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JORNAL DO BRASIL © JORNAL DO BRASIL S A 1990 Rio de Janeiro - - Terça-feira, 29 de maio de 1990 Ano C 51 Preço para o Rio: Cr$ 30,00 Tempo Ternl, Itália Hipólito Pereira No Rio e em Ni- terói, céu claro com períodos de nublado, ne- voeiros isolados ao amanhecer nas regiões ser- e Vale do Paraíba. ranas Temperatura estável. Máxi- ma e mínima de ontem: 33,4° em Santa Teresa e 19° na Praça XV. Mar calmo e visi- bilidade boa a ocasional- mente moderada. Foto do satélite, mapa e tempo no mundo, Cidade, página 2. Sena Apostador da capital pau- lista acertou sozinho a se- na principal do concurso e receberá o terceiro maior prêmio individual Cr$ 52.577.919,37. As dezenas sorteadas foram 15, 16, 20, 30, 34 e 38. Guias falsas Desde 23 de fevereiro, o coordenador de arrecada- ção da Secretaria de Fazen- da do município, Pedro Ar- royo Simões, tem conhecimento oficial da existência de guias falsas de taxa de expediente. O prefeito Marcello Alencar se pronunciará hoje sobre a fraude. (Cidade, página 3) SppflWTOeo Mpr ? Depois de dez anos sem se apresentar no Rio, Edu Lobo (foto) faz breve re- torno amanhã, reinaugu- rando a série Grandes com- positores, do Projeto Brahma Extra, com depoi- mento ilustrado por algu- mas de suas 150 canções. Enfurnado em sua casa de São Conrado, o ar- tista prepara um songbook a ser lan- çado na Alemanha. B Inamps O ministro da Saúde, Alceni Guerra, oficializou a extin- ção de 75 milhões de cartei- ras do Inamps, por conside- rar o documento desneces- sário, e defendeu o acesso de qualquer pessoa aos serviços públicos e privados que inte- gram o Sistema Unificado de Saúde. (Página 4) Exportações A Ensec fechou contrato de US$ 4 milhões com a em- presa britânica De La Rue Systems para a exportação de 1.000 máquinas contado- ras de cédulas. As máqui- nas serão revendidas a ban- cos de 90 países. (Página 14) Energia O governo pretende econo- mizar US$ 3 bilhões por ano em investimentos na ex- pansão da oferta de energia elétrica e combustíveis lí- quidos. Isso poderá ser con- seguido, segundo o secretá- rio José Goldenberg, com programa de racionalização a partir de 1991. (Página 5) Saúde na favela Programa financiado pelo Unicef, com participação da comunidade de quatro favelas de Recife, reduziu em 32% a mortalidade in- fantil provocada por diar- réia, vacinou 90% das crianças e faz acompanha- mento pré-natal em 95% das gestantes, com visitas domiciliares. (Página 10) Bioindicadores Cientistas brasileiros e ale- mães estão pesquisando as plantas mais adequadas pa- ra serem usadas como bioindicadoras da qualida- de do ar, composição de po- luentes e danos ao meio ambiente de determinadas regiões. (Página 10) Cotações Dólar flutuante: Cr$ 54,89 (compra), Cr$ 55,05 (venda). Dólar paralelo: Cr$ 86 (com- pra), Cr$ 88 (venda). Dólar turismo: Cr$ 79 (compra), Cr$ 87 (venda). BTN fiscal: Cr$ 42,8324. BTN: Cr$ 41,7340. Unif plena para IPTU, ISS e Alva- rá: CrS 675,01; taxa de expe- diente plena: Cr$ 135. Unif diária para IPTU, ISS e Al- vará: CrS 692,77; taxa de ex- pediente diária: Cr$ 138,55. Uferj: CrS 1.334,80. MVR: CrS 527,66. Salário Mínimo: CrS 3.674,05. Salário Mínimo de Referência: CrS 1.181,59 (40 BTNs, março). VRF: 548,40. Num treino decepcionante, Müller perdeu o gol que daria ao Brasil pelo menos o empate Seleção erra muito e perde jogo em Umbria Sem nenhum padrão de jogo coleti- vo, a seleção brasileira, depois de errar muitos passes e chutes a gol, acabou derrotada por 1 a 0 pela seleção da Umbria, em jogo-treino realizado na cidade de Terni. O técnico Sebastião Lazaroni considerou a equipe afobada, mas disse que a derrota serviu para quebrar a tensão anterior ao jogo de estréia na Copa, contra a Suécia. Rò- mário jogou apenas 24 minutos, tocou duas vezes na bola, mas garantiu seu lugar entre os 22. Confirmado capitão da seleção, o zagueiro Ricardo Gomes, 25 anos, foi leitor de Marx, mas hoje se identifi- ca mais com a social-democracia. Jo- gador com melhor preparo intelectual do time, diz que o futebol brasileiro não pode ser visto fora do contexto do país. "Como querem entrevistas de alto nível dos jogadores se a maio- ria não pôde estudar?" (Págs. 17 e 18) TRT aumento de 166% e greve do metrô acaba Com a concessão pelo TRT do reajus- te salarial de 166,89%, os metroviários do Rio decidiram acabar com a greve, iniciada em 10 de maio e interrompida de 18 a 21. A categoria é a primeira a ter incorporado, em dissídio, o IPC de mar- ço (84%) e de abril (44%). Mas o TRT considerou a greve abusiva, o que permi- te à empresa não pagar os 14 dias de paralisação. O secretário de Transportes, Denizar Arneiro, anunciou que o estado recorrerá da decisão ao TST, o que poderá suspen- der o pagamento do reajuste, como prevê a Medida Provisória 185 do governo fe- deral. A empresa, que oferecia apenas 4% a título de produtividade, alega não ter como pagar o aumento. (Cidade, pág. 3) Novo presidente promete era de paz na Colômbia Eleito para a presidência da Colôm- bia conseguiu 47,2% dos votos de- pois da apuração de 90% das urnas —, César Gaviria Trujillo, inimigo decla- rado dos barões do narcotráfico, pro- meteu uma era de paz, renovação e mudanças. Disse estar disposto a con- vocar os demais partidos para a forma- ção de um governo de união. Gaviria, do Partido Liberal (centro- direita), pretende que desse acordo tam- bém faça parte a Aliança Democrática M-19, originária da guerrilha de esquer- da, que se transformou em partido legal e conseguiu o terceiro lugar para seu candidato, Antonio Navarro Wolfif. O presidente convidou os outros grupos armados a seguirem o exemplo. (Pág. 6) Collor quer demitir os ociosos O presidente Fernando Collor pediu a ministros e secretários que deixem bem claro, nos anúncios de demissão de fun- cionários, que serão dispensados os servidores ociosos. Segundo o porta-voz da Presidência, Cláudio Humberto, a reforma administrativa privilegiará a competência e a eficiência, e as demis- sões ocorrerão sob critérios objetivos. A Autolatina informou ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo que descartou a necessidade de demitir 10 mil empregados e planeja em junho au- mento da produção de carros. Mas a Fiesp anunciou que, apesar da diminui- ção no ritmo de demissões na terceira semana de maio, perderam o emprego este ano 131.726 trabalhadores 85.578 após o Plano Collor. (Página 4) Salário evitará indexação geral O presidente Collor pediu a minis- tros e líderes dos partidos do governo que encontrem uma fórmula de acordo para a reposição dos salários que não signifique a volta de um índice de rea- justes para toda a economia. O minis- tro do Trabalho, Antônio Rogério Ma- gri, informou que o governo não fixará índice e manterá a livre negociação. A nova política salarial começará a ser discutida hoje pelo ministro da Jus- tiça, Bernardo Cabral, com a ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello, Magri e políticos. Seus assessores dis- seram que Magri insistirá na correção dos salários de maio pelo índice de 3,29%, inflação apurada pela Fipe, de São Paulo, em abril. (Página 3) Fjâvlo Rodrigues máts carros abandonados nas ruas do Rio, como as três Brasílias na Av. Brasil. (Cidade, pág. 5) Sucessor de Chico Mendes PSDB paulista veta Fernando ganha proteção Henrique no Rio O ministro da Justiça, Bernardo Ca- bral, mandou a Polícia Federal tomar providências especiais para garantir a vida do lider seringueiro Osmarino Amâncio, 33 anos, sucessor de Chico Mendes na defesa da Floresta Amazô- nica, ameaçado de morte por fazendei- ros. Osmarino, que é muito conhecido no exterior, não dorme duas noites no mesmo lugar. Ele disse que pode fornecer datas e locais de reuniões, nomes de partici- pantes e listas de líderes rurais conde- nados à morte. Tem, inclusive, nomes de pistoleiros que preparam as execu- ções. A Polícia Federal foi orientada também a garantir a vida de líderes sin- dicais e comunitários ameaçados de vio- lência, sem que o ministro precise mandar. Moscou Reuter £ * a jj 11IP1§SBP^il''~f «Só moscovitas, exibindo seus passaportes, piiderc^^x^^^^r compras na caj i soviética A executiva do PSDB-SP vetou a proposta dos tucanos fluminenses de laíi- çar a candidatura do senador Fernando Henrique Cardoso ao governo do Rio. Fernando Henrique concordou com a decisão, mas não escondeu a satisfação de ter sido apontado pelos tucanos como o único político capaz de derrotar Brizola no Rio. "Poderíamos ganhar", disse. A decisão do PSDB foi tomada no mesmo dia em que o ex-governador Leo- nel Brizola anunciou sua candidatura a sucessão de Moreira Franco. "Estou re- conhecendo o que é uma realidade", admitiu Brizola. Em entrevista na sede do PDT, Brizola adiantou até mesmo proposta de governo na área de saúde, inspirada no modelo de Cuba. (Página 2) Nova restrição ao consumo agita Moscou Confusão nas ruas e tumulto no Par- lamento marcaram o dia de ontem em Moscou, a capital soviética. Soviéticos vindos do interior enfrentavam funcio- nários do governo que os proibiam de fazer compras, agora restritas aos cida- dãos moscovitas. O governo quer bre- car a corrida às lojas que começou após o anúncio do plano de reformas econô- micas, que inclui um considerável au- mento de preços. Para comprar, os moscovitas têm de apresentar um pas- saporte de residência aos vendedores. O plano continua em debate no Parlamen- to, que deve votá-lo até quinta-feira. ? O ultra-reformista Boris Yeltsin rea- presentou seu nome à segunda eleição para a presidência do Parlamento da Re- pública da Rússia, a maior da Federação. Ele propôs uma aliança com seus inimi- gos conservadores para enfrentar o can- didato oficial do PC, que havia se re- tirado mas voltou à disputa. (Página 7) M S&i •>':

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JORNAL DO BRASIL

© JORNAL DO BRASIL S A 1990 Rio de Janeiro - - Terça-feira, 29 de maio de 1990 Ano C — N° 51 Preço para o Rio: Cr$ 30,00

TempoTernl, Itália — Hipólito Pereira

No Rio e em Ni-terói, céu clarocom períodos denublado, ne-voeiros isoladosao amanhecernas regiões ser-

e Vale do Paraíba.ranasTemperatura estável. Máxi-ma e mínima de ontem: 33,4°em Santa Teresa e 19° naPraça XV. Mar calmo e visi-bilidade boa a ocasional-mente moderada. Foto dosatélite, mapa e tempo nomundo, Cidade, página 2.SenaApostador da capital pau-lista acertou sozinho a se-na principal do concurso ereceberá o terceiro maiorprêmio individual — Cr$52.577.919,37. As dezenassorteadas foram 15, 16, 20,30, 34 e 38.Guias falsasDesde 23 de fevereiro, ocoordenador de arrecada-ção da Secretaria de Fazen-da do município, Pedro Ar-royo Simões, temconhecimento oficial daexistência de guias falsasde taxa de expediente. Oprefeito Marcello Alencarse pronunciará hoje sobre afraude. (Cidade, página 3)

SppflWTO eo

Mpr

? Depois de dez anos semse apresentar no Rio, EduLobo (foto) faz breve re-torno amanhã, reinaugu-rando a série Grandes com-positores, do ProjetoBrahma Extra, com depoi-mento ilustrado por algu-mas de suas 150 canções.Enfurnado em sua casa deSão Conrado, o ar-tista prepara umsongbook a ser lan-çado na Alemanha.B

InampsO ministro da Saúde, AlceniGuerra, oficializou a extin-ção de 75 milhões de cartei-ras do Inamps, por conside-rar o documento desneces-sário, e defendeu o acesso dequalquer pessoa aos serviçospúblicos e privados que inte-gram o Sistema Unificado deSaúde. (Página 4)

ExportaçõesA Ensec fechou contrato deUS$ 4 milhões com a em-presa britânica De La RueSystems para a exportaçãode 1.000 máquinas contado-ras de cédulas. As máqui-nas serão revendidas a ban-cos de 90 países. (Página 14)

EnergiaO governo pretende econo-mizar US$ 3 bilhões por anoem investimentos na ex-pansão da oferta de energiaelétrica e combustíveis lí-quidos. Isso poderá ser con-seguido, segundo o secretá-rio José Goldenberg, comprograma de racionalizaçãoa partir de 1991. (Página 5)

Saúde na favelaPrograma financiado peloUnicef, com participaçãoda comunidade de quatrofavelas de Recife, reduziuem 32% a mortalidade in-fantil provocada por diar-réia, vacinou 90% dascrianças e faz acompanha-mento pré-natal em 95%das gestantes, com visitasdomiciliares. (Página 10)BioindicadoresCientistas brasileiros e ale-mães estão pesquisando asplantas mais adequadas pa-ra serem usadas comobioindicadoras da qualida-de do ar, composição de po-luentes e danos ao meioambiente de determinadasregiões. (Página 10)

CotaçõesDólar flutuante: Cr$ 54,89(compra), Cr$ 55,05 (venda).Dólar paralelo: Cr$ 86 (com-pra), Cr$ 88 (venda). Dólarturismo: Cr$ 79 (compra), Cr$87 (venda). BTN fiscal: Cr$42,8324. BTN: Cr$ 41,7340. Unifplena para IPTU, ISS e Alva-rá: CrS 675,01; taxa de expe-diente plena: Cr$ 135. Unifdiária para IPTU, ISS e Al-vará: CrS 692,77; taxa de ex-pediente diária: Cr$ 138,55.Uferj: CrS 1.334,80. MVR: CrS527,66. Salário Mínimo: CrS3.674,05. Salário Mínimo deReferência: CrS 1.181,59 (40BTNs, março). VRF: 548,40.

Num treino decepcionante, Müller perdeu o gol que daria ao Brasil pelo menos o empate

Seleção erra

muito e perde

jogo em Umbria

Sem nenhum padrão de jogo coleti-vo, a seleção brasileira, depois de errarmuitos passes e chutes a gol, acabouderrotada por 1 a 0 pela seleção daUmbria, em jogo-treino realizado nacidade de Terni. O técnico SebastiãoLazaroni considerou a equipe afobada,mas disse que a derrota serviu paraquebrar a tensão anterior ao jogo deestréia na Copa, contra a Suécia. Rò-mário jogou apenas 24 minutos, tocouduas vezes na bola, mas garantiu seulugar entre os 22.

Confirmado capitão da seleção, ozagueiro Ricardo Gomes, 25 anos, jáfoi leitor de Marx, mas hoje se identifi-ca mais com a social-democracia. Jo-gador com melhor preparo intelectualdo time, diz que o futebol brasileironão pode ser visto fora do contextodo país.

"Como querem entrevistas

de alto nível dos jogadores se a maio-ria não pôde estudar?" (Págs. 17 e 18)

TRT dá aumento

de 166% e greve

do metrô acabaCom a concessão pelo TRT do reajus-

te salarial de 166,89%, os metroviáriosdo Rio decidiram acabar com a greve,iniciada em 10 de maio e interrompida de18 a 21. A categoria é a primeira a terincorporado, em dissídio, o IPC de mar-ço (84%) e de abril (44%). Mas o TRTconsiderou a greve abusiva, o que permi-te à empresa não pagar os 14 dias deparalisação.

O secretário de Transportes, DenizarArneiro, anunciou que o estado recorreráda decisão ao TST, o que poderá suspen-der o pagamento do reajuste, como prevêa Medida Provisória 185 do governo fe-deral. A empresa, que oferecia apenas 4%a título de produtividade, alega não tercomo pagar o aumento. (Cidade, pág. 3)

Novo presidente

promete era de

paz na Colômbia

Eleito para a presidência da Colôm-bia — conseguiu 47,2% dos votos de-pois da apuração de 90% das urnas —,César Gaviria Trujillo, inimigo decla-rado dos barões do narcotráfico, pro-meteu uma era de paz, renovação emudanças. Disse estar disposto a con-vocar os demais partidos para a forma-ção de um governo de união.

Gaviria, do Partido Liberal (centro-direita), pretende que desse acordo tam-bém faça parte a Aliança DemocráticaM-19, originária da guerrilha de esquer-da, que se transformou em partido legale conseguiu o terceiro lugar para seucandidato, Antonio Navarro Wolfif. Opresidente convidou os outros gruposarmados a seguirem o exemplo. (Pág. 6)

Collor quer

demitir só

os ociososO presidente Fernando Collor pediu a

ministros e secretários que deixem bemclaro, nos anúncios de demissão de fun-cionários, que só serão dispensados osservidores ociosos. Segundo o porta-vozda Presidência, Cláudio Humberto, areforma administrativa privilegiará acompetência e a eficiência, e as demis-sões ocorrerão sob critérios objetivos.

A Autolatina informou ao Sindicatodos Metalúrgicos de São Bernardo quedescartou a necessidade de demitir 10mil empregados e planeja em junho au-mento da produção de carros. Mas aFiesp anunciou que, apesar da diminui-ção no ritmo de demissões na terceirasemana de maio, perderam o empregoeste ano 131.726 trabalhadores —85.578 após o Plano Collor. (Página 4)

Salário evitará

indexação geralO presidente Collor pediu a minis-

tros e líderes dos partidos do governoque encontrem uma fórmula de acordopara a reposição dos salários que nãosignifique a volta de um índice de rea-justes para toda a economia. O minis-tro do Trabalho, Antônio Rogério Ma-gri, informou que o governo não fixaráíndice e manterá a livre negociação.

A nova política salarial começará aser discutida hoje pelo ministro da Jus-tiça, Bernardo Cabral, com a ministrada Economia, Zélia Cardoso de Mello,Magri e políticos. Seus assessores dis-seram que Magri insistirá na correçãodos salários de maio pelo índice de3,29%, inflação apurada pela Fipe,de São Paulo, em abril. (Página 3)

Fjâvlo Rodrigues

ià máts carros abandonados nas ruas do Rio,como as três Brasílias na Av. Brasil. (Cidade, pág. 5)

Sucessor de

Chico Mendes

PSDB paulista

veta Fernando

ganha proteção Henrique no Rio

O ministro da Justiça, Bernardo Ca-bral, mandou a Polícia Federal tomarprovidências especiais para garantir avida do lider seringueiro OsmarinoAmâncio, 33 anos, sucessor de ChicoMendes na defesa da Floresta Amazô-nica, ameaçado de morte por fazendei-ros. Osmarino, que é muito conhecidono exterior, não dorme duas noites nomesmo lugar.

Ele disse que pode fornecer datas elocais de reuniões, nomes de partici-pantes e listas de líderes rurais conde-nados à morte. Tem, inclusive, nomesde pistoleiros que preparam as execu-ções. A Polícia Federal foi orientadatambém a garantir a vida de líderes sin-dicais e comunitários ameaçados de vio-lência, sem que o ministro precise mandar.

Moscou — Reuter£ *

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«Só moscovitas, exibindo seus passaportes, piiderc^^x^^^^r compras na caj

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soviética

A executiva do PSDB-SP vetou aproposta dos tucanos fluminenses de laíi-çar a candidatura do senador FernandoHenrique Cardoso ao governo do Rio.Fernando Henrique concordou com adecisão, mas não escondeu a satisfaçãode ter sido apontado pelos tucanos comoo único político capaz de derrotar Brizolano Rio. "Poderíamos

ganhar", disse.A decisão do PSDB foi tomada no

mesmo dia em que o ex-governador Leo-nel Brizola anunciou sua candidatura asucessão de Moreira Franco. "Estou re-conhecendo o que já é uma realidade",admitiu Brizola. Em entrevista na sededo PDT, Brizola adiantou até mesmoproposta de governo na área de saúde,inspirada no modelo de Cuba. (Página 2)

Nova restrição

ao consumo

agita Moscou

Confusão nas ruas e tumulto no Par-lamento marcaram o dia de ontem emMoscou, a capital soviética. Soviéticosvindos do interior enfrentavam funcio-nários do governo que os proibiam defazer compras, agora restritas aos cida-dãos moscovitas. O governo quer bre-car a corrida às lojas que começou apóso anúncio do plano de reformas econô-micas, que inclui um considerável au-mento de preços. Para comprar, osmoscovitas têm de apresentar um pas-saporte de residência aos vendedores. Oplano continua em debate no Parlamen-to, que deve votá-lo até quinta-feira.

? O ultra-reformista Boris Yeltsin rea-presentou seu nome à segunda eleiçãopara a presidência do Parlamento da Re-pública da Rússia, a maior da Federação.Ele propôs uma aliança com seus inimi-gos conservadores para enfrentar o can-didato oficial do PC, que havia se re-tirado mas voltou à disputa. (Página 7)

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ntre os tucanos doRio favoráveis ao

lançamento da candida-tura do senador Fernan-do Henrique Cardoso agovernador do estado jánão havia expectativaotimista no começo dasemana. Notícias de ori-gem paulista indicavama reação do comando partidário de SãoPaulo contra a idéia e o próprio senadordava indicações de não se dispor a aceitarum desafio cujos riscos terão lhe parecidomaiores do que os possíveis benefícios poli-ticos. A alegação da dificuldade relacionadacom domicilio eleitoral não é tida comoconsistente, pois a tradição na matéria é ajustiça eleitoral conceder o registro e aceitara declaração de mudança domiciliar. A dis-posição do governador Moreira Franco,respaldada pelo PMDB, de endossar a pro-posta, não modificou o ânimo de FernandoHenrique, o qual, apesar de lisonjeado peloconvite, submeteu-se à avaliação dos seuscompanheiros de São Paulo.

A resistência a Brizola no Rio perdeuportanto uma das suas alternativas e numaárea que, excluindo-se da aliança antibrizo-lista, poderá reforçá-la com uma participa-ção na coligação promovida pelo PDT paraampliar as bases políticas do amplo movi-mento popular que eleitoralmente dá solidezà reivindicação ao PDT de levar de volta aogoverno o engenheiro Leonel Brizola. Per-dendo a chance de uma aliança democráti-ca, o antibrizolismo fluminense volta a divi-dir-se e nele volta a dominar a opção decombater também o governador MoreiraFranco, cuja parceria parece rejeitada poramplos setores do PFL. Esse partido prefereobviamente combater o governador a com-bater o presidente da República, ao qual dáapoio nacional.

Tornam-se precários os movimentos doantibrizolismo do Rio. O ex-governador, noentanto, continua a dar a impressão de quesua opção pessoal não seria voltar ao gover-no, a que está sendo reconduzido pela pres-são da cúpula do PDT, cuja sobrevivênciadepende da presença de Brizola no governodo estado. A alternativa da candidatura dodeputado César Maia é excluída pela dire-ção pedetista para a qual o economista nãoparece confiável não só por suas definiçõestécnicas e políticas como também por seucomportamento pessoal. Brizola poaerá atémesmo admitir a candidatura Maia, mas opartido não quer conviver com ela, apesarde perceber que, candidato a deputado, porexemplo, o ex-governador asseguraria aeleição de avantajadas bancadas na Câmarae na Assembléia.

As candidaturas de centro e de direita noRio voltam ao nível em que estavam antesdo aparecimento da candidatura FernandoHenrique, a qual chegou a ser uma expecta-tiva de inovação na política do estado. Osenador deve comunicar sua resposta nega-tiva aos tucanos fluminenses a qualquermomento.

Collor fala a Angola

Numa entrevista à Agência Angola Press(Angop) da qual a agência me mandoucópia, o presidente Fernando Collor confir-ma que o governo brasileiro deseja "aproxi-

mar-se das nações desenvolvidas, diminuir adistância que nos separa em termos de pa-drões de vida da população, capacidadeprodutiva e tecnológica, etc. Todos os pai-ses em desenvolvimento têm essa meta. Noquadro atual, um dos instrumentos indis-pensáveis à consecução do progresso é apolítica externa".

Acrescenta o presidente que o Brasiltambém sempre tratou de "não estabelecerprioridades excludentes", para acentuar que"é natural que haja maior afinidade comcertos grupos de países, com a AméricaLatina, nossa região de inserção imediata,os Estados Unidos, a Comunidade Euro-péia e o Japão, nossos parceiros econômicosmais importantes, e os países de expressãoportuguesa, com os quais estamos empe-nhados em aprofundar sentimento de co-munhão propicia às realizações concretas decooperação".

Assegura Collor que a política externabrasileira não vai mudar da noite para o dia,pois temos tradição de estabilidade nas rela-ções internacionais. "A

política para a Afri-ca não vai mudar" mas vão ser procuradas"fórmulas mais efetivas" que propiciem re-sultados mais rápidos. A mais alta priorida-de é atribuída aos programas de cooperaçãocom Angola e há também a presença dosetor privado já muito efetiva no progressoangolano. O presidente responde a pergun-tas sobre relações com a África do Sul,reiterando a condenação ao apartheid e ma-nifestando confiança em que a política deDe Klerk, com a liberdade de Mandela, porexemplo, evolua até permitir a "estabilidade

dos países banhados pelo Atlântico Sul,região que desejamos ver preservada de ten-sões e conflitos". Deseja finalmente que ces-sem os conflitos internos em Angola e Mo-çambiíjue e reiterou a condenação àinterferencia externa que os estimula.

Carlos Castello Branco

n Covas diz

Sxã(A^ÕeÓ3Jm«TOSS O

MSERRASGAÚCHAS

CURITIBA • FRAIBUR-IGO • CAXIAS DO SULBENTO GONÇALVESGARIBALDI • GRAMADO!

CANELA.Roteiro maravilhoso, be-|íssimo e inesquecível.

PORTO

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que aceita

candidaturaSÃO PAULO —Osena-

dor Mário Covas é o candi-dato do PSDB à sucessão dogovernador Orestes Quércia.Aclamado pelas bases, comoqueria, o senador finalmentedeixou de lado seus argu-mentos para ficar fora dadisputa. "Não posso deixarde considerar essa manifes-tação", disse ontem Covas,enquanto o Diretório Regio-nal do partido recebia demais de 500 cidades paulistaso resultado da prévia realiza-da no fim de semana entre os100 mil tucanos do estado. Aunanimidade dos diretóriosapontou o nome de Covaspara o Palácio dos Bandei-rantes."Até domingo (data daconvenção) o partido teráum candidato para ganharas eleições", disse Covas, es-quivando-se de falar comoconcorrente ao governo deSão Paulo. Mas ninguém noPSDB dúvida de que a deci-são já está tomada. "Da pa-lavra que disseres serás es-cravo, mas da que guardaresserás rei", brincou o ex-go-vernador Franco Montoro."Nós acertaremos a candi-datura ainda durante a se-mana", previu o deputadoJosé Serra, que conversarácom Covas durante a sema-na em Brasília.

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Brizola diz que

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No mesmo dia em que o ex-governa-dor Leonel Brizola anunciou sua candi-datura ao governo do Rio, o senadorFernando Henrique Cardoso (PSDB-SP)afastou definitivamente a possibilidadede disputar a sucessão de Moreira Fran-co. Por ironia, Brizola pretende oficiali-zar sua decisão ao lado de Mário Covas,principal liderança nacional dos tucanos.A revelação é de uma fonte do PDT, aquem o ex-governador também confes-sou ter muita esperança na participaçãodo PSDB na coligação para disputar ogoverno do Estado.

Brizola participa hoje de nova rodadade negociações com os tucanos fluminen-ses, que agora terão de engavetar o so-nho de ter Fernando Henrique comocandidato — a executiva do PSDB-SPvetou ontem, por unanimidade, a pro-posta feita inicialmente pela juventudedo partido no Rio e reforçada há duassemanas por integrantes do diretório na-cional. "Nós enfrentaremos uma campa-nha difícil em São Paulo e, portanto,precisaremos do senador aqui", avisou opresidente regional do PSDB, deputadoJosé Serra.

Fernando Henrique concorda com adecisão. "Temos que ganhar a eleição emSão Paulo", justificou. O senador querdiscutir com integrantes do PSDB-RJ amelhor forma de ajudar o partido noestado. "Estou disposto a me engajar nacampanha e não deixar cair no vazio ofato político da minha candidatura", dis-se, sem esconder a satisfação de ter sidoapontado como adversário capaz de en-

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Fernando Henrique não disputará governo com Brizola

frentar Brizola. "Também acho que po-deríamos ganhar a eleição", confessou.

No Rio, Brizola praticamente admi-tiu sua candidatura. "Estou reconhecen-do o que já é uma realidade", afirmou. Oex-governador cofessou que a chance deele não ser candidato é "reduzida, poissempre que o partido discute o assunto",seu nome surge. Em alguns momentos daentrevista, na sede do PDT, no Centrodo Rio, Brizola falou como se já estivesseem campanha — e chegou até mesmo aadiantar pontos do seu novo programade governo.

Os Cieps (Centros Integrados deEducação Pública) continuarão tendo"destaque na plataforma" do partido."Vamos recuperar o que Moreira Fran-

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Senado formaliza hoje

novo prazo para

Zélia

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BRASÍLIA — O prazo extraordi-nário de 24 horas para que a ministrada Economia, Zélia Cardoso de Mel-lo, envie ao Senado a relação dossaques acima de Cz$ 500 mil realiza-dos na rede bancária entre 15 de feve-reiro e 15 de março, deve começar avaler a partir de amanhã, esgotando-se na quinta-feira. O presidente doSenado, Nelson Carneiro, formalizahoje o prazo de 24 horas em oficio aser remetido ao secretário-geral doGabinete Civil, Marcos Coimbra.

Se a ministra Zélia continuar senegando a fornecer os dados, pedidosatravés de um requerimento de infor-mações de autoria do líder do PSB,senador Jamil Haddad (RJ), será fei-ta uma sessão especial do Senadopara aprovar, por maioria simples, oinício de um processo por crime deresponsabilidade. Neste tipo de pro-cesso, o plenário do Senado é condu-zido pelo presidente do Supremo Tri-bunal Federal (STF) e, com base naConstituição, pode cassar o cargo daautoridade julgada, tornando-a, tam-bém, inabilitada para funções públi-cas por um prazo de oito anos. Adecisão exige voto favorável de doisterços dos 75 senadores, sem prejuízodas demais sanções judiciais cabíveis.

A decisão do Senado de dar umnovo prazo a Zélia, mesmo sem co-bertura regimental, foi anunciada in-formalmente por Nelson Carneiro naquinta-feira, depois que a Comissãode Constituição, Justiça e Cidadaniaaprovou parecer do senador JutahyMagalhães (PSDB/BA) considerandosem fundamento a alegação da minis-tra — o sigilo bancário — para nãofornecer a relação de saques nas vés-peraa da decretação do Plano Collor.Ontem à tarde, Nelson Carneiro che-gou ao plenário disposto a formalizara decisão e autorizar sua oficializaçãoà ministra, mas terminou adiando aprovidência para hoje, já que JamilHaddad estava ausente.

Nelson Carneiro considera quenão cabe mais qualquer protelação,pois a Constituição é muito clara nadeterminação de que autoridades go-vernamentais observem com rigor oprazo de 30 dias para responder arequerimentos de informações pedi-dos por parlamentares e encaminha-dos pelas mesas da Câmara e/ou Se-nado. Para que o processo sejainiciado basta que metade mais umdos senadores presentes à sessão es-pecial aprovem o requerimento nestesentido.

Municípios vão mostrar

que precisam de verbas

CURITIBA — A Frente Nacional dePrefeitos, entidade suprapartidária quereúne prefeitos de capitais e cidade dointerior, está preparando campanha pu-blicitária de esclarecimento à populaçãosobre a situação das prefeituras, suasfontes de receita e seus encargos. A cam-panha foi decidida ontem, durante a 8"reunião da Frente, em Curitiba, e deverámarcar uma contra-ofensiva dos prefei-tos a declarações de integrantes do go-verno federal de que os municípios estãoem boa situação financeira.

Dados apresentados pelos prefeitosmostram que nas 14 maiores capitaishouve uma queda média de receita de37%, depois da decretação do PlanoCollor. A prefeita de São Paulo, LuizaErundina, acredita que a população nãosabe disso porque ao governo federal,"que tem a mídia à sua disposição",interessa, segundo ela, a falsa idéia deque as prefeituras "estão nadando emdinheiro". "O governo federal quer usaros municípios como justificativa para ofracasso de seu plano econômico", disseErundina. Para ela, o plano Collor jáfracassou, pois "o governo perdeu o con-trole da inflação, a recessão é um fato ehá desemprego em massa".

Cada prefeitura deverá contribuircom 1% de sua arrecadação de abril

para cobrir os custos da campanha,que será veiculada nacionalmente. Aidéia é mostrar à população que é im-portante ter um município forte, prín-cipalmente em período de recessão. To-dos os 30 prefeitos presentes à reu-nião admitiram que a recessão é umfato em seus municípios — pois, con-forme lembrou Jaime Lerner, prefeitode Curitiba, "é na porta da prefeituraque os 'desempregados' e pés-descalçosvão bater, e não no Palácio do Planai-to". Os prefeitos querem recursos paramanter um bom cronograma de obrase poder atender ao aumento da deman-da por serviços de saúde e ação social,que ocorre nestes períodos.

Ainda antes de começar a Copa doMundo, a equipe de coordenação daFrente Nacional de Prefeitos vai a Brasí-lia para encontrar a ministra da Econo-mia, Zélia Cardoso de Mello, para pediro retorno aos municípios dos 8% do IOFretidos indevidamente pelo governo."Poderíamos entrar na Justiça para con-seguir isso, pois a retenção é inconstitu-cional, mas achamos melhor negociar",disse a prefeita Luiza Erundina. Outrareivindicação a ser levada à ministra é arevocação da portaria que prevê a redu-ção, de 75% para 53%, do volume dadivida dos municípios.

co jogou no lixo", criticou. Como novi-dade, Brizola lançará projeto na área desaúde inspirado no modelo cubano. Emsua recente visita à Cuba, o ex-governa-dor do Rio conheceu o Sistema Médicoda Família e pretende adotá-lo em suaadministração, caso seja eleito. Nessesistema, há um pequeno consultório pa-ra cada comunidade. O médico visita ospacientes e "fiscaliza" a saúde dos mo-radores. Assim, diminui a procura aosgrandes postos médicos e evita as filas."Vamos sanear a situação do Rio não sócom água e sabão, mas com detergente ecreolina. Limparemos o estado a que ogoverno Collor nos leva. O Rio terá umgoverno de oposição a Collor", prome-teu.

|—| Em preto e vermelho — as wes-— mas cores escolhidas pelo candi-dato do governador Orestes Quércia,Luís Antônio Fleury Filho, ao Paláciodos Bandeirantes uma insólita pi-chação apareceu em dezenas de pontosestratégicos de São Paulo: Fleury apóiaMaluf. A mensagem, que cria confusãoe constrangimento ao candidato doPMDB, se refere, na verdade, ao candi-dato a deputado federal pelo PDS Pau-lo Sérgio Fleury, delegado de Narcóti-cos, mais conhecido por ser filho deuma das figuras que simbolizaram arepressão nos anos 70, o delegado Sér-gio Paranhos Fleury, morto em 1979.Assessores do candidato ao governo es-tadual entram hoje com representaçãocontra o delegado no Tribunal Regio-

nal Eleitoral

PT já tem avião

para a campanha

em Minas GeraisBELO HORIZONTE — O candida-

to do PT ao governo de Minas, deputadofederal Virgílio Guimarães, começa suacampanha melhor estruturado que LuisInácio Lula da Silva, que disputou, noano passado, a eleição presidencial. En-quanto Lula só dispôs de avião na retafinal da campanha, Virgílio faz o pré-lançamento da sua percorrendo, nos pró-ximos dias, sete grandes cidades de Mi-nas a bordo de um monomotor Corisco,de quatro lugares, cedido pelo advogadoOrlando Rezende, de Uberlândia.

Virgílio informou que pretende gas-tar entre Cr$ 40 milhões e Cr$ 50 milhõesna campanha. Cada candidato a depu-tado pelo PT deverá doar 20% do quearrecadar para sua campanha para a cai-xinha das candidaturas majoritárias. Ini-cialmente, cada um deles entregará CrS70 mil. Se o candidato depois gastar maisdo que CrS 350 mil para tentar se eleger,deverá recolher ao PT a diferença paracomplementar os 20% estipulados. Me-tade das despesas da campanha de Virgí-lio será com a produção de programasgratuitos de rádio e TV. A outra metade,informou Virgílio, será consumida emcomícios, material gráfico e despesas deviagem.

O candidato faz hoje uma "caminha-da símbolo" pelo centro de Belo Hori-zonte, iniciando o processo de corpo acorpo, que marcará toda a campanha:"Vamos onde o povo está", disse Virgi-lio.

Juiz reintegra

prefeito que

Câmara cassouBELO HORIZONTE — Liminar

concedida pelo juiz da comarca de Co-rinto, Ronaldo Filizola Guimarães, rein-tegrou no cargo o prefeito de Três Ma-rias, Edson Melgaço, de 41 anos, que nodia 11 havia sido cassado pela Câmarade Vereadores, que o acusou de corrup-ção, enriquecimento ilícito e irregulari-dades administrativas. Melgaço alegouno mandado de segurança que as acusa-ções não ficaram provadas as irregulari-dades."Disseram que eu não encaminhei àCâmara, em tempo hábil, documentossolicitados e que impedi auditoria naPrefeitura. Não é verdade", defendeu-seontem o prefeito, que reassumiu o cargona sexta-feira passada. Ele informou queganha CrS 300 mil como prefeito e que,cada vereador, recebe CrS 80 mil pormês. Três Marias fica a 280 quilômetrosde Belo Horizonte, tem 35 mil habitantese arrecadou CrS 15 milhões no mês deabril.

O processo que culminou com a cas-sação do prefeito, com 11 votos dos 13vereadores de Corinto, começou em ou-tubro do ano passado, a partir de popu-lares. A empresa de auditoria Processa-mento de Dados e Serviços ContábeisLtda constatou irregularidades comodespesas sem recibo ou quitação, falta delicitação e gastos com veículos não iden-tificados.

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Collor quer

solução de consenso na questão

salarialBRASÍLIA ¦ 0 Dresidente FcrnnnHn r1 r\llr\r ro^Amntijah . Brasilis Jcimll BittarBRASÍLIA — O presidente Fernando Collor recomendouaos ministros e lideres partidários que esgotem as discussões arespeito dos salarios para que haja uma solução de consensosobre o assunto. Apos ouvir a recomendação do presidente,durante reunião no Palácio do Planalto, o ministro do Trabalhoe da r revidencia Social, Antônio Rogério Magri, disse que o

governo prefere discutir a política salarial e a livre negociação; porque não quer indexar "às cegas" os salários a um índice: mensal.

"Não vai sair nada de cima para baixo", avisa Magri. Asses-sores do ministro dizem que não há intenção de enviar aoCongresso uma medida provisória instituindo nova política sala-rial, justamente porque nesse caso voltaria a indexação mensaldos salários e, conseqüentemente, a indexação dos preços e detoda a economia. A reunião de ontem entre o presidente, minis-. tros e líderes partidários, segundo Magri, não foi conclusiva eserviu para dar a largada nas discussões sobre a questão salarial.Proteção — No lugar de uma política salarial transitória, o

governo quer incluir, na regulamentação da política de livrenegociação, mecanismos de proteção ás categorias menos organi-zadas. O líder do governo no Senado, José Ignácio Ferreira,explicou que a equipe econômica ainda estuda estes critérios dêproteção, que serão apresentados através de um projeto de lei oude uma lei delegada, a ser negociada com os líderes do CongressoNacional, a partir de hoje, no Ministério da Justiça. Só uma coisae certa: o governo não aceita indexar os salários às taxas deinflação.

Até agora, porém, o governo nao sabe como apresentar suaproposta. Há muita coisa sendo estudada sob o aspecto juridi-co , relatou José Ignacio, dando mostras que a equipe econômi-ca não quer cometer mais uma trapalhada, ao divulgar seuprojeto. Pessoalmente, o líder preferiria que o governo não sevalesse de uma medida provisória, que provocaria uma repulsaimediata de parlamentares e sindicalistas. "Tudo depende daconversa de hoje com os líderes", explicou, acrescentando, po-rem, que devem ocorrer muitas outras conversas antes de umaconclusão.

Na reunião de hoje com os ministros da Economia, ZéliaCardoso de Mello, da Justiça, Bernardo Cabral, do Trabalho,Rogério Magri e os líderes partidários, no Ministério da Justiça,a questão deverá ser mais aprofundada. Magri, conforme seusassessores, quer encontrar uma fórmula que permita aos traba-lhadores receber o reajuste para os salários de maio pelo índicede inflação medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econô-micas (HPE), de São Paulo, de 3,29%. Esse reajuste não precisaestar contido numa política salarial, pois o governo, conformeasssessores da área econômica, quer apenas uma fase transitóriaparu a livre negociação.

Segundo Magri, as leis salariais representam verdadeiroscartórios, tanto para sindicalistas quanto para empresários. Alei, explica, facilita, de certa forma, a vida das duas partes,porque fixa mensalmente um índice e evita o desgaste de ter quenegociar o principal.

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Collor recomendou aos ministros e lideranças partidárias que busquem o consenso

Governo vende

produtos para

baixar preçosO governo insistirá na experiência

da livre negociação salarial porqueaposta na manutenção do poder decompra do trabalhador com a quedados preços nos supermercados de pelomenos 22 produtos, que passará avender na sua rede de abastecimento apartir de junho. Esses produtos — 14itens de alimentação e 8 de limpeza —serão comercializados pela Compa-nliia Brasileira de Abastecimento.

A cesta de 22 produtos que o go-verno vai vender terá um preço 30%mais barato do que o presidente Fer-nando Collor apurou no supermerca-do Carrefour, nas duas inspeções quefez pessoalmente. "Os supermercadosterão que reduzir seus preços paraconcorrer com os do governo", disseMaranhão. Além dos postos de vendada Cobal, poderão ser usados postosvolantes e convênios com padarias.

Salário mínimo — O Ministé-rio do Trabalho convoca hoje as cen-trais sindicais, confederações e o De-parlamento Intersindical deEstatística e Estudos Sócio-Econômi-cos (DIEESE) para discutira a com-posição da cesta básica que fixará um

índice para rea juste bimestral do salá-rio mínimo. Ò secretário nacional doTrabalho, Adolfo Furtado fez um cs-tudo preliminar sobre o índice da ces-ta, com 82% dos preços de bens eserviços computados IPC (índice dePreços ao Consumidor).

A composição da cesta básica serásemelhante á do IPC, excluídos ospreços de produtos mais sofisticadosno setor de eletrodomésticos, tais co-mo video-cassete e produtos eletrocle-trópicos. No setor de alimentação, oMinistério do Trabalho propõe retirara variação dos preços de queijos e vi-nhos. Serão retirados ainda produtossofisticados de material de limpeza evestuário.

UUÜUlYIENTOS ROUBADOSTurista, C. H. Strommon, declaraquo foram roubados sou passaportee os da familia, talão de choque,"travellor checks", passagens o ou-tros documentos no Hotel Lanças-ter, domingo, 27 do corrente, infor-mar a cobrar (011) 842-8972.

Livre negociação podeter critérios definidos

BRASÍLIA — Uma nova proposta no campo das negocia-ções salariais está sendo analisada pelo Ministério da Econo-mia. Para evitar o atrclamento dos reajustes salariais a qual-quer índice de inflação, assessores do ministério estudam acriação de uma comissão intersetorial na qual se sentariam,de um lado, representantes de entidades empresariais como aFiesp e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e deoutro, os órgãos representativos dos trabalhadores, com apresença indispensável da CUT e da CGT, além de participan-tes do governo, como os ministros Antônio Magri e ZcliaCardoso de Mello. O objetivo é fixar princípios geraií, denegociações entre empresários e trabalhadores.

Dependendo da receptividade que alcançar junto ao Paláciodo Planalto, no Ministério do Trabalho e nas entidades sihdi-cais, a proposta poderá ultrapassar as portas do Ministério daEconomia nos próximos dias. Ela já tem o apoio do secretáriode Política Econômica, Antônio Kandir, que a vê como boaalternativa de política transitória, precedendo a livre negocia-ção salarial.

Em linhas gerais,^ a idéia pressupõe a criação de normasgerais para negociações salariais, que induzam as empresas ànegociação. Cada empresa teria autonomia para negociaremseparado com seus empregados, oferecendo-lhes o que suasituação financeira permitir, dentro de um elenco de opções queincluiria a concessão de reajustes, a particiação dos trabalha-dores em seus lucros e resultados (como aumentos de produti-vidade, por exemplo) e a concessão de benefícios diversos,como creches e outras formas de ajuda de custo. As empresasseriam praticamente obrigadas a negociar, pois a propostainclui mudanças na lei de greve, de forma a permitir que umagreve seja declarada legal imediatamente, caso a empresa se re-cuse a negociar. E mais: os empregados passariam a ter livreacesso á contabilidade das empresas.

Em contrapartida á obrigatoriedade da negociação, cadaempresa ficaria autorizada a repassar aos seus preços os au-mentos concedidos a seus empregados. Aí reside, em princípio,um forte risco de nova retomada da inflação, mas, segundo osmesmos técnicos, o governo lançaria mão de duas armaspoderosas para impedir que isso acontecesse: manteria umapolítica monetária rigorosa, com possibilidades mínimas deaumento da disponibilidade de dinheiro na economia e mante-ria sob vigilância os preços de produtos de setores oligopoliza-dos, ou seja, aqueles produzidos por empresas que sãocapazes de manipular preços.

Todas essas mudanças teriam que ser reunidas em 'umprojeto de lei ou medida provisória, negociado com' aslideranças partidárias no Congresso Nacional, pois além' decriar normas para as negociações salariais, a medida revogariaa Medida Provisória 185, pela qual o Tribunal Superior' doTrabalho (TST) pode, atualmente, suspender por 150 dia? asdecisões de tribunais regionais no julgamento de dissídioscoletivos.

JB

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4 ? Io caderno ? terça-feira, 29/5/90 Brasil JORNAL DO BRASIL

Collor pede

a ministros que

demitam só os ociosos

BRASÍLIA — O presidente Fernan-dó Collor disse ontem, na reunião sobrea questão salarial, no Palácio do Planai-to, que é necessário pôr fim ao clima deintranqüilidade gerado pelos sucessivosanúncios de demissões e de colocação emdisponibilidade de funcionários públicos.Ministros e secretários presentes ouvi-ràm pedido do presidente para que pro-movam as demissões em seus setores apjtrtir de critérios objetivos, que privile-giem suas atividades-fim. Segundo o por-tá-voz da Presidência, Cláudio Humber-tò, Collor quer que fique bem claro que a'reforma terá privilegiado a competênciae»a eficiência, excluindo a parcela deociosos do serviço público. "A reformatem que atingir esse contingente ocioso",reforçou o porta-voz." Cláudio Humberto disse que o presi-dpnte lembrou, inclusive, experiência se-njelhante que viveu no governo de Ala-goas, "onde precisou corrigir os rumosda reforma". Collor deu aos ministros esecretários um recado extensivo aos pre-sidentes de estatais: o anúncio das demis-sões e dos nomes dos funcionários atingi-dos pela reforma, nas administraçõesdireta e indireta, com a demissão ou adisponibilidade, deverão ser acompanha-dos de minuciosa explicação sobre oscritérios adotados.; Essa preocupação, segundo Cláudio

Humberto, levou Collor a exigir que aexplicação setorial da reforma fique ex-efusivamente a cargo de cada secretário-j- no caso da administração direta — epresidente de estatal — no da indireta.Segundo Humberto, a assiduidade foium ponto explicitado pelo presidente, oque autoriza a previsão de prioridade noscortes aos que têm duplo emprego. Col-lor voltará ao assunto em nova reunião

ministerial, depois de amanhã, convoca-da para um balanço da reforma adminis-trativa cm cada órgão do governo. Oplano do governo é demitir 216.846(68.709 na administração direta e148.137 na administração indireta) e co-locar 142.346 cm disponibilidade.

"A ênfase nos números de demissõesê quase um antimarketing do governo. Apartir de agora, precisamos mostrar queo objetivo da reforma é enxugar a má-quina e valorizar o funcionário público.As demissões são uma mera conseqüên-cia disso", definiu o líder do governo no-Senado, José Ignácio Ferreira (PSDB-ES), ao explicar como o governo querque a sociedade entenda sua reformaadministrativa. Segundo a opinião de Jo-sé Ignácio, o presidente Collor está cons-ciente de que a reforma é legítima, queestá agindo de acordo com o que a socie-dade deseja e, uma convicção mais forteainda: o momento da reforma é agora.

O secretário de Administração, JoãoSantana, disse que tão importante quan-to a reforma administrativa é o trabalhoda comissão especial de desregulamcnta-ção, presidida pelo embaixador MarcosCoimbra, secretário-geral da Presidênciada República, que em 10 dias adotouvárias medidas destinadas a suprimir aburocracia da vida do cidadão. Forampreparadas instruções sobre tramitaçãode processos nos órgãos de governo etomadas iniciativas para facilitar a con-cessão de carteiras de trabalho e de mo-torista.

Meio e fim — Outro critério dareforma administrativa que, a partir deagora, deve ser melhor divulgado, é queessa política não faz cortes nas ativida-des-fim. "Os cortes estão, cm sua maio-ria, nas atividades-meio, que estavam

muito inchadas", ponderou o líder dogoverno. No plano de reforma prepara-do para o presidente, cuja execução serácobrada nesta quinta-feira, o secretárioda Administração deixa claro esse princí-pio, ao justificar para ministros e secretá-rios as razões de haver vetado o aumentodo número de cargos gratificados —DAS (Direção de Assessoramento Supe-rior) — para departamentos e divisõesque não trabalham com os objetivos fi-nais da ação do governo.

A linguagem utilizada para explicar onúmero de funcionários colocados emdisponibilidade também deverá mudar."Este não será um funcionário ocioso,encostado ou demitido. Ele vai ser sub-metido a uma reciclagem, terá aulas, trei-namento e poderá ser até melhor apro-veitado depois que voltar ao serviço",anunciou o senador José Ignácio. Elesaiu da reunião com o presidente con-vencido "de que o objetivo não é demitire que em vez de ficar contra o funcioná-rio, a reforma administrativa foi feita afavor do funcionário, para valorizá-lo".

O andamento da reforma, segundoJoão Santana, está correto. A cronologiados atos está sendo cumprida e ninguémmais discute sua necessidade. O líder dogoverno notou, até, que os próprios fun-cionários públicos já estão aceitandocom mais naturalidade as mudanças."Com a divulgação estrepitosa das de-missões, houve uma excitação criativanas diversas categorias, e muitos líderesde servidores estão apontando caminhosde enxugamento ao governo", contou.Entre essas categorias, o senador JoséIgnácio destacou especialmente os por-tuários e ferroviários, que têm um planode reforma administrativa consideradobom pelo governo.

Falta de critérios gera insegurança

* O anúncio de 185.507 demissões defuncionários e empregados de estataisespalhou a insegurança. Especialmen-te por não terem sido divulgados osdritérios que pautarão as demissões. Asreações já começam, no país inteiro. Opessoal do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE) marcou umprotesto para as 14h de hoje no Centro4o Rio, em frente à sede que ameaçamO.cupar se alguém for demitido antes dodia 12 — o dia da greve geral. "O censogeral previsto para setembro estará com-prometido", diz Alcides Alves Braga, daAssociação dos Trabalhadores do IB-GE.¦' "Em 1983, o IBGE tinha 15 mil fun-Cionários. Hoje são 12.800, metade noRio. Apenas 10% estão no trabalho in-ferno dos censos (digitação, quantifi-cação e análise). A maioria trabalhanas 53 pesquisas contínuas da inflaçãoe- do nível de emprego. Como vão demi-tir?" pergunta Alcides. Segundo ele, 90%dos funcionários são celetistas (regidospela Consolidação das Lei do Trabalho)estáveis, e 1.800 já podem se aposentar.O anúncio das demissões seria, portanto,ffpenas propaganda do governo "que

perderá na Justiça e terá de readmitir".No Banco do Brasil, também, a falta

de critérios é o que mais incomoda. "Èabsurda", diz um concursado que tra-balha na agência central e não quis seidentificar. "Somos a favor de um en-xugamento, mas com critérios claros epúblicos", diz outro, que tem só quatroanos de casa e, portanto, não é prote-gido pela estabilidade garantida naConstituição aos concursados a partirdo décimo ano. "Existem muitas pes-soas aqui que entraram pela janela eque deveriam ir primeiro".

Carlos Alberto da Mata — presiden-te da Associação dos Engenheiros daLeste Brasileiro, que congrega os en-genheiros de Sergipe e Bahia da RedeFerroviária Federal, a RFFSA — en-viou ao ministro da Infraestrutura, Ozi-res Silva, um telex onde diz que em32 anos, de 1957 a 1989, o número deempregados da Rede Ferroviária Fede-ral foi reduzido em 61,8%, de 156 milpara os atuais 59.585. No período, otransporte de cargas pela Rede aumen-tou 514%, de 6,1 bilhões para 37,5bilhões de toneladas por quilômetro."A produtividade (empregados por to-nelada tansportada) cresceu 16 vezesnesses 32 anos". Por isso, Mata pede asustação das 10.894 demissões previs-tas na Rede e propõe a discussão de um

Corporativismo

dificulta

enxugamento

SÃO PAULO — O governo

tem dois grandes obstáculos avencer antes de executar as 350 mildispensas de funcionários públicosque estão planejadas: o corporati-vismo dos servidores e empregadosde empresas estatais e a oposição domovimento sindical, especialmenteda Central Única dos Trabalhado-res (CUT). Segundo as direções sin-dicais, as chefias das empresas, res-ponsáveis pela apresentação daslistas de demissões, estão relutandoa cumprir esta tarefa.

A Secretaria de Administraçãoenfrenta o forte senso de união exis-tente entre os servidores federais eos empregados de estatais. A dire-ção da Companhia Docas do Esta-do de São Paulo (Codesp), porexemplo, responsável pela adminis-tração do porto de Santos, tomou ainiciativa de chamar os quatro sin-dicatos que representam os portuá-

rios para discutir a meta de dispen-sar 36% do efetivo da companhia.Na reunião, segundo um assessorda direção, chegou-se a conclusãode que

"as demissões prejudicariama operação do porto

".A Central Única dos Trabalha-

dores (CUT) tem influência sobre500 mil dos 700 mil funcionários daadministração direta (ministérios,secretarias e autarquias) e controlaos principais sindicatos dos empre-gados da administração indireta(estatais e fundações). Dos 63 milpetroleiros, a CUT representa 13mil (20%); dos 105 mil funcionáriosdo sistema Telebrás, a central teminfluência sobre 70 mil (66%) e en-tre os 130 mil funcionários do Ban-co do Brasil ela tem ascendênciasobre 70 mil (54%).

Os portuários de todo o pais(cerca de 20 mil) marcaram grevepara o dia Io de junho, como umprotesto à decisão de cortar 36%dos funcionários do setor. Os petro-leiros também escolheram uma gre-ve geral da categoria como formade pressão e o movimento, a nívelnacional, está marcado para o dia 6de junho. A CUT realiza, também

em junho, o I Congresso Nacionaldos Servidores Federais, o primeirogrande encontro contra as demis-sões da administração direta do go-verno.

A Confederação Geral dos Tra-balhadores, que era presidida peloministro do Trabalho e da Previ-dência Social, Antônio RogérioMagri, é contra as demissões nestemomento embora não se coloquefrontalmente em oposição ao proje-to de privatizações do governo fe-deral. "O

governo precisa garantiro crescimento econômico antes deiniciar as dispensas dos servidorespara que estes trabalhadores sejamabsorvidos pela iniciativa privada",defende Francisco Canindé Pegado,atual presidente da CGT."Os funcionários públicos nãopodem ser o bode expiatório dogoverno Collor", pondera o presi-dente da CUT, Jair Meneguelli. Acentral colocou a "defesa do patri-mônio público e não as demissões"como duas reivindicações da grevegeral marcada para o próximo dia12 de junho, seis dias antes do prazofinal para o início das demissões deservidores.

MINISTÉRIO DA INFRA-ESTRUTURA - S*cr«tari« Naciono) d« EnvrgisDatrobrás Centrais Elétricas Brasileiras SA

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COC-ea444.437/0001 -46 COMPANHIA ABERTAAVISO DE EDITAL N? SGCT.C-3129-004/90

HABILITAÇÃO E CONCORRÊNCIAOBRAS CIVIS PARA CONSTRUÇÃODA SUBESTAÇÃO ROCHA FREIRE

LIGHT - Serviços de Eletricidade S.A. torna público que, nostermos das Normas Internas da Light o, subsidiariamente, no quecouber, pelo Decreio-Loi n5 2.300, de 21/11/86, e suas altera-ções, receberá na Av. Presidente Vargas, 642 - 189 andar-•Centro - Flio do Janeiro, no dia 29 de junho de 1990, às 10:00horas, envelopes lacrados da Documentação de HABILITAÇÃO eda PROPOSTA para a execuçSo das Obras Civis para Constru-ção da SUBESTAÇÃO ROCHA FREIRE, na Rua Ahiva, no Muni-cfpio do Nova Iguaçu - RJ.O Contrato será de Empreitada por Preço Global, sendo o critériode julgamento o da tócnica e proço, com prazo máximo de execu-ção do 180 (cento e oitenta) dias corridos.ATESTADOS - SerSo exigidos atestados comprobatórios deexecução de serviços similares realizados nos últimos 5 (cinco)anos.A DOCUMENTAÇÃO DE HABILITAÇÃO E CONCORRÊNCIAencontra-so à disposição dos interessados, a partir da publicaçãodeste Aviso, na Av. Paulo do Frontin, 619-19 andar-Rio Com-prido - Rio de Janeiro, até o dia 22 de junho de 1990, nos dias• úteis no horário de 9:00 às 16:00 horas, podendo ser adquiridamediante o pagamento não reembolsável de CrS 15.000,00

. (quinze mil cruzeiros).Não serão admitidos Consórcios de Empresas.

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HABILITAÇÃO E CONCORRÊNCIAOBRAS CIVIS PARA CONSTRUÇÃO

DA SUBESTAÇÃO CENTENÁRIOLIGHT - Serviços de Eletricidade S.A. toma público que, nostermos das Normas Intomas da Light e, subsidiariamente, no quecouber, pelo Decreto-Lei n9 2.300, de 21/11/86, e suas altera-ções, receberá na Av. Presidente Vargas, 642 - 189 andar-Centro - Rio de Janeiro, no dia 29 de junho de 1990, às 10:00horas, envolopes lacrados da Documentação do HABILITAÇÃO eda PROPOSTA para a execução das Obras Civis para Constru-ção da SUBESTAÇÃO CENTENÁRIO, no Km 233 da RodoviaBR-393 (Rio-Bahia), no Município de Vassouras - RJ.O Contrato será de Empreitada por Preço Global, sendo o critériode julgamento o de técnica e preço, com prazo máximo de execu-ção de 180 (cento e oitenta) dias corridos.ATESTADOS - Serão exigidos atestados comprobatórios deexecução de serviços similares realizados nos últimos 5 (cinco)anos.A DOCUMENTAÇÃO DE HABILITAÇÃO E CONCORRÊNCIAencontra-se à disposição dos interessados, a partir da publicaçãodeste Aviso, na Av. Paulo de Frontin, 619- 15 andar-Rio Com-prido - Rio de Janeiro, até o dia 22 de junho de 1990, nos diasúteis no horário de 9:00 às 16:00 horas, podendo ser adquiridamediante o pagamento não reembolsável de CrS 15.000,00(quinze mil cruzeiros).Não serão admitidos Consórcios da Empresas.

Governo liqüida com o liqüidanteJL Ferna

Advogado vai para . ' Fernanda Mayrlnk,

a rua porque nao

queria fim do DNOS

O advogado Roberto Vieira Mace-do, liqüidante nomeado pelo go-

verno para o extinto DepartamentoNacional de Obras de Saneamento, foiexonerado ontem por ter declarado avários jornais que era contra o fim doórgão. Macedo recusa-se a comentar omotivo da sua exoneração.

— Quem me nomeou tem todo odireito de me demitir — disse. — Nãogostaram da minha linha de atuação.Isso é tudo.

Macedo fez de tudo para recuperaro DNOS — não para liqüidá-lo. Doismeses depois de assumir o órgão, eledeixa para o novo liqüidante, RubemFontes de Marsillac, uma situaçãoexemplar: com apenas metade dos ser-vidores e a administração enxuta, oDNOS voltou a funcionar e está tocan-do algumas obras.Antes de assumir o DNOS, RobertoVieira Macedo era chefe de liqüidaçõesdo Banco Central, onde trabalha há 25anos nos setores de inspeção, liqüida-ção e fiscalização. Definindo-se comoum apreciador de desafios, ele asseguraque só aceitou a nomeação para oDNOS por saber que enfrentaria umasituação adversa.

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Macedo recebeu muitos cumprimentos ao ir emboraEu gosto disso. Quando não há

muita confusão, prefiro não trabalharnum assunto — explica.

Desafios não faltam em seu currí-culo: Macedo foi nomeado liqüidantedo Banco Central em algumas financei-ras e empresas envolvidas em casoscomplicados — como o BD-Rio, a fá-brica Nova América e o Banco de Cré-dito Popular União.

O DNOS, porém, foi o maiorpepino de todos — conta.

Quando saiu da sede do DNOS, noCentro do Rio, Macedo foi aplaudidopor cerca de 30 funcionários. Apesar deter aposentado 153 servidores, coloca-

do 999 em disponibilidade e demitido69, ele contou com o apoio decididopara manter o órgão funcionando.

O governo federal não transferiuas responsabilidades do DNOS — ex-plica um engenheiro. — O Macedoconseguiu mostrar que o DNOS, enxu-gado, pode continuar atuando.

O DNOS era o único órgão prepa-rado para fazer controle de cheias, de-fesas contra inundações e recuperaçãode terras. Há cerca de 10 mil quilôme-tros de diques e várias barragens sobseus cuidados.

Sem manutenção, podem surgirsituações de risco — alerta Macedo.

plano de melhorias da rede e de redu-ção da folha.

Calcula que só a aposentadoria dosempregados mais antigos reduziria a fo-lha em 20%. E os USS 460 milhões daindenização dos demitidos poderiam serusados na melhoria da malha ferroviária.Segundo ele, todos os empregados daRede são concursados e cumprem suasobrigações. E o governo "os iguala aoschamados marajás". Mata diz que ape-sar da da histórica falta de investimen-tos, a produtividade da Rede é a quintamais alta do mundo, com 16 empregadospor 10 milhões de toneladas transporta-das por quilômetro, segundo Le Cheminfde Fer, livro editado pela Universidadeda França. Países como França, ingla-terra, Alemanha Ocidental c Itália nãotêm ferrovias tão produtivas.

Produtividade e falta de critérios sãotambém os argumentos do diretor doSindicato dos Trabalhadores nos Cor-reios de Porto Alegre, Gervásio Ven-drúsculo. A ECT demitiu 80 de seus 5 milempregados no último dia 23. "São de-missões políticas", diz Vendrúsculo. "AECT não tem excesso de pessoal. São 74mil para 140 milhões de habitantes, en-quanto nos Estados Unidos são 800 milpessoas para 200 milhões de habitantes".

Ribeiro empossa

interventoresO secretário nacional de Transpor-

tes, Marcelo Ribeiro, esteve ontem noRio para dar posse aos interventoresda Rede Ferroviária Federal, CBTU(Companhia Brasileira de Trens Urba-nos) e Agef (Armazéns Gerais Ferro-viários). Ele confirmou a demissão de16.670 funcionários e disse que a inter-venção teve caráter de urgência devido ao pedido de demissão de FranciscoMário Chiesa, na sexta-feira passada.Ribeiro desmentiu que os ferroviáriostivessem condicionado o fim da greveá suspensão das demissões. "Não nego-ciamos com comandos, nosso diálogo écom as federações", disse o secretário,acrescentando que o número de demi-tidos pode ser reduzido ou aumentar,numa alusão à continuidade da greve.

Ao assumir a direção da Rede, Mar-tiniano Lauro, fez um apelo aos gre-vistas: "Voltem ao trabalho e dêem àRede a oportunidade de negociar". Cer-to de que será atendido, ele se reú-ne hoje, às 8h, com os novos diretores,para estudar propostas que serão apre-sentadas à tarde aos líderes do movi-mento. Para o diretor do Sindicato dosFerroviários, Nilton Feliciano de Bar-ros, o encontro será uma grande opor-'tunidade para eles apresentarem às em-presas formas alternativas de reduzir afolha sem necessidade de 16.670 demis-sões. "Com a nossa proposta eles redu-zem 20% de cada uma delas, cortandoapenas os militares e aposentados", dis-se.

Martiniano Lauro disse que a parali-sação dos ferroviários causa à rede umprejuízo de USS 1,5 milhão por dia. "Sóa regional que abrange Rio, São Pauloe Belo Horizonte perde USS 800 milcom a greve", revelou. O interventorda Rede deixou claro no discurso deposse — que abriu com a frase "BrasilNovo, Rede nova"— o propósito de se-guir à risca a política do presidenteFernando Collor e, assim como o se-cretário Marcelo Ribeiro, admitiu queo número de demissões pode diminuirou aumentar durante as negociações."O que o governo quer é adequar opessoal às suas necessidades', garantiu.

? A greve dos 60 mil ferroviários,iniciada no dia 24, deverá conti-

nuar pelo menos até quinta-feira, quan-do representantes dos trabalhadores e daRede Ferroviária Federal e CompanhiaBrasileira de Trens Urbanos (CBTU)voltarão a negociar em Brasília, sob aintermediação do ministro do Tribu-nal Superior do Trabalho (TST) Mar-ceio Pimentel. A data foi marcada on-tem, após tentativa de conciliaçãopromovida pelo presidente do TST, mi-nistro Marco Aurélio Prates de Ma-cedo. Apesar das tentativas, não houvesequer acordo preliminar para encer-ramento da greve.

Autolatina faz planos

para aumentar produção

SÃO PAULO — A Autolatina, hol-ding que administra a Ford e a Volkswa-gen, informou ao Sindicato dos Metalúr-gicos de São Bernardo do Campo queplaneja produzir, em junho, de 70% a75% da produção mensal realizada antesdo Plano Collor. Este número foi apre-sentado como uma garantia da compa-nhia para desmentir que esteja planejan-do 10.000 demissões, rumor que motivoua passeata de 18.000 funcionários daVolkswagen na manhã da quinta-feira dasemana passada, interrompendo o trân-sito na altura do quilômetro 23 da ViaAnchieta por mais de uma hora.

O gerente de Relações Trabalhistasda Autolatina, Domício dos Santos Jú-mor, foi ao sindicato dos metalúrgicosonte.m à tarde e se reuniu com o presi-dente da entidade, Vicente Paulo da Sil-va, o Vicentinho, e com membros dascomissões de fábrica das duas montado-ras."O mercado está sinalizando uma ca-pacidade de absorver de 70% a 75% denossa produção normal", explicou Do-mício. A Autolatina quer negociar com o

Alceni acaba

com carteira

do Inamps

BRASÍLIA — O ministro da Saúde,Alceni Guerra, oficializou a extinção de75 milhões de carteiras do Inamps. "Tra-ta-se de um documento desnecessário",disse o ministro, defendendo o acesso dequalquer pessoa aos serviços públicos eprivados que integram o Sistema Únicode Saúde (SUS). A medida acaba com acarteira de identificação de beneficiário,emitida pelo Inamps, e que perdeu avalidade depois da implantação do Pro-grama Federal de Desregulamentação.

No último dia 15 de março foi assina-do o Decreto 99.179, instituindo o pro-grama que estabeleceu, entre outras me-didas, que "a exigência da apresentaçãoda carteira especial para configurar odireito ao acesso aos serviços de saúde,públicos ou privados, integrantes do Sis-tema Único de Saúde, constitui-se em atode resistência a dispositivos constitucio-naisM.

Para o ministro, a carteira era "umdos símbolos da burocracia herdados pe-lo Inamps, INPS e antigos institutos".Alceni disse que é necessário simplificaro sistema. "Hoje, depois da universaliza-ção do atendimento, a carteira perdeu osentido", afirmou.

sindicato mecanismos para adaptar aprodução das duas montadoras à reali-dade do consumo a partir de julho. Aempresa pretende promover, se necessá-rio, demissões voluntárias, em que o fun-cionário aceita ser demitido e recebe sa-lários adicionais como indenização.Segundo Domício, o boato de que esta-riam sendo planejadas 10.000 dispensasfoi fruto de "um mal-entendido". "Essapossibilidade está descartada."

?O nível de emprego na indústriapaulista caiu 0,28% na terceira

semana de maio, com a demissão de5.633 trabalhadores. Foi o que revelouontem o diretor do departamento de es-tatistica da Federação das Indústrias doEstado de São Paulo (Fiesp), CarlosEduardo Uchoa Fagundes. Esse númeroindica uma diminuição no ritmo de de-missões que, na segunda semana do mês,atingiu 10.616 empregados. No acumu-lado do ano, foram demitidos 131.726trabalhadores da indústria. Desse total,85.578 perderam o emprego após a de-cretação do Plano Collor.

CMN examina

a abertura de

2 'torneiras'

BRASÍLIA — O Conselho Monetá-rio Nacional apreciará, hoje à tarde, umapauta com 45 votos, 30 dos quais jáaprovados ail referendum pela ministraZélia Cardoso de Mello. Além de exami-nar uma proposta de programação mo-netária para este ano, o CMN analisarádois votos do Banco Central, abrindomais duas torneiras. Uma, contemplandooperações de saneamento básico e inlra-estrutura, com recursos do FGTS, nomontante de 50 milhões de BTN, cercade CrS 2,1 bilhões. Outra, para liberarrecursos depositados no Programa deConversão de Dívida Externa em Invés-timento, no valor de USS 2,9 milhões,beneficiando uma companhia japonesa,a Toko Inc., estabelecida na Amazônia.

Ao abrir exceção nos limites impostosaos financiamentos contratados por esta-dos e municípios, previstos na Resolução1.469, o Banco Central se rende às pres-sões políticas de governadores e prefei-tos. Este ano, as operações de créditocontratadas diretamente pela CEF, comrecursos dos FGTS, destinadas à com-plementação de obras de habitação so-ciai, saneamento básico e infra-estrutura,estavam limitadas em até 70,6 milhões deBTN.

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Governo quer

reduzir

o consumo de energia

SÃO paulo — O governo pre-tende economizar US$ 3 bilhõesanuais em investimentos na expan-são da oferta de energia elétrica ecombustíveis líquidos. A economia,segundo o secretário de Ciência eTecnologia, José Goldemberg, po-derá ser feita com o programa deracionalização de energia a partirde 1991. Goldemberg esteve ontemcom empresários da Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo(Fiesp) para marcar a primeira reu-nião, já nesta semana, com repre-sentantes dos setores automobilísti-co e eletroeletrônico, visandoestabelecer metas de redução deenergia e maior eficiência nos mo-tores.

"Vamos priorizar a redução de

consumo de energia em geladeiras,automóveis e aparelhos de ar-con-dicionado", disse o secretário,adiantando já ter obtido do BancoNacional do Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES) o sinal

verde para eventuais pedidos de fi-nanciamentos para modernizaçãodos veículos e aparelhos produzi-dos no país.

<lO BNDES me asse-gurou que há recursos disponíveispara financiamento de empresasque desejem modernizar seus pro-dutos", afirmou.

De acordo com o secretário, semo programa de racionalização, o Bra-sil terá de investir perto de US$ 5bilhões por ano com expansão daoferta de energia elétrica para fazerfrente a um crescimento do consumode 5% ao ano. "A meta do programaé reduzir para 4% a necessidade deexpansão. Com isso, vamos econo-mizar cerca de US$ 1 bilhão anual-mente", informou. Os outros US$ 2bilhões anuais serão economizados,segundo Goldemberg, com menorconsumo de combustíveis líquidos,através da melhoria na eficiência dosmotores. O crescimento do consumolíquidos previsto para os próximosanos é de 7% ano ano.

Greve piora crise do álcool

O abastecimento de álcool poderáficar crítico em quase todo o país devi-do às greves dos empregados das usi-nas de São Paulo e Goiás e dos ferro-viários do Rio Grande do Sul, alertouontem o presidente do Sindicato dasDistribuidoras de Combustíveis, OrnarCarneiro, também vice-presidenle daShell.

No momento em que se esperava anormalização do abastecimento, como início da safra de cana-de-açúcar daRegião Centro-Sul, os bóias-frias en-tram em greve, lamentou Carneiro. Asusinas de Minas Gerais e Paraná con-tinuam operando, mas as de São Paulo

e Goiás, responsáveis por cerca de 70%do abastecimento na Região Centro-Sul, estão paradas.

Além disso, a greve dos ferroviáriosno Rio Grande do Sul está afetando oabastecimento de Mato Grosso e MatoGrosso do Sul. Para agravar a crise,lembrou Carneiro, os petroleiros amea-çam entrar em greve a partir do dia 6 dejunho, o que comprometerá ainda maiso abastecimento. Dos 1,1 milhão delitros para o mês de junho reivindicadospelas distribuidoras junto ao Departa-mento Nacional de Combustíveis, ape-nas 900 milhões foram liberados.

Acusado aponta

novos nomes na

fraude da Vasp

BRASÍLIA — A fraude de pelo me-nos CrS 250 milhões contra a Vasp, atéentão atribuída exclusivamente ao geren-te administrativo e financeiro da empresaem Brasília, Donizete dos Santos, podeter outros envolvidos. A 2a Delegacia dePolícia, que apura a fraude, vai intimarhoje o gerente-geral do escritório emBrasília, Onofre Amado Servo, e o ge-rente da agência 202-Sul do Banco Ru-ral, Ulisses Montenegro de Araújo. Osdois foram citados por Donizete dosSantos, interrogado ontem, como res-ponsáveis pela aplicação no mercado fi-nanceiro de CrS 128,8 milhões relativos apagamentos da Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos (ECT) à Vasp.

Segundo depoimento de Donizete,desde 1988 existia uma determinação dogerente-geral da Vasp em Brasília, Ono-fre Amado, no sentido de que o paga-mento da ECT à Vasp, referente aotransporte noturno de correspondência,fosse entregue ao gerente do Banco Ru-ral, Ulisses Montenegro. O próprio Do-nizete ia ao Banco Rural entregar oscheques da ECT ao gerente. Dias depois,atendendo a chamado de Ulisses, voltavaao banco e recebia um cheque adminis-trativo do Banco Rural, no mesmo valordo cheque da ECT, sem juros. O chequeadministrativo era, então, depositado naconta da Vasp no Banespa. O mais estra-nho nessa operação é o fato de que aVasp jamais teve conta no Banco Rural.

Donizete dos Santos afirma que en-tregou ao gerente do Banco Rural, sem-pre por ordem de seu superior, OnofreAmado, apenas "cinco ou seis cheques".Outros pagamentos teriam sido deposi-tados pela própria ECT no Banco Rural:Donizete, sempre por ordem de Onofre,segundo ele, enviou à ECT, a 23 desetembro de 88, o ofício 708, orientandoa empresa a fazer os pagamentos direta-mente na conta n° 922-6, Banco Rural.

O gerente do Banco Rural nega asacusações de Donizete e afirma que aconta n° 922-6 não existe (a agência nãotem contas com dígito 6).

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COMUNICADO N» 002104

Comunica o lançamento em circulação de novas cédulas e moedas.

Rio de Janeiro, 17 de maio de 1990.DEPARTAMENTO DO MEIO CIRCULANTE

BANCO CENTRAL DO BRASIL comunica que, em conformidade com oprevisto na Resolução ns 1.689, de 18.03.90, passam a circular:• a partir de 31.05.90: a cédula de mil cruzeiros e as moedas de um, cinco e dezcruzeiros; e- a partir de 11.06.90: a cédula de cinco mil cruzeiros - estampa "A".

