universidade estadual de londrina curso de medicina veterinÁria
TRANSCRIPT
06/02/2016
1
DOENÇAS BACTERIANAS DE PELE
Prof. Dr. Mauro José Lahm Cardoso
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Piodermites Superficiais
Impetigo
Piodermites mucocutâneas
Foliculite bacteriana superficial
Piodermites Profundas
Foliculite Profunda, Furunculose e Celulite
Foliculite Piotraumática
Foliculite e Furunculose Nasal, do Focinho, Podal
Foliculite, Furunculose e Celulite do Pastor Alemão
Infecções Bacterianas
ETIOLOGIA
• Staphylococcus pseusointermedius
• Staphylococcus schleiferi
• Staphylococcus aureus– MRSA: Staphylococcus auerus resistente a meticilina
• Proteus
• Pseudomonas
• E.coli
• Streptococcus
• Pasteurella
06/02/2016
2
Pequenas pústulas superficiais (não foliculares)
Impetigo
Cães: áreas glabras das regiões inguinal e axilar
Gatos: pescoço, cabeça
Colarete epidérmico e/ou crostas melicéricas
Impetigo
Regressão espontânea
Terapia tópica: triclosano, clorexidine, etil lactato
Impetigo
Banhos a cada 3 a 5 dias
06/02/2016
3
Staphylococcus pseudointermedius
Pústula inflamatória com pêlo ao centro
Foliculite Bacteriana Superficial
Pápulas foliculares crostosas ou não
Colarete epidérmico
Foliculite Bacteriana Superficial
Áreas anulares de alopecia, eritema, caspas, crostas e
hiperpigmentação
Hiperpigmentação, escoriação e alopecia
Aguda ou crônica
Primária ou secundária
Recidivante ou recurrente
Foliculite Bacteriana Superficial
06/02/2016
4
Diagnóstico Diferencial
Demodicidose
Dermatofitose
Endocrinopatias
Foliculite Bacteriana Superficial
Doenças autoimunes
Dermatopatias alérgicas
Diagnóstico
Citologia: cocos e neutrófilos
Pápulas e pústulas foliculares
Raspado de pele
Foliculite Bacteriana Superficial
Lâmpada de Wood e cultura fúngica
DOENÇAS BACTERIANAS DE PELE
Prof. Dr. Mauro José Lahm Cardoso
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
06/02/2016
5
Staphylococcus pseusointermedius, Proteus, Pseudomonas,
E.coli, Streptococcus, Pasteurella, Staphylococcus schleiferi
Nº de folículos, profundidade e da gravidade
Imunossupressão
Foliculite Profunda/Furunculose/Celulite
Endocrinopatias, seborréias
Demodicidose, farmacodermia
Lesões papulares com exsudato e crostas
Foliculite Profunda/Furunculose/Celulite
Alopecia, tumefação e inflamação
Lesões pequenas, superficiais e rosadas
Lesões grandes do vermelho escura a violetas
Bolhas hemorrágicas, ulceração, fístulas
Foliculite Profunda/Furunculose/Celulite
06/02/2016
6
Alopecia, tumefação e inflamação
Foliculite Profunda/Furunculose/Celulite
Foliculite Profunda/Furunculose/Celulite
Lesões grandes do vermelho escura a violetas
Bolhas hemorrágicas, ulceração, fístulas
Foliculite Profunda/Furunculose/Celulite
Lesões grandes do vermelho escura a violetas
Bolhas hemorrágicas, ulceração, fístulas
06/02/2016
7
Foliculite Profunda/Furunculose/Celulite
Alopecia, tumefação e inflamação
Bolhas hemorrágicas, ulceração, fístulas
Tratamento
Banhos
Clorexidine
Foliculite Bacteriana Superficial
Enxofre
Etil lactato
Triclosano
Peróxido de benzoíla
Shampoos comerciais
06/02/2016
8
Tratamento – Antibióticos
Cefalexina: 30 mg/kg BID
Foliculite Bacteriana Superficial
Amoxicilina+ácido clavulânico: 22 mg/kg BID
Clindamicina: 5,5-11 mg/kg BID
Orbifloxacina: 5-7,5 mg/kg SID
Ciprofloxacina: 5-15 mg/kg BID
