revolução vai rever as punições no governo pede o fim dos

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JORNAL DO BRÃxTTRio de Janeiro — Quarta-feira, 23 de maio de 1979 Ano LXXXIX — N.o 45

r TEMPOParcialmente nu-blado a nublado,podendo instabili-zar-se no períodocom pancadas otrovoadas espar-sas, nevoeiros es-parsos na madru-gada e parte damanhã. Tempera-tura estável. Máx.:34.0 (Santa Cruz).Min.: 17.5 (Altoda Boa Vista). (Ma-pas no Cadernode Classificados).

PREÇOS, VENDA AVULSA:Ettado do Rio de Janeiro:

Dias úteis . . . Cr$ 6,00Domingos . . . Cr$ 6,00Minas Gerais:

Dia» úteis . . . Cr$ 6,00Domingos . . . Cr$ 7,00

Outros Estados:

Dias úteis . . . Cr$ 10,00Domingos . . . Cr$ 11,00

ASSINATURAS Domiciliar(Rio e Niterói): Tel. 264-6807

3 meses . . . . Cr$ 500,006 meses . . . . Cr$ 880,00'

Sâo Paulo (CAPITAL):

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Postal, via aérea, em todo oterr.órlo nacional:

3 meses .... CrS 660,006 meses . . . . Cr$ 1 200,00

EXTERIOR - Via aérea: Amé-

rica Central, Amtfrica do Nor-

te, Portugal e Espanha:

3 meses . . . US$6 meses . . . US$1 ano USS

América do Sul:

3 meses . . . US$6 meses ... USS1 ano ..... US$

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VIA MARÍTIMA - América,

Portugal • Espanha:

3 meses . . . US$6 meses . . - US$1 "ano USS

Demais países:

3 meses . . . US$6 meses . . . US$1 ano ..... USS

41.0082.00

164.00

58.00116.00232.00

'510ACHADOS

E PERDIDOS

BASSET HOUND - Marron, pre-to e> branco. Perdi em S. Con-rado dia 20/05/79. Gralitica-se.

, Tel. 399-3140.EXTRAVIÕU-SE a placa de pro-

cedencia do veiculo CHévetle1976. Branco Sodan placa WP4375 e n° chassi 5D11 AFC110825 pertencente a GEORGECONSTANTINO FIGUEIREDO.

EXTRAVIADA Placa de chassin? BP 942071 VW-SY 5634 In-torme p/ 226-7223. Nelle.

EXTRAVIOU-SE - Guia Verdedo depósito compulsório deviagem no valor de C r $22.000,00. em nome de PhyllisMargareth Williamson, serieZ-001 n° 366471, culo venci-menlo deu-se aos 19-04-79 doBanco do Brasil agencia Metr.

¦'.Figueiredo Magalhães RJ. >EXtRAVIOU-SE - Talão Noto

_ riscai 051 a 100 - De SEACo.rviços Engenharia lida. Int:249-0083.

MARINA MACHADO DE SAR-MENTO — Declara que foi cx-traviado a sua carteira do CREAn° 3.150-D. 5a. Região.

PERDEU-SE Próximo à Av. NiloPeçanha, em 21/05, uma cartei-ra preta contendo os documen-tos pertencentes a ONALDOBRANCANTO AAACHADO Fl-LHO. Gratifica-se. Tels. . . .263-1222 e 266-0619.

PERDEU-SE no Humaitá cão pro-to tipo pequines patas/peitobrancos, nome Pelego no sába-do dia "9-05 Favor informar.Tel. 286-9590, após 19:00.

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EUA congelamconstrução deusina nuclear

A Comissão de Regulamentação Nu-clear dos Estados Unidos congelou,, ontem,por três meses, as licenças para constru-ção ou operação de usinas nucleares, oque sustará provisoriamente ou, pelo me-nos, dilatará o prazo de conclusão de'pro-jetos iniciados ou de outras usinas pres-tes a receber autorização da comissão pa-ra início das obras.

Há dois dias, depondo em inquéritona Câmara de Representantes, o presi-dente da Comissão, Joseph Hendrie, ad-mitiu pela primeira vez que o reator dausina de Three Mile, na. Pensilvânia, "es-teve fora de controle e os operadores nãosabiam o que estava acontecendo nointerior dele", como chegou a afirmarum de seus interrogadores. (Página 18)

Diplomata se asilae confirma matançaa mando de Bokassa

O Embaixador centro-africano em Paris,Sylvestre Bangui, renunciou ao cargo e pediuasilo político à França, depois de confirmara denúncia da Anistia Internacional, segun-do a qual houve, a 18 de abril último, umamatança de crianças em Bangui, Capital doImpério Centro-Africano.

Em Ruanda, onde se realiza a sexta reu-nião franco-africana, o Imperador Bokassa I,pressionado, reconheceu pela primeira vez terhavido mortes nos distúrbios do mês passadoem seu país e concordou com a criação deuma missão africana, encarregada de invés-tigar in loco as denúncias de matança. Bo-kassa I prometeu, também, não adotar san-ções contra o Embaixador Bangui. (Pág. 13)

Alemanha elegeCarstens hoje

Brasília/foto iU Oullhirm* Itomlo

para PresidenteA Assembléia Federal da Alemanha Oci-

dental deverá garantir, hoje, por maioria, aeleição do candidato da União Cristã Demo-crata, Karl Carstens, à Presidência da Repú-blica, derrotando a candidata social-democra-ta Anne Marie Renger. Ela só aceitou con-correr para tirar seu Partido de uma situa-ção difícil, pois até segunda-feira o Governonão encontrara ninguém disposto a disputaro cargo.

Karl Carstens, atual Presidente do Par-lamento, é um político com posições'bastem-te conservadoras e foi um dos mais tena-zes opositores da Ostpolitik (aproximaçãocom o Leste) do ex-Chanceler Willy Brandt,o que lhe valeu muitas críticas, inclusivedo Chanceler Helmut Schmidt. (Página 12)

Argentina-vence Holanda

pênaltisnosApós um empate sem gols no tempo re-

gulamentar, a Seleção Argentina derrotou aHolandesa por 8 a 7, na decisão por pênaltis,no jogo disputado ontem à tarde, em Berna,nas comemorações do 75.° aniversário daFIFA. Filol defendeu o pênalti cobrado porJan W. Peters que assegurou a vitória doscampeões do mundo.

O técnico Cláudio Coutinho viu a par-tida pela televisão. Gostou dos holandeses,embora sem o talento dos antigos craques, eachou que a Argentina está marcando bem,mas pecando pelo individualismo. Zico fez suaproposta para renovar contrato: Cr$ 400 milmensais. O Flamengo ainda não respondeu àproposta do jogador. O Campeonato Esta-dual tem seis jogos hoje. (Páginas 27 e 28)

^t^M^mM^Mr3tfmM^^^^fíM^DMMWPSiwB& W~ ^**' -1'"'- '^^^^^^^^^B" V **____M_aH *^i"i'' *¦'¦¦'- Bj^UT' Sf Ift-^ - 'Q^KV—^HfH

Passarinho e Sarney ouvem do Ministro da Justiça de Goulart, Abelardo Jurema, que é preciso saudar os lampiões

Revolução vai rever aspunições no

A revisão dos processos dos professoresaposentados ou afastados com base nos AtosInstitucionais será iniciada em breve, den-tro do critério de se examinar caso a caso.A medida foi anunciada pelo Ministro daEducação, Sr Eduardo Portella, que disseter recebido "o sinal verde" durante a suaaudiência com o Presidente Figueiredo, on-tem pela manhã.

"Lugar de professor brasileiro é no Bra-sil, na sala de aula, no laboratório ou nocampo", disse o Ministro, que se declarou"muito feliz por ter correspondido a mim,na tradução precisa da linha democráticado atual Governo, o primeiro passo objeti-vo para essa medida histórica". A Cônsul-toria Jurídica do MEC, entretanto, aindanão recebeu as diretrizes para essa revisão.

Ò Ministro da Comunicação Social rea-

MagCassado na l.alista tenta

IStCVlO ver Figueiredofirmou que o Governo não reconhece a ex-tinta UNE como entidade representativados estudantes brasileiros, só aceitando co-mo interlocutores os organismos previstosna legislação. Já o Governador AntônioCarlos Magalhães, que cedeu local para arealização do congresso de reorganização daUNE, designou seu Chefe da Casa Civil pa-ra manter o diálogo com os estudantes.

Segundo assessores presidenciais, oGoverno está convicto, com base em relato-rios dos órgãos de informação e segurança,de que não existe consenso entre os estu-dantes para a reorganização da entidadenacional. Com base nessa convicção, é quehouve recomendação expressa do Ministé-rio da Educação para não se reprimir comviolência ou proibir a realização do con-gresso de reorganização da UNE. (Página 9)

Governo pede o fim dosDecretos-Leis 477 e 228

O Presidente Figueiredo enviou ao Con-gresso projeto sobre a reorganização estu-dantil, reconhecendo os diretórios acadêmi-cos e colocando o problema da disciplinano âmbito interno das universidades, coma revogação dos Decretos 477 e 228 e de doisArtigos (38 e 39) da Lei 5 540. Não há re-ferência, entretanto, a uniões nacionais eregionais de estudantes."Este é o primeiro ato concreto, o pri-meiro aperto de mão real e objetivo dirigidoaos estudantes brasileiros" — observou oMinistro da Educação, Sr Eduardo Portella,que prometeu "outros desdobramentos" epediu "confiança recíproca, para que possa-mos encontrar juntos os novos caminhos".O projeto será votado em 40 dias, devido aoregime de urgência pedido pelo Governo.

A exposição de motivos, redigida peloMinistro Eduardo Portella, esclarece que a

reorganização estudantil será feita com ba-se no projeto agora enviado ao Congresso,tendo dois objetivos: conferir representaçãoaos órgãos de estudantes e transferir às uni-versidades a responsabilidade de aplicar asmedidas necessárias à manutenção da dis-ciplina.

O líder do MDB no Senado, Sr PauloBrossard, congratulou-se com o Governo pe-Ia revogação dos Decretos 477 e 228, enquan-to a liderança da Oposição na Câmara anun-ciou, por intermédio do Deputado FreitasNobre, que apresentará emendas propondoa reforma dos regimentos das universida-des, os quais já teriam absorvido os decre-tos revogados. O líder da Arena, DeputadoNelson Marchezan, disse que o projeto re-sultou do "compromisso de se adaptar alegislação aos novos tempos". (Página 8)

Brasil pretende mandarplutônio para o Iraque

O jornal Al Qabas, do Kuwait, infor-mou, ontem, que um "entendimento se-creto", firmado na semana passada, prevêo fornecimento de plutônio ao Iraque, pe-lo Brasil. O Itamarati desmentiu a notícia,mas uma fonte do Ministério das Minas eEnergia admitiu negociações para uma fu-tura assistência brasileira ao programa nu-clear iraquiano.

Segundo essa fonte, o Governo brasi-leiro poderá vender urânio, e não plutônio,para abastecer as usinas que o Iraque co-meça a construir, com equipamentos queestão sendo produzidos pela França. O Go-verno francês, submetido a fortes pressõesde Washington, teria aconselhado o recur-so ao Brasil, para garantir o fornecimentoque não se sente em condições de atender.

Plutônio, de qualquer forma, o Brasilnão poderá vender a ninguém, pois todo oreprocessamento de urânio que vier a serfeito na usina a ser construída com assis-tência alemã, estará coberto pelo AcordoTiipartite de Salvaguardas, assinado com aAlemanha e a Agência Internacional deEnergia Atômica, em 1976.

O Cardeal-Arcebispo de São Paulo, DPaulo Evaristo Arns, considerou "útil e in-teressante" que o Brasil mantenha relações"com todos que buscam seus direitos". Opresidente da Fedex-ação Israelita do Rio deJaneiro, Eliézer Burla, porém, anunciou adisposição de "defender nossas crianças",pois acredita que um escritório da OLP sig-niíicará terrorismo no país. (Pág. 3, edito-rial e Cartas na pág. 10 e artigo na pág. 11)

O último Ministro da Justiça doGoverno João Goulart, Abelardo Ju-trema, solicitou audiência ao Presi-dente da República, por telegrama,alegando que o gesto do General JoãoBaptista de Figueiredo, de estendera mão, precisa ser entendido "por ta-dos os homens amadurecidos destepaís". Como cassado, o ex-Ministrodisse que não se julga impedido de"saudar os lampiões que estão sendoacesos na estrada".

Incluído na primeira lista de cas-sações divulgada pela Revolução, o SrAbelardo Jurema, que espera ser re-cebido ainda hoje pelo Presidente,conseguiu asilo no Peru, onde escre-¦veu o livro Sexia-Feira, 13, contandocomo foi a queda do Governo Gou-lart. A Figueiredo, o ex-Ministro vaiexpor o que chama de "drama dasfamílias dos cassados". (Página 4)

Dívida fiscalquase iguala odéficit do Rio

Se o Estado do Rio conseguissereceber de uma só vez todo o débitofiscal ajuizado e repassar os recursosao Município, acabariam os proble-mas do Prefeito Israel Klabin com odéficit orçamentário previsto paraeste ano. A dívida atinge Cr$ 4 bl-lhões 900 milhões, apenas Cr$ 100 mi-lhões abaixo do que necessita a Pre-feitura.

Para arrecadar esses tributos, oEstado deu entrada em 21 mil pro-cessos na Justiça, a quase totalidadereferente ao ICM. Em compensação,é do próprio Município a maioria doscontribuintes faltosos: 12 mil 236 pro-cessos, equivalentes a Cr$ 3 bilhões400 milhões. A Secretaria de Fazendaestá estudando algumas formas deparcelar esse débito. (Página 21)

Bairros estãocom excesso dechumbo no ar

A atmosfera de alguns bairros doRio — Lagoa, Copacabana e Maraca-nã —está carregada de concentraçãode chumbo, acima dos padrões in-ternacionais aceitáveis. E', provável-mente, dos maiores índices do mundoem áreas residenciais, segundo o pro-fessor Manohar Hotchandani, daCoordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia, da UERJ.

Uma das prováveis causas, se-gundo ele, é o teor de chumbo adiedo-nado à gasolina, no Brasil, superiorao de qualquer outro país: 0,845 porlitro, contra 0,84 da Grécia, o segun-do índice mais alto. Na Avenida N.Sa. de Copacabana o índice variou dedois a três microgramas por metrocúbico, quando o ideal é um. O chum-bo pode causar envenenamento, le-são cerebral e eólicas. (Página 22)

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2 •* POLÍTICA E GOVERNO JORNAl DO BRASIL D Quorta-foira, 23/5/79 D 1» Cadamo *&(

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Coluna do Castello

Governo impõe suaordem jurídica

Brasília — Em face da impressionanteargumentação jurídica do Senador PauloBrossard na qual procurou demonstrar queot Partidos não se dissolvem por lei, mas pordecisão da Justiça, se for o caso, cabe recor-dar d inspiração política do Governo ao ins-crever na Constituição, mediante a Emendan° 11, o principio do pluripartidarismo e aotentar agora, mediante votação de lei peloCongresso, dissolver os Partidos para extrairdaquele princípio as conseqüências práticas.

¦ Se a Arena estivesse desempenhando acontento o papel de respaldo civil do Podercertamente a idéia ãa introdução do plúri-partidarismo não teria surgido, pelo menosno local onde surgiu., A evolução do quadropolítico indicava claramente o crescimentoininterrupto do MDB, malgrado expedientescomo o da sublegenãa e o do senador biôni-co, e o conseqüente apagamento da Arena. Aolado dessa realidade, desse fato, persistia noGoverno a convicção de que os militares ja-mais aceitariam o MDB como alternativa dePoder, isto é, o Partido que aglutinava a prin-cípio os remanescentes dos Partidos conde-nados pelo Movimento de 1964 jamais teriacondições de voltar ao Poder.

A distensão ão General Geisel deveriaconduzir a um estado de direito, dentro ãoqual não caberiam vetos militares ou dequalquer outra origem à alternância de Par-tidos no Poder. Nesse caso a saída seria su-primir os Partidos existentes, tanto maisquanto as divergências entre moderados eautênticos dentro ão MDB ãavam a espe-rança áe que essa agremiação, feáeração ãeoposições, se desagregaria tão logo se permi-tisse a formação de novos Partidos. As perdasda Arena seriam compensadas pela forma-ção de um terceiro Partido que, com subs-iancial dissidência da Oposição, assegurariaapoio a um regime de centro e à continuiãa-ãe do movimento dito revolucionário.

A mágica não produziu o efeito esperado.O Sr Leonel Brizola, ãe longe, e seus segui-dores, ãe perto, não conseguiram assinatu-ras suficientes para criar um Partido traba-Ihista e os moderados, integrantes ãe umaforça eleitoral em ascensão, sentiram quenão poãeriam servir ãe instrumento paraãesagregar seu Partião e participar ãe umaorganização paralela que iria servir aos ãe-sígnios ão Governo. A permissão para forma-ção áe Partiãos a se consoliãarem, no futuro,caso obtivessem 5% ãa votação, não excitouos interessados e não proãuziu efeitos. Poli-ticos e juristas ãa Situação marcharam paraêsquematizar o projeto áe lei de dissoluçãodos Partiãos, o qual, segunão o Senaãor JoséSarney, estará pronto ãentro ãe três meses,períoão cuja áuração inãica a persistênciaãe dificuldades.

O Governo não admite, neste momento,a edição ãe atos institucionais para resolverquestões políticas. Mas continua a crer nasua força para comandar o Congresso. Osargumentos do Senaãor Brossarã serão res-ponáiâos, bem ou mal, e o projeto, salvo aci-ãente, chegará ao Congresso e ãeverá sermaciçamente votaáo por biônicos e não biô-nicos. O líãer ãa Oposição sugere o recursoao Poãer Juãiciário, isto é, o Tribunal Supe-rior Eleitoral e, em final, o Supremo TribUrnai Feáeral para ãecretar a nuliâade ãa lei.

Não é ãe crer-se na eficácia da meãiãa,seja qual for a votação âos tribunais, poistratando-se áe processo áe tramitação mo-rosa, quando vier o acórdão final os Partidos'já terão sofrião o impacto ãa lei que o Minis-tro ãa Justiça confiou aos cuiãaãos ãa Are-'yia e provavelmente estarão minaãos na suaestrutura. A ação política é rápiãa e a força,inerente ao Poãer nos termos em que é exer-•cido, criará os estímulos para complementa-ção fatual da legislação. A luta deveria as-'sim travar-se no Congresso, mas nesse terre-'no o Governo continua a sentir-se forte e,imbatível. Caberia ao MDB ãemonstrar o•contrário, mas o apelo à argumentação ju-riâica inãica que isso não ocorrerá.i

¦ ¦ ¦1

Fala-se também na hipótese ãe um pac-to áe resistência ão MDB para manter-se

1 união seja qual for a lei que o Governo fizero Congresso aprovar. Citam-se os nomes âos

[pactuantes possíveis. A notícia, no entanto,' há ãe ser recebiãa com ceticismo, pois entre

| os. mencionaãos estão simplesmente políti-i cos na expectativa ãa lei para atender à con-, juntura ãa força. O regime ainda não sei modificou substancialmente malgraâo a eli-

minação ão Ato n° 5. A sustentação ãele é a| mesma, a inspiração flui através ãa legisla-'

ção aparentemente liberal. E essa sustenta-j ção e essa inspiração não convivem com a

anemia da Arena e a boa saúde ão MDB. O. remédio será forte e o organismo infetaão o

assimilará.

> O objetivo é criar condições para recom-por, à força, um estado áe direito democrá-tico. Já se anáou muito nesse sentião, mas' como não há lugar ainâa para o jogo espon-taneo ãas correntes políticas e a liberdade deassociação com suas decorrências legais éapenas uma quimera teremos ãe prosseguir

, nesse caminho que 7ios promete levar pelaforça àquilo que a nação gostaria áe con-quistar pelo voto e pelo uso eficaz ãa liber-ãaãe.

¦ ¦ ¦

Em missão, o presidente ãa Arena, Sri Sarney, visitou longamente o Deputado Ma-1 galhães Pinto.

Carlos Castello Branco

JORNAL DE VIAGEMSEU DESCANSO DE FIM DE SEMANA ESTA AQUI

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Correspondência: "CORREIO FRIBURGUENSE", Rua das Marrecas, 48/602, Rio de Janeiro, RJ, e Praça Der-meval Barbosa, 28/603, Nova Friburgo, RJ.

Mais um Deputado do MDBacusa censura a discurso

Brasília — a questão da censura in-terna na Câmara dos Deputados conti-nua agitando o plenário. Ontem, en-quanto o Deputado Antônio Carlos(MDB-MT), um dos censurados, faziapronunciamento com recados expressosà taquigrafia, o Deputado José CarlosVasconcelos (MDB-PE), comunicava aMesa sua indignação com a censura deseu discurso de 20 de abril, que só des-cobriu ontem.

O pronunciamento censurado eraresposta a outro, feito no dia 1.° peloDeputado Erasmo Dias (Arena-SP), e,nele, o parlamentar oposicionista reite-rava a acusação ao Coronel,.de comporuma "orquestração nazi-fascista", Quejá formulara em outras ocasiões.

No Diário do Congresso Nacional dodia 21 de abril, contudo, o discurso doDeputado foi reduzido a três linhas, semaquela expressão. "Quem autorizou acensura a meu pronunciamento?" —Perguntou o Sr José Carlos Vasconcelos,lembrando que, no dia 20 de abril, quempresidia os trabalhos da Câmara era oDeputado Renato Azeredo (MDB-MG),que, na semana passada, esclareceununca ter censurado nenhum dissurso,com exceção de uma expressão, "cínico".

Brincadeira"Não vim para esta Casa, trazido

pelo povo de Pernambuco, para aceitar

censura nenhuma dessa ditadura insta-lada no pais", afirmou. "Não vim parao Parlamento para fazsr brincadeira eexijo respeito aos pronunciamentos quefaço. Não admito que, contra ordens ex-pressas da Mesa, se faça censura a qual-quer palavra ou qualquer atitude minhaassumida nesta Casa" — disse o Sr Jo-sé Carlos Vasconcelos.

Nesse sentido, solicitou a republica-ção de seu pronunciamento, oujo origi-nai está em poder da Mesa e do qualaté hoje não recebeu cópia. Lembrou,também, que o pronunciamento doDeputado Erasmo Dias,.,mo dia 19, íoipublicado na íntegra, embora usasse asmesmas expressões do seu.

"Que democracia é esta, onde aque-les que pregam o nazl-fascismo têm di-reito a expor suas idéias, enquanto nós,que defendemos a democracia, somoscerceados por funcionários desta Casa?"— perguntou o Sr José Carlos Vascon-celos.

O Deputado Epitácio Cafeteira(MDB-MA), que presidia os trabalhosontem, explicou que a censura "é de res-ponsabilidade da presidência da Mesa enão de quem, no momento, preside asessão", responsabilizando, assim, oDeputado Flávio Marcilio (MDB-CE),que ainda está doente.

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Os advogados Miguel Seabra Fagundes, José Ribeiro de Castro Filho eSobral Pinto apoiaram a anistia aos magistrados punidos pela Revolução

OAB pede a reintegraçãodos membros do Judiciárioatingidos pela exceção

A reintegração, em todas as instâncias, de ma-gistrados e advogados atingidos por atos excepcio-na;s, desde 1964, passou, desde ontem, a ser maisuma meta da Ordem dos Advogados do Brasil, combase em indicação da Seccional do Rio de Janeiro.

A indicação original, do conselheiro Hélio Sa-bóia, da OAB-RJ só se referia aos ex-MinistrosEvandro Lins e Silva e Vítor Nunes Leal, afastadosdo STF em janeiro de 1969, mas o relator no Con-selho Federal, Sr Sérgio Bermudes, em seu voto,generalizou a proposta de reintegração, obtendoaprovação unanime, por aclamação e aplaudidade pé.

CAMINHANDO

MDB evitavotação deadiamento

Brasília — O Projeto queprorroga por seis meses asconvenções partidárias, deautoria do Senador MendesCanale (Arena-MT) tevesua decisão transferida pa-ra hoje, porque na votaçãode ontem não houve nume-ro. O MDB retirou-se paranegar o quorum (34) e oplacar eletrônico registrouapenas 30 votos.

Dois Senadores da Arenavotaram contra o projeto:Os Srs Alexandre Costa(MA) e Afonso CamargoNeto (PR). O Sr José Sar-ney (MA), presidente daArena, que participou ativa-xnente das tentativas deuma negociação com a ban-cada oposicionista, absteve-se de votar sim ou não.FALARAM CONTRA

O Senador Itamar Franco(MDB-MG), falando para oencaminhamento d a vo-tação, defendeu emenda desua autoria concedendo aosdiretórios nacionais o direi-to de responder pela pror-roga ção.

Falou também na sessãode ontem o Senador PedroSimon, para quem, se "osPartidos vão continuar, nãohá motivo pelo qual as con-venções não possam reali-zar-se no dia 8 de julho (asmunicipais), em agosto asestaduais e em setembro asnacionais". Lembrou que oSenador José Sarney, presi-dente da Arena, já manifes-tou de público sua posiçãocontrária à prorrogação dosdiretórios partidários.— S Exa — continuou oparlamentar gaúcho — ma-nlfestoú o pensamento ofi-ciai do. séu Partido. A Arenacomo Partido político, pelapalavra do se.u presidente,é radicalmente contrária àprorrogação dos mandatospartidários. Parece-me por-tanto que não há outra ai-ternativa senão rejeitar oprojeto e permitir que osPartidos se revitalizem e arevitalização é feita exata-mente na reorganização dosseus quadros partidários nadata mancada pelo calendá-rio eleitoral, fixado peloTribunal Superior Eleitoral.

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GENEROSIDADE

Antes da discussão do as-sunto, o ex-Ministro Evan-dro Lins e Silva, que estavapresente, retirou-se paradeixar.claro que não queriainfluir nas decisões em cau-sa 'própria. Mais tarde o ou-tro ex-Ministro citado pelaindicação da Ordem, Sr Vi-tor Nunes Leal. consideroua iniciativa para sua reinite-gração "uma prova de gene-rosidade dos meus colegas"e achou "muito justa" a ge-neralização do pedido. Fri-sou, entretanto, que nãoconsideraria sua reinte-gração uma anistia e simcomo "a reparação de umainjustiça".

O conselheiro Sérgio Ber-mudes argumentou que"não basta a restituição dasgarantias da magistraturapara recompor o Poder Ju-diciário. Somente se repara-rá o atentato ã sua inde-pendência quando se rem-vestirem nas suas funçõesos juizes que delas foramprivados durante a vigênciados atos institucionais. To-dos eles, sem uma única ex-

ceção, hão de ser considera-dos injustamente punidos,porque não conheceram asacusações que pesavam con-tra eles e não tiveram agarantia' mínima do direiitode defesa".

CDDPH

O presidente da Ordemdos Advogados do Brasil, SrEduardo Seabra Fagundes,na reunião do Conselho Fe-deral da instituição, rece-beu apoio para voltar a pe-dir o levantamento do sigiloImposto por lei às reuniõesdo Conselho de Defesa dosDireitos da Pessoa Humana.

Na primeira reunião doCDDPH, no último dia 9, aOrdem já havia firmadosua posição contrária ao si-gilo, mas nada foi decidido.Agora o Sr Eduardo Seabra

. Fagundes acha necessárioinsistir no assunito, "porque,ao nosso ver, é essencialque as reuniões se tornempúblicas, pois como presi-dente da Ordem, não mesinto bem de tratar dois di-reitos humanos sigilosa-mente".

Militares cassadosquerem anistia ampla

Porto Alegre — Em reu-nião realizada no gabineteda presidência da Assem-bléia Legislativa gaúcha, 17militares cassados solicita-ram, ontem, que os depu-tados intensifiquem a lutapara a imediata concessãode anistia ampla gera> e Ir-restrita no pais",entregan-do cópia de ante-projetc,com a regulamentação daanistia.

Como representantes dosquase 300 militares das trêsArmas e da Brigada Militarque foram cassados,aposentados ou expurgadosno Rio Grande do Sul, os 17militares não aceitam umdos itens da anistia em es-tudo pelo Governo, e que,pelo que se sabe, só permiti-ria promoções até o postode Coronel. O ex-Coronel doExército Pedro A 1 v a r e z ,contrário a essa discrimina-

ção de hierarquia, pergun-tou:"se tivessem continuadoos lideres populares, comoBrizola e Arraes, quem se-riam os Generaiá? Eles ouos cassados?"

Recebidos pelo presidented a Assembléia, DeputadoCarlos Giacomazzi (MDB) epe'os lideres do MDB, osmilitares cassados entrega-ram inicialmente um oüciodirigido ao presidente daCasa. O documento é as-sinado pelo Coronel PedroAlvarez, representando osmilitares do Exército, atin-gidos por atos de exceção;o capitão-aviador AlfredoRibeiro Daudt, representan-do os da Aeronáutica; £ oCoronel PM Nelson AmorelliViana, representando os daBrigada Militar. No oficio,pedem que não se prolonguepor mais tempo a concessãoda anistia.

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JORNAL DO BRASIL , g Quarta-feira,. 23/5/79 ? 1? Caderno

Jornal afirmaPOLÍTICA E GOVERNO

que nrasil vendera plutônio ao iraquez~Liga árabe pode

falar a estudantesDesde que nao trate de

nssuntos internos brasi-leiros, o funcionário da Ligados Estados Árabes FtorldSawan tem total liberdadepara pronunciar conferèn-cias" no Brasil, segundo es-clareceu ontem o porta-vozdo Itamaratl.

Sawan falará hoje à nol-te, às 20h, a estudantesda Universidade do DistritoP e d e r a;l, um estabeleci-mento de ensino superiorprivado, dirigido pelo atualGovernador do EspiritoSanto, Eurico.Rezende.

O porta-voas do Itamarati,Conselheiro Bernardo Perl-cas, afirmou não ter havidoaté agora nenhum desen-volvimento no caso da ins-talação do escritório da Or-ganização pela Libertaçãoda Palestina no Brasil.

— O pedido existe — dis-se o diplomata, referindo-seàs recentes gestões feitaspelo vice-presidente do Con-selho Revolucionário do Ira-que, Haba Ma'Arouf — masnão houve ainda uma de-cisão a respeito.

ROCHA

O Sr Bernardo Pericasexplicou ainda que nãoexiste a figura da 'apresen-tação" de funcionário diplo-mático às autoridades doItamarati, privilégio esseque é reservado aos Embai-xadores. Quanto aos fumcio-nários diplomáticos, tudo seresume ao encaminhamen-to de um credenciamento,com foto, ao cerimonial doMinistério das Relações Ex-teriores, por meio do qualo funcionário passa a gozardos seus privilégios e direi-tos.

No caso do Sr Farid Sa-wan, tal pedido deve ser en-caminhado pela Liga dosEstados Árabes, cujo Em-baixador, Mohamad NourlJisri, é oficialmente reco-nhecido como chefe da re-presentação e superior aodemais funcionários. Por is-so, nas circunstanciasatuais, o Sr Sawan seráequiparado aos demais fun-cionários diplomáticos exls-tentes em Brasília, sem ne-nhum tratamento especial,a despeito de se intitularrepresentante da OLP noBrasil.

Iraquianos vêemreflexo positivoO Embaixador do Iraque

no Brasil, Sr Zaid Haidar,revelou ontem que, caso oGoverno brasileiro permitaa instalação oficial do escri-tório da OLP no Brasil, estaatitude acarretará, sem dú-vidas, reflexos muito positi-vos para o relacionamentodo Brasil com o Iraque, esobretudo com todos os de-mais paises árabes do mun-do.

. Acrescentou que, no mo-mento, a grande preocu-pação de todo o mundo ára-be está concentrada naaceitação Internacional daOLP. Salientou, também,que "enquanto não houveruma solução para a' terrae o povo palestinos não po-dera haver paz no OrienteMédio".

Indagado sobre a possibi-lidade de o Brasil não acei-tar a instalação formal doescritório da OLP no pais,o Embaixador Zaid Haidardisse não ver razões paraque as autoridades brasi-leiras não aceitem, oficial-mente, u m representanteda OLP no Brasil. "Somospaises amigos. Por que nãoaceitar?"

O Embaixador do Egitono Brasil, Sr Kamal EldinZaki, afirmou que o Gover.no egípcio considerou alta-mente louvável a instalaçãode um escritório da Organi-zação para a Libertação daPalestina em Brasília. Deacordo com o Embaixador,o Egito "sempre apoiou oreconhecimento da OLP pe-las demais nações".

Dom Paulo achajusta a decisão

São Paulo — "Acho útile interessante que o Brasilmantenha relações — eabra, portanto, escritórios— com todos os que buscamos S"us direitos, porque issofacilita encontrar esses di-reitos também em casa",afirmou, ontem, o Cardeal-Arcebispo D Paulo EvaristoAms, ao comentar a insta-lação de um escritório daOLP no país.

D Paulo — que no anopassado recebeu, na cúria,representantes da OLP "quenão vieram pedir apoio,mas apenas se apresentarpara que a gente os conhe-cesse" — observou ser "cer-to que os palestinos têm di-reito a uma terra. A lutapelos direitos humanos in-clui, como prioridade, asminorias e eles são uma mi-noria".

foto di luli Cirlor, David

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Rabino faz alertaà opinião pública

O lider espiritual d acomunidade judaica no Riode Janeiro, Rabino Danie]Kripper, fez ontem "umalerta à opinião pública"para que retrocedam asnegociações para o estabe-lecimento, no Brasil, deuma representação da Or-ganização para a Liber-tação da Palestina que, noentender do religioso, pre-tende "transladar para oBrasil os problemas do Orl-ente Médio".

O Sr Daniel Kripper afir-mou que "existe inquietaçãoe preocupação" nos meiosjudaicos e preveniu que, "sea situação não se alterar,h a v e-r á manifestaçõesmais visíveis e numerosas".Para o Rabino, a presença

. da OLP no Brasil ameaçaa própria segurança nacio-nal, uma vez que "são sabi-das as ligações dessa or-ganização com grupos sub-versivos do mundo todo".

O lider espiritual d a.comunidade judaica no Riofez votos para que "o passoprecipitado do reconhe-cimento da OLP no Brasil"seja mais bem pensado:"Não queremos aqui umareprodução dos problemasdo Oriente Médio. Queremosum convívio harmoniosoque é a tradição do Brasil",explicou.

^O Rabino alertou para operigo do terrorismo, pois"são sabidas as ligações daOLP com' grupos subver-sivos da Argentina e doUruuai, no caso os tupa-maros. Isso, aqui perto. Épossivel que venha acon-tecer no Brasil".

ANOTA

Em papel timbrado daARI — Associação ReligiosaIsraelita — o líder espiri-tual da comunidade judaicano Rio de Janeiro, RabinoDaniel Kripper, distribuiu aseguinte nota à imprensa:"Em nome da minhacomunidade, venho mani-

festar publicamente a maisprofunda preocupação coma eventual possibilidade deinstalar-se, a OLP, no Bra-sil".

Esse fato, caso se materi-alize .constituirá passo gra*vissimo e colocará em peri-go a segurança física dacomunidade judaica em ge-ral, a harmonia que semprereinou entre as colôniasárabe e judaica e ainda atranqüilidade das própriasinstituições nacionais.

Em todos os países ondea OLP se abrigou, propagouo anti-semitismo e apoioua subversão.

L amentavelmente,inúmeros foram os atos deterrorismo orgulhosamenteassumidos por aquela or-ganização.

A OLP, reunida aos gru-pos mais radicais da sub-versão internacional (Baa-der-Meinhof, Brigada Ver-melha, Exército Vermelho,etc.) semeou o terrorismoem todas as partes.

A presença da OLP no Li-bano, é a responsável pelasubversão, guerra civil edestruição da comunidadecriisitã, hoje exilada em seupróprio país.

Estou convicto que, assimcomo toda comunidade ju-daica, amplos setores da li-banesa, estão preocupadoscom sua segurança.

Tememos que o Brasilpossa .vir a ser palco de se-quesitros, assassinatos, ex-torsões, cuja» vítimas serãosempre civis inocentes.

A OLP é uma organizaçãomundialmente reconhecidacomo instrumento da politi-ca soviética, que a arma,treina e instrui.

Na qualidade de dirigenteespiritual, preocupado coma paz e o bem-estar do paise da comunidade em geral,rogo aos nossos governan-tes, que não permitam ainstalação, no Brasil, deuma filial da subversão «do terrorismo internacionalrepresentados pela OLP".

Líder israelita noBrasil teme atentados

"De nossa parte, vamostomar precauções no senti-do de defender as nossascriança» de possíveis aten-tados que a OLP pretendadesencadeair no país e dosquais se orgulhará de assu-mir a paternidade, Isto é,se ,as nossas autoridadesnão os contiverem a tempo",disse ontem o Sr EllezerBurla, presidente da Pede-ração Israelita do Rio deJaneiro, ao comentar a en-trevieta d o representante

da OLP no Brasil, Sr FaridSawan.

O Sr Burla justifica seusreceios com o propósito re-velado pelo representantepalest:no de falar aos estu-dantes brasieiros, enten"dendo que "uma vez infil-trado nas universidades,notoriamente contestáriasao regime, a luta políticapode derivar para outrospropósitos que não apenaso reconhecimento dos "di-réditos' paleStimos".

Consultor da Repúblicaapoio ao terrornega

"O reconhecimento d aOLP pelo Brasil deve servisto como um fato em simesmo, que é o de existiruma organização que reln-vlndica um território. Osmétodos que a organizaçãousa para chegar ao seu ob-jetivo são outro problema"— afirmou ontem o Cônsul-

tor-Geral da República, Cio-vis Ramalhete.

Ele disse que o Brasil nãoconcorda com atos terroris-tas, mas salientou que' "nos-so pais é talvez o único nomundo que tem, na suaConstituição, a proscriçãodas guerras de conquista".

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Kuwait — O jornal AlQabas informou ontem queo Brasil e o Iraque chega-ram no que ohamou "enten-dimento secreto" sobre coo-peração no campo atômico.O jornal acrescenta que es-se acordo inclui a venda deplutônio ao Iraque, peloBrasil.

Citando fontes deWashington, o jornal ga-rante que o entendimentofoi obtido no final da soma-na em que o Vice-Presi-dente do Iraque, TahaMa'Arouf, esteve em visitaa Brasília. Em troca do plu-fónio, o Iraque se compro-meteu a financiar a insta-lação de indústrias no Bra-sil. Acrescenta, ainda, queo Iraque decidiu comprar oplutônio do Brasil a conse-lho do Governo francês, quesofre fortes pressões deWashington para suspendera assistência que dá ao Ira-que, um dos países mais ra-dicais, no campo atômico.

Itamarati desmenteentendimento secreto

Brasília — O Itamaratidesmentiu ontem categori-camente que o Brasil tives-se chegado a um "entendi-mento secreto" com o Ira-que para fornecer plutônioou para qualquer coope-ração no campo atômico.Ao efetuar, o desmentido, oporta-voz Bernardo Pericas,afirmou que o anúncio, "cinteiramente fora de propó-sito"'.

Acentuou que o Brasilnão tem reatores nuclearesfuncionando em condiçõesde produzir plutônio, o quesignifica que a transaçãoseria impossível de ser efe-tivada. O porta-voz frisou,por último que a forma co-mo a noticia foi escrita —lembrando que o plutônio ématéria-prima de armasnucleares — sugere objeti-vos estranhos, que de qual-quer maneira, não serãoatingidos, pois o Iraque csignatário do tratado denão proliferação de armasnucleares.

Funcionário admite venda de urânioÊ urânio e não plutônio que o

Brasil se compromete a fornecer aoIraque, segundo revelou uma alta fon-te do Ministério das Minas e Energia.Assim mesmo, nenhum acordo secretofoi assinado. Houve apenas um com-promlsso ,de desenvolver negociaçõesnesse sentido a longo prazo. O Ira-que c o,Irá são os dois únicos paisesárabes exportadores de petróleo quepossuem programas nucleares quejustificam a Importação de urânio.Além de se comprometer a estudarum acordo para exportação de ura-nio o Brasil prometeu colaborar comaquele pais em algumas áreas da tec-nologia nuclear uão cobertas peloacordo Brasil-Alemanha.

A alta fonte disse que d Vice-Pre-sidente do Iraque, quando visitou oBrasil, na semana passada, explicouque seu pais não precisa de dinheiro."O que nós queremos é assegurar, emtroca do fornecimento de petróleo, acolaboração dos países importadoresem nosso' desenvolvimento interno".A fonte adiantou, entretanto, que oVice-Presidente do Iraque pressionou

o Governo brasileiro para a asslnatu-ra de um acordo nuclear o mais rápl-do possível, sendo convencido, nos en-contros que manteve com autoridadesbrasileiras, de que Isso não seria pos-sivel, mas què ficava o compromissode se negociar a garantia de abasteci-mento de urânio e a colaboração napesquisa nuclear, com o Iraque, emprazo mais longo.

O programa nuclear comercial doIraque começará com a importação,já contratada, de um reator nucleardo tipo PWR (água pressurizada,Igual aos reatores que estão sendoconstruídos, pelo Brasil). O fornece-dor será a Pramatome, da França,que utíliaa a tecnologia da Westin-ghouse, dos Estados Unidos, sob li*-cença. Recentemente, um atentadodestruiu, na fábrica da Framatome,componentes do sistema nuclear degeração de vapor do reator que esta-va sendo fabricado para o Iraque. OGoverno, francês assegurou, na oca-sião, que cumprirá o contrato e oscomponentes serão refabricados. É

para esse reator, certamente, que oIraque precisa de urânio.

A informação de que o Brasil ex-portaria plutõnlo para o Iraque, se-gundo a fonte, não tem a mínima ló-gica. Primeiro, porque todo o repro-cessamento de urânio (que resulta na..produção de plutônio) que vier a «crfeito na usina de processamento queo Brasil construirá com assistência-*técnica alemã, estará coberto pelo.-Acordo Tripartite de Salvaguardas-firmado a 26 de fevereiro de 1976 en-tre o Brasil, República Federal da Ale-manha e Agência Internacional de .Energia Atômica. Segundo, a usina-piloto de reprocessamento que o Bra-sil vai instalar dentro de alguns anos,terá capacidade para processar ura. [máximo de 2 toneladas de combustí-,vel irradiado por ano. Dependendo do ¦tempo que esse combustível permane-ceu dentro do reator, entre 1% e 2%(ou de 20 a 40 quilos) dele poderá re-sultar em plutônio, assim mesmo nem"todo ele fissil.

O RECONHECIMENTO DA OLP E SEQÜELASA nota conjunta de Brasil e Iraque, este fome-

cedor de vultosa encomendas de petróleo, foi cons-trangedora e preocupante. Embora nada tenha de"novo" no entender de alguns porta-vozes oficiais, é,segundo dizem respeitáveis órgãos da imprensa, umaconcessão que contradiz nossa melhor tradição diplo-mática. Mas, seja qual for a justificativa, é incompreen-sivel a nossa capacidade de suportar repetidas e arro-gantes posturas de potentados do "ouro-negro", e,agora, de açoitar o terror, através de uma de suas maislídimas expressões: a OLP. A causa palestina é respei-tável e deve ser resolvida. Contudo, a OLP é justa-mente a anti-causa: seus objetivos são outros. As vá-rias facções que se reúnem sob essa sigla — e que comfreqüência guerreiam entre si — matam civis, mulhe-res, velhos, crianças e estão acoplados a outros orga-nismos internacionais de subversão violenta. Com osrecursos inesgotáveis que têm à disposição, de conhe-cidas fontes, valem-se, inclusive, de mercenários (amatança do Aeroporto de Lod, por exemplo, de pere-grinos cristãos e freiras), para trazer a inquietação e

a morte onde puderem. Desde a despudorada visitade Arafat à ONU, ante os olhares de diligentes repre-sentantes da pacificação dos povos, quanto sangue eem quantas partes deste conturbado mundo, os "idea-

listas da OLP" derramaram? Apesar disso, não viria-mos a público, não fora a seqüela prematura do "re-

conhecimento". O homem da OLP ,ainda "não creden-ciado", já deitou falação. Como se esperava. O teorde suas declarações é nitidamente anti-semita; repetevelhos chavões e faz o que se supunha que faria. Játem conferências designadas, em faculdades e abre-sediante dele o terreno fértil para o plantio de seusobscuros propósitos. E este abuso precisa ser freado.Caso contrário teremos trazido lá de fora, como tec-nologia aderida ao petróleo caro, pontos de rupturada harmonia da familia brasileira. Neste processo deretorno à trilha democrática, em que tanto se empe-nha o ilustre Presidente Figueiredo, e que demandado povo união,' equilíbrio, paz e colaboração, o abrigoà OLP é, das aberturas, a única demasiado arriscada.

CONFEDERAÇÃO ISRAELITA DO BRASIL(P

ASSIM SEFAZUMA COMUNIDADE PLANEJADA

Na Comunidade Planejada deItaipu a estação de tratamentode esgotos chega antes dosmoradores.

A Comunidade Planejada de Itaipu nasce sem fossas, su-midouros ou despejo de esgotos in natura, evitando assim'apoluição das águas tanto no mar como na lagoa, e melhoran-do ainda mais a qualidade de vida na região.

Em Itaipu, o problema de saneamento, que tanto tempreocupado as nossas cidades, estará solucionado antes mes-

mo da chegada dos primeiros moradores. Uma estação d*tratamento do tipo "Campact", projetada pela Esmil do Bra-sil, empresa de saneamento ambiental, fará.o tratamento dosesgotos por um processo biológico que utiliza a melhor tecno-logia disponível, e cujo efluente é uma água tão pura que nãocausará qualquer prejuízo ao ambiente.

Um processo biológicolimpo e seguro

Explica o engenheiroCláudio Geve - Técnico res-ponsável pelo projeto da esta-çSo - que, para que se possaentender o funcionamento deuma estação de tratamentode esgotos como a que estásendo construída na Comuni-dade Planejadade Itaipu é ne-cessário antes, entender opróprio processo de poluiçãoe contaminação das águas.

Tudo começa a partir domicróbio aeróbio, assim cha-mado porque, como nós, res-pira ar. O aeróbio vive do arda água e o seu número é con-trolado pela quantidade dèalimento em forma de detritoorgânico depositado em seuambiente.

Então, quando "se lança

na água esgotos iií natura, oalimento para o aeróbio pas-sa a ser extremamente rico ea sua proliferação se produzde forma espantosamenteacelerada.

nüt **_^'^3»F- "*' T \_èr ¦ !'_?* "¦Ji-____$____^:- "'_£"

Com à moderna estação de tratamento de esgotos está definitivamente afastadaqualquer ameaça de poluição das águas, seja no mar ou na lagoa.

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O resultado é. conhecido:uma grande população de ae-róbios superahmentada res-pira todo o ar da água. cau-sando a poluição e suas mani-festações mais visíveis, comoa eliminação dos peixes, quemorrem asfixiados.

Então, antes de chegar

ao mar ou aos rios,esgotos precisam de umtratamento biológico paraque seu efluente não setransforme em ali meu-topara osaeróbios.

Explicando deformabem simplifi-cada,o processo

-Áos ^r

biológico utilizado numa es-tação de tratamento como ade Comunidade Planejada deItaipu é na realidade a inver-»são do processo poluidor.

Através de um sistemaconhecido como areação - in-trodução de grandes quanti-dades de ar comprimido nasolução do esgoto depois delater sido submetida a váriosestágios de decantação - osaeróbios passam a se aiimen-tar do material orgânico den-tro da própria estação e nãofora. como aconteceria no ca-so de poluição.

Assim, de vilão na histó-ria do meio ambien te,,o aeróbio, graças aosrecursos da modernatecnologia, passa abehfeitor e presta-dor de serviço.

Como éextremamen-te voraz etrabalhamuitorápi-

.do, permite que a água quesaia da estação de tratamen-to esteja completamentelivre de impurezas (valedizer, de seu alimento).

Uma água ver-dadeiramente puraequenãovaicau-_sar nenhumdano ao meio,ambiente.

Visite o local,veja o andamento

das obras einforme-se sobre novas

áreas brevementeliberadas à comercialização.

ItaipuA Comunidade v Planejada Niterói.

VEPLAN-RESIDENCIAEmpreend.tnentos e Construcoes S ACapital c Reservas -CrSI 123 696.435,00Corretor responsável * A.P. Ferreira JúniorCrca.3IO-J.599

RIO• Av. AlUnlica. 2 600-Tel.: 255-7711Rua Conde Bontim. 190-A ¦ Tel. i 264-5151Av Rio Branco, ltt-Tel. 252MIIMT KUOI ¦ Praia de lcarai. 177 -Tel 7lJ.J_lSAO PAULO Av Ibirapuera. 1103 -Tel.: 61-165»Shopping Center Ibirapuera-Cobcrtun

POLÍTICA e governo JORNAL DO BRASIL ? Quarta-feira, 23/5/79 D . 1* Caderno

Sarney sugere a Magalhãesque apresse o seu Partido

Brasília — O presidente da Arena,' Senador José Sarney, recomendou, In-. formalmente, ao Deputado Magalhães

Pinto para acelerar sua ofensiva visandoa formação de um terceiro Partido. Es-clareceu que não falou, oficialmente:"Foi apenas um diálogo ameno e rápidoentre dois amigos e não entre o presi-dente da Arena e um deputado."

— Foi um encontro casual — con-' fessou o Senador maranhense — "ape-nas brinquei com o Deputado Magalhães

\ Pinto, dizendo-lhe que está na hora detratar do seu Partido, já que o proble-ma está posto ao debate. Nada mais."

Magalhães espera¦•'¦.-. -

.

Mesmo com a tácita anuência dopresidente da Arena, Senador José. Sar-ney, o Deputado Magalhães Pinto nãopretende iniciar gestões concretas paraa formação do seu Partido, porque sóirá enveredar decididamente por essecaminho quando o Governo definir aorientação que pretende imprimir à re-forma da Lei Orgânica dos Partidos Po-liticos.

O ponto crucial da reforma, segun-do o Sr Magalhães Pinto, é o disposl-tlvo da Emenda Constitucional N.° 11,segundo o qual os atuais detentores demandato que mudarem de Partido per-derão o mandato caso a nova agremia-ção em que ingressaram não obtenharesultados favoráveis no próximo pleito.A Léi Orgânica, de alguma forma,deverá introduzir alteração na atual le-gislação, visando a retirar o dispositivocitado, ou pelo menos, transferir sua vi-gência para daqui a dois pleitos, na opi-nião do ex-Governador mineiro. O itemII do Artigo 52 da Emenda Constitu-cional n? 11 exige do novo Partido"apoio, expresso em votos, de 5% doeleitorado, que haja votado na últimaeleição gerai para a Câmara dos Depu-tados, distribuídos, pelo menos, por noveEstados, com o mínimo de 3% em cadaum deles".

Essa exigência, no entender do depu-tado, certamente inibirá a entrada nu-ma nova agremiação de vários dissiden-tes políticos nos Estados. Além de aguar-dar a reforma da Lei Orgânica, o Depu-tado Magalhães Pinto está esperando ochamado do Ministro Petrônio Portella,que está para convidá-la para uma con-versa, da qual poderá sair, inclusive, adefinição sobre os rumos que poderãotomar.

Arquive

Magalhães Pinto

PreocupaçãoA amigos próximos, o Deputado Ma-

galhães Pinto tem revelado que a neces-tidade de revogação, atenuamento ou,pelo menos, o adiamento da vigência doArtigo II da Emenda 11 é condição fun-damental ao surgimento de novas agre-miações políticas pela via congressual. OSr Magalhães Pinto tem buscado con-tato com lideranças políticas dissidentes,nos Estados. Junto a essas dissidênciastem constatado a existência de um re-ceio generalizado com relação ao futu-

ro, já que uma nova legenda participade um pleito sem qualquer condição deaferlr o comportamento do eleitorado.Seria o caso, por exemplo, do SenadorAlberto Silva, da Arena do Piauí, quetem mandato de oito anos pela frente enão estaria disposto a arriscá-lo em umaaventura partidária sem nenhuma ga-rantia. Ou o do Senador matogrossensePedro Pedrossian, entre outros.

Apesar disso, o Deputado MagalhãesPinto afirma que já conta com apoio su-ficlente na Câmara e Senado para aformação do seu Partido, mas não revê-Ia nomes para evitar "repescagens". Si-nal verde, propriamente, não recebeuainda do Senador1 José Sarney, comotem sido noticiado, mas também não re-cebeu qualquer desaconselhamento. Cos-tuma dizer, até, que independe de sinalverde para prosseguir no seu trabalho."Mas se vier, nós nos sentiremos incen-tlvados, não é?" — comenta, rindo.

Segunda-feira, à noite, o SenadorSarney o procurou, em seu apartamento.A conversa ia se encaminhando paraesta questão quando teve de ser brusca-mente interrompida pela chegada detrês outros Senadores, e teve de sertransferida para outra oportunidade."Mas é muito fácil eu falar com o Sar-ney: moramos muito perto, e a qualquerhora..." — diz o Sr Magalhães Pinto.

Outra confidencia que tem feito acolegas e amigos é a de que não pretem-de iniciar as providências legais para aformação de um novo Partido porqueteme a extinção de todos, como tem si-do anunciado. Ontem, rindo, indagou:"E se eu formo o Partido e o Governovem e acaba todos eles?"¦ A aliança Magalhães Pinto/HerbertLevy/Adhemar de Barros Filho aindapermanece. Mas se a intenção inicial erapela formação de um Partido Liberal,de centro, possivelmente de apoio ao Go-verno, agora parece estar mudando pa-ra um Partido de Oposição em conse-quência das pressões que está. receben-.do das bases.

Arenistas gaúchos vão a FigueiredoPorío Alegre — Os 25 Deputados que

compõem a bancada estadual da Arenaviajarão na próxima semana a Brasíliapara expor, de viva voz, ao PresidenteFigueiredo, as suas posições políticas —a favor de eleições diretas e anistia ir-restrita, por exemplo — e para sugerira realização de um plebiscito nacionalsobre as mesmas questões, que serviriade base para as reformas.

O líder da bancada, Deputado RubiDiehl, após reunião que decidiu a via-gem, ontem, explicou que "desde o co-meço da atual legislatura decidimos nãonos limitarmos ao papel de meros ex-pectadores do processo de abertura, esim tomar posições, participar e sugerirmedidas", acrescentando que a bancadaarenista considera que a redemocratiza-ção "está caminhando muito devagan-nho".

Conforme o Deputado Rubi Diehl,"há muita preocupação, expectativa eaté ansiedade dos políticos e dia naçãoem torno da indefinição do quadro po-lítico". Diante disso, a bancada estadualda Arena decidiu viajar a Brasilla, napróxima semana, "para sentir de pertoas perspectivas de "reformas e a realida-de política atual, e para levar de vivavoz ao Presidente Figueiredo, as lide-ranças do Congresso e aos Ministériosas teses da Arena gaúcha", afirmou oSr Rubi Diehl.

Entre as teses defendidas pela ban-cada, estão eleições diretas em todos osníveis, menos para Presidente; anistiairrestrita; plurlpartidarismo. A bancadacondena a prorrogação dos mandatosmunicipais e a coincidência de manda-tos.

Deputados criticam bipartidarismoOs Deputados Antônio Mariz e Ibraim

Àbi-Ackel, ao deixarem o gabinete doMinistro da Justiça, Petrônio Portella,criticaram o bipartidarismo em que viveo país, lembrando o artificialismo da so-lução adotada e defendendo a extinçãopura e simples da Arena e do MDB euma reorganização partidária em novasbases.

Os dois parlamentares da Arenaacham que já não subsistem razões paraa manutenção da Arena e do MDB. En-quanto o Deputado Ibraim Abi-Ackel,(Arena-MG) dizia que "os dois entulhosprecisam ser removidos", o Sr AntônioMariz (Arena-PB) afirmava que o Go-verno está na defensiva no Congresso,bloqueando certas iniciativas, como aeleição direta, graças à fidelidade dos se-nadores biônicos, "o único bloco compac-to com que conta o Governo".

Arquivo

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Antônio Mariz

Arena do Rio quer novas legendasSe depender do Estado do Rio, o bi-

partidarismo acaba e a Arena será oprimeiro dos dois atuais Partidos a seautodissolver, porque a maioria dos re-presentantes arenistas na Câmara Fe-deral e Assembléia Legislativa, prefeitos"e vereadores, não acreditam na possibi-lidade de popularização da legenda cria-da pelo sistema revolucionário.

Dos deputados federais da Arena so-mente o Sr Alair Ferreira, presidente doDiretório Regional do Estado, pareceacreditar na rearticulaçãò do Partido,pouco ajudado pela área federal o en-frentando a situação sui-generis de Opo-sição, pois o Governo fluminense e doMDB. O Deputado Álvaro Valle quer umnovo PDC. o Sr Célio Borja uma agre-miação de compromissos liberais e o SrDãso Coimbra um outro PSD.

Há uma semana, durante uma reu-nião da bancada estadual arenista, oDeputado Ítalo Bruno chegou a redigirdocumento em que propunha o fim dobipartidarismo, com a dissolução ime-diata dos atuais Partidos. Não chegou aser. no entanto, um pioneiro, porque háoito meses, o ex-lider da bancada, Depu-tado Luis Fernando Linhares, assumiaessa posição em nome da antiga repre-sentação arenista na Assembléia, quetinha 31 parlamentares.

Na parte em que indaga como rece-beriam os arenistas a dissolução dosatuais Partidos, o questionário que acúpula nacional do Partido do Governocomeçou a distribuir entre as suas bases,receberá apoio quase unanime dos flumi-nenses.

ede audiência

Jurema telégrafo,a Figueiredo e—P

Brasília — O último Ml-nlstro da Justiça do Gover-no do Sr João Goulart, ex-Deputado Abelardo Jurema,enviou telegrama ao Presi-dente João Baptista de FI-guelredo, ao meio-dia de on-tem, solicitando-lhe umaaudiência ao tomar conhe-cimento de que o Chefe doGoverno se dispunha a -e-cebê-lo, conforme declarouum de seus porta-vozes.

Com ar alegre e jovial,o Sr Abelardo Jurema disse,no Congresso, que o gestode estender a mão da parted o Presidente Figueiredoprecisa ser entendido portodos os homens amadure-cidos deste pais, "para que,mais tarde, se esse processode abertura democráticafracassar, não se atribua afrustração aos erros d aOposição".

MODERAÇÃO

O Sr Abelardo Juremadisse que pretende relatarao Presidente da Repúblicaos sofrimentos por que pa.s-sam inúmeras famílias decidadãos cassados, obriga-das a receber apenas, umterço, dos vencimentos, su-portando toda a sorte óeprivações.

Além disso, o ex-Ministroda Justiça dirá ao Presiden-te da República que, de suaparte, "como homem inde-

pendente que sou e sempreavesso aos radlcalismos",está disposto a prestar a co-laboração que for possívelpara que tenha pleno êxitoo projeto de conciliação po-lítlca do Governo.

— Sou ex-cassado, ex-exl-lado, demitido pela Revo-lução. Isso não me impedede saudar os lampiões queestão sendo acesos na estra-da. Só posso desejar quemuitos outros sejam acesos.• O Deputado Marcondes Ga-delha disse que deveria de-sejar luz fluorescente. Poiseu lhe digo: basta-me a luzde lampiões a carbureto.

A respeito das criticasque vem sofrendo de certossetores da Oposição, o SrAbelardo Jurema afirmou:"Nunca fui um radical, nemde esquerda, nem de direi-ta. Quando voltei do exílio,ã Paraíba, fui visitado porJoão Agripino, que era Go-vernador, e mantive re-lações de amizade com to-dos os governadores, Inclu-sive com Ivan Bichara, quefez o pior Governo de meuEstado."

Depois de observar que éamigo pessoal do Sr ErnaniSátiro, o ex-Ministro disseque o MDB não pode adotaruma posição negativista,mas sim construtiva, "paraque, mais tarde, se esse pro-cesso não tiver êxito, nãosejamos acusados por umerro histórico pela opiniãopública nacional".

Um representante doestilo pessedista

ParaiOa.no, 65 anos, o Sr Abelardo Jurema foi,até abril de 1964, um influente representante doPSD, cuja bancadu liderou na Qantam dos Depu-tados, em 1959, quando substituiu o Sr ArmandoFalcão, e no Governo presidencialista do Sr JoãoGoulart, do qual foi Ministro da Justiça, até a de-posição.

Cassado e com seus direitos políticos suspen-sos, o Sr Jurema asilou-se no Peru, onde, para so-breviver, dedioou-se ao comércio de charutos e ta-

.tacos, obtendo surpreendente prosperidade. Namesma época, preparou ò livro "Sexta-feira, 13",onde narra os últimos lanaes ão Governo Goulart,sua derrubada, as peripécias da fuga para o ex-terior. No Brasil, para onde voltou em janeiro de196S, preparou um outro livro, "Exílio", onde narrasua experiência no exterior.

O Sr Abelardo Jurema foi Secretário da Edu-cação e Saúde e do Interior e Justiça, na Paraíba,suplente de Senador e, mais tarde, Deputado fe-deral, sempre pela legenda do PSD. Apoiou, em1961j <a emenda constitucional que estabeleceu osistema de Governo parlamentar, para tomar pos-sivel a posse do Sr João Goulart. Logo depois,apoiou, igualmente, a emenda que restabeleceu opresidencialismo e foi, então, para o Ministério daJustiça.

Ivete diz que Brizola nãotem condições legais parase utilizar do nome do PTB

São Paulo — "Lamento profundamente que anossa seriedade de atuação seja perturbada porpronunciamentos esporádicos de pessoas que nãotêm condições legais para falar em nome do PTB",afirmou, ontem, a ex-Deputada Ivete Vargas, aocensurar o ex-Governador Leonel Brizola pela en-trevista que concedeu ao JORNAL DO BRASIL —publicada segunda-feira — na qual declarou queo novo PTB admite o ingresso de marxistas em suasfileiras.

Em nome do PTB, segundo a Sra Ivete Vargas,só podem falar os sete membros da Comissão Na-cional Provisória, isto é, ela e os Srs Gilberto Mes-trinho, Lutero Vargas, Ari Pitombo, Jonas Baiense,Álvaro Fernandes e Júlio Rocha Xavier.CRITICAS

A ex-Deputadâ criticoutambém o ex-GovernadorBrizola por aceitar convites,passagens e pagamento deestada para participar dereuniões da InternacionalSocialista, em nome doPTB, quando a legislaçãobrasileira proíbe a vincu-lação de agremiações pollti-.cas brasileiras a Partidos eentidades políticas interna-cionais-

— O PTB — esclareceua Sra Ivete Vargas — foifundado por um grupo pio-neiro e não exclúdente quedispõe do prazo de um anopara tomar as providênciasobjetivando o registro defi-nitivo do Partido. Efetiva-mente estamos abertos aodiálogo com todos aquelesque queiram aceitar o nossoprogra ma e logicamentenão vamos pedir atestadoideológico a ninguém".

Ao admitir, com essa de-claração, que o PTB que ar-ticula também poderá rece-ber marxistas, a ex-Deputa-da assegurou que "embdraainda não tenham sido no-meadas as Comissões Regio-nais Provisórias conforme alei preceitua, oficialmente,

em nome de uma sigla jáfixada em termos legaiscom a publicação três diassucessivos no Diário-Oficialde toda a documentaçãoexigida pela Lei Orgânicavigente, só podem falar ossete membros da ComissãoNacional Provisória, que re-ceberam a delegação dosfundadores".

Nenhum de nós, dossete membros que consti-tuem a Comissão NacionalProvisória — prosseguiu —fala diferente do outro.Respeitamo-nos e temosampla liberdade de profes-sar nossas idéias, mas fixa-mos o sentido comum donosso pensamento e ne-nhum de nós manifestapontos-de-vista c o m osquais os outros não estãode acordo. Estamos estra-nhando que as pessoas nãohajam com seriedade pro-curando ler a Lei Orgânicae constatando em termosde realidade, quem pode naverdade falar em npme doPTB".

Ele criticou o ex-Go-vernador Leonel Brizola poraceitar convites, passagense estada para participar dereuniões de socialistas emnome do PTB,

Tancredo faz opção por umPartido de centro-esquerda

Brasília — O 2,°-vlco-presldente doMDB, Senador Tancredo Neves (MG),garantiu, ontem, que permanecerá noPartido enquanto ele existir e, na hlpó- *tese de uma reformulação radical noquadro partidário, só se filiaria a umaagremiação de centro-esquerda.

Ele enfatizou que apenas os fatosIrão provar que não é cabeça de um Par-tido em formulação, embora tenha re-velado que vem recebendo, diariamente,de 15 a 20 parlamentares, tanto emede-bistas quanto arenistas, para discutir areformulação, ainda que na forma demera .especulação.

O representante mineiro disse que aextinção partidária parece ser uma de-cisão do Governo, mas emitiu opiniãosegundo a qual dificilmente poderá serposta em prática, pois esbarra em impe-dimentos constitucionais e na própriaética dos parlamentares.

As informações dando conta de quese teria desentendido com o presidentedo MDB, Ulysses Guimarães, o Sr Tan-credo Neves atribuiu a um Jogo que ob-jetlva desagregar o Partido da Oposição,que teria, inclusive, a colaboração departe da imprensa.'

Indagado se realmente o Governoestaria pensando em "comprar o seupasse" para equilibrar o jogo num Par-tido de centro, afirmou: "Isso muito me

Arqulv»

-*tr jJSKÈl _¦___HP^ -•_-_!_-__-

Tancredo Neves

desvanece, é multa generosidade. Entre-tanto, não passa de especulação". Final-mente, o Senador destacou a dificuldadede tomar decisões, alegando que tem aseu lado senadores, deputados federaismineiros, cerca de 40 vereadores e de-zenas de prefeitos.

"Biônico" prefere ura novo PSD

A adesão de 12 senadores do MDBao futuro Partiãão — o velho PSD comoutra roupagem para não constrangeros antigos udenistas — foi dada comocerta, ontem, pelo Senador Gastão Mui-ler (Arena-MT), um de seus articulado-res. Ele recebeu esta previsão de um se-nador oposicionista, com quem se reu-niu para discutir a reformulação, parti-daria.

O Deputado Juarez Batista (MDB-MG), um dos organizadores do grupo demoderados do MDB, fez uma exposiçãoao Senador Tancredo Neves (MDB-MG)sobre o que pretendem seus integrantes.O Senador Tancredo Neves considerou ogrupo "muito interessante", de acordocom o Deputado.

Quantos serãoDurante a sessão de ontem do Se-

nado o Sr Muller chegou à conclusão deque o Partiãão, que se predispõe aapoiar o Governo, sem, porém, ser de-pendente, terá cerca de 35 senadores, 23dos quais marcadamente antigos pesse-distas. Ele concordou com o SenadorMendes Canale (Arena-MS) de que nãodeve ser ressuscitado o PSD porque osantigos udenistas ficariam constrangi-dos.

"O Alberto Silva (Senador) não ficano mesmo Partido que o Petrônio (atualMinistro da Justiça), mas não pode en-trar num PSD moderno", observa Gas-tão Muil-r. O fato de o Partiãão vir ater 35 senadores lhe garantiria absoluto

controle do plenário do Senado e, res-salta, a escolha do próximo presidentedo Senado.

Para os antigos pessedistas, o Se-nador Tancredo Neves continua sendoo nome ideal para presidir o futuroPartido, ainda que alguns poucos, tam-bém citem o Senador Amaral Peixoto(MDB-RJ), biônico. O Senador Tancre-do, porém, contesta que esteja particl-pando da articulação de um novo Par-tido.

UnidadeO Senador Mauro Benevides (MDB-

CE) também é incluído entre os oposi-cionistas que poderão recompor o ve-lho PSD, ao qual já pertenceu. Apesarde estar sendo procurado, ainda que in-formalmente, o Senador Mauro Bene-vides está preocupado, no momento, emassegurar a unidade do MDB no seu Es-tado. Ainda ontem ele manteve conta-to, neste sentido, com o ex-Deputadocassado Adail Barreto.

Outro Senador oposicionista cita-do é o Sr Hugo Ramos (RJ), que nuncadesmentiu suas origens pessedistas. Pelocontrário ele' faz questão de ressal-tá-la e no ano passado, em discurso noSenado, já pregou a reformulação par-tidária. Do MDB tem-se como provável,também, que, ressurgindo o antigo PSD,venham a integrá-lo os Senadores Dir-ceu Cardoso (ES), Nelson Carneiro (RJ),Tancredo Neves e Hugo Ramos. O SrBenevides é considerado improvável.

Almino entra hoje para o MDBSão Paulo — "O MDB continua

sendo o único conduto disponível atra-vés do qual se pode, em termos orga-nlzados, participar da luta pela restau-ração democrática do .país", afirmou oex-Ministro Almino Afonso que hojeingressará no MDB.

O ato solene de filiação ocorreráàs 16 horas, em Brasília no gabinete doDeputado Ulysses Guimarães. Antes dedeixar São Paulo, o Sr Almino Afonsoafirmou que "é em função deste objetl-vo que decidi inscrever-me como umquadro militante, sobretudo agora, queo regime autoritário se prepara paraextinguir o MDB, por ato impositivo".

O ex-Ministro ao Trabalho do Go-verno do Sr João Goulart confessou que"se sentirá bem ingressando nas fileirasjnde atuam figuras como Ulysses Gui-marães e Paulo Brossard, como PedroSimon e Marcos Freire, como AírtonSoares e Jarbas Vasconcelos, homensque ao longo destes 15 anos deram otestemunho da resistência democrática".

— Meu ingresso no MDB não signl-fica que eu deixe de sustentar a neces-sidade de um grande Partido popularque assegure a efetiva milltancla dostrabalhadores, para o qual confinam ostrabalhistas, os socialistas os cristãosde esquerda, unidos em torno de umprojeto de democratização da sociedâ-de no plano político, social e econôml-co. Entendo no entanto que a formação

Arquivo_-•**¦.._*-_tiH_BOT_w * JjgWW^MBB '¦ ^98

Almino Afonso

de um Partido deve resultar de um de-bate entre as correntes políticas e ossetores sociais interessados. Esse deba-te, portanto, deve prosseguir Inclusiveno interior do próprio MDB. Mas con-sidero que a extinção do MDB tramadapelo regime não constitui abertura de-mocrática se não uma forma de tentartumultuar a Oposição", concluiu o SrAlmino Afonso.

- 5?Senador reclama de "tapeaçãoO Senador Orestes Quércia (MDB-

SP) classificou como "um embuste euma tapeação" a anunciada reformapartidária, que estaria para ser enca-minhada pelo Governo, dizendo que"não resta nenhuma dúvida da Inten-ção de se Impor mais um casuísmo pa-ra a manutenção do poder dos atuaisdetentores do Poder".

— Se realmente o Governo quemanda neste país fosse bem lntencio-nado — declarou ele — a reforma par-tidária que se anuncia seria uma re-forma séria e não isto que está sendoanunciado. A reforma teria que ser fei-ta pelos Partidos e pelas suas lideran-ças.

Criticou, o senador paulista, o fa-to de a reforma "estar surgindo de ei-ma para baixo e com força e violên-cia".

— Os dirigentes da Arena — co-men tou — até se confundem com suaspróprias contradições, conseguidas aosabor de suas declarações modificadasconstantemente, de acordo com a evo-lução dos acontecimento nos bastidoresdo poder. O MDB, na realidade, alvoda reforma subrepetícia e traiçoeira,não foi e nem será ouvido antes daelaboração do projeto de lei. Nem aArena está sendo ouvida, ela está sen-do instruída de acordo com as decisõesdo Planalto.

Oposição do Paraná íaz protestoCuritiba — O Diretório Regional do

MDB do Paraná divulgou ontem o do-cumento finai do simpósio de debatesrealizado no último final de semana, on-de todos os senadores, deputados, pre-feitos e vereadores do Partido manifes-bam "sèu mais veemente protesto con-tra a reformulação partidária pretendi-da pelo Governo", por considerá-la "umexpediente para tumultuar e dividir" oprocesso político."A reforma partidária" — diz o do-cumento — "tem por objetivo evitar oconfronto final com a sociedade e pro-longar o poder discricionário do Governo.

O MDB sempre íoi e é defensor do plu-ripartidarismo: nos últimos meses hou-ve um afrouxamento no sistema auto-ritáriò, mas os alicerces ditatoriais aindapermanecem".

Dentro desse quadro, "qualquer plu-ripartidarismo montado pelos ideólogo»do arbítrio á sinônimo de golpismo. Asforças democráticas, que são as opojji-ções brasileiras representadas partida-riamente pelo MDB, proclamam que areinstalação da democracia deve prece-der qualquer reorganização partidária"e "as forcas democráticas não podem sedividir nesta ho?_".

JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 23/5/79 D 1*. Caderno POLÍTICA e GOVERNO - 5

Ramalhete achamomento imprópriopara Constituinte

O Consultor-Geral da Re-pública, Sr Clóvls Ramalhc-' te, depois de receber ontemuma homenagem de advo-gados do Rio, disse que nãoacredita na convocação deuma Assembléia NacionalConstituinte, 'iporque o mo-mento não é oportuno, umavez que não há dissoluçãoentre Poder e autoridade".

"Constituinte", explicou,"não se pede; acontece. Elaacontece num momento po-litico em que o Poder esca-pa da autoridade, que é orevestimento formal do Po-der". Momentos antes deexpressar seu ponto-de-vls-ta, o Sr Olóvis Ramalhete foi

saudado pelo presidente doInstituto dos Advogados doBrasil, Sr Reglnaldo de Sou-za Aguiar, que defendeu aConstituinte, através da qual"seria reencontrada a fonteprimária da legitimidade".DEMOCRACIA

O Consultor-Geral da Re-ipúbllca explicou, em entre-vista, que não se sentia'comprometido com o IAB,embora considere "legitimaa reivindicação de mino-rias" em relação à Consti-tuinte. Para deixar aindamais clara sua explicaçãode que não há oportunidadepara uma Constituinte, eleexemplificou:

— Em 1945, Getúlio Var-gas, cercado por tanques hoCatete, ainda detinha a au-t o r i d a de constitucional,mas não detinha o Poder.

O Sr Clóvis Ramalheteressaltou, ainda, que desdea reforma constitucional doano passado, com a revo-gação do AI-5, a devoluçãoda autonomia da Magistra-tura, a garantia dohabeas

corpus e outros efeitos, "oBrasil vive num estado dedireito democrático". Quan-to k permanência de algunsatos institucionais, explicouque "é preciso reconhecer aforça jurigena do fato revo-lucionárlo, pois se revoluçãonão fosse fonte de Direito,ainda seriamos colônia por-tugucsa, ainda seriamosuma monarquia. A existên-cia dos efeitos da Revoluçãode 64 não descaracteriza oestado de direitoANISTIA

Admitiu, entretanto, que"toda democracia no mun-do se considera Inacabada,como uma obra sempre aser feita, ao contrário dototalitarismo". Disse que "ademocracia que ai está é amelhor que temos e é me-lhor ter ela do que nenhu-ma.".

Reconheceu que a anistia,"que já é uma decisão deGoverno", representa maisum passo para a democrati-zação do pais, mas não quisrevelar quando ele será da-do, "pois, não posso me des-pir da condição de Cônsul-tor do Presidente da Repü-blica".

Assim como se omitiu emrelação à data em que aanistia será concedida, o SrClóvis Ramalhete não quisfalar da amplitude da Ini-ciaitiva, frisando apenas que"a benlgnidade do crimepolítico foi posto emquestão pela consciência ju-r í d 1 c a internacional, cau-sando hoje uma solidarie-dade internacional contra oterrorismo, pois ninguémpode assegurar que a màoque matou Aldo Moro foiitaliana".

Bancada do Governo retiraapoio a projeto que tornadireta eleição em estância

Brasília — A Arena resolveu não apoiar maiso projeto de emenda constitucional do DeputadoNavarro Vieira que restabelece as eleições diretasnas estâncias hidrominerais, a fim de não preju-dicar o principal argumento que sua bancada usarápara rejeitar a emenda do Senador Mauro Benevi-des (MDB-CE) que pede a volta desse critério paraas Capitais. O objetivo da liderança ârenista era,no início, favorecer a aprovação da proposta Navar-ro Vieira.

O Deputado Marcelo Linhares (Arena-CE) daráhoje, na Comissão Mista, parecer contrário à emen-da Benevides, sob o argumento de que a revisão daseleições diretas deverá ser feita em termos globais.O presidente da Comissão Mista, Senador TancredoNeves (MDB-MG), tentou antecipar sua reunião,mas não conseguiu, porque o Deputado Linhares,antes de emitir seu parecer, será recebido pelo Pre-sidente figueiredo..

Oposição, porque ela enten-de que a Câmara apoiarácom mais facilidade as pro-çps.tas liberalizantes do queo Senado, onde a Arenatem o apoio seguro de 21Senadores biônicos.

Na Comissão Mista, cujareunião, ©m princípio, está¦marcada para hoje, o Depu-tado Marcelo Linhares sepronunciará, como relator,favorável às eleições diretasem todos os níveis. Nestesentido ele apoia, tambémem princípio, a emenda doSenador Mauro Benevides,mas acha que deve ser feitoum estudo completo sobreos cargos atualmente provi-dos indiretamente: Presl-dente da República, Gover-nador e Vice, Senado r e sbiônicos, Prefeitos das capi-tais, municípios de seguram-ça nacional e estâncias hi-drominerais. A Constituiçãonão pode, a seu ver, sofrerconstantes emendas.

ESTRATÉGIA

O MDB apresentou ontemà Mesa do Senado projetode resolução alterando oParágrafo 43 do RegimentoComum do Congresso Na-cional, que terá de ser re-solvido dentro de 15 dias.De acordo com a resoluçãoquando for proposta emen-da à Constituição será obri-gatório o critério alternatl-vo, entre a Câmara e o Se-nado, para votação. A pri-meira proposta do ano co-meçará a iser votada pelaCâmara dos Deputados.

Atualmente, a votação èIniciada pela Casa a quepertence o proponente. Seaprovada essa resolução, aemenda Benevides, que temde ser apreciada pelo Con-gresso Nacional até 25 dejunho e começará a ser vo-tada pela Câmara. Estaalteração é considerada damaior importância pela

Senador do MDB quer mudarregimento e aprovar emendaque dá autonomia a capital

Brasília — O Senador Mauro Benevides (MDB-CE) vai apresentar projeto de resolução propondoalternância entre a Câmara e o Senado para apre-ciação de emendas constitucionais, obedecida a or-dem cronológica de entrada de tais proposições. Naatual legislatura com a aprovação do projeto, suaemenda seria votada inicialmente pela Câmara.

Com o evidente propósito de legislar em causaprópria, o representante cearense argumentou queo pacote de abril acabou com a Casa de origem parao exame de emendas, sendo necessário o estabeleci-mento de um novo critério. Seu projeto também seinspira no destino da emenda Montoro, que caiuno Senado e, por isso, não chegou à Câmara.ESPERANÇA Ontem, o parlamentar

conversou com o líder doMDB na Câmara, FreitasNobre, para solicitar as as-sinaturas dos deputados, in-formando também que jácompletou o número de se-nadores necessários. Após aapresentação do projeto, aMesa do Senado terá 15dias para votar o projeto,sendo que a emenda Bene-vides tem até o dia 26 de<iemês para tramitar no I.e-gislativo.

O Senador Mauro Benevi-des acredita que sua emen-da — que propõe a autono-mia das capitais para a ei-colha de seus Prefeitos —tem boas chances de seraprovada na Câmara e suaproposição, que altera o re-gimento comum das duasCasas do Congresso, requfr,preliminarmente, o apoiode 20 senadores e 80 depu-tados.

M. d* OtriUt Vl.|t Arena no Recifeteme autorizarfala de D Hélder

Recife — Apesar da liderança, daArena ter liberado a bancada para avotação da proposta do DeputadoSérgio Longman (MDB), convidando

Dom Hélder Cnniiwa para proferirpalestra no plenário da AssembléiaLegl!lativn, até ontem apenas doissituacionistas se mostraram favorá-'vels à sugestão do oposicionista,

O requerimento do Sr SérgioLongman foi apresentado no Iniciodo mês de nbrll, mas até o momentoalndn não foi votado, porque a Are-na teme repetição de fato ocorrido em1071, quando o Presidente da Assem-bléla, Deputado Ênlo Guerra, e o 11-

der da Arena, Sr Antônio Corrêa, fo-ram obrigados a renunciar, para nãoperderem o mandato, por tcrfm^«h'rl-gado em plenário, a flgura-eontro-vertida do Arcebispo da Arquidiocesedc Olinda c Recife,

A partir desse episódio, o noniede Dom Hélder virou tabu nos meiosarenistas. Mas ontem o Hdcr José Ra-mos liberou a bancada, embora até omomento apenas os Deputados Nlval-do Machado e Severlno Otávio pre-tendam votar a favor da convocação.

(ANÚNCIOS DE

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Clovis Ramalhete disse que o Brasil, sem AI-5,já vive num estado de direito democrático

Este éo primeiro número

da sua assinatura doJORNAL DO BRASIL:

264-6807

LÍDER DOS PROFISSIONAIS LIBERAIS DO BRASIL,AGRACIADO NO EXTERIOR

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A Assembléia Geral do Terceiro Congresso latlno-Americano de Associações de ProfissionaisUniversitários Liberais, que se realizou em Lima, de 9 a 12 de maio de 1979, aprovou Resoluçãodo Comitê Executivo di "Ccnfederación Latinoamericana de Asociaciones de Profesionales Universi-lírios, constituído das Associações e Confederações Nacionais da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, elegendo, com o voto unânimedo Plenário, o Dr. Píndaro Machado Sobrinho, PRESIDENTE DE HONRA da CLAPU, pelos relevantesserviços prestados "em prol da união do Continente a agradecendo ao Cidadão Brasileiro, Dr.Píndaro Machado Sobrinho, sua inavaliável contribuição à CLAPU, durante o exercício de seu cargo'como Presidente".

A foto acima focaliza o Prof. Píndaro Machado Sobrinho, Presidente da Confederação Nacionaldas Profissões Liberais, no momento em que agradecia a homenagem de seus colegas, manifestadano pleito em que o elegeram PRESIDENTE DE HONRA da CLAPU — Confederação Latinoamericana deAssociações de Profissionais Universitários, vendo-se ao seu lado os Presidentes da CLAPU « daCIPUL, bem como o Magnífico Reitor da Universidade de São Marcos e o ex-Presidente • fundadorda Entidade.

Caderneta =| |sde Poupança */${$$

DELFINiniciou suas operações em

outubro de 1966. Novembro de1974, a Delfin aparecia nos

jornais comum anúncio festivo:350 mil depositantes.

Março de 1977, voltávamosa anunciar, com muito orgulho:

1 milhão de poupadores.Outubro de 1978, a Cadernetade Poupança Delfin registrava,em sua publicidade, outraconta-marco: a do poupador1 milhão e 500 mil.Nesta altura de 1979, o maiorAgente privado do SistemaFinanceiro da Habitação - aCaderneta de Poupança Delfincontinua na dianteira:

L80O000depositantes

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I 1966 I 1974 | Í&77 1978 "' 1979 " . $'í

í!100 mil depositaates por unidade

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Cresça com a Delfin - onde a maioria planta

6*L JORNAL DO BRASIL ? Quarta-feira, 23/5/79 Cl 1' Caderno

na

Informe JBMau começot Para um aprendiz de diplomata,empenluido em extrair do Governobrasileiro a instalação de Um escrito-rio da Organização para Libertaçãoda Palestina em Brasília, o Sr FaridSawan não poderia ter debutado depior maneira.

Começou mal, à luz de seus pro-prios objetivos, por ultrapassar qual-quer resposta do Itamarati com a de-cisão pessoal de ensinar libertação daPalestina a turmas de Direito da Uni-versidade do Distrito Federal — opc-ração cujo sentido tático pode serófrscuro, mas cuja impropriedade di-j)tomátlca é evidente.

E começou mal, à luz de todo obom senso, ao inaugurar sua missão— diz ele — esclarecedora das inten-ções pacificas da OLP com uma um-versai declaração de descrédito portodos os instrumentos convencionaisda política interna e externa. Se atmprensa é, como ele diz, um ecto-plasma do lobby judaico, que tambémdomina o Governo junto ao qual oSr Satoan pretende se credenciar; seo acordo entre Israel e o Egito é oproduto de 5 bilhões de dólares, purae simplesmente; se é tudo resultadoá\a manipulação implacável que mo-ve o mundo, onde o Sr Sawan adiaque vai encontrar combustível para opacifismo palestino? No petróleo?

Foi uma estréia ruim mesmo pa-ra um diplomata aprendiz. Aliás, foiuma exibição lamentável de dotesprofissionais até para o cirurgião queele é e que deveria ter aprendido emMedicina a não manejar o bísturidentro de organismos complexos co-mo se tivesse nas mãos um pedaçode gaze.

RibaltàOntem, o Deputado estadual Qui-

else Crisóstomo da Silva, da Arenaparanaense, reuniu os repórteres cre-denciados na Assembléia Legislativapara anunciar sua participação emCidade contra Cidade, quadro de umprograma de televisão animado porSilvio Santos.

Seu papel consistiu em aparecerfantasiado de Romeu e beijar em ce-na a Julieta, Bruna Lombardi.

E o decoro parlamentar? —atacaram os jornalistas.

E desde quando beijar umamulher é falta de decoro? — argu-mentou o Deputado.

Grupo dos 11Sob a inspiração do ex-presiden-

íe da Arena Francelino Pereira, o Go-verno de Minas Gerais tanto se es-tfierou em repartir entre correligio-nários o bolo do Poder, que tinha quedar no que deu.

Acaba de brotar em Belo Hori-zonte, organizado como um grupo de11 membros e trazendo certo apeti-te jacobino, o movimento em favordos direitos políticos do suplente devereador.

» Essa categoria se declara "mar-

ginalizada pela cúpula do Partido".¦ . Afinal, depois dos titulares, ossuplentes de deputados federais e es-taduais da Arena acabaram encon-trando um jeito de se aconchegar aogordo regaço da administração públi-ca em Minas.

] Suplente — é bom lembrar — nãopassa de uma espécie de eufemismoò_ue eleva e consola todo o candidatoque concorreu às eleições e perdeu.Forças conspícuas

O ex-Presidente Jânio Quadros,euja volta à ativa bem o alto patro-'

cínlo da abertura c uma platéia tãoatenta quanto benevolente cm Brasi-lln, estréia amanhã, na TV Record,um programa mensal sobre política.

Chama-se Diálogo com JânioQuadros e vai ao ar às 23h.

DesvioO movimento pela preservação do

MDB como consórcio para aquisiçãoda democracia própria parece ter cal-do na clandestinidade.

Pelo menos, esta semana, come-çou a visitar diversos politlcos a do-mlcillo um estranho manifesto, comum arrazoado contra as táticas dospetebistas Ivete Vargas e Leonel Brl-zola e um apelo em favor da unidade.

Suspeito, na história, é que o ma-nlfesto, além de anônimo, é apócrifo,pois não saiu da direção do Partido,e,o envelope apresenta, como reme-tente, um vaga "MDB 70160 Brasi-lia/DF".

DicionárioEstá no forno do CPDOC, na

Fundação Getúlio Vargas, o Dicioná-rio Histórico Biográfico Brasileiro.

Com 10 mil verbetes programados,financiamentos do Conselho Federalde Cultura e da Finep, uma epipe de25 organizadores está costurando aprimeira suma completa da políticabrasileira, de 1930 até o Governo Fl- 'gueiredo.

Só o catálogo de personagens In-clui 4 mil 128 verbetes.

E a parte histórica tem, entre ou-trás novidades, o rol dos Partidos po-líticos brasileiros. Mesmo depois daRepública Velha, eles conseguiramser incontáveis.

À mesaAntes de voar para Brasília, on-

de hoje assina a ficha de filiação aoMDB, o ex-Ministro Almlno Afonsoalmoçou em São Paulo com o lídermetalúrgico Luis Inácio da Silva. <

Má pontariaDo limbo a que foi alçado pela ir-

racionalidade politica brasileira, oGovernador Paulo Maluf proclamouontem, pela TV, que a família Mes-quita, embora proprietária de O Es-tado de S. Paulo, nada tem a ver como jornalismo.

Ignora-se aonde foi buscar suasnoções de legitimidade o Sr, Maluf —que não é Governador eleito nem no-meado, não tem a maioria dos votosno Colégio que, pela teoria, o elegeu,não pertence à Arena e ainda nãoconseguiu fazer com que o MDB lhepertença, não governa a máquina ad-minis trativa de seu Estado e não ai-cança a visão politica do meio em-presarial de que brotou quando setrata de lidar com greves.

O fato é que o Sr Maluf pode tercom o jornal O Estado de S. Paulo osressentimentos que lhe aprouverem.Mas não tem o direito de esquecerque as relações dos Mesquita com ojornalismo estão assentadas em três.gerações.O de sempre

Fez-se uma homenagem ao Con-sultor-Geral da República, Clóvis Ra-malhete, e para ela se convidou o ad-vogado Sobral Pinto.

Ele não pôde ir, mandou um amá-vel bilhete, mas não se esqueceu deregistrar suas reservas:

"Na certeza de que você será, noseio de Governo militar, que nos diri-ge, um elemento de ponderação."

Lance-livreA Câmara de Vereadores do Rio

jlá está utilizando o seu primeiro car-ro oficial movido a álcool. Pertence aseu secretário, Vereador. Paulo César,que pagou do próprio bolso a despesade adaptação do motor.

Chega domingo ao Rio o diretor-executivo da Organização Internacio-liai do Café, Alexandre Beltrão. Naquarta-feira fará uma palestra no se-rhinário que o IBC promoverá em Gua-r]ujá.

A Secretaria Estadual de Educaçãoipaugura na sexta-feira, em Nova Fri-burgo, a segunda oficina pedagógicacje educação especial. Vai atender a 89alunos excepcionais. A primeira fun-qiona em Niterói.

O Governo de Santa Catarina as-sinou convênio com o BNDE no valorde CrS 5 bilhões, a serem repassadosaté 1985. Os recursos destinam-se ainvestimentos na agropecuária.

O presidente do BNH, José Lopesde Oliveira, e o diretor Arnaldo Prie-to estarão dia 26 em Vitória. Vãoihaugur„r três conjuntos residenciaisconstruídos por cooperativas de tra-balhadores.

O Sr Sinval Guazzelli faz hoje asua primeira viagem a Porto Alegre,desde que deixou o Governo do RioGrande do Sul. Aproveitará paraacertar detalhes de suas novas fun-ções. Vai trabalhar para a APLTJB.

Hoje, o Comandante da' EscolaSuperior de Guerra, Almirante CarlosHenrique Resende de Noronha, visitaa Câmara dos Deputados.

Na próxima terça-feira, o Minis-tro do Interior, Mário Andreazza, es-tara na região Oeste do Paraná. Vaipercorrer a área atacada pela moço-roca (tipo de erosão). Estará acom-ganhado por 100 prefeitos do interiordo Estado.è Representantes dos Ministérios daEducação, Interior, Transportes ePlanejamento vão reunir-se com a di-íeção do CNPq. Será discutido ummaior entrosamento do Ministério emprojetos de pesquisas na área cienti-fica;

O Vice-Presidente da Republica,Àureliano Chaves, será homenagea-

do, hoje, com um churrasco no Pala-cio Piratini pelo Governador Amaralde Souza. Mais tarde, fará uma con-ferência para engenheiros, sobre o te-ma Engenharia Dentro do Atual Con-texto Nacional.

Ont:m, no Centro da cidade, umaambulância do INAMPS trafegavasem a placa traseira'. O número da 11-cença — XY-7631 — estava pintado,rusticamente, em tinta preta. Se nãofosse carro oficial (que não paga em-placamento) estaria proibido de tra-fegar.

No dia 7 de junho a Câmara pro-moverá a festa da cumeeira de seunovo anexo. O prédio vai abrigar ga-binetes individuais para todos osdeputados.e A cidade de Manaus receberá ama-nhã Cr$ 50 milhões da Empresa Bra-sileira de Transportes Urbanos.

Os Ministros Delfim Netto e MárioAndreazza vão elaborar, em conjunto,o Plano Nacional de Irrigação.

Está no Brasil o diretor do BIRD,Humayun Mirza. Veio examinar pro-jetos de irrigação que serão financia-dos pelo Banco Mundial.e No dia 28, o Ministro João CamiloPenna será homenageado por indus-triais mineiros, em Belo Horizonte.

No final da semana, o Ministro dasMinas e Energia, César Cais, visitaráa plataforma da Odebrecht (construí-da em Cingapura) que vai operar nolitoral de Sergipe, no poço Guarice-ma. O Estado de Sergipe, atualmente,no mar e em terra, está produzindo60 mil barris diários de petróleo.

A Secretaria Municipal de Plane-jamento vai obter apoio federal(BNH) para a execução do plano pa-ralelo da Barra da Tijuca.

Uma exibição extra do Drama daPaixão de Cristo, em Nova Jerusalém,será feita em outubro. A encenaçãoserá feita para os participantes de umcongresso nacional de agentes de via-gem.

O professor Dunshee de Abranchesfoi reeleito ontem, por mais quatroanos, membro da Comissão Interame-ricana de Direitos Humanos.

Líder admite retirada de vetosBrasília •— O lider da

Arena na Câmara, Depu-tado Nelson Marchezan, ad-mitlu ontem que o Governo— mediante fórmula legalque não soube precisar —poderá retirar os vetosapostos à lei que regula oinquilinato.

Também admitiu a hl-pótese de o Partido doGoverno rejeitar os vetos afio* de fazer possíveis corre-ções ao texto sancionado,que vem sendo objeto decriticas tanto da Oposiçãocomo de parlamentares daArena.

Desvinculação agilisa programasRecife — E' multo impor-

tante para a agilização eeficiência dos programas es-peclals como o Projeto Ser-tanejo e Polonordeste, a des-centralização determinadapelo Ministro do Interior,Sr Mário Andreazza, disseo superintendente da Sude-ne, Sr Valfrido Salmito. Atéagora os dois programas es-tavam diretamente vincula-dos ao Ministério.

A medida, segundo ele,fortalece os organismos re-gionals como o Banco doNordeste e o DNOCS, queassumem a ama responsabl-lidade. Informou ainda queo programa de assistênciaaos flagelados da seca con-

tinuará até o último mo-mento em que se fizer ne-cessário.

Arquivo

TCUsuspendecolas demunicípios

Brasília — Os municípiosfluminenses d e Cordeiro,Saquarema e Volta Redon-da estão Incluídos entre os82 para os quais o Tribunalde Contas da União suspen-deu a entrega das cotasmensais de recursos doFundo de Participação, emdecisão tomada ontem, pornão terem apre sen tadoprestação de contas rela-tivas ao exercido de 1978.

A decisão teve por baseparecer do Ministro BatistaRamos, que, em seu voto,ressalvou apenas as Prefel-turas que obtiveram doTCU autorização para pror-rogar o prazo de entrega daprestação de contas.

Valfrido Salmito

Itamarati se interessa por FláviaMomentos antes de em-

barcar para Montevidéu, oEmbaixador do Brasil noUruguai, Sr Antônio Corrêado Lago, admitiu ontem, noRio, que recebera Instruçõesdo Itamarati para colherinformações sobre o passoem que se encontra o casoda brasileira Flávia Schil-ling, presa há mais de seisanos naquele pais.

Em conversa breve coma Imprensa no AeroportoInternacional do Rio de Ja-neiro, esquivou-se a umapergunta sobre o significa-do do caso Flávia Schillingnas relações entre o Brasile o Uruguai: "Perguntem

ao Ministro Saraiva Guer-reiro", disse.

Delegado adota açoite na BahiaSalvador — Proibição de

que as pessoas saiam à noi-te, prisão de toda e qual-quer pessoa que não portedocumentos e utilização deaçoite como prática, são ai-gumas das medidas adota-das pelo delegado de Ca-choeira, sargento PM Edel-zaias Santana, segundo de-núncia que um grupo de jo-vens veio fazer nesta Capi-tal.

Os jovens procuraram umadvogado para encarregá-lode ação judicial com o obje-tivo de conseguir o afasta-mento da autoridade e umdeles, Valnei Costa Araújo,agredido pelo delegado, de-ve encaminhar hoje denún-cia na Secretaria de Segu-rança Pública, pedindo ain-da garantia de vida.

Guarda lucra com multa no CearáFortaleza — Sob o argu-

mento de tentar reduzir onúmero das quatro mais co-metidas infrações do transi-to, o Governador enviou àAssembléia Legislativa pro-jeto de lei que cria gratifi-oação de produtividade pa-ra os servidores integrantesdo sistema de fiscalizaçãoe policiamento do transito.

A gratificação será caleu-lada mensalmente, por con-tagem de pontos, de acordocom uma Unidade de Pro-dução Policial (UPP). CadaUPP valerá Cr$ 8 e o poli-ciai, para ter direito a ela,além de constatar a in-fração, terá de comprová-lacom a apreensão do veículo.

Sussekind vai rever anteprojetoBrasília — O Ministro do

Trabalho, Murilo Macedo,informou, ontem, que o SrArnaldo Sussekind será opresidente da comissão queo ministério está formandopara rever o anteprojeto deutilização da consolidaçãodas leis do trabalho.

Segundo o Sr MuriloMacedo, a atuail comissão,que deverá começar a ela-

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A DIREÇÃOIP

Imagens deBiguaçu sãofurtadas

Florianópolis — A poüclanão tinha até ontem ne-nhuma pista para chegaraos responsáveis pelo furtodas imagens de São MiguelArcanjo e Bom Jesus deCanaverde, da matriz doDistrito de São Miguel.Município de Biguaçu, a 25km desta Capital. São ima-gens que vieram para o Bra-sil há 290 anos com os pri-melros imigrantes açorlanos.O fato, ocorrido sexta-feira,só foi divulgado na segunda.

O delegado de Biguaçu,Sr Luís Carlos dos Santos,acredita que o furto tenhasido feito por uma quadrl-lha especializada, a quaiatribui o desaparecimentode outras imagens de valor.

borar um novo anteprojetona próxima semana, terá 90dias para apresentar umprojeto definitivo a ser en-caminhado para apreciaçãoe votação ao CongressoNacional. A comissão for-mada pelo Sr Murijo Mace-do será, praticamente, amesma do Governo Geisel,com pequenas mudanças.

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O Executivo como NegociadorO processo de negociação vivenciado:etapasAdministração dos climas do processode negociaçãoAnálise dos obstáculos à negociaçãoPrograma de ação do Negociador

COORDENADOR: Ronald Bates — PHD(M.l.T.)informações:opc Presidente da ÍNTEGRO

.RuadaLapa, 180 —Cobertura 21 e 22 JUNHO 79C Postal 11018 -CEP 20021 -RJ .. , ,/S. ... _.Tels:222-9635e283-2549 HOtel GlOfia — KlOPRÓXIMOS EVENTOS INTERNACIONAIS: ;., £Estratégia de Redução de Custos em Manutenção Industrial fcí14a17deagosto raAdministração do Tempo do Executivo (Avançado)17 e 18 setembro

Compra deterra seráfacilitada

Brasília — O Ministro doIntorlor, Sr Mário Andrcaza,afirmou ontem que a aqui-slçao de lotes famtliaies,cm condições especiais, tortrabalhadores sem terras, éo grande objetivo social dosprojetos de irrigação queserão desenvolvidos pelosMinistros do Interior e daAgricultura, especialmenteno Nordeste.

Os . colonos aproveitadosnos projetos de Irrigação tíoDNOCS poderão, depois dequatro anos de trabalho,adquirir os lotes familiares,em condições especiais econtinuarão recebendo as-sistèncla técnica. A Coie-vasf, informou ainda o Ml-nlstro, poderá tambématuar em programas dessetipo, a partir do momentoque fizer irrigação em pe- •quenos projetos, como oDNOCS.

PROJETO

A aquisição de lotes faml-llares por agricultores semterra, nos perímetros de ir-rigação, explicou o MinistroAndreazza, está prevista pe-Io projeto-de-lei que dispõesobre a Politica Nacional deIrrigação, e m tramitaçãono Senado, do qual é rela-tor o Senador Mauro Benc-vides (MDB-CE). O projetoapresentado pelo Governopassado prevê a criação deum Plano Nacional de Irri-gação, sob a responsablli-dade do Ministério do Inte-rior.

A transferência de lotesfamiliares para trabalhado-res sem terra, adiantou oMinistro, deverá ser feitacom maior intensidade noNordeste porque é nessa íe-gião onde os problemas fan-diários são mais graves. NoRio Grande do Sul, porexemplo, afirmou o Minis-tro, não é necessária essatransferência porque todasas terras agricultáveis játem proprietários. Em re-giões como a do Rio Grandedo Sul os Nlnistérlos do In-terior e da Agricultura be-neflciarão as propriedadescom projetos de irrigação ea União terá um retorno deseus investimentos, atravésde medidas como o paga-mento da água, construçãode melhorias.

Sobre a seca do Nordeste,informou que solicitou aoMinistro do Planejamento,Sr Mário Simonsen, recur-sos complementares para asfrentes de trabalho duranteo mês de maio e de junho.Se continuar chovendo naregião, haverá desmobiii-zação dos. agricultores apartir do mês de agosto queé quando se inicia a colhei-ta do algodão e os trabalha-dores poderão ser aprovei-tados.

MINISTRO CÉSAR CALS VISITOU MINASDE CARVÃO DO RIO GRANDE DO SUL

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Preocupado com as dificuldades cada vez maiores para importação de pe-tróleo, o Ministro César Cais visitou, sábado último, as minas de carvão do RioGrande do Sul. Em Charqueadas, o Ministro de Minas e Energia desceu os 300metros do Poço Octávio Reis (foto) para conhecer o moderno processo de extra-ção ali implantados pela COPELMI - Companhia de Pesquisas e Lavras Minerais -.Segundo suas palavras, ficou muito bem impressionado com a modernização etecnologia dessas minas. O Ministro César Cais enfatizou, aos empresários e_ àimprensa, a necessidade de substituir, gradualmente, o petróleo pelo carvão.Constatou, também, a possibilidade de imediato aumento da produção de carvão,o que virá ao encontro dos esforços do governo para minorar os efeitos cadavez mais severos resultantes da importação de petróleo. (P

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JORNAL DO BRASIL D Quarta-feira, 23/S/79 D 1» Caderno NACIONAL

Braillli/Foto de Oullherme Romla

O Sr Rogério Nunes teme pela moral ocidental

Filmes proibidos tinhampassado pela Censura masGeneral viu e não gostou

Brasília — O pacote de filmes proibidos no co-meço dos anos 70 — Sacco e Vanzetti, Mimi o Meta-lúrgico, Toãa Nuãez Será Castigada, entre eles —tinha sido liberado pela Censura, mas o então dire-tor-geral da Polícia Federal, General Antônio Ban-deira, não gostou nem dos filmes nem da liberaçãoe proibiu-os em todo o território nacional. Tambéma apresentação do Bale Bolshoi ha televisão foi ve-tada por "póderes mais altos" que a Censura, "pormotivos ideológicos".

Essas revelações fazem parte do depoimento doex-chefe da Divisão de Censura de Diversões Públi-cas, Sr Rogério Nunes, prestado ontem no simpósiosobre Censura promovido pela Comissão de Comu-nicação da Câmara dos Deputados.

ORIGEM NA GRÉCIA

"Pela primeira vez, o, Grande Censor, o censorchefe" — comentou aDeputada Cristina Tavares(MDB-PE) — "reconhece,candidatamente, que a Cen-sura não passa de uma pe-quena repartição dentro deum imenso aparelho ideo-lógico"..

Durante os sete anos equatro meses que passou àfrente, da DCDP, o Sr Rogé-gio Nunes — hoje chefe doGabinete Civil do Governodo' Distrito Federal — sem-pre fugiu, na medida dopossível, das perguntas maisou menos embaraçosas quelhe eram feitas a respeitode seu trabalho e remetia ointerlocutor a algum textolegal em que se baseava oveto da Censura.

De seu depoimento de on-tem, ficou claro que, paraele, a Censura se ressenteda falta de legislação maisapropriada, mas é uma ins-tituição das mais respeita-veis: "Teve origem na Gré-cia, onde nasceu a Demo-cracia. Podemos portantoconsiderá-las irmãs".

A ausência de censura(ou "liberdade livre", comose expressou) é a "confu-são, anarquia". Sem ela,'não há como preservar osvalores éticos da sociedadee evitar a completa desa-gregação da família", fri-sou. 'E' necessária paracercear e previnir a licen-ciosidade, a obscenidade, emnome dos altos interessescomunitários".

ANACRÔNICA

A Censura no Brasil en-tretanto, para o Sr Rogé-rio Nunes, está de "pés emãos atadas" por uma le-gislação de 1946, "paradano tempo" — o que não se-ria tão ruim para a defesada moral_ e bons costumesmas acaba sendo péssimofinanceiramente, disse.

Para os infratores —exemplificou — havia mui-tas de Cr$ 100 a Cr$ 5 milem valores de 1946,, hojerespectivamente 10 centa-vos e Cr$ 5. "Como multarassim?" — indagou. De ou-'' tra parte, reconheceu quea suspensão de uma peçateatral ou de um filme po-de resultar altamente pro-mocional, porque, com aproibição, ganham "pági-nas e páginas nos jornais"e. se a peça ou filme é li-berado mais tarde, tem ga-rantia de casas lotadas."Com multas irrisórias euma suspensão promocio-nai como únicas armas pa-ra coibir abusos, a Censu-ra não pode trabalhar di-reito", disse o Sr RogérioNunes.

MORAL NA TV

Ele considerou indispen-sáveis critérios mais rigo-rosos de censura na televl-são, "porque as empresasde TV não respeitam osacordos entre cavalheirosque fazem com a DCDP".Explicou que, no casodas telenovelas, chegou-seao seguinte esquema: asTVs apresentam primeiroum resumo, uma sinopsedo que virá a ser novela;a Censura o analisa e diz

se a novela é recomendadapara o horário a que pro-põe a TV; a aprovação, po-rém, está condicionada àapresentação dos 10 pri-metros capítulos, já grava-dos.

Segundo ele, as emissorasapresentam esses 10 capítu-los "bem dentro dos pa-drões; nós aprovamos, ano-vela vai ao ar; depois, sãosubmetidos à Censura pe-quenos grupos de três ouquatro capítulos, mas aempresa quer garantir oIbope, o autor se entusias-ma e pronto! O que é que aCensura pode fazer? Nãopode mandar mudar o ho-rário, pois seria o mesmoque proibir, já que os ou-tros horários estão todoscomprometidos. Não podesuspender, pois aí o mun-do lhe cai sobre a cabeça:reclamações dos jornais,das empresas, do públicoque queria ver a novela".