- O tema da cédula de Cr$ 1.000,00 é dedicado ao engenheiro militar esertanista Cândido Rondon (1865-1958), no ano em que se comemora o 100®aniversário do início de seus notáveis trabalhos de exploração geográfica eimplantação de linhas telegráficas.II - O anverso apresenta, em calcografia, a efígie de Rondon, tendo à esquerdauma gravura em que aparece uma estação telegráfica pioneira, bem como arepresentação de uma floresta e de um mapa com contornos do Brasil e daAmérica do Sul. À direita, estão representados instrumentos de telegrafia, umdeles (carretei de fita) servindo de elemento de segurança por marcar acoincidência perfeita do anverso com o reverso, resultante da impressãosimultânea do ofsete em ambos os lados. Os fundos de segurança (ofsete)contém representação abstrata de folhas e de água. A tarja no lado inferior ébaseada em desenho de um cocar de índios camaiurás.ill - O painel do reverso também é alusivo à obra de Rondon como indigenista,reveladora de sua doutrina humanitária e pacifista, que enfatizava o respeitopela cultura indígena e pela dignidade do silvícola.Apresenta, em calcografia, um casal de índios carajás, ladeado pelarepresentação de alimentos e de uma habitação nhambiquara. Os fundos desegurança baseiam-se no trançado de cestaria dos índios tucanos. Na partesuperior, figuram motivos de pintura corporal indígena. A tarjá no lado inferior ébaseada em elementos de música e cerâmica indígena, com destaque parabonecos de barro de índios carajás.IV - O tema da cédula de Cr$ 5.000,00 - estampa "A" é dedicado ao compositore maestro Carlos Gomes (1836-1896), considerado o maior vulto brasileiro namúsica do século XIX, no ano em que se comemora o 120e aniversário daópera "O Guarani".

- O anverso apresenta, em calcografia, a efígie do compositor, tendo àesquerda figuras que, representando suas óperas "O Guarani", "SalvadorRosa" e "O Escravo", fazem parte de monumento existente junto ao TeatroMunicipal de São Paulo. À direita, um diapasão é utilizado como recurso desegurança, indicando a coincidência perfeita do anverso com o reverso. Osfundos de segurança baseiam-se na representação de ondas sonoras.VI - No reverso, um painel calcográfico apresenta parte do monumento járeferido e, no quadro ao fundo, nomes de obras do compositor estão inscritosem microcaracteres, aparecendo ainda à esquerda um piano que pertenceu aCarlos Gomes. A tarja no lado inferior contém a representação estilizada devoluta de violino e ramo de louro sobre pauta musical. Os fundos de segurançabaseiam-se em desenho de harpç com efeito numismático.VII - Em ambas as cédulas, o formato é 140 x 65 mm e marca d'água moldadana própria massa do papel, reproduz efígie simbólica da República. Amarelo emarrom são as cores principais na cédula de Cr$ 1.000,00, enquanto predominao azul na de Cr$ 5.000,00.VIII - As cédulas discriminadas a seguir continuam circulando livremente, masnão serão mais produzidas e serão retiradas gradativamente do meto circulante:a) a de Cr$ 5.000,00 - estampa "B" (efígie da República no anverso e ArmasNacionais no reverso); eb) as de valores correspondentes a Cr$ 0,50 (efígie de Villa-Lobos), Cr$ 1,00(Machado de Assis), Cr$ 5,00 (Portinari) e Cr$ 10,00 (Carlos Chagas).IX - As cédulas de valores correspondentes a Cr$ 50,00 (efígie de CarlosDrummond de Andrade), Cr$ 100,00 (Cecília Meireles), Crô 200,00 (Centenárioda República) e Cr$ 500,00 (Augusto Ruschi), carimbadas ou não, continuamcirculando livremente.

- A moeda de Cr$ 1,00 tem por tema o pavilhão nacional e apresentadiâmetro de 20,5 mm, espessura de 1,40 mm e peso de 3,61 g. Nas demaismoedas, tem seqüência a temática dedicada ao registro de tipos regionais: àsfiguras de garimpeiro, jangadeiro, rendeira e boiadeiro (presentes nas peças decentavos), acrescentam-se as figuras de salineiro (Cr$ 5,00) e seringueiro (Cr$10,00). As moedas de Cr$ 5,00 e Cr$ 10,00 têm, respectivamente, 21,5 mm e22,5 mm de diâmetro, 3,97 g e 4,36 g de peso, e, ambas, 1,40 mm deespessura. Todas são cunhadas em aço inoxidável.

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fogos de artifício!

mai

I

m

'6 ? Io caderno ? terça-feira, 29/5/90 Internacional JORNAL DO BRASIL

informe JB

Zélia Cardoso dc Mello, 36 anos,

a dama de ferro da economiabrasileira, corou.

A temida ministra da Econo-mia, aquela que teve coragem obastante para colocar cm prática omais radical plano econômico dahistória do país, confessou, cons-trangida, que está apaixonada.

O desconcerto poderia ter sidomenor, se não fosse a jornalistaMarilia Gabriela quem tivesse ar-rançado de Zélia a confidencia, du-rante o programa Cara a Cara, daRede Bandeirantes, domingo à noi-te. — Ah, não brinca, que sensaçãoboa! — disparou Gabi.

Zélia riu, ajeitou-se na cadeira,olhou para baixo c com grande ali-vio conseguiu livrar-se da perguntaseguinte quando a jornalista, bas-tante animada, quis saber:

É alguém da equipe? 4Você está querendo saber

demais — esquivou-se a ministra.Estilo Alceni

O presidente Collor de Mello eon-fidenciou a um amigo que o deputadoAlceni Guerra representa seu modeloideal de ministro:

Mais cedo ou mais tarde todosseguirão seu exemplo. Não ficarãotrancados nos gabinetes.

Em tempo:As incertas do ministro da Saúde

já foram imitadas pelos seus colegasda Educação, Carlos Chiarelli, e daAgricultura, Antônio Cabrera.Debandada.

O movimento nacional dos saquesdas cadernetas de poupança da CaixaEconômica Federal, na última sexta-feira, bateu CrS 5 bilhões.

Foi o recorde de retiradas desde oinício do Plano Collor.

?Uma pesquisa recente do Data-

Folha mostra que o dólar é hoje oinvestimento preferido de 64% dos en-trevistados.

A aplicação que apresenta amaior perda de credibilidade é exata-mente a poupança.

Antes do plano, 64% investiamem poupança. Atualmente, 33% con-tinuam aplicando.Nas alturas

Está causando um grande rebu nomeio acadêmico um estudo recente lei-to pelo deputado e economista JoséSerra.

Serra mostra por A mais B que ogoverno caminha este ano para amar-gar um déficit público de 5,5%.

A ministra Zélia Cardoso de Mel-lo trabalha, como se sabe, com umameta de superávit de 2%.Duelo de titãs

A TV Globo sentiu no domingo ogostinho da vingança.

O primeiro capítulo da minissérieDesejo, exibido das 21h49 ás 22h52,teve uma média de 25 pontos de au-diència, em São Paulo, segundo medi-ção instantânea do Datalbope.

A TV Manchete, principal desafe-ta global no momento, que exibia oEspecial Paulo Gorgulho — o galã danovela Pantanal —, amargou uma au-diència de apenas 8 pontos, na média.

A grande surpresa foi o segundolugar, o SBT, que no mesmo períodoexibia o finalzinho da premiação doTroféu Imprensa emendando, a seguir,com o filme Rambo.

Fez quase a média da Globo: 23pontos.Geringonça

O secretário de Administração,João Santana, acha o microcomputa-dor que tem no seu gabinete

"uma

geringonça".Está louco para trocá-lo por um

modelo importado.Mais cedo

O vice-presidente Itamar Franconão vai precisar esperar até o dia 6 —

Lance

quando o presidente Collor embarcapara a abertura da Copa, na Itália—,para se sentar na cadeira presidencial.

Collor viaja dia 4 ao Paraguaipara participar da comemoração docentenário da primeira reunião de che-fes de Estado latino-americanos, quemarcará a abertura da 20a AssembléiaGeral da OEA.

A viagem durará apenas algumashoras. Collor volta no mesmo dia esegue direto para o Pantanal.

Viva a Itália!O ministro do Trabalho, Antônio

Rogério Magri. que segue domingopara Genebra. Suíça, onde vai partici-par da reunião anual da OIT. pretendedar na volta uma esticada pela Euro-pa.

Como bom filho de italianos, querpassar pela terra de seus pais. dar umaolhadinha na Copa do Mundo e jápediu uma audiência com o Papa JoãoPaulo II.

EspólioO Departamento de História da

UFF enviou oficio para os liquidantesdo IAA e do IBC pedindo transferên-cia. para a universidade, das bibliote-cas destas estatais.

Os acervos, que têm mais de 50anos e reúnem livros sobre história,economia, sociologia, antropologia eagronomia, estão sendo alvos de inte-resse de sebos cariocas, correndo orisco de se dispersarem.

No arEntre os 110 passageiros do vôo

564 da Transbrasil que partiu de Bra-sília rumo a Recife no sábado, ás 16h,a popularidade do Plano Collor nãoera das melhores.

Submetidos a uma enquete infor-mal, 30% dos passageiros considera-ram o resultado, até agora, "péssimo";

29% "regular", 27% "bom" e 14%"ótimo".

Casa novaO secretário de Meio Ambiente,

José Lutzenberger — que chegou on-tem a Porto Alegre da viagem de duassemanas que fez pela Noruega, Ingla-terra e Alemanha —, vai direto hojepara sua nova casa cm Brasília.

Sairá do quarto do Hotel Torres,na Asa Norte, onde está hospedadodesde que ocupou a secretaria, para oParque Nacional de Brasília — famo-so por suas piscinas de água mineral.

Lutzenberger vai morar sozinhonuma casa simples, de sala e três quar-tos, que foi construída para o adminis-trador do parque, mas está desocupa-da.

Na FrançaO ministro das Relações Exterio-

res. Francisco Rezek, vai a Paris dia 28de junho, a convite do governo fran-cês.

Tem encontro marcado com ochanceler Roland Dumas.

Caso médicoO consultório médico da Direto-

ria Nacional da LBA. no Rio. regis-trou ontem um entra-e-sai fora do co-mum.

Era de funcionários do prédio —abalados com a notícia da demissão demais de dois mil deles —, em busca decalmantes e antidepressivos.

De voltaAdesivo de campanha do PT em

Belo Horizonte:"Esperança ninguém confisca".

Na realDesabafo do presidente da As-

sembléia mineira, deputado KemilKumaira (PMDB), que disputou eperdeu a convenção do partido para osenador Ronan Tito, na indicação pa-ra candidato ao governo.

— Tive a ilusão de achar quenome e trabalho pesam na avaliaçãodos convencionais. Mas o que pesa éuma série de acordos e conchavos.

-Livre

C Do deputado Luís Inácio Lulada Silva, ao propor à executivanacional do PT a confecção ur-gente de milhares de cartilhas cx-piicativas sobre Presidencialis-mo. Parlamentarismo e oplesbicito de 1993: "Não pode-mos é deixar as explicações sobreisso nas mãos da TV Globo, oque será um desastre".O Segundo denúncias da Abia,remédios para Aids como Fluco-nazol, importado, que interrompeuma série dc infecções — libera-dos pela Central de Medicamen-tos para o Ministério da Saúde,que, por sua vez, garante ter erni-ado aos hospitais —, não estãochegando a seus destinos.® O fotógrafo Januário Garciaembarca sábado para a Alemã-nha Ocidental, onde lança o livroUm outru Brasil, com 160 fotosem preto e branco sobre o negrobrasileiro. O trabalho é patroci-nado pela Universidade Livre deBerlim.e O romance Hotel Atlântico,de João Gilberto Noll, lançadoano passado, vai úrar filme, sob

direção de Carlos Brajsblad. Asfilmagens começam no segundosemestre.O O Banorte implantou novosistema organizacional, especiali-zando-se em cinco áreas — co-mcrcial. corporativa, financeira,seguros c industrial — dentro deuma política agressiva para cap-tar clientes depois do Plano Col-lor.

O TSE julga hoje, cm últimainstância, o recurso impetrado,contra o prefeito de Arraial doCabo (Estado do Rio), HermesBarcelos, do PDT, que se elegeuem 1988 sem se afastar do cargode procurador do Tribunal deContas do Estado.

O Ballet do Teatro Municipaldo Rio vai usar no Festival In-ternacional dc Dança, de 9 a 17.pano de fundo criado original-mente pelo artista Leon Bakstpara a primeira coreografia deNijinsky, L'Après Midi D'UnFaune. e reconstituído cmcomputador pela IBM. O pano édo Grands Baileis Canadiens.

O jornalista Luiz Lobo lançaamanhã o livro Os novos direitosda criança, com ilustrações deCaulos, às 20h, na IhTaria Tim-bre, na Gávea, Rio.

Terminam amanhã as incri-ções para a 24" colônia de feriaspara crianças c adolescentes dia-béticos, que começa dia 22 dejulho, no Sesc dc Petrópolis,Rio.

O reitor eleito da UFRJ, Nél-son Maculan, fala boje do Encon-tro com a Imprensa, às 13h, naRádio JORNAL DO BRASIL,sobre o impacto das reformas ad-ministrativas nas universidades.

O engenheiro José MoreiraTorres, durante a conferênciaAmazônia, Efeito Estufa, Buracono Ozônio e Manchas Solares,hoje, na Geotècnica. Rio, preten-dc destruir mitos sobre a Ama-zònia e provar que as pequenasoscilações de temperatura daTerra nada têm a ver com asatividades humanas e sim com aradiação solar.9 O que faz a seleção brasileirana Europa?

Presidente promete paz para

Colômbia

UOGOTÁ — O presidente eleito da Colômbia, César Ga vi-ria Trujillo — do Partido Liberal (centro-direita) e inimigodeclarado dos poderosos barões do narcotráfico —, prome-teu levar seu país a uma nova era de paz, renovação emudanças, depois de receber amplo apoio popular na eleiçãode domingo. Computadas 90% das mesas eleitorais, eleconquistou 2 milhões 634 mil 328 votos (47,2%).

Gaviria informou que está disposto a convocar os de-mais partidos a se aliarem aos liberais, a fim de formar umgoverno dc consenso. Dessa união participaria também aAliança Democrática M-19 (ex-Movimento 19 de Abril—M-19. guerrilha de esquerda), que se transformou no tercei-ro partido do país, com seu candidato, Antonio NavarroNVolíT, obtendo 12,7% dos votos. Em segundo lugar ficou ocandidato do Movimento de Salvação Nacional, o direitistaÁlvaro Gómez Hurtado, com 24% dos votos.

Em seu primeiro discurso como presidente, Gaviriareiterou aos poderosos cartéis da droga que não podemesperar concessões em troca da paz. "O dom mais valiosoque se pode dar à Colômbia é a paz e ela é a nossa máximaaspiração. Lutaremos por ela sem pausa nem descanso,mas alcançá-la não pode ser a conseqüência de entregarnossas instituições a bandidos", afirmou.

À comunidade internacional, o novo presidente adver-tiu que a Colômbia derrotará em suas fronteiras o narco-terrorismo, mas, ao mesmo tempo, destacou que se nãohouver cooperação e redução do consumo de cocaína nospaíses industrializados, o problema do narcotráfico nãoterá solução. Na eleição de domingo, Gaviria recebeutambém um amplo mandato popular para que convoque aAssembléia Nacional Constituinte, encarregada de criar asnovas instituições do país. A Assembléia recebeu 3 mi-Ihões 437 mil 562 votos a favor, equivalente a 95% dosvotos até agora computados.

O novo presidente convidou os grupos armados aseeuir o exemplo do M-19, que se incorporou ao processodepaz, transformando-se num partido legal. "O generosoapoio de Navarro WolíT comprova de forma clara asimersas possibilidades de um processo de paz", disseGavn ia, que assumirá a presidência no dia 7 de agosto, emsubstituição ao presidente Virgílio Barco, também doPartido Liberal.

O inimigo xi° 1 do narcotráfico

O voto dos colom- |g>bianos na eleição pre-sidencia! de domingofoi a prova de queeles não se deixaramintimidar pelas açõesterroristas desenca-deadas pelos narco-traficantes e pelaguerrilha. As urnasderam a vitória justa-mente ao candidato __que apresentava a César Gaviria Trujilloproposta mais enérgi-ca de combate aos extremistas.

"Não faremos qualquer concessão aos vio-lentos", assegurou o novo presidente, CésarGaviria Trujillo, ao rechaçar os convites ánegociação e ao diálogo com os cartéis dadroga. "A prioridade de qualquer governo e deum governo por mim presidido", acrescentou,"é acabar com o terrorismo que colocou emperigo a democracia colombiana".

A fórmula de Gaviria para cumprir suaplataforma de governo é reorganizar os siste-mas de informação do Estado, modificar aJustiça — especialmente a investigação crimi-nal —, desencadear uma ação punitiva contraos grupos irregulares — a fim de recuperarpara as autoridades estatais o monopólio dasarmas — e manter a extradição, para que osbarões do narcotráfico presos sejam julgadosno exterior."Se os narcotraficantes quiserem se entre-gar aos juizes, que o façam, e se cooperaremcom as autoridades, podem aspirar a receber

penas reduzidas", diz ainda o novo presidente.Os contendores de Gaviria na eleição presi-

dencial advertem que as idéias do novo presi-dente implicam a continuação da violência e dosofrimento para os colombianos, pois são es-quemas de guerra e é de paz o que o paísnecessita. Gaviria responde que a paz não podeser recuperada sobre a base da rendição doEstado e do perdão aos que assassinaram o quede melhor existia na classe dirigente e pessoasinocentes, sem distinguir mulheres e crianças.

Gaviria promete ainda um governo de re-novação e mudanças, aberto à colaboração dosdemais partidos políticos, a fim de comparti-lharem com os liberais a responsabilidade de"fazer da Colômbia um país próspero e pacifi-co".

Economista, 43 anos, Gaviria tem tambémo compromomisso de realizar na presidência asreformas políticas prometidas por Luís CarlosGalán, o dirigente do Partido Liberal assassi-nado pelos narcotraficantes em agosto do anopassado. Galán conseguira formar um grandemovimento de massas, prometendo erradicar acorrupção nos setores políticos, democratizar avida interna dos partidos — transferindo aoseleitores a decisão fundamental de selecionaros candidatos presidenciais — e restabelecer ahonradez e a moral administrativa.

Morto Galán, foi seu filho de 16 anos. JuanManuel Galán, quem pediu, num rápido ecomovente discurso, durante o sepultamento,que Gaviria assumisse as bandeiras e o progra-ma político de seu pai. "Sou um candidato porobrigação", ele aceitou, ainda no cemitério.

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LANÇO2) AUDITORIA3) ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA I4) CUSTOS5) MATEMÁTICA FINANCEIRA APLICADA6) SUPORTE GERENCIAL ATRAVÉS DE TÉCNICAS

FINANCEIRAS7) GERÊNCIA DE CAIXANA ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL1) ADMINISTRAÇÃO DE COMPRAS2) ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUESNA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS EORGANIZAÇÃO1) ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL2) ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS3) RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL4) ADMINISTRAÇÃO DE TREINAMENTO5) COMPORTAMENTO HUMANO NA EMPRESA6) LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÃRIA7) COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL8) ORGANIZAÇÃO E MÉTODOS

l NA ÁREA DE VENDAS E MARKETING1) ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING2) GERÊNCIA DE VENDAS .3) PROPAGANDA. PROMOÇÃO E MERCHANDISINGNA ÁREA DE PRODUÇÃO1) PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E CONTROLE

DA PRODUÇÃO2) REDUÇÃO DE CUSTOS-VISÃO INTEGRADA DE

MANUFATURA E FINANÇAS3) GARANTIA DA QUALIDADEEM OUTRAS ÁREAS1) IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA2) COMUNICAÇÃO ESCRITA NA EMPRESA

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Bahia — Max Center — Av. Antônio Carlos Magalhães, n° 846,Salas 154 a 158 — telefones: (071) 359-9733 (mesa) 359-2979359-2986Pernambuco — Rua Aurora. 325, 4" and., s/ 418/420 — BoaVista — Recife — Pernambuco — CEP 50050 — telefone: (081)231-5060 — telex: (081) 1 247Correspondentes nacionaisAcre, Alagoas, Amazonas. Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso,Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Piauí, Rondônia, SantaCatarina.Correspondentes no exteriorBuenos Aires, Paris, Roma, Washington, DC.Serviços noticiososAFP, Tass, Ansa, AP, AP/Dow Jones, DPA, EFE, Reuters.Sport Press, UPI.Serviços especiaisBVRJ, The New York Times, Washington Post, Los AngelesTimes, Le Monde, El Pais, L'Express.

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Natal/Jo&o Pessoa/SSo Luis """TTT— »*¦» 4688.90 11366.18 6423.60 2543.20 7246.10 3933.50 ' 3733.30 5433.00

Pat,.H0^n„ ^T" 8596 30 4H..90 '1366.18 6423.60 2312.20 6560,80 359M0 12*5.90 4939 50^T~ 3389 00 8 215 2 7 4M2.90 ~ - <702,M ^.00 6910,00 3524.60

• OBSERVAÇÃO: No caso especifico de BrasíliaTrimestral {Sábado c Domingo) CrS 1.622.40Semestral (Sábado e Domingo) CrS 3.244.80CARTÕES DE CRÉDITO: BRA DESÇO, NACIONAL, CREDICARD e DINERSOBS.: O PREÇO PROMOCIONAL COM DESCONTO DE 30% E VÁLIDO SOMENTE PARA

PAGAMENTO À VISTA (CHEQUE OU DINHEIRO)

EI

JORNAL DO BRASIL Internacional terça-feira, 29/5/90 ? Io caderno ? 7

Proibição de comprar comida tumultua vida em

1wMOSCOU — "Tenha caridade e deixe-me passar e comprar carne" - Aos gritos,a mulher de uns 60 anos agitava ummaço de rublos em direção ao funciona-rio do governo na estação ferroviárianúmero quatro, uma das maiores deMoscou. Ela era um dos 2 milhões desoviéticos que diariamente chegam à ca-pitai para fazer compras ou trabalhostemporários e que desde o fim de semanaestão impedidos de comprar alimentosbásicos.

Espalhados por pontos estratégicosda capital (estações ferroviárias e nosprincipais entrocamentos rodoviários)funcionários governamentais examina-vam a documentação de todos os quechegavam, advertindo que somente ospossuidores de passaporte de residênciaem Moscou poderiam fazer compras.

Nas casas comerciais os vendedoresrepetiam a exigência, fórmula encontra-da pelo governo para evitar a continua-ção da corrida em massa às lojas, inicia-da na última quinta-feira, quando oParlamento começou a debater o planode reformas econômicas para a implan-tação de uma economia de mercado re-guiada. Diante da perspectiva de aumen-tos de preços, que cm alguns casospoderão chegar a 300%, a população deMoscou e cidades próximas esvaziou asprateleiras, estocando alimentos e pro-dutos em geral.

A proibição surtiu efeito, de acordocom informações da Agência Tass, queontem registrou a normalização do mo-vimento de compras, inclusive com aliberação de vendas para alguns produ-tos básicos como pão, leite, água minerale chá. Muitos outros produtos estão,porém, com vendas limitadas mesmo pa-ra os residentes em Moscou, como amanteiga (300 gramos por pessoa), café(meio-quilo), carne (dois quilos) e o ma-carrão (um quilo).Mas se nas principais lojas e super-mercados do centro a situação começouontem a se normalizar, aumentou a con-fusão nos supermercados próximos àsestações ferroviárias. Na estação númeroquatro, onde há um grande supcrmerca-do, o dia foi tumultuado. Atrapalhadosfuncionários exigiam o passaporte pretode residência em Moscou, cercados pormulheres que chegavam não só de luga-res próximos mas até mesmo de Odessa,a 640 quilômetros de Moscou. A maioria

vinha comprar carne, óleo comestível,leite e chá c muitos recebiam apoio decidadãos moscovitas que ofereciam seuspassaportes de residência, aproveitando-se de que os fiscais não conferiam osdados do documento. Outros, no entan-to, defendiam a proibição. "Eles chegamcomo moscas e agem como gafanhotos,não deixando nada atrás de si", dizia umjovem de uns 25 anos. A seu lado, umhomem idoso oferecia seu documento aum recém-desembarcado do trem quechegara de Kiev, justificando: "Que cul-pa eles têm se não encontram o quecomprar e precisam de comer".

A realidade é que tanto a proibiçãode compras aos não-residentes em Mos-cou como o plano de reformas agitaramo dia de ontem na capital soviética. NoParlamento, enquanto o governo garan-tia ter maioria para a aprovação dasmedidas econômicas, deputados conser-vadores intensificavam as críticas ao pia-no, acusando-o de se basear no sacrifícioda população. O governo, por seu turno,mostra-se preocupado com as repercus-sões negativas, a ponto de ontem a tele-visão ter repetido o pronunciamento dedomingo do presidente Gorbachev,quando ele procurou tranqüilizar a po-pulação, dizendo que os aumentos depreços eram inevitáveis mas estariam sobcontrole e seriam compensados por au-mento de salários e distribuição de bônusàs famílias de menor renda (entre 40 e100 rublos mensais). O plano continuaem debate no Parlamento, que deve vo-tá-lo até quinta-feira.

| | Garry Kasparov, campeão mun-dial de xadrez, surpreendeu on-

tem os correspondentes estrangeiros cmMoscou, ao convocar uma entrevista eapresentar-se como líder do recém cria-do anticomunista Partido Democráticoda Rússia. Kasparov, que no começo doano deixou o PC, criticou as reformaseconômicas, dizendo que "o povo nãosobreviverá com dignidade"e disse queseu partido convocará uma greve geralde protesto para o dia 9 de jtinho.Depois de distribuir propaganda contrao stalinismo e o leninismo, Kasparovdisse que até o fim do ano seu partidoserá um dos mais fortes da URSS e quesua missão era divulgar os princípios dademocracia.

Moscou — AFP1

Arquivo

O último czar, Nicolau II, e família: morte secreta

O passado ronda Moscou

Czar vira moda erussos já pensamna volta do trono

Gerald NadlerUPI

MOSCOU — A história sovié-

tica parece morder o própriorabo. Setenta e três anos depois darevolução bolchevique, os russos re-descobrem o czar Nicolau II, últimomonarca da dinastia Romanov, as-sassinado em condições nunca escla-recidas pela história oficial soviética.Sua morte é tema do maior sucessoteatral da temporada em Moscou, osúltimos dias de seu reinado serão fil-mados por um dos mais famosos di-retores do país e seu retrato é artigocomum no mercado negro da capital.

No começo do mês, manifestantesmonarquistas desfilaram em plenaPraça Vermelha, diante de um incré-dulo Gorbachev. Dias depois, reu-niam-se sob o retrato do czar paraoficialmente fundar o Partido Mo-narquista, a fim de competir no novosistema multipartidário soviético.Nelli Milovanova, 30 anos, integrantede uma organização para perpetua-ção da memória de Nicolau II, estáajudando a preparação da platafor-ma partidária, numa igreja ortodoxarussa.

"Os russos têm a idéia da monar-quia em suas almas", afirma ela. "Oprograma do partido objetiva a res-tauração da monarquia por meiospacíficos, através da conquista damaioria no Parlamento e da transfe-rência do poder para uma Assembléiada Terra (como antes de 1917), aúnica instituição legal que pode re-convocar o czar ao trono."

Há 16 descendentes homens dadinastia imperial Romanov espalha-dos pelo mundo atualmente. O prin-cipal candidato ao trono é o grão-du-que Vladimir Kirolovich, bisneto de

Alexandre II, que vive na França.Outro descendente real, David Chev-chavardze, bisneto de Nicolau I. jáesteve até em Moscou este ano.

A curiosidade sobre o último czarcresceu a partir de 1985. quandoMikhail Gorbachev defendeu o fimdas "lacunas" na história do pais,sobre as quais era proibido estudarou escrever. "É como ler uma históriade detetive, e você nunca chega aofim porque há sempre alguma coisanão dita, como por que o czar foimorto e de quem partiu a ordem",afirma Yuri, um funcionário do Mi-nistério do Exterior.

A morte de Nicolau II ganhouainda mais interesse depois da revela-ção, cm abril, de que seu crânio haviasido encontrado numa fossa perto deum pântano em Sverdlovsk, nosUrais. A descoberta foi feita pelo cx-policial e escritor de histórias crimi-nais Geli Ryabel, que há dez anosencontrou o crânio — juntamentecom ossos da czarina Alexandra, dopríncipe Alexis e de suas quatro filhas—, mas não pôde divulgar o resulta-do de suas investigações.

A publicação dc uma foto do crâ-nio de Nicolau II gerou diversas or-ganizações monarquistas e naciona-listas informais, dedicadas adescobrir a verdade sobre como oczar e sua família foram mortos. Osgrupos mais inflamados exigem queseja dado um enterro decente ao mo-narca na catedral de São Pedro e SãoPaulo, em Leningrado. a antiga capi-tal imperial, então chamada São Pe-terburgo.

Eles também querem a construçãode uma catedral no local da antigacasa imperial em Sverdlovsk, ondeacredita-se que a família do czar te-nha sido morta a tiros por bolchevi-ques no porão de uma loja. A casaimperial foi destruída durante o go-verno dc Leonid Brejnev, operaçãocomandada na época pelo então pri-meiro-secrctário do PC em Sver-dlovsk, o atual herói nacionalista Bo-ris Yeltsin.

Para fazer compras, era preciso mostrar documentos comprovando ser residente em Moscou

Yeltsin, favorito, propõe coalizãoEm meio a uma grande confusão de

alianças impensáveis entre ultra-refor-mistas e conservadores, desistências desólidas candidaturas, tentativas de im-pugnações e reapresentação de nomestidos como fora da disputa, ganhava for-ça ontem o nome do deputado BorisYeltsin apontado como favorito na se-gunda eleição para presidente do Parla-mento da República da Rússia, a maiordas 15 que formam a União Soviética.Segundo a Constituição, o presidente doParlamento é o chefe de governo da re-pública.

Yeltsin, que disputou a primeira ciei-ção do fim de semana, em dois turnos,com Ivan Polozkov, um líder dos conser-vadores, e que por apenas 28 votos dei-xou de alcançar a maioria exigida de 531deputados, reapresentou sua candidaturae disputará com sete outros candidatos.Entre seus adversários ressurgiu o nomede Alaxander Vlasov, atual primeiro-ini-

nistro da república russa, apoiado pelopresidente Mikhail Gorbachev e que reti-rara sua candidatura na primeira eleição.Vlasov ameaça a candidatura do depu-tudo ultra-reformista, pois poderá agluti-nar votos que, no primeiro turno, foramde Yelstin.

O dia de ontem no Parlamento daRepública da Rússia foi dominado pelaincerteza, impasses políticos e tumultosno plenário. A agitação começou comum discurso de Yeltsin, propondo alian-ça com seus até então inimigos conserva-dores. Segundo Yeltsin. isso seria possí-vel num governo de coalização que ele sepropunha a elaborar. "Se for o vencedor,lutarei pela unidade e construção de umgoverno onde todos tenham lugar", pro-meteu depois de se proclamar "totalmen-te favorável à Federação, a partir dosprincípios de igualdade c independênciapara as repúblicas.

O discurso de Yeltsin foi seguido de

grande tumulto no Parlamento, que che-gou a suspender a sessão, quando depu-tados do PC quiseram impugnar os no-mes de Yeltsin e de Polozkov para estasegunda votação. Reiniciada a sessão,falou o deputado e empresário ValentinTsoi, de origem coreana, que apresentousua candidatura e defendeu a adoção doque chamou de rvagnomia, uma políticaeconômica baseada na que o presidenteRonald Reagan realizou nos EstadosUnidos.

Para complicar ainda mais esse confu-so quadro, no final da tarde, o conserva-dor Polozkov (que obtivera 458 votos nosegundo turno) retirou a candidatura,pressionado por deputados conservadoressensibilizados pela oferta de coalizão deYeltsin e dispostos a tudo para combater aeleição de Vlasov, o candidato de Gorba-chev e do partido comunista. A eleiçãodeve ocorrer entre hoje e amanhã.

Oposição vence as eleições na

Birmânia após lutar 30 anos

RANGUN, Birmânia — O partidomais desafiador da oposição obteveuma vitória esmagadora sobre os parti-dos pró-militares nas primeiras eleiçõesmultipartidârias da Birmânia em 30anos, revelaram ontem resultados não-oficiais das apurações. A vitória da Li-ga Nacional Pró-Democracia (LNPD) éum grande passo para o retorno dademocracia â Birmânia, dizem analis-tas, salientando que os radicais entre osmilitares podem não concordar em en-tregar o poder.

A Comissão de Informações doprincipal partido da oposição, cujosdois líderes principais estão presos des-de junho dc 1989, disse que os resulta-dos não-oficiais mostram que a LNPDjá ganhou 320 das 485 cadeiras da As-sembléia Nacional. A Liga não fez co-mentários a respeito, mas embaixadas

A perigosa

Bisneyíândia

do fascismo

Alan BerloivLos Angeles Times Magazine

Há algo de surrealista em Rangun,capital da Birmânia. Ao amanhecer,monges budistas com túnicas amareloferrugem — ou cor de vinho — andamde casa em casa, com brilhantes tigelaspretas laqucadas, aceitando, silencio-sos. arroz e peixe. Nas ruas e parques,adivinhos lêem folhas de palmeira eas-trólogos desvendam os segredos da vi-da. misturados a vendedores de óleode serpente. Grupos de mulheres ecrianças — os rostos enfeitados comtinta amarela feita de casca de thanaka— e homens usando longyis (camisasque parecem saias) se comprimem aolongo das calçadas cheias de gente ecobertas de mercadorias baratas ven-didas no mercado negro.

Rangun, com 2 milhões de habitan-tes — e a maior parte da Birmânia —tem a aparência de algo saído de umacápsula do tempo. A parte central deRangun. onde não existe nenhum gran-de edifício, é uma espetacular colcha deretalhos de construções coloniais ingle-sas, dominadas pelo edifício mais alto esímbolo do pais, o Pagode Shwedagon.Mas por trás do exotismo do país. háum estado policial daustrofóbico, ener-vante e freqüentemente rancoroso. "Es-te país", observou um diplomata oci-dental, "é uma Disneylândia fascista."

Há menos de dois anos, os militaresbirmaneses suprimiram violentamenteum movimento nacional pró-democra-cia que quase derrubou a velha (26anos) ditadura do general Ne Win. Du-rante sete meses de manifestações inicia-das em março de 1988, cerca de I milpessoas morreram em Rangun — e 5mil no pais inteiro. Milhares de senido-res civis, athistas pró-democracia e es-tudantes foram presos, e muitos deles

ocidentais que acompanham as apura-ções chegaram ao mesmo total.

Os resultados das eleições mostramque apesar de uma dura perseguiçãodos ativistas da oposição e um firmecontrole sobre a campanha eleitoral, osmilitares pelo menos mantiveram suapromessa de realizar eleições livres eimparciais."Os resultados até agora divulgadosmostram que a LNPD detém mais de80% dos votos", afirmou Kyi Maung.membro da Comissão Executiva Centralda LNPD. Ele desmentiu a noticia de queos militares libertaram o secretário dopartido, general Aung San Suu Kyi, sobprisão domiciliar desde 20 de julho doano passado. O presidente da agremia-ção, Tin U. preso ao mesmo tempo, foicondenado a três anos de prisão.

Maung disse que os objetivos do

partido são a restauração da democra-cia e dos direitos humanos no país, e aintrodução da uma economia de livremercado. Disse ainda que um dos prin-cipais atos do partido, assim que assu-mir o poder, será convocar uma confe-rência de minorias étnicas para pôr fima rebeliões regionais que atormentam apopulação há mais de 40 anos.

Os militares disseram, antes das elei-ções de domingo, que não deixariam opoder enquanto não fosse redigida umaConstituição e formado um governo es-tável, o que despertou apreensão quan-to à sua intenção de entregar o poderaos civis.

O general Saw Maung, presidente daJunta militar dirigente, disse aos repór-teres ao deixar uma seção eleitoral queentregará o poder, "conforme estabelc-ce a lei", se a LNPD obtiver maioriados votos.

torturados. Milhares de pessoas fugirampara as fronteiras da Birmânia com aTailândia e a China, onde se reuniram acerca de 26 mil revoltosos étnicos, fa-zendo uma guerra desigual contra oExército birmanês de 200 mil homens.

Hoje, a inquietação na Birmânia jánão irrompe em manifestações públi-cas. Mas a repressão não acabou e aBirmânia — por um decreto do gover-no agora chamado Myammar — é umpaís onde as pessoas são detidas porcrimes imaginários e presas sem acusa-ção ou julgamento, onde é ilegal cri ti-car o governo e seus dirigentes e ondequase lodo mundo critica, particular-mente, o governo e. portanto, todomundo é uma possível vitima.

Numa lojinha, olhando furtiva-mente para os lados, um comerciantesussurra: "Este

pais é muito perigoso,muito perigoso.

"E, polidamente, pede

que eu me retire.Entre os ideólogos, assassinos, pis-

toleiros, cleptomaníacos e loucos, opanteão dos ditadores do século 20 cer-lamente incluirá o nome de Ne Win, 79anos. Nascido Shu Maung, ele adotou onome de Bo Ne Win (Sol Brilhante),quando se tornou um dos chamadosTrinta Camaradas que receberam trei-namento militar dos japoneses durantea II Guerra Mundial. Os Trinta Cama-

radas foram lideres do movimento pelaindependência nacional da Birmânia,nas décadas de 1920 e 1930.

Em 1948, os ingleses saíram da co-lônia e a Birmânia mergulhou numaguerra civil destruidora, na qual oexército da minoria étnica Karen qua-se derrubou o governo. Durante asdécadas que se seguiram à indepen-dència, a nação foi lançada em verda-deiro caos. Assim, quando Ne Wintomou o poder com um golpe em1962, muitos birmaneses saudaram onovo governo.

Como outros ditadores, Ne Win ti-nha um padrão para a nação e outropara si próprio. Defendeu o retorno aosvalores tradicionais e estabeleceu o bu-dismo como religião nacional, mas nun-ca perdeu sua reputação de jogador emulherengo (Ne Win casou sete vezes,duas com a mesma mulher).

Ne Win fechou as portas da Birmâ-nia ao mundo exterior e instalou umsocialismo inepto que destruiu rápida-mente a mais promissora economia doSudeste Asiático. Isolado e supersticio-so, Ne Win, que é meio careca e usaóculos, e o produto de uma cultura maissintonizada com o misticismo e a magiado que com os sistemas ocidentais her-dados da Inglaterra. Tomou decisõeseconômicas fundamentais depois de

Henrique Ruffato

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consultar astrólogos edemonstrou uma sériede excentricidades quedesafiam qualquer cias-sificação.

Fascinado pela nu-merologia, Ne Winacredita que o número 9tem poderes extraordi-nários. Após desvalori-zar a moeda do país emsetembro de 1987, orde-nou a emissão de novasnotas com a denomina-ção de 45 e 90 (4+5=9). Muitos eventos go-vernamentais foramprogramados para da-tas baseadas no número9, inclindo esta eleiçãode 27 de maio.

Moscou

Festa armênia

acaba em mortesMOSCOU — Tropas soviéticas ma-

taram 20 das centenas de nacionalistasarmênios que tentaram obstruir suas tro-pas nas ruas de Erevan, domingo, e per-deram dois de seus soldados nos choquesque se registraram na capital e em cidrt-des próximas. O incidente, segundo prd-nunciamento pela televisão do líder dóPartido Comunista Armênio, VladimirMorsisyan, "transformou em tragédia" pDia da Independência do país, que deve-ria ser comemorado ontem com paradamilitar e várias festividades.

Ruben Shugarov, porta-voz do Mq-vimento Nacional Armênio, principal oc-ganização nacionalista do país, informouque os choques se deram quando tanquese carros blindados leves soviéticos en-contraram pela frente uma inesperadabarricada. Quando os manifestantes de-sobedeceram a ordem para se dispersa-rem, as tropas abriram fogo. Entre os 20mortos estava uma menina de 13 anos.

O general Yuri Shatalin, chefe dastropas soviéticas que voou ontem deMoscou a Erevan, responsabilizou as au-toridades armênias pelo episódio e exigiudelas "medidas resolutas" para evitarnovas manifestações: "Nossas tropasnão desejam esses derramamentos desangue, mas os terroristas estão nos for-çando a isso", disse Shatalin. j

Já os nacionalistas condenam Moscoupor recusar seus termos na disputa doterritório de Nagorno-Karabah, de niaiQ-ria armênia, mas isolado dentro da repij-blica vizinha do Azerbaijão, e se dizemdispostos a continuar desafiando a autori-dade de Mikhail Gorbachev no pais. Osincidentes de domingo foram os primeirosrealmente sérios, entre armênios e soviéti-cos, em muitos meses. Em bairros e cidil-des próximas como Erebuni e Sovendaá-lien também houve choques.

O Dia da Independência (uma inda-pendência que durou apenas dois anos,de 1918 a 20. quando tropas de Stalininvadiram o país) foi afetado, tambéni,por um terremoto que por alguns seguii-dos abalou a região de Spitak. Edifíciosvelhos das cidades de Steparavan e Kiro-vakan ficaram seriamente danificados,mas não houve vítimas.

Walesa obtém

acordo para

encerrar greveVARSÓVIA

— O líder do sin-dicato Solidarie-dade. Lech VVale-sa, conseguiu ofim da greve deduas semanas dosferroviários polo-neses, que haviaminterrompido otráfego de trensno nordeste dopaís e ontem fa-riam uma paralisação nacional de 90minutos. O acordo, fechado à Ih30 damanhã de ontem, foi um triunfo pessoalde Walesa, cujo sindicato obteve esma-gadora vitória nas eleições locais dedomingo, as primeiras totalmente livresem mais de 50 anos.

Num comunicado difundido pelaagência oficial Pap, os grevistas anun-ciaram a suspensão do movimento e adecisão de, com a ajuda de Walesa,apresentar suas reivindicações ao pri-meiro-ministro Tadeusz Mazowiecki. Ogoverno aceitara negociar com os ferro-viários, desde que não fosse incluída aquestão salarial — eles pedem aumentode até 85%."Se não for resolvida a questão sala-rial, eu estarei com vocês", afirmouWalesa a uma rádio polonesa depois doacordo. O comunicado dos grevistas pe-de "que o fardo da crise (econômica)seja repartido por toda a sociedade" eque o programa dc reformas do gover-no, visando à implantação de uma eco-nomia de mercado, seja apresentado deforma "clara e compreensível".

Crise — O movimento dos ferro-viários começou dia 10 de maio. quan-do 50 trabalhadores da cidade deSlupsk entraram em greve dc fome con-tra os baixos salários. A partir do dia 20a paralisação englobou cerca de milferroviários do nordeste do país, queficou praticamente isolado, com o tráfe-go de carga para os importantes portosdo Báltico interrompido. Na semanapassada, Walesa acusou antigos líderescomunistas de estarem manipulando agreve, considerada ilegal pelo governo,e alertou para o risco de uma guerracivil no país.

Segundo a rádio polonesa, 57 via-gens de longa distância e 200 locaisforam canceladas devido à greve. On-tem o movimento de passageiros come-çou a se normalizar, mas o de carga sódeverá estar totalmente restabelecido apartir de hoje.

O fim da greve veio acompanhadode uma esmagadora vitória do Solida-riedade nas eleições municipais de do-mingo. Em Varsóvia, fontes do sindica-to afirmaram que seus Comitês deCidadãos obtiveram 88% das cadeirasna Assembléia local e conseguiram vitó-rias expressivas em outras cidades.

A abstenção de 42% (o voto não éobrigatório) foi considerada um sinalda apatia do eleitorado, diante da gravecrise econômica que o país atravessa edas duras medidas adotadas pelo gover-no para enfrentá-la. Segundo analistas,apenas simpatizantes do Solidariedadeinteressaram-se em votar, o que garan-tiu a grande vantagem dos Comitês dcCidadãos.

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8 ? Io caderno ? terça-feira, 29/5/90

JORNAL DO BRASILFundado em 1891

M. F. DO NASCIMENTO BRITO — Diretor Presidente

MARIA REGINA DO NASCIMENTO BRITO — Diretora

MARCOS SÁ CORRÊA — Editor

FLÀVIO PINHEIRO— Editor Executivo

ROBERTO 1'OMI'Eb DE TOLEDO — Editor Executivo

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Guerra Suja

De um momento para o outro, instala-se um

clima de verdadeira competição entre as princi-pais redes brasileiras de TV. O fato, em si mesmo,não deixa de ser positivo, já que o monopólio real ouvirtual, praticado em diversos terrenos, muito cola-borou para a crise em que estamos metidos. E omonopólio da TV era certamente dos mais daninhos.

Por conta da competição, entretanto, os progra-madores de TV também se arrogaram, de um mo-mento para o outro, uma dose de arbitrio que equiva-le a desrespeitar sem a menor cerimônia o distintopúblico.

A televisão é uma atividade que precisa de algu-mas normas escritas e não escritas — pelo simplesfato de que ela entra, sem pedir licença, pela casa daspessoas. O rádio também fazia isso. Mas o rádio nãopossuía o impacto direto da imagem, e não chegou,em nenhum momento, a aproximar-se do que repre-senta a televisão no dia-a- dia do brasileiro de hoje.

O raciocínio mais cômodo, nesses casos, è dizerque, para os abusos da TV, o remédio é desligar oaparelho. Sabe-se o quanto esse raciocínio tem defalacioso. O problema já existia, mais ou menos

visível, até entrar na fase aguda da última semana, emque a programação dos horários considerados nobreslançou-se a toda sorte de estripulias, em nome de umconceito distorcido do que seja livre competição.

O que isso deixa à mostra, mais uma vez, é onível baixo das pessoas encarregadas de dirigir umaprogramação de TV. A baixaria começa na própriaanálise do que esteja causando oscilações para cimaou para baixo no Ibope. Mas as interpretações dosgenerais da TV não saem do mais crasso primarismo.E sendo primária a interpretação, só poderia serprimário o remédio que eles oferecem para quedas deaudiência.

Não podemos ficar entregues a tanta incompe-tência, tratando-se de um assunto que mexe, realmen-te, com o dia-a-dia de cada cidadão. Não se trata derestabelecer a censura. Mas eqüivaleria a um suicídiocoletivo permitir, sem discussão e sem reação, que aestratégia dos gênios da televisão parta dos critériosmais baixos, e nivele a sociedade pelo que há de maiscorrompido. A televisão é um assunto sério demaispara ser entregue de mãos atadas a esse tipo demarginalidade.

Passando a Borracha

Oselo-pedágio está para acabar da mesma manei-

ra que começou: ingloriamente. Ao ser aprova-do, por um Congresso sensível aos lobbies que oacossavam de todos os lados, logo despertou umsentimento de revolta por todos os seus possíveisusuários—vítimas. Em primeiro lugar, era evidente

" que se tratava de uma bitributação. Não faltaramvozes para alertar o Congresso, que o aprovou, e oMinistério dos Transportes, que o pôs em prática demaneira desastrada. O governo não tinha condiçõesde cobrar o selo-pedágio e esta impossibilidade con-tribuiu para a sua desmoralização.

O gráfico publicado no JORNAL DO BRASIL" de ontem mostra que a queda na venda dos selos está

ligada à descrença dos automobilistas na capacidadedo governo de fazer seu dever de casa. De quatro mile novecentos selos vendidos em março de 1989, sóforam vendidos dois mil e cem em abril de 1990. Istoé: menos da metade dos automobilistas se dá aotrabalho de comprar os selos, num desprezo (e aomesmo tempo repúdio) a um ato governamental quetodos detestam e é injusto.

Mas continuando a analisar o gráfico se constataque houve um mês em que a arrecadação caiu maisainda, para mil e oitocentos, coincidindo com a

"" declaração do novo ministro da Infra-Estrutura reco-

nhecendo que o selo é uma destas inutilidades nacio-nais criadas em momento de insensatez para logodepois ser anulada em fugaz momento de bom senso,ou de constatação que sua existência só serviu paraaborrecer os usuários e extrair-lhes mais um impôs-to.

Como se previa, o dinheiro arrecadado, mais deoitocentos milhões de cruzeiros no início deste ano,desapareceu nos meandros da burocracia e não foiaplicado naquilo a que se destinava: a conservaçãodas estradas. Pelo contrário, a vigência do selo-pedá-gio coincide com o pior momento das rodovias: decada três quilômetros, um está em mau estado deconservação.

Um automobilista ouvido pelo JORNAL DOBRASIL, desabafando sua irritação contra o selo-pe-dágio, disse tudo numa única frase: "E dupla outripla tributação em cima de quem paga, premia osespertos que não pagam e não é usado nas estradas,que estão em estado lamentável." Se as estradasficaram piores, se o ministro acha que o selo-pedágioé uma solene inutilidade, se o dinheiro já arrecadadosumiu, enfim, se o governo finalmente se deu contaque é incompetente sequer para cobrar, que estáesperando o Congresso para passar a borracha sobreaquilo que está errado?

Incompetência e Medo

A máquina do Estado não precisa ter o tamanhoque adquiriu no Brasil. Antes deve ter em vista a

eficiência perdida à medida que o fisiologismo e oempreguismo dominaram a máquina do governo.Nem as estatais — onde a admissão costumava pas-sar pelo concurso público — escaparam da perdageral de eficiência (mal até do setor privado).

Não se constrói a economia de mercado sem efi-ciência, que pressupõe o máximo de resultados com omínimo de funcionários. O governo Collor encampoua modernização do Estado desde o primeiro momen-to sabendo das pressões que sofreria do corporativis-mo e do fisiologismo político.

A resistência às demissões no serviço públicovale-se de conceitos nacionalistas obsoletos, sob oargumento de que o saneamento das finanças públi-cas, através da compactação da máquina do Estado,prepara o terreno para vender as estatais ao controleprivado, especialmente ao capital estrangeiro. Nãopassa de meia verdade. É indispensável o saneamento— continuem ou não o controle estatal. Seria impen-sável qualquer processo de privatização sem o préviosaneamento da empresa estatal. Foi assim na Ingla-

terra de Margareth Thatcher, na França socialista deMitterrand e na Espanha socialista de Felipe Gonzá-lez.

O que engrossa a resistência às demissões é atentativa dos próprios funcionários de evitar o testeda verdade. Protegidos pela figura da estabilidade (naConstituição) os funcionários públicos mostram dia-riamente ao contribuinte o seu baixo índice de competência.

Valem os exemplos da Caixa Econômica Federale do Banco do Brasil. Com todo o privilégio daguarda dos depósitos do setor público, mantêm bai-xíssimos índices de eficiência.

Para ficar mais eficientes, só substituindo a lenti-dão da mão-de-obra pelo computador. Pode-se ale-gar que haverá desemprego na linha de frente doatendimento e na retaguarda do processamento ban-cário, mas a eficiência vai crescer imediatamente nobalcão de atendimento ao público e novos empregosserão gerados em outra órbita, como os serviçosprivados ligados à informática. O Estado existe paraservir à sociedade, e não para os funcionários epolíticos se servirem dele.

Confusão na Colméia

O caso é de polícia, embora esteja sendo cuidadonum inquérito administrativo: um enxame de

zangões à entrada da Secretaria Municipal de Fazen-da está picando o contribuinte graças à impunidade

., que protege o seu trabalho. O cidadão que tem pressa- em obter certos papéis daquela repartição muni-

cipal esbarra na barreira burocrática, que mantém oprincípio burocrático da dificuldade para ensejar ooferecimento da facilidade.

O favor, evidentemente, tem um custo. Quem seoferece à porta da repartição é o zangão sempre

i,m disposto a dar uma ferroada. O nome funcional temrazão de ser: numa colméia, o zangão é um parasitaque não produz mel. Na burocracia o zangão tambémnão produz, mas faz a intermediação. O cidadão que

^ chega apressado é reconhecido por ele, que é umdespachante livre atirador, isto é, sem documentos.

¦ No mesmo dia, o contribuinte, mediante uma taxa deurgência, recebe o documento de que precisa. O

, zangão tem conexões burocráticas estabelecidas sobreinteresses comuns, pelos quais paga quem tem pres-sa.

Uma auditoria do Banerj detectou uma quadri-lha que falsifica documentos e frauda o município

- com uma falsa guia de recolhimento de valores. A

prática está comprovada, dependendo agora da ex-tensão da parcela burocrática que envolve. Umacoisa é certa: os solícitos operadores do lado de foranão teriam eficiência se não contassem com um corpode funcionários do lado de dentro, para efeito deautenticação mecânica, ainda que falsa. A simulaçãoestá sendo desmascarada.

A questão poderia seguir os trâmites burocráti-cos se não fosse o interesse do contribuinte que échamado a pagar, com correção e juros de mora,débitos pelos quais a secretaria de Finanças temresponsabilidade, pois as fraudes se passam nas suasdependências. Há um limite para que uma repartiçãopública possa alegar que nada tem a ver com fraudesque se passam fora do seu âmbito. Mas não podealegar o mesmo privilégio quando a fraude de foratem aliados estrategicamente situados na burocracia.

Se há fraude, é inevitável a conivência ou, piorainda, a incapacidade de controlar o sistema. Ocidadão não pode pagar duas vezes as mesmas taxasapenas porque uma repartição pública não tem con-trole sobre seus funcionários. Principalmente quandoo evento criminoso já tem um ano de existência e estásendo apurado pelo banco do estado.

-Tópico-

Misericórdia

Um encontro de ex-presidentes quenão tiveram sucesso político no gover-no deve ser visto com misericórdia pe-los cidadãos. O Diário de Caracas foiparcimonioso no tratamento que deuao encontro na Venezuela, chamando-os de "protagonistas de uma década

perdida". Na verdade, foram cincoanos que valeram por cinqüenta, emmatéria de desgoverno, pelo menos nocaso brasileiro.

Senão, vejamos: compareceramJosé Sarney (Brasil). Carlos Andrés Pe-rez (Venezuela), Raul Alfonsin (Argen-tina), Júlio Maria Sanguinetti (Uru-guai) e Rodrigo Carazo (Costa Ri-ca). Querem, como ex-presidentes, ai-

cançar melhor repercussão do que co-mo presidentes. Basta que não semexam muito. Deviam sonhar eu peiitcomitê com uma ONU particular parauso exclusivo, e não para operar emescala continental. O ex do Brasil, pa-ra aparecer, dispõe de três emissorasde TV em seu estado. E, na ocupaçãodo seu tempo, tem uma obra literáriapara passara limpo.

—^

Cartas

Imposto de RendaGostaria de saber quem foi o gè-

nio ou o louco —já que apenas um fiosepara a genialidade da loucura — quebolou a nova cartilha do Imposto deRenda. (...)

Quem possui uma só fonte de ren-da e ganhou até CrS 50 mil está isento(...), mas quem tem duas fontes e nemchegou a ganhar a metade desse limiteterá que pagar, mesmo se essas fontesprocedem de aposentadoria e pensão,e não apenas de renda patrimonial.(...) Essa indecifrável charada pareceter sido elaborada para favorecer ostécnicos no assunto que, para deeifrá-Ia, cobram duas ou três vezes mais doque se teria que pagar ao "leão". (...)Ninguém sabe informar com absolutacerteza, nem mesmo os pacientes esobrecarregados funcionários da Re-ceita, designados exclusivamente parainstruir o leigo.

Como se não bastasse ter de pagarsobre parcas aposentadorias, o infelizcontribuinte ainda tem que quebrar acabeça com absurdos cálculos. A apo-sentadoria que deveria ser um prêmio,como em todo pais que se respeita, nonosso é um castigo. (.•¦) Lydia Costal-lat — Rio de Janeiro.

Reforma administrativaA propósito do editorial "A honra

perdida", publicado na edição de 27/5/90 do JORNAL DO BRASIL, per-mitimo-nos fazer algumas considera-ções. A reforma administrativa cmcurso no Banco do Brasil tem porobjetivo principal preparar esta em-presa para os novos tempos, adequan-do seu quadro à nova realidade vividapelo país. (...)

A análise feita pelo JB. da maneiracomo foi abordada, dá a entender queo banco está resistindo a determina-ções para executar a reforma adminis-trativa preconizada pelo governo.Dentro desse contexto, é preciso regis-trar que essa reforma não se atémunicamente ao corte de cargos nãopreenchidos. (...) Apenas a título deilustração, a nível de direção geral, oenxugamento aprovado no dia 4/5 pe-lo conselho de administração não temparalelo, pela sua extensão, na históriadesta casa. Esta decisão — entre ou-tras que o JB não mencionou — con-templa a eliminação de mais de trêsmil cargos de comissão na direção ge-ral do banco, liberando esses funcio-nários para preencherem vagas nasagências. Só esse item representa umaeconomia mensal de CrS 650 milhões.O processo de redução da despesas depessoal inclui também dispensa de cer-ca de 20 mil contratados/estagiários, amedida que os contratos forem ven-cendo. De notar que esse pessoal foicontratado em razão dos impedimen-tos legais para realização de concursoe as limitanções orçamentárias parainvestimentos na área tecnológica re-gistrados em anos anteriores, o queobrigou o banco a encontrar soluçãopaliativa, deixando vagos os cargoscorrespondentes no quadro permanen-te.

(...) É preciso esclarecer que oBanco do Brasil não "resiste pelo sis-tema de contrapressões" a determina-ções superiores para "enxugar" seusquadros. (...) O governo e a sociedadesabem que o Banco vem trabalhandono últimos anos dentro dos limitesmínimos de funcionários para as fun-ções que desempenha. (...) Quando seanalisa apenas um único ponto da re-forma ora em curso, deixa-se de levarem conta que ela faz parte de umprojeto mais amplo que envolve a re-definição de atribuições dos órgãos dadireção geral, a supressão de 21 depar-lamentos e 64 divisões e promove am-pia descentralização administrativa,suprimindo-se a duplicidade de servi-ços. (...) O Banco do Brasil supriráesses cortes intensificando a automa-ção de suas agências e o treinamentodo pessoal voltado para o atendimen-to. inclusive gerentes. Pedro Cezar deMiranda, chefe-adjunto do gabinete,Banco do Brasil — Brasília.

Escola públicaLi com atenção, em 16/5 90. no

caderno Cidade desse jornal, a matéria"O sonho da escola pública", e fiqueimais preocupada que o habitual por-que, pelos depoimentos, a discussãosobre Educação pela sociedade brasi-leira ainda é muito ingênua. (...)

Primeiro, o que esta sociedade en-tende por um "bom ensino?" "Bomensino" significa dar prioridade aosconteúdos, quanto á quantidade? Sig-nifica eleger a reprovação em massa

como a salvação dos problemas edu-cacionais?

Para quem não mais acredita emPapai Noel, sabe-se que a Histórianarrada nos livros didáticos é a Histó-ria contada segundo as oligarquias. Jáestá na hora de desconfiarmos das in-tenções dos jesuítas, quando catequi-zavam — melhor, domesticavam — in-digenas, logo depois fundandocolégios cuja proposta pedagógica ti-nha toda uma ideologia de domina-ção. Por que a História não registra apreocupação dos governos com a alfa-betização dos negros escravos ou liber-tos? Será que ainda acreditamos no"generoso" coração da princesa Isa-bel, quando presenteou a populaçãoescrava com a Lei Áurea?

Brlgido

A psicanalista Mariza Brito Go-mes tem declarado — "na nossa épocaiam para escola particular, que a gentechamava de PPP, as crianças que ti-nham dificuldade de aprendizagem".

A escola pública de três, quatrodécadas atrás era de boa qualidadeporque abrigava prioritariamente asclasses mais abastadas? (...) Não eracomum os filhos de classe média estu-darem em escolas particulares, comoacontece hoje. As escolas particulareseram a alternativa dos que não conse-guiam acompanhar o rigor das escolaspúblicas. Os filhos das classes operá-rias certamente não concordarão, ar-gumentando — "minha família erapaupérrima, estudei em escola públicae hoje sou até doutor!" Pergunto: opapel precípuo da escola é formardoutores? Naquela época os pobrestinham acesso á escola, é verdade, maspor que sua permanência ali não eragarantida? Como então justificar que(...) os negros, os índios, as mulheres,os deficientes físicos, ainda em 1990,sejam apresentados como exemplos deminorias que, vez por outra, atingemou conquistam espaços admiráveis nasociedade? Uma escola tão eficienteassim, teria por certo contribuído paraque não apenas algumas dezenas, (...)mas milhares de negros, índios, mulhe-res, (...) usufruíssem de melhores con-dições de vida!

Lamentavelmente, por conta deum ensino cujo berço foi e é a garantiade mão-de-obra barata, a subserviên-cia, o não questionamento, (...) as es-colas normais e as universidades, efi-cazes aparelhos ideológicos do Estado,fomentam o binômio pobreza-incom-petência, justificando a perpetuação detrês classes sociais — a que explora, aque pensa que explora e a explorada.Caso assim entendamos o papel daescola — garantir o status quo —melhor então será assumirmos que jus-tiça e igualdade são apenas "para in-glês ver". Sejamos coerentes — volte-mos á escravidão! Miriam de AzevedoMonteiro — Rio de Janeiro.

Cobaias sem statusHá dias o jornalista Villas-Bôas

Corrêa revelou grande preocupaçãocom a possibilidade de um traumatis-mo físico nas canelas do presidente,que está disposto a transformar seusfins de semana em exibições esportivas

Brigido

para a classe C e D. (...) O jornalistanão tem demonstrado sensibilidadepela situação traumatizante dos trans-tornos familiares e sociais causados aclasse média em seus pequenos dra-mas. que têm chegado até o suicídio,como enfatizou Dom Evaristo Arns, epodem constatar vários psicólogos epsiquiatras em seus consultórios.

(...) É vexatório saber que somosuma das 150 milhões de cobaias queesta cousa que ainda nem pode serchamada de "ciência" — a economia— usa, sem ser reconhecida como tálno consenso do mundo científico, eji-tre a matemática, a astronomia, (...) abiologia, e a mais caçula — a psicolo-gia, que tem até as suas leis, pois jáatendeu aos requisitos, fez experimei^-tos comprováveis com ratos, coelhos eaté seres humanos, bebês de creches euniversitários, e (...) pode então apre-sentar resultados comprovados na co-munidade cientifica. Ao que se sabe,nunca houve experimentos, grupos dêcontrole ou que tais em Economia,com seres, humanos, antes dos 150milhões recrutados pelo governo Col-lor, D. Zélia e o Sr. Eris. Como estascobaias não têm status de cidadãos,que lhes foi tirado pelos congressistas,quando introduziram "medidas provi-sórias", que dão a facti e o cutelo aopresidente da República, seja ele qualfor, o cidadão comum não reclamou,além de um individualista feroz (...)chamado Millôr Fernandes.

Os demais jornalistas estão todosacordes e até desenvolvem campanhaspara acabar com o Congresso. (...)Não sabem que já existia, na Inglater-ra, há 1200 anos; acham aue é coisa degoverno passado e (...) o bocó do povorepete, quando todo mundo sabe queo pior dos nossos males — a dívidaexterna — foi feita no período da dita-'dura, sem o concurso de um só depu-tado com os seus salários "fabulosos".Paralisar o país, causar desemprego,desacreditar a poupança (...), tudo istoé frear a inflação. E depois? Bastadepositar alguns cruzeiros na caderne-ta, como propaganda, e exibir um sor-riso de dentista?

Seria melhor propaganda devolvero que se confiscou. (...) A classe médiaestá procurando a moeda estrangeira,quando lhe sobra algo; (...) cala-se;não é tola de acreditar em efeitos piro-técnicos, como os pobres que achamque a inflação acabou, porque se podecomprar uma lata de leite condensado.(...)

Sente-se vergonha quando se vêparte da imprensa (...) ir na onda dorebanho e não denunciar, não eluci-dar, (...) como se já não houvesse maisa luta pela verdade. Todo mundo sabeque é inconstitucional, que houve con-fisco, (...) que há desemprego, quehouve dramas pungentes, que não in-teressam parâmetros de uma falsaciência, mas a vida humana, o serhumano, o grupo humano e a suapossível felicidade no ambiente em quevivem. (...) Dra. Zoé Laet de Barros —Rio de Janeiro.

Colégio MilitarEstamos traumatizados com a no-

ticia que se espalhou pelos quatro can-tos do Brasil sobre o suicídio de umjovem aluno do Colégio Militar doRio de Janeiro. O sofrimento interiorque antecedeu ao desfecho trágico tor-nou-se insuportável a ponto de ter op-tado pela autodestruiçào. Lamentávelque um educandário de grandes tradi-ções na formação de militares tenhapressionado moralmente o pobre doestudante e sua família e tudo porcausa de uma cola na prova de Geo-grafia. (...) Foi sobretudo um forte,desprezou a vida e enfrentou a morte,colocando-se como réu no tribunal daopinião pública — o mais isento —que já o absolveu por unanimidade.Mário Soares da Matta — Rio de Ja-neiro.

?Assistindo pela tevê a noticia do

suicídio do menino Celestino, e toma-do de forte emoção, tive uma crise dechoro compulsivo. E enquanto chora-va, pensei: caso não tivesse uma armaao seu alcance, talvez o menino Ceies-tino tivesse tido mais tempo para re-fietir e. quem sabe. voltado atrás detal atitude. Em nome da "violênciaque anda por aí", pessoas desequili-bradas emocionalmente passaram aandar armadas, à procura de um motl-vo. seja uma briga de trânsito ou umsimples bate-boca. (...) Faço um apeloàs famílias que possuem uma arma emcasa — na ilusória necessidade de sedefender — pelo menos a mantenhamfora do alcance das crianças. (...) JoãoSerra — Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publica-ção no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e le'vel e endereço que permita confirmaçãoprévia.

JORNAL BO BRASIL

Por trás do erro médico

Ale. vandre ViscontiBrick *

A edição da revista I'eja, de maio de90, um editorial do JORNAL DO

BRASIL dc 06/05/90 e constantes repor-tagens na televisão vèm focalizando tãoinsistentemente os erros médicos que, aoleitor ou telespectador mais desavisado,parecerá que ao entrar num consultório

^ médico estará correpdo um risco de vida• tão grande, quanto o que atribuem aoj nosso destemido presidente em suas in-

cursocs esportivas dominicais.Sem comentar que isso irá agravar atão conhecida tendência á automedica-

[- ção. hábito por demais arraigado emj nosso povo e que sempre procuramoscombater, cabe-nos fazer uma análise

; mais profunda do fato, para evitar que secometam injustiças contra toda umaclasse que, apesar de vir enfrentandoobstáculos dc toda ordem, desde a des-! valorização de seu trabalho por organis-mos governamentais até a elaboração dcpropostas capazes de levá-la a um assala-riamento total, mantém-se fiel ao seujuramento, procurando oferecer o que demelhor existe, dentro de suas possibilida-des, aos seus pacientes.

| Neste momento, cm que grande par-cela da população tem enorme dificulda-de em conseguir atendimento primário e,deslealmente, alguns pretendem respon-

L sabilizar os médicos e a área hospitalar,temos o direito de alertar os meios deComunicação para que não generalizemísuas acusações.

_. Existem distorções que devem serapuradas c devidamente punidas; o querção se deve fazer é penalizar toda umaclasse.

' . É necessário que as propostas que'irão orientar a atuação do complexomédico-hospitalar respeitem as caracte-rísticas da profissão médica, que se ba-seia fundamentalmente na responsabili-dade de quem trata para com que étratado.

; Não se estranhe que, na situação emque vive atualmente, o médico se com-porte como um assalariado, com todas as

i suas trágicas conseqüências, levando odoente anônimo a ser tratado pelo médi-co desconhecido.

O que foi feito para reverter estasituação nos últimos tempos?Reconhecemos o esforço e boa tnten-

ção de governantes e dirigentes, inclusivedo nosso atual ministro da Saúde, toda-via nem sempre um rato isolado repre-.senta a verdadeira realidade.

Temos plena convicção de que o pro-fissional médico é um profissional dife-' rendado: ele lida com o que há de maisprecioso a vida humana. E, como tal,deve ser valorizado.

Dói profundamente em cada um denós ouvir alguém se referir á nossa classecom a seguinte definição: "Médico é co-

í mo sal, anda de branco, é barato e tem.em todo lugar."» O profissional de saúde, hoje em dia,se vê obrigado a manter um determinado

j padrão de vida, condizente com sua posi-ção, mas nem sempre compatível com] .seus honorários. O que acontece então?j Passa a trabalhar cada vez mais, num| ritmo estressante, que lhe rouba todo; tempo dedicado á família, ao lazer, aos: estudos, e o torna angustiado, revoltado,

j desatualizado e infeliz.Não podendo atingir os responsáveis

l por tal estado de coisas, tal revolta seráj extravasada naqueles que o cercam, re-• fletindo-se na sua atuação profissional,I doméstica e social.| Nao é pequeno o número dos que,, cansados de lutar, infrutiferamente. se, bandeiam para outras profissões, aban-, tonando tantos anos de esforço, umj ideal maior.! -jo Mas estes ficam no anonimato. Asj manchetes são reservadas àqueles que,premidos pela necessidade ou não (visto; que possuir um diploma de médico não éj garantia de idoneidade moral), praticamj iitos antièticos e, muitas vezes, crimino-I sos.

i a ' Escândalos isolados sempre aguçama curiosidade e. conseqüentemente, ven-

i Üçni mais do que o trabalho árduo, mo-J nótono e desgastante de milhares,i Deste modo, o verdadeiro profíssio-

i nal, vê sua imagem denegrida, seu traba-lho questionado, não faltando ameaças á

sua segurança e á sua integridade física,sem sequer ser aventada a hipótese deque tais "erros" sejam frutos de umafrágil assistência médica falida.

Como já disse Mário Barreto CorrêaLima, "na sociedade de consumo cm quevivemos, a medicina se converteu emalgo que se oferece, algo de que se esperamuito.

Tecnologia sofisticada se mostra nosaparelhos, permitindo diagnósticos maisexatos, medicamentos novos contribuem para a maior eficácia do trata-mento, embora também possam causarmais dano. O progresso advindo da re-voluçào industrial colheu a medicina. E.a seu exemplo, dotou-a de poder decomercialização semelhante, alimentan- •do a crença na infalibilidade c cultuandoa onipotência.

Implícito, pois, no cotidiano humano, o errar também faz parte do cotidiano médico. O erro médico começou coma medicina e, com ela, coexistirá. Umavez isto admitido — pelo paciente, pelosfamiliares e pelos próprios médicos -resta colocá-lo em seu devido lugar, darlhe as devidas proporções e submetê-lo aconsciência coletiva.

Na onipotência do médico e na cre-dulidade da população, um nuto e um;-mistificação. Nem aquele tem o podeisobre a vida e a morte, o mal (doença) to bem (saúde), nem esta há de buscaruma cura certa, apoiada na tecnologiaque o médico intermedia. Mesmo porqueo campo onde estes conflitos são vividos— o hospital — carece de estrutura.

A partir daí, o que se convencionouchamar erro médico começa a ganhardimensão outra, de acordo com as pecu-liaridades de cada pais. Condições precá-nas de funcionamento das instituiçõeshospitalares, deficiência de material, ris-co constante de infecçòes são, dc sobejo,conhecidos. Na análise do sistema per-mite-se ir além: formação deficiente degrande número de profissionais, graças àproliferação quantitativa das escolas mé-dicas; más condições de remuneração ede trabalho, com jornada de 12 e até de24 horas; atendimento de 20, 30 ou domais pacientes cm apenas quatro horas,exames clínicos que não duram mais doque dois ou três minutos.

Com esta nova dimensão conceituai,assumem definição própria os erros pre-tensos. A realidade de erro já não serátão freqüente, porque, então, suas deter-minantes recaem nas mesmas da práticaprofissional - o sistema de saúde e deassistência hospitalar, cuja modificaçãodeu ao médico um salário e, ao paciente,um número.

Não que o erro real exclua a respon-sabilidade profissional - individual oucoletiva — que é c deve ser intransferível.A solidariedade e o silêncio da ética a elese fazem alheios. Este, portanto, o erroque nos cabe coibir (em que pese a doen-ça do sistema), desde o desconhecimentoà incompetência, á negligência, à omis-são e á imperícia.

Eis aí o pretenso erro médico trans-formado em problema psicológico e so-ciai, cada vez mais distante da aborda-gem do problema real: as causas c nào osefeitos. Para as quais há que haver estu-do profundo, debate sério e a propostade meios para combatê-las. Inclusivecom a participação do público, atravésda informação verdadeira, destituída dafalsa imagem que lhe impingem do médi-co e da ciência. Punição e indenizaçãotem o mérito ilusório apenas de safisfazera sociedade e a ganância. Enquanto ocerne da questão permanece intocado, aoabrigo de uma estrutura assistencial fa-lha.

É preciso que os nossos governantestenham em mente que, a organizaçãohierarquizada de um sistema de saúde,deve obedecer a critérios que respeitam acompetência do indivíduo e não à suafiliação partidária.

Valorizando-se o trabalho honesto ecapaz, temos a certeza de que os chama-dos erros médicos serão minimizadospela correção da causa, e teremos umamedicina e um atendimento hospitalarcompatíveis com os anseios deste nossosofrido povo.

_ Opiniao

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O ^rasil

^; ex^ra°rdinariamente coerente: acabou com a mata ^1^atlantica, destroi cuidadosamente a amazonia e, no piano econo- $nuco, continua a viver na lei da selva 5 3°

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UM TIKOSO I

Rio,

Roberto Mediriapolítica e

paixão

• Professor da Faculdade de Medicina daUFJF, ex-presidente da Sociedade de Mediei-na e Cirurgia de Juiz de Fora, MG

Não adianta mais ficar martelando

na mesma tecla, dizendo que o Riode Janeiro está sujo, falido, abandonado,com a saúde em estado de coma, a edu-cação desmoralizada e ineficiente, vio-lento e inseguro. Tudo isso já se tornoucansativo lugar-comum. Todo mundosabe. O Rio precisa de ação. Sem prejuí-zo de planejamento a médio e longoprazos, a Cidade e o Estado exigem solu-ções urgentes. Já.

Esta decisão de recuperar o Rio deJaneiro é. antes de tudo, política. A revo-luçáo inadiável terá de ser feita pelo vo-to E cariocas e fluminenses são bastantepolitizados para isso. Mas é forçoso re-conhecer que esta determinação políticapassa necessariamente pela moderniza-ção, pela onda de mudanças que tomouconta do mundo.

Ela jamais poderá atingir objetivos dereconstrução se não houver grande dosede bairrismo, com fortes condimentos depaixão. Nós, cariocas e fluminenses, deve-remos ser mais egoístas. Enquanto o Riodesaba ao sabor da incompetência, nóslicamos aqui a nos preocuparmos com oBrasil, com problemas nacionais, esque-cendo-nos de nós mesmos, de nossas ma-zelas e problemas do nosso Estado.

Há mais de 20 anos, sucedem-se ad-nunistraçòes c permanece a ineficiência,alastra-se a incompetência, eternizam-seos mesmos problemas. Esgotaram-semeios e métodos os mais diversos semque obtivèsscmos qualquer resultado po-sitivo. Ao contrário, a situação se agra-va. Daí se pode concluir que não adiantainsistir com modelos gerenciais ultrapas-sados, rejeitados 110 mundo inteiro, jus-lamente pela incapacidade.

E nada vai mudar se cariocas e flumi-nenses nào tomarem essa tarefa comoponto de honra. Sc as ditaduras comu-uistas (oram banidas da Europa do Les-te, se o muro de Berlim foi abaixo, se aglaxnol e a pcrcstroiku chegaram á UniãoSoviética, foi porque seus povos assim oexigiram através da luta permanente, pe-Ia participação, mesmo contida pela for-ça da repressão. Nada acontece de graça.Sem vontade e determinação.

O Rio exige isso de sua sociedade. Eela está perfeitamente apta a promover

esta mudança radical. Cariocas e flumi-nenses são tradicionalmente contestado-res. Votam contra, principalmente noâmbito nacional. Esta revolta sagrada,porém, precisa ser dirigida, primeiro pa-ra dentro de casa. Nào podemos deixarfugir, por entre os dedos, impassíveis,toda a potencialidade que temos.

