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FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO FECAP GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS BRUNA MARTINS CONSTANTINOV ARAUJO DENISE HELENA PIRES PELUSI GUSTAVO LEMOS PAVANELLI LAILA SIMONE MARQUES FERNANDES MARCELLA KHRISTINA CESCON MARTINS PANORAMA ATUAL DO MERCADO DE CERVEJA ARTESANAL São Paulo 2014

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FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO

FECAP

GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

BRUNA MARTINS CONSTANTINOV ARAUJO

DENISE HELENA PIRES PELUSI

GUSTAVO LEMOS PAVANELLI

LAILA SIMONE MARQUES FERNANDES

MARCELLA KHRISTINA CESCON MARTINS

PANORAMA ATUAL DO MERCADO DE CERVEJA ARTESANAL

São Paulo

2014

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FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO

FECAP

GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

BRUNA MARTINS CONSTANTINOV ARAUJO

DENISE HELENA PIRES PELUSI

GUSTAVO LEMOS PAVANELLI

LAILA SIMONE MARQUES FERNANDES

MARCELLA KHRISTINA CESCON MARTINS

PANORAMA ATUAL DO MERCADO DE CERVEJA ARTESANAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - FECAP, como parte dos requisitos para a obtenção do título de bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Matheus Cordeiro

São Paulo

2014

FOLHA DE APROVAÇÃO

Bruna Martins Constantinov Araujo Denise Helena Pires Pelusi Gustavo Lemos Pavanelli

Laila Simone Marques Fernandes Marcella Khristina Cescon Martins

PANORAMA ATUAL DO MERCADO DE CERVEJA ARTESANAL

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP, como requisito para obtenção do título de bacharel em Administração de Empresas.

COMISSÃO JULGADORA:

Centro Universitário Álvares Penteado – UNIFECAP

Prof. Matheus Baldo Cordeiro

Centro Universitário Álvares Penteado – UNIFECAP Professor Orientador – Presidente da Banca Examinadora

São Paulo, 01 de junho de 2014.

Agradecimentos

Gostaríamos de agradecer à FECAP e aos professores da instituição por todo o

conhecimento oferecido durante o curso, possibilitando que agregássemos bagagem

suficiente para o desenvolvimento deste trabalho.

Agradecemos também ao nosso orientador, Matheus, por todo o apoio durante os

momentos de indecisão, o auxílio em sanar as nossas dúvidas, a paciência e

disponibilidade em nos atender sempre que foi necessário.

Ainda, gostaríamos de agradecer aos empreendedores de cerveja artesanal pela

disponibilidade e paciência em nos atender para que fossem feitas as entrevistas,

em especial a Cervejaria Júpiter, Cervejaria Colorado e Cervejaria Urbana, que

foram extremamente solícitas ao nos atender, e reservaram um longo período de

tempo para sanar nossas questões acerca da percepção dos empreendedores a

este mercado.

Agradecemos, ainda, ao nosso primeiro orientador Anderson Andrade, que nos

auxiliou no momento de definir o tema central a ser pesquisado e nos guiou no início

do nosso trabalho.

Por fim, nossos agradecimentos a todos que estiveram envolvidos neste trabalho, e

inclusive nossos parentes e amigos, em entender os diversos momentos de

ausência e a importância da conclusão deste trabalho para o nosso futuro.

Resumo

Este trabalho visa abordar questões ligadas à indústria cervejeira, bebida de alto

índice de consumo entre brasileiros e ampla concorrência entre as grandes

produtoras. Há três empresas que dominam o setor e detêm juntas

aproximadamente 90% do mercado, no entanto, as microcervejarias têm o seu

espaço, e cresceram aproximadamente 15%, enquanto as grandes cervejarias

cresceram em média 5%. Esse crescimento tem sido impulsionado pelo aumento do

poder aquisitivo da população e também pelo desejo de um produto mais refinado e

diferenciado do que os produtos vendidos em larga escala no mercado. No entanto,

o objetivo do presente trabalho é identificar a percepção do consumidor da cidade de

São Paulo sobre o setor de cervejarias artesanais e a visão de mercado dos

empreendedores desse setor no estado de São Paulo, podendo assim, ser utilizado

para compreensão do panorama atual do mercado, bem como seu consumo,

crescimento, barreiras e questões tributárias, norteando ações de futuros

empreendedores desse segmento e auxiliando-os a satisfazer as necessidades dos

seus clientes e diferenciar seu produto.

Palavras-chave: Cerveja Artesanal, Percepção do Consumidor, Visão do

Empreendedor.

Abstract

This research aim to expose beer industry issues, a high table beverage in Brazil and

a large competition among big manufacturer. There are 3 companies which control

the sector and together they have 90% of this market, but the small ones also have

their space and grew almost 15%, while the big ones grew only 5%.

This growth has been boosted from the increase of purchasing power of population

and also a desire of better and different products comparing the others which are

sold in market. However the intention of this work is to identify the perception of the

consumer in São Paulo about the handmade beer and the point of view of an

enterprise in this segment. This work also may be used for the comprehension of the

current market perspective. Including consumption, growth, limits and tax issues,

directing the new handmade beer enterprising, helping them to satisfy their

costumers needs and make their product different.

Key Words: Handmade Beer, Consumer Perception, Enterprising Point of View.

SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1

1.1- OBJETIVOS DA PESQUISA ................................................................................ 3

1.1.1-OBJETIVO GERAL ............................................................................................ 3

1.1.2-OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................. 3

1.2-JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 3

2-REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 4

2.1 - CERVEJA ............................................................................................................ 4

2.1.1- SURGIMENTO DA CERVEJA .......................................................................... 4

2.1.2- CERVEJAS NO BRASIL ................................................................................... 5

2.2 INGREDIENTES PRINCIPAIS .............................................................................. 6

2.2.1- CEVADA ........................................................................................................... 6

2.2.1.1- CEVADA NO BRASIL .................................................................................... 6

2.2.1.2- CULTIVO DA CEVADA .................................................................................. 7

2.2.2- MALTE .............................................................................................................. 8

2.2.2.1- OBTENÇÃO DO MALTE ................................................................................ 8

2.2.2.2- FUNÇÕES DO MALTE .................................................................................. 9

2.2.2.3- TIPOS DE MALTE........................................................................................ 10

2.2.2.4- MERCADO DO MALTE ................................................................................ 10

2.2.3- LÚPULO .......................................................................................................... 10

2.2.4- LEVEDURA ..................................................................................................... 11

2.2.5–ÁGUA NO PROCESSO ................................................................................... 12

2.3- PRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

2.4- MERCADO DE CERVEJA ARTESANAL ........................................................... 14

2.4.1- CONSUMO ..................................................................................................... 18

2.4.2- IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO ................................................................... 21

2.4.3- TRIBUTOS INCIDENTES ............................................................................... 24

2.4.4- EDUCACIONAL .............................................................................................. 27

2.4.5- - TENDÊNCIAS DO MERCADO ..................................................................... 29

2.5- BARREIRAS DO MERCADO ............................................................................. 29

2.6- ESTRATÉGIA .................................................................................................... 30

2.7- ORGÃOS FISCALIZADORES ............................................................................ 32

3- METODOLOGIA ................................................................................................... 33

3.1- DELINEAMENTO DA PESQUISA ...................................................................... 33

3.2- POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................... 34

3.3- COLETA DE DADOS ......................................................................................... 34

3.4- PROCESSO ....................................................................................................... 35

3.5- MÉTODO DE ANÁLISE .................................................................................... 35

3.6- LIMITES E LIMITAÇÕES ................................................................................... 35

4- RESULTADO E ANÁLISE ................................................................................... 356

4.1- CONSUMIDORES ........................................................................................... 356

4.1.1- CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA............................................................. 356

4.1.2- CARACTERIZAÇÃO DO CONSUMO DE CERVEJA ARTESANAL.............. 358

4.1.2.1- OPINIÃO PÓS-CONSUMO .......................................................................... 39

4.1.2.2- MOTIVO POR OPTAR PELA CERVEJA ARTESANAL .............................. 40

4.1.2.3- FREQUÊNCIA DO CONSUMO SEGUNDO PESQUISADOS ...................... 40

4.1.2.4- CERVEJA ARTESANAL X CERVEJA CONVENCIONAL ............................ 41

4.1.2.5- INDICAÇÃO ................................................................................................. 42

4.2- ANÁLISE GERAL DOS DADOS ........................................................................ 42

4.3- VARIAÇÃO E REPRESENTATIVIDADE NA PESQUISA .................................. 44

4.4- ANÁLISE DAS ENTREVISTAS COM EMPREENDEDORES ............................ 42

5- CONCLUSÃO ....................................................................................................... 46

6- REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 48

APÊNDICES A .......................................................................................................... 56

APÊNDICES B .......................................................................................................... 57

ANEXOS A ............................................................................................................... 59

ANEXOS B ................................................................................................................ 60

ANEXOS C ................................................................................................................ 62

ANEXOS D ................................................................................................................ 63

1

1. INTRODUÇÃO

Segundo a Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja (APCV), desde que o

homem passou a desenvolver seus relacionamentos interpessoais, e criar o que

chamamos de sociedade ou civilização, muitas práticas foram desenvolvidas, sejam

elas práticas de caça ou de magia. O fogo e fermentação foram fatores importantes

para a raça humana primitiva. Sabe-se que dessas práticas originou-se uma das

bebidas mais antigas da humanidade: a cerveja. Não se sabe ao certo quando

surgiu a cerveja, mas acredita-se que ela tenha surgido de um acidente, assim como

o vinho, provavelmente da fermentação de algum cereal (APCV, 2013).

Por ser uma bebida antiga, passou por diversas etapas, foi adaptada por diferentes

civilizações e cada uma tinha sua receita, fabricação, modo de conservação e

ingredientes secundários. Houve civilizações que preferiam aromas distintos,

diferentes quantidades de mel, cevada e trigo (REINOLD, 2013).

No Brasil, a primeira cerveja a desembarcar veio junto com Maurício Nassau e o

cervejeiro Dirck Dicx em 1637, mas chegou oficialmente em 1808 com Dom João. A

vinda dos portugueses para o Brasil trouxe consigo uma variedade de cerveja. Por

se tratar de uma bebida com baixo teor alcoólico e refrescante tornou-se popular

entre os brasileiros (SANTOS, 2005).

Segundo Reinold (2013), o mercado de cervejas brasileiro está em um momento de

transição, as grandes cervejarias estão crescendo cada vez mais, porém, as

microcervejarias estão garantindo seu espaço. Segundo uma pesquisa realizada

pela Barth-Haas Group (2012), empresa de produtos e serviços relacionados ao

lúpulo, o Brasil é o terceiro maior produtor mundial de cerveja – são 13 bilhões de

litros/ano, na categoria de consumo ocupa a 15º posição. O consumo em média do

brasileiro é de 62 litros por pessoa.

As grandes cervejarias, como o grupo AB Inbev, dominam o mercado brasileiro, mas

os pequenos produtores também tem espaço, são aproximadamente 200

microcervejarias no mercado brasileiro e esse nicho está em expansão desde 2005,

hoje tem participação de 0,5% do mercado nacional, mas ainda é considerado pouco

se comparado a países como Chile e EUA que tem participação em torno dos 9%

(REINOLD, 2013).

2

A expectativa da Associação Brasileira de Bebidas (ABRABE) é que a participação

de microcervejarias no mercado nacional dobre em 10 anos. Os consumidores estão

cada vez mais exigentes, as classes A e B estão procurando diferenciação, novas

experiências e sabores. Enquanto a classe C consome as marcas mais conhecidas,

a saber: AMBEV, KAISER, SCHINCARIOL, entre outras (REINOLD, 2013).

