1
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
WAGNER FABRÍCIO LEMOS TAETS SILVA
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E FATORES SOCIOAMBIENTAIS E
BIOCULTURAIS DE IDOSOS DIABÉTICOS DE POUSO ALEGRE-MG
SÃO PAULO, 2015
2
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E FATORES SOCIOAMBIENTAIS E
BIOCULTURAIS DE IDOSOS DIABÉTICOS DE POUSO ALEGRE-MG
Dissertação apresentada ao
Programa de Pós graduação
Stricto Sensu em Educação Física da
Universidade São Judas Tadeu
como requisito parcial à obtenção do
Título de Mestre em Educação Física
Área de Concentração: Promoção e Prevenção da Saúde
Orientador: Prof. Dr. Aylton Figueira Júnior
3
SÃO PAULO, 2015
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca
da Universidade São Judas Tadeu
Bibliotecário: Daiane Silva de Oliveira - CRB 8/8702
Silva, Wagner Fabrício Lemos Taets
S586d Nível de atividade física e fatores socioambientais e bioculturai de idosos
diabéticos de Pouso Alegre - MG / Wagner Fabrício Lemos Taets Silva. - São
Paulo, 2015.
99 f. : il. ; 30 cm.
Orientador: Aylton Figueira Júnior.
Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,
2015.
1. Atividade física. 2. Diabetes - Idoso. 3. Pouso Alegre - MG. I. Figueira
Júnior, Aylton. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação
Stricto Sensu em Educação Física. III. Título
CDD 22 – 613.70446
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu orientador Prof. Dr. Aylton Figueira Júnior, pelo exemplo
de dedicação e pelo cuidado em me nortear durante toda pesquisa e a Profa. Dra. Maria
Luiza Miranda pela confiança e carinho em me receber no Programa de Pós-graduação.
A minha amada Dri, meu porto seguro em todos os momentos da vida, e a
minha filha Duda, que me motiva diariamente a me tornar uma pessoa melhor.
Aos meus pais Sirlene e Eudécio, pelo constante apoio e pelo incentivo
durante todas as etapas da minha vida, e aos meus sogros Silas e Suzana por acreditarem
no nosso crescimento profissional.
Ao André e a Marcinha exemplos de companheirismo e humanidade, grata
amizade construída durante essa inesquecível etapa da vida.
A todo corpo docente do programa de mestrado em Educação Física da
Universidade São Judas Tadeu, Prof. Dr. Danilo Sales Bocalini, Profa. Dra. Elisabete do
Santos Freire, Profa. Dra. Claudia Borim da Silva, Profa. Dra. Graciele Massoli
Rodrigues.
Aos colegas de turma, por compartilharem importantes momentos de
aprendizagens, incertezas e alegrias.
Aos profissionais do Centro Municipal de Diabetes - CEMED pela
colaboração durante todo o desenvolvimento da pesquisa e aos pacientes que
gentilmente participaram deste projeto.
5
“ A satisfação está no esforço,
e não apenas na realização final”
Mahatma Gandhi
6
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1 – Descrição dos artigos selecionados.........................................................27
QUADRO 2 – Informações Sócio demográficas do Município de Pouso Alegre..........36
7
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Fluxo de identificação, rastreamento, elegibilidade e inclusão dos artigos
utilizados..........................................................................................................................26
8
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Distribuição da amostra por sexo, média de idade, tempo de residência na
cidade, tempo acumulado de atividade física e tempo sentado acumulado.....................42
TABELA 2 – Prevalência dos participantes relacionada ao tempo acumulado de
Atividade Física...............................................................................................................43
TABELA 3 – Prevalência no número de participantes relacionada ao tempo sentado
acumulado........................................................................................................................43
TABELA 4 – Média de tempo acumulado de Atividade Física e de tempo sentado
acumulado comparando os Grupos..................................................................................45
TABELA 5 – Prevalência dos Grupos com relação à percepção da saúde
mental/emocional e saúde física......................................................................................46
TABELA 6 – Prevalência dos Grupos com relação à frequência com que sentem fadiga
ou tontura e frequência com que tropeçam ou caem.......................................................48
TABELA 7 – Comparação dos resultados dos testes funcionais entre Grupo Ativo e
Grupo Insuficientemente ativo........................................................................................49
TABELA 8 – Comparação dos resultados antropométricos entre Grupo Ativo e Grupo
Insuficientemente ativo....................................................................................................49
TABELA 9 – Comparação dos parâmetros clínicos entre Grupo Ativo e Grupo
Insuficientemente ativo....................................................................................................51
TABELA 10 – Prevalência dos Grupos com relação à escolaridade..............................53
9
TABELA 11 – Prevalência dos Grupos com relação à aposentadoria...........................54
TABELA 12 – Prevalência dos Grupos com relação à renda familiar e reserva
econômica........................................................................................................................55
TABELA 13 – Prevalência dos Grupos acerca da relação familiar................................56
TABELA 14 – Prevalência dos Grupos com relação à utilização de transporte
público.............................................................................................................................57
TABELA 15 – Prevalência dos Grupos com relação à frequência de visita ao
médico.............................................................................................................................58
TABELA 16 – Prevalência dos Grupos com relação à participação em programas de
Atividade Física...............................................................................................................59
TABELA 17 – Prevalência dos Grupos com relação ao tabagismo...............................60
TABELA 18 - Prevalência dos Grupos com relação à ingestão de bebidas alcóolicas..61
TABELA 19 – Prevalência dos Grupos com relação às características da residência...62
TABELA 20 – Prevalência dos Grupos com relação à qualidade das calçadas e ruas...63
TABELA 21 – Prevalência dos Grupos com relação à proximidade dos pontos
comerciais........................................................................................................................64
10
LISTA DE ABREVIAÇÕES
ABS – Atenção Básica em Saúde
CA – Circunferência Abdominal
CC – Circunferência de Cintura
CQ – Circunferência de Quadril
CENESP – Centro de Excelência Esportiva
DCNC – Doenças Crônicas não Comunicáveis
GDS-15 – Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage em versão reduzida
HDL – Lipoproteínas de Alta Densidade
IMC – Índice de Massa Corporal
IPAQ – Questionário Internacional de Atividade Física
LDL – Lipoproteínas de Baixa Densidade
NEWS – Escala de Percepção do Ambiente para a prática de Atividade Física
OMS – Organização Mundial de Saúde
OARS – Questionário de Avaliação Funcional Multidimensional de Idosos
PA – Pressão Arterial Sistêmica
QVRS – Questionário de Qualidade de Vida
RCQ – Relação Cintura/Quadril
UBS – Unidade Básica de Saúde
UBS-CEMED – Unidade Básica de Saúde-Centro Municipal de Diabetes
UBS-PSF – Unidade Básica de Saúde-Programa de Saúde da Família
11
LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE I - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido......................................81
APÊNDICE II - Questionário Diagnóstico de Estilo de Vida de Idosos: Projeto
Diabetes...........................................................................................................................84
APÊNDICE III – Ficha de Avaliação...........................................................................99
12
LISTA DE ANEXOS
ANEXO I – Ficha de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa...............................78
ANEXO II – Autorização de Pesquisa...........................................................................83
13
RESUMO
INTRODUÇÃO: O aumento da prevalência das doenças crônicas não comunicáveis e
seus agravos em diferentes países, tem resultado em ações de prevenção mais efetivas,
uma vez que 74% de todas as causa de morte se associam a vida cotidiana das pessoas,
expressas como fatores de risco. Com o aumento da idade, há maior associação frente aos
riscos acumulados ao longo da vida e o processo de senescência, o que pode agravar o
quadro de senilidade nas populações. Desta maneira, percebe-se o crescente
reconhecimento científico da importância da pratica regular de atividade física e estilo de
vida fisicamente ativo no contexto da prevenção e promoção em saúde, demonstrando a
estreita relação entre saúde e atividade física. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo
foi diagnosticar as características socioambientais, bioculturais e clínicas e sua relação
com o nível de atividade física de idosos diabéticos tipo 2 residentes no Município de
Pouso Alegre - MG. METODOLOGIA: Foram entrevistadas e avaliadas 52 pessoas de
ambos os sexos, com média de idade de 69 ± 5,9 anos, acometidos pelo DM 2. Foi
utilizado para a avaliação dos aspectos socioeconômicos, bioculturais e socioambientais
um questionário desenvolvido e adaptado através de perguntas já validadas
cientificamente. Foram coletados e analisados os parâmetros Antropométricos: Massa
Corporal, Estatura, Índice de Massa Corporal (IMC) e Circunferências de cintura, quadril
e abdômen dos participantes, além da aplicação de testes funcionais. Foram coletados,
através da análise de prontuário médico dos participantes, os dados clínicos mais
recentes. Os resultados foram analisados estatisticamente utilizando o teste Qui-quadrado
e Mann-Whitney e estatística descritiva na expressão dos valores médios e desvio padrão,
sendo nível de significância adotado de 95% (p<0,005). RESULTADOS: A média de
tempo acumulado de atividade física dos participantes foi de 224 ± 73 min./sem. Foram
classificados como insuficientemente ativos 8 participantes e 44 como ativos. Acerca dos
indicadores antropométricos e funcionais, constatou-se associação positiva entre relação
cintura-quadril (RCQ) e nível de atividade física (p<0,005); Força de membros superiores
e nível de atividade física (p<0,005); Força de membros superiores e nível de atividade
física (p<0,005); marcha estacionária de 2 minutos e nível de atividade física (p<0,005).
O perfil lipídico (LDL) apresentou associação positiva com nível de atividade física
(p<0,005). Em relação aos fatores socioculturais e econômicos, observou-se associação
positiva entre nível de atividade física e boa relação com os familiares (p<0,005).Não foi
diagnosticada associação entre os fatores ambientais e o nível de atividade física dos
participantes. CONCLUSÃO: Os dados encontrados demonstram haver associação
positiva dos fatores socioambientais e bioculturais com o nível de atividade física dos
Idosos diabéticos tipo 2.
14
ABSTRACT
INTRODUCTION: The increase on the non-communicable chronic diseases
prevalence and related impacts from different countries, results on more effective
prevention issues, considering that 74% of all death-related might be explained by
daily-life risk factors. On the other hand, the lifespan risk factors bring stronger
association to aging process over life that will contribute to senility in populations. Thus
the scientific evidences recognizes the importance of physical active practice and
physically active lifestyle on prevention and health promotion, demonstrating close
relationship between health and physical activity level. PURPOSE: The aim of this
study was to diagnose the socio-environmental, bio-cultural and clinical characteristics
and their relationship to the level of physical activity of elderly type 2 diabetes residing
in the city of Pouso Alegre - MG. METHODS: We interviewed and evaluated 52
people of both genders, with a mean age of 69±5.9 years, affected by DM2 was assessed
for the evaluation of socio-economic, social and environmental aspects biocultural a
questionnaire developed and adapted through questions already validated scientifically.
They were collected and analyzed anthropometric parameters: body mass, height, body
mass index (BMI) and waist circumferences of hip and abdomen of the participants,
besides the application of functional testing. They were collected by analyzing medical
records of the participants, the latest clinical data. The results were statistically analyzed
using Chi-square test and Mann-Whitney test and descriptive statistics in the expression
of mean values and standard deviation, and significance level of 95% (p<0.005).
RESULTS: The mean cumulative time physical activity of participants was 224±73
min / week. Were classified as insufficiently active 8 participants and 44 as active.
About the anthropometric and functional indicators, there was a positive association
between waist-hip ratio (WHR) and physical activity (p<0.005); Upper limb strength
and level of physical activity (p<0.005); Upper limb strength and level of physical
activity (p <0.005); minute step 2' and level of physical activity (p<0.005). The lipid
profile (LDL) showed a positive association with physical activity (p<0.005). Regarding
the socio-cultural and economic factors, positive association between physical activity
level and it was observed good relationship with the family (p<0.005). It wasn’t
diagnosed association between environmental factors and the level of physical activity
of the participants. CONCLUSION: The findings show a positive association of some
environmental and biocultural factors to the level of physical activity of the elderly type
2 diabetics.
15
SUMÁRIO
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 – Entendendo a Trajetória Profissional........................................................................ 16 1.2 – Organização e Apresentação do Estudo................................................................... 18 1.3 – Justificativa.................................................................................................................. 19 1.4 – Objetivos do Estudo.................................................................................................... 23 1.4.1 – Objetivo Geral.................................................................................................... 23 1.4.2 – Objetivos Específicos e Hipóteses..................................................................... 23 CAPÍTULO II – REVISÃO DE LITERATURA
2.1 – Critérios e Organização conceitual............................................................................ 25 2.2 – Doenças Crônicas não Comunicáveis e Fatores de Risco...................................... 28 2.3 – Doenças Crônicas não Comunicáveis: Aspectos Epidemiológicos relacionados ao Nível de Atividade Física.........................................................................
31
CAPÍTULO III – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 – Modelo Experimental................................................................................................... 35 3.2 – Características Amostrais........................................................................................... 35 3.2.1 – Local do Estudo: Centro Municipal de Diabetes................................................ 35 3.2.2 – Participantes...................................................................................................... 36 3.2.3 – Critérios de Inclusão.......................................................................................... 37 3.3 – Instrumentos e Protocolos da Pesquisa................................................................... 37 3.3.1 – Inquérito do Nível de Atividade Física e Comportamento................................. 37 3.3.2 – Aspectos Antropométricos, Perfil da Aptidão Física e Capacidade Funcional.. 38 3.3.3 – Aspectos Clínicos.............................................................................................. 39 3.4 – Análise Estatística...................................................................................................... 40 CAPÍTULO IV – RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 – Organização da Análise e Perfil da Amostra............................................................ 41 4.2 – ANÁLISE1: Nível de Atividade Física e Indicadores Clínicos, Antropométricos e Funcionais..............................................................................................................................
46
4.3 – ANÁLISE 2: Nível de Atividade Física e Fatores Socioculturais, Econômicos e Ambientais..............................................................................................................................
53
CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................
67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................... 69
16
INTRODUÇÃO
1.1 Entendendo a Trajetória Profissional
Iniciei minha caminhada profissional em 2002, quando ingressei no Curso de
Ciências do Esporte na Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). No segundo ano
do curso participei de um processo de seleção para iniciação científica no Centro de
Excelência Esportiva – CENESP, uma rede de laboratórios de avaliação física instalada
em algumas universidades públicas do país. Foi no Cenesp que tive o prazer de
conhecer e conviver com ótimos professores como o Professor Dr. Ronaldo José
Nascimento e o Prof. Dr. Luiz Cláudio Reeberg Stanganelli, e com eles agregar
conhecimentos acerca das pesquisas em Fisiologia do Exercício e Avaliação Física.
Participei das atividades do Cenesp até o final da graduação. Realizamos nesse período
avaliações com a Seleção Brasileira de Vôlei, com a Seleção Brasileira de Taekwondo,
com a equipe do Londrina Esporte Clube (LEC) e com a Seleção Brasileira de Ginástica
Artística.
Ao final desse ciclo decidi me mudar para São Paulo para fazer a pós-
graduação em Fisiologia do Exercício na Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP). Nesse período trabalhei nas categorias de base do Sport Club Corinthians
Paulista e também na academia da Empresa JBS.
No final de 2009, retornei a minha cidade natal, Pouso Alegre – MG, e
comecei a carreira docente nas faculdades da região. Ministrava disciplinas de
Fisiologia, Bioquímica e Anatomia Humana para os cursos de Educação Física,
Nutrição e Enfermagem.
Como estava sempre em contato com professores das áreas de Nutrição e
Enfermagem, sempre trocávamos experiências sobre os desafios de nossas profissões.
17
Foi em alguns desses momentos de troca de experiências que comecei a perceber o
abismo que existia entre a formação dos alunos de Educação Física, Nutrição e
Enfermagem. Não era diferença no conteúdo ministrado nas aulas, muito menos na
capacidade dos alunos; esse abismo estava na falta de conhecimento discente acerca da
importância na integração desses profissionais, visto que todos poderiam trabalhar no
futuro com saúde pública. Os alunos não se imaginavam trabalhando juntos, alguns nem
sequer sabiam que poderiam trabalhar em equipe.
Interessado em entender melhor como aconteciam esses trabalhos
multidisciplinares na saúde pública, foi que tive a iniciativa de me aproximar do Centro
Municipal de Diabetes de Pouso Alegre. Foi com essa aproximação que percebi que
essa falta de interação entre os profissionais refletia também na prática profissional. Os
profissionais que lá trabalhavam entendiam a importância da prática da Atividade Física
no contexto da atenção primária à saúde e mesmo não entendendo claramente as
funções que o Professor de Educação Física poderia cumprir nesse contexto, percebiam
a necessidade desse profissional na equipe multidisciplinar que atendia aos pacientes.
Após participar de algumas reuniões com os médicos, enfermeiros e nutricionistas
cheguei à conclusão de que esses profissionais precisavam diagnosticar quais fatores na
realidade dos pacientes poderiam estar influenciando o comportamento deles em relação
ao tratamento e ao autocuidado.
Como a cidade em que resido apresenta rápida transição econômica, social e
ambiental, pela localização geográfica privilegiada, pensamos em diagnosticar a relação
que tais fatores poderiam estar causando na vida cotidiana dos idosos nascidos na região
e que são acompanhados no Centro Municipal de Diabetes. Nesta perspectiva, buscando
aprofundar a análise complexa que envolve tais fatores, ingressei no programa de pós-
18
graduação acreditando que a vida cotidiana de idosos residentes em Pouso Alegre
poderia ter se alterado em associação aos indicadores socioambientais.
1.2 Organização e Apresentação do Estudo
O presente trabalho foi organizado em capítulos, tendo como alicerce algumas
evidências científicas de áreas associadas à inter-relação entre nível de atividade física e
fatores sócio-econômicos-ambientais na vida cotidiana de idosos. Assim, no capítulo I
apresentamos a justificativa da pesquisa; objetivo geral e objetivos específicos e as
respectivas hipóteses.
O capítulo II apresenta a Revisão da Literatura, conduzida através dos critérios
de inclusão dos artigos, bancos de dados e organização conceitual do tema. Foram
escolhidos como assuntos principais para revisão da literatura: Atividade Física,
Exercício Físico e Diabetes.