Enquanto paulistas, mineiros, nor-destinos e sulistas lutam em Brasília pe-los seus interesses regionais, nós aquipermanecemos numa atitude falsamentesuperior, como se só os grandes proble-mas nacionais nos Interessassem. E11-quanto isso, o Rio definha. Vamos, aocontrário, olhar para dentro, tratar denossos problemas, cuidar do que é nossoe nos afeta direta e diariamente.

Não há dinheiro que possa construirum Rio dc Janeiro Todos os dólares domundo seriam incapazes para criar nos-sas praias, nosso litoral de águas trans-parentes, nossas serras. Não há comoconceber gente amável e alegre, receptivac carinhosa como o povo do Rio. A maisperfeita e avançada tecnologia nào con-segue fabricar o charme do carioca.

O Rio de Janeiro é a porta de entradado Brasil. É o cartão-postal deste Pais.Ninguém tem o direito de desprezar isso,de nào cuidar dessas coisas lindas quesão nossas. Mas também nào devemosperder tempo com assuntos que não nosdizem respeito ou forçar soluções para asquais nào temos vocação Não há des-culpas para omissões.

Precisamos ter, pelo menos uma vezpor mês, espetáculos de alto nível, de ma-neira que a imagem do Rio seja levada aoar, internacionalmente, para mostrar a bc-leza de nossa gente, as maravilhas de nossanatureza, as opções de lazer, de forma aatrair turistas c divisas. Para gerar empre-gos e permitir altos salários, única maneirade resgatar a imensa dívida social quetemos com o nosso povo. Mas para isso éindispensável o Governo abrir espaços pa-ra a iniciativa privada. Aceitar de braçosabertos a economia dc mercado, a livreconcorrência, consagrada no mundo intei-ro como a melhor opção

E nào é só no turismo que as empre-sas privadas podem participar do desen-volvimento e da recuperação do Rio. Osexemplos sao muitos c exigem ação. Nàoadianta abraçar a Lagoa Rodrigo de

Freitas e permitir que suas águas conti-nucm poluídas e fétidas. Empresas jáadotaram ruas e praças. Podem adotar aLagoa. No campo da saúde há o exem-pio du Bradesco Seguros, que patrocinaos Anjos do Asfalto, uma iniciativa pio-neira dc socorro médico em estradas, quejá salvou muitas vidas.

Por tudo isso, a solução é políticaNão adianta insistir no atraso, no velho,110 que já passou. É indispensável partirsem medo decididamente para a moder-nidade, para o novo. Chega de velhosfracassos. A saída está na eficiência, nacompetência, sinônimos do que há demais moderno no mundo, do que deucerto, do sucesso.

Muitos se surpreenderam porque, cmrecente pesquisa, tive pessoalmente omaior índice de intenção de votos entretodos os possíveis candidatos liberais.Afinal, não faço política partidária, ja-mais fui — e continuo nào sendo —candidato a coisa alguma. Então, porque teria eu esta preferência? Porque oscariocas me conhecem. Conhecem o pas-sado dc minha família, a dedicação quehá duas gerações damos a nossa Cidade.Aprendi a amar o Rio com meu pai, quetambém jamais foi político. Mas é comoeu sou — um irreversível c incontidoapaixonado por esta Cidade. É isto que oRio e seu povo querem: paixão, trabalho,seriedade e eficiência.

Nào há mais tempo a perder, comonào adiantam mais lamúrias. Tenho ab-soluta certeza de que a empresa privadadeste Estado está pronta para assumirseu papel. Basta que o Governo lhe abraas portas. Há soluções para quase todasas áreas: na saúde, nos transportes, 11aeducação, na defesa do meio ambiente.Os exemplos são muitos de empresasparticulares colaborando e resolvendoproblemas que diziam ser insolúveis.

O importante é que cada um assumaseu papel. Os políticos se voltem paranossos problemas. Os empresários parti-cipem, o povo ajude, a sociedade colabo-re. Mas é importante ter sempre em men-te que esta revolução inadiável só poderáser feita pelo voto consciente deste eleito-rado que tem afeto pela política e paixãopor sua Cidade c seu Estado. Ou parti-mos para o moderno ou nos condenarc-mos á agonia que precede a morte.

terça-feira, 29 5 90

O preço da

ingenuidade

Marcelo Medeiros *

Ononsense de ilustres personagensdo atual governo assombrou nasemana passada a consciência jurídicanacional. A audácia e a ignorância de

princípios elementares de direito sur-preenderam as lideranças do governona Câmara e no Senado, o ministro daJustiça e o consultor-geral da Repúbli-ca, que se apressaram em cobrar dopresidente Collor um "puxão de ore-lhas na sua jovem e impulsiva assesso-ria econômica.

^ Nesta semana a função de "bonibei-ro" coube ao ministro do Trabalho. Namoita. Rogério Magri, ex-sindicalista,convenceu o presidente de que a livrenegociação salarial proposta pela mi-nistra da Economia, embora represen-tasse um avanço nas relações trabalhis-tas, seria profundamente prejudicial áclasse trabalhadora.

Atropelando o Congresso que, poriniciativa das lideranças de oposição, semobiliza para votar uma lei estabele-cendo normas para as correções sala-riais, o ministro do Trabalho anunciouque o governo irá apresentar outra pro-posta sobre o assunto.

A sensibilidade política do ministroMagri pode salvar o Plano Collor deuma retumbante derrota parlamentar.Pois é lógico que os parlamentares nãoconcordarão com o índice zero de repo-siçào salarial quando o próprio prcsi-dente Collor atesta uma inflaçào supe-riora3%.

A ingenuidade de supor que os con-gressistas vào admitir como verdadeirosos números da inflação apregoados pelaministra, é a mesma que presume aaceitação pacifica do confisco salarialpor parte dos trabalhadores e da JustiçaTrabalhista.

A condescendência com que o Con-gresso Nacional e o Poder Judiciáriovêm respaldando o esforço do presiden-te da República para controlar a infla-çâo esbarrou no açodamento e na auto-suficiência da área econômica do gover-no.

Falta-lhe experiência, sensibilidadepolítica e administrativa. O simplesanúncio de novos "pacotes cconômi-cos", que já provoca pânico na popula-ção, sobressalta agora os três poderes.Em pouco mais de uma semana aministra Zélia bateu de frente com oministro da Justiça, com o ministro doTrabalho e suportou cabisbaixa a re-prcensâo do presidente da República.

A oposição vitoriosa de Magri — oúnico trabalhador braçal a integrar oministério — âs determinações inconse-quentes dos eruditos da equipe econó-mica, poderá até evitar a sucessão degreves programadas.

A revogação — por uma portaria!— da lei que estabelece a obrigatorieda-dc da reposição salarial correspondenteaos níveis inflacionários (conquista sua-da da classe trabalhadora) anula o su-cesso do marketing político do governo.Consegue, ao mesmo tempo, indignar aclasse trabalhadora e apavorar os cm-presários que sofrerão as conseqüênciasdc uma lei dc reajuste salarial votadacm plena campanha eleitoral.

Os deputados e senadores quedisputarão a reeleição cm 3 de outubronào imaginavam receber um presentetão generoso do governo Collor. O PTretorna estimulado aos piquetes e àsportas das fábricas.

Desprestigiado, sem um tema nacio-nal c popular capaz de mobilizar o elei-torado para a renovação dos mandatosparlamentares, o Congresso Nacionalganhou, no momento exato, o monopó-lio das atenções das classes trabalhado-ras. com vantagem para a oposição.Exatamente o que Collor nào queria."Essa moça", acusa o presidente doSindicato dos Metalúrgicos. Luiz Antò-nio Medeiros, "tem

que saber que cau-sou um grande prejuízo na relação dogoverno com os trabalhadores e, por-tanto, na credibilidade do 'plano":

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Josué Montello *

Um dia destes, como se cu nào

tivesse mais o que fazer, dei pormini a mc perguntar: qual teria sido oprimeiro comício político que se rea-lizou no Brasil?

A pergunta, vejo eu agora, tinha asua razão de ser. Com eleito, daqui aalguns dias. estaremos a assistir ao iní-cio da campanha nacional para as elei-ções de 3 de outubro. E, como nào háeleição política sem comícios, irão esteséclodir em todos os pontos do país.. _ Hoje, com a televisão e o rádio, jánão se fazem mais oradores comoantigamente, quando era de praxe iraos largos e ás praças para ouvir osmagos das orações inflamadas.

Quer isto dizer que estão a nosfazer falta um Otávio Mangabeira,um João Neves da Fontoura, umCarlos Lacerda, para recordar três

;mestres que souberam recolher a he-rança intelectual de um Nabuco oude um Rui Barbosa, como intérpretes

Jo povo na praça pública.A televisão, mais do que o rádio,-impôs ás campanhas políticas um no-

vo estilo. Ao contrário do que ocorrerio comício, o orador político, isolado

,num estúdio, nào vê aqueles a quemse dirige. O mais das vezes, para nào

ter a sensação dc que fala sozinho,precisa imaginá-los á sua frente, jáque sc dirige ao imaginado c ao faz-de-conta, se não lhe arranjam, comoamostra, uma saleta repleta, commeia dúzia de correligionários.

Ora, na campanha política, o bommesmo é quando o povo vai á praça,e ali se concentra e permanece, esque-cido das horas, noite a dentro, oupara o aplauso, ou para a vaia.

Sim, a vaia, que todos temem éinstrumento da luta. Como o aplau-so, faz parte do diálogo do oradorcom o povo. Por vezes serve de pre-texto para que a pateada se transfor-me em ovação, se o orador tem arcu-mento e garganta para mudar adireção da ventania.

Conta-se que o presidente Was-hington Luís, em 1930. ao partir parao exílio, atravessou debaixo de vaia amultidão que se comprimia no caisdo porto para vê-lo embarcar. Com-bativo, enérgico, destemido, o presi-dente deposto manteve a cabeça le-vantada, limitando-se a dizer aooficial que o acompanhava:

— Não se impressione. A vaia é oaplauso dos que nào gostam.Joaquim Nabuco, numa de suas

campanhas políticas, foi esplendida-mente vaiado no Teatro Santa Isabel,

O primeiro comício

políticoinVw\ «,-» d r.» J:_._ 1 •

' Advogado e jornalista

no Recife, e disto deixou registro no seuDiário. Sinal de que a pateada lhe doe-ra.

A Revolução de 1930 foi ganha napraça pública, nos comícios políticosda Aliança Liberal. Os tribunos popu-lares abriram caminho ao movimentoarmado, transformando a opinião deuma elite rebelde em opinião nacional.

Nos comícios de outrora, sem o re-curso dos amplificadores de som, a efi-cácia de um tribuno dependia do volu-me e do alcance da voz. Rui Barbosa,pequeno, magro, fazia-se ouvir na der-radeira fila de um grande auditório ounos confins da praça pública, tanto pelosilêncio em seu redor quanto pela niti-dez natural de suas cordas vocais.

Hoje. a voz do orador sobe oudesce, cresce ou diminui, ao sabordos recursos sonoros de que podedispor. Com a televisão e o rádio,com o vídeo e o cinema, com asgravações e as montagens astuciosas,o tribuno se agiganta facilmente, dc-pendendo dos técnicos de som.

Se o comício ganhou outros recur-sos, como instrumento de ação e co-municação política, graças a tais ex-pedientes, nào terá, hoje, aprevalência do comício de outrora,quando era ele apenas que por vezesdecidia uma vitória ou uma derrota.

Mas a verdade 6 que, ainda hoje, á

revelia da televisão e do rádio, umacampanha sem comício é corpo a quefalta a cabeça

Vejo agora que, deixando os de-dos tagarelarem no teclado da má-quina, estava a me esquecer do pri-meiro comício que se realizou 110Brasil. Sim, sim: Quando foi? E onde?Quem o promoveu?

Não foi na República. Nào foi noImpério. Mas na Colônia, quando oBrasil ainda se constituía, que ocor-reu nosso primeiro comício. E come-çou bem. Esplendidamente. Tantoque suscitou, logo a seguir, uma revo-lução genuína, decidida pelo povo,assumida pelo povo.

No Rio de Janeiro? Em Sào Pau-lo? Em Salvador? Nào. Na minhaSào Luís, ainda no século XVII.

Suponho que ninguém ainda aten-tou para este fato histórico. Pelo me-nos não conheço comentário ou re-gistro além da fonte clássica emque o recolhi: o Jornal do Tintou, dcJoão Francisco Lisboa.

O ambiente da terra maranhense,na época, nada tinha de pacífico. Opadre Antônio Vieira, que morou porlá, nào hesitou em subir ao púlpitopara afirmar que, no Maranhão, tu-do mentia, inclusive o tempo. E tinhaboas razões para irritar-se, desde queali pusera os pés.

Realmente, à chegada do padre

Vieira a Sào Luís, ocorreram gravesdesordens, com um agitador local, Jor-ge Sampaio de Carvalho, a sublevar opovo, de uma das janelas da Casa daCamara, insultanto os padres, quercn-do acabar com eles. Vieira, com todo oseu poder verbal, só encontrou umapalavra para definir esse agitador, cha-mando-o de bêbado.

Diz-nos um velho historiador que,em Sào Luís, "as desordens, as lutas eos escândalos em que viveu a terradesde que se expulsaram os franceses,foram tomando um caráter de violên-cia crescente". E é neste ambiente deagitação que estoura a notícia de quefora concedido a uma empresa deLisboa, por 20 anos, o privilégio ex-clusivo do comércio no Maranhão.Ardeu Tróia. Estava lançado o pre-texto da insurreição.

Aproveitando uma procissào, reu-niu-se o povo num dos extremos dacidade, na chamada Cerca dos Capu-chos, e foi ali que Manuel Beckman,com um discurso, sublevou a multi-dão. Era de noite, já tarde. A massahumana se deslocou para o interiorda cidade, e foi despertando o restoda população, a gritar, a bater nasportas, até que chegou á casa docapitão-mor, e o prendeu, entregan-do-o — veja-se bem — à guarda daprópria mulher. O capitão-mor pro-testou, ainda mais exaltado:

— Prefiro a morte! — exclamou.A onda humana cresceu, espa-

lhou-se, tendo à frente Manuel Bcck-man, e dominou forças armadas, reli-giosos, autoridades. Diz-nos o padreBcttendorff, no relato do motim, queaté os meninos das escolas engrossa-ram a turba, trazidos pelos pais.

A revolta, como se sabe, teve o seufecho com o suplício de Beckman, acuja memória a cidade ergueria ummonumento.

Enquanto durou a sublevação,Beckman passou o mais dc seu tempoa falar ao povo de uma janela daCasa da Câmara. E é ainda JoàoFrancisco quem relata: "Pareciacomprazer-se neste exercício, c lison-jeava-se e desvanecia-se com osaplausos que a sua eloqüência jamaisdeixava de acarear."

Uma testemunha, Teixeira de Mo-raes, foi além no registro da eloqüên-cia de Beckman: "Era de pasmar vereste homem, aliás ignorante das re-gras da oratória, tão bem aceito da-quelcs mesmos que o conceituavamde perdulário e de louco."

De qualquer modo. estavam assiminaugurados os comícios políticos noBrasil. Com plena aceitação popular.• Bscntor, membro da Academia Brasileira de

L etras

10 ? 1" caderno ? terça-feira, 29/5/90 Meio Ambiente /Saúde JORNAL DO BRASIL

Brasil pesquisa uso

de planta para medir

poluição atmosférica

SÃO PAULO — O Brasil vai poder usar plantas comobioindicadores puni medir a qualidade do ar, a composiçãode poluentes e os danos causados ao meio ambiente dedeterminadas regiões. Cientistas brasileiros e alemaes estãodesde o ano passado pesquisando as plantas mais adequadas,num trabalho que integra um projeto maior de cooperaçãoentre a Alemanha Ocidental e o Brasil para estudos multidis-ciplinares e integrados de dinâmica de circulação de poliicn-tes, o papel da água das chuvas no transporte e deposiçãodesses poluentes e seus efeitos sobre a vegetação. Na Alemã-nha, os caríssimos aparelhos de monitoramento de qualidadedo àr já são em muitos casos substituídos por plantas, queapresentam os mesmos resultados.

O Brasil tem como representantes a Secretaria do MeioAmbiente (Instituto de Botânica e a Companhia de Tecnolo-gia e Saneamento Ambiental — Cetesb), a Universidade deSão Paulo (Institutos Astronômico e Geofisico, de Física e deQuímica) e o Instituto de Química da Universidade da Bahia.Os técnicos desses órgãos trocarão experiências com pesqui-sadores e biólogos das Universidades de Dortmund, Essen.Frankfurt, Karlsruhe, Kassel e Essen. Um casal de biólogosde Essen — Andreas e Gabriel Klump — já está no Brasil,onde passará dois anos monitorando os trabalhos de experi-mentação, que serão todos desenvolvidos na Serra do Mar.

Os sistemas bioindicadores são conjuntos de plantas que,expostas ao ar poluído, apresentam sintomas visíveis dedanos, como necroses, cnrolamentos de folhas, manchas ou aprópria parada de desenvolvimento. Através da coleta dematerial é possível verificar as modificações químicas geradaspor cada poluente e associar a quantidade com o tamanhodos danos. Como o clima na Europa, onde prevalecem asflorestas temperadas, é outro, é necessário agora testar ocomportamento de diversas espécies nas florestas tropicais.Cubatão foi escolhida por ser uma cidade com grande lontede poluição, já que em uma área de cerca de 40 quilômetrosquadrados estão instaladas 23 indústrias que emitem 230fontes de poluentes.

Módulos — O projeto total, iniciado em junho do anopassado, contém três módulos de estudos: química, transpor-te (como essas misturas chegam até o solo) e o de vegetação esolo. Até 1991, a Alemanha e o Brasil deverão gastar 1,5milhão de BTNs ( aproximadamente CrS 63 milhões). Serãousados três sítios experimentais, com observações paralelasdas plantas que já existem na área. A princípio serão testadasalgumas espécies que existem no Brasil e são utilizadas roti-neiramente na Alemanha, como o gladíolo (palma de santarita), a gramínea lolium, o tabaco e a urtiga. A lolium, porexemplo, que detecta acúmulo de enxofre, flúor e metaispesados, é colhida a cada duas semanas em várias cidades daAlemanha para verificar a qualidade do ar.

Para se ter uma idéia do que se pode economizar caso ossistemas sejam desenvolvidos com sucesso, basta dizer quecada aparelho de medição automática que será trazido para oBrasil para auxiliar os trabalhos custa em torno de USS 500mil. "Nós pretendemos em um primeiro momento quantificara sensibilidade e a resistência de algumas plantas e a relaçãoentre essa quantidade e o efeito causado na planta", diz ocoordenador científico do projeto no Brasil, Roque Monte-Ícone, coordenador da área de pesquisa da Secretaria do MeioAmbiente de São Paulo. Mais tarde, as plantas poderãosubstituir estes aparelhos. Os trabalhos de campo deverãoiniciar efetivamente a partir de setembro.

No Rio, a Fundação Estadual de Engenharia e MeioAmbiente (Feema) pretende usar peixes como bioindicadoresde poluição nos rios, começando pelo Paraíba do Sul. Aoinvés de avaliar a qualidade da água identificando a presençade substâncias químicas poluentes em amostras recolhidasperiodicamente, a idéia é medir essa toxicidade através docomportamento dos peixes. Se morrerem, é sinal de que háalgo de errado com a água do rio. No momento, técnicos daFeema discutem com as indústrias químicas o valor de umíndice máximo de toxicidadde permitido.

Recile — Natanael Guedes

j d

'^atingiu

cerca de 90 % da populu^du

Saúde vai a favelas

de Recife

e mortalidade infantil cai 32%

Vera Ogarulo

RECIFE — Aocontrário do atendi-mento precário ofere-cido pela rede públicade saúde em quase to-do país, inclusive emPernambuco, o proje-to de assistência pri-mário materntí-infan-til, desenvolvido emquatro comunidadesde baixa renda doRecife, tem funciona-do como um eficientesistema paralelo.Criado inicialmentepara reduzir a morta-iidade infantil emPernambuco, o pro-grama conseguiu di-minuir o número deóbitos de criançasprovocados por diarréia em 32% efoi mais além: 95% das gestantes têmacompanhamento pré-natal; mais de90% das crianças estão sendo vacina-das; e 72% dos recém-nascidos têmrecebido o aleitamento materno até oprimeiro mês de vida.

Coordenado pelo Instituto Mater-no-lnfantil de Pernambuco (1MIP) efinanciado pelo Fundo das NaçõesUnidas para Crianças (Unicef), oprojeto foi implantado em quatro la-velas da capital — Vietnã, Santa Te-rezinha, Coelhos e Caranguejo —.que agrupam 20 mil pessoas, e contacom a participação da própria cornu-nidade. O posto médico de cada umadas localidades foi construído pelaprópria comunidade, que, através daassociação de moradores, indica osagentes de saúde, pessoas da própriafavela que recebem treinamento e fi-cam responsáveis pelo trabalho deprevenção nas visitas domiciliares.Há 36 agentes nas quatro favelas ecada um é responsável pela visitamensal a 50 casas, ou seja, cercade 100 crianças.

"Esse é um dos pontos principaisdo programa", explica Tereza Cristi-na Bezerra Leal, ginecologista do1MIP, a quem cabe a coordenação doprograma. No ano passado, 24.297crianças foram visitadas em suas ca-sas pelos agentes de saúde, a maioriada favela de Santa Terezinha(11.834). Conferir o cartão de cada

criança de 0 a 5 anos para ver se avacinação está em dia e ensinar afazer o soro caseiro são algumas dasorientações dadas pelo agente de saú-de às mães nas residências.

Além das visitas domiciliares, osagentes de saúde, que recebem treina-mento de médicos do Imip durantetrês meses c anualmente passam porum processo de reciclagem, dão expe-diente nos postos comunitários. Elesaplicam vacinas e pesam as crianças,dão atendimento primário de saúde edistribuem os alimentos do Inam àsfamílias da comunidade. Mas as mãese as crianças também têm direito aassistência médica: um ginecologista,dois pediatras e um odontologistadão, duas vezes por semana, expe-diente no posto comunitário, ondecada um atende, por dia, aproxima-damente 20 pessoas. Uma vez porsemana técnicos, agentes c médicosdo programa se reúnem com os mo-radores para um trabalho educativo.

A Unicef encontrou dificuldades,há seis anos, para que o programafosse desenvolvido sob a coordena-ção das secretarias estadual e munici-pai de Saúde. O Imip, então, resolveubancar o projeto, entrando com oquadro médico. A partir do terceiroano o quadro se modificou. A secre-taria estadual passou a pagar osagentes de saúde e a doar metade dosrecursos materiais (sobretudo remé-dios) usados nos postos.

A nova opção de

dona MauricéiaMauricéia Emília de Santana, 45

anos, foi uma das 1.500 mães da fave-la do Vietnã, no bairro de San Mar-tin, que passaram a ficar mais des-cansadas depois da instalação doposto de saúde para atendimento pri-mário materno-infantil. "Antes eu ti-nha que andar até o posto de saúdeda Ceasa (a cinco quilômetros), pas-sar a noite lá para conseguir que omédico atendesse a mim ou a meusmeninos", conta ela, mãe de 18 fi-lhos, casada com um vendedor am-bulante. "Quando era pra ir ao hos-pitai, demorava muito tempo porqueeu não tinha dinheiro para pagar apassagem", acrescenta.

Hoje, Mauricéia leva sistematica-mente seus filhos ao posto, sobretudoos cincos mais novos, que têm menosde cinco anos e, por isso, têm peso evacinação acompanhados de pertopelos agentes. "Às vezes, quando es-queço e atraso um dia da data marca-da para o atendimento, o pessoal doposto avisa logo", diz. Ela faz regu-larmente exames ginecológicos e têmusado anticoncepcionais para evitarmais filhos. "Eu não posso me operarporque sofro do coração. Por issoestou tomando remédio para não termais menino", diz.

Americanos discutem

efeitos colaterais

em droga salva-vidas

WASHINGTON — Reacendendo o debate sobre aliberação de drogas experimentais para o tratamento daAids, da Agência Geral de Contabilidade dos EstadosUnidos (GAO) divulgou um estudo afirmando que mais demetade dos medicamentos aprovados pela agência contro-ladora de drogas e alimentos (FDA) provocam sérios efei-tos colaterais, podendo levar à hospitalização, invalidez eaté à morte. O estudo, criticado pelo Departamento deSaúde e Assistência Social, foi encomendado pela Câmarados Deputados.

O Departamento de Saúde, que não aprova a metologiaempregada, teme que o relatório alarme os consumidoresdesnecessariamente, provocando a rejeição de drogas salva-vidas pelo medo de efeitos adversos extremamente raros."O estudo da GAO é uma importante advertência deque a aprovação da FDA não é uma garantia de que asdrogas sejam completamente seguras", disse o diretor dosubcomitê de recursos humanos e relações intergoverna-mentais da Câmara, Ted VVeiss, que requisitou a pesquisa.

Segundo o estudo, 51,5% das 198 drogas aprovadas pelaFDA durante um determinado período apresentaram "sé-rios riscos posteriores à sua aprovação", exigindo a inclusãode uma advertência no rótulo do medicamento ou, em casosmais raros, sua retirada do mercado. Em setembro último,todas essas drogas — à excessâo de seis — ainda estavamsendo comercializadas "e o FDA considera que seus beneli-cios superam os riscos", afirma o estudo.

Entre os efeitos colaterais citados pela GAO incluem-seinsuficiência cardíaca, dificuldades respiratórias, paradarespiratória, convulsões, insuficiências renal e hepática, gra-ves alterações no sangue, defeitos congênitos e cegueira. Oestudo diz ainda que as drogas liberadas para uso infantilapresentam o dobro dos riscos.

Salva-vidas — O Departamento de Saúde lamentouque o estudo não tenha discutido os benefícios dos medica-mentos, inclusive daqueles que apresentam riscos mais gra-ves. "Muitas drogas salvaram vidas e melhoraram a quali-dade de vida de milhões de pessoas", afirma umadeclaração do Departamento de Saúde. "Alguns dos medi-camentos apontadas como causadores de efeitos colateraissão também o único ou o melhor tratamento disponívelpara algumas doenças, ou uma segunda opção para serusada quando todos os outros medicamentos falharam."

Jeff Nesbit. porta-voz da FDA, acrescentou que "mes-mo os mais aprofundados testes realizados antes do remé-dio ser posto à venda não podem cobrir todas as circuns-tâncias. É possível que 3 mil pessoas testadas por umperíodo de meses ou anos não apresentem uma reação rara.que só ocorra depois de um longo período de consumo dadroga, ou que afete apenas uma pessoa em 10 mil."

A pesquisa da GAO se baseou nas modificações nosrótulos dos medicamentos nos anos seguintes à sua aprova-ção, para apurar se surgiram efeitos colaterais subseqüen-tes. A FDA costuma acrescentar advertências sempre queseus monitores observam problemas sérios após a liberaçãoda droga.'Eventualmente, se esses problemas são extrema-mente graves ou bastante disseminados, a agência retira omedicamento do mercado.

O estudo da GAO afirma que as drogas que apresenta-ram efeitos colaterais graves após sua liberação foramaprovadas mais rapidamente do que outras, que não apre-sentaram riscos. Uma clara indicação de que o alvo visado éa aceleração da aprovação do uso de drogas experimentaispara o tratamento da Aids e outras doenças fatais.

Artigo extrafdo

do Jornal do BrasiL

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\ O JORNAL MAIS /%C!RCULADO NO WO./

JORNAL DO BRASIL. Economia terça-feira, 29/5/90 ? 'caderno ? 11

Risco de insolvência cresce com a queda

da inflação

Informe Econômico

A questão da nova política salarial é umagrave complicação para o governo. To-

dos os planos anteriores tiveram alguma for-ma de recomposição salarial com base nainflação passada (o gatilho, do Cruzado, aURP, do Bresser, por exemplo) e é exata-mente isso que a atual equipe econômica nãoquer fazer. Tem lógica. Na medida em que secorrigir, digamos, o salário de maio pelainflação de abril, imediatamente começa agirar a ciranda pela qual a inflação de junhoserá no mínimo igual ao índice de reajustesalarial de maio — igual, portanto, no mini-mo à inflação de abril.

O índice de reajuste salarial torna-se opiso da inflação. Todo mundo vai corrigirseus preços conforme aquele índice. E serestabelece a inércia: a inflação de um mês ésempre a do mês anterior mais alguma coisi-nha nova.

A prefixação de correção de salários ain-da não havia sido tentada em tempos recen-tes. Era a idéia do Plano Collor: os saláriosseriam corrigidos não pela inflação passada,mas pela estimativa de inflação futura a serprefixada. Mas o governo logo abandonouessa idéia, porque era outra armadilha: nacultura inflacionária em que vivemos háanos, fatalmente todos os agentes econômi-cos aumentariam seus preços, no mínimo epreviamente, conforme a inflação prefixada.Se o governo fixasse a meta de 5%, porexemplo, todo mundo aumentaria logo 5% eficaria à espera das novidades.

Por isso a prefixação loi abandonada.Por isso, o ideal para o Plano Collor é

não ter nada, nem política salarial, nem índi-ce oficial de inflação. Deixar que o pessoal sevire.

Conclusão: a equipe econômica não tempressa nenhuma em definir essas políticas; 3Bom negócio

Quando a percstroika chegar a Cuba, algunscubanos terão excelente negócio a fazer: exportarpara os Estados Unidos velhos carròcs america-nos ainda em circulação em Havana. Nada, nada,um cadillac 59. conversível, está custando poucomais de US$ 100 mil.Petróleo

As reservas de pe-tróleo do Brasil alcan-çam 2 bilhões e 550 mi-lhôes de barris,segundo a estatísticadivulgada pela Organi-zação Latino-America-na de Energia (Olade),sediada em Quito(Equador). A AméricaLatina c o Caribe dis-põem de reservas de

114 bilhões e 343 mi-Ihões de barris, sendoque'a Venezuela e oMéxico possuem91,4% desse total. AArgentina, que costu-ma ser citada comouma região petrolíferaem extinção, não estáem situação tão ruim:suas reservas totalizam2 bilhões e 268 milhõesde barris.

CumpriuO presidente do Banco Central, Ibrahim Eris,

prometeu e cumpriu. Realizou amplas consultasno mercado financeiro para decidir sobre o fimdas operações de redesconto. "Assim, as coisasficam bem mais fáceis", comemora o presidenteda Federação Brasileira das Associações dos Ban-cos, Léo Wallace Cochrane Júnior.Segurança

O Banco Goldmine, o maior comprador deouro do país, acaba de se associar com a Brink's,empresa especializada em transporte de valores,para fundar a Inhumas Táxi Aéreo. O principalobjetivo desta joint venture, que já conta com trêsaviões e um lear jet, será o transporte aéreo devalores na região Norte do país.Sete chaves

O ex-presidente do Banco Central CarlosGeraldo Langoni ensina: — Só quem já foi gover-no sabe o perigo que representam cofres públicoscheios de dinheiro. Eu escondia o leite mesmoporque a capacidade do governo de descobrirnovas formas de gastar é incrível.Então, manda

A companhia catarinense Perdigão Agroin-dustrial chega a Portugal. De olho na unificaçãoeuropéia em 1992, a Perdigão associou-se com oGrupo Valouro Frigoríficos Persuínos e, em ju-lho, inaugura sua fábrica portuguesa de embuti-dos de aves e carnes bovinas. A produção será de250 mil toneladas e a expectativa de faturamento éde USS 50 milhões.Descendo do muro

O empresário Ricardo Semler assumiu. Alémde ter sc filiado ontem ao PSDB paulista, com aressalva de que não financiará campanha de nin-guém, Semler não pensou duas vezes para afirmarque o atual governo está controlando a inflaçãoartificialmente. Pelas suas contas, a inflação atin-girá a casa dos 10% logo após as eleições deoutubro. "Isto só não acontecerá antes por contados mecanismos autoritários do governo que, arti-ficialmente, podem segurar a inflação", explicaSemler. Ele não acredita, porém, em nova expio-são da espiral inflacionária. "A economia está sobcontrole."

Carlos Alberto ^(irdcnbcr^y com sucursais

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SAO PAULO — Cara a cara com um novoquadro econômico, onde a inflação é baixa e omercado financeiro já não serve de bengala paraninguém, o empresário brasileiro enfrenta umproblema delicado para ajustar-se à nova reali-dade: sobreviver às custas de sua própria efi-ciência. "Vem insolvência braba por aí", avisa opresidente do Instituto de Economia da Asso-ciação Comercial de São Paulo, Mareei Soli-meo, que contabilizou, neste mês, uma elevaçãode 12% na média diária de títulos protestadosem São Paulo.

A maior inflação da história do Brasil, regis-trada no ano passado, sabe-se agora, foi res-ponsável pelo mais baixo número de insolvên-cias já testemunhado em São Paulo. "Nuncaregistramos tão poucas falências e concordatascomo em 1989", informa Solimeo. Um fenôme-no que reproduz, quase 70 anos depois, o ocor-rido na Alemanha de 1923 — uma terrívelcombinação da vulnerabilidade da economiaem contraste com a saúde improvisada das suasempresas."Cerca de 90% das empresas brasileiras nãopossuem sistema de cálculo de custos", afirmaMárcio Orlandi, diretor da Arthur Andersen, amultinacional americana que presta serviços deauditoria e consultoria a mais de 1.500 empre-sas no Brasil. A liberação de preços, que já seencontra na segunda semana de vigência, não

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Solimeo: fim dos ineficientes

serviu para reerguer a rentabilidade dessas em-presas — principalmente as pequenas e médias."A taxa enorme de desperdício e ineficiênciaque a inflação absorvia ficou a descoberto",afirma o consultor.

A ausência de um cálculo razoável de custos

faz com que um litro de soro fisiológico (águadestilada e sal), utilizado para lavagem de lentesde contato, custe nas farmácias Cr$ 135, en-quanto uma embalagem com a quarta parte domesmo líquido seja vendida por Cr$ 335 — ouseja, o mesmo produto, no mesmo local, custadez vezes mais.

Cenário enlouquecido — Neste mês,a Sanyo do Brasil passou a fornecer a suasoficinas autorizadas acessórios com a etiquetada loja de departamentos Mesbla. Embora opresidente da Sanyo, Kensaku Katayama, nãoqueira falar sobre o assunto, sabe-se que, naponta do lápis, tornou-se mais vantajoso para aempresa caçar esses acessórios nas prateleirasdo comércio que fabricá-los. O cenário enlou-quecido de preços desencontrados pela espiralinflacionária está longe da uniformização. Umcopo de água continua mais caro que umagarrafa de refrigerante e, em muitos bares, queum litro de leite."E preciso analisar se não é o leite e orefrigerante que estão fora do preço", propõeOrlandi, da Andersen. "Se for, o laticínio e aengarrafadora são sérias candidatas à insolvên-cia", diz o auditor. Na opinião de Mareei Soli-meo, só o acirramento da concorrência terápoder suficiente para uniformizar os preços."Mas o preço desse fenômeno será a eliminaçãodos ineficientes", alerta o empresário.

Comércio recorre a crédito próprio

Valéria da Silva

SÃO PAULO — O sonho acabou. Com asrestrições impostas pelo governo ao crediário eao parcelamento do cartão de crédito há duassemanas, as famílias de baixa renda foram no-vãmente excluídas da escala de consumo. Osintegrantes das classes C, D e E, que vinhamdesde a implantação do Plano Collor recorren-do ao crediário para adquirir os tão almejadosbens duráveis, com a nova medida viram seussonhos de consumo serem exterminados. Osmotivos são os altos preços à vista e as elevadastaxas de juros que giram em torno de 20% aomês.

Desamparadas pelas financeiras — obriga-das a retraírem suas atividades com o estourodos limites das cotas de empréstimo —, as lojasvêm adotando fórmulas próprias tentando sal-var uma parcela de compradores. Entre as solu-çòes encontradas estão os cartões de créditopróprios, crediários com recursos das lojas e oscheques pré-datados.

Abandonada por sua financiadora Cacique,a G. Aronson, uma das maiores redes de eletro-domésticos de São Paulo com 18 lojas, estáressuscitando o velho jeilinlio brasileiro do che-que pré-datado, tradicionalmente aceito por pe-quenos estabelecimentos. Adotou também o sis-tema de duplicatas para o consumidor final,antes restrito apenas a pessoas jurídicas.Para se previnir contra os cheques borra-clms, a G. Aronson, criou uma metodologiacuriosa: além de consultar o banco de dados doSPC sobre a confiabilidade do emitente do che-que, a rede pede a apresentação de um cartão decrédito que funciona como um avalista da assi-natura de seu dono sem, no entanto, ser aceitona transação."O cartão de crédito é desinteressante para o

comércio exclusivo de eletrodomésticos porqueo pagamento postergado em 30 dias por suasadministradoras e a cobrança de uma taxa emtorno de 3% sobre o valor da nota corroem apequena margem de lucro conseguida com essetipo de produto", avalia o diretor comercial darede, José Ronaldo Bressane. "Fazemos até trêsprestações, sendo a primeira parcela à vista."Na G. Aronson o pagamento parcelado atual-mente alcança apenas 30% do movimento.

Alíquota — Segundo tendências observa-das no mercado após o recente anúncio de umainflação de 8,54% feito pela Fundação Institutode Pesquisas Econômicas (Fipe), haverá eleva-ção nos juros nos próximos dias. É o que obser-va o diretor da divisão de crédito do Grupo Pãode Açúcar, Sérgio Pereira, que vem praticandoem uma de suas redes, o Jumbo Eletro. alíquo-tas de 22%."Após a divulgação do índice, as taxas demercado subiram de 205% para 235%", afirmaele. Conforme seus dados, existem desvantagemna adoção do crediário próprio. Enquanto ooferecido através de financeira incide sobre osjuros cobrados uma alíquota de 1% a título deIOF, no crediário com recursos da própria loja,em vigor no mercado há duas semanas, é cobra-do 17% de ICM. No final das contas, calculaPereira, ocorre aumento na taxa de juros decerca de 3%, variando conforme o prazo depagamento.

O Jumbo Eletro, que abriga 100 lojas dedepartamento espalhadas pelo Brasil, oferecepara seus clientes dois tipos de crédito: umatravés de seu próprio cartão, o Special Card,que concede ao comprador prazo de até 40 diaspara pagamento e outro, em três parcelas comjuros incluídos de 22%. Em algumas seções,como a de eletrodomésticos, são cobrados sobreos preços à vista juros nas compras por cartão.

No entanto, em outros setores como móveis,presentes, roupas e utilidades domésticas, o pre-ço final permanece o mesmo em dinheiro ou nocartão."A vantagem de só aceitarmos o SpecialCard é a proximidade que se estabelece com ocliente. Além disso, as lojas são beneficiadas pornossa administradora com pagamento à vista,mediante cobrança de juros ou em 30 dias",esclarece Pereira. Conforme pesquisa promovi-da na rede Jumbo Eletro, 70% dos comprado-res que efetuam pagamento parcelado ganhamaté 10 salários mínimos e os que optam pelocartão estão distribuídos entre as classes A e B.

Ampliação — Lançando mão de recur-sos próprios, as lojas Arapuã, pertencentes aogrupo Fenícia, conseguiram ampliar o leque decompradores. Cobrando taxa de juros de cercade 17% mensais, a rede de 315 estabelecimentosestá vendendo suas mercadorias em até 12 me-ses, sendo que a primeira parcela e à vista. Comessa estratégia, as vendas pelo crediário soma-das ás do cartão de crédito assumem aproxima-damente 60% do total.

Também a Mesbla encontrou soluções dife-renciando o financiamento por seção. Na com-pra de eletroeletrônicos, brinquedos e bicicletas,o consumidor poderá financiá-los a juros demercado através do cartão Mesbla em três op-ções de pagamentos: com até 40 dias para saldaro total da compra, uma entrada e no máximotrês prestações e, finalmente, o pagamento daprimeira parcela 40 dias após a aquisição.

Já o pagamento dos outros artigos, querepresentam 80% do volume movimentado, po-de ser feito por qualquer cartão de crédito oucom uma entrada de 40% através do cartãoMesbla e mais duas prestações sem juros. Nosetor de móveis, há o crédito em três vezes semjuros, com 20% de entrada ou em três vezes sementrada.

Os lojistas paulistas estão descontentes comas medidas restritivas ao crédito adotadas peloBanco Central há duas semanas. Isso porquesuas lojas registraram, no mês passado, quedadej49,05% sobre o movimento de abril de 1989,segundo o termômetro de vendas elaboradopelo Clube dos Diretores Lojistas de São Paulo(CDL-SP). A região do ABC, quarto maiormercado consumidor do país, também apresen-tou perdas de 75% no volume de vendas acrédito desde que o governo estabeleceu as limi-talões ao crediário.

j Segundo fontes do setor varejista, os maio-

Vendas caem 75% na região do ABCres prejudicados foram os consumidores de bai-xa renda, que representam cerca de 70% doscrediaristas e alguns setores industriais como ode móveis, atualmente em grandes dificuldades.Também em desvantagem estão os pequenosestabelecimentos que não possuem o mesmopoder financeiro que as grandes lojas.

De acordo com o presidente do CDL-SP,Ribamar Castello Branco, a expansão nominaldas vendas no mês passado foi de 3.283% sobreabril de 1989, permanecendo muito aquém dataxa de inflação do mesmo período. Deflacio-nando as vendas pelo índice Geral de Preços

(IGP) da Fundação Getúlio Vargas, alerta ele,constata-se redução de 49,05%.

Também os lojistas da região do ABC estãofrustrados. A expectativa de que seu comércioteria em maio as melhores vendas deste anosofreu abalo com a medida do governo. Nasemana imediatamente anterior à contenção docrédito, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC)e o telecheque da Associação Comercial deSanto André (Acisa) apontaram um total de19.455 consultas, enquanto que na primeirasemana em que vigoraram as medidas foramfeitas apenas 11.113 solicitações.

Produtor quer

exportar mais

30% de frangosMesmo alegando uma defasagem

cambial estimada entre 15% e 18%, osexportadores de frangos estimam em-barcar çsíe ano 300.000 t e obter umareceita de USS 300 milhões. Um volu-me 11 % superior à previsão do iniciodo ano e 30% a mais do que no anopassado, quando foram exportadas244.000 t, o equivalente a USS 267 mi—Ihões. Uma reafirmação da competiti-vidade do frango brasileiro, que dispu-ta o mercado mundial com o produtoamericano, subsidiado. Um protccionis-"mo que o secretário executivo da Asso-ciação Brasileira de Exportadores deFrangos (Abef), Cláudio Martins, acre-dita que será reeditado por mais cincoanos na próxima rodada de negociaçõesdo Gatt, em outubro, no Uruguai.

Para Cláudio Martins, a rcconquis-ta, depois de sete anos, do mercadosoviético — para onde serão exporta-das 50 mil t — e a manutenção docubano foram decisivos 110 aumento dasexportações. Além disso, a exportação defrango é isenta de ICMS. De janeiro aabril, os embarques somaram 94.000 t,37% a mais do que o mesmo período de1989, pois é no segundo semestre que osembarques se concentram. A cotaçãomédia no mercado externo é de USS1.050 por tonelada.

A produção nacional de frangos tam-bém cresceu de 2 milhões de toneladasem 1989 para 2.2 milhões de toneladaseste ano, fazendo com que o consumoper capita passasse de 12 kg para 13 kgpor ano. Segundo o diretor de Relaçõescom o Mercado da Frangosul, HeitorJosé Müller, a recessão não deve atingir aavicultura: o frango continua sendo aopção protéica mais barata da popula-ção c "o desaquecimento da economianão acarretara necessariamente umaqueda de consumo", aposta. A produçãode frangos está 110 limite da capacidade equalquer aumento futuro deverá ser ob-tido com ampliação das instalações, querequer investimentos.

Crescimento — Nas últimas duasdécadas a produção de frangos cresceu800%. O consumo per capita aumentoude 2,3 kg por ano em 1975 para 13 kgeste ano. O Brasil detém 8% da baseprodutiva mundial e 9% da produção.Para o diretor da Sadia Trading. Ade-mir Maraschin, a avicultura só cotise-gue esse bom desempenho porque nãoexiste o "instituto brasileiro do fran-go"; é tocada pela iniciativa privada.A Sadia participará com 35% do volu-me total exportado este ano e. seguin-do a tendência do mercado, aumentaráas exportações do produto em partes(cortes nobres) e manterá o de peçasindustrializados de frango, como salsi-cha e hambúrguer. Do total exportadopelo setor no ano passado, o frango empartes representou 82 mil t e, nesteano. representará 100.000 t, de um totalde 300.000 t.

Os preços do milho, principal maté-ria-prima da produção de frangos, vempressionando os custos de produção.Os empresários do setor alegam que otabelamento do preço ao consumidorestá prestes a inviabilizar a produção,principalmente de frango congelado. Oestoque de passagem de milho é de 2.2milhões de toneladas e a iniciativa priva-da detém aproximadamente 700.000 t.Considerando o consumo anual e umasobra para estoque de passagem, o défi-cit no suprimento é de 1,2 a 1,5 milhãode toneladas de milho.

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13EMBRAFILMEDistribuidora de Filmes S/AC.G.C. M.F. N.° 34.006.239/0001-90

ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOREALIZADA NO DIA 02 DE MAIO DE 1990os dois dias do mês de maio de mil novecentos e noventa, na sede social da EMBRAFILME-Distribuidora de Filmes S/A., reuniu-se o Conselho de Administração da sociedade, presen-PITANGA- ANÍBAL MASSAINI NETO e AFFONSO HEN-QUES FERREIRA BEATO. Na pauta da reunião, a destituição e nomeação dos Diretores

MnD^TTM^A95311"'08 9erais- Dando início aos trabalhos, o Presidente do Conselho, AD-1g°A-c0,"u"lÇoui ^a nomeação para o cargo de Diretor Geral da sociedade porDecreto de 23 de abril de 1990, publicado no DOU - II, em 24 de abril de 1990, pelo Ex-ceentíssimo Senhor Presidente da República. Em seguida, encaminhou para conhecimentodo Conselho, carta do Diretor Administrativo-Financeiro, LUIZ FERNANDO CALDAS VILLELADE ANDRADE, colocando o cargo à disposição, face à necessidade de se apresentar ao órgãode origem. Em conseqüência, o Conselho aceitou o pedido de destituição, agradecendo o'rabalho realizado por aquele senhor. Prosseguindo, o Presidente, considerando ser um atode absoluta rotina e tendo em vista a mudança de perspectivas para a sociedade com a de-terminação de sua extinção, manifestou seu interesse em destituir os restantes DiretoresMarco Antônio Altberg, Diretor de Operações, e Nei Sroulevich, Diretor de Comercialização.'Contudo, o Conselheiro Affonso Beato ponderou encontrar-se impossibilitado de tomar tal

ooq„c° 6; c°'lseciueiitemente, nomear novos Diretores, face á publicação do Decreton. 99.22b, de 27 de abril de 1990, o que lhe suscitava dúvida quanto à possibilidade dedeliberação por parte do Conselho, por razão da determinação de dissolução da sociedade,Ü ®m Vls,a- inclL,sive, que tal determinação já havia ocorrido quando da publicaçãoda Medida Provisória n.° 151, de 15 de março de 1990, e Decreto n.° 99.192, de 21 demarço de 1990, o que só não se efetivou face à concessão de liminar em Mandato de Se-(jurança impetrado pela Associação de Funcionário da empresa. O Conselheiro Aníbal Mas-salm concordou com tal colocação, acrescentando que o mandato dos Diretores é de 2 (dois)anos, prazo esse que a sociedade, provavelmente, não perdurará, sugerindo que deveria buscar-se uma solução momentânea, até que a situação se esclareça, sugerindo que o Diretor Ge-ra. no uso do disposto no art. 23 Estatuto Social substituísse o DiretorAdministrativo Financeiro, em caráter eventual. O Presidente informou ter consultado a Se-cretaria da Cultura a respeito da legalidade da realização da reunião e quanto às decisõesa serem tomadas, não tendo recebido resposta a tal consulta. Face ao impasse surgido, foidecidido que se fizesse consulta formal à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, a fim dedirimir a duvida. Passando aos assuntos gerais, o Presidente comunicou aos demais Con-seineiros que a Diretoria Geral, face à perspectiva da liquidação, vem mantendo entendi-mentos |unto aos Produtores que tenham filmes conclufdos, para liberação dos mesmos anegociar com outras Distribuidoras, sendo que as propostas serão oportunamente subme-idas ao Conselho. O Conselheiro Anibal Massaíni sugeriu que a Diretoria Geral entre em con-tato com as autoridades responsáveis pela fiscalização do cumprimento da legislaçãocinematográfica, objetivando a intensificar a fiscalização, a fim de manter e até aumentaro retorno patrimonial relativo à participação da EMBRAFILME nas obras cinematográficase receitas institucionais. Para finalizar, o Presidente do Conselho comunicou que, na quarta--feira, dia 25 de abril, recebeu a visita de Luiz Carlos Barreto, o qual, em nome de um grupode produtores brasileiros, em conjunto com produtores independentes americanos, estariaminteressados em encaminhar uma proposta de privatização da sociedade. Na ocasião, o Sr.Diretor Geral esclareceu que, mesmo estando a empresa em processo de extinção, não viaimpedimento no encaminhamento de tal proposta à União, sugerindo que tal fosse feito for-malmente, por escrito. Nada mais havendo a discutir, foi dada por encerrada a reunião, sendolavrada a presente ata, assinada por mim e pelos Senhores Conselheiros. Adnor Luna Pitanga- Presidente, Aníbal Massaini Neto - Conselheiro, Affonso Henriques Ferreira Beato - Con-selheiro. CERTIDÃO: Certifico que este documento foi arquivado sob o número 192.858 edata de 23 de maio de 1990 apostos mecanicamente. Murilo Navarro P. Filho - Secretário Geral

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Geral 2.661.8991 »—(BV Fechamento 6'628'< """Dite 81 ações do IBV, 16 subiram, 53 cairam, uma permaneceu estável e¦ ""-nove não foram negociadas.

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Mercado à vistaFech. 0*c.X

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Vale Rio Doco OP -D 4 982 700 3.80 5.02 6.30 5,00 -67.45 0.00.> Vale R'O Doce PP 34 600 47.51 48,50 49.00 48,00 -4.73 509.18> Vale Rio Doce PP--D 2 339 600 9.01 10.78 14.40 14,40 - 78.83 0.00

VidS Marina OP 27 000 65,00 65.00 65.00 65.00 EST 160,81

* AccsHaPP 5 000 7.100,00 7.244,00 8.000,00Acos Villares PP 3.122 000 66,10 66.67 70.00Adubos Trevo PP 200.000 43,00 45,50 47.00Agrocercs PP 100 550.00 550.00 550,00'-/* Aquatec PP 20 000 330,00 330,00 330.00AvipalOP 73 100 300,00 300,01 300.01

^ Azevedo PP 28.000 530,00 530,00 530.00»V fLAmaxcnla OH 500 750,00 750.00 750,00•V B Amonca Sul PP 2 600.000 35,00 35,38 36,00B Brasil ON 30 000 8 900.00 8.985.33 9 100,00B Brasil PP 539 900 11.700.00 12.174.91 12.450.00B.Economico PP 54 000 550.00 550,00 550.00

W* Banerj PPE- 1.518 200 206.00 209.88 219,00BaneseON 2 600 000 18,00 18,00 18,00

w Banose PP E-- 450 000 20,00 20.00 20.00BanespaPP 7 683 600 133,50 13563 138,00Barbara PP 200 000 270,00 274.75 275,00Barretto PB 101 000 140.00 140.00 140,00Belgo Minoira OP 2 000 11.400.00 11.450,00 11 500.00Belgo Mineira PP 60 000 7.600,00 7.601,67 7.610,00Belprato PP 1690 000 26.00 27.78 28.00

:£ Belprato Nov. PP -R 2 444 000 24,00 24.00 24.00Beta PAE- 500 200 47.00 47.00 47.00B'C.Caloi PB 773 700 74.10 76.73 80.00Bombril PP 10 000 275.00 288,50 290,00Bradesco OS 600 650,00 650,00 650.00' Bradesco PS 470.100 680,00 691.49 700,00Bradesco Inv. PS 2 500 1 050,00 1.050.00 1 050.00"* Brahma OPE- 3 200 3 200.00 3.315,63 3 570 00Brahma PPE- 137.000 2.755.00 2.639,16 3 070,00'¦» Brasperola PA 2750.000 32.00 34,92 38.00Bring Mimo PP 5 000 390,00 390.00 390.00Cai.LeopoJil.Nov PA 7.650 000 27,00 27.26 28.00

V* Cat.Leopoldina PA 1050.000 30,00 31.37 33.00•«C Cbv-lnd.Mecanica PP 2 130700 23.,"X) 24,97 27.00w CemigON 5793 200 17.20 17.87 19.00_ Cemlg PP EE- 69.115 000 22.82 23.07 24.00»£ CovalPPE- 100 000 410,00 410.00 410.00""l» CicaPP 1000 8 000.00 8.000,00 8 000.00"r Climax PB 3 469.100 14,99 15.00 15.00~ Climax Nov. PB-R 4 343.100 12.68 13,22 13,38

Colap PP 620 000 600,00 608.47 625,00•¦C Const Betor PB E- 020 000 130,00 140.00 150,00Copnne PA 41.400 19200.00 19.683,10 19 700.01

L Cruzeiro Sul PP 600 2 115,00 2.115,00 2.115.00

7.100,00 -17,6866,50 -3,3243,00 -7.31

550,00 9.97330.00 -10.00300.00530.00 -3.64750.00

35.00 -0,510,49-4 46-5.17

9000,0011 800,00550.00207.00 -2.4018.0020.00134./0 -3.73

275,00 -4.60140.00 -1.30

11 500,00 -2,897 600,00 -0,48

26.00 -6.8724,0047,00 EST74,10 0,88290,00660,00680,001050,00

3 200,00 2.222755.00 -7.7738.00 0.11390.0027.80 -1.20

30,00 -6.1123.00 -0.1218.80 1,5322.82 -3,59410.00 -1.958000.00 EST15.00 0.13

12.68605,00 -9.58150.0019 200.00 -5.152.115.00

230.1398.58216.66291.42206.25231.18265.5096.72174.01295.20233.55137.50

58,82100.00135,00163 18490,09292.03155.97130,73157.67

0.00274.8876,66694,34144.70139.95194,27425.09374.71146,53144.00146.08125.50202.51468.04390.02220.95460.29112,34

0.00176.68477.27189,39131.05

TftukM Qtd. Min. M6d. Mix, Feck. Osc. I.LAnoCurtPP 200.000 70.00 70.00 70,00 70.00 311.11D.F.Va»conc«fc» PP 3.000 690.00 690.00 690.00 690.00 76,86Docas ON 370 600 470,00 470,54 471.00 470,00 4,93 51,89DocasPN 245 000 445,00 446,45 465.00 445,00 -0,94 82.64Eberie PP 100.000 4.00 4.00 4,00 4,00 0,00ElobraPP 10 000 391,00 391.00 391.00 391,00 62,12ElumaPP 10.000 2.&0.00 2.300,00 2.300.00 2.300,00 EST 192,33Epeda Simmons OP 100.000 80.00 80.00 80,00 80,00 6,67 200,00Epoda Simmons PP 500.000 70,00 71,20 72,00 72.00 3,19 209,41EstrelaPP 97.000 60.05 60.07 60,10 60,05 -0,83 109.83Fabrics Oenfju PP 199 300 38.00 38.50 39.00 38,00 1,32 257,52FerbasaPP 120.000 1.250.00 1 250,00 1.250,00 1.250,00 -8,53 93,08FerroBras. PP 50 000 11.000.00 11.000,00 11.000.00 11.000,00 517.09Ferro Ligas PP 4 921 600 75.00 77,90 79,00 79,00 1,41 96,74FertisuIPP 5 050.000 42.00 42.00 42,00 42.00 -0.71 341.74Fnv-veiculos PA 8.002 000 155.00 155.63 165.00 155,00 0.37 224,02QurtpH Pari. PP 1 000 22 000.00 22 000.00 22.000,00 22.000,00 -6.33 123,05Haring PP ¦— 41.700 9.000,00 9 001.92 9 200.00 9.000,00 -5.24 200,61Inbrac PP 50.000 80.00 80.00 80.00 80,00 EST 216,21Inepar PP 310.000 31.60 33,44 33,50 31.60 5.39 147,37Inepar Nov. PP-R 268 200 28.01 28.01 28.01 28.01 0,00Ipiranga Dis. PP 100 000 250.00 250.00 250.00 250,00 296,46Ipiranga Pet. PP 346.400 180.00 180.25 181,00 181.00 -5,08 234,52Kepler Weber PP 20 000 16,10 16,10 16.10 16.10 -3.36 97.33Lwn.Mac.Metata PP 24 000 200.00 204.79 205.00 205,00 180,55UghtOS 610.000 2.000.00 2.010.36 2 150,00 2.000,00 -11.90 371,60Lo|as Horing PP E- 1000 28.00 28.00 28.00 28.00 394,42LuxmaPPE- 228.700 61.00 62.75 63.00 61.00 1.11 194.41Magnootta PA 1097.700 120.00 122.41 124,00 123.00 -0.41 119.02Mangels PP 1.176 000 27,00 27,07 27.80 27.00 -7.42 159.89Mannesmann PP 24.361.700 27,00 27.24 29,00 27,00 -1 41 93,91MannesmannOP 76 410000 41.00 41.71 42.40 42,00 -0,69 105,60Marvin PP 590 000 73.00 74.15 75.00 75.00 115.17MendesJrPA 21.000 420.00 420.00 420.00 420.00 -4.55 162.74MendesJrPB 1 000 571.00 571.00 571.00 571.00 -7.16 163,45Metisa PP 1.491.300 40,00 42.14 42.50 42.01 2,81 111.54Microtec PA 16.200 1 600,00 1.600,00 1.600.00 1.600.00 0.00Minoracao Amapa PP 640 000 380,00 391.80 435.00 390.00 -11.03 152.24Monteiro Aranha PP E- 536 500 490,00 499.72 500,00 490.00 0.31 285,50Montreal PP 680.000 9.41 9,43 9.60 9.60 -5.51 133.00MullerPP 7 099.500 11.00 11.06 11.70 11,00 -0,36 63.82MultitelPN 500 000 25,00 25.00 25,00 25.00 136,31NakataPP 200 000 105,00 105,00 105,00 105,00 -3.26 161.53Orion PP 4 056 000 9.71 3.90 10.20 9.80 0,71 91,41PanatfcintJca PP 50 000 700.00 712,00 720.00 720.00 1,71 197,77Papel Slmao PP 1 233 000 1.750.00 1.765.02 1 849,99 1.750,00 -3.09 455.14Para Minas PP 5 343.900 4,30 4.38 4.40 4.40 -6.01 247.45Paraibuna PP 21.400 125,00 125,00 125,00 125,00 -3,86 143,61Paranapanema PP-D 911.300 300,00 311,09 320,00 315,00 -53,84 0,00Paranapanema PP -E 1.955.500 615,00 621.57 640.00 1 617,00 -7,76 209,67PordigaoPP 151 000 90.00 97.95 102.00 90.00 -3.74 264,15Perdigao Alim PP 100.000 120.00 121.81 123.02 120.00 -9.77 415.30Perdigao Nov PP 473 500 81.00 82,27 87,00 87,00 -5.44 187.40Porsico PP 1410 000 18.50 20.72 22.00 19,10 -12.00 220.66Potrooulsa PP 50.000 2.700.00 2 700.60 2.710.00 2.700.00 -8,81 93,37PettenatiPP 15 600 000 4.00 4,01 4,02 4,00 -5.65 125.31Pirelli OP 50 000 1 750.00 1 750,00 1.750.00 1 750.00 2.94 269.69Puelli Pneus PP 300 1 200,00 1 200,00 1 200.00 1 200,00 251,25Polialden PP 2 000 5 500.00 5 500.00 5 500.00 5 500,00 670,61Prometal PP 1.214.200 185,00 189,13 195.00 195.00 -0,54 269.37Pronor PA -E 1 175000 13.00 13.34 15.20 13.00 -10.41 0.00Rcfripar PP 5 500 000 88.00 88.00 86,00 8«.00 -2.22 163.72RheemPP 900 3 000.00 3 000,00 3 000.00 3.000.00 -3.78 454.12Riograndonse PP 106 000 1.100,00 1.100.00 1.100.00 1 100.00 EST 143.28RipasaPP 20 400 20 400.00 20 401.96 20.500.00 20.400.00 -2.84 219.62Snlgoma BS 50 000 140.00 140,00 140,00 140.00 14.00SergenPP 6 200 000 48,00 48,68 49.00 49.00 3.57 291.33Sharp PA 1818 200 45,80 46.33 48.99 48,99 -1.01 140.61SharpPA-R 113.100 40,00 40,89 41.00 40,00 -12.63 0.00Sid Inlorniatica PA 3 903 200 25,01 25,98 27.00 26.50 -1.70 88.57Sondotecnlca PA 2 235000 19,80 19,63 20,00 20.00 4.92 285,32Sondotecnica PB 490 000 19,00 19.68 20.50 20.50 4.13 280.34Supergasbras PP 5 000 000 26.50 28.01 29.00 29,00 -6,52 286.40TeceL&Joae PP 100 000 40,00 42.24 42.80 40.00 04.48TelebrasON 20 600 281.00 281.00 281.00 281.00 0.59 566.13Tolobras OP 900 520,00 520.00 520,00 520,00 -16.27 461,96Telebras PN 20 600 300,CO 300.00 300.00 300.00 -6.25 432.81Telebras PP 15 769.000 635.00 639.63 648.00 640.00 -2,81 383,33Transbraml PP 600 000 64,00 64.50 65,00 64,00 23.75 86.63TrombiniPP 600 200 75.00 75.24 80.00 75,00 -0.84 154.18TrutanaPP 2.000 000 20.00 20.00 20.00 20,00 9.65 111.11Ucar Carbon OP 3 668 200 37,00 40,84 43,00 39.00 -4,89 203.08Unipar PA 2.291.000 69.01 70.31 73,00 70.00 -3.61 258.41UniparPB 63 120 300 80,55 81.46 84,00 80.70 -4.70 202.58VacchIPP 320832.400 0,90 0.99 1.05 0.90 -2,94 405.73VarigPP 14 000 14 620,00 14 665,71 14 800.00 14.700,00 -0.32 206,00Verolme PP --E 285 000 140.00 140.30 141.00 140,00 0,21 186,29VilejackPB * 647 259900 0.51 0.53 0.55 0.52 -5.36 51,96VotecPP 5900.000 3,01 3,18 3,40 3.40 3.92 131.40While Martin* OP 16943 )00 92.00 93,11 95.00 92.00 -4,68 231,40ZanlnJPA 1000 120.10 120.10 120,10 120.10 150,10Zivi PP 2 000.000 3.50 3.50 3.50 3.50 137.95

Empresas em Situação EspecialTitulo* Qtd. Min. M6<1. M&x. F«cK 0»c. I.LAnoBrumadinho PP -D 10 000 000 0.99 0.99 0.99 0.93 -74,81 0.00Brumadinho PP --E 55 750 000 2.90 3,00 3 57 2.98 -23.67 127.76C Brasilia PP 1290000 16 OO 15.77 16 00 15.00 -0.63 2M.65Ferragons Haga PP 590 000 10,00 10.01 10 05 10,00 62.56JBDuartoOP 4 927 100 3 30 3.30 3 30 3.30 66.00J B Duarta PP 176.470 200 3,Cfl 3 0fl 3.20 3.15 3.36 125,35Ollcal PB 20000 50.00 60.60 65.00 65.00 169.46

EBolsa do Valores <Be São Paailo

Resumo das OperaçõesQtde Vol. em Cr$(mil) (mil)

Lote Padrão 1.265.748 305.657Concordatárias 124.229 497Direitos e Recibos 28.439 66.086Fundos de Inc. Fiscais DL 1376 56 12Mercado a termo 13.818 7.030Opções de Compra 15.500 567Fracionário 25 233Total Geral 1.447.817 380.084índice Bovespa Médio 14.630índice Bovespa Fechamento 14.549 (-2,4)índice Bovespa Máximo 14.916índice Bovespa Mínimo 14.448Das 67 ações do BOVESPA, 15 subiram, 36 cairam, oito permaneceramestáveis e oito não foram negociadas.

Fech. 0*c.X

Oscilações do Mercado Oscilações do BovespaOsc. Fech. Om. Fech.

(%) (CrS mil <*> <Cr*w"MalorM Altaa Malorca AttatMerc Brasil pn 164,0 5 810.00 Cim latu on 12.5 1 800.00Fundirossi pp 35.0 7,02 Manah pp 7,8 410 00Vale R Doce dlr ord 22,2 5 500.00 Luxma pp 4.1 62.50Pordigflo agr pn 15.3 150.00 Cacique pp 37 28 000.00Cimltaupn 12.5 1 800.00 Ferro Ligas pp 2,5 80.00Maloroa (Ulxaa Malwea BalxasSamitri pp 24.6 65 000 00 Alpargatas pn 13.3 3 900.00Encssoop 20.6 1 230.00 Olvebra pp 7.3 3 800,00Climax ppb 17.1 12.20 Estrela pp 7,3 57,00Cosigua pp 16.6 1 000.00 Paraibuna pp 7.1 130.00Bescpnb 16,6 50,00 Banespapp 6,8 135.00

EVIercado à vista«d. AM. Min. Fech. Oac.

*

Aco AJtfifW PP 3 750000 32.01 32.00 32.01 32.01 32.01 +0.0Acos VIII PP 'C62 23 979000 67.00 65,00 66.77 68.00 68 00 -1,4Adubos T„voPP'C14 63.700 60.00 60.00 50.00 50,00 50.00Agrocoros PP'CC6 1 049,100 680.00 660.00 566,01 580.00 560.00 -6.6A'pargalas PN' 220600 4 100,00 3.800,00 3 968.27 4.100.00 3 900.00 -13.3Amadoo ROMi PP 600 000 18,02 18.02 18.02 18.02 18,02 - 0.0Amoricj Sul PP 'C07 1 824 000 34.00 33,00 33.10 34.00 34.00Antarctc Pb PNA' 400 5 500.03 5 500.02 5.500,00 5 500,03 5 50!,02 /Aqualec PP-C07 1.100 000 340.00 330.00 332.09 340.00 332.00 +0.6ArUlor Lango PP' «COOO 7.00 7.00 7.00 7.00 7,00Azovodo PP' 75 000 660.00 530.00 536.67 550.00 650.COBanarM Br OM TO 320 XO 720.00 720.00 720.05 735,00 715.00 /Bamonnd Seg PN 'ED 33 500 1.020,00 1.020,00 1.187.16 1 2M.OO 1 IM.OO IBanespaPP "C60 3 959400 135.00 134.00 13508 138.00 135,00 -6,8BanospaON- 913 900 120.01 120.00 125.13 127.00 127.00 + 5.8BanespaPN' 615200 122.01 122.00 122.01 122.01 122,00 +1.6Bolqo M.nair OP 29' 600 11 460,00 11400.00 11401.60 11450,00 11 400,00 -0,4Bolgo Mine.r PP 186 300 7 600.00 7 600.00 7 601,29 7 700,00 7 6CD.OO -2.5Bnsc rNA- 400 46.00 45.CC 45,00 45.00 45.00 /BescPNB' 600 50,00 50,00 50.00 50.00 50.00 -16.6OuUPPA'ED 1400000 47 00 47.00 47.00 47.00 47.00Bic Caloi PPQ* 1094300 75.00 75,00 75.00 76.01 75.00 -2.5Bombril PP- 19 380 000 30000 280,00 286 C8 300.00 285.00 -1.9Bradesco ON' 2 131.300 660.00 640.00 641.45 660.00 640.00 -3.0Bradosco PN 3,310 700 700,00 670.00 679.63 700.00 680,00 -2.6Bradesco Inv ON 13 600 1 060.00 1 050,00 1 050.00 1 050.00 1 0SO.COBradesco Irw PN- 700 lOM.OO 1 050.00 1 050.00 1 OSO.OO 1050.00BradmaOP-ED 30 000 3 206,00 3.205,00 3 205,31 3206.00 3 205.00 - 68Brahma PP "ED 2 468 300 3 000,00 2 920,00 2 968.92 3 000.00 2 920.00 -2.6Brasil PP'C«6 661400 12 100.00 12 000.0) 12.112.76 12 30C.OT 12 000.00 -0,8a,., .inn- 12 700 9 000.00 8 900,00 8 921,26 9 000.00 8 900,00 -1,1

Brnsimet OP *C29Brasimet PP 'C29Brasinca PP *Brasmotor PP 'C08Brasperola PPA*Brinq Mimo PP 'C02Cacique PP*Caemi Metal PP *C02Camacari PPA*Cambuci PP *Casa Anglo OP 'C06Casa J Silva PP 'C04Casa Masson PP *Cbv Ind Mec PP *C07Celul Iram OP *C32Cemig PP 'EBDCevai PP *EDCoval PN'Cia Horing PP 'C70Cica PP *C03Cim Itau PN *Citropectina PP'Clímax PPB*Colap PP'Const Beter PPB'EDCopone PPA*Cosigua PP 'Cremer OP *C06Cremer PP *C06Cruzeiro Sul PP 'C08Czarina PP'DI* Vaoconc PP *Doe Imbltuba OP *EDDova PP *Duratex PP *114Kcenomtco PP XO«Elebra PP *C31Eluma PP *Ericsson OP *Ericsson PP'Estrela PP *C03Eternit ON *Eucatex PP *P N V OP *C07F N V PPA*C07Fab C Renaux PP "CC6Ferbaaa PP *Ferro Ligas PP 'Fertibras PP *Ficap PP *For|a Taurus PP *Frigobraa PN *Fundirossi PP 'Qradtonta PP *Guararapes OP 'C35Gurgel Motor ON *bpPP'Iguaçu Cate OP *Inbrac PP'Inds Romi PN *Invicta PP *C01lochpe PN *Ipiranga Pet OP 'CC6Ipiranga Pet PP *C06Ipiranga Ret PP *C06Itaubanco ON *Itaubanco PN *Itausa ON *Itausa PN *Itautec PN 'KaM Bohteo PP *Klabin PP 'EDUfcraPP*Loco PP -C04

10 000 925.01 925,00 925,0010 000 800.11 800,10 800.1012.000 3 600,00 3 600,00 3 600,00 3 600.00 3.600.00

123 500 5 700,00 5 600.00 5 664.78 5 700.00 5 600,01320 000 34,50 34,50 34,50247 600 400,00 400.00 400.01

400 28 000.00 23 000,00 28 000.00 28.000.00 28 000.007 300 33 999.99 37 000,00 38.753,42 39.999,99 39 000.002.000100 000,00100.000,00100 000,00100 000.00 100 000.00

350 000 180.01 180.00 180.00 180.01 180,001 400 8G 000,00 86 000.00 86 000,00 86 000.00 I

925.01800,11

34,50400,01

925.00600,10

34.50400,00

300 00026 200

1.028 400722 000

24 099.40050 0002000

15,0022.8027.0040.1023.00

410.00360,00

15,0022.8027.0040.0123.00

410.00380,00

15,0022.8027,0040,0723.02

410.00380,00

15.0022,8027.0040.1023.50

410,00380.00

6 000.0015,0022,8027.0040.0123.01

410.00380.00

337 800 9 200,00 9.100.00 9.196,92 9 300,00 9 300.00204.000 8 000.00 7 600,00 7 638,24 8 000,00 7.600.c0260 000 1 500.00 1.500.00 1.511,54 1 800,00 1 800,0090.100 2 000.00 2 000.00 2.188,90 2 200.00 2.200.00

300.0007610900

800 00015.50

661.00155,00

15.50610.00150,00

15,50622,04151,88

15,50661.00155,00

15,50620,00150,00

9,50600,00

2.300,0015,00

800,00550.00390.50

147.500 20 OOO.CO 19500,00 19 813,56 20 000,00 20.000.0050.000 1000,00

600 1 800.0062 300 1 750,CO24.400 2.114.00

684 100200200

4.000153.000768.400701.700

5.109 00016.00011.200

856.00023 004.500

175.400163.700

2 200 300500 000

41 10010.000

10 700 000700 500210 300

* 3.7•2.5

-?-0,0*2.1-2.5

+ 1.0•5,0

-12.5¦ 10.0

•6.0-3.2•2.4

160.0058,00

250,0078,003,30

! 800,00110.00180.00

7.01690.00

1000.00 1 000,00 1 000.00 1 000.00 -16.61800,00 1 800,00 1 800.00 1 800,00 -10.0

750.00 1.750.00 1 750,00 1 750.00 + 2.5114.00 2.114,00 2.114.00 2.114.00 /9,50 9,50 9,50 9.50 -5,0

600,00 600,00 600.00 600,00 -14,22.300,00 2.300.00 2 300.00 2.300.00 /

15.00 15,00 15,00 15,00 /780,00 781,70 800,00 799,99 -0,0550,00 550.00 550,00 550.00 * 10,0390.00 390.25 390,50 390.00 + 8 3

2.350.00 2.350.00 2 350,00 2 350,00 -2.21090.00 1.211,38 1.400.00 1.230.00 -20.61400,00 1 400.00 1 400,00 1 400.00

56.00 58,71 60,00 57,00 -7,32 280.00 2280.00 2 280,00 2 280.00 -0,89350,00 9 350.00 9350,00 9 350.001360,00 1 360,00 1 360,00 1 360.00

155.00 159,58 163.00 160,0058.00 58,00 58.00 58.00

1.250.00 1 250.00 1 250.00 1 250,0077.00 78,20 80 00 80,00 * 2.53.30 3.30 3.30 3,30

2 800.00 2 994,65 3 000.00 3 000,00110.00 110.00 110,00 110,00180.00 180,00 180,00 leO.OO -5.2

7.01 7,01 7.02 7.02 *35,0680,00 690.96 710.00 710.00 * 1.4

56 000.00 56 000.00 56 000.00 56 000.00 /9 000 6 900,00 6 900.00 6 900,00 6 900,00 6 900.002700

101 80040 500

2 500 0001630 000

200.00410.0080.00

350.0038.01

200.00410.00

80.00319.00

38.01

200,00410,00

80.00319,07

38.01

200,00410,00

80.00350.00

38.01

200.00410,00

80.00319.00

38.012 OCO 9 600.00 9 600.00 9 600,00 9 600.00 9 600.00

1701 600 170,00 170.00 170,01 180,00 180.00285 000 180 00 180.00 180.00 180 00 180.00120.000 575.00 575,00 575.00 575.00 575,00

100 1 250.00 1 250,00 1 250.00 1 250.00 1 250,00577 800 1 250.00 1 220.00 1 228.10 1 250,00 1.220.00

36 900 11 000.00 11 000,00 11218.70 11 300.00 11 300.00106 200 9 OCO.OO 9 OOO.CO 9.041 81 9 200.00 9 200.00538 700 500.00 490.00 490,77 500.01 490.00

40 000 10 00 10.00 10,00 10.00 10.009 000 133 000.00130 000.00130.166.67 133 000.00 130.000.001 700 35 00 35.00 35.00 35.00 35 00

300 550.00 550.00 550.00 550.00 550.00

Mercado externo

Dólar — A moeda americana caiuontem pela primeira vez nas últimas 11semanas abaixo da marca dos 150 ienes,estabelecendo-se em 149,45 no mercadode câmbio de Tóquio, tendo sido nego-ciados USS 7,3 bilhões — menos da me-tade da quantidade de sexta-feira. A jus-tificativa foi um ajuste de posições, jáque os negociadores voltaram sua aten-ção para o mercado alemão, onde o pro-cesso de unificação monetária está movi-mentando o marco. Nos principaismercados europeus o dólar tambémcaiu.Bolsa — O mercado acionário doJapão, o maior do mundo, parece terreencontrado seu caminho. Ontem o in-dice Nikkei ficou acima de 33.000 pelaprimeira vez desde 12 de março, ganhan-do 400 pontos (mais 1,21%) e situando-se em 33.191. Os mercados de Londres cNova Iorque não abriram porque ontemfoi feriado.Ouro — O metal subiu ontem leve-mente em Zurique, onde passou de USS367 para USS 367,10. Hong Kong nãofuncionou.

