domingo, 12 de maio de 1985 ano xcv — n° 34 preço: cr$ 2 0

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JORNAL DO BRASIL

©JORNAL DO BRASIL LIDA. 1985 Rio de Janeiro — Domingo, 12 de maio de 1985 Ano XCV — N° 34 Preço: Cr$ 2 000

TempoDuque de Caxias/RJ — Foto de Evandro Teixeira

.XNublado ainda su-jeito a chuvas isola-das, passando a par-cialmente nublado.Temperatura está-vel. Tempo no mun-do e foto do satéliteestão na página 20.

LoteriaNúmeros premia-dos: 51.797 (Io, SP),38.212 (2o, SP), 32.307(3o, MG), 11.485 (4o,SP) e 17.804 (5o, RS).

PolíticaPela primeira vez nahistória do país oseleitores dos Terri-tórios de Roraima eAmapá se mobilizampara as eleições dodia 15 de novembro.(Página 6)Fernanda Monte-negro almoçou comSarney, levando onome de Celso Fur-fado como indica-çâo dos intelectuaisdo Rio para o Mi-nistério da Cultura.(Página 3)

Cidade

Quatro novas camio-netas da Prefeitura,com carroçaria es-pecial, vão recolhercães e gatos abando-nados nas ruas.Além do motorista,cada equipe terá umveterinário e dois la-çadores. (Página 12)

As lojas estive-ram cheias, mas omovimento de com-pras para o Dia dasMães foi pequeno.Quem se preparoupara um dia cheioforam as churrasca-rias. (Página 12)

Negócios

Para permitir o fe-chamento do acordocom o FMI, o Brasilprorrogará a renego-ciação da dívida ex-terna por três meses,a partir de 31 demaio. (Página 22)Os empresários que-rem aumentar a pro-dução de café do Riode Janeiro, um dosEstados mais preju-dicados pela políti-ca do IBC nos últi-mos 20 anos. (Pág. 21)

Nacional

A população de Bra-sília tem esperançade que o enormemastro diante daPraça dos. Três Po-deres seja retiradopara dar lugar aoPanteão da Pátria.(Página 14)Presidente José Sar-ney ordenou quetodos os ministrosprovidenciem ummelhor atendimentoao público pelos ór-gãos da administra-ção direta e indire-ta. (Página 14)

Mundo

Recepção fria aténos atos de contesta-ção teve o Papa JoãoPaulo II ao chegar àHolanda, onde pelaprimeira vez se jus-tificou publicamen-te pela nomeação deum bispo, considera-do conservador. (Pá-gina 16)Os Verdes, que paraalguns representama volta do irraciona-lismo à política ale-má, não conseguemchegar a um acordoquanto a seu ftituro.(Página 18)

Esportes

Campeões olímpicose recordistas mun-diais participam emSão Paulo, hoje, doTorneio Sears-Ford,a mais importantecompetição de atle-tismo realizada noBrasil. (Págs. 28 e 29)

Fabiana, 3 anos, chorou quando, diante de Yara Vargas, Eduardo Costa o vacinou contra o sarampo. (Página 7)

Febre amarela

volta ao Brasil

30 anos depois

Transcorridas três décadas de sua erra-dicação das regiões urbanas do país, omosquito transmissor da febre amarela, oAedes aegypti, está reaparecendo em níveis"preocupantes" em várias cidades brasilei-ras, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro,onde 136 dos 153 bairros existentes járegistraram pelo menos os sinàis de suaameaçadora presença.

Este mosquito, que vivia nas últi-mas décadas restrito apenas às regiõesamazônicas, foi trazido para as cida-des através de pneus usados, procedentesdo Paraguai e da selva amazônica: a águafica armazenada no interior dos pneus, oque a torna um habitat ideal para o desen-volvimento das larvas do Aedes aegypti,como já constatou a Sucen. (Página 14)

Dissidentes do

PDS cogitam de

renascer o PSD

Dissidentes do PDS que não aderiramao PFL até hoje estão firmemente decidi-dos a lançar um novo partido, que seestruture a tempo de lançar candidatos àseleições diretas para prefeitos, em 15 denovembro. A idéia é ressuscitar para anova legenda a-sigla do velho PSD (PartidoSocial Democrático), dando um golpe demorte no atual PDS.

O Ministro das Minas e Energia,Aureliano Chaves, será convidado estasemana a deixar o PFL que ajudou afundar para aderir ao novo partido, que seorigina a partir de sondagens feitas peloMinistro das Comunicações, Antônio Car-los Magalhães. A proposta conta com asimpatia dos Governadores João Durval,Jair Soares e Esperidião Amin. (Página 3)

Problema para

voto de

analfabeto é a cédula

Estabelecer analogias dos partidos co-mo figuras de animais; adotar cédulas colo-ridas; permitir o voto assistido ou deixar atarefa de identificação dos candidatos —que poderão chegar a 700, em cada Estado— aos cabos eleitorais. Muitas são as solu-ções pensadas para encaminhar às urnas, jáno pleito de 85, os novos eleitores brasilei-ros: os analfabetos.

Até terça-feira, a comissão de moderni-zação da legislação eleitoral do Congressodeverá apresentar o projeto de lei regula-mentando a questão, que vem sendo estuda-da com base no procedimento adotado emoutros países. O Serpro, que irá comandar oalistamento, a votação e a apuração atravésde processamento eletrônico, tende a ado-

tar a fórmula antiga, de nomes e números.O baixo nível sócio-econômico é a única

condição comum aos 17 milhões 300 mil(dados do Serpro) de analfabetos em idadede votar no país. Diferentes nas profissõesque exercem, eles se dividem entre os queacompanham a vida política nacional e osque permanecem alheios ao que ocorre àsua volta.

Com muita vontade de exercitar seiidireito de escolha, eles temem, entretanto,a mecânica do voto, desconhecida para eles.O papel dos meios de comunicação, naspróximas eleições, deverá ser de vital im-portância. A campanha eleitoral prometeganhar colorido e força para conquistar estecontingente até hoje ignorado. (Página 4)

Foto de Luiz Prado

Raymond Michel chega no Rio em seu bimotor Sêneca, depois decruzar o Atlântico à noite e com mau tempo, vindo da África na mesmarota do primeiro vôo do correio aéreo francês, há 55 anos (Página 12)

Sayaddefineem Camelôs montam Negros atuam

ummes cortes nas ruas maior

no setor público mercado do RioAté o dia 15 de junho, o Ministério do

Planejamento deverá definir o que e quantopoderão ser- cortados dos gastos do. setorpúblico, (Je forma a auxiliar o Governo naredução do déficit que; este ano, está estima-do em Cr$ 84 trilhões 900 bilhões. O anúnciofoi feito pelo Ministro João Sayad, durantevisita ao JORNAL DO BRASIL.

A intenção é terminar o planejamentodos cortes no prazo de 90 dias de Governo,estipulado por Tancredo Neves para a reali-zação do primeiro balanço do setor público.Sayad informou que ele e o Ministro da Fa-zenda, Francisco Dornelles, concordam que"o corte não pode ser linear" e garantiu rigorno controle das empresas estatais. (Pág. 24)

Fichas de telefone, plantas, roupas, pulsei--ras com o retratinho dos Meriudos, bocas defogão, torneiras, sapatos, relógios; rádios e atéantigüidades — tudo está à venda no maiorsupermercado da cidade, que a crise econômicafez florescer pelas ruas. São mais de 4 milcamelôs para os quais o Prefeito Marcelo A!en-car já admite ter perdido a guerra.

A estratégia da Secretaria Municipal deFazenda, agora, é disciplinar o comércio ambu-lante, tirar das ruas quem não tiver autorização eremanejar barracas para os camelódromos quederam certo, como o de Madureira. Para apopulação, a vantagem dos camelos não está sónos preços: há a possibilidade de escolher melhora mercadoria e, ainda, pechinchar. (Página 12)

em grupos contra

discriminação

O movimento negro no Brasil está ganhan-do expressão cada vez maior, havendo já 400grupos espalhados pelo país, dos quais mais de 60no Estado do Rio de Janeiro. Semana passada,os líderes de dois grupos entregaram um do-cumento com suas reivindicações ao PresidenteSarney, em Uberaba (MG), e pediram à AliançaDemocrática a indicação de um negrò para oMinistério da Cultura.

Amanhã, no Rio, data em que se festejaa libertação dos escravos, várias associa-ções negras farão na Praça 15 mais um atopúblico contra o que chamam "falsa liberta-ção" do 13 de Maio. Um dos seus objetivos éa criação de uma legislação vigorosa contra adiscriminação, com modificação da Lei Afon-so Arinos, que consideram inócua. (Página 8)

Metalúrgico

pode acampar

em Brasília

Os metalúrgicos e empresários doABC esperam fecharum acordo até quar-ta-feira, mas ontem, durante assembléiaem São Bernardo, o presidente do Sindi-cato dos Metalúrgicos, Jair Meneguelli,disse que os operários irão acampar eraBrasília, até conseguirem uma audiênciacom o Presidente José Sarney, se napróxima semana os empresários não apre-sentarem uma proposta.

As conseqüências desta greve de32 dias — a segunda maior na históriado ABC — foram amargas para todos.Até sexta-feira, as indústrias contabi-lizavam um prejuízo de Cr$ 3 trilhões,os revendedores tinham deixado de ven-der 37 mil veículos e os trabalhado-res amargavam 4 mil 700 demissões eo desconto integral de todos os dias pa-rados em seus salários. (Página 25)"No Rio continuam em greve os médi-cos da rede hospitalar do Estado e osfuncionários dos Correios. (Página 7)

DOMINGO=JORNAL DO HRA8IL

Yolpi faz as cores

de uma arte maiorDe origem operária e artista que não abre mão

da base artesanal de seu trabalho, Alfredo Volpi,italiano de 89 anos, é o maior pintor vivo do Brasil,unanimidade construída à margem dos modismos.Suas. bandeirinhas e fachadas foram agora escolhi-das para comemorar, numa exposição a partir deterça-feira, os 25 anos da Galeria Bonino.

Duas histórias de sucesso: Lucélia Santos eEddie Murphy. A atriz da novela Escrava Isaura foiaclamada na China e tem convite para ir à Polônia.Com o filme Um tira da pesada, o ator negro setornou fenômeno de bilheteria nos EUA, ondeencanta a classe média. Além de ser um comediantee tanto, Eddie não fuma, não bebe, não usa drogae mora numa casa de subúrbio decorada pela mãe.Domingo/Programa

Proibida para maiores de 18 anos e liberadapara namoros, refrigerantes e tudo qur.nto é rock,new wave, ftink e disco: é a tarde de domingona danceteria Help, em Copacabana. Para asmães, o presente ainda pode ser comprado (chocolate?flores? uma antigüidade?) ou se transformar em convi-te para o teatro ou o Festival Internacional de Dança.

ESPECIAL

Callado relembra a

sua missão em Hanói

Dezessete anos depois, o escritor Antônio Ca|la-do, enviado especial do JORNAL DO BRASIL aoVietnam do Norte e o único jornalista da América doSul a chegar àquele país durante a guerra, faz umareflexão sobre sua viagem e recorda a outra face doconflito que abalou o Sudeste Asiático, isto é, o ladovietnamita, até então inteiramente ignorado no BrasiL

O escritor conclui por estabelecer um para-leio entre a guerra do Peloponeso, que opôsAtenas a Esparta, e os conflitos modernos."No Peloponeso atual", diz Callado, "as duascidades são o império americano e o soviético.Nenhum outro país tem vez, além dos dois mas-todontes. Menos vez têm ainda países como oVietnam, pobre, pequeno, malsituado no mapâ:"

caderno g

O Presidente Sarney

e suas três novelas

Brejal dos Guajas e Outras Histórias reúne trêsnovelas sobre o interior do Maranhão e o jogopolítico nas pequenas comunidades rurais. O livroestá sendo lançado pela Alhambra e seu autor é oacadêmico e Presidente da República José Sarney.

Depois de 30 anos de atividades, a Líder,único laboratório de cópia de filmes do Brasil, estáquase fechando as portas: é que as distribuidorasamericanas deixaram de enviar-lhe internegativosem 28 de março, quando o Congresso aprovou a leide nacionalização do cinema.

Para competir com o êxito da Dieta de BeverlyHills, que consideram radical e até perigosa, doisendocrinologistas cariocas preparam seus próprioslivros. Em Só É Gordo Quem Quer, João Uchôa JR.ensinará como equilibrar a alimentação, enquantona "Dieta" dé Ipanema Jorge Bastos Garcia defen-derá a antidieta.

Para atender a um público cada vez maisinteressado no noticiário político, 14 emissorasde rádio transmitiram direto de Brasília, esta sema-na, a votação que restabeleceu as eleições diretas.

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I

2 ? Io caderno ? domingo, 12/5/88 Política JORNAL DO BRASIL

coluna do CASTELLo Suplicy quer

estender os

dois turnos para prefeito

Mordomias não

se acabam

DEPOIS de um longo esforço, os ministros

incumbidos de dar fim às mordomias che-garâm a um resultado. É claro que, ao contrá-rio do título de notícias a respeito, as mordo-mias não acabaram. Elas foram apenas reduzi-das. Os Ministros de Estado, que quiserem,continuarão a ocupar as mansões do Lago, porelas pagando 15% dos vencimentos que passa-rão a perceber a partir de junho, aprovado oprojeto que lhes atribui uma gratificação espe-ciai para que eles possam manter seu statussocial e habitacional.

A mordomia não nasceu com Brasília,mas aqui sofreu espantoso incremento, que foiaumentando de Governo a Governo. Reduzi-das agora por decreto do Presidente JoséSarney, em substância elas persistem, em fun-ção das próprias condições de habitabilidadeJfó capital da República. Aqui os servidoresiCivis e militares, do Executivo, do Legislativo e,do-Judiciário, continuam a pagar menos paraímorar melhor do que morariam no Rio de>Janeiro ou em qualquer outra grande cidadebrasileira. Há sempre bons apartamentos àdisposição deles, e o pagamento refere-se ape-nas a uma "taxa de ocupação".

O Presidente Castello Branco teve a ilusãode pôr fim a essa história, vendendo semcorreção monetária aos seus ocupantes todosos apartamentos de Brasília. Foram excetua-dos os palácios, as granjas e as mansões dosministros. Mas, comprados os apartamentos, amaioria deles foi revendida e, renovando-se opoder e sua equipe de período a período,novos apartamentos funcionais foram se cons-truindo e postos à disposição dos novos funcio-nários em comissão, supostamente pelo prazoem que servissem. Acoritece que muitos passa-ram a exercer atividades permanentes na cida-de e jamais abandonaram os apartamentos, eenquanto outros, optando pela transferênciade suas atividades habituais, continuaram aresidir na capital, sem devolver os imóveis ditofuncionais.

Paralelamente desenvolveu-se na cidadeum mercado imobiliário. Construíram-se mi-lhares de casas e apartamentos, e empresas queoperam no ramo prosperaram brilhantemente.Mas acontece que, quem é dono de apartamen-to ou de casa, se for nomeado para o serviçopúblico, por concurso ou por favor, aluga o seupróprio imóvel e vai ocupar um "funcional".Esse é um dos bons negócios de Brasília e nãosei se o tema está colocado no decreto doPresidente da República. Ainda que, no âmbi-to dos seus poderes, o Presidente reduza aincidência dessas deturpações da utilizaçãoprovisória de imóveis públicos, a mordomia

jpiaò estará extinta.. , . Deputados e senadores têm direito a apar-lamentos mobiliados, com telefone pago atédeterminado número de chamadas. Quando afamília do parlamentar é numerosa, como a do"Deputado Juruna, dão-lhe dois apartamentos -

'conjugados. E todo o vasto, o vastíssimo/j^ncionalismo do Senado (bem maior do que o-também grande funcionalismo da Câmara) eda Câmara têm direito a habitação funcional,pagando tajca de ocupação, e dispõem também

.de."reembolsáveis". No Poder Judiciário, essamordomia existe para ministros e conselheiros,bem como para o respectivo corpo funcional.Se se está em função, tem-se um apartamento,e agora já parece norma fixada que o aposenta-dó, perdendo a função, não perde o aparta-mento funcional.

Essa ampliação da mordomia, fruto deBrasília, pois no Rio poucos serviços públicosdispunham de residência para seus titulares,como, por exemplo, o Jardim Botânico, foi decerto modo uma extensão da tradicional mor-domia militar. Na grande maioria dos quartéis,Brasil afora ou adentro, constroem-se casaspara oficiais e blocos para sargentos. EmBrasília, os que não recebem uma casa noSetor Militar Urbano ocupam bons apartamen-tos, os generais na Superquadra Norte 102 e osoficiais de menor escalão na Superquadra Sul209. O SNI e o Itamarati também têm seusMocos próprios, adequados ao nível do funcio-

;'hário.No Setor Militar Urbano, há um conjunto

.Jfie moradias tipo mansões da Península Sul' para residências de generais de quatro estrelas

,'que sirvam aqui ou estejam de passagem pela' cidade. As luxuosas residências são chamadas)pe "a última morada" e na área que elasocupam só se entra como quem entra numafortaleza.

I:Como se vê, a mordomia nâo acabou. Elatrfoi reduzida, no que tange à sua parte mais^evidente e mais chocante: as mansões do Lago,v.iias quais moravam, com todas as despesastragas, os ministros da República e, já nov Último Governo, até mesmo secretários-gerais- JSe Ministérios. As mansões sobravam.

rO Sulbrasileiro*JB I.£«! A disposição inicial do Presidente José;• Sarney era de vetar qualquer decisão do Con-

Sesso que, a pretexto de resolver o caso do

ànco Sulbrasileiro, criasse mais uma estatal.^ estatal foi criada pela Câmara e tramita o

Z projeto agora pelo Senado, com a agravante de• dar aos servidores das instituições falidas esta-

bílidade por um ano. A praça fronteira ao: Çongresso continua a servir de acampamento

para os grupos de pressão vindos do Sul,abrindo-se um grave precedente.Lei de imprensa

* O Ministro Fernando Lyra anda colhendosubsídios para propor a reforma da lei de' iipprensa. A propósito, não sei se ocorreu aoMinistro, simplesmente, suprimir a lei de im-prensa. Quem define crimes de qualquer espé-cfe e estabelece punições é o Código Penal. AsIçjs especiais criam situações de privilégio Oude abuso de poder.

CARLOS CASTELLO BRANCO

São Paulo — Para estender a realização deeleições em dois turnos para as prefeituras detodos os municípios e para os governos esta-duais, o líder do PT na Câmara dos Depu-tados, Eduardo Matarazzo Suplicy (SP), pre-tende solicitar à Mesa do Congresso e àslideranças de todos os partidos a tramitação deuma emenda de sua autoria, apresentada noano passado e que, até agora, não entrou napauta de votações.

A proposta de emenda de número 26, deautoria do Deputado Suplicy, modifica a reda-ção dos artigos 13, parágrafo 2° e do artigo 15,inciso 1° da Constituição Federal. Propõe arealização de um segundo escrutínio, 60 dias

após o primeiro, se nenhum dos candidatos àprefeitura e governo estadual alcançarem amaioria absoluta (metade dos votos e maisum). Do segundo turno das eleições participa-riam apenas os dois candidatos mais votados eo vencedor seria eleito com maioria simples_

O Deputado Suplicy defende a tramitaçãode sua emenda, agora, porque seu objetivo é ode estender a realização de eleições em doisturnos não apenas para a Presidência da Repú-bliça e para as prefeituras das capitais, estân-cias hidrominerais e municípios consideradosanteriormente área de segurança nacional,mas sim para todos os municípios brasileiros epara os governos estaduais.

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CASTOR CID Gerente Geralambos da PM TURISMO.Foi realizado recente-mente encontro entreagentes de viagens ame-ricanos e brasileiros emHouston, Texas, no HotelIntercontinental. Naquelaoportunidade foram apre-sentadas aos agentes deviagens do Brasil as vá-rias opções de viagensaos Estados Unidos,"VIAGENS USA/85". Aparte técnica deste en-contro constou de semi-nários, palestras e uma

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série de visitas a hotéis ecadeias de hospitais, osmais modernos do mun-do. O aproveitamentodas viagens de turismopara tratamento de saúdee ainda a realização decursos de especializaçãopara módicos, foram as-suntos discutidos e apre-sentada aos participantesdo evento toda estruturatécnica para estas realiza-ções. Desta maneira apartir de agora qualquer

pessoa interessada emfazer desde um simples"CHECK-UP" as mais de-licadas operações nos Es-tados Unidos podem ob-ter todas as informaçõesaqui no Rio. Também oscursos para médicosconstam de programaspré-estabelecidos e comvárias opções para oscandidatos.A PM Turismo compare-ceu àquele evento comuma delegação compostade Antonio Lanusse, pre-sidente da empresa, Cas-tor Cid, gerente geral,Ivaldo Silva e AdolfoChesky que não cansa-ram em elogiar a organi-zação técnica e as progra-mações do evento "VIA-GENS USA/85.Em condições de ofere-cer ao público esta novamodalidade de serviço,viagens e turismo relacio-nada com saúde e cursosde especialização paramédicos, a PM Turismofica à disposição de todospara maiores informa-ções pelo telefone 231-1800.

Prefeito de Caxias

encontra brecha na lei

e quer ir às urnasO Prefeito de Duque de Caxias, Hidekel de Freitas Lima,

começou a examinar com sua equipe e os Deputados Lázaro deCarvalho (federal) e Ampliato Cabral (estadual), a possibilida-de de deixar o cargo antes do próximo dia 15 para tentarrecuperá-lo, em eleições diretas, seis meses depois.

ÍJm grupo de juristas do Rio e Brasília, ligados a Hidekel,levantaram uma hipótese, após a aprovação do emendão dasreformas, que restabeleceu as eleições diretas para a Presidên-cia da República e as Prefeituras das capitais, estâncias hidromi-nerais e antigas áreas de segurança nacional: a de que ainelegibilidade, de que trata a lei, só atinge os prefeitosnomeados e não os designados. .

A designaçãoA designação e não a nomeação dos prefeitos de municí-

pios que eram considerados de interesse da segurança nacionalfoi um artifício para contornar exigências constantes da próprialegislação autoritária. Surgiu na metade do mandato do Presi-dente João Figueiredo a figura do prefeito pro tempore — depermanência transitória nas Prefeituras providas por nomeação— para evitar que governadores de Estado, em desgraça juntoao Palácio do Planalto, continuassem a influir nas nomeações.

A legislação previa, então, que os governadores de Estadonomeariam os prefeitos das áreas de segurança, com a aprova-ção do Presidente da República. A figura do pro têmporamudou essa mecânica e deu ao Presidente condições de passarpor cima dos governadores e nomear diretamente algunsprefeitos. Os primeiros casos ocorreram no Pará. O entãoGovernador Alacid Nunes estava rompido com o então presi-dente do Senado, Jarbas Passarinho. Para beneficiar Passarinhoe desprestigiar Alacid, Figueiredo demitiu os oito prefeitosalacidistas de áreas de segurança e entregou os cargos, a seguir,a políticos da confiança de Passarinho.

No Rio de Janeiro, a situação do Pará repetiu-se. Paraatender ao Senador Amaral Peixoto, que era o presidenteregional do PDS, e fortalecer a nascente candidatura, à época,de Wellington Moreira Franco, Figueiredo tirou das mãos doGovernador Chagas Freitas as Prefeituras de Duque de Caxias,Volta Redonda e Angra dos Reis, que eram consideradas deinteresse da segurança nacional, entregando-as a pedessistas.

Hidekel de Freitas Lima, que era deputado federal, foiconsultado sobre a possibilidade de renunciar ao mandatoparlamentar para assumir a Prefeitura de Caxias. Aceitou. NoDiário Oficial da União, o ato do Presidente João Figueiredo foiexplícito: designou o ex-deputado para responder pela Prefeitu-ra caxiense. Examinando o ato é que Hidekel despertou parauma evidência: "Se a lei torna inelegível o prefeito nomeado, oque foi simplesmente designado pode, desincompatibilizando-sea tempo, disputar nas urnas o mesmo cargo que vinha exer-cendo".

Amanhã, ainda sem uma decisão firmada quanto a ir àJustiça Eleitoral para tentar defender sua elegibilidade, nopleito de 15 de novembro, Hidekel promoverá consultas impor-tantes. Conforme o resultado delas é que resolverá o que fazer.

— Pelas sondagens que já fizemos — disse o DeputadoLázaro de Carvalho, do grupo do prefeito de Caxias — a causacaminha para um desfecho favorável.

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PFL propõealiança

em RecifeRecife — O Deputado José

Jorge Vasconcelos (PFL) suge-riu que a Aliança Democráticaapresente um candidato deconsenso para a prefeitura deRecife: "O PMDB e o PFLdevem se unir, para solidificar,no Estado, a conciliação quevigora no plano nacional, cadavez mais firme".

O parlamentar — que é mui-to ligado ao Ministro da Educa-ção, Marco Maciel — justificoua sua tese, afirmando que aregionalização da Aliança De-mocrática será necessária aoprocesso de redemocratizaçãòdo país, e muito importantepara dar ao Presidente JoséSarney o apoio que ele precisa.

José Jorge já disse publica-mente que não tem nenhumempecilho ao nome JarbasVasconcelos, até o momento, oúnico que reivindica candidatu-ra no PMDB. E não concordacom a tese do Governador Ro-berto Magalhães, segundo oqual o acordo eventualmentefirmado para a eleição de pre- 'feito em 1985 deveria se esten-der até a de governador, em1986:

— Cada eleição tem sua his-tória e suas circunstâncias. Naesfera estadual outras variáveistêm que ser pesadas, como ospossíveis candidatos, as plata-formas dos partidos, as formaspolíticas predominantes e ascaracterísticas próprias do elei-torado estadual, que são muitodiferentes do eleitorado reci-fense. A coligação a nível esta-dual merece ser estudada, masnão é a condição para fazer acoligação na eleição de prefeitode Recife — concluiu Vascon-celos.

Mais dois deputados do PFLdefendem a coligação em torno 'do nome de Jarbas Vasconce-los: Geraldo Melo e JoséMoura.

Gaúchos resolvem

promover préviaPorto Alegre — O PMDB'

gaúcho escolherá seu candidatoa prefeito desta capital numaprévia no dia 16 de junho:ccrca de 10 mil filiados votarãonum do atuais postulantes. Alista inicial dc oito candidatosbaixou, em princípio, para cin-co: o Deputado federal JoséFogaça de Medeiros, os Depu-tados estaduais Francisco Car-rion Jr. e Eclea Fernandes e osVereadores Werner Becker eAndré Forster.

A decisão da realização daprévia foi de cinco dos seisdiretórios zonais do PMDB dePorto Alegre. Encaminhado opedido à Executiva Regional,.seu secretário-geral, WaldirWalter, disse que o partidoacatará a decisão das bases,garantindo assim a realizaçãoda prévia. Os diretórios zonaissugeriram também que votemos filiados inscritos no partidoaté dia 15 deste mês.

O PT não definiu ainda seunome, mas lançará essa semanaum pré-programa para a Pre-feitura. O PFL já está pratica-mente decidido a lançar MauroMaranzana, ex-secretário doGoverno Jair Soares. O PDT,por determinação de Brizola,também praticamente já temseu candidato, o atual presi-dente regional e vice-presidente nacional, AlceuCollares. A disputa no PDT épela indicação a vice-prefeito,pela qual já há sete postu-lantes.

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II

JORNAL DO BRASIL Política domingo, 1S/5/S3 ? Io caderno ? 3-

PDS dissidente articula aA dissidência do PDS, com a promc-tida adesão de governadores e parlamen-

tares ainda filiados à legenda, está searticulando para a formação de novopartido, a ser lançado no menor prazo, atempo de participar das eleições diretasde 15 de novembro para prefeitos dascapitais e demais municípios que recupe-raram a autonomia com a aprovação daemenda das reformas na última quarta-feira.

No correr da semana, o MinistroAureliano Chaves, das Minas e Energia,fundador e um dos líderes do Partido daFrente Liberal — PFL — será formal-mente convidado a integrar a nova legen-da, na condição de seu presidente, atrain-do todos os demais companheiros dopartido de recente fundação e que, nocaso, seria extinto.

ArticulaçãoOs entendimentos, encaminhados

sob reserva, embora sem impossível sigi-lo, já se arrastam há algum tempo. Prati-camente, desde a crise que rachou o PDSna Convenção Nacional de 11 de setem-bro .de 84 — quando foi lançada a candi-datura do Deputado Paulo Maluf à Presi-dência da República com a rejeição in-conformada de uma parte da correnteque sustentava a candidatura derrotadado ex-Ministro Mário Andreazza — queos descontentes buscam os seus cami-nhos.

A Frente Liberal, que mais tarde setransformaria em partido, o PFL, já sedesligara da legenda para compor-se coma candidatura oposicionista de TancredoNeves.

Mas nem todos os dissidentes seabrigaram no novo partido. Uma parcelaconsiderável preferiu aguardar a melhordefinição futura do quadro partidário.Para este grupo, a oportunidade chegou.E a hora de tomar posição. Com aintensificação das conversas, ampliou-seo espaço da negociação. E começam a serdefinidas algumas propostas iniciais paraa fase decisiva das articulações.

O Ministro Antônio Carlos Maga-Ihães, das Comunicações, vem estimulan-do as sondagens desde a fase inicial. Oex-Governador baiano apoiou a candida-tura de Tancredo Neves no mesmo dia dolançamento da candidatura do DeputadoPaulo Maluf pelo PDS. Mas nem o ex-Governador da Bahia e nem o atualGovernador, João Durval e o seu grupo,

ingressaram no PFL. Fixaram-se numadissidência.

A crise do PDS alastrou-se. A dissi-dência conta com adesões programadaspara a oportunidade da definição partida-ria. No momento, a proposta da forma-ção de um novo partido conta com apoiosimportantes como os dos GovernadoresJair Soares, do Rio Grande do Sul;Espiridião Amin, de Santa Catarina; doDeputado Nelson Marchezan, ex-líder doPDS na Câmara. E conj as simpatiastestadas de vários governadores do Nor-deste.

A decisão de lançar novo partido édefinitiva. Mas a nova legenda poderánascer muito poderosa se as articulaçõespara um acordo com o Partido da FrenteLiberal, já iniciadas, chegarem a bomtermo. Certamente que muitas resistên-cias serão oferecidas à dissolução de umalegenda que ainda está na fase embrioná-ria de formação.

Não se conhecem as reações dosprincipais líderes do PFL como os Minis-tros Aureliano Chaves e Marco Maciel ouo seu presidente Senador Jorge Bornhau-sen. A previsão admite dificuldades.Mas, ao PFL será oferecida a presidênciada nova agremiação. E, se a adesão doPartido da Frente Liberal se revelar viá-vel, toda as facilidades serão propostaspara consolidar a fusão.

O Ministro Antônio Carlos Maga-Ihães está sugerindo que a nova legendaresgate a sigla do velho PSD, ressuscitan-do o nome por extenso do Partido SocialDemocrático. Claro que com outro pro-grama, outra postura política. Mas, nocaso, trata-se de recuperar uma legendaque tem o peso do passado, extinta peloAI-2, de 65, e que ainda conta a fidelida-de» de saudosistas. Uma legenda de fácilassimilação, uma sigla que ainda está namemória nacional. Mas, há também aintenção de facilitar a baldeação dosdissidentes e descontentes do PDS queestá minguando, corroído por crises, dis-senções, sem nenhuma liderença real-mente afirmativa e com escassas perspec-tivas futuras.

Os articuladores do novo partido es-timam que se for aceita a sugestão donome — Partido Social Democrático,PSD — será abreviada a liquidação doPDS que não suportaria a concorrênciade uma agremiação mais forte e com osatrativos de apoio ao Governo.

Pois o novo partido pretende ofere-cer apoio ao Governo, como é óbvio. Aurgência se justifica pela necessidade deocupar espaços no campo conservador,liberal, centrista. Para repetir a velhafórmula de confinar a luta efetiva peloPoder a dois partidos da mesma inspira-ção e dos mesmos princípios e posições.

TancredoNão será tarefa fácil convencer as

lideranças do PFL a admitir a extinção dalegenda. Tanto mais que o argumentopara justificar a dissolução é de umagrande objetividade mas com a sua cargade constrangimento; o Partido da FrenteLiberal não pegou e está sob risco de umdesempenho desastroso nas eleições dire-tas para prefeitos, em 15 de novembro. OPFL pode não eleger, um único prefeitode Capital. O que seria o seu atestado deóbito. Um raciocínio realístico aconselha-ria a antecipar-se, extinguindo a legendaque não conquistou aceitação populâr,para formar outra sigla< de comprovadavitalidade.

Mas, os articuladores do novo parti-do sustentam que a sua criação estava nosplanos secretos do falecido PresidenteTancredo Neves. Em planos que chega-ram a ser confidenciados em algumasconversas confidenciais com o MinistroAntonio Carlos Magalhães, com o Depu-tado Thales Ramalho e outros interlocu-tores.

Já lançado candidato à Presidênciada República, apoiado por forte contin-gente do PDS dissidente, Tancredo reco-mendava a alguns amigos que não seprecipitassem na filiação a legendas, exis-tentes, esperando uma melhor definiçãodo quadro partidário. O Partido da Fren-te Liberal ajudava a sua candidatura eprometia ser um dos apoios do seu Go-verno. Mas não esgotava o elenco dassuas jogadas. Nele sempre se reservoulugar para um partido de centro, capaz deatrair os descontentes e desajustados noPMDB e no PFL.

Tancredo sonhou com o PSD da suasaudosa militãncia partidária. O PSDque, com outra face e outra proposta,pode ressuscitar a qualquer momento, atempo de disputar as eleições para prefei-to deste ano.

VILLAS-BOAS CORRÊA

Mensagem propõe para

ministro

vencimento de Cr$ 11 milhõesBrasília — O Presidente José Sarney

encaminha amanhã ao Congresso a men-sagem que cria uma verba de representa-ção para os ministros, como forma decompensar a extinção das mordomias.Para o Ministro Fernando Lyra, da Justi-ça, a nova remuneração deve ser equiva-lente a de um senador — Cr$ 11 milhões—, mas com uma forma de reajustepermanente, para evitar discussões fu-turas.

O Ministro da Justiça elogiou a ini-ciativa do Presidente Sarney de extinguiras mordomias, dizendo que a medida era"uma exigência da realidade". Ele defen-da para os ministros uma remuneraçãocompatível com o cargo. Segundo Lyra, oatual ganho de um ministro — Cr$ 5

milhões — é muito baixo e sem nenhumarelação com os gastos que a função exige.

Ainda não foi oficialmente divulgadoo novo valor da remuneração ministerial,que deverá ser fixada com base no salá-rio-referência e acompanhar seus reajús-tes. O Presidente Sarney tem a mesmaopinião do Ministro da Justiça quanto aovalor da remuneração total. Considerou100 salários-referência um valor muitoalto para ser somado ao salário. Dessejeito a remuneração passaria de Cr$ 5milhões para Cr$ 21 milhões, sem osdescontos de Imposto de Renda na fonte,e o ganho líquido seria maior do que o deum senador. A verba a ser fixada eanunciada terá que ter um valor que,somado aos Cr$ 5 milhões da remunera-

ção e descontados os impostos, fiqueentre Cr$ 11 e Cr$ 13 milhões.

Fernando Lyra, que acha justa essaremuneração, terá que pagar 15% deseus ganhos para morar, ou seja, vaipassar a pagar Cr$ 1 milhão 800 mil dealuguel. Pelo apartamento funcional queocupa desde o tempo de deputado, oMinistro paga atualmente o mesmo quepor um cafezinho num botequim: varia-ções em torno de Cr$ 500.

O Ministro da Justiça, legalmente,não pode continuar ocupando o aparta-mento funcional da Câmara, pois este sedestina exclusivamente aos parlamenta-res em exercício de função. FernandoLyra está licenciado.

Brasília revive velha corte imperial-

Brasília — Os salários dos princi-pais funcionários do Governo do Distri-to Federal,- incluindo o Governador eseu secretariado, não são altos, comoocorre na área federal, onde um Minis-troíecebe mensalmente cerca de Cr$ 5milhões e os scretários-gerais, poucomais de Cr$ 3 milhões 500 mil. Asbenesses, porém, são equivalentes ejustificam a afirmativa de um Secretáriodo ex-Governador José Ornelas: "Bra-sília é, de fato, uma corte".

Comandando o séquito de 12 secre-tários — incluindo os chefes dos gabine-

wtes civil e militar, o procurador-geral eJ7 diretores de empresas da administra-•jção indireta — está o Governador. A¦ ele é destinada uma luxuosa mansão.circundada por um terreno de 100 hec-lares, o correspondente a 100 camposde futebol): a Granja das Águas Claras,a 15 quilômetros do Plano Piloto, ondeestima-se que foram investidos, em1984, cerca de Cr$ 1 bilhão.

Águas escurasComo ocorria com os ministros de

Estado, o Governador do Distrito Fe-deral tem todas as suas despesas, até asde alimentação, custeadas pelos cofrespúblicos, sem qualquer limitação nosgastos ou exigência de prestação decontas. Na última sexta-feira, os minis-tros perderam esses benefícios, poismensagem do Presidente José Sarney,determinou que o uso e manutençãodas residências estará a cargo de seusocupantes, que terão incorporada a seusalário uma verba de representação.

As facilidades proporcionadas peloantigo regime possibilitaram que o Go-vernador Elmo Serejo Farias, que ad-ministrou a cidade de 1974 a 1979,entregasse as chaves da Granja ao seusucessor, coronel Aimé Lamaison, em15 de março de 1979, depois de gastartodos os recursos destinados a manu-tenção da casa durante o ano inteiro emapenas 75 dias.

O coronel Lamaison não fez pormenos. Insatisfeito com o estado daresidência ("Era uma casa até simples",recorda um funcionário da Secretariade Administração do GDF), Lamaisonpromoveu, dois anos depois, amplareforma na mansão, do piso ao teto.

Só quem tem acesso aos segredosdas Águas Claras é o gabinete militardo Distrito Federal, que administra aGranja para onde ja se mudou o novo

Governador de Brasília, ex-Ministro daCultura José Aparecido de Oliveira.Seu assessor de imprensa, José SilvestreGorgulho, promete que não será escon-dida nenhuma informação depois quetiver acesso aos papeis.

Colchão novoOs secretários de Estado não pos-

suem os mesmos benefícios, pelo me-nos oficialmente, mas seus salários, deCr$ 3 milhões 400 mil (reajustáveis emjulho) sobem com a verba complemen-tar mensal — atualmente de Cr$ 900mil — à guisa de ajuda nas despesas demanutenção das suas não muito suntuo-sas mas confortáveis residências no La-go Sul.

Por elas, cada secretário deveriapagar uma taxa de ocupação correspon-dente a um-milésimo do valor real doimóvel, mas, na prática, é de apenasCr$ 120 mil. Se obedecidas as determi-nações legais, a taxa chegaria a Cr$ 500mil. O aluguel cobrado por uma empre-sa imobiliária para casas semelhantesestá na faixa dos Cr$ 4 milhões.

Os gastos adicionais com as resi-dências, no entanto, geralmente supe-ram os Cr$ 900 mil estabelecidos. Omobiliário pode ser trocado a qualquerinstante, sem ônus aos ocupantes.

— Não vou dormir em um colchãoonde já dormiu outro Secretário —reclamou, certa vez, um novo integran-te do segundo escalão do GDF, ao semudar para a residência a ele destina-da. Um desavisado funcionário inda-gou: "E no hotel, como o senhor faz?"

O colchão foi trocado e o funcioná-rio, demitido.

Gesto inédito"O problema deve ser encarado,

menos sob o aspecto econômico, emais, dentro de uma perspectiva ética ecultural", entende o ex-secretário exe-cutivo do Programa Nacional de Dcs-burocratização e ex-secretário interinode Administração no Governo RonaldoCosta Couto, Geraldo Piquet Carneiro.

Num gesto inédito, foi ele o primei-ro Secretário de Administração do Dis-trito Federal a denunciar distorções namáquina administrativa e. depois deentregar o cargo, enviou ao Governa-dor José Aparecido um relatório decinco folhas com sugestões para corrigi-Ias.

Segundo Piquet Carneiro, a situa-ção não é numericamente grave, em

comparação com o Governo federal.São apenas 65 os imóveis funcionais,entre casas do secretariado e 43 aparta-mentos para altos funcionários da admi-nistração direta. No mesmo setor, naárea federal, são 11 mil os imóveis daUnião, em Brasília.

Sua distribuição, porém, é aleató-ria, favorecendo, invariavelmente, ami-gos e parentes. Conta um antigo funcio-nário do Palácio do Buriti (sede doGoverno), não possuidor de imóvelfuncional embora exerça importantefunção, que um dos primeiros atos doex-Governador José Ornellas, ao assu-mir em 1982, foi ceder uma casa noLago Sul para uma de suas secretáriasparticulares.

Nas 17 empresas da administraçãoindireta, onde não há qualquer controleoficial — como na área federal —, osimóveis multiplicam-se. Só a Novacapcede 30 residências no Lago Norte paraseus funcionários, enquanto o Departa-mento de Estradas de Rodagem possuicerca de 100 imóveis funcionais dispôs-tos em acampamentos na periferia doPlano Piloto.

Verde incalculávelSomente a frota de 2 mil 500 veícu-

los do Governo de Brasília (poucoinferior à do Governo Federal na cida-de), consome lmilhão 200 mil litros decombustível por mês. Isso representauma despesa anual de Cr$ 24 bilhões,em cifras atuais, e corresponde a 3% doorçamento do GDF previsto para 1985,que é de CrS 820 bilhões.

Outros CrS 3,5 bilhões serão gas-tos, este ano, com a manutenção dosjardins das granjas e palácios do Gover-no Federal, executados pela Novacap eassumidos pela Secretaria de Adminis-tração do GDF, que tem um orçamentode CrS 75 bilhões.

E estranha essa relação. Porqueo GDF paga tanto por algo que não éseu? — questiona Piquet Carneiro.

Não se trata de um caso demordomia, ou de despesas exageradas,justifica o diretor do Departamento deParques e Jardins da Novacap. OzananCorrêa. Segundo ele, a cidade é atípica."O Palácio da Alvorada possui 350 milmetros quadrados de área verde. Noresto da cidade, o verde é incalculável",explica, acrescentando: — Alem disso,é uma questão contratual. Sempre foiassim, desde o início de Brasília.

AUGUSTO GUERRA

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Ministério da Cultura

pode parar se Sayad

não lhe der as verbasBrasília — Mal começou a funcionar, o Ministério da

Cultura ameaça parar, se o Ministro do Planejamento, JoãoSayad, não atender ao pedido de verba suplementar de CrS 134bilhões, que o então Ministro José Aparecido de Oliveira 'deixou sobre sua mesa. horas antes de assumir o Governo doDistrito Federal, na última quinta-feira. . ;

No documento, Aparecido afirma que oito setores da ;Cultura poderão paralisar suas atividades ate julho se os •recursos não forem liberados. São eles: o Conselho Federal deCultura, a Fundação Joaquim Nabuco, a Fundação Pró- <Memória, o Conselho Nacional de Direito Autoral, o Instituto •Nacional de Artes Cênicas (Inacen), a Fundação Casa de RuiBarbosa, a Fundação Nacional de Arte (Funarte) e a EscolaNacional de Circo.

FluxoEnquanto Sayad não der sinal verde à liberação da verba

suplementar, o orçamento do Ministério da Cultura para este ;ano está limitado a CrS 83 bilhões, 0.1 Cr do orçamento daUnião. Com o corte de 25% determinado pelo Presidente JoséSarney, esta cifra cai para CrS 56 bilhões, o menor orçamentodo país. O maior é o do Ministério dos Transportes: CrS 7trilhões 105 bilhões 506 milhões.

O orçamento de que dispõe o Ministério da Cultura para '

desenvolver seus projetos e pesquisas este ano, em todo o país, ;ultrapassa em apenas CrS 16 bilhões a dotação da Secretaria deCultura de São Paulo para o mesmo trabalho, somente naCapital paulista.

Esse quadro nos dá uma noção do tratamento que os ;governos anteriores dispensavam à Cultura — acusa o secretá-rio-geral do Ministério da Cultura, Guv Afonso Gonçalves de "Almeida, na pequena sala de 3 por 4 metros que lhe foireservada no prédio da Fundação Pró-Memória, em Brasília.

Nos próximos 15 dias, o Ministério da Cultura irá pafa •um prédio de oito andares cedido pela Companhia de Descnvol-vimento do Vale do Sáo Francisco (Codevasf) —, garante Guy, ;afirmando que, por falta de espaço, até agora não pôde nomearseu chefe de gabinete, o secrctário-geral adjunto nem oconsultor "jurídico. :

Paralisação ;A Fundação Joaquim Nabuco interrompeu em março as 18 ;

pesquisas voltadas para os problcnms sócio-econômicos e •>culturais das regiões Norte e Nordeste, além dos projetos de •ação complementar para o ensino básico. O Conselho Federal •de Cultura paralisou em abril várias atividades, entre elas o 5funcionamento do Conselho Nacional de Cinema — Concine.

A Pró-Memória trabalha "sem as condições mínimas depreservação, conservação e difusão dos museus e da cinematecabrasileira". Nem a conta de luz da Biblioteca Nacional, no Rio,foi paga no último mês. O CNDA promete parar em junho, ,juntamente coma Casa de Rui Barbosa, que coloca em riscosuas 14 pesquisas nas áreas de filosofia, direito e história.

Enquanto a Escola Nacional de Circo pode ficar sem suaoficina de manutenção e, conseqüentemente, sem condições de ¦funcionamento, eventos importantes — como o EncontroNacional de Circos ou os tradicionais projetos Pixinguinha,Lúcio Rangel e Ary Barroso — também poderão desaparecerdo calendário cultural do país, se não houver verba.

Tudo isto foi explicado em detalhes no documento que oatual Governador do Distrito Federal, José Aparecido, entre-gou ao Ministro do Planejamento.

Fernanda Montenegro

almoça com Sarney e

sugere Celso FurtadoBrasília — A atriz Fernanda Montenegro, que almoçou na

fazenda do Presidente José Sarney, não só veio agradecer-lhe oconvite que recebeu para ocupar o Ministério da Cultura —recusado na quinta-feira —, como trouxe também uma sugestãoalternativa: o nome do economista Celso Furtado para exercer afunção.

A proposta é de um grupo de intelectuais e artistas do Riode Janeiro, após reunião na casa do poeta Ferreira Gullar, quedurou c)a noite de sexta-feira à madrugada de ontem. Apenas oscineastas discordam, em grande parte da indicação. Alegam queo ex-superintendente da Sudene reteria "algumas verbas"destinadas ao cinema. Consultado pouco antes de FernandaMontenegro viajar, Celso Furtado aceitou sua indicação, segun-do um dos participantes da reuniãS.

Fernanda, porém, logo ao desembarcar em Brasília, às 1 lhda manhã, foi recebida pelo Governador do Distrito Federal,José Aparecido de Oliveira. Ela não revelou, na oportunidade,detalhes dà reunião na casa de Ferreira Gullar. Procurou, aocontrário, negar que tivesse alguma sugestão a fazer a Sarney.

Vim apenas conhecer o Presidente e lhe reafirmar oque já disse por carta: que não tenho condições de aceitar oconvite que ele me fez num momento de poesia — disseFernanda, acrescentando que, embora a proposta tenha alegra-do toda a classe artística, sua decisão é irredutível. Segundo ela,não importa quem assuma o ministério, se homem ou mulher,desde que seja uma pessoa capaz."Não discutimos nomes", disse, horas depois, em suafazenda, o Presidente Sarney. "Apenas conversamos e almoça-mos, informalmente", acrescentou, garantindo, porém que nasegunda-feira indicará o nome do novo Ministro da Cultura.

Foi um típico almoço à brasileira, como disse o atorFernando Torres, marido de Fernanda. Regado a uma cachaci-nha maranhense, o casal Torres, com o casal Sarney, familiarese o Governador José Aparecido degustou um "saboroso"caranguejo com farinha de coco, acrescido de diversas opçõescomo sobremesa: sapoti (fruta típica do Nordeste), maracujá esorvete de coco.

Agora, ela pode me chamar de Sarney e eu possochamá-la de Fernanda — brincou o Presidente, após o almoço,ao receber a imprensa na varanda de sua casa.

Ouero registrar que é a primeira vez que desfruto daintimidade de um Presidente da República, de forma tãodescontraída e brasileira — disse Fernanda.

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4 ? 1° caderno ? domingo, 18/6/85 Política JORNAL DO BRASIL

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Niterói — Foto de Custódio Coimbra

Foto de Custódio Coimbra

Voto nem sempre foi um privilégio

de alfabetizado

Analfabetas, as empregadas domésticasIsabel Benedito de Sena, residente no Rio deJaneiro, e Doralice Maria da Conceição, quemora em Brasília, já votaram. Isabel votoupara Presidente em 1945, quando tinha 14anos; Doralice votou para prefeito em 1951,aos 13. Ambas se revelam satisfeitas comofuturas eleitoras.

Em 1945, a filha da madrinha de Isabelconseguiu um título para ela com "um coronel,lá no Rio Grande do Norte". O voto tinha deser dado ao Brigadeiro Eduardo Gomes, can-didato da UDN, mas Isabel não cumpriu oacordo: votou no Marechal Eurico GasparDutra porque ele era apoiado pelo ex-Presidente Getúlio Vargas, "que ajudava ospobres". Quando confessou o voto, Isabelbrigou com a filha da madrinha e, irritada,rasgou o título.

Aos 54 anos, nascida no Rio Grande doNorte, solteira, mãe de duas filhas e com trêsnetas, Isabel até hoje não entende por que "sóagora liberaram o voto do analfabeto", pois

"há muito tempo que os analfabetos votam noNordeste". Tranqüila, diz que vai votar commuita felicidade porque poderá escolher seuscandidatos "sem nenhuma pressão" e nãoesconde as simpatias pelo PMDB.

Ela sabe quem são o Presidente da Repú-blica e o Governador do Estado do Rio deJaneiro; acha que o maior problema do país éo desemprego e elogia Tancredo Neves: "Eraum político muito experiente. Senti muito asua morte. Gostaria que tivesse tomado posse,para resolver alguns problemas do Brasil, masdo jeito que as coisas estão escangalhadas sóDeus resolve."

Doralice da Conceição tem uma históriainteressante: no mesmo dia, em 1951, votouduas vezes para prefeito, na Paraíba: em SerraGrande, sufragou o nome de Antônio Bernar-do Lopes; em Itaporanga, depois de viajar"cinco léguas", pôs na urna a cédula deCláudio Arruda. Desde então, nunca maisvotou.

Ela não gostou da primeira e única expe-riência eleitoral, "porque ninguém gosta defazer nada mandado e quando naõ entende".E já decidiu: votará em quem "der um pedaçode terra para cada pobre, pois o maior proble-ma do Brasil é esse e lugar de pobre é naroça".

A voz é lenta, pausada, e Doralice, saben-do que Sarney é o Presidente da República,faz um comentário: "Ele não é uma pessoaalegre como o Tancredo. O Tancredo davaalegria pra gente pobre, mas como o Sarney éenviado dele, a gente mantém a alegria".

Aparentando mais do que os seus 47 anos,Doralice se eihpolga com a possibilidade devotar. Passa as mãos nos cabelos grisalhos eafirma: "Hoje é diferente. Cada pessoa sabe oque quer e vai votar também em uma pessoaboa. Se não servir, a gente muda na outraeleição".

— Não sei direito — acrescenta —, masde uns tempos para cá as coisas tão ficando

mais claras; as pessoas pobres que nem eu tãosentindo mais liberdade".

Doralice não sabe ao certo quem é Ernes-to Geisel; lembra que João Figueiredo era umPresidente que gostava de cavalos e que, a seuver, existe uma pessoa responsável por essaliberdade sentida hoje por suas vizinhas po-bres de Gama:

E o Tancredo. A gente via o homem natelevisão com aquela carinha e ficava alegresem saber por quê. Agora, o coração do povoestá de luto, pois o nosso Tancrcdinho nãovolta mais.

Ela atribuiu a Tancredo a decisão quegarante o voto do analfabeto e confessa umador maior:

Minha mãe, Isabel, morreu de pneu-monia no dia 29 de março passado e eu acheique nunca ia sentir coisa igual, mas a morte doTancredinho foi pior ainda e eu fiquei comuma dor só.

Doralice, toda de preto, diz que está deluto duas vezes.

— Foto de Luiz AchuttiPorto Al

Ò fluminense Antônio, 30 anos, só pôs n^escolaum dos 3 filhos, e o gaúcho Valdemar saiu de sua terra para passar aperto

agora éQuestão

como levar o analfabeto às urnas

Brasília — Foto de Wilson Pedrosa

Isabel (E) reconhece na impressão digital a assinatura do eleitor, mas Doralice pensa mais na recompensa pessoal pelo voto

Alguns discutem inflação. Outros desconhecem Sarney

Eleitores da Nova República, os analfabe-tos têm duas coisas em comum: os problemasde não saber como votar e os de ordem social.Até que compreendam toda a mecânica dovoto, terão como base para a escolha de seuscandidatos a influência dos meios de comuni-cação. A própria campanha eleitoral passará aganhar ingrediente novo: os candidatos seesmerarão em criatividade para conquistar nãoapenas a simpatia, mas o voto garantido —imune ao risco de anulação — de mais de 17milhões de brasileiros que agora conquistarama cidadania.

A afinidade na condição social, entretan-to, não impede que os analfabetos possam serdivididos em duas categorias: há os que acom-panham atentamente a vida política nacional eos que vivem alheios ao que ocorre além dasfronteiras do seu cotidiano. Uns sabem, porexemplo, que os principais problemas do paíssão a inflação e a dívida externa. Outrossequer desconfiam de quem seja o Presidenteda República. Quase todos, porém, lembram-se de Tancredo Neves com muito carinho eemoçáo.

Problema de Valdemaré a falta de emprego

Porto Alegre — Servente de obra, desem-pregado há oito meses e vivendo de pequenosserviços, o analfabeto Valdemar da Silva, 20anos, vivendo com Terezinha Rejane há trêsanos, na Vila Gaúcha, no Morro Santa Tereza,próxima ao centro da cidade, diz que o maiorproblema do Brasil é a falta de emprego. Eleacreditava que o Presidente Tancredo Nevespudesse resolver "este mal que aflige tantosbrasileiros".

Como a maioria da população de PortoAlegre e cidades da região metropolitana,Valdemar da Silva veio para a capital em buscade emprego, há seis anos, com a família. Eleabandonou o pequeno pedaço de terra quecultivava em São Luiz Gonzaga, a 533km dacapital), onde trabalhava como arrendatário.O mais novo de três filhos, Valdemar sabe onome do Governador do Estado, Jair Soares,e do Presidente José Sarnev, mas não conse-gue diferenciar nenhum dos partidos políticos,nem suas propostas.

Com certificado de isenção eleitoral, porser analfabeto, Valdemar ficou feliz em saberque poderá votar, já em novembro próximo,para escolher o prefeito de Porto Alegre. Masnão sabe o que faz um prefeito, muito menos onome do atual, João Dib, nem dos prováveiscandidatos.

Do pequeno barraco, que divide com airmã. o cunhado e uma sobrinha pequena, ele.junto com a companheira, sai todos os dias embusca de trabalho. Embora não canse de baterem diversas portas de empreiteiras e constru-ções. a situação de Valdemar está cada vezmais difícil.

Antônio diz que seucandidato é Brizola

Com ar intelectual emprestado pelosóculos de lentes grossas, Antônio Leite dosSantos, 30 anos, balconista de um depósito debebidas na Rua Presidente Domiciano, BoaViagem, Niterói, diz que vai se valer da lei quepermite o voto do analfabeto e votará emBrizola para Presidente. Embora não saibaque Brizola é o Governador do Rio de Ja-neiro.

Antônio Leite é mineiro, de Teófilo Oto-ni. Trabalhou na roça até os 15 anos e veiopara Niterói em 1973. Casado, tem três filhos.Os mais novos — uma menina, de 8 anos. e umgaroto, de 7 — ainda não foram matriculadosna escola porque "são novinhos". O outro, de10 anos, está na 2a série primária.

Para ir trabalhar, Antônio percorre debicicleta os 20 quilômetros que o separam dobairro da Boa Viagem ao de Caramujo, ondemora num casebre de alvenaria, em lh30min.

— E para poupar a passagem, justifica.Normalmente teria que pegar dois ônibus parair e dois para voltar. Assim economizoCr$ 1.480. Quem ganha salário mínimo nãopode jogar dinheiro fora.

Antônio acha que o maior problema dopaís são os baixos salários pagos aos trabalha-dores. Sobre o Presidente José Sarney, opi-nou: "Acho que agora vai melhorar um pou-quinho. Já está tudo tabelado. Não precisatabelar bebida, mas o que a gente come".

Chance de escolher éalegria de carregadorFlorianópolis — O carregador de cami-

nhóes de fretes Luís Carlos Veríssimo, 25anos, não sabia que os analfabetos terãodireito a voto a partir das próximas eleições,nem ficou muito entusiasmado com esta possi-bilidade. "Nunca entendi direito estas coisasde política, mas, se eles derem chance vouvotar", disse.

Solteiro, Luisinho. como é conhecido, vivecom a mãe, funcionária do Tribunal de Justiça,e trabalha há cerca de 10 anos nos caminhõesde carga do Centro de Florianópolis, ondeganha cerca de Cr$ 450 mil por mês. "quandoexiste serviço". Não sabe ler nem escrever,mas faz contas simples. "Nos números não meperco", conta, orgulhoso.

Ele sabe que o Governador de SantaCatarina é Esperidião Amin. mas confessa nãoter condições de avaliar sua administração.Não sabe quem é o Presidente do Brasil nemouviu falar em José Sarney. Só conhece "oTancredo Neves, pela televisão", a quemconsidera "um sujeito legal. Pela voz dele. ojeito dele falar, a gente pode sentir que ele ébem intencionado". Para ele. os grandes pro-blemas do Brasil são a falta de emprego e oalto custo de vida

MARIA Neli Francener, 36 anos,

empregada doméstica, em Curi-tiba, nasceu em Francisco Beltrão, noSudoeste paranaense, foi bóia-fria, é des-quitada e tem três filhos: o mais velho de18 anos; o mais novo de 15.

Quem é o Presidente da República?José Sarney.Qual o nome do Governador do seu

Estado?José Richa.Qual é o maior problema do Brasil?A dívida externa.Quem é José Sarney?E o Presidente que ficou no lugar de

Tancredo Neves.O que acha de Tancredo Neves?Se o Tancredo tivesse ficado, seria

bom para a classe baixa. Ia melhorarmuito. Mas agora a gente tem que confiarnesse novo que está aí.

Divina aplaude novalei e espera sua vez

Goiânia — "O que acho dessa lei quepermite ao analfabeto votar? Esperei isto todaa minha vida. O analfabeto não tem direito anada. Sempre vivi pela roça, aí pelo mato enunca pude estudar, mas sempre assuntei ascoisas. Outro dia. fui com meu pai fazer umeletro no Hospital São Salvador e não queriamfazer só porque eu não sabia assinar. Ele,coitado, teve que fazer o maior sacrifício paraassinar, pois tem tempo que ele não escrevia.Demorou meia hora para assinar o nome e seratendido depois. Se veio a lei. para mim foi omaior prazer".

As afirmações são de Divina Inácia Antô-nio. 46 anos, mãe de sete filhos e moradora daposse urbana do Jardim Botânico, onde éparticipante ativa do conselho da Associaçãode Moradores, uma das mais organizadas ecombativas da cidade.

Ex-cozinheira de motéis de luxo. atual-mente desempregada. Divina tem opiniõessobre os políticos nacionais, entende de custode vida e de posse de terra e discute até aatuação do Governador íris Rezende. Aoouvir o pedido para que "assinasse" numafolha, que ilustraria a reportagem sobre o votodo analfabeto, fundamentou a sua recusa:

— Como você não assina uma folha embranco, eu também não posso fazer uma coisadessas.

O vaqueiro Ademir de Brito Azevedomora em Rio Branco, tem 27 anos,

é casado, pai de três filhos e tem umobjetivo na vida: educar as crianças."Não

quero" — diz ele — "que elesvirem burro de canga e corda como eu."

Quem é o Presidente da República?Não sei. Esqueci.Qual é o nome do Governador?Não sei o nome todo, mas sei que é

Nabor.'—¦ Qual o maior problema do Brasil?

Não sei. Agora o senhor me enroloutodinho.

Quem é José Sarney?Nunca vi, mas ouvi falar que ele tá

sendo o Presidente.O que acha de Tancredo Neves?Se fosse o caso de ele não ter morrido,

acho que ia fazer muita coisa pelo pobre.O fraco dele era fazer alguma coisa pelapobreza.

Ambulante nem sabe

quem foi TancredoRecife — "José Sarney é o Presidente quemorreu. Tancredo Neves eu não conheço

não". Antônio José da Silva, idade incerta —"nasci por volta de 1956" — é vendedorambulante no Recife e não sabia que a partirde agora passou a ter o direito de votar: "Agente vai poder escolher o que agora?". Elenão sabe o nome do Governador de seuEstado.

Natural da cidade de Caruaru, no agrestepernambucano. Silva é casado, tem três filhose já fez de tudo um pouco: trabalhou na roça,foi carregador de caminhão, faxineiro e agoravende frutas, pipocas e amendoins no cruza-mento das ruas Sete de Setembro e Riachuelo,no bairro da Boa Vista, Centro de Recife.

Ele desconhece o principal personagemdos fatos que paralisaram o país por mais de 40dias — a prolongada enfermidade, morte eenterro de Tancredo Neves. E depois de terafirmado que foi Sarney o Presidente morto,retificou: "Foi ele mesmo que morreu ou foioutro'1 Eu não lembro o nome dele".

Silva acha que o maior problema do Brasilé a inflação e o desemprego: "O que a genteganha, empregado ou não. não da para co-mer". Ele considera o direito de voto aoanalfabeto "uma coisa muito boa" e diz que háalguns anos. mesmo sem saber ler. já tevetítulo de eleitor: "No interior, eles dão pragente e ensinam a fazer o X". Com a mudançapara a Capital, perdeu o título

Brasília — "O ideal seria que todosfossem alfabetizados", afirmou o Depu-tado Emani Sátiro (PDS-PB), encarrega-do pela comissão de modernização dalegislação eleitoral de apresentar, na ter-ça-feira, um projeto de lei regulamentan-do o voto do analfabeto, previsto naConstituição."Confesso que não sei ainda comoenfrentar o problema, mas isso terá deser resolvido para que a decisão do Con-

gresso não seja letra morta", revelou o Deputado, debruçadosobre os capítulos da legislação de outros países que tratam daquestão do voto do analfabeto.

, . Preocupado com a tarefa, mas na certeza de que seráencontrada uma solução, o Deputado paraibano acha que osque-náo sabem ler não deveriam ter voto amplo. "Mesmo com20 partidos concorrendo a eleições, seria mais fácil para oanalfabeto apontar apenas a legenda. Cada partido poderiaadotar um símbolo, como a figura de um animal, por exemplo.Quem no Brasil não sabe jogar no bicho?"

ModeloA escolha, segundo Sátiro, se complica na eleição propor-

cional, quando o eleitor tem de escolher, dentro de cadapartido, o seu candidato a deputado ou vereador. "Só vejo umasolução no momento: deixar como está. Os cabos eleitorais seencarregarão de distribuir aos eleitores um modelo de cédulacom o número do candidato para qual estão trabalhando. Oanalfabeto leva o modelo para a cabine e copia o número",refletiu.

O diretor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), GeraldoCosta Manso, não vê a questão com tanta simplicidade, masprefere aguardar a regulamentação do Código Eleitoral peloCongresso. "O Tribunal só eventualmente baixará instruçõessobre a regulamentação a ser aprovada pelo Congresso. Serãoinstruções de ordem prática apenas para tornar mais fácil esegura a votação", disse o diretor do TSE, informando que oTribunal não participa da elaboração do projeto de lei.w . Defensor intransigente do voto do analfabeto, o relator da

comissão interpartidária, Deputado João Gilberto (PMDB-RS)estudou outras fórmulas. "Existe a prática adotada nos EstadosVnidos e Europa, de permitir que o votante ingresse na cabinecom uma pessoa de sua confiança, alfabetizada. Pode-se tam-bém atribuir cores diferentes para os candidatos e os partidos",sugeriu.

O Deputado João Gilberto admitiu que a solução não seráfácil. Suas duas fórmulas, reconheceu, têm falhas. A primeirapoderia comprometer a lisura do voto e, a segunda, tornaria ascédulas muito caras em função da impressão a cores.

DifícilEm 1986, o eleitor votará em candidatos a Governador,

senador (duas vagas) e deputado federal e deputado estadual.Em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, RioGrande do Sul, Bahia e Pernambuco, o número total decandidatos, por Estado, pela importância que as eleiçõesdespertam será superior a 500, estimando-se o comparecimentoàs urnas apenas dos atuais partidos. Com a facilidade de criaçãode novas siglas, o número de candidatos poderá ir então a 700, oque torna praticamente impossível a elaboração de um modelode cédula de fácil percepção pelos eleitores analfabetos.

O Deputado Flávio Marcílio (PDS-CE) não acredita narapidez deste processo. Ele pensa que a questão não seráresolvida antes das próximas eleições. "O voto do analfabetovai ficar previsto aí na Constituição ainda por muitos anos."

— O problema está af. Não sei como, mas teremos umasolução. O Congresso já enfrentou coisas piores — prometeuEriiahi Sátiro.

Ele lembrou que, no Brasil, como em qualquer parte domundo, o analfabeto é uma pessoa que vive como qualqueròutro homem e que pratica todos os atos da vida civil. "Se elepode fazer até um testamento de seus bens, que é um dos atoscivis mais sérios, não será o voto que irá limitá-lo".

O Deputado explicou que o projeto de lei irá tambémdisciplinar o alistamento dos novos eleitores. "Como se faz emçasos de testamento, ele poderá assinar a petição do título comorogado, apresentando duas testemunhas à autoridade judicial.Sua identificação, no documento se dará através da impressãodigital", frisou.

— Com isso, acredito que só não votará o analfabeto que,por cúmulo de azar, não tiver as mãos, concluiu Ernani Sátiro.

Serpro não vê como

fazer o alistamentoDesde 1978 o gerente de projetos eleitorais do Serpro,

analista de sistemas Fernando Porto, estuda os problemasrelativos ao alistamento de elitores, votação e apuração, visan-do o processamento eletrônico dos votos; Com sua experiênciajunto a outros técnicos e juizes eleitorais de todo o país,garante: ainda não existe solução técnica conclusiva para oalistamento e o voto do analfeto.

O uso de cédulas coloridas seria impossível para as eleiçõesproporcionais — deputados e vereadores — em virtude dogfjmde. número de candidatos. Fernando Porto acredita queprevalecerá mesmo a utilização de nomes e números, porqueíâ(minam sendo memorizados pelos analfabetos durante acampanha. "A maioria dos analfabetos tem vida econômica eCbphece números", diz o analista de sistemas.-ir Num encontro estadual de juizes eleitorais do Estado doRio, no mês passado, promovido pelo TRE, foi aprovado o votodo analfabeto, mas não surgiu solução técnica para alistamento«^votação. Fernando Porto acredita que, para as eleiçõesproporcionais, o cogitado uso de cores e outros símbolostornaria o processo eleitoral muito complicado para os 17diilhões 300 mil analfabetos do país.{jj Supõe que os nomes e números acabarão sendo a fórmulaiijeal, porque serão memorizados pelos eleitores, com ajuda da(jlevisão e outras formas de comunicação. Fernando Portosoube de um caso no interior de Minas, onde um candidatoMsinava os agricultores fazendo-se usar a própria enxada paraèicrever o número no chão.£;• O gerente do Serpro de antemão só descarta uma fórmula:$do voto assistido, como é feito com cegos, que podem entrartja cabine com uma pessoa de sua confiança. Para os analfabe-tos, muito mais numerosos, esse tipo de processo daria margem|úra grande fraude.

| Medida está aprovada

| por 65% dos cariocas£' A aprovação pelo Congresso da emenda que estende o¦foto ao analfabeto atendeu ao desejo da maioria dos cariocas,feesquisa realizada pela Gerp — Serviços de Marketing Ltda —jjara o JORNAL DO BRASIL mostra que 65% dos habitantesdo Rio e Grande Rio aprovam o voto do analfabeto. Apesar'disso, é grande também o contingente dos que discordam dadecisão do Congresso (32%). Apenas 2% não manifestaram suaOpinião.v Homens e mulheres, em todas as faixas de idade, sãoíavoráveis, na maioria. Pode-se, no entanto, estabelecer algu-jnas distinções. Entres as mulheres, por exemplo, é bem maior o•percentual (73%) das que são a favor. Entre os homens o índicexai para 57%. Nas faixas de idade mais conservadoras (mais de;50 anos) é também menor o número dos que aprovam a•participação do analfabeto no processo eleitoral (53% a favor e¦44% contra).2; - Entre os jovens (18 a 25 anos) e na faixa de 26 a 35 anos énjèm maior a proporção dos que estão a favor da emenda'aprovada

pelo Congresso. Na classe A está o maior percentualÍ}óS que desaprovam: 52%. No entanto, deve-se considerar aIlSasè pequena para uma avaliação mais precisa (27 entrevistasiiessa classe, num total de 500), principalmente porque esses•dááos não têm apoio nos observados na classe B e na área da;2ó'ná Sul do Rio de Janeiro. Nas demais classes, os resultadosléstao de acordo com o obervado para a média da população.

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JORNAL DO BRASIL Política domingo, 12/5/85 Io caderno ? S

Políticos condenam eleição de prefeito

em 2 turnos

Receita baixa reduz autonomiaBrasília — A mesma agilidade com que atuaram semana

passada, para conseguir a aprovação da emenda que restaurou aseleições diretas, será exigida esta semana dos líderes do Governono Congresso, para aprovar, em regime de urgência, a lei queregulamenta as eleições de novembro deste ano. O relator damatéria, Deputado João Gilberto (PMDB-RS), tem sido procura-do com freqüência por parlamentares contrários à principalinovação da lei — a instituição de dois turnos para a eleição deprefeitos.

"Isso é um absurdo. Só vai servir para facilitar a barganhaeleitoral", reagiu o Deputado Flávio Marcílio (PDS-CE), quevotará contra. Ele acha que a eleição em dois turnos estimulará ospartidos a fazerem barganhas com candidatos derrotados noprimeiro turno, a fim de obter a vitória no segundo. "E eu nãovou votar um assunto que abre margens à corrupção", avisou.

Para ricos

O Senador Jutahy Magalhães (PDS-BA), um dos que maisse empenharam em derrotar os dois turnos na comissão interparti-dária de reforma à legislação eleitoral, também votará contra. "Omeu Estado não resiste a uma eleição em dois turnos, sem levar oscandidatos à falência. Ninguém tem dinheiro para enfrentar umacampanha para o primeiro turno e outra para o segundo", disseJutahy, prevendo que só vencerá as eleições de prefeitos em seuEstado quem for milionário.

Os mais de 20 milhões de eleitores que irão às urnas, emnovembro, eleger prefeitos de Capitais, estâncias hidrominerais,municípios de territórios, municípios de segurança nacional emunicípios recém-criados (estes elegerão também vereadores),não sabem que os dois turnos foram inventados para assegurar,principalmente, a legitimidade das eleições de São Paulo e Rio deJaneiro. Em São Paulo, são pretendentes à Prefeitura SamirAchoa, Horácio Ortiz, Jânio Quadros, Alberto Goldman, Cardo-so Alves e Freitas Nobre. No Rio, a disputa fica entre Jorge Leite,Arthur da Távola, Sérgio Cabral, Jó Resende, Rubem Medina eAmaral Neto.

Jamais aplicados em qualquer eleição no Brasil, os doisturnos entram na eleição presidencial (ainda sem data) e naeleição de prefeito para evitar que vença o pleito um candidatosem a maioria absoluta do eleitorado. Por isso, se a apuração dasurnas do próximo dia 15 de novembro não revelar um candidatocom a maioria absoluta dos votos, no dia 24 (um domingo) oeleitorado voltará às urnas para votar apenas num dos doiscandidatos que mais votos conseguiram na primeira apuração.

Deputados e senadores preocupados com os dois turnos têmoutro motivo para dificultar sua votação, por maioria simples,esta semana. E se os mais votados no primeiro turno forem, emvez de dois, três candidatos? Neste caso, na hipótese de um doscandidatos desistir ou morrer, a disputa deveria ficar entre osoutros dois mais votados, como deseja a maioria dos parlamenta-rés. Mas o projeto de lei aprovado na comissão interpartidáriaafirma que não: se um dos dois candidatos mais votados desistiroü morrer, o outro será automaticamente proclamado eleito.

Unidade ameaçadaA lei vai ser votada na Câmara e em seguida no Senado.

Mas, tanto numa Casa como na outra, pode ser mutilada para avotação de artigos na forma de destaques. E se funcionar o lobbydas emissoras de rádio e televisão, não será aprovado o Artigo 11,que reserva para a propaganda eleitoral gratuita nesses veículosuma hora diária, nos 40 dias que antecedem a eleição. "Isso podeaté ser aprovado em plenário, mas é uma irrealidade", criticou odeputado Prisco Viana (PDS-BA), autor de um projeto de lei quedivide esse horário em espaços gratuitos e comprados.

Mas a grande frustração decorrente da aprovação da lei, estasemana, ficará para o PMDB e o PDS, que não poderão mais sebeneficiar da sublegenda, já derrubada na aprovação do emendãoquarta-feira. O fim da sublegenda e a obrigatoriedade de quecada partido apresente apenas um candidato a prefeito ameaçama unidade desses partidos nas bases, onde há casos de até dezcandidatos à indicação da convenção.

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Florianópolis — O Prefeito de Florianõpo-lis. Aloísio Piazza (PMDB), reconhece que,devido à baixa receita do município, sua autono-mia administrativa fica'limitada pelos repassesde recursos dos Governos federal e estadual. Nocargo desde 1" de fevereiro deste ano, quando,

na condição de Presidente da Câmara, assumiu aPrefeitura, devido à saída de Cláudio Ávila daSilva, que ingressou no PFL, Piazza enfrentahoje um déficit acumulado de Cr$ 6 bilhões, dosquais Cr$ 800 milhões remanescentes de 1984.

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Fruet faz coro com os outros prefeitos e pede reforma tributária

Covas não se submete

ao estilo de MontoroSão Paulo — Por seu passado de líder cassado do antigo

MDB, pela necessidade de viabilizar sua candidatura a governa-dor e pelo próprio estilo do Governador Franco Montoro, poucovoltado para questões que não digam estrito respeito ao Governoestadual, o Prefeito de Sáo Paulo, Mário Covas, nesses 25 mesesno cargo manteve-se com razoável independência em relação aoPalácio dos Bandeirantes.

A não ser para tratar de questões políticas de maiorabrangência, que teriam repercussões no partido, ou de assuntosdiretamente ligados ao Governo estadual — como o esquemaalternativo de transportes para as greves de ônibus, ou opoliciamento em movimentos dessa natureza — o Prefeito MárioCovas pouco esteve no Palácio dos Bandeirantes e preservou aautonomia que lhe foi possível.

Apesar dessa autonomia — relativa porque igual a dosdemais prefeitos nomeados, todos demissíveis pelos Governado-res — o Prefeito Mário Covas não foi bem-sucedido politicamenteno cargo: exerceu-o com altos e baixos e agora constata adificuldade de concretizar seu sonho de ser o próximo Governa-dor do Estado.

O próprio Covas engrossou o consenso, generalizado, deque sua passagem pela Prefeitura — a mesma que projetou napolítica nacional ex-Prefeitos como Jânio Quadros, Adhemar deBarros, Faria Lima e Olavo Setúbal — não viabiliza sua pretensãode suceder a Montoro: tanto que foi dos primeiros, ainda no anopassado, a se lançar candidato à reeleição, hipótese que oCongresso Nacional bloqueou na quarta-feira passada, quandotornou inelegíveis os prefeitos nomeados.

Responsável pela aplicação de um orçamento fantástico —CrS 3 trilhões este ano, o que torna o prefeito paulistano mais ricoe poderoso que grande número de Governadores de Estado —,Covas teve seu grande momento no cargo quando decretou aintervenção nas empresas privadas de ônibus da capital.

O político Mário Covas — com um passado de estreitaligação com a história do MDB/PMDB, que ajudou a fundar eformar duas vezes — não soube capitalizar o crescimento que suaimagem registrou com aquela medida. Ele acaba de ceder àprincipal reivindicação dos empresários do setor: aumentou, deuma vez, em 80%. o preço das passagens de ônibus, o que lhetrouxe um desgaste político e popular.

— Nas capitais se concentra um terço do eleitorado do país— diz o Prefeito Mário Covas, ao dar sua interpretação das razõespelas quais tantos ambicionam ser Prefeito de Sáo Paulo.

Embora a estratégia de se lançar à reeleição à Prefeituraevidenciasse a impressão de que a candidatura a Governadorestava difícil. Covas nunca chegou a admitir publicamente o seudesgaste. Tampouco o admitiu o Palácio dos Bandeirantes, quediz dispor de pesquisas indicativas de que o Prefeito se reelegeriatranqüilamente, se pudesse concorrer.

Uma exceção, no meio

de grandes frustrações

Os prefeitos nomeados das capitais brasileiras queixam-se.de um modo geral, das dificuldades financeiras que suas cidadesenfrentam. Mas existem exceções. Se Maurício Fruet (PMDB),de Curitiba, considera pequeno o orçamento de Cr$ 30 bilhõesque a capital paranaense utilizará este ano, o empresário RuyLage, que governa Belo Horizonte, não tem grandes motivos paraqueixas: a receita da sua cidade está estimada em CrS 1 trilhão,dos quais somente 50% destinam-se às despesas de custeio.

A grande reclamação de Fruet é procedente: a União levasempre a parte do leão na arrecadação globalizada de impostos.Em Curitiba, por exemplo, uma única empresa localizada nacidade industrial da capital do Paraná vai recolher somente de IPI(Imposto sobre Produtos Industrializados) CrS 48 bilhões para oGoverno federal, importância CrS 18 bilhões superior à daarrecadação que Fruet terá de administrar o ano todo.

Os prefeitos nomeados defendem uma ampla reforma tribu-tária, que devolva aos municípios a autonomia financeira. Poucosexplicam as razões que os levaram, porém, a aceitar a nomeaçãopara cargos que exigem sacrifícios e que produzem mais ônus doque bônus políticos.

O médico Almir Gabriel, que era Secretário de Saúde doPará, não resistiu, em setembro de 1983, a um convite doGovernador Jáder Barbalho, e aceitou a Prefeitura de Belém. Econfessou que o cargo exerce um certo fascínio: "O de permitirque as pessoas honestas possam cumprir uma missão social, umatarefa de homem público".

Como os demais prefeitos nomeados, Gabriel estava prepa-rado para tentar manter o cargo, submetendo-se ao julgamentopopular nas eleições diretas de 15 de novembro. Em Belém, ospróprios adversários o tinham como imbatível, sendo salvos,assim, pelo emendão que o Congresso aprovou na última quarta-feira e que tornou inelegíveis os atuais prefeitos nomeados, sejamde capitais, estâncias hidrominerais ou antigas áreas de segurançanacional.

Cobrar independência administrativa e política de prefeitosnomeados é difícil. Até porque, eles estão sempre com as cabeçasa prêmio. Mas existem — casos raros é verdade — os que podemproclamar que não estão, mas são prefeitos, efetivamente. JoãoAntônio Dib, de Porto Alegre, é um deles. Dib até bate no peitopara proclamar que administra sem subordinação de espéciealguma com ninguém, um orçamento que este ano foi estimadoem CrS 295 bilhões, com um déficit esperado — e que os técnicoschamam de provisório — da ordem de CrS 21 bilhões.

Em Salvador, o Prefeito Manoel Castro tem na amplamaioria do PMDB na Câmara de Vereadores da cidade a suagrande dor de cabeça. Há poucos serviços tipicamente munici-pais, ainda em poder da Prefeitura. Água, energia elétrica etelefones são explorados pelo Estado. O Corpo de Bombeirosresistia, mas também se foi.

César Cais Neto, filho do ex-Ministro de Minas e Energia,César Cais, elegeu-se em 1982 deputado federal com quase 130mil votos. Mas nem estreou o mandato. Aceitou sua nomeaçãopara a Prefeitura de Fortaleza e vive, ha dois anos, em permanen-tes atritos com o Governador Gonzaga Mota. Em Maceió, JoséBandeira viveu até 4a-feira o sonho de confirmar nas urnas umanomeação. Que foi acalentado, de modo geral, por todos os seuscolegas das demais 22 Capitais de Estado.

"Não rolei efui enrolado"

Recife — Nos seus 25 mesesde mandato, o Prefeito do Re-cife, Joaquim Francisco Cavai-canti, viajou 58 vezes a Brasíliae Rio de Janeiro, para resolverproblemas administrativos.Grande parte dessas viagens —às vezes com retorno em menosde 12 horas — teve por finali-dade tentar a rolagem da dívidaexterna da Prefeitura, estimadaem CrS 40 bilhões. "Não rolei eainda fui enrolado", disse ele.

O desabafo dá a dimensãode uma cidade que registra omaior índice de desemprego doPaís e tem um terço de suapopulação vivendo em condi-ções precárias de vida. A re-compensa é um salário de CrS 3milhões. Como mordomia,apenas um carro oficial. Mas oproveito político é grande. Se-gundo Cavalcanti, a Prefeiturasignifica início de uma carreirapolítica ou o seu coroamento.No caso do candidato que viera ser eleito este ano, será umpasso para o Governo do Esta-do, em 1986.

Para Cavalcanti, as atribui-ções da Prefeitura precisam serredefinidas: "A eleição diretaapenas suavizará o problema,que deverá ser inteiramenteobservado na Constituinte."

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6 : ? Io caderno ? domingo, 12/5/85 Política JORNAL DO BRASIL

INFORME JB

Lenda da FunaiDiz uma lenda da Funai que,

certa vez, os índios cintas-largasforam visitar seus vizinhos suruís emmissão de boa vontade.

Levaram de presente um jabuti.

Os suruís receberam o jabuti emataram imediatamente todos os vi-sitantes cintas-largas, um grupo dequinze homens, mulheres ecrianças.

Em seguida, o cacique surul ex-plicou:

"A gente não gosta de ja-

buti".m

Talvez não conheça essa históriao cara-pálida Ronaldo Cosia Couto,Ministro do Interior da Nova Repú-blica. Ele quer implantar a novamania do homem branco em Brasí-¦ lia — eleições diretas já para que osíndios escolham, democraticamente,o novo presidente da Funai.

Só que o sufrágio prometido porCosta Couto pode ser até secreto,mas não é universal. A seu critério,votam apenas os índios xavantes exingus.

Ficam fora da urna as tribos daAmazônia, por exemplo, ao todocerca de 60 mil índios, divididos emgrupos, costumes e idiossincrasias.

".-"- Na teoria de Costa Couto, opresidente da Funai que os xavanteselegerem será o preferido dos índiosda Amazônia.

Na prática dos cintas-largas, ossuruís por exemplo ficam bravosquando lhes dão um jabuti.

ConstruçãoO engenheiro Leonel Brizola retor-

na esta semana de Nova Iorque, dispôs-to a construir duas grandes pontes, umaem direção a Minas Gerais e outra emdireção a Santa Catarina.

O Governador do Rio está conven-_ cido de que ele e os seus colegas Hélio'"Garcia e Esperidião Amin têm um futu-,

ro em comum.

} Garcia e Amin estão disputados por! mais de uma sigla.

\ RobertãoS O principal adversário da cúpula do; PMDB é hoje um parlamentar do pró-• prio partido, que seus companheiros; chamam de Robertão: Roberto Cardoso: Alves, da bancada federal de São' Paulo, dois metros de altura.

Frustrado em sua pretensão de ser! ministro, dedica-se 25 horas por dia a" trabalhar sua candidatura a secretário-; geral do PMDB, cargo que era ocupado; pelo Ministro dos Transportes, Affonso; Camargo.

; Foi ele que liderou a tentativa de; rebelião de moderados e fisiológicos, noj processo de votação do emendáo.

] Testei Do Ministro da Educação, Marcoí Maciel, sobre a participação do Partido' da Frente Liberal nas eleições de 15 de

novembro próximo nas capitais:í — Será o nosso batismo de fogo, já; que até agora o partido não foi testado

nas urnas. Daí não ter sentido fazer' nesta altura do campeonato fusão com o; PMDB.: Banco Sogeral*: O empresário João Pedro Gouvea

Vieira, dono de uma das principais

LANCE-LIVRE-' • A virtual escolha do funcionário do BNH," Sebastião Kastnip, para uma das diretoriasJ do banco está provocando um grande rebo.' Kastrup é acusado pelo próprio presidenteí do BNH, José Maria Aragâo, de ter partici-'

pado ativamente do chamado caso Delfin,! aceitando terrenos da falida caderneta em! forma de dação em pagamento.; • Em Houston, Texas, onde fez no Inicio do; mês um transplante de medula óssea, o líderí comunista David Caplstrano Filho vai passarÍ o período de recuperação traduzindo o livroí La Mallatia (A Doença), de Gkmwni Berlin-1 guer, médico, senador, irmio do falecido

Enrico Bertinguer, que era secretário-geraldo PCI.t

; • A TV Educativa resolveu prestigiar os| produtores independentes de televisão, re-j servando 60 minutos semanais, em horárioJ nobie, para abrigar a produção indepen-; dente.

• Do Deputado Elquisson Soares (PMDB-BA), já com os dois pés no PDT: "A pessoa; mais coerente do PMDB hoje é o Presidente; Sarney. Os lideres do partido levaram dias e; dias dizendo não às diretas. Sarney em cinco| minutos disse sim, para o bem de todos."; • Será nesta segunda-feira às lOh a cerimô-! nia de entrega da Medalha Mérito Dom João' VI, na Escola de Formação de Oficiais, na< Av. Marechal Fontenele, 2096 • Sulacap.i • O Deputado Francisco Amaral (PMDB-SP); terminou ó seu mais pesado trabalho parla-J mentar. Trata-se de um projeto de reformu-! laçáo total da Consolidação das Leis do

Trabalho, composta de 922 artigos que, se-í gundo ele, inovam totalmente as relações de

trabalho no país. Detalhe: o projeto pesa doist quilos.

bancas de advogacia do Rio, confirmouontem seu interesse em assumir as açõesque o especulador Nagi Nahas detém noBanco Sogeral, mas assegura que onegócio não está fechado:

Eu costumo dizer que escada sesobe degrau por degrau. O primeirodegrau é o consentimento do BancoCentral. Só depois é que vamos discutiro preço.Eleição carioca

O PDT resolveu jogar pesado paranão perder a Prefeitura do Rio naseleições de 15 de novembro próximo.

O Prefeito Marcelo Alencar resol-veu promover um derrame de Cr$ 500bilhões, este ano, em obras de infra-estrutura urbana, eliminação de valasnas favelas, saúde, educação, etc.

Uma usina recuperada já produz 10mil toneladas de asfalto por mês, paratapar os buracos da cidade.

Já foi piorTrês horas da madrugada de quinta-

feira. Num canto do plenário, cansadodas batalhas da noite, o líder do Gover-no na Câmara, Pimenta da Veiga, éabordado pelo Deputado Nélson Mar-chezan, que foi líder do Governo Fi-gueiredo:

Agora você está sabendo que serlíder do Governo não é fácil. Pior erano meu tempo. Até ovo podre na caraeu ganhei.

PardaisO presidente da Federação das In-

dústrias do Estado de Minas Gerais,Nansen Araújo, 84 anos, 54 como em-presário, recorda que Campos Salles,ao assumir a Presidência da República,encontrou situação semelhante à atual:recebeu o país das mãos de um militar(Floriano Peixoto) e com a economiaarrasada.

Ao passar a faixa para RodriguesAlves, deixou uma nação próspera ecom muito dinheiro. A situação era tãoconfortável que o Ministro da Fazendado novo Governo, o médico homeopataJoaquim Murtinho, se deu ao luxo demandar imprimir uma cédula com aefígie de uma amante portuguesa. Emandou vir de Portugal 500 casais depardais, para matar as saudades de suaamada.