Cefovecina: 5-8 mg/kg a cada 14 dias
TRATAMENTO
PIODERMITES RECIDIVANTES
• Cultura e antibiograma
• MRSA
• Antibioticoterapia
• Identificar causas
06/02/2016
9
PIODERMITES RECIDIVANTES
Staphage lysate (SPL)
• culturas lisadas de S. aureus tipo
l e lll c/ bacteriófago polivalente
• estimula formação de Ac
antibactérias, estimulação não
específica de linfócitos T e
destruição macrofágica de
bactérias
• melhor resposta em piodermites
superficiais pruriginosas
Protocolo
• ATB: 6 semanas
• SPL: 0,5 ml SC, 2x/semana
– Pode aumentar o intervalo
• Duração: 10-14 semanas
FOLICULITE PIOTRAUMÁTICA
• Lesão espessada, em
forma de placa e rodeada
por pápulas e pústulas
• Pescoço e bochechas
• Golden retriever, São
Bernardo, Labrador
06/02/2016
10
FOLICULITE PIOTRAUMÁTICA
• Lesão espessada, em
forma de placa e rodeada
por pápulas e pústulas
• Pescoço e bochechas
• Golden retriever, São
Bernardo, Labrador
FOLICULITE PIOTRAUMÁTICA
Antibiótico sistêmico
Tricotomia
Limpeza
Terapia tópica:
Clorexidine
Solução de Burow
(acetato de alumínio 5%)
Permanganato de
potássio
Foliculite e Furunculose Podal
• Pododermatite
• Traumatismo
• Dermatofitose
• Demodicidose
• Dermatopatias alérgicas
• Doenças autoimunes
06/02/2016
11
Foliculite e Furunculose Podal
• Eritrodermia e edema,nódulos
• Dor, prurido eparoníquia
• Linfoadenomegaliaregional
Foliculite e Furunculose Podal
• Eritrodermia e edema,
nódulos
• Dor, prurido e paroníquia
• Linfoadenomegalia
regional
Foliculite e Furunculose Podal
• Antibiticoterapia
– 8-12 semanas
• Pedilúvio
06/02/2016
12
Foliculite-Furunculose-Celulite do PA
• Prurido e dor
• Pápulas eritematosas, pústulas, furúnculos e trajetos
fistulosos
• Placas da pele ulcerada e erodida, friável e desvitalizada
• Linfoadenomegalia regional
• Lateral das coxas, região dorso-lombar, abdomen ventral,
cotovelos e extremidades distais
• Geralmente simétrica bilateral
Foliculite-Furunculose-Celulite do PA
• Corrigir causas predisponentes ou associadas
• Tratamento inicial
– internamento
– banhos diários
• Tricotomia do corpo inteiro
• Antibiótico sistêmico
– Enrofloxacina
– Cultura e antibiograma
• AINES e/ou analgésicos
• Prognóstico
DERMATOPATIASFÚNGICAS
Prof. Dr. Mauro José Lahm Cardoso
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
06/02/2016
13
DERMATOPATIAS FÚNGICASOU MICOSES
• Classificação das Micoses
– Superficiais
- Dermatofitoses
- Malasseziose
- Subcutâneas – Intermediárias
- Esporotricose
- Profundas - Sistêmicas
- Criptococose
Sinonímia
DERMATOFITOSE
tinha, pelada, peladura
“impigen”, micose, “fungo”
“traça” / “Ringworm”
Etiologia
DERMATOFITOSE
Microsporum canis – zoofílico
Microsporum gypseum – geofílico
Trichophyton mentagrophytes – zoofílico (roedores)
Epidermophyton spp – antropofílico
06/02/2016
14
Transmissão
DERMATOFITOSE
Contato direto e indireto (fômites)
Zoonose
Ocorrência
DERMATOFITOSE
Superestimada em todos os locais
20% dos gatos tem M. canis
Brasil
HOVET–USP: 0,56% (Larsson et al., 1994)
FMVZ-UNESP: 13,4% (Meneses et al.,1999)
HOVET-USP: 1,7% (Balda et al., 2001)
CLM-UENP: 11,28% (Cardoso et al., 2008)
DERMATOFITOSE
Superestimada
– HOVET–USP: 0,56% (Larsson et
al., 1994)
– FMVZ-UNESP: 13,4% (Meneses
et al.,1999)
– HOVET-USP: 1,7% (Balda et al.,
2001)
– CLM-UENP: 11,28% (Cardoso et
al., 2008)
Carreadores assintomáticos (M.