Segundo Reinold (2013), o setor emprega cerca de 150 mil pessoas, entre postos

diretos e indiretos. O setor cervejeiro é um setor de difícil acesso a dados

estatísticos sobre sua produção e consumo, devido a trabalharem com políticas

próprias de avaliação de mercado. Além disso, é um setor que está sujeito a

sazonalidade.

Segundo Beck (2012), dados do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do

Comércio (MDIC) propõem que o brasileiro tem consumido mais cervejas de outros

países, enquanto os estrangeiros têm consumido mais cervejas brasileiras. As

exportações de cerveja brasileira cresceram aproximadamente 46% no período de

2007 a 2011.

Além de ser empreendedor de microcervejarias, é possível ser profissional em

sommelier de cerveja, elaborador de carta de cervejas, analistas de sabores, etc.

No Brasil, há instituições especializadas que oferecem cursos profissionalizantes,

técnicos e até especializações, são eles, SENAC, Associação Brasileira de

Sommeliers, Instituto da Cerveja e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico

e Emprego (PRONATEC). Segundo o Ministério da Educação (MEC), o curso de

engenharia de alimentos atua no desenvolvimento de produtos e processos da

indústria de alimentos e bebidas, vale destacar a produção de cerveja (MEC,2013).

Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), no

Brasil, há dados dispersos associados ao consumo, produção, importação e

exportação de cerveja. Embora existam trabalhos que abordam o panorama do

mercado da cerveja no Brasil, foram encontrados poucos trabalhos atualizados

(BNDES, 2006).

Há poucos estudos sobre a percepção do consumidor de cervejas artesanais. Essas

pesquisas são importantes para que o empreendedor possa identificar a percepção

do consumidor sobre seus produtos.

3

Qual é a percepção do consumidor na cidade de São Paulo e empreendedor

brasileiro sobre o mercado de cerveja artesanal no Estado de São Paulo?

1.1 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.1.1 OBJETIVO GERAL

Identificar a percepção do consumidor da cidade de São Paulo sobre cervejas

artesanais.

1.1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Elaborar um instrumento de pesquisa, baseado na literatura, para identificar

a percepção do consumidor paulistano sobre o consumo de cervejas

artesanais.

Analisar o perfil de consumo do consumidor de cerveja artesanal.

Elaborar um instrumento de pesquisa, baseado na literatura, para identificar

a visão do empreendedor com relação ao mercado de cervejas artesanais.

Identificar e analisar a visão do empreendedor deste mercado

1.2 JUSTIFICATIVA

Esse trabalho poderá ser utilizado para compreender o panorama do mercado de

cervejas artesanais, tal como seu crescimento, dificuldades encontradas pelos

empreendedores e aumento do consumo.

Além disso, poderá nortear ações futuras dos empreendedores desse

segmento para trazer novos diferenciais para os consumidores desse nicho de

mercado.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Esse tópico tem como objetivo narrar a história da cerveja, bem como seus ingredientes, produção e mercado.

4

2.1 CERVEJA

Segundo a lei de número 8.918 de 14 de julho de 1994 (BRASIL, 1994),

regulamentada pelo decreto nº 6.871, de 04 de Junho de 2009(BRASIL, 2009),

artigo 36: “A cerveja é a bebida obtida pela fermentação alcoólica do mostro

cervejeiro oriundo do malte de cevada e água potável, por ação da levedura, com

adição de lúpulo”.

Segundo Corazza (2011), a diferença entre microcervejarias e cervejarias artesanais

é que enquanto a primeira é capaz de produzir copiosamente e servir o mercado, a

segunda consiste em um hobby.

Para Morado (2009), a diferença entre as duas está justamente na preocupação com

a qualidade do produto final, com a utilização de matéria prima de qualidade e a

produção em massa realizada pelas grandes cervejarias.

Abaixo aborda-se o surgimento e história das cervejas.

2.1.1 SURGIMENTO DA CERVEJA

Não se sabe ao certo quando surgiu a cerveja, mas sabe-se de fato que o homem

conhece o processo de fermentação há aproximadamente 10.000 anos. Acredita-se

que ela tenha sido descoberta pelos sumérios, assírios e babilônicos, que tinham

uma alimentação baseada nos cereais. E tenha surgido de um acidente, assim como

o vinho, muito provável da fermentação de algum cereal, pouco depois do

surgimento do pão. A função de cozinheira era destinada às mulheres, portanto

foram elas que perceberam que a massa do pão quando era molhada, fermentava

de forma que ficasse ainda melhor. Teria aparecido assim, uma espécie de cerveja

primitiva, conhecida como “pão líquido” (APCV, 2013).

Foram encontradas na região da antiga Suméria, pedras com inscrições referentes à

produção da cerveja. No período babilônico, era possível perceber outros tipos de

cerveja, feitas através de combinações diferentes, a fim de dar aromas distintos,

maior ou menor quantidade de mel, cevada e trigo. Ainda nesta época, foi instaurado

o Código de Hamurabi, que consistia em algumas regras, entre elas havia uma que

obrigava a fazer da cerveja uma ração diária a todos, a quantidade era estabelecida

5

através da colocação social de cada um, outra protegia os consumidores da má

qualidade, tendo como castigo a morte por afogamento (APCV, 2013).

Foi encontrada também uma placa de barro com um desenho, que parecia duas

pessoas tomando alguma coisa, entende-se que seja cerveja em um pote de palha,

que era usado para tomar cerveja, pois evitava a ingestão de resíduos de cereal que

se acumulavam ao fundo e que eram bastante amargos. Esse costume era

compartilhado com os babilônicos, já que a maior parte de suas cervejas eram

turvas e não eram filtradas. Por anos as cervejas babilônicas conceituadas foram

exportadas para o Egito. Porém, assim como na Babilônia o Egito também produzia

cerveja, esta era consumida por nobres e camponeses, servindo como alimento ou

como remédio para algumas doenças. Apesar de a cerveja não ser reconhecida

como o vinho, evoluiu muito, e passou a ser produzida por muitos países, inclusive

pela China que fabrica o saquê, cerveja de arroz (APCV, 2013). No Brasil, seu

crescimento também merece destaque.

2.1.2 CERVEJAS NO BRASIL

Segundo Santos (2005), a cerveja chegou ao Brasil por volta de 1634, com a vinda

dos holandeses pela Companhia da Ocidental das Índias. Quando foram embora em

1654, os portos foram fechados, a partir disso, a cerveja consumida no país era

contrabandeada. Os portos foram reabertos em 1808 com a chegada da família real.

Dom João era apreciador da bebida e trouxe juntamente com outros produtos a

cerveja.

As primeiras cervejas brasileiras tinham um grau alto de fermentação devido à sua

fabricação, por conta disso produzia grande quantidade de gás carbônico, sendo

assim as garrafas eram amarradas com barbantes para segurar as rolhas, devido a

isso, foram chamadas Cerveja Marca Barbante. Por ser uma bebida de baixo teor

alcoólico e bem refrescante, tornou-se popular no Brasil, país tropical (SANTOS,

2005).

A cerveja aos poucos foi sendo aceita, e o número de consumidores passou a

crescer, tomando amplas proporções.

As primeiras produções de cerveja artesanal no Brasil foram datadas em 1830. Em

1876, surgiu a Imperial Fábrica de Cerveja Nacional, que posteriormente tornou-se a

6

Bohemia, em 1888 surgiram a Antártica e a Brahma. Em 1999, as empresas se

juntam e formam a Companhia de Cerveja das Américas (AMBEV). Em 2004,

através da fusão entre a Ambev e a belga Interbrew, surgiu a Inbev. E

posteriormente, em 2008, a Inbev comprou a Anheuser-Busch, formando o maior

grupo cervejeiro do mundo, a AB Inbev (MORADO, 2009).

Segundo Sobral (2012), uma pesquisa realizada pela Barth-Haas Group, empresa

de produtos e serviços relacionados ao lúpulo, o Brasil em 2011 se tornou o terceiro

maior produtor mundial de cerveja – foram 13,3 bilhões de litros/ano, na categoria de

consumo ocupa a 15º posição. O consumo em média do brasileiro é de 62 litros por

pessoa.

Os ingredientes utilizados na produção da cerveja merecem ser abordados, já que,

sem eles não se chega ao resultado.

2.2 INGREDIENTES PRINCIPAIS

2.2.1 CEVADA

Cereal de inverno, a cevada é de espécie Hordeum Vulgare, da família Poaceae

(gramineae), utilizada para preparação de malte na fabricação de cervejas, rações,

indústria de farinha, de doces e confeitos, etc (NUNES, 2010).

Pertencente do gênero Hordeum, a cevada é uma gramínea cultivada desde os

tempos antigos. Existem cevadas chamadas cervejeiras, pois são as mais utilizadas

na obtenção do malte para a produção de cerveja. A maior parte das espécies

possui uma casca protetora, que funciona como um “filtro”, colaborando com o

aroma, sabor e cor do mosto, e ainda protege de impactos durante o processo de

maltagem (CARVALHO, 2007).

2.2.1.1 CEVADA NO BRASIL

Desde 1930, o Brasil é produtor de cevada em escala comercial. Desde então sua

produção é feita com base na indústria do malte. A produção brasileira de cevada

sempre se realizou mediante a firmação de contrato com fornecedoras de sementes

7

de onde decorrem produtores e orientações técnicas. Em 1976, o Governo Federal

anunciou o Plano Nacional de autossuficiência em Cevada e Malte (PLANACEM),

passando a utilizar somente os produtos domésticos. Até 1984 o Brasil ainda não

havia atingido a meta de autossuficiência, mas houve significativa expansão da

capacidade interna de produção de malte e armazenagem, através dos incentivos

(MINELLA, 2013).

No sistema de produção de grãos de algumas regiões do Brasil, a cevada é estável

economicamente. Houve crescimento nas áreas de cultivação, ultrapassando os

57.018 hectares em 1992, chegando a 137.664 hectares em 2000. A Embrapa

(2013) afirma que houve um crescimento de 40% no rendimento médio da lavoura,

de 1.700 para 2.400kg/ha, na segunda metade da década de 90. Decorrente disto a

safra desde 1998 vem crescendo, superando 300.000 toneladas/ano, tornando o

país menos dependente de importação da cevada e suprindo 70% da capacidade de

produção de malte.

O crescimento da produção nacional pode ser atribuído a alguns fatores, como uso

de cultivares mais competitivas e plantio direto. As cultivares são competitivas em

qualidade de malte, resistência a doenças, rendimento e classificação de grãos

(MINELLA, 2013).

2.2.1.2 CULTIVO DA CEVADA

A cevada é melhor cultivada no sul do Brasil, pois é uma cultura de inverno. A

cevada é resistente a temperaturas baixas, como também à geada e pode ser

plantada e colhida antes de seu período natural, se tornando um plantio vantajoso se

comparado a outras cultivares de inverno, como o trigo (NUNES, 2010; MINELLA,

2001).

O cultivo da cevada precisa de temperaturas amenas, baixa luminosidade, baixa

umidade do ar no processo de formação de grãos. Preferencialmente a colheita

deve ser feita em tempos mais secos, após o período da manhã, evitando assim que

os grãos passem pela etapa da secagem (ARIAS, 1999; NUNES, 2010).

Segundo Botini apud Antunes (2013), pesquisador da Ambev, a cevada no Brasil

não fica atrás de qualquer cevada do mundo, a produtividade, qualidade e produção

8

de malte são excelentes, porém, o grande limitador é o clima. Recordando que a

produção nos principais países da América Latina – Brasil, Argentina e Uruguai – foi

afetada pelo clima.

