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ESQUIZOFRENIA: COMO FATOR DE EXCLUSÃO SOCIAL.
José Manfroi1
Giovana Bandiera2
RESUMO O presente plano de trabalho, que compõem o projeto maior de pesquisa intitulado “Diversidade Cultural
e Grupos em Processo de Inclusão Social em MS: análise sócio jurídico interdisciplinar”,tem como foco
os portadores de esquizofrenia em uma análise sócio jurídica voltada à exclusão social e seus fatores.
Presume - se que os direitos e garantias fundamentais estampados na Carta Magna desse país, se destinam
a todos sem tipo algum de discriminação, observando o contraste do direito positivo com a realidade
vivida pelo grupo em questão, que é excluído socialmente, visto que as garantias oferecidas até hoje a
esse grupo, além de estarem associadas a condição de patologia, configuram uma espécie de “meia
dignidade”, situação inaceitável aos olhos da Constituição Federal e também da moral, posto que uma
vida com dignidade é direito primordial do ser humano. O presente plano de trabalho também busca
analisar, ainda que superficialmente, a questão da vivência dos portadores de esquizofrenia em
sociedade. Para tanto, após o embasamento teórico sobre invisibilidade social e levantamento de dados
sobre o grupo focal, foram realizadas entrevistas com médicos psiquiátras. Os resultados obtidos foram
descritos no presente artigo e considerados exploratórios para subsidiar outros estudos dessa natureza e
mais aprofundados sobre o tema. Ainda, serão apresentados em eventos internos e externos que ressaltem
a inclusão de minorias.
Palavras-Chave: 1.Esquizofrenia. 2.Análise Sócio-jurídica interdisciplinar. 3.Exclusão
Social. 4.Qualidade de vida. 5.Inclusão social.
SCHIZOPHRENIA: AS A SOCIAL EXCLUSION FACTOR.
This work plan, which comprise the largest research project entitled ‘’Cultural diversity and groups in Social
inclusion process in MS: interdisciplinary socio-legal analysis’’, focuses on patients with schizophrenia in a
socio-legal analysis focused on social exclusion and its factors. It is presumed that the fundamental rights
and guarantees stamped in the Magna Carta of that country, are intended for all without any kind of
discrimination, observing the contrast of the positive right with the reality experienced by the group in
question, that is socially excluded, since the guarantees offered to this group today, in addition to being
associated with the condition of pathology, constitute a kind of "half dignity", unacceptable situation in the
eyes of the Federal Constitution and also of morals, since a life with dignity is the primordial right of the
1 Graduado em Filosofia. Mestre em Educação pela UFMS. Doutor em Educação pela UNESP Campus de Marília/SP.
Professor pesquisador e orientador nos programas de pós-graduação stricto sensu e lato sensu da Universidade Católica
Dom Bosco e Professor no Curso de Direito da Universidade Católica Dom Bosco; Pesquisador e orientador no
PIBIC/UCDB/CNPQ. E-mail: [email protected]. 2 Giovana Bandiera,19 anos, concluiu o ensino médio no Instituto Educacional Paulo Freire, cursa o 3° semestre de Direito
na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Pesquisadora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
pelo PROJETO: INCLUSÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO LOCAL NO MS.
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human being. This work plan also seeks to analyse, even superficially, the issue of experiencing schizophrenia
patients in society. To this end, after the theoretical basis on social invisibility and data collection on the focal
group, interviews were conducted with psychiatric physicians. The results obtained were described in this
article and considered exploratory to subsidize other studies of this nature and more in depth on the subject.
Also, they will be presented at internal and external events that emphasize the inclusion of minorities.
Key words: 1. Schizophrenia. 2. Interdisciplinary socio-juridical analysis. 3. Social exclusion. 4. Quality of life.
5. Social inclusion.
1 INTRODUÇÃO
A Carta Magna Constituição Federal de 1988 traz a instituição de um Estado
Democrático que se destina a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, sendo esses
preceitos, valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos.
