos, bermuda e camisa do Caxias, ele expli-ca por quê: “Gostamos principalmente pela segurança para as crianças (Ge-orgia, de 12 anos, e Ana Carolina, de 5 anos). Os carros também ficam guarda-dos de forma segura. O serviço é muito bom. A limpeza da piscina, por exem-plo, é feita duas vezes por dia”.

A analista de comunicação Clair Pa-rise, de 44 anos, desce do 2º andar do sobrado e complementa as observações do marido. “Ainda cultivamos o hábito de ir à praia com as crianças e, quando estamos aqui no condomínio, elas ficam na piscina. Encontramos aqui sempre a mesma turma, fazemos novos amigos e as crianças também construíram um circulo de amizades bem legal. An-

tes ficávamos em casas ou hotéis, mas acreditamos que vale pagar um pouco a mais para ficar aqui”, conta.

Não é difícil perceber o clima familiar descrito por Clair. Todos se conhecem pelo nome, circulam livremente entre os sobrados, conversam e dão risada. “Alugando uma casa ou apartamen-to fora de condomínio, ficamos muito isolados. Aqui, vêm sempre as mesmas pessoas e acabamos conhecendo todas. Eu venho aqui há 3 anos. Agora vamos à praia menos do que antes, pois as crian-ças aproveitam mais aqui no condomí-nio”, afirma a comerciária Idiane Fátima Kriger, de 48 anos, de Caxias.

Para a socióloga Lorena Holzmann, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a afinida-de entre os veranistas dos condomínios fechados, embora sirva como fator mo-tivacional para as pessoas optarem por essa modalidade de lazer, pode limitar o convívio com outras faixas sociais. “A concepção e concretização desses espa-ços de moradia modifica hábitos e apro-xima os condôminos, que tendem a ser iguais, de um mesmo perfil social. Logo, pouco pode contribuir para o cresci-mento através de experiências pessoais, já que as diferenças são enriquecedoras para o questionamentos de convicções e o exercício da tolerância”, analisa.

Ela questiona também o aspecto da segurança, tão valorizada pelas pessoas quer optam por esse estilo de veraneio. “Os condomínios não são expressão

do todo social, são uma parte dele, fe-chada, que se julga protegida dentro de seus muros, o que é pura ilusão. Quem sustenta a infraestrutura desses empre-endimentos são as domésticas, os segu-ranças, jardineiros e outros”, diz.

Além do aspecto social, os condo-mínios fechados recebem críticas pelo impacto ambiental. Para a construção de um desses empreendimentos, as in-corporadoras têm de se adequar a uma série de normas definidas pela Funda-ção Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), além de realizar estudos para minimização de barreiras visuais e preservação da fai-xa de praia, entre outros aspectos. As construtoras se queixam do excesso de exigências. “As leis são muito rígidas, e nesses casos temos que contratar em-presas especializadas para estudar as formas de adequar os projetos à legisla-ção”, diz Gilberto Baron, sócio-proprie-tário da construtora Habitas, de Caxias do Sul.

E a polêmica tende a aumentar com o avanço dos condomínios fechados na orla gaúcha. Construtoras encaminham dezenas de projetos para construí-los nos próximos anos. Em Arroio do Sal, só um empreendimento, que já con-quistou licença prévia, terá 600 casas. A 2Day Consultoria, que realizou os es-tudos de mercado para o projeto, prevê que o condomínio tenha lançamento em 2013.

E você, vai veranear onde?

A preocupação com segurança no Schaly |Maurício Concatto/O Caxiense

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Ao refazer o passo dos principais personagens de uma tragédia que revoltou o Estado, O CAXIENSE revela os bastidores da investigação e conta a dor das famílias do empresário e dos 2 adolescentes mortos

10 DIAS NAESCURIDÃODE UM ABISMO

por Fabiana Seferin

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173.fev.2012

O telefonema para o ma-rido, o empresário Gilson Fernandes, havia sido ob-jetivo até aquele momento. Ronize, de 38 anos, ouvia

detalhes da viagem que ele fizera de vol-ta a Caxias na companhia do filho Viní-cius, de 14 anos, por quase 6 horas. Mas o marido vem com uma pergunta que a surpreende: “Adivinha quem estava no portão de casa?”

Sem ter ideia de quem pudesse ser, ela chuta um nome. Erra a resposta.

“Não, era o Luciano (Boles, ex-funcio-nário da empresa de eletrotécnica da fa-mília). Ele veio devolver o uniforme da firma e foi embora”, esclarece o marido.

Rozine está na casa dos pais, na área rural do município de XV de Novem-bro. Acompanhada de Gilson, de Vini-cius e da filha Ingridi, ela havia viajado à cidade na sexta-feira para uma for-matura no município vizinho, São Luiz Gonzaga. Gilson e o filho voltaram no domingo, logo após o almoço. A mulher e a filha ficariam mais uns dias na casa dos pais, como faziam todos os anos.

Ao anoitecer, o casal volta

a conversar por telefone. O telefonema dura minutos. É tempo suficiente para o marido relatar o dia e pro-

gramar a viagem de férias que a família faria em 2 de fevereiro. Em seguida, ela

se despede de Gilson. Para sempre.

O relógio marca 21:00, e nada de Gilson ligar. Ronize pensa que ele poderia estar adiantando o serviço para sair de férias tranquilo. A

mulher está enganada. Sua família está sendo assaltada e morta por ex-funcio-nários da empresa.

Meia hora antes, Boles, que havia mo-rado com a família, e Reis havia cami-nhado do bairro De Zorzi até a casa de Ronize, em São Luiz da 6ª Légua, região do bairro Cruzeiro. Encontram na casa apenas Vinícius e o amigo Germano Ioris de Oliveira, de 13 anos. O filho pede para dupla, conhecida da família, esperar até a volta do pai. Assim que re-torna, o empresário leva os amigos para o escritório. Lá, começa a discussão. A dupla imobiliza Gilson e o enforca com uma camiseta. Os adolescentes só sus-peitam que há algo errado quando os assassinos deixam o ambiente. Germa-no e Vinícius também são sufocados.