Para evitar isso, disse oSr Rogério Nunes, as TVsdeviam ser obrigadas àsubmeter à Censura o textointegral das novelas. Ele vêmais perigo para a moral ebons costumes na televisãoque no cinema. Os filmessão comentados por críti-cos. A novela "entra no larsem pedir licença". Se umajovem considera certo as-peoto condenável, é logoacusada de quadrada pelasamigas. "O que é erradopassa a ser certo; os jovenspassam a sensibilizar-secom o errado, deixando delado suas próprias restri-ções morais", disse.

DESINTEGRAÇÃO

A moralidade é a grandepreocupação do ex-ohefe daDCDP, que leu para os par-ticipantes do simpósio mo-nografia preparada poralunos da Academia deCensura, acreditando quetodos podiam "tirar impor-tantes subsídios" para o re-latório final.

A monografia afirma quea Civilização Ocidental viveum "grande pesadelo": arebelião da juventude, apermissivldade que estásendo confundida com li-berdade pelos jovens, "queacabarão levando o mundoocidental à total desintegra-ção social". O caso doshippies é citado como exem-pio, porque "acabaramtransformando os festivaisde músicas em celebraçõeseróticas por causa do sloganFaça Amor, Não Faça aGuerra".

O ex-chefe da Censuralançou grito de alerta so-bre "as estatísticas deadultério, concubinato emasturbação", que conside-ra "alarmantes". E falou doperigo das insinuações decertos enredos onde "situa-ções condenáveis são apon-tadas como saldas ou solu-ções". Deu exemplo: "Ocaso de jovens que se en-tregam sexualmente comoprova de amor".

O atual chefe da DCDP,Sr José Vieira Madeira, as-sistiu ao depoimento e limi-tou-se a comentar: "A gen-te tem que entender a po-sição do Rogério, que teveos seus problemas e enfren-tou um periodo crítico. Nãofica bem dizer o que pensoa respeito".

CARTA-ABERTAA GUILHERME FIGUEIREDO

"Não saber discernir ê o fascismo, total"(Do você mesmo, Guilherme, na entrevista ao Jornal do Brasil, a 20 de maio de 1979)

Iwl EU caro-Guilherme:Ano passado, em sua casa,•por ocasião do casamentode querido amigo comum,

notei a emoção com que você leu osj versos dedicados por Drummond aoJMário e à Matilde. Nem o temponem os trancos dos últimos aconteci--'mentos

(na época, você já era irmãodo presidente eleito) haviam embu-tido a sua capacidade de sentir,amar, ser simples e verdadeiro.Certo ou errado, você sempre foiisso: emotivo, simples e verdadeiro.,Os tropeiros que chegam a Passárga-da, por serem amigos do rei, ten-'"dern a ficar impenetráveis, onipo-tentes, pontificais. Para aqueles quetorcem por você, felizmente, issonão ocorreu. Você continua o Gui-lherme desinibido e apaixonado, va-

• lente na luta, generoso na vitória.Esse preâmbulo não é exatamente

o lubrificante esterilizado para o quevem a seguir. Só me sentiria àvontade se, publicamente, deixasseclara essa preliminar que transcendeaos mil acidentes naturais da carne esupera a visão contrária que possa-mos ter dos mesmos fatos.

Gomo costuma dizer o AdolphoBloch, vamos ao assunto:

Li a sua entrevista publicada no;Jornal do Brasil de 20 de maio de'1979. Suas declarações foram dividi-das em duas partes: a primeira," queparece ter sido escrita de própriopunho; e a outra, em que vocêresponde às perguntas da repórternaquele pingue-pongue que muitasvezes falseia o pensamento e aintenção' do entrevistado, pois ojornalista, quando escreve o seutexto, é soberano para cortar aquiloque não considera interessante — emuitas vezes o mais interessante é.cortado. No meu.entender (e tendocomo base aquilo que está publica-do), você faz críticas severas demaisà administração anterior'da Funterj. *Não tenho procuração para defenderininguém—nem preciso dela. Acre-.,dito que, em certos momentos, per-'manecer calado é a pior forma de.fazer barulho. Sou amigo de Adol-pho Bloch e, direta ou indiretamen-.te, acompanhei de perto todo o.trabalho que ele realizou na Fun-terj. Já li.e ouvi críticas muito maisseveras do'que as suas, que são;afinal, as de um homem de-respon-.sabilidade e peso próprio. Além daseveridade das críticas, leio habitu-'almente insultos e infâmias contra'um homem que, em sua complexi-dade humana (eslavo, judeu, rapazde Aldeia Campista — as três coor-denadas que formam a chave de suapersonalidade), é, acima de tudo,como você próprio diz, com certaambigüidade, muito peculiar. Apeculiaridade do Adolpho, paramim, que há anos convivo com ele•em momentos bons e duros, é a sua'totalidade de ser humano. Ele é'especial — e nisso repito CarlosLacerda, que dizia ser o Adolpho.(cito de memória) "um tipo de muji-que especial que se deve consideraracima do Bem e do Mal e que, feitasas contas, acerta quase sempre".

Eu poderia discutir, ponto por'ponto, os reparos que você faz àadministração dele. E não só osreparos de Guilherme Figueiredo,,em sua dupla qualidade de intelec-'tual e de presidente da Funterj.Também o que se publica contra oAdolpho poderia ser respondido fa-

• cilmente e é respondido, na prática,pelos fatos. Mas são questões geral-mente subjetivas, ¦ palpites sobre acor das cortinas, o revestimento dasparedes, o Tormato dos lustres —discutir isso é sair do sério e perdertempo. Você sabe que só com loucoscomo .Adolpho se construiu Roma.:Só um louco como ele se meteria areformar o Teatro Municipal damaneira como o. fez, mexendo emtodos os parafusos, mudando todasas dobradiças, fazendo um tetonovo, recuperando e restaurandocom paixão (incompreensível paramim, que não sou perfeccionista).cada milímetro quadrado daquelepalácio que estava em ruínas.

Sei como tudo começou: no iníciodo governo Faria Lima, ele foi 'como Murilo Melo Filho levar a idéia dese construir um Lincoln Center noRio. O governador ouviu o AdolphoBloch falar, ele se comprometia aarranjar o tutu necessário com ami-.gos e empresários, o Oscar Nie-meyer faria (como fe,z) o projeto degraça. Novo no cargo, o GovernadorFaria Lima fez o que podia: prome-teu que estudaria o assunto. Diasdepois, Adolpho estava sozinho naredação, o pessoal já tinha debanda-do. O Comandante Baltazar da Sil-veira telefona, diz que o governadorquer falar com ele. E Adfllpho éconvidado para a presidência daFunterj, entidade que para ele,Adolpho, era tão abstrata e longín-qua como a Ordem Eqüestre dosTrovadores Bávaros — entidade daqual, por sinal, eu próprio nuncaouvi falar.

Pela insistência e delicadeza dogovernador, Adolpho aceitou o car-go, com o salário de um cruzeiro porano (menos os descontos da lei), semcarro nem motorista, sem telefonepróprio, sem escritório nem ar refri-

.gerado. Tudo bem a Adolpho. Eletem a compulsão do fazer. Conver-sando com Franco Zeffirelli, emTeresópolis, no início desse ano,chegamos a um acordo: Adolpholembra em muitos detalhes um papada Renascença, para ser mais preci-so, um Giuliano delia Rovere que

espremeu o crânio de Michclangelo,torrou o saco de Bramante, intrigoucom Raphael. Papa e guerreiro, eloestá longe de ter sido um santo.Mas, cm certo sentido, Júlio IIinventou e deixou a Renascençaparu a Humanidade, Na, primeiravisita que fez ao Teatro Municipal,com a sua equipe de. engenheiros,Adolpho verificou que tudo tinha deser feito de novo. Outro qualquer

.mandaria dar mais uma mão de tintanas paredes, passar caol nos bronzese metais, trocar as lâmpadas quei-madas. Bem, você próprio, Guilher-me, sabe e diz que encontrou "oTeatro Municipal excelentementerecuperado em seus aspectos histó-rico e estético". O mesmo aconteceucom o João Caetano, do qual sóforam aproveitadas as paredes exter-nas. A garra do Adolpho em fazerobras é antológica, visceral, telúrica,na base do sai de baixo que lá vaiele.

Diz você que encontrou a Funterjem petição de miséria, em caos eaflição de espírito. Não sei por que,me lembrei do Jânio Quadros aoreceber a batata quente do Jusceli-no. A tônica dos pronunciamentosdo Jânio era a de que se tornaraimpossível governar o Brasil comaquelas leis e aquele 'pouco dinhei-ro. Acontece que. Juscelino, comaquele pouco dinheiro e aquelasleis, governou, abriu estradas, im-plantou indústrias e construiu Brasi-lia. Além disso, teve contra ele dois•levantes da Aeronáutica e uma Opo-sição cruel que durante cinco anos oacusava de faraônico e perdulário.Não estou comparando nada a nin-1 guém e ninguém a nada, Mas quan-

. do me perguntam por que o- Adol-

.pho tem tanta admiração pelo Jusce-lino, eu respondo citando a falta deafinidade que ele teve com o tipo degoverno Jânio Quadros, que, depoisde muito reclamar das leis e da faltade recursos, legou-nos o abacaxi que

;conhecemos. Também não estouinsinuando que você repita o Jânioem nível de fundação estadual, peçao boné e vá embora. É natural que,

. a poucos meses. da posse, aindatome pé em suas novas funções. Maso Adolpho teve as mesmas dificulda-des, ou para ser mais exato, tevetodas as dificuldades. Você assumiua Funterj que, bem ou mal, estava

•com três teatros novos, em plenofuncionamento, sucesso no Munici-pai com La Traviata, casas cheias noVilla-Lobos e no João Caetano. Emais uma Central de Produções em.Inhaúma que, como muito bem dizvocê, servirá de apoio a toda aestrutura teatral do estado. Pois.bem, quando o Adolpho tomou pos--se, a Funterj era apenas uma páginano Diário Oficial. O; saldo, entremortos e feridos, não podia ser pior:o principal teatro do país estavadesativado, sem poder funcionar,com risco de desabamento da cúpula•infiltrada de água. Os cenários e'figurinos de temporadas passadas,entre os quais os de O Chapéu deTrês Bicos (De Falla/Massine), cria-'

.dos por Picasso e aqui confecciona-dos com a aprovação do pintor,,tinham se reduzido a um monte de';estopa sob as arquibancadas do Ma-racanã.

O

aspecto funcional — quevocê considera caótico —era realmente mais calmo:os teatros simplesmente

não funcionavam por falta de pes-soai, pois entre aposentados, licen-ciados, inválidos, fora de forma ou

I, cogitação, não havia quadros para aapresentação regular de espetáculosde alto ou médio nível. Na realida-de, o teatro só funcionava uma vezpor ano, para o Baile do_.Carnaval,

.agora proibido por lei que vocêprometeu cumprir. Outro equívocoseu, Guilherme, e esse bastantegrave, é que você acusa a adminis-tração anterior à sua de "não terprestado contas". Quando li essaafirmação sua, telefonei para o dire-tor financeiro da gestão passada,Paulo Bastos, e ele me disse que, nocaso, não há motivo para prestaçãode contas. É explicou: "O balancetereferente ao mês de março de 1979,último da gestão de Adolpho Bloch,foi remetido nos primeiros dias deabril ao Conselho de Curadores paraa devida apreciação e, posterior-mente, encaminhado ao InspetorSetorial de Finanças. Esse balancete-é a própria prestação de contas: Por.ele, ficamos sabendo que a adminis-tração que restaurou, recuperou emodernizou o Teatro Municipal, oCafé do Teatro, o Teatro João Caeta-no, construiu o Teatro Villa-Lobos,a Sala Monteiro Lobato,'.a CentralTécnica de Produções Teatrais emInhaúma, que comprou e preparouo terreno para a construção doedifício-anexo, instalou e colocouem funcionamento a Funterj, sódeixou como obrigações de términode obras a importância de Cr$2.700.000,00. Até março de 1979, oDepartamento Financeiro da admi-nistração passada havia recebidoapenas os três duodécimos relativosà dotação orçamentária do ano emcurso." Os restantes nove duodéci-mos serão pagos, deverão ser pagos,terão de ser pagos a você, meu caro

i Guilherme. Para isso, terá de rebo-lar um pouco, como o Adolplíorebolou, e muito. Antes que meesqueça: estranhei o orçamento quevocê iez. publicar ao lado do seutexto no JB. Ali não encontreinenhuma rubrica relativa à receita.Não venha me dizer que os teatros(o Jôâo Caetano e o Villa-Lobosestão com casas cheias há algunsmeses) não arrecadam um centavo.Até o Botafogo de,Futebol e Regatasarrecada sempre alguns caràmih-guás era Marechal Hermes.

Outra coisa:" a Salá"Monteiro Lo-bato não está em funcionamentoapenas porque não apareceram umacompanhia e uma peça dispostas aestrear o teatrinho. Ar refrigerado'não será. problema: em havendopeça,' fatalmente você arranjará osquatro aparelhos que constam doprojeto original. O diabo é justa-mente isso: com oü sem ar refrigera-do, fazer o quê?' Pagar como? Pro-blema agora seu, meu caro Gui-lherme.

Presenciei uma reunião dramáticano final do ano passado, a respeitoda peça O Rei de Ramos, que vocêcom boa razão considera nossa, ouseja, da Funterj. O orçamento ini-'ciai era de dois milhões de cruzeirose assim foi aprovado pelo Adolpho..Pouco depois, os responsáveis pelaencenação, entre os quais o secreta-rio-executivo Geraldo Mateus, odiretor Flávio Rangel e o autor DiasGomes estavam pessimistas, pois odinheiro era pouco, novo levanta-mento de custos indicava a necessi-'dade de 400 mil cruzeiros a maispara a produção. Além disso, a folhade pagamento mensal seria muitoonerosa. Flávio Rangel e DiasGomes chegaram a aconselhar Adol-,pho no sentido de não mais encenarO Rei de Rainos. A Funterj daquela-época (final do ano passado) como ade hoje, não nadava em dinheiro.Adolpho apenas perguntou ao Flá-vio Rangel e ao Dias Gomes: "A

peça é boa? Vai fazer sucesso?" Aresposta foi afirmativa. E Adolphoencerrou o assunto: "Então topo. Eubanco o jogo!" Na teoria do Adol-pho, é justo investir uma fábula quedê lucro. E é burrice investir umamigalha na peça que não vai darcerto.

Na sua entrevista, meu caro Gui-lherme, você se refere à infra-estrutura da empresa do Adolpho,

que imprimia as entradas para osespetáculos. Alma de gráfico, elesabe que é fácil falsificar entradasquando a procura de ingressos éfora-de-série, como aconteceu com'La Traviata. Ele imprimia com pra-zer os ingressos, usando macetesque tornavam difícil a 'falsificação.Mas a infra-estrutura da Bloch nãoficou nesses serviços gráficos presta-dos à Funterj. Se fosse somar ashoras-homem de alguns diretores'como Zevi Ghivelder e dezenas defuncionários da firma de Adolphoque trabalharam sem nada receber;se fosse computar o aluguel durantemeses dos 1.000 metros quadradosna sede da Frei Caneca colocada àdisposição do atelier de costura, oscaminhões,' telefonemas internacio-nais, telex, serviços de remessa dematerial do exterior; e, sobretudo, a

.recuperação da mecânica do.palcodo Teatro Municipal — enfim, se o'•Adolpho tivesse um grama de mes-quinharia no sangue, ele poderiaconhecer o que, felizmente, nuncasaberá: quanto a Funterj deu deprejuízo à sua firma. Esse assunto,de resto, não se pode comentar àfrente dele, pois não admite que sefale em prejuízo quando conseguiurealizar um bom trabalho pela ci-dade.

Meu caro Guilherme, sei quevocê tem problemas terríveis. OAdolpho também os teve.

Se me atrevo a uma sugestão,gostaria qüe usasse de todo o seuprestígio para liberar a verba dosvinte milhões e começasse imediata-

.mente o edifício-anexo ao Munici-pai. Você ia ver que, trabalhando nopesado, tudo começaria a ser resol-vido. Um prego colocado na obralhe dará crédito e .autoridade paraobter financiamento para o prego•seguinte. E assim por diante, déprego em prego, você teria espaçopara ensaiar orquestra, coro e corpode baile sem atropelos, instalaria'seus funcionários confortavelmente' e ainda sobrariam dez andares para arenda de que tanto a Funterj neces-sita. Não adianta perder tempo pen-sando se vai dar mais Strauss ouMozart. A programação deste anoestá feita e você mesmo, com repa-ros aqui e ali, a considerou boa. Emcerto sentido, ela tem mais Straussdo que Mozart — fórmula do velhoSzenkar que você citou e que, emlinhas gerais, mas com palavras mui-to especiais, é também a filosofia detrabalho de Adolpho Bloch.

Você conseguiu uma áfrica: umandar no Palácio da Cultura, própriofederal cedido a uma fundação deDireito Privado que nem sequer é,estatutariainente, do governo esta-dual. Diz você que ali, a dois passosdo Municipal, a-Funterj fica "logisti-camente melhor situada". No entan-to, a repartição continua longe do

João Caetano, do Villa-Lobos, daCentral de Inhaúma. De qualquerforma, foi ótimo que o governofederal — que tanto deve aò Rio deJaneiro — ; cedesse um andar àFunterj. Consiga outras bocas livresiguais a essa e a cidade agradecerá,penhorada.

Você citou • o Malraux. Pois dêuma de Malraux. Ele não escreveu

¦ A Condição Humana enquanto este-' ve no poder. Isso ele fez bem antes.No poder, ele estabeleceu uma açãocultural e logo meteu a mão na caliçae na tinta. Recuperou os monumen-tos de Paris, criou o Centro Pompi-dou, se incomodou até mesmo como metrô. Já ouvi gente pixar aquelasestátuas perdidas na estação do Lou-

: vre, há gosto e desgosto para todos epara tudo. Deixa pra lá..

Sinceramente, Guilherme, ficoum pouco assustado quando abro osjornais e vejo mais uma declaraçãosua. Evidente que você tem o direi-to de falar o que pensa — e vocêpensa bem e muito acima da média

. de nós, mortais. A recente assidui-dade com que você deita e rola overbo —.e sem entrar nó mérito de' suas judiciosas e sempre espirituo-sas sentenças — me faz pensar que omelhor Guilherme pode estar seperdendo no varejo. Se tivesse auto-ridade,'aconselharia você a reler asAntimemórias, do citado Malraux.Ele enfrentou, em escala própria, otipo de problemas que você através-sa. Unir cabeça e braço nem sempreé mole.

Outra questão que surgiu recen-temente, e que parece ter tomado pscríticos teatrais de ira santa: o horrorà cozinha. Você ê adepto das cozi-nhas — e entendido em comidas, •meu santo — mas reclama das cozi-nhas no Teatro Villa-Lobos. Elas sãoparte do teatro como um todo.

VINTE

dias atrás euestava em Munique. [Na Herkulessaal e naBayerischen Staatso-

per, assisti a excelentes concertos de.órgão e orquestra (Handel, Mareei-Io, Telemann — na terra de Bach,Beethoven e Brahms dão semprepouco Strauss) e a uma apresentação,de Cavalaria Rusticana e seu coro-lário de praxe, Os Palhaços (mas às-vezes, dão dose compacta deStrauss). No intervalo dos concertose das óperas comi alguns canapés decaviar e salmão, sorvete de cremecom calda quente de framboesas,tudo feito na hora, ali mesmo, emcopas-cozinhas dispostas ao longo dofoyer. Em Viena, no ano passado,comi heisse Würstel com vinhobranco — uma delícia, em plenaStaatsoper, Plácido Domingo can-tando Dom Giovanni (Viena, terrade Strauss, prefere dar o próprio em

.sua Volksoper).Você é viajado e sabe como são*

essas coisas. No circo onde Shakes-peare estreou algumas das obras-primas da Humanidade, na certahaveria vendedores de kibon e pipo-ca pelas imediações. A cozinha não

atrapalha o gênio dos autores eatores. Ajuda, na pior das hipóteses,a se agüentar uns e outros. Final-mente, meu caro Guilherme, o tes-temunho que considero mais-sinto-rhático. Semana passada, em Paris,,num restaurante perto da Praça daBastilha, um empresário brasileirodesabafou: aos 51, 52 anos, milioná-

. rio, com a empresa dele caminhan-do sozinha, ele perdeu o sogro,dono de vastas terras no interior deSão Paulo. Deixou os tubos para afilha única. E ele me dizia: "Andeipensando em empregar parte dessafortuna num plano maior, em algu-ma coisa além de ganhar dinheiro.Cheguei a fazer contatos com ami-gos, criar um centro de arte, masdesanimei de tudo. Lia nos jornaisdo Rio o que estavam fazendo com oAdolpho. Quanto ele não botou dobolso dele na Funterj? Uns dez,quinze milhões? E as amolações?-Bem, o Adolpho é um touro, agüen-ta essas e outras e vai em. frente.Mas eu não tenho estrutura paraisso. Recolho-me à minha insignifi-cância e ao meu dinheiro. Compreium iate maior, estou na Europagastando por conta mas não possojantar duas vezes por dia. Sincera-mente, gostaria de empregar partedo meu dinheiro e sobretudo o meu-know-how empresarial numa enti-dade pública ligada ao setor da artee da cultura. Mas não tenho condi-ções psicológicas para enfrentar o-que o Adolpho agüentou."

Como esse empresário que.encontrei em Paris, muitos outros,pelo Brasil afora, observaram aten-tamente o que se -passava no Rio,quando o governo Faria Lima entre-gou a um empresário a tarefa derecuperar os teatros e fazer funcio-nar uma fundação cultural. Essesempresários estão tirando o cavaloda chuva.

Sei o que estou dizendo, Guilher-me: existem poucos loucos capazesde começar tudo outra vez. E vocêsabe tão bem quanto eu o nome deum deles: Adolpho Bloch.

Seu, amigo de sempre e sem-pre admirador,

w-rj-zL

Carlos Heifor Cony

8 - NACIONAL JORNAl DO BRASIL Q Quarta-feira, 23/5/79 D 1» Caderno

Governo pede ao Congresso revogação do 477 e 228Brasília — O Presidente

Figueiredo encaminhou, on-tem, ao Congresso, projeto-lei admitindo a represen-tação estudantil e transfe-rindo aos regimentos inter-nos dos universidades asnormas disclplinares, com arevogação dos Decretos 477e 228 c de dois Artigos, o 38?« o 309, da Lei 5 540, Não háreferencias à uniões nac'o-nal ou estaduais de es-tudainites.

A votação do projetodeverá se doe dentro doprazo de 40 dias, devido aofato de o Governo ter soll-citado o regime de uirgên-cia, com a sua leitura sendofeita em sessão do Congres-so atada esta semana,segundo os cálculos da lide-ramea arenista. Logo após,será formada a comissãomista de parlamentares dosdois Partidos para analisa-Io e receber emendas.

ETAPAS

Na exposição de motivos,o Ministro da Educação, SrEduardo Portella, explicaque a reorganização da re-presentação estudantildeverá ser feita em duasetapas, sendo a primeira ai-canoada com o projeto on-tem enviado ao Congresso.

Nessa fase, visa-se, segun-do "o Ministro, a "conferiracs órgãos de associação es-tudamtil atribuções de re-presentação", o que se fazcom a revogação dos Artigos38 e 39 da Lei 5 540; e"transferir aos códigos dis-ciplinares das unlverslda-des a responsabilidade deapliioar medidas necessáriasà manutenção da discipll-na", com a extinção do De-creto 477.

A segunda etapa deveráseguir-se à aprovação eaplicação do projeto, quan-dOf segundo o MiniíJbro Edu-arflo Portella, "serão esta-belecidas normas gerais fie-xitfeis para que as univer-sidfades adaptem seus re-gimentos e estatutos à novalegislação".

4•ERTO DE MÃO

|èste é o primeiro atoconcreto, o primeiro apertode mão real e objetivo diri-gido pelo Governo ao es-tudantado brasileiro. Ele te-rá outros desdobramentos,pois nós temos uma longajornada pela frente. O im-pòrtante é que haja confi-arlça reciproca para quepossamos, como já disse an-tejs, encontrar juntos osnovos caminhos".

Ao analisar o alcance po-litlco da medida tomada pe-Io' Governo, o Ministro daEducação justificou, comorajzão para se propor a re-organização da represen-tação estudantil, o fato deque "as administrações es-tão tendo que dialogar comentidades que, legalmente,não têm capacidade paraatuar em nome do corpodiscente"."O Decreto 477 não foiusado durante todo o Go-verno Geisel, tendo tido a_ua maior incidência no

ano de sua edição, em 1060,quando foram feitas 107 pu-nlções, para, nos anos se-gulntes, ser aplicado da se-gulnto maneira: cinco ve-zes, em 1070; seis, em 1971;17, em 1072; 19, em 1973;e uma vez em 1074, antesde o General Geisel assumiro Governo.

Ao todo, o 477 atingiu a220 estudantes unlversltá-rios, 12 de ensino médio,três professores e um fun-clonárlo, todos com as pe-nos já cumpridas que sãono caso dos estudantes, trêsanos de afastamento dequalquer estabelecimentode ensino e no dos professo-res e funcionários o prazoé de cinco anos.

Apenas dois Ministros da. Educação se utilizaram do

477, o Sr Tarso Dutra, 190vezes, e o Senador JarbasPassarinho, 55 vezes.

Os artigos da leiOs artigos revogados na

Lei 5 540 são os seguintes:

Art. 38 — O corpo discen-te terá representação, comdireito a voz e voto, os ór-gãos colegiados das univer-sidades e dos estabele-cimentes isolados de ensinosuperior, bem como emcomissões Instituídas n aforma dos estatutos e re-gimentos.

Parágrafo 1' — A repre-sentação estudantil terápor objetivo a cooperaçãoentre administradores, pro-fessores e alunos, no traba-lho universitário.

Parágrafo 2? — A es-colha dos representantesestudantis será feita pormelo de eleições do corpodiscente e segundo critériosque incluam o aproveita-mento escolar dos cândida-tos de acordo com os esta-tutos e regimentos.

Parágrafo 3? — A repre-sentação estudantil nãopoderá exceder um quintodo total dos membros doscolegiados e comissões.

Art. 39 — Em cadaUniversidade ou estabele-cimento isolado de ensinosuperior poderá ser organi-zado diretório para congre-gar os membros do -espec-tivo corpo discente.

Parágrafo 19 — Além dodiretório de âmbito univer-sitário, poderão formar-sediretórios setoriais, de açor.do com a estrutura internade cada Universidade.

Parágrafo 2? — Os re-gimentos elaborados pelosdiretórios serão submetidosà aprovação da instânciauniversitária ou escolarcompetente.

Parágrafo 39 — O direto-rio cuja ação não estiverem consonância com os ob-jetivos para os quais foiinstituído, será passível dassanções previstas nos es-tatutos ou regimentos.

Parágrafo 4? — Os direto-rios são obrigados a prestarcontas de sua gestão finan-ceira aos órgãos da ad-m i n istração universitáriaou escolar, na forma dos es.tatutos e regimentos.

I O que muda como novo sistema

São estas as principais ai-terações introduzidas peloprojeto encaminhado on-tem ao Congresso:

*19) Reconhece-se aos Di-retórios Centrais de Estu-dantes, no âmbito das Uni-versidades ou Federações deEscolas, e aos DiretóriosAcadêmicos, nas unidadesescolares, a função de re-presentar os estudantes noscolegiados acadêmicos — osCons élhos Universitários,C o n g r egações, ConselhosDepartamentais e demaisórgãos administrativos cole-giados. Essa atribução lhestinha sido retirada pelosaítigos 38 e 39 da Lei 5 540,que desvinculava a repre-sentação estudantil de qual-q ti e r entidade acadêmica.Os representantes dos uni-versitários passavam, no re-gime revogado, a ser eleitosdiretamente e os diretórios,embora admitidos, deixa-vam de ter qualquerfunção.

'2? Embora se vede ã re-presentação estudantü "ati-vidades de natureza políti-co-partidária" e aos direto-rios "a participação ou re-presentação em entidadesalheias à instituição de en-sino superior a que estejamvinculados", o projeto nãoassume a severidade do De-creto 228. Esse, em seu arti-go 11, determina: "é vedadaaos órgãos de representaçãoestudantil qualquer ação,manifestação ou propagan-da de caráter político-par-tjdário, racial ou religioso,bem como incitar, promoverpu apoiar ausências coleti-\sas acs trabalhos escola-tes". A infringència desseartigo é punida, no regimedo Deere co 228, com a sus-

pensão ou dissolução do di-retório.

3.° Deixe de existir a obri-gatoriedade de vote para arepresentação estudantil,prevista pelo Decreto 228,embora, após a assinaturada Lei 5 540, que não fazqualquer determinação ex-plícita sobre o assunto, cmaior parte das universida-des brasileiras tenha deixa-do de entender ser obriga-tório o voto.

49) Nenhuma referência— para autorizar ou paraproibir — é feita a organi-zações regionais, estaduaisou nacionais de estudantes.Revoga-se, porém, a dispo-slção contida no Artigo 20do Decreto 228: "Ficam ex-tintos os órgãos estudantisde âmbito estadual, aindaque organizados como enti-dades de direito privado".

59) Confere-se aos estatu-tos e regimentos dos estabe-lecimentos de ensino a for-ma de indicação da repre-sentação estudanti 1 —eleições diretas ou lndire-tas, por exemplo. O projetomantém, contudo, o disposi-tivo da Lei 5 540 que fixaa proporção máxima da r«-presentação discente emum quinto dos membros docolegiado.

6"?) O Ministério da Edu-cação baixará normas paraorientar os regimentos dis-ciplinares dos estabeleci-mentos de ensino superior.Atualmente, o MEC nãodispõe — ao menos oficial-mente — dessa competèn-cia. Nessas condições revo-ga-se o Decreto-lei 477, queestabelece infrações de na-tureza politica. prevendo,em caráter nacional, pu-nições definidas e irrecorri-veis.

"O Congresso Nacional de-oretá:

Art. 19 — O corpo discentedos estabelecimentos de ensinosuperior será representado nosórgãos colegiados acadêmicoscom direito a voz e voto.

Parágrafo (mico — A repre-sentação terá por objetivo pro-mover a cooperação da comuni-dade acadêmica e o aprimora-mento da instituição, vedadasatividades de natureza político-partidária.

Art. 29 — São órgãos da re-presentação estudantil, com atrl-buições definidas nos estatutos eregimentos dos estabelecimentosde ensino superior:

Define infrações disciplina-res praticadas por professores,alunos, funcionários ou empre-.gados de estabelecimentos deensino público ou particulares edá outras providências

Art. 1.° — Comete Infraçãodisciplinar o professor, aluno,funcionário ou empregado de es-tabelecimento de ensino públicoou particular que:

— Alicie ou incite à defla-gração de movimento que tenhapor finalidade a paralisação deatividade escolar ou participedesse movimento;

II — Atente contra pessoasou bens, tanto em prédio ou Ins-talaçõès de qualquer natureza,dentro de estabelecimentos deensino, ou fora deles;

III — Pratique atos destina-dos à organização de movimen-tos subversivos, passeatas, desfi-les ou comícios não autorizados,ou deles participe;

IV — Conduza, realize, con-feccione, imprima, tenha em de-

A) O Diretório Central dos Es-tudantes da Universidade, daFederação de Escolas e de esta-beleclmentos isolados de ensinosuperior.

B) Os Diretórios Acadêmicosem unidade, de ensino dos esta-beleclmentos mencionados naletra A.

Parágrafo Ünico — Aos Dl-retórios, é vedada a participaçãoou representação em entidadesalheias à instltução de ensinosuperior a que o estejam vincu-lados.

Art. 39 — Na forma dos esta-tutos e regimentos dos estabele-cimentes de ensino, caberá ao

pósito ou distribua material sub-verslvo de quákjuer natureza;

— Seqüestre ou mantenhaem cárcere privado, diretor,membro de corpo docente ouempregado de estabelecimentode ensino, agente de autoridadeou aluno;

VI — Use dependência ou re-cinto escolar para fins de sub-versão ou para praticar ato con-trário à moral ou à ordem pú-blica.

§ 1.° — As infrações defini-das neste artigo serão punidas:

— Se se tratar de membrodo corpo docente, funcionário ouempregado de estabelecimentode ensino, com pena de demissãoou dispensa, e a problção de sernomeado, admitido ou contrata-do por qualquer outro da mesmanatureza, pelo prazo de 5 (cin-co) anos;

II — Se se tratar de aluno,com a pena de desligamento, e aproibição de se matricular emqualquer outro estabelecimento

Decreto-Lei 228 — de 28 defevereiro de 1967 — Reformulaa Organização da RepresentaçãoEstudantil e dá outras providên-cias.

O Presidente da República,usando da atribuição que lheconfere o Art. 99. § 29 do Ato Ins-tituclonal n9 4, decreta:

Art. 191 Os órgãos de repre-sentação dos estudantes do am-bito do ensino superior, que se re-gerão por este decreto-lei, têmpor finalidade:

a) defender os interesses dosestudantes, nos limites de suasatribuições;

b) promover a aproximaçãoe a solidariedade entre os corposdiscente, docente e administrai!-vo dos estabelecimentos de ensi-no superior;

c) preservar as tradições es-tudantis, a proibidade da vidaescolar, o patrimônio moral ematerial das Instituições de en-sino superior e a harmonia entreos diversos organismos da estru-tura escolar;

d) organizar reuniões e cer-tames de caráter cívico, social,cultural, científico, técnico, ar-tístico e desportivo, visando àcomplementação e ao aprimora-mento da formação universltá-ria;

e) assistir os estudantes ca-rentes de recursos;

í) realizar intercâmbio e co-laboração com entidades congê-neres;

g) concorrer para o aprlmo-ramento das instituições demo-cráticas.

Art. 29. São órgãos de repre-sentação dos estudantes de esta-beleclmentos de nível superior:

a) o Diretório Acadêmico(DA), em cada estabelecimentode ensino superior;

b) o Diretório Central de Es-tudantes (DOE), em cada Uni-versidade.

Art. 3.° Compete ao Direto-rio Acadêmico e ao DiretórioCentral de Estudantes, peranteas respectivas autoridades do es-tabelecimento de ensino ou daUniversidade:

a) patrocinar os Interessesdo corpo discente;

b) - designar a representa-ção prevista em lei, junto aos.órgãos de deliberação coletiva ebem assim junto a cada Depar-tamento constitutivo de Facul-dade, Escola ou Instituto;

c) exercer o direito de re-presentação previsto no art. 73,§ 2°, da Lei de Diretrizes e Ba-ses da Educação Nacional.

§ 1.° A representação a quese refere a alinea "b" deste arti-go será exercida, junto a cadaórgão, por estudante ou estudan-tes, regularmente matriculadosem série que não a primeira, sen-do que, no caso de representa-ção junto a Departamento, de-verá recair em aluno ou alunosde cursos ou disciplinas que o in-tegram, tudo de acordo com osRegimentos dos Estabelecimen-

tos de ensino ou Estatutos dasUniversidades.'§ 2.° A representação estu-dantll junto ao Conselho Uni-yersitário, Congregação ou Con-selho Departamental poderá fa-zer-se acompanhar dé um aluno,sempre que se tratar de assuntodo interesse de determinado cur-so ou secção.

§ 3.° No caso da represen-tação, a que se refere o item c,a Congregação decidirá:

1. No prazo de dez (10) dias,em se tratando de não compare-cimento do professor, sem justi-ficação, a 25% das aulas e exer-cício;

2. Antes do inicio do ano le-tivo seguinte, no caso de nãocumprimento de, pelo menos,três quartos do programa darespectiva cadeira.

Art. 4.° O Diretório AcadS-mico será constituído por estu-dantes do estabelecimento de en-sino superior, eleitos pelo corpodiscente.

Art. 5.° E' obrigatório oexercício do voto por todo es-tudante regulamento matricula-do, para a eleição do D.A.

Parágrafo único. Salvo secomprovar devidamente, motivode força maior ou de doença, oestudante que deixar de votarserá suspenso por trinta (30)dias.

Art. 6.° A eleição do D.A.,será regulada em seu Reglmen-to, atendidas as seguintes nor-mas:

a) registro prévio de candi-datos ou chapas, sendo apenaselegível o estudante regulamen-te matriculado em série ou emdisciplina pelo regime de crédi-tos, não repetente ou dependen-te;

b) realização, dentro do re-cinto do estabelecimento de en-sino, em um só dia, durante atotalidade do horário de ativi-dades escolares;

c) identificação do votante,mediante confronto dos votan-tes com a lista nominal forneci-da pelo estabelecimento de ensl-no;

d) garantia e sigilo do vo-to e a inviolabilidade da urna;

e) apuração imediata, apóso término da votação, assegu-radas a exatidão dos resultadose a possibilidade de apresenta-ção de recurso;

fj acompanhamento por re-presentante da Congregação oudo Conselho Departamental, naforma do Regimento de cadaestabelecimento de ensino.

Parágrafo único. Considerar-se-ão eleitos os estudantes queobtiverem o maior número devotos.

Art. 7.° O D.C.E.. será eleitopor voto indireto através do co-leglado formado por delegadosdos D.A., na forma por que dis-puser o Estatuto da universida-de.

Art. 8.° Atendendo ao dis-posto no presente decreto-lei a

- O projeto-lei -Diretório indicar a representaçãoestudantil.

Parágrafo Único — Na for-ma desses documentos, os Dire-tórios serão mantidos por con-tribuições de seus associados epor doações a eles destinadas,através do estabelecimento aoqual estejam vinculados.

Art. 49 — Serão estabelecidosnos estatutos e regimentos decada instituição os processos deescolha dos membros dos Dire-tórios e demais dispositivos queregulem suas atividades.

¦ Art. 59 — Ficam revogadosos Artigos 38 e 39 da Lei n? 5 540,de 28 de novembro de 1968, o De-creto-Lei n9 228, de 28 de feve-

Decreto 477de ensino pelo prazo de três (3)anos.

§ 2.° — Se o infrator for be-neílciário de bolsa-de-estudo ouperceber qualquer ajuda do Po-der Público, perde-la-á, e nãopoderá gozar de nenhum dessesbenefícios pelo prazo de cinco(5) anos.

§ 3.° — Se se tratar de boi-sista estrangeiro, será solicitadaa sua imediata retirada do terri-tório nacional.

Art. 2.° — A apuração dasinfrações a que se refere estedecreto-lei far-se-á medianteprocesso sumário a ser concluídono prazo Improrrogável de vintedias.

Parágrafo único — Havendosuspeita de prática de crime, ódirigente do estabelecimento deensino providenciará desde logoa instauração de inquérito poli-ciai.

Art. 39 — O processo suma-rio será realizado por um fun-cionário ou empregado do esta-

Decreto 228composição, organização e atrl-buições dos órgãos de represen-tação estudantil serão fixadasem seus Regimentos, que deve-rão ser aprovados pelos órgãosá que se refere o Art. 10.

§ 1.° O mandato dos mem-bros do Diretório Acadêmico se-rá de um (1) ano, vedada a re-eleição para o mesmo cargo.

§ 2.° O exercício de quais-quer funções de representação,ou delas decorrente, não exone-ra o estudante do cumprimentodos seus deveres escolares, in-cluslve da exigência da frequên-cia.

Art. 99 Os D.A. e os D.C.E.serão mantidos por contribui-ção dos estudantes, fixadas emseus Regimentos, podendo rece-ber auxílios do estabelecimentoe da universidade.

§ 1.° Os D.A. e os D.C.E., po-derão receber auxílios dos po-deres públicos e donativos departiculares, mediante préviaautorização dás Congregações edos Conselhos Universitários.respectivamente.

§ 29 Os estabelecimentos deensino e as Universidades asse-gurarão os processos de recolhi-mínto das contribuições dos es-tudantes.

§ 3.° Cabe aos D.A. transfe-rir parte das contribuições paraos D.C.E,, da mesma universi-dade, na forma do Regimentodestes.

Art. 10. Os auxílios oudonativos provenientes dosPodêres Públicos ou de par-ticulares, serão entregues aosestabelecimentos de ensino ou àsuniversidades, que os encaminha-rão aos órgãos estudantis a queforem destinados, mediante pia-no de aplicação a ser previamen-te aprovado pela Congregação ouConselho Universitário, respectl-vãmente.

§ 19 As prestações de contasrelativas à gestão financeira dosDA, e dos DCE, serão encami-nhadas, com o parecer dos direto-res ou Reitores, às Congregaçõesou aos Conselhos Universitáriosrios, respectivamente.

§ 29 A não aprovação dascontas impedirá o recebimentode quaisquer novos auxílios e, secomprovado o uso indevido dosbens e recursos entregues à en-tidade, importará em responsa-bilidade civil, penal e disciplinardos membros da diretoria.

Art. 11. É vedada aos órgãosde representação estudantil qual-quer ação, manifestação ou pro-paganda de caráter político-par-tldário, racial ou religioso, bemcomo incitar, promover ou apoiarausências coletivas aos trabalhosescolares.

Parágrafo único. A Inobser-vancia deste artigo acarretará asuspensão ou a dissolução do DA,ou DCE.

Art. 12. A fiscalização do cum-primento deste decreto-lei ca-berá ao diretor do estabeleci-mento ou ao reitor da universi-

relro de 1967 e o Decreto-Lei n9477, de 26 de fevereiro de 1969.

Parágrafo Únieo — O Minis-tório da Educação e Cultura bai-xará normas que orientarão osgitimidade da representação es-tabeleclmentos de ensino supe-rior.

Art. 69 — 0 Ministério daEducação e Cultura baixará, noprazo do cento e vinte dias, nor-mas que regulamentarão as ati-vidades da representação estu-dantll, nos termos da presentelei.

Art. 79 — E' assegurada a legl-Umidade da representação estu-dantll exercida nos moldes da

legislação ora revogada, enquan-to não forem constituídos osórgãos de representação de açor-do com as normas previstas noArtigo 69 desta lei.

Art. 89 — Nos estabelecimen-tos de ensino de 19 e 29 graussomente poderão ser constitui-dos grêmios estudantis com fi-nalidades cívicas, culturais, so-ciais e desportivas, cuja ativida-de se restringirá aos limites es-tabelecidos em regimento, de-vendo ser sempre assistidos pormembros do corpo docente.

Art. 99 — Esta lei entraráem vigor na data de sua publica-ção, revogadas as disposições emcontrário".

belecimento de ensino, designa-do por seu dirigente, que proce-dera às diligências convenientese citará o infrator para, no pra-zo de 48 horas, apresentar defe-sa. Se houver mais de um infra-tor, o prazo será comum e de96 horas.

§ 19 — o indiciado será sus-penso até o julgamento de seucargo, função ou emprego, ou sefor estudante, proibido de ire-quentar as aulas, se o requerero encarregado do processo.

I 29 — Se o infrator residirem local Ignorado, ocultar-separa nao receber a citação, oucitado não se defender, ser-lhe-á designado defensor para apre-sentar a defesa.

§ 39 — Apresentada a defe-sa, o encarregado do processoelaborará relatório dentro de 48horas, especificando a infraçãocometida, o autor e as razões deseu convencimento.

§ 49 — Recebido o processo,o dirigente do estabelecimento

proferirá decisão fundamenta-da, dentro de 48 horas, sob pe-na de crime delinido no Art. a 19do Código Penal, além da san-ção cominada no Item I do § 1.°do Art. 1.° deste decreto-lei.

§ 59 — Quando a infraçãoestiver capitulada na Lei Penalserá remetida cópia dos autos àautoridade competente.

Art. 49 — Comprovada aexistência de dano patrimonialno estabelecimento de ensino, oinfrator ficará obrigado a res-sarci-lo, Independentemente dassanções disclplinares e criminaisque, no caso, couberem. .

Art. 59 — 0 Ministro de Es-tado da Educação e Cultura ex-pedirá, dentro de 30 dias, con-tados da data de sua publica-ção, Instruções para a execuçãodeste decreto-lei.

Art. 6.° — Este decreto-leientrará em vigor na data de suapublicação, revogadas as dispo-sições em contrário.

sidade, respectivamente, confor-me se tratar de DA, ou DCE.

§ 19 O diretor do estabeleci-mento de ensino ou reitor dauniversidade incorrerá em faltagrave se, por ação, tolerância ouomissão, não tornar efetivo ocumprimento deste decreto-lei.

§ 29 Caberá as Congrega-ções e aos Conselhos Universltá-rios a apuração da responsabill-dade, nos termos deste artigo,aplicando, em decorrência, aspenalidades que couberem.

I 39 Em caso de omissão dasautoridades caberá ao Ministroda Educação e Cultura impor aspenalidades.

Art. 13. As universidades eos estabelecimentos de ensinosuperior adaptarão seus Estatu-tos e Regimentos, respectivamen-te, aos termos do presente de-creto-lei, no prazo improrrogávelde sessenta (60) dias.

Art. 14. Os atuais órgãos derepresentação estudantil deve-rão proceder à reforma de seusregimentos, adaptando-os aopresente decreto-lei e os subme-tendo, através do diretor do es-tabelecimento ou do reitor dauniversidade, à Congregação ouao Conselho Universitário, den-tro de trinta (30) dias da apro-vação da reforma dos Regimen-tos e Estatutos, a que se refereo artigo anterior.

Art. 15. Serão suspensos oudissolvidos pelas Congregaçõesou pelos Conselhos Universitá-rios, conforme se trate de Direto-rio Acadêmico ou de' DiretórioCentral de Estudantes, os órgãosde representação estudantil quenão se organizarem ou não fun-cionarem em obediência ao pres-crito neste Deoreto-lel e nos res-pectivos Regimentos ou Estatu-tos.

§ 19 A suspensão não pode-rá ultrapassar noventa (90)dias, findos os quais serão dissol-vidos os órgãos se não provaremadaptação às normas legais e re-gimentais.

§ 29 No caso de dissolução,será promovida, pelas autorida-des escolares, a imediata deso-cupação da sede do D.A., ouD.C.E., porventura situada no re-cinto da faculdade ou universi-dade, devolvendo-se os bens e re-cursos colocados à disposição dosórgãos.

§ 3.° Os bens e recursos, aque se refere o item anterior,ficarão sob a guarda da Con-gregação ou do Conselho Uni-versitário, até que se reorgani-ze o órgão.

Art. 16. Nos estabelecimen-tos de ensino e universidadesem que não foram constituídasrepresentações estudantis emconformidade com a Lei n.°4 464, de 9 de novembro de 1964,serão convocadas eleições.

§ 1.° A convocação dessaseleições será promovida pelosdiretores ou reitores, respecti-vãmente dentro de 30 (trinta)dias a contar da publicaçãodeste decreto-lei.

§ 2.° O Ministro da Educa-ção e Cultura, em caso de omis-são das autoridades, poderáavocar a si tal providência.

\ 3.° Aplicam-se aos D.A.,referidos neste artigo, as dispo-slçôes do Art. 14.

Art. 17. Nos estabelecimen-tos de ensino de grau médio so-mente poderão ser constituídlosgrêmios com finalidades cívicas,culturais, sociais e desportivas,cuja atividade se • restringiráaos limites estabelecidos no Re-girnentb, devendo ser sempreassistidos por um professor.

Art. 18. Fica instituída &Conferência Nacional do Estu-dante Universitário, cuja fina-lidade é o exame e o debate ob-jetivo de problemas unlversltá-rios para a elaboração de teses,sugestões e reivindicações a se-rem apresentadas às autorida-des e órgãos competentes, sen-do vedados os temas de cunhoreligioso, politico-partidário ouracial.

§ 1.° A Conferência, cujaduração não deverá ultrapassaruma semana, reunir-se-á, ordi-nariamente, uma vez por ano e,extraordinariamente quandoconvocada pelo Ministro daEducação e Cultura.

§ 2.° As reuniões ordináriasserão1 realizadas obrigatória-mente, na Capital da Repúblicae as extraordinárias no localindicado pela autoridade que aconvocar.

§ 3.° — A Conferência seráconstituída por um representan-te de cada DCE, e por um repre-sentante de cada grupo de dez(10) escolas superiores isoladasde cada Estado, onde houver nú-mero igual ou superior, ou, on-de não houver, um representan-te para o total inferior a esse nú-mero.

Art. 19 — A Ia. Conferênciaserá convocada e instalada peloMinistro da Educação e Cultura,e as demais serão convocadaspelo presidente da anterior.

Parágrafo único — Ao insta-lar-se a Conferência procederá &eleição de cinco (5) de seusmembros que dirigirão os traba-lhos, os quais indicarão o presi-dente.

Art. 20 — Ficam extintos osórgãos estudantis de âmbito es-tadual, ainda que organizadoscomo entidades de direito pri-vado.

Parágrafo único — O Minis-tério Público Federal promoveráa dissolução das entidades e opatrimônio dos referidos órgãosserá incorporado à UniversidadeFederal do Estado respectivo, pa-ra utilização pelo DCE.

Art. 21 — O Ministro da Edu-cação e Cultura baixará as tos-truções necessárias para a exe-cução deste Decreto-Lei.

Art. 22 — Este Decreto-Leientrará em vigor na data de suapublicação, revogando a Lei n.°4 464, de 9 de novembro de 1964.

Decisão dividiu oposicionistasO líder do MDB no Sena-

do, Sr Paulo Brossard, con-gratulou-se com o Governopela extinção dos Deere-tos-Leis 477 e 288, frisandoque ambos "motivaramefeitos danosos".

O deputado Freitas No-

bre, líder do MDB na Ca.mara, anunciou que o Parti-do apresentará emendaspropondo a organização na-cional dos estudantes semrestrições e a reforma dosregimentos internos dasuniversidades, que, disse,

p r aticamente absorveramdispositivos dos decretos ex-tintos."Acho que essa revogaçãojá em tarde. Esses decre-tos nunca deviam ter sWobaixados e a sua permanèn-cia no Brasil de hoje era

anacrônica". (ProfessorFernando Henrique Cardo.so, aposentado pelo AI-5)."É uma medida salutarpara os estudantes. Mas asmanifestações estudantiscontinuarão limitadas a oconsentimento prévio d a

Secretaria de Segurança".(Reitor da Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul,professor Homero Jobim).

"A revogação desses de-cretos dará maior liberdadepara o estudante se organi-zar dentro da universida-

de" (Irmão Liberato, Reitorem exercício da PUC-RGS)."É uma medida de justi-ça. São duas excrescênciasque o Presidente eliminoudo Brasil. Só tenho elogiosà medida. " (Professor Pau-Io Duarte.

JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 23/5/79 D '!? Caderno NACIONAL -1 9

MEC vai rever todas as cassações na Universidade IBrasília — Os procedimen-

tos para a revisão — caso acaso — dos atos de puniçãoa professores, feitos pormotivos políticos, serão1 n 1 c 1 ados brevemente, vi-sando & sua reintegraçãoao sistema universitário. AInformação é do Ministroda Educação Sr EduardoPortella, que revelou ter re-cebldo "sinal verde" paraisso em seu despacho como Presidente, pela manhã."VI reiterado o principioque formulei nos dias queantecederam à minha pos-se: lugar de professor brasi-

loiro é no Brasil, na sala deaula, no laboratório ou nocampo", observou o Minis-tro Portella, que se declaroufeliz em lhe ter cabido, "natradução precisa da linhademocrática do GovernoFigueiredo, o primeiro passoobjetivo para essa medidahistórica".

REINTEGRAÇÃO

Segundo informações dosassessores do Ministro, oprocesso de revisão deveráalcançar a todos os profes-sores aposentados ou afãs-

tados com base nos AtosInstitucionais, mas aindanão foram dadas .. Cônsul-to ria Jurídica do Ministériodiretrizes precisas om rela-ção ao procedimento a seradotado.

O físico Mário Schembergaposentado pelo AI-5 em

1960, quando lecionava naUniversidade de São Paulo

considerou que a medida aser tomada pelo MEC "éapenas um quinto do pro-blema e justamente o defácil solução jurídica, poisbasta a sua simples revoga-ção".

Braillla/Foto da Sonja (lago

O caminho aue se abriu com o AI-5No periodo de 1964 a 1968,

houve casos isolados de de-missões de professores, co-mo a dos envolvidos no IPMda Faculdade de Medicinada USP, em 1964, quandoo então Governador Adhe-mar de Barros demitiu seisprofessores. Mas é em 1969,com o AI-5 em vigor e oPresidente. Costa e Silvadoente, que 66 docentes devárias instituições são afãs-tados, nos dias 28 e 29 deabril. Os dados são do LivroNegro da USP.

No primeiro decreto, 42"servidores da adminis-tração pública federal" sãoaposentados. Entre eles,três professores da USP, naverdade uma universidadeestadual: Florestan Fernan-des, Jaime Tiomno e JoãoBatista Villanova Artlgas. Odecreto era assinado peloex-Reitor da USP, o Minis-tro da Justiça Luis Antônioda Gama e Silva, além doPresidente e do Ministro daEducação, Tarso Dutra.

A aposentadoria dos trêsprofessores provocou o Ime-dlato protesto do Reitor emexercício, professor HélioLourenço de Oliveira, quesubstituía Gama e Silva.No dia seguinte, um segun-do decreto, dirigido contraa USP, aposentou ou demi-tiu — de acordo com cadacaso — o Reitor e mais 23professores. Entre eles, seisnáo pertenciam à insti-tuição. Os dois decretos ti-veram que ser republicadosmais tarde, para a correçãodos erros.

A primeira punição atin-glu os professores: AbelardoZaluar, Alberto Coelho deSouza, Alberto Latorre deFaria, Augusto Araújo I_o-pes Zamith, Aurélio Augus-to Rocha, Bolívar Lamou-nier, .Carlos Alberto Porto-oanrero de Miranda, Eduar-do Moura da Silva, Rocha,Elisa Esther Frota Pessoa,Eulálla Maria LahamayerLobo, Florestan Fernandes,Guy José Paulo de Holanda,Hélio Marquês da Silva, Hu-go Weiss, Ildico Maria Erz-sebet.

E ainda: Jaime Tiomo,João Batista Villanova Arti-gas, João Cristóvão Cardo-

so, João Luís Duboc Pinaud, sanções com fundamentoJosé Américo da Mota Pes-sanha, José Leite Lopes, Jo-sé de Lima Siqueira, Lln-coln Blcalho Roque, ManoelMaurício de Albuquerque,Maria Célia Pedroso TorresBandeira, Maria HelenaTrench VUlas Boas, MariaHeloísa Villas Boas, MariaJosé de Oliveira, MariaLaura Mouzlnho Leite Lo-pes, Maria Yedda. Leite Li-nhares.

E, por íim: Marina SãoPaulo de Vasconcellos, Ma-rina Coutinho, Mário Anto.nio Barata, Milton LessaBacios, M ir ia ii LimoeiroCardoso Lins, Moema Eula-lia de Oliveira Toscano, Pli-nio Sussekind da Rocha,Quirino Campofiorito, Ro-berto Bandeira Accioli, Sarade Castro Barbosa e WilsonFerreira lima.

No segundo decreto, fo-ram atingidos com aposen-tadoria ou rescisão "dosrespectivos contratos, quan-do for o caso": Alberto deCarvalho da Silva, BentoPrado Almeida Ferraz Jú-nior, Elza Salvatori Berquó,Emilia Viotti da Costa, Fer-nando Henrique Cardoso,Hélio Lourenço de Oliveira,Isaias Raw, Jean ClaudeBernardet, Jon Andoni Ver-gareche Maitrejean, JoséArthur Gianotti, Luiz Hilde-brando Pereira da Silva,Mário Schemberg, OctávioIanni, Paulo Mendes da Ro-cha, Paula Beiguelman,Paulo Alpheu MonteiroDuarte, Paulo Israel Singer.

O decreto inoluia seis pro-íessores sem vínculo com aUSP: Caio Prado Júnior,Sebastião Baeta Henriques,Olga Baeta Henriques, Pe-Oro Calil Padis, Júlio Pud-dles, Luiz Rey e ReynaidoChiaverini. Os três últimoshaviam sido demitidos em1964.

Em outubro de 1969, o atocomplementar n<? 75 veioexcluir de qualquer ativida-de de ensino os professorespunidos: "Art. 19 — Todosaqueles que, como professor,funcionário ou empregadode ensino público, incorre-ram ou venham a incorrerem faltas que resultaramou venham a resultar em

em Atos Institucionais fi'cam proibidos de exercer, aqualquer título, cargo, em-prego ou atividades em es-tabelecimento de ensino efundações criadas ou sub-vencionadas pelos PoderesPúbllôos, tanto da União co-mo dos Estados, Distrito Fe-deral, Territórios e Municí-pios, bem como em instl-tulções de ensino e organl-zações de Interesse da segu-rança nacional".

As punições, mais espar-sas, prosseguiram. Entre osprofes sores aposentadosainda em 1969, estavam:Aluisio Pimenta e Gersonde Brito Boson, ex-reitoresda UFMG, e Pedro ParafitaBessa, professor da UFMG;Jerônüno Geraldo de Quel-roz, da UFGO; Pedro Gon-dlm, da UFPB; Carlos Ro-berto V. Cirne Lima, daUFRGS; Evarlsto de MoraisFilho, da UFRJ.

Em 1970, foram aposenta-dos e tiveram seus direitospolíticos cassados, 10 pes-quisadores do Instituto Os-valdo Cruz: Herman Lent,Hugo de Souza Lopes, Au-gusto Cid Melo P e r i s s é,Moacir Vaz de A n d r a d e,Fernando Braga Ubatuba,Haity Moustaché, SebastiãoJosé de Oliveira, Tito de Ar-coverde Cavalcanti, MasaoGoto e Domingos MachadoFilho.

Por força do AI-5, foramtambém aposentados, nosanos seguintes, os professo-res Parei Sampaio Camar-go, da Faculdade de Odon-tologia e Farmácia de Ara-çatuba, Américo Grozman,da Universidade Rural doRio de Janeiro, Mário Pe-drosa e Ada Natal Rodrl-®ues, da USP. Em Minas,na UFMG, foram aposenta-dos pelo AI-5, além dos cita-dos: Júlio Bartoosa, Guidode Almeida, Nascin GabrielMehedf, Sjumi Sihirial, Fá-bio Lucas, Edgar de GodóiM a t f. a Machado, TarcísioFerreira, Ruy de Sousa,Lourival ViMela Viana,Ami-icar Viana Martins,.Ro-dolfo Behring e Celso DinizPereira. E, já falecidos,Marcos Magalhães Rubin-ger e Silvio Vasconcelos.

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Novas medidas foram definidas no encontro de 2?-feira dos Ministros da Justiça e da Educação

Farhat reafirma a ilegalidade da UNEBrasília — O Ministro da Comu-

nicação Social, Sr Said Farhat, afir-mou, ontem, que o Governo não re-conhece a UNE como entidade repre-sentatlva dós estudantes brasileiros esó aceita como Interlocutores os or-ganismos previstos na legislação.

Embora os porta-vozes do Pala-cio do Planalto não admitam publi-camente, a decisão de encaminharagora o projeto de lei reformulandoos órgãos de representação estadan-til dentro das universidades tem o ob-jfjtivo explicito de esvaziar o Con-gresso Pro-UNE.

Os assessores presidenciais acre-ditam que a atitude do Governo orlaum fato novo junto ao imieio estudan-til e poderá levar suas lideranças auma nova orientação com respeito àcriação da UNE. Entendem estes as-sessores que a criação da UNE, ago-ra, poderá não ter as mesmas cono-tações ideológicas do passado, estabe-lecendo o surgimento de uma novaposição capaz de ser assimilada den-tro do Governo.

Segundo o Ministro Farhat, o Go-verno não tem nada mais a dizer so-bre a criação da UNE e também não

pretende "especular sobre as possi-veis conseqüências das decisões a se-rem tomadas no Congresso de Salva-dor".

Na verdade, o Palácio do Planai-to, com base em relatórios dos órgãosde Informações e de segurança, estáconvicto de que não existe entre osestudantes o necessário consenso pa-ra recriar a UNE nos moldes do pas-sado. Foi com base nisso, inclusive,que houve recomendação expressa dasautoridades do MEC para não repri-mir com violência ou proibir a rea-lização do encontro de Salvador.

Governador baiano.',',**mantém diálogo

n O*

Salvador — O chefe daCasa Civil do Governador, -»Sr Paulo Tavares, foi deslg-nado para servir como In-termediário entre os est/u-dantes que participam doCongresso de Reorganizaçãoda UNE e o Governo do Es-.,.,tado. O Centro de Con-venções, cedido para o Con-,gresso, estará liiberafto,amanhã, quando um enge-„,,v,nheiro do Estado acom. o-i.» Vnhàrá os estudantes niuma,,.,,vistoria no local. .. •»

O Secretário da Comuni-©ação Social, Sr Kleber _'a- y»checo, ao dar essas infor-mações, adiantou que serão •-mesmo colocados à dispo-sição do Congresso 20 ôni-bus para transporte dos es .;_tudantes — da cidade eoCentro de Convenções, naPraia da Armação — e ins-talados serviço de som e,mobiliário

A maneira pela qual a»'J-diversas Escolas da Uni«er-""sidade Federal da Bahia <u-Universidade Católica do ! .Salvador estão escolhendo""*seus delegados serve, inclu-sive, para mostrar as dite- ¦.renças entre as diversascorrentes estudantis.

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Cajá é condenado a um ano eainda cumpre 11 dias de pena

ARAFATsubproduto do

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Recife — O Conselho Per-manente de Justiça doExército da 7a. CJM, porunanimidade, decidiu on-tem condenar o estudanteEdval Nunes da Silva — oCaja — a 1 ano e seis mesese Maria Aparecida dos San-tos a um ano e três meses,e absolver. Edilson FreireMaciel, Léa. Emília de Mou-ra, Nilson Lustosa' e LecyAlves de Moura, no processosobre reorganização do Par-tido Comunista Revolucio-nário — PCR. Cajá temainda 11 dias de pena acumprir.

Após a decisão do Conse-lho, o advogado Pedro Euri-co de Barros e Silva pediuque Edval fosse beneficiadocom a Lei 6204 (que permiteao réu primário apelar dasentença em liberdade), oque foi negado pelo Juiz-Auditor substituto TheóduloMiranda. O Juiz explicouque ele poderá apelar emliberdade somente após serlida a sentença, oficialmen-te, "o que ocorrerá dentrode oito dias e quando ossenhores tiverem encaml-nhado requerimento nestesentido".

A condenação de Cajámesmo sendo 'esperada, foirecebida com muita tri.tssana sala de sessão da Audi-to ria.

Enquanto amigos e fami-liares abraçavam os que fo-ram absolvidos, o Arcebispode Olinda e Recife, DomHélder Câmara, emociona-

do, tentou dar uma decia-ração à imprensa, mas, de-sistiu dizendo: "Não tenhocondições de falar". Edval,também multo tenso, afir-mou: "O que eu posso dizeré que a responsabilidade deum ano de injustiças queforam cometidas contramim, eles preferiram jogarnas minhas costas a jogarnas costas do Estado. Fuicondenado a um ano. Fazum ano que estou na prisãoe em vez de me mandarempara casa, me mandam devolta para a prisão".

Na sala, a mais revoltadaera a médica Selma Ban-deira Mendes, que já .um-pre condenação de trêsanos, também por reorgani-zação do PCR. Com a novapena, ela fica com -_m total

de quatro anos e s.lsmeses: "Isso foi a maior in-justiça já cometida. A defe-sa simplesmente esfaceloutodas as provas que a Poli-cia Federal tentou apresen-tar contra mim e Valmxr,mas mesmo assim a decisãofoi política".

Para Valmir Costa, quetambém cumpre outrapena, o que houve foi umconflito de decisão, pois asentença "já estava no cole-te. A ordem era condenartodo mundo".

Maria Aparecida dos San-tos não quis falar e, quasechorando, abraçava-se comfamiliares e membros daIgreja que tentavam conso-lá-la, lembrando que a anis-tia está próxima. Com acondenação dé um ano etrês meses, ela fica comdois anos, sete meses e 10dias a cumprir, uma vezque já tem condenação an-terior. Edilson Freire Macieltambém não deixará aPenitenciária Barreto Cam-pelo, porque tem uma con-denação de dois anos e trêsmeses.

Em Buenos Aires, D ClaraKoutzii entrega hoje à Em-baixada da França, para re-validação, o laissez passer(vencido em dezembro de76) de seu filho Flávio Kout-zii, cidadão brasileiro recém-

Documentos para Fláviolibertado de uma prisão naArgentina, a fim de que pos-sa embarcar para a França.Funcionários franceses dis-seram que a revalidação érápida e automática.

Em Brasília, fonte do Ita-marati disse que já existetambém uma documentaçãointernacional, da ONU,pronta para ser entregue aFlávio, para que possa via-jar.

SOU brasileiro há 57 anos.

Aqui vivo, trabalho e luto.Realizo as obras que consideroimportantes para o desenvòl-vimento nacional. Vocês, têm odireito de perguntar por querazão estou aqui. A resposta ésimples: por'causa dos po-groms assassinos que assisti emKiev, quando matavam ho-' mens, mulheres e crianças de-sarmados só pelo fato de seremjudeus.

Há tempos, na fronteira doLíbano com Israel, assisti à ma-tança de uma família cristã de 4pessoas pelo exército sírio deocupação. O motivo do crimefoi que a família atravessara azona que pertencia aos palesti-nos e sírios, a fim de buscarabrigo seguro em Israel. MeuDeus! Será possível que, 57

('anos depois, o mundo continueimpassível diante de tantamonstruosidade? Sendo umareligião de 970 milhões deadeptos, o cristianismo deveriafazer alguma coisa em favor deseus irmãos de Fé que estãomorrendo no Líbano ocupadopela Síria. Ouço apenas comen-tários, mas nada é feito. Eusofro com isso.

Sabemos que o Líbano é umpaís de grande populaçãocristã. Seus «filhos são bonsemigrantes que se incorporamaos países em que vivem. Souamigo pessoal de muitos desses•emigrantes e de seus descen-dentes, como o governador deSão Paulo, Paulo Maluf, o meuirmão David Nasser, o meucompanheiro João Néder. Souamigo e admirador do MinistroSaid Farhat.

Beirute era uma cidade cheiade vida, uma pequena Paris doOriente Médio. Lá tinha detudo: excelentes universidades,hospitais, escolas. O povo erapróspero e feliz. Até que o go-verno decidiu aceitar os terro-ristas palestinos em seu territó-rio, os mesmos que haviamsido expulsos a ferro, e fogo daJordânia e que são conhecidoscomo Setembro Negro. Depois

da saída desses terroristas, aJordânia vive em paz.

Agora, com os terroristas pa-lestinos de um lado e a ocupa-ção Síria de outro, o Líbanoestá completamente destruídoe só tem um amigo na região: oEstado devlsia/el. Se não fosseum país.ocupado pelas tropassírias, ó Líbano já teria feito asua paz\com o povo israelense.

Depois de 30 anos de hosti-,lidades e quatro guerras devas-tadoras, Egito e Israel fizeram apaz. Por causa disso, o mundoárabe rompeu relações com Sa-dat que apenas deseja o pro-gresso e o bem-estar do seupovo. O que o mundo pode es-perar desses países que sãocontra a paz? Eles são a favorde quê? Apenas de aumentos,mais aumentos, sempre aumen-tos no petróleo, por eles trans-formado na chantagem do sé-culo.

Fiquei atônito ao saber que oAiatolá Kliomeini mandou ma-tar o Xá do Irã' e siia famíliaporque deseja fazer o seu paísregredir 25 séculos. O assas-sino que conseguir massacrar afamília imperial será declaradoherói nacional. As avenidas dasprincipais cidades do Irã terãoo nome desse criminoso. E odia do massacre será feriado,nacional. O aiatolá se diz reli-gioso. E proclama acintosa-mente os seus instintos homi-cidás.

O único país que ofereceu asi-lo ao xá foi o México, que

tem petróleo e não se humi-lhou diante dos produtoresárabes.

Meus amigos, vamos ao as-sunto:

Tivemos, na semana passada,a visita do vice-presidente doIraque. Veio com grande comi-tiva, incluindo uni diplomatada OLP, representante oficialdo assassino profissional YasserArafat, que teve o desplante deentrar no recinto da ONU comduas reluzentes pistolas na cin-tura.

O principal motivo da via-

gem dessa comitiva iraquianafoi abrir um escritório daOrganização para á Libertaçãoda Palestina em Brasília. Aqui,os terroristas planejarão em de-talhes e executarão impune-mente os atentados terroristasem qualquer parte do mundo,inclusive no Brasil.

No mesmo dia em' que ovice-presidente do Iraque tra-tava do assunto com o nossogoverno, uma bomba explodiuna região da Galiléia, matandoduas pessoas e ferindo 30, numatentado.logo reivindicado pela

¦ OLP. É esse o tipo decontribuição que a OLP dá àHumanidade.

Vejo com constrangimento ogoverno brasileiro impossibili-tado de recusar a chantagem.Lembro o exemplo da Holanda,em 1973. Ela nada cedeu aosxeques. A população preferiuandar de bicicleta a aceitar aimposição imoral dos emires dopetróleo.

O céu é o limite para os ape-tites das minorias árabes queexploram essa fonte de energia.Mas o Brasil é mais rico do queos desertos dos xeques. Temosalimentos que darão para sus-tentar o mundo. Temos álcool,petróleo è'hidrelétricas; Sobre-tudo, temos 110 milhões debrasileiros que trabalham eprecisam de que o governo re-alize grandes projetos para odesenvolvimento nacional. Opovo deseja participar desseprogresso. É essa a razão donosso crescente otimismo.

A OLP, que vai abrir o seuescritório em Brasília, só existequando mata crianças e mulhe-res, e logo se vangloria de seushomicídios. Lembramos comhorror o massacre das Olimpía-das de Munique, quando foramassassinados onze atletas deIsrael, num atentado promo-vido pelo Setembro Negro. Emsua edição de 20 de maio de1979, o Jornal do Brasil rela-ciona os 19 maiores atentados.assumidos pela OLP.

Os terroristas terão direito,agora, a um escritório em Bra-

sília e a um representante di-plomático para cuidar dos inte-resses do terror. Amanhã, nãoserá surpresa se tivermos escri-tórios da Baader-MeinhofF, doExército Simbionês de Liber-tação e das Brigadas. Verme-lhas. Talvez seja um poucomais difícil, porque essas orga-nizações não têm petróleo, masterrorismo é uma família só..Eles se entendem e muitas ve-zes agem em conjunto, comosócios. Em Entebbe, a Ba-ader-Meinhoff ajudou os terro-ristas da OLP no seqüestro dos .passageiros judeus que viaja-vam num avião da Air France.Na Itália, foi a vez de a OLPdar uma forcinha aos rapazesdas Brigadas Vermelhas, porocasião do seqüestro e mortede Aldo Moro. Tutti buonagente.

GOSTARIA de transcrever

os trechos finais de doiseditoriais publicados pela im-prensa brasileira, o Jornal doBrasil, eiii sua edição de 19 demaio de 1979, e O Estado de S.Paulo; na edição de 20 de maiode 1979. Presto minhas home-nagens a esses dois grandesjornais:"A Organização para a Liber-tação da Palestina, além de ter •como objetivo expresso a des-trúição do Estado de Israel —país com o qual o Brasil man-tém laços que preza tanto comoaqueles que o ligam às naçõesárabes — é ré confessa de vio-lências das mais bárbaras daatualidade. Seu reconheci-mento por parte do governobrasileiro é, do ponto de vistamoral, a concessão de um avala seus crimes passados e íutu-ros. Por isso, sente-se agravada,a consciência nacional.'! (Jornaldo Brasil)"Afinal, como ficaria o go-verno brasileiro se, por hipó-tese, a ONU recomendasse e ogoverno de Argel autorizasse oSr. Miguel Arraes a fazer fun-cionar un a Organização para a.Libertação do Brasil?" (Estado

'de S. Paulo).

Transcrito de MANCHETE n.° 1.415, de 23/5/79

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TéTMDTVT A T T\r\ "DO A CTT r

. Vica-Praildtnla EmciIIvoi M. t. do Natclmente Brite' Editori Waller Fontoura

Rio da Janeiro, 2] da maio «ia 1979Dlrelora-Praildanlai Condena Pereira Carneira Dlreton Berntrd da Coita Campo»

Dlratori lywal talltt

Abertura de VerdadeA demora em resolver a questão partida-

: ria começa a desgustar a própria representativi-dade do Congresso. A cada dia que passa, mais

; se acentua a falta de autenticidade política das. duas correntes que, por autorização de arbítrio,-detiveram, como situação e oposição, o mono-pólio dos sentimentos políticos brasileiros. Arepresentação nacional constituiu-se com umaArena e um MDB que apenas reprimem a di-versidade de tendências políticas abrigadas nes-eas legendas eleitorais.

Antes que o baixo teor de representativi-,dade de uma e de outro se transmitam ao Con-gresso, numa fase em que o papel da represen-tação política terá de ser decisivo, torna-se ur-gente encontrar a solução para o impasse do bi-partidarismo. Solução que venha a ser a maisnatural, isto é, que consulte a realidade social-brasileira. A prioridade política deve ser para oencontro de uma fórmula apta a reinjetar no

!Congresso a representatividade que o falso bi-partidarismo impediu na renovação parlamen-"lar. E o caminho mais curto, para a mais rápida.evolução, terá de ser a revisão dos estreitos limi-tes partidários que impedem e sufocam a livremanifestação de tendências.

Além da inautenticidade nata da Arena edo MDB, pesa ainda negativamente sobre a re-presentatividade do Congresso a anômala exis->tência de um terço dos senadores indicados pe-Io Governo e escolhidos por via indireta impôs-ta como recurso de extremo casuísmo para pre-servar artificialmente a maioria do Governo. É,[portanto, pela tentativa de melhorar a represen-tatividade política que se tornará possível evi-;tar o colapso da confiança.

É excessivamente longo o prazo de três me-'ses para definir-se o Governo no tocante ao qua-jdro partidário. E quando se sabe que é até con-•siderada, como alternativa extrema, a extinção•dos dois Partidos, deixa de fazer sentido o quês-tionário a ser submetido às bases da Arena. Pa-

ra que auscultar a periferia, 6e o centro de de-cisões já equacionou as hipóteses mais conve-nicnles? Se o objetivo do estudo é adequar asagremiações partidárias "à nova realidade", nãohá como fugir à verificação de que à aberturado regime terá de corresponder uma aberturasuficiente para dar passagem a um número dePartidos capazes de levar parcelas considera-veis de brasileiros a se sentirem verdadeiramen-te representados no Congresso Nacional.

Não há mais razão, depois que deixou devigorar o arbítrio, para medidas extremadas co-mo a dissolução dos Partidos. A política conti-nua a necessitar de soluções naturais. Se umadúzia de Partidos foi excessiva para as neces-sidades políticas até 1965, por dissolverem a re-presentatividade em artifícios de barganha; se,igualmente, apenas dois Partidos não alcança-ram expressão política suficiente — toda a quês-tão se resume em reorganizar desde logo, em ex-pressão nacional, tendências e correntes quepossam desempenhar com autenticidade a mis-são representativa.

Já que deixou de nos ser dada, em lugardas restrições do pacote de abril, a faculdade deeleger deputados e senadores com um voto cia-ramente partidário, que seja possível pelo me-nos a imediata reconstrução representativa pe-Io reagrupamento dos eleitos sob um novo com-promisso partidário, para reaproximarem-seeleitores e eleitos até que tudo possa ser confe-rido em novas eleições gerais. Adequar os Par-tidos à nova realidade, pelo angulo democráti-co, só pode significar a ahertura das normas queimpedem o aparecimento de novos Partidos.

Se isso significar o preço da demolição da.Arena e do MDB, o benefício será maior que ocusto político. Ao contrário, se um deles ou osdois sobrevivessem, apesar das perdas eventuais,seriam então mais autênticos do que demons-tram, e nesse caso começariam a encontrar a le-gitimidade que nunca tiveram.

Capacidade ExcessivaPercebe-se, agora, que a Nuclebrás está in-

cursa também no capítulo das responsabilidadessobre a grave ociosidade que persegue, desde adesaceleração das encomendas estatais, as indús-trias pesadas, de bens de capital. Para construiros equipamentos pesados dos reatores nucleares,montou uma empresa, a Nuclep (NuclebrásEquipamentos Pesados), que, teoricamente, dis-põe de um só comprador: a própria Nuclebrás,que está planejando, como se sabe, montar oitocentrais nucleares até 1990. A Nuclep, porém,para cumprir os objetivos definidos em sua ra-zão social, teve que importar maquinaria carís-«ima, sem similar nacional. E passou a disporde uma capacidade instalada muito superior aoque será demandado pelo programa nuclear bra-sileiro — mesmo nas suas atuais e ambiciosasproporções.

Era inevitável. A Nuclep se tornou umaameaça às empresas pesadas já instaladas. Disseontem o Ministro das Minas e Energia, Sr CésarCais, que a Nuclep não concorrerá com empre-sas privadas: atuará, apenas, como subcontra-tada de outras empresas, na execução de servi-ços para os quais suas concorrentes privadasnão disponham de equipamentos adequados.Tanto melhor.

Mas, diante desta inequívoca decisão poli-tica, torna-se indispensável vigiar a Nuclep, es-pecialmente por parte de um Governo que seinstalou sob a diretriz, igualmente inequívoca,de que está empenhado na privatização. Nãocabe, no caso da Nuclebrás, ou de suas já mui-tiplicadas subsidiárias, cogitar de privatização.Que se contenha, então, ao menos a estatização.E, no caso, cabe reduzir a Nuclep às suas limi-

tações institucionais: trabalhar para os reatorese funcionar só onde a empresa privada não pu-der entrar, por falta de equipamentos iguaisaos seus.

Além disso, o Governo deveria levar emconsideração, também, a proposta do empresa-rio Antônio Ermírio de Morais, de obrigar a Nu-clep a exportar. Ocupar sua altíssima capacida-de instalada no mercado externo, inclusive, pa-ra adestrar-se em obter produtividade. Venderpara o programa nuclear brasileiro, convenha-mos, nâío há de ser um teste decisivo para a suaeficiência. 0 Estado costuma ser um compradorcomplacente de seus fornecedores também es-tatais. Além disso, essa ponderada sugestão doempresário deve servir, desde já, como medidapreventiva contra a inevitável tentação da Nu-clep de descobrir fórmulas de ser subcontra-tada aqui, no mercado interno, para ocupar osequipamentos nos seus longos períodos de ócio-sidade. Nenhum burocrata de empresa estatalcostuma contentar-se com as limitações políti-cas que interfiram no seu projeto de expandir-se. E, então, por mais claras que tenham sido aspalavras do Ministro César Cais, mais sinuososserão os caminhos pelos quais a Nuclep pode vira chocar-se com o mercado das empresas priva-das.

Que a Nuclep, enfim, cure as mazelas desua ociosidade no exterior. Por que não na Ale-manha, onde — apesar de todos os contratem-pos — prossegue um programa de produção deenergia nuclear? E, com quem, apesar do am-bicioso programa nuclear, o Brasil ainda nãoconseguiu estabelecer proveitosos vínculos dereciprocidade comercia1.

Círculo ViciadoO dilema — ineficácia policial ou mau tra-

tamento dos detidos — é inadmissível. Numasociedade civilizada e que, através de compro-misso expresso de todos os escalões de sua re-presentação política, passou a considerar priori-tário o princípio do respeito pelos direitos hu-manos, nem os cidadãos que conformam seucomportamento à ordem estabelecida podem es-tar, como estão no Rio, sujeitos a uma das maisaltas taxas de criminalidade do mundo; nem oscriminosos presos podem ser tratados como lixo.Se é cumplicidade com o crime não lhe darem,as autoridades, o combate mais rigoroso e im-placável, a superlotação dos chamados xadrezesdas delegacias de polícia não atenta em graumenor contra os princípios em que se assenta aorganização da vida coletiva em qualquer socie-dade evoluída e digna.

Ao determinar a saída para a rua de todosos efetivos policiais, a Secretaria de Segurançaagiu como a situação lhe impunha. E não podeabrandar o esforço apenas iniciado. Falta ago-

ra que a Secretaria de Justiça enfrente com ur-gência e eficácia iguais as responsabilidades quelhe advêm como contrapartida óbvia do êxito daação da polícia. Aliás, foram nesse sentido asprimeiras declarações do novo Secretário, Eras-mo Martins Pedro, ao considerar prioridade deseu setor a recuperação e o aumento de lotaçãodas instalações penitenciárias estaduais. Ora, averdade é que, mais de dois meses passados so-bre o começo de seu exercício, ainda nada foifeito para mitigar a gravidade do problema.Nem sequer começou a operar o Instituto Peni-tenciário Vicente Piragibe, cuja entrada em fun-cionamento o Secretário de Justiça prometeupara um prazo não superior a 20 dias, faz agoraexatamente 40 dias.

Por mais aliciantes e prometedores que se-jam os projetos do Governo do Estado noutrasáreas de sua responsabilidade, não podem elesdistraí-lo de uma situação que não deixou deser prioritária, já que agride os direitos à vidae à inviolabilidade da pessoa humana.

Chico

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—- A única dúvida sobre novos Partidos: nós vamos tirar partido?

CartasOLP no Brasil

Por pouco que se tenha dito arespeito do reconhecimento peloBrasil da OLP, como única e legl-tlma representante do povo pales-tino, já é possível entender que aatitude brasileira não teve comoconselheira prioritária a autode-terminação dos povos, ou o reco-nhecer do direito de um potencialEstado se estabelecer oficialmente,nem ainda o fato de que, a nivelde organismos internacionais, aorganização dita terrorista é reco-nhecida plenamente e tem sido co-locada como condição fundamen-tal, pela maioria dos paises da co-munidade árabe, para o ideal re-saltado dos problemas com Israel— o que testemunha uma vez maiso grau de representatividade con-ferido aos liderados de Yasser Ara-fat.

Não. Pelo que se declara, oBrasil foi pura e simplesmentechantageado pelo petróleo iraquia-no que significa 50% das impor-tações brasileiras do liquido poli-tico e arma sem dúvida mais efi-cientemente usada neste final deséculo.

G reconhecimento é filho dopragmatismo responsável, que. nãoé muito dado a escrúpulos ideoló-gicos ou até mesmo morais e, deresto, sabe-se, tais escrúpulos sãorelativos. E' daí que vem a contra-dição do fato de que o Brasil, nodizer de seus representantes maisconvictos e oficiais, odeia o comu-mismo e sua ideologia anticristã,mas isso não o impede de mantercordiais e promissoras relaçõescom os mais significativos repre-sentantes do mundo comunista, aomesmo tempo que, caselramente,saia à caça da tropa de choque dasidéias que os comunistas defen-dem.

O pior do reconhecimento, aprincípio feliz e corajoso, do deverde o povo palestino autodetermi-nar-se — porque é isso que se háde pretender quando se reconhe-ce a OLP — é que menhum destesvalores parece ter pesado decisiva-mente na balança decisória. Tives-sem pesado e talvez há muito oreconhecimento já teria sido feito,pois o brasileiro que pode dizer ho-nestamente que nada tem contraIsrael, há de dizer também quenada tem contra o direito dos pa-lestinos de lutar, com os meios quelhes são possíveis, por si mesmos,uma vez que de graça dificilmentelhes darão ganho de causa.

Pala-se em mortes de crianças.Mas os palestinos decerto não ma-tam mais crianças israelenses doque os bombardeios israelensesmatam crianças palestinas, a tltu-Io de punir atos terroristas. Aobombardear acampamentos pales-tinos, o próprio Israel deixa de vera questão a nivel de organizaçãoque ele quer propor marginal enão representativa dos palestinos,para ver, nos palestinos em geral,um inimigo de Israel. E sabe-seque velhos, mulheres e criançasmorrem, já que não é particulari-dade das bombas escolherem seusalvos por critérios genéticos ouetários. As crianças morrem pelaincapacidade histórica de entendi-mento dos adultos.

Na discussão, que fará bem secrescer, alguém lembrou da índolepacífica do povo brasileiro, esse ar-gumérito da retórica oficial, sempreusado quando se trata de conter ouincentivar os ânimos, como agora,a respeito de alguma coisa. A in-dole pacífica do povo brasileiro,logo se vê, não passa de um dosmuitos mitos impostos pelo oficia-lismo brasileiro, pois o grau de pazou guerra de um povo está sempremedido e diretamente determinadopelos fatos a que este povo estiversubmetido. A ele, ao povo, é dado

simplesmente defender-se e prós-perar na medida do possível.

E esta medida, a do possível,foi capaz de tantas vezes fazer cor-rer toda esta quantidade de sangueque este país Já viu correr interna-mente, embora isto não esteja ano-tado nos livros didáticos que se ln-dicam às crianças nas escolas, an-tioulburalmente.

Onde estão, por exemplo, asreferências aos quase 100 anos deviolências provocadas pelo movi-mento palmarino, no sertão per-nambucano, que foi tranquilamen-te comparável, em termos de im-portancia e de perigo para a colo-nização portuguesa, h chamada in-vasão holandesa ou outro qualquergrande problema enfrentado peloscolonizadores? A sociedade escra-vocrata brasileira significou tam-bém o aniqullamento, muitas vezespor degola, de tribos indígenas in-teiras, sem falar nos africanos as-sirm e de outras formas semelhan-tes eliminados. E vean do negro, doÍndio e do branco, cujo relaciona-mento inicial foi dos piores já ocor-ridos em toda a América, a forma-ção de nossa índole que é e serápacífica ou não, dependendo daspendências que os interesses so-ciais alimentarem.

Aliás, da última vez mais sig-nificaJfciva que vi a índole pacificado povo brasileiro atuar na práti-ca, ela estava nua da cintura pa-ra cima, de bicicleta, carregandoo fruto da pilhagem a que subme-teu a casa do Sr Carreteiro, emNiterói, no início dos anos 60. Pi-lhagem e saque depois de ter atea-do fogo na casa do homem, quehoje é um clube na Alameda SãoBoaveHtura. E me lembro bemque a índole seguia feliz, um tan-to realizada com seu souvenir, eassobiava entre o ter que se equili-brar na direção da bicicleta e o in-cômodo de carregar neste veículouma cadeira das grandes, retiradapouco pacificamente da varandado Sr Carreteiro.

Mas, quanto ao reconhecimento,a parte que me cabe de represen-tatividade na índole pacífica dopovo brasileiro diz, se possível comas desculpas de Israel, que o Bra-sil fez mais que muito bem, embo-ra atrasadamente, em dizer, escre-ver e assinar que pretende ver oEstado palestino, a Palestina, ins-talado num pedaço de chão natu-ral a que tem direito todo e qual-quer povo existente neste mundode sociedades neuróticas. E, diz aminha parte na índole, só acharealmente triste e até um tantovergonhoso que tal reconhecimen-to se dê apenas porque o Iraquepode, quando assim achar que de-va, nos deixar em sérios apuros, oque aliás é bem feito, pois esta de-pendência é secular e fruto diretodas diversas más administrações einteresses pouco limpos a que es-te país tem sido submetido desdeque a civilização descobriu suaspraias. Renato Vasconcellos - Ni-terói (RJ).

a ¦Parabéns pelo nobre e altivo

artigo A Portas Fechadas dessegrande Jornal. Temo que esse talde pragmatismo acabe matandonossas tradições morais e culturais,chacrinizando irremediavelmente oBrasil, ó, Rio Branco, Rio Branco!Aquiles Corrêa Rabelo — Rio deJaneiro.

B ¦ ¦Parabéns pelo editorial de

19-5-79 — A Portas Fechadas, apropósito do caso OLP. Do brasi-leiro envergonhado e humilhado',Roberto T. Boavista — Rio de Ja-neiro.

BB(...) Abre o Brasil as suas por-tas de um autêntico paraíso, no quetange à paz e à tranqüilidade, pa-ra permitir o funcionamento de

um escritório réprobo, como o da

Organização para a Libertação daPalestina, em outras clrcunstan-cias, um organismo puramente ter-rorista (...) Carlos Brandão — Riode Janeiro.

Alteração na CLTMultas vezes um operário trabalha

mais de oito horas diárias em umaempresa, sem receber as correspon-dentes horas extras. Em outras em-presas só tem sua carteira assinadadepois de alguns meses de trabalho.As vezes não goza as férias a quetem direito. E há, ainda, outras in-frações às leis trabalhistas. (...)

E essa situação dura às vezesalguns anos. Assim, quando é dis-pensado e procura a Justiça do Tra-balho, só recebe as horas extras,férias e outros benefícios corres-pondentes aos últimos dois anos,de acordo com a data das anota-ções em sua carteira.

Será muito simples a solução paraesse descumprimento da lei: o direi-to de reclamar perante a Justiça doTrabalho prescreverá em dois anos,mas a partir da data da dispensado empregado, e não do inicio dainfração. No caso de a carteira pro-fissional ter sido assinada muitodepois da data de admissão, asJuntas de Conciliação poderiamacolher como prova o testemunhode pessoas idôneas que tenham ne-gócios com a empresa onde traba-lhava o reclamante. (...) ManoelFerreira Paulino — Rio de Janei-ro.

Meio-fio aos carrosProponho a liberação de estaci-

onamento ao longo do meio-fio emhorário integral nas vias secunda-rias e horário parcial nos dias úteisnas vias preferenciais. E, a longoprazo, construção de estacionamen-tos subterrâneos em praças e ruas.

O que proponho acabaria como statu quo, que é a inversão daordem (carros nas calçadas e pes-soas nas pistas de rolamento) ecom um dispositivo ilegal (a nãorepressão aos estacionamentos ide-gais). Enfatizo, também, que temosa infra-estrutura da engenharia dometrô, a estrutura da Coderte e oCódigo Nacional de Trassito.

Não se tomam essas medidas porque a curto prazo diminuiriam ofluxo de tráfego? O que escolher,humanizar ou podar? Roberto deCastro Júnior — Rio de Janeiro.

Casa própriaQueria saber como é possível

a uma pessoa que ganha Cr$ 48mil, tendo o padrão de seu salárioe descontando INPS, seguro, com-plementação de aposentadoria epagando aluguel, pode acumularOr$ 330 mil para dar de entradanum apartamento de três quartosna Zona Norte, tendo: uma inter-mediaria de Cr$ 75 mil e prestaçõesmensais de Cr$ 20 mil. No meu en-tender, não é possível. Paulo Ricar-do — Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publicaçãono todo ou em parte entre as que tiveremassinatura, nome completo e legível oendereço que permita confirmação prévia.

JORNAL DO BRASIL LTDA., Av. Brasil, 500CEP-20940. Tel. Rede Interna: 264-4422 — End.Telegráficos. JORBRASIL. Telex números21 23690 e 21 23262.

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OPINIÃO * flm i *¦

OLP, um novo aliado - IIMarcos Margulios

MM Organização para/lH Libertação da Pa-/-^^ lostlna foi criada,•^ ¦^** sob sua fonma e

seu nome atuais, em 1904.Em Jerusalém, cuja parteoriental pertencia então à

Jordânia, reuniu-se o1.° Congresso Palestino,que elaborou o texto de umaCarta Magna palestina,emendado depois pela4a. Assembléia do Con-sclho Nacional Palestino,órgão legislador dos palestl-nos criado em 1964. A4a. Assembléia reuniu-seno Cairo, em julho de 1968,sob o impacto da Guerrados Seis Dias. Os 100 repre-sentantes provinham de to-dos os grupos políticos,ideológicos e militares quecompunham a Organizaçãopara Libertação da Palesti-na. Os grupos terroristas eguerrilheiros (El Fatah, osfeddayin etc.) dispunhamde 37 assentos.

Desde então realizaram-se mais oito reuniões pie-nárias do Conselho Nacio-nal Palestino, sem que seprocedesse a qualquer ai-teração do texto adotadoem 1968. Assim, esta tácitaconstituição da Organiza-ção para Libertação da Pa-lestina permanece em vi-gor, unindo todos os pales-tinos com suas disposiçõese normas, cujas caracteris-ticas transcendem os tex-tos constitucionais corri-queira e normativamen-te concebidos nos Estadosexistentes para regerem oconjunto da vida social eracional de maneira gene-rica. De fato, esta CartaMagna sente-se obrigada aproceder a certas defini-ções dispensadas pelos gru-pos cujas existências nacio-nal e estatal se desenro-laram pelos caminhos con-vencionais e normais. Tam-bém encontram-se nestaCartas certas disposições eelaborações de caráterideológico que, na históriadas constituições, somentesão encontrados nos textosoriginados da estrutura dosEstados totalitários (comoa Alemanha nazista, aUnião Soviética etc.). Estefator provavelmente resul-ta dá necessidade de for-malizar impositivamente aunidade de um grupo quese encontra demográfica-mente disperso.

Esta dispersão parece terlevado os autores da Cons-tituição à seguinte defini-ção da identidade palesti-

na: "A identidade Palesti-na", diz o Artigo 4.° da Car-ta, "é uma característicagenuína, essencial e lncren-te, transmitida de pais pa-ra filhos. Esta Identidade,bem como a participaçãoda comunidade palestina,não são atingidas pelaocupação sionista da Pa-lestina nem pela dispersãodo povo árabe-palestino;assim, estes desastres nãocausam a perda da identi-dade palestina nem obrl-gam à sua negação."

O Artigo seguinte (5.°)define de maneira comple-'mentar que "são palestinosaqueles árabes que até 1947residiam na Palestina...Qualquer pessoa nascidadepois desta data do paipalestino, quer dentro doterritório palestino quer fo-ra dele, também é palesti-na".

A nacionalidade palesti-na é, portanto, transmissi-vel geneticamente, peladescendèn cia paterna,transformando-se numa"característica essencial einerente" do indivíduo —portanto indiluivel e ina-pagável, praticamente éter-na.

Assim, não são e não po-dem ser palestinos os judeusou outros não árabes, mes-mo que nascidos na Pales-tina antes da criação doEstado de Israel (que a Car-ta Magna situa em 1947,provavelmente em decorrên-cia da votação nesse ano dapartilha da Palestina naONU). Contudo, há uma ex-ceção, decorrente, talvez, datentativa de manter as an-tigas tradições alcoranicasda tolerância inter-religio-sa, exceção esta que, embo-ra praticamente inócua, re-vela, no Artigo 6.°, que "osjudeus, normalmente resi-dentes na Palestina antesdo inicio da invasão sionis-ta, serão considerados pa-lestinos".

Segundo as interpretaçõese enunciações de origenspalestinas diversas, a datado inicio da invasão sionis-ta situa-se em 1917, quandoLord Balfour, em nome doGoverno britânico, assinoua declaração que obrigava aGrã-Bretanha a estabele-cer na Palestina o "Lar Na-cional judeu". Evidente-mente, é difícil, na décadados 80 que desponta, encon-trar vivos os judeus que re-sidiam na Palestina até oano 1917, sendo que, no ca-so dos judeus, o texto cons-

tituclonal palestino é omls-so quanto aos direitos dosdescendentes.

Aliás, o Artigo 20, em ter-mos específicos, declara nu-Ia e sem qualquer validadea Declaração Balfour, defl-nlndo, no mesmo texto, ojudaísmo como religião,destituída de qualquer dl-relto de pleitear uma liden-tldade própria dentro doc o ncelto nacional. Conse-quentemenite, tampouco ôlegal — e isto consta do Ar-tigo 19 — a partilha da Pa-lestina em 1947 e o estabe-leolmento do Estado de' Is-rael. Esta ilegalidade imde-pende do tempo durante oqual ela for mantida.

Assim, reconhecendo aOrganização da Libertaçãoda Palestina, o Brasil, porconseguinte, não apenas in-valida tacitamente o seupróprio voto dado, em 1047,a favor da partilha da Pa-lestina e da criação do Es-tado em Israel na ONU(cuja assembléia-geral, aliásencontrava-se naquele mo-mento sob a presidência de.Oswaldo Aranha), mas con-corda também com a ilega-lidade do Estado que haviareconhecido e com o qual¦mantém relações diplomáti-cas normais. Estas, pelo me-nos à primeira vista, pare-'cem ser as implicações de-correntes do reconhecimen-to da OLP pelo Brasil — re-conhecimento tão incoeren-te politicamente, quantoeconomicamente justificado,pelo menos no nivel extra-ideológica e aético.

Intocável, a "Palestina éa pátria do povo árabe-pa-lestino; ela faz parte indi-visível da pátria árabe e opovo palestino faz parte in--tegránte da nação árabe",diz o Artigo 19. Completa oArtigo 2.°: "Dentro dasfron-teiras do mandato brltani-co, Palestina é uma unida-de territorial indivisível".

Portanto, sequer é consi-derado pelos palestinos oestabelecimento de um Es-tado palestino ao lado deIsrael: sendo indivisível aPalestina, só comporta umEstado: á r ab e-palestlno.Donde se deduz que, reco-nhecendo a OLP — (e o re-conhecimento não pode ser,como de fato não fora, nemparcial nem condicional) —o Brasil põe em dúvida alegitimidade da existênciado Estado de Israel.

Marcos Margulies- jornalista • •_•crilor, ó doutor om Ciências Humanai

pela USP.

Os limites do pragmatismoLuiz Orlando Carneiro

A

formalização, peloGoverno brasileiro,da Organização pa-ra Libertação da

Palestina (OLP) como o re-presentante "único e legíti-mo" do povo palestino seriaum ato de política externamenos polêmico não tivesseapertado o nó em que se en-trelaçam a coerência deuma política planetáriapró-Ocidente e a coerênciade uma politica centradanos "interesses nacionais",dita pragmática.

Só há uma maneira pre-cisa de definir a coerência,escrevia Lamouche, na suaLógica da Simplicidade: "épela coordenação na com-posição".

Como — no caso do Bra-sil — coordenar, para acomposição e formulação deuma politica externa coe-rente, a sua "vocação oci-dental", mais do que subli-nhada nos últimos 15 anos,com concessões políticas ca-da vez mais do agrado dosinimigos declarados ou dosinimigos "pragmaticamen-te" cordiais dos seus parcei-ros tradicionais? Quais se-riam os limites do pragma-'tismo que está na base deuma política externa inde-pendente"!

O Presidente CasteloBranco, ao deixar o Go-verno em março de 1967,falando perante o Minis-tério, criticava o conceitode política externa inde-pendente anterior à Revo-lução de 1964:"Notório era o impasseda politica internacional,que se baseava na estraté-gia do medo e na tática dooportunismo. Fazíamos agesticulação da indepen-dência, enquanto mendi-gávamos empréstimos ereousávamos os austerossacrifícios que a indepen-dência exige. Um pseudo-nacionalismo confundia aafirmação do nosso paíscom a hostilidade aos ou-tros, e buscava no exerci-cio da arrogância a sensa-ção do poder. Buscávamosobter a assistência para odesenvolvimento e a me-lhoria do comércio, nãopelo mérito dos projetos,pela seriedade administra-tiva e competência dosprogramas, e, sim, trafi-cando nossas convicçõesem manobras oportunistas,que comprometiam a se-gurança e nos expunhamao risco da infiltração

ideológica e da corrosão dademocracia".

Quinze anos depois, a"estratégia do medo" é ou-tra. O Brasil não mendigamais empréstimos, mas umbarril de petróleo passou avaler mais do que um pra-to de lentilhas.

A crítica que o FoundingFather da Revolução de 64fazia, em 1967, aos temposde Goulart, poderia, comas necessárias correções notempo e no espaço, serusada pelos críticos daatual política externa in-dependente, pragmática,que tem sua espinha dor-sal pró-OclWente bem deli-neada na última mensa-gem do então PresidenteGeisel ao Congresso, masque admite "correções decurso", e quer evitar "ali-nhamentos automáticos"."O Brasil" — está escritona última mensagem doPresidente Geisel, cuja di-plomacia não sofreu revi-soes — "é historicamenteparte do mundo ocidental".

O "ecumenismo" dessapolítica — a palavra apa-rece sempre ao lado depragmática e responsável— não convence os críticosde uma política que preci-sa, cada vez mais, expli-car sua coerência, sobretu-do quando tem de ser con-cesslva e generosa às im-posições dos Estados ára-bes dos quais, em suamaior parte, depende ofornecimento do petróleoque ainda não descobri-mos. Esses críticos pode-riam citar o falecido Pre-sidente Castelo Branco,que condenava, como seviu, o tráfico de "nossasconvicções, em manobrasoportunistas, que compro-metiam a segurança e nosexpunham ao risco da in-filtração ideológica e dacorrosão da democracia". Oautor ainda é mais do quecitável, e a citação aplica-se ao nó de que se falouacima.

Como coordenar nacomposição, buscando acoerência? Quais seriam oslimites do pragmatismo?

A questão, como se sabe,há muito é discutida emmatéria de filosofia. E co-mo a filosofia é uma ãrvo-re frondosa (Descartes),sob sua copa abrigam-semuitas filosofias e muitopragmatismo. William Ja-mes, D e w e y, Bergson,

Blondel, Gabriel Mareeiforam — cada um a suamaneira, filósofos pragmá-ticos. Mas como na fazen-da de George Orwell, hápragmatistas mais prag-máticos do que outros.

Blondel, ao sentir quedesvirtuavam o sentidocristão — do seu pragma-tismo, passou a chamar depragmatismo não uma fi-losofia, no sentido de Ven-semble du savoir ãésinte-ressé et rationnel, masuma ciência de ação.

Uma ciência de açãonão pode, no entanto, serusada como uma filosofia(aqui no sentido prático)cujo objeto primordial se-ja reduzir a verdade à suautilidade prática. O prag-matismo, como ciência deação (ou arte de fazer ascoisas i não pode negar aexistência de verdadesabsolutas, de determina-dos valores, tendo portan-to compromissos com a .ética e a moral.

Ao acolher a OLP deArafat — pragmaticamen-te — o que os críticos daRevolução de 64 chamamde sistema está aceitandoa tese do materialismodialético segundo a qual asteorias nascem da práticaCpraxis) no sentido de quesão produzidas num campode atividade condicionadapelo conjunto dos dadosmateriais e históricos, aprodução de um conheci-mento não sendo umatransformação operada poruma simples critica interlectual, mas o resultado deuma transformação deter-minada pela modificaçãodas condições históricas.

Os limites do pragma-tismo provavelmente estãona zona cinzenta entre averdade e a validade deum conhecimento e deuma idéia. A coerência po-de e deve conviver comum pragmatismo comociência de ação ou arte defazer as coisas (politica).Mas a noção de que é ver-dadeiro ou certo não podeser absorvida pela noçãodo interesse individual, deum grupo de pessoas, oude um Governo. Uma men-tira útil não pode, em no-me do pragmatismo, pas-sar a ser verdade, por maistrabalho que dê, por maissacrifício que custe.luix Orlando Carneiro • chefa dtRedação de JORNAL DO BRASIL

Aontrada

cm vigor daLei sobre Ética no Go-verno, aprovada peloCongresso dos Estados

Unidos, no ano passado, incluiuos magistrados na obrigação,imposta a todos os que exercemfunção pública, de fazer decla-ração de bens, de modo a pos-slbilltar o conhecimento públicodo patrimônio de cada servidorao entrar no exercício da fun-ção, bem como das alteraçõeshavidas posteriormente.

Ultimamente, o Senado, an-tes de aprovar a indicação doscandidatos escolhidos pelo Pre-sidente da República, já vinhasolicitando que cada um delesapresentasse voluntariamente adeclaração de bens, mas não ha-via obrigação legal de fazê-lo.

A extensão aos magistradosdessa medida para controle dahbnorabilidade com que exercema função não foi motivada pelaocorrência de casos graves decorrupção, mas apenas um re-flexo da reação do povo ame-ricano ao que se convencionouchamar "o fenômeno de Water-gate". Depois de um descréditogeneralizado, gerou-se a convlc-ção da necessidade de medidasdestinadas a restaurar a con-fiança da nação em todos osocupantes de cargos públicos.

¦ "¦ ¦Na verdade, a Justiça nor-

te-americana, apesar de eletivaem certos Estados e de não estarorganizada em uma carreira,cujo ingresso se faz necessária-mente por concurso e as promo-ções segundo o critério do méritoe da antigüidade como no Brasil,sempre gozou de bom conceito eproduziu alguns grandes juizes.

Todavia, a inovação, pelaqual os magistrados foram in-cluídos na obrigação prevista naaludida lei, levou alguns juizesno Sul do pais, a pedirem a sus-pensão da sua aplicação a todoo Poder Judiciário, sob a alega-ção de que ela ofenderia o prin-cipio constitucional da separa-ção dos Poderes.

O Juiz federal de Nova Or-léans, ao qual coube conhecerdesse pedido, mandou suspendera exigência da declaração debens, até que seja julgada apretensa inconstitucionalidade.

Os ministros da Corte Supre-

A lição da Corte Suprema^j*

ma, que poderiam, como no Bra-sil, tornar sem efeito a medidaliminar, mandaram cumprir aordem do referido Juiz, mas an-tes de quo so esgotasse o prazopara apresentação e divulgaçãode suas declarações de bens,apresentaram-nas voluntária-mente, salvo um deles que, es-tando enfermo, havia pedidouma prorrogação do aludido pra-zo.

Deram assim, os Intcgran-tes daquela alta Corte, mais umaprova do equilíbrio e sabedoria,que contribuíram para fazer doPoder Judicial um órgão vitalpara a prática da democracia nagrande República do Norte.

São conhecidas opiniões queconceituam os Estados Unidosdá América como um sistema de"ditadura do Judiciário", tantose tais são os poderes de que estese investiu, a partir das lições deMarshall, o fundador do direitoconstitucional americano.

No âmbito federal, por exem-pio, a Corte Suprema, além deter competência expressa paraexaminar a constitucionalidadedas leis aprovadas pelo Congres-so e a legalidade dos atos doExecutivo, legisla praticamentenas matérias sobre as quais nãohá lei federal.

Mediante o estabelecimentode sucessivos precedentes, dgu-mas decisões daquela Corte, emquestões vitais para o destino doseu povo, tal como a discrimina-ção racial, constituem marcoshistóricos da evolução econômicae social desse país, dando nasci-mento ao denominado constru-cionismo judiciário".

¦ ¦ n

Também, na esfera politica,em seu mais lato conceito, aCorte tem desempenhado papeldecisivo, em momentos de crise,como foram as decisões proferi-das nas várias questões, origina-rias das acusações contra o Pre-sidente Rlchard Nixon e que le-varam-no, afinal, a renunciar aomandato de Chefe de Estado eComandante supremo das ForçasArmadas do mais rico e podero-so Estado na era nuclear.

As declarações de bens, feitaspelo presidente e demais juizesda Corte Suprema, confirmaramque, apesar de todo o prestígioe faculdades de que dispões, eles

Carlos A. Dimshcc de Abranchesüão, em sua maioria, homens derecursos limitados, ganhandorespectivamente 75 mil dólarese 72 mil dólares anuais, no cor-rente exercício, Além das cosasem que residem, suas economiasestão Investidas em títulos derenda e papéis similares, que lhesdão modestos benefícios anuais.