(BRASIL, 1988, p. 3)
Entretanto, sabe – se nos dias atuais que inúmeros são os grupos que sofrem com a
exclusão e discriminação diante do corpo social em que vivem, sendo que são inúmeras as
causas desse processo. Ante esse cenário, é necessário compreender o antagonísmo vivido pelos
portadores de esquizofrenia, porque ainda que houve uma evolução significativa nos
tratamentos desta patologia, tanto no quesito medicamentoso quanto em tratamentos
alternativos, os pacientes que são diagnosticados com esquizofrenia enfrentam dificuldades
quanto a inclusão nas sociedades em que vivem. Um fator agravante deste tipo de
comportamento do corpo social, são os termos vulgares que empregados pelos meios de
comunicação e também por pessoas que desconhecem este distúrbio.
Conforme o exposto, estes indivíduos passam a sofrem discriminação deste o momento
do diagnóstico deste distúrbio,porque a família e toda a sociedade entendem a esquizofrenia
como sinônimo de inaptidão para a realização de atividades cotidianas.Assim sendo, a criação
de barreiras entre o esquizofrênico e o restante do corpo social se mostra frequente, porque, é
árduo compreender o conteúdo da fala desses pacientes e, mais complicado ainda é não atribuir
significados a elas.
2 RELEVÂNCIA TEÓRICO-METODOLÓGICA DA QUESTÃO: DIGNIDADE HUMANA E
O DIREITO AO CONVÍVIO SOCIAL EM EVIDÊNCIA
Sob o aspecto jurídico é necessário ressaltar que a legislação foi estruturada afim de impor o
devido cumprimento além de assegurar direitos fundamentais. Todavia, o impasse quanto a exclusão
de portadores de esquizofrenia bem como os motivos que desmerecem e dificultam o convívio social
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deste ainda persistem. Em conformidade com as relevantes ideias de Rabenhorst (2014) faz –se
necessário que, além do ordenamento jurídico que a sejam exercidas a responsabilidade emocional e
a consciência social para que haja a plena efetividade dos direitos fundamentais.
Para que os direitos não sejam apenas frases escritas em um pedaço de papel, mas se
convertam em obrigações plenamente realizadas, faz-se necessária a existência de
dois grandes instrumentos. Em primeiro lugar, os instrumentos jurídicos, que são as
leis, no sentido mais amplo da palavra (Declarações, Tratados, Pactos, Convenções,
Constituições etc.), e as instituições responsáveis por sua aplicação. Em seguida, os
instrumentos extra-jurídicos resultantes do poder social, isto é, da nossa própria
capacidade de organização e de reivindicação (movimentos sociais, associações de
moradores, partidos políticos, sindicatos etc.). (RABENHORST, 2014, p. 03).
Quanto a sociabilidade, esta é direito de todo ser humano, não podendo ser retirada da pessoa
humana, é considerada subjetiva e, são denominados direitos de personalidade. Percebe-se ainda que,
o direito ao convívio social está intimamente vinculada a Constituição Federal, que estabelece normas
fundamentais ao Direitos Humanos.
Goffredo Telles Jr, define de forma a explicar:
Os direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a identidade,
a liberdade, a sociabilidade, a reputação, a honra, a autoria etc. Por outras palavras,
os direitos da personalidade são direitos comuns da existência, porque são simples
permissões dadas pela norma jurídica, a cada pessoa, de defender um bem que a
natureza lhe deu, de maneira primordial e direta. (TELLES JR, 2008, p. 278)
Em relação a dignidade humana, além de estar descrita na Constituição Federal, a referida
encontra-se presente também na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em seu art. 1º,
“Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. Posto isso, é possível perceber
que nenhum ser humano deve ser ‘’precificado’’, pois é através da dignidade que conseguiremos a
afirmação de todo e quaisquer direito.
Muitas são as circunstâncias que explicam a relevância da execução desse plano de trabalho,
desde as mais evidentes da seara do Direito e ainda em outros aspectos de natureza geral, posto que,
A investigação científica se desenvolve, [...], porque há a necessidade de construir e testar uma
possível resposta ou solução para um problema decorrente de algum fato ou de algum conjunto de
conhecimentos teóricos (MARQUES et al, 2017, p. 45).