Entre os principais exportadores de cevada estão: Ucrânia (detém 26,3% do

mercado de exportação), Austrália (detém 22%), União Europeia (17,7%), Rússia

(11,1%) e Argentina (7,1%), e entre os maiores importadores estão: Síria (3,4%), Irã

(4,7%), Japão (8,0%), China (9,9%) e Arábia Saudita (42,6%) (EMBRAPA, 2012).

Segundo o pesquisador Jason Eglinton apud Empraba (2012), da Universidade de

Adelaide, a média dos resultados da Austrália são de 2 mil kg/há, significando a

metade do que se tem no Brasil.

Para Euclydes Minella apud Antunes (2013), apesar de o Brasil ter atingido um

patamar competitivo em qualidade, pelo ponto de vista genético, ainda é preciso

produzir cultivares que sejam melhores em resistência a doenças, para reduzir

custos de produção e gerar produção com menores quantidades de agroquímicos,

ou seja, uma produção mais limpa. Lembrando ainda que um dos maiores

problemas da cevada brasileira atualmente é o oídio e giberela, doenças que podem

afetar a produção, que resulta na obtenção do malte.

2.2.2 MALTE

Produto resultante do processo de germinação e dessecação do grão da cevada ou

de outros cereais (ANVISA, 2013).

Resultado do processo de malteação, o malte é controladamente germinado e

secado (MOSHER, 2004; MALTEUROP, 2008).

2.2.2.1 OBTENÇÃO DO MALTE

Segundo MALTEUROP (2013), a obtenção do malte vem da transformação de um

cereal. O mais usado, a cevada, mas também pode-se usar o trigo, na produção de

cervejas brancas. É o principal ingrediente na produção da cerveja.

9

Por ser rico em enzimas, produz açúcares simples e ácidos aminados. A partir disto,

o açúcar passa a ser transformado em álcool e gás carbônico para fabricação da

cerveja. Está presente na cor e no gosto da cerveja (MALTEUROUP, 2013).

O malte passa pelo seguinte processo:

1- Molha: É a etapa da preparação da semente para ser hidratada e poder germinar.

Sua umidade passa de 15% para 45%.

Existem dois modos para se realizar: Por imersão ou por aspersão. Por imersão,

coloca-se a semente dentro da água, alternando períodos a descoberto. Na etapa a

descoberto, renova-se o ar frequentemente, para que se evacue o CO2 e o calor

que é produzido. Por aspersão, faz-se uma grande irrigação, renovando o ar e

umidificando a semente.

Período da operação: de 30 a 45 horas. Após o processo, surgem as radículas, que

são o rebento das raízes.

2- Germinação: As radículas passam por um processo de desenvolvimento e

modificação bioquímica, este ocorre no centro da semente, na parte externa ocorre a

germinação, o processo de desenvolvimento ocorre no período de 3 a 6 dias. Após a

gêmula atingir o tamanho da semente, para-se a germinação, e então a modificação

do malte está finalizada.

3– Secagem: Após o processo de secagem, normalmente a uma temperatura de

38ºC, eleva-se a temperatura a partir do tipo de malte que se quer obter. Feito todo

o processo o malte sai da secagem com umidade entre 4% e 4,5%.

4– Desgerminação: Nesta fase final, retiram-se da semente as radículas que se

formaram, sobrando apenas a semente do malte. Em boas condições de

armazenamento sua duração pode ultrapassar o período de um ano (MALTEUROP,

2013).

2.2.2.2 FUNÇÕES DO MALTE

O malte é o principal ingrediente na preparação da cerveja, nele contém: enzimas e

amido. O amido é dividido em açúcares que são utilizados pela levedura para

produção de álcool e gás carbônico; encontra-se também compostos organolépticos

10

que reagem no processo de fabricação da cerveja; a cor da cerveja vem do malte, a

reação da Millard no processo de secagem; e proteínas, uma parte é destinada à

ajudar no crescimento das leveduras e o restante para a aparência da cerveja

(MALTEUROP, 2013).

Conforme o processo da fabricação do malte, existem vários tipos diferenciados de

malte, como: Pilsen, Viena, Trufa, Caramelo, Munique, Deslavado, Torrado, etc., que

influenciam na cor e no sabor de cada cerveja (MOSHER, 2004; MALTEUROP,

2013).

2.2.2.3 TIPOS DE MALTE

Além do malte para cevada, existem outros tipos de malte, como o malte para

uísque, chamado de turfa, que dá o gosto característico do uísque e o malte torrado,

que vem de um processo semelhante à torrefação do café (MALTEUROP, 2013).

O malte atende mercados distintos, a serem discorridos abaixo.

2.2.2.4 MERCADO DO MALTE

Segundo Agrisystem (2013), embora a maior parte de sua produção ser voltada para

a cerveja, o malte de cevada é utilizado para o fabrico de outras áreas, tais como:

- Alimentos, como o leite maltado, chocolate em pó, pães, biscoitos, cereais, etc.

- Destilarias de fabrico de uísque “Premium”.

- Área farmacêutica, alimentos saudáveis, dietas de emagrecimento e tônicos.

- Em outras áreas como, ração para animais e cultura de bactérias. (AGRISYSTEM,

2013).

No entanto, a cerveja tem outros ingredientes fundamentais.

2.2.3 LÚPULO

11

De nome científico, Humulus lupulus, L., o lúpulo faz parte da fase final do processo

de fabricação da cerveja, é adicionado sob a forma de essências, sendo responsável

pelo sabor amargo da cerveja (FILHO; NOJIMOTO, 1999).

Segundo Carvalho (2007), o lúpulo consiste em cones prensados e secos de

humulus lupulus, enriquecido ou não de lupulina, podendo também ser apresentado

na forma de pó.

O lúpulo é uma trepadeira, típica de clima frio, que para produção de cerveja deve

ser cultivado, pois é encontrado também no estafo selvagem. É responsável pelo

aroma e pelo sabor amargo característico da cerveja (CARVALHO, 2007).

Pode ser comercializado em três formas: flores secas, em pó ou extrato. Na forma

de pó, é mais denso e ocupa espaço menor de estocagem e transporte. Existem

dois tipos de lúpulo, os que dão o amargor da cerveja e os que dão o aroma à

cerveja. O lúpulo também age como antiespumante e tem efeito bacteriostático

(CARVALHO, 2007).

O lúpulo é transportado em caixas de papelão e armazenado em uma câmara fria,

na temperatura de 3º, chamada adega de lúpulo (CARVALHO, 2007).

Assim como o malte e o lúpulo, a levedura é de demasiada importância para a

produção cervejeira.

2.2.4 LEVEDURA

De nome científico Saccharomyces sp., de procedência da indústria de cervejas,

advém de células frescas, em suspensão aquosa e desamargadas (CABALLERO-

CORDOBIA; PACHECO; SGARBIERI, 1997).

Responsáveis pela fermentação e produção de CO2, a levedura é um

microrganismo unicelular, que produz energia a partir dos compostos de carbono.

Representam risco para a qualidade da cerveja, pois são consideradas

contaminantes perigosas, elas proporcionam sabor e aroma anormais. Deve-se

fazer exames periódicos microbiológicos para tais contaminantes, para que seja

mantida a qualidade da cultura do fermento (CARVALHO, 2007).

12

As leveduras mais utilizadas na fabricação da cerveja são de duas espécies:

Sccharomyces: Sccharomyces cereviasiae (alta fermentação) e Scchatomyces

uvarum (baixa fermentação), sendo que a de baixa fermentação é considerada de

melhor qualidade para a produção de cerveja se permanecer parada durante a etapa

da fermentação e logo após, flocular e sedimentar, favorecendo a separação do

sedimento da cerveja clarificada (CARVALHO, 2007).

Segundo Corazza (2011), a água é responsável por aproximadamente 90% da

cerveja e merece ser destacada por sua importância.

2.2.5 ÁGUA NO PROCESSO

Chamada de água cervejeira, nobre ou de fabricação, é água utilizada no processo

de fabricação da cerveja, geralmente utiliza-se água com pH 6,0 a 6,5 e requisitos

de qualidade (RIBEIRO; SANTOS, 2005).

A água das redes de distribuição da maioria das cidades contém cloro, e este

avaliza estabilidade microbiológica para a água. Contudo, o cloro não pode estar

presente na água da fabricação da cerveja, pois pode alterar o sabor da cerveja e

seu resultado final pode até ter sabores desagradáveis (MOURADO, 2009;

MOSHER, 2004).

Depois de estudado os principais ingredientes, vejamos como se dá o processo de

produção da cerveja.

2.3 PRODUÇÃO

Neste momento, abordaremos os principais processos para a fabricação da cerveja,

mencionando os passos que devem ser realizados após adquirir os ingredientes

apropriados e necessários para este processo. Segundo a Companhia de

Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), em uma pesquisa realizada sobre

cervejas e refrigerantes, descreveu o processo de produção da cerveja como

mencionaremos em seguida.

A cerveja é obtida pela fermentação da cevada, que consiste na conversão em

álcool dos açucares presentes nos grãos de cevada. A fermentação é a principal

13

etapa do processo cervejeiro e sua efetividade depende de várias operações

anteriores, incluindo o preparo das matérias primas (CETESB, 2005).

Os processos típicos de uma cervejaria envolvem os seguintes passos, obtenção do

malte, preparo do mosto, fermentação, processamento da cerveja e envase. Para

que o processo fique de forma melhor esclarecido, vamos abordar os itens citados

de forma sucinta e explicativa (CETESB, 2005).

Obtenção do malte, onde suas principais etapas são a limpeza e seleção de grãos, a

embebição da cevada, germinação e a secagem do malte (CETESB, 2005).

Após obter o malte, a cervejaria da início ao processo de produção da cerveja

propriamente dita, onde a primeira etapa consiste em obter o mosto, que pode ser

definido como uma solução aquosa de açucares, que serão os alimentos para as

bactérias que realizam a fermentação, dando origem ao álcool. O preparo do mosto

consiste em cozinhar o malte com os devidos cuidados, incluindo etapas de preparo,

cozimento e condicionamento posterior (CETESB, 2005).

O processo central da indústria cervejeira é a fermentação do mosto, onde se divide

em duas etapas, numa primeira etapa, as leveduras se reproduzem, aumentando de

quantidade de 2 a 6 vezes; em seguida inicia-se a fase onde as leveduras realizam a

fermentação, convertendo o açúcar presente no mosto em álcool. Este processo

dura de 6 a 9 dias. Ao final deste processo obtém-se um excesso de levedos, já que

estes se multiplicam, sendo uma parte reutilizada em novos processos e parte

vendida a indústria de alimentos (CETESB, 2005).

Após obter o mosto fermentado e antes de proceder ao envase do produto, certas

providências são necessárias, de modo a gaseificar a bebida, garantir sua qualidade

e fornecer propriedades organolépticas (características que podem ser percebidas

pelos sentidos humanos) adicionais. As providências necessárias são maturação

que é o processo de separar a grande quantidade de micro-organismos e

substancias indesejáveis; a filtração onde proporciona a limpidez final do produto,

removendo impurezas que ainda não se decantaram; e por fim a carbonatação onde

é realizada a injeção do gás carbônico gerado na etapa de fermentação, pois o teor

alcoólico existente no final do processo não é suficiente para atender as

necessidades do produto. Além disso, eventualmente, é injetado gás nitrogênio, com

o intuito de favorecer a formação de espuma (CETESB, 2005).

14

E por fim, o envase, processo de enchimento das garrafas, onde não se deve deixar

de tomar cuidado em relação à exposição da cerveja ao oxigênio, para evitar a

oxidação da mesma. Com isso, deve-se deixar o líquido escorrer pelas beiradas da

garrafa, sem muita turbulência, até que a mesma esteja quase cheia. O controle de

pressão nas garrafas é feito através de uma garrafa fechada com um manômetro

adaptado, contendo a mesma cerveja e a mesma quantidade que as outras

(CETESB, 2005).