Os procedimentos metodológicos foram tratados no capítulo III, sendo
organizados em: apresentação do modelo experimental; característica amostral
abordando o local onde foi desenvolvido o estudo e critérios de inclusão. Instrumentos e
Protocolos da pesquisa, sendo descritos pelo inquérito do nível de atividade física e
comportamento; perfil da aptidão física, capacidade funcional e saúde, realizados
através da avaliação dos parâmetros antropométricos, de aptidão física e dos aspectos
funcionais e clínicos dos participantes da pesquisa. Ao final do capítulo foi descrita a
Análise estatística utilizada no tratamento dos dados.
O capítulo IV traz os resultados e discussão da pesquisa, o qual se desenvolveu
respeitando e atendendo aos objetivos e hipóteses da pesquisa através de análises
específicas. Perfil dos participantes, contendo análise descritiva das informações básicas
19
dos mesmos. Análise 1: Nível de atividade física e indicadores clínicos, antropométricos
e funcionais. Análise 2: Nível de atividade física e fatores socioculturais, econômicos e
ambientais.
As considerações finais estão no último capítulo, ressaltando os fatores com
maior associação entre o nível de atividade física dos participantes e traz sugestões para
futuras pesquisas sobre o assunto.
1.3 Problematização e Justificativa
As ações em promoção da Saúde relacionam-se diretamente à articulação dos
profissionais da área e utilização de seus conhecimentos nas ações de prática da saúde,
envolvendo nesse processo a responsabilidade do Estado e a busca pela autonomia dos
indivíduos (CZERESNIA, 2009).
Os conhecimentos gerados através das pesquisas em promoção da saúde são
construídos a partir de formas variadas desde o pensar e aplicar a educação em saúde,
resultando em uma visão mais abrangente dos profissionais especializados, otimizando
a saúde dos indivíduos (ASSUNÇÃO et al., 2002; CARVALHO E SIQUEIRA et al.,
2012; GOMES-VILAS BOAS et al., 2012; GUIMARÃES E TAKAYANAGUI, 2002).
Planejamentos estratégicos, análise dos territórios urbanos mais vulneráveis e
autonomia dos indivíduos são alicerces importantes no entendimento e aplicação do
conceito de promoção em saúde (CZERESNIA, 2009). Sendo mais amplo que curar ou
prevenir doenças, o objetivo primordial da promoção em saúde é a qualidade de vida da
população, o que envolve um maior entendimento dos determinantes socioambientais
também expressos pela condição de vida e os determinantes pessoais (estilo de vida)
(NAHAS, 2010; NAHAS, 2006).
20
Associa-se qualidade de vida ao contexto da alimentação, a locomoção, à
segurança e a urbanização (SANTOS E SIMÕES, 2012). Diversos estudos na área da
saúde relacionam atividade física, práticas corporais e esportivas como pontos positivos
relacionados à melhoria da qualidade de vida e das condições de saúde das pessoas
(BAGRICHEVSKY et al., 2013; MONTEIRO E GONÇALVES, 2000; MORETTI et
al., 2009; NAHAS, 2010).
Estudos epidemiológicos em atividade física evidenciam altos índices de
inatividade física da população brasileira (BUENO et al., 2013; DANIELE et al. 2013;
FERREIRA et al., 2009; KNUTH et al., 2009) principalmente quando se tem como
referência o modelo de Atenção Básica à Saúde. Dados do Ministério da Saúde
demonstram que o percentual de inatividade física passa dos 30% nas áreas de
abrangência das Unidades Básicas de Saúde (FLORINDO E HALLAL, 2011). Estudos
com essa temática apontam relação inversa entre os agravos crônicos à saúde e nível de
atividade física em adultos com mais de 50 anos (TURI et al., 2011; TURI et al.; 2010);
associação positiva da atividade física no tempo de lazer com a percepção de saúde
(ABU E RUTTEN, 2008) e relação negativa da atividade física ocupacional com
pressão arterial e da atividade física total com valores de glicemia sanguínea (FREITAS
et al., 2010). Esses achados indicam que diferentes domínios de atividade física se
relacionam de maneiras distintas com os indicadores de saúde da população, além de
demonstrarem que a atividade física é uma variável complexa, e que seu entendimento é
fundamental para auxiliar na elaboração de programas de promoção e prevenção da
saúde, em especial para a população idosa.
A preocupação em entender e aprimorar os programas de promoção e
prevenção em saúde possibilitou o surgimento de métodos investigativos que podem ser
utilizados na análise e compreensão de possíveis fatores de influência no
21
comportamento dos indivíduos acerca da inatividade física (HINO, 2010). Pesquisas
têm enfatizado a utilização do “Modelo Ecológico” proposto por Sallis em 2006. Este
modelo foi base na adaptação de outros modelos, como o Modelo Móbile proposto por
Matsudo em 2008, que propõe identificar o potencial do ambiente, ações das políticas
públicas e estilo de vida mais ativa de determinado grupo populacional. O Modelo
Ecológico abrange a análise de quatro principais domínios: recreação, transporte,
ocupação e arredores das residências. A família, a escola, a comunidade, o emprego, o
lazer, a segurança, a educação, a situação econômica e a urbanização são alguns dos
elementos presentes nesses quatro principais domínios.
Os elementos relacionados a esses domínios podem auxiliar o entendimento na
aderência ao exercício e a programas de atividades físicas (CESCHINI E FIGUEIRA
JÚNIOR, 2009). Como esses fatores relacionam-se de forma dinâmica e constante no
cotidiano das pessoas, torna-se cada vez mais importante entendê-los e pesquisá-los.
O declínio nas atividades ocupacionais de adultos e idosos e concomitante
aumento da inatividade física, desencadeou um processo de sedentarização e morbidade.
Além disso, parece ter causado impacto no processo de envelhecimento com aceleração
do decréscimo das capacidades fisiológicas e que ocasionam alterações funcionais
importantes, com grande impacto negativo na qualidade e expectativa de vida. Esses
fatores associados fazem com que as Doenças Crônicas não Comunicáveis (DCNC)
tornem-se mais frequentes nessa população (BUENO et al., 2013; EVENSON et al.,
2002; GOBBO et al., 2012).
Dentre as DCNC, o Diabetes Tipo 2 (DM2) tem associação direta com o
excesso de peso, obesidade, dietas ricas em gorduras saturadas, consumo excessivo de
álcool e níveis baixos de atividade física (DISHMAN, 2004). Em 2005, no Brasil, a taxa
22
de mortalidade por DM2 foi de 22 mortes por cada 100 mil habitantes, sendo 24,3 casos
por cada 100 mil habitantes em mulheres e 19,3 casos por cada 100 mil habitantes em
homens. Quando analisadas as pessoas com mais de 60 anos, esses números chegam a
184,3 casos para cada 100 mil habitantes (DATASUS, 2009).
Mudanças no estilo de vida pelos programas educacionais, tendo como foco
principal a prática de atividade física, reduzem os riscos de obesidade, resistência à
insulina e complicações cardiovasculares (BUENO et al., 2013; DANIELE et al., 2013;
KARKALAINEN et al., 2008). Mynarski et al. (2012) evidenciaram em seu estudo a
importância do aconselhamento à prática de atividade física habitual, observando que a
atividade física tem impacto direto no controle glicêmico, no ganho de massa corporal e
no controle da hemoglobina glicada (HbA1) em pacientes diabéticos.
São escassos os estudos que estabeleceram a relação da intensidade da
atividade física e risco de mortalidade. Em parte, devido a algumas limitações inerentes
aos estudos observacionais, como a dificuldade em se quantificar de modo preciso, os
níveis de atividade física nos indivíduos em situações cotidianas. Entretanto faz-se
necessário a melhor compreensão sobre a relação entre atividade física e saúde, na
medida em que as recomendações das quantidades mínimas dessas atividades possam
ser adequadas e atender as demandas da população.
A proporção de indivíduos que realizam atividades físicas no tempo de lazer,
adequadas às recomendações, gira em torno de 28% e 36% entre mulheres e homens,
respectivamente (PATE et al.; 1995). Esses valores são considerados baixos, o que pode
significar aumento no risco de desenvolvimento de morbidades em ambos os sexos.
Devido à etiologia multifatorial das DCNC, como é o caso do diabetes, fica claro que a
relação entre nível de atividade física e os inúmeros fatores de risco das DCNC pode
determinar um desfecho clínico de agravo ao paciente (SAMPAIO et al., 2013).
23
Diante desse cenário coloca-se a questão: Qual a relação do nível de atividade
física de idosos diabéticos com os fatores bioculturais, socioeconômicos e ambientais de
idosos diabéticos?
1.4 Objetivos do Estudo
1.4.1 Objetivo Geral
O objetivo do presente estudo foi diagnosticar as características clínicas,
bioculturais e socioambientais e sua relação com o nível de atividade física de idosos
diabéticos tipo 2 residentes em município do interior de Minas Gerais.
1.4.2 Objetivos Específicos e Hipóteses
Os objetivos específicos da pesquisa e respectivas hipóteses seguem:
ANÁLISE 1) Relacionar o Nível de Atividade Física com os Indicadores
Funcionais, Antropométricos e Clínicos dos Idosos Diabéticos
HIPÓTESES:
a) Haverá relação positiva entre os aspectos funcionais (percepção de saúde,
frequência de quedas, equilíbrio e força de membros superior e inferior) e
antropométricos (IMC e RCQ) e o nível de atividade física dos idosos
Diabéticos Tipo 2;
b) Existe relação entre o Nível de Atividade Física com os Indicadores Clínicos
(glicemia em jejum, hemoglobina glicada, perfil lipídico e pressão arterial
sistêmica) dos pacientes;
24
ANÁLISE 2) Investigar os Fatores Socioculturais, Econômicos e Ambientais e
a relação com o Nível de Atividade Física dos Idosos Diabéticos;
HIPÓTESES:
a) Existe associação do nível de atividade física dos idosos diabéticos com a
escolaridade, a ocupação profissional, a renda familiar, a relação com
familiares, à utilização de transporte, o tabagismo e o consumo de álcool desses
idosos;
b) Os determinantes ambientais, tais como característica da residência,
qualidade das ruas e calçadas e proximidade de pontos comerciais influenciam
no nível de atividade física dos idosos diabéticos;
25
CAPÍTULO II - REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Critérios e Organização conceitual
A presente análise de produção científica apresenta as principais evidências da
associação entre o nível de atividade física, os determinantes ambientais e socioculturais
em idosos e a prevalência das Doenças Crônicas não Comunicáveis, neste estudo sendo
tratado em especial o Diabetes tipo 2.
Foram escolhidas as bases de dados: SCIELO, LILACS, MEDLINE e Portal de
Periódicos da Capes; utilizando os descritores: atividade física, exercício físico e
diabetes; exercise, physical activity and diabetes entre os meses de janeiro de 2010 e
abril de 2015.
Os critérios de filtro da pesquisa consideraram: 1) Artigos que apresentavam
no título, resumo e palavras-chave atividade física; 2) Artigos que continham em sua
composição amostral idosos diabéticos; 3) Artigos originais e de revisão que
apresentaram no resumo descritores relacionados à promoção em saúde, qualidade de
vida e ambiente; 4) Artigos que apresentaram relação direta com aspectos ambientais,
socioeconômicos, estilo de vida e nível de atividade física.
Realizamos a seleção manual dos artigos sendo encontradas 855 publicações,
sendo 469 da Medline; 31 da Scielo; 197 do Portal de Periódicos da Capes e 158 da
Lilacs. Após a primeira análise, 135 artigos foram considerados elegíveis para a
segunda fase, que foi a leitura dos resumos. Os estudos que atenderam aos critérios de
inclusão foram analisados na íntegra. Ao final, 19 artigos atenderam aos critérios de
inclusão, sendo 9 (Medline), 2 (Scielo), 3 (Portal de Periódicos da Capes) e 5 (Lilacs).
26
A Figura 1 apresenta as etapas de seleção e busca dos artigos e o Quadro 1 a descrição
dos artigos selecionados.
Figura 1 – Fluxo de identificação, rastreamento, elegibilidade e inclusão dos artigos
Identificação
(Artigos publicados entre
2010 e 2015)
•855 publicações;
Rastreamento (1°fase)
•Leitura dos Títulos das
publicações;
•135 publicações selecionadas;
Inclusão (2° fase)
Leitura dos resumos das publicações
•Medline = 9 art.
•Lilacs = 5 art.
•P. Capes = 4 art.
•Scielo = 2 art.
Elegibilidade
20 artigos selecionados
27
ESTUDO PAÍS ANO n ANÁLISE DOS ESTUDOS
Franchi et al. Brasil 2010 70 Comparar os parâmetros antropométricos e perfil
glicêmico de idosos diabéticos praticantes de
Atividade Física regular e não praticantes
Katano et al. Japão 2010 3365 Investigar a relação entre estilo de vida e os
componentes de diagnóstico da síndrome metabólica
na população
Gomes et al. Brasil 2011 9728 Analisar tempo de caminha de lazer e sua associação
com a percepção do ambiente e fatores pessoais entre
moradores de três capitais de diferentes regiões do
país
Gomes-Villas
Boas et al.
Brasil 2011 162 Avaliar a adesão de diabéticos ao autocuidado (dieta
e exercícios físico), bem como a relação com as
características sociodemográficas e clínicas
Duclos et al. França 2011 369 Associar as barreiras para a prática de Atividade
Física nas atividades cotidianas de idosos diabéticos
Bankoski et al. Estados
Unidos
2011 1367 Associar atividades sedentárias com a síndrome
metabólica em idosos
Campbell et al. Estados
Unidos
2011 84 Relacionar dieta, prática de exercício físico e
qualidade de vida em diabéticos
Mynarski et al. Polônia 2012 31 Comparar o volume real e declarado de Atividade
Física e correlacionar esses valores com HbA1c e
IMC dos diabéticos
Modeneze et al. Brasil 2012 101 Identificar o nível de Atividade Física de diabéticos
pertencentes às comunidades carentes
Gomes-Villas
Boas et al.
Brasil 2012 162 Analisar a relação entre apoio social, adesão aos
tratamentos não medicamentoso (dieta e exercício
físico) e medicamentoso e controle clínico-
metabólico em diabéticos
Shamshirgaran
et al.
Austrália 2013 266.848 Investigar a relação entre os fatores
socioeconômicos, nacionalidade e diabetes tipo 2
Hill et al. Estados
Unidos
2013 - Artigo de revisão: analisar os determinantes
socioecológicos e sua relação com o diabetes tipo 2
Codogno et al. Brasil 2013 121 Investigar a relação entre o nível de Atividade Física
e o uso de medicamentos em diabéticos tipo 2
Sañudo et al. Espanha 2013 54 Avaliar o efeito do nível de Atividade Física sobre a
aptidão física e QVRS e determinar se existem
diferenças entre indivíduos diabéticos e não
diabéticos
Daniele et al. Brasil 2013 200 Investigar as associações entre atividade física,
gravidade das comorbidades, sintomas depressivos e
qualidade de vida relacionada à saúde de diabéticos
Bueno et al. Brasil 2013 192 Analisar associações entre diferentes domínios de
Atividade Física, comorbidades e idade em
Hipertensos
Young et al. Estados
Unidos
2014 82.695 Associar a prática de Atividade Física e acidentes
cardiovasculares e comportamentos sedentários com
hipertensão
Vargas et al. Brasil 2014 158 Verificar a influência da participação em atividades
28
de grupos, envolvendo a prática de exercícios físicos,
atividades cognitivas e recreativas, sobre a função
cognitiva e aspectos emocionais de idosos diabéticos
e não diabéticos
Freire et al. Brasil 2014 740 Determinar a prevalência e os fatores associados à
prática regular de Atividade Física em adolescentes,
adultos e idosos
Asano et al. Brasil 2015 85 Investigar os fatores positivos que influenciam
diabéticos a praticarem exercícios físicos
Quadro 1 – Descrição dos artigos selecionados
2.2 Doenças Crônicas não Comunicáveis, Fatores de Risco e Promoção da Saúde
O entendimento da relação doença e saúde, norteada por novos paradigmas,
traz uma compreensão em que há um processo contínuo e dinâmico, o qual se baseia em
aspectos sociais, culturais, econômicos, ambientais e espirituais em função do estilo de
vida e das experiências pessoais (SANTOS E SIMÕES, 2012).
As doenças crônicas não comunicáveis (DCNC) e seus agravos são
responsáveis por uma parcela significante da morbidade e mortalidade na população
adulta brasileira (BARROS et al., 2008; BORGES et al., 2009; COSTA et al., 2006;
MIELCZARSKI et al., 2012; MONTEIRO et al., 2005; SCHIMIDT et al., 2009). Uma
das características epidemiológicas das doenças crônicas não comunicáveis está na
prevalência dos fatores de risco, dentre elas o consumo de tabaco e álcool, o excesso de
peso e inatividade física (DUNCAN et al., 2012; MATTOS et al., 2012). Enquanto que
no mundo a prevalência da mortalidade por DCNC se dá ao redor de 63% (ALWAN et
al., 2010), dados nacionais apresentados por Schimidt et al. (2011) demonstraram que o
diabetes, as neoplasias, as doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas são
responsáveis por 80,7% das mortes. Em 1998, as DCNC respondiam por 66% dos anos
de vida com qualidade perdidos devido à doença (SCHARAMM et al., 2004).
29
O evidente predomínio das DCNC nas causas de mortalidade global, derivado
pelo aumento dos fatores de risco, norteiam estratégias voltadas à prevenção, adotadas
atualmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no seu enfrentamento. A OMS
ao propor o enfrentamento das DCNC, recomenda que o enfoque prioritário esteja no
combate à inatividade física, alimentação inadequada, redução de uso de tabaco e
abusivo do álcool, os quais são os principais fatores de risco (DUNCAN et al., 2012).
A promoção da saúde, além de envolver a responsabilidade do estado,
compreende ações individuais e coletivas. Sendo assim, faz-se necessário às integrações
intersetoriais, as quais têm como principal objetivo a capacitação, o acesso à informação
e o estímulo à cidadania ativa da população, a fim de estimular políticas públicas
saudáveis (MORETTI et al., 2009; NAHAS et al., 2010).