Desse modo, a presente pesquisa apoia-se em duas motivações s: uma de ordem intelectual e
outra de ordem prática (GIL, 2002), isto é, em primeiro lugar analisar o grau de segregação do grupo
em questão. E em seguida, encontrar dentro do ordenamento jurídico brasileiro o apoio existente ao
grupo.
Constata-se que o pressuposto para desenvolver as questões levantadas enfoca em como
transtornos mentais, mais especificamente a esquizofrenia, são fatores que asseveram a exclusão e a
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invisibilidade dos pacientes. Em seguida, houve a construção dos instrumentos de coleta de dados,
dentre eles o roteiro de entrevista. A consolidação se deu com a pesquisa de campo (entrevistas com
alguns médicos psiquiatras).
Na pesquisa cientifica, defende-se o entendimento proposto por Pedro Demo (1997, p. 36)
“Pesquisa é um diálogo inteligente com a realidade [...], é a atividade científica pela qual descobrimos
a realidade. [...]”. Dessa maneira, o trabalho cientifico que visa discutir acerca da exclusão social deve
destacar-se, visto que o ambiente acadêmico proporciona a produção e difusão de conhecimentos.
3 HISTÓRICO SOBRE O TERMO ESQUIZOFRENIA
Jung, um dos estudiosos que auxiliava Bleuder, publica A psicologia da demência
precoce em 1960, livro que motivou o psiquiatra a estudar o que ocorria na chamada ‘’demência’’,
em que seu objetivo era determinar os principais sintomas daquela patologia. Jung utiliza a expressão
''Cisão do eu'' como um termo empregado para descrever um maior interesse do paciente
diagnosticado esquizofrênico com os acontecimentos e fantasias internas em relação ao mundo
exterior, havendo, dessa forma, uma valorização exacerbada das criações imaginárias e o rompimento
da completude individual.
O termo esquizofrenia surgiu no século XX mais precisamente em 1911, quando o psiquiatra
Eugen Bleuder(1960) apresenta sua monografia intitulada Dementia praecox oder Gruppe der
Schizofrenie, entretanto por não concordar com o vocábulo demência, maneira como a esquizofrenia
era intitulada inicialmente, propôs o termo esquizofrenia para descrever a patologia que provocava a
deterioração de funções neurológicas. O médico acreditava que essa patologia acometia os
pensamentos e consequentemente dificultam a sociabilidade e a expressividade de portadores dessa
doença e em consequência disso, o paciente esquizofrênico apresentavam uma personalidade
desestruturada e fragmentada. Em virtude disso, o estudioso relatou os sintomas relevantes a partir da
expressão ‘’ 4 A’s de Bleuder’’.
Bleuder(1960) conceitua esquizofrenia como um grupo de psicoses cujo curso pode ser
crônico ou intermitente, podendo deter-se ou retroceder em qualquer etapa, mas que não permite uma
completa restitutio ad integrum. A doença se caracteriza por um tipo específico de alteração do
pensamento, dos sentimentos e da relação com o mundo exterior. Em todos os casos encontra-se uma
clivagem (Spaltung) mais ou menos nítida das funções psíquicas. Essa clivagem atinge a
personalidade, o processo associativo e os afetosNo que concerne aos sintomas, o psiquiatra os
elencou como sendo fundamentais, sendo eles: Os transtornos da associação (extravagantes; em
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demasia ou em obstrução); Os transtornos da afetividade (indiferença); A predileção pela fantasia; A
ambivalência (da vontade, do afeto e ambivalência intelectual); A inclinação a distanciar-se da
realidade (autismo).
Quadro 1. Sintomas a serem considerados nos critérios diagnósticos para esquizofrenia ou episódio
esquizofrênico, conforme CID-10.