Imposto de Renda rtaFonte (Maio/1990)

Bau da Cálculo Alíquota Parcela a dwtaúr(CM) (CP.S)Até 23.768 - -De 23.780,01 a 79.295,00 10% 2.378.80Acima de 79.295,00 25% 14.273.05Deduções

a) Cr$ 1.669,00 por dependente até o limite de 5 depen-dentes

b) Cr$ 20.032,00 para aposentados, pensionistas e trans-feridos para reserva remunerada a partir do mêsque completar 65 anos de idade.

c) Pensão alimentícia paga devido a acordo ou sentençajudicial.d) Parcela de gastos com saúde que exceda 5% darenda bruta mensal.

Fonte: Secretaria do Receita Federal

B. B. F.Mercado à vista (ouro)Grs C.Abt Vol Abt Min Max F Ant F.Dia250 32 960.00 957,00 963.00 955.00 956.00OpçõesC.Abt Vol Abt Min Max F. Ant F.DiaGGF 14 130,00 127,00CGG 32 /1.00 69.00CGH 32 91 34.10 33,00 36,00 36,00 35,00

Bolsa de Mercadorias deSão PauloContr merid algodãoMês Fechjul 1.551out 1.950dez 1.950Tot: merc:Contr bras cent boi gordoMÔS máximo minimo fechjun 1.000ago 1.100out 1.200Tot: roal: more:

Câmbio Tusrãsarso

*'an Fov Mar Abr MaiInflapdoIPC {%) 56,11 72,78 84,32 44.80INPC (%) 68.19 73.99 82.18 14.67FGV (%) 71.90 71,68 81,3 11,33BTN (CrS) 10.9518 17.0968 29.5398 41.7340 41.7340 .Poupan^a (%) 56.89 73.64 85.24 0,5Corrogao Cambial (%) 56,11 72.08Overnight (%) 63.38 76.24 34,68 2.73Bolsa-Rio (%) 56jjn 9^31 -46.19 82J3Bolsa de Sao Paulo (%) 63,09 65.16 -56.16 114,25Aluguel (*) Semostral(%) 576.61 7?0,31 995.85 1.038,70 485,13Aluguol Anunl(%) (**) 1.383,74 1.609,68 2.751,34Aluguel Quadrimestral(%) 306.28 366,51 485,70 485,13 144,10Aluguel semestral(novos contratos) 450.22 576,61 995,84 1.038,70 485,13Uforj (CrS) 157.70 246.10 552.80 1.334.80 UNIF p/IPTU e ISS (CrS) 177.14 276.52 552,80 675.01 675.01Taxa do Expedt. (CrS) 35.42 55,30 95,90 135.00 135.00 tMVR (CrS) 195.62 305,36 527.66 527,66SalArio Mlnimo (CrS) 1 283.05 2.004.37 3.674.05 3.674.05 Sillario Min. Rol. (CrS) 438.07 683.B7 1.181.59 1.181.59 (•) Os aluguGis do abril toram reajustados pcla variapao do BTN no m6s de marrjo: 41.28%.C')Os alugufeis anuais alb 15/01/89 t6m reajuste de 4.260.47%. ap6s esst data, o reajusie 6 do 3.118.54% ¦ iFONTE: IBGE; FGV; Analysis.

Taxas AndimaTAXA RENT. RENT. RENT. PROJ.

APLICACAO BBUTA DIA1% am) PIA.CM gEM.(%) MES-<%) ME»WLFT IU5 027 027 4J3 5.66LFT E5TIMADA IU5 i22 5i68ADM (CDB) iU3 028 028 4J9 5.87LFTE 8J9 0.27 0.27 4j)5 5,7,1APLICACAO LIQUID*LPT 8J5 027 027 X99 4,84AOM (CDB) 033 028 02B 4J0 4 97LFTE 019 0.27 OJ7 4J)1 4,86TRI8UTACA0 - 1) A pjrtir de 0V07'89. o rendimonlo real das apllcacoes com prazo interior a 30 dias torn IPna lonto de 35"o. A panir do 16103190. toram exlinlas as oporacoes ao portador, pessoas jurldicas tribuladascom baso no lucro real oslao isentas do IR na fonte.

VALOR Cr» VAR. VAR. VAR. PROJ.IHPICADOR / INDICE DIA(%) 9EM(%) MES<X) ME«(\)BTN FISCAL 0.:-M.li-90 41,7340 004 004 004 081_BTN FISCAL 42.6437 0.44 0.44 2.63 4,DoBTN FISCAL 29-M.ii-FQ 42.8324 ND ND ND NDUSS COMERCIAL COMPRA 25-Mai 54.040USS COMERCIAL VENDA 54.351 232 5;83 007 ^USS COMERCIAL COMPRA 54,89USS COMERCIAL VENDA 55.05 1.19 U9 8J7 =__USS TUR COMPRA 25-Mal 82.273USS Tun. VENDA 82.599 0.48 6.33 17.10 >-PARALELO COMPRA 85.00PARALEl.O VENDA 88.00 0.00 0.00 18.92POLAR BM&F JUN/90 55.46 074 074 ^74 8,23POLAR BM&F JUL/90 60.10 0.67 0.67 0.92 8.37SINO - SPOT (FEC ) 956.00 0.10 0.10 15.18BM&F - SPOT (FEC.) 95S.C0 010 OJO 15.04BMSP ¦ SPOT (FEC 955.00 0.10 O10 15.06HBF - SPOT (FEC 956.00 0.10 0.10 15.04OURO BM&F-JLINOO 975.00 0.52 052 17-33IBV HJ 6 626 £49 £49 -11.64IBOVESPA 14 549 -2.46 -2.46 -6.66' Preco obtido atraves da amostraFONTE: ANDIMA ; BANCO CENTRAL; BM&F; BMSP; BBF: BVRJ; BOVESPA

mmamf i¦¦ i n !¦ wp—j— mIndicadores diarios

índicesBovespaBVRJIBA

Ontem14.5496.628

158.067

Diaant.

14.9166.868

161.861

Há ummês

175.843

IP:;prazo eletiva % sobre

ao ano volume

jntt?mFlutuante

Compra Venda82,00 86,00

Paralolo 86,00 88,00Nov 11,50 Jan 27,00 Mar 69,00 Mal é'0,00Out 7,35 Dez 14,40 Fev 37.50 Abr 05,00Cotação do primeiro dia útil de cada mès 1 >

(Cr^-llngote por gramas)Compra VendaBanco do Brasil(250grs) 951.00 956,00Goldmine(250grs) 952,00 956,000urinvest(250grs) 951,00 956,00Salrai ICOOgrs) 951,00 956,00Bozano Simonsen(1000grs). 946,00 956,00Fundldoras fornecedoras e custodiantes cre-denciados na Bolsa Mercantil e de Futuros.

Bolsa EVIercantil e de FuturosVolume Geral contratos

em aberto50.37812.06162.459

Compra Vpnda(C'S) (CrS)

Dolar 79 00 87,00Franco Sui<;o 50,64 59,78Franco Frances 12,72 15,02Marco Alemao 42.84 50 58Libra 121.89 143.90lene 0.48 0,56

OuroCâmbioTotalOuroMorcado disponivel-contrato padràoValor do contratc: 250grscotações em cruzeiros por gramaVeto contr negócios

19.874 1.554CâmbioDòlar-mercado futuroValor do Contrato USS 5 milCotações om cruzeiros por dólarVeto contr negóciosjun 530 26

num. denegócios

2.720802.800

abert960.00

contratosnegociados27.9391.20129.140

mínimo947.00

volume(Mil Cr$)4.977.285

349.1355.326.541

Rart.(%>93.456.55100,00

máximo965,00

ult osc956,00 +0.1

abert55,20

minimo55,20

máximo55,50

ult55,46

-5.2-U

? 2.2+ 1.6?2.74-2.2

-3,7-0.9

Light ON MNTLimasa PP 'Lorenz PP 'C03Lumiero PP 'C02Luxma PP 'C20Magneftita PPA*COSManah PP *Manasa PN 'Mangols Indl PP 'C06Mannesmann OP *Mannesmann PP *Marcopolo PP *Marisol PP *Master PPA*Mendes Jr PPB*More Brasil PN 'Met Gerdau PP 'Metal Leve PP *C43Motisa PP *C51Michelotto PP "C25Mierotec PPA*Minuano PP 'EDMl Elotr Aut PN *Moddata PP'Mont Aranha PP 'Moto Pecas PPA*Mullor PP *Muttitextil PP *C24Nord Brasfl ON *Nord Brasil PN *Otvebra PP 'C40Oxitono PNA*PaStmao PP *109Para Demlnas PP 'C12Paraibuna PP'Paraibona PN *EDParanapanema PP 'Paul F Luz OP *C07Perdigão PP *INTPordigao Agr PP 'INTPerdigão Agr PN 'INTPérsico PP'Petrobras PP *C57Petropar PP *C02Petroquisa PP 'C02Pettenati PP'Pirelli OP 'CMPirell: PP *C93Pirelli Pneu OP *C03Pirelli Pneu PP 'C03Prometal PP'Propar.a PP 'INTPropasa PP *PQulmk: OeraJ Cti 'Randon PP *Real PN *Real Do Inv PN *Refripar PP 'Rheem PP'Ripasa PP 'C28Rodoviaria PP *SatAa Conccr PN *Salgoma Pf-IB*Samitn OP'Samitri PP 'Scopus PN *Sharp PNB'Sharp PPA'Sid Informat PNB'Sid Intormat PPA*Sid Riogrand PP 'Sifco OP'Sifco PP 'INTSolorrico PP '

Qtd. Abt. Miu. Mid. W4x. Fech. One. Tituloa Q^- AbL Ml»i. UM. MAx. Fech. Osc.%882.000 2 100,00 2 000.CQ 2 011.34 2 100,00 2 000.00 -90 Souza Cruz OP 200150 0D0,00150.000.00150 000,00150 000.00150 000,00 -0.0

28 100 370.00 370.00 370,00 370.00 370.00 -00 Springer PP'C05 112 500 1.397.00 1.397.00 1.397.71 1.398.00 1 398,00 -6.810 (XX) 920.00 920.00 920,00 920,00 920.00 -1.0 Staroup PP 100 000 85.00 85.00 85,00 85,00 85.00 »

200 000 28,00 28,00 28,00 28,00 28.00 Sudamoris ON 57.500 750,00 750,00 750,00 750,00 750,006 3515G0 61.00 61.00 62,41 6300 62,50 -^4 Sudameris PN' 46.100 700,00 700,00 700.00 700.00 700,00 ( /

11 400 000 128,00 125.00 125.31 128.00 125.00 -2.J Sultopa PP' 600 000 195,00 180,00 186.67 205,00 180,CO - -7.64 152.700 380.00 380,00 406,00 410.00 410.00 7JJ Suzano PP' 1 800130.000.01 129 999.99129 999.99130 000.01 129 999.99 -0.01 028 000 94,99 94.59 95.00 95,00 95 00 • 5.S Tcchoo. ON 248 tOO 2 300,00 2 300,00 2 300,00 2 300,00 2.300,00 " -

700 000 29.00 28,80 26.06 29.00 28,80 -3.3 Technos Rel PN' 210 500 2 300.00 2 300.00 2 300.00 2.300.00 2 300.00 ' /12 153.900 40,00 40.00 41.49 42.00 41,50 -1.1 Teka PP'ED 72 800 860.00 860,00 860.00 860.00 860 00 + 1.1

1 000 000 26,00 26,00 26.00 26.00 26,00 -5 Tekno PP' 4 000 8 500.01 8 500.00 8.500.00 8 500.01 8.500,00 ' I820 000 75.00 75.00 75,04 75,10 75,10 ^0,1 Telebras OP *C03 1 800 551,00 551.00 556.28 570,00 570,00 '*3.6

15 600 2.350,00 2 350,00 2 350,00 2.350,00 2 350.00 Telebras PP 'C03 67793 200 640,00 630,00 642.01 650,00 645.00 v -2.220 000 3o'oo 30.00 30,00 30.00 30.00 TelebrasON* 230 000 300,00 300,00 301,53 305,00 305,00.^1.639 900 600.00 COO,00 637.53 639,00 639.00 Tolebras PN 20 500 320.00 320.00 320,01 320.01 320.01 ?O.O

200 5 810,00 5 810.00 5.810.00 5 810,00 5 810.00 ? 164.0 Tolerj ON *ES 6000 175.00 17S.00 175,00 175.00 175,0011 500 1 500,00 1 500.00 1 500,00 1 500,00 1.500.00 -3.2 Tolesp PN *ES 6 151.100 1 000,00 1 000,00 1.000.00 1 000.00 1 000,00 ^ *•50 000 24 000.00 24 000,00 24 000.00 24 000.00 24 000.00 -2.4, Tex Ronaux PP *C05 145 700 100.00 100,00 100,00 100,00 100,00 * ^

4 500 40,00 40,00 40.00 40.00 40.00 -0,0 Transbrasil PP 'C37 1.000 000 53,00 53,00 53.00 53,00 53,00 * -3,6500 000 53.00 52.99 52,99 53,00 52.99 -0.0 Tranoparana PP' 2 000 4.650,00 4 650.00 4.650.00 4 650,00 4.650,00 /

300 1 630.00 1 630.00 1 630,00 1 630,00 1.630.00 TrombiniPP* 200 000 75,50 75.50 75,50 75,50 75.50 * -0,61.999.300 130,00 130,00 139,87 140,00 140.00 +2,9 TupyPN' 2 000 7 999.99 7 999,99 7 999.99 7 999,99 7 999,99 „ -5,8

34 000 1.900.00 1 900,00 1 900.00 1 900,00 1.900.00 ^5.5 Ucar Carbori OP 2.211 600 41.01 40.00 40,58 41.01 40,00 ^ -2.4300 380,00 380,00 380,00 380.00 380.00 Unibanco ON 11 400 2.400.00 2 400.00 2 401.77 2.402.00 2 402.00 ^"*0 0

140 000 500,00 480.00 482,86 500.00 480,00 -4.0 Unibanco PNA* 22.400 2.150.00 2 150.00 2.150,00 2 150.00 2.150,00 -1.3500 000 36,00 35.00 35.60 36,00 35 00 Unibanco PNB' 33.100 1.760,00 1 760,00 1 760,00 1.760,00 1 760,00 * =•

8 500 000 11.90 11.90 11.98 12.00 12.00 Unipar PPB'C50 66 962 400 83,00 60,00 81,08 83,00 81.50 • -1.850 000 290,00 200.00 290.00 290,00 290.00 -1.6 VacchIPP* 8 830 000 0,95 0,95 0.96 , 1,00 0,95 * -9.573 600 86,00 8500 85,97 8640 85,00 / ' Vale R Docc PP'C06 21 400 50 000.00 47 010,00 49 462,85 50 000,00 49 500.00 -1.1

600 000 84.00 84,00 84,00 84.00 84,00 -1,1 Vale R Doco PP 'C07 2 178 400 29 000,00 28 300,00 28 923,98 29 500,00 28.400.00 # -4,615coo 4.100.00 3 800,00 3 900,67 4 200,00 3 800.00 -7,3 Varig PP'C21 13200 15.499.99 14 700.00 15215.15 15499.99 14 700.01 ^ -5.128 000 1 700,CO 1495,00 1 553,57 1.700.00 1.495.00 Verolme PP' 477 000 150.00 150,00 150.58 151.00 151.00 - 4.1

2811 500 1.750.00 1 720,00 1.764,65 1.800.00 1.750.00 -2.7 Vidr Smarina OP *C06 10000 61000.00 64.000.00 64000.00 64 000.00 64 000.00 * -3.03 363 300 4.10 4,10 4.30 4,31 4.20 - 2,4 Vigor PP 'C07 60 000 1.500.00 1.500.00 1.500.00 1 500,00 1 500,00 • -3 937 000 130,00 125 00 128,06 130.00 130.00 -7.1 Vilojack PPB* 717 500 000 0,55 0,50 0,51 0,55 0.54 -5.2

80 000 120,00 120,00 120.00 120.00 120.00 -*.0 VotecPP* 975 500 3.00 3.00 3 00 3,00 3,00 . -0.345.566 000 620.00 600.00 625.05 640.00 610.00 -3.1 Wambfcty PP *COO 600 000 50.00 50.00 50.00 50,00 50,00

700 000 590.00 575 00 580.71 590,03 575.00 ^.1 Wetzel Mot PP 11100 35.50 32.50 35.47 35,50 32,50 . -8,41 120 000 95.00 93.0C 97,05 100.00 93.00 -7,0 Whit Martins OP 32 435 800 93,00 90.00 92.28 93.C0 92.00 _ -3.1

330 000 180,10 180.00 180.06 180.10 180.00 -5.2 Whit Marlins ON 55.000 90.00 90.00 90,00 90,00 90,CO ' /44 800 150.00 150,00 150 00 150.00 150,00 * 15.3 ZartnJ PPA* 1600 175,00 175.00 175,00 175.00 175,03 ' /

10 550 000 22,00 22.00 22.00 22,00 22.(0 + 0,0 Zivi PP *C48 1 000 000 3.50 3.50 3,50 3,50 3,50 • ^484 200127.000.00 123 000.00 126 364.52129 OOO.CO 124 000 00

630 200 1 800.00

1 497 50025 000

8 50015'.X»

190,0039.0030.00

150.00

82.C0

4 300 00 4 312.50 4,3^0,00 4 300.00 -4.4800,00 2 851.53 2.900,02 2 300.00 -6.64.30 4.36 4,40 4.30 -4.2

1800.00 1 800.00 1 800.00 1 800.001210,00 1 210.00 1 210.00 1 210,00 - 0.81800.00 1.800.00 1 800.00 1 800.00 - 581 245.00 1 250,00 1.250.00 1.250.00 -0,0

190.00 190,00 190.00 190, CO39,00 39.00 39.00 39,00 /30,00 30.CO 30.00 30 00 /

150.00 150,00 150.00 150 00 /1.120 00 1 120.00 1120,00 1.120.00 - 1.8150300 1 500,67 1 501.00 1 501,00 -0.0

300 00 3 300.00 3 300,CO 3.300.00 I82,00 83.20 86.00 66.00 + 1.1

3 000.00 3 000.00 3GOO.CO 3 000 CO

ConcordatáriasQtd. Abi Min. Fwh, ; Osc.

. X

28.300 20.500.00 20 OCO.OO 20C68.34 20.500.00 20 000,00 -2.4000 1 150 00 1 150,00 1 150,00 1.150.00 1150,00 - 4.5

M 14.700 230 00 220 00 225,05 230 CO 220.00 -4.310 0C0 140.00 140.00 140.00 140 00 140.00 +7,6

500 90 000.00 85 000.00 105 030.^7109 000.00109.000 00 -5.2300 65 000.00 65 000.00 65 000.00 65.000.00 55 000.00 -24 6

100 000 150.00124 600

53 520 1001 000 000

26 2CO1 015 000

100239 000

35.C047.0021.0026.00

1 150.00650.00800.00

150.00 150,00 150,00 150,00 -1.335.00 35 00 35,00 35 00 -7.844 00 47.56 49 00 49.00 -2.020.50 20 55 21 CO 20.50 -2,325,50 25,54 26,00 25.50 -2.2

1 150.00 1 150.00 1 150.00 1 150.00650,00 650,00 650,00 650,00 /750.00 799 58 &X.00 750 00 -6.2

9 200,00 9 200.00 9 200.00 9 200.00 -1,0

Amelco PP 1.532 100 70,00 70,00 70.00 70.00 70,00 , ICal Brasilia PP 49600 11.50 11.50 11 90 12,01 12,01 ,-4,4J B Duarte PP' 122 622 700 3,15 3.10 3,17 3.21 3.21 ^7.3Londrimalhas PP 'C01 1 COO 600.00 600.00 600.00 600.00 600.00 ' /Ollcal PPB" 24 000 29,00 29,00 29,54 30.00 30,00 '-14,2

Termo 30 Dias |•nutoa CM. Abt- fcHn. tfiML HJu. Foe*. Osc.1 X

Brasil PP'C65 200 000 13 232.60 13 232.60 13 232.60 13.232.60 13 232.60 1 0,0Itausa PN 8 000 10 028.00 10 028 00 10.028.00 10.028,00 10 028 00 • 0,0Itautec PN' 300 000 534.10 M4.10 534,10 534.10 534.10 , 0,0Parar.apanoma PP 3.300.000 681.25 680,63 630.82 681.25 680,63 , C.OPetrobras PP 'C57 10.000137 105,00137 105,00137.105,00137 105.00 137 106,00 ( 0.0Sharp PPA' 10.000.000 52.32 52.32 52.54 53,41 53,41 0,0

Opsoes de CompraTKulo Vsnc. P. Kxsrc. Otd*. Ab«. L'Ia. IJ6x. Usd. ClM. Osc.ToIPP Jun 710.00 15500 000 35,00 35.00 4C.00 36,61 35,00 .-18,5

JORNAL DO BRASIL Economia terça-feira, 29/5/90 ? Io caderno ? 13

Banco Centrai começa hoje

a fazer leilões de LTNsO diretor de Política Monetária do Ban-

co Central, Luís Eduardo de Assis, chamouontem ao Banco Central os dealers parauma reunião sobre as mudanças no mercadofinanceiro. Anunciou que hoje será realizadoo leilão de Letras do Tesouro Nacional"(LTN), com prazos de vencimento em sete,"74, 21 e 28 dias. A partir da semana quevem, serão vendidas LTNs apenas de 28dias, cm leilões semanais, já que toda sema-na estará havendo vencimento de um lote.

As LTNs são títulos com rentabilidadeprefixada. As instituições financeiras quequiserem se candidatar à compra desse papelentram no leilão fazendo propostas de jurosque vão aceitar pelo período de validade dotítulo. Ontem ainda não havia consenso nomercado sobre a rentabilidade a ser pedidahoje no leilão mas, em principio, toma-se

_como parâmetro os juros dos Certificadosde Depósitos Bancários (CDBs) que estãosendo emitidos pelos bancos. Ontem, um,ÇDB de 30 dias era vendido por taxas que..variavam entre 170% e 180% ao ano.*i Se uma LTN de 28 dias sair com umataxa de 175% ao ano, por exemplo, quemcomprou esse papel vai ter lucro se a taxa deovernight durante a vigência da LTN não""ultrapassar 12,07% de overnight. Se formaior do que isso, a instituição que com-prou o titulo vai ter prejuízo.'

Redesconto especial — Mas parao investidor muda pouca coisa com a entra-da da LTN no mercado. Um banco pode teruma LTN como lastro e pagar ao investidor

a taxa do overnight do dia, ou seja, o invés-tidor na maioria dos casos não vai saberqual é o título que está garantindo sua apli-cação. Atualmente, as instituições já usamoutros títulos diferentes da Letra Financeirado Tesouro (LFT) para dar essa garantia ásaplicações.

Não há limite predeterminado para ovolume de títulos a serem vendidos em lei-lão. Na reunião, Assis explicou que os pa-péis sairão da própria carteira do BC e serãoutilizados como instrumento de política mo-netária para regular a liquidez e não comoforma de financiamento do governo.

Ele informou também que o BC não vaimais garantir a compra de títulos no fim dodia quando sobrar papel na carteira da insti-tuição financeira e nem vai vender títulosquando sobrar recursos. A partir de ama-nhã, quem tiver dinheiro sobrando vai terque repassá-lo em mercado para quem esti-ver com mais títulos em carteira do queaplicações para financiá-los.

Os bancos que ficarem com falta de cru-zeiros para cobrir sua quantidade de títulosvão poder ir ao redesconto do BC buscarfinanciamento. O problema maior será pa-ra as distribuidoras e corretoras de valoresque não têm acesso a essa linha especial.Assis informou que o BC está abrindo umalinha de redesconto especial, a juros deLTN mais 20% ao ano para esses casos.Mas afirmou que essas instituições terãoque recorrer ao bancos para, através deles,terem acesso a esse dinheiro.

Lloyds sugere

estratégia de

diversificaçãoPORTO ALEGRE — A preferèn-

cia dos investidores por aplicações di-versificadas torna o mercado financei-ro muito parecido ao que vigoravaantes do Plano Collor. "Permanece emtodos os agentes a expectativa de quenossas perdas não tenham sido cmvão", disse, ontem, o diretor de investi-mentos do Lloyds Bank, Manuel Lois,tentando ensinar empresários de Ca-xias do Sul, a aplicarem seus recursosem alternativas variadas.

Para comprovar sua tese, demons-trou à platéia as perdas de cada um,simulando a compra de diversos ativosfinanceiros em 13 de março, antes doplano. Analisou, em seguida, quantovaleriam esses ativos no dia 2 de maio,ambos em BTNs fiscais. Enquanto apoupança teve o melhor desempenhoem rentabilidade, apresentou umamaior retenção em cruzados novos. Nooutro extremo aparecem os ativos reais(ouro e dólar) que, apesar da menorrentabilidade, puderam ser resgatadostotalmente e em cruzeiros.

Lois sugeriu aos industriais o redi-recionamento dos recursos das empre-sas para investimentos. A fórmula, se-gundo ele, dará melhores resultados seo governo criar estímulos para a for-mação de poupança de longo prazo,desestimulando as aplicações com girorápido.

Seminário — Com a presença dopresidente Fernando Collor e da minis-tra da Economia, Zèlia Cardoso deMello, será aberto no dia 31 o seminá-rio A Retomada do Desenvolvimento,promovido pela Associação Comercialdo Rio de Janeiro e pelo Banco Mun-dial. O seminário será encerrado em 1°de junho e nos dois dias serão debati-dos cinco painéis, com a participaçãode políticos, economistas e empresá-rios.Abastecimento — A Compa-nhia Dosul de Abastecimento — inte-grada pelos supermercados Dosul ePoko Preço e lojas Centro Útil — lan-çou ontem a distribuidora de ranchos(cestos de alimentos) básicos Supre-bem, para a atender trabalhadores eindústrias interessadas em complemen-tar salários de seus funcionários ou

•premiar produtividade. A Suprebemtambém oferece o sistema de vale-com-pra a ser custeado pela empresa oudescontado em folha de pagamento,com a vantagem de desconto de 10%sobre o preço de prateleira. A empresajá está atendendo 80 indústrias gaú-clias.Petroquímica — O Porto deRio Grande (RS) será equipado comum parque de tancagem com capacida-de total de 48 mil metros cúbicos emquatro módulos para armazenagem deprodutos do Pólo Petroquímico do Sul.O primeiro módulo, de seis tanquescom 12 mil metros cúbicos, será con-cluído em outubro pela empresa gaú-cha Interportos.

Intervenção no

Banacre pode

terminar hojeBRASÍLIA — O Conselho Mone-

tário Nacional poderá suspender, hoje,a intervenção branca do Banco Centralno Banco do Estado do Acre, em vigordesde junho do ano passado. Embora obanco tenha fechado o balanço de 1989com um patrimônio líquido negativo(dívidas maiores do que o patrimônio)de NCzS 100 milhões, o BC decidiuconsiderar uma proposta do governa-dor do Acre, Flaviano Melo, que pro-meteu assumir a dívida contraída juntoá reserva monetária do BC, que alcan-ça CrS 420 milhões.

A situação do Banco do Estado doAcre começou a ficar complicada apartir de fevereiro de 1989, quando ainstituição passou a sofrer séria crisede liquidez e recorreu à assistênciafinanceira do Banco Central. Agora, oBC considera conveniente reverter asituação do Banacre, já que o governa-dor concordou com a sua transforma-ção em banco múltiplo e com o fecha-mento de agências localizadas fora doestado que não corresponderem às ex-pectativas de desempenho. Mas o De-parlamento Jurídico do BC só aceita oacordo se que o governador FlavianoMelo conseguir autorização da Assem-bléia Legislativa para assumir o endi-vidamento do Banacre junto á reservamonetária do BC.

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Banorte

Um ámisefinà prácaBanco privado com rede eletrônica nacional

BTN fiscal indica inflação de 4%O BTN fiscal foi corrigido ontem paraCrS 42,8324, passando a indicar que a infla-

ção de maio será de pelo menos 4%. Até a—semana passada, o BTN fiscal apontava pa-—ra apenas 3% de variação infiaçjonária e o—mercado ainda espera novos ajustes até

quinta-feira, último dia útil do mês.Esse ajuste provocou uma reação em

cadeia nas taxas de juros. Os Certifica-dos de Depósitos Bancários (CDBs), que demanhã estavam sendo emitidos á taxa de170% ao ano, pularam para 180% e até190% no fim da tarde, já que a Receita

federal anunciou a correção do BTN quan-do eram 15h30 minutos. A expectativa é denovas altas durante esta semana.

O overnight passou para 8,15% ao mês ese essa taxa se mantiver inalterada até quin-™ ta-feira, os investidores terão em maio umarentabilidade bruta de 5,70%. Descontandoos 4% do BTN fiscal, o investidor ainda vai••'¦«pagar 35% de imposto sobre o que exce-

der esse índice, o que reduz os rendi-mentos do aplicador para 4,84% ao mês. Sea inflação ficar nos 4%, o rendimento realdo over ficará em torno de 11 % ao ano, masse ficar nos 5% esperados pelo mercado, oinvestidor este mês terá rentabilidade negati-va.

O ouro se manteve estável, enquantoo dólar caiu de preço. Ontem foi feria-do nos Estados Unidos e feriado bancá-rio em Londres, o que deixou o merca-do interno sem referencial de preços noexterior. O resultado é que as transações dometal no Brasil diminuíram e os preços fica-ram praticamènte inalterados. No fim datarde, o mercado à vista da Bolsa Mercantile de Futuros (BM&F) registrou 19.874 con-tratos, ao preço de CrS 956 o grama. Nobalcão das casas de câmbio do Rio, o dólarfoi cotado a CrS 86 para compra e CrS 88para venda.

Mercados fecharam em baixaAs bolsas de valores abriram a semana

em baixa. Influenciados pela possibilidadede um aumento nos juros, os investidoresestão vendendo suas ações para realizar lu-

_ cro e aproveitar as possíveis oportunidadesde boas aplicações financeiras. No final dodia. a Bolsa de São Paulo apresentou uma" queda no índice Bovespa de 2,46%, enquan-to a bolsa carioca cedeu 3,49% no 1BV.

O diretor de Bolsa da Open Corretora,Manuel Domingues Tavares, informou que' o volume negociado ontem no mercado Ibimuito reduzido, mas o movimento de ven-das para realização de lucros iniciado nasexta-feira continuou existindo ontem. "Osinvestidores estão achando que pode haverum aperto de liquidez e aumento dos juros.Hoje tem leilão de LTNs (Letras do TesouroNacional) para as instituições financeiras, oque pode ser um começo de mudança napolítica monetária", disse ele.

~ O fato é que, no fim do dia, as principaisações tinham caído de preço. Paranapane-ma, Petrobrás, Telcbrás e Vale do Rio Docedesvalorizaram, em média, 3% ontem, en-"quanto os papéis de segunda linha forammuito pouco negociados, muitos deles per-manecendo com preços estáveis por falta denegócios.

Direitos em alta — Manuel Tavaresexplicou que outro motivo de baixa foi afrustração das alterações nas regras do ven-das dos Certificados de Privatização (CPs)."Houve uma crença inicial de que o BancoCentral iria flexibilizar as regras de vendasdesses papéis e aceitaria pagamento em cru-zados novos. Mas nada disso veio até agorae os preços das ações voltaram a cair."

Embora as ações tenham caído, os direi-tos de compra de Vale do Rio Doce PNcontinuaram chamando a atenção dos invés-tidores que querem se livrar de seus cruza-dos novos bloqueados. Embora a Vale tenhacaído bastante (abriu a CrS 30,00 e fechou aCrS 27,70, com baixa de 7,66%) os direitosde comprar essas ações fecharam no preçomáximo, cm CrS 14,40.

O mercado acionário está hoje com aatenção voltada para a mesa de open doBanco Central. Além das vendas de LTNsque serão realizadas através de leilão, existeainda uma expectativa de elevação das taxasde juros, já que ontem o BTN fiscal passou aapontar uma estimativa inflacionária de 4%para maio.

I I O presidente do Banerj, Márcio For-tes, anunciou ontem que no dia 30 de

junho o governo do Estado do Rio deJaneiro vai pagar a primeira parcela de CrS200 milhões ao banco, de uma dívida globalde CrS 7,2 bilhões, que vai ser quitada em36 parcelas iguais. Dentro do projeto deadaptar o Banerj ao Plano Collor, que afe-tou bastante o sistema financeiros, Fortesdisse que a instituição pretende fechar "al-gumas" das 50 agências localizadas forados estados do Rio e de São Paulo. Maso banco — avisou Fortes — vai abriruma agência cm Queimados, em julho,e outra em Belfort Roxo, em agosto, naBaixada Fluminense. Márcio Fortes disseainda que até o final de junho o Banerj vaileiloar 60 automóveis e 50 imóveis.

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14'. ? 1" caderno ? terça-feira, 29/5/90 Economia JORNAL DO BRASILAndré Durão — 4/8/89

Ensec exporta máquinas

contadoras de cédulas

25M;>SÃO PAULO

— Diante docorte nos investi-méntos dos gran-dos bancos na-c i o n a i s,programados an-tes do Plano Col-lor. a Enscc En-g e n h a r i a eSistemas de Se-gurança S.A. te-ve que voltarquase toda a suaprodução de máquinas contadoras decédulas para exportação. O presiden-te da empresa, Charles Nelson Fin-keí, assinou na semana passada umcontrato no valor de US$ 4 milhõespor ano com a empresa inglesa De LaRiie Systems, que comprará 1.000unidades anuais para distribuição emtoda a Europa.

Fornecedora de equipamentos deautomação bancária para os maioresbancos do país. entre eles os Bancosdo Brasil e Central, a empresa tinhaprevisto vender 1.000 unidades doequipamento no mercado nacional e5Q,0 no exterior, do total de 1.500máquinas produzidas por ano. Com anão renovação de pedidos de bancoscomo Bradesco, Bamerindus, Itaú eoutros grandes clientes da Ensec. que

responderam por 25% da receitaanual de US$ 68 milhões verificadaem 1989, a saída foi inverter os volu-mes de venda.

O contrato com a De La Rueprevê a distribuição das máquinas em90 países. Finkel conta que a empre-sa, antiga associada da Ensec natransferência de tecnologia, que tam-bém produz este tipo de equipamen-to, prefere vender seu know-how pararecomprar o produto pronto,

"o queimplica num investimento muito me-nor do que aumentar a produção".

Leste — A abertura dos paísesdo Leste da Europa, que já represen-tam 40% do mercado do continente,e a monetização de suas economias,aumenta o surgimento de novos ban-cos, o que decorre em mais demandapor equipamentos de automação."Só para a Polônia a De La Rue jávendeu duas mil máquinas e não temcomo entregar de sua própria produ-ção", conta Finkel.

As máquinas a serem exportadaspela Enscc, mais do que apenas contar,selecionam as cédulas por seus respec-tivos valores. Um equipamento destespode custar até USS 600 mil. enquantoas mais simples ás vezes não custammais de USS 2 mil. Para este ano,Finkel prevê uma queda de 15% nofaturamento da empresa, que não de-verá ultrapassar os USS 55 milhões.

Controle de ponto gera reação

„.SÃO PAULO — Dos cerca de USS10 milhões que a Ensec planejava rece-ber este ano do governo federal, o presi-dente da empresa não conta com maisde USS 1,5 milhão cm negócios fecha-dos. Os projetos para instalar sistemasde controle de acesso e ponto automáti-co em ministérios, estatais e autarquias,têm gerado, segundo Charles Finkel,"reações por todos os lados" e os con-tratos já assinados correm o risco deserem cancelados.

A perspectiva de demissão de 360mil funcionários públicos, e ainda aintrodução de um rigoroso sistema desegurança e controle do comparecimen-to e horários cumpridos no trabalho,através do uso de cartão magnético,tem revoltado muitos servidores. Maisdo que isso, Finkel identifica uma "fal-ta de ímpeto" na Secretaria Nacional deAdministração, encarregada de aprovaros projetos.

Além disso, a anunciada privatiza-ção de estatais retarda a instalação dossistemas. No prédio conhecido comofíòlo de Noiva, onde funcionam setoresdo Ministério das Relações Exteriores.

Engenharia — A Método Enge-nharia Ltda acaba de assinar contrato detreinamento e transferência tecnológicacom a construtora canadense Magil Ltd..Com um investimento inicial de USS 200mil na área de treinamento, a iniciativaprevê futuras associações entre as duasem empreendimentos específicos. Pelascláusulas do contrato, todos os paga-mentos da Método à Magil ficarão ilepo-sitados no Brasil, para serem aplicadosnos projetos futuros, a título de partici-pavão da sócia canadense. A partir deagora, a Método enviará seus engenhei-ros ao Canadá duas vezes ao ano, paraacompanharem de perto as obras execu-tadas pela Magil, uma das maiores em-presas do ramo naquele pais, com fatura-mento médio de USS 400 milhões aoano.Perfumes — Detentora da marcade perfumes e cosméticos Água de Chei-ro, a Fábrica Nacional de Perfumes(Panape), de Uelo Horizonte, colocaráno mercado na próxima semana duascolônias da linha feminina — Obelisk eIlumination — destinadas a coiisuni-dores de renda mais baixa. Criada cm1575 e atualmente com 390 lojas no pais— a maioria pelo sistema de franquia

a Água de Cheiro tem seus produtosvoltados quase que exclusivamente àclasse média alta. O lançamento dosdois novos produtos será no períodocomercial do Dia dos Namorados — 12de junho. O próximo lançamento, duascolônias da linha masculina, vai ser àsvisperas do Dia do Pais — segundodomingo de agosto. Como refelexo doBlano Collor, a Fanape suspendeu aexecução do projeto para a nova fábri-oa, um investimento de USS 3 milhões,

o controle de acesso e ponto automati-co já funciona há mais de um ano.Cerca de dois mil funcionários utilizamcartões magnéticos, que selecionam asáreas de acesso de cada um, além dostradicionais procedimentos de controlee segurança. Todas as informações —horário de entrada, saída e locais decirculação — são captadas por leitoresóticos por onde passam os cartões mag-néticos. e encaminhadas até um micro-computador que elabora a folha de pa-gamento do órgão.

O superintendente da Divisão de Se-gurança da Ensec, Alberto Croso, dizque os projetos que a empresa desenvolvedestinam-se à automatização do pontoem cerca de 25 órgãos públicos, numtotal de 200 mil funcionários das admi-nistraçòes direta e indireta.

Caso o governo cancele alguns destescontratos, o trabalho de engenharia esta-rá perdido, conforme afirma Finkel, masos equipamentos podem ser aproveitadospara outros clientes, pois são todos mo-dulares. Essa hipótese levou a Enscc avoltar-se para empresas privadas.

no distrito industrial do Vale do Jato-bá. Com uma área de cinco mil m:, asnovas instalações têm prazo de obrasestimado cm 18 meses.Surfe — Disposta a conquistar umafatia do mercado das swfwears (indús-Irias de confecções e equipamentos coma imagem ligada ao surfe), a krieger S: A,de Brusque (SC), lança sua linha jovemvoltada para este segmento na Surf IndexBrasil Verão 91. que se inicia no próximodia 4 cm São Paulo. Há mais de 40 anosno mercado de vestuário (principalmentecom jeans). a Krieger lançará tambémuma campanha publicitária em setembroque precederá sua entrada no setor.Financiamento — O BNDESreabriu ontem as linhas de crédito deprocessamento automático, suspensasdesde 15 de março, que representam fi-nanciamentos de até 1 milhão de BTNs(CrS 47.3 milhões) por projeto, com de-sembolso dos recursos em cerca de 15dias. Essas linhas são destinadas a in-vestimentos fixos e mistos, atendendoprincipalmente a pequenas c médias cm-presas, com juros entre 5,5% e 10° oao ano, correção monetária pelo IPC,do IBGE, mais a comissão do agentefinanceiro. Os créditos de processamentoautomático — transferidos pelo BNDESatravés de 60 agentes financeiros, comobancos estaduais — incluem o apoio ainvestimentos fixos ou mistos em proje-tos de implantação, expansão, moderni-zação ou racionalização de empresas,através do Programa de Operações Con-juntas (POC); sericultura (criação de bi-cho-da-seda), ranicultura (rãs), piscicul-lura (peixes) e carnicicultura(crustáceos), meio ambiente e comércio eserviços.

TGVempolga a 515 kmjh

França pretendeagora exportarseu trem-bala

Silvio Ferraz

PARIS — Para os milhões de

parisienses que voltavam desteprolongado fim de semana, nadamais aflitivo e frustrante que assistir,em meio a um monumental engarra-famento nas estradas, ao fulguranteTGV (Trem de Alta Velocidade) cru-zar a 515 quilômetros por hora (em-bora sua velocidade de cruzeiro sejade 300 quilomêtros horários) a linhaparalela á autoestrada. O fato é que acada dia que passa, mais o TGV dámostras de que é uma alternativacompcnsadora até para os usuáriosde aviões. Ontem, com a greve doscontroladores dos aeroportos, cente-nas de homens de negócios ruma-ram diretamente às estações para chc-gar a seus destinos com segurança.

Jóia da tecnologia francesa, oTGV, desenvolvido pela GEC-Als-thom, é hoje uma arma de ponta nocomércio exterior da França, apos-tando corrida e vencendo — até ago-ra no campo tecnológico apenas — osconcorrentes alemães e japoneses. Osmercados coreano, espanhol, ameri-cano e canadense estão na alça demira dos franceses e os negócios po-derào alcançar cifras extraordinárias.Enquanto isso não se materializa cmcontratos, o TGV vai batendo suces-sivos recordes de velocidade, para setornar cada vez mais atraente aosolhos dos usuários.

Solução — Na França, o pri-meiro TGV ligou Paris a Lyon cm1981 e até hoje já transportou 100milhões de pessoas, numa médiaanual de 15 milhões de passageiros —número que garante á estatal SNCF,que explora as ferrovias, um dos pou-cos resultados positivos em seu ha-lanço. Visto como meio alternativopara ligar as capitais européias nestaépoca comunitária, o TGV é saudadopelas autoridades, que o vêem comouma solução para o cada vez maisengarrafado tráfego aéreo europeu.

No momento está em construçãoa linha que ligará Paris a Londres eBruxelas. Saindo de Paris, o TGValcançará Lille. de onde partirá com

destino a Bruxelas e Calais, alterna-damente. De Bruxelas, o TGV pro-porcionará a ligação com a Alemã-nha. É tão grande o impacto do TGVnos hábitos dos viajantes francesesque a ligação ferroviária entre a capi-tal francesa e Lyon provocou umaqueda de 50% no movimento da em-presa aérea Air-Inter. Simultanea-mente, o governo francês já coloca naprancheta os projetos para estenderas linhas de Paris a Strasburgo, nafronteira com a Alemanha, capitallegislativa da Europa. São poucos osque cogitam hoje de ir a Genebra deavião. Afinal, além de mais barata apassagem, o TGV pode levar o passa-geiro de Paris a este centro financeirosuíço em apenas duas horas e 57 mi-nutos.

Os novos TGV são autores deproezas que já não causam perplexi-dade entre os franceses: a última de-Ias foi bater o recorde de velocidade:515,3 quilômetros horários. Com lo-comotivas 40% mais potentes do queos primeiros TGV, elas no entantoconsomem menos energia e são capa-zes de fazer uma massa de 260 tonela-das se deslocar com a velocidade deuma flecha.

Concorrência — E a coneor-rência'.' Como reage a estas façanhas?Os alemães estão se debruçando commaior afinco na sua versão dc altavelocidade — o Inter-City, que levita-rá sobre um campo magnético e cor-rerá a 500 quilômetros por hora. Osjaponeses, de seu lado. tentam com-pensar as desvantagens tecnológicasde seu trem-bala com créditos a per-der de vista para quem comprá-lo.

Guerra é guerra. Por isso mesmo,os alemães só estão hesitando emconstruir uma grande linha ligandoHamburgo a Munique — cortando opaís — em apenas três horas e 30minutos, face às despesas que terãoneste primeiro ano de integração eco-nômica com a Alemanha Oriental.Não fora isso, esta magnífica vitrinejá estaria em andamento. Seu custo:30 bilhões de marcos, ou seja, USS 20bilhões. Isso porque o trem alemãonecessita de toda uma infra-estruturaexclusiva para que possa levilar sobreos trilhos. E aí está uma grande armafrancesa: o TGV pode utilizar as li-nhas tradicionais, com pequenasadaptações nas curvas.

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A Bentamix, doMoinho Atlântico,é indicada parafabricação dcvários tipos de pão,...segundo Malamud

Moinho Atlântico investe

em nova mistura para pão

Carina Caldas

Ô TG V transporta por ano 15 milhões de pessoas

O Moinho Atlântico — do grupoJ.Macedo, que ocupa o segundo lugarem moagem no país — investiu USS 1.5milhão para aprimorar a qualidade dopão brasileiro, com o lançamento daBentamix, uma mistura pronta para pa-nificação. Trata-se de uma farinha ade-quada para a fabricação de cada tipo depào, que já vem com vários componen-tes. desde enzimas importadas da Dina-marca até o simples sal — basta apenasadicionar água e fermento —. garantin-do, assim, uma padronização da qualida-de do produto final. "A mistura é bas-tante difundida na Europa, maspraticamente desconhecida por aqui",explica Mareio Malamud, gerente-geraldo moinho, localizado em Niterói.

A Bentamix chega primeiro ao Rio deJaneiro c a segunda etapa prevê sua en-trada no mercado de Minas Gerais aindaneste ano. "È quase um processo homeo-pático, pois. na verdade, estamos intro-duzindo uma nova cultura na fabricaçãode pães", explica Malamud. Não é à toaque o lançamento do produto vemacompanhado de prestação de assistçn-cia técnica aos clientes — no caso, panifi-cadores. "São necessários conhecimentosbásicos para manuseio do produto, porisso estamos dando um curso e, alémdisso, criamos o Disque Bentamix. umtelefone que fica à disposição para tirar

dúvidas dos clientes, seja a nivel comer-ciai, seja a nível técnico", diz o gerente.

A própria criação da mistura exigiudo moinho um aparato tecnológico espe- .ciai. Boa parte dos USS 1,5 milhão invés- .tidos, nos últimos oito meses, foi destina- .da à área de desenvolvimento de novatecnologia. "Temos 18 pessoas altamentequalificadas trabalhando nos setores-decontrole de qualidade e em nossa padariaexperimental", afirma Mareio Malamud.ressaltando que o moinho contou aindacom apoio de técnicos franceses quetrouxeram seu know-how e acompanha-ram dc perto o processo de criação"da"Bentamix.

"Até na França, onde a fabricação depães é artesanal, a mistura pronta já éuma realidade", conta o gerente-geral. ABentamix é apresentada em quatro ver-sões, cada uma destinada à fabricação dcum tipo de pào — francês, doce. ham-burguer e forma —, em embalagens de25 kg (francês) e de 5 kg (demais tipos).

O Moinho Atlântico tem 420 funcio-nários e faturou, em 1989. USS 48 mi-Ihões, lendo como carro-chefe a farinhade trigo Dona Benta. O Atlântico è umdos oito moinho do Grupo J. Macedo,que atua ainda nas áreas de fabricaçãode cerveja, massas, biscoitos e dc revendade automóveis e caminhões Ford e Mer-cedes Benz. tendo 7.000 funcionários ereceita, no ano passado, de USS 520milhões.

Sistema bancário Fusão de bancos Fábrica de móveis sente

japonês revela holandeses vai escagsez dg mão-de-obra

queda dc lucroTÓQUIO — Os maiores bancos ja-

poneses. que são também os maiores domundo, registraram uma redução gene-ralizada em seus lucros no ano fiscalterminado em 31 dc março. Isto foi con-seqüência da necessidade de destinarmaiores reservas que no ano anteriorpara a cobertura cie perdas com créditosnão recebidos d;is nações endividadas doTerceiro Mundo, especialmente o Mexi-CO.

Os juros altos também pesaram nadiminuição dos lucros, informaram ftin-eionários dos bancos. Embora as insti-tuiçòes estejam não só pagando altastaxas aos poupadores. mas também rece-bendo-as dos tomadores de empréstimos,os custos da remuneração da poupançaestão sendo repassados antes do recebi-mento dos créditos. A ia\a de juros deum ano atrás era de 2,5" o ao ano masatualmente chega a 5%.

O balanço do Dai-lchi Kangyo Bank.o maior do inundo, apontou uma quedado lucro liquido de 179,75 bilhões deienes (USS 1.2 bilhão) para 155.59 bi-Ihões (L'SS 1.04 bilhão). O Sumitomoregistrou queda dc 198,31 bilhões de ie-nes (USS 1,33 bilhão) para 174.54 bi-Ihões (USS 1.17 bilhão) e o Fuji Bankcaiu de 171.95 bilhões de ienes (USS 1.15bilhão) para 147.13 bilhões de ienes (USS984 milhões). Mas as três instituiçõesesperam aumentar seus lucros neste anofiscal.

gerar 4holding'

AMSTERDÃ — Dois dos princi-pais bancos holandeses, o AlgemcneBank Nederland (ABN) e o Amster-dam-Rotterdam Bank NV (Amro), in-formaram ontem que faltam apenas de-talhes para que sua fusão se comple-te, o que criará a sexta maior institui-ção financeira européia, com um volu-me total de depósitos de 353 bilhões defiorins (USS 185 bilhões).

Em declaração conjunta, o ABN e oAmro afirmam que o estágio inicial dagigantesca operação — anunciada pelaprimeira vez em março — irá resultarna criação de uma holding denomina-da ABN Amro Holding NV. Segundo oacordo, que estabelece o mesmo preçode ações para ambas instituições, se-rão oferecidos tilulos da holding aosacionistas, em substituição aos antigospapéis.

O financiamento da merger ficarápor conta exclusiva do mercado. Asduas instituições pretendem emitir açõesno valor de 1.3 bilhão de fiorins (USS685 milhões), que serão negociadas tantodentro como fora da Holanda.

Depois da criação da holding, as sub-sidiárias dos dois bancos serão fundi-das em uma única corporação, preven-do-se que dentro de quatro anos a fusãoesteja completa. O ABN e o Amro con-tam com 55.700 funcionários, que atuamem escritórios, agências c subsidiárias em51 países fora a Holanda, constituindo aI6'1 maior instituição financeira do mun-do.

PORTO ALEGRE — Em época deredução de salários e desemprego, o pre-sidente da fábrica de Móveis Pozza. Dor-valino Pozza. tem apenas uma preocupa-ção: encontrar 120 funcionários paracompletar sua linha de produção, garan-tir o faturamento e terminar com osatrasos de 15 dias no prazo de entregadas encomendas acumuladas desde abrilna carteira comercial da empresa. "Foium reaqueeimento repentino e que nospegou desprevenidos". comentou Pozza.cuja empresa há oito meses vinha demi-lindo pela falta de clientes.

Apesar dos cartazes oferecendo vagasa marceneiros e operadores de máquinasde corle dc madeiras distribuídos na sededa empresa em Bento Gonçalves, a 125quilômetros de Porto Alegre, ninguémapareceu. "Com urgência, precisamos nomínimo de mais 80 funcionários", disse oempresário, preocupado com a situação.A Móveis Pozza tem encomendas quepodem ativar plenamente a capacidadede produzir 60 mil peças por mês, entremesas, cadeiras, balcões e estantes. Porconta da falta de mão-de-obra, eslá tra-balhando com uma capacidade ociosa de40% e vai fechar o mês de maio com umaprodução máxima de 36 mil unidades.

Segundo ele. o aquecimento na pro-cura por móveis no pólo moveleiro daserra gaúcha, o terceiro do país, não èprivilégio da Pozza. A maioria das em-presas moveleiras da região registrou no-vos pedidos em carteira após a realizaçãoda Feira de Móveis da Região Sul (Mo-velSul), cm abril. O crescimento das cn-

comendas determinou a procura pelamão-de-obra e uma atualização nos saia-rios. "Acho que os consumidores estãosacando da poupança", arriscou, tentan-.do justificar o interesse repentino pelaprocura de móveis.

Mesmo com a correção de salários,para torná-los mais atrativos aos candi- ¦datos às vagas que a empresa oferece, osCrS 6.300.00 fixados pela Pozza comopiso não agradam aos candidatos. "Au-"mentar mais que isso é difícil porque nãosabemos até quando a onda boa vai con-tinuar", adiantou o presidente da empre-,sa, sem alternativa para compor o qua-.dro de 500 funcinários. O salário médiodos 380 trabalhadores da Pozza hoje não.passa de CrS 16 mil, incluindo técnicos e«administrativos.

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Obituário

José da Cosia Garcia, 91 anos,de choque séptico. Paulista,militar, casado com Maria daPenha Borges Garcia, moravaem èopacabana (Zona Sul) etinha' dois filhos. Foi sepulta-dd'Cffltem no Cemitério de SãoJdW Batista, cm Botafogo(Zdíia Sul).Lígfé Hinds de Oliveira, 75anos* de distúrbio metábolicoe insuficiência respiratóriaaguda. Fluminense, professo-ra,,casada com Gilberto Ma-chado de Oliveira, morava naTijuca e tinha dois filhos. Foiseptiltado ontem no São JoãoBatista.IVfSria José Amorim da Costa,60 anos, de câncer de estôma-go e embolia pulmonar, noHospital da Lagoa, nesse bair-ro da Zona Sul. Fluminense,auxiliar de escritório, casadacom Manuel da Costa, mora-va em Ramos (subúrbio daLeopoldina) c tinha dois fi-lhos. Foi sepultado ontem noSão João Batista.Laurinda Rodrigues, 75 anos,de infarto agudo do miocárdioe hipertensão arterial, em casa,em Mangueira (subúrbio daCentral). Mineira, cozinheira,

Rio de Janeiroviúva de Sebastião Rodrigues,tinha dois filhos maiores. Foisepultada ontem no Cemitériode São Francisco Xavier, noCaju.Maximiano Ferreira Lima, 65anos, de caquexia neoplásica ecirrose hepática. Baiano, casa-do com Domingas dos SantosLima, morava em Bonsucesso(subúrbio da Leopoldina) e ti-nha sete filhos. Foi sepultadaontem no Cemitério do Caju.

Maria Eulália das Neves Car-valho, 79 anos, de neoplasiabiliar, na Casa de Saúde SantaTeresinha, na Tijuca (ZonaNorte). Fluminense, viúva,dona-de-casa, morava no Ma-racanà (Zona Norte) e tinhaum filho. Foi sepultada ontemno Cemitério Jardim da Sau-dade, em Jardim Sulacap (re-gião de Jacarepaguá).Público Vitorino de Araújo, 58anos, de hemorragia digestiva.Fluminense, motorista, casa-do, morava em Jardim Sula-cap e tinha dois filhos. Foisepultado ontem no CemitérioJardim da Saudade de Jacaré-paguá.

MILO SUSSMANN(Falecimento)

Esposa, filho, nora e netas cum-prem o doloroso dever de comu-nicar o seu falecimento e convi-dam para o sepultamento hoje,

.'dia 29 de Maio, às 9:30 horas, no Cemité--rio Comunal Israelita do Caju.

A

IRMÃ THEREZA DE JESUS

DA SILVEIRA LOBOReligiosa Filha da Jesus

ÍA

FAMÍLIA comunica seu falecimento,em Belo Horizonte, e convida para a Mis-sa que será celebrada às 18 horas de hoje,29 de maio, na Capela do Colégio Stella

Maris. na Av. Niemeyer.

DR. RUBENS PINTO

DE ARRUDA(Falecimento)

tLARISSA,

VICTOR, JOSÉ ROBERTO, JANDIRA edemais parentes participam o falecimento do seuquerido esposo, pai e irmão e convidam para seusepultamento. HOJE, dia 29 de maio. às 11:00 ho-ras, saindo o féretro da Capela Real Grandeza n° 6

para o Cemitério São João Batista.

DE VIVEIROS(MISSA DE T DIA)

tLUCIANO

BENJAMIN DE VIVEIROS PAI e JU-DiTH BENJAMIN DE VIVEIROS MÃE, TIOS, PRI-MOS e FAMÍLIA, ESPOSA MARTA MARIA, e Fl-LHAS. agradecem as manifestações de pesar pelofalecimento do seu querido MÁRCIO e convidam

parentes e amigos p/a Missa que será celebrada dia 30 demaio, às 11:00 horas, na Igreja do Carmo, na Rua 1o deMarço — Centro — Rio.

GENERAL DE EXÉRCITO

PERY CONSTANT BEVILAQUAMINISTRO APOSENTADO DO STM

(MISSA DE 30» DIA)

ÍA

família convida para a Santa Missade 30° Dia do seu falecimento, man-dada celebrar às 19:30 horas, de 29 demaio, 3a feira, na Igreja S. José do

Jardim Botânico (Lagoa) — Av. Borges'de Medeiros 2735.

FALECIMENTO

JL Regina, Paulo, Sérgio e Mareio, espo-T sa e filhos, cumprem o doloroso dever

,i„,| de comunicar o falecimento de seu<" querido esposo e pai AFRANIO e con-vidam para o sepultamento que será realiza-do hoje, dia 29. às 11 h„ saindo o féretro daCapela A do Cemitério Parque Jardim daSaudade, Sulacap.

FERY WÜNSCH

-9. RESTAURANTE ROSEIRA E EQUIPE,: iT ALICE TAMBORINDEGUY e filhas par-

| ticipam o falecimento de seu querido•-< Diretor e Amigo FERY e convidam paraã Missa de 7o Dia, a realizar-se quarta-feira,dia 30. às 18:30 h.. na Igreja N.S. do Rosá-rio. à Rua Ribeiro da Costa, 164. Leme.

= A1Ana, Marcos, Jô. Guilherme,Familiares e amigos, consterna-dos, comunicam o Falecimentoda adorável Al DA e convidampara seu sepultamento hoje às

, J 0:30 h no Cemitério Israelita de Vila Ro--sali Velho. O Féretro sairá às 1 Oh da Rua

1 Barão de Iguatemi, 306 — Praça da Ban-deira. Favor não enviar FLORES.

Õ trabalho dos bombeiros não impediu a total destruição do Cine Bristol

Fogo destrói Cine Bristol em

íng center de São Pauloi. M/N ríotamo olótrlpn nnmn o

shopp

SÃO PAULO — Um incêndio destruiu totalmente on-tem dc manhã o Cine Bristol, uma área de 1.200 m2 queocupava dois pavimentos no Shopping Center 3, na Aveni-da Paulista esquina com Rua Augusta, mesmo local ondehá três anos, no dia 21 de maio de 1987, outro grandeincêndio atingiu dois blocos de 22 andares da CompanhiaEnergética de São Paulo (Cesp), matando uma pessoa edestruindo as instalações. Ontem, nenhuma pessoa saiuferida. Os prejuízos sofridos pela Empresa CinematográficaSul, dona do Bristol, chegam a Cr$ 50 milhões.

Os primeiros focos de fogo, na parte superior do cinema,foram notados às 08h50 por um vigia, que acionou a bri-gada antiincêndio da empresa Valorização Paulista S/A(Vipasa), administradora do Shopping Center 3 — umcomplexo com 57 lojas, por onde circulam milhares depessoas diariamente. Em cerca de dez minutos, os bombei-ros chegaram, isolaram a área e conseguiram evitar que aschamas atingissem o Liberty, outro cinema que fica ao ladodo Bristol, e as lojas do Shopping. Os equipamentos e todoo mobiliário do cinema ficaram totalmente destruídos empouco mais de 30 minutos.

O capitão Paulo Lopes de Freitas, do Corpo de Bombei-

ros, apontou um curto circuito no sistema elétrico como aCciusíi mais provável do incêndio. Se acontecesse duranteuma sessão, certamente teríamos muitas vítimas", afirmou.O Bristol, construído em 1970 em estilo inglês, com capaci-dade para 800 pessoas, era considerado um dos cinemasmais modernos da capital.

O diretor do Departamento de Controle de Segurançano Uso de Imóveis (Contru), da Secretaria de Habitaçãoda Prefeitura, Ives de Freitas, garantiu que, apesar doprédio do Center 3 ter sido interditado por 45 dias quandodo incêndio nos prédios da Cesp em 1987, todas as instala-ções obedeciam as exigências de segurança. Ele infor-mou que cerca de uma hora antes de o fogo começar, aprópria brigada do complexo havia checado todas as nor-mas de segurança. "É necessário não se criar pânico entreos clientes do Center 3. As lojas não foram afetadas",sustentava o diretor do Clube dos Lojistas do Shopping,Vicente Gimenez Pena, reivindicando a imediata liberaçãodo prédio. Ives de Freitas afirmou, entretanto, que a área sóseria desinterditada depois de checadas todas as instalaçõesdo prédio.

Latifundiário divide suas terrasSão Carlos. SP — Murilo Menon

W^^decbr^de panelas/Aírton doou suas terras porque^detesta injustiças

Pobres vão receber

lotes com esgoto e

água em São Carlos

Cilene Pereira

SÃO CARLOS, SP — Dono de 15 indústrias, de mais

de 1.000 alqueires de terra no" estado1 de São Taute-s-de 90 loteamentos, o empresário Aírton Ferreira Garcia,um robusto empreendedor de 40 anos nascido na cidadede São Carlos, a 240 quilômetros de São Paulo, estáfazendo tremer boa parte do rico e conservador interiorpaulista. Afinal, não é todo dia que um empresário resolvefazer reforma agrária nas próprias terras e, de quebra,garantir a instalação de toda a infra-estrutura de água eesgoto para os felizardos que conseguiram os lotes de terragratuitamente. Tudo isso foi anunciado por Aírton háduas semanas, durante mutirão para limpeza do terrenoque cedeu a parte dos sem-terra da cidade.

Também não é sempre que um antigo vendedor depanelas, que começou sua carreira há 20 anos, se tornauma das pessoas mais citadas nos principais jornais dacidade e uma das figuras mais carismáticas entre os habi-tantes pobres da região, ocupada, basicamente, por exten-sas plantações de cana. Com sua fala mansa, carregada desotaque, Airton está conseguindo ressuscitar, a seu modo,a velha figura do Odorico Paraguassu, criada pelo drama-turgo Dias Gomes na novela O Bem-amado.

Por onde passa Airton, há sempre um grupo de crian-ças, de trabalhadores ou de donas-de-casa disposto aovacioná-lo, enchendo de orgulho o currículo de quemnasceu cm família pobre e se considera um vencedor."Gosto de fazer as coisas corretas, e destesto ver injusti-ças", filosofa Airton, filho mais velho de uma família com12 irmãos, cinco adotivos. "Faço o que posso para ajudara melhorar o nível de vida destas pessoas mais humildesque moram aqui", garante, ao apontar para as salas develório de seu cemitério particular, no Jardim Araci — um"uõrnüriy-pebfes do município —, transformadas tempo-rariamente em salas de aula a pedido de professoresdesesperados com a falta de espaço na única escola esta-dual do bairro para novos alunos.

Candidatura — Nos meios intelectualizados dacidade, formados principalmente pelas rodas de professo-res da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), háquem diga, porém, que tanta bondade tem um objetivocerto: a prefeitura de São Carlos.

Presidente do PDS local e eleitor cativo de PauloMaluf— no segundo turno votou em Fernando Collor—,Aírton rebate cándidamente as acusações de que seuinteresse é o cargo de prefeito. "Não sou candidato porenquanto. Isso dependerá das circunstâncias. Se o partidoindicar, posso até ser candidato", desconversa o empresá-rio, cujo inegável faro político o fez colocar o nome deJardim Social Presidente Collor no loteamento de 1.200terrenos que dividiu com 600 famílias pobres de SãoCarlos (600 lotes foram dados gratuitamente, enquanto orestante continua pertencendo a Airton). "Foi apenasuma forma d; chamar a atenção", dissimula.

terça-feira, 29/5/90

Fazendeira encontrada

ferida morre e policia

suspeita de vingançaSÃO PAULO — A fazendeira Helena Junqueira de

Faria morreu na madrugada de ontem, cerca de 24 horasdepois de ter sido encontrada na Via Anchieta com umferimento de bala na cabeça. Helena tinha 66 anos e perten-cia à tradicional família Junqueira, proprietária de terras"'nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Apolícia acredita que ela tenha sido morta por vingança, "

apesar dos indícios de assalto.Às 19h de sábado, Helena estava na casa de uma de suas..,.'

seis fazendas, a Santa Helena, localizada em Orlândia^ _pequena cidade de 25 mil habitantes da região de Ribeirão. ^Preto, a 360km da capital. Os presumíveis assaltantes in-r,..vadiram a propriedade e levaram a fazendeira com eles,além de uma TV e Cr$ 100 mil, em seu Monza azul mári- ^nho. Às 3h da manhã de domingo, ela foi encontrada por'policiais caída junto à pista, no quilômetro 33 da Via/Anchieta. O carro foi deixado perto, no quilômetro 28.Helena ainda agonizava e estava com o pijama branco e„ ,rosa que vestia quando foi levada de casa.

O delegado-titular da Delegacia de Investigações Geraisde Ribeirão Preto, Antônio Chaves Martins Fontes, estra-nha que os ladrões tenham roubado apenas uma TV e Cr$"100 mil, deixando muitos objetos de valor, e que nenhunvempregado tenha ouvido ruído de carro nem percebido"'nenhuma movimentação estranha. A casa da fazenda fica aapenas 500 metros da vila dos trabalhadores. "A casa dç,.,dona Helena permanecia sempre aberta e ela possuía hábi-tos austeros. Qualquer modificação poderia ser percebida",,,,diz Fontes. . .....

Durante o velório, parentes admitiram que a intenção'inicial dos assassinos era seqüestrar Helena para exigir,resgate. A fazendeira tinha uma personalidade forte. Aos_66anos, viúva e com duas filhas adultas. Beatriz e Ce-lia, ela insistia em administrar seus bens. "Dona Helena não"gostava, por exemplo, que pescassem no lago em torno dafazenda", conta o investigador Sebastião Luís Ribeiro Cha-gas, do Distrito Policial de Orlândia. Por causa da pescanem sua propriedade, ela demitiu um capataz, há poucosmeses.

A família Junqueira é fundadora da cidade de Orlândia eé dona de quase 40% das terras da região. Anualmenteos centenas de membros do clã reúnem-se em uma de suas1fazendas, em Minas Gerais. Um dos nomes mais co-1"nhecidos da linhagem dos Junqueira é o paulista PlínioJunqueira Júnior, dono de 1.000 cabeças de gado na cidadede Teodoro Sampaio, a 700 km da capital. Quando teve1.800 hectares de suas terras confiscadas por decisão judi- •ciai, cm 1984, Plínio declarou que iria à recorrer à Justiça e,,,caso vencesse, varreria as 100 famílias que se instala-ram em suas terras à força, usando uma frota de 200tratores.

Paulista ganha sozinho

52,5 milhões pagos

teste 115 da Sena

Cr$

peloUm paulista acertou sozinho a sena principal do concursõ

n° 115 da Sena, sorteado ontem em Brasília. O novomilionário vai receber o prêmio de CrS 52,5 milhões, jádescontado o Imposto de Renda. As dezenas sorteadas fó-'ram: 15-16-20-30-34-38. A Sena anterior saiu para três apos-tadores, um de São Paulo, um de Pernambuco e outro de Mi-nas Gerais. Cada um receberá o prêmio individual de CrS 5,8milhões. A Sena posterior teve dois ganhadores, um deSão Paulo e um de Santa Catarina, cabendo a cada um orateio de CrS 8,7 milhões.

Os 231 acertadores da quina receberão o prêmio indivi-dual de CrS 157.089,22 e os 14.914 ganhadores da quadra,..CrS 2.433,12 cada um. O próximo concurso da Loteca pagará ,prêmio estimado em CrS 16 milhões, já que não houveacertadores com 13 pontos no concurso n° 38 apurado ontem,acumulando o rateio de CrS 7,3 milhões.

Para os oito apostadores da Loteca que fizeram 12 pontoso prêmio individual é de CrS 363,3 mil. Com 11 pontoshouve nove ganhadores, cabendo a cada um o prêmio dc CrS181,6 mil. Os quatro que fizeram dez ponyos receberão, cadaum, CrS 90,8 mil.

Rebelião — Revoltados com a superlotação nas seiscelas do 2o Distrito Policial, no centro de São Paulo, cerca de30 dos 160 presos se rebelaram na tarde de ontem e, armadoscom estiletes, renderam e tomaram como reféns um carcereiroe um advogado que visitava a carceragem. Os dois foramsoltos às 17h, depois de duas horas de negociação.

Metanol — Todas as unidades da PM do Sul de Minascomeçam hoje a fiscalizar, por solicitação da Fundaçãodual do Meio Ambiente (Feam), se os postos estão cumprindo'os cuidados necessários para a comercialização do metanolmisturado ao álcool e à gasolina. A venda do metanol foiautorizada terça-feira passada para 54 municípios.

R.I.P.

D. CARMEN ALONSO DE AREYZAGA

ISABEL E ALBERTO SEQUERRA

Ana Luisa, Fernando e Natalie cum-

prem o doloroso e triste dever de parti-cipar o falecimento de sua muito que-rida Mãe, sogra e avó, ocorrido ontemem San Sebastian, Espanha.

JE

(FALECIMENTO)

MARY, HELENA e JAN, TOMAZ e CYRENE. LUIZ eR|VA. MAURÍCIO e GILDA (ausentes). IRENE e MARIAISAURA, netos e bisnetos cumprem o doloroso dever decomunicar o falecimento do seu inesquecível THOMAS econvidam parentes e amigos para seu sepultamento, HO-

dia 29 de Maio, às 10:00 horas, saindo o féretro da CapelaReal Grandeza n° 3 para o Cemitério São João Batista.

THOMAS OTHON LEONARDOS

(Falecimento)

tos

SÓCIOS, FUNCIONÁRIOS e COLABORADORES DEMOMSEN, LEONARDOS & CIA cumprem o^doloroso deverde comunicar o falecimento do seu inesquecível THOMAS econvidam parentes e amigos para seu sepultamento, HOJE,dia 29 de maio, às 10:00 horas, saindo o féretro da Capela

Real Grandeza n° 3 para o Cemitério São João Batista.

ALCIDES HÍPÓUTO

DOS SANTOS(MISSA DE 7° DIA)

tSua

família, sensibilizada com as inú-meras manifestações de amizade cari-nho e solidariedade recebidas porocasião de seu falecimento, convida

para a Missa de 7o Dia que realizar-se-àhoje. dia 29/05 (terça-feira) às 19:00 hs.na Igreja do Colégio Santo Inácio, à RuaSão Clemente. 226. Botafogo.

AMÉLIA GOMES DE REZENDE PASSOS

(FALECIMENTO)

t

Celso Gabriel de Rezende Passos, Marilda Mello deRezende Passos, Sylvio Fiorencio, Junia de RezendePassos Fiorencio, Luiza de Rezende Passos Melo, Ri-cardo Acquarone Melo, Angela de Rezende PassosFiorencio, Claudia Peixoto de Rezende Passos, Pedro

de Rezende Passos Melo, Filhos, Nora, Genro, Netos eBisneto, comunicam seu falecimento ocorrido ontem, dia 27de maio, cujo sepultamento se efetivou no Cemitério dasMercês, São João Del Rey — MG.

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II!

Conta-grirosErdos lidera — 0 brasileiro Tho-mas Erdos manteve a liderança do Cam-peonato Inglês de Fórmula Renault, aochegar em terceiro lugar ontem, no cir-cuito de Donnington Park. Ele cruzou alinha de chegada, após James Rhodes eDave Coyne, mesmo com uma pane nomotor. O brasileiro tem agora 63 pontos,quatro à frente de Coyne. A próximaprova será realizada no dia 17 de junho,em Mallory Park.Barrichello — Rubens Barrichellofoi o terceiro colocado na quinta etapado Campeonato Inglês de Fórmula Opel/Lotus, ontem, em Silverstone. O japonêsShingi Nakano foi o vencedor, seguidodo italiano Vincenzo Sospiri. Barrichel-lo, que não disputa a competição, correuapenas para conhecer melhor a pista.Outros dois brasileiros participaram:Henrique Barcellos (15") e Gil de Ferran(21°).Christian — Christian Fittipaldichegou em quarto lugar na sexta etapado Campeonato Inglês de Fórmula 3,disputada ontem, no circuito de Thrux-ton. A prova foi vencida pelo finlandêsMika Saio. Com o resultado, o brasileirosubiu da sexta para a quinta posição nocampeonato, com 10 pontos. O líder é ofinlandês Mika Hakkinen. com 54 pon-tos, um à frente de Saio.

Placar jb Falcon Jet reaparece Quelf treina bem

para:

como destaque no Derby prova

da tríplice coroa

Campeonato profissional dosEstados Unidos(Conferência do Oeste)Phoenix Suns 119 * 107 Portland Trail Bla

-MOTOCRQSCampeonato Estadual(Rio de Janeiro)Classe C/livre/125cc1o Guido Salvini2o Márcio Campos3o Peter ColinsClasse D/sênior/250cc1o Eduardo Saçaki2° Guido Salvini3o Caique SalviniBngEanggjiia-ngisaiCampeonato Brasileiro(2* etapa, 400 Km, entre Angra dos Reis eRio de Janeiro)1° Christiano Nygaard e Neri Reolon (RS)2° Gilberto Holff e Paulo Veeck (RS)3o Enécio Decker e Genaro Cruz (RS)

tênisCircuito de Outono ATC(Fluminense e Marina, RJ)A. Katz 6/2, 6/7 e 6/2 L.F ToledoF Duarte 6/2 e 6/1 C. FaustiniJ. Golindo 6/2 e 6/2 M. FiúzaA. Costa 6/4 e 6/3 M. CidA. Maranhão 6/0 e 6/4 H. TrinkelF Gros 6/4, 2/6 e 6/1 M. BezerraG Lima 6/2 e 6/2 N. RechM. Ferreira 6/1 e 6/0 G Oliveira

Falcon Jet. melhor potro de três anosdo turfe carioca, reaparece domingo àtarde no Hipódromo da Gávea comomaior destaque do Grande Prêmio Cru-zeiro do Sul, o Derby, uma das maistradicionais provas do turfe nacional. Ocraque do Haras Santa Ana do RioGrande, ganhador do Grande PrêmioEstado do Rio de Janeiro, Ia prova datriplice-coroa. terá difícil tarefa paraprosseguir na luta pelo cobiçado titulo detríplice-coroado. O último a conquistá-lofoi o inesquecível Itajara.

O campo do páreo, um dos maisseletos dos últimos anos, apresenta ad-versários de alta categoria, que certa-mente vão exigir do filho de Ghadeer suajá comprovada categoria. Em primeiroplano está Garden Of Love, melhor éguado turfe paulista, que recentemente ga-nliou o Grande Prêmio Organização Sul-Americana de Fomento ao Puro Sanguede Corrida disputado em Cidade Jardim.Dona de violenta atropelada, a conduzi-da de Ivan Quintana tem campanha ex-traordinária no turfe bandeirante, quejustifica plenamente a tentativa de derro-tar os machos.

Flying-Finn. criação do Haras Na-cional e propriedade do Stud Numy, éoutro nome poderoso no páreo. Motivoprincipal da contratação de Juvenal Ma-chado da Silva para montar no turfecarioca, o alazão treinado por VenâncioNahid sempre ofereceu resistência aocraque Falcon Jet nas vezes em que foisuperado. Seus responsáveis confiam nadireção do extraordinário bridão alagoa-no

A prova apresenta também coadju-vantes de luxo. É o caso de Similar,criação e propriedade do Haras São Joséda Serra, ganhador da Taça de Ouro depotros; Fogueteiro. que perdeu a Taça deOuro no fotochart para Similar, e lnterTour, do Stud João Egydio. que temchegado colocado em todas as provasclássicas que disputou.

O campo completo do Grande Pré-mio Cruzeiro do Sul. em 2.400 metros,na grama, é o seguinte: Falcon Jet. Fo-gueteiro, Garden Of Love, Similar. Fl-ying-Finn. Love Boy, Mocker. Maroo-ner. lnter Tour. Hadji Baba, CalifórniaDancer. Sonético e Scallabrino

Quelf, potranca treinada por LuizDuarte Guedes, mostrou boa formatécnica no trabalho de distância do finalde semana. Preparando-se para dispu-tar a 3a prova da tríplice-coroa deéguas, o Grande Prêmio Marciano deAguiar Moreira, passou os 2.200 me-tros na expressiva marca de 2m31s era-vados com ação das melhores pelo cen-tro da pista.Dois pensionistas de Altamir Vieiradeixaram boa impressão nos matinais.Babv VVinner. muito veloz, floreou os1.300 metros em lni27s. em exercíciosuave, apenas para manter a forma. EloSópolis. também propriedade do HarasSerra Talhada, agradou no trabalho de1.200 metros em 1 m 19s escassos.