Reis e Boles colocam os corpos em sacos utilizados para equipamentos eletrônicos e os transportam dentro do utilitário Kangoo. A cerca de 14 quilô-metros da moradia, jogam os corpos em um penhasco que dá acesso a um lixão clandestino, em Santa Lúcia do Piaí. O crime ainda não acaba. Eles voltam à casa da família e roubam diversos ob-jetos – até uma bola 9 do jogo de sinu-

ca. Ao tentar entender por que ladrões roubaram um objeto como esse, dias depois, Ronize formula uma hipótese. Levar a bola 9 passaria um recado: “eles tinham ganhado o jogo”.

Às 7:00, o latido de ca-chorros chama a atenção da vizinha Silvana Boone, de 44 anos. Ela olha pela jane-la e nota que os funcioná-

rios da empresa estão no lado de fora. Em frente ao escritório, após muitas tentativas, a empregada Rosane, com a ajuda de colegas, arromba a porta que dá à empresa. O escritório está revira-do. Imediatamente, liga para polícia. A Delegacia de Furtos, Roubos Entorpe-centes e Capturas (Defrec) envia uma equipe para o local. Silvana faz a conta: em menos de 3 horas, 6 viaturas chegam à casa.

Depois da perícia, a Polícia Civil iso-la a residência. Pelas características da cena do crime, os investigadores lançam 3 hipóteses: extorsão e sequestro; latro-cínio; e homicídio por vingança. Os vi-zinhos começam a ser ouvidos. O setor de Inteligência da Brigada Militar (co-nhecida como P2) também faz a busca.

Pouco antes do meio-dia, Ronize re-cebe o aviso sobre o desaparecimento do marido, do filho e do vizinho. Não tem dúvidas. É hora de voltar para Ca-xias. Durante a viagem de quase 6 horas na companhia dos irmãos, inúmeras

Com um tom baixo na voz e uma expressão de tranquilidade no rosto, sentado no meio da sala de sua pequena casa no bairro De Zorzi, Lucas eduardo Macedo do Reis, de 24 anos, confessou ter sido um dos autores do triplo homicídio que revoltou Ca-xias por sua brutalidade e motivação fútil. A confissão na tarde de sexta-feira (27) e a prisão do comparsa Luciano Dickel Boles, de 31 anos, na segunda-feira (30), co-locaram fim a um mistério que desafiou autoridades e mobilizou a comunidade. Ao ouvir parentes, testemunhas, policiais e ter acesso a dados inéditos das investiga-ções, O CAXIeNSe refaz os 10 dias de um drama que Caxias irá demorar para superar.

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Precipício onde foram encontrados os corpos |Brigada Militar, Divulgação/O Caxiense

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Gilson com a família (acima) e os amigos Vinícius e Germano (abaixo) |Arquivo pessoal/O Caxiense

Ronize |Maurício Concatto/O Caxiense

versões do que poderia ter aconte-cido chegam aos seus ouvidos. “Teve um momento que me informaram que Vinícius estaria na casa de um parente. Fiquei mais aliviada, pensei que pelo menos um havia se salvado”, conta.

Enquanto Ronize viaja, os pais de Germano tomam conhecimento do de-saparecimento do filho. Até então, eles achavam que o menino estava na casa do amigo Vinícius, onde passaria a noite e retornaria apenas ao meio-dia. Quando ouvem sobre as suspeitas de sequestro, desesperam-se.

A Polícia Civil reforça a investigação, mobilizando todas as delegacias da cida-de. Ronize e outras pessoas prestam depoimento.

O sumiço de bens da casa e o depoi-mento da empregada levam a Brigada a crer que poderia se tratar de vingança. Por precaução, a Polícia Civil mantêm as 3 linhas de investigação. “Enquanto não houver corpos, nada é descartado”, diz o delegado Caio Fernandes.

Em uma reunião matinal, os inte-

grantes do Setor de Inteligência da Bri-gada Militar descartam a hipótese de se-questro, segundo o chefe, capitão Flori Quesani. Se já passou quase um dia do desaparecimento, por que os bandidos ainda não fizeram contato?

Conhecidos e familiares tentam aju-dar compartilhando informações e fotos para ajudar na localização do empresário e dos 2 adolescentes.  Eles também disponibilizam cadeiras, água e comida aos policiais e familiares que fazem vigília em frente à casa.

A mãe de Germano se agarra à espe-rança. Em conversa com a professora Silvana, conta que os bandidos teriam roubado balas, biscoitos e brinquedos. “É para alimentar e distrair os meninos no cativeiro”, defende a mãe da vítima.

Um policial do setor de inteligência de Porto Alegre e conhecido de uma das ví-timas entra em contato com a Brigada de Caxias. Por in-

termédio dele, a BM consegue falar com Ronize. O diálogo se torna chave para esclarecer o crime. “A conversa teve um

tom mais informal, e a mulher se sentiu mais à vontade. Ela nos forneceu infor-mações que foram fundamentais para chegarmos aos suspeitos: revelou que Boles havia os ajudado a instalar o sis-tema de segurança da casa e que tinha acesso ao back-up das gravações. Ela descreveu também todos os objetos que haviam sido roubados, incluindo tape-tes e cobertores. Neste momento, tive-mos certeza que eles estavam mortos, pois os objetos deveriam ter sido usados para transportar os corpos”, sentencia Quesani.