A relação entre atividade física e estilo de vida pode modificar ao longo dos
ciclos da vida de adultos. O processo de envelhecimento, conhecido como senescência,
caracteriza-se por um conjunto de modificações fisiológicas, o que torna o organismo
do idoso mais vulnerável. A presença de hábitos de vida inadequados, como o
sedentarismo, somado ao envelhecimento traz a ineficiência de órgãos ou sistemas.
Dentre as alterações fisiológicas no envelhecimento que podem sofrer agravos pelo
sedentarismo e outros hábitos inadequados pode-se citar o aumento do tecido adiposo,
diminuição na resposta à insulina, aumento na prevalência da hipertensão arterial e
redução na tolerância à glicose.
Nesse sentido deve-se considerar que diversos fatores exercem influência no
nível de atividade física dos indivíduos, como por exemplo, os aspectos demográficos,
disponibilidade de recursos ambientais, sexo, ocupação profissional, tempo livre para o
lazer, recursos econômicos, crenças pessoais e autoconceito (BLACKLOCK et al.,
30
2007; FOSTER et al., 2013; HALLAL et al., 2007; HALLAL et al. 2005; MARTINS E
PETROSKI, 2000).
Os profissionais da área da saúde, com destaque a área de Educação Física,
devem oferecer à sociedade diversas contribuições através de pesquisas, produzindo
assim conhecimento sobre os assuntos e aprimorando a própria atuação profissional
(SANTOS E SIMÕES, 2012). Apesar das fortes evidências do estilo de vida
fisicamente ativo na qualidade de vida de adultos e idosos, faz-se necessário entender
quais motivos contribuem para que a adoção de práticas ativas não se torne um hábito
de vida da população. Costa et al. (2011) verificaram que 20% dos pacientes diabéticos
não aderiram aos tratamentos baseados no estilo de vida e que são conduzidos por
equipes multiprofissionais, demonstrando que outros fatores podem ter influencia direta
na adoção de hábitos saudáveis. Em outro estudo, Fechio e Malerbi (2004) apontam a
importância do envolvimento de familiares na adoção de comportamentos saudáveis de
diabéticos, havendo também maior adesão à prática de atividades físicas quando os
mesmos percebiam mudanças nas condições de saúde.
Existe uma tendência mundial em se investigar a associação da prática de
atividade física e estilo de vida de adultos/idosos, com maior frequência na relação
atividade física/lazer. Todavia faz-se necessário compreender a grande influência que as
atividades realizadas em casa, a ocupação e a locomoção, além da interação de todas
essas atividades, têm no nível de atividade física das pessoas e o quanto esses fatores
podem interferir na percepção de saúde e da qualidade de vida dos indivíduos.
Por meio do diagnóstico dos fatores associados à prática de atividade física,
tais como aspectos socioeconômicos e ambientais, pode-se compreender como as
atividades cotidianas podem estar associadas ao nível de atividade física e a adoção de
31
hábitos saudáveis, auxiliando na diminuição dos fatores de risco para o
desenvolvimento de DCNC em determinadas populações.
2.3 – Doenças Crônicas não Comunicáveis: Aspectos Epidemiológicos relacionados
ao Nível de Atividade Física
Levantamentos epidemiológicos cumprem papel fundamental no processo de
promoção e prevenção da saúde, em função de: 1) Diagnosticar e monitorar as
condições de saúde da população, 2) Validar métodos diagnósticos, identificar fatores
associados ou que determinam o processo saúde-doença e 3) Avaliar intervenções em
Saúde, demonstrando assim importante contribuição no processo de aperfeiçoamento
dos Sistemas de Saúde (FLORINDO E HALLAL, 2011).
Estudos demonstram a contribuição das análises epidemiológicas no
diagnóstico e monitoramento das condições de saúde da população (BORGES et al.,
2009; COSTA et al., 2006; MIELCZARSKI et al., 2012; MONTEIRO et al. 2005).
Observa-se aumento na prevalência das DCNC, o que reflete a preocupação com o
controle, monitoramento e intervenção nos fatores relacionados aos agravos conhecidos
a morbi-mortalidade (DUNCAN et al., 2012; MATTOS et al., 2012; SCHIMIDT et al.,
2009).
Nesse sentido, pesquisas destacam os elementos que poderiam contribuir direta
ou indiretamente com o surgimento dos fatores de risco. Esses elementos podem estar
associados a aspectos sociais, históricos, econômicos, demográficos, biológicos,
psicológicos, cognitivos e emocionais; sendo descritos como fatores determinantes. A
integração desses determinantes estimula mudanças de comportamento e a
aprendizagem de novos conceitos e hábitos pelos indivíduos e sociedade (ÁLVARES E
32
FIGUEIRA JÚNIOR, 2010). Os fatores determinantes podem influenciar de forma
positiva ou negativamente no comportamento dos indivíduos sobre a prática de
atividade física. Quando esses fatores são positivos, são chamados de fatores
facilitadores, oportunizando a prática de atividade física e hábitos saudáveis. Por outro
lado, quando esses fatores são negativos, são chamados de barreiras da atividade física
(BOSCATTO et al., 2011; MARTINS et al., 2000).
A recomendação atual na promoção e manutenção da saúde de pessoas entre 18
a 65 anos relacionada à atividade física, preconiza atividades aeróbicas de intensidade
moderada por pelo menos 30 minutos 5 dias por semana, ou atividades aeróbicas de
vigorosa intensidade pelo menos 20 minutos 3 dias por semana (HASKELL et al.,
2007). Todavia a interferência de diversos fatores, dentre eles os avanços tecnológicos e
econômicos, urbanização e em especial as limitações funcionais presentes no processo
de envelhecimento da população, faz com que a prática de atividades físicas
sistematizadas torne-se menor (BUENO et al., 2013).
Estudo realizado por Sampaio et al (2013) demonstrou que o volume total de
atividade física e o risco de mortalidade por todas as causas para ambos os sexos,
incluindo jovens adultos e idosos foi menor para os que despendem pelo menos 500
kcal/semana; caminham entre 1 e 3 km por dia (modo continuo ou acumulado) em
sessões de pelo menos 10 minutos, sendo observadas reduções entre 20% a 30% no
risco de desenvolver as DCNC.
Estudos epidemiológicos nacionais demonstraram alto nível de inatividade
física da população em algumas localidades do país. Bareta et al. (2007) apuraram que
em Joaçaba-SC, 57,4% da população local era inativa. No Estado de São Paulo,
sedentários e irregularmente ativos totalizaram 46,4% da população analisada
(MATSUDO et al., 2002). O Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2004) constatou que
33
em média 39% dos adultos com idade entre 25 e 49 anos de 15 capitais brasileiras e
Distrito Federal, foram classificados como insuficientemente ativos. Em Pelotas-RS a
prevalência de inatividade física alcançou os 41,1% nos indivíduos com 20 anos ou
mais. Em relação ao nível de atividade física e a Atenção Básica à Saúde (ABS),
Siqueira et al.(2008) demonstram que nas regiões Sul e Nordeste do Brasil o nível de
sedentarismo nas áreas de abrangência das UBS-tradicionais chega a 30,3% e nas UBS-
PSF o percentual chega a 34,7%. Tais números evidenciaram a necessidade de maior
investimento na ABS, principalmente em projetos de investigação e conscientização da
comunidade sobre os fatores determinantes da prática da atividade física e sua relação à
promoção e prevenção em saúde.
A meta-análise conduzida por Lollgen et al. (2009) revelou relação inversa
entre a taxa de mortalidade para todas as causas e a intensidade das atividades físicas,
demonstrando que intensidades mais leves não apresentam associação com a prevenção
primária. Nesse sentido as atividades físicas com maior volume e intensidades
moderadas apresentaram maior capacidade preventiva entre idosos na associação com a
hipertensão arterial sistêmica, diabetes tipo 2, osteoporose, entre outros distúrbios
metabólicos (FERNANDES et al., 2010; SAMPAIO et al., 2013).
Em estudo Finlandês, foi constatado que as mulheres diagnosticadas com
diabetes, respondiam melhor ao tratamento e aos aconselhamentos da importância da
atividade física, resultando em maior aderência nos programas de exercícios físicos
(KARJALAINEN et al, 2008).
Daniele et al. (2013) investigou o nível de atividade física, comorbidade e
sintomas depressivos, analisando 200 pacientes diabéticos, demonstrou que os pacientes
sedentários apresentaram maior circunferência da cintura, proporção cintura-quadril,
mais sintomas de depressão e pior resultado no questionário de qualidade de vida
34
(QVRS). Nesse sentido os autores sugerem que atividades em grupo e o apoio familiar
podem aumentar a aderência à programas de exercícios nos pacientes menos ativos.
Ferreira e Ferreira (2009) apontaram as características epidemiológicas de
pacientes diabéticos da rede pública de saúde no Sistema Hiperdia em Cuibá - MT,
sendo diagnosticado que quando cadastrados no sistema, os pacientes já apresentavam
estágios avançados da doença, dificultando as ações preventivas e promocionais de
saúde para esses indivíduos. A segunda conclusão demonstrou a necessidade de se
diagnosticar as características sóciodemográficas e clínicas desses pacientes como
forma de subsidiar ações adequadas na prevenção do agravo dessa doença na atenção
básica.
Dentro dessa realidade percebe-se o crescente reconhecimento científico sobre
a importância da atividade física no contexto da prevenção e promoção em saúde, em
especial no combate as DCNC, demonstrando a estreita relação entre Saúde e Atividade
Física, além de seus efeitos benéficos à saúde da população (MIRANZI et al., 2008;
MONTEIRO et al., 2007; NEGRÃO et al., 2006; PEYROT et al., 1994; SILVA et al.,
2001; SILVA et al., 2002). A prática da Atividade Física e seus benefícios à saúde vêm
incentivando novos estudos que objetivam contribuir para um estilo de vida mais
saudável dos brasileiros (L’ABBATE et al., 1994; OLIVEIRA et al., 2010; SILVA et
al., 2006; SIXT et al., 2004; TAVARES et al., 2008)
35
CAPÍTULO III - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 – Modelo de pesquisa
O modelo de pesquisa adotado foi quantitativo, com características
epidemiológicas e delineamento ecológico, onde foram utilizadas técnica de aplicação
de questionários (THOMAS E NELSON; 2007).
3.2 – Característica Amostral
3.2.1 – Local do Estudo
O desenvolvimento do presente estudo ocorreu no Município de Pouso Alegre,
localizado na região Sul do Estado de Minas Gerais. O Município está a 200 Km de
distância de São Paulo, 384 Km de Belo Horizonte, 360 Km do Rio de Janeiro e
Campinas.
Segundo Faria (2012), Pouso Alegre vem se tornando uma alternativa na
desconcentração produtiva ocorrida na Cidade de São Paulo, pela proximidade e
acessibilidade entre os municípios. Ainda, o incentivo fiscal e a mão de obra barata, fez
com que o crescimento do município potencializasse, enquadrando-o como um
município no contexto do crescimento médio das cidades do Brasil.
O crescimento das cidades médias do Brasil é marcado por aumento
populacional e grande urbanização. Em Pouso Alegre esse fenômeno não se faz
diferente, o crescimento urbano do município é evidente e acelerado desde a década de
90, demonstrando índices de crescimento populacional e urbano superiores aos índices
de Minas Gerais e do Brasil (FARIA, 2012).
36
O Quadro 2 apresenta algumas informações sócio demográficas do Município
de Pouso Alegre.
INDICADORES CARACTERÍSTICAS
Nome do Município Pouso Alegre
Área do Município 543.068 km²
Divisão Distrital – Número de bairros 120
Total de Habitantes – 2010 130.586
População Estimada – 2013 140.223
População – Homens Idosos 6.469
População – Mulheres Idosas 7.807
Densidade Populacional (km²) 240,51 hab./Km²
PIB per Capta (R$) R$ 23.289,74
IDH (classificação) 0,774 (185°)
Expectativa de Vida (anos) 77,33
Mortalidade- doenças cardiovasculares
(Total de óbitos)
104 (606)
Mortalidade – Diabetes (Total de óbitos) 2 (606)
Número de Unidades Básicas de Saúde 19
Número de Hospitais 04
Número de Estabelecimentos de Saúde – SUS 37
Número de Médicos 91
Total de Habitantes da Zona Urbana (%) 91,56%
Total de Habitantes da Zona Rural (%) 8,44%
Número de Domicílios Particulares 40.422
Número de Veículos Automotores por Residência 1.65
Total de Veículos Automotores 66.717
Empresas de Ônibus Municipais 01
Número de Parques Públicos 01
Quadro 2 – Informações Sócio demográficas do Município de Pouso Alegre
Fontes: Secretaria Municipal de Saúde, 2013 / Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), 2012 / Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD), 2010 / Instituto de pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2010 / Fundação
João Pinheiro (FJP-Governo de Minas Gerais), 2010.
3.2.2 – Participantes
O desenvolvimento da pesquisa ocorreu na Unidade Básica de Saúde Colina de
Santa Bárbara – Centro Municipal de Diabéticos (UBS-CEMED) a qual é um Centro
especializado no tratamento de pessoas acometidas pelo DM2. Atualmente estão
37
cadastradas na UBS-CEMED aproximadamente 2000 pacientes diabéticos, dos quais
cerca de 80% são DM2. A seleção dos participantes foi feita de forma aleatória
respeitando os critérios de inclusão. Foram entrevistadas e avaliadas 52 pessoas de
ambos os sexos, com mais de 60 anos, acometidos pelo DM2 e residentes na cidade de
Pouso Alegre.
3.2.3 – Critérios de Inclusão
Participaram da pesquisa indivíduos que contemplaram os seguintes critérios:
A) idade igual ou superior a 60 anos completos; B) ser diagnosticado como diabético
tipo 2 pelos exames clínicos validados; C) estar cadastrado na UBS-CEMED há pelo
menos 1 ano; D) diagnóstico da doença há pelo menos 1 ano; E) residente em Pouso
Alegre; F) ter os exames clínicos completos e atualizados há pelo menos 3 meses.
3.3 – Instrumentos e Protocolos da pesquisa
A presente pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da Universidade São
Judas Tadeu, através do parecer n° 488.993 (11/12/2013).
3.3.1 – Inquérito do Nível de Atividade Física e Comportamento
Foi utilizado na avaliação dos aspectos socioeconômicos, bioculturais e
socioambientais um questionário desenvolvido e adaptado dos seguintes instrumentos
de investigação: Questionário de Avaliação Funcional Multidimensional de Idosos –
OARS (RODRIGUES, 2008), Escala de Percepção do Ambiente para a Prática de
Atividade Física (FLORINDO, 2012), Escala de Mobilidade Ativa no Ambiente
Comunitário – NEWS (MALAVASI, 2007), Physical Activity Resource Assessment
Instrument (LEE, 2005) e o Instrumento de Avaliação Objetiva do Ambiente para
aplicação em Estudos de Atividade Física (BORTONI et al., 2009).
38
Os aspectos relacionados ao nível de atividade física dos participantes foram
avaliados através da aplicação do Questionário Internacional de Atividade Física -
IPAQ forma longa adaptado para idosos (BENEDETTI, 2007).
3.3.2 – Aspectos Antropométricos, Perfil da Aptidão Física e Capacidade
Funcional
As avaliações Antropométricas e Funcionais seguiram os protocolos propostos
por Matsudo et al. (2010). Foram coletados e analisados os parâmetros antropométricos:
massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC) e circunferências de cintura,
quadril e abdômen. A coleta dos dados antropométricos de massa corporal foi realizada
com balança da marca Filizola com capacidade para 200 quilogramas e precisão de 100
gramas. No momento da coleta o participante era instruído a retirar os calçados, blusa e
acessórios. Foi considerado o valor identificado na primeira ocasião.
A avaliação da estatura foi realizada em estadiômetro da marca Filizola, sendo
graduado em centímetros e décimos de centímetros. No momento da coleta o
participante estava descalço e na posição ortostática com os pés unidos. Foram
realizadas 3 medidas, sendo considerada a média como valor real da estatura do
participante.
O Índice de Massa Corporal foi calculado utilizando os valores obtidos da
Massa Corporal (kg) e a Estatura (m), realizando divisão do Massa Corporal em
quilogramas pela Estatura Corporal em metros ao quadrado. Buscando determinar a
relação Massa Corporal na Estatura do participante, permitindo assim identificar
excesso de peso ou obesidade desses indivíduos.
39
Na avaliação das medidas relacionadas à gordura intra-abdominal e visceral,
foram utilizadas as medidas circunferência de cintura (cm), quadril (cm) e abdominal
(cm), assim como a medida da Relação Cintura/Quadril.
Os aspectos funcionais e a aptidão física foram avaliados utilizando as
variáveis Neuromusculares: Força de Membros Superiores e Inferiores e Equilíbrio; e a
variável Metabólica: Potência Aeróbica. As valências físicas supracitadas foram
avaliadas empregando os seguintes testes.
Força de Membros Superiores, avaliada por meio da força de
preensão manual (dinamômetro);
Força de Membros Inferiores, utilizando o teste de levantar da
cadeira em 30”;
Equilíbrio, teste de equilíbrio estático com controle visual;
Resistência Física (Potência Aeróbica), avaliada por meio da
aplicação do teste de marcha estacionária de 2 minutos;
3.3.3 – Aspectos Clínicos
Foram coletados do prontuário médico dos participantes, os dados clínicos
mais recentes, sendo esses:
Pressão Arterial Sistêmica (Sistólica e Diastólica em mmHg);
Perfil Lipídico: HDL (mg/dl), LDL (mg/dl), VLDL (mg/dl);
Glicemia em Jejum (mg/dl);
Hemoglobina Glicada (%);
Os dados supracitados foram analisados seguindo os parâmetros de
normalidade estabelecidos nos exames clínicos anexados aos prontuários dos pacientes.
40
3.4 – Análise estatística
A análise estatística descritiva foi expressa em valores de média e desvio
padrão, sendo analisada inicialmente a amostra geral; e posteriormente os indivíduos
ativos (Grupo 1) e insuficientemente ativos (Grupo 2), seguindo os resultados obtidos
no IPAQ.
Foram utilizados os seguintes procedimentos estatísticos para análise da
amostra:
Teste Qui-quadrado para verificar a distribuição das frequências
observadas;
Teste de Mann-Whitney para comparação entre os grupos Ativo e
Insuficientemente ativos;
Todas as análises estatísticas foram feitas com auxílio do software SPSS versão
20, sendo adotado o critério de significância de p<0,05.