Fonte: adaptado de Brasil, 2013 e Falkai et al, 2006
Conforme analisa Bleuder,( naquele tempo pouco compreendia – se a esquizofrenia como
um processo, entretanto, ao tomar conhecimento dos sintomas de primeira e segunda ordem, é que o
estudioso conseguiu estabelecer um primeiro conceito acerca dessa patologia,
Postulamos a presença de um processo que produz diretamente os sintomas
primários; os sintomas secundários são em parte funções psíquicas que operam em
condições alteradas, e em parte os resultados das tentativas de adaptação, mais ou
menos exitosas, às perturbações primárias. (1960, p. 475)
Desse modo, o psiquiatra, motivado pela sua visão abrangente ao se tratar deste transtorno,
definiu que uma das principais causas da doença era a ruptura de uma única personalidade e o
interrompimento das relações interpessoais dos pacientes que recebem este diagnóstico. Dessa forma,
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o médico não considera as alucinações e delírios - sintomas positivos do transtorno - como
caracterizadores dessa patologia.
4 PARA ENTENDER O ESQUIZOFRÊNICO: CARACTERÍSTICAS GERAIS
A designação da esquizofrenia se dá por um transtorno neurológico crônico caracterizado pelo
rompimento de funções neurológicas que ocasionam alterações graves relacionadas ao pensamento,
ao afeto e a vontade. O transtorno se origina a partir de fatores genéticos somados a acontecimentos
externos como por exemplo o estresse, ambiente familiar ou perda de pessoas próximas, podendo se
manifestar na infância ou na vida adulta e seus sintomas se evidenciam num período de dias, meses
ou anos até a ocorrência do primeiro surto psicótico, sendo dessa maneira, o curso da esquizofrenia
variável.
Figura 1: Fases da esquizofrenia.
Fonte: (APA, 2004; FALKAI et al, 2006).
Tendo em vista que por parte do senso comum o paciente esquizofrênico é denominado como
‘’ louco’’, fato este que ocasiona a segregação do indivíduo, gerando ao paciente e aos seus familiares
a angústia e o medo. Nesse sentido, é imprescindível o entendimento de que a esquizofrenia se
interliga a partir de quatro situações: a forma que a paciente compreende a doença, a reação de
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familiares, o tratamento com uma equipe interdisciplinar especializada e o comportamento da
sociedade perante ao portador de esquizofrenia.
As características essenciais da esquizofrenia são as alucinações e delírios além da mudança
no que concerne a expressões corporais e verbais, cabe ressaltar que para a confirmação do
diagnóstico deve – se observar a frequência, a gravidade e a duração dos surtos psicóticos, no que
concerne a este transtorno é necessário o entendimento de que há ainda a desarticulação dos
pensamentos.
Nesse ponto vale observar ainda que para o ‘’fechamento’’ do diagnóstico de esquizofrenia o
profissional da saúde deve se certificar de que não há o uso indiscriminado de substâncias
alucinógenas, intoxicações medicamentosas ou ainda qualquer sintoma biológico, sendo estes fatores
chamados de orgânicos.
Diante do exposto, cabe evidenciar que são inúmeros neurotransmissores irregulares os
responsáveis pelo desenvolvimento da doença, sendo o principal deles a dopamina, mas ainda
hormônios como serotonina, noradrenalina, GABA e glutamato. Rodrigo Bressan, psiquiatra e
coordenador do Programa de Esquizofrenia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP),
sustenta que ‘’ O remédio usado em tratamentos desse transtorno bloqueia esse tipo de receptor, mas
ninguém nunca havia demonstrado isso. Agora, vemos, em ratos, como funciona a regulação genética.
A dopamina era conhecida, mas eles inovaram ao mostrar exatamente a área do cérebro afetada e
como ela leva as alucinações.’’
Fato é que a maioria das medicações disponíveis atualmente ocasionam uma quantidade
abundante de sintomas nocivos ao paciente portador do transtorno esquizofrênico, nota – se a
necessidade de estudar substâncias diversas objetivando um tratamento contínuo, eficaz e menos
nocivo ao paciente; Assim sendo, ao haver a ingestão dessas substâncias, ocorre o bloqueio –
impedimento de alterações hormonais, evitando dessa maneira comportamentos desordenados por
parte do paciente esquizofrênico. Cabe ainda destacar que os antipsicóticos são classificados em de
1º (causam maior efeito colateral e bloqueiam a dopamina cerebral), 2º geração (causam ganho de
peso) ou de depósito (injeções aplicadas com um tempo maior de intervalo, geralmente uma vez ao
mês).
