quadro eletricos

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CENTRO PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGÍA DE TATUÍ CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MANUTENÇAO INDUSTRIAL CRISTIANO CARESIA RODRIGUES ISRAEL GONÇALVES QUADRO ELÉTRICO

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CENTRO PAULA SOUZA

FACULDADE DE TECNOLOGÍA DE TATUÍ

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MANUTENÇAO INDUSTRIAL

CRISTIANO CARESIA RODRIGUES

ISRAEL GONÇALVES

QUADRO ELÉTRICO

TATUÍ, SP

1° semestre/2014

1 APRESENTAÇÃO

De acordo com a NBR IEC 60050 (826), quadro de

distribuição é o “equipamento elétrico destinado a receber

energia elétrica através de uma ou mais alimentações, e

distribuí-la a um ou mais circuitos, podendo também

desempenhar funções de proteção, seccionamento, controle

e/ou medição”.

2 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

Um quadro de distribuição pode ser entendido como o

“coração” de uma instalação elétrica, já que distribui

energia elétrica por toda a edificação e acomoda os

dispositivos de proteção dos diversos circuitos elétricos.

Estes conjuntos são destinados à conexão com a

geração, a transmissão, a distribuição e a conversão de

energia elétrica, para o acionamento, proteção e controle

de equipamentos que consomem energia elétrica. Também se

aplica a conjuntos que incorporam equipamentos de controles

e/ou de potência, cujas frequências são elevadas (como por

exemplo, inversores de frequência).

3 QUANTIDADE DE CIRCUITOS

Antes da especificação técnica, propriamente dita, de

um quadro de distribuição, é preciso dimensioná-lo,

começando pela quantidade de circuitos que ele deverá

acomodar — e obtendo-se, com essa informação, uma primeira

ideia das dimensões e do tipo de quadro.

A quantidade de circuitos de uma instalação elétrica

depende, entre outros fatores, de sua potência instalada,

da potência unitária das cargas a serem alimentadas, dos

critérios adotados na distribuição dos pontos, do maior ou

menor “conforto elétrico” previsto, do grau de

flexibilidade que se pretende e da reserva assumida visando

futuras necessidades.

A NBR 5410 oferece um bom ponto de partida para essa

definição. É verdade que o posicionamento da norma, sobre

quantidade de circuitos, se afigura bem mais explícito no

campo das instalações elétricas residenciais. Aliás, ela

oferece aí várias regras que podem ser encaradas como o

receituário mínimo da instalação. Mas a utilidade desses

critérios, sobretudo pela lição conceitual que encerram, se

estende muito além do domínio residencial.

4 APLICAÇÕES DOS CONJUNTOS

A norma NBR IEC 60439-1 define que o conjunto de

manobra e comando de baixa tensão é a combinação de

equipamentos de manobra, controle, medição, sinalização,

proteção, regulação, etc., em baixa tensão, completamente

montados, com todas as interconexões internas elétricas e

estrutura mecânica.

Desta forma, com base na definição acima, podemos

encontrar os painéis de baixa tensão (conjuntos) em uma

série de aplicações: Distribuição para Circuitos de Iluminação e

Potência; Distribuição em Residências; Sistemas de Controle; Bancos de Capacitores; Centros de Controle de Motores; Distribuição; Sub-Distribuição; Derivação; Acionamentos com Inversores de Frequência para

processos de variação de velocidade em motores.

Cada aplicação apresenta requisitos técnicos

específicos, que variam em função de:

• vista externa;

• local de instalação;

• condições de instalação com respeito à mobilidade;

• grau de proteção;

• tipo de invólucro;

• método de montagem, por exemplo, partes fixas ou

removíveis;

• medidas para a proteção de pessoas;

• forma de separação interna;

• tipos de conexões elétricas de unidades funcionais.

