PERÍODO ENTRE GUERRAS
Prof. Estevan Rodrigues Vilhena de Alcântara
Crise de 1929
A crise econômica de 1929 começou nos Estados Unidos e teve repercussão mundial.
Os principais efeitos da crise foram: a paralisação do comércio
externo; o desemprego; a falta de compradores para
os produtos agrícolas e industriais;
a falência de muitos fazendeiros;
a perda de valor das ações das empresas negociadas na Bolsa de Valores de Nova York.
Crise de 1929
A crise torna-se mundial Na Europa, com a retirada do
dinheiro emprestado, os americanos provocaram falências de bancos, de empresas e o desemprego.
Na América Latina, os efeitos da crise foram graves, pois os países latino-americanos forneciam produtos agrícolas e matérias-primas aos Estados Unidos.
Crise de 1929
Brasil Em 1929, por causa da crise, os Estados
Unidos diminuíram suas compras de café do Brasil. Aqui, os estoques do produto aumentaram. O café representava 70% das nossas exportações.
Então o governo brasileiro teve de mandar queimar milhões de sacas de café, para elevar o preço do produto.
De certa forma, a indústria brasileira foi favorecida pela crise, pois:
alguns fazendeiros passaram a empregar seus capitais na indústria;
com o encarecimento dos produtos importados, a produção nacional foi incentivada.
New Deal
As medidas dos Estados Unidos contra a crise Franklin Delano Roosevelt, presidente
dos Estados Unidos, tomou uma série de medidas para recuperar a economia americana: foi o New Deal.
Principais características do New Deal: o governo passou a controlar os preços
dos produtos; Exerceu controle sobre a produção
agrícola; concedeu empréstimos aos
fazendeiros; mandou executar grandes obras
públicas, para ocupar os desempregados
Fascismo Italiano
Após a guerra, a Itália foi o primeiro país europeu a abandonar os ideais liberais democráticos, isto porque o fim da guerra trouxe graves problemas ao país: dívida externa, greves, fome, desemprego, governo incapaz.
Benito Mussolini reorganizou o Partido Fascista Italiano, com apoio dos industriais, dos comerciantes e dos proprietários de terras.
Em 1922, os fascistas dirigiram-se a Roma – foi a Marcha sobre Roma. Com isso, conseguiram que o rei Vítor Emanuel III encarregasse Mussolini de organizar o Ministério.
Em 1925, Mussolini tornou-se chefe do governo italiano, com o título de Duce. Seus poderes eram absolutos. Usava métodos violentos e ditatoriais.
Nazismo Alemão
De 1918 a 1933, a Alemanha foi uma república – a República de Weimar. ela havia renascido da derrota do país na Primeira Guerra Mundial.
Fatores que levaram o país ao nazismo: a derrota na guerra e a
humilhação imposta pelo Tratado de Versalhes;
a crise de 1923 e a desvalorização da moeda alemã – o marco;
as dificuldades econômicas e os milhões de desempregados;
a difusão do nacionalismo e da mentalidade anticomunista.
Nazismo Alemão
O poderoso Estado nazista apresentava as seguintes características: o partido único – o Partido Nazista; controle da economia, da imprensa e da educação pelo governo; nacionalismo e política armamentista; perseguição aos judeus (anti-semitismo); política externa agressiva, visando à expansão territorial.
Em 1932, Adolf Hitler, líder do Partido Nacional Socialista (Partido Nazista), obteve elevado número de votos. Em 1933, o presidente Hindenburgo nomeou Hitler Chanceler da Alemanha. No ano seguinte, com a morte do presidente, Hitler tornou-se o senhor absoluto do governo alemão, com o título de Führer.
Imperialismo Japonês
A crise de 1929 atingiu fortemente o Japão com o aumento dos preços das matérias-primas – petróleo e carvão. Ao mesmo tempo, os mercados europeus e americanos fecharam-se aos produtos japoneses, sobretudo os têxteis.
A crise econômica permitiu aos militares japoneses tomar o poder, na medida em que defendiam uma política nacionalista.
Imperialismo Japonês
As principais consequências do nacionalismo japonês foram: a retomada de uma política externa imperialista na Ásia – a
anexação de territórios chineses entre 1917 e 1937 –, em busca de matérias-primas para a sua indústria;
a aliança com os outros países imperialistas, como a Alemanha nazista e a Itália fascista, incluindo acordos militares e econômicos;
a Sociedade das Nações condenou a política externa do Japão, o que resultou na saída do país desse organismo internacional, em 1933;
para construir seu império na Ásia, o Japão adotou uma economia de guerra, como, por exemplo, o desenvolvimento da marinha de guerra;
o Japão transformou-se num Estado totalitário sob o comando dos militares: os partidos políticos e os sindicatos foram dissolvidos;
o expansionismo japonês na Ásia provocou inúmeros conflitos com os países que também tinham interesses na região, como os Estados Unidos, a França e a Inglaterra.