Duas exceções foram assina-lados. De um lado, o Juiz Thur-good Marshall, o primeiro advo-gado negro que chegou à maisAlta Corte, depois de haver sedestacado como competente de-fensor dos direitos civis dos ho-mens da sua cor, possui bens tãolimitados que a renda anual desuas economias é inferior a 1mil dólares e ele ainda tem dé-bitos.

Do outro lado, o Juiz PotterStewart e sua esposa possuembens de elevado valor, provável-mente mais de 2 milhões de dó-lares, mas a origem desses bensse relaciona com heranças rece-bidas de suas famílias.

As aludidas declarações debens também revelaram que pe-Io menos um dos juizes possuiações de importantes empresas,cujos interesses são com frequén-cia afetados por litígios judiciaisque chegam à Corte Suprema.

Os juizes norte-americanosnunca se julgaram, nem foramjulgados intocáveis. São subme-tidos, com certa freqüência, aprocessos judiciais sob a acusa-ção de prática de atos impró-prios ou de desvios de função emais de uma dezena deles foidestituída, mediante o processodo impeachment.

Essas exceções, porém, nun-ca afetaram a independência doJudiciário, nem desmerecerama reputação de que lá gozamos magistrados.. Devido à natu-reza humana, nenhuma coletl-vidade escapa a tais eventuali-dades, nem se pode considerarimune a casos extraordináriosde conduta imprópria.

Também no Brasil, feliz-mente, desde o Império, a ma-gistratura brasileira goza mere-cidamente de elevado conceito,sem prejuízo de uma minoria decasos de juizes morosos, arbi-trários ou de duvidosa pro-bidade, 'que têm pouca ex-pressão ante o grande númerode notáveis e dedicados juizes,existentes em todas as Instan-

cias e tribunais. Aqui, no en-tanto, a diferença consiste emque tais casos raramente sãorevelados ao conhecimento pú-bllco.

¦ ¦ ¦Ê certo que o lei brasileira

permite às partes levantar asuspelção do juiz, mas essa fa-culdode é teórico porque, quan-do ocorre uma causa de suspei-ção ou outra queixa, é difícil ia-zer a respectiva prova, deixadaexclusivamente ao particular,sem que os órgãos correcionalstomem a iniciativa de discreta-mente fazer a necessária invés-tigação.

A nossa recente Lei Orga-nica da Magistratura pode ser-vir de exemplo para Ilustrar aequivocada concepção que têmalguns de que os juizes, apesarde exercerem função pública d©grande responsabilidade, nãoestariam sujeitos aos deveresfuncionais dè declaração de bense à Investigação de seu compor-tamento, que são fundamentaisem uma sociedade democrática.

São notórios certos defeitostécnicos e "algumas omissõesdessa lei, mas as criticas con-tra ela formuladas concentra-ram-se.na criação de um Con-selho Superior da Magistratura,integrado por sete ministros doSupremo Tribunal Federal, pa-ra julgar as faltas atribuídas aquaisquer magistrados e apll-car-lhes a sanção cabível, quan-do comprovados os fatos, depoisde ampla defesa.

Pretende-se mesmo a ellm-rnação desse Conselho, sob a es-peciosa alegação de que eleatentaria contra a independên-cia dos juizes. Como se vê, o ar-gumento coincide com o usadopelos citados juizes do Sul doaEstados Unidos, para se eximi-rem da obrigação de fazer de-claração de bens, esquecidos deque, além de legal, é uma im-posição da ética.

Lamentável, portanto, quemagistrados, qualquer que sejasua nacionalidade, pretendamficar acima dos padrões jurídl-cos e morais a que estão sujei-tos todos os cidadãos, por maisdignos que sejam ou investidosde difícil missão social, como éa função judicante.

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12 - INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL D Quarta-feira, 23/5/79 D l9 Caderno

González acusa companheirosde '"demagógicos" e agravacrise ideológica no PSOE1

Roserital Calmon AlvasEspecial pou o JB

Madri —- A crise ideológica do Partido Socialis-ta Operário Espanhol agravou-se ontem, quandoFelipe González acusou de "criptocomunistas e de-magógicos" seus companheiros que, no 28° congres-so do Partido, encerrado domingo passado, conse-guiram derrotar sua proposta para abolição da li-nha marxista do PSOE, provocando, assim, suainesperada renúncia à reeleição ao cargo de secreta-rio-geral.

A' possibilidade de uma cisão deste que é o se-gundo maior Partido da Espanha e o único que po-de fazer frente à união do Centro Democrático doPrimeiro-Ministro Adolfo Suárez foi afastada por Fe-lipe González, mas vem sendo considerada em meiospolíticos desta Capital, pois crescem a cada momen-to as incompatibilidades entre setores marxistas esocial-democratas do PSOE.

fc-n n/AP Arquiva

SEM MODERAÇÃO

O ex-secretário-geral che-gou ontem no ílnal da tar-de à sede do PSOE para en-togar formalmente o,seucargo à comissão gestoraque assumiu a direção doPartido até o congresso ex-traordlnário que será reali-zado nos jpróximos meses, afim de eleger uma novaComissão Executiva Federal(órgão dirigente máximo) erever a questão ideológica.

Rodeado por um pequenogrupo de repórteres de jor-nals estrangeiros, FelipeGonzález desrespeitou sua

-¦promessa de que não fariadeclarações esta semana,pois queria criticar a lm-¦prensa in ternaclonal,iaousando-a de "publicarapreciações demasiadamen-te simplistas sobre a crise doPartido. O maior erro foiconverter o congresso nummero debate entre marxis-mo sim e marxismo não,quando a verdade é que sedebatiam questões maisprofundas".

Nessa Improvisada entre-vista, González garantiuque não vai tentar impornenruma linha moderadano próximo congresso, mes-mo porque ele não se consi-dera um moderado. "Tenhoa impressão", afirmou, "deque não há ninguém noPartido à esquerda do querepresentam esses meusanos de militancia. O quepode havqr é um certooportunismo ou certa torpe-za, mas não acho que essescompanheiros se situam àminha esquerda. Acreditotambém que há muitosc o m p anheiros, sobretudonas bases, que se deixaramarrastar por algo que nãoé ser de esquerda, mas é

ser demagogo. E ser de es-querda é bem diferente doque ser demagogo."

Apesar de reconhecer quea polêmica dever acirrar-senos próximos dias, o ex-se-eretárlo-geral declarou que"ao final vai triunfar o Par-tido Socialista, quer dizer,o socialismo com sua identi-dade própria, e vão fracas-sar os que praticam certocriptocomunismo e não sãocapazes de aceitar qual éa identidade do Partido,tanto histórica, quantoatual. Vai triunfar o Parti-do Socialista, com sua iden-tidade própria".

Sem descartar a possiblll-dade de aceitar ser recon-duzido ao cargo de dirigen-te máximo do PSOE, FelipeGonzález disse que nãoacredita que essa crisedesemboque num clima,numa divisão desse grandePartido, como chegam a ad-mitir alguns observadorespolíticos aqui de Madri."Neste Partido, as cisõesjamais prosperam, as pes-soas sempre tiveram fideli-dade ao Partido, acima dasquestões ideológicas", afir-mou o líder espanhol. Masvale lembrar que, após oCongresso de 1974, na Fran-ça, uma linha consideradamoderada saiu para fundaro PSOE-H (PSOE-Histó-rico), um partido que estálegalizado hoje, mas nãoconsegue nada mais do quevotos minguados.

O ex-secretário-geral in-formou estar preparandoum documento no qual ex-põe seus pontos-de-vista so-bre a questão ideológica,defendendo, naturalmente,sua tese de identificaçãocom a social-democracia eu"ropéia.

PSI defende posiçãode líder, espanhol

Roma — Bettino Cmxi,secretário ão Partido Soda-lista Italiano, ainda acre-dita e espera na volta deFelipe González à liderançado Partido Socialista Opera-rio Espanhol. Surpreso e.sem informações precisassobre o que aconteceu ?iosúltimos dias ãe congressoão PSOE, Craxi não hesitouem tomar posição contra aâecisão âa maioria ãos soei-alistas espanhóis, numa en-trevista coleuva realizadaontem em Roma* com a im-prensa italiana e ihternacú.onai.

Sem recear as repercus-soes que o episódio dademissão ãe González podeter sobre a campanha elei-toral dos socialistas italia-nos e sobre a sua contes-tada gestão áo PSI, Craxi

disse onem; -'Felipe Gon-zalez é um homem de tem-peramento altivo e enér-gico, como se sabe. Postoem minoria sobre umaquestão a qual atribuíamuita importância, ele ti-

rou suas conclusões".RENOVAÇÃO POLÍTICA

Se o verdadeiro problemaera estabelecer se o partidoera marxista, de classe,como propunha a federaçãodas Astúrias, prossegue Cro-xi, "e se a fórmula defen-dida por González era a deque "em primeiro lugarsomos socialistas e depoismarxistas", fazendo enten-der com isso que o PSOE éaberto a tantas outras esco-las de pensamento, e por-tanto não se vincula a umadefinição ideológica, pensoque tinha e tem razão Feli-pe González. Creio que oseu Partido, refletindo me-lhor, reconhecerá essa suarazão".

Tanto quanto González ofoi na Espanha, Craxi naItalia é identificado comoo "homem da social demo-cracia alemã", designadopara renovar, senão refazerpolítica e ideologicamente,c PSI. o mais antigo e tra-dicional deste pais, como oe o PSOE na Espanha. On-tem mesmo, no encontrocom os jornalistas. Craxidisse que nesta campanhaeleitoral vem ouvindo fre-quentemente a acusação de'¦empregado dos alemães".

Excluindo a hipótese deque no PSI possa se reabriruma discussão sobre o mar-

Araújo NettoCorrespondente

xismo, Craxi cita o estatutodo Partido. Tudo já teriasido definido e resolvido pe-lo principio estatutário queestabelece: "O PSI recolhecomo seu patrimônio as ex-periências doutrinárias, acomeçar daquela funda-mental ão marxismo e asexperiências políticas ama-duredãas em três quarto deséculo de luta ãe classe (...)O Partido Socialista Italia-no não pede aos seus mili-tantes a adesão a um credofilosófico ou religioso, aco-lhe com igual direito de ci-¦ãadania todas as correntesde pensamento que aceitamos princípios éticos e os pos-tuladós- políticos e sociaisinspirados nos ideais de jus-tiça, igualdade e paz".

"Por isso mesmo, o PSIé adogmático, portanto, im-permeável a qualquer ten-tativa que se queira fazerpara redefinir uma fidelida-de ao marxismo", explicouCraxi.

Em contato telefônicocom seus amigos do PSOE,o lider socialista italianoobservou que, da parte demuitos, há uma tendênciapara minimizar o episódioda derrota da tese de FelipeGonzález e a sua demissãoda secretaria-geral. "Creioque se fez um pouco de con-fusão a propósito do proble-ma do marxismo. Pessoal-mente, acredito que pesoumuito mais áo que a quês-tão iáeològica um acúmulode descontentamentos e in-satisfações políticas, con-seqüências de uma campa-nha eleitoral que não andouexatamente como os sócia-listas espanhóis previam".

Ao sintetizar os objetivoseleitorais dos socialistas ita-lianos, Bettino Craxi disseque "estamos interessados econsideramos que se devacumprir uma tentativa euma negociação sérias parareconstituir as bases de umapolítica de ampla colabora-çao, com promeendendotoda a esquerda, em con-fronto com a DemocraciaCristã. _' difícil hoje preverquais seriam os homens eas fórmulas mais adequa-das para essa política. Nomáximo podemos anteci-par nossa opinião sobre ofato de que queremos umamudança da liderança doGoverno".

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Annemarie lutou pelo prestígio do Partido Karl Carstens deve eleger-se sem problema

Abstençãofoi pequenano Canadá

Ottawa — Cerca de 10milhões de eleitores compa-receram ontem às urnaspara indicar qual o Partidoque governará o Canadá naprimeira metade da décadade 80 e, consequentemente,o novo Primeiro-Ministro.As pesquisas apontaram oempate entre o Partido Li-foeral, atualmente noGoverno, e o ProgressistaConservador.

Isso significa que ne-nhum dos Partidos obteráMaioria no Parlamento. Li-geiramente favorito, JoeClark, lider da Oposição,poderá tornar-se o maisjovem Primeiro-Ministro daHistória do Canadá e omais jovem governante dasgrandes nações ocidentais,com seus 39 anos, 20 amenos que Trudeau.

COLIGAÇÃO

Entra em jogo, porém,um terceiro fator. Se oNovo Partido Democrático,de Edward Broadbent tivermais cadeiras do que se es-pera, há a possibilidade deum Governo de coalizão. Oatual Primeiro-Ministro, Pi-erre Elliot Trudeau, admitecontinuar governando como apoio de Broadbent.

O sol forte que apareceuna maior parte do país fezcom que grande número deeleitores fosse votar. Adiferença de fusos horáriosentre as diversas regiõesimpediu que ontem mesmofossem conhecidos os pri-meiros resultados, mas hojede madrugada eles serãodivulgados.

Trudeau votou em Mon-treal, Broadbent em Osha-wa (Província de Ontario)e Joe Olark em Jasper (Pro-víncia de Alberta). Os cha-mados de Trudeau emfavor da unidade nacionalpoderão reverter a seufavor a tendência do eleito-rado.

Trudeau, em 11 anos dePoder, evitou o fraedo-namento do país. Clarkpoderá provocar a secessãode Quebec. Esse foi o pontoforte da campanha eleitoral.A inflação ocupa o segundolugar e tanto Joe Clarkquanto Ed Broadbent fo-ram ásperos críticos da po-li ti ca econômica aplicadapelos liberais.

O atual Primeiro-Ministroé rico, intelectual e contra-ria muitos de seus compa-triotas por seu estilo indivi-

. dualista, enquanto JoeClark não impressiona mui-to. Sua oratória não secompara com a de Trudeau.Broadbent tem crescidobastante, pois conseguiusituar-se à distancia dacampanha personalistadesenvolvida por Trudeau eClark.

Ele acusa o Premieratual de responsável peloaumento da inflação e dodesemprego, mas.quando re-fere-se aos conservadoresvai mais longe. Chama JoeClark de lacaio das grandesindústrias. A popularidadede Broadbent aumentou emuma semana de 16 para19%, enquanto Trudeau eClark empataram em37,5%.

DC deve eleger hojeo Presidente alemão1

Bonn — Uma confortável maio-ria na Assembléia federal deverá ga-ran tir, hoje, a eleição do candidatodemocraita-cristão, Karl Carstens, co-mo novo Presidente da República Fe-deral da Alemanha. Ele substituirá oliberal Walter Scheel, que recusoucandidatar-se pela terceira vez emnome da coalizão liberal-social-demo-crata por estar certo da derrota.

A adversária do candidato con-servador, a social-democirata Anne-marle Renger, sabe que tem pouquís-simas chances de vencer, mas mesmoassim aceitou a candidatura para ti-rar o Pair.tido de uma situação difícil:menos de dois dias antes das eleições,o Governo não tinha ainda encontra-do alguém disposto a concorrer con-tra a maioria demoorata-cristã.

TrunfoNa Alemanha, o Presidente é fi-

gura meramente decorativa, enquantoo Bundeskanzler (Primeiro-Ministroou Chanceler federal) ocupa as fun-ções de Chefe de Governo. Mesmo as-sim, as duas principais correntes po-líticas do país — a Oposição democra-ta-oristã, de um lado, e os social-de-mocraitas aliados aos liberais, por ou-to _ transformaram em questão degrande prestígio a eleição da respel-tável pessoa que passará a entregarprêmios e medalhas, proferir discursosem ocasiões festivas e, esporadicamen-te, representar o país no exterior du-rante os próximos quatro anos.

Sobretudo os demoorata-cristãos,na Oposição desde 1969, acreditam queo cargo de Presidente e o carisma queo envolve fatalmente serão um impor-tante trunfo político nas próximaseleições do Parlamento alemão, emÍ980, quando estará em jogo o cargode Helmut Schmidt.

Para Presidente, a CDU sugeriuum candidato, contudo, que desper-tou imediatamente a irritação do pró-prlo chefe de Governo. Karls Carstens,o atual presidente do Parlamento, éum político conhecido por suas posi-ções bastante conservadoras, mesmoem relação ao Partido a que pertence.

Schmidt lamentou publicamentea nomeação de um candidato "ullfcra-direitista e membro do espectro maisradical da CDU." Carstens foi um dosmais tenazes opositores da Ostpolitikpraticada por Willy Brandt e WalterScheel (na época, Ministro das Rela-ções Exteriores, hoje o Presidente dopaís) no começo da década, e que le-vou a uma rápida aprovação com osvou a uma rápida aprovação comos paises socialistas. Além disso, oprofessor de Direito Carstens foimembro do Partido Nacional-Socialis-ta antes e durante a II Guerra Mun-dial. Social-democratas temem que o

Um candidatosob polêmica

Filho de um professor universi-tário de Bremen (nasceu a 14 de de-zembro de 1914, Karl Carstens estu-dou Jurisprudência e Ciências Poli-ticas em universidades alemãs, fran-cesas e americanas, doutorando-seem Direito em 1937. Data de entãosua adesão — sob consideráveis pres-soes, segundo se revelou posteriormen-te — ao Partido Nacional Socialista.

Em 1948, um tribunal de desnazi-ficação de Bremen absolveu-o, consi-rando que ele resistira ao nazismo ''namedida de suas possibilidades", o quenão impediu o surgimento, em novem-bro do ano passado, de uma polêmicana Alemanha sobre sua filiação aoPNS, no momento em que ficou defi-nida sua futura candidatura à suces-são de Walter Scheel.

Em sua brilhante carreira politi-ca, Carstens foi representante no Con-selho de Estrasburg, Subsecretário deEstado do Ministério das Relações Ex-teiores (1965), do Ministério da Defesa(1966) e de Chanceler (Chefe de Go-verno) Kurt George Kiesinger (1968-69). Eleito Deputado pela União Cris-tã Democrata (CDU), em 1972, tornou-se presidente do Bundestag (CâmaraBaixa do Parlamento) em 1976.

William WaackCorrespondente

conservadorismo de Carstens, ao la-do de seu passado, possa atuar nega-tivamente na política externa alemã.

Em termos de imagem, o país jásofreu com a candidatura do profes-sor Carnstens. Várias campanhas deopinião pública foram lançadas con-tra o professor em paises vizinhos, e,dentro da Alemanha, a candidatura sópôde ser assegurada graças à disci-plina férrea imposta pelo líder dosdemocrata-cristãos, Helmut Kohl, aosdelegados que participarão da vota-ção.

Inconformados com a decisão daCDU de apoiar incondicionalmenteseu candidato, os .social-democrataspartiram em busca de um nome ca-paz de ganhar também o apoio dos li-berais. O atual Presidente WalterScheel dispõe de enorme popularida-de- e seria a personalidade ideal, masjá anunciou há tempos que se candi-dataria pela segunda vez ao postoapenas se estivesse seguro de sua vi-

O filósofo e físico Carl FriedrichVon Weizsaecker, personalidade res-peitada e conhecida mundialmente (esem filiações partidárias de qualquerespécie), surgiu na semana passadacomo tábua da salvação, mas tambémse recusou: "Não tanto pelo medo daderrota", afirmou, • "mas pelo fato deque não quero ser um candidato en-contrado na última hora para tirara coalizão governista de uma situaçãodifícil". Willy Brandt daria um bomPresidente, afirmam os liberais, maso chefe dos social-democratas nãoquer arriscar sua Imagem numa vota-ção que não lhe traria nenhum pres-tígio político.

Annemarie Renger, secretária deKurt Schuhmacher (o primeiro líderdo SPD no pós-guerra) e membro doParlamento desde 1953, pode contarcom 438 votos, que é o número de de-legados que o Partido Social-Demo-craita envia à Assembléia Federal. Es-se grêmio reúne-se apenas para aeleição do Presidente e é constituídopelos 518 deputados do ParlamentoFederal e outros 518 delegados envia-dos pelos Parlamentos regionais. Asrepresentações regionais são escaladasconforme a correlação de forças nosdiversos Estados. Uma vez que os de-mocratas-cristãos governam seis dos11 Estados alemães (inclusive Berlim),eles podem enviar maior número dedelegados à Assembléia Federal doque o Governo, que tem 10 deputadosa mais no Parlamento. No total, avantagem da oposição na AssembléiaFederal chega aos 26 votos, o suficien-te para garantir a maioria absoluta,tória. "Na atual constelação de for-ças, eu não me candidato", disseScheel aos chefes dos dois Partidos doGoverno.

Unia feministano Bimclestag

Filha de um militante social-democrata de Leipzig (nasceu a 7 deoutubro ãe 1919), Annemarie WildungRenger-Loncareinc teve seus estudosprejudicados, aos 14 anos, pela ascen-são do 7iacional-socialismo. Tornando-se comerciante no terreno editorial,casou-se aos 19 anos com o colegaEmil Renger, morto na frente fran-cesa em 1944.

Após a guerra, tornou-se secretáriaparticular e principal assessora do fun-dador do novo Partido Social Demo-crata, Kurt Schumacher, acompa-nhando-o por sete anos até sua mor-te. No fim da década de 60, foi elei-ta para o Parlamento pelo PSD, re-elegendo-se sucessivamente em quatroeleições.

Notabilizanão-se por sua atuaçãoem favor da emancipação feminina(igualdade salarial e no Direito Civil,direito de interrupção da gravidez nostrês primeiros meses), casou-se em1965 com o ex-dtptomata iugoslavoAleksandar Loncarevic. Presidenta doBundestag de 1972 a 1976, é a segun-da mulher a se candidatar à presi-dência da RFA: em 1954, quando foieleito o liberal Theodor Heuss, Ma-rie-Elizabeth Lueders obteve apenasum voto.

Jovens levam insegurança a nnigrandes cidades soviéticase preocupam os dirigentes

Daniel Vernello Mondt

Moscou — "As pessoas têm medo de sair à nol-te. Não passa um so dia sem que vândalos deixemde fazer vítimas". Ao pé de um artigo em que recla-ma repressão mais severa contra a delinqüência ju-venil — o que na linguagem oficial se denomina XX...vandalismo — o Izvcstta registra numerosas cartasde leitores e delas publica extratos. Todas elas afi- ,nam com o artigo intitulado Isso não pode conti-nuar.

Ao contrário de uma legenda cuidadosamente """*alimentada, as cidades soviéticas não oferecem se-gurança. A delinqüência juvenil pode não ter che-gado às mesmas proporções que em certas metrô- .poles ocidentais, mas ela existe e não atinge apenas -Moscou e Leningrado, mas igualmente outras cida-des.ARMAS E ORGANIZAÇÃO

Algumas referências daimprensa dão o tom geral:"E' preciso lutar com maiseficácia contra os vândalose outros pertubadores daordem pública. Os vândalosestão armados e bem orga-nizados. Para lutar contraeles, é necessário tambémestar armado e organizado.Evidentemente, é indispen-sável aumentar os efetivosda polícia", escreve um ha-

bitante de Gorkl. Mas issonão é suficiente, acrescentaum leitor de Karkov, por-que após serem detidos, osdelinqüentes gozam às ve-zes de uma "Impunidade ln-tolerável".

O retrato dos vândalosque surge das cartas nãopode surpreender: "_' umparasita que não trabalhamas bebe muito, um alcoó-latra quase sempre de cabe-los compridos".

China critica os poderososdo regime epie só pensam nacomodidade de seus filhos

Alain JacobLo Monel»

Pequim — Cada regime tem seus "jovens mi-mados". A China não escapa a essa regra e o Diárioão Povo dedica severo comentário aos filhos e filhasdos altos funcionários que "só sonham com folgas,detestam o trabalho, vivem sob privilégios e cir-culam sob conforto".

Sem dúvida a influência nociva de Lin Biao o ¦¦(Lin Pião) e do Bando dos Quatro desempenha seupapel nessa degenerescência moral, segundo o jor-;nal, mas o porta-voz do PC chinês responsabiliza'principalmente os pais, acusado-os de "preconceitosfeudais" e para os quais nada mais natural que "sen-..."do nobre o pai, devidas honras cabem aos filhos".ESCAPAM A LEI

Tais direitos transferidosfornecem também as pro-teções necessárias, em casode delito, para escapar aosrigores da lei. Sob o planoestritamente moral_ dema-siado número de pais alta-mente situados se preocu-pam em "deixar a seus re-bentos o máximo de dinhei-ro é uma casa confortável".Poderá surpreender — per-gunta o Diário do Povo —"que se deixem arrastar pe-Ia preguiça e prejudiquemdeste modo o nome do Par-tido? Recursos materiaisexcessivos afetam a vonta-de. Muito mais valem gran-des riquezas espirituais".

Não é esta a primeira vezque o comportamento dosfilhos de altos funcionáriospreocupa a imprensa de Pe-quim. Em dezembro último,o Diário do Povo chamouatenção para os problemasde ordem pública criadosem conjuntos residenciaisdestinados ao pessoal doComitê Central e do Gover-no. Grupos de segurança fo-ram constituídos e deles fa-zem parte ministros e vice-ministros, encarregados decontrolar um pouco a con-fusão de sua progenitura.

Entretanto, os pequenosmalfeitos duma jeunessedorée excessivamente ruído-sa não constituem o únicoproblema. Os exames de ad-missão nas universidades

Kossiguinvisita

serão realizados do dia 7 á"9 de julho e o prazo dasinscrições vai se abrir. Quepai de família não tem apreocupação de ver seu ti-lho ingressar no caminhode uma carreira promisso-ra? Ora, as vagas são pou-cas e acontece que, a julgarpor vários testemunhos, bi-lhe tes circulam do alto a,'"baixo da hierarquia pararecomendar esse ou aquele'candidato à compreensão dosexaminadores. Mas, do pon-to-de-vista das autoridadespelo menos, há coisa pior,;O Diário do Povo anuncia.,.'que sanções serão aplicadascontra os funcionários "qae,'„„deixam seus filhos tomarconhecimento de segredosdo Partido e do Estado".

Sabe-se em Pequim queboa parte das informaçõesinéditas que podem ser re-'"'"veladas lendo os dazibaos(jornais murais) colocadosem muros da Capital vem'de documentos confiden-y.;'_ciais que circulam pelas me- .sas paternais. Teve-se a im-pressão em certo momentoque essas fugas __ormatl-,011vas favoreciam certos per-v,.*,sonagens do Bureau Politi-co. Notadamente Deng.Xiaoping, que não poderia•«ficar descontente por apa-recer à luz do dia revê-lações embaraçosas para 'seus adversários. Mas, semdúvida, a regra do jogo es-tava sendo violada.

Homossexuais

PragaPraga — O P r 1 m e 1 r o -

Ministro soviético Alex eiKossiguin chegou ontem aPraga para conversações decaráter econômico com diri-gentes tcheco-eslovacos,constando da pauta a as-sinatura de um tratado decooperação nuclear entre osdois paises.

Assuntos políticos deve-rão permanecer em segun-do plano, inclusive porqueo Presidente da Repúblicae Secre tário-Geral do Par-tido Comunista tcheco-eslovaco, Gustav Husak, via-jou à Damasco com a mis-são de levar ao Presidentesirio, Hafez Al-Assad, men-sagem dos lideres do Krem-lim.

Embora a chegada de Hu-sak a Praga esteja previstapara amanhã, antes da par-tida de Kossiguin, estedeverá assinar o documentobilateral com o Premier Lu-bomlr Strougal, que o re-cepcionou ontem no aero-porto de Ruzyne.

A Tcheco-Eslováquia é omaior fabricante de usinasnucieaies da Europa Orien-tal.

protestam,nos EUA

São Francisco — Um ve-redicto considerado por de-mais clemente pelos mem-bros ou simpatizantes dacom unidade homossexual'.de São Francisco para o as-sassino do Prefeito George,Moscone e seu assessor Har-vey Milk provocou violentos'choques entre 5 mil mani-festantes e a polícia: mais

de 70 pessoas foram feridase acima de 20 presas.

Dan White, de 33 anos,acusado de matar a tirasno dia 27 de novembro,"num acesso de paixão", o*mPrefeito e o Vereador Har-vey Milk, eleito pela comu-nidade homossexual, íoi jul-gado culpado de ehomicidiovoluntário, em vez de emprimeiro grau. Não poderáportanto ser condenado àprisão perpétua, recebendo,no máximo, uma pena desete anos.

Miihares de manifestan-tes reuniram-se diante daAssembléia Municipal paraportestar contra o veredic-to. e a violência não tardoua explodir. As janelas doedifício foram apedrejadase mais de uma dúzia decarros e motocicletas da po-licia incendiados, v

12 -¦ INTERNACIONAL :• 28 ciichâ _ JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 23/5/79 D 1» Caderno

Gonmlcs acusa companheirosdc 'demagógicos"' e agravacrise ideológica tio PSOE

Rosental Calmou AlvesEspecial para o JB

Madri — A crise ideológica do Partido Socialis-ta Operário Espanhol agravou-se ontem, quandoFelipe Gonzalez acusou de "criptocomunistas e de-magógicos" seus companheiros que, no 28<? congres-so do Partido, encerrado domingo passado, conse-guiram derrotar sua proposta para abolição da li-nha marxista do PSOE, provocando, assim, suainesperada renúncia à reeleição ao cargo de secreta-rio-geral.

A possibilidade de uma cisão deste que é o se-gundo maior Partido da Espanha e o único que po-de fazer frente à união do Centro Democrático doPrimeiro-Ministro Adolfo Suárez foi afastada por Pe-lipe Gonzalez, mas vem sendo considerada em meiospolíticos desta Capital, pois crescem a cada momen-to as incompatibilidades entre setores marxistas esocial-democratas do PSOE.

I« nn/AP

SEM MODERAÇÃO

Ò ex-seeretário-geral che-gou ontem no final da tar-de à sede do PSOE para en-'tregar formalmente o seucargo à comissão gestoraque assumiu a direção doPartido até o congresso ex-traordinário que será reali-zado nos próximos meses, afim de eleger uma novaComissão Executiva Federal(órgão dirigente máximo) erever a questão ideológica.

Rodeado por um pequenogrupo de repórteres de jor-nais estrangeiros, FelipeGonzalez desrespeitou suapromessa de que não fariadeclarações esta semana,pois queria criticar a im-prensa internacional,acusando-a de 'ipublicarapreciações demasiadamen-te simplistas sobre a crise doPartido. O maior erro foiconverter o congresso nummero debate entre rmarxis-mo sim e marxismo não,quando a verdade é que sedebatiam questões maisprofundas".

Nessa Improvisada entre-vista, Gonzalez garantiuque não vai tentar impornenhuma linha moderadano próximo congresso, mes-mo porque ele não se consi-dera um moderado. "Tenho•a impressão", afirmou, "deque não há ninguém noPartido à esquerda do querepresentam esses meusanos de militancia. O quepode haver é um certooportunismo ou certa torpe-za, mas não acho que essescompanheiros se situam àminha esquerda. Acreditotambém que há muitosc o m p anheiros, sobretudonas bases, que se deixaramarrastar por algo que nãoé ser de esquerda, mas é

ser demagogo. E ser de es-querda é bem diferente doque ser demagogo."

Apesar de reconhecer quea polêmica deverá acirrar-senos próximos dias, o ex-se-cretárlo-geral declarou que"ao final vai triunfar o Par-tido Socialista, quer dizer,o socialismo com sua identl-dade própria, e vão fracas-sar os que praticam certocriptocomunismo e não sãocapazes de aceitar qual éa identidade do Partido,tanto histórica, quantoatual. Vai triunfar o Parti-do Socialista, com sua iden-tidade própria".

Sem descartar a possibili-dade de aceitar ser recon-duzido ao cargo de dirigen-te máximo do PSOE, FelipeGonzalez disse que nãoacredita que essa crisedesemboque num cisma,numa divisão desse grandePartido, como chegam a ad-mitir alguns observadorespolíticos aqui de Madri."Neste Partido, as cisõesjamais prosperam as pes-soas sempre tiveram fideli-dade ao Partido, acima dasquestões ideológicas", afir-mou o lidei* espanhol. Masvale lembrar que, após oCongresso de 1974, na Fran-ça, uma linha consideradamoderada saiu para fundaro PSOE-H (PSOE-Histó-rico), um partido que estálegalizado hoje, mas nãoconsegue nada mais do quevotos minguados.

O ex-secretário-geral in-formou estar preparandoum documento no qual ex-põe seus pontos-de-vista so-bre a questão ideológica,defendendo, naturalmente,sua tese de identificaçãocom. a socíal-democracia eu"ropéia.

PSI defende posiçãode líder espanhol

Roma — Bettino Craxi,secretário do Partido Soda-lista Italiano, ainda acre-dita e espera na volta deFelipe Gonzalez à liderançado Partido Socialista Opera-rio Espanhol. Surpreso esem informações precisassobre o que aconteceu nosúltimos dias de congressodo PSOE, Craxi não hesitouem tomar posição contra adecisão da maioria dos soei-alistas espanhóis, numa en-trevista coletiva realizadaontem em Roma com a im-prensa italiana e internaci-onal.

Sem recear as repercus-soes que o episódio dademissão de Gonzalez podeter sobre a campanha elei-toral dos socialistas italia-nos e sobre a sua contes-t.ada gestão do PSI, Craxidisse onem: -'Felipe Gon-zalez é um homem de tem-peramento altivo e enêr-gico, como se sabe. Postoem minoria sobre umaquestão a qual atribuiumuita importância, ele ti-rou suas conclusões".RENOVAÇÃO POLÍTICA

Se o verdadeiro problemacra estabelecer se o partidoera marxista, de classe,como propunha a federaçãodas Astúrias, prossegue Cro-xi, "e se a fórmula defen-dida por Gonzalez era a deque "em primeiro lugarsomos socialistas e depoismarxistas", fazendo enten-der com isso que o PSOE éaberto a tantas outras esco-las de pensamento, e por-tanto não se vincula a umadefinição ideológica, pensoque tinha e tem razão Feli-pe Gonzalez. Creio que oseu Partido, refletindo me-lhor, reconhecerá essa suarazão".

Tanto quanto Gonzalez ofoi na Espanha, Craxi naItália ê identificado comoo "homem da social demo-cr a cie. alemã", designadopara renovar, senão refazerpolítica e ideologicamente,c PSI, o mais antigo e tra-dicional deste pais, como oe o PSOE 7ia Espanha. On-tem mesmo, no encontrocom os jornalistas. Craxidisse que nesta campanhaeleitoral vem ouvindo fre-quentemente a acusação de"empregado dos alemães".

Excluindo a hipótese deque no PSI possa se reabriruma discussão sobre o mar-.

Araújo NeltoCorrespondente

xismo, Craxi cita o estatutodo Partido. Tudo já teriasido definido e resolvido pe-Io principio estatutário queestabelece: "O PSI recolhecomo seu patrimônio as ex-periências doutrinárias, acomeçar daquela funda-mental do marxismo e asexperiências políticas ama-durecidas em três quarto deséculo de luta de classe (...)O Partido Socialista Itália-no não pede aos seus mili-tantes a adesão a um credofilosófico ou religioso, aco-lhe com igual direito de ci-dadania todas as correntesde pensamento que aceitamos princípios éticos e os pos-tulaáos políticos e sociaisinspirados nos ideais de jus-tiça, igualdade e paz".

"Por isso mesmo, o PSIé adogmático, portanto, im-permeável a qualquer ten-tativa que se queira fazerpara redefinir uma fidelida-de ao marxismo", explicouCraxi.

Em contato telefônicocom seus amigos do PSOE,o líder socialista italianoobservou que, da parte demuitos, há uma tendênciapara minimizar o episódioda derrota da tese de FelipeGonzalez e a sua demissãoda secretaria-geral. "Creioque se fez um pouco de con-fusão a propósito do proble-ma do marxismo. Pessoal-mente, acredito que pesoumuito mais do que a quês-tão ideológica um acúmulode descontentamentos e in-satisfações políticas, con-seqüências de uma campa-nha eleitoral que não andouexatamente como os sócia-listas espa7ihóis previam".

Ao sintetizar os objetivoseleitorais dos socialistas ita-lianos, Bettino Craxi disseque "estamos interessados econsideramos que se devacumprir uma tentativa euma negociação sérias parareconstituir as bases dc umapolítica de ampla colabora-cao , compromeendendotoda a esquerda, em con-fronto com a DemocraciaCristã. E' difícil hoje preverquais seriam os homens eas fórmulas mais adequa-das para essa política. Nomáximo podemos anteci-par nossa opinião sobre ofato de que queremos umamudança da liderança doGoverno".

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•BBBpi _H_i ' j^fííáfc. :': :"¦' >-flslAnnemarie lutou pelo prestígio do Partido Karl Carstens deve eleger-se sem problema

Clark venceeleiçõescanadenses

Toronto — Charles JosephClark, 39 anos, será o maisjovem Chefe de Governodas grandes nações ociden-tais. Seu Partido, o Progres-sista Conservador, venceuontem as eleições canaden-ses conquistando 136 cadei-ras na Câmara dos Comunscontra 114 do Partido Libe-ral do atual Primeiro-Mi-nistro Pierre Trudeau, quese reelegeu como represen-tante de seu distrito emMontreal.

Os resultados incluem 281dos 282 distritos do país eindicam que Clark terá umGoverno de minoria, poisnão conseguiu a maioriaparlamentar de 142 cadei-ras. O novo Partido Demo-crático de Edward Broad-bent conseguiu 26 lugares eo Partido Crédito Social,conservador, ficou com seiscadeiras.

Cerca de 10 milhões deeleitores compareceram on-tem às urnas para indicar oPartido que governará oCanadá na primeira meta-de da década de 80 e, con-sequentemente, indicará onovo Primeiro-Ministro.Pesquisas realizadas duran-te a campanha apontaramum empate entre liberais econservadores com um li-geiro favoritismo para aOposição.

Enfcna em jogo, porém,um terceiro fator. Se oNovo Partido Democrático,de Edward Broadbent_ tivermais cadeiras do que se es-pera, há a possibilidade deum Governo de coalizão. Oatual Primeiro-Ministro, Pi-erre Elliot Trudeau, admitecontinuar governando com

apoio de Broadbent.O sol forte que apareceu

na maior parte do país fezcom que grande número deeleitores fosse votar. Adiferença de fusos horáriosentre as diversas regiõesimpediu que ontem mesmofossem conhecidos os pri-meiros resultados, mas hojede madrugada eles serãodivulgados.

Trudeau votou em Mon-treal, Broadbent em Osha-wa (Província de Ontario)e Joe Olark em Jasper (Pro-vincia de Alberta). Os cha-mados de Trudeau emfavor da unidade nacionalpoderão reverter a seufavor a tendência do eleito-rado.

Trudeau, em 11 anos dePoder, evitou o fração-namento do país. Clarkpoderá provocar a secessãode Quebec. Esse foi o pontoforte da campanha eleitoral.A inflação ocupa o segundolugar e tanto Joe Clarkquanto Ed Broadbent fo-ram ásperos críticos da po-

í t i c a econômica aplicadapelos liberais.

O atual Primeiro-Ministroé rico, intelectual e contra-ria muitos de seus compa-triotas por seu estilo indivi-dualista, enquanto JoeClark não impressiona mui-to. Sua oratória não secompara com a de Trudeau.Broadbent tem crescidobastante, pois conseguiusituar-se à distancia d acampanha personalistadesenvolvida por Trudeau eClark.

Ele acusa o Premieratual de responsável peloaumento da inflação e dodesemprego, mas.quando re-fere-se aos conservadoresvai mais longe. Chama JoeClark de lacaio das grandesindústrias. A popularidadede Broadbent aumentou emuma semana de 16 para19%, enquanto Trudeau eClark empataram em37,5%.

DC deve eleger hojeo Presidente alemão

Bonn — Uma confortável maio-ria na Assembléia federal deverá ga-rantir, hoje, a eleição do candidatodemocrata-cristão, Karl Carstens, co-mo novo Presidente da República Fe-deral da Alemanha. Ele substituirá oliberal Walter Scheel, que recusoucandidatar-se pela terceira vez emnome da coalizão liberal-social-demo-crata por estar certo da derrota.

A adversária do candidato con-servador, a social-demoarata Anne-marie Renger, sabe que tem pouquis-simas chances de vencer, mas mesmoassim aceitou a candidatura para ti-rar o Partido de uma situação difícil:menos de dois dias antes das eleições,o Governo não tinha ainda encontra-do alguém disposto a concorrer con-tra a maioria demoorata-cristã.

TrunfoNa Alemanha, o Presidente é fi-

gura meramente decorativa, enquantoo Bundeskanzler (Primeiro-Ministroou Chanceler federal) ocupa as fun-ções de Chefe de Governo. Mesmo as-sim, as duas principais correntes po-líticas do país — a Oposição democra-ta-oristã, de um lado, e os social-de-mocraitas aliados aos liberais, por ou-tro - transformaram em questão degrande prestígio a eleição da respel-tável pessoa que passará a entregarprêmios e medalhas, proferir discursosem ocasiões festivas e, esporadicamen-te, representar o país no exterior du-rante os próximos quatro anos.

Sobretudo os demoorata-cristãos,na Oposição desde 1969, acreditam queo cargo de Presidente e o carisma queo envolve fatalmente serão um impor-tante trunfo político nas próximaseleições do Parlamento alemão, em1980, quando estará em jogo o cargode Helmut Schmtdt.

Para Presidente, a CDU sugeriuum candidato, contudo, que desper-tou imediatamente a irritação do pró-prio chefe de Governo. Karls Carstens,o atual presidente do Parlamento, éum político conhecido por suas posi-ções bastante conservadoras, mesmoem relação ao Partido a que pertence.

Schmidt lamentou publicamentea nomeação de um candidato "ulitra-direitista e membro do espectro maisradical da CDU." Carstens foi um dosmais tenazes opositores da Ostpolitikpraticada por Willy Brandt e WalterScheel (na época, Ministro das Rela-ções Exteriores, hoje o Presidente dopaís) no começo da década, e que le-vou a uma rápida aprovação com osos países socialistas. Além disso, oprofessor de Direito Carstens foimembro do Partido Nacional-Soclalis-ta antes e durante a II Guerra Mun-dial. Social-democratas temem que o

Um candidatosob polêmica

Filho de um professor universi-tário de Bremen (nasceu a 14 de de-zembro de 1914, Karl Carstens estu-dou Jurisprudência e Ciências Poli-ticas em universidades alemãs, fran-cesas e americanas, doutorando-seem Direito em 1937. Data de entãosua adesão — sob consideráveis pres-soes, segundo se revelou posteriormen-te — ao Partido Nacional Socialista.

Em 1948, um tribunal de desnazi-ficação de Bremen absolveu-o, consi-rando que ele resistira ao nazismo *'namedida de suas possibilidades", o quenão impediu o surgimento, em novem-bro do ano passado, de uma polêmicana Alemanha sobre sua filiação aoPNS, no momento em que ficou defi-nida sua futura candidatura à suces-são de Walter Scheel.

Em sua brilhante carreira politi-ca, Carstens foi representante no Con-selho de Estrasburg, Subsecretário deEstado do Ministério das Relações Ex-teiores (1965), do Ministério da Defesa(1966) e de Chanceler (Chefe de Go-verno) Kurt George Kiesinger (1968-69). Eleito Deputado pela União Cris-tã Democrata (CDU). em 1972, tornou-se presidente do Bundestag (CâmaraBaixa do Parlamento) em 1976.

William WaackCorrespondente

conservadorismo de Carstens, ao la-do de seu passado, possa atuar nega-tivamente na política externa alemã.

Em termos de imagem, o país jásofreu com a candidatura do profes-sor Carnstens. Várias campanhas deopinião pública foram lançadas con-tra o professor em países vizinhos, e,dentro da Alemanha, a candidatura sópôde ser assegurada graças à disci-plina férrea imposta pelo líder dosdemocrata-cristãos, Helmut Kohl, aosdelegados que participarão da vota-ção.

Inconformados com a decisão daCDU de apoiar incondicionalmenteseu candidato, os social-democrataspartiram em busca de um nome ca-paz de ganhar também o apoio dos li-berais. O atual Presidente WalterScheel dispõe de enorme populárida-de e seria a personalidade ideal, masjá anunciou há tempos que se candi-dataria pela segunda vez ao postoapenas se estivesse seguro de sua vi-tória. "Na atual constelação de. for-ças, eu não me candidato", disseScheel aos chefes dos dois Partidos doGoverno.

O filósofo e físico Carl FriedrichVon Weizsaecker, personalidade res-peitada e conhecida mundialmente (esem filiações partidárias de qualquerespécie), surgiu na semana passadacomo tábua da salvação, mas tambémse recusou: "Não tanto pelo medo daderrota", afirmou, "mas pelo fato deque não quero ser um candidato en-contrado na última hora para tirara coalizão governista de uma situaçãodifícil". Willy Brandt daria um bomPresidente, afirmam os liberais, maso chefe dos social-democratas nãoquer arriscar sua Imagem numa vota-ção que não lhe traria nenhum pres-tígio político.

Annemarie Renger, secretária deKurt Schuhmacher (o primeiro líderdo SPD no pós-guerra) e membro doParlamento desde 1953, pode contarcom 438 votos, que é o número de de-legados que o Partido Social-Demo-crata envia à Assembléia Federal. Es-se grêmio reúne-se apenas para aeleição do Presidente e é constituídopelos 518 deputados do ParlamentoFederal e outros 518 delegados envia-dos pelos Parlamentos regionais. Asrepresentações regionais são escaladasconforme a correlação de forças nosdiversos Estados. Uma vez que os de-mocratas-cristãos governam seis dos11 Estados alemães (inclusive Berlim),eles podem enviar maior número dedelegados à Assembléia Federal doque o Governo, que tem 10 deputadosa mais no Parlamento. No total, avantagem da oposição na AssembléiaFederal chega aos 26 votos, o suficien-te para garantir a maioria absoluta.

Uma feministano Buncles tag

Filha de um militante social-democrata de Leipzig (nasceu a 7 deoutubro de 1919), Annemarie WildungRenger-Loncarevic teve seus estudosprejudicados, aos 14 anos, pela ascen-são do nacional-socialismo. Tornando-se comerciante no terreno editorial,casou-se aos 19 aiios com o colegaEmil Renger, morto na frente fran-cesa em 1944.

Após a guerra, tornou-se secretáriaparticular e principal assessora do fun-dador do novo Partido Social Demo-crata, Kurt Schumacher, acompa-nhando-o por sete anos até sua mor-te. No fim da década de 60, foi elei-ta para o Parlamento pelo PSD, re-elegendo-se sucessivamente em quatroeleições.

Notabilizando-se por. sua atuaçãoem favor da emancipação feminina(igualdade salarial e no Direito Civil,direito de interrupção da gravidez nostrês primeiros meses), casou-se em1965 com o ex-dtplomata iugoslavoAleksandar Loncarevic. Presidenta doBundestag de 1972 a 1976, é a segun-da mulher a se candidatar à presi-dência da RFA: em 1954, quando foieleito o liberal Theodor Heuss, Ma-rie-Elizabeth Lucders obteve apenasum voto.

Jovens levam insegurança agrandes cidades soviéticase preocupam os dirigentes

•v. Daniel VernetIa Monda

Moscou — "As pessoas têm medo de sair à noi-te. Não passa um so dia sem que vândalos deixemde fazer vítimas". Ao pé de um artigo em que recla-ma repressão mais severa contra a delinqüência ju-venil — o que na linguagem oficial se denominavandalismo — o Izvestia registra numerosas cartasde leitores e delas publica extratos. Todas elas afi-nam com o artigo intitulado Isso não pode conti-nuar.

. Ao contrário de uma legenda cuidadosamentealimentada, as cidades soviéticas não oferecem se-guranca. A delinqüência juvenil pode não ter che-gado às mesmas proporções que em certas metrô-poles ocidentais, mas ela existe e não atinge apenasMoscou e Leningrado, mas igualmente outras cida-des.ARMAS E ORGANIZAÇÃO

Algumas referências daimprensa dão o tom geral:"E1 preciso lutar com maiseficácia contra os vândalose outros pertubadores daordem pública. Os vândalosestão armados e bem orga-nlzados. Para lutar contraeles, é necessário tambémestar armado e organizado.Evidentemente, é indispen-sável aumentar os efetivosda polícia", escreve um ha-

bltante de Gorkl. Mas isso „não é suficiente, acrescentaum leitor de Karkov, por- ,que após serem detidos,' osdelinqüentes gozam às ve-zes de uma "impunidade in- -tolerável".

O retrato dos vândalosque surge das cartas nãopode surpreender: "E' umparasita que não trabalhamas bebe muito, um alcoó- .,latra quase sempre de cabe-los compridos".

China critica os poderososdo regime que só pensam nacomodidade de seus filhos

Alain JacobLa Monde

Pequim — Cada regime tem seus "jovens mi-mados". A China não escapa a essa regra e o Diárioão Povo dedica severo comentário aos filhos e filhasdos altos funcionários que "só sonham com folgas,detestam o trabalho, vivem sob privilégios e cir-culamsob conforto".

SSpm dúvida a influência nociva de Lin Biao ,(Lin Pião) e do Bando dos Quatro desempenha seu .papel nessa degenerescência moral, segundo o jor-nal, mas o porta-voz do PC chinês responsabilizaprincipalmente os pais, acusado-os de "preconceitosfeudais" e para os quais nada mais natural que "sen- 'do nobre o pai, devidas honras cabem aos filhos".ESCAPAM A LEI

Tais direitos transferidosfornecem também as pro-teções necessárias, em casode delito, para escapar aosrigores da lei. Sob o planoestritamente moral, dema-siado número de pais alta-mente situados se preocu-pam em "deixar a seus re-bentos o máximo de dinhei-ro é uma casa confortável".Poderá surpreender — per-gunta o Diário do Povo —"que se deixem arrastar pe-Ia preguiça e prejudiquemdeste modo o nome do Par-tido? Recursos materiaisexcessivos afetam a vonta-de. Muito mais valem gran-des riquezas espirituais".

Não é esta a primeira vezque o comportamento dosfilhos de altos funcionáriospreocupa a imprensa de Pe-quim. Em dezembro último,o Diário do Povo chamouatenção para os problemasde ordem pública criadosem conjuntos residenciaisdestinados ao pessoal doComitê Central e do Gover-no. Grupos de segurança fo-ram constituídos e deles fa-zem parte ministros e vice-ministros, encarregados decontrolar um pouco a con-fusão de Sua progenifcura.

Entretanto, os pequsnosmalfeitos duma jeunessederée excessivamente ruído-sa não constituem o únicoproblema. Os exames de ad-missão nas universidades

KossiguinvisitaPraga

Praga — O Primeiro-Ministro soviético AlexeiKossiguin chegou ontem aPraga para conversações decaráter econômico com diri-gentes tcheco-eslovacos,constando da pauta ã as-sinatura de um tratado decooperação nuclear entre osdois países.

Assuntos políticos deve-rão permanecer em segun-do plano, inclusive porqueo Presidente da Repúblicae Secretário-Geral do Par-tido Comunista tcheco-eslovaco, Gustav Husak, via-jou à Damasco com a mis-são de levar ao Presidentesírio, Hafez Al-Assad, men-sagem dos líderes do Krem-lim.

Embora a chegada de Hu-sak a Praga esteja previstapara amanhã, antes da par-tida de Kossiguin, estedeverá assinar o documentobilateral com o Premier Lu-bomir Strougal, que o re-cepcionou ontem no aero-porto de Ruzyne.

A Tcheco-Eslováquia é omaior fabricante de usinasnucleares da Europa Orien-tal.

serão realizados do dia 7 a '9 de julho e o prazo dasinscrições vai se abrir. Quepai de familia não tem apreocupação de ver seu fi-lho ingressar no caminhode uma carreira promisso-ra? Ora, as vagas são pou-cas e acontece que, a julgarpor vários testemunhos, bi-lhetes circulam do alto a' baixo da hierarquia pararecomendar esse ou aquelecandidato à compreensão dosexamlnadores. Mas, do pan- <•to-de-vista das autoridadespelo menos, há coisa pior.O Diário do Povo anunciaque sanções serão aplicadascontra os funcionários "quedeixam seus filhos tomar'conhecimento de segredosdo Partido e do Estado".

Sabe-se em Pequim queboa parte das informaçõesinéditas que podem ser :e-veladas lendo os dazibaos ,(jornais murais) colocadosem muros da Capital vemd e documentos confiden-ciais que circulam pelas me-sas paternais. Teve-se a im-pressão em certo momentoque essas fugas informati-vas favoreciam certos per-sonagens do Bureau Politi-co. Notada mente Deng .Xiaoping, que não poderiaficar descontente por aaa-recer à luz do dia revê-lações embaraçosas paraseus adversários. Mas, semdúvida, a regra do jogo *.&-''tava sendo violada.

-vi

Homossexuaisprotestamnos EUA

São Francisco — Um ve-redicto considerado por de-mais clemente pelos mem-bros ou simpatizantes daco m unidade homossexualde São Francisco para o as-sassino do Prefeito GeorgeMoscone e seu assessor Har-vey Milk provocou violentoschoques entre 5 mil mani-festantes e a polícia: mais

de 70 pessoas foram feridase acima de 20 presas.

Dan White, de 33 anos,acusado de matar a tirosno dia 27 de novembro,"num acesso de paixão", oPrefeito e o Vereador Har-vey Milk, eleito pela comu-nidade homossexual, foi jul-gado culpado de homicídiovoluntário, em vez de emprimeiro grau. Não poderáportanto ser condenado à •prisão perpétua, recebendo,no máximo, uma pena desete anos.

Milhares de manifestan-tes reuniram-se diante daAssembléia Municipal paraprotestar contra o veredic-to, e a violência não tardoua explodir. As janelas doedifício foram apedrejadase mais de uma dúzia d«carros e motocicletas da po-licia incendiados, v

JORNAL DO BRASIL D Quarta-feira, 23/5/79 D 1' Cadtrno

Begin querfronteiraaberta já

Tel Avlv — Faltando doisdias para a devolução aoEgito da cidade de El-Arish,egípcios e Israelenses come-çaram a divergir sobre aprogramada abertura d afronteira, como resultadodo tratado de paz: o Pre-mler Menahem Begln afir-anou que ocorrerá no do-mingo, enquanto o Cahnce-ler Butros Ghall insiste emque só se dará em Janeiro.

Begln declarou, irritado,que combinou tudo com dem abril, e que esclareceráa questão com ele no encon-Presidente Anwar Sadat,itro previsto para domingo,em El-Arish, em cerimôniaque marcará o inicio dosefeitos prátlcs dó trato depaz, e na qual os 'dois dirl-gentes inaugurarão a li-gação aérea entre Israel • 'Egito.

VIAGEM A LONDRES

Tudo começou quando oOranceler egípcio Bu.trosGhali, aparentemente Igno-rando o que de fato haviasido combinado entre Sadate Begin, afirmou que aabertura da fronteira nãose dará antes de os israe-lenses terminarem a pri-meira etapa de sua retiradado Sinai, em janeiro, novemeses após a troca dos ins-'trumentos de ratificação dotrata, to.

Begin respondeu a. Ghaliantes de embarcar paraLondres para uma visita detrês dias em que manteráconversações com a Pre-mier Margaret Thatcher ecom o Secretário de Estadonorte-americano CyrusVance. Comentou também

,ld-clarações de Sadat, deque os dirigentes israelen-ses fazem afirmações emba-raçosas para o Cairo.

Disse que o Governo isra-eiense é que fica numaposição constrangedora di-ante de algumas deolara-ções de dirigentes egípcios,propondo marcha de 1 mi-Ihão de muçulmanos paralibertar Jerusalém Orientale Insistindo na criação deuni.Estado palestino in-dependente.

AUTONOMIA PALESTINA

O Premler israelense to-formou que resumirá paraVance, èm Londres, 6 cha-mado plano Begin paia au-tonomia palestina em Cis-jordania e Gaza, aprovadoanteontem pelo Gabineteisraelense. Referindo-se àenorme distancia entre asposições egípcia e Israelensea respeito, Begln observouque "todas as negociaçõescomeçam com diferenças deopinião".

As discussões sobre a au-tonomia começarão sexta-leira na cidade israelensede Beersheva, com a pre-sença de Vance e os Minis-tro do Interior Joseph Burge o Primeiro-Minlstro Mus-tafá Khalil chefiando^ res-pectivamente, as delegaçõesisraelense e egípcia.

Haia voltaa processarnazista

Haia — O Supremo Tri-bunal da Holanda decidiuque o milionário P i e t e rMenten — negociante e co-lecionador de quadros — se-rá julgado novamente, soba acusação de ter cometidocrimes de guerra na Polo-nia durante a SegundaGuerra Mundial.

Menten, de 79 anos, foicondenado a 15 anos de pri-são por um tribunal deAmsterdã, em dezembro

de 1977, por participar daexecução sumária de 20 a30 pessoas, por soldadosnaziátas, em 1941, na cidadepolonesa de Podhoroce.

Os! advogados de Mentenimpetraram recurso e emdezejnbro de 1978 outro tel-bunfU, desta vez de Haia,reduziu a pena, de formaque ó milionário pôde ser li-bertado do hospital peni-tenciário onde se encontra-va desde a prisão, em 1976.

O promotor público impe-trou novo recurso, desta vezao' Supremo Tribunal e estedecidiu ontem que Mentenserá julgado por outro tri-bunal, desta vez em Roter-dã. Menten argumenta queo processo não tem sen-tido, porque já foi julgadoe condenado uma vez, porcolaborar com os alemães,logo depois da guerra, cum-prindo integralmente suapena.

O Governo israelensepediu a extradição de Men-ten. mas ela foi recusadaporque a lei holandesa proi-be a extradição de naturaisdo pais para serem julgadosno exterior.

Durante a Segunda Guer-ra Mundiai, Menten colabo-rou com as SS na Polônia.

Kimpili/UPI

V, ;VSíL íT? M_f\*-t"'" ' ¦_¦_____. ¦¦¦__—__» tt|LVjB| '. _¦) ^K -fll^'^ .vi.* < ¥'•' M •$¥ . _.*_¦* fB-F-t^-H Bflt .H_t. ¦Hpi*1"'1*-^ i ._»..»¦ _*¦ L ^^S(i-WH«^_^7M ¦•* -M_> -fflii__g. > '<i_v «¦ _f':-'V- /¦__.

INTERNÀCIONAl .L-lsl, -.

^Milhares de ugandenses" wspondèramaos""apelos do Governo, devolvendo objetos roubados,

quando da queda de Idi Amin Dada, dos órgãos governamentais e residências particulares

Embaixador confirmamatança em Bangui

Kigali, Paris — A matança de crian-ças no Império Centro-Africano, de-nunciada pela Anistia Internacional, foiconfirmada pelo Embaixador centro-afri-cano em Paris, Sylvestre Bangui, queapresentou sua renúncia ao cargo e opedido de asilo político na França.

A renúncia do Embaixador, assimcomo a frieza da delegação francesa como Imperador Bokassa I, converteram oPapa Bok na figura cenltral, ontem, dasexta reunião de cúpula franco-africa-na, que se realiza em Ruanda. O Chefede Estado centro-africano chegou a re-conhecer ter havido mortes nos distúr-bios mês passado em seu país.

A'renúnciaO Embaixador Bangui fez um apelo a

todas as mães do mundo, assim como aoPapa João Paulo II, aos funcionários doAno Internacional da Criança, aos dirl-gentes políticos franceses e aos Chefes deGoverno africanos reunidos em Kigalide que condenem as matanças e ajudema salvar as crianças centro-africanas."Eu acuso o regime centro-africanode ter assassinado seus próprios filhos,comprometendo assim o futuro do pais"— sublinhou, Informando sobre umaFrente de Libertação recentemente for-mada destinada a lutar pela liberaliza-ção do regime centro-africano atravésda pressão do povo.

Segundo o Embaixador, um soldadodo Exército Imperial, entre outros, con-tou-lhe que a 18 de abril, escolares, pre-sos nas ruas e em suas casas, foram

transpor tados em caminhões militares.As crianças que falavam demais dúran-te o trajeto foram obrigadas a se calarcom um disparo na testa.

Os sobreviventes foram encerradosem celas demasiado pequenas e muitosmorreram asfixiados. Os militares rece-beram à noite ordens de se desfazeremdos cadáveres e para isso lhes foram en-tregues sacos, alguns muito pequenos. Ossoldados levaram as crianças para o ce-mitério, onde cavaram valas, lançaram oscadáveres e os cobriram com terra.

Na reuniãoEm Kigali, Bokassa I repreendeu o

embaixador por sua renúncia, mas com-prometeu-se a "não adotar sanções". Aomesmo tempo, paira deter a onda de cri-tica e suspeitas formuladas por seus co-legas, o Imperador aceitou que uma mis-são africana investigue In loco as de-núnclas de matança.

A missão será integrada pelos repre-sentanltes da Costa do Marfim, Ruanda,Togo, Senegal e Libéria. O Governo fran-cês, segundo certas informações, suspen-deu sua ajuda ao regime de Bokassa atéconhecer os resultados da missão investi-gadora.

Ao que parece, Bokassa conseguiu oapoio do Presidente do Senegal, LeopoldSenghor, para quem o Imperador não or-denou o massacre de crianças: "Houvedistúrbios e a polícia e o Exército inter-vieram. Provavelmente houve muita con-fusão, mas não creio que Bokassa tenhadeliberadamente ordenado um massacre."

Críticas dos EUA provocamnova divergência em Teerã

Teerã — Enquanto se intensificamno país as manifestações de protestocontra os Estados Unidos, depois daacondenações do Governo americano àsexecuções revolucionárias, uma aparen-te divergência se manifesta, no Irã, en-tre o Chanceler Ibrahim Yazdl, que ten-ta contemporizar a crise diplomáticacom Washington, e a ala considerada ra-dical da revolução Islâmica, tendo agoracomo porta-voz mais ativo o ayatollahSadegh Khalkhali.

Respondendo a críticas de Yazdi, pa-ra quem ele jamais foi chefe ou membrodo Tribunal Revolucionário Central deTeerã, como alega, Khalkhali disse on-tem esperar que "o povo de 'todo o mun-do, amante da liberdade, execute o Xá,e quanto antes melhor, para que isso sir-va de resposta apropriada aos senadoresnorte-americanos, inclusive ao SenadorJacob Javits e seus partidários".

Juvir islamitaRecorda-se que na quinta-feira da

semana passada o Senado americanoaprovou resolução ¦ condenando as exe-cuções, no Irã, de pessoas responsabili-zadas pelos tribunais revolucionários decrimes cometidos durante a monarquiadeposta. Na segunda-feira, apesar dosprotestos do Governo iraniano — na pes-soa de Yazdi — contra o que considerouinterferência em negócios internos, por-ta-voz do Departamento de Estado ame-ricano endossou a posição do legislativo.

O Senador americano Jacob Javits,um dos patrocinadores da resolução con-tra as execuções, foi por ele acusado dereceber, através de sua mulher Marlon,pagamentos para obtenção de contratospara a Air Irán.

O Ministro da Justiça iraniano, As-sadollah Mobasheri, acrescentou que 500mil dólares foram pagos pelo regime de-posto ao casal para "criar condições fa-

voráveis" junto ao Congresso, autorida-des estaduais e universitárias dos EUA.

Segundo diplomatas ocidentais acre-ditados no Irã, citados pela agência UPI,os esforços do Chanceler Yazdi para mi-nimizar o confronto diplomático com osEUA esbarrariam, além da atuação doschamados elementos radicais do islamls-mo, no clima que, em todo o país, pare-ce favorecer amtes medidas contra a po-sição americana. Yazdi pediu no domln-go ao Governo americano que adiasse achegada ao Irã de seu novo Embaixador,Walter Cutler, até que se definissem me-lhor as relações entre os dois países.

Ontem, o ayatollah Ruhollah Kho-meiny falou a estudantes na cidadesanta de Qom, dizendo que os EstadosUnidos "não deixarão o Irã escapar tãofacilmente". Em outro discurso, lembrouque a revolução iraniana ainda não ai-cançou uma vitória total, pedindo aosiranianos que não se afastem da Unha is-lamica por ele defendida.

Em Astara, perto da fronteira coma União Soviética, milhares de manifes-tantes queimaram ontem a bandeira dosEUA. Houve manifestações semelhantesem outras cidades, segundo a imprensade Teerã, e uma outra está prevista parasexta-feira, devendo convergir, na Capi-tal, para a Embaixada americana.

Em Teerã, dois militares foram con-denados à morte por "participação namatança ocorrida dia 8 de setembro úl-timo na Capital", e, pela primeira vezdesde a criação dos tribunais islâmicos,dois generais foram condenados a penasde 12 a 15 anos de prisão: respectiva-mente, Reza Parvarechem, ex-diretor dapolícia política, e Manuchehr Vajdi, ex-chefe dos serviços de informação doExército, acusado de "colaboração comos serviços ocidentais de informação e deresponsabilidade nas atividades das for-ças israelenses contra os comandos pa-lestinos".

Minoria árabe mantém rebeldiaKhorramshahr, Irã — Centenas de

militantes da minoria árabe iraniana daprovíncia do Kuzestão continuavam on-tem ocupando, nesta cidade, um prédioque pertenceu, antes da revolução, àCompanhia Nacional Iraniana de Petró-leo, apesar do ultimato do Governo pro-visório central para que se retirassemontem e entregassem suas armas até sex-ta-feira.

Eles exigem, basicamente, maior au-tonomia provincial — inclusive com aescolha local do Governador — e amea-

çam com uma luta aberta pela indepen-dência total do Kuzestão caso não se-jam atendidas suas reivindicações.

Liderados pelos guerrilheiros moja-hedeen, os Iranianos de origem árabe(cerca de dois milhões, majoritários noKuzestão) querem ainda o ensino da lin-gua árabe em suas escolas, a promoçãode sua cultura e a Inversão, na provín-cia, de maior quantidade das rendasprovenientes do petróleo, de que oKuzestão é o maior produtor no Irã.

Guerra emUgandaestá no fim

Nairóbi, Kínshasa, Guiu— Após a tomada da capi-tal distrital de Guiu e desua base aérea, as forçascombdndas tanzanianas-ugandenses acreditam quea guerra contra o remanes-cente Exército de Idi Aminpoderá estar terminadadentro de uma semana.Resta agora apenas a cida-de de Arua, junto à frontel-ra com o Zaire, nas mãosdos soldados de Amin.

As forças governamentaisacham que, como Guiu,Arua não oporá muita resis-tência. Em Guiu, segundoalguns habitantes, os sol-dados leais a Amin começa-ram a fugir quando virama chegada das tropas doGoverno, que bombardea-ram intensamente a cidadeantes de Invadi-la na ma-drugada de domingo pas-sado.

Idi Amln, segundo onorte-americano de origemfrancesa Daniel Walterner,que chefia um comando devoluntários criado paracapturá-lo, está em Uganda,em sua região natal no Nor-deste, perto de Arua, e dis-põe de importantes tropase armamentos.

Waltener lidera voluntá-rios financiados pelo Depu-tado israelense Flatto Sha-ron, que em .meados deabril lhes encarregou de en-contrar Amin, capturá-lo eentregá-lo ao novo Governougandense para julgamen-to. De acordo com o norte-americano, seu comandovigia o ex-Presidente ugan-aense e o viu três vezes.Amin viajou para a Líbiahá cerca de dois dias numpequeno avião de granderaio de ação que possui.

Suíça segueEUA quantoà Rodésia

Salisbury, Nova Iorque,Berna — A Suíça levantaráas sanções econômicas con-tra a Rodésia depois queGrã-Bretanha, EstadosUnidos e outros paises in-dustrializados o fizerem, in-formou fonte do Governo.Apesar de não pertencer àONU, a Suíça acompanhouias decisões do organismointernacional contra Salis-bury.

Em entrevista a The NewYork Times, o líder guerri-lheiro rodesiano Joshua N'-Komo lembrou que os Esta-dos Unidos "queimaram osdedos no Sudeste Asiático,em Cuba e no Irã", razãopela qual deveriam ter cul-dado para não cair numasituação s e m e 1 h a n t e naÁfrica, apoiando um re-gime, como o do Bispo AbelMuzorewa.

Muzorewa, enquanto isto,espera tomar pcsse do car-go de Primeiro-Mlnistro ro-desiano até o final destemês. Ontem dois políticosnegros da tribo matabeleforam designados cândida-tos à Presidência: o funcio-nário público Josiah Gume-de e o professor NgunduNi.-iihlovu.

O Parlamento, provável-mente no próximo domingo,escolherá o novo Presiden-te. Comenta-se que a elei-ção de um ndebele (mem-bro da tribo matabele) dis-sipará o descontentamentodentro da tribo minoritária,que reclama da falta de re-presentação no novo Go-verno.

Muzorewa e a maior por-te dos outros 71 parlamen-tares negros rodesianos per-tencem à tribo dominanteshona.

Aviões de Somoza atacamsandinistas em Jinotega

Manágua — Uma grande batalhaestá sendo travada * em Jinotega, a160 km de Manágua, onde centenas deguerrilheiros sandinistas e soldados daGuarda Nacional combatem corpo acorpo. De acordo com as primeiras In-formações, Inúmeros civis morreram emconseqüência dos bombardeios aéreos.

As versões se contradizem. O Gover-no afirma que já recuperou Jinotega eque os sandinlsta3'"fuglram para mon-tanhas próximas. A FSLN garante man-

-ter o controle, não só de Jinotega, mas"também de Yall e San Rafael dei Norte.

Dividir o inimigoComunicado sandlnlsta difundido

pela Rádio Relógio de Costa Rica Infor-mou que a luta no Norte do pais "é umanova fase estratégica" e que a novaofensiva "enterrará o regime somozista"

Simultaneamente, os sandinistas,divididos em cerca de 15 grupos, cadaqual com aproximadamente 15 homens,atacaram ontem diversos pontos de

Manágua, numa Iniciativa destinada a"dividir as forças do inimigo".Aatacaram a casa do General José

Somoza, a do Ministro do Interior, An-tonlo Mora, um posto policial, umaagência bancária e empresas de pro-priedade do Presidente Anostáslo Somo-za. Houve ainda tiroteios entre os san-dinistos e os soldados, que causaram amorte de um guerrilheiro e de váriosmilitares.

José Somoza, atual Comandante daGuarda Nacional, é o irmão do ditador.Nem ele, nem Mora Rostran estavamem casa no momento do ataque coorde-nado.

A situação é aflitiva em Jinotega. ACruz Vermelha, que teve um diretormorto pelos soldados, transferiu milha-res de civis, na maioria crianças, parauma fábrica de café. Em Matagalpa, aCruz Vermelha deu abrigo para cente-nas de pessoas que foram perseguidaspelos soldados quando organizaram umaconcentração no Centro da cidade, parasaber noticias de seus parentes em Ji-notega.

Venezuela quer isolar NicaráguaCaracas — O ex-Presldetne Carlos

Andrés Pérez, da Venezuela, propôs on-tem a formação de um "cordão profllá-tico" em torno da Nicarágua, "para iso-lar do continente o regime despótico doabominável genoclda, o Presidente da Ni-carágua, General Anastásio Somoza".

Andrés Pérez sustentou que as na-ções democráticas do hemisfério — refe-riu-se à Venezuela, Colômbia, Equador,Peru e Estados Unidos — "devem dar res-paldo ao México e Costa Rica, que comuma bela atitude de solidariedade de-moorática cortaram relações com Maná-gua". Ele enviou ainda um telegrama decongratulações ao Presidente José LópezPortillo pela decisão que 'tomou.

Bofetada moral"Estou certo de que o povo venezue-

lano aplaude e apóla o México por suadeterminação, que expressa o sentimentode todos os países democráticos da Amé-

rica Latina. Seria oportuno que as de-mais democracias erguessem o cordãoprofilátlco em torno de Somoza e emapoio à luta do povo nioaraguense, quelevantou a bandeira de Augusto Sandinopara recobrar sua dignidade escarneci-da", declarou o ex-Presldente.

Na Venezuela e na Colômbia, grupospolíticos até antagônicos se uniram paraapoiar a decisão mexicana, enquanto emCosta Rica — que já rompeu relaçõescom a Nicarágua — um grupo de depu-tados proclamava ontem na Assembléiaque "a consciência da América Latina edo mundo começa a manifestar aberta-mente sua posição contrária a um regi-me que durante décadas vem oprimindoe sangrando a Nicarágua".

Um membro do chamado Grupo dos12, personalidades nlcaraguenses no exi-lio, Carlos Tunnermann, declarou que aruptura entre México e Nicarágua "re-presenta uma verdadeira bofetada mo-ral no rosto da sangrenta ditadura so-mozista".

San Salvador oferece salvo-conduto para guerrilheiros

São Salvador — O Chanceler salva-dorenho Antônio Rodriguez ofereceusalvos-condutos aos Integrantes do Bio-co Popular Revolucionário que se encon-tram nas Embaixadas da França e Ve-nezuela. Ainda não obteve resposta dogrupo, mas admite-se que o BPR não sedesviará de seus objetivos iniciais: con-seguir informações sobre três de seus li-deres que, aparentemente, foram mor-tos pelos órgãos de segurança salvado-renhos.

Os membros do BPR que se encòn-tram na representação venezuelana es-tão ilhados, desde a fuga dos funciona-rios (inclusive o Embaixador) que man-tinham como reféns. O Embaixadorfrancês Mdchel Dondenne, porém, con-tinua no cativeiro.

O chefe do grupo, Facundo Guarda-do, disse ontem que a fuga do Embaixa-dor venezuelano Santiago Ochoa foi"uma ação irresponsável", acrescentara-do que sua manutenção como refém da-va-se de forma pacífica e, com a fuga,a Venezuela "colocou-se ao lado dos queoprimem nosso povo".

Guardado elogiou o Governo fran-cês, que segundo ele não está está in-centivando o Embaixador Dondenne aseguir o exemplo de Ochoa.

O enviado de Paris, Philip Cuvillier,prepara-se para nova reunião com umacomissão negociadora do BPR, em bus-ca de um acordo que possibilite a liber-tação do diplomata, Michel Dondenne,e demais funcionários da Embaixada.

Greve geral pára ferroviasque servem Buenos Aires

Buenos Aires — Sem nenhum avisoao público ou às autoridades os ferrovia-rios das seis linhas suburbanas entra-ram em greve à zero hora de ontem, pa-ralisando totalmente suas atividades.Embora os sindicatos que agrupam osgrevistas — União Ferroviária, "La Fra-ternidad" (maquinistas) e Sinaleiros —não tenha emitido nenhum comunicado,sabe-se que a causa foi o aumento re-centemente concedido, de 19,06, quandoos ferroviários reivindicavam no mínimo38%.

Até ontem, a única reação oficial àmedida de força foi uma nota da em-presa estatal "Ferrocarriles Argentinos"exigindo o reinicio das atividades e ad-vertindo que os grevistas estão sujeitosàs penas previstas na legislação que proi-be qualquer tipo de greve.

Pela manhã o movimento se esten-dia a todas as linhas que ligam o centroda capital com os subúrbios: San Mar-tin, Mitre e Belgrano, o terminal na es-tação de Retiro amiento, terminal "On-ze" e Urquiza, terminal em Federico La-croze, responsável pelo transporte tie mi-lhares de passageiros, sobretudo traba-lhadores.

Há mais de um mês Ferrocarriles Ar-gentinos e representantes do pessoal vêmmantendo negociações com vistas a umaumento extraordinário solicitado pelostrês sindicatos, que se queixavam de queos ferroviários estavam ganhando me-nos que trabalhadores de outras ativi-dades, tanto públicas como privadas. De-pois de várias reuniões que duraram atéa semana passada a direção da empresainformou que o aumento seria a meta-de do solicitado pelos trabalhadores, pro-

Aluízio MachadoCorrespondente

vocando imediato protesto dos sindica-tos interessados.

A greve ontem Iniciada pode serconsiderada como o segundo grande de-safio dos sindicatos ao Governo mili-tar. O primeiro foi o movimento de pro-testo convocado pelo Grupo "dos 25",que embora não tenha sido de âmbitogeral como queriam os dirigentes sindl-cais, paralisou por 24 horas importan-tes setores industriais da grande Bue-nos Aires, Córdoba e Rosário.

No caso dos "25", os lideres grevis-tas haviam anunciado antecipadamentea eclosão do movimento destinado a pro-testar contra as leis que reprimem todaatividade sindical e contra a nova lei,por entrar em vigor, com a qual o Go-verno pretende pôr fim à influência pe-ronista no movimento trabalhista argen-tino.

Seis dos dirigentes "Dos 25" contl-nuam detidos respondendo a processopor se responsabilizarem perante a jus-tiça pela convocação do movimento.

No caso dos ferroviários, sabe-se quea greve foi decidida por representantesdos três sindicatos realizada "em qual-quer lugar de Buenos Aires", mas ne-nhum comunicado chegou a ser divul-gado e somente quando as estações pas-saram a avisar ao público que o serviçoestava suspenso "por falta de pessoal",os passageiros e autoridades tomaramconhecimento da medida.

Também em Rosário era total a pa-ralisação das linhas que chegam até es-sa- cidade — Belgrano e Mitre — infor-mando-se que o movimento tambématingirá as oficinas dessas ferrovias.

Parentes buscam desaparecidosSão Paulo — O paradeiro dos filhos

de 57 mulheres argentinas, grávidas detrês a nove meses quando desaparece-ram, foi questionado em documentoenviado a Assembléia Permanente dosDireitos Humanos e dos Marginalizados,comissão de São Paulo.

Entregue também à Conferênciados Bispos da Argentina, o documentorevelia que em apenas dois casos ascrianças foram entregues a seus avós,"por disposição das forças de seguran-ça", enquanto, somente em outros trêscasos, os avós tiveram "noticia extra-oficial do nascimento".

O trabalho levanta três hipóteses so-bre o destino dessas crianças, cujas mãesforam presumivelmente detidas pelasforças de segurança argentinas: "nasci-mento e participação na detenção e in-comunicabilidade da mãe; morte outransferência da mãe. mais entrega dofilho nascido a pessoas alheias ao gru-po familiar ou a Instituições públicas;e morte da mãe e/ou da criatura que le-vava em seu ventre, como conseqüênciade maus-tratos, de ação criminal deli-berada ou de sentença penal".

JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 23/5/79 Q 1' Caderno :.2°Cltchl> INTERNACIONAL - 13

Begin querfronteiraaberta já

Tel Avlv — Faltando doisdias para a devolução aoEgito da cidade de El-Arlsh,egípcios e Israelenses come-çaram a divergir sobre aprogramada abertura d afronteira, como resultadodo tratado de paz: o Pre-micr Mcnahnm Begln afir-mou que ocorrerá no do-mlngo, enquanto o Chance-ler Butros Ghall insiste emque só se dará em janeiro.

Begln declarou, Irritado,que combinou tudo com oPresidente Anwar S a d a t,em abril, e que esclareceráa questão com ele no encon-tro previsto para domingo,em El-Arlsh, em cerimôniaque marcará o Início dosefeitos práticos do tratadode paz, e na qual os dois dl-rigentes Inaugurarão a li-gação aérea entre Israel eEgito.

VIAGEM A LONDRES

Tudo começou quando oChanceler egípcio ButrosGhall, aparentemente Igno-rando o que de fato haviasido combinado entre Sadate Begin, afirmou que aabertura da fronteira nãose dará antes de os israe-lenses terminarem a pri-meira etapa de sua retiradado Sinai, em janeiro, novemeses após a troca dos ins-truimentos de ratificação dotratato.

Begin respondeu a Ghaliantes de embarcar paraLondres para uma visita detrês dias em que manteráconversações com a Pre-mier Margaret Thatcher ecom o Secretário de Estadonorte-am ericano CyrusVance. Comentou tambémdeclarações de Sadat, deque os dirigentes israelen-ses fazem afirmações emba-raçosas para o Cairo.

Disse que o Governo isra-elense é que fica numaposição constrangedora di-ante de algumas declara-ções de dirigentes egípcios,propondo marcha de 1 mi-lhão de muçulmanos paralibertar Jerusalém Orientale insistindo na criação deum Estado palestino in-dependente.

AUTONOMIA PALESTINA

O Premier israelense in-formou que resumirá paraVance, em Londres, o cha-mado plano Begln paia au-tonomia palestina em Cis-Jordânia e Gaza, aprovadoanteontem pelo Gabineteisraelense. Referindo-se àenorme distancia entre asposições egipeia e Israelensea respeito, Begin observouque "todas as negociaçõescomeçam com diferenças deopinião".

As discussões sobre a au-tonomia começarão sexta-feira na cidade israelensede Beersheva, com a pre-sença de Vance e os Minis-tro do Interior Joseph Burgc o Primeiro-Ministro Mus-tafá Khalil chefiando, res-pectivamenòe, as delegaçõesisraelense e egípcia.

Haia voltaa processarnazista

Haia — O Supremo Tri-bunal da Holanda decidiuque o milionário Pi éterMenten — negociante e co-lecionador de quadros — se-rá julgado novamente, soba acusação de ter cometidocrimes de guerra na Polo-nia durante a SegundaGuerra Mundial.

Menten, de 79 anos, foicondenado a 15 anos de pri-são por um tribunal deAmsterdã, em dezembro

de 1977, por participar daexecução sumária de 20 a30 pessoas, por soldadosnazistas, em 1941, na cidadepolonesa de Podhoroce.

Os advogados de Mentenimpetraram recurso e emdezembro de 1978 oul.ro tri-bunal, desta vez de Haia,reduziu a pena, de formaque o milionário pôde ser li-bertado do hospital peni-tenciário onde se encontra-va desde a prisão, em 1976.

O promotor público impe-troü novo recurso, desta vezao Supremo Tribunal e estedteidiu ontem que Mentenserá julgado por outro tri-bunal, desta vez em Roter-dã. Menten argumenta queo processo não tem sen-tido, porque já foi julgadoe (ondenado uma vez, porcolaborar com os alemães,logo depois da guerra, cum-priado integralmente suapena.

O Governo israelensepediu a extradição de Men-ten. mas ela foi recusadaporque a lei holandesa proi-be a;extradição de naturaisdo p;'js para serem julgadosno exterior.

Durtnte a Segunda Guer-ra Murdial, Menten colabo-rou coA as SS na Polônia.

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Aviões de Somoza atacamsandinistas em Jinotega

Milhares de ugandenses responderam aos apelos do Governo, devolvendo objetos roubados,quando da queda de Idi Amin Dada, dos órgãos governamentais e residências particulares

Guerra emUgandaestá no fim

Embaixador confirmamatança em Bangui

Kigali, Paris — A matança de crian-ças no Império Centro-Africano, de-nunciada pela Anistia Internacional, foiconfirmada pelo Embaixador centro-afri-cano em Paris, Sylvestre Bangui, queapresentou sua renúncia ao cargo e opedido de asilo político na França.

A renúncia do Embaixador, assimcomo a frieza da delegação francesa como Imperador Bokassa I, converteram oPapa Bok na figura central, ontem, dasexta reunião de cúpula franco-africa-na, que se realiza em Ruanda. O Chefede Estado centro-africano chegou a re-conhecer ter havido mortes nos distúr-bios mês passado em seu país.

A renúnciaO Embaixador Bangui fez um apelo a

todas as mães do mundo, assim como aoPapa João Paulo II, aos funcionários doAno Internacional da Criança, aos diri-gentes políticos franceses e aos Chefes deGoverno africanos reunidos em Kigalide que condenem as matanças e ajudema salvar as crianças centro-africanas."Eu acuso o regime centro-africanode ter assassinado seus próprios filhos,comprometendo assim o futuro do pais"— sublinhou, informando sobre umaFrente de Libertação recentemente for-mada destinada a lutar pela liberaliza-ção do regime centro-africano atravésda pressão do povo.

Segundo o Embaixador, um soldadodo Exército Imperial, entre outros, con-tou-lhe que a 18 de abril, escolares, pre-sos nas ruas e em suas casas, foram

transportados em caminhões militares.As crianças que falavam demais duran-te o trajeto foram obrigadas a se calarcom um disparo na testa.

Os sobreviventes foram encerradosem celas demasiado pequenas e muitosmorreram asfixiados. Os militares rece-beram à noite ordens de se desfazeremdos cadáveres e para isso lhes foram en-tregues sacos, alguns muito pequenos. Ossoldados levaram as crianças para o ce-mltério, onde cavaram valas, lançaram oscadáveres e os cobriram com terra.

Na reuniãoEm Kigali, Bokassa I repreendeu o

embaixador por sua renúncia, mas com-prometeu-se a "não adotar sanções". Aomesmo tempo, para deter a onda de cri-tica e suspeitas formuladas por seus co-legas, o Imperador aceitou que uma mis-são africana investigue in loco as de-núncias de matança.

A missão será integrada pelos repre-sentantes da Costa do Marfim, Ruanda,Togo, Senegal e Libéria. O Governo fran-cês, segundo certas informações, suspen-deu sua ajuda ao regime de Bokassa atéconhecer os resultados da missão investi-gadora.

Ao que parece, Bokassa conseguiu oapoio do Presidente do Senegal, LeopoldSenghor, para quem o Imperador não or-denou o massacre de crianças: "Houvedistúrbios e a policia e o Exército inter-vieram. Provavelmente houve muita con-fusão, mas não creio que Bokassa tenhadeliberadamente ordenado um massacre."

Críticas dos ELA provocamnova divergência em Teerã

Teerã — Enquanto se intensificamno pais as manifestações de protestocontra os Estados Unidos, depois dascondenações do Governo americano àsexecuções revolucionárias, uma aparen-te divergência se manifesta, no Irã, en-tre o Chanceler Ibrahim Yazdi, que ten-ta contemporizar a crise diplomáticacom Washington, e a ala considerada ra-dical da revolução islâmica, tendo agoracomo porta-voz mais ativo o ayatollahSadegh Khalkhali.

Respondendo a criticas de Yazdi, pa-ra quem ele jamais foi chefe ou membrodo Tribunal Revolucionário Central deTeerã, como alega, Khalkhali disse on-tem esperar que "o povo de todo o mun-do, amante da liberdade, execute o Xá,e quanto antes melhor, para que isso sir-va de resposta apropriada aos senadoresnorte-americanos, inclusive ao SenadorJacob Javits e seus partidários".

Juvir islamitaRecorda-se que na quinta-feira da

semana passada o Senado americanoaprovou resolução condenando as exe-cuções, no Irã, de pessoas responsabili-zadas pelos tribunais revolucionários decrimes cometidos durante a monarquiadeposta. Na segunda-feira, apesar dosprotestos do Governo iraniano — na pes-soa de Yazdi — contra o que considerouinterferência em negócios internos, por-ta-voz do Departamento de Estado ame-ricano endossou a posição do legislativo.

O Senador americano Jacob Javits,um dos patrocinadores da resolução con-tra as execuções, foi por ele acusado dereceber, através de sua mulher Marion,pagamentos para obtenção de contratospara a Air Iran.

O Ministro da Justiça iraniano, As-sadollah Mobasheri, acrescentou que 500mil dólares foram pagos pelo regime de-posto ao casal paia "criar condições fa-

voráveis" junto ao Congresso, autorida-des estaduais e universitárias dos EUA.

Segundo diplomatas ocidentais acre-ditados no Irã, citados pela agência UPI,os esforços do Chanceler Yazdi para mi-nimizar o confronto diplomático com osEUA esbarrariam, além dá atuação doschamados elementos radicais do islamls-mo, no clima que, em todo o país, pare-ce favorecer antes medidas contra a po-sição americana. Yazdi pediu no domln-go ao Governo americano que adiasse achegada ao Irã de seu novo Embaixador,Walter Cutler, até que se definissem me-lhor as relações entre os dois países.

Ontem, o ayatollah Ruhollah Kho-meiny falou a estudantes na cidadesanta de Qom, dizendo que os EstadosUnidos "não deixarão o Irã escapar tãofacilmente". Em outro discurso, lembrouque a revolução iraniana ainda não ai-cançou uma vitória total, pedindo aosiranianos que não se afastem da linha is-lamica por ele defendida.

Em Astara, perto da fronteira coma União Soviética, milhares de manifes-tantes queimaram ontem a bandeira dosEUA. Houve manifestações semelhantesem outras cidades, segundo a imprensade Teerã, e uma outra está prevista parasexta-feira, devendo convergir, na Capi-tal, para -a. Embaixada americana.

Em Teerã, dois militares foram con-denados à morte por "participação namatança ocorrida dia 8 de setembro úl-timo na Capital", e, pela primeira vezdesde a criação dos tribunais islâmicos,dois generais foram condenados a penasde 12 a 15 anos de prisão: respectiva-mente, Reza Parvarechem, ex-diretor dapolicia politica, e Manuchehr Vajdi, ex-chefe dos serviços de informação doExército, acusado de "colaboração comos serviços ocidentais de informação e deresponsabilidade nas atividades das for-ças israelenses contra os comandos pa-lestinos".

Minoria árabe mantém rebeldkKhorramshalir, Irã — Centenas de

militantes da minoria árabe iraniana daprovíncia do Kuzestão continuavam on-tem ocupando, nesta cidade, um prédioque pertenceu, antes da revolução, àCompanhia Nacional Iraniana de Petró-leo. apesar do ultimato do Governo pro-visório central para que se retirassemontem e entregassem suas armas até sex-ta-f?ira.

Eles exigem, basicamente, maior au-tonomia provincial — inclusive com aescolha local do Governador — e amea-

lçam com uma luta aberta pela indepen-dência total do Kuzestão caso não se-jam atendidas suas reivindicações.

Liderados pelos guerrilheiros inoja-hedeen, os iranianos de origem árabe(cerca de dois milhões, majoritários noKuzestãoi querem ainda o ensino da lin-gua árabe em suas escolas, a promoçãode sua cultura e a inversão, na provín-cia. de maior quantidade das rendasprovenientes do petróleo, de que oKuzestão é o maior produtor no Irã.

Nairóbi, Kinshasa, Gulu— Após a tomada da capi-tal distrital de Gulu e desua base aérea, as forçascombinadas tanzanianas-ugandenses acreditam quea guerra contra o remanes-cente Exército de Idi Aminpoderá estar terminadadentro de uma semana.Resta agora apenas a cida-de de Arua, junto à frontel-ra com o Zaire, nas mãosdos soldados de Amin.

As forças governamentaisacham que, como Gulu,Arua não oporá muita resls-tência. Em Gulu, segundoalguns habitantes, os sol-dados leais a Amin começa-ram a fugir quando virama chegada das tropas doGoverno, que bombardea-ram intensamente a cidadeantes de invadi-la na ma-drugada de domingo pas-sado.

Idi Amin, segundo onorte-americano de' origemfrancesa Daniel Walterner,que chefia um comando devoluntários criado paracapturá-lo, está em Uganda,em sua região natal no Nor-deste, perto de Arua, e dis-põe de importantes tropase armamentos.

Waltener lidera voluntâ-rios financiados pelo Depu-tado israelense Flatto Sha-ron, que em meados deabril lhes encarregou de en-con trar Amin, capturá-lo eentregá-lo ao novo Governougandense para julgamen-to. De acordo com o norte-americano, seu comandovigia o ex-Presidente ugan-ciense e o viu três vezes.Amin viajou para a Líbiaha cerca de dois dias numpequeno avião de granderaio de ação que possui.

Suíça segueEUA quantoà Rodésia

Sulisbury, Nova Iorque,Berna — A Suíça levantaráas sanções econômicas con-tra a Rodésia depois queGrã-Brrtanha, EstadosUnidos e outros países in-dustrializados o fizerem, in-formou fonte do Governo.Apesar de não pertencer àONU, a Suíça acompanhouas decisões do organismointernacional contra Salis-bury.

Em entrevista a The NewYork Times, o lider guerrl-lheiro rodesiano Joshua N'-Komo lembrou que os Esta-dos Unidos "queimaram osdedos no Sudeste Asiático,em Cuba e no Irã", razãopela qual deveriam ter cul-dado para não cair numasituação semelhante naÁfrica, apoiando um re-gime, como o do Bispo AbelMuzorewa.

Muzorewa, enquanto isto,espera tomai- pesse do car-go de Primeiro-Ministro ro-desiano até o final destemês. Ontem dois políticosnegros da tribo matabeleforam designados cândida-tos à Presidência: o funcio-nário público Josiah Gume-de e o professor NgunduNrihlovu.

O Parlamento, provável-mente no próximo domingo,escolherá o novo Presiden-te. Comenta-se que a elel-ção de um 7«2ebeZe (mem-bro da tribo matabelei dis-sipará o descontentamentodentro da tribo minoritária,que reclama da falta de re-presentação no novo Go-verno.

Muzorewa e a maior par-te dos outros 71 parlamen-tares negros rodesianos per-tencem à tribo dominanteshona.

Mánâguá — Uma grande batalhaestá sendo travada em Jinotega, a160 km de Manágua, onde centenas deguerrilheiros sandinistas e soldados daGuarda Nacional combatem corpo acorpo. De acordo com as primeiras tn-formações, inúmeros civis morreram emconseqüência dos bombardeios aéreos.

As versões se contradizem. O Gover-no afirma que já recuperou Jinotega eque os sandinistas fugiram para mon-tanhas próximas. A FSLN garante man-ter o controle, não só de Jinotega, mastambém de Yall e San Rafael dei Norte.

Dividir o inimigoComunicado sandinista difundido

pela Rádio Relógio de Costa Rica Infor-mou que a luta no Norte do país "é umanova fase estratégica" e que a novaofensiva "enterrará o regime somozlsta"

Simultaneamente, os sandinistas,divididos em cerca de 15 grupos, cadaqual com aproximadamente 15 homens,atacaram ontem diversos pontos de

Manágua, numn Iniciativa destinada a"dividir as forças do inimigo".

Aatacaram a casa do General JoséSomoza, a do Ministro do Interior, An-tonlo Mora, um posto policial, umaagência bancária e empresas de pro-priedade do Presidente Anastásio Somo-za. Houve ainda tiroteios entre os san-cllnlstas e os soldados, que causaram amorte de um guerrilheiro e de váriosmilitares.

José Somoza, atual Comandante daGuarda Nacional, é o Irmão do ditador.Nem ele, nem Mora Rostran estavamem casa no momento do ataque coorde-nado.

A situação é aflitiva em Jinotega. ACruz Vermelha, que teve um diretormorto pelos soldados, transferiu milha-res de civis, na maioria crianças, parauma fábrica de café. Em, Matagalpa, aCruz Vermelha deu abrigo para cente-nas de pessoas que foram perseguidaspelos soldados quando organizaram umaconcentração no Centro da cidade, parasaber noticias de seus parentes em Ji-notega.

Venezuela quer isolar NicaráguaCaracas — O ex-Presidetne Carlos

Andrés Pérez, da Venezuela, propôs on-tem a formação de um "cordão profilá-tico" em torno da Nicarágua, "para iso-lar do continente o regime despótlco doabominável genocida, o Presidente da NI-carágua, General Anastásio Somoza".

Andrés Pérez sustentou que as na-ções democráticas do hemisfério — refe-riu-se à Venezuela, Colômbia, Equador,Peru e Estados Unidos — "devem dar res-paldo ao México e Costa Rica, que comuma bela atitude de solidariedade de-mocrática cortaram relações com Maná-gua". Ele enviou ainda um telegrama decongratulações ao Presidente José LópezPortillo pela decisão que tomou.

Bofetada moral"Estou certo de que o povo venezue-

lano aplaude e apoia o México por suadeterminação, que expressa o sentimentode todos os países democráticos da Amé-

rica Latina. Seria oportuno que as de-mais democracias erguessem o cordãoprofilático em torno de Somoza e emapoio à luta do povo nloaxaguense, quelevantou a bandeira de Augusto Sandlnopara recobrar sua dignidade escarneci-da", declarou o ex-Presldente.

Na Venezuela e na Colômbia, grupospolíticos até antagônicos se uniram paraapoiar a decisão mexicana, enquanto emCosta Rica — que já rompeu relaçõescom a Nicarágua — um grupo de depu-tados proclamava ontem na Assembléiaque "a consciência da América Latina edo mundo começa a manifestar aberta-mente sua posição contrária a um regi-me que durante décadas vem oprimindoe sangrando a Nicarágua".

Um membro do chamado Grupo dos12, personalidades nicaraguenses no exí-lio, Carlos Tunnermann, declarou que aruptura entre México e Nicarágua "re-presenta uma verdadeira bofetada mo-ral no rosto da sangrenta ditadura so-mozista".

Polícia mata manifestantesdo BPR em San Salvador

San Salvador — A policia salvado-renha atirou ontem à noite contra umgrupo de 100 pessoas que tentou aproxi-mar-se da Embaixada da Venezuela pa-ra entregar alimentos aos integrantes tíoBloco Popular Revolucionário, queocupam o prédio há 10 dias. Nove 'pes-soas morreram e o número de feridosainda não foi determinado.

Um correspondente da agênciaFrance Presse informou que o grupo seaproximou do prédio da Embaixada gri-tando: "Somos manifestantes pacíficose queremos levar alimentos aos nossoscompanheiros". Os policiais que cercamo edifício deram ordens para que paras-sem e, como não foram obedecidos, co-mearam a atirar.

O Chanceler salvadorenho Antônio

Rodríguez ofereceu salvos-condutos aosintegrantes do Bloco PopularRevolucionário que se encontram nasEmbaixadas da França e Venezuela.Ainda não obteve resposta do gru-po, mas admite-se que o BPR não sedesviará de seus objetivos iniciais: con-seguir informações sobre três de seus li-deres que, aparentemente, foram mor-tos pelos órgãos de segurança salvado-renhos.

Os membros do BPR que se encon-tram na representação venezuelana es-tão ilhados, desde a fuga dos funciona-rios (inclusive o Embaixador) que man-tinham como reféns. O Embaixadorfrancês Michel Dondenne, porém, con-tinua no cativeiro.

Greve geral pára ferroviasque servem Buenos Aires

Buenos Aires — Sem nenhum avisoao público ou às autoridades os ferrovia-rios das seis linhas suburbanas entra-ram em greve à zero hora de ontem, pa-ralisando totalmente suas atividades.Embora os sindicatos que agrupam osgrevistas — União Ferroviária, "La Fra-ternidad" (maquinistas) e Sinaleiros —não tenha emitido nenhum comunicado,sabe-se que a causa foi o aumento re-centemente concedido, de 19,06, quandoos ferroviários reivindicavam no mínimo38%.

Até ontem, a única reação oticial àmedida de força foi uma nota da em-presa estatal "Ferrocarriles Argentinos"exigindo o reinicio das atividades e ad-vertlndo que os grevistas estão suieitosàs penas previstas na legislação que prol-be qualquer tipo de greve.

Pela manhã o movimento se esten-dia a todas as linhas que ligam o centroda capital com os subúrbios: San Mar-tin, Mitre e Belgrano, o terminal na es-tação de Retiro amiento, terminal "On-ze" e Urquiza, terminal em Federico La-croze, responsável pelo transporte de mi-lhares de passageiros, sobretudo traba-lhadores.

Há mais de um mês Ferrocarriles Ar-gentinos e representantes do pessoal vêmmantendo negociações com vistas a umaumento extraordinário solicitado pelostrês sindicatos, que se queixavam de queos ferroviários estavam ganhando me-nos que trabalhadores de outras ativi-dades, tanto públicas como privadas. De-pois de várias reuniões que duraram atéa semana passada a direção da empresainformou que o aumento seria a meta-de do solicitado pelos trabalhadores, pro-

Aluízio MachadoCorrespondente

vocando imediato protesto dos sindica-tos interessados.

A greve ontem iniciada pode serconsiderada como o segundo grande de-safio dos sindicatos ao Governo mili-tar. O primeiro foi o movimento de pro-testo convocado pelo Grupo "dos 25",que embora não tenha sido de âmbitogeral como queriam os dirigentes sindi-cais, paralisou por 24 horas impprtan-tes setores industriais da grande Bue-nos Aires, Córdoba e Rosário.

No caso dos "25", os lideres grevis-tas haviam anunciado antecipadamentea eclosão do movimento destinado a pro-testar contra as leis que reprimem todaatividade sindical e contra a nova lei,por entrar em vigor, com a qual o Go-verno pretende pôr fim à influência pe-ronista no movimento trabalhista argen-tino.

Seis dos dirigentes "Dos 25" conti-nuam detidos respondendo a processopor se responsabilizarem perante a jus-tiça pela convocação do movimento.

No caso dos ferroviários, sabe-se quea greve foi decidida por representantesdos três sindicatos realizada "em qual-quer lugar de Buenos Aires", mas ne-nhum comunicado chegou a ser dlvul-gado e somente quando as estações pas-saram a avisar ao público que o serviçoestava suspenso "por falta de pessoal",os passageiros e autoridades tomaramconhecimento da medida.

Também em Rosário era total a pa-ralisação das linhas que chegam até es-sa cidade — Belgrano e Mitre — infor-mando-se que o movimento tambématingirá as oficinas dessas ferrovias.

Parentes buscam desaparecidosSão Paulo — O paradeiro dos filhos

de 57 mulheres argentinas, grávidas detrês a nove meses quando desaparece-ram, foi questionado em documentoenviado a Assembléia Permanente dosDireitos Humanos e dos Marginalizados,comissão de São Paulo.

Entregue também à Conferênciados Bispos da Argentina, o documentorevelia que em apenas dois casos ascrianças foram entregues a seus avós,"por disposição das forças de seguran-ça", enquanto, somente em outros trêscasos, os avós tiveram "noticia extra-oficial do nascimento".

O trabalho levanta três hipóteses so-bre o destino'dessas crianças, cujas mãesforam presumivelmente detidas pelasforças de segurança argentinas: "nasci-mento e participação na detenção e in-comunicabilidade da mãe; morte outransferência da mãe, mais entrega dofilho nascido a pessoas alheias ao gru-po familiar ou a instituições públicas;e morte da mãe e/ou da criatura que le-vava em seu ventre, como conseqüênciade maus-tratos. de ação criminal deli-berada ou de sentença penal".

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14 - CIDADE JORNAL DO BRASIL D Quarta-feira, 23/5/79 D 1? Caderno

Carpinteiro do metrô vendeferramenta para comer epede emprego de servente

O carpinteiro Enoque Porto de Oliveira, de 24anos, e sete de ofício, teve de pleitear vaga de ser-vente, porque vendeu suas ferramentas para comer.Ele foi um dos 13 operários demitidos das obras dometrô que ontem procuraram a Delegacia Regionaldo Trabalho à procura de emprego.

A agência de empregos da DRT está oferecendoI mil 500 vagas com alojamento e alimentação pa-ra os quase 3 mil operários demitidos das obras dometrô, mas a procura foi pequena e muitos saí-ram sem colocação, porque os salários oferecidoseram abaixo dos que recebiam.DEMITIDOS

A Delegacia Regional doTrabalho colocou um funil-onário à disposição dos ope-rários demitidos das obrasdo metrô, oferecendo vagas

em viárias empresas. O ser-viço abriu às ã e logodepois chegou o primeirocandidato, o .armador Jo_éAugusto da Silva, despedidono princípio do mês da ore.-preitelra Eclsa. Recebeuuma carta de apresentaçãopara a firma Petrlflex, quefaz algumas obras na Re-finaria Duque de Caxias.

Depois íol a vez de Ubira-ni Pontes da Silva, de ÜSanos e também armadoi,que despedido da Ecisa emmarço foi .trabalhar n aConstrutora Norberto Ode-brecht e ficou desemiirc-gado novamente menos de30 'dias deipois.

Enquanto a procura deempregos era para proflssi-onads de salários 'mais bai-xo, em torno de Cr$ 9 a ho-ra, a agência da DRT f.on-seguiu colocação para todoõ.Apareceram, porém, váriosapontadores, também des-pedidos pelas empreteivasdo meitrô, cujos salárioseram mais altos que os ofe-recidos pela DRT. Foi ocaso de Paulo Sérgio Fontel,i_n paraense de 23 ano.s,_ue deixou sua cidade, Era-gança, em busca de melho-res salários.

Ele foi admitido na Ecüsa,em fevereiro deste ano,como servente, mas como¦tem o segundo grau comple-to, colocaram-no comoapontador, embora receben-do salário de servente. Nofinal de abril foi demitidoe ontem foi na DRT, alémde pleitear emprego, quei-xar-se da Ecisa. O funciona-rio Ida Delegacia explicou-lhe que o salário que querrecebti- está acima do ofe-recido e o aconselhou a pro-curar outro setor da agên-

cia, para ver se conseguiacolocação.

Assim como Paulo Sérgio,vários outros apontadores,encarregados de obras evigias apareceram e foramencaminhados para outrossetores da agência.

SALÁRIOS

Um funcionário da DRTdisse não ser possível caleu-lar o salário médio ofere-cido pelas empresas que co-locaram vagas à disposiçãoda Delegacia. Explicou quesão inúmeras profissões,cada uma com os mais vari-ados rendimentos, e muitasdas empresas não disseramquanto estão dispostas apagar.

Alguns dos operários re-clamaram dos salários bai-xos que lhes pagavam asempreiteiras do metrô e umdeles, o marteleteiro Gessidos Santos Souza, quis oemprego,. mas com o paga-mento da hora de serviçomaior do que recebia naEclsa. Ele ganhava Cr$ 12por hora e explicou ao fun-cionário que um marteletel-ro está ganhando em médiaCrS 16 a hora.

O Delegado Regional doTrabalho, Sr Luis Carlos deBrito, informou que o ser-viço continuará, enquantohouver trabalhadores d ometrô desempregados. Fun-cienários da DRT achamque o. número de demitidose menor que o estimado ecitaram como exemplo obaixo compare cimento àagência.

A Delegacia está ofere-cendo emprego para carpin-teiros, pintores, armadores,serventes, eletricistas e en-carregados de obras. Osoperários têm que levar acarteira de trabalho, paraprovar que foram demitildósdas. obras do metrô, e a pri-oridade é para aqueles quenão têm alojamentos, o ho-rário de atendimento é de8h às 13h.

SEM RECUPERAÇÃO

Para os fisioterapeutasEdson Virgílio Rodrigues eFernando Antônio RibeiroEsteves — que tratam domotorista — "o caso nãotem recuperação". JoséFrancisco tem de levar vi-da hospitalar, manobradopara suprir as deficiênciasrespiratórias e observadopara não sofrer bloqueios eretrações musculares. Elesofreu fratura na quarta' vértebra da coluna cervlcal,prejudicando o sistema res-piratório. Por isso, faz exer-cícios diários para estimu-lar os pulmões.