Só que as finanças do país nãotardaram a se deteriorar, nos Governosseguintes.

E os pardais estão acabando com ostico-ticos.Prefeito

O Deputado Agnaldo Timóteo so-nha ser candidato a Prefeito do Rio, naseleições de 15 de novembro, pela legen-da do PTB.

Sonha.Entulho

A Nova República ainda não en(rouem campo na CBF. O jogador Casa-grande foi obrigado a cortar os cabelospara atender ao Regulamento do Atletada Seleção Brasileira, elaborado duran-te o Governo Médici.

O tal regulamento, em sete artigos,usa e abusa dos verbos acatar, proibir,cumprir, respeitar, punir e obrigar. Apalavra não é citada quatorze vezes.

A revelação consta do livro Esportee Poder, da Editora Vozes, de autoriade um time de 11 jornalistas, entre osquais João Saldanha, que será lançadonesta segunda-feira, às 18 horas, nabarraca dos escritores, na Cinelândia.

Por ordem da Primeira-Dama, D MariySarney, o Presidente José Sarney terá pelomenos um médico do Planalto a seu lado emtodos os acontecimentos.

Golpe ilustrado. Um grupo de pessoas estáenviando às 4 mil Prefeituras Municipaisexistentes no país um pacote, muito bemembalado, contendo um pôster do PresidenteTancredo Neves. Só que para retirar o pacotedos Correios, cada Prefeitura tem que pagarCr$ 200 mil.

Um leitor telefona para agradecer à Poli-cia Militar pela rapidez e dedicação noatendimento a uma vítima de acidente decarro na madrugada de ontem, na Av. VieiraSouto. A vítima foi socorrida pelas RP 54 0115 e 54 04 77.

Porto Alegre tem 300 mil favelados, mastem também 20 mil moradias desocupadas. Éo que mostra um levantamento do Programade Pós-Graduação em Planejamento Urbanoda UFRGS, que está sendo discutido estasemana na Capital gaúcha.

O professor Leitão de Abreu começou aparticipar de articulações políticas em Brasí-lia em 1966. Já em 1969 ele atuou comoconsultor dò seu cunhado, o General LiraTavares, membro da junta militar.

O Deputado Bocayuva Cunha, do PDT doRio, protestou da tribuna da Câmara contraa decisão de fazer eleição para a Presidênciada República em dois turnos. Trata-se, se-gundo ele, de uma tentativa de impedir aeventual vitória do Governador Leonel Brizo-la numa eleição à Presidência.

Sabedoria de pára-choque de um cami-nhão que circulava ontem em Volta Redon-da: "Meu coração é de Jesus, meu pulmão éda Souza Cruz".

Eleitor se mobiliza em Territórios

Brasília — O dia 15 de novembro desteano deverá ser uma grande festa, com aseleições municipais. Os eleitores das capitaisvoltarão a escolher seus prefeitos, que nosúltimos anos têm sido indicados pelos governa-dores. Também elegerão prefeitos — pelaprimeira vez na história do país — os habitan-tes dos municípios dos Territórios de Roraimae Amapá. Os municípios novos, criados até dia15 próximo, terão eleições para prefeitos evereadores. E, em 105 municípios considera-dos sob o regimé militar áreas de segurançanacional e nas estâncias hidrominerais, oseleitores também voltarão às urnas, para esco-lher seus prefeitos.

O movimento eleitoral de 15 de novembromobilizará os eleitores das capitais, de 14Estados e dois Territórios. Na lista há cidadescomo Cruzeiro do Sul, 50 mil habitantes, nafronteira do Acre com o Peru; Duque deCaxias, pólo industrial da Baixada Fluminen-se,hoje com mais de 600 mil.habitantes; Cama-çari, 90 mil habitantes, pólo petroquímico naBahia; e Itaituba, 50 mil habitantes, base deum complexo garimpeiro que faz do aeroporto

da cidade um dos mais movimentados doBrasil.

Nem todos os municípios que reconquis-tam ou adquirem sua autonomia estarão emfesta dia 15 de novembro ao elegerem pelovoto direto seus prefeitos: nos Territórios, "osmunicípios são tão pobres, tão dependentes doGovernador, que as eleições serão apenas umafarsa", na opinião do Deputado federal JúlioMartins (PDS-RR), que acrescenta:

— Juridicamente, é um absurdo, pois oGovernador continua sendo nomeado peloPresidente da República. E politicamente éuma mistificação, pois os municípios são tãoincipientes que o prefeito eleito, se for departido contrário do Governador, terá neces-sariamente de se render ao Governo e trairseus eleitores.

Mesmo em Boa Vista, que detém de 70%a 80% do eleitorado do Território de Rorai-ma, a arrecadação de impostos não é suficientepara sustentar a autonomia municipal. Nemuma reforma tributária em benefício dos muni-cípios resolveria o problema, segundo JúlioMartins.

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Quércia considera

eleição um desafioSão Paulo — Os 12 postulantes do PMDB à prefeitura da

capital transformarão as eleições marcadas para novembro em umgrande desafio para o partido. Na opinião do Vice-Governador deSão Paulo, Orestes Quércia, estes candidatos, segundo ele, têm"mais ou menos" a mesma densidade eleitoral e, por isso, avitória só será garantida se todos os setores do partido se uniremdurante a campanha eleitoral.

Candidato ao Governo do Estado em 1986, Quércia afirmouque iniciará, já, o trabalho em torno da unidade do PMDB naseleições da capital, reunindo, a partir de amanhã, com deputadosfederais, dirigentes dos diretórios zonais, deputados estaduais evereadores. "O partido terá que mostrar capacidade para mantera liderança conquistada perante a sociedade, vencendo nas urnase fazendo os sucessores dos atuais prefeitos", advertiu ele.

O PMDB detém, na capital, "mais de 50% da preferência doeleitorado", garantiu Orestes Quércia, e nas eleições "terá quetrabalhar para manter essa posição".

PCB lança Freire à

Prefeitura de RecifeRecife — Um dia após o Deputado Roberto Freire (PMDB-

PE) ter retirado a candidatura à prefeitura de Recife por seupartido, a Comissão Diretora Regional Provisória do PCB reuniu-se e decidiu oficializar o nome do parlamentar para disputar ocargo.

A partir de agora, a propaganda eleitoral de Freire ao invésde omitir a sigla a qual ele pertence — como vinha acontecendoaté agora — será inevitavelmente acompanhada pelas três letrasdo PCB. Freire disse não ter nenhuma saudade da legenda que oobrigou durante os anos de bipartidarismo e de clandestinidadedo PCB: "Levo a sensação do dever cumprido".

Nesta semana, Freire e o único deputado estadual do PCB,Hugo Martins, se desligarão formalmente do PMDB. Elesmostraram que o partido já não fará mais política eleitoral pelavia da Aliança Democrática, atuando, agora, abertamente e emfaixa própria.

Freire ressaltou, no entanto, que muitos ex-companheirosde PMDB — ligados à esquerda independente — trabalharão nasua campanha. Admitiu que o preconceito anticomunista é umdesafio que terá que enfrentar.

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JORNAL DO BRASIL Cidade domingo, 12/5/85 n i° caderno ? 7

Contracheques poderão pôr

fim à greve

da ECT no RioAlé as ISh ile ontem, o presidente cia F.CT

(Empresa Brasileira de Correios e Telégra-fos), Laumar Melo Vasconcelos, e cerca de200 funcionários aguardavam a chegada dodiretor regional dos Correios no Rio, JoelMariatio Rauber, para iniciar uma reunião queprovavelmente terminará com a greve da cate-goria. Para provar que os 30% de antecipaçãosalarial sairá na próxima quarta-feira, centenasde contracheques vieram de Brasília para queos funcionários não tenham mais dúvidas so-bre o acordo.

Desde as 13h, os funcionários da ECTestavam concentrados em frente à Secretariade Trabalho e Habitação, onde o SecretárioCarlos Alberto de Oliveira fez uma rápidareunião com os funcionários da ECT na pre-sença do presidente da empresa. Laumar MeloVasconcelos. No final da tarde, eles aguarda-vam o diretor regional dos Correios no Riopara continuarem a reunião na sede da empre-sa, na Cidade Nova.

EsperançaSegundo funcionários que continuam em

greve, a vinda dos contracheques de Brasíliapoderá ajudar na suspensão do movimento, jáque a categoria não estava acreditando muito

no adiantamento de 30% salarial A situaçãoontem na cidade era tranqüila e as agênciaspermaneceram fechadas Somente algumaspessoas procuraram para enviar cartas, cartõese telegramas relativos ao Dia das Mães

Devido à paralisação de todas as unidadesdos Correios no Rio em torno de 300, envol-vendo 9 mil 906 funcionários, já se admite quedeixavam de ser enviadas 750 mil cartas, 8 miltelexogramas, 4 mil malotes e 8 mil telegra-mas, somando um prejuízo de aproximada-mente Cr$ 750 milhões até a noite de sexta-feira.

Alguns grevistas afirmam que pelo menos1 milhão 500 mil correspondências — incluin-do encomendas, telegramas, malotes e cartas— permanecem retidas em dependências daempresa, principalmente no Centro de Tria-gem Principal, na Cidade Nova.

Na sexta-feira, o Ministro das Comunica-çóes, Antônio Carlos Magalhães, informavaque considerava a greve "ilegal e absurda", jáque os grevistas não estavam acreditando nocompromisso assumido pelo Governo de queos 30% de reposição salarial seriam pagos naquarta-feira. Os grevistas informavam ontemque, com a chegada dos contracheques, Otérmino da greve estaria próximo.

Carteiro paulista mantém greveSão Paulo — Cerca de 300 carteiros decidi-

ram, em assembléia no final da tarde deontem, pela manutenção da greve dos funcio-nários da ECT (Empresa Brasileira de Cor-reios e Telégrafos), que entra hoje em seuterceiro dia e que, até ontem, já causara umprejuízo de Cr$ 4 bilhões 600 milhões àDiretoria Regional de São Paulo, que repre-senta 40% do movimento postal do país.

A decisão da assembléia (que representoucerca de 19 mil funcionários em todo o Estadode São Paulo), não confirmou a previsão namanhã de ontem, do Ministro do Trabalho,Almir Pazzianotto, de que "a greve dos cartei-ros está em seu final, já que suas reivindica-ções foram atendidas"

O diretor regional da ECT em São Paulo,Marco Antônio Angeiras Bulhões, pediu on-tem que os funcionários voltassem ao trabalhoamanhã, garantindo que "uma minoria nãopoderá impedir, através de piquetes, que amaioria volte ao trabalho" Bulhões informou

Costa acha que

Sant'Ana "não

refletiu bem"O Secretário Estadual de Saúde, Eduardo

Costa, acha que o Ministro da Saúde CarlosSant'Ana "não refletiu bem" ao pedir, anteon-tem, que os médicos e o Estado começassem aconversar para chegar a um acordo: "Uma dasprincipais causas da crise financeira por quepassa a saúde no Estado é justamente o fato deo Ministério da Saúde ainda não nos terrepassado, este ano. um cruzeiro sequer emdecorrência dos convênios que. firmamos",afirmou o Secretário.

O Estado está subsidiando a assistênciaprestada aos segurados da Previdência, segun-do Eduardo Costa, "porque os poucos recur-sos que recebemos do INAMPS não estãodevidamente corrigidos" Para ele, está haven-do "uma deterioração geral não só do sistemade saúde, mas também da consciência profis-sional do médico. A greve dos médicos, rarís-sima em outros países, prejudica basicamentea população humilde. Se afetasse os ricos e aclasse média, que têm poder econômico, have-ria uma grita e o movimento não iria adiante".

Eduardo Costa comentou que os médicos"sabem perfeitamente que não podemos darou oferecer além do que nos é possível. Osistema de saúde como um todo está em crise.Não 'são apenas os hospitais que funcionamprecariamente. Por isso, continuo favorável aum Pacto da Saúde que reúna o GovernoFederal, Estado e municípios em torno deobjetivos comuns. A unificação dos saláriosdos médicos seria uma das metas perse-guidas."

O Secretário da Saúde está convicto deque a greve está desgastando a classe sobretu-do junto à população pobre e, por isso, nãodeverá comparecer ao encontro previsto paraterça-feira, às 15h, na Assembléia Legislativa,entre representantes dos médicos e do Gover-no estadual, promovido por um grupo dedeputados.

Na terça-feira pela manhã, os médicos emgreve instalarão uma barraca nã Cinelândiapara vender por CrS 1 mil um crachá-bonus,apelidado de Barazola, que contém o desenhode uma barata — símbolo do movimento —em razão da denúncia sobre o grande númerodesses insetos existentes no Hospital SouzaAguiar. Ainda na terça-feira, a partir das lOh,os médicos farão uma passeata que sairá destehospital e irá até a Assembléia Legislativa.

Greve declinaApesar de severas críticas por parte de

seus líderes ao Secretário Estadual dé Saúde,Eduardo Costa, a greve dos médicos revelavaontem sensível declínio nos hospitais estaduaise municipais. Õ movimento, entretanto, conti-nua, e apenas os casos de emergência, apósuma triagem, foram atendidos.

São muitas as queixas da população, comoa do vendedor ambulante João Teodoro Ca-bral, que estava internado no Hospital CietúlioVargas e teve alta ontem. Em virtude dagreve, porém, não havia ambulância para levá-lo em casa, em Turiaçu. "Estou sem poderandar e tenho que ficar aqui à espera deparentes que me venham buscar", disse Jorgecom a perna engessada.

Exceto pelas faixas e cartazes afixados nasparedes, ontem o movimento nos principaishospitais era como se nada estivesse ocorren-do. No Getúlio Vargas, Souza Aguiar e Mi-gucl Couto, poucas pesoas buscaram atendi-mento, a maioria para casos sem importância.

Os acadêmicos bolsistas também aderiramà greve e, segundo a acadêmica Maria DeizeCamilo Jorge, o chefe da equipe do HospitalGetúlio Vargas, José Pinheiro Magalhães,proibiu que o* acadêmicos permanecessem nohospital. sob ,i alegação de que "se estão emgreve, então \ão para casi"

No hospital do INAMPS de Bonsucesso,onde o servente José Justino Sobrinho ficou 21)horas numa niaca esperando para ser operado— de lOh da noite de quinta-feira até às 5h desexta-feira —. os médicos informaram que elefoi submetido a uma cirurgia e passa bem. Estána enfermaria -RIS, leito í.

Greve de supermercado

será decidida amanhã

em assembléia sindicalOs empregados de supermercados, reunidos anteontem

em assembléias no Centro da cidade e em delegacias doSindicato dos Comerciários nos subúrbios (Méier, Madureira eCampo Grande), adiaram para amanhã a votação de propostade greve, aguardando encontro que o presidente do sindicato,Luisant Mata Roma, manterá ao meio-dia com os dirigentes desupermercados na Delegacia Regional do Trabalho.

Uma eventual nova proposta dos patrões será analisadapelos empregados à noite, quando poderá ser decidida a greve apartir da zero hora de taça-feira, caso não seja atendida aprincipal reivindicação deles, a de redução da jornada detrabalho para 44 horas — conforme adiantou Luisant MataRoma. Ele disse que os trabalhadores de supermercados estãodecididos a abrir mão de qualquer aumento em troca das 44horas semanais de trabalho.

Saúde aplica 30 mil doses i

de reforço contra sarampo

ainda que o Ministério Público deverá decretara ilegalidade da greve "a qualquer momento",o que permitirá à empresa, como prometeu odiretor da regional de São Paulo, iniciar asdemissões, a começar pela diretoria da Asso-ciação dos Funcionários.'

Marco Antônio Bulhões divulgou ontemuma nota à imprensa, "repudiando o movi-mento grevista, que confunde democracia comintransigência" Na nota, ele informou que acategoria foi atendida em sua reivindicação de30% de aumento antecipado, que será pago napróxima quarta-feira, com a distribuição doscontracheques |á amanhã

O diretor divulgou ainda à imprensa aíntegra do acordo assinado pela Associaçãodos Funcionários e a diretoria de São Paulo em

de março passado (após a primeira greve),onde a antecipação salarial de 30% a partir de10 de abril estava vinculada a uma antecipaçãodo reajuste tarifário previsto para setembro de1985. Por isso, segundo Bulhões, não houverompimento de acordo por parte da empresa.

Mergulhador diz

que Petrobrás

detém grevistaO Sindicato Nacional dos Trabalhadores

em Atividades Subaquáticas e Afins, em grevehá 24 dias, está denunciando a Petrobrás "porobrigar as empresas de mergulho a contrata-rem ilegalmente, como fura-greves, mergulha-dores estrangeiros que só possuem vistos deturistas" e por manter em "cárcere privado"nas plataformas submarinas PA-6, SS-15 e NS-5, em Campos, vários mergulhadores grevistasque não podem voltar a terra "porque aPetrobrás e as empresas se recusam a provi-denciar o transporte em helicópteros"

As informações são do vice-presidente dosindicato, Antônio Carlos Jacques, que ressal-tou o trabalho da Polícia Federal em detectar50 mergulhadores estrangeiros "trabalhandoem situação ilegal" O vice-presidente expli-cou que a profissão possui os maiores índice»de acidentes no mundo e que é considerada 22vezes mais perigosa que a profissão de minei-ro. Os grevistas reivindicam pisos salariais deoito salários mínimos (mergulho raso) e 18salários mínimos para mergulho profundo —,mas explicam que as empresas querem pagarapenas CrS 400 mil.

Concorrência estrangeiraAté a década de 70, quase toda a atividade

de mergulho profissional no Brasil, segundo osindicato, restringia-se a trabalhos em portos ehidrelétricas, onde muito raramente as profun-didades ultrapassavam 30 metros. Mas a cons-trução da Ponte Rio-Niterói, e o início daprospecção de petróleo em plataformas oceâ-nicas pela Petrobrás, levaram os mergulhos ase tornarem cada vez mais profundos, ultra-passando os 300 metros de profundidade.

No início deste ano, os mergulhadoresconseguiram transformar sua associação emsindicato e, em 19 de abril entraram cm grevecom as seguintes reivindicações: piso de 8salários mínimos para o mergulho raso — até50 metros — e 18 salários mínimos para osprofundos — de 50 a 450 metros—; indeniza-ção por desgaste orgânico, gradativa conformea profundidade do mergulho; reajuste salarialde 100% do INPC, trimestralidade e reposiçãosalarial de 50% retroativa a 1° de março, entreoutras.

— Pedimos oito salário mínimos e asempresas querem nos dar apenas 1,2 saláriomínimo. No mercado internacional o piso é de4 mil dólares. O salário médio hoje de ummergulhador raso é CrS 600 mil e CrS 1 milhãO'e 500 mil para mergulhadores profundos, mas,na carteira de trabalho, só anotam o saláriomínimo. Na realidade, são sete empresas mui-tinacionais que dominam o mercado e expio-ram os mergulhadores há mais de 12 anos.Agora, obrigadas pela Petrobrás a bancarem ojogo sujo, as empresas estão contratando mer-gulhadores estrangeiros de forma ilegal —disse Antônio Jacques.

Professor de Io

e 2o grau adota

estado de greveProfessores do Io e 2o graus da rede

particular decidiram ontem, em assembléia,entrar esta semana em estado de greve c, casonao consigam uma reposição salarial — elespedem 10% — entrarão em greve numa novaassembléia, marcada para sábado. A contra-proposta patronal, estabelecendo um reajustede 100% do INPC para todas as faixas sala-riais, foi considerada insuficiente pelos profes-sores.

A assembléia, realizada no Sindicato dosBancários, contou com cerca de 400 professo-res. Durante a semana, eles pretendem mobili-zar o maior número possível de colegas — hácerca de 20 mil professores nas escolas particu-lares de 1° e 2" graus, segundo o sindicato dacategoria.

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Um surpreendente afluxo de moradoresda periferia do município do Rio aos postosinstalados na Baixada fez com que a Secretariade Saúde tivesse que mandar um reforço de 30mil doses de vacina contra o sarampo paraltaguaí, Nova Iguaçu. Nilópolis e Caxias e SãoJoão de Meriti.

Os moradores com seus filhos vieramsobretudo de Santa Cruz, Campo Grande,Bangu, Vila Militar, Realengo, Deodoro eMadureira, segundo informou no final datarde o diretor do Departamento de Epide-miologia, Cláudio Amaral A campanha deontem destinou-se exclusivamente ao interiordo Estado.

ÊxitoNo final da tarde Cláudio Amaral ainda

não havia recebido os números finais da cam-panha, mas a estimativa era de que a meta devacinar 800 mil crianças entre 9 meses e 4 anosfora cumprida: "O tempo colaborou, pois sóchoveu em alguns distritos de Araruama. Acampanha foi um sucesso, como ficou demons-trado até pelo interesse demonstrado pelosmoradores da periferia do Rio", afirmou oDiretor do Departamento de Epidemiologia.

Num helicóptero da FAB. o Secretário deSaúde, Eduardo Costa, inspecionou váriospostos de vacinação, tendo começado porJardim Gramacho, que conseguiu encontrarcom dificuldade e depois de tomar informaçãonum posto da Policia Rodoviária Federal, naEstrada Rio—Petrópolis, onde pousou.

Após inspecionar Gramacho, EduardoCosta dirigiu-se a. Arraial do Cabo e SãoFidélis, onde atestou "o absoluto sucesso dacampanha", que contou com 2 mil 350 postosfixos e volantes. A vacinação na cidade do Riode Janeiro ocorrerá no dia 15 de junho.

No ano passado, segundo o Departamento

de Epidemiologia da Secretaria de Saúde,ocorreram ti(l liul casos da doença, dos quais 9mil eletivamente notificados. Registraram-se41'II mortes, taxa considerada por CláudioAmaral "injustiíicadamente alfa".

Vacina e muito choroEdelveis, 3 anos, filha do diretor da Escola

Lara Vilela, Lourival Malafaia, e DainéiaDias, foi a primeira criança vacinada na aber-tura oficial da campanha, cabendo ao Secreta-rio de Saúde acionar a pistola de pressão. Ele ea Secretária de Educação, Yara Vargas, con-solaram Edelveis. que chorou muito, e YaraVargas pegou no colo a segunda criança,Fabiano. de 3 anos. filho de Eni de SousaCâmara. Este chorou menos, mas a reação dosdois — à frente de' uma enorme fila —funcionou como uma espécie de senha para achoradeira geral.

Ali, ou em outros postos menores, queusavam seringas descartáveis, havia sempredois vacinadores na linha de frente: um parasegurar, junto com a mãe ou acompanhante,as crianças mais arredias, outro para fazer aaplicação. No posto de saúde, no centro deCaxias, só havia seringas; ali. as crianças eramlevadas para dentro de uma sala, o que não foipossível com todas, como a garota Juliana, 17meses, que a mãe, Maria do Socorro, teve desegurar ao lado da grande fila. no lado de fora,assustando ainda mais a garotada.

A greve dos médicos do serviço estadualnão impediu a realização normal da campa-ilha, conforme explicou o secretário de Saúde,sob o argumento de que tinham sido especial-mente treinados voluntários das Forças Arma-das (a Marinha estava operando o posto daEscola Lara Vilela e tinha mais 73 homens noserviço), clubes de serviços, professoras eoutros funcionários.

Boff recebe apoioAs mais de 100 entidades brasileiras de

defesa dos direitos humanos, reunidas emmovimento nacional, divulgaram nota de rc-púdio às medidas disciplinares aplicadas nofinal de abril e confirmadas esta semana peloVaticano contra o Frei Leandro Boff, daOrdem dos Frades Menores, um dos teóricos edefensores da chamada Teologia da Liber-tação

As punições foram impostas pela Congre-gaçáo para a Doutrina da Fé e pela Congrega-ção para os Religiosos, incluindo a destituiçãodo frei de seu cargo de redator-chefe daRevista Eclesiástica Brasileira que exercia há13 anos; a imposição de censu.a prévia a seus

escritos teológicos; a obrigação de passar aobservar "silêncio obsequioso daqui para afrente"; e impedimento de exercer qualqueratividade pública.

Para o Movimento Nacional das Entidadesde Defesa dos Direitos Humanos — quecongrega as Comissões de Justiça e Paz e osCentros de Defesa dos Direitos Humanos —"a conduta da Congregação para a Doutrinada Fé revela lamentável repulsão ao papelsocial c religioso da Conferência Nacional dosBispos do Brasil", assim como "profundodespreze pela luta libertadora do povo brasi-leiro contra o autoritarismo"

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Secretário não consegueGreve de supermercado

será decidida amanhãSaúde aplica 30 mil doses

acabar com greve

na ECT em assembléia sindical de reforço contra sarampoApesar da tentativa de mediação do Secre-

tário de Trabalho e Habitação, Carlos Albertode Oliveira, os funcionários da Empresa Brasi-leira de Correios e Telégrafos decidiram conti-nuar em greve até segunda-feira, quando, às 8horas, decidirão o que fazer.

A mediação do Secretário de Trabalho,que pretendia que os funcionários dos Cor-reios voltassem ao trabalho hoje, fracassouporque o diretor regional da empresa, JoelMarciano Rauber, não apareceu na sede, naCidade Nova, para confirmar, com os contra-cheques, o pagamento dos 30% de antecipa-ção salarial.

Não apareceuO Secretário de Trabalho do Estado co-

municou-se ontem com o Ministro do Traba-lho, Almir Pazzianotto, que garantiu que oscontracheques com a antecipação estariam noRio ainda ontem. A mesma informação foiprestada pelo Presidente da ECT, LaumarMelo Vasconcelos, que procurava localizar noRio, o diretor Regional.

Representantes da Associação dos Empre-gados na ECT, na Secretaria do Trabalho,participavam de todos os entendimentos, echegavam a admitir que a greve poderia sersuspensa. De volta à sede da ECT com a

perspectiva de que o diretor regional apareces-se, cerca de 200 funcionários esperaram até às20 horas. Nem os contracheques e nem qual-quer representante da empresa apareceram e acomissão de negociação decidiu então que agreve continuaria até segunda-feira.

O movimento ontem na cidade em relaçãoà greve foi tranqüilo e as agências permanece-ram fechadas. Algumas pessoas procuraram asagências dos Correios para enviar cartas, car-tões e telegramas para o Dia das Mães.

Devido à paralisação de todas as unidadesdos Correios no Rio em torno de 300, envol-vendo 9 mil 906 funcionários, já se admite quedeixavam de ser enviadas 750 mil cartas, 8 miltelexogramas, 4 mil malotes e 8 mil telegra-mas, somando um prejuízo de aproximada-mente Cr$ 750 milhões até a noite de sexta-feira.

Alguns grevistas afirmam que pelo menos1 milhão 500 mil correspondências — incluiu-do encomendas, telegramas, malotes e cartas— permanecem retidas em dependências daempresa, principalmente no Centro de Tria-gem Principal, na Cidade Nova.

Na sexta-feira, o Ministro das Cgmunica-ções, Antônio Carlos Magalhães, informavaque considerava a greve "ilegal e absurda".

Carteiro paulista mantém greveSào Paulo — Cerca de 300 carteiros decidi-

ram, em assembléia no final da tarde deontem, pela manutenção da greve dos funcio-nários da ECT (Empresa Brasileira de Cor-reios e Telégrafos), que entra hoje em seuterceiro dia e que, até ontem, já causara umprejuízo de Cr$ 4 bilhões '600 milhões àDiretoria Regional de São Paulo, que repre-senta 40% do movimento postal do país.

A decisão da assembléia (que representoucerca de 19 mil funcionários em todo o Estadode São Paulo), não confirmou a previsão namanhã de ontem, do Ministro do Trabalho,Almir Pazzianotto, de que "a greve dos cartei-ros está em seu final, já que suas reivindica-ções foram atendidas".

O diretor regional da ECT em São Paulo.Marco Antônio Angeiras Bulhões, pediu on-tem que os funcionários voltassem ao trabalhoamanhã, garantindo que "uma minoria náopoderá impedir, através de piquetes, que amaioria volte ao trabalho". Bulhões informou

Costa acha que

Sant'Ana "não

refletiu bemO Secretário Estadual de Saúde, Eduardo

Costa, acha que o Ministro da Saúde CarlosSant'Ana "não refletiu bem" ao pedir, anteon-tem, que os médicos e o Estado começassem aconversar para chegar a um acordo: "Uma dasprincipais causas da crise financeira por quepassa a saúde no Estado é justamente o fato deo Ministério da Saúde ainda náo nos terrepassado, este ano, um cruzeiro sequer emdecorrência dos convênios que firmamos",afirmou o Secretário.

O Estado está subsidiando a assistênciaprestada aos segurados da Previdência, segun-do Eduardo Costa, "porque os poucos recur-sos que recebemos do INAMPS não estãodevidamente corrigidos". Para ele, está haven-do "uma deterioração geral não só do sistemade saúde, màs também da consciência profis-sionaT do médico. A greve dos médicos, rarís-sima.ém outros países, prejudica basicamentea população humilde. Se afetasse os ricos e aclasse média, que tê"m poder econômico, have-ria uma grita e o movimento não iria adiante".

Eduardo Costa comentou que os médicos"sabem perfeitamente que náo podemos dar.ou oferecer além do que nos é possível. Osistema de saúde como um todo está em crise.Não são apenas os hospitais que funcionamprecariamente. Por isso, continuo favorável aum Pacto da Saúde que reúna o GovernoFederal, Estado e municípios em torno deobjetivos comuns. A unificação dos saláriosdos médicos seria uma das metas perse-guidas."

O Secretário da Saúde está convicto deque a greve está desgastando a classe sobretu-do junto à população pobre e, por isso, náodeverá comparecer ao encontro previsto paraterça-feira, às 15h. na Assembléia Legislativa,entre representantes dos médicos e do Gover-no estadual, promovido por um grupo dedeputados.

Na terça-feira pela manhã, os médicos emgreve_ instalarão uma barraca na Cinelàndiapara" vender por Cr$ 1 mil um crachá-bonus,apelidado de Barazola, que contém o desenhode uma barata — símbolo do movimento —em ra/áo da denúncia sobre o grande númerodesses insetos existentes no Hospital SouzaAguiar. Ainda na terça-feira, a partir das lOh,os médicos farão uma passeata que sairá destehospital e irá até a Assembléia Legislativa.

Greve declinaApesar de severas críticas por parte de

seus líderes ao Secretário Estadual de Saúde.Eduardo Costa, a greve dos médicos revelavaontem sensível declínio nos hospitais estaduaise municipais. O movimento, entretanto, conti-nua. e apenas os casos de emergência, apósuma triagem, foram atendidos.

São muitas as queixas da população, comoa do vendedor ambulante João Teodoro Ca-bral. que estava internado no Hospital GetúlioVargas e teve alta ontem. Em virtude dagreve, porém, não havia ambulância para levá-Io em casa. em Turiaçu. "Estou sem poderandar e tenho que ficar aqui à espera deparentes que me venham buscar", disse Jorgecom a perna engessada.

Exceto pelas faixas e cartazes afixados nasparedes, ontem o movimento nos principaishospitais era como se nada estivesse ocorren-do. No Getúlio Vargas. Souza Aguiar e Mi-guel Couto, poucas pesoas buscaram atendi-mento. a maioria para casos sem importância.

Os acadêmicos bolsistas também aderiramà greve e. segundo a acadêmica Maria DeizeCamilo Jorge, o chefe da equipe do HospitalGetúlio Vargas. José Pinheiro Magalhães,proibiu que os acadêmicos permanecessem nohospital, sob a alegação de que "se estão emgreve, então vão para casa".

No hospital do INAMPS de Bonsucesso.onde o servente José Justino Sobrinho ficou 20horas numa mata esperando p.tra ser operado— de illh da noite de quinta-feira ate às 5h desexta-feira —. os médicos informaram que elefoi submetido a uma cirurgia e passa bem. Estana enfermaria 408. leito 1.

Os empregados de supermercados, reunidos anteontemem assembléias no Centro da cidade e em delegacias doSindicato dos Comerciários nos subúrbios (Méier, Madureira eCampo Grande), adiaram para amanhá a votação de propostade greve, aguardando encontro que o presidente do sindicato,Luisant Mata Roma, manterá ao meio-dia com os dirigentes desupermercados na Delegacia Regional do Trabalho.

Uma eventual nova proposta dos patrões será analisadapelos empregados à noite, quando poderá ser decidida a greve apartir da zero hora de terça-feira, caso náo seja atendida aprincipal reivindicação deles, a de redução da jornada detrabalho para 44 horas — conforme adiantou Luisant MataRoma. Ele disse que os trabalhadores de supermercados estãodecididos a abrir mão de qualquer aumento em troca das 44horas semanais de trabalho.

ainda que o Ministério Público deverá decretara ilegalidade da greve "a qualquer momento",o que permitirá à empresa, como prometeu odiretor da regional de São Paulo, iniciar asdemissões, a começar pela diretoria da Asso-ciação dos Funcionários.

Marco Antônio Bulhões divulgou ontemuma nota à imprensa, "repudiando o movi-mento grevista, que confunde democracia comintransigência". Na nota, ele informou que acategoria foi atendida em sua reivindicação de30% de aumento antecipado, que será pago napróxima quarta-feira, com a distribuição doscontracheques já amanhã.

O diretor divulgou ainda á imprensa aíntegra do acordo assinado pela Associaçãodos Funcionários e a diretoria de São Paulo em9 de março passado (após a primeira greve),onde a antecipação salarial de 30% a partir de1" de abril estava vinculada a uma antecipaçãodo reajuste tarifário previsto para setembro de1985. Por isso, segundo Bulhões, não houverompimento de acordo por parte da empresa.

Mergulhador diz

que Petrobrás

detém grevistaO Sindicato Nacional dos Trabalhadores

em Atividades Subaquáticas e Afins, em grevehá 24 dias, está denunciando a Petrobrás "porobrigar as empresas de mergulho a contrata-rem ilegalmente, como fura-greves, mergulha-dores estrangeiros que só possuem vistos deturistas" e por manter em "cárcere privado"nas plataformas submarinas PA-6, SS-15 e NS-5, em Campos, vários mergulhadores grevistasque náo podem voltar a terra "porque aPetrobrás e as empresas se recusam a provi-denciar o transporte em helicópteros".

As informações são do vice-presidente dosindicato, Antônio Carlos Jacques, que ressal-tou o trabalho da Polícia Federal em detectar50 mergulhadores estrangeiros "trabalhandoem situação ilegal". O vice-presidente expli-cou que a profissão possui os maiores índicesde acidentes no mundo e que é considerada 22vezes mais perigosa que a profissão de minei-ro. Os grevistas reivindicam pisos salariais deoito salários mínimos (mergulho raso) e 18salários mínimos para mergulho profundo —,mas explicam que as empresas querem pagarapenas Cr$ 400 mil.

Concorrência estrangeiraAté a década de 70, quase toda a atividade

de mergulho profissional no Brasil, segundo osindicato, restringia-se a trabalhos em portos ehidrelétricas, onde muito raramente as profun-didades ultrapassavam 30 metros. Mas a cons-truçáo da Ponte Rio-Niterói, e o início daprospecção de petróleo em plataformas oceâ-nicas pela Petrobrás, levaram os mergulhos ase tornarem cada vez mais profundos, ultra-passando os 300 metros de profundidade.

No início deste ano, os mergulhadoresconseguiram transformar sua associação em >sindicato e, em 19 de abril entraram em grevecom as seguintes reivindicações: piso de 8salários mínimos para o mergulho raso — até50 metros — e 18 salários mínimos para osprofundos — de 50 a 450 metros—; indeniza-çáo por desgaste orgânico, gradativa conformea profundidade do mergulho; reajuste salarialde 100% do INPC, trimestralidade e reposiçãosalarial de 50% retroativa a Io de março, entreoutras.

— Pedimos oito salários mínimos e asempresas querem nos dar apenas 1,2 saláriomínimo. No mercado internacional o piso é de4 mil dólares. O salário médio hoje de ummergulhador raso é Cr$ 600 mil e Cr$ 1 milhãoe 500 mil para mergulhadores profundos, mas,na carteira de trabalho, só anotam o saláriomínimo. Na realidade, são sete empresas mui-tinacionais que dominam o mercado e expio-ram os mergulhadores há mais de 12 anos.Agora, obrigadas pela Petrobrás a bancarem ojogo sujo, as empresas estão contratando mer-gulhadores estrangeiros de forma ilegal —disse Antônio Jacques.

Professor de Io

e 2o graus adota

estado de greveProfessores do Io e 2° graus da rede

particular decidiram ontem, em assembléia,entrar esta semana em estado de greve e, casonao consigam uma reposição salarial — elespedem 10% — entrarão em greve numa novaassembléia, marcada para sábado. A contra-proposta patronal, estabelecendo um reajustede 10(1% do INPC para todas as faixas sala-riais, foi considerada insuficiente pelos profes-sores.

A assembléia, realizada no Sindicato dosBancários, contou com cerca de 40(1 professo-res. Durante a semana, eles pretendem mobili-zar o maior numero possível de colegas — hácerca de 20 mil professores nas escolas particu-lares de 1" e 2" graus, segundo o sindicato dacategoria.

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Um surpreendente afluxo de moradoresda periferia do município do Rio aos postosinstalados na Baixada fez com que a Secretariade Saúde tivesse que mandar um reforço de 30mil doses de vacina contra o sarampo paraItaguaí, Nova Iguaçu. Nilópolis e Caxias e SãoJoão de Meriti.

Os moradores com seus filhos vieramsobretudo de Sanla Cruz, Campo Grande,Bangu, Vila Militar, Realengo, Deodoro eMadureira, segundo informou no final datarde o diretor do Departamento de Epide-miologia, Cláudio Amaral. A campanha deontem destinou-se exclusivamente ao interiordo Estado.

ÊxitoNo final da tarde Cláudio Amaral ainda

náo havia recebido os números finais da cam-panha, mas a estimativa era de que a meta devacinar 800 mil crianças entre 9 meses c 4 anosfora cumprida: "O tempo colaborou, pois sóchoveu em alguns distritos de Araruania. Acampanha foi um sucesso, como ficou demons-trado até pelo interesse demonstrado pelosmoradores da periferia do Rio", afirmou oDiretor do Departamento de Epidemiologia.

Num helicóptero da FAB, o Secretário deSaúde, Eduardo Costa, inspecionou váriospostos de vacinação, tendo começado porJardim Gramacho. que conseguiu encontrarcom dificuldade e depois de tomar informaçãonum posto da Polícia Rodoviária Federal, naEstrada Rio—Petrópolis. onde pousou.

Após inspecionar Gramacho, EduardoCosta dirigiu-se a Arraial do Cabo e SãoFidélis, onde atestou "o absoluto sucesso dacampanha", que contou com 2 mil 350 postosfixos e volantes. A vacinação na cidade do Riode Janeiro ocorrerá no dia 15 de junho.

No ano passado, segundo o Departamento

de Epidemiologia da Secretaria de Saúde,ocorreram 60 mil casos da doença, dos quais 9mil efetivamente notificados. Registraram-se400 mortes, taxa considerada por CláudioAmaral "injustificadamente alta".

Vacina e muito choroEdelveis, 3 anos. filha do diretor da Escola

Lara Vilela, Lourival Malafaia. e DainéiaDias. foi a primeira criança vacinada na aber-tura oficial da campanha, cabendo ao Seerctá-rio de Saúde acionar a pistola de pressão. Ele ea Secretária de Educação. Yara Vargas, con-solaram Edelveis. que chorou muito, e YaraVargas pegou no colo a segunda criança,Fabiano, de 3 anos, filho de Eni de SousaCâmara. Este chorou menos, mas a reação dosdois — à frente de uma enorme fila —funcionou como uma espécie de senha para achoradeira geral.

Ali, ou em outros poslos menores, queusavam seringas descartáveis, havia sempredois vacinadores na linha de frente: um parasegurar, junto com a mãe ou acompanhante,as crianças mais arredias, outro para fazer aaplicação. No posto de saúde, no centro deCaxias, só havia seringas; ali, as crianças eramlevadas para dentro de uma sala, o que náo foipossível com todas, como a garota Juliana, 17meses, que a mãe, Maria do Socorro, teve desegurar ao lado da grande fila, no lado de fora,assustando ainda mais a garotada.

A greve dos médicos do serviço estadualnão impediu a realização normal da campa-nha, conforme explicou o secretário de Saúde,sob o argumento de que tinham sido especial-mente treinados voluntários das Forças Arma-das (a Marinha estava operando o posto daEscola Lara Vilela e tinha mais 73 homens noserviço), clubes de serviços, professoras eoutros funcionários.

Boff recebe apoioAs mais de 100 entidades brasileiras de

defesa dos direitos humanos, reunidas emmovimento nacional, divulgaram nota de re-púdio às medidas disciplinares aplicadas nofinal de abril e confirmadas esta semana peloVaticano contra o Frei Leandro Boff, daOrdem dos Frades Menores, um dos teóricos edefensores da chamada Teologia da Liber-tação.

As punições foram impostas pela Congre-da Fé i

para os Religiosos,do frei de seu cargo de redator-chefe dagação para a Doutrina da Fé e pela Congrega-çáo para os Religiosos, incluindo a destituição

ireiRevista Eclesiástica Brasileira, que exercia há13 anos; a imposição de censura prévia a seus

escritos teológicos; a obrigação de passar aobservar "silêncio obsequioso daqui para afrente"; e impedimento de exercer qualqueratividade pública.Para o Movimento Nacional das Entidadesde Defesa dos Direitos Humanos — quecongrega as Comissões de Justiça e Paz e osCentros de Defesa dos Direitos Humanos —"a conduta da Congregação para a Doutrinada Fé revela lamentável repulsão ao papelsocial e religioso da Conferência Nacional dosBispos do Brasil", assim como "profundodesprezo pela luta libertadora do povo brasi-leiro contra o autoritarismo".

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8 ? 1° caderno ? domingo, 18/5/85 Cidade JORNAL DO BRASIL

Candidatos a prefeito

acham

que Rio

perdeu charme e humor

O chargista negro Ikenga (Bonifácio Matos) aponta nos mitos da democracia racial,do embranquecimento e da marginalidade os maiores inimigos da cultura afro-brasileira

Movimento negro já

conta 400

entidades e cresce no BrasilAcorda Crioulo. O nome é de uma

associação da Cidade de Deus, mas sim-boliza o estado de ebulição em que seencontra o movimento negro, com cercade 400 entidades espalhadas pelo pais,das quais mais de 60 no Estado do Rio.Na semana passada, duas lideranças tive-ram acesso ao poder: entregaram aoPresidente José Sarney, em Uberaba, umdocumento com as principais reivindica-ções do movimento. E depois pediram àAliança Democrática a indicação de umnegro para o Ministério da Cultura.

Amanhã, unidos, vão fazer na Praça1S mais um ato público contra a "falsalibertação" do 13 de Maio. E apesar dasdivergências — ou justamente por causadelas — também criaram a sua frente: é aFenabra — Frente Nacional Afro-Brasileira — coordenada pelo prefeito(negro) de Uberaba, Wagner do Nasci-mento. De novo acordados, depois dedécadas de letargia, sabem que aindaprecisam enfrentar um tortuoso caminho,pontilhado de mitos e preconceitos, embusca de sua identidade.

Teorias e fatos"Se a democracia racial fosse uma

verdade, por que existem hoje tantasinstituições no Brasil lutando contra adiscriminação do negro?", pergunta Pau-lo Roberto Santos, ex-presidente do,IPCN (Instituto de. Pesquisas dasCulturas Negras), principal entidade domovimento negro no Rio.

Foi na sua própria experiência pes-soai e não nos livros que os militantes domovimento tomaram contato com o pre-conceito e a discriminação. Nos clubeselegantes do Recife, aos quais, comojornalista, tinha acesso, Justo Carvalho— hoje líder do movimento negro noPMDB — ouvia, como elogio, que "nemparecia um negro".

A revolta em relação à violênciapolicial contra os negros, na Cidade deDeus, foi um dos fatores que levaram osecuritário Adalton Pereira a colaborarna formação do Acorda Crioulo. Já Hele-na Theodoro, pesquisadora da culturaafro-brasileira, como negra da classe mé-dia, desde cedo sentiu as sutis formas dediscriminação que impedia sua família defreqüentar alguns locais, na prática, re-tervados apenas aos brancos.

Se pesquisas do Iuperj, orientadaspelo professor Gláucio Soares, já de-monstraram que o voto negro foi decisivopara a eleição de Brizola — o único que,orientado por pesquisas de opinião públi-ca, privilegiou o problema do racismo nacampanha —, no seio da própria esquer-da, até hoje, persistem as resistências:"O problema não é de raça, é de classe",ou "Os movimentos negros só servempara dividir a luta operária" são frasestípicas. "Não foi fácil vencer as teorias eos dogmas para começar o movimento noPMDB", confessa Justo Carvalho.

A "democracia racial", ainda acata-da pelo pensamento mais conversador,encontrou eco no próprio pronunciamen-to do Presidente Sarney, ao receber aslideranças negras em Uberaba. Foi essa aexpressão que usou ao diferenciar, nodiscurso, o Brasil da África do Sul. Mas oreconhecimento explícito do problemanegro está no trecho do discurso em queSarney manifesta "apoio total às reivindi-cações das comunidades afro-brasileiras".

Pior que o apartheid— No Brasil a discriminação é mais

cruel do que na África do Sul porque écamuflada — desabafa Helena Theodo-ro, pedagoga, professora universitária euma das indicadas pelo movimento paraocupar o Ministério da Cultura.

Á camuflagem, como observa PauloRoberto Santos, atual pesquisador doCentro de Estudos Afro-Asiáticos, pode

ser observada nos anúncios que pedemcandidatos a emprego de boa aparência(ou seja, brancos), da propaganda queapresenta um mundo belo e ideal total-mente branco, e dos papéis de emprega-dos e marginalizados, reservados nas no-velas de TV aos negros. Entre os funda-dores do IPCN estavam alguns artistasnegros da TV Globo inconformados coma escolha de Sônia Braga para o p^pel deGabriela, em detrimento da atriz VeraManhães.

A marginalização do negro, contra-riando a tese da democracia racial, tam-bém pode ser evidenciada no documentoentregue pela Fenabra ao Presidente Sar-ney, no qual, utilizando dados oficiais, aslideranças do movimento demonstramque, embora constituindo 45% da popu-laçáo, a massa negra participa num índicemuito menor da divisão do bolo.

De fato são os brancos que auferem85% do total de rendimento dos trabalha-dores não manuais e 65% em relação aostrabalhadores manuais urbanos. O uni-versitário branco ganha, em média, 80%a mais que o universitário negro. Eenquanto 30% dos trabalhadores brancosnão têm carteira assinada, esse númerochega a 57% para os negros.

Não é por outra razão que a Fenabraestá reivindicando da Nova Repúblicauma legislação mais vigorosa contra adiscriminação racial, pois considera a LeiAfonso Arinos, da forma como está redi-gida, inócua.

E no mesmo documento, os negrosdenunciam "a discriminação racial noâmbito do Ministério das Relações Exte-riores, que se vale de subterfúgios paraafastar o negro do legítimo direito depleitear posição na carreira diplomática".

A ilusão brancaNão tem sido fácil para as várias

vertentes assumidas pelo movimento ne-gro o encontro do caminho apropriado àsensibilização das massas geralmentemarginalizadas a serem atingidas por suamensagem. Existe uma negação do pro-blema, ou seja, uma espécie de embran-quecimento da consciência de parte pon-derávtl da população negra:

A auto-estima da população nes-sas comunidades marginalizadas é muitobaixa — explica a antropóloga Alba Za-luar. — Os negros são massacrados com aidéia dominante, imposta pelo sistema deque tudo o que é bom vem do branco, etudo o que é ruim, marginal, vem donegro.

Ser branco, por hábitos e atitudes, oupelo menos aproximar-se do mundobranco, seria uma forma de aplacar a irado sistema em relação ao marginal negro.O caminho se apresenta atraente sobretu-do para os que, não tendo a pele pordemais escura, podem, através de artifí-cios, assemelhar-se mais ao tranco.

"Eu simpatizo muito com a luta devocês. Mas não tenho nada a ver comisso, pois nunca sofri discriminação."Essa é uma frase padrão muito ouvidapor Vera Maria Mendes, líder do grupoafro Agbara Dudu, de Madureira, nasreuniões que promove.

Como a vanguarda dos movimentosnegros é composta normalmente por pes-soas com instrução superior, ou pelomenos secundária, não tem sido fácilencontrar a linguagem adequada ao obje-tivo proposto. E é nessa encruzilhada queVera vê vantagens no tipo de organizaçãoque ajudou a criar. As outras entidades,marcadamente políticas, são chamadaspor ela de discursivas.

O nosso grupo tem mulatos ie atébrancos. Mas há certos momentos quereservamos exclusivamente ao negro ne-gro como eu. Temos uma série de proble-mas e identificações que só dizem respei-to a nós, ou seja, só nós sentimos. Temos

o direito de ter esses momentos — expli-ca-se Vera.

O avesso do avessoRacismo ao contrário? "Por que ra-

cismo ao contrário? pergunta-se a pesqui-sadora Helena Theodoro. Por que nãosimplesmente racismo, se esse fosse ocaso? Até para isso o branco e o sistemadominante vêem o negro como algo àsavessas. É preciso compreender os mo-mentos vividos por esse grupo de Vera,como uma tentativa desesperada de recu-perar uma identidade constantementedespedaçada e vilipendiada por umacultura europeizada.

A mais antiga entidade do movimen-to no Rio, o "discursivo" IPCN (Institutode Pesquisas das Culturas Negras) foifundado há 10 anos, com finalidade poli-tica, embora o seu nome servisse paracamuflar esse objetivo, numa época poli-tica ainda repressiva. Foi uma espécie decentro aglutinador e difusor das diversastendências do movimento e por ele passa-ram os dirigentes de outras entidades:"Somos uma entidade plural, que aceita eestimula as diversas tendências que sur-gem com um objetivo comum", explicaPaulo Roberto Santos.

O espaço da instituição, na Rua Memde Sá, nesses 10 anos, tem servido quasecomo um laboratório na busca do enten-dimento e da identidade comum entre osnegros de várias origens que confluempara o IPCN: "Pelos nossos corredores jáse cruzaram famílias inteiras de classemédia com travestis negros da Lapa.Cabos e soldados com oficiais de altapatente da PM. Líderes negros de fave-Ias, com médicos da Zona Sul, todos sereencontrando, se redescobrindo, discu-tindo os problemas do dia a dia, e conver-gindo para um objetivo comum".

Da prática comunitária, e do senti-mento de revolta decorrente da margina-lizaçáo da Cidade de Deus — 120 milhabitantes, negros em sua esmagadoramaioria — surgiram as sementes do Acor-da Crioulo, como conta seu atual presi-dente, o securitário Adalto Pereira.

Na busca de auto-estima, citada porAlba Zaluar, os integrantes do AcordaCrioulo concluíram que a revitalização demanifestações da cultura negra era umadas principais formas de reconstruir aidentidade perdida. E descobriram queesta também é uma maneira de prevenir aadesão em massa à criminalidade dasnovas gerações: o trabalho na Cidade deDeus não tem sido fácil, confessa Adal-ton Pereira, "mas pelo que conseguimosaté agora tem valido a pena".

Ao analisar os caminhos à frente domovimento negro e os problemas quepodem ser acarretados por um certoisolacionismo negro, Helena Theodorochama a atenção para o papel da culturanegra no futuro do país.— A grande verdade é que a visãode mundo ocidental, europeizada, queainda vigora no país, não se reveloueficiente para a resolução dos nossosterríveis problemas. Os valores da culturanegra podem ser importantes e funda-mentais para a resolução desse impasse.Nós os negros somos antes de tudo brasi-leiros. A principal pergunta que devemosfazer é qual a nossa forma de participaçãonesse processo.

A visão mercadológica da sociedade,imposta pelo mundo ocidental, na opi-nião da pesquisadora passa necessaria-mente pelo racismo, pois promove "umaverdadeira dizimação de povos eculturas. É uma tentativa de homogeini-zação à força, de intolerância ao diferen-te. O papel do movimento negro é serdialético; mostrando, com a sua proble-mática, o próprio cerne da contradiçãobrasileira,

ISRAEL TABAK

Uma cidade devastada, sem charme,com saudade do humor e da descontra-ção, insegura e violenta, esvaziada políti-ca e economicamente, repleta de favelas,miséria, camelôs e mendigos, sem auto-nomia administrativa, espécie de quintaldo Brasil, com ruas esburacadas e imun-das e sem nenhum peso na balança dosprincipais interesses nacionais. Assim é oretrato do Rio, traçado pelos cinco maisprováveis candidatos a prefeito nas elei-ções de novembro.

Poderia ser o perfil de qualquer cida-de dormitório em qualquer região metro-politana do país, mas, não por acaso,corresponde à cidade que já foi maravi-lhosa, num retrato pintado pelos quepodem lançar-se à primeira eleição deprefeito da sua história.

"O Rio de Janeiro está com imensasaudade do carioca", diz Francisco Hor-ta. magistrado, candidato a candidato doPTB. "Nós chegamos a esse ponto por-que o carioca sempre votou pensando nopaís e não na sua cidade", explica HeitorFurtado, médico, nome mais forte doPDS. "Para recuperar sua autonomia, oRio precisa ter um prefeito que não sejapreposto do Governador do Estado",acrescenta Clemir Ramos, advogado, pri-meiro a se apresentar pelo PDT."Acho que o Rio é recuperável por-que o seu motor, que é a carioquice, estáintato", analisa Jorge Leite, advogado,nome mais apoiado no PMDB. "É exata-mente todo esse estado de coisas que meleva a ser candidato: é preciso salvar oRio", arremata Rubem Medina, econo-mista, candidato do PFL.

Cidade desejadaRubem Medina, carioca de Todos os

Santos, Deputado federal voltou há diasdos Estados Unidos e resolveu olhar oRio "com olhos de turista. Fiquei pasmo.Não há uma rua ou calçada sem buracos,uma praça ou jardim em boas condições,e acima de tudo, paira a insegurança emtodos os recantos da cidade. Fiquei maisapavorado ainda quando me lembrei queo Rio é a quinta cidade mais desejada domundo .conforme uma pesquisa da ONUsobre destinos turísticos mais atraentes."

Por que todo esse prestígio, ape-sar da realidade que nos cerca? Nossaalma está intata — explica Jorg» Leite,carioca de Quintino. E trata-se de umaalma ao mesmo tempo nacional e univer-sal. Politicamente, nós ainda somos acapital da história do país. Aqui se suici-dou Vargas e entre nós vivem todos osex-Presidentes, menos Jânio Quadros.Aqui nasceu a República e por aquipassaram, sempre, todas as grandes deci-sões nacionais. É esse passado políticoque nos confere prestígio, mantido, ameu ver, porque somos o centro dacomunicação social do país, principal-mente em termos de televisão.

O Rio que as novelas mostram, en-tretanto, não corresponde ao Rio deverdade. Heitor Furtado, deputado esta-dual que nasceu em Jacarepaguá vê suacidade impondo, via satélite um modelosocial pela tevê, passando para os outrosbrasileiros uma imagem distorcida "donosso dia-a-dia".

Quase a metade dos nossos 6milhões de habitantes mora em favelas(são 300 ao todo) ou comunidades caren-tes. O Rio piorou muito nesse tempo queo conheço. São grandes as saudades daépoca em que era comum e possível ir àQuinta da Boa Vista passar um domingocom a família. Onde é possível isso noRio de hoje?

Saudades do cariocaO traço mais forte do feio retrato

pintado pelos cinco candidatos é a violén-cia. Todos eles têm, como uma metabásica de governo, a criação de umaguarda ou polícia municipal, para restau-rar a segurança e, com ela, o hábito deandar nas ruas. "O Rio anda com saúda-des do carioca", afirma Francisco Horta,carioca de Laranjeiras, também depu-tado estadual. "Sempre fomos cosmopo-litas, solidários, afáveis, charmosos, fa-zíamos uma festa em cada esquina. Hoje,somos obrigados a viver em condomíniosfechados e, assim mesmo, somos assai-tados".

Foi esse espírito cosmopolita, no en-tender de Heitor Furtado (47 anos), quelevou o Rio a esvaziar-se nos últimosanos:

O carioca não tem o bairrismodos outros brasileiros. Mas precisa criá-lo, sob o risco de ver sua cidade arrasada.Ele votou em Brizola na base de emoção,com sentimento nacional e não local.Paulista não vota assim. Ele escolheolhando primeiro sua terra e depois opaís. Só por isso Brizola conseguiu ga-nhar a eleição. E também porque temcoragem. Eu. por exemplo, sendo cario-ca, não teria coragem de disputar aprefeitura de Blumenau ou Passo Fundo,cidades que não conheço. Nosso Gover-nador, eleito com milhares de votos dacapital, não conhece a cidade que maislhe deu votos.

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O candidato do PMDB acha que oprefeito de uma cidade como o Rio, adespeito das relações com o governador,tem condições de ser um nome de in-fluência nacional. "E o prefeito que pre-cisa usufruir dessa caixa de ressonânciaque é o Rio, e nâo o Governador".

SubprefeiturasClemir Ramos, 35 anos. o mais novo

dos pretendentes, carioca de Bangu, pre-vê que a eleição de novembro será ocomeço da autonomia política, econômi-ca e administrativa do município do Rio,que tem 1 mil 171 Km: de área e umadívida, hoje, em torno de 200 milhões dedólares, correspondentes a 60% de suaarrecadação.

Só com a autonomia a cidade vaicriar suas características próprias. Nasduas eleições locais em que o cariocavotou até agora, foram eleitos governa-dores (Carlos Lacerda e Negrão de Lima)de um Estado que só tinha uma cidade. Eambos tiveram nas mãos, instrumentosestaduais para exercer uma administra-ção municipal. O ICM, por exemplo, éum desses instrumentos, talvez o maisprecioso. A partir da fusão, o Rio teve dese virar com o 1PTU e outros pequenosimpostos. Fica difícil. Esperamos que aNova República promova, realmente, areforma tributária.

O deputado federal do PDT pretendedividir o Rio em subprefeituras, uma emcada um dos 113 bairros, todas comautonomia, verba própria e sustentadaspor conselhos comunitários que incluemrepresentantes de associações de mora-

dores, das favelas e segmentos sociaisexpressivos. "O subprefeito terá de ser,obrigatoriamente, morador do bairro",diz ele. Clemir vê a eleição de novembrotambém como ponto de partida para aformação de uma nova consciência políti-ca entre os cariocas. "Chegou a hora doRio resgatar o que perdeu com a Revolu-ção de 64."

Os cinco candidatos são unânimes naanálise das origens do retrato a quechegou o Rio nos dias de hoje. Tudocomeçou com a mudança da capital fede-ral para Brasília, em 60. "Com umamáquina estadual nas mãos, Lacerda,Negrão de Lima e Chagas Freitas conse-guiram ainda manter a então Guanabaranos mesmos níveis econômicos de SãoPaulo", diz Jorge Leite.

Quando as coisas pareciam estarperto do equilíbrio, sobreveio o desastreda fusão, que transformou um Estadorico, a Guanabara, num município pobre,o Rio de Janeiro. Nossa cidade virou umlaboratório de experiências do GovernoFederal. A fusão esvaziou nossa econo-mia, diluiu nossas forças políticas, sociaise culturais, acrescenta.

Bolero de RavelA própria insegurança contribuiu

para esse esvaziamento econômico e ge-ral — analisa Francisco Horta (50 anos).— Qual o empresário que gostará deinstalar-se numa cidade que vive aossobressaltos? Se eleito, eu vou aplicar umprograma de trabalho igual ao Bolero, deRavel. O Bolero tem uma frase musicalrepetida e eu terei apenas uma meta:segurança. Não adianta fazer nada se,antes, não restituirmos ao carioca o direi-to de andar nas ruas. Sempre fomosamáveis, afáveis, simpáticos. Durante umcafezinho, éramos capazes de .fazer umaamizade que parecia antiga,-0 Rio, con-tudo, não tem força policial municipal.

Hoje — também acha RubemMedina (42 anos) — somos tristes, car-rancudos, magoados. Não olhamos paraninguém nas ruas. Temos medo, muitomedo. Estamos perdendo o direito à vidaao ar livre. Não é mais possível convivercom esse estado de coisas, O jeito cario-ca, a alegria de viver da cidade, nossasmarcas registradas, desapareceram. O tu-rista que ainda se arrisca a vir aquidificilmente consegue identificar um ca-rioca na rua.

Para dar outras tintas ao retrato doRio e fazer a cidade corresponder aoscartões-postais e à fama que construiu nopaís, os cinco candidatos têm tambémuma receita comum: o turismo. ClemirRamos chega a projetar, dentro do Ban-co da Cidade previsto em seus planos, oBanco de Investimento Turístico.

E quando está na Europa ou nosEstados Unidos que você vê a beleza doRio — comenta Medina. Mas, quandochega de volta, você cai na realidade. Demaravilhosa, nossa cidade só tem mesmoo apelido.

Contudo, se a violência não for elimi-nada, o turismo não decolará. Horta temuma informação do Sindicato dos Hotéisdando conta de que, desde o assassinatode um jornalista alemão em São Conra-do, no final de 83, a freqüência de turistainternos e externos no Rio caiu em cercade 30%. "Hoje, 75% da população jáforam vítimas de algum tipo de violên-cia", diz ele. "Se eleito, vou pedir ajudaàs Forças Armadas. Vou encher as ruasde policiamento. Seguranças, no meuentender, é prevenção e não repressão."

HolocaustoO esvaziamento econômico poderá

ser combatido com a criação de mais umbanco, o da Cidade, para substituir oantigo BEG, Banco do Estado da Guana-bara que. na fusão, virou Banerj. dealcance estadual. Praticamente os cincocandidatos pensam nele e vêem ainda oestímulo à indústria leve (farmacêutica,informática, entre outras) como saídaalternativa para o fortalecimento econô-mico.

O nosso problema — diz HeitorFurtado — é que o Rio sempre foi dadoem holocausto às oposições pelo Gover-no federal. Os homens do poder centraldavam o Rio para a oposição e recebiamde volta o resto do país.

Jorge Leite explica esse holocaustode forma diferente. "Na minha opinião, aqueda do prestígio do Rio, que hoje estáno seu nível mais baixo, começou em1932, com a revolução paulista. Nessetempo, éramos a capital federal e GetúlioVargas, com medo de perder o apoio dospaulistas, começou a presenteá-los, forta-lecendo-os economicamente. Foi a partirdaí que o Rio começou a perder. Depois,conseguiu equilibrar-se. ganhando a Cia.Siderúrgica Nacional, a Petrobrás. masdepois veio Brasília. Hoje. é isso queestamos vendo. Está difícil achar quemqueira ser diretor de hospital municipal,posto que honra os currículos de algunsdos médicos mais sérios do país."

Orivaldo Perin

-Pesquisa denuncia descompasso-

Mantido o atual modelo de admi-nistração. as principais expectativasda população do Rio de Janeiro nãoterão amparo entre as realizações dopróximo prefeito. Pelo menos é o quese pode concluir dos resultados dapesquisa JORNAL DO BRASIL'Gerp. segundo a qual a maioria dosentrevistados espera que o próximoprefeito eleja, como prioritários, osproblemas de educação, urbanização,saúde, segurança, sociais e de sanea-mento básico. Quase todos, no Rio.são de competência do Governo esta-dual.

Embora o município disponha deuma rede de escolas modesta e nãotenha poder para mandar asfaltar umarua, 40% dos 500 entrevistados noRio e Grande Rio esperam que o

Prefeito dê atenção a essas áreas. OPrefeito também não manda na PMnem na Polícia Civil e o sistema desaúde administrado pelo município seresume a poucos hospitais de prontosocorro. Apesar disso. 25% dos ouvi-dos pela pesquisa esperam que o Pre-feito resolva os problemas de seguran-ça e saúde.

Na opinião de 29rr dos cariocas oPrefeito deve cuidar do saneamentobásico (água e esgoto). Mas a Cedae.que cuida do assunto, é um órgão doGoverno do Estado em relação aoqual o Prefeito não pode emitir or-dens. No geral, os percentuais encon-trados pela pesquisa são semelhantespara homens e mulheres em todas asfaixas etárias e classes sócio-econômicas.

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10 d 1° caderno o domingo, 12/S/85 |

JORNAL DO BRASIL

Fundado em 1891M. F DO NASCIMENTO BRITO — Diritor Presidtnlt

BERNARD DA COSTA CAMPOS — Diretor

J. A DO NASCIMENTO BRITO — Diretor ExecutivoMAURO GUIMARÃES — Diretor

•FERNANDO PEDREIRA — Redator Chefe

9MARCOS SA CORRÊA — Editor

•JOSÉ SILVEIRA — Secretário Executivo

LAN

Ética no Governo

O Governo explica suas prioridades econômi-cas, e avança modificações políticas. Para

além desses dois planos, entretanto, que podemprovocar interessantes divergências e acaloradosdebates, assumiu o Governo um compromissoético que, este, está acima de qualquer discussão, epode ser entendido por qualquer um, com toda aforça do sentimento moral que existe no interior dohomem."A seriedade para com a coisa pública épermanente em nossas deliberações", disse o Presi-dente Sarney no importante discurso ao Ministériodo dia 7 de maio. Os brasileiros sabem o que istosignifica. O período mais recente da vida nacionalfoi marcado por dificuldades de toda ordem; masficou assinalado, sobretudo, pela aparente desapa-rição de tod© senso ético — a um grau m que setorna impossível a vida comunitária. Os escândalospuseram-se a rebentar em ritmo sempre maisintenso; e o mais recente deles é a "quebra" do SulBrasileiro. Viam-se por todos os lados imensossorvedouros por onde desaparecia a riqueza nacio-nal, por incompetência mas, em grande parte, pormanipulação ilícita. Como pedir ordem e trabalhoa um povo que se vê, desta forma, logrado?

Relevante sob vários aspectos, o discurso aoMinistério do Presidente Sarney representa umatomada de pulso também desse descalabro ético. OPresidente estabeleceu "especial urgência à pro-posta de legislação que vai tornar realidade apunição para todos os responsáveis por fraudes nosetor financeiro"; e acrescentou: "As leis existen-tes representam uma porta aberta para a impunida-de, e são necessárias providências de imediatocontrole e vigilância para as atividades désse setor,de modo a que não se repitam os escândalos queenvergonham a Nação".

Seria inimaginável e inaceitável que nessaspalavras fortes estivesse escondida a mais ínfimaporção de retórica. O povo brasileiro viu estendidaaté o máximo a sua capacidade de tolerância paracom a impunidade e a irresponsabilidade no mane-jo do dinheiro público ou simplesmente o doalheio. E esta é uma área em que o cidadão comumnão precisa de esclarecimentos sofisticados: é danatureza do processo de afrouxamento moral queele não possa ficar escondido, e nem consigaestabilizar-se num determinado ponto. Quandocessam de agir-os freios éticos, o impulso é cada vezmais forte ladeira abaixo, até chegar-se ao desola-do território em que os brasileiros se viram de umdia para o outro habitando: território aparente-mente sem lei, sem valores, sem dignidade, semperspectivas de futuro.

Tão forte e natural é a existência do sensoético no cidadão comum, no homem do povo, queéstes tendem às vezes até mesmo a uma valorizaçãoexcessiva de alguns detalhes. Ofende mais, por

exemplo, uma mordomia que não desequilibra oorçamento da República do que a incompetênciaou a frouxidão de um diretor de estatal, infinita-mente mais danosa.

Isto acontece porque o senso ético não traba-lha com quantidades, e sim com realidades. Amordomia choca porque aparece claramente comoabuso (quando se trata de abuso); enquanto aincompetência administrativa — e até mesmo adesídia nos altos escalões — pode ocultar-se sob ovéu da sofisticação técnica.

O discurso do Presidente mostra atenção aesse detalhe, quando afirma: "Se não devemos nosmover pela histeria punitiva, é conveniente verifi-car onde e como foi possível a ação corruptora, ecuidar para que tais fatos não se repitam". Reforçaas suas palavras:

"A economia nacional não podemais ser compelida a assumir prejuízos provocadospela incompetência, pela desídia ou por crimes dosque administram recursos de terceiros".

Esta é uma satisfação que a Nova Repúblicapresta à opinião pública; e nada podia ser maisoportuno e urgente. Menciona, por exemplo, onovo Governo uma "opção

preferencial pelospobres" que utiliza diretamente a linguagem doscírculos eclesiásticos; e seria insensato negar que ospobres, neste país, merecem uma "opção

preféren-ciai". Nem mesmo uma bandeira tão justa, entre-tanto, resistiria ao clima de promiscuidade moralque os novos governantes prometeram abolir.

Têm condições para isso: a grande notícia daatualidade brasileira é a mudança de regime;menos porque fulano tenha sido substituído porsicrano mas porque mudou, realmente, o regime;e, com essa mudança, terminam as cumplicidadesem que se apoiava o anterior. Nem mesmo éimportante o fato de que o atual Presidente tenhaservido à "velha República": seria ingênuo acredi-tar que, mudando um regime, mudem obrigatoria-mente todos os nomes. O que cumpria mudar era oencantamento negativo que pesava sobre o antigoregime; a atmosfera opressiva em que todos sesentiam imediatamente — mal ultrapassado o por-tal dos palácios — envolvidos numa culpa coletiva,numa indução à complacência, à perda dos valoreséticos sem os quais uma República não se mantémde pé.Essa atmosfera foi literalmente varrida pelosúltimos 20 anos de vida brasileira, na sua precipita-ção simultaneamente trágica e transfiguradora.Um movimento que alterou a face do poder, osprincípios em que ele se apoiava, as bases que osustentam. E, nesse renascimento cívico, renasceua esperança de um retorno da nossa vida pública apadrões dignos da consciência ética do mais sim-pies cidadão. O Presidente Sarney assumiu ocompromisso de ser fiel a essa transformação. Serájulgado, um dia, pela capacidade de honrar a suapalavra.

Tordesilhas no Ar

SEM alcançar toda a importância da iniciativa, a

TVE transmitiu em cadeia nacional a reuniãodo Ministério e mostrou de dentro do Congresso avotação do substitutivo que removeu uma parte doentulho normativo do autoritarismo. O resultado éprofundamente didático, do ponto de vista dademocracia que se quer construir neste país verga-do pelo excesso de intervencionismo estatal.

Nada mais apropriado a transmitir momentosimportantes do Congresso e solenidades oficiais,ém caráter obrigatório, do que a rede de emissorascusteadas pelo poder público. As emissoras priva-das devem, em contrapartida, ser liberadas doencargo que tem custo irrecuperável para suasreceitas.

Estabeleceu-se na prática um tratado de Tor-desilhas que bem merece ser formalizado. Nãobasta que o Executivo deixe de convocar, a seucritério exclusivo, as emissoras privadas para trans-missões obrigatórias. Só elas próprias são juizes daoportunidade de transmitir ou não solenidades ousessões de funcionamento de qualquer Poder daRepública. As emissoras de rádio e televisão vivemdo seu público e têm a obrigação de avaliarcorretamente o interesse da sociedade, e arcar comos erros cometidos.

Já as emissoras da rede oficial, desobrigadasde considerar os custos operacionais — porque sãomovimentadas com recursos públicos — atendemperfeitamente às necessidades de comunicação ofi-

ciai. É, portanto, excelente a oportunidade para oreexame, pela Nova República, da obrigatoriedadeda transmissão da Voz do Brasil e do ProjetoMinerva pelas emissoras da rede privada.

Se o Governo tem a sua rede, por que nãoutilizá-la plenamente? A Rádio Nacional tem umsistema capacitado a preencher satisfatoriamenteas necessidades de comunicação oficial. A oportu-nidade do acordo para liberar as empresas privadascomporta o reexame dos próprios horários toma-dos às emissoras obrigadas a zelar pelos seuscustos. O horário da Voz do Brasil, para atender àfinalidade de cobrir o interior, chega ao homem docampo com atraso. A vida rural se rege pelo sol. Eo Projeto Minerva se destina a um público que jáestá dormindo quando vai ao ar.

O Ministério das Comunicações teve a saudá-vel iniciativa de começar a Nova República peloreexame das concessões suspeitas de favoritismopolítico. Está criada a oportunidade para que oMinistério da Justiça e o Ministério da Educação,que administram o sistema informativo e a redeoficial de telecomunicações, se juntem ao Ministé-rio das Comunicações para o exame definitivo dafórmula autoritária criada no Estado Novo e manti-da por inércia até hoje, sem considerar as grandestransformações tecnológicas e a subestimação dacapacidade estatal em atender às suas necessidadesespecíficas de telecomunicações.

Surrealismo na Lista

OS usuários de telefones das grandes cidades

brasileiras vivem presentemente uma situaçãoparadoxal, quase surrealista. São clientes de umsistema de telecomunicações quase tao bom quantoos dos países mais desenvolvidos. Mas, na hora dedescobrir o número de um aparelho recém-instalado, só lhes resta o primitivo, recurso dediscar — sem esperança de obter resposta — para osolitário número do funcionário encarregado deprestar informações. Isto porque, como se vivessenuma republiqueta de quinta categoria, há trêsanos o brasileiro não recebe da concessionária umaüsta atualizada de assinantes.

Depois de um longo silêncio, tergiversações erespostas vagas aos reclamos da população, vieramfinalmente as explicações para essa situação absur-da. Um rompimento de contrato, entre as compa-nhias telefônicas e a empresa que antes compilava,imprimia e distribuía as listas, levou a uma série deconflitos judiciais, o que vem retardando ou mes-

mo inviabilizando a confecção das novas listaspelas empresas que entraram no lugar da anterior.

Independentemente de definir-se quem nestecaso está ou não com a razão, fica evidenciado queno mínimo houve incompetência da Telebrás e suassubsidiárias no modo como promoveram a substi-tuição das contratantes. As explicações agora da-das, portanto, são insatisfatórias para os interessa-dos no caso, ou seja, os milhões de assinantes dosistema telefônico.

O uso regular dos serviços telefônicos, pagos apreços freqüentemente corrigidos e ainda acresci-dos de um imposto de duvidosa legalidade, dádireito a pelos menos um catálogo de assinantesrenovado a cada ano. Sem o qual, aliás, o telefonevai deixando aos poucos de ser uma facilidade parase transformar num objeto decorativo e numafonte de irritação.

As empresas telefônicas, que criaram o imbro-glio, tratem de desfazê-lo o mais breve possível.Aos assinantes, as listas já.

A1

— Alguma novidade no novo acordo, Dr. Dornelles?

CARTAS

Orgia dos preços(...)Se o Governo não tiver coragem

de mudar o sistema econômico do pafs,congelando os preços dos alimentos, ser-viços públicos, remédios e especialmentedos aluguéis residenciais, é nula a metaalmejada pelo povo. Getúlio Vargas go-vernou a nação com congelamento dospreços, e nem por isso o Brasil deixou decrescer, haja vista a construção de VoltaRedonda e da Petrobrás.

Não basta tabelar a cerveja e deixar àsanha dos especuladores a alimentação, amoradia, os remédios necessários à so-brevivência humana. Fala-se em aumen-tar imposto e a gasolina como se isso nãoviesse trazer maiores males, pois quemterá de pagar esses aumentos será o ZéPovinho. Tão mal é decretado o novosalário mínimo, os preços começaram adisparar nos bares, lanchonetes e super-mercados. Esperar que a classe produto-ra e retalhista, por iniciativa própria oupelo desmoralizado acordo de cavaleiro,colabore com o esforço do Governo paradebelar a cruel inflação que a todos afeta,é demasiada utopia. Se a Nova Repúblicapautar seus atos pelo demagógico modelodos governos passados, o povo muitocedo se decepcionará com seus atuaisdirigentes e o sacrifício do PresidenteTancredo Neves não estará sendo honra-do pela causa que deu sua vida FranciscoMartins — Rio de JaneiroGreves inoportunas

A sucessão de greves que inquietam earruinam o país dá à sociedade razões desobra para descrei da maturidade dostrabalhadores envolvidos e de suas lide-ranças e nos permite concluir por seucompleto despreparo para um convíviodemocrático. Não é possível tampoucoacreditar em suas boas intenções.

O pafs está a duras penas tentandoemergir de um negro período de 20 anosde ditadura, de que os trabalhadoresforam grandes vítimas, sofremos o terrí-vel trauma da perda de Tancredo Nevesjustamente no limiar do esforço pararesgatarmos nossos valores democráticoscastrados nessas duas décadas, fomossurpreendidos por uma admirável mostrade amadurecimento político por parte doCongresso Nacional evitando uma novaera de ordem unida e eis que os trabalha-dores e seus sindicatos resolvem brincarde bandido e mocinho — brincadeira naidade imprópria e na hora errada.

A diversidade dos movimentos grevis-tas e a seqüência com que vêm ocorrendodão claros indícios se não de um comandoJnico, tnenos de uma intenção únicavisando tumultuar a vida do país. E éinadmissível a violência a que alguns sepermitem, como os metalúrgicos da GMinvadindo a fábrica e seqüestrando em-pregados administrativos, ou como osmotoristas de ônibus de S. Paulo depre-dando veículos com paralelepípedos. Oque esses cidadãos querem provar comisso, a quem ou o que querem testar, quetipo de governo pretendem ver implanta-do neste país e que solidariedade sonhamreceber da sociedade através de atitudestáo irresponsáveis? Amotinando a vidada nação e dificultando a implantação doGoverno Sarney os trabalhadores e seussindicatos revelam uma visão mesquinhado momento político brasileiro. VascoSoares da Costa — Niterói (RJ).Anestesiologia

Para o devido esclarecimento à opi-nião pública, solicito a publicação dasseguintes informações para corrigir al-guns conceitos, ao nosso ver distorcidos,contidos no editorial Valor em Baixa,publicado no dia 6/5/85.

A maior parte dos anestesiologistasdo Estado não é filiada ou credenciada anenhuma das ditas empresas de seguro-saúde. Todas elas, ao venderem seusplanos, ignoram simplesmente a existên-cia de entidades médicas responsáveis, eptribuem valores de honorários médicosde maneira arbitrária, visando apenasseus lucros, como qiialquer outra empre-sa mercantil, esquecendo que estão ofe-Kcendo planos de proteção à saúde hu-mana.

A Sociedade de Anestesiologia doEstado do Rio de Janeiro desde o dia 11de janeiro de 1985, quando o ConselhoFederal de Medicina recomendou a utili-zação da tabela da Associação MédicaBrasileira nos convênios, negociar a im-plantação da mesma. À exceção da Uni-med (cooperativa de médicos) e algumaspoucas outras empresas, a maior partedaquelas seguradoras (e principalmenteas maiores e as que mais divulgam pelaimprensa suas propagandas) recusou-se aadotá-la.

Após várias assembléias da classe pormaioria ficou decidido que, como setratava de plano de saúde complementarvendida por empresas que visavam lucros

e que em outros Estados já pagam atabela da Associação Médica Brasileira, apartir de 15 de abril os serviços só serealizariam mediante pagamento dos ho-norários pelo próprio paciente com aemissão do devido recibo para reembolsojunto à empresa conveniada Não setrata, portanto, de cobrança por foracomo consta no editorial, mas sim umaforma justa e ética do profissional rece-ber seus honorários, o que é praxe co-mum em planos de seguro-saúde vendi-dos por alguns bancos.

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mfTodo o equipamento utilizado peloanestesiologista, à exceção de oxigênio e

medicamentos, são de propriedade domesmo, até os tubos endotraq"eais Éequipamento caro. em geral importado etem que estar sempre em boas cendiçõespara j completa segurança do pacienteComo poderíamos fazer a manutençãodeste equipamento e ainda nos atualizar-mos cientificamente, mediante a vil re-muneraçào atrasada algumas vezes ematé seis meses, adotada por algumas des-sas falsas "protetoras da saúde".

Concordamos que falta uma regula-mentação para a correta implantação dosseguros-saúde que complementam a com-balida assistência médica prestada pelaPrevidência Social e que há necessidadeurgente da atuação do Ministério daSaúde neste campo. Lembramos, ainda,que a Sociedade de Anestesiologia desdea sua fundação vem liderando campanhasde melhores condições de trabalho esegurança nas salas de operação.

Finalmente esclarecemos que o movi-mento não atinge aquela população ca-rente e já tão sofrida que depende daassistência médica da Previdência Sociale estatal e serve como um alerta para osmais bem aquinhoados, que podem pagarmensalmente suas contribuições comple-mentares a essas falsas "protetoras dasaúde". Dr. ícaro Roldão Chaves de Bar-ros, presidente da Sociedade de Anestesio-logia do Estado do Rio de Janeiro.Dignidade e trabalho

Li com profunda preocupação repor-tagem publicada nesse jornal (20/4/85)que informa a adoção pelo Governo deum plano de emergência, rebatizado sobo nome de Prioridade Social de 1985, emque esclarece que recursos da ordem de53 trilhões serão empregados em meren-da escolar, alimentação de gestantes, ces-ta básica de alimentos, construção depresídios etc...

Sou totalmente favorável a que ges-tantes possam alimentar-se, as criançaspossam alimentar-se, além de todos osdemais pontos do programa em questão.Apesar de minha concordância, entendoque o que o povo brasileiro necessitaefetivamente é de trabalho e de justaremuneração. Todos queremos alimenta-ção sim, mas queremos que esta possa serrealizada através do nosso trabalho. Opovo não deseja ser sustentado pelo Go-verno, mas deseja ardentemente recupe-rar sua dignidade pelo pleno emprego.Pode ser que o programa em questãoarrecade muitos votos, mas tenho certezaque jamais resgatará o país da atualsituação de penúria. Quantos empregosnovos podem ser criados com tal quantia?Caso esses empregos se realizem, seussignatários não poderão através dos mes-mos, alimentar suas esposas e filhos semo estigma do paternalismo do Governo.Creio que não há o que contestar, o planogovernamental em questão me parecenão trazer melhoria alguma na situaçãogeral. Creio que já é hora do Governotrabalhar e empregar seus parcos rccur-sos de forma a obter resultados, efetivose duradouros. Carlos Roberto Oliveira —Rio de JaneiroApreensão

Com o surgimento da Nova Repúbli-ca. estamos todos empenhados que novos"escândalos da mandioca", fraudes con-tra o INAMPS, . não voltem a ocorrerE por isso. é muito preocupante o destinoda verba para o Nordeste e ao Plano dePrioridades Sociais 85.

É sabido que a corrupção em todos osníveis é diretamente proporcional ao au-toritarismo. Como nossa História é reple-

ta de longos períodos ditatoriais, é espe-rado que haja estruturas prontas para odesvio e mau uso das verbas; principal-mente pela presença de oligarquias regio-nais que se .'artam de riquezas tanto riaseca quanto nas enchentes e pelo baitfonível sócio-cultural da população quesequer conhece seus direitos de cidadão.

Assim, é de vital importância qüeuma país, falido por incompetência econveniência, tenha a máxima segurançade como e porque são aplicados os recur-sos. A designação 1e comissões constituí-das por parlamentares de todos os parti-dos e especialistas, com a participaçãoefetiva da imprensa idônea deve mereceratenção muito especial nesses programasque envolvem bilhões de dólares. A efeti-va fiscalização aliada a tribunais de con-tas fortes é o início da destruição dessamáquina autoritária e corrupta. PedroAniceto Nunes Neto — Rio de Janeiro.

ConfusãoComo pode um caricaturista titular do

editorial de um dos maiores jornais dopaís confundir totalitarismo com demo-cracia, presidencialismo com tirania eliberdade com opressão? Pois é algo que,aparentemente impossíve' de ocorrer,aconteceu com o caricaturista Michel emsua charge da edição do dia 6/5/85 doJORNAL DO BRASIL.

Ocorreu que o dito crítico piadista,aproveitando-se Jo filme O Grande Dite-dor, de Charles Chaplir pintou o Presi-dente reeleito da maior democracia aomundo, Ronald Reagan, com caracterís-ticas idênticas do chefe de um dos maisdesumanos regimes de nossa história, oditador Adolf Hitler.

O que houve com a inteligência dessecidadão? Como pode um desenhista deeducação político-histórica de nível típi-co, de jornais de índole revolucionária deconteúdos néscios e bizarros, ocupar umesp: ço 1e destaque num jornal de primei-ríssima categoria?

Por que pichar Ronald Reagan de umnovo Hitler, que namorando o mundopretende conquistá-lo, quande temos, lf-deres que se enquadrariam melhor aopapel? Comparemos os líderes guerrilhei-ros Daniel Ortega, da Nicarágua, e Fide.lCastro, de Cuba; comparemos todos oslíderes da mentirosa União Soviética, omaior império conquistador do mundomoderno; comparemos todos os margi-r.nais com Hitler; mas não acusemos decriminoso um homem que representa aliberdade democrática de nosso mundo.Liberdade que o caricaturista usa pargfazar suas piadas sem graça e fora dequalquer contexto, mas que sâo protegi-,das pela lei do país desse novo Hitler.(...) Luiz Antonio Gaulia — Rio de Ja-iieiro.

RepulsaCom a morte de Tancredo Neves,Je'p

povo abalado pela perda de seu íilòlo,dois personagens merecem a repulsa dosbrasileiros, pelas opiniões dadas no diado desaparecimento desse grande ídóYòTO deputado Mariano Gonçalves, segufri-do seu líder Brizola, em plena madrugadado dia 22/4 pelo rádio, pôs em dúvida alegitimidade do mandato do PresidenteJosé Sarney, dizendo que o mesmo nãotinha o apoio do povão. Os comícios queconsagraram a chapa Tancredo-Sarneyderam a legitimidade que o Sr. Mariano,por má fé, não reconhece. Qualquermudança nas regras do jogo estabelecidopor Tancredo é mistificação, golpismo.Outro personagem, o Sr. Luiz CarlosPrestes, declarou, conforme noticiado noJB de 23/4, que não se interessa pelo quevai acontecer com a Nova República.Será que só lhe interessa o que acontececom o Sr. Gorbachev e o seu domínio, deferro na Rússia? Jorge Bentes — Rio.deJaneiro. \sResponsabilidade

Que prazer sinto em ouvir o MinistroFernando Lyra quando ele fala sobregreve, democracia, liberdade, fim de çejv ""sura, direitos civis, respeito mútuo, civili-dade, educação. É uma voz cheia "tWmúsica, de responsabilidade e de altivez.''

Portanto, acredito que este país terámesmo uma democracia, pois o que elefala só se ouve na Inglaterra, EstadosUnidos e Suíça! Que diferença do últimoMinistro. Como era mesmo o seu nume?Deus protegera o Ministro Fernando Ly-ra! Isto eu lenho certeza O Brasil mere-ce (íeorge Henrique Autran-Rothman —Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legi-vel e endereço que permita confirmaçãoprévia.

BJ

Et

JORNAL DO BRASIL Opinião doming-o, 13/5/85 ? Io oaderno ? 11

Duas vidas

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Coisas da politicam—n ' ' J*

O PCB está de voltaà legalidade por

um princípio que a NovaRepública quer estabe-lecer em sua garantia: aigualdade de oportuni-dade para todas as ten-dências políticas que sehabilitem ao teste eleito-ral. Não está fazendo fa-vor nem retribuindo aserviço prestado. É investimento no eleitorado.

Reaparecem os comunistas com a pequena baga-gem de dois anos de vida legal (1945-1947) e uma tralhade erros e acertos (mais erros do que acertos) trazidosde dois longos períodos de clandestinidade. O PCBrecomeça como devedor.

Aos 63 anos de existência do PCB, o Brasilcontrapõe, em pano de fundo, mais de meio século dedescontinuidade política e institucional. A turbulênciamilitar de 22 e 24 começa a crise que chega ao desfechocom a queda da primeira República em 1930. Seguem-se, pela ordem, o Governo Provisório de Vargas, aindocilidade tenentista com a pressa na reconstitucio-nalização, São Paulo em armas em 32, o curto (estesim) período constitucional de 34 a 37, a entrada daAção Integralista Brasileira em cena e a resposta daAliança Nacional Libertadora. E, por último, o EstadoNovo para resolver por outros meios as contradições de30 e arrematar a primeira etapa.

É insatisfatória e pouco conhecida a contribuiçãopolítica do PCB durante sua efêmera existência legal.A conta corrente aberta pelos comunistas na lutaclandestina contra o Estado Novo foi movimentadacom imperícia política depois de 46. Tão logo retroagi-ram à clandestinidade, trataram de lavar as mãos dequalquer responsabilidade constitucional. O sectarismona vida em comum com outros partidos — antes edepois da fase legal — isolou social e politicamente oPCB. A presunção revolucionária exclusivista ficoudocumentada no manifesto de agosto, de 1950. Salvou-omilagrosamente, no entanto, do segundo erro fatal (oprimeiro foi o levante de 35) o próprio excesso deirrealismo. Sorte dos comunistas que o apelo à lutaarmada tenha caído no vazio social. Na mesma ocasião,Vargas estava a caminho do poder, pelo voto.