Após todo esse processo de fabricação e produção, será abordado o mercado de

cerveja artesanal, mercado este que esta em crescimento.

2.4 MERCADO DE CERVEJA ARTESANAL

O mercado de cerveja artesanal é um mercado que tende a crescer e apresenta

novidades, devido ao gosto dos consumidores que vem se modificando parte pelo

aumento aquisitivo, parte pela estabilidade econômica e principalmente pelo prazer

de sentir novas sensações e experiências (REINOLD, 2013).

Segundo Corazza (2011), o crescimento da indústria de cerveja em 2008 foi de 5%,

enquanto o crescimento de cervejarias artesanais foi de 15%. Este dado apresenta o

crescimento das microempresas, destacando sua importância para a economia. De

modo que cervejarias especializadas em produtos destinados a um público alvo

mais refinado e de maior poder aquisitivo tem seu espaço.

A maior parte do mercado brasileiro é dominada por três empresas, segundo Ferrari

(2008) essas empresas são: AMBEV, Kaiser/Molson e Schincariol, que detém ao

todo 91% de participação do mercado total.

As figuras abaixo permitem comparar as participações de mercado em 1995 e em

2005.

15

FIGURA 1: Divisão do Mercado Brasileiro de Cerveja - 1995

Fonte: Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV) apud Ferrari (2008, p.22)

FIGURA 2: Divisão do Mercado Brasileiro de Cerveja - 2005

Fonte: Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV) apud Ferrari (2008, p.23)

A partir das figuras, pode-se observar que em 1995 a maior participação (78%) era

da AMBEV e a menor participação (2%) pertence a “Outras Marcas”. Já em 2005,

mesmo obtendo ainda a maior porcentagem de mercado a participação da AMBEV

caiu para 68%, enquanto a participação de “Outras Marcas” subiu para 10%.

Segundo o BNDES (2006), a produção de cerveja se manteve crescente desde

1994, devido ao Plano Real e o controle da inflação, o que significou um aumento no

poder aquisitivo da população. No Quadro-1 percebe-se que em 1993 foram

16

produzidos 50,9 milhões de hectolitros e em 1994 esse valor subiu para 65 milhões

de hectolitros.

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO %

ANO 1992 1993 1994 1995 2002 2003 2004 2005

Mercado (MI Hc)

47,7 50,9 65 80 84,1 82,2 84,7 90

Ambev 85,5 81,7 80,3 78,5 68,4 67,2 66,2 68,3

Brahma 37,4 35,2 33,3 31,4 21,8 20,9 19,8 20,4

Skol 14,1 15 16,8 15,2 32,3 32,8 31,6 32,6

Antarctica 34 31,5 30,2 31,9 14,3 11,6 13 13,6

Bohemia n.i n.i n.i n.i n.i 1,9 1,8 1,7

Kaiser 11,5 13,6 13,9 14,6 15,4 13,3 10,9 8,9

Schincariol 2,1 3,8 4,7 5,4 9,6 11,1 13,1 12,6

Outras Marcas

0,9 0,9 1,1 1,5 6,7 8,4 9,8 10,2

Petrópolis n.i n.i n.i n.i n.i n.i 3,6 5,2

Cintra n.i n.i n.i n.i 1,6 1,7 1,6 1,4

Outras n.i n.i n.i n.i 5,1 6,8 4,6 3,6

QUADRO 1: Participação de Mercado de Cerveja por Marca 2007

Fonte: Sindicerv apud Ferrari (2008, p.24)

n.i = Não informado

Ao analisar o quadro acima, é possível visualizar detalhadamente que a AMBEV

possui a maior participação de mercado a mais de 10 anos. Suas marcas de maior

aceitabilidade nos últimos anos são a Brahma e a Skol. É possível também,

perceber que o consumo de cerveja no Brasil exibiu crescimento constante.

Segundo o BNDES (2006), a concorrência do setor cervejeiro baseia-se na

diferenciação e na influência da marca. As empresas desse ramo utilizam políticas

próprias de avaliação do mercado, market share e desempenho, realizam extensas

pesquisas de mercado e hábitos dos consumidores, levando a gastos elevados com

marketing.

Na figura abaixo, percebe-se que a participação de mercado das cervejarias mais

consumidas no Brasil, são elas: AMBEV, Petrópolis, Schincariol e Heineken.

17

FIGURA 3 – Participação de Mercado em % das maiores cervejarias brasileiras em julho/2012

Fonte: Elaboração própria, dados Lafis apud Isto é dinheiro.

Segundo Reinold (2013), atualmente existem cerca de 200 microcervejarias e a

maioria está localizada em seis estados, a saber: São Paulo, Rio Grande do Sul,

SantaCatarina, Minas gerais, Rio de Janeiro e Paraná.

No Quadro-2 percebe-se que a distribuição das microcervejarias brasileiras se

concentra principalmente nas regiões Sudeste e Sul, que Segundo Corazza (2011),

se dá devido ao fato de estas serem as regiões mais ricas do país e por

consequência, apresentam um mercado mais atraente para esse tipo de negócio.

Estado % do total Nacional

São Paulo 24

Rio Grande do Sul

17

Santa Catarina 13

Minas Gerais 10

Rio de Janeiro 8

Paraná 7

Goiás 5

Outros 16

QUADRO 2: Distribuição das Microcervejarias no Brasil

Fonte: Cervesia, 2011.

68,57%

10,81%

10,63%

8,57%

PARTICIPAÇÃO EM %

AMBEV

PETRÓPOLIS

SCHINCARIOL

HEINEKEN

18

O Estado de São Paulo concentra um número relevante de cervejarias artesanais e

microcervejarias, algumas das mais conhecidas são baden baden, colorado, coruja,

karavelle, júpiter, etc.

Segundo Reinold (2013), a maioria das cervejarias e microcervejarias artesanais

estão concentradas em no estado de São Paulo, que detém 24% de toda a

distribuição de cervejarias e microcervejarias nacionais. Abaixo destacamos dados

sobre o consumo de cervejas no Brasil.

2.4.1 CONSUMO

Segundo Corazza (2011), os dados do Quadro-3 mostram que na faixa de 2 a 5

salários mínimos o consumo foi elevado no período de 1987-1995, com percentual

de 143% e 108%, foi nesse período que a inflação foi controlada, aumentando o

poder aquisitivo da população. É possível então relacionar o aumento do consumo

da cerveja ao aumento na renda da população brasileira. Também identifica-se que

no período de 1995-2002 o consumo de cerveja caiu nas faixas de 10 a 30 salários

mínimos, que é justamente o público-alvo das cervejarias artesanais.

VARIAÇÃO DO CRESCIMENTO (%)

SALÁRIOS MÍNIMOS

1987-1995 1995-2002

TOTAL 47% -8%

ATÉ 2 143% 7 %

MAIS DE 2 A 3 3% -13%

MAIS DE 3 A 5 108% 27%

MAIS DE 5 A 6 -21% 2%

MAIS DE 6 A 8 47% 16%

MAIS DE 8 A 10 30% 27%

MAIS DE 10 A 15 59% -22%

MAIS DE 15 A 20 43% 22%

MAIS DE 20 A 30 87% -1%

MAIS DE 30 44% -24%

QUADRO 3: Variação do Consumo por Classe de Renda

Fonte: IBGE apud Corazza (2011, p.16).

19

Pode-se perceber através do quadro abaixo que a produção de cerveja caiu em

média 1,98% no ano de 2013 em relação ao ano de 2012. Foi a primeira queda na

produção anual desde 2010. A produção em Janeiro/2013 foi aproximadamente

13,9% maior do que o mesmo período de 2012, no entanto, a produção passou a

desacelerar, tendo aumento em apenas 4 dos 12 meses.

CERVEJAS (litros)

MÊS 2010 2011 2012 2013

Janeiro 1.117.039.184 1.188.599.896 1.164.256.108 1.326.004.062

Fevereiro 996.191.850 1.090.051.322 1.101.319.466 1.072.343.929

Março 1.023.291.099 1.068.014.423 1.113.327.213 967.398.213

Abril 938.702.191 962.881.032 987.500.126 912.977.671

Maio 963.586.873 997.678.034 1.024.499.098 960.384.187

Junho 965.925.629 850.544.129 949.727.204 987.626.986

Julho 972.485.806 967.655.587 1.001.804.166 1.026.940.102

Agosto 984.483.011 1.060.025.925 1.123.766.248 1.064.608.262

Setembro 1.058.253.564 1.138.271.527 1.167.635.043 1.130.581.745

Outubro 1.216.705.918 1.244.746.064 1.319.323.584 1.256.719.775

Novembro 1.215.625.114 1.277.884.170 1.332.322.941 1.282.597.811

Dezembro 1.383.191.980 1.432.332.697 1.457.503.943 1.481.543.827

Total 12.835.482.219 13.278.684.806 13.742.985.140 13.469.726.570

QUADRO 4: Produção de Cerveja Mensal

Fonte: Sistema de Controle de Produção de Bebidas (SICOBE, 2014)

Segundo Beck (2014), essa queda se dá devido a uma retração apresentada em

pesquisas de desempenho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O preço é um dos fatores principais de desempenho das cervejarias e a alta da

inflação causou impactos.

Segundo Caleiro (2014) a queda da produção de cerveja não foi compensada pela

importação, pois esta também caiu. Porém, segundo a Cervesia (2014) a

20

expectativa é que o consumo de cerveja aumente 4% durante a copa do mundo de

2014.

E segundo Reinold (2013), o Brasil ocupa o terceiro lugar em produção mundial de

cerveja, com produção de aproximadamente 13 bilhões de litros/ano, ficando atrás

apenas da China (45 bilhões de litros/ano) e Estados Unidos (35 bilhões de

litros/ano), superando, portanto a Rússia (11,6 bilhões de litros/ano) e a Alemanha

(10,8 bilhões de litros/ano).

A seguir, apresenta-se o quadro sobre o consumo de bebidas entre homens e

mulheres:

Alimentos

Consumo alimentar médio per capita (g/dia)

Percentual consumo fora do domicílio em relação ao total

consumido (%)

Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino

Bebida Destilada 1,4 2,5 0,4 44,7 49,9 13,1

Cervejas 31,1 55,7 8,1 63,6 63,8 62,5

Vinho 1,6 2,1 1,2 21,2 11 38,6

QUADRO 5: Consumo de bebidas entre homens e mulheres Fonte: Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, 2008-2009).

Segundo o IBGE em uma pesquisa realizada em 2008 – 2009, o consumo de

bebidas alcoólicas tem sido maior entre o sexo masculino, onde o consumo per

capita (g/dia) é de 60,3. Sendo 55,7 g/dia o consumo de cerveja, os demais

porcentuais são referentes a vinho e bebidas destiladas (mesmo critério para ambos

os sexos) (IBGE,2011).

Por outro lado, o consumo per capita (g/dia) feminino é de 9,7, tendo 8,1 g/dia

voltado ao consumo de cerveja (IBGE, 2011).

A pesquisa mostra também que o consumo de cerveja fora do domicílio é de 63,6%

dos participantes deste levantamento, incluindo população urbana e rural (IBGE,

2011).

21

Dentro desse contexto brasileiro, é possível observar que esse mercado tem

potencial. Existindo oportunidade de negócio no ramo de cervejas. Vale destacar

que o maior consumo de cerveja, entre os brasileiros, é realizado fora de seus

domicílios, segundo o IBGE (2011).

Discorremos abaixo sobre a importação e exportação de cerveja no Brasil, que

obteve um saldo na balança comercial de 2013 de aproximadamente US$ 2,6

bilhões. Bem como seus principais mercados e fornecedores.

