Caracterização Socioeconômica e ambiental da Cadeia de Valor do Babaçu
O Coco Babaçu (Orbignya phalerata)
Características da Espécie
Palmeira que atinge cerca de 20 m de altura,
Começa a frutificar com 8 a 10 anos de vida, alcançando plena produção aos 15 anos, e
Tem uma vida média de 35 anos.
Produz o ano todo, de 3 a 6 cachos de frutos, Suas flores são de sexos separados, com ramos florais volumosos,
Cada cacho possui de 240 a 720 frutos que chegam a pesar de 90 a 240 gramas
(LORENZI 1996 et al., 2000; SILVA et al., 2001; BRANDÃO et al., 2002; MAY, 1990; FRAZÃO, 1992)).
NacionalmentePúblico Envolvido
400.000 extrativistas diretamente (ALMEIDA, 2005);
1.000.000 de pessoas direta ou indiretamente (PORTO, 2004
Área e estados de ocorrência
13 a 18 milhões de ha em grandes formações contínuas ;
11 estados: MA, PI, TO, PA, CE, BA,MG, GO, MT, RO, AM (279
municípios);
Estima-se a área coletada em 1/3 da área total - 6 milhões ha.
Produção de amêndoas (Fonte: IBGE, 2009)
Receita de R$ 113.268.000,00 e produção de 114.874 t.
19,4% corresponde a amêndoa de babaçu
Quebradeira de coco babaçu produz 5 Kg de amêndoa por dia.
Produção de Amêndoas 2010
Valor total da amêndoa de babaçu foi de R$ 154.777.000, representando aproximadamente 19,8% de todo o extrativismo vegetal não-madeireiro nacional. Foi o segundo produto que mais se destacou em 2010.
Valor total da produção de baga de mamona em 2010 foi de R$90.708.000,00, menos da metade do valor comercializado com a amêndoa de babaçu,
Exportação Brasileira de óleo de Babaçu
Empreendimentos que atual com Babaçu
Babaçu:
Óleo/Azeite: Setor Químico (Grupo F. C. Oliveira – MA / Ovil – MA / OLEAMA – MA / Aboissa – SP /Chemyunion Química Ltda. – SP / Croda do Brasil – SP / Cromoline Química Fina – SP / Polytechno – SP); Setor Limp. & Hig. Pessoal ( Cassiopéia Ind. e Com. – SP / Iovesa Indústrias de Óleos Vegetais e Sabões Ltda – MA / Sabão Princesa – MA / Saponóleo Santo Antônio Ltda. – MA / Sincoplema – MA); Setor Cosmético (Natura / Anna Pegova / L'Oreal); Setor Alimento (Conab / Ovil / OLEAMA);
Mesocarpo: Setor Cosmético (Natura / Anna Pegova / Braco); Setor Alimento (Conab / IBRAN – CE / Wal Mart);
Carvão: Setor Energia (Vale / Wal Mart); Carvão ativado (Grupo Alemão).
Exportação
De acordo com Medaets et al., 2006, a empresa Salvita-Kompass GmbH da Alemanha importa óleo de pequi e de babaçu. A Cognis do Brasil compra óleo de pequi e 10% da produção é exportada para América do Sul e Europa
Diferença
A Cooperação Alemã – GIZ, informou que a Empresa Britte Mahlenbrey GmbH de origem alemã, iniciou há pouco tempo a compra de pequenos volumes de óleo de babaçu puro e certificado pela IMO. Essa empresa comercializa em lojas da Alemanha e pela internet, ao preço de EUR 15,90/100ml.
Importação
Em 2011, o Brasil exportou “outros óleos de babaçu” ao valor de US$ 4,93/kg e importou ao valor de US$ 24,04/kg
Babaçu no Ceará
Ocorrência em regiões da Serra e chapada: Chapada do Araripe, Serra da Meruoca, Serra do Baturité e Serra da Ibiapaba.
Serra da Meruoca produz 20 toneladas de amêndoa/ano, quase 5% da produção de amêndoas do estado – Numa área de cerca de 650 hectares
Chapada do Araripe uma faixa de cerca de 6 mil hectares
A contribuição do babaçu e Pequi na economia do Cariri
Produção de Amêndoa na Mesorregião do Sul Cearense
Modo de Produção
A coleta e o beneficiamento do coco babaçu são realizados por mulheres,
Utilizam pedras ou marretas para a extração da amêndoa.
procedimento tem um baixo desempenho e é extremamente cansativo, pois as pedras pesam entre 1 a 2 kg.
Uma mulher quebra em torno de 800 cocos por dia, o que significa um esforço médio diário para a produção de uma tonelada de cocos quebrados.
Esse tipo de procedimento é de baixa eficiência e também impede o aproveitamento do mesocarpo.
Extrativistas Oficiais
Instâncias de governança
A Instância de Governança Estadual foi formalizada na Portaria 1246 de 25 de novembro de 2010 com o nome de Grupo de Trabalho do Babaçu no Ceará. DFDA/CE, APA, Fundação Araripe, SDA, CONAB, EMATERCE e
Fundação Mussambê
Pequi
Pequi
Divergências
Os dados de produção coletado pelo IBGE refere-se a amêndoa e não ao fruto do pequi. Nesse caso, é importante saber se o IBGE considera a amêndoa como sendo o caroço (polpa e amêndoa) e como a comercialização do fruto está sendo convertido para
estimativa de produção de amêndoa.
O IBGE coloca a amêndoa de pequi na categoria de Oleaginosos e não cita o pequi na categoria de alimentos, pois existe a comercialização do caroço inteiro ou da polpa em conserva para uso na alimentação;
mercado do pequi “in natura” desenvolvida em 2005 pela Associação Cristã de Base – ACB, foi indicado uma produção de 7.320.000 unidades de frutos de pequi coletados na região do Araripe, sendo 67% das coletas realizadas no município de Jardim. Essa informação local vai de encontro a informação do IBGE que registra uma produção baixa para o município de Jardim e alerta para a necessidade de verificar a forma de coleta de dados do IBGE;