"¦ > Enquanto Vargas se elegeu, contornou a crise dapòsse e preferiu morrer na última, os comunistasestavam noutra desde 1950. A sucessão presidencial de55 ressuscita a questão institucional e, já refeitos da

.indigestão revolucionária do manifesto de agosto, oscomunistas voltavam a se movimentar politicamente. Apartir da eleição de Juscelino Kubitschek, passaram alima vida semilegal, que não deixava de ser meiaclandestinidade. Meio a meio, melhor que nada. Hou-ve um momento em que, alertado pelo instinto, JKdespachou um emissário com um pedido de ajuda aLuís Carlos Prestes para evitar a greve dos portuários.Já havia potencial para detonar a crise que aindaconseguiu esperar até 64.

Veio então a sucessão de 60, que elegeu JânioQuadros mas desestruturou a correlação de forçasconsolidada no 11 de novembro de 55. A renúnciaexplicitou o conflito de poder, que a Constituição nãoresolveria com a emenda parlamentarista. Mas começa-va a montar-se a nova correlação de forças, que seagüentaria até 64 e habilitaria os comunistas, nacondição de sócios da empreitada das reformas, comodevedores- preferenciais. O resto ficou por conta do

autoritarismo, até gerar-se a Nova República no ventre^da conciliação, que é sempre mãe compreensiva paracom as habituais dificuldades brasu- as.

Tão longos períodos de clandestinidade e tãobreve existência legal não se explicam apenas com aprecariedade democrática brasileira, se bem que umacoisa tenha a ver com a outra. Conta também, e muito,a coleção de erros políticos e desvios ideológicos,engolidos em seco pelo respeitável público sem seremmastigados pelos seus autores.

Entre o primeiro e enfático aparecimento empúblico e a discreta presença na Nova República, agrande diferença não está no que supostamente sepassou dentro do PCB, fora do alcance do público, masnas circunstâncias históricas e nas condições políticasseparadas pelos 40 anos decorridos. O Estado Novocaiu de uma vez e com maior facilidade do que estavaprevisto: quando ficou à vista de todos, a vitória dosaliados aumentou a pressão social onde quer que nãohouvesse regime democrático ao seu alcance.

Já o regime de 64 foi surpreendido, nos seusmelhores resultados econômicos, pelo terremoto dopetróleo. O Estado Novo saiu, mas deixou um saldo dedivisas acumuladas durante a guerra. O autoritarismodeixou uma dívida externa que o inibiu politicamente.

Não foi, entretanto, apenas de fora para dentroque se fez a demolição do Estado Novo. De dentromesmo, comunistas e liberais — com interesses comunse algumas divergências incomuns — contribuíram como pouco que estava ao seu alcance fazer. Empenhadocautelosamente em se reorganizar, o PCB se dedicoumais a mobilizar a opinião pública, primeiro paraempurrar o Governo Vargas à declaração de guerra e,depois, para dobrar as resistências internas ao envio detropas brasileiras à frente de batalha.

Já os liberais, que faziam o ninho para a nascituraUDN chocar mais tarde, questionavam ética e política-mente a conveniência da contribuição militar brasileira.Uma contradição abominável — argumentavam — apresença de soldados brasileiros mandados por umaditadura para lutar em favor da causa da democracia.Temiam que o resultado político fosse virado peloavesso e desse ao Estado Novo condições de se adaptare sobreviver.

O PCB deixava aos cuidados da ditadura osproblemas da contradição que lhe dizia respeito, aomandar tropas que ajudariam a derrubá-la por controleremoto. Assim, marcou pontos políticos quando avitória se fez anunciar e a ditadura começou a sedesfazer no começo de 45. Tudo passou a ser entãouma questão de prazo. As conseqüências políticasprevisíveis incluíam os comunistas entre os seus benefi-ciários naturais. A UDN e o PCB foram os primeiros ase apresentar prontinhos. E as divergências anterioresentre eles explicam por que se separaram cada vez nocurso da sucessão presidencial, até o rompimento: emvez de apoiarem o Brigadeiro Eduardo Gomes, apre-sentaram candidato próprio. Foram agraciados com adesconfiança que a classe média lhes dispensou pormuitos anos.

A volta do PCB à legalidade traduz o reconheci-mento de uma necessidade política nova e a responsabi-lidade do Congresso. O aspecto novo não elimina,entretanto, uma dúvida residual sobre as novas disposi-ções dos comunistas para o convívio democrático.Sobraram da primeira vida legal marcas de sectarismopolítico e intolerância ideológica.

WILSON FIGUEIREDO

Sob o influxo da

mobilização popular

SERÁ que estamos realmente no Brasil? É a pergunta que se

pode fazer, diante do espetáculo a que todos assistimos, nasvotações da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Comofoi tranqüila a extinção do Colégio Eleitoral! Como se tomou fácila adoção da eleição direta, ainda sob a influência da mobilizaçãopopular, nos grandes comícios realizados por toda a extensão doterritório nacional! Por sinal que, de cambulhada, vingaramalgumas medidas sem maior interesse para a coletividade, como ade impedir que se candidatassem os atuais prefeitos, nas cidadesem que vai haver eleição, desde que desincompatibilizados numprazo razoável.

O que impressionou, no espetáculo de quarta-feira, é queainda não se completou um ano da votação da Emenda Dante deOliveira, proposta, exatamente, para acabar com o ColégioEleitoral, e para eleger, pelo voto popular, o Presidente e o Vice-Presidente da República, no pleito de 15 de janeiro próximopassado. Não obstante o enorme esforço despendido, e a entu-siástica presença do povo, não foi possível alcançar o quorumfixado nas leis em vigor. E os debates foram vivos, calorosos, coma intervenção dos que se batiam pelo processo da eleição indiretaformulado na Constituição de1967.

> De repente, tudo mudou, esomos surpreendidos com uma vo-tação unânime. Até o líder dacorrente malufista, por sinal umdeputado realmente atuante, o Sr.Prisco Viana, fez questão de con-correr com o seu voto, para a^provação da emenda. Nem pare-cia um caso de conversão. O tem-po era escasso para justificar tan-tas alterações de voto. Mesmocomo metamorfose, dava até parasurpreender. A impressão era an-tes a de um espetáculo teatral,numa cena de transformismo. Opersonagem aparecia no palcocom um determinado vestuário, ia correndo para a outra saída dopalco, e retornava rapidamente, já com uma roupagem diferente.Só houvera tempo para dizer o "não" na primeira aparição,trocado logo em "sim", na volta imediata, como se tivéssemos oprivilégio de contar com uma geração de Frégolis, no desempe-nho de mandatos legislativos.

Como nos cabe o dever da verdade, é fácil testemunhar quenão houve nenhum constrangimento nessa transformação. Talvez.que o constrangimento fosse maior na primeira passagem pelopalco. Não cabe na sensibilidade do político a indiferença ou odesprezo pela vontade do povo. Aqueles menos de 3%, no pleito'de Santos, haviam dado, para um voto contrário à eleição direta,a impressão de lim suicídio político. O voto da última quarta-feirasurgia com cheiros de ressurteição.

Tanto mais quando as experiências feitas com o funciona-mento do Colégio Eleitoral não facilitavam a sua continuidade,tendo à vista os Presidentes que elegera, no período marcado pelogolpe de Estado de 1964. Nenhum Rodrigues Alves à vista. Muitomenos um Campos Sales, incinerando notas de papel-moeda,numa tática de choque, para combater a inflação, que já existianaquele tempo, embora ainda náo com as proporções que viria aassumir, com os eleitos pelo Colégio Eleitoral.

Não fora pequeno o esforço, para conservar o modelo daeleição indireta, com que garantir o continuísmo. E, de repente,surge uma espécie de tufão, para derrubar tudo com que se vinhaenfeitando o golpe de Estado de 1964. Destruído o Colégio

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m mmo ÔRANDE FINAM

CISTA E O QUECONSEGUE ARRAN-CAR DIHHEIRO DOBANCO USANDO A

FORÇA DO QUE DEVE'

Consulta — Noto, a cada dia que passa, mais e maiseczemas nos meus pistilos e algumas brotoejas nosmeus estames. E normal prum girassol da minhaidade?Resposta — Passe uma mistura de leite de jumenta nacasca do seu caule e manteiga de cacau na superfíciede sua floração, não engula com gula a terra dasraízes e evite durante algum tempo girar em torno dosol ou do Ministério da Cultura.

A hora, quem

faz

Eleitoral. Adotado o voto ao analfabeto. Derrubada a indústriado anticomunismo, com que tantos se beneficiaram. Exigida umavotação em dois turnos, para acabar de vez com aquelasreivindicações da maioria absoluta, que envenenaram as suces-sões presidenciais de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek,arrastando tantos políticos para as portas dos quartéis, naesperança de um apoio que subvertesse a decisão das umas. Nãoforam poucos os chefes militares que se deixaram envolver pelacampanha, e que vieram engrossar as correntes que iriam alcançara vitória, nos acontecimentos de 1964, estimulados até pelassimpatias dos Estados Unidos e, sobretudo, do EmbaixadorLincoln Gordon.

Como explicar tantas vitórias, no correr de uma únicavotação, que se estenderia madrugada adentro? Tão-somentecomo o resultado da semeadura a que se dedicara TancredoNeves. E sobretudo com a mobilização popular, que acudira aoseu chamado. A campanha conseguira despertar o povo brasilei-ro. E, com a presença do povo, a democracia ia ganhando espaços

que havia perdido, em parte pelasua ausência ou pela sua omissão.Porque foi essa mobilização popu-lar que trouxe, como conseqüên-cia, a mobilização dos políticos.As votações no Poder Legislativotiveram o sentido de uma rendi-ção, para que se tomasse verdadeo preceito constitucional que nosassegura de que "todo poder ema-na do povo". Mas emana de umpovo consciente de sua força, epresente na tomada das decisões.Não há que surpreender se, numregime representativo, os senado-res e deputados traduzem, nosseus votos, a vontade de seus elei-tores.

Daí a euforia do momento presente. Sentimos que o Brasilvoltou a ser realmente uma democracia. É o cidadão que se senterealizado, pela impressão de que é a sua vontade que se estátomando realidade, através do pronunciamento de seus represen-tantes. Como quem recebe uma carta de alforria, integrado nasfunções que lhe correspondem na vida política do país. E por issotodas as cousas tomam cores novas, e que pareciam impossíveis, etalvez até mesmo inatingíveis. Que belos discursos vem fazendo oPresidente José Sarney, tão distantes daquela linguagem impes-soai, em que não se encontra nenhum reflexo de sensibilidade, eque poderia até ser adotada como o idioma dos robôs! Como éedificante o exemplo do Ministro Dornelles, levando para oPoder Legislativo os grandes problemas que afligem o País, paraque lhe caiba também a parte de responsabilidade, que deve tocara todos os órgãos do Governo!

São apenas alguns exemplos, entre muitos que estamosacompanhando. Na verdade, sentimos, em todos eles, a presençado povo, e de sua influência nas decisões que vão sendo tomadas,num Brasil novo, em que a vida volta a ser um prazer, mantidoaquele ambiente de alegria, que fazia dos comícios em praçapública uma festa cívica, das maiores de que temos o direito denos orgulhar. E tão profundamente patrióticas, que não encontra-vam outra maneira de terminar, do que cantando o HinoNacional, para que todos sentissem que não havia outra intençãodo que continuar a trabalhar pela grandeza do Brasil.

ORA viva. O que ainda em abril parecia um distante e

quase impossível milagre, agora em maio vai-setornando realidade, diante aos nossos olhos incréus. ANova República afirma-se, cria asas, alça vôo. O índice deinflação (embora ninguém saiba dizer exatamente porque) cai brutalmente dois meses seguidos. O ColégioEleitoral é varrido do mapa. Os líderes políticos, todos, seentendem e abrem largo caminho para o voto populardireto em 1985, 1986 e 1988.

Há, é verdade, alguns tropeços feios, ominosos,como esse do Sul Brasileiro. A Nova República ainda nãoestá (obviamente) vacinada contra o lobby da demagogia;contra o sarampo demagógico que é, desde a Gréciaantiga, o vício (o vírus) mais comum e mais temível dainfância dos regimes democráticos.

Nem tudo são flores, pois, mas o que parece hojemais promissor e mais agradavelmente surpreendente é opróprio comportamento do Doutor José Sarney na Presi-dência da República. Sarney tem se mostrado um chefe degoverno hábil, firme, cauteloso e, até, brilhante.

Os oito ou dez discursos que já fez, em S. João deiRey, em Uberaba, em Brasília e no Rio, foram todosadequados, limpos,, bem inspirados. Seus atos, nestaspoucas semanas de exercício, têm mostrado que ele saberesistir às fortes pressões que incidem sobre a Presidência,mas (o que £ talvez ainda mais delicado) sabe tambémceder com graça diante delas, quando isto lhe parecenecessário, tal como ocorreu no caso da mensagem dasdiretas.

Teremos encontrado, enfim, o nosso Adolpho Suá-rez? Como Sarney, o espanhol Suárez serviu longamenteao regime autocrático e foi mesmo o principal dirigente dopartido franquista. Isto entretanto não o impediu detornar-se, depois da morte do Caudilho, ao lado do reiJuan Carlos, o grande arquiteto e o primeiro condutor dareconstrução democrática na Espanha.

O nosso caso é com certeza diferente e marcado porfrustrações e percalços peculiares. Aqui, quem morreu,depois de uma lenta agonia, não foi o ditador; foi o novoPresidente no qual a nação inteira tinha depositado sua fée sua esperança. Assumiu o vice, e a sensação da grandemaioria foi aquela que Millôr Fernandes exprimiu numade suas charges desta página:

"Fomos bigodeados".Não custa dizer, desde logo, que a instituição do vice,

copiada dos norte-americanos, é uma instituição nefanda,equívoca, caríssima e tola. O vice é escolhido para"compor" a chapa: deve trazer alguns votos ou algunsapoios da minoria e deve ser aceitável, engolível, pelamaioria. É o que basta.

Muito melhor seria que estivéssemos, desde o início,como estamos agora: em caso de morte ou falta doPresidente efetivo, o seu substituto eventual (o presidenteda Câmara) assume e convoca novas eleições em 30 dias.Assim, o Presidente morto é sucedido sem demora por umnovo Presidente eleito pelo povo. Vice, para que?

Mesmo as instituições menos felizes, entretanto,produzem às vezes resultados admiráveis. Nos própriosEstados Unidos, há 40 anos, um político apagado e poucoconhecido, o Vice Harry Truman, assumiu o lugar dogrande Franklin Roosevelt, calçou-lhe as botas com firme-

za e desembaraço, e logo se transformou num dos maisrespeitados presidentes da história norte-americana.

O impossível acontece. Num país tão vastamentemarcado pela ignorância e pela pobreza (um país ondeainda é preciso conceder o voto aos analfabetos), não sedirá que o acadêmico Sarney seja a imagem do homemcomum. Com seu bigode bem cultivado e seus cabelos,gomalinados, o Presidente parece antes um líder hispano-americano, um Alfonsín nordestino, embora na verdadesua aparência seja apenas a de um cidadão da provínciaque preferiu não mudar nem de cara, nem de estilo, eenfrentar bravamente os ventos cosmopolitas e irreveren-tes dos últimos 20 ou 30 anos.

[Leonel Brizola, Roberto Gusmão e Renato Archer,entre tantos outros menos votados, rasparam oportuna-mente os seus bigodes. Sarney e seu amigo José Aparecidoresistiram. Mas é preciso dizer que o bigode de JoséAparecido foi-se gastando com o tempo, enquanto que odo Presidente tornou-se um estandarte, uma bandeira,uma declaração de princípios. Um bigode, enfim, para ahistória.]

Não. José Sarney não é um brasileiro comum. Elenão será nem mesmo um político comum, embora tambémnão tenha sido, até aqui, um líder de primeiro plano, comotantos outros que animaram a cena brasileira das últimasquatro ou cinco décadas. À falta de melhor definição,,talvez se possa dizer que Sarney (tal como Truman em 45)é um político... não incomum.

Por que não poderia um político assim governarcorretamente e habilmente seu país? De fato, nestes 2tdias de exercício efetivo da Presidência, Sarney já de-monstrou (esperemos que persevere) que um bom políticonão tem dificuldade em revelar-se (até porque isso é naverdade facílimo) melhor governante do que os generaisque sucederam Castello Branco e os demagogos populistasque o antecederam.

Jânio e Jango, antes de Castello — Costa e Silva,Médici, Geisel e Figueiredo, depois dele. Não é deadmirar que a simplicidade, o equilíbrio, a mera compe-tência política de José Sarney estejam hoje parecendo aosbrasileiros um bálsamo capaz de curar as feridas e asmazelas da nação, maltratada e machucada por tantosmaus governos."Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", diz acanção. No caso de José Sarney (que soube esperar),quem fez sua hora foi a história, foi o destino. Suageração, que está hoje instalada no poder, aprendeu eamadureceu (com o país inteiro) ao longo das vicissitudes,das alegrias, dos desencontros, dos êxitos e dos desastresdos últimos 30 ou 40 anos.

O consenso entre a maioria, a moderação, a humilda-de, a relativa sabedoria de agora não nos chegaram poracaso. Fora deste quadro (historicamente formado) prova-velmente o Governo Sarney não poderia sequer existir,menos ainda prevalecer. Mas não deixa de ser uma alegria(e um alívio) constatar que o Brasil dispõe hoje depolíticos como ele, bastante inteligentes e humildes paraaprender com a vida e com a história.

Esperemos que as galas e as glórias do poderpresidencial não lhe subam à cabeça.'

FERNANDO PEDREIRA

Viaje agora, pague

depois

BARBOSA LIMA SOBRINHO

DEIXANDO de lado as ásperas discussões sobre a viagem do

Presidente Reagan à Europa, é preciso examinar se osresultados dessa diplomacia de televisão justificam a tensão físicae psicológica do Presidente.

O desgaste político e a tensão causada por longas viagens sãoconsideráveis. Aos 74 anos, não tendo ainda completado quatromeses de um segundo mandato de quatro anos, ele enfrentou aconferência econômica de cúpula com outros dirigentes do mundoindustrializado — um exercício não fácil, sem grande êxito.

A isso ele acrescentou uma visita e um discurso no local docampo de concentração de Bergen-Belsen, visita ao cemitério deBitburg e outro speech na base aérea da mesma cidade, umterceiro à juventude alemã, um vôo à Espanha, visita e discursoao Parlamento Europeu em Estrasburgo e, na volta, passagempor Portugal.

Nenhum médico ou agente de viagens sensato recomendariaesse castigo — para náo mencionar todos os outros problemas:vestir-se adequadamente e erguer brindes em jantares de cerimô-nia, tentar rir e acenar para as câmeras, ter cuidado com osdegraus das escadas dos aviões e forçar a memória para lembrar-se dos nomes das autoridades e do país, ao chegar a cada lugar.

O Presidente, realmente, é apoiado pelos órgãos a elesubordinados: o Serviço Secreto, o Departamento de Estado, asembaixadas. Tem uma cama no Air Force One e uma boa cozinha.Seus helicópteros e coletes à prova de bala foram despachados nafrente, a tempo de protegê-lo de manifestantes, e ele sabe comantecedência o que tem a dizer.

Tem os melhores textos de discursos e brindes que odinheiro pode comprar, todos claramente assinalados com fitascoloridas em seu caderninho de notas. Mas, com tudo isso. se eletropeçar num degrau de escada ou numa frase, dentro dessaatmosfera cuidadosamente calculada, o olho da càmera Je TVestará fixando-o implacavelmente.

Mas ele gosta disso. Em viagens assim Iitp o mundo comopalco, e. apesar de toda a emoção e pressões, leu todos osdiscursos sem nenhum nervosismo. Mas. no dei urso disso, eletem muito mais trabalho e recebe in.iis elogios e censuras do que onecessário.

Assim, por exemplo, ele compareceu às conversações de

cúpula sabendo de antemão que o Presidente Mitterrand, daFrança, queria mais tempo para tomar decisões específicas sobre,a "Guerra nas Estrelas", comércio e conferências monetárias;mas resolveu enfrentar.

Também foi a Bonn para defender o livre comércio nomundo — e anunciou, na chegada, a imposição de um embargocomercial contra a Nicarágua. Sabia que os outros dirigentes nãoconcordariam e que isso seria sentido em sua próxima parada naEspanha, que conserva afinidade cultural com as nações de línguaespanhola da América Latina.

Tudo isso aumentou as pressões de sua viagem. Mas eleseguiu o script, lendo os discursos preparados sem gaguejar umasílaba — mas também, como sempre, sem nenhuma conexãoentre um discurso e um lugar ou outro.

Raramente em sua Presidência, as boas intenções tiveramtão maus resultados no exterior e nos EUA. Enquanto passeavapela Europa (e os outros dirigentes presentes à conferência decúpula voltavam aos seus países para tratar de suas própriascomplicações), até os líderes de seu partido estavam questionan-do o orçamento, agora fora de controle, e especulando se Reaganperdera sua magia.

Mesmo assim, não há agora grande crise que não possa sercontornada por uma semana de férias no rancho presidencial daCalifórnia.

O impulso para agir e especialmente conversar é muito forteem Washington, mas há ocasiões — e esta pode ser uma delas —em que uma saidinha prudente, para uns momentos de solidão,não faz mal a ninguém.

Aquele velho conservador inglês Walter Bagehot. citandoPascal há 100 anos. dizia que a maioria dos males da vida seorigina do fato de "o homem ser incapaz de sentar-se calmo esilencioso num quarto."

A observação do velho era pertinente, mas, nesses dias demovimento e conversas, essa espécie de conservadorismo estáfora de moda.

JAMES RESTONThe New York Times

D

12 n 1° caderno ? domingo, 12/5/85 Cidade JORNAL DO BRASILFoto de Custódio Coimbra

Em Ipanema é possível até se encontrar o camelô de antigüidades

Camelôs vendem de tudo e fazem

nas ruas supermercado ambulante

Presente para o Dia das Maês? Vá aocamelô mais próximo. Aniversário decriança? Compre no ambulante da esqui-nã uma pulseira com o retratinho doMenudo que ela mais gosta. Sua plantamorreu? Troque por outra no camelôespecializado. Só não se encontram nostabuleiros os livros mais vendidos nomomento, mas, da ficha telefônica aotênis imitação de modelo estrangeiro,tudo está à mão do freguês do tipo maisflorescente de comércio que a crise eco-nômica gerou no país: o camelô. Ele é tãoforte que o Prefeito do Rio, MarceloAlencar, confessa que perdeu a guerracontra a ocupação das ruas pelas bar-raças.

A Secretaria Municipal de Fazenda,a quem cabe disciplinar esse tipo decomércio, está apurando nos 24 distritosde fiscalização quantos camelôs estãoautorizados a vender seus artigos nasruas. São mais de 4 mil segundo levanta-mento preliminar. As autoridades achammuito, querem reduzir esse número, tirardas ruas os camelôs sem autorização eremanejar outros para os camelódromosque deram certo — o de Madureira, porexemplo. Farão tudo isso até o final doano, garantem.

Batom negroNo calçadão da Rua 13 de Maio, no

Centro da cidade, as fichas telefônicassão oferecidas aos passantes aos preçosde uma por Cr$ 100 e cinco por Cr$ 500.Os mais apressados compram, mas quemtiver mais tempo verifica que nas bancasde jornal os preços são os mesmos. Nãohá vantagens.

Os vendedores de fichas telefônicasnão têm barraca e carregam um pequenocartão com os dizeres "Ficha. 5 x 500",andando pelo meio do povo e se mistu-rando aos tabuleiros dos camelôs tradi-cionais. A banca do Sr. Joari de MirandaPortela, um fluminense do bairro deSanta Rosa, em Niterói, está postadaquase em frente à saída da Mesbla, naRua do Passeio. Cego devido ao desloca-mento de suas duas retinas, Seu Joarialuga o ponto ao argentino Juan CarioDario, que gosta de vender utilidadespara donas-de-casa: tampas para garrafasde refrigerante com gás, rolhas de borra-cha também para refrigerantes com gás efios de plástico com pontas apropriadaspara segurar óculos.

São muitas as donas-de-casa que pa-ram, examinam a mercadoria, e depoisde assistir à demonstração de Juan Cario,compram a carteia com duas tampas porCr$ 5 mil. Em frente à banca dele, outroscamelôs vendem óculos dobrável comcaixa de plástico por Cr$ 20 mil, batonsverde e preto por Cr$ 5 mil (está embaixa, já foi vendido a Cr$ 10 mil) erelógios Casio falsificados por Cr$ 18 mil,Cr$ 15 mil e Cr$ 12 mil, dependendo dotamanho. Numa relojoaria e joalheria daRua Sete de Setembro um relógio pareci-dó ao do camelô custava 89 mil, em

oferta, porque um cartaz informava que opreço normal da peça era Cr$ 153 mil e100. Os relógios digitais despejados pelocontrabando, são o produto mais comumatualmente nas barracas do Rio.

O presidente do Clube dos DiretoresLojistas, Sílvio Cunha, reclama. Ele querque os camelôs sejam contidos, sugere acriação de uma feira de hortigranjeiros efrutas no Centro para poder ocupar osambulantes que ficam nas ruas concor-rendo com o comércio estabelecido."Em novembro, dezembro e janeirohouve controle dos camelôs e as vendasmelhoraram. Em fevereiro e março nãohouve repressão por causa do carnaval, eas vendas do comércio caíram. Os carne-lôs voltaram a infectar toda a cidade",afirma.

Entrega em casaA idéia de vender frutas nas calçadas

não é exclusiva do Sr. Silvio Cunha. NoLeme os próprios camelôs se especializa-ram nesse tipo de mercadoria. ValmirFerreira Xavier, ex-feirante, vende frutasna calçada da Rua Gustavo Sampaio,próximo a um supermercado. Está ali háuns cinco anos e já tem freguesia própria.Trabalha de segunda-feira a sábado, temajudante e manda até entregar as com-pras em casa do freguês.

Dona Maria Inês Albuquerque Be-zerra, moradora no Leme há 11 anos,acostumou-se a comprar frutas no tabu-leiro de Valmir. Faz isso há três anos.

Além do preço ser mais baixo, ocamelô deixa escolher, a gente podepechinchar, coisa que em supermercado éimpossível, e se consegue ter uma relaçãomais direta, mais amiga com o vende-dor", diz Dona Maria Inês, que é coorde-nadora do Colégio Assunção, em Laran-jeiras.

Seu entusiasmo com a qualidade dasfrutas e a atenção de Valmir é tanta, queela propôs que ele fornecesse bananas,laranjas, mamões, maçãs e pêras para amerenda do colégio onde trabalha.

Além de dar atenção especial aocomprador, o camelô tem de se colocarno caminho do freguês. Lugar de muitomovimento, tem concentração de vende-dores ambulantes. No Centro Popular deComércio da Praça 11, o camelódromo,onde quase não passa ninguém, os carne-lôs se recusam a ficar. Na Central doBrasil e suas imediações, por onde transi-tam mais de um milhão de pessoas pordia, os centímetros das calçadas sãodisputados acirradamente (quem não dei-xar alguém marcando lugar não podearmar seu tabuleiro na hora do rush).

Escolher a mercadoria é outro gran-de segredo do camelô. Ele — comoqualquer comerciante digno do nome —tem de saber o que o freguês quer com-prar. Por isso preferência por artigos queinteressem à dona-de-casa. Tampas degarrafa, suportes para latas de óleo decozinha, dcscascador e ralador de legu-mes, todo tipo de bugingangas caseiras seencontram espalhadas nos tabuleiros nas

ruas. Sem contar as pulseiras, brincos,colares, aros de cabeça enfeitados de fita,botões com retrato dos Menudos, Mi-chael Jackson e qualquer outro cantorque atraia os filhos das donas-de-casa. Eproibido, mas pode se encontrar em Ipa-nema camelôs vendendo filhotes de tarta-rugas e jabutis, para as crianças.

Assim como é proibido vender lou-ças, pratarias, copos e jarras de vidro, emesmo assim uma barraquinha com essesartigos tem ponto fixo na calçada da Ruado Catete entre a Praça José de Alencar eo Largo do Machado. Também é proibi-do vender comida feita na hora, mas umtabuleiro armado no calçadão da Rua 13de Maio em frente ao Banco do Brasil,oferece empanadas de camarão, bolinhosde legumes e outras especialidades dacomida chinesa a preços módicos: Cr$ 2mil e Cr$ 1 mil e 500 a unidade.

Funcionários da Prefeitura calculamque só 30% dos camelôs que atrapalhama passagem dos pedestres pelas ruas têmesse tipo de trabalho como única maneirade sobreviver. Embora sejam o maiorproblema que enfrenta o coordenador deLicenciamento e Fiscalização da Secreta-ria Municipal de Fazenda, Joel Machado,os camelôs não são a única preocupaçãoda Prefeitura. Há poucos dias foi divulga-do um aviso de que os fiscais multariamos bares e lanchonetes que sujassem acidade."Os camelôs são o problema maissério que temos", concorda Joel Macha-do, "mas temos de cuidar da estética dacidade e do comércio organizado".

A Prefeitura vai contratar mais uns200 fiscais para a divisão especial (osagentes de repressão ao comércio clan-destino, o famoso rapa) que passarão porconcurso e treinamento de um mês antesde sair às ruas."A rigor", diz Joel Machado, "todostêm direito ao logradouro, que é público,mas nós damos autorização para os carne-lôs venderem suas mercadorias em pon-tos determinados, atendendo ao aspectosocial do problema."

Há calçadas que se enfeitam com apresença do vendedor ambulante. É ocaso da calçada da rua Aníbal de Men-donça em frente ao número 111. Ali háum corredor de plantas — crisântemos,violetas, margaridas, samambaias, pai-meiras-anãs, chifres de veado, flor-de-maio, poinsétias — que além de afasta-rem os automóveis, evitando que estacio-nem em frente às lojas, colorem aquelepedaço do quarteirão, um dos mais movi-mentados de Ipanema.

"As flores só enfeitam a calçada",afirma Dona Gilda Leal. moradora emIpanema há 20 anos e freguesa do camelôdas plantas.

Josef Brich, dono da loja Brends,que fica na galeria em frente às plantas,adora passar pelo corredor verde. "Le-vanta o astral", diz, "e acalma".

SANDRA CHAVES

Camionetas novas estão prontas

para laçadores de cães e

gatosJá estão prontas, na garagem do

Serviço Municipal de Transportes, emlrajá, as quatro novas pick-up ChevroletA-10 de carroçaria especial, que vãorecolher cães e gatos abandonados nasruas da cidade. Azuis, com uma faixalarga em tom mais escuro, os carros têmseis compartimentos para os animais eoutro, aberto dos lados, com um banco,para os dois laçadores. O veterinárioviajará na cabine, ao lado do motorista.

Com os novos carros, em substituiçãoàs antigas carrocinhas, o Governo muni-ripai intensificará o controle das zoono-ses — doenças transmitidas por animais.Dezessete homens, oito deles egressos daFazenda Modelo, em Barra da Guarati-ba, foram treinados e vacinados no Insti-tuto Municipal de Medicina VeterináriaJorge Vaitsman, para o serviço de captu-ra de cães vadios.

A ação das equipes de captura seráconcentrada nas áreas do Rio onde araiva animal é endêmica, entre elas SantaCruz. Campo Grande, Bangu. Anchietae lrajá. Nas Zonas Norte e Oeste dacidade, as equipes serão mobilizadas das6h às 12h. período em que. com o solainda fraco, os animais perambulam. embusca de comida. Nos bairros da orlamarítima, os carros vão recolher os ani-mais nos fins de semana, das 8h às 14h. O

Foto de André Câmara

recolhimento dos animais aparentementedoentes será feito das Sh às 18h. emqualquer dia.

Os animais apanhados nas ruas serãolevados para os canis do Instituto JorgeVaitsman, onde ficarão separados segun-do a raça e o sexo: diagnosticada a raiva,o cão, ou o gato. é isolado durante 10 dias(ele morre ao fim desse período), en-quanto se realizam exames de laborató-rios e se procura saber se alguém foimordido por ele.

Se não esta doente, o animal é reüis-

Pilotos franceses

refazem após5

55 anos a aventura do correio

j4s camionetas novas têm acomodações para os laçadores

Terminou ontem no Rio a primeiraetapa do Rallye Correio Sul, uma compe-tição internacional de aviões, que come-mora os 55 anos do primeiro vôo docorreio da França — a Aeropostale —para a América do Sul. Dos 40 aviões queiniciaram a prova, no dia 8, em Toulose,apenas três conseguiram atravessar oAtlântico Sul e aterrissar no AeroportoSantos Dumont, depois de escalas emSaint Louis do Senegal, na África e emNatal.

Na chegada dos aviões, dois bimoto-res (um Cessna e um Sêneca) e ummonomotor Pipper pilotados por amado-res, a Empresa Brasileira de Correios eTelégrafos lançou um carimbo que come-mora o feito, usados nos postais trazidospelos pilotos. Cansados, depois de 20horas de vôo, os pilotos, que amanhãiniciam a viagem de volta à França,deram entrevista coletiva no Hotel Meri-dien e falaram das dificuldades que en-frentaram no percurso.

A competiçãoPatrocinada pelos Aeroclubes do

Brasil e da França, pela Federação Na-cional Aeronáutica e pela AssociaçãoFrancesa de Proprietários e Pilotos deAvião, a competição comemora a traves-sia do Atlântico Sul, iniciada em 11 demaio de 1930, pelos pilotos Mermoz,Dabry e Gimie em um avião Late 28, comflutuadores. Antes, o transporte postalentre a Europa e a América do Sul erafeito por barco, e a França venceu aAlemanha, que também tentava fazer atravessia em avião.

De acordo com o diretor da prova,Bernard Lamy, a primeira parte da com-

petição foi dividida em duas etapas: aprimeira, entre Toulouse e Saint Louis doSenegal, com o vôo totalmente visual emmonomotores, feita por pilotos que têmde 200 a 700 horas de vôo; na segunda, otrajeto Sul, cumprido por pilotos habilita-dos a voarem por instrumentos e osaviões, mono ou bimotores, com tanquessuplementares para aumentar a autono-mia de vôo. Todos trouxeram na baga-gem, postais alusivos à data, vendidos naFrança e que serão sorteados, dandodireito a uma viagem de 10 dias ao Brasil.

O trecho entre Saint Louis do Sene-gal e Natal foi percorrido apenas por trêsaviões —, na sexta-feira e madrugada desábado. A chegada, inicialmente previstapara as primeiras horas de ontem, sofreusucessivos adiamentos, em conseqüênciado mau tempo enfrentado pelos aviões natravessia do Atlântico, motivando umatraso de pelo menos cinco horas.

A chegadaO primeiro avião a chegar foi o

bimotor Cessna 310, prefixo FBGC, pilo-tado pelos engenheiros de telecomunica-ção, Georges Brito e Patrick Grande,Perret, que aterrissou no Aeroporto San-tos Dumont às 7hl5min. Duas horasdepois chegou o monomotor Pipper Co-manche FBMLT, comandado pelo médi-co Michel Cogan Portonoi e pelo arquite-to Yves Crescent; às 10h45min chegou obimotor Sêneca FBRUK, pilotado peloempresário Raymond Michel e porPhillip Peissel, que trabalha como rela-ções-públicas.

Todos foram muito aplaudidos e cer-cados por jornalistas franceses que chega-

ram antes ao Rio, no jatinho Learjet dodiretor do prova, Bernard Lamy. AEmbraer, que não participa do rallye,homenageou os competidores colocandoo avião Xingu, prefixo PP-ZXI, pilotadopor Costa Matos e Edson Bocci, paraacompanhá-los no percurso entre Natal eRio, trazendo também um malote decartas. Pilotos e organizadores foram pa-ra o saguão do aeroporto, onde participa-ram do lançamento do carimbo da ECTusado nos postais franceses pelo diretordos Correios, Lívio Assis de Almeida, epelo representante do Ministério das Co-municações da França, Jean Duchene.

Patrick Grand Perret, co-piloto doCessna 310, disse que na travessia doAtlântico, ao usar o tanque suplementar,errou a colocação da mangueira e ocor-reu uma pane. "A adrenalina tomouconta da nossa circulação sangüínea, masrapidamente sanamos o problema",contou.

Yves Crescent, co-piloto do rrióhò-"motor Pipper, considerou a prova cansa-tiva: "Psicologicamente, a competição émuito dura, especialmente quando está-mos sobre o mar, aguardando avistar umfarol para ver se realmente estamos narota e vamos encontrar uma cidade" —disse. Na segunda-feira, às 14h, os pilotosiniciam a segunda etapa da prova: Rio—Natal—Saint Louis do Senegal—Toulouse. O primeiro colocado até omomento é o Cessna 310, que gastou20h31min entre Senegal e o Rio, com 9106 pontos; o segundo é o monomotor,com 8 975 pontos, que fez o percurso em20h32min, e o último, o Sêneca, com 8960, que gastou 17hl4min. A dupla vito-riosa receberá 50 mil dólares de prêmio.

Foto de Luiz Prado

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' «• S "" •> ' > '*• ••• •• •> > ' ' N ^Após o pouso, os pilotos falaram do mau tempo sobre o mar, entre a África e o Brasil

Dia das Mães leva muita gente

a lojas mas compras são poucas

O estacionamento estava lotado. Aspessoas faziam filas nas escadas rolantes.Mas pelos corredores do Shopping RioSul pouca gente circulava com sacolas.As lojas onde se podia comprar lembran-ças menos caras para as mães — como aCasa de Chocolate e a Maçã Verde, decosméticos naturais — eram as mais pro-curadas. Os camelôs de Copacabana queconseguiram escapar da fiscalização tam-bém venderam bem.

As principais churrascarias da cidadese prepararam para enfrentar um dia demuito movimento hoje. A maioria prefe-re não aceitar reservas, para evitar confu-sões. A Plataforma, no Leblon, enco-mendou 200 dúzias de rosas para presen-tear as mães; o Porção, em Ipanema,dobrou o volume de compras na sexta-feira para atender à esperada demanda.Lá, as mães ganharão rosas e bombons.

AvulsasApesar da grande afluência de pes-

soas, o Rio Sul não parecia em véspera deDia das Mães. Raras eram as lojas quefizeram alguma decoração especial para adata. A Rachel Presentes, além de umdiscreto cartaz fixado nas vitrines, ofere-cia um saquinho de sementes de margari-da — símbolo da casa — na compra decada presente. A Lola Moon, de roupas,faz uma promoção este mês de 25% dedesconto em homenagem às mães.

As lojas de alimentos estavam bas-tante cheias, mas não para a compra depresentes. Estes saíam sobretudo da Casade Chocolate e da Maçã Verde. A pri-meira confeccionou corações de panopara encher de bombons, a Cr$ 74 mil oquilo. Segundo a vendedora Vera Cam-pista, as caixinhas de madeira para bom-bons já haviam se esgotado na véspera.Na Maçã Verde, com muita gente aglo-

merada no balcão, o que mais se vendiaeram peças avulsas.

A loja Lance Livre, de roupas femi-ninas, estava tão vazia de manhã que avendedora veio para a porta olhar omovimento do lado de fora. A BallonGestante também não atraiu atenção."Está péssimo", disse a vendedora Dar-Iene Vivian da Cunha Monteiro. Entre-tanto no Amor Perfeito a procura eragrande e, segundo a gerente Sílvia Mariade Macedo Soares, as camisolas, vendi-das em média a Cr$ 60 mil, e os pijamas,a Cr$ 120 mil, eram as mercadorias demaior saída.

CamelôsCélia Araújo eslava com um sorriso

permanente. Improvisando espanhol einglês, ela atendeu ontem a todo tipo decliente na calçada da Rua Santa Clara,onde montou sua barraca para vendercamisas, que pinta junto com o irmão,por Cr$ 25 mil. Em uma hora e meia detrabalho, já havia vendido quase 20 uni-dades, e só lamentava não poder seinstalar na Avenida Copacabana — ondeo movimento é maior — por causa dosfiscais. Entretanto, Carmem Pontes daSilva, que montou sua barraquinha nessaavenida, perto da Galeria Menescal, nãoestava muito otimista:

— Está mais ou menos. O que saimais são as gravatas, a Cr$ 6 mil, e osbrincos de vidro, de Cr$ 10 mil a 20 mil.Mas o estoque que comprei para o dia dasmães, pelo jeito, vai ser difícil vender.

Adir Dantas, que vendia flores naRua Santa Clara, culpava os atacadistaspelo preço das rosas — Cr$ 15 mil a dúzia— que poderia vender melhor se estives-sem mais baratas. "O pessoal está corren-do do preço", disse. Já a vendedora que

oferecia meias de náilon na AvenidaCopacabana, por Cr$ 9 mil, mal conse-guia dar conta das freguesas que se amon-toavam em volta de sua banca. O meninoRoberto Parreira, 11 anos, que vendeanéis banhados de prata na Rua SantaClara, por Cr$ 3 mil a Cr$ 5 mil, tambémnão tinha queixas: "Esta semana foi.mui-to boa".

RodoviáriaO movimento na Rodoviária Novo

Rio foi um pouco maior do que o normalde sábado. Para algumas cidades comoSão Paulo, Juiz de Fora, Paraíba do Sul éTrês Rios, as empresas colocaram ônibusextras para atender a procura que foimaior na parte da manhã.

A empresa Salutaris até as 10h30minjá havia colocado 10 ônibus extras paraatender a procura de passagens paraParaíba do Sul, Juiz de Fora e Três Rios.As passagens para Três Rios, às 12h, jáestavam esgotadas até o horário das17h30min, o que fez com que o contadorRoberto Cerqueira, de 27 anos e suamulher Silvana, tivessem que aguardaraté as 18h, o próximo horário vago.

Na Viação Itapemerim, foram colo-cados oito carros extras para São Paulo,na parte da manhã, alé ao meio-dia.Estavam previstos mais 40 para atender aprocura, que segundo um funcionário,teve aumentado a procura em 40% de umsábado normal.

Marina da Silva Souza e sua irmãEsther, com os filhos Bruno e Vanessa,ambos de três anos, não se importaramem reservar passagem para São Paulo,para visitar a mãe. Dona Alzenira e porisso ontem tiveram dificuldades em en-contrar passagem. Como Roberto, tive-ram que esperar vagas em ônibus, nohorário da tarde.

trado e vacinado, recebendo uma placade identificação. Para retirá-lo. o donopagará uma taxa de Cr$ 30 mil. mais adiária de CrS 4 mil: se o dono nãoaparecer, sacrifica-se o bicho com umadose elevada de barbitúrico ou uma des-carga elétrica.

O Instituto Jorge Vaitsman fica naRua Bartolomeu Gusmão. 1120. perto daQuinta da Boa Vista. Unia equipe deplantão atende, pelo telefone 254-211)0. atodas as chamadas para avisar que algumanimal está doente.

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QUEM

PERDE

OJORNAL

DO BRASIL

PERDEUM

POUCO GO

MUNDO.

JORNAL DO BRASIL

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JORNAL DO BRASIL Nacional domingo, 12/5/85 ? Io caderno ? 13

Brasília — Após terminar sua colhei-ta no final da semana, o agricultor AlceuAtshushi Uemura, 43 anos, chegou àconclusão de que lhe bastaria vender doisde seus cinco tratores para que nãodevesse mais nada a ninguém. Prudente,Uemura preferiu, no entanto, continuar apagar em suaves prestações os Cr$ 55milhões que ainda deve ao Banco deDesenvolvimento de Minas Gerais.

Ele é um dos 48 colonos que, ao finalde 1980, começaram a ocupar os 23 milhectares do Projeto Mundo Novo, expe-riência-piloto do Programa de Desenvol-vimento dos Cerrados. Paulista de Bas-tos, Uemura aceitou migrar para Paraca-tu, noroeste de Minas Gerais, distante200 quilômetros de Brasília, quando sedeu conta das excelentes condições: fi-nanciamento subsidiado, carência dequatro anos e 20 anos para pagar.

De seus 494 hectares, saíram esse ano8 mil sacas de soja e 4 mil sacas de arroz,além de algum milho e café. Ainda queinsatisfeito com os preços oferecidos nomercado por seus produtores, Uemurasabe que sua situação hoje é bem melhorque a de cinco anos atrás, quando ajuda-va seus pais a plantar frutas em terrasarrendadas em São Paulo.

Ele obteve o lote e o financiamento

através da Cooperativa Agrícola de Co-tia, com que sua família trabalhava. Acooperativa foi selecionada pela Campo— empresa que colocou em prática oacordo nipo-brasileiro — para materiali-zar o projeto em Paracatu.

Os 23 mil hectares onde hoje seencontram os 48 lotes do Projeto MundoNovo pertenciam a 11 proprietários. En-tre eles, só dois moravam na região, e,junto com seus cinco empregados, perfa-ziam uma população de sete pessoas emtoda a área. Nenhuma delas havia, atéentão, plantado um hectare sequer. Ho-je, só de soja há 9 mil 600 hectaresplantados, que devem render cerca de 19mil toneladas nessa safra. Culturas detrigo, arroz, feijão, milho e café ocupamoutros 3 mil 500 hectares.

Essa pequena reforma agrária temleis muito próprias. Para chegar a ocuparum dos lotes do projeto nipo-brasileiro —que inclui também assentamentos em Iraide Minas e Coromandel —, o colonoprecisava, antes de qualquer outra coisa,estar ligado a uma das cooperativas con-vidadas a participar do projeto. Deveriatambém ser brasileiro, não ser proprietá-rio rural e ter experiência em produçãoagropecuária.

Houve gente que desistiu de levar

adiante o projeto. Foi o caso de 15colonos que, desapropriados pela empre-sa Itaipu, pensaram em tentar vida novano cerrado mineiro. Eles se inscreveramem um programa que a Campo, apósterminado o acordo piloto com os japo-neses, resolveu levar adiante por contaprópria. Ao contrário do Mundo Novo, onovo Projeto Entre Rios exigia aporteinicial de recursos próprios, além decobrar correção monetária de 70% a100% do INPC sobre o financiamento.Resultado: nenhum dos 15 ficou em Para-catu.

Se realizou o sonho até mesmo deprofissionais liberais, a Campo nuncadeixou de ter em mente uma palavra:eficiência. Assim como o Mundo Novo, oProjeto Entre Rios também já tem bonsnúmeros a mostrar: estão plantados 5 mil800 hectares de soja e 1 mil 200 de arroz.E, mesmo tendo sido feito em condiçõespouco menos vantajosas, Entre Rios temmostrado resultados igualmente satisfató-rios.

Hoje, dono de um lote de 470 hecta-res logo à entrada do projeto mundonovo, o nissei João Tadashi Abe sabeque, se boas condições não fazem umbom fazendeiro, ao menos ajudammuito.

UFGO começa

campanha paraeleger reitor

Goiânia — Professores, alunos e fun-cionários da Universidade Federal deGoiás começam a participar de um pro-cesso inédito de eleição direta para asubstituição da reitora Maria do RosárioCassimiro, cujo mandato se encerra nofinal deste ano. Embora o processo aindanão tenha sido oficializado, já existe umcompromisso dos presidentes de colegia-dos e dos diretores de faculdades deacatar o nome apontado na consultadireta.

Sete candidatos estão em campanha ejá foi aprovado o calendário da consulta,marcada para os dias 19 e 20 de junhopróximo. A comissão eleitoral é consti-tuída de representantes do DiretórioCentral dos Estudantes, da Associaçãodos Docentes e da Associação dos Fun-cionários. A UFGO tem 8 mil 246 alunos,1 mil 238 professores e 2 mil 22 servi-dores.

Dizem os estudantes que a reitorapreferiu, no início da gestão, esconder ouminimizar as dificuldades financeiras,mas com a mudança de Governo resolveurevelar os fatos. A crise é considerada apior da história da instituição, que estácompletando 25 anos.

A comunidade acadêmica vem dandoseu apoio sobretudo à candidatura doprofessor Heldo Mulatinho, diretor doInstituto de Ciências Humanas, que esta-beleceu como diretriz de campanha umaproposta de administração conjunta dauniversidade por professores, estudantese funcionários.

Paraná faz

desenvolverCuritiba — A integração das fron-

teiras do Paraná e Mato Grosso do Sulcom o Para'guai e a Argentina levou oGoverno paranaense a desenvolver vá-rios estudos no sentido de reunir toda aregião em torno de um amplo projetode desenvolvimento sócio-econômico-cultural. No caso do Paraná, a integra-çáo se desenvolve em função da cons-trução da Binacional Itaipu. Em rela-ção à Argentina, com as obras daPonte de Puerto Iguàzu.

O objetivo principal da integraçãoseria, num primeiro momento, o inter-câmbio de projetos que os três paísesdesenvolvem na região, de clima etopografia semelhantes. O Secretáriodos Transportes do Paraná, Deni Li-neu Schwartz, encarregado pelo Go-vernador José Richa de um levanta-mento sobre o assunto, defendeu, re-centemente, no Simpósio sobre a Inte-gração Sócio-Econômica da Bacia domédio Paraná, realizado em Londrina,a ampliação do relacionamento inter-regional, criando programas integra-cionistas de fronteiras, intercambiandoexperiências e transferindo tecnologiasalternativas de fácil assimilação pelascomunidades, que já foram desenvol-vidas em todo o Paraná.

O Governo do Paraná — diz osecretário—pode dar sua contribuição

plano para

fronteirastransferindo experiências que já deramcerto aqui e poderão ser adaptadas emtoda a região banhada pelo rio Paraná,que tem muita coisa em comum.

Lembra que nessa área mediterrâ-nea do Sul do novo mundo "somosuma região rica em recursos naturais ehumanos, lamentavelmente ainda su-butilizados". Schwart disse que a Baciado médio Paraná poderia desenvolverum significativo crescimento econômi-co e de integração cultural se conse-guisse ampliar o intercâmbio entre asfronteiras. Ele reforça sua tese lem-brando que o economista Celso Furta-do, já nos anos 60, pregava a uniãoregional.

— Recentemente, Celso Furtado "defendeu, na Nova República, a idéiada criação de instâncias regionais depoder, com a finalidade de compensara excessiva centralização a nível fede-ral — afirma o secretário paranaense.

Ele entende que essa centralizaçãonão é uma deformação histórica ape-nas no Brasil, mas de todos os paíseslatino-americanos: "Aí estão os exem-pios da cidade do México, do eixo Rio-São Paulo, de Buenos Aires, levandoseus respectivos países a sofrer umaespécie de macrocefalia congênita, dedifícil correção", ressalta.

Paulinelli indica as condições

para êxito da reforma agrária

Brasília — O projeto de reformaagrária da Nova República deve cuidarde dar oportunidade de acesso à terra aquem tenha condições para administrarsua propriedade, sob pena de repetir ofracasso de outras iniciativas neste senti-do executadas no Brasil.

Do mesmo modo, a reforma agráriadeve ser precedida e complementada pormedidas que evitem seu fracasso, confor-me o ex-Ministro da Agricultura do Go-verno Geisel. Alvsson Paulinelli.

Candidato à presidência da Confede-ração Nacional da Agricultura (CNA), nachapa da oposição, disputando com oatual presidente, ex-Senador Flávio Bri-to', Paulinelli acha que a simples distribui-çáo de terra nunca foi solução "e osexemplos estão aí", numa referência aprojetos de colonização executados peloINCRA nos últimos anos, onde os colo-nos acabam vendendo o direito de possea terceiros e abandonam o projeto.

,Ã experiência de assentamentos ru-rais em áreas dos cerrados, em locaisonde existiam grandes fazendas ("latifún-dios subaproveitados", como ele chama)surgiu no início dos anos 70, na região doRio Parnaíba, quando Paulinelli ocupavaa Secretaria de Agricultura de Minas. "Apreocupação era implantar um esquemade organização rural, onde o sistema decrédito pudesse atender aos interessadosde uma forma mais ampla. Antes, oagricultor pedia dinheiro para comprarum trator; recebia, mas ninguém sabia seele tinha comprado o trator realmente. Onovo esquema foi montado, incluindo ainfra-estrutura de assistência técnica naprodução e comercialização", disse.

Isso era feito, a princípio, com produtores já estabelecidos. O próximo pas

so foi o Governo Estadual — à época, oatual deputado do PDS, Rondon Pacheco— desapropriar uma área de 60 milhectares, loteados e vendidos aos colo-nos. Como parte da infra-estrutura deapoio, a Cooperativa Agrícola de Cotiapassou integrar o projeto.

Dez anos depois, como parte de umprograma entre os governos brasileiro ejaponês, a mesma experiência foi repeti-da em outras áreas do Estado, no Progra-ma de Desenvolvimento do Cerrado(Proceder). Após cinco anos, este pro-grama alcança mais três Estados além deMinas, onde começa a ser implantado:Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia,quando devem ser incorporadas mais 150mil hectares à área de cultivo.

Lei perversaO ex-Ministro acha que o processo de

ocupação, nos moldes capitalistas, nãodeverá garantir terra a todo o mundo,mas o sistema trará benefícios para pa-trões e empregados. Ela reclama urgên-cia na reformulação da legislação, demodo a atender às duas partes. "A leiatual é perversa para os dois lados. Hánecessidade de mudanças urgentes nalegislação trabalhista rural, de modo aatender a patrões e empregados", disse.

Além disso, ele entende que o Go-verno deve manter e estimular a còntinui-dade do esquema de apoio ao novoprodutor rural, instalado nas novas áreas,sob risco de fracasso da iniciativa. Osefeitos que essa presença já está produ-zindo nas pequenas cidades localizadasna região dos cerrados são expressivos,segundo o presidente da Empresa dePromoção Agrícola (Campo), Paulo Ro-mano, encarregada de coordenar o pro-grama.

a principio, com pro- mano, encarregada de coordenar o pro- hectares e revendiacidos. O próximo pas- grama. financiamentos de a

Colono paga logo tudo o que deve

Na semana passada, durante umaexposição na Comissão de Agricultura doSenado federal, ele mostrou alguns dadosdesses efeitos. O primeiro impacto veiobeneficiar os cofres das prefeituras, nummomento em que prefeitos lutam paragarantir recursos para suas administra-çóes.

Há cinco anos, a arrecadação de ICMem Irai, onde se localiza um dos núcleosdo Prodecer, era de Cr$ 864 mil 815. Noano passado, a arrecadação havia puladopara perto de Cr$ 1 trilhão. Em Paracatu,outro núcleo do programa, a arrecadaçãode ICM passou de Cr$ 293 milhões paraCr$ 3 bilhões 100 milhões. A atual safrade grãos é calculada em 115 mil tone-ladas.

Com a implantação da nova fase doProdecer, Paulo Romano prevê a incor-poração ao processo produtivo de maisde 220 mil hectares (a metade do DistritoFederal) e a produção de mais de ummilhão de toneladas de grãos (cerca de20% da atual produção nacional). Estanova etapa do programa vai significar,nos próximos cinco anos, encomendas àindústria de mais 700 tratores, 350 colhe-deiras, 350 caminhões e mais 5 mil imple-mentos agrícolas (grades, arados epeças).

O esquema de assentamento do pro-grama funciona assim: com recursos libe-rados por um financiamento do Governojaponês, mais a contrapartida em cruzei-ros do Governo brasileiro, são adquiridasgrandes propriedades (uma delas tinha 10mil hectares), loteadas em glebas de 350hectares e revendidas aos colonos, comfinanciamentos de até 20 anos.

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Panteão de Niemeyer

pode derrubar mastro

A antropóloga fez um quadro, noqual situa a posição do Governo, do Povoe do caminho que liga um ao outro: aburocracia. O Ministério da Desburocra-tização, segundo ela, apareceu para oPovo como "uma fagulha de esperança",até mesmo pela proximidade física doministro com o Presidente.

Quem escreveNas 300 cartas examinadas, 32% dos

remetentes são mulheres e a maior partereside no Sudeste e Centro-Oeste. Amaioria, quase 1/3 do conjunto reclamamda previdência social e as outras que maisse destacam estão na área de Transpor-tes. Educação, Justiça, Habitação, CaixaEconômica e Funrural. Todos reclamamda burocracia, da qual decorre "todaespécie de corrupção, mentiras, desones-tidades, abuso de autoridade, desobe-diência de administradores e funcionáriose desestímulo para o trabalho", entreoutras coisas.

Queixam-se também da necessidadedos pistolões e da falta de atenção dosministros de outras áreas a queixas ante-riormente formuladas e enviadas. "Nascartas—diz o trabalho da antropóloga —não se fala que se desacredita nos órgãospúblicos: demonstra-se, prova-se".

O Ministro Paulo Lustosa disse quelê diariamente a síntese das 50 cartas, emmédia, que chegam. Informou tambémque está enviando ao Ministro das Comu-nicações, Antônio Carlos Magalhães,uma autorização para criar aerogramas jádevidamente endereçados ao Ministérioda Desburocratização, a fim de facilitar epossibilitar financeiramente o envio dequeixas e idéias das camadas de popula-ção mais baixas.

Paulo Lustosa também pedirá a An-tônio Carlos Magalhães a instalação deuma linha de telefone direta e sem acobrança de impulsos para também regis-trar as reclamações da população.

DiretrizesAs recomendações propostas pelo

Ministro da Desburocratização, atravésda Presidência da República, para todo oMinistério, segundo a exposição de moti-vos do Ministro Paulo Lustosa, "estãoquase na sua totalidade, ao alcance dacompetência constitucional dos ministrosde estado".

Paulo Lustosa pede aos ministros oseguinte: exame e avaliação das atribui-ções e competências do ministro de esta-do e do órgão, para detectar omissões ouduplicidades; avaliação profunda dosprogramas, projetos e convênio emcurso, a fim de estabelecer os que devamser extintos, reduzidos, alterados ou am-pliados; elaboração de fluxograma dedecisões, abrangendo cada grau hierár-quico, com a finalidade de dar transpa-rência à atuação do órgão perante opúblico e apressar o processo de decisão;definir medidas que conduzam ao resta-belecimento do primado da municipaliza-ção no seio da organização política, tendoem vista a proximidade existente entre aadministração municipal, os cidadãos eempresas; e o reexame do sistema deatendimento ao público em funcionamen-to em cada órgão, com a criação de umBureau de Denúncias.

Febre amarela volta ao Brasil

e revela níveis

São Paulo — Trinta anos depois de ter sido consideradoerradicado das regiões urbanas do País, o mosquito transmissorda febre amarela, o Aedes Aegypti, está reaparecendo em níveis"preocupantes" em várias cidades brasileiras, incluindo SãoPaulo e Rio de Janeiro, segundo alerta da Sucem (Superinten-dência de Controle de Endemias).

Esses mosquitos, que viviam nas últimas décadas apenasnas regiões amazônicas, foram trazidos para as cidades atravésde pneus usados, originários do Paraguai e da Região Amazôni-ca: a água fica armazenando interior dos pneus; o que os tornaum local ideal para o desenvolvimento das larvas dos Aedes.

FocosNão há, ainda, qualquer registro atual da doença em

centros urbanos. O último caso de febre amarela em cidades foiregistrado em 1942, em Sena Madureira, no Acre. Todos oscasos após esse ano ocorreram em meio à mata amazônica,longe de qualquer alglomeração urbana.

Mesmo assim, as autoridades paulistas estão preocupadase o Governador Franco Montoro já foi alertado. Na Sucen, osfuncionários vêm fazendo horas extras e trabalhando aossábados para examinar, ao microscópio, cerca de 10 milamostras de larvas de mosquitos que são enviadas de todointerior de São Paulo..

Já foram detectados focos de mosquitos em vários pontosdo Estado, desde Lorena, no Vale do Paraíba — próximo àdivisa com o Estado do Rio —, até no Extremo Oeste paulista,onde, no sábado, foi confirmada, por exemplo, a presençadesses mosquitos em Presidente Prudente. O Aedes Aegypti sótransmité a febre amarela se estiver infectado com o vírusamarílico. "A possibilidade de que esses mosquitos possamestar contaminados ainda é pequena, já que os focos dessadoença estão restritos a regiões muito remotas da selva amazô-nica", disse o médico sanitarista Antônio Guilherme de Souza,superintendente da Sucen.

Mas se um doente de febre amarela vier para uma cidadeonde há esses mosquitos transmissores e for picado — e,posteriormente, o mesmo inseto sugar outra pessoa —, adoença se alastraria. "Essa chance ainda é remota", tranqüili-zou Souza, preocupado, entretanto, em combater os focos domosquito. No ano passado foram registrados no país 45 casos defebre amarela silvestre. Todos os doentes a contraíram empontos distantes das selvas amazônicas do Pará, Amazonas,Rondônia e Roraima.

Dentro dos pneusA suspeita inicial dos técnicos da Sucen e do órgão federal

"preocupantes"

Sucam (Superintendência de Campanha de Saúde Pública), erade que os mosquitos chegavam às cidades no interior dos pneususados, trazidos do Paraguai e Região Amazônica para seremreformados.

Depois de descobrirem a existência desses mosquitos emuma borracharia na Vila Guilherme, bairro da Zona Norte daCapital paulista, houve a certeza: os pneus haviam vindo deAraçatuba, a 500 quilômetros de São Paulo. "Na distribuidorade pneus daquela cidade, os técnicos mal podiam fazer suainvestigação tão grande era a quantidade de mosquitos nolocal", observou Antônio Guilherme de Souza.

Os funcionários da Sucen e da Sucan já estão combatendoos focos de mosquitos aplicando larvicidas nas águas estagnadasonde os insetos se multiplicam. "Mas qualquer campanha sóterá resultado se a população se envolver", disse Souza. Na suaopinião, não é mais possível desenvolver uma campanhasemelhante à desenvolvida por Oswaldo Cruz no Rio de Janeirono início do século.

— As cidades hoje são muito maiores. Quem de bomsenso pode acreditar no sucesso de um pelotão de homensentrando em cada domicílio da Favela da Rocinha furando lataspara que ali não se armazene água de chuva ou aterrando poçasdágua? — pertungou o superintendente.

O Governo paulista está aguardando a conclusão dolevantamento feito pela superintendência do Estado para deci-dir os rumos que dará à campanha, o que deverá ocorrer dentrode 15 dias, quando estarão mapeadas todas cidades de portemédio do Estado e pesquisadas todas aglomerações ao longodàs principais rodovias paulistas.

Os técnicos paulistas comentam que o combate aos Aedesaegypti deve ser feito informando-se à população sobre aexistência do problema e instruindo-a sobre como deverão agir.Eles criticam a FEEMA e a Sucan do Rio de Janeiro,lembrando que esses órgãos vêm tendo uma discrição excessivae "não informaram nada à população".

Os Aedes Aegypti transmitem ainda, além da febre amare-Ia, a febre dengüe, conhecida também como febre quebra-ossos,doença pouco conhecida no Brasil e contra a qual não hámedicámento desenvolvido. Um surto de dengüe atingiu pelaprimeira vez a América Latina em 1981, quando se registraramem Cuba 350 mil casos, com 158 mortos, e o Governo daquelepaís teve de gastar cerca de 45 milhões de dólares (Cr$ 277bilhões, a preços de hoje) para tratar suas vítimas.

Mosquito freqüenta 136 bairros do RioNo Rio, apenas 17 bairros dos 153 existentes entram nas

estatísticas da Sucam (Superintendência de Campanhas doMinistério da Saúde) como não tendo registrado qualquer sinaldo mosquito transmissor da febre amarela, o Aedes aegypti.Menos freqüentes na Zona Sul, eles chegam a níveis preocupan-tes em toda a Zona Norte da Cidade.

As estatísticas da Sucam são feitas baseadas nos domicíliosvisitados e estudadas semestralmente. Em dezembro do anopassado as localidades que não apresentavam nem o mosquitonem suas larvas eram Barra da Tijuca, Barra de Guaratiba,Caju, Gavea, Ilha de Guaratiba, Ipanema, Lagoa, Maracanã,Marapendi, Paciência, Recreio dos Bandeirantes, Restinga deMarambaia, Sepetiba, Urca, São Conrado, Campo Grande(Rio Bonito) e Santa Cruz (Jardim Palmares e Jesuítas).

O diretor regional da Sucam, Pelágio Parigot, reconhece ogrande aumento do Aedis aegyptis e que a estrutura de quedispõe não cobre toda a área. "Dispomos de 400 homens,educadoras e duas máquinas de ultra-baixo-volume, o conheci-do fumacê. Mesmo assim temos um controle dos vetores atravésda visitação domiciliar". Segundo Parigot, seriam necessáriasmais 10 máquinas de fumacê e mais dois mil homens para umaboa atuação.

O técnico Higino Gaspar Gil, da Sucam, reconhece que orisco de uma epidemia de febre amarela "existe, mas épequeno, uma vez que só temos casos de febre amarelasilvestre, que circula entre os macacos e outros animais dafloresta e precisaria que alguém, portador da doença, viessepara a cidade e nao tivesse um diagnóstico rápido. Isso tem

poucas chances de acontecer, pois a febre amarela age muitorápido, mas, caso acontecesse, uma vacinação na populaçãopróxima ao portador seria a maneira indicada de agir".

O índice considerado como de maior risco pela Sucam équando em 100 domicílios visitados numa mesma região mais decinco casas apresentam larvas ou o mosquito está presente. Osbairros considerados mais críticos são os de Bangu, Lins,MagUhães Bastos, Padre Miguel, Rocha Miranda e MarechalHermes. O bairro de Realengo já chegou a alcançar o críticoíndice de 13,4, provocando uma imediata caça aos mosquitos,com os técnicos munidos de bombas portáteis para eliminar aslarvas e do fumacê, destinado a combater o mosquito.

Os métodos usados para erradicar o Aedes aegypti aindasão os mesmos usados por Oswaldo Cruz e Clementino Fraga.Nos reservatórios de água potável é usado o produto Abate —que pode ser ingerido e acaba com as larvas — e nos focos sãoaplicados o Malation e Sumition.

Para o secretário-geral do Ministério da Saúde, EleutérioRodrigues Neto, o surgimento do Aedes aegypti "deve:se àdiminuição da vigilância epidemiológica e à falta de controle domeio-ambiente, uma vez que, com a destruição de florestas, omosquito deixa seu habitat para vir em grande quantidade paraas cidades. E um problema sério que enfrentamos, pois assoluções tecnicamente aceitáveis são muito dispendiosas".

Uma nova estratégia no combate ao Aedes aegypti serádebatida, nesta terça-feira em Brasília, quando o Ministro daSaúde, Carlos Sant'Ana, se reúne com o superintendente daSucam, José Fiúza Lima.

Mortalidade chegou a zero em 1908-Sào Paulo — Durante o ano de 1902 foram registrados 984

mortes de pessoas com febre amarela no Rio de Janeiro, quase trêsmortes por dia. No ano seguinte, o médico sanitarista OsvaldoCruz foi nomeado pelo Presidente da República Rodrigues Alvescomo diretor-geral da Saúde Pública, com a tarefa específica decombater a epidemia.

A partir daí, o número de mortes foi diminuindo até chegar azero em 1908. A doença se manifesta de maneira repentina, comfebre, dor de cabeça, náusea e vômitos. O doente começa a perderalbumina (proteínas presentes no sangue) e diminuem também osglóbulos brancos, que defendem o corpo contra infecções. Sãocomuns as hemorragias no nariz e boca e, algumas vezes, noestômago.

A doença é de curta duração e o paciente adquire uma coramarelada. Nos casos de epidemia, a febre amarela mata. em cincodias, 50% dos que contraem a doença. Não há tratamentoespecífico, mas as vacinas preventivas podem imunizar por até 10anos.

Desde 1942 não se tem conhecimento, nas Américas, desurtos epidêmicos, mas a existência de casos da febre em algumasregiões distantes do Amazonas deixam os especialistas alertas.Afinal, sempre é possível que algum doente originário dessa regiãoentre em contato com os mosquitos transmissores, que, sabe-seagora, convivem com o homem em algumas cidades. Foi o queaconteceu há pouco mais de um mês na zona rural de Itapecirica daSerra, na região metropolitana de São Paulo, onde surgiram oitocasos de malária, doença já erradicada na região. Descobriu-se,posteriormente, que, na região trabalhavam, na montagem detorres de transmissão elétrica, cerca de 300 homens vindos dasobras de Tucurui, no Pará. região onde há muita malária.

Nenhum dos oito doentes, no entanto, fazia parte dessegrupo de trabalhadores, mas eram moradores da região que jamaishaviam estado na Amazônia. Segundo concluíram os médicos, osmoradores foram picados por mosquitos que haviam sugado osangue de algum trabalhador que tinha malária e assim contraírama doença.

Menos maligna do que a febre amarela, a malária, ressurgin-do em local muito distante de seu ponto de origem, deixa claro paraos sanitaristas que a Região Amazônica já náo é tão remota assim.

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O Aedes Aegypti nas várias etapas deseu desenvolvimento: do ovo ao inseto

transmissor da febre amarela

Brasília — As críticas feitas peloPresidente José Sarney ao gigantescomastro colocado, durante o Governo Mé-dici, na Praça dos Três Poderes, reacen-deu em Brasília a esperança de que,finalmente, o monumento seja retirado.Em seu lugar, pode ser construído opanteão encomendado por Sarney aoarquiteto Oscar Niemeyer."Veja, por exemplo, a questão dosmonumentos", comentou o Presidentecom o repórter Emerson Souza, da Folhade S. Paulo, "um país em dificuldadescomo o nosso tem de ser criterioso. Pediao Oscar Niemeyer que projete, para aPraça dos Três Poderes, um panteão, umaltar com o fogo sagrado da pátria. Ali sepoderá cultuar ou prestar homenagens atodos os heróis. Não tem sentido o que seestá gastando com as cerimônias juntoàquele mastro enorme e pesado a cadadia". Emerson Souza, sorteado entre osrepórteres credenciados no Palácio doPlanalto para viajar no avião do Presi-dente, colheu este depoimento durante aviagem de volta de Sarney do Rio paraBrasília.

Uma bandeira por mêsA bandeira foi colocada em 1972, na

Semana da Pátria, por sugestão do Gene-ral Otávio Costa, então chefe da assesso-ria de relações públicas da Presidência daRepública. Todo primeiro domingo domês ocorre a troca do símbolo nacional,que era feita pelo Governo Federal comrepresentação dos Estados.

O Presidente José Sarney, ao pensarem mudar o monumento, deseja tambémacabar com essa despesa. Só que atual-mente, os Estados não mais fazem acerimônia, e isso graças ao GovernadorLeonel Brizola. Em 1982, com sua elei-ção para o Governo do Rio de Janeiro, osmilitares, não desejando sua presença emBrasília, cancelaram o esquema anteriore passaram para o Governo do DistritoFederal a incumbência de trocar mensal-mente a bandeira.

O Gabinete Militar do DF é quemorganiza a troca da bandeira e, para tal,usa o equipamento do Corpo de Bombei-ros do Palácio do Planalto. A bandeira,nos seus 286 metros, toda de nylon, nemsempre dura 30 dias, por causa dos fortesventos. Ela, então é restaurada e só seestiver imprestável é que é substituída.Mesmo assim, uma bandeira não dura ummês. Por isso, o Governo do DistritoFederal, a cada quatro meses, em média,compra, sob encomenda ao comércio emBrasília, novas bandeiras. A última vezque foram compradas, no início do ano,custavam Cr$ 6 milhões 900 mil cadauma.

Agressão visualNesta semana, o Presidente José Sar-

ney encontrou-se com o arquiteto OscarNiemeyer, que projetou Brasília, e soltei-"tou a criação do panteão. Só que o artistanão quis opinar sobre a bandeira, alegai!-"'1do que náo fala "sobre o trabalho de úmcolega".

Mas o Presidente José Sarneyconta com o apoio do público em geral e,principalmente, da classe artístico-intelectual de Brasília, que considera omastro da bandeira "algo que agride", no 1entender de Tetê Catalão, teatrólogo eum dos que mais mobilizam a vida artísti-ca da cidade.

Precisamos tirar aquilo dali —disse Tetê Catalão — mas sem vandalis-mo, como querem alguns que sugeremderreter o ferro etc. Precisamos tirá-lopara acabar com a agressão ao espaço dacidade. Ele só fica ainda lá porque aspessoas respeitam a bandeira que é onosso símbolo. /

Aliás, os artistas da cidade preten-dem não só retirar o mastro como estãoem campanha para tirar o toldo colocadoà entrada do Teatro Nacional. SegundoTetê Catalão "ele servirá de pano defundo no palco ambulante a ser instalado-na favela do Paranoá.

Três grupos

disputam

presidência da Funai

Brasília — Vinte dias após a nomea-ção interina de Gerson Alves para apresidência da Funai, o Ministro do Inte-rior, Ronaldo Costa Couto, continua semum nome de consenso para ocupar defini-tivamente o cargo durante sua gestão.Divididos em três correntes, grupos indí-genas e indigenistas continuam mobiliza-dos em verdadeiros colégios eleitorais,lutando cada qual pela aprovação de seucandidato.

A corrente do Deputado XavanteMario Juruna apóia o próprio GersonAlves. A facção da União das NaçõesIndígenas (UNI), liderada por ÁlvaroTukano, aponta Carlos Frederico Mares,presidente da Fundação Cultural de San-ta Catarina. Os indigenistas da Funaiindicam os nomes de Áureo Falheros,Marcos Terena e Odenir de Oliveira.Nesta briga pela presidência, milhões decruzeiros têm sido gastos. Alguns funcio-nários da Funai, que pediram para nãoser identificados, estão apurando as des-pesas com hotéis, passagens e alimenta-ção de cerca de 300 índios que se encon-tram em Brasília para pressionarem afavor da permanência de Gerson Alves.

A primeira corrente surgiu com oDeputado Mário Juruna. composta deíndios xavantes, funio e terena, lançandoo nome de Gerson Alves. As correntescontrárias acusam esse grupo de se mobi-lizar em troca de promessa de emprego edinheiro. Reivindicando a criação de umnovo órgão indigenista em lugar da Fu-nai, a UNI se faz representar por lideran-ças dos povos tukano. apurina, caxinaua,tuxa, quiriri, pataxó. bororo. caiabi,apiaca, nhambiquara. xavante e caincan-gue. Ela acusa os funcionários da Funaide estarem mais preocupados em dispu-tas pelo poder dentro do órgão do quecom as suas reivindicações.

Com a bandeira de apoio a CarlosFrederico Mares, um nome praticamentedesconhecido dos índios. Álvaro Tukanodefende a participação das liderançasindígenas nas decisões sobre suas terrasdiretamente com o Ministro de Reformae Desenvolvimento Agrário. Nelson Ri-

beiro. Exige a expulsão do Instituto Lin-güístico de Verão, as missões Novas Tri-bos e outras entidades religiosas que serecusam a se comprometer com os pro-blemas indígenas. Além disso, pretendeque a UNI participe dos debates e simpó-sios públicos sobre a Constituinte.

A terceira corrente nasceu da reu-niáo de delegados regionais e indigenistasda Funai, elegendo três nomes comoopções a serem estudadas por RonaldoCosta Couto. Marcos Terena, ex-chefede gabinete da Funai, Áureo Falheros,diretor do Departamento de PatrimônioIndígena e Odenir de Oliveira, indigenis-ta. Pela liderança exercida por MarcosTerena, essa lista tríplice é apoiada pelosíndios caiapó, txucarramãe, xinguanosem geral, terena kaiabi, alguns apinajés,carajás e guajajara do Maranhão (cercade 10 mil).

Na verdade, o apoio aos candidatosnão se caracteriza por grupos étnicos, esim pela mentalidade dos líderes dascomunidades. Eles defendem o plano detrabalho que propõe como prioridade ademarcação das terras indígenas, a assis-tència médica e escolar às aldeias e oapoio político e administrativo para osíndios que ainda náo têm condições degerir seu próprio patrimônio. Alem disso,propõe a descentralização administrativae financeira da Funai, para evitar odeslocamento de índios até Brasília.

Coxini, atual chefe de gabinete daFunai e índio caraja, náo tem candidato.Para ele, o que interessa é que seja umnome de consenso e atenda ás reaisnecessidades indígenas. "Senão, derruba-mos. Nós. os carajás, temos muito poderaquisitivo. Há dois meses, quando euainda era o diretor do Parque Araguai,meu povo tinha CrS 7(1(1 milhões doaluguel de pastos, fornecimento de ma-deira e venda de peixe aplicados napoupança. Se apoiar alguém, vão dizerque a gente comprou o nome do candida-to". O Conselho Indigenista Missionário(Cimi). segundo seu secretário. AntonioBrant. também se recusa a fazer campa-nha eleitoral por quem quer que seja.

AMdm^GuMemeacha pouco provdvel que os mosquitos estejam contaminaaosAntônio Guilherme acha pouco provável que os mosquitos estejam contaminados

14 ? Io caderno ? domingo, 12/5/85 N&ClOU&l

Sarney quer

que Governo

atenda melhorBrasília — O Presidente José Sarney

solicitou ao Ministro-Chefe do GabineteCivil, José Hugo Castello Branco, quetransmita aos demais ministros de Estadoorientação para que adotem providênciasque visem a melhorar o atendimento aopúblico pelos órgãos da administraçãodireta e indireta. A decisão do Presidentefoi tomada a partir de um documentoreservado e engavetado pelo Governopassado no Ministério da Desburocrati-zação.

No pedido, o Presidente José Sarneyrecomenda aos ministros de Estado"quesejam rigorosamente observadas as re-gras de urbanidade e presteza no trata-mento dos assuntos de interesse dos cida-dãos, o que constitui dever do Estado edireito inalienável de todo pessoal".

O documentoO documento é um trabalho feito

pela antropóloga Inês Gonzaga Zatz,pós-graduada pela Universidade de Bra-sília, que partiu da leitura das cartasenviadas pelo povo ao Ministério daDesburocratização, no lançamento doPrograma Nacional da Desburocratiza-ção entre março e maio de 1982. O,Ministro Paulo Lustosa apresentou-o nodespacho do dia 17 de abril ao Presidentecom uma lista de recomendações paraserem enviadas aos ministros para ime-diata implantação. Nas cinco recomenda-ções, destaca-se o reexame do sistema deatendimento ao público, com a criação deum bureau de denúncias, e a definição demedidas que restabeleçam a municipali-zação.

Na decodificação da leitura das car-tas, a antropóloga constatou um distan-ciamento entre Povo e Governo, comconceitos do primeiro sobre o segundo,que o Ministro Lustosa considerou muitoperigoso. Na análise de Inês Zatz, asociedade brasileira é composta de doisgrupos:"Um menor e poderoso, rico eprivilegiado, que é o Governo, e o outromaior e mais distante do poder e dosprivilégios sociais, pobre, dependente e,quase sempre, entregue a si mesmo, a suaprópria sorte: o Povo".

Além de dividida e distanciada, asociedade apresenta-se hierarquizada. Éa relação dessa hierarquização, compara-da entre Povo e Governo que mais assus-ta o ministro da Desburocratização. Dolado do Povo figuram em melhor posição;os simples cidadãos e as pessoas humil-des, enquanto do lado do Governo, comrparativamente, figuram os ministros e osricos.

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JORNAL DO BRASIL Nacional domingo, 12/5/85 ? Io caderno o 15 "

Ministros definem amanhã CaPixabas

aumento do servidor civil(Irasflia — 0 Ministro da Administração,'

Aluízio Alves, reúne-se amanhã com os Minis-tros do Planejamento, João Sayad, e da Fazen-da, Francisco Dornelles, para decidir o au-mento que será concedido aos servidores civisda União a partir de 1° de julho. O Ministro daAdministração vai levar propostas de reajustesuperiores a 100% do INPC de junho(86,02%) e de aumento diferenciado.

Aluízio Alves pretende também definir afórmula para a concessão do 13° salário paraos servidores estatutários, devendo sugerir oseu pagamento em duas prestações, a primeiraeste ano e a outra no ano que vem.

Um assessor do Ministro Aluízio Alvesexplicou a idéia do aumento diferenciado: se oaumento a ser concedido em julho for superiora 100% do INPC, os funcionários dos níveismédio? (1 a 16), que tiveram no início do mêsseus. vencimentos reajustados para eqüivale-rem .ao salário mínimo, irão receber esseaumento integral. O mesmo, porém, não de-verá ocorrer com os servidores de nível supe-rior que, somados os benefícios e gratificaçõesa que têm direito, estão ganhando hoje até Cr$6 milhões, sendo o seu salário de apenas Cr$ 1milhãi 535.

— Não vamos aumentar o salário de umservidor para Cr$ 600 mil e de outro para Cr$12 milhões. Não faz sentido. Só aumentaria ainsatisfação no funcionalismo público — disseo assessor.

O secretário de pessoal civil do Ministérioda Administração, Marcondes Mundim Gui-marães, acredita que, em qualquer hipótese, oreajuste de julho será concedido dentro dapolítica de valorização do funcionário públicoe do plano de reposição salarial da categoria,que inclui o aumento do valor das pensões deaposentadoria.

Segundo Guimarães, também existe a in-tenção de reduzir o número de referênciassalariais (são hoje 375) e o intuito de corrigiras distorções provocadas pelas reposições pro-movidas pelo Presidente João Figueiredo doisdias antes de deixar o Governo. Essa medida,disse, prejudicou funcionários antigos, benefi-ciando outros mais novos.

Técnicos do Ministério da Administraçãoestudam, por fim, a possibilidade de corrigir eatualizar os salários dos funcionários maisgraduados, os chamados DAS, que nos últi-mos dois anos tiveram seus vencimentos segui-damente achatados.

Ovelhas Corriedale têm

congresso mundial no Sul

Porto Alegre — A raça de ovinos quemelhor se adapta às condições de clima esolo do Rio Grande do Sul, a Corriedale,tem cerda de 7,5 milhões de cabeças noEstado, representando 65% do rebanhoovino gaúcho. Uma raça de duplo propósi-to, produzindo lã e carne, a Corriedale é aque, eocnomicamente, dá maiores resulta-dos. ao ovinocultor da região além, de,atualmente, render mais para o criador doque, p„ bovino.

A raça Corriedale foi motivo de con-gresso aberto dia cinco e que se encerraneste -domingo em Santana do Livramento(a 488 km da capital). O 8° CongressoMundial de Criadores de Corriedale reuniuprodutores da Austrália, Nova Zelândia,Estados Unidos, África do Sul, Canadá e daAmérica do Sul. O congresso teve a finali-dade de verificação do padrão da raça,, quefoi criado em 1910. Segundo Renato ÁvilaAibornoz, praticamente não houve altera-

¦ções, permanecendo as exigências de pro-dução equilibrada de lã e carne, sendo que alã deve ser média, nem grossa nem fina.

Os animais de plantei, filhos de linha-gem mais apurada, quando colocados emexposições, conseguem alcançar preços emtorno de Cr$ 20 milhões, pagos por criado-res interessados em usá-los para insemina-ção artificial. Já os carneiros de campoobtêm preços em média de Cr$ 400 mil,também para reprodução.

A raça é originária da Nova Zelândia eresultado do cruzamento entre o Merino e

Lincoln. Ela foi introduzida no Brasil em1926, através da Patagônia chilena, dissemi-nando-se no Uruguai e na Argentina. Seuingresso no Rio Grande do Sul ocorreu apartir de 1930.

Segundo o vice-presidente da Associa-ção Brasileira de Criadores de Corriedale,Renato Ávila Aibornoz, uma das grandesvantagens da raça é sua versatilidade efacilidade de adaptação, lembrou, porexemplo, que a Corriedale é encontrada noPeru, a quatro mil metros de altura. Dorebanho mundial de Corriedale, 75% locali-zam-se no Cone Sul: Brasil, Argentina eUruguai.

No Brasil, a maior concentração dessaraça de ovinos encontra-se no Rio Grandedo Sul. Afirmou Renato Ávila Aibornozque uma ovelha Corriedale dá uma cria porano; de cada animal é possível tirar de três aquatro quilos e meio de lã e um cordeirocom três ou quatro meses rende em tornode 20 quilos de carne.

Frisou que, há muitos anos, a Corrieda-le é a principal raça de ovinos do Estado,criada principalmente na região da campa-nha, embora seja encontrada também naregião sul. Quando se destinam ao abate, osmachos dessa raça conseguem os mesmospreços dos bovinos. Às vezes, devido aosaltos preços alcançados nas exposições, são' formados consórcios de cabanhas (estabele-cimentos pecuários) visando à aquisiçãoconjunta, principalmente para fins de inse-minação artificial.

nao queremnova fábrica

Vitória — Entidades de de-fesa do meio ambiente, lidera-das pela Associação Capixabade Proteção ao Meio Ambien-te, ao lado das principais asso-ciações de bairros de Vitória econtando com o apoio de 20sindicatos, se uniram, na capi-tal do Espírito Santo, para im-pedir a instalação, no porto deVitória, numa área de 35 milmetros quadrados, de uma in-dústria de grande porte, deorigem francesa, para fabricartubos flexíveis para a Petro-brás.

Marcaram para o próximodomingo um ato público nolocal onde a indústria vai seinstalar, prevendo, desde já, aparticipação de mais de 40 milmoradores de Vitória, "como aúnica forma de impedir maisessa violência contra a.qualida-de de vida do capixaba", se-gundo o biólogo Clovis Men-des, presidente da AssociaçãoCapixaba de Proteção ao MeioAmbiente.

Contra essa movimentação,que ocupou durante toda a se-mana os horários nobres dasemissoras de televisão locais, oGovernador Gerson Camatareagiu, acusando os líderes domovimento de "profetas do na-da" e responsabilizando-os pe-lo atravancamento do desen-volvimento do Estado.

Corretor quer cadastro

de imóveis para evitar

casos como o de DouradoBrasília — O presidente do Conselho Federal de

Corretores de Imóveis (Cofeci), Aref Assreuy, vai proporao Presidente José Sarney a criação de um cadastro nacionalde imóveis para evitar casos como o da Sérgio DouradoEmpreendimentos Imobiliários, que construiu e vendeu noRio de Janeiro apartamentos em terrenos hipotecados àCaixa Econômica Federal.

Esse cadastro — a exemplo do registro de veículos, queinforma se um automóvel está ou não alienado — permitiriaa coleta de informações instantâneas sobre a real situação detodos os imóveis no país. A criação do cadastro é umareivindicação antiga dos corretores e propostas nesse senti-do foram encarniçadas ao ex-presidente Figueiredo, masnão receberam respostas.

Cotação irrealAref Assreuy disse que os corretores de imóveis estão

preocupados com a situação da Sérgio Dourado — que deveCr$ 130 bilhões à Caixa Econômica Federal, tomados sobgarantia hipotecária de imóveis já vendidos a terceiros —devido às repercussões negativas do caso no mercadoimobiliário e à existência de inúmeros negócios e interessesrelacionados com a empresa carioca.

— Hoje as empresas imobiliárias, como todas asempresas do país, estão reajustando anualmente os seusbens ativos imobilizados de acordo com a correção monetá-ria, atendendo a um decreto-lei do ex-presidente Figueire-do. Essa reavaliação tem atribuído aos imóveis uma cotaçãomuito acima do valor real — disse.

É com base nessa cotação irreal que muitas empresasconseguem levantar dinheiro nos bancos, segundo Assreuy,o que tem representado, a seu ver, uma falência nacional doprincípio de financiamento. Para ele, a situação do país hojeé tão dramática que as empresas estão devendo acima doque realmente têm. Da mesma maneira, os bancos, queemprestam dinheiro sobre esses valores irreais, estão en-frentando sérias dificuldades.

O momento exige muita prudência e o melhor caminhoé da negociação e entendimento — concluiu Assreuy.

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Veia, na Revista de tWinga ^ ^o melhor presen«P. ime(J,at0

âSSíS"""*01'Suarnãe podíter wdo na mão.Depende de voce.

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Malária — Somente nos últimos três meses, nove pessoas jámorreram e 100 continuam doentes em virtude de um surto demalária que irrompeu no Norte de Mato Grosso. No mesmoperíodo, registram-se ainda 127 casos de lcishmaniose cutânea e -32 de lepra.