5 PAINÉIS DE DISTRIBUIÇÃO E SUB-DISTRIBUIÇÃO

Painéis completos (montados) que acomodam equipamentos

para Proteção, Seccionamento e Manobra de energia elétrica.

As aplicações vão desde painéis de pequeno porte, como

aqueles utilizados nas entradas das residências, até

painéis de grande porte, como painéis autoportantes

formados por diversas colunas, sendo parte integrante dos

sistemas de distribuição de energia em unidades

residenciais (prédios, shopping-center, hospitais, etc.) e

industriais.

Em uma instalação elétrica de grande porte é comum

encontrarmos vários níveis de painéis de distribuição,

desde o transformador até as cargas. Muitas vezes existe um

painel de distribuição principal conectado diretamente ao

transformador, com o objetivo de alimentar vários outros

painéis de distribuição (Sub-Distribuição), e estes

alimentar painéis sucessivos até o nível das cargas. A

complexidade e o projeto do sistema de distribuição estão

diretamente relacionados com as necessidades inerentes a

cada aplicação ou instalação, industrial ou comercial.

Nos painéis de distribuição é comum encontrar diversas

funções montadas na mesma estrutura, mas também podemos

encontrar colunas com funções específicas como: Entrada,

Interligação e Saída.

Estas funções em colunas poderão ser montadas em um

único painel ou em painéis separados fisicamente, porem

interligados eletricamente.

O painel ou a coluna que recebe os cabos ou duto de

barras para alimentação de todo o conjunto é normalmente

conhecido como ENTRADA. Esta coluna geralmente abriga um

disjuntor (disjuntor geral), ou uma chave seccionadora com

fusíveis (chave geral).

O painel ou a coluna onde são alocados equipamentos

para conexão de dois conjuntos de barramentos independentes

é conhecida como INTERLIGAÇÃO. Dependendo do circuito de

distribuição de energia, os barramentos podem trabalhar

permanentemente conectados, serem conectados em situações

de emergência e manutenção ou selecionando a fonte

alimentadora. Geralmente são utilizados disjuntores ou

chaves seccionadoras como os dispositivos de manobra sendo

comum encontrar este configuração em “colunas” ou painéis

individuais, denominados como Painel de Transferência.

O painel ou a coluna de Distribuição é a qual a

energia elétrica é fornecida a um ou mais circuitos de

saída.

É importante ficar claro que o foco deste trabalho são

os painéis de distribuição de grande porte. Os painéis

residenciais têm características e normas técnicas

específicas para os mesmo, não sendo objeto deste trabalho.

Figura – Vista interna de um painel de distribuição.

6 CCM – CENTRO DE CONTROLE DE MOTORES

CCMfs são painéis completos (montados) que acomodam

equipamentos para Proteção, Seccionamento e Manobra de

Cargas. Tem uma função especifica nos sistemas de

distribuição de energia elétrica em unidades comerciais e

industriais. São os painéis onde estão conectados os cabos

provenientes das cargas.

Apesar de aproximadamente 85 % das cargas industriais

serem motores (motivo do nome centro de Controle de

Motores), o termo cargase abrangente, podendo significar

qualquer equipamento que consuma energia elétrica, como

estufas, resistores, etc. A utilização dos CCMLs e

destinada a instalações industriais em que apresentam:

. Grande numero de cargas que devam ser comandados;

. Deva ser assegurada máxima continuidade de operação;

. For necessário o acesso de pessoal não qualificado;

. For exigido alto nível de segurança para os

operadores e pessoas de manutenção.

. CCM Compartimentado / Não compartimentado / Fixo /

Extraível

Dependendo do grau de separação interno encontrado em

um CCM, o mesmo pode receber diferentes denominações

físico/comerciais.

6.1 CCM NAO COMPARTIMENTADO

Apresenta uma placa de montagem única, onde

os conjuntos de proteção e manobra de cada carga

individual estão montados todos juntos nesta

mesma placa.