canis)
• Cães: 6% – 8%
• Gatos: 8% – 88% (20%)
Autolimitante, exceto em:
Gatos de pelo longo
Animais imunossuprimidos
Hospedeiro não usual
Imunidade celular deprimida
06/02/2016
15
Ação do dermatófito:
•Queratofílica
• Queratolítica
•Crescimento centrífugo
Fatores predisponentes
DERMATOFITOSE
Cães ou gatos jovens ou idosos
Cães Yorkshire
Gatos Persa e SRD
Características Clínicas - Cães
DERMATOFITOSE
Alopecia
06/02/2016
16
Características Clínicas - Cães
DERMATOFITOSE
Crostas, escamas
Lesões circulares ou irregulares
Localizadas ou generalizadas
Características Clínicas - Cães
DERMATOFITOSE
Quérion
Características Clínicas - Gatos
DERMATOFITOSE
Manifestações clínicas freqüentes
Alopecia, escamas/crostas, eritema
Dermatite esfoliativa (Persas)
Paroníquia
06/02/2016
17
Características Clínicas - Gatos
DERMATOFITOSE
Manifestações clínicas pouco freqüentes
Hiperplasia da glandula da cauda
Complexo granuloma eosinofílico
Dermatite miliar
Alopecia simétrica bilateral
Acne
Micetomas (Persas)
Otites por M. canis
Diagnóstico Diferencial
DERMATOFITOSE
Filhotes: demodicidose
Adultos:
Piodermite, Disqueratinização
Pênfigo
DASPE, HA, Dermatite Atópica
Granulomas, Neoplasias, Paniculites
Felinos: tricotilomania
DERMATOFITOSEDIAGNÓSTICO
Exame direto
Esporos: falso +/-
Lâmpada de Wood
Fluorescência: falso +/-
06/02/2016
18
Diagnóstico
DERMATOFITOSE
Exame histopatológico
25% é positivo
Indicação: lesões nodulares
Presença de hifas
Alterações foliculares
Diagnóstico
DERMATOFITOSE
Cultivo Micológico
Identificação do gênero e espécie
Métodos:
avulsão do pelame
método do carpete
Terapia Tópica
DERMATOFITOSE
Cortar pêlos
Xampu/condicionador
Banhos (cada 3 ou 5 dias) + terapia sistêmica
Clorexidine 2% + Miconazol 2%
Clorexidine 3- 4%
Enilconazol 0,2%
Enxofre 2%
Clotrimazol 1%
Loção, creme, spray: BID nas lesões
06/02/2016
19
FÁRMACO DOSE FREQUENCIA
GIRSEOFULVINA 25-60 mg/kg BID
ITRACONAZOL 10 mg/kg SID
FLUCONAZOL 10-20 mg/kg
50 mg/gato
BID
TERBINAFINA 5-20 mg/kg SID
Tratamento deve continuar por 1-2 semanas após resolução clínica!