Estudantes — Os estudantes brasileiros formados noexterior ou estrangeiros com diplomas em seus países de origempoderão, a partir de amanhã, revalidar seus cursos diretamentenas universidades autorizadas (federal ou particular), conformedecisão tomada ontem em Brasília pelo Ministro da Educação,Marco Maciel, ao homologar a resolução aprovada pelo Conse-lho Federal de Educação.

Direitos Humanos — A Pastoral de Direitos Humanosda Arquidiocese de Belo Horizonte expressou ontem suapreocupação com o crescimento da violência nos superlotadospresídios mineiros a assinalou que as 13 mortes ocorridas desdemarço em delegacias e penitenciárias"transcendem qualquerargumento simplista de descaso dos carcereiros ou mesmo derelaxamento da segurança dos presídios".JurOS baixos — A Câmara de Vereadores .do município deAlegrete, no Rio Grande do Sul, enviou voto de congratulaçõesao advogado Antônio Beiriz, por ter entrado com ação popular

11contra 124 deputados e ex-deputados gaúchos de todos ospartidos que obtinham empréstimos pessoais na Caixa Econô-mica Estadual a juros de apenas 2,8%, sem correção monetária,o que resultou, segundo um advogabo, num "desfalque" de Cr$100 bilhões na autarquia.

Serra Pelada — Apesar de Otávio Blanco, assessor doDepartamento Nacional de Produção Mineral e coordenador dogarimpo de Serra Pelada, ter anunciado em Belém do Pará oadiamento da reabertura dessa região de lavras de sexta-feirapara sábado, ela ocorreu mesmo na data prevista pela Coopera-tiva dos Garimpeiros, que havia acertado tudo para sexta-feira enão pôde atender à solicitação de mudança.

Turismo em Minas — Um convênio no valor de 472 mil420 ORTNs, algo em torno de Cr$ 16 bilhões 300 milhões, seráassinado entre o Governador Hélio Garcia e o presidente daEmbratur, Mac Dowell Leite de Castro, para a execução de trêsimportantes projetos turísticos em Minas, dois deles em BeloHorizonte: o Palco do Lazer, na área externa do Mineirão, e oCentro de Apoio Turístico Tancredo Neves, na Praça daLiberdade.

Cumbica fecha — O Aeroporto Internacional deCumbica fechou ontem pela 17a vez desde que foi inauguradono início do ano em conseqüência do denso nevoeiro que cobriua região do município de Guarulhos. A interdição do aeroportoocorreu às 6h e a reabertura só se verificou às 8h30min, mas semqualquer prejuízo para o tráfego aéreo, informou o Infraero.

Gays — Depois que a Prefeitura de Capão da Canoa, no RioGrande do Sul, conseguiu impedir a realização para ali progra-mada de um congresso internacional de homossexuais, que teriainício no próximo dia 22, sua cidade vizinha, Tramandaí,decidiu promover um grande baile de gala gay no dia 25.Comparecerão cerca de 1 mil homossexuais de todo o país,'inclusive convidados especiais, como Roberta Close e Rogéria.

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16 a Io caderno ? domingo, 12/5/85 Internacional JORNAL DO BRASIL

Papa homenageia vítimas do nazismo na Holanda

Eindhoven, Holanda — Com uma exortação a que asatividades das Igrejas nacionais sirvam á unidade da IgrejaCatólica, e uma homenagem às vítimas holandesas do nazismo,sobretudo os judeus, o Papa João Paulo II fez seu primeirodiscurso depois do tradicional gesto de beijar o solo do país queo recebe. Foi pequeno — cerca de 4 mil — o número de fiéis que

saudaram no aeroporto, onde lhe deram as boas-vindas oCardeal-Primaz Adriaan Simonis, arcebispo de Utrecht, oNúncio Edward Casidy, o Chanceler Hans van den Broeck eoutras autoridades.

O Papa, no fim da tarde, seguiu de helicóptero para DenBosch, onde rezou missa na catedral e participou de procissãomariana, acompanhada por cerca de 10 mil fiéis. Ainda emEindhoven, ele disse que o apego dos católicos holandeses àIgreja "é mais profundo do que se poderia depreender dahistória contemporânea" do país, em reterência velada àrebeldia de amplos setores católicos que contestam suas orienta-ções e as nomeações que vem fazendo de bispos .consideradosconservadores, pelas quais se justificou em Den Bosch.

Uso da liberdadeJá o Cardeal Simonis ponderara em seu discurso de

saudação que a crise da Igreja holandesa "é a mesma crise'espiritual que afeta todo o mundo ocidental", assegurando oapego dos católicos holandeses aos laços do passado e datradição evangélica. João Paulo II, que leu seu discurso emholandês, aludiu ao "amor do povo holandês pela liberdade",para advertir: "Teremos a oportunidade de resgatar o verdadei-rp significado da liberdade e do uso que dela é feito."

A vitalidade das igrejas locais se desenvolve ou renascena medida em que têm o cuidado de não se voltar sobre simesmas, mas também de evitar o distanciamento do centro daunidade — ensinou.

Em outro trecho, João Paulo II recordou que o últimopontífice a visitar a Holanda foi Leão IX, no século XI. e que oúltimo Papa não italiano foi justamente um holandês, AdrianoVI, no século XVI. Evocando o 40" aniversário da libertação dojugo nazista, ele prestou homenagem aos que se sacrificarampela liberdade:

Como poderíamos esquecer seu sacrifício, e particular-mente o trágico destino de milhares de judeus? Rogamos avosso Deus, que é também o nosso, que o povo eleito possaviver em paz e segurança.

Não se realizaram no aeroporto de Eindhoven as manifes-tações contrárias à visita que as autoridades locais previam: osdois locais reservados para os favoráveis e os contestadoresficaram vazios. Mas outras manifestações de crítica ou desapro-vação são esperadas, e algumas já se concretizaram ontemmesmo.

Em Utrecht, onde o Papa estará hoje, haverá concentra-çáo para dar partida a "quatro dias de festa pagã", segundo ojornal De Telegraaf. Grupos terroristas convocam os manifes-tantes a dançar, cantar e lutar com a polícia. Todos os principaisdiários holandeses — inclusive o católico De Volkskrant —publicaram manifesto de centenas de cidadãos intitulado "Queseu beijo não seja um beijo de Judas", afirmando que naHolanda "respeita-se a autodeterminação do indivíduo" eexortando o chefe da Igreja Católica a "respeitar os princípioselementares" dos direitos dos homossexuais e da liberdade deprocriaçáo. A imprensa também reproduziu carta da principalcentral sindical ao Papa — que receberá hoje seus representan-tes —, pedindo-lhe que permita o acesso das mulheres aosacerdócio c renuncie a condenar a homossexualidade.

O esforço ecumênico de João Paulo II também vaisofrendo revezes. O Consistório Nacional Judaico recusouconvite para encontrá-lo, afirmando que o Vaticano "não estápreparado para uma clara declaração sobre a responsabilidadeda Igreja católica na perseguição dos judeus no passado", emreferência ao comportamento de Pio XII durante a II GuerraMundial. Pedem uma aberta condenação do anti-semitismo e oreconhecimento do Estado de Israel.

w A comunidade muçulmana não enviará a seu encontrorepresentantes religiosos, mas diplomatas. Alguns setores pro-testantes também recusaram o convite.

A procissão em Den Bosch decepcionou as autoridades"eclesiásticas, que esperavam multidão de pelo menos 160 mil.

Alguns cartazes com dizeres agressivos surgiram. Mas o princi-j)al evento foi a justificativa do Papa, no homifia que fez na.catedral gótica, pela nomeação do bispo conservador JohannesTer Schure, em fevereiro, contra lista tríplice oferecida pelaIgreja local. Centenas de fiéis e sacerdotes realizaram naocasião um protesto na catedral.

Na primeira vez em que se justificava publicamente peladesignação de um bispo, João Paulo II, tendo ao lado o próprioTer Schure, começou dizendo-se triste pelas tensões causadas:

— Gostaria de dizer com toda sinceridade que o Papatenta compreender a vida da Igreja local na designação de cadabispo. Mas em última análise o Papa deve tomar a decisão.Estejam certos de que ouvi, meditei e orei, escolhendo aqueleque perante Deus considerei o mais indicado. Aceitem oescolhido por amor de Cristo.

O Papa omitiu o trecho do discurso previamente divulgadoque dizia:"Deve q Papa explicar sua escolha? A discrição náo opermite fazê-lo." Voltou a abordar o tema da liberdade,dizendo que o progresso tecnológico da sociedade holandesasignifica particular necessidade de orientação espiritual, paraque náo se abuse da liberdade, que em caso contrário "volta-secontra o homem e a sociedade".

• Depois de visitar Utrecht, João Paulo II seguirá para Haia.Maastricht — onde rezará a única missa ao ar livre — eAmersfoort. Estará durante 24 horas, de quarta para quinta-feira, em Luxemburgo, encerrando a viagem com estada na

. Bélgica de 16 a 21.

Eindhoven, Holanda — Foto da AP

Jornalistas e fiéis futuram confinados atrás de grades no aeroporto Eindhoven

Greve pára

serviços

na SuéciaEstocolmo — Fracassada a

tentativa de acordo com 2(1 miltrabalhadores dos setores detransporte aéreo, alfândega ecorreios que estão em grevedesde o dia 2, por reajustesalarial imediato de 3,1%, aFederação dos Empregadoresdo Serviço Público, estatal, de-terminou a aplicação de lock-out previsto desde o dia 3. Amedida afetará cerca de 80 milfuncionários, a maioria (55 mil)professores, que deixarão maisde .300 mil crianças em fériasforçadas.

Com as comunicações inter-nas e o comércio para o exte-rior já seriamente afetadas pelagreve, a situação deste que já éo maior conflito trabalhista nosetor público sueco se agravaagora com a paralisação demais de 100 agências governa-mentais (obras públicas, im-postos, museus etc.).

Efe deseja

comprar UPI

em espanholMadri — O diretor-

presidente da Efe. RicardoUtrilla. anunciou (oi feito porescrito uma proposta concretapara a compra de todos osserviços e operações em espa-nhol da agência UPI, tanto nosEstados Unidos quanto em to-dos os demais países onde elaopera.

Segundo Utrilla, a propostapor escrito foi elaborada depoisde sucessivas reuniões em Wa-shington e em Nova Iorquecom o presidente da UPI, LuísNogales, e os dois principaisacionistas da agência america-na, William Geissler c DouglasRulie, que a teriam recebidocomvgrande interesse".

A Efe e a UPI já trabalhamem conjunto há mais de umano em serviço radiofônico emespanhol denominado Nossasnotícias, com 16 emissões diá-rias para os Estados Unidos eCanadá. Se a operação propos-ta por Utrilla se concretizar,¦ osserviços da Efe, consideradaatualmente a quinta agência domundo, se ampliarão conside-ravelmente, levando-a ao pri-meiro lugar nas informaçõesdivulgadas em idioma espa-nhol.

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Ortega se diz

diálogo direto

Madri e Manágua — O Presidente daNicarágua, Daniel Ortega, disse ontem à suachegada a Madri, procedente da AlemanhaOriental, que está disposto a conversar direta-mente com o Presidente Ronald Reagan se osEstados Unidos reiniciarem o diálogo bilateralem Manzanillo, no México, interrompido emjaneiro. Acrescentou oue os Estados Unidos-"constituem a verdadeira oposição à Nicará-gua e são, realmente, os contras".

Recebido no aeroporto pelo Primeiro-Ministro espanhol Felipe González, Ortega,antes de subir a bordo de um helicóptero que olevou ao Palácio de Moncloa, sede do Gover-no, acenou para cerca de 100 pessoas queagitavam bandeiras vermelhas e gritavam:"Nicarágua vencerá!". As 48 horas de Ortegaem Madri são consideradas pelas autoridadesespanholas uma "escala técnica".

ComparaçãoDurante uma entrevista coletiva conjunta

com Suárez, Ortega voltou a comparar Rea-gan a Hitler, alegando que o embargo comer-ciai imposto por Washington visa matar defome os nicaragüenses. Salientou que a Nica-rágua tem uma economia mista e um sistemapolítico multipartidário, e, numa referência àsua viagem a Moscou, destacou que Manáguanão se- inclina por qualquer país do blocosoviético, buscando ajuda onde possa con-segui-la.

— A Nicarágua não tem de pedir permis-são aos Estados Unidos para eu viajar à UniãoSoviética — declarou Ortega. — Náo somosum dos Estados norte-americanos. Presidentesamericanos têm viajado inúmeras vezes àURSS e muitos líderes soviéticos já visitaramos Estados Unidos.

Argentino conta

que jornalista

foi eletrocutadoBuenos Aires — O jornalista Edgardo

Sajon. Secretário da Informação durante oGoverno do General Alejandro Lanusse(197T-3), até agora dado como desaparecido,na realidade foi eletrocutado, após torturas,na luta entre os militares argentinos e aguerrilha esquerdista, revelou sexta-feira, du-rante uma audiência do julgamento de noveex-cheles militares, um ex-oficial da polícia deBuenos Aires. Carlos Alberto Hours.

Suas palavras causaram frisson entre opúblico, ao revelar que vira Sajon — seques-trado por policiais, em Buenos Aires, a I" deabril de 1977 — "estendido sobre uma mesa debilhar.molhada e torturado mediante a aplica-çáo de corrente elétrica." Quando Sajon mor-reu. prosseguiu Alberto Hours. seus dentesforam extraídos e colocados, junto com umanel e a roupa que usava, dentro de um sacoplástico,"de cujo destino jamais soube".

Os responsáveisA morte de Sajon ocorreu a 27 de setem-

bro de 1979 na Escola de Policia Juan Vucetiche dela participaram o então Tenente-CoronelRaul Munoz. hoje coronel, e os comissários depolícia Fiorillo. Forastiero e San Felix, daprovíncia de Buenos Aires.

Depois, todos os que assistiram á morte deSajon viram seu corpo desnudo ser enterradopor um cabo do Exército conhecido comoGrandolo. num terreno junto à escola.

Alberto Hours também disse que o conhe-ciilo escritor argentino Haroldo Contil tinhauma fratura exposta quando o viu no centro detorturas.denominado El Vesúvio. Após pro-longadas sessões de tortura, Conti morreu deparada cardíaca.

disposto ao

com Reagan

Antes de seguir, segunda-feira, para Parisonde ontem o jornal do Partido Comunista

francês, L'Humanité, estampou na primeirapágina o título Bienvenido, Companerò Ortega

o Presidente nicaragüense, que se fazacompanhar de seu Chanceler. Padre MiguelD'Escotto, e dos Ministros do Comércio Exte-rior, Alejandro Martínez Cuenca, e da Infor-maçáo, Manuel Espinosa, se avistará comoutros líderes socialistas, além de Suárez, edirigentes do PC espanhol.

CompensaçãoNa véspera de sua partida da Alemanha

Oriental, Ortega declarou á imprensa que ospaíses do Leste europeu por ele visitados —que incluíram ainda URSS, Iugoslávia, Bulgá-ria. Romênia, Hungria. Tcheco-Eslováquia ePolônia — prometeram fornecer matérias-primas, maquinaria, alimentos e remédios àNicarágua a fim de compensar o embargoeconômico imposto por Reagan.

Em Manágua. numa tentativa de contra-atacar o florescente mercado-negro, o BancoCentral reabriu as casas de câmbio e aboliuuma lei que permitia aos nicaragüenses com-prar apenas 500 dólares. Falando pela televi-sào, sexta-feira à noite, o Vice-PresidcnteSérgio Ramírez Mercado anunciou uma sériede medidas, entre elas um novo meio deracionar os alimentos básicos e a criação de umbanco de peças automotrizes mantido comcomponentes de veículos velhos.

O Governo sandinista propôs uma açãocombinada dos Exércitos da Nicarágua e Hon-duras para pacificar sua fronteira comum ondeagem milhares de guerrilheiros nicaragüenses,informou o Vice-Chanceler Victor Hugo Ti-noco.

Arqueólogos em

Honduras acham

cidade histórica Ásia

Américas

Chile — Pela segunda vez em um mês, o jornal La Cuarta. deSantiago, reiterou que 11 pessoas integrantes do grupo armadoque seqüestrou e assassinou três opositores comunistas — JoséManuel Parada. Manuel Guerrero e Santiago Nattino — estão"detidos em algum lugar de Santiago" e nas próximas horasserão postos â disposição do juiz que investiga o tríplice crimeque abalou o Chile. Na versão publicada há um més. o jornaldisse que os detidos pertenciam a um grupo especial de umórgão policial. Parentes das últimas vítimas da violência noChile completaram ontem à noite 10 dias de greve de fome numtemplo no Norte de Santiago para exigir "o total esclarecimentodos últimos assassínios cometidos no país.Uruguai — O Chefe do IV Exército argentino. General JoséSiqueira, pediu sua transferência para a reserva por discordar dadecisão do Presidente Júlio Maria Sanguinetti de reabilitar doismilitares esquerdistas. O Ministro da Defesa. Juan Chiarino,confirmou o pedido, mas negou versões de que tropas doExército teriam entrado em prontidão como reação à decisão doGoverno. Fontes governamentais disseram â agência AP queSiqueiro se opôs vigorosamente a que o Poder Executivoreabilitasse os generais do Exército Liber Seregni e VictorLicandro. mantidos presos durante quase uma década peloregime militar, que também lhes retirou a patente mediante umtribunal de honra.Granada — Dezenove ex-militares e políticos responsabili-zados pelo assassinio do ex-Primeiro-Ministro Maurice Bishop.no golpe de Estado de 1983, serão submetidos a julgamento,informou o Tribunal de Recursos da ilha. A corte rejeitou umpedido do advogado dos acusados no sentido de declarar nulo oSupremo Tribunal de Granada, criado pelo Governo revolucio-nário de Bishop e que determinou o julgamento de seusassassinos..Para o advogado dos réus. o estabelecimento doSupremo Tribunal de Granada foi ilegal, porque a Constituiçãoda ilha reconhece a legitimidade do Tribunal dos EstadosAssociados das índias Ocidentais.Falklands — O Príncipe Andrew. que inaugura hoje onovo aeroporto de 3 mil metros de extensão, construído cm doisanos a um custo de 276 milhões de libras, disse á rádio doarquipélago que o conflito armado com a Argentina fez com queos jovens de sua idade compreendessem o significado dossacrifícios que impõem uma guerra, já que para os jovens asduas primeiras guerras mundiais são coisas do passado, que naoentendem e sobre as quais pouco sabem. Entre as cerimôniasprogramadas está a colocação de uma coroa de flores, pelo tilhoda Rainha Elizabeth II. no cemitério militar de Playa Azul. emSan Carlos, onde estão os restos de 16 soldados britânicosmortos durante o conflito a.nglo-argentino.Colômbia — A Colômbia é o país mais violento do mundoe onde mais rapidamente floresce o comércio de guarda-costas,de acordo com a revista inglesa The Economist, citando oInstituto Gallup. Segundo a revista, os bairros elegantes deBogotá sào totalmente policiados por guardas particulares, jáque os colombianos não tem confiança na polícia oficial. Emtodo o país, no ano passado houve 299 seqüestros. 10 milassassinatos e 25 mil roubos com armas. Os três principaisresponsáveis pela violência são os guerrilheiros de esquerda, ostraficantes de drogas e os delinqüentes comuns.Estados Unidos — Setenta e dois agentes da lei morre-ram no cumprimento tio dever nos Estados Unidos em 1984. omenor número em 1 (¦> anos, informou o fiirô Federal deInvestigações (FBI), a Polícia Federal americana. O FBIinformou que este e o menor número desde 19ft8, quando houve64 mortes e que os últimos totais foram de Ml em 1983 e 92 noano anterior. Das vitimas do ano passado. 34 pertenciam apolícias municipais. 24 eram oficiais de condado. 13 trabalha-vam para agências estaduais e uma servia na Alfândega:

EuropaGrécia — A policia e cerca de 100 estudantes esquerdistas daFaculdade de Ouímica. que se apoderaram do prédio há 48horas, entraram em choque, aumentando a tensão nos meiosuniversitários após a ocupação por 24 horas da Faculdade deDireito por 61) alunos esquerdistas. Os estudantes de química serecusam à abandonar o prédio enquanto não for contada averdade <!obre rumores de que um jovem foi morto no início doschoques e exigem a libertação de 14 pessoas detidas quinta-feiradurante violenta luta de rua. Os ocupantes da Faculdade deOuímica dizem que lançaram gasolina sobre o assoalho e estãodispostos a usar explosivos do seu laboratório para explodir oprédio caso a polícia o invada.

Londres — Ruínas de uma legendáriacidade da civilização indígena payan foramencontradas na selva da região Noroeste deHonduras por arqueólogos britânicos. Segun-do o diretor da Operação Raleigh. CoronelJohn Blashford Snell. em declarações presta-das á Press Association no Panamá, machadosde pedra, vasilhames ornamentados e outrosobjetos foram encontrados numa área de qua-tro quilômetros quadrados, coberta de vegeta-çáo, e onde se destaca o que pode ter sido umaltar de 'sacrifício, com 12 metros de largura.

Os payas são uma tribo que ainda hojevive na parte alta do rio Patuca. e os cientistasacreditam que. com seus vizinhos jicaque,formaram na América Central a fronteiraNorte da penetração para a América do Sul.Blashford Snell acredita que as ruínas sejammesmo da legendária Cidade Branca, masressalvou que a importância da descoberta —feita por sete exploradores — deverá serconfirmada por arqueólogos da Operação Ra-leigh. em colaboração com o Instituto deAntropologia e História de Honduras.

— Durante anos circulavam lendas sobrea cidade, mas a selva densa impedia que sechegasse ao local — disse ele. — Foi umatarefa muito difícil, e nas próximas semanasnossos cientistas voltarão à região para obtermaiores informações-,

A descoberta parece ter afastado a hipóte-se anterior de que os payas ocupavam a costaNorte de Honduras. O jornalista Martin Whi-te. que acompanhou a expedição pela PressAssociation. disse que os exploradores estãoconvencidos de ter feito uma das mais impor-tantes descobertas arqueológica na AméricaCentral.

Irã — O diretor da companhia de prospecção petrolíferairaniana. Mohammad Aghaie. informou que um míssil iraquia-no matou oito de um grupo de nove operários que trabalhava noterminal da ilha de Karglt. Eles estavam trabalhando namontagem de uma espécie de tampa que iria ser colocada numpoço de petróleo em chamas localizado no mar no Golfo Pérsicodevido a um ataque iraquiano. O Irá tinha dois poços depetróleo vazando que já foram fechados e espera conseguirapagar o fogo do que ainda está queimando. O terminal da. Ilhade Kargh é o principal escoadouro do petróleo iraniano t-alvoprioritário do Iraque. ,

África

Nigéria — O Exército nigeriano fechou a fronteira comBenin impedindo a saída de 20 mil imigrantes ilegais que tinhamrecebido ordens do Governo para deixar o país ou legalizar suasituação até 3 de maio. Existem 700 mil imigrantes clandestinosno país, 300 mil deles vindos de Gana. As 20 mil pessoas retidasreceberam ordens de se apresentar num campo de refugiadosperto de Lagos de onde serão repatriados de barco. Desde que oGoverno iniciou a campanha contra os clandestinos, 62 milpessoas, a maioria de Gana, deixaram o país através dafronteira fechada ontem.

África do Sul — A polícia matou um assaltante negro de15 anos que tinha acabado de roubar e incendiar um ônibus numsubúrbio de Johannesburgo. Vários incidentes semelhantesocorreram durante a noite em áreas anexas à Cidade do Cabo enas zonas Norte e Oeste de Johannesburgo. Policiais chegaramquando o garoto, não identificado, estava fugindo depois deassaltar o ônibus com um cúmplice. O dinheiro roubado estavaem seu bolso, segundo as autoridades. Sindicatos e ativistasnegros protestaram contra a ocupação de seus bairros pelapolícia e convocaram uma paralisação de duas horas marcadapara terça-feira.

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Papa homenageia vítimas do nazismo na HolandaEindhoven, Holanda — Com uma exortação a que as

atividades das Igrejas nacionais sirvam à unidade da IgrejaCatólica, e uma homenagem às vítimas holandesas do nazismo,sobretudo os judeus, o Papa João Paulo II fez seu primeirodiscurso depois do tradicional gesto de beijar o solo do país queo recebe, Foi pequeno — cerca de 4 mil — o número de fiéis queo saudaram no aeroporto, onde lhe deram as boas-vindas oCaraeal-Primaz Adriaan Simonis, arcebispo de Utrecht, oNúncio Edward Casidy, o Chanceler Hans van den Broeck eoutras autoridades.

O Papa, no fim da tarde, seguiu de helicóptero para DenBosch, onde rezou missa na catedral e participou de procissãomariana, acompanhada por cerca de 10 mil fiéis. Ainda emEindhoven, ele disse que o apego dos católicos holandeses àIgreja "é mais profundo do que se poderia depreender dahistória contemporânea" do país, em referência velada àrebeldia de amplos setores católicos que contestam suas orienta-ções e as nomeações que vem fazendo de bispos consideradosconservadores, pelas quais se justificou em Den Bosch,

Uso da liberdadeJá o Cardeal Simonis ponderara em seu discurso de

saudação que a crise da Igreja holandesa "é a mesma criseespiritual que afeta todo o mundo ocidental", assegurando oapego dos católicos holandeses aos laços do passado e datradição evangélica. João Paulo II, que leu seu discurso emholandês, aludiu ao "amor do povo holandês pela liberdade",para advertir: "Teremos a oportunidade de resgatar o verdadei-ro significado da liberdade e do uso que dela é feito."

A vitalidade das igrejas locais se desenvolve ou renascena medida em que têm o cuidado de não se voltar sobre simesmas, mas também de evitar o distanciamento do centro daunidade — ensinou.

Em outro trecho, João Paulo II recordou que o últimopontífice a visitar a Holanda foi Leão IX, no século XI, e que oúltimo Papa não italiano foi justamente um holandês, AdrianoVI, no século XVI. Evocando o 40° aniversário da libertação dojugo nazista, ele prestou homewgem áos que se sacrificarampela liberdade:

Como poderíamos esquecer seu sacrifício, e particular-mente o trágico destino de milhares de judeus? Rogamos avosso Deus, que é também o nosso, que o povo eleito possaviver em paz e segurança.

Não se realizaram no aeroporto de Eindhoven, ondeapenas quatro mil pessoas foram esperar João Paulo II, asmanifestações contrárias à visita que as autoridades previam.Ao que parece, os católicos insatisfeitos com a política doVaticano resolveram se manifestar com indiferença à passagemda comitiva papal pelas ruas. Em Bois Le Duc, onde a políciaprevia a vinda de 150 mil pessoas para receber o Papa, não maisque 10 mil fiéis apareceram. Um estacionamento preparadopara receber até 80 mil carros, teve apenas 176 vagas ocupadas eum ambulante que preparou 4 mil sanduíches não vendeu maisdo que 40.

Em Amsterdã, onde é maior a resistência à visita papal,cerca de 150 manifestantes anarquistas fantasiados de padres efreiras queimaram na rua um boneco representando João PauloII, no único incidente mais agressivo registrado ontem, mas quenão teve maiores conseqüências.

Em Utrecht, onde o Papa estará hoje, haverá concentra-ção para dar partida a "quatro dias de festa pagã", segundo ojornal De Telegraaf. Grupos terroristas convocam os manifes-tantes a dançar, cantar e lutar com a polícia. Todos os principaisdiários holandeses — inclusive o católico De Volkskrant —publicaram manifesto de centenas de cidadãos intitulado "Queseu beijo não seja um beijo de Judas", afirmando que naHolanda "respeita-se a autodeterminação do indivíduo" eexortando o chefe da Igreja Católica a "respeitar os princípioselementares" dos direitos dos homossexuais e da liberdade deprocriação. A imprensa também reproduziu carta da principalcentral sindical ao Papa — que receberá hoje seus representan-tes —, pedindo-lhe que permita o acesso das mulheres aosacerdócio e renuncie a condenar a homossexualidade.

O esforço ecumênico de João Paulo II também vaisofrendo revezes. O Cóásistório Nacional Judaico recusouconvite para encontrá-lo, afirmando que o. Vaticano "não estápreparado para uma clara declaração sobre a responsabilidade'da Igreja católica na perseguição dos judeus no passado", emreferência ao comportamento de Pio XII durante a II GuerraMundial. Pedem uma aberta condenação do anti-semitismo e oreconhecimento do Estado de Israel.

A comunidade muçulmana não enviará a seu encontrorepresentantes religiosos, mas diplomatas. Alguns setores pro-testantes também recusaram o convite.

A procissão em Den Bosch decepcionou as autoridadeseclesiásticas, que esperavam multidão de pelo menos 160 mil.Alguns cartazes com dizeres agressivos surgiram. Mas o princi-pai evento foi a justificativa do Papa, no homilia que fez nacatedral gótica, pela nomeação do bispo conservador JohannesTer Schure, em fevereiro, contra lista tríplice oferecida pelaIgreja local. Centenas de fiéis e sacerdotes realizaram naocasião um protesto na catedral.

Na primeira vez em que se justificava publicamente peladesignação de um bispo, João Paulo II, tendo ao lado o próprioTer Schure, começou dizendo-se triste pelas tensões causadas:Gostaria de dizer com toda sinceridade que o Papa

tenta compreender a vida da Igreja local na designação de cadabispo. Mas em última análise o Papa deve tomar a decisão.Estejam certos de que ouvi, meditei e orei, escolhendo aqueleque perante Deus considerei o mais indicado. Aceitem oescolhido por amor de Cristo.

O Papa omitiu o trecho do discurso previamente divulgadoque dizia:"Deve o Papa explicar sua escolha? A discrição não opermite fazê-lo."

Eindhoven, Holanda — Foto da AP

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tentativa de acordo com 20 miltrabalhadores dos setores detransporte aéreo, alfândega ecorreios que estão em grevedesde o dia 2, por reajustesalarial imediato de 3,1%, aFederação dos Empregadoresdo Serviço Público, estatal, de-terminou a aplicação de lock-out previsto desde o dia 3. Amedida afetará cerca de 80 milfuncionários, a maioria (55 mil)professores, que deixarão maisde 300 mil crianças em fériasforçadas.

Com as comunicações inter-nas e o comércio para o exte-rior já seriamente afetadas pelagreve, a situação deste que já éo maior conflito trabalhista nosetor público sueco se agravaagora com a paralisação demais de 100 agências governa-mentais (obras públicas, im-postos, museus etc.).

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comprar UPI

em espanholMadri — O diretor-

presidente da Efe. RicardoUtrilla, anunciou ter feito porescrito uma proposta concretapara a compra de todos osserviços e operações em espa-nhol da agência UPI, tanto nosEstados Unidos quanto em to-dos os demais países onde elaopera.

Segundo Utrilla, a propostapor escrito foi elaborada depoisde sucessivas reuniões em Wa-shfngton e em Nova Iorquecom o presidente da UPI, LuísNogales, e os dois principaisacionistas da agência america-na, William Geissler e DouglasRuhe, que a teriam recebidocom"grande interesse".

A Efe e a UPI já trabalhamem conjunto há mais de umano em serviço radiofônico emespanhol denominado Nossasnotícias, com 16 emissões diá-rias para os Estados Unidos eCanadá. Se a operação propos-ta por Utrilla se concretizar, osserviços da Efe, consideradaatualmente a quinta agência domundo, se ampliarão conside-ravelmente, levando-a ao pri-meiro lugar nas informaçõesdivulgadas em idioma espa-nhol.

Ortega se diz disposto ao

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Madri e Manágua — O Presidente daNicarágua, Daniel Ortega, disse ontem à suachegada a Madri, procedente da AlemanhaOriental, que está disposto a conversar direta-mente com o Presidente Ronald Reagan se osEstados Unidos reiniciarem o diálogo bilateralem Manzanillo, no México, interrompido emjaneiro. Acrescentou oue os Estados Unidos-"constitüem a verdadeira oposição à Nicará-gua e são, realmente, os contras".

Recebido no aeroporto pelo Primeiro-Ministro espanhol Felipe González, Ortega,antes de subir a bordo de um helicóptero que olevou ao Palácio de Moncloa, sede do Gover-lio, acenou para cerca de 100 pessoas queagitavam bandeiras vermelhas e gritavam:"Nicarágua vencerá!". As 48 horas de Ortegaem Madri são consideradas pelas autoridadesespanholas uma "escala técnica".

ComparaçãoDurante uma entrevista coletiva conjunta

com Suárez, Ortega voltou a comparar Rea-gan a Hitler, alegando que o embargo comer-ciai imposto por Washington visa matar defome os nicaragüenses. Salientou que a Nica-rágua tem uma economia mista e um sistemapolítico multipartidário, e, numa referência àsua viagem a Moscou, destacou que Manáguanão se inclina por qualquer pais do blocosoviético, buscando ajuda onde possa con-segui-la.

— A Nicarágua não tem de pedir permis-são aos Estados Unidos para eu viajar à UniãoSoviética — declarou Ortega. — Não somosum dos Estados norte-americanos. Presidentesamericanos têm viajado inúmeras vezes àURSS e muitos líderes soviéticos já visitaramos Estados Unidos.

Antes de seguir, segunda-feira, para Parisonde ontem o jornal do Partido Comunista

francês, L'Humanité, estampou na primeirapágina o título Bienvenido, Companero Ortega— o Presidente nicaragüense, que se faz

Argentino conta

que jornalista

foi eletrocutadoBuenos Aires — O jornalista Edgardo

Sajon, Secretário da Informação durante oGoverno do General Alejandro LanusseC1971-3), até agora dado como desaparecido,na realidade foi eletrocutado, após torturas,na luta entre os militares argentinos e aguerrilha esquerdista, revelou sexta-feira, du-rante uma audiência do julgamento de noveex-chefes militares, um ex-oficial da polícia deBuenos Aires, Carlos Alberto Hours.

Suas palavras causaram frisson entre opúblico, ao revelar que vira Sajon — seqües-trado por policiais, em Buenos Aires, a Io deabril de 1977 — "estendido sobre uma mesa debilhar molhada e torturado mediante a aplica-ção de corrente elétrica." Quando Sajon mor-reu, prosseguiu Alberto Hours, seus dentesforam extraídos e colocados, junto com umanel e a roupa que usava, dentro de um sacoplástico,"de cujo destino jamais soube".

Os responsáveisA morte de Sajon ocorreu a 27 de setem-

bro de 1979 na Escola de Polícia Juan Vucetiche dela participaram o então Tencnte-CoronelRaul Munoz, hoje coronel, e os comissários depolícia Fiorillo, Forastiero e San Felix, daprovíncia de Buenos Aires.

Depois, todos os que assistiram à morte deSajon viram seu corpo desnudo ser enterradopor um cabo do Exército conhecido comoGrandolo, num terreno junto à escola.

acompanhar de seu Chanceler, Padre MiguelD'Escotto, e dos Ministros do Comércio Exte-rior,_Alejandro Martínez Cuenca, e da Infor-mação, Manuel Espinosa, se avistará comoutros líderes socialistas, além de Suárez, edirigentes do PC espanhol.

Na véspera de sua partida da AlemanhaOriental, Ortega declarou à imprensa que ospaíses do Leste europeu por ele visitados —que incluíram ainda URSS, Iugoslávia, Bulgá-ria, Romênia, Hungria, Tcheco-Eslováquia ePolônia — prometeram fornecer matérias-primas,

'maquinaria, alimentos e remédios àNicarágua a fim de compensar o embargoeconômico imposto por Reagan.

Em Manágua, numa tentativa de contra-atacar o florescente mercado-negro, o BancoCentral reabriu as casas de câmbio e aboliuuma lei que permitia aos nicaragüenses com-prar apenas 500 dólares. Falando pela televi-são, sexta-feira à noite, o Vice-FresidenteSérgio Ramírez Mercado anunciou uma sériede medidas, entre elas um novo meio deracionar os alimentos básicos e a criação de umbanco de peças automotrizes mantido comcomponentes de veículos velhos.

O Governo sandinista propôs uma açãocombinada dos Exércitos da Nicarágua e Hon-duras para pacificar sua fronteira comum ondeagem milhares de guerrilheiros nicaragüenses,informou o Vice-Chanceler Victor Hugo Ti-noco.

Em Tegucigalpa, refugiados provenientesda zona fronteiriça com a Nicarágua disseramque uns 200 rebeldes contras morreram naofensiva desfechada esta semana pelas forçassandinistas, com o apoio de artilharia pesada ehelicópteros. Um rebelde que foi atendidonum hospital hondurenho confirmou que de-zenas de seus companheiros foram mortos emuitos se refugiaram em Honduras. Dentre osmortos, estaria o comandante rebelde conheci-do como "Quatro".

Arqueólogos em ,

Honduras acham

cidade históricaLondres — Ruínas de uma legendária

cidade da civilização indígena payan foramencontradas na selva da região Noroeste deHonduras por arqueólogos britânicos. Segun-do o diretor da Operação Raleigh, CoronelJohn Blashford Snell, em declarações presta-das à Press Association no Panamá, machadosde pedra, vasilhames ornamentados e outrosobjetos foram encontrados numa área de qua-tro quilômetros quadrados, coberta de vegeta-ção, e onde se destaca o que pode ter sido umaltar de sacrifício, com 12 metros de largura.

Os payas são uma tribo que ainda hojevive na parte alta do rio Patuca, e os cientistasacreditam que, com seus vizinhos jicaque,formaram na América Central a fronteiraNorte da penetração para a América do Sul.Blashford Snell acredita que as ruínas sejammesmo da legendária Cidade Branca, masressalvou que a importância da descoberta —feita por sete exploradores — deverá serconfirmada por arqueólogos da Operação Ra-leigh, em colaboração com o Instituto deAntropologia e História de Honduras.

— Durante anos circulavam lendas sobrea cidade, mas a selva densa impedia que sechegasse ao local — disse ele. — Foi umatarefa muito difícil, e nas próximas semanasnossos cientistas voltarão à região para obtermaiores informações.

A descoberta parece ter afastado a hipóte-se anterior de que os payas ocupavam a costaNorte de Honduras.

AméricasEl Salvador — A rádio rebelde Venceremos anunciou quemantém como prisioneiros de guerra oito prefeitos da ZonaLeste do país, onde a guerrilha exerce maior controle, eofereceu ao Governo sua liberdade em troca da libertação dascomandantes guerrilheiras Yanet Samour e Maxima Reyes,capturadas recentemente pela Guarda Nacional. A Venceremosadvertiu ainda que náo tolerará prefeitos em 50 dos 86municípios da região que controla, pois considera que isto seriauma "dualidade de poder".Chile — Pela segunda vez em um mês, o jornal La Cuarta, deSantiago, reiterou que 11 pessoas integrantes do grupo armadoque seqüestrou e assassinou três opositores comunistas — JoséManuel Parada. Manuel Gucrrero e Santiago Nattino — estão"detidos em algum lugar de Santiago" e nas próximas horasserão postos à disposição do juiz que investiga o tríplice crimeque abalou o Chile. Na versão publicada há um mês, o jornaldisse que os detidos pertenciam a um grupo especial de umórgão policial. Parentes das últimas vítimas da violência noChile completaram ontem à noite 10 dias de greve de fome numtemplo no Norte de Santiago para exigir "o total esclarecimentodos últimos assassínios cometidos no país.Uruguai — O Chefe do IV Exército argentino. General JoséSiqueira, pediu sua transferência para a reserva por discordar dadecisão do Presidente Júlio Maria Sanguinetti de reabilitar doismilitares esquerdistas. O Ministro da Defesa, Juan Chiarino,confirmou o pedido, mas negou versões de que tropas doExército teriam entrado em prontidão como reação à decisão doGoverno. Fontes governamentais disseram à agência AP queSiqueira se opôs vigorosamente a que o Poder Executivoreabilitasse os generais do Exercito Liber Scregni e VictorLicaridro, mantidos presos durante quase uma década peloregime militar, que também lhes retirou a patente mediante umtribunal de honra.Granada — Dezenove ex-militares e políticos responsabili-zados pelo assassínio do ex-Primeiro-Ministro Maurice Bishop,no golpe de Estado de 1983, serão submetidos a julgamento,informou o Tribunal de Recursos da ilha. A corte rejeitou umpedido do advogado dos acusados no sentido de declarar nulo oSupremo Tribunal de Granada, criado pelo Governo revolucio-nário de Bishop e que determinou o julgamento de seusassassinos. Para o advogado dos réus, o estabelecimento doSupremo Tribunal de Granada foi ilegal, porque a Constituiçãoda ilha reconhece a legitimidade do Tribunal dos EstadosAssociados das índias Ocidentais.Falkiands — O Príncipe Andrew, que inaugura hoje onovo aeroporto de 3 mil metros de extensão, construído em doisanos a um custo de 276 milhões de libras, disse à rádio doarquipélago que o conflito armado com a Argentina fez com queos jovens de sua idade compreendessem o significado dossacrifícios que impõem uma guerra, já que para os jovens asduas primeiras guerras mundiais são coisas do passado, que nãoentendem e sobre as quais pouco sabem. Entre as cerimôniasprogramadas está a colocação de uma coroa de flores, pelo filhoda Rainha Elizabeth II, no cemitério militar de Playa Azul, emSan Carlos, onde estão os restos de 16 soldados britânicosmortos durante o conflito anglo-argentino.Colômbia — A Colômbia é o país mais violento do mundoe onde mais rapidamente floresce o comércio de guarda-costas,de acordo com a revista inglesa The Economist, citando oInstituto Gallup. Segundo a revista, os bairros elegantes deBogotá são totalmente policiados por guardas particulares, jáque os colombianos não têm confiança na polícia oficial. Emtodo o país, no ano passado houve 299 seqüestras, 10 milassassinatos e 25 mil roubos com armas. Os três principaisresponsáveis pela violência são os guerrilheiros de esquerda, ostraficantes de drogas e os delinqüentes comuns.

EuropaGrécia — A polícia e cerca de 100 estudantes esquerdistas daFaculdade dc Química, que se apoderaram do prédio há 48horas, entraram em choque, aumentando a tensão nos meiosuniversitários após a ocupação por 24 horas da Faculdade deDireito por 60 alunos esquerdistas. Os estudantes de química serecusam a abandonar o prédio enquanto não for contada averdade sobre rumores de que um jovem foi morto no início dóschoques e exigem a libertação dc 14 pessoas detidas quinta-feiradurante violenta luta de rua. Os ocupantes da Faculdade deQuímica dizem que lançaram gasolina sobre o assoalho e estãodispostos a usar explosivos do seu laboratório para explodir oprédio caso a polícia o invada.

ÁsiaIrã — O diretor da companhia de prospecção petrolíferairaniana, Moharnmad Aghaie, informou que um míssil iraquia-no matou oito de um grupo de nove operários que trabalhava noterminal da ilha de Kargh. Eles estavam trabalhando namontagem de uma espécie de tampa que iria ser colocada numpoço de petróleo em. chamas localizado no mar no Golfo Pérsicodevido a um ataque iraquiano. O Irã tinha dois poços depetróleo vazando que já foram fechados e espera conseguirapagar o fogo do que ainda está queimando. O terminal da Ilhade Kargh é o principal escoadouro do petróleo iraniano e alvoprioritário do Iraque.

África

Nigéria — O Exército nigeriano fechou a fronteira comBenin impedindo a saída de 20 mil imigrantes ilegais que tinhamrecebido ordens do Governo para deixar o país ou legalizar suasituação até 3 de maio. Existem 700 mil imigrantes clandestinosno país, 300 mil deles vindos de Gana. As 20 mil pessoas retidasreceberam ordens de se apresentar num campo de refugiadosperto dé Lagos de onde serão repatriados de barco. Desde que oGoverno iniciou a campanha contra os clandestinos, 62 milpessoas, a maioria de Gana, deixaram o país através dafronteira fechada ontem.

África do Sul — Dezesseis mineiros morreram e 40ficaram feridos durante um conflito entre membros das tribosXhosa, de Transkei, e Basotho, do Lesotho, na mina de ouro dePresidente Brand, da companhia Anglo-American. O conflitoacabou com a chegada de guardas de segurança, no terceirochoque tribal com mortes numa mina este ano. Há uma semana,um mineiro morreu e outro se feriu gravemente e em 21 de abriloutros 10 negros foram mortos pelo mesmo motivo. Os mineirossul-afric^nos são recrutados nas tribos por contrato, sendoseparados de suas famílias e alojados em dormitórios coletivospróximos das minas.

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JORNAL DO BRASIL Internacional domingo, 12/5/85 ? Io caderno ? 17

Policiais dispersam

jovens contrários a

reunião de nazistasNesselwang, Alemanha Ocidental — A polícia dissolveu

cdm violência uma manifestação de 500 jovens anarquistas epunks que jogavam pedras e latas de cerveja contra o HotelKrone, onde cerca de 200 veteranos das Waffen SS, fropas deelite nazistas da Segunda Guerra Mundial, realizavam suareunião anual. A polícia teve que usar jatos d'água e bombas degás para dispersar os jovens, que gritavam slogans como "Foranazistas" e "Assassinos". Pelo menos 25 pessoas foram detidase sete saíram feridas.

No centro da cidade de Nesselwang, a Sudeste de Muni-que, a Federação Alemã do Trabalho promoveu um ato públicode protesto contra a reunião, com a participação de 5 milpessoas e sem incidentes com a polícia. Uma sobreviventefrancesa de um massacre feito pelas SS, Camille Senon, falou noato da terrível lembrança de pessoas queimadas vivas em sua .cidade, Orandour-sur-Glane, onde os nazistas puseram fogo emuma Igreja matando três padres católicos e 642 mulheres ecrianças.

Os veteranos que se reúnem no Hotel Krone fazem partedas divisões de tanques Panzer Leibstandarte Adolf Hitler eHitler Jugend, consideradas as mais fanáticas das Waffen SS,que foram acusadas, dentre muitos crimes de guerra, doassassinato de centenas de. prisioneiros americanos em Malmedyna Bélgica, em 1944, e de 4 mil soldados soviéticos capturadosem 1942. O Conselho de Nesselwang e a Igreja local tentaramimpedir a reunião na cidade, mas o prefeito afirmou que a leigarante o direito dos SS se reunirem pacificamente.

Maior Estado alemão

elege Parlamento hojeDuesseldorf — O maior Estado alemão Ocidental, a

Rènânia-Westfália, com 17 milhões de habitantes, vota hojepara preencher as 201 cadeiras do Parlamento regional atual-mente dominado pelos socialistas com 106 representantes(48,4%) contra 95 (43,2%) dos democrata-cristãos, no Poder naAlemanha em coligação com democratas livres.

As pesquisas de opinião antecipam uma vitória socialdemocrata com 47% dos votos contra 40% para a democraciacristã, 6% para os democratas livres e 5% para os verdes. Estãohabilitados a votar 12 milhões 600 mil pessoas que deverãoescolher entre 952 candidatos apresentados por 11 partidos.

Os socialdemocratas (SPD) acreditam que uma vitóriasignificativa poderá ajudá-los a retomar o Governo na eleiçãode 1987. O líder regional da democracia cristã Bernhrad Wormstentou capitalizar a visita do Presidente Ronald Reagan aocemitério militar de Bitburg que foi vista pelos alemães comoum -sinal de reconciliação, apesar da polêmica gerada pelapresença de integrantes das SS nazistas lá enterrados. Analistaspolíticos disseram que dificilmente esse fato poder inverter atendência do eleitorado.

Os democratas livres do Ministro do Exterior Hans-Dietrich Genscher não conseguiram, na eleição de 1981, os 5%mínimos para obter representação ao Parlamento regional masdeverão voltar este ano se forem confirmados os 6% daspesquisas. Os verdes também nada conseguiram em 81 e destavez deverão ter os 5% mínimos.

Atentados a bomba na*

índia matam 72, ferem

109 e 730 são presos, Nova Déli — Trinta bombas colocadas por extremistas

sikhs explodiram em Nova Déli e cidades dos Estados de UttarPradesh, Haryana e Rajasthan, elevando para 72 mortos e 109feridos o saldo de violência nas últimas 48 horas. Tropas doExército ocuparam as ruas de Nova Déli e uma intensa caçadaprendeu 730 pessoas até o final da tarde de ontem.

Às bombas foram colocadas em parques, trens e ônibus,algumas com mecanismos de tempo e outras disfarçadas dentrode carcaças de rádios a pilha. Estas últimas explodiam quandoalguém encontrava o rádio e mexia no botão de ligar para ver sefuncionava, acionando o detonador acoplado ao botão.

O Ministro do Interior S. B. Chavan afirmou que essa é apior crise desde os violentos conflitos deflagrados pelo assassi-nato da Primeira-Ministra Indira Gandhi em outubro, e é aprimeira vez que os sikhs usam violência indiscriminada contra apopulação em geral na sua luta para fazer do Estado de Punjablitna nação sikh.

O presidente do Akali Dal, principal partido sikh, Har-chand Singh Longowal, renunciou ao cargo e avisou que não vaiifjais participar de nenhuma atividade partidária.

Emprego de artilharia

pesada aumenta número

de vítimas em Beirute.r Líbano — Intenso bombardeio de artilharia que começoude madrugada matou ontem nove libaneses e feriu 24 em bairrosresidenciais de Beirute. O bombardeio durou quase 12 horas,com os milicianos cristãos e muçulmanos empregando todo oarmamento pesado de quç dispõem.

Desde o início da atual fase de enfrentamentos entrecristãos e muçulmanos — em choques que ocorrem principal-mente na chamada linha-verde, que divide a cidade em doissetores distintos — cerca de 90 pessoas já morreram, civis namaioria, enquanto milhares de habitantes abandonaram suascasas em busca de lugar mais seguro.

ConversaçõesO Secretário de Estado americano, Gcorge Shultz, conver-

sou durante mais de quatro horas a portas fechadas com oPrimeiro-Ministro israelense, Shimon Peres, em Jerusalém, em<busca de caminhos para uma solução negociada da crise noOriente Médio.,. Shultz chega hoje ao Cairo, três dias antes da data previstapara o início de negociações entre Israel e Egito. A viagem deShultz, que passará também por Amã, tem suscitado críticas naUnião Soviética e em aluguns países árabes, como a ArábiaSaudita, especialmente pelo fato de os Estados Unidos, emapoio à posição israelense, não incluírem os palestinos nasnegociações em busca da paz.

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Nesselwang, Alemanha Ocidental — Foto da AP

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Os comunistas, que avançaram na eleição européia do ano passado, ficaram isolados

18 ? Io caderno ? domingo, 1S/5/85 Illtcril8.CÍOIl«%l JORNAL DO BRASIL

DOMINGO ^MS.JORNAL DO BRASIL

Desobediência sem rumo certo

caracteriza os verdes alemães

Partidos italianos têm todos o

que temer no

pleito de hoje

Roma —Pode chamar-se a eleiçãodos três medos, a que hoje e amanhã (atéas 14h) interessará 45 milhões de italianospara renovação dos conselhos regionais edas administrações de quase todas asmais importantes cidades do país.

Do medo socialista de não ser maisum partido detentor de um poder quenão corresponde à sua reduzida forçaeleitoral (de 11,2% de consensos). Domedo democrata-cristão de ver repetida econfirmada a perda, para o Partido Co-munista, de sua condição de força demaioria relativa. Do medo comunista, deperdendo ou até mesmo ganhando, veraumentar o isolamento político em que seencontra.

Grande medoO primeiro e maior medo que domi-

nou toda a fase da campanha eleitoral foisentido e transmitido pelo atual Primeiro-Ministro Benedetto (Bettino) Craxi e oseu Partido Socialista, que sem dúvidasão os que mais têm a perder com osvotos de hoje e amanhã. A grande paura(o grande medo) de Craxi e dos socialis-tas ficou evidente demais na última sema-na, quàndo em dois programas de televi-são o Chefe do Governo e líder do PSImostrou-se a milhões de italianos delica-do e sutil como um elefante em casa-deporcelana.

Desagradável para todos, atacadopor aliados e adversários, Craxi inicial-mente lançou uma proposta aos partidosda coalizão que o mantém no Governo,de pôr fim ao jogo duplo que sempre foifeito pelos socialistas, rompendo comtodas as alianças que há muitos anos fezcom oPartido Comunista em governos deperiferia (regionais e municipais) se, emtroca, lhe fosse garantida a permanênciano cargo de Primeiro-Ministro até o fimda atual legislatura parlamentar (1988).

Diante da recusa de seus principaisaliados, Craxi sofreu uma pane de ner-vos. No encerramento da campanha ciei-toral, quando normalmente o Primeiro-Ministro se dirige à Nação, através de umdiálogo com diretores de jornais transmi-tido pela televisão estatal, o Chefe doGoverno entrou e foi recebido nas casasde milhões de italianos dando razão aIodos os humoristas e caricaturistas quesempre o apresentaram como herdeiro daarrogância de Benito Mussolini, o Ducefascista de triste memória.

Depois de xingar grosseiramente odiretor de Passe Sera, Gáudio Fracasso,que lhe recordava a independência de seujornal (hoje administrado por uma coo-perativa de jornalistas), mandando-lhecontar essa mentira ao seu avô, BettinoCraxi teve que ouvir e engulir uma répli-ca que nunca nenhum de seus antecesso-res fez por merecer. Foi chamado de mal-educado e ainda teve que pedir deseul-pas, abaixando a voz e perdendo a inso-léncia.*0 segundo, igualmente Grande Me-do, foi exibido pela Democracia-Cristã,que, em vez de disfarçá-lo, usou-o comoslogan e apelo de toda a sua campanhaeleitoral. Apresentando ura novo sorpas-

so (ultrapassagem) da Democracia Cristãpelo Partido Comunista como o verdadei-ro e maior perigo para a democraciaitaliana, todos os líderes e candidatos dovelho Partido de Governo jogaram paraconter a contínua hemorragia de votos ede forças que vem sofrendo há oito anos.

A tática de assustar para recuperar oeleitorado mais conservador e moderado,o mais anticomunista da Itália, levou aDemocracia Cristã a cortejar inclusive oseleitores da extrema direita, procurandoconvencê-los de que numa eleição comoesta é um desperdício e um erro votarpelo Movimento Social, o Partido neo-fascista que continua a ser apoiado por 6,5% dos italianos.

Cruzada agressivaNesse esforço de convencer e con-

quistar as preferências dos anticomunis-tas, a Democracia Cristã recorreu e obte-ve até o apoio do Papa e de uma parte doclero italiano. Aliados a que dizia terrenunciado, depois dos anos da GuerraFria da década dos 50, desde que não quisser mais um Partido confessional para serum Partido laico de inspiração católica.

Ao desenvolver uma intensa, custosae agressiva cruzada anticomunista, a De-mocracia-Cristã nunca fez segredo do seureal objetivo político: reduzir ao mínimoo número de cidades administradas porcoalizões ditas de esquerda que, há maisde 10 anos, vêem o PCI como forçahegemônica. Resultado que sabe nãoalcançará se não obrigar seus aliados noGoverno nacional (particularmente os so-cialistas) a desistirem do jogo duplo, departicipar de um Governo nacional con-tra os comunistas, aliando-se a eles nasregiões c províncias.

O Terceiro Medo foi o dos comunis-tas. Poucas vezes eles se encontraram tãoisolados e rejeitados, até mesmo semperspectiva de encontrarem parceiros po-líticos válidos para realizar a experiênciade Poder para a qual se preparam c vêmse oferecendo há 63 anos.

A condição, de primeiro Partido Na-cional (com 33,3% dos votos) que adqui-riram na eleição de 1984 para o Parla-mento Europeu, não lhes abriu novasperspectivas. Ao contrário, intensificouum processo de rejeição e discriminaçãodo PCI. Em menos de um ano — emcoincidência com a vitória alcançada naeleição européia — o PCI se viu excluído,por golpes de mão desferidos por seusaliados, dos Governos de Nápoles, Fio-rença e Turim, cidades em que é semprea maior força política. Partido de maio-ria, com 30 ou até 49% dos votos.

Esse paradoxo, que começa a deixaros comunistas italianos com a suspeita deque tem razão o PrimJiro-Ministro Craxiquando diz que na Itália não existe alter-nativa ao Governo de coalização penta-partidário, pode ser a explicação para aprudência e o temor dos líderes e dirigen-tes do PCI que até a última hora dacampanha eleitoral se recusavam a acre-ditar nas sondagens e pesquisas de opi-niào pública que indicavam a possibilida-

de de uma nova ultrapassagem, de umaoutra vitória comunista.

Verdes surgemAté o Secretário do PCI, Alessandr» •

Natta, que foi o primeiro a chamar aatenção para as conseqüências políticas"do voto de hoje e de amanhã para a,renovação das Câmaras Municipais e dós,,,"parlamentos regionais italianos — admi-tindo, que no caso de vitória, o PCI teriatodas as condições para rediscutir o qua-dro político nacional —, nas últimas hfo,,,,;,ras da campanha procurou esvaziar o-,,possível efeito do sorpasso, inclusive se ,t,contradizendo, ao recordar que uma ul- -•trapassagem da Democracia-Cristã peloPCI não constituiria novidade. Até por-que já aconteceu e vem se repetindo, em -várias regiões e cidades, há mais de 10 -anos.

Entre tantas propostas de novidadesque se estão submetendo à sentença deste,voto italiano, a única autêntica e interes-sante parece ser a da lista dos Verdesque, pela primeira vez, se apresentamnuma eleição nacional. Até hoje, o movi». ..mento ecológico, caracterizado como"'•partido ou legenda política, parecia nãoter espaço nem adeptos na Itália. Aocontrário do que já aconteceu na Alemã-nha Federal e na França, os Verdtis""1italianos nunca tinham admitido a hipóte-se de'unirem-se. Estiveram dispersos,militaram,' reforçaram mais ou menos as

'mais diversas forças políticas. Depois do..voto de hoje e amanhã, na Itália, s«saberão quantos são e o quanto valetn^,^politicamente, os Verdes.

Estranha, quase misteriosa e insor\-dável, cm toda a campanha eleitoral em .que se discutiu de tudo e muito pouco dos'problemas regionais e municipais, foi a •reação da massa de eleitores. Hoje"è"'amanhã estará se votando pela renovaçãode conselhos, câmaras e administrações' 'de 15 das 20 regiões que formam a Itália'. •"Das grandes cidades do país, as duasúnicas que não votarão serão Nápoles eTrieste.

Diante de decisões e interesses tãoimediatos, concretos e importantes,reação do eleitor italiano não podia ser *mais desconcertante, pelo silêncio e de- zsinteresse que aparentou. Esse pode ser *identificado como o quarto e último me- *do dos partidos que concorrem ao voto rdeste domingo: que essa aparente apatia *não queira dizer cansaço, tédio. Concre- Ttamente não venha a significar a confir- jmação de uma tendência de abstenção *ainda maior do que aquela (de 20%) que

~se verificou na eleição do ano passado, *para o Parlamento Europeu. £

Tendência que, numa Itália que sem- <*pre votou maciçamente, com os mais zaltos índices europeus e mundiais de »comparecimento às urnas (contra 2% ou ?5% de abstenções), não só interromperia -uma tradição. Confirmaria também a *falência dos partidos políticos. -

ARAÚJO NETTO *Corrssporxtonto -

Duesseldorf — O escritor alemão oci-dental Peter Schneider, um dos animado-res do movimento estudantil do final dosanòs 60, acha que o movimento dosVerdes alemães, ao contrário do queaconteceu na França em maio de 68 e naItália, representa o primeiro sintoma efe-tivo de desobediência na Alemanha em'muitos anos.

Ele é autor do conceito de que aoposição entre os dois sistemas, o doLeste e o do Oeste, se baseia acima detudo numa estrutura mental, num caráteralemão que vem de longe: a obediência.Segundo ele, o conceito continua a serverdadeiro, mesmo considerando que jo-vens, pacifistas e Verdes não sabem ainídao que querem.

A morte do homemPara Schneider, as principais idéias

dos Verdes demonstram o retorno doinacionalismo à cultura política alemã:

Não é mais a esperança nutrindoo pensamento, mas a expectativa da ca-tfstrofe: a catástrofe ecológica e a catás-trofe atômica, a morte das florestas e amorte do homem— diz, quando pensaem certas postulaçóes entre a "guerratotal" reivindicada pela opinião pública.alemã nos anos 30 e a "paz total" queagita os sonhos de muitos jovens seuscontemporâneos.

De certa forma, esta talvez seja aúnica idéia nova posta em prática naeleição estadual de hoje na Renánia-Westfália (maior Estado alemão ociden-tal), na qual os Verdes, depois de umaderrota em março, tentam conseguir maisdo que se pode observar nas ruas e nosdebates nos meios de comunicação, adisputa entre os Partidos tradicionais, ossocialdèmocratas (SPD), os democratas-cristãos (CDU) e os liberais (FDP) conti-nua polirizada pelos velhos temas, cadavez mais difíceis de serem distintos umdos outros.

Um destes temas é o desemprego,que atinge 2 milhões 500 mil pessoas naAlemanha Ocidental. Segundo os sindi-catos, há 100 mil desempregados jovenssaídos das escolas no último ano naRenânia-Westfália, são 26 mil os jovensqne não conseguiram obter um lugar deformação profissional. Ao todo, na Ale-manha Ocidental, deve haver uns 300 milJovens à cata de emprego, porcentagemconsiderável e alarmante.

Dos 25 aos 34A questão dos jovens apresenta as-

pectos curiosos. Uma pesquisa do INF AS(Instituto de Ciência Social Aplicada,para Pesquisas de Opinião Pública) mos-tra que a maioria dos eleitores verdes sesitua na faixa dos 25 ao6 34 anos. Entre osjovens de 18 a 24 anos, há menos eleito-res verdes. E dos 18 aos 20 anos menosainda. Os atuais eleitores verdes são osmeamos que começaram a votar no parti-do quando de seu lançamento, e conti-nuam fiéis. São eleitores que estão enve-lheçendo com o partido. Os novos jovensnão se sentem mais atraídos pelo partidoda desobediência.

Com o envelhecimento, começarama surgir os problemas: os Verdes sofre-ram hostilidades e desafio dos partidostradicionais, que viam neles um potencial— e imprevisível — concorrente. Osdemocrata-cristãos e os 'liberais (cujaaliança constitui o atual Governo federal)os apresentaram como inimigos da ordeme do desenvolvimento econômico. Ossocialdèmocratas, atualmente no Poderna. Renánia-Westfália, lançam às vezes aidéia de uma aliança, a famosa aliançavermelho-verde, mas sempre que podemse afastam prudentemente deles.

Mas a causa principal da crise dosVerdes está nas suas contradições inter-nas. Na origem, eles se propuseram a serum partido diferente, um antipartido,sem a estrutura rígida dos partidos tradi-áonais. Dos radicais italianos, copiaramo princípio da rotatividade: 25 das suas 27cadeiras no Parlamento federal estão sen-do entregues aos suplentes. Agora edo-diu a rivalidade entre a ala realista, quedeseja ascender ao Poder através dealianças para dar aos Verdes uma ciaraconotação política, e a ala fundamentalis-ta, ao contrário, quer manter no partido acaracterística de contestação, recusandoa se integrar no sistema.

O protesto não basta — diz OttoSchily, representante da corrente realis-ta. — devemos oferecer uma propostaconcreta.

Mas Petra Kelly, a maior estrela dosVerdes, principal expoente da correntefundamentalista (apesar de ter se recusa-do a ceder sua cadeira no Bundestag, oParlamento federal, denuncia uma trai-çâo, uma tentativa de "vender a alma dopartido". A eleição de hoje pode dar amédia da crise dos Verdes e da suapopularidade.

A própria existência dos Verdes, emmaior ou. menor escala, continua a ser

polêmica. O que sáo eles? Para ondevão? Um sociólogo italiano, Luigi Man-coni, antigo ativista de esquerda acusa oMovimento Verde de ser um movimentoegoísta. Lembra que todos os movimen-tos de massa, democráticos e revolucio-nários, dos últimos dois séculos, caracte-rizaram-se por um forte sentido de solida-riedade. A solidariedade recíproca, aconfiança mútua, a integração entre osiguais constituíram a razão primeira dosprocessos de agregação e, portanto, daformação dos movimentos coletivos. '

Isto aconteceu, segundo Manconi,até mesmo com o movimento ("generosocomo nenhum outro") estudantil de maiode 1968. Com os Verdes, o que aconteceé o seguinte:

Limitam a cooperação entre os associa-dos à consecução da finalidade, circuns-crita no tempo e espaço, que produziu amobilização. Não prevêem a ativação defunções tais como o apoio a outras cama-das sociais (a classe operária) e outrasentidades nacionais (vietnamitas, chile-nos, palestinos, nicaragüenses).

Exaltam a "particularidade" dos pon-tos-de-vista locais (de comunidade, deregião, de etnia) contra a universalidadee a generalidade das perspectivas totali-^zantes (os opressores, o proletariado, a'Humanidade).

Rejeitam a referência a patrimôniosideológicos pré-constituídos e a modelosde organização social já realizados ou porse realizar, e se empenham, acima detudo, numa ação empírica e reformista.

Renunciam a qualquer expectativa desalvação, seja em termos laicos (rupturarevolucionária e instauração de uma novaordem social), seja em termos religiosos(emancipação do Homem do individua-lismo e conseqüente superação daopressão).

A movimentação verde, ou do mesmogênero, se concentra de preferência emobjetivos tangíveis e próximos, ao alcan-ce da mão (aquela central nuclear, aquelafloresta, aquela fonte de poluição) eassume uma característica monotemática:juntam-se as pessoas em torno de umareivindicação e se dissolvem quando elase esgota. Manconi lembra que na Ale-manha o Movimento Verde tem significa-tiva presença de direita em suas fileiras, esua composição social é indiscutivelmen-te interclassista.

Mesmo assim, ou talvez por causadisto, os Verdes pularam dos iniciais 5%da eleição legislativa de 1983 para 10%na eleição do Parlamento Europeu emjunho de 84.

As filhas de criaçãoTimothy Garton chamou a atenção,

em janeiro, no New York Review ofBooks, para a americanizarão da Alemã-nha Ocidental. A Alemanha Ocidental,segundo ele, é uma filha de criação dademocracia americana. O consumismoalemão-ocidental é a cópia mais perfeitana Europa do consumismo americano.Dor Spiegel foi copiado do Time e assim 'por diante. Em conseqüência, quando osjovens alemães se rebelam contra osvalores de seus pais, contra o "sistemaindustrial", ou contra a corrupção tipoescândalo Flick (entrega de dinheiro aospartidos para a obtenção de favores fis-cais), eles estão na realidade se rebelandocontra coisas americanas. Por isto, não éa despeito da americanização, mas por

causa dela, que o antiamericanismo ale-mão adquiriu um impulso emocional tãogrande, uma espécie de extremismo ado-lescente que não é encontrado nos pafsestradicionalmente antiamericanos (e me-nos americanizados) como a França.

Petra Kelly, filha de criação de umoficial do Exército americano, tendocursado a Universidade na Virginia etrabalhado voluntariamente para o Sena-dor Robert Kennedy, personifica o para-doxo.

O modelo verde de sua campanha dedesobediência civil contra os mísseis ame-ricanos lembra Martin Luther King, mes-mo o antiamericanismo de Petra Kelly éamericano.

A campanha de Petra Kelly contra aenergia nuclear também se origina defato pessoal: a morte, por câncer, de umainnà de 10 anos:

Cada vez que ela voltava da bom-ba de cobalto, parecia uma vítima deHiroxima. O excesso de radiatividade fezos cabelos caírem, um pedaço do nariztambém, ela ficou sem olho.

No livro que escreveu, Lutando pdaEsperança, também investe contra o raio-x, que ela acredita ter causado a perda deum filho no sexto mês de gravidez. Nocapítub "Por uma Sociedade Erótica",baseada em livros sobre a arte e a iogatantras, ela conclui que "o amor e a vidasão indissoluvelmente ligados" e que oconceito de que o homem existe parapenetrar a mulher é um condicionamentocultural facilmente refutado pela expe-riência."Por exemplo — escreveu Petra — aioga tantra é baseada na mútua pene-traçà0'

Sediçáo militarA expectativa de uma guerra, de um

holocausto nuclear, produz os seus fenó-menos característicos. O fato é que, ten-do começado duas guerras, tudo indicaque os alemães estão determinados a nãocomeçar outra. Este sentido de responsa-bilidade histórica é compartilhado porescritores de ambos os lados do Muro deBerlim, e de maneira bem forte. GuenterGrais convoca os jovens alemães ociden-tais a praticar Wehrkraftzersetzung —uma palavra usada pelos nazistas paradescrever sediçáo (a subversão do Podermilitar). Christa Wolf, romancista alemãoriental, retoma o mito de Cassandracomo uma advertência contra os mísseisnucleares.

E o dramaturgo Rolf Hochhut conti-nua a mostrar aos alemães as realidadesda vida sob o regime nazista em sua novapeça Judith. No prólogo, uma jovemrussa assassina o Comissário-Geral deHitler em Minsk em 1943. A ação princi-pai se desenrola 40 anos depois, emWashington. Judith, jornalista (Hoc-hhuth sugere que a mesma atriz represen-te os dois papéis), cujo irmão ficou aleija-do por causa do agente laranja, no Viet-nam, decide que tem o dever moral deassassinar um Presidente americano quevai gastar 150 bilhões de dólares nospróximos cinco anos em armamentos —incluindo o gás nervoso. Ela o mata comuma bomba de gás contendo a mesmaqualidade de gás nervoso.

Aquele que vive pela espada devemorrer pela espada — cita Hochhuth.

LÉO SCHLAFMANEnviado espadai

1 I

JORNAL DO BRASIL Internacional domingo, 12/5/85 n Io caderno ? 18

Aiistria ainda Cidade síria

Fotos de Arquivo

debate dilema arrasada não

do "Anschluss"

perdoa Israel

Viena — Quarenta anos depois do fim da SegundaGuefta Mundial, os austríacos ainda não sabem aocerto^qual foi o seu papel no conflito e se seu país foiliberado ou derrotado. Multidões entusiastas saúda-ram o autríaco Adolf Hitler quando ele chegou ao paísem lj)38, o ano do Anschluss, a união da Áustria e daAlemanha sob o regime nazista. O país continuoufazendo parte do Terceiro Reich até s guerra terminar,em 1945.

Pesquisa recente indicou que 43% dos austríacosacham que foram "libertados do domínio nazista" e33% acham que a Áustria foi derrotada pelos aliados.O reíto dos entrevistados, a maioria com menos de 30anos, não sabia o que responder, informou o Institutode Pesquisa Imas.

Eu realmente não sei nada sobre este períodoporqQe nós não aprendemos praticamente nada deHistoria entre 1938, quando Hitler veio, e o fim daguerra — contou um estudante de Medicina de 25 anos.

Desilusão^funcionários do Governo já prometeram diversas

vezes promover uma revisão dos livros escolares maspouco tem sido feito.

A questão toda é muito delicada porque nãohá como ignorar o fato de que os austríacos acolheramentusiasticamente Hitler e muitos austríacos eram na-zistaS convictos — disse um socialista veterano.

r Em 1983, surgiu uma discussão sobre uma placaque' seria colocada na cidade em que Hitler nasceu,Braunau Am lnn, que se tornou um local de peregrina-çào fara os neonazistas. Depois de muita disputa, asautoridades municipais decidiram colocar uma placa demármore que dizia: "Fascismo nunca mais — milhõesde mortos nos alertam para a paz, liberdade e demo-cracia".

Hitler chegou em 1938 e prometeu a nós tudoque há na Terra — declarou um austríaco em entrevistaa um programa de rádio sobre os 40 anos do fim daguerra. — As pessoas o receberam muito bem noinício, mas depois ele mostrou que estava totalmenteerrado e não cumpriu suas promessas. Foi uma desiiu-são para todos-nós.

Um historiador da Universidade de Viena consi-dera a situação quase esquizofrênica".

b— Por um lado — acrescentou — os austríacosafirmam que o país foi ocupado por Hitler, mas poroutro lado a grande maioria saudou a ocupação naépoca. Isso torna o assunto ainda mais complicado.Embóra houvesse muitos nazistas por aí, nunca foilevaclo adiante um programa real de desnazificação. Aocontrario, imediatamente após a guerra todos os parti-dos' sabiam que os ex-nazistas eram eleitores empotencial e por isso todo mundo ficou quieto.

VítimasDe acordo com o direito internacional, a Áustria é

considerada uma ex-vítima da opressão nazista e écaracterizada como uma "nação libertada". Em diver-sas conferências internacionais, previu-se que a Áustriateria"um s tatus especial.

Os soldados americanos que entraram na Aús-tria fem 1945 foram orientados a tratar os austríacosdiféfénte dos alemães — disse o repórter de televisãoHu£'ó Portisch, produtor de um documentário bastanteelogiado sobre a Áustria e a guerra.¦•¦r ¦

. Mas, 30 anos após a assinatura do tratado deindependência da Áustria, persistem as dúvidas:

Eu ainda acho que os austríacos eram nazistasmais entusiastas e piores anti-semitas do que os ale-mães — afirmou um membro da pequena comunidadejudaica da Áustria.

Atentados„Mas o ex-Chanceler Bruno Kreisky, de origem

judaica, tem uma opinião diferente.— Os austríacos não eram mais anti-semitas do

que"eutros, embora muitos políticos importantes daÁustria tenham ficado conhecidos por seu anti-semitismo — disse Kreisky.

'10 nazismo é banido pela lei austríaca, mas asatividades neonazistas foram retomadas clandestina-mente pouco depois da Segunda Guerra. Em 1983, oitoaustríacos foram presos por atentados a bomba contralojjjjde judeus em Salzburg e Viena e contra casas depersonalidades judias na Capital. Um estudo recenterealizado por um acadêmico da Universidade de Vienarevelou que 15% dos austríacos simpatizam com aexterna direita e compartilham as idéias do ex-partidonazjsta.

Quneitra, Síria — "Sinto-me desgostoso todavez que vejo esse lugar", diz Ahmad Awad Wadiquando olha para a rua principal da sua cidade-natal, Quneitra, nas Colinas de Golan (territóriosírio ocupado pelo Exército de Israel desde a guerrade 1967).

Os sírios rebatizaram Quneitra — outrora umcentro comercial e agrícola importante — de "cida-de morta" e "cidade dos fantasmas". As forçasisraelenses ocuparam a cidade e expulsaram seus 37mil habitantes. A Síria conseguiu recuperar por umbreve período de tempo as Colinas de Goian, nocomeço da guerra de 1973, mas os israelensescontra-atacaram e impuseram novamente seu do-mínio.

Antecipação sinistraVários meses de diplomacia conduzida pelo

então Secretário de Estado americano Henry Kis-singer geraram um acordo de separação de tropas,pelo qual Israel devolveria a maior parte de Qunei-tra à Síria. Antes de se retirarem, as tropas israelen-ses usaram bulldozers e explosivos para demolirpraticamente todos os prédios da cidade.

Wadi (52 anos), que é o responsável peloserviço de abastecimento de água para a cidadeagora quase deserta, informa que ele voltou emjunho de 1974, depois que o Presidente sírio, HafezAssad, hasteou a bandeira da Síria em Quneitrapela primeira vez em sete anos.

Hoje, todas as ruas estão cobertas com osdestroços das centenas de casas e lojas demolidasantes de os israelenses recuarem para novas posi-ções, nos arredores ao Sul de Quneitra. O Governosírio determinou que os destroços não seriam remo-vidos, para permanecer como um"monumento àspráticas bárbaras de Israel", conforme explica umguia.

Muitos sírios acham que o que aconteceu comQuneitra foi uma sinistra antecipação das recentesações de Israel contra civis no Sul do Líbano, emrepresália a ataques guerrilheiros contra as tropasde ocupação israelenses.

Sempre que ouve notícias procedentes do Suldo Líbano de que os bulldozers demoliram casas decivis, Wadi — ele vive sozinho em um dos poucosprédios que restaram intactos em Quneitra — dizque se sente"como se os israelenses estivessemdestruindo minha própria casa novamente, porquenós compartilhamos da mesma tragédia".

— Algum dia nós invadjremos o Golan eretomaremos a nossa terra. E nosso direito —adverte um policial de Quneitra, olhando atenta-mente para a fronteira israelense.

A apenas 100 metros de distância,' um placacom letras azuis afirma: Bem-vindo a Israel.

Lembranças da guerraEm 1982, Israel anexou a seu território a parte

das Colinas de Golan que mantinha sob seu contro-ie, incluindo uma série de estratégicas colinas quedominam Quneitra, a cerca de três quilômetros aLeste da cidade.

Quneitra é dividida por uma linha de separa-ção, patrulhada por uma força de observadores daONU, que tem 45 quilômetros de extensão, indodas Colinas de Golan, na fronteira Sudeste libane-sa, até a fronteira Nordeste da Jordânia.

Somente as tropas da ONU, mais 75 policiaissírios e uns poucos pastores estão agora em Qunei-tra, fazendo companhia a Wadi, cuja casa estácoberta de graffitis contra os israelenses. A cidadetem também uma escola primária, freqüentada pqrcerca de 20 crianças que moram em fazendaspróximas.

Em uma clara manhã do começo deste mês,seis ônibus israelenses circularam por uma estradaaberta nas colinas, onde os turistas apreciaram aespetacular paisagem do fértil vale verde, lá em-baixo.

Apesar do cenário tranqüilo e que dá umasensação de paz, as lembranças da guerra estão portoda parte. No cume da colina mais alta — Tel ÁbuNader, ou mais conhecida como "o monte espião",como a chamam os sírios —, sofisticado equipamen-to de observação eletrônica permite que Israelacompanhe a atividade militar na Síria, Líbano eJordânia. Segundo o acordo de separação de tropasde 1974, pessoal e equipamento militar sírio têmque ficar afastados 12 quilômetros da linha divi-sória.

Nguyen Loan, que executou o prisioneiro vietcong, é um dos que foram buscar fortuna nos EUA

Comunidade vietnamita

prospera na Califórnia

JOLA ZALUDReuters

TOD ROBBERSONReuters

Westminster, Califórnia — QuachNhut Danh, um farmacêutico que deixouo Vietnam há 10 anos com os americanosque partiam, chegou aos Estados Unidoscom apenas 800 dólares. Alugou uma daslojas vazias nas imediações de uma deca-dente plantação de feijão desta localida-de e colocou nas prateleiras alguns remé-dios e tabletes que ele próprio produziu.

Hoje, Dahn é um dos líderes e umdos fundadores da Pequena Saigon, amaior comunidade vietnamita dos Esta-dos Unidos. Ela se tornou o lar de 70 milvietnamitas atraídos pelo sol da Califór-nia, que controlam ou trabalham emempreendimentos que geram mais de 3U0milhões de dólares por ano.

Tempo integralOs vietnamitas aqui trabalham

em tempo integral, 14 horas por dia e 365dias por ano. Por isso é que obtiveramêxito tão rapidamente — diz Nguyen Tu-A, editor de um dos 15 jornais de línguavietnamita da comunidade.

As bandeiras vermelho-amarelas doantigo Vietnam do Sul tremulam ao ladode bandeiras americanas, ao longo dafaixa de um quilômetro e meio que abriga200 lojas vietnamitas, inclusive a Farmá-cia Dahn, na Avenida Bolsa, a rua princi-pai da comunidade de refugiados na cida-de de Westminster, a 40 quilômetros aoSul de Los Angeles.

Os vietnamitas se sentam nos bares,servindo-se em grandes sopeiras e con-versando mais alto que a barulhentamúsica vietnamita. As mulheres maisvelhas, usando calças do tipo pijama, deseda preta, blusas soltas e grandes cha-péus de palha, vão aos supermecadoscomprar nuoc mam, o molho de peixevietnamita usado em quase todos ospratos.

Fora a ausência de soldados america-nos e vietnamitas e das moças que en-chiam os bares — e da .sujeira e damiséria — esta é uma Saigon em miniatu-ra (a ex-capital sul-vietnamita agora sechama Cidade Ho Chi Mihn).

Sem folgaDahn, que afirma não ter tido um

único dia de folga desde que abriu suafarmácia em 1978, possui agora três lojas,que vendem televisões, rádios e roupas,além de remédios.

Eu às vezes dou uma corrida demanhã, quando tudo ainda está quieto,mas essa é minha única diversão — elediz. — Estou trabalhando para que mi-nha família tenha uma vida boa. Esperoque ela guarde nossas tradições vietna-mitas.

Dahn serviu às forças americanas esul-vietnamitas no vale do Mekong como

farmacêutico, antes de fugir do Vietnam.As forças americanas levaram a

mim, minha mulher, minha irmã e meusdois filhos para as Filipinas, quando dei-xaram o Vietnam. O fato de termostrabalhado para os americanos colocavanossas vidas em perigo; se permanecêsse-mos lá — diz.

Os líderes da comunidade dizem queos primeiros refugiados a deixar o Viet-nam foram os de educação mais elevada,como autoridades governamentais, pro-fessores e médicos.

Muitos dos que vieram depois sãoincapazes de falar inglês e por isso parma-necem com forte sentimento gregário —diz um dos líderes, Tri Dihn.

DiscriminaçãoLíderes da comunidade concordam

em que sofreram discriminação. Muitosamericanos se queixavam de que os viet-namitas tomaram seus empregos. O res-sentimento chegou ao máximo em 1982,quando americanos da região promove-ram encontros para discutir maneiras defazer cessar o fluxo de vietnamitas.

Os encontros eram emocionais ealgumas vezes feios. As pessoas diziamque o valor de suas propriedades estavacaindo, embora seu valor continue subin-do desde a chegada dos vietnamitas—dizum dirigente municipal de Westminster.Ele acrescenta que com o tempo o ressen-timento foi sendo substituído por respeitopelos vietnamitas.

Alguns americanos ainda dizemque nós todos somos parecidos — diz Tu-Á com uma gargalhada.

E acrescenta:Se uma firma de engenharia pre-cisa de alguém que fale bem inglês,

naturalmente escolhe um americano.Mas se precisa de alguém que trabalhe,trabalhe, trabalhe, escolhe um vietna-mita.

Dados do Governo da Califórnia di-zem que vivem no Estado pelo menos 300mil refugiados vietnamitas, dos quais 140mil dependem do welfare (assistênciasocial).

Mas em Westminster não faltatrabalho — garante Tu-A.

Sua mulher, Loan, se preocupa comuma onda de roubos na área, praticadospor jovens vietnamitas.

Vietnamitas roubam só de outrosvietnamitas, nunca de americanos — as-segura ela. O marido acrescenta que'issoacontece porque os vietnamitas "rara-mente usam cartões de crédito e costu1'mam deixar o dinheiro em casa".

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80 O l° caderno ? domingo, 13/5/85 JORNAL DO BRASIL,

ObituárioRio de Janeiro

Jacira Tavares de Almeida,70. de infarto, em Bangu. Ca-rioca, doméstica, tinha dois fi-lhos, Sérgio e Gilda. Foi sepul-tada no cemitério Jardim daSaudade de Jacarepaguá.

Maria Toscano, 63, de ede-ma pulmonar, no HospitalCentral do IASERJ. Naturaldo Rio de Janeiro, casada comDavid Toscano. Morava noRiachuelo. Será sepultada ho-je, às 9 horas, no CemitérioSão Francisco Xavier.

Christiano João Alves Bar-bosa, 79, de insuficiência car-díaca, no Hospital Universitá-rio. Português, marceneiroaposentado, casado com Lau-rinda Pacheco Barbosa, tinhadois filhos: Cleber e Cléa. Mo-rava na Vila da Penha. Serásepultado hoje, às llh, no Ce-mitério São Francisco Xavier.

João Batista de Souza, 46, deúlcera gástrica, no HospitalMunicipal Souza Aguiar. Natu-ral da Bahia, artesão, era casa-do com Dinalva Gomes da Sil-va, e tinha 11 filhos: Jacson,João, Gerson, Janete, Beatriz,Nilda, José Augusto, Zenir,Mônica, Denison e Jenilson.Morava em Campos Elíseos,Duque de Caxias. Será sepulta-do hoje, às 12 h, no CemitérioSão Francisco Xavier.

Maria José de Souza, 35, deinsuficiência respiratória, noHospital Pio XII. Natural doRio de Janeiro, advogada, eraviúva de João Manuel Leite,tinha três filhos: José Roberto,Manuela e Júnior. Morava emBotafogo.

Ana Maria Felipe de Souza,36, de choque hipovolêmico,na Clfnica Doutor Balbino. Na-tural do Rio de Janeiro, técnicade administração, era divorcia-da e tinha dois filhos. Moravana Estrada do Boiúna.

Heloísa Melo Freire, 37, deedema pulmonar, no HospitalSãò Francisco de Paula. Natu-ral do Rio de Janeiro, secretá-ria, solteira. Morava no Méier.

Iolanda Rodrigues, 42, deedema pulmonar, no HospitalSouza Aguiar. Natural do Riode Janeiro, morava no Centro.

Domingos Luiz Dantas daCunha, 48, de hemoptise maci-ça,' no Hospital do Andaraí.Português, aposentado, casadocom Marilena Ribeiro Sanchesda | Cunha, tinha dois filhos.Morava em Botafogo.

Sebastião Germano de Araú-jo,'49, de fratura do crânio poração contundente, no HospitalUniversitário. Natural da Pa-raíba, servente, casado.

Justiniano Pinto de Oliveira,57t' de infarto, no HospitalEvangélico. Português, repre-serifànte, era casado com Lucil-Ia Benvinda de . Oliveira Tor-res^e tinha dois filhos.

José Luciano de AzevedoFurtado, 61, de câncer no pul-mão, em sua residência, emCopacabana. Natural do Cea-rá, relações públicas, era des-quitado de Lúcia 'FabrícioDuarte, e tinha três filhos.

Ernesto José Garrido, 64, debroncopneumonia, no HospitalSouza Aguiar. Argentino, na-turalizado brasileiro, comerciá-rio, casado. Morava em Copa-cabana.

Jecy de Miranda, 69. de cân-cer na próstata, na Clínica SãoCarlos, Natural do Rio de Ja-neiro, despachante, era casadocom Maria da Penha Botelho eMiranda e tinha dois filhos.Morava na Tijuca.

Lauro Gomes Corrêa, 70, depneumonia, no Hospital Geraldo INAMPS da Lagoa. Naturaldo Rio de Janeiro, comerciá-rio, era casado com Maria deLourdes Carvalho Corrêa, ti-nha quatro filhos. Morava noRio Comprido.

Antônio Costa, 71, de aci-dente vascular cerebral, no Sa-natório Oswaldo Cruz, em Pe-trópolis. Natural do Rio deJaneiro, comerciário aposenta-do, solteiro.

Raul da Silva Villela Sobri-nho, 73, de enfisema pulmo-nar, no Hospital dos Servidoresdo Estado. Natural do Rio deJaneiro, aposentado, era casa-do com Lydia dos Santes Ville-Ia, e tinha dois filhos. Moravano Flamengo.

Ubirajara do NascimentoPaiva, 76, de diabetes no Hos-pitai Miguel Couto. Natural doRio de Janeiro, comerciárioaposentado, era viúvo de Zu-leika Brígido Paiva. Moravaem Copacabana.

Lúcia Barroso, 79, de embo-lia pulmonar, na BeneficênciaPortuguesa. Natural do Pará,funcionária pública aposenta-da, era solteira. Morava noLeme.

Joaquim Moreira Ribeiro,80, de parada cardiorrespirató-ria, em sua residência na Man-gueira. Natural do Rio de Ja-neiro, industriário aposentado,era casado, com Nair CarvalhoRibeiro, e tinha um filho: EdyCarvalho Ribeiro.

Otacílio Pinheiro, 82, de in-farto, no Hospital Silvestre.Natural do Ceará, foi durante10 anos (1955/1965) Diretor-Geral do Supremo TribunalFederal. Era casado com EdithRodrigues Pinheiro, e tinhatrês filhos: Virgínia, Helenio eConceição. Morava em Copa-cabana.

Maria da Conceição, 84, detrombose cerebral, em sua resi-dência na Tijuca. Natural doRio de Janeiro, solteira, erafilha de Benvinda da Con-ceição.

Adelino Gonçalves, 85, desíndrome de Parkinson, em suaresidência na Urca. Português,comerciante aposentado, eracasado com Adelina da Cunhae tinha quatro filhos.

Maria Luiza da Silva, 86, dearteroesclerose, na Casa deSaúde República Croácia, emSepetiba. Natural de MinasGerais, era viúva. Morava emBotafogo.

Antonia Gonzalez Garcia,90, de insuficiência renal crôni-ca, no Hospital da Beneficên-cia Portuguesa. Natural da Es-panha, era viúva de Luiz Fer-nando Garcia Gonzalez, tinhaum filho. Morava em São Cris-tovão.