6.2 CCM COMPARTIMENTADO

E aquele onde os equipamentos de proteção, e

manobra de cada carga estão montados em

compartimentos separados dentro do painel. Este

CCM pode ser FIXO ou EXTRAIVEL.

6.2.1 CCM EXTRAIVEL

Dentro de cada compartimento e montada uma gaveta

que pode ser removida do painel sem o auxilio de

ferramenta. Os equipamentos para proteção e

manobra da partida são montados dentro das

gavetas, minimizando os tempos de parada, pois se

podem substituir as gavetas rapidamente.

6.2.2 CCM FIXO

Dentro de cada compartimento e montada uma placa

de montagem fixa não removível onde são que

alocados os equipamentos para proteção e manobra

da partida

Figura – Compartimentos Extraíveis

7 ATUADORES DE BOTOEIRAS

Tabela - Botoeiras

As cores de atuadores para ligar deverão ser branca,

cinza ou preta, de preferência a branca. A cor verde também

é permitida. A cor vermelha deverá ser utilizada somente

para atuadores de parada de emergência.

As cores de atuadores de desligar deverão ser preta,

cinzenta ou branca, de preferência preta. A cor vermelha é

também permitida, tomando o devido cuidado para não

utiliza-la junto de alguma operação de emergência.

As cores branca, cinza ou preta são as preferências

para atuadores de botoeiras que atuem alternadamente com

botoeiras de ligar e desligar, ou que operem em stand-by.

Em caso de atuadores de reset, as cores deverão ser azul,

branca, cinza ou preta.

8 NR-10 NA FABRICAÇÃO DE PAINÉIS ELÉTRICOS

A NR-10 regulamenta e estabelece os requisitos e

condições mínimas para a implementação de medidas

de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a

segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta

ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e

serviços com eletricidade, em se tratando de painéis de

baixa tensão, qual o procedimento para verificar se o

painel atende ou não a norma?

As empresas  são obrigadas, por exigência da norma, a

manter esquemas unifilares atualizados das instalações

elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações

do sistema de aterramento e demais equipamentos e

dispositivos de proteção. O aterramento das instalações

elétricas deve ser executado conforme regulamentação

estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta,

deve atender às normas internacionais vigentes.

Sempre que for tecnicamente viável e necessário, devem

ser projetados dispositivos de seccionamento que incorporem

recursos fixos de equipotencialização e aterramento do

circuito seccionado. Finalmente, todo projeto deve prever

condições para a adoção de aterramento temporário.

Em todos os serviços executados em instalações

elétricas devem ser previstas e adotadas,

prioritariamente, as medidas de proteção coletiva

aplicável, mediante procedimentos, às atividades a serem

desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e à saúde

dos trabalhadores. As medidas de proteção coletiva

compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica

conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o

emprego de tensão de segurança.

Na impossibilidade de implementação de procedimentos

ou tensões de segurança, devem ser utilizadas outras

medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das

partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema

de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do

religamento automático.

Segundo a NR-10, é permitido que todos os

intertravamentos de segurança existir apenas em forma de

procedimento, quando outras formas sejam impraticáveis.

Portanto, As necessidades da NR-10 devem ser discutidas na

fase de projeto e detalhadas no memorial descritivo

da obra.

É importante ressaltar que aplicações de quadros

iguais podem ser inadequadas em situações

diferentes, dependendo do tipo de uso ou instalação do

quadro.

9 MANUTENÇÃO PREVENTIVA

9.1 SEGURANÇA, BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS.

As empresas devem possuir procedimentos padronizados

do sistema de bloqueio, documentado e de conhecimento de

todos os trabalhadores, além de etiquetas, formulários e

ordens documentais próprias.

Os obstáculos são destinados a impedir o contato

involuntário com partes vivas, mas não o contato que pode

resultar de uma ação deliberada e voluntária de ignorar ou

contornar o obstáculo.