Forever" Alaska. propriedade doStud Anderson, surpreendeu com bomexercício nos 2.400 metros. Em fase defranca evolução, a pensionista de JuanMarchant Canales assinalou 2m43s2,5para os 2.400 metros. Trevi trabalhousuave os 1.300 metros em lm30s, decarreirão. Lexington Way floreou os1.200 metros em lni20s.

Foolish Girl, que sempre trabalhasuave, agradou no floreio de 1.200 me-tros cm Im20s2 5. Fighting Filly.emgrande forma, foi poupada nos treinos epassou os 1.200 metros cm lm22s2/5,sempre de galope largo. Dragão Negrotrabalhou suave esta semana. Sem-,serexigido em parte alguma do percurso,cravou lm37s nos 1.400 metros.

Vinhas da Ira. mais aguerrido ,de-pois da vitoriosa corrida de reaparpci-mento, assinalou 2m40s nos 2.2Ò0 me-tros sem ser apurado pelo aprendizCésar Gustavo Neto. Present Theüoldfloreou os 1.600 metros em 114s2 5,com reservas. Milk Shake, em períodode evolução, não precisou forçar de-mais para marcar lm32s2/5 nos 1.400metros.

Quekeven, do Stud Anderson - tra-balhou suave os 1.200 metragemIm22s2 5. Gabbatore mostrou progres-sos no exercício de lm47s nos

'f.600metros. King Joker diminuiu-puralm45s escassos.

, . Indianapolis. EUA — AP

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O liolandvs Luyendyk roltou a pista para Jolos com a taga

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Mancini derrotou Jay Border, cabe^a-de-chave nowIndianápolis, EUA — AP

Paris — Reuler

Mancini derrotou Jay Berger, cabeça-de-chave nove

-Goodyear pede

desculpa

¦ por

erro nas 500 milhas

Outros resultados

Manoel Francisco BritoCorrespondente

INDIANÁPOLIS, EUA — Na con-trovérsia dos pneus que marcou as 500Milhas de Indianápolis, no último do-mingo, vai ficar o dito pelo não dito. Aofinal da prova, a Goodyear distribuiunota oficial culpando as equipes peladesintegração dos compostos que váriasdelas experimentaram durante a corrida.Reservadamente, no entanto, a fábricaassumiu a responsabilidade pelo proble-ma e pediu desculpas ás equipes e aospilotos, entre eles Emerson Fittipaldi.

O brasileiro foi o principal prejudica-do pelo problema que, de todos os possí-veis favoritos, só não afetou mesmo ovencedor, o holandês Arye Luyendyk.Emerson fazia uma corrida perfeita e jápela metade da prova tinha praticamenteassegurado o bicampeonato em Indianá-polis quando teve problemas com ospneus. Por isso, logo ao final da prova,representantes da Goodyear saíram embusca de pilotos — além de Emerson, AlUnser Jr„ Rick Mears, Mário Andretti eBobby Rahal — e donos de equipe para,privadamente, assumir a culpa peloacontecido. O primeiro a ser procuradofoi o próprio Emerson.

"Eles sabem que erraram, emboranão possam explicar o acontecido, e sa-bem também o quanto o erro nos eus-tou", disse Emerson.

A discussão longe do público interes-sa tanto á Goodyear quanto á Cart —que organiza a Fórmula Indy — e àsequipes. Todos se beneficiam com o con-trato que colocou a empresa como forne-cedora exclusiva da categoria: para aGoodyear, é importante em termos demarketing, e para as outras duas partes,em termos financeiros. Além disso, bser-va Emerson, até agora a fábrica temrealizado excelente trabalho para a Indy.

O holandês Arye Luyendyk, voltouontem ao autódromo e posou com a taçapara as fotografias oficiais. Sua alegriaera evidente, ainda mais porque, ontem ànoite, ele saberia quanto a vitória lherenderia em dinheiro. Uma coisa, porém,parece certa: dificilmente, ele baterá orecorde de prêmio obtido por Emersonno ano passado ao ganhar a corrida,pouco mais de USS I milhão.

Quem roubou de Arye esse gostinhode multiplicar em muito sua conta ban-cária foi o próprio Emerson. Graças aseu desempenho, o brasileiro vai ficarcom boa parte dos USS 6 milhões aserem distribuídos.

HomensHenri Leconte (Fra) 6/4, 6/2 e 6/4 Ronald Agenor (Hai)Javier Sanchez (Esp) 6/1, 3/6, 6/2 e 7/6 (7-4) Marcelo Ingaramo (Arg)Andrei Cherkasov (URS) 6/0, 6/4 e 6/4 Frederic Vitoux (Fra)Christian Bergstrom (Sue) 6/1, 6/2 e 6/0 Todd Witsken (EUA)Milan Srejber (Tch) 3/6, 6/3, 7/6 (7-4) e 6/3 David Wheaton (EUA)Jordi Arrese (Esp) 6/4, 3/6, 6/3 e 6/1 Markus Zoecke (AI.Oc.)Jakob Hlasek (Sui) 3/6, 7/6 (8-6), 2/6, 7/5 e 6/2 Peter Lundgren (Sue)Tim Wilkinson (EUA) 6/4, 6/1 4/6 e 6/4 Miloslav Mecir (Tch)Jean Fleurian (Fra) 6/2, 6/4 e 6/1 Marian Vajda (Tch)Patrick Kuhen (AI.Oc.) 6/3, 6/1 e 6/2 David Engel (Sue)MulheresSandra Cecchini (Ita) 7/5 e 6/0 Natalie Gueree (Fra)Susan Sloane (EUA) 6/4 e 6/3 Amanda Coetzer (AFS)Hu Na (EUA) 0/6, 7/6 (7-5) e 6/2 Kataryna Nowak (Pol)Claudia Kohde-Kilsch (AI.Oc.) 6/1 e 6/1 Kumiko Okamoto (Jap)Camile Benjamin (EUA) 7/6 (7-3) Petra Ritter (Aus)Patrícia Tarabini (Arg) 6/0 e 6/4 Joanne Faull (Austra)Linda Ferrando (Ita) 3/6, 6/0 e 6/4 Audra Keller (EUA)Anne Minter (Austra) 7/5 e 6/3 Francesca Romano (Ita)Andréa Temesvari (Hun) 6/2 e 6/1 Cecilia Dahlman (Sue)Michelle Jaggard (Austra) 7/6 (7-5) e 3/2 desist Manon Bollegraf (Hol)

De voleioRodada — Principais jogos de hoje doAberto da França, ainda pela primeira rodada:Stefan Edberg (Sue/cabeça um) x Sergi Bru-guera (Esp): Boris Becker (AI.Oc..'dois) x Go-ran Ivanisevic(Iug); Natalia Zvereva (URS 10)x Catherine Tanvier (Fra): Arantxa Sanchez(Esp três) x Noelle vau Lottuni (Fra); JenniferCapriati (EUA) x Sandrine Testud (Fra): Mo-nica Seles (Iug dois) x Katia 1'iccolini (Ita).

Vôlei vai aos EUA para

decidir a vaga na Liga

Borg — O sueco Bjorn Borg, vencedor de11 títulos no Grand Slam. foi eleito pelo jornalfrancês VEquipe como o melhor tenista doséculo. Ele recebeu 388 votos de jornalistas,jogadores e árbitros. O australiano Rod Laver.bicampeão do Grand Slam, ficou em segundo(358) e o americano John McEnroe, em tercei-ro (114).

A seleção brasileira de vôlei masculi-no embarca hoje á noite para os EstadosUnidos, onde sexta-feira e sábado termi-na sua participação na primeira fase daLiga Mundial. Para continuar na compe-tição, o time de Bebeto de Freitas precisavencer ao menos um dos dois jogos quefará contra os norte-americanos, o pri-meiro em San Diego e o segundo em LosAngeles. Ontem, a Confederação Brasi-leira de Vôlei considerou superado oproblema de conseguir vistos para a dele-gação viajar.

Segundo o diretor técnico da CBV,Paulo Márcio Nunes, o consulado dosEstados Unidos — fechado ontem devi-do a um feriado nacional — prometeuentregar os vistos hoje á tarde. Umaprova de que a entidade não esperamaiores dificuldades para viajar é que aseleção norte-americana, derrotada peloBrasil nos dois jogos realizados aqui.voltou ontem á noite para seu país.

A CBV também contornou o proble-ma da passagem que estava em nome dojogador Pampa, afastado por contusão.No lugar dele, vai viajar Pompeu, quetambém acompanhou a delegação nosjogos de sexta-feira e domingo passados,em Belo Horizonte e Brasília. Assim, otécnico Bebeto de Freitas vai poder con-

tar com 12 jogadores na excursão. Ho|ecedo, todos eles farão musculação numaacademia de Botafogo e á tarde serãoexigidos num treino técnico, na Escola deEducação Física do Exército. ""

Feminino — A CBV tambémYon-seguiu solucionar a questão dos visfosMeentrada da seleção feminina na Alemã-nha Oriental. A viagem do Brasil chega-ra a ser cancelada porque a entidaderecusou-se a pagar a taxa exigida pelosalemães, que acabaram voltando atrás ecederam os vistos de graça. O time: dotécnico Inaldo Manta, que está treinandoetn São Paulo, embarca quinta-feira edepois dos jogos na Alemanha, as brási-leiras farão outros amistosos na ItáíVa eUnião Soviética, dentro de sua prepara-ção para o Campeonato Mundial,daChina, em agosto. c ,

I I Depois de vencer dois torneios, na— Europa, a equipe de vôlei masculi-no do Fiat/Minas foi eliminada emEvreux, França, com duas derrotas- emtrês jogos. O time perdeu para o Racing,de Paris, por 3 a 2, e para o Bratisfcrva,da Tchecoslováqtiia, por 3 a 0; vencchdoo Budapest, da Hungria, por 3 a 0. Nosábado, o time joga em Saint Anthonys,Holanda.

16 ? 1" caderno ? terça-feira, 29/5/90

Mattar passa à segunda

rodada em Roland Garros

Nelson Piquet quer

se

naturalizar português

Norma CouriLISBOA — Logo depois do Gran-

• de Prêmio de Mônaco, disputado no' último domingo, onde Ayrton Senna] conquistou sua segunda vitória na, temporada de Fórmula 1, o pilotoNelson Piquet conversou coni Alfredo

Ccsar Torres, secretário de Estado do' Turismo de Portugal, e disse que está| disposto a se naturalizar português. A

notícia foi manchete cm todos os jor-nais do país.

No rápido encontro com o secreta-rio, Nelson Piquet pediu passaporteportuguês e agilidade neste processo.Presidente do Automóvel Clube dePortugal e vice-presidente da Fisa, Al-fredo ficou entusiasmado com a pre-tensão do piloto. A decisão de Piquetrepresenta para Portugal a possibilida-de de passar a ter um grande nome doautomobilismo a menos de dois anosda unificação da Europa.

A divulgação da notícia deixou osportugueses eufóricos. Segundo o mi-nistro adjunto da Administração In-

terna, Antônio Santos, não haveráqualquer impedimento para a absor-ção de Piquet como cidadão portuguêse o processo seguirá os trâmites nor-mais, "a não ser que uma natural von-tade política abrevie a obtenção dovisto de residência e, em seguida, anaturalização."

O caso de Piquet inaugura aquelefenômeno que o Brasil previa ocorrerentre os cidadãos mais abastados seLuís Inácio Lula da Silva fosse eleitopresidente da República: a debandadageral. Depois que Fernando Collor as-sumiu o governo, Piquet é o primeirobrasileiro de prestígio a anunciar suadesilusão por motivos políticos. Elenão escondeu o desagrado "com a si-tuação que se vive no Brasil de hoje".Embora tenha revelado essa decepçãosó agora, Nelson Piquet mora longe doBrasil há quase 20 anos. Três vezescampeão mundial de Fórmula I, elevive num barco, o Pilar Rossi, com amulher Catherine e o filho Lazlo.

JORNAL DO BRASIL1 1' " ~

Juizes erram e prejudicam

caratecas do Brasil no PanNem mesmo com um presidente

carateca, o Brasil deixou de ser preju-dicado no T Pan-Americano de Ca-ratê, realizado no final de semana, noGinásio Caio Martins, em Niterói.Apesar do excelente desempenho daequipe brasileira, bicampeã sul-ame-ricana, o título escapou, não por faltade seus atletas, mas por erro dos juí-zes Uchiag, do Canadá, e Tanabe, daVenezuela. Por esta razão, MarceloArantes, presidente da ConfederaçãoBrasileira de Caratê (CBC) enviarárelatório para a União Pan-America-na de Caratê (PUKO), pedindo queestes árbitros não atuem mais em lu-tas envolvendo brasileiros.

Para o técnico da equipe, AntônioFlávio Testa, com uma arbitragemimparcial jamais os americanos che-gariam ao título. "Eles não iriamalém do quarto ou quinto lugares, seos juizes agissem de maneira impar-ciai. Acho que Peru e Cuba tambémterminariam á frente deles". Após otérmino da luta, Marcelo Arantes en-trou com recurso, que foi acatado

pela União Pan-Americana de Cará-tê. Apesar disso, o resultado não fóimodificado.

A atual campeã brasileira de ku-mitê (entre 53kg e 60kg), Carla RibeJ-ro ficou revoltada com a atitude dejsjuizes. "Não foi a primeira vez queisso aconteceu com o Brasil. No Pan-Americano de 1989, na Venezuela,fomos igualmente prejudicados e 'aPUKO também reconheceu o err'odos árbitros. Mas de que adianta aca-tar o recurso se a classificação não;érevista?", indaga Carla. '•

A carateca ainda está ressentidacom a derrota para a norte-americá-na, Tracey Day, que garantiu para :aequipe americana a conquista do títii-lo, no somatório final de medalhas ejeouro. G que parece revoltar Carla, rioque Testa e Marcelo concordam, 'éque a PUKO tornou a renovar asgarantias de que pretende levar ósjuizes a julgamento pelo conselho a)--bitral da entidade. Contudo, nenhumdeles espera que a União tenha <origor necessário que o caso merece. '

PARIS — Luiz Mattar, 51° do ran-king, salvou a pátria brasileira na primei-ra rodada do Aberto da França de tênis.Ele foi o único tenista do país a passar ásegunda rodada do torneio de USS 5milhões 300 mil ao derrotar o americanoRichard Matuszewski por 6/4, 6/1 e 6/4.Cássio Motta, 128°, perdeu para o ame-ricano Michael Chang, 14° do mundo eatual campeão, por 6/2, 7'6 (7-5) e 6,1,em 126 minutos. E Andréa Vieira, 106a,foi eliminada pela argentina Gabriela Sa-batini, quinta da classificação, por 6/0 e7'6 (7-4).

A maioria dos favoritos não decep-cionou na primeira rodada. Na chavemasculina, apenas o americano Jay Ber-ger, 12" do ranking e cabeça-de-chavenove, perdeu. Mas para o argentino Al-berto Mancini, que mesmo não estandono auge da forma, terminou 1989 comonono tenista do mundo e o derrotou por6/4, 6/2 e 6/2. Uma derrota realmenteinesperada foi a do tcheco Miloslav Me-cir, semifinalista em 1987 e Top 20 háseis ano, para o veterano Tim Wilkinson,30 anos, por 6/4, 6/1, 4/6 e 6/4.

Na feminina, a alemã-ocidental SteffiGraf, lider do ranking e a atual vice-campeã, ganhou bem da francesa PascalePararis, por 6/0 e 6/2. E duas pré-classifi-cadas foram eliminadas. A americanaZina Garrison, sexta do ranking e cabeçacinco, perdeu para a alemã-ocidentalWiltrud Probst por 6; 1, 1 -6 e 7 5, quan-do tinha vantagem de 5 2 no terceiro sei.

E a sul-africana Rosalyn Fairbank-Ni-deffer, cabeça 13, saiu de Rolatid Garrosao ser derrotada pela canadense ReneSimpson por 611 e 6/2. No resto da roda-da. deu quem tinha que dar.

Chang — Michael Chang jogoucom o punho direito enfaixado, depoisque saiu de um torneio de exibição emMarselha, França, fim de semana passa-do, chorando de dor. Mas afastou qual-quer hipótese de que a contusão aindapermanecesse. "Meu punho está legal. Abandagem é só para apoio". Pareciamesmo. Só deu chances a Motta no se-gundo sei, quando perdia de 1/4 e foibuscar a vitória no tiebveak. Perguntadose o problema era tendinite, nem quisassunto. "Não sei. Sou apenas um tênis-ta." Seu próximo adversário é o espanholFrancisco Roig, 107° do ranking, espe-cialista em quadras de saibro, como asdo Aberto da França.

A fácil vitória sobre a Paradis, 127ado mundo, foi a primeira partida de Grafdesde a derrota para a iugoslava MonicaSeles, terceira do mundo, na final doAberto de Berlim Ocidental, dia 20 pas-sado. A alemã só precisou de 39 minutospara eliminar a adversária, voltando aapresentar seu melhor jogo, tipo rolocompressor. Em apenas cinco minutos,já vencia por 3 0, tendo perdido só umponto.

O enxadrista mineiro Renato MirandaMarques, de 15 anos, vai representar oBrasil no Campeonato Mundial de A'a-drez para Cadetes (jogadores com idadeaté 16), que começa na sexta-feira, emCingapura. A competição reunirá oscampeões de 60 países, com destaquepara União Soviética e Estados Unidos.Renato está otimista em relação às suas

possibilidades. "Quero brigar pelos pri-meiros lugares. Se terminar entre os .10melhores, ficarei satisfeito. " Ele assegu-rou o direito de participar do Mundialào conquistar o título brasileiro, ómabril, na cidade de Machado (MG). -Oenxadrista terá o acompanhamento doseu treinador. Wallace de Almeida Ro-drigues. '¦

c.O holandês Luyendyk voltou à pista para fotos com a laça

. Goodyear pede desculpa outros resultados

:por erro nas 500 milhas

Manoel Francisco BritoCorrespondente

INDIANÁPOLIS, EUA — Na con-trovérsia dos pneus que marcou as 500Milhas de Indianápolis, no último do-iningo, vai ficar o dito pelo não dito. Aofinal da prova, a Goodyear distribuiunota oficial culpando as equipes peladesintegração dos compostos que váriasdelas experimentaram durante a corrida.Reservadamente, no entanto, a fábricaassumiu a responsabilidade pelo proble-ma e pediu desculpas às equipes e aospilotos, entre eles Emerson Fittipaldi.

O brasileiro foi o principal prejudica-do pelo problema que, de todos os possi-veis favoritos, só não afetou mesmo ovencedor, o holandês Arye Luyendyk.Emerson fazia uma corrida perfeita e jápela metade da prova tinha praticamenteassegurado o bicampeonato em Indianá-polis quando teve problemas com ospneus. Por isso, logo ao final da prova,representantes da Goodyear sairam embusca de pilotos — além de Emerson, AlUnser Jr„ Rick Mears, Mário Andretti eBobby Rahal — e donos de equipe para,privadamente, assumir a culpa peloacontecido. O, primeiro a ser procuradofoi o próprio Emerson.

"Eles sabem que erraram, emboranão possam explicar o acontecido, e sa-bem também o quanto o erro nos eus-tou", disse Emerson.

A discussão longe do público interes-sa tanto à Goodyear quanto à Cart —que organiza a Fórmula Indy — e àsequipes. Todos se beneficiam com o con-trato que colocou a empresa como fome-cedora exclusiva da categoria: para aGoodyear, é importante em termos demarketing, e para as outras duas partes,em termos financeiros. Além disso, bser-va Emerson, até agora a fábrica temrealizado excelente trabalho para a Indy.

O holandês Arye Luyendyk, voltouontem ao autódromo e posou com a taçapara as fotografias oficiais. Sua alegriaera evidente, ainda mais porque, ontem ànoite, ele saberia quanto a vitória lherenderia em dinheiro. Uma coisa, porém,parece certa: dificilmente, ele baterá orecorde de prêmio obtido por Emersonno ano passado ao ganhar a corrida,pouco mais de USS 1 milhão.

Quem roubou de Arye esse gostinhode multiplicar em muito sua conta ban-cária foi o próprio Emerson. Graças aseu desempenho, o brasileiro vai ficarcom boa parte dos USS 6 milhões aserem distribuídos.

HomensHenri Leconte (Fra) 6/4, 6/2 e 6/4 Roriald Agenor (Hai)Javier Sanchez (Esp) 6/1, 3/6, 6/2 e 7/6 (7-4) Marcelo Ingaramo (Arg)Andrei Cherkasov (URS) 6/0, 6/4 e 6/4 Frederic Vitoux (Fra)Christian Bergstrom (Sue) 6/1, 6/2 e 6/0 Todd Witsken (EUA)Milan Srejber (Tch) 3/6, 6/3, 7/6 (7-4) e 6/3 David Wheaton (EUA)Jordi Arrese (Esp) 6/4, 3/6, 6/3 e 6/1 Markus Zoecke (AI.Oc.)Jakob Hlasek (Sui) 3/6, 7/6 (8-6), 2/6, 7/5 e 6/2 Peter Lundgren (Sue)Tim Wilkinson (EUA) 6/4, 6/1, 4/6 e 6/4 Miloslav Mecir (Tch)Jean Fleurian (Fra) 6/2, 6/4 e 6/1 Marian Vajda (Tch)Patrick Kuhen (AI.Oc.) 6/3, 6/1 e 6/2 David Engel (Sue)MulheresSandra Cecchini (Ita) 7/5 e 6/0 Natalie Gueree (Fra)Susan Sloane (EUA) 6/4 e 6/3 Amanda Coetzer (AFS)Hu Na (EUA) 0/6, 7/6 (7-5) e 6/2 Kataryna Nowak (Pol)Claudia Kohde-Kilsch (AI.Oc.) 6/1 e 6/1 Kumiko Okamoto (Jap)Camile Benjamin (EUA) 7/6 (7-3) Petra Ritter (Aus)Patrícia Tarabini (Arg) 6/0 e 6/4 Joanne Faull (Austra)Linda Ferrando (Ita) 3/6, 6/0 e 6/4 Audra Keller (EUA)Anne Minter (Austra) 7/5 e 6/3 Francesca Romano (Ita)Andréa Temesvari (Hun) 6/2 e 6/1 Cecilia Dahlman (Sue)Michelle Jaggard (Austra) 7/6 (7-5) e 3/2 desist. Manon Bollegraf (Hol)

De voleio

Rodãda — Principais jogos de hoje doAberto da França, ainda pela primeira rodada:Stefan Edberg (Sue/cabeça um) x Sergi Bru-guera (Esp); Boris Becker (Al.Oc./dois) x Go-ran Ivanisevic (lug); Natalia Zvereva (URS/10)x Catherine Tanvier (Fra); Arantxa Sanchez(Esp/très) x Noelle van Lottum (Fra); JenniferCapriati (EUA) x Sandrine Testud (Fra); Mo-nica Seles (lug/dois) x Katia Piccolini (Ita).

Borg — O sueco Bjorn Borg, vencedor de11 tituleis no Grand Slam, foi eleito pelo jornalfrancês L'Equipe como o melhor tenista doséculo. Ele recebeu 388 votos de jornalistas,jogadores e árbitros. O australiano Rod Laver,bicampeão do Grand Slam, ficou em segundo(358) e o americano John McEnroe, em tercei-ro (114).

Vôlei vai aos EUA para

decidir a vaga na Liga r

A seleção brasileira de vôlei masculi-no embarca hoje à noite para os EstadosUnidos, onde sexta-feira c sábado termi-na sua participação na primeira fase daLiga Mundial. Para continuar na compe-tição, o time de Bebeto de Freitas precisavencer ao menos um dos dois jogos quefará contra os norte-americanos, o pri-meiro em San Dicgo e o segundo em LosAngeles. Ontem, a Confederação Brasi-leira de Vôlei considerou superado oproblema de conseguir vistos para a dele-gaçào viajar.

Segundo o diretor técnico da CBV,Paulo Márcio Nunes, o consulado dosEstados Unidos — fechado ontem devi-do a um feriado nacional — prometeuentregar os vistos hoje à tarde. Umaprova de que a entidade não esperamaiores dificuldades para viajar é que aseleção norte-americana, derrotada peloBrasil nos dois jogos realizados aqui,voltou ontem à noite para seu país.

A CBV também contornou o proble-ma da passagem que estava em nome dojogador Pampa, afastado por contusão.No lugar dele, vai viajar Pompeu, quetambém acompanhou a delegação nosjogos de sexta-feira e domingo passados,em Belo Horizonte e Brasília. Assim, otécnico Bebeto de Freitas vai poder con-

tar com 12 jogadores na excursão. Hojecedo, todos eles farão musculação fiürnaacademia de Botafogo e à tarde serãoexigidos num treino técnico, na Escq^deEducação Física do Exército. A

Feminino — A CBV também.can-seguiu solucionar a questão dos vistos deentrada da seleção feminina na Alemã-nha Oriental. A viagem do Brasil chega-ra a ser cancelada porque a entidaderecusou-se a pagar a taxa exigida pelosalemães, que acabaram voltando a^s ecederam os vistos de graça. O time dotécnico Inaldo Manta, que está treinandocm São Paulo, embarca quinta-feira edepois dos jogos na Alemanha, as brasi-leiras farão outros amistosos na Itália eUnião Soviética, dentro de sua prepara-ção para o Campeonato Mundial daChina, em agosto.

I I Depois dc vencer dois torneios na'—' Europa, a equipe de vôlei mááttili-no do Fiat/Minas foi climinadá emEvreux, França, com duas derrotas emtrês jogos. O time perdeu para o Racing,de Paris, por 3 a 2, e para o Bratiflgva,da Tehecoslováquia, por 3 a 0; vencendoo Budapest, da Hungria, por 3 a 0. Nosábado, o time joga em Saint Anthonys,Holanda.

Conta-giros Placar JBErdos lidera — O brasileiro Tho-mas Erdos manteve a liderança do Cam-peonato Inglês de Fórmula Renault, aochegar em terceiro lugar ontem, no cir-cuito de Donnington Park. Ele cruzou alinha de chegada, após James Rhodes eDave Coyne, mesmo com uma pane nomotor. O brasileiro tem agora 63 pontos,quatro à frente de Coyne. A próximaprova será realizada no dia 17 de junho,cm Mallory Park.BarricheUo — Rubens Barrichellofoi o terceiro colocado na quinta etapado Campeonato Inglês de Fórmula Opel/Lotus, ontem, em Silverstone. O japonêsShingi Nakano foi o vencedor, seguidodo italiano Vincenzo Sospiri. Barrichel-lo, que não disputa a competição, correuapenas para conhecer melhor a pista.Outros dois brasileiros participaram:Henrique Barcellos (15°) e Gil de Ferran(21°).Christian — Christian Fittipaldichegou em quarto lugar na sexta etapado Campeonato Inglês de Fórmula 3,disputada ontem, no circuito de Thrux-ton. A prova foi vencida pelo finlandêsMika Saio. Com o resultado, o brasileirosubiu da sexta para a quinta posição nocampeonato, com 10 pontos. O líder é ofinlandês Mika Hakkinen, com 54 pon-tos, um à frente de Saio.

Campeonato profissional dosEstados Unidos(Conferência do Oeste)Phoenix Suns 119 x 107 Portland Trail Bla-

MOTOCROSS rCampeonato Estadual(Rio de Janeiro)Classe C/livre/125cc1° Guido Salvini2° Márcio Campos3° Peter ColinsClasse D/sênior/250cc1o Eduardo Saçaki2° Guido Salvini3° Caique Salvini

RALI DE REGULARIDADECampeonato Brasileiro(2* etapa, 400 Km, entre Angra dos Reis iRio de Janeiro)1o Christiano Nygaard e Neri Reolon (RS)2o Gilberto Holff e Paulo Veeck (RS)3o Enécio Decker e Genaro Cruz (RS)

7TCircuito de Outono ATC(Fluminense e Marina. RJ)A. Katz 6/2. 6/7 e 6/2 L.F. ToledoF. Duarte 6/2 e 6/1 C. FaustiniJ. Golindo 6/2 e 6/2 M. FiúzaA. Cosia 6/4 e 6/3 M. CidA. Maranhão 6/0 e 6/4 H. TrinkelF. Gros 6/4, 2/6 e 6/1 M. BezerraG. Lima 6/2 e 6/2 N. RechM. Ferreira 6/1 e 6/0 G. Oliveira

Falcon Jet reaparece

como destaque no Derby

Ontem na Gávea

Falcon Jet, melhor potro de três anosdo turfe carioca, reaparece domingo àtarde no Hipódromo da Gávea comomaior destaque do Grande Prêmio Cru-zeiro do Sul, o Derby, uma das maistradicionais provas do turfe nacional. Ocraque do Haras Santa Ana do RioGrande, ganhador do Grande PrêmioEstado do Rio de Janeiro, Ia prova datríplice-coroa. terá difícil tarefa paraprosseguir na luta pelo cobiçado título detríplice-coroado. O último a conquistá-lofoi o inesquecível Itajara.

O campo do páreo, um dos maisseletos dos últimos anos, apresenta ad-versários de alta categoria, que certa-mente vão exigir do filho de Ghadeer suajá comprovada categoria. Em primeiroplano está Garden Of Love, melhor éguado turfe paulista, que recentemente ga-nhou o Grande Prêmio Organização Sul-Americana de Fomento ao Puro Sangue,de Corrida disputado em Cidade Jardim.Dona de violenta atropelada, a conduzi-da de Ivan Quintana tem campanha ex-traordinária no turfe bandeirante, quejustifica plenamente a tentativa de derro-tar os machos.

Flying-Finn, criação do Haras Na-cional e propriedade do Stud Numy, éoutro nome poderoso no páreo. Motivoprincipal da contratação de Juvenal Ma-chado da Silva para montar no turfecarioca, o alazão treinado por VenâncioNahid sempre ofereceu resistência aocraque Falcon Jet nas vezes em que foisuperado. Seus responsáveis confiam nadireção do extraordinário bridão alagoa-no.

A prova apresenta também coadju-vantes de luxo. É o caso de Similar,criação e propriedade do Haras São Joséda Serra, ganhador da Taça de Ouro depotros; Fogueteiro, que perdeu a Taça deOuro no fotochart para Similar, e lnterTour, do Stud João Egydio, que temchegado colocado em todas as provasclássicas que disputou.

O campo completo do Grande Pré-mio Cruzeiro do Sul, em 2.400 metros,na grama, é o seguinte: Falcon Jet, Fo-gueteiro, Garden Of Love, Similar, Fl-ying-Finn, Love Boy, Mocker. Maroo-ner, lnter Tour, Hadji Baba, CalifórniaDancer, Sonético e Scallabrino.

I" Páreo: Io Karisot C.Lavor 2o PrixD'Or L.A.Alves 3o Mucho Loco M.Al-meida Vencedor(4)3,0 Inexata( 14) 1,9Placês(4) 1,0 (1)1,0 Exata(41)5,7 Tempo:140sl/52o Páreo: Io Authentic J.M.Silva 2o Ne-nem Russo M.Almeida 3o CondicionalJ.Freire Vencedor(3)l,7 Inexata(23)2,3Placês(3)l,0 (2)1,0 Exata(32)4,1 Triexa-ta(324)7,5 Tempo: 105s3" Páreo: Io Ethologic A.Ramos 2oDanger Paddy J.Pinto 3o PatchollA.C.Fecha Vencedor(5)5,8 Inexa-ta(57)17,1 Placês(5)2.5 (7)2,5 Exa-ta(57)21,l Triexata(572)228,8 Tempo:70s4" Páreo: Io Leão Flete J.Freire 2° Mis-ter Luan E.O.Ferreira 3" Dow JonesI.Lanes Vencedor(4)2.7 Inexata(45)2,7Placês(4)l,2 (5)1,2 Exata(45)5,7 Triexa-ta(451) 10.5 Tempo:85s3/55" Páreo: Io Hasty Lucky J.S.Gomes 2oMarquesona F.Pereira F° 3o JevelotL.A.Alves Vencedor(8)2.4 Inexa-ta(78)86,7 Placês(8)2,7 (7)10,8 Exa-

ta(87)93,7 Triexata(872) 170,2 Tempo:83s6" Páreo: Io Farise J.Aurélio 2o Prfnce-sa Porcina M.Cardoso 3o Eony F.Peteí-ra Vencedor(2)2,0 Inexata(24)6,4 Pia-,cês(2) 1,5 (4)2,5 Exata(24)5,6Triexata(243)36,l Tempo: 76s4/5

"Jf

7° Páreo: Io Jeton Rouge J.F.Reis. 2°Handful of Gold M.A.Santos 3o Husa-nik M.Almeida Vencedor(3)2,7 Inexa-ta(34)34.6 Placês(3)2,l (4)6,7 Exa-ta(34)64,1 Triexata(345)330,l Tempo:81sl'/58" Páreo: Io Cas Sericux A.Ramos>2°Faduto I.Lanes 3o Mr. Rick A.C.FeohaVencedor( 1 )4,5 Inexata( 15)68,3"Pla-cês( 1)4,5 (5)7,7 Exataf 15)55,2 TrieJca-ta( 153) 116,2 Tempo: 71 s2/59o Páreo: Io Last River E.S.Rodrigues2o Vinn Heaven S.Santos 3o KolaresL.A.Alves Vencedor(5)6,5 Inexa-ta(25)49,6 Placês(5)4,0 (2)9,4 Exa--ta(52) 126,5 Triexata(529)290,l Tempo:75s4 5

Indianapolis, EUA — AP

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—O holandes Luyendyk voltou a pista para fotos com a taga

Mancini derrotou Jay Berger, cabeca-de-chave nove'^ema a^'n0

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Paris — Reuter"Y6

n 1° caderno p terça-feira, 29/5/90 ? 2a Edição

Mattar passa à segunda

rodada em Roland Garros

Nelson Piquei quer

se

naturalizar português

Norma CouriLISBOA — Logo depois do Gran-

de Prêmio de Mônaco, disputado noúltimo domingo, onde Áyrton Sennaconquistou sua segunda vitória natemporada de Fórmula 1, o pilotoNelson Piquet conversou com AlfredoCésar Torres, secretário de Estado doTurismo de Portugal, e disse que estádisposto a se naturalizar português. Anotícia foi manchete em todos os jor-nais do país.

No rápido encontro com o secretá-rio, Nelson Piquet pediu passaporteportuguês e agilidade neste processo.Presidente do Automóvel Clube dePortugal e vice-presidente da Fisa, Al-fredo ficou entusiasmado com a pre-tensão do piloto. A decisão de Piquetrepresenta para Portugal a possibilida-de de passar a ter um grande nome doautomobilismo a menos de dois anos1 da unificação da Europa.

A divulgação da notícia deixou osportugueses eufóricos. Segundo o mi-nistro adjunto da Administração In-

terna, Antônio Santos, não haveráqualquer impedimento para a absor-ção de Piquet como cidadão portuguêse o processo seguirá os trâmites nor-mais, "a não ser que uma natural von-tade política abrevie a obtenção dovisto de residência e, em seguida, anaturalização."

O caso de Piquet inaugura aquelefenômeno que o Brasil previa ocorrerentre os cidadãos mais abastados seLuís Inácio Lula da Silva fosse eleitopresidente da República: a debandadageral. Depois que Fernando Collor as-sumiu o governo, Piquet é o primeirobrasileiro de prestígio a anunciar suadesilusão por motivos políticos. Elenão escondeu o desagrado "com a si-tuação que se vive no Brasil de hoje".Embora tenha revelado essa decepçãosó agora, Nelson Piquet mora longe doBrasil há quase 20 anos. Três vezescampeão mundial de Fórmula 1, elevive num barco, o Pilar Rossi, com amulher Catherine c o filho Lazlo.

Indianápolis, EUA — AP

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¦-_0 holandês Luyendyk voltou à pista para fotos com a taça

PARIS — Luiz Mattar, 51° do ran-king, salvou a pátria brasileira na primei-ra rodada do Aberto da França de tênis.Ele foi o único tenista do país a passar ásegunda rodada do torneio de USS 5milhões 300 mil ao derrotar o americanoRichard Matuszewski por 6/4, 6/1 e 6/4.Cássio Motta, 128", perdeu para o ame-ricano Michael Chang, 14" do mundo eatual campeão, por 6/2, 7/6 (7-5) e 6/1,em 126 minutos. E Andréa Vieira, 106a,foi eliminada pela argentina Gabriela Sa-batini, quinta da classificação, por 6/0 e7/6(7-4).

A maioria dos favoritos não decep-cionou na primeira rodada. Na chavemasculina, apenas o americano Jay Ber-ger, 12° do ranking e cabeça-de-chavenove, perdeu. Mas para o argentino Al-berto Mancini, que mesmo não estandono auge da forma, terminou 1989 comonono tenista do mundo e o derrotou por6/4, 6/2 e 6/2. Uma derrota realmenteinesperada foi a do tcheco Miloslav Me-cir, semifinalista em 1987 e Top 20 háseis ano, para o veterano Tim Wilkinson,30 anos, por 6/4,6/1,4/6 e 6/4.

Na feminina, a alemã-ocidental SteffiGraf, líder do ranking e a atual vice-campeã, ganhou bem da francesa PascalePararis, por 6/0 e 6/2. E duas pré-classifi-cadas foram eliminadas. A americanaZina Garrison, sexta do ranking e cabeçacinco, perdeu para a alemã-ocidentalWiltrud Probst por 6/1, 1/6 e 7/5, quan-do tinha vantagem de 5/2 no terceiro set.

E a sul-africana Rosalyn Fairbank-Ni-dcffcr, cabeça 13, saiu de Roland Garrosao ser derrotada pela canadense ReneSimpson por 6/1 e 6/2. No resto da roda-da, deu quem tinha que dar.

Chang — Michael Chang jogoucom o punho direito enfaixado, depoisque saiu de um torneio de exibição emMarselha, França, fim de semana passa-do, chorando de dor. Mas afastou qual-quer hipótese de que a contusão aindapermanecesse.

"Meu punho está legal. Abandagem ê só para apoio". Pareciamesmo. Só deu chances a Motta no se-gundo set, quando perdia de 1/4 e foibuscar a vitória no tiebreak. Perguntadose o problema era tendinite, nem quisassunto. "Não sei. Sou apenas um tênis-ta." Seu próximo adversário é o espanholFrancisco Roig, 107° do ranking, espe-cialista em quadras de saibro, como asdo Aberto da França.

A fácil vitória sobre a Paradis, 127ado mundo, foi a primeira partida de Grafdesde a derrota para a iugoslava MonicaSeles, terceira do mundo, na final doAberto de Berlim Ocidental, dia 20 pas-sado. A alemã só precisou de 39 minutospara eliminar a adversária, voltando aapresentar seu melhor jogo, tipo rolocompressor. Em apenas cinco minutos,já vencia por 3/0, tendo perdido só umponto.

O enxadrista mineiro Renato MirandaMarques, de 15 anos, vai representar oBrasil no Campeonato Mundial de Xa-drez para Cadetes (jogadores com idadeaté 16), que começa na sexta-feira, emCíngapura. A competição reunirá oscampeões de 60 países, com destaquepara União Soviética e Estados Unidos.Renato está otimista em relação às suas

possibilidades. "Quero brigar pelos pri-meiros lugares. Se terminar entre os 10melhores, ficarei satisfeito." Ele assegh-rou o direito de participar do Mundialao conquistar o título brasileiro, emabril, na cidade de Machado (MG).

'Oenxadrista terá o acompanhamento tioseu treinador, Wallace de Almeida Rp-drigues. ;

Esportes/Turfe

pela União Pan-Americana de Cara-tê. Apesar disso, o resultado não fcjimodificado. ;

A atual campeã brasileira de ku-mitê (entre 53kg e 60kg), Carla Ribei-ro ficou revoltada com a atitude, defsjuizes.

"Não foi a primeira vez.qiieisso aconteceu com o Brasil. No Pan-Americano de 1989, na Venezuela,fomos igualmente prejudicados e |aPUKO também reconheceu o errpdos árbitros. Mas de que adianta aca-tar o recurso se a classificação não érevista?", indaga Carla.

A carateca ainda está ressentidacom a derrota para a norte-america-na, Tracey Day, que garantiu para aequipe americana a conquista do títü-lo, no somatório final de medalhas efeouro. O que parece revoltar Carla, noque Testa e Marcelo concordam, ,éque a PUKO tornou a renovar asgarantias de que pretende levar òsjuizes a julgamento pelo conselho ar-bitral da entidade. Contudo, nenhumdeles espera que a União tenha prigor necessário que o caso merece, i

JORNAL DO BRASIL

Juizes erram e prejudicam |

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caratecas do Brasil no Pan <

Mancini derrotou Jay Berger, cabeça-de-chave nove

Nem mesmo com um presidentecarateca, o Brasil deixou de ser preju-dicado no T Pan-Americano de Ca-ratê, realizado no final de semana, noGinásio Caio Martins, em Niterói.Apesar do excelente desempenho daequipe brasileira, bicampeã sul-ame-ricana, o título escapou, não por faltade seus atletas, mas por erro dos juí-zes Uchiag, do Canadá, e Tanabe, daVenezuela. Por esta razão, MarceloArantes, presidente da ConfederaçãoBrasileira de Caratê (CBC) enviarárelatório para a União Pan-America-na de Caratê (PUKO), pedindo queestes árbitros não atuem mais em lu-tas envolvendo brasileiros.

Para o técnico da equipe, AntônioFlávio Testa, com uma arbitragemimparcial jamais os americanos che-gariam ao título. "Eles não iriamalém do quarto ou quinto lugares, seos juizes agissem de maneira impar-ciai. Acho que Peru e Cuba tambémterminariam à frente deles". Após otérmino da luta, Marcelo Arantes en-trou com recurso, que foi acatado

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EL

JORNAL DO BRASIL Esportes terça-feira, 29/5/90 ? Io caderno ? 1-7

Um capitão que

não se preocupa

só com a bolaOArntn K A n r -4 O IC /t\r\

Ricardo acha

que o Brasil

precisa mudar

Marcelo Pontes

''e ®um j°®a". - ITÁLIA 90dor de fute-

boi que já estudouKarl Marx —"Não fez a minhacabeça" — e não" inverte as páginas

. de jornais. Lê, primeiro, com olhos"• de quem defende a social-democra-cia e o parlamentarismo, as notícias"sobre

política. Em seguida, as de' economia. Só depois, corre as pági-nas de esportes. Assim é o cidadão

i .Ricardo Gomes Raymundo, um ca-¦ (rioca de 25 anos, hábil tanto em-campo como na conversa, jeitoso

como um político, mas muito since-ro e respeitado por seus colegas, por

Uí .essas virtudes e por ser, na seleção,.brasileira, o que mais longe chegou«nos bancos escolares — fez até o

segundo ano de Administração.Com essas credenciais, Ricardo

entrou em campo, ontem, como ca-pitão da seleção brasileira, posto

ue vinha ocupando desde a Copaimérica e que lhe foi oficialmente

.conferido na Itália., sábado, pelo-«.técnico Lazaroni. É para ele que;:jyão se virar os olhos do mundointeiro, no dia 8 de julho, em Roma,se a seleção melhorar das pernas echegar ao pedestal da taça mais co-biçada nos campos de futebol.

Cabeça e povo — Não háquem deixe de destacar, entre os-que trabalham em torno da sele--ção, que Ricardo é a melhor cabe-ça do time, o mais bem preparadointelectualmente. Ele até não gostaque o tratem com essa deferência.Com humildade, diz que não en-tende muito de política. "Não

pos-so ser politizado se não tenhogrande cultura, não tive grandeensino. Fui um dos privilegiadosda minha geração, mas acho quefoi pouco. Li muito poucos livros.

...Mas estou acompanhando tudo,me interesso por política, aindavou aprender muita coisa e, dentrode cinco anos, essa entrevista tal-- vez saia melhor."

Ricardo desmente a si próprio,ao dar uma resposta de profundi-' dade política a uma pergunta so-

„ bre a diferença entre a cabeça dojogador brasileiro e a do estrangei-

. ro: "A diferença não é de cabeça,• mas de p,ovo. E um problema decultura. E a mesma diferença queexiste entre um médico do Brasil eoutro do exterior." Ele destesta

articularizar a situação do fute-ol. Apresenta-o sempre dentro de

um contexto mais amplo, comopeça de um tabuleiro maior — quese chama país.

No país de Ricardo, houve umgolpe militar nove meses antes deele nascer, dia 13 de dezembro de1964. No dia em que completouquatro anos de idade, começaramas trevas do Ato Institucional n° 5.Viveu a infância e adolescência sobum regime político de fortes restri-ções as liberdades públicas.

Berço de ouro — "Minha ge-ração foi muito prejudicada. Se não

temos informação sobre o país atra-vés da imprensa, se não temos nemensino básico, como você quer queseja esta geração?", pergunta o ca-pitão da seleção brasileira. Ele criti-ca as cobranças aos jogadores.

"Ojogador de futebol da péssimas en-trevistas, porque teve um péssimoensino. Nao foi estimulado á leitu-ra, não foi estimulado a nada. Nin-guém na seleção nasceu em berço deouro. Dificilmente algum jogadorestudou em colégio particular. Co-mo querem que ele seja?"

Se alguém insiste com Ricardoque há problemas na estrutura dofutebol Brasileiro, ele faz um convi-te para se retomar o fio da meadado tabuleiro: "Não temos camposde futebol. Para praticar, um garo-to tem que entrar para escohnhasde clubes, que são pagas. E qual é ^origem do jogador no Brasil? Eaquele tipo sequinho, escurinho deperna fina, que é o mais rápido, oque ginga melhor. Geralmente, nãopode pagar a escolinha. Mas vamosadmitir que algum clube consigaresgatá-lo e lhe dê a orientação bá-sica. Mas ele tem que ajudar a fa-mília. Ou seja, com 14, 15 anos, játem que empurrar o carinho nafeira, guardar um carro para levardinheiro para casa. Aí, ja emboloutudo."

Ou seja, para Ricardo, há que semudar o país. O futebol é conse-qüência, e não causa. Mas, mesmotendo sido presidente da Fugap, en-tidade que representa os jogadoresprofissionais, ele diz que nunca tevemilitância política. Quando entrouna faculdade, em 1982, "só se falavalá dentro em democracia, em sócia-lismo". Foi quando estudou a bio-grafia de Marx, dada por um ami-go. Quase na mesma época, foipromovido ao futebol profissional,e logo abandonou a faculdade. Ho-je, além de confessar pendores par-lamentaristas, aponta sem pestane-jar os dois políticos que maisrespeita no Brasil: os senadoresMário Covas e Fernando HenriqueCardoso, ambos do PSDB.

Sérgio Moraes —13/5/90

João Saldanha

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13 * 'txicardo se diz socialdemocrala e dejende o parlamentarismo

Torcida — "Os jogadores que atuam no exterior convivem com uma cobrança maior de

rendimento. Você vê a torcida cobrando diariamente. No Rio, é diferente. São quatro clubesgrandes de torcida, você vive tranqüilamente, pode andar nas ruas sem problemas."Políticos — "Não

gosto^ mesmo. Há políticos demais. Dizem que estão nas bases. Mas quebases? Trabalhando o que? Acho que são despreparados. Mas são reflexo do que é o povo. Sóque, ao contrário dos jogadores, estudaram nos melhores colégios, vieram das me-lhores famílias."Governo Collor — "Tem muita gente reclamando, mas pelo menos é ativo. O governopassado era brincadeira. Collor. se não acerta, tenta acertar. O governo parece de jogo aberto.E isso tem que ser elogiado." (Ricardo votou cm Mário Covas, no primeiro turno; nosegundo, justificou a ausência, pois estava em Lisboa e não transferiu o título)Cartolas "A maioria está no futebol pela vaidade, no Brasil e em qualquerlugar do mundo. Temos bons dirigentes, mas a maioria quer aparecer. Não precisariam dofutebol São mais bem preparados do que os jogadores. Nesse relacionamento, estão semprelevando vantagem."Sindicatos "O movimento sindical no brasil é muito devagar. As pessoas não sabem deseus direitos. Ou o cara não sabe do que se trata ou acha que sindicalismo è coisa desocialismo, de comunismo."

Calino Júnior

Vocês gostaram do

treino? Ou jogo?Quem tiver dúvida, que dêum pulo até Úmbria e vaiencontrar o prefeito dan-çando tarantela com a mu-lher mais feia e gorda daregião. Sim, eu sei que nãotem importância. Um jo-gou, o outro treinou. Mas,quando eu via a mulher italiana aos berros, nomicrofone oficial dos alto-falantes, pensei: te-mos de jogar um pouco para ganhar desse time.Mas me estrepei, porque eu achava, logo depoisdo gol deles, que a gente ia se mexer um poucomais e fazer uns quatro ou cinco. Mas nossotime parecia aquela história do Calino Júnior,um menino muito obediente que morava numacasinha bonitinha na beira da estrada. Sua mãeteve de sair e advertiu Calino: Olha, meu filho,vá comprar pão, mas não atravesse a estradaantes do carro passar, ouviu? Calinó ouviu. A ,mãe foi às compras e deu um beijinho nogaroto. Quando voltou, lá pelas oito da noite, ¦estava o Calino sentadinho, com a mão noqueixo, no mesmo lugar em que ela o deixara àsquatro da tarde. Estupefata, a mulher, quando .viu Calino sentadinho, mão no queixo e comaquela cara de obediente e cumpridor dos seusdeveres, perguntou: Mas, Calino. você nãotrouxe o pão? Por quê? Calino nem se pertur-bou e respondeu: A senhora disse para eu não ;atravessar antes do carro passar. Estou espe-rando que passe um. Mas, até agora, não apa-receu...

Pois é. Assim foi nosso time. Muito obe-diente. Como o menino. Muito bem, nossaprogramação tática era a de ficar com três nadefesa última, mais uns cinco pelo meio e doisna frente. Müller e Careca. Ora, os italianosfizeram o gol. O cara deu uma porrada quepegou na veia e o Taffarel nem sabe por ondepassou. Eles se plantaram lá atrás, com os 11, eficaram defendendo de todo jeito. Mas nossotime, disciplinadamente como Calino Júnior,ficou certinho, certinho, obediente às instru-ções, lá atrás. Somente Müller e Careca eram osatacantes e, pelo menos até ontem, só doishomens atacando não bastam para varar 11defensores, de Úmbria ou do Bananal. Mas,vez por outra, o Brasil demonstrava sua alter-nativa de jogo: um ataque desesperado de Jor-ginho, que tentava cruzar uma bola. Duas outrês, que conseguiu, nada representavam. Ah,mas tínhamos outra jogada de ataque: Alemãoabaixava a cabeça e tentava passar, mas tinhamuito italiano. Lá atrás, nossos homens restan-tes assistiam ao jogo. Nem que ficássemos ata-cando daquele jeito por 90 dias, conseguiríamoso gol. Dois não fazem gol em 11 defensores, porpiores que sejam. Convenhamos que, além deum erro tático primário, devemos confessar quepouca inteligência foi revelada. Calino, meninoobediente, não atravessou a estrada antes docarro passar.

Selecionadas

Beckenbauer quert>bservar Uwe Bein

l i» BONN — Após a vitória de 1 a 0sobre a Tchecoslováquia, sábado, aAlemanha Ocidental joga amanhã, em• Gelsenkirchen, contra a Dinamarca,que há duas semanas foi derrotada por

..J a 0 pela Inglaterra. O jogo servirá. para que o técnico Franz Beckenbauer

. . possa mais uma vez observar o jovemU.we Bein, que marcou o gol sobre a

¦ Tchecoslováquia." A atuação de Bein, que disputa po-

sição com Mõller e Olaf Hom, deixouBeckenbauer entusiasmado. Ele acredi-

_.ta,que os poucos problemas da seleção¦•-poderão ser corrigidos nestes poucos

dias que faltam para o time iniciar suaparticipação no Grupo D (Milão e Bo-

'••lemha), onde enfrentará a Tchecoslová-qíiia, Emirados Árabes e Colômbia.

Guliit lesta

sua condiçãoO craque holandês Ruud Guliit

qaer aproveitar o amistoso d? ama-nfsã, entre Holanda e Áustria, no Pra-ter Stadhim, de Viena, para acabarcom as últimas dúvidas sobre suaforma. "O jogo será um teste p2raminhas condições físicas e minhas lia-bilidades como atleta", disse o joga-dor, que na última quarta-feira, nestamesma cidade, ganhou a Copa dosCampeões pelo Müan, na vitória de 1a 0 sobre o Benfka. Gulüt está recu-perado da cirurgia que fez no joelho,e foi confirmado entre os 22 jogado-res da Holanda para a Copa do Mun-do. Mas admite que ainda precisa ga-nhar ritmo. "Na final da Copa dosCampeões eu estava numa forma ape-nas razoável Mas não senti nenhumador no joelho."

"'"Romênia— O técnico Emerich Je-'néi divulgou ontem a lista dos 22 convo-cados para a seleção da Romênia que iráâ Copa do Mundo. A única surpresa foia ausência do apoiador Belodedici, quejogava no Estrela Vermelha e saiu doseu país durante a ditadura de NicolauCeausescu. A Romênia está no GrupoB (Nápoles e Bari) junto com Argenti-na, União Soviética e República dosCamarões e estréia dia 9 de junho con-tra os soviéticos. Os convocados são:goleiros — Silviu Lung, Bogdan Steleae Gheroghe Liliac; zagueiros — Mircea" ' Rédwic, Ioan Andone, Michael Klein," Ióhit Lupescu, Gheorghe Popescu,Adrian Popescu e Emil Sandoi ; apoia-dores — Ioan Sabau, Dorin Mateut,Dánut Lupu, Daniel Timofte, Gheorg--••rhe Hagi, Iosif Rotariu, Ilie Dumitrescu' - e Zjolt Musznay; atacantes — Marius"Làcatus, Gavril Blaint, Rodion Cma-taru e Florin Raduciou.Egito — Sem nenhuma surpresa, o• técnico Mahmoud El-Gawhari, da sele-^"ção do Egito, divulgou ontem a relação¦ dos 22 convocados para a Copa da Itália.h"Disputando um Mundial pela primeira" vez. o Egito está no Grupo F (Cagliarie Palermo) junto com Inglaterra, Ho-' íánda e Eire. O time estreará na Copa

ni no dia 12 de junho contra a Holanda. Osconvocados de Mahmoud são: goleiros- Ahmed Shubair, Ayman Taher e Tha-

,bet El-Battal; zagueiros — Ibrahim Has-_ san, Rabie Yassin, Hani Ramzi, Hisham

Yakan, Ashraf Kassem, Saber Eid e Ah-med Ramzi; apoiadores — Magdi Tolba,Magdi Abdel-Ghani, Tarek Soulieman,- Ismail Youssef, Taher Abu Zeid, Ala'aMayhoub, Ahmed El-Kass e Òsarna

Orabi; atacantes — Hossan Hassan, Ga-mal Abdel-Hamid, Ayman Shawki eAdel Abdel-Rahman.Coréia do Sul — Classificadapara o Grupo E (Verona e Udine), aCoréia do Sul divulgou ontem a relaçãodos 22 convocados à Copa da Itália,goleiros — Kim Pung-Joo, Jeong Gi-Dong e Choi In-Young; zagueiros —Chung Yong-Hwan, Park Kyung-Hoon,Gun Sang-Bum, Yoon Deuk-Yeo, ChoiKang-Hee, Yoon Deuk-Yeo, ChoiKang-Hee, Chung Jong-Soo, Hong M-yung-Bo e Cho Min-Kook; apoiadores— Kwan Hwang-Bo, Lee Young-Jin,Chung Hae-Won, Kim Joo-Sung, LeeSang-Yoon, Lee Heung-Sil, No Soo-Jin;atacantes — Choi Sun-Ho, HwangSeong-Hong, Lee Tae-Ho e Byun B-yung-Joo.Milionários — Enquete feita pelarevista Panorama mostra que a seleçãoda Itália é a mais valorizada entre as24 equipes que disputarão a Copa doMundo. O time italiano, sesundo a pu-blicaçào, vale USS 192,5 mílhões e eus-ta o dobro dos convocados para as sele-ções da Argentina e da Holanda, ondeatuam estrelas como Maradona e VanBasten, respectivamente.Convite — Cortado da lista dos 22que disputarão a Copa da Itália, o za-gueiro Brown. campeão do mundo noMéxico, em 86, desistiu da idéia de voltarpara Buenos Aires e decidiu aceitar oconvite feito pelo técnico Carlos Bilardnpara continuar na delegação. Assim quesoube do corte, provocado por má con-diçào física, ele queria se encontrar coma família. Agora será diferente. A famíliade Brown viajará para a Itália, ondeassistirá, junto com o zagueiro, aos jogosda Copa.

Médico chileno

processa Rojas

por injúriaSANTIAGO — A palhaçada do go-leiro Roberto Rojas durante o jogo entre

Brasil e Chile, no dia 3 de setembro,pelas eliminatórias sul-americanas à Co-pa do Mundo da Itália, ainda não paroude dar resultados. Ontem, o ex-auxiliarmédico daquela seleção chilena, Alejan-dro Koch, disse que o processará porinjúria, decisão tomada depois que o go-leiro o acusou de ter lhe passado o bisturicom que se cortou no Maracanã, tentan-do fazer crer que o sinalizador disparadopor uma torcedora o atingira.

Rojas vem tendo problemas mesmoantes de reconhecer, sábado passado,que o objeto passara a mais de ummetro dele — em novembro, a Fifa oeliminou definitivamente do futebol in-ternacional. Sua dor de cabeça aumentouao acusar como cúmplices Fernando As-tengo, capitão da equipe, o atacante Nel-son Maldonado, e Koch. O primeiro ne-gou a acusação. Não interpelará ogoleiro na Justiça, mas fez duros ataquesao ex-companheiro, chamando-o de"pouco homem", e dizendo-se surpresoao ver que Rojas poderia mentir tanto.

Para o ex-zagueiro do Grêmio, o go-leiro enganou companheiros, técnicos,dirigentes, sua família e o país inteiro.Maldonado confirmou que tinha culpano cartório. Disse que ajudara Rojas ase desfazer de suas luvas, onde estariao tal bisturi.

Mas Koch agiu diferente de ambos. Econtou à Radio Cooperativa, de San-tiago, que Rojas cometeu um acúmulode mentiras que agridem sua honra. Jáconvocou os advogados Jose Luis So-tomayor e Jaime Silva, mas espera que ogoleiro volte atrás e se arrependa de tê-loacusado de cúmplice.

Carlos Mesquita — 30/06/89

Rojas volta ao banco fios réus

tL DO BRASIL Aí" ti&itl

¦IBíUSIL lança phurn em Defesa do Mercado

Tem informação no ar.

A Jornal do Brasil AM está sempre emligação direta com seus ouvintes. Tra-zendo uma proposta nova em Prestaçãode Serviços.

Durante sua programação, a equipe JBleva ao ar informações precisas sobrecondições do Aeroporto, Estradas, cota-ções da Bolsa, Barcas e Metrô. Temtambém a previsão do Tempo com aespecialista Grace May Domingues.

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Careca (C), lento e sem criatividade, perdeu um gol cara a cara com o bom goleiro Vinci e acabou substituído

Seleção erra muito na derrota para

UmbriaTernl, Itália —Fotos de Hipóllto Pereira

0 técnico Sebas- j f^gj A 90tião Lazaroni sor- ;j-^L ÉllP^ria no túnel a cada/áCa V / agol perdido pela se- w®//Teçào brasileira, ff •.

mas deveria ter SwP*//chorado por um ti- ^me que não soube aproveitar asoportunidades que construiu e ain-da apresentou inúmeras falhas emtodos os seus setores. Diante daderrota de 1 a 0 para a modestaseleção da Ümbria, ficou claro queserá necessário muito mais que umpolimento em Asti para deixar aequipe brasileira em condições detentar o titulo na Copa.

Tudo bem que o jogo era apenasmais um treinamento, e que Carecadificilmente perderia um gol cara acara se fosse para valer. Mas issotorna as coisas ainda piores, já quea seleção não apresentou o menorpadrão de jogo, revelou incapaci-dade de sair da marcação e de serecuperar de um resultado adverso,como já acontecera contra a Ingla-terra, em Wembley.

O gol da seleção da Umbria,marcado pelo atacante Artisticcoem bela cobrança de falta e rarafalha de Taffarel, aconteceu aos 6minutos do primeiro tempo. Osbrasileiros tiveram 84 minutos paraao menos empatar, mas mostraramtotal falta de criatividade no meiode campo, buracos na defesa e len-tidão no ataque. Foram mais demeia centena de passes errados euma apatia irritante.

No primeiro tempo, algumas si-tuações de gol ainda foram criadas,

mas faltou sorte e talento. M üller seembolou com um zagueiro e perdeugol feito em jogada de Alemão; Ca-reca mostrou lentidão para chegarantes do goleiro, depois de levar amelhor sobre a zaga italiana, e Ale-mão furou vergonhosamente umabola que lhe foi rolada limpa porValdo. Mozer, sozinho com o bomgoleiro Vinti, mandou a bola natrave, e Ricardo também comple-mentou na trave um dos muitosescanteios favoráveis ao Brasil.

Estas chances perdidas, que pro-vocaram o riso irônico de Lazaroni,só reforçaram os defeitos do time.Mais uma vez a zaga se mostrouviolenta, com faltas desclassifican-tes como a de Mauro Galvão quegerou o gol da Umbria, e ficouflagrante a falta de algum jogadormais criativo no meio de campo,capaz de um lançamento ou jogadade classe para mudar um resultado.

Na metade do segundo tempo,Lazaroni mudou meio time, mas oserros permaneceram os mesmos. A12 dias da estréia contra a Suécia, aimpressão deixada pela seleção emseu último jogo (treino ou não), foia pior possível. Brasil: Taffarel,Mauro Galvão, Mozer e Ricardo(Ricardo Rocha); Jorginho, Dunga(Silas), Alemão, Valdo (Bismarck) eBranco (Mazinho); Müller (Bebeto) eCareca (Romário). Umbria: Vinci(Vioni), Rossi (Zopes), Altobelli eForte; Scianimanico (Paccola), DelPiano (Capelli), Luiu, Valentini e Ar-tisticco (Giunchi); Borello (Timateo)e Gozzella (Eritreo).

Lazaroni viu

Oldemário Touguinhó\ e Tadeu de Aguiar

TERNI, Itália —O técnico SebastiãoLazaroni gostou da derrota de ontempara a seleção da Umbria, alegando que"o que vier agora é lucro". Na opiniãodo treinador, os erros foram muitos, emespecial nos passes e nas viradas de jogo,mas o mais importante foi a "quebra detensão" para o jogo de estréia, contra aSuécia. "Antes da partida, tinha faladocom os jogadores que encarassem a par-tida como se já tivéssemos perdido oMundial. Essa obrigação de ter que ven-cer a qualquer custo só poderia nos pre-judicar", repetiu Lazaroni.

Apesar da preleção tranqüilizadora,o técnico da seleção brasileira reconhe-ceu que a equipe foi afobada, "não con-seguindo criar e facilitando o trabalhodo adversário". "O Taffarel sofreu o gol

muitos errose só, enquanto o goleiro deles (Vinci)saiu consagrado de campo. A afobação ésempre prejudicial. Chutamos na trave,em cima do goleiro, enfim, cansamos deerrar". A pouca combatividade do meiocampo também foi criticada por Lazaro-ni, que ressaltou ter o segundo tempo setransformado "num ataque contra defe-Sa."

Lazaroni encerrou sua análise afir-mando que não gosta de perder, masqualificou a derrota como um agradeci-mento à torcida local pelo carinho comque tratou a seleção: "Esta é a nossaretribuição por tudo que recebemos".Sobre sua atuação como espião, domin-go passado, em Estocolmo, Lazaronipretende manter segredo — "É hora deficar calado" —, mas revela que a Suécia"tem dois buracos na defesa que podemser aproveitados. A Finlândia é muitofraca, daí não ter aproveitado essa defi-ciência."

Asti está pronta para festa

Lédio Carmona

Time não sente resültadoA derrota para a seleção da Umbria

não afetará o trabalho da seleção brasi-leira para a Copa do Mundo. Esta é aopinião do centroavante Careca, paraquem perder a partida "não vai abalar ogrupo". "Estamos fechados. Temosconsciência do que poderemos realizarno Mundial."

A importância do jogo-treino foi en-carada de forma distinta por alguns titu-lares da equipe. "O time perdeu uns 30gols e sofreu um. Foi um treino semimportância, de baixo nível técnico. Es-tou chateado, sem dúvida, mas nós trei-namos e eles disputaram uma final deCopa do Mundo", afirmou o lateral-di-reito Jorginho. O meio-campo Dunga,considerado o símbolo da nova mentali-dade da seleção, considerou o treino

"muito importante". "È melhor perderagora do que na Copa. Ainda temos Astipara acertar."

Para o lateral-esquerdo Branco, "nãose pode esquecer que foi um treino. Oque deve ficar deste treinamento é a im-portância de se ter atenção nos 90 minu-tos — e que temos de melhorar nossafinalização". Na opinião do capitão Ri-cardo, "a derrota foi boa para diminuirnosso prestígio" O titular da zaga daseleção reconhece que "o time não estevebem. mas perdeu muitas chances". Seuprincipal concorrente á vaga, RicardoRocha, pediu paciência para o trabalhodo treinador. Mas continua insatisfeito:afirmou "não ter mais o que provar paraconquistar a posição".

ASTI, Itália — A cidade de Asti estáem festa com a chegada da seleçãobrasileira, prevista para a tarde de ho-je. A população e os organizadores lo-cais da Copa do Mundo já não sabemmais o que fazer para agradar jogado-res, comissão técnica, jornalistas e tor-cedores, que passarão a ser parte inte-grante do cotidiano da região durante opróximo mês. Ontem, um verdadeiromutirão cuidava dos preparativos finaispara deixar o Hotel Hasta, concentra-ção da equipe, o centro de imprensa e oestádio municipal — onde deverão serrealizados os treinamentos — prontos.

G estádio comunalc (da comuna, domunicípio) tem capacidade para doismil torcedores e, ao contrário do queaconteceu em Gubbio, onde foram co-brados ingressos de até 30 mil liras(CrS 2.250), em Asti o acesso será gra-tuito. A idéia é distribuir mil bilhetespara brasileiros e igual número paraos lifosi italianos. O prefeito JorgeCalvagno, é adorado pelos moradorespor essas atitudes. Uma grande festalocal, com danças e comidas tipicas,está sendo organizada, mas só serárealizada se o treinador Sebastião La-zaroni concordar em liberar os jogado-res para que possam freqüentá-la.

Asti em 80 mil habitantes e, pelomenos 25% da população é francesa oudescendente. A cidade está a 200 quilô-metros de Montecarlo e a 1080 quilô-metros de Paris. Como toda Itália, es-tá invadida por marroquinos,senegaleses, paquistaneses e iranianos,que, na maioria, são discriminados etrabalham como camelôs. "Eles sãomuito racistas", avisa Paulo Luís Dias

do Prado, 27 anos, paulista, o pri-meiro brasileiro a chegar para assistiraos treinos e jogos do Brasil.

Paulo é um recordista. Chegou aItália no dia 16 de abril e, enquanto aCopa do Mundo não chega, trabalhacomo garçom no Bar Cavour, saláriosde USS 950 mensais. E ainda aprende afalar italiano. Na próxima semana,aguarda a chegada de mais cinco ami-gos de São Paulo, com 50 camisas paraserem vendidas, além de bandeiras einstrumentos musicais. Como está emAsti há um mês, ele funciona comoguia turístico dos brasileiros. "Meusonho era assistir à Copa da Itália.Agora, já penso inclusive em ficar poraqui", avisa.

A vida em Asti é muito tranqüila.Durante o dia, o movimento nas ruas équase nenhum. Há predominância dejovens e, à noite, as opções se resu-mem ao Café Ludine, freqüentado porintelectuais, a discoteca Invicta e umnight club, parecido com os da PraçaMauá. A principal festa local é o Palio,realizado há séculos, em período coin-cidente ao início da colheita das uvas(setembro) para a produção de vinhos.Outra força econômica da região é oplantio de maçãs.

A partir de hoje, no entanto, a sele-ção brasileira passará a ser mais im-portante que as uvas, os vinhos ou asmaçãs. A cidade está em estado-de-graça. Vários ônibus de excursão jáestão lotados para levar os torcedoreslocais até Turim, no dia 10 de junho,para assistir ao jogo de estréia do Bra-sil na Copa, contra a Suécia. Ate lá, eenquanto Lazaroni & Cia. estiveremaqui, tudo será diferente na antes pa-cata e entediante província italiana.

Romário se di:Ainda no intervalo do jogo-treino, ele

saiu do banco de reservas e começou oaquecimento. Antes de entrar em campo,aos 21 minutos, Romário foi chamadopelo treinador Sebastião Lazaroni e con-fessou que estava tenso. "Não sabia oque poderia fazer. Estava muito nervo-so". Quando chegou a hora de substituirCareca, o centroavante do PSV se ben-zeu três vezes e partiu para a provadefinitiva de que estava curado e poderiadisputar a Copa pelo Brasil.

"Desde o dia da contusão só pensonisso. Finalmente minha luta foi recom-pensada. Não podia ficar fora do Mun-dial. Fingia estar calmo por fora. massabia que a qualquer momento poderiaser cortado. A tensão era horrível. Estarentre os 22 é o primeiro prêmio a toda aminha dedicação c àqueles que me apoia-ram. Agora, quero ser o artilheiro daCopa."

recompensadoRomário tocou apenas duas vezes na

bola nos 24 minutos em que esteve cmcampo. A primeira, aos 35, e a outra aos45, quando perdeu um gol ao tentarencobrir o goleiro. "Estou com apenas50% de meu potencial, mas vou recupe-rar tudo em Asti. Em forma, teria metidopelo menos um dois gols nos minutosque joguei. Aquela jogada do final, en-tão, cheguei a sentir que o goleiro iafechar por cima, mas faltou reflexo paratocar por baixo e marcar."

|—I Depois da derrota para a seleção'—' da Ümbria, a seleção brasileiravoltou ao Hote! Capuccini, em Gubbio,e, hoje, às 14h5Ü locais, enfrenta umaviagem de ônibus, de aproximadamente90 minutos, até Ancona para um vôo deuma hora até Turim, loeal de credencia-mento da equipe. Depois, outra vez deônibus, viaja até Asti, onde deve chegarpor volta das 18!:.

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^-^OEEFEÊTO"A Itália é banhada por três oceanos: o mar Tirreno, o mar Adriático c o marJonio." (Juarez Soares, dublê de secretário municipal de esportes de SãoPaulo e comentarista esportivo da Rede Bandeirantes, durante o jogo-trei-no do Brasil com um combinado da Úmbria)"Eu queria que os meus filhos gostassem tanto de mim quanto o Lazaronigosta <!« Bismarck." (Chico Anysio, dublê de humorista e comentaristaesportivo da Rede Globo, durante a partida de ontem)"O time perdeu 30 gols e sofreu um. Foi um treino sem importância, de baixonível técnico." (Jorginho, após o jogo-treino de ontem)ffÉ melhor agora do que na Copa. Mas foi um treino ranito importante. Aindatemos Asti para acertar." (Dunga, após a partida)"O jogador de futebol dá péssimas entrevistas porque teve um péssimo ensino.Não fei estimulado à leitura, não foi estimulado a nada. Ninguém na seleçãonasceu em berço de ouro." (Ricardo, respondendo às criticas de que asentrevistas dos jogadores são repetitivas e vazias)"Me limitei a assinalar a verdade dos fatos." (Roberto Rojas, goleirochileno, na sua defesa sobre a confissão, feita sábado passado, de quesimulara um corte.no supercílio, no Maracanã, durante o jogo Brasil eChile, em setembro, pelas eliminatórias para o Mundial da Itália)

Adversário

gosta de

respeito

Tutty Vasques

Gubbio! — engoli em seco

quando vi o Mauro Galvãotentando tirar o calção do italia-no, aos 10 do primeiro tempo. Tácerto, estamos na era Dunga, maso adversário merece respeito. Nãose pode brincar com um tine queresponde pela alcunha de Umbriae dispõe de jogadores como Iritrí-co e Eritrel no meio-campo. Mas,enfim, o nosso libero quis saber oque os umbriagados usam embai-xo do calção e o juiz deu falta. Nomínimo de vergonha! E quem ba-te? Artístico! Gol, nem tanto! Pen-sei que o frango do Taffarel fosseuma retribuição às pizzas que ofe-receram aos nossos craques antesdo jogo. Pronto, tá pago, valeu,agora vamos ao jogo, que, comodizem no Encantado, não pode seiUmbia um. E a gente zero. Sópodia ser piada mesmo! Imagina,Umbia!

Confesso que fiquei griladocom o espetáculo inaugurado apartir daquele flagrante do italia-no de calção arriado. que deu ori-gem ao piu-piu do Taffarel. Parecepropaganda de cueca, mas né não.A coisa se tornou mais explícitaquando Alemão meteu entre aspernas do Müller, embaixo dospaus da Umbria. Foi o primeirode uma seqüência de lances hila-riantes, furadas, tropeços, trom-bões. que fizeram rolar de rir agalera que assistia o jogo na casa

do Xico, uma espécie de xerife^ doEncantado. Era como se a Um-bria estivesse enfrentando umcombinado dos Irmãos Marx. OAlemão extrapolou! "Esse caramais engraçado que você, Tutty!'1— disse o xerife, aimcom a grama que, decraque fez voar parCena de pastelão mesmo! Aí é queeu comecei a ficar preocupado:esses caras estão na Italiafazer gracinha, o que eu voulá?Então é isso a era Dunga?

Não, não pode ser. A vagaminha, gente! O que aconteceuontem foi só um treino e, comodisse o Galvão Bueno aos quinzedo primeiro tempo, "é ate bomque a gente saia atrás". E, não seise vocês repararam, o Lazaroninem estava com o seu melhor ter-no. Mas lá, quando começar aCopa, o pessoal vai levar a coisa asério, deixando, modéstia a parte,o humor por minha conta. Agora,falando sério: foi boa a temporadabrasileira em terras da Umbria.Nossos craques tomaram um ba-nho de civilização em Gubbio. ODunga, então, adorou os jogosmedievais em praça pública e atése interessou por uma técnica dedesarme do adversário com ajudada besta (ou balestra, como quei-ram). Bye, bye, Umbria! Que ve-nha Turim, capital do Piemonte eberço daquele fabuloso arroz ser-vido com medalhões. Papa essa,Brasil!

E se no final nada der certo, agente põe a culpa nos empresáriosque assediaram nossos jogadoresna concentração. Todo lavoritoprecisa de uma desculpa! E, óbvio,a culpa ou está com os empresa-rios ou com as mulheres. É porisso que os italianos estão proibi-dos de trepar no alambrado. Me-lhor culpar os empresários.

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Selecionadas

Viciei prevê Itália quarta

colocada e Brasil campeão

Os jornais italianos amanhece-ram com uma triste novidade paraos lifosi. Na opinião do treinadorAzeglio Vicini, comandante daAzzurra, sua seleção, consideradapela imprensa especializada —além dos fanáticos torcedores lo-cais — como uma das principaisfavoritas para o título, deve en-cerrar a competição num modestoquarto lugar, cabendo ao Brasil avitória.

"Além do Brasil, há também aHolanda e a Alemanha Ocidental,pela ordem, para conquistar o tro-

féu", afirmou, modestamente,Azeglio Vicini. Informados das de-clarações do técnico italiano, osjogadores brasileiros se limitarama sorrir. "Eleé muito es-perto, quertirar a res-ponsabilida-de de seu ti-me e jogarem cima dosoutros", dis-se o meio-campo Ale-mão.

LA VALLETTA — Com um gol anove minutos do fim, a Escócia derro-tou a modesta Malta por 2 a 1. O ata-cante Andy Mclnally foi o destaque doamistoso, marcando duas vezes. O golmaltês foi escocês: David McPherson,contra. O azar do terceiro adversáriodo Brasil na Copa do Mundo, pelo Gru-po C, foi a contusão do também za-gueiro Gary Gillespie, aos 41 minutosda fase final, após violenta entrada deum adversário.