Guilherme Coelho de Souza,92, de parada cardíaca, em suaresidência no Leblon. Naturaldo Rio de janeiro, funcionáriopúblico aposentado, era sol-teiro.

ExteriorTheodore Sturgeon, 67, de pro-blemas pulmonares, quarta-feira, em Eugene, Oregon,EUA. Escritor de ficção cientí-fica — ou "ficção especulati-va", como preferia definir —ganhou em 1954 o prêmio in-ternacional Fantasia por seusegundo romance. More thanHuman, e os prêmios Nebula(1970) e Hugo (1971) pelo con-to Low Sculpture. Lutou paraque o gênero fosse respeitado ereconhecido como qualqueroutro da literatura e optou, riolugar dos temas tecnológicosou de horror, pela descriçãorealística de acontecimentosinusitados ou de concepçõesincomuns. Via "mais amplidãono espaço interior que no espa-ço exterior", como escreveucerta vez, e sua poderosa in-ventiva influenciou toda umageração de jovens escritores.Entre seus romances destacam-se The Dreaming Jewels (reba-tizado The Synthetic Man), So-me of Your Blood e Vtnus plusX. Escreveu muitos contos, al-guris sob o pseudônimo de E.Hunter Waldo ou de FrederickR. Ewing. Também TheodoreSturgeon era um pseudônimo:seu verdadeiro nome era Ed-ward Hamilton Waldo. Nasceuem-Nova Iorque em 1918 e,depois de concluir o curso se-cundário, trabalhou como faxi-neiro na marinha mercante eem"outros empregos. Em 1948publicou o primeiro livro, acoletânea de contos WithoutSorcery. com uma introduçãode.Rav Bradbury. Outras cole-tàneas teriam grande sucesso,como Pluribus llnicorn (1953).

Também escreveu roteiros pa-ra seriados de televisão, comoStar Trek, The Invaders eWild, Wild West. Fez aindacrítica literária para a NewYork Times Book Review e aNational Review. Deixa sete fi-lhos.Chester Gould, 84, de uma cri-se cardíaca, em sua casa deWoodstock, Illinois. Desenhis-ta de histórias em quadrinhos,criador do personagem DickTracy, foi o primeiro a abando-nar o gênero cômico, em 1931,e interessar-se pelas tramas po-liciais. Dick Tracy é um deteti-ve que consegue resolver casosdifíceis para a polícia. Osgangsters que enfrenta são ti-pos fora do comum, comoFrank Redrum (murder, assas-sino, escrito de trás para fren-te), um homem que não tinharosto, ou o anão Jerome Trohs(short, baixo). Chester Goulddeleitava-se desenhando os de-talhes macabros, com balasatravessando crânios ou poçasde sangue. Aposentara-se em1977.Tomás Perrin, de ataque car-díaco, na Cidade do México.Ator e jornalista, trabalhou naépoca de ouro do cinema mexi-cano e nos últimos anos escre-via para vários jornais e revis-tas. No rádio, tornou famoso opersonagem Carlos Lacroix, dasérie Apague a Luz e Escute.Na televisão, criou o primeiroprograma noticioso feito porcrianças para crianças. No cine-ma, trabalhou, entre outros,com Cantinflas e Medel, parti-cipando de filmes como ElMouje Blanco e El Signo de iaMuerte.

MANOEL JOAQUIM

PIMENTA VELLOSO(FALECIMENTO)

Herondma de Carvalho Pimenta Velloso. filhos, geri-ros. nora. netos, bisnetos e irmãs comunicam ofalecimento de seu querido MANOEL e convidampara seu sépultamento HOJE, dia 12. às 11:00horas, saindo o feretro da Capela "C" do Cemitério

do Catumbi para a mesma necrópoie

Roubo de toca-fitas leva

muita gente

às delegacias

Os toca-fitas instalados em automóveisforam ontem o motivo das principais queixasnas delegacias. Numa mesma garagem, doprédio número 130 da Rua Luís Barbosa, noGrajaú, dois toca-fitas foram furtados doscarros estacionados. No jlJardim Botânico eem São Cristóvão, outros dois gravadoresforam levados de carros parados na rua.

Mas houve também os ladrões que preferi-ram levar o carro inteiro. Os dois registros defurto de automóvel foram feitos nas delegaciasde Botafogo e Gávea pelos proprietários que,após estacionarem na rua, náo os encontraramao voltarem.Carlos Luciano Ortiz, 45 anos, teve o toca-fitasdo seu Santana, placa UF-4856 furtado na RuaJardim Botânico por volta das 14 horas. Oregistro foi feito na 15a DP, na Gávea.

Raimundo Bezerra e Paulo Roberto Bra-gança tiveram seus toca-fitas e outros acesso-rios roubados no interior da garagem doedifício onde moram, na Rua Luís Barbosa,130, no Grajaú, quando dois homens rende-ram o porteiro, Genuíno Alves, de 61 anos.Mônica de Almeida Freitas, 25, foi furtada emseu toca-fitas depois de ter arrombada a portado seu Chevette Hatch, placa RU-0311, esta-cionado na Rua Senador Bernardo Monteiro,em frente ao número 200, em São Cristóvão.A queixa foi registrada na 17a DP, no mesmobairro.Maria Luiza Proença Alves, 42, teve seuVolkswagen de placa 00-4939, furtado naesquina das Ruas Conde de Irajá e ViscondeSilva, em Botafogo. Ela estacionou o automó-vel no dia 4 por estar sem gasolina. Voltouuma semana depois para pegá-lo. Ele nãoestava mais lá. A queixa foi registrada na 10aDP.Carlos Eduardo Etchegoyen, 30, teve o seuSantana 85, de placa UR-8807, furtado na Rua

Jornalista Costa Rego, em frente ao número246, em São Conrado, no curto espaço detempo em que se dirigiu à portaria do prédiopara entregar um projeto de engenharia. Den-tro do carro encontrava-se uma pasta 008contendo todos os documentos do veículo,cinco projetos de engenharia e fichas de cadas-tramento do projeto do Dentei. A queixa foiregistrada na 15a DP, na Gávea.Sérgio Luiz Martins, 34, teve sua casa na RuaBarão de Mesquita, 687, arrombada e prejuízode cerca de Cr$ 3 milhões em jóias e aparelha-gem de som. O arrombamento foi registradona 20a DP, no Grajaú.Lucimar de Freitas, foi assaltada por doishomens armados de revólveres na Rua Teodo-ro da Silva, próximo à Mendes Tavares, fican-do sem o seu relógio de pulso. O assalto foiregistrado na 20a DP, no Grajaú.Vitória Alice Teles dos Santos, 40, teve todosseus documentos e talões de cheque dos ban-cos Banerj (agência Rio Branco), Bradesco eNacional (agências da Rua Voluntários daPátria) furtados do interior do seu carro deplaca IG-7302, estacionado na Rua Mem deSá, em frente ao restaurante Capela, ondealmoçava. A queixa foi registrada na 5a DP, namesma Rua, a poucos metros do restaurante.Angélica Ferreira Monteiro e Hilda Teófilo deSousa passavam na madrugada de ontem pelaRua Clarimundo de Melo, em Piedade, quan-do, em frente ao número 101, Sérgio Gomesde Sá, de 26 anos, tentou roubá-las. Mas osoldado Wagner, do 3" Batalhão da PM, quepassava pelo local na hora, prendeu o ladrão,que foi autuado por roubo simples (artigo 155)na 26a DP, no Méier. Com Sérgio foramencontrados uma aliança de ouro, um relógio eCr$ 100 mil das vítimas. Na delegacia, eleconfessou já ter sido autuado antes por assaltoà mão armada.

Fotógrafo morre diante de

escola com tiro na cabeçaCom um tiro na cabeça, o fotógrafo Mar-

cos Correia de Freitas Santos, 23 anos, foimorto por volta das 22 horas de sexta-feira, emfrente ao n° 101 da Rua Pereira da Costa, emMadureira, onde funciona o Colégio Atenas.Marcos foi vítima inocente de um tiroteioquando, sentado no interior do seu carro,Volks RJ-PM-9235, estacionado na calçadafonteira àquele estabelecimento de ensino,aguardava a namorada, Cristiane Cunha Gui-marães, de 19 anos, aluna do educandário.

O rapaz chegou a ser levado pra o HospitalGetúlio Vargas no Opala 67-2393, da 29a.Delegacia Policial, pelo detetive Gallote ePeçanha, mas morreu antes de receber atendi-mento médico. Vítima também do tiroteio, foilevada igualmente para aquele hospital , aaluna do Colégio Atenas, Cátia Costa e Silva,de 17 anos, atingida por tiro no braço direito.

Cátia foi levada para o hospital pelo pro-fessor Laércio Andrade da Silva, que infor-mou que, no momento, saíam da escola cercade 300 alunos. Pouco depois, levado por umChevette branco que usava a placa RJ-ZU-2123, dirigido por um homem branco, magro ede cabelos curtos, um preto de 30 anos presu-míveis era atirado do veículo na porta dohospital e seu motorista, em manobra hábil,arrancou em alta velocidade.

O homem morreu pouco depois, mas antesdisse chamar-se Pedro e entrou em coma. Umtelefonema anônimo para o detetive Eurípe-des Alves de Jesús, da 27a Delegacia Policial,de plantão no hospital, identificava o preto

como sendo Pedro Leandro, morador do Mor-ro São José, no final da Rua Pereira da Costa.A aluna Maria Aparecida Bittencorut Telles,do mesmo colégio, reconheceu Pedro comosendo um dos elementos que trocavam tiros.

Embora os policiais da 29a. DP. em suasprimeiras investigações digam ter apurado queo tiroteio tenha sido travado entre três homensque vinham da direção do morro (seriam doisbrancos contra Pedro), um telefonema anôni-mo para as redações dos jornais, afirmava queum dos homens que participou do tiroteio eque seria o autor do disparo que matou ofotógrafo Marcos, é policial da Delegacia deVigilância-Norte, sediada em Pilares, e chegoua descrevê-lo como sendo branco, cerca delm80 de altura, forte, de cabelos crespos ecompridos.

No local foram arrecadados alguns projé-tejs e cápsulas de calibre 45 e várias marcas debalas de grosso calibre foram encontradas emportões e muros do colégio e residências dosdois lados da rua.

Investigando a placa ZU-2123 que erausada pelo Chevette branco do qual foi atiradoo preto que seria Pedro Leandro os policiais da29a. DP. apuraram que a mesma pertence aoMonza azul, ano 84, de propriedade de Hum-berto Gazze Filho, residente na Rua RaulAzevedo, 100 — 302, bairro Jabour, e que amesma não consta como roubada ou furtadano CCOS (Centro de Coordenação dos Ór-gãos de Segurança) da Secretaria de PolíciaCivil.

ALCINO DA MOTTAMISSA DE 7° DIA

tlgnez

Cardoso da Motta, Luis Antonio e Ellen, Ricardo José e Cláudia,Maria Cristina e Beatriz, agradecem o carinho e as manifestações desolidariedade recebidas, e de modo especial a dedicação dos Drs.

Alfredo Burke e Reimond Burke na ocasião da doença e falecimento de seuquerido ALCINO, e convidam para a Missa de 7o Dia, a realizar-se 4a feira,15 de maio, às 11:00h, na Igreja Nossa Senhora da Conceição e Boa Mortena Rua do Rosário esquina com Av. Rio Branco.

GRACIETTE ARAÚJO DE BARROS BARRETO(MISSA DE 7° DIA)

t

Cláudio de Barros Barreto, João Cláudio de Barros Barreto eSenhora, Maria Lúcia Soares de Barros Barreto, Gilda de BarrosBarreto, Roberto de Barros Barreto e Senhora, Arnaldo de

Barros Barreto, Senhora, filhos, genro, nora e netos comunicam quea Missa de Sétimo Dia, por alma de sua muito querida esposa, mãe,sogra, nora, cunhada e tia GRACIETTE, será celebrada amanhã,segunda-feira, dia 13, às 18 horas, na Paróquia de Santa Cruz deCopacabana. Rua Siqueira Campos, 143, 3o andar.

Imagem do

Aleijadinho

é roubadaOuro Preto, MG — Uma

imagem de Santana, atribuídapor especialistas ao Aleijadi-nho, e seis relíquias de prata,tudo avaliado em mais de Cr$ 1bilháo, foram roubadas na igre-ja de São José, uma das maisantigas de Ouro Preto, cons-truída em 1726 e localizada amenos de 100 metros do quar-tel da 62a Companhia da Poli-cia Militar de Minas Gerais. Oassalto foi descoberto na ma-nhá de ontem, pela zeladora dairmandade. Dona Maria Gui-marães, mas a polícia suspeitaque ocorreu há três dias.

Além da imagem de Santa-na, de l,20m de altura, talhadaem cedro, foram roubados res-plendores de prata das imagensbarrocas de São José, São Do-mingos e São Brás, que, entre-tanto, foram deixadas intactasem seus nichos pelos ladrões.Além disso, foi levado um cáli-ce de prata e roubado um para-mento bordado a ouro. Estapeça, porém, foi achada pelapolícia no meio do mato, atrásdo cemitério que existe do ladoesquerdo da igreja.HORA DO ENTERRO

A igreja de São José — aque Dom Pedro II deu o títulode Imperial Igreja de São José,juntamente com a Igreja doOuteiro da Glória, do Rio deJaneiro — fica na encosta deum morro, em local ermo, ape-sar de situada no centro deOuro Preto. De acordo tom ovigário da paróquia do Pilar, àqual pertence a igreja, PadreJosé Feliciano Simões, os la-drões teriam entrado nela nahora de um enterro, na tardede quarta-feira passada.

O vigário suspeita que elesagiram da mesma forma que osautores do furto ocorrido em Iode setembro de 1973, na igrejamatriz do Pilar, quando foramroubadas relíquias de ouro eprata que hoje valeriam cercade Cr$ 1 trilhão, no maiorroubo do gênero ocorrido nopaís. Na época, os ladrêos dearte se esconderam dentro damatriz, talvez durante um ofí-cio religioso noturno, rouba-ram o Museu da Prata, situadona sacristia, porão e consistó-rios, e saíram pela porta princi-pai, que abriram por dentro.

Para o Padre Simões, os la-drões se teriam aproveitado dahora do enterro para esconder-se dentro da igreja. Feito oroubo, abriram a porta lateralesquerda, que dá para o cemi-tério, e saíram pelos fundos.Tal como aconteceu no roubodo Pilar, há 12 anos, os ladrõesde arte deixaram um monte defezes atrás do altar-mor cujorisco é da autoria do Aleijadi-nho. O vigário acha que esseprocedimento "é uma espéciede superstição" dos ladrões deigreja, que agiram da mesmamaneira no roubo ocorrido namatriz do Pilar de São João deiRei, há dois anos.

Loteria dá

Io prêmio a

n° 51.797A Extração n° 2.158 da Lo-

teria Federal premiou com Cr$190 milhões o bilhete n°51.797. Os outros bilhetes pre-miados foram: com Cr$ 18 mi-lhões, o n° 38.212; com Cr$ 7milhões, o 32.307; com Cr$ 5milhões, o 11.485; e com Cr$ 3milhões 500 mil, o 17.804.

O milhar 1.797 pagou Cr$492 mil; o 2.307, Cr$ 52 mil; os1.485, 7.804 e 8.212, Cr$ 37mil. A centena 797 pagou Cr$81 mil; a 977; Cr$ 59 mil; a 779,Cr$ 44 mil; a 307, Cr$ 37 mil;as 212, 485 e 804, Cr$ 22 mil. Adezena 07 pagou Cr$ 30 mil eganharam Cr$ 15 mil a unidade7 e as dezenas 04, 12, 85, 94,95, 96, 98, 99 e 00.

Tempo

AvisosReligiosos

e FúnebresRecebemos seu anúncio naAv. Brasil, 500 sala 512 atá

as 24:00hTels.: 264-4422 R/350 e 356.

JORNAL DO BRASIL

CORDELIA SIMÕES CORRÊA

SENRA

• (MISSA DE 7o DIA)

tA

Diretoria, sócios e funcionários da CASA DE

SAÚDE SÃO SEBASTIÃO agradecem as mani-

festações de carinho que receberam pelo faleci-

mento de sua querida Diretora Presidente, Da

CORDÉLIA, e convidam para a Missa de 7o Dia queserá celebrada amanhã, dia 13 do corrente, às 18:30

horas, na Matriz da Glória, no Largo do Machado.

Satélite GÓES — INPjL~ Cachoeira Paulista, SP — 1

Frente fria de fraca intensidade está no litoral Sul daBahia. No litoral Sudeste pode haver instabilidade, mas atendência no Rio de Janeiro é de melhoria. Na região Sul atemperatura volta a subir e o tempo continua bom. Na^regiões Norte e Nordeste há possibilidades de chuvasisoladas, principalmente no Amazonas e na Bahia. Frentefria continua se deslocando do Pacífico para a Argentina.

No Rio e em NiteróiTempo nublado ainda sujeito a chu-vas isoladas, passando a parcialmen-te nublado. A temperatura permane-cerá estável. Os ventos estarão deEste a Norte fracos e a visibilidadede moderada a boa. A temperaturamáxima registrada ontem foi de25.0, na Praça XV, e a mínima tfe16.8, no Alto da Boa Vista.As ChuvasPrecipitação em milímetros nas últi-mas 24 horas: 0.9; acumulada estemês: 52.6; normal mensal: 72.9;acumulada este ano: 832.4 normalanual: 1075.8.O SolNascerá às 06hl6min e o ocaso seráàs 17h29min.O MarNo Rio de Janeiro — Preamar:07h49min/0.9m; baixa-mar:03h48min/0.7m e 16h05min/0.4m.Em Angra dos Reis — Preamar:06h30min/0.8m; 19h31min/0.8m e23h55min/1.0m; baixa-mar:03h52min/0.6m; 08h49min/0.7m e15h59min/0.3m. Em Cabo Frio —Preamar: 09h06min/0.8m e23h40min/0.9m; baixa-mar:03h41min/0.6m e 15h49min/0.3m. OSalvamar informa que o mar está

t calmo, com águas a 22 graus.

A Lua

DMlnguant*at< 18/05

a

¦Nov.19/05

?Chela03/06Crescente27/05EstadosAmazonas — PHrá — Amapá: Ene. anub. c/chuvas esp. temp: estável,máx. 28.8; min. 22.6. Roraima: Nuba pte. nub c/pncs isol. temp: estável,máx. 33.3; min. 26.4. Rondônia: Nubc/chuvs esp no Norte e Centro eCentro do Estado, demais rcg. nub."a pte. nub. temp: est. Acre: Nubc/pncs isol. temp: estável, máx. 25.8;min. 21.4. Maranháo: Nub c/chuvas

esp. temp: estável, visib. boa. 29.4;min. 22.0. Ceará: Ene. a nub c/chu-vas esp. temp: est. máx. 28.2; min.23.6. Piauí: Nub c/chuvas esp. temp:estável. Rio (i. do Norte — Peruam-buco: Ene. a nub c/chuvas, temp:estável, máx. 29.2; min. 21.9. Parai-ba: Ene. a nub. c/chuvas esp. temp:estável, máx. 29.2; min. 21.9. Ala-gpm: Nub c/chuvas esp e possíveistrovs isol. temp: est. min. 21.6. Ser-gipe: Nub c/chuvas ocs. temp. est.máx. 29.0; min. 22.5. Bahia: Ene. anub c/chuvas, temp: estável, máx.28.9; min. 20.9. Mato GroModoSul:Pte. nub. temp: cm elevação, máx.24.9; min. 11.6. Goiás: Nub. c/chu-vas esp e possíveis trovs no Norte,demais rcg. pte. nub. a nub. temp:estável, máx. 28.8; min. 19.4. Mato(*ros.so: Nub. c/pncs de ehuvs esp. noSul do Estado, demais reg. pte. nuba nub. temp: estável, máx. 26.8;min. 21.4. Distrito Federal: Pte nub anub c/possib de chuvs ocs a tarde,temp: estável, máx. 26.6; min. 16.7.Minas Gerais: Nub ainda suj a chu-vas no Norte do Estado, demais reg.pte nub. temp: estável: máx. 28.3;min. 15.4. Espírito Santo: Nub aindasuj. a chuvas, passando a pte. nub.temp: estável, máx. 25.2; min. 21.5.São Paulo: Claro a pte nub c/névoaúmida e nvos isol. áo amanhecer,temp: cm elevação, máx. 20.4; min.11.4. Paraná: Claro a pte nub c/né-voa úmida e nvos ao amanhecer,temp: cm elevação máx. 19.3; min.2.9. Santa Catarina: Claro c/perto-dos de pte. nub. nvos esp ao ama-nhccer. temp: cm elevação, máx.21.1; min. 11.3. Rio G. do Sul: Claroc/períodos de pte. nub. nvos esp aoamanhecer, temp: em elevação,máx. 21.2; min. 9.8.No MundoAmsterdã, 14, encoberto; Atenas,20, nublado; Berlim, 21, encoberto;Bonn. 17, nublado; Bruxelas, 12,nublado; Cairo, 28, limpo; Chicago,19, neblina; Dallas. 23, neblina; Ho-nolulu. 22, bom; Los Angeles, 13,nublado; Montreal, 20, nublado;Moscou. 23, encoberto; Nassau. 25,nublado; Nova York, 24, bom; Oslo,17, limpo; Oltawa, 25, encoberto;Paris, 12, nublado; Roma, 19, enco-berto: Sào Francisco. 9, limpo; Sid-ney. 17. encoberto; Tóquio, 19, lim-po: Toronto. 28. limpo; Tunb, 25,encoberto; Vareòvla, 19, encoberto;Viena. 21 encoberto; Washington,23, encoberto; Buenos Aires. 09. lim-po; Havana. 23, encoberto; Lima,16. nublado.

ADAO DE SOUSA MOTAE

NUN0 ALEXANDRE MOTA DE SOUSA FERREIRA

t

1 ANOA família de ADÀO DE SOUSA MOTA e NUNO ALEXANDRE MOTA DESOUSA FERREIRA, convidam parentes e amigos para Missa de 1 ano aser celebrada no dia 13 de Maio, segunda-feira às 10 horas na igreja daCandelária. Praça Pio X.

ADAO DE SOUSA MOTA1 ANO

CIMOL CONSTRUTORA IRMÃOS MOTA ITDA.,convida parentes e amigos para a Missa de.1 Anoem intenção do saudoso e inesquecível ADÃO DESOUSA MOTA a ser celebrada no dia 13 de Maio, às10 horas na Igreja da Candelária, Praça Pio X.t

ADAO DE SOUSA MOTAE

NUNO ALEXANDRE MOTA DE SOUSA FERREIRA1 ANO

A CONSTRUTORA A S. MOTA E FILHOS LTDA. convida seus amigospara a Missa de 1 Ano a ser celebrada no dia 13 de Maio. segunda-feira às 10 horas na Igreja da Candelária. Praça Pio X.t

MINISTRO

LUIZ BENJAMIN DE ALMEIDA CUNHA1 ANO DE SAUDADES

t

MARIA FRANÇA DE ALMEIDA CUNHA,nora e netos convidam para assistir àmissa em intenção de seu inesquecívelfilho, esposo, pai e sogro — LUIZ —

amanhã, segunda-feira, 13-5-85, às 19 horas, naMatriz de Na Sa de Copacabana, à Rua Hilário deGouveia, 36.

GEQRGEANA LEAL MOREIRA(MISSA DE 7° DIA)

tSua

família, consternada, comunica seufalecimento e convida demais parentes eamigos para as Missas da Ressurreiçãoque serão celebradas nos seguintes dias e

locais: IGREJA S. ANTONIO DOS POBRES —Rua dos Inválidos — às 8 h. — dia 13/05IGREJA MATRIZ DE Na. Sa. PERPÉTUO SO-CORRO — Praça Edmundo Rêgo, Grajaú — às17 h. — dia 14/05.

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JORNAL DO BRASIL Negócios & Finanças domingo, 12/5/85 n Io caderno ? 21

mimsm

INFORME ECONOMICO

CPRM revê contratos

sobre mina de carvão

Humor econômico:1

ESTÁ trabalhando há uma se-

mana — com prazo até sex-ta-feira para apresentar suas con-clusões — a comissão instituídapelo presidente da Companhiade Pesquisas de Recursos Mine-Tais, José Carlos Bôa Nova, paraExaminar o termo de compromis-;so, firmado na gestão anterior,pelo qual os direitos sobre asunidades minerais de carvão deChico Lomã A e B e SantaTerezinha Leste, no Rio Grandedo Sul, são cedidos às empresasMetropolitana e União, de SantaCatarina.¦ A operação, que envolve re-servas calculadas por setores téc-iiicos da CPRM em 2 bilhões 600milhões de toneladas de carvãometalúrgico, foi criticada pelocorpo técnico da Companhia,sob a alegação de não atender aexigências legais e não remune-rar adequadamente a própriaCPRM. ó argumento foi contes-,tadb pelo então presidente daempresa, General SalvadorMandim.I

Consórcio com a Vale! O atual presidente, José Car-los Bôa Nova — ex-diretor ad-

Mais 59 CIEPsi ¦" "i

Até o final de julho, o Governo do1 Estado estará entregando mais 59escolas nos moldes do CIEP — CentroI1 Integrado de Ensino Público —

irecém-inaugurado no Catete,• investindo no projeto um total de Cr$' 240 bilhões, a preços atuais, com uma' economia de 30% na construção,i A utilização das lajes e colunas' pré-fabricadas só é viável

i economicamente com um grandenúmero de repetições de espaços no

! projeto e exige ainda acabamentos.despojados, integrando a estrutura à'linguagem arquitetônica.

iunMilunto do Instituto Brasileiro de

ineração (Ibram) —, garantiuque a comissão é integrada porprofissionais da CPRM insentosem relação à operação e que nãohá presunção de irregularidade,que, se for constatada, "será tra-tada na forma da lei". SegundoBôa Nova, se houver injunçãopolítica na decisão a ser tomada a

respeito da operação da adminis-tração anterior, ela será levadaao Ministério das Minas eEnergia.

Bôa Nova revelou que conti-nua em andamento normal oprocesso para formação de outroconsórcio para mineração do car-vão do Rio Grande do Sul, este aser constituído entre a CPRM, aVale do Rio Doce e a Copelmi,envolvendo a unidade mineira deSanta Terezinha Osório, cujaárea é de quatro a ;cinco vezesmenor do que a que foi atribuídaà Metropolitana e à União.

Segundo o presidente daCPRM, não houve, em relação aessa operação — também inicia-da na gestão do General Salva-dor Mandim —, qualquer alega-ção de irregularidade. A forma-ção do consórcio CPRM/Vale/Copelmi não foi submetida aoConselho de Administração daCompanhia de Pesquisas de Re-cursos Minerais. Na verdade, aexemplo de uma série de outrosórgãos dirigentes de empresasestatais, o Conselho de Adminis-tração da CPRM ainda não foiconstituído nem nomeada a suaDiretoria.

"índice de desconsumo"

A instituição, pelo PresidenteJosé Sarney, de uma cesta de alimen-tos com 11 produtos básicos para apopulação carente promete,no en-tender do vice-presidente de investi-mentos do Banco de Montreal, RuySchneider, reduzir o "índice de des-consumo".

Schneider cunhou a expressãopara designar a relação, que conside-ra perversa, entre o que a populaçãotem de gastar para comer e suadisponibilidade para consumo de ou-tros produtos. O empresário defendehá anos a cesta de alimentos com oargumento singelo de que, quantomenores os gastos com a comida,mais sobra para os outros.

Não que a comida tenha sido,nos últimos 12 meses ou este ano, avilã da inflação. Os índices da Fun-dação Getúlio Vargas mostram queos gêneros alimentícios subiram esteano (até abril) 44% e 196,2% nosúltimos 12 meses. Enquanto isso, asutilidades domésticas dispararam pa-ra 58,2% (1985) e 295,1% (últimos12 meses).

Apesar disso, o peso dos alimen-tos no "índice de desconsumo" deSchneider é inquestionável. Enquan-to sempre se pode adiar a compra deum novo liqüidificador, é temerárioficar contrariando indefinidamente oestômago.

Gastos de todo o tipoO Ministro do Planejamento, João

Sayad, reconheceu que a decisão do Con-gresso de pedir um crédito especial deCr$ 900 bilhões para viabilizar o BancoMeridional do Brasil, sucessor do SulBrasileiro, conflita com o empenho doGoverno em não onerar mais despesasque fazem prever, segundo o MinistroFrancisco Dornelles, um déficit de Cr$ 84trilhões 900 bilhões este ano.

E, numa antecipação das dores decabeça que certamente terão os Ministrosda área econômica para podar as despe-sas, enumerou os tipos de vazamento queatormentam os que manejam as torneirasoficiais:

— O Governo tem gastos sobre osquais conhece o montante e a data de

desembolso, como as verbas previstas noOrçamento da União para os Ministérios;tem outros cuja existência é conhecida,sendo a incógnita quanto terá de pagar,como a conta da Previdência; e há aindaoutros que a gente nem sabe que existe,como a Sunamam e o Sul Brasileiro.

O Ministro também deu uma pista decomo pretende usar as rolhas que utiliza-rá para tapar os vazamentos. Disse que asupressão linear dos gastos, que chamoude "um corte no varejo", afeta os maisfracos, os menos organizados, os que nãodispõem de meios de pressão, e acabaatingindo verbas para merenda escolar,por exemplo. "Evidentemente, ninguémdefenderá isso", asseverou.

O SEGURO DO FEIJÃO

O feijão americano que che-gou contaminado a Santos no na-vio iugoslavo Beograd está amea-çando dar uma indígestão ao Insti-tuto de Resseguros do Brasil e àPorto Seguro Companhia de Se-guros Gerais. E que a Cotra,importadora do feijão, entroucom ação de perdas e danos, na 3aVara Cível de Santos para recebero seguro pela perda do produto,no valor de 6 milhões 391 mil

dólares, mais ressarcimento dasdespesas com a perícia e custos deparalisação do navio, estimadosem 678 mil dólares.

A Cotra pede também indeni-zação pelos prejuízos com cance-lamentos de linhas de crédito enegócios em decorrência da cam-panha de"calúnia e difamação"que sofreu. Para esse item, não hávalor especificado na ação impe-trada na Justiça santista.

TREPIDAÇÃO NOINTERBANCÁRIO

Indícios de turbulência namanutenção do nível de recur-sos para a operação dos ban-cos brasileiros com agênciasem Nova Iorque foram detec-tados nos meios financeirosamericanos, segundo infor-mou o correspondente FritzUtzeri.

Ele deu conta de que oBank of America recentemen-te deixou de renovar 100 mi-lhões de dólares de suas linhasde crédito para projetos três(créditos para a exportação) equatro (interbancário) e deque outros agentes financeiroscomprometidos com a rènego-ciação, como o American Ex-press, também estariam amea-çando cortar essas linhas.

¦ ¦ ¦Ouvido no Rio, o banquei-

ro Marcílio Marques Moreira,vice-presidente ao Unibanco,disse ter falado recentementecom pessoas que participamdo controle do projeto quatroe garantiu que elas não verifi-caram queda dos recursos des-tinados a esse projeto, da or-dem de 5 bilhões 500 milhõesde dólares.

Ainda assim, admitiu que"houve certos movimentos".E conjeturou que isso podeser conseqüência da expectati-va dos bancos em torno daprorrogação dos acordos vi-gentes para rolagem da dívidaexterna, que expiram no dia31.

CARREGANDOPEDRAS

As greves estão ocupando emtempo integral o Ministro da In-dustria e do Comércio, RobertoGusmão. Este fim de semana, elese dedicará à tarefa de mediar osentendimentos para evitar grevesna produção de cana-de-açúcar ede laranja em São Paulo.

Gusmão deverá anunciar estasemana os novos preços do açúcare do álcool — a nível de produtor— que começarão a vigorar apartir de Io de junho.

Empresários querem

aumentar a produção

do café fluminensei O Rio de Janeiro foi um dos Estados mais prejudicados

pelas políticas do Instituto Brasileiro do Café (IBC) nos últimos20 anos. A tal ponto que, com uma irrisória produção de 100 milsadas/ano, desapareceu das estatísticas do IBC, figurando agoraaptnas na classificação de outros. O Centro do Comércio doCafé do Rio de Janeiro quer corrigir essa situação.

- Na quarta-feira, durante a posse da nova diretoria doCentro, o presidente do IBC, Karlos Rischbieter, recebeu umdocumento que, entre outras sugestões, reivindica um programade incentivo à cafeicuitura fluminense "objetivando a implanta-Çã<J de 100 milhões de cafeeiros, no prazo máximo de 4 anos".Se for aceita, ao final do programa o Rio estará produzindo ummilhão de sacas de café — uma situação bem mais próxima dareálidade de um Estado que há pouco mais de 30 anos era umdo* grandes produtores do país. Itaperuna, no Norte Fluminen-se,;por exemplo, já foi o Município que, num passado não muitodistante, produzia mais café que qualquer região do mundo.

O fim da produção de café no Rio de Janeiro ocorreu entre63/65, quando o Governo executou seu programa de erradica-ção do café. A finalidade desse programa era reduzir o númerodeitafeeiros de baixa produtividade e, para isso, o IBC pagavaaoj cafeicultores que arrancassem os pés de café. A alegação eraqut o Brasil produzia muito café. Mas poucos anos depois (em1969) foi iniciado o Plano de Renovação e Revigoramento dosCafezais (PRRC), através do qual o Governo passou a financiaro replantio dos cafeeiros arrancados anteriormente. Apesar dagenerosidade — em valor e condições de pagamento — dessePlano, o Rio jamais recuperou sua condição de grande produtorde pafé.

! Mas os erros da política do IBC, desde o programa deerradicação, não ocorreram apenas no Rio de Janeiro. Aspróprias estatísticas do IBC demonstram isso. Desde 1969,quando o PRRC foi iniciado, o país aplicou, em cruzeiros, ocorrespondente a 3 bilhões 400 milhões de dólares diretamenteno plantio e no financiamento de defensivos e fertilizantes (esseval{>r não inclui os financiamentos para máquinas e infra-estrutura). O resultado é curioso: hoje o Brasil produz menoscafé do que no ano em que a erradicação foi acelerada (em19®). Na safra de 1965/1966, o país produziu 37 milhões desacps; na de 1983/1984, a do ano passado, produziu 30,4 milhõesde sacas.

: Em termos de melhoria da produtividade, o PRRC tam-béijt não obteve muito sucesso. Na safra de 1969, a produtivida-de dos cafezais brasileiros foi de 9,7 sacas beneficiadas por milpés*. Em 1983/84, foi de 9,3. Essa produtividade dependesempre da intensidade das geadas, mas desde 1974 a produtivi-dacje do café brasileiro só na safra de 81/82 bateu a de 69/70.

Além da prodigalidade com que oferecia financiamentos— motivo até de piadas nos corredores do órgão —, o Plano deRevigoramento só deu certo em Minas Gerais (hoje o maiorEsfado produtor, com mais de 9 milhões de sacas), em SãoPafllo e no Espírito Santo, que conseguiu aumentar considera-velbente sua produção e atualmente já está ganhando doParaná (este Estado também perdeu muito com as últimaspolíticas do IBC, possivelmente, até mais do que com asgeadas).

O presidente do IBC, Karlos Rischbieter, anunciou tam-bém durante a posse de diretoria do Centro do Comércio doCafé do Rio que ainda este mês será instalada a auditoria paraapurar eventuais irregularidades no órgão. Ele está interessadonisso porque acha que a imagem do IBC se deteriorou muito. Eé verdade. Se os auditores se ativerem aos detalhes, vãoencontrar coisas como um funcionário da Diretoria de Produçãovendendo sementes de café trazidas de uma de suas fazendas,durante o horário de trabalho. Qualquer interessado podeefetuar a compra por telefone.

Cigarro "light"

eleva participação

no mercado

A participação do segmento de baixos teo-res de nicotina (cigarros light) sobre o totalconsumido mensalmente no país aumentou de3,7 para 4,8%, tomando-se as médias registra-das nos primeiros trimestres de 1984 e 1985. Sejaporque os fumantes brasileiros passaram a sepreocupar mais com os males do tabagismo, ousimplesmente porque os cigarros não sofreramaumento desde janeiro, devido ao controle depreços, a procura pelos baixos teores (geralmen-te mais caros) apresentou crescimento superiorao registrado no volume total comercializado,cuja média passou de 10 bilhões 651 milhões decigarros/ mês, em 1984, para 10 bilhões 700milhões em 1985 (média do primeiro trimestre).

O segmento de baixos teores é hoje dispu-tado por 15 marcas e versões, produzidas pelostrês principais fabricantes de cigarros do país(Souza Cruz, Philip Morris e R.J. Reynolds). Ea principal batalha que se trava atualmente, naarena dos cigarros "menos ofensivos", é a entreas marcas Free e Galaxy, da Souza Cruz e PhilipMorris, respectivamente. Embora tenha entradotardiamente na disputa pelo segmento, o Free —em duas versões, King Size (Cr$ 1 mil 600) eSlims (Cr$ 1 mil 900) —•, lançado em março doano passado, já ocupa cerca de 47% do segmen-to de baixos teores, segundo informações deRicardo Assis, gerente de planejamento doDepartamento de Marketing da Souza Cruz.

ProcessoCom a consolidação do Free, a Souza Cruz

aumentou sua participação no segmento debaixos teores de 18,6%, no primeiro trimestrede 1984, para 53%, em igual período de 1985.Em São Paulo os dirigentes da Philip Morris nãoreconhecem o avanço do Free, embora admitamque o Galaxy (Cr$ 1 mil 900) tenha reduzidosuas vendas em cerca de 10%. Antônio Teixeira,vice-presidente da Philip Morris para assuntoscorporativos, explica que "atuamos em árearestrita, onde o Galaxy detém 70% do segmento

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específico, no que continua como líder incontes-te desse mercado", diz.

O Galaxy é o principal produto da PhilipMorris, que, no ano passado, entrou com umaação, na Justiça de Campinas, contra a SouzaCruz, acusando-a de plagiar seu produto com olançamento do Free, que utiliza na decoração domaço uma tarja dupla, vermelha e azul-marinho, em padrão semelhante ao do Galaxy,sendo apenas as cores invertidas e a tarjaenviezada, no Free.

O processo é sigiloso e, segundo os dirigen-tes da empresa, a ação "em defesa do Galaxy"continua tramitando normalmente. A ação judi-ciai, em que Philip Morris acusa a Souza Cruz defalta de ética, deu entrada no foro de Campinas— onde o Free foi lançado em caráter experi-mental, apresentando embalagem semelhante

ao Galaxy. A Philip Morris não pretendia divul-gar a ação, mas foi surpreendida pela SouzaCruz, que divulgou o fato, ao mesmo tempo emque lançava o Free nacionalmente, em busca deuma boa participação no mercado dos baixosteores.

O Galaxy é comercializado na região com-preendida entre Belo Horizonte e o Sul do País,considerada pela Philip Morris como a maisadequada para a estratégia comercial e indus-trial da empresa, dada a qualidade de seusprodutos e o maior poder aquisitivo desse mer-cado. Hoje, nas cidades do Rio, São Paulo,Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte, osprincipais mercados onde é distribuído, o Gala-xy tem 3,31% do mercado, contra 2,7% doFree, segundo dados divulgados pela PhilipMorris e resultantes de uma pesquisa de merca-do entre os meses de janeiro e fevereiro últimos.

Segundo o gerente da Souza Cruz, RicardoAssis, a evolução da participação do Free rio 'mercado total de cigarros do país, após seulançamento sob o slogan "Uma questão de bom '1senso", foi a seguinte: do terceiro para o quartotrimestre de 1984, o cigarro passou de 1,7 para1,9%, atingindo hoje cerca de 2.2% do totalcomercializado. Assis acrescentou, ainda, que osucesso da marca não se deve a um investimentopublicitário especial.

Ele garante que a campanha promocionaldo Free seguiu os padrões de lançamento daempresa e, ainda que o crescimento do setor debaixos teores tenha sido significativo, a SouzaCruz não espera realizar qualquer concentraçãode verbas para desenvolver as vendas nessesentido.

As outras duas marcas de baixos leores daSouza Cruz são Carlton Liglits e Advance.Antes do lançamento do Free, o segundo vendiaquase o dobro do primeiro. Mas hoje, retirando-se a parcela referente ao Free, as duas marcasdividem a participação da empresa na base de 40e 60% do segmento, respectivamente.

A Philip Morris reconhece que o controle depreços "sempre traz problemas à empresa eressalta que, atualmente, não tem planos deinvestimentos ou de diversificação de sua atua-ção no Brasil. Hoje. a empresa produz osseguintes cigarros: Bcnson & Hedges, Galaxy,Marlboro, Shelton, Parliament, Ella, Mont-blanc, Montercy, Califórnia, Haway, Kissme,Master, Mistura Fina, Imperador, Sky e Dallas.

— Nosso produto mais barato é o cigarroImperador, colocado na categoria A (os produ-tos mais baratos do setor), ao preço de Cr$ 850"— informa Antônio Teixeira da Silva.

Segundo estudo da Philip Morris, a divisãodo mercado de cigarros é a seguinte: SouzaCruz, 79.41%; Philip Morris, 9,06%; Reynolds,7,75%; e Sudan. 3.78%.

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"28 ? 1° caderno ? domingo, 12/5/85 Negócios & Finanças JORNAL IK> BRASIL

Brasil prorroga por

3 meses renegociação da dívida

Nova Iorque — O Brasil e osbancos credores acertarão a prorro-gação provisória da chamada FaseDois da renegociação da dívida bra-sileira por mais três meses, a partirde 31 de maio, para permitir o fecha-mento do acordo com o FMI e asolução das divergências quanto àFase Três — o acordo plurianual —,que surgiram entre a equipe do Ban-co Central e o Comitê Assessor dosBancos.

Ontem, o Ministro da Fazenda,Francisco Dornelles, conversou du-rante duas horas com o coordenadordo Comitê dos Bancos, WilliamRhodes, que foi ao Hotel Park Lane,Onde o Ministro está hospedado,acompanhado pelos doissubcoordenadores, LeightonColeman e Guy Huntrods. À saída,Rhodes disse que o encontro foi"positivo", enquanto Dornelles pre-feriu classificá-lo como "razoável".

Antes de Dornelles, somenteDelfim Netto levava Rhodes (em

essência um executivo de nível mé-dio do Citibank) a seu hotel. Vestin-do uma camisa de malha verde, ocoordenador do Comitê de Assesso-ria chegou atrasado 15 minutos parao encontro e brincou com os jornalis-tas ao chegar: "estou vestido com ascores do Brasil".

No encontro com Dornelles ecom o presidente do Banco Central,Antônio Carlos Lemgruber, o Minis-tro da Fazenda—segundo contou —

pôs Rhodes a par de seus contatos,em Washington, como Presidente doFederal Reserve (o Banco Centraldos EUA), Paul Volker, com o Se-cretário de Fazenda americano, Ja-mes Baker, e com o diretor-gerentedo FMI, Jacques de Larosiere. Rho-des, à saída, disse ter ficado "muito

impressionado" com a queda da in-fiação no Brasil e com a melhoria nosuperávit da balança comercial, quevoltou a ultrapassar a casa do bilhãodé dólares mensais.

Segundo Dornelles a prorroga-ção por três meses da Fase Dois do

acordo com os bancos é razoável.Durante a prorrogação, como já vemfazendo, o Brasil se limitará a amor-tizar juros e terá a garantia da manu-tenção, pelos bancos, das linhas decrédito nos chamados Projetos Três(linhas de crédito para exportação) eQuatro (mercado interbancário). OMinistro acentuou que a negociaçãocom os bancos, a ser feita paralela-mente com o Fundo, recomeça nodia 27, em Brasília.

Dornelles disse que tem interes-se em fechar um acordo com osbancos no menor tempo possível einformou que não discutiu tópicosespecíficos com Rhodes, como aquestão do monitoramento das con-tas brasileiras pelo FMI, ao qual adelegação brasileira se opõe. Rho-des, por seu lado, afirmou que aindahavia muitos itens pendentes nasnegociações quando elas foram in-terrompidas em fevereiro; agora, es-ses itens serão examinados, o que"levará tempo".

Apesar de Dornelles afirmar que

deseja logo um acordo com os ban-cos. a estratégia brasileira parece sera de ganhar o máximo de tempopossível. Com a prorrogação de maistrês meses, o Acordo Plurianual nãodeverá ser concluído, pelo menos atéagosto. A prorrogação permitirá aoBrasil rediscutir pontos que conside-ra total ou parcialmente inaceitáveispara fechar o atual"pacote". Princi-palmente, permitirá que o País tenhaalgum tempo para arrumar a frentepolítica interna, acomodando as di-versas tendências políticas dentro doGoverno (da esquerda à direita) epermitindo um maior fortalecimentode José Sarney que, consideram al-guns, não pode entrar acelerado nu-ma negociação com pouco mais de15 dias de Governo efetivo.

Mesmo definindo como "bomem muitos pontos" o Acordo Pluria-nual esboçado pelo Governo ante-rior, o Governo não pode politica-mente deixar de questionar muitosde seus pontos, sob pena de forte

desgaste interno. O principal ponto éo monitoramento, (aceito pelo Méxi-co), através do qual o FMI controla-ria semestralmente as contas do Bra-sil até o ano 2.000. O Brasil opõe-seao monitoramento depois que pararde receber recursos do Fundo e bus-cará negociar uma solução interme-diária.

Outros itens contestados são o"down payment", que é o critério decarência progressiva pelo qual — aolongo de sete anos — o Brasil irápagando quantias progressivamente

maiores do principal da dívida atéestabilizar-se em 6 bilhões de dólaresem 1991 (pagando além disso, 12bilhões de dólares anuais de juros, àstaxas de hoje). Os brasileiros achamque

"carência é carência, sem "down

payment", que é um pagamento quenão chega a ser expressivo nos pri-meiros anos, mas que tem implica-ções políticas semelhantes às criadaspelo monitoramento.

A terceira divergência, mais téc-

nica, refere-se ao cálculo das comis-sões cobradas pelos bancos para oreempréstimo. nos quais os brasilei-ros acham que estão sendo prejlidi-cados. V

O fato é que os banqueiros e oFundo, a partir de agora, estãc^-ou-vindo uma linguagem nova, umalinguagem na qual entram termoscomo "compromisso político''~daAliança Democrática", "consenso

político quanto às negociações","apoio da opinião pública" e todasas expressões que caracterizam'umanegociação que — ao que tudo paje-ce indicar — está deixando de^serdiscutida apenas a portas fechadasem gabinetes inacessíveis de NovaIorque, Brasília e Washinton, paraser apresentada, na medida do possí-vel, ao Congresso e à opinião públi-ca, exatamente do mesmo modo-.queé feito nos Estados Unidos, ondevivem os banqueiros do Comitê Às-sessor e o FMI.

FRITZ UTZERICorresponbema

A importância do pronunciamentodo Ministro da Fazenda, Francisco Dor-neiles, no Congresso Nacional, vai bem- além do impacto numérico causado peloanúncio de um desequilíbrio de caixa nas

"' finanças do setor público da ordem de: CrS 84 trilhões 900 bilhões, ou cerca de¦¦ >6% do Produto Interno Bruto.' É possível que os valores apresenta-" dos estejam, inclusive, subestimados, ao

não levarem consideração, por exemplo,os subsídios da conta petróleo (que seacumulam sempre que há alguma defasa-gem entre os reajustes da taxa de câmbioe as alterações dos preços ao consumidor)e os subsídios mais recentes aos mutuá-

¦ -rios do Sistema Financeiro de Habitação.^"Trata-se de estimativas necessariamente. . sujeitas a revisão.

Mais importante do que esses aspec-tos numéricos são alguns princípios fun-•' damentais que podem ser extraídos, ex-plfcita ou implicitamente, das palavras doMinistro da Fazenda.

A apresentação de um quadro com-pleto da economia brasileira perante oCongresso Nacional marcou de fato a' implementação efetiva no Brasil da tão-^'desejada unificação orçamentária. O

r Congresso já está analisando a totalidade

A estratégia do Ministro Dornelles

dos dispêndios e receitas, onde se inclui,ao lado do orçamento convencional daUnião, o orçamento monetário (muitoapropriadamente denominado de "ficçãocontábil") e o orçamento das empresasestatais.

O conceito de caixa utilizado facilitoua compreensão exata da natureza dodéficit público, permitindo a identifica-ção de seus principais componentes. Es-tabeleceu, também, um elo lógico entre oexercício de orçamentação e a execuçãopropriamente dita das políticas monetáriae fiscal. A metodologia aplicada é, destaforma, mais simples e relevante do que oconfuso conceito de déficit operacionalabraçado pelo FMI. O uso inapropriadodeste conceito chegou a alimentar —durante breve período ao longo do anopassado — um sonho a mais, simbolizadopela esperança de iminente desapareci-mento do desequilíbrio do setor público.

A dura realidade é que o déficitpersiste, a sua magnitude é extremamen-te elevada e o conhecimento pleno dessarealidade por toda a sociedade brasileiraé o' primeiro passo para tornar maisracional o eterno conflito entre demandassociais legítimas e disponibilidade efetivade recursos.

Outro aspecto extremamente impor-tante foi o fato destas diretrizes básicasde política econômica terem sido apre-sentadas ao Congresso dias antes doinício formal das negociações com o FMI.Na realidade, o programa de ajustamentodo Governo brasileiro já está pré-definido, nas suas linhas mestras: inflaçãode 200%; expansão da base monetáriaem 150%; queda do déficit público de 6%do PIB para 2,5%; superávit comercialde US$ 11,5 bilhões; e crescimento eco-nômico de 4%. Já há, inclusive, umesboço de como será alcançada a reduçãodo déficit público no que diz respeito aoscortes de despesas vis-à-vis aumento deimpostos.

Abandonou-se unilateralmente as ir-realistas metas definidas no final do anopassado e estabeleceu-se novos objetivosque, no entender do Governo, são factí-veis do ponto de vista econômico e tam-bém atendem aos limites impostos pelasnecessidades sociais e a estabilidade poli-tica.

O Sr. Jacques de Laroisiere, diretorexecutivo do FMI, está desta forma colo-cado diante de uma situação de fait-à-compli. O Fundo terá de adaptar-se àscondições brasileiras em um momento

delicado, em que a instituição procurarescaldar sua credibilidade afetada pelossucessivos fracassos dos programas deajustamento em diferentes países daAmérica Latina. É uma excelente opor-tunidade para que o FMI abandone odogmatismo excessivo que tem geradosérias distorções no esforço, reconhecida-mente inadiável, de correção dos gravesdesequilíbrios de nossas economias. Paraisso será indispensável sensibilizar osprincipais países industrializados que, emúltima instância, detêm o poder de deci-são junto ao Fundo. Esta crucial dimen-são política das negociações foi bem com-preendida pelo Ministro Dornelles, que,de forma inteligente e estratégica, am-pliou o seu poder de barganha ao buscarrespaldo e apoio no Congresso Nacional.

Este mesmo tom político irá inexora-velmente se estender à renegociação comos bancos credores, até porque ela de-pende inteiramente do curso dos aconte-cimentos no FMI. Dornelles reafirmou aposição responsável do Brasil em honrarseus compromissos internacionais. Dei-xou implícito, porém, que um acordomultianual terá de considerar o princípiode "dinheiro novo" exatamente para dar

ao país margem indispensável de segu-rança para enfrentar os rumos quasesempre imprevisíveis da economia mun-dial. Houve, também, importante refe-rência à necessidade de suavizar os paga-mentos de juros, ponto crítico para ondeirão convergir as novas etapas de renego-ciação da dívida externa. Sucesso emdiluir o impacto dos juros externos é,aliás, essencial também para o próprioobjetivo de conter o déficit público. Osdados apresentados mostram que o im-pacto direto dos juros externos sobre oorçamento monetário é da ordem de Cr$23 trilhões 100 bilhões, superior, portan-to, ao déficit global estimado para asempresas estatais. É exatamente nestaárea que se pode conquistar importanteespaço para reduzir o desequilíbrio nascontas governamentais sem qualquerefeito recessivo adicional. É assim crista-lina a interdependência entre renegocia-ção externa e ajustamento interno.

Finalmente, há uma postura críticaem relação às primeiras versões desseacordo, onde surgia a figura do "FMImultianual" intervindo na política econô-mica brasileira, mesmo após o término doprograma formal de assistência financei-ra. Esta tentativa de transformar o FMI

em auditor privilegiado dos bancos inter-nacionais é injustificável do ponto devista econômico e inaceitável po\jtjca-mente. Cria, de fato, uma nova forma derelacionamento entre os países membrose o Fundo não prevista na sua fartabásica de princípios. ,

Habilidade no esforço de renegocia-ção com o FMI e bancos internacionais, efirme determinação no plano domésticopara assegurar a implementação efetivado anunciado plano de cortes de dispên-dio, será o difícil desafio que o MinistroDornelles terá de enfrentar nos próximosmeses. E a oportunidade de consolidar osventos favoráveis de um início de rever-são das expectativas inflacionárias.mijonível de excitação atingiu seu clima* aofinal do ano passado. De qualquer forma,Dornelles foi aprovado no não menosdifícil teste, democrático e informal; domercado. A reação extremamente "favo-rável da Bolsa de Valores e do própriomercado financeiro mostra que o diag-iióstico e o leque de opções extremamen-te realistas apresentados pelo Ministro foibem recebido pela opinião pública.

CARLOS GERALDO LANGONI

CompanhiaVale do Rio DoceCompanhia Aberta

'EDITAL DE PRÉ-QUALIFICAÇÃO"SELEÇÃO AMPLA CSS-SUEST (VP) 031/85

A Companhia Vale do Rio Doce, através da Superintendência da Estrada, farárealizar uma seleção ampla objetivando a contratação de serviços referentes aoperação do complexo de britagem, a serem executados no município de Serra —Estado do Espírito Santo. O capital mínimo exigido será de Cr$ 500.000.000(quinhentos milhões de cruzeiros) integralizado (não se permitindo a formação deconsórcios).Serão exigidos atestados comprobatórios de execução de serviços congêneres.As empresas interessadas deverão procurar a relação de documentos para fins depré-qualificação nos seguintes endereços, até o dia 18 de maio de 1985, às 17:00horas.VITÓRIA — ESEscritório da DIFAE — Casa Patrimônio n° 20 — Morro da Companhia Vale do RioDoce, Jardim América — Cariacica — Espírito Santo, telefone BIPW (027) 226-1681.SÃO PAULO — SPEscritório da DISAC — Rua Nestor Pestana n° 125 — 60 andar — Telefone (011)259-6000BELO HORIZONTE — MGEscritório do DEMIR — Rua São Paulo n° 351 —9o andar — Telefone (031) 201-7011 Ramais 336 e 390.BRASÍLIA — DFEscritório do DEFAL — Ed. Camargo Corrêa — 9o andar — Setor Comercial Sul —Telefone (061) 226-2500SALVADOR — BAEscritório da DOCEGEO — Rua Guadalajara n° 20 — Morro do Gatto — Telefone(071) 245-3744SÀO LUIZ — MAEscritório da COFEB KM 07 — Ramal BR 135 — Itaqui — Pedrinhas — Telefone(098) 222-8844.A documentação deverá ser entregue no escritório da Divisão de Manutenção daInfraestrutura — DIFAE — Casa Patrimônio n° 20 — Morro da Companhia Vale do

Rio Doce — Jardim América — Cariacica — Estado doEspírito Santo, até às 17:00 horas do dia 24 de maio de1985.

A empresa Pinto de Almeida Engenharia vai investir Cr$ 70 bilhões no Plaza Shopping de Niterói

Niterói ganha

shopping no ano que

vem

G0VMGCompanhia Energética de Minas Gerais

COMPANHIA ABERTA — CQC • 17.tB5.730/0001 -64

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

CONVOCAÇÃO

Ficam os Senhores Acionistas convocados para se reunirem emAssembléia Gerai Extraordinária, a realizar-se no dia 20 de maio de1985, às 15:00 horas, na sede social, à Av. Barbacena. 1200 -décimo oitavo andar, em Belo Horizonte—MG, a fim de deliberaremsobre a seguinte matéria:

— Autorização do aumento do Capital Social da CEMIG CrS1.727.000.000.000 (um trilhão, setecentos e vinte e setebilhões de cruzeiros) para CrS 1.884.000.000.000 (um trilhãooitocentos e oitenta e quatro bilhões de cruzeiros), mediantesubscrição particular, em dinheiro e/ou bens, de157.000.000.000 de ações, sendo 66.489.608.000 ordinárias,nominativas, e 90.510.492.000 preferenciais, nominativas ouao portador — à opção dos subscritores —. todas do valornominal de CrS 1 (um cruzeiro), pelo preço de CrS 1 (umcruzeiro) por ação. com pagamento integral no ato da subscri-ção. observando-se que as ações integrantes do aludidoaumento de capital farão jus a dividendos referentes ao anode 1985. "pro rata tempore".

— Nomeação de peritos para avaliação de bens a serementregues pelo Estado de Minas Gerais à CEMIG, em pagamentode subscrição de ações.

— Alteração da redação do Art. sétimo do Estatuto Social. (Aalteração proposta visa à simples inserção de referência à LeiEstadual n° 8.796 de 29.04.85, que dispõe sobre a garantia dedividendo mínimo a acionistas da CEMIG).

Para serem admitidos a comparecer ã Assembléia Geral, ospossuidores de ações ao portador deverão depositá-las. comantecedência de 3 (três) dias. pelo menos, na Secretaria Geral daCompanhia ou em qualquer estabelecimento da rede bancárianacional.

Belo Horizonte. 09 de maio de 1985Guy Maria Villela Paschoair>,_ NOSSAS AÇOISPresidente sáo ncgociaoasNAS NXSAS 0< VAlOttS

SECRETARIA DE ESTADO DEOBRAS E MEIO AMBIENTE

EDITALSELEÇÃO PÚBLICA PARA PROVIMENTO DOSCARGOS DE: ANALISTA DE SUPORTE, ANA-LISTA DE SISTEMAS, ANALISTA DE O & M,CONTADOR, CONTADOR DE CUSTOS, OPE-RADOR DE COMPUTADOR, TÉCNICO DECONTABILIDADE E PROGRAMOR

RESULTADO FINALA Companhia Estadual de Águas e Esgotos

— CEDAE torna público o Resultado Final doscargos abaixo relacionados:FlttCAO MSCRIQfo NONE NOT*MULCT* Of 0 I N1° 1 03 0012 lOSt IUIZ GONQALVES 63.006ONTMOI1° 1 04 0028 VALQUIRIA DE SOUZA FARIAS 75,002° I 04 0029 EDSON REIS DA SUVA 72,00CONTADOR DE CUSTOSMo houve hibtlitados.TECNICO K COKTUIUDADE1° 1 07 0322 MARCH DOS REIS LACERDA 86,502° 1 07 0427 GEISON PEREIRA OE SOUZA 84.003° 1 07 0525 LUIZ EDUARDO MARTINS OE OLIVEIRA 79.504° 1 07 0370 OSWAIDO LUIZ LOPES DA SILVA 76,005° 1 07 0030 RENATO LOPES 71.506° 1 07 0350 PAULO CESAR VALENTE SANTOS 70007° 1 07 0222 LUIZ TADEU J0RDA0 WINTER 69008° I 07 0018 EXPEDITO REZENDE LEMOS 68.509° 1 07 0492 ORLANDO EDUARDO BEZERRA 68.0010° 1 07 0010 ANGELINA MARIA DE FREITAS DIAS 67.0011° I 07 0290 OiAVO FREITAS S0BREIRA 63.0012° 1 07 0006 PAULO PO^AS DE LIMA 63.0013° 1 07 0034 AGENIL AMARANTE AZEVED0 62 0014» | 07 0221 SERGIO LUIZ DA SILVA 62.0015° 1 07 0187 MANGEL FELIX ALBINO 61.5016° 1 07 0053 SERGIO PEREIRA 61.5017° 1 07 0112 MANOEl PEREIRA FERREiRA 60 5018° 1 07 0216 PAULO C0RRLA DE SA : 9ENEVIDES FILH0 60 50

Conhecida como a cidade que temuma das mais belas vistas do mundo — ado Rio — Niterói vai ganhar no Natal doano que vem um shopping center defrente para a baía da Guanabara, com180 lojas, entre as quais a Mesbla, Sears eC&A. O Plaza Shopping de Niterói é uminvestimento de CrS 70 bilhões, da Pintode Almeida Engenharia Ltda., projetadopara receber 50 mil pessoas nos fins desemana, atendidas por cerca de três milcomerciários.

Já é um sucesso. A frase, escolhidapelo presidente da Pinto de Almeida,Natalino Rabinovitch, para a campanhapromocional do shopping, tem sua razãode ser: 60. lojas foram contratadas nolançamento. "No ponto mais movimenta-do do centro comercial da cidade, o Plazavai oferecer aos consumidores conforto epreço. Estamos selecionando lojistascompetitivos, para conquistar aquelaspessoas que, atualmente, fazem comprasno Rio. E teremos, para isso. grandeconcentração de atividades em um únicolugar, com segurança, ar condicionado eamplo estacionamento" — diz NatalinoRabinovitch.

Potencial de consumoPesquisa patrocinada pela Pinto de

Almeida Engenharia indica que a popula-ção da Grande Niterói (principalmenteNiterói e São Gonçalo) passará de cercade 1 milhão 21 1 mil pessoas, este ano,

para 1 milhão 865 mil, até o ano 2.000.Acompanhando o desenvolvimento des-ses municípios, o potencial de consumonas áreas de influência do Plaza Shoppingsaltará dos CrS 3 trilhões 500 bilhões,atualmente, para CrS 5 trilhões, nos pró-ximos cinco anos.

Impossível um shopping com localiza-ção tão privilegiada. 70 mil m' de lojas,serviços e estacionamento no maior em-preendimento comercial de Niterói — in-forma o impresso com as especificaçõesdo Plaza. Junto à estação das lanchas quefazem a ligação Rio-Niterói, em frente aoterminal de ônibus que liga o centro aosbairros de maior podep aquisitivo —Icaraí fica a 10 minutos do local —, oPlaza está sendo construído com trêsfrentes, para a Avenida Visconde do RioBranco, Rua XV de Novembro e RuaBadger da Silveira. Suas 180 lojas dealguel serão distribuídas em dois pavi-mentos, refrigerados e com escadas ro-lantes, servidos por mais três andares degaragem, com 12 mil vagas-dia.

Uma praça central, no térreo, abriga-rá exposições e concertos. Mas a grandenovidade será a Praça de Alimentação,no segundo piso. De certa forma, com elaa Pinto de Almeida Engenharia homena-eeará os universitários e boêmios deNiterói que perderam o seu bar Natal,demolido para as obras do shopping —. eonde todos defendiam opiniões tão radi-

cais que se tornou conhecido como umlugar em que "nem os casamentos davamcerto".

Mesbla e Sears

Para o diretor da Mesbla, José'PauloFerraz do Amaral, esta é uma"rara'Opor-tunidade: um shopping em centro decidade". Há 51 anos em Niterói, a "'Mes-bla manterá seu atual endereço e abr.ráoutra loja, bem em frente, com qü9se 2mil m:, de área de venda, no Plaza. Apraça é boa — explica — e das 37 lojas dedepartamentos que o grupo mantém, em22 cidades, a de Niterói situa-se entre ascinco primeiras, em faturamento. A idéiaé fazer do novo espaço uma continuaçãodo que já existe, oferecendo "um guarda-chuva ao consumidor, que terá conforto ebeleza dentro do shopping".

Moda, utilidades domésticas e mrestaurante, numa ampla loja de 4 mil500m;. de área de venda — é o qjepromete aos consumidores do PlazaShopping o diretor comercial de Seai s,Hans Van Heliemondt. E vai mais longe:quer inaugurar as novas instalações (aPinto de Almeida Engenharia pretendeterminar as obras antes do Natal de 1986)sob um "conceito de comércio de 1990".Ele explica que isso inclui o varejo com-pleto e prestação de serviços aos fregue-se-, que poderão confiar a Sears a manu-tenção de seus eleir.(domésticos

acAO

'JORNAL DO BRASIL Negócios & Finanças domingo, 12/5/85 ? Io caderno a 23

São Paulo — Foto de José Carlos Brasil

Cúpula definiu compromisso

dos ricos com política

restritiva

Meneguelü ameaçou acampar em Brasília, se os empresários não apresentarem proposta

Acordo salarial do ABC deve

ser fechado até quarta-feira

São Paulo — Até quarta-feira deveráser fechado o acordo salarial dos metalúr-gicos de São Bernardo do Campo, embo-ra ainda não exista nenhuma propostaconcreta. Na assembléia de ontem, o"Presidente do Sindicato dos Metalúrgi-cos, Jair Meneguelü disse que os operá-rios vão acampar à porta do Palácio doPlanalto e ficarão lá até serem recebidospelo Presidente José Sarney, se na quar-ta-feira os empresários não apresentaremrçova proposta..... Os representantes das indústrias au-

. tomobilísticas e de autopeças, no entan-.to, acreditam na possibilidade de ser

. fechado um acordo na próxima semana.O presidente da Associação Nacional dosFabricantes de Vefculos Automotores(Anfavea), André Beer, observou que naterça-feira o Conselho Interministerial dePreços (CIP) deverá autorizar o aumentodos preços dos veículos — sem reajustehá 60 dias — o que poderá facilitar oacordo.

O presidenté do Sindicato Nacionalda Indústria de Autopeças (Sindipeças),Pedro Eberhardt, que tem carta-brancade 90 empresas para negociar com osmetalúrgicos, também acredita em acor-do até quarta-feira.

Amanhã está marcada uma reuniãoentre empresários e metalúrgicos parauma nova rodada de negociações.

Assembléia e demissõesA assembléia de ontem, em São

Bernardo, foi a menor já realizada pelosmetalúrgicos: só compareceram cerca de1 mil 500 pessoas. Mas Jair Meneguelüpediu aos operários que não desanimas-sem e lembrou-lhes que vêm sendo reali-zadas assembléias todos os dias às portasdas fábricas. Meneguelü marcou novareunião para quarta-feira às 18h30min àporta do Sindicato.

Atualmente, é menor o número defábricas paradas, porque muitas peque-nas e médias empresas fizeram acordos

com os trabalhadores. Estão paradas aVolkswagen, Mercedes Benz, Saab-Scania, Perkins, Brastemp e Arteb, tota-lizando 55 mil trabalhadores. Foram de-mitidos em São Bernardo, até agora, 1mil 829 metalúrgicos. A direção do Sindi-cato considerou como "provocação" ocomportamento da direção da Volkswa-gen, que na sexta-feira demitiu trabalha-dores, justamente quando estava haven-do a reunião entre representantes dasempresas e dos metalúrgicos.

Na assembléia, Jair Meneguelli rela-tou que recebeu um telefonema anôni-mo, com a pessoa se identificando comocabo da Polícia Militar. A informação docabo era de que um major do 6° Batalhãohavia recebido um fogão e uma geladeirada Brastemp e um Opala da GeneralMotors para garantir o policiamento os-tensivo. Os metalúrgicos resolveram pas-sar no 6° batalhão e viram um Opalacinza, zero quilômetro, sem placa, esta-cionado no local.

Apesar das projeções de que a taxade desemprego deve manter-se no eleva-do patamar atual de quase 12% da popu-lação ativa, correspondendo a 13 milhões500 mil desempregados, a Europa Oci-dental não parece inclinada a mudar apolítica econômica de restrições monetá-rias e de cortes nos dispêndios e nosdéfícits públicos. Mesmo para uma Fran-ça socialista às vésperas de eleições ge-rais, o empenho na redução da inflaçãoprecede as demais prioridades do Gover-no Mitterrand neste ano.

O conteúdo básico dessa política ca-da vez mais convergente pode ser deduzi-do dos compromissos individuais assumi-dos por cada um dos sete chefes deEstado das nações capitalistas mais avan-çadas, que se reuniram na semana passa-da em Bonn, na Alemanha. O comunica-do final reconheceu a necessidade de seestabelecerem políticas cooperativas comvistas a sustentar o crescimento econômi-co e a gerar emprego, mas desde quesubordinadas à "consolidação do pro-gresso feito em reduzir a inflação."

A própria atitude perante o elevadonível de desemprego está mudando, de-nunciando certo conformismo diante dasevidências perturbadoras de que a reto-mada do crescimento econômico, aindaefh ritmo lento mas efetivo, está desem-pregando mais gente que criando novospostos de trabalho. Nos últimos trêsanos, o aumento do produto bruto com-binado da Europa Ocidental foi da ordemde 4,1%, enquanto o nível de desempre-go passava de 9,3% da população econo-micamente ativa para 11% em fins do ano

Greve teve conseqüências amargas

l j, São Paulo — A segunda maior grevedos metalúrgicos da história do ABC

JPauüsta — a primeira foi em 1980 edurou 41 dias — teve conseqüências samargas para todos. A indústria de veícu-los e de autopeças e as fornecedorasdeixaram de faturar, em 30 dias de greve(até sejtia-feira), cerca de Cr$ 3 trilhões.

Os revendedores de automóveis dei-xsram de vender 37 mil veículos e nãofaturaram Cr$ 1 trilhão. O Governo doEstado começará a sentir, dentro de dois"tneses, um desfalque de Cr$ 510 bilhõesem sua arrecadação de ICM.

JZ Os trabalhadores amargam 4 mil 700demissões por justa causa e o descontointegral, de uma só vez, de todos diasparados em seus salários por decisão dasindústrias automobilísticas. O Governofederal também sentirá os efeitos dagreve dentro de um ano, com a queda da

Sí arrecadação de Imposto de Renda dasempresas em greve. A entrada de dólaresno Brasil também será comprometida"iSm

prejuízos para o país e para as' ethpresas: as indústrias automobilísticas"'"deixaram de exportar 100 milhões de^ dólares durante a greve, e as indústrias de

.. autopeças, mais 25 milhões de dólares.. Questões políticas

Se foi um desastre econômico e so-ciai, a greve dos metalúrgicos, entretan-to, trouxe este ano conseqüências políti-cas que deverão afetar as futuras campa-nhas salariais, tanto do lado dos trabalha-dores como dos empresários. Para oorgulhoso Sindicato dos Metalúrgicos deSão Bernardo, a greve deste ano foi umademonstração inesperada de que, num'

J®gime político aberto, o confronto diretocom as multinacionais é mais difícil dojqüe ele imaginava. Para os empresários,

• -« descoberta de que a unidade em tomodo Grupo 14 FIESP (Federação das In-dústrias do Estado de São Paulo) é im-possível.

Sem interferir nas negociações, duasdécisões tomadas pela Nova República" dificultaram a campanha salarial desteano num grau inimaginável para o Sindi-cato dos Metalúrgicos de São Bernardo.A primeira foi a decisão dos Ministros daárea econômica de não permitir o repassedos aumentos salariais acima do INPC aopreço final dos produtos. O não dos

, mirMinistros surpreendeu os empresários,principalmente os da indústria automobi-lística, que endureceram sua posição> frente aos sindicatos, com o a"poio de suas

-matrizes no exterior: não negociar o quenão pudesse ser repassado. Assim, aimpossibilidade de repassar os custos dosreajustes trimestrais levou a negociação aum impasse.

Jair Meneguelli, presidente do Sindi-r.,.„.ci>to dos Metalúrgicos de São Bernardo,

.. afirmou no início da greve, na primeirar .quinzena de abril, que a indústria auto-

- mobilística voltaria a negociar diretamen-

te com os trabalhadores uma semanadepois, pois tinha "contratos de exporta-ção a atender". A suposição de Mene- 'guelli apoiava-se num fato comum nosanos anteriores: mesmo integrada for-malmente ao Grupo 14 da FIESP, aindústria automobilística sempre tomou ainiciativa de negociar com os sindicatos efoi sempre a primeira a romper o impas-se. Este ano, entretanto, impedidos derepassar os aumentos salariais, a indús-tria automobilística (e algumas indústriasde autopeças) tornou-se a última a nego-ciar — e negociou ém posição vantajosacom relação ao sindicato.

A segunda decisão do Governo queencurralou o Sindicato dos Metalúrgicosfoi a garantia, várias vezes repetida peloMinistro do Trabalho, Almir Pazzianot-to, de que não haveria intervenções sindi-cais. Na semana passada, o Ministrorelatou um telefonema que deu a Mene-guelli, alguns dias antest "Jair, você podefalar o que quiser nas assembléias, oGoverno não vai intervir no Sindicato".Interditada a saída econômica, por inicia-tivâ dos empresários, o Governo fechoutambém a saída política, que, com efeitospenosos, levou ao fim do impasse nasgreves de 1979 e 1980, com o afastamentodas direções sindicais de seus cargos.

O Sindicato dos Metalúrgicos viu-se,assim, pela primeira vez, desde a históri-ca "Greve dos Braços Cruzados" de1978, num confronto direto com os em-presários sem a possibilidade de interven-ção do Governo e sem qu»- a grevecaracterizasse confronto político com oregime militar. Esta circunstância sur-preendeu o Sindicato que — emborasempre tenha dito que o Governo nãodeveria atrapalhar as negociações, e simpermitir que trabalhadores e empresáriosdecidissem livremente um acordo —constatou que as multinacionais tinhammais força do que previam.

Na semana passada, Jair Meneguelücomentou que as multinacionais"dificil-mente perdem com uma greve" e têmmais capacidade de resistência do que oSindicato. Nesse mesmo dia, o presidentedo Sindicato tomou a iniciativa de pro-curar André Beer, presidente da Associa-ção Nacional dos Fabricantes de VeículosAutomotores "para discutir a viabilidadede uma reabertura de negociações". Me-ncguelli também disse que jamais apoia-ria um pedido ao Governo de repasse dosaumentos aos preços, o que eliminaria oimpasse com os empresários.

No dia seguinte, entretanto, Mene-guelli mudou de idéia e propôs ir aBrasília junto com os empresários e dis-cjitir com os Ministros da área econômicauma fórmula de repasse que desobstruís-se as negociações. Meneguelli disse quesó não aceitaria apoiar o repasse se oGoverno provasse seus efeitos inflacioná-rios. Mas afirmou, com base em cálculosde sua assessoria econômica, que o repas-

No Sul, 3 ameaças de paralisaçãoPorto Alegre — Mais três greves

estão marcadas para esta semana no RioGrande do Sul: 15 mil vigilantes, 3 milmotoristas e funcionários de empresas deônibus de Caxias do Sul e 3 mil carteirosdevem parar no Estado. Já estão emgreve os professores estaduais e os gráfi-cos de Caxias do Sul.

Os vigilantes deram prazo até ama-nhã para us patrões responderem às suasreivindicações. Eles pedem um piso sala-ria! de CrS h50 mil e de CrS 840 mil paraos guurda-valores. U> empresários, que

têm reunião amanhã de manhã, já fize-ram os primeiros contatos com a BrigadaMilitar para montar um esquema especialde segurança para os bancos.

Também amanhã, os motoristas efuncionários da empresa Expresso Ca-xiense têm assembléia marcada para deci-dir a greve.

A Prefeitura, através do ConselhoMunicipal do Trânsito, decidirá se aceitaou não pedido do aumento das passagensde CrS 450 para CrS 780. o que permitiráo pagamento do aumento salarial pedidopelos motoristas.

se ao preço dos veículos seria de 3,49%no máximo, um índice que, segundoele,"não justifica" o que chamou de"intransigência" do Governo Federal.

Unidade empresarialDo lado empresarial, as contradições

entre os discursos e os fatos também sesucederam. Como fazem todos os anos,os empresários formaram uma banca denegociadores responsável pela tarefa deassinar um acordo com os sindicatos demetalúrgicos em nome de todos os 22sindicatos patronais que integram o Gru-po 14 da FIESP. Roberto Delia Manna,coordenador do Grupo 14, na terceirasemana de greve ainda insistia que "aunidade dos empresários nunca foi tãogrande".

Esta unidade, porém, sequer ocorreuentre os próprios diretores da FIESP eentre os membros da Comissão Patronalde Negociações. A orientação do Grupo14 era de que as empresas individuais nãopoderiam ceder à tática dos sindicatos edeveriam resistir à assinatura de acordosseparados. Segundo Delia Manna, oacordo com os sindicatos deveria serúnico para todas as empresas e assinadosomente pelo Grupo 14 da FIESP parapreservar a unidade empresarial.

Ao longo da greve, entretanto, DeliaManna viu assinarem acordos separadosnada menos que dois vice-presidentes daFIESP: Paulo Francini (presidente daColdex-Frigor) e Cláudio Bardella (Pren-sas Schuller). Houve acordo direto, tam-bém, na Confab, na região de Taubaté,dirigida por Roberto Caiuby Vidigal, pri-mo do presidente da FIESP, Luís Euláliode Bueno Vidigal Filho. Até mesmo oGrupo Philips assinou um acordo direto,embora seu gerente de recursos huma-nos, Giorgio Longano, seja o coordena-dor oficial das negociações salariais doGrupo 14 da FIESP com os sindicatos.

A sucessão de acordos diretos feitosnesta greve levou o empresário CláudioBardella a afirmar: "O Grupo 14 aca-bou." Segundo Bardella, diretor do Gru-po Bardella, que inclui a Prensas Schul-ler, "o Grupo 14 é muito heterogêneopara comandar qualquer negociação en-tre a indústria e os operários". O Grupo14 reúne todos os 22 sindicatos patronaisdas indústrias metalúrgicas, mecânicas ede material elétrico, o que inclui desde oSindicato das Retíficas de Motores até oSindicato das Montadoras de Veículos.

Esta heterogeneidade levou à assina-tura de aproximadamente 247 acordosdiretos, envolvendo 116 mil trabalhado-res nas últimas semanas, segundo ossindicatos operários. Este totai de 116 milmetalúrgicos significa pouco mais de umterço dos 290 mil metalúrgicos represen-tados por todos os sindicatos de oitocidades em que houve a greve, a partir dodia 11 de abril.

O fenômeno se explica pelo aumentode produtividade na indústria, e se inter-preta politicamente como efeito inevitã-vel de mudanças tecnológicas básicas naseconomias industriais avançadas. Por issodeve ser enfrentado, de acordo com aonda liberal que varre a Europa, nãomediante o instrumento clássico de reati-vação da demanda pelo Estado, e simatravés dos novos mecanismos postos emvoga pela reaganomia: cortes de impostose desregulamentação, para estimular in-versões privadas.

Por certo que é uma ambigüidadeessa uniformização de políticas, sob hege-monia norte-americana, quando os Esta-dos Unidos se apresentam, aos olhos doseuropeus e do resto do mundo, como oscampeões do desregramento em gastospúblicos e de déficit fiscal (o federalatingiu 5% do PNB). Apesar disso, e emalguma medida por causa disso, o desem-penho econômico norte-americano em1984 revelou índices invejáveis: cresci-mento de 6,8% do PNB, o mais elevadonos últimos 33 anos; aumento de 4% doemprego, sobre uma base que já se

¦ expandira em 1,3% em 1983; e controleda inflação no nível de 4%, igual ao doano precedente.

Entre os mais ricos, apenas o Japãopôde exibir índices tão favoráveis: cresci-mento de 5,5% do PNB, inflação de2,6%, desemprego de 2,7% da força detrabalho — a menor taxa no mundoindustrializado capitalista. O déficit orça-mentário, que era de 4% do PN^ em1980, caiu para 2%. O superávit comer-ciai atingiu a cifra recorde de US$ 34bilhões. No entanto, o Japão não sepresta bem a comparações internado-nais. Tem um sistema de emprego típico(estabilidade garantida) e a estrutura definanciamento de seus conglomerados érelativamente infensa aos choques dosjuros internacionais.

O padrão de referência para a Euro-pa Ocidental são os EUA, mas há umaóbvia conexão entre alguns êxitos (oufracassos) norte-americanos e os fracas-sos (ou êxitos) europeus. O déficit deUS$ 175 bilhões do orçamento federal e odéficit comercial de US$ 110 bilhõesforam financiados por influxos de capitaisexternos, sobretudo europeus, atraídospelas elevadas taxas de juros e valoriza-ção do dólar (17% nominais, em 1984),contribuindo para conter a inflação nor-te-americana. O dólar forte favoreceu asexportações européias e japonesas, massó o Japão, a Alemanha Federal e oCanadá conseguiram um superávit signi-ficativo no balanço de pagamentos glo-bal. E para todo o mundo industrializa-do, menos os EUA e Japão, como visto,resta a questão do desemprego.

Para este ano, os prognósticos dosprincipais institutos de economia euro-peus indicam que o crescimento econômi-co da Europa Ocidental repetirá o de-sempenho de 1984, na melhor das hipóte-ses, com uma taxa de 2,5%. O desempre-go tende a aumentar, se prevalecer oenxugamento de produtividade que vemse verificando nos últimos anos. Como seespera também um menor vigor no cres-cimento norte-americano, que deve bai-xar o nível verificado no último quadri-mestre de 1984 (entre 3 e 3,5%), prevê-seum desempenho de exportações aindafavorável, mas inferior ao observado noano passado.

Um dos poucos fatores que poderiaafetar de forma significativa esse horizon-te seria uma acentuada baixa das taxas dejuros nos EUA, favorecendo uma reto-mada vigorosa das inversões privadas nossetores tradicionais (mais empregadores)na Europa. Não há sinais disso, a curtoprazo. Contudo, é tendo em vista acriação da atmosfera propícia a umaqueda "natural" dos juros nos EUA queos europeus se conformam às políticasrestritivas, na esperança de que, respal-dado em compromissos.internacionais, oPresidente Reagan obtenha do Congres-so cortes mais profundos no orçamento,reduzindo o déficit púbüco e a necessida-de de empréstimos para financiá-lo.

Daí, no capítulo do comunicado dos

sete que trata justamente do"crescimentoe emprego", a receita recomendada rom-pe de forma frontal com a tradição key-nesiana que dava aos gastos "autôno-mos" do Estado o papel central na reto-mada. "Cada um de nossos países —anuncia o comunicado — exercerá firmecontrole sobre o gasto público de forma areduzir déficits orçamentários, quandoexcessivos, e, quando necessário, a parti-cipaçáo do gasto público no ProdutoNacional Bruto".

No capítulo das prioridades nacio-nais, no qual as metas genéricas comunstomam a forma de compromissos indivi-duais, o Presidente dos Estados Unidosfixou como objetivo "essencial alcançarum rápido e apreciável corte nos gastospúblicos e, em conseqüência, uma subs-tancial redução no déficit orçamentário".O Governo britânico de Margaret That-cher seguiu na mesma linha, comprome-tendo-se a continuar a "manter o gastopúblico sob estrito controle a prosseguircom a disciplina monetária". Isso, a des-peito de a Grã-Bretanha apresentar aterceira mais elevada taxa de desempregona Europa Ocidental, de 13,2% — depoisda Bélgica (15,2%) e da Holanda (14%)— com uma taxa de crescimento doproduto de apenas 2% em 1984.

O Governo alemão ocidental se com-prometeu, igualmente, a continuar a "re-duzir a intervenção do setor púbüco naeconomia, o déficit orçamentário e acarga tributária". O canadense insiste nomesmo tom, anunciando seu empenhoem "reduzir o déficit orçamentário erestringir o. gasto púbüco."

Não se trata, como parece à primeiravista, apenas de um alinhamento políticoconservador à reaganomia. A França estásob governo socialista, assim como umaaliança com presença socialista governa aItália. E o Presidente Mitterrand explici-tou como compromisso seu"controlar ogasto público", embora embalando esseobjetivo entre outras metas. Todas elas,porém, relacionadas numa seqüência on-de a"necessidade de continuar reduzindoa inflação" aparece como primeira priori-dade. O compromisso italiano foi aindamais direto, embora ambíguo: "O Gover-no dá prioridade à maior redução dainflação e do déficit púbüco, ao mesmotempo sustentando o crescimento e invés-timento".

Esse quadro deixa pouca margem deotimismo para as perspectivas econômi-cas dos países em desenvolvimento, nocorrente ano. Menos ainda pãra os gran-~des endividados da América Latina, acomeçar pelo Brasil. Um menor ritmo decrescimento nos EUA e um crescimentomoderado na Europa, com grande de-semprego, prenunciam dificuldades paraas exportações.

J. CARLOS DE ASSIS

Já os três mil carteiros gaúchos deci-diram entrar em greve na quinta-feira, sea Empresa Brasileira de Correios e Telé-grafos (EBCT) não pagar os 30% deantecipação salarial, prometidos pela em-presa. Outro setor que ameaça fazergreve c o dos funcionários de empresastelefônicas. Eles já marcaram a paralisa-ção para o dia 21, se a CompanhiaRiograndense de Telecomunicações nãocumprir acordo nacional, que prevê con-cessão de aumento de 33% dos salários.Eles querem também a trimestralidadenos reajustes salariais.

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Era

84 ? Io caderno ? domingo, 12/5/85 Negócios & Finanças JORNAL DO BRASIL

Planejamento marca data para

cortar déficit estatal

Desajustes requerem a

reformulação de contas

Brasília — Sem uma completa reformulaçãodas contas do Governo Federal (incluindo ascontas subsidiadas pelo Tesouro como as dotrigo, açúcar e álcool) será impossível controlar odéficit estimado este ano em Cr$ 85 trilhões. Estaé a linha geral do roteiro para a elaboração do IVPlano Nacional de Desenvolvimento (PND) en-tregue na última sexta-feira pelo Ministro doPlanejamento, João Sayad, ao Presidente JoséSarney.

O descontrole das contas do Executivo,segundo mostra o documento, deverá ser agrava-do ainda por uma nova conta que está sendolevantada pelo Ministério do Planejamento, rela-cionada com o pagamento dos juros da dívidainterna e externa do país. Os cálculos iniciais doMinistério do Planejamento indicam que os jurosdas duas dívidas, somados, deverão superar osCr$ 85 trilhões do déficit previsto, até agora,para 1985.

Reformulação orçamentáriaA assessoria do Ministro Sayad descobriu

que os orçamentos fiscal, monetário e das esta-tais possuem

"furos" inconcebíveis para umGoverno interessado em controlar seus gastos eequilibrar suas finanças. No caso do orçamentofiscal, lembra um colaborador do Ministro, a leiem vigor obriga aos técnicos elaborarem suasmetas com até um ano de antecedência. Comisso, os números encaminhados ao Congressoperdem qualquer compromisso com a realidadeeconômica.

Este fato pode ser exemplificado com oatual orçamento fiscal em vigor que, quando foiencaminhado ao Congresso (em agosto do anopassado), imaginava para 1985 uma inflação de120% e um equilíbrio entre receita e despesa daordem de Cr$ 82 trilhões. Apenas quatro mesesapós ter entrado em vigor, a lei orçamentáriateve de ser reformulada porque a taxa de inflaçãofoi reestimada para 200%, elevando os limites dearrecadação e gastos para Cr$ 121 trilhões. Alémdisso, ao invés do equilíbrio entre receita edespesa, prevê-se agora que ao final de 1985 oorçamento dà União apresentará um déficit, comgastos além da receita, da ordem de Cr$ 4trilhões 900 bilhões.

Drama das estataisFato semelhante acontece com as 315 em-

presas do Governo, catalogadas pela Secretariade Controle das Estatais (Sest), órgão do Minis-tério do Planejamento. Os dispêndios globais dasestatais são, anualmente, calculados pela Sest eencaminhados ao plenário do Conselho de De-senvolvimento Econômico (CDE) para homolo-gação, conforme normas em vigor desde os anos70. Durante os seis anos da administração do ex-Presidente Figueiredo o CDE nunca se reuniupara tratar do assunto, ficando os limites deinvestimentos sob a responsabilidade direta doentão Ministro do Planejamento, Delfim Netto.O Congresso, até o momento, nunca pôde discu-tir o orçamento dessas empresas. A Sest, no anopassado, também subestimou a taxa inflacionária

(120% para 1985) e agora o novo secretário,Henri Philipe Reischtul, está refazendo o orça-mento já com a estimativa de 200% de inflação.

Diante dessa realidade, o Ministro Sayadnão vê outra saída que não seja uma completareformulação do sistema de execução e elabora-ção dos orçamentos públicos no Brasil. Existeainda uma outra preocupação que é adequar asfinanças públicas ao espírito democrático doGoverno Sarney. Assim, além do orçamentofiscal, também deverão ser submetidas ao Con-gresso as contas relativas aos orçamentos dasestatais e o monetário.