Segundo o motorista, a: sua remoção para o Rio,

logo após o acidente (30 dejaneiro), teria de ser ur-gente. "No boletim médicoda Unicom, que faz o tra-

; tamento no local, está es-crito que eu teria de vir emavião da FAB, acompanha-do de médico, (nas isto nãoaconteceu. Era um sábadode carnaval (4 de fevereiro)e nem médico nem avião.Tive de pagar a minha re-moção. Aluguei um táxiaéreo da Lider, que mecustou CrS 87 mil, e não fuireembolsado pela empresa"— «firma José Francisco.

RECURSOS

De inicio, ele vendeu ocarro e um terreno que pos-

.suia em São Pedro da Al-deia para pagar o trata-

f/B»J1l^«'..V.V«.Wl_l^fl_!irn^nwl.v."rr;;

!

Motorista inutilizado emserviço não tem ajuda daempresa nem do Governo

Tetraplégico, o motorista José Francisco Perei-ra Leite mal consegue mover a cabeça e tem a res-piração ofegante. Vítima de um acidente de traba-lho há um ano e dois meses, quando prestava ser-viços à Transportadora Transreal, nas obras da Usi-na de Itaipu, está internado na ABBR e paga seu.tratamento: até hoje não recebeu indenização ouajuda da empresa ou do Governo.

Há mais de seis meses, escreveu duas cartas aoentão Presidente Geisel. O máximo que conseguiufoi a visita de um médico do Ministério da Saúdee o auxílio-doença do INPS (dois salários mínimos)para pagar o tratamento e sustentar a mulher edois filhos. Numa das cartas, José Francisco afirma:"O Presidente errou na conta, quando falou em 60mil mãos trabalhando em Itaipu. São 59 mil 9.8,pois duas estão inutilizadas".

mento na Clínica SantaLúcia, em Niterói, que temconvênio parcial com oINPS, cobrando extra se opaciente ficar em quartop a r t i c u 1 ar com acompa-nhante. •

"Eu não podia ficar emenfermaria, devido ao tra-tamento, e sem acompa-nhante. Por isso, pagueiCr$ 66 mil 718, mas fuimaltratado, pois cheguei ãABBR com duas escaras(feridas causadas pelo con-tato do corpo com a cama;no tornozelo e no cóceix".

Na ABBR ele recebetratamento diário, que con-sidera "ótimo", além de teruma acompanhante volun-tária, Sônia Baez, mas écliente particular e paga otratamento, custeado pelasogra, Celeste Teixeira Nu-nes, e pelo povo de São Pe-dro da Aldeia, que realizoubailes com renda em seubenefício. O prefeito deuuma bolsa-de-estudos paraum dos filhos do motorista,Stefano, de 13 anos.

"Hoje" — diz José Fran-cisco — "não tenho nada.Possuía um patrimônio deCr$ 100 mil e usei tudo como tratamento e gastei maisde CrS 500 mil, conseguidoscom amigos. Resta-me umacasa, herança da minhamãe, onde mora a minhafamilia, lá em São Pedroda Aldeia".

João Francisco PereiraLsite está com 42 anos.Trabalhava há 22.

União FabrilSenhores Aoionistas,

A Administração da União Fabril Exportadora S/A (UFE), cumprindo as dispo-sições legais e estatutárias em vigor, vem submeter para exame e deliberaçãodos Senhores Acionistas, o Balanço Geral, as Demonstrações de Resultados, as'Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos e de Movimentação dasContas do Patrimônio Liquido, relativas ao exercício de 1979, acompanhadas doparecer do Conselho Fiscal.

33.393.13

RELATÓRIO DA ADMIN

Em termos de desempenho, no exercício de 1978/79 há de se registrarentre outros, os seguintes resultados:

1) Continuação da expansão da área industrial com acréscimo de 17% emInstalações e máquinas mais modernas e o conseqüente aumento daprodução;

2) Crescimento na área de Vendas, com aumento das quantidades vendi-das, de ordem de 7,49% que possibilitou a absorção de uma parcelano mercado potencial da empresa;

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE JANEIRO DE 1979(Exprosso em milham dt cruzeiros)

ATIVO

CIRCULANTE 1978/79

DISPONÍVEL

Caixa e Bancos 85.692

CRÉDITOS

Devedores p/Duplicatas 272.612(-) Previsão p/Dev. Duvidosos ( 8.178)(-) Títulos Descontados (95.665)

168.769ESTOQUES

Matérias Primas e Produtos 163.080Material em Elaboração 8.009Importação em Andamento 2.539

173.628OUTROS CRÉDITOS

Bancos c/Vinculada 13.008Créditos em ICM e IPI 2.712Agentes c/Cobrança —Adiantamentos a Empregados 616Depósito p/Importação 614Valores a Recuperar e outros 2.623

Í3.573VALORES MOBILIÁRIOS 147

DESPESAS DIFERIDAS 10.872

ATIVO CIRCULANTE 458.681

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

CRÉDITOS

Títulos a Receber 210Devedores Comerciais (Dív. Aj.) 1.545

1.755OUTROS CRÉDITOS

Empréstimo Compulsório 6.616Cauções e Dep. p/Recurs. Físc 72Incentivos Fiscais a Aplic 6.035

Contas Correntes:Empregados, Acionistas, Dire. 1.045Coligadas e Controladas 7.866Outros 368

22.004

ATIVO PERMANENTE 23.75?

INVESTIMENTOS FINANCEIROS

Empresas Controladas e Colig 49.440(-) Doságios e Ágios ( 312)

"•': 49.128

Aplic. p/lnc. Fiscais 4.204Outros Investimentos 723

54.053IMOBILIZAÇÕES TÉCNICAS

Imobilizado 188.935(-) Depreciações Acumuladas '• (96.460)

92.475Imobilizações em Curso 13.977

106.452Soma do Ativo Permanente 160.507

TOTAL DO ATIVO 642 947

1977/78

72.924

198 884( 5.967)( 73.346)

119.571

149.5514.872

13.125

167.548

15.8205.047

12253

24.5771.599

47.218111

6.775

414.147

6131.123

PASSIVO

1.736

4.53071

3.070

1.4191.106

293

10.489

12.225

17.295

17.295866

18.161

139.418( 72.138)

67.28010.318

77.59895.759

522 131

CIRCULANTE

Fornecedores Inst. Financeira Impostos 6 Taxas a Vencer Folhas a Pagar Contrib. e Prev, Social Fundo Gar. Tempo de Serviço Contas a PagarTítulos a Pagar

Provisões;

139 Salário Salário Educação FériasComissões s/Vendas Imposto d» Renda • PIS I. Dividendos Propostos Participações à Diretoria

PASSIVO CIRCULANTE

EXIGfVEL A LONGO PRAZO

Impostos » Vencer:

ICM Lei 1938/71 Imposto de Renda Ex. 1979 Valores a PagarInstituições Financeiras

Contas Correntes:

Empregados, Diretores, Acionistas ...Controladas e Coligadas Outras C/Correntes Gratif. a Empregados Suj. à AGO ...

Soma do Exigível ¦ Longo Praxo

PATRIMÔNIO LIQUIDO

CAPITAL

Capital Realizado

RESERVAS DE CAPITAL

Corr. Moner. do Cap. Lei 6404 Reserva p/Man. do Cap. Giro Reserva p/Aum. do Capital Lei 1302Res. Corr. Monet. Art9 55 Lei 1598 .

RESERVAS DE LUCROS

Reserva Tributada Reserva Legal Reserva Especial Reserva Lucros a Realizar Reserva p/Aplic. Parque Industrial ...

LUCROS ACUMULADOS

TOTAL DO PASSIVO

1978/79

145.085117.13964.736

1.2502.235

7692.385

755176

5 5542.761

13.8952.7542.293

381 787

13 3457.3871.006

24.461

125 000

46.4191.0581.6217 233

56.331

2.8628.362

5124.397

895

36.56718.801

236.699642.947

DEMONSTRATIVO DE MUTAÇÕES PATRIMONIAIS EXERCÍCIO DE 1979(Expresso em milharei de cruzeiros)

1977/71

136.063133.58044.2283.6881.509

5011.005

707

517115

9.1263.500

334.539

18.54310.950

7425.177

1.580 1.432223 325920 1.156

745

39.070

91.260

9.7721.182

15.275

26.229

2.1635.544

37

653

8.39722.636

148.522522.131

RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS._ Reserva Reserva

p/ lucro»Capital Corr. Mon. Res. p.Man. Res. p/Aum. Res. de Corr. Reserva Reserva Reserva lucros.a Aplic.no TOTAI

do Capit. do Cap. Gir. do Capital Mont. Art? 55 Tributada Legal Especial Realizar Pq. Indusl. Acumuladoslei 6404 Próprio lai 1303 lei 1598

Saldo Anterior em 31/01/78 91.260 9.772 1.182 15.275 2.163 5.544 37 - 653 22.636 148.522Aumento de Capital com Proventos de Reservas,

conforme AGO de 29/04/78 33.740 (9 000) (10.000) (14.740)Utiliz. p/Compl. da Provisão p/Imposto de Renda (76) 15 313 ( 211) ( 287)

Ajuste de Investimento Conf. ec. Lei 1598/78 5-687 242 15.S13Correção Monet. Balanço 46.419 286 439 1.958 775 2.059 14 2.854 60.733Lucro Liq. do Exerc 15.172 15.172

Apropriações:

Reserva Legal ( 759)

Divid. Propostos (CrS 0,022 p/ação) ( 2-754> ' 2754)

Res. Lucros a Realizar 759 3.398 ( 3.398)

125.000 46.419 1.058 1.621 7.233 2.862 8.362 51 24.397 895 18.801 236.699

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES- Examinamos o Balanço Patrimonial da UFE-UNIÃO FABRIL EXPORTADORA S/A, levantado em 31 de ia-

neiro de 1979, e as respectivas Demonstrações do Resultado do Exercício das Mutações do Patrimônio Líquido e dasOrigens e Aplicações de Recursos, bem como as Notas Explicativas que as acompanham, compreendendo as opera-ÇÕes realizadas no período de 19 de fevereiro de 1978 a 31 de janeiro de 1979.

— Nosso Exame foi efetuado consoante os padrões de audüoria geralmente aceitos, e de acordo com as de-terminações da COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS e do BANCO CEN1RAL DO BRASIL, incluindo revisões par-ciais dos livros e documentos de contabilidade, e outros procedimentos técnicos de auditoria que julgamos nece.sá-rios nas circunstancias.

— Não examinamos, nem foram examinadas por outros auditores independentes as demonstrações financeirasdas empresas coligadas e controladas nas quais a Sociedade tem investimentos avaliados pelo método da Equivalência

Patrimonial. Como conseqüência, não nos foi possível formar uma opinião quanto i adequação do valor desses

investimentos no balanço patrimonial e nos valores deles decorrentes apresentados na demonstração do resultido.

4 - Em nossa opinião, is referidas Demonstrações Financeiras representam adequadamente a situação pstrimo-

nial, financeira e os resultados das operações da UFE - UNIÃO FABRIL EXPORTADORA S/A, em 31 de iantiro d.

1979, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos, aplicados de maneira consistente, em relação

ao exercício anterior.

Rio de Janeiro, 15 da maio de 1979

ERYMÁ CARNEIRO, Auditoras Sct.

CRC RJ n? IIERYMA CARNEIRO Contador CRC RJ n° 2758

JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 23/5/79 D 1' Caderno ESTADO - 15

aa____-_I3^JS2__G_____K--H-—--I——— ——n7mmr,""",'*~

Exportadora S.A. (UFE)3/0001-24

ISTRAÇÃO À A. GO.

3) Na área Financeira, conforme demonstração das Origens e Aplicações deRecursos, nota-se uma diminuição do capital circulante em relação ao'período anterior a despeito do aumento do volume (e valores faturados.

A Administração conseguiu portanto maior ganho de velocidade em seusativos circulantes.

A Administração da Empresa permanece contudo, à disposição dos seusacionistas para qualquer outro esclarecimento.

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1979.

EURICO AUGUSTO DA SILVA CARNEIRODiretor Presidente - CPF. 005693487-49

JOFFRE ALCUREDiretor Vice-Presidente

CPF 005053077-15

DANIEL DE LIMA LOUREIRODiretor Vice-Presidente

CPF 005694377-68

DEMONSTRATIVO DA CONTA DE RESULTADOSDO EXERCÍCIO DE 1979

(Expresso em milhares de cruzeiros)

1978/79RENDA OPERACIONAL BRUTA

Vandai d» Prod. Fabr. Própria ] ,709.959Revenda de Mercadorias 3.060Prestação de Serviços 42Racelta do Incentivos Fiscaii 623Outras Receitai Operacionais 1.3)1

... 1.714.995(-) Impostos Faturados (ICAA) ( 204.442)RENDA OPERACIONAL KQUIDA ÜsiC-Tís!CUSTO DI PRODUTOS E MERCADORIAS

Produtos de Fabr. Própria (1.235.648)Revende de Mercadorias ( 4.694)

ai,... »„,„_ (1.240.342)lUCRO BRUTO 270.211DESPESAS OPERACIONAIS

Despesa» com Vendas

Salários, Comlss., Ene. Sociais 47.017Prov. p/Devedores Duvidosos 2.597Desp. c/Transp. próp., fretes pagos 19.120(—) menos fretes faturadosPIS — Faturamento 13.017Despesas de Comercialização ]4 247Depreciações 1.429

DESPESAS ADMINISTRATIVAS ( 97A27)

Honorários da Diretoria 4.500Salários e Ene. Sociais 25,885Desp. Administrativas outras 18.234Depreciações t $10

DESPESAS FINANCEIRAS ( 49'235'

Despesas Financeiras / 91,932){—) Receitas Financeiras 8.300

TOTAL DAS DESPESAS OPERACIONAIS (230.294)LUCRO OPERACIONAL 39917RESULTADO NAO OPERACIONAL . ..Receitas 5Q1Daspesai ( 601)

RESULT. PARTIC. SOCIETÁRIAS ( 3.398'RESULT. CORREÇÃO MONETÁRIA ( 20.282)RESULT. P/MAN. CAP. GIRO PRÓPRIO _GRATIFICAÇÃO A EMPREGADOS _LUCRO LIQUIDO S/l. RENDA 22.932IMPOSTO DE RENDA ( 5.446)LUCRO LIQUIDO APÓS O I. DE RENDA 17,465PARTICIPAÇÃO A DIRETORIA ( 2.293)LUCRO LIQUIDO DO EXERCÍCIO 15.172LUCRO LIQUIDO P/AÇÃO S/ CAP. MÉDIO Cr$ o!l33

1977/78

1.123.31812.599

113210306

1.136.546( 135.972)

1.004.574

( 784.369)( 11.611)

( 795.980)204.594

30.6452.715

13.808

9.2487.218

967

( 64.601)

3 69418.75413.762

480

( 36.690)

( 53.401)4.422

( 48.979)( 150.270)

54.324

3.601( _2I0)

3.391

DEMONSTRATIVO DAS ORIGENS E APLICAÇÕESDE RECURSOS DO EXERCÍCIO DE 1979

(Expresso em milhares de cruzoiros)

1978/79 1977/78I - ORIGEM DOS RECURSOS

Lucro Líquido Depreciações Corre(ão Monetária do Balanço Res. p/Manut. Cap. Giro Próprio Prov. p/l. Renda não Utilizada Aum. Passivo Exigi vel L. Prazo

II - APLICAÇÕES DE RECURSOS

Investimentos Técnicos Investimentos Financeiros Prov. p/l. Renda (compl. exerc, anterior)Divid. Propostos è Assembléie Result. Parlic. Societ. (Equiv. Patrim.) ....Dim. Passivo Ex. a L. Prazo Aum. Ativo Real a L. Prazo ,....

III - DIMINUIÇÃO DO CAP. CIRCULANTE

15.172 24.30811.378 8.02120.282

9.086293

28.579

46.832 70.287

13 360 11.0313.604 7.352

2872.754 4.2123.398

11.53414.609 4.432

49.546 27.027( 2.714) 43.260

46.832 70.287

9.086)745)

47.88410.950)36.9343.500)

33.434

IV - VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE

77/78 78/79 Diferences

Ativo Circulante 414.147 458.681 44.534 207.780Passivo Circulante 334.539 381.787 47.284 164.521CAPITAL CIRCUL. LIQUIDO 79.608 76.894 (2.714) 43.260

EURICO AUGUSTO DA SILVA CARNEIRODiretor Presidente - CPF 005693487-49

DANIEL DE LIMA LOUREIRODiretor Vice-Presidente - CPF 005694377-68

JOFFRE ALCUREDiretor Vice-Presidente - CPF 005053077-15

MANOEL FERNANDES DA COSTAContador Geral - CRC 002880-7 - CPF 005.224907

NORTON DA CUNHA E CASTROContador CRC 027955-4 - CPF 047613327-00

NOTAS EXPLICATIVAS DA DIRETORIA EM RELAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASNota 1 — Demonstrações Financeiras:

a) As demonstrações financeiras são apresentadas como no balanço anterior estruturado e com a correçãomonetária do ativo imobilizado feitos de acordo com a Lei 6404/76;

b) No Inicio e fim deste exercício financeiro iá foram considerados portanto, os ajustes de investimentos• demais correções de que trata a Lei 6404/76 e Dec. Lei 1598/78.

Nota 2 — Critérios de Avaliação:

a) Provisão para Devedores Duvidosos - Foi constituída até ao limite máximo permitido pela legis-lação do Imposto de Renda. Os prejuízos, em termos de cobrança, dado o volume do faturamento podem ser consi-derados como desprezíveis. Tendência que se devora manter no próximo exercício.

b) Estoques - Foram avaliados ao preço médio ponderado de aquisição acrescido das demais despesas. Asmatérias primas elaboradas para utilização como insumos contém elementos de despesas Industriais (mod. moi, ene.

c) Despesas Diferidas - Os juros a correção monetária de empréstimos são contabilizados e transferidospara a conta de Resultados à medida que vão sendo incorridas no tempo;

d) Investimentos Financeiro! - Os valores dos investimentos relevantes no final do exercício, foram cor-rígidos monelariamente e ajustados pela equivalência patrimonial aos balanços das sociedades coligadas, apósos ajustes de investimentos no início do exercício. Os outros investimentos foram corrigidos monetariamente con-forme livro "da ORTN, não superando o valor de mercado;

e) Imobilizarei Técnica» - É demonstrado ao custo menos as depreciações calculadas à taxas fixas anuaissituados na faixa aceita pela Legislação Fiscal;

f) Instituições Financeiras - Os juros e correção monetária são contabilizados em conta do Ativo para dis-tribuição no resultado em média ao intervalo de tempo no decurso do financiamento.

g) Provisão para Imposto de Renda - A provisão para o Imposto de Renda incluindo a parcela destinada a incen-tivos Fiscais é obtida pela aplicação de 30% do lucro tributável. A parte dos Incentivos Fiscais foi contabilizadano Realizável a Longo Prazo para posterior transferencie para o Ativo Permanente;

h) Provisões Férias, 139 Salário, Comissões, Salário Educação - Foram constituídas como valores incor-ridos e devidos om termos da Legislação Tributária;

cada; '' Capita' ~ ° "Pi,al '°talmente integralizado é constituído de 125.000.000 ações ordinárias de CrS 1,00

i) Dividendos - O dividendo obrigatório foi de 25% sobre o lucro líquido do exercício, ajustado nostermos dos itens I, II e III do artigo 202 da Lei 6404 dt 15.12.76;

k) Reservas - Foi constituída a reserva de lucros a Realizar com s diferença entre o valor da cor-reção monetária e a equivalência patrimonial de acordo com o facultado pela lei 6404/76 nos moldes do art9248 - III - leira C.

Nota 3 — Estoque:

Matérias Primas • Produtos

Matérias Primas Matérias Primas ElaboradasMateriais diversos Materiais rie Embalagens ..Material em Elaboração ....Produtos Acabados Importação em Andamento

TOTAL

1978/79

133.816 828,336.325.878,361.395.435,20

11.039.502,758.008.994,15

10.502.502,262.539.278,59

1977/78

124.647.882,3 991.436,1.013.841,6.209.253,4.871.889,

13.658.18413.124.971

Nota 4 — Investimento em Coligadas • Controladasi

CapitalSocial

PatrimônioLíquido

TipoAções

Valor Invest.Corrigido % Parlic.

Oleaginosas Maranhenses 53.182.286,00 169.351.449,71 Ord. 21.359.144,16 88,35(-•) Deságio ações ord ( 151.492,92)

Pref. 22.892.489,64(-) Deságio ações pref ( 696.740,89)Tarmove S/A 772.000,00 936.747,21 Ord. 662.521,86 2,34(+) Ágio s/ações ord 485.194,41Hidroveg S/A 3.950.000,00 4.898.115,98 Ord. 1.239.999,71 9,31

Pref. 3.286.000,00(-*-) Ágio s/ações pref 50.454,68

49.127.570,65 100,00

Investimentos outros

OPENFLORA S/A 1.136.082,40

TRI FLORA S/A 2.710.846,53BRADESCO S/A 677.711,30

EMBRAER 357.532,61

Outros 45.542,28

TOTAL 4.927.715,12

Nota 5 ImobilizaçÕes Técnicas

Imobil. Técnicas Depreciação Total

Imóveis 36.213.306,56Inst., Equip., Máq. Fábrica 109.916 538,68Inst., Equip., Máq. Escritório 12.756 330,62Benfeitorias *. 12.196.929,74Veículos 15.728.524,57Equip. de Propaganda 1.428.546,77Marcas e Patentes 694.769,44Imobil. em Andamento 13.858.794,10Adiant. a Imobilizar 118.200,00

4.657.411,08 31.555.895,4B67.590.318,04 42.326.220,647.579.916,00 5.176.414,624.153.895,66 8 043.034,08

11.414.001,62 4.314.522,95642.209,60 786.337,17422.623,03 272.146,41

13.858.794,10118.200,00

173.628.419,64 167.547.458,46

202.911.940,48 96.460.375,03 106.451.565,45

Nota 6 — Capital

Acionistas n? de ações % Capital

Daizo Administradora LtdaJornal Administradora LtdaCena Administradora LtdaEspólio llídio Gomes LobarinhasOutros

30.517.175.00030.517.175.00030.517.175.00023.961.250.0009.847.225.000

."8 =*d_

Petropolitanos denunciam*falhas e omissões no planode uso do solo da cidade

Com a colocação de algumas manllhas, qual-quer loteador de Petrópolis poderá, segundo o novoPlano de Uso do Solo, obter da Prefeitura a apro-vação de lotes abaixo das medidas mínimas estabe-lecidas (360 metros quadrados). O Plano prevê "to-lerancia nos índices urbanísticos" para os incorpo-radores que asfaltarem ou colocarem esgotos emsuas terras.

A denúncia foi feita, ontem, pelo Sr FranciscoDona, presidente do Movimento em Defesa de Pe-trópolis, e pelo arquiteto Alfredo de Sá Earp Hertz,diretor do Departamento Cultural da AssociaçãoPetropolitana de Engenharia. Eles acusam o novoPlano de ser "impraticável", cheio de erros, inclusi-ve de Português, e de não levar em consideração ai-gumas medidas de proteção à ecologia, adotadas nosplanos anteriores.

VOCAÇÃOirreversível

A apreensão dos defenso-res da ecologia começou,ainda no ano passado,quando numa entrevista aoDiário de Petrópolis, umdos autores do Plano, o ar-qulteto Paulo Hungria, de-clarou textualmente: "de-ve-se levar em conta queas características de Petró-polis são industriais, e estavocação é irreversível".

Os defensores de Petrópo-lis afirmam que a atual leide zoneamento, feita em1975, tem vários defeitos,inclusive o de liberar o ga-barlto no Centro. Possui,entretanto, várias virtudes,como a de proibir a po-lulção, a um ponto tal, quea Secretaria de Planeja-mento da Prefeitura consi-derava "difícil, quase im-possível" licenciar novas in-dústrias para a cidade. Anova regulamentação d euso do solo ignora total-mente essas restrições à po-lulção, que serão transferi-das para os anexos, e fácil-mente burladas, segundoacreditam.

Eles criticam, atada, a re-tirada de várias normasadotadas no parcelamentodos terrenos, e constantesdos planos anteriores, comoa de determinar o númejrode árvores que devem per-manecer nos lotes. Mos-tram-se apreensivos, ainda,com a forma de incentivoprometido pelo plano aquem construir sistemas deesgotos ou asfaltar lotea-mentos. "Assim, basta asen-mentos. "Assim, basta assen-lhas, para legalizar lotes de100 metros quadrados", dis-se o Sr. Prancisco Dória!

TOMBAMENTO LOCAL

Para o Sr Alfredo de SáEarp Hertz, ainda não foifeito um plano detalhadodas casas e conjuntos ca-racteristicos de Petrópolis,passíveis de tombamento.Citando a diretora do Patri-mônio Histórico do Estado,Sra Rachel Sisson, paraconfirmar a inexistênciadesse tombamento, defendea necessidade de se criarum órgão petropolitanocom essa finalidade. Con-sidera necessário tombar ascasas da burguesia, do finaldo Império e da República,além de conjuntos de casasde colonos alemães que re-produzem a arquitetura re-nana.

O arquiteto é autordos inventários para o Pa-

trlmònlo Estadual, que re-sultaram em vários tom-bamentos, como o do mata-douro de Petrópolis, a Casado Barão de Oliveira Cas-tro, a Casa do Visconde deUbâ e outras. Além disso,considera importante otombamento de várias pou-tes da cidade e dos parquesindustriais dos fins do sécu-lo passado, como o Cascati-nha e o Alto da Serra.

PALHAS

Os defensores de Petrópo-lis negaram que sejam con-tra'o uso de casas situadasem bairros residenoiais pa-r a atividades comerciais."Cada caso é um caso, edeve-se tomar cuidado comesse uso, para impedir quejardins sejam destruídospara se transformar em es-taclonamentos, ou que asfachadas das casas sejamdeformadas por anúnciosde acrílico. Nada disso figu-ra no Plano", disse o SrFrancisco Dória.

Eles crltitíam a falta dediscusão sobre o Plano,num momento em que a co-munidade de Petrópolis seorganiza para discutir seusinteresses. Para eles, o Pia-no é cheio de falhas técni-cas e no estado em que estánão é nem lei nem regula-mento, pois faz conside-rações que não cabem numtexto legal, como a de queo centro está "irreversi-velmente desfigurado".

OMISSÕES

Para o Sr Francisco Dó-ria, os problemas principaisde Petrópolis não estão dis-cutidos no Plano. "Não hálevantamento de d i s t r i-buição de água, o sistemade esgoto é precário, os riosestão imundos e assoreados,o transporte é difícil e ascrianças não têm pratica-mente o que fazer nascida-de, que carece de opções dslazer" — diz.

No entender dos SrsFrancisco Dória e Alfredode Sá Earp Hertz o novsPlano de Uso do Solo preci-sara de um substitutivo pa-ra ser aplicado, além de vá-rias correções em seu texto.Num dos parágrafos o Pia-no diz, textualmente: "Aosloteadores que além destasobrigações mínimas execu-tarem por sua conta gale-rias subterrâneas de águaspluviais de esgotos sanitá-rios serão bonificados sobforma de tolerâncias nasdimensões mínimas estabe-lecidas para os lotes."

Deputado quer arquivamentode estudos sobre a fusmde Niterói e São Gonçalo

O Deputado Darci Brum, do MDB, anunciou,ontem, em discurso da tribuna da Assembléia, quesolicitou ao Governador Chagas Freitas o arquiva-mento de um estudo realizado pela Fundação parao Desenvolvimento da Região Metropolitana doGrande Rio, que sugeria a fusão dos Municípios deNiterói e São Gonçalo.

"Esse estudo de tecnocratas foi marcado peloabsurdo e o Governador atual me garantiu que eleserá arquivado", acrescentou o parlamentar oposi-cionista. O trabalho, salientou, "desprezava os va-lores culturais, a tradição e o comportamento inde-pendente de duas sociedades distintas, para consa-grar uma espécie de insanidade fusionista".LIXEIRA

Em seu pronunciamento,o Sr Darci Brum disse, am-da, que "os tecnobratas quese apossaram da Fundrem,no Governo passado, preo-cuparam-se apenas, quantoa São Gonçalo, um munici-pio de importância indus-trial para o Estado, comprojetos que pudessem pre-judicá-lo. Queriam, porexemplo, transformá-lo "na

grande lixeira do Grande

Rio, outro plano absurdoque eu consegui arquivar"."A lixeira, a que me refi-ro — concluiu — seria ad-ministrada pela Comlurb ese instalaria num bairro degrande densidade popula-cional, o de Engenho Pe-queno. Seria, em síntese, seos tecnocratas demoramum pouco mais no poder, oprimeiro passo para a con-secução, um pouco mais tar-de, da fusão de São Gonça-lo com Niterói, à revelia desuas populações".

Assinatura do

JORNAL DO BRASILsem mexer um dedo.Mande sua secretárialigar para 264-6807

16 - ECONOMIA

_VOt!fl jOO/i[•'./ca agrícola muda orçamentoBrasília — O pucote de

modhl;i:i na área agricola aser aprovado hoje pelo Con-solho Monetário Nacionalobrigará a um remaneja-mento nas previsões do or-

; çamento monetário, com aelevação do teto das xoli-• .ações em crédito à agrope-

j ouárla — fixado no inicio;' do ano cm Cr$ 425 bilhões:" SOO milhões — em especialna conta de oustelo. Noste.' remanejamento, haverá

cortes em algumas contas„,e, entre elas, uma que deve

: ser atingida é a Carteira dei Crédito Geral (Crego) do¦ Banco do Brasil.

Embora ainda não se sai-ba se haverá tempo hábilpara definir tais mudanças,é Intenção d'as autoridadesfinanceiras diseutl-llas no

^próximo dia 13, quando oCMN volta a se reunir, _o

¦ lado de prováveis alterações_ na Resolução 366, que disoi-

,plina as operações com titu-. los no open market. Já pro....vendo o remanejamento no

orçamento monetário, o„ Conselho decide hoje que os« eventuais excessos de apli--cações do Banco do Brasil••"•no custeio agricola, este-ano, não mais estarão sujei-¦'-tos à punição pela cobrança-das taxas do redesconto de«liquide-, como foi estabele-""61do no ano passado.

IB"SEM DESVIOSMi-"$? Justamente a não puni-"ção,

pelas taxas do redes-^ conto, do Banco do Brasil

nos eventuais estouros naconta de custeio — medida|que, entre os técnicos doGoverno, se convencionou,chamar de "custeio sem li-mite" ou "extralimite", jar-gão adotado durante os es-tudos do pacote agrícola

..ao lado da desvinculaçãoentre o custeio e o preço

, mínimo, que a partir deamanhã não poderá ser in-ferlor a 168,7% do custeio,

são consideradas duas cliismais Importantes entre ascerca de 20 propostas naárea agricola a seremexaminadas hoje pelo CMN.Está definitivamente des-cartada a possibilidade deelevar a mais de 15% dosdepósitos à vista a obrlgato-rledade dos bancos de apli-carem em crédito rural,conforme determina a Re-solução 69.

Autoridades da áreaí i nancelra governamentaldisseram ontem não espe-rar que as medidas na áreaagricola, em que pese o re-manejamento a ser feito noorçamento monetário e mfunção delas, venham aprovocar desvios acentua-dos nas metas de expansãoda moeda para este ano,"porque é multo fácil pre-ver a demanda dos emprés-timos de custeio, é no eus-telo nunca houve grandesestouros, como ocorrem, >porexemplo, nas contas decafé, trigo e açúcar, estassim, de preocuparem".

Entre as 20 medidas pro-postas por técnicos dosMinistérios da Agricultura,da Fazenda, do Planeja-mento e do Banco do Brasile Banco Central, pelomenos uma, das mais im-portantes, teve sua discus-são adiada para a reuniãodo CMN no dia 13 — a dife-renciação, de 13% a 30%, deacordo com o porte de re-cursos próprios do agricul-•tor, das taxas de juros anu-ais cobrados nos emprés-timos de investimento ru-ral. O esquema destamudança não foi aindadefinitivamente acertado edai não estar incluído napauta de hoje do ConselhoMonetário. Já a propostapara mudanças no uso dasnotas de promissória ru-ral e nas garantias da-das pelo produtor aosbancos será discutida nareunião de hoje do Conse-lho de DesenvolvimentoEconômico (CDE).

Edital de arroz espera B. CentralBrasília — A Comissão de Pi-

nanclamcnto da Produção (CPP) jápreparou o novo edital para a lm-portação de 180 mil toneladas dearroz, mas não vai divulgá-lo en-quanto o Banco Central não con-cordar com todos os seus termos,já que dlscordancias das autorida-des monetárias obrigaram ao can-crlamento da primeira convocaçãode importadores, atrasando a che-gada do produto em 30 dias e ar-riscando os preços aqui e lá fora.

O secretárlo-cxecutlvo da CFP,Sr Paulo Viana, explicou ontemque as novas normas foram feitasprevendo o pagamento do arroz emdólares por agências do Banco doBrasil no exterior. O Banco Cen-trai preferiu assim para não "sen-siblllzar a base monetária".

A entrada dos lucros dos lm-portadores, caso sejam apurados

em dólares, exigirá a abertura deuma exceção nas regras de conge-lamento para ingresso de moedasestrangeiras no pais. "Ou, então,cláusulas especiais para ressarci-mento dos importadores", explicouo Sr Paulo Viana.

Uma possibilidade alternativaé a inclusão de todo o lucro daOperação dentro do montante aser pago em cruzeiros aos Impor-tadores, por conta de despesas comtransporte do porto brasileiro paraos armazéns do Governo. O secre-tárlo-executlvo da CPP admitiu on-tem que o cancelamento do pri-mclro edital "desgastou" o órgão.

Um desgaste que os técnicos doMinistério da Agricultura tentaramevitar até o último instante. Daíporque o edital anterior somentefoi cancelado na véspera da aber-tura das propostas na CPP.

Venda de óleo de soja é precáriaContinua precário o abaste-

cimento de óleo de soja nos super-mercados, que estão recebendo dasrefinarias menos 70% de suas ne-cessidades. Para o diretor da Bolsade Gêneros Alimentícios, AiltonPornari, a situação não se norma-lizará tão cedo, "porque os produ-tores estão retendo a soja, á espe-ra de melhores preços".

Também quanto ao abasteci-mento de arroz, o Sr Ailton Porna-ri não vê boas perspectivas a curtoprazo. Os preços, segundo ele, estãomuito altos "e os supermercadossão forçados a comprar arroz bom,arroz ruim e misturar para vendersem prejuízo". Ao mesmo tempo quedefende a importação do produto,ele adverte para o perigo de a mes-ma desestimular o produtor no pró-ximo ano.

Sobre a deficiência no abaste-cimento do óleo de soja, explicou oSr Ailton Fornari que os produto-res estão cobrando das indú.-striaspreços acima da tabela, pois preten-dem receber o preço internacional,ou seja, Cr$ 400 a saca de 80 qui-los. Em sua opinião, o Governo de-

veria tomar medidas enérgicas paraevitar que isto continue ocorrendoe aponta a restrição ao crédito doprodutor que retiver a soja, como"uma medida arriscada, que pode-ria dar resultados".

Quanto às medidas anuncia-das pelo Governo, no sentido de es-timular a agricultura, através doaumento de crédito, disse o diretorda Bolsa de Gêneros Alimentíciosnão acreditar que tal medida ve-nha provocar o aumento da pro-dução. Ele dá o exemplo de um le-vantamento que fez, segundo oqual, nos seis últimos anos, toma-dos por base seis produtos básicosda alimentação, houve um aumentodo crédito de custeio na ba.se de300% e, no mesmo período, a pro-dução aumentou em apenas 43%.

Para o Sr Ailton Fornari a so-lução da agricultura "deverá seranunciada amanhã (hoje), com opacote da agricultura, pois é ne-cessário que o Governo tome medi-das mais concretas para o setorporque apenas injetar a agriculturacom mais recursos financeiros nãoé o que faz aumentar a produção".

Cafeicultoré contra o

Santa Rita do Sapucai, MG— A troca do porto de Santospelo do Rio de Janeiro para aexportação de café de Minas, cs-tlmulada pelas autoridades, foiconsiderada totalmente .lesvan-tajosa por cerca de 200 produto-res rurais Sul-mlneiros. Eles sereuniram na Fazenda do V!n-tém, deste Município, para dis-cutlrem seus problemas, inde-pendentemente das suas lide-ranças tradicionais, acusados deInoperantes.

O cafeicultor Arnaldo Na-nettl, surpreso com a notícia deque as Secretarias de Fazendade Minas e do Rio realizaram en-tendimentos nesse sentido, co-mentou que a exportação peloporto do Rio de Janeiro, mesmocom todas as vantagens que vie-rem a ser oferecidas, poderá fa-vorecer, no máximo, aos produ-tores de café da Zona da Matamineira e do Espirito Santo.

— Para nós, do Sul de Mi-nas, não há nenhum interesseem operar pelo Rio — disse ocafeicultor Arnaldo Nanetti. E'Inconcebível, diria inviável. Alémde custar menos, por ser o cio Riomais distante, o porto de San-tos ja se firmou como exporta-dor de café de qualidade. No ex-terior, não se fala em café deMinas, mas em café de Santos.

Ele apontou como outravantagem de Santos o fato de oscaminhões que levam o café doSul de Minas não voltarem va-zios, já que trazem adubo deCubatão, em São Paulo, para alavoura cafeelra.

A discussão dos fazendeirosgirou em torno de um dos maio-res dramas da cafeicultura daregião: a carência de mão-de-obra para a colheita dos cyrcade 4 milhões de sacas da atualsafra, que está começando. Elesestão se preparando para pagaraté Cr$ 300 por dia a um traba-lhador que tem o salário mini-mo diário de Cr$ 76 e, paralela-mente, estudando uma soluçãopara o êxodo rural, responsávelpela falta de mão-de-obra nocampo.

JORNAL DO BRASIL Q Quarta-folra, 23/5/79 D 1» Caderno

do Sul de Minasembarque no Rio

Produtor e torradorexaminam seu mercado

O desenvolvimento dosnegócios com café no Esta-do do Rio, inclusive a reatl-vação do porto para embar-que de parte da safra ml-nelra, será examinado emdois próximos encontros ideempresários e autoridades.Sábado reúnem-se os cafei-cultores, que pretendem au-mentar a participação doEstado na produção nado-nal; e quarta-feira o Slndi-cato da Torrefação e Moa-gem de Café examina como Governo estadual a Indus-t r i a lização e comerciall-zação.

Hoje o presidente ido IBC,Octávio Ralnho, deve rece-ber uma comissão de repre-sentantes de todas as emti-dades ligadas ao café naárea de Minas e São Paulo,para examinar proposta deplano de ação do InstitutoBrasileiro do Café duranteo Governo Figueiredo. En-tre os empresários, os SrsMoacir Calil, presidente da

Divisão Técnica ide Café daFederação do Comércio doEstado de São Paulo; Joa-quim Pereira Leite Neto,presidente d a AssociaçãoBrasileira d e Desenvolvi-mento da Oafelcultura;Walter Plerrot, presidentado Sindicato das Indústrias,de Torrefação de São Pau-lo; e Augusto Saraiva, doSindicato dos Armazéns Ge-rais.

Na iterça-íe_:a o presiden-te do IBC abre o encontrode Guarujá, considerado omais importante eventopromovido pelo empresaria-do do café. Antes de seguirpara São Paulo, deve rece-ber missão da índia quechega ao Brasil, interessadana produção e comerciall-zação de café, cacau e bor-racha.

No dia 7 de Junho o presi-dente do IBC, Octávio Ral-nho, fala na Comissão deAgricultura da Câmara, emBrasília.

Farsul veta reeleiçãode Costa Brito á CNÃ

Porto Alegre — Sob a alegação de que os "tem-pos são novos", a Farsul (Federação da Agricultu-ra do Rio Grande do Sul) decidiu ontem não par-tlcipar da reeleição, em agosto, do Sr Flávio daCosta Brito à presidência da Confederação Nacio-nal da Agricultura, em atitude que deverá ser se-guida pelas federações de Goiás e São Paulo.

A entidade de classe dos ruralistas gaúchos íolprocurada por lideranças da produção rural, enca-beçada pela atual diretoria do ONA, tendo o presi-dente da Farsul, Sr Flor Amaral, se manifestadocontra a reeleição, diante da necessidade de mudan-ças na entidade. Em nota oficial a ser distribuídaamanhã, a Farsul detalhará sua posição.O prazo para a inscrição das chapas de candi-datos se encerra hoje, mas a Farsul não apresen-tara nenhum candidato.

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ERICSSON DO BRASILCOMÉRCIO E INDÚSTRIA S. A.

SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTOGEMEC - RCA 200-76/122

CGC. 33.067.745/0001-27

COMUNICADO AOS ACIONISTASO Conselho de Administração da Ericsson do Brasil Comércio e Indús-tria S.A. no cumprimento do dever de informar, previsto na Lei dasSociedades por Ações, e em continuidade às informações já pres-tadas relativa à nacionalização do capital da empresa, dá os seguin-tes esclarecimentos:A Ericsson do Brasil, vencedora da concorrência internacional001/76-TB, foi aprovada pela Telebrás como uma das fornecedorasde centrais controladas por programa armazenado - CPA, com o seusistema AXE.Esta concorrência tem um significado muito importante para as te-lecomunicações do Brasil, porque:

nacionaliza a maior indústria deste setor;introduz a tecnologia mais moderna, disponível no mundo;

obriga a transferência de tecnologia para o Brasil através da em-presa fabricante com capital nacional;

cria condições para depois de absorvida a tecnologia, desenvol-ver, no futuro, uma tecnologia própria no País,

A Ericsson do Brasil possui larga experiência no País, onde vemoperando na área de telecomunicações há mais de 55 anos.Atualmente o seu complexo industrial composto de fábricas em Eu-gênio de Mello, Estado de São Paulo, Paraisópolis e Ita juba, Estadode Minas Gerais, é, sem dúvida, o maior da América Latina naárea de telecomunicações.Graças à autonomia e apoio proporcionados pela L. M. Ericsson, osequipamentos eletromecânicos, hoje fabricados, e que continuarãoa sê-lo, já atingiram um grau de nacionalização da ordem de 98%.Isto foi possível porque a Ericsson do Brasil preparou-se, treinan-do e desenvolvendo engenheiros brasileiros e mantendo uma es-trutura de engenharia e desenvolvimento de produtos.A Ericsson do Brasil, sendo a maior e a mais bem preparada in-dústria de telecomunicações no País, tem plenas condições para ab-sorver a nova tecnologia e fabricar e instalar o sistema mais mo-demo de CPA, que é o seu AXE. Deve-se ressaltar que o siste-ma AXE da L. M. Ericsson, dois anos após o início de sua comercia-lização está totalmente consagrado no mundo inteiro, tendo ven-dido, somente nesses 2 anos, mais de 1.000.000 de linhas a 22países diferentes.Para promover a nacionalização exigida pela Telebrás, duas dasmaiores empresas brasileiras - Monteiro Aranha S.A. e AtlânticaCompanhia Nacional de Seguros — constituíram a Matei S.A. quecontratou a aquisição do controle acionário da Ericsson do Brasil.A transferência do controle do capital votante da Ericsson do Brasile~sua conseqüente formalização deverão, em princípio — e lemconsonância com as diretrizes da política do governo — obedecer aoseguinte esquema:O capital social constituído de 1.411.200.000 (hum bilhão, quatro-centas e onze milhões e duzentas mil) ações ordinárias, que é atual-mente detido em sua quase totalidade (92%) pela L. M. Ericsson, seráparcialmente convertido em ações preferenciais de 3 (três) diferentesclasses, com as seguintes características:CLASSE A: ações preferenciais que gozarão de todos os direitos asse-gurados aos detentores de ações ordinárias, inclusive direito de voto,e, ainda, com as vantagens de um dividendo prioritário de 6% (seispor cento) e prioridade de reembolso no caso de liquidação da com-panhia.- Esta classe, que parece excessivamente beneficiada, é criadacom o único objetivo de evitar qualquer prejuízo para o público,sendo, conseguinremente, emitida em número suficiente para atender!exclusivamente, aos atuais detentores de ações ordinárias que exer-

cerem o direito a conversão, portanto, o máximo de 110.000.000(cento e dez milhões) de ações.CLASSE B: estas ações não gozarão do direito de voto, mas terãotodas as vantagens econômicas conferidas às da Classe A, isto é,direito à percepção de um dividendo prioritário de 6% (seis porcento) e prioridade no reembolso em caso de liquidação. Fica esta-belecido que a quantidade inicial desta classe, somada à .quantidadede ações preferenciais de Classe A, não excederá o limite de250.000.000 (duzentas e cinqüenta milhões) de ações.CLASSE C: ações preferenciais sem direito de voto, tendo comoúnioa vantagem a prioridade no reembolso em caso de liquidaçãoda companhia. Estas ações tornam possível a manutenção de umaparticipação significativa da L. M. Ericsson no capital da Ericsson dg.Brasil durante o prazo estipulado na concorrência CPA 001/76-TB,sem alterar o poder decisório do sócio controlador brasileiro. Estaclasse somada à classe B, não excederá 2/3 (dois terços) do ca-pitai social.A Ericsson do Brasil promoverá o imediato registro na Comissão deValores Mobiliários da ações preferenciais de Classes A e B, demodo a permitir sua negociação nas principais bolsas de valores.Aos atuais acionistas, com exclusão do acionista majoritário, é asse-gurado o direito de, a seu critério, manter sua posição de possui-dores de ações ordinárias ou convertê-las total ou parcialmente emuma ou mais classes de ações preferenciais.Conhecidos os resultados da conversão, a L. M. Ericsson transferiráà empresa holding brasileira (Matei S.A.) 51% (cinqüenta e um porcento) do capital votante da Ericsson do Brasil.Imediatamente após essa compra, a Matei S.A. apresentará ofertapública aos acionistas minoritários, assegurando-lhes tratamento igua-litário, tudo nos termos do art. 254 e seguintes da Lei das Sociedadespor Ações, e de conformidade com o que determina a Comissão deValores Mobiliários (CVM).Transferido o controle acionário da Ericsson do Brasil, a L. M. Ericsson,não obstante, continuará titular de substancial parcela do capital so-ciai, seja sob a forma de ações ordinárias, seja, principalmente, comodetentora de ações preferenciais da Classe C, tudo isto consoante oAcordo de Acionistas firmado com a sócia brasileira (Matei S.A.).A futura sócia controladora obrigou-se a manter uma política de di-videndos que prestigie o interesse do mercado pelas ações da Ericssondo Brasil e conservá-la como sociedade anônima de capital aberto,permitindo à L. M. Ericsson atender ao desígnio do governo deampliar a participação de acionistas brasileiros no capita! da Ericssondo Brasil, mediante lançamentos de ações preferenciais da Classe B,que serão convertidas nesta oportunidade e também aquelas queresultarem de futuras conversões das preferenciais de Classe C.A condição da sociedade anônima de capital aberto, controlada porcapitais nacionais, amplia as perspectivas para o desenvolvimentoda Ericsson do Brasil na área comercial e facilita acesso a recursosnão acessíveis às empresas controladas por capitais estrangeiros.O Conselho de Administração da Ericsson do Brasil espera continuara merecer a confiança dos acionistas e seu apoio para as decisõestomadas pela acionista majotirária L. M. Ericsson, no sendido denacionalizar a Ericsson do Brasil com a colaboração da Matei S.A.

São Paulo, 23 de maio de 1979.

ERICSSON DO BRASIL COMÉRCIO E INDÚSTRIA S.A.

V. HENRIKSSONVice-Presidente do Conselho de Administração

JL

ERICSSON DO BRASILCOMÉRCIO E INDÚSTRIA S/A.

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CONVOCAÇÃO DOS ACIONISTASFicam convocados os Senhores Acionistas da Ericsson do Brasil Comércio e Indústria S.A. a se reu-mrem em Assembléia Geral Extraordinária, no dia 31 de maio de 1979, às 13,15 horas, na sededa Sociedade, na Rua da Coroa, n.° 500/2.» andar, nesta Capital, para deliberarem sobre a seguinte,

ORDEM DO DIAI. Alteração do Estatuto Social para atender às exigências do edital da concorrência OOl/76-TBda TELEBRÁS, com o objetivo de nacionalizar a Sociedade. Serão objeto de deliberação as te-

guintes matérias estatutárias:

1) Do Capital • das Ações:

A - Conversão de alé 110.000.000 das aluais ações ordinárias em ações preferenciais CLÃS-SE A, com as seguintes características:a. com direito irrestrito de voto nas deliberações das assembléias gerais;b. prioridade no recebimento do dividendo distribuído até 6% (seis por cento) do

valor nominal da ação, não cumulativo, concorrendo acima deste limite em Igualda-de de condições com as demais ações;

c. prioridade nc reembolso do capital no caso de liquidação da companhia, sem prêmio.B — Conversão de parte das atuais ações ordinárias em ações preferenciais CLASSE B, com

as seguintes características:

a. sem direito de voto;¦'«, b. prioridade no recebimento do dividendo distribuído até 6% (seis por cento) do

valor nominal da ação, não cumulativo, concorrendo acima deste limite em Igual-dade de condições com as demais ações;

c. prioridade no reembolso do capilal no caso de liquidação da companhia, sem prêmio.Fica estabelecido que a quantidade inicial desta classe, somada à quantidade de ações preferenciai»de Classe A, não excederá eo limite de 250.000.000 (duzentas e cinqüenta milhões) de ações.

C — Conversão de 799.200.000 das atuais ações ordinárias em ações preferenciais CLASSEC, com as seguintes características:

a. sem direito de voto;

b. prioridade nc reembolso do capital no caso de liquidação da companhia, sem prêmio.Esta classe somada à Classe B, não excederá dois terços do capital social.

D — As ações remanescentes continuarão como ações ordinárias.

E — Ao* atuais acionistas será assegurado o direito de, a seu exclusivo critério, manter suaposição de possuidores de ações ordinárias ou convertê-las total ou parcialmente emuma ou mais classe de ações preferenciais.

F — Previsão de aumento da Classe B das ações preferenciais, sem guardar proporção confas demais classes existentes, até o limite resultante da conversão de ações existentesde outras categorias.

G — Limitação à circulação das ações de controle.

2) Da Assembléia Geral.

a) Regulamentação do exercício do direito de voto do Acionista controlador para eleição doa,administradores.bí Obrigatoriedade de consulta prévia à minoria quando da deliberação de matérias previstasnos n.°s I, II, e IV a VIII do art. 136 da Lei 6.404/76.

3) Da Administração da Sociedade:

a) Reformulação da composição e da competência des órgãos da Administração.

b) Obrigatoriedade de presença majoritária de membros indicados pelo acionista controladorpara deliberações dos órgãos da administração.

4) Do Conselho Fiscal

a) Funcionamento do Conselho Fiscal em caráter permanente.

II — Fixação das condições para o exercício do direito assegurado na letra E do item 1. (Do capitale das ações)

III — Outros assuntos de interesse da Sociedade

Poderão participar da Assembléia os Acionistas titulares de ações nominalives que exibiremdocumento hábil de sua identidade e os possuidores de ações ao portador.Estes últimos deverão depositar suas ações na sede social da Empresa, junto ao Setor dtAções (4. andar), até 5 (cinco) dias antes da data marcada para a realização da assembléia.Os Acionistas poderão fazer-se representar por procurador constituído há menos de 1 (um)ano, que seja acionista, administrador da sociedade ou advogado, ou, ainda, por instituiçãofinanceira ou administração de fundo de investimento. Os respectivos instrumentos de repre-sentação deverão também ser depositados na sede da sociedade, junto ao Setor de Ações (4.°andar), até 5 (cinco) dias antes da data marcada para a realização da Assembléia.

São Paulo, 23 de maio de 1979

ERICSSOM DO BRASIL COMÉRCIO E INDÚSTRIA S/A.

V. HENRIKSSONVice-Presidente do Conselho de Administração

¦ JORNAL DO BRASIL D Quarto-folra, 23/5/79 D 1* Caderno ECONOMIA - 17

Imllll

Cobra temecomputadornovo da IBM"Quando a IBM lançou

recentemente no mercadointernacional os dois pri-melros sistemas da série4300 (Ipanema e Leblon 1),foi confirmada a tesedefendida pelos fabricantesnacionais de computadores,da inter penetração dosmercados de minis e médioscomputadores". Esta afir-mação foi feita ontem pelodiretor-superintendente daCobra, Carlos Augusto Ro-drigues.

Segundo ele, estes sis-temas lançados pela IBMrepresentam um grandeavanço tecnológico, qué veioprovocar, pela correspon-dente redução de preços,um deslocamento dessesprodutos em relação à faixade mercado (preço) antesocupada por seus anteeesso-res, equivalentes em desem-penho. Por isso, ele disse es-perar que estes modelos,como os de outras multina-cionais, não sejam intro-duzidos no mercado brasi-leiro agora.

ESFORÇO INÚTIL

O diretor-superintendente .da Cobra é da opinião deque as atuais investidas dasgrandes corporações mui-tinacionais visando a fabrl-cação de computadores deporte médio dotados de tec-nologia altamente sofistica-da no Brasil, neste momen-to, tornaria o esforço de seimplantar uma • indústrianacional de minicomputado-res totalmente inútil.

— Além das multinac:o-nais possuírem uma ima-g.m já consolidada, o_;scorporações poderão prati-car uma politica de preçosque inevitavelmente permi-itirá a colocação daquelesprodutos em posição defranca competitividade comos minicomputadores na-cionais — argumentou Car-los Augusto Rodrigues.

Ele exemplificou melhoresta situação citando ospreços do sistema 4331 aaIBM, com suas caracteristi-cas técnicas, e do Cobra 400.O 4331, com 1 MByte de me-mória principal, 260 MBytede disco, 14 terminais de vi-d_o, 2 unidades de fitamagnética, 1 impressora de650 LPM, 1 impressora de120 cps e 1 adaptador paracomunicações custa aode Cr$ 179.484,20. Já o customensal para o cliente emuma operação de leasing deum sistema Cobra 400, com64 KByte de memória prin-cipal, 20 MByte de disco, 8terminais de vídeo, 1 unida-de e fita magnética, 1 im-pressora de 600 LPM, 1 uni-dade de back-up de bateriae 1' adaptador para comuni.cações é de Cr$ 114.672,25."Como se pode observar,o usuário terá uma despesa .mensal apenas 56% supe-rior (caso ela faça sua op-ção pelo sistema 4331) paraobter um sistema de portebem maior que o do Cobra400", frisou o diretor da Co-bra. Ele lembrou, ainda, q uenesta faixa que a IBM, Bur-rouglis e Honepywell Bulipretendem entrar, existemprojetos sendo desenvolvi-dos com sucesso poru n 1 v ersldades brasileiras,como o computador PADE,desenvolvido n o Institutode Física da Universidadede São Paulo e que nomomento está sendo pro-duzido na UniversidadeFederal de Minas Gerais.

Vice-uPremier" da Chinaanuncia nova missão e!aumento da venda de óleo

Brasília — O Vice-Primetro-Mlnistro da Re-pública Popular da China, Kang-Shlen, afirmouontem que seu pais tem muito interesse em ceie-brar acordos de cooperação com o Brasil e anun-ciou a vinda, breve, de missão para concretizar ne-gócios. Ele admitiu a possibilidade de a China au-mentar o fornecimento de petróleo ao Brasil, hojelimitado a 20 mil barris diários.

Evitando entrar em pormenores a respeito dasáreas nas quais a República Popular da China as-slnará futuros acordos com o Brasil, o Vlce-Pri-meiro-Minlstro Kang-Shien afirmou, entretanto,que o Governo de seu pais, tenciona aumentar suascompras de minério de ferro brasileiro.

Sem detalhar os assuntos tratados durante aaudiência de ontem à tarde com o Presidente daRepública, o Sr Kang-Shien declarou que suas con-versas com o General Figueiredo, bem como comas demais autoridades brasileiras, foram bastanteamistosas e benéficas para o estreitamento das re-lações entre Brasília e Pequim.

Ele também silenciou sobre a possibilidade devisita do Presidente João Baptista de Figueiredo àChina, e não fez sequer referência ao convite, jáoficializado pelo Governo de Pequim, para umavisita do Vice-Presidente Aureliano Chaves à China.

AgriculturaO Vice-Primeiro-Ministro Kang-Shien e o Ml-

nistro Delfim Neto discutiram ontem as bases parao incremento das exportações brasileiras paTa aChina, possivelmente à base de soja, cacau e café,predominantemente. O Sr Kang-Shien colocou adisposição do Brasil a tecnologia de seu país parao desenvolvimento da criação de peixe em vivei-ros, projeto prioritário na Sudepe (Superántendén- ,cia dè Desenvolvimento da Pesca).

O dirigente ohinês Indagou muito do Ministroda Agricultura sobre as lavouras brasileiras- de so-ja, milho e arroz. Ele queria saber o máximo sobrea produção brasileira, rendimento por hectare equalidade dos produtos. Projetos de irrigação tam-bém provocaram a curiosidade da missão chinesa.

•O Vice-Primelro-Minlstro Kang-Shien obser-vou que a China e Brasil têm o mesmo problemade prioridade econômica: estimuiar o desenvolvi-mento da agricultura, prejudicada pela ênfase in-du^trial conferida à política econômica dos últi-mos anos. Ele atribuiu à drenagem excessiva derecursos do campo para o setor industrial a de-cisão do Governo de fazer voltar o vetor dos in-vestimentas para a agricultura.

Em Foz do Iguaçu, a Itaipu Binacional pre-parou um audiovisual de 20 minutos, em chinês,sobre a construção da usina, para recepcionar oSr Kang-Shien, que estará hoje nesta cidade parauma visita de aproximadamente seis horas ao can-teiro de obras. E' esta a delegação estrangeira demais elevado nível a visitar Itaipu.

Brasil firma convêniode transportes marítimoA China e o Brasil firmaram ontem um con-

vênio sobre transportes marítimos, segundo o qualos dois paises se isentarão de impostos por merca-dorias e passageiros transportados entre seus por-tos. O convênio é muito simples e não contémcláusulas de obrigatoriedade ou reserva de partici-pação no transporte, como os acordos que o Bra-sil tem celebrado ultimamente com outros países.

O convênio fixa apenas que "os dois países con-vém em que navios mercantes de ambas as partespoderão navegar entre seus portos abertos ao co-mércio exterior, bem como realizar os serviços detransporte marítimo de cargas e passageiros entreos dois países".

O Ministro dos Transportes do Brasil, Sr Eli-seu Resende, sugeriu ao Vice-Primeiro-MinistroKang-Shien a melhora dos portos de seu país, pa-ra receberem navios combinados (ore-oil) de gran-de calado, que larguem os portos brasileiros carre-gados de minério de ferro e retornem com petró-leo da China e carvão da Austrália.

O Vice-Primeiro-Ministro chinês prometeu es-tudar a sugestão como alternativa para intensificar

o comércio entre os dois países, proposta peloacordo de tráfego marítimo assinado ontem noItamarati. Em razão da grande distancia, as cai-gas abaixo de 100 mil toneladas não compensamos fretes elevados, explicou o Ministro Eliseu Re-sende, justificando a sua sugestão.

Empresas pequenas emédias não precisamde projeto para fusão

Zillo é candidato único deconciliação na Copersucar

Brasília — As pequenase méiiias empresas estãodispensadas, a partir d eagora, da apresentação deprojeto para fusão, lncorpo-ração e ampliação de suasatividades, quando quise-rem se beneficiar da ln-isenção total do Imposto deRenda. A decisão foi dlvul-gada ontem pela Coflc (Co-missão de Fusão e Lvcorpo-ração de Empresas), órgãosubordinado ao Ministérioda Fazenlda.

Segundo a Resolução n'13 da Cofie, as pequenas emédlais empresas — assimentendidas aquelas que te-nham capital de Cr$ 135m ilhões aproximadamente— terão somente que apre-sentar carta-consulta. Alémdisso, a empresa interessa-da em obter o incentivo de-verá aplicar o total doacréscimo decorrente dareavaliação do seu ativo emaumento de capital e ven-der os bens imóveis não ne-esssários às suas atividadesespecíficas.

A COFIE — criada em1971 — afirma que "espera-se alcançar duas diretrizesfundamentais do Governo

Figueiredo: a desburocra-tlzação, pela simplificaçãode procedimentos, e a me-lhor distribuição setorial eregional da renda, pelo usodirecionado às pequenas emédias empresas de um lm-portante instrumento d epolítica fiscal, cujo objetivop r 1 m o r d ial é o fortale-cimento do capital da cm-presa".

Além disso, a COFIE re-solveu dispensar outrasvantagens às pequenas emédias empresas. Para aspequenas — com receitabruta anual Inferior a Cr$55 milhões — será dado tratamento preferencial, n oque se refere à prioridadede análise e outras exigên-cias formais.

O órgão, entretanto, nãoexaminará pedidos de en-quadramento de projetos deexpansão que, na data deapresentação do pedido,apresentem índices de rea-lização superiores a 60% doinvestimento fixo, parapequena empresas. No casodas médias empresas, o ín.dice de realização não deveultrapassar 40% do invés-timento fixo.

S. Catarina consideraquestão de segurançao projeto da Sidersul

Florianópolis — Os SrsIngo Zadrozny, Secretariodo Planejamento, e DieterSchmidt, da Indústria e doComércio de Santa Catari-na, disseram ontem que oprojeto da Sidersul "deveser encarado como sendo desegurança nacional" porquelibertará o país da impor-tação de carvão coque, cujafalta no mercado interna-cional se acentuará em 1985.

O Sr Ingo Zadrozny asse-gurou que o financiamentodo projeto, preocupação de-monstrada pelo Ministro daIndústria e do Comércio, SrCamilo Penna, "não seráproblema algum" e adlan-tou que um grupo austríaco,o Voest Alpine, está Interes-

sado no financiamento docomplexo carbo-siderúrgico,garantindo, inclusive, aaquisição de 25% da pro-dução para ser destinada àexportação.

CRITICA

O Secretário catarinenseacredita que a manifes-tação do Ministro CamiloPenna, recentemente, "nãoconsiderou o aspecto técni-co do empreendimento. Oprojeto está em vias de de-finição e é irreversível con-forme as garantias doou-mentadas que possuímos daPetrobrás, Sirdebrás e dopróprio ex-Ministro ÂngeloCalmon de Sá".

São Paulo — A assembléia extrnor-dlnúrla da Copersucar na segunda-feira,que vetou nova reeleição do Sr JorgeWolncy Atalla para a presidência, porum novo mandato de dois anos, Indicou,numa forma conciliatória, como candi-Uato único, o atual diretor financeiro, SrJosé Luiz ZUlo.

Tanto o presidente atual quanto ocandidato único recusaram-se a prestaresclarecimentos sobre a decisão da as-sembléla e a crise que eclodiu inespera-damente na entidade, o mesmo aconte-cendo com outros associados, que tive-ram participação decisiva no afasta-mento do Sr Wolney Atalla, que porquatro mandatos sucessivos, desde 1970,presidia a Cooperativa. A Copersucarcongrega 64 usinas açucarelras e alcoo-leiras em São Paulo e mais nove nou-tros cinco Estados (Rio, Paraná, Minas,Golas e Mato Grosso) e responde por807o da produção e comercialização doaçúcar em São Paulo e 75% de toda aprodução de álcool.

A Copersucar experimenta uma cri-se Interna desde o ano passado, quandose esboçaram as primeiras resistênciasà orientação da sua diretoria diante darecusa do Governo federal de fazer no-vos empréstimos ao Sr Jorge WolneyAtalla para sanear algumas empresasparticulares suas e da própria Coper-sucar.

A indicação do Sr José Luiz Zillo,como candidato único, surgiu durante aassembléia-geral extraordinária de se-gunda-feira, diante da insistência de ai-guns cooperados de manter o atual pre-sidente, e da ameaça de um grupo opo-sitor, liderado pelo empresário e ex-pre-sidente da entidade, Sr Herminio Omet-to, de desligar-se da cooperativa, pro-vocando uma nova cisão e reduzindosubstancialmente o poder da Copersucar.A eleição da nova diretoria está marca-da para o dia 21 de julho próximo.

DivisãoOs usineiros de açúcar de São Paulo

já há alguns anos estavam divididos emdois grupos, um ligado à Copersucar, omais numeroso, e outro ligado à Soprai(Sociedade Produtora de Açúcar e Al-cool), entidade que vinha coordenandoa criação de uma nova cooperativa açu-careira, a Canasucar, com a participaçãoinicial de nove usinas, depois acresci-das de mais quatro do grupo Ometto eduas destilarias autônomas.

A Copersucar, respondendo atual-mente por 42 milhões 720 mil sacas deaçúcar e 1 bilhão 394 milhões de litrosde álcool, foi criada em 1959, tendo trêspresidentes, antes do Sr Wolney Atalla:os Srs Paulo Reis de Magalhães, Hermí-,nio Ometto e Achilles Scapena Simioni.O Sr Wolney Atalla, engenheiro especia-lista em petróleo, o único brasileiro compatente registrada nos Estados Unidos, eutilizada pela Universidade de Tulsa, Te-xas, para aproveitamento de asfalto, de-pois de participar da implantação darefinaria de Cubatão, em companhia do

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mJorge Wolney Atalla

ex-Presldente Ernesto Geisel, foi supe-rintendente da Refinaria de PetróleoUnião.

A pedido de parentes, assumiu osnegócios da família ligados ao açúcar,gado e café, Iniciando sua participaçãona Copersucar e, assumindo, depois, asua superintendência. Em 1970 elegeu-se presidente, cargo que ocupa até ago-ra. Com um capital de Cr$ 4 bilhões 68milhões (1977/78), a Copersucar é pro-prietária da Cia. União de Refinadores,desta Capital, da Cia. Açucareira San tis-ta, das Refinaria Piedade,- Magalhães eIperanga, da Hills Brothers, dos EstadosUnidos, tem uma refinaria de álcool emBrotas e detém 49% do capital daKuwait .Sugar Co., refinaria açucareiraem construção no Kuwait, com tecnolo*gia brasileira. Tem ainda seis estaçõesexperimentais (quatro em São Paulo eduas na Bahia) para pesquisas de novasvariedades de cana de açúcar.

Campos jogará ovinhoto nos riosCampos — A agroindústria açuca-

reira do Estado do Rio que, este ano,deverá produzir 180 milhões de litrosde álcool, continuará jogando todo seuvinhoto in natura nos cursos dágua,porque não dispõe de recursos paraviabilizar os projetos para tratamentodesse resíduo poluente que estão sen-do apresentados a FEEMA.

Das 16 usinas de açúcar f Iuminen-ses que possuem destilarias anexas —somente a Usina Novo Horizonte nãofabrica álcool — e das três destilariasautônomas que formam o parque in-dustrial alcooleiro, não há nenhumaem condições econômico-financeiraspara dar um aproveitamento indus-trial ao vinhoto que, segundo os téc-nicos, ficaria na ordem de 2 milhõesde dólares (cerca de Cr$ 45 milhões)por unidade.

Hoje, os Barettas e os Kojalvscomeçaram a perder seus empregos no Brasil.

O que está acontecendo na televisão brasileira nestasemana merece ser respeitado e aplaudido.

Com o lançamento das Séries Brasileiras, a RedeGlobo acaba ae colocar mais um importante marco nahistória da nossa televisão. E acaba de provar mais umavez que o único caminho para a nacionalização éodaousadia e do talento profissional

A Rede Bandeirantes, que sempre acreditou nessetipo de iniciativa, cumprimenta a Rede Globo por maisessa grande virada.

O caminho está aberto. Parabéns, Rede Globo.E, agora, os nossos comerciais: antes de ver as Séries Brasileiras da Globo,

dê a grande virada no seu seletor de canais e assista à primeira novela daRede Bandeirantes, produzida por técnicos e artistas também nacionais e tambémtalentosos: Cara a Cara, às 19 horas. ^g^

REDE BANDEIRANTESA grande virada:

II ! j 1. irá kê ; í SfLJP wLM_.__._-_. que vive .^d SSUci %sNh_.U^i íl"£cl U" Li UUIJdillíci I. lUliiwm *

Pelo contrário: ela está sempre em alta, porque rende juros ou dividendos e ainda atualiza o seu di-nheiro com a correção monetária. Em matéria de investimento, não fique por baixo. Aplique emCaderneta de Poupança. E se você fizer Poupança Programada, sua aplicação rende mais ainda.

iciário Financeiro:ra em baixa.

Caderneta de PoupançaQuem poupa conquista o que

a vida tem de melhor.

18 - ECONOMIA JORNAL DO BRASIL D Quarta-folra, 23/5/79 D 1» Caderno*

Informe Econômico

É para valerSe algum agricultor ainda duvida de

que "tudo o que for plantado será financia-do", como prometeu o Ministro Delfim Net-to, na reunião de hoje do Conselho Monetá-rio desaparecerão todas as suspeitas. Ficarásacramentado que o financiamento docusteio será uma conta em aberto no Orça-mento Monetário e, por causa dela, se estou-rar seus limites, o Banco do Brasil não serápenalizado com a obrigação de recorrer áoredesconto no Banco Central.

Por causa.disso, no Ministério da Agri-cultura se atribui a esta decisão o papel de-cisivo de transmitir, definitivamente, confi-anca ao empresário agrícola. Só ela demons-tra, com vigor, os propósitos de expandir uagricultura, apesar e por causa da inflação:ou se aumenta dramaticamente \a oferta deprodutos gricolas ou a inflação não cai.

Na parte da manhã, na reunião do CDE,será aprovada outra medida que deverá tertambém muito boa repercussão: vai acabaro aval nas promissórias rurais. A tarde, nareunião do Conselho Monetário, se estábele-cerão as regras para o financiamento ao in-vestimento agrícola. Para os grandes empre-sários, os juros devem subir um pouco; nãomuito. Mas, se aumentarem a fatia ãe re-cursos próprios, conseguirão preservar taxasde juros muito parecidas com as que vigo-ram agora. Consegue-se, enfim, incentivar aprática salutar de aumentar a parcela deresponsabilidade financeira dos candidatosa financiamentos.

Já agora, serão ampliados de cinco pa-ra oito anos os projetos ãe financiamento àpecuária. O financiamento à retenção dasmatrizes, crucial para aumentar a produçãoãe carne, deve sair no mês que vem.

CaindoAtravessa célere todos os escalões ão Mi-

nistério na área econômica um júbilo já qua-se incontinão: a inflação de maio pode ficarmais próxima dos 2,5% do que dos 3%.

Evidentemente, o resultado se deve mui-to aos congelamentos de preços — ou no CIPou nos supermercados, que se recusavam aaceitar aumentos dos fornecedores, porquenão podiam repassá-los adiante. Mas, nempor isso, o Governo está esperando uma no-va explosão, parecida com a de março, quan-do, obrigatoriamente, vierem a ser revogadosos congelamentos. Não só porque o CIP nãopassará do rigor absoluto à mais completaliberalidaáe, mas, também, porque se conta

- com uma definitiva reversão ãe expectativas.Mesmo com o fim da maioria dos controles, épouco provável — pelo menos é o que espe-ra o Governo — que sejam incorporados aosnovos preços expectativas exageradas de altada inflação.

Choque culturalO Vice-Primeiro-Ministro chinês, Kang

Shien, não conseguiu dissimular sua estupe-facão, quando, ontem, recebeu do MinistroMário Simonsen a informação de que as em-presas estatais brasileiras davam lucro. "Co-mo?", pediu para repetir, imaginando terentendião mal o intérprete. Na China, hácerca de 10 mil empresas estatais, todas ãe-ficitárias.Lentidão

Desde fevereiro não é aprovado nenhumfinanciamento do Proálcool. Até o momsn-to, há cerca ãe 70 projetos com financiamen-tos aprovados e mais de 100 aguardando ves.Em parte, por causa ãa lentidão da burocra-cia; em parte, porque está faltando dinheiromesmo.

O Ministro Camilo Penna, que se temrevelado tão preocupado com o nível de en-ãividamento de todo o setor açucareiro, de-veria levar em consideração, também, queestas demoras são um fator ãe agravamentodos índices de liquidez: os projetos prevêemcustos ãe equipamentos que, quando saem osfinanciamentos, já estão completamente de-satualizados.

Só o que faltavaOs respeitados empresários Ingo Zaãrcz-

ny, Secretário de Planejamento de Santa Ca-tarina, e Dieter Schmidt, Secretário de In-áústria, defenderam o projeto da Sidersulcomo sendo de "segurança nacional".

Convenhamos, é o último argumento aque deveriam recorrer. Ou será que, algumapez, na hora de fechar a conta de lucros e»perdas de suas empresas, pensaram em jus-tificar um mau resultado para os acionistascom argumento deste tipo?"Paraná"

Um dos maiores exportadores de cafédo Rio foi procurado há dias por um impor-taâor japonês, interessado em novos nego-cios. Ao fim da conversa, o japonês foi claro:

0 que o senhor acha deste novo tipoide café que o Paraguai está lançando nomercado, o Paraná? Estou informado de quehá grande quantidade estocada, com estamarca na sacaria.

Liberação aérea faz Alleghenycrescer e virar Usair nos E

Washington — Desde oInicio deste ano, com ba.><sna promessa da Diretoriade Aeronáutica Civil de queas empresas aéreas don Es-tados Unidos poderiam ex-pandlr suas operações semmaiores delongas burocráti-cás, a partir da política deliberação de controles doPresidente Carter, uma de-Ias — a Allegheny — jáadicionou ou está prestes aadicionar 22 novas rotas.

Conhecida antes comouma pequena empresa co-brindo apenas o Nordeste,a Allegheny voa agora dePhoenlx, Arizona, a íüadél-

ria, na Pcnsilvanla; de To-ronto, no Canadá, a O.-lan-do, na Flórida. Só a rotaentre Filadélfia e AílanticCity aumentou em 58% seutráfico em relação ao anopassado. Phoenlx e Orlandosáo pontos onde a Alleghe-ny nunca havia voado an-tes, assim como Nova Or-leans e West Palm Beach.

A Allegheny Já é a em-presa doméstica norte-ame-rlcana com maior númerode vôos para o Canadá eem breve deverá mudar seunome para USAlr, que, se-gundo seus executivos, soa

Thomas LoveW«ifiiit.jion Slir

melhor com a nova ampll-tude de sua atuação nopais. A política de liberaçãode controles sobre rotas epreços é uma das principaisinovações de Carter n ocampo do Incentivo k con-corréncla entre empresasprivadas e temia-se que fos-se provocar uma verdadeiraguerra entre, as empresasdo país. Mas ele Incentivouempresas como a Alleghenya buscar brechas no merca-do e inventar rotas, comoa de Filadélfia a AtlanticCity, que concorrem com osllmouslnes que levam os Jo-gadores aos cassinos locais.

Construção de usina/nuclear é congelada1por 3 meses nos EUA

gelia já

dürp João Fortes Engenharia S.A.

SOCIEDADE ANÔNIMA ABERTAGEAAEC/RCA N.° 200-76/175

C.G.C. n.' 33.035.536/0001-00

CONVOCAÇÃO DE ACIONISTASSão convidados os Srs. Acionistas a se reunirem no próximo dia 30 de maio,às 17:00 horas, na Rua São Clemente n.° 214 - 3.° andar, sede da Associaçãodos Dirigentes Cristãos de Empresas, para, em Assembléias Gerais Ordináriae Extraordinária, cumulativamente, deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:

| - EM ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

Examinar e deliberar sobre:

A) O Relatório da Administração, "Balanço Patrimonial e outras Demons-trações Financeiras e Parecer dos Auditores Independentes, referentesao exercício social terminado em 1.° de março de 1979;

B) O Resultado do Exercício, tendo por base a seguinte proposta daDiretoria:,a) Correção Monetária do Capital Realizado: Cr$ 119.374.923,82, de

acordo com o art. 167 da Lei 6.404/76;

b) Participação de Empregados e Administradores (F.I.E.E.): Cr$ 35.027.626,46;

c) Lucro Líquido do Exercício em conseqüência (lucro por ação Cr$ 0,63)Cr$ 195.873.714,35.

C) A alteração do valor nominal da ação de Cr$ 1,06 para Cr$ 1,44,elevando o Capital Social de Cr$ 328.600.000,00 para Cr$ 446.400.000,00, conforme § 1.° - art. 167 da Lei 6.404/76;

D) A alteração do Capital Autorizado para Cr$ 576.000.000,00, de acordocom o art. 168 da Lei 6.404/76;

E) A utilização do Fundo de Integração Empregado-Empresa, caso apro-vada a proposta anterior:

a) destinação, como garantia de recursos necessários aos serviços mé-dicos e assistenciais e para programa de aperfeiçoamento profissio-nal e cultural dos empregados, do montante de Cr$ 4.527.626,46;

b) distribuição dos restantes Cr$ 30.500.000,00, como participaçãonos lucros, entre os administradores e 643 empregados da Com-

panhia, selecionados pela administração, de acordo com o regula-mento do FIEE, respeitados os limites previstos na Lei e no EstatutoSocial;

F) A seguinte proposta de destinação do Lucro Líquido do exercício:

a) para aumento da Reserva Legal, a quantia de Cr$ 9.793.685,72;

b) para dividendos a distribuir, a quantia de Cr$ 65.720.000,00, cor-respondente a 20% do Capital anterior, superior aos 25% do lucrodo exercício (Cr$ 46.520.007,15), dividendo legal e obrigatório;

c) para reserva para aumento de Capital obrigatório, conforme art. 4.°do Deoreto-lei 1 .648, de 18.12.78, a quantia de Cr$ 44.926.431,85;

d) para aumento de Capital a quantia de Cr$ 69.132.922,14;e) para permanecer como saldo do lucro no fim do período, a quantia

de Gr$ 6.300.674,64;

G) Eleição do Conselho de Administração;

H) Fixação da remuneração dos Administradores.

II-EM ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

A) Inicialmente (antes da Assembléia Geral Ordinária), deliberar sobre alte-rações do Estatuto Social, entre outras as seguintes:

a) administração da Companhia;b) Fundo de Integração Empregado-Empresa;c) eliminação de artigos já constantes da Lei das Sociedades por Ações;d) limites de contratações pela Diretoria.

B) Após a Assembléia Geral Ordinária deliberar sobre:

a) o aumento de Capital de Cr$ 446.400.000,00 para Cr$571.392.000,00, mediante distribuição aos Srs. Acionistas de86.800.000 ações ordinárias, no valor nominal de Cr$ 1,44 cadauma, recebendo os Srs. Acionistas 7 ações novas para cada grupo

de 25 ações de cada forma que possuírem, mediante o aproveita-mento de reservas livres e parte dos lucros, da seguinte maneira:

1) Cr$ 44.926.431,85 da reserva para aumento de Capital, con-forme art. 4.° do Decreto-lei 1.648 de 18.12.78;'

2) Cr$ 1.888.457,34 do saldo da correção monetária do CapitalRealizado, correspondente à fração de centavos do novo valornominal da ação;

3) Cr$ 4.843.227,92, da correção monetária do ativo imobilizado;4) Cr$ 4.200.960,75, referente à reversão de parte do saldo do

Fundo de Integração Empregado-Empresa, existente em 01.03.79,para reserva para aumento de Capital;

5) Cr$ 69.132.922,14 de parte do lucro líquido do exercício.

b) a alteração do valor do Capital Autorizado para Cr$ 800.000.000,00em ações ordinárias;

c) a determinação, ao Conselho de Administração, para realizar, dentrodo Capital Autorizado, imediata emissão de 20.200.000 ações ordi-nárias, no valor nominal de Cr$ 1,44 para cada uma, para aumentodo Capital Social para Cr$ 600.480.000,00, através de subscrição, vi-sando, sobretudo, a oferecer oportunidade aos participantes do FIEEe aos acionistas que desejam aplicar parte de seus dividendos oumesmo o total, se for possível; e, quando julgar oportuna, novasubscrição de até Cr$ 50.000.000,00 com emissão de ações ordi-nárias, no valor de Cr$ 1,44, acrescido do ágio de Cr$ 0,56.

Até a realização das Assembléias, ficam suspensas as transferências de ações.

Rio de Janeiro, 16 de maio de 1979.

A ADMINISTRAÇÃO

Washington — A NuclearRegul a t o r y Commissloncongelou por três meses aslicenças para construção ouoperação de usinas nuclea-res, o que sustará provlso-riamente ou pelo menos dl-latará o prazo de conclusãode projetos Já Iniciados oude outras usinas prestes areceber luz verde da NCRpara começo de obras.

A medida teve um impac-to considerável nos meiosindustriais e politlcos, poisse há uma psicose nacional,ou o que se possa chamarassim, nos Estados Unidosde hoje essa psicose será ada busoa de novas fontesde energia. Com o verãochegando a passos rápidos,a gasolina começou a escas-sear nas bombas e no Iniciodesta semana fontes da in-dústria admitiram que oquadro poderá simplesmentepiorar alté agosto, o augeda estação quente.

O principal problema nor-te-amerleano, contudo, nãoé ainda o do suprimento deenergia, mas de preços, poiso galão de gasolina custaaqui bem menos que em ou-tros países Industrializados.O Governo tem relutado empuxar os preços para cimapor temer a inflação. E oseconomistas ortodoxos, queexercem uma considerávelinfluência sobre o GovernoCanter, não crêem que o ra-cionamento ou outras for-mas voluntaristas de con-trole venham a dar bonsresultados.

Em meio à discussão,ocorreu o acidente da usinanuclear de Three Miles, eu-Jos efeitos até hoje são sen-síveis nos movimentos doCongresso. A , decisão d aNRC, congelando as 11-cenças para operação ouinicio de novas usinas, foitomada numa base politicade forma a evitar ou pelomenos esfriar propostasainda mais radicais.

Harold Denton, diretor doescritório encarregado d e ;regular e controlar reatores(o mesmo que foi posto peloGoverno dentro de Thrce

Noênio SpínolaCorrespondem*

Miles para acompanhar oacidente quando a NRC pa-recia totalmente deslnfor-mada pela administraçãoda usina), disse que trêsmeses é o período de temponecessário para saber o queefetivamente determinou oacidente.

O ABSURDO, AOSPOUCOS

Dois dias atrás foram co-nhecldos aqui alguns ele-mentos espantosos sobre oacidente da usina da Pen-sllvania. O presidente deum grupo da Câmara fede-ral encarregado de investi-gar o que aconteceu de fatocom a usina, James Weaver(democrata do Oregon),questionou o presidente daNRC, Joseph Hendrie, sobrese não seria correto afirmarque "o reator esteve forade controle e que os opera-dores não sabiam o que es-tava acontecendo no Inte-i-ior dele". Hendrie respon-deu, referindo-se às primei-ras horas do acidente em28 de março passado:

— Acho que é uma carac-terização correta da si-tuação...

Embora se tenha suspel-tado largamente disso, estafoi a primeira vez em queo presidente da NRC veioa público para admitir queo reator de Three Miles fi-cou descontrolado. Antes, oDeputado Weaver tinha ob-servado que estava "estupe-fato" com as informaçõesrecebidas, segundo as quais

os operadores da usina pas-saram por cima de tempe-raturas de 2.400 graus Fare-nheit no coração do reatorcom sinais de intenso au-mento de pressão. "Se elesnão sabiam o que significa-va isso — disse o Deputado— o que será que sabiam(mesmo?".

A Câmara apurou prell-minarmente quatro tipos dedefeitos ou falhas que po-dem ter determinado a con-fusão dos técnicos responsa-veis pelo acidente.

Leia editorial "Capacidade Excessiva"

r *%m*.*%. OrganizaçãoOOC Planejamento ew-r w Consultoria 1

CONTROLE DEDOíWYG* ALTERAÇÕESJTIaJuVA/^» e tendências

TÓPICOS PRINCIPAIS:As recentes alterações nas regras do Controle de •Preços: alternativas de açãoPormulação de pedidos de reajustese homologação de preçosTendências do CIP

COORDENADORES:Fausto Werneck e Carlos Alberto Nogueira de Pauladiretores da OPC e autores da Coletânea das Normasde Controlede Preços.INFORMAÇÕES: OPC'Rua dá Lapa 180 cobertura20021 - Rio de Janeiro - RITels.: 222-9635 e 283-2549OUTROS SliMINÂRIOS OPC: O Futuro do Controle de Preços - 07 junho - SPCompetência de Negociação - 21 c 22 junho - lli

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E SERVIÇOS GERAIS

AVISOINSTALAÇÃO DE AR CONDICIONADO

CENTRAL

O Diretor da Divisão de Manutenção, le-va ao conhecimento dos interessados que aConcorrência n.° 01/79, referente à instalaçãode ar condicionado central, marcada para odia 11 de junho de 1979, foi adiada "sine die"-

Goiânia, 15 de maio de 1979 (P

Argéliacobra USS 21pelo óleo

Paris — A Argélia anun-ciou ontem o aumento de'seu petróleo tipo saarablend para 21 dólares o Iwr-rll, convertendo-o assim noóleo mais caro do mundo.O aumento de 2,45 dólarespor barril (13%) é multosuperior aos anunciados re-centemente por outros nai-ses, inüLulndo a Líbia, cu|ospreços são geralmente nrfl-ximos aos argelinos.

Em Roterdã, a pressão iri-"'ternaclonal de consumido-res e produtores contra asempresas petrolíferas prova-velmente contribuiu paraum refluxo da tendência do''mercado livre, nas últimashoras. As empresas norte-"americanas ter-se-iam retl-'[rado do mercado, mas a de-cisão também pode ter sidoprovocada pelo esgotamentode todo o óleo disponívelpara a venda. Uma partidade óleo leve e pesado foi ofe-recida ontem a 32 dólares obarril, um dólar a menosque os preços do Ita da ie- •mana passada.OPEP

Quando a OPEP fixou emmarço o preço básico do bar-rll de petróleo em 14,54 dó-,lares, liberou seus membros,,,para a cobrança ou não desobretaxas, que deveriam ir•até um limite .tácito de qua- -tro dólares. A maioria pas—sou a cobrar 1,20 dólar de-sobretaxa, exceto a ArábiaSaudita, que se recusou ataxar seu óleo. Os paísesafricanos, porém, cujo óleo 'é de alta qualidade, subi-ram em 2,50 dólares a áo-bretaxa de 1,50 que já co-bravata e atingiram rápida- *mente os quatro dólares. O"preço argelino, entretanto,'passa a ser 6,46 dólaresmais caro que o básico daOPEP.

EUA acham seupreço subversivoWashington — O Secreta-

rio do Tesouro norte-ameri-cano Michael Blumenthaladvertiu ontem, em depoi-mento perante uma subco-missão de Relações Exte-rlores do Senado, que a di-ferença' entre os preços In-íternacionais do petróleo eos preços vigentes nos Esta-dos Unidos "constituli defato, uma subversão ,e umestímulo ao consumo dosnorte-americanos, como senossas provisões fossem ili-mitadasl".

Ao depor a favor dai poli-tica do Presidente Carter,de liberação dos preços dederivados de petróleo, a fimde incentivair a produçãointerna, Blumenthal nãodeixou de assinalar que "asaúde econômica do mundoindustrializado, e, por ex-tensão, a do mundo soubde-senvolvido, está ameaçadapor uma concentração d:poder no seio da OPEP".

O Presidente Carter deci-diu ontem pedir às empre-sas petrolíferas norte-ame-rieanas para começar aproduzir mais gasolina, ini-ciativa que pode ser coloca-da agora sem colocar emrisco os suprimentos decombustível para aqueci-mento no próximo inverno.Como a gasolina e o com-bustivel de aquecimento sãoproduzidos a partir do óleobruto, um ou outro sofredurante uma escassez desuprimentos de óleo, e >Governo escolhera armàze-nar combustível de aqueci-mento para o próximo In-verno, às custas da gasoli-na. A Casa Branca disseque a ênfase ná produçã?de gasolina poderá ser reto-mada porque a s importações de óleo deverão au-mentar nos próximos me-ses, depois da grande criseprovocada pela revoluçãono Irã.

Ouro atingiuUS$ 265 a onça

Londres — O ouro voltoua disparar ontem, manten-do sua ascensão irresistível,que já provocou uma aLtade 19 dólares por onça emrelação ao início do mês ede 10 dólares apenas numasemana. O lingote fechouontem no mercado de Lon-dres ao preço recorde de265,62, depois de ter sidocotado até a 265,87 dólares.O dólar declinou ligeira-mente.

ISEC FUNDAÇÃO GETULIO VARGASEm

convênio com:NATIONAL ASSOCIATION OF ACCOUNTANTS - NAA

SEMINÁRIOIMPORTAÇÃO, COMÉRCIO INTERNACIONAL E CÂMBIO

De 28 de Maio a 01 de Junho de 1979.

ISEC-INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS CONTÁBEIS — FGVPraia de Botafogo, 186—2.° andar Tels.: 286-8998 e 266-1512 ramal 352

JORNAL DO BRASIL D Quarta-feira, 23/5/79 D l9 Caderno ECONOMIA -.19

Eletrobrás estuda construção Óleo diesel terá Sepetiba terá USS 50 milhõessimultânea de linhas de Itaipu

A Eletrobrôa está estudando a vlabi-lidade de instalar simultaneamente emItaipu as turbinas de 50 e 60 ciclos, oque implica em construir, também slmul-taneamente, um circuito de transmissãoem corrente continua e um em correntealternada. A decisão, se for concretizada,evitará o risco de que Itaipu entre emoperação sem ter linha para transmitirsua energia, pois Pumas, encarregada deconstruir a Unha de transmissão, temenão conseguir terminar no prazo (1983)a linha de corrente continua.

A informação foi confirmada ontempelo presidente da Eletrobrás, Sr Mauri-cio Schulman, que negou, contudo, quepreocupações quanto ao cumprimento docronograma da corrente continua sejamo motivo da decisão. Ele afirmou que amontagem simultânea será feita se seconstatar um crescimento mais rápidoda demanda de energia no pais, obrigan-do a apressar o ritmo de entrada emoperação das máquinas de Itaipu.

Decisão de UekiPelos planos atualmente em vigor,

Itaipu instalaria três turbinas por ano,a começar de 1983. As primeiras a sereminstaladas seriam as nove que produzirãoenergia na freqüência paraguaia — 50ciclos, energia essa que será transporta-da para Sâo Paulo pelo sistema de cor-rente continua, um sistema de transmls-são Inédito no pais.

A decisão de dar prioridade de Ins-talação às turbinas paraguaias — multocontrovertida na época — foi tomada noano passado pelo então Ministro Shlgea-kl Ueki, que alegou na ocasião a necessi-dade de absorver mais rapidamente atecnologia da corrente continua e oscustos que representaria a montagem st-multanea de turbinas de 50 e 60 ciclos.Essa decisão levou Pumas, responsávelpela construção da linha de transmissão,a apressar o projeto da linha de corren-te continua e a concorrência para com-pra dos equipamentos, decidida no mêspassado com a vitória da empresa suecaAsea.

O presidente da Eletrobrás garantiuque não haverá problemas com o Go-verno paraguaio, caso seja tomada a de-cisão de fazer a montagem simultânea,porque, de qualquer maneira, as duasprimeiras turbinas a entrarem em ope-ração serão em 50 ciclos. Isso exclui, tam-bém, qualquer hipótese de alteração noscronogramas da corrente continua.

Schulman explicou, ainda, que aenergia a ser gerada pelas primeiras tur-binas em 60 ciclos será transmitida pelalinha de corrente alternada ligando Itai-pu a São Paulo. Essa linha Já deveráter uma parte pronta em 198Í, antes deItaipu começar a operar, para fazer aInterligação entre as regiões Sudeste eSul. O trecho concluído até 1981 será ode IvaLpora, no Paraná, a Tijuco Preto,em São Paulo. Se as turbinas de 60 cicloscomeçarem a ser instaladas Junto comas de 50, o trecho de 300 quilômetros en-tre Ivalporã e Foz do Iguaçu, que pelosplanos anteriores só seria necessário após1986, será antecipado para 1983.

Plano 95O presidente da Eletrobrás revelou

que, dentro de 60 a 90 dias, entregará aoMinistério das Minas e Energia o Plano95, contendo toda a programação do se-tor elétrico, inclusive o número de usinasnucleares, até 1995.

O plano que atualmente orienta osetor é o chamado Plano 90, elaboradoem 1974 e que serviu de base à progra-mação de construir oito usinas nuclea-res até aquele ano. Agora, ele será re-visto e estendido até 1955, definindo asusinas que têm que entrar em operaçãonos próximos cinco anos, as que têm quecomeçar a ser construidas nos cinco anosseguintes e as hipóteses de novas usinaspara os outros cinco anos.

Enquanto o Plano 90 só abrange asregiões Sudeste e Sul, o Plano 95 Inclui-rá o Norte, o Nordeste e as usinas isola-das.

aumento superior aos6?25% de gasolina

equipamentos e obrasBrasília — O reajuste Já

autorizado para o preço doóleo diesel será "levementesuperior" e o aumemito doóleo combi-tível "um poucomais" acima dos 6,25% con-ccdüdos & gasolina, ao querevelou ontem uma fontedo Governo com poder deci-sórlo sobre os novos preçosdos combustíveis. Não seeliminou o subsídio concedi-do aos dois tipos de óleo.

Uma das várias propostasapresentadas pelo ConselhoNacional de Petróleo (CNP)ao exame doa Mlntotros daFazenda e do Plane] amen-to, Srs Karlos Büschbietere Mario Henrique Simon-

sen, previa um reajuste de19,8% no preço do litro dagasoltoav que passaria a Cr$11,50, mas íoi consideradaincompatível com o proces-so governamental de com-bate à nflncão.

Consiidera-se, no Mlniteté-rio do Planejamento, que aelevação de 6,25% afinalaprovada — com o que olitro da gasolina comumpassará a Cr$ 10,20 — "éperfeitamente diluivel" nataxa de inflação de Junho.Por ser um percentual tidocomo pequeno, concordou-secom sua vigência no .fimdesite mês.

paraA Companhia Docas do Rio de Ja-

neiro vai contratar um empréstimo de50 milhões de dólares com um consórciode bancos liderados polo Bankers TrustCompany. Os recursos destinam-se &aplicação exclusiva no prosseguimentodas obras do complexo portuário lndus-trlal de Sepetiba, segundo divulgou, on-tem, a empresa.

O empréstimo, que tem o aval do Te-souro Nacional e a lnterveniêncla da Em-presa de Portos do Brasil — Portobrás,tem um prazo de amortização de oitoanos e a carência de três anos, e é amaior operação de crédito já realizadapela Companhia Docas do Rio de Janeiro.

Os recursos destinam-se, principal-mente, à contratação para a fabricação,fornecimento e entrega dos equlpamen-

tos de movimentação do carvão do por**to, além dos demais obras civis, compre-endendo a infra-estrutura, superestrutu-ra, enrocamento, aterros e iluminaçãoda área portuária.

O porto de Sepetiba, que está prevls-to para iniciar as operações da primeirafase em 1991, objetiva atender o comple-xo industrial da região, onde se incluemos projetos das usinas siderúrgicas daCSN, Açominas, Cosigua e Mendes Jú-nior, além da usina de alumínio da Com-panhia Vale do Rio Doce e de materialpesado da Nucleabrás. Ontem seguirampara Nova Iorque, o diretor de operaçõesda CDRJ, José Carlos Mello Rego, e o re-presentante da Procuradoria do Minis-térlo da Fazenda, Llndenberg da MottaSilveira.

RJ quer usina e ramal ferroviárioSuprimento de

petróleo é duvidosoA Petrobrás não tem co-

mo assegurar o suprimentode petróleo até o final doano, pois, atualmente, oscontratos de compra estãosendo feitos trimestral-mente- e a cada renovaçãode contrato os preços semodificam, informou ontemalta fonte da empresa.Quando se fala em preçoestá acima da alçada da Pe-trobrás. Quem define oquanto se paga pelo petró-leo é o Governo, disse ele.

Entretanto.até setembro,segundo o assessor da dire-torla, o suprimento está as-segurado muito embora ai-guns técnicos afirmem queos estoques ainda não estãoa níveis normais e o queestá assegurado são volu-mes contratuais, que vêmsendo revistos trimestral-mente- Os acordos com os

grandes fornecedores, Ira-que, Arábia Saudita e Irã,têm cláusulas mais defini-das no sentido de garantira continuidade do supri-mento.

INCERTEZA

Apesar do panorama derestrição da oferta do pe-tróleo no mercado Interna-cional, as perspectivas nãosão de falta do óleo, massim de Incertezas dos pre-ços, que se alteram a cadadia. A pequena retração daoferta é devida, principal-mente*, à redução na pro-dução do Irã, que logo apósa crise era de 5 milhões debarris/dia e que agora é de4 milhões d ebarrls/dla.

A instalação imediata da usina-2da Companhia Siderúrgica Nacional emItaguaí e a construção do ramal ferro-viário ligando Cantagalo a Três Rios,para escoamento da produção de calca-

. rio e cimento da regi&o, foram conslde-radas prioritários para o Estado duran-te encontro ontem do Secretário de In-dústrla e do Comércio e o presidente doBD-Rlo.

Da reunião participaram, além detoda a diretoria do Banco, os presidên-tes e técnicos da Flumitur, Codin e De-partamento de Recursos Mnerals, ór-gãos vinculados à Secretaria. Visa esta-belecer as prioridades de cada Secreta-ria e as formas de financiamento eobtenção de recursos, através do BD-Rio. Foram criados cinco grupo setoriaisde trabalho.

LevantamentoOs grupos atuarão nas áreas de ml-

neral, principalmente visando o calca-rio da região de Cantagalo/Cordeiro e

o quartzo usado na indústria eletrôni-ca: ná de turismo, com ênfase para osetor de hotelaria; e de agroindústria,voltada para a produção de alimentos.

Os dois outros grupos estudam as áreasde metal-mecanlca e química.

O Secretário Júlio Coutinho defen-deu, na reunião, a necessidade de cons-cientização da comunidade para o de-senvolvimento sócio-econômico do Esta-do, defendendo a formação de um lobbye pediu que todos agissem em suas áreasde atuação nesse sentido. E citou a usl-na da CSN e o ramal ferroviário comdois exemplos da necessidade de umaunião de todos os setores do Estado co-mo forma de sensibilização do Governofederal.

Valesul temnovo presidente

As pressões da Shell do Brasil juntoao Ministro das Minas e Energia, CésarCais, para que o ex-Deputado Franciscoda Gama Lima não assumisse a presi-dência da Valesul, na qual a multina-cional detém 36% do capital, deram re-sultado. Em substituição ao Sr Gama Li-ma, escolhido pelo próprio Ministro Cé-sar Cais, foi indicado o Sr Newton Re-sende, ex-diretor da Cia Meridional deMineração, que tomou posse no dia 7 demaio, a portas fechadas.

wmskW

sociedade brasileira de engenharia e comércio

s oRELATÓRIO DA DIRETORIA

B R E N C O S.C.G.C. N* 33.453.671/0001-67

^t_í'2S$£à. » <*iSposisõe, le^'» « «t-l_t«rl.., apresentamos o submetemos à apreciação de V. Sas., o Balanço Patrimonial, a Delação do Resultado do Exercício . demal,

demonstrações financeiras referentes ao exercício social de 01/01/78 a 31/12/78.Colocamo-nos a inteira disposição dos Senhores Acionistas para os esclarecimentos que se fizerem necessários.-

Rio de Janeiro, 02 de maio de 1979.- A DIRETORIA. _.

NOTAS:

ATIVO

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 1978PASSIVO

CIRCULANTECaixa Bancos Títulos e Valores Mobiliários . . • ¦Crédito de Obras p/ Empreitada • •Estoque de MateriaisAplicações e Retenções CompulsóriasOutros Créditos

1.403.264,0211.762.986,033.764.331,24

89.350.051,251.562.345,28

21.174.884,3887.534,43

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Títulos e Valores Mobiliários

PERMANENTE

Investimentos 158-846.163,49Imobilizações 159.699.800,05(—) Depreciações Acumuladas

129.105.396,63

175.247,42

CIRCULANTEFornecedoresObrigações e Encargos TrabalhistasDébitos por Financiamentos . . ..(—) Correção Monetária Prefixada

Outros Débitos Provisão para Imposto de Renda

61.118.364,183.792.438,30

EXIGlVEL A LONGO PRAZOObrigações e Encargos a PagarDébitos por Financiamentos 31.762.957,56(-) Correção Monetária Prefixada. ... 4.665.071,93

53.031.772,37 106.668.027,68 265.514.191,17

TOTAL DO ATIVO 394.794.835,22

Provisão para Imposto Renda

RESULTADO DE EXERCÍCIO FUTURODe Obras por Empreitada(—) Custo»

17.713.675,552.061.519,98

57.325.925,88

4.394,403.503.948,00 80.609.463,81

3.390.045,34

27.097.885,63

329.708,00 30.817.638,97

60.626.464,008.313.027,14 52.313.436,86

1 - PRÁTICAS CONTÁBEIS:

As demonstrações relativas ao exercício findo em 31/12/78 foram apresentadasobedecendo as normas recomendadas na Le! 6.404/76 t Decreto Lei 1.598/77.

Para todas as operações realizadas no exercício foi adotado o regime de compe-tência.

- MUDANÇAS NAS PRÁTICAS CONTÁBEISi

Foi adotado o Livro Razão Auxiliar em ORTN para a* contas do Ativo Permanentee Patrimônio Líquido.

A provisão para o Imposto de Renda foi constituída na base de 30%, diferindo a

parte sobre o lucro não realizado no exercício.

— O Imobilizado está representado pelo seu valor líquido, como segue:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

1. RECEITA OPERACIONAL BRUTA

1.1 — De obras p/ Empreitada 176-744.035,87

2. CUSTOS OPERACIONAIS

2.1 - De Obras p/ Empreitada (129.909.120,72)

f? LUCRO BRUTO 46-834.915,15

DESPESAS GERAIS

4.1 — Despesas Administrativa» 11-516.022,39

4.2 — Despesas Financeira» Líquida» 13.184.440,30

4.3 - Despesas Tributárias '• 2.339.421,20

4.4 - Depreciaçõe» 9.995.241,59 (37.035.125,48)

PATRIMÔNIO LIQUIDOCapital 177.800.000,00Reservas de Capital 44.518.754,83Reservas de Lucro 1.098.866,98Lucros Acumulados 6-867.354,98Reserva de lucro a Realizar 769.318,79 231.054.295,58

TOTAL DO PASSIVO 394.794.835,22

Máquinas e Equipamento»VeículosImóveisMóveis e Utensílios . • •InstalaçõesFerramentasLivros TéonicosDiversos

LUCRO OPERACIONAL

RECEITAS N/ OPERACIONAIS ¦

CORREÇÃO MONETÁRIA DO BALANÇO

Menos: Variações Monetárias

4-630.761,15

3-101.205,31

3. UCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA

?. PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA .

ia RESERVA LEGAL

11. LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO . . .

9.799.789,67

542.914,45

1.529.555,84

11.872.259,96

(3.833.656,00)

(401.930,19)

7.636.673,77

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OEXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 1978

(Valore» expresso» em milhare* d* cruzeiros)ORIGENS:Lucro Líquido do Exercício Depreciações Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo Aumento Exigível a Longo Prazo Novos Financiamentos Obtidos Provisão Imposto de Renda a Longo Prazo Variação Resultado de Exercícios Futuro»Correção Monetária do Balanço

7-6369.9951.8881.527

47.748329

(3.227)(1.529)

Total da» Origen»

APLICAÇÕESAcréscimo do Ativo Permanente:Imobilizado

Total das AplicaçõesAcréscimo no Capital Circulante . •

64.367

57.411

57.4116.956

Total

84.499.654,4113.656.403,805.059.546,591.914.537,371.248.562,62

181.457,8396.549,6511.315,41

106.668.027,68

Os Investimentos estão representados como segue:

Adema - Adm. Empre. e Participações S/A 105.170.985,82Scap - Soe. Civil e Adm. e Participações Lida 52.300.000,00

Incentivos Fiscais 1.375.177,67

Total 158.846.163,49

Ativo Circulante .Passivo Circulante .

DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO NO CAPITAI CIRCULANTE31/12/77 31/12/78

45.342 129.1053.802 80.609

41-540 48.496

64.367

Variação83.76376.807

6.956

CAPITAL

O capital social é composto de 177.800.000 ações ordinárias com direito a voto, to-

talmente nacional e Integralizado.

SÉRGIO VALLE MARQUES DE SOUZADiretor-PresidenteCPF 008-268.717-04

GERALDO MAJELLA DUQUE GUEDESDiretorCPF 002.014.566-72

GILSON LOURO MARCHESINIDiretorCPF 045.648.987-87

SILVIO CIAMPAGIIADiretorCPF 025.008.928-91

PAULO ROBERTO GAUDIOSO DE MORAISTéc. Contabilidade CRC-RJ 34-471-5CPF. 091.424.877-49

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES NO PATRIMÔNIO LfQUIDO NO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 1978

Histórico

Saldo em 31/12/77Aiuste Exercicio Anterior . . •Correção Monetária Especial • >Aumento AGE — 08/05/78 . .Aumento AGE — 08/05/78 . .Reserva — Decreto Lei 1260/73Aumento AGE - 29/12/78 . .Correção do Patrimônio * • • ••Lucro Líquido do Exercício • .Reserva Legal P. L. em 31/12/1978 . . . -.

^*-*a,to-____^_B_ff __3_r__B2_!

CapitalRealizado

44.100.198,00

709.802,00190.000,00

50.800.000,00

177.800.000,00

Reserva»de Capital

3.120.019,90(41.564,25)

1.441.675,15

(3.033.497,56)

(1.466.615,00)44.498.736,59

44.518.754,83

Reservas de lucro

legal Acumulado»511.562,65

185.374,14

401.930,191.098.866,98

1.156.502,44

(1.156.502,44)49.333.385,00

(49.333.385,00)

6.867.354,98

6.867.354,98

A Realizar

769.318,79

769.318.79

Total doPatrimônio

Líquido48.888.282,99

(41.564,25)1.441.675,15

78-709.802,00

49.333.385,00

44.684.110,737.636.673,77

401.930,19231-054.295,58

20 - ECONOMIA JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 23/5/79 D 1' Caderno

CVM proíbe emissão deCertificado de Depósitode Valores Mobiliários

Para evitar que a práticado colocação pelas empresasde notas promissórias, comvencimento em 30 dias emcustódia junto a bancos deinvestimento, em troca deCDVMs — Certificado deDepósito de Valores Mobi-Máirlos — com posterior ne-gociação no mercado fdnan-ceiro se generalizasse, fu-rando as restrições de cré-dito impostos ipelo ConselhoMonetário Nacional, aCVM-Comissão de ValoresMobiliários — praticamenteproibiu ontem a emissão deCDVM.

Com a elevação de 180para 365 dias no prazo deemissão de CDBs —certificados d e depósitosbancário — e RDBs-recibosde depósito bancário — pe-los bancos comerciais e deInvestimento, ficou dificilpara as empresas obteremrecursos no mercado finan-ceiro a prazos inferiores a180 dias, menor prazo comque podem operar os ban-cos de Investimento.