O gol da vitória foi bem na caracte-rística do futebol britânico. O lateralMaurice Malpas cruzou e Mclnally, c oatacante do Bayern. de Munique, cam-peão da Alemanha Ocidental, cabeceoupara marcar. Cerca de 3.500 pessoas vi-ram a partida.

Escalação das equipes: Escócia —Andy Goram (Jim Leighton), Roy Ait-ken, Richard Gough, Maurice Malpase Gary Gillespie (Craig Levein); JimBett (Gary McAllister), Paul McStay

(John Collins) e Stuart McCall; DavieMcPherson, Maurice Johnston (AllyMcCoist) e Alan Mclnally. Malta —Cini, S. Vella, Carabott, Galca e La-feria (Camilleri): Buttigieg, Zerafa (Sceri)e R. Vella; Gregory (Zarb), Degiorgio eLicari.

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Rio de Janeiro — Terça-teira, 29 de maio do 1990

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«igiJORNAL BRASIL

Não pode ser vendido separadamente

Acidente pára1.000 telefones

®a Um acidente na unidadedaTelerjnobainrode Jar-

dim Sulacap, ontem de manhã,deixou fora de operação petomenos 1.000 telefones das ccn-trais 3575 e 3576. Aestá fa/eado os reparos.

Olho da Rua

Heloísa Tolipan

B A Rua Conde de Leopoldina, emSão Cristóvão, virou depósito de lixo,não recolhido com freqüência da ca-çamba instalada pela Comlurb (fo-to).g Os jardins da Fundação Casa deRui Barbosa, na Rua São Clemente,em Botafogo, estão infestados de mos-quitos. Cadê o fumueê?? Os alunos do Externato Geremá-rio Dantas, na Rua Cândido Benício,em Campinho, têm sido assaltados àchegada ao colégio (entre 6h30 e7h30) e à saída (entre 11 h e 12h30).El Equipes da Ccdae trabalhavam on-tem no conserto dos vazamentos daRua Gonçalves Dias e da AvenidaChurchill, no Centro.H A Avenida Édison Passos, no Al-to da Boa Vista, está em péssimoestado de conservação, com o calça-mento cheio de buracos e mato portoda parte.Q Os dois camelôs que diariamentevendem legumes c verduras na esquinadas ruas Visconde de Pirajá e Teixeirade Melo, cm Ipanema, não limpam acalçada no final do dia. Deixam caixo-tes e restos de comida.> Notas para esta coluna pelo tele-tone 585—4693 (das Uh às 16h).

(Queixas do Povo

0 Zélia Abdulmacih, moradora naBarra da Tijuca, denuncia que o barPavelka, na esquina da Avenida Ole-gário Maciel com a Rua ComandanteJúlio de Moura, ocupa a calçada commais de 50 mesas e uma grande ban-cada, onde um conjunto musical tocaa todo o volume durante a noite.José Luiz de Souza Netto, diretor da18" Divisão de Conservação e Obrasda Secretaria de Obras do município,informa que hoje um fiscal irá ao locaie o proprietário da casa poderá serintimado.Ei João Andrada, morador no Jar-dim Botânico, reclama dos motoris-tas da Viação Amigos Unidos, quefazem a linha 558 (Horto-Lido) e noponto final da Rua Pacheco Leãoficam acelerando desesperadamente omotor, com o ônibus parado. Segun-do ele, além do barulho infernal, das5h à meia-noite, os moradores estãoexpostos à fumaça negra expelida pe-los ônibus com motores desregula-dos.Lauci Milesi, assessora de imprensa daSecretaria de Transportes, encaminha-rá a denuncia á diretoria de Con-trole de Operações da Superintendên-cia Municipal de TransportesUrbanos. Constatada a irregularidade,os fiscais multarão empresa e motoris-tas.E2 Regina Crespo Pinto, moradorana Tijuca, comenta que desde 13 dejulho de 89 recorre à Fundação Par-ques e Jardins, pedindo a poda deárvores da Rua Adolfo Mota, alturados números 219 e 227. Segundo ela,os galhos das árvores atingem os fiosde alta tensão da rede elétrica.Ronaldo Benevello, diretor da 5" Divi-são de Obras da Fundação Parques eJardins, informa que atenderá ama-nhã à solicitação de Regina CrespoPinto.> Notas nara esta coluna: AvenidaBrasil, 500, 6o andar. CEP: 20.949.

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? Em 4 de maio de 1909, o JOR-NAL DO BRASIL publicou a seguin-te queixa: "Chamamos a attenção dequem de direito para a grande quan-tidade de agua estagnada que ha narua Commandante Maurity. O fortecheiro que se desprende da mesmaagua, ja está constituindo um immcn-so perigo para a saúde dos moradorese transeuntes."

A Saúde nas mesmas mãos

Ministro Alceni Guerra reconduz personagens polêmicos a cargos de direção¦"————————n/ ML /,,„ A.» PfÇ O 1 kiHirtoe or\ '

Israel Tabak

O ministro da Saúde, Alceni Guerra,está tentando moralizar e tornar eficienteo atendimento médico à população, masnão abre mão do velho método de loteara administração entre políticos que dãoapoio ao governo. Com isso, alguns per-sonagens polêmicos, mencionados em es-cândalos do setor de saúde, anos atrás,vêm sendo reconduzidos a postos de di-reção, graças ao trabalho de lobbies poli-ticos e empresariais.

O médico Werther Slhenio Costa eTelles, que vai controlar, fiscalizar e ava-liar os hospitais e ambulatórios própriose contratados pelo Inamps no Estado doRio, tem um ponto em comum com seucolega João José Cândido da Silva, re-cém-nomeado secretário-executivo doConselho Nacional de Saúde. Ambos fo-ram indiciados no inquérito 2-0564/86 daPolícia Federal em São Paulo, por envol-vimento nas fraudes da rede conveniadado Inamps, denunciadas a partir de 1985,naquele estado. Os dois foram impro-nuneiados pela Justiça Federal — ouseja, nem chegaram a ser julgados.

João José foi nomeado pelo ministroda Saúde, Alceni Guerra, e Werther, pelopresidente do Inamps, Ricardo Ackel.Este explica: "Eu nem conheço WertherSthenio, pois deleguei ao chefe do escri-tório de Cooperação Técnica do Inampsno Rio, Amauri Carvalho, a escolha dosseus principais auxiliares." E acrescenta:"Na verdade, eu já fora informado queWerther e João José haviam sido indicia-dos num inquérito e posteriormente im-pronunciados. Mas desconhecia o con-teúdo do inquérito. Agora, fiqueicurioso, e vou lê-lo com cuidado."

Werther Sthenio Costa e Telles, no-meado coordenador-regional de Contro-le e Avaliação de Assistência Ambulato-rial e Hospitalar, tinha um cargosemelhante na direção-geral do Inamps,na administração de Aloysio Salles,quando as fraudes foram denunciadas.Na mesma época, João José Cândido daSilva era diretor de Medicina Social dadireção nacional e substituto eventual deAloysio. O Conselho Nacional de Saúde,para o qual João José foi agora nomea-do, tem a função de traçar as diretrizespara o setor.

Da direção-geral do Inamps tambémfazia parte, na época, Ney Mauro BritoFonseca. Ney Mauro, que acaba de sernomeado coordenador de Administraçãode Saúde do Inamps no Rio, tem igual-mente um episódio polêmico em seu cur-riculo: na qualidade de diretor-substitutode Medicina Social da direção-geral doInamps, foi um dos principais responsa-veis pela compra de equipamentos dediagnóstico franceses, altamente sofisti-cados, numa operação conhecida comoConexão Francesa, fechada no último diado governo Figueiredo, envolvendo USS

176 milhões (mais de CrS 9,3 bilhões, aocâmbio comercial).

Criticado por Hésio Cordeiro (suces-sor de Aloysio Salles na direção doInamps), que denunciou a "compra feitasem nenhum planejamento", o acordoacabou sendo alterado, cancelando-se acompra de alguns equipamentos. NeyMauro foi um dos signatários de umacarta, publicada no JORNAL DO BRA-SIL no dia 10 de agosto de 1985, em queé defendida a aquisição dos equipamen-tos franceses.

O presidente do Inamps, Ricardo Ac-kel, também disse não conhecer NeyMauro, embora tenha assinado a suanomeação. "Depositei toda a minha con-fiança em Amauri Carvalho e, evidente-mente, ela vai permanecer ou não, de-pendendo dos atos administrativos quevenham a ser praticados no escritório doInamps no Rio", contou ele. "De qual-quer forma", continuou o presidente doInamps, "os cargos para os quais essesmédicos foram nomeados têm vida curta.Acabam antes do fim do ano, quandosuas atribuições passarão ao controle doestado e dos municípios."

Currículo foi um termo-chave usadopelo ministro Alceni Guerra, quandoanunciou, há dias, os critérios para asnomeações na sua pasta. O ministro ad-mitiu, na ocasião, que os políticos quedão apoio ao governo estão fazendo in-dicações para os cargos. "Nenhum go-verno pode ficar livre do processo políti-co, que é parte da interaçãodemocrática", alegou. No entanto, inde-pendentemente do padrinho, Alceni estáexigindo "um bom currículo" e o treina-mento dos indicados para exercer fun-çÕes em sua área.

Entre os políticos do Rio que apoiamo governo e têm influência na área dasaúde, estão os deputados federais SimãoSessim (primo do banqueiro de bichoAniz Abraão David), do PFL. e FábioRaunhetti e Roberto Jefferson, ambosdo PTB.

Os hospitais e clínicas particularesque fazem convênios com o Inamps sem-pre tiveram um forte lobby de sustenta-ção política no estado. É comum que osdonos desses hospitais e clinicas se ele-jam para cargos públicos, ou, pelo me-nos, contem com defensores influentes,entre os políticos.

Um caso de fraude envolve o dentistae deputado estadual Daniel Eugênio Fi-gueiredo (PDC). Em 1987, auditores doInamps descobriram que Daniel, quandotrabalhava como dentista e era dono daOdontoclínica Imbariê, cm Duque deCaxias (Baixada Fluminense), teria con-seguido a proeza de obturar seis vezesdois dentes de leite que havia arrancadode um menino. Depois, teria voltado aarrancar os mesmos dentes — por quatrovezes. Tudo foi devidamente cobrado aoInamps.

Inamps pagou por paciente

'fantasma'

O inquérito 2-0564/86 da Polícia Fe-deral em São Paulo, que o presidentedo Inamps, Ricardo Ackel, agora ma-nifesta "curiosidade" em conhecer, eno qual foram indiciados, entre ou-tros, Werther Sthenio Costa e Telles eJoão José Cândido da Silva, apuroufraudes praticadas por hospitais, clíni-cas e ambulatórios particulares. Essesestabelecimento, contratados peloInamps, cobravam atendimentos de pa-cientes fantasmas e adulteravam guias deprocedimentos, para elevar a remunera-ção paga pelo instituto.

Uma das conclusões do relatório doinquérito, assinado em 16 de novembrode 1988 pelo delegado Luzenildo Félix, éque, por ação ou omissão, Werther Sthe-nio e João José, além do próprio presi-dente do Inamps na época, Aloysio Sal-les (como os dois, indiciado eimpronunciado), contribuíram decisiva-mente para que as fraudes se consu-massem.

O que houve, segundo o relatório, foiuma "legalização das fraudes", pois,numa reunião convocada em agosto de1984, quando os atendimentos famas-mas já haviam sido descobertos, atra-vés de cotas de internação superiores àcapacidade dos hospitais, o próprio Wer-ther, em nome da direção-geral, comuni-cou que as cotas seriam aumentadas (pá-gina 2.416 do processo).

De acordo com o relatório, só o Hos-

pitai São Marcos, de São Paulo, fez,entre outubro de 1984 e setembro de1985, 31.532 internações a mais do quepermitiria sua capacidade. No relato-rio, o delegado Luzenildo Félix afirmatambém que a nomeação do novo chefedo serviço de contas médicas do Inampsem São Paulo, Staline Vilanova, por de-terminação direta de Aloysio Salles, foidecisiva para facilitar as fraudes. Issoporque o número de fraudes aumentouna gestão de Staline.

"Com toda a situação criada e arma-da, não se poderia esperar outra coisa,a não ser a ocorrência de fraude, comoocorreu no período 84/85, já que todosos sistemas, mesmo precários de con-trole, foram desativados pela direção-ge-ral", afirma, na página 2.419 do in-quérito, o delegado Luzenildo Félix. Naépoca, o diretor-geral da Polícia Fede-ral, Romeu Tuma, acusou diretamen-to o então presidente do Inamps por"omissão" e "má vontade" no forneci-mento de dados para a apuração dasfraudes.

Em março de 85, depois de WertherSthenio ser inocentado de acusações deque teria ligações com alguns dos princi-pais fraudadores do Inamps — numasindicância aberta por Aloysiso Salles—,o ministro da Previdência, Waldir Pires,determinou a abertura de um inquéritoadministrativo. O objetivo era apurar opossível envolvimento de Werther Sthe-nio com os proprietários das empresas de

Menina de 2 anos tem agulha na nádega

Secretário mandaapurar se houveerro na vacinação

O secretário municipal de Saúde,Pedro Valente, determinou a

abertura de sindicância para apurarresponsabilidades no caso da meninaElaine Sodré Carlins, de 2 anos e 9meses, que há uma semana, desde quefoi vacinada contra meningite, estácom uma agulha de seringa no músculoda nádega direita. Elaine, uma meninade família pobre, foi vacinada na CasaMaternal Mello Mattos, no Jardim Bo-tânico. onde vive, por uma equipe deum pediatra e três enfermeiras do Cen-tro Municipal de Saúde Píndaro deCarvalho, na Gávea.

A preocupação do secretário se de-ve ao fato de este ter sido o primeiroincidente na campanha, durante a qualforam vacinadas mais de 600 mil crian-ças no município do Rio de Janeiro.Valente quer saber se houve imperíciana aplicação da vacina ou se a seringaou a agulha tinham algum tipo de de-feito. Elaine deverá ser operada para aextração da agulha, que. no entanto,não oferece grandes riscos à sua saúde.Ela já foi examinada e radiografadanos hospitais Miguel Couto e Fernan-des Filgueiras, mas os médicos preferi-ram aguardar que se forme um granu-loma — reação iocalizada —. paradelimitar com precisão a região a seroperada.

Segundo Irmã Regina, que trabalhano orfanato, uma das enfermeiras daequipe de vacinação deu por falta deuma agulha e pediu que as três últimascrianças vacinadas fossem levadas aoposto de saúde para exame. Feito umraios X da nádega de Elaine, ficouconstatado que a agulha, com cerca detrês centímetros de comprimento, esta-va no corpo da menina. Na sexta-feira,ela foi internada no Hospital MiguelCouto, onde foi submetida a radiogra-

fias. Assim, foi também determinada aprofundidade em que está a agulha.

Segundo o vice-diretor do MiguelCouto, Paulo Issa, que é cirurgião, aagulha não deverá se deslocar dentrodo glúteo de Elaine e poderia até serdeixada onde está. Ontem pela manhã,a menina foi levada ao Instituto Fer-nandes Filgueiras, que dispõe de recur-sos como colchão térmico e anestesistae cirurgião infantis, necessários parauma operação desse tipo. Elaine, po-rém, não foi internada. "Os médicospreferiram esperar mais um pouco,pois não se pode fazer uma prospecçãono local, onde se acumula muito san-gue. É como procurar uma agulha nopalheiro", explicou Paulo Issa, deseul-pando-se pelo trocadilho. Segundo omédico, o acidente não é comum e acirurgia para o caso não é de emergên-cia.

Elaine voltou ontem à tarde para aCasa Maternal Mello Mattos, onde vi-ve com cerca de 200 crianças órfãs oudesassistidas de até 12 anos. Ela brin-cou normalmente, mas se queixou al-gumas vezes de dor na perna e esfregouas nádegas. Segundo Irmã Regina, elaé uma criança esperta e vaidosa e nãoteve febre depois da vacinação. Na ins-tituição, mantida pela Fundação Esta-dual de Educação do Menor (Feem),ocorreu, há anos, um caso de mortecausada por meningite.

I—| A Secretaria Estadual de Saú-— de informou que de 15 a 25 de

maio receberam a primeira dose davacina contra meningite 569.857crianças nos municípios de Duque deCaxias, Macaé, Magé, Nilópolis,Nova Iguaçu, Paracambi, Petrópo-lis, São João de Meriti e Teresópo-lis. O número representa 66% dapopulação-alvo (864.537). No muni-cípio do Rio de Janeiro, foram vaci-nadas, até o dia 24, 626.184 crian-ças, ou 61% da população-alvo(1.025.246).

Mauro Nascimento

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A agulha,de três centímetros,está na nádega de Elaine

consultoria Módulo e PCE-Planejamen-to e Consultoria Empresarial, ambas deSão Paulo, que ajudavam os hospitais apreparar a documentação para as frau-des.

"Quanto mais investigarem o caso,melhor, pois ficará provado que nãotenho qualquer ligação com eles", dis-se Werther Sthenio, em março de 85.De acordo com informações fornecidaspela Polícia Federal, na época, o nú-mero do telefone de Werther foi en-contrado em diversos papéis apreendi-dos com Walkiria Parotti Garcia, umadas donas da PCE.

No inquérito foram indiciados o eco-nomista Milton Milreu, que, segundoos autos, cobrava, como propina, 10°do faturamento enviado ao instituto pe-los hospitais e clínicas protegidos pela>.autoridades do Inamps, e Adilson Go-mes de Oliveira, genro de Aloysio Salles.Adilson era suspeito de agir como inter-mediário entre os hospitais e clínicas e asautoridades que acobertavam as fraudes.

Em junho de 85, o deputado federalAlceni Guerra afirmou, em entrevista,que a "impunidade" que se verificavaem relação às fraudes estimulava a suareincidência,"porque dificilmente osgratidões, os engravatados, vão para acadeia". Antes, Alceni, como superinteii-dente do Inamps no Paraná, havia invés-tigado perto de 900 mil contas, consta-tando fraudes em cerca de 40% delas.

Doenças de

crianças

aumentaramO número de crianças atendidas na

Emergência do Instituto de Pediatria ePuericultura Martagão Gesteira, na Ilhado Fundão — com doenças como insufi-ciência respiratória, diarréia e até Aids—, dobrou nos últimos três meses, o queparece indicar deterioração da qualidadede vida no Rio. Os pacientes, na maioria,apresentaram doenças comuns, mas commaior gravidade.

Uma comissão de médicos do hospi-tal, que pertence á Universidade Federaldo Rio de Janeiro (UFRJ), se reuniuontem à tarde com o presidente do Con-selho Regional de Medicina (Cremeij),Laerte Vaz de Melo, para apresentar asobservações. Para identificar se há ounão essa tendência, todos os diretores dehospitais pediátricos serão chamados pa-ra uma reunião, dia 5 de junho, no insti-tuto."A saúde das crianças e a taxa demortalidade infantil sempre foram gran-des indicadores da qualidade da saúde dapopulação", disse Laerte de Melo. Odiretor do instituto, Tomás Pinheiro daCosta, afirmou que a "deterioração daqualidade de nutrição das pessoas" é acausa mais provável para o aumento depacientes e da gravidade das doenças.

"Caso seja constatado o mesmo fenô-meno em outras unidades pediátricas,serão feitas propostas às autoridades pa-ra alterar esse quadro, que é um sintomada doença de todo o sistema de saúde",informou Pinheiro da Costa. A Emer-gência do Instituto Pediátrico atendia,até março, a média de 2 mil crianças pormês. De lá para cá, o número chegou a 4mil.

A comissão de médicos acredita que amaior gravidade das doenças registradasno hospital tenha outro motivo, além damá qualidade de alimentação. A partirde conversas com os pacientes, eles cons-tataram que os pais demoram a levar osfilhos ao instituto, por falta de dinheiropara condução. Nos outros setores dohospital — 67 leitos e atendimento médiode 10 mil a 12 mil crianças por mês —,como o Ambulatório, também se consta-tou um aumento de pacientes.

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o Cidade o terça-feira, 29/5/90 JORNAL DO BRASIL

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Bclcm 32.2 22.2Boa Vista 30.6 23.2Macapa 31.0 23.0Manaus 31.0 23.7Porto Velho 30.8 21.7Rio Branco 31.0 17.2MiracemaAracaju 29.1 22.4Fortalcza 30.6 23.0Joao PcssoaMaceio 27.9 22.4NatalRecife 28.3 21 4Salvador 29.0 23.0Sao LuisTeresina 31.4 23.0Brasilia 25.0 14 ICampo Grande 25.5 19.0Cuiaba 33.8 20.8Goiania 30.2 171Belo Horizonte 27.6 17.0Sao Paulo 27.0 14.5Vitoria 29.3 21 6Curitiba 24.2 10.3Florianopolis 20.8 14 7Porto Alcgre 15.7 11.4

Frente fria traz chuvas e muito frio

A frente fria já passou pela re-gião Sul e caminha vagarosamentepara a cidade. Vem trazendo chu-vas e queda de temperatura. A altapressão polar, que empurra o siste-ma, está bem forte e caracteriza aintensidade do frio. Seu valor ê de1.026 hectopascal, o que significaque as temperaturas, na área sul dopais, deverão chegar bem próximode zero. O carioca sofrerá as conse-qitências deste frio e, além das chu-vas, terá que retirar seus casacos doarmário.

Hoje ainda vamos ver o sol bri-lhando e o céu estará mais azul doque nunca. Entretanto, na parte da

tarde ocorrerão mudanças. A che-gada das nuvens do tipo cirrus (véude noiva) vai anunciar que atrásvem chuva e muito frio. O sistemadeve chegar em São Paulo hoje eamanhã, pela madrugada ou ma-nhã, estará no Rio de Janeiro.

A região Sul está sendo castiga-da pelo frio intenso. As chuvas re-solveram parar de cair e a situaçãojá começa a ficar mais amena. To-davia, há uma nova formação quedeverá atingir a região nas próxi-mas horas, não deixando aconteceruma melhora definitiva. A foto dosatélite Goes-7 mostra que a alta

pressão do Oceano Pacífico dominaquase toda sua extensão, provocan-do o tempo bom e o céu azul. Asfrentes frias que se aventurarem aenfrentar este sistema serão empur-radas para a parte mais baixa daCordilheira dos Andes, ocasionan-do a sua formação no Sul da Ar-gentina.

A região Nordeste ainda apre-senta, no seu litoral, formações decumulonimbus. Um antigo sistemafrontal, que atingiu a região, pro-voca chuvas e trovoadas. O Cento-Oeste brasileiro está começando areceber a influência da frente fria,que tem uma penetração bem forte

para o interior. Deverão ocorrerchuvas fortes e trovoadas isoladas'durante o dia de hoje. A parte nortedo país apresenta um quadro demelhora com algumas nuvens cu-mulonimbus isoladas.

A faixa da convergência inter-tropical não está ativa no Hemisfé-rio Sul e em determinados pontosda América Central ocorre a passa-gem das nuvens para o lado sul. Afrente caminha vagarosamente paraatingir seu objetivo: trazer um pou-co de equilíbrio nas altas tempera-turas tropicais — só que algumasvezes erra na medida.

Observatório Nacio

O carioca terá um dia de sol etempo bom para hoje. A frentefria, que deverá chegar à cida-de amanhã, ainda não repre-senta perigo. Segundo o 6o Dis-trito de Meteorologia, o céu<estará claro, a temperatura es-tável e a visibilidade boa. Osventos soprarão do quadrantenorte para noroeste e poderãorondar para sudoeste a sul de fracos a moderados,com possibilidade de rajadas. A máxima de 33,4°em Santa Teresa poderá sofrer uma pequena ele-vação devido à aproximação do sistema frontal,que empurra o ar quente.

O mar ainda estará calmo, com ondas de 1,0 a1,5m, formadas em intervalos de 4 a 5 segundos. Osventos marítimos soprarão de sudoeste para sulcom velocidade entre 10 e 20 nós. A visibilidade dacosta estará boa e não haverá problemas para ostransportes. O mar poderá ficar agitado no final danoite, quando começarão a se fazer sentir as mu-danças que uma frente fria traz para a cidade.

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Acompanhe também a previsão do tempo de Gracc May Domingues na Rádio JORNAL DO BRASIL AM (940 KHZ) às 7,8 c 9 horas da manhã c às 18h5Ó de segunda a sábado.

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Cklade Condi^des mix. min. Cidade Condkjoes mix. mm.Genebra claro 19 Montevideo claro 18 8Havana chuvas 30 25 Moscou claro 15 5Lima nublado 22 16 Nova Delhi claro 42 31Lisboa claro 23 18 Nova lorque chuvas 21 13Londres claro 22 11 Pans claro 20 7Los Angeles claro 22 14 Roma nublado 24 13Madn chuvas 28 12 Toquio nublado 28 17Mexico nublado 29 13 Viena claro 18 9Miami nublado 24 22 Washington nublado 24 12

Serviço

nSff Consumidori Comissão de Defesa do Consumidor

(Câmara Municipal do Rio de Janeiro): PraçaFloriano, s/n", sala 201, Cinelândia. Tel.: 262-767-3 (direto) c 292-4141, ramais 364 e 365, de lOhás ISh.Secretaria Municipal de Saúde (DepartamentoGeral de Fiscalização Sanitária): Rua Afonso Ca-valcanli. 455, 6° andar. Cidade Nova. Tel.: 293-4595 (direto) e 273-6117, ramal 280, 24 horas pordia.?unab: Avenida Franklin Roosevelt, 39, 2° andar,"entro. Tel.: 198 e 262-0198.

•¦pn (Secretaria estadual de Justiça): Avenidano Braga, 118, loja F. Tel.: 224-0989. de lOh

üh.l.MTU (Superintendência Municipal de Trans-portes Urbanos): Rua Fonseca Telles. 121, 13°andar. Tel.: 284-5588, de 9h às 17h.Feema (Rio): Disque Meiu Ambiente, 204-0()95i e204-0999; poluição acidental, 295-6046; Divisãode Qualidade de Água, 234-8501; e Divisão deVetores, 293-9035 e 293-9085.

Telefone» úteisPolicia. 190; Defesa Civil, 199; Delega-

cia Especial de Atendimento à Mulher. AvenidaPresidente Vargas. 1.248, 3o andar. Centro, tel233-0008 (direto) e 233-1366. ramais 194. 195 e137; Água e esgotos. 195; Corpo de Bombeiros.193; Lu: e força. 196.

nholo. tel 273-5495. Auto-Socorro tenar tel208*1706 e 208-0828. e Auto-Socorro Sonto\ tel284-9094 e 264-9031

TáxisKm

ChaveirosAtendimento no Grande Rio: Trancau¦

lo. tel. 391-0770, 391-1360. 288-2099 e 268-5827.Chaveiro Império, tel. 245-5860, 265-8444, 285-7443 e 284-3391; A Carioca, tel. 245-5861), 257-2221, 257-0999, 256-0409 e 257-2569; A Chave doMéier. tel. 261-4461 e 594-9279; e Chaveiro Gran-de Rio. tel. 352-2866.

ReboqueAtendimento no Grande Rio: Aum-So-

corro Botelho, tel. 580-9079; Auto-Socorro Caía-

Free Taxi, tel. 325-2122; Coopala-xi. tel.: 284-1951. Tarifas comuns

FarmáciasFlamengo Farmácia Flamengo. Praia

do Flamengo, 224 Tel. 285-1548 (até Ih)Leblun Farmácia Piaui, Avenida Alatilfo dc Pai-va. 1.283. Tel. 274-7322 (dia e noite)Copacabana Farmácia Piauí. Rua Barata Rihci-ro. 646 Tel. 255-3209 (dia c noite)Barra da Tijuco Farmácia Piauí, listrada da Barra. I 636, loja F.. bloco F. ^rl Conter Tel 199X322 (dia e noite)Cascadura Farmácia Max. Rua Sidòmo Pais. I1)Tel 269-6448 (dia e noite)

Realengo Farmaaa Capitolio. Rua MarechalSoares Andréa. 282 Tel 331-6900 (dia e noite)Bonsucesso Farmacia Vitoria. Praça das Nações.160-A Tel 260-6.146 (até 23h)Meter Farmácia Macken/ie. Rua Dias da C ru/.616 Tel 594-6930 (dia e noite)Jai arepuguu Farmacia Carollo. listrada de Jaca-repagua. 7 912 Tel 192-1888 (dia e noite)liiuta Casa Granado. Rua Conde de Bonfim.100-A Tel 228-2880 e 228-1225 (dia enoilelPavuna Farmacia Nossa Senhora de Guadalupe.Avenida Brasil. 23.390 Tel 150-9844 (ate 22hlCentro Farmácia Pedro II. edifício da ( entrai doBrasil Tel 23.1-3240e 233-7395

nir' EmergênciasArProntos-socorros cardíacos — Botafo-

gn Pró-Cardiaco. Rua Dona Mariana, 219 Tel286-4242 e 246-6060; Tiiucu Prontocor. Rua SãoFrancisco Xavier. 26 Tel 264-1712. Barro daTi/uca Cardio Barra. Avenida Fernando Matos.162 Tel 199-5522 e 199-8822

l rgetu ias clinuas e ortopedti as Laran/eirasClinica Ênio Serra. Rua Soares Cabral. 16 Tel265-6612i rgèncias pediatricas Botalogo l'rpe. AvenidaPasteur. 72 Tel 295-1195. Ipanema 1'rgil. RuaBarão da Torre. 5.18 Tel 287-6399Otorrinolaringologiu - Ipanema Corti. Rua -\ni-bal de Mendonça. 135 Tel 511-0995Oliulmologia — Ipanema Clinica de Olhos Ipane-ma. Rua Visconde de Piraja. 414. sala 511 Tel247-0892Psiquiatria - Botafogo Serviço de Urgência Pss-quiatrica do Rio de Janeiro. Rua Paulino Fernan-des. 78 Tel. 542-0844 Maracanã Clinica Maria-na. Rua Professor Eurico Rabelo. 131 Tel264-3647Prontos-socorros dentários — ( opucabana C lini-ca Dr Barroso, Rua Sania Clara, 115. sala 40STel 235-7469; Ttiuca Centro Especializado deOdontologia. Rua Conde de Bonfim. 664 Tel288-4797

¦ A publicação destas inlormações Êgratuita e feita a critério da redação

Horóscopo

ÁKIES21 de março a 20 de abrilBusca de um sentido maior para a suaexistência e para as atividades que deli-nem sua atuação na sociedade. Apesarda crise é preciso unir sua realidadeinterna com o papel social e profissionalque você desempenha.TOURO21 de abril a 20 de maioFase de volta ao passado e maior sedede autoproteção e intimidade tornando-oextremamente afetivo, intuitivo e mater- .nal. A vida doméstica torna-se mais di-nâmica e movimentada, trazendo mu-danças e novidades. Reencontros.GÊMEOS21 de maio a 20 de junhoHoje e amanhã são dias recheados de" 'poesia e lirismo podendo produzir e vi-venciar experiências de grande signifi-"cado espiritual e emocional, tornando-obem comunicativo, artístico e dotado de i'alta sensibilidade. Compaixão.CÂNCER21 de junho a 21 de julhoNão ponha a culpa na família se você sesentir insatisfeito consigo mesmo e coma sua profissão. Você precisa repensaro passado, para definir o presente eplanejar o seu futuro. Dia de possível •sorte nas finanças. Gula.LEÃO22 de julho a 22 de agostoDia muito fértil e instável além de tornarvocê muito imaginativo e emolivo, redu-plicando suas qualidades latentes eseus defeitos mais marcantes. Fase depaixão e auto descoberta interior. Adap-te-se às exigências do momento.VIRGEM23 de agosto a 22 de setembroO excesso de auto crítica pode fazer^.,você vacilar diante de uma oportunidadeque pode abrir novas portas para a sua .auto-realização além de colocá-lo em .contato com novas vivências. Evite abor-recimentos com grupos e amigos.LIBRA23 de setembro a 22 de outubroDia estimulante para colaborar e partici- •<par de reuniões informais, festas e atémesmo buscar mais proximidade comamigos e pessoas que você tenha co-nhecido a pouco tempo e faça parte decursos recém-iniciados. Planeje.ESCORPIÃO23 de outubro a 21 de novembroFacilmente você será reconhecido hojee poderá mostrar as pessoas seu ladomais intimo e emocional tornando-sebem menos insondável do que o costu-me. Pode lutar pela justiça aonde querque ela seja desrrepeitada. Estabilize-se.SAGITÁRIO22 de novembro a 21 de dezembroFase de reajustamento de tudo que cau-sa tensão e desencaixe na sua relaçãoconsigo mesmo e com os outros. Talvezsurja algum tipo de impasse ou rupturaque inspire você a enfrentar seus medose pontos fracos. Viagens.CAPRICÓRNIO22 de dezembro a 20 de janeiroFase de sensualidade e de mergulho em-tudo que é oculto, além de torná-lo sur-.preendentemente sagaz e exigente ao -lidar com os outros, sobretudo se o as-sunto for dinheiro ou separação. Nãocontrole os outros. Defina-se.AQUÁRIO21 de janeiro a 19 de fevereiroAnsiedade em se expressar como umapessoa importante, especial e inovado-ra. Pode ficar indeciso diante de pro-postas concretas feitas pelos outros so-bretudo se elas estiverem ligadas aotrabalho e ao amor. Flutuações.PEIXES20 de fevereiro a 20 de marçoSobretudo os nativos do fim da regênciavivem neste período um momento deextravazamento e agressividade que po-de ser dirigido para uma maior proje-ção direta da sua força de vontade eliderança. Tente evitar atos escapistas.

Carlos Magno

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JORNAL DO BRASIL terça-feira, 29/5/90 o Cidade o 3

Fazenda sabia

de guias falsas

há três mesesDesde 23 de fevereiro deste ano o

coordenador de arrecadação da Secre-taria Municipal de Fazenda, Pedro Ar-royo Simões, tem conhecimento oficialda existência de guias de taxas de expc-dientes falsas. Em memorando a Arroyo,o então diretor da Divisão de Cobrançada secretaria, Roberto Ziese, encami-nhou relação onde constam os números,os carimbos dos caixas e a identificaçãodas máquinas bancárias de 100 guias detaxas frias, que seriam usadas para aemissão de certidões negativas de IPTU.O prefeito Marcello Alencar procuradopelo JORNAL DO BRASIL prometeupara hoje se pronunciar sobre o assunto.

Roberto Ziese contou que um grupode funcionários que atuava até abrilna emissão de certidões negativas deIPTU, começou a detectar a fraude emjaneiro, pouco mais de um mês apósser instalado o computador para a emis-são do documento. "Quando notamosque diversas guias de taxas de expedienteeram falsas e que o dinheiro não haviasido recolhido aos cofre municipais, eunotifiquei ao coordenador Pedro Arroyoque nem tomou conhecimento", acusaZiese.

Preocupados com o voiume de guiasfalsas que chegavam à divisão, os fun-cionários começaram a compará-las comas guias verdadeiras e constataram queos falsários agiam sempre utilizando oscarimbos dos caixas Alice, Carlos, Custú-(lio, Adelino, Antonio, e Silvia. As guiasfalsas eram autenticadas pelas máquinasbancárias de, números Z21, Z75, VI5,W74 e G34. É exatamente o carimbo deAntônio e a autenticação da máquinaZ21 que constavam da taxa de expedien-te falasa que acompanhava a certidãonegativa de IPTU comprada pelo repór-ter do JORNAL DO BRASIL dia 24, deum zangão, na porta da secretaria.

Apesar de Roberto Ziese ter pedido aPedro Arroyo "esclarecimentos quan-to aos futuros procedimentos, a fim depodermos emitir as certidões sem pro-blemas para os servidores", nada foiprovidenciado. Por conta própria, aequipe de Ziese, então, passou a invés-ligar o caso constatando a falsidade decarimbos e máquinas junto ao Bancrj."Isso acontecia numa época em que acertidão negativa era emitida no mes-mo dia. Imagine agora, quando demo-ra no mínimo 48 horas", comenta Ser-gio Baptista, outro funcionárioenvolvido com a apuração das fraudes.

Depois de descoberta a irregularida-de, Ziese e seus assessores passaram atomar cuidados como andar com seuscarimbos no bolso e não entregar cer-tidões de IPTU para contribuintes porta-dores de guias falsas. "É impossível secalcular o montante da fraude, mas segu-lamente ela chega a bilhões de cruzei-ros". estimou o ex-diretor.

Roberto Ziese e sua equipe foramafastados de suas funções no início deabril e, posteriormente, suspensos pe-lo atual secretário Edgar Gonçalves daRocha, acusados de envolvimento nafraude de carnês falsos do IPTU, des-coberta no inicio do ano. "Mas nãoprovaram nada contra a gente, apesarde terem instaurado uma sindicância",afirmou Ziese. O diretor-secretário licen-ciado do Sindicato dos Funcionários Pú-blicos Municipais, Fernando Sanches,que entregou ao JORNAL DO BRASILos documentos elaborados pela antigaequipe da Divisão de Cobrança, garantetambém que os funcionários nada têm aver com a fraude do IPTU.

Estado do Rio

promete reagir

contra ameaçaO governo do Estado do Rio está

disposto a enfrentar a ameaça do go-verno federal de cobrar a curto prazoas dívidas internas e externas dos es-tados e municípios e de cortar o avalpara empréstimos estaduais no exterior."O governo federal sempre cobra dívidasdos estados, mas esquece que tambémdeve. No caso do Estado do Rio, ele nosdeve muito mais do que nos cobra",afirmou o secretário de Fazenda, Her-bert Pimentel. Enquanto o Estado doRio deve USS 258 milhões à União porvários empréstimos tomados, o governofederal deve ao Estado do Rio USS 330milhões, quase USS 100 milhões a mais,por conta de débitos tributários de esta-tais como a CSN (Companhia Siderúrgi-ca Nacional) e a Petrobrás.

"Se a União nos cobrar essa dívidanos percentuais que está pretendendo,não teremos condições de honrá-la, as-sim como os outros estados", alertou osecretário. Herbert Pimentel participou,há 15 dias, de uma reunião com secretá-rios de Fazenda de todo o pais e pleitearáamanhã, em Brasília, na reunião doConselho de Política Fazendária, a per-manência dos atuais critérios para o tra-tamento das dívidas dos estados com aUnião. "Antes de nos cobrar, o governofederal terá de nos pagar", disse.

Apesar do temor das autoridades dogoverno estadual em relação às amea-ças da equipe econômica do governoCollor, a receita tributária tem se com-portado bem nos últimos cinco meses,registando índices de crescimento, quevariam de 10% a 20%. A primeira quin-zena deste mês projeta expectativa dearrecadação maior do que a estimada e ogoverno prevê arrecadar mais de CrS 12milhões em maio.

O governador Moreira Franco anun-ciará também medidas de incentivo apequenos e médios empresários, con-cedendo-lhes linhas de financiamento noBaneij e créditos provenientes de umacarteira financeira do Banco de Desen-volvimento do Estado. Embora o gover-no tenha se adiantado na reaçção contraas possíveis mudanças, até agora nãohouve nenhuma comunicação oficial so-bre modificações na cobrança da divida.

Escola particular deve repor

nas férias as aulas perdidas

Os pais que tiverem marcado viagempara julho podem cancelar seus progra-mas porque as escolas particulares vãorepor todos os 28 dias de aulas perdidascom a greve dos professores. Isso signi-fica que as férias de julho ficarão redu-zidas à última semana do mês em mui-tos colégios e as aulas do segundosemestre só terminarão a quatro dias doNatal. Essa é a tendência da maioriadas escolas particulares, embora essaquestão não tenha sido oficializada peloSindicato dos Estabelecimentos de En-sino.

No Colégio Andrews, em Botafogo,o esquema de reposição de aulas temalgumas diferenças: serão dez dias deférias em julho e os alunos da T sérieem diante terão, a partir de julho, pro-vas aos sábados para não perder maisnenhum dia de aula. No segundo se-mestre, as aulas vão também até 21 dedezembro.

"Teremos 10 dias de ferias em julho

TRTdá 166% de aumento

e greve do metrô acabaporque, do contrário, as crianças nãoagüentariam um período de aulas atédezembro. Eles chegariam a novembro jámuito cansados, começando a faltar e ase desinteressar pelas aulas", disse EdgarFlexa Ribeiro, diretor do Andrews.

A Escola Parque, na Gávea, deacordo com sua diretora. Patrícia Lins eSilva, informou que os 500 alunos terãoapenas uma semana de férias no mês dejulho (a última) e no segundo semestreas aulas vão até o dia 21 de dezembro."A escola tem um programa de 200dias letivos no ano e para cumprir esseprograma nós aumentaríamos o núme-ro de dias de aulas se fosse necessário.A escola Parque começou o ano letivo a12 de fevereiro, e para nós é inquestio-nável a reposição dos dias parados",disse Patricia Lins e Silva.

A educadora Thereza Penna Firme,especialista em avaliação de aprendiza-gem, alerta que os alunos não podemser prejudicados em seu processo de

aprendizagem, porque a criança podeter tido retrocesso com a interrupçãodas aulas."Segundo meu princípio, a escolafoi feita para o aluno e ele não pode serprejudicado. A escola tem de ofereceraulas extras e explicações a mais, crian-do um substitutivo de intensidade equalidade para o que faltou. A reposi-ção tem de motivar as crianças a volta-reni a gostar da aprendizagem", afir-mou Thereza, que é diretora-adjunta docurso de pós-graduação em educaçãoda Universidade Federal do Rio de Ja-neiro e ex-professora primária.

|—I O governo federal poderá autori-— zar o repasse de parte do reajuste

salarial dos professores para as mensali-dades das escolas particulares. Hoje, se-rá enviada ao Congresso uma nova me-dida provisória, estabelecendo oscritérios para aumento das mensalida-des.

Fotos de Paulo Nicolella

Luís pediu aos colegas que se organizem e Júlia reclamou dos aumentos das mensalidades escolares

Estudantes protestam em BotafogoPasseata de uma centena de alunos

de escolas particulares percorreu du-rante três horas e meia várias ruas deBotafogo, em apoio á reivindicação deaumento salarial dos professores e contrao repasse do reajuste às mensalidades. Amanifestação tumultuou por 30 minutoso trânsito na Rua Voluntários da Pátria,enquanto os estudantes seguiam do Co-légio Princesa Isabel, na Rua das Palmei-ras, para o Andrews, na praia. Comapenas uma pista livre, os motoristasforam orientados por policiais do 2"BPM que acompanhavam a passeata.

Os estudantes protestaram contra amedida provisória 185 do governo fede-ral. que prevê a suspensão por até 150dias do reajuste de 84% concedido aosprofessores se houver recurso das esco-

Ias ao Tribunal Superior do Trabalho.O aumento foi concedido pelo TribunalRegional do Trabalho depois de 28 diasde greve, mas os donos de escolas ale-gani que só poderão pagá-lo se o gover-no autorizar reajuste das mensalidades.

A manifestação começou às 7h30. naporta do Colégio Santa Rosa de Lima,na Rua Voluntários da Pátria, cujo trân-sito ficou bloqueado durante 15 minutos.Os secundaristas seguiram então pelaRua São Clemente, onde alunos das es-colas Imperial e ADN se juntaram aogrupo. "Esta é a primeira passeata emapoio aos professores. Temos que nosorganizar para fazer uma grande mani-festação de todos os colégios particularesda cidade", conclamou Luis Peixoto, 16anos. aluno do 2U ano do Colégio Imacu-

lada Conceição e um dos líderes da pas-seata.

Júlia de Moraes, 15 anos, aluna doSanta Rosa de Lima, denunciou e pe-diu aos colegas que protestassem con-Ira o aumento de mensalidades em al-guns colégios. Os alunos dos colégiosPrincesa Isabel e Andrews não aderi-ram ao movimento, mas isso não che-gou a desanimar os manifestantes. Ho-je. os estudantes reúnem-se na sede daAssociação Municipal de Estudantes Se-cundaristas (Ames) para organizar umagrande' passeata em favor dos professo-rés. "Queremos também o apoio do sin-dicato dos professores, pois estamosapoiando o movimento deles", disseGuilherme Marques. 18 anos, diretor daAmes.

Nem Mauá escapa da poluição

Moradores sesurpreendem comalerta da Feema

Bruno Ccisotti

A poluição chegou a Visconde deMauá. A notícia caiu como uma

bomba sobre moradores e freqüenta-dores do lugar, que neste fim de sema-na assistiram perplexos à colocação detrês placas indicativas de que o banhonas águas límpidas do Rio Preto édesaconselhável. A Feema descobriuíndices elevados de coliformes fecaisna maior parte do trecho do rio queatravessa a região, reduto de ecologis-tas e naturalistas. Quem tanto defendea preservação da natureza, principalatrativo de Mauá, ficou sabendo quejoga esgoto no rio, por não ter fossaem casa.

Cerca de 4 dos 14 quilômetros dotrecho do Rio Preto, em Mauá. estãoimpróprios ao banho. Na cachoeira doEscorrega, espécie de tobogã naturalque é uma das maiores atrações deMauá, a placa indica que não há pro-blema. Mas a partir de Maromba, aFeema desaconselha o banho, medidaque atinge Maringá, outro point daregião. Por isso. ao lado de placas queindicam a direção de pousadas e dacachoeira de Santa Clara, diante deuma ponte, foi colocada uma outraque avisa: "condição de banho: impró-prio". A Feema colocou, domingo,uma placa junto à ponte que leva ácachoeira de Santa Clara e, ontem,uma outra no Lote 10, no distrito deVisconde de Mauá.

"Amanhã (domingo) è um dia detristeza para nós", disse a professoraAngela Martins, diretora da Associa-ção de Moradores e Amigos de Mauá(Amar-Mauá), durante o encontro,que reuniu, no sábado à noite, 56 mo-radores e freqüentadores da localida-de, além de representantes da Feema,das prefeituras de Resende e de Ita-tiaia, da Amar-Mauá e da Mauá-Tur.associação de hoteleiros e comercian-tes da região. "As placas são umabronca que levamos, por ignorância",admitiu a professora. "Vamos ter quefazer Mauá voltar a ser como antes".

Folha da Serra — Márcia Baís

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Placa da Feema avisa que o Rio Preto é impróprio para banhoPara que Mauá volte a ser como

antes, os moradores têm a seu favor aforte influência da bandeira ecológicana região, onde a beleza natural éresponsável pela principal atividadeeconômica: o turismo. Foi, inclusive, adiretoria anterior da Amar-Mauá quesolicitou à Feema a realização de exa-mes para avaliar a qualidade das águasdo Rio Preto. A dificuldade de mobili-zar autoridades, entretanto, é um dosmaiores problemas, porque a regiãoconhecida como Mauá envolve "trêsmunicípios: Resende e Itatiaia, no Es-tado do Rio, e Bocaina de Minas, emMinas Gerais.

O Rio Preto divide os dois estadose, segundo a diretora da Amar-Mauá.é precária a atuação do governo deMinas Gerais. A Feema não pode fis-calizar hoteleiros e moradores do ladomineiro, mas arrisca orientá-los sobrea melhor maneira de evitar o lança-mento de esgotos no rio. Por isso.participou, por exemplo, do projetopara destinação de esgoto do Hotel daInês. em Bocaina de Minas.

Ultimo rio do estado que não sofrecom despejos industriais, o Preto nasce110 Pico das Agulhas Negras, a 2.600metros de altitude, e desce encaichoei-

rado pela Serra da Mantiqueira, até semisturar ao Paraibuna, 200 quilôme-tros depois. Em Mauá, casas pitores-cas, pousadas, hotéis e restaurantesproliferam âs suas margens, poluindoseu leito, apesar da lei que proíbeconstruções a menos de 30 metros decursos d'água. A ocupação desordena-da é responsável também por desmata-mento de suas margens, agravado como incêndio no Parque Nacional de Ita-tiaia. em setembro de 1988.

A Prefeitura de Itatiaia prometeconcluir em um mês a construção deuma fossa, com dois filtros biológicos,para os moradores de Maromba. Oprojeto, feito inicialmente pela Feema,mas modificado pela Prefeitura, foicontestado por moradores, porque ficajunto do rio.

A diretora da Feema considerou"fantástica" a proposta do diretor daAmar-Tur, Roberto Maia, de criar umcertificado de não-poluidor a ser afixa-do nos hotéis que derem destinaçãoadequada a esgotos. O certificado se-ria concedido pela Feema, após inspe-ção no estabelecimento. SegundoMaia, essa medida incentivaria os ho-teleiros a procurar a Feema e poderiaser aplicada em todo o estado e até anivel nacional.

Os metroviários encerraram a greveontem, ás 17h, em assembléia em frenteao Tribunal Regional do Trabalho, noCentro, ao serem informados de que acategoria conseguiu reajuste de 166,89%os IPCs de março (84%) e abril (44%)ca manutenção de todas as cláusulassociais obtidas em acordos anteriores. OTRT, no entanto, consedirou a greve"abusiva", o que permite à empresa des-contar os 14 dias de paralisação. A grevedesde 10 de maio, com interrupção entreos dias 18 e 21, representou para a com-panhia um prejuízo de CrS 58 milhões.

O presidente do Sindicato dos Metro-viários, Rosalvo Costa, disse que vai ne-gociar com a empresa para que não hajadesconto dos 14 dias parados. Conside-rou uma vitória o reajuste de 166,89% —a categoria reivindicava 192% e a empre-sa oferecia apenas 4% a titulo de produ-tividade — além da manutenção de con-quistas como a comissão paritária contra

demissões injustificadas, confirmadas pe-la juiza Emma Buarque de Amorim, da ., i.Ia turma do TRT. • yOs metroviários fazem assembléia;^1

hoje, âs 18h, na Central de Manutenção,*"^na Avenida Presidente Vargas, parai.Vfrgir que o reajuste seja pago ainda que aT^i"empresa recorra ao Tribunal Superior do""11"Trabalho. Eles são a primeira categoriaJC'conseguir, em dissídio, o pagamento do&tórIPCs de março e abril, contrariamente 4^'política econômica do governo. Mas, sé ar<Companhia do Metrô recorrer, o TST~pode decidir pelo efeito suspensivo pre-;;—;visto na Medida Provisória 185.

O secretário de Transportes, Denizalii..Arneiro, já anunciou que o Estado vai- ^frecorrer ao TST contra o aumento. Hojerj??:ele se reúne com o eovernador para defi- """mr os termos do recurso. O presidente (ia. „Companhia do Metrô, José Maria'Sk-U.queira de Barros, afirmou que a empresa •*não tem condições de pagar o reajuste. v

Estado busca verba federalUm lobhy em Brasília está Reprodução

pressionando o presidente Fer-nando Collor a desamarrar doPlanalto o metrô do Rio. Com otítulo "O Metrô do Rio precisasair de Brasília", o governo esta-d uai publicou no início do mês,nos principais jornais de Brasília,anúncio de um quarto de página,produzido no Rio pela agência depropaganda MPM, para sensibili-zar o governo federal: depende deuma autorização especial do pre-sidente da República a liberaçãode financiamento de USS 1,3 bi-lhão para a expansão do metrôaté Copacabana e Irajá, projetoque está parado há quase doisanos.

Um assessor do governadorMoreira Franco diz que o objeti-vo é "lembrar" ao governo federalque o Estado do Rio precisa "lo-go" desse empréstimo, prometidoem 1987. A lei federal 1.469, queproíbe liberação de empréstimospelo BNDES, há mais de um anotem sido um obstáculo para que ogoverno fluminense consiga o 11-nanciamento. No entanto, outrosproblemas rondam a liberação Anúncio foi publicado no dia 9dos recursos: um deles, segundolontes do BNDES, é que o estado nãosaldou dividas do BD-Rio (Banco deDesenvolvimento do Estado do Rio).

Outro problema, mais polêmico, en-volve o próprio projeto de expansão dometrô, taxado de "inconsistente"

portécnicos da área de transportes do BN-DES, que acusaram precipitação do go-verno estadual em prosseguir uma obracujo financiamento não estava garantidooficialmente. Os técnicos criticam a au-sência de planejamento integrado do me-tró com outros sistemas de transportes.Observam, por exemplo, que, se o metrôaumentará a demanda de passageiros naZona Sul. é necessário projeto para redu-ção de linhas de ônibus.

Mesmo assim, o governo do estadodiz, no anúncio, que "tem pressa" e que"não abre mão de ver essa promessacumprida", quando faltam apenas novemeses para Moreira Franco deixar o Pa-lácio Guanabara. Para

0 metrô do Rio

precisa sair

de Brasília.Hj m.m de iJou ano» o poso do i ttado do Rio nu operando o financiamentoJo inetrA do Rio, piomeiido p.tu 1987O Governo do I «t.ido do Rio nio abre mio de vet essa promessa sumptidaI nio «ai inicrrotnprr. mi momento aluum. tua lula paia atingir teus objetivosMas, acima dc tudo, è preciso que o Governo Federal etilenda a wipottinoa vitalque o metrA tepresema pai» a popula^io do Rio de Janeinvfk>jeomeir\aicndea IVjmtl pcvvoav, entrr /ooa norte. cn«roe;ona sul da oslideQuando for da Pasuna porta de rimada da Banada Fluminense aCopacaba-na. («ci de 2 milhòet e moo de uabaih.idorcs serio beneficiado»Menos «juairo bota» diariav na jornada de cada trabalhador Maiv quawo horasdtariav de decanto, Uicr e vonvivio cotn a família.O Oover no do Lsiadodo Rk> ciu tujendo a sua parte. Chegou a bota doOovrrno f ederal cumprir a tua. f lo*o.A populavio do listado do Rio tvntinua operando o meltiV l'le rvio p»\k maisfk-ar parado ein Brasília.

TWNSPORTEO GOVERNO DO ESMO TBI PRESSA.OOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

tentar cumprir

essa promessa, o governo do estado che-gou a pagar a empreiteiras no fim de 89 oequivalente a USS 80 milhões com recur-.sos do próprio tesouro.

O secretário estadual de Planejamen-to, Carlos Alberto Pires, diz que as obrasdc consolidação do metrô já foram reini-ciadas e para elas deverão ser liberado,mais USS 80 milhões em junho. Tambémestá prestes a ser assinada uma confissãode dívida do estado com empreiteiras novalor dc USS 150 milhões.

No anúncio, o governo lembra que ometrô serve a 330 mil pessoas e que.quando chegar à Pavuna e a Copacaba-na, "cerca de dois milhões e meio detrabalhadores serão benficiados". O tex-to conclui: "O governo do Estado estáfazendo a sua parte. Chegou a hora dogoverno federal cumprir a sua."

Canteiros atraem mosquitosO carioca vem amargando um ano de

convivência com buracos e transtornosdo trânsito causados pelo abandono dasobras dc expansão do metrô. As cercasde madeira com a marca da Companhiado Metropolitano, espalhadas por váriospontos da cidade, escondem entulho deobras, estruturas de ferro oxidadas e po-ças de água estagnada que atraem mos-quitos."Esses canteiros abandonados setransformaram em focos de mosquitostransmissores de doenças", reclama JesséFalcão, presidente da Associação de Mo-radores da Praça Cardeal Arcoverde, emCopacabana. Ele está cansado de ouvirqueixas desde que as empreiteiras con-tratadas para construir a estação Arco-verde do metrô suspenderam o trabalho.

"No início das obras, 3 mil homens aserviço da empreiteira Andrade Gutier-rez trabalhavam na praça. Hoje a gentesó vê um vigia. Com a paralisação dasobras, o trânsito ficou prejudicado. Umaparte da Rua Xavier da Silveira, porexemplo, está totalmente interditada",

disse Falcão. Ele faz parte da ComissãoSOS Metrô, que tem representantes daFamerj, Sindicato dos Metroviários.OAB, Clube de Engenharia e governoestadual.

A Avenida República do Chile, noCentro, está toda esburacada, com poçasde água. terra revolvida, muita lama.ferro enferrujado e peças de concreto.,abandonadas. Com as obras suspensas ea avenida interditada, todo o trânsito doCentro sofre as conseqüências. "Depois -que abandonaram tudo, os ratos e mos-quitos tomaram conta", diz o vendedorambulante Manuel Messias.

Preocupados com a situação, os pró-prios técnicos da Companhia do Metro-politano apresentaram ao governador.;Moreira Franco, no ano passado, umestudo mostrando que o Estado precisa-ria de USS 50 milhões apenas para aconstrução dos suportes que evitariamdesabamentos dos túneis feitos no iniciodas obras e para a retirada dos equipa-mentos de sustentação e perfuração

Baixada sem trem teve

mais um dia tranqüiloNo quinto dia de greve dos ferroviá-

rios do Rio, não houve incidente nemtumulto nos terminais rodoviários daBaixada Fluminense. Mas o movimentode passageiros, ontem, foi maior que nosprimeiros dias sem trens. As empresas deônibus de linhas entre a Baixada e aZona Norte do Rio tiveram de colocartoda a frota em circulação.

A segurança nas rodoviárias de NovaIguaçu e do Shopping Center de Caxiasfoi feita com 47 homens do 20° BPM e 30do 15° BPM. Segundo o tenente AntônioCarlos Mello, do 20° BPM, às 5h, osônibus saíam da rodoviária de NovaIguaçu com pingentes, mas sem tumulto."Essa greve está bem mais tranqüila doque a anterior", comentou."A única reclamação feita até agora éde que alguns ônibus não param nospontos ao longo do trajeto", disse otenente. Nas estações ferroviárias de No-va Iguaçu e Caxias havia dois PMs, aocontrário de Marechal Hermes e Casca-dura. onde não havia qualquer policia-mento.

Segundo o despachante da ViaçãoFábio's, Carlos Augusto Carvalho, suaempresa colocou mais 50 ônibus, alémdos 130 das cinco linhas que saem doShopping Center de Caxias para a ZonaNorte do Rio. Para ele. o movimentodobrou ontem, comparado aos dias ante-riores. Os ônibus saiam do terminal comlotação máxima de 120 passageiros. "Omovimento aumenta às segundas-feiras,porque do total de passageiros 40% são 1empregadas domésticas, que só voltamna sexta-feira", comentou Carlos Augus-to.

As longas filas no ponto final dos .ônibus desanimaram muita gente. "Dávontade de desistir de trabalhar. Mas...infelizmente, nào há outro jeito. É pegar-a condução cheia ou perder o emprego'';-lamentou Eliana Costa da Silva, 19 anos,-babá na Barra da Tijuca. Mara Reginade Sousa, 37 anos. que iria levar a filhaAna Paula, de 4, ao Hospital Universitá-rio Pedro Ernesto, em Vila Isabel (ZonaNorte), lamentou que a data marcadapara os exames nào tivesse sido outra.

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JORNAL DO BRASIL

Cidade o terça-feira, 29/5/90

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Construtora reconstitui mangues

ATbacora — A Divisão de Diver-sòes Públicas interditou ontem pela ma-nhã a embarcação Albacora-Rio por fal-ta de documentação para navegar comoboate e restaurante flutuante._ A açãofoi ordenada pelo delegado Antônio Car-los Azeredo que determinou a permane-cia da embarcação ancorada no pier dama ri na da Glória até que seus responsa-veis legalizem toda a documentação jun-to à Capitania dos Portos e a prefeiturado Rio de Janeiro.

Biblioteca — A IBM dará início àinstalação de um sistema de informatiza-ção da biblioteca pública do Estado.Qualquer pessoa poderá, dentro de pou-cos dias, obter, por meio de compu-tadores, dados sobre o Estado do Rioou informações de utilidade pública, co-riio onde tirar segunda via de cariei-ras de identidade, de trabalho e CIC. Aum custo de USS 120 mil, o sistemaoferecerá cerca de 4 mil registros deinformações.

A Costabclla EmpreendimentosImobiliários Ltda. começou ontem areconstituir, com recursos próprios,uma área dc mangue em Angra dosReis que destruíra na execução de umprojeto imobiliário. A obra deveráestar concluída dentro de um ano,prazo acertado entre o Governo doEstado e a empresa, para a retiradade cerca de 50 mil metros cúbicos deareia, resultantes de um serviço dedragagem da companhia, que fez olançamento sobre um manguezal.

O governador Moreira Franco es-teve cm Angra para assistir ao inícioda obra e salientou a seriedade dapolítica ambiental de seu governo,que, segundo ele, não se limita a coi-bir abusos ou aplicar multas. "As

empresas que detróem o meio am-biente serão responsáveis tambémpor sua reconstituição, como estáocorrendo aqui", afirmou.

A empresa aterrou uma área vizi-nha ao seu loteamento, no km 102 daRio-Santos, no Saquinho de Itapira-pua. Naquele local desemboca o RioCaputera e, junto à foz, a mistura deágua doce e salgada, aliada ao movi-mento de mares, desenvolveu ummanguezal muito importante para avida marinha na Baía da Ilha Gran-de. Em 1987, a obra foi interditadapela Feema e, recentemente, o Estadoconseguiu que a Costabella se com-prometesse a reconstituir o mangue-zal, transformado cm área de pro-teção ambiental permanente.

O trabalho de reconstituição seráfeito em duas etapas: manual e com oauxílio de máquinas. A primeira co-meçou ontem. Munidos de pás e en-xadas, 20 homens limpavam a área demanguezal vizinha ao aterro, retiran-do a areia com carrinhos dc mão. Otrabalho consiste em liberar as raízes,com muito cuidado. Com as raízes àmostra, inundações regulares e o mo-vimento das marés, em pouco tempoo mangue se recompõe.

A Costabella ainda não sabequanto gastará na obra, porque aFeema não decidiu até agora o volu-me total de areia a ser retirado. Osecretário dc Meio Ambiente, CarlosHenrique de Abreu Mendes, disseque o mangue é vital para o descnvol-vimento de outras espécies, de cama-rões e de caranguejos, além da produ-ção de nutrientes para dezenas dcformas de vida.

A Feema interditou ontem maisum aterro dc manguezal. Desta vez aresponsabilidade e da Pretcitura deAngra dos Reis, que aterrou um tre-chona foz do Rio Japuíba.

Folhetos vão alertar sobre os vários tipos dc poluição na praia, como a presença de animais

Copacabana terá programa de educação ambiental

O Instituto de Geociências daUerj trabalha desde novembro emum projeto de educação ambientalpara os freqüentadores da praia deCopacabana. A primeira fase do pro-grama, que incluirá a distribuição dccartazes e folhetos e a^ realização dcpalestras cm associações comunitá-rias, escolas, hotéis e estabelecimen-tos comerciais, será apresentada ama-nhã em seminário promovido pelaComlurb, das 8h às I8h na Seaerj(Rua do Russel, 1, Glória). No semi-nário, os professores David Zee eAlexandre Antônio Santos, do Insti-tuto de Geociências, apresentarão umtrabalho sobre a caracterização ocea-nográfica e geológica da praia."Nosso objetivo é sensibilizar aspessoas que estão em lugares chavesno bairro, que podem funcionar co-mo agentes multiplicadores do proje-to", diz a pedagoga Beth Cunha, 26anos. O trabalho de educação am-biental integra programa de preserva-ção desenvolvido pela universidade, a

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Feema e a Comlurb, iniciado com atroca da areia suja da praia, junto àsbocas de galerias dc esgotos e águaspluviais, por areia limpa retirada per-to do mar.

Os pesquisadores da Uerj achamque não adianta trocar a areia, fazermedições das marés e o perfil geológi-co da praia se a população não forconscientizada para conservar a lim-peza.

"O governo tem obrigação deacabar com as línguas negras, mas osfreqüentadores da praia têm tambéma obrigação de evitar a poluição loca-lizada", diz a pedagoga Fátima Porti-lho. 23 anos. "Não adianta limpar aareia sc a população continuar levan-do cachorros à praia ou deixandorestos dc comida, plásticos, latas e atépedaços de madeira."

No ano passado, a equipe da Uerjentrevistou 100 pessoas no calçadão cna praia, entre as ruas Santa C Iara cFigueireido Magalhães, para ter umperfil do banhista e sua opinião sobre

Polícia caça

de cargueiroO governador Moreira Franco deter-

minou que a Polícia Civil localize ostripulantes do cargueiro Mineral Star pa-ra prestarem depoimento nos vários pro-cessos abertos pela Justiça do Rio deJaneiro, a fim de apurar as responsabili-dades pelo encalhe do navio. "O governotomou todas as medidas administrativase judiciais cabíveis, para que a carga donavio soja retirada. Entrei em contatocom a Marinha, para que essa providên-cia seja tomada e o dinheiro do seguro,usado na operação. Esse navio veio con-duzido criminosamente desde Fortale-za", disse Moreira, em Angra dos Reis,onde foi assistir ao início da obra derecuperação de um manguezal destruídopor uma imobiliária.

Da tripulação do Mineral Star. amaioria coreana, permaneceram no Bra-sil apenas o comandante, o engenheiro-

um projeto desse gênero. Com os re-sultados, surgiu a idéia dos cartazescom ilustração de Copacabana e amensagem Conserve sua praia limpa,que serão colados em ônibus, trailers,bares, escolas, hotéis e lojas. Folhetossobre os tipos de poluição na praia eseus riscos para os banhistas serãodistribuídos pelo bairro.

Depois, haverá seminários dirigi-dos a lideres comunitários e tambémum grande evento cultural-educati-vo,com a presença de artistas e a exibi-ção da maquinaria usada na limpezada areia. Tudo isso é apenas a primei-ra fase do programa, que

"envolve

profundas mudanças de comporta-mento e por isso não pode ser só umprojeto de verão", diz Fátima, "mas

algo contínuo, que dure todo o anò"Para garantir essa continuidade, aequipe da Uerj está contatando cm-presas na tentativa de captar recur-sos. Só na primeira fase são necessá-rios CrS 1 milhão para a confecção dc5 mil folhetos c 2.500 cartazes.

tripulação;

encalhadochefe, dois oficiais e o supervisor de bor-do. O comandante, o grego MatrangasPanagiotis, está preso desde o dia 23. pordeterminação do juiz Marco Antôniolbrahim, da comarca de Mangaratib|i,enquadrado nos artigos 261 do CódigoPenal — por expor embarcação a perigo— e 15 da Lei de Proteção à Natureza.Ele hoje será interrogado no Fórum deMangaratiba.

O cargueiro, com 42 mil toneladas decarvão mineral e 1 mil toneladas de óleocombustível solidificado nos porões, estáhá 40 dias na Enseada das Palmas, emAngra dos Reis, e corre o risco de afun-dar. Se isso acontecer, segundo relatórioda Feema, poderá ocorrer um sério de-sastre ecológico nas baias de Sepetiba,Angra dos Reis e Rio de Janeiro, pois.ocarvão se transformaria em fenol, subs-tãncia tóxica altamente cancerígena.

Feira Luso-Rrasileira

começará ao meio-dia.• i i~ frotmn mm nrrn? à minhota, feiioada.àSardinha assada na brasa, bolinho

de bacalhau, queijo-da-serra, vinho doPorto, cerejas e pastéis de Santa Clarae xales e lenços estarão à venda na 2JFeira Luso-Brasileira, de hoje a do-mingo, no Riocentro, em Jacarepaguá.Promovida pela Hellen's Internacional epela Federação das Associações Luso-Brasileiras, ela inclui também peças deartesanato, apresentações do fadistaCarlos do Carmo e de ranchos folclóri-cos e até o samba brasiclrio. A festacomeçará sempre ao meio-dia e se encer-rará às 23h, com queima cie fogos deartificio.

O presidente da Hellen's, ModestoGomes Lopes, que em 89 organizou aprimeira feira, espera que a promoçãodeste ano atraia mais de 400 mil pes-soas, porque

"terá um pouco de tudopara todos e a preços de fazer invejaaos concorrentes de produtos simila-res". Só de bacalhau haverá cinco to-neladas; e de cerejas, 20, em embala-gens de meio quilo.

Modesto não quer falar de preços,alegando que assim é melhor, "paraevitar rcmarcaçòes na praça", mas ga-rante que desde uma tigela de caldoverde a uma bifana (sanduíche de car-ne de porco), "qualquer pessoa vai verque os preços são muito em conta".Ele só adianta que uma garrafa devinho do Porto (marca Dom José) eus-lará CrS 600. uma de Dão Catedral, CrS140. e uma de Casa da Calçada, CrS 250.O ingresso custará CrS 200 por pessoa ecrianças até 12 anos não pagam.

No setor de gastronomia, a feira terácomo principal atrativo o festauraterFernando Lopes, diretor do restauran-te lisboeta Tavares Rico (entre seus fre-qüentadores. contou com Juscelino Ku-bitschek e Carlos Lacerda, que emoutubro de 1966 fizeram as pazes lá).Menos sofisticado, estará também umbule com comidas típicas portuguesas:bacalhau com nata. polvo com arroz.

frango com arroz à minhota, feijoada, átrasmontana, rojões à moda de Mon-ção (fatias de carne de porco tempera-da com vinho e acompanhadas de bata-ta e castanhas assadas), dobradinha amoda do Porto, caldo verde, saladas edoces.

Serão montadas 10 lascas (restau-rantes populares portugueses), onde,além do caldo verde e da sardinha as-sada na brasa, serão servidos tira-gos-tos do tipo pregas (sanduíche de carnede vaca), queijo da Serra da Estrela,presunto de Chaves, chouriço caseiro cdoces como pastéis de Santa Clara, pá-po-de-anjo e barrigas-de-freira. E em to-da a área da feira, ampliada para 40 milmetros quadrados, não faltarão estandescom vinhos e azeites além das cerejas, aolado do estrado onde se apresentarão osranchos e o fadista Carlos do Carmo. Oartesanato português estará representa-do em alguns dos 200 estandes.

I—| A Intrépida Trupe promoveuI—1 domingo um grande espetáculono Circo Voador, na Lapa (Centro),reunindo seus melhores números efazendo uma retrospectiva dos seusquatro anos de existência em come-moração à ida para Portugal. O gru-po genuinamente carioca troca hojeas ruas do Rio, onde se apresentoueste ano no projeto Rio Rua da Fu-narj, pelos becos de Lisboa. O convi-te partiu da Câmara Municipal dacidade que encantou-se com as estre-pulias da Trupe e resolveu bancar aida do grupo para as comemoraçõesdo aniversário de Lisboa. Depois dequatro anos desenvolvendo uma lin-guagem cênica peculiar — na qual asartes circenses misturam-se a concei-tos de dança e teatro, a Intrépida vaificar até outubro na Europa,

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Daniel: filhas para criar

João Cargueira

Srotilaes, desesperada com a morte da filha, a tira-se no chão e pede para ver o corpo

Empresário seqüestrado diz que

leve tratamento

'três

estrelas'

Estudante morre atropelada

ao atravessar rua do LeblonAna Paula Martins Mesquita, 12

anos, estava com pressa para chegar àescola. Assim que saltou do ônibus,pouco depois do meio-dia, destacou-se,alegre e precipitada, do grupo de ou-tras crianças que viajavam com ela,vestidas de azul e branco. Na frente doônibus parado, atravessou a rua semolhar, sendo atropelada por outro òni-bus que passava e teve morte instantá-nea.

A menina vinha da Rocinha, ondemorava (casa 4 do n° 2 da Estrada daGávea), e morreu no cruzamento daAvenida Visconde de Albuquerque coma Rua Codajás. na Gávea (Zona Sul doRio), a três quarteirões da Escola Muni-cipal Georg Pfisterer, onde cursava a 5Jsérie. Ana Paula tinha motivos para cor-rer atrás do tempo. Desde o início doano escolar, ela fizera uma operação noestômago e passara dois meses sem poderfreqüentar as aulas. Só há 15 dias voltaraá escola e agora toda a sua preocupaçãoera recuperar matérias perdidas."A menina tinha os cadernos muitobem arrumadinhos", disse Luciléa Maria

Lopes, que viu o acidente quando vinhadescendo a Rua Codajás em seu Chevct-te e se adiantou para prestar socorro."Queria levá-la para o hospital em meucarro mas, quando me aproximei, vi quenão havia nada a fazer", acrescentou.Foi a partir desses cadernos que Luciléadescobriu o telefone de parentes de AnaPaula e avisou sobre o acidente.

O pai — Antônio Hipólito Mesquita,cozinheiro, desempregado — não tar-dou a chegar. Ele não podia nem pen-sar que a filha tivesse culpa na própriamorte. Camisa desabotoada e semblantetranstornado, ele quis saber onde estavao motorista do ônibus que atropelaraAna Paula — Aluir de Freitas Ferraz, 40anos — que naquele momento prestavadepoimento na 14" DP (Leblon). Foi aprópria Luciléa, no entanto, que saiu emdefesa do motorista que dirigia o ônibusda Transportes Vila Isabel, placa XN-0718, linha 438 (Praça Barão de Dru-mond-Leblon). "Ele não teve nem tempode ver a menina, pois ela atravessou semver se vinha alguém na pista", declarou.

Quando já passavam mais de duashoras depois do acidente, chegou aolocal a mãe de Ana Paula — ErotildesMartins de Mesquita — que só na esco-la soube da morte da filha. Ela sentiu-semal e a diretora do estabelecimento, pro-fessora Sônia Viana, foi obrigada a levá-la ao hospital Miguel Couto para tomarum tranqüilizante. Descontrolada, ela sejogou no chão e levantou as mãos ao céusuplicando que a deixassem ver o corpoda filha.

Revoltadas, muitas pessoas que es-tavam 110 cruzamento desde a hora doacidente reclamavam do atraso do ra-becão do Instituto Médico-Legal páralevar o corpo da menina, "li um des-respeito muito grande com a famíliaque já sofre tanto com a morte damenina. Tanto tempo já passou depoisque ela morreu e até agora nem perí-cia nem nada", queixou-se uma proles-sora da Ana Paula que não quis seidentificar, quando passavam trés lio-ras após o acidente.

Moreira e delegados acertam linha de açãoO secretário de Polícia Civil, He-

raldo Gomes, e os delegados Luiz'Mariano, Élson Campeio, José, Marques Sobrinho e Hélio Vigio —

eles vão coordenar as operações daDivisão Anti-Seqüestro do Estado— discutiram, ontem, com o gover-¦tíador Moreira Franco, no Palácio

¦ Guanabara, as linhas de ação paracombater a onda de seqüestros no' Rio. Heraldo Gomes disse que

"a

polícia está perto dos grupos de"seqüestradores, que são dois ou

,,'[l;ês". O secretário informou que,,todos os homens identificados es-

tão com prisão preventiva decreta-da.

Os locais de abordagem das víti-mas pelos seqüestradores, da entre-ga do resgate e da libertação das

vítimas são apontados por HeraldoGomes como os três vértices do"triângulo do seqüestro". O secre-tário raciocina que, após a identifi-cação desses três locais, é fácil che-gar ao lugar do cativeiro. "É apartir disso que chegaremos aos se-qiiestradores, executando essa metade trabalho", disse ele. "Estamosmapeando esses pontos, a partir devários casos de seqüestros. Temosregistros de 10", disse o secretário,apesar de haverem sido registrados17 nos últimos meses.

Para o secretário, não existe"onda de seqüestros". Ele classificaa ocorrência freqüente como ummodismo que pode se alastrar."Não há nenhuma organizaçãopromovendo esses seqüestros; são

grupos diferentes", afirmou, citan-do o seqüestro do dono do restau-rante Rei do Bacalhau, em Niterói,como um exemplo típico do modis-mo que se criou.

Gomes ressalvou que "as famílias

das vítimas têm de entender que de-vem coloborar com o trabalho dapolícia, fornecendo as informaçõesdos locais combinados com os se-qüestradores". O secretário deu oexemplo da legislação criminal daItália, que permite o bloqueio dascontas da vítima e da família davítima, para que o dinheiro do resga-te não seja pago. Além do mais,prosseguiu, a legislação obriga aspessoas a prestarem informações, sobpena de serem punidas pela Justiça.

O empresário Daniel Myara, 41 anos,. libertado domingo à noite por seus se-¦ qüestradores, revelou ontem que não so-

freu violência e que teve um tratamento• de "hotel três estrelas". Ele contou queos seqüestradores sabiam muito sobresua família e essa é uma das razões porque não irá à polícia: "Preciso viver,"Jfôrque tenho duas filhas (10 e 13 anos)"pára criar. Estou vivo e isso é o que

. interessa. Agora, é pagar o que fiqueidevendo. Não sei como vou fazer. Aspessoas que me emprestaram o dinheiro— tenho uma lista delas — vão ter de

.esperar/'A polícia admitiu haver indícios de

que os seqüestradores de Daniel Myaraparticiparam também dos seqüestros deOdilon Pereira Teixeira, dono da AutoViação Regina's, e dos irmãos William eAlberto Khoury, donos da CompanhiaSayonara de Roupas, mais conhecida co-mo Poési. Um dos indícios pode ser ofato de o Santana de Daniel Myara haversido abandonado pelos seqüestradores

. 110 estacionamento da Coderte, na Ro-doviària Novo Rio, onde também foradeixado o carro de Odilon Pereira Tei-xeira.