Nova EstratégiaAo elaborar o roteiro que servirá de base

para a elaboração do IV PND, submetendo-o aocrivo do Presidente Sarney, o Ministro do Plane-jamento pretende, na prática, fixar um programaeconômico de longo prazo para a Nova Repúbli-ca. Neste PND haverá a redefinição do papel dasestatais na economia (elas hoje representam 22%do Produto Interno Bruto), redirecionando osinvestimentos para os setores de alimentação,saúde, educação, Segurança pública.

Assim, ao longo do tempo, haveria umaredução da presença do Estaao na economia.Aliás, até o final deste mês, a Sest terá concluídoo novo orçamento das estatais com dispêndiosestimados em Cr$ 400 trilhões. No entanto, coma reformulação, haverá também a difícil decisãopolítica de cortar, suprimir e adiar a execução deprojetos considerados pelo Governo como one-rosos e ineficientes.

Críticas a uma "ficção

contábil"

O Ministro do Planejamento,João Sayad, anunciou, durante visitaao JORNAL DO BRASIL, que pre-tende definir até o dia 15 de junno oque e quanto poderá ser cortado nosgastos do setor público, como parteao esforço do Governo para enfren-tar o déficit de Cr$ 84,9 trilhões esteano, mencionado pelo Ministro daFazenda, Francisco Dornelles, emseu depoimento à Câmara dos Depu-tados, na quarta-feira.

A intenção de Sayad é concluir oplanejamento dos cortes no prazo de90 dias que o Presidente TancredoNeves dera aos Ministérios para umprimeiro balanço do setor público. OMinistro disse também qual será ocritério para comprimir as despesasestatais: "Eu e. o Ministro Dornellesestamos de acordo em que esse cortenão deve ser linear, mas resultado deuma gestão mais eficiente dos recur-sos do setor público."

O que vai pararO Ministro foi enfático: "As em-

presas estatais devem ser controla-das." E acrescentou que

"o proble-

ma não é tanto o excesso de autono-mia das estatais, que existe, mas adeterminação pelo Governo do quetem que ser parado". Sobre isso,entretanto, ele nada quis adiantar,argumentando qué "é uma decisãode Governo, evidentemente confli-tuosa, que não pode ser anunciada.O Governo tem de fazer um esforçopara determinar que projetos sãoeconomicamente inviáveis, que nãodevem ser mantidos.

Em seu depoimento à Câmara na

Íuarta-feira, o Ministro da Fazenda,

rancisco Dornelles, havia estimadoem Cr$ 20 trilhões, como projeçãopreliminar, o déficit das empresasestatais este ano, ao qual adicionouCr$ 8,2 trilhões por conta de dese-quilíbrios das estatais estaduais eoutras entidades da administraçãoindireta, e Cr$ 4,5 trilhões da Previ-dência. Dornelles calculou, com ba-se nesses dados, em Cr$ 32,7 trilhõese redução no déficit público queseria obtida com a eliminação dodéficit das estatais, da Previdência,dos Estados e Municípios.

Sayad disse que concorda inte-gralmente com isso, ressaltando queo corte de gastos deve ser feito "noatacado, o que não quer dizer queseja muito dinheiro, mas que deveser concentrado em fontes específi-cas de vazamento; há projetos deempresas estatais que são fontesinesgotáveis de vazamento de di-nheiro e o Governo precisa tomaruma decisão gerencial: pára, conti-nua ou vende"

O peso dos jurosO Ministro João Sayad reconhe-

ceu que uma "imensa parte" dos

gastos do setor público são juros eadmitiu que eles são "dificilmentecomprimíveis". E deu uma informa-ção: "De todas as receitas públicas,considerando inclusive Estados, Mu-nicípios e as empresas — como Pe-trobrás, por exemplo — os gastoscom juros somam 20%". Ele sereferiu aos 12 bilhões de dólares dejuros da dívida externa, a maiorparte devidos pelo setor público,como um dos principais fatores pordetrás do déficit governamental deÇr$ 84,9 trilhões e afirmou que todosos caminhos devem ser usados paracobri-lo: "Corte de gastos, algumaumento de impostos e alguma redu-ção dos juros, inclusive por renego-ciação desses juros com os credo-res". Reconheceu também que épreciso trabalhar para diminuir osjuros internos e disse que o caminho,nesse caso, é o corte fiscal.

Greves e preçosO Ministro Sayad classificou de"uma farsa" a exigência dos empre-

sários de repassar aos preços dosautomóveis o reajuste salarial recla-mado pelos metalúrgicos paulistas,em greve. "Nós nao vamos permitirque se dê o reajuste para repassá-losaos preços. O Governo adoraria quehouvesse um aumento do salárioreal, mas não do salário nominal,junto com uma alta da inflação".

Segundo o Ministro, "o Governot me uma explosão da inflação e nãová permitir de jeito nenhum que osempresários façam um acerto com osempregados falso, fictício, e depoisrepassem tudo para a frente". Sayaddisse que, com isso, "o empresáriosai da frente do problema, o operá-rio acha que está satisfeito e o restoda sociedade fica com uma inflaçãoexplosiva".

O Ministro não quis fazer qual-quer previsão sobre a taxa de infla-ção que espera para este ano, dizen-do, bem-humorado, que

"pedir pre-

visão de inflação a Ministro do Pia-nejamento ou da Fazenda é malda-de". Afirmou que o Governo estáfazendo muita força para que a infla-ção de maio — após os 7,2% de abril— também fique abaixo dos 10%. Ea uma pergunta sobre a duração docontrole de preços, novamente brin-cou: "Ficará até acabar a inflação".Para logo em seguida acrescentar:"Só mais um pouquinho".

Sayad considerou uma idéia mui-to interessante a proposta do ex-Ministro Mário Henrique Simonsenpara indexação generalizada (vincu-lação à ORTN. ou "ORTNização")de todas as variáveis da economia,inclusive salários. Entretanto, disseque ela precisa ser estudada maisaprofundadamente.

"O orçamento monetário é de fatouma ficção contábil, como reconhece oMinistro (da Fazenda), mas surpreen-de que para ajustar a essa ficção ascontas do setor público ele queiracortar Cr$ 37 trilhões do orçamentoverdadeiro" — comentou a professoraMaria da Conceição Tavares sobre opronunciamento do Ministro FranciscoDornelles no Congresso. Tanto para aeconomista do PMDB como para oadvogado Raphael de Almeida Maga-lhães, um dos autores do programa doPartido, houve uma "capitulação" aospreconceitos do monetarismo, a partirde um diagnóstico equivocado da reali-dade.

A professora lamenta que, a des-peito da intenção, o pronunciamentonão deu às contas públicas maior trans-parência do que havia na Velha Repú-blica. "Misturam-se fluxos de caixacom contas patrimoniais, que não ge-rariam necessariamente pressões decaixa", observa. A seu ver, só sepoderia desculpar uma estimativa tãoexagerada do déficit público (Cr$ 84,9trilhões) caso fosse para efeito externo,isto é, para obter a concordância doFMI com metas mais flexíveis de ex-pansão monetária, e menos cortes dedespesas essenciais. "Mas há o risco deo Fundo exigir agora os dois — menosexpansão ainda e menos despesas",acrescenta.

Ela chama a atenção para grande-zas que não foram explicitadas, masque são as realmente relevantes parauma avaliação do estado das finançaspúblicas. Os encargos financeiros dosetor público (juros pagos pelas "esta-tais ao exterior e serviço da dívidapública interna) serão, neste ano, daordem de Cr$ 90 trilhões, quase odobro das despesas orçamentárias to-

tais previstas com pessoal, custeio einvestimentos da União (Cr$ 50,5 tri-lhões). Diante desse volume da contafinanceira, perde expressão o montan-te atribuído à cobertura de outrascontas, como os Cr$ 4,6 trilhões dotrigo ou os Cr$ 8,6 trilhões do sistemaprevidenciário, que correspondem agastos efetivos com bens e serviçosessenciais para a população.

Contagem dobradaConceição Tavares questiona como

também "uma ficção" a estimativa deCr$ 20 trilhões de déficit das estatais, aser coberto pelo orçamento monetário.Lembra que uma parte das estataisvem apresentando superávits operacio-nais, màs é forçada a depositar essesrecursos excedentes no Banco Centralou a comprar títulos públicos, que lhesrendem a taxa internacional de jurosmais um spread — uns 17%, alem dacorreção cambial. A outra parte, que édeficitária, é forçada a ir ao mercado etomar nos bancos privados recursoscomplementares, "mas a 44% de jurosreais ao ano". Isso gera um déficitcontábil no conjunto das estatais, que"desapareceria se as contas do setorpúblico fossem consolidadas, como noMéxico".

A professora observa que o pró-prio Dornelles reconheceu isso em seupronunciamento, ao admitir que essa"insuficiência de recursos poderia sercoberta pela autoridade mediante opagamento do serviço da dívida exter-na das empresas, pela redução nosfluxos de depósito em moeda estran-geira. (e) pelo resgate líquido de títulosdo Tesouro em poder das empresas".Mas se admira de que. ainda assim, oMinistro considere os CrS 20 trilhõescomo um déficit de caixa.

EU critica a intenção manifestada

de colocação no mercado de mais Cr$10 trilhões em títulos, para cobrir partedo déficit do orçamento monetário,quando o próprio Ministro reconheceuque com o aumento líquido da dívida ovalor projetado do déficit seria maiselevado. Para Conceição Tavares, essacontradição só se explica como umaconcessão aos "preconceitos moneta-ristas contra a expansão da base mone-tária, beneficiando apenas os rentistasdo open.""Com uma base monetária de CrS15 trilhões, comparada a uma dívidaglobal do setor público de CrS 450trilhões, é ridículo imaginar que umaexpansão maior da base geraria infla-ção", argumenta. Além disso, emissãode títulos gera encargos futuros, aocontrário da expansão monetária. "Abase está desaparecendo. O que épreciso é recuperar sua expressão noconjunto do sistema financeiro. Sehouvesse um aumento suficiente paracobrir com moeda o total do déficitestimado (565%), ainda assim a pro-porção entre base monetária e valor doPIB ficaria abaixo dos 10%, o que estádentro de padrões aceitáveis", diz aprofessora.Outra incoerência, no seu enten-der, é a projeção de um déficit de maisde CrS 80 trilhões do orçamentk públi-co. com inflação de 200%,"e achar quese vai financiá-lo (em parte) com aexpansão da base em 150%". Ela acre-dita que se deveria, no mínimo, man-ter o nível de liquidez da economia,prevendo-se uma expansão monetáriacompatível com a inflação projetada.Em resumo, a professora insiste emdois pontos: "Consolidar as dívidasentre o setor público e enfrentar opreconceito da base monetária, nemque para isso se faça uma reformamonetária com nova moeda."

Para Raphael de Almeida Maga-lhães, a exposição do Ministro corre orisco de "afetar a credibilidade doGoverno, porque o diagnóstico e aspropostas são muito semelhantes aosda Velha República". As recomenda-ções sugeridas implicam "cortes justa-mente nos setores estatais sem defesa,por impossibilidade de acesso aos mer-cados financeiros, tornando inviável arecuperação salarial e de serviços pú-blicos essenciais".

"Estão obrigando as estatais lucra-tivas a servirem de caixa do Tesouro, equebrando as entidades públicas nãolucrativas, que prestam serviços à po-pulação", observa. Ele adverte, ainda,que a combinação dessa visão orça-mentária com o controle de preços e apolítica financeira do Banco Central,fazendo a correção monetária correracima da inflação, levará a que "defato surja um déficit operacional dasempresas públicas".

Lembrando também que o gastopúblico efetivo é "ridículo", compara-do ao que se gasta com juros, o advo-gado critica a tentativa"injustificável"de se equilibrarem as contas patrimo-niais do Banco Central, à custa dosetor produtivo, também privado."Autoridade monetária não costumafalir, mas as empresas sim", observa.Para Conceição Tavares, se houvessede fato um déficit da ordem do que foiestimado, a saída seria mesmo aumen-tar impostos, e não cortar onde seinveste apenas um mínimo.

Sobre a questão da dívida externa,nem Conceição Tavares nem RaphaelMagalhães encontraram, no pronun-ciamento. indicações claras de umanova estratégia de negociação com oFMI e os banqueiros credores.

Carvalho ainda

quer respostas"Em sua exposição à Câmara, na

última semana, o Ministro da Fazenda,Francisco Dornelles, deixou algumas per-guntas sem resposta. Ao mesmo tempo,ficou uma falsa impressão de que foramapresentadas alternativas para a delibera-ção do Congresso, o que não é verdade.De fato, foram apontados os caminhosque serão seguidos pelo Governo, paracobrir o déficit de Caixa do Tesouro".

As observações foram feitas peloDeputado Fernando de Carvalho (PTB-RJ), que não deixa de elogiar, entretán-to, a atitude do Ministro, cuja presençapermitiu que se apresentasse, "pela pri-meira vez", um levantamento consolida-do'de déficit de Caixa global do Governofederal. "Isso não impediu, contudo, qúealgumas questões não ficassem suficiente-mente claras, a despeito de perguntasespecíficas lhe terem sido dirigidas".

Segundo Fernando de Carvalho, dasquatro alternativas apresentadas porDornelles, três são suficientemente quan-tificada: a emissão de CrS 22 trilhões 300bilhões em papel-moeda; a colocação nomercado de CrS 10 trilhões líquidos detítulos da dívida pública; e um total deCrS 41 trilhões 700 bilhões que englobaredução nos gasto*s governamentais (Cr$32 trilhões 700 bilhões), cortes nos subsí-dios (Cr$ 5 trilhões) e reduções nosincentivos fiscais (CrS 4 trilhões).

— Tomando-se como base o espera-do déficit de CrS 84 trilhões 900 bilhões eo fato de que aquelas parcelas somamCrS 74 trilhões, existem CrS 10 trilhões900 bilhões que não foram explicados. Épossível inferir, portanto, que estes fé-cursos podem vir do aumento da cargatributária, já que esta era a quarta alter-nativa apresentada pelo Ministro" — ob-serva o Deputado petebista.

Fernando de Carvalho salienta queisto não foi explicitado durante a exppsi-ção e nem na fase de debates, quando elepróprio dirigiu pergunta neste sentido.Francisco Dornelles, por sua vez, enfati-zou que o Governo não pretende aumen-tar a carga tributária.

Mas as dúvidas, segundo o Deputadodo PTB fluminense, não ficam apenaspor conta disso. Ele lembra que no finalde maio completam-se três h&ses decongelamento dos preços dos combustí-veis e dos serviços públicos em geral. >

No documento apresentado peloMinistro Francisco Dornelles não se fazalusão à conta-petróleo. Pode-se admitirduas hipóteses: a influência do subsídioaos derivados do petróleo / pode estarembutida nos CrS 20 trilhões de déficitestimados para as empresas estatais e,neste caso, a Petrobrãs é que estariatendo o prejuízo, pela compressão de suamargem de lucro. Outra possibilidade éque se espere zerar aquela conta até ofinal do exercício e aí teria de haver,adiante, um aumento significativo dospreços dos produtos, com reflexos exj)|o-sivos sobre a taxa inflacionária".

Fernando de Carvalho não esconde asua preocupação de que possa haver umforte movimento de aumento de preços,em toda a economia, no segundo semes-tre, fruto da política que vem sendoadotada, inclusive no que se refere àscontenções estabelecidas no âmbito doCIP.

Ainda a partir do pronunciamento doMinistro da Fazenda, o Deputado desta-ca que dele sobressai um fato bastanteclaro: as Autoridades Monetárias tiveramuma performance muito boa no controleda expansão da base monetária (emissãoprimária de moeda).

A expansão em fevereiro, anuali-zada, atingiu a 267%, exatamente igualaos níveis vigentes na Argentina em de-zembro de 1983, seguindo-se a inflação aque assistimos naquele pais. Conseguiu-se reduzir aquele valor, em abril, para207% anuais. Mas, para isso, foi feitauma colocação líquida de títulos da dívidaequivalente a CrS 7 trilhões 500 bilhões,entre a segunda quinzena de março e fimde abril".

Com base nestes dados, Fernando deCarvalho raciocina: "Isto significa que jáforam utilizados 75% dos CrS 10 trilhõesprevistos para a colocação líquida detítulos em todo o exercício, citados peloMinistro. Mesmo assim, o documentooficial divulgado na Câmara prevê umaexpansão da base monetária de 150% nofinal do exercício". E indaga: "Comoconseguir isso se apenas restam mais CrS2 trilhões 500 bilhões do valor globalprevisto, para uma redução que é, per-centualmcnte. idêntica à obtida com autilização de CrS 7 trilhões 500 bilhões?"

O Deputado observa, não sem umacerta dose de insatisfação, que uma dasfrustrações que experimentou, quandoassumiu o seu mandato, em março de1983, foi a de receber projetos de lei doExecutivo solicitando autorização ao Le-gislativo para emissões de moeda ocorri-das em 1979.

Diante disso. Fernando de Carvalhovolta a elogiar a atitude do MinistroFrancisco Dornelles, mas frisa que "maisimportante do que isso é saber com queperiodicidade ele comparecerá diante daNação, por intermédio do Congresso Na-cional. para que possa ser realizado oacompanhamento da execução orçamen-tária. Sem dúvida, aí está o realmentesignificativo, por permitir o exercício per-manente da crítica e. por certo, a própriacorreção de rumos".

Fernando Carvalho

Arquivo

JORNAL DO BRASIL Negócios & Finanças domingo, 12/5/85 ? Io caderno ? 25

Autopeças projetam

exportações 25% maiores este ano

Assim como quase todos os setoresprodutivos da economia brasileira, asindústrias de autopeças aguardam por umquadro mais definido da política econô-mica do novo Governo para refazeremsuas projeções de crescimento para esteano. Ainda sob os efeitos do entusiasmoque viviam no início do ano, reflexo dobom desempenho em 1984, foram traça-das estimativas para a indústria de auto-peças: crescimento das exportações de 25a 30% e de 3 a 5% nas vendas internas.

Essas projeções preliminares perde-ram em atualização, em função da quedada atividade econômica verificada emmarço e abril, da valorização do dólar emrelação às principais moedas conversí-veis, do aumento do protecionismo nor-te-americano da diminuição da expansãoeconômica dos países desenvolvidos e davolta do controle de preços pelo CIP. Noentanto, a analista de investimento daLopes Filho & Associados Consultoresde Investimentos, Graça Paiva, afirmaque esses entraves não serão suficientespara prejudicar o desempenho da indús-tria de autopeças no ano. Revela, contu-do, que nos contatos que mantém perio-dicamente com os principais empresáriosdo setor percebe uma diminuição dootimismo qúe prevalecia no comçeo doanow _

Os números da indústriaNão se pode dizer que a euforia dos

empresários de autopeças era infundada.Afinal, no ano passado, o desempemhodo setor superou as mais otimistas expec-tativas. O faturamento global alcançou acifra de Cr$ 8 trilhões, contra cerca de

. Cr$ 2 trilhões 300 bilhões no ano ante-rior.

O fator que mais contribuiu para obom desempenho de 84 foi o crescimentode 42,8% das exportações, que pularamde 700 milhões,' em 83, para 1 bilhão dedólares. A meta, inicialmente traçadapelo setor, era de 850 milhões de dólares.As exportações indiretas aumentaram em43,5% — de 460 milhões para 660 mi-

, lhões de dólares — e as diretas em 41,7%— de 240 milhões para 340 milhões dedólares..,.

Mesmo ássim, as vendas para o mer-cado externo representaram apenas12,2% do total faturado em 84 pelasindústrias de autopeças. Um percentualmodesto diante da qualidade dos produ-tos e dos preços competitivos. Os contra-tos de exportação efetuados pelas monta-doras brasileiras e os novos lançamentosde veículos, em particular, dos caminhõesmundiais, indicavam que havia espaçopara crescer uns 25% com a conquista denovos mercados e a consolidação dos jáconquistados, computando as exporta-ções diretas e indiretas. A estimativa dasmontadoras era de uma evolução de 10%das exportações em 85, em comparaçãoaos resultados do ano passado.

Mercado internoDurante todo o ano de 84, o segmen-

to de reposição permaneceu firme, regis-trando um crescimento real de vendas daordem' de 16%, o que pode ser creditadoao esforço dos consumidores no sentidode alongar a vida útil de seus veículos:

— A inflação não cedeu, as taxas dejuros se mantiveram elevadas e a restri-ção do poder aquisitivo da população,apesar de uma ligeira melhoria no finaldo ano, quando os reajustes salariaispassaram a ser fixados acima do previstopelo Decreto-lei 2065, foram os princi-pais fatores que impediram a aquisição deautomóveis novos — observa a analistada Lopes Filho & Associados.

Apesar disso (ver quadro 1), as mon-) í ..

tadoras, que participaram com 59,7% dofaturamento das indústrias de autopeças,compraram 11% a mais em termos reais,tendo os segmentos de tratores e cami-nhões como principais impulsionadores.As vendas de tratores tiveram um cresci-mento de 108,5%, resultado do desempe-nho favorável do setor agrícola em 84. Osegmento de caminhões também foi be-neficiado pelo aumento da produção agrí-cola e pelo crescimento verificado nosetor de mineração, o que resultou emum aumento da frota de caminhões forade estrada.

Dentro dessa conjuntura, era mais doque razoável a projeção do setor deautopeças de um crescimento de 3 a 5%para 85, que, por suá vez, teve comosuporte a previsão da indústria automoti-va de uma expansão de 8% em suasvendas para o mercado interho. Numaanálise mais global — revela Graça Paiva—, essas estimativas partiam da expecta-tiva de uma manutenção do crescimento

do setor agrícola, favorecendo as vendasde tratores. Também se baseavam emuma melhoria do poder aquisitivo dapopulação em geral.

Mas, nos primeiros meses do ano, aocorrência de alguns fatos, como a retira-da total do crédito-prêmio do IPI (estemês), provocou a revisão das metas fixa-das. As exportações para a Europa eJapão se tornaram problemáticas com asupervalorização do dólar, elevando ospreços dos produtos brasileiros, que per-deram em competitividade. As mesmasdificuldades estão sendo encontradas nacolocação de produtos no mercado norte-americano, que, em 84, foi o responsávelpor 52,3% do total exportado pelo setor.

Neste caso, o motivo é o crescenteprotecionismo. Além disso, os empresá-rios temem a permanência por um prazodilatado do controle de preços, um meca-nismo de combate à inflação, sob a alega-ção de que pode comprometer o fatura-mento e o lucro das empresas.

QUADRO 1Produgao de veiculos (por unidade)

Saflmantos 1983 1984 Varlagto (%)Autom6veis 576.321 538.444 - 6,6Caminh6es 35.425 48.497 36,9Onibus 6.212 7.340 18,2Tratores 22.663 47.255 108,5Caminhonetas e UtilitSrios 278.382 270.485 - 2,8

Direitos dos acionistas

DIVIDENOOS BONIFICAQAO SUBSCRlflO F0RMA 0EEMPRESAS EM CW EM Crt HEGOClACfoALBARUS 60.00 16.05 a 05.06.65AMERICA Sill LEASING 300 13,10 29.03 a 27.05.85ARACRUZ 10.00 30.04 a 21.05.85BAHEMA 0,28 _ 08.05 a 28.05.85BRASIUT 10,00 10.05 a 30.05.85BUAIZ 10.00 20.05 a 10.06.85BRASINCA 2.26 30.04 a 21.05.858C0. AGRIMISA 27777 i 12,00 10.04 a 14.05.85CAEMI 2,70 29.04 a 20.05.85CAIUA 0,1821 0R0. A PARTIR 0E 02.05 "EX"

0,1214 PREF. CI "B"0,1086 PREF. CL "A"

CBPI 9,75 01.07 a 19.07.85CEMIG 0.H (P/RATA) 200 20.05 a 05.07.85C0MERCIAL SCHRA0ER 0,66 0RD / 1,32 PREF 20.05 a 07.06.85CREMER 0,45 28.05 a 19.06.85DOCAS 50 02.05 a 05.06.85ElETROMOTORES WEG 1.38 100 22.04 a 13.05.85ESTREIA 6,25 06.05 a 24.05.85FERBASA 0,27 23 04 a 14.05.85F0RQA LUZ CATAGUA2ES 0,06 0RD. PREF "A" 150 20.05 a 10.06.850,03 PREF CL "B"FI8AM 0.'6 300 0,000142635 1.000.000 02.05 a 24.05.85FRAS-LE 6,72705812 18.04 a 20.05.85Grazziotin 0,10 22.05 a 12.06.85Guararapu 10,00 15.05 a 04.06.85Hering 0,03 27.05 a 17.06.85Ind. Macinica 0,18 _ 03.05 a 23.05.85Iguacu Cart Sclivtl 0,8585 02.05 a 22.05.85Ind. Villain 250 15.04 a 14.05.85Labia 0.005 1,15 • -It- A paitir de 02.05 "EX"Magnesita MO 200 -/c- 15.05 a 04.06.85Manguinhox 1914547 200 22.05 a 12.06.85Marcopole 0,10 intV0.05 p/iata 02.05 a 22.05.85Miclwletto 0.0? 15.05 a 04.06.85Nifrocartiono 0,6286 ord/pief "A o«S."A" 0BS."A" 22.04 a 21.05.851,1824 PREF "B'TPREF "C"Omio 80 A paitir da 02.05 "EX"ParanJ Equipanwntos 3,6926 03.05 a 23.06.85Paulina Enffgia 0,07115 20.05 a 10.06 85Panatllntica 0,1569 200 20.05 a 18.06.85Patnoulmica Campari 11,00 17.06 a 05.07.85Patrileo S. Paulo 10,00 20.05 a 10.06.85Polipropileno 0,30 08.05 a 04.06.85Rvnner Hermann 6,60 A paitir de 02.05 "EX"Sadohin 0,45 02.05 a 22.05.85Santa Marina' 1.26 500 10.05 a 30.05.85SONOOTtCNICA 16,40 15.05 a 04.06 85SERGEN 0,20 09.05 a 31.05.85TECNOSOLO 10 49,523641 2,90 08.05 a 05.06.85TEC. SANTANENSE 0,341893 400 31.05 a 21.06 85TEKNO 3,42 20.05 a 10.06.85VALMET 300 - 06.05 a 24.05.85VIGOR 0,1194 13,05 , 31.05,85UNIPAR 0,315 300 30.04 a 21.05.85WETZEL 0,52 INTJ0.26 P/RATA . 10.05 a 30.05 850BS.: "A" — 0RD. — Subs. 4,361077% em açíes ord. e subscreve 10,773855% em açíes pitf. "A" as a^es pif. "A" piei. "C'subscrevem 15,134932% em ajUes pref. "A".

As acoes aue entram no "Desafio"

ACfiFC CliDIGO TIPO ULTIMA C0TAQA0 P.L PATRIMONII) LiQUIDOl") VARIAQAO %A50ES "™ BALANQ0 POR AQA0 MEDIA (*> p/^0 (*)PREgO/VLR.PATR.AgAO NA SEMANA

Acesita ACES OP 12/84 PR 1,80 3,44 0,52 +16,1Acesita ACES PP 12/84 PR 1,77 3,44 0,51 +20,4Banco do Brasil BB ON 12/84 27,63 108,68 3,9 186,45 0,58 +13,7Banco do Brasil BB PP 12/84 27,63 138,08 5,0 186,45 0,74 + 22,8Belgo Mineira BELG OP 12/84 2,02 14,42 E~ 7,1 10,83 1,33 +25,4Banerj BERJ PP 12/84 PR 3,10 22,42 0,14 +24,0Banespa BESP PP 12/84 1,11 2,74 2,5 9,45 0,29 +17,6Banco Nacional BNAC PN 12/84 1,03 2,65. 2,6 15,92 0,17 +15,2Bratlesco BRAD PS 12/84 1,50 8,48 5,6 14,64 0,58 +29,5Brahma BRHA PP 12/84 0,97 7,50 7,7 14,17 0,53 +4,2Cemig CMIG PP 12/84 0,45 1,47 3,3 4,93 0,30 + 2,8Corrta Ribeiro C0RI PP 03/84 0,15 1,01 6,7 1,90 0,53 -8,2Souza Cruz CRUZ OP 12/84 40,96 409,02 10,0 145,90 2,80 + 4,7C. S. Brasilia CSBR PP 12/84 0,38 2,48 6,5 3,30 0,75 +24,0Docas DOCA OP 12/84 0,33 9,95-C- 7,5 13,07 0,76 +34,5Eluraa ELUM PP 12/84 1,01 7,23 7,2 19,42 0,37 +20,5Ferbasa FERB PP 12/84 1,23 11,89 E-- 9,7 6,79 1,75 +32,3Fertisul FERT PB 12/84 0,55 3,86

7,0 6,24 0,62 +16,3F. L C. Leopoldina FLCl PA 12/84 0,41 1,45 3,5 6,66 0,22 + 8,2L Americanas LAME OS 10/84 4,93 140,00 28,4 46,29 3,02 +1,8Luxma LUSC PP 01/85 1,13 4,01 3,5 12,09 0,33 +9,0Mannesman MANN OP 12/84 0,39 3,26 8,4 1,08 3,02 +37,0Mannesman!! MANN PP 12/84 0,39 2,73 7,0 1,08 2,53 +31,2Mesbla (a) MESB PP 01/85 5,13 50,80 9,9 118,73 0,43 +27,0Montreal (b) MONT PP 09/84 2,57 19,19 7,5 7,08 2,71 +22,0Petrabrts PETO ON 12/84 15,82 60,47 3,8 204,95 0,30 +0,6Petrobris PEIR PP 12/84 15,82 106,65 E- 6,7 204,95 0,52 -6,1Paranapanema PMA PP 12/84 0,81 12,64 15,6 1,01 12,51 +40,8Petr. Ipiranga(a) PTIP PP 01/85 1,07 7,54 7,0 9,63 0,78 +6,2Samitri SAMI OP 12/84 5,87 47,62 8,1 24,94 1,91 +31,0Telerj TERJ PN 12/84 10,48 22,00 2,1 238,58 0,09 +4,0Unipar UNIP PB 12/84 1,30 2,66 EE- 2,0 7,84 0.34 +30,4Vale do Rio Doce VALE OP 12tt4 63,75 198,20 3,1 282.39 0,70 +29,2Vale do Rio Doce VALE PP 12/84 63,75 271,02 4,2 282,39 96 +12,0Agos Villares VILA PP 01/85 0,10 4,05 3,7 3,84 1,05 + 11,0White Martins WHMT OP 12/84 0,63 2,00 3,2 3,24 0,62 +26,2Zanini ZANI PP 12/84 0,16 0,65 4,1 2,77 0,23 +1,6

(a) Exercício de onze meses.(b) Exercício de dez meses.(*) Relativo à última cotação.(**) Último Balanço Anual + Subscrições.

As empresas que estão no mercado

Informações gerais sobre algumasempresas do setor de autopeças que têmações negociadas nas Bolsas de Valores:Albarus — fabrica engrenagens, juntashomocinéticas, juntas universais, eixoscardans etc. Tem um programa Befiex,no valor de 250 milhões de dólares, comprazo de vencimento de dez anos. No anopassado, suas ações experimentaram umavalorização de 399,9%, que pode sercomparada à evolução do Ibovespa —índice geral de lucratividade da Bolsa deSão Paulo—, que foi de 442,2%. Seuspapéis têm pouca liquidez no mercado deações, devido à falta de vendedores. Osinvestidores que têm ações da empresaem carteira, principalmente institucio-nais, não querem vender. Em 84, ocrescimento real do lucro, isto é, acimada inflação, foi de 78,7% (ver quadro 2).Nos três primeiros meses do atual exerci-cio, que começou em Io de novembro de84, acumulou um lucro líquido de Cr$ 13bilhões 300 milhões, contra Cr$ 2 bilhões800 milhões em igual período do exerci-cio anterior.

Cofap — com a aquisição, no anopassado, da Vicsa, sua principal concor-rente, passou a dominar o mercado do-méstico de anéis para pistão. Em 84 (suasações tiverem uma valorização de565,1%), captou no mercado Cr$ 17bilhões 400 milhões, através de ofertapública de ações, e instalou uma subsidiã-ria nos Estados Unidos. No momento,realiza investimentos no campo da infor-mática. Na última Assembléia Geral Ex-traordinária aprovou bonificação na pro-porção de 2,15 ações novas para cadauma em poder dos acionistas. As proje-

ções de mercado, feitas por analistas,corretores e investidores, indicam umlucro por ação de Cr$ 10 para esteexercício. Além de anéis de pistão fabricablocos e cabeçotes de motores e amorte-cedores.

Metal Leve — no ano passado, traba-lhou acima de sua capacidade instalada e,agora, está investindo no aumento de suacapacidade de produção. No final do ano,aprovou um split (desdobramento do nú-mero de ações, sem elevar o capitalsocial) na base de 12 ações para cadauma. Suas ações tiveram uma alta de 1mil 139% em 84. Entre seus principaisprodutos destacam-se peças para moto-res, pistões, pinos e bronzinas. A proje-ção do lucro por ação para 85 varia entreCr$ 9 e Cr$ 11.

Nakata — fabrica barras terminais,articulações, terminais e amortecedoresde suspensão. Em 84 exportou 48% a

mais do que em 83. As projeções domercado são de um lucro por ação entreCr$ 50 e Cr$ 55, este ano.

Sifco — apresentou um crescimentoreal de 34,6% do lucro em 84, comdestaque para a equivalência patrimonialde sua controlada de motopeças, queampliou suas atividades no campo deveículos militares. Realizou uma subscri-ção de ações no valor de Cr$ 10 bilhões,no último exercício, que encerrou em 31de janeiro último, e aprovou split de 19ações para uma. A rentabilidade de seuspapéis na Bolsa foi de 2 mil 204% no anopassado. Fabrica eixos dianteiros, engre-nagens, transmissão e bielas.

Freios Varga — fabrica freios leves epesados. Suas ações começaram a sernegociadas em Bolsa em novembro.Abriu o capital com um lançamento deCr$ 8 bilhões em ações, elevando ocapital para Cr$ 30 bilhões.

Quadro

Empresas Vendas líquidas(CrS bilhões)

Exportações(US$ milhões)

Lucro líquido(CrS bilhões)

1983 1984Variasao(%) 1983 1984 1983 1984Varia?ao(%)Albanis(a) 39.460 137.279 8,8 10,6 16,2 4.131 22.960 78,7Cofap 69.525 267.496 20,0 (+)26,0 35,0 7.092 26.270 14,4Metal Leve 57.127 244.883 33,7 (+)13,2 25,8 7.844 37.743 48,6Nakata 13.628 43.743 0,1 - 2,1 597 1.415 -26,8Sifco (b) 36.975 165.853 39,1 14,0 20,0 2.684 12.003 34,6Freios Varga 29.128 98.746 5,7 (+)9,7 11,3 3.187 8.735 -15,4Obs.: (a) Balan$o encerrado em 01/11/84.(b) Balango encerrado em 31/01/85.(+) Dados aproximados,

Invista na Bolsa sem mexer no bolso e ganhe uma viagem a Nova lorqua

O Desafio da Bolsa é uma simulação deinvestimento em ações, projetada inicialmen-leitores do JORNAL DÓ BRASIL. Durante trêsmeses, em períodos que compreendem sem-pie quatro semanas, o leitor viverá a sensaçãode estar aplicando em ações, a partir da dispo-nibilidade hipotética de CrS 10 milhões. Ao ti-nal de cada u m dos períodos de 4 semanas, oscomputadores da Bolsa de Valoies do Rio deJaneiro processarão os cupons e o JORNALDO BRASIL divulgará os resultados.

0 leitor que obtiver a melhor rentabilida-de ao final dos três meses receberá como pré-mio uma visita a Nova Iorque. A BVRJ ofere-cerá uma matricula em seu curso de operadorde pregão, com estágio incluído.

0 grupo de 10 leitores, no mínimo, que seconstituir sob a forma de clube de investimentoIo capital hipotético paia aplicação é CrS 100milhões) e chegar em primeiro lugar, além deestágio na BVRJ, ganhará um prêmio em di-nheiro para constituição de uma carteira deações.¦ Cada leitor ou clube de investimento so-mènte poderá enviar um cupom por semana (aremessa tem de ser feita até o penúltimo dia útilde cada semana: use o Correio, mandando paiao JORNAL DO BRASIL - Desafio da Bolsa- Avenida Brasil, 600 - CEP 20.940, ou en-tiegue diretamente em qualquer Sucursal ouAgência de Classificados).

È recomendável todo o cuidado na indi-cação do CPF, porque dele é que sairá o códi-go de inscrição de cada participanta Não se de-ve mandar mais de um cupom por semana. Nocaso dos clubes de investimento, a identifica-çâo se fará pelo CPF do seu responsável; a re-lação completa dos componentes do grupo de-ve ser apresentada à parte, com nomes, CPF,endereços e telefones.

0 período de 4 semanas é contado a par-tir da semana em que o leitor remete o cupompela primeira vez. Assim sendo, dentro de ca-da período, o leitor poderá participar simulta-neamente como investidor individual e como

O DESAFIO

CONTINUA.

participante de um clube de investimento. Nocaso particular do clube de investimento, o lei-tor poderá ser integrante de quantos desejar,com a restrição de ser responsável por apenasum dos clubes.

O preenchimento do cupom, durante ca-da ciclo de 4 semanas, deverá obedecer aos se-guintes critérios: na primeira semana, o parti-cipante pieencheiá todos os espaços referen-CPF, nome, endereço etc. I e aqueles destina-dos às negociações; se o participante desejaralterar sua carteira inicial nas três semanas se-guintes, basta remeter os cupons preenchen-do apenas os espaços referentes ao CPF, tipode investidor (se é individual ou clube de invés-timento) e ás novas ordens de compra ou devenda (exclusivas ou simultâneas), levando emconsideração que o número máximo de ope-rações, por semana, é sempre seis.

Após a quarta semana, cada:... ii ipan-te pode voltar ao Desafio, para uma nova eta-pa, seja de individual ou clube de investimen-to, obedecendo aos mesmos critérios de preen-chimento do cupom.O Desafio da Bolse está limitado ás açõescomponentes do Índice Bolsa de Valores (IBV),normalmente as mais negociadas.No preenchimento do cupom, cada partici-

pante terá de assinalar o código da ação que estácomprando ou vendendo Exemplos: Banco doBrasil e BB: Petrobrás e PETO {veja na tabelaos códigos das ações que compõem o IBVI. Oscódigos deverão ser colocados na coluna CIA.

Na coluna TIPO, o leitor ou clube de in-vestimenta indicará o modelo de ação em re-negociação: ordinária ao portador é OP, piefe-rencial ao portador é PP, e assim por diante Asabreviaturas também estão na tabela.

Os algarismos t e 2 devem ser colocadosna coluna OP para que os computadores sai-bam que operação está sendo realizada: 1 écompra - evidentemente na primeira semanatodos marcaião 1 em seus cupons - 2évenda.Finalmente o registro do volume de ações ne-gociadas se faiá na coluna QUANTIDADE. Oscomputadores só aceitam múltiplos de mil, ouseja: cada participante pode comprar ou ven-der, I mil, 2 mil, 5 mil, 10 mil, 14 mil, 20 mil, 100mil, 103 mil e assim por diante.

No cupom, não é necessário marcar ostrés zeros que correspondem a mil, o compu-tador está programado para entender que ape-nas 2 significa 2 mil ações. Assim, quem nego-ciar 125 mil ações deve limitar-se a escrever 125.O participante não deve superara verba pre-viamente fixada (CrS 10 milhões, individual; Cií100 milhões, clube de investimento). Como éimpossível saber, com certeza, ovalor das ope-

. rações marcadas no cupom, uma vez que assemana (dia seguinte ao último para recebi-mento dos cupons), é recomendável que"sedeixe uma margem de segurança em caixa,pois o "estouro" do limite de recursos para aaplicação determinará a anulação da operação.

O participante deverá conferir todos osdomingos os preços de fechamento das ope-

rações que realizou e verificar se houve "estou-ro" ou não. As operações serão realizadas con-forme a ordem de colocação no cupom (de 1a 6).Como a simulação de investimento é exata-mente igual ao que.acontece na BVRJ, o par-ticipante paga corretagem, valor que poderáser descontado do que efetivamente for apli-cado dos CrS 10 milhões ou Cr$ 100 milhões.

A corretagem é a seguinte:2% do valor aplicado em operação atéCrS 2 milhões;1,5% em operações de Cr$ 2 a 6milhões;1% em operações de CrS 6 a 12milhões.1 - 0,5% em operações acima de CrS 12milhões.

Lembrete: há corretagem em qualqueroperação; tente evitar as pequenas percenta-gens de ganho. Em caso de "estouro" de cai-xa, o computador sempre anulará a operação(ou as operações) que ultrapassarem o valordisponível na caixa, sem prejuízo das demais.Os direitos acionários - como dividendos,bonificações em dinheiro ou em titulo etc. -serão computados automaticamente na cartei-ra dos participantes.A relação dos 50 primeiros colocados em cadaperíodo de quatro semanas será divulgada aosdomingos no JORNAL DO BRASIL. A relaçãocompleta sairá ao longo da semana no Ceder-no de Classificados. Haverá listas tambémnas Agências de Classificados e nas Sucursais.JORNAL DO BRASIL

Bolsa de Valoresdo Rio de Janeiro

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Desafio da Bolsa /jornal do brasilTIPO DE INVESTIDOR (Assinale com X)-

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era

26 d l° caderno ? domingo, 12/5/85 Negócios & Finanças JORNAL DO BRASIL

Empresários querem

inflação como alvo prioritário

Ex-Ministro pede menor déficit

Um corte substancial no déficit públi-co é imprescindível para que o Governoobtenha um mínimo de eficiência em seuprograma antiinflacionário. Também asociedade precisa colaborar, tomandoconsciência de que o combate à inflação éum jogo cooperativo. Os conceitos fazemparte da palestra feita pelo professorMário Henrique Simonsen durante a rea-lizaçáo do Seminário.

0 ex-Ministro admitiu estar total-mente superada a indexação generalizadade rendimentos, preços administrados eativos financeiros. Ele .defendeu a ado-ção, a médio prazo, de uma lei aprovadapelo Congresso que converta os saláriosem ORTN, pelo critério da média realdos últimos seis meses, admitindo reajus-tes complementares desde que os mes-mos não sejam repassados aos preços. Amesma regra seria aplicada aos aluguéis,rendimentos e preços administrados.

Além de situar, no mesmo regi-me, a correção dos salários e ativosfinanceiros — disse Simonsen —, a ORT-Nizaçáo pelas médias teria a vantagem desincronizar todos os reajustes sem umaexplosão inflacionária real. Desde que amoeda e o déficit fiscal se mantivessemsob adequado controle, ficaria evidenteque a inflação só beneficiaria os vendedo-res de máquinas de calcular".

A seu ver, se todos os meses ossalários, aluguéis, prestações da casa pró-pria, contas de luz, custos de transporte eoutros subissem na mesma proporção, ainflação não apenas se tornaria sem im-portância, como também surgiria o incen-tivo político para combatê-la rapidamen-te. Ele explicou:

— Bastaria, por um lado, prefixarem níveis rapidamente cadentes a corre-çâo das ORTN, corrigindo em cada mês aeventual subestimativa ou superestimati-va do mês anterior. Quanto à demanda, oGoverno reduziria pari-passu o seu défi-cit fiscal, de modo a compensar a perdado imposto inflacionário, os juros reaisnegativos sobre a base monetária".

A política salarial brasileira ocupou

0 processo inflacionário em Israelpoderá tornar-se incontrolável e levar oPaís a um estado de hiperinflação, caso oGoverno persista com a postura de afas-tar a adoção de medidas impopulares, emfunção de seus compromissos eleitorais.A opinião é do economista Stanley Fis-cher, do Massachussets Institute of Tech-nology, que elaborou um programa deestabilização da economia israelense, apedido do Governo norte-americano.

Para ele, o Governo de Israel ficaadiando a aplicação de medidas restriti-vas que gerarão temporariamente desem-prego — mas que poderão controlar oprocesso inflacionário — com receio doaumento da emigração e de derrotaseleitorais. Mas, ao nível em que se encon-tra atualmente, a inflação em Israel jáestá trazendo problemas tão sérios àpopulação que a emigração acabará porocorrer de qualquer forma.

A inflação em Israel, em 1984, alcan-çou 40,2%; Em outubro de 1984, elachegou ao fndice alarmante de 22%, o

3ue, se for reproduzido por um períodoe 12 meses, representa uma inflação

anual de 1300%. Fischer considera que

boa parte da palestra do ex-Ministro. Aoafirmar que se, "por lei ou por decisãoadministrativa, rendimentos e preçossempre se ajustam em intervalos regula-res de tempo e pela inflação passada, ainflação.tenderá a se repetir".

Simonsen entende que, por mais aus-teras que sejam as políticas monetária efiscal, não há como eliminar rapidamentea inflação brasileira, se persistir o sistemade indexação salarial com reajustes se-mestrais baseados em 100% da variaçãodo INPC. Para ele, a legislação quevincula os reajustes salariais ao aumentodo INPC "é uma originalidade brasileiratão esdrúxula quanto os orçamentos múl-tiplos e a duplicidade dos Bancos Cen-trais".

— O cerne do problema é um formi-dável romantismo econômico que con-funde generosidade dos reajustes nomi-nais com defesa dos salários reais. Otrabalhismo não enriquece o salário realdos empregados, mas se limita a lhesgarantir mais e mais cruzeiros que cadavez menos compram.

Simonsen afirmou que "está faltandoum mínimo de consistência macroeconô-mica a esses argumentos" para reconhe-cer que somente em duas circunstânciasos salários reais podem crescer: em pri-meiro lugar, numa economia em expan-são; em segundo, se todos os demaissegmentos forem comprimidos em favordos assalariados, via redução dos jurosreais, das margens do oligopólio e deimpostos indiretos, ou ainda através davalorização da taxa real de câmbio. Essasegunda hipótese — disse ele — abre apossibilidade de um crescimento tempo-rário do poder aquisitivo dos trabalhado-res, mas não de uma elevação contínuados salários reais.

Reforma bancáriaO ex-Ministro lembrou a necessidade

de aprovação do projeto de reformabancária, que unifica os orçamentos fede-rais, transfere a dívida pública para oTesouro, congela a conta de movimento

Fotos de Arquivo

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Simonsen considera a indexação prática superada

do Banco do Brasil e restringe o BancoCentral às suas funções clássicas. Noentender de Simonsen, o argumento quevem impedindo a aprovação do projetodesde 1979 — o de que ele coloca oGoverno numa camisa-de-força, retiran-do-lhe a agilidade da administração fi-nanceira — não convence. Isto porque, aseu ver, o Governo precisa de fato dessacamisa-de-força para gastar e emitir me-nos, sob » fiscalização da sociedade.

— Alguma agilidade certamente éindispensável para atender a despesasimprevistas, como, por exemplo, as pro-venientes de calamidades públicas. Mas,para isso, basta que o Orçamento daUnião preveja as necessárias reservas decontingência.

Lembrou que têm sido amplamentedebatidos os inconvenientes da multipli-cidade de orçamentos e da ausência defronteiras definidas entre as funções deTesouro e de Autoridade Monetária. Ecriticou, dentro desse debate, a excessivacompetência do Poder Executivo para

autorizar despesas sem prévia autoriza-ção do Congresso, afirmando que, "alémde antidemocrática, essa prática impedeque os contribuintes, através de seusrepresentantes, opinem sobre o destinodos impostos que pagam direta ou indire-tamente, ou via inflação".

Para Mário Henrique Simonsen, osistema de indexação em vigor foi muitobem sucedido entre 1967 e 1973, masdepois se transformou em "um foco depesadelos inflacionários, pois pretendiaser a exceção e tornou-se a regra". Eleinsistiu no argumento de que o combate àinflação não pode ser o objetivo exclusivoda política econômica, na medida em quedeve buscar ter o mínimo de efeitoscolaterais sobre a produção e o emprego.

Para tanto, o ex-Ministro diz que épreciso coordenar a política monetáriacom a política fiscal. E lembra que "oopen market é um instrumento preciosopara a sintonia fina de política monetária,mas não para servir como substituto deimpostos ou de cortes de gastos pú-blicos".

Israel beira a hiperinflação

esse dado já é, por si, suficiente paracaracterizar o estado de hiperinflação,embora ressalte que há divergências en-tre ele e outros economistas nesse as-pecto.

Nos três primeiros meses de 1985, ainflação em Israel registrou os seguintespercentuais: 5% em janeiro, 15% emfevereiro e 12% em março. O economistado MIT atribuiu esses índices mais baixosao tabelamento de preços determinadopelo Governo, mas antevê que o processoinflacionário voltará a ficar incontrolávelquando os preços forem liberados.

Stanley Fischer, que foi um dos con-ferencistas do Seminário, acha que sóquando a situação de Israel chegar a umimpasse econômico de fato é que o Go-verno atacará, com seriedade; o proble-ma da inflação. "A situação hoje já émuito triste" — afirmou ele, ao lembrarque o País, por causa das guerras em quese envolve com os países árabes, apresen-ta enormes déficits na balança comerciale no balanço de pagamentos. E como sãocobertos? Principalmente, através de aju-das financeiras externas, com destaquepara a participação dos Estados Unidos.

No ano passado, a contribuição nor-te-americana chegou a 3 bilhões 600 mi-lhões de dólares e. este ano, o pedido deIsrael chega a 4 bilhões 500 milhões dedólares. A essas cifras, deve ser acrescen-tada a contribuição da colônia judaicaque vive fora do país — 500 milhões dedólares — e da Alemanha, para reparosda Guerra — 300 milhões de dólares.

Se o equilíbrio das contas externas éum problema, mais sério é a situação dascontas internas, onde a dívida hoje exis-tente corresponde a 120% do ProdutoNacional Bruto. E tudo isso agrava ocombate à inflação. Stanley Fischer de-fende, nesse aspecto, a necessidade de oGoverno israelense realizar cortes em seuorçamento, principalmente no que serefere às despesas militares, que absor-vem o equivalente a 20% do PNB. Eleacha importante, ainda, que sejam elimi-nados os subsídios à exportação, o querepresentará uma redução de despesas daordem de 1 bilhão de dólares. Finalmen-te, o economista propõe a adoção dedesvalorização da moeda e a contençãodo crescimento real dos salários.

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Fischer sugeriu a Israel corte em gasto militar

Os dois dias de Simpósio Inter-nacional de Economia promovidospela Escola Superior de Administra-ção, a Febraban e o Instituto deExecutivos Financeiros, com o apoiodo JORNAL DO BRASIL, deixa-ram como resultado uma clara men-sagem ao Governo: a inflação deveser o alvo prioritário da políticaeconômica.

Foram discutidos, em estudos decasos, a hiperinflação alemã do pós-guerra, a inflação de Israel, da Ar-gentina e o caso brasileiro. O presi-dente da Federação Nacional dosBancos, Roberto Bornhausen, e odo Instituto Brasileiro de ExecutivosFinanceiros, Júlio Isnard, disseramque o Governo terá todo o apoio dosempresários para seus programas dedesenvolvimento e para o atendi-

mento das parcelas mais necessitadasda população, mas estará compro-metendo a estabilidade econômicade usar recursos inflacionários.

A Federação dos Bancos (Febra-ban) lançou, durante o Seminário,uma cartilha em quadrinhos expli-cando de forma didática como eporque o processo inflacionárioocorre nas economias, o caso alemãofoi exposto pelo professor RudigerDornbusch, o de Israel pelo proles-sor Stanley Fischer, o da Argentinapor Juan Carlos de Pablo e o doBrasil por Mário Henrique Si-monsen.

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usado na EuropaDe Pablo duvida do receituário usado na Europa

Alta "vicia"

argentinosJuan Carlos De Pablo, um argentino

com PHD por Harvard, acha que o casoda inflação em seu pafs é diferente doscasos de hiperinflação européia. De Pa-blo mostrou em um gráfico (ver abaixo)que a inflação argentina se acelerou aospoucos e criou formas de "convivência"que terminaram por acostumar e viciar a'população com o processo."Contrariamente ao que ocorreu nashiperinflaçôes européias da década de 20,em um país que convive com a inflação há40 anos, e onde a taxa de crescimento dospreços vem subindo de forma paulatina,as expectativas inflacionárias tornaram-seextremamente sofisticadas".

Quase à moda brasileira, De Pabloexplicou que as instituições econômicasse adaptaram à inflação (o sistema fiscal,o creditício, o de reajustes de salário etc),e o argentino médio já praticamente nãotem dinheiro em seus bolsos que nãorenda juros.

Em um quadro estatístico, ele mos-trou como mudou substancialmente, aolongo do tempo, a quantidade de dinhei-ro em mãos da população (meios depagamento) que poderia comprar deter-minada quantidade do produto bruto.Em 1955, por exemplo, os meios depagamento podiam comprar 78 dias doProduto Bruto. Já em 1984 os meios depagamento compravam apenas 14 dias doProduto.

De Pablo disse que um dos maioresproblemas de seu país hoje em dia éjustamente esse: as mentes argentinasforam treinadas para se defender e reagirà inflação. Isso criou outro fenômenoparalelo: há muita gente "ocupada", maspouca gente realmente "trabalhando".Por outras palavras, períodos de inflaçãocontinuada geram enormes distorções na

economia e fazem com que um númerode pessoas cada vez maior passe a especu-lar com valores. O efeito disso é umadegradação progressiva da economia, fa-to que se reflete na Argentina atual-mente."Sou uma vftima viva da inflação" —disse o economista argentino. "Nasci emnovembro de 1943, e naquela época umtio abriu, em meu nome, uma cadernetade poupança. Em 1984, por ocasião deuma iniciativa oficial para induzir osescolares a voltarem a poupar e depositarna Caixa Nacional de Poupança e Segu-ros, converti em pesos de valor constante(deduzida a inflação) os valores deposita-dos ou sacados, e cheguei à triste conclu-são de que o Estado, através dó impostoque representa a inflação, tinha" me con-fiscado 70% do que algum dia tinham medado".

A uma taxa de inflação mensal de20%, afirma De Pablo, "a moeda argen-tina é cada vez menos usada (ainda quebastante). A essa taxa, o argentino estátão ocupado na administração dos seusfundos que ninguém mais tem tempopara... trabalhar".

De Pablo afirmou que a diferençaentre os surtos rápidos de hiperinflaçãona Europa, e o longo acomodamento dosargentinos a um crescimento paulatino dainflação, pode fazer com que receitasválidas para os países europeus não sur-tam efeitos semelhantes na Argentina.Ele acha que o Governo Alfonsín per-deu, logo no início, a grande oportunida-de da credibilidade política conquistadapara atacar de rijo a inflação. A lentidãodo Governo em agir nessa frente, segun-do afirmou, tornou mais difícil reverteragora o processo: "O ceticismo e a des-confiança voltaram".

A inflação argentina no século XXEquivalente mensal em %

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A partir de 1975 a inflação argentina explodiu

ESPECIALSimpósio Internacional de Economia, Hiperinflação e Inflação Expio-siva

Patrocínio ESAD, Febraban, SimposiumApoio: JORNAL DO BRASIL

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D6 aecoasos,AS ALTASTA/A&DE OUROS & AJI4CER.TÊ2AQUfcNTO AOSresultadosLEVAfA ASEMPRESAS ASUSPENDE».> MOVO* •INVESTIMENTOS.

OUTRASEMPRESASPOt>6M fcEPLTOMADAS DEUMA LOUCURAES P5CUL ATIVA,.SU PER-ESTOCAKÔCMWPUWBJ MÁSE BBHSSENUrACAftACOS,pês&rx&.mDESSESP(U)OUTOS.

. INPLAQAO TRAMSFORMA-SE IM UMCARROSSEL ACIONADO PILO^XCESSO DE MOEDA. QUANTO MA»S TEMPO CI«A MAISRAPIDAMENTE O FAZ. NESTE CARROSSEL HÁ TRÊS CAVALOS —CUSTOSCRfSCINTCS, D/STOKCOÊS E EXPECTAT/VAS-NINGUB'fVs ANDA DE GRAÇA NO CARROSSEL. 6 O ÔU&f PlORo CADA GIR.O í MA\S CAROQUE O ANTERIO * . O CARROSSEL PODITER A SUA VELOCIDADE REDUZIDA/ AAT* MESMO PARAR., AAA5ISTO ENVOLVE CUSTOSE NOVAS DIFICULDADES.

MJfMOSLmo é rossitei wat o caujuhíel oa imfíÃçDurante o Seminário, a Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban) lançou a publicação

fiação, uma história em quadrinhos didática, que mostra os males e perigos da elevação de preços.In

Taxas de câmbio realistas combina-das com um superaperto no crédito expli-cam em larga medida o sucesso da Ale-manha para conter a hiperinflação queassolou o pais depois da primeira guerramundial.

O "caso alemão" foi analisado du-rante o Seminário Internacional por Ru-diger Dornbusch, do Massachusetts Insti-tute of Tecnology (MIT), e consultor doGoverno americano. Dornbusch fez umaexposição de 18 páginas sobre as váriasteorias que explicam o fenômeno alemão

O perito do MIT disse que, no ime-diato pós-guerra, a Europa Central pare-cia-se com a América Latina dos últimosvinte anos: um amplo cenário de tumul-tos políticos, misturado com sistemas de-mocráticos precários e instabilidade fi-nanceira.

Embora, naquela época, o caso dahiperinflação alemã se destacasse de to-dos os outros, inflações muito altas ocor-riam também na Rússia, Áustria, Polôniae Checo-Eslováquia. Quase nenhum paíseuropeu nessa época escapou dos proble-mas econômicos. decorrentes de altasbruscas nos preços, mas a principal dife-

Alemanha ajustou câmbio e créditorença está em como cada um deles selivrou da inflação.

Nos anos de guerra, os preços maisque dobraram nos Estados Unidos e naGrã-Bretanha. Na Alemanha e na Françaos aumentos foram ainda maiores, che-gando a mais de 300 e 400%. Em 1922, aAlemanha já estava com uma inflação de323%. A grande diferença de comporta-mento ocorre em 1921, quando os preçospassam a declinar nos Estados Unidos, naFrança e na Grã-Bretanha, mas na Ale-manha aumentam na base de 2.300%. Oponto claro dè separação de tendências é1921, quando a Alemanha embarcou nahiperinflação. Os efeitos da guerra foramdevastadores para os alemães, logo serefletindo na taxa de câmbio, por contadas grandes indenizações que o país ven-cido deveria pagar aos vencedores: 31bilhões de dólares. Dornbusch acha difí-cil isolar um único fator entre os muitosque alimentaram a hiperinflação, aindaquando a taxa de câmbio tenha disparadoem 1921, depois do chamado Ultimatumde Londres.

A febre que levou os alemães acarregarem papel moeda em sacos paracompras na feira, e as empresas a usarem

esgros-forte carregados de cédulas parapagarem salários semanais, sem que nou-vesse o suficiente para todos, quase des-truiu a economia do país.

Dornbusch disse que o mercado decâmbio talvez tenha sido lento em reco-nhecer a viabilidade das políticas adota-das mais tarde para estabilizar a moeda,talvez porque confiassem apenas no tem-po, para provar que a estratégia estavacerta. Os pedidos de calma e acomodaçãofeitos pelo Ministro da Fazenda em 1923mostraram que havia apenas um poten-ciai para a estabilização, com instituiçõesjá delineadas e em regime de teste.

Afirma o pesquisador americano:"um grande credito deve ser dado à taxade câmbio combinada com o créditosuperapertado. Uma taxa de juros de 3%ao dia, como a que foi adotada emnovembro/dezembro, significa uma taxamensal de 150%". Dornbusch concluiusua tese afirmando que taxas elevadíssi-mas de juros reais, combinadas com umfreio nos ganhos de capital no mercadocambial, foram o caminho básico encon-trado pela Alemanha para dar um tiro demisericórdia na hiperinflação.

Dornbusch vê A. Latinacomo Alemanha dos 20

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JORNAL DO BRASIL Turfe domingo, 12/5/85 n Io caderno ? 27

Grison vence Taça com boa direção de G. F. Almeida

ESTA TARDE, NA GAVEA1° PÁREO — As 14.00 — 1.100 metros — (MEIA) — Rac. 65j4 (Bifar) — Potn» MdOMli dt 2 «nos, mui vittril — PRÊMK): Cit 3.500.000

3.3.5 29/04 2* ( 7) VoU-VIt» 1.2 M. 75$ 2.N J.M. Silva10/03 10* (10) Only In (SP) 1.0 Gl Slt 31,00 F. Cosnlino

1.1 AP Ui2 (.90 R. MirquM1-1 Quill

2 Big Ciou2—3 El Indutivo

4 ImptcubltJ-5 And So On

6 Htlpu4-7 Archer

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55 9 J.M. Silvi55 8 J. Aurélio

4 R. MarquesL EstevwJ.F. Reis

3 G.Guimirlesip. 1R. Fr%i rtJ. Ricardo

555555555555

454 R. NihidEst J.L Padrosa

444 AP. SilvaEst E.P. Coutinho

424 V. Nahid£st 0J.M. Dill

447 J.R. toureiro410 A. Paim P

55 5 G.F. Silva ap. 2 450 J.D. Mortira

04/05 2* ( 9) TiavdEstraanta

14/04 5* ( 6) IncomaEstraanti

04/05 4' ( 9) Trtvtl07/04 7a (10) Fn Pura

«.(.7 04/05 7* ( 9) mm

2.3.3Est.Est.

3.3,21.2 AP 76(2 5,40 J.F. Ms1.1 » 69)21.1 N. Us2

3.30 R. Fnln .(.20 P. Cantou

1.1 » M»2 33.30 G.F. SilvaAND SO ON • QUILL • EL INDUTIVO — And So On largou mal na estréia e náo pôdecorresponder à expectativa. Volta com ótimos exercícios e deve obter sua primeira vitória. Quill tematuado com regularidade, mas sempre aparece alguém para derrotá-lo. El Indutivo, sempre perto dosganhadores, deve ser respeitado também. Deutz trabalhou muito bem.

2° PÀRE0 — k 14h30min — 1.100 matra — (AREIA) -* Rac. 55>4|Bartar) — Êguai nacionais da 4 ara, com 2 a 3 vitórias— Valofosa— Vodinic

Flonta— Ambition

Mia Dança— Sarractnaftapissuma

AJcumbnra

E.Bartesa ap 2J.Ricardo

7 F.Pattira P6 J.F.Rais

420 P.Salas472 ANahkJ370 V.Nahkl441 P.Morgado

2.1.2 23/044,6,6 07/033.3.1 01/05

1 M.Njscimentoap.3 465 J.LPiottoA.MKtiado F» 450 D.Natto

8 J.M.Silva 450 D.NattoJ.Aurélio 441 D.Natto

3.3.41.4.53.3.25,6.41.1.2

13/0411/0327/0401/0506/05

3° (08) FaMrias*5a (06) Tura2° (07) Kmjatla'6a (06) Vibnnta3* (08) Lucrativo1° (08) Alcumbrara*4» (07) Kmjaffa3a (08) Madama Min*

1.2 NP 76s1.1 70*1.2 NP 75*21.3 AP (liZ1.3 NL Us1.3 N. (2*21.2 NP 75(21.1 NP 69*4

4,40 E laitou1.(0 F.Paiaira f4,(0 F.Paiaira F»(.30 R.Wra

71,20 M.Niiclriwntt2.00 J.M. Silva3,(0 J.M.Silva1,60 J.M.Silva

VALOROSA • ITAPISSUMA • VODINIC — Valorosa ostenta bom estado e pode marcar pontopara o treiiíador Paulo Salas. Itapissuma, em caso de raia leve, de ser apontada como forteadversária. Vodinic reaparece em boa forma e não deve ser totalmente abandonada.

f PÁREO — Át 15.00 — 1.300 matrca — (AREIA) — Rac. 78* (Bailar a Vaiado) — É|uat nadonai* da 4 ama, aam mais da uma vittria

1—1 Tuyunab*2—2 tta do Sul

l Sinfonia do SulM Cacuia" Galiz4—5 laiacta

6 Sun Bala

6 R. Fnln 436 A. Moralas2 G.Gulmailasap.l 412 S. M. Almaida

F. Patair» P71. M. Silva

K P. SouzaJ.Ricaido

1 C. A. Martins

428 0. j. M. Dias405 D. Nato386 D. Natto392 Q. L Farnlra420 A V. Navas

4.2.25.9.63.3.35.6.44.6.78.7.83,1,7

27/0424/0329/0427/0427/0401/0501/05

la(05) Sobra -d-5°(05) Imparatriz Lulula(07) Hu|a •6^10) Eclatta •8*(10) Eclatta *4107) Kotka5*(07) Kotka

1.4 01 85*21.6 N. 105*11.2 N. 76*11.1 AL U*41.1 AL U*41.4 AP 90*11.4 tf 90*1

1.(0 R. Fnln48,80 0. F. Grata

2,70 F. Panira P(.40 J. M. Silva(.40 L F. Goma4.30 F. Panira I»

30,40 A. Ramo*SINFONIA DO SUL 8 TUYUNABÉ • CACUIA — Da maneira como venceu em sua corrida dereaparecimento, a égua Sinfonia do Sul deve repetir sem maiores problemas. Tuyunabé venceu comautoridade e mesmo subindo de turma pode formar a dupla. Cacuia tem chegado perto e pode ganharcom pule alta.

4* PÁREO — Ás 15h30min — 1.400 m«tros — (GRAMA) — Rec. 81s2 (Arabat) — Cavalos nacionais d« 3 anos. com 1 a 2 vitórias — PRÊMIO: Cr| 1.900.0001-1 Grisisao 56 10 l.Ricardo 462 AJahid 1.3.2 30/03 la (12) Sarrto 1.3 Gl 77s2 1,60 J Ricardo

Vancouver 56 I.M.Silva 461 R.Nahid 7.3.4 13/04 4° (07) luck's 1.5 AP 93s2 5.70 J.Ricaido2-3 Feurfo 56 S.Silva 478 V.Nahid 3.1.1 21/04 12° (12) Castel 1.6 GP 96sl 40,70 J.FninIstandartni 56 5 JAurtlio 447 V.Nahid 3.2.2 21/04 1° (10) Pal's Faal 1.5 AP 96s 3.80 J.Ricardo

Poland 52 6 M.Montiiro 418 O.M.Famandis 1.7.6 05/05 7° (07) Clavar Jot 1.5 If 95s4 15,30 J.F.Rais3-5 Amir-El-Arab 56 J.F.Rais 437 P.Salas 1.6.2 21/04 9° (12) Castal 1.6 GP 96*1 56,70 A.Machado Fa

Polvo 56 2 A Souia 455 C.Rosa 8.6.5 27/04 1° (15) Aipoador 1.4 GL 85* 30,50 A.SouaCotumball 56 3 AM.Andrada ap.4 436 I.C.Marchant 1.7.5 15/04 1° (10) Tomal 1.3 NP 82*4 10.10 A.0IMn

4-8 Kimar 56 8 C.Lavw 454 LPraviatti 1.1.5 31/03 9" (22) Pallaoi 1.6 GL 95*2 59.10 M.MontainCarinho 52 4 AP.Soun 396 D.Netto 7.5.4 01/05 3° (06) Aquilanta 1.1 AP 68*3 12,30 A.P.Soun" Sarrto 52 11 J.Malta 448 O.Nstto 3.2.4 27/04 3° (15) Polvo 1.4 GL 85* 3,90 A.Mackado Fa

GRISÁCEO 8 AMIR EL ARAB 8 VANCOUVER — Páreo equilibrado. O tordilho Grisáceoganhou com muita firmeza e mesmo subindo de turma pode repetir. Amir El Arab tentou cartadadifícil em sua última atuação. De volta a sua turma, deve ser apontado como um forte rival.Vancouver mudou de cocheira, mas continua em grande estado.

5" PÁREO — As 16,00 — 1.600 metro* - (AREIA) - • Rac. 97* (Marquis a Champaine Bísqult) — Cavalos nacionais da 5 anos * mala, lanhaúon* aU CrJ3.600.000

1-1 Aback2-2 Mayo

3 El Gobemanta5—4 Iracundo

5 Eacatal4-6 lau

7 Nound Si*

6 J. Ricardo5 A.Machado F°

468 A. Nahid437 D. Natto

4 G.F. Silva ap. 418 J.8. Silva3 ).M.SIIva 474 NASHva7 J.F. Rais 450 J.L Padrosa2 G.Guimar»a* ap. 442 JIPMto1 í AuiMo 440 V. Nahid

5.5.22.1.73.2.31.5.22,5,56.5.31.8.4

18/0423/0401/0502/0218/0413/0418/04

3°(07) Mascon 1.6 NP 103s28°(08) Aca Nn| 2.1 NP 136*31°(09) Habus 1.3 AP 82s47°(09) Champion Chiat 1.6 AP 100*35*Í07) Mascou 1.6 NP 103*220(08) Oodmau 1.4. AP 87*44*<07) Mascou 1.6 NP 103*2

2,00 J.Ricardo17,70 C.Uvw3.20 J. Aurélio8,80 G.Gulmaiia*8,10 J.F. Rate3,50 G. Gulmaitaa4,90 J. Aurélio

IRACUNDO • EL GOBERNANTE 8 ABACK — Reaparece em páreo desfalcado o castanhoIracundo, que já enfrentou adversários mais fortes. El Gobenjante voltou em bom estado e ganhouuma bela carreira. Está mais aguerrido e vai disputar a dupla com o encabulado Aback.

6* PÀÜtgO* — As 16h30min — 1.300 matos — (AREIA) — Rac. 78 s (Bartar e Velado) — Cavalos nacionais da 5 anos ganhadoras até Cr* 2.400.0001—1 Oaach

2 Noturno2—3 Sotero

4 Vermeer3—5 Sem Ruido

6 Ximapucho4—7 Idear

8 Dahlak

M.Nascim«ntoap.3 436 J.LPiottoF.Pweira F° 450 NA.Silva

5 J.RicardoAP.SouiaJ.C.CastillóJ.AurélioE.Santos

1 LConaa

1.3.2 05/054.5.7 07/041.3.6 18/049.1,5 01/055.5.7 18/045.8.2 01/051.4.3 16/033,3,3- 14/04

2°(07) Kold Abra7a(07) Gala2°(07) Mascon6°(09) El Gobemanta5°(12) Dacrtcio4°(09) El Gobemanta5°(07) Millinfton6°(11) Kold Abra

1.6 AP 102s31.3 GL 78*1.6 NP 103s21.3 AP 82s41.1 NP 69*31.3 tf 82*41.3 AU 81*3U NP 82*2

1,50 M.Nascimento12.00 C.Xavler

3,90 F.Paraira F*5,30 M.Andrada2,70 J.Ricardo6,30 LF.Gomas

12.90 E.Santoa10,40 M.Ferraira

432 R.Carrapito434 J.C.Marchant424 J.G.Vieira439 J.Santos F®453 E.Cardoso414 S.França

SOTERO 8 DEACH 8 SEM RUÍDO — Sotero perdeu apenas para Mascon, numa corrida em quenio teve muita sorte no percurso. Continua em boas condições e nos parece a melhor indicação daprova. Deach, sempre fiel ao marcador, fica como principal candidato à formação da dupla. SemRuído tem corrido menos do que sabe.

7* PÁREO — Às 17.00 — 1.100 metros — [AREIA] — Rec. 65s4 (BarteO — Éguas nacionais da 3 anos, com 1 a 2 vitórias — PRÊMIO: Cil 1.900.0001—1 Ivory Black 56 8 J.Ricardo 415 ANahid 5.2,1 21/04 2°<06) Jade Ciarttsa 1.1 NP 69*3 2,60 J.Ricardo

2 Raviravolta 56 9 R.Macedo 454 P.M.Piotto 3,2,2 21/04 5a(07) Adojada 1.5 AP 94*3 5,50 C.Xaviar2—3 A|ri 56 3 M.Ferreira ap.l 392 A.Moiales 9,1.1 09/09 7a(10) Avelar 1.6 GM 97sl 1.70 J.Oueim" Mason 56 7 IM.Silva 410 A.Morala* 2,1,1 25/03 4»(06) Gnat Blondie 1.1 NL 69* 3,50 J.F.Rais3—4 Great Duches* 56 10 G.F.SIIva ap.2 433 R.Morgado Jr 4.4.3 27/04 1°(09) White Foot 1.0 GL 58*4 2,10 G.FJUmaida

5 Pouliche d'Or 56 4 A.Chatfin ap.4 422 W.P.Lavor 3.2,6 18/04 1°(07) Alda VaUrta 1.1 NP 69*1 3.40 A.Cbaf(in" Cedilla 56 2 A.M.Andrade ap.4 414 W.P.Lavor 6.2.1 21/04 5°(06) Jade Cariha 1.1 NP 69*3 4,70 C.Lavor4—6 Tuyubelle 56 1 J.B.Fonseca 397 W.Penelas 7,5.3 21/04 7°(07) Ado^da 1.5 AP 94*3 10,40 G.Guimarie*

Helnada 56 5 J.F.Rais 423 P.Morgado 2.4.1 31/03 3°(06) Gnat Blondie 1.0 GM 57s3 20.30 J.F.RaisHibernal Flower 56 6 F.Pereira F° 430 R.Carrapito 1.1.6 21/04 4°(06) lade Czantsa 1.1 NP 69s3 2,50 F.Paraira P

WORY BLACK 8 HALNADA 8 REVIRAVOLTA — Reapareceu correndo bem a castanha IvoryBlack," que apanhou aguerrimento e pode vencer nesta oportunidade. Halnada figurou com destaqueem prova mais forte e continua como um dos nomes principais. Reviravolta correu menos na última,mas normalmente deve ser olhada com atenção.

e PÁREO — Às 17h30min — 1.300 metros — (AREIA - VARIANTE) — Rac. 78* (Bartar e Velado) — Cavalo* nacional* d* 3 ano*, aam mai* de ume vitória

1-1 AcM 56 9 J.Ricardo 439 R.Nahid 4,4,3 05/05 4a (08) last Man 1.2 NP 75*4 2,80 J Aurtlio2 Anexim 56 2 G.Guimarlesap. 406 0J.M. Dias 4.6,5 24/04 8" (08) Cnsanthamo 1.6 AP lOlsl 62.40 G. Guimarles

2-3 Paolo Mio 56 5 C.Lavor 462 W.P. lavor 6.3,9 21/10 la (05) Gnnda 1.6 AP 101*4 2,00 J. Aurtlis4 Limpopo 56 4 G.F.Silva ap.2 422 J.B. Silva 1.5.8 05/05 6° (07) Clever Joe 1.5 AP 95s4 29.40 L.F. Gome*

3-5 Fir* Attack 56 1 J.M. Silva 450 S. Morales 4.5.5 29/04 1° (07) Ooc 13 NL 82s3 3.60 J.M. Silva6 So True 56 6 A. Machado F" 468 D. Netto 2.1.C 27/04 13® (151 Polvo 1.4 GL 85s 3,90 A. Ramos

4-7 Mar Bnvo 56 7 CX Martins 453 M. Ntclevisk 6.6.x 28/04 6° (07) Don Dominio 1.1 NL 69s 7.20 C.A.MaitlnaPatap 56 6 A.M.Andrade ap.4 424 I.e. Maichant 7.7.4 29/04 5° (06) Lod Ten 1.1 NL 68s 34,20 M.Andrede

Kicotombo 56 3 F.Panin F° 436 S.M.Almeida 9.9.6 05/05 7° (08) last Man 1.2 NP 75s4 15.20 R.MacedoPAOLO MIO 8 ACHÉ 8 LIMPOPO — Reaparece bem preparado por Wilson Pereira Lavor ocastanho Paolo Mio, que vai enfrentar com companhia desprovida de valores. Aché é o melhor nomepara formar a dupla. Ostenta excelente estado e a turma náo tem nada especial. Limpopo é outro queestava atuando em turma melhor.

90 PÀRE0 — As 18,00 — 1.100 matros — (AREIA) — Rac. 65s4 (Barter) — Éguas nacionais da 3 anos, sam mais da uma vitória

1—1 Acarama2 Panisia

2—3 Beniuate4 Amallnha

3—5 La Conquista6 Ja Votti

4—7 QuwTs Gata8 Dona Flora

2 JAurélio 440 J.G.Vieira8 G.Guimartes ap. 1 384 ARicardo

J.C.CastillóR.MarquasJ.M.SilvaF.Pareira F°J.RicardoJ.F.Rais

386 C.Morgado N.377 D Jorge426 R.Tripodi428 GAFaijô425 V.Nahid356 J.LPiotto

2,3.1 24/01 1° (091 Ali Pioud 1.1 M> 68s3 1.20 I. AuiMo8. 1.5 18/04 6» ( 7) Poulicho d'0r 1.1 NP 69*1 49.60 R.Viain1.3.3 27/04 3° (09) Gnat Duclms 1.0 GL 58s4 6.40 J.C.Castilló6.3.7 27/04 5° (09) Gnat Ouchess 1.0 GL 58s4 50.70 R.Marquas2.5 15/04 Ia (11) Show Cristal 1.1 NP 71sl 1.80 J.Ricardo

5.6.4 14/04 9a (10) Avenide 1.4 AP 88s3 28.40 U.Meinles20/04 1° (081 Isolata 1.2 NP 77*4 4.40 I.Ricardo

2.6.6 27/04 8° (09) Gnat Duchess 1.0 GL 58s4 36.70 J.F.RaisACARAMA 8 QUEEN'S GATE 8 LA CONQUISTA — Acarama venceu com sobras e mesmo emcompanhia mais forte deve repetir seu triunfo anterior. Queen's Gate deixou ótima impressão em suaestréia, quando tomou a ponta e não deu chance às suas adversárias. La Conquista subiu de turma,mas deve ser respeitada pois melhorou.

10° PÀRE0 - üs 18h30min — 1300 metros — (AREIA — VARIANTE) — Rec. 78s (Barter i Velado) ¦1.900000

- Cavalos nacionais de 3 anos. sem vitória — PRÊMIO: Cri

1—1 Ian Wer 56 9 E.R.Ferreira 436 J.M.Aragto 2.9.2 18/04 2°( 9) Last Man 11 NP 70s2 2.90 E R Ferreira. Kiylott 56 5 E.Ferreira 440 J.G.Vietra 2.8.1 28/03 4°( 6) Derbyshire 1.6 NU 105*2 2.80 E Fefitira*8 Prnkaitin 56 1 E.Santos 421 E.Cardoso 6.9.< 18AM 7°( 9) last Man 1.1 NP 70s2 159.00 J Escobar

|^4 Play Chance 56 11 C.Lavor Est WP.lavor 7.6.4 20/0 8°(10) Ne* Bristol (CI) 13 AP 81s8 30.00 A Rosa£ Damstel 56 10 G.GuimarSes ap.l 434 FAbreu 5.4.6 29/04 4°( 7) First Attack 13 NL 82s3 3.50 JRicirdo•* Portocervo 56 4 CAMartins 466 S R.Cnj; 4.2,4 24/04 1°( 5) Clwrbourg-(CP) 1.2 NL 76s3 1,10 R.Fetmra1-7 Ooicnare 56 12 J M.Sitva 466 NA.Sl^a 5.1.5 18/04 .3°( 9) Last Man 1.1 NP 70*2 5.60 C Xavier

En-Jet 56 2 M Andrade Est P.Salas 13/04 1" ( 61 Brandtord (BH) 1.1 AL 72s 4,80 M.G SantosEl Rara 56 7 A.M.Andrade ap 4 440 JC.Marchant 1.5.6 29/04 3°( 7) First Attack 1.3 NL 82s3 4.80 MAndride

4—10 Curupt 56 6 i Ricardo 412 R Carrapito 5,3.3 11/ 04 6°( 10) lord Macaco 12 NL 76s 6.00 I.Malta11 CanMu 56 8 ASoura 409 A.V Neves 7.4.7 20'04 6°( 8) Quittard 14AP90s4 9.30 J F Rtis12 Galseur 56 3 E Barbosa ap.2 406 LAcunS 7.8.8 27/ 04 15°(15l Polvo 14 Gl 85s 177,90 A.Chiffin

PLAY CHANCE • OP1ANORÉ • JAZZ LÍDER — Estréia bem preparado e trazendo boacampanha de Cidade Jardim o Play Chance, que deve ganhar logo na primeira apresentação naGávea. Opianoré. muito ligeiro, vai mostrar muito na direção de J. M. Silva. Jazz Lider tem chegadosempre no marcador e tem o retrospecto da prova.

O DEBATE ESPORTIVO NA TV

Entrevistas. Gols da Rodada. Reportagens Especiais.Com Alberto Lèo, José Roberto Tedesco, Sandro Moreyra eWashington Rodrigues. Participação da equipe de Esportes

da Rádio Jornal do Brasil e de convidados especiais.

Neste Domingo 8 da Noite.

A Associação de Tratado-res, Jóqueis e Aprendizes doRio de Janeiro, através do seupresidente, Carlos Ribeiro, en-viou telegrama ao Ministro daAgricultura, Pedro Simon, soli-citando que os profissionais deturfe sejam ouvidos na elabora-çào do novo Código Nacionalde Corridas.

O treinador Zilmar DuarteGuedes chega ao Brasil no pró-ximo dia 15 de maio. No dia 17,vai assistir ao leilão do HarasFronteira, que será realizadono Hipódromo do Cristal. Aviagem foi um prêmio do pro-prielário Mario Moglia, satis-feito com os resultados obtidosno exterior pelos animais Ca-then, Eécio e Hueco, todos desua criaçáo.

Valorosa, pensionista dePaulo Salas, agradou muito noseu apronto para o segundopáreo, ao passar os 600 metrosna marca de 3fis2, em raia ruimpara tempo, arrematando comboa disposição na direção deA. Souza. Confirmando o exer-cício. Valorosa é rival certa nofinal aparecendo mesmo comoforça da prova.

Crisáseo. alistado na quartacarreira do programa, e aoscuidados de Alberto Nahid, foium dos destaques, ao cravar.ifis nos 6IID metros, com so-hnts. condução de Jorge Ricar-do O tordilho saiu com veloci-dade. para cru/.ir o disco commuitas reservas, evidenciandoperfeita torma tísica.

JPIPir Foto de Jos6 Ca^

GoncwKcnlevoi^GnsoniLmidric^iaraqa a^Uuro mostrando que estd em grande fase

Grison (Falkland e Liselot-te), de criação e propriedadedo Haras São José e Expedic-tus, ganhou, em bonita atrope-lada. o Grande Prêmio Francis-co Eduardo de Paula Machado,Taça de Ouro de potros, carrei-ra central da programação deontem na Gávea. Pallazi foi osegundo e G.F. Almeida teveuma direção inspirada no dorsodo vencedor. No primeiro pá-reo, prova da nova geração,Habitual Leader derrotouQuarteron em final difícil.

No clássico, ao ser dada alargada, Caso Sério tomou afrente, seguido de Paracambi,Vic Day e Alitak. Foram assim ,até a entrada reta, com Pallazi.,em quinto, Grison em sexto jç ,Aracatu, mais atrás, depois deobter uma partida muito boa.Ao entrarem na reta, Paracam-bi assumiu a ponta, sendo logoatacado por Pallazi e Grisonque, na altura dos 300 metrosfinais, dominaram a situação etravaram luta, até que, nos últi-mos 50 metros, o pilotado deGoncinha conseguiu livrar umadiferença de um corpo e meio.ResultadosIo páreo — 1 mil 300 metros —Io Habitual Leader E. R. Fer-reira 2o Quarteron F. PereiraFilho vencedor (5) 1,40 dupla(13) 3,00 placê (5) 1,20(1) 1,50tempo 1 min 22sl exata (5-1)5,40.2" páreo — 1 mil 600 metros —Io Fofoqueiro J. Malta 2o Ga-leal J.F. Reis vencedor (1) 1,60dupla (13) 1,80 placê (1) 1,20(4) 1,60 tempo 1 min 43s.3o páreo — I mil 600 metros —Io Brinkbero J. Aurélio 2" Pi-nus Tree F. Pereira Filho ven-cedor (7) 16,30 dupla (14) 4,00placê (7) 4,10 (1) 1,90 tempo 1min 44s2.

4o páreo — 1 mil 500 metros —Io Mein Kampf E. Ferreira 2oEnamorante P. C. Pereira ven-cedor (10) 18,80 dupla (24)2,90(10) 9,50(3) 3,70 tempo 1min 37s exata (10-3) 213,40. .

5o páreo — 1 mil 100 metros —Io Mocita Guapa F. PereiraFilho 2o Miss Tati C.a. Martinsvencedor (3) 1,90 dupla (23)3,50 place (3) 1,30 (5) 1,70tempo 1 min 10s46" páreo — 2 mil metros —grama — Io Grison F.G. Al-meida 2" Pallazi F. Pereira Fi-lho vencedor (5) 2,30 dupla(23)4,30 place (5) 1,70(3)2,00tempo 2 min 02s

T páreo — 1 mil 100 metros —Io Convocado J. Malta 2o Vin-citanzo L. Esteves vencedor (7)2,30 dupla (23) 2,90 place (7)1,70 (4) 3,40 tempo 1 min lisexata (7-4) 25,40

8o páreo — 1 mil 100 metros —Io Rasputino J. Aurélio 2*Centurião G. Guimarães ven-cedor (1) 1,10 dupla (12) 3,50place (1) 1,10 (2) 1,70 tempo 1min 09s3

9° páreo — 1 mil 100 metros —Io Lord Ten J. Ricardo 2° Ar-doroso G. Guimarães vencedor(3) 1,30 dupla (13) 2,00 place(3) 1,10 (1) 1,10 tempo 1 min08s4

10° páreo — 1 mil 100 metros— 1° 0'Connors E. Barbosa 2°Fribar G.F. Silva vencedor ((í)2,40 dupla (23) 3,60 place (fi)1,50 (3) 1,60 tempo 1 min 09s2exata (6-3) 5,80.

CÂNTER

MaratonaA cada semana aumentam o

número de pedidos para inseri-ção na Maratona dó Rio deJaneiro que vêm do exterior.Os organizadores da prova, Vi-va Promoções Esportiva compatrocínio da Coca-Cola, rece-beram ontem vários pedidos deinscrição do Japão e Austrália.As inscrições dos corredores doRio estão sendo feitas em trêsagências do JORNAL DOBRASIL: Centro — AvenidaRio Branco com Sete de Se-tembro; Tijuca — Rua GeneralRoca, 810, loja B; Copacabana— Avenida N.S. de Copacaba-na, 610, loja C. Para marato-nistas de outros Estados, o pra-zo final, 15 deste mês, seráestendido por quantos dias du-rarem a greve dos Correios.

T riathlonDevido a problemas com a

demarcação da raia para a pro-va de natação, a quarta etapaclassificatória do Triathlpn doRio, orgânizado pela Viva Pro-moções Esportivas, não foi rea-lizada ontem pela manhã emBarra de Guaratiba. Os organi-zadores resolveram suspendera prova, mas os triatletas apro-veitaram para praticar ciclismoe corrida.

GolfeIsmar Brasil manteve a iide-

rança na categoria scratch,após a segunda volta do 3°Campeonato Aberto Coca Co-Ia do Rio de Janeiro de Golfe.Ele tem 145 gross (71-74), con-tra 148 (75-73) de Eric Ander-son e 153 (78-75) de HélioBarki. Nas demais categorias,òs resultados são: 0 a 9, EricAnderson lidera com 138 net(70-68); 10-16, Romy Carvalhoestá na frente com 137 net (69-68) e na 17-28 Ivo Zauli é olíder com 141 net (68-73). Aúltima volta é hoje, no Ita-nhangá.

Vôlei do Brasil e de Cuba

iniciam serieBrasil e Cuba abrem hoje, às 18 horas no

Maracanãzinho, a série de cinco amistosos queserão disputados esta semana como preparaçãopara a Copa do Mundo de Vôlei Masculino, emnovembro no Japão. Os dois times voltam a seenfrentar seis meses após a final do Mundialitorealizado aqui, quando o Brasil ficou com otítulo.

Com muito mistério, sem querer definir otime e apontando o Brasil favorito, os cubanostreinaram ontem em tempo integral. Na SeleçãoBrasileira, a principal ausência no primeiroamistoso é Renan, com faringite. Rui é dúvida eos demais estão à disposição do técnico Bru-noro.