Semana passada, no en-tanto, dois bancos de invés-tlmento cariocas, realiza-ram operações de emissãode CDVM em tooca de no-tas promissórias que possi-bilitaram uma empresa pri-vada levantar nada menosque Or$ 500 milhões nomercado financeiro no pra-

zo de 30 dias. Nos bancosde investimento ela Jamaispoderia levantar recursosnesse prazo, só possível nosbancos comerciais, emborahoje seja quase impossívelobter tal quantia, porque amaior parte dos bancos estícom a carteira comercialfechada.

Segundo a deliberaçãoCVM n° 5, de 22 de maio,essa práitica foi considerada"irregular", embora não sepense em punição para osdois baimcos, pois a prodibicão vigora a partir de ho-je, quando "não se admite"a emissão de CDVM porInstituições que não te-nham obtildo a necessáriaautorização pela CVM". ACVM esclareceu, ainda, que"os CDVM só podem ter co-mo garantia as ações bene-ficiárias e debêmtures, emconformidade com a Lei8 404 (Lei das S/A), excluí-da a possibilidade de tadacertificados serem garanti-dos por títulos cambiais",no caso, notas promissórias.

O presidente da CVM, Ro-bento Teixeira da Costa, es-clareceu que o parecer de-claramido ilegal a operaçãode CDVM com notas pro-indissórias "não tem nada aver com resitJrições aos com-mercial pOpers".

Multa da Servix seráde Cr$ 109 mil e 92

Logo que a CVM — Co-missão de Valores Mobi-liários — receber o docu-rniento oficial do ConselhoMonetário Nacional ratifi-cando a pena de multa emdinheiro aplcada ao presi-dente da Servix, SérgioSchmidt Neves, o empresa-rio terá que pagar à CVMCr$ 109 mil 92 — o equlva-lente a. 300 ORTNs.

O • presidente da Servixpoderá recorrer, ainda, aoJudiciário, informa a CVM,mas isso "não o isentará,entretanto, de pagar dme-diatameriite a multa" resul-tante de inquérito que oCondenou em fevereiro, poruso de informação privile.giada para negociar açõesempresa em março de 1978.

- A K o sin os EngenhariaS.A. declarou ontem, atra-vés de seu porta-voz, New-ton Assunção, que nada de-ve à Eternit. "Tivemos real-mente um atraso na liqui-dação de. um compromisso,mas o débito foi saldado emabril", afirmou. A tarde, eleencaminhou à Bolsa do Riouma declração da Eternit,datada de ontem e com fir.ma reconhecida, ratificandoa sua informação.

Suspensa do pregão deontem no Rio por causa danotícia de que a Eternit te-ria pedido sua falência na3a. Vara Cível, a Kosmos de-ve voltar ainda hoje à ne-gociação.

Bolsa faz leilão hoje de 106milhões de títulos do Fiset

A Bolsa de Valores do Rio de Jftnei-ro realiza hoje o leilão de ações de em-prcendlmentos que receberam recursosdo Fundo de Investimento Setorial. Se-rão leiloadas ações de empresas do se-tor de turismo, reflorestamento e pesca,no total de 106 milhões 461 mil 785 ti-tulos.

A Embratur, nos últimos dois meses,desenvolveu uma campanha para va-lorlzar o turismo, atingindo seus pri-metros resultados com a valorização dascota* do Plseit-Turismo nas BolsaB, ondechegaram a subir 400% no Rio e 500%em São Paulo neste intervalo, reepectl-vãmente Cr$ 0,98 e Cr$ 1,20, contra Cr$0,24 em ambas as Bolsas no inicio deabril. Mas a intenção da Embratur émais ampla. Ela quer elevar o númerode optantes do Imposto de Renda, pes-soa jurídica, para os mesmos niveis de76, quando 16 mil empresas aplicaramno setor. Em 79, apenas 9 mil 700 em-presas decidiram investir no Plset-Tu-rlsmo.

A Bolsa do Rio vai leiloar 106 mi-lhões 461 mil 785 papéis, sendo 59 mi-lhões 929 mil 957 ações do Piset-Turls-mo; 24 milhões 599 mil 815 do Fiset-Pesca e 24 milhões 932 mil 13 ações doFiset-Florestamento e Reflorestamento.As ações de 19 empreendimentos turis-ticos que serão leiloados representam537o do total do leilão do Fiset.

Na área de reflorestamento, um to-tal de 11 empresas e 43 projetos foramselecionados para o leilão do Fiset. OsCertificados de Participação em reflo-restamento, referentes a estes projetos,somam Cr$ 40 milhões 600 mil. No tu-rismo, as ações da Predial e Adminis-tradora Hotéis Plaza S/A é a que temvalor mínimo mais elevado, oujo tituloatinge Cr$ 10.

De acordo com os regulamentos do

Fiset, os títulos adquiridos no leilão te-rão que ficar em poder do Investidordurante quatro anos, intransferíveis. Amoeda corrente do leilão é o CI — Cer-tlflcado de Investimento, que é trocadono Banco do Brasil pela empresa que fezo desconto do "imposto de renda devi-do", quando recebeu o Certificado deAplicação com Incentivos Fiscais. Osdescontos no IR podem ser feitos até olimite de 12% para o Fiset-Turismo; até25% para o Flset-Pesca; e até 35% parao Fiset-Reflorestamento, ou até 50% pa-ra o mesmo caso quando o empreendi-mento estiver localizado na Amazôniaou no Nordeste.

A Embratur estima para este anouma arrecadação em torno de Cr$ 350milhões para o Fiset-Turismo. Esta es-timatlva, entretanto, está bem abaixodos Cr$ 550 milhões, caso o número deoptantes pelo Fiset-Turismo mantivesseo mesmo índice de participação ocorri-do em 1976, quando 16 mil empresasaplicaram no setor.

Como os títulos, na Bolsa do Rio,não chegaram a atingir o valor nomi-nai de Cr$ 1 pelo qual são trocados, ooptante do Imposto de Renda poderáainda deduzir como despesa no próxl-mo período, 30% da diferença entre ovalor nominal e o valor apurado na ven-da das cotas que obteve com o IR. Nocaso de São Paulo, por exemplo, onde ascotas chegaram a atingir Cr$ 1,20, ooptante contabilizará Cr$ 0,20 de lucro,no próximo exercício. Durante o leilãode hoje, as empresas que tiverem emseu poder Certificados de Investimen-tos do Fiset poderão adquirir as açõesdas empresas que receberam os recur-sos deste fundo, ou simplesmente ven-derem seus CIs. Ontem a Bolsa do Riocotou os CIs, do Fiset-Turismo aCr$ 0,80, e as de Reflorestamento aCr$ 0,22.

Empresário acha turismo boa opção"Entre as opções de poupança com-

pulsória, nenhuma proporciona o mesmoque o Fiset-Turismo, mesmo que o op-tante do Imposto de Renda venda seusCIs no leilão ou troque-os por ações deempreendimentos turísticos" afirmou on-tem o diretor-financeiro e administrati-vo do Grupo Othon, Sr Rodolpho C.Busch.

Segundo ele, o maior atrativo parao investidor, no momento, é a alta li-quidez do papel, devido à grande pro-cura que está ocorrendo no mercado.Mas o investimento no setor, a médio elongo prazo, também é positivo em suaopinião, tendo em vista a solidez do tu-rismo, "que é construído sobre pedra ecal".

O diretor financeiro do Grupo Othonapontou, por exemplo o caso de um em-preendimento que tenha o valor patrimo-

nial de suas ações á Cr$ 1,24. "Como o va-lor de leilão independe do valor pa-trimonial da ação do empreendimentoescolhido, o investidor, ao comprar aação pelo valor nominal de Cr$ 1 no lei-lão, pode contabilizar um lucro de Cr$0,24 por ação".

O Sr Busch disse também que umdos fatores que intervém positivamenteno turismo é o efeito multiplicador destesegmento da indústria. "A implantaçãode um hotel", disse, "tem reflexos dire-tos e imediatos sobre uma série de ou-tros setores da economia, como a indús-tria de construção civil a de móveis, apa-reinos eletrodoméstifcos, cama e mesa,louça, inox e, indiretamente, tambémnos construtores de carrocerias de ôni-bus, porque a elevação dos fluxos turis-ticos leva a uma demanda também so-bre os transportes".

IBV6000. <*•!*-*

No Ano

5500. jpr\ /500oJ

j4500.

4000.

5500.

5000.

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No Mês

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Ontem .5400. j

5350.

5300-f~11:00

T T T11:30 12.00 12:30

Fechamento: 5406- Evolução %:Média: 5386

13:000.3

Bolsa do RioNúmeros do pregão

Papéis mais negociados à vista, am dinheiro: B. Brasil PP(9,71%), Belgo OP (8,38%), Docas OP (6,81%), Pe-trobrás PP (5,47%), e Samitri OP (3,73%).

Na quantidade da titulos: B. Brasil PP (9,14%), Belgo OP(8,02%), Petrobrás PP (5,99%), Docas OP (5,42%) eFinor Cl (5,19%).

Papéis governamentais (Cr$ mil): 34 640 (26,96%).Papéii privados (Cr$ mil): 93 848 (73,04%).IBV: médio 5386 (mais 0,3%). Final 5406 (mais 0,4%).IPBV: 521 (mais 0,6%).Média SN: ontem: 92 233, anteontem: 91679, há uma se-

mana: 91 669, há um mês: 84 053, há um ano: 89 288.Oscilação: Das 30 ações do IBV, 12 subiram, nove caíram,

oito ficaram estáveis e Café Brasília PP não foi ne-gociada.

Maiores altas: Docas OP (4,08%), Mesbla OP (3,92%), Mes-bla PP (2,65%), Mannesmann OP (2,14%) e B. BrasilPP (1,78%).

Maiores baixas: Samitri OP (2,24%), Nova América OP(2,10%), B. Brasil ON (1,94%), light OP (1,49%) eUnipar PE (1,04%).

Volume negociado

À vistaA termoMerc. futuroTotalMais alto do ano (14/4)Mais baixo do ano (29/1)

Quantidade

70 488 893220 000

7 780 00078 488 893

138 776 63229 983 421

Cr$114 073 262,23

453 100,0013 963 500,00

128 489 862,23214 357 909,68

46 380 337,47

Empresas

O presidente da TCmbra-tur, Miguel Colasuonno, dis-se ontem acreditar que aâ'opções pana o Fiset Turismo— feitas pelas pessoas jurí-,,vdicas no Imposto de Renda,até o próximo dia 30 — de-verão alcançar Cr$ 500 ml- 'lhões, embora a previsão doConselho de Desenvolvi- "mento Econômico seja de .Cr$ 330 milhões. Colasuonno 'credita esse resultado à*campanha Turismo é BomNegócios, por ele iniciadaem abril, e que levou os...preços dos certificados deCr$ 0,25 na primeira sema-na de abril para Cr$ 1,25 ¦ •na última semana. Hoje, na —Bolsa do Rio, serão leiloa-¦>.,das 56,9 milhões de ações ...da carteira do Turismo, 24,5 aomilhões do Fiset Pesca e •¦24,9 milhões do Fiset Reflo-.restamento. ?••».•»

O Grupo líanicriiuliisalterou o valor nominal desuas ações. As do banco co- 'mercial passaram de Cr$í"'para 1,24; as do banco de 'investimentos, para CrS'".'.1,25; as da financeira, paraCr$ 1,31; as da companhia"'"de seguros, para Cr? 1,24;e as do credito imobiliário; "para Cr? 1,36.

• De 28 deste mês ia 3 dejunho próximo, realiza-se 'no Parque Ahhembi, em""São Paulo, a 24a. Fenlt.

Um financiamento deCr$ 400 milhões foi concedi-.,.,..-do pelo BNDE ao BancoAuxiliar d e Investimento^para apoio à Usina da Bar- —ra S/A Açúcar e Álcool, par-,,..ticipante do Pró-Alcool. w.i.sj

Quinba-feira, o secreta- ':io-geral do CIP, Luiz Ro- 5berto Cunha, e o coordena- »dor-gerai da Indústria, Luiz !Carlos Ewald, vão cqnversar \ciom os industriais em reu- *nião do Conselho de Repre- "sentantes da Confederação 'Nacional da Indústria.

• Também quinta-feira reú- ,ne-se a ABADI — Associa- lção Brasileira dos Adminis- ,tradores de Imóveis, na Ja. •convenção nacional do se- ttor. A reunião começa com >um almoço na Associação™Comercial. *'¦**&

Cotações da Bolsa de São PauloAção Abart. Mód. Fach. Quant.

1000

Acesita opAos ViII opAcos Vill PPAlpargatas opAlpagartas ppAlpargatas pp

'Amazônia onAnd Clayton op,Anhanguera opAmo pp,Artex ppArthur Lange opAuxiliar pnBand C F Inv onBandeir Inv ppBandeirantes onBandeirantes ppBandeirantes ppBanespa onBanespa pnBanespa ppBardei Ia ppBaumer ppBelgo Mineir opBIC Monark opBorlem ppBoz Simonsen ppBrad Invest onBrad Invest onBradesco onBradesco pnBrahma ppBrasil onBrasil ppBrasilít ooBraslmet opBrasmotor ooCacique ppCaf Brasilia opCaf Brasilia ppCasa Anglo opSelm opCesp ppCICA ppCICA ppCidamar ppCim Aratu opCim Cauê ppCim Itau ppCimetal ppCitrobrasil ppCobrasfer ppCobrasma ppCoest. Const. ppCoest. Cont. ppCom. e Ind. SP onCom. e Ind. SP pnCom. e Ind. SP ppComind. B. Inv. pnConfrio opConst. A. Lind. ppConst. Beter ppCopas opCopas pdCrèd. Real MG ppD. F. Vasconc. ppDiâmetro Emp. opDiâmetro Emp. ppDocas Santos opDuratex ppEcisa opEconômico pnElekeiroz ppEluma opEluma ppEmílí Romani ppaEricsson opEst. Paraná pnEstrela opEstrela ppEternit opEternit ppbFNV poaFNV ppaFáb. C. Renaux ppFerro Brás. opiFerro Brás. ppFerro Ligas opFerro Liqas ppFin Bradesco onFin. Bradesco pnFord Brasil onFord Brasil ppFrancês Brás. onFrancês Irai. onFrigobrás ppFund. Tupy opFund. Tupy ppGuararapes ooHeleno Fons. opHeleno Fons. ppIAP, ooIbesa opIbesa ppbIfema ppIguaçu Café ppa

1,20 1,20 1,20 1231,36 1,36 1,36 51,45 1,50 1,50 1 4253,01 3,04 3,08 5192,90 2,99 3,00 5102,42 2,42 2,42 100,91 0,91 0,90 71,40 1,43 1,40 1911,40 1,40 1,40 102,55 2,56 2,60 6112,30 2,30 2,25 2 3471.29 1,29 1,30 110,71 0,71 0,71 1030,75 0,75 0,76 480,68 0,68 0,68 40,80 0,80 0,80 80,56 0,56 0,56 2480,56 0,56 0,56 2480,80 0,80 0,80 1450,78 0,78 0,78 440,82 0,81 0,81 3 1172,95 3,09 3,15 9541,50 1,54 1,55 8301,70 1,70 1,70 1 1800,84 0,84 0,84 1 9930,96 0,96 0,96 11,58 1,58 1,58 1001,55 1,55 1,55 61,55 1,57 1,57 4361,66 1,66 1,66 771.64 1,65 1,66 1 9341,75 1,75 1,74 3511,52 1,53 1,54 1741,70 1,72 1,72 2 6392,60 2,60 2,60 500,90 0,90 0,90 14,75 4,75 4,75 3586.30 6,30 6,30 53,20 3,20 3,20 1513,66 3,68 3,66 3602,60 2,60 2,60 553,30 3,30 3,30 40,67 0,66 0,66 771.65 1,65 1,65 61,55 1,55 1,55 109,60 9,60 9,60 100,75 0,68 0,68 3561,41 1,45 1,45 6533,58 3,57 3,56 4500,95 0,98 0,98 1 3790,85 0,85 0,85 11,48 1,48 1,48 201,45 1,48 1,50 2 6602,05 2,08 2,10 1 3201,30 1,33 1,35 1904,00 4,00 4,00 I1,04 1,04 1,04 1561.04 1,04 1,04 172,20 2,20 2,20 850,45 0,45 0,45 20,82 0,83 0,83 2830,58 0,62 0,63 1 1141,00 1,00 1,00 101,10 1,09 1,08 5700,73 0,73 0,73 21.00 1,00 1,00 1421.01 1,01 1,01 21.02 1,02 1,02 42.05 2,07 2,10 5431,95 1,94 1,92 1000,75 0,74 0,73 1121,45 1,41 1,40 1130,80 0,80 0,80 6001,30 1,30 1,30 501,68 1,68 1,68 5001.14 1,16 1,14 8781,65 1,69 1,79 3791,00 1,00 1,00 102,20 2,20 2,20 652,76 2,75 2,75 1 3754,20 4,20 4,20 94.15 4,15 4,15 113,10 3,09 3,05 1 3363,00 3,00 3,00 7001,85 1,85 1,85 305,56 5,56 5,56 72,71 2,70 2,70 9511,80 1,80 1,80 102,15 2,16 2,10 3831,20 1,20 1,20 41,20 1,20 1,20 174,60 4,60 4,60 24,80 4,80 4,80 641,70 1,70 1,70 1001,12 1,12 1,12 303,60 3,61 3,65 4501,20 1,19 1,20 4011,55 1,53 1,55 1 8313,10 3,10 3,10 6650,62 0,61 0,60 570,62 0,62 0,62 51,00 1,02 1,03 1 8982,25 2,25 2,25 182,47 2,52 2,55 9791,41 1,41 1,40 3406,20 6,20 6,20 222

Ação Abart. Méd. Fach. Quant.1 000

Iguaçu Café ppb 6,00 6,08 6,15Ind. Hering op 3,00 3,00 3,00Ind. Hering ppa 3,50 3,55 3,55Ind. Villares pp 2,55 2,60 2,60Inds Romi op 1,45 1,43 1,43Inds Romi op 1,30 1,30 1,30Inds Romi pp 1,35 1,35 1,35Inds Romi pp 1,25 1,25 1,25Itaubanco on 1,65 1,65 1,65Itaubanco on 1,32 1,32 1,33Itausa pn 6,42 6,46 6,50J H Santos pp 3,30 3,30 3,30Karsten pp 2,40 2,45 2,45Lafer pp 0,62 0,62 0,62Light on 0,58 0,58 0,58Light op 0,66 0,65 0,65 ¦Lobnas pp 2,45 2,45 2,45Lojas Americ op 2,24 2,25 2,20Madeirit ppb 2,75 2,75 2,75Magnesita op 1,00 1,00 1,00Manah pp 2,18 2,16 2,12Manasa op 3,05 3,05 3,05Manasa pp 2,90 2,90 3,00Mangels Indl op 1,30 1,39 1,40Mangels Indl pp 1,45 1,48 1,50Mannesmann op 1,20 1,20 1,20Maqs Pirat pp 0,89 0,81 0,81Marcopolo pp 2,15 2,15 2,15Mec Pesada op 3,10 3,10 3,10Melhor SP op 3,97 3,97 3,97Mendes Jr PP 1,40 1,39 1,39Merc Brasil on 1,51 1,51 1,51Merc Brasil pn 0,95 0,95 0,95Merc S Paulo pn 0,95 0,95 0,95Merc S Paulo pp 1,07 1,07 1,07Mesbla pp 2,70 2,70 2,70Metal Leve pp 2,70 2,70 2,70Moinho Sant op 2,30 2,30 2,30Munck Eq Ind od 1,50 1,53 1,55Nacional pn 1,02 1,02 1,02Nakata pp 1,98 1,98 1,98Nord Brasil pp 1,46 1,48 1,50Noroeste Est on 1,47 1,47 1,47Noroeste Est pp 1,80 1,80 1,80Paul F Luz op 0,59 0,59 0,59Perdigão pp 3,45 3,45 3,45Pelrobrás on 1,20 1,19 1,18Petrobrás pp 1,47 1,48 1,48Pir Brasilia op 1,45 1,45 1,45Pir Brasilia ppa 1,90 1,96 2,05Pir. Brasilia ops 1,75 1,75 1,75Pirelli op 1,25 1,27 1,30Pirclli op 1,18 1,18 1,18Premesa pp 0,80 0,79 0,80Real on 0,78 0,78 0,78Real on 0,78 0,78 0,78Real Cia Inv pn 1,85 1,85 1,82Real Cons pnf 1,00 1,00 1,00Real de Inv on 1,15 1,18 1,20Real de Inv pn 1,15 1,18 1,20Real de Inv pp 1,30 1,30 1,30Real Pari pnb 1,00 1,00 1,00Real Part. on 0,92 0,92 0,92Realcafé ppa 6,70 6,76 6,80Sadia Concor. pp 5,00 5,00 5,00Samitri op 1,30 1,30 1,30Saníaconstan pp 0,80 0,80 0,80Saraiva Livr pp 1,56 1,56 1,56Savena pp 2,35 2,35 2,35Schlosser pp 1,53 1,54 1,65Servi* Eng.- op 0,55 0,56 0,59Sharp op 1,50 1,50 1,50Sharp pp 1,70 1,69 1,70Sid. Açonorte op 1,00 1,00 1,03Sid. Açonorte ooa 1,40 1,43 1,43Sid. Coferraz op 0,80 0,78 0,78Sid. Guaira pp 2,25 2,25 2,25Sid. Nacional ppb 0,50 0,50 0,50Sid. Pains pp 0,90 0,90 0,90Sio. Riogrand. op 2,00 2,00 2,00Solornco pp 1,00 1,00 1,00Sorana od 3,50 3,50 3,50Souza Cruz op 2,25 2,25 2,23Sla. Olimpia pp 2,10 2,10 2,10Sta. Olimpia pp 2,00 2,00 2,00Teleri ob 0,16 0,16 0,16Telerj pa 0,67 0,67 0,67Telesp oe 0,22 0,22 0,22telesp on 0,21 0,21 0,21Telesp pe 0,76 0,77 0,77Telesp pn 0,74 0,74 0,74Transauto pp 3,00 2,98 2,90Transbrasil on 1,05 1,05 1,05Transbrasil pn 1,10 1,10 1,10Transparaná pp 1,08 1,08 1,08Tur. Bradesco pn 1,05 1,05 1,05Unibanco pn 0,77 0,76 0,76Unibanco Do 1,18 1,20 1,27Vale R. Doce pp 1,70 1,70 1,70Valmet oo 1,55 1,56 1,62Varig pp 2,45 2,47 2,50Varig oo 2,30 2,30 2,30Veplan oe 1,80 1,82 1,82Vidr. Smarina op 2,63 2,67 2,80Vigorelli op 1,40 1,48 1,50Vulcabrás pp 1,60 1,60 1,60

90037

8 1121 734

23137

1502580

543140158101

. 2020

25370

6243368

662394420615

2020

31750

100'1

1691

2215

130122514

1017

48024

200150130148549

8850

104 962

1220

35

28110

4159

43020

460250125200

1020

2961 515

66450223357210700

9100

15182

2452200

1555

45388438

52

0004

2915

1 025150964958

1 841240

14 551137206

Cotações da Bolsa do RioTitulo»

EM CRUZEIROSAbart. Fach. Míd.

AcesitaAçonorteAratu ex/bAratuArtexC. BanhaBarbaraBasaB. BrasilB. BrasilB. BahiaB. BahiaBelgoBanerjB. ItaúB. NacionalB. NacionalBNBBNBBozanoBozanoBradesco ex/bsBradesco ex/bsBrahma c/dBrahma c/dBrahma ex/dBrasmotorCafé Solúvel

opPPoppnPPopop

PPpnPPop

PPopPPonpnopPPPPopPP

Casa Anglo c/db ppCimento CauêBangu Des. Part.Bangu Des. Part.CBEE ex/dA. ClaytonCemig c/bPaul. Fértil.Corrêa RibeiroSouza CruzCSN c/dDocas SantosAbramo EberleEmilio RomaniFáb. Bangu ex/d opFáb. Bangu c/d ppFáb. Bangu ex/d ppFerbasaFerlisulFertisulLeopoldina c/dFinorFiset RefloFiset TurismoTec S. JoséGerdauGrazzíotinHeringKalil SehbaYightL. AmericanasL. Brasileiras c/s ppL. Brasileiras ppMannesm. c/db opMannesm. ex/db opMannesm. c/db ppMannesm. ex/db ppMarcovanMesbla 54Mesbla 54Moinho Flum.MonarkMontrealM. SantistaMundialN. América ex/d opN. América ex/d ppSid. PainsCim. ParaísoPetrobrásPetrobrásPetrobrásPirelliMarcopoloPet. IpirangaPet. IpirangaRio-GrandenseRio-GrandenseSamitriSchlosser c/sSupergasbrásSharpSisalSondotécnicaServixTecnosoloTelerjTelerjTelerj ex/dTibrásT. JanerUniparUniparVale ex/dVarigVarig novasVeplan

ppoponpnPPopPPopPPopPPopPPopPPpePPopop

1,151,350,720,332,182,501,600,941,581,740,850,851,690,801,321,021,021,301,411,261,601,661,641,681,731,694,826,302,401,401,001,000,601,480,781,102,952,270,512,002,201,201,001,001,001,401,802,300,800,230,220,805,103,852,053,502,400,672,262,450,081,851,151,721,100,502,572,673,500,870,852,300,801,401,400,901,401,201,351,491,252,153,403,952,002,801,341,502,781,701,111,700,571,900,190,180,735,101,553,754,751,692,452,301,75

1,171,430,680,332,182,501,600,941,521,720,850,851,690,801,321,02

•1,021,251,441,261,651,661,641,681,711,694,826,302,401,451,001,000,601,480,781,103,002,230,512,102,201,201,001,001,001,401,80 '2,350,800,230,220,805,103,902,053,502,400,652,232,400,091,951,181,721,100,502,652,753,500,850,852,320,801,401,400,901,401,191,351,501,252,153,403,952,002,801,321,502,781,701,111,750,561,900,190,180,705,101,503,754,751,702,452,301,75

1,181,390,660,332,182,501,600,941,521,720,850,851,690,801,321,021,021,261,421,271,601,661,641,681,721,684,826,302,401,441,001,000,601,480,781,102,962,260,512,042,201,201,001,001,001,401,802,300,800,230,220,805,103,902,053,502,400,662,242,430,081,911,181,711,100,502,652,713,500,850,852,310,801,401,400,901,401,201,351,481,252,153,403,952,002,801,311,502,781,701,111,720,571,900,190,180,715,101,513,754,751,692,452,301,75

Var.méd.

_ant._• 0,84

6,92

Est.1,271,051,941,78

Est.

Est.Est.Est.

• 3,08Est.

1,27

0,59Est.

0,59

• 1,33

3,77Est.Est.

4,08Est.Est.

Est.

Est.Est.

4,178,335,88

1,30

Est.

1,490,442,02

-11,112,140,850,590,94

3,922,65Est.Est.

2,10

0,84

0,68

1,38Esl.

Est.2,24

Est.0,36

Est.Esl.

5.00Esl.

1,39Est.

5,041,040,59Est.Est.

Luc. Quantam 79 (1 000)

Jan=100145,68213,85

132,12101,6384,21

184,31107,04107,50146,55

194,25100,00109,09104,08104,08124,75126,79129,59139,13112,93118,84115,07108,86112,75105,24328,13

118,03169,49163,93125,00

132,20174,60164,44119,58115,91140,69117,02100,00

103,7069,2372,56

112,68121,05146,67400,00146,97232,14

97,62

130,4478,57

104,67100,41

203,19218,52185,87207,55

71,43101,92100,37113,64

94,44231,00160,00123,89125,00126,76100,0088,8987,1087,57

150,60107,5094,4493,60

200,00229,51192,65

124,6680,95

86,43118,75

84,44118,75112,50173,1797,14

141,1276,5383,48

176,04189,9298,71

159,09

1 284427

1 3781

4520

1 00944

4186 445

311

5 66015

120356613328

944

10212

4487

027473280250500800

11

105016

210900

1 4874

8098

1001

401

5043

35020

660284592100360100

1 12652027586929743630969619480

1103894609280

871 134

429511528

2993

1*229

3000300

45

501 416

254116

101 ooo

88

1 460208035

2085

121

201 075

400200

2

Bolsa de Nova Iorquetem ligeira elevação

Nova Iorque — A Bolsa de Valores obte-ve, ontem uma alta modesta, produzida pelorelatório governamental de que a economianorte-americana está em processo de desa-quecimento e as taxas de juros podem bai-xar, em dia de volume moderado. A Bolsa rea-giu depois que o Governo informou que os pe-didos de bens •duráveis, em abril, caíram8,7%, a baixa mais profunda desde a de 8,9%,em janeiro de 1968.

Os analistas disseram que o relatório re-presenta uma das indicações mais claras deque a economia talvez esteja em processo dedesaquecimento, o que faria com que as ta-xas de juros caíssem também.

Cotações da Bolsa deValores de Nova Iorque

Nova Iorque — Foi a seguinte a média Dow Jones naBolsa de Valores ds Nova Iorque ontem:

Abert. Máx. Min. Fech.840,44 848,41 837,20 845,37231,11 234,17 230,28 233,49100,68 101,01 99,97 100,41288,52 291,25 287,27 290,14

Foram os seguintes o» preços finais na Bolsa d* Valoresde Nova Iorque, ontem, em dólares:

Ações30 Industriais20 .Transportes15 Serviços Público»65 Ações

Airco IncAlcan AlumAllied ChemAllis ChalmersAlcoaAm AirinesAm CynamldAm Tel 8, TelAmf IncAnacondaAsarcoAli RichfieddAvco Corp

Bendix CorpBen CpBethlehem SleelBoeingBoise CascadeBord WarnerBraniffBrunswickBourroughs Corp

Campbell SoupCanadíanCaterpillar TracCBSCela ne seChase Nanhate BkChessie SystemmChrvsier Corp-CiticorpCoca-ColaColgate PalmColumbia PictCom. SatelliteCons EdisonContinental OilContro) DataCorning GlassCPC IntilCrown ZellerbachDow ChemicalDresser IndDupont

Eastern AirEastman KodakEl Passo CompanynEasmarkExxon

FairchildFirestoneFord Motor

Gen DynamicsGen EletricGen FoodsGen MotorsGTEGsn TireGerty OilGoodríckGoodyearGraccwGT Atl &Gulf Oil

34 1/435 7/832 3/831 3/454 3/412 1/426 1/458 5/815 5/820 1/817 5/865 3/822 5/8

38 7/823 7/82239 3/434 7/829 1/21214 3/870

33 7/8

56 3/445 1/241 7/836 1/228 7/8923 1/238 3/41721 7/84422 1/433 1/236 1/454 1/4

Pac

49 3/836 1/426 1/841 3/8134 1/4

1/858 S/418 1/425 7/852 1/8

64 1/412 3/443 1/4

29 5/850 5/8306027 5/824 1/244 3/419 7/81627 1/8

3/826

Gulf & WesternIBMInt HarvesterInt PaperInt Tel & Tel

14309

394528

1/4

7/81/21/8

Johnson & Johnson 70 1/8

Kaiser AluminKennecott Cop

Liggett & MyersLitton IndustLockheed AircLTV- Oorp

Manafact HanoverMerckMobil OilMonsanto Co

25 5/824 3/8

33 1/43920 1/8

3/4

34 1/464 1/275 3/449

Nabisco 23Nat Distilliers 2) 7/8NCR Corp 70 1/4Northeast Airlines 24 3/4

Occidental Pet 19 3/4Olin Corp 19 1/2Owens Illinois 19 3/4

Pacific Gas & El 22 1/4Pespsico Inc 22 7/8Pfizer Cras 34 1/4Phillip Morris 65Phillips Pet 37Polaroid 30 7/8Procter & Gamble 79 3/4

RCA 24 7/8Reynolds Ind 46Reynolds Mel 35Royal Dulch Pet 65 1/2

Safeway StrsScott PaperSears RoebuckShell OilSin ger CoSmithkeline CorpSperry RandSTD Oil CalifSTD Oil IndianaStownStudew

TeledyneTennecoTexacoTex3s InstrumentsTextronTwent Cent Fox

Union CarbideUnited BrandsUS IndustriesUS SteelWest Union CorpWesth ElectWoolworth

35 3/417 7/819 3/839 3/813 5/881 5/844 1/447 5/862 7/83825 1/4

11932 1/825 5/885 1/825 3/843 5/8

CAFÉjul/n.i.

(centspor libra)770.

;;:í€:ck::\/:í. ¦.¦¦'.' V

"°4J '"j^a1 s ' o' n^d"rTT~í ''mliíSlj,! j

¦¦

Em Nova Iorque os preços indicativos ão café abri-^ram a 153,50 cents de dólar por libra-peso e fecha- "¦¦'ram a 153,20. Em Lonãres a Associateã Press notfr"ciou que as nações proáutoras e consumidoras1 ãe 'café decidiram arquivar por tempo inãefiniáo o pro- ¦jeto ãe estabelecer uma reserva regulaâora de café \

38 1/43/41/8

22 5/818 5/817 3/827

Mercado externoChicago • Nova Iorque — Cotações

futuras nas Bolsas de mercadorias deChicago e Nova torqua, ontem:

Mât

Variação sobraDia

Fechamento Anterior

AÇÚCAR (NI)cents por libra (454 grs.)

JulhoSetembroOutubroJaneiroMarçoMaio

N? 11

779829846875931955

780829896880931956

AlGODAO (NI)cents por libra (454 grs.)

JulhoOutubroDezembroMarçoMaioJulho

61,00 61,6162,20 62,7562,00 62,2062,90 63,1063,90 63,9564,90 65,15

CAFI (NI)cents por libra (454 grs.)

MaioJulhoSetembroDezembroMarçoMaioJulho

149,75153,20156,50153,25149,75149,75147,00

149,90153,30156,70153,70149,95150,00150,50

COBRE (NI)canta por libra (454 grs.)

Maio 84,55Junho 85,05Julho 85,60Setembro 86,70Dezembro 87,50Janeiro 87,90Março 88,20

84,6085,0585,6586,7087,7087,9088,15

FARELO DE SOJA (Chicago)dólares por tonelada

JulhoAgostoSetembroOutubroDezembroJaneiroMarçoMaio

196,90197,50197 50196,50198,00199,00202,00203,00

195,10196,40196,70196,60197.90199,00202,10203,40

Mês Fechamento

Variação sobre ¦Dia .

Anterior

MILHO (Chicago)cents por bushel (25,46 kg)

JulhoSetembroDezembroMarçoMaioJulro

261269271280285288

267270272280285

ÓLEO DE SOJA (Chicago)cents por libra (454 grs.)

JulhoAgostoSetembroOutubroDezembroJaneiroMarço

26,3226,4226,4026,3026,1526,1026,20

26,4726,63"26,5826,3726,2926,28 '26,37

SOJA (Chicago)cents por bushel i27,22 kg)

JulhoAgostoSetembroNovembroJaneiroMarçoMaio

793747736727737749755

740744737728738750758

TRIGO (Chicago)cents per busho> (27,22 kg) •*">

Julho •SetembroDezembroMarçoMaio

362366377386386

360363374383382

METAISLondres: Cotações dos metais em

Londres, ontem:Cobreà vista 920,00 921,003 meses 931,50 932,00Estanho (Standart)à visla 7460 74703 meses 7225 7240Estanho (High grade)à vista 7460 7470-3 mese» 7225 7240Zincoà vista 374,50 Í75JM3 meses 387,00 387,50Prataà vista 420,30 420,703 meses 432,50 432,70OuroLondres 265,625 |Zurique 266,125Nota: Cobre, Estanho, Chumbo e Zin-co — em libras por toneladas.Praia — em pence por troy (31,103 g).Ouro — em dólares por onça.

JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 23/5/79 D 1* Caderno ECONOMIA - 21

SERVIÇO FINANCEIRO

Percentual de aplicaçãorural não será elevado

Brasília — O Governon&o vai elevar o percentualde aplicação obrigatória dosbancos comerciais no setoragricola, na reunião de ho-je do Conselho MonetárioNacional, como tinha anun-ciado na semana passada opresidente do Banco d oBrasil, Oswaldo Colln.

Fonte credenciada doBanco Central informou on-tem que a única alteraçãoma.Resolução 69, que esta-belece que os bancos comer-ciais são obrigados a aplicar15% de seus depósitos à vis-ta no crédito rural, a serpromovida pelo CMN seráno..sentldo de beneficiar ospequenos e médios produto-res agrícolas.

Atualmente, 10% dos re-cursos de aplicação obriga-tória dos bancos comerciaisem crédito rural devem serdestinados aos pequenos emédios produtores. Hoej, oCMV vai determinar que apartir de agora esse percen-tual seja de 25%. Mas, olimite para as aplicaçõesobrigatórias no setor agrico-Ia continua sendo 15% dosdepósitos à vista.

O presidente em exercíciodo Banco Central, João Aride Lima Barros, afirmouontem que "não existe ne-nhum estudo técnico noBQ'.' propondo que os ban-cos estrangeiros possamatuar em todas as linhasde crédito e de prestaçãode.serviços em que atuam•atualmente os bancos na-cionais.

Em São Paulo, o professorde Economia da USP, SrAdroaldo de Moura e Silva,disse ontem que "o controle

das taxas de juros só fun-clonarà no combate íi ln-fiação se for acompanhadopela administração coeren-te de outros preços e porum redlreclonamento d ocombate do capital para se-tores prioritários, como aagricultura e a habitação,através de redefinição detoda a estrutura dos finan-ciumentos e a apropriaçãodos fundos PIS, Pasep e 157.

A afirmação do professorfoi feita para cerca de 100analistas do mercado de ca-pitais da Abamec, que acre-dita que além das dlíiculda.des políticas a serem en-írentadas pelo Governo pa-ra modificar a atual politl-ca a serem enfrentadas pe-lo Governo para modificara atual política econômica"será, bastante complexa aadministração do reddredo-namento de capitais paraas novas prioridades".Acrescentou que não devefaltar coragem para discu-tir e pôr em prática umanova orientação".

No Rio, apesar do últimodia para entrega dos mapasdo compulsório (quinzena16/4 a 30/4) do sistemabancário e do recolhimentodos impostos federais peloGrupo 2 (Cr$ 1,7 bilhões) omercado monetário perma-neceu bastante líquido on-tem. Os negócios com che-quês BB oscilaram entrea soma das operações a Or$1 bilhão 943 milhões, segun-do a ANDIMA. Os financia-mentos overnight giraramentre 7,20% e 26,40% aoano, em mercado equilibra-do.

CHEQUEBB(% ao ano - os últimos80 seis dias)

60_

40_

; _a 4a5aea_a0n(e_

_n_a__________fl___B-__s__i

OVERNIGHT(taxas anuais em LTN

os últimos seisdias)íeoj

120-

80_*A_o_]___^_p^^3a 4a 5a.ga 2*Qntem

Mercado de LTNO mercado aberto de Letras do Te-

sourp Nacional permaneceu bastantemovijsjntado ontem," diante do baixocustcr^fc-^inheiro para financiamentosde posição por um dia, o que refletea manufençao do elevado nível de li-qufdez do sistema, Como a liquidez éconsiderada transitória, as instituiçõesfinanceiras não estão interessadas emaumentar suas posições, o que geroumaior tendência vendedora no merca-do. Os papéis mais negociados foramos com vencimento em outubro cota-doi ne faixa de 35,30% até 34%o os com vencimento em novembronegociados entre 33,60% e 33,10% dedesconto ao ano. Os financiamentosover nigM oscilaram entre 7,20% e26,40% ao ano, com a média dos ne*góclos a 10,80% ao mês. O volumede negocies com LTNs somou Cr$ 90bilhões 83 milhões, segundo a AND1-AAA. A seguir, as taxas médias anuaisde desconto de todos os vencimentos.Vencimento Compra Venda30/05 33,00 30,0006/04 33,50 30,5013/06 33,80 30,8020/06 34,00 31,0022/06 34,20 31,5027/06 34,50 31,80

04/07 36,80 32,00U/07 36,70 33,0018/07 36,60 34,0020/07 36,50 34,5025/07 36,40 . 35,0001/08 36,30 35,5003/08 36,20 35,2015/08 36,00 35,7017/08 36,20 35,2022/08 36,15 35,8529/08 36,10 35,8005/09 36,05 35,7512/09 36,00 35,7019/19 35,80 35,5021/09 35,70 35,4026/09 35,65 35,3503/10 35,60 35,3003/10 35,60 35,3010/10 35,40 35,1017/10 35,20 34,9019/10 34,90 34,6024/10 34,70 34,4031/10 34;30 34,0007/11 33,90 33,6014/11 33,60 33,2016/11 . 33,50 33,1014/12 33,20 32,9018/01 32,80 32,4015/02 32,40 32,0014/03 32,00 31,6018/04 31,80 31,4016/05 31,40 31,00

Títulos públicosApesar da manutenção do elevado nível da li-

quldez o mercado financeiro apresentou ligeira re-dução em seu volume de negócios efetivos de com-pra e venda, que incluindo os financiamentos deposição por um dia somaram Cr$ 10 bilhões 607milhões, segundo a ANDIMA. As Obrigações Rea-justáveis do Tesouro Nacional com cinco anos déprazo e juros anuais de 8% foram negociadas comvencimento no primeiro semestre de 1980 foramcotadas em 97,57% e 98% de desconto sobre o va-lor nominal do mês Cr$ 363,64. Os financiamentosovernight oscilaram entre 15,% e 10,20% ao ano,com a média das operações a 12,60% ao ano.

comunicadoFaulhaber Engenharia Ltda., comunica >Q

aos nossos clientes e fornecedores, que o Sr. ^jOSVALDO BIZETTI, portador da Carteira deIdentidade nv 3472305 expedida pelo IFP ,deixou de pertencer ao quadro de empregadosdesta Empresa.

Rio de Janeiro, 22 de maio de 1979.A Diretoria

Empréstimo

R-cife — Contrato no valor de 48milhões de dólares foi assinado emLondres entre a Sudene, representadapelo seu superintendente de opera*ções, Sr Marlos Jacob, e um consór-cio de bancos europeus, liderado peloBanque Belge, para complementar oorçamento do Finor — Fundo de In-vesttmento do Nordeste. Esse emprés-timo externo, última parcela do totalde 150 milhões de dólares, autorizadopelo Governo federal no segundo se-rrestre do ano pasr>ado, ficará con-Qelado no Banco Gintral durante 150dias antes de ser repassado à Sudene.

Eurodólar

A taxa interbancária de cambio deLondres, no mercado do eurodólar,fechou ontem em fraixoi suíços tmarcos:

Frincoi Sulsot

m&i 1 7/16 1 5/16mese» 11/2 1 3/8mese. 1 5/8 1 1/2

6 mese» 2 7/16 2 5/16l-«no 2 13/17 2 11/16

Mircn

1 tnh 5 11/16 5 9/162, meie» 5 15/16 5 13/163 mese» 6 1/16 5 15/166 mete» 6 11/14 6 9/161 tra 7 1/8 7

ArgentinaAustráliaÁustriaAlemanha Ocd.BélgicaBolíviaGrã-BretanhaCanadáChileColômbiaDinamarcaHolandaHong-KcngIrlandaItáliaLibanoMéxicoNoruegaPeruPortugalSuéciaSuíçaUruguaiVenezuela

0.00081,10500,07080,52180,03250,04952,04690,86350,02840,02350,18450,47800,19771,97000,0011680,30740,04380,19210,00460,02010,22770,57550,13720,2330

í VA DIRETO AUBERABA E

UBERLÂNDIA y,*V

InterbancárioO mercado Interbancário de cam-

bio para contratos prontos apresentou-se equilibrado ontem, registrando umbom volume de negócios. As taxas pa-ra telegramas e cheques situaram-seentre Cr$ 24,745 o Cr$ 24,755. Obancário futuro esteve oferecido, comvolume reduzido de negócios, reaü-zado a CrS 24,775 mais 2,90% até3,25% ao mês para contratos comprazos de 30 até 180 dias, respecti-vãmente.

Taxas de câmbioO dólar foi negociado ontem a Cr$

24,635 para compra e Cr$ 24,775 pa-ra venda. Nas operações com bancossua cotação foi di Cr$ 24,670 pararepasse e Cr$ 24,755 para cobertura.As taxas médias que se seguem to-mem por base as cotações de fecha-mento no mercado de Nova Iorque.

Em USS Em CrS

0,019827,3764

1,754112,92760,80521,2264

50,711921,39320,70360,58224,571011,84254,650348,70680,02697,61581,08514,75930,11400,49805,641314,25803,39915,7726

SEM CONEXÃO

PELA [__] VOTECGANHE TEMPO

E DINHEIRO __ ,APENAS: C_ $ 1,722,00

Reservas: 222-1661 e 222-2848DE 2a. A SÁBADO • SAÍDA ÂS 7:30h • VOLTA AS 17: .0h

Vs____yPERDIGÃO SA.

COMÉRCIO E INDÚSTRIACGC-MF 86.547.619/0001-38:

EDITAL DE CONVOCAÇÃOS&o convocados bs •aciohistas desta-companhia para'se reunirem em AssembléiaVàeral Extraordinária, a se

realizar as 10 (dez) horas do dia dois (2) de junho de1979, em sua sede social sita na Rua do éomércio, 39 -1° Andar/nesta cidade de Videira-SC, para deliberarsbbre a seguinte Ordem do Dia: 1) Efetivação do au-mentp_ecapital deCr$2Q1:500.Q00,Ó0 para Cr$250.000.000,00, aprovada pala AGE realizada e/n17/03/79, pela subscrição e integralização' de novasaçOes. ordinárias e preferenciais de Cr$1,00 cada.2) Alteração dos artigos 4° 6 21 do Estatuto Social.3) Outros assuntos de interesse social.

Videira, 15 de maio de 1979SAUL BRANDALISE

Pres. Cons. Administração.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

UNIVERSIDADE FEDERALDE SANTA CATARINA

ALIENAÇÃO DE IMÓVEISCONCORRÊNCIA PÚBLICA

Torno público a quem possa Interessar, que a UniversidadeFederal de Santa Catarina, fará realizar is 10:00 horas do dia 25de junho de 197», em sua sala de concorrências, localizada naReitoria, Campus Universitário da Trindade, concorrência públicapara a alienação de imóveis pertencentes a esta Universidade, as-sim especificados:

— Terreno localizado à Rua Esteves Júnior n.° 11, nestacapital, com área de 3.961,98 m2, respectivo prédio de alvenaria,com área de 1.445,00 m2, e de um prédio de madeira de umpavimento, cem 120,00 m2.

Valor mínimo: Cr$ 34.251.821,10.

II — Terreno com área de 2.664,00 m2, localizado a Rua Es-tevês Júnior n.° 93, nesta capital, e respectivo prédio de aivena-ria e outro de madeira,' tendo o primeiro 3 pavimentos e área de1.911,23 m2 e o segundo, um pavimento e área de 229,00 m2.

Valor mínimo: Cr$ 18.677.479,92.

III — Terreno situado à Rua São Francisco n.° 9, nesta capital,com área de 1.802,60 m2, e respectivo prédio, com 2 pavimentos,cem área de 877,57 m2; mais outro prédio com área de 2.151,66 m2,de alvenaria, com 4 pavimentos.

Valor mínimo: Cr$ 17.452.971,20.

Os Interessados poderão obter o edital e todas as Informaçõesnecessárias, junto a Divisão do Material da Universidade Federal deSanta Catarina, no horário de 9:00 às 12:00 e das 14:00 is 16:00horas, de segunda i sexta-feira.

Os imóveis a serem alienados, poderão ser vistoriados.

Florianópolis, 17 de maio de 1979

BEL. JOÃO JOSÉ HABERBECK FAGUNDESPresidente da Comissão de Licitação e Julgamento

Empresas devem ao EstadoCr$ 5 bilhões em impostos

O total dos débitos fiscais ajuizadosno Estado do Bio já somam Cr$ 4,9 bl-íhões, distribuídos em 21 mil processos,valor pouco inferior ao déficit orçamen-tário do Município do Rio de Janeiroprevisto para este ano, que é de Cr$5 bilhões.

O ICM é o Imposto mais sonegadoem todo o Estado e o Município do Riopossui a maioria dos contribuintes fal-tosos: 12 mil 236 processos representan-do um montante de Cr$ 3,4 bilhões. OGoverno estuda, agora, formas de par-celamento das dívidas ajuizadas, redu-zlndo as atuais exigências e dandomaior flexibilidade ao contribuinte.

DébitosA dívida ativa em todo o Estado

aumentou de 1977 para 1978. Enquantoforam ajuizados 9 mil 657 processos re-presentàndo Cr$ 2,1 bilhões em 77, noano seguinte esses números subiram pa-ra 11 mil 594 e Cr$ 2,8 bilhões. No Mu-niciplo do Rio, em 1977, a divida era deCrS 1,4 bilhões, com 5 mil 767 proces-sos e, em 1978, foi para Cr$ 1,9 bilhõese 6 mil 469 processos.

Segundo o superintendente do Te-souro Estadual, João Gonçalves GomesPilho, ao mesmo tempo em que a. Secre-taria estuda formas de pagamento dasdívidas de maneira a facilitar o contri-

bulnte, vai atuar também junto à Justi-ça para a cobrança mais ágil dos débl-tos.

Para os contribuintes faltosos, mascom os débitos ainda não ajuizados, foiassinada no mês passado a Resolução442, que prevê o parcelamento da dívl-da em até 60 meses sem penalizá-lo,desde que a declaração seja expontânea.O montante do débito fiscal ajuizadodivulgado ontem pela Secretaria de Pa-zenda e até o dia 14 deste mês e já estáconsolidado, com todos os acréscimoslegais.

PolíticaA orientação não flscallsta não ado-

tada pela Secretaria de Fazenda em re-lação aos impostos, veios incentivar oseu recolhimento, segundo o superinten-dente do Tesouro, porque, ao mesmotempo que abre facilidades ao contri-bulnte em dia, criou formas de ajuizare cobrar judicialmente os débitos, commaior rapidez.

Da mesma forma, o uso do compu-tador em todas as fases também velofacilitar o trabalho de controle da dí-vida e arrecadação, pois os valores sãoatualizados mensalmente, através delistagem. Os débitos fiscais já são maisde 10% da previsão de arrecadação doICM para este ano no Estado do Rio,que é de Cr$ 34,5 bilhões.

Redução de lucros leva trêscorretoras a saírem do

Uma semana depois da CorretoraCocentro, do ex-presidente do Bancodo Brasil, Nestor Jost, encerrar suas atl-vidades, negociando a carta-patentepara a Corretora Portal, de São Paulo,a Desconto Distribuidora encerrou on-tem seus negócios no mercado aberto ea Corretora Lara deverá obter a mes-ma posição, desfazendo-se de suas duascartas-patentes.

As dificuldades de financiamentodas carteiras de títulos das instituiçõesque operam no mercado aberto, já quenos últimos oito meses — à excessão doperíodo de 16 de maio até ontem — astaxas de juros no mercado do overnight(de um. a sete dias são financiados 50%das carteiras, em média, no mercado)estavam mais caras do que o rendimen-tos dos títulos, motivou aquelas deci-soes. Não está afastada a hipótese deoutras corretoras seguirem o mesmo ca-minha.

Quem é quemDas três Instituições, a salda mais

tranqüila do mercado foi da CorretoraCocentro. No último balancete publica-do na Revista da ANDIMA de março,a Cocentro apresentava em fevereirouma posição de Cr$ 30 milhões 256 milde ORTNs — Obrigações Reajustáveisdo Tesouro Nacional — financiada ematé sete dias, contra Cr$ 9 milhões 740mil de capital e reservas.

Segundo o Sr Nestor Jost, que seafastou da presidência da corretora nosegundo semestre de 1978, quando as-sumiu cargo no conselho de administra-ção do Banco do Brasil, "que era ln-compatível com minha condição de di-rlgente de corretora", a decisão de ven-der a Cocentro "existia desde dezembrodo ano passado, porque o mercado nãoestava muito convidativo em termos delucro, além de ser um negócio que re-quer muita atenção". E a venda acabousendo concretizada semana passada,quando a Corretora Portal adquiriu suacarta-patente, avaliada em Cr$ 6 ml-lhões.

A saída da ^Desconto foi decidida"por seus próprios*dirigentes (Dalmar deFreitas Paranhos, Jadlr Clóvis Malheiros,Sérgio Alfredo Bopp e Sérgio MaggioniPoppe), que segunda-feira encerraramoficialmente as operações dentro domercado, onde a distribuidora atuava-desde 1975. Ontem, fez o acerto de sua

opencarteira, praticamente reduzida a zero,depois de ter atingido Cr$ 596 milhões957 mil, em fevereiro passado.

A Desconto tinha capital e reservasde Cr$ 21 milhões 749 mil, aí Incluídauma carta-patente de corretora, adqui-rida no início de 1978 à Stock Corretorae sua carta-patente, como a de todas asdistribuidoras, vale Cr$ 1 milhão, ha-vendo excesso de oferta, com a desativa-ção registrada no open market desdeque o Banco Central baixou a Resolução366 (em abril de 1976), restringindo asoperações com cartas de recompra a pre-ços fixos.

Jadir Malheiros explicou ontem que"a saída da Desconto do mercado, de-pois de três anos e meio de operação,foi uma decisão empresarial pesada,com base nas perspectivas pouco favo-ráveis do mercado. Foi uma decisão mui-to difícil para nós, que éramos profis-sionais com 10 anos de atuação (Jadir eos diretores da Desconto operavam naOmega Corretora) e precedemos, até, acriação das Letras do Tesouro Nacional.Mas foi uma posição multo adulta quetomamos", disse.

Para o presidente da ANDIMA — As-soclação Nacional das Instituições doMercado Aberto, César Manuel de Souza,a decisão dos dirigentes da Desconto "éuma saída adulta de quem conhece erespeita o mercado aberto, além de umexemplo das dificuldades que as institui-ções financeiras em geral vêm tendo pa-ra financiar suas carteiras de títulos".

Já o caso da Lara Corretora, cujosdiretores, Frank de Luca e GustavoBailly, estiveram segunda-feira em Bra-silla, em entendimentos com os dirigen-tes do Banco Central, tem erigem nacrise do open de outubro/novembro de1978, quando liderou um pooZ de Instl-tuições para absorver a carteira de ti-tulos e os prejuízos da Global Distribui-dora, que se retirara do mercado aipósos problemas gerados com as intervém-ções do Banco Central nas Distribuído-ras Trade e Tema.

Fontes da Lara explicaram que ain-da não está formalizada qual a decisãoque será adotada por seus acionistas.Reconhecendo as dificuldades do mer-caao, eles hesitam entre a venda deuma ou das duas de suas oartas-paten-tes de corretoras (Rio e São Paulo),operando no mercado aberto com a dis-tribuidora que possuem, e a fusão ouincorporação com outro grupo.

R_PLOJISTAsA.Crédito,FinanciamentoeInvestimento (D

RUA BOA VISTA, 254 - 13.» ANDAR - P.A.B.X. 258-8011 - SÃO PAULO - SP

AGENTE FINANCEIRO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

BALANCETE ENCERRADO EM 30 DE ABRIL DE 1979

ATIVO

Circulante e Realizável a Longo Prazo

_ DisponibilidadesFinanciamentosCréditos em Liquidação(—) Provisão Para Devedores DuvidososOutros Créditos e Valores

PermanenteOutros InvestimentosImobilizado

TOTAL DO ATIVO

PASSIVO1.791.017.938,22 Circulante e Exigivel a Longo Prazo 1.646.045.365.57

81.929.356,58 Títulos Cambiais 1.509.221.771,441.693.136.273r79 Recursos Transitórios 17.195.714,41

8.965.054.50 Outros Recursos 119.627.879,72(8.965.054,50)15.952.307,85 Patrimônio-Liquido 149.516.418.75

Capital Social 26.000.000,00Aumento de Capital 50.000.000,00(—) Acionistas Com Capital á Realizar (25.000.000,00)Reservas de Capital 48.795.432,04

4.543.846,10 Reservas de Lucros 6.450.894,431.998.491,54 Lucros Acumulados 24.866.084,362.545.354,56 Resultado do Exercício a balancear 18.404.007,92

1.795.561.784,32 TOTAL DO PASSIVO 1.795.561.784.32

FUNDADA EM 1964 - CARTA PATENTE 11-192 DO BANCO CENTRAL DO BRASIL - CGC/MF 61.533.600/0001-00

CELSO RODRIGUES ALVESDiretor Presidente

OLAV SMITHDiretor Vice-Presidente

MARCELLO DE OLIVEIRA NOGUEIRADiretor Gerente

PASCHOAL CARRIERIDiretor de Operaçõet

ALBERTO MORATOTec. Cont. CRC-SP. 55.045

CIC 052.430.928-00

yf

Governo vçiurbanizarfavelas

Brasilia — Todas as fave-Ias do Rio o de outras Capi-tais, que n&o apresentaremcondições de urbanização,serão erradicadas cora •execução do plano habita-cional para populações debaixa renda, afirmou ontemo Ministro do Interior, Má-rio Andreazza. O plano seráelaborado dentro de 120dias por um grupo de tra-balho, de acordo com porta-ria interminlsterlal assina-da ontem.

Como trata-se de um pia-no especial, adiantou o Ml-nistro Andreazza, as casasserão construídas com re-cursos extra-orçamentáriosdo BNH. A origem dessesrecursos, explicou, s .-á defi-nlda pelo grupo de trabalhoe se for criado u impostosobre herança, doação, 8operações imobiliárias, par-te dos recursos arrecadadosserá destinada a esse pro-grama.

Sobre o caso especifico doRio, onde o problema de fa-velas é bem mais grave,pois experiências p .ssadasde remoção de faveladospara conjuntos hauitacio-nais não deram bons resul-tados, o Ministro Andreazzaesclareceu que só sorão er-radicadas as favelas quenão apresentarem as mini"mas condições de urbanl-zação como, por exemplo ada Maré, próximo ã Ilha doFundão.

Segundo explicou o Minis-tro, o objetivo do plano ha-bitacional ,que será elabora-dó pelo grupo de trabalhointerminlsterlal, é construircasas para a ipopulaçâo comrenda de até cinco saláriosmínimos. A idéia é fixar umvalor de até Cr$ 50 mil paraas habitações e de apenas10% do salário mínimo re-glonal (Cr$ 227,00) no Rioe São Paulo) para as pres-tagões d o financiamento.Na aplicação do programa,deverá haver um entrosa-mento muito grande entreo BNH e o DNOS, para arecuperação de terrenos depropriedade do Estado oumunicípio e a conseqüenteredação do custo da cons-trução.

Na verdade, o grupo detrabalho deverá se deter,principalmente, nas possibi-lldades do Governo Intervir©m todos os elementos queinfluem na construção, ou

seja, terrenos, materiais deconstrução, mão de obra ein ,ra-estrutura urbana, poiscomo já demonstrou o pró-prio BNH, eles determinamos preços das casas.

Os financiamentos ?omprestações de até Cr$ 227,00no ano passado, correspon-deram a apenas 6,5% do to -tal (244 mil, segundo o rela-tórlo de atividades de 73)de finanedamentos na áreade interesse social. Nosgrandes centros -como Rioe São Paulo, essas pres-tações só foram fixadas pa-ra os financiamentos decompra de lotes urbaniza-dos, com a construção dacasa sendo feita por mu-tlrão ou autoconstrução.

RESOLUÇÃO

No Rio, o BNH divulgouontem as resoluções de di-retorla que alteraram a for-ma de pagamento dosfinanciamentos do SistemaFinanceiro d a Habitação.Agora, já de posse das ins-wuções das resoluções,todos as empresas de cré-dito imobiliário poderãooperar com os novos sis-temas de amortização dofinanciamento.

As resoluções determinama volta da Tabela Price pa-ra amortização dos financl-amentos de até 500 UPCs(Cr$ 175 mil 255) e criamum sistema misto, inter-mediário entre a Price e oSAC (Sistema de Amortiza-ções Constantes), para os fi-nanciamentos de 500 a 3 mil500 UPCs (Cr$ 1 milhão 226mil). Entretanto, os dois sis-temas não são obrigatórios,pois o comprador poderáoptar pelo SAC (o sistemaatual) para qualquer valordo financiamento.

Seguro passapara a áreada Fazenda

Brasília — O PresidenteJoão Baptista de Figueiredoassinou Decreto ontem rees-truturando o Conselho Na-cional de Seguros Privados,que passará a ser presididopelo Ministro da Fazenda,Karlos Rischbleter, e trans-ferindo do Ministério da In-dústria e do Comércio parao da Fazenda a gestão doInstituto de Resseguros doBrasil (IRB) e da superín-tendência de Seguros Priva-dos (Susep).

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22 - CIDADE/ESTADO JORNAL DO BRASIL Qj Quarta-feira, 23/5/79 D Caderno

Teor de chumbo no ar do Rio é dos maiores do mundo'Estatísticas provam que é Venda Velhamais seguro andar de trem recorre ada Central do que a pé vereadores

. Apesar da má íama do sistema de transportes,é mais seguro ser passageiro da Central do Brasildo que pedestre em qualquer local do Rio, segundoas estatísticas. Em 1978, somente 192 pessoas sequeixaram de furtos, assaltos ou agressões nostrens, que tranportaram 165 milhões de passa-geiros.Mesmo que a maioria dos passageiros não re-gistre queixa — assim age a população, conformeapurou pesquisa do JORNAL DO BRASIL — o pe-rigo para os viajantes atinge índices desprezíveis.Os dados, oficiais, mostram que ilícitos em geral,nos trens de subúrbio, estão decaindo.ILÍCITOS

Passados quatro anos tíoinício do processo de rem>delação das linhas dos su-búrbios cariocas, a DivisãoEspecial preparou um relu-tório que contém todas asatividades desenvolvidas noperíodo.

O item Ilícitos Penais re-laciona, nos últimos quatroanos, dados estatísticos so-bre furtos (pessoais e mate-riais), assaltos, arromba-mentos, agressões, danosmateriais, homicídios, suici-dlos, pedradas em trens(com e sem vitimas), apro-priações Indébitas, tentati-vas de homicídios e. de sul-cídio e, estranhamente,queixas contra funcionários.

Todos esses itens, soma-dos totalizaram 1 mil 282ocorrências em 1975, contra669 no ano passado. Os as-saltos e furtos foram 171 noano passado, número supe-rior aos 128 passageirosatingidos, durante uma via-gem, por objetos lançadosde fora dos trens.

OS PINGENTES

O problema dos plngentssainda tem certa gravidadenos trens de subúrbio: noano passado, 12 passageirosmorreram devido a quedasde trem e 66 ficaram íeri-dos. No momento, a DivisãoEspecial só registra comopingente os casos em quehá testemunhas.

Durante todo o ano de1978, só foram registrados,nos subúrbios, três casos dehomicídio e cinco de tenta-tivas; suicídios, também fo-ram três, com 11 tentativasregistradas. Na parte re-pressiva, o relatório indica,para o ano passado, aprisão de 597 criminosos, 10detenções por roubo, trêspor sedução, oito por aten-tado ao pudor, 22 por usode tóxico e 21 por porte lie-gal de arma.

O efetivo da Divisão Es-peclal era, em 1975, quandofoi iniciado o processo deremodelação d o subúrbio,de 615 empregados — nú-mero que cresceu, ano pas-sado, para 1 mil 162. O rela-tório relaciona diversos cur-sos de treinamento, atri-budndo a queda dos atoscontra a segurança do trá-fego a essa adaptação e aoaumento do efetivo.

Pesquisa feita pelo JB, noinício deste ano, mostrouque, segundo as famílias, em44% delas pelo menos -umapessoa foi assaltada. De ca-da 100 assaltos, apenas 33chegaram ao conhecimentoda polícia. A pesquisa foifeita segundo as RegiõesAdministrativas.

Em Copacabana, pe:exemplo, 37% das famíliastinham sofrido assaltos eapenas 4 2 % registraramqueixa; entre os que não re-gistraram, 58% por acredi-tarem que nada adiantariacomunicar à polícia, 6 %porque não confiavam napolicia e 36% alegaramrazões diversas.

Hospitaistêm postosfunerários

Primeiro de uma série emtoda a rede hospitalar dacidade, começou a funcio-nar ontem o posto de servi-ços funerários do HospitalMiguel Couto. A medida foiadotada pelo Sindicato dosEstabelecimentos Punerá-rios do Rio de Janeiro paraa moralização do serviço.

No posto do Miguel Coutofuncionarão 19 funerárias,que se revezarão emplantões de 24h, cada uma.A funerária Maracanã, depropriedade do presidentedo Sindicato, Osvaldo Go-mes Piores, fez o plantãode ontem. Hospitais da redemunicipal e estadualdispõem de agentes de fu-nerárias, que funcionam demodo precário, daí os fre-quentes atritos.

. Segundo o Sr Pabiano Fa-bioti, que ontem trabalhouno Miguel Couto, o enterromais barato dusta cerca deCr$ 1 mil 500 — caixão for-rado de pano — e a despesapode ficar por conta doINAMPS. O mais caro custaCr$ 5 mil 786, sem contaras despesas de serviços ex-trás.

Balão deCaxias saiude Iraiá £" *7"\T"

seminário

Comissão de moradoresde Venda Velha, Municípiode São João de Merltl, pre-tende recorrer à Câmara deVereadores para impedir acontinuação das obras docemitério, de propriedadeda Organização FuneráriaSão João Batista Ltda. Sea Câmara — responsávelpela aprovação do projeto— não responder favorável-mente, a comissão recorre-rá à Justiça.

Os moradores JeffersonVeloso, Adão Ruflno e An-tõnlo Guedes Sobrinho es-tiveram com o Secretáriode Obras, Domingos Garcia,mas este alegou nada poderfazer, pois o problema nãoé de sua alçada. O PrefeitoCelestino Cabral afirma quenão cederá: o cemitério se-rá construído. Prometeu,porém, estudar outras rei-vindicações, como a cons-trução de escolas, ilumina-ção, canalização, calçatnen-tos de rua e policiamento.

Agressão naGama Filhopára aulas

Os alunos de Arquiteturada Universidade Gama Fi-lho pararam as aulas on-tem para discutir aagressão, na véspera, doprofessor José Mário Parrote dois alunos por pessoasdo Departamento de Edu-cação Física^ Identificadoscomo Sansão" e Edson. Osagredidos co-avam cartazesda Semana Cultural, orga-nizada pelo professor (deMetodologia Visual). A Ga-ma Pilho responsabilizou opessoal da limpeza pela des.truição dos cartazes.

Segundo os estudantes,Sansão disse cumprir or-dens da Reitoria ao tomaros cartazes. Ontem demanhã, foi feilo um outronarrando o episódio, com aaprovação do diretor do De-partamento de Arquitetura,prof. Aristides Barreto doNascimento. Sansão, Edsone mais oito pessoas o des-truíram e xingaram o dire-tor, que depois minimizouo incidente. Os alunos pedi-ram à Reitoria garantias fi-sicas e morais.

Geografiado Rio tem

A polícia de Duque de Ca-xias apurou que o balão de15 metros de altura que, namadrugada de domingo,caiu na área industrial daRefinaria de Duque de Ca-xias, foi solto em Irajá, du-rante um concurso de ba-

. 1 o e i r o s (fabricantes debalões), O balão foi confec-cionado na Praça HonórioGurgel, próximo ao Cemité-rio de Irajá.

O delegado de Duque deCaxias vai enviar oficio aoseu colega de 38a. DP, soll-citando investigações paraidentificar os baloeiros quesoltaram o balão, os quaisserão incursos no Artigo 26do Código Florestal, queprevê penas de três mesesa um ano de prisão ou mui-ta de um a 100 salários mi-nimos (Cr$ 2 mil 268 a Cr$226 mil 800).

O Corpo de Bombeiros,nos meses de maio, junhoe julho do ano passado,atendeu 334 chamados paraapagar fogo no mato, namaioria causados porbalões. Também no anopassado, um balão caiu nastorres de alta tensão daLight, em Cascadura, pro-vocando uma explosão.

O 1? Seminário de Geo-grafia do Grande Rio come-ça hoje, no auditório do Se-nac, em Niterói, com a par-tici.pação de 300 pessoas en-tre professores e estudan-tes, que debaterão "os ru-mos da Geografia no Brasil,seu estágio atual e perspec-tivas. além de exercitar re-flexões em torno da orien-tação que deve nortear oscursos de graduação e pós-graduação".

A promoção é do Depar-tamento de Geografia daUniversidade Federal Flu-minense e do Núcleo Niteróida Associação dos Geógra-fos Brasileiros. Até o dia 26,os participantes debaterãoteses em mesas-redondas. Aprimeira marcada paraamanhã, às 8h, será ATrajetória da Geografia: aEvolução do PensamentoGeográfico no Brasil". O Se-nac, em Niterói, fica naRua Almirante Tefé, 680,Centro.

É DANDO QUE A BRASTEL RECEBE

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Alguns bairros do Rio — como Lagoa, Copaca-bana e Maracanã — apresentam um teor do con-centração de chumbo na atmosfera bem acima dospadrões Internacionais considerados aceitável; e,provavelmente, dos maiores do mundo para áreasresidenciais, de acordo com pesquisas Iniciadas pe-Io professor Manohar Hotchandanl, da Coordena-ção de Programas de Pós-Graduação em Engenha-ria, da UFRJ.

Embora ressalvando que as amostras obtidassão ainda insuficientes para se estabelecer conclu-sões definitivas, o professor, que usa técnicas nu-cleares em suas pesquisas, admite que os primeirosresultados "são preocupantes, pois encontramosuma concentração de chumbo bem acima do espe-rado". Uma das prováveis causas dos Índices en-contrados, é o teor de chumbo adicionado à gaso-lina, no Brasil, superior ao de qualquer outro pais,segundo os últimos dados obtidos pela FEEMA.

TóxicoO chumbo tende a se acumular no organismo

e, apesar de sua lenta absorção, uma pequena po-rèm constante exposição pode produzir envenena-mento. Chega a causar inclusive lesão cerebral e,no sistema gastrintestlnal, provoca a chamada có-lica de chumbo.

A necessidade de baixar os índices de parti-cuias de chumbo na atmosfera levou alguns paísesdesenvolvidos, como os Estados Unidos, a determl-narem a redução do teor das taxas de adição dometal permitidas na gasolina. Nesse pais, o teormáximo passou de cerca de 0,5 grama para 0,34grama por litro. No Brasil, o índice permitido é de0,845 grama.

Os teores máximos de partículas de chumbopermitidos na gasolina, em alguns paises, são osseguintes:

TEORES DE CHUMBONA GASOLINA

gramas por litro

Foto, ,1. Oiraldo Viol.'

Brasil 0,845Áustria 0,40Canadá 0,549Alemanha 0,15França 0,45Inglaterra 0,45Grécia 0,84Israel 0,42Japão 0,26Suécia 0,15Suíça 0,54E.U.A. 0,34

Quem é

Conforme diz sua propaganda aBrastel doou ao Banco da Providênciaa primeira partida de eletro-domésti-cos comprados na campanha de tro-

cas. A grande quantidade de produ-tos e o seu bom estado demonstra osucesso desta campanha em benefíciodos menos favorecidos.

O professor Manohar Hotchandanl é indiano,graduou-se nos Estados Unidos e vive há seis anosno Brasil. Na Coppe, ele ensina Química Nuclear eAplicações de Técnicas Nucleares e, quando inicioua pesquisa, seu interesse básico era saber qual ainfluência de fatores como a topografia, o mar, oclima em geral e o sistema de transportes sobre aconcentração e dispersão de partículas dos metais."Nosso Interesse se concentrou em duas áreasdistintas: áreas residenciais da Zona Sul, próximasou junto ao mar, contidas pela montanha, e umaoutra área industrial típica, como São Cristóvão.Quando fizemos as análises das amostras, nota-mos a presença de vários elementos no ar, comopor exemplo, cloro, silício, alumínio, cobre, zinco,ferro, cálcio, chumbo e bronze" — explicou.

Alguns desses elementos — segundo o profes-sor — como o cálcio, ferro, alumínio e a silica cos-tumam sair da própria terra, são levantadas pe-los ventos. Mas como, geralmente, são partículasgrandes, não são absorvidas pelo organismo. Jácobre, zinco, níquel, vanádlo e titânio são produ-zidos pelas atividades industriais. A concentraçãpdesses metais, encontrada numa das regiões es-tudadas — São Cristóvão — foi um pouco maiordo que a de outras áreas, mas "ainda não atingiuníveis perigosos, de acordo com as amostras obti-das. Em relação aos anos anteriores, de acordocom informações que temos, está aumentando eseria aconselhável um controle mais sistemático".

EnvenenamentoOs dados alarmantes apareceram com as me-

dições de chumbo. O professor Hotchandanl usoutécnicas sofisticadas para realizar as medições daspartículas suspensas: as amostras foram irradia-das com raios X e, atrovés das reações das parti-cuias, conseguiu determinar quais os elementos en-contrados, bem como dimensionar sua quantidade.

Ele explicou que o teor de chumbo costuma sermuito alto, sobretudo nas vias com grande volu-me de tráfego e com pouca ventilação natural. Aspartículas são encontradas em maior quantidademais próximas do solo. Foram encontrados, porexemplo, teores considerados altos ao nivel do pri-meiro andar dos edifícios e quantidades insigni-ficantes nos andares mais elevados.

Pode-se concluir, dai, que as pessoas que mo-ram no primeiro e segundo andares de edifícios si-tuados em vias de grande tráfego — como as prin-cipais de Copacabana — por exemplo, sofrem umrisco maior."A concentração média de chumbo que en-contramos foi, de forma geral, muito alta, preo-cupante, ao nivel de dois a tres micregramas pormetro cúbico, quando, internacionalmente, os pa-drões considerados aceitáveis são de um microgra-ma por metro cúbico. Esse teor de concentraçãocausa preocupações, por exemplo, em áreas co-merciais, de cidades importantes dos Estados Uni-dos, onde o volume de tráfego é maior. Os resul-tados que obtivemos foram de áreas predominan-temente residenciais — onde o vomme de tráfegodeve ser menor — o que aumenta o nosso grau depreocupação", mesmo se considerando que Copaca-bana, por exemplo, possui um forte núcleo de co-mércio e serviços" — disse o professor.

Os númerosO maior índice encontrado foi no posto ins-

talado a cerca de 200 metros do Túnel Rebouças,na Lagoa, com uma média de quatro a cinco mi-crogramas por metro cúbico. Na Lagoa, de umaforma geral, foram encontrados índices surpreen-dentemente grandes, como ocorreu na mediçãofeita no Clube Monte Líbano, que registrou indi-ces médios de 2,4 microgramas por metro cúbico.

Embora a Lagoa seja um lugar aparentementeventilado o pesquisador explicou que, além do in-tenso volume de tráfego nas Avenidas Borges deMedeiros e Epitácio Pessoa, praticamente 80% daárea da Lagoa estão cercados por montanhas, oque deve provocar maior concentração de parti-cuias.

Em outro posto de medição, num prédio daAvenida Epitácio Pessoa, próximo à esquina coma Rua Joana Angélica, registrou-se um índicetambém acima do padrão tolerável: 1,8 microgra-ma por metro cúbico. Na Avenida Atlântica, o ín-dice baixou para um micrograma, em média —exatamente o limite aceitável — mas subiu paradois a três microgramas na Avenida Nossa Senho-ra de Copacabana e nas Ruas Barata Ribeiro e Fi-gueiredo Magalhães. Essa foi também a alta mé-dia encontrada na medição feita no Maracanã, jun-to ao prédio da UERJ.

O professor Manohar Hotchandani lembrouque os índices altos encontrados em áreas residen-ciais são mais preocupantes do que outros, mesmoque idênticos, em regiões comerciais, porque "nobairro onde mora, a pessoa, evidentemente, per-manece mais tempo, expondo-se. assim, mais aochumbo, que tem efeito cumulativo".

Um contraste às 17h: a tranqüila Rua Alexandre Ferreira

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Nevoeiroprejudicatráfego

.e sua paralela, a superlotada Rua Jardim Botânico-

Adesões engrossam protestocontra trânsito pesado emavenida no Jardim Botânico

O nevoeiro que cobriu aZona Norte e o centro dacidade, na manhã de on-tem, prejudicou o tráfegode aviões, barcas e carros.Segundo o DepartamentoNacional de Meteorologia, onevoeiro é freqüente nestaépoca do ano, e outros de-verão ocorrer.

Por duas horas (das7h30m às 9h30m), o Aero-porto Santos Dumont foifechado para pouso e deco-lagem dâ ponte-aérea, en-quanto o Aeroporto lnter-nacionall do Rio de Janeiroficou interditado por maisque quatro horas (das4h30màs8h30m).

Em conseqüência do ne-voeiro, as barcas que fazema ligação entre Rio e Nite-rói tiveram que navegaipor meio de radar, enquan-to na ponte os veículos tra-fegaram com os faróis ace-sos e; em marcha lenta. Otransito na Avenida Brasil,entre o Caju e Irajá, esteveprejudicado e bastante len-to, com os motoristas em-pregando os faróis, o mes-mo acontecendo nas rodo-vias Washington Luís, Rio-T e r e sópolis e PresidenteDutra,

Empresas semhigiene sãointerditadas

Niterói — A FiscalizaçãoSanitária do Centro de Sa-úde São Lourenço inter-ditnu ontem uma padaria,um fçougue e um bar, pornão apresentarem con-dições mínimas de higieneou por venderem produtosdeteriorados, e autuou umsupermercado, por idênticosmotivos.

Foram interditados aPada?-'a e Confeitaria Uru-guai, situada na Rua Vis-conde do U:u~uai. 289, nocentro da cidade, porque osfiscais encontra ram ospadeiros trabalhando semcamisa; o Bar São José, naRua São João, 205, porapresentar cozinha e ba-nheiros sem as mínimascondições de higieré e ven-fiação: e o Açougue Ipiran-gr.; Rua São Januário, 102,por manter em estoque, pa-ra a venda — o que é pvoi-bido — carne môida e bifes.

O estabelecimento autu?-,do foi a Organizações Flu-minenses, sif.uado na Aia-meda São Boaventura, 675,que vendia chãrque deteri-orado, além de vários tiposde frutas. Segundo o medi-co Péricles Gonçalves deCastro, que conduz u a í s-calização, acompanhfdi poitrês fiscais, a medida .«evÉrotineira, por determinaçãoda Secretaria de Saúde doEstado.

Este éo primeiro número

da sua assinatura doJORNAL DO BRASÜ.-

264-6"C7

O movimento dos moradores e proprietários na'.'ivenida Lineu de Paula Machado, contra sua trans-u

formação em pista de transito pesado e intenso, está"chegando à Rua Alexandre Ferreira — sua coníftv,nuação natural — onde muitos moradores preteivr,-,dem aderir ao memorial a ser enviado ao Prefeito"Israel Klabin, embora o projeto seja do DER e-jjj"problema esteja no âmbito do Governo do Estado, •

Todos os dias, antes mesmo das 17h, um fato"concreto servia de argumento contra os moradores'e favorável aos técnicos que pretendem criar uma->alternativa de transito para o eixo Gávea—Botafo*go; enquanto suas ruas ficam praticamente vazias»a Rua Jardim Botânico está quase imobilizada, int»;cialmente no sentido de Botafogo, depois nos doissentidos, por grandes congestionamentos.VASOS COMUNICANTES

O problema porém não áda Rua Jardim Botânico,que apresenta alguns tre-chos difíceis para o transitocomo os que correm frontei-ros ao Jardim Botânico e aoParque Lage. A retenção emsua pista no sentido daGávea para Humaitá eBotafogo fica por conta dadificuldade de escoamentodas Ruas Voluntários daPátria e da Visconde Silva—Pinheiro Guimarães. Essastambém sofrem os reflexosaté a Praia de Botafogo,pois, sendo o transito umsistema de vasos comu-nicantes, toda retenção oubloqueio em um ponto .maiscedo . ou mais tarde acabaprovocando acúmulo em ou-tro, às vezes bem distante.

E' também quase de mãoúnica a origem dos eonges-tionamentos na JardimBotânico, uma vez que,mais constantes no sentidoGávea—Humaitá, as dificul-dades nessa faixa passamrapidamente para a outra,de sentido contrário. Issoporque os cruzamentos eacessos das ruas ihtérmedi-árias f.cam bloqueados pelacorrente principal e, nessa,os motoristas impacientesacabam tentando invadir afaixa contrária ou mano-bram para retornar e fugirpor outro caminho. E' o queacontece na confluência dasRuas Pacheco Leão e Gene-ral Garzon com a JardimBotânico. Os carros quevêm do Horto, pela PachecoLeão entram na correnteda Jardim Botânico, nãoconseguem avançar ou cru-zá-la (para prosseguir naGeneral Garzon) e acabampr.rando no centro do cru-zamento, impedindo que o,u-tros carros avancem em d:-reção à Gávea.

A Rua Jardim Botânico,em função das dificuldadesde transito, pode ser dividi-da em quatro partes bemdistintas. A primeira, tran-quila, larga e com escoa-mento veloz, vai da PvaçcSantos Dumont. no JóqueiClube, até quase a esqunads Gene'.ai Garzon; dai atéo Hospital da Lagoa (RuaOliveira Rocha) o transatoé complicado em função dastransversais que afluem àprincipal via, como PachecoLeão. Saturnino de Brito eLopes Quintas, que acres-centa veículos procedentesda Lagoa e do Horto. O ter-ceiro trecho, das proximida-des do Hospital da Lagoaaté a Tasso Fragoso, corres-pondendo à parte fronteira

do Parque Láge, é tranvquilo, mas daí em dàantie,>até o inicio da Rua Humal-tá, o transito volta a mos-trar-se complicado. Em;.horas de congestionamentoi"praticamente desaparecem.;,os trechos considerados»,tranqüilos, pois a retenção;-,passa a atingi-los tambémiurn

TRANQÜILIDADEAMEAÇADA

Os moradores da Avenida'Lineu de Paula Machado, jácom 1 mil 500 assinaturas,e os da Rua Alexandre Fer-Ü,reira, que estão pretenderado aderir, defendem uim^bem quase palpável: a tan-v.quilidade de um local par^.jonde o Governo do Estado,pretende transferir o caos,,,de hoje da Rua Jardim Bo-..tanico. .„,

As duas vias, calmas, com-pouco transito, quase pare-cem um comprido parquea->mento de carros de seusmoradores, que usam as-calçadas (quando jardinei-_ras permitem) fronteiras^',aos prédios e ainda as mar-gens do canal. Na Rua Ale^'xandre Ferreira a faixacentral é pavimentada e re-''cebe duas fileiras de árvó-res P a u- R e i (Biuiiloxilum."B rasilienses), semelhantes'1às amendoeiras, origináriasdo Nordeste e com pouco'exemplares no Rio. Caso se- -ja construída a pista peloDER, essas árvores ou serão -sacrificadas ou transplanta- ¦das, quando sempre correm 1o risco de rejeição. uOJ

Mas a Lineu de Paula1-Machado não é só tranquili">jdade e estacionamento. O1''canal no melo mais parece-uma vala de esgotos: aágua suja e pútrida borbu-lha pela ação do gás que»o lodo orgânico libera dofundo, enquanto os detritosvão se acumulando nas par-*tes assoreadas de lama quea água não encobre. Nas"proximidades da Rua J.'J.Seabra, uma boca negra pa-rece sair dos subterrâneosdo Hospital do INAMPS,despejando no canal uma".'água escura e espumante'que cai sobre visíveis restos"de comida-

"Além do esgoto, o lixo",,comenta o porteiro de umdos edifícios residenciais, de:luxo, baixo gabarito, comnomes soUsticados nas fa-"chadas de mármore e vidroíumê. E o pior é que issosó vai acabar com outra:coisa indesa.jàvel para o«imoradores: a n'sta de velo-^cidade que exigirá a cober-^'tura da vala. ""^

f JORNAL DO BRASIL D Quarta-feira, 23/5/79 D 1» Caderno - 23

Comunidades?pobres vãoter amparo

Comunidades mais carcn-¦rr-s de 12 Estados e doisTerritórios serão beneficia-dtts este ano com a ôes con-Juntas do Exército e do Mo-bi'81, na execução da Ope-ração Prodac-Aclso que ln-cltil alíabetlzação, registrocivil, e d u c aç ã o sanitária,vacinação, defesa do meloambiente e melhoria d aqualidade de vida.

Depois de adotada em 102municípios brasileiros, aag&o comunitária do Exerci-to- (Ação Cívica Social) edo. Mobral (Programa Dl-versificado de Ação Comu-nltária) será levada em ju-lho. a 23 municípios do RioGrande do Sul, seis de San-ta Catarina e dois do Para-na, sob a coordenação doIU; .Exército.

SAO PAULOi_m São Paulo, técnicos

do Mobral e do Exércitorealizam estudos para defi-mirem quantos e em quaismunicípios a operação seráexecutada. Abrangerá a sáreas supervisionadas pela2a. Divisão do II Exército,na Capital paulista, pelallã. Brigada de InfantariaBondada, de Campinas; pe-Ia 12a. Brigada de Infanta-rja, Blindada, de Caçapava,ejelo Comando Militar deSaõtos. rws municípios doVale da Ribeira.

No Rio de Janeiro a defi-nlção dos municípios seráfeita após contatos do Mo-bral com o I Exército.

NORTE—NORDESTE

Na Bahia a operação jáatinge os municípios deSanta Cruz de Cabrália ePorto Seguro. Em Alagoas,será em Maceió. E em Per.nambuco, área do IV Exér-cWo, há um trabalho de sus-tentação do trabalho emcinco municípios. A ope-¦ração será em outubro nummunicípio do Maranhão eem três do Pará. Na Amazõ-nia, será expandida a açãoAmazônia, um desafio parauifía ação comunitária, emmunicípios dos Estados doAmazonas e Acre, além dosTerritórios de Rondônia eRoraima.

Maluf dáabono parafuncionário

São Paulo — O Governa-dor Paulo Maluf encami-nhou ontem, conformeanunciara, mensagem à As-sembléia Legislativa, conce-dendo um abono de Crâ 2mal para todo o funcionalis-mo da administração diretae autarquias e uma ant/eci-pação de 20%, em quatroparcelas mensais sucessivasdè"'5%, a partir de novem-bro.

O abono de Cr$2 mil éretroativo, com vigênciadesde 1° de maio e será dadoa todos os funcionários até29 de fevereiro do próximo

• ano, e sobre ele' incidirá agratificação de Natal. Seráincluído no cálculo <U

, peflsão mensal devida peloInstituto de Previdência doE§tado aos inativos e viú-vas. O aumento de 20% in-cidirá também sobre o abo-noi em parcelas mensais de5%, pelo que chegará emfevereiro de 1980 ao valorde Cr$ 2 mil e 400, quando,então, se incorporará aosvencimentos para o reajus-te do próximo ano.

A pedido do DeputadoFauze Carlos (Arena), oGovernador Paulo Malufprometeu incluir os labora-toristas da Secretaria def_aúde na mensagem sobreo abono. Tflata-s© de técni-cos da área de dermatologiasanitária aWn vinculo em-pregaticio o u estatutáriocom o Estado, que não rece-bçm o 139 salário ou qu:n-quènio, nem o último abonode-20%, além de não teremnenhuma outra vantagem.

GIP dá13,4% aos"frescôes"

O CIP — Conselho Inter-ministerial de Preços —reajustou as passagens dosônibus refrigerados —frescões — intermunicipaisem 13,47c, mas o aumentosó entrará em vigor depoisdè publicado no Diário Ofi-cíà'l. Também foram conce-didos aumentos aos ônibusde fortaleza. Pelotas e Vitó-iria.

,Em Fortaleza, Ceará, oreajuste concedido foi de19,13%. No Rio Grande doSul. Pelotas, teve um reajus-te-maior do que o do R*o,com 22,61%.

Previdência quer assinarcarteiras dos residentes

Hrnsilln — O Ministro da Prevldên-cia Social, Jair Soares, disse ontem serfavorável k assinatura da carteira detrabalho do médico residente, ponto-de-vista que defenderá na comissão interml-nisterial que estuda o problema. O Ml-nistro foi procurado por comissão daJANMR (Associação Nacional dos MédicosResidentes), que promovia o Dia Nado-mal de Luta pela Assinatura da Cartel-«ra de Trabalho.

Também procurado, o Ministro doTrabalho, Murilo Macedo, respondeu:"Gostaria de resolver a questão sem pres-são grevista, mas se não for possivelatender o meu a,polo, não tem problema,vou estudar a reivindicação da mesmaforma, e na semana que vem dou umaresposta". O terceiro Ministério envol-vido na questão é o MEC, que trata de to-da a normalização da residência médica,em principio uma forma de ensino.

PrevidênciaOs médicos residentes reivindicam o

cumprimento da Lei 3 999, de 1961, quelhes garante (como médicos) remunera-ção mensal equivalente a dois ou trêssalários mínimos regionais; e tambéma assinatura da carteira profissional, comtodos os direitos trabalhistas decor-rentes.

No Ministério da Previdência, o SiJair Soares explicou que o reconheci-mento dos direitos trabalhistas é assuntodo Ministério do Trabalho, enquanto oMEC cuida da legislação a respeito daresidência médica. Por isso, sozinho na-da poderia resolver. Mas advertiu que osresidentes poderiam perder com o cum-primento da legislação, pois a lei não es-pecificaria dois salários minimos, massim salários de referência, que é inferior.

Os médicos denunciaram uma sériede problemas de responsabilidade doINAMPS (redução salarial, afastamen-to sumário de um residente que contrai-ra tuberculose), enquanto o presidenteda Associação Estadual dos Médicos Re-sidentes Paulistas, José Eduardo Petri,dava um exemplo para sustentar as rei-vindicações:

"Um companheiro morreu de enfar-te e deixou mulher e dois filhos total-mente desassistidos, por falta de garan-tias previdenciárias".

Os representantes da ANMR tam-bém criticaram a política de formação

de médicos generallstas nos dois anos deresidência, por ser esta uma obrigaçãodas faculdades. O Ministro respondeuque as faculdades estão formando maisdo dobro de médicos que o mercado detrabalho necessita; informou ainda quea Previdência Social precisa de clínicosgerais (cirurgia geral, ginecologia e obs-tetricla, pediatria e clinica médica) e da-rá preferência a eles no próximo concur-so.

TrabalhoO presidente da ANMR, Paulo Ga-

delha, disse ao Ministro do Trabalho quelevaria o apelo dele — de que a grevefosse encerrada — às assembléias nos vá-rios Estados, mas que não poderia secomprometer com uma resposta. Expll-cou, ainda, que as reivindicações dosresidentes podem ser atendidas por umparecer do Ministro. Lembrou que o Mi-nistro do Trabalho deu parecer a favordos residentes em 1969, e dai em dianteo mesmo ocorreu diversas vezes na Justl-ça do Trabalho do Rio e de São Paulo.

O Sr Murilo Macedo Informou queacabava de tomar conhecimento do pro-cesso enviado ao Ministério pela ANMR,razão pela qual não poderia dar umaresposta na hora. Comentou, porém, queo problema "está mais afeto aos Gover-nos estaduais; mas, como agora vocêsestão me trazendo uma questão ligadaà minha pasta, prometo urgência na res-posta."

A comissão da ANMR estava acom-panhada do Deputado Alberto Goldman(MDB-SP). De manhã ela esteve na Ca-mara dos Deputados expondo seus pro-blemas.

Educação e cultura

Após audiência com representantesda ANMR, o Ministro da Educação,Eduardo Portella, emitiu nota negandoque pretenda suspender os programas deresidência médica nos hospitais univer-sitárlos: "Pelo contrário, pretende esti-mular o seu aprimoramento."

O Ministro Portella também infor-mou que a Comissão de Ensino Médicodo MEC, que se reúne em 6 e 7 de junho,estudará os problemas relativos à resi-dência médica, orientando a posição fl-nal do Ministério.

Manifestação reúne 300 no RioPelo Dia Nacional de Luta pela Car-

teira Assinada, 300 médicos residentes doRio se concentraram no pátio doINAMPS, na Rua México — os jalecosbrancos chamando atenção — mas nãoforam recebidos pelo presidente do Insti-tuto, Harri Graef, como pretendiam,nem puderam ocupar o anfiteatro. Noshospitais houve paralisação parcial.

Pela manhã, o Secretário de Saúdedo Estado, Sílvio Barbosa, telefonou aoSindicato dos Médicos para informar quese reunira com o Governador ChagasFreitas, concluindo que não haveria pu-nição pelo movimento. Acrescentou serviável o pagamento dos dois/três sala-rios minimos, mas a questão da cartei-ra assinada era da alçada do Governofederal.

Maluf não recebe

São Paulo — Com a leitura em vozalta de uma carta aberta à população,cerca de 150 médicos residentes protesta-ram ontem contra o Governador PauloMaluf, que não quis recebê-los, e deci-diram continuar a greve. Em frente aoPalácio dos Bandeirantes, exibiram fal-xas contendo reivindicações e gritaramem coro "abaixo a ditadura". A noite,distribuíram a carta nas ruas do bairrode Pinheiros.

O Chefe da Casa Civil do Governa-dor, Calim Eid, disse ao Deputado Per-nando Morais (MDB), que se incumbiude tentar a audiência, que "continuardialogando com os residentes não resol-veria nada, pois o que reivindicam é decompetência do Ministério do Traba-lho".

O Sr Paulo Maluf disse pela manhaque "não dialogo mais, pois o assunto es-tá esgotado. O movimento está sendo

acompanhado pelos diretores da Facul-dade de Medicina e do Hospital das Cli-nicas". Acrescentou que "os residentesestão-se excedendo um pouquinho, o que,no futuro, prejudicará' legitimas reivin-dicações".

Para o Sr Calim Eid, o caso dos re- •sidentes não "é assunto urgente, porquejá se arrasta há algum tempo. Eles ba-tem em porta errada. Deviam é bater nado Ministério da Educação". E concluiu:"Reuni-los aqui (no Palácio Bandeiran-tes) é voltar aos assuntos de sempre. Nósassumimos há 60 dias e só enfrentamosgreves e mais greves, o que não nos dánem condições de trabalhar".

Os residentes do Hospital das Cli-nicas obtiveram liminar da 2a' Vara daFazenda estadual, em mandado de se-gurança impetrado diante da ameaçade serem expulsos do alojamento, feitaquando a greve começou. O diretor doConselho Deliberativo do hospital, pro-fessor Mário Ramos de Oliveira, pediu arevogação da liminar, o que será aprecia-do hoje.

ReuniõesEm Recife, os residentes fizeram as-

sembléias para analisar a paralisação emostraram-se dispostos a entrar em gre-ve por tempo indeterminado se o Go-verno não der uma resposta favorável àassinatura das carteiras de trabalho.Amanhã haverá assembléia novamente.

O movimento, em Juiz de Fora (MG),teve um ato público diante do Hospital-Escola, mantido pela universidade fede-ral. A associação dos residentes, que tem44 membros, marcou para amanhã as-sembléia geral, para discutir a posiçãoa ser assumida diante da resposta doGoverno às reivindicações.

Definição estabelece conflitos"A residência em medicina constitui

modalidade do ensino de pós-graduaçãodestinada a médicos, sob a forma decurso de especialização, caracterizada portreinamento em serviço, em regime dededicação exclusiva, funcionando eminstituições de saúde, universitárias ounão, sob a orientação de profissionaismédicos de elevada qualificação ética eprl tissional".

Este é o primeiro artigo do Decreto80.4.1?., de 5 de setembro de 1977, que re-gula .lenta a residência médica e cria aCNRM (Comissão Nacional de Residên-cia Médica). Nele estão as bases dosprincipais problemas que a categoria en-frenta atualmente: a descaracterizaçãodo residente como profissional e um re-gime de trabalho que não lhe permiteoutras fontes de recursos.

DefiniçãoE' neste artigo que se baseiam os

hospitais ao se recusarem a assinar ascarteiras de trabalho dos residentes —ima situação que a classe luta para mo-

dificar. Ao colocá-los como estudantes,a lei lhes impõe dedicação exclusiva aoserviço, que, a rigor, só poderia ser exigi-da de profissionais. Além disso, já for-mados, os residentes perdem três anos

Coplan aprova 13 planosde urbanização e proteçãopaisagística da cidade

Planos de urbanização e proteção paisagísticada Esplanada de Santo Antônio, Outeiro da Glória,Lapa, Arcos e Convento de Santa Teresa, Morro doPasmado, lado ímpar da Rua da Carioca e Beco eLargo do Boticário, além do estabelecimento degabarito para construções na Avenida Epitácio Pes-soa, na Lagoa, estão entre os 13 planos especiaisaprovados ontem pela Comissão do Plano da Cidade— Coplan. , ; ,*.. '

A informação é do Secretário Municipal de Pia-nejamento, Sr Matheus Schnaider, que definiu aCoplan como "um dos braços principais da implan-tação do PUB-Rio". Segundo ele, o órgão tem asfunções de "evitar arbitrariedades na aplicação dalei de uso do solo, dirimir as dúvidas existentesnessa legislação, criar jurisprudências e igualar otratamento dado a todos que quiserem licenciar edi-ficações dentro do Município".

publicou a deliberação daCoplan aprovando os 13planos, que são: projeto deurbanização e proteção pai-sagistica do Outeiro da Gló-ria; projeto de alinhamen-to, urbanização e proteçãopaisagística do morro doPasmado (Botafogo*; esta-belecimento de gabarito pa-ra as construções na Aveni-da Epitácio Pessoa, no tre-cho entre essa avenida e aRua Tabatinguera; projetode urbanização da quadraexistente entre as RuasDom Gerardo, Primeiro deMarço, Conselheiro Saraivae Cortinas Laxe; projetopara urbanização da Lapae defesa paisagística dosArcos e Convento de SantaTeresa, e projeto de urbani-zação e defesa paisagísticado Convento de Santa Tere-sa.

Os outros projetos refe-. rem-se à urbanização para

preservação da arnbiência edo conjunto arquitetônicodos imóveis que compõemo Beco e o Largo do Boticá-rio; urbanização da quadraentre as Ruas do Mercado,Ouvidor, Primeiro de Marçoe Praça 15, na parte em quepreserva os prédios e facha-des da Travessa do Comer-cio; determinação da pro-fundidade e da altura dasconstruções no lado ímparda Rua da Carioca, do n"?3 ao 53, inclusive; urbani-zação da Esplanada de San.to Antônio; loteamento dasquadras do projeto de urba-nização n° 3481 (AvenidaPresidente Vargas); projetode loteamento para a Ruada Alfândega, entre Aveni-da Rio Branco e Primeirode Março (gabarito da Ruada Alfândega) e de alinha-mento para a Rua TeófiloOtoni, entre Avenida RioBranco e Rua Visconde deItaboraí.

O ÓRGÃO

Criada pelo Decreto n'1270 de 27 de outubro de1977, a Coplan é um órgãodeliberativo que regulamen-ta a legislação urbanísticaexistente ou recomenda aoPrefeito a decretação deleis com respeito à ocu-pação do solo no Rio. Elatrata, especialmente, de ca-sos poucos claros na legis-lação, como exemplificou oSecretário Matheus Schnai-der: "Se alguém quer cons-truir em certo local e nãoestá claro, na lei, se podeou não fazê-lo, se não hou-vesse este mecanismo de re-corrência, que é a Coplan,o legislador provavelmentediria apenas que não po-dia"."Agora mesmo", conti-nuou, "nesta discussão so-bre o acesso ao Túnel DoisIrmãos, é a Coplan quem,em última instância, discu-te o assunto, e aprova ounão. Nesses dois meses deGoverno, seus membros jáse reuniram quatro vezespara tratar de problemascomo a ocupação do solo naCidade Nova, um plano re-cente". Explicou ainda quea Comissão reúne e integraos interesses das Secreta-rias Municipais de Planeja-mento e de Obras, "parapermitir uma ocupação dosolo racional".

Para o Secretário, a apro-vação da Coplan, por una-nimldade. de 13 projetos deurbanização e proteção pai-sagistica "é o primeiro pas-so concreto dado dentro dadiretiva do Prefeito Israe]Klabin de proteção do pa-trimônio, a primeira medi-da real para traduzir o queele tem constantementegritado: o patrimônio am-biental do Rio de Janeirovai ter de ser preservadoa qualquer custo".

O Diário Oficial de ontem

de vida profissional para efeitos de apo-sentadorla — não contando, tambémcom a proteção dos direitos trabalhis-tas.

Assessorar os órgãos do Governo eadministradores hospitalares em relaçãoà definição do que é, exatamente, umresidente — já que há pareceres contra-rios à definição legal expedidos pelo Mi-nistério do Trabalho — tem sido um dosproblemas da CNRM, desde a campanhados residentes por melhores salários,que paralisou diversos hospitais no anopassado.

Segundo o secretário-executivo daCNRM e substituto eventual do presi-dente, professor Carlos Marcilio, estanão chega a ser, entretanto, a maiorpreocupação da Comissão no momento,pois está empenhada em recolher e ana-lisar uma série de questionários distri-buidos a todos os centros de residênciamédica.

E' a partir da análise de eventuaisfalhas nestes questionários que será ela-borado o formulário definitivo para ocredenciamento dos cursos, que a CNRMcomeçará a distribuir em 15 de junho.Esta é a fase final de um processo quecomeçou há dois anos, com a própriacriação da Comissão.

Médico alemão diz qne estána restauração dos tendôéso êxito da cirurgia da mão

O cirurgião plástico alemão Edgar Biemer —responsável por 470 reimplantes humanos em 88%deles bem-sucedidos e que participa o 7.° Congres-so Internacional de Cirurgia Plástica no Hotel Na-cional-Rio — comunicou ontem que a única difi-culdade existente para generalizar mais, por exem-pio, a cirurgia da mão está apenas em ligar e res-taurar os seus tendões, sem perda da sua ílexibi-lidade.

O método usado por ele, ainda desconhecido noBrasil, consiste na cirurgia microvascular. Segundoo Dr Biemer, a técnica aplicada na Alemanha parasuturar os vasos sangüíneos é sensivelmente a mes-ma em todo o mundo e na Clínica de Munique, ondechefia a seção de microcirurgia, todos os anos ci-rurgiões de vários países fazem estágios com vistasao reimplante de dedos, mãos e outras pequenaspartes do corpo humano, restaurando não só os va-sos mas também os nervos e tendões da parte atin-gida.

de cirurgia plástica, reall-zado em 1955, em Estocol-mo, acompanha todas asrealizações do gênero, Jus-tificou seu entusiasmo poresse tipo de cirurgia dizen-do que "saúde não é só es-tar de posse de bem-estarorgânico mas .também sen-tir satisfação consigo mes-mo, com sua própriaimagem".

Disse, ainda, o cirurgiãobrasileiro que a operaçãoplástica "não é luxo mas anecessidade bem indicada ebem compreendida pelopaciente, desde que concei-tuemos o ser humano preo-cupado com a sua imagem".Num ponto, porém, o DrPitanguy não externa omesmo entusiasmo quandose refere à participação doGoverno no campo da pes-quisa clínica: "Infelizmente,

nós não contamos com oapoio de ninguém, senão daIniciativa privada", disse.Contudo, reconhece queuma operação plástica, ho-je, não é mais prerrogativade riscos. Segundo ele, qual-quer contribuinte do INPSpode fazê-la, contanto quêem cidades mais destaca-das.

SEM DEMORA

Para o bom êxito da ope-ração que o Dr Blemer esua equipe desenvolvem hácinco anos requer-se, entre-tanto, o concurso do próprioacidentado ou de quem oassiste. Um dedo amputa-do só terá condições de serreimplantado, com a neces-sária margem de êxito, sea operação for feita dentrode 24 horas após o acidentee se ele for conservado, emum saco de plástico porexemplo, a uma temperatu-ra de 4"?. Se a parte ampu-tada do corpo for um braçoou outro membro, o máxl-mo de tempo que se podeesperar, após o acidente eantes da operação, são seishoras.

Essa, em parte, a razãopor que o reimplante de pe-quenas partes do corpo hu-mano é ainda tão poucoempregado. O Dr Biemerrecomenda, por isso, maioreducação do povo no senti-do de que sejam tomadasas providências cabíveis on-de exista médico operador.

SATISFAÇÃO PRÓPRIA

O Dr Ivo Pitanguy, quedesde o primeiro congresso

Este é

primeiro número

da sua assinatura

do JORNAL DO BRASIL

264-6807

Bancor ;

Boavista SA.FUNDADO EM 1924 - SOCIEDADE DE CAPITAL ABEHÍOGEMEC _ RCA - 200/76/027CARTA PATENTE 2744CG.C. 33.485.541/0001-06MATRIZ: PRAÇA PIO X, 118-A — RIO DE JANEIRO - RJ.

