medo do palco: quebrando o tabu

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Pontos essenciais das palestras MEDO DO PALCO: QUEBRANDO O TABU por Alexandra Torrens, pianista e professora de piano erudito

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Pontos essenciais das palestras

MEDO DO PALCO: QUEBRANDO O TABU

por

Alexandra Torrens, pianista e professora de piano erudito

Pontos essenciais das palestras “MEDO DO PALCO: QUEBRANDO O TABU” por Alexandra Torrens, pianista e professora de piano erudito

Conservatório de Música Popular Cidade de Itajaí - 4 de Novembro de 2014

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Título:

Pontos essenciais das palestras ”MEDO DO PALCO:

QUEBRANDO O TABU” realizadas no Conservatório de Música

Popular Cidade de Itajaí pela pianista e professora de piano

erudito Alexandra Torrens

Autora:

Alexandra Torrens, pianista e professora de piano erudito

Conteúdo :

Causas do nervosismo nas apresentações em público e ferramentas

para melhorar a segurança em palco.

Público alvo:

Estudantes de instrumento/canto, músicos e demais interessados.

Data, horários:

4 de Novembro de 2014, 11h00 e 18h30

Local:

Conservatório de Música Popular Cidade de Itajaí

Itajaí-SC

Brasil

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Evento produzido por:

CAT - Casa Alexandra Torrens / Torrens & Artes Eventos

Culturais Ltda

Com o apoio do Conservatório de Música Popular Cidade de Itajaí

Agradecimentos especiais a:

Giovanni Sagaz, músico e professor do Conservatório de Música

Popular Cidade de Itajaí

Oliver Dezidério, músico e diretor do Conservatório de Música

Popular Cidade de Itajaí

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Conteúdo

PONTOS DE REFLEXÃO .............................................................................................................................................. 5

FASES ATÉ À PERFORMANCE .................................................................................................................................... 6

Aprendizado das obras ................................................................................................................................................... 7

Preparação da performance ............................................................................................................................................ 8

No dia da performance................................................................................................................................................... 9

A performance ............................................................................................................................................................. 10

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PONTOS DE REFLEXÃO

Mitos:

“Vou controlar os nervos”

Naquela passagem “não vou enganar”

“Vou fazer diferente...”

Estudar, treinar e executar obras musicais é também um processo de auto-conhecimento e um exercício de

honestidade; regularidade no trabalho e “pó de palco” são também fatores essenciais.

“Trabalhar para que nada dê errado” em vez de “trabalhar até que dê certo”.

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FASES ATÉ À PERFORMANCE

Aprendizado das obras

Preparação da performance

No dia da performance

A performance

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Aprendizado das obras

PONTOS IMPORTANTES A TER EM CONTA NO TRABALHO DE UMA OBRA:

Ter presente:

que performance musical é um ato de transmitir emoções através da música

que a música é uma linguagem.

que aprender uma obra musical é como entrar numa casa fechada há muito tempo…

Ouvir atentamente

Treinar a uma velocidade que permita atender a todos os detalhes

Treinar sempre com objetivos

Não voltar sempre ao início a cada vez que há um engano; aprender a recomeçar de qualquer parte da obra.

No início e no final da sessão de treino tocar do princípio até ao fim, sem parar para corrigir; isto serve para

consolidar o trabalho já realizado e perceber o que precisa ser trabalhado

Até chegar à velocidade definitiva, tocar a uma velocidade que seja confortavel em toda a extensão da obra.

Treinar até estar confortável; pequenas dúvidas e inseguranças deixadas para trás podem ser fatais na hora

de executar em público.

FASES DO ESTUDO:

Antes de iniciar o estudo da obra:

Escolher uma boa edição da obra

Ter uma ideia geral sobre o contexto da obra: compositor, estilo, forma, caráter/ tempo

Ouvir gravações fidedignas caso ainda não conheça a obra

Leitura (notas, ritmo, digitação):

Mãos juntas para ter ideia do todo, trabalhar mãos separadas sempre que necessário.