2.4.2 IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

Segundo Ferrari (2008), as importações são constituídas por cervejas especiais, são

consumidas por pessoas com maior poder aquisitivo e por estabelecimentos

sofisticados. O preço médio da cerveja importada foi de US$ 0,77/litro em 2006 e o

volume total foi de aproximadamente 5 milhões de litros. As exportações são

comandadas pela AMBEV com a marca Brahma. O preço médio da cerveja

exportada foi de US$ 0,66/litro em 2006.

A figura 4 indica o saldo da balança comercial do setor de cerveja nos anos de 2000

a 2006.

FIGURA 4: Balança Comercial do Setor de Cerveja

Fonte: Instituto Lafis, (2007) apud Ferrari (2008, p.51)

22

Segundo o MDIC (2013), as exportações encerraram o ano de 2013 com o valor de

US$ 242,2 bilhões e as importações com US$ 239,6 bilhões. Em relação a 2012 as

importações cresceram e as exportações caíram.

Percebemos na Figura 5 que empresas de grande porte detiveram em 2012 a maior

porcentagem de exportação tendo participação de 95,7%.

FIGURA 5: Exportação por Porte de empresa

Fonte: SECEX/MDIC (2013)

Segundo a Cervesia (2013) as importações de cerveja aumentaram

aproximadamente 100% entre 2010 e 2011, o volume saltou de 22,1 milhões de

litros em 2010 para 44,4 milhões de litros em 2011. Cervejas importadas e especiais,

representam de 4% a 6% do consumo nacional, conforme estimativas do setor.

O Quadro 6 destaca os principais mercados de destinos das exportações brasileiras

e os milhões de dólares recebidos no ano de 2013. Já o Quadro 7 destaca os

principais mercados fornecedores do Brasil em 2013.

95,7%

3,4%

0,7 %

0,2%

Exportação por porte de Empresa (Participação % sobre o valor de

2012)

Grandes Empresas

Média Empresa

Micro e PequenaEmpresa

Pessoa Física

23

PRINCIPAIS MERCADOS DE DESTINO DAS EXPORTAÇÕES – 2013

US$ MILHÕES

VALOR

ÁSIA 77.659

AMÉRICA LATINA 53.700

- MERCOSUL 29.533

- DEMAIS DA AL E CARIBE 24.167

UNIÃO EUROPÉIA 47.765

ESTADOS UNIDOS 24.862

ÁFRICA 11.087

ORIENTE MÉDIO 10.954

EUROPA OCIDENTAL 4.178

QUADRO 6: PRINCIPAIS MERCADOS DE DESTINO DAS EXPORTAÇÕES-2013

Fonte: SECEX/MDIC (2013)

AL = AMÉRICA LATINA

PRINCIPAIS MERCADOS FORNECEDORES AO BRASIL – 2013

US$ MILHÕES

VALOR

ÁSIA 73.229

UNIÃO EUROPÉIA 50.745

AMÉRICA LATINA E CARIBE 40.783

- MERCOSUL 20.450

- DEMAIS DA AL E CARIBE 20.333

ESTADOS UNIDOS 36.280

ÁFRICA 17.446

ORIENTE MÉDIO 7.369

EUROPA OCIDENTAL 3.598

QUADRO 7: PRINCIPAIS MERCADOS FORNECEDORES AO BRASIL-2013

Fonte: SECEX/MDIC (2013)

AL = AMÉRICA LATINA

Segundo o MDIC (2014), exportar tem vantagens, entre elas a diminuição de

impostos. Empresas que exportam recebem incentivos fiscais, ou seja, benefícios

destinados a eliminar tributos que incidem sobre os produtos nas operações normais

24

no mercado interno. Isso porque quando um produto é exportado ele precisa

alcançar o mercado internacional em condições de competir em preço. Os produtos

exportados não sofrem incidência de tributos como: IPI, ICMS, PIS, COFINS e IOF.

2.4.3 TRIBUTOS INCIDENTES

Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) (2013), a carga

tributária brasileira é uma das maiores dos BRICS, grupo político de cooperação,

que tem como países participantes Brasil, Russia, China e Índia. A carga tributária

brasileira atingiu 36,27% do Produto Interno Bruto (PIB), a arrecadação cresceu

aproximadamente R$ 104,87 bilhões em relação ao ano de 2011, totalizando R$

1,59 trilhão. Enquanto a carga tributária brasileira atinge cerca de 36%, países

membros dos BRICS como a Rússia arrecada 23%, a China 20%, a Índia 13% e a

África do Sul 18%.

Segundo Corazza (2011) cerca de 46,4% do faturamento das cervejarias é

destinado à impostos, acarretando 35,54% no valor do produto para o consumidor

final.

Segundo o Regulamento do ICMS (RICMS), os artigos 293/294,do e a Portaria CAT

59/13 (SÃO PAULO, 2013), ao setor cervejeiro está imposta a substituição tributária,

que consiste em um mecanismo de arrecadação de tributos, onde a

responsabilidade pelo recolhimento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e

Serviços (ICMS) em relação às operações estaduais e interestaduais é de

responsabilidade do fabricante, ou seja, primeiro da cadeia, que deverá pagar o

imposto antecipadamente, e depois repassar esse custo aos demais integrantes da

cadeia, porém ao contrário do ICMS normal que o imposto se encontra embutido no

preço, o ICMS da Substituição tributária é cobrado por fora (SÃO PAULO, 2000).

A cadeia é composta por: Fabricante, distribuidor, atacadista, varejista e consumidor

final.

Além disso, segundo o Conselho Nacional de Classificação (CONCLA), a atividade

de fabricação de cervejas é impeditiva ao regime do Simples Nacional, mesmo para

microcervejarias, ficando assim sujeita ao Lucro Presumido com faturamento limite

25

até aproximadamente R$ 48 milhões, acima disso sujeita ao Lucro Real (CONCLA,

2013).

Lucro Presumido: Segundo a Receita Federal Brasileira (2013), o lucro presumido

é uma forma de tributação simplificada que presume o lucro através da receita bruta

para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas

jurídicas.

Tributos e Alíquotas Lucro Presumido:

Tributo Alíquota

Contribuição Social para o Financiamento da

Seguridade Social – COFINS

3%

Contribuição Social sobre Lucro Liquido – CSLL 12% + 9% (trimestral)

Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços –

ICMS

18% (SP)

Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI 40%

Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica – IRPJ 8% + 15% (trimestral)

Programa de Integração Social – PIS 0,65%

Quadro 8: Tributos e Alíquotas do Lucro Presumido

Fonte: Elaboração Própria

Lucro Real: Segundo a Receita Federal Brasileira (2013), é o lucro líquido do

período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações

estabelecidas em nossa legislação.

Tributos e Alíquotas Lucro Real:

26

Tributo Alíquota

Contribuição Social para o Financiamento da

Seguridade Social – COFINS

7,6%

Contribuição Social sobre Lucro Liquido - CSLL 9% (trimestral)

Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e

Serviços – ICMS

18% (SP)

Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 40%

Imposto sobre a Renda Pessoa Jurídica - IRPJ 15% + 10% (se

passar de R$ 60

mil) (trimestral)

Programa de Integração Social – PIS 1,65%

Quadro 9: Tributos e Alíquotas do Lucro Real

Fonte: Elaboração Própria

Logo, sobre a cerveja incidem mensalmente três tributos de competência federal e

um de competência estadual. No entanto, é importante ressaltar que ainda há

contribuições previdenciárias (tanto para o Lucro Presumido, quanto para o Lucro

Real). Segundo Corazza (2011), são eles Instituto Nacional de Seguro Social (INSS)

– valor devido pela empresa, sendo 20% sobre a folha de pagamento de salários,

pró-labore e autônimos, sendo que 11% são descontados em folha de pagamento. O

recolhimento deve ser feito através de uma Guia da Previdência Social (GPS).

Contribuição a terceiros (entidade) – é variável, sendo a alíquota máxima de 5,8%.

Seguro de Acidentes de Trabalho (SAT) – Valor devido para empresário ou

autônomo. As alíquotas variam entre 1% e 3%, de acordo com a atividade da

empresa.

Segundo BRANCO (2013), a carga tributária para o setor cervejeiro atinge 60% do

valor do produto. No entanto, os pequenos produtores tentam pleitear uma

tributação mais leve e diferenciada para pequenas e microempresas, que arcam

com os mesmos tributos de um grande produtor do setor.

27

Essa é a uma das dificuldades enfrentadas por novos entrantes e pelos

microprodutores do setor que, segundo a Cervesia (2013) está em expansão,

atualmente tem participação de 0,5% e em dez anos poderá ter 2%.

Figura 6: Composição do Preço da Cerveja

Fonte: Corazza (2011, pág.27) apud Ferrari (2008)

Pode-se perceber na Figura 6 que os tributos obtêm uma parcela significativa no

valor total do produto.

Segundo Martins (2014), a receita federal anunciou em abril/2014 um aumento nos

impostos para o setor de bebidas frias, incluindo, cervejas. Esse aumento valeria a

partir do dia 1º de junho de 2014, no entanto, voltou atrás e adiou por 3 meses

devido ao evento da copa do mundo de 2014 sediada no Brasil, tendo início então

em setembro/2014. A expectativa era um aumento de preços para o consumidor de

cerca de 2,25%.

O crescimento do setor demanda profissionais qualificados. Aborda-se sobre cursos

na área no tópico abaixo.

2.4.4 EDUCACIONAL

Hoje existem cursos em diversas áreas do ramo de cervejarias, no entanto nenhum

deles é bacharelado, a graduação que mais se aplicaria é a engenharia de

11%

30%

30%

29%

Composição do Preço da Cerveja

Distribuidor

Fábrica

Impostos

Varejo

28

alimentos, que segundo o MEC (2013) atua no desenvolvimento de produtos e

processos da indústria de alimentos e bebidas, vale destacar a produção de cerveja.

Segue abaixo alguns cursos na área:

- Curso Técnico em Cervejaria (1.200 horas): Tem como objetivo atuar na

supervisão das atividades de uma unidade industrial de fabricação de cervejas, da

moagem do malte, maceração, filtração, fervura, decantação e resfriamento do

mosto à fermentação, maturação, filtração e envasamento do produto. Auxilia na

execução do controle físico, químico e microbiológico das indústrias cervejeiras.

Realiza análises químicas, biológicas e sensoriais, tanto no controle das matérias

primas e aditivos empregados na produção da bebida quanto no tratamento do

produto final (PRONATEC, 2013).

-Sommelier de Cervejas (100 horas): Tem como objetivo capacitar o aluno a atuar

como sommelier de cervejas, disseminando a cultura cervejeira em bares,

restaurantes, hotéis, distribuidoras, produtoras e importadoras de cervejas em

diversas áreas, como logística, comunicação, comercialização ou serviço de

cervejas (SENAC, 2013).

-Introdução ao Universo da Cerveja (15 horas): Tem como objetivo introduzir o

público no universo das cervejas especiais oferecendo conhecimento básico sobre

história, ingredientes, processo de fabricação, países e estilos, visando instigar a

curiosidade, proporcionar uma base inicial para compras mais conscientes e

prazerosas e melhorar a qualidade do consumo e serviço de cervejas (ABS,2013).

- Cursos Introdutórios: - Introdução ao Universo de Cervejas Especiais (9 horas):

Tem como objetivo obter informações e curiosidades gerais sobre cervejas

especiais, visando consumo com qualidade e conhecimento.

-Introdução à harmonização de Cervejas (9 horas): Tem como objetivo aprender os

princípios de harmonização entre cervejas e alimentos, conhecendo melhor o

potencial das cervejas especiais.

-Introdução às Escolas Cervejeiras (9 horas): Tem como objetivo conhecer a cultura

e origem dos estilos de cerveja, das quatro escolas existentes.