Por volta das 17:00, a P2 manda po-liciais à paisana até a casa de Boles. O jovem dividia com Reis uma moradia dentro de lotes populares no bairro De Zorzi. Lá, através da janela basculante, percebem objetos que se assemelham aos roubados. Nesse meio tempo, Reis chega em casa. Os policiais começam a pressioná-lo. Ele cede e confessa a procedência dos objetos. A Brigada Militar insiste.

“O que quero saber é onde estão os 3 corpos. Não precisa entrar em deta-lhes, só me diga onde estão os 3 cor-

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pos”, tenta o policial. “Se eu disser você não vai achar”,

responde Reis. Ao falar sobre os corpos, o suspeito

admitia o assassinato. Mas o interro-gador queria ter a certeza.

“Eles estão mortos?”, pergunta.“Tão!”, o suspeito responde, em um

tom de voz baixa. “Por que eu não vou achar? Onde

foi isso aí? Na ida pra Santa Lúcia do Piaí?”, pressiona.

“No barranco, ali”, esclarece.Com essas informações, a P2 avisa a

Patrulha Ambiental, o Corpo de Bom-beiros e a Polícia Civil, que se deslo-cam ao local. Com a ajuda de cordas, os bombeiros levam quase 6 horas para conseguir resgatar os corpos que estavam em meio ao lixo.

Levado à delegacia, Reis presta de-poimento oficial e aponta Boles como participante do crime. Os relatos am-pliam a convicção de uma parcela de policiais de que os jovens agiram por vingança – e de forma premeditada. Os amigos tiraram fotos do lixão onde os policiais iriam encontrar os corpos. Também treinaram “gravatas” entre si.

Segundo o capitão Quesani, a dupla desejava abrir uma empresa concor-rente e havia visitado o empresário com a intenção declarada de cobrar o pagamento do FGTS, que estaria em atraso. Foi aí que começou o desen-tendimento. O delegado Caio Márcio Fernandes, da Defrec, evita confirmar a hipótese e a motivação do crime – se os jovens entraram com a intenção de matar ou pretendiam apenas roubar.

Por volta das 19:00, Ronize recebe a visita de Nei, um amigo da família. Ela está no quarto. “Nei entrou e disse que sonhou com Gilson. No sonho, Nei disse que ele e Vinícius estavam bem”, relembra a mulher.

As frases do amigo a emocionam. “Depois, ele contou que haviam en-contrado os corpos. Fiquei sem ação. Foi horrível, sempre tive esperança de encontrá-los vivos”, recorda.

Para tentar reduzir o impacto, Ingri-di ouve a notícia das mortes do pai e do irmão por meio de uma psicóloga, irmã da vizinha Silvana, que também dava apoio à família.

Os corpos são velados. Germano Ioris de Oliveira é cremado no Crematório São José. Pai e filho são velados junto à igreja da comunida-de de São Luiz da 6ª Légua

e enterrados no cemitério da própria comunidade.

Durante o velório, ninguém lembra do aniversário de uma das irmãs de Ronize, nem mesmo a aniversarian-te. A família está tão abalada com os acontecimentos do últimos dias que se perde no tempo.

Ronize fica em casa na companhia dos irmãos. Eles limpam e arrumam a casa. Ela tenta ser forte na maior parte do dia, mas há

momentos em que cai em lágrimas. O quarto do filho, seus brinquedinhos: tudo está do mesmo jeito. Ronize chora ao lembrar do marido român-tico que a surpreendia a cada dia, e ao recordar que Vinicinhos, como o chamava, gostava de passar horas em frente ao computador brincando com o amigo Germano.

Momentos de altos e bai-xos acompanham Ronize o dia todo. Ela recebe visitas de amigos e familiares. As irmãs não a deixam sozi-

nha por um minuto, distraem-na o tempo todo. As buscas do segundo suspeito terminam às 18:00 em Santa Maria. Boles acaba capturado na casa de uma namorada. Ele passa a noite em viagem, conduzido pela polícia.

O depoimento de Boles começa cedo, às 6:00. São mais de 8 horas de inter-rogatório. No começo, ele nega envolvimento com o crime. À tarde, após a di-

vulgação das imagens das câmeras de segurança, nas quais ele e o comparsa aparecem, ele não tem como negar.

Enquanto isso, a família de Ronize tenta se reorganizar. Uma das irmãs e o marido decidem morar com ela. Ronize começa a tomar conta dos ne-gócios da família, enquanto as irmãs preparam o almoço e arrumam a casa. “Tenho uma filha que precisa de mim. Tenho que trabalhar.”

As lembranças voltam à memória a todo o momento: recorda-se de como conheceu o marido, há 19 anos, de como o filho se divertia com o video-game e os carrinhos de coleção. “Éra-mos muito felizes. Perdi meu filho e marido pela cobiça dos outros. Mas não quero o mal de ninguém. Só quero viver em paz.”

Lucas Eduardo Macedo do Reis, de 24 anos. Autor confesso

dos assassinatos |Brigada Militar, reprodução/O Caxiense

Luciano Dickel Boles, de 31 anos, ex-funcionário do empresário e um dos

autores confessos dos homicídios | Reprodução/O Caxiense

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PLATEIADemónios na itália, mistérios na ilha | BomBacha na praia | analista exploraDo e Velha DesBocaDa | segreDos em exposição

A grande estreia dos cinemas caxien-ses esta semana não é nenhuma novi-dade – na Nova Zelândia, por exemplo, chegou ainda em agosto de 2011 –, mas há 21 anos arranca suspiros de crian-ças e adultos: A Bela e A Fera, um dos maiores sucessos da Disney, volta às te-lonas em 3D.

Baseado em um tradicional conto de fadas francês dos idos de 1700, o texto virou película cult ainda em 1946, pe-las mãos do cineasta Jean Cocteau. Em 1991, a Walt Disney Feature Animation popularizou a história ao fazer dela seu 30° filme de animação, que marcou a história da sétima arte como o primeiro longa do gênero indicado ao Oscar de Melhor Filme, além de vencer o prêmio de Melhor Canção.