41
CAPÍTULO IV – RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 – Organização da Análise e Perfil da Amostra
O objetivo do presente estudo foi diagnosticar as características clínicas,
bioculturais e socioambientais e sua relação com o nível de atividade física em idosos
DM2 residentes no Município de Pouso Alegre – MG.
Participaram da pesquisa idosos DM2, os quais eram atendidos no centro de
tratamento do diabetes instalada em uma unidade básica de saúde (UBS-CEMED) no
município de Pouso Alegre. A aplicação do questionário e das avaliações físicas e
funcionais foram realizadas na própria UBS-CEMED, antes ou logo após as consultas
médicas de rotina.
A amostra foi estratificada em 2 grupos, o Grupo 1 (indivíduos ativos) e Grupo
2 (indivíduos insuficientemente ativos). A classificação do Nível de Atividade Física
seguiu as recomendações proposta pelo American College of Sports Medicine para a
prática de atividade física, devendo acumular pelo menos 150 minutos semanais ( ≥ 150
min.), enquanto o Grupo 2 (insuficientemente ativos) não atenderiam a recomendação
de pelo menos 150 minutos semanais ( ≤ 149 min.) (Haskell et al., 2007). Em função da
classificação encontramos que 44 participantes (84,6%) atenderam as recomendações e
8 participantes (15,4%) não atenderam a recomendação mínima.
A tabela 1 apresenta a distribuição da amostra por sexo, média de idade e de
tempo de residência na cidade, assim como tempo acumulado de atividade física
(min./semana) e tempo sentado acumulado (min./dia) dos participantes. A tabela 2
42
apresenta a prevalência dos participantes relacionada ao tempo acumulado de atividade
física e a tabela 3 demonstra a prevalência do tempo sentado acumulado.
TABELA 1. Valores descritivos de média e desvio padrão (Dp) para idade, tempo que
reside no município, tempo acumulado de atividade física e tempo sentado acumulado,
comparando Homens e Mulheres.
Geral Homens Mulheres
n° (%)
52 (100%) 29 (55,8%) 23 (44,2%)
Idade
69 ± 5,9 69 ± 5,5 68 ± 6,7
Reside em Pouso Alegre
(anos)
60 ± 14,2
62 ± 11,9
54 ± 10,1
Tempo acumulado de At. Física
(min/sem)
224 ± 73
212 ± 85
234 ± 61
Tempo acumulado sentado
(min/dia)
261 ± 107
230 ± 98
284 ± 72
A idade média dos participantes foi de 69 ± 5,9 anos, a média geral do tempo
acumulado de atividade física foi 224 ± 73 min./sem., sendo que os homens obtiveram
média de 212 min./sem. e as mulheres 234 min./semana. Em estudo realizado por
Modeneze et al. (2012) foi avaliado o nível de atividade física de portadores de DM2
em uma comunidade carente no Brasil, foram encontrados médias superiores na análise
do IPAQ em relação aos homens (242 min./sem.) e mulheres (303 min./sem.).
Em relação ao tempo acumulado sentado a média geral foi de 261 ± 107
min./dia; a média dos homens foi de 230 min./dia e das mulheres 284 min./dia. Os
dados da tabela 1 representa que as mulheres têm um tempo acumulado de atividade
física maior que os homens, todavia acumulam mais tempo sentadas durante o dia.
43
TABELA 2. Tempo acumulado de atividade física (min./semana): prevalência geral e
comparação entre homens e mulheres participantes.
Tempo acumulado de
Atividade Física
Prevalência n (%)
Geral Homens Mulheres
< 149
8 (15,5%) 2 (8,6%) 6 (20,6%)
150 ≥ x ≤ 300
36 (69,2%) 19 (82,6%) 17 (58,6%)
> 300
8 (15,3%) 2 (8,6%) 6 (20,6%)
Os dados apresentados na tabela 2 demonstram que a maior parte dos
participantes (69,2%) tem entre 150 a 300 min./sem. de tempo acumulado realizando
atividade física. Em relação ao sexo, 82,6% dos homens atingem esse tempo contra
apenas 58,6% das mulheres. Todavia, quando analisados os indivíduos que acumulam
300 min. ou mais de atividade física, o percentual das mulheres é maior (20,6%) em
relação aos homens (8,6%). Modeneze et al. (2012) ao investigar o nível de atividade
física entre homens e mulheres idosos e diabéticos tipo 2, observou elevado nível de
atividade física, sendo 21,8% da amostra muito ativos e 65,3% ativos.
TABELA 3. Tempo sentado acumulado (min./dia): prevalência geral e comparação
entre homens e mulheres participantes.
Tempo sentado
acumulado (min/dia)
Prevalência n (%)
Geral Homens Mulheres
≤ 120
6 (11,6%) 1 (4,3%) 5 (17,2%)
121 a 240
20 (38,5%) 15 (65,2%) 5 (17,2%)
> 240
26 (49,9%) 7 (30,4%) 19 (65,5%)
Em relação ao tempo sentado acumulado durante o dia, a maior porcentagem
dos participantes, 49,9% acumulam mais de 240 min./dia; sendo que 65,5% desse
44
percentual são de mulheres e 30,4% são de homens. Estudos que tiveram como objetivo
mensurar o tempo de sedentarismo demonstrou haver relação entre doenças metabólicas
e atividades sedentárias (EKELUND et al., 2007; HEALY et al., 2008; HEALY et al.,
2008).
Estudo de base populacional que tinha como objetivo investigar a prática
regular de atividade física entre adolescentes, adultos e idosos; entrevistou 740 idosos
com média de idade de 68,5 anos. Apenas 19,1% relataram praticar atividade física
regularmente, demonstrando haver um decréscimo do nível de atividade física com o
aumento da idade, o que reforça a necessidade da implantação de políticas públicas que
estimulem a prática regular de atividade física nas populações mais afetadas pelo
sedentarismo (FREIRE et al., 2014).
Resultados encontrados em estudo realizado por Bueno et al. (2013)
demonstram haver redução do nível de atividade física nos indivíduos após os 70 anos
de idade, principalmente entre as mulheres. Tal achado corrobora com os encontrados
no presente estudo; podendo ser justificado pelo menor tempo dispendido pelas
mulheres nas atividades de locomoção/deslocamento.
A tabela 4 apresenta a média de tempo acumulado de atividade física, assim
como a média de tempo sentado acumulado para o G1 (ativo) e G2 (ins. ativo).
45
TABELA 4. Valores descritivos de média e desvio padrão (Dp) do tempo acumulado
de atividade física (min./semana) e tempo sentado acumulado (min./dia) dos G1 (ativo)
e G2 (insuficientemente ativo).
Ativos Ins. Ativos
Tempo acumulado de
Atividade Física
(min/sem)
244 ± 62 118 ± 18
Tempo sentado
acumulado
(min/dia)
257 ± 115 277 ± 39
Após a divisão dos Grupos: 1 (indivíduos ativos) e 2 (indivíduos ins. ativos),
observa-se que a média de tempo acumulado de atividade física no G1 (ativos) foi de
244 ± 62 min./sem. contra apenas 118 ± 18 min./sem. do G2 (ins. ativos). Em relação ao
tempo sentado acumulado durante o dia o G2 obteve média de 277 ± 39 min., já o G1
obteve média menor, 257 ± 115 min/dia.
Bankoski et al. (2011) analisando o tempo de atividades sedentárias de 1367
homens e mulheres com mais de 60 anos, demonstrou que homens com menor
escolaridade foram os apresentaram maior tempo de atividades sedentárias. Além disso,
os idosos com maior tempo de atividades sedentárias eram os que apresentavam maior
IMC, baixo colesterol HDL e aumento na concentração de triglicérides. Tais evidências
sugerem que o sedentarismo associado a outros hábitos, como o tabagismo e o consumo
excessivo de álcool, aumenta o risco do desenvolvimento de hipertensão e de doenças
metabólicas independente do nível de atividade física.
Os resultados encontrados no presente estudo acerca do nível de atividade
física dos idosos diabéticos são convergentes aos estudos com objetivos similares,
demonstrando haver um decréscimo no nível de atividade física com o avanço da idade.
Além disso, o sexo apresenta-se como fator de influência no nível de atividade física
dos idosos, estando associado a hábitos sedentários dessa população.
46
4.2 – Análise 1: Nível de Atividade Física e indicadores Funcionais,
Antropométricos e Clínicos
O objetivo da análise 1 foi identificar a associação dos indicadores funcionais,
antropométricos e clínicos em relação ao tempo acumulado de atividade física dos
participantes. Nesse sentido foram abordadas questões relacionadas à percepção de
saúde física e mental/emocional, possível influência dos problemas de saúde nas
atividades diárias. Além da aplicação dos testes antropométricos, funcionais e análise de
prontuários médicos dos pacientes.
A tabela 5 apresenta resultados sobre a percepção da saúde Mental/Emocional
e Saúde Física dos participantes.
TABELA 5. Prevalência da percepção da saúde mental/emocional e saúde física
comparando o Grupo 1 (ativos) e Grupo 2 (insuficientemente ativos).
Percepção Saúde Mental/Emocional
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Razoável
11 (25,0%) 3 (37,5%)
Boa
27 (61,4%) 5 (62,5%)
Muito Boa
6 (13,6%) 0 (0,0%)
Percepção Saúde Física
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Ruim
4 (9,1%) 1 (12,5%)
Razoável
13 (29,5%) 4 (50,0%)
Boa
24 (54,5%) 3 (37,5%)
Muito Boa
3 (6,8%) 0 (0,0%)
Total 44 8
* p ≤ 0,05
Quando questionados sobre a percepção da saúde física e mental/emocional ao
redor de 51,9% dos participantes relataram ter boa saúde física e 32,7% ter uma saúde
física razoável. No G1 54,5% dos participantes respondeu ter boa saúde física, já no G2
47
esse percentual foi de 37,5%. Não houve associação da percepção da saúde física com o
nível de atividade física dos idosos, no entanto vale ressaltar que os percentuais acerca
da percepção de boa/muito boa saúde física é maior no grupo ativo (G1), o que reforça a
idéia de que o nível de atividade física pode ter influência nesses aspectos.
Acerca da saúde mental/emocional, 61,5% dos participantes relataram ter boa
saúde mental/emocional; quando questionados a comparar a saúde mental/emocional
atual com a de 5 anos atrás, 61,5% disseram ter igual saúde mental/emocional. Na
comparação entre os Grupos o percentual da percepção de muito boa saúde
mental/emocional o G1 apresentou 13,6%, já o G2 nenhum participante relatou ter
percepção de saúde mental/emocional muito boa. Campbell et al. (2011) demonstraram
que baixos níveis de atividade física têm sido relacionados com insuficiente saúde
mental, ansiedade, percepção de estresse e depressão, corroborando com os achados do
presente estudo.
Quando os participantes foram questionados sobre possíveis prejuízos que os
problemas de saúde trazem para as atividades cotidianas, 63,5% responderam que os
problemas de saúde não atrapalhavam nas atividades diárias. Acerca da frequência com
que sentiam fadiga, tontura ou sofriam quedas, 38,5% afirmaram sentir fadiga ou
tontura ocasionalmente e 32,7% tropeçam ou sofrem quedas ocasionalmente. Os
resultados da comparação entre Grupos são apresentados na tabela 6.
48
TABELA 6. Prevalência da frequência com que os participantes sentem fadiga/tontura,
tropeçam ou sofrem quedas comparando o Grupo 1 (ativos) e Grupo 2
(insuficientemente ativos).
Fadiga/Tontura (Frequência)
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Nunca
20 (45,5%) 3 (37,5%)
Ocasionalmente
16 (36,4%) 4 (50,0%)
Frequentemente
8 (18,2%) 1 (12,5%)
Tropeçam ou Caem (Frequência)
Ativos (%)
Ins. Ativos (%)
Nunca
29 (65,9%) 6 (75,0%)
Ocasionalmente
15 (34,1%) 2 (25,0%)
Total 44 8
* p ≤ 0,05
Na comparação entre grupos, sentem fadiga/tontura ocasionalmente, cerca de
36,4% dos participantes do G1 e 50% dos participantes do G2. Já em relação da
frequência com que tropeçam ou caem, 34,1% dos participantes do G1 responderam
tropeçar ou cair ocasionalmente, já no G2 esse percentual foi de 25%. A maior
frequência no relato de quedas do G1 pode estar associada com maior realização de
atividades cotidianas, aumentando assim o risco de quedas por parte do grupo mais
ativo.
Vargas et al. (2014) em estudo realizado com 158 idosos diabéticos,
participantes e não participantes de um grupo de atividades, demonstraram que
indivíduos diabéticos e não praticante de atividades em grupo apresentam menores
escores cognitivos que os praticantes dessas atividades. Esses achados reforçam a idéia
que tanto o diabetes como a privação de práticas de exercício físico, atividades
cognitivas e sociais contribuem com o acelerado declínio cognitivo, com consequente
repercussão na autonomia e qualidade de vida desses indivíduos (tabela 7).
49
TABELA 7. Valores descritivos de média e desvio padrão (Dp) dos resultados dos
testes funcionais comparando o Grupos 1 (ativo) e Grupo 2 (insuficientemente ativos).
Testes Funcionais
Ativos Ins. Ativos
Força de Membros
Superiores (kg.)
26,2 ± 8,6 18,2 ± 7,0*
Força de Membros
Inferiores (rep.)
9,5 ± 1,8
8,1 ± 1,4*
Equilíbrio (seg.)
7,1 ± 6,1 6,2 ± 4,3
Marcha Estacionária
(2 min.)
118,1 ± 6,1 100,5 ± 9,3*
* p ≤ 0,05
Foi encontrada associação entre a variável força de membros superiores, força
de membros inferiores e marcha estacionária (2 Min.) em relação ao tempo acumulado
de atividade física. Os resultados corroboram com os encontrados por Sanudo et al.
(2013), nesse estudo os participantes que apresentavam baixo nível de atividade física
reportaram menor força muscular avaliada pelo teste de levantar da cadeira de 30
segundos.
A tabela 8 apresenta os resultados de média e desvio padrão das variáveis
antropométricas: relação cintura-quadril (RCQ) e índice de massa corporal (IMC)
comparando G1 (ativos) e G2 (ins. ativos). Os resultados demonstram associação entre
a variável relação cintura-quadril e o tempo acumulado de atividade física.
TABELA 8. Valores descritivos de média e desvio padrão (Dp) dos Grupos 1 (ativos) e
Grupo 2 (insuficientemente ativos) para os testes antropométricos; Valores do teste de
Mann-Whitney e de Nível de Significância (p) para as variáveis antropométricas IMC e
RCQ comparando os grupos.
Variável Antropométrica
Ativos Ins. Ativos
IMC 29,2 ± 5,2 29,0 ± 4,4
RCQ 0,83 ± 0,5* 0,89 ± 0,7
* p ≤ 0,05
50
Em estudo realizado por Franchi et al. (2010), comparando idosos praticantes e
não praticantes de atividade física, observou-se um menor IMC e melhor perfil
glicêmico nos idosos praticantes de atividade física. Daniele et al. (2013) encontraram
em seu estudo maior circunferência da cintura, relação cintura-quadril, maiores
sintomas de depressão e pior QVRS em pacientes diabéticos sedentários quando
comparados com pacientes ativos.
Em relação aos parâmetros clínicos foi encontrada associação inversa entre
tempo acumulado de atividade física e o perfil lipídico (LDL) dos participantes do G1,
sugerindo que o tempo de atividade física tem função protetora no que tange o controle
lipídico. Tais resultados eram esperados, uma vez que se observa aumento de ácidos
graxos livres plasmáticos em diabéticos, decorrente da mobilização dos depósitos de
gordura. Isso pode acarretar o desenvolvimento de hiperlipidemias, ocasionada
principalmente pela deposição inadequada de triglicérides no fígado e nos músculos.
Em pacientes diabéticos o uso de medicamentos que aumentam a sensibilidade à
insulina, principalmente no fígado, é a primeira opção terapêutica, devendo estar sempre
associada à prática de atividade física e dieta. Resultados detalhados são apresentados
na tabela 9.
51
TABELA 9. Valores descritivos de média e desvio padrão (Dp) para os parâmetros
clínicos comparando o Grupo1 (ativos) e Grupo 2 (insuficientemente ativos).
Parâmetros Clínicos
Ativos Ins. Ativos
Glicemia Jejum
(mg/dl)
130 ± 31 155 ± 64
Hemoglobina Glicada
(%)
7,7 ± 1,0 8,6 ± 2,4
HDL
(mg/dl)
47,23 ± 12,1 46 ± 11,9
LDL
(mg/dl)
86,6 ± 28,9 * 128,7 ± 53
Triglicérides
(mg/dl)
140 ± 59,9 154 ± 90
PA
(mmHg)
125/73 131/77
* p ≤ 0,05
Em estudo conduzido por Mynarski et al. (2012), onde foi avaliado o nível de
atividade física (medida direta/acelerômetro) e os aspectos antropométricos e clínicos de
31 idosos diabéticos, observou-se que a atividade física tem impacto direto no controle
glicêmico, no ganho de massa corporal e no controle da hemoglobina glicada (HbA1)
dos pacientes diabéticos, demonstram a importância da prática de atividade física no
controle da doença. Os participantes foram questionados sobre o acometimento de
outras doenças associadas ao diabetes. Nesse sentido 51,7% dos pacientes relataram
serem hipertensos ou ter algum tipo de problema cardíaco.
Em estudo conduzido por Daniele et al. (2013) pacientes diabéticos foram
questionados sobre doenças associadas, cerca de 76% dos pacientes eram acometidos
por hipertensão, o que reforça existir associação entre essas duas DCNC. Gomes-Vilas
Boas et al. (2011) e Gomes-Vilas Boas et al. (2012) encontraram resultados que
corroboram com os encontrados no presente estudo, sendo que entre as
comorbidades/complicações clínicas, as de maior frequência forma dislipidemia,
hipertensão arterial e complicações renais. Em outro estudo realizado com idosos
52
portadores do DM2, apresentou maior prevalência de hipertensão (64%), problemas na
coluna (38%) e artrose (31%) (MODENEZE et al.,2012).