Quanto à resposta do organismo ao tratamento, os delírios e alucinações, denominados
sintomas positivos, costumam responder bem aos medicamentos antipsicóticos, enquanto os sintomas
negativos não tem boa resposta a este tipo de medicamento.
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5 COMPORTAMENTOS DO ESQUIZOFRÊNICO
Conforme exposto anteriormente, a esquizofrenia é caracterizada pelo rompimento de funções
neurológicas que ocasionam alterações significativas, dentre elas as alucinações e delírios. Porquanto,
por estarem ausentes da realidade, o comportamento do paciente esquizofrênico é de difícil
compreensão e acesso, pois as reações e atitudes são inexplicáveis haja visto que as atitudes do
indivíduos são incontroláveis e imprevisíveis.
Os comportamentos de uma pessoa diagnosticada com esquizofrênica
podem assumir diferentes topografias: falar de modo inapropriado, repetir
desnecessariamente as mesmas palavras, recusar participar das atividades,
permanecer períodos de tempo com a mesma postura, não trabalhar,
negligenciar higiene, afastar-se do convívio social, não assumir
responsabilidades, etc. (Britto, 2005).
Ademais, junto a esquizofrenia são atrelados outros transtornos mentais, como a depressão e
a ansiedade, porém as ocorrências de euforia são mais intensas que em alguém que não possui o
diagnóstico de esquizofrenia, porque o paciente que possui esse transtorno quando ansioso não
consegue se sintonizar com o ambiente. Enquanto que em episódios depressivos o portador de
esquizofrenia apresenta ‘’sinais’’ de sofrimento intenso, além manifestarem episódios delirantes
ligados à órgãos internos.
Outros sintomas comuns estão ligados a apatia do paciente esquizofrênico, como a
transformação afetiva além de alterações do pensamento, em que o paciente manifesta na
comunicação a interrupção de um determinado raciocínio e algum tempo depois retoma o assunto
inacabado mas também percebe-se ainda a ambiguidade quanto ao conteúdo do pensamento,
traduzido através da comunicação verbal confusa. O isolamento do portador de esquizofrenia é um
dos comportamentos mais visíveis, pela dificuldade de relacionamentos e pela maneira desordenada
de comunicação.
Há também disfunções corpóreas que se manifestam no paciente, sendo elas sintomas
somáticos do transtorno esquizofrênico, como por exemplo a diminuição da frequência nos pulsos e
insuficiência respiratória.
6 DIFICULDADES DE INCLUSÃO E CONVÍVIO SOCIAL: uma questão de expressão
No que concerne aos fatores que dificultam e limitam a convivência com o paciente
esquizofrênico o ambiente familiar mostra – se primordial principalmente quando se trata da inclusão
deste indivíduo na sociedade mas em virtude das limitações físicas e psíquicas decorrentes do
transtorno há uma sobrecarga considerável em pessoas que convivem e cuidam do paciente, esta é
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resultado das condições clinicas do esquizofrênico. Além disso, os obstáculos quanto a comunicação
do paciente também limita que este seja incluído socialmente, isto porque em suas falas estão
presentes a incoerência, a desorganização e a confusão, uma vez que a dificuldade de expressão está
ligada aos sintomas negativos da doença, estes incluem por exemplo, a afatia e a redução de
consciência social.
Em relação a dificuldade de socialização e dá motivada pela perda da qualidade de vida.
Conforme estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde, esta patologia é a terceira causa
de perda de qualidade de vida e se manifesta entre pessoas de 15 a 44 anos. Além disso, é notável
uma eficácia de tratamentos realizados nos dias de hoje comparados aos que estavam disponíveis
antigamente, visto que a patologia pode ser identificada antes da ocorrência de seus primeiros
sintomas, afim de retardar ou até impedir o desenvolvimento pleno da doença.