Na trama, um príncipe que não tem amor no coração é amaldiçoado por uma feiticeira e transformado em fera, vivendo sozinho e isolado em seu cas-

telo. O feitiço só será quebrado quando ele encontrar e conquistar o verdadeiro amor.

O pai de Bela, um pobre mercador, acaba aprisionado no castelo da Fera por cortar uma rosa do jardim. Deses-perada, a garota vai até o castelo e se oferece para tomar o lugar o pai, acredi-tando que o monstro irá devorá-la.

Porém, ocorre exatamente o oposto: a jovem descobre um peculiar mundo. Faz muitos amigos entre os funcioná-rios encantados do lugar, como a cha-leira Mrs. Potts, o candelabro Lumière e a pequenina xícara de café Chip – o momento em que ela os descobre, aliás, é um dos mais fascinantes do filme.

A Fera, porém, furiosa e desespera-da pela longa duração do encanto, ten-ta obter o amor de Bela à força e não gentilmente. Aos poucos, o monstro vai permitindo que a garota desper-te em seu coração sentimentos e sen-

sibilidade, e ambos aprendem que a verdadeira beleza está muito além das aparências.

Quando estreou em 1991, A Bela e A Fera arrecadou nas bilheterias do mun-do todo em torno de US$ 400 milhões. A animação já é a segunda a ser relan-çada pela Disney em formato 3D. O Rei Leão, outro sucesso que voltou aos ci-nemas em 2011, faturou quase o dobro previsto pela empresa apenas no final de semana de estreia, liderando as bilhete-rias americanas. A Bela e A Fera deve seguir o mesmo caminho, impulsionada por eternos fãs (de todas as idades) da história de amor entre a linda jovem e o cavalheiro monstro.

IGUATEMI (3D) 14:20-16:50-19:30-19:10 CINÉPOLIS (3D)13:10-15:10-17:10-19:30

L 1:32

Bela como sempre, fera como nunca

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CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Sam WORThINGTON. Elizabeth BANkS. De Asger LEThMILLENIUM – OS HOMENS QUE NÃO AMA-VAM AS MULHERES

Baseado no livro homônimo da trilogia Mille-nium, do sueco Stieg Larsson. O jornalista Mikael Blomkvist (Daniel Craig) viaja para uma ilha no interior da Suécia e investiga um assassinato que ocorreu há 40 anos, ao lado da conturbada inves-tigadora Lisbeth Salander (Rooney Mara). Rooney, indicada ao Oscar de Melhor Atriz, raspou o cabe-lo, descoloriu as sobrancelhas, tatuou temporaria-mente um dragão nas costas, teve quatro lugares do corpo cobertos por piercings, fez aulas de kick boxing e skate para viver a personagem. Disputa o Oscar em outras 4 categorias. 2ª semana.

CINÉPOLIS 12:20-15:30-18:50-22:10 IGUATEMI 13:20-21:15 16 1:38

Sam WORThINGTON. Elizabeth BANkS. De Asger LEThÀ BEIRA DO ABISMO

Enquanto todos os olhos de Nova York estão vol-tados para o parapeito do 20° andar de um prédio em Manhattan, onde o ex-policial condenado à pri-são Nick Cassidy (Sam Worthington, o eterno Jake Sully de Avatar) ameaça suicídio, ninguém percebe o roubo do diamente mais caro do mundo. O ve-terano Ed Harris, que interpreta o dono da valiosa pedra, diz que o filme não é profundo nem tenta passar alguma lição de moral, mas é divertido. 3ª semana.

IGUATEMI 14:30-16:40-19:15-21:40 CINÉPOLIS 12:40-15:40-19:10-22:20

16 1:42

Fernanda ANDRADE. Simon QUARTERMAN. De William BRENT BELLFILHA DO MAL

Na Itália, uma mulher se envolve em uma série de exorcismos enquanto tenta salvar sua mãe, que supostamente matou três pessoas durante seu próprio exorcismo e continua possuída por 4 demônios diferentes. A “filha do mal” Isabella Rossi é interpretada pela brasileira Fernanda Andrade, estreante no cinema mas com passagem por séries como CSI, Law & Order e The Mentalist. Simon Quarterman é o padre Ben Rawlings, que mistura ciência e religião para exe-cutar exorcismos mais efetivos (?!) e roteiros um tanto quanto bizarros. Estreia.

IGUATEMI 14:00-16:00-18:00-20:00-22:00 CINÉPOLIS 14:00-16:00-18:00-20:00-22:00

16 1:38

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233.fev.2012

J EDGARO filme conta a história de John Edgar Hoover, que durante 48

anos foi o todo poderoso do FBI. Interpretado pelo bonitinho Leo-nardo Di Caprio, Hoover era feio e antipático, e manteve-se no car-go porque tinha um dossiê secreto sobre os segredos dos outros ho-mens poderosos dos Estados Unidos. A crítica especializada torceu o nariz para a direção de Clint Eastwood e para o roteiro de Dustin Lance Black (Milk), que transformou a história em um monótono drama gay. 2ª semana..

CINÉPOLIS 13:20-18:40 12 2:17

George CLOONEY. Patricia hASTLE. De Alexander PAYNE.

OS DESCENDENTES George Clooney é Matthew King, um milionário havaiano, advo-

gado e agente imobiliário, no centro de uma crise familiar. Depois que sua esposa, Elizabeth (Patricia Hastle), entra em coma após um acidente de barco, ele resolve reexaminar seu passado. Dirigido por Alexander Payne (Sideways – Entre Umas e Outras), o drama tem seus toques de comédia. Concorre ao Oscar em cinco categorias, entre elas Melhor Diretor, Filme e Ator (Clooney). 2ª semana.