O tempo de acometimento da doença, a utilização de elevado número de
medicamentos e o controle irregular da doença podem potencializar o seu agravo. Tais
fatores são reforçados no estudo realizado por Modeneze et al. (2012), onde 55,2% dos
idosos diabéticos relataram ter desenvolvido a doença a mais de 10 anos e 94,1%
utilizavam medicamento no controle da doença. Com relação ao comportamento
preventivo, 83% dos idosos referiram adotar dieta balanceada, todavia apenas 20,8%
costumavam verificar a glicemia semanalmente, prejudicando o controle da doença.
Os indicadores Funcionais, Antropométricos e Clínicos, apresentaram relação
com o nível de atividade física dos idosos; força de membros superiores (FMS), força
de membros inferiores (FMI), marcha estacionária (ME 2’), a relação cintura-quadril
(RCQ) e o perfil lipídico (LDL). Outros estudos, como o de Coelho et al. (2009) e
Franchi et al. (2010) apresentaram resultados que corroboram com os encontrados no
presente estudo, evidenciando que a presença de doenças crônicas e o baixo nível de
atividade física são fatores contribuintes para a inabilidade funcional de indivíduos
idosos.
Os valores dos parâmetros clínicos são similares estatisticamente, porém os
indivíduos Insuficientemente Ativos apresentam indicadores clínicos com maior
tendência de agravo, o que sugere que a força muscular, a resistência à fadiga e o perfil
antropométrico, expliquem em parte, a melhor condição clínica no grupo Ativo. Assim,
pode-se concluir que as evidências epidemiológicas do presente estudo, aliada aos
achados de outros estudos, apontam na associação entre o estilo de vida ativo e
melhores indicadores antropométricos, funcionais e clínicos.
53
4.3 – Análise 2: Nível de Atividade Física e Fatores socioculturais,
econômicos e ambientais
O objetivo da análise 2 foi identificar associação das variáveis sociocultural,
econômicas e ambientais em relação ao tempo de atividade física acumulada dos
participantes. A tabela 10 apresenta a prevalência de escolaridade do Grupo 1 e Grupo
2.
TABELA 10. Distribuição da amostra acerca da escolaridade comparando o Grupo 1
(ativos) e Grupo 2 (insuficientemente ativos).
Escolaridade
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Analfabetos
11 (25%) 0 (0%)
Básico
24 (54,5%) 5 (62,5%)
Médio Incompleto
3 (6,8%) 2 (25%)
Médio Completo
3 (6,8%) 1 (12,5%)
Técnico
1 (2,3%) 0 (0%)
Superior 2 (4,5%) 0 (0%)
* p ≤ 0,05
A maior parte dos participantes tem escolaridade básica, cerca de 54,5% dos
participantes do G1 e 62,5% dos participantes do G2, sendo que apenas 2 participantes
relataram ter ensino superior, sendo eles do G1. Esses achados corroboram com os
encontrados em estudo que investigou a adesão à dieta e ao exercício físico de pessoas
com DM2, onde a média de escolaridade dos pacientes era de 5,4 anos de estudo
(GOMES-VILAS BOAS et al., 2011).
Estudos realizados com o objetivo de avaliar os fatores sócio demográficos e
sua relação com atividade física são divergentes. No estudo de Franchi et al. (2010)
observou-se que o nível de escolaridade não influenciou na realização da prática de
atividade física por parte dos idosos diabéticos. Por outro lado, no estudo de Gomes-
54
Vilas Boas et al. (2011) os resultados sugerem que quanto menor a escolaridade, maior
a adesão à dieta e ao exercício físico. Em contrapartida, Freire et al. (2014)
identificaram maior prevalência de prática de AF entre idosos com maior escolaridade e
que exerciam atividade remunerada.
A alta escolaridade pode estar associada com maior número de compromissos
no trabalho, o que pode acarretar falta de tempo para a prática de exercícios físicos e
atividades de lazer. Além disso, indivíduos com alta escolaridade realizam atividades no
trabalho que demandam menor esforço físico e pouco gasto energético em seus
deslocamentos. Ao contrário, pessoas com menor escolaridade e menor renda familiar
desempenham atividades ocupacionais mais pesadas, com maior exigência física
(GOMES-VILAS BOAS et al., 2012; GOMES-VILAS BOAS et al., 2011).
A tabela 11 apresenta a prevalência da aposentadoria para o Grupo 1 (ativos) e
Grupo 2 (insuficientemente ativos).
TABELA 11. Prevalência de aposentadoria comparando o Grupo 1 (ativos) e Grupo 2
(insuficientemente ativos).
Aposentado
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Sim
38 (86,4%) 6 (75,0%)
Não
6 (13,6%) 2 (25,0%)
Total 44 8
* p ≤ 0,05
Entre os 52 participantes da pesquisa, afirmam ser aposentados 84,6% (G1 =
86,4% e G2 = 75,0%), sendo o principal motivo da aposentadoria o tempo de serviço ou
a idade com 73% dos casos.
A tabela 12 apresenta a prevalência de renda familiar e reserva econômica para
o G1 (ativos) e G2 (ins. ativos).
55
TABELA 12. Distribuição da amostra acerca da renda familiar e reserva econômica
comparando o Grupo 1 (ativos) e Grupo 2 (insuficientemente ativos).
Renda familiar (salários mínimos)
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Menos que 2
26 (59,1%) 5 (62,5%)
2 a 3
11 (25,0%) 2 (25,0%)
3 a 4
1 (2,3%) 0 (0%)
4 ou mais
6 (13,6%) 1 (12,5%)
Reserva Econômica
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Possui
34 (77,3%) 7 (87,5%)
Não Possui
10 (22,7%) 1 (12,5%)
Total 44 8
* p ≤ 0,05
Sobre as variáveis econômicas, 59,6% de todos os participantes relataram ter
renda de até 2 salários mínimos, sendo que 53,8% afirmam que 2 pessoas vivem dessa
renda e 42,3% que 3 a 4 pessoas vivem da renda dessa pessoa. Quando questionados
sobre possuírem alguma reserva econômica, 77,3% dos participantes do G1 afirmaram
possuir poupança, já no G2 o percentual chegou a 87,5%. Todavia dentre todos os
participantes que afirmaram ter algum tipo de reserva econômica, 82,7% afirmam que
essa reserva não é suficiente para cobrir suas necessidades. Esses resultados corroboram
com os encontrados por Gomes Vilas-Boas et al. (2011) e Gomes Vilas-Boas et al.
(2012), sendo a renda familiar média referida de R$ 1.325,65. Fator importante a ser
destacado está na percepção que a maior parte dos participantes têm quando
questionados sobre a comparação de sua renda com outras pessoas de mesma idade.
Cerca de 94,2% de todos os participantes relatam ter renda melhor ou igual a outras
pessoas da mesma idade.
56
A tabela 13 apresenta os resultados acerca da relação dos pacientes com os
familiares.
TABELA 13. Prevalência da relação com familiares comparando o Grupo 1 (ativos) e
Grupo 2 (insuficientemente ativos).
Relação com familiares
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Boa
41 (93,2%) * 4 (50,0%)
Razoável
3 (6,8%) 4 (50,0%)
Total 44 8
*p ≤ 0,05
Cerca de 77% dos participantes residem com 1 ou 2 pessoas e 86,5% relataram
ter boa relação com seus familiares. Quando analisados os Grupos, observou-se que
93,2% dos participantes do G1 responderam ter boa relação com seus familiares e
apenas 50% dos participantes do G2 responderam da mesma forma. Foi encontrada
associação positiva entre as variáveis: Boa relação com familiares e tempo acumulado
de atividade física. Esses achados corroboram com os encontrados em estudo conduzido
por Daniele et al. (2013), nesse estudo foi investigada a associação entre atividade
física, comorbidades, sintomas depressivos e qualidade de vida em diabéticos. Nesse
estudo os resultados demonstraram que independência dos pacientes, atividades em
grupo e o apoio da família podem aumentar a aderência aos programas de AF. Estudo
conduzido por Fechio e Malerbi (2004) apontou maior adesão à prática de atividades
físicas e a comportamentos saudáveis nos pacientes que relataram ter maior
envolvimento com os familiares.
Estudo o qual relacionou os aspectos sociais e a adesão à prática de atividade
física demonstrou não haver diferença significativa entre a variável estado civil e
ocupação acerca da influência à prática de atividade física. Todavia estudos com essa
57
temática verificaram o fenômeno da feminilização da velhice e a associam com um
maior envolvimento social e afetivo por parte das mulheres idosas (MODENEZE et al.,
2012).
Os meios de transporte utilizados pelos participantes e as formas de locomoção
foram outros aspectos investigados na pesquisa. A tabela 14 apresenta a prevalência da
utilização de transporte motorizado do Grupo 1 e Grupo 2.
TABELA 14. Prevalência da utilização de transporte motorizado comparando o Grupo
1 (ativos) e Grupo 2 (insuficientemente ativos).
Utilização transporte motorizado
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Diariamente
15 (34,1%) 1 (12,5%)
1 a 3x semana
13 (29,5%) 6 (75,0%)
Quinzenalmente
14 (31,8%) 1 (12,5%)
Mensal
2 (6,8%) 0 (0%)
Total 44 8
* p ≤ 0,05
Observou-se que utilizam transporte motorizado diariamente ou até em 3 dias
da semana cerca de 66,5% dos participantes, sendo o transporte público o principal
meio de transporte, com 55,8% dos participantes utilizando-o. A maior parte dos
participantes do G2 (75%) respondeu utilizar transporte motorizado de 1 a 3 vezes por
semana, já o percentual do G1 foi de apenas 29,5%.
Vale ressaltar que apenas 13,5% dos participantes afirmam ter carro próprio, o
que pode contribuir de forma direta para a predominância na utilização do transporte
público. Além disso, grande parte dos participantes, cerca de 71,1% disseram que o
transporte público atende parcialmente ou totalmente as necessidades cotidianas dos
mesmos.
58
O pesquisador também percebeu durante as entrevistas que a forma com que a
maior parte dos participantes relatou utilizar o transporte público poderia estar
contribuindo para os resultados encontrados. Boa parte dos entrevistados relatou utilizar
o transporte público apenas em parte de seus trajetos, utilizando o transporte apenas no
trajeto de ida ou apenas no trajeto de volta dos destinos, realizando a outra parte do
percurso caminhando. Em estudo realizado por Gomes et al. (2011), observaram que a
prática da caminhada está associada a fatores pessoais, como por exemplo a menor
idade, maior nível educacional e melhor percepção de saúde.
Ainda em relação ao meio de locomoção dos participantes, o pesquisador
observou que nenhum participante relatou utilizar bicicleta como meio de transporte ou
como atividade de lazer. Tais evidências podem estar diretamente relacionadas à
topografia do município, a qual apresenta predominantemente ruas e avenidas íngremes.
Em cidades vizinhas, como é o caso do município de Itajubá, localizada a 60
quilómetros de Pouso Alegre, pode-se observar comportamento oposto da população em
geral. Esse fato pode estar associado à presença de grande número de vias planas, o que
pode facilitar a adoção dessa prática de locomoção. A tabela 15 apresenta a
prevalência com que os participantes vão ao médico.
TABELA 15. Prevalência com que os participantes visitam o médico, comparando o
Grupo 1 (ativos) e Grupo 2 (insuficientemente ativos).
Frequência das visitas médicas
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Mensal
3 (6,8) 3 (37,5)
Bimestral
8 (18,2) 2 (25,0)
Trimestral
25 (56,8) 2 (25,0)
Semestral
8 (18,2) 1 (12,5)
Total 44 8
* p ≤ 0,05
59
Dentre os pacientes do G2, 62,5% relataram ir ao médico mensalmente ou
bimestralmente. Já no G1 esse percentual é de 25,0% para os mesmos períodos. Tal
resultado pode estar relacionado à política de atendimento da UBS-CEMED, visto que
quando os pacientes apresentam melhora no quadro da doença ou estão aptos a
conduzirem o tratamento de forma autônoma a frequência com que as consultas são
marcadas tende a diminuir.
A tabela 16 apresenta a prevalência dos Grupos na participação em programas
de atividade física orientado por profissionais da área.
TABELA 16. Prevalência da participação em programas de atividade física,
comparando o Grupo 1 (ativos) e Grupo 2 (insuficientemente ativos).
Participação programas de atividade física
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Sim
3 (6,8) 1 (12,5)
Não
41 (93,2) 7 (87,5)
Total 44 8
* p ≤ 0,05
Em relação à participação em programas de atividade física, 92,3% de todos os
participantes responderam não ter participado de nenhum tipo de atividade física nos
últimos 2 anos. Vale salientar o resultado encontrado quando os pacientes foram
questionados sobre a importância da prática de atividade física, 98,1% dos participantes
responderam ser necessária a prática de atividade física como benefício à saúde. Esse
fato demonstra que os pacientes têm consciência da importância da prática de atividade
física, e que outros fatores podem ter influência na baixa adesão a programas de
atividade física.
Osano et al. (2015) investigaram os fatores que influenciam os diabéticos a
praticarem atividade física. Os autores constataram que apenas a informação de que o
60
diabético deve praticar atividade física e que essa prática traz benefícios à saúde não
influencia o paciente a aderir a programas de atividade física. Por outro lado, os autores
encontraram associação positiva do nível de atividade física dos participantes com a
variável maior conhecimento específico dos efeitos do exercício na doença, os
diabéticos ativos eram os que tinham maior conhecimento específico acerca dos efeitos
benéficos do exercício no diabetes, o que refletia no nível de atividade física desses
pacientes.
A tabela 17 apresenta os resultados da prevalência do tabagismo comparando o
Grupo 1 (ativos) e Grupo 2 (insuficientemente ativos) e a tabela 18 demonstra a
prevalência da ingestão de bebidas alcóolicas comparando os mesmos grupos.
TABELA 17. Prevalência do tabagismo comparando o Grupo 1 (ativos) e Grupo 2
(insuficientemente ativos).
Fuma Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Sim
7 (15,9%) 3 (37,5%)
Não
37 (84,1%) 5 (62,5%)
Total
44 8
Fumava
Sim
11 (25,0%) 1(12,5%)
Não
26 (59,1%) 4 (50,0%)
Total 37 5
* p ≤ 0,05
Aproximadamente 15,9% dos participantes do G1 relataram fumar, já no G2
esse percentual foi maior, 37,5%. Em relação à ingestão de bebidas alcóolicas, 22,7%
dos participantes do G1 afirmam fazer uso de bebidas e 25% dos participantes do G2
afirmam ter o mesmo hábito.
61
TABELA 18. Distribuição da amostra acerca da ingestão de bebidas alcóolicas,
comparando o Grupo 1 (ativos) e Grupo 2 (insuficientemente ativos).
Ingestão de Bebidas Alcóolicas
Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Sim
10 (22,7%) 2 (25,0%)
Não
34 (77,4%) 6 (75,0%)
Total 44 8
* p ≤ 0,05
Não foi encontrada associação entre consumo de álcool e tabaco com o nível
de atividade física dos idosos. Em estudo realizado por Katano et al. (2009), foi
encontrada associação positiva entre consumo de álcool e o dispêndio energético de
pessoas com idade entre 19 e 69 anos, todavia não foi encontrada associação com o
tabagismo no mesmo estudo. Estudos comprovam que o tabagismo e o consumo
excessivo de álcool têm efeito adverso no metabolismo de lipídeos e contribuem para o
desenvolvimento da resistência a insulina (CHIOLERO et al., 2008; KATANO et
al.,2009; LEE et al., 2005). No entanto os resultados encontrados em estudos com essa
temática são divergentes, demonstrando não haver clareza entre a associação do
consumo de álcool e tabaco com o nível de atividade física da população (CHIOLERO
et al., 2008; LEE et al., 2005).
As investigações dos aspectos ambientais e a possível influência na prática de
atividade física estão relacionadas aos aspectos ambientais que são modificados pelo
homem, incluindo as residências, as escolas, locais de trabalho, ruas, calçadas, os
arredores da residência e até mesmo a poluição. Poucos são os estudos que buscam
investigar tais aspectos, o que dificulta o entendimento do grau de influência que os
aspectos ambientais têm no nível de atividade física da população (HILL et al., 2013).
A tabela 19 apresenta a prevalência dos Grupos com relação às características
da residência.
62
TABELA 19. Prevalência dos grupos com relação às características da residência.
Característica da Residência Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Plana
39 (88,6%) 8 (100%)
2 Pavimentos
5 (11,4%) 0 (0%)
Jardim/Quintal/Terraço
Possui
36 (81,8%) 7 (87,5%)
Não Possui
8 (18,2%) 1 (12,5%)
Total
44 8
* p ≤ 0,05
Acerca de tais informações, todos os participantes relataram residir em casa,
sendo que 90,4% são planas e 82,7% possuem jardim, quintal ou terraço. As residências
que possuíam entre 5 a 7 cômodos atingiu o percentual de 73,1%. Em relação aos
Grupos, 88,6% dos participantes do G1 residem em casa plana e 81,8% possuem
Jardim, Quintal ou Terraço.
Não houve associação entre as características das residências e o nível de
atividade física. Todavia as elevadas porcentagens de residências com jardim, quintal ou
terraço (82,7%) e com um número maior de cômodos (73,1%) podem exigir práticas
doméstica de maior desgaste físico, como por exemplo a jardinagem e a limpeza dos
quintais, podendo ter influência no nível de atividade física dos idosos.
A tabela 20 apresenta a frequência da percepção da qualidade das calçadas e
ruas do Grupo 1 e Grupo 2.
63
TABELA 20. Prevalência dos grupos com relação à qualidade das calçadas e ruas.
Qualidade Calçadas Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Boas
22 (50%) 4 (50%)
Razoáveis
13 (29,5%) 3 (37,5%)
Ruins
9 (20,5%) 1 (12,5%)
Qualidade Ruas para caminhada Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Boas
20 (45,5%) 3 (37,5%)
Ruins
24 (55,5%) 5 (62,5%)
Total 44 8
* p ≤ 0,05
Quando questionados sobre a qualidade das calçadas nos arredores das
residências, 50% dos participantes consideram boa. Todavia 55,8% dos participantes
não consideram boa a qualidade das ruas para caminhada ou prática de atividade física.
Ainda em relação à percepção da qualidade das ruas para caminhada, 45,5% dos
participantes do G1 afirmam que a qualidade das ruas é boa para caminhada, contra
37,5% do G2. O percentual dos participantes do G2 que classificaram a qualidade das
ruas como ruins foi de 62,5%, contra 55,5% do G1.