Mas foi apenas depois da década de 1950 que houve avanços relacionados a fabricação de
fármacos que tinham a finalidade de ampliar a adesão aos tratamentos propostos pelos especialistas,
a fabricação dessas medicações promoveu o esvaziamento de unidades psiquiátricas, que
proporcionavam tratamentos cruéis aos portadores de esquizofrenia, é mister ressaltar que ainda que
eficazes, esses remédios provocavam reações semelhantes a doença de Parkinson, causando ganho de
peso, tremores e rigidez muscular. Mastreazzi, enfatiza em suas palavras a realidade de conviver com
esquizofrenia, '' Se existe inferno, eu diria que é isso, você não tem expectativa, vive dopado, pensa
mas não consegue se movimentar, come sem ter fome, você perde a fé, esperança e esquece que existe
mundo lá fora. Tinha dia que eu pedia pra morrer'' (2015, p. 16)
7 FATORES QUE DESENCADEIAM A EXCLUSÃO DO ESQUIZOFRÊNICO NA
SOCIEDADE
As rotulações são comuns quando se trata de um paciente esquizofrênico, o que causa notáveis
prejuízos ao se tratar da vida social desse indivíduo, porque como há desconhecimento ao se tratar da
esquizofrenia, seus familiares e amigos o tratam com desconfiança, o que dificulta a demonstração
por parte do paciente da capacidade de realizar atividades rotineiras, ademais, indivíduos portadores
de esquizofrenia se mostram mais isolados, por fatores atrelados ao próprio transtorno mas também
pela difícil convivência, é importante salientar que as pessoas não conseguem enxergar as qualidades
e aptidões do paciente esquizofrênico, pontua-se ainda que a dificuldade de interação social é o
sintoma mais complexo de se tratar,o psiquiatra José Carlos Rosa Pires de Souza assevera,
Por viverem em um outro mundo de delírios e alucinações, devem estar sob
supervisão constantemente porque pode atuar em cima de seus delírios e alucinações,
sendo estes fatos fora da realidade, então uma das barreiras mais comuns é a
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dificuldade do entendimento desse problema como doença e não como problema de
caráter ou personalidade. (SOUZA,p. 2018)
Diante do exposto, a pessoa diagnosticada com esquizofrenia tende a conviver com algumas
limitações na realização de tarefas diárias, ocasionando no indivíduo um sentimento de incapacidade
e inferioridade. Por isso, criam – se obstáculos em relação aos demais integrantes da sociedade no
sentido de que há uma complexidade ao se tratar do entendimento equivocado de sentido das falas
desses pacientes.
Considerando que o direito ao convívio social está assegurado através da Constituição Federal,
sendo ainda relacionado ao princípio da dignidade, este ascende todo e quaisquer direito, Immanuel
Kant sustenta:
No reino dos fins tudo tem ou um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem
um preço, pode-se pôr em vez dela qualquer outra como equivalente, mas quando
uma coisa está acima de todo o preço, e, portanto, não permite equivalente, então
tem ela dignidade. Os direitos à vida, à honra, à integridade física, à integridade
psíquica, à privacidade, dentre outros, são essencialmente tais, pois, sem eles, não se
concretiza a dignidade humana. A cada pessoa não é conferido o poder de dispô-los,
sob pena de reduzir sua condição humana, todas as demais pessoas devem abster-se
de violá-los. (KANT, 2004. p. 65).
Porquanto, através de sua ‘’Carta Mãe’’ o Estado é responsável pela proteção de tal direito,
dessa maneira é mister que o governo através de seus representantes aperfeiçoe a maneira pela qual o
paciente esquizofrênico tenha garantido o convívio social além da reabilitação e consequente melhora
na qualidade de vida do indivíduo e de seus familiares. Além de assegurar a efetivação dos direitos
fundamentais, que nada mais são “[...] direitos que possuímos pelo simples fato de que somos
humanos. [...]” (RABENHORST, 2014, p. 04).
Assim sendo, os indivíduos passam por momentos de grandes questionamentos acerca de sua
vida, até o momento que se conscientizam de suas dificuldades em alguns aspectos de sua vivência
quanto ser humano, visto que cerca de 40 a 60% são severamente prejudicados pelo restante da vida,
fato este que lhe causam uma falta de perspectiva gigantesca e aumentam de maneira considerável as
taxas relativas a tentativa de suicídio por parte dos pacientes portadores da esquizofrenia.