IGUATEMI 16:15-18:50 CINÉPOLIS 16:10-21:40

12 1:55

SHERLOCK HOLMES: O JOGO DE SOMBRASSNo caso mais difícil de sua carreira, o detetive mais inteligente da

Grã-Bretanha enfrenta um temível adversário: Professor Moriarty (Jared Harris) é Sherlock Holmes (Robert Downey Jr.) ao contrá-rio, ou seja, um gênio do crime. O suposto suicídio do príncipe da Áustria dá início a uma série de mortes que vão atormentar Hol-mes, com direito a cenas de ação que levam a plateia ao delírio. 4ª semana.

IGUATEMI 19:00-21:30 12 1:55

AS AVENTURAS DE TINTIN: O SEGREDO DE LICORNEO repórter Tintin descobre um mapa dentro de um navio em

miniatura e parte para uma aventura em alto-mar ao lado do seu fiel cachorrinho Milu e do seu amigo capitão Haddock. O grupo, porém, vira alvo de sequestradores que querem roubar o tesouro. Apadrinhado por dois magos do cinema de ficção e fantasia, Steven Spielberg e Peter Jackson, o francesinho de calças curtas venceu o Globo de Ouro de Melhor Animação. 3ª semana.

★ ★ ★ ★ ★IGUATEMI (3D) 21:50 CINÉPOLIS (3D) 21:30

1:27

Josh hUTChERSON. Dwayne JOhNSON. Vanessa hUDGENS. De Brad PEYTONVIAGEM 2: A ILHA MISTERIOSA 3D

O jovem Sean Anderson e o namorado de sua mãe saem em missão para procurar o avô do garoto, perdido em uma ilha mítica. Apesar do título, Viagem 2 não é exatamente uma continuação de Viagem ao Centro da Terra. Está mais para um caldeirão de referências que mistura a mitológica Atlantis, insetos fluorescentes de Avatar, lagartos pré-histó-ricos do Parque dos Dinossauros, voos em abelhas gigantes no melhor estilo Querida, Encolhi as Crianças e mini-ele-fantes (?). Estreia.

IGUATEMI 14:10-16:30-18:30-20:45 CINÉPO-LIS 1:34-12:30-14:40-16:50-19:00-21:10

1:27

ALVIN E OS ESQUILOS 3Lost, Titanic, A Lagoa Azul, O Senhor dos Anéis, Indiana Jo-

nes e... Glee. Sim, senhores. Além das encrencas de Alvin e seus amigos – desta vez, em uma ilha deserta –, boa parte do sucesso da franquia se deve às versões de sucessos do pop interpretados pela vozinha tão-irritante-que-até-fica-legal das Esquiletes. O repertório do show vai desde I’m a survivor, do Destiny’s Child (que revelou a diva Beyoncé) e Bad Romance, de Lady Gaga. 7ª semana.

IGUATEMI 13:30-15:20-17:10 1:27

ESSES AMORESlva Lemoine pode até ter facilidade para se apaixonar, mas tem o

dom para relacionamentos difíceis. Durante a 2ª Guerra Mundial, em plena França dominada pelos alemães, ela cai de amores por um nazista. Depois, é salva por dois soldados americanos e se apaixona por ambos. Mas sua indecisão faz com que os amigos iniciem uma disputa particular. Com direção de Claude Lelouch, o filme é uma homenagem ao cinema. Última semana.

ORDOVÁS SEX (3). 19:30. SÁB. (4) e DOM. (5) 20:00

12 1:02

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Esqueça a canga e use as bombachas como saída de praia neste final de semana. O acordeonista Renato Borghetti se apresenta na Praça da Prainha, em Torres, neste sábado (4), a partir das 21:00. O evento faz parte do projeto Música no Litoral, promovido pelo Sesc, que já levou o artista também para as praias do Cassino e de Atlântida. A entrada é livre.

Borghettinho fará o show Andanças, uma coletânea dos maiores sucessos de seus últimos 10 anos de carreira. O espetáculo pretende mostrar ao público as mais diversas experiências da música instrumental gaúcha. Este é o último show do músico antes da sua nova turnê pela Europa.

SÁB. (4). 21:00. Livre. Praça da Prainha (Torres)

Sexta-feira (3) é dia de curtir os clássicos do rock dos anos 70 interpretados pela banda Mersey Trio, a partir das 22:30, no Mississippi. Os músicos que formam o grupo são Jerônimo Bocudo (ex-Cachorro Grande), Maurício Fu-zzo (Locomotores) e Julio Sasquatt (Blackbirds). No repertório, Beatles, Bob Dylan, The Yardbirds, Rolling Stones, Mutantes, Tom Waits e muitos outros.

SEX. (3). 22:30. R$ 12 e 18. Mississippi

A banda Ale Ravanello Blues Combo fará show no palco do Mississipi nesta quinta-feira (9). O grupo reúne 4 destaques do cenário do blues, jazz e rock de Porto Alegre – Ale Ravanello, Clark Carballo, Sergio Selbach e Nicola Spo-lidoro – fazendo um som que mistura os clássicos dos 3 gêneros com o ritmo característico dos anos 50. Os músicos já participaram das 4 edições do Mis-sissippi Delta Blues Festival.

QUI. (9). 22:30. R$ 10 e 15. Mississippi

A cantora Tássia Minuzzo, que dedica-se a interpretar músicas francesas, amplia o repertório para prestar homenagem também a nossa “pequena no-tável”. Na sexta (3), ela apresenta, em Torres, a Peça Tributo a Edith Piaf e Carmen Miranda. A entrada é gratuita.