Estabelecer as digitações; articulações, dinâmicas e velocidade final da obra são fatores determinantes

Construção da obra:

Do detalhe até chegar ao todo da obra: articulação - frases - ritmo melódico - linhas - harmonias chave -

hierarquias - forma

Memorização (durante a fase de construção):

Treinar de cór (colocar a partitura ao lado, ir consultando sempre que necessário)

Em obras com uma das mãos com função de acompanhamento, memorizar separadamente essa mão.

Em obras polifônicas (barroco), memorizar as vozes separadamente. Sugestão: tocar 1 ou mais vozes e

cantar a outra

Produto final:

Uma obra está pronta quando a podemos “vestir” como uma segunda pele: todos os detalhes foram

descobertos, trabalhados e assimilados, basta agora deixar fluir de acordo com a personalidade de cada

um.

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Preparação da performance

ESCOLHA DO PROGRAMA:

Programa pode ser escolhido a pensar no público a que se destina mas também é necessário pensar em

formar plateias

Duração total do programa: “Menos de 50 minutos o público sente-se roubado, mais de 70 abusado” (Karl

Ulrich Schnabel).

Definir encores

Ordem das obras no programa:

A 1ª obra confortável para o executante: “aquecer-se” e aquecer o público.

Sequência de obras deve ser equilibrada: ter em conta a nossa resistência física e emocional, e também a

capacidade de atenção do público.

CONDICIONAMENTO:

Antes de começar a treinar visualisar-se no dia e local da performance e tocar todo o programa sem interrupções; observar tempos de espera necessários antes de cada obra. Focar o treino nos pontos fracos da execução.

Tocar para amigos e outro público que não traga sentimento de grande responsabilidade.

Observar partes em que, durante a execução, sentimos nervosismo ou algum tipo de desconforto; mesmo

que tenham “saído bem” é bom rever e “limpar” essas partes no treino.

Focagem equilibrada

Até ao dia da performance treinar apenas o estritamente necessário para manter o programa presente.

Estudar outro repertório

Repassar o repertório de forma tranquila (lentamente, ouvindo cada detalhe e intenção desejada)

Mantemo-nos focados evitando o foco excessivo: tocar, treinar outro repertório que não o da

performance, fazer outras atividades prazeirosas que não nos cansem muito

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No dia da performance

ENSAIO NA SALA:

Conhecer o instrumento e a acústica da sala tocando outro repertório até nos sentirmos confortáveis.

Experimentar o programa de forma tranquila, apenas o estritamente necessário. (Se possivel fazê-lo dias

antes)

CAPACIDADE DE CONCENTRAÇÃO:

Evitar situações que nos cansem física e psicológicamente

Ganhar capacidade de concentração esvaziando a mente (dormir…)

ALIMENTAÇÃO:

Mantêr a hidratação e os niveis energéticos (água, bananas e chocolate amargo são os meus companheiros

preferidos no camarim…)

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A performance

ANTES DE ENTRAR EM PALCO:

Esperar uns segundos antes de avançar (cada um seu ritual…)

Respirar fundo.

Sentir o peso do corpo em contato com o chão.

EM PALCO:

Apresentação começa quando nós começarmos - há todo o tempo do mundo para sentar, sentir o chão,

respirar.

Antes de começar qualquer obra, sintonizar ouvindo o início dela interiormente.

Concentrar-se em ouvir e seguir o fluxo das linhas musicais.

Nem sempre estamos a 100%, mas temos a segurança de que nos preparámos conscientemente.

Cada atuação é única, em cada uma aprendemos algo sobre nós.

Balneário Camboriú-SC, 4 de Novembro de 2014

Alexandra Torrens, pianista e professora de piano erudito

https://sites.google.com/site/pianistaalexandratorrens

[email protected]