Nota – se ainda que, a associação dos sintomas positivos e negativos levam a uma diminuição
na qualidade de vida do paciente, pois é em função disso que as funcionalidades da pessoa
relacionadas ao trabalho, a vida social ou estudo se encontram afetadas. Dessa maneira, mostra-se
incontestável o fato de que é necessária uma reavaliação estatal, haja vista que mesmo com a previsão
legal, a efetiva inclusão e acolhimento de pacientes esquizofrênicos está longe de ser alcançada,
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necessitando ainda de políticas públicas que visem melhorar o isolamento do paciente, o psiquiatra
José Carlos Rosa Pires de Souza enfatiza,
Políticas públicas relacionadas a melhor tratamento, melhor uso dos medicamentos
que muitas vezes faltam na rede pública, uso de medicamentos de neurolep de ação
prolongada (o paciente toma 1 vez por mês a injeção, as vezes a cada 15 dias e não
tem mais as crises), evitam - se as internações uma vez que os esquizofrênicos ocupam
em média 40 a 50% dos leitos psiquiátricos nos hospitais especializados no mundo
todo. (SOUZA, 2018)
Posto isso, evidencia-se primordialidade de uma avaliação estatal criteriosa afim de
proporcionar a inclusão social destes indivíduos, reforçando o princípio da igualdade, descrito no
artigo 3º, inciso IV, do texto constitucional, este diz que um dos objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil é: “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade
e quaisquer outras formas de discriminação.”
8 FATORES QUE COLABORAM COM A INCLUSÃO DO ESQUIZOFRÊNICO
No que concerne a vida social do paciente portador de esquizofrenia é importante salientar
que o convívio em sociedade influencia na maneira como o indivíduo vai conviver com a doença e
suas limitações, por isso ter o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar e o apoio de um
psicólogo e dos familiares fará com que o paciente consiga lidar com os acontecimentos externos e
pertencentes à realidade, para que haja a compreensão quanto a informações e comunicação. Diante
do exposto cabe evidenciar que a socialização do paciente deve ocorrer a partir de uma ‘’rede’’ de
transição entre o choque de receber o diagnóstico e o aprendizado e a aceitação quanto a limitações e
a nova realidade.
Ainda que o tratamento primário da esquizofrenia se dê por meio de medicamentos, a
coexistência com formas alternativas de terapia se mostram muito eficazes, porque é através desse
conjunto que o paciente a se interessar por acontecimentos alheios ao imaginário além de auxiliar o
paciente a reagir de maneira mais adequada do ponto de vista socioemocional, sendo capazes ainda
de contribuir para diminuir a (re)incidência de crises psicóticas. A terapia realizada de maneira
coletiva, ou terapia grupal, auxilia o indivíduo quanto ao desenvolvimento de habilidades coletivas
e/ou sociais além de atuar na melhora de expressão verbal e corporal e ainda quanto a solução de
problemas. De acordo com Cole (1989) há inúmeras finalidades na terapia grupal como: interação,
obtenção de insight, ensinamento de habilidades sociais, resolução de conflitos, didática e autoajuda,
assim os pacientes poderão melhorar seu convívio em sociedade e conversar com pessoas que passam
por situações semelhantes à sua.
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É mister a discussão da relação entre família e esquizofrenia já que em conjunto com a equipe
médica especializada, a instituição familiar pode ser uma aliada no tratamento da esquizofrenia pois
além de administrar medicações, psicoterapia e prestar cuidados básicos, a presença dos familiares
diminuição chances de reinternações.
Entretanto, após a primeira manifestação da doença, a família tende a enfrentar momentos
difíceis pois se instala no ceio familiar a incerteza dos acontecimentos futuros. Sobrecarga é o que
define o cotidiano familiar após o diagnóstico de esquizofrenia, pois surgem responsabilidades diárias
extras afim de atender as necessidades do doente além da desestruturação emocional, pois há o
desentendimento acerca do que de fato é a doença.