-Negócios das Cervejas (9 horas): Tem como objetivo tendências do mercado

mundial de cervejas, produtos, campanhas, pontos de vendas, merchandising,

promoções e vendas.

29

- Especialização: - Especialização em Estilos (35 horas): Tem como objetivo

aprender profundamente aspectos culturais e estilos das diferentes escolas

Cervejeiras.

-Especialização On e Off Flavours (28 horas): Tem como objetivo treinar

exaustivamente os sentidos em diferentes concentrações para on e off flavours de

cervejas.

-Especialização em Harmonização (32 horas): Tem como objetivo aguçar os

sentidos e técnicas de harmonização avançadas para elaboração profissional de

eventos e cardápios (INSTITUTO DA CERVEJA, 2013).

Discorremos a seguir sobre as tendências do mercado que está em expansão,

devido à busca por diferenciação e a mudança de hábito dos consumidores.

2.4.5 TENDÊNCIAS DO MERCADO

Segundo Reinold (2013), devido à mudança de hábitos dos consumidores, que

estão em busca de diferenciação, a tendência do mercado é que o consumo e a

produção de cervejas diferenciadas aumentem. E em determinado período de tempo

haverá tantas opções, que o mercado começará a exigir maior qualidade de serviço,

seja venda, distribuição e pós-venda.

Essa exigência do mercado fará com que as empresas sejam mais rigorosas quanto

à profissionalização dos seus departamentos, sejam eles de produção, vendas,

marketing e até a própria gestão. Se essa mudança não ocorrer a tempo de

acompanhar o mercado, a empresa poderá ser ofuscada pela concorrência, e

consequentemente extinta (REINOLD, 2013).

A expectativa do setor cervejeiro é o crescimento, tanto no mercado nacional quanto

no mercado internacional. No entanto, há diversas barreiras nesse setor, e merecem

destaque.

2.5 BARREIRAS DO MERCADO

Há 10 anos, o mercado cervejeiro estava em expansão, devido a grande expectativa

de crescimento que a economia brasileira se encontrava (OLIVEIRA, 2013)

30

Atualmente o mercado de cerveja artesanal apresenta diversas barreiras, desde a

produção até o consumo, pois conforme o mercado foi evoluindo, inúmeras

cervejarias foram criadas, consequentemente a concorrência aumentou. A seguir,

apresentam-se algumas barreiras aos novos empreendedores:

Uma das principais dificuldades que o empreendedor enfrenta é com relação à

economia de escala que por sua vez auxilia na organização da produção visando

maximizar os fatores produtivos de um bem ou serviço. Ela só é efetiva quando

alguma indústria ou empresa consegue comercializar toda quantidade produzida

sem aumentar proporcionalmente o custo de produção (REBOUÇAS, 2009).

Com relação ao capital necessário, o que é tido como um problema no início, é pela

restrição financeira que qualquer empresa estreante encontra, falta de capital de giro

e de investimento o que faz com que essas empresas não possam produzir

exatamente a quantidade que queria para obter um retorno significativo. Além dos

empecilhos citados anteriormente, existe também, dentro do âmbito das barreiras de

novos entrantes, o acesso aos canais de distribuição, que provavelmente são

dominados pelas empresas já existentes o que restringe as novas de conseguir se

estabelecer da mesma maneira (REBOUÇAS, 2009).

Os altos impostos cobrados para microempresas também são uma barreira, já que

empresas de grande porte e microempresas estão sujeitas ao mesmo regime

tributário, levando em conta que essa atividade, como visto acima, é impeditiva ao

regime do Simples Nacional.

Compreendemos então, que devido à expansão do setor, mais empresas estão

sendo criadas, e os consumidores buscam a satisfação de suas necessidades,

sendo assim, é necessário que as empresas tenham uma estratégia competitiva, o

que as diferenciem das demais, dando-lhes vantagem competitiva.

2.6 ESTRATÉGIA

Segundo relatório da Harvard Business Review (1996), Porter menciona que

estratégia competitiva consiste em ser diferente, significa escolher deliberadamente

um conjunto diferente de atividades para fornecer uma combinação única de valor.

Essa diferenciação pode ocorrer por meio do posicionamento estratégico, o que

surge de três fontes diferentes, primeiro, posicionamento baseado na variedade,

31

fazendo sentido em ternos econômicos, quando uma empresa produz melhor um

determinado produto ou serviço do que os rivais, utilizando conjuntos distintos de

atividades. O segundo, posicionamento baseado em necessidades se aproxima da

visão tradicional sobre segmentação de mercado, surgindo com a existência de

grupos de consumidores com diferentes necessidades. O terceiro e último, é o

posicionamento baseado em acesso, onde consiste em segmentar cliente que é

acessível de maneiras diferentes, ou seja, apesar de suas necessidades serem

parecidas com as de outros clientes, a configuração de atividades que melhor

satisfaz é diferente.

Para Mintzberg (1988) existem cinco tipos de diferenciação, a saber: preço, imagem,

suporte, qualidade e design. Os cinco tipos podem ser conceituados da seguinte

maneira:

Preço: É a forma de caracterizar um produto da oferta dos concorrentes, cobrando

um preço mais baixo.

Imagem: Se diferenciar desenvolvendo uma imagem que o torne distinto dos

demais, podendo ser através de técnicas de promoção, como por exemplo,

apresentação e embalagem do produto.

Suporte: É oferecer ampliação do nível de serviços agregados, como por exemplo,

prazo de entrega menor, financiamento à venda ou com a oferta de produtos

complementares.

Qualidade: Busca oferecer e despertar nos consumidores a segurança do serviço e

produto consumido, desta forma a diferenciação por qualidade não é

fundamentalmente ser o melhor, mas buscar atingir três dimensões, sendo elas

maior confiabilidade, maior durabilidade e desempenho superior.

Design: Afeta diretamente o design, a fim de oferecer um produto num formato

diferenciado e inovador ao comparado com produtos concorrentes.

Tanto Michael Porter quanto Mintzberg (1988) mostram que a estratégia deve partir

de um diferencial, atingir seu cliente a fim de despertar no mesmo a sensação de

estar consumindo um produto e/ou serviço diferente dos demais, e que a operação e

atividades para que este produto e/ou serviço fosse adquirido também tenha

passado por um processo organizacional diferente. E além de seus consumidores os

concorrentes são afetados com esse posicionamento, pois a empresa busca a

estratégia para “driblar” a competitividade e concorrência direta e indireta.

Abordamos este assunto, pois qualquer empreendedor que almeja entrar no

32

mercado deverá estar preparado para enfrentar a forte concorrência e preparado

para traçar sua estratégia a fim de se diferenciar dos demais empreendedores. No

mercado de microcervejarias o empreendedor enfrenta barreiras como

concorrências, criação e fixação da marca, agentes regulamentadores e entre

outros, deste modo o empreendedor deverá utilizar estratégias adequadas para o

seu mercado e assim conquistar o seu público, manter sua produção de forma

rentável e buscar fixar sua marca no mercado.

Os posicionamentos mencionados por Michael Porter devem ser utilizados de forma

integrada, ou seja, conseguir colocar os três posicionamentos juntos em prática para

assim atingir a maior eficiência estratégica, construindo um diferencial próprio para

competir com seus concorrentes e se tornar mais competitivo no mercado.

Nos dias atuais o mundo dos negócios está altamente desenvolvido, o número de

empresas não para de crescer, trazendo junto à competitividade e a briga para

buscar o maior destaque e diferencial entre seus concorrentes diretos e indiretos.

Para que uma empresa sobreviva no mercado é constante a busca pela eficiência

operacional, onde todos querem os menores custos, as melhores mão de obra, líder

de mercado e lucros altos. Porém, para que isso seja alcançado empresas disputam

internamente e externamente a melhor solução para o desenvolvimento deste

modelo de operação. Internamente a eficiência operacional tende a proporcionar a

batalha pelo custo baixo e alto valor aos consumidores. Porém esta prática é

adotada para praticamente todas as empresas, tornando este método básico para

empreendedores que almejam um negócio de alta rentabilidade, mas para enfrentar

o mercado de forma externa, empresas devem buscar aderir estratégias eficientes

para assim competir com seus concorrentes e conquistarem um diferencial entre

eles.

Adiante serão abordados os agentes regulamentadores, onde informam e cobram a

devida higienização e condutas de boas praticam de fabricação.

2.7 ORGÃOS FISCALIZADORES

Como é de conhecimento da maioria dos brasileiros para que você possa ter o seu

próprio negócio no ramo alimentício e conseguir cumprir a lei, é necessário que você

siga uma série fatores o quais tenham como objetivo manter a higiene dos seus

produtos e a integridade física dos seus consumidores (MARTINEZ, 1997)

33

Para isso, existem certas leis que fazem com que isso se torne real, principalmente

pelo fato de que há uma rígida fiscalização monitorando tais estabelecimentos

(MARTINEZ, 1997)

De acordo com a PORTARIA SVS/MS Nº 326 (BRASIL, 1997), existe uma série de

parágrafos a serem cumpridos para quem possui esse tipo de estabelecimento ou

semelhantes a ele, podemos perceber que além das dificuldades encontradas para

sua introdução no mercado, é necessário seguir alguns passos para que não haja

conflito ou problemas com o seu negócio, sendo ele novo ou antigo.

3. METODOLOGIA

3.1 DELINEAMENTOS DA PESQUISA

Essa pesquisa é classificada como descritiva exploratória, com enfoques

quantitativos e qualitativos.

A pesquisa exploratória é utilizada para familiarizar-se com um assunto pouco

explorado ou pouco conhecido, podendo ser realizada por pesquisas bibliográficas

ou entrevistas.

“As pesquisas exploratórias têm como propósito proporcionar maior familiaridade

com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Seu

planejamento tende a ser flexível, pois interessa considerar os mais variados aspectos

relativos ao fato ou fenômeno estudado.” (GIL; ANTONIO CARLOS, 2010, p-27).

A pesquisa descritiva é um processo formal para coleta de informações, ela pode ser

elaborada para descrever as características de uma amostra, ou seja, características

como: idade, sexo, profissão, etc.

“As pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das características de

determinada população. Podem ser elaboradas também com a finalidade de identificar

possíveis relações entre as variáveis.” (GIL; ANTONIO CARLOS, 2010, p-27).

A análise dos dados quantitativos visa quantificar informações coletadas, tem como

objetivo mensurar as opiniões explícitas dos entrevistados, usando porcentagens,

mediana, média, etc. (DUARTE, 2013).

34

Os dados qualitativos tem caráter exploratório, baseado em relatório com opiniões,

comentários, pontos relevantes. Ou seja, possui uma característica de trazer

informações mais refinadas sobre o tema abordado (DUARTE, 2013).

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A pesquisa descritiva tem como intuito abordar brasileiros, homens e/ou mulheres,

maiores de 18 anos que moram na cidade de São Paulo ou em outra região, sem

restrição de grau de escolaridade.

Para complementar o tema da pesquisa entrevistaremos três empreendedores que

atuam no mercado da cerveja artesanal a mais de um ano, assim poderemos

fundamentar o crescimento do consumo junto ao do mercado, se a produção é

proporcional à demanda e vice-versa.

3.3 COLETA DE DADOS

Para identificar a percepção dos consumidores, um instrumento de pesquisa foi

elaborado. Ele foi baseado em outros três instrumentos já aplicados na literatura, a

saber: Mercado (2012), Análise dos Hábitos (2008) e Heineken (2011) (Ver

Apêndice A)

O instrumento de pesquisa compreende quatorze questões alternativas divididas em

dois blocos, A e B. No primeiro bloco que segue da primeira à sexta (Apêndice A),

são questões realizadas para identificar o perfil do entrevistado, abordando questões

como sexo, faixa etária, grau de escolaridade e entre outras questões julgadas

necessárias para conhecermos os nossos entrevistados. As questões deverão ter

apenas uma resposta.