Em relação à existência de faixas ou passarelas para pedestres, 88,5%
relataram não haver esse tipo de recurso próximo as suas residências, todavia 59,6% dos
participantes disseram que o trânsito não dificulta o deslocamento das mesmas.
A maior parte dos participantes entende ter boa segurança (84,6%), boa
iluminação (86,5%) e baixa criminalidade (82,7%) nos arredores de suas residências.
Após teste de Qui-quadrado entre as variáveis supracitadas e a variável tempo
acumulado de atividade física foi possível observar que não houve associação entre as
variáveis segurança (x² = 1,719; p = 0,190), iluminação (x² = 1,471; p = 0,225) e
64
criminalidade (x² = 0,153; p = 0,696). Todos os participantes responderam não haver
parques ou ciclovias próximos à suas residências.
Em estudo realizado por Gomes et al. (2011), foi investigado o nível de
atividade física através da prática de caminhada, não foi encontrada associação entre
sexo, estado civil, percepção do tráfego de automóveis, percepção de segurança e
presença de ciclovias com a prática de caminhada. Esses resultados corroboram com os
encontrados no presente estudo.
A tabela 21 apresenta a prevalência na percepção dos participantes dos Grupos
1 e Grupo 2 sobre proximidade dos pontos comerciais de suas residências e a
possibilidade de realizar compras nesses comércios.
TABELA 21. Valores descritivos (prevalência) dos grupos com relação à proximidade
dos pontos comerciais.
Pontos comerciais (lojas próximas) Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Sim
34 (77,3%) 7 (87,5%)
Não
10 (22,7%) 1 (12,5%)
Realizar compras (comércio local) Ativos (%) Ins. Ativos (%)
Sim
35 (79,5%) 6 (75,0%)
Não
9 (20,5%) 2 (25,0%)
Total 44 8
* p ≤ 0,05
Considerando a proximidade dos pontos comerciais e a possibilidade de
realizar as compras nos comércios vizinhos, 77,3% dos participantes do G1 relataram
ter pontos comerciais próximos a suas residências e 79,5% disseram ser possível
realizar compras nesses comércios. Já em relação ao G2, 87,5% dos participantes
disseram ter pontos comerciais próximos a suas residências, todavia um percentual
menor, cerca de 75%, disseram ser possível realizar as compras nos mesmos. Vale
65
ressaltar que 48,1% de todos os participantes relataram irem sozinhos para realizar essas
atividades, o que pode demonstrar baixa autonomia dos pacientes quanto à realização
dessas atividades.
Não foi encontrada associação entre o nível de atividade física dos idosos e os
aspectos relacionados às características das residências, proximidade de pontos
comerciais, qualidade das ruas e calçadas e percepção de segurança e criminalidade nos
arredores das residências.
Resultados encontrados em outras pesquisas são convergentes aos nossos
achados. Estudo com o objetivo de investigar a prática da caminhada em 3 capitais do
país demonstrou não haver associação dos aspectos ambientais com a prática de
caminhada, com exceção da presença de calçadas e a percepção das pessoas quanto ao
risco para a prática de caminhada (GOMES et al., 2011).
Os resultados encontrados na pesquisa trazem inúmeros questionamentos, visto
que em alguns casos o pesquisador conhecia os endereços dos entrevistados, e entendia
que a realidade de alguns desses aspectos ambientais eram divergentes dos relatos dos
pacientes. Alguns entrevistados disseram que era boa a qualidade das ruas e das
calçadas para prática de caminhada, todavia essas ruas são íngremes e bastante
danificadas, assim como as calçadas, que apresentam vários obstáculos, o que dificulta a
locomoção das pessoas naquela via, aumentando o risco de quedas.
Dentre os fatores socioculturais, econômicos e ambientais investigados na
Análise 2, apenas a relação com os familiares apresentou associação com o nível de
atividade física dos participantes, reforçando os achados de outras pesquisas com o
mesmo objetivo. Embora os resultados não tenham demonstrado associação estatística
entre o nível de atividade física e o aspecto sociocultural e ambiental, observa-se que o
66
estilo de vida mais ativo dos participantes pode refletir em maior autonomia clínica e
funcional, além da melhor percepção de saúde física e mental.
Levando em consideração a complexidade e a escassez de pesquisas na área,
percebe-se que o tema demanda maior atenção, sendo necessário maior número de
pesquisas na área, o que possibilitaria ampliar as análises das relações entre os fatores
sociais, ambientais e econômicos e suas possíveis influências no nível de atividade
física da população.
67
CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados do presente estudo, frente às hipóteses inicialmente apresentadas,
permitiram concluir que determinados fatores socioambientais e bioculturais tem
relação com nível de atividade física dos idosos diabéticos.
Os fatores Bioculturais, analisados através dos indicadores antropométricos,
funcionais e clínicos, foram os que apresentaram maior número de associações com o
nível de atividade física dos participantes. A relação cintura-quadril (RCQ) foi o
indicador antropométrico que apresentou associação com o nível de atividade física dos
idosos. Em relação aos aspectos funcionais, os resultados de força de membros
superiores (FMS) e inferiores (FMI), assim como os encontrados na aplicação do teste
de marcha estacionária de 2 min. apresentaram associação estatística positiva com o
nível de atividade física. Sobre os indicadores clínicos, o perfil lipídico (LDL)
apresentou associação estatística com o nível de atividade física dos idosos.
Dentre os fatores ambientais, a qualidade das calçadas e ruas, as características
das residências e a presença de pontos comerciais próximos à residência não
apresentaram associação com o nível de atividade física dos participantes. Todavia
dentre os indicadores Sociais, o fato dos participantes terem boa relação com seus
familiares apresentou associação positiva com o nível de atividade física dos idosos,
corroborando com outros estudos já realizados com o mesmo objetivo.
Por se tratar de um estudo transversal, a principal limitação do estudo esteve
relacionada ao tamanho da amostra, onde o número de participantes insuficientemente
ativos ficou reduzido. Acreditamos que futuras análises com um número maior de
68
participantes e novos instrumentos investigativos sejam realizadas, levando a um
entendimento mais amplo sobre a influência dos fatores socioambientais e bioculturais
no nível de atividade física de idosos DM2.
As próximas etapas da pesquisa estão baseadas nas experiências e nos
resultados encontrados no estudo. Nesse sentido, será realizada a publicação da revisão
sistemática do tema abordado; apresentação das análises em congressos nacionais e
internacionais e aplicação da análise multivariada dos fatores de risco (Odds Ratio) para
dos dados coletados que não foram analisados nesse estudo.
69
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABU-OMAR, K.; RUTTEN, A. Relation of leisure time, occupational, domestic and
commuting Physical Activity to health indicators. European Preventive Medicine. v.47, n.3,
319-23. 2008.
ÁLVARES, LD; FIGUEIRA JR. A. Fatores determinantes para um estilo de vida ativo: revisão
da literatura. Rev. Bras. de Ciências da Saúde, ano 8, n.24, 68-76. 2010.
ALWAN, A.; MACLEAN, DR.; RILEY, LM. et al. Monitoring and surveillance of chronic
non-communicable disease: progress and capacity in high-burden countries. Lancet. v.9755,
n.376, p.1861-8. 2010.
ASANO, R.Y.; GARGAGLIONE, E.M.L.; et al. Fatores que influenciam a adesão de diabéticos
à prática de exercícios físicos. Rev. Bras. Ciência e Mov. v.23, n.1, p.5-11. 2015.
ASSUNÇÃO, Maria CF.; SANTOS, Iná S.; COSTA, Juvenal SD. Avaliação do processo da
atenção média: adequação do tratamento de pacientes com diabetes mellitus, Pelotas, Rio
Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública. v. 18, n.1, p.205-11. 2002.
BAGRICHEVSKY, M.; JÚNIO, VJS; ESTEVÃO, A.; VASCONCELLOS-SILVA, PR.
Desigualdades sociais em saúde e práticas corporais: um exercício singular de análise. Saúde
Soc. São Paulo, v.22, n.2, p.497-510. 2013.
BANKOSKI, Andrea; HARRIS, Tamara B.; McCLAIN, James J.; et al.. Sedentary Activity
Associated with Metabolic Syndrome Independent of Physical Activity. Diabetes Care. v.34,
p.497-502. 2011.
BARETA, Elisabeth, BARETA, Marly, PERES, Karen G.. Nível de atividade física e fatores
associados em adultos no município de Joaçaba, Santa Catarina, Brasil. Cad. Saúde Pública.
v.23, n.7, p.1595-1602. 2007.
BARROS, Marilisa B. A.; FRANCISCO, Priscila M.S.B.; ZANCHETTA, Luane M.; et al.
Tendências das desigualdades sociais e demográficas na prevalência de doenças crônicas
no Brasil, PNAD:2003-2008.
70
BENEDETTI, Tânia RB. Reprodutibilidade e validação do Questionário Internacional de
Atividade Física (IPAQ) em homens idosos. Rev. Bras. Med. Esporte, v.13, n.1, p.11-16. 2007.
BLACKLOCK, R.E; RHODES, R.E.; BROWN, S.G. Relationship between regular walking,
Physical Activity, and health-related quality of life. Journal of Physical Activity and Health,
v.4, n.2, p.138-152. 2007.
BORGES, Thiago T.; ROMBALDI, Airton J.; KNUTH, Alan G.; HALLAL, Pedro C..
Conhecimento sobre fatores de risco para doenças crônicas: estudo de base populacional. Cad.
Saúde Pública. v.25, n.7, p.1511-1520. 2009.
BORTONI, WL., FLORINDO, AA. Desenvolvimento e reprodutibilidade de um instrumento de
avaliação objetiva do ambiente para aplicação em estudos de atividade física. Rev. Bras. de
Ativ. Física & Saúde. v.14, n.1, p.38-47. 2009.
BOSCATTO, LC; DUARTE, MFS. Estágios de mudança de comportamento e barreiras para a
atividade física em obesos mórbidos. Rev. Bras. Cineantropometria e Desempenho Humano,
v.13, n.5, p.329-334. 2011.
BUENO, Denise R.; et al.. Nível de atividade física, comorbidades e idade de pacientes
hipertensos. Motriz. v.19, n.3, p.16-24, 2013.
CAMPBELL, H.M., et al.. Relationship between diet, exercise habits, and health status among
patients with diabetes. Rev. Social Adm Pharm. v.7, n.2, p.151-61. 2011.
CARVALHO, Fábio F. B. Análise Crítica da Carta Brasileira de Prevenção Integrada na Área
da Saúde na Perspectiva da Educação Física Através do Enfoque Radical de Promoção da
Saúde. Saúde Soc. São Paulo, v.18, n.2, p.227-36, 2009.
CESCHINI, FL; FIGUEIRA JR. A. Atividade Física e Saúde: importância dos Statements para
a prática de atividade física em crianças e adolescentes, adultos e idosos. Rev. Bras. de Ciências
da Saúde, ano 7, n.21, p.6-9. 2009.
CHIOLERO, A. et al.. Consequences os smoking for body weight, body fat distribution, and
insulin resistance. Am. Journal Clin. Nutr.. v.87, p.801-809. 2008.
71
COELHO, C., et al.. Atividade Física para prevenção e tratamento das doenças crônicas não
transmissíveis e da incapacidade funcional. Rev. Nutr.. v.22, n.6, p.937-46. 2009.
COSTA, Jorge A.; BALGA, Rômulo SM.; ALFENAS, Rita CG.; COTTA, Rosângela MM.
Promoção da saúde e diabetes: discutindo a adesão e a motivação de indivíduos diabéticos
participantes de programa de saúde. Ciência e Saúde Coletiva, v.16, n.3, p.2001-09. 2011.
COSTA, Juvenal SD; OLINTO, Maria Teresa; ASSUNÇÃO, Maria Cecília; et al.; Prevalência
de Diabetes em Pelotas, RS: um estudo de base populacional. Rev. Saúde Pública, v.40, n.3,
p.542-45. 2006.
CZERESNIA, D., FREITAS, CM. Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências.
Editora Fiocruz, 2009 p.43-59.
DANIELE, Thiago M.C.; BRUIN, Veralice M.S.; OLIVEIRA, Débora S.N.; et al. Associations
among Physical Activity, comorbidities, depressive symptoms and health-related quality of life
in type 2 diabetes. Arq. Bras. Endocrinol. Metab.. v.57, n.1, p.44-50. 2013
DISHMAN RK, HEATH GW, WASHBURN R. Physical Activity Epidemiology. Human
Kinetics - USA, 2004.
DUNCAN, Bruce B.; CHOR, Dóra; AQUINO, Estela ML. et al. Doenças Crônicas não
Transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e investigação. Rev. Saúde Pública.
n.46 (supl), p.126-34. 2012.
EKELUND, U.; GRIFFIN SJ.; WAREHAM, NJ.; et al.. Physical activity and metabolic risk in
individuals with a family history of type 2 diabetes. Diabetes Care. v.30, p.337-42. 2007.
EVERSON, K.R. et al. Influence of retirement on leisure-time Physical Activity: the
atherosclerosis risk in communities study. American Journal of Epidemiology. v.155, n.8,
p.692-99. 2002.
FARIA, R.M. A territorialização da Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde:
perspectiva de adequação aos perfis do território urbano de Pouso Alegre - MG. Tese de
Doutorado – Programa de Pós-graduação em Geografia do Instituto de Geociência da
Universidade Estadual de Campinas. 2012
FECHIO, J.J.; MALERBI, Fani Eta K.. Adesão a um programa de Atividade Física em Adultos
Portadores de Diabetes. Arq. Bras. Endocrionol. Metab. v.48, n.2. p.267-75. 2004.
FERNANDES, R.A.; ZANESCO, A. Early Physical Activity promotes lower prevalence of
chronic diseases in adulthood. Hypertension Research. v.33, n.9, p.926-931. 2010.
72
FERREIRA, C.L.R.A; FERREIRA, MG. Características epidemiológicas de pacientes
diabéticos da rede pública de saúde – análise a partir do sistema Hiperdia. Arq. Bras.
Endocrinologia e Metabolismo, v.53, n.1, p.80-6. 2009.
FLORINDO, A.A., HALLAL, PC. Epidemiologia da Atividade Física. São Paulo: Atheneu,
2011. p. 139–207.
FLORINDO, A.A. Validação de uma escala de percepção do ambiente para a prática de
atividade física em adultos de uma região de baixo nível socioeconômico. Rev. Bras.
Cineantropometria e Desempenho Humano. v.14, n.6, p.647-652. 2012.
FRANCHI, K.M. et al.. Comparação antropométrica e do perfil glicêmico de idosos diabéticos
praticantes de atividade física regular e não praticantes. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol.. v.13, n.1,
p.73-81. 2010.
FREIRE, R.S. et al. Prática regular de atividade física: estudo de base populacional no norte de
Minas Gerais, Brasil. Rev. Bras. Medicina Esportiva. v.20, n.5, p.345-9. 2014.
FREITAS, I.F. et al. Relacionamento de diferentes domínios da atividade física habitual com
indicadores de risco cardiovasculares em adultos jovens do sexo masculine. Motriz. v.16, n.3,
p.591-97. 2010.
GOBBO, L.A. et al. Massa muscular de idosos do município de São Paulo – Estudo SABE:
Saúde, Bem-estar e Envelhecimento. Rev. Bras. de Cineantropometria e Desempenho
Humano. v.14, n.1, p.1-10. 2012.
GOMES, G.A.O; REIS, R.S; PARRA, D.C; et al.. Walking for leisure among adults from three
Brazilian cities and its association with perceived environment atributes and personal factors.
International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity. v.8, p.111-19. 2011.
GOMES-VILLAS BOAS, L.C. et al. Relação entre apoio social, adesão aos tratamentos e
controle metabólico de pessoas com diabetes mellitus. Rev. Latino-Americana de
Enfermagem. v.20, n.1, p.1-8. 2012.
GOMES-VILAS BOAS, L.C. et al. Adesão a dieta e ao exercício físico das pessoas com
diabetes mellitus. Texto contexto enfermagem. v.20, n.1. p.272-9. 2011.
GUIMARÃES, F.P.M.; TAKAYANAGUI, A.M.M. Orientações recebidas no serviço de saúde
por pacientes para o tratamento do portador de diabetes mellitus tipo 2. Rev. Nutr., Campinas,
v.15, n. 1, p. 37-44, 2002.
HALLAL, P.C. et al. Nível de atividade física em adultos de duas áreas do Brasil: semelhanças
e diferenças. Cadernos de Saúde Pública. v.21, n.2, p.573-580. 2005
73
HALLAL, P.C.et al. Evolução da pesquisa epidemiológica em atividade física no Brasil: revisão
sistemática. Revista de Saúde Pública. v.41, n.3, p.453-460. 2007
HEALY, G.N; DUNSTAN, DW; SALMON, J.; et al. Breaks in sedentary time: beneficial
associations with metabolic risk. Diabetes Care. v.31, p.661-66. 2008.
HEALY, GN; WIJNDAELE, K; DUNSTAN, DW; et al. Objectively measured sedentary time,
physical activity and metabolic risk: the Australian Diabetes, Obesity and Lifestyle Study
(AusDiab). Diabetes Care. v.31, p.369-71. 2008.
HILL, J.O; GALLOWAY, J.M; GOLEY, A.; et al. Scientific Statement: Socioecological
Determinants of Prediabetes and Type 2 Diabetes. Diabetes Care. v.36, p.2431-39. 2013.
HINO, A.A., REIS, RS., FLORINDO, A.A. Ambiente construído e atividade física: uma breve
revisão dos métodos de avaliação. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Humano. v.12, n.5,
p.387-394. 2010.
KARJALAINEN, J.; PELTONEN, M.; VANHALA, M.; et al. Leisure time Physical Activity in
individuals with screen-detected type 2 diabetes compared to those with known type 2 diabetes.
Diabetes Research and Clinical Practice. v.81, p.110-16. 2008.
KATANO, S. et al.. Relationship among Physical activity, smoking, drinking and clustering of
the metabolic syndrome diagnostic components. Journal of Atherosclerosis and Thrombosis.
v.17, n.6, p.644-50. 2009.