O resgate — Daniel Myara, umdos donos da Artes Gráficas EditoraMyara Ltda, foi libertado quase 80 horasdepois de ter sido seqüestrado no acessoá Ilha do Governador, quinta-feira.Amigos dele se cotizaram e pagaram ortsgale de USS 50 mil (CrS 4,5 milhões.

mas um irmão de Daniel Myara, acredi-tando que poderia apressar a libertação,ofereceu mais USS 20 mil (CrS l,í mi-Ihão).

Com os olhos vendados, DanielMyara foi deixado na pista lateral dedescida da Avenida Brasil, na Penha. Osseqüestradores lhe deram CrS I mil parao táxi, mas, como não conseguisse ne-nhum, acabou por fazer de ônibus partedo percurso. Só depois tomou um umtáxi para casa no Jardim Guanabara.

A entrevista —Em sua gráfica,na Rua Alvarenga Peixoto, 41, em Vigá-rio Geral, Daniel Myara deu entrevistacoletiva, na qual contou que não sabepara onde foi levado. Só se lembrou deque esteve num cômodo de alvenaria,onde foi colocada uma espécie de biom-bo com um colchonete. Ali ficou todo otempo, com um rádio ligado alto o bas-tante para não lhe permitir ouvir ruidosdo exterior, ou mesmo vozes.

Daniel Myara disse ainda que o sustono momento do seqüestro "não dá paradescrever", mas depois, no cárcere priva-do, não teve medo de morrer. Os pró-prios seqüestradores procuravam trans-mitir-Ihe tranqüilidade, mesmo depois dese certificarem de que a família não teriacomo pagar o valor pedido inicialmente.Um seqüestrador pediu-lhe que tivessecalma, que tudo iria acabar bem, pois ele(Daniel) "tinha amigos que estavam semí'.Ym/»"(arranjando o dinheiro).

Flavio Rodrigues

ao câmbio paralelo). O resgate fora ini-cialmente estipulado em USS 2 milhões(CrS 180 milhões), mas os seqüestradoresconstataram que Daniel Myara não ti-nha condições de levantar a quantia, ad-mitindo que haviam "pegado o homemerrado". Eles concordaram com o paga-mento de USS 30 mil (CrS 2,7 milhões).

v.v- 4v->: :.svsjSSkSwKwkwxVft. >;. - *. -:-xASo restou a carcaca do Voiles na Pacheco Leiio, Jardim Botanico

Os carros que

são um lixo

Veículo nacalçada torna acidade mais suja

Vera Araújo

Nem todo carro abandonado nas

ruas da cidade está sem dono,mas todos podem ser classificados co-1110 um lixo quase de luxo. Essa é aconclusão do gerente de operação daComlurb na Zona Sul, FernandoMota, depois de tentar rebocar, porvárias vezes, veículos deixados há me-ses em diferentes pontos dos bairrossob sua supervisão.

Um dos exemplos mais conheci-dos dos garis é o Passat VQ—4943,abandonado há mais de um ano naRua Joaquim Campos Porto, emfrente ao número 295, no Jardim Bo-tânico. A Comlurb quis retirar o Pas-sat três vezes, mas o proprietário,João Pedro Brandão, 30 anos, sempreo impediu. Ele chegou a ameaçar

„ processar a Prefeitura por furto deí veiculo, caso o carro fosse rebocado.

João Pedro alega sempre que o carroirá para a oficina.

De janeiro a maio, a Comlurbrecebeu, pelo telefone 234—2000, 23pedidos de remoção de veículos, masa assessoria de comunicação socialacredita que esse número seja maior,se forem computados os requerimen-tos encaminhados, diretamente, aosdistritos, que ainda não foram conta-bilizados.

Quando o proprietário do carro éidentificado, a Comlurb o intima aretirar o veículo e ainda pode multá-Io em I a 100 Unifs, por infringir oitem 3 do artigo 44 do Regulamentode Limpeza Urbana, ao abandonarveículo cm logradouro público. Logoque é informada, a companhia man-da uma equipe de fiscais verificar aprocedência da denúncia. Simulta-neamente, ela faz uma consulta aoDetran sobre o veículo e pede autori-zaçào para removê-lo, caso ele tenhaplaca.

Se o dono é identificado, a com-panhia manda uma intimação paraque providencie a retirada e ofereceseus serviços de reboque por 5.3275- Unifs (CrS 3.995,33, a valores de ho-je).

Na cidade, alguns locais são co-nhecidos pela Comlurb como "cerni-térios de automóveis". É o caso da

• Rua Alice, em Laranjeiras, e da Ave-. nida João Paulo VI, no Flamengo.

No inicio da Avenida Brasil, próximoá Rodoviária Novo Rio, existem trésBrasílias carbonizadas.

Além do Passat da Rua JoaquimCampos Porto, o gerente de opera-ções da Comlurb lembra casos comoo de um táxi, abandonado na Rua

, Barão da Torre, cm Ipanema. A com-panhia só conseguiu remover a carca-ça. "Ele estava tão deteriorado que,na hora de o guindaste retirá-lo, ocarro se partiu, deixando o chassi e as

" :v.. v.v. ¦ - v. iv.v. .vW»'v;ww:v.m :. . vw^í ft ::. • xíASó restou a carcaça do Volks na Pacheco Leão. Jardim Botânico

rodas na rua", contou Fernando Mo-ta. Segundo ele. quanto mais enferru-jado o veículo, mais dificuldades aComlurb tem para fazer a remoção.

Há cerca de cinco anos, o Fuscabranco, ano 63, placa MM—2460,corroído pela ferrugem e com trêspneus arriados. faz parte da paisagemda Rua Pacheco Leão, 110 JardimBotânico. Embora esteja em péssimoestado, ainda há gente com preten-soes de comprá-lo. mas o dono. JoséMaurício Vieira, não o vende pordinheiro nenhum. A mulher de José.Maria das Dores Vieira, contou quepara ele o carro serve como barreiradurante as chuvas, não permitindoque a enxurrada leve os outros veieti-los da rua. "Já quebraram uma lar,-terna e levaram o pára-choque, masnão adianta: José não se desfaz docarro", comentou Maria das Dores.

Uma das recentes denúncias quechegaram à Comlurb foi a de que osambulantes de Copacabana abando-nam Kombis velhas na AvenidaAtlântica, para servirem de depósitoe dormitório. É o caso da Kombi,placa PO— 5621. onde dorme o guar-dador de automóveis Celso Martins

Pereira, 30 anos. Como ele mora emCampo Grande (Zona Oeste), achouque economizaria o dinheiro da pas-sagem (cerca de CrS 200) dormindoem Copacabana, onde trabalha. AKombi é de um vendedor ambulante,que faz do carro um depósito de cai-xas de isopor e bebidas.

1—1 Quem quiser utilizar os servi-'—' ços de remoção especial da

Comlurb deve ligar para o telefone234-2000. Se o carro for da pessoaque reclamou, a empresa o rebocadentro de 30 dias; mas, se estiverabandonado, a companhia pede aoDetran que verifique a procedênciae só então — caso não se trate deveículo roubado, o trabalho c exc-cuíado. Se o proprietário for conhe-cido. pode escolher qualquer lugarpara que seu carro seja levado, me-nos, é claro, logradouros públicos.Se a Comlurb não identificar o do-no, entretanto, o veículo irá semprepara o cemitério de automóveis dacompanhia, no Caju (Zona Norte).Neste caso. a remoção demora umpouco mais, no máximo 60 dias.

Mãe de jovemassassinado se

diz ameaçadaIvone Samel Garcia foi seqüestrada

sábado de manhã em frente ao ColégioPlínio Leite, em Niterói. Ela estava numMonza, de sua propriedade, e foi abor-dada por três homens, que a colocaramnum Òpala preto. Depois de a forçarema cheirar cocaína, segundo contou Ivonemais tarde, eles a levaram até a Rodoviá-ria Novo Rio e a obrigaram a entrar numônibus para Juiz de Fora (MG). Lá.Ivone procurou a policia e disse ter sidoameaçada por causa da denúncia damorte de seu filho, o surfista AlexandreSamel Gouveia, em fevereiro, de 89, emItaipu (Niterói), envolvendo Álvaro Otá-vio Cruz Alves, o*Alvarenga, foragidonos Estados Unidos.

O crime ocorreu quando Alexandre,Luiz Cláudio Moraes de Carvalho, co-nhecido como Scoobvdoo, e Alvarengaretornavam de uma festa onde haviamconsumido tóxicos, em Saquarema (Re-gião dos Lagos). Os três iam para acasa de veraneio de Luiz Cláudio, emItaipu. Luiz Cláudio é filho do juiz RuiCarvalho, do Tribunal de Alçada doRio de Janeiro, e está cumprindo penapelo crime.

Até a noite de ontem, o delegadoAnestor Magalhães, da 76a DP (Nite-rói), desconhecia o seqüestro de Ivonee que ela fora ameaçada para não in-sistir na prisão de Álvaro Cruz.

PM vai apurar

denúncia contra

quatro soldadosO 13° BPM (Praça Tiradentes) vai

instaurar sindicância, por ordem do co-mandante da Polícia Militar, coronelManoel Elysio dos Santos Filho, sobre oenvolvimento de soldados em crime de-nunciado pelo estudante de filosofiaPaulo Sérgio Silvestre. O universitárioacusa quatro PMs do batalhão de o te-rem levado com outro rapaz não identifi-cado, algemados c encapuzados, para se-rem executados na Ilha do Fundão.

O caso é investigado pelo delegadoHélio Vigio, da Delegacia de Roubos eFurtos. O estudante contou a Vigioque uma mulher loura, magra, teriaajudado os PMs, dirigindo o carro emque ele e o outro jovem foram levados.Falou de dois cabos e dois soldadosfardados. Ontem, o tenente-coronel Le-nine de Freitas, relaçòes-públicas da PM,disse que o coronel Divaldo. comandantedo 13" Batalhão, já identificou um solda-do que teria assistido â prisão de PauloSérgio.

Segundo Letiine, o soldado contouque o rapaz foi preso por policiais ci-vis. que mostraram ao rapaz suas car-teiras de detetives. A versão não coin-cide com a do estudante. Ontem nãofoi possível ouvir Hélio Vigio, que foirecebido em audiência pelo governa-dor Moreira Franco, junto com o se-cretário Heraldo Gomes e mais trêsdelegados.

Polícia prende

bando e recupera

carros roubadosA polícia apresentou os três ladrões

de carros presos sábado em uma casaem Barra de Maricá, na Região dosLagos. Eles agiam em seis estados, ven-dendo os carros roubados no Paraguai, eforam descobertos graças á prisão emIpatinga (SP), na semana passada, deoutro integrante da quadrilha. Na casahavia quatro carros roubados, 44 forniu-lários de certidões negativas de roubo decarros, carimbos e espelhos em branco deDUT (Documento Único de Trânsito)dos Detrans de Mato Grosso e do Rio deJaneiro.

O delegado José Costa Araújo, da S2JDP (Maricá), disse que os três atua-vam no Rio, São Paulo. Espírito San-to, Paraná, Santa Catarina e Rio Grandedo Sul e que os carros remarcados noRio eram entregues no Paraná a JoãoMaria Lúcio, que os vendia no Paraguai.Sob o comando do delegado, os policiaisprenderam Noedir Dclanese, de 39 anos.Sebastião Gomes Pereira, 38, e JoséFrancisco Ribeiro, 47, numa casa semnúmero da Rua 69, lote 16, quadra 87.no bairro Cordeirinho.

Os três ladrões foram flagrados re-marcando os chassis do Gol azul TI7727 (SP), do Santana prateado TY 4249(SP), do Voyage cinza NG 1727 (RJ) edo Escort cinza AV 1081 (MT). A poli-cia encontrou ainda as placas EQ 7180(RJ). F.Q 1919 (RJ), NG 2223 (GO)e HV1515 (RJ).

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Reservatório do Funil ameaçado

6 o Cidade o terça-feira, 29/5/90 JORNAL DO «w A «tt

Assoreamento e

Vídeo mostra agressão do lixo

— Olavo RufinoOVazadourodo JardimGramacholeva para aságuas dabaía um 'mar

negro' dechorume e

Roni Lima

«¦qi undamcntal para o estado — não só porM garantir uma melhor qualidade da água

J* distribuída à população, mas tambémpara a produção de energia elétrica —, o Reser-vatório do Funil, no município de Resende,próximo à divisa com São Paulo, está com suavida útil ameaçada. Preocupada com a situação— que tem origem, basicamente, no assorea-mento crescente, devido ao desmatamento, e nodespejo de esgotos domésticos sem tratamentono Rio Paraíba do Sul —, a Fundação Estadualde Engenharia do Meio Ambiente (Feema) vemdefendendo uma série de medidas para minoraro problema.

De comum acordo com Furnas Centrais Elé-tricas, empresa responsável pelo Funil, a Feemaestá envolvendo o governo de São Paulo, aFundação Instituto Estadual de Florestas ( doEstado do Rio) e a INB (Indústrias NuclearesBrasileiras, antiga Nuclebrás, que tem instala-ções ao lado do reservatório) num ambiciosoprojeto, em duas etapas paralelas: o tratamentodo esgoto doméstico lançado pelas cidades pau-listas às margens do Rio Paraíba do Sul; e arecomposição da cobertura florestal de sua ba-cia contribuinte. "A situação é preocupante",alerta Fernando Almeida, presidente da Feema.

Ele informa que, a cada ano, o reservatóriorecebe 360 mil toneladas de terra e está sendoassoreado numa média de 3 a 4 centímetros.Inaugurado em 1969 e com vida útil médiaprevista de 60 anos, o reservatório, se nada forfeito, terá o seu funcionamento comprometidodentro de 20 anos.

Com área de 40 quilômetros quadrados eprofundidade média de 22 metros, o Reservató-rio do Funil é importantíssimo para assegurar aboa qualidade da água que abastece o estado.Ao represar o Paraíba do Sul em Resende, paraa geração de energia elétrica, Furnas criou tam-bém o primeiro grande decantador natural daágua que abastece o Rio de Janeiro — funda-mental para aumentar seu grau de pureza.

despejo de esgotos

podem reduzir vida

útil de represa

fundamental

para o estado

Assim, por exemplo, o material poluente(metais pesados, por exemplo) que vem de SãoPaulo nas águas do Paraíba se deposita nofundo do reservatório. "A qualidade da águanesse reservatório é importantíssima para nós",explica a engenheira química Regina Fonseca,da Divisão de Qualidade de Águas da Feema."Podemos compará-lo a uma caixa d'água doRio de Janeiro, pois o Paraíba do Sul é a fontede abastecimento de 80% da população doestado", diz ela.

O assoreamento crescente, o despejo de es-gotos domésticos não tratados provenientes demunicípios paulistas e o transporte de águassuperficiais de áreas agrícolas (com muitos nu-trientes) causaram os sérios problemas do Funil.O assoreamento diminui muito a sua vida útil.Os esgotos domésticos e os nutrientes carreadosdas áreas agrícolas — que propiciam a prolife-ração de algas — têm diminuído o grau deoxigênio na água do. fundo da barragem, au-mentando seu grau de acidez.

Além de não ser adequada para a fauna e aflora, a água mais ácida corrói internamenteasturbinas geradoras de energia. Especialistasda Feema alertam para outro risco, no futuro,decorrente do contínuo aumento da acidez daágua: os metais pesados arrastados pelo riotendem a ficar no fundo do reservatório, absor-vidos pelos sedimentos decantados. Com a águamuito ácida, porém, os metais se desprenderão,sendo arrastados rio abaixo.

Em reuniões com representantes da Cetesb

Duque de Caxias, RJ

suamontanha delixo destrói

A Feemaquer aparticipaçãodasIndústriasNuclearesBrasileiras(foto) noprograma derecuperaçãodoReservatóriodo Funil, emResende

(empresa de saneamento de São Paulo), técnicosda Feema vêm discutindo como os municípiospaulistas poderão resolver o problema do trata-mento do esgoto doméstico. "Essa é uma solu-ção que depende do governo federal, através daCaixa Econômica, que cuida dos recursos paraobras de saneamento", diz Fernando Almeida.Outra importante medida do programa de sal-vação do Funil é o reflorestamento, principal-mente em terras paulistas.

No município de Resende, a Feema estátrabalhando em um projeto de educação am-biental, que inclui palestras para conscientizaros moradores sobre a importância do refloresta-mento das regiões ao redor do Reservatório do

Funil. Furnas e INB, com áreas nas proximida-des, estão recebendo assessoramento de técnicosda Feema, que indicam as melhores formas dereplantio.

Mas a maior preocupação, segundo VictorCoelho, chefe da Divisão de Qualidade deÁguas, é com os grandes fazendeiros. Victorentende que eles só serão atraídos para o pro-grama se conseguirem entender que tambémpodem ganhar dinheiro com o chamado reflo-restamento econômico (plantio controlado parao corte e venda de madeira). "Temos que mos-trar o valor econômico desse reflorestamento e,ao mesmo tempo, mostrar os benefícios ecológi-cos para o Rio de Janeiro", diz Victor.

aos poucos omanguezal

Uma

das maiores agressões ecológicas àRaia da Guanabara virou tema de umvídeo-denúncia, produzido pela profes-

sora, historiadora e vereadora Dajva Lazaroni(PFL). O vídeo conta os prejuízos ao ecossistc-ma do município de Duque de Caxias com ainstalação do vazadouro de lixo do Jardim Gra-macho. Além das doenças causadas em mora-dores, ele mostra o "mar negro" de chorume(gordura), que escorre para as águas da baía, e amontanha de lixo, que vem destruindo aos pou-cos o grande manguezal que limita com o vaza-douro.

Com o título O Manguezal Está VirandoLixo, o vídeo, de 18 minutos de duração, seráuma das grandes estrelas das comemorações, emDuque de Caxias, do Dia do Meio Ambiente,em 5 de junho. Além da exibição do vídeo naCâmara Municipal — servirá como tema incen-tivador dos debates, que continuarão pelos dias6 e 7 —, haverá seminários para se discutiremecologia, poluição, educação e legislação am-bientais de Caxias. "Essa discussão é importan-te, porque Caxias vive hoje o fantasma da des-truição ambiental", afirma Dalva Lazaroni.

Ex-secretária municipal de Educação, Dalvacomeçou a se preocupar com o mangue doJardim Gramacho (um dos últimos manguezaisda Baía da Guanabara) há seis anos. quandoera coordenadora de Meio Ambiente da Prefei-tura. De lá para cá, inteirou-se do escândalo quefoi a assinatura, em 76, durante o governoestadual de Faria Lima, do convênio para acriação do aterro sanitário de Duque de Caxias.Assinaram o acordo a extinta Fundação para oDesenvolvimento da Região Metropolitana doRio de Janeiro (Fundrem), a Comlurb e osmunicípios de Duque de Caxias e Nilópolis.

Indesejado — Em plena ditadura militar,lembra Dalva, o vazadouro. foi empurrado paraDuque de Caxias, então considerada Área deSegurança Nacional. "Ninguém queria esse,

mum", diz Dalva. (R.L.)

Vereadora documenta

os prejuízos

que o vazadouro de

Caxias causa

ao município e à

baía tambémBnfíiLixw JE33BESB

aterro nos outros municípios. Como Caxias eracontrolada pelos militares, o lixo acabou vindopara cá", diz ela, lembrando a ilegalidade dainiciativa. "Ninguém podia ter assinado esseconvênio, pois ali existe um imenso manguezal,que é considerado área de proteção permanentepelo Código Florestal."

Assim, de um dia para outro, "uma árealindíssima" virou um imenso vazadouro de lixo,com mosquitos e ratos por todos os cantos.Dalva reclama também que. além da assinaturado discutível convênio, o que era para ser umaterro sanitário (com tratamento adequado, co-mo compactação do lixo e posterior cobertura),virou simplesmente um vazadouro sanitário,com o lixo acumulado ficando a céu aberto.

Com 12 livros publicados, sendo cinco sobreDuque de Caxias, Dalva Lazaroni pensou emfazer esse vídeo para passá-lo nas escolas daregião. Para ela, somente através da escola sepode começar a criar uma efetiva conscientiza-ção ecológica na população.

"Não podemosfazer nenhum trabalho de educação ambientalsem jogar peso nas escolas, habituando criançase professores a discutirem ecologia." Já exibidoem dezenas de escolas, o vídeo continuará essatrajetória educacional após o Dia do Meio Am-biente.

Agressão — A maior parte com tomadasaéreas de um helicóptero, o vídeo è um retratocruel da agressão ambiental ao manguezal deDuque de Caxias e á baia. Em contraste com a

No vídeo 'O

ManguezalEstá VirandoLixo\ DalvaLazaroni dá àcomunidade e

principalmenteás escolas umretrato cruel daagressãoambiental

discutir a urgente instalação de uma usina dereciclagem de lixo — para interditar o vazadou-ro em definitivo. E que essa usina possa, inclusi-ve, aproveitar de alguma forma a mão-de-obrados cerca de 5 mil catadores de lixo que hojesobrevivem na região.

Mas, enquanto o vazadouro não é desativa-do, ela reivindica da Comlurb algumas medidasque possam amenizar a agressão ambiental àregião: promover um levantamento topográficopara identificar a real área do vazadouro; proi-bir de imediato a invasão horizontal do lixo emdireção ao manguezal e às águas da Baía daGuanabara; fazer nesse sentido uma barragemde contenção, de preferência com tabatinga (elaendurece com o tempo), com no mínimo doismetros de largura; e promover o recobrimentocom tabatinga de toda a área, evitando a proli-feração de moscas e ratos."A Comlurb deve também reservar umaárea especial para jogar o lixo hospitalar, queatualmente é encontrado misturado ao lixo co-

grande área verde que ainda existe na região, amontanha de lixo vai aos poucos tomando todoo espaço. Um "mar negro" de chorume, queescorre do lixo, é visto entrando em contatocom as águas da baía. O depoimento do pedia-tra Marcelo Coelho denuncia as doenças queatingem principalmente as crianças, em funçãoda lixeira: infecçòes e alergias respiratórias e depele, leptospirose, hepatite e doenças gastroin-testinais.

Para a autora do vídeo, os municípios deDuque de Caxias, Nilópolis e Rio de Janeiro,que utilizam o vazadouro, devem se unir para

JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Terça-feira, 29 de maio de 1990

Edu Lobo

volta à

cena carioca

Ele estará amanhã no

Projeto Brahma Extra

deusa Maria

PARA

o público brasi-leiro, compositor é as-sim: ou canta e está nopalco fazendo show, ou

tem sempre uma música nasparadas de sucesso, ou estáaposentado. Edu Lobo, comomuitos de seus pares que co-nhecem esta realidade, não seenquadra em nenhuma das op-ções. Náo se apresenta no Riohá 10 quase anos; não temqualquer música nova sendocantarolada pela cidade; mastampouco está aposentado.Ele faz um breve retorno ama-nhã, reinaugurando a sérieGrandes compositores, do Pro-jeto Brahma Extra, às 12h30,com um show-entrevista noTeatro João Teothônio (Cen-tro Cultural Cândido Mendes,centro). Em depoimento, ilus-trado por algumas de suas 150canções, o compositor certa-mente ouvirá da platéia, amesma pergunta que escutadiariamente na rua; "Agoraque não compõe mais, o que éque você está fazendo?"

De seu silencioso santuárioencarapitado numa ladeira dobairro de São Conrado, entreas pedras do Morro Dois Ir-mãos e dos Frades, o artistaresponde: "Continuo fazendo oque sempre fiz: música. E tam-bém não virei outro tipo decompositor. Faço música po-pular brasileira, mesmo quan-do compus o balé Gabriel a pa-ra ser tocado por umaorquestra sinfônica", respondede pronto. "Meus temas são ospopulares e isso nunca mu-dou", diz o autor de sucessoscomo Ponteio, Upa, neguinhoe Pra dizer adeus, Arrastão eZanzibar. São composiçõesgravadas principalmente pormúsicos de jazz e cujos direi-tos autorais, no mundo intei-ro, são recolhidos por uma so-ciedade alemã. Somados aosdireitos recolhidos no Brasilnão permitiriam que Edu seaposentasse. Ele responde, de-pois de um momento de hesi-tação: "Não, não daria para vi-ver só com os direitos auto-rais."

No vácuo dos projetos sus-pensos pela ausência de umapolitica cultural definida oupelos cruzados nas mãos doBanco Central, Edu Lobo espe-ra que se desembaracem proje-tos mais imediatos. A trilhasonora para o novo filme deArnaldo Jabor ("Ele está deci-dindo entre três roteiros jáprontos"); a gravação de umdisco que ele próprio produzi-ria ("Mas estou com o dinheiropreso") e a produção de umrecital com grande grupo, naSala Cecília Meireles ("Masdependo de patrocínio"). En-quanto aguarda o estouro dabolha que mantém no ar todosesses planos, Edu Lobo passaseus dias enfurnado no estúdioda casa de São Conrado, ondevive com a família. Muitas ve-zes nem se preocupa em abriros painés da janela que se des-cortina para as plantas do jar-dim. Há coisas demais a fazernaqueles metros quadradosque seriam a garagem da casa.

Maníaco por cinema, cujastrilhas sonoras cada vez lhe in-teressam mais, vê muitos vi-deos no aparelho de TV ameri-cano, 27 polegadas, acoplado aduas enormes caixas de som.Ouve Mozart em compact disc,enquanto lê uma biografia deGertrude Stein ou folheia ummanual de astrologia — é Vir-gem com Touro e acredita nosastros. Outras vezes silenciatodo o equipamento que mane-ja com quatro controles remo-tos e senta-se ao piano, paracompor. "Em 1980 começaramos projetos de minha vida, coi-sas que envolvem um temponunca inferior a seis meses,com um grande volume de tra-balho", diz Edu, referindo-seaos três balés que compôs parao Teatro Guaíra, do Paraná,Jogos de dança. Grande circomístico (com Chico Buarque) eDança da meia lua. E ainda, àscomposições para os musicais

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Tos™™nas^d^â^ãrèc^nãi^èm^^M^^0ãnõs7^^o que é porque não perdi a capacidade de sonhar"

Vargas e Corsário do rei (tam-bém com Chico) e às trilhasdos filmes O cavalinho azul(Eduardo Escorei), Imagens doinconsciente (Leon Hirszman)e Boca de ouro (em cartaz noRio). "Gosto de compor nomeu canto. Funciono melhor.Tem gente que faz música noavião, no guardanapo. Tenho amaior inveja, mas não sou as-sim", diz ele.

Edu Lobo gosta de trabalharpor encomenda, porque aomesmo tempo em que existeum tema para criar, sente-seabsolutamente livre da pres-são do mercado. "É muito difí-cil enfrentar o papel em bran-co. Me lembro sempre de umaresposta do Fernando Sabinoquando lhe perguntaram sobreisso. Ele disse: a gente senta,põe o papel na máquina e cortaos dois pulsos." Edu Lobo pen-sa a mesma coisa e diz que nãoé exagero. Mas com um projetohá o estímulo da inspiração."Não é a inspiração que levaao trabalho. O trabalho é queleva à inspiração", asseguraele. Jamais, porém, pode-se tercerteza de como as músicas se-rão recebidas. O sucesso lhe in-teressa, é claro. Só que há su-cessos e sucessos. "Quando seacerta mesmo, a música pegade qualquer maneira, aindaque demore. Foi o que aconte-ceu em Pra dizer adeus. Eugostava muito mas tinha medode tocar no show e cair o inte-resse da platéia", confessa ocompositor. Ele cantava acanção sempre entre Upa ne-guinho e Ponteio.

Pra dizer adeus, uma desuas composições mais grava-das aqui e no exterior, recebeaplausos até hoje. "Este é otipo do sucesso que me inte-ressa. E mais real. Minha am-bição são coisas que durem umpouco mais. Que a tela não seapague, que a tinta permane-ça", diz o compositor de 46anos, três filhos criados — docasamento com a cantoraWanda Sá — e uma juventudede fazer inveja. Ele atribui orosto sem rugas, os cabelosgrisalhos imperceptíveis e ocorpo em forma a duas causas.Uma delas é a prática do tênis.A outra vem da vida mesmo:"Acho que é porque não perdi acapacidade de sonhar, nem apaixão pelo trabalho."

Edu Lobo está preparandoum song book que será lançadona Alemanha, com fotolitos deescrita manual, feita por elemesmo. Mas se pergunta se is-so não é coisa de quem estáficando velho. "Parece que es-tou querendo deixar lembran-ças", comenta com um dos ra-ros sorrisos da tarde. A últimavez em que se apresentou noBrasil, foi há um ano e meio noSesc Pompéia, em São Paulo.Mas depois disso já fez showsna Alemanha e em Paris.Atualmente, sua vida pode to-mar dois rumos. Pensa em pe-gar a família e dar um longotempo em Paris: "O Brasil temmagoado muito as pessoas. Equando a realidade começa amachucar é preciso mudar derealidade", diz. Mas tem pen-sado muito também em for-mar um grupo e fazer uma sé-rie de apresentações no país."Passei muito tempo dizendoque não gostava do palco, daplatéia. Mas é mentira, eu gos-to sim", desmente-se o artis-ta.

Elaéa

mulher que

viraonça

toda noite

Mauro Trindade

NUMA

noite de segun-da-feira, três semanasatrás, a TV Mancheteinaugurou a nudez

frontal em horário nobre na tele-visão brasileira, durante a aber-tura de sua novela Pantanal.Desde então, sob águas cristali-nas, a atriz e modelo Nani Venãn-cio serpenteia desinibidamenteseus alvos contornos, de ondesurge a imagem de sua púbis, pa-ra o espanto e a delícia dos teles-pectadores."Fiquei superexcitada duran-te as gravações", conta Nani, queresistiu à companhia de uma on-ça, uma sucuri, câmeras, direto-res, produtores, assistentes e cu-riosos que a cercaram durante ostrês dias cie gravação da aberturada novela, na piscina da BlochEditores, em sua sede no bairrocarioca do Flamengo. A garota de20 anos admite que sentiu timi-dez ao passear sua nudez entretanta gente e tanto bicho, masgarante que "radipinho a gentese acostuma e o profissionalismofala mais alto".

Um profissionalismo que sórecentemente Nani passou a co-nhecer. Mineira de Galiléia, cida-dezinha próxima a GovernadorValadares. Ana Venâncio —"meu irmãozinho é que me cha-mava de Naninha" — despencou-se para o Rio de Janeiro há cercade cinco anos em busca da fama eda fortuna que sua figura bonitapodiam proporcionar. A meninapassou por toda a via-crucis dasaspirantes ao sucesso. Trabalhoucomo modelo em diversos anún-cios, posou para folhinhas e em-

Fotos da Rede Manchete

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NamVenancio e arlwd^daMb^

O primeiro nu frontal em horário nobre da televisão

prestou sua exuberância em ca-marotes das mais variadas festas.Numa delas, durante a inaugura-ção da boate Zoom, conheceu omultiempresário da noite ChicoRecarey, que a ajudou no iníciode carreira. "Hoje sou muitaamiga do Chico, mas não traba-lho com ele não", explica.

Em janeiro de 1989, a revistaPlayboy a tornou nacionalmenteconhecida, quando a elegeu musado verão. As fotos daquela ediçãoforam vistas por Adolfo Rosen-thal, diretor da TV Manchete. Oresponsável pela aberturas dasnovelas da emissora não teve dú-vidas e chamou a moça. "Foi

uma coisa meio de surpresa",conta a atriz. Nos três dias defilmagem, foram realizados todosos takes que aparecem na abertu-ra. Entretanto, a generosa ima-gem de Nani tinha ficado de fora,resultado do ritmo frenético daedição realizada por Toni Guima-rãens e Adolfo Rosenthal. Mais•tarde, os -diretores resolveram ""reelaborar a abertura de Panta-nal, com a substituição de algunsfundos de cena e a seleção de ou-tras imagens. Os cansados direto-res conseguiram então ver aquiloque os brasileiros não têm des-grudado os olhos: a nudez subma-rina de Nani Venâncio."Minha vida mudou muito",exulta a sereia, que graças ao su-cesso da abertura tem recebidoinúmeras propostas de trabalho.Nani explica que a maior partedos convites se referem exclusi-vãmente a aparições. A modelonão tem de posar, desfilar ou re-presentar, mas apenas estar pre-sente em alguma recepção, festaspelo interior e outras badalações."Minha casa é um avião", lamen-ta, sem deixar de cumprir todosos contratos que lhe pareçam in-teressantes. Nani sabe que é cur-ta a vida de modelo e por issovem diversificando suas ativida-des. Atualmente participa da pe-ça Amores de verão, produzida eestrelada por Alexandre Frota ejá recebeu convites dentro daprópria TV Manchete para traba-lhar numa de suas próximas mi-nisséries.

Além da estabilidade econô-mica e das inúmeras cantadas pe-ias ruas — "faço o maior sucessocom os motoristas de táxi", di-verte-se —, Nani Venâncio sequeixa do isolamento que o su-cesso imprimiu em sua vida. De-pois de terminar um namoro dequatro anos — "o falecido nãoaceitou que eu posasse na Play-boy" —, flertar com o príncipeFelipe de Bourbon da Espanha —"houve nada, tudo mentira" — erolar no tatame com o judocaAurélio Miguel —"são águas pas-sadas" —, Nani está à procura dealgum envolvimento mais dura-douro e lança seu candidato, nin-guém menos que o animador deTV Gugu Liberato. "Seria o na-morado perfeito. Espero que vocême ligue, Gugu. Descobri queadoro você", escreve no bloco deanotações do repórter. Para amoça que se transforma em onçana abertura de Pantanal "ho-mem tem que ser macho". "Ape-sar de famosa, eu tenho as mes-mas carências de toda mulher",ronrona indolente.

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o CADERNO B o——BMMOBBMDMMBBBMi gTy^"tnM terça-feira, 29/5/90

Blumenau resisteDe Santa Catarina, vêm

noticias de que a Orquestrade Blumenau reage à criseque quase a jogou no chão.Está confirmado o festivalinternacional, para julho,que terá as presenças (entreoutros) de Ingrid Haebler eAntonio Menezes. E a or-questra está em campo paragarantir a viagem de setem-bro/outubro, que Inclui umaapresentação em Salzburgo.Do recente impacto, ficou alição de que, em matéria deapoios, é preciso diversificar.A BASF, que era responsávelpor 50% da folha de uma or-questra pequena mas que pa-ga bons salários, fez forfait.Administradores da orque&-tra como o empresário Die-ter Hering lançaram a cam-panha Adote um músico, quepromete ampliar o númerode empresas sustentando

uma organização que sempreteve (por opção) um perfilprivatista, não oficial. DieterHering chama a atenção parao cuidado que se precisa ter,em momentos de crise, comprodutos sofisticados da áreacultural. "A cultura tem umamadurecimento lento", eleobserva, "e devia ser a últi-ma coisa a ser cortada numpaís como o nosso, que preci-sa dela muito mais do que sepensa". Coerente com essafilosofia, a Hering canceloudiversos patrocínios ( comona área do esporte) para nãofaltar à orquestra. "Desço-brimos o quanto ela é impor-tante", diz o empresário, queé o presidente da Orquestrade Blumenau. Dieter Heringespera que o exemplo frutifi-que. "Já está frutificando",ele completa.

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F JORNAL DO BRASIL

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ONTR A PONTOS

Luiz Paulo Horta

llp.Roberto de Regina

Ingrid Haebler

O mago de CuritibaUma tempesta-

de barroca saca-dtu, sexta-feira,as paredes da SalaCecília Meireles:Roberto de Regi-na, à frente daCarnerata Antiquade Curitiba, regiao Dixit Dominus,de Haendel, can-tata praticamenteinédita no Rio deJaneiro. Orques-tra e coro eram pe-quenos: tudo so-mado, não maisque 30 músicos.Mas o efeito foi es-magador. A essaaltura, é precisocolocar Robertono grupo desses mágicos (tipo MariaClara Machado) que criam todo ummundo à sua volta, e que provam que épossível fazer grandes coisas no Brasil.Esse ilustre regente, cravista e cons-trutor de cravos há anos vem alimen-tando as suas forjas barrocas, em Curi-tiba. A política local às vezes nãopercebe a importância disso. Atual-mente percebe (até bastante bem); e otrabalho de Roberto explode como coi-sa definitiva. Em Curitiba, ele prepa-rou toda uma geração de músicos ecantores. Não há de haver muitos co-ros, no mundo, de onde possam sairtantos solistas — como as notáveis so-pranos que empurraram o Dixit de sex-ta-feira para bem perto do céu. Músi-cos e cantores dão de si com umentusiasmo e uma alegria que são amarca registrada do seu mestre de mú-sica, tão discreto no contato pessoal.Torrentes de paixão sacudiam o Dixit,

numa interpretação quase orgiástica.Mais serena foi a versão do motetoSinget den Herrn, de Bach; e nele ficouclaro como Roberto pode ser detalhisti-co. Eram dois pequenos coros, cada umcom seu pequeno apoio instrumental,jogando um contra o outro nuvens demelodia e contraponto (o velho Bach játinha pensado no som estereofônico).Sábado, o homem renascentista quetambém é Roberto de Regina inaugu-rou, no seu sítio de Guaratiba, a Cape-la Magdalena, que ele mesmo decoroucom pinturas sacras; e a festa coinci-dtu com o lançamento do CD em que eleinterpreta, ao cravo, sonatas de Scar-latti. Pode parecer muito para um ho-mem só; mas já agora, não há comoduvidar de que Roberto de Regina écapas de tudo. Lição bem oportunanum país que anda precisando dessesexemplos.

Canções de ILorenzoHoje às 19 horas, na Sala

Cecília Meireles, oportuni-dade de ouvir peças precio-sas do modernismo brasi-leiro. Oscar LorenzoFernandez, entre outrascoisas, foi um mestre donosso lied. A soprano Adé-lia Issa apresenta algumasjóias dessa oficina: As tuasmãos, Dentro da noite, No-turno, Berceuse da onda.Lorenzo escolhia os seustextos entre os melhores:Ronald de Carvalho, Ma-nuel Bandeira, Cecília Mei-reles. Foi o que Schubertfez, por exemplo, com ospoemas de Goethe. Adélia Issa

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• •{t1-:.^ *V iv '< '• •"v, f ••Semibreves ,

Hoje, às 17h30m, o pianis-ta Heitor Alimonda abre asérie de concertos da Aca-demia Nacional de Músicano Salão Leopoldo Miguez(rua do Passeio). No pro-grama, Schumann, Migno-ne e Mussorgsky.® A livraria Bookmakers, quetem uma boa coleção de CDs,também tem, agora, uma "ho-ra de música" que vai das18h30m às 22 horas. Todos osdias, com entrada franca,o Linda Maria Bustani éo próximo cartaz da OSB:com regência de HenriqueMorelenbaum, estará to-cando. segunda-feira próxi-ma, o Concerto n° 1 deTchaikovsky. No TeatroMunicipal.

O cravo de Marcelo Fa-gerlande soou lindamente naatmosfera clássica do Consula-do de Portugal — exemplo per-

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Heitor Alimonda

feito de adequação entre o some o ambiente.9 Hoje e amanhã, no Sa-lão de Vidro da PUC, sé ti-mo Encontro de Corais soba direção de Lydia Podo-rolsky. Às 19 horas.

CARTAS'

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ta distribuição de elogios para to-dos e qualquer filme de diretoresdesconhecidos e sem qualquercontritíülçào màiõr à arte do ci-nema. (...) Sérgio D. Lima, Rio dcJaneiro

Novela

Escrava Anastácia

ü MinissérieNo primeiro capitulo da minis-

série cia Rede Manchete EscravaAnastácia, a origem foi a protago-nista. A Escra va Anastácia, que aIgreja, através da Diocese do Riode Janeiro, não reconhece, pornão haver provas documentais, énas Fronteiras do desconhecidouma carismática princesa iorubá.Coutinho fez uma adaptação ve-rossimil da decantada pureza na-gô construída por intelectuais eadeptos que supervalorizam ocandomblé nagô em oposição aoscultos de tradição bantu.

Enquanto a Igreja, Irmandadedos Homens Pretos e liderançasleigas que divulgam o culto à Es-crava Anastácia vivem o conflitoda verdadeira existência ou nãodesta escrava, o autor mostra anarração do mito em uma versãocom muita eficácia simbólica. Ouseja, na versão de Paulo CésarCoutinho, a vinda da EscravaAnastácia ao mundo profano foianunciada por Ifá, que se trans-formou no Brasil na categoriadivinatória de jogo de búzios, porum sacerdote iorubá/nagô, que noBrasil corresponde aos conheci-dos pais-mães-de-santo.

Desse ponto de vista, o roteiropara televisão, vinculando nobre-za, genealogia africana e axé, cor-robora para a ampliação do mito,o que está deixando felizes mi-lhões de brasileiros que vêem naTV mais uma possibilidade de en-contrar soluções para suas afli-ções (...) Micenio Santos, São Joãodei Rei, MG

H Geração PaissanduAo ler recentemente no JOR-

NAL DO BRASIL uma análisecomparativa entre a GeraçãoPaissandu e a Geração EstaçãoBotafogo fiquei pensando se nãofaltou ali também uma compara-ção entre os críticos e a críticacinematográfica daquela época eos de hoje.

Realmente, naqueles tempos,quando um critico conceituavacomo ótimo um filme, quase sem-pre estávamos diante de algo ex-tremamente bem elaborado econseqüentemente não era sem-pre que surgiâ.

Excepcional, então, era predi-cado para obras-primas, filmesque revolucionavam técnicas,formas, conteúdos, etc... frutos dagenialidade de alguns diretores.

E hoje, o que vemos? Uma far-

A televisão brasileira precisa-va de algo renovador e estimulan-te para acabar com o mau gostodos enlatados debilóides de quali-dade inqualificável e que nadatêm a ver com a cultura brasilei-ra. Não vai nisso nenhum resqui-cio de xenofobia mas julgo que afinalidade primeira da televisão éfazer ou difundir cultura, princi-palmente a cultura do povo a queela serve.

A novela Pantanal da RedeManchete, apesar dos velhos cli-chês e da sua simplicidade, comapenas dois núcleos, vem desper-tando grande interesse (...). E oseu sucesso talvez esteja aí mes-mo, na simplicidade e, sobretudo,na beleza plástica, no visual demagia e encantamento que vaialém da poesia.

Somente a Rede Globo aindanão se deu conta de que as pessoasestão cansadas de ver na telinhaproblemas, dramas e tramas cos-mopolitas que já vivem no dia adia e que são o lixo emocional dasgrandes cidades. (...) Helder Castro,Rio de Janeiro

I Ficha técnicaA toda p0dei'0sa TV Globo de-

monstrou mais uma vez sua in-sensibilidade com técnicos e ar-tistas que não estejam sob seucontrato. No último dia 21, quan-do exibiu o filme Faca de doisgumes, de Murilo Salles, do qualfui produtor executivo, a Globofez sua própria montagem doscréditos iniciais e eliminou, entreoutros, os nomes do fotógrafo,montadora, cenógrafa, músico,etc.... Isso sem mencionar o totalcorte dos créditos finais. Na ânsiade não desperdiçar seus valio-sos segundos, a TV Globo desres-peita todo um trabalho de equipee esquece o que a história sempreensinou, ou seja, que quando umImpério começa a desprezar o serhumano, é o prenúncio da derro-cada. Flúvio R. Tambellini, Rio deJaneiro

Lã Nandi

tive o privilégio de conhecer ain-da quando fizemos juntos O direi-to de.Junar...para. a platinum hlon-de. Em depoimento recente, (JBde 13 de maio), Jayme revela sobquantas pressões dirigia naque-la emissora de TV por conta desua oposição a certos dogmatis-mos globais. Por exemplo: a doimpério das luzes definidas. Jay-me usava muito a imagem estou-rada com luz ao fundo, interferiuna construção do cenário paraque tivesse janelas e vazamentosde luz. introduziu lentes que trou-xe da Alemanha, por conta pró-pria, e assim Jayme trazia con-sigo o mistério em sua linguagem.Acompanhei com ele a persegui-ção á sua linguagem. Diziam, in-clusive, que essa novela não pode-ria ser vendida no exterior porquea luz era estourada demais e issoimpedia a reversão para sistemasde cada país. Mentira e pura men-tira, a novela vende e vendeu co-mo água, era só para discriminara linguagem inovadora, feminina,coisa nova.

O artigo do Gustavo chamou aatenção para o fato mais impor-tante, a meu ver, que acontece nomarasmo cultural brasileiro: odebate sobre uma nova linguageme uma nova aproximação, o fim deuma imposição priápica de estiloe o surgimento de um sentido fe-liz de ver o mundo brasileiro. Umestilo mais puro, sim, mais hu-mano sim, inovador, que nos livrado insensível dragão da riqueza,que é também da indiferença e damaldade. Boa. Gustavo! Viva anova discussão, um novo encon-tro entre o cinema e a TV brasi-leira. Ítala Nandi, Rio de Janeiro

Aproveitando a publicação doartigo de Gustavo Dahl sobre anovela Pantanal e sua estética dalentidão (Caderno Idéias de 20 demaio), gostaria de acrescentar al-gumas palavras sobre este e ou-tros assuntos: senti um élan quehá muito havia desaparecido denossos pensamentos artísticosgerais — o de uma nova esperan-ça estética.

Fala-se demais em recursosmateriais para a produção e emEmbrafilme, e nada melhor queela tenha acabado e que acabemesmo, enfim, ela nunca benefi-ciou a não ser os Barretos Familise seus asseclas.

No artigo sobre Pantanal, rea-parece o tema das idéias, o do serhumano e de sua terra como gues-tão. Vislumbra-se a noção de umnovo tempo.

A publicação do artigo ocorrepoucos dias depois de uma con-versa interessantíssima com Wal-ter Lima Jr. ao sairmos do lança-mento do livro de Joaquim Pedrode Andrade. Falamos sobre a re-lação entre o cinema brasileiro ea televisão. Contei a Walter quala visão de Jayme Monjardim, que

al

ítala Nandi

M EnganoSimplesmente por não estar

presente, em São Paulo, nesta da-ta, ninguém viu dia 6 de março noprograma Hebe, do SBT, "o sr.Erasmo Carlos" afirmar nada so-bre a "presença de 1.500 gays (me-tade aidéticos) no carnaval doRio de Janeiro". Trata-se de umengano do cidadão Rui AugustoMattos Nogueira, de Brasília, emcarta publicada no dia 10 de abrilpelo JORNAL DO BRASIL. Gra-ças a uma gentileza da produçãode Hebe, providenciamos a rela-ção das personalidades presentesneste dia, para melhor orienta-ção do referido autor, e posterioridentificação correta de (quem?)realmente disse palavras a mimatribuídas.

Rogéria

Monique EvansCarlos Imperial

Padre-Márío Celli - -Deputado Afanasio Jazadji

Obrigado, saudações. Erasmo Car-los, Rio de Janeiro

A difusão do• •

Erasmo Carlos

¦ Filarmônica

em crise

A Orquestra Filarmônica doRio de Janeiro está atravessandouma fase muito difícil de sua tra-jetória, em conseqüência, princi-palmente, do momento econômi-co que vive o país.

Presenciamos recentemente aforma imponente como foi recebi-da aqui a Filarmônica de Moscou,e ficamos bastante chocados aoconstatarmos nossa situação tãodiferente daquela orquestra. Te-mos consciência de que, se fosse-mos também prestigiados com osrecursos necessários, teríamos aoferecer a mesma qualidade.

O público brasileiro vem, aolongo dos anos, assistindo às fa-mosas orquestras que freqüente-mente nos visitam como a Filar-mônica de Nova Iorque e agora ade Moscou, que se apresentou noTeatro Municipal há algumas se-manas. Aqui está sendo valoriza-da cultura importada a altos eus-tos. É bom observar que nosprogramas dessas orquestras nãoconstam obras de compositor bra-sileiro.

Estamos, no entanto, na imi-nência de encerrarmos nossas ati-vidades pois nos falta até o mini-mo necessário para as despesasadministrativas com o escritório,sem contar a ameaça de cancela-mento da temporada de 1990. (...)Florentino Dias, Rio de Janeiro

LamentoInfelizmente os nossos meios

de comunicação esquecem os pri-meiros e os últimos a chegaremsão os melhores... Atriz do pri-meiro filme de Fellini com Lat-tuada, onde lancei Meu limãomeu limoeiro: do célebre e pre-miado O cangaceiro de Lima Bar-reto — onde fui a Muié rendeira—, fiquei muito triste ao ver queos vossos críticos musicais nãocomentaram meu último discoindependente: Te quero Brasil.Agora, meu filho Adolfo OricoRosenthal faturou o primeiroprêmio no recente Festival de No-va Iorque de aberturas de vídeocom Amazônia urgente — Paraísoem perigo, e é minha a voz quenele canta Uêremen, do folcloreda Amazônia. Grata pela notícia.Vanja Orico. Rio de Janeiro

espiritismo

no Brasil

Flamínio Araripe

Fortaleza

— o espí-rito de Danton, um dospersonagens que lide-raram a Revolução

Francesa, vive hoje em Copa-cabana, no Rio, numa reencar-nação brasileira. Mais de 20milhões de compatriotas fran-ceses daquela época estãoatualmente reencarnados noBrasil. Estas informações, queparecem absurdas, foramtransmitidas pelo líder espíri-ta Francisco Xavier ao antro-pólogo e psicanalista francêsFrançoise Laplantine, durantea pesquisa de quatro anos paraescrever o livro Alan Kardec eo espiritismo —- Da cidade deLyon ao Brasil, a ser lançadoem setembro na França.

Laplatine, diretor do Depar-tamento de Antropologia dàUniversidade Lyon 2, fez estu-do em co-autoria com MarionAubre'e, da Escola de AltosEstudos de Paris. Foram fi-nanciados pela Sociedade Lio-nendense de Bancos, dirigidapelo cônsul brasileiro emLyon, autor da proposta de queo conhecimento de Kardeccontribuiria para entender asrelações entre a França e oBrasil. Eles pesquisaram como apoio da Federação EspíritaBrasileira, o espiritismo emManaus, Belém, Porto Alegre,Fortaleza, Belo Horizonte,Salvador, Rio de Janeiro, Bra-sília e São Paulo.

O livro começa pela históriado espiritismo, com o episódiodas "mesas girantes e falan-tes" da periferia de Nova Ior-que. Dos Estados Unidos, aidéia da comunicação com osmortos chegou à França nomeio do século passado. Entre1855 e 1858, o francês Alan Kar-dec, de Lyon, codificou a lite-ratura sobre o espiritismo.Fundou a doutrina com basenas teorias da mediunidade —de que era possível treinar asensibilidade para recebermensagens dos espíritos de-sencarnados —. na reencarna-ção e na teoria da evolução,em que a história marcha sem-pre para melhor. O conceitoreencarnacionista. para a reli-gião hindu, não é evolucionis-ta, observa Laplantine.

Ao contrário da França, on-de o espiritismo ganhou popu-laridade entre os operários, as-sociado com as idéiassocialistas de crença em ummundo melhor, no Brasil, a no-va doutrina floresceu na classemédia e se tornou elitista.Chegou ao país através de in-telectuais franceses que acom-

panharam a corte portuguesa,na Bahia e Rio de Janeiro.Cresceu com outras idéias queainda hoje têm proximidadecom o pensamento espírita: ahomeopatia — introduzida naAmérica Latina pelo médicoespírita Benito Mure —, o es-peranto, a maçonaria, o positi-vismo de Augusto Comte e ocristianismo.

Ao comparar o espiritismocom a umbanda e o candomblé,Laplantine conclui que, aocontrário dos cultos proceden-tes da África, que trabalhamcom orixás, pretos velhos e ca-boclos, na sessão espírita,quando tais entidades incorpo-ram, recebem o tratamento deespíritos inferiores, que preci-sam ser doutrinados para evo-luir. Segundo ele, os médiunsespíritas recebem os espíritosde franceses, na maioria. É ocaso de Victor Hugo, que con-tinua a escrever seus livrospsicografados por Divaldo Pe-reira Franco. E dos pintoresimpressionistas, que dese-nham pelas mãos e os pés domédium Luis Gasparetto.

O estudo do espiritismo, se-gundo Laplantine, permite"entender como funciona oimaginário no Brasil. Na um-banda e no candomblé, funcio-na ligado à memória da África,com os componentes da socie-dade brasileira. O espiritismoé um fenômeno um pouco eli-tista. No transe, os médiunsrecebem espíritos de médicos,advogados, em particular defranceses. É uma forma de cul-tivar a memória do passadoeuropeu, entender que os ante-passados não estão do outrolado do Atlântico, mas podematravessar o mar, e conversarcom a gente nas sessões."

Enquanto na Europa o real eo imaginário são campos sepa-rados, observa Laplantine, noBrasil vigora uma fusão dosdois estados, uma mistura. "Oimaginário é a realidade, por-que as pessoas no Brasil so-frem muito na realidade com asituação do país, e por isso pre-cisam viver também no imagi-nário." Segundo Laplantine,Alan Kardec não é conhecidona Europa. Na França, infor-ma, o espiritismo perdeu a for-ça depois que surgiu a psicaná-lise para defender outra formade comunicação com o incons-ciente. E hoje, a FederaçãoEspírita de São Paulo edita emfrancês a obra de Alan Kardecpara evangelizar a França,missão desempenhada, pes-soalmente, por Divaldo Francoe outros espíritas brasileiros,um mês em cada ano. "O Bra-sil é o maior país espirita domundo", afirma Laplantine.

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JORNAL DO BRASIL terça-feira, 29/5/90 o CADERNO B o 3

Hora de velharia

Sebo comemora aniversário com leilão

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Fotos de Fernando Lemos

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^ _______ . ..... 1 :< f >< x Velhas revistas de cinema e de fotonovelas no Alpharrábio

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sebo de livros Alpharrábio, escon-(lido no fundo da galeria do cine-ma Star-Ipanema, está comemo-

rando um ano e, como é especializada emlivros difíceis (é um sebo de luxo), quercelebrar a data com o mais puro deleitenostálgico. Hoje às 21 horas a livraria pro-move a Noite ilustrada, com exposição evenda de cartazes originais de cinema, fo-tos e revistas de cinema, trilhas sonorasde filmes, e todo o acervo de boas quinqui-lharias. A livraria programou também aprojeção de um vídeo, desenhos animadosfranceses, entrevistas com cineastas, fo-tos de Cartier Bresson, seriados de TV dosanos 50, 60, 70, em montagem realizada porAdda de Almeida e Ana Paula Martins,donas do Alphar-rábio.

Haverá tam-bém leilão. Umdas peças a serleiloada é o cartazdo filme Deus e odiabo na terra dosol, trazido pelaatriz e diretora decinema NormaBengell. Inicial-mente, Normapretendia leiloaro cartaz do filmeLove happy, comMarilyn Monroe eos irmãos Marx,mas acabou desis-tindo. A livrariaaproveita tam-bém para leiloaroutras preciosida-des, como o livroRevelações da ex-travagante ElviraPagã, edição de1944 e a revistaMaçã, da décadade 20. Tudo pelopreço mínimo deCr$ 3.500. Mas háverdadeiras rari-

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Histórias em quadrinhos no sebo

dades, como um volume espanholencadernado com gravuras requintadíssi-mas de D. Quixote de la Mancha, que valeCr$ 10.000, ou uma revista sobre os Beatles("sua vida, seus sucessos, seus amores")por Cr$ 3.000. O resto é pechincha, como asrevistas Grande Hotel (a fotonovela dosanos 50), por Cr$ 250, uma antiga edição debolso de La chute ou L'estranger, ambosde Albert Camus, por Cr$ 150 cada.

O sebo já está em seu terceiro leilão. Éuma forma de promover a livraria juntoaos leitores e garantir também novasaquisições. Na Alpharrábio, negocia-se olote de 15 a 20 livros por dinheiro ou poroutros livros. Assim, o estoque de velha-rias não se esgota. As últimas aquisições

são os jornais quefalam da seleçãobrasileira nas co-pas de 58, 62 e 70,os álbuns comple-tos de figurinhasdos anos 60 ia Cr$3.000), lotes de re-vistas Fon Fon,gibis da editoraVecchi, Al/nana-que T i c o - T i c o(que pertencerama Aracy de Almei-da), gibis com oPerdinando, Al-rnanach eu sei tu-do, sem falar nasobras literárias.Para os estúdio-sos do fascismo,há as obras com-pletas de PlinioSalgado; para osque desejam (leci-frar citações lati-nas, o Novíssimodiccionário lati-no-portugues de37 e também asprimeiras ediçõessaídas da JoséOlympio nos anos30.

P-irajú. 2(h-1 ((C l

JB

Os mais completosflashes de informações.

Informe JB

ÓCULOS PARACLIENTES ESPECIAISQuando o oftalmolo-gista receita um ócu-los, ele está indican-do o grau para queseus olhos vejambem. A participaçãodo técnico em ópticaé fundamental na es-colha da armação ena confecção daslentes. A equipe deCelso Paciello Ôpti-ca, à Rua Uruguaia-na, 55 - S. 907/8/9.RJ. pode ajudar paraque seus óculoscombinem com você.As lentes feitas comtécnica a permitiremuma visão perfeita econfortável confirmecom seu oftalmolo-gista e confirme nos-so trabalho.

MmmamaApraeniaAmanhã J t r r y A d r i a n t ? At' Rainha E 11 z a h e I h , 7 ti 9 ? Te7. ¦2447

™ ONE FOR THE R0AD NO PE0PLESReotaurante'12 noite

DownPloje Country 3VI\_nb.\o ? Av. Bartolomeu Mitre, 37Q ? Ttel.: 294-05-4:7'

«ÜPbTEREZA tinocoDo .>. h Domingo Os Cariocas * 1 lotei lVferi<Iien (subsolo) ? lei.: 541 -(H)4í>

Direção „CHEVRDLET CRISTIANO COLA

ESTRELADIA 30/05 rÉSy

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m 4.ae 5í 23:OOH6? e SAB.: 23:30H

Bartolomeu Mitre, 123Tcl: 239.0198

Falta

pouco• Do preside?ite da Pe-trobrás, Luís Octávio daMotta Veiga, a propósitodo preço dos combusti-veis:— Para a empresa conse-guir recursos de que ne-cessita para tocar seuplano de investimentosbasta um aumento de10",, do álcool, diesel egasolina.

Eliminando a defasa-gem existente em relaçãoaos preços do mercadointernacional, a Petro-brás terá condições, se-gundo Motta Veiga, departir em busca da auto-suficiência em petróleo.

Sem os 10% será a es-tag tiação.

a a

BisturiEstá de new-look a

Sr a. Josefina Jordan.É assinado pelo Dr.

Ivo Pitanguy.¦ ¦

Volta atrásA proibição do uso de

vidros escuros nos auto-móveis de todo o pais, de-cretada pelo polêmicopresidente do Contran,Vicente Cascione, vaiprovocar um balta pre-juízo nas empresas que,baseadas na liberação an-terior das películas pro-tetoras. importaram oproduto em larga escala.

Só uma das empresasespecializada, que insta-lava os filmes com selosde liberação do Contrane do Inmetro, vai amar-gar uma perda de 10 mi-lhões de dólares.

DicaO governador Álvaro

Dias não nega nem con-firma, mas há quem ga-ranta que ele concorreráà sucessão do presidenteFernando Collor daqui acinco anos.

Sinal evidente a con-firmar as suspeitas e anova chapa alfa-numéri-ca do automóvel particu-lar do governador —AFD 1995.

O F, para quem nãosahe, é de Fernandes.

¦ ¦ ¦'Marketing'

Desde que o presiden-te Fernando Collor sedeixou fotografar poruma revista à mesa docafé da manhã exibindoinadvertidarnente emprimeiro plano um fras-co de adoçante e um vi-dro de geléia, os respecti-v o s f a b r i c a n t e spassaram a abarrotar adispensa da Casa duDinda com os dois pro-dutos.

O presidente tem ado-çante para os próximos10 anos e geléias parasuprir as necessidadesda família por duas outrês gerações.

a a aDe novo

o A TV Manchete, que jávinha alfinetando a TVOlobo com alguns altosíndices de audiência,conseguiu na últimaquinta-feira fazer umagoleada.

Segundo o Ibope, noRio, às dez da noite, aManchete conseguiu 56pontos contra 31 da Glo-bo e um do SBT.

Em São Paulo, nomesmo dia e horário, aManchete bateu a Globode 35 a 21 e o SBT fechoucom 7 pontos.

Zózimo

Paulo Jabur

m m ft fGeorgiana Guinle e Simone Drechler enfeitando a noite do

People Down

Novo parNovo par na noite de Nova Iorque.A milionária brasileira Aimée de

Hereen e o diplomata aposentado Ro-bertro Coimbra.

Ele vem a ser irmão do secretário-geral da presidência da República,embaixador Marcos Coimbra.

Recompensa® Denunciar os danos ecológicos co-metidos pelo governo José Sarney naAmazônia está garantindo prêmiosno governo Fernando Collor.

O índio Kaiapó Kube-I, que ao ladodo cacique Paulinho Payakan conse-guiu fazer com que o Banco Mundialsustasse um empréstimo de 600 mi-lhões de dólares para o Brasil aplicarna construção de usinas hidrelétricasna Amazônia, foi premiado, ontem,pela Funai, sendo promovido de auxi-liar de sertanista para a função deconfiança dc chefe do posto indígenaTempore. em Redenção, no sul do Pa-rá.

Kube-I é o mesmo cacique que. me-diante cobrança de dízimo, permite aexistência do garimpo de Maria Boni-ta na aldeia Gorotire, onde os riosFresco e Iriri estão sendo poluídospor mercúrio.

¦ BI

Haja divórcioQuem elaborou o documento de

comprovação de rendimentos do Es-tado, distribuído a todos os funcioná-rios, parece que não acredita muitona estabilidade familiar.

No item relativo às pensões ali-mentidas há nada menos que quatroespaços para serem preenchidos.

EcologiaNão será surpresa se a TV Man-

chete decidir manter em sua próximanovela o tema ecológico que tantosucesso está fazendo em Pantanal.

Tudo indica que a nova produçãoda casa será Galvez, o Imperadordo Acre, de Márcio de Souza, querecscrito e adaptado para a TV, pas-saria a atender pelo nome de Amazô-nia.

PadrinhoA indicação do ex-governador do

Ceará Adauto Bezerra para a superin-tendência da Sudene tem um padri-nho forte a garanti-la.

O ex-ministro Antônio Carlos Ma-galhães.

InjeçãoQuente de verdade será o seminá-

rio sobre O Futuro Econômico doBrasil que irá ao ar nas próximasquinta e sexta-feira na AssociaçãoComercial. organizado pelo BancoMu ndial.

Além do vice-presidente do banco.Sahid Hussain, e dos diretores Stan-leg Fisclier, Dimitri Papagiorgio eArmeani Choski, participarão do en-contro a ministra Zélia Cardoso deMello, e os presidentes do BC', Ibra-htm Eris, e do BNDE, Eduardo Mo-diano.

De fora do governo, um time deeconomistas de respeito — RobertoCampos. Mário Henrique Simonsen,Delfim Netto. Carlos Langoni. Fran-cisco Domei/es. César Maia e HélioJaguaribe. ¦k * *

Se os dirigentes do Banco Mundialsaírem convencidos dos bons propósi-tos do governo, a organismo está dis-posto a dar uma injeção nos cofrespúblicos brasileiros de 1,5 bilhão dedólares.

•RODA-VIVA-Desembarca amanhã em Brasília, o

Sr. Hossein Mousavi, principal assessorpolítico do presidente do Irã, Amir Ak-bar Rafsanjani

O presidente e Sra .Fernando Collor assis-tirào no dia 7, em Milão, eonvidados peloprefeito Paolo Pelettieri, a um espetáenlo deópera no Sealia.

A Sra. Perla Mattison reúne amanhãum grupo pequeno de amigos para jan-tar de lugares marcados.

A escritora Marli dc Oliveira fala hoje. ásI7h, na Faculdade da ('idade, dentro do pro-jeto terya-feira poética, sobre João Cabral deMelo Neto: a construção da poesia. Com apresença do poeta-marido.a A Sra. Stella Campos comemora ani-versário hoje em família.

O embaixador João Augusto Médieis pas-sará quatro meses 110 Haiti cumprindo deli-cada missão que lhe confiou o secretário-ge-ral da ONll, Javier Pérez de Cuéllar.

O casal José Nabueo festeja. 110 próxi-mo dia 4. 56 anos de casamento.O O professor e Sra. Adalberto Ribeiro reu-niram ontem um grupo de amigos para umjantar em torno do deputado Bocavuva Cu-ilha.

Cristina Tolipan e Maria do RosárioNascimento Silva festejando a inaugu-ração na sexta-feira, em Botafogo, daloja Brida Brechó.

Jantando 110 final de semana 110 Le Cirque,em Nova Iorque, Regina e Leopoldo Collor.

A embaixadora Thereza Quintella co-memorou aniversário no sábado, juntocom o embaixador Álvaro da CostaFranco, recebendo paia jantar em Bra-sília.

A cantora Sônia Joppcrt apresenta-se sex-ta e sábado no bar do Country.

A Sra. Lais Gouthier está convidandopara 11111 jantar na quinta-feira no res-taurante Barbizon, em Botafogo.

O diretor de comerciais Edney Silvestrecontinua trabalhando, como sempre, comofree-lancer. Não tem, ao contrário do queanunciou a revista Meio e Mensagem,qualquer acordo com produtoras do Rio.

Depois de um mês em Paris comohóspede da Sra. Hélène de Ludinghau-sen. está de volta ao Rio a embaixatrizGlorinha Paranaguá.

Uma equipe do Vogue francês, HomeroMachry á frente, está há uma semana nohotel Nas Rocas, em Búzios, fotografandomoda com os cenários da cidade.

EscalaNa volta da viagem

que o levará à Itália nodia 6, em avião de carrei-ra, com a mulher Rosa-ne, o chefe do CerimonialRoberto Krause, além dedois seguranças, o presi-dente Fernando Collordará uma passadinha porParis.

Aterrissará na capitalfrancesa no dia 11. hospe-dando-se na embaixadabrasileira, embarcandona noite do dia seguintede volta ao Brasil.

A rápida visita terácaráter particular.

BB

Mais baratoO mercado de Merce-

des Benz no pais, abaste-cido pouco discretamen-te por algumasembaixadas e consuladosestrangeiros, sofreu mnpequeno abalo eotn a li-beração da importarãodecretada recentementepelo governo.

Os modelos mais re-centos de Mercedes dis-poníveis no mercado ti-veram seus preçosreajustados em 10%.

Para menos.b ¦ a

Música maiorNa atual temporada

musical de vacas ma-gras, quase sem atraçõesestrangeiras, a Orques-tru de Câmara FrancLisct. da Hungria, meie-ce destaque.o Trazida de Buenos Ai-res pela empresária Mi-riam Dauelsberg. a ar-</ 11 e s t r ! e mapresentação única nodia 14 de junho na SalaCecília Meireles.

O conjunto, que jáveio duas vezes ao Brasilmas nenhuma ao Rio etem mais de 140 grava-ções, é um programa i/n-perdi vel.

BB

Vida novaO ex-ministro Saulo

Ramos, afastado deli-nitivameute da vidapública, voltou a tertempo para dedicar-sea fundo a dois de seusmaiores prazeres.Ouvir música serta-neja, da qual 6 umgrande colecionador eraro conhecedor, e re-montar sua adega 11amansão da ChácaraFlora, em São Paulo.

a ¦ aReforço

Ex-colaboradores doentão ministro HélioBeltrão, os Srs. João Ge-raldo Plquet Carneiro eGuilherme Duque Estra-da estão voltando ao go-ver no.

Vão ser. a convite dopresidente FernandoCollor, consultores espe-ciais do Programa Fede-ral de Desregulamenta-çào.

Ambos passarão a co-laborar com o combate àburocracia sem receberremuneração.

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Didi'dixiVo Nunca o jogador Didifoi tão lembrado quantoontem, depois da derrotada Seleção Brasileirapara o combinado daUmbria, às vésperas daabertura da Copa doMundo.

Didi foi o autor dafrase "Treino e treino ejogo é jogo".* * *

Deus queira que o ex-craque soubesse do queestava falando quandosoltou esta pérola.

Zózimo Barrozo do Amaral c Fred Suter

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TIVOLI PARK

APRESENTA

OS RBELHUDOS66 ff

SESSÕES:Quintas e Sextas - das 17:00 às 21:00 hs.

Sábados - das 13:30 às 17:30 e das 18:00 às 22:00 hs.

Domingos - das 9:00 às 13:00, das 13:30 às 17:30

e das 18:00 às 22:00 hs.

O SHOW TERÁ INÍCIO MEIA HORA

ANTES DO TÉRMINO DE CADA SESSÃO

apoio

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Estréia 31 de maio com fogos, laser, som e luz.

Produção, Realização e MarketingWM

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4 o CADERNOS o terça-feira, 29/5/90 ¦ROTEIRO JORNAL DO BRASIL

CUHTO CIRCUITO

Videolatino

mostra sua

cara no CCBB

A

ficção edulcorado de Holly-wood traumatizou de tal for-ma a espoliada América Lati-na que sempre que há uma

câmera na mão a idéia é cair no real.Isso vale também para a linguagem-em-progresso do vídeo. A Videolatino— Mostra de Video Independente daAmérica Latina e Televisão Cubanaque o Centro Cultural Banco do Brasilexibe de hoje ao próximo dia 10, emsessões a partir das 12h30, registra isso:são documentários, ficções e até clipes(quase tudo inédito no Brasil) onde osbastidores das filmagens são devassa-dos. É preciso mostrar que aquilo nãonasce pronto como quer fazer crer ochamado cinemão — é feito, num pro-cesso técnico-ideológico.

A abertura da Videolatino será feitacom a primeira exibição de Os homensda fábrica (90), de Luiz Arnaldo Cam-pos, documentário recém-concluído so-bre os trabalhadores da Companhia Si-derúrgica Nacional, acompanhados dacriação da empresa no Governo Vargasaté a atual luta contra sua privatiza-ção. Ainda hoje, às 15h, serão exibidasas duas primeiras (de um total de seis)partes de Haciendo memória — A his-toria do cinema cubano (89), de ArturoÁrias Polo, minucioso e didático levan-tamento da sétima arte na ilha desdesua chegada, em 1897. As partes de hojeenfocam Los soíladores (com a era pré-revolucionária) e El mistério de la in-tuición (com o Novo Cinema Cubano eSantiago Alvarez).

Dos outros 11 vídeos da mostra me-recem particular atenção: o uruguaioMama era pxink (88), de Guillermo Ca-sanova, análise do sentimento de des-crença e desesperança que leva os jo-vens cisplatinos a emigrar, ao som deRolling Stones. Titãs e Los Inadapta-dos de Siempre; o chileno Lus armas de

/' ,< llf llil 1IÍ11Í11IOs homens da fábrica, de Luiz Arnaldo Campos, passa hoje às 12h30

la paz (88), de Augusto Gongora, tensoelogio da importância dos meios de co-municação na campanha do não ao ge-neral Augusto Pinochet; o bolivianoChe vive! (87), de Luís Merida, sobre atrajetória do guerrilheiro no altiplano:o cubano Niilos deudores (89), de EsteiaBravo e outros, visão da dívida externacomo um peso nos ombros de cadacriança latino-americana; e outro cu-

bano, Mano a mano (89), de AmauryPerez Garcia, registro do encontro devirtuosos entre o trompetista ArturoSandoval e o pianista Gonzalo Rubalcaba.