Oferecer o medicamento junto as refeições
MALASSEZIOSE
Prof. Dr. Mauro José Lahm Cardoso
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MALASSEZIOSE
• Etiologia
– Malassezia pachydermatis
• Habitat
– pele e mucosas sadias
• CONDIÇÕES PREDISPONENTES:
- Umidade contínua
- Alergias
- Alterações endócrinas
- Cocker Spaniel
- Pastor Alemão
06/02/2016
20
SINAIS CLÍNICOS
LOCALIZAÇÃO
• Conduto auditivo externo
• Face
• Pescoço (face ventral)
• Virilha
• Axilas
• Pele interdigital
• Áreas intertriginosas
SINAIS CLÍNICOS
• Eritema
• Alopecia
• Crostas
• Exsudato gorduroso
SINAIS CLÍNICOS
• Conduto auditivo externo
• Face
• Pescoço (face ventral)
• Virilha
• Axilas
• Pele interdigital
• Áreas intertriginosas
• Eritema
• Alopecia
• Crostas
• Exsudato gorduroso
SINAIS CLÍNICOS
LOCALIZAÇÃO SINAIS CLÍNICOS
06/02/2016
21
DIAGNÓSTICO
PANÓTICO
• Exame citológico !!!
- “Sapatinhos” ou
“pinos de boliche”
• Cultura
CITOLOGIA
TRATAMENTO
TÓPICO
- Cremes/Loções: BID
- Shampoo/Hidratante:
- cada 2-3 dias
- Miconazol 2% + Clorexidine
3%
- Sulfato de Selênio 1%
(ceratolítico, desengordurante)
SISTÊMICO
- Itraconazol
- Fluconazol
- Cetoconazol
Objetivo do tratamento redução da população
das leveduras e também bactérias!!
Tratamento da CAUSA DE BASE!!!!
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Prof. Dr. Mauro José Lahm Cardoso
06/02/2016
22
ETIOLOGIA
• Fatores hereditários
• Fatores inflamatórios
• Fatores endócrinos
• Fatores nutricionais
• Fatores ambientais
SEBORRÉIA SECA
Características Clínicas
• Ressecamento da pele e pelagem
• Descamação focal ou difusa da pele
• Escamas brancas a cinzas
• Pelagem áspera e ressecada
SEBORRÉIA SECA
Características Clínicas
• Ressecamento da pele e pelagem
• Descamação focal ou difusa da pele
• Escamas brancas a cinzas
• Pelagem áspera e ressecada
06/02/2016
23
SEBORRÉIA OLEOSA
Características Clínicas
• Pele e pêlos untuosos
• Debris gordurosos
• Odor de ranço
DERMATITE SEBORREICA
Características Clínicas
• Descamação e oleosidade
• Lesões circulares
• Alopecia
• Descamação epidérmica marginal
DERMATITE SEBORREICA
Características Clínicas
• Alopecia
• Hiperpigmentação
• Liquinificação
06/02/2016
24
TRATAMENTO
• Corrigir doença de base
• Seborréia primária não tem cura
• Seborréia secundária: 30-60 dias
• Cortar o pêlo
• Frequência de banhos
• Qual o primeiro xampú?
TRATAMENTO
• Infecções bacterianas e fúngicas presentes?
TRATAMENTO
• Descamação leve a moderada
– Xampu de ácido láctico 0,5% (queratolítico,queratoplástico, hidratante, acidificante)
– Xampu de aveia coloidal 2%
– Xampu de clorexidine 0,5%
06/02/2016
25
TRATAMENTO
• Descamação leve a moderada
– Xampu de uréia 5% + glicerina 1%
– Xampu hipoalergênico: aveia 2% + glicerina 5%
– Condicionador: aveia, alantoína, glicerina, ácidosgraxos polinsaturados, uréia
TRATAMENTO
• Descamação grave ou oleosidade moderada
– Ácido salicílico 0,5-3% + enxofre 1-5%
– Condicionador após o banho
TRATAMENTO
• Oleosidade intensa
– Ácido salicílico 0,5-3% + enxofre 1-5%
– Sulfato de selênio 1-2,5%
– Peróxido de benzoíla 2,5-5%
– Alcatrão 0,5-4%
– Fitosfingosina