KNUTH, A.G.; BIELEMANN, R.M.; SILVA, S.G.; et al. Conhecimento de adultos sobre o
papel da atividade física na prevenção e tratamento de diabetes e hipertensão: estudo de base
populacional no Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, v.25, n.3, p.513-520. 2009.
L’ABBATE, S. Educação em Saúde: uma nova abordagem. Cad. Saúde Pública. v.10, n.4,
p.481-490, 1994.
LEE, R.E. The Physical Activity Resource Assessment (PARA) instrument: Evaluating
features, amenities and incivilities of physical activity resources in urban neighborhoods.
International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity. v.2. n.13, p.1-12. 2005
LEE, W.Y. et al.. Effects of smoking, alcohol, exercise, education, and family history on the
metabolic syndrome as defined by the ATPIII. Diabetes Res. Clin. Pract.. v.67, p.70-7. 2005.
74
LOLLGEN, H.; BOCKENHOFF, A.; KNAPP, G. Physical Activity and all-cause mortality: an
updated meta-analysis with different intensity categories. Int. Journal Sports Medicine. v.30,
n.3, p.213-24. 2009.
MARTINS, M.O; PETROSKI, EL. Mensuração da percepção de barreiras para a prática de
atividade física: uma proposta de instrumento. Rev. Bras. de Cineantropometria e Desempenho
Humano. v.2, n.1, p.58-65, 2000.
MATTOS, P.E.; LUZ, L.L.; SANTIAGO, L.M.; et al.. Tendência da mortalidade por diabetes
melito em capitais brasileiras, 1980-2007. Arq. Bras. Endocrinol. Metab.. v.56, n.1, p.39-46.
2012.
MATSUDO, S.M.M. Nível de atividade física da população do Estado de São Paulo: análise de
acordo com o gênero, idade, nível socioeconômico, distribuição geográfica e de conhecimento.
Rev. Bras. Ciência e Movimento. v.10, n.4, p.41-50. 2002.
MATSUDO, S.M.M. Avaliação do Idoso - Física & Funcional. Centro de Estudos do
Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul - CELAFISCS. Gráfica Mali, 2010. p.45 –
103.
MALAVASI, L.M. Escala de Mobilidade ativa no ambiente comunitário – NEWS BRASIL:
retradução e reprodutibilidade. Rev. Bras. Cineantropometria e Desempenho Humano. v.9,
n.4, p.385. 2007
MIELCZARSKI, R.G.; COSTA, J.S.D.; OLINTO, M.T.A.. Epidemiologia e organização de
serviços de saúde: diabetes mellitus numa comunidade de Porto Alegre. Ciência e Saúde
Coletiva. v.17, n.1, p.71-78. 2012.
_______Ministério da Saúde do Brasil. DATASUS (Departamento de Informática do SUS),
2009. Informações sobre morbidade e mortalidade por diabetes. Maio de 2009.
http://www.datasus.gov.br.
MIRANZI, S.S.C.. Qualidade de vida de indivíduos com Diabetes Mellitus e Hipertensão
acompanhados por uma equipe de saúde da família. Texto Contexto Enferm.. v.17, n.4, p.672-
679. 2008.
MODENEZE, D.M., et al.. Nível de atividade física de portadores de diabetes mellitus tipo 2
(DM2) em comunidade carente no Brasil. Medicina (Ribeirão Preto). v.45, n.1, p.78-86. 2012.
MONTEIRO, C.A.; MOURA, E.C.; JAIME, P.C.; et al. Monitoramento de fatores de risco para
doenças crônicas por entrevistas telefônicas. Rev. Saúde Pública, v.39, n.1, p.47-57. 2005.
75
MONTEIRO, H.L.. Efetividade de um programa de exercícios no condicionamento físico, perfil
metabólico e pressão arterial de pacientes hipertensos. Rev. Bras. Med. Esporte. v. 13, n.2,
p.107-112. 2007.
MONTEIRO, H.L.; GONÇALVES, A.. Saúde Coletiva e atividade física no contexto de
subdesenvolvimento: evidências e perspectivas para superação do atraso. Rev. Bras. Med.
Esporte. v.6, n.5, p.180-187. 2000.
MORETTI, A.C.; ALMEIRDA, V.; WESTPHAL, M.F.; BÓGUS, C.M. Práticas
Corporais/Atividade Física e Políticas Públicas de Promoção da Saúde. Saúde Soc., v.18, n.2,
p.346-54. 2009.
MYNARSKI, W.; PSUREK, A.; BOREK, Z.; et al. Declared and real Physical Activity in
patients with type 2 diabetes mellitus as assessed by the International Physical Activity
Questionnaire and Caltrac accelerometer monitor: A potential tool for Physical Activity
Assessment in patients with type 2 diabetes mellitus. Diabetes Research and Clinical Practice.
v.98, p.46-50. 2012.
NAHAS, MV.; Revisão de Métodos para determinação da atividade física habitual em diversos
grupos populacionais. Rev. Bras. de At. Física e Saúde. v.1, n.4, p.27-37, 1996
______.Atividade física, saúde e qualidade de vida. Londrina: Midiograf, 2006.
NAHAS, MV; GARCIA, LMT. Um pouco de história, desenvolvimentos recentes e
perspectivas para a pesquisa em atividade física e saúde no Brasil. Rev. Bras. Educ. Física e
Esporte, São Paulo, v.24, n.1, p.135-48, 2010.
NEGRÃO, C.E. Cardiologia do Exercício: do atleta ao cardiopata. 2° ed. Barueri, SP: Manole,
2006.
OLIVEIRA, K.P.C.. Exercício aeróbio no tratamento da hipertensão arterial e qualidade de vida
de pacientes hipertensos do Programa de Saúde da Família de Ipatinga. Rev. Bras. Hipertensão.
v.17, n.2, p.78-86, 2010.
PATE, R.R.; et al. Physical Activity and public health: a recommendation from the Centers for
Disease Control and Prevention and the American College of Sports Medicine. Journal of the
American Medical Association. v.273, n.5, p.402-07. 1995.
PEYROT, M.R. Modeling the effect of diabetes education on glycemic control. Diabetes
Educator. v.20, n.2, p.143-148, 1994.
RODRIGUES, RMC. Validação da versão em português europeu de questionário de avaliação
funcional multidimensional de idosos. Rev Panam Salud Publica. v.23, n.2, p.109-115, 2008.
76
SAMPAIO, A.R.; MYERS, J.; OLIVEIRA, R.B.. Relação dose-resposta entre nível de atividade
física e desfechos em saúde. Revista HUPE. v.12, n.4, p.111-23. 2013.
SANTOS, A.L.P; SIMÕES, A.C. Educação Física e Qualidade de vida: reflexões e
perspectivas. Saúde Soc. São Paulo, v.21, n.1, p.181-92, 2012.
SAÑUDO, B. Influência do Nível de atividade física sobre a aptidão física e qualidade de vida
relacionada à saúde em idosos portadores ou não de diabetes mellitus tipo 2. Rev. Bras. Med.
Esporte. v.19, n.6, p.410-4. 2013.
SCHARAMM, J.M.A; OLIVEIRA, A.F.; LEITE, I.C. et al. Transição epidemiológica e o
estudo de carga de doenças no Brasil. Ciência Saúde Coletiva. v.9, n.4, p.897-908. 2004
SCHMIDT, M.I.; DUNCAN, B.B.; AZEVEDO e SILVA, G. et al. Chronic non-comunicable
disease in Brazil: burden and current challenges. Lancet. v.377, n.9781, p.1949-61. 2011.
SCHMIDT, M.I.; DUNCAN, B.B.; HOFFMANN, J.F.; et al. Prevalência de diabetes e
hipertensão no Brasil baseada em inquérito de morbidade auto-referida, Brasil, 2006. Rev.
Saúde Pública. v.43, supl.2, p.74-82. 2009.
SIQUEIRA, F.V. Atividade física em adultos e idosos residentes em áreas de abrangência de
unidades básicas de saúde de municípios das regiões Sul e Nordeste do Brasil. Cad. Saúde
Pública. v.24, n.1, 39-54, jan.; 2008.
SILVA, C.A. Efeitos benéficos do Exercício Física no controle metabólico do Diabetes Mellitus
tipo 2 à curto prazo. Arq. Bras. Endrocrinol Metab. v.46, n.5, p.550-556. 2002.
SILVA, C.A. O Exercício Físico e o paciente diabético tipo II. Dynamis, v.9, n.34, p.49-60,
2001.
SILVA, T.R.. Controle de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial com Grupos de Intervenção
Educacional e Terapêutica em Seguimento ambulatorial de uma Unidade Básica de Saúde.
Saúde e Sociedade. v.15, n.3, p.180-189, 2006.
SIXT, S. Opções terapêuticas atuais para diabetes mellitus tipo 2 e doença arterial coronariana:
prevenção secundária intensiva focada no treinamento físico versus revascularização percutânea
ou cirúrgica. Rev. Bras. Med. Esporte. v.10, n.3, p.220-223. 2004.
TAVARES, D. M. dos Santos. Condições de saúde de idosos com diabetes no município de
Uberaba, Minas Gerais. Texto Contexto Enferm., v.17, n.2, p.342-349, 2008.
77
THOMAS, J.R; NELSON, J.K; SILVERMAN, S.J. Métodos de Pesquisa em Atividade Física.
5° ed. Artmed – Porto Alegre, 2007.
TURI, B.C. et al.. Frequência de ocorrência de doenças crônico-degenerativas em adultos com
mais de 50 anos. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. v.15, n.4, p.218-223. 2010.
TURI, B.C. et al. Associação entre doenças crônicas em adultos e redução dos níveis de
atividade física. Medicina. v.44, n.4, p.389-95. 2011.
VARGAS, L.S. et al. Influência da diabetes e a prática de exercício físico e atividades
cognitivas e recreativas sobre a função cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade.
Rev. Bras. Geriatr. Gerontol. v.17, n.4, p.867-878. 2014.
78
ANEXO I
Ficha de Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa
79
80
81
APÊNDICE I
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu,____________________________________, R.G.______________, sou
voluntário e conscientemente concordo em participar da pesquisa intitulada Nível de
Atividade Física relacionado à determinantes Socioambientais e Bioculturais de
Idosos diabéticos de Pouso Alegre - MG. Fui informado que o objetivo da pesquisa
será diagnosticar as características socioambientais e bioculturais de diabéticos e sua
associação com o nível de atividade física.
Declaro que todos os procedimentos em que serei avaliado foram explicados
pelo pesquisador. O pesquisador me informou que:
Serão coletados meus dados antropométricos (peso, estatura, circunferências),
dados os quais terei conhecimento ao final da pesquisa;
Avaliação da frequência cardíaca e pressão arterial, os quais serão coletados
pelo método auscultatório com esfignomanômetro manual e estetoscópio;
Responderei um questionário composto por 92 questões objetivas
relacionadas aos aspectos ambientais, socioeconômicos, culturais,
biofuncionais e emocionais. Poderei deixar de responder qualquer uma das
questões, caso me sinta constrangido ou não tenha interesse em informar
meus dados e percepções; estando ciente de que o tempo necessário para a
aplicação do questionário será de aproximadamente 60 minutos;
Fui informado que serão coletados meus dados antropométricos (peso,
estatura, circunferência de cintura, quadril e de abdômen) e funcionais (força
de membros superiores, força de membros inferiores, flexibilidade, equilíbrio e
resistência física), estando ciente de que o tempo necessário para a aplicação
dos testes supracitados será de aproximadamente 15 minutos;
82
Compreendo que não é esperado desconforto ou mal estar na realização dos
mesmos, tendo, portanto, risco mínimo de desconforto. Todavia, os
pesquisadores informaram que caso haja desconforto durante a aplicação dos
testes funcionais, serei atendido pelo corpo clínico/médico da UBS-CEMED,
localizada na Rua Yeda Maria Machado n° 95, em função das avaliações serem
feitas na própria Unidade UBS-CEMED;
Fui informado que poderei desistir definitivamente da pesquisa, no momento
que desejar, caso me sinta desconfortável. Ao desistir, não terei nenhum tipo
de ônus ou prejuízo;
Fui esclarecido que todos os dados sobre mim serão mantidos sob absoluto
sigilo, em arquivo do Grupo de Estudos em Atividade Física e Promoção da
Saúde da Universidade São Judas Tadeu e que ao final da pesquisa recebei
retorno das conclusões do estudo. Concordo que os dados sejam utilizados
somente pelos pesquisadores, para fins de elaboração de pesquisa e artigos
científicos, sendo mantida minha integridade e anonimato;
Ao participar, os resultados obtidos serão importantes, pois saberei sobre meu
estado físico e funcional, o que facilitara meu entendimento de minhas
necessidades e condição de saúde;
Estou ciente que se necessário, poderei entrar em contato com os
pesquisadores Wagner Fabrício Lemos Taets Silva e Aylton Figueira ou com o
Comitê de Ética em Pesquisa da USJT localizado na Rua Taquari, n° 546 –
Mooca – São Paulo/SP
CEP.: 01366-000 / (11)2799-1944 / E-mail.: [email protected]
Em concordância, assinei e rubriquei duas cópias idênticas e de igual valor,
sendo que uma delas me foi entregue definitivamente, sendo elas assinadas e
rubricadas pelos pesquisadores;
Pouso Alegre,_____de___________________de 2014
__________________________________________
Assinatura do Participante
__________________________________________
Assinatura Pesquisador
83
ANEXO II
Autorização da Pesquisa
Autorização de Pesquisa
Eu,______________________________, Secretário (a) de Saúde do Município de Pouso
Alegre - MG, autorizo a realização da Pesquisa intitulada Nível de Atividade Física relacionado aos
Determinantes Socioambientais e Bioculturais de Idosos diabéticos de Pouso Alegre-MG. A pesquisa
será realizada sob-responsabilidade dos Pesquisadores e terá seu desenvolvimento na Unidade Básica
de Saúde – Centro Municipal de Diabéticos (UBS-CEMED).
Todos os indivíduos selecionados para participar da pesquisa serão contatados pelos
pesquisadores, os quais terão acesso aos prontuários dos pacientes. O espaço para avaliação será a UBS-
CEMED havendo condição de privacidade aos avaliados na coleta de dados pré-estabelecidos no projeto
de pesquisa.
A Prefeitura Municipal, representada pela Secretaria de Saúde, não terá nenhum custo com a
presente pesquisa, sendo que todos os aspectos éticos serão de responsabilidade dos pesquisadores.
Ressaltando que a pesquisa só será realizada após o Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade São
Judas Tadeu autorizar a realização. Os pesquisadores deverão apresentar a essa Secretaria o aceite para
o desenvolvimento do estudo.
Assim, coloco-me a disposição de todos os interessados para dirimir qualquer dúvida em
relação a minha colaboração na realização da pesquisa.
______________________________ ________________________________
Pesquisador Orientador da Pesquisa
Prof. Msd. Wagner Taets-Silva Prof. Dr. Aylton Figueira Junior
_______________________________________
Secretário de Saúde
Contato: ____________________
Pouso Alegre, ______ de ____________de 2013
84
APÊNDICE II
Questionário Diagnóstico de Estilo de Vida de Idosos: Projeto Diabetes
Data da Entrevista: ___/___/______
Questionário Diagnóstico de Estilo de Vida de
Idosos: Projeto Diabetes
INFORMAÇÕES PESSOAIS
1) Nome: _______________________________________________________________
Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )
2) Estado Civil:
Casado/a ( ) _____anos Solteiro/a ( ) Divorciado/a ( ) Viúvo/a ( ) _____anos
3) Idade: _______
4)Endereço:____________________________________________ Bairro:___________
5) Telefone: Residência_______________________Cel. ____________________
6) Cidade de Nascimento: _________________________
Há quanto tempo reside em Pouso Alegre _______
7) Grau de escolaridade:
Ensino Básico ( ) Ensino Médio Incompleto ( )
Ensino Médio Completo ( ) Ensino Superior ( )
8) Número de Filhos (as) vivos: _____ Número de Filhos (as) falecidos: ____
9) O(a) sr.(a) utiliza de algum medicamento de uso contínuo? S ( ) N ( )
MEDICAMENTO TEMPO USO
DOENÇA TRATADA
DOSE DIÁRIA (n° comprimidos)
AUMENTOU DOSAGEM NO ULTIMO ANO?
85
10) No último mês seu médico receitou algum medicamento novo? S( ) N ( )
O(a) sr.(a) já fez uso desse medicamento? S ( ) N ( )
Qual foi esse(s) medicamento(s)?________________________________________
Para qual doença?____________________________________________________
11) Quais das doenças abaixo o(a) sr.(a) tem:
Caso a resposta seja SIM, preencher a coluna: Há quantos anos?
DOENÇA SIM NÃO Há quantos anos ?
Artrite ou Reumatismo
Glaucoma / Cegueira
Asma
Doenças Respiratórias (dos Pulmões)
Tuberculose
Hipertensão
Problemas Cardíacos (do Coração)
Problemas Circulatórios
Úlceras
Doença do Fígado
Doença dos Rins
Câncer
Leucemia
Anemia
Derrame
12) O(a) sr.(a) tem alguma outra doença? S ( ) N ( )
Qual doença? _________________________________
13) O(a) sr.(a) já passou por alguma cirurgia? S ( ) N ( )
Para que foi realizada a cirurgia? _______________________________________
Qual o ano da cirurgia? _______________________________________________
86
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
NESSE ESPAÇO O(A) SR.(A) RESPONDERÁ SOBRE SUAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E RENDA
14) O(a) sr.(a) é aposentado(a)? S( ) N( )
Aposentado por Idade ( )
Aposentado por Tempo de serviço ( )
Aposentado por Invalidez ( )
15) Qual é a renda familiar mensal aproximada?
até 2 salários mínimos ( )
2 a 3 salários mínimos ( )
3 a 4 salários mínimos ( )
4 salários mínimos ou mais ( )
16) Quantas pessoas vivem com essa renda? _________
17) O(a) sr.(a) possui algum tipo de reserva econômica (poupança/aplicação)?
S ( ) N ( )
17.1) Acredita que essa reserva seja suficiente para o(a) sr.(a) no futuro?
S ( ) N ( )
18) O que acha de sua situação econômica comparado com outras pessoas de sua idade?