Importante, a sala de vídeo do CCBBpossui 48 lugares e, como a entrada éfranca, as senhas para ingresso come-çam a ser distribuídas meia hora antesde cada sessão

%RECOMENDA

nrMEU PÉ ESQUERDO (My left fool), de JimSheridan. Com Daniel Day Lowis, Brenda Fric-ker, Ray McAnally, Ruth McCabe e FionaShaw. Cinema-1 (Av Prado Júnior, 281 —295-2889): 15h30, 17h20. 19h10. 21 h (10anos). Continuação.História real de Chrisly Brown. que nasceu comparalisia cerebral, mas conseguiu superar asdificuldades utilizando seu pé esqueido parapintar o escrever. Oscar de melhor ator (DanielDay Lewis) e atriz coadjuvante (Brande Fricker). Irlanda/1989.CINEMA PARADISO (Cinema Paradiso). ceGiuseppe Tornatore. Com Philippe Noiret, Jacques Perrin, Salvatore Cascio e Mario LeonardiLeblon-2 (Av Ataulfo de Paiva, 391 2395048). São Luiz 2 (Rua do Catete, 307285-2296): 15h. 17h10. 19h20. 21h30 Tijuca¦Palace 2 (Rua Conde de Bonfim, 214 — 2284610): 14h30, 16h40, 18h50. 21 h (Livre)ContinuaçãoA morte de um projecionista de cinema, numvilarejo da Sicllia, traz velhas recordações a umbem sucedido cineasta Oscar de melhor filmeestrangeiro. França/ltália/1989SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS(Dead poets society), de Peter Weir Com Ro-bin Williams, Robert Sean Leonard, EthanHawke e Josh Charles. Veneza (Av Pasteur184 — 295-8349) 14h30, 16H50. 19h10.21 h30. Tiiuca-2 (Rua Conde de Bonfim. 422264-5246), Madureira-1 (Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 450-1338) 14h. 16h20, 18h40.21 h (10 anos) ContinuaçãoNuma escola conservadora, professor de literatura estimula o inconformismo dos alunos, masessa nova postura cria inúmeros conflitos Oscar de melhor roteiro original EUA/1989BAGDAD CAFE (Bagdad Cale) de PercyAdlon. Com Marianne Sagebrecht, C C HPounder, Jack Palance e Christine KaufmannLido-2 (Praia do Flamengo, 72 285-0642)14h50, 16h30, 18h10. 19h50. 21h30 (Livra)ContinuaçãoAlemã hospeda-se num motel, em pleno deserto americano, e sua presença muda a vida detodos os habitantes do local Alemanha/1 988A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER (Theunbearab/e lightness of boing) de Philip Kaufman. Com Daniel Day Lewis, Juliette Binoche,Lena Olin e Derek de Lint Jóia (Av Copacabana, 680 — 255-7121) 15h, 18h, 21h (16anos) ContinuaçãoMédico e fotógrafa vivem apaixonada históriade amor, quando explode a repressão em Pragae eles são obrigados a emigrar Baseado noromance homônimo de Milan Kundera França/1988MULHERES A BEIRA DE UM ATAQUE DENERVOS (Mujeres al borde de un ataque denervious) de Pedro Almodóvar Com CarmenMaura, Antonio Banderas, Fernando Guillem eJulieta Serrano Estação 3 (Rua Voluntários daPátria, 88 - 286-6149) 17h, 19h, 21 h Atésegunda. (10 anos) ReapresentaçãoDramalhão com humor Dubladora, grávida, éabandonada pelo amante, que pretende viajarcom uma nova namorada, mas é barrado noaeroporto pela esposa que quer matá-lo a qualquer custo Espanha/1 987

& ESTRÉIASNEGÓCIOS DE FAMÍLIA (Family busmess) deSidney Lumet Com Sean Connery Dustin Hoffman, Matthew Broderick e Rosana DeSoto St ar /panema (Rua Visconde de Pirajá, 371 5214690), Star-Copacabana (Rua Barata Ribeiro.502/C) 14h, 16h, 18h. 20h. 22h Art FashionMal! 2 (Estrada da Gávea, 899 322 1258)1 5h20, 1 7h. 1 8h40, 20h20. 22h Art-Casashopping 2 (Av Alvorada, Via 11, 2 1 50 325-0746)do 2' a 6'' às 1 6h. 1 7h40. 1 9h20, 21 h Sábado edomingo, às 14h20 Pathè (Cinelàndia 2203135) de 2-' a 6'1 às 1 2h, 14h, 1 Gh, 18h, 20ll, 22hSábado e domingo, a partir das 14h Art-Madureira-1 (Shopping Center de Madureira 3901827), Art- Tijuca (Rua Conde de Bonfim. 406254-9578), Paratodos (Rua Arquias Cordeiro, 350— 281 3628) 1 5h, 1 7h, 1 9h, 21 h (10 anos)

neto de um ladrão quer seguir a mesma carreirado avô e do pai que, embora tenha abandonado aprofissão, une-se aos dois para um novo negócioEUA/1989A REVANCHE FINAL (An mnocenl man) dePeter Yates Com Tom Selleck, F Murray Abraham.Laila Robins e David Rasche Palácio 1 (Rua doPasseio, 40 — 240-6541), Barra-3 (Av das Amnricas, 4.666 325-6487) Tijuca-1 (Rua Condeda Bonfim, 422 264-5246) 13h30. 1 5h30

7h30, 1 9h30, 21h30 São Luiz I (Rua do Catete,307 285 2296), Ro\y (Av Copacabana. 945236-6245) 1 4h, 1 6h, 1 8h, 20h. 22h Madureira 3(Rua João Vicente, 15 593 2146) Norte-Shopping 1 (Av Suburbana, 5 474 592 9430)Art-Meier (Rua Silva Rabelo, 20 249 4544)Olaria (Rua Uranos, 1 474 230 2666) 15h17h, 19h, 21 h Opera-1 (Praia de Botafogo, 340— 552-4945) de 3" a domingo, às 1 5h30. 1 7h3019h30. 21 h30 2-' às 15h30. 1 7h30. 19h30 (14anos)Acusado de matar um policial, homem inocente écondenado à prisão, mas está decidido a cobrar adivida com a justiça EUA/1989E DEUS CRIOU A MULHER (And God createdwoman), de Roger Vadim Com Rebecca De Mornay, Vincent Spano e Frank Langella Palácio 2(Rua do Passeio, 40 — 240-6541) 13h40 1 5h30,1 7h20, 1 9h1 0, 21 h Studio-Catete (Rua do Catete, 228 —205-7194) 1 5h30. 1 7h20. 1 Dh1 0 21 hStudio-Copacabana (Rua Raul Pompéia, 102247-8900) de 2» a 6'1 às 16h, 17h50. 19h40.21h30 Sábado e domingo, a partir das 14h10 (14anos)Mulher usa sua sensualidade para escapar da prisão e resolver sua vida Refilmagem da mesmahistória que lançou Brigitte Bardot EUA/1988

B CONTINUAÇÕESO COZINHEIRO. O LADRÃO. SUA MULHERE O AMANTE (The cook, the thicf lus wife andher lover) de Peter Greenaway Com Helen Mirren, Richard Bohringer Michael Gambon e AlanHoward Art Copacabana (Av Copacabana 759

235-4895) 13h 15h20 17h40 20h 22h20Estação Paissandu (Rua Senador Vegueiro 35265 4653) 1 5h. 17h10 1 9h20 21 h30 Br um Ti/uca iRua Conde de Bonfim 370 254 8975;15h. 17h, 19h 21 h (18 anos)Ladrão e sua mulher submissa e maltratada frequentam restaurante onde ela conhece outro homem Os dois tornam se amantes, em freqüentesencontros no banheiro do restaurante Holanda1989O INÍCIO DO FIM (Shadow makers, Fat Man andLitt/e Boy) de Roland Joffé Com Paul NewmanDwight Schultz Bonnie Bedelia e John CusackArt Fashion Mall 3 (Estrada da Gávea 899322 1258) 15h 15 17h30 19h45 22h Largo doMachado 2 (Largo do Machado 29 205 6842;14h30 1 6h40 18h50 21 h (1 4 anos;A construção e a explosão da primeira bombaatômica, uma obsessão para o general e o cientistaenvolvidos no projeto EUA 1989QUASE UMA FAMlLIA (Immediate familyi deJonathan Kaplan Com Glenn Close JamesWoods. Mary Stuart Masterson e Kevin DillonArt Fashion Mall 4 (Estrada da Gávea 899322 1258) de 2a 6" às 16h 18h 20h 22hSábado e domingo a partir das 14h 10 anos)Adolescente grávida doa seu bebê a um casal semfilhos mas acaba também adotada por eles EUA1989MIRANDA (Miranda) de Tinto Brass Com Serena Grandi, Andréa Occhipinti e Andy Forest ArtMadureira 2 (Shopping Center de Madureira390 1827) 15h 17h 19h 21 h Ricamar (AvCopacabana, 360 237 9932) 14h 16h 18h20h, 22h (18 anos)Filme erótioo do mesmo diretor de Caligula Itália1989A CAÇADA AO OUTUBRO VERMELHO [Thehunt for red october) de John McTiernan ComSean Connery Alec Baldwin Scott Glenn e SamNeill Metro Boavista (Rua do Passeio 62 240

1291.1 1 3h30 16h 1 8h30 21 h Largo do Machado 1 (Largo do Machado 29 205 68421 Condor Copacabana t Rua Figueiredo Magalhães 286

255 2610) 14h 1 6h30 19h 21 h30 Leblon 1(Av Ataulfo de Paiva 391 239 5048,1 14h3016h50 1 9h 10 21h30 Barra 2 (Av das Américas4 666 325 6487) América (Rua Conde deBonfim 334 264 4246» 14h 16h20 18h4021 h (10 anos)Russos e americanos empenhados numa caçadaao ultra secreto submarino nuclear russo que estarumando para o ocidente Baseado no livro do TomClancy EUA 1990KICKBOXER O DESAFIO DO DRAGÃO(Kickboxer) de David Worth Com Jean ClaudeVan Damme Dennis Aleixo Haskell V AndersonIII e Rochelle Ashana Odeon (Praça MahatmaGandhi 2 220 3835) Barra 1 (Av das Americas, 4 666 325 6487) 1 3h40 1 5h30 1/h201 9h 10 21 h Madureira 2 «Rua Dagmar da For.seca 54 450 1338) 2" 3' 5-' 6 ' às 15h301 7h20 1 9h 10 21 h Sábado domingo e 4-' a partirdas 1 3h40 Carioca ( Rua Conde de Bonfim 338228 8178) 14h 10 16h 1 7h50 19h40 2lh30Norte Shopping 2 »Av Suburbana 5 474 5929430) Ramos (Rua Leopoldina Rego 52 2301889) 15h30 17h20 19h10 21 h Palacio Campo Grando» 15h30 1/h10 18h50 20h30 10anos-;Depois de uma luta desleal carateca fica paraliticoe seu irmão treina ate estar preparado para a grande vingança EUA 1 989NÀO SOMOS ANJOS Were no angels) deNeil Jordan Com Robert de Niro Sean PennDemi Moore e Hoyt Axton Art Casashoppmg 3(Av Alvorada Via 11 2 1 50 325 0746) de 2-' a6'' às 1 7h 19h 21 h Sábado e domingo a partirdas15h (10 anos)Comédia Dois condenados fogem da prisão e vãoviver numa pequena cidade disfarçados de padreEUA, 1 989HARRY E SALLY FEITOS UM PARA OOUTRO (When Harry met Sally j de Rob ReinerCom Billy Crystal Meg Ryan Carne Fischer eBruno Kirby Copacabana (Av Copacabana 801

255 0953) Rio Sul i Rua Marquês de São Vicente, 52 274 4532; Ópera 2 (Praia de Botafogo 340 552 4945) 14h50 16h30 18h1019h50 21h30 Tijuca Palace 1 Rua Conde de

Bonfim 214 228 4610» 14h20 i6h 1 >h4019h20 21h 14 anos iDois ex colegas de universidade passam onzeanos relacionando se apenas como amigos atéque descobrem estar apaixonados um pelo outroEUA 1989ENTREVISTA llntervislai de Federico F-elliniCom Marcello Mastroianni Anita Ekberg SérgioRubini e Paola Liguon Art Fashion Mall / i Estrada da Gávea 899 322 12D81 de 2 ' a 6-' ás161) 181) 201) 221) Sábado u domingo a partirdas 1 4h (LivreiNas estúdios da Cinecitta f-ellini e entrevistadopor uma equipe da televisão japonesa enquantoprepara a filmagem de America de Kafka Itália1987CONDUZINDO MISS DAISY iDrmng MissDa/syi de Bruce Bc esford Com Jessica TandyMorgan Freeman e Dan Aykroyd Lido 1 Praia doFlamengo 72 285 0642) 1Sh30 1 'Ii2019h 10 21 h i LivreiMulher de 72 anos emprega motorista contra suavontade mas os dois acabam tornando se bonsamigos Baseado na peça de Alfred Uhry Oscar demelhor filme atriz roteiro adaptado e maquiagemEUA, 1 989UM TOQUE DE IN FIDELIDADE cousinsi doJoel Schumacher, Com Isabella Rossellini TedDanson Sean Youny e Norma Aleandro Art Casashopping 1 (Av Alvorada Via 11 2 150325 0746) de 2» a 6' às 161)40 1 8h50 211)Sábado e domingo a partir das 1 4h3Q> 1 0 anosPrimo e prima começam romance depois que omando dela tem um caso com a mulher deleRefilmagem do filme francês Priino.prirna EUA1989

M REAPRESENTAÇÕESTANGO & CASH OS VINGADORES {Tango& Cash) de Andrei Konchalovsky Com SylvesterStallone Kurt Russell Jack Palance e GéoffreyLewis Lagoa Drive In (Av Borges de Medeiros1 426 274 7999) 20h30 22h30 Até domingo(14 anos)Dois policiais rivais são presos como suspeitos deum crime e são obrigados a trabalhar juntos paraprovar sua inocência EUA, 1989O SOBREVIVENTE The runmng man/ de PaulMichael Glaser Com Arnold Schwarzenegfjer

Mana Conchita Alonso Yaphet Kotto e JimBrown Campo Grande (Rua Campo Grande 880

394 4452) 16h10 1 9h40 (14 anos)Num futuro próximo os Estados Unidos vivem sobregime totalitário e a única diversão permitida é umviolento jogo transmitido pela televisão onde oscombatentes lutam para sobreviver EUA 1 987

BEXTRAVERÃO ASSASSINO (L ete meurtrieri de JeanBecker Com Isabelle Adjani Alam Souchon Suzanne Flon e Michel Galabru Hoje e amanhã às16h30 19h 21 h30 no Cândido Mendes RuaJoana Angélica 63 118 anos)Mulher bonita e vulgar volta à província ondenasceu para vingar um crime cometido no passadocontra sua família França 1983

B MOSTRASOS MELHORES MOMENTOS DO CANAL100 Hoje Brasil bom de bola [Brasileiroj documentário de Carlos Niemeyer Complemento Amaquina tricolor seleção de filmes do Canal 100Estação 1 (Rua Vo'untários da Pátria 88 2866149; 14h 1 8h 22h Até dia 4 (Livre)A trajetória da seleção brasileira desde 1938 até aconquista do tricanipeonato em 19/0 Produçãode 1970OS MELHORES MOMENTOS DO CANAL100 Hoje Futebol total (Brasileiro) documentário de Carlos Niemeyer Complemento A maquina tricolor seleção de filmes do Canal 100 Estação 1 (Rua Voluntários da Pátria 88286 6149) 1 6h 20h Até dia 4 (Livre)Entrevistas cenas de jogos e reações das torcidasdurante a realização da Copa de 74 na AlemanhaProdução de 1 974CINEMA EXTRA Hoje P5VV Uma crônicasubversiva (Brasileiro) de Paulo Halm e Luiz Arnaldo Campos Com Antônio Fagundes Maria Padilha Renato Borghi e Antônio Abujamra Complemento Vivendo os tombos carvoeiros deDileny Campos Centro Cultural Banco do Brasili Rua 1 ° de Março 66) 18h30Trajetória política do deputado cassado PauloStuart Wnght que desaparece misteriosamentedurante uma viagem de trem em 1973 Produçãode 1988

y^EIBEIElin

VlDEOS NO CENTRO CULTURAL BANCODO BRASIL — As 12h30 e 18h30. Os homens dafábrica, de Luiz Arnaldo Campos. As 15h: Hacien-do memória: A história do cinema cubano 1 e 2Los soóadores e El mistério de Ia intuición. deArturo Árias Polo (versão original, sem legendas)As 19h30: L 'Elisir d'amore, ópera de Donizetti(com legendas em inglês) Hoje, no Centro Cultu-ral Banco do Brasil, Rua 10 de Março, 66ÓPERAS EM VlDEO — Exibição de La ceneren-tola, de Rossini, com Fredenca Von Stade e Francisco Araiza Hoje, às 15h e 18h30. no AuditórioMurilo Miranda, Av Rio Branco. 179/8° andarEntrada francaVlDEOS NO ADUANA — Exibição de FreddieHubard live at Village Vanguard Hoje, ás 18h, noAduana Video, Rua da Alfândega, 43

wsnasrass-

GIULIO DRAGHI Apresentação do pianistaNo programa peças de Bach, Beethovon, Villa-Lobos, Schumann e Mussorgsky As 21 h TeatroIbam, Largo do Ibam, 1 Entrada francaCAMERATA SOCIUS DO RIO DE JANEIRO

Apresentação da camerata As 20h30. CamcrataSocius. Rua Marechal Mascarenhas de Moraes.1 56 Entrada francaBENIGNO BENIGNI - Apresentação do pianisTta No programa peças de P Hindemit, Schumarioe Chopin As 18h30 IBEU, Av N SrJ de Copaca-bana 690 Entrada francaCONCERTO LlRICO Árias e duetos famososCom os sopranos Belkiss Campos e Lygina dePinho e outros As19h Teatro Dulcma Rua aleindo Guanabara, 17 Ingressos a Cr$ 100 00 e Cr$50,00 (sócios)HOMENAGEM A LORENZO FERNANDEZApresentação do Quarteto Guanabara, de AdéliaIssa (soprano) Andréia Ernest Justi (flauta) eoutros As 19h Sala Cecilia Meireles Largo daLapa 47 (232 4779) Entrada franca

JORNAL DO BRASILB AM 940 KHz ESTEREO

JBI Jornal do Brasil Informa As 7h301 2h30 18h30 e 23h30 Sáb dom e feriados, às8h30 1 2h30 1 81)30 e 231)30Repórter J B Informativo às horas certasJ B Noticias Informativo às meias horas1* Página Das 7h às 9h30Comentaristas Sônia Carneiro Rui Pizarro Carlos Castilho João Máximo Ernesto Alonso OrtizPrestação do Serviços Repórter Aéreo JBUnidas condições do aeroporto prevsòes do tempo e dicas culturaisCorrespondentes Paris Londres Colônia eWashingtonPanorama Econômico As 8h30Encontro com a Imprensa Das 13h às 1ÁScom Marcos GomesArte-Final Variedades Das 22h às 23h302" feira Variedades3*' feira As Dez Mais da Sua Vida4-' feira Arquivo Sonoro JB5*' feira Especial JB6* feira VariedadesLotação Esgotada Das 23h50 às 0h30Noturno De 0h30 à 1 h56

M~FM ÉSTÉREO 99, 7 MHz20 horas Reprodução digital (CDs e DA Ts)Concerto em Mi bemol maior para trompete eorquestra de Hummel (Marsalts. Nat Phil Leppard DDD 17 22) Variações Goldberg de Bàch(Arrau Grav 1942 ADD 47 12 30 43) Romanco n° 2, em Fa maior para violino e orquestraop 50 de Beethoven (Szering, ConcertgebouwHaitink ADD 9 27) Introdução e Danças d iópera La Favorita de Donizetti (Phil AlmeidaAAD 18 48) Três Valsas, op 70. e Valsa cm mimenor op post de Chopin (Guedes BarbosaADD 9 29) Seieias Noturno n" 3. de Debussv(Concertgebouw Haitink DDD 10 17) Homena/e Pour le Tombeau de Claude Debussy e Dançado Moleiro de Manuel de Falia (Bream DDD5 44) The Tale the Pine Tree Knew de ArnoldBax (Ulster Orch Thomson DDD 17 23)

tfCIDÃDE - 103^9 MHzSaudade Cidado As 7hTelefone da Cidado As 9hAs Mais Pedidas As 11 hSaudade Cidade As14hSucesso da Cidade As 18hBfFMlÕ5 105.1MHz

Desperta Rio As 5hBom Dia Alegria As 9hVale A Pena Ouvir do Novo As 1 2hBoa Tarde Amizade As 1 3hMusical Com O Melhor das Novelas As1 6hSegredos de Amor As18hAmor sem Fim As 20h105 Na Madrugada As 24h

A programação publicada no Roteiro está sujeita a alterações de Ultima hora E aconselhávelconfirmar horários e programas por telefone

. As criticas publicadas no Roteiro obedecem àsseguintes cotações • Ruim * Razoável ? ? Bom? ? ? Ótimo * ? ? ? Excepcional

Wfi

BBshoppingsART-CASASHOPPING 1 Um toque de mfidelidade: de 2- a 6a às 16h40, 18h50. 21 h Sábado e domingo, a partir das 14h30 (10 anos)Curta: Roberto Rodrigues, de Antonio CarlosAmãncioART-CASASHOPPING 2 Negócios de familia: de 2" a 6a às 16h, 17h40. 1 9h20. 21 h Sábadoe domingo, a partir das 14h20 (10 anos) CurtaArte nas cidades, de Carmem Pereira GomesART-CASASHOPPING 3 Não somos an/osde 2' a 6-' às 17h, 19h, 21 h Sábado e domingo, apartir das 1 5h (10 anos) Curta Dedo de Deus deCristiano RequiáoART-FASHION MALL 1 Entrevista de 2• a6a, às 16h. 18h, 20h, 22h Sábado e domingo apartir das 14h (Livre) Curta O carrasco da floresta. de Vitor LustosaART-FASHION MALL 2 Negócios de família15h20. 17h, 18h40, 20h20, 22h (10 anos) CurtaAssaltaram a gramática, de Ana Maria MagalhãesART-FASHION MALL 3 O inicio do Um15h15h. 17h30, 19h45, 22h (14 anos) CurtaCarrossel, de Antonio Carlos TextorART-FASHION MALL 4 Quase uma famíliade 2' a 6- às 16h. 18h. 20h. 22h Sábado edomingo, a partir das 14h (10 anos) Curta Madame Cartò. de Nelson NadottiBAR RA-1 Kickboxer O desafio do dragão13h40, 15h30, 17h20. 19h10. 21 h (10 anos)Curta: Eclipse, de Antonio MorenoBARRA-2 A caçada ao Outubro Vermelho14h, 16h20, 18h40, 21 h (10 anos)BARRA-3 — A revanche final- 13h30, 15h30.1 7h30, 1 9h30. 21h30 (14 anos) Curta Amerikade Octávio BezerraNORTE SHOPPING 1 A revanche finaf 15h.17h, 19h, 21 h (14 anos) Curta Minuano de LuizKeller e Tânia QuaresmaNORTE SHOPPING 2 Kickboxer O desafiodo dragão 1 5h30 1 7h20 19h10 21 h (10 anos)

Curta Lampião Capitão Malazarte de OctávioBezerraRIO-SUL Harry e Sal/y Feitos um para ooutro 14h50, 16h30 181)10 19h50 21 h30 14anos) Curta MAM SOS de Walter Carvalho

H COPACABANAART-COPACABANA O cozinheiro, o ladrãosua mulher e o amante 1 3h 15h20 17h40 20h22h20 (18 anos)CINEMA-1 Meu pe esquerdo 1 5h30 17h201 9h 10. 21 h (10anos)CONDOR COPACABANA A caçada ao Outubro Vernelho 14h 16h30 19h 21h30 10anos)COPACABANA Harry e Sal/y Feitos umpara o outro 14h50 16h30 18h10 19h5021 h30 (14 anos) Curta Ú de casa de KatiaMesselJÓIA A insustentável leveza do ser 1 5h 18h21 h (16 anos)RICAMAR Miranda 14h 16h 18h 20h 22h(18 anos) Curta Iberé Camargo pintura, pinturade Mário AugustoROXY A revanche final 14h 16h 18h 20h22h (14 anos) Curta Memórias de um eme /ornal de Carla de NiemeyerSTAR-COPACABANA Negocios de família14h, 16h, 18h. 20h, 22h (10 anos) Curta Visãodo céu. Gruta dos três Poderes, de Marcelo FerreiraMeg aSTUDIO-COPACABANA E Deus criou a mulher de 2J a 6J às 16h. 17h50, 19h40 21h30Sábado e domingo, a partir das 14h 10 114 anos)Curta Mall star de Pedro Nani

®IPANEMA E LEBLONCÂNDIDO MENDES Verão assassino 16h3019h. 21h30 (18 anos)LAGOA DRIVE-IN Tango & Cash Os ungadores 20h30 22h30 • 14 anos)

LEBLON 1 A caçada ao Outubro Vermelho14h30 16h50 19h10 21h30 110 anos;LEBLON 2 Cinema Paradiso 15h 1/h1019h20 21 h30 i Livre;STAR-IPANEMA Negocios de família 14h16h 18h 20h 22h 10 anos; Curta A ultimacanção do beco de João Carlos Velho

BêbotafogoBOTAFOGO A loira escrupulosa 14h301 7h10 1 9h45 (1 8 anos;ESTAÇÃO 1 Ver a programação em MostrasESTAÇÃO 3 Mulheres a beira de um ataque denervos 17h 19h 21 h 10 anos)ÓPERA 1 A revanche final de 3-' a domingoàs 15h30 171)30 19h30 21h30 2" às 15h301 7h30 19h30 (14 anos) Curta Carlos Chagas upassado presente de Paulo VillaraOPERA 2 Harry e Sally Feitos um para ooutro 14h50 16h30 18h10 19h50 21h30 14anos; Curta Um dia Maria de Marcos AntonioSimasVEN EZA Sociedade dos poetas mortos 14h3016h50 19h10 21 h30 (10 anos»

BS CA TETE E FLAMENGOESTAÇÃO PAISSANDU o cozinheiro o Iadrào. sua mulher e o amante 1 5h 1 7h 10 19h2021h30 (18 anos)LARGO DO MACHADO 1 A caçada ao Outubro Vermelho 14h 16h30 19h 21h30 10anos;LARGO DO MACHADO 2 O inicio do hm14h30 16h40 18h50 21h 14 anos)LIDO-1 Conduzindo Miss Daisy 15h3017h20 19h10 21 h (Livre) Curta Fia X Flu. asombra das chuteiras imortais de Alexandre NiemeyerLIDO 2 Bagdad Cale 14h50 1 6h30 1 8h 1019h50 21 h30 (Livre)SAO LUIZ 1 A revanche final 14h 16h 18h20h. 22h (14 anos) Curta Historias da Rocinhade José MarianeSÃO LUIZ 2 Cinema Paradiso 1 5h 1 7h 1019h20 21h30 i Livrei Curta Teatro negro deDaniel Caetano

STUDIO-CATETE t Deus criou a mulher15h30 17h20 19h10 21 h (14 anos i Curta Ascobras de Otto Guerra

Êl CENTROCENTRO CULTURAL BANCO DO BRASILVer a programação em MostrasMETRO BOAVISTA A caçada ao OutubroVermelho 1 3h30 16h 18h30 21 h 10 anos»ODEON Kickboxer O desafio do dragão13h40 15h30 1 7h20 19h10 21 h (10 anosiCurta Cinemas fechados de Sérgio PéoPALÁCIO-! A revanche final 1 3h30 1 5h3017h30 19h30 21 h30 (14 anos) Curta Patativado Assare. um poeta do povo de Jefferson deAlbuquerque JúniorPALACIO-2 E Deus criou a mulher 1 3h401 5h30 1 7h20 1 9h10 21 h 14 anos) Curta Memona das Minas de Luiz Keller e Tânia QuaresmaPATHÈ Negócios de família de 2-' a 6-' às 12h14h 16h 18h 20h 22h Sábado e domingo apartir das 14h (10 anos; Curta A Rocinha temhistórias de Eunice GutmanREX Ardendo em prazer de 2-' a 6-' às 13h15h30 18h05 19h35 Sábado e domingo às14h30 17h 19h35 (18 anos) Curta Minuano deLuiz Keller e Tânia QuaresmaVITÓRIA Academia do sexo de 2a a 6" às 14h15h20 16h40 18h 19h20 20h40 Sábadoedomingo a partir das 1 5h20 18 anos)

Êl TIJUCAAMÉRICA A caçada ao Outubro Vermelho14h 1 6h20 181)40 21 h (10 anos)ART TIJUCA Negocios de família 1 5h 1 7h19h 21 h (10 anos) Curla Kultura ta na rua deOctávio BezerraBRUNI-TIJUCA O cozinheiro o ladrão suamulher e o amante 1 5h 17h 19h 21 h (18 anos)Curta Cláudio Tozzi de Fernando Com CamposCARIOCA Kickboxer O desafio do dragão14h1 0 1 Gh 17b50 19h40 21h30 (lOanosiTIJUCA-1 A revanche final 13h30 15h301 7h30 1 9h30 21 h30 (14 anos) Curta Carrosselde Antonio Carlos Textor

TIJUCA 2 Sociedade dos poetas mortos 14h16h20 18h40 21 h (10 anos)TIJUCA PALACE 1 Harry e Sally Feitos umpara o outro 14h20 1 6h 1 7h40 1 9h20 21 h (14anos) Curta Memórias de um eme jornal de Carla de NiemeyerTIJUCA PALACE 2 Cinema Paradiso 14h3016h40 18h50 21 h (Livre)

BUméierART MÉIER A revanche final 15h 1 7h 19h21 h (14 anos) Curta João Redondo de Emmanoel CavalcantiBRUNI-MÊIER A boutique dos prazeres 1 5h16h30 18h 19h30 21 h (18 anos) Curta Nemtudo são flores de Paulo Maurício CaldasPARATODOS Negocios de família 1 5h 1 7h19h 21 h (10 anos) Curta Meu nome e deDavid Quintana

Bi RAMOS E OLARIARAMOS Kickboxer O desafio do dragão15h30 17h20 19h10 21 h (10anos)OLARIA A revanche final 1 5h 17h 1 9h 21 h(14 anos) Curta A Rocinha tem histórias deEunice Gutmnn

MMADUREIRA EJACAREPAGUÁ

ART MADUREIRA 1 Negócios de família1 5h 1 7h. 1 9h, 21 h (10 anos) Curta Os romancesde Dona Olinda Olanda de Katia MesselART-MADUREIRA 2 Miranda 15h.17h.19h21 h (18 anos) Curta Morangos mofados deRubem CorvetoMADUREIRA-1 Sociedade dos poetas mortos 1 4h 16h20 1 8h40 21 h (lOanos)MADUREIRA-2 Kickboxer 0 desafio dodragão 2* 3J 5-' e 6-1 às 1 5h30. 17h20. 19h10.21 h Sábado, domingo e 4a a partir das 1 3h40(10 anos)MADUREIRA.3 A revanche final 1 5h. 17h.19h. 21 h (14 anos) Curta João Redondo, deEmmanoel Cavalcanti

B CAMPO GRANDECAMPO GRANDE - Dupla invencível do kungtu 141)30 18h 21 h30 (14 anos) O sobrevivente1 6h 10 1 9h40 (14 anos) Curta Eu sou vida. eunão sou morte de Haroldo Marinho BarbosaPALÁCIO Kickboxer O desafio do dragão1 5h30 1 7h 10 181)50 20h30 (10anos) Curta Omuro O filme de Sérgio Péo

MS NITERÓIARTE-UFF Mostra Os mestres da musicaAmadeus 15h 17h50 20h40 (10 anos) AtéamanhãCENTER Cinema Paradiso 14h30 16h401 7h50. 21 h (Livre) Curta Santa do maracatu deFernando SpencerCENTRAL A revanche final 13h30 15h3017h30 19h30 21 h30 (14 anos) Curta JoãoRedondo de Emmanoel CavalcantiCINEMA-1 Harry e Sally Feitos um para ooutro 14h30 16h20 18h. 19h50 21h30 (14anos) Curta Carnaval de Francisco Liberato doMatosICARAl A revanche final 1 5h, 1 7h, 1 9h. 21 h(14 anos) Curta Lá, de Carmem Pereira GomesNITERÓI Kickboxer O desafio do dragão14h10 1 6h, 17h50, 19h40, 21h30 (10 anos)Curta Perto de Clarice de João Carlos HortaNITERÓI SHOPPING 1 E Deus criou a mulher 14h30, 16h20. 18h. 19h50. 21h30 (14anos) Curta Memória dan Minas, de Luiz Keller eTânia QuaresmaNITERÓI SHOPPING 2 Tiras especiais 1 5h.1 7h, 1 9h, 21 h (Manos) Curta Santa do maracatu de Fernando SpencerWINDSOR Negócios de família 15h, 17h.19h, 21 h (10 anos) Curta Spray jet, de AnaMaria Magalhães

MSÃO GONÇALOSTAR SÃO GONÇALO - Negócios de família1 5h, 1 7h, 1 9h, 21 h (10anos) Curta Kultura tá narua. de Octávio BezerraTAMOIO Retroceder nunca, render-se jamais¦14h30. 18h, 21 h30 (10 anos) Tiras especiais16h20. 19h50 (Manos) Curta 1924 Benditarevolução de Sérgio Sanderson

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JORNAJL DO BRASILROTEIRO terça-feira, 29/5/90 ç> CADERNO B o 5

7h30

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estranguladorlurt) e sua mulher (Geeson), vitimas inocentes HIUngtOTraíce^^

Estrangulamento

bem arquitetado

Rogério Du rst

COM

a pouca vergonha queanda solta na telinlia daTV até que um tarado es-trangulador de mulheres

vem a calhar Infelizmente, o des-vairado John Reglnald Christie 11-mita seus crimes ao horário de Oh. Oestrangulador de RiUmgton Place(10 Rillington Place, Inglaterra,1970), de Richard Fleischer, drama-tiza um escandaloso caso criminalbritânico. Apesar de apresentar boaparte dos cacoetes que comprometem o cinema inglês, o filme é fácil omelhor do dia

A história real de John ReginaldChristie chocou a Inglaterra. No filme de Richard Fleischer, o pequenoator Richard Attenborough de-pois diretor do incensado Gandhié o pacato senhorio que nas horasvagas mata mulheres. Mais: ele estrangula a mulher (Judy Geeson) deseu inquilino Timothy (John Hurt) e

Jtom maquiavélicas potocas conven

ce o rapaz a fugir. Timothy e presopela policia acusado do crime Enquanto Christie continua livre e ematividade.

Não esperem a tensão criativa dosimilar e contemporâneo FrenesiiFremy. Inglaterra, 19721. de AlfredHitchcock. Ao optar por uma abordagem realista, o roteiro de CliveExton baseado em livro de Ludovir Kennedy abusa de psieologismos e fleugma Mas Exton compensa sendo tremendamente cuidadosoem sua reconstituição e RichardFleischer recém saído de fracassos espetaculares como Clie' (19G9I oTora! Tora' Tora1 (1970) dirigecom cautela e competência O correto resultado poderia ser bem maisbritânico, e conseqüentemente chato, se não fossem duas infusões desangue A fotografia de Denys Cooptrabalhando basicamente em locações, é cheia de clima. E o elenco ede primeira, com o maneinsta Richard Attenborough e o otimo JohnO homem elefante Hurt travandoum duelo até a morte Mesmo

Ék OS FILHOTESONDE ESTÃO AS CRIANÇAS

TV Globo — 15h20¦ Drama (Where are the clul-ctrcn?) da Bruce Malmuth. ComJill Clayburgh, Max Gail, Har-leu Cross, Elisabeth Harnois eFredene Forrest Produção ame-noa na de fifí Cor (92m).Nove anos depois do assas-sinato de seus filhos, mulher(Clayburgh) descobre apavo-rada que seus novos filhos desapareceram Adaptação deromance de Mary HigginsClark dirigida por BruceMalmuth. um fulano poucoafeito a sutilezas, como seviu em seu filme de estréiaFalcões da noite (1981), barulhento veiculo para SylvesterStallone A interpretação deJill Clayburgh que relembra seus tempos de mulherhistérica oficial de Hollywood nos anos 70 e a direção sem suspense de Malmuth não c h e ga m . arecomendar

O TESOURO DO RECIFEDA JAMAICA

TV Corcovado 21 li30¦ Aventura I Evil lil lhe deep)de Virgínia Stone Com Step/ienBoyd Cliuck Woolery Roosevelt

Gner. David Ladd e Clieryl Stop-pelmore. Produção americana de"¦/. Cor (96m).Grupo de mergulhadores tenta resgatar um tesouro afundado em perigosas águas próximas da Jamaica. Rotineiraaventura submarina que pro-va que uma mulher, apesardo útero. pode dirigir em estilo tão bronco quanto qualquer homem. A quem inte-r e s s a r possa, aqui osteleatores Clieryl Stoppelmore e Roosevelt Grierque depois viraram CherylLadd e Rosie Grier aindausam seus nomes verdadeiros

O ESTRANGULADOR DERILUNGTON PLACETV Globo Oll

¦ Drama criminal (10 RllhngtonPlace) de Richard Fleischer ComRichard Attenborough JohnHurt Judy Geeson Pat Heywood e Isabel Black Produçãoinglesa de 70 Cor (lllm)Em Londres, nos anos 40, maniaeo sexual estranguladorde mulheres (Attenborough)consegue que um inocente(Hurt) seja julgado e executado em seu lugar

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DIANNA PEQUENO/SIGNOS Show da cantora De 3" a sáb . ás 18h30 Sala Funarte RuaAraújo Porto Alegre, 80 Ingressos a Cr$ 150,00LENY ANDRADE Show da cantora e bandaDe 3a a sáb., às 18h30 Teatro Rival. Rua ÁlvaroAlvim, 33 (240 1135) Ingressos a Cr$ 200.00 Oteatro abre 30m antes do espetáculo com serviçode barOLODUM - Show do grupo De 2* a 6J às18h30 Teatro João Caetano. Praça Tiradentes.s/n" (221 0305) Ingressos a CrS 1 50.00 Até dia1° de junhoOS SRS. Show do grupo de rock As 22hTeatro da Cidade, Av Epitácio Pessoa, 1 664(247 3292) Ingresssos a CrS 1 50.00O MELHOR ESPETÁCULO DO MUNDOShow de música, poesia e teatro Com Anja Bittencourt, Chico Lá, Gemida Mana e outros As21 h Centro de Pesquisa Corporal, Rua Góis Monteiro, 34 Ingressos a CrS 200,00ÊÊ HUMORARY TOLEDO/COM A CORDA TODAShow do humorista Texto e direção de Ary Toledo De 2d a 4*. às 21 h Teatro João Caetano PraçaTiradentes, s/n" (221 0305) Ingressos a Crs250,00ÊÊREVISTASCONTRATE-ME — Roteiro e direção de CelsoTetra Com Marlene Casanova, Fernando Reski,Fernando Philbert e grande elenco Teatro Alaska.Av N Sra Copacabana, 1 241 (247 9842) Todasas 3as, ás 21 h30 Ingressos a CrS 250,00BPOESIAJOÃO CABRAL DE MELO NETO/A CONS-TRUÇÃO DA POESIA Apresentação de Marlyde Oliveira As 17h Auditório da Faculdade daCidade, Av Epitácio Pessoa, 1 664 (2278996) Entrada franca.ENCONTRO POÉTICO Apresentação de Sóelide Souza 3"s, ès 21 h Beco da Pimenta. Rua RealGrandeza, 1 76 (266 5746) Couvert a CrS 80,00H CIRCOGRAN BARTHOLO CIRCUS Atrações internacionais como o Fabuloso African Show e oShow dos Pombos Austríacos De 3" a 6*. ás 21 h.5", ás 17h30 e 20h, sáb, ás 15h, 17h30 e 20h,dom., ás 10h, 15h, 17h30 e 20h Praça Onze Tels242-8228/8691 Cadeiras populares a CrS 250.00.cadeira lateral a CrS 500,00 (adulto) e CrS 300,00(criança), cadeira central a CrS 700.00 (adulto) eCrS 400,00 (criança) camarote de 4 lugares a CrS4.000,00

Ê$ BARESFIM DE NOITE - Espetáculo de música e teatroTexto de Luís Fernando Veríssimo Direção deRoney Vilella Com Graziela Moraes. Horácio Vetter. Tina Águas e outros 2* e 3", ás 22h Couvert aCrS 180.00 consumação a CrS 200,00 Botamc.Rua Pacheco Leão, 70 (274-0742)TEREZA TINOCO Show da cantora e banda3' e 4J, ás 22h Couvert a CrS 250,00 Rio JazzClub. Rua Gustavo Sampaio, s/n° (541 9046)ROSANA SABENÇA - Show da cantora 3Js,ás 23h Música ao vivo antes do show Couvert a180.00 Vinícius. Rua Vinícius de Moraes 39(287-1497)PEOPLE — Show do grupo Terra Molhada, commúsicas dos Beatles. Dom e 2J, a partir de 22h30Couvert a CrS 400.00 (dom ) e CrS 300.00 (2a)Show do grupo Friends. com música country 3aás 22h30 Couvert a CrS 300.00 Av BartolomeuMitre, 370 (294 0547)ADUANA Show com o cantor Kayo César 3'sás 19h Couvert a CrS 100.00 Rua da Alfândeqa43 (263 6419)BÚFFALO GRILL Música ao vivo a partir de20h Show de Deli (voz) Jotan (violão) e Pernando (piano) Couvert de dom a 5a a CrS 200.00 de

6-' e sáb a CrS 300 00 Rua Rita Ludo» 47(274 4848)BACO Show do cantor e violonista RenatoVargas Diariamente ás 22h30 Couvert a CrS50,00 Av Ataulfo de paiva, 1 235 (294 0047)JAZZMANIA Show de rock com o grupoAnalfa Todos os domingos, às 23h Show daOrquestra Cuba Libre Todas as 2"s, ás 23h Showde lambada com o Grupo Terra Todas as 3 's, às23h Couvert a CrS 300,00 Av Rainha Elizabeth769 (227 2447)SOBRE AS ONDAS Diariamente, a partir de21 h a banda de Miguel Nobre, com os cantoresRoberto San e Cacy revezando se com a banda deBeto Godoy Couvert a CrS 230.00 (de dom a 5 •)

e CrS 350.00 (6a sáb e véspera de feriado) AvAtlântica, 3 432 (521 1296)VICE-REY Música ao vivo, com o pianistaHector Capobianco Diariamente, a partir das20h30 Sem couvert Sem consumação Av Monsenhor Ascáneo, 535(399 1683)BAMBINO D'ORO Show com o cantor Nunese banda De 2a a 4a às 22h Couvert a CrS 150 00Rua Real Grandeza, 238CLUB 1 Música ao vivo De 2' a sáb 22h15Silvinho (voz e violão) De 2-' a sáb às 23h15Aline Anandi (voz) Tynnôko (piano) e Ériston(baixo) Couvert e consumação a CrS 150 00 Club1 Rua Paul Redfern. 40 (259 3148)DIDO OLIVEIRA Show de lambada 3as, às22h Couvert a CrS 250,00 (homem) e CrS 1 50 00(mulher) Chops do Méier Rua Dias da Cruz 388(592 7281)CÁLICE Show com Carlinhos Menezes 2"s.3Js. 6-s e sáb, a partir de 20h Show com GilbertoAlban (piano) Rita Oliveira (voz) Nelson Daguila(baixo) e Humberto Tosth (percussão) Dianamente Couvert de 2" a 5 ' a CrS 200.00 6-' sáb aCrS 250,00 Rua Dias Ferreira, 571 (274 8142)ST MORITZ Programação de 2'a 6' às18hCarlinhos (piano) de 2' a 6- ás 21 h e sáb ás21 h, Rose (voz) e grupo. 3" às 21 h, música francesa com Gigi (musettte) e Lula (piano) 6-' ás23h, Manuel da Conceição (Mão de Vaca) Couvert a CrS 100,00 Casa da Suíça Rua CândidoMendes, 157 (252 5182)P1CADILLY Dirceu Leite e Coniunto Choro SóAs 23h Show com os cantores George Jr Andreie Marconi A partir de 21 h Couvert a CrS 140,00(de dom a 5") e a CrS 180,00 (6* e sáb ) Consumaçáo a CrS 150.00 (de dom a 5a) e CrS 200.00(6* e sáb) Av Gal San Martin, 1 241 (2597605)CHICO'S BAR Música ao vivo Diariamente apartir de 22h Com Eli Arcoverde e Silvio Gomes(piano) Tibério César e Romildo Cardoso (baixo)e Leila Kocha e Rosana Sabensa (voz) Sem couvert Consumação a CrS 300,00 Av Epitácio Pessoa, 1824 (287 3514)ONE-TWENTY-ONE Musica ao vivo De 2a asáb a partir de 1 7h. dom ás 20h Com MaestroRamonda e suas Cordas Gitanas e os maestrosCelinho, Hélcio Brenha e outros Consumação minima a CrS 250.00 (de dom a 5a ) Couvert a CrS350, 00 (6a e sáb) Av Niemayer 121 (2741122)RIVE GAÚCHE Show de Stênio (piano) Êriston (baixo) Jair (bateria) e a cantora Lygia Drummod Diariamente, ás 21 h Couvert a CrS 25 00Sem consumação Av Epitácio Pessoa 1 484(521 2645)A DESGARRADA Música ao vivo com MariaAlcina. Adélia Pedrosa, Antônio Campos e ManoelTaveira De 2a a sáb . a partir das 21 h Couvert aCrS 100,00 (de 2» a 4<) e CrS 1 20,00 (de 5" a sábe vésp de feriado) Rua Barão da Torre 667(239 5746)HORSE'S NECK BAR Música ao vivo com oTrio de Jazz Chiquinho (piano) Bebeto (baivoacústico) e João Cortez (bateria) De 2J a sáb das19h às 23h Sem couvert Av Atlântica 4 240'521 3232^MAXIM'S Musica ao vivo com a pianista MaryNicoloff De 2" a sáb a partir de 20h Piano barRua Lauro Muller 116.-cobertura , 541 9342Sem couvert

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TDAREL Desenhos Gfl Arte Av Atlântica4 240/ssl 129 De 2 ' a 6 ' das 10h ás 20h Sábados, das 10h ás 14h Até amanhãEXPOSIÇÃO BRASIL-JAPAO DE ARTE CONTEMPORÂNEA Coletiva com obras de artistasbrasileiros e |aponeses Museu Nacional de BelasArtes Av Rio Branco. 1 99 De 3" a 6" das 1 2h ás18h Sábados e domingos, das 15h ás 18h AtéamanhãMANFREDO DE SOUZANETTO PinturasGaleria AM Nremeyer Rua Marquês de São Vicenle, 52 205 De 2' a 6" das 1 Oh às 22h Sábadosdas10hàs18h Até quintaSALGUEIRO 1990 Exposição de fantasiasalegorias e adereços da Escola de Samba Salgueiro Escola de Artes Visuais. Rua Jardim Botânico414 De 2- a 6" das 10h ás 21 h Sábados edomingos, das 1 Oh às 1 7h Atè domingoNEWTON REZENDE Pinturas Galeria Bomno Rua Barata Ribeiro 578 De 2a a 6a daslOhás18h Até dia 9LUIZ AQUILA Pinturas Galeria MontesantiEstrada da Gávea 899/212 De 2< a sábado das10h às 22h Até dia 16ADRIANO DE AQUINO Pinturas 110 ArteContemporânea Rua Pacheco Leão 110 De 2' a6-' das 14h ás 20h Sábados, das 15h ás 19h Atédia 22ARTE & MEDALHA Exposição ilustrativa daevolução da medalhlstica no Brasil Centro Cultural Banco do Brasil Rua 1» de Março 66 De 3-' adomingo das 10h ás 23h Até dia 27FACES Caricaturas de Luís Tnmano, CássioLoredano, Gonzalo Cárcamo e Chico Caruso SalaCarlos Oswald do MNBA Av Rio Branco 199 De2" a 6'' das 12h ás 18h Até dia 13 de julhoNEIDE VIÊGAS E IVAN JAF Pinturas GaleriaContemporânea Rua General Urquiza, 67 'loja 5De 2'' a 6" das 9h às 18h Sábados, das 9h ás 13hInauguração, hoje, ás 21 h Até dia 15DESENHO & DESIGN Coletiva com trabalhosdos alunos ESDI Rua Evaristo da Veiga, 95 De 2aa 6-' das10hàs18h Inauguração hoje ás17h30Até dia 29FERNANDO LEITE Pinturas Galeria do Centro Empresarial Rio Praia de Botafogo 228 De 2aa 6a das13hàs19h Até amanhãLUYSA QUERCETI Pinturas Biblioteca Pubhca do Rio de Janeiro Av Presidente Vargas1261 De 2a a 6a das9hàs21h Até amanhãCREUZA CHAVES Pinturas Centro de ArtesCalouste Gulbenkian Rua Benedito Hipólito 125De 2a a 6" das 14h às 20h Até quintaIV SALÃO PRETO E BRANCO Coletiva depinturas e desenhos Biblioteca Pública do Rio deJaneiro Av Presidente Vargas 1 261 De 2a a 6adas 9h às 21 h Até quintaMISTICISMO E MAGIA NAS FIGURAS AFRO-BRASILEIRAS Pinturas de Crisaldo Morais Galeria de Arte Jean Jacques Rua RamonFranco 49 De 3" a sábado das 11 h ás 20h AtéquintaRESGATE DA MEMÓRIA Exposição com oacervo do museu Museu Histórico Nacional Praça Marechal Ancora s, n° De 3a a 6a das 10h ás17h30 Sábados e domingos das 14h30 às 1 7h30Até quintaMULHER HOJE Coletiva de pinturas B/bhoteca Pública da UNI Rio Av Pasteur 436 De 2a a6a das9hàs21h Até sextaIBEU 1940/1990 Coletiva em comemoraçãoaos 50 anos do IBEU Galeria do IBEU Av Copacabana 690'2'andar De 2'a 6' das 11 h ás 20hAté sexta22» COLETIVA DE ARTES Coletiva comobras de 14 artistas Galeria de Arte da SociedadeGermanta Rua Antenor Rangel 210 De 3a adomingo das 1 5h às 20n Ate oomingoAPROFUNDAMENTO 1 Co.etiva com t^abalhos dos alunos da EAv tscola de Artes Visuais

Rua Jardim Botânico 414 De 2" a 6" das 10h às21 h Sábados e domingos das 10h às 18h AtédomingoEDUARDO SERNA Pinturas Galeria CândidoMendes Rua Joana Angélica 63 De 2a a 6a das15h às 21 h Sábados, das 16h ás 20h Até dia 4MOSTRA MEIO AMBIENTE Exposição defotos, plantas e equipamentos sobre a preservaçãodo meio ambiente Norteshoppmg Av Suburbana5 474 Diariamente das 1 Oh às 22h Até dia 5WILSON DANTAS Desenhos e objetos Oficina de Arte Maria Teresa Vieira Rua da Carioca. 85De 2a a 6a das 10h ás 22h Sábados das 10h às18h Até dia 8DUPLA EXPOSIÇÃO Fotografias de Bia Hetzel e Lucas De Carli Solar Grandjean de MontignyRua Marquês de São Vicente 225 De 2° a 6* das9h às 20h Sábados, das 9h às 13h Até dia 9PAULO VILLELA Pinturas Matias Marcier AvAtaulfo de Paiva 270/302 De 2" a 6" daslOhás22h Sábados das10hàs18h Até dia 9JEANNETTE PRIOLLI, JOÃO MAGALHÃES EMONICA BAR Kl Pinturas Casa de CulturaLaura Alvim Av Vieira Souto 1 76 De 3' a 6" das15h às 21 h Sábados e domingos das 16h às 19hAté dia 10GUSTAVO FERNANDEZ Pinturas e objetosThomas Cohn Arte Contemporânea Rua Barão daTorre 185/A De 2> a 6« das14hás20h Sábadosdas 1 5h às 18h Até dia 13MAM ATELIER DE LITOGRAFIA DE PORTOALEGRE Litografias de Marta Loguercio AnicoHerskovits e Maria Tomaselli Gabinete de Gravurada EAV Rua Jardim Botânico 414 De 2a a 6a das10h ás 19h Até dia 16IRAMAR PENTEADO Pinturas Museu doInga Rua Presidente Pedreira "*8 Niterói De 3aa 6a das 11 h às 17h Sábados e domingos das14h às 18h Até dia 24CARLOS EDUARDO SOARES FotografiasMuseu do Ingá Rua Presidente Pedreira 78Niterói De S* a 6-' das 11 h ás 17h Sábados edomingos, das 14h às 18h Até dia 24COLETIVA DE GRAVURAS Obras de setegravadores Museu do Inga Rua Presidente Pedreira 78 Niterói De 3J a 6- das11hãs17hSábados e domingos das14hàs18h Até dia 24COLEÇÃO BOUDIN Pinturas Sala JoaquimLebreton do MNBA Av Rio Branco, 199 De 3* a6a das12hàs18h Sábados e domingos, das 15hàs 18h Até dia 5 de agosto

CARNAVAL CARIOCA E SUAS ORIGENSExposição de fotos, textos, fantasias e instrumentos do carnaval carioca desde 1641 até adécada de 60 Museu do Carnaval Rua Frei Caneca s, n° Praça da Apoteose De 3a a domingodas 11 h às 17h Exposição permanenteMUSEU DA REPUBLICA Hall de entradaescadaria e 7 salas do andar nobre decoradascomo à época da Presidência da Republica Palacio do Catete Rua do Catete 153 De 3a a domingo das 1 2h às 17h Exposição permanenteFARMÁCIA HOMEOPÁTICA TEIXEIRA NO-VAES Acervo da farmácia que foi fechada em983, depois de 130 anos de funcionamento Museu Histórico Nacional Praça Marechal Ancoras, n° De 3a a 6a das 10h às 17h30 ExposiçãopermanenteMARQUESA DE SANTOS Objetos pessoaiscartas e reproduções fotográficas sobre a vida damarquesa Museu do Primeiro Remado Av PedroII 293 De 3a a 6a das 10h ás 17h Sábadosdomingos e feriados das 13h ás 17h ExposiçãopermanenteCOLONIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA Documentos históricos que traçam a evolução econòrrnca do pais desde a colônia Museu Histórico\ac/onai Praça Marechal Ancora s n° De 3a a 6adas 10h às ","Th30 Sábados e domingos das14h30 às 1 7h30 Exposição permanente

H CANAL 2 - TV Educativa8h TELECURSO 1° GRAU - Educati-vo8h15 TELECURSO 2° GRAU - Educati-vo8h30 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL- Educativo9h RA-TIM-BUM — Infantil9h30 AS AVENTURAS DO TIO MANE-CO — Seriado Episódio O matemán-co misterioso9h45 O CORPO HUMANO Documentário10h 15 STADIUM Esportivo10h55 GENTE DO ESPORTE - Flashescom personalidades do mundo espor-tivo11 h FRANCE EXPRESS Atualidades ecultura da França11h30 FESTAS DO MUNDO Documen

tário12h REDE BRASIL— TARDE Noticiério local12h30 RA-TIM-BUM13h AS AVENTURAS DO TIO MANE-CO13h15 REVISTINHA Infantil14h REAL IDADE Programa dedicadoaos idosos14h30 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

Telefone da emissora: 292-001215h FRANCE EXPRESS15h30 VIVER — Debates. Apresentação deHalina Grynberg16h SEM CENSURA — Debates. Apre-sentação de Lúcia Leme. Hoje: a fisio-terapeuta Maria Caro/ina Araújo; opianista Douglas /uri; a presidenta dogrupo Moda Infantil Maria Cecília Ca-margo. entre outros19h VIOLA MINHA VIOLA — Musicalregional20h TEMPO DE ESPORTE — Noticiárioesportivo20h30 DOCUMENTÁRIO ESPECIAL — Aarte da cura (2o capitulo)21 h25 JORNAL VISUAL— Noticiário dedicado aos surdos-mudos21h30 JORNAL DA REDE BRASIL —

NOITE — Noticiário nacional e inter-nacional22h15 REPÓRTER ECONÔMICO — Infor-me econômico22h30 MPB ESPECIAL - Musical. HojeEtimar Santos23h30 54 MINUTOS — Entrevistas. Apre-sentação de Dulce Monteiro. Hoje: osecretário de Turismo de Lisboa, Victorda Costa

ÊÊ CANAL 4 - TV Globo6h30 TELECURSO 2= GRAU Educati

BOM DIA BRASIL EntrevistaspolíticasBOM DIA RIO Noticiário e agendacui!'»ral localXOU DA XUXA Infantil Apresentação de XuxaGLOBO ESPORTE Noticiário esportivoMOMENTO DA COPA Boletimda CopaJORNAL HOJE Noticiário, agendacultural e entrevistasVALE A PENA VER DE NOVOReprise da novela Roda de Fogo deLauro César MunizFESTIVAL 26 ANOS Jornalísticosobre os 25 anos da TV no BrasilHoje O bem amado valentoso maronautaSESSÃO DA TARDE Filme Ondeestão as crianças?SESSÃO AVENTURA SeriadoMinha querida bruxa Episódio Adorável WmmeGENTE FINA Novela de Luiz Car

14h30

15h2017h20

18hM CANAL 6 TV Manchete7h15 PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA7h30 BRASÍLIA Jornalístico8h COMETA ALEGRIA InfantilApresentação de Cinthya Patrick eGorgolão De 15 em 15 min flashesdo MANCHETE ECONOMIA informativo econômico11h50 BOLETIM DA COPA11 h55 A ITÁLIA DE FALCÃO12h MANCHETE ESPORTIVA - 1"TEMPO Noticiário esportivo12h30 JORNAL DA MANCHETE - EDI-ÇÀO DA TARDE Noticiário13h CARM EM Reprise da novela deGlória Perez14h JORNAL MULHER VariedadesApresentação de Ester Góes16h CLUBE DA CRIANÇA InfantilApresentação de Angélica18n45 FERAS DA COPA Entrevistas e osmelhores lances das Copas18h50 A ITÁLIA DE FALCÃO18h55 MANCHETE ESPORTIVA 2°TEMPO Noticiário esportivo19h 10 RIO EM MANCHETE Noticiário

Telefone da emissora 529-2857los Fusco e Marilu Saldanha ConvHugo Carvana, Nivea Maria, SandraBarsotti, Othon Bastos e Paulo Gou-lart

18h50 MICO PRETO — Novela de MarcílioMoraes, Leonor Bassòres e EuclydesMarinho Com Luiz Gustavo JoséWilker, Louise Cardoso e Tato gabus19h50 RJ TV - Noticiário local20h JORNAL NACIONAL Noticiárionacional e internacional20h30 RAINHA DA SUCATA - Novela deSílvio de Abreu Com Regina Duarte,Tony Ramos, Daniel Filho. Glória Me-nezes e Antônio Fagundes21 h30 TV PIRATA Humorístico22h30 DESEJO Minissérie de Glória Perez em cinco capítulos Com TarcísioMeira, Vera Fischer, Guilherme Fontese Nathália Timberg (2° capitulo)23h30 JORNAL DA GLOBO NoticiárioComentários de Paulo Henrique Amorim e Paulo Francis0h CAMPEÕES DE BILHETERIAFilme O estrangulador de RillinqtonPlace

Telefone da emissora 285-0033local

19h30 KANANGA DO JAPÃO - Repriseda novela de Wilson Aguiar F°20h30 JORNAL DA MANCHETE — 1"EDIÇÃO Noticiário21 h30 PANTANAL Novela de BeneditoRuy Barbosa Com Cláudio MarzoCnstiana de Oliveira, Marcos WinterNathália Thimberg, José de Abreu ePaulo Gorgulho22h30 FRONTEIRAS DO DESCONHECI-DO Dramatização de casos de paranormalidade Hoje A escrava Anas '

tácia23h30 BOLETIM DA COPA23h35 MOMENTO ECONÔMICO Boletim econômico23h45 JORNAL DA MANCHETE — 2"EDIÇÃO Noticiário0h25 A ITÁLIA DE FALCÃO Informa

ções turísticas e entrevistas Apresen-tação de Paulo Roberto Falcão Repri-se0h30 ESPORTE E AÇÃO - Reprise

B CANAL 7 TV Bandeirantes6h25 CADA DIA Religioso6h30 A HORA DA GRAÇA Religioso7h45 PONTO DE VENDA Noticiário 19h9h45 COZINHA MARAVILHOSA DA 19h20OFÉLIA Culinária com OféliaAnunciato 19h3010h 15 OS IMIGRANTES Reprise da novela de Benedito Ruy Barbosa 20h3011 h55 BOA VONTADE Religioso 21 h12h ACONTECE Noticiário 21h3012h30 ESPORTE TOTAL Esportivo 22h13h30 FLASH14h30 VlDEOMIX Musical Apresentação 23h30de Emílio Surita15h TV CRIANÇA Infantil Apresenta

ção de Relp Relp Esquadrão do Futu Ohro17h CANAL LIVRE Entrevistas Apre

Telefone da emissora 542 2132sentação de Gilse Campos Hoje a/coolismo e grupos anônimosJORNAL DO RIO - Noticiário localAGROJORNAL Informativo sobreo campoJORNAL BANDEIRANTES Noticiário nacional e internacional'GOGGLEV SeriadoMACHINEMAN SenadoCAPITÃO POWER SeriadoHOLLYWOOD ROCK IN CON-CERT Musical Ho|e Eric ClaptonJORNAL DA NOITE Jornalismocomentado Apresentação de DonsGiesse e Rafael MorenoFLASH Entrevistas Apresentaçãode Amaury Jr Hoje a cantora Wanderlé/a

BCANAL 9 TV Corcovado7h50 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONALEducativo8h15 POSSO CRER NO AMANHÃReligioso8h30 DESPERTAR DA FÊ Religioso9h VINDE A CRISTO Religioso9h30 IGREJA DA GRAÇA Religioso10h RENASCER Religioso10h15 CENTRO DE CONVENÇÕESEVANGÉLICAS Religioso11 h NOÉ MARTINS E VOCÊ PARTICI-PANDO Religioso11 h30 O CÉU NÃO TE ESQUECEU Religioso11h45 PROJETO VIDA NOVA Religioso11 h50 ENTRE AMIGOS Religioso12h05 VIVA COM SAÚDE Informativo12h15 O GÊNIO MALUCO Desenho12h30 EM TEMPO Entrevistas Apresentação de Roberto Milost13h SOM NA CAIXA Musical Apresentação de Ademir Lemos e Osmar

Telefone da emissora 580 1536Cintra

14h SESSÃO DESENHO16h SHOW DA LUCY Seriado16h30 O MUNDO É PEQUENO Senado17h MULHER EM AÇÃO Programafeminino apresentado por Dayse Borges18h30 VIBRAÇÃO BODY BOARD - Música e esportes Apresentação de Cláudia Tenório19h JORNAL DA RECORD Noticiário20h INFORME ECONÔMICO Notícias sobre o mercado financeiro20h15 OS GAROTINHOS Seriado20h30 ESPAÇO ABERTO Entrevistas edebates Apresentação de Sônia AiresRibeiro21h30 SESSÃO TOP MOVIE Filme Otesouro do recite da Jamaica23h30 CELESTE MARIA RECEBE Entrevistas0h30 ÚLTIMA PALAVRA Religiosocom o pastor Miguel Ângelo

m CANAL 11 TV S7h EDUCATIVO7h28 A COPA DAS COPAS7h30 HONEY, HONEY Infantil8h BOZO Infantil Apresentação do

palhaço Bozo11h DÔ. RÉ. Ml. FA, SOL, LA. SIInfantil Apresentação de Mariane12h58 A CAMINHO DA COPA Boletim13h CHAPOLIN Seriado infantil13h30 MASK Infantil14h ORADUKAPETA Infantil Apresentação de Sérgio Malandro16h JONNHY QUEST Desenho16h30 SHOW MARAVILHA InfantilApresentação de Mara18h CHAVES Seriado infantil18h30 MEUS FILHOS. MINHA VIDAReprise da novela de Crayton Sarsy eHenrique Lobo1 9h25 SBT ESPORTES Noticiário esporti CANAL 18 TV Rio11h30 JUERP ATUALIDADES ReligioSO11h40 VINDE A CRISTO Religioso12h REPÓRTER RIO Noticiário12h10 RIO URGENTE ESPORTE Esportivo1 3h REPÕRTER RIO13h 10 RIO URGENTE Variedades Apresentação de José Carlos Cataldi e outros

Telefone da emissora 580-0313tivo

1 9h40 A COPA DAS COPAS Boletim19h43 ECONOMIA POPULAR/PERGUN-TE AO TAMER Informativo econômico19h45 TJ RIO Noticiário local20h TJ BRASIL Noticiário20h30 UM HOMEM DE OUTRO PLANE-TA Seriado21H25 A CAMINHO DA COPA21 h30 HEBE Variedades Apresentação deHebe Camargo23h28 A COPA DAS COPAS23h30 JÔ SOARES ONZE E MEIA - Entrevistas com Jô Soares Hoje a atriz emodelo Cfistina Oliveira, o ermitào daseita Hare Krishma, José Gerson daCosta, e o grupo Felix Culpa0h30 ISTO É BRASIL Turistico

Telefone da emissora- 293-001218h REPÓRTER SEM MEDO Noticiário policial18h30 REPÓRTER RIO19h COMBATE Seriado20h SESSÃO KUNG FU22h DINHEIRO VIVO E BOLETIM EM-PRESARIAL22h35 VAMOS SAIR DA CRISE0h30 ENCERRAMENTO

Jf

BOCA MOLHADA DE PAIXÃO CALADATexto de Leilah Assunção Direção da Luiz CarlosMaciel Com Herson Capn e Malu Rocha TeatroCândido Mendes Rua Joana Angélica. 63 (2677295) Dom 2* e 3' ás 21 h30 6' e sáb ás 24hIngressos a CrS 300 00 Ultimo diaA COMÉDIA DOS AMANTES Texto de LuizArthur Nunes Direção de Nara Keiserman ComAndréa Fuks. Francisco de Figueiredo. Hilário Stanislaw e outros Ca/é Concerto do Teatro CasaGrande Av Afrámo de Mello Franco 290 (2394045) 2-s e 3's, às 21 h30 Ingressos a CrS300 00 Duração 1 h 10 O espetáculo começa rigorosamente no horárioESTÓRIA Texto de Oscar Marques Direção deIvana Leblon Com Anat Geiger Isabel Gomide.Kátia Magalhães e Oscar Marques Teatro Benja•nun Constam Av Pasteur 350 3*s e 4"s. às 21 hIngressos a CrS 200 00 Duração 50mUM RETRATO DE CORPO INTEIRO (IDENTI-DADE DE UMA PERSONAGEM) Texto deRegiana C Antonini Baseado na obra de Clariceuíspector Direção de Cláudio Torres Gonzaga

Direção musical de Arthur Kampela Com Rosamaria Murtinho Marcos Breda e Regiana C AntonimTeatro Vannucci Rua Marquês de São Vicente.52, 3° (274 7246) 2"s e 3"s. às21h30 Ingressosa CrS 500.00 Duração 1 hTRATO é TRATO Texto de Jacks PaudeauAdaptação de Hilton Have Com Leonardo José.Lúcia Barufhaldi, Hilton Have e outros. TeatroBarra Shopping. Av das Américas, 4.666 (3255844) 3-e4- ás 21 h. 5-e6' às18h30 Ingressos a CrS 350.00 (3a e 4-') e CrS 250.00 (4» e 5-")Duração 1 h40MISSA DAS 10 Texto de Adélia Prado. Direção de Antônio Mello Com Antônio Mello Espa-ço Cultural Sérgio Porto Rua Humaitá. 163 (2660896) 2's e 3as. às 21h30 Ingressos a CrS150.00 Duração 50m Até dia 29 de maioM CRIANÇAS

A PRIMEIRA ESTRELA - Texto de Mário Piragibe Direção de Márcia Velloso Teatro GrandeOthelo. Rua Clarimundo de Melo. 847 (269-8132) De 2a a 4a às 17h30 Ingressos a CrS150 00 Até dia 6 de junho

Filme de Bruno

é mal promovido

RECÉM-lançado

nos Es-tados Unidos, o filmeA show of force, de

Bruno Barreto, mereceu re-senha do editor de Artes doLos Angeles Times, CharlesChamplin, que acha que elefoi prejulgado por seu distri-buidor como um fracasso co-mercial e abandonado antesque o público tivesse a opor-tunidade de avaliar por simesmo.

A sho w of force, distribuí-do pela Paramount, foi lan-çado em uma dúzia de cida-des, mas com o minimo depromoção. E as exibições pa-ra a imprensa só foram reali-zadas na véspera da estréiacomercial, o que, na opiniãode Champlin, é um sinal deque o distribuidor temia me-nos provocar a raiva dos cri-ticos do que suas resenhas.

Estrelado por Amy Irving(mulher de Bruno, com quemteve recentemente um filho)e Andy Garcia, e com RobertDuvall num longo papelcoadjuvante, o filme, que se-gundo Champlin busca clara-mente aquele tipo de "eletri-cidade política que CostaGavras conseguiu memora-velmente em Z", é passadoem Porto Rico. Os letreirosfinais dizem que A show offorce é baseado em fatosreais: o assassinato pela poli-cia de dois estudantes que,em 1978, fizeram uma desas-trada tentativa de ocuparuma emissora de rádio para

divulgar mensagens a favorda independência.

A suspeita de que foi umaconspiração armada para in-criminai' os jovens aindaexiste e o caso continua sen-do investigado. Na opinião deChamplin, o filme "faz umbom trabalho ao criar umasituação em que, como em Z,todos parecem estar envolvi-dos numa conspiração e nin-guém está interessado emproteger os inocentes e per-seguir os culpados". A nãoser, é claro, a destemida ra-dialista Amy Irving e o jo-vem promotor Andy Garcia.Champlin diz que os dois es-tão bem em seus papéis e que,em seus melhores momentos,A show of force é capaz deprovocar paranóia num san-to.

O crítico acha que o gran-de problema do filme é queele caminha bem na parte do-cumental, mas capenga na deficção. Ele aponta buracos equebras de credibilidade nahistória. E admite que, nestecaso, o produtor talvez possater razão em desconfiar que ofilme não seria um sucesso debilheteria, mas poderá se sairmelhor no mercado de vídeo,mais tarde. Mas diz que, ain-da assim, A show of force émais interessante do quemuitos filmes menos ambi-ciosos atualmente em cartazpor lá, que contaram comgrande apoio promocional.

Artur Xexéo

O

estrondoso sucessoda telenovela Pan-tanal divulgou acrença de que o

bom mesmo em teledrama-turgia são planos longos, rit-mo lento, poucos cortes, mui-tas paisagens. Por issoRainha da sucata com seuritmo frenético e cenas de es-túdio não teria emplacado. Oespectador estaria cansado doexcesso de edição das teleno-velas da Rede Globo e saudou,encantado, o novo ritmo im-posto pela Manchete. Desdedomingo à noite, porém, estateoria caiu por terra. Com aexibição do primeiro capítuloda minissérie Desejo, a Globoprovou que ritmo ágil, cenascurtas e muita ação ainda po-dem render bons programas.

A estonteante plasticidadeda fotografia de Pantanal.seu cenário exótico e os eons-tantes banhos de rio de seusatores mais jovens não se-riam suficientes para a nove-la manter, já há dois meses, aliderança de audiência do ho-

rário. Pantanal faz sucessoporque tem uma boa historiapara contar e encontrou umalinguagem adequada paranarrar sua trama. É este tam-bém. pelo visto até agora, ocaso de Desejo.

Num ponto, Pantanal eDesejo se encontram. A nove-la da Manchete busca refe-rências cinematográficas pa-ra impor seu ritmo. Desejoescalou o consagrado fotógra-fo do cinema brasileiro MárioCarneiro (leia quadro nestapágina) para diferenciar suaimagem. Deu certo. A minis-série é o produto mais bonitoque a Rede Globo exibe atual-mente — toda em tons pas-tóis. No mais, apesar da difi-culdade que deve ter sido paraos atores decorar e represen-tar com naturalidade diálo-gos com tratamento na se-gunda pessoa do singular, aroteirista Glória Perez criouum melodrama irresistível.

Desejo é mesmo um melo-drama cafona que poderia es-tar destinado ao esquecimen-to de uma velha novela dasseis. Mas ganha interesse namedida em que é inspirado

Olhar de cinema

em minissérie

Jk minissérie Desejo, daZ» rede Globo, marca a

JCjL estréia na TV de umdos fotógafos mais importan-tes do cinema brasileiro: Má-rio Carneiro, 59 anos, arquite-to, urbanista, pintor,cineasta de Gordos e magros,de 1975, fotógrafo dos titu-los mais importante do Cine-ma Novo e de todos os filmesde Joaquim Pedro de Andradeé de Paulo César Saraceni.Foi com o amigo e sócio Pau-lo César Saraceni, na produ-tora Planiscope, que MárioCarneiro se lançou no cinemahá 30 anos, como produtor, di-retor assistente, roteirista efotógrafo de Arraial do Ca-bo, rodado por Saraceni em1959. O fotógrafo de Capitu, deCrônica da casa assassinada,de Todas as mulheres domundo e de Macunaíma con-sidera "inevitável" o traba-lho na TV, "principalmenteagora que o cinema brasileirodeixou de existir".

Para manter o exercício "enão perder a mão" duranteeste recessão na produção ci-nematográfica, Mário Carnei-ro aceitou o trabalho árduo eveloz da TV: "Trabalha-semuito na TV e, por isso. sedesenvolve um ritmo fantás-tico. O cinema tem uma res-piração lenta. Agora faço luzpara cinco câmeras ao mesmotempo no lugar de apenas

uma. É como olhar para cincodireções de uma só vez. Agente ganha agilidade", diz.Para dar o tom antigo da mi-nissérie Desejo, Carneirousou filtros fog, a garantia decores suaves, em tom pastel,e a câmera favorita do diretorWolf Maia, a steady eam, in-ventada pelo cineasta Stan-ley Kubrick. Trata-se de umsuporte que o cameraman usano ombro para poder cami-nhar com a câmera sem quequalquer cena saia toemida.

Filho de diplomata, MárioCarneiro viajou muito e. en-tre os 18 e os 25 anos, já tinhavisto todos os clássicos dahistória do cinema. A primei-ra profissão, de arquiteto,com especialização em urba-nismo em Paris, foi abando-nada. O pintor Mário Carnei-ro já expôs no Rio, embo-ra considere a pintura em suavida "uma atividade de umlouco lúcido". O mergulho nocinema foi definitivo a partirdos anos 60 e, agora, Carneiroconsidera "muito boa" a tro-ca entre cinema e TV. "O ci-nema tem uma visão perfec-cionista e a visão da TV é umpouco de circo, acrobata, por-que os câmeras fazem coisasfantásticas. É um outro mun-do."

num acontecimento real queenvolve um dos mais impor-tantes nomes da Literaturanacional, Euclides da Cunha,o dos Sertões. No primeiro ca-pitulo. como a Globo costumafazer com suas telenovelas,todos os personagens já estãobem delineados Euclides, napele de Tarcísio Meira. e umintelectual, frustrado com acarreira militar, atrapalhadocom a profissão de engenhei-ro, que relega a vida conjuga]

mesmo sendo ela partilha-da com a belíssima Vera Fis-cher a um segundo planoVera é Ana. mulher de Eueli-des, insatisfeita com o relacionamento com o marido,ardente de desejo por um ho-mem que nunca está em casa.Quem vai satisfazê-la é o jo-vem Dilermando, aspirante amilitar, interpretado porGuilherme Fontes. Formadoo mais banal dos triângulosamorosos, o caso de amor entre Ana e Dilermando vai ter-minar em tragédia, com amorte de Euclides, já explora-da em meia dúzia de livrosescritos por seus herdeiros

A minissérie é ambientadaem um Rio de Janeiro dotempo em que amores frus-trados levavam mocinhasapaixonadas a virar freiras,moças de família não saíamsozinhas à rua, o papel da mu-lher no casamento era cuidardos filhos e da casa. A Histó-ria é so pano de fundo: comen-ta-se uma revolta contra ogoverno de Floriano Peixoto,critica-se a falta de naciona-lismo de Olavo Bilac. ironiza-se o prefeito Pereira Passosque teima em derrubar a ci-dade para construir a Aveni-da Central. O elenco estáafiado com destaque paraDébora Evelyn no papel de irmã de Ana de Assis . a re-constituição de época é oficiente, a direção de WolfMaya e Denise Saraceni ésensível. Mas Desejo impres-siona principalmente pormostrar que, nestes temposem que seus horários de nove-Ias estão dominados por co-médias sem graça, a Globoainda sabe utilizar seu padrãode qualidade para exibir umbom melodrama

A trilha

desafinou

Nos saraus que enriquece-

ram a trilha sonora doprimeiro capítulo de Desejoaconteceram três adivinhaçõesque nada devem aos anaeronismos registrados ao longo deKananga do Japão Como a

ação se passa, no máximo, em1908. ano da morte de Euclides.Vera Fischer não poderia tocarao piano o clássico Odcon. queErnesto Nazareth só comporiadois anos depois. Nem seria possivel aos personagens cantaremLua Branca, de ChiquinhaGonzaga, e Chuã. chuá, de Pe-dro de Sá Pereira e Ary Pavão,uma de 1911 e outra de 1925. Acuidadosa pesquisa feita parareconstituir a época da tragé-dia. em matéria de música, de-safinou

Fãdo do Carmo

no Riocen tro

A

música de Carlos do Car-mo c portuguesa comcerteza. Embalados pelo

fado, versos dos maiores poetaslusitanos são cantados por elehá 27 anos. No meio de muitobacalhau, vinho e bagaceira,Carlos do Carmo estréia hoje, às21h, uma rápida temporada noRiocentro. Até o dia 3 de julhoseus shows diários poderão servistos entre outros produtos tí-picos da 2> Feira Luso-Brasilei-ra. "Já me apresentei por toda aEuropa e conheço bem a músicabrasileira. Mas continuo can-tando fado, música da forte cul-tura lusitana", conta o cantor.

Da forte cultura lusitanaCarlos do Carmo tira todos osinstrumentos para seu trabalho."As letras vêm da grande poesiaportuguesa, clássicos como Pes-soa. Bocage, José Saramago egente mais nova como Ary dosSantos", explica, antes de acres-centar: "Sou essencialmente umintérprete, quem faz as músicaspara mim são grandes nomes damúsica contemporânea comoJosé Mario Branco, FernandoTordo e Paulo de Carvalho."

No palco montado entre osestandes da feira. Carlos do Car-mo cantará acompanhado pordois instrumentistas. "Um naguitarra portuguesa e outro naviola, que vocês aqui chamam deviolão". A guitarra portuguesa éum violão de 12 cordas responsá-vel pela sonoridade caracteristi-ca do fado. "É um instrumentodefinitivamente português, in-confundivel", analisa do Carmo.

Contra quem pensa que todosos fados são iguais, Carlos doCarmo considera "o fado umacanção criativa, análoga aojazz". E ensina que este gêneromusical "é emoção, criativida-de. faz o espectador prestaratenção a todo o espetáculo".

Fernando Lemos

Carlos do Carmocanta a palavra

Por todo o espetáculo entende-se a intepretação de Carlos doCarmo, o fado e os versos degrandes poetas portugueses. Nadefinição do escritor e fã JoséSaramago, Carlos do Carmo"canta a palavra e vai dizendo amúsica''.

Carlos do Carmo resolveucantar grandes poemas musica-dos por não se considerar ummúsico indiferente. "Não hátrês maneiras de cantar. Sóexistem o cantor de consumo,que ruma ao vazio, e o que seenvolve com a vida, com o que ocerca, que está sempre envolvi-do com o belo e contra o que éfeio", teoriza o cantor, que seenquadra no último grupo."Apesar da pouca acústica doRiocentro. pressinto que vai serum show gostoso", acredita o fa-dista.

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Tarcisio Meira (Euclides da Cunha) e Vera Fisher (Ana de Assis) sao os interpretes da minisserie DesejoTarcísio Meira (Euclides da Cunha) e Vera Fisher (Ana de Assis) são os intérpretes da minissérie Desejo

Televisão/ CRÍTICA.? 'Desejo'

Ritmo ágil do drama

Globo mostra muita ação em minissérie

Mdrio Carneiro estreia em televisao aos 59 anosmÊÊBÊÊÊÊm: \ mè ? .Mário Carneiro estréia em televisão aos 59 anos

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