Mais fracoGilberto Herrera, técnico cubano, procurou

demonstrar humildade em suas declarações eapontou o Brasil favorito.

Este time que trouxemos tem bons valo-res, mas falta experiência, exatamente o quepretendemos começar a conseguir no Brasil,que, na minha opinião é uma equipe forte eteoricamente superior. Nosso objetivo inicial é apreparação para o Torneio Centro-Americano,em setembro, na República Dominicana, que éclassificatória para a Copa do Mundo.

Para o atacante Lepnardo Sillie, o mais altodo grupo, com'2 metros de altura e um dosdestaques da equipe, não há favoritismo.

A rivalidade com os brasileiros é muitogrande e creio que possamos fazer partidasbastante equilibradas. No primeiro jogo, sótemo o desgaste da viagem.

Entre os novatos, Lazaro Marin, l,96m, 18anos e cortador, foi considerado por GilbertoHerrera um fenômeno. Ele disse que o jogador,em pouco tempo, estará entre os melhores domundo em sua posição', O time, que fez umcoletivo ontem de manhã no Maracanãzinho e àtarde treinou na Escola de Educação Física doExército, tem dois problemas médicos, Rodolfo

jogosGuillen e Gonzalo Manuel Torres, que se recu-peratn de operações no joelho.

Uma equipe forte, utilizando jogadas varia-das de ataque e procurando, além de forçar osaque, exercer bloqueio cerrado sobre o adver-sário cuja média de altura é de l,94m, é o quepromete o técnico José Carlos Brunoro parahoje contra Cuba.

Ele destacou ainda a importância dos amis-tosos, que, em sua opinião, devem ser bastanteequilibrados, e acha que é um bom teste visandoà formação de um time base para o Mundial.Lembrou, no entanto, que o grupo não é odefinitivo:

Vamos observar o comportamento dosjogadores também em seus clubes e dar oportu-nidade a todos, inclusive, juvenis.

O time brasileiro treinou ontem cedo noMaracanãnzinho quando realizou um bate-bolae jogadas pelas pontas. Entre os jogadores, aexpectativa é muito grande. Bernard lembrouque a boa forma dos jogadores permitirá que otime apresente um bom padrão de jogo:Espero que superemos a falta de umtreinamento mais prolongado com a técnica. Nojogo contra Cuba é importante variar as jogadasde ataque e forçar o saque, e eu mesmo vou usaro Jornada nas Estrelas.

Ao seu lado, Badá garantiu estar recupera-do das dores lombares que o afastaram daspartidas do Sul-Americano de Clubes, que ter-minou no último fim de semana. Bernardinho eXandó, apesar de sentirem a perna esquerda,garantem que jogam.

Pelé, por sua vez, acha que os amistosos sãouma oportunidade para firmar-se na Seleção epromete se superar. Já Zé Eduardo, seu compa-nheiro no Minas, que faz sua estréia, garanteque não vai tremer:

Estou acostumado a jogar contra todoeste pessoal e não vejo problemas para meentrosar. Espero mostrar o meu padrão de jogono Minas.

DETETIVES

Consulte a seção 525

BRASIL1—Bernardinh l,85m2—Xand l,93m3—Bad l,93m4—Montanar 1,875—Ru l,94m7—Willia l,84m8—Amaur 1,95m9—Mauríci l,87m

10—Domingos Maracanã 1,97m11—Pel l,92m12—Bernar l,87m13—Zé Eduardo l,90mTécnico: José Carlos BrunoroLocal — MaracanãzinhoHorário — 18 horasJuiz: José Menescal Rio

CUBA1—Leonardo Sillie 2m3—Rodolfo Guillen 1,93m4—Eugênio Ortiz 1,89m5—Luiz Gabriel 1,95m6—Lázaro Marin l,96m7—Angel Raul 1,978—Angel Renato 1,88m

10—Abel Sarmiento 1,94m11—Carlos Simon 1,94m14—Edy Oviedo 1,94m15—Osvaldo Augustin 1,95m19—Gonzalo Manuel l,93mTécnico: Gilberto Herrera

furo mostrando que está em grande fase

Foto de José Camilo da SilvaC* ^"

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28 o l° caderno o domingo, 12/5/85 Esportes JORNAL DO BRASIL

Brasil tem

Sào Paulo—Durante seis horas, no Estádio do Ibirapuera, oBrasil viverá a maior competição de atletismo de todos os tempos,com a presença de dezenas de campeões olímpicos, destacando-seo brasileiro Joaquim Cruz (800m) e o norte-americano EdwinMoses (400 sobre barreiras) — e alguns dos melhores atletasbrasileiros.

Além de Cruz e Moses, serão vistos (A TV Bandeirantestransmitirá ao vivo a partir de 13h45min), por exemplo, o giganteBrian Oldfield, 29 anos e dono do maior arremesso de peso dahistória (22,86m), o que obrigou os organizadores a algumasmodificações no Ibirapuera; Calvin Smith, o homem mais velozdo mundo e que faz os lOOm em apenas 9s93; as soviéticasNadyezdha Olizanjenlco e Svetlana oitava nos 800m, a romenaDoina Melinte, nos 1 mil SOO metros; e a recordista mundial dosálto em altura, Ludmila Andonova, da Bulgária, que salta 2,07m.

O programa começará com a prova que mostra ao mundoquem é o homem mais veloz, os 100 m rasos, a menor distânciacorrida em pistas ao ar livre. E dois dos mais velozes, além deCarl Lewis, estarão no Ibirapuera, Calvin Smith e Mel Lattany,ambos americanos, prevendo-se um show em que os brasileirosapenas assistirão. Exatamente para fugir a esse confronto, osmelhores velocistas brasileiros participarão dos 200m (RobsonCaetano da Silva, Arnaldo de Oliveira e Katsuiko Nakaya),temendo apenas os americanos Larry Miricks e Mel Lattany.

Nos 400m, confirmando a ausência de Alonzo Babers, dosEstados Unidos, campeão olímpico com 44s27 e favorito dispara-do, a vitória deverá ficar com seu compatriota Walter McCoy,também capaz de fazer o percurso em menos de 45 segundos. Oque não tem conseguido o melhor brasileiro, Gérson Andrade,um médico de 29 anos.

Outra ausência sentida será a do marroquino Said Aouita,que era favorito nos 1 mil SOO metros. Assim, os melhorespoderão ser o espanhol José Gonzalez e o brasileiro FranciscoAssis Paulo.

O salto triplo, que toca de perto os brasileiros, em razão dossucessos de Ademar Ferreira da Silva, Nélson Prudêncio e JoãoCarlos de Oliveira, o João do Pulo, promete uma prova equilibra-da, com a presença do polonês Zdzislaw Hofman, os americanosWillie Banks e Al Joiner (medalha de ouro em Los Angeles) e osoviético Olyeg Protsenko.

Nas provas femininas, a presença brasileira se destacará porEsmeralda de Jesus nos 100 e 200, Conceição Geremias, no saltoem altura, Jorilda Sabino, nos 1 mil SOO metros, e Orlane Lima,também no salto em altura. Mas os momentos de maior atração,que deverão prender a respiração do público, acontecerãoquando Joaquim Cruz e Edwin Moses arrancarem em busca demais uma vitória, nos 800m e 400m com barreiras.

Cruz promete empenhosem pensar no

'recorde

Joaquim Cruz, medalha de ouro nos 800 metros na Olimpía-da de Los Angeles e um dos grandes destaques de hoje doTorneio Internacional Sears-Ford de Atletismo, reafirmou ontemem São Paulo que não competirá com toda a sua capacidadefísica.

Estou somente com 40 a 50 por cento das minhas condições,mas vou competir e fazer o melhor possível — disse Cruz duranteum curto intervalo entre os inúmeros compromissos que cumpriuna cidade.

Ao contrário do que estava previsto, Cruz não concedeu aesperada entrevista coletiva à imprensa, limitando-se a umarápida participação em um programa esportivo da TV. À tarde,almoçou somente por volta das 14 horas e retirou-se do HotelMàksoud Plaza, onde está hospedado, acompanhado de seutécnico, Luís Alberto de Oliveira, para fazer compras num dosmuitos shopping-centers da cidade.

FavoritoA partir das 17 horas iniciou seus treinamentos na pista do

Conjunto Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera.— A competição é muito importante porque é a primeira de

caráter internacional disputada no Brasil. Precisávamos desseapoio, afirmou Cruz, que é patrocinado pela Ultracred e temcomo principal adversário na prova de hoje — que encena otorneio — o brasileiro José Luís Barbosa — o Zequinha —campeão do Troféu Brasil de 83 e 84 e medalha de prata no Pan-Americano de Caracas, em 1983.

Mas Cruz entra como favorito na prova dos 800 metros, jáque na temporada de 1984 ele liderou o ranking mundial daprova, começou bem este ano ao vencer uma prova extra de 1 mil50O metros em Eugene, Oregon, marcando o tempo de 3min-41seg, 20 numa competição entre universidades americanas noúltimo dia 7 de abril. Cinco dias depois, em prova semelhante'realizada em Trinidad Tobago, melhoraria a marca para3min37seg34.

O esporte-base; O atletismo, esporte mais importante do programa olímpico,

é também o mais antigo. Afinal, correr, saltar e arremessar sãoinstintivos no homem — primeiro, por motivo de sobrevivência;depois, pelo natural prazer de medir força, velocidade, resistên-cia, destreza e habilidade, qualidades indispensáveis que, maistarde, associadas ao intenso treinamento, ao desenvolvimentotécnico e à disciplina, produziriam os Cruz, Moses e Cia queestarãoabrilhantando o espetáculo desta tarde no Ibirapuera.

De atividades lúdicas nos primórdios da civilização, correr,saltar e arremessar transformaram-se em prática esportiva, háquase 30 séculos, embora o mais antigo registro de competiçõesde atletismo organizadas date de 776 a.C., nos Jogos Olímpicosda Antigüidade. Por sua natureza, o atletismo fornece fundamen-tos a todos os outros esportes, daí ser considerado o esporte-basc.

No Brasil, a prática do atletismo foi introduzida por inglesese alemães, no Clube Brasileiro de Cricket do Rio de Janeiro,onde já se podia apostar, por volta de 1880, em provas de corridaa pé, disputadas sem obediência às regras internacionais jáexistentes. Só a partir de 1918 essas regras passariam a serrespeitadas aqui, coincidindo com ó aparecimento do primeiroestádio exclusivamente de atletismo construído no Brasil: o doClube Atlético Paulistano, em São Paulo.

O programa de atletismo cresceu bastante através dostempos, compreendendo hoje mais de 50 provas de campo,estrada ou de pista, disputadas em recintos abertos ou fechados.Só nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, os homens participariamde 24 modalidades de atletismo e as mulheres de 17. Em todaselas, além do prazer da vitória, há o grande desafio do recorde: deser o mais veloz ou o mais completo do mundo.

Mudança do

decepcionaApenas por um momento a

calma em que transcorria oCongresso Técnico do TorneioInternacional de Atletismo foiinterrompida, ontem pela ma-nhã, no Maksoud Plaza Hotel:quando os organizadores anun-ciaram que não haveria a provados 3 mil metros feminino,substituída pela dos 1 mil 500metros.

A modificação frustrou asesperanças da brasileira JorildaSabino e da portuguesa AuroraCunha, obrigadas a enfrentar aexcelente Romena Doina Me-Iinte, que preferiu correr os 1mil 500 metros ao invés dos 800metros, conforme estava pre-visto, para evitar um confrontodireto com as soviéticas Na-dyezdha Olizaryenko e Svetla-na Kitova, as favoritas daprova.ANTIDOPING

Os técnicos Expedito Sabinoe Mário Muniz protestaram,mas sem resultado. A mesadiretora do Congresso Técnicoexplicou que se as duas soviéti-cas corressem os 3 mil metroscontra as atletas brasileiras ha-veria uma diferença tão grandeque ficaria mal para o atletismodo país e só teriam AuroraCunha como adversária. Alémdisso, disseram, o horário daprogramação se estenderiaalém do desejado.

Definidas as provas e seusparticipantes, os congressistas

As provas clAssicasdo atletismo ( + )

Pfeti e tstradi Homens MullwresVelocidade 100 '"0

200 200400 400

Meio-fundo 800 8001.500 1.500

3.000Fundo 5.000 —

10.000 —maratona maratona

Comobstaculos HO 100400 4003000 —

Revezamentos 4x 100 4x 1004x400 4x400

Marchas 20km50km —

Decampo disco discodardo dardopeso peso

martelo —Saltos altura altura

distancia distanciacom vara —

triplo —Combination decatlo hepiatlo

programa

Jorildatomaram conhecimento dos de-talhes técnicos da competiçãode hoje e receberam recomen-dações do representante da Co-missão Executiva da FederaçãoInternacional de Atletismo,Hélio Babo. Ele disse que aorganização terá que preencherum relatório com 16 itens, queinclui a questão dos prêmiosaos vencedores.

Informou, também, que omédico Waldemar Areno foiencarregado pela FederaçãoInternacional para coordenaros trabalhos de antidoping dotorneio. O médico recebeu 24peças completas para coleta dematerial e deverá realizar, nomínimo, cinco exames masculi-nos e três femininos.

— Os exames não visarãodeterminadas provas, abran-gendo tanto as de pista quantoas de campo, escolhendo-se osatletas de acordo com as regrasdo IAAF sobre o assunto —esclareceu Areno.

Além de Hélio Babo, forma-ram a mesa diretora do con-gresso o presidente da Confe-deração Brasileira de Atletis-mo, Ewald Gomes da Silva, opresidente da Federação Pau-lista de Atletismo, Manoel Pi-res, o diretor da FPA, OcrrichMarcus, o diretor técnico daFPA. Massao Tadeishi, e omembro da Comissão de Orga-nização do Meeting, LessekSzmuchrowski.

PROGRAMA

I3h45min — Cerimônia deabertura14h05min — Homenagem à ex-atleta polonesa Irena Szewinska14hl5min — 100 metros rasosmasculinosSalto com vara14h25min — 100 metros rasosfemininoSalto em altura femininoI4h40min — 400 metros combarreiras masculino14li42m — Homenagem aos ex-atletas brasileiros Ademar Fer-reira da Silva, Nelson Pruden-cio e João Carlos de Oliveira eao soviético Viktor Saneev14h55min — 800 metros rasos

feminino15li00min — Salto triplo masat¦UnoIShlOmin — 1.500 metros rasosmasculino15h25min — 200 metros rasosfeminino151155min — Arremesso de pesomasculinoI6I1OO — 200 metros rasos mas-culinolóhlSmin — 5.000 metros rasçsmasculino16h40min — 400 metros rasosmasculino16h55min — 800 metros rasosmasculino17h25min — Encerramento

Campo e pistaPela primeira vez, depois de

cinco anos, volta a funcionar oplacar eletrônico do estádio doIbirapuera, agora acoplado a ummicrocomputador, que informaráde imediato ao público do TorneioInternacional Sears-Ford os resul-tados das provas.

As obras de reforma, ao custode Cr$ 450 milhões segundo odiretor do conjunto esportivo,João Carlos Rolim Rosa, transfor-maram o estádio no melhor daAmérica do Sul.

A recuperação do placar eletrô-nico, inaugurado em 1972, custouperto de Cr$ 50 milhões, porque,depois de longo tempo sem uso,seus principais componentes se es-tragaram e foi necessário muitotrabalho para que o engenheirosuíço Roger Christian Narr consc-guisse peças novas para conserta-Io. Os outros Cr$ 400 milhõesforam gastos pela Secretaria deEsportes e Turismo no conserto dapista de tartan, arquibancadas epintura de todo o estádio. A pistaestava bastante comprometida eexigiu a aplicação de um granula-do de borracha em muitos pontose nova pintura.

O técnico da delegação polo-nesa, Lasocki Andnej, dizia-se im-pressionado com as dimensões doconjunto esportivo do Ibirapuera,"muito maior do que qualquerestádio de atletismo na Polônia".O estado da pista e os equipamen-tos disponíveis, são "satisfatórios"comentou o campeão mundial desalto triplo Zdzislaw Hoffmann.

Edwin Moses deixou preocupa-do o responsável pela pista deatletismo, Pedro Lima da Silva,que há 25 anos trabalha no Con-junto Desportivo Constâncio VazGuimarães. — Já ensaiei com opessoal que vai trabalhar a coloca-ção das 80 barreiras para a provados 400 m, pois me avisaram vá-rias vezes que quando o Mosesarranca, ele pára imediatamentese alguma barreira estiver meiofora de lugar".A cobertura do atletismo éde Carlos Pereira de Souza,Ouhydes Fonseca, José Fer-nandes Alvarez e RicardoSoares

CONCORRENTES

100 metros rasos masculino40 — Calvin Smith — EUA

56 — Larry Myricks — EUA57 — Mel Lattany — EUA* Cinco brasileiros completarão o bali-

zamento.200 metros rasos masculino

56 — Larry Myricks — EUA57 — Mel Lattany — EUA

143 — João Batista da Silva — Brasil148 — Katsuiko Nakaya — Brasil155 — Robson Caetano da Silva — Brasil141 — Arnaldo de Oliveira — Brasil149 — Paulo Roberto Correia — Brasil

400 metros rasos masculino

179 — Nélson Antônio dos Santos — Brasil170 — Paulo Antônio Lima — Brasil171 — Sérgio Matias Menezes — Brasil172 — Carlos Cherpe de Souza — Brasil144 — Gérson Andrade de Souza — Brasil196 — Geraldo de Assis — Brasil

62 — Walter McCoy — EUA42 — Tony Rambo — EUA

400 metros com barreiras masculino

39 — Edwin Moses — EUA41 — Bart Willians — EUA42 — Tony Rambo — EUA

167 — Magdiel Rabelo Mendes — Brasil153 — Pedro Paulo Chiamulera — Brasil168 — Donizete Araújo Soares — Brasil169 — Edgard Pereira da Silva — Brasil198 — Sidney Avelino dos Santos — Brasil800 metros rasos masculino

140 — Joaquim Cruz — Brasil142 — José Luís Barbosa (Zequinha) —Brasil

58 — Stanley Redwine — EUA164 — Valdomiro Manoel — Brasil165 — Moisés de Jesus — Brasil

51 — Chuck Aragon — EUA121 — Luiz Migueles — Argentina

18 — Coloman Trabado — Espanha

1.500 metros rasos masculino78 — Mike Boit — Quênia68 — Robert Anastacio — EUA

120 — Marcelo Cascabello — Argentina121 — Ornar Andenaten — Argentina160 — Francisco Assis Paulo — Brasil197 — Wilson Parreiras Santana — Brasil194 — Fernando Gil — Brasil

19 — José Luiz Gonzalez — Espanha199 — Reinaldo José Gomes — Brasil

46 — Jim Spivev — EUA

Salto triplo masculino29 — Zdzislaw Hofman — Polônia49 — Willie Banks — EUA55 — Al Joiner — EUA

73 — Olyeg Protsenko — URSS90 — Khristo Markov — Bulgária

151 — Francisco Albino dos Santos —Brasil150 — Abcelvio Rodrigues — Brasil173 — Jailton Santos Bonfim — Brasil ,86 — Vlastimil Marinec — Tcheco-Eslováquia

Arremêsso de peso masculino

52 — Brian Oldfield — EUA53 — Dave Laut — EUA85 — Remigius Machura — Tcheco-

Eslováquia166 — Adilson Ramos Oliveira — Brasil195 — José Carlos Jacques — Brasil

100 metros rasos feminino

66 — Randy Givens — EUA117 — Marita Payne — Canadá

44 — Chandra Cheeseborough — EUA146 — Esmeralda de Jesus Garcia — Brasil177 — Cleone Rodrigues Ferreira — Brasil187 — Bárbara Vieira do Nascimento —Brasil178 — Juraciara Pereira da Silva — Brasil182 — Simone Silva Santos — Brasil

200 metros rasos feminino " i;66 — Randy Givens — EUA44 — Chadra Cheesebourough — EUA

117 — Marita Payne — Canadá84 — Tatiana Kocembova — Tcheco-

Eslováquia146 — Esmeralda de Jesus Garcia — Brasil' Cinco brasileiros completarão o.bali-zamento.

800 metros rasos feminino

74 — Nadyezdha Olizaryenko — URSS75 — Stetlana Kitova — URSS25 — Fta Lovin — Romênia63 — Suzete Jdison — EUA

183 — Soraya Vieira Telles — Brasil184 — Maria do Carmo Fialho — Brasil

1.500 metros rasos feminino 4'

23 — Doina Melinte — Romênia99 — Aurora Cunha — Portugal

103 — Cornelia Burki — Suíça185 — Carmen de Souza Oliveira — Brás1'156 — Jorilda Sabino — Brasil

Salto em altura feminino

89 — Ludmila Andonova — Bulgária24 — Niculina Vasile — Romênia

154 — Ana Maria Marcon — Brasil145 — Orlane Lima dos Santos — Brasil180 — Conceição Geremias — Brasil

//^||||^ Dardo "

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\\\\\\V\N. \dist3ncia Final de todas as provas1

Locais de largada 1 — I00m e lOOm c barreiras 4 — 400m— 110m c barreiras 5 — 800m— 200m 6 — 1 500m— 3.000 steepleehase— 5.000m— 10.000

O estádio de atletismo tem pista de 40Um, com 8 raias, e locais apropriados às provas de campo — saltos e arremessos

Sao Paulo/Foto de Wilson Santo*

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If'"i*i11' iV .

Protsenko (E) e Bubka conheceram a pistaProtsenko (E) e Bubka conheceram a pistaMoses e a mulher Mireía passearam ontem

He seu maior torneio de atletismo

... .. — . I _i r% 4.- r>A„ nn..U/rMn \A/llrrtr» ConfmSào Paulo/Foto de Isaias Feitosa São Paulo/Foto de Ariovaldo dos Santos São Paulo/Foto de Wilson Santo*

JORNAL DO BRASIL Esportes domingo, 12/5/85 ? Io caderno ? 29

Smith quer mostrar

por que é o homem

mais veloz do mundoDois dos homens mais velozes do mundo, Calvin Smith e

Mel Lattany, dos Estados Unidos, estão mostrando que têm algomais em comum: andam juntos o tempo todo, parecem gostar dasmesmas coisas quando examinam as vitrines da lojas e gostammuito de sorrir. Só o futuro imediato deverá separar seusinteresses esportivos, já que Smith, 24 anos, pretende continuarcorrendo, e Lattany, 25 anos, deixará o atletismo em setembro,para profissionalizar-se como jogador de futebol americano.

E bom sentir-se como o homem mais rápido do mundo— comenta sorrindo Smith, ao falar de seu atual recorde mundialpara os 100 metros, de 9s93, conquistado em Colorado Springs,em 1983. Um tempo que ele considera passível de ser reduzido,pois um ano antes ele correra 9s91, só não obtendo homologaçãodevido à força do vento estar acima do permitido no momento daprova. Hoje, na primeira prova do meeting, Smith mostrará porque é o homem mais rápido do mundo, competindo exatamenteao lado de seu grande amigo Lattany.

Mel Lattany, cujo melhor tempo nos lOOm é 9s95, elogiou arealização da competição mas explicou que não espera fazer umamarca significativa. Na verdade, está se preparando para retirar-se das pistas e entrar nos campos de futebol americano:

Além do dinheiro, a mudança permitirá que fique maistempo com a família — justificou.

Lattany participará hoje também da prova dos 200m,distância em que foi campeio mundial em Helsinque, com otempo de 20sl4. Hoje, porém, o favorito da prova é o brasileiroJoão Batista Eugênio, por sua facilidade em correr nas curvas epor conhecer bem a pista do Ibirapuera.

Geremias desabafa e

Jorilda se deslumbraÉ sempre assim. Nos 15 anos que pratico atletismo,

sempre tive que correr no Dia das Mães.O desabafo é de Conceição Geremias, que participa da

prova de salto em altura, hoje, no Ibarapuera. Ela acha que atradição brasileira de homenagear as mães, além de prejudicar aafluência do público que acompanha competições, impede osatletas de conviver com a família nessa data.

A inoportunidade da data, no entanto, segundo a atleta, nãoprejudicará a repercussão que terá a competição: "Se atender aoque se espera, pode servir de incentivo a outras empresas paraque invistam também no esporte. E será bom para os atletasbrasileiros sem experiência internacional, que verão de perto aatuação de grandes nomes do atletismo".

Conceição preferia participar de outra prova, já que o saltoem altura não é sua especialidade (sua melhor marca é de lmSl eo recorde brasileiro é de l,89m de Ana Maria Marcon).

Ao contrário de Conceição, já experiente em Olimpíada, amenina Jorilda Sabino, 15 anos, conhecida por correr descalça,não escondia seu deslumbramento por poder conviver comestrelas mundiais e no Marsoud PI aza Hotel aproveitava paraobter seus autógrafos. E, mais inibida do que nunca, dizia apenasque vai fazer o possível para mostrar serviço nos 1 mil 500 metros,já que não haverá a prova de 3 mil metros, ná qual teria maiorespossibilidades.

Não posso fazer nada, a nãó ser chegar na pista e correr —comentou.

Seu técnico, Expedito Sabino, reclamava do cancelamentodas provas dos 3 mil metros, também preferida da portuguesaAurora Cunha: — Jorilda está mais preparada para corridas maislongas, e será prejudicada, inclusive porque vai enfrentar a DoinaMelinte, da Romênia, medalha de prata em Los Angeles com4m3s76.

Mamede não espera

bom resultado agoraA exemplo dos demais atletas que se apresentarão no

Ibirapuera, o fundista português Fernando Mamede prefere nãoadiantar resultados, alegando que ainda está em início detemporada e, conseqüentemente, de treinamentos. Ele correrá 5mil metros, distância em que não perde há quatro anos, e seapresenta como o maior rival de seu compatriota mais famoso,Carlos Lopes, que só o venceu uma vez, no recente Mundial deCross, em Portugal.

¦-*- Tivemos uma temporada muito forte de Cross, comtemperaturas muito baixas, e por isso não estou em plena forma.Mas' a competição vai ser importante para começar o trabalhodeste ano — disse ele.

Aos 33 anos, Mamede é o atual detentor do recorde mundialdos 10 mil metros, com o tempo de 27ml3s81, estabelecido noano passado. Ele se encaminhará para se transformar nummaratonista, como a maioria dos corredores portugueses quecomeçaram com pequenas distâncias. Mamede saiu dos 400m,passou para meias distâncias e chegou aos 5 mil e 10 mil metros.Acha que não conseguirá baixar seu tempo de 13ml2s82 para os 5mil metros. Para ele, o marroquino Said Aouita é o mais fortecandidato a baixar a barreira dos 13 minutos nessa prova. Masnão será hoje, porque Aouita não mais participará do meetingSears-Ford.

Mamede queixou-se de que em Portugal os atletas nãocontam com infra-estrutura que lhes permita dispor de médico,técnico, massagista e psicólogo, e.revelou sentir muito os proble-mas psicológicos, como .em Los Angeles, onde abandonou aprçva dos 10 mil metros no meio.

Fiquei muito nervoso e já estava derrotado antes daprova. Mas o fato é que em meu país não se pode fazer atletas denível internacional. Todos cobram vitórias e não se contentamcom segundos lugares.

São Paulo/Foto de José Carlos Brasil

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BOLA DIVIDIDA

São Paulo — Para o único dia doprimeiro grande torneio internacionalde atletismo realizado no Brasil — OSears-Ford que começa hoje no Con-junto Constâncio Vaz Guimarães, noIbirapuera — foi necessário um investi-meno de 350 mil dólares — mais deCr$ 1 bilhão 750 milhões — que trouxeao país estrelas internacionais comoEdwin Moses, Fernando Mamede, AlJoiner e Victor Saneev, além dos brasi-leiros Joaquim Cruz, Zequinha Barbo-sa e João Batista Eugênio.

Uma quantia modesta se leva-do em conta que torneios de menorimportância que acontecem no Brasilcustam mais caro — afirmou o empre-sário e economista Victor Malzoni Jü-nior, o principal articulador do tor-neio.

Corrida no ParqueAos 35 anos, o ex-roqueiro e estu-

dante do tradicional colégio paulistaMackenzie, Malzoni, diretor financei-ro do Grupo Ultracred — que controlaa Sears —, começou a trabalhar em1970 no mercado financeiro como esta-giário e, em seguida, como operadorde mercado. O interesse pelo atletismosó veio oito anos depois quando, aconselho médico, ele começou a cor-rer, todos os fins de semana, no ParqueIbirapuera em companhia de amigos.

Um deles, o empresário e ex-presidente da Bolsa de Valores de SãoPaulo, Fernando Nabuco, chamou suaatenção para o fato de o atletismo noBrasil estar totalmente abandonadonaquela ocasião. Ao mesmo tempo emque participava de suas primeiras ma-ratonas e fundava, em 1980, a Corpore— Corredores Paulistas Reunidos —para organizar e promover provas demédio e longo percursos, Malzoni per-cebeu um vazio existente na promoçãodo atletismo no país.

Em 1981, através de Nabuco, co-nheceu então Agberto Guimarães quejá conseguia bons resultados "mas es-tava desprestigiado". Malzoni e Nabu-co tiraram o atleta de um hospital,onde sofria uma grave crise de insufi-ciência renal, e em 1982 a Ultracred oadotou:

Ele foi o primeiro atleta adota-do pela empresa e seus excelentesresultados no Pan-Americano de 82(em Caracas) me entusiasmaram e re-solvi trazer mais atletas para a Ultra-cred.

Entre os 17 esportistas que compe-tem com a camiseta da Ultracred hoje,estão o medalha de ouro nos 800metros na Olimpída de Los Angeles,Joaquim Cruz, o experiente AgbertoGuimarães, o promissor — especialista

em corrida em curvas — João BatistaEugênio e o medalha de prata no Pan-Americano de Caracas nos 800 metros,Zequinha Barbosa.

Boa trocaInvestir no atletismo é um bom

negócio para qualquer empresa. A Ul-tracred teve sua imagem melhoradanos últimos anos em virtude disso. Ospróprios concorrentes no mercado fi-nanceiro nos cumprimentam — afirmaMalzoni, que, ao deixar o rock parapensar no atletismo, só colheu bonsresultados.

Dos tempos que tocava nas festi-nhas do bairro de Pinheiros ou nosmingaus dançantes nos clubes de fimde semana no período de 1966 a 1974,Malzoni só guarda boas recordações.Baixista do grupo Confa e Código 90,entre outros, ele conta que sua especia-lidade eram as músicas do Deep Pur-pie, The Klngs ou The Who.

Ao trocar som por pistas de atletis-mo, contribuiu para a profissionaliza-ção do esporte, que passou a ser levadoa sério no país. O próprio AgbertoGuimarães, entusiasmado, apresentouMalzoni ao técnico Lufs Alberto deOliveira (que treina Zequinha, Cruz eoutros) residente há muitos anos nosEstados Unidos:

O Luís sempre foi um de meusmaiores conselheiros e sempre me cha-mou a atenção para atletas que sómuito depois seriam descobertos pelaimprensa especializada.

Nascido no tradicional bairro pau-lista de Higienópolis — na zona centralda Cidade — Malzoni, casado há oitoanos com uma decoradora, admite tersido influenciado pela família ao esco-lher a carreira de economista e admi-nistrador de empresas:

Mas nada me foi imposto, tantoque na época que eu tocava nos con-juntos conciliava com o trabalho naempresa.

A partir de 1973, quando o grupoVictor Malzoni — pai de Victor que jáatuava há anos no mercado financeirocom o Banco Brasul — adquiriu aUltracred, as responsabilidade de Mal-zoni Júnior aumentaram. Hoje, eleconcilia as funções de diretor financei-ro de um grande grupo com as ativida-des de investimento no setor de atle-tismo:

Minha prioridade sempre foi aempresa. Mas semanalmente eu dedi-co de duas a três horas ao atletismo —destaca.

No entanto, durante a preparaçãodo Torneio Sears-Ford de Atletismoisso foi alterado. Quase em tempointegral, desde agosto passado, Victor

Ministro

tira CND

do RioBrasflia — O Ministro da

Educação, Marco Maciel,anunciou ontem que dentro de60 dias o Conselho Nacional deDesportos (CND) deverá estarfuncionando em Brasília, con-forme decreto assinado peloPresidente José Samey, deter-minando a transferência do ór-gão do Rio de Janeiro para oDistrito Federal. O CND, cria-dó na década de 40, é o únicoórgão da administração centraldü MEC localizado fora deBrasflia.

Segundo o Secretário deEÜutação Física e Desportos,Bruno Silveira, a transferênciado órgão não acarretará au-iqento no orçamento do Minis-tério, explicando que o grupode trabalho encarregado do es-tudo, a pedido, já propôs umremanejamento interno dos re-cursos.

— Isto não acarretará ne-nhum problema para o Rio deJaneiro porque o CND temapenas 63 funcionários.

Marco Maciel explicou quecom a presença do CND emBrasília ele será mais bem as-sessorado em assuntos esporti-vos, o que lhe permitirá traçaruma nova política para o setor.

„— Nossa idéia é a de des-centralizar as decisões, atravésde uma maior autonomia a fe-derações e confederações— afirmou o Ministro.

Malzoni Jr. dedica-se a preparar comtodo o cuidado uma competição de umúnico dia mas que marque presença nocenário internacional. Do investimentode 350 mil dólares, 100 mil saíram daSears, 100 da Ford e os outros 150 milforam distribuídos entre cotas de pubii-cidade e promoção.

Repetição em 86Otimista ele garante já ter tudo

quase fechado "para realizar torneiosemelhante no ano que vem". Elembra:

Acredito que o Brasil já possasediar por ano três competições deatletismo de nível internacional. Duasde médio porte e outra de grande portecomo esta.

Mas Malzoni só acredita no suces-so completo de sua promoção quandose abrirem os portões do ConstâncioVaz Guimarães hoje pela manhã e opúblico entrar em grande número:

O público tem comprado m-gressos antecipadamente. Mas como obrasileiro gosta de deixar tudo para aúltima hora acredito que mais gente váaparecer no Ibirapuera.

Confiante nas possibilidades, amédio prazo, do atleta João BatistaEugênio — que ele adotou após haverabandonado a Gama Filho do Rio deJaneiro—e na pequena Jorilda Sabino— a corredora descalça que chegou emsegundo lugar em duas corridas de SãoSilvestre, patrocinada pela Còpagaz —, Malzoni acredita que a empresa quedirige abriu um importante precedenteno esporte brasileiro:

Sem. falsa modéstia, represen-tamos para o atletismo brasileiro o queo Bradesco representa para o vôlei.

Para promover o Torneio Sears-Ford de Atletismo, Malzoni contoucom o apoio de técnicos estrangeirosque mantiveram contatos com os pai-ses do Leste Europeu e com Pit Peter-son, conhecido de superastros comCarl Lewis, Calvin Smith e EdwinMoses. Outros contatos — como osatletas espanhóis e portugueses — fo-ram feitos diretamente.

Ainda segurando o bastão, nadianteira da promoção do atletismo noBrasil, Victor Malzoni Jr. já tem atrásde si perseguidores com bom desempe-nho, o que é benéfico para o esporteamador brasileiro. Ele afirma que omais gratificante em todo esse trabalhoé ter o reconhecimento da imprensapelo esforço despendido:

Final, todos estão entendendoa importância que um torneio como oSears-Ford merece e dando apoio aoatletismo no pafs.

O empresário Victor Malzoni Júnior acha que investir no atletismo é bom negócio

Malzoni, do "rock"

ao atletismo

A Seleção viaja hoje para jogar dois amistososcom a Colômbia e o Chile, adversários do

segundo escalão, mas que terão o valor de permitiraos jogadores, notadamente aos mais novos, seambientarem com um público contrário e até hostil.

hlos amistosos, a Seleção ainda não contarácom os italianos e certamente não terá também'Alemão e Éder, que devem ser punidos. Na» suasposições entram Geovani e Mário Sérgio. Este,veterano e tarimbado, dará conta facilmente de seurecado, plantando-se, como de hábito, no meio-campo e dali com a classe e habilidade que não lhefaltam, tocando a bola certinha para os companhei-ros ou prendendo o jogo se for o caso.

Já Geovani terá a oportunidade que esperava emerecia. Com sua entrada no meio-campoi» ai Sele-ção ganhará o jogador mais de talento do que deforça tão reclamado por críticos e torcedores. Geo--vani é um estreante na Seleção principal, mas j$umiexperimentado jogador de torneios internacionaisCampeão da Seleção Júnior no Mundial do México*,foi seu artilheiro e mais destacado jogador.

De estilo clássico, toque de bola preciso edrible fácil, lembrando (inclusive no físico) umpouco o gênio Maradona, Geovani pode dar umnovo ritmo e mais classe ao meio-campo pela suacategoria e também pelo auxílio que receberá? dóposicionamento de Mário Sérgio, além de Jandir,mais jogador que Dema.

Entretanto, jogando bem ou não, a permanên*cia de Geovani e de seus dois novos companheiros,como titulares, será efêmera. Na volta dos amistosos-de Bogotá e Santiago, o meio-campo já ter&dbnosindiscutíveis: Cerezo, Júnior e Zico. Conrales áque.a Seleção irá para as eliminatórias.

Salvo, portanto, uma surpresa de última> hora,muito pouco provável, os três jogadores e maisAlemão e mesmo Casagrande» desde que não venha,a ser deslocado para o centro do ataque, terãa d&esperar resignados o fim das eliminatórias ou o.reinicio dos treinamentos, da Seleção,, quando oi-italianos já estarão de volta, para recuperar, o diceitode lutar por uma vaga. O que não, deixa de. ses umapena, principalmente no caso do talentoso Geovani.

Mas craque é assim mesmo: tem seus direitosgarantidos.

¦Gostaria de avisar aos meus leitores, a propósi-

to do livro Histórias de Sandro Moreyta,, que napróxima quinta-feira, dia 16, às 20 horas, haveráuma noite de autógrafos promovida pela AssociaçãoAtlética Banco do Brasil, em sua sede de Niterói,seguida de um debate sobre os problemas cto futebolbrasileiro e de sua Seleção, ftiitieiparão os antigosjogadores, todos de Niterói, Ziziaho, Gérson, Attair, Jair Marinho e Roberto Miranda, que foèbicampeão pelo Botafogo cm 67-68 e d» Seleção,tricampeã do mundo.

Dia 22, no IBAM, em Botafogo, o Clube deCriação promove uma nova venda do livro» corapalestra, também com a presença de téenirqit «jogadores. Entradas francas.

Histórias— Naquelas entrevistas em que uma.multidão desvairada cerca, com microfones e grava-dores, o técnico da Seleção, um deles, mineiro,levava uma bruta desvantagem: com seu pouco mais

. de um metro e meio não conseguia elevar seumicrofone até o treinador.

O jeito foi apelar para o assessor de imprensaGata Mansa. Este, sempre solícito, depois de tentarsem sucesso um banqumho de auxilio, resolveu oproblema mantendo o mineiro a cavalo noa ombrosaté a última pergunta.

SANDRO MOREYRA

Fórmula 2Salta, Argentina—Ó piloto argentino Guilhermo Maldona-

do, vencedor em Punta dei Este, Uruguai, e Tarumã, Rio Grande'do Sul, é o favorito da terceira etapa do Campeonato Sul-Americano de Fórmula-2, que será disputada esta tarde nointerior da Argentina, com transmissão direta para o Brasil pelaRede Manchete, a partir das 12h50min. Maktonado já totafaa 18pontos, enquanto os vice-Uderes, o gaúcho Leonel Friedrich e ouruguaio Pedro Passadore, têm apenas seis pontos.Além de Friedrich, representam o Brasil os pilotos PedroMuffato, César Bocia Perogaro, Anor Friedrich, Pedro Bartelli,Josué de Melo Pimenta, Vítor Manese, D areio dos Santos e JoséPedro Chateaubriand. Apesar do favoritismo, Maldonado podeser surpreendido por Leonel Friedrich, Passadore ou ainda poroutro brasileiro, Bocão.

A prova será disputada em 29 voltas e reúne 29 pilotos. Amaioria é da Argentina, 19. O Brasil tem nove representantes •Uruguai e Chile, um cada

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Bebeto só enfrenta Colômbia se treinar hoje

O técnico Evaristo de Macedo nada oficializou por enquan-to, mas*é certo que a escalação de Bebeto na ponta direita, napartida de quarta-feira contra a Seleção da Colômbia, em Bogotá,está na dependência de o jogador participar do treino de conjuntoprogramado para esta tarde, no campo do Flamengo. O médicoArnaldo Santiago está certo da liberação do atacante, mas querexaminá-lo novamente.

O problema que preocupa o treinador é que o coletivo dehoje será o último antes da partida em Bogotá e como Bebeto jánão participou do primeiro, realizado na sexta-feira, fica difícilseu aproveitaimento, mesmo porque tendo parado alguns dias,teve seu estado atlético prejudicado e não renderá bem, aindamais porque o jogo será muito desgastante devido ao problema daaltitude.

As críticas dirigidas à Seleção Brasileira por sua atuação nocoletivo de sexta-feira, na Gávea, foram consideradas normaispelo treinador, que, no entanto, permanece otimista quanto àcapacidade da equipe.

Um outro detalhe que pouca gente prestou atenção. Eufiz o resultado. Ou melhor, dificultei ao máximo os titulares.Deixei de mercar pênaltis em favor deles e no que marqueicontra, o lance começou de forma irregular, pois fui eu quemlançou com a mão a bola para Éder penetrar, livre até serderrubado pelo goleiro dentro da área.

-« Insatisfeito

Poucas coisas parecem aborrecer o técnico Evaristo, masuma delas elt: não consegue aceitar: o Tribunal Especial da CBFdeixou para julgar Alemão apenas amanhã. Se o caso fossejulgado sexta-feira Evaristo teria condições de definir hoje o timepara enfrentai- a Seleção da Colômbia.

Ele não atacou ninguém diretamente e nem pede facilida-des, mas ache que não seria nada demais o julgamento sermarcado para sexta-feira.

Como não sei o que acontecerá, treinaremos amanhã(hoje) com Aleirtão na reserva e ele pode inclusive ser absolvidoporque é primárib. Este julgamento tinha que ter acontecidoantes — protestou o técnico.

Com o rosto abatido e o corpo mais magro (não sabequantos quilos perdeu mas está certo quanto a isto), Bebeto estáconfinado no Hotel Intercontinental há dois dias e só sai do seuquarto na hora das refeições. A gripe que pegou em Salvador foimuito forte e ele sabe que corre o risco de não enfrentar aColômbia. Por isso, faz questão de treinar hoje à tarde, nem queseja apenas meio tempo.

No momento em que a Seleção está sendo formada agente não pode ficar de fora. Estou fazendo tudo dircitinho parame recuperar, mas graças a Deus a febre passou e já me sinto bemmais animado. Acho qae vou treinar e faço questão de jogar.

Além do aspecto de se firmar como titular da SeleçãoBrasileira, Bebeto lembra que o prêmio por uma vitória sobre aColômbia será de 1 mil dólares (cerca de Cr$ 5 milhões).

Não posso ficar nem fora do banco. Dinheiro a gente nãojòga fora. Tá doido

Édson ameaçadoQuem na verdade preocupin mais é o lateral Edson, que, no

coletivo de sexta-feira sofreu um pisão de Mauro Galvão e ontemainda caminhava com dificuldade e Tião conseguia calçar sequerum tênis.

Ele permaneceu inclusive em companhia de Bebeto noHotel Intercontinental, evitando se locomover para não agravar oproblema. O médico Arnaldo Santiago ficou tão preocupado como estado de Édson que o levou para sua clínica, submetendo-o auma radiografia.

Não tive outra alternativa. Na ocasião em que Edson secontundiu eu disse não ser nada demais e que não o levaria pararadiografar. Mas, agi assim para despistar a fim de não haver umenxame de repórteres acompanhando o jogador. Mas felizmentea chapa não acusou nada de grave — falou Arnaldo Santiago.

Foto de Chiquito Chaves

Geovani, como todo o time, acertou muito mais no treinamento de chutes a gol

Cabofriense é teste

decisivo para Leandro

Um simples amistoso contra o modesto Cabofriense, noEstádio Alair Corrêa, em Cabo Frio, pode ser decisivo para aspretensões de Leandro chegar novamente à Seleção Brasileira.Leandro esteve afastado do Flamengo durante muito tempo,recuperando-se de uma tendinite no joelho, e volta à equipe estatarde. Não vai jogar na posição de lateral-direito, única que podereconduzi-lo à Seleção, mas espera agradar e ser aprovado noteste, que vai ser presenciado por um emissário de Evaristo deMacedo. "V

Equipes: Cabofriense: Ronaldo, Reginaldo, Fernandes. To-nho e Galvão; Wilson, Vasconcelos e Marcelinho; Geraldino,Andrade e Luis Paulo. Flamengo: Cantarele, Carlúcio, Leandro,Guto e Adilson; Bigu, Adílio e Gilmar; Tita, Chiquinho e PauloHenrique.

Vasco joga na BahiaVitória da Conquista, Bahia — O Vasco encerra hoje à tarde

diante do Serrano, no Estádio Lomanto Júnior, uma excursão quefoi apelidada pelos jogadores de "Libertadores do Sertão" eacabou tendo alguns lances de verdadeira aventura como á dogoleiro Acácio, que jogou de zagueiro em Patos ou como a doatacante Roberto, que enfrentou a polícia anteontem em Maceió,na derrota para o CSA. Acácio e Roberto, mesmo expulsos, vãojogar esta tarde porque os amistosos não têm sequer súmula.

Equipes: Serrano: Renan, Pedrinho, Roberto, Carlinhos eCamilo; Sesinha, Lulinha e Amauri; Cavalinho, Sílvio e Milton.Vasco: Acácio, Milton, Donato, Ivã e Aírton; Gilberto, CláudioJosé e Da Costa; Mauricinho, Roberto e Silvinho.

JOÃO SALDANHA

Édson está quase fora

do amistoso em BogotáO lateral Édson ainda não conseguiu recuperar-se da

contusão nos dedos do pé direito (uma pisada de MauroGalvão no conjunto de sexta-feira), fica fora do treinodesta tarde na Gávea e está praticamente afastado do jogocontra a Colômbia, quarta-feira, em Bogotá.

O médico Arnaldo Santiago disse ontem que ojogador está bem melhor, mas que,só será liberado para ostreinamentos quando não sentir qualquer dor no local. Porisso, o técnico Evaristo de Macedo pretende poupar ojogador, a fim de que ele possa enfrentar o Chile e maistarde a Bolívia.

Os jogadores fazem um conjunto hoje, às 16 horas naGávea, já que a Suderj não quis liberar o Maracanã,mesmo com o campo estando em bom estado, de acordocom as observações de um integrante da Comissão Técnicaque foi ao estádio pela manhã. No treino de ontem,durante os chutes a gol, todo o time acertou muito maischutes do que na fase da Toca da Raposa, quandoraramente acertava com o gol.

Os jogadores que moram no Rio foram liberadosontem para visitar suas famílias e podem ainda hoje pelamanhã almoçar em casa, por ser Dia das Mães. Os quemoram em outros Estados tiveram ordem de passear e deconvidarem as mães, ou parentes, para almoçarem noHotel Intercontinental por conta da CBF. Foi a primeiraliberdade que Evaristo deu aos jogadores durante a fasede concentração.

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BRASIL

PARAGUAI

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Bolívia testa o time

hoje contra o Grêmio

Santa Cruz de Ia Sierra, Bolívia — A Seleção daBolívia, que se prepara para participar das eliminatórias daCopa do Mundo nu México, faz contra o Grêmio, de PortoAlegre, hoje, nesta cidade, mais um amistoso para lutarpela vaga contra Paraguai e Brasil.

Antes de estrear nas eliminatórias da Copa, dia 26.contra o Paraguai, em Santa Cruz de Ia Sierra, ainda farámais um amistoso, na semana que vem. contra o BocaJuniors, da Argentina. O jogo contra o Brasil — oprimeiro dqs dois — está previsto para 2 de junho.

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Teipe vai mostrar a

tática do ParaguaiO técnico Evaristo de Macedo vai passar em Bogotá o

vídeo-teipe do jogo Argentina e Paraguai, realizadoquarta-feira passada, em Buenos Aires, e cujo resultadofoi 1 a l. Quer mostrar aos jogadores da Seleção Brasileiraa maneira dura e violenta com que os paraguaios fazem amarcação, a fim de que todos estejam preparados para apartida do dia 16 julho em Assunção, e saibam enfrentar oproblema sem perder a paciência, respondendo com umjogo rápido e nunca aceitando provocação.

— Nós, brasileiros, tocamos mais a bola. No entanto,em alguns países aqui na América do Sul, o jogador usa aviolência constantemente como uma arma do jogo. Nestapartida entre Paraguai e Argentina, houve um lance emque, mesmo com a bola fora de jogo, o paraguaio reagiu aum chute no adversário, atingindo-o com a maior violên-cia. assim como se fosse uma jogada normal. Não pode-mos fazer isto, mas temos que estar preparados para tudodurante as eliminatórias. O futebol também está maisrápido e quem quiser jogar terá que ter fôlego e disposiçãopara atacar e defender. Até na minha pelada querem queeu faça isto. Só que, com 52 anos, não dá mais para ir evoltar. Quando vou, fico lá na frente porque a perna nãoresiste. Mas na Seleção todos são jovens e têm que lutar otempo inteiro e o campo todo — explicou o técnico.

Como preparação para este tipo de jogo Evaristo fezum treino ontem à tarde na Gávea, com os jogadoresbrigando em todos os setores. Isto agradou ao técnico, queestá achando que o time já é bastante combativo e agorasó falta ganhar mais objetividade na hora de buscar o gol.

Empate basta ao Verona

para ganhar o primeiro

título de sua históriaRoma — O modesto Verona está a apenas um ponto de

conquista do Scudetto, um privilegio até aqui dos grandes clubesitalianos, mas quanto mais dele se aproxima, mais aumentam aansiedade e a angústia diante das dificuldades que têm surgido e,teimosamente, adiam a grande comemoração. Qomingo passadobastava o Verona vencer o também modesto Como e o resultadofoi um frustrante 0 a 0. Hoje, basta-lhe o empate contra oAtalanta-, resultado, porem que nem seu mais otimista torcedorpode garantir, sobretudo em Bérgamo. Terá chegado, afinal, odia do Verona?

Esta pergunta pode ser respondida em três campos diferen-tes. Ate mesmo derrotado cm Bérgamo. o Verona poderá sercampeão por antecipiiçã'i. Basta que lorin i e Intuir tambémpercam, ou simplesmente empatem. Os dois sao os vice-líderes, aquatro pontos do Verona, c tem que vencer para conservar suasremotas possibilidades. Esperanças que se tornam ainda maisreduzidas diante da categoria de seus adversários e do local ondeterão de jogar. O Torino, de Júnior, vai a Florença enfrentar aFiorentina, em franca reação. E o Inter, de Rummenigge, sedesloca de Milão até Roma, para jogar contra o Roma, quevoltou a dar uma demonstração de sua potencialidade ofensiva nagoleada de 5 a U sobre o Cremonese, em Cremona.

DefiniçõesÉ uma rodada de definições. Não só quanto ao título, como

também quanto à disputa pelas vagas na Copa da UEFA e pelapermanência na Divisão de Honra. Torino e Intér, além daspossibilidades, apesar de remotas, de conquistar o título, sãotambém candidatos à participação na Copa da UEFA. Mas se porum lado ameaçam o Verona, por outro são ameaçados por váriosconcorrentes, entre eles Juventus e Sampdoria, que se enfrentamem Turim, e pelo Milan, que tem uma partida teoricamente fácil,em Milão, contra o Lazio.

O Lazio já está condenado ao rebaixamento, juntamentecom o Cremonese, que joga contra o Áscoli, um dos ameaçados,mas que tem a vantagem de jogar hoje em seu campo contra oúltimo colocado. Avellino e Como é outra partida decisiva,enquanto o Udinese, com sua permanência na Primeira Divisão jápraticamente garantida, recebe o Nápoli.

O jogo entre Udinese e Nápoli. apesar de não ter qualquerinfluência no Campeonato Italiano da temporada de 84/85, é umdos que despertam maior interesse. Vai reunir mais uma vez, comcamisas diferentes, os dois maiores ídolos do futebol sul-americano e dos mais admirados estrangeiros do futebol italiano,o brasileiro Zico e o argentino Maradona.

São estas atrações e equilíbrio de forças que sustentam omilionário futebol italiano e renovam as emoções, a cada semanae até o'fim da temporada, que se encerra no próximo domingocom a proclamação de um novo campeão — mais provavelmenteo Verona — ao qual o Juventus passará o Scudetto.

Morrem 40 no estádioBradford. Inglaterra — Um violento incêndio destruiu em

apenas quatro minutos o estádio do Bradford. causando a mortede 40 pessoas, ferimentos e queimaduras em cerca de 40 outras.Um funcionário do Corpo de Bombeiros disse que o incêndiocomeçou nos escritórios do estádio, onde se encontravam cerca de3 mil pessoas que assistiam ao jogo entre Bradford e Lincoln, daS11 Divisão.

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Os jogadores e a

Nova República

MUITO bonita a carta da Fernanda Mon-

tenegro pedindo escusas por não poderaceitar o cargo de Ministro da Cultura. Numtrecho ela diz: "Pobre do país cujo Governodespreza, hostiliza e fere seus artistas". Etaclassezinha nem sempre muito unida mas quemelhorou muito ultimamente. O artista nemsempre teve lugar em algumas sociedades re-trógradas. Na Idade Média, então, tinha de seabaixar para apanhar as moedas atiradas nochão. Isto, se o espetáculo agradasse. Poistambém não tinha o direito de não dar bomespetáculo. ,,

Em determinanda época e em alguns luga-res, o artista era apenas um pária. Quem quiserque dê um pulo a Pequim e vá ver o Teatro da"Zona Proibida". É um retrato da história. Oimperador gostava de-teatro e da chamada"Ópera Chinesa" que é um pouco de tudo..Muito bom espetáculo e já era há seiscentosanos. Mas o imperador, me desculpem poisesqueci o nome do cara, só sei que foi de umádinastia anterior aos Ming. Mas o cara teve deresolver um assunto seriíssimo — como elepoderia ver o teatro, no inverno principalmen-te, debaixo do mesmo teto que abrigava a ralédos artistas? Chamou os arquitetos. Eles pen-saram, pensaram e fizeram o teatro que resol-via a questão. Muito simples, aliás simplescomo o chinês médio. Foi assim na platéia,luxuosa conforme o escalão do assistente,cabiam umas cinqüenta pessoas nobres. Poltro-nas e coisa e tal. Mas como abrigar sob omesmo teto a nobreza da corte e os párias? Aplebe composta pelos artistas do espetáculo?

Os chineses sabidos resolveram. Entre anobre platéia e o palco desprezível, puseramuma rua. E, uma rua com calçamento de pedrae tudo. De vez em quando, para mostrar queera rua mesmo, faziam passar uma carroça ouum daqueles carrinhos puxados por homens,rinksha, que foram abolidos, mas ainda exis-tem em Hong-Kong e outras paragens. Então arua os separava. Estava resolvida a questão. Oimperador não ficava sob o mesmo teto. Ascoisas mudaram. A Fernanda era Ministro ouesteve Ministro mas não está mais Ministro.Não sei direito, quem sabe conjugar este verboé o Eduardo Portella.

O fato importante é que a Nova Repúblicademonstra que está de portas abertas para osartistas. E aí incluo uma "arte" popular muitodifundida: O futebol dos artistas desampara-.dos. Sim, existem algumas organizações, Fu-gap, Agape, mas são apenas de caridade.Pobres e poucos benefícios podem fazer. Qya-se nada apesar dos esforços. Os jogadores têmsindicatos mas com funcionamento precário. Oestilo nômade do jogador de futebol obriga-o adeslocamentos e abandono de sua organizaçãosindical local. Quem sabe um sindicato nacio-nal com departamentos estaduais? Pode ser. Ediscutível mas assim o jogador

"pularia degalho em galho", como o bóia-fria, e estariasempre organizado. E como paga apenas Pre-viência por curto prazo — 6-8 anos — poderiaser organizado um Fundo (nada de "Cape-

mis") com responsabilidade da Previdência.Os jogadores teriam uma aposentadoria

digna. Contribuiriam para este fundo e comseus seis a oito anos em média de atividadegarantiriam, em termos, um futuro mais segu-ro. E não a fatal marginalização. O espíritodemocrático do Ministro Valdir Pires, é sem-pre sensível a reivindicações justas. O "artista

popular", o jogador de futebol, ganha emmédia menos de dois salários mínimos pormês. Assim, não tem futuro quando obrigato-riamente tem de parar pela idade inexorável.

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JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Domingo, 12 de maio de 1S85

Sem trabalho, Líder

pode fechar

portas

Susana Schild

DESDE

o dia 28 de março, oúnico laboratório de copia-gem do país — a Líder —não recebeu um só interne-

gativo das distribuidoras americanas. Amedida caracteriza um lock-out (grevede empresários) e e conseqüência daaprovação pelo Congresso, naquela da-ta, da Lei 7 300 do Deputado JoséSarney Filho, promovendo a nacionali-zação da produção, distribuição e exibi-ção do cinema brasileiro. Como resulta-do, o laboratório, que recebia de dez adoze internegativos por mês, está parali-sado. Seu diretor comercial, José Alva-renga, aguardará até o final do mês umareversão da situação. Caso contrário,dará férias coletivas aos 220 empregadosda empresa. E a partir daí, o futuro étotalmente imprevisível.

José Alvarenga, 60 anos, dos quais ametade dedicada ao cinema, não escon-de o desagrado quanto à Lei Sarney, "ainconscqiiència de um legislador quenão ouviu a classe para elaborá-la". Vaimais longe ao definir a situação docinema brasileiro hoje, e lembra que aCultura não tem Ministro, o presidentedo Concine está demissionário, o daEmbrafilinc é interino. "Estamos todosórfãos, e começando a sofrer os efeitosda Lei Sarney, que nenhum benefíciotrouxe, nem apontou para os problemasrealmente estruturais da questão: a eva-são do público, o incentivo às salas deexibição, a parte industrial".

Sem internegativos, a Líder fica semmaterial de trabalho. E Alvarenga alertaque o laboratório é apenas a primeiravítima da Lei 7 300. Em seguida, virãoos exibidores. Filmes em estoques e

reprises poderão garantir a programaçãonos próximos meses, mas José Alvaren-ga é pessimista: "Em pouco tempo,serão brutalmente atingidos".

Sem filmes estrangeiros e com aprodução nacional quase paralisada — aEmbrafilme está em situação pré-falimentar —, observa Alvarenga, o La-boratório Líder, criado em 1954, corre orisco de fechar as portas. E esta é apenasa ponta do iceberg dos problemas queafetam hoje o cinema no Brasil. Alva-renga não acredita, por exemplo, que osraros distribuidores independentes quesobrevivem possam reorganizar-se e su-prir o mercado: "Não têm competêncianem recursos", garante. Apesar de terparticipado da comissão que estudou areformulação do Concine, a pedido doex-Ministro José Aparecido de Oliveira,tampouco mostra-se otimista quanto aoresultado desses trabalhos:

— Sugerir comissões para estudar aEmbrafilme, o Concine e a Lei 7 300 foia forma do Ministro se livrar das pres-sões dos setores de cinema. Mas achoque essas sugestões irão para o lixo,

caderno

assim como foram todas as outras e maisos documentos e manifestos que fizemosano passado na Fundação Getúlio Var-gas, no FestRio, em Caxambu. Nuncaaconteceu nada.

Para Alvarenga, é incompreensívelque exibidores e produtores tenhamapoiado a Lei Sarney "que atingirá bru-talmente a economia do setor, da pró-pria Embrafilme, que tem grande partedos recursos provenientes de taxação'sobre os filmes estrangeiros". Encaracomo utópicas as sugestões da comissãoque estudou a lei — e que procurouamenizar vários pontos: "Não se alteralei, e modificações levariam dois anos".E ilustra a situação do cinema brasileiro,com a do cavalo inglês, treinado paraviver sem comida: quando aprendeu,morreu.

O repúdio à Lei Sarney e modifica-ções substanciais na estrutura do cine-ma, realizadas entre pessoas respeitáveisda indústria c o Governo, poderiam daresperança de alguma luz no fim dotúnel. Alvarenga não esconde sua me-lancolia ao pensar que a Líder, o oitavolaboratório do mundo, pode fechar asportas. Em sua trajetória, a Líder en-frentou duras críticas de vários setores,que reclamam do monopólio do labora-tório e de seus preços. Para José Alva-renga, apenas uma modificação estrutu-ral poderá permitir a sobrevivência docinema. E dá um recado à Nova Repú-blica:

— Quando o cinema americano en-trou em crise, o Presidente Nixon disseque o setor tinha a mesma importânciado Canal do Panamá. Gostaria que noBrasil o cinema tivesse a mesma impor-tância do Canal do Mangue,

' * o, A prosa

do

sempre

político

Sarney

José Alvarenga, da Líder: o cine-ma brasileiro está à míngua, àbeira da falência total

Ja comeu? Jafezodever?J&wouos;es? Penfceou os cabelos? Depois des-

se filme. ia pra cama. Se tirar nota ver-meiha fira sem cinema. Este mes nao

mandou você ser burro? Euviyoceatra-vessando a rua sozinha Peça desculpas.

r,ficadecasug(

tem mesada. Vou contarpro teu pai. Ago-ra arruma a bagunça. Se quebrar,esse,não tem outro. Queria ver se alguém ti-zesse isso com você. Já Dro banho. À pro-fessora estava certa. Nao, não e não.

Quando você tiver sua casa, pode. 0 g(to é ruim, mas você fica bom. Quem

lictu UUUC LUU1UU 3CIU gliuu • lyuvu

pra você crescer. Tbu louca pra voce ca-sar. Não vai doer nada. ^ j

Mãe é uma chatura. Chatura comternura, vá lá. Mas até que a minha mãe

não é tão chata assim. A minha mae echata só de vez em quando. Minha maee tipo 10% chata. Se ela soubesse as coi-sas que eu sei. ela ia ser uma mãe 100%legai, E se todas as mães fossem iguaisa ela, todo mundo ía querer ser 100%Filho da mãe.

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Literatura

e po-"litica andaram sem-pre de mãos dadasna vida do Presiden-

te José Sarney. E não só porconta de sua tão citada poesia.

Norte das águas, elogiadolivro de contos, foi publicadopela Editora Martins, de SãoPaulo, quando ele era Gover-nador do Maranhão. A Presi-dência, agora, torna a chancelar o contis-ta. Chegou esta semana, às livrarias,Brejal dos guajas e outras histórias. Umasurpresa programada pela Alhambra, doRio, para correr as ruas junto com acampanha presidencial, em novembro doano passado.

Em 4 mil exemplares, capa sóbria eelegante, um pouco da prosa de umregionalista que investe na poesia popu-lar, nos ditos espirituosos e nos tortuososcaminhos da política interiorana... "É dapolítica que ele extrai a matéria-prima desua literatura, em que se fundem harmo-niosamente o documental e o reivindica-tório" — enfatiza o também maranhenseLago Burnett, autor do prefácio e um dospublicados da Alhambra, editora peque-na, empenhada em escavar preciosidades(no seu catálogo constam, por exemplo,Lazarillo de Thormes e A morte de IvanDitch, de Tolstoi).

Diz mais, Lago Burnett. Que JoséSarney é fabulista, "fiando e cardandocom os elementos da sua contextura no-velística". Essa faceta está presente, prin-cipalmente, nas duas histórias pequenasque encerram o livro: O camarista Bertol-do e o lírico O cavalo Graúna, comimplicações fantásticas, sobrenaturais.Brejal dos guajas era um dos contos queintegravam o Norte das águas, o livroanterior, reeditado duas vezes. E o pró-prio autor optou por dar-lhe o destaque.

O tema, o escritor José Sarney conhe-ce de sobra. Uma cidade dividida porfacções políticas dentro de um mesmopartido. Uma, comandada pelo coronelFrancelino Procópio dos Santos, Javalide apelido. Outra pelo primo deste, o

^

coronel Manuel Guimarães, conhecidopor Né Guiné. Nesse cenário, o autormostra seus dons de observador e compi-

. lador, juntando casos e frases saborosasnum tecido ficcional. O resultado é desi-gual. Mas tem sentenças que são verda-deiros achados, algumas das quais LagoBurnett tem o cuidado de pinçar e colo-car em seu prefácio. Como a frase dopároco João, espécie de mediador dovilarejo: "Nossa corruptela é pequena,mas civilizada." Ou como a apreciaçãoque Javali faz de Né Guiné: "Aquilo écomo estopa: não tem avesso nem di-reito..."

Em O camarista Bertoldo, o autorsolta mais o humor peculiar e a quedapara a poesia. E alerta quem procura olivro, à cata de um perfil do Presidente,entrelinhas: "Sou um homem indepen-dente. Votarei pela minha consciência"— garante Bertoldo. E mais no final:"Bertoldo estava solene, mais do quenunca agradecia a graça de haver de votarpela primeira vez, na volúpia daqueledomingo domingueiro, de vento aberto emexericos. A idéia fora sua e só sua. Paraque ela chegasse ali no plenário forapreciso a terrível manobra das fórmulas edos acertados."

Em O cavalo Graúna, uma espécie dePégaso, o autor assina embaixo da imagi-nação popular. É só acreditar. Em seacreditando, tudo dá.

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NARIZ

COISA

de índio? As usuárias domais novo modismo na Zona Sul, onariz furado, garantem que não.Há que se ter o cuidado de não

escolher um modelo "saliente" para que onariz não exiba alguma coisa parecida com umfarol. O furo deve ser feito com pistola. Nãodói e depois de um insignificante ardidinhovocê está pronta para entrar numa new waveque começou na índia, passou por Londres echega agora ao Brasil, principalmente atravésde Visconde de Mauá, onde parece que amoda chegou para ficar.

Quando era vendedora da boutique Cho-colate, Thereza Lins, 22 anos, moradora naGávea, foi proibida de trabalhar com o brin-quinho no nariz. Os donos — garante ela —alegavam que a moda era muito punk, agressi-va até. A solução era tirar a estrelinha de ouropela manhã e colocar à noite. Entre umavenda e outra Thereza entrava numa dascabines e girava um alfinete comum dentro doburaco do nariz:

— Tem que ter muito cuidado para oburaco não fechar. Ele nunca cicatriza total-mente, está sempre meio avermelhado. Quan-do estou gripada tiro um pouco. Mas não maisdo que um dia, porque ele logo diminui.Quatro a cinco dias sem o brinco e o furofecha.

Quando furou o nariz em 1982, emLondres, Thereza nunca pensou que a estreli-nha de ouro pudesse se tornar um capítulo àparte na arte da paquera. Alta, loura, olhoscastanhos, ela conta que logo que um rapaz seinteressa por ela acaba se fixando no nariz:"Ah, que nariz bonito!" ou "Caiu uma estrelado céu". Mas nem elogios tão sinceros sãosuficientes para afastá-la do namorado, o maisferrenho admirador do brinquinho.

Para as que pretendem aderir, Therezarecomenda que façam o furo mais para aponta porque fica mais bonito, destacado,além de ser fácil de tirar e colocar ("e tambémque escolham um modelo delicado, para quenão fique parecendo uma espinha").

Depois de passar um tempo com o cabe-Io pintado de cor de rosa, a fotógrafa AnaCarolina aderiu à moda do brinquinho. O furofoi feito em Ibiza, Espanha, na época da Copado Mundo, mesmo diante dos protestos de umangolano troncudo especialista em furo deorelhas: "Ele alegava que podia fazer mal,que iria incomodar quando eu ficasse gripada,

Foto de Geraldo Violar T- WS

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\lo nariz furaao a pistola, essencialque o brinco seja pequeno e delicado

que era maluquice. Mas nada me fez desistirda idéia, pois quando vi os indianos deLondres com brinquinhos fiquei encantada."

Quem não gostou da iniciativa foi mes-mo a mãe de Ana Carolina. Pior do que suareação ao se deparar com os decantadosbrinquinhos, só mesmo a que teve quandosoube que o namorado da filha usava doisbrincos em cada orelha.

É preciso um pouco de ousadia para daruma espetadela no nariz. Para o médicootorrino Oswaldo Luiz Muzi de Souza épreciso mesmo uma boa dose de coragem, jáque um furo na área da cartilagem depois demuito tempo pode necrosar essa área. Àsvezes, dependendo da agressão sofrida, o casopode acabar num cirurgião plástico; "Numaépoca em que a poluição agride o indivíduo acada minuto, um furo no nariz é uma portaaberta para a entrada de outros microorganis-mos na corrente sangüínea."

Mesmo já tendo criado modelos específi-cos para nariz, o designer de jóias AntonioBernardo diz que essa moda "não faz suacabeça":

— É difícil para a gente ultrapassar abarreira cultural. Se eu vejo uma indiana debrinquinho acho que fica ótimo. Mas aqui sóconsigo ver mesmo de uma maneira punk.

Oscar de la Renta

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^ ( f W&BBBEMmBDono de um prêt-à-porter caro e exclusivo, Oscar de la Renta nãoé um maníaco por roupas e garante que a verdadeira elegânciatranscende a moda

Luciana ViUas-Bôas

OS

desfiles de exuberante moda ame-ricana para a próxima estação deoutono-inverno destacaram esteano, mais do que de costume, um

entre muitos estilistas. A coleção do dominicanoOscar de la Renta, apresentada no último dia 2,foi o grande hit de temporada. Seus drapeadosinsinuantes e cores audaciosas, realçando erevelando os corpos das manequins, arrancaramaplausos entusiasmados do público e da críticanova-iorquinos. Bernardine Morris, do NewYork Times, não poupou elogios. O sucesso foitanto que Oscar de la Renta decidiu merecer umdescanso de cinco dias no Rio, de terça-feira atéontem, quando voou de volta para Nova Iorque.

Há 22 anos nos Estados Unidos, Oscar de laRenta já se comporta como um legítimo ameri-cano: não consegue parar de trabalhar. A vindaao Rio acabou servindo para inspecionar aspossibilidades de expansão de sua griflè, parti-cularmente as três linhas de perfumes. Afinal,do faturamento de 100 milhões de dólares queelas lhe garantem anualmente, apenas 300 milvêm das exportações para o Brasil. Para escaparaos impostos de importação brasileiros, De laRenta está pensando em fabricá-las aqui, masainda não tem nada decidido. Sua experiênciaanterior de negócios no Brasil não foi das maisfelizes:

— Há cerca de 12 anos eu vim ao Brasil —relembra ele — e instalei em Petrópolis umafábrica para a minha linha de maiôs e biquínis.

Mas acabei tendo de fechá-la porque, apesar damão-de-obra ser de ótima qualidade, os mate-riais eram péssimos.

Mais prudentes ainda são os planos de De laRenta para as suas butiques no Brasil. Rio e SãoPaulo só terão este privilégio se o estilistaentender que tem alguma contribuição a darpara a moda aqui. Para isto, Oscar de la Rentaviu vitrines, exaustivamente, todos os dias quepassou no Rio. "Vou refletir e se achar que omercado está bem ocupado, não virei".

Mas a moderação não é a única característi-ca marcante da personalidade de Oscar de laRenta. Para uma figura da alta moda nova-iorquina, ainda mais de tanto sucesso, o estilistaé surpreendentemente franco, simples e desafe-tado. Ao contrário de um Pierre Cardin, porexemplo, que só veste Cardin da cabeça aos pés,de la Renta não é obcecado por roupas e é capazde usar, como na ocasião da entrevista, umasingela camisa de madras Ralph Lauren — outraimportante marca americana — com uma calçacáqui e mocassins. Completamente desarmado,deixa que os olhos se encham de lágrimas aofalar da mulher, Françoise, que morreu decâncer em 1983 e com quem formou, durante 17anos, um daqueles casais perfeitos e muito chics.

Oscar de la Renta não faz alta-costura e nãotem clientela particular. Em compensação, seuprêt-à-porter é um dos mais caros e exclusivosda moda internacional. Ele produz basicamenteduas linhas: a primeira, em números muitoreduzidos, custa entre SOO e 10 mil dólares; asegunda, mais popular, tem preços entre 200 e900 dólares. Além disso, licencia sua griflè paraum sem-número de produtos cuja qualidade

inspeciona regularmente. E o perfume Oscar dela Renta (150 dólares a onça) só é encontradoem perfumarias especializadas ou nos grandesmagazines.

Com tudo isso, Oscar de la Renta não ligapara a moda. Acredita mesmo que a mulherverdadeiramente elegante não a segue e não sepauta por ela. Acha que são muito mais impor-tantes uma personalidade bem definida, umaconversa interessante, o trato, a higiene e asaúde. De la Renta chega mesmo a concordarcom aquela velha e inabalável máxima masculi-na de que a moda — por ser uma criação dehomossexuais — tende a tornar mais feia amulher. Admite que é comum a moda maisdesservir do que servir às mulheres:

Não creio — analisa ele — que seja poródio às mulheres. Mas muitos estilistas, empol-gados com suas criações, acabam se esquecendodas clientes e fazendo um trabalho experimentaldemais, que não favorece ninguém.

Deixando a modéstia de lado, de la Rentaacredita que a sua moda reflete a personalidadede um estilista completamente apaixonado pelasmulheres, na medida em que ela só existe paravalorizá-las. Está satisfeitíssimo com o trabalhode seu desenhista-chefe, o brasileiro FranciscoFerreira, de 32 anos, por ver nele exatamente asmesmas qualidades. Trabalhando com de laRenta há quatro anos, quando decidi "fazerNova Iorque", só há seis meses Francisco foipromovido à chefia.

Agora, voltar ao Brasil só de visita—dizFrancisco, que aqui era figurinista do Fantásticoe desenhista da Casa Alberto. — Afinal, esta-mos num grande momento de nossas carreiras.

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Rude golpeO Ministro Fernando Lyra está

prestes a desfechar o chamado rudegolpe na Família Imperial Brasileira.

Pretende destituir o Príncipe DPedro Gastão de Orleans e Bragançada presidência da comissão oficialque vai coordenar os festejos docentenário da abolição da escravatu-ra programados para 1988.

A indicação de D Pedro vem so-frendo resistência de vários setoresda Nova República.

• Da comissão, curiosamente, nãofaz parte nenhum negro.

Acordo

supersônico• Não será surpresa se o Concorde retor-nar brevemente aos céus brasileiros.e A especulação é do chairman da BritishAirways, Lord John King, que esteverecentemente no Brasil negociando comautoridades aeronáuticas brasileiras a vol-ta do supersônico na rota Londres—Rio—Londres.e Segundo a revista Exame, que o ouviu,para facilitar o sinal verde do Governobrasileiro a empresa britânica propôs ope•rar o Concorde em conjunto com a Varig.

Sabe-se, a propósito, que a British estátentando comprar da Air France alguns deseus Concorde.

As duas empresas têm o mesmo númerode supersônicos, sete, mas, enquanto aBritish voa com todos, a Air France sóopera com quatro.

MAIS UMAA interminável relação de perguntas

sèm respostas que povoam o cada vezmais' colorido universo brasileiro —Quem matou Baumgarten? Quem forne-cia cocaína a Michel Frank? Cadê Odinheiro do Brasilinvest? — deve-se so-mar uma nova indagação.

Que fim levou o processo que o Depu-tado Paulo Maluf ia abrir contra o ex-Governador e atual Ministro AntônioCarlos Magalhães?

A vez

dos paulistase Depois do Rodeio, que se instalou dearmas e bagagens no Casa Shopping, naBarra, uma outra churrascaria paulista desucesso está-se estendendo até o Rio.

Abre as portas nas próximas semanasno Leblon a Dinho's Place.

Como gaúchos é o que mais existeatualmente na cidade, clientela certa-mente não faltará.

IrregularidadesEmpenhado em promover sindicân-

cias para apurar irregularidades herda-das em sua área, o Ministro da Indús-tria e do Comércio, Roberto Gusmão,está começando a descobrir coisas ex-tremamente saborosas.

Por exemplo: o Instituto Nacional dePropriedade Industrial dispõe em Bra-sflia de quatro casas, desocupadas háanos.

E mais: estão ocupados irregular-mente os 120 apartamentos em Brasíliapertencentes ao IBC.* * *

Tanto o INPI quanto o IBC têm atéhoje sua sede no Rio.

66Début

99

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Zózimo

ito de Ana Vitória Mussl

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À Sra Teresinha Pitigliani nos movimentadossalões do Rio

As intervenções do BCe Uma das coisas que mais está intrigando o Governo da NovaRepública é o número de empresas atualmente sob intervençãodireta ou indireta do Banco Central — nada menos de 327.

Pensa-se, por isso mesmo, em mudar radicalmente o regimedas intervenções, que só ocorrem hoje in extremis, quando nãohá mais nada a fazer pela saúde das empresas e, principalmente,dos investidores.

A idéia é trocar a intervenção in extremis pela preventiva.? ? •

Mesmo porque, o sistema atual gera um substancial númerode empregos — os inspetores.

Todos eles regiamente remunerados.

Sem

milagreDo ex-Minlstro Mário Henri-

que Sbnonsen, a propósito daqueda do índice da inflação:

— Atribuir grandes méritosà atuação do Banco Central naqueda da inflação em dbril éfantasia que não ocorreria nema Milton Friedman, o guru dosmonetaristas. O resultado deve-se apenas ao torniquete do CIP.

Segundo Simonsen, » sucessoda medida, entretanto, dependeunicamente da existência demargens de gordura nos lucrosdas empresas que possam serpermanentemente aparadas eremovidas.

A vez

do sambaMárcia Haydée, que esteve

recentemente em São Paulocom o Balé de Stuttgart paratrês apresentações no Paláciodas Convenções do Anhembi,aceitou o convite do Secretáriode Turismo, João Dória Jr.,para desfilar como destaqueem uma grande escola de sam-ba paulista no carnaval de 86.

Não apenas a bailarina acei-tou o convite, como confirmoua presença na pista também —com direito a uma coreografiaespecial — do corpo de bailede sua companhia.

¦ ¦ ¦

SO ASSIM• De um ex-Ministro de Estado,' expoente da Velha República:

— O crime do colarinho branco só é possível em conluio como Opala preto.

Roda-Viva

O empresário, esportista e mecenasAntônio Carlos de Almeida Braga vaifazer hoje seu début na televisão comoentrevistado.

Gravou na sexta-feira uma longa con-versa com a mesa entrevistadora do pro-grama Gente do Rio que a TV Recordmostra logo mais à noite, falando sobrenegócios e esporte.

Ivan Freitas vai movimentara semana de artes plásticasinaugurando terça-feira naGB-Arte (Gravura Brasileira)uma exposição de sua fase maisrecente. É a primeira grandeindividual do artista em muitotempo.

A obra de Josué Montello vaiser focalizada dia 28 por umgrande painel organizado pelaUniversidade do Ceará. Com apresença do escritor.

O presidente da Embratur,MacDowell Leite de Castro,que está seguindo hoje para osEstados Unidos, irá antes aMiami participar do congresso'da Cotai, que reúne cerca detrês mil agentes de viagem daAmérica Latina. Vai tentartrazer o congresso do ano quevem para Recife.

O Ministro Fernando Lyrafez sua estréia sexta-feira comocorredor do calçadão da Aveni-da Atlântica.

PreocupaçãoNo encontro que teve com o Minis-

tro Francisco Dornelles em Washing-ton, o Secretário do Tesouro dosEUA, James Baker, ///, não esque-ceu de manifestar sua preocupaçãocom as possíveis conseqüências dachamada Lei Sarney Filho que acenacom a nacionalização da atividadecinematográfica.

Entende-se o zelo americano: estãoem jogo interesses da ordem de 10bilhões de dólares.

66

99

O Chanceler e Sra OlavoSetúbal passando o fim de se-mana em Santos.

Muito movimentado o lança-mento da nova coleção da esti-lista Miriam Bak.

Ângela Brant Ribeiro feste-jou aniversário reunindo 100amigas para chá no CountryClub.

O árbitro José RobertoWright está escalado para api-tar a final do campeonato dejuniores na llniáo Soviética, emagosto.

O Sr José Adriano LopesCastelo Branco, vice-presidente da Levy, Vieira, Pe-reira Lopes, licenciando-se desuas funções na empresa, daqual é sócio, para assumir umadiretoria do BNDESPAR.

O acadêmico Austregésilo deAthayde pediu ao PresidenteJosé Sarney que marque umadata para ser homenageadocom uma sessão da AcademiaBrasileira de Letras.

Sic transit

gloria mundiO outrora todo-poderoso do Sistema

Financeiro da Habitação, Sr Nélson daMatta, que s£ jactava de haver fechado12 instituições de crédito imobiliário emsua gestão à frente do BNH, foi visto estasemana pelos corredores do banco, depires na mão.

Tinha ido pedir ajuda do Fundo deAssistência à Liquidez para a entidadeque dirige, o Banorte.

Las Vegas

brasileiras O jogo no Brasil só não está oficial-mente aberto por causa da letra da lei.Mas é como se estivesse.

Em Manaus, por exemplo, é só descerno aeroporto, tomar um táxi e mandartocar para o cassino.

Em minutos, se estará estacionando naporta do cassino mais movimentado dopaís, equipado com três mesas de roleta,uma de bacará e seis de black jack.

Para os menos abonados, a casa ofere-ce um variado sortimento de máquinascaça-níqueis, que permitem ao apostadorficar liso a preços módicos.

Tal e qual Las Vegas.

COMPARAÇÃOe Da revista francesa Le Point, esta se-mana, sobre o Presidente José Sarney:• "E possível que se tenha com ele amesma surpresa que se teve com o Prínci-pe Juan Carlos, que soube conduzir muitobem na Espanha a instalação do processodemocrático".

O segredo

da BolsaDe uma velha raposa financeira ensi-

nando como investir no mercado deações:

O segredo da Bolsa é um só:comprar no rumor e vender no fato.

Referia-se aos investidores que sóacreditam- que a Bolsa vai subir depoisque ela já está lá no alto. Aí, compram.

E perdem.¦ ¦ ¦

Dois pesosO sempre imprevisível Lee Iacoca,

chairman da Chrysler, acaba de assinarem Tóquio um acordo de associação coma Mitsubishi Motors para a produção nosEstados Unidos de 250 mil unidadesanuais de um novo subcompacto.

A fábrica, operando em joint-venturecom os japoneses, vai abrir 2 mil 500novos empregos, representando um invés-timento de 500 milhões de dólares.

A imprensa, ao mesmo tempo em quesaudava a iniciativa do executivo, aprovei-tou para lembrar uma frase sua, pronun-ciada quando há dois anos a GM tomouuma decisão semelhante, associando-se àToyota:

Esse acordo deveria ser saudadocom luto nacional pela indústria norte•americana.Zózimo Barrozo do Amaral

ZOZIMO AFIRMA:O pianista • organista Américo Cerqusirs, compositor. intér-prata dos LP» "TECLAS DE OURO" 4 inagavslmanta dosmelhoras òo pais. Música sóbria, alegra, envotvente compisno, aoflsticado ôrgio ou orquastrs, garanta plano êxito imtuas racapçôet Aulas práticas de ouvido.Tato: aHHè-IIMMi

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A crise do catálogo

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quero nem saber: quero meu catálogotelefônico com a relação de ruas e assinantes etudo. Não estou interessado nessa discussãocapitalista sobre se o catálogo dá ou não dá

lucro. A lista telefônica não é uma mercadoria. Trata-se deum serviço público que deve chegar à casa das pessoas comoa luz, a correspondência e a água encanada. De que vale serum assinante sem catálogo?

A última vez que um entregador de catálogos passoupor aqui foi em 82. Tenho uma lista de assinantes maisdesatualizada do que a Lei Falcão. Nos dias que correm,quando há uma intensa mobilidade social, gente se separan-do, se juntando, se mudando, penso até que o catálogodeveria ser como o reajuste salarial: semestral, no mínimo.Muito mais porque, para muita gente, cidadãos anônimos, ocatálogo é a única chance de ver o nome impresso em algumlugar.

Qualquer cidadezinha medianamente civilizada temsua lista telefônica. Sei disso porque tenho mania decatálogos. Em qualquer hotel que chegue, por esse mundo àfora, depois de surrupiar os sabonetes (outra mania), minhaprimeira providência é folhear o catálogo telefônico atrás dealgum Novaes. A maior pepita, garimpei-a na lista telefônicade Hong-Kong: Novaes M. (Manoel), um português nascidoem Macau.

Mesmo aqui no Brasil, vim acompanhando até 82,todas as flutuações dos Novaes na lista de assinantes. Eatravés do catálogo que verifico a saúde social do nossosobrenome, üa. lista dej^por exemplo, o Novaes J. L.morava numa modesta casa de vila do urajaú; Já na lista de78 seu nome aparecia numa cobertura da Vieira Souto. Ouganhou na Loteria ou se associou ao Mário Garnero. Dequalquer forma logo me senti seu parente e mandei-lhe umcartão felicitando-o pela rápida ascensão social.

Sempre me preocupo quando somem alguns Novaes docatálogo. De" 80 para 81 desapareceram 12 Novaes da listatelefônica. Fico sem saber se morreram ou se as voltas davida obrigaram-nos a vender o aparelho. Sempre que possopego a lista do ano anterior e telefono para saber do destinodo meu xará de sobrenome:

Pode me informar que fim levou o sr. NovaesM.C.P.?

Quem?Senhor M.C.P. Novaes!Não é um senhor: é uma senhora. Quem quer falar?É o Novaes C.E. Só quero saber que fim ela levou.

Seu nome desapareceu do catálogo, assim, de um ano paraoutro... ela está bem?

Apesar das perdas eventuais, Novaes é um dos sobre-nomes que mais cresce no catálogo. Na lista de 80 havia 149Novaes. No ano seguinte conseguimos crescer mais do que ainflação. Subimos para 362. Não sei se o sobrenome melhorade vida ou é um bom reprodutor. Sei apenas que fazemos atrajetória inversa do sobrenome Santos que diminui de anopara ano. Os Santos já não enchem mais do que oito páginasdo catálogo. Sei não, mas prevejo que até o final do séculohaverá no catálogo tantos Santos quantos Kobruskyczewski.

Tem três anos — sem receber catálogo — que venhofazendo um trabalho paciente de atualização da minha lista.Todos os dias ligo para a moça do 102 (Informações) e peçoinformações sobre 10 números. Pode me informar qual otelefone do sr. Aballo F.C.? E do Abatedouro Carioca? Edo Abatedouro Rei da Galinha? Anoto os novos números à

margem do catálogo. Ainda estou em Azicoff C.D. (a moçado 102 está sempre em comunicação) mas posso assegurarque quase a metade dos números foram alterados. Precisa-mos urgente de uma edição da Lista revista e atualizada.Não há Nova Répública que se sustente sobre velhoscatálogos.

Gostaria que alguém me esclarecesse se esses impulsospara a moça do 102 são pagos? Tem sido cada vez mais difícilfalar com Informações. Por que não permitem que atelefonista de auxílio ou interurbano ou serviço despertadorpreste informações? Outro dia, depois de muito insistiracabei ligando para o 101 e pedi a Interurbano para chamara moça do 102. Ela informou (ou interurbanou?) que eudeveria continuar insistindo. Mas qual é o problema? —perguntei — Vocês não são vizinhas? Demorei mais de umahora para falar com a moça do 102 (E o nome que eu querianão constava na lista). Nunca insisti tanto para falar comuma mulher.

Sinto no ar — diante da discussão quê se arma — que acorda vai acabar arrebentando no bolso do usuário. Espe-rem só. Vão querer vender o catálogo como se fosse livro.Talvez façam até alguns exemplares com capa dura e papelbíblia. Talvez vendam-no em fascículos. Não se surpreen-dam se um dia vocês passarem pela porta da livraria eencontrarem o Catálogo Telefônico na lista dos best-sellers.

Certamente os escrivinhadores de resenhas (críticos)não ficarão alheios à importância deste best-seller: "Há umatrama narrativa muito bem interligada que alcança seumelhor momento na descrição dos Oliveiras. 0 leitor podese perder um pouco com o excesso de personagens. Às vezesfica difícil sabr quem é quem nas páginas nos Oliveiras,mesmo assim qualquer leitor interessado em tramas família-res será capaz de ler as duas mil páginas do Catálogo de umúnico fôlego. E uma lista que prende a atenção de qualquerum. Bem verdade que logo após terminarem os Souzas alista cai muito, exigindo de alguns leitores um certo esforçopara chegar a última página onde está a minúscula comuni-dade dos Zyngiers".