RESUMO DO BALANCETE ENCERRADO EM 30 DE ABRIL DE 1979ATIVOATIVO CIRCULANTE E REALIZÁVEL

A LONGO PRAZODisponibilidadesOperações de CréditoRelações Interbancárias eInterdepartamentais

Créditos DiversosValores e Bens

ATIVO PERMANENTEInvestimentosImobilizadoDiferido

8.164.135.730,86286.211.924,57

3.017.187.816,43

2.527.695.516,142.283.615.990,26

49.424.483,46497.649.359,24148.947.123,03327.882:914,5820.819.321,63

TOTAL DO ATIVO 8.661.785.090,10

Banco Boavista

RESUMO DO BALANCETE EM 30 DE ABRIL DE 1979

PASSIVO

PASSIVO CIRCULANTE E EXIGÍVELA LONGO PRAZO 8.089.431.121,86Depósitos 3.155.777.956,68Relações Interbancárias eInterdepartamentais 2.536.473.790,75

Obrigações por Empréstimos 1.481.922.964,76Obrigações por Recebimentos — Tributos

e Encargos Sociais 567.297.056,02Outras Obrigações 347.959.353,65

patrimônio líquido 554.393.443,09Capital Social 192.365.557,00Reservas de Capital 217.935.964,66Reservas e Retenção de Lucros 93.734.250,63Lucros Acumulados . 50.357.670,80

CONTAS DE RESULTADO - 17.960.525,15Contas Credoras 507.325.927,68Contas Devedoras (489.365.402,53)

TOTAL DO PASSIVO 8.661.785.090,10

Fernando Ruy Barbosa da Fonseca - Contador CRC-RJ 010.312-9

de InvestimentosS.A.C.G.C. 42.583.286/0001-25CARTA PATENTE _ GEMEC - N? 3301386/76

ATIVO

CIRCULANTE E REALIZÁVELA LONGO PRAZO 1.112.125.024.46Disponibilidade 37.108.510,89Financiamentos e Repasses 966.689.576,90Outros Créditos e Valoies 108.326.936,67

PERMANENTE 2.666.712,88Investimentos 65.614,53Diferido 1.187.584,87Imobilizado 1.413.513,48

TOTAL DO ATIVO 1.114.791.737,34

PASSIVO

CIRCULANTE E EXIGÍVELA LONGO PRAZO 1.010.264.336,48

Depósitos a Prazo 699.766.707,72Recursos p/Financiamentos e Repasses 194.129.507,51Outros Recursos 116.368.121,25

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS 224.249,39PATRIMÔNIO LÍQUIDO 86.177.606,81

Capital Social 60.008.000,00Aumento de Capital 19.200.000,00Reservas de Capital 257.889,87Reservas de Lucros 2.262.502,21Lucros Acumulados 4.457.214,73

CONTAS DE RESULTADO NO SEMESTRE 18.125.544.66Credoras 122.642.156,47Devedoras 104.516.611,81

TOTAL DO PASSIVO 1.114.791.737,34

Fernando Ruy Barbosa da Fonseca - Contador CRC-RJ 010.312-9

24 JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 23/5/79 D 1' Caderno

FalecimentosRio de Janeiro

Stanley Gomes, 81, nd-vogado, na sua rcsldôn-cia no Leblon. Irmão doBrigadeiro EduardoGomes, acompanhoutodas as revoluções deque este participou evivia desconsolado "des-de agosto de 1978, quan-do seu filho Carlos Edu-ardo desapareceu comum avião na rota Goiás—Rio". Um dos fundado-res da empresa Emaq —Engenharia e MáquinasS/A, foi apontado peloex-P refeito MarcosTamoyo como um dospioneiros na pesquisa depetróleo no país, "comohomem de grande visãoe que aumentou o cam-po da iniciativa privadano Brasil". Casado comPrancisca SabóiaGomes, tinha os filhosGilda Maria, Maria Celi-na e Roberto, além deoito netos. Aneurisma.Acompanhado de médl-cos da Aeronáutica, oBrigadeiro EduardoGomes esteve no velório,na Rua Aperana, 24, Le-blon, e assistiu à missade corpo presente re-zada pelo MonsenhorLuiz Brasil Cerqueira,amigo da família e viga-rio da matriz de SantoAntônio de Paquequer,em Teresópolis. Cerca de15 0 pessoas presencia-ram o-sepultamento nojazigo perpétuo 1994,aléia um, do CemitérioSão João Batista. Entreos presentes, o ex-Ministro Araripe Mace-do, o diretor de Enge-nharia da Aeronáutica,Major-Brigadeiro Rodol-fo Becker, e o Coman-dante Geral'de Pessoal,Tenente-Brigadelro Pau-Io de Abreu Coutinho. OMonsenhor Luiz BrasilCerquedra informou queo Ministro da Aeronáu-tica, Déllo Jardim deMattos, assistiu à missade corpo presente na re-sidéncia do Leblon.

Hilton Moreira da Sil-va Eilho, 76, industria-rio, na sua residênciaem Laranjeiras. Nascidono Rio de Janeiro, eracasado com ZulmiraVieira da Silva. Insufi-ciência cardíaca. Serásepultado às 11 h no Ce-mitério São João Batis-ta.

Manoel Ray mundodos Santos, 69, indus-t.ial, na Casa de SaúdeNossa Senhora do Rosa-rio. Natural de MinasGerais, morava em San-

ta Teresa. Casado comErmcllnda Dias dos San-tos, Unha seis filhos:Haydéc, Vânia, Vera, El-cy, Elce e Ronaldo. Ti-nha ainda netos, Insufi-ciência hepática. Serásepultado às lOh no Ce-mitério São FranciscoXavier.

Wilson Carlos Pereirade Souza, 43, contadorautônomo, no Prontocor.Natural do Rio de Janel-ro, morava na Tijuca.Casado com Manila Pei-xoto de Souza, tinha umfilho: Paulo César. En-farte do miocárdio. Serásepultado às 9h no Ce-mitério Jardim da Sau-dade.

Waldir Pinto do Ama-ral, 80, bombeiro hidráu-lico, na sua residênciano Centro. Nascido noRio de Janeiro, era sol-teiro. Arteriosclerose.Será sepultado às 9h noCemitério São Franciscode Paula.

Maria Joaquina Gar-cia de Souza, 78, no Hos-pitai dos Servidores doEstado. Carioca, moravaem Madureira. Era viú-va de Armando de Sou-z a. Insuficiência cár-dio-respiratória. Será se-pujtada às 12h no Cerni-tério de Irajá.

Oswaldo Dantas Bara-cho, 64, funcionário daSecretaria Municipal deEducação, no Hospitaldo IASERJ. Nascido noRio de Janeiro, moravana Tijuca. Casado comAbigail Thompson Bara-cho, tinha um filho edois netos. Insuficiênciarespiratória. Será sepul-tado às 13h no Cemité-rio São Francisco Xa-vier.

Laura Martins Duarte,76, no Hospital do Car-mo. Natural do Rio deJaneiro, casada com Jo-sé Lima Duarte, moravaem Copacabana. Edemapulmonar. Será sepulta-da às 16h no CemitérioSão Francisco Xavier.

Nestor Miranda, 5 9,vendedor ambulante, naSanta Casa de Miseri-córdia. Natural de Mi-nas Gerais, morava noCachambi; Miocardlopa-tia. Será sepultado às 9hno Cemitério São Fran-cisco Xavier.

Nilza Rebello Serrcira,76, na sua residência emD e 1 Castilho. Carioca,era solteira. Parada car-diaca. Será sepultada às9h no . Cemitério d eInhaúma.

EstadGabino Gerarão, 7 8 ,

na capela do ColégioGonzaga, em Pelotas(RS), onde era profes-sor. Lasalista espanhol,velo para o Brasil em19 2 5 e naturalizou-sebrasileiro. Em Pelotastrabalhou como profes-sor de línguas na Facul-dade de Ciências Econô-micas e na UniversidadCatólica. Enfarte domiocárdio.

Dirce Machado Car-rion, 26, no Hospital dePronto Socorro, em Por-to Alegre. Gaúcha daCapital, morava no bair-ro Floresta, viúva de

osCândido Carrion (depu-tado constituinte, de1947 a 1950), tinha cincofilhos: Maurício, Fer-nando, Maria Helena,Rosinha e Dirce, alémde cinco netos. Lesão ce-rebral.

Luiz Wladimirsky, 84,madeireiro, aposentado,no Hospital de Clinicas,em Porto Alegre. Russo,naturalizado brasileiro,morava no bairro BomFim. Viúvo de L u 1 z aWladimirsky, tinha seisfilhos: Sara, Eva, Eda-lia, Mário, Abrahão e Ju-lieta, além de 14 netose 12 bisnetos. Insuficiên-cia respiratória.

Preços dos AvisosReligiosos e

Fúnebresno Jornal do BrasilLargura

1 col1 coi

colcol

2 col2 col

colcol

3 colcolcol

4 col4 col4 col

(4,5 cm)(4,5 cm)(4,5 cm)(9,2 cm)(9,2 cm)(9,2 cm)(9,2 cm)(14 cm)(14 cm)(14 cm)(18,7 cm)(18,7 cm)(18,7 cm)(18,7 cm)

Altura

( 3 cm)( 5 cm)(10 cm)( 4 cm)( 5 cm)( 8 cm)(10 cm)( 5 cm)( 6 cm)( 7 cm)( 5 cm)( 6 cm)( 7.cm)(10 cm)

D. ÚtilCr$

1.113,001.855,003i710,002.968,003.710,005.936,007.420,005.565,006.678,007.791,007.420,008.904,00

10.388,0014.840,00

DomingosCr$

1.494,002.490,004.980,003.984,004.980,007.968,009.960,007.470,008.964,00

10.458,009.960,00

11.952,0013.944,0019.920,00

AVISOS RELIGIOSOS

+Rua

, y .

BENEDICT0 LARA DE FARIA(BARÃO)

A família agradece as manifestações depesar, e convida para a missa de 7° diaem intenção de sua alma dia 24 de maioàs 9,30 horas na Igreja N. Sa. do Carmo,

de Março.

AURIMAR ROCHA(MISSA 7? DIA)

+

A f.mllia ROCHA e demais familiares agra-decem sensibilizados as demonstrações decarinho por ocasião de sua morte e convi-dam para a missa de 7.° dia, que será rea-

lizada hoie, dia 23, às 10 horas na Igreja N. S. daPaz — Ipanema.

BEATRIZ CL0TILDE DA CUNHA CRUZDE ALBUQUERQUE

(MISSA DE 7? DIA)

+

A família agradece as manifestações depesar recebidas por ocasião do falecimen-to e convida parentes e amigos para a mis-sa de 7? dia, sexta-feira, dia 25 de maio,

às 11:30 horas na Igreja São José à Rua São José —Praça Quinze. (P

FRANCELINA FACHADA DIAS(MISSA DE 7.° DIA)

+

Lizette e Waldemar, filha e genro,Sérgio e Lusa, Luiz e Celma, Ruy eLúcia, Solange e Aldo, netos e Hele-

na, nora, agradecem a todos que comparece-ram ao seu sepultamento e convidam paren-tes e amigos para a missa de 7.° dia que serácelebrada dia 24 deste, 5.a-feira, às 8,30 ho-ras na Igreja N. S. da Paz, na Praça do mesmonome.

LILIAN ROKBRAND(HASKARÁ)

ijj, Rachel Liberbaum, Gerson Rok-

yy brand, Regina e Perla Liberbaum,¦V/V Sara e Pádua, Maurício, Kátia e fi-~

lhos e Alberto Güth, convidam osdemais parentes e amigos para a Haskará deSloshim de sua querida e inesquecível filha,irmã, neta, sobrinha, prima e namorada LILIANfalecida prematuramente aos 19 anos, a rea-lizar-se amanhã, 5-a-feira, às 20,30 hs. na Si-nagoga Copacabana à Rua Capelão Álvaresda Silva n.° 15 — Bairro Peixoto.

+ver dequecívepara osaindoOrdemCapela

LYDIA ELSE SCHIMIDTDE ANDRADE

(FALECIMENTO)Fred Andrade, esposa e filhos, ErickAndrade, esposa e filhos, Use Andra-de e filhos cumprem o doloroso de-comunicar o falecimento de sua ines-

I mãe, sogra e avó OMA e convidamseu sepultamento dia 23, às 10 hs.,o féretro do Cemitério da Venerável3.a de São Francisco da Penitência —1.

SEBASTIÃO RODRIGUES DA EIRA(MISSA DE 1 ANO)

Esposa, filha, genro e netas convidamparentes e amigos para a missa de 1ano que será realizada na quinta-fei-

ra, dia 24, às 10 horas .na Igreja de São Fran-cisco de Paula situada no Largo de São Fran-cisco.

ir

ENG.°ELIAS FAUSTO PACHECO JORDÃO

(MISSA DE 7? DIA)Seus colegas da turma de engenheiros de 1926 daEscola Politécnica do Rio de Janeiro convidam paraa missa em sua memória, a ser rezada na Igreja-Santa Margarida Maria (Lagoa), às 18,30 hs. do pró-ximo dia 24, 5a.-feira.

Quadrilha de traficantes écapturada na Zona Sul comagenda de artistas famosos

Uma das principais quadrilhas de traficantesde drogas que agem na zona Sul foi desbaratadaontem pela Delegacia de Entorpecentes, que apre-endeu 3 mil 766 comprimidos de Mandrax e meioquilo de maconha, em três flagrantes.

Nomes de artistas famosos e de um diretor declube de futebol do Rio constam da agenda que apolícia tomou dos argentinos Manoel Henrique Mar-ceio e Oscar Salvador Esteves (chefes da quadrilha).Foram presos também Ricardo Laus e Mario SérgioBatista.

próprio uso. Mas no lnterro-gatório confessou ser inter-mediano dos argentinosManoel e Oscar, residentesno mesmo apartamento.

Para cada 10 cartelas quevendesse a Cr$ 600, (cadacarteia tem 10 comprimi-dos), Mário Sérgio fieiavacom uma de graça. Os ar-gentinos, que tinham 106comprimidos de Mandrax,confessaram que a drogafoi trazida de ônibus há ummês da Argentina, no fundofalso de uma mala. RicardoLaus, também denunciadopelos companheiros, foi pre-so na Rua Redentor_ 209,apartamento 101, com'meloquilo de maconha.

Sobre a agenda apreendi-da em poder dos trafican-tes, a polícia nada revelou.Os nomes nela existentesnão significam, a principio,que sejam de viciados, se-gundo os policiais, masserão minuciosamente in-

vestigados.

DENÚNCIA

Uma denúncia anônima,recebida pelo delegado Cae-tano Malollno, da Delegaciade Entorpecentes, fez comque dois policiais fossem de.signados para observar oprédio n' 15 da Rua GastãoBaiana, e m Copacabana,onde um rapaz estaria tra-ficando tóxicos. Ele saia àrua com freqüência, conver-sava com ocupantes de car-ros estacionados frente aoprédio e regressava paradentro.

Os policiais apuraramcom o porteiro que o rapazmorava n o apartamento603. Um dos seus freguesesfoi detido com 10 comprimi-dos de Mandrax, e acusouo rapaz, Mário Lâmpada,que se chama Mário SérgioBatista. Preso em seu apar-tamento com 3 mil 650 com-primidos de Mandrax, eleadmitiu apenas ser viciadoe que o tóxico era para seu

Ladrão que Ônibus caiusava farda em buracoe preso

Fardado de sargento daAeronáutica José Luiz Sabi-no, 20 anos, foi preso ontempela 32a DP com um Bra-silia sem placa — que haviaroubado de seu tio RubensVitorio Lindotti — ondetransportava uma TV a co-res, aparelho de som e jóiasroubadas. Com ele, foi presoAntônio Sátiro dos Santos,31 anos, que o ajudava navenda do roubo.

Segundo a polícia, a du-pia vendia objetos roubadose em uma semana consegui-ram quase Cr$ 300 mil. Ho-je, os policiais vão a Ipane-ma e Copacabana para re-cuperar algumas jóias queos ladrões venderam e de-pois prosseguirão as investi-gações para descobrir aquem pertence o produto doroubo encontrado no Brasi-lia.

QUADRILHA

Na mesma delegacia, foipreso Manuel Machado Ro-cha, o Mane Galinha, acu-sado de chefiar uma qua-driiha que agia em Jacaré-paguá e assaltava com ex-plosivos, que aprendeu a fa-bricar quando estava noExército. A quadrilha deManuel Machado ultima-nente enfrentava o bandode José Eduardo BarretoConceição, o Zé Pequeno.

e fere 4O ônibus placa XM-7532

da empresa de TransportesMusa, que faz a linha Pe-nha—Pavuna — dirigidopor José Pimentel, caiu, namanhã de ontem, nas esca-vações do pré-metrô, na es-quina da Rua Afonso Terracom a Avenida AutomóvelClube. O acidente ocorreuapós o veículo chocar-secom o ônibus placa XM-9374, da linha Cascadura-Pavuna, guiado por Roquede Oliveira. Quatro pessoasficaram feridas.

Além dos motoristas, sai-ram feridos Mário José Jor-ge da Costa e uma mulher,que foram medicados noposto de urgência doINAMPS em São Mateus; osmotoristas foram atendidosno Hospital Carlos Chagas,com escoriações e con-tusões.

OUTROS

Até a noite, a 40a. DPainda não havia completa-do o registro da ocorrência,considerando a possibilida-¦de de haver outras vítimas,pois, nas circunstancias emque o ônibus, lotado, caiu,de uma altura de cerca decinco metros, dificilmenteoutros passageiros deixa-riam de ficar feridos.

ALBERTO KOGLIN(1 ANO)

+

Sua família convida para a missa

que será realizada às 08,00 hs., dodia 24 de maio, na Paróquia de

N.a S.a do Carmo da Antiga Sé (antigaCatedral Metropolitana), Rua Sete de Se-tembro, 14.

ELIAS FAUSTO PACHECO JORDÃO(ENGENHEIRO)

+

Auta Lúcia, Sônia, Eduardo, Elizabeth, Renata, Mario Edu-ardo e Alexandre, convidam para a missa de 7.° dia emintenção de seu querido e bondoso esposo, pai, sogro,

e avô, às 18h30m., do dia 24 (5a.-feira), na Igreja de Santa Mar-

garida Maria da Lagoa.

AAARCUS SÉRGIO(MISSA 30.» DIA)

+

José Vinícius de Figusi-redo, José Vinícius,Cristina Maria, Lygia F.Pimentel e Cecy F. Me-

Io, Pai, Irmãos, Tias e demaisfamiliares comunicam que serárealizada missa em intenção ksua aima, dia 24 de maio às09:00, na Matriz da imaculadaConceição, Rua Monsenhor Amo-rim no Engenho Novo.

Sarna de preso pega aténo delegado e agoratodos vão ser tratados

H

A partir de hoje, os presos da Delegacia deCampo Grande tomarão banho de sol sob a guardada PM e serão tratados da sarna que pegou até nodelegado Antônio Valdemar Gonçalves e de outrasdoenças. Nos casos de maior gravidade, haverá re-moção para o Hospital Penitenciário. Os excedentesdo xadrez irão para presídios.

As medidas são o resultado inicial e imediatoda visita feita ontem à 35a. DP pelo Juiz Regionalde Campo Grande, Luís Carlos Guimarães; peloPromotor Nagib Slaip Filho e por uma equipe mé-dica do Desipe (Departamento do Sistema Peniten-ciário).DETALHES

Durante mais de duas ho-ras, os médicos da Coorde-nação de Saúde Penitencia-ria, dirigidos pelo coordena-dor Adélson Vilela da Costa,examinaram um por umos 87 presos. O Juiz LuizCarlos Guimarães informouque a presença dos médicosfoi decidida após um conta-to com o diretor-geral doDesipe, Antônio Vicente daICosta.

Todos os detidos usarãosabão indicados contra asarna. Os seis doentes maisgraves irão para o HospitalPenitenciário. Para o Dele-gado Antônio ValdemarGonçalves, adjunto da 35a.DP, as providências chega-ram tarde demais. Ele con-traiu a sarna e ontem obte-

ve do médico Milton BellullRibeiro, da Secretaria deSegurança, uma licença dedois dias.

Com o corpo todo marca-do, ele recebeu recomen-dações "profiláticas": evitarcontato com a família; iso-lar-se sempre que possível;ter tudo seu separado, comotoalhas, lençóis, travesseiro,escovas de dente e de cabe-Io, pente e cortador deunhas.

Para alguns policiais, asituação em outras delega-cias é menos grave, porérnhá indícios de doenças emconseqüência d a superlo-tação dos xadrezes — ai-guns, destacam, comportamaté 2 mil 500 homens, quan-do o limite normal não pas-sa dos 800.

Polícia acha que maridomatou professora sumidade casa desde 1.° de maio

A polícia da 36a. DP está procurando a profes-sora Míriam Ferreira de Mello, de 36 anos, que de-sapareceu de sua casa, na praia do Recôncavo, 310,em Sepetiba, no dia 1.° de maio depois de dizerao marido, o motorista Antônio de Mello, 50 anos,que iria embora por não suportar mais os maus-tratos. A polícia suspeita que Antônio matou amulher.

Antes de desaparecer, a mulher avisou aos paísque fora ameaçada de morte pelo marido "e que esrtava com medo". Os policiais que investigam o casoacham estranho que o marido também tenha su-mido, quando soube que a família tinha apresen*-tado queixa à polícia. Segundo os vizinhos, ele saiude casa e disse a uma parenta que "iria para longerefazer sua vida e um dia mandaria avisar ondeestava".BRIGAS

Algum tempo depois docasamento há 15 anos,começaram as brigas e vá-rias vezes, a mulher deixoua casa, indo para a residèn-cia dos pais, no Méler. Omarido sempre ia buscá-lacom promessas de se com-portar melhor e não maissubmetê-la a maus tratos.

Em abril, depois de novabriga, Míriam comunicouaos pais que não viveriamais com o marido. Umacasa foi alugada e para odia 1? de maio, ficou acer-tada sua mudança com osdois filhos: um de 14 e ou-tro de 12 anos quando An-tônio foi comunicado que a

mulher o abandonaria, nãoaceitou a decisão.

No dia 30 de abril, elaavisou aos pais que foraameaçada de morte pelomarido e que "estava commedo". Na manhã do dia V?de maio, quando os pais fo-ram buscá-la para fazer amudança, não a encontra-ram. O marido disse que elasairá e ainda não havia vol-tado. Míriam é professorad o município, lecionandoem uma escola do subúrbioe à noite estava estudandofilosofia na Faculdade deCampo Grande. Na sua con-ta bancária na agência doBanco Nacional, em Madu-reira, estão depositados osalário de março, de Cr$ 2mil 549,23.

STANLEY GOMES(CONDOLÊNCIAS)

+

A Diretoria da Auso Eletrônica e Te-lecomunicações e da Italtel S.p.A.apresentam ao Senhor e Senhora

Pierluigi D'Ecclesia Farace os mais senti-dos pêsames pelo falecimento do queridosogro e pai.

STANLEY GOMES(CONDOLÊNCIAS)

+

Giorgio e Angela Villa, pesarosospela perda do querido amigo,apresentam as mais sinceras con-

dolências à viúva, filhos, genros, netos edemais familiares.

WILSON JOSÉ DE SEIXAS AGUIAR(MISSA DE 7.° DIA)

+

Cecília de Mattos Seixas convida parentes e amigos paraassistirem à missa de 7.° Dia que manda celebrar em su-frágio da alma de seu inesquecível esposo, dia 24, 5a-

feira, às 10,30 horas, na Igreja Nossa Senhora da Boa Morte,na Rua do Rosário. A família dispensa cumprimentos.

MARIA CLOTILDE DOS SANTOS MENDES(NATALIA)

(FALECIMENTO)

+ Gilda Mendes Fernandes e Jonas Fernandes comuni-cam o falecimento de sua mãe e sogra NATALIA e

convidam demais parentes e amigos para o sepultamentohoje, dia 23, às 15 horas, saindo o féretro da capela RealGrandeza n.° 7 para o Cemitério São João Batista'.

JORNAL DO BRASIL D Quarta-feira, 23/5/79 D 1» Caderno TURFE - 25

Cantor________________________

Foto di Jota Camilo d* Silva

• Antes da reunião de on-tem do Conselho Técnico, oPresidente Francisco Edu-ai do de P:uil;i Machado fezuma explanação sobre asreformas a serem execu-tadas em várias depciulcn-cias do Hipódromo daGávea, inclusive com aapresentação das plantas jáaprovadas pelos engenhei-rosearquitetos respon-aáveis. Na reunião própria-mente dito, ficou aprovadaa criação do Grande PrêmioOrganização Sul Americanade Fomento ao Puro San-ene de Corrida, para éguasde quatro anos e maisidade, 2 mil metros, grama,Cr$ 250 mil, que será corri-

jtlo, anualmente, na vésperado Grande Prêmio Brasil,juntamente com o quiiôme-tro internacional, GrandePrêmio Major Suckow.^lém disso, decidiu-se que,a partir do dia 2 de junho,o mínimo por talão de con-curso de sete pontos será deCr$ 24 e a inversão de Cr$2. Em relação a acumulada,a inversão passa também aser de Cr5 2 enquanto omínimo por aposta será deCr$ 20. Finalmente, em vir-_ude do jogo Brasil e Uru-pilai, marcado para quinta-feira, dia 31, a reunião des-te dia foi antecipada paraa noite de quarta-feira, dia30.

As dotações para clássi-cos reservados a éguas, são,em todo o mundo, menoresque as reservadas para oscavalos. Assim é o Derby deEpsom (98 mil 410 libras)e o Oaks (45 mil 960 libras),o Prix du Jockey Club (900mil francos) e o Prix deDlane (700 mil francos),por exemplo. As Taças dePrata paulistas tambémapresentam este mesmo ti-po de diferença. Sendo as-sim, não é privilégio cariocaesta política de prêmios.

Antônio Carlos Amorim,presidente d a Associaçãodos Criadores e Proprletá-rios de Cavalos de Corridado Estado do Rio de Janei-ro, e um dos que idealiza-ram as Taças de Ouro, disseque possivelmente em 1980as duas realizações serãofeitas em um mesmo dia,no domingo, já que a expeTriència de fazer à Taça dePotrancas, no sábado, nãotrouxe o resultado esperadopelos patrocinadores.

Segundo ainda o dirigen-te, não se trata de nadaligado ao resultado do mo-vimento de apostas, pois aTaça de Ouro não tem co-mo objetivo no momento,um resultado financeiro, esim, uma afirmação de va-lor para a prova que é alta-mente compensadora paraa criação nacional.

• Tuyupins, por Tuyuti IIem Al Vlento, criação doHaras Fronteira e proprie-dade do Haras Minas Ge-,rais S.A., recente ganhadorno Hipódromo da Gávea deíim a prova paria potros dedois anos, está a venda. Osresponsável pelo alazãoacreditam haver, na atualsafra do haras, ótimos pro-dutos e vão arriscar a vendade alguns, como estãofazendo com este neto de-Tapuia e irmão próprio decdássica Oona H. Ainda pa-ra venda, nas cocheiras dotreinador Silvio Morales,.podem ser vistos Zar e Es-«camoso, por J anota em Marde Crimeia, com vitórias e'colocações no Hipódromo*de Serra Verde.

'» Long Lady, por QuatierLatin em Candia, potranca•que ganhou'sábado a Taça'de Ouro, uma criação do•Haras Pirassununga, foiVendida em leilão no Tat-'tersal do Jóquei Clube Bra-'sileiro, pela soma de Cr? 120Jlmil. A runmer-up Trenatambém passou pelos leilõesda' associação dos Criadorese proprietários de Cavalosde Corrida do Estado do Rio

,de Janeiro, com o preço de"Cr$ 80 mil. Trena é uma[criação de Fazendas Mon-desir S.A., filha de Zuidoem Jabá.I

(o A Comissão de CorridasJdo Jóquei Clube Brasileiroretirou o cavalo Fanelii, ins-.crito no páreo final da últl-ma corrida de sábado, poreste ter aparecido na horatia competição com menos35 quilos. Na sua última exi-biçâo. quando foi quarto pa-ra Ditálio e Pirão, o filho]de Fanfar em Elatéa haviapesado 455, enquanto que,agora, apareceu com 420.

• A nova diretoria do Jó-quei Clube de Minas Gerais,eleita recentemente para otriênio de 31/5/79 até 31/5/82, está assim formada:presidente, Adelmar Cadar;vice-presidente, Humbertode Matos Reis; 2? vice-presidente, Amilcare de Ca-rolis; 1? vice-secretário, Jo-sé Euvaldo Peixoto; 2? dire-

. tor secretário, Harold Al-varenga; diretor tesoureiro,Javert Thomé de Senna.

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••¦"• ¦ •-• ,í:-V -'!í¦»- -r.,. ^^..<-.^.^:_^_..-s'-r-:.;: ___-AÍJigr/ií Now, porCrying To Runem Eeasy Now, do Haras Santa Ana do Rio Grande, estréia no Manuel Mendes Campos

Humbii d faz bom treinofinal e mostra quevai correr

Mo ntarias o fie ia isístra que £. LÍ-,bem amanhã 7>«m ° /im *^ S€maW

Humlbird, sob a direçãodo brldão Juvenal Machadoda Silva, agradou ao encer-rar os treinos para correro terceiro páreo da corridanoturna de amanhã, mar-cando 43s2/5 para os 700metros, com ação final dasmelhores, em 12s2/5 para osúltimos 200 metros, mos-trando que está em formadas melhores. Silvio Mora-les é o responsável pelo pre-paro do corredor.

Cigalito; inscrito' na-penúltima prova, confirmouatravessar boa forma detreinamento e sua natural;velocidade, ao trazer 37s pa-'ra os 600 metros da reta dechegada, sem ser apuradocompletamente em partealguma do percurso, eonv12s2/5 para os últimos 2G0metros, sob a direção doaprendiz Euclides Freire. Araia de areia estava maciana manhã de ontem, maspermitindo a conquista deboas marcas.

OS APRONTOS

Para a carreira de aber-tura da reunião, Lucky Lu-cy, com J. Queirós, galopouna raia pequena, sem amenor preocupação de mar-ca, mas mostrando boa dis-posição.

No segundo páreo, Bandoda Lua, com J. Queirós, fezum pique ligeiro de 360 me-tros, marcando 22s, com 12spara os últimos 200 metros,impressionando pela

' dis-posição do arremate.

Para a terceira prova,além do bom apronto deHumbird, Arenero, que trei-nou a distancia na manhãde sábado em lm29s para

os 1 mil 300 metros, somen-te galopou na rala gran-de, sem maior preocupação,sob a direção de U. Meire-les.

Na quarta carreira; Has-ty, montado por E.B. Quei-rós, fez um pique ligeiro de360 metros, trazendo 22scom ótima ação, em finalde 12s 1/5.

' Na sétima prova, Xupê,com E.R. Ferreira, marcou38s2/5 para os 600 metrosda reta de chegada, saindoe chegando com, multas so-bras, em 13s para os úl-ttoos 200 metros, sem serapurado completamente emmomento algum do percur-so.

. ¦ Para a sétima carreira,Reveur, montado por M.Carvalho, agradou ao mar-car 38s3/5 para os 600 me-tros, sempre num mesmoritmo, mostrando que estámuito bem; Irajá, com E.Ferreira, fez um pique de3.0 metros em 23s, ter-minando com disposiçãodas melhores.

Além do bom apronto deCigalito, Rei Mago, com E.R.reira, Rei Mago, com E.R.Ferreira, marcou. 37s paraos 600 metros, sempre numbom ritmo, em 12s3/5 paraos últimos 200 metros.

Para a última carreira,Xarro, sob a direção de J.M.Silva, finalizou com ótimaação em 37s2/5 para os 600metros, sempre numr ritmoigual, mostrando que estáem boas condições de trei-namento. Os últimos 200metros foram percorridosem 13s.

1? Páreo - at 14h - 1 300 metrosCrS 63 mil

(GRAMA)Ks

1-1 Bancada, F. Esleves ... 542 Justine, G. Meneses ... 56

2-3 Vite, P. Cardoso .... 55' 4 Miss' Yata, A. Oliveira 53

3-5 Kratie, E. Freire 556 Oery, G. F. Almeida . 55

4—7 Fraulein Fink, J. Escobar 558 Princess Nau, J. M. Silva 55

2? Páreo - às 14h30m - 1 300 me-tros CrS 35 mil.

(GRAMA)(DUPLA.XATA)

Kg1-1 Uaja'rá, F. Esleves .... 56

2 Pingente, N. Santos ... 542—3 Ducan Gray, C. Morgado 58

4 Hasty, T. B. Pereira .. 533-5 Scarlatti, L. Maia .... 57

Debt, F. Silva 2,55Niclight, F. Pereira 55

4-8 Massi Nina, J. Ricardo 10 52" Igaro, L, Gonzalez .... 56

. 9 Carcaiu, G. F. Almeida 57

3? Páreo - is 15h - 1 400 metrosCrS 48 mil.

(GRAMA)(DUPLA-EXATA)

Kg1-1 Zafete, A. Ramos 54

" Quenomá, J. Ricardo ... 532-2 Quecyan, A. Machado F9 . 52

¦3 Safia, G. F. Almeida . . 543-4 Gay Conquest, F. Esteves 57

5 Eyelash, J. M. Silva ... 554-6 Carmelera, F. Pereira ... 55

7 Folena, O. Ricardo ... 56

4? Páreo - às 15h30m - 1 500 me-tros CrS 55 mil

(GRAMA)INICIO DO CONCURSO)

1-1 Tale, G. F. Almeida2 Trímer; L. Maia . .

Kg2 561 55

1? Pareô - As 14lt - 1 500 me-tros - GRAMA - CrS 63 mil

Kg1-1 Aron, G. Alves 4 552-2 Brighton, J. M. Silva ... 5 55

3 Royál Silk, A. Oliveira . . 3 553-4 Ninnolo, F. Esleves ... 1 55

5 Nonoai, J. Queiroz .. . 7 554-6 B. Betting, G. F. Almeida 6 55

" Blue Price, G. Meneses . . 2 55

2? Parao - Às 14h30m — 1 300 me-tros - GRAMA - CrS 63 mil

1? PAREÔ DA DUPIA-EXATAKg

GP Continental do Turfetem nova data por forçade obrigação contratual

Porto Alegre — Por umacláusula contratual com acompanhia de cigarros Sou-za Cruz, que patrocina oGrande Prêmio Continentalde Turfe, previsto no pro-grama clássico para serdisputado neste próximofira de semana, a comissãode corridas do Jóquei Clubedo Rio Grande do Sul de-solveu transferir esse pré-mio para o dia 3 de junho,conforme exigência do pa-trocinador.

Assim, no dia 3 de junho,serão disputados dois gran-des prêmios no Hipódromodo Cristal: o Grande Prê-mio Continental de Turfe,em 1 mil 500 metros, pistade grama, com Cr$ 100 milao vencedor e reservados aprodutos nacionais de doisanos, e o Grande PrêmioDerb Riograndens, (2a.prova da tríplice coroa gaú-cha, em 2 mil 400 metros,pista de areia, com CrS 200mil ao vencedor, e reser-vado a nacionais de 3 anos.A Cia Souza Cruz patrocinao GP Continental de Turfesempre no mês de junho e,este ano, houve um erro naelaboração do programaclássico do turfe gaúcho.

que agora está sendo repa-rado.

Assim, para o próximodomingo, a comissão de cor-ridas resolveu criar o prê-mio Clássico Arthur Ger-mano Schiehl, em homena-gem ao criador gaúcho, jáfalEÇidój que duran e cercade 44 anos foi pron-rietáriodo Stud Ouro Negro.

O páreo, que será o prln-cip:l da< reunião deste fimãe semana, no Hipódromodo Cristal, será disputadoem 1 mil 500 metros pistade grama, com Or$ 40 milcie do" ação ao vencedor ereservado a produtos nacio-nais de dois anes, sem vitô-ria clássica.

O campa da prova, divul-gado ontem pela comissãode corrida do Jóquei Clubedo Rio Grande do Sul, ficeusendo este á) sustenido, 55— que já aparece comogrande favorito; 2) Tro-picai Foi, 55; 2) TropicalBird, 55; 3) Abala, 55; 3)Monsieur Macip, 55; 4) DomDemétrio, 55; 51 Torriana.53; 6) Navarco, 56; 7)Zunick, 53; 9i Bechamel,55. 9' Setadinho. 55.

1-1 P. Redonda, A. Abreu ... 55Matrera, F. Esteves 55News, D. Neto 55

2-4 Igarana, J. F. Fraga ... 55Retilha, R. Marques 14 55Ulanga, G. F. Almeida ..12 55

3-7 Bien Helada, J. Ricardo 13 55Raspadeira, A. Oliveira .. 55Eslesque, L. Gonzatez . 55

10 Bless My Star, G. Meneses 554-11 Gowan, J. M. Silva 55

12 Nueva, F. Pereira ...... 11 5513 Exciting Girl, J. Escobar 10 55

14 Dingaya, E. Ferreira '3 55

39 Pareô - As 15h - 1 400 me-tros - GRAMA - CrS 40 mil

Kg1-1 Zenzala, W. Costa ... . 5 58

2 Frica, A. Ferreira 6 542-3 Arqali, L. Gonzalez 7 58

Rafa, R. Silva 8 543-5 Ave Grande, O. Ricardo . 4 55

6 Pavada, A. Abreu .... 3 544-7 Dizzy Dance, F. Esteves 1 56

" Brasa«'Bliss, G. F. Almeida 2 54

4? Pareô - As I5h30m - 1 400 me-tros - GRAMA - CrS 48 mil

INICIO DO CONCURSO DE 7 PONTOSKg

1-1 Token Girl, F. Esteves ... 7 57

1? Páreo - As 19li45m - 1 300 me-tros - CrS 48 mil.

Kg.1-1 Cartomante, L. Gonzalez . 2 572-2 Dai, J. IW. Silva .... 5 57

" Incerta, T. B. Pereira . . 3 573-3 Tamboati, F. Esleves ... 6 57

4 Dolly Charm. C. Morgado 1 574-5 Pirandela, A. Ferreira- . . 4 57

6 Televina, J. Malta ... 7 57

29 Páreo - As 20hl5m - 1 200 me-tros - CrS 40 mil.

19 PAREÔ DA DUPIA-EXATAKg.

1-1 Eguilin, M. Andrade .... 582 Vol Petit, P. Vignolas . . 5B

2-3 Prince Alin, F. Esleves . 574 Cavatina, D. Neto ... 55

3-5 Gredan, Jz. Garcia . . . 57Dona Dadinha, L. Meia 56Desperto, J. Ricardo ... 57

4-8 Hila, A. Abreu .... 10 559 Corbineau, R. Marque. . 57Good Texan, A. Ferreira . . 57" Good Texan, A. Ferreira 57

39 Páreo - As 20h45m - 1 300 me-tros — CrS 55 mil.INICIO DO CONCURSO DE 7 PONTOS

Kg.1-1 Adelfo, J. M. Silva ... 5 562-2 Night Cup, P. Cardoso . .1 56

" Inscrito, A. Ramos ... 6 553-3 Quality Show, A. Oliveira 4 56

4 Diurno, T. B. Pereira ... 3 554-5 Cinderello, L. Gonzalez . 7 56

6 Fardeau. L. Maia .... 2 5649 Páreo - As 21hl5m - 1 100 me-tros - CrS 48 mil.

Kg.'—' Great Show, F. Pereira . . 5 St2 Miss N. Year, J. M. Silva 1 5i

SÁBADO2-3 Royal Diadem, J Queiroz 56

4 Smelana, A. Ramos ... 563-5 Franklin, G. Alves ... 56

6 Hibisco, J. M. Silva ... 564—7 Tessino, F. Esteves .... 56

8 Escardillo, P. Vignolas . 51

59 Páreo - às léh - 1 300 metrosCrS 63 mil.

(GRAMA)Kg

1-1 Contenido, J. Escobar . 552 Bernachi, J. Pinto 55

2-3 Abogado, P. Alves .... 554 Santulin, O. Rodrigues . 55

3-5 Alandez, G. F. Almeida 55Brulot, J., Ricardo .... 55

4—7 Marcosmlnis, F. Esteves 55Ispalan, J. F. Fraga ... 55Agrado, J. M. Eilva ... 55

69 Páreo - is 16h30m — 1 400 me-tros CrS 55 mil.

(GRAMA)(DUPLA-EXATA)

Kg

1—1 Andrei, G. Meneses ... 55" Ace Of Aces, J. M. Silva 552 Sir Richard, C. Amestely 56

2—3 Acarape, A. Ramos ... 56" Tanária, G". F. Almeida 10 52

Mister Yata, M. Vaz ... 13 53l'll Be Lucky, P. Cardoso 55

3—6 Devilish Khan, F. Esteves 14 55Bandolier, M. Carvalho . 11 56

El Sol, A. Souza 1 55" Colaborador, J. Ricardo . 2 56

4-9 Quadrillion, A. Oliveira 15 5510 Jaião, J. Pinto 5511 Hester, F. Pereira ... 55

"- Angaó, A Abreu .... 12 56

79 Páreo - is 17h - 1 300 metrosCrS 63 mil.

(GRAMA)Kg

1-1 Leão do Norte, G. F. Alm. 552 Pato Branco, F. Pereira 55

2-3 Gabbler, F. Esteves ... 554 Undalo, J. L. Marins . 55

3-5 Demigod, J. M. Silva . 10 55

DOMINGO2 Timosa, F. Lemes 54

2-3 D'Apala, G. Alves 57Vittel, M. Carvalho 57

3-5 Phelila, J. Ricardo 566 Doron, M. Peres 3 56

4-7 Reta, S. Silva 5 578 Elancee, F. Pereira 8 56

59 Pareô - As 16h - 1 400 me-tros - AREIA - CrS 130 mil -

GRANDE PRÊMIO MANOEL MENDESCAMPOS

Kg1-1 Uribot, G. F. Almeida .. 55

Arequ.to, J. Queiroz ... 55C. do Brejo. J. Pinto 55

" Chanchão, E. Alves II 552-4 Bar El Ghazal, G. Meneses 55

" Bedford, J. M. Silva 13 55Ubine, A. Abreu 15 55

6. Aroch, G. Alves 12 553-7 Diau, F. Pereira 55

Skylon, J. Ricardo 16 55Al Pique, L. Gonzalez . 10 55

10 Ginger Ale, U. Meireles / 14 554-11 Lugareno, A. Ramos 55

12 Korb, F. Esteves 17 5513 Effervescenza, E. R. Ferra. 5314 Right Now, A. Oliveira .. 55

" Otaíiia, E. Ferreira 53

69 Pareô - As 16h30m - 1 600 me.tros - CrS 48 mil - GRAMA

29 PAREÔ DA DUPLA-EXATAKg

1-1 Docker, F. Esteves 572 lonicus, J. M. Silva .... 56

2-3 Vallcn, D. F. Graça .... 55Alares, F. Pererlra .... 54Vaucresson, Jz. Garcia .. 56

3-6 Bande, R. Macedo ...... 55Vizeiro, A. Abreu 53Digdug, G. Alves 10 53

4-9 Zé Luis, L. Gonzalez ... 52" Efésio, M. G. Santos 11 55" Tranzado, C. Amestely 56

SEGUNDA-FEIRA2-3 In Love, J. Ricardo ... 54

Adilesa, C. Valgas ... 553-5 P. Norma, A. Oliveira . 8^ 57

Orenda, F. Carlos .... 534-7 Gambardela, 1. B. Pereira 53

8 Fscia, G. F. Almeida . . 2 54

59 Páreo - As 21h45m - 1 300 me-tros — CrS 55 mil.

29 PAREÔ DA DUPLA-EXATAKg

1-1 Moera, F. Esteves ... 12 56Arpista, P. Vignolas ... 56Cilóca, J. Malta ... 56

2—4 Quequié, A. Oliveira ... 55G. Plena, J. M. Silva ... 13 56Knocker, F. Pereira ... 56

3-7 Dona Rosa, G. Alves . . 55Beguina, A. Abreu ... 56Duinha, G. F. Almeida . . 11 5c

4-10 Ciem, J. Ricardo ... 5611 Lógica, J. Queiroz ... 612 H. Flower. J. Pinto ... 10 5" J. Cherie, C. MorgP ... 56

69 Páreo - Às 22hl5m - 1 300 me-tros — CrS 40 mil.

Kg.1-1 Dribbling, J. Ricardo . . 4 56

2 Drácula, A. Souza ... 2 582-3 Dimeu, M. Andrade ... 3 58

Espaço, M. Peres .... 9 583-5 Bromo, A. Ramos ... 7 58" Paracatu, J. Garcia ... 6 564—6 Stamine, L. Gonzalez . . 5 58

" Algodão, G. Alves ... 8 57" Desen Cry, P. Alves . . 1 58

7? Páreo - As 22h45m - 1 100 me-tros — CrS 40 mil.

g1-1 Be! Fran, F. Esteves ... 8 57

2 Frogênio, A. Souza ... 5 5B2-3 Bortoli. A. Freire ... 4 58

Gros Jeu, J. Ricardo . 55En Armes, J. Pinto ... 55

4-8 Sans Tours, L, Gonzalez 559 Even Odds, R. Freire ... 55

10 Tié-Sangue, E. Alves ... 55

89 Páreo - is 17h30m - 1 500 ma-tros CrS 35 mil.

(AREIA)Kg

1-1 Unigarbo, L. Gonzalez . 582 Olivos, J. Escobar .... 56

2-3 Fantomas, P. Vignolas . 564 Festus, F. Silva, 10 55

3-5 Noméric, D. Guignoni . 54Jandaio, G. F. Almeida 53Ekigarbo, J. L. Marins . 57

4-8 Cuera, R. Macedo .... 53Vasmax, A. Ferreira . .'. 57

10 Governado, J. Garcia . 52

99 Páreo - is 18h - 1 200 metrosCr$ 40 mil.

(AREIA)

1-1 T«ful. D. F. Grata .... 542 Xis Xec, J. Pinto .... 58

2-3 Tinian, P. Cardoso .... 554 Tantalus, A. Ramos ... 58

3-5 Bootmaker, J. M. Silva 586 Deep Light, L. Gonzalez 56

4—7 Legalpo, J. F. Fraga ... 56Wild, G. F. Almeida . 56Eppius, J. Queiroz .... 56

109 Páreo - is 18h30m — 1 600 me-tros CrS 40 mil.

(AREIA)

(VARIANTE)(DUPLA-EXATA)

Kg1-1 Xastec, A. Ramos .... 57

2 King Lear, F. Esteves ... 562-3 Snow Tall, G. F. Almeida 57

4 Grande Volta, J. Queiroz 543-5 Plolino, J. M. Silva ... 58

Emerillon, J. Mendes . 10 54Harfango, J. Escobar . 55

4—8 Pequeno Lord, F. Pereira 549 PhaiçaI, J. Ricardo .... 57

10 Prestissimo, l. Gonzalez 54

79 Pareô - Às 17h - 1 500 mo-tros - AREIA - CrS 40 mil

Kg1-1 Pargo, E. B. Queiroz ... 4 572-2 Alverão, M. Vaz 3 57

3 Suma, R. Freire 7 563-4 Mapola, J. M. Silva 1 55

5 Mexican Boy, G. Alves .. 5 54.4-6 Quick, J. Escobar 2 58

7 Dona Jorgita, J. Ricardo . 6 53

89 Parao - As 17h30m - 1 lOOme.tros - Cr$ 48 mil - AREIA

Kg1—1 Queen's Tênis, J. M. Silva 1 55

" V. Cross. E. R. Ferreira . 8 562-2 Rinquetta, R Freire 3 57

Snosuka, A. Ramos 4 553-4 Call Me, J. Ricardo .... 7 55

Rubiacea, P. Alves 5 564-6 Lady Lúcia, G. F. Almeida 2 55

Beibi, P. Vignolas 6 55

99 Pareô - Às 18h - 1 100 ma-tros - AREIA - CrS 40 mil1—1 Chiqueza, J. Mendes .... 5 57

Kg2 Vamay, R. Freire 2 57

2-3 Jaibara, M. Andrade ... 3 56Jardinali, J. Ricardo 6 58

3-5 Avelita, L. Gonzalez .. 8 56Batuta, A. Abreu 4 57

4—7 Ecinawoncler, O. Rodrigues I . 57" Dauta, Jz. Garcia 7 57

109 Pareô - As 18h30m - 1 000 ma-tros - CrS 48 mil - AREIA

.39 PAREÔ DA DUPLA-EXATAKg

1-1 Capolctlo, G. F. Almeida 542 Hercúrio, F. Silva 57

2-3 Enmity, E. B. Queiroz.... 574 Utencis, "A. Ramos 57

3-5 Forward Pass, F. Esteves . 576 Salter, J. Garcia .. .. 57

4—7 Fascinator, A. Oliveira ... 57Kama Sutra, M. G. Santos 57Abientct, R. Marques .. 57

4 Air Duke, M. Carvalho . 573-5 Valésio, A. Machado F9 56

" Zelope, J. F. Frafa . 574-6 Babinito, P. Vignolas . 58

7 Tuyucar, A. Ferreira - 58" Tianko, R. Marques ... 57

89 Páreo - As 23hl5m - 1 600 me-tros - CrS 48 mil.

Kg.

I —I Bamborial. J. Ricardo . . 542 Czar Nicolai, F. Esteves .11 53

2-3 Canny, G. F. Almeida . . 53" L. Rodrigues, W. Costa . 54

Cerro Alto, G. Alves . . 573-5 Innacio, J. M. Eilva . . 54

Quilatim, J. Escobar . . 10 54Mc Laren, A. Ramos ... 53

4-8 Zucaryl, A. Oliveira ... 539 Tuins, J. Queiroz ... 54

10 Fális, J. Pinto .... 55

99 Pi,eo - As 23h45m - 1 600 me-tros — CrS 48 mil.

39 PÁREO DA DUPLA-EXATAKg.

1-1 Sator, F. Pereira .... 13 57Bravo índio, J. F. Fraga 56Virgoliano, R. Freire . . 56

2-4 Badalo, J. M. Silva ... 56Babilônio, J. Malta ... 12 56Hono Flete, J. Ricardo . . 56

3-7 Gretinado, J. Escobar . . 57Elementar, F. Esteves ... 56Bazaruco, M. G. Santos .11 56

9 Glazon, C. Amestely ... 564-10 Guaxo, E. Alves .... 10 56

11 N Ouro, G. F. Almeida 5712 Czar Piotr. G. Alves ... 14 56

" C. Guicrguy, E. Freire . . 57

Volta fechadaEscoriai

tI

s-v EM qualquer tentativa de desmerecer\* o possível valor e a evolução de Long

. ^ Lady (Quartier Latin em Candia, por*s-*' Birikil), sobre o que jataremos maisadiante, não temos a menor dúvida de queuma leitura exata do perjü técnico e do re-sultado final do grande clássico Taça de Ou-ro de potrancas, disputado, em 2 mil metros,pista de grama macia, sábado último no Hi-pódromo da Gávea, deve levar primeiramen-te em consideração que o seu objeto termi-nou sendo construído sob o signo da anor-malidade.

Nós, experts, ao contrário de muitos,prejerimos sempre o resultado normal ondeos corredores de classe já comprovada, atuemãe acordo com seus retrospectos e seus nor-mais padrões de carreira. E, neste sentido, aTaça de Ouro ãe potrancas em sua primeiraversão esteve bem longe ãe ser satisjatóriaão ponto-áe-vista técnico e seletivo.

¦ ¦ ¦

ESTA

nossa frustração, cremos, temexplicações mais do que razoáveis.Lendo com atenção o campo destenovo grande clássico do calendário

nobre carioca, quatro nomes ganhavam am-plíssimo destaque: Apple Honey (Falklandem Irish Song, por Maki), criação e proprie-dade dos Haras São José e Expedictus, osten-tando o honroso e insubstituível título deOaks winner já que ganhadora do grandís-simo clássico Diana (prova de importânciatécnica bem maior do que a de sábado), emgrande estilo, Euphorie (Prudente em Can-die, por Adil), criação do Haras Expert epropriedade do Stud Expert, doublé de OneThousand Guineas (grandes clássicos Barãode Piracicaba e Henrique Possollo), Bambo-che (Nermaus em Nazarena II, por Ulano),criação do Haras São Luiz e propriedade doStud Bleu Blanc Rouge, ganhadora dosgrandes clássicos Criação Nacional, Taça dePrata, e José Guatemozin Nogueira, o PrixVermeille, e Eifo (Tuyuti II em Revista II,por Richmond), criação do Haras Minas Ge-rais S.A. e propriedade do Stud Estrela So-litária, primeira, em 1978, no grande cias-sico Carlos Telles da Rocha Faria, a grossomodo, um grande criterium de potrancas, eno importante clássico Francisco Vilella dePaula Machado, o nosso Criterium de Po-trancas. Além destes resultados vitoriosos,havia ainda outra indicação: nos dois últi-mos encontros nobres reservados às potran-cas da geração 1975, grande clássico Henri-que Possollo e grandíssimo clássico Diana,One Thousand Guineas e Oaks, respectiva-mente, estes nomes compareceram como do-minadores indiscutíveis, variando somentesuas colocações.

Diante deste panorama, .qualquer pers-peotiva, de um resultado normal e significa-tivo dó ponto-de-vista técnico, tinha comobase estes quatro nomes. Pois bem, todos elesfracassaram. Nenhum conseguiu obter astrês primeiras colocações ocupadas pela jácitada Long Lady, Trena (Zuido em Jabá,por Wilderer), criação de Fazendas MondesirS.A. e propriedade de Jelda Marushka PaivaPalhares, cuja melhor performance até en-tão era um quarto lugar na milha do Hen-rique Possollo, e Fairmile (Quiz em Sirbosa,por Penny Stahl), criação de Fazenda e Ha-ras Castelo S.A. e propriedade do StudB.B.C., sem qualquer retrospecto mais in-teressante. Caso apenas uma ou duas destaséguas houvessem fracassado, ainda poderia-mos tentar procurar uma explicação ou umaaceitável justificativa para o resultado Masaceitável justificativa para o resultado. Masnão foi o caso.

Por esta razão, nenhum observadorisento, teoricamente rigoroso e apaixonadopelo mundo do turfe encontrará motivospara alguma satisfação diante do clássico.Infelizmente.

¦ ¦ ¦

¦m -r A verdade, foi um espetáculo frus-i\ / trante- Ey pour cause, impossível ãe

I \ ser convenientemente conceituado.-~ Verdadeiramente, o correto é espe-rar a disputa ão grande clássico Marcianode Aguiar Moreira, em 2 mil 400 metros, onosso Prix Vermeille, para que se possaousar uma conceituação.

O importante, no momento, é reafir-marmos que a prova de sábado em nada ai-terou nossas impressões sobre o ranking dageração feminina e seus nomes mais impor-tantes. Afinal, um Oaks é um Oaks. E esta-7iios conversados.

Apesar disto tudo, porém, não podemosdeixar de registrar que a vencedora ão gran-de clássico Taça de Ouro parece ser umapotranca em evolução como já atestava suaexpressiva vitória sobre a clássica Duãinkaem prova especial na milha e em pista deareia. Sábado, ela aproveitou muito bem nãosó o fracasso das favoritas, dado que abriucompletamente o leque de possibilidades detriunfo e praticamente todas as outras con-correntes, como um perfil técnico poucocondizente a uma prova de seleção, perfileste que lhe permitiu, diante da meãiocri-dade ão train na primeira metade do per-curso, correr inclusive perto do bloco ãian-teiro e assumir a ponta já pela altura ãos400 metros. Mas este triunfo que pode colo-cá-la, talvez, como o sexto nome entre aspotrancas nacionais nascidas em 1975, pre-cisa de uma confirmação, assim como o ines-perado e indesejaáo fracasso das favoritas.WALDIR MEDIDA 18,6 10 10 AN

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26 - ESPORTE " :¦ JORNAUDOJRASIl Q Quarta-feira, 23/5/79 ? 1? Caderno

Desunião faz Suzete abandonar Seleção de BasqueteSão Paulo — Embora te

nha sido convocada ontem,a jogadora Suzete Pereira,do Bauru Tênis Clube, de21 anos, i,70m de altura etíá seis anos e melo servln-do à Seleção Brasileira deBasquete, resolveu não maisIntegrar a equipe, alegandomotivos particulares (estu-dos) e falta de união nogrupo atual,, dentro e foratia quadra. Ela vai contt-miar jogando apenas peloBauru, onde diz ter o am-blcnte que não encontrouna Seleção.

Suzete fez questão delembrar que com ela nãohá nenhum caso de lndlsci-plina. Vai parar porque estácansada e quer se dedicarmais aos estudos. Ela já fez95 jogos pela Seleção e temtítulos paulista, brasileiro esul-americano, mas achaque falta intercâmbio comas européias, espirito deequipe e união dentro e fo-ra da quadra.Perdemos para aFrança, no Mundial da Co-rela, por falta de experiên-cia, maturidade e equilíbriopsicológico. Nos JogosPan-Americanos, o Brasilterá feito o máximo setrouxer a medalha de bron-ze no basquete feminino.

A Seleção Brasileira Peml-nina de Basquete, convoca-da ontem pelo técnico An-tônio Carlos Barbosa, seapresentará no próximo dia1? de junho, em São Ber-nardo do Campo, onde ini- .ciará sua preparação parao Pan-Americano de PortoRico, em julho. Sete jogado-ras que não participaramtío Mundial, disputado re-centemente na Coréia doSul, foram chamadas: Fáti-ma, Ione, Narcisa, CristinaPunko, Mareia, Vanda eVirgínia.

A convocação foi feita nasede da Federação Paulistade Basquetebol e o técnicoAntônio Carlos Barbosa re-lacionou 16 altletas: Hortên-cia, Selma, Fátima, Telmae Suzete (laterais); Ione,Narcisa, Solange, Paula eSimone (armadonas), Cris-tiina Punko, Márcia, Vanda,Virginia, Tereza Caimilo eVânia (pivôs). A delegaçãoficará hospedada no ho-tel Bintier e o local dos trei-namentos ainda não estádesignado. A Seleção perma-necerá em São Bernardoaté dia 25 de junho, quandoembarca para Porto Rico.

O técnico Antônio CarlosBarbosa disse que convocouas melhores jogadoras eacredita numa boa colo-cação no Pan-Americano, oque fará a equipe se recupe-rar da fraca atuação doMundial, quando obteve anona colocação. A jogadoraPaula, do clube Divino Sal-vador, de Jundiai, que teveum desentendimento com otécnico durante o Campeo-nato Mundial e, ao regres-sar, o acusou de proteger asatletas do Bauru, foi man-tida na equipe.

Considerada uma das me-lhores jogadoras da Sele-ção, junto com Hortència eVânia, Paula, de 16 arios,será de grande importânciapara o time, segundo Bar-bosa, que cortará quatrojogadoras quando fizer arelação das 12 que irão aPorto Rico. Ele pretendemanter as 16 até as véspe-ras do embarque, para quepossa desenvolver um tra-balho mais eficiente duran-te os treinamentos.

Marquinhosvai ao PanApós uma longa conversa

ontem em São Paulo como presidente da Confede-ração, Alberto Curi, Mareeifoi dispensado dos treina-mentos que a Seleção Brasi-leira de Basquete fará emRibeirão Preto concordouem participar dos JogosPan-Americanos.

Mareei estava disposto anão aceitar sua convocação,a fim i„e não se prejudicarna Faculdade de Medicinade Jundiai, onde estuda emora. Alegando que não po-deria perder aulas paraatender ao esquema de pre-paração da Seleção, Mareeichegou a considerar sua in-clusão na equipe impossívele foi necessário a inter-venção direta do presidenteAlberto Curi, que conseguiucontornar a situação.

Trata-se de uma si-tuação delicada em que ojogador não pode ser preju-dicado. Felizmente conse-guimos contornar o proble-ma da melhor maneira pos-sivel. Como ele não podeperder aulas agora., nãoparticipará dos treinos emRibeirão Preto, mas irá aNogueira, em Petrópolis, pa-ra a segunda fase da prepa-ração. Sua apresentaçãoocorrerá lá, dia 3 de junho,mas ele poderá viajar paraSão Paulo, em caso de ne-cessidade. Sua participaçãonos "torneios internacionaistambém está assegurada.

Foli dl IhIm Mio.»

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Seleção de Novosdo Vôlei treinacontra europeus

Suzete não atenderá à convocação feita ontem pelo técnico Antônio Carlos é explicou a ele por que não irá ao Pan

ROTEIRO

TênisCarlos Eduardo Chabal-

goity, de 14 anos, campeãodo Torneio Orange Bowl,nos Estados Unidos, passoufacllimente à segunda roda-da da Copa Hering de Tê-niis, também chamada de ACáiminho de Wimbledon, aoderrotar o carioca Erick Pe-reira por 6/3 e 6/1, em par-tida disputada ontem» noCountry Clube. Os jogos fe-mininos da competição co-meçam hoje, a partir das13h.

Os demais resultados deontem, na primeira rodada,foram: Leonardo Alvarenga0/6, 6/4 e 6/3 Ricardo Víe-gas, Adilson Borges 6/0 e6/2 Arnaldo Santos, AlbertoAraújo Pereira 4/6, 6/1 e 6/

3 Clemente Tanajura, Cris-tian Bardot 6/2 e 6/0 SílvioBastos, Paulo Carneiro 6/2e 6/2 Ary Oruzeko, RicardoAciolly 6/3 e 6/0 LeonardoCavalcanti, Maiuríclo Almei-da 6/3 e 6/1 Celso Motta,Eduardo Flores 6/0, 6/0 Da-vi Nader.

A derrota de anteontem,nas competições de simples,não afastou o brasileiroCarlos Alberto Kirmayr deCampeonato Aberto de Tê-nis dè Roma. Joganido como chileno Beloux Prajoux,ele passou à segunda roda-dá. do torneio de duplas,vencendo Heinz Gunthardt(Suíça) e Van Winitski(EUA) por 6/1, 6/7 e 6/2.

EsgrimaO calendário d a Fede-

ração de Esgrima do Estadodo Rio de Janeiro prossegueno próximo fim de semanacom a realização do 2"? Tor-neio de 2a. Categoria, naEscola de Educação Física

do Exército, na Urca. No sá-bado, com inicio às 13h50m,serão disputadas as provasde florete masculino e espa-da; no domingo, a partirdas 8h30m, as de florete fe-minino e sabre.

Recorde mundialBremgarten, Suíça —'¦

Rolf Gehrig, um suíço de 35anos, é o novo recordistamundial de flexões no solo:em meia hora, numa apre-sentação nesta cidade, elefez 1 mil 608 flexões e ins-creveu seu nome no famosoGuiness Book of Rccords.

Para chegar a essa faça-nha, Gehrig treinou inten-samente durante um ano,período em que ergueu cercade 4 mil 500 toneladas depesos diversos como partede sua preparação. O recor.de anterior, 1 mil 538 fie-xões, pertencia ao inglêsPhil Howald.

\Levantamento de peso

Vânia, Bulgária — O búl-garo Yanko Roussev estabe-leceu ontem novo recordemundial no levantamentode peso para a categoria le-ve, com um total de 322,5quilos, durante o Campeo-' nato Europeu. A marca an-

terior, 317,5 quilos, perten-cia ao alemão oriental Joa-chin Kunz. Roussev já ha-via suplantado também orecorde mundial de arre-messo, com 181,5 quilos,meio quilo a mais que amarca em poder do soviéti-co Andreiev.

CiclismoA CBD confirmou ontem

a equipe brasileira de ciclis-mo, que embarca dia 25 dèjunho, para os Jogos Pan-Americanos de Porto Rico.Os 10 ciclistas selecionadossão: de estrada e individual

José Carlos de Lima, Gil-son Alvaristo, João Louren-ço e Miguel Duarte; Pista

Joel de Oliveira; Veloci-dade — Juel de Oliveira eEc'.uardo Bif.ulco; Perse-guição — Antônio Silvestre;Perseguição por equipe —Antônio Silvestre, Ivo Nu-nes, Ailton de Sousa e Nil-ton Bela Gusbina.

A equipe brasileira, que seencontra na Itália, disputaainda três provas na Euro-pa. A primeira, dias 8 e 9dj junho, pelo Grande Prê-mio Internacional de Milão;A segunda, também de pis-ta, nos dias 13 e 14 de Ju-nho, pelo Grande Prêmio deMaldonio, e a terceira, deestrada, no dia 10 de junho,valendo, o troféu Cidade d»Bolonha.

A delegação retorna nodia 15 de junho, ficando emc o ncentração permanentena cidade de São Paulo.

JB/ShellO Campeonato Carioca

Universitário de levanta-mento íe peso, que será di-vidido em dois turnos, temsua primeira etapa previstapara os dias 19 e 20 de ju-nho. Ne primeiro dia, asprovas serão das cinco cate-gorias mais leves; no segun-do, as outras cinco mais pe-sadas.

O diretor de levantamen-to de peso da FEURJ, pro-

fessor Reinaldo, solicitoudurante a última reuniãodo Conselho de Represen-tantes das faculdades filia-das à Federação, que os res-ponsáveis pelos departa-mentos de Educação Físicaalertem seus alunos quantoà íegularizacão de suas ins-crições na FEÚRJ (carteirae ficha nova), para que nodia da competição os atle-tas não sejam prejudicados.

JudôNenhum dos sete judocas

selecionados para represen-tar o Brasil no Pan-Ameri-cano disputará o Campeo-nato Brasileiro, sábado, emCuritiba, que reúne 42 par-ticipantes de vários Esta-dos. Osvaldo Simões (pesa-

doi, Carlos Alberto Pacheco(meio-pesado), Válter Car-mona imédio), Carlos Al-berto Cunha imeio-médio),Roberto Machusso ilevet,Luis Omura (pena) e LuisShinohara ipluma) conti-nuarão treinando à parte.

Stevie Noren vence ogolfe em Petrópolis

Stevie Noren ]oi o destaque doCampeonato Aberto de Golfe Femini-no, disputado ontem, em 18 buracos,par point, no campo do PetrópolisCountry Club, ao vencer a categoria0 a 24 de handicap com um cartão de30 pontos.

O melhor escore da segunda cate-goria — 25 a 30 de handicap — foi ode Silvia Pires, que ctímpriu o percur-so com 34 pontos, enquanto entre asgolfistas de handicap 31 a 40 a. me-lhor performance ficou com CarmenLeíghton, quie venceu o desempate pe-Ia segunda melhor volta com MarinaWalker — ambas haviam somado 28pontos.

Mais resultadosAs mais bem' colocadas de cada

categoria foram: 0 a 24 — 1.° StevieNoren (handicap 14), 30 pontos; 2°Pat MacGoivan (11) e Herm'nia Ste-uer (17), empatadas com 28; 4° He-loisa Porto (IS), 27 pontos. 25 a 30.—1° Silvia Pires (22), 34; 2° Ingrid Su-der (20) e Sônia Aragão (20), empa-tadas com 25 pontos; 4° Ula Beildeck

(19), 23 pontos. 31 a 40 — CarmenLeighton (27), 28; 2.° Marina Walker(23), 28; 3.° Teresa Cellos .(28), 19pontos.

Em Porto Alegre, o carioca RafaelGonzález, do Gávea, é uma das prin-cipais atrações do 2° Torneio Aber-to da Cidade de Pelotas, que terá ini-cio sexta-feira, no campo do ClubeCampèstre, com um total de 54 bura-cos, stroke-play.

Além de Rafael, são também des-taques os paulistas Eduardo Macedoé Ricardo Daves, do São FernandoGolf Club; os uruguaios Álvaro Ca-nessa Filho (que com apenas 18 anosé consiáerado um dos melhores joga-dores do seu país),'Álvaro Pajocivh eNicolas Paullier.

Do Rio Grande do Sul, estarápresente Ricardo Mechereff, vencedordo torneio do ano passado e profundoconhecedor do campo, onde joga des-de os oito anos de idade, o qitte o cre-dência covw um dos mais fortes tian-didatos ao título. São favoritos tam-bém Aldo Wolf, primeiro colocado noranking gaúcho, e Fernando ChavesBarcellos, segundo colocado.

Foto de Ronaldo Thecbaldmm>, '§

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Bons drives deram a Pat MacGoican 28 pontos e a vice-liderança

A. Seleção Brasileira Mas-cullna de Novos de Vôleiinicia amanhã sua partici-pação numa série de jogosamistosos que disputará naHolanda até o dia 30 destemês. Fazem parte tambémida competição as equipesda Holanda, União Soviéti-ca e Estados Unidos.

' Do dia 19 ao dia 4 de Ju-nho, os brasileiros estarãona Bélgica, disputando oTorneio Internacional co-memoratlvo dos mil anos defundação da cidade de Bru-xelas, juntamente comequipes da China, Theco-es-lováqula, Romênia, Holandae Bélgica. De 11 a 21 dejunho, a Seleção joga naItália.

SUBSTITUIÇÃO

Segundo o técnico JorgeBittencourt, o principal ob-jetivo desta excursão paraa recém-fbrmada Seleçãode Novos é a preparaçãodesses Jogadores para subs-•tituirem a atual SeleçãoAdulta, já que vários atle-tas brasileiros estão indojogar no exterior.

— Vamos enfrentar equi-pes muito fontes, como asda China e União Soviética,e tivemos. pouco mais deuma semana de treinamen-to.' Não há a preocupaçãode vencer e sim a de ama-dureoimento do time, que éa base da futura seleçãoadulta, o importante é o

intercâmbio, os .Jogos queserão diários, mantendo osJogadores em atividade.

Jorge Bittencourt explicaainda que os atletas estãoconscientes de que, prova-velmente, os resultados téc-nlcos não serão os deseja-dos.

Eles sabem que pode-mos perder vários jogos. Eestão psicologicamente pre-parados para isso, inclusiveporque o tempo de treina-mento não podia ser maiorpor causa dos estudos de to-dos eles. Esta é a primeiraviagem de uma seleção queacabou de ser criada.

Para o técnico, os chine-ses serão os mais difíceisadversário pelos demais pi-treinamento como pelo esti-Io:

Os times, chineses trei-nam multo e têm excelentefinta. O Brasil não estáacostumado a jogar nesteestilo e segue mais de pertoa escola européia de vôlei.

Ele pretende usar um no-vo esquema tático, experi-mentalmente, apesar d emanter a seleção no estilo4-2 (quatro cortadores edois levantadores).

Os dois levantadoresdo time são Bernardinho,que é o capitão da equipe,e Levenhagen. Além deles,vou usar outro jogador o João Siqueira — na ar-mação, mas somente paraconfundir o bloqueio adver-sário, pois ele é na verdadecortador.

Treinos para a corridade Stock-Cars começanina sexta-feira à tarde

Os treinos para a quartaetapa do Torneio BrasileiroChevrolet de Stokc-Cars,que será realizada domingono áutódromo de Jacarepa-guá começam sexta-feira àtarde. Os organizadores daprova resolveram liberar apista um dia antes dos trei-nos oficiais por ser a pri-meira vez que os Stock-Cars, categoria, nova, cor-rerão no autódromo do Rio.

Affonso Giaffone, que 11-dera o campeonato com 75pontos, chega ao Rioamanhã e embora não te-nha treinado desde a últi-ma prova da categoria,- rea-lizada em Interlagos, afir-ma que o seu 'carro

vemmuito bem preparado parater o mesmo bom rendi-mento das três provas ante-riores.

CHICO LANDI

Um dos pilotos que lutarácom Fiaffone pela ponta éPaulo Gomes, o Paulão, queficou em segundo em inter-lagos e agora contará coma assessoria técnica de Chi-co Landi, contratado párachefiar a equipe. ChicoLandi diz que o motor seráo mesmo usado em SãoPaulo, com ótimo rendi-mento, e a suspensão terásensíveis melhoras. ChicoLandi, bastante otimista,afirmou:

— O Paulão é um dos me-lhores pilotos do Brasil, ecom um carro perfeito co-mo o que estamos prepa-rando ele vai ganhar estacorrida.Outro piloto que partlcl-

pará da prova de domingoe Ingo Hoffman, que usaráum novo motor, preparadopro Ricardo Soares, quecom sua experiência naspistas européias pilotandocarros muito rápidos, como

os Fórmula 2 entre outeos,é considerado um grandeadversário pelos demais ni-lotos.

VW1600 r \

A terceira prova do Cam-peonato Brasileiro de Fór-mula Volksmagem 1600 serádomingo, no autódromo deTarumã, em Viamão, a 30quilômetros de Porto Ale-gre. O líder do Campeonatoé Maurício Chulam, da[Equipe Brahma, com 37pontos, seguido de AlfredoGuaraná, da Gledson/ Co-ca-Cola, com 29, e Vital Ma-chado, Da Robert Lewls,com 24. As duas provas an-teriores foram vencidas porVital Machado e MauricioChulam.

FÕRMULA-1

Estocolmo — Com 0 can-celamento do Grande Prê-mio da Suécia, que seriarealizado dia 16 de junho,o Grande Prêmio de Mona-co, domingo próximo, seráa última prova da primeiraetapa do Campeonato Mun-dial de Pilotos. O Campeo-nato é dividido em duasetapas, cada uma com oitoprovas, más com o cancela-mento do GP da Suécia aprimeira etapa ficou reduzi-da a sete.

Além das dificuldadescom o pagamento do depó-sito prévio, exigido pela as-sociação de construtores,outro motivo para o cance-lamento do GP da Suéciafoi o não cumprimeito doprazo dado pela Corporaçãode Rádio da Suécia para aconfirmação do GP. A Rá-dio sueca alegou não termais tempo para prepararos equipamentos técnicospara a transmissão.

CLASSIFICAÇÃO DA FÓRMULA VW-1600Piloto

1. Maurício Chulam

2. Alfredo Guaraná

3. Vital Machado

4. J. P. Chateaubriand

5. tuis Moyra Brito6. Cláudio Barbosa

7. Amadeo CampoaMarcos Troncon

Elvio Divani

10. José Bruno

11. Adu Celso

12. Ricardo Mogame»

Luigi Giobbi

1. Brahma

2. Gtedson/Coca-CoU

3. Roberi Lewis

4. Ricar/Castrol

Equipt

BrahmaGlcdson/Coca-ColaRobert Lewis

Brahma

Ricar/Caslrol

Staroup

Avulso

Gledson/Coca-ColaRicar/Castrol

Bvblus/Colorgin

Avulso

Elite/Avante

Avulso

Por equipes

Ponto:

372924201810

37

29

24

II

JORNAL DO BRASIL Q Quarta-feira, 23/S/79 D 1' Caderno ESPORTE - 27

Foto do lult Cirloi Dovld

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Renê esta tarde

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contra Portuguesa

Mendonça espera repetir hoje, contra a Portuguesa, a atuação que teve nos 6 ai de domingo

Polícia pede àstorcidas calmano Maracanã

Fluminense enfrenta oOlaria pensando aindano jogo com Portuguesa

O comandante do policia-mento ostensivo da Suderj,Tenente Jorge Siqueirade Melo, do 69 Batalhão daPolícia Militar, se reúne ho-je, a partir das 18h,com os chefes das torcidas'do Fluminense paira saberque .tipo de manifestaçãopretendem fazer durante ojogo com o Olaria e pedirque evitem brigas.

Essa é a forma encontra-da pelo policial para evitarIncidentes entre as torcidasqúe possam repetir o conf li-tó havido no jogo Brasil xParaguai, em que garrafa-das atingiram diversas pes-soas e causaram lesão noolho do estudante MarcosVianna.

QUEM TUMULTUA

. Segundo o Tenente Si-queira, o s freqüentadoresda geral, pessoas de baixarenda que assistem ao jogoem pé, são os que menostrabalho dão aos policiais.O s torcedores ocupantesdas cadeiras numeradastambém não criam muitotumulto. A maior movimen-tação fica por conta dosque vão para a airquibanca-da — cuja capacidade é deaproximadamente 90 milpess as — onde surgem ostumultos.CHEFES SEM CONTROLE

Os chefes idas torcidas or-ganizadas reconhecem nãoter controle sobre seus co-mandados e afirmam quebriga é fato inevitável emjogo no Maracanã. Um de-les, Vadinho, chefe da torci-da do América, sugere aproibição absoluta da vendade bebidas alcóolicas, masos outros discordam: "o queise preoisa fazer é acabarcom as garrafas", dizem.

Tolito ( H e r 1 i Fonseca),jornaleiro da banca emfrente ao Clube de Enge-nharia, na Avenida RioBranco, e chefe da torcidaFogolito, acha melhor o usode embalagens plásticas se-melhantes às ide iogurte eágua mineral, sem o copode papel: • . '

O copo piora as coisas,pois o líquido acaba caindono chão, logo no primeiroesbarrão. E, num jogo demuito público, ninguémconsegue tomar sua cervejasem esbarrar nos outros.

Preocupado com a violên-cia do conflito ocorrido noMaracanã, durante o jogoBrasil x Paraguai, Tolitovai reunir os integrantes deseu grupo sexta-feira, noMourisco, para solicitar cal-ma e bom comportamento.

Para Vadinho — tambémjornaleiro com banca naAvenida Rio Branco, emfrente ao número 151-B —a única solução seria proi-bir de vez a venda de bebi-das alcoólicas nos estádios.

A bebida alcoólica éque gera a briga. Só deveriahaver refresco e refrigeran-te nos estádios de futebol.

Como a Suderj proíbe ostorcedores de protestarematravés de faixas e os doFluminense já tiveram vá-rias delas apreendidas an-tes mesmo de o jogo come-çar. o torcedor EduardoGarcia entra hoje com ummandado de segurança pa-ra exibir no Maracanã uma,com os dizeres "QueremosHorta de volta".

Para Eduardo, sócio doclube e ameaçado de cas-sação pelo presidente Silviode Vasconcelos, o protestocom as faixas "é sadio,constitucional e ninguémtem o direito de impedir es-te tipo de ação."

O Fluminense tenta sereabilitar esta noite, diantedo Olaria, no Maracanã, daderrota que sofreu para aPortuguesa, no domingopassado. O time joga semMoisés e Zé Maria, mas vol-tam Nunes e Edinho. O téc-nico Zé Duarte, otimista,acha que sua equipe nãoperde duas vezes seguidaspara adversários de poucaexpressão.

Pessimistas em relação aojogo são os dirigeni.es deFluminense e Olaria, poissabem que terão de dividiros prejuízos. A renda, se-gundo estimativas, mal da-rá para cobrir as despesasde abertura do Maracanã.Paulo Ribeiro, vice-presi-dente de futebol tricolor,vetou a troca de estádio su-gerida anteontem pelo Ola-ria.

RELATÓRIO

Embora otimista, ZéDuarte teve uma longa reu-nião com Paulo Ribeiro, on-tem pela manhã, na Escolade Educação Física do Exér-cito. O técnico fez um rela-tório sobre os jogadores àsua disposição e pediu nomínimo três reforços de ex-pressão:

— Não quero citar nomesnem posições para não des-mora'izar nem desmotivaros atuais jogadores, mas pe-di contratações de peso. Enão há opções de buscar omais barato entre os joga-dores que pretendo. São to-dos do mesmo nível, custamcaro e são do futebol paulis-ta, mineiro, pernambucanoe gaúcho.

Um zagueiro, dois lateraise um meia-armador são aspretensões do técnico, queconhece o interesse do Flu-minense por Getúlio, MarcoAntônio, Zenon, Ailton Lira

e Iúra, este do Grêmio dePorto Alegre e apoia total-

mente as pretenções do clu-be. Qualquer um destes quefor contratado será titularimediatamente, pois ZéDuarte, embora tente ocul-tar, já conhece bem a limi-tações de sua equipe.

Ele está convicto de umavitória hoje porque a pre-sença de Nunes dará maiormovimentação e força aoataque. Zé Duarte tem cer-teza de que a defesa ficarámais segura com a volta deEdinho. O técnico dirigiutreinamento em regime detempo integral: tático pelamanhã e coletivo à tarde,sendo que neste os titularesvenceram por 2 a 1, golsde Fumanchu e Nunes.

Zé Duarte pretende lan-çar Oléber no segundo tem-po, para que o meia-arma-dor readquira ritmo de jo-go, pois está ausente do ti-me há muito tempo. Aatuação do jogador. Aatuação do jogador no cole-tivo agradou, e o treinadorsó fez uma restrição: Cléberprende demais a bola. Obanco de reservas é: PauloGoulart, Miranda, Dá rio,Cléber e Chiquinho. Após otreino, começou a concen-tração.

A denúncia ie que Zezé,Mário, Isidoro e Tadeu ti-nham jogado uma peladasexta-feira à noite no MeloTênis Clube, em Olaria, foiapurada ontem pelo super-visor Hélio Vigio. Ele con-cluiu, após ouvir os depoi-mentos dos jogadores, que1 todos falaram a verdade —negaram o fato — e nãohaverá nenhuma puniçãoparra os quatro.

Renê nqo melhorou dohematoma na vista esquer-da e foi ontem vetado peloDr Mendell paia o jogo des-ta tarde contra a Portugue-sa, sendo substituído porRonaldo, na única altera-ção feita por Joel Martinsna equipe que venceu oAmérica.

Ontem, no treino táticoem Marechal Hermes, Joelprocurou corrigir os errosque disse ter o time come-tido no jogo . de domingo,principalmente quanto aoposicionamento de RenatoSá e na descida dos dois la-terais. Depois do treino osjogadores foram para aconcentração d e Jacaré-paguá.

ZIZA NA DIREITA

Embora Ziza ainda nãotenha participado do treinocoletivo com seus compa-nheiros, já está decididoque ele entrará no timecomo pónta-dlreita, posiçãoquè foi sua no início da car-reira, quando ainda atuavano Guarani de Campinas.

O próprio Ziza está deacordo e já conversou a res-peito com Joel Martins,Luis Mariano e o própriopresidente Charrles Borer,que queria saber se ele s«adaptava à posição.

Ontem Ziza fez apenastreinamento físico e somen-te amanhã é que terá licen-ça dos médicos para treinarcom bola. Sua estréia estáem principio prevista parao jogo de domingo, 'contrao Olaria, desde que no cole-tivo de sexta-feira e 1 edemonstre que está total-

RODADA

0'RIO DE JANEIRO

turno)

Olaria x FluminenseVatco x AmericanoBotafogo x PortuguesaAmérica x MadureiraVolta Redonda x BanguGoitacás x Bonsucesso

ocMINAS GERAIS

turno)

Cruzeiro x AraguariAtlético x GuaxupéDemocrata x América ..Caldense x Vila NovaAteneu x GuaraniAraxá x ValeriodoceUberlândia x Nacional de Uberaba

RIO GRANDE DO SUL(2o turno)

Juventude X Internacional

Pelotas x Farroupilha'São Paulo x 14 de JulhoRiograndense x São BorjaCachoeira x CaxiasEsportivo x GaúchoBagé x Inter-SAANovo Hamburgo x Avenida

Grêmio 2 x 1 Estrela

PERNAMBUCO(Io turno, 2a. fase)

Santa Cruz x CaruaruNáutico x Ferroviário

PARANÁ(2o turno)

Colorado x OperárioAtlético x 9 de julhoUnião Bandeirante x UmuaramaPalmeiras x MatsubaraRio Branco x MaringáToledo x LondrinaAgroceres x IguaçuGuarapuava x ApucaranaCentenário x Coritiba

SANTA CATARINA(2° turno)

Figueirense x JoinvillePalmeiras x AvaíRio do Sul x JuventusJoaçaba x CaçadorensePaissandu x Carlos RenauxChapecocnse x InternacionalCriciúma x MarcíÜo Dias

ESPÍRITO SANTO(Io turno)

I

Vitória x América

Colatina x Desportiva

Veneciano x Santos

Industrial x Rio Branco

PARA13° turno)

Tuna Luso x Liberato de Castro

Remo x Tiradentes

MATO GROSSO(Io turno)

Operário x Barra do Garçaj

PIAUÍ12° turno)

Auto-Esporte x Flamengo

Piauí x Comercial

mente recuperado da dls-tensão.CORREÇÕES

Marcelo, a nova atraçãoda equipe, mais desembara-çaiio e confiante, foi a figu-ra central do treinamentode ontem, quando Joel cor-rlgiu a posição de RenatoSá, uma das boas figurasda nova equipe e que hojeterá funções mais ofensivas.Perivaldo e Vanderlei tam-bém foram observados nasdescidas em apoio ao ata-que, a fim de que avanças-sem juntos. Joel quer queo. jogo seja desenvolvidoigualmente pelas duas late-rais, o que nem sempreacontece, já que Perivaldotem sido muito mais aclo-nado que seu companheirodo lado esquerdo.

Para Joel Martins, o timecresceu bastante, jogoumuito bem contra o Amérl-ca, mas ainda não atingiuo nível que ele deseja. On-tem, Inclusive, o técnicoalertou os jogadores paraum excesso de otimismo, dl-zendo claramente "que oBotafogo ainda não é o ti-me que andam dizendo". Otécnico acha o jogo, de hojedifícil, notaidamente pelobom resultado que a Portu-guesa alcançou contra oFluminense.

Local: Marechal Hermes, Horário: 15h15m. Juii: Valquif Pimentel. Auxilia-res: Luis Antônio Barbosa e Hélio Ta-vares de Miranda. Equipes: Botafogo— Ubirajara, Perivaldo, Ronaldo, Nil-son Andrade e Vanderlei, Russo, Mar-ceio e Mendonça, Cremilson, Luisinhoe Renato Sa. Portuguosa - Mauro, Sér-gio Roberto, Mareio, Edson e Dori, ZéAntônio, Marquinhos e Rui, Carlos An-tônio, Zair (Sued) e J-níro.

Vasco exige hoje óexame antUdoping parupor liderança em risco

Local: Maracanã. Horário: 21hl5m.Juiz: Giese do Couto. Auxiliar rs: El-son Pessoa e Durvalino Peres. Flu-minense; Wendcll, Edevaldo, Tadeu,Edinho e Isidoro, Carlos Roberto, Pin-tinho

'e Mário, Fumanchu, Nunes e

Zezé. Olaria: Mug, Baiano, Luis Carlos.Mauro e Gilmar, Lutércio, Lulinha eRocha, Paulo Ramos, Aurê e Zeica.

Por estar ém jogo a lide-rança do Campeonato Esta-dual, que ocupa ao lado doBotafogo, o Vasco pediu àFederação que realize exa-me anti-doping na sua par-tida de hoje à noite, no es-tádio de São Januário, con-tra o Americano. No timeque foi escalado, porém,não há novidade: Fronerdecidiu manter Dudu nomeio de campo, lançandoWilsinho apenas no segun-do tempo, em lugar de Jà-der.

O pedido de exame anti-doping, segundo o vice-pre-sidente de futebol, ManoelLeal de Sousa, visa a pre-servar de riscos os clubesque, como o Vasco fazemgrandes investimentos, poisentende que a utilização dedoping acaba permitindoaos clube, considerados pe-quenos se igualarem, senãoultrapassarem, os grandes.

UMA REALIDADE

Manoel Leal de Sousa,que responde pela presiden-cia, garante ter infor-mações de que o Vasco foiprejudicado em partidascontra adversário que re-correram ao doping, antes_e ele assumir a vice-presi-dência. Não revela quandoisso teria ocorrido mas en-fatiza que a preocupação doVasco é moralizar o Cam-peonato.

Para o técnico Froner, odoping é uma realidade nofutebol brasileiro, que serábeneficiado se heuver con-trole mais rígido:

— Se o exame anti-do-

ping fosse realizado em to-das as partidas, estaríamosdando um grande pas&o pa-ra a reconquista da Copado Mundo. Com ele só tere-mos a ganhar, pois serãoescalados os jogadores queestiverem em condições,pro pioiando o aprimora-mento físico e técnico dasequipes.

Sobre o jogo de hoje, Fro-ner afirmava ter apenasdúvida em relação ao bancode reservas. Estão relacio-nados, além de Wilsinho. jágarantido, o goleiro Jair,Paulinho II, Gaúcho, Osnire Toninho Vanuza. Um de-les será cortado.

O atacante Ramon nãoaceitou a proposta do Vitó-ria da Bahia para assinarcontrato e retornou ao Rio,autorizado pela diretoria doVasco. Ontem mesmo s ereapresentou em São Ja-nuário e explicou que o clu-be baiano não concordoucom as bases acertadas ain-da no Rio: Cr$ 400 mil deluvas e Cr$ 100 mil de aju-da de custo para mudanças,pagos na assinatura.

O Vasco acertou ontemquatro amistosos: dia 30 emTaubaté, por Cr$ 200 mil;19 e 21 de junho em Cuiabáe 4 de junho Natal, todospor CrS 300 mil.

Local: São Januário. Horário: 21 horas.Juix: José Roberto Wright. Auxiliares:José Maria Brandão e José Carlos Mou-ra. Vasco: Leão, Orlando, Abel, Ge-raldo e Marco Antônio, Helinho, Gui-na e Dudu. Jáder, Roberto e Paulinho.Americano: Paulo Sérgio, Marinho,Paulo Marcos, Adilson e Valdir, Índio,Sérgio Fernades e Heraldo, Alcides,Té e Lima.

RIO GRANDE DO NORTE Uo lurno)PARAÍBA

IIo turno)ferroviário x AtléticoAlecrim x Potiguar

Nacional x BotafogoTreze x Campinense

GOIÁS(Io turno)

Atlético x Goiânia

AMISTOSOS

Salvador

Bahia x Seleção Brasileira de Ama-dores

Anápolis

Anapolina x Brasília

São José dos Campos

São José õ Nordeste

CAMPEONATO EUROPEU

Grupo 4Suíça 2x0 Islândia

Classificação: Holanda, 8 Polo-nia 6, Alemanha Democrática 6,Suíça 2, Islândia 0.

IRLANDA

AmistosoAlemanha Ocidental 3 x 1 Irlanda

Danilo quer do Américareforços imediatos nazaga e no meio-de-campo

O técnico Danilo Alvimpediu à diretoria do Améri-ca a contratação imediatados jogadores Nelson Bor-ges, meio-campo do Santos,ou Ademir Lobo, do Botaío-go, mais um zagueiro deárea, além de uma defi-nição quanto à assinaturade contrato do ponta-direi-ta Rubinho, contratado aoAtlético Goianiense, e Co-rinto, emprestado pela Des-portiva Ferroviária.

Ele acha que com estesreforços a equipe poderácrescer de produção, alémde contar com um bancode reservas à altura dos ti-tülares. Para a partida dehoje à noite com o Madu-reira, Danilo escalou Süvi-nho no meio-campo e Césarno comando do ataque poisRenato, que será punidopor atitude inconveniente,está fora do jogo.

O representante do Amé-rica em São Paulo, WalterSoltanovitch, está autoriza-do a incluir o goleiro Paisnas negociações com o San-tos. Se os dois clubes nãochegarem a um acordo, oAmérica procurará, então,iniciar contatos com o Bo-tafogo para a cessão deAdemir Lobo até o fim doano.

Para o jogo de logo mais,Danilo espera que o Améri-ca volte a jogar como napartida contra o Bonsuces-so: a defesa encoste nomeio-campo, e este setor dêmais velocidade ao ataque.

Local: Ca.o Martins. Horário: 21 ho-ras. Juiz: José Aido Pereira, Auxilia.res: Paulo Roberto Chaves e GilbertoFernandes. Equipes: América — Èrna-ni, Valença, Alex, Eraldo e Ãlvarc,João Lus, Merica e Silvinhc, Serginho,César e Roberto Lopes. Madureira —G íson, Paulinho, Celsc, 5 dne' e Jorgeluis, Luis Carlos. Mauro e Edson, Man-frinr, Antônio Carlos e César.

Campo Neutro 4 |José Inácio IVerneck

J£r\''!S clubes 'pernambucanos fizeramf 1 uma ameaça. Veio de lá um tele-\__X grama feroz: não participarão doCampeonato Brasileiro se a CBD

insistir em realizar eliminatórias regionais.A ameaça foi prontarnente endossada pelopresidente da Federação local, o notório se-nhor Rubem Moreira.

O ambiente é de guerra e assim é natu-ral o tom de ultimato. Mas há ultimatos quepodem sair pela culatra. Se os clubes per-nambucanos mandaram um ultimato dizen-do que não participarão do Campeonato Na-cional, é porque estão firmemente conven-zidos de que o Campeonato Nacional não podeviver sem eles.

Mas ^estou firmemente convencido docontrário. O Campeonato Nacional pode vi-ver sem os clubes pernambucanos e pode atéprosperar. Melhor dizendo, prosperará nacerta. Assim, sugiro humildemente à CBD(ou CBF) que prossiga com suas eliminató-rias e ignore o ultimato.

¦;¦;¦

Cl

ONTINUEMOS no assunto. Por que aCBD (ou CBF) quer as eliminatórias?

| Seria apenas por implicância ou de-liberada vontade de menosprezar os

brios dos times nordestinos? Não. A CBFquer as eliminatórias regionais como únicomeio de implantar afinal um calendário.Trata-se de uma medida de emergência, aúnica capaz de fazer o Campeonato desteano terminar no dia 15 de dezembro e assimpermitir as férias dos jogadores.

Como o ultimato vem da terra do se-nhor Rubem Moreira, tenho até a suspeitade que se trata de um jogo de cartas mar-cadas. O senhor Moreira é aliado do senhorHeleno Nunes e sabe-se que este aceita tantoa criação da CBF quanto a implantação docalendário a contragosto. Se pudesse, con-tinuaria a presidir a CBD e através dela acomandar Campeonatos Brasileiros com 100times e jogos entrando pelas temporadas se-guintes.

O que temos no momento no futebolbrasileiro é o caos: o Campeonato Paulistado ano passado não terminou enquanto noRio disputa-se já o segundo titulo da mesmatemporada, e assim por diante. Se Deus qui-ser, teremos a CBF, o calendário e, já em1980, a criação de divisões.

Tudo isto é bem maior do que as amea-ças dos clubes pernambucanos. Se não qui-serem participar do Campeonato, não par-ticipem.

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ir ~r Á três cidadãos mineiros procla-B'~-S mando pelos jornais que Belo Ho-

JL JL rizonte tem infra-estrutura parasediar os Jogos Olímpicos de 1988.

Devemos perdoá-los, pois não sabem o quedizem, e seria até o caso de nos cotizarmospara enviá-los já a Moscou, onde poderiamse informar do que uma cidade necessitapara realizar as Olimpíadas.

Mais espantosa é a afirmação de que"o único problema é a falta de dinheiro". Seeste é o único problema, estamos salvos: asOlimpíadas não se realizarão em Belo Ho-rizonte e o nobre Estado de Minas Geraisdeixará de cair no ridículo internacional.Meu único problema para o projeto que hálongo tempo acalento de comprar uma man-são na Avenue Foch, em Paris, é tambéma falta de dinheiro.

Em 1975, para livrar-se dos Jogos Pan-Americanos, ao compreender que não podiarealizá-los, São Paulo inventou uma epide-mia de meningite. Em 1988, se os mineirospersistirem em seu projeto, o Governo teráque providenciar enchentes.

¦ ¦

AFINAL

a Suderj animou-se a passarpor cima de contratos e proibir de

. qualquer forma a venda de bebidasem garrafas e latas no. Maracanã.

Como sempre, esperóu-se surgir uma vítimae ela ao cabo materializou-se na pessoa deum jovem universitário ameaçado de ceguei-ra por um caco de vidro.

Resta agora esperar que a medida seestenda aos outros campos, onde bandeiri-nhas e jogadores são vítimas constantes deprojéteis atirados das arquibancadas. Talvezo senhor Otávio Pinto Guimarães se inspireno exemplo do senhor Sérgio Rodrigues esaia afinal de sua inércia. Há pouco tempo,quando um bandeirinha reclamou por seratingido no campo do Botafogo, ele puniuo bandeirinha.

¦ ¦ ¦DE PRIMEIRA: Quatro juizes iugos-

1 lavos foram forçados a abandonar a carreiradepois do resultado de exames médicos a quese submeteram por ordens de sua Federação.Um tinha problemas cardíacos, outro sofriade asma e dois eram portadores de daltonis-mo em tal grau que não distinguiam o car-tão vermelho do amarelo.

Coutinho vê Brasil superior à Argentina e HolandaBirn«/rolo UM

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wMWÊ - ,..- B HHa&^S^' BHfc.' li l—li! BmHl fü K sfl RgtilPassarela recebe de João Havelange o bloco de cristal suíço que a Argentina conquistou no jogo do 75." aniversário da FIFA

A festa da FIFAr% ERNA — O jogo começou melhor paraS~J a Argentina, mais ofensiva e querendo

j\ áeciáir áe cara. Os holanãeses marca-vam homem a homem e seu fabuloso

Krol é um ãos melhores zagueiros do munáo,sem dúvida. Além ãe zagueiro, Krol é o gran-áe armaáor ãas jogaãas principais da Ho-lanãa.

Estava muito falaão e sem ãúviãa é umcraque o jovem Maradona. De fato foi dasmelhores presenças no jogo, mas é execessi-vãmente individualista. Passarela yara mimcontinua senão o granâe homem da Argenti-na. Comanda a defesa e tem grande impor-tancia para o time.

Foi um jogo arãuamente disputado, aponto ãe que vários jogadores saíram mortosde cansaço. O pequeno e eficiente Tahamatapediu para sair num mau momento, quandoa Holanda pressionava. Deveria ter ficado,mesmo cansado, porque a equipe da Ar gen-tina estava toda preocupada com sua defesa.

Foi um jogo muito rápido e limpo. Umaou outra jogada poderia ser considerada maisviolenta, mas a partida foi bem leal. Os ar-gentinos faziam defesa por zona e penso queos holanãeses, ao moâificar sua tática áe pas-ses compriáos com áeslocamentos dos pontaspara dentro, fizeram um erro, pois optaram

por bolas altas. Mas ãesta vez não tinhamNannin<ga para .cabecear lá em cima, e istoprejuâicou a vantagem que estavam obtenão.

Depois a partiáa foi áeciãiãa por penal-tis, que não existiram. Os áois pênaltis queaconteceram, um sobre Bertoni e outro sobreMaraáona, não foram vistos por Ramon Bar-reto, que foi muito áiplomata em sua arbi-tragem. Este critério mais uma vez eviâenciaque não deve ser adotaão. Que mal seria seo jogo terminasse enipataáo? Nenhum, é cia-ro. O título ãa Argentina não estavu em jogoãe nenhuma maneira. Tratava-se apenas ãeum jogo ãe áia áe festa e qualquer partidapoâe terminar empataâa. Se algum titulo es-tivesse em jogo, se fosse uma partiáa áe cam-peonato áecisiva, então teria áe ter uma so-lução. E a única solução esportiva é a áe tan-tas prorrogações até que uma ãas equipesconsiga um gol. Seria o mesmo que ãois lu-taâores ãe boxe, depois de quinze rounds de,',vida ou morte, ao terminarem empataâos,fossem pôr uma moeda jogada alto áeciáira luta. Isto é insensato.

A torciáa ãa Suíça, que no começo nãose manifestava, se transformou ãe maioriasilenciosa em maioria atuante e torceu pelaHolanâa. A veráaáe é que a Europa não-acei-ta muito os sul-americanos na crista ãa on-

ãa. Poãerão ficar algum tempo inãecisos,mas na hora decisiva tomam posição.

O empate teria sido bem merecido: a Ar-gentina foi prejudicada nos pênaltis e a Ho-lanãa peráeu gols incríveis. E insisto que nãohá mal algum num jogo bem áisputaáo, bemcorriáo, terminar empataáo.

Vinte e oito mil espectaâores estavam noesiáãio que tem capacidade para 42 mil. Arenda na Europa nunca foi conheciàa e achoque fazem muito bem. Para que os outros têmáe. saber qual foi o lucro? Mas estava tuáobem venáiáo: televisão, cinema, e as ráâiospagaram boa quantia. Apesar ãa morãomiasolta na festa, é certo que a FIFA não per-âeu áinheiro.

Local: Wankdorf Stadium (Berna). Juii: Ramon Barreto (Uru-guai). Público: 28 mil. Argentina: Fillol, Olguín, Villaverde, Passa-rella e Tarantini. Gallego, Ardiles e Maradona. Bertoni (Housoman),Luque (Barbas) e Orliz (Oviedo). Holanda: Dossburg, Steves, Poor-luliet, Krol e Hovenkamp Jan W. Peters, Noeskens e Kist (Jan H. Pe-ters). Jansen (Melgod), Rep e Tahamata (René Van der Kerkoff).Tempo regulamentar: 0 a 0. Decisão por pênaltis: Argentina 8 a 7.Gols: Para. a Argentina, Oviedo, Passarella, Houseman, Barbas,Maradona, Gallego, Villaverde e Tarantini (Olguin e Ardiles des-

perdiçaram). Para a Holanda, Melgod, Rep, Hovenkamp, Neeskens,Stevens, Krol e Poortuliet (René, H. Peters e W. Pelers desperdi-

çaram.

João Saldanha

Zico quei 400 mil mensais para renovarO presidente em exercício

do Flamengo, George Helal, ai-mpçou ontem com Zico, mas na-da ficou acertado em relação àrenovação do contrato do joga-dor, que não admite discutir *oassunto sem a presença do seuprocurador, João Batista. O ca-so vem sendo tratado em abso-luto sigilo, mas Zico pretendeassinar por apenas um ano, re-cebendo cerca de CrS 400 milmensais, entre luvas e ordena-dos.

Essas cifras fogem inteira-jriente à previsão orçamentáriado Flamengo, cujos dirigentesnão admitem pagar mais de Cr$300 mil mensais, entre luvas eordenados. Apesar da diferença,Hclal está otimista' e garanteque Zico não deixará de enfren-tar o Botafogo por falta de con-trato.

As dificuldades

No último contrato, feito hádois anos, Zico recebeu Cr$ 1,5milhão de luvas: Cr$ 600 mil noprimeiro ano, com ordenados deCrS 90 mil, e CrS 900 mil no se-gundo, com salários de CrS 110mil.

De acordo com os planos d"João Batista, o contrato seráagora de apenas um ano, e em-bora as cifras não sejam oficial-

mente reveladas o jogador pedi-rá Cr$ 2,5 milhões, enquanto oclube não parece disposto a pas-sar dos CrS 2 milhões. A dife-rença em termos de ordenadostambém é um problema para osdirigentes do Flamengo: o clubeoferece CrS 160 mil e o jogadorquer CrS 200 mil.

O otimismo dos dirigentesem chegar a um acordo com Zi-co é porque o jogador quer con-tinuar no Flamengo e," alémdisso, explicam que o que têm aoferecer não é nada desprezível,

Embora o Flamengo nãodisponha de dinheiro em caixapara pagar altas importâncias deluvas, seus dirigentes já sabemcomo arrecadar para a renova-ção do contrato de Zico. O vi-ce-presidente de futebol, Edu-ardo Motta, explicou:

— O futebol é atualmenteum departamento independentedentro do clube. O que arreca-damos nos jogos é exclusiva-mente para nossos gastos. Arenda do jogo Flamengo e Bo-taíogo será suficiente para pa-garmos as luvas de Zico, cujarenovação será feita nos próxi-mos dias.

Só após a renovação do con-trato de Zico é que os dirigen-tes do Flamengo partirão paracumprir a prometida "grandecontratação''.

Fia repete time desfalcadoO dia de ontem não foi na-

da bom para o Flamengo. Omédico Célio Cotecchia vetou asescalações de Carpeggiani e.To-ninho para o jogo de amanhã,contra o São Cristóvão, além deverificar a impossibilidade deJúlio César voltar ao time antesda partida com o Botafogo, fi-cando portanto afastado duamistoso que a Seleção Brasilei-ra disputará contra o Uruguaimo dia 31.

O preparador físico JoséFrancalacci explicou que JúlioCésar está com uma atrofia deum centímetro na coxa direita,correspondendo a uma diferen-ça de 17 quilos (em termos deforça) de uma perna para ou-tra: enquanto a esquerda supor-ta um esforço de 20 quilos numdeterminado aparelho, a es-querda não agüenta mais detrês.

Os problemasA lesão sofrida por Júlio

César ocorreu na partida con-tra o Vasco, no segundo turnodo 1.° Campeonato do Estadodo Rio de Janeiro, num lance

com o lateral Orlando. Naque-Ia ocasião, muitos chegaram aacusar o atacante do Fiamencode deixar o campo pela difieul-dade que encontrava em pasmarpelo adversário.

O lance em si não foi vio-lento e o Jogador deixou o cam-po caminhando sem muita dif:-culdade. No dia seguinte, ficourealmente constatada a gravi-dade do problema e que o joga-dõr sofrerá uma distensão e nãouma simples pancada. Júlio Ce-sar tem uma ligeira atrolia nadireita, e, com a distensão, a di-ferença aumentou. Agora seránecessário um intenso trabalhode musculação -para recupera-Io.

— Tentamos ' recuperá-lopara o amistoso da Seleção Bra-sileira, mas sentimos que seriaprematuro escalá-lo. Só o libe-raremos quando estiver cem porcento — disse Coutinho.

Quanto a Carpeggiani e To-ninho, que já não atuaram con-tra o Serrano, o médico CélioCotecchia explicou que estesdois jogadores só deverão rea-parecer contra o Campo Gran-

de, no domingo, o lateral sofreu'/ma contratura muscular nacoxa direita e o outro foi atin-gido no joelho direito, no amis-toso da Seleçáo Brasileira.

O veto a Júlio César colo-ca-o sem qualquer possibilidadede atuar pela Seleção Brasilei-ra, cuja ponta esquerda serádesta vez ocupada por Joãozi-nho, do Cruzeiro, que so não foiconvocaüo para o amistoso con-tra o Paraguai em razão de es-tar contundido.

Os jogadores do Flamengoterão uma reunião esta tardecom o supervisor Domingo Bo.s-co, ocasião em que será discuti-da a tabela de prêmios a serutilizada neste primeiro turno.Nestes dois primeiros jogos,- ca-da jogador recebeu Cr$ 5 mil degratificação, embora na partidacontra o Serrano possa ser au-mentada em CrS 1 mil.

Os dirigentes do Flamengoacertaram um amistoso contraa Desportiva Ferroviária, parao dia 20 de Junho, ocasião emque pagarão os CrS 1 milhão600 mil referentes ao comple-mento do passe do ponta-direl-ta Carlos Henrique.

Terminado o amistoso cmBerna, ao qual assistiu emcasa pela televisão, o técnl-co Cláudio Coutinho disseque achou a Seleção da Ho-landa um pouco melhor, efez um 'paralelo entre asduas equipes que se enfren-taram ontem e a SeleçftoBrasileira: a da Holandaainda possui um esquematático supereficiente, masperdeu seus principais joga-dores; a da Argentina tembons valores- individuais,mas se ressente de um me-lhor entendimento coletivo;a do Brasil adota atualmen-te um esquema mais ofensl-vo, com melhores atacantes,e por isso teria condiçõesde vencer as outras duas.

Mesmo vendo a Holandamais presente no ataque ecriando maior número deoportunidades de gol, Couti-nho considerou o jogo equi-librado. Gostou muito doprimeiro tempo e achouque, no segundo, o excessode substituições.fez a parti-da cair um pouco. Nos últl-mos minutos — observouelé — os dois times jogaramvisivelmente para o empatee o espetáculo tornou-se de-sinteressante.

A HOLANDA

Cláudio Coutinho viu a jHolanda com o mesmo es-quema tático que'encantou' o mundo na Copa da Ale-manha,- em 74: uma trocade passes rápida e umaconstante mudança de po-slções por parte dos jogado-res. Nenhuma outra Seleção,segundo Coutinho, sabe.executar com tanta pre-cisão um repertório tão va-riado de jogadas ensaiadas.

Ninguém consegue fa-zer isso melhor que os ho-landeses. Ficou provadoneste amistoso, pelas opor-tunidades de gol que elescriaram. Rep chegou a des-perdiçar uma bola debaixoda trave.

Há, porém, uma única di-ferença que Coutinhoobserva entre esta equipeda Holanda e a de 74, naAlemanha: a de agora per-deu grandes-valores indivi-duals, como Rensenbrink,Cruyff e Van Hanegen, en-tre outros.

Além disso — prosse-gúe o técnico — alguns jo-gadores, hoje, não produ-zem o mesmo, como é o ca-so de Rep e Neeskens; quenão estão jogando a metadedo que Jogavam. Mesmo as-¦ sim, gostei muito de outros,principalmente do ponta-es-querda Tahamata.

Apesar dos desfalques quesofreu na força do seu ta-lento individual, a SeleçãoHolandesa ainda é, paraCoutinho, á equipe que me-lhor se arma dentro docampo no futebol mundial.E tem outra vantagem:

Seus jogadores não seenvergonham de fazer fal-tas.-Quando sentem que vão.ser ultrapassados, lnterrom-pem as jogadas com faltasno meio-campo. Por isso tu-do, teve mais condições dederrotar a Argentina, quepode reclamar' de um penal-

ti, mas n&o soube criar tan-tas oportunidades,

A ARGENTINA

Coutinho continua cxal-tando na Seleção Argentinauma qualidade que não ha-via no futebol daquele pais-antes da Copa de 78: a se-gurança na marcação.