Melhor ( ) Pior ( ) Igual ( )
19) O(a) sr.(a) acha que seus rendimentos são suficientes para atender suas necessidades quanto à:
SIM NÃO
Alimentação
Habitação
Vestuário
Cuidados médicos
Compra de medicamentos
Cuidados com higiene
87
ASPECTOS SOCIOCULTURAIS
NESSE ESPAÇO O(A) SR.(A) RESPONDERÁ SOBRE SUAS CONVIVÊNCIAS E COSTUMES
20) Quantas pessoas vivem com o(a) sr.(a) em sua casa? _______
20.1)Quem são elas?__________________________________________________
21) Como é sua relação com seus familiares?
Boa ( ) Razoável ( ) Ruim ( ) Não tem relação ( )
22) Com que frequência o(a) sr.(a) encontra com seus familiares?
semana (_____) mês (_____) semestre (_____) ano (_____)
23) O(a) sr.(a) vai ao médico ou posto de saúde com qual frequência?
semana (_____) mês (_____) semestre (_____) ano (_____)
24) Como o(a) sr.(a) vai ao médico ou posto de saúde?
Vai sozinho/a ( ) Familiar ( ) Amigo ( ) Transporte Público ( ) Outros ( )
25) Quando vai visitar seus amigos, quem o leva?
Vai sozinho/a ( ) Familiar ( ) Amigo ( ) Transporte Público ( ) Outros ( )
26) Quem o leva para fazer suas compras?
Vai sozinho/a ( ) Familiar ( ) Amigo ( ) Transporte Público ( ) Outros ( )
27) Em geral, quantas vezes por semana, utiliza algum transporte motorizado?
Diariamente ( ) 1-3x semana ( ) a cada 15 dias ( ) 1x mês ( )
27.1) Qual transporte? Carro próprio ( )Ônibus ( )Táxi ( )Moto táxi ( )Outros ( )
28) Quando usa transporte público, ele atende as suas necessidades?
Sim ( ) Não ( ) Parcialmente ( ) Não usa transporte público ( )
28.1) Em sua opinião, qual é a qualidade do transporte público em relação à:
Quantidade de linhas: Bom ( ) Razoável ( ) Ruim ( )
Qualidade dos ônibus: Bom ( ) Razoável ( ) Ruim ( )
Regularidade dos horários: Bom ( ) Razoável ( ) Ruim ( )
N° de pontos: Bom ( ) Razoável ( ) Ruim ( )
88
29) Nos últimos 6 meses, tem participado de alguma atividade organizada por grupos locais, paróquia, etc.? (EX.: eventos beneficentes, bailes, grupos de caminha, jogos)
Sim ( ) Não ( )
29.1) CASO A RESPOSTA ANTERIOR SEJA SIM
Quantas vezes por semana tem participado dessas atividades?
Diariamente ( ) semana (_____) Quinzenalmente ( ) mês (_____) ano (_____)
Ainda participa dessas atividades ou grupos?
Sim ( ) Não ( )
O(a) sr.(a) acha importante participar dessas atividades ou grupos?
Sim ( ) Não ( )
30) Nos últimos 6 meses, tem participado de algum programa de exercício físico ou desporto organizado por alguma instituição ou programas dirigidos a idosos e aposentados?
Sim ( ) Não ( )
30.1) CASO A RESPOSTA ANTERIOR SEJA SIM
Quantas vezes por semana tem participado dessas atividades?
Diariamente ( ) Semana (_____) Quinzenalmente ( ) mês (_____) ano (_____)
31) CASO A RESPOSTA DA PERGUNTA 29 SEJA NÃO
Nos últimos 2 anos, participou de algum programa de exercício físico ou desporto organizado por alguma instituição ou programas dirigidos a idosos e aposentados?
Sim ( ) Não ( )
32) O(a) sr.(a) acha necessário praticar algum esporte ou exercício físico?
Sim ( ) Não ( )
33) Nos últimos 6 meses, participou ou assistiu a algum curso de educação de adultos ou qualquer outro tipo de aprendizagem de habilidades pessoais, como ler, fazer artesanato, dançar, etc.?
Sim ( ) Não ( )
34) CASO A RESPOSTA ANTERIOR SEJA SIM
Qual foi esse curso? _________________________________________
Quem o desenvolveu ou organizou?
Prefeitura( ) Instituição privada ( ) Associação do bairro ( ) Outros ( )
89
ASPECTOS AMBIENTAIS
NESSE ESPAÇO O(A) SR.(A) RESPONDERÁ SOBRE O AMBIENTE EM QUE VIVE
35) O(a) sr.(a) reside em: casa ( ) apartamento ( )
36) CASO A RESPOSTA ANTERIOR SEJA CASA
Quantos cômodos tem sua casa? ____________
Sua casa é plana ou tem mais de 1 andar? __________________________
Sua casa possui jardim ou quintal? __________
37) CASO A RESPOSTA 35 SEJA APARTAMENTO
Em que andar fica seu apartamento? ___________
O(a) sr.(a) costuma utilizar as escadas do prédio? S ( ) N ( )
38) O sr.(a) acha que as calçadas perto de sua casa são:
Boas ( ) Razoáveis ( ) Ruins ( )
39) Existem parques nas ruas perto de sua casa?
Sim ( ) Não ( )
40) CASO A RESPOSTA ANTERIOR SEJA SIM
Qual a distância desses parques?
< 100m. ( ) > 100m. ( ) > 500m. ( ) < 1 km. ( ) > 1 km. ( )
41) O(a) sr.(a) considera as ruas perto de sua casa boas para caminhar:
Sim ( ) Não ( )
42) O trânsito de carros, ônibus, caminhões e motos dificultam a prática de caminhada ou o uso de bicicleta perto da sua casa?
Sim ( ) Não ( )
43) As ruas perto de sua casa são bem iluminadas à noite?
Sim ( ) Não ( )
44) Durante o dia, o(a) sr.(a) acha seguro caminhar, andar de bicicleta ou praticar esportes perto de sua casa?
Sim ( ) Não ( )
45) O sr.(a) consegue fazer a maioria das suas compras no comércio local?
Sim ( ) Não ( )
90
46) As lojas estão a uma distância que o(a) sr.(a) possa caminhar até elas?
Sim ( ) Não ( )
47) Existem locais em que o(a) sr.(a) possa facilmente ir caminhando da sua casa (igrejas, pontos de ônibus, lotéricas, bancos)?
Sim ( ) Não ( )
48) Existem ciclovias/trilhas próximas da sua casa ou no seu bairro que são de fácil acesso para pedestres?
Sim ( ) Não ( )
49) Existem faixas, sinais ou passarelas que auxiliam os pedestres a atravessarem as ruas movimentadas do seu bairro?
Sim ( ) Não ( )
50) Na sua opinião, o índice de criminalidade no seu bairro é:
Alto ( ) Baixo ( ) Nem alto/Nem baixo ( )
ASPECTOS BIOFUNCIONAIS
NESSE ESPAÇO O(A) SR.(A) RESPONDERÁ SOBRE SUAS CONDIÇÕES FÍSICAS
51) Como o(a) sr.(a) avaliaria seu estado mental e emocional ou a sua capacidade de raciocínio neste momento, comparada com outras pessoas que tenham uma vida independente?
Muito boa ( ) Boa ( ) Razoável ( ) Ruim ( )
52) Como o(a) sr.(a) avaliaria seu estado mental e emocional ou a sua capacidade de raciocínio, comparada com há 5 anos?
Melhor( ) Igual ( ) Pior ( )
53) Nos últimos 6 meses, quantos dias esteve tão doente que foi incapaz de realizar as suas atividades diárias, como ir trabalhar ou fazer as tarefas da casa?
Nenhuma ( ) 1-2 vezes ( ) 3-4 vezes ( ) 5 vezes ou mais ( ) Não lembro ( )
54) Quantos dias, nos últimos 6 meses, esteve internado(a) por problemas de saúde física?
Nenhuma ( ) 1-2 vezes ( ) 3-4 vezes ( ) 5 vezes ou mais ( ) Não lembro ( )
55) Com que frequência o(a) sr.(a) sente TONTURAS ou FADIGA?
Nunca ( ) Ocasionalmente ( ) Frequentemente ( ) Não lembro ( )
91
56) O(a) sr.(a) TROPEÇA ou CAI com que frequência?
Nunca ( ) Ocasionalmente ( ) Frequentemente ( ) Não lembro ( )
57) Como o(a) sr.(a) avalia a sua saúde física neste momento?
Muito boa ( ) Boa ( ) Razoável ( ) Ruim ( )
58) Em que medida os problemas de saúde do(a)sr.(a) lhe dificultam fazer as coisas que deseja?
Não atrapalham ( ) Atrapalham pouco ( ) Atrapalham muito ( )
59) Em comparação com outras pessoas da sua idade, o(a) sr.(a) pensa que sua prática de atividade física no seu tempo livre é:
Muito maior( ) Maior ( ) a mesma ( ) Menor ( ) Muito menor ( )
HÁBITOS ALIMENTARES
NESSE ESPAÇO O(A) SR.(A) RESPONDERÁ SOBRE SEUS HÁBITOS ALIMENTARES
Sim Não O que come?
Quantas porções por dia?
Quantos dias na semana?
1 2 3 4 5 6
Todos os dias ou 1 ou mais vezes
por dia
O(a) sr.(a) come em fast food pelo menos uma vez na semana?
O(a) sr.(a) faz refeições fora de casa pelo menos uma vez na semana?
O(a) sr.(a) come doces ?
O(a) sr.(a) come frutas ?
O(a) sr.(a) come legumes?
O(a) sr.(a) come vegetais?
O(a) sr.(a) come frituras?
O(a) sr.(a) come carne vermelha?
O(a) sr.(a) come frango?
O(a) sr.(a) come peixe?
O(a) sr.(a) bebe refrigerante?
O(a) sr.(a) bebe sucos industrializados?
O(a) sr.(a) bebe café?
O(a) sr.(a) come enquanto assiste TV?
O(a) sr.(a) come salgadinhos fritos?
92
Qual?_____________
60) O(a) sr.(a) bebe quantos copos de água por dia?
1-3 copos ( ) 4-6 copos ( ) 6 copos ou mais ( ) Não lembro ( )
61) O(a) sr.(a) fuma? S ( ) N ( )
61.1) Caso a resposta anterior seja NÃO
Já fumou? S ( ) N ( )
Quantos cigarros por dia o(a) sr.(a) fumava?
Menos de 5 cigarros ( ) Menos de 10 cigarros ( ) de 10 a 20 cigarros ( ) Mais de 20 cigarros ( ) Mais de 30 cigarros ( ) Não lembro ( )
61.2) Caso a resposta 61 seja SIM
Quantos cigarros por dia o(a) sr.(a) fuma?
Menos de 5 cigarros ( ) Menos de 10 cigarros ( ) de 10 a 20 cigarros ( ) Mais de 20 cigarros ( ) Mais de 30 cigarros ( ) Não lembro ( )
62) O(a) sr.(a) costuma ingerir bebida alcoólica? S ( ) N ( ) 62.1) Caso a resposta anterior seja SIM Com que frequência? Diariamente ( ) 1-2 vezes/semana ( ) 2-3 vezes/semana ( ) 4-5 vezes/semana ( ) 62.2) Qual tipo de bebida alcoólica:
Tipo de bebida
Não bebo
Durante a semana
Copos (doses)
Durante o final de semana
Copos (doses)
Cerveja
Cachaça
Vinho
Vodka
Whisky
Tequila
Outras ________
________
93
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA DE YESAVAGE
NESSE ESPAÇO O(A) SR.(A) RESPONDERÁ SOBRE SUAS PERCEPÇÕES
63) O(a) sr.(a) está satisfeito(a) com sua vida? S ( ) N ( )
64) O(a) sr.(a) se desinteressou ou deixou de fazer muitas de suas atividades?
S ( ) N ( )
65) O(a) sr.(a) sente que sua vida está vazia? S ( ) N ( )
66) O(a) sr.(a) se aborrece com frequência? S ( ) N ( )
67) O(a) sr.(a) se sente de bom humor a maior parte do tempo? S ( ) N ( )
68) O(a) sr.(a) tem medo que algum mal vá lhe acontecer? S ( ) N ( )
69) O(a) sr.(a) se sente feliz a maior parte do tempo? S ( ) N ( )
70) O(a) sr.(a) sente que sua situação não tem saída? S ( ) N ( )
71) O(a) sr.(a) prefere ficar em casa do que sair e fazer coisas novas? S ( ) N ( )
72) O(a) sr.(a) se sente com mais problema de memória do que a maioria das pessoas de sua idade?
S ( ) N ( )
73) O(a) sr.(a) acha maravilhoso estar vivo? S ( ) N ( )
74) O(a) sr.(a) se sente inútil nas atuais circunstâncias? S ( ) N ( )
75) O(a) sr.(a) se sente cheio(a) de energia? S ( ) N ( )
76) O(a) sr.(a) acha que sua situação é sem esperança? S ( ) N ( )
77) O(a) sr.(a) sente que a maioria das pessoas está melhor que você? S ( ) N ( )
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA (IPAQ)
NESSE ESPAÇO O(A) SR.(A) RESPONDERÁ SOBRE SUAS ATIVIDADES FÍSICAS/ PRÁTICA DE EXERCÍCIOS
Domínio 1 – Atividade Física no Trabalho
78) Atualmente o(a) sr.(a) tem ocupação remunerada ou faz trabalho voluntário fora de sua casa?
Sim ( ) Não ( )
CASO A RESPOSTA SEJA NÃO, VÁ PARA O DOMÍNIO 2: TRANSPORTE
94
79) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal o(a) sr.(a) realiza atividades VIGOROSAS como: trabalho de construção pesada, levantar e transportar objetos pesados, cortar lenha, serrar madeira, cortar grama, pintar casa, carpir, subir escadas no trabalho, por pelo menos 10 minutos contínuos?
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite Manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 80
80) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal o(a) sr.(a) realiza atividades MODERADAS, como: levantar e transportar pequenos objetos, lavar roupas com as mãos, limpar vidros, varrer ou limpar o chão, carregar crianças no colo, por pelo menos 10 minutos contínuos?
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite Manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 81
81) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal o(a) sr.(a) CAMINHA, NO SEU TRABALHO por pelo menos 10 minutos contínuos? Não incluir a caminhada como transporte.
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite Manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para o Domínio 2
95
DOMÍNIO 2 – Atividade Física como meio de transporte
82) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal o(a) sr.(a) ANDA DE ÔNIBUS, CARRO ou MOTO?
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 83
83) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal o(a) sr.(a) ANDA DE BICICLETA para ir de um lugar para outro por pelo menos 10 minutos contínuos? (não incluir o pedalar por lazer ou exercício)
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 84
84) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal o(a) sr.(a) CAMINHA para ir de um lugar para outro, como: ir ao grupo de convivência para idosos, igreja, supermercado, médico, banco, visita a amigos, vizinhos e parentes por pelo menos 10 minutos contínuos? (não incluir as caminhadas por lazer ou exercício físico)
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
96
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para o Domínio 3
DOMÍNIO 3 - Atividade Física em casa ou apartamento: trabalho, tarefas domésticas e cuidar da família
85) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal o(a) sr.(a) faz atividades físicas VIGOROSAS ao redor de sua casa ou apartamento como: carpir, cortar lenha, serrar madeira, pintar casa, levantar e transportar objetos pesados, cortar grama, por pelo menos 10 minutos contínuos?
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 86
86) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal o(a) sr.(a) faz atividades MODERADAS ao redor de sua casa ou apartamento como: levantar e carregar pequenos objetos, limpar a garagem, serviço de jardinagem em geral, por pelo menos 10 minutos contínuos?
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 87
87) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal o(a) sr.(a) faz atividades MODERADAS dentro de sua casa ou apartamento como: carregar pesos leves, limpar vidros e ou janelas, lavar roupas a mão, limpar banheiro e o chão, por pelo menos 10 minutos contínuos?
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
97
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para o Domínio 4
DOMÍNIO 4 – Atividades Físicas de recreação, esporte, exercício e de lazer
88) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal, o(a) sr.(a) CAMINHA (exercício físico) no seu tempo livre por pelo menos 10 minutos contínuos?
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 89
89) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal, o(a) sr.(a) faz atividades VIGOROSAS no seu tempo livre como: correr, nadar rápido, musculação e esportes em geral por pelo menos 10 minutos contínuos?
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para a questão 90
90) Quantos dias e qual o tempo (horas e minutos) durante uma semana normal, o(a) sr.(a) faz atividades MODERADAS no seu tempo livre como: pedalar em ritmo moderado, praticar alguma modalidade esportiva recreativa, fazer hidroginástica, ginástica para a terceira idade, dançar, etc. por pelo menos 10 minutos contínuos?
Dia da semana
Tempo horas / minutos Dia da semana
Tempo horas / minutos
manhã tarde noite manhã tarde Noite
2° feira 6° feira
3° feira Sábado
4° feira Domingo
5° feira
98
____horas_____minutos_____dias por semana ( ) Nenhum. Vá para o Domínio 5
DOMÍNIO 5 -Tempo gasto sentado
91) Quanto tempo, no total, o(a) sr.(a) gasta sentado durante UM DIA de semana normal?
UM DIA____horas_____minutos
Final da Semana Um dia
Tempo gasto Horas / Minutos
Manhã Tarde Noite
92) Quanto tempo, no total, o(a) sr.(a) gasta sentado durante UM DIA de final de semana normal?
UM DIA____horas_____minutos
Final da Semana Um dia
Tempo gasto Horas / Minutos
Manhã Tarde Noite
99
APÊNDICE III
Ficha de Avaliação
FICHA DE AVALIAÇÃO
(Dados Antropométrico, Funcionais e Clínicos)
Nome:________________________________________________________________
Endereço:_______________________________________Complemento____________
Bairro:_________________________ Contatos:_______________ /_______________
DADOS ANTROPOMÉTRICOS
Peso Estatura IMC
Circ. Cintura Circ. Quadril RCQ Circ. Abdômen
DADOS APTIDÃO FÍSICA E FUNCIONAIS
Força de Membros Superiores
Força de Membros Inferiores
Flexibilidade
Equilíbrio
Marcha Estacionária (2’)
DADOS CLÍNICOS
Pressão Arterial
Perfil Lipídico Glicemia Jejum
Hemoglobina Glicada HDL LDL VLDL
/