SEX. (3). 21:00. Centro Municipal de Cultura de Torres

+ SHOWS

Borghetti na praia

Embalos de sexta à noite

Combo de Blues

Piaf e Carmen no litoral

MUSICASEXTA-FEIRA (3)

Evânio e Anderson 20:00. R$ 6 e 8. PaiolSamuel Sodré 20:30. R$ 10 e 20. Boteco 13HardRockers 22:00. R$ 10 e 20. Vagão ClassicLos Infernales 22:00. R$ 10. Bier HausTchê Garotos 22:00. Livre. Praça da Emancipação(Arroio do Sal)DJs Matthias, Danna, Masiero eGambit 22:30. R$ 20 e 35. La BarraTributo a Jorge Ben Jor 23:00. R$ 20 e 25. HavanaFarina Brothers 23:30. R$ 10 e 20. Portal BowlingTequilaneja 23:30. R$ 20 e 30. Arena Country Bar

SÁBADO (4)

Cartolas 22:00. R$ 15 e 20. Vagão ClassicRegra 3 20:30. R$ 10 e 20. Boteco 13Challana & My Blood 22:00. Livre. Figueirinha (Arroio do Sal)Eclipse Fatal 22:00. Livre. Praia Azul (Arroio do Sal)La Cross 22:00. R$ 10. Bier HausFranciele Duarte e Banda 22:30. R$ 12 e 18. MississippiPlace Pop 23:00. R$ 40 e 20. Place des SensDoze Homens e Outro Segredo 23:00. R$ 20 e 40. Pepsi ClubNoite da Tequila 23:00. R$ 10 e 20. MoveOs bonitos convidam 23:00. R$ 25 e 40. HavanaLa Barra vintage 22:30. R$ 15 e 25. La Barra

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253.fev.2012

PALCO Divã de barbaridades

Beijo, me adiciona

Depois de ser exaustivamente apresentado nas apelativas versões de Cláudio Cunha – a pri-meira na companhia de uma sexóloga e outra com a super fêmea –, o analista mais explorado do Rio Grande volta com o título original da obra em novo elenco: Leandro Coimbra da Silva, José Roberto Silva Soares Júnior, João Carlos Bronstrup, Tiago Agostini, Cácian Augusta San-tos de Castro. O espetáculo do Grupo Teatral Velho do Saco, de São Leopoldo, apresenta as piadas mais velhas que andar a pé para um público mais faceiro que guri de bombacha nova.

QUA.(8) e QUI. (9). 21:00. R$ 15,00, R$ 20,00 e R$ 30,00. Teatro São Carlos.

Tia Herta, personagem de Carlos Alberto Klein, já ganhou 2 versões no palco. Na primeira, Receitas da Tia herta, compartilhava seus conhecimentos sobre chás caseiros. Em Show da herta, relembra a história e os costumes dos seus antepassados, imigrantes alemães. Para a peça mais recente, herta quer casar, Klein en-trevistou moradoras da germânica Dois Irmãos – sede do grupo Curto Arte, produtor do espetáculo – para saber o que elas pensavam sobre o marido ideal. O re-sultado da experiência está nas piadas da simpática Tia Herta, que procura o par perfeito na internet. O jei-to meigo e o braço elegantemente apoiado na cadeira (foto ao lado) são pura enganação. Deixe as crianças em casa. Tia Herta é desbocada e não ensina boas maneiras.

DOM. (5). 21:00. R$ 10,00 e R$ 15,00Centro Municipal de Cultura de Torres. 16 1:00

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ARTE

Aos 19 anos, a estudante de Design Roberta Rech Mandelli não acha precoce o talento que resultou em trabalhos suficien-tes – e bons – para montar a exposição Rascunhos e histórias. “Desenho há muito tempo, desde pequena”, justifica. Escrever já é mais recente. “Comecei há uns 6 meses, e ainda tem muito, mas muito mesmo para melhorar”, completa. A mostra contém um conjunto de ilustrações – a maioria utilizando materiais como grafite e lápis de cor – e pequenos escritos que contam segredos, pedaços de sonhos e histórias. Vivências da menina que brinca com a paleta de cores em composições mais ou menos vivas mas sempre harmoniosas, temperadas com o realismo fantástico dos filmes e livros que a inspiram, como O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, Moulin Rouge, a filosofia de Jostein Gaarder e os romances de Jonathan Safran Foer. As obras ficam até o dia 3 de março no Espaço Cultural da Farmácia do IPAM.

Rascunhos e histórias

Roberta Rech Mandelli. SEG-SEX. 8:30-18:30. SÁB. 8:30-12:30. Farmácia do IPAM

Rascunhos de realismo fantástico

CAMARIM

Fábio Panone Lopes (coordena-dor), Henrique Padilha, Johnatan Souza e Luan Castilhos pintaram 30 painéis em madeira em for-mato de uva: 10 pendurados em postes e 20 expostos em canteiros públicos. A arte usa com modera-ção a “magia das cores”, do tema da Festa da Uva 2012. Outros 30 cachos, estruturas em acrílico esculpidas e pintadas pela artista plástica Mayta Pasa, não tão feliz com o uso das cores, estão pen-durados em postes em diversos locais, entre eles, o de maior visi-bilidade: em frente à Catedral.

O 14° Caxias em Cena, que ocor-re de 11 a 23 de setembro, terá um recurso de R$ 250 mil, nenhum centavo a mais do que o valor desti-nado à edição do ano passado. Con-forme a coordenadora da Unidade de Teatro, Ângela Lopes, a secreta-ria deve incrementar a verba via Lei Municipal de Incentivo à Cultura e ainda não tem projeto ou valores definidos. As inscrições para gru-pos e companhias estão abertas e podem ser realizadas até o dia 30 de março. O regulamento está no site da prefeitura (www.caxias.rs.gov.br/cultura).