Eles continuam mos-trando o esquema de mar-cação seguro que apresenta-ram na Copa do Mundo.Antigameme, os adver-sários da Argentina tinhamtoda a liberdade para Jogar.Agora, não têm mais. Eleschegam Juntos na bola.

Em uma coisa pelo me-nos, Coutinho viu a Argen-•tina superior à Holanda: nahabilidade Individual. Mes-mo sentindo falta de seuprincipal vatacante, MárioKempes, radicado na Espa-nha, a equipe de César LuísMenottl exibiu jogadas de

c a t egorla, principalmenteas que contou com a parti-tlcipação de Passarela. Emmeio a essas qualidades, odefeito que já faz parte dotemperamento do jogadorargentino; prender a bola,correr demais com ela:

Eles jogam na base doindividualismo, mais que doconjunto. Prendem tanto a"bola que acabam sofrendofaltas e a jogada é cortada. ;Sofjeram uma marcaçãosevera dos holandeses e, co-mo não têm sentido coletivo !do jogo, quase não criaramoportunidades de gol.

Maradona, de . 18 anos,maior revelação do futebolargentino nos últimos tem-pos, incorreu, segundo Cou-Unho, no mesmo erro doscompanheiros: prendeu abola em demasia, correumuito com ela e acabavaperdendo o lance ou sofren-do falta.

Pensei que ele jogassemais. Mas não há dúvidade que é habilidoso e, por.ser muito jovem, só tendea pjogredir. Precisa reverseu estilo de jogo, pois qua-se não participa do conjun-to, joga mais para ele doque para o itime.

O BRASIL

Depois de ver a Argenti-na jogar ontem, Coutinhoacha, que, se houvesse novoconfronto agora, a SeleçãoBrasileira sairia vencedora:

Aliás, podíamos t e rvencido em Rosário, durari-te a Copa, se tivéssemos idomais para a frente.

Esta é, na atual filosofiade jogo de Coutinho, a van-tagem da nova Seleção Bra-sileira em relação à que dis-putou a Copa de 78: umaequipe que joga mais paraa frente, aipoiada no talentoe na habilidade de seus ata-cantes.

A Seleção Brasileira dehoje é um time voltado pa-ra o ataque. Temos um es-quema mais agressivo que oda Copa. Também o ataquede agora tem melhores jo-gadores que em 78. Isso éque me dá mais confiança.

A confiança de Coutinhocomeça logo na Copa Amé-rica, no segundo semestredeste ano.

Carnaval em B. Aires

Buenos Aires — Em unis-sono, proveniente de milha-res de bocas, o grito" Ar-gen-ti-na... Ar-gen-ti-na sefez.ouvir um segundo apóso goleiro Fillol defender oúltimo pênalti a que ti-nham direito os holandeses.Ele trouxe o fim da an-gústia e deu inicio a um car-naval que tomou conta, deBuenos Aires.

Um carnaval que fez cen-tenas de carros congestio-

JÍluízio MaclwdoCorrespondente _, ^

narem as principais aveni-das da cidade, a começarpela Corrientes, todas eíasembandeiradas à esperadas comemorações do 169"?aniversário d a instalaçãodo primeiro Governo nacio-nai. Um carnaval que hádécadas não se via na Ar-gentina e que a partir daCbpa de 78 ameaça se tor-nar parte integrante dosplanos do novo futebol im-plantado pelo técnico CésarLuis Menotti.

1 rr=ESCOOPÓrgão Assessor BNH

Comunidades

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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro D Quarta-feira, 23 de maio de 1979

FERNANDA COLAGROSS1, OUTttA FACEUMA DONA-DE-GASACONTRA O DESCALABRO ECOLÓGICO

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TRÊS

obedientes Yorkshirerecebem o visitante ao la-do de Fernanda Cola-grossi. O apartamentogrande, de bom gosto, re-pleto de obras de arte

abriga no entanto outros animalzi-nhos. No banheiro, Loreto, uma pe-quena arara proveniente de Belémdo Pará, dá uma bicada leve rio dedode quem se aproxima, maneira gen--11 de brincar. No boxe de um dos ba-nheirosí Fernanda avisa que abrigaduas espécies de bichos ainda nãodomésticados. Dentro de um caixo-te, eles não parecem surpresos compessoas estranhas. São pássaros —ela não sabe quais — que estavamsendo vendidos na rua, presos poruma cóleira de barbante. E animal

preso é coisa que ela não suporta.Apaixonada por bichos, ecologia ecrianças, a diretora da Appande —Associação Petropolitana de Prote-ção aos Animais e à Defesa Ecológica— considera o triângulo homem, bl-cho e planta interligado de maneiradefinitiva. Por enquanto, no início deum trabalho que pretende expandir,ela não está podendo ainda dar aten-ção à criança. Mas tem certeza deque conseguirá servir ao triângulo.

A pergunta foi feita à queima-roupa pela presidenta da Suipa doRio, Daisy Serra: "Você quer ser pre-siderita de uma sociedade de animaisde. Petrópolis?" Quando Fernandadeu por si, tinha aceito. o novo cargo.Com uma belíssima caáá ria' cidadeserrana, esta paulista, que se corisidè-

ra carioca e petropolitana de coração,possui vantagens que quer estender aoutras donas-de-casa. Sua horta qua-se completa lhe fornece verdurasfrescas, legumes sem detergentes, ga-linhas que ainda comem milho. E,plagiando o humorista Juarez Macha-do, afirma que "a gente começa a seinteressar pela ecologia quando a ai-face da horta da gente começa a fi-car poluída". Numa hora em que que-ria fazer alguma coisa, preferiu op-tar pela Appande, já que unha'sidoconvidada também por D Niomar Mo-niz Sodré Bittencourt, em julno doano passado, para um cargo na dire-torla do Museu de Arte Moderna. Mascertos fatos acontecidos com;-amigosseus fizeram com qUe declinasse doconvite. E a nova: associação, criada

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no dia 25 de julho do mesmo ano, jálhe tinha cativado.

A primeira providência da equi-pe, que, além de Fernanda, conta comAngela Werneck (dona dò ColégioWemeck) na vice-presidência; Antò-nieta Mesquita (dona do Colégio SãoJosé) na direção financeira; Francis-co Antônio Doria na direção técnica li-gada à ecologia; Luis Eduardo Garciana relações públicas; Miguel Pachá naassessoria jurídica e Judlte e GuntherSohamal na direção técnica ligada àveterinária, íoi conseguir uma sedeonde pudesse funcionar. O PrefeitoJamil Sabrá prometeu doar um terre-no mas riuriicá chegou a fazer coisaalguma. Já desesperados com a faltade local para começar á trabalhar,ganharam de José Colagrossi, maridode Fernanda, um terreno bastantegrande, à beira da estrada, no Km 36,o que consideram ideal, ja que terãopossibilidades de vender muitas coi-sas para quem passa de carro che-gando ou saindo da cidade:

— Já reparei que as pessoas vêemPetrópolis de diversas maneiras. Unscomo um* ponto turístico, outros comocidade, industrial, etc. Na minha opl-nião deveria ser'a cidade cultural doRio de Janeiro, como é Olinda no Re-cife. 'Pará lá deveriam ser levados os

-grandes-eventos, festivais e seminá?rios., ¦"''•'.•

• i De posse do terreno, as primeiras(providências começam a ser tomadas.Por'enquanto,.graças ao Vice-Cônsul

•de - Portugal, Sr Humberto de AraújoFüho, elesiestão na sala 902 da PraçaVisconde do Rio Branco, 6, com tele-fone 42-1377. Eas primeiras lniciati-vás para angariar .fundos serão logopostas em prática. O poeta CarlosDrummond de Andrade escreveu umarelação-de'frases para serem vendidasem adesiivos plásticos com desenhos

de Juarez Machado. Astrês seleciona-das mostram bem o espírito da Asso-clação: "Vamos fazer as pazes com anatureza?", "Você, a planta e o bichoestão ligados na mesma aventura deviver" e "O amor à criatura humanacompleta-se no amor à natureza":

Sei que muitos me acusam porcuidar da natureza e dos bichos e nãofazer nada pelo menor abandonado.Não tem nada a ver uma coisa com aoutra. Nerri uma' pessoa, por cuidar debichos, ira se descuidar de gente. Equem atira pedra não,está a fim denada, só de jogar pedra."Um

plano-piioto já foi elaboradopara o terreno. Uma seção animal te-,rá como finalidade sua. proteção e co-mo meios de subsistência a venda deimplementos veterinários, uma clinicaveterinária para associados e públicoem geral, exploração do local paratreinamento de cães e canil, onde oaluguel para cães particulares pagaráa pensão dos animais abandonados. Aseção agrícola, cuja finalidade é aproteção da flora, terá como meios desubsistência a venda de plantas, se-mentes,-livros técnicos, etc.

Durante o carnaval — explicaFernanda — organizamos a FestaDourada, no Hippopotamus, em bene-,fício da* Appande. Mandamos impri-mir desenhos de Juarez i Machado emcamisas doadas por Jorge Badia, coma finalidade de angariarmos fundos. E^no dia 26.de junho faremos o. 1"? Se-minário Petropolitano. de Ecologia. Éa data que marca a chegada dos co-lonos alemães à cidade. Várias enti-dades irão patrociná-lo e já convida-mos ecólogos como José Lutzenberger,1do Rio Grande do Sul; Ruski, de Vitó-ria; Cunha Bueno, ds São Paulo, e ten-taremos trazer Samuel Bechimol, do.Amazonas. A finalidade é reunir to-dos os grandes nomes ida ecologia enão discutir soiriente o problema dePetrópolis.

Fernanda fala firme, mostraactopapéis, recortes, malas com materialde trabalho. Sua vida está sendo sa-crificada sim, mas ela acha que valea pena. Está passando uma semanano Rio, outra em São Paulo — ondetem um apartamento — e os fins desemana na serra. Os telefonemas, noentanto, para o escritório dá Appandesão diários, muitas vezes vários nomesmo dia. Está sempre organizandoalguma manifestação ecológica, comoapasseata ocorrida em março último,que ela afirma ter i sido "uma lou-cura":

— Chamamos o Prefeito Jamil Sa-brá em praça pública para respondersobre o descalabro ecológico que estáacontecendo em Petrópolis. Ele promfe-teu várias coisas, mas até agora nadafoi cumprido. Apesar do pouco tempode vida da nossa associação, consegui-mos dar uma sacudidtela incrível na cl-dade. Houve uma grande conscientiza-ção ,dia população a respeito dos nossosproblemas. Em Teresópqlis, duas sema-nas depdis, fizeram uma manifestaçãoparecida. Tenho esperança que cadaum seja o guardião do que pertence atodos.

São inúmeros os pontos que en-frentará a mão forte de Fernanda.Ela.cita dois, que já estão sendo dis-cutidos:'.— A luta pela proibição à caçadurante 10 anos, em . qualquer lugardo Brasil,' e a mudança do incentivofiscal de feflorestamerito para incen-tivo de preservação natural do que jáexiste.

Bastante lúcida, conta com oapoio de seu marido e dos três filhos— seu irmão está, inclusive, fazendo adefesa ecológica de Ubatuba — e detodo o povo petropolitano. Por isso,os inimigos das plantas e animais quese acautelem. Fernanda não pretendeparar.

PARA ELE PARA ELA PARA O JÚNIOR )gmm ,<M-__i-B W-g:

—'• .^^^'' "WmWmmM—WBMSè^SÊíx ' ^mKÊSmmm&ÉmW^-'~$ÊBSÈ iP

"^ ' •->> ^^ÈfàMÈ!!ÊÉ££ V\'V v.V H ^^¦RfcWpi^sBSM^; ,^ ^TMfó-i ^-JCTtf-Mar *&fi"^ *>iL n_JÍ$-_i__^^hB^B^Bj- B^IB_g-K1*s^a_WBBH^H^BP^B .,• ^ • RH ^^^BmM^^^SÊ^3KÊ^^mM^m^^MM^S^^'^^^^^S^^^M^ ^íftJSSSaSisf1 - ¦.'-r* 1í __Se_íS^_? -i'^ ^¦a^SBMRjga^H Bi-a-^_^g-gffl8^ft^_Pl _.•*¦**_ lIS -"H^IBr^!. ¦ «-^W ¦ 9H i__^__3___BiH__l_l W^Êm^^w^WÊ^^^Sg^XfX 4b*- i„f^_ '-^"^WW _S _BR1_™1wPmI I . i Mb. tBÈl ^jsr-. JPS jF fmJÊÊÊM¦ tÈS&yWi. v^**' '¦ ' II* Mt'âi ¦ Tj» ^Ê.^^^W^' sMBt£~ •'¦£ ™ .JwmKSk i • :;\m ^JHK^HHQS^r&i WXXX. ;¦ aifeíl^^É^^^^^KSÍ^HV.. ií~*",s'S%\

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PÁGINA 2 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 23 de maio de 1979

r Cartas ^

Respostas irreconhecíveisDesejo agradecer ao JORNAL DO

BRASIL o fato de ter procurado Leo-poldo Berran e a mim, entre os rotel-rlstns do cinema brasileiro, para fa-lar sobre a nossa atividade profissional(entrevistas dadas à jornalista MíriamAlencar e publicadas no Caderno Bde 3/5/79 sob o titulo: Roteirista —Frooura-se. O Cinema Brasileiro jáPaga Bem).

As inúmeras matérias que 11 sob aassinatura da minha entrevistadora,Míriam Alencar, sempre mostraramuma jornalista especializada que ama,defende e critica o cinema brasileirocom a maior lucidez. Isso é ponto pa-cifico, reconhecido por todos que ml-litam no setor. Como, porém, a nossaentrevista deu-se através de uma rá-pida conversa telefônica — meio decomunicação dos mais Ineficientes,Inexatos e angustiantes — lníellzmen-te o resultado íol mais uma prova dalncomunlcabllldade que nos proporcio-na esse aparelho demoníaco.

Devo me penitenciar, reconhecen-do que a culpa iol minha, pois Míriamtentou marcar um encontro no qualme entrevistaria, mas, por eu estar as-soberbado de trabalho naquela sema-na, a conversa teve de ser telefônica.Então, começaram as nossas atribula-ções.

Passo a citar as palavras e cons-truções atribuídas a mim pela maldi-ta invenção Inaugurada entre nós porD Pedro II e, até hoje, relativamen-te no mesmo estágio técnico, e segun-do a qual eu teria afirmado: "Não ha-via hábito de se gastar dinheiro com

.rotelristas. Hoje, pode chegar a Cr$600 mil, em' função dos orçamentosque estão também crescendo. Resul-tado, muitos escritores passaram a es-cnever roteiros. Mas não se pode dizerque o roteirista mata o escritor. ScottFitzgerald era roteirista e queria serromancista. Jamais passou pela mi-nha cabeça ser romancista".

•Como se pode depreender da lei-tura do texto acima, trata-se eviden-temente de um mentecapto dando de-clarações, se não se considerar que ha-via entre as duas pessoas nas extre-midades da linha o traidor e infernaltelefone a separá-las. Na verdade, res-pondendo às perguntas da jornalista,eu gritava ao insensível aparelho ele-trodoméstlco coisas bem diversas. Poiseu não iria dizer que há, atualmente,um "hábito de se gastar dinheiro comrotelristas". Ao contrário, eu entendoque houve uma conquista profissionaldeterminada pela ampliação do mer-cado cinematográfico e, simultânea-mente, pela qualidade de trabalho deinúmeros rotelristas que, se aprimo-rando no exercício mais freqüente deseu méticr, tornaram-se mais e maisnecessários à elaboração dos filmes.

Mas o pérfido, desleal, tredo tele-fone não permitiu que essas simplesIdéias fossem comunicadas e, em con-trapartida, deixou chegar aos ouvidosda jornalista algum tartamudeio queDeus me proteja de ser o meu modocoloquial de falar. A Julgar pelo quefoi publicado, outras sandices gague-jadas foram ouvidas pela jornalista,deturpadas pelo falso, aleivoso, cini-co e sinuoso telefone: Scott Fitzgeraldfoi injustiçadissimo, pois, .responden-do a uma pergunta sobre romancistase rotelristas, eu tentei dizer que elespertencem a duas categorias inteira-mente diversas. Explico: o grandeFitzgerald foi obrigado a escrever ro-teiros comercialíssimos para Holly-wood (assim como o exilado Brecht)apenas e simplesmente para sobrevi-ver, comer e, no caso do Imortal ro-mancista, beber gloriosamente. Jamaisme comparei a ele, como se é levadoa concluir, pelo texto publicado noextremamente • lido Caderno B. Pitz-gerald não "queria ser romancista".Ele o é, dos maiores. Mas roteiros, elesó fazia por necessidade.

Eu procurava referir que um ro-teiro cinematográfico e um romance '

são coisas diversificadas como, porexemplo, a praia e o mar. Andam jun-tos, mas não se dão sempre bem, esão matérias distintas, não compara-veis. A única coisa que assemelha asduas formas de trabalho é que ambasprocuram veicular idéias, emoções e,se possível, um estilo, mas a isso, tam-,toem, se propõem a música etc, cadaqual na sua especificidade. Um roteirose aproximaria mais de um texto tea-¦trai, no sentido de que ambos só exis-tem plenamente quando uma platéiaresponde à sua realização, num palcoou na tela. Mas são coisas heterogè-neas. E, sobretudo, um roteirista nãoalmeja necessariamente ser romancis-ta, nem vice-versa, daí eu ter afirma-do, no meio da conversa, que, poracaso, a mim "jamais me passou pelacabeça ser romancista", mas sem que-rer usar nisso nenhum critério de va-lor, em relação às duas atividades, co-mo transpareceu intempestivamentedaquele trecho da entrevista.

Assim, creio que se torna claroque, também, não fiz analogias, deBalzac e Proust com os rotelristas decinema, como fica deduzível em outroparágrafo. E, quando citei algumaspalavras de Orson Welles, foi no es-forço de tornar claro que o roteiro éapenas uma das partes da obra cine-matográfica, como a fotografia, amontagem etc, que, em seu conjunto,deve ser liderada, orquestrada e arqui-tetonleamente construída pelo diretorde filmes.

Outras respostas minhas apare-ceram irreconhecíveis e insustentáveis,quando atravessaram a traidora e de-turpadora linha da Telerj, como numjogo infantil de "passe adiante", atéchegar aos ouvidos da heróica Míriam.Faço referência só a mais duas: quan-do eu afirmo que "tem tanto roteiristano Brasil que a assembléia-geral daclasse cabe num Volkswagen", queroexpor um fato penoso, pois, na minhaopinião, quanto mais e melhores es-

critores para a tela houver, melhorserá, tanto para a Indústria cinema-tográflca quanto para os próprios ro-telrlstas, que terão a sua função valo-rlzada, e não interdlsputada. Acho damaior Importância que se formem,no trabalho, novos escritores de scre-en-plays. Inclusive, já colaboramosnum curso de formação de rotelristasno MAM, organizado pelo Serran, comexcelentes resultados práticos.

Finalmente, aquele truísmo quefecha aureamente minha participa-ção ("sou profissional, mas não fa-ço roteiro (...) de filme racista...")foi dito no melo de um raciocínio, enão merecia tal destaque, embora eu-concorde com seu louvável espírito,mas óbvio e dispensável naquele con-texto.

Eu, sinceramente, agradeço aoportunidade, para nós valiosa, detornar mais conhecida do público anossa atividade' profissional, já queessa foi, evidentemente, a Intençãoda entrevista, assim como agradeçoa publicação de algumas das presen-tes correções e observações que mesenti obrigado a fazer, em defesa nãosó do meu interesse pessoal como dadignidade de meus companheiros,que foram tão 'mal. representadospor um aparente** mentecapto, naverdade vítima dos mal-entendidostelefônicos; reafirmando que a cul-pa foi minha, por confiar naquelaensandecedora engenhoca auditiva.(...) Armando Costa — Rio de Janei-ro. . '

N. da R. — Na verdade, a culpado truncamento de algumas declara-ções do roteirista, na entrevista men-cionada, não cabe ao telefone nem àrepórter. A elaboração do texto final,na redação, é que confundiu o teorde algumas passagens do que foi ditopelos entrevistados, diante dos quaiso JORNAL DO BRASIL se desculpa.

Maioria acomodadaQuando as mulheres irão unir-se

para lutar pela aponsentadoria aos25 anos de trabalho? Metalúrgicos,professores, funcionários de São Pau-Io e motoristas lutaram e consegui-ram o que queriam. Só as mulheres,que no final de contas são a maioria,se acomodam? E' necessário que to-das estejam unidas para que possamdescansar — não no cemitério — pe-Io menos do serviço de fora, pois emcasa nunca descansaremos. ZcliaMaria de Oliveira — Rio de Janeiro.

Causa indígenaQuero comunicar aos amantes e

e estudiosos da causa indígena queestamos organizando o Olube dosAmigos dos índios, cuja finalidade se-• rá difundir os costumes, mitos, tendasetc. das sociedades atávicas em fasede extinção e despertar os jovens pa-ra a problemática do índio (...). Es-pero contar, aí no Rio de Janeiro, como apoio do velho amigo Nunes Pereira(...). Jorge Baleeiro de Lacerda, CF248, Francisco Beltrão (PR).

Teatro Cinema

Evasão lícitaCom o advento do Decreto-Lei

1680, de 28/03/79, abriu-se a portada evasão lícita do IPI, pois as pe-nalidades de 50% e 100% impostasao recolhimento do tributo fora doprazo regulamentar estão, sem som-bra de dúvida, derrogadas pelomencionado decreto-lei. Assim, o Ar-tigo

' 106 do Decreto 83 263, de29/03/79 (Regulamento do IPI), caiuem desuso, natimorto. Portanto, estãode parabéns os contribuintes do IPIque somente terão como penalida-de 5% e mais os juros moratórios de1% ao mês. Ora, num regime infla-cionário como, infelizmente, é o nos-so, será de excelente política fiscal ocontribuinte passar, sistematicamen-te, a apresentar a declaração do IPIfora do prazo e sujeltar-se à multairrisória. No fim de determinado pe-riodo, terá o Governo federal uma vi-são mais ampla e clara do problema,pois não há dúvida de que a arreca-dação sofrerá um tremendo Impacto,com reflexo negativo no Orçamentoda União. Nelson Aparecido Banzato— Rio de Janeiro.

Lazer à distânciaAs áreas de lazer recentemente

inauguradas à margem da Lagoa Ro-drigo de Freitas, destinadas a umpouco de paz no saudável convíviocom a natureza, existem para seremobservadas à distancia. Explico: umde meus netos, dé 11 anos, moradornas proximidades, com a devida au-torização dos pais foi em má hora,em duas oportunidades, percorrer debicicleta a ciclovia ali construída. Emambas foi brutalmente assaltado, íl-cando sem as bicicletas, ante ameaçade morte. Solicito a presença imedia-ta de policiamento no local" e alertocontra os bandidos emboscados àmargem da ciclovia, prontos a atacaro primeiro imprudente, mesmo crian-ças indefesas. (...) Celeste CastilhoDiniz — Rio de Janeiro.

ConviteFico satisfeito com a carta de um

eminente advogado de Ubá, o Dr Fio-rlano Peixoto de Melo. Eu escrevera,em carta ao JORNAL DO BRASIL,que a única 'turma do Casarão do Ca-tete que se reúne anualmente é a da1956. No Clube dos Advogados, emdezembro, a Turma Roberto Lyra serejubila. (...) Convido o Dr Floria-no Peixoto de Melo a participar denosso jantar deste ano. (...) JacksonMatos Braga — Belo Horizonte (MG).

As cartas serãono todo ouassinatura, ncrnderoço que

stlecionadas para publicaçãoem parte «ntrs as qua tiverem

e completo • legível •permite confirmajío provie.

AQUI E AGORACM TÍTULO

QUE ENGANA

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André Villon, Teresa Amayo e Mário Brasini, Aqui e Agora

Yan Michalski

A

peça Aqui e Agora termina coma fala: "Lá fora ninguém sabede nada" Fora das quatro pa-redes da garçonnière, ninguém

saberá da mesquinha sordidez que alicorreu solta durante algumas horas; en-tão, tudo bem. Mas a fala que muitomelhor definiria a ação, e que não exis-te na peça, seria: "Aqui dentro ninguémsabe de nada." Enquanto os dois prota-gonistas ficam confinados na sua pri-são voluntária, lá fora se agita uma vi-da cheia de conflitos muito mais impor-tantes e interessantes do que d dor-de-cotovelo que eles curtem. O autor MárioBrasini fez com que eles nem sequer to-mem consciência destes problemas ex-ternos à garçonnière; até certo ponto,esta despreocupação pode ser interpre-tada como um sintoma da sua aliena-ção e do seu egocentrismo; mas consi-derado o seu nível de formação a o seuenvolvimento profissional, ela é total de-mais para ser verdadeira e plausível.

Este é apenas um exemplo de men-tira, por omissão, numa peça toda elacheia de inverdades. Brasini reuniu nagarçonnière dois amigos madurões, àbeira da senilidade, que se entregam auma longa sessão de autocomiseraçãoinspirada pela constatação do declínioda qualidade da sua vida sexual, e emdesespero de causa acabam partindo pa-ra uma frustrada tentativa de um con-solo homossexual, interrompida pelachegada da jovem ex-amante dos dois,que dá margem a uma lição de moralrepleta de chavões feministas, talvez pa-ra contrabalançar o convencimento de-cidiâamente machista que até então de-finia o tom do diálogo.

A situação-base até que não seriadesprovida de upi certo potencial depungência. A partir de um flagranteinicial algo parecido da angústia solitá-ria do ser humano surpreendido pela ir-reversibilidade da velhice o mesmo Bra-sini fez recentemente uma comédia cheiade delicadeza de sentimentos, Quarta-feira Lá em Casa, Sem Falta. Desíct vez,porém, o drama humano inerente à si-tuação não é levado a sério. Muito maisdo que o aprofundamento desta, situaçãoe o mergulho na psicologia e nas emo-ções dos dois personagens nela envolvi-dos, o alvo dos esforços do autor é sem-pre a piada avulsa, por mais forçada,grosseira e desrespeitosa para com oamor-próprio dos personagens que elapossa ser. Mesmo a tentativa de soluçãohomossexual, que o autor define como"a cena que considero a culminante doespetáculo, aquela pela qual a peça foiescrita", não surge absolutamente comouma decorrência coerente das informa-ções até então fornecidas sabre as ca-racterísticas dos personagens, nem co-mo um desdobramento lógico e plausí-

vel da situação proposta, e sim comoabertura para uma gargalhada âegra-dante à custa dos personagens em fran-co nível de pornochanchada. ,

Esta abertura — que na verdade re-presenta um fechamento — para umacomiciãade barata que desperdiça o po-tencial humano oferecido pela situaçãoinicial foi desagradavehnente acentuadapela direção de Cecil Thiré. Depois deuma bem-sucedida incursão por umalinguagem cênica solta e simbólica, emO Fado e a Sina de Mateus e* Catarina,o encenador volta à sua habitual espe-cialiãaãe, o teatro realista (embora, nocaso, certamente irreal) com poucos'per-sonagens, baseado no rigor da direção deatores. Só que em Aqui e Agora este ri-gor inexiste, e a atuação do diretor nadefinição dos desempenhos parece fran-camente omissa. Mário Brasini e AndréVillon são atores experimentaâíssimos,formados na velha escola, que dominamcom um pé nas costas os mecanismos dodesencadeamento do riso, e que simples-mente não parecem ter sido solicitadosa utilizar mais do que este repertóriopadronizado de recursos que manejamcom extrema facilidade. O resultado éaté certo ponto satisfatório, se aceitar-mos como legítimo o objetivo na verda-de procurado, o de fazer rir a qualquerpreço. André Villon, todos estamos can-¦sados de saber, é capaz de fazer carasmuito engraçadas, tem o ritmo certo doefeito cômico no sangue, e é mestre emdizer barbaridades com o ar mais indi-ferente e desligado do mundo; enquantoBrasini sabe muito bem estabelecer umcontraste cômico entre o seu aspecto degentleman muito digno e a degradantefalta de dignidade a que o personagem éconduzido. Ambos, se mais arduamenteexigidos, seriam capazes âe conferir aos•seus personagens uma substancia huma-na mais densa e quente; mas tudo in-dica que ninguém estava particular-mente interessado em outra coisa do queum festival de gargalhadas que, diga-seâe passagem, é bem capaz de se concre-tizar.

Num papel menor, e menos deturpa-do pela obsessão da comiciãade a qual-quer preço, Tereza Amayo sai-se comequilíbrio e com um certo encanto. Ocenário de Abel Gomes ambienta a con-tento o huis-clos dos desvarios lúbricos

¦dos dois üeaadleiites ãon-joões.

Dificilmente poderia haver um titu-Io mais enganador. A expressão aqui eagora nos acena com uma reflexão relê-vante sobre o que acontece de mais sig-nificativo em torno âe nós dentro docontexto histórico de hoje, e que pressio-na o nosso ãia-a-dia. No espetáculo doTeatro Glória, o contexto histórico estáausente,.as pressões estão ausentes; oque existe, engraçado mas pouco convin-cente enquanto expressão da realidade,é o dia-a-dia de uma garçonnière her-meticamente cortada do mundo.

"INVESTIGAÇÃOSOBREPEQUENOSASSASSÍNIOS"

Tendo o comentáriosobre Investigação naClasse Dominante, pu-blicado sexta-feira sobo titulo aoima, saidoamputado do seu trechofinai, reproduzimos aseguir a parte que f ai-tou:

O resultado mais sa-tisfatório é obtido porJonas Bloch e WolfMaia, os únicos que pro-curam insuflar na mon-tagem um tom de in-terpretação mais atua-lizado, embora nemsempre o consigam, porterem de adaptar-se àtônica dominante. Na-tália Timberg, com asua conhecida classe,saísse satisfatoriamentenada de novo à sua

carreira. • Carlos Kroe-ber tem vários mo-mentos dc gritante (eg r i t ada) super-repre-sentação, mas dentroda questionável pro-posta estilística da en-cenação consegue umacomunicação fácil coma platéia. Também Ta-nla Loureiro tem mo-mentos de super-repre-sentação d e s n ecessa-

riamente melodramáti-ca, mas o seu visívelesforço de sinceridademerece ser ressaltado. Amelhor coisa da reali-zação talvez seja o ce-nário de Flávio Phebo,que propõe para o me-lodrama o caminho deuma interpretação sim-bólico-crítica, em boaparte desperdiçado pelaencenação.

"POR UMA DEFINIÇÃO ESTADUAL"

Ao redigir a nota pu-blicada sob est© títulosegunda-feira, eu nãotinha conhecimento dalonga entrevista com opresidente da Funterj,Guilherme Figueiredo,publicada domingo, eque responde a algumasdas indagações levan-tadas por esta coluna.A maioria dos tópicospropostos no documen-

to de reivindicações esugestões entregue emfevereiro ao SecretárioArnaldo Niskier e ela-borado por uma comis-são representativa dasentidades de classecontinua, porém, atéagora sem qualquerresposta ou definiçãopor parte das novas au-toridades culturais doEstado.

O DECLÍNIODE UMCINEASTA

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Lee Marvin, Os Piores Homens do Oeste

Carlos Fonseca

CORREÇÃO

,* m lamentável a presença, nos créditos des-l||ni te western de segunda linha, do nome

BN de Samuel Fuller. Desde há alguns anosJH^ afastado do cinema (o último filme re-

í_istrado em sua filmografia, que pos-suímos, é de 1973, Em Ritmo de Assassinato /Dead Pigeon on Beethoven Street) foi um dosnomes de destaque no cinema americano duran-te as décadas de 50 e 60. Muito embora jamaistenha realizado um grande filme, seus traba-lhos possuíam o clima instigante, aquele toquede talento, a pesquisa, e uma inusitada tenden-,cia para a inovação. São conhecidos projetosseus de tão grande ambição artística e conteu-dística que nunca chegaram a ser realizados. En-tre tantos filmes que fez (em sua grande maioriaproduções modestas) um se destaca especialmen-te, como característico do seu temperamento edo seu estilo: Casa de Bambu (House of Bamboo,55), um thriller extremamente fascinante emforma e em proposta, a merecer uma reapresen-' tação.

Este Os Piores Homens do Oeste (The Mea-nest Men in the West) não consta em sua filmo-grafia em diversos livros consultados. Não con-seguimos apurar'nada mais do que o contido noinforme da distribuidora e nos letreiros do filme.E' co-roteirista e co-diretor. Deduz-se, pelo in-crível primarismo da história e da realização,que Fuller não deve ter participado efetivamentedo produto. A dedução é a única forma que nos .leva a supor que o diretor se desentendeu com osprodutores (Charles Marquis Warren e Joel Ro-gosin, o primeiro também diretor de filmes deação e far west sem expressão) e Charles S.Dubin, um ilustre desconhecido, assumiu o co-mando da realização. Ao longo de uma narrati-va monótona, repetitiva (chega ao cúmulo derepetir os mesmos-shots em seqüências diversas)que não faz jus nem mesmo aos chavões do gê-nero — as cavalgadas, os tiroteios — desenvol-ve-se o mais medíocre dos westerns. Falta-lheo imprescindível — a ação — que em mãos detalento já proporcionou afirmativas como "owestern é o cinema americano por excelência".

Tudo neste arremedo de filme é primário.As enquadrações de câmara. A mise-en-scènjedos atores e de todas as cenas. A história nãochega a fechar, ou seja, deixa vazios incríveiscomo tudo o que se refere ao juiz interpretadopor Lee J. Cobb. O ódio de Lee Marvin contra oirmão Bronson, que, ao nascer, provocou a mor-te de sua mãe e o transformou em assassino aomatar o padastro, resume-se a expressões queo excelente ator, naturalmente constrangido, faz,olhando de uma luneta o que se passa em volta.Vislumbra-se alguma coisa de Fuller em trechosdo diálogo que Marvin mantém com Cobb so-bre o bem e o mal (num dos quais é citado onome de Joseph Pulitzer), mesmo assim, por for-ça de quem conseguir concatená-üos. OhaulesBronson é o bom moço. Entrou no banditismo pe-las mãos do irmão. Grande parte de sua atuaçãoé restrita ao atendimento à mulher que está gra-vida e à missão de matar um pretenso delatorque fez fracassar um assalto a um banco. As-sim, aos trancos e barrancos, sem que em mo-mento algum deixe vislumbrar alguma coisa me-recedora de atenção, o filme chega ao fim parafelicidade de todos.

A idade de Os Piores Homens do Oeste podeser avaliada pela juventude de Bronson e as ca-ras mais moças de Cobb e Marvin. Nos letreiros,Cobb encabeça o elenco seguido de Bronson. Mar-vin é um ator convidado.

Por um lapso saiu errado um trecho da crítica de

Ely Azeredo, "Deer Hunter": um Estudo da Alienação

(JB, 17/05/79). Referindo-se aos filmes Deliverance e

Deer Hunter, o período correto é o seguinte: "Ambos

os filmes põem à prova o individualismo. Ambos dei-

xam claro que, sem outras virtudes (como o conheci-

mento, a desconfiança ante os valores apregoados co-

mo absolutos), o individualista é um ser mal armado."

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 23 de maio de 1979 D PAGINA 3

atrações da noitecariocazL^.£3m&

MEU BUENOS AIRES QUERIOO - Um moravllhoio ihowds tango, comandado por Hugo dei Carrll, com RosannaFalaice, Argentino Ledejma, Gloria Rlvera, GulllermeBrondo, Ruben Zarate, Los Argentinos de Ia Danza aa típica do Jorge Dragone, que toca para o públicodançar após o espetáculo. De 3a. a domingo, no CA-NECAO.

"GANDAIA 10" — Abra suai asai a aterrisse no Oba-oba-lpanema, que é o palco do mais brasileiro de to-dos os shows da noite carioca, com as Mulatas que nãoEstão no Mapa, cantores, rltmlstas a orquestra. Umabolafão do Oswaldo Sargenlelll, Shows dlirlos. RuaVisconde de Plraja, 499. Res.i 227.1289/287-689». Entrenessa festa I

RINCÃO SHOW CENTER - Um esquema vitorioso, sa-cado pelo produlor-dlretor Expedito Fagglonl, apresen-tando música ao vivo todas as noites, para ouvir e dan-

çar, e shows com Selma Cosia e o órgão Iluminado de

Araripê. Também Goisa Reis e grande elenco. Rua Mar-

quês de Valenca, 83 (264-6659/248-3663). Almoço a

Jantar.

SAMBÃO & SINHÁ - O eixão do Ivon Curl oferece o

melhor programa para sua noite no Rio: "Brasil dePonta a Ponta", um »our musical, através dos ritmosmais significativos da nossa música, da capoeira aosamba, com rltmlstas e mulatas espetaculares; tambémcozinha genuinamente brasileira. Rua Constante Ramos,140 — Copa.

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ISTO E' QUE E' — ... sucesso! Em cartaz há mais denove meses, o supershow "Século XX-Século de Ouro"continua atraindo um público sem precedentes ao Na-cional-Rio, que vibra e aplaude o musical de Caribe daRocha, com Lysia Demoro, Rosita Gonzalez, Nora Neye grande elenco. Confira, Res.: 399-0100/ramal 33.

Esta seção é publicada ás quartas a quintas-feiras: 243-0862.

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(clarineta). RicardoRodrigues

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VAI PELO AR.Na Rádio Jornal do Brasil você escolhe

quantas vezes e a cjue horas vai sintonizara informação.

41 vezes por dia, de segunda a sexta-feiras, aCaixa Econômica Federal patrocina a notícia

recém-chegada de todos os cantos doMundo. De vinte em vinte minutos, a músicacede lugar a notícia.e o sucesso cede espaço

ao fato nacional, internacional ou àcomunicação de utilidade pública.

Afinal, nem só de boa música vive umaemissora de alto nível.

Principalmente quando tem Jornal do Brasilaté mesmo no nome.

CAiXA ECONÔMICA FEDERAL

RÁDIO JORNAL DO BRASIL

Tempoao tempo

A Indústria automobilistl-ca nacional só tem condiçõesde passar a fabricar automó-vels movidos a álcool dentrode 12 meses.

Antes disso, qualquerpressão do Governo para an-teclpar a saída das linhas demontagem dos novos moto-res poderá ser extremamenteprejudicial & Indústria e &própria economia nacional.

Mesmo porque nâo adlan-ta lançar Imediatamente oscarros a álcool se seus moto-rlstos não têm ainda à dispo-slção uma rede de postos apa-reinados a atendê-los.

• » •Ninguém em sã consclên-

cia compraria um carro sa-bendo que com ele não pode-ria ir a São Paulo e não teronde abastecer na volta.

NOVO ALUNOAlbert Sabin, em cor-

respondência trocada coma Reitoria da PUC cario-ca, manifestou no iníciodo ano interesse em sematricular num curso in-tensivo de português, idio-ma que ainda não áomi-na com perfeição, apesarde casado com uma brasi-leira.

O novo aluno da PUCjá tem matrícula garan-tida: começa no segundosemestre.

Zózimov:rSfAw^' \ tf ^^Avk Í^w!^™a^\

Êtèmmh W^ÃiJW t-ftPaf.a í^^sa W&ít' *,WAm

• WAW , AémzwnBL ¦-'.-. àW^. \ i fljjBSffffl -w' rB

\JràmmML^L rate,

URíIIÉÍÈMargaret Trudeau, na

véspera das eleições canadenses, emplena pista do Studio 54

Sem BéjartO empresário e Sra Dante

Vlgglanl reuniram um peque-no grupo de amigos anteon-tem para um jantar brasilel-ro no Chalé, em torno dacúpula dirigente do Ballet duXXème Slècle.

Dos homenageados, esta-vam a diretora-geral da com-panhla, Anne Lotsy, e o dire-tor-flnancelro, J. Gambier.

Maurice Béjart não apa-receu. Tinham esquecido queo coreógrafo é vegetariano.

MISSÃO DE PAZPele está na Alemanha,

mais precisamente em Dus-seldorf, num tour promovidopela Unicef em comemoraçãoao Ano Internacional da Cri-anca.

Vai rodar a Europa deponta a ponta numa viagemde boa vontade, que o craquechama de "missão de pazjunto às crianças do mundo".

Pele deve estar de volta aoBrasil em meados de junho,quando o espera um novo fil-me, que estrelará e produzirápor conta própria.

"Toutcompris

Fim de semana de arrom-ba é o que Evinha e BabyMonteiro de Carvalho pro-porcionàrão a partir de hojee até segunda-feira a um gru-po de amigos que encontra-ram em Paris.

O programa prevê saídacedo de Paris e chegada emCannes a tempo de assistir aoencerramento do Festival deCinema. De lá, seguem todospara a residência dos Montei-ro de Carvalho em Cap Fer-rat, onde permanecem até se-gunda-feira com direito a as-sistir, no domingo, o GrandPrix de Mônaco.

Compõem a cavarana, en-tre outros; Maria Helena eEmerson Fittipaldi (este. omais privilegiado de todos osassistentes da corrida de Mô-naco), Gisela e Ricardo Ama-ral, Gilda Saramanho, RoseNoel Blanopain, Jorge Guinle(com uma loura chamada El-ke a tiracolo), Júlio Barbero.

Participam ainda do gru-po, embora permanecendo abordo de seu iate, ancoradoem Monte Cario, Lilian (Car-valho de Araújo, de solteira)e Gregorio Rossi de Montalle-ra.

KOIÍA-VBVAA inauguração do

novo prédio da Acade-mia Brasileira de Le-trás, projeto de Maurí-cio Roberto, já tem da-ta: 20 de julho, quandose completarão 82 anosda sessão inaugural daAcademia.

Teresinha e Hilde-gardo Noronha seguemamanhã para uma cir-culada em Fortaleza.

As bodas de ouro deMaria Luiza e Humber-to Cardoso serão come-moradas no dia 29 comuma missa, às 19 horas,na igreja de N Sa daGlória do Outeiro.

Os casais MauroSalles e Jayme Faria dePaula estão convidandopara o casamento dosfilhos, Maria Beatriz eJayme, dia 4 de julho,na igreja de São Pedroe São Paulo, em SãoPaulo.

O Sr e Sra Guilher-me da Silveira Filho re-cebem dia 30 para umjantar de despedidasem torno do ex-Chance-ler e Sra Azeredo daSilveira.

A Arquidiocese doRio aderiu à campanhalançada pela Secretariade Educação e Culturapara dotar todas as 2mil 500 escolas do Es-tado de um aparelho derádio e um de televisão.

O festival de despe-didas do Ministro e SraAndré Guimarães teráseqüência com jantaresoferecidos em sua ho-menagem por três Côn-sules (e Sras): GeorgeMacClenahan, da Fran-ça, Gaston Paredes, doChile, e Stratos Doukas,da Grécia, respectiva-mente dias 5, 7 e 15 dejunho.

O Presidente Figuel-redo deverá estar pre-sente à inauguração daBienal de São Paulo,dita 3 de outubro.

John Vickers, consl-derado um dos maiorestenores do mundo, can-tara em 81 no TeatroMunicipal. O contratojá está assinado.

As Embaixadas daDinamarca, Noruega eSuécia, mais a SAS e oSheraton promovem de

amanhã até o dia 2 dejunho um festival deculinária escandinava.

O Secretário deCultura de São Paulo,Sr Cunha Bueno, escla-rece que, apesar do cor-te de 47% nas verbasda órgão que dirige, oFestival de Inverno deCampos de Jordão per-manece intocado. Seráaté fortalecido.

M ovime ntou ummundo de gente emNova Iorque a inaugu-ração da griffe PointRouge, de Lylia Café eIgnez Kowalczuk, ins-talada em plena Rua57.

NO PAPELRégine Ohoukroun

está escrevendo a au-tobiografia, mas não sa-be ainda quando ou mes-mo se a publicará. Dequalquer modo, a obrajá está sendo disputadaa tapa por editoresfranceses e norte-ame-ricanos. Vai se chamarGlitterball.

0 prato do diano seu restaurantepredileto ^

SEGUND

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ra" — Servido com tutu e couve à mineira. Da deliciosa

cozinha Maria Thereza Weiss. Pratos internacionais todos

os dias Alm. e jantar. Ektor e Maria Helena ao piano.R. Vise. Silva, 152 - Tel.: 286-3098.

TERÇA-EE1B*: aLE COIN — "Feijão Tropeiro" — Feijão fradinho preparadocom bacon, carne-seca, lombo, etc. etc, servido com tor-resmo, 2 costeletas de porco grelhadas, bacon e arroz.Café e licor - a gostosa oferta da Casa. Alm. e jantar.Av. Ataulfo de Paiva, 658-B - Tel.: 294-2599.

j ^QUARTA-FEIRA ElCALDEIRÃO - "Solarium Bar" - "Sopa Leão Velozo"-Todos os frutos do mar numa harmoniosa combinação,cozidos com temperos apropriados, servidos numa cum-buca de barro. "Talharini àll Alfredo Di Roma" - a deli-ciosa opção. R. Gal. Ven. Flores, 171 - Tel.: 294-2945.

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"Celebrity News"Circula cm Paris, distribuído apenas a m-

slnantes e entregue a domicilio, um boletimmundano chamado Celebrity Netos.

De circulação bl-semanal, o Celebrity Newspretende informar o di'a-a-dla dos socialltes,estendendo-se em descrições sobre as festasoferecidas, quem recebeu, quem estava, queroupa usava, o que se comeu e todos os demaisdetalhes encontrávels antes, apenas nos regls-tros sociais das colunas.

Informa, ao mesmo tempo, as personalida-des políticas, homens de negócio e artistas quechegam à cidade, onde estão hospedados e oque foram fazer.

Atestam, em suma, a total Incapacidadedos colunistas locais em colher e registrarestes fatos.

Pela leitura do último número do Ceie-brity News é possível, por exemplo, saber que:I/auren Bacall está em Paris, onde íollançar seu livro de memórias, hospedada nohotel San Regls.

O banqueiro paulista Rodolfo Bonfi-glloli chegou em viagem de negócios.

A Sra Odile Rodin Rublrosa Marinhoestá sendo aguardada depois de uma perma-nència em Nova Iorque.

PEÇA DE MUSEUA propósito da nota sobre a retrospectiva

História do Jóquei, que o decorador JorgeHue está montando no salão de exposições dasede do clube, escreve um leitor alertandosobre a existência, num leilão que será reali-zado em julho na antiga casa dos Alberto Or-temblad, de uma peça que pode muito beminteressar uma entidade turfista como o Jó-quei.

Trata-se de um bastão de marechal, componteira e punho de ouro cravejado de bri-lhantes, acondicionada num estojo com umaplaca de prata com a seguinte inscrição: "AoGeneralíssimo Manoel Deodoro da Fonsecaofferece o Turf-Olub por oceasião de sua fes-ta inaugural. 21 de dezembro de 1890".

Se não interessar ao Jóquei interessarácertamente ao museu do Exército brasileiro.

¦ ¦ ¦

Relações azedasBíanca e Mick Jagger saberão no dia 8 de

junho, por decisão de um tribunal de Los An-geles, se a ação de divórcio movida pelo cantorcontra a mulher será julgada na Califórniaou na Inglaterra.

Ele quer o julgamento na Inglaterra, quetem jurisdição sobre a filha do casal, Jade, desete anos, e Bianca, em Los Angeles, esperandoser favorecida pelas leis do Estado, que lhe dãodireito à metade da fortuna de Mick.

As relações entre os dois não são nadaboas desde que Bianca entrou com uma queixana Justiça reclamando que recebia por mês domarido 15 mil dólares, reduzidos depois da se-paração para 2 mil.

DUAS INFORMAÇÕESO diretor da Sala Cecília Meireles, Sr Pe-

ter Dauelsberg, comunicou a um grupo deempresários, há dias, quê* os preços de alu-guel tanto da Sala como do Teatro Municipalhaviam sido corrigidos para a atual tempo-rada.

Segundo ele, quem quiser dispor por umdia da Sala Cecília Meireles deve agora de-sembolsar Cr$ 20 mil; pelo Municipal, Cr$ 100mil.

* •A Funterj apressou-se em retificar a In-

formação, afirmando não existir tabela fixapara o aluguel de nenhum de seus teatros.

Segundo a direção da fundação, são ana-Usados caso por caso, levando-se em consi-deração as perspectivas de faturamento doespetáculo e sua importância cultural.

Em outras palavras: com o aluguel dosteatros não se pretende obter lucro, mas tam-bém não se deseja ter prejuízo.

* •Se vigorar a informação do diretor da Sa-

Ia Cecília Meireles, paga-se mais no Rio paraalugar um teatro do que, por exemplo, emNova Iorque.

Se, por outro lado, vigorar a informaçãoda Funterj, a cultura no Rio ainda tem umachance de sobreviver. Pequena, é verdade,mas tem.

S. O. s.Se já é precário, para não dizer primitivo,

depender de gás engarrafado, muitíssimo pioré ter interrompido o seu fornecimento pelaconcessionária.

Nesta situação estão hoje inúmeros mora-dores da Barra e zonas adjacentes, impedi-dos de-tomar banho e até cozinhar.

Há pelo menos um — o lamuriento missi-vista que se lastima em carta à coluna — queestá há exatamente 15 dias telefonando pa-ra a fornecedora suplicando o restabeleci-mento de sua preciosa remessa.

Segundo o leitor, quando afinal alguématende, ouve-se uma voz que parece falar dasprofundezas de um poço de gás e que acabagarantindo, depois de violentos debates, a en-trega no dia seguinte dos esperados bujões.

• Só que estes, apesar da promessa,chegam nunca.

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ANTIGAS ALUNASDO SAGRADO

CORAÇÃO DE JESUS

Associação Nacional AntigasAlunas do Sagrado Coração deJesus (ANASC) convoca paraAssembléia Geral, a se realizaramanhã, dia 24 de maio, às14.30 hrs. (Ia. convocação) e »>15 hrs. (2a. convocação) paraeleição da nova diretoria. RuaFerreira de Almeida, 42,

PAGINA 4 D CADERNO B G JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 23 de maio de 1979

José Carlos Oliveira

O gato-que-pesca

Paris (via Varig) — Num sebo doRua Saint-Jacques, ãescubro esta pre-ciosiáade: a primeira eâição francesade La Rue du Chat-qul-Pêche, roman-ce húngaro áe Jolan Foláes. A Rua doGato-que-Pesca... Passo sempre porlá quando vou me perder no déãaloáe Saint-Michel.

"Duas fileiras ãe quatro casascaãa uma — mas nas extremidades,essas casas abrem para o cais (ão Se-na) ou para a Rue áe Ia Uchette;portanto, no fim ãas contas, ficam sóâuas casas de tíaãa laáo... Serão ve-lhas? Ninguém sabe. São casas semiáade, tanto poãem ter 500 como 50anos". Confere.

Existe uma tradução brasileiraáesse romance que me caiu nas mãosquanão eu tinha 14 anos. Foi quandome apaixonei por Paris. Li umas 20vezes Rua do Gato-que-Pesca. Su-ponho que figura no maravilhoso ca-tálogo de ficção internacional du Edi-tora Globo ãe Porto Alegre. E' até pos-sível que a tradução seja de PauloRónai, mas acontece qua no umbralda juventuãe eu mal me âava contaáe que os livros eram escritos por pes-soas; não me entrava na cabeça aidéia ãe que certos romances são in-clusive transportados áe uma línguapara outra.

Este exemplar que peguei no sebofoi transposto ão húngaro por DeniseVon Moppes e lançado pela EditionsAlbin Michel. A data: fevereiro ãe1937. Por quantas mãos terá passadonesses 42 anos áe existência? Acreãitoque por uma única mão. Misteriosamão estrangeira, que marcou a lápisapenas uma passagem áe três linhasnuma narrativa de 316 páginas! Eisaqui: ¦

"A família está feliz nesse mo-mento — e mesmo que seja apenasum momento, feliz áe uma felicidadesimples, primitiva e sublime".

Há passagens muito mais interes-santes, mas essa foi a única que tocoua pessoa que leu antes áe mim. Tocoufunáo: o leitor se áeu o trabalho áeapanhar um toco áe lápis a fim áeassinalar o encontro áe seu coraçãocom o generoso coração que pulsa noromance. Devia ser um tipo solitárioe pobre, vivenão em conáições tão âes-confortáveis que não poãta trazer con-sigo um lápis. E' isso! As três linhasmarcaãas coincidem com o instanteem que o primeiro leitor encontrouespaço e tempo para se dar ao luxode assinalar sua própria viagem tia-quelas páginas... Estaria, então, "fe-liz, ãe uma feliciáaâe simples, primi-Uva e sublime"... Em seguiâa veio aguerra, a Europa exploãiu, e o roman-ce áe Jolan Foláes, só Deus sabe apósquantas peripécias, acabou senão ven-âiâo a um livreiro ãe velharias da RuaSaint-Jacques.

Ali o encontrei eu. Imeãiatamen-te me pus a ler. Sabem que não melembrava ãe nada, mas de naãa mes-mo? E' uma história ãe refugiaáos;uma narrativa de trama fluvial, lerdae fascinante. O peleteiro Barabas esua pequena família se transferempara a França, em 1920, em razão dodesemprego em Budapeste. Alojadosnum hotel ãa Rua ão Gato-que-Pesca,travam conhecimento com a comuni-ãade ãos refugiaáos, multiáão de se-res partiãos ao meio num solavancoda História. Um capitalista russo, umsocialista lituano, um príncipe espa-nhol, uma comunista finlandesa, ou-tro espanhol arnarquista, um minis-tro ãe Estado italiano, um grego per-seguido pelos

'turcos... Há.mais, hálegião áe personagens reuniãos pelaiãentiãaãe ãa comum desgraça, pelasaudade das respectivas pátrias, pelanecessidade de sobreviver numa Fran-ça tradicionalmente chauvinista...

E' esse o núcleo do romance. Pa-ris, a moldura. Entretanto, só agoraverifico que guardei a moldura, en-qitanto o quadro se desfez na minhamemória. Assim, pela segunda vez, liA Rua do Gato-que-Pesca pela segun-da vez... E como a evidência se im-põe, devo segurá-Da pelo rabo e exibi-Ia, raposa arisoa, ao leitor assombra-do. Sim, meu caro leitor: — toâos oslivros que li foram escritos por mim!

f/ma ¦¦¦¦IBUBPHHB-tUifMM . Ijp:1._ jj—.—i —tt i—m— .

Paisagens, tema básico do pintor baiano que não acredita em obra de arte sem críticaMiM

Fernando Coelho

O PINTORDA NATUREZAAPRISIONADA

Maria Lúcia Rangel

FERNANDO

Coelho é dinâmico aopintar e ao falar. Com um sota-que baiano gostoso vai desfilandohistórias, analisando aqui e ali,

apontando uma tela ou outra, contente coma coerência que conseguiu manter nos seus16 anos de trabalho. A mostra que inaugu-ra hoje na Galeria Trevo foi arrumada comperfeição, composta de telas feitas este ano,com uma exceção, de 1978, que dá idéia dodesenrolar de um pensamento. Ao fundoestão as mais recentes, paisagens que bei-ram o abstracionismo, em que a preocupa-ção com a cor é evidente, mas onde nãoabandona o essencial, o tema contempora-neo. Para o artista, é fundamental proporatravés do seu trabalho alguma coisa quepossa acrescentar em termos humanos. En-fatlza mesmo que é esta a função da arte.

Paralelamente à exposição, FernandoCoelho está lançando um livro de desenhos,com texto do crítico Clarival do Prado Vai-ladares, fruto de uma encomenda da em-presa Zanlni S/A Equipamentos Pesados,para distribuição no final do ano:

— Foi ótimo porque me permitiu umaconquista de liberdade muito grande. Tinhaa idéia e ia fazendo. E vejo que não há re-petição, mas1 sempre uma nova criação. Pa-ra esta mostra, comecei a trabalhar damesma forma.

Aponta o último trabalho executado,quase uma abstração que sugere a paisa-gem, decorrência do tema que mostrava acadeira na paisagem. Chegou à síntese. Pa-ra isso, no entanto, ele percorreu um longocaminho, iniciado no interior da Bahia, emAlagoinhas, onde morou até os 15 anos. Foiquando mudou-se para Salvador. Queria

completar seus estudos, plano impossível deser levado adiante já que teve que traba-lhar para pagar a pensão onde morava. Otipo de trabalho que arranjou foi o pon-to de partida para uma carreira que hojeem dia pode ser chamada de sucesso:

Fui ser ajudante de desenhista demóveis. E ganhava bem, para o garoto queera. O engraçado é que fui trabalhar comum sujeito que hoje é artista, Antônio Re-bouças, espécie de faz-tudo como eu. Eraarquiteto, engenheiro, pintor, escultor, etc.Note como isso foi fundamental para mim.Como ele tinha um aielier na própria fá-brica, quando acabava o dia íamos para látrabalhar.

Para Fernando é discutível o fato deum artista dispersar seu trabalho por fa-zer um pouco de tudo. Cita Max Bill e Chi-co Buarque, dedicados a mais de uma ati-vidade artística. Esquece-se, talvez, que oprimeiro é basicamente um escultor e o se-gundo um compositor:

E', eu sou mesmo um pintor. Con-cordo que se a pessoa leva um lado seu aomáximo, conseguirá uma obra melhor. Masdepende muito de temperamento.

Irrequieto ao extremo, aprendeu comAntônio Rebouças a mexer com óleo, gua-che, barro, aquarela e ainda construia mó-veis artesanalmente. Diz que era fascinan-te pegar a matéria bruta e vê-la transfor-mada a partir do seu desenho. Desse pri-meiro emprego, Fernando foi para um es-critério de arquitetura. Tinha vontade deser arquiteto, mas ainda não executava na-da criativo. Puseram-no para fazer a pro-gramação da firma. Foi quando seu dese-nho tornou-se mais livre. Mas um fase deresponsabilidades esperava-o: casamento,filhos e uma mudança total de vida.

Era preciso ganhar dinheiro, ficar ri-co, pensar no futuro das crianças. Deixei o

desenho e fui vender toalhas. Virei viajan-te, sonho de rapazola, quando ainda emAlagoinhas esses profissionais nos rouba-vam as namoradas com suas histórias deviagens.

Vendedor de toalhas; dono de uma fá-brlca de flamulas, onde desenhava, exe-eu tava e vendia; sócio de um amigo numafábrica das anúncios feitos em acrílico pa-ra firmas comerciais:

Era uma época em que este mate-rial ainda não havia chegado na Bahia. In-do a São Paulo com um colega, trouxemosumas seis chapas e começamos a trabalhar.O primeiro cliente foi a companhia que fa-zia a divulgação de Barravento, primeirolonga-metragem do cineasta Glauber Rocha.Foi colocado sobre o elevador Lacerda. Onegócio cresceu tanto que passou de umapequena oficina â uma indústria. E faliu:

Fiquei sem fazer nada. Uns quadri-nhos de vez em quando, até que o Osmar(com Dodô inventou o famoso trio elétricobaiano), grande amigo, precisou fazer umaviagem e estava sem dinheiro. Fiz e vendi200 abajures. E fui com ele, pelo interior deMinas, Rio e São Paulo.

Os quadros pintados blssextamente fo-ram vistos por Ciaudir Chaves e Renot, ho-je tapeceiro mas na época dono da Gale-ria Querino, em Salvador. Incentivado pe-los dois, Fernando fez sua primeira indivi-dual. Era o ano de 1964 e, modestamente, eleconfessa que os amigos compareceram, astelas eram bonitlhhas e foi tudo vendido.

Virei pintor. Muito influenciado peloJenner Augusto. No ano seguinte expus noRio, na Montmartre e em 1966 em São Pau-Io, na Astréia. Tive um sucesso muito rá-pido, por uma questão de circunstanciamesmo. Fiquei badalado em Salvador e istoajudou.

Durante uma década, de 64 a 74, fezuma pintura que se desenvolveu em tornoda paisagem. E a coerência teve início apartir do terceiro ano de trabalho. Somen-te a maturidade fez com que começasse ater uma visão crítica da sociedade e a apli-cá-la em seu trabalho:

Antes, fazia um objeto agradável,mas que não questionava nada. Quando em1975 fiz uma grande exposição no Museude Arte Moderna da Bahia, meus quadrosapresentavam uma preocupação política esocial. Até Blafra e o Vietnam estavam re-presentados. Como uma explosão, porque

não tinha uma formação que me levasse, aisso, mas pura intuição.

Mais uma vez a vida particular inter-feria na do artista. Separado da mulher,Fernando mudou-se para o Rio de Janèl-ro. Desvinculou-se da estrutura baiana; e,em particular, da sua própria, de certa for-ma viciada, como ele mesmo confessa: -.

Vivi um ano comigo mesmo. Masnão acertei com o esquema de vida cario-ca e voltei, desta vez para Arembepe. Vejasó o que o Rio provocou: fui para a beirada praia viver como índio. Mas esconder-se não é uma saída. De qualquer modo ser-viu para o que fiz agora. Fazia parte dapaisagem, vivendo dentro dela.

Hoje, Fernando mora numa casaverdadeira escultura — projetada por elemesmo, em Itapuã. Um espaço, segundo opróprio autor, em que você entra e captatodas as suas possibilidades. E não préten-de mudar-se tão cedo. Os desertos, sua pai-xão, continuarão a ser visitados, mas so-mente como turismo:

Gosto de solidão, da coisa vazia. Nãoestá vendo os meus quadros? Por isso façoa critica do aperto. E a gente tenta atra-vés do conhecimento se desligar da natu-reza! E' um processo muito burro.

A natureza nas telas do pintor estáaprisionada. E' contemplada através de qua-drados exíguos de janelas ou em quadrospintados no próprio quadro. Aponta as ja-nelas envidraçadas do Shopping Center naGávea, onde fica a Galeria Trevo. A seme-lhança com o que faz é patente:

E' fundamental que o artista sejacrítico. E' um alerta.

A cor, que nos primeiros trabalhos erao ponto de partida, deixou, pouco a pouco,de ser o mais importante. Hoje, a idéiamarca o início de uma pintura. A cor dá oclima. A tela que representa o interior écinzenta, pesada. Já a que mostra uma pai-sagem é suave, azuis claros, tons nostálgi-cos:

A coisa é cíclica. Acredito que os úl-timos já se preocupem mais com o colorido.O próprio tema, abstrato, me obriga a isso.E estou voltando às coisas consideradasfundamentais na pintura, como material,técnica, maneira de fazer, sem abandonaro essencial: o tema contemporâneo. Meutrabalho caminhará agora dando valor'àscoisas formais. E' uma certa intelectualiza-ção, com uma critica mais sutil. Mas aameaça continua.

Televisão

UM NELSON RODRIGUESSEMPRE ÚTIL E ATUAL

Paulo Maia

xSSíS

¦^fc -yENHUM texto seria maisi^SSkí apropriado para abrir as1 ^Bl minisséries ãa Globo e parti-

JL ^H cularmente Aplauso ão queVestido de Noiva, áe Nelson Roárigues.Apesar ãe montaáo, pela primeira vezem teatro, em 28 ãe ãezembro de 1943(com a histórica ãireção áe Ziembins-ki, cenários ãe Santa Rosa e o gntpoOs Comeáiantes), é atual e continuarevolucionário em termos ãe lingua-gem. Além ãisso, apesar ãe, na época,não estar ainãa instalaáa a televisãono Brasil, a impressão que se tem è queNelson Roárigues o escreveu especial-mente para esse tipo ãe veículo, tantassão as iáentificações ãe sua trama coma multipliciãaáe potencial ãa lingua-gem da comunicação eletrônica.

A peça áe Nelson Roárigues, pro-vavelmente a obra-prima ão maior ára-maturgo brasileiro vivo, possibilitou aZiembinski em 1943 a primeira gran-ãe revolução ão teatro brasileiro mo-áerno não só pela narração áesconti-nua em termos de tempo, mas pelafragmentação ãa ação em três planos:a realiãaãe, a memória e a alucinaçãodo personagem central, a jovem se-nhora Âlaide Moreira, atropelaãa naGlória. No teatro áe polainas engra-xaãas âos anos 40, Nelson Roárigueschocou o público com um texto cheiode gíria e de uma espantosa coloquia-liáaãe, característica, aliás, de suasproduções teatrais mais significativas.O encenador revolucioiiou também a

linguagem cênica áiviáinão o palco emtrês partes e pontuanáo a ação comfade-outs, ao longo ãa Tragédia emTrês Atos, que sacuáiu a poeira e tirouo mofo ão teatro brasileiro há mais áe35 ailos.

Além ãa montagem revolucionáriaãe Os Comediantes, o texto áe Nél-sol Roárigues também possibilitou aproâução ão momento mais alto daficção brasileira na televisão, com aqual o encenaãor paulista (cujo traba-lho ãe montagem mais recente foiMacunaíma com o Grupo Pau-Brasil)Antunes Filho comemorou o 31° ani-versário da montagem primitiva, An-tunes Filho adaptou e dirigiu Vestidode Noiva para a série Teatro Dois, deTV Cultura, canal 2, ãe São Paulo, comNatalia Timberg, Lillian Lemmertz,Célia Olga, Luís Carlos Moraes, EdwinLuisi, Eleonor Bruno e Evilazio Marcai,entre outros, e o programa foi levaáoao ar no áia 28 ãe ãezembro áe 1974,senão áepois reprisaão algumas vezese levaáo ao ar em outros canais eâuca-tivos ão Brasil.

De extremo bom gosto, muito cui-ãaão profissional na proâução e cominegáveis qualiâades técnicas, a pro-dução ãe Vestido de Noiva para Apiau-so, com adaptação de Domingos deOliveira e direção ãe Paulo José, é tam-bém um marco notável na história ãaficção brasileira na tevê. Apesar ãisso,o resultaâo não foi tão positivo comojá havia siâo o ãa produção ãa TV Cul-tura de São Paulo.

O caráter expressionista do textoãe Nelson Roárigues foi realçaâo naproâução ãe Antunes Filho pela in-

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terpretação conjunta áe um elenco ex-cepcional e ãe uma certa forma muitomais ligaão então ao palco ão que àcâmara ãa televisão. O trabalho áe Su-zana Vieira, Joana Fomm, Dionísio ãeAzevedo, Othon Bastos, Tânia Carre-ro, Dina Sfat, Lafaiette Galvão, Lour-ães Mayer, Heloísa Helena e seus com-panheiros foi ãe extrema correção, pró-xima ãa perfeição, também. Mas a pre-áominancia áe atores de escola natu-ralista ãa televisão serviu para refor-çar a coloquialiãaãe àos áiálogos, eli-mihanão as possibiliãaáes expressio-nistas na interpretação, subünhaãasna proâução anterior.

O tom expressionista tinha siãomafcante na proâução de Antunes Fi-lho e seu ponto alto era a iluminaçãomarcttãa e cheia ãe contrastes, só pos-sível naquela intensiãaàe no preto ebranco. As cores áeram mais vivacida-ãe aos cenários ãa casa velha, princi-palmente nas cenas áe alucinação, masse peràeu muito em clima em relaçãoá fotografia em preto e branco. Aaãaptação áe Domingos ãe Oliveira foiprejuãicaãa também pela necessiáaãeáe dar mais rapiãez à eâição paramanter o programa no prazo ãe umahora, padrão ãas minisséries ãa Globo(aliás, nesse particular, a minissérieAplauso é a mais prejudicada, pois émuito dificil enxugar, na edição, tex-tos teatrais com. normalmente, áuashoras ou mais áe âuração). Nesse pon-to é eviáente a superioriâaáe áa aãap-tação ãe Antunes Filho, que contoucom uma pontuação áe cortes, corti-nas e fusões (substituinâo os fade-outsão teatro) de uma muito talentosa di-reção da TV de Ítalo Morelli no pro-

grama da série Teatro Dois. Vestido deNoiva exige um ritmo mais arrastadoe a limitação de sua duração para umahora prejudicou momentos muito im-portantes, em termos ãe clima, como éo caso da bela cena ão velório de ma-dame Clecy, com a sempre forte pre-sençã ãe Dina Sfat.

A estréia de Aplauso merece nos-sas palmas, apesar de, na comparaçãocom o trabalho anterior de AntunesFilho, o ãe Domingos de Oliveira e Pau-Io José áeixar muito a âesejar. A quês-tão ãa trilha sonora, por exemplo, é áeimportância fundamental. A colagemde uma trilha sonora apropriada aoclima ão espetáculo pelo maestro Car-los Castilho (Com a predominância áetemas ãa Sinfonia, ãe Luciano Berio)foi essencial para o êxito artístico ãaproâução paulista. A banáa sonora ãaaãaptação ãa cultura lançava o textoáe Nelson Roárigues para a frente, âei-xanão clara sua moãerniãaãe. Já abanáa sonora ão programa apresenta-ão na segunâa-feira passaâa, na Gio-bo, às 22h, áava a impressão ãe quese estava venào uma novela ãas 18h,uma espécie áe hora áa sauãaãe dasteleldgrimas. A valsa Dolente, ãe JoséCarlos Dias, composta em 1842 e of-questraãa pelo maestro Rogério Du-prat, é belíssima, mas não apropriaâa,e apenas passou a compor uma sérieãe clichês musicais junto com a Mar-cha Nupcial áe Menâélssohn e a Mar-cha Fúnebre, ãe Chopin, entre outrascitações.

Por seu projeto cultural, por suascaracterísticas áe testes ãa linguagemda televisão e de laboratório para ou-tros seriaãos, Aplauso é a mais aguar-dada das minisséries ãa Globo. Por is-so tudo, achar uma fórmula para liber-tãr às aãaptações ãos rigores ão pa-ãrão de tempo seria uma boa proviãén-cia a ser pensaâa por Daniel Filho eseus assessorei.

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 23 de maio de 1979 D PAGINA 5

NADIN NADINHAUM AUTO COM

HUMOR POPULARMíriam Alencar

ESCRITA

em 1968, a peça Nadln Nadl-nha Contra o Rei de Fuleiro, de Má-rio Brasini, foi vetada nas quatro ve-zes em que o texto foi submetido à

Censura. Finalmente, depois de conquistar o3.° lugar no Concurso de Dramaturgia do SNTno ano passado, e liberada pela Censura noinício deste ano, Nadin Nadinha estreia hoje,no Teatro da Galeria. Com ela, também es-tréia na direção o cineasta Maurice Capovil-Ia, que depois de quatro longa-metragens e23 documentários, leva para o palco a concep-ção cinematográfica de ritmo e movimento,além de ampliar a farsa criada por Brasini, co-locando-a no picadeiro de um circo, sob a mú-sica de Ivan Lins.

Embora nunca tenha dirigido uma peça deteatro, Maurice Capovilla sempre conviveu muito-próximo dele, ao lado de nomes como Augusto Boale Gianírancesco Guarnieri e todo o período decriação e Implantação do Arena de São Paulo. Hápouco, mais de três anos, dirigiu o musical Me Dáo Mote, com Guarnieri e Edu Lobo, "que tinha umesquema dramático" e depois da Capital, percorreucidades do interior paulista, mas não veio ao Rio.Esta sua primeira experiência concreta ele consl-dera "excitante e interessante", especialmenteporque o texto de Mário. Brasini permite umagrande abertura de criação:

O texto é uma farsa que pode ser levada demuitas formas. A minha Meia foi colocá-la em ter-nios de farsa circense. Daí, resolvi montar a peçacomo se fosse um circo. A primeira parte de umespetáculo circense é composto geralmente pornúmeros de variedade. A segunda parte é umapeça, interpretada pelo conjunto de atores. Issorealmente acontece em dezenas de circos do inte-rior. Os atores tradicionais passam a fazer o papelde atores de circo, atuando numa peça dentro doespetáculo.

Capovilla aceitou dirigir Nadin Nadinha acel-tando o convite feito pelos produtores Pierre Bar-roso e Murilo Bastos. A peça foi escolhida por serconsiderada um texto importante além de ter sidopremiada e recebido referências elogiosas de váriosoritlcos.

Brasini já tinha pensado em outros produ-tores, acabou nos cedendo a peça. — Diz Capovilla.— Ela é uma tremenda farsa sobre os regimes pre-patentes que simbolicamente são representados porum rei de um país imaginário, Fuleiro. Esse rei aospoucos vai enlouquecendo toda a corte assim comoele próprio, especialmente porque um dos habitan-tes, Nadin, resolve gritar "paz, igualdade, liberda-de" durante um desfile. Nadin é preso e condena-do à morte. Morre, mas no dia seguinte é vistovivo na cidade. A cada nova morte Nadin ressus-cita de maneira mais viva. Nadin representa opovo, que é Imortal e sobrevive a tudo, segundo aidéia central de Mário Brasini. Ele se chama Na-din porque é nada e é tudo ao mesmo tempo, aca-bando por ser mais forte do que o rei.

¦ ¦ ¦O circo não é novo para Capovilla, que utilizou

o mundo mambembe em seu filme O Profeta âaFome (os outros longos foram Bebei Garota Pro-paganda, Noites de Iemanjá é Jogo da Vida)quando Juntou atores de cinema, de circo e povo:A proposta de circo vem de longe, da buscadas raízes populares de representação que vêm dopicadeiro, onde tudo é muito, claro, exacerbado erico. No fundo, a idéia do ator cômico, do palhaço,dos cômicos da Revista e da Chanchada (Oscaritoe Grande Otelo são exemplos), coma estão em Pe-dro Malazarte, Macunaima, no Bumba Meu Boi, eassim foram transpostos para o palco. No cinemasempre trabalhei com atores vinculados à realida-de. O Profeta da Fome foi assim como estou ten-tando fazer no teatro, procurando descaracterizara representação, tradicional e trazer o circo paradentro do teatro. Nadin pode ser' considerado umauto com humor popular.

Maurice Capovilla joga com o espaço, que éfundamental. Enquanto no teatro ele trabalha como Imaginário, no cinema lida com o real, o ver-dadeiro.

Se estivesse fazendo um filme, filmariadentro de um ciirco e o levaria para junto do povo.No teatro, trouxe o circo com todos os seus ele-mentos básicos. Os atores foram treinados parafuncionarem como atores de circo, tiveram liçõesde trapézio,, acrobacias, mágica, dados por LuizOlimecha, um especialista no assunto. E' um tra-balho sensacional, com muita elaboração e deta-lhes. Procuro trazer a experiência de ritmo, e mon-tagem, a marcação cena por cena, para o palco,em uma hora e 40 minutos, que é o tempo de dura-ção de um filme, sem que haja quebra de movi-mentação.

O elenco de Nadin Nadinha está-se compor-tando como uma autêntica troupe circense, depoisde dois meses de ensaios. Cada papel é importante,cada número tem peso próprio. E também não fal-tam no elenco nomes que vieram do circo. Assimé que o Rei de Fuleiro é interpretado por Carva-Ihinho, que adquiriu longa experiência no pica-deiro, como também Alby Ramos, que atuam aolado de Vinizius Salvatorl, Rui Rezende, JalusaBarcellos, Elias Andreatto, Expedito Barreira, JoséLuiz Roddi, Sérgio Maia, Demetriu Pompeu, Car-los Adier e Elcio Romar, a quem coube a papel deNadin. A música foi especificamente composta porIvan Lins, que se integrou inteiramente no espiritoda peça. Os cenários e figurinos são de LaerteThomé.

Diante da estréia de mais uma peça de teatro,Maurice Capovilla não está alheio ao problemaatual que vem sendo notado, de casas com poucopúblico embora os espetáculos sejam de peso e im-portancla. Os motivos do pouco público são vistospor Capovilla e não o assustam:

Talvez estejamos passando por um períodode transição ou talvez esteja faltando alguma col-sa do cotidiano que interesse de perto ao público.Há realmente falta de atualidade tanto em textosde teatro como em cinema, ou seja, a falta do mo-mento atual. Eu tenho certeza de que peças comoRasga Coração e Papa Higuirte, de Oduvaldo VianaFilho, serão sucesso. São textos que falam da nossaatualidade, que não são apenas uma informação amais. O que está nos faltando é chance de rir. so-bre o que passamos. Eu acredito que Nadin dá essachance, porque é uma farsa malcomportada e vul-gar — no sentido popular da palavra — uma brin-cadeira, que eu estou levando às últimas conse-crtrencias, o que favorece ao mesmo tempo, a críti-ca. Um exemplo pode ser apontado: Murro emPonta de Faca está com gente voltando da portatodos os dias. E a peça trata de um problema atual,nosso, a nossa realidade que o público teve 15 anospara sentir. Nossa tarefa é trazer o público, com oselementos que estejam bem próximos dele.

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Elias Andreatto fazparte do grupo que recebeu treinamento

de Luiz Olimecha

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Carvalhinho, interpretandoo rei de Fuleiro, revive os tempos

do picadeiro

Alby Ramos veio do circo ejá ganhou os prêmios Governador do Estado

e Mambembe, é personagemimportante em Nadin Nadinha

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PARA NÃO DESAPARECEU.JORNADA DE CURTAS

TROCA SALVADORPOR JOÃO PESSOA

Vitor Hugo Soares

^--n*ALVADOR — Depois de se^^^ consolidar ao longo de se-^mB te anos como um dos prin-fcs__jr cipais eventos cinemato-gráficos do país, a Jornada Bra-silelra de Curta-Metragem, cujafase de inscrição de filmes foi ini-ciada esta semana, não mais teráSalvador como sede. Para nãodesaparecer, será transferida pa-ra João Pessoa, na Paraíba, umavez que a Universidade Federalda Bahia retirou o patrocínio,alegando falta de recursos finan-ceiros.

A decisão foi anunciada pe-Io coorde nador-geral, GuiãoAraújo, na abertura das inseri-ções dos filmes concorrentes. Se-gundo ele, não restou outra saídapara salvar a Jornada que, a par-tir deste ano, tentará um novoavanço para se manter comoacontecimento de vanguarda:"Buscará intercâmbio concretoãe filmes e cineastas brasileiroscom as cinematografias de outrospaíses latino-americanos e áaÁfrica, de fala portuguesa, alémde promover ampla aproximaçãoentre público, filme e cineasta,dando atenção particular aos fil-mes ãe documentação social."

Criada em 1972 como simplesevento estadual destinado a ten-tar "restituir ao cinema da Ba-hia a vitalidade que havia pos-suião durante a década de 60", aJornada logo se transformarianum encontro de dimensão nado-nal. Isso, segundo- reconhecemquase todos os participantes emanos anteriores, graças ao cará-ter novo dado à sua estruturação,numa época em que os festivaisde cinema não fugiam ao esque-ma tradicional na base ão "pisei-na de dia, projeção à noite".

Desde o início, a Jornadaprocurou sempre preservar a con-dição de promoção aberta a to-das ns tendências cinematográ-ficas e a todas as bitolas, mesmao Super-8, na época encarado co-mo um tipo menor ãe cinema ésem grandes perspectivas profis-sionais. Ao lado disso, sita progra-mação ofereceu sempre ao longodos últimos sete anos oportuni-dade de trabalho concreto emtermos de reivindicações profis-sionais, e tem procurado ser oprincipal fórum para troca deidéias entre realizadores, público,críticos e autoridades ligadas aocinema.

Segundo o crítico Bráulio Ta-vares, que participa do festivaldesde o seu início, "foi nas Jorna-das de Salvador que o cinema in-dependente brasileiro conquistoualguns de seus trunfos mais ex-pressivos dos últimos anos, alcan-çanão sua afirmação através deimportantes conquistas no ambi-

to profissional e ãa riqueza depossibilidades criativas que se es-pelhava em sua numerosa produ-ção".

O coordenador Guião Araújodefende a posição, entretanto,que para preservar o seu carátervanguarãista e independente, aJornada de Curta Metragem ti-nha de se reestruturar, acompa-nhando a própria evolução poli-tica ão país. "Este ano decidimosavançar. Aumentar o número defilmes e paises participantes, coma presença de representantes ca-tegorizaãos de países como o Mé-xico, Venezuela, Cuba, Peru, Bo-livla, Argentina e Colômbia. Nes-se sentido, já estamos em contatocom o Itamarati", informa Guião.

Acrescenta ainda o coordena-dor da Jornada que este ano, naParaíba, haverá um seminário so-bre cinema latino-americano, de-venáo surgir dos debates um em-brião de mercado. "Os partici-pantes não serão os medalhõesáe cinema, mas pessoas que te-nham influência nos meios cine-matográficos de seus paises. Pes-soas que, ao retornarem do en-contro, trabalharão visando aJornaãa Latino-Americana queáeverá ser realizaãa já em 1980".

A presença de cineastas daAmérica Latina é considerada degrande importância pelos partici-pantes e organizadores da Jorna-da, tendo em vista que toda umasérie ãe problemas enfrentadospelo cinema brasileiro é idênticaaos problemas de países vizinhosno continente.

"Um dos temas principais dosimpósio na Paraíba, a lei de obri-gatoriedade de exibição do curta-metragem, por exemplo, é capazãe unificar o interesse de todosos cineastas latino-americanos,pois em quase todos os -paísesexistem os mesmos obstáculos co-locados pelos distribuidores es-trangeiros. O assunto reforça aluta pela defesa dos produtos na-cionais e, ao mesmo tempo, do in-tercambio deverá surgir umaperspectiva concreta ãe surgimen-to de um mercado latino-amerir.cano de curta-metragem, princi-palmente entre países que já têmleis de proteção semelhantes àsbrasileiras", assegura GuiãoAraújo.

¦ ¦ ¦

Sobre a mudança de local ãaJornaãa, que tem provocaão mui-tos protestos em Salvador, inclu-sive com pixações em muros depareães na ciáaãe, o coorderúa-ãor-geral afirma que não restououtra saíáa para salvar o evento."No ano passado houve o afasta-mento unilateral da UFBA, queretirou o patrocínio. Embora emtermos financeiros isso não te-nha significado muito, prejudicoubastante em termos de prestígio,o que facilitava a obtenção deajuda junto a outros setores.

Do ponto-de-vista financeiro,segundo os organizaáores, a Jor-naáa foi sustentaâa sempre porórgãos feáerais como a Embrafil-me e a Funarte, além ão Institu-to Cultural Brasil-Alemanha, queoferecia suas instalações em Sal-vaâor, com toãa a infra-estrutu-ra para exibição áe filmes emconcurso ou mostras paralelas epara os áebates e reuniões dasassociações e clubes de cinema.

Essa ajuda, segundo fazquestão áe destacar Guião Arau-jo, áevia-se ao fato de ser dire-tor âa entidade, até 1977, o SrRolanã Schfner, um homem inte-ressaáo e incentivaâor ão cine-ma, tendo inclusive participaáoantes como organizaáor do Fes-tival de Obenhausen, principalacontecimento de cinema ináe-penáente áa juventuãe na Ale-manha.

Com a mudança na direçãodo ICBA, porém, verificou-setambém um esfriamento quantoao interesse ãa nova diretoria áeque a jornaãa continuasse senãopromoviáa nas dependências áaentidade. Isso obrigou os organi-zadores a buscar apoio em outro»lugares, recebenáo-o principal-mente áa Universidade êa Paraí-ba, que através de sua pró-Reito-ria de Extensão Comunitária, de-ciãiu patrocinar a Jornada.

A boa receptividaáe da Uni-versiãaâe da Paraíba explica-se,inclusive, pelo fato áe que o Esta-ão comemora este ano um episó-áio consiáeraão ãe granáe impor-tancia cultural para os paraíba-nos: o vigésimo aniversário áomoãerno documentário da Paraí-ba, iniciado com Aruanda, de Lin-duarte Noronha.João Pessoa já dispõe deuma infra-estrutura para a Jor-naáa, num só local, que é o com-

plexo do Hotel Tambaú. Alémdisso, a cidade está localizadanuma situação estratégica, pró-xima a outros granães centrosnordestinos, o que facilita a exe-cução de um dos principais obje-tivos da Jornaãa, que "vai seabrir para a comunidade, ãeixan-ão de ser um evento de iniciadoscomo tem acontecido até agora".Essa abertura, segundo GuiãoAraújo, é fundamental, agoraque foi criado um mercado pro-fissional para o curta-metragembrasileiro, com a lei ãe obriqato-neâaãe.

A busca ãe conquista de ummercado profissional vai deter-minar, inclusive, a exclusão ãabitola Super-8 nos filmes inseri-tos para a 8a. Jornaãa Brasilei-ra ãe Curta-Metragem. O cooràe-ãor-geral ão evento afirma, po-rém, que esse fato não acarreta-rá maiores problemas, pois a pró-pria Jornaãa ajudou a abrir umvasto campo para o Super-8, abitola que ãispõe áe maior nú-mero de festivais no pais paraser mostrada.

Musica

FORMAS DO ROMANTISMOLuiz Paulo Horta

Maurice Capovilla vindo ilocinema buscou as raízes populares e colocou

Nadin dentro de um circo

«Rio

passou a dispor de umnovo conjunto de camaraa

o trio formado pelo vlolinis-ta Bessler, spalla da Or-

questra Sinfônica Brasileira, pelo vio-lonoelista Márcio Maiard, que tambémencabeça o seu naipe na OSB, e pe-Ia pianista Ilze Trindade.

O conjunto estreou sexta-feira,no Auditório da Sondotéonica, emprograma que permitia uma compara-ção entre diferentes tipos de roman-tismo. O Trio em dó maior de Brahms(op. 87) é uma grande obra, sob qual-quer aspecto, mas é estranhamentepouco tooado; talvez por pertencer aomomento em que Brahms, depois deuma longa exploração da seiva schu-manniana — temperada, no seu caso,de classicismo beethoveniano — en-trava numa espécie de romantismoque culminaria na Quarta Sinfonia.Romantismo áspero, se se pode usaresse termo, marcado pela força dasidéias, mais do que qualquer envolvi-mento emocional.

O trio que estreou na Sondotécni-ca abordou corajosamente esta obradifícil, que exige uma virilidade nemsempre conciliável, com o refinadotouché da pianista. Melhores resulta-dos serão obtidos, naturalmente, comum processo natural de amadureci-mento.

Já plenamente decantado, em vezdisso, e cantante na sua bela polifo-nla instrumental, surgiu em seguida o'Trio em ré menor de Mendelssohn,obra irresistível na sua perfeição for-mal e no seu ímpeto melódico. Os ca-meristas da Sondotécnica demonstra-ram, nesta execução, o muito a que po-dem pretender no seu trabalho emconjunto.

Como conceituação das nuancesque podem ser encontradas no movi-mento romântico, recomendamos vi-vãmente a leitura do prefácio de Ar-thur Rubinstein à recente reedição deum clássico da bibliografia chopinia-na: The Life and Death of Chopin,de Casimir 'Wierzynski (Simon &Schuster, Nova York, 1979). Na impôs-sibilidade de transcrever por inteiroesse prefácio, optamos por uma longacitação. Escreve Rubinstein:"Chopin é um caso notável de de-senvolvimento prematuro da sensibi-lidade. Estava completamente amadu-recido espiritualmente antes de che-gar aos 20 anos. O resto da sua vi-da foi uma busca da perfeição artís-tica. (...) Por esse motivo é que suasobras são uma emanação dos primei-ros 20 anos, passados na Polônia. Aalma polonesa foi a fonte da sua ins-piração, a pedra de toque da sua per-sonalidade, e isto até o fim da suavida.

Há uma apreciação bastante di-fundida que eqüivale à deformação dapersonalidade humana e artística deChopin. Do ponto-de-vista humano,ele é visto como a fraqueza personi-ficada, enquanto Chopin, o artista,é tido como um deslavado romântico.Tornou-se hábito imaginá-lo sob umaspecto afeminado, embora atraente;como um frágil recluso que carregassea sua tristeza de salão em salão, umartista doentio dado a alterações detemperamento, a uma sensibilidademórbida.

A biografia de Wierzynski equi-vale a um retrato muito mais fiel dapersonalidade de Chopin, em que a pai-xão estava combinada com a lucidez,o temperamento com a discrição, oimpeto com o autocontrole. O "amigoangélico" a que sé referia Delacroixera, de fato, perfeitamente viril; ape-sar de toda a delicadeza e sensibilida-de que o expunham à fácil suspeita de

feminilidade, seu caráter era dotadode extraordinária força e resistência.

Do ponto-de-vista das relaçõeshumanas, Chopin contava com mui-tos românticos entre os seus amigos.Mas, em sua arte, foi pouco influen-ciado por eles. Eles o irritavam porseu exibicionismo, sua autopiedalde,sua tendência a conferir conteúdos li-terários à música. A lato Chopin opôsuma escrupulosa autodiscipliina, umconteúdo puramente musical, e nor-mas clássicas.

As tendências literárias de Schu-mann o desgostavam, como o baru-lhento tumulto de Berlioz; e Liszt nãolhe merecia grande estima como com-positor. Mesmo Beethoven, patrono doromantismo, permaneceu para ele umgênio admirado a uma certa distancia,que inspirava respeito mas não inti-midade.

Ao contrário disso, sua afinidadecom Mozart era ardente e desprovidade barreiras. Por toda a sua vida,Chopin prestou culto à claridade deMozart, à sua lucidez, sua perfeiçãoformal, sua capacidade de expressarsentimentos sem recorrer a meios ex-traordinários. Bach provocaria nelereverência quase religiosa. Chopin exe-cutava as suas obras como se estivesseem oração.

Preferências e aversões demons-trando que Chopin não pode ser con-siderado um romântico na acepçãocorrente do termo. Seu verdadeiro lu-gar na história da música deve, em vezdisso, ser definido a partir do instru-mento cuja essência ele revelou aomundo. Chopin revolucionou a músicapianistica. Nesse terreno, seu roman-tismo iconoclasta criou, também, umnovo classicismo. (...) O retorno à ex-ploração de todas as possibilidades dopiano só será possível através do re-encontro com os segredos de Chopin.Mas, ainda que Isto aconteça, Chopincontinuará sendo único".

PAGINA 6 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 23 de maio de 1979

Cinema• *¦.*• CXCIUNIE **** MUITO BOM i(-k¥ BOM ** REGUIAR * RUIM

Estréias

OOIPE SUJO (Foul Play), da Colin HigQlni. Com

Goldie Hawn, Chevy Chata, Burgeu Mertdlth,Rachel Roberls * Eugene Rocha, Condor largodo Machado (largo do Machado, 29 -245-7374),

Baronesa (Rua Cândido Benlclo, 1 747 —

390-5745): 14hl0m, 16h30m, 18h50m, 21hI0m.Condor Copacabana (Rua Figueiredo Magalhãei,286 — 255-2610)i de 2a. a 6a. e domingo, li15h, 17h20m, 19h 40m, 22h. Sábado, li 14h40m,17h, 19h20m, 21h40m, 24h. Vitória (Rua Sena-

dor Danlai, 45 — 242-9020), Carioca (Rua Con-

de de Bonfim, 338 - 228-8178), lablon-l (Av.Ataulfo de Paiva, 391 - 287-4524)i 14h

15m, 16h40m, 19h05m, 21h30m. (14 enoj). Co-

mídia dramática, Um complô • armado para «i-tasiinar o Papa Pio XIII, a parlir de uma lü-

posta visita que o Prelado faria & San Francisco.O Arcebispo desta cidade é assassinado em suaresidência. A partir dal, tuspanse e situaçõescarniças se entrelaçam em perseguições, assassf-nios ¦ sequeslros, que têm como pivô GoldltHawn e seu namorado Chevy Chase.

—_ABBA - O GRANDE SHOW (Abba - The Movia),de Lasse Hallstrom. Com Annl-Frid LyngstadBenny Andcrsson, Bjorn Ulvaeus e Agnelha Fal-tskoçj. Copacabana (Av, Copacabana, 801 —

255-0953): 13h40m, 15h45m, 17h50m, 19h55m,22h (Livre). Documentário sueco-australiano. Excur-aão do grupo sueco de música pop, ABBA 1 Aus-trália, documentada a partir de uma incumbênciarecebida por disc iockey australiano para entrevis-tar os componentes do grupo: Bjorn Ulvaeus, An-ni-Frid Lungstad, Benny Anderson e Agnetha Fal-tskog.

OS PIORES HOMENS DO OESTE (Th* MeanettMan in th» West), de Samuel Fuller e CharleiS. Dubin. Com Charles Bronson, Lee Marvin, LeeJ. Cobb, James Drury e Albert Salmi, Studio-Paissandu (Rua Senador Vergueiro, 35 —

265-4653), Ar. Méier (Rua Silva Rabelo, 20 —249-4544), Roma-Bruni (Rua Visconde de Pirajá,371 — 287-9994), Bruni-Copacabana (Rua BarataRibeiro, 502 — 255-2908), Bruni-Tijuca (Rua Con-de de Bonfim, 379 - 268-2325), Rio-Sul (RuaMarquês de São Vicente, 52 — 274-4532): 14h,lóh, 18h, 20h, 22h. (14 anos). Western americano.

A morte de sua mã» durante um parlo leva LeeMarvin, ainda garoto, a matar o padaitro t ali-mentir ódio Incontrolivel pelo Irmio, CharleiBronson, Oi doli Irmioi enveredario pelo bandi-tlsmo no velho Oeslo, e Marvin tem sempre emmira provocar a morte de Bronson.

AS AMIOUINHAS (brasileiro), de Carlos AlbertoAlmeida, Com Diva Medrek, Cat Reglne, FátimaCelebrlnl, Neuia Chantal • Edson Heeth. Palácio(Rua do Passeio, 38 - 222-0838): MhlOm, lóh,17h50m, 19h40m, 21h30m. Ópera-1 (Praia deBotafogo, 340 — 246-7705), Caruio (Av. Copaca-bana, 1 362 - 227-3544): 14h40m, 16h30m, 18h20m, 20M0m, 22h. Tl|uca-Palace (Rua Conde deBonfim, 214 - 228-1222): de 2a. a 6a., li lóh,!7h50m, I9h40m 21h30m. Sábado « domingo,a partir dai 14hl0m. (18 anos). Melodrama. Qua-tro moças vão passar uns dias numa ilha deserta.Júlia ama Cláudia. Esta, Silvia e Mônlca prati-cam o lesbianismo, mas ficam excitadas quandodeicobrem um homem na ilha, fugitivo de umaprisão, para desespero de Júlia, que desprezao sexo oposto. _

CONVENTO DAS VIRGENS (Jeunei Filies au Con-vent), de Eberlhard Schroeder. Com Dorls Arden,Delia Henderson, Ulrich, Astrid Bohner e FellxFrank. Pia» (Rua do Passeio, 78 - 222-1097):de 2a. a 6a., ls 10h20m, 12h, 13h40m, 15h20m,17h, 18h40m, 20h20m, 22h. Sábado • domingo,ls 14h, 15h40m, 17h20m, 19h, 20h40m, 22h20m.(18 anos). Melodrama alemão. Num colégio defreiras as alunas provocam e sofrem conflitos dedisciplina, de comportamento e de sexo._

OS MATADORES CHINESES DO KUNG FU (Kil-ler's Game), de Lee Tso Nan. Com Chi Kuan-Chund, Meng Fel, Hu Chln, Wang Kuan-Hsiunge Kam Ming. Programa complementar: Um Pisto-leiro mais Violento que Ringo. Rex (Rua ÁlvaroAlvim, 33 - 222-6327): de 2a. a 6a.( ls 12h30m,16h05m, 19h40m. Sábado • domingo, li 14h30m,18h05m, 20h!0m. (18 anos). Três assassinos tru-cidam Tung Nien-Shen e toda a sua família, sa-queando seus bens e roubando valiosa estatuetade jade. Uma sobrevivente do massacre, filha deTung, e a estatueta, movimentam a trama. Pro-dução chinesa de Hong-Kong.

mal dt edaptir itui poderei Incrlvelt no novolubii.it * toma a defesa do bem, enfrentando oarqulvlllo Lex Lulhor, Roteiro baseado em históriade Mário Puzo, Inspirado no clássico panonagemdo gtnero, Oscar para Efeltoi Eipeclali,

-k-kSÁBADO ALUCINANTE (brasileiro), de CláudioCunha. Com Sandra Bréa, D|ennne Machado,Silvia Salgado, Slmone Carvalho e Marcelo Pie-chi. Comodoro (Rua Haddock Lobo, 145- 264-2025): lóh, 18h, 20h, 22h (16 anos).Oi personagem te apresentam divididos por dois

grandes grupos de frequentadorei de dlicotecas:as franátlcat e oi travoltas. Entre uns e outrosocorre uma variedade de casos lentimentais e ex-

perlênclai sexuais.

O PRISIONEIRO DO SEXO (brasileiro), dt WalterHugo Khouri. Com Sandra Bréa, Maria Roía, Ro-berlo Maya, Kat* Lyra, Aldlne Muller • NlcolePuzzi. Path* (Praça Florlano, 45 — 224-6720):de 2a. a 6a., 1? 12h, 13h30m, 15h20m, 17h, 18h40m, 20h20m, 22h. Sábado a domingo, a partirdas 15h20m. Ari-Copacabana (Av. Copacabana,

Continuaçõesick¥-k-k

O EXPRESSO DA MEIA-NOITE (Midnight Express),de Alan Parker. Com Brad Davls, Randy Quaid,Bo Hopkins, John Hurt, Paul Smith e Mike Kei-lin. Cinema-2 (Rua Raul Pompéia, 102 —247-89C0). Lido-1 (Praia do Flamengo, 72 —245-9804): 14h, 16h30m, 19h, 21h30m.lagoa Drive-ln (Avenida Borges de Me-deiros, 1 426, 274-7999): 20h, 22h30m. (18anos). Versão do livro de Billy Hayes e WilliamHoffer, que relata uma experiência verídica doprimeiro. O filme se passa quase todo em depen-dências de uma prisão de Istambul, onde, presopor contrabando de haxixe, o jovem americanoHayes sofreu torturai físicas e morais. Depois decondenado a quatro anos foi submetido a novo earbitrário julgamento que deveria, por ordens d*cima, alterar a pena para prisão perpétua. O af-faire, em que o Governo ditatorial da Turquia pre-tendeu usá-lo como um exemplo, teve iníciotm 1970 e chocou a opinião pública america-na. Por motivos óbvios, os cenários (com exce-ção das clássicas imagens turísticas de Istam-bul) foram minuciosamente reconstituídos nailha de Malta, Produção americana. Oscar parae Melhor Trilha Sonora (Giorgio Moroder) eMelhor Roteiro Adaptado (Oliver Stone). Últimodia no Lagoa Drive-ln.___

O FRANCO-ATIRADOR (The Deer Hunter), deMichael Cimino. Com Robert de Niro, Christo-pher Walken, John Cazale, John Savage, ChuckAspegren, George Dzundza e Meryl Streep.Odeõn (Praça Mahatma Gandhl, 2 — 222-1508),SSo Luiz (Rua Machado de Assis, 74 - 225-7679),Roxi (Av. Copacabana, 945 - 236-6245), Ti-jucá (Rua Conde de Bonfim, 422 — 288-4999):14h, 17h25m, 20h50m. Santa Alice (Rua Barãode Bom Retiro, 1095 - 201-1290): de 2a. a6a. às 16h35m, 20h. Sábado e domingols 13hl0m, 16h35m, 20h. Madureira-1 (RuaDagmar da Fonseca, 54 — 390-2338): 13hlOm, 16h35m, 20h. (18 anos). Ganhador decinco Oscar referentes à programação de 78nos Estados Unidos: categorias filme, diretor (oterceiro filme de Cimino), ater coadjuvante(Christopher Walken), montagem e som. Tam-bém premiado pela crítica de Nova Iorque.Cinco amigos, operários de origem ucranianaradicados na Pensilvania, contrabalançam a mo-notonía dos dias de trabalho com caçadas nosfins de semana. Um se casa, outro fica noivo.Dos cinco, três vão servir no Vietnam. Sofrem ostraumas da guerra e do aprisionamenlo pelosvletcongs: de volta à terra natal, o menos vul-nerado pela experiência decide localizar os ou-tros dois ex-combatentes para a problemáticaretomada da vida normal. Produção americana.

~k-k-k-¥- 'CRIA CUERVOS (Cria Cuervos), de Ca .os Saura.Com Geraldine Chaplin, Ana Torrent, Conchita Pe-rez, Maite Sanchez Almendros, Monica Randall,Hector Alterio. Jóia (Av. Copacabana, 680 —237-4714): 15h, 17hl0m, 19h30m, 21h45m. LI-do-2 (Praia do Flamengo, 72 245-8904): 18h, 20h, 22h. (10 anos). Ganhadorde um dos dois Prêmios Especiais do Júri doFestival de Cannes. 1976. Em uma casa de Ma-drt moram três meninas, filhas de um militar• órfãs de mãe. Ana, a filha de oito anos,acredita que tem em suas mãos o poder sobreo destino dos que a rodeiam. Segundo Saura,tudo deve ser considerado como "um reflexo deAna, 20 anos mais tarde". Produção espanhola.

•••*O CÉU PODE ESPERAR (Heaven Can Wait), deWarren Beatty e Buck Henry. Com Warren Beat-ty, Julie Christie, James Mason, Jack Warden,Charles Grodin e Dyan Cannon. Metro Boavista(Rua do Passeio, 62 - 222-6490), Rian (Av.Atlântica, 2 964 — 236-6114), leblon-2 (Av.Ataulfo de Paiva, 391 — 227-7805), Ópera-2(Praia de Botafogo, 340 — 246-7705), América(Rua Conde de Bonfim, 334 — 248-4518):14h, lóh, 18h, 20h, 22h. Imperatar (Rua Diasda Cruz, 170 - 249-7982), Olaria: 15h, 17h,19h, 21 h. Madur»ira-2 (Rua Dagmar da Fon-tece, 54 - 390-2338): 13h, 15h, 17h, 19h,21 h (livre). Comédia fantástica. Nova ver-lão de uma história de Harry Segail,

que já deu origem a um célebre momento dacomédia cinematográfica, Qu» Esper» o Céu, de

Alexander Hall, 41. O protagonista, vítima d»

acidente, é colhido pelo mensageiro do Céu

antes d» sua hora. Após a cremação do corpo,

o jeito é fazê-lo voltar à Terra em outro invó-

lucro carnal. E ele volta no corpo de um mag-

759 - 235-4895). Ari-Tl|uc» (Rua Conde de Bon-fim, 406 — 288-6898), Art-Midurtln (ShoppingCenter de Madurelra), Paratodoi (Rua Ar-

qulat Cordeiro, 350 - 28l-3628)t 15h20m, 17h, ínli-IUin, 20h20m, 2211. Rosário

(Rua Loopoldlna Rogo, 52 — 230-1889):15h30m, 17h20m, 19hl0m, 21 h. Aoi libadoi,lenõei 1 meia-noite no Arl-Copacabana (IB anoi).Um homem procura no lexo alguma for-ma de luperar seu profundo sentimento de In-latlsfação existencial. Ciente de sua crise, • ei-

posa admite suai relaçõei com outra mulhti._O MILAGRE - O PODER DA FÉ (braillelro), deHérculei Breieghelo. Com Roberto leal, Jofr»Soarei, Liana Duval, Ferrugem, Márcia Fraga •Angela Rodrlguei Alvei. Altor (R. Min, Edgar Ro-mero, 236): 15h, 17h, 19h, 21 h (livre). Oi proble-mas de uma família de Imigrantei portugueses noBrasil, vlstoi de forma sentimental. O pai, cego, io-nha com um milagre d» Nona Senhora d» Fá-

tlma. O filho (o cantor Roberto Leal) faz iu-cesso como Intérprete de música popular t con-segue levá-lo ao Santuário de Fátima. Filmado noBrasil e em Portugal.

Teatro

Reapresentações

CINCO

dias depois de Aqui eAgora, uma segunda peça deMário Brasini entra em car-taz, esta no Teatro da Gale-

ria: Nadim Nadinha Contra o )_el deFuleiro. Recomendada pelo terceiroprêmio no último concurso de drama-turgia do SNT, a larsa alegórica so-bre a reststêiicla às tiranias marca asestréias do cineasta Maurice Capovll-Ia como diretor teatral e de Ivan Linscomo compositor de música para tea-tro. Murro em Ponta de Faca, um dossucessos da temporada, que ficará emcartaz até fins de julho, suspendeu asua sessão de hoje, e reabre amanhãcom uma modificação no elenco: aentmda de Ada Chasellov para o pa-pel de Yara Amaral, e a passagemdesta para o papel aiites desempenha-do por Dina Sfat.

nata vítima da esposa, que tem um amante.Produção americana. Oscar para a Melhor Ceno-grafia.

*••*AMARGO REGRESSO (Corning Home), de HalAshby. Com Jane Fonda, Jon Voight, BruceDem, Robert

' Carradine, Penelope Milford.e

Robert Ginty. Coral (Praia de Botafogo, 316- 246-7218): 14h, 16h35m, 19hl0m, 21h45m.(16 anos). Drama sobre os reflexos da Guer-ra do Vietnam na vida americana, ambientadoem Los Angeles. Quando o marido (BruceDem) de Sally (Jane Fonda) parte entusiasmado

para o front, ela vai trabalhar em hospital paraex-combatentes, onde reencontra um amigo dostempos de colégio, Luke (Jon Voight), agora

preso a uma cadeira de rodas. Ao mesmo tem-po que toma conhecimento do que está ocor-rendo no Vietnam em nome dos ideais demo-cráticos, Sally se apaixona por Luke. Produçãoamericana. Oscar para o Melhor Roteiro Origl-nal (Nancy Dowd, Waldo Salt e Robert C. Ja-ner), Melhor Ator (Jon Voight) e Melhor Atriz(Jane Fonda). __

CORONEL DELMIRO GOUVEIA (brasileiro), deGeraldo Sarno. Com Rubens de Falco, NildoParente, Jofre Soares, Sura Berdichevski, JoséDumonr, Isabel Ribeiro e Magalhães Graça. Ri-camar (Av. Copacabana, 360 — 237-9932): 14h,15h40m, 17h20m, 19h, 20h40m, 22hl0m. NovoPax (Rua Visconde de Pirajá, 351 — 287-1935),Cinema-3 (Rua Conde de Bonfim, 229): 14li40m, 16h30m, 18h20m, 2Úhl0m, 22h (14 anos).Segundo longa-metragem de Geraldo Sarno, pro*curando utilizar, através da tomada de depoi*mentos e outros recursos de linha documenta-ria, sua ampla experiência no gênero. O filme— roteiro premiado no Festival de Brasília —segue principalmente a linguagem do cinemaficcional para contar a história do nacionalistaDelmiro Gouveia, que se opôs aos interesses dedominação econômica da Machine Cottons (em-presa inglesa), sofreu perseguições políticas, efoi assassinado em 1917.__

OS MUCKER (Brasil-Alemanha), de Jorge Bo-danzky e Wolf Gauer. Com Marlise Saueressig,Paulo César Pereio, José Lewgoy, RicardoHoepper e mais a participação dos descenden-tes dos Mucker e habitantes de Sapiranga, vaieSão Jacó, Taquara, São Leopoldo e Novo Ham-burgo. Cih»ma-1 (Av. Prado Júnior, 286 — . .275-4546): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h (16 anos). Em1873, em um vale pouco povoado, no Rio Gran-de do Sul, camponesei imigrantes da Alemã-nha formam uma comunidade fechada, de reli-giosidade fanática, distribuindo igualitariamentsos produtos de leu trabalho. As hostilidades dosvizinhos e das autoridade! culminam em ummassacre. O filme é falado no dialeto alemãoconservado pelos descendentes dos Mucker etem legendai em português. No Festival de Gra-mado recebeu os prêmioi de Direção, Atriz eCenografia. Os Mucker foi realizado na regiãoem que ocorreu esse episódio de messianismo• dissenção social. _——AS BORBOLETAS TAMBÉM AMAM (brasileiro), deJ. B. Tanko. Com Paulo Porto, Rossana Ghessa,Neila Tavares, Nestor de Monlemar, AngelinaMunis e Arlindo Barreto. Veneza (Av. Pasteur,184 - 226-5843): lóh, 18h, 20h, 22h. Vitória(Bangu), Cisne (Av. Geremário Dantas, 1207 —392-2860), 15, 17h, 19h, 21h (18 anos). Dramacom protagonistas da pequena burguesia. Um pro-fessor que se pretende modelo d» moral tematração pelas jovens alunai «, em especial, poruma que se prostitui sob o patrocínio de umaaliciadora de moça» especiais. Paralelamente odrama silencioso da esposa desprezada, que teveum filho com outro homem a fim d» satisfazero machismo do marido estéril.