Já no segundo bloco, prossegue da sétima à décima quarta questão, estas visam

coletar os aspectos com relação ao mercado de cervejas a partir da ótica do

consumidor, questionando o mesmo com perguntas referente à preferência de

cerveja, conhecimento de cerveja artesanal, aspectos que o levam a consumir esta

bebida, ocasiões onde há maior consumo de cervejas, entre outras questões

35

julgadas necessárias para obtenção dos resultados da pesquisa. Neste bloco há

questões com aceite de uma ou mais respostas.

Para identificar a percepção do empreendedor, usaremos uma entrevista

semiestruturada, a fim de colher informações e aprofundar o conhecimento acerca

do tema. O roteiro da entrevista está disponível no Apêndice B.

3.4 PROCESSO

Para embasar o tema de pesquisa, utilizamos a ferramenta Survey Qualtrics

incluindo na pesquisa desde o perfil até a sua opinião sobre esse mercado.

Primeiramente, a ideia era disponibilizar a pesquisa durante quinze dias, porém o

resultado não foi satisfatório com relação à quantidade da amostra, então

prorrogamos o prazo para vinte dias, alcançando uma quantidade mínima para obter

o resultado esperado de respostas.

O questionário foi disponibilizado via rede social para poder abranger o público alvo

estabelecido. Aproximadamente mil pessoas tiveram acesso à pesquisa, porém

apenas 198 responderam.

3.5 MÉTODO DE ANÁLISE

Para analisar os dados obtidos usaremos estatística descritiva que tem como

objetivo descrever e resumir as informações coletadas nas pesquisas.

3.6 LIMITES E LIMITAÇÕES

Os resultados da amostra não podem ser generalizados para população.

O tema abordado no trabalho é novo no mercado, por esse motivo, o encontro de

informações confiáveis foi prejudicado.

A grande dificuldade do tema foi obter a percepção do empreendedor com relação a

este mercado. Foi realizado contato de diversas maneiras, via telefonemas, e-mails

36

e a própria rede social como uma forma de “cercar” o empreendedor para

fundamentar os resultados.

4. RESULTADO E ANÁLISE

Como citado no tópico anterior a pesquisa descritiva é usada para mensurar e

analisar características de uma amostra. Como base para análise, usaremos o

método quantitativo, que visa mensurar opiniões de seus entrevistados. Para isso,

foram realizadas pesquisas com os consumidores da cidade de São Paulo, usando

como principal ferramenta para coleta e análise o programa Qualtrics Survey.

Para identificarmos a percepção das microcervejarias no Estado de São Paulo

realizamos entrevistas de base exploratória para nos familiarizarmos com o assunto

e entendermos a visão de mercado desses empreendedores, usando como

ferramenta de coleta para análise também o programa Qualtrics Survey.

Abaixo teremos análises apresentadas em gráficos e explicações sobre as

informações coletadas nas pesquisas e entrevistas realizadas.

4.1 CONSUMIDORES

4.1.1 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA

A definição do perfil dos pesquisados será caracterizado por sexo, faixa etária, local

que reside, estado civil, renda mensal individual e grau de escolaridade, conforme

demonstrado os resultados abaixo:

TABELA 1 – Distribuição do sexo dos pesquisados.

Sexo Quantidade %

Masculino 110 56%

Feminino 88 44%

Total 198 100%

37

TABELA 2 – Distribuição de faixa etária dos pesquisados.

Faixa Etária Quantidade %

18 – 25 96 49%

26 – 30 44 22%

31 – 40 34 17%

41 – 50 10 5%

51 ou mais 14 7%

Total 198 100%

TABELA 3 – Distribuição de local que reside os pesquisados.

Localidade Quantidade %

Cidade de São Paulo 191 96%

Demais locais 7 4%

Total 198 100%

TABELA 4 – Distribuição de Estado Civil dos pesquisados.

Estado Civil Quantidade %

Solteiro (a) 145 73%

Casado (a) 43 22%

Divorciado (a) 9 4,5%

Viúvo (a) 1 0,5%

Total 198 100%

TABELA 5 – Distribuição de renda mensal individual dos pesquisados.

Renda Mensal Quantidade %

Até R$ 1.000,00 25 13%

R$ 1.000,01 - R$ 2.000,00 57 29%

R$ 2.000,01 - R$ 4.000,00 62 31%

R$ 4.000,01 - R$ 7.000,00 27 13,5%

Acima de R$ 7.000,01 27 13,5%

Total 198 100%

38

TABELA 6 – Distribuição de grau de escolaridade dos pesquisados.

Grau de Escolaridade Quantidade %

Fundamental Incompleto 0 0%

Fundamental Completo 2 1%

Ensino Médio Incompleto 3 2%

Ensino Médio Completo 22 11%

Ensino Superior Incompleto 68 34%

Ensino Superior Completo 88 44%

Pós - Graduação Incompleto 8 4%

Pós - Graduação Completo 7 4%

Total 198 100%

A partir dos resultados acima, conseguimos identificar que 56% dos pesquisados

são homens e 44% de mulheres, sendo que 96% dos pesquisados residem dentro

da cidade de São Paulo, onde remete o foco de nossa pesquisa.

Por se tratar de uma pesquisa envolvendo o assunto de bebida alcoólica, utilizamos

o critério de selecionar apenas pessoas com idade igual ou superior a 18 anos,

tendo como resultado de maior faixa etária entre 18 a 25 anos, atingindo 49% dos

pesquisados.

É possível identificar que 31% dos entrevistados possuem renda salarial mensal de

R$2.000,01 a R$4.000,00 e quase metade das pessoas que responderam a

pesquisa (44%) possuem Ensino Superior Completo.

4.1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CONSUMO DE CERVEJA ARTESANAL

A definição do consumo de cervejas artesanais dos pesquisados será caracterizado

primordialmente pela questão se os mesmos consomem cervejas artesanais ou não,

e a partir desta resposta iremos dar preferência para os pesquisados que consomem

este produto.

TABELA 7 – Distribuição do consumo de cerveja artesanal dos pesquisados.

Consumo de Cerveja Artesanal Quantidade %

Sim 133 67%

Não 65 33%

Total 198 100%

39

Conforme demonstrado na tabela acima, observamos que de 198 (100%)

pesquisados, 133 consomem cerveja artesanal, atingindo 67% do resultado e

tornando nossa pesquisa satisfatória, onde podemos mostrar que a maioria dos

pesquisados tem pelo menos o conhecimento sobre o produto. Como o foco desta

pesquisa são os consumidores de cerveja artesanal, iremos considerar a amostra de

133 (67%) pesquisados, para as demais análises.

4.1.2.1 OPINIÃO APÓS CONSUMO

Após questionar se os pesquisados já teriam consumido cervejas artesanais,

partimos para conhecer o resultado, conforme o gráfico abaixo, deste experimento,

de forma a entender se o produto foi recebido de forma satisfatória ou não.

FIGURA 7: Opinião dos pesquisados após consumir cerveja artesanal

Conforme demonstrado em porcentagem, verificamos que apenas 1% dos

pesquisados não gostaram de consumir cerveja artesanal e que 12% gostaram,

porém preferem cervejas convencionais. Mas ao analisarmos o todo, o consumo de

cerveja artesanal foi satisfatório ao gosto dos pesquisados atingindo um total de

87%. Analisamos também que além do consumo os pesquisados gostaram deste

40

produto a ponto de consumirem novamente (53%) e consumirem com frequência

(22%).

4.1.2.2 MOTIVOS POR OPTAR PELA CERVEJA ARTESANAL

Aos pesquisados que consumiram e gostaram da cerveja artesanal, tiveram como

pergunta escolher até três motivos que levaram a ter o costume do consumo deste

produto, com isso, abaixo demonstraremos o resultado deste questionamento:

TABELA 8 – Distribuição dos motivos por optar pelo produto.

Motivos que levam a consumir %

Sabor / Gosto 82%

Qualidade 56%

Novidade 47%

Preço 2%

Teor alcoólico 8%

Influência de terceiros 25%

Conforme tabela acima, destaca-se com 82% que o motivo principal dos

pesquisados gostarem da cerveja artesanal é pelo motivo do Sabor / Gosto, no que

se torna uma opção provável, pois a cerveja “caseira” tem o intuito de buscar novos

gostos, cremosidade e cores, fugindo totalmente das cervejas convencionais. Em

segundo lugar, a qualidade com 56%, onde o fato da produção de cerveja artesanal

ser menor e ter um acompanhamento mais próximo dos cervejeiros, buscando um

cuidado e diferenciação maior com seu produto faz com que a cerveja no final tenha

uma qualidade expressiva.

4.1.2.3 FREQUÊNCIA DO CONSUMO SEGUNDO PESQUISADOS

Foi abordado também o quesito de frequência em que nossos pesquisados ingerem

a cerveja artesanal, produto ao qual foi identificado como preferência entre eles.

41

FIGURA 8: Distribuição por frequência de consumo dos pesquisados

Acima, vemos que o consumo semanal de cerveja artesanal está concentrado nas

opções de “Menos de uma vez por semana”, 36%, onde o pesquisado ingere cerveja

artesanal com uma distância maior de tempo entre uma e outra e a opção “Uma vez

por semana”, 34%, mostrando que mais de 50% dos consumidores consomem

cerveja artesanal com certa frequência.

4.1.2.4 CERVEJA ARTESANAL X CONVENCIONAL

Neste ponto, verificamos se os pesquisados trocariam a cerveja convencional pela

cerveja artesanal, e com isso obtivemos o seguinte resultado:

FIGURA 9: Opinião dos pesquisados sobre mudança de cerveja convencional por cerveja artesanal.

42

Conforme o gráfico acima, percebemos que os pesquisados preferem a cerveja

artesanal a ponto de trocarem um produto convencional por um produto novo, 60%,

e de menor expressão no mercado, em questão de litros de produção e marketing,

fazendo com que a cerveja “caseira” ganhe espaço no mercado.

4.1.2.5 INDICAÇÃO

Ao vermos que a cerveja artesanal está sendo favorável, segundo nossa pesquisa,

questionamos se os pesquisados que consomem este produto indicariam e/ou

recomendariam este segmento de cervejas para familiares, amigos e terceiros.

FIGURA 10: Opinião dos pesquisados sobre indicação de cerveja artesanal

A partir dos números apresentados acima, além do consumo ser aprovado os

próprios consumidores indicariam o produto a terceiros, desta forma aumentando e

repassando o conhecimento e mostrando que este produto tem qualidade. A

importância deste tópico é que indica que o mercado pode expandir, pois a

divulgação do produto feita pelos próprios consumidores tem uma expressão forte,

pois o mesmo já experimentou, gostou e está indicando para que outro prove e

conheça a cerveja artesanal.

4.2 ANÁLISE GERAL DOS DADOS

Avaliando e analisando os resultados apresentados, foram criadas duas tabelas,

sendo uma extraída do próprio recurso utilizado para a realização de nossas

43

pesquisas, Qualtrics Survey que consta no anexo A e a segunda tabela realizada

com base na primeira, porém consta o percentual, para que possamos ter uma

análise comparativa de representatividade em cada dado, anexo B, ambas servindo

para efetuar o cruzamento dos dados julgados importantes e assim auxiliando o

grupo a chegar a conclusões com relação à pesquisa realizada com os

consumidores.

Analisando a tabela cruzada é possível identificar que os consumidores principais

deste produto são homens, com idade entre 18 a 25 anos, solteiros, com ensino

superior completo e renda mensal individual de R$2.001,00 a R$4.000,00. Mostra-se

também que grandes partes dos entrevistados consomem com frequência ou

consumiriam novamente este produto.