Em 2011, mais de 300 grupos se inscreveram. A secretaria selecio-nou 28 espetáculos e realizou 33 apresentações em 13 dias de festi-val – quantidade e qualidade muito além do investimento. R$ 250 mil são pouco. Um evento que concen-tra a maior parte da agenda dos pal-cos públicos e tem a maior plateia do teatro caxiense merecia mais.

Uvas psicodélicas

Longa temporada, verba curta

marcelO aramis

Clássicos da pintura visitam o Rio de Janeiro 5 ★ Lielzo Azambuja. SEG-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal.

Harmonia das Flores Iva Spenelli. SEG-SEX. 8:30-18:30. SÁB. 8:30-12:30. Farmácia do IPAM

Imagens Ordinárias – Uma noite no Museu Liliane Giordano e Myra Gonçalves. TER-SÁB. 9:00-17:00 Museu Municipal

Fotografias Pinhole de Neusa Zini SEG-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Pinto e não Bordo Coletiva. Até DOM. (5). SEX. 10:00-19:30. DOM. 16:00-19:00. Catna Café

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273.fev.2012

CINEMAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 15 (NOITE), R$ 23 (3D). TER. R$ 8, R$ 12 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 17 (MATINE E NOITE), R$ 23 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:ARENA. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11.366. SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | BIER HAUS. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | BOTECO 13. AUGUSTO PESTANA. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3221-4513 | CASA DE CULTURA DE TORRES. AV. JOSÉ A. PICORAL, 171, CENTRO, TORRES, (51) 3664.1411 – RAMAL 706. | HA-VANA. RUA DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619. | LA BARRA. CEL. FLORES, 810, SÃO PELEGRINO | MISSISSIPPI. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | MOVE. RUA GASTON LUÍS BENETTI, 849. PARQUE SANVITTO. CIDADE NOVA. 8407-4942. | PAIOL. FLO-RA MAGNABOSCO, 306. SÃO LEOPOLDO. 3213-1774 | PEPSI CLUB. VEREADOR MáRIO PEzzI, 1.450. LOURDES. 3419-0900 | PLACE DES SENS. RUA 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620. | PORTAL BOwLING. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIzzO. 3220-5758 | PRAçA EMANCIPAçÃO. AVENIDA ALEGRETE, S/Nº, ARROIO DO SAL | PRAçA DA PRAINHA. S/Nº, PRAINHA, TORRES | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1.343. CENTRO. 3223-0616 |TEATRO:TEATRO SÃO CARLOS. FEIJÓ JÚNIOR, 778, 2º ANDAR, SÃO PELEGRINO, (54) 3221.6387 | CASA DE CULTURA DE TORRES. AV. JOSÉ A. PICORAL, 171, CENTRO, TORRES, (51) 3664.1411 – RAMAL 706.

GALERIAS:CATNA CAFÉ. JÚLIO DE CASTILHOS, 2546. CENTRO. 3221-5059 | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | MUSEU MUNICIPAL. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221.2423 | SAN PELEGRINO. RIO BRANCO, 425. SÃO PELEGRINO. 3022-6700 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MON-TAURY, 1333, CENTRO, (54) 3221.3697 | ORDOVÁS. LUIz ANTUNES, 312. PANAz-zOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Animação Ação Aventura Comédia Drama Documentário Infantil Romance Suspense Terror Ficção Científica Guerra Musical

MúsicaBlues Coral Eletrônica Funk MPB Pagode Pop Rock Samba Sertanejo Tradicionalista

DançaContemporânea Flamenco Jazz Dança do Ventre Clássico

ArtesDiversas Escultura Artesanato Fotografia Pintura Grafite

ENdERECOS

A Dedeka, grife caxiense de moda infantil, começou 2012 com duas novidades. Além de lançar uma loja tipo outlet virtual, com produtos de coleções pas-sadas a outlet.dedeka.com.br – a marca estreou um novo blog. O site terá a participação de diversos profissionais especializados nos cuidados com os pequenos, e será atualizado semanalmente com assuntos de interesses dos pais, desde moda até dicas de adap-tação das crianças na escolinha, por exemplo. O 1° post traz de-poimentos divertidos da estilista Lu Vicenzi sobre seu casal de filhos.

A coleção de Outono/Inverno 2012 que a marca carioca Can-tão desfilou no Fashion Rio deve chegar a Caxias ainda este mês, na Boutique Delas. A grife apostou no conforto, abusando da silhueta casulo, peças amplas e maxipulls. Outro ponto forte das peças é o mix de texturas – a Cantão esco-lheu seda, linho, couro e tricô –, tendência que marca presença também nas passarelas interna-cionais.

Dedeka para adulto

Cantão na Boutique Delas

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ARQUIBANCADACentenário é o palCo do primeiro Ca-JU | os dUelos segUintes da dUpla | golfe na praia

UM DOMINGO CLÁSSICO+ ESPORTE

Quem quer garantir ingressos com preços antecipados para o clássico CA-JU pode comprá-los a partir desta sexta-feira (3). Os torcedores do Juventude podem adquirir no Jaconi e os grenás no Centenário. Antecipado sai por R$ 30 (arqui-bancada para as duas torcidas), na hora R$ 40 (arquibancada para as duas torcidas). Meia-entrada vale para idosos e estudantes, com si-

tuação comprovada. Sócios gre-nás com as mensalidades em dia e menores de 12 anos com acompa-nhante não pagam ingresso. Válido pela 5ª rodada da Taça Pi-ratini, o clássico ocorre no do-mingo (5), às 17:00, no Estádio Centenário.

DOM. (5). 17:00 Estádio Centenário. R$ 30 e R$ 40

A sede campestre do Sindicato dos Metalúrgicos recebe os jogos da chave A do Circuito Caxiense de Futebol Sete. As partidas ocor-rem a partir das 14:00. No dia 12, é a vez das disputas da chave B e,

no dia 26, ocorrem os jogos da fase final. Serão premiadas as 3 equipes de melhor colocação.