SUPERMAN - O FILME (Superman - The Movie),de Richard Donner. Com Marlon Brando, GeneHackman, Christopher Reeve, Ned Beatty, Jac-kie Cooper, Glenn Ford e Trevor Howard. Scala(Praia de Botafogo, 320 — 246-7218): 13hl5m,lóh, 18h45m, 21h30m. Palácio: (Campo Grande)(Livre). Superprodução americana no estilo dashistórias em quadrinhos tradicionais. Originário deum planeta desaparecido, Clark Kent, o Super-Ho-mem, chega 1 Terra menino, enfrenta os proble-

•*•*•CASANOVA DE FELLINI (Casanova), de FedericoFellini. Com Donald Sutherland, Cecily Browne,Sandy Allen, Tina Aumont e Leda Lojodice. Stu-dio-Tijuca (Rua Desembargador Isidro, 10 — . .268-6014): 151. 18h, 21h (18 anoc). Libera-do com cortes pela Censura. Giácomo Ca-sanova narra sua vida de libertino, sua condena-

ção pela Santa Inquisição por práticas cabalís-ticas, sua fuga 1 prisão, suai viagem em buscade experiências insólitas e ai angústias que oatormentam — com o tempo — pelas contingên-cias da Idade. Fellini, hostil ls Memórias dolegendário personagem, realiza uma espécie deretraio do vazio, desprezando todo compromissocom a biografia convencional » vendo no perso-nagem. uma antecipação da brutalidade elemen-tar ao fascismo. Filme italiano.___

DAMIEN - PROFECIA II (Damien - OmanII), de Don Taylor. Com William Holden, LeeGrant, Jonathan Scott-Taylor, Robert Foxworth,Nieholas Pryor, lew Ayres e Sylvia Sidney.Méier (Av. Amaro Cavalcanti, 105 — 229-1222):15h, 17h, 19h, 21. (18 anos). Continuação de AProfecia (Th* Oman). Damien, o Anticristo, dl-pois de provocar a morte de seus pseudopais(o embaixador americano em Londres e esposa)vai viver com tios nos Estados Unidos. O novopai (adotivo) é figura de proa de importantes es-tabelecimentos industriais, em cuja direção te Instala um conflito em torno de um plano de atua-ção multinacional que poderá afetar o equilíbriomundial. Produção americana._ .

UM PISTOLEIRO MAIS VIOLENTO QUE RINGO(Era Sam Wallash... Lo Chiamaváno.. E Cosi Sia/),de Miles Dêem. Com Robert Wood, Dean Strat-ford, Dennis Colt, Custer Gall, Programa comple-mentar: Matadores Chinelei do Kung Fu. Rex(Rua Álvaro Alvim, 33 — 222-6327): de 2a a 6a,ls 12h30m, 16h05m, 19h40m, Sábado» domin-do, às 14h30m, 18h05m, 20hl0m. (18 anos). Pro-dução italiana. Western com ênfase na violência..

PURA COMO ANJO... SERÁ' VIRGEM? (brasileiro),de Rafael Rossi. Com Fred dei Nero, Zalra Bueno,Guilherme Corrêa, Ronny Cócegas » Silvana Lo-pes. Programa complementar: Tarzan, o BonitãoSexy. Orly (Rua Alcindo Guanabara, 21): d» 2a.a 6a., às 10h20m, 13h25m, 16h30m, 19h35m.Sáb. e dom. a parlir das 13h25m. (18 anos). Vários

casais e outros convidados te reúnem numa le-xuosa mansão, cujo proprietário festeja a chega-da de um amigo de infância, siciliano, que acabade casar-se com uma jovem de 20 anos. O pontoalto da festa é a troca de mulheres atravéi dosorteio das chaves dos quartos, _

TARZAN, O BONITAO SEXY (brasileiro), de NiloMachado. Com Fenelon Paul, Lúcia Chaves, LuizNunes e Perez Gonzaga. Programa complementar:Pura Como Anjo,.. Ser» Virgem? Orly (Rua Al-cindo Guanabara, 12): de 2a. a 6a., ls 10h20m,13h25m, 16h30m, 19h35m. Sábado e domingo,a partir das 13h25m (18 anos). Produção con-tando a história de um tafari que procura Tarzane Jane e promete

"numerosas cenas eróricas".

DRIVE-IN*•*••

O EXPRESSO DA MEIA-NOITE - lagoa Drive-In: 20h, 22h30m (18 anos). Ver em Continuações.Último dia. __

CAÇADA DE MORTE (Th* Driver), de Walter Hill.Com Ryan 0'Neal, Isabelle Adjanl, Bruce Deme Renée Blacley. Ilha Autocin* (Praia d* SãoBento - Ilha do Governador): 20h30m, 22h30m.(18 anos). Drama de perseguição: detetive comconvicções de justiceiro caça um contrabandista,ás do volante, que vive perigosamente por pra-zer. Produção americana. Até terça.

MÃTÍNESRAONI - Lido-2: 13h30m, 15h, 16h30m. (Livre).

ÊXTRÃMOSTRA DE FILMES DE DANÇA - Exibição deRomeu • Julie.a, com o Bailei de Stuttgart. Hoje,às l°h, no Auditório do Campus Universitário daUERJ, Rua São Francisco Xavier, 524 — Maraca-nã. Entrada franca.

CURTA-METRAGEM - Exibição de Pankararu, deWladimir de Carvalho. Hoje, às 20h30m, noCineclub* IAB-RJ, Rua Conde de Ira já, 122. Apósa sessão haverá debates com representantes demovimentos indígenas.

QUINZENA DE ENCERRAMENTO DO CURSO DOTEATRO DOS 4 — Exibição de O Testamento doDr Mabus», de Fritz Lang. Filme policial. Hoje,ls lóh, no Teatro dos 4, Rua Marquês de SãoVicente, 52 — 29 andar. Entrada franca, comapresentação de convites que podem ser retira-,dos na loja do Ponto Frio, no Shopping Centerda Gávea.

Grande-RioNITERÓIART-UFF — Os Mucker, com Marlise Saueressig.Às 14h, lóh, 18h, 20h, 22h (16 anos). Atédomingo.

ALAMEDA — O Prisioneiro do Sexo, com San-dra Bréa. Às 15h30m, 17h20m, 19hl0m, 21h (18anos). Até sábado.

BRASIL — O Expresso d* Meia-Noite, com BradDavis. Às 15h50m, 18h25m, 21 h (18 anos). Atédomingo.

CENTER — O Céu Pode Esperar, com WarrenBeatty. Às 14h, lóh, 18h, 20h, 22h (livre). At*domingo.

CENTRAL — Amargo Regresso, com Jane Fon-da. Às 14h, 16h35, 19hl0m, 21h45m (16 anos).Até domingo.

CINEMA-1 — Golpe Sujo, com Goldie Hawn. Às14hl5m, 16h40m, 19h05m, 21h30m (14 anos).Até domingo.

ÉDEN — Matadores Chineses de Kung Fu, comChi Kuan-Chund. Às 13h40m, 15h45m, 17h50m,19h55m, 22h (18 anos). Até sábado.

ICARAÍ — O Franco-Atirador, com Robert deNiro. Às 14h, 17h25m, 20h50m (18 anos). Atédomingo.

NITERÓI — Golpe Sujo, com Goldie Hawn. Às14hl5m, 16h40m, 19h05m, 21h30m (14 anos).Até domingo.

SÃO GONÇALOTAMOIO — O Expresso da Meia-Noite, com BradDavis. Às 15h50m, 18h25m, 21 h (18 anos). Atédomingo.

NEVES — Bonitas • Gostosas, com Meyri Vieira.Programa complementar: Os Lutadores Selvagensd* Ming. Às 14h, 17h30m, 21 h (18 anos). Atédomingo.

CAXIAS — Os Piores Homens do Oeste, com LeeMarvin. Programa complementar: Cinco Chine-ses Selvagens. Às 14h, 17h30m, 21 h (18 anos).Até domingo.

NOVA IGUAÇUPAVILHÃO — Superman — O Filme, com Mar-lon Brando. Às 12h, 14h05m, 17h40m, 20h30m(livre). Até domingo.

VERDE — A Vida íntima d* uma Adolescente,com UMa Lenvígh. Programa complementar: OsDemônios do Caratê. Às 14h, 17h30m, 21 h (18anos). Até domingo.

SÃO JOÃO DE MERITISÃO JOÃO — Superman — O Filme, com Mar-lon Brando. Programa complementar: Oi CincoMestres de Shao Lin. Às 13h, 17h40m, 20h20m(livre). Até domingo.

GLÓRIA — Rififi »m Amsterdã, com Aida Po-wer. Programa complementar: A Força do Sexo.Às 14h, 17h30m, 21 h (18 anos). Até domingo.

NILÓPOLISSANTA ROSA — Superman — O Filme, com Mar-lon Brando. Programa complementar: QuadrilhasChinesas. Às 13h, 16h25m, 20hl5m (livre). Atédomingo.

NILÓPOLIS — Bonitas e Gostosas, com MeiryVieira. Programa complementar: O Dragão d*Fogo. Às 14h, 17h30m, 21 h (18 anos). Até do-mingo.

PETRÓPOLISDOM PEDRO — Tubarão 2, com Roy Scheider.Às lóh, 18h30m, 21 h. (14 anos). Até domingo.

PETRÓPOLIS — O Prisioneiro do Sexo, com San-dra Bréa Às 15h30m, 17h20m, 19hl0m, 21h. (18anos). Alé domingo.

CAXIASPAZ — As Borboletas Também Amam, com Pau-lo Porto. Programa complementar: Robln Hood,o Trapalhão d» Floresta. Às MhlOm, 17h30m,19h30m (18 anos). Até domingo.

TERESÓPOLISALVORADA — O Monstro de Santa Tereso, comLuiz Armando Queiroz Hoje, ls 21 h. Amanhã, ls15h e 21 h. (18 anos). Até amanhã

Curta-metragemOS AÇORIANOS E O DIVINO— De Lyonei Lucini. Cinema.Éden (Niterói) — do dia 23 aodia 26).

ZIEMBINSKI - De Phydias Bar-bosa. Cinemas:.Condor-Largo doMachado, Condor-Copacabana eBaronesa.

ZÉ JET — De Américo Marquesda Costa. Cinemas: Metre Boa-vista e América.

LINHAS CRUZADAS - De LaelRodrigues. Cinemas: leblon-1 eVitória.

CÉU AZUL COM SOL BRILHAN-TE — De Geraldo Miranda. Ci-nema: Copacabana.".IRCOS E SONHOS - De Mar>!a Leão. Cinema: Ltblon-2.

NÓBREGA E ANCHIETA NAHISTÓRIA DO BRASIL - De Jojé Canizares Fernandez. Ciné-Ma: Plaza.

O GATO SEM ASAS - De Pedrodos Anjos. Cinema: Rex.

GALO DE BRIGA - De IberêCavalcanti. Cinemas: Studio-Paissandu e Rio-Sul.

ARRASTÃO - De Lucilla Simon.Cinema.- Jóia.

CAMINHOS DOS GERAIS DEBERNARDO EUS — De CarlosDel Pino. Cinema: Studio-Tijuca.

SUELY — De Sérgio Sanz. Cine-mas: Brasil (Niterói) • Tamoio

(São Gonçalo).

BECO DA FOME — De Sebastiãode França. Cinema: Méier.

MESTRE PEDRO DE AURORA -

De Orlando Bonfim, neto. Ci-nema: Central (Niterói — dodia 23 ao dia 29).

TRINDADE - De Carlos Touri-rinho. Cinema: Dom Pedro (Pe-trópolis — do dia 23 ao dia29).

AS PARALELAS - De SérgioSantos. Cinema: Cinema-1 (Ni-terói).

PAULO MOURA - De PauloRoberto Martins. Cinema: Nite-rói (do dia 27 ao dia 29).

Yan Michalski

NADIM NADINHA CONTRA O REI DE FULEIRO— Texto de Mário Brasini. Dir, de Maurice Ca-povilla. Mús. de Ivan Lins. Com Carvalhinho, Vi-nlcius Salvalorl, Rui Rezende, Élcio Romar, Jalus-sa Barcelos, Alby Ramos, Elias Andreato, Expe-dito Barreira e outros — Teatro da Galaria, RuaSen. Vergueiro, 96 (225-8846). De 3a. a 6a. ls21h30m, sáb., ls 20h e 22h30m « dom., ls 18he 21 h. Ingressos de 3a. e 6a. e dom., a Cr$150,00 e CrS 80,00, estudantes e sáb., a Cr$150,00. Numa visão circense, a alegoria da lulapela liberdade liderada por um herói anônimocontra um tirano todo-poderoso. (14 anos;.

O ENTENDIDO - Comédia da Roberto Silveirae Laurentti Guzzardi. Direção de Julian Romeo.Com o comediante Costinha. Teatro Sarrador,Rua Senador Dantas, 13 (232-8531). De 3a. a6a., às 21hl5m, sáb., ls 20hl5m e 22hl5m edom., ls 18hl5m e 21hl5m. Ingressos de 3a. a5a., a Cr$ 100,00, de

'6a. a dom. a CrS 150,00

e vesp. de dom., a Cr$ 80,00.

PROMETEU ACORRENTADO - Tragédia de Esqui-lo. Dir. de Ivan de Albuquerque. Com RubemCorreia, David Pinheiro, Xuxa Lopes, José deFreitas, Leila Ribeiro, Érico Vidal, Renato Couti-nho. Teatro Ipanema, Rua Prudente de Morais, 824(247-9794). 2a. ls 21h30m, de 6a. a dom. ls18h30m. Ingressos a Cr$ 80,00 e Cr$ 60,00. Otitã acorrentado ao monte Cáucaso, castigado pe-los deuses por ter obrado em benefício da hu-manidade, esclarece com o seu sofrimento algunsgrandes mistérios da condição humana.

PRIMA DONA - Texto de José Maria Monteiro.Direção de Guido Bastos. Com Sérgio Costa,Wilson Toscanelli, Cláudio Martins, Nilzete Mar-tins, Eraldo Santos Delle e outros. Teatro FariaLima, Rua Jaym* Redondo, 2, Vila Kennedy.Sáb., ls 21 h, e dom., ls 20h. Ingressos a Cr$20,00. Até domingo.

OS BONS TEMPOS VOLTARAM - Comédia deRicardo Meireles. Dir. de Júlio Wohlgemuth. ComYara Vitória, Otoniel Serra, Dayse de Lourenço,Rosamaria Moraes. Teatro Experimental CacildaBeclcer, Rua do Catete, 338 (265-9933) De 4a. a6a. às 21h,.sáb., ls 20h e 22h e dom. ls 18he 21h. Ingressos a Cf$ 50,00 e C $ 30,00, estu-dantes.

INVESTIGAÇÃO NA CLASSE DOMINANTE -Versão livre de Está Lá Fora um Inspetor, dePriestley, adaptada por Flávio Rangel. Dir. deFlávio Rangel. Com Leonardo Vilar, NatháliaTimberg, Jonas Bloch, Carlos Kroeber, WolfMaia, Tânia Loureiro, Idelar Baldessera. TeatroMesbla, Rua do Passeio, 42/56 (242-4880). De3a. a 6a., às 21hl5m, sáb., às 20h e 22h30me dom., às 18h e 21hl5m. Ingressos de 3a. s6a. e dom., a Cr$ 150,00 e Cr$ 80,00, estudan-tes, e sáb., a Cr$ 150,00. Sob pretexto de es-ílarecer um suicídio, um detetive levanta umadiscussão sobre o jódigo ético da alta bur-guesia.

MAE DO MATO — Espetáculo de teatro-dançacom esculturas móveis. Roteiro de Hector Gril-lo. Dir. de Mauro César (dança) e Ari de Oli-

veira (música). Esculturas de Marcílio Barroco.Música de Heitor Nascimento, Jamir Soares, Aride Oliveira. Com Celso Baquil, Marco A. C.

Grace Alvos Marcos Araújo e Mauro César. Alian-ça Francesa da Tijuca, Rua Andrade Neves, 315(268-579B). 6a. e sáb., às 21 h, dom-, às 20h.Ingressos a Cr$ 80,00 e Cr$ 40,00, estudantei.Trabalho experimental de reinterpretação dequatro lendas indígenas. Até domingo.

ÍCARO E O LABIRINTO - DeAntônio Moreno. Cinema: Cen-ter (Niterói).

PENDAO DO CATIVEIRO - DeRamon Alvarado. Cinema: Ala-meda (Niterói — do dia 27 aodia 29).

O INCRÍVEL MANE GARRINCHA— De Aécio de Andrade. Cine-ma: ilha Autocin» (do dia 20ao dia 26).

vem vliltantes, entregam-se a um requintado|ogo de deitrulçío mútua, paradoxalmente mo-tlvado por profundoi sentimento! de ternura.

UM RUBI NO UMBIGO - Texto d* Ferreira Gul-lar. Dir. de Blbl Ferreira. Com Rogério Fróes,Osmar Prado, Ana Lúcia Torro, Selma Lopes,Sérgio Fonla e outros. Teatro Caia Grand», Av.Afranlo de Melo Franco, 290 (227-6475).De 3a. a óa., ls 2th30m, sáb., ls 20h30m • 22h30m • dom., li 19h e 21h30m. Ingressos de 3a.a 5a. e dom., a Cr$ 150,00 e Cr$ 80,00, eitu-dantes e 6a. e láb., a Cr$ 150,00. Única pos»valioia e última esperança do jovem filho de -

uma família pobre, o rubi que ele tem encra-vado no umbigo acaba conduzlndo-o 1 des-trulção.

PATO COM LARANJA - Comédia de WilliamDouglas Home. Dir. de Adolfo Cell. Com PauloAutran, Marília Pera, Dennis Carvalho, Karin Ro-drigues, Roslta Tomás Lopes. Teatro Villa-Lobos,Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695). De 4a. a6a., ls 21hl5m, sáb. ls 20li e 22h30m e dom.,às 18h e 21hl5m. Ingressos de 4a. a 6a. e dom.,a CrS 150,00 e CrS 80,00, estudantes, sáb.a Cr$ 150,00. A esposa que pretende aban-donar o marido por um amante mais jovem ar-repende-se no meio do caminho.

O REI DE RAMOS - Musical de Dias Gomei(texto), Chico Buarque e Francis Hime (música).Dir. de Flávio Rangel. Com Paulo Gracindo, Ma-rilia Barbosa, Carlos Kopa, Jorge Chala, FelipeCarone, Lelna Krespt, Roberto Azevedo, Solan-ge França e qutros (além de músicos e bailar!-nos). Teatro João Caetano, Praça Tiradentes(221-0305). 4a., 5a., e 6a., ls 21hl5m, sáb., às20h e 22h30m, dom., ls 18h e 21 h, vesp. 5a.,às 18h30m. Ingressos 4a. e 5a., Cr$ 100,00 eCrS 50,00, estudantes, óa. e dom., Cr$ 150,00,

platéia e 19 balcão, CrS 120,00, 29 balcão Cr$60,00, estudantes no 29 balcão, sáb., Cr$ 150,00

platéia e 19 balcão, Cr$ 120,00, 29 balcão,vesp. 5a., CrS 50,00. Dois magnata! do

jogo do bicho lutam pelo poder enquanto seusfilhos vivem uma história de amor.

MURRO EM PONTA dT FACA - Texto de Au-gusto Boal. Dir. de Paulo José. Com Othon Bai-tos, Yara Amaral, Martha Overbeck, Renato Bor-ghi, Ada Chaseliov e Otávio Augusto. TeatroDulcina, Rua Alcindo Guanabara, 17 (232-5817).Hoje, excepcionalmente não haverá espeta-culo. De 4a. a 6a. « dom., ls 21 h. sáb., ls20h e 22h30m, vesp. dom., às lflh. Ingressos de4a. a óa., e dom., a Cr$ 100,00 e Cr$ 50,00,sáb. a Cr$ 100,00. A vida dos exilados políticosbrasileiros no exterior, examinada sob um angu-lo ora divertido, ou patético, mas sempre com

grande calor humano e dignidade. Até dia 29de julho.ÃTÜSÍÓRIA É UMÃ" HÍSTÓRIA - Texto de Mil-lôr Fernandes. Dir. de Jô Soares. Com Angela

Leal, José Augusto Branco e Olnei Cazarré. Tea-tro Carlos Gomes, Pça. Tiradentes (222-7581).De 3a. a óa., ls 21 h, sáb., ls 20h e 22h • dom., .às 19h e 21 h. Ingressos de 3a. a 6a., a Cr$50,00 e sáb. e dom., a Cr$ 80,00. Um passeioirreverente por várias etapas da História Uni-versai. Até dia 15 de junho.O FADO E A SINA DE MATEUS E CATIRINA -

Texto de Benjamln Santos. Direção de Cecil Thl-ré. Músice e dir. musical de Beatriz Bedran aVictor Larica. Com Tetê Medina, Eduardo Tor-naghi, Tânia Alves, Tônico Pereira, Ginaldo deSouza. Teatro Gláucio Gill, Praça Card. Arcover-de (237-7003). De 3a. a 6a., ls 21h30m, sáb.,ls 20h30m e 22h30m, dom., às 18h30m e 21 h.Ingressos de 3a. a 5a, a CrS 80,00 e Cr$ 40,00,estudantes e de 6a. a dom., a Cr$ 100,00 eCr$ 50,00, estudantes. Escrita na linguagem dos

poetas populares do Nordeste, a peça refletea vida e a cultura do homem nordestino e escausas que o obrigam a emigrar da sua terra(14 anos).

LOLA MOrTnÕ - Musical de Bráulio Pedroso,John Neschling e Geraldo Carneiro. Dir. de An-tónio Pedro. Com Lucélia Santos, Ney Latorraca,Grande Otelo, Elza Gomes, Oswaldo Louzada,Bettina Viany, Cláudio Mambert, Júlia Mirandae outros. Teatro Ginástico, Av. Graça Aranha,187 (221-4484). De 3a. a óa., às 21hl5m, sáb.às 20h e 22h30m, dom., às 18h, 21hl5m. In-

gressos de 3a. a 5a. e dom., a Cr$ 150,00, 6a.e sáb. a Cr$ 150,00 (16 anos). Nos bastidoresdo rádio dos anos 40, romance entre uma jovemcantora e um qaiã das radionovelas.

LEILA PARA SEMPRE D1NIZ -

De Sérgio Resende e MarizaLeão. Cinema: Astor.

ÃÍ.MA NO OLHO - De ZózimoBuibul. Cinema. Coral.

A BANDA - De Roland Henze.Cinema. Scala.

AQUI E AGORA — Comédia de Mário Brasini.Dir. de Cecil Thiré. Com Mário Brasini, AndréVillon e Tereza Amayo. Teatro Glória, Rua doRussel, 632 (245-5527). De 3a. a 6a., às 21 h15m, sáb., às 20h e 22h30m, dom., às 18h e21hl5m. Ingressos de 3a. a 6a. e dom. a Cr$150,00 e Cr$ 90,00, estudantes, sáb., preço úni-co Cr$ 150,00. Conflitos existenciais de doishomens de meia-idade, com uma formação mar-cada por convenções e preconceitos.

A CALÇA — Comédia de Carl Sternhelm adap-tada e transubstanciada por Millôr Fernandes.Dir. de Maurice Vaneau. Com Oswaldo Lourei-ro, ítalo Rossi, Bete Mendes, Jacqueline Lau-rence, Ricardo Petraglia, Ivan de Almeida. Tea-tro Princesa Isabel, Av. Princesa Isabel, 186

(275-334Ó). De 3a. a 6a. às 21h30m, sáb., às20h30m e 22h, dom., ls 18h e 21 h. Ingressosde 3a. e 5a. e vesp. dom., a Cr$ 150,00 eCr$ 100,00, estudantes, 6a. sáb. e segunda ses-são de dom., a Cs$ 150,00. Incidente fortuito eembaraçoso dá início a uma surpreendente as-censão social de um casal.

OS CAVALOS — Adaptação de dois contos deJosé Rubem Fonseca. Criação coletiva do grupoPanapaná. Direção de Chico Terlo. Com Chico Ter-1o, Jucélio Mesquita, Mara Souto, Marcos Ban-deira, Mônica Pedreira. Centro Cultural CândidoMendes, Praça N Sa da Paz, 351 (287-1935).De 5a. a dom., ls 21h30m. Ingressos a Cr$50,00. A imagem metafórica do cavalo: símboloda liberdade ou instrumento do Poder e daopressão?

CANTEIRO DE OBRA - Texto de Pedro Porfí-rio. Dir. do autor e de José Roberto Mendes.Com Isolda .Cresta, Cecília Loyola, Jurandir Oli-veira, Leônidas Aguiar, Lina Fróes, WladimirSampaio. Teatro Glauca Rocha, Av. Rio Branco,179 (224-2356). De 3a. a 6a. e dom., ls 21h,sáb., ls 20h e 22h, vesp 5a. e dom., às 18h30m.Ingressos a CrS 30,00, preço único. A rolina de-sesperada de um canteiro de obra mostrando oregime de semi-escravidão em que vivem os ope-rários da construção civil.

QUEM TEM MEDO DE VIRGÍNIA WOOLF? -Texto de Edward Albee. Dir. de Antunes Filho.Com Raul Cortez, LÜian Lemmertz, Eugênia HeDomenico e Roberto Lopes. Teatro Maison deFrance, Av. Pres. Antônio Carlos, 58 (252-3456).De 4a. a 6a., às 21h, sáb., às 19h30m e 22h30m, dom., às 18h e 21 h. Ingressos de 4a. a óa.e dom-, a CrS 150,00 e CrS 80,00, estudantese sáb., a Cr$ 150,00. Num campus norte-ameri-cano, um professor universitário e a sua mu-lher, diante da perplexa presença et* dois |o-

TEM UM PSICANALISTA NA NOSSA CAMA -

Comédia de João Bittencourt, antes apresentadacomo Dolores, Três Vezes por Semana. Dir. doautor. Com • Suely Franco, Felipe Wagner, Nel-son Caruso. Teatro Copacabana, Av. Copacaba-na, 327 (257-1818). De 4a. a 6a. e dom., às 21 h30m, sáb., às 20h e 22h30m, vesp. 5a. ls 17h edom., às 18h. Ingressos 4a., 5a. e dom. a CrS120,00 e CrS 70,00, 6a. Cr$ 120,00, sáb. a CrS150,00 e vesp. de 5a. a Cr$ 70,00. Repercus-soes de um psicanalista na rotina cotidiana d*um casal (18 anos).

AS GRALHAS — Texto de Bráulio Pedroso, ba-seado em três contos de Kafka. Dir. de MarcosPaulo. Com Tomil e Jorge Fernandes. CentroCultural Cândido Mendes, Praça N S da Paz,351 (287-1935). De 5a. a dom., às 21h30m.. In-

gressos a Cr$ 50,00 (quinta) e de 6a. a dom. aCr$ 120,00 e Cr$ 60,00 (estudantes). Al rela-

ções do Poder, que se estabelecem ao nív*l doabsurdo na obra de Kafka, conduzem 1 reali-dade do Brasil de hoje.

ITw__r'«»__í__*_W&JjP. \2$$jjjkPaulo Gracindo em

O Rei de Ramos, cartaz doTeatro João Caetano

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 23 de maio de 1979 D PAGINA 7

Televisão ShowOs filmesde hoje

JBSfJteL EFENSOR dos humildesAf Êa e visceralmente otimis-

mw tim ta sobre o gênero hu--*' " mano, Frank Capratem em Adorável Vagabundo umdos seus melhores filmes, comGary Cooper e Barbara Stanwyckem desempenhos (perfeitos, se-cundaáos como de hábito por umelenco de apoio excelente. Dire-tor de uma série de melodramasda Universal na década de 50,dos quais sem dúvida o melhor éPalavras ao Vento, Douglas Sirkconduz com segurança o desen-volvimento de Sublime Obsessão,mas é traído pelo tema lacrimo-so, apresentado com tintas me-nos carregadas na versão de 35com Robert Taylor e Irene Dun-ne. Por falta ãe informação daemissora, ãeixamos de apresentara sinopse ão primeiro filme datarde da Tupi.

O TENENTE ERA ELATV Globo - 14hl5m

(The Lieutenant Wore Skirts) — Pro-dução norte-americana de 1956, diri-gida por Frank Tashlln. Elenco: TomEwell, Sheree North, Rita Moreno,Rick Jason, Les Tremayne, Alice Rei-nharu, Gregory Walcott. Colorido.-fc* Dm casal, (Ewell-North) que du-rante a guerra servira no Exército,volta a se alistar. Quanto é rejeitadoe sua mulher enviada ao Havaí coma patente de tenente, o marido se'sente Interiorizado <e cria uma sériede complicações, o que deixa a mili-tar em situações embaraçosas.

A VÊNUS DE BAGDÁTV Tupi - 15hl5m

(Siren of Bagdad) — Produção nor-te-americana de 1953, dirigida porRichard Quine. Elenco: Paul Henreid,Patrícia Medina, Hans Conried. Colo-rido.-K Usando sua habilidade como má-gico, um prestidigitador (Henreid)consegue salvar a filha (Medina) deum sultão. Fantasia oriental.

SUBLIME OBSESSÃOTV Studios - 21hl0m

(Magniflcent Obsession) — Produçãonorte-americana de 1954, dirigida porDouglas Sirk. Elenco: Rock Hudson,Jane Wyman, Barbara Rush, AgnesMoorehead, Otto Kruger, Gregg Pai-mer, Sara Shane, Paul Cavanagh. Co-lorido.-K-K Playboy (Hudson) embriagadocausa a morte de um especialista em

Canal 214h40m — Transmissão Especial — Programa de

alfabetização do AAobral.16h — Aula ds loga.i6h30m — Telecurso 2? Grau — Aula de Ma-

temática.16h45m — Nossa Terra, Nossa Gente — Histó-

rias dos Estados — Hoje: Rio de Janeiro.17hlSm — Aula de Ginástica.18h — Sitio do Pica-Pau-Amarelo — Novela

infanto-juvenil baseada na obra de Monteirolobato. Hoje: O Curupira. Com Zilka Salaber-»iy, Remy de Oliveira, Alexandre Marques, Jaci-ra Sampaio e outros.

10li30m — Arco-íris — Programa Infanto-iuvenilapresentação por Vera Regina. Participação de

Gladys e seus bichinhos, teatro de bonecos,cartunista, Daniel Azulay, filmes: Velhos Tem-

pos, o Gordo a o Magro. Abott • Costelto.20h40m — Bola Dois — Noticiário esportivo.20h45m — Telecurso 2? Grau — (Reprise).

21 h — E' Preciso Cantar — Musical.

22h — Bola Dois — Noticiário esportivo.

22h05m — 1979 — Programa jornalístico.

22h45m — lições da Vida — Comentários de

Gilson Amado.

22h55m — Cadernos de Cinema — Filme: Ado-rável Vagabundo.

Canal 4

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Gary Cooper e Barbara Stanwyck emAdorável Vagabundo (canal 2, 22h55m)

crânio e a cegueira de sua mulher(Wyman). Arrependido de sua trági-ca inconsequência e obcecado com aidéia de devolver-lhe a visão, estudaMedicina e torna-se um oftalmologis-ta. Baseado no livro de Lloyd C. Dou-glas.

ADORÁVEL VAGABUNDOTV Educativa - 22h55m

(Meet John Doe) — Produção norte-americana de 1941, dirigida por FrankCapra. Elenco: Gary Cooper, BarbaraStanwyck, Edward Arnold, WalterBrennan, James Gleason, Spring By-ington, Gene Lockhart, Rod La Roc-que, Irving Bacon, J. Parrell MacDo-nald. Preto e branco.-fc-fc-A- Jornalista combativa (Stan-ivyck) inventa a história de um ho-mem que pretende se suicidar na noi-te de Natal em protesto pela situaçãodo mundo e contrata um desocupado(Cooper) para viver o papel. Mas eleacaba se identificando com o perso-nagem e tenta se matar.

O MONSTRO DA NEVE

TV Globo - 23h40m(Snowbeast) — Produção norte-ame-ricana de 1977, dirigida por Herb

Wallerstein. Elenco: Bo Svenson,Yvette Mlmieux, Robert Logan, ClintWalker, SyMa Sidney, Jamie Jaml-son, Kathy Ohristopher. Colorido.-K-fc Vítima de monstruosa criaturadas neves, jovem esquiadora desapa-rece nas montanhas. A encarregada(Sidney) de uma estação de esportesde inverno procura abafar o incidentepara não prejudicar seus negócios,mas a morte de um patrulheiro e oaparecimento do corpo da primeiravítima numa cabana leva o xerife(Walker) a iniciar investigações. Fei-to paar a TV.

QUEM FOI JESSE JAMES?TV Bandeirantes — 24h

(The True Story of Jesse James) —Produção norte-americana de 1956,dirigida por Nioholas Ray. Elenco:Robert Wagner, Jeffrey Hunter, HopeLange, Agnes Moorehead, Alan Hale,John Carradine, Alan Baxter. Colori-do.¦fc-)c Após a guerra civil americana,os irmãos James, Jesse (Wagner) eFrank (Hunter), começam a roubardepois que funcionários da estrada deferro passam a perseguir sua família,e o primeiro deles se transforma numnotório bandoleiro.

SHUGSHaa aBBIHBiaiBIIMIlRIHlHtMII ¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦HllBhOSm — Memírias de Amor — Novela de Wil-

son Aguiar Filho baseada na obra O Atheneu,de Raul Pompéia. Com Sandra Bréa, EduardoTornaghi, Jardel Filho, Ary Fontoura e outros.

18h55m — Jornal das Sete — Noticiário localapresentado por Marcos Hummel.

19h — Feijão Maravilha — Novela de Bráu-lio Pedroso. Dir. de Paulo Ubiratan. Com Lu-célia Santos, Eliana Macedo, Elisangela, Adelal-de Chiozzo, Marco Nanini, Brandão Filho, Sle-

pan Nercessian, Maria Cláudia, Grande Otelc

19h50m — Jornal Nacional — Noticiário apresentado por Cid Moreira e Carlos Campbel

20hl5m — Pai Herói — Novela de Janete Clair.Dir. de Gonzaga 9lota. Com Tony Ramos, Pau-Io Autran, Elizabeth Savalla, Carlos Zara, Gld-ria Menezes, Lélia Abramo.

21h — Quarta Nobre — Hoje: A» Panteras. Se-riado.

23hl0m — Jornal da Globo — Programa jorna-Ifstico apresentado por Sérgio Chapelln.

23h40m — Sessão Coruja — Filme: O Monstroda Nevo.

Canal PTt

Canal 6

7h30m — Abertura.

7h45m — Telecurso 2.° Grau — Aula.8h - TVl.8h30m — Telecurso 2.° Grau (reprise).

8h45m — Sitio do Pica-Pau-Amarelo — QuemQuiser que Conte Outra (reprise).

9hl5m — Filmoteca Global.

10h45m — Globinho — Noticiário Infantil (re-prise).

llh — O Mundo Animal — Documentário.

Ilh30m — A Feiticeira — Seriado.

12h — Globo Cor Especial — Desenhos: OiFlintstones o Ursuat a Cia.

13h — Globo Esporte — Noticiário esportivo

apresentado por Léo Batista.

13hl5m — Hoje — Noticiário apresentado porSônia Maria, Lígia Maria, Marcos Hummel •

Nelson Morta.

14h — Carinhoso — Reprise da novela de Lau-ro Cézar Muniz.

14h45m Sessão da Tarde — Filme: O TenenteEra Ela

16h4£m — Sessão Aventura: Tarzã.

17h — HB 79 — Arquivo Confidencia.

17hl5m — Globinho — Noiiciário infantil, comPaula Saldanha.

17h30m — Sitio do Pica-Pau-Amarolo — Quem

Quiser que Conte Outra — Novela Infanto-juve*

nil baseada na obra de Monteiro lobato, com

Zilc* Salaberry, Jacira Sampaio, Renny trt Oli-

veira, André Vallí e outros.

7h30m — O Despertar da Fé — Religioso.

Bh — Coisas da Vida — Programt religioso.9b — Inglês com Fisk.9hl5m — Roy Rogers — Seriado (reprise).9h40m — Mobral.

lOh — Clube 700 — Programa religioso.

llh — Rede Fluminense d» Notícias — Noticia-rio apresentado por José Saleme.

11hl5m — Desenhos.

Ilh30m — Panorama Pop — Musical apresenta-

do por Monsieur Lima.

12h — Sessão Patota — Desenho.

12h30m — Jornal do Rio — Noticiário.

13hlSm — Sessão Dupla — Filmes: Contra a Cor-

renteza e a Vênus de Bagdá.

17hl5m — Roy Rogers — Seriado.

17h45m — Pinóquio — Desenho.

18hl5m — léo, o leão — Desenho.

!8h45m — Clube do Mickey — Seriado.

19hl5m — Os Pankekas — Humorístico.

19h50m — Rede Tupi de Notícias — Noticiário.

20h — O Espantalho — Novela de Ivani Ribei-

ro. Dir. de José Miziara. Com Jardel Filho,

Nathália Timberg, Rolando Boldrim, Teresa

Amayo.

20h40m — Rede Tupi de Noticias — Noticiário.

21h — Gaivotas — Novela de Jorge Andrade.

Dir. de Antônio Abumiara. Com Rubens de

Falco, Yoná Magalhães, Isabel .Ribeiro, Paulo

Goulart.

21h40m — Rede Tupi de Notícias — Noticiário.

22h — Pinga-Fogo — Programa de entrevistas.

Hoje: Reprise da entrevista com Jânio Quadros.

23h — Petrocelli — Seriado.

24h — Informe Financeiro — Noticiário com Nel-

son Priori.

0h05m — Futebol — VT.

10h30m — Educativo.llh — Joe, o Fugitivo — Seriado.11h30m — Reino Selvagem — Documentário.12h — Desenhos.12h45m — Bandeirantes Esporte — Noticiário

esportivo.13h — Primeira Edição — Noticiário apresenta-

do por Branca Ribeiro, Roberto Corte Real,Nillon Fernando, Otávio Ceschi Jr„ ReginaAranha e Ana Davis.

13h30m — Mary Tyler Moore — Seriado.'4h — Programa Roberto Milos» — Noticiário

social.14h05m — Programa Edna Savagel — Varie-

dades.15h30m — Xênia e Você — Programa femi-

nino.16h30m — Desenhos.17h — Pullman Jr — Programa infantil apre-

sentado por Luciana Savaget.17h30m — Mamãe Calhambeque — Seriado18h — Novelinha — Teatro infantil: Praça de Re-

talhos — (39 capítulo).18h30m — Batman — Seriado.I9h — Cara a Cara — Novela de Vicente

Sesso. Dir. de Jardel Melo. Com FernandaMonlenegro, David Cardoso, Luiz Gustavo, Ire-ne Ravache, Débora Duarte, e outros.

19h45m — Jornal Bandeirantes — Noticiárioapresentado por Ferreira Martins, GilbertoAmaral, Ronaldo Rosas, Joelmir Belting.

20h — Os Biônicos — Seriado: Cyborg.21 h — Starsky a Hutch — Seriado.22h — A Conquista do Oesto — Seriado.23h — São Francisco Urgente — Seriado.24h — Cinema na Madrugada — Filme: Quem

Foi Jesso James?

Canal 1110h30m — Nossa Terra, Nossa Gente — Do-

cumentário.llh — Jornal da Manhã — Noticiário com Paulo

Lopes, Zora Yonara, Ademar Dutra, NelsonRubens.

Ilh30m — Brasinlias do Espaço — Desenho.12h — Johnny Quest — Desenho.12h30m — O Segredo de [sis — Desenho.

13h — Lassie — Seriado.13h30m — Taro Kid — Desenho.14h — Charlíe Chan — Desenho.14h30m — Gulliver — Desenho.15h — Capitão América — Desenho.15h30m — Piea-pau — Desenho.16 — Turma do Pica-pau — Desenho.161.30 — Maguila, o Gorila — Desenho.17h — ligeirinho e seus Amigos — Desenho.17h30m — O Gato Félix — Desenho.18h — Rei Arthur — Seriado.

18h30m — Gemini Man — Seriado.

19h30m — Pica-pau — Desenho.

19h50m — O Recruta Zero — Desenho.

20hl0m — Sessão Bangue-Bangu» — Seriado:Smoth e Jonts.

21!>10m — Sessão das Nov. — Filme: SublimeCbessão.

23hl0m — Quest — Seriado.

TERRA MORENA - Show d» cantora Fablola •do cantor s compositor Celso Vláfora acompanha-dos do conjunto Cambio Negro, formado por Rei-n.ildo Arins (plano), Fernando Pereira (bateria),Hellnho Capuccl (guitarra), Jacaré (baixo) e ZéCarlos (sax a flauta). Taatro Dulcina, Rua AlcindoGuanabara, 17 (232-5817). Da 4a. a óa. a dias30 a 31 da maio, is 18h30m. Ingrenoi a Cr$30,00

FAGNER — Concerto do cantor a violonistaacompanhado de Manasses (viola a cavaquinho),Dlno (violão de sete cordas), Dominguinhos (açor-deon), Valdecl (contrabaixo a Chico Bateria (per-cussão). Participação especial de Quarteto deCordas formado por Alceu de Almeida (cello),José Alves (violino), Adindo Penteado (viola) eAlzlky Geller (violino). Teatro Teresa Raquel, RuaSiqueira Campos, 143 (235-1113). Hoje a amanhã,is 21h30m, Ingressos a CrS 120,00.

O SAMBA DO MUNDO - Show dt lançamentodo LP Partido Alto do conjunto Azymuth, forma-do por José Roberto Berlrami (teclados), AlexMalheiros (baixo elétrico), e Ivan Miguel (bateria).Participação especial de Aleuda (voz e percus-são) Teatro Ipanema, Rua Prudente de Morais,824 (247-9794). De 3a. a dom., ás 2lh30m. In-gressos de 3a. a 6a. e dom., Cr$ 100,00 e sáb.a Cr$ 120,00 Até dia 3 de junho.OS SAUDOSOS ANOS 50 - Apresentação dopianista e compositor Ribamar, do cantor ManoRodrigues e da cantora Ivany de Morais. Acom-panhamenlo: Sérgio Cleto (flauta), Tuca (guitar-ra), Juvercil (baixo), Tola (bateria) e Café (per-cussão). Direção de Érico de Freitas. Sala Fun.ir-ta. Rua Araújo Porto Alegre, 80. De 3a. a sáb.,is 18h30m. Ingressos a CrS 30,00. Até dia 2 dajunho.THE SONNY STITT AND RED HOUOWAY JAZZQUINTET — Concerto de jazz dos saxofonistasnorte-americanos Sonny Stitt e Red Hollowayacompanhados de Art Hillary (piano), Larry Ga-les (baixo) e Bruno Carr (bateria), Sala CeciliaMeireles, Lgo da Lapa, 47. De 6a. a dom., is21 h. Ingressos a Cr$ 300,00 poltronas, a Cr$250,00 platéia superior e Cr$ 150,00 estudan-tes.

NORMA E' TERNA - Show da atriz e cantoraNorma Benguel acompanhada de Alberto Aran-tes (piano), Pedro Pereira (guitarra), FernandoLeporace (baixo), Nillon Rodrigues (pistão), Mar-cos Rodrigues (sax e flauta) 8 Cld Freitas (bate-ria). Direção e roteiro de Luiz Carlos Maciel. Di-reção musical de João Donato. Teatro da Lagoa,Av. Borges de Medeiros, 1426 (274-7999). De 4a.a sáb., is 21h30m, dom., às 20h30m. Ingressosa Cr$ 150,00, Cr$ 100,00, estudantes e «áb. aCr$ 150,00.

FOLIA NO MATAGAL — Apresentação do cantorcompositor e pianista Duardo Dusek acompanha-do da Banda de Banda, formada por Beto Bar-roca (flauta), Zé Luiz (fluta • sax), Guilherme(baixo e violão), Galdino (violão, guitarra a ban-dolim) e Claudinho (bateria e percussão). Parti-cipação do Coro Couro de Gato. Teatro Opinião,Rua Siqueira Campos, 143 (235-2119). De 3a. adom., is 21h30m. Ingressos a Cr$ 70,00. Atédomingo.

MúsicaRECITAL DE SOPROS - Apresentação dos instru-mentislas Paulo Sérgio dos Santos (clarineta), Ri-cardo Rodrigues (oboé) e Marcello Bonfim(flauta). Shopping Cassino Atlântico, Av. Atlanti-ca esquina de Francisco Otaviano. Hoje, às 15h.Entrada franca.

LEONOR MACEDO COSTA - Recital da pianistainterpretando obras de Bach, César Franck, M.L. Priolli, Helza Camêu, Henrique Oswald e Lo-renzo Fernandez. Salão Leopoldo Miguez da Es-cola de Música da UFRJ, 'Rua do Passeio, 98.Hoje, às 17h. Entrada franca.

CONJUNTO MÚSICA ANTIGA DA RÁDIO MEC—Recital do conjunto sob a direção de BorislavTschorbow (viola d'amore e viola da gambá).Integrantes: Dircéia Amorim (soprano), VioletaKundert (cravo) Ruy Wanderley (flauta doce), Ru-dolpho Leve (viola e violino, Perside Vianna (vio-lino), Roberto Abreu (viola da gambá) e Frede-rico Tirler (viola da gambá). Programação: SeisPequenos Prelúdios para Cravo Solo, de Bach,La Noee Champêtre, Suite n° 1, de Hotteterre,e peças de M.A.S. Queirós, J. Van Eyck, J. Dow-land, G. Sammartin e anônimo do século XVIII.Museu Nacional de Belas Artes, Av. Rio Branco,199. Amanhã, às 18h. Entrada franca. O progra-ma será repetido no dia 31.

CANTO E VIOLÃO - Recital do soprano FátimaAlegria e do violonista Jodacil Damaceno. Pro-grama dedicado a Villa-Lobos: Valsa Choro,Schottish Choro, Estudos 1 e 8, Choro n° 1,Modinha, Tristeza, Canção de Amor e MelodiaSentimental (da Floresta Amazônica), 5 Prelúdios,lundu da Marquesa da Santos, Canção do Poe-ta do Século XVIII e Bachianas Brasileiras n°5. Auditório da Sondotécnica, Lgo. dos Leões,15. Sexta-feira, às 21h. Entrada franca.

CONCERTO DIDÁTICO - Apresentação d* Or-questra Sinfônica Brasileira. Sala Cecilia Meire-

IULI B IUCINHA — Apresentação dat cintorai,compositoras • violonistas. Dlreçlo da NilsonConde. Sala Funirte, Rua Araú|o P. Alegra, 80.De 4a. a táb. ii 21h, Ingressos a Cr) 50,00. Atésábado. 'FRE5CURAS — Show do cantor Perl Ribeiro, dotravesti Valéria a do sambista TISo Macalé, Acom-panhado do conjunto do maestro Aéclo Flávio.Texto da lafayelle G.ilvSo. Direção do AugustoCésar Vanuccl. Taatro Alasca, Av, Copacabana,1241 (247-9842). De 3a. a 6a., is 21h30m, sáb.,is 20h30m e 22h30m, dom., is 18h30m a 201.30m, Ingressos de 3a. a 6a. a dom., a Cr$120,00 a 6a. a lib,, a CrS 150,00.

GAl TROPICAL — Show da cantora Gal Costaacompanhada de Perna Fróes (teclado), Robertlnhode Recife (guitarra), Moacir Albuquerque (baixo),C[iarlos Chalegre (bateria), Sérgio Boré (percus-tão), Juarez Araújo (sopro) e Zezinho e Tan-

gerlna (ritmo). Direção de Guilherme Araú|o adlr. musical de Perna Fróes. Taatro dot Quatro,Rua Marquei de São Vicente, 52/29 andai

(274-9895). De 3a. a dom., is 21h30m. Ingressosde 3a. a 5a. a dom., a Cr) 150,00, óa. a sáb.a Cr$ 200,00. Até dia 30 de junho.VTVA O GORDO E ABAIXO O REGIME - Show'do humorista Jô Soares. Texto de Jô Soares,Mlllôr Fernandes, Armando Costa e José luisArchanjo. Cenário • Iluminação de Arlindo Ro-drigues. Direção de Jô Soares. Direção musicalde Edson Frederico. Teatro da Praia, Rua Fran-cisco 55. 88 (267-7749). De 4a. a 6a. is 21h30m,sáb., is 20h30m e 22h30m. dom., is 18h e 21h.Ingressos de 4a. a dom. a Cr$ 150,00 e vesp.de dom, a Cr) 150,00 e Cr$ 80,00, estudantes.

REVISTAS

SUPER GAY — Show de travestis com WaldirMaia, Angela Leclery, Ursula, Dino Romano eoutros. Direção de Ellseu Miranda. Teatro Cario»Gomes, Pça. Tiradentes (222-7581). De 3a. a sáb.,is 18h30m. Ingressos a Cr) 50,00 (10 anos).MIMOSAS... ATÉ CERTO PONTO - Show de tra-vestis. Texto de Brigltte Blalr. Com Ana Lupes,Kiriaki, Marlene Casanova e participação especialde Edson Farr. Teatro Brigitta Blalr, Ru» MiguelLemos, 51 (236-6343). De 3a. a 6a., is 21hl5m,sáb., is 20hl5m e 22hll5m, dom., is 19hl5m a21hl5m. Ingressos de 3a. a 5a., Cr) 150,00 oCr) 50,00, estudantes, de 6a. a dom.. Cr) 100,00(18 anos).

GRAN BARTHOLO CIRCUS - Espetáculo comtrapezlstas, domadores, 20 animais amestrados,jovens acrobatas a palhaços. Na Praça lli 4a.e 6a., às 21h, 5a„ is 17h e 21h., sáb., às 15h,17h e 21h e dom., is 10b, 15h, 17h a 21h. In-gressos a Cr) 60,00, arquibancadas, a Cr) 100,00,cadeira lateral, a Cr) 150,00, cadeira central aa Cr) 600,00, camarote (quatro lugeres).

CASA NOTURNA

MEU BUENOS AIRES QUERIDO - Espetáculo demúsica argentina com Hugo Del Carril, RosannaFalasca, Argentino Ladesma, Glória Rivera, Gui-lermo Brondo, Ruben Zarate, a orquestra de Jor-ge Dragone, bailarinos, cantoret folclóricos econjuntos vocais. Após o espetáculo, música aovivo para dançar com orquestra tiplea. Cane-cão, Av. Venceslau Braz, 215 — (286-9343 a266-5149). Di 3e. a 5a., is 21h30m, 6a. a sáb.,is 23h30m e dom., ii 20h30m. Ingressos a Cr)300,00.

res, Lgo. da Lapa, 47. Sexta-feira, is 10h. En-trada franca.

GRANDES VESPERAIS - Recital do soprano Ma-ria Helena Buzelin acompanhada ao piano deHermelindo Castelo Branco Programa: MotetoExultante Jubiliato K. V. 165, de Mozart, Bachia-na Brasileira n? 5, Modinha Seresta n? 5, Can-ção do Poeta do séc. XVIII e Inhapopê de Vil-la-Lobos, Stornellatrice, de Respighi, Romance •Mandoline, de Debussy, ZueignUng, de Strauss,e Jota, Pojo, de M. de Falia. Sala Cecilia Meire-les, Lgo. da Lapa, 47. Sexta-feira, às 18h30m. En-trada franca.

GRUPO DE CÂMARA DA RÁDIO ROQUETTE PIN-TO — Recital do conjunto integrado por Nelsonde Macedo (viola), João Daltro (violino), JoséBotelho (clarinete), José Alves (violino), e Wat-son Clis (violoncelo). Programa: Quarteto Popu-lar, de Radamés Gnatalli, Quarteto de Cordascom Clarinete, de Cruzei e Quatro Miniaturas,de Nelson Macedo. Museu Histórico do Estado,Rua Presidente Pedreira, 78, Ingá, Niterói. Sex-ta-feira, às 21 h. Entrada franca.

DANÇABALE DO SÉCULO XX — Pro-grama A da Assinatura 2 —Diechterliebe — O Amor do Poe-ta, coreografia de Maurice Bé-jart, música de Schumann e Ni-no Rota. Solistas: Shonach Mirk,Martine Detournay, Katlin Csar-noy, Jorge Donn, Bertrand Pie,Jean-Marc Torres e Rita Poel-voorde. Teatro Municipal(263-1717). Hoje, as 21h.

Artes PlásticasEVIlASIO LOPES — Pinturas. Eucatexpo, Av.Princesa Isabel, 350. De 2a. a 6a., das 14h às22h e sáb. das 19h is 23h. Até dia 1° de

junho, inauguração hoje, às 20h.

FERNANDO COELHO — Pinturas. Galeria Travo,Rua Marquês de S. Vicente, 52/260. De 2a. asáb., das 14h às 22h. Inauguração ho^e, is 21 h.

MARIO MARIANO — Pinturas. Galeria Casablan-ca. Rua Marques de S. Vicente, 52/loja 368. De

'2a. a 6a., das 15h às 22h e sáb., das 17h às 21h.

Até dia £ de junho. Inauguração hoje, às 21 h.

EvilásioLopez exp8c

pinturas naEucatexpo

A EditoraCivilização Brasileira

promove hoje olançamento do livro

Brizola e o Trabalhismo,de Moniz Bandeira.

A partir das 20h, naLivraria Muro,

Rua Visconde de Pirajá, ii.

RádioJornal

do BrasilZYJ-453

AM-940 KHz - OT-4875 KHz

Diariamente dat 6h ii 2h30m

7h — INFORME ECONÔMICO— Produção de Alcides Mello eapresentação de Ellakim Araújo.

8h30m — HOJE NO JORNALDO BRASIL — Apresentação deEllakim Araújo.

9h — ROTEIRO — Produção eapresentação de Ana Maria Ma-ehado.

23h — NOTURNO — Lançamen-tos musicais, destaques internado-liais e entrevistas. Produção e apre-sentação de Luís Carlos Saroldl.

JORNAL DO BRASIL INFOR-MA — 7h30m, 12h30m, 18h30m,0h30m. Dom.: 81i30m, 12h30m, 18h30m, 0h30m. Apresentação de Ella-kim Araújo, Antônio Carlos Niede-rauer e Orlando de Souza.

FAA-ESTÉREO - 99.7 MHz

ilfluaaâaaiaãBZYD-460

Diariamente das 7h à lh

HOJE. 20h — Suíte do bale Terpsl-

chore (10:45) e Sonata em Si Me-nor, para Flauta e Cravo, Op.1 n? 9 (13:46), de Haendel (Orques-tra Pasdeluop, Gerard Devos, Ml-chel Debost e Chrisitian Ivaldi);Sinfonia n° 1, em Dó Maior, de Ba-lakirev (Svetlanov — 40:00); Con-certo para Cravo n° 5, em Sol Me-nor, de Ame (Malcolm e Marriner

10:34); Glória, de Poulenc (Ber-nstein — 24:22); Konzertstuck emSol Maior, para Piano e Orquestra,Op. 92, de Schumann (Kempff —16:49); Sinfonia em Mi Maior, Op.18 n° 5, de Johann Chrstian Bach(Munchinger — 15:00); Concertopara Violão e Orquestra, de Emes-nesto Halffter (Yepes e Odon Alon-so — 27:00); Suíte de Danças, deTielman Susato (Collegíum Aure-um — 11:45).

AMANHÃ

20h — Transmissão Quadrafô-nica — SQ — Sinfonia Fantástica,de Berlioz (Orquestra Nacional daFrança e Leonard Bemstein —52:06); Concerto em Sol Menor,para Órgão, Cordas e Tímpanos, dePoulenc (Simon Preston, Sinfônicade Londres e Previn — 23:44); OMoldávia, de Smetana (Karajan

12:52).21h35m — Stereo, Dois CanaisTocatas em Sol Maior e em Mi

Menor, de Bach (Pommier —13:38); Concertos Op. 9 (La Cetra)n°s 2, 4 e 1* de Vivaldi (I SolistiVeneti — 28:42); Sonata para Vio-lino e Piano n? 1, em Fá Menor,Op. 80, de Prokofieff (Oistrakh eRichter — 28:10); Concerto Op. 2n° 3, em Sol Maior, de John Stanley(Hurwltz Ensemble — 9:00).

RádioCidade

FM - ESTÉREO - 102.9 MHz

[mê|ê|||^j]Diariamente dat 6h às 2h

I

!

Os grandes sucessos da músicapopular dos anos 60/70 e os me-lhores lançamentos em mú-sica nacional e internacional. Edi-tor musical: Alberto Carlos de Car-valho.

CIDADE DISCO CLUBE — Osom das discotecas cariocas. De 2a.a 5a. das 22h às 23h. 6a. e sáb., das22h às 24h. Produção e apresenta-ção de Ivan Romero.

O SUCESSO DA CIDADE — Asmúsicas mais solicitadas da pro-gramaç&o da Rádio Cidade. De 2a.a 6a., das 18h às 19h. Apre-sentação de Romilson Luiz.

PAGINA 8 I1 CADERNO B

ASTRONOMIAE ASTRONÁUTICA

JORNAL DO BRASIL LI Rio de Janeiro, quarta-feira, 23 de maio de 1979

VERÍSSIMO

Stepjhen Hawking

O CRIADORDO MINIBURACO

NEGRORonaldo Rogério de Freitas Mourão

Aslrônomo-Cliof» do Observatório Nacional

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Stephen Hawking,superando a doença e

tentando descobriro mistério do Universo

Aldeia

dos mlnlburacos negros surgiu quan-do o inglês Stephen Hawking, um dos maisnotáveis fisleos da atualidade, estudava osproblemas fisleos que deveriam ocorrer du-

rante a grande explosão da qual teria resultado onosso Universo, atualmente em expansão. Com efei-to, estas partículas primordiais, além de possuíremmassa Inferior a uma massa solar, revolucionaram aFisica, provocando grande interesse pela curiosafigura do seu idealizador.

Stephen Hawking nasceu em 1942, em Oxford,sendo criado em Londres, ao lado de três irmãos.Seu pai era um pesquisador do Instituto Nacionalde Medicina. Embora a Biologia, especialidade deseu pai, não. o atraísse, já aos nove anos Stephendesejava tornar-se um cientista. Para o garoto, aBiologia era uma ciência inexata e por isso gosta-ria de se dedicar a Fisica. Ao concluir o curso naUniversidade de Oxford, seu interesse pela Astro-nomia — em especial pela Cosmologia, ou seja, pa-ra os problemas relativos a origem do universo —tornaram-se tão possessivos que resolveu fazer asua pós-graduação na Universidade de Cambridge,

pois em Oxford nãoexistia curso naquelaespecialidade. KmCambridge, tornou-sealuno do professorDennis W. Sciama, naépoca (1962) um dosprincipais cientistasingleses que ensina-

| vam Relatividade eCosmologia.

Foi no primeiro anodo curso de pós-gra-duação, em Cambrid-ge, que uma terríveldoença afetou a saú-de de Stephen. Come-çou a tropeçar e asentir dificuldadesem controlar os mo-vimentos. Consultoudiversos médicos quediagnosticaram umaesclerose lateralamiotrópica, doença

incurável que destról progressivamente os nervose os músculos. Todos os médicos consultados afir-mavain que Stephen só tinha dois anos de vida.

Quando começou aquela coisa terrível, comodizia o meu professor Sciama, seu desenvolvimentoprogrediu rapidamente — afirma Stephen. Fiqueimuito deprimido. Não havia motivo para continuar.Abandonei meus estudos e passei a dedicar-me âleitura de livros de ficção científica e a escutar asóperas de Wagner.

Apesar de todas as previsões e diagnósticos mé-dicos, passados dois anos Stephen continuava vivo;se bem que fosse obrigado a andar com auxílio deuma bengala. Compreendendo a situação e o seuvalor intelectual, o professor Sciama incentivavaStephen a completar sua tese. Simultaneamenteocorreu, neste ano de 1965, outro importante even-to: seu casamento com a jovem Jane Wilde, queconhecera logo após ao aparecimento da doençS.Segundo Stephen, o casamento foi o fator decisivode sua vida.

Ela me deu vontade de viver. Vontade decontinuar lutando. Sem a ajuda de Jane não pode-ria ter continuado, não teria forças.

O casal tem dois filhos: Robert e Lucy, o pri-meiro de 10 anos e a segunda de sete.

Convém lembrar que Stephen não consegue es-orever, comer, nem pentear seu próprio cabelo sema ajuda de terceiros. Possui no seu gabinete de tra-balho uma máquina que permite vlfar as páginasdos livros e um pequeno aparelho especial que pos-sibillta a utilização de um terminal de computadorinstalado em seu escritório. Aqueles que tiveram afeliz oportunidade de assistir a um dos últimos Glo-ho Repórter sobre Astronomia devem ter observa-do como Stephen os utiliza. Apesar destas dificuí-dades, Stephen não parece um inválido. Sua perso-nalidade supera todos os obstáculos criados peladoença. Os jornalistas que o entrevistam, semprecom o auxilio de um intérprete, pois é difícil com-preendê-lo, uma vez que a doença atingiu tambéma fala, acabam impressionados com o seu senso dehumor. Durante as entrevistas, faz trocadilhos econta inúmeras piadas.

Após o periodo de depressão, Stephen retornouas suas pesquisas desenvolvendo um longo estudodas teorias da Relatividade, assim como uma mi-nuciosa análise sobre os buracos negros. Em cola-boração com o cientista inglês Roger Penrose, tam-bém da Universidade de Cambridge, estudou os pro-blemas relativos a existência de singularidade, oúseja, situações de colapso gravitacional em que, nasteorias físicas, deixam de existir as atuais noçõesde tempo e espaço. Foi após três anos de longoscálculos matemáticos que Stephen sugeriu a exis-tência dos miniburacos negros, resultados da gran-de explosão que, segundo tudo parece, teria criadoo universo. Outra recente descoberta foi a demons-tração de que os buracos negros também podem ir-radiar energia. Esta última descoberta de Stephenpoderá constituir o primeiro passo destinado a umaunificação entre a teoria da Relatividade e a teo-ria dos quanta, isto é, a grande síntese entrao estudo das grandes estruturas do cosmos e as domicrocosmos.

Apesar de todas estas dificuldades, StephenHawking nunca perdeu o seu entusiasmo pela vi-da e, principalmente, pelo trabalho, ao qual se de-dica com todas as forças que lhe restam. A medidaque começamos a compreender a grandeza dos mis-térios que envolvem o Cosmo, começamos também aadmirar a condição humana daqueles que a des-vendam, descobrindo que existe no homem um ou-tro Universo tão insondável e desafiante como ogrande espaço cósmico que nos envolve.

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O MAGO DE ID BRANT PARKER E JOHNNY HART

.j NÃO SOU S:

/COMO l NEGOCIANTE! / COMO ©ANDADOS Vj ,, .^J /ANDADA I

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LOGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA

C R

cP T L

PROBLEMA N.° 28 11. escada em hélice (7)12. essencial (7)

1. afago (7) 13. mandriar (8)2. çabide (7) 14. monte de cacos (7)3. caboclo (7) 15. pisar com os pés (6)4. calçar (8) 16. profissão de calcetereiro5. catacumba (6) 00)6. celeste (6) 17* relativo a cabelo (7)v ^u=«i,, =u« n\ 18- relativo a crise (7)/. chapéu alto (7) ,_ ' ...

,,,«'¦ ,~ 19. rumoreiar levemente (6)8. dar de borco (7) 20 te|ha (7)9. do Cairo (7)

10. dos celtas (7) Palavra-chave: 13 letras

Soluções do problema n.° 27: Palavra-chave: PROFIIAXIA. Parciais: pária;pairo; pirar parla; prolixa; porfia; pilar; paliar; piar; pala; paixa; pira; pifia; praia;pioria; proa; poaia; piola; pôla; polir.

Consiste o Logogrifo emencontrar-se determinado vo-cabulo, cujas consoantes jáestão inscritas no quadroacima Ao lado, à direita, édada uma relação de 20conceitos, devendo ser en-contrado um sinônimo paracada um, com o número deletras entre parênteses, etodos começados pela le-tra inicial da palavra-cha-ve. As letras de todos ossinônimos estão contidosno termo encoberto, e res-peitando-se as letras repe-tidas.

CRUZADAS CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS — 1 — golpe Iraumatizanteem que o adversário é atingido com a plantade um pé do capoeirista, que está de costas

para ele e apoiado no chão com as duasmãos e o outro pé. 5 — abaixar a aba dochapéu, 9 — planta leitosa da família daseuforbiáceas, cujos grossos tubérculos radi-culares, ricos em amido, são de largo empre-

go na alimentação. 10 — aquilo que há ou

pode haver de melhor. 11 — que têm muitas

patacas ou dinheiro. 13 — unidade ou fra-

ção de unidade que opera no franco de umdispositivo de forças militares. 14 — sériede dribles com que um jogador exibe virtuo-sismo e domínio de bola, deixando o adver-sário inteiramente batido. 15 — faixa ou tirade gaze própria para proteger partes lesadas.17 — simbolo do áustrio, nome que s» deu

outrora «o gálio, 18 — nome da letra Jno antigo sistema (ainda em uso na Bahia,Alagoas e Sergipe). 19 — amancebada, ama-siada. 20 — interjeição própria para incenti-var um animal ou uma pessoa a levantar-seou a subir. 22 — sufixo nominal que indicanatureza. 23 — aquela que adivinha. 27 —

pedaço de algodão embebido em azeite-de-dendê, e em chamas, que, nos candomblésse põe na palma das mãos ou se faz o ín-giram as pessoas de quem se suspeita este-jam simulando possessão. 28 — prefixo usadoem Química para indicar compostos aliclíni-cos. 29 — cabeçalho para puxar a grande ou

a charrua. 30 — nome comum a diversas der-

matoses caracterizadas por vesículas ou pús-

tulas, pspríase.

VERTICAIS — 1 — entre os indígenas, qualquererva ou planta, especialmente a erva-mate, euma variedade de tabaco. 2 — diz-se do tipode regeneração em que os elementos regene-rados da parte amputada são menos desen-volvidos do que originalmente eram. 3 — es-pécie de peneira. 4 — porção de pós, parti-cuíarmente dc rape, que se toma entre opolcgar e o índice para cheirar. 5 — gene-ro de formigas a que pertence a saúva, 6 —bolo de macaxeira, 7 — aquele que afia te-souras, facas, etc, 8 — distintivo de fita en-rolada com forma semelhante a da rosa, usa-da na botoeira pelos dignitários de graus*honoríficos. 10 — instrumento de sopro, oval.

com embocadura curta, e que lembra o per-fil de uma cabeça de ganso. 12 — o trióxi-do de dialumínio. 15 — capelas ou igreiassucursais de uma igreja paroquial cujos fre-gueses moram a grandes distancias. 16 — ins-trumento de sopro, do tamanho e forma deuma flauta, usado pelos abexins e egípcios(pi.). 21 — apoio moral ou intelectual, 24 —variedade de abelha que nidifica no chão.25 — sem valor ou importância. 26 — mantode lã grosseira usado por árabes e persas,entre os orientais, o fundador ou pai de ummosteiro ou abadia. Léxiccs—utiÜzados: Me-

lhoramentos: Aurélio e Casanovat.

1 P P F~ "'~"""plp

p p [8

15 Ü \ WÉÍ7

25 21 25 26

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SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR

HORIZONTAIS — calafates, carito, ilu, atarabebes, parica,irmã, an, ca, boi, nabo. ta, co, jardim, mancuniano, atur-dir, ai, sas, osia. VERTICAIS — catana, arar, lírico, ataca,foba, tíbio, elemictna, susã, capanemas, bariri, bônus,tênis, da, ata, cr.

Correspondência e remessa de livros o revistas para:Rua das Palmeiras, 57 apto. 4 — Botafogo — ZC-22.270. I

HORÓSCOPO JEAN PíRRIEK

Áries (21 do marco - 20 de abril)

Finanças: Boas oportunidades no plano financeiro.Consideração no setor profissional. DS andamento¦ um projeto importante. Solicitações favorecidas.Amor: Nenhum» mudança no plano sentimental. Po-nha em dia a sua correspondência. Alegrias comsua família. Saúde: Você poderá ter problemascom seus rins. Pessoal: Você deve organizar me-lhor seu tempo.

Touro (21 de abril - 20 de maio)

Finanças: Grande dinamismo. Um empreendimentoserá bcm-sucedldo. Tudo o que for relativo ao ei-trangeiro será bem-jucedldo. Pode mudar de em-prego. Amor: Ouça os conselhos do seus próximos,e amigos. Uma amizade poderá transformar-se numgrande amor, com Vênus no seu signo. Satisfaçõescom seus familiares. Saúde: Seus nervos estão aflor da pele. Distraia-se mais. Pessoal: Não hesitaem convidar seus amigos.

Gêmeos (21 de maio - 21 de junho)

Finanças: Dia benéfico para tomar decisões impor-lentes. Imponha seu ponto-de-vista no setor profis-sional. Em tudo, seja mais enérgico (a). Estudos <contratos favorecidos. Amor: Uma certa obstinaçãopoderá desagradar a pessoa amada. Muito cuidado,pois você poderá ficar só. Discussões em família.Saúde: Cuide bem de sua alimentação. Procure de*sintoxicar-se. Pessoal: Organize uma reunião oumarque um encontro.

Câncer (22 de junho - 22 de julho)

Finanças: Sorte no setor financeiro e profissional.Fode assinar documentos importantes. Comerciantesfavorecidos. Amor: Plano sentimental bem influen-ciado. Não adie mais uma discussão. Convide seusamigos. Resolva seus problemas familiares. Saúde:Possível intoxicação. Alimente-se melhor. Pessoal:Escreva uma carta para reconciliar-se com umamigo (a).

Leão (23 de julho — 22 de agosto)

Finanças: Você devo pedir ajuda a seus amigos noseu trabalho » no plano financeiro. Aspectos favo.réveis para mudar de emprego. Amor: Muito cuida-do com o plano sentimental, com Vênus em qua-dratura. Você deve ter calma e esperar por diatmelhores para fazer projetos. Saúde: Boa. Não to-mc excitantes e pratique esporte. Pessoal: O quelhe parece Impossível está em vias de se realizar.

Virgem (23 de agosto — 22 de setembro)

Finanças: Dia benéfico. Siga a sua intuição, faça so-licitações. No setor profissional, você saberá se fazerrespeitar e evitar as discussões. Amor: Surpresaagradável no plano sentimental com Vênus em tri-gono. É provável que você estabeleça laços dura-veis. Plano familiar excelente. Saúde: Pequenas in-disposições, nada grave. Pessoal: Seja mais cuida-doso (a), para evitar uma situação lamentável.

Balança (23 de setembro — 23 de out.)

Finanças: Este dia será benéfico. Pode assinar umcontrato e pensar numa associação. Você deve pe.

.dir um aumento no setor profissional. Amor: Cui-dado. Ciúmes, mal-entendido, incompatibilidade.Tudo isto acontecerá por sua culpa. Seja mais ra-zoável. Saúde: Não abuse do álcool nem de cigar-ros. Pessoal: As suas opiniões podem se voltar con-tra você.

Escorpião (24 de outubro — 21 de nov.)

Finanças: Este dia não será benéfico. Discussões nosetor profissional. Seja diplomata em todos os domí-nios e não faça especulações. Amor: Aborrecimen-tos na sua vida afetiva. Não faça projetos por en-quanto. Você poderá ter complicações com sua fa-mília. Saúde: Cansaço e nervosismo. Procure contro-lar-se. Pessoal: Procure estar num de seus melhoresdias.

Sagitário (22 de nov. — 21 de dez.)

Finanças: Ótima intuição, você conseguirá resolverum problema importante. Suas iniciativas darão bonsresultados. Estudos e viagens favorecidos. Amor:Não fique desanimado (a). Procure reagir. Vênusencontra-se neutro e trará boas influências. Plano

familiar benéfico. Saúde: Não dramatize as peque-nas indisposições, você acabará ficando doente.

Pessoal: Sua mania de verificar tudo lhe será muito

útil.

Capricórnio (22 de dez. — 20 de janeiro)

Finanças: Você poderá obter com facilidade o quedesejar. Você saberá convencer seus próximos. Pia-nc financeiro excelente. Amor: O domínio senti-mental continua excelente com Vênus em trígono.Faça projetos para o seu futuro. Não se deixe in-

fluenciar, siga o seu caminho. Saúde: Procure ter

uma alimentação leve. Pessoal: Organize-se e tesol-

vü seus problemas.

Aquário (21 de janeiro — 18 de fev.)

Finanças: Aumente o círculo de suas relações. En-

care atividades de longa duração, pois seus nego-

cios progredirão. Não faça despesas. Amor: Com

Vênus em quadratura e Urano, você deve ser ex-

tremamente prudente. É perigoso ter dois amores

ao mesmo tempo. Escolha, será bem melhor. Saú*

de: Indisposições. Risco de acidente, se você guiar.Pessoal: Plano da amizade favorecido.

Peixes (19 de fevereiro — 20 de março)

Finanças: Boa proposta de trabalho mas os nego-cios não serão bem-influenciados. Evite as despesase não assine documentos. Artistas favorecidos.Amor: Seja mais compreensivo {a) com a pessoaamada e você terá um excelente dia. Se for soltei-ro (a) é provável que encontre uma pessoa mie-ressante. Saúde: Não deixe de faw'r a sua dieta.Pessoal: Seus numerosos compromissos o (a) deixa-rão nervoso (a). Procure acalmar-se.

CursilhoCURSILHO 139? DE MULHERES - Começ» »manli«, com nldiprevista psn m 19h d» lcjre|« de São Francisco Xavier (RuaSão Francisco Xavier, 77 — Tl|uca), o Cunilho n9 139 de Mulhe-re» — Zona Norte. O encerramenlo aili previsto para dornln-flo, U 21h, no Cologlo Orslna da Fonseca, ao lado do localda partida.

COMUNIDADE N. S. DO AMOR - No dia 23, José Paulo Morei-ra da Fonseca «bordara o tema A Família' no Panorama Crlstío.A Comunidade convida todos os Interessados para assistirem •essa palestra, is 14h30m, no subsolo da lgre|a Santa Mônlca(Ataulfo do Paiva esquina com Josi Linhares). Para oenccrramen-to do mis d» maio, e Comunidade reservou a palavra de DomJoão Evangelista O. S. B., dia 30, que falara' sobre o Evangelhoo celebrará a santa missa. Contamos Com Sua Presença. Venha,Sue Presença E' Importante para o Nosso Crescimento. Para aspessoas que não podem ir a tarde, continuamos com « reuniõeses 20h30m, todas as segundas-feiras, na Rua Prudente de Morais,147/801, sob a orientação espiritual do Padre Ney Se Earp. Nãoesqueça' da Ultreya dia 26, is 17h, ne Santa Mônica.

NOVA COORDENADORA - A Comunidade N. S. da Alegria -Consal — tom uma nova coordenadora: Marly Bulcão de Mello.O secretariado deseja i nova coordenadora e e todas as partici*pantes dessa Comunidade muitas alegrias e compreensões no-decorrer dos trabalhos desse conceituada Comunidade.

INSCRIÇÕES DE CANDIDATOS - O Subsecreterlado da ZonaSul continua se reunindo todas as quartas-feiras, das 20h30mis 22h, no subsolo da igreja Santa Mônlca, onde terão feitas asinscrições para cursilhos da Zona Sul.

COMUNIDADE N. S. DA ALEGRIA - TARDE DE ENCONTRO -Segunda-feira próxima (dia 28,, a Comunidade N. S. da Alegria— Consal terá a sua Tarde de Encontro. Para esse acontedmen-to, todas as pessoas interessadas estão convidadas. A Comuni-dade se reúne às 14h, todas as segundas-feiras, na Igreja daDivina Providência (Rua Lopes Quintas, 274).

ULTREYA DO SUBSECRETARIADO DA ZONA SUI - DIA 26 -"Pobre da religião que só tem testemunhos do passadol Pre-cisamos de testemunhos do presente. De homens e quem Deusfale como ninguém jamais faloul Você será um desses? Suapresença é testemunho de Comunidade. Venha! Contamos com ,você. Não se esqueça da nossa Ultreya, dia 26 ii 17h, no sub- .solo da igreja Santa Mônica (Ataulfo de Paiva esquina com JoséLinhares)".

NOITE DE ORAÇÃO E REFLEXÃO - O núcleo de formação cristãconvida para o dia 28, is 20h, na Divina Providência- (Rua LopesQuintas, 274), quando se realizará a Noite de Oração e Refle-xão, marcando assim o fim das atividades do mês de maio.

INFORMAÇÕES SOBRE O PRE-CURSILHO - ZONA SUL - O dsal José Arimatéis Machado e Maria Beatriz está a disposiçã|de todos os qu» desejarem informações sobre o Pré-Cur*ilho dlZona Sul. Essas informações poderão ser obtidas através deftelefones: 267-1031 e 287-5577, i noite.

SUBSECRETARIADO DA ZONA NORTE: O Subsecretariado da ZonaNorte convida para as suas atividades, is quintas-feiras, is 21 h,no Colégio Orsina da Fonseca (Rua Francisco Xavier, 75). A Es-cola de Dirigentes funciona todas as quartas-feiras, is 21 h, nomesmo local da Comunidade. Todo o Io domingo de cada mêsrealiza-se a Ultreya Mensal, no próximo, ela- está sendo prepa-rada pela Comunidade de Ramos, e será realizada no dia 3de junho, às 8h, no mesmo tocai onde funcionam a Comuni-dade e a Escola. O Subsecretariado da Zona Norte conta com atua presença, vá aproveitar o SEU tempo, há muito o que fa-zer, faça qualquer coisa, por pequena que seja, porque maisvale acender um fósforo do que lamentar a escuridão. Compa-reça a seu modo, estaremos esperando VOCÊ de braços abertos

para luntos caminharmos ao encontro do Pai, precisamos lembrar

que cada um de nós ê uma segurança' de Deus, que Ele nosfez com um plano amoroso onde tudo «e encaixa para resultarnum grande final, quando nós que somos também • glória deDeus, poderemos dizer: Valeu a pena viver.

MENSAGEM - QUANDO REALMENTE V1VENCIAMOS NOSSA FE,os caminhos abrem-se e >• linguagem nasce. Porqu* todo o nos-so ser irradia, evangeliza, comunica, explode. Já não - procura-mos fórmulas de criatividade, mas somos criatividade, gesto epalavra, sinal e comunicação do sinal, exteriorização do que le-vamos dentro. Expressividade total das. maravilhas Internas queDeu» em nós operou. Viver a fé, com redicalidade, é o melhortestemunho, o caminho mais certo, mais curto e eficiente paraevangelizar, para atingir, para converter, para sermos fermento,luz e sol da terra, Viver com radicalidade é ir até i raiz, Raiz

que tem nome apenas. CONVERSÃO. A minha conversão. Asua conversão. A nossa conversão. Viver com radicalidade, nasdimensões da fé' é sentir que Deus é Amor, manifestado emCristo e através de Oristo, presença viva, atuante, no meiod» nós. Cristo dando sentido novo a toda a nossa existência.Cristo. Natal-eterno na história cotidiana dos homens, sedentosde viver em, com e no Amor. A vivência real do cristianismo,:om radicalidade, é um Natal perene acontecendo na alma da-sente, no EU mais profundo da gente, sob influxo do Espírito,,ob as benções do Pai. (livro Deus é Meu Chão — Pe. Rtoquejchneider).

SERVIÇOSE COMPRAS

Os couros da moda — Os lan-çamentos de verão começambem, no Rio. O Cortume Cariocapromete cores lindas, do rosa aoturqueza, com multas possiblíl-dades de combinações, em cou-ros foscos ou verniz. Os lança-mentos vêm batlsados como Pe-Uca Riviera e Vaqueta VernizIracema. (O Cortume fica naPenha, e o telefone é 280-6622.)

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¦vvlBl m>/0<b Ar*»» m/^^MMMmtaWw^ei* - ¦'¦!£l^«Tk/\'v{Wm^P&Çtoi -Wfàw wS^mMmmhlàB^ki^Ta^ar-,mrr\^tM

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CADERNO B O JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, quarta-feira, 23 de maio de 1979 D PÁGINA 9

A CRISE DO "PRÊT-À-PORTER"A INDUSTRIA DE COSTURA FRANCESA

# PERDE TERRENO EM QUASE TODA PARTE

Temperos paulistas — Potlnhosdè tampas floridas, com etique-

. tas delicadas contém os terhpe-:ros prontos lançados pela As-sortí. Por enquanto,.temos a es-

•colher entre mostarda de. estra-gon, tomate provençal, chutneyde alecrim, agridoce chinê3,sauce bearnaise, queijo com er-vas de Provence, chutney demaçã ou de tomate, vinagre dealecrim ou de estragon e o pestogenoves. Cada potinho custaCr$ 150, e na hora da compra,recebe-se uma receita que com-bina com o tempero. (A. Assortífica na R. Dr. Mello Alves, 498,em São Paulo.)

Novos flocos — Muito popularesentre os americanos, os flocosde aveia, milho e outros cereaisestão começando a agradar.também aos brasileiros, 'queaprenderam a utilizar estes pro-dutos mo café da manhã, como'cobertura para doces ou sorve-tes qu até mas mamadeiras in-f amtis. A Kellog's aumentou onúmero de opções, oferecendoagora o Granola,' a base deaveia, milho, arroz, coco e açú-car, enriquecido com vitaminase ferro.

Boutique na Gávea — Camlso-Ias e lingeries da loja Vale dosCampos de Morangos foramsubstituídas por vestidos, con-juntos de saia e blusa em ma-lha, calças compridas e casacoscoloridos. (R. Marques de SãoVicente, 52, 3o andar.)

Móveis e decorações — Para de-corações simples e artesanais,ou para novos móveis adaptadosao ambiente tropical, um ende-reco interessante é a Suinã. (R.Visconde de Pirajá, 281 sobrelo-ja 218.)

Moda e chá — A confecção Spy(conhecida pela modelagem per-feita de seus jeans) inaugura nodia 25, sexta-tfeira, a partir das19h a, loja Spy que funcionarácomo boutique, salão de chã,show-room, departamento deatacado e escritório de relaçõespúblicas. (R. Garcia d'Avlla, 58.)

Heloísa Castello Branco

-m-^ARIS (via Varig — AindaM M n&0 foi desta vez que a ln-Mi^' dústria francesa de costu-

-™- ra se saiu como gostaria.Depois do último salão do Prêt-à-Porter Feminino, realizado nos Pa-vllhões de Versalhes, de 7 a 11 deabril, os índices de visitação falamem menos 36% de americanos e 7%de alemães e de espanhóis que noano passado. r

A razão para alarme está emque americanos e alemães são cll-entes importantes para essa índús-trla, que exporta duas vezes maisdo que importa, e a Espanha é tidacomo um bom mercado em poten-ciai. Mas nem tudo está perdido,'uma vez que o volun:o de negóciosnão depende do total, mas antesda qualidade dos visitantes: Bélgl-ca, Holanda, Inglaterra-e Suíçapermanecem clientes fiéis e está-vels, e o Japão aparece como com-prador decidido a encomendar emmassa. (

Foram 26% de japoneses aníais que no ano passado a visitar

este salão, e para o ano que vemtudo indica que eles serão aindamais entre os stands dos fabrlcan-tes franceses. William Lauriol, de-jegado-geral da Federação do Prêt-à-Porter Feminino, acredita que sepossa duplicar ou triplicar lapida-mente os negócios com o Japão.Ele foi procurado por uma delega-ção de importadores nlpónicos, quelhe deu como garantia o compro-mlsso do seu Governo, frente aosdemais países desenvolvidos, de re-duzlr o espetacular excedente deáua balança comercial.

• Aos fabricantes, portanto, ca-be aproveitar esta chance. Mas quenão se descuidem da concorrência,sobretudo da italiana, Sendo o únl-co pais com quenvo Prêt-à-Portertem balança negativa — em trêsanos, passou de terceiro, a sétimoImportador da França, e nesse úl-timo salão esteve 14% menos re-presentada que em 1978 — a Itáliaaumentou suas exportações nestesetor em 51% no ano passado, eem 71% em janeiro e fevereiro de1979, em relação aos mesmos me-ses do ano anterior.

Mais temerosa é a competiçãoitaliana porque seus produtos são

de excelente qualidade, ou seja, se-melhante, senão melhor, que osfranceses (ò que já não é o casodo made in Hong-Kong), e são en-tregues dentro dos melhores pra-zos. Garantindo o sucesso dessaofensiva, além da qualidade do ser-,viço e dos produtos, os fabricantesItalianos do Prêt-à-Porter contamcom um mercado interno melhorprotegido pelo Estado que o fran-cês, e desorganizado o bastante pa-ra desencorajar os exportadores es-trangeiros. :

Se a freqüência deste últimosalão cresceu em apenas 3,72%, emrelação ao anterior, não foi culpaapenas da conjuntura difícil, fru-to da crise econômica persistente,e do dólar que baixou. O salão foirealizado durante a semana inie-diatamente anterior às férias dePáscoa — coisa que na Europa élevada muito a sério, i fechandomulto expediente. Além disso, paramuitos clientes em potencial, en-comendar seus estoques de invernojá em pleno mês de abril era tar-de demais. Para um salão que serepete pela 37a. vez, estes são errosgrosseiros, lndlsculpáveis. '.

Os compradores mostrar-seprudentes, procurando as marcastidas como "sérias", que entreguemem dia c não dão para trás de umahora para outra. O artigo mais'procurado foi, de longe, o tailleur,qiie depois de 20-30 anos volta ase impor como peça clássica, prá-tica, versátil e feminina. Mesmo opreço sendo alto, o taüleur vendeuquando a qualidade justificava asoma.

Também multo procuradas fo-ram as peças "parentas" do tail-Zeitr: saias retas, plissadas ou fen-daáas.manteaux em redingote, pa-letós de ombros armados e cinta-dos, além de multa malha, quepermite vestidos leves e estrutura-dos ao mesmo tempo. O look doInverno próximo promete portantoser 'clássico, sólido, determinadopor quem não quer desperdiçar emsupérfluos o seu dinheiro.

Esta foi a nota dominante, masnão- a única. Os estilistas jovens,fazedores da moda mais pirada, esobretudo ojs fabricantes de roupaem couro, ambos numerosos nestesalão, saíram-se multo satisfeitosdas vendas. -

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CANNES

—. Um colo-qulo sobre Criação eTécnicas é a novida-de do 32° Festival In-ternaclonal do Filme,

este ano. Cineastas, atores eatrizes, técnicos de cinema e detelevisão de vários países par-ticiparam deste encontro, du-rante dois dias: pessoas famo-sas como Elia Kazan, Francês-co Rosi e Susannah York e ou-tros menos conhecidos do pú-blico, como ós realizadores Lui-gi Comencini, John Boorman,Théo Angelopoulos, VolkerSchlondorff, Andrei Mikhal-kov-Kontchalovsky, Alain Cor-neau e Coline Serreau, os dire-tores de fotografia Nestor Al-mendros (Oscar 1979 com seutrabalho em Days of Heaven),Ricardo Aronovich, GhislainCloquet e John Alcott, o pro-düction-ãesigner Ken Adam, omontador Jean Ravel e muitosoutros.

Cinema é cultura, masvem-se a Cannes para mostrarou ver filmes e para fazer ne-gócios no Mercado Internado-nal do Filme. Essa tem sido atônica deste Festival^nquan-to o extinto Festival de Vene-za preferia afirmar-se maiscomo uma grande manifesta-ção cultural. Roberto Rosselli-ni, presidente do júri de Can-nes em 1977, pouco antes defalecer,'havia dado uma pri-meira guinada, /organizandoum seminário durante o festi-vai, graças à sua autoridade decineasta-chave do neo-realismoitaliano.

; O cinema francês e euro-péu, em geral, passam por umacrise econômica e seu públicovê-se diminuído seriamente pe-Ia influência crescente da tele-visão. Os produtores escolhe-ram para enfrentar essa con-corrência dois caminhos prin-cipais: apostar no caráter degrande espetáculo do cinema eprocurar afirmar seu valor cul-tural, o prestígio tradicional da7a. arte. O Festival de Cannesdeve, então, optar por menosostentação e por maior conside-ração pela sua dimensão cultu-ral. Os profissionais do cinema,ameaçados pela crise, precisamdefender-se. Dessa confluênciade interesses -surgiu o Colóquiodeste ano, apelando para a par-ticipação de personalidades devários países. O Palácio dosFestivais hospedou o encontro.O patrocínio coube.ao.Sindica-Io Nacional dos Técnicos da.Produção Cinematográfica e daTelevisão, afiliado à Confedera-ção Geral do Trabalho. A pre-sidência correspondeu ao vete-rano diretor de fotografia Clau-de Renoir, membro de umailustre família de pintores ecineastas. A animação dosdebates foi confiada ao críticoMichel Ciment, do semanárioUExpress e da revista de cine-ma Positif.

QUATRO sessões, comum total de dozehoras de discussão,foram consagradasa quatro conjuntosde questões:

1) Os técnicos de cinema sãosimples executantes? Roteiro,filmagem, montagem: existemtrês filmes?

2) Evolução narrativa e evo-lução das técnicas: pode-se es-crever o roteiro, independen-temente dó conhecimento dastécnicas? Cenários, imagem,som: a técnica é uma limitaçãoou um meio de libertação para& mise en scène?

3) O ator e as técnicas: oator é oprimido pela técnica?Ou é o contrário, a técnica opri-mida pelos atores?

4) O Mercado de comu-nicação o audiovisual é umprazer solitário? Imagens ebombardeio audiovisual: O rea-lizador não é mais do que umsimples executante?

O primeiro debate foi in-troduzido pelo montador fran-cês Jean Ravel e pelo seu com-patriota Alain Corneau, cineas*ta cujo filme Série Noire con-corre à Palma de Ouro. Cor-neau tem a vantagem de serum diretor que passou por umalonga experiência como técnicoem equipes de cinema, antes deser diretor. Para ele, os técnicossão executantes num sentidonobre da palavra, pois sem elesnão poderia existir o filme.Cumprem um papel criativo,igual que os atores. Ken Adamlembrou que uma filmagem éuma colaboração coletiva. Namaneira de traduzir as idéiasdo diretor, cada técnico desen-volve sua capacidade criativa.A palavra técnico parece-lheinadequada. Uma das partici-pantes propôs no seu lugar otermo artesãos do filme."Apesar de uma formação técni-ca, varias pessoas contribuemnessa criação coletiva que é ofilme, mesmo se o diretor é overdadeiro autor da obra.

O velho diretor francêsClaude Autant-Lara, pelo con-

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Alain Corneau (à direita) dirige uma cena do seu filme Serie Nòire, sob o olhar atento de Patrick Dewaere, úm dos candidatos aoprêmio de interpretação 'masculina do Festival de Cannes

COM A PALAVRA, OSARTESÃOS DO FILME

¦ •- .' vv ...'¦¦¦. Z__

trário, declarou que os técnicosdevem se limitar a seguir à ris**-oa as ordens do diretor. Autant-Lara, que já passou da idade da.aposentadoria há tempos, foi ogrande chato destes dois diasde debate. Sempre há alguémpara falar sem parar, replicaraos demais a toda hora, certode que suas idéias valem mais.Autant-Lara só conseguiu pro-vocar a risada do auditórioquando contou como o co-produtor italiano de um filmeseu obrigou-o a cortar umacena anticlerical, para nãoofender o Vaticano enquanto oGoverno italiano negociava umnovo Concordato.

Ghislain Cloquet, um dosmaiores fotógrafos dp cinemafrancês, foi o primeiro em ex-pressar os conflitos e contra-dições que geralmente se es-condem por trás da imagemmistif içada sobre o mundo docinema, existente no público.As condições de trabalho sãomuito diferentes na França,nos países socialistas oú nos Es-tados Unidos, observou (lamen-tavelmente, não havia no Colo-quio participantes vindos depaíses do Terceiro Mundo). E'extremamente frustrante paraum técnico não poder capitali-zar sua experiência, pois depoisde acabar um filme vai traba-lhar com outro diretor, cujasexigências são diferentes. E'como se o diretor de fotografiapassasse sua vida fabricandoprotótipos. Para ele, a atual cri-se do cinema "é uma crise porausência de verdadeiros pro-autores, e não uma crise porfalta de novos cineastas ounw°s roteiristas". Mas quempaga o preço dessa crise, emprimeiro lugar, são os técnicos.Há categorias inteiras que es-tão desaparecendo. O papel cri-ativo dos técnicos se encontracomprometido por decisões pré-vias erradas. Degradam-se ascondições de trabalho, os diver-sos metiers e a formação profis-sional. Cloquet apontou, comamargura, que os técnicos ha-viam sido convidados pela pri-meira vez ao Festival de Can-nes, para este Colóquio. Trintae cinco mil profissionais docinema estiveram aqui no ano}_ssatío, este ano deve haveraté mais, mas Cannes é o reinodos inumeráveis intermediáriosdo cinema, os especialistas dácomercialização, da promoção eda exibição. Os grandes ausen-tes, quase sempre esquecidosem todos os festivais, são os téc-nicos.

O segundo debate tinhacomo objetivo tratar de esclare-cer o papel das inovações téc-nicas, constantes em toda ahistória do cinema (som, cor,scope, etc) na evolução das for-mas narrativas. Andrei Mikhal-kov-Kontchalovsky, autor d eSiberiade, o candidato soviético

à Palma de Ouro, começou porlembrar que, se o filme é pro-duto de um trabalho coletivo,o responsável e m. definitivasempre é o diretor... principal-mente quando as coisas 'nãosaíram tão bem quanto se espe-rava! Para ele, as técnicas sãO'apenas meios de expressão, oque vale é a verdade do artista,a força dos sentimentos. As ve-zes, as hmitações materiais pp-dem ter um papel positivo, co-mo ocorreu com a nouvelle va-gue francesa.

O escritor e roteipista Geor-ges Conchon se encarregou defazer o elogio do "autor, éter-namente traído pelo diretor epelos atores, que transformamos personagens e situaçõesimaginados. por ele". Na ver-dade, Conchon expôs a concep-ção do roteirista francês tra-áicional, para quem um filmee um romance escrevem-seexatamente da mesma manei-ia, conforme declarou.

O

britânico JohnBoorman não espe-rou para rebaterseus argumentos."O que está errado

com boa parte do cinema fran-cês é que está justamente pen-saão como um romance, que osfilmes estão dominados porro-teiristas convencionais e literá-rios. Sou contra escrever bemo roteiro. Quanão os roteirossão escritos primorosamente,transformam-se em ãocumen-tos literários e atrapalham".Boorman, que trabalha há anosno cinema americano (PointBlank, Delivrance, Zardoz,Éxorcista II), foi um dos maislúcidos participantes do Colo-quio. Trata-se de um cineastaque combina a reflexão constan-te, típica do intelectual euro-peu, com o dinamismo e a au-dácia dos diretores americanos.Muitos realizadores mostram-sehoje preguiçosos, não procuramdominar a técnica, disse ele. Fil-mar é algo chatíssimo, "nãocompreendo como tanta gentese sente atraída por este traba-lho". A parte mais agradável,tanto pelo enriquecimento cria-tivo como pelas relações hu-manas, é o trabalho com osprincipais colaboradores: os ro-teiristas, o Proãuction-designer,os atores, o diretor de fotogra-fia e o montador, um trabalhoque freqüentemente começabem antes do primeiro dia defilmagem. A técnica é algo sim-pies, não se precisam três anosde escola. O que é difícil é a lin-guagem do filme: "o- cinematem a particularidade ãe seruma linguagem fácil de enten-der, mas difícil de '"palar"; écomo se usássemos uma "lin-gua estrangeira".

As tradições nacionais,,evidentemente, diferem muito.Serge Daney, da revista

Cdhiers dii Cinema, disse queos bons cineastas, na França,escrevem seus próprios roteiros.

Já.Andrei Mikhalkov-Kontchalo ysky afirmou:"Quando escrevo um roteiro,devo pensar em seduzir, meuministro, como meus colegasocidentais procuram seduzir osprodutores..."

k discussão sobre o traba-lho do ator foi a mais animadae a mais concorrida. Em boamedida, devido à personalidadeefusiva de Elia Kazan, a almado Actor's Studio, que tantocontribuiu para a carreira degrandes estrelas do cinemaamericano como James Dean eMarlon, Brando."Os francesesgostam mais áe abstrações egeneralizações do que eu" —começou dizendo — "prefiro aanedota e a fofoca". As histó-nas do diretor de On theWaterfront, East of Éden, eAmerica, America consegui-ram divertir seu auditório, mes-mo que elas fossem significati-vas -de uma época ultrapassada,quando "v conforto e a belezadas estrelas estavam acima deí.udo". Resumiu a mentalidadeda Metro-Goldwyn-Mayer, nasua idade de ouro, com aseguinte história: Kazan tinhafilmado uma cena com Kathe-rme Hepburn, onde ela chora-va. Depois de verem o resul-tado, foi chamado pelo big boss,Louis B. Mayer, no seu escrito-rio. Pensou defender-se das re-criminações dizendo que as lá-grimas pareciam verdadeiras.Pois é, respondeu Mayer, maso caminho das lágrimas pelabochecha até perto do nariz éfeio. Ora, "nosso business éfazer filmes bcnitos com pes-soas bonitas". Kazan teve quedeixar de lado a cena e hojelembra a frase de Mayer comoa quintessência do "sistemaMetro". Do grande JamesDean, Elia Kazan disse que erao típico ator feito para o cine-ma, que não podia trabalharpara o teatro. "Havia quedirigi-lo igual que a cadela Las-sie, com presentinhos, castigos,recompensas e ameaças pater-nais.. ."¦

Francesco Rosi trabalhousempre misturando atores ex-perientes junto a nãoprofissionais. No começo, con-fessou, pensava que jamais con-seguiria transmitir' a esses ato-res não-profissionais a disciph-na de trabalho que ele havia as-similado na sua anteriorexperiência teatral. Para obtero resultado desejado, descobriuque era preciso deixá-los par-tieiparem na construção dopersonagem, incorporando cria-tivamente elementos das suasvivências pessoais. Em Salvato-re Giuliano (1962), por exem-pio, havia apenas dois atoresprofissionais. Os demais nãoeram apenas figurantes mudos,

mas verdadeiros personagens,como acontece também -emCristo si é fermato- a Eboli,presentado hors-competitionneste festival de Cannes. "_'quase uma relação de aman-tes", disse Rossi. Joga com avaidade deles, intrínseca amentalidade do ator, mostra-lhes que podem contribuir emalgo importante, nem¦ que sejauma expressão ou frase, a par-tir de um esboço de diálogo.

"O mais emocionante é ofilme onde a massa atua, nãocomo. massa, mas como umconjunto de indivíduos diferen-tes que acabam vindo à tona.".Filmando Sálvatore Giulianonos lugares onde tinha moradoo bandido siciliano, Rosi correuo risco de reconstruir a reali--dade sob os olhares dos pro-tagonistas daqueles aconte-cimentos. A mãe de Giulianocostumava espiar escondida o,trabalho da. equipe, atrás deuma janela... A matança decamponeses em Portella deliaGinestra, uma das cenas dra-máticas do filme, foi feita com

os próprios camponeses quehaviam vivido o episódio, depoisde que a equipe de Rosi tivesseobservado, na véspera, comoera a comemoração popular do19 de maio. As mulheres do vi-larejo de Montelepre não que-liam prestar-se à filmagem. En-tão, Rosi contratou umas prós-titutas de Palermo. Quandoaquelas mulheres souberamque as prostitutas iam inter-pretá-las na tela, saíram àsruas indignadas. Essa é aorigem da mise-en-scène deoutra seqüência célebre deSálvatore Giuliano, quando for-ma-se espontaneamente umamanifestação de mulheres paraprotestar pela prisão de seusmaridos.-«¦¦^ -yO decorrer da dis-

TOftk I cussão, Susannah^^kl York, atriz e mem-

1 ^H:] bro do júri de Can--A~ ^ nes, disse que atécnica é para os atores ummeio de recuperarem sua es-pontaneidade, vencendo suasinibições e nervosismos. ColineSerreau, jovem atriz francesae talentosa diretora dos filmesMais qu'est-ce qu'elles Veulente Pourquoi Pas, resolveu com-prar briga. Atacou a concepção,na moda agora, de que não épreciso dirigir os atores, bastacomo escolhê-los bem, conformeos personagens. Frequentemen-te, espera-se dos atores quefaçam algo parecido ao quefizeram em filmes anteriores.Sob a demagogia de confiar,aparentemente, no seu talento,trata-se o ator como um cachor-rinho treinado, repetindo sem-pre os mesmos truque. Os traba-lho do ator é na verdade difícile doloroso, pois para atuar ele

acumula cm si três disfarces:a sua vivência pessoal, por umlado; sua cultura, sua experlên-cia profissional, sua técnicacorporal e vocal, por outro la-do; seu personagem, enfim. Asresistências são naturais, poisas forças em jogo podem ser pe-irlgosas para o ator e acabarmodificando sua personalidade.A direção de atores, concluiuColine Serreau, "consiste emtransformar em algo produtivoesses conflitos inevitáveis".

Volker Schlondorff é umdos mais interessantes cineas-tas alemãos da sua geração,junto com Werner Herzog. Seufilme O Tambor foi escolhidopara a Seleção Oficial de Can-nes. No Colóquio, declarou queé o diretor quem oprime os ato-res e não a técnica. Principal-mente enquanto existem rela-ções paternalistas, -tais comoaquelas mostradas por EliaKazan nas suas anedotas."Vaidoso é o cineasta, muitomais do que o ator", continuouSchlondorff. Os atores deve-riam recusar esse papel indig-no de filhos, mesmo se há bonspais. Essa proposta de matar afigura paterna em todo diretorde cinema serviu de fecho aodebate sobre o ator.

A discussão sobre o "mer-cado da comunicação" começoucom uma introdução de LuigiComencini, cuja comédia O en-garrafamento representa a Itá-lia na atual Seleção Oficial.Muito aplaudido, fez uma vi-brante e patética defesa docinema e atacou a má utili-zação geralmente feita da tele-visão, esse extraordinário ins-trumento de comunicação demassas. O espectador escolhiaseu filme quando ia ao cinema,agora a televisão o bombardeiacom imagens a domicílio. Atéa política mudou: ante o eixode uma campanha eleitoraleram os comícios na rua, en-quanto que hoje em dia- cadaPartido dirige-se aos eleitorespela televisão. Esse consumodomiciliar rompe a relação doartista com seu público. O desa-parecimento de uma produçãocinematográfica independentena Itália seria uma grande per-da, pois desde a Segunda Guer-ra Mundial o cinema tem sidoa mais importante voz da cul-tura italiana pelo mundo afora.Defender o cinema lutando pa-ra limitar o número de filmesmostrados na televisão, comofazem muitos na Franca e naItália, é para Comencini umabatalha de retaj-juarda. O ver-dadeiro desafio e tratar de im-pedir a concentração da pro-dução audiovisual (cinema maistelevisão) nas'mãos do Poder,isolando o indivíduo e acaban-do com a comunicação entre oshomens.

Já que Comencini, um dosmestres da comédia .italiana,fez uma análise quase socioló-gica, Pierre Bourdieu, respei-tado sociólogo francês, tentouser engraçado, sem obter omenor êxito. Um diretor de te-levisão francês, Maurice Faile-vic, declarou que a TV, utili-zada de modo diferente, po_deaumentar a comunicaçãosocial, em vez de atomizar aspessoas. Mas reconheceu que operigo de um abuso era muitogrande e mencionou como umamedida saudável o dia de "des-canso" existente na Hungria,um dia por semana sem tele-visão, algo que foi aplaudidocomo uma ótima idéia.

John Boorman, irônico,disse que a televisão reduztudo, inclusive as idéias...Segundo o grego Théo Ângelo-poulos, diretor de A Viagem dosAtores e de Os Caçadores, o pro-blema é essencialmente poli-tico. O perigo não é a televisãoou o cinema, mas a tendênciado Poder central a controlartoda a produção audiovisual,nos mais diversos países.Comencini concordou com ele,confersando seu .temor pelo di-rigismo cultural, a morte' dopluralismo e a passividade dopúblico.

Essas palavras encerraramo Colóquio, não sem que antesGhislain Cloquet falasse maisuma vez. Colocou quão positivoera ter organizado este colóquioe observou o pouco que nele sehaviam expressado os técnicos(Nestor Almendros, por exem-pio, se desculpou dizendo quenão estava acostumado a falarem público). "Não falarammais porque há anos não-se ex-pressam mais no seu própria,trabalho", disse Cloquet. "Por-que querem nos transformarnos executantes de um produtointernacional standard, sempersonalidade. Não é o cineastaquem nos oprime, mas umdeterminado sistema de pro-ãucão." Exasperado pela tra-dicao de confiar o julgamentodos filmes a pessoas que poucacoisa têm a ver com o cinema,ele acabou com um último pon-tape contra os organizadoresdo Festival de Cannes: depoisda escritora esnobe FrançoiseSagan, este ano, propôs que opresidente do júri do próximofestival fosse o popular despor-tista francês Anquetil....

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