Com esse perfil mostra-se que o mercado de cervejas artesanais tem maior

aderência a um público com um padrão de qualidade mais exigente, com condições

financeiras e interesse em experimentar um tipo de produto diferenciado ao

convencional. Acreditamos que este perfil tem predominância, pois o produto em

questão tem seu preço acima das cervejas convencionais porém, possuem

qualidade e sabor melhores, estando disponíveis em estabelecimentos mais

selecionados.

Percebemos também, que ao relacionarmos as entrevistas dos empreendedores

com os dados obtidos pela pesquisa dos consumidores, que este mercado tende a

crescer cada vez mais, ao analisarmos comparativamente o número de pesquisados

que já experimentaram cerveja artesanal, 67%, e com isso juntando o público que

consumiriam novamente e frequentemente atingimos um total de 75%, deste modo

mostrando que o público além de satisfeito com a cerveja artesanal está aderindo a

mesma e incluindo como um produto de consumo constante, conforme mostrado na

FIGURA 8, temos 64% dos pesquisados consumindo o produto um dia da semana

até quatro ou mais vezes na semana

Analisando o perfil do público identificado pela pesquisa e já mencionado acima,

vimos que os consumidores buscam um diferencial no produto, com isso 60%

trocariam cerveja convencional para artesanal (FIGURA 9) e o motivo que levam a

fazer esta troca está atrelado ao fato de optarem pelo sabor/gosto, qualidade e

novidade, pois o produto já traz consigo um conceito de buscar um diferencial e

44

alcançar a excelência, deste modo tendo uma produção baseada na qualidade e

diferentes sabores.

E o fato da novidade estar atrelado a aceitação do público é que o produto está

tendo uma visibilidade maior recentemente, com isso fazendo com que pessoas

experimentem e tenham o conhecimento deste produto. E este conhecimento do

produto pode ser passado através da indicação de um consumidor a terceiros, como

mostrado na FIGURA 10, com um total de 97% de pesquisados adeptos a indicação.

4.3 VARIAÇÃO E SUA REPRESENTATIVIDADE NA PESQUISA

Ao analisarmos a pesquisa quantitativa verificamos pelo recurso utilizado, anexo C,

que do total da amostra de 198 pesquisas, apenas uma pesquisa ficou em aberta

sem ter o encerramento da mesma pelo pesquisado e possivelmente marcou as

questões de forma errada, com isso acarretando uma variação no quadro da

tabulação cruzada, anexo A e B. Porém, a divergência é insignificante para nossas

análises, já que atingimos mais de 98% da nossa amostra de forma correta, como

demonstrado na tabela abaixo:

TABELA 9 – Representatividade da variação na resposta conforme questões da pesquisa

Conforme tabela acima, podemos verificar que a divergência é praticamente nula

comparada ao todo da amostra, com isso queremos demonstrar que a falta de

encerramento de uma única pesquisa não implica em nossos resultados e análises,

sendo que o correto preenchimento e encerramento da pesquisa são de

responsabilidade e ética do pesquisado.

Após ter

experimentado

cerveja artesanal,

você conclui que:

Cite até três

motivos que te

levam a optar pela

cerveja artesanal

Você trocaria

cerveja

convencional por

cerveja artesanal?

Total de respostas 132 131 134

Total da amostra 133 133 133

Representatividade da resposta 99,25% 98,50% 100,75%

Representatividade da Variação 0,75% 1,50% -0,75%

45

No próximo ponto serão abordadas e analisadas as entrevistas realizadas com os

empreendedores mostrando também sua visão de crescimento do mercado de

cervejarias artesanais.

4.4 ANÁLISE DAS ENTREVISTAS COM EMPREENDEDORES

Como complemento da análise do nosso objetivo geral, entrevistamos) três

cervejarias artesanais (conteúdo disponível no Anexo D com o intuito de

compreender a visão desses empreendedores sobre o crescimento desse mercado.

Pela dificuldade em conseguirmos agendar as entrevistas pessoalmente foi usada a

ferramenta Qualtrics Survey como fonte principal de recebimento das informações.

Foram encaminhados convites para entrevistas via rede social a vinte cervejarias,

porém, tivemos o retorno de três empreendedores mostrando interesse em

participar.

A entrevista consistiu em onze perguntas abordando diversos temas mencionados

no decorrer do trabalho, como: barreiras de entrada, histórico desse mercado, visão

para o futuro neste segmento, dificuldades encontradas, etc.

Na primeira pergunta buscamos identificar qual era o fornecedor que estava

respondendo à pesquisa.

Nome da empresa: Cervejaria Júpiter, Cervejaria Coruja e Cervejaria Urbana.

O segundo questionamento consistia em a empresa havia surgido e ambas

trouxeram um histórico de produção caseira, onde podemos observar como é

comum para esse segmento o início de produção caseira (chamado por eles de

produção “cigana”) apenas para consumo próprio para amigos e familiares e só após

esse movimento inicia-se a comercialização.

Ao serem perguntados sobre alguns órgãos fiscalizadores como, ANVISA e MAPA,

duas cervejarias (Júpiter e Coruja) trouxeram um ponto muito comum entre esses

fabricantes. Eles terceirizam a contratação da indústria, ou seja, fazem parcerias

com cervejarias maiores que já possuem um pátio industrial usando esse espaço

quando ocioso para a fabricação de suas cervejas, reduzindo assim, algumas

certificações exigidas para quem possui uma indústria.

46

As três cervejarias trouxeram a barreira fiscal (tributação) como ponto relevante na

decisão de entrar ou não neste mercado, pois, a tributação para as pequenas

empresas é alta sendo repassado ao valor final do produto. Outros pontos

levantados foram sobre as empresas de cervejas convencionais que acabam

dominando o mercado dificultando a entrada de novos produtos e produtores de

cervejarias artesanais.

Um dos principais temas abordados com os entrevistados foi à visão que tinham

sobre o crescimento do mercado nos próximos anos, todos acreditam nessa

ascensão e buscam investimentos futuros para conseguir-se manter no segmento de

cervejarias artesanais e trazendo novos produtos a sua marca.

Ao perfil de consumidores foram trazidos perfis idênticos aos resultados da pesquisa

exploratória. O perfil mencionado pelos entrevistados diz que são homens, solteiros,

que buscam qualidade nos produtos e não preço. O perfil identificado na pesquisa

com os consumidores, também foram de homens, solteiros, colocando como itens

principais de escolha entre a cerveja artesanal o sabor, gosto e qualidade do

produto.

As entrevistas foram de suma importância para a visibilidade do empreendedor

deste mercado e sua opinião sobre seu crescimento, trazendo uma conclusão

positiva a nossa pergunta problema.

5. CONCLUSÃO

Este trabalhou visou analisar e identificar qual o panorama atual do mercado de

cervejas artesanais em na cidade e Estado de São Paulo.

Com o histórico apresentado, foi possível identificar o início do processo de

fabricação de cervejas artesanais, melhorias de processos produtivos e a inclusão

de novos aromas, sabores ao produto. Identificamos também a criação e

crescimento de locais especializados no ensino de degustações e produção caseira

deste produto.

Um ponto de suma importância apontado na barreira de entrada é a precificação do

produto pois, os tributos cobrados ao setor fazem com que o preço da cerveja

47

repassado ao consumidor seja maior. Principalmente, no caso de microcervejarias

que ganham pela margem e não pelo volume.

Para complementar a amostragem de crescimento do mercado foi usado a pesquisa

descritiva exploratória com enfoques quantitativos e qualitativos como metodologia,

podendo responder o objetivo geral do trabalho apresentado.

Segundo a pesquisa exploratória aplicada, o público que consumiu ou consome

cerveja artesanal, se diz satisfeito com a qualidade do produto e que trocaria a

cerveja convencional pela cerveja artesanal. Com a pesquisa também foi possível

identificar que para o público alvo deste produto é considerado o sabor, qualidade e

novidade como item principal para a escolha da cerveja artesanal, mostrando que o

preço nesse caso, não é um fator decisivo de escolha.

Para a pesquisa descritiva foi escolhido como critério três entrevistas com

cervejarias artesanais para entender suas percepções sobre este mercado. Ambas,

trouxeram pontos condizentes com o tema.

As três cervejarias entrevistadas apresentaram empenho e investimentos futuros

para esse segmento, acreditando no crescimento do mercado de cervejarias

artesanais, colocando como pontos principais a pulveração dos produtos em vários

locais, assim como, o crescimento de locais especializados em receber esse tipo de

produto.

Diante dos fatos mencionados, o panorama do mercado de cervejas artesanais é

favorável ao crescimento de consumo e produção do produto.

48

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56

Apêndice A – Perfil do entrevistado

1) Sexo:

( ) Masculino

( ) Feminino

2) Faixa etária:

( ) 18 – 25 anos

( ) 26 – 30 anos

( ) 31 – 40 anos

( ) 41 – 50 anos

( ) 51 ou mais

3) Estado civil:

( ) Solteiro (a)

( ) Casado (a)

( ) Divorciado (a)

( ) Viúvo (a)

4) Grau de Escolaridade:

( ) Ensino fundamental incompleto

( ) Ensino fundamental completo

( ) Ensino médio incompleto

( ) Ensino médio completo

( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino superior completo

( ) Pós graduação incompleta

( ) Pós graduação completa

5) Renda mensal individual:

( ) Até R$ 1.000,00

( ) R$ 1.000,01 – R$ 2.000,00

( ) R$ 2.000,01 – R$ 3.000,00

( ) R$ 3.000,01 – R$ 4.000,00

( ) R$ 4.000,01 – R$ 7.000,00

( ) Acima de R$ 7.000,00

6) Você mora dentro da cidade de São Paulo?

( ) Sim

( ) Não

57

Apêndice B – Perfil do consumo

7) Você já consumiu cerveja artesanal:

( ) Sim

( ) Não

8) O fato de você não ter consumido cerveja artesanal implica em: (Caso você tenha

respondido sim na pergunta anterior não será necessário responder a esta pergunta)

( ) Falta de conhecimento do produto

( ) Preferência por cerveja convencional

( ) Não se interessa por este produto

( ) Preço

( ) Não encontra este produto com facilidade

( ) Bares que frequento não possuem este produto

**CASO NA PERGUNTA ACIMA TENHA RESPONDIDO QUE NÃO CONSOME

CERVEJA ARTESANAL, NÃO SERÁ NECESSÁRIO RESPONDER ÀS

PERGUNTAS ABAIXO.

9) Com qual frequência você consome cerveja artesanal?

( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma vez por semana

( ) Duas vezes por semana

( ) Três vezes por semana

( ) Quatro ou mais vezes por semana

10) Após ter experimentado a cerveja artesanal, você conclui que:

( ) Gostei

( ) Gostei e consumiria de novo

( ) Gostei e consumo com frequência

( ) Gostei, porém prefiro cerveja convencional

( ) Não gostei

11) Cite até três motivos que te levam a optar pela cerveja artesanal:

( ) Sabor / Gosto

( ) Qualidade

( ) Novidade

( ) Preço

( ) Teor alcoólico

58

( ) Influência de terceiros

12) Você trocaria a cerveja convencional por cerveja artesanal?

( ) Sim

( ) Não

13) Você indicaria a cerveja artesanal para amigos e familiares?

( ) Sim

( ) Não

14) Caso tenha respondido NÃO na pergunta acima, justificar o motivo.

59

ANEXO A - qualtrics.com

60

ANEXO B – Tabulação cruzada com percentual

Continua

61

62

ANEXO C - qualtrics.com

63

ANEXO D – Pesquisa e respostas dos empreendedores

Continua

64

Continua

65