DOM. (5). 14:00. Sindicato dos Metalúrgicos. Entrada Franca

ESTÁDIO CENTENÁRIO: Thomaz belTrão de queiroz, 898. | ESTÁDIO PASSO D’AREIA (POR-TO AlEgRE): SaNTa maria GoreTTi, S/N, Por-To aleGre. | ESTÁDIO AlFREDO JACONI. hÉr-CuleS GallÓ, 1547, CeNTro | SÃO DOMINgOS gOlFE ClUBE (TORRES): eSTrada da SaliNa, 1000, TorreS. | SEDE DO SINDICATO DOS ME-TAlúRgICOS (FlORES DA CUNhA): CaPela N.S. daS doreS, Trav. Cavur, floreS da CuNha.

Futebol Sete entra no circuito

FUTEBOL: São José x CaxiasQUA. (8). 17:00. Estádio Passo D’ Areia (Porto Alegre)

Juventude x AvenidaQUI. (9). 19:30. Estádio Alfredo Jaconi.

GOLFE: Torneio Aberto Cidade de TorresSÁB (4). 14:00. DOM (5). 14:00. São Domingos Torres Golf Club (Torres).

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293.fev.2012

A brincadeira já se alas-trou por redes sociais, re-cados aos veículos de co-municação, arquibancadas, e reflete como a torcida do Juventude e – atenção aqui, excelentíssimos marquetei-ros! – até dos adversários estão percebendo o apoio do BMG ao clube, além de Lajeadense e Cruzeiro-PoA. Há quem queira saber onde fica a agência mais próxima para transferir imediata-mente suas operações. Na mão inversa, o repúdio ao autoproclamado banco de todos os gaúchos cresce em

progressão geométrica.Nesta semana, quando

esteve no Jaconi puxando aplausos para a apresenta-ção do lateral-direito Dou-glas, o primeiro reforço vin-do da nova parceria, Davi Vargas D’Ávila, preposto do banco para assuntos de futebol no Rio Grande do Sul, ficou sabendo da insur-reição espontânea de torce-dores papos e – vale repetir – até grenás e de outros clu-bes que querem tirar suas contas do Banrisul. E reagiu da seguinte forma:

“Tem que tirar mesmo!”

Recadinho

gabrielizidOrO

ARENA

Genética

Export

“A fórmula chama a TV”

O Banco Mais Gaúcho

Frase do interlocutor de-signado pelo Caxias entre os clubes que começam a ensaiar um novo formato para a Série C do Brasileiro. O diretor de futebol Marcus Vinícius Ca-berlon desembarcou de For-taleza na manhã de quarta-feira (1), após praticamente 24 horas sem dormir, entre a reunião na capital cearense e o voo madrugadão, com aquela que já é franca candidata a notícia do ano no Centenário. Só passível de ser desbancada pelo acesso à Série B.

Uma disputa mais equili-brada, a chance de se recu-perar de tropeços, a possi-bilidade de se tentar vender patrocínios e planos de sócios de um jeito menos desespe-rado e – acima, maior do que tudo – o vislumbre do eldora-

do de recursos do televisiona-mento. Está certo, como diz o presidente grená Osvaldo Voges, que “vamos tentar isso pela quinta vez”. Mas, acre-dite, torcedor, o pleito nunca esteve tão perto de se tornar realidade. Basta que os 20 clu-bes assinem na ponta esquer-da – o que é uma tendência forte no momento –, pois pela CBF já está tudo certo. Fran-cisco Novelletto, presidente da FGF, também já manifes-tou apoio. Até as conversas com emissoras de televisão já foram deflagradas.

Compare com o moedor de carne dos anos anteriores o que seria esta nova vida: 20 clubes divididos em 2 grupos de 10, 18 datas garantidas só na primeira fase e 4 a 5 meses de atividade para cada clube.

Terça-feira (31), pou-cos dias depois da vinda do BMG para o Jaconi, os clubes participantes do Gauchão foram comuni-cados via email que todos sofreriam redução de 25% na (já minúscula) cota de patrocínio do Banrisul. E que Juventude, Lajeadense e Cruzeiro estavam corta-dos do benefício. Dúvidas?

Edmar, meia-atacante de 24 anos, vindo do Sapucaien-se passou a última semana em avaliação no Centenário. Para saber de quem se trata, basta uma olhada nas feições do rapaz e outra em alguma foto do irmão famoso e cam-peão brasileiro: Edenilson. “Foi ele quem me botou pi-lha para vir aqui fazer esse teste”, revelou o irmão mais velho da família Santos.

Trata-se da gratidão de Edenilson. Foi Edmar quem o levou para o futebol.

Presidente alviverde Rai-mundo Demore nem assiste ao CA-JU de domingo (5). Viaja ainda no sábado (4) à noite para a Itália. Segunda-feira (6) acompanha a es-treia do Juventude Sub-20 na Viareggio Cup, contra o Atalanta. A expectativa é de voltar, lá pelo dia 10, com euros em lugar de algum garoto na bagagem.

CA-JU. O maior clássico do Interior gaúcho. Um dos maiores do Brasil. Sem mais.

Fãs, iniciados ou curio-sos do futebol-america-no podem acompanhar o Super Bowl, entre New York Giants e New En-glad Patriots, no Bombo-ra (Feijó Júnior, 1.112). Domingo (5), às 21:00, concentração desde as 19:00. Convite do Caxias Gladiators, time local.

Prestígio de Caxias do Sul. A agência São Pele-grino é a segunda em re-sultado e faturamento do Banrisul em todo o país. Atrás apenas da Matriz. Nada que mereça um apoio proporcional aos clubes que representam a cidade no futebol.

“Vamos tentar fazer um

campeonato de verdade e deixar de ser o torneio da

vaca”Osvaldo Voges,presidente do Caxias

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