Embora o paciente possua dificuldades relacionadas a expressão verbal e corporal, associadas
a uma condição autista e fragmentada da realidade, é possível e necessária a reintegração dele em
sociedade, um dos pontos principais dessa ressocialização é o atendimento humanizado por parte dos
profissionais da saúde, tendo como enfoque a melhora da qualidade de vida do paciente e
consequentemente o desenvolvimento e fortalecimento das habilidades individuais e coletivas.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificou-se que muitos são os impasses que os pacientes portadores de esquizofrenia
enfrentam ainda nos dias de hoje, pois além das limitações advindas da doença ainda convivem com
o preconceito do corpo social em decorrência do desconhecimento sobre a esquizofrenia e muitas
vezes com a negação da doença por parte dos familiares, sendo este o preconceito mais presente na
vida dos esquizofrênicos. Conforme as pertinentes palavras do psiquiatra José Carlos Rosa Pires de
Souza,
Por viverem em um outro mundo de delírios e alucinações, devem estar sob
supervisão constantemente porque pode atuar em cima de seus delírios e alucinações,
sendo estes fatos fora da realidade, então uma das barreiras mais comuns é a
dificuldade do entendimento desse problema como doença e não como problema de
caráter ou personalidade. (SOUZA, p. 2018)
Dada à importância do tema abordado, torna-se necessário o desenvolvimento de formas de
extinguir a exclusão social de portadores de esquizofrenia bem como de seus familiares em
decorrência da doença, visto que a segregação destes indivíduos atinge diretamente o bem jurídico
da dignidade humana além do convívio social, ambos protegidos pela Constituição Federal de 1988,
privando-os de uma vida regular e saudável mesmo tendo que conviver com a doença enquanto
permanecem isolados e segregados perante a sociedade em que estão inseridos, pois são expostos a
situações constrangedoras e desumanas que influenciam diretamente em sua qualidade de vida, de
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maneira a ser um fator de segregação por parte da família e do corpo social, como evidenciado por
José Carlos Rosa Pires de Souza,
Como todos os portadores de transtorno mental, inclusive a esquizofrenia, que atinge
1% da população em média, os portadores sofrem segregação, preconceito, estigma
não só da família mas da sociedade como um todo, uma vez que o ''louco'', desde os
áureos tempos é tido como aquele segregado, motivo de chacota como no filme ''Uma
mente brilhante'', lembrando que a esquizofrenia não é doença no intelecto, é uma
doença relacionada a senso de percepção, ao pensamento, por isso as alucinações e
delírios. (SOUZA, 2018)
Vale ressaltar que a adoção de políticas públicas relacionadas a uma melhora no tratamento,
bem como o incentivo aos pacientes na realização de tarefas diárias se mostram de suma importância
para que haja uma efetiva e eficaz inclusão desses indivíduos na sociedade além de um atendimento
humanizado por parte da equipe médica que atende a esses pacientes, afim de reforçar ao paciente e
aos seus familiares suas habilidades individuais e coletivas.
Destarte, medidas como o incentivo a adesão do tratamento, bem como o convívio com
familiares, amigos e a frequência em Centros de Atenção Psicossocial consolidam a proteção aos
direitos inerentes a condição humana dos portadores de esquizofrenia consoante com o arts.3º, inciso
IV e Art. 1º, inciso III da Constituição Federativa do Brasil.
Com base em todo o exposto anteriormente, ressalta-se a importância da mudança na
mentalidade da população com relação a todo e quaisquer tipo de transtorno mental, em especial a
esquizofrenia. Caso contrário, a situação continuará assim, os portadores de esquizofrenia
continuaram excluídos e com uma qualidade de vida, a exemplo do convívio social, degradante.
Porém, para que a melhora de vida além da inclusão dos pacientes esquizofrênicos ocorram, é
necessário que o diagnóstico seja feito de maneira adequada, de modo que a família e o paciente
compreendam a necessidade de acompanhamento médico e adesão ao tratamento para que os
sintomas dessa patologia não sejam agravados.
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