Em certos casos o eletricista normalmente terá que

lidar com os barramentos energizados, então além de contar

com um profissional com experiência comprovada que porte os

EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) apropriados:

luvas, botas e óculos de proteção.

9.2 SEMANALMENTE:

− Verificação da existência de ruídos anormais,

elétricos ou mecânicos;

− Verificação da existência de fusíveis queimados;

− Inspeção da pressão de contato dos fusíveis;

− Verificação do fechamento correto das tampas da

porta-fusíveis.

9.3 MENSALMENTE:

− Inspeção do estado das chaves magnéticas;

− Verificação do contato da porta-fusíveis para evitar

fusões;

− Verificação do arco em excesso das chaves

magnéticas;

− Verificação do ajuste dos relés de sobrecarga;

− Verificação do isolante e continuidade do

enrolamento das bobinas das chaves magnéticas;

− Verificação do estado de conservação das bases

fusíveis;

− Reaperto dos bornes de ligação das chaves

magnéticas;

− Reaperto dos parafusos de contato dos botões de

comando;

− Verificação da equalização da pressão no fechamento

dos contatos;

− Limpeza das câmaras de extinção e dos contatos das

chaves magnéticas;

− Ajuste de pressão dos contatos.

9.4 SEMESTRALMENTE:

− Reaperto geral das porcas e parafusos dos

barramentos e contatos elétricos.

− Verificação do aquecimento dos contatos elétricos

com equipamento termovisor;

− Verificação da tensão das molas dos disjuntores;

− Medição da corrente elétrica dos fios e cabos e

verificação se a mesma encontra-se de acordo com as tabelas

normatizadas de máxima condução de corrente permitidas e

verificação do equilíbrio entre as correntes das fases;

− Emitir laudo técnico, assinado por profissional

habilitado e capacitado, com número de registro do

profissional no Conselho Regional de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia, com exposição dos dados (fotos)

retirados com o equipamento termovisor devidamente

organizados (com identificação do Quadro, Armário, Local e

Andar) e avaliação técnica dos dados.

9.5 MANUTENÇÃO CORRETIVA

Proceder, sempre que necessário, os reparos ou

consertos que se fizerem necessários.

Temos na figura abaixo um problema de acordo com as

prescrições da ABNT NBR 5410 – norma de instalações

elétricas de baixa tensão.

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As não conformidades na instalação são:

Ausência de dispositivo DR de alta

sensibilidade conforme exigido pelo item

5.1.3.2.2 da ABNT NBR 5410:2004;

Nos circuitos dos chuveiros assinalados na

imagem a falta de tampa do quadro como

outra não conformidade;

Ausência de identificação dos circuitos;

11 DEFINIÇÃO

O Quadro de Distribuição é o local onde se reúnem e

partem todos os fios para todo sistema.

Qualquer instalação deve ser dividida, de acordo com

as necessidades, em vários circuitos, devendo cada circuito

ser concebido de forma a poder ser seccionado sem risco de

alimentação inadvertida, através de outro circuito.

Qualquer instalação deve ser dividida em tantos

circuitos quantos forem necessários, de forma a

proporcionar facilidade de inspeção, ensaios e manutenção,

bem como a evitar que, por ocasião de um defeito em um

circuito, toda uma área fique desprovida de alimentação.

Os circuitos terminais devem ser individualizados pela

função dos equipamentos de utilização que alimentam. Em

particular devem ser previstos circuitos terminais

distintos para motores, iluminação e tomadas de corrente.

Nas instalações alimentadas com duas ou três fases, as

cargas devem ser distribuídas entre as fases, de modo a

obter-se o maior equilíbrio possível.

Desta forma o quadro de distribuição, se dividem as

cargas elétricas e define suas interfaces (botoeiras e

indicadores) ou seja, é onde está todo circuito projetado

para uma empresa ou residência. Assim sendo toda operação

de interação sem colocar em risco a segurança a operação e

executada de forma pratica e segura.