O catálogo tem outras utilidades além da mera confe-rência dos números. O meu, de 82, serve para descansar acabeça. Pode ser usado também como arma branca: umaconhecida atirou a lista na testa do marido. Serve ainda paraensinar como usar melhor o telefone. Está lá, na páginadois, item quatro: "Ao receber um chamado informe logo onúmero do seu telefone. Não perca tempo dizendo "Alô" ou"Quem fala?". Percebe-se aí um pequeno erro. Quemredigiu o texto não deve ter telefone. Nunca quem diz "alô",diz também*"quem fala?". Quem atende diz "alô". Quemchama diz "quem fala?" Quem atende então anuncia onúmero do telefone. Isso, antigamente. Hoje quem atendejá volta em cima de você com uma pergunta agressiva:

Quer falar com quem, pô?E impressionante como as pessoas estão perdendo os

bons modos no telefone. Não é raro você ligar um número ea voz do outro lado já sair atirando antes mesmo de vocêcompletar a pergunta: "Quem fal...?"

Discou pra onde, pô?Ligou pra que número, pô?As pessoas, por telefone, andam muito irritadas. Acho

que é por falta de um catálogo.

Jorge Bastos Garcia: um livro contra os livrosde dietas

No páreo

contra a

gordura, a

contribuição

carioca

Luciana ViUas-Bôas

A

melhor piada da melhor comédia em cartaz nacidade — A Dama de Vermelho, de Gene Wilder —mostra um encontro de donas-de-casa americanasonde se discutem dietas. A expositora fala de uma,

novíssima, que permite ingerir, na primeira semana, os alimen-tos que começam com a letra "a", na segunda semana, osalimentos em "b" e assim por diante. Perigosa é a letra "k"quando, em geral, retorna-se ao peso de início. Ou o "x", porcausa da moda de dar às comidas nomes engraçadinhos como X-burger.

A piada é boa sem nem caricaturar a realidade. Depois dasdietas da lua, da uva e do astronauta, a última onda nova-iorquina são Os 13 Dias do Ovo. Não demora muito chegar poraqui. Só que, quando chegar, não vai mais encontrar despreve-nida e indefesa a endocrinologia brasileira. Com a experiênciatraumática da dieta de Beverly Hills — que, publicada no Brasilpela Editora Record, já vendeu 130 mil exemplares e esvaziou,pelo menos temporariamente, alguns consultórios — doisdietistas cariocas, trilhando caminhos diametralmente opostos,já prepararam seus livros sobre emagrecimento. E se asconclusões a que chegaram são menos originais que as de JudyMazel, a criadora da Beverly Hills, certamente soam bem maissensatas e saudáveis.

Só É Gordo Quem Quer é o livro do endocrinologista JoãoUchôa Jr., a ser lançado até novembro. Não se trata de nenhumlibelo contra a Beverly Hills, mas lança farpas bem afiadascontra alguns de seus princípios. O Dr. João Uchôa estáconvicto de que o corpo humano precisa de todos os alimentosda dieta diária e decidiu que, em seu programa alimentar, nãoabriria má*.' de nenhum deles.

Para o endocrinologista. o segredo do emagrecimento estátodo em saber combinar os alimentos a cada refeição feita decinco em cinco horas. A parte mais importante do livro é atranscrição de uma prosaica Tabela de Valores Alimentícios,preparada pela Organização Mundial de Saúde, com a quanti-dade de calorias, proteínas, lipideos e glicídeos de cada alimen-to. Chamando as calorias e os glicídeos de o "sal" e o "doce"dos alimentos, o Dr. João Uchôa afirma que. para não ganhar

*• •' •• *>V.j

João Uchôa Jr. : o segredo é saber combinaros alimentos

nenhum quilo a cada refeição, basta combinar alimentos de salalto com doce alto — isto é, alimentos com um alto grau decalorias com outros de alto grau de glicídeos — ou o contrário.

Assim, um filé (sal alto, doce baixo) com batatas ffitas (saíbaixo, doce alto) pode ser degustado sem culpas e na quantida-de que se bem entender, mas não se pode dizer o mesmo se oprato for acompanhado de um chope (sal e doce altos). Se foreste o caso, porém, também não há razão para dramas. Paracompensar, é suficiente que se faça a refeição seguinte comalimentos de sal e doce baixos — um frango com legumes, porexemplo — mas sempre na quantidade que se quiser.

O princípio em que se baseia o Dr. Uchôa é de que só oaçúcar, com sua fórmula de sal e doce altos (alto grau decalorias e glicídeos), engorda. A gordura é metabolizada eexpelida do organismo.. Conseqüentemente, para emagrecer,não se deve*permitir a formação da fórmula do açúcar noorganismo. Os alimentos que têm em si a fórmula do sal e docealtos só podem ser ingeridos uma vez ao dia — como o próprioaçúcar, o arroz, o pão e as massas. Só E Gordo Quem Quer é,muito mais que um livro de dieta, um manual de como utilizar atabela de valores nutritivos da Organização Mundial de Saúde.

O mais importante do meu programa alimentar é serabsolutamente saudável — diz o Dr. João Uchôa. — Não háloucuras do tipo passar um dia inteiro a abacaxi, como se faz naBeverly Hills, correndo o alto risco de perfurar uma úlcera —continua ele, que tem, entre seus 3 mil clientes, a atriz FernandaTorres, a estilista Silvia Souza Dantas, a colunável Maria TerezaNascimento Silva e um sem-número de médicos.

O outro livro-resposta a Beverly Hills vai se chamar,sugestivamente, A "Dieta" de Ipanema, do endocrinologistaJorge Bastos Garcia. E como reação máxima ao imperialismodietético. será lançado primeiro em inglês e nos EstadosUnidos. Mas sendo totalmente contra a idéia de um livro dedieta, o Dr. Jorge Bastos Garcia colocará no título o termoentre aspas. O livro trará não dietas, mas uma decriçáo psíquicae existencial do gordo, os motivos por que se engorda econselhos para os períodos antes, durante e depois da dieta.

Não se pode generalizar o que é pessoal. O organismode cada pessoa exige um tratamento diferenciado. O meu livroirá contra o princípio do livro de dieta e. por isso mesmo, seráuma critica muito mais contundente — diz o endocrinologista.

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JORNAL DO BRASILdomingo, 18/5/85 o CADERNO B o 5

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A política é a mais nova estrela dorádio brasileiro e escolhe Brasília

como seu palco privilegiado. O

processo começou há um ano,consolidou-se durante a doença de

Tancredo Neves e acaba de serconfirmado esta semana: nada menos

que 14 emissoras acompanharam, naCapital, cada passo da votação da

emenda que restabelece as eleições

.diretas.

De Brasília

receptores

para os

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José ISeumanne P^nto -

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Paulo — Os ouvintes da Rádio Jovem Pan tiveram umasurpresa na última segunda-feira: em vez da programaçãonormal da tarde, com São Paulo Agora e o programa de Zuza

Homem de Melo, ouviram, durante cinco horas (das 14 às 19), sem

LUIZ SEVER1 ANO RIBEIRO sa

Todo espectador que entrar nestes

cinemas antes das 3h. pagará apenaso preço do SESSÃO PROMOÇÃO

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A DAMA DE VERMELHO 14 rinos

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qualquer interrupção, até mesmo para anúncios comerciais, o depoi-mento do empresário Mario Garnero perante a Justiça Federal.

Dois dias depois, a emissora resolveu repetir a dose, o Ministroda Fazenda indo ao Congresso e seu depoimento, também de cincohoras, só sendo interrompido pela Voz do Brasil, que entra no ar às 7da noite. Também sem interrupção para comerciais, o depoimento deDornelles foi transmitido ao vivo pela Rádio Excelsior. Na quarta-feira, assim que acabaram os programas obrigatórios (Voz do Brasil eProjeto Minerva), as duas emissoras passaram a transmitir ao vivo,ainda do Congresso Nacional, a votação da emenda constitucional querestabelece as eleições diretas para Presidente da República.

Com os ares da Nova República, mudam os tempos. Asemissoras de rádio que tinham suas atenções mais voltadas para osproblemas específicos da comunidade adaptam-se ao interesse de seusouvintes pelos assuntos políticos. Das sete horas diárias de jornalismoem sua programação, a Rádio Bandeirantes dedica pelo menos umterço à política.

A Rádio Eldorado, que tinha antes uma programação de ejjte, jádispõe do trabalho de 25 repórteres em Brasília, aproveitandotambém a infra-estrutura de reportagem da Sucursal do jornal OEstado de S. Paulo na Capital. O principal comentarista político daemissora é justamente Carlos Chagas, o chefe da sucursal do jornal,da mesma empresa. O ponto forte do Jornal Contato, seu principalnoticiário, às 18h, é a política.— O investimento em política tem excelente resultado. Desdeas convenções do PDS e do PMDB no ano passado, temos recebidocada vez mais cartas de ouvintes não apenas elogiando, mas tambémcriticando nosso trabalho. Nota-se uma crescente participação doouvinte também nos telefonemas. Quando terminam nossos progra-mas de comentários — o jornal da bandeirantes Gente e O Pulo doGato — os ouvintes telefonam para os comentaristas, que se benefi-dam na Nova República de uma liberdade muito maior e tambémdessa participação ativa do público — comenta José Paulo deAndrade, diretor de jornalismo da Rádio Bandeirantes.

Celso Antônio de Freitas, que chefia o jornalismo das rádiosGlobo e Excelsior, explica que o noticiário político ainda é escasso naGlobo, de programação predominantemente popularesca. Na Excel-sior, contudo, desde as eleições de novembro de 1982 para o Governodo Estado, as entrevistas com líderes políticos ocupam 40 por cento dotempo dedicado ao jornalismo.

A Jovem Pan só tem dois repórteres em Brasília, mas mantémtradição de entrar ao vivo interrompendo a programação normaldurante os grandes acontedmentos. Assim foi durante a votação daEmenda Dante de Oliveira, em abril do ano passado, da lei queinstituiu o divórdo no Brasil e também na reunião do ColégioEleitoral em janeiro, quando Tancredo Neves foi eleito Presidente daRepública. Equipes de repórteres mantiveram seus ouvintes informa-dos durante as 24 horas do dia diretamente do Instituto do Coração,quando da doença do Presidente.

A política hoje tem mais audiênda, o público partidpa mais— explica.o chefe do jornalismo da Jovem Pan, José Carlos Pereira,que aponta na direção do grande marco de mudança do enfoque donotidário de rádio da notída comunitária para a de política: 15 dejaneiro de 1985, data da fundação da Nova República.

A agonia e morte de Tancredo Neves foi o teste de fogo para orádio paulista. A Rádio Eldorado, que tinha uma programação demúsica clássica e com textos lidos por locutores sóbrios, sem entradasao vivo, começou a mudar há três anos, quando foi reformulado odepartamento de jornalismo e contratado para chefiá-lo AdemarAltieri. A emissora, que não transmite de madrugada, passou seis diassem sair do ar para registrar, ao vivo, os principais momentos dadoença de Tancredo. Essas entradas tanto poderiam ser do Incorquanto do exterior: a Rádio Eldorado tem 15 correspondentesinternadonais, um dos quais permanente e fixo em Manágua.

Quem tiver juízo vai continuar investindo em Brasília. Nósinstalamos lá um telefone móvel e continuaremos ampliando o quadrode repórteres — diz Ademar Altieri.

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político está

de volta ao ar

Ernesto Rodrigues

BRASÍLIA

— O fim da censura na Novp República eos ventos da democracia que começam a soprarestão empurrando para a frente o radiojornalismo.E, dentro, dele, ampliando os espaços destinados à

reportagem política. Na madrugada de quinta-feira, a agitaçãode deputados que marcou a votação da emenda que restabeleceeleições diretas para Presidente da República e Prefeitos demunicípios que não tinham autonomia foi acompanhada pornada menos de 14 emissoras de rádio de todo o país.

Boletins, entrevistas ao vivo, som direto do plenário doCongresso substituíram por mais de cinco horas a programaçãorotineira de várias emissoras. A tal ponto que o arquiteto OscarNiemeyer será brevemente consultado sobre a necessidade deaumentaT a bancada de transmissões radiofônicas do local,antigamente só ocupada pelos "plenaristas" (repórteres dejornal que acompanham os trabalhos legislativos). O espaçopara trabalhar começa a ficar pequeno. O radiojornalismocresce.

E cresce na proporção inversa do interesse dos políticos emdar entrevistas. O que não é o bastante para demover osrepórteres.

— Rádio hoje não é só ficar ligando para Dona Maria eperguntando que música ela quer ouvir. É também indagar a umdeputado como os analfabetos vão poder votar nas próximaseleições — diz Sônia Carneiro, 32 anos, 13 dos quais comorepórter política da Rádio JORNAL DO BRASIL em Brasília.

Os números confirmam o raciocínio de Sônia: desde o dia25 de abril do ano passado, quando 40 emissoras de rádiodisputaram freneticamente os espaços e as linhas telefônicas doCongresso, para cobrir a votação da emenda Dante de Oliveira(indiferentes à parafernália da transmissão ao vivo das televi-sões), o número de credenciamentos definitivos e provisóriosvem crescendo. Para se ter uma idéia, basta lembrar que até oGoverno Figueiredo apenas três emissoras mantinham coberturapolítica diária em Brasília: a JB, a Nacional e a Jovem Pan.

Um crescimento que se verifica não apenas em Brasília,mas também em Porto Alegre (horas depois da votação dequinta-feira, as principais emissoras gaúchas já transmitiam, comdetalhes, a discussão da emenda do caso Sul-Brasileiro), SãoPaulo, Rio e outras cidades. Jorge Guilherme Marcelo Pontes,diretor de jornalismo e esporte do Sistema Globo de Rádio,observa que o fim da censura, fazendo crescer o interesse pelonoticiário político, fez as emissoras se voltarem "para fora".

— Estamos saindo dos estúdios, buscando a notícia,batalhando pela informação. Um renascimento que pôde sermuito notado durante a doença do Presidente Tancredo Neves.Preocupado em manter o público informado, o rádio voltou a serveloz, a disputar um lugar entre os demais veículos de informa-ção. Naquele período, tivemos um aumento de audiência.

Jorge Guilherme diz que, nesse caminho para fora dosestúdios o rádio volta a fazer grandes coberturas ao vivo, comona tarde do discurso de Dornelles na Câmara dos Deputados. ARádio Eldorado — que no Rio faz parte do Sistema Globo —acompanhou, durante cinco horas, todo o debate, enquanto aRádio Globo transmitia flashes de Brasília.

Durante os governos militares, as rádios, amordaçadaspela censura e pela possibilidade de cassação das concessões,não tinham grandes motivos para investir na cobertura política.Limitavam-se ao que os jornalistas chamam de "gilete press"(recortar e ler ao microfone as matérias dos jornais do dia), semfazer contratações ou substituir equipamentos obsoletos que asafastavam cada vez mais de sua principal vantagem em relaçãoaos outros meios de comunicação: a rapidez.

Quando se decidia cobrir um determinado fato político,acontecia o inevitável: a maioria das rádios deslocavam paraBrasília suas equipes de repórteres esportivos, que nem sempreconseguiam disfarçar a entonação, a terminologia, os cacoetes ea técnica das transmissões de futebol. Houve quem narrassecomo um gol de Zico as oscilações do placar eletrônico devotação na Câmara.

A nova realidade política começou a empurrar as emisso-ras para o profissionalismo: aos poucos os repórteres de rádiovão mostrando o que tem de melhor, nas grandes coberturaspolíticas. Mais do que qualquer outro profissional, eles sabemimprovisar e driblar o silêncio, personagem proibido em qual-quer microfone do mundo.

Exemplo: o repórter Mário Nelson Duarte, veteranocorrespondente da Jovem Pan (SP) em Brasília, fazia a cobertu-ra da doença do Presidente Tancredo Neves no Hospital de Baseda Capital. O Secretário de Imprensa Antônio Britto apareceuna porta do auditório para mais um boletim e Mário Nelsonentrou no ar. Mas Britto acabou atrasando-se em 15 minutos eMário "segurou" a rádio durante todo este tempo (uma eterni-dade nos meios eletrônicos) sem ter absolutamente qualquernovidade a informar. A solução foi "requentar" as informaçõessobre Tancredo, descrever minuciosamente o ambiente e aguar-dar. Sempre falando.

Tanto improviso às vezes custa caro. Em São Paulo, porexemplo, um empolgado jornalista mineiro que cobria a doençade Tancredo no Instituto do Coração iniciou um boletim parasua rádio dizendo que Antônio Britto lhe dera uma informaçãoem off. Cometeu um sacrilégio jornalístico. Afinal, queminforma alguma coisa em off (abreviação da expressão "off therecords", que significa "para não ser divulgado"), não pode ternunca o nome revelado.

Tropeços à parte, as rádios também estão sujeitas a maiserros do que a televisão devido ao tempo de permanência no ar.Nas últimas grandes coberturas do Congresso (emenda Dante deOliveira, Lei Salarial, Colégio Eleitoral, posse do PresidenteJosé Sarney, funerais de Tancredo Neves, votação das eleiçõesdiretas e caso Sul-Brasileiro), os repórteres de rádio permanece-ram horas mobilizados, interrompendo a programação dasemissoras dezenas e até centenas de vezes.

A televisão, cada vez mais ágil nas coberturas ao vivo, nãoparece preocupar os profissionais de rádio:

O rádio amplia o universo dos entrevistados e conseguerespostas mais autênticas e verdadeiras do que a televisão.Temos mais tempo, podemos decifrar para o ouvinte termoscomo quorum, substitutivo, sanção presidencial e destaque devotação. Nós podemos acompanhar os fatos mais detalhadamen-te — diz Sônia Carneiro.

Quanto mais a televisão entrar ao vivo, melhor. Issoobriga as rádios a serem mais profissionais, a estarem sempre nolimite máximo de rapidez na informação — afirma NewtonHora, 45 anos, 21 dos quais em rádio, após transmitir a votaçãoda emenda de eleições diretas para Presidente e Prefeito, das19h30min de quarta às 5h30min de quinta-feira passada.

Televisão precisa de pelo menos duas horas paramontar seu equipamento de transmissão ao vivo. Para nós, bastaum orelhão, somos como fuzileiros. Chegamos—ou deveríamossempre chegar — primeiro à praia. Depois veig o resto —explica Mário Nélson Duarte.

Nem tudo, porém, são flores. Os salários são baixos, aimprovisação resiste às novas necessidades e o prestígio dasrádios junto aos políticos ainda é baixo, comparado a meia dúziade segundos no Jornal Nacional. Mas a política, definitivamente,voltou a ser um assunto de rádio. Tanto que o novo presidenteda Empresa Brasileira de Notícias (EBN), Carlos Marchi, jáestuda grande reformulação no programa A Voz do Brasil.Pretende torná-lo mais dinâmico, menos enfadonho.

É deixar o rádio ligado para conferir.

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Em novos discos, a

escalada do forró

Tárik de Souza

CORRENDO

por fora no pá-reo do sucesso, o forró nor-destino começa a tomar espa-ços no mercado musical. O

Forró In Rio previsto para as noites de 24,25 e 26 de maio, comandado por Luiz.Gonzaga, no Pavilhão de São Cristóvão,pode servir de teste popular para a novatendência. Os sintomas, por enquanto,indicam um crescimento do público dediscos de música nordestina, especialmen-te próximo a época das festas juninas, que• na região tem um movimento comparávelao carnaval. Depois da explosão do LpDanado de Bom, de Luiz Gonzaga, no anopassado, cím 230 mil cópias, o filão foirevitalizado. O mesmo Gonzagão já ven-deu 89 mil cópias de seu novo Lp emapenas sete semanas. Dominguinhos, osanfoneiro que namorou o rótulo pop nadécada de 70, quando costumava apresen-tar-se com os tropicalistas, está lançandoesta Semana um disco de forró ortodoxo:Isso Aqui Tá Bony Demais. Na mesmalinha, o compositor pernambucano Jorgede Altinho já encontrou 5í mil comprado-res em sete semanas para Nem Que Pare oCoração. É um artista em ascensão. Antesgastou 57 semanas para vender 30 mildiscos de Canto Livre,^ 55 para conseguiruma platéia de 60 mil para Vida Viola."Sanfoneiro de tênis e camiseta", Alti-nho, que conta com os reforços de Gonza-gão e Dominguinhos em seu último Lp,defende a renovação do setor: "Não cantopra minha mãe, canto pra filha dela,minha irmã".

Os novos e antigos cruzados do forró,na verdade, intercomunicam-se com, apermeabilidade de colegas de gravadora.A RCA, empresa comum a todos eles,também investe no estilo com NandoCordel, o pernambucano Fernando Ma-nuel Correia, o Quinteto Violado e o

veterano Genivaí Lacerda. O responsávelpela direção artística da gravadora, o'romeno Miguel Plopschi (ex-integrantedo grupo The Fevcrs) confia na aposta:"É um público ainda mal atendido, quetem todas as condições de crescer".

Artistas de outras gravadoras, no en-tanto, também estão atentos ao fenôme-no. A romântica Amelinha, revelada peloFrevo Mulher, destacou para título de seunovo LP, ainda em preparo, a faixa Cami-nho do Som, um forró de dois composito-res novos de Recife, Luís Sérgio e Peni-nha. Apontada como um dos alicerces doreaquecimento do gênero, a sacudida El-ba Ramalho vem com Mexe, Mexe, Fun-ga, Funga no LP que solta até o fim domês, a tempo de pegar as festas juninas.A paraibana Elba, além disso, é assíduanos duetos vocais dos últimos sucessos doantigo rei do baião, Luiz Gonzaga, agoraentronado também nos domínios doforró.

Outra presença fundamental e co-mum a todos esses discos foge curiosa-mente à confraria nordestina: é a dogaúcho Romeu Seibel, o veterano Chiqui-nho do Acordeon ("faço isso há 20anos"), natural de Santa Cruz do Sul. Eleescreveu os arranjos dos dois últimos LPsde Luiz Gonzaga, -que, na verdade, sóempunha a sanfona nos shows. Seus dis-cos trazem geralmente duetos de Chiqui-nho ("faço o acordeon base") e Domin-guinhos, responsável pela "sanfoninhaquente, de pé-de-serra". Educado nospampas tocando valsa, polca e tango semnunca ter encarado um forró ao vivo,Chiquinho foi avalizado pelo insuspeito erigoroso Jackson do Pandeiro, numa tira-da típica do humor sertanejo: "Gaúchonada, você é sanfoneiro de Cabaceira,Paraíba, homem".

Os méritos instrumentais desta reati-vação do forró, segundo Chiquinho, de-vem ser atribuídos a um dominguinhos no

melhor de sua forma. "Esse é gênio",dispara Chiquinho, ainda impressionadocom a atuação do colega nos improvisosde Nilopolitano. Única faixa instrumentaldo LP Isso Aqui tá Bom Demais, homena-gem à cidade fluminense de Nilópolis,primeira parada do retirante Domingui-nhos, a música oferece evoluções do triode sanfoneiros complementado por outromestre do ramo, o paraibano Sivuca. Odisco fornece ainda amostras de todas ascadências abrigadas na etiqueta elásticado forró. Da quadrilha junina (Isso AquiTá Bom Demais), com aquela batida con-tínua que também serve aos dançarinos dediscoteque, ao picadinho percussivo detoques maliciosos e curtos na sanfona,que o povo conhece pelo nome genérico(Forró do Quem Quer, Forró com Gostode Pecado). Dissecado, o forró oscilariaentre o xaxado originário na dança doscangaceiros e o coco, conhecido como osamba do nordeste. Dominguinhos brincanas duas com seu toque malicioso e umrepertório de versos simples, que tem aadesão de Chico Buarque em dueto numadas faixas.

A maior sensação da nova safra, po-rém é o pernambucano Jorge de Altinho,29 anos, cinco discos, mas que só agoracomeça a projetar-se com solidez. Seudisco Nem Que Pare o Coração, comversos de alguma malfcia (Beijo na Boca,Açúcar no Café) é o mais frontal doscandidatos do forró ao consumo de mas-sa. Tem quadrilha, xote e até um rockbalada meio gongórico (Renascimento),que lembra as elocúbrações de Zé Rama-lho. No balanço final, seu saldo é tãodespretensioso quanto positivo, como osdemais. "Estamos no começo de um tra-balho", informa Miguel, o diretor artísti-co da RCA. "Aos poucos, com o aperfei-çoamento dos novos, o forró pode romperseu circuito tradicional, ainda situado noNorte e Nordeste e ganhar o eixo Rio-SáoPaulo e daí o resto do Brasil".

Os clássicos do Modera Jazz Quartet

José Domingos Rajfaelli

Th» Modem Jazz Quartet At Birdland(Imagem 6012), com Milt Jackson (vibra-fone), John Lewis (piano), Percy Heath(contrabaixo) e Connie Kay (bateria). Gra-vado em 1957, em Nova Iorque.

O

Modem Jazz Quartet, que re-tornou à atividade, realizouuma síntese da música clássica

européia com a improvisação do jazz,suscitando entusiasmo e controvérsia. Ascríticas dirigidas a Lewis, o diretor-musical do conjunto, não aceitavam aadoção de elementos da música erudita,acusando-o de tentar intelectualizar o jazze subtrair a naturalidade de Jackson.Alguns até afirmavam que Lewis haviaido longe demais na sua ânsia de encori-trar um ponto de equilíbrio entre as duascorrentes. Com o tempo foi melhor com-preendido por alguns dos seus detratores,

e hoje é reconhecido como um dos maio-res compositores do jazz. Nesse LP, gra-'vado no extinto Birdland, localizado emplena Broadway, no coração de NovaIorque, o quarteto exibe seu alto padrãomusical numa apresentação com o reper-tório básico da época, no qual se desta-cam duas obras importantes de Lewis:Djaqgo e Concorde; a primeira é umaobra-prima em estrutura e forma queexige concentração dos músicos pelas inú-meras nuanças, desde a introdução in-fluenciada pela música contemporânea, odesenvolvimento gradual da expressãomusical, as dramáticas acentuações docontrabaixista Heath e o envolvimentodos integrantes do quarteto, elementosessenciais para estabelecer climas de pro-nunciada beleza, dando á peça uma posi-ção definitiva entre os clássicos do jazz.Concorde é basicamente uma fuga entre-meada de pequenas passagens improvisa-das; sua principal característica originou

Phil Collins constrói

o sucesso sob medida

O

disco No Jacket Required cumpreseu destino, enquanto o astroprincipal, o baterista, compositor,

produtor e cantor Phil Collins termina umaenorme excursão no Canadá e EstadosUnidos, depois de ter arrebanhado platéiasna Europa, Austrália e Japão. Está notopo do hit-parade americano, com quatrosingles extraídos de suas faixas bombar-deando os ouvintes das FMs e video-clipsdisputando piques maiores de audiêncianas TVs. No Jacket Required (o títulobrinca com o desconforto do antigo rebel-de com a exigência de paletó no circuitojet-set que agora freqüenta)sai no Brasil, pela WEA,esta semana, confirmandotodas as expectativas. Há'outras, adicionais e anteio-res, provocadas pela expio-são da faixa título do filmeAgainst Ali Odds e o duetocom Philip Bailey, em EasyLover. Mas, a principal é aconversão em superídolodeste incansável trabalha-dor de rosto redondo, raloscabelos e carisma, que setransforma num dínamo.musical quando solta a voz'roufenha.

"Gosto muito de can-(tar, exige muito mais disci-plina que tocar bateria",garante. E brinca: "Só nãoabandono o Genesis por-que eles ainda não arranja-ram outro cantor desde asaída de Peter Gabriel". O processo detrabalho é o de um operário: "Me sento àfrente do piano ou sintetizador, ligo abateria eletrônica e vou experimentandoaté que alguma coisa tome forma". É o quese observa em No Jacket, seu terceiro Lpsolo, numa seqüência irregular iniciadacom Face Value (81) e HeUo, I Must BeGoing (82). As músicas foram compostas evestidas para o sucesso e o cardápio deefeitos rítmicos não é muito variado, aocontrário do que se deveria esperar dodisco de um baterista. O padrão segue otecnofunk (um limbo rítmico que serve ao,break e à discoteque), sob o império do

chicote eletrônico e o rigor do compassodançante. A voz vem duplicada como sefosse um coro, e os metais fazem ostradicionais comentários curtos tão a gostodos diagramadores de estúdio. Collinsapresenta seus argumentos para um discoassim enxuto de novidades ou experiên-cias: "Quando eu gravo o concerto sou eu.Procuro fazer isso no mínimo de tempopossível — um deadline de sete ou oitosemanas no máximo — para não perder ocontrole das coisas".

Tudo sob controle, aliás, poderia ser otítulo do disco. Uma pitada de orientalis-

Phil Collins, disco em compasso dançante

mo colore obolero LongLong W*y ToGo.Já Inside Out, num andamento semelhan-te, é enfeitada por rufos'de bateria. Ostambores mobilizam Doesn't Anybody staytogether anymore. O rock mesmo está emminoria no. disco, encerrado na grandilò-quente Take Me Home. Cabe ao velhoestilo, praticamente, I DoiTt Wanna Knowe Only You Know and I Know, os momen-tos em que o disco cone mais solto. Só aí,ironicamente, parece abandonar o bem-talhado paletó em que o alfaiate Collins oembrulhou, sob medjda para o sucessorápido. (Tárik de Souza)

Çarada

forte celeuma, como anteriormente ocor-rera com Vendome, por sua conotaçãoinequivocamente erudita. Jackson tocaWhat's New com o lirismo que é uma dassuas marcas registradas, e explora hábil-mente as harmonias de Yesterdays; adescontração das suas frases em I'U Re-member April e a inteligente troca dequatro compassos com Lewis são contri-buições inspiradas. Em Bags Groove, deJackson, o compositor ipjeta seu genuínofeeling pelos blues, numa improvisação deefeito e continuidade, enquanto Lewistoca frases simples, como se escolhessecuidadosamente as notas, com extremobom gosto. Connie Kay atua a contento,porém sua marcação repetitiva em I'llRemember April é cansativa e monótona.O disco é recomendado aos admiradoresdo MJQ, principalmente aos que nãopossuem as gravações originais das mes-mas composições.

OS LPs MAISVENDIDOS

1° — We Are the World —USA for África (1)

2o — Evolucion — Menudo(2)

3o — Corpo a Corpo (Interna-cionai) — Vários (3)

4o — New Wave (Mamãocom Açúcar) — Vários (5)

5o — Livre Para Voar (Interna-cional) — Vários (4)

6° — Profana — Gal Costa(10)

7o — Chinese Wall — PhilipBailey e Phil Collins (9)

8° — Amante Profissional —Herva Doce (7)

9o — Um Sonho a Mais (Na-cional) — Vários (6)10o — Chico Buarque — Chico

1 Buarque (8)Fonte: Nopen

AS MUSICASMAIS PEDIDASWE ARE THE WORLD — USAfor África (1)SEU NOME — Biafra (2)ME LIGA — Paralamas do Su-cesso (3)AMANTE PROFISSIONAL —Hecva Doce (4)NADA MAIS — Gal Costa (5)PRIVATE DANCER — Tina Tur-ner (6)EU E ELA — Roberto CarlosTEMPO REI — Gilberto Gil (7)I DON'T WANT TO TALKABOUT IT — Rod StewartRHYTHM OF THE NIGHT —Debarge (8)Fonte: Rádio Cidade

O O Ofl Jpm

() O número entre parênteses indica a posição na semana anterior.

AS

listas têm apenas uma novidade, a'presença de Eu e Ela, de RobertoCarlos, entre as mais pedidas da Rádio

Cidade. Explica-se: a música ganhou videoclipdo penúltimo Fantástico e desde então descolouda sombra de Caminhoneiro, o grande sucessodo LP de Roberto. Curiosamente, nota-se que

outras músicas desta lista também não são asfaixas que puxaram inicialmente seus LPs. É ocaso de Tempo Rei, de Gilberto Gil, (o reggaeVamos Fugir estourou primeiro), Nada Mais, deGal Costa (Chuva de Prata tocou antes), e MeLiga, dos Paralamas do Sucesso (Óculos liderouas execuções meses atrás).

nB|

Fazer com que você assista a um bom filme e dar a dicacerta para você ver um bom show são apenas algumas

boas idéias de Domingo Programa. As outras são o teatro,a televisão, o vídeo, a dança, as exposições, os bares erestaurantes. Domingo Programa. Onde você encontra

boas opções de lazer e cultura para o domingoe para toda a semana.

Vitrine

Lush Life. LindaRonstadt comorquestra. (Asy-lum/ WEA).

LINDA Ronstadt mudou

de penteado, caprichouna maquilagem, vestiu roupade cidade grande e transfor-mou-se de cantora caipiraem intérprete de baladas ro-mânticas. Aconteceu há doisanos com o disco What'sNew? Vendeu aos milhares,chegou à conclusão-dé queseu caminho era mesmo es-te e agora repete a dose.Lush Life é uma espécie desegundo volume de What'sNew?: alguns dos melhoresclássicos da música popularamericana, interpretados porLinda com competentes ar-ranjos de Nelson Riddle.Mas, assim como visual no-vo não faz de uma countrygirl uma nova-iorquina, umexcelente repertório e bonsarranjos não fazem de Lindauma grande baladísta. E alguma coisa soa errado nes-tes seus dois discos.

No' caso especifico deLuth Life, o repertório é ain-da melhor. E o tratamentoorquestral de Riddle aindamais fino. A utilização do saxem Sophisticated Lady, oudo trombone em My ÓidFiam», é marca do talentode Riddle, provavelmente omais completo de todos oscriadores de backgroundspara cantores em toda a história da música americana.Também ó característica suaò balanço rítmico com que ôtemperado You Took Ad-vantage of Ma. Riddle, seminventar muito, consegueapregentar arranjos diferen-tes de faixa para faixa, mudando climas e andamentos,salientando estfe ou aqueleinstrumento, conforme lhepareceu melhor no. caso deLinda (sempre fez o mesmocom Sinatra, Ella, Nat KingCole e tantos outros). O re-pertório e seus arranjos, naverdade, valem o disco.

Mas Linda não ajuda mui-to. Seu timbre de voz coritinua prestando-se màis áocountry, canta sem multaemoção, parece estar per-manentemente longe das le-tras (todas elas no melhorestilo da chamada torchaong) e acaba se repetindoao longo das doze faixas.Mas, a exemplo de What'sNew?, este disco vai; vendermuito. Pelo simples motivode já não se gravarem hojeem dia canções como **?ias.O público sente falta delasAntes pouco do que nada!Joio Máximo

PROGRAMADOMINliO PKOUKA.MA VEM 1'liN ! KO UA Kli\ iSI \ LH iMINüO

Libertree, comEdnardo

(EMI/Odeon)

Menos intimo do su-

cesso que os conter-râneos Fagner e Belchior,Ednardo, o do Pavão miste-rloso, fez os discos menosprevisíveis do Pessoal doCeará com quem desembar-cou na MPB no começo dos70. Está no 11o Lp (o nonosolo) sem ter fixado um pa-drão de comportamento. Oque nem sempre quer dizeruma atitude libertária ou li-bartrae, como quer o neoanglicismo da mal ajambradafaixa título. Ednardo tambématira nos alvos fáceis como oemergente público infantilprocurado por O Som daEatrela, com um carinho decrianças. Ou o reggae, lem-brando o Gilberto Gil de ChO'rorô (mencionada na letra)em Alguém Vè. Ednardo.com sua voz afiada e cortan-te, tenta uma postura distan-ciada, de comentarista dosfatos culturais, a exemplo deCaetano Veloso. Revê a óticatropicalista de Torquato Netoem Tecer Novo MundoMas não conclui com o mes-mo brilho do poeta matriz"O computador não segura /o meu coração tão Brasil"

o melhor de Libertree, jáque os versos nem semprealcançam o pretendido, ficapor conta da experimentaçãocom ritmos híbridos. É a ve-lha iniciativa, que bem realizada funciona, de eletrificaroregional, acasalando-o comecos urbanos. Ubertree. porisso, é um disco agradávelde se ouvir, no mínimo porcausa dos bons arranjos deEdnardo (que toca violãoOvation, teclados e bateriaeletrônica), secundado porManassés (cordas), Fernan-do Moura (teclados), Jamil eIfe (baixos). Paulinho Braga eJaburu (bateria) e Repolho(percussão). Galope, maracatú. rock, blues. mambo, balada e até um samba-de-.péquebrado e letra zombeteira(O Patrão Zangou), náo fal-ta variedade. Nem se econo-miza em balas perdidas. (Ta-rik de Souza)

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JORNAL DO BRASIL domingo, 12/5/85 o CADERNO B o 7

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M iffe,». ..«iTrmTW i in ——Rita Lee

a noite

faltava Gal Costa, Roberto Carlos e Rita Lee quechegaram mais tarde entrando na parte solo.

Gal Costa, acompanhada por seu empresárioGuilherme Araújo, chegou só às 21h porquetambém estava vindo do seu ensaio, pois viajasegunda-feira para a Argentina, iniciando tempo-rada internacional. Gentil, ela circulou, teve fomee mandou pedir comida no La Mole pois ostrogonoff do buffet Lee (também cedido degraça) já havia acabado. Elza Soares telefonadizendo que está chegando mas quem arrasamesmo quando entra no salão é o "Rei" RobertoCarlos chegando às 22h55min.

Vestindo azul, como sempre, é todo simpatiadistribuindo beijos e abraços enquanto Fafá deBelém — bem mais magra — pedia um autógrafo.Comboiado por João Mário, produtor do disco,Roberto Carlos foi logo cercado, fazendo algumasdeclarações:

— 0 Nordeste precisa e os artistas estáosempre prontos a ajudar. Depois de todo mundo,o Brasil também ajuda uma causa que merece.Tive participação na letra, a música já estavapronta, mas foi um trabalho de todos, as conclu-soes, as frases nasceram da evolução de umaidéia. Todo mundo ajudou, não é importantesaber quem fez o quê.

Caetano Veloso (que também viajou ontempara Lisboa) sobe e desce a escada, coordena oestúdio, junto com Gil. A cantora e compositoraMarina desce e fica sentada, tomando refrigeran-te. Assim como Elba Ramalho e Rita Lee, elatambém interrompeu a gravação do seu últimoLP, pois "tamos com o sentimento de dar as mãose o movimento para a África mexeu com todomundo. As pessoas, então, tão pra isso, menosindividualistas".

No estúdio, cheio de cabos de televisão (oSindicato realizou um clip de promoção) Baby ePepeu, cabelos pintados como sempre, acompa-nhados dos filhos, cantam, deitados no chão. Acantora Alcione também fica sentada no chão.Gonzaguinha chega junto com Olivia Byngton eEdgar Duvivier, enquanto Elba Ramalho entra nafila do disputado telefone.

E eis que, passadas das 23h, chega Rita Lee eRoberto de Carvalho, trazendo ainda o pessoal deSão Paulo integrado por Kid Vinil (Magazine),Branco Melo (Titãs), Maurício (Rádio Taxi),todos confraternizando e posando para fotos comPaula Toller (Kid Abelha) e Roger (Ultraje aRigor). O clima de festa era total, menos noestúdio, pois os solos começavam a ser gravados.

A primeira a solar foi Bethânia, seguida deDjavan e Rita Lee que canta "chega, briga nafonte, desce do monte, vem como amiga"...Enquanto os pedidos de silêncio se sucedem, GalCosta espera a vez do seu solo, o mesmo aconte-cendo com uma compenetrada Simone que deco-ra, de óculos, a letra, sentada no chão. ,

Gravação rolando (acabou só às 7h da ma-nhã), os solos vão acontecendo nas vozes de TimMaia, Gonzaguinha, Roberto Carlos, Chico Buar-que, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Fagner eRoger. O lado feminino contou também com asparticipações de Elba Ramalho, Simone, Fafá deBelém e Paula Toller no maior mutirão da músicapopular que, certamente, venderá como água.

A festa

Diana Aragão

Foi

uma festa de arromba, daquelascantadas por Roberto Carlos na déca-da de 60, pois a gravação de Chega deMágoa reuniu todas as correntes da

música popular, do rock do Kid Abelha ao sambade Martinho da Vila. Tinha Marlene, Emilinha,Elizeth Cardoso, Rita Lee, Roberto Carlos, ChicoBuarque. Maria Bethânia, Gal Costa, Simone,Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Fagner, Alcionee por aí afora. Difícil é enumerar quem não-estava.

A idéia de reunir esta constelação de estrelas•partiu do Sindicato dos Músicos do Rio de Janei-ro, também responsável pela produção, que pen-sou na feitura de um compacto simples com asvendas em favor dos flagelados do Nordeste.Alem do sentido assistencial, o Sindicato querainda provar às gravadoras que o disco numerado(facilitando o controle de vendagem) dá certo.Assim, dentro de no máximo 15 dias, o compacto(o lado B registrará uma composição do poetaPatativa do Assaré, Seca D'Agua) poderá seradquirido nas mais de 2 mil agências da CaixaEconômica Federal, em todo o país, mediante odepósito de Cr$ 10 mil na conta que será abertapelo Sindicato.

Chega de Mágoa, com melodia de GilbertoGil, um dos diretores musicais ao lado de CaetanoVeloso e Chico Buarque, tem letra de ChicoBuarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, VinicíusCantuária, Roberto e Erasmo Carlos, Fausto Niloe Fagner. De fácil aprendizado, tem a cara de Gil,lembrando seus reggaes mais recentes.

Gravada a partir de quarta-feira quandoJamil Joanes (baixo), Custódio e Reinaldo tecla-dos), Celso Fonseca (guitarra), Téo Lima (bate-ria), Armando Marçal (percussão) e Gilberto Gil(violão e voz) fizeram a base instrumental, oChega de Mágoa começou a receber as vozesmilionárias no final da tarde de quinta-feira eraclima de muita festa. A começar pelo fartocoquetel regado a vinho branco e canapés varia-dos, além das cervejas que podiam ser compradasno barzinho do Multi Studio que cedeu de graça' tuas confortáveis instalações para esta gravação.

Instalado num sobrado de dois andares,quase vizinho da gravadora Polygram, o estúdioera uma festa, uma confraternização geral como ados sambistas João Nogueira e Martinho da Vilaconversando com Erasmo Carlos. Na porta dacozinha, Chico Buarque descolava um café e davaalgumas declarações.

— Não, não foi a gravação do We Are theWorld que nos motivou não, porque eles é quechuparam da gente pois é tradicional nos juntar-mos para shows. Até as parcerias juntando nomesfamosos é uma particularidade da música brasilei-ra, é velho isso. Basta lembrar os shows dos DocesBárbaros, do Milton, eu e Caetano.

Enquanto o coro das mulheres gravava pri-meiro — Maria Bethânia entrando atrasada poisestava vindo do seu ensaio, já que viajou ontempara a Espanha — os homens continuavam to-mando cerveja e jogando conversa fora. Lá pelas20h todo mundo se reuniu para gravar juntos comDori Caymmi regendo o milionário coro onde só

da gravação que

varou

CHEGA DE MÁGOA

ÁGUADONA DA VIDAOUVE ESTA PRECETÃO COMOVIDACHEGABRINCA NA FONTEDESCE DO MONTEVEM COMO AMIGA

TE QUERO ÁGUA PRA BEBERUM COPO D'ÁGUAMAROLA MANSA DA MARÉMULHER AMADATE QUERO ORVALHO TODA MANHÃTERRAOLHA ESSA TERRARAÇA VALENTEGENTE SOFRIDACHAMATEM QUE TER FEIRATEM QUE TER FESTAVAMOS PRA VIDATE QUERO TERRA PRA PLANTARTE QUERO VERDETE QUERO CASA PRA MORARTE QUERO REDEDEPOIS DA CHUVA O SOL DAMANHÃCHEGA DE MÁGOACHEGA DE TANTO ESPERAR

CANTOO NOSSO CANTO

JOGA NO VENTOUMA SEMENTEGENTEOLHA ESSA GENTEOLHA ESSA GENTE/OLHA ESSAGENTEDEPOIS DA CHUVA O SOL DAMANHÃ

CANTOE O NOSSO CANTOJOGA NO VENTOUMA SEMENTEGENTEOLHA ESSA GENTEOLHA ESSA GENTE/OLHA ESSAGENTE

TE QUERO ÁGUA PRA BEBERUM COPO D'ÁGUAMAROLA MANSA DA MARÉMULHER AMADATE QUERO TERRA PRA PLANTARTE QUERO VERDETE QUERO CASA PRA MORARTE QUERO REDEDEPOIS DA CHUVA O SOL DAMANHÃ

CHEGA DE MÁGOACHEGA DE TANTO PENARCHEGA DE MÁGOACHEGA DE TANTO PENAR

Gonzaguinhaem duetocom ElbaRamalho

Caetanoe Simone,

um encontro

Robertoe Erasmo,

no estúdio

compenetrada:a última a chegar

Chicofez parte da

letrae cantou

com Fafá

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APFONSO ROMANO DE SANTANNA

Eppur si

muove

Para Leonardo e Clodovis Boff

NÁO

se pode calar urahomem.

Tirem-lhe a voz, res-tará o nome. Tirem-lhe o nome, eem nossa boca restará a sua antigafome.

Matar, sim, se pode. Se podematar um homem.

Mas sua voz, como os peixes,nada contra a corrente, a procriarverdades novas na direção contrá-ria à foz.

Mente quem fala que quemcala consente.

Quem cala, às vezes, re-sente.Por trás dos muros dos dentes,edifica-se um discursotransparente.

Um homem não se ca-la com um tiro ou mor-daça.

A ameaça só faz falarnele o que nele está la-tente.

Ninguém cala nin-guém, pois existe o in-consciente. Só se deixaenganar assim quem agemedievalmente.

— Como se faz paracalar o vento, quando elesopra com a força domento?

Não se pode caçar a palavra aum homem, como se caça às feraso pêlo e o chifre na emboscadadas savanas.

Não se pode, como a um pás-saro, aprisionar a voz humana.

A gaiola só é prisão para quemnão entende a liberdade do não.

Se a palavra é uma chave, quefala de prisão, o silêncio é umaave, que canta na escuridão.

A ausência da voz, é mesmo.

assim um discurso. É como um riovazio, cujas margens, sem água,dão notícia de seu curso.

No princípio era o Verbo —bem se pode interpretar: no silên-cio era o Verbo, e o Verbo dosilêncio só fazia verberar.

Na verdade, na verdade vosdigo: mais perturbador que a falado sábio, é seu sábio silêncio, seusilêncio con-sentido.

O que fazer de um discursointerrompido?

Hibernou? Secou na boca,contido?

Ah, o silêncio é um discurso

À MESA, COMO CONVÉM

Festival

gastronômico

de culinária

francesa

Apicius

6

-W/1

pensa- invertido, modo de falar alto oproibido.

O silêncio, depois da fala, nãoé mais inteiro. Passa a ter duplosentido. É como um fruto proibi-do. Comido, não pela boca, maspela fome do nosso ouvido.

Se um silêncio é demais, quan-do é de dois, geminado, mais quesilêncio, é perigo. É uma forma deruído.

Por isto que o silêncio dealgumas consciências, quandopassa a ser ouvido, não é silêncio,é estampido.

OSTA a saúva do Bra-sil e este de inutilida-des. Gostamos de: Mi-nistro da Cultura,

Academia Brasileira de Letras,fogos de artifício, FUNARTE efestivais. São coisas que ajudam apassar o tempo e, nos distraindocom assuntos fúteis,,afastam amente do essencial. É distraçãolouvável. Pois que pode trazer debom ficarmos remoendo ad eter-num parcas monotonias, propí-cias à úlcera e à indigestão? Quecoisa estranha é esta de se acharque artistas fazem arte, escritoresescrevem e restaurantes servemcomida! Seria insuportável. Defazer cabecear de tédio um escar-got. (São bichinhos, me contam,extremamente sensíveis aos abor-recimentos de origem cerebral.Não suportam sequer um teore-ma e podem ser extintos só comuma página de Descartes ou atémesmo um artigo de fundo).

Disse já não me lembro qualpersonagem de romance antigoque de viver se encarregam oscriados. Pois aqui.é assim. Dasletras se encarrega a Academia e,às vezes, a Revista do Brasil,orquídea do governo estadual;das artes, a FUNARTE e, dacultura, um ser que fica sentadoem Brasília distribuindo verbas,acho eu. São flores — com exce-ção da Academia — de nossoalegre frenesi estatal.

Quanto à rotina dos restau-rantes, dela se encarregam os fes-tivais.

Pululam ultimamente. E, dasvárias pseudo-atividades da áreacultural, ainda é a menos fútil.Servem, sem dúvida, os festivais'para chamarem a atenção daslínguas para algumas criações li-gadas à coisa palatal. (Já a FU-NARTE serve unicamente parafazer viver seus funcionários enisto esgota sua razão de ser e suaverba também.)

Mas vamos voltar aos festi-vais. Ainda nem acabou o que

l )\ JVL ex.

promove uma Nova Cozinha Bra-sileira e já pipoca, no últimoandar da Casa de França, o Festi-vai Gastronômico de CulináriaFrancesa. Que apresenta ele? Na-da mais que uma repetição dospratos que serviam no Le Gascog-ne, ótimo restaurante aue deixoude existir na Xavier da Silveirapara ceder lugar a uma pequenaabominação gastrointestinal queatende pelo nome de La Stalla.Nunca entendi porque o Le Gas-cogne deixou de existir. Imaginoque pelas mesmas razões práticasque fazem seu dono, o competen-te chef Dominique Raymond ima-ginar que terá sucesso convencen-do as pessoas a irem à cidade denoite só para comer. Coisa quenunca se viu. Mas que seria inte-ressante ver, pois a casa merece.

É uma casa da qual gosto.Tem uma decoração francesa emestilo Regência âe navio, absolu-tamente demodée, que me abre oapetite. Infelizmente acho que sóo meu. Que é restaurante caro,funciona só no almoço e, comessa mania, que é geral, de ga-nhar muito dinheiro, quem o temnão gosta de gastá-lo em almoçosno Centro. Por causa disso, su-cumbiu o Aviz e, no mesmo lugardeste Les Champs Elysées, algu-mas outras casas, inclusive a ori-ginal, que se chamava simples-mente Maison de France.

De algum tempo para cá, orestaurante está sob o comandodo chef Dominique Raymondque, temo eu, se aborrece bastan-

te só servindo almoços. Daí terinventado o festival, para mostraro que sabe. E sabe bem.

São quatro pratos, pouco decada um. Começam com o me-lhor. Trata-se de uma excelente,untuosa e cheia de sabor (talvezaté um pouco forte de mais) sopade lagostas. Vem depois uma ra-zoável Salade Landaise, com seusfígados de frango e alfaces, pre-parando espaço para um corretís-simo feuillete de peixe. E perfeitae muito saborosa a delicadamousse que recheia o folheado —surpreendente obra do chef-ajudante João Marcelo.

As boas surpresas acabam aí.Depois do folheado, para abrircaminho a outros pratos de maiorsolidez, vem, como entremet, umsorbet de limão e vodka que,

além de dispensável, é doce de-mais para estar no miolo do jan-tar. Preparado o estômago, chegao filé-mignon com molho de caça,que nada tem de interessante acontar. (Embora seria injusto di-zer que é coisa malfeita. Deixa-secomer, mas poderia fazê-lo emlugar menos arrebitado que umfestival gastronômico.) Enfim, assobremesas chegam e o fazem emgrupo de três: há uma pêra aovinho, uma profiterole de choco-late e um feiulleté de maçã. Exce-lente e último.

Resumindo: serve o festivalpara mostrar como a cozinha dacasa pode funcionar bem. Poderiater continuado em Copacabanasem nos fazer gastar gasolina.Mas já que esta na cidade, étorcer que continue assim.

FESTIVAL GASTRONÔMICO DE CULINÁRIA FRANCESA'LES CHAMPS ELYSÊES. Rua Presidente Antonio Carlos. 58/12° Tel. 2204129

Cozinha * * * Ambiente

AMBIENTE — Luxo sóbrio e agra-dável. Lembra a sala de jamar de umnavio.SERVIÇO—Correto. Bem que seriadispensável um ridículo guardanapi-nho de papel embaixo da taça da sopade lagosta. Parece botequim.PRATOS RECOMENDADOS — Ofestival tem um menu fixo de 4 pratos,entremet e sobremesa.PREÇO — O menu fixo, sem bebi-das, custa Cr$ 65.000 per capita.HORÁRIO — Normalmente, o res-taurante só abre para almoço, de

segunda a sexta. Este festival estásendo realizado à noite, inclusive aossábados e vai até 17 de maio. Domin-go, 12 de maio, há almoço para o diadas mães.ESTACIONAMENTO — À noite,não é difícil estacionar na PresidenteAntonio Carlos.

CONVENÇÕES— COZINHA:?ruim ?? razoável, ??? boa, **** multoboa, ***** excelente. AMBIENTE: • sim-pies, •• confortável, ••• muito confortável.—m luxo. m— muito luxo.

Moleton:ojeito descontraído de vestira criançada.

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Rio de Janeiro — Domingo, 12 de maio de 1985

Por que

não volto ao Vietnam

DAS

muitas lembranças deguerra que eu trouxe do Viet-nam do Norte, quando lá esti-ve em 1968, guardo ainda

uma cigarrcira, uma calçadeira e um pentede metal. Metal de avião americano derru-bado.

Quando cheguei a Hanói e me vidiante desses objetos, achei que eraminteressantes mas um tanto macabros.Constatei, depois, que eram menos troféusde guerra do que artigos de comércio. Opaís paupérrimo, mergulhado na furiosa edelirante guerra que lhe impunham osEstados Unidos, poupava tudo, economi-zava tudo, usava tudo que pudesesse ren-der alguma coisa. Confirmei essa impres-são ao ler no JORNAL DO BRASIL de Iode maio a matéria sobre a celebração, noVietnam, dos dez anos do fim da guerra.Há no texto uma referência a Nguyen VanPhuc, de 25 anos, que "maneja o malhonuma fábrica que transforma antigo mate-rial de guerra americano em aço novo". Eo diretor da fábrica informou: "Nós pode-mos continuar fazendo isso durante anos.Nas florestas e rios há equipamento queainda nem começamos a procurar".

O dilúvio das bombas americanas des-pejadas sobre o país pequeno e magro, osbandos de bombardeiros e helicópterosderrubados, as manadas de tanques enca-lhados na floresta acabaram por enterrarfundo, no corpo do Vietnam, uma mina,uma jazida de minério de ferro. Essareserva minerai, que durante a guerra jáproduzia souvenirs, agora produz aço paraa indústria.

Outra coisa que confirmo, ao acompa-nhar o noticiário da comemoração davitória vietnamita, é a curiosa impressãoque tive em 1968, e que anotei em meusdiários: a da admiração dos vietnamitaspelos americanos, é claro que fazendoquestão de separar o povo, a gente, queadmiravam, do governo que os bombar-deava e massacrava. No discurso que pro-nunciou em Ho-Chi-Minh, a antiga Sai-gon, o secretário-geral do Partido Comu-nista, Le Duan, cumprimentou "o povoprogressista dos Estados Unidos" e afir-mou que nada deseja mais do que normalí-zar as relações do Vietnam com os EstadosUnidos, em nome da paz e da estabilidadedo Sudeste asiático. Le Duan me fez

• lembrar o próprio Ho-Chi-Minh, que, nasua proclamação da Independência, de1943, empregou como abertura palavrasdá Declaração da Independência dos Esta-dos Unidos. Atacado o país pelos america-nos, Ho não deixou que tocassem naspalavras de Jefferson. Pobre Ho. Educadonos ideais franceses de liberdade, igualda-de e fraternidade, teve de guerrear osfranceses. Depois, a despeito de seusideais americanos da igualdade entre oshomens e do direito à busca da felicidade,teve de guerrear os Estados Unidos.

Acabou forçado a pôr de joelhos osfranceses, em Dien Bien Phu, em 1954, eos americanos em Saigon, em 1975.-Ho,naturalmente, morto em 1969, não presen-ciou a derrota final dos americanos, masmoldou-a com suas próprias mãos. Hoje,Saigon ostenta seu nome, enquanto seusrestos mortais repousam em Hanói, numgrande monumento. A revista Time, que,na edição de 15 de abril passado, dedicou àguerra do Vietnam uma excelente (doponto de vista americano) reportagem-balanço, descreve a tumba de Ho como"uma espécie de réplica abrutalhada, emconcreto, do Memorial de Lincoln". Pelafoto do monumento fúnebre que a revistapublica, não há como divergir da descri-ção. Mesmo assim paira sobre o monu-mento de Ho um pouco do caráter pensati-vo e sonhador do Lincoln Memorial. Tra-ta-se do espírito de Ho. E do de Lincoln.

Além de destacar os números america-nos da guerra (58 mil mortos, 300 milferidos, US$ 150 bilhões de gastos) Timeprocura identificar, quase em termos deJânio Quadros tentando explicar a renún-cia, as forças ocultas. Escreve a revista:"Houve, naquele.tempo, uma certa eestonteante proximidade da morte — es-trelas do rock como Janis Joplin e JimiHendrix desmoronaram no excesso dedrogas, como se dramatizassem o temaguerreiro de uma juventude fulminada

Dezessete anos depois, o enviado espe-

ciai do JORNAL DO BRASIL ao Viet-

nam do Norte faz uma reflexão sobre

sua viagem e recorda o outro lado da

guerra que abalou o Sudeste Asiático

pela degradação e a falta de sentido dascoisas". O horror da juventude americanadiante do violento machismo da guerra deagressão americana teria provocado a rea-çáo subliminal dos cabelos compridos edos colares dos hippies, que, se efeminan-do, procuravam ficar diferentes da solda-desça. Isso, naturalmente, era o protestodos jovens que ficavam em casa, porque,como lembra também Time: "Os filhosdos pobres e da baixa classe média é queem geral lutavam. Os filhos das classesprivilegiadas tratavam de adiar a conscri-ção, a pretexto de cursarem uma faculda-de, ou de subornar médicos que lhesfornecessem um atestado de incapacidadequalquer".

O

OUTRO LADO DA GUER-RA — E os vietnamitas que,contra todas as predições eprevisões, ganharam a guerra:

que disseram eles, no dia 30 de abril,aniversário da vitória? Sem Time, semJanis e Jimi, como relembraram eles suafabulosa história de valor, uma históriaque foi capaz, enquanto durou, de restau-rar um pouco a confiança da gente naespécie à qual pertencemos? Quem sabe oque disseram, e sobretudo o que pensou opovo, se eles não têm UPI, nem AP, nemReuters? Eles não choram 58 mil mortos,como os Estados Unidos, e sim 1 milhão e500 mil mortos. A União Soviética, aChina, a Alemanha Oriental gastaram di-nheiro no Vietnam durante a guerra, éclaro, mas eles próprios, os vietnamitas, sógastaram o que possuíam, isto é, seusangue, seu suor, suas lágrimas.

Hoje, no .entanto, mal sabemos o quedizem eles, ao brindarem, como hão de terfeito, com lua moi, que é sua cachaça dearroz, a espantosa vitória de 1975, empur-rando literalmente mar afora os últimosamericanos que insistiam em ficar emSaigon. Só sabemos que, ao contrário deCuba, por exemplo, que pdde se voltar,depois da luta, para as artes da paz e daconvivência internacional, o Vietnam, co-locado no mapa embaixo da gigantescaChina e historicamente atado à URSS,ainda não conseguiu se voltar para nadaque não seja a interminável guerra indo-chinesa. O Brasil, com 130 milhões dehabitantes, tem cerca de 300 mil homensem suas forças armadas, e todos sabemos otrabalho que dão. O Vietnam, com poucomais de 50 milhões de habitantes, mantémum exército de 1 milhão e 200 mil homens.E o quarto exército do mundo, em seguidaao da URSS, da China e dos EstadosUnidos.

Na sombria e desdenhosa página queconcede, na enorme reportagem, ao atualVietnam, Time descreve a pobreza dosvietnamitas e demonstra satisfação ao no-tar a diferença ainda existente entre Ha-nói, no norte ascético, e Ho-Chi-Minh, nosul, que ainda conserva antigos encantossaigoneses de mercado negro, prostitui-ção, joie de vivre. Depois acrescenta:"Mesmo assim, algo de ocidentalismocultural se filtra até o norte. Fitas cassetede música pop americana são tocadas emtoda parte. Mais extraordinário ainda, osraros visitantes americanos são tratados,onde quer que estejam, com respeito, e,freqüentemente, com espontâneas mostrasde afeição".

Os americanos que me dèsculpem seacharem descabido que, pelo simples fatode ter ido a Hanói em 1968, eu me invistaagora da autoridade de dizer a eles qual foi

' realmente o erro que cometeram no Viet-nam: foi o de não terem notado, nosvietnamitas, a propensão à cultura ociden-tal e a afeição pelos americanos de queeram capazes, pelo que ouvi deles, quando

Quando estive em Hanói entrevistei,na prisão, o tenente-coronel aviador HughAllen Stafford, baseado no porta-aviõesOriskany. Stafford tinha sido derrubado eaprisionado quando bombardeava, emagosto de 1967, o porto de Hanói, Hai-phong. E também trouxe de volta comigo,a mim confiadas pelas autoridades vietna-mitas, as preciosas cartas, escritas às res-pectivas famílias, de outros 46 aviadoresamericanos presos. As cartas eram precio-sas porque, para seus destinatários, signifi-cavam simplesmente que os remetentesestavam vivos. O JB entregou as cartas aoConsulado dos Estados Unidos, para queas encaminhasse. Recebi depois, dos Esta-dos Unidos, algumas cartas doces e aflitas,de mulheres dos pilotos. Queriam, demim, notícias detalhadas, que eu não po-dia dar porque não tinha estado com osmissivistas.

JL-*

os conheci durante a guerra. E que, pelovisto, continua viva, apesar do milhão emeio de mortos.

Minha

viagem a ha-NÓI — Foi exatamentepor achar que o outro ladoda guerra, o lado vietnami-

ta, era inteiramente ignorado no Brasil,que em 1967 pedi ao JORNAL DO BRA-SIL, onde era editorialista, que me man-dasse lá. Aliás, pedi não é bem o caso. Eudisse ao meu amigo e então também chefeNascimento Brito que o JB, que só conhe-cia a guerra do Vietnam através das agên-cias americanas, devia mandar alguém aoVietnam do Norte, a Hanói. Se eu estives-se blefando, teria ficado um tanto semjeito, já que o Brito, aceitando na horameu argumento, perguntou de chofre seeu topava ir.

Ao cabo de dez meses que passeisolicitando o visto de Hanói, com idas evindas a Londres e Paris para encontroscom representantes do Vietnam, conseguio precioso visto. Tomei, em Paris, oBoeing da Air France que me levou aPhnom-Penh, no Camboja (acho que sechama Campúchea, agora), onde reinavaentão o príncipe Norodom Sihanuk, quedenominava seu próprio governo um bu-

dismo socialista. Enquanto eu esperava,em Phnom-Penh — em geral no bar doHotel Royal — o avião semanal que deviame levar, finalmente, à Terra da Promis-são, tomei o maior susto e temi que, comoMoisés, fosse ver Canaã só de longe. Euprecisava obter, do Ministério de RelaçõesExteriores do Camboja, o laisser-passerpara continuar viagem, e um funcionário,depois de examinar meu passaporte, ba-lançou negativamente a cabeça. Não medava o salvo-conduto, sem o qual eu nãoembarcaria no único avião que ia a Hanói,porque o Brasil havia rompido relaçõesdiplomáticas com o Camboja. Perguntei,estupefato, quando é que isso tinha ocorri-do. Mas o funcionário, já me olhando umpouco como alienígena indesejável, se li-mitou a dizer que era coisa muito recente.Descobri, em seguida, que ele tambémnão sabia que razão podia ter levado Costae Silva, de um lado, e Sihanuk, do outro, ase arrufarem, quando ninguém tinha to-mado conhecimento da briga, em Brasíliaou Phnom-Penh. E, com certa veemênciae autoridade, pedi ao funcionário que sedignasse constatar, no meu passaporte, orégio, rebuscado carimbo da Embaixadado Camboja em Paris. Eu tinha até, acres-centei, tomado café com o embaixador.Consegui o laisser-passer e até hoje estouconvencido de que ninguém, acho que

nem no Itamarati, sabe por que andamos•brigados com o Camboja.

Quanto ao Vietnam, quanto ao banhode mar que tomei no golfo de Tonkim,com a Sétima Esquadra americana embu-çada no horizonte; quanto às cavernasonde os vietnamitas escondiam segmentosde suas fábricas desmembradas, para queas bombas não destruíssem tudo; quantoaos povoados do interior, tão parecidoscom o Brasil, tudo isso, que descrevi nasreportagens do JB e depois no livro Viet-nam do Norte: advertência aos agressores,compensou largamente as esperas e ossustos. Só qiiero acrescentar aqui, pois issoescapou ao texto das reportagens e dolivro, que, além das fábricas, os vietnami-tas guardaram também, para que nãodesaparecessem nos bombardeios, os pia-"nos do país. Só vim a saber disto ao ler em1981, no The New York Times, a entrevistadada por Dang Thai Son, jovem norte-vietnamita que acabava de ganhar o pri-meiro lugar no concurso Chopin, de piano,em Varsóvia. Dang se lembra de que,quando tinha seus 8 anos, seu conservató-rio de música em Hanói foi evacuado emmassa, tanto os 700 estudantes como os 60pianos, para que sobrevivessem os músicose a música. Dang disse ao Times quegostaria de tocar nos Estados Unidos, masa falta de relação entre Hanói e Washing-ton o impedia.

RESULTADOS

DA VIA-GEM E REFLEXÕES —Publicadas as reportagens,fui convidado a almoçar pelo

adido cultural americano, John Mowinkle— misto de playboy e C.I.A., assiduíssimofreqüentador das colunas de Zózimo eIbrahim — e pelo adido militar Moura,descendente de portugueses e que falavaexcelente brasileiro. Queriam talvez des-cobrir se eu sabia de alguma coisa que nãotivesse contado por escrito. O almoço foino Leme, no apartamento do Moura.Acho que não descobriram nada.

Minhas relações pessoais com o gover-no dos Estados Unidos — mesmo dçpoisda viagem ao país que ousou derrotá-lo —continuaram muito boas. Estou, sem dúvi-da, classificado pelos americanos entre osintelectuais dados a uma certa excentrici-dade ideológica mas que são, como bonsintelectuais, fundamentalmente inofensi-vos. Quando peço ao Consulado um vistopara ir aos Estados Unidos, concedemlogo. Múltiplo.

Devo acrescentar que já recebi, demais de uma publicação brasileira, a suges-tão de visitar de novo Hanói, ou o Viet-nam inteiro, reunificado em 1975. Nãoaceitei os convites. Não quero ver meusantigos heróis curvados ainda sobre suasmáquinas de guerra, ou, pior ainda, catan-do no chão pedaços de armas e aparelhosamericanos.

E lembro, para encerrar estas notasnum tom mais erudito e ensaístico, que aGrécia nos legou duas guerras imortais. Aprimeira foi a de Tróia, badalativa, inicia-da com o rapto de uma mulher, travadaentre heróis e deuses — uma guerra bri-lhante, inútil, doidivana como a própriahistória do mundo. A outra, a do Pelopo-neso, é a primeira guerra histórica, preser-vada não por um poeta mas pelo primeirohistoriador que podemos considerar mo-demo, rigoroso. Ela serviu, até a guerramundial terminada em 1945, de modelo deguerras, por haver colocado frente a fren-te, numa luta de quase trinta anos, Atenase Esparta, a cidade clara, humanista, e acidade-quartel, sombria, que foi, aliás, aque ganhou a guerra.

No Peloponeso atual as duas cidadessão o império americano e o soviético.Nenhum outro país tem vez, além dos doismastodontes. Menos vez ainda têm paísescomo o Vietnam, pobre, pequeno, malsituado no mapa. Ou como o Brasil,grande, potencialmente rico, mas atrasa-do, apatetado. E o dado novo, se exami-narmos a primeira guerra do Peloponeso ea atual, é que o conflito de hoje se travaentre Esparta e Esparta.

ANTÔNIO CALLADORomancista, autor de Quarup, Reflexos dobaile e Semprevlva, foi o único jornalista daAmérica do Sul a chegar ao Vietnam do Norte

, durante a guerra.

Refugiados, o fim da compaixão

HONG-KONG

— Milhares derefugiados continuam enfren-tando o mar em frágeis embar-cações para juntar-se aos dois

milhões que escaparam desde a vitória doscomunistas no Vietnam, há dez anos. Funcio-nários da ONU e de governos asiáticos di-zem, porém, que esses refugiados estão sen-do vítimas agora do que qualificam de "fadi-ga da compaixão". Em conseqüência disso,385 mil pessoas que esperam nos campos derefugiados de países vizinhos são por asilodefinitivo esquecidas pela simpatia do Oci-dente, enquanto sua ajuda vai para outraspartes do mundo, dizem esses funcionários.

— As quotas que recebemos são cadavez mais baixas. Encontramos cada vez maisdificuldades na obtenção de fundos. As con-tribuiçòes vào agora para a África — oeclaraPeter Meijer, encarregado de negócios doAlto Comissariado para Refugiados das Na-çôes Unidas em Hong-Kong. Além da faltaüc verba, há outra dificuldade, segundo ele:"O temor dos países que oferecem asiloprovisório a essas pessoas de se verem àsvoltas com elementos que não são considera-dos refugiados políticos pelos países ondeeles deveriam ser relocados".

O êxodo começou em 1978, quandoHanói rompeu com Pequim, de onde recebe-ra apoio durante a guerra com os EstadosUnidos. Temendo perseguições, vietnamitasde origem chinesa — em sua maioria comer-dantes — passaram a cruzar o Mar do Sul daChina. Em março de 1979, durante os comba-tes travados pela China e pelo Vietnam nafronteira, cerca de 13 mil barcos de pescasuperlotados e outras embarcações precáriaschegaram às praias e portos de países doSudeste Asiático.

Com a invasão do Campúchea pelo Viet-nam em dezembro de 1978, pondo fim aosquatro anos de reinado de terror do KmerVermelho, novas levas de refugiados cruza-ram a fronteira da Tailândia. Quando a ONUdiscutiu o nroblema em Genebra, em 1979,havia 372 mil pessoas nos campos de refugia-dos. Outros milhares tinham morrido emnaufrágios ou nas mãos de piratas no Golfoda Tailândia.

Países ocidentais concordaram então emdar asilo aos refugiados que se encontravamnos países vizinhos ao Campúchea. De acor-do com estatísticas dos Estados Unidos, qua-se um milhão e 500 mil refugiados foramgelocados entre abril de 1975 e o mesmo mès

deste ano, dos quais 735 mil nos EstadosUnidos.

De acordo com a ONU, 8.394 refugiadoschegaram a países que oferecem asilo provi-sório nos primeiros dois meses deste ano.Mas outros países envolvidos nesse processoestão redefinindo seu conceito de refugiado.O senador Alan Simpson declarou após visi-tar um campo de refugiados da Tailândia,como integrante de uma comissão que estudao assunto:

— Eu diria que temos ali um quadro quese aproxima mais da imigração. Muitas da-quelas pessoas aceitas como refugiados nãose enquadram na definição curta e grossaadotada pela ONU e pelos EUA para essacondição: refugiado é quem está fugindo deperseguições.

Ken Woodhouse. diretor do Departa-mento de Refugiados de Hong-Kong, infor-mou, por sua vez: "Temos o caso de umpescador de Danang que simplesmente seencheu de dar metade do que pescava aogoverno. Não há dúvida de que ele é ummigrante econômico. Contudo, embora suamotivação não seja a de um refugiado, oVietnam não o receberia de volta. e. dessaforma, ele acaba se convertendo em um".

Huynh Nguyet Hoa, de 29 anos, esteveeiitre a multidão que cruzou os portões daEmbaixada dos EUA enquanto os vietcongse norte-vietnamitas se aproximavam. Elaconseguiu escapar do Vietnam na oitavatentativa, pagando o equivalente a 1.200dólares por um lugar em um barco que levavaoutras 84 pessoas, quatro das quais morreramantes que os fugitivos fossem resgatados porum barco francês. Ela explicou o motivo desua fuga:

— Os comunistas perseguiam minha fa-mília. como, aliás, a todos que colaboraramcom os americanos. Eu tinha de pedir permis-são para ir a qualquer lugar. Meu espírito nàoestava livre.

Hoa deixou para trás seus pais e noveirmãos e irmãs. Um dos rapazes foi soldadodo Exército do Vietnam do Sul. No mesmodia em que ela falava à Reuters, um juncotransportando oito refugiados aportoü emHong-Kong. No dia seguinte chegaria umbarco com 106. Poucos dias depois, 47 delesse fizeram ao mar outra vez dispostos aenfrentar qualquer destino que não fossepermanecer indefinidamente internados emum campo de refugiados fechado, medida

adotada a partir de 1982 para impedir a saídadeles para lugares já superlotados.

Hong-Kong tem cerca de 11 500 vietna-;mitas aguardando em campos de refugiadosque algum país lhes dê asilo definitivo. Cercade 40% estão lá há mais de quatro anos, e só200 relocações são feitas mensalmente nosEstados Unidos, na Austrália e no Canadá.De acordo com a ONU, a Tailândia deuabrigo provisório a 633 mil refugiados desdeabril de 1979. Atualmente, 355 mil se acoto-velam em barracas de plástico e bambu noscampos ao longo da fronteira, mas apenas130 mil são considerados refugiados. Os ou-tros sáo civis campucheanos retirados dosenclaves da guerrilha pelo Exército do Viet-nam e rotulados de "pessoas deslocadas tem-porariamente".

Seu futuro é incerto, e elas continuamdependendo de parcas rações, abrigo e assis-tència médica fornecidos pela ONU e poragências de voluntários. Diplomatas infor-mam que centenas de guerrilheiros se volta-ram para o crime e roubam seus próprioscompanheiros refugiados. As lutas na frontei-ra nào indicam que os campucheanos possamvoltar tão cedo a seu país.

A situação dos refugiados em outrospaíses da Ásia é a seguinte: a China aceitou265 mil. muitos de etnia chinesa, que vivemem 176 fazendas estatais; na Malásia. mais deoito mil esperam relocaçáo, e cerca de 200vietnamitas, analfabetos em sua maioria,continuam chegando a cada mês; Cingapuraadotou uma linha dura em relação aos refu-giados, e não permite a entrada de nenhumaembarcação com fugitivos em suas águas; aIndonésia, ressabiada com a tentativa degolpe comunista de 1965, não permite que osrefugiados se estabeleçam em seu território,aceitando-os apenas temporariamente. Em-bora demonstre generosidade com os refugia-dos. o Japão aceita poucos definitivamente.

De acordo com estatísticas americanasaté fevereiro deste ano. os refugiados queobtiveram asilo definitivo estão distribuídosnos seguintés países: Estados Unidos(734.734). China (265.775), Canadá(112.675). França (107.473). Austrália(98.473), Alemanha Ocidental (28.652). In-glaterra (18 860), outros (69.259).

ANGUS MACSWANDa Reuters

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2 o ESPECIAL ? domingo, 13/5/85 JORNAL DO BRASIL

Labirinto da democracia

¦ O pensador mexi-

cano Octavio Paz

distingue Brasil e

México dos outros

países latino-ame-

ricanos: são econo-

micamente dinâmi-

cos e socialmente in-

justos.

DEPOIS

de um depoimento deduas horas perante os seisjuizes da Câmara Nacional deApelações no Correcional e

Criminal Federal da Argentina, a físicaAdriana Calvo de Laborde, 37 anos, fuma-va nervosamente na ante-sala quando umrepórter alemão lhe perguntou o que acha-va do julgamento dos comandantes milita-res em que testemunhara.

— Esta é a única forma viável de secorrigir tudo o que aconteceu — disse,calmamente, a mulher, que, pouco antes,comovera todos os presentes ao tribunalcom a história dramática de seu parto,num carro de polícia, a alta velocidade, naestrada que liga sua cidade, La Plata, aBuenos Aires. O carro só parou, à frentedo laboratório Abbott, para que nascessesua filha, Teresa, hoje com 8 anos.

A opinião curta e sincera da mulherque comovera repórteres, promotor e atéadvogados da defesa dos nove comandan-tes das três Juntas Militares que governa-ram a Argentina de 1976 a 1982, é bem umresumo do que se começa a viver em trêsdos países mais importantes do Cone Suldo subcontinente latino-americano: o im-pério da lei como forma de conciliaçãonacional. Nesses três países — Argentina,Brasil e Uruguai — a democracia volta abalbuciar suas primeiras palavras, enquan-to sáo observados os passos trôpegos que acriança dá em outro país vizinho, o Peru.

O doce poeta, filósofo e cientista poli-tico mexicano Octavio Paz, que está noBrasil, depois de passar pela Argentina epelo Uruguai, tem esperanças de que acriança viva, de que não haja mais algunsdos incontáveis abortos com que os paísessul-americanos foram obrigados a conviverneste século de governos democráticossistematicamente substituídos por regimes9autoritários comandados dos quartéis. Pazvai ao âmago da questão quando indicacomo problema principal para o fortaleci-mento da democracia nesses quatro paísesa solução da complicada equação em quese equilibra a prosperidade econômicacom a liberdade política e a justiça social.

Bombas matam operários numa fábri-ca de equipamentos bélicos no porto deBuenos Aires. Um tiro se aloja na cabeçado presidente do júri nacional de eleiçõesem Lima, no Peru. Inquietam-se os quar-téis em Montevidéu. Operários grevistasmantêm em cárcere privado mensalistas daGeneral Motors, em São José dos Cam-pos, São Paulo. O terrorismo e a convul-

são social começam a dar seus vagidos detal forma que as tentações golpistas seaguçam.

No Peru, o medo se isola nas monta-nhas de Ayacucho, atende pelo nomesignificativo de Sendero Luminoso e seinspira vagamente nas idéias revolucioná-rias de Lev Davidovitch Bronstein, o sofis-ticado intelectual e o inflamado oradorque arrastou as passas russas para a revo-lução de 1917. É sua efígie que adoram osjovens dirigentes sindicais que mantiveramos mensalistas da GM de pé, na chuva,durante toda a noite, sob insultos, no pátioda fábrica no Vale do Paraíba.

Na Argentina e no Uruguai, o medovem dos quartéis mesmo. A revista"ElPeqodista" publicou, semana passada, oque todo mundo na Argentina está cansa-do de discutir: as bombas que explodirampequenas sedes de partidos eleitoralmenteinsignificantes, as instalações da RádioBelgrano e a fábrica de armas do porto sãodistribuídas por tentáculos terroristas deum corpo cujo cérebro está na cadeia.Seria o General Ramón Camps, o célebreex-chefe de Polícia de Buenos Aires, o"agent provocateur" que deseja com osatentados aniquilar a incipiente democra-cia do Presidente Raúl Alfonsín.

A

democracia, por sua natureza,se submete ao perigo perma-nente, por ser um regime quese conquista no dia-a-dia. Es-

ta é uma das lições que o poeta mexicanoOctavio Paz trouxe para suas palestras emBuenos Aires, Montevidéu e São Paulo. Eesse perigo, pode se acrescentar, não estáapenas na sede de sua destruição pelosinimigos, mas até mesmo no bojo de suaprópria natureza de ser. No caso argenti-no, as aventuras golpistas não são o princi-pai obstáculo para que o Governo Alfon-sín quebre o círculo vicioso de regimes

democráticos substituídos por governoseufemisticamente conhecidos como "defato".

O germe destruidor do sistema demo-crático contemporâneo na Argentina ali-menta-se muito mais da inércia e da in-competência com que o Governo Alfonsínenfrenta a dramática situação econômica esocial do país do que dos sonhos aventurei-ros dos grupos da direita civil que cantamde sereia para os comandantes militaresinterromperem o processo institucionalinstalado em dezembro de 1983.

Justiça seja feita. A herança de Alfon-sín tem demasiado peso para os frágeisombros da aliança política antiperonistaque conquistou o poder pelas urnas em1983. O liberalismo bastardo de Martinezde Hoz foi um golpe fatal para a indústriaargentina e a economia do país vizinhoestá na UTI, com os pulmões sem muitacapacidade de absorver oxigênio. A Ar-gentina deve algo entre 43 e 47 bilhões dedólares e simplesmente não tem comopagar a dívida, porque sua capacidadeprodutiva foi reduzida a níveis mínimos e ainflação crônica transforma a especulaçãofinanceira e cambial na única atividadepossível de sobrevivência.

O Peru padece do mesmo mal grave,"terminal", como diriam os médicos deemergência. O Governo de Belaunde Ter-ry, eleito livremente em 1980, destruiu oainda débil parque industrial nacional nu-ma tentativa desesperada de corrigir oserros cometidos na década anterior pelosregimes militares de Velasco Alvarado eMorales Bermudez, parcialmente respon-sáveis pela destruição da agricultura pe-mana, graças a uma reforma agrária quese apoiava apenas em "slogans" e resultounuma avassaladora improdutividade agrí-cola.

A falta de uma resposta clara e defini-da do governo da União Cívica Radical na

Argentina ao estado agônico em que seencontra sua economia, por obra e graçadas políticas econômicas adotadas duranteo regime das quatro juntas dos comandan-tes das Forças Armadas, provoca um de-sespero popular que tanto pode desembo-car numa derrota eleitoral como numaperigosa descrença coletiva que facilite aaventura golpista.

Parece evidente que, embora até omomento o Governo federal não tenhaapresentado suas armas no combate daeconomia, a democracia brasileira nãopadece da mesma debilidade, pelo menosno mesmo grau. A indústria nacional nãofoi destruída pela política econômica auto-ritária, que adotou as minidesvalorizaçõesdo cruzeiro ante o dólar como fórmulasuficiente de manter os atrativos aos invés-timentos internos e externos na produção.A febre da inflação estimula aqui como namargem direita do rio de La Plata aespeculação, mas a produção não é aindano Brasil uma atividade praticamente semlucro como já é na Argentina, que regis-trou uma inflação de mais de 30% no mêsde abril.

Brasil e Argentina poderiam, ambos,aprender bastante com a lição do Peru.Cinco anos depois da volta ao regimedemocrático, os peruanos deram 70% deseus votos a propostas políticas de esquer-da, seja a mais moderada e reformista doAPRA de Alan Garcia Perez, seja aradical e revolucionária do marxista Al-fonso Barrantes de Lingan. Com a econo-mia anêmica por causa da sangria provoca-da pela abertura indiscriminada de seusportos inspirada no liberalismo vesgo dosmonetaristas sob a batuta' de BelaundeTerry, os peruanos exigiram mudançaspelo voto e o "Delfim" de Victor RaulHaya de Ia Torre, Alan Garcia Perez, estácomprometido até o pescoço com taisreformas estruturais.

No Brasil, as convulsões sociais provo-cadas pela epidemia paredista apontammais na direção das mesmas exigências doque na facilidade ao golpismo, emboracontinue válido o aviso sábio do poeta devuelta, Octavio Paz, que lembrou que asaventuras militares latino-americanas são,em muitas de suas causas, provocadas pelasanha radical de grupo minoritários, pre-gadores de utopias geométricas, que que-rem impor pela força de seus punhos suaspróprias intolerâncias ideológicas.

Na Argentina, fortalecem-se os gruposde propostas ideológicas, à esquerda e àdireita, frente à precariedade do arcabou-ço político de sustentação da União CívicaRadicai de Raúl Alfonsín. O restabeleci-mento do império da lei, orgulhosamentereconhecido pelo depoimento da ex-detidaAdriana Calvo de Laborde, é uma formaboa, justa e civilizada de enfrentar onecessário fechamento das feridas abertaspela "guerra suja" dos anos 70 entre"montoneros" e Forças Armadas. Não ésuficiente, contudo.

Se os líderes políticos argentinos —sejam'discípulos radicais de Hipolito Iro-goyen, sejam deserdados do peronismo,sejam as crescentes massas intransigentescomandadas por Oscar Alende — nãotiverem uma resposta adequada e urgentepara a equação proposta por Octavio Paz— prosperidade com liberdade e justiça —o regime democrático pode ser menosdurável lá do que todos desejamos.

O mesmo problema apresenta-se emtoda a sua dimensão e toda a dramaticida-de ao Governo que começa a se comporem torno da mesa do maranhense JoséSarney. "O Brasil e o México são paísesque se distinguem dos outros da AméricaLatina por seu dinamismo. Tiveram umdesenvolvimento econômico único nos úl-timos anos. Mas se destacam tambémpelos contrastes. Tal desenvolvimento,

aqui e no México, ocorreu de forma maisinjusta e desigual do que nos outros paíseslatino-americanos", disse, em São Paulo,Octavio Paz, em sua primeira viagem aoPaís. O alerta do autor de Signos cmRotação deveria constar da agenda detodos os ministros que Sarney herdouÂlaconciliação trancredista. E deveria ser "otema central de todas as reuniões i&sparlamentares que compõem o poder le-gislativo da Nova República. Dentro 4atolerância, que torna a democracia o maisjusto dos regimes, é preciso achar umafórmula em que não se obrigue a socieda-de a pedir mais uma vez um estado fóftepara que haja um mínimo de justiça soeial.

NOS

temos de recorçjie-cer, infelizmente, quo ademocracia, feita pelaburguesia, no século

XVIII, concentrou riquezas e excluiu tan-to a classe trabalhadora que praticamentetornou inevitável a marcha da classe opc-rária na direção do estado forte paragarantir suas conquistas. O liberalismo éuma visão'do século XIX e temos "de

pensar agora em novas saídas, soluçõesmais criativas. O estatismo também. ..Ademocracia deve ser o espaço livre da açãoindividual, mas também o espaço da ação'coletiva. Só entendo democracia como umregime que promova o jogo livre dasforças sociais. Democracia significa direitode associação e de expressão mas tambémdireito de greve, de pressão das classestrabalhadoras por melhores condições devida e de trabalho — rezou Octavio Paz,em sua passagem por São Paulo.

O pensador do Labirinto da Solidãoacha que a social-democracia foi um bpmcaminho para a Europa e cita seu amigoVictor Serge, o único dissidente que Stalindeixou escapar ao Gulag, como testemu-nha de que os sociais-democratas europeusfizeram mais pelos trabalhadores do queos bolchevioues, grupo a pertenceu o pró-prio Victor Serge. Mas acha que a social-democracia não é a única alternativa. Háoutras. E apela para a criatividade dospovos e dos partidos políticos na soluçãodessa grande charada em que se transfor-mou a democracia na América Latina.

A um mês das eleições na Bolívia,'emque mais uma vez a competência ou in-competência de um governo será julgadapela inapelável pena da vitória ou daderrota eleitoral, a peregrinação do poetae ensaísta mexicano pelo Cone Sul poderiaservir de ponto de partida para uma gran-de discussão, a única força capaz de man-ter em bom estado os sinais vitais dodebilitado organismo democrático latjrio-americano. O atraso na adoção de medi-das terapêuticas só vai piorar o estado dopaciente. A insatisfação popular, que ppdedesaguar numa greve geral a 23 de maio,.eas bombas do terrorismo mal intenciona-do, são o exemplo mais cru do resultadode tal atraso na vizinha Argentina. Pensare agir, com tolerância e humildade, pare-cem ser os mais adequados tratamentospara o momento.

JOSÉ NÊUMANNE PINTORepórter do JORNAL DO BRASIL em SàoPaulo. Esteve, em abril, no Peru, para cobrir aseleições presidenciais e, na Argentina, para o

julgamento dos militares.

Cuba fura o bloqueio dos EUA

¦ Cuba aproveita

a miopia dos EUA

e sai do isolamento

político e diplomá-

tico. Várias nações

latino-americanas

já deram os pri-meiros passos parao reatamento de

relações.

A

grande notícia desta têmpora-da no hemisfério, vinda deHavana, e que aparentementepassou desapercebida do Go-

verno Reagan mergulhado em sua obses-são com a Nicarágua, é a rápida emergên-cia de Cuba de um quarto de século deisolamento político e diplomático da Amé-rica Latina.

Além do mais, os Estados Unidos, quetrabalharam tão arduamente todos estesanos para manter Cuba isolada, agora seencontram cada vez mais alienados docontinente, porque os latino-americanosestão convencidos de que o Governo Rea-gan não se importa com sua tremenda criseeconômica, o que não acontece com FidelCastro.

Em termos históricos, a mudança dasatitudes latino-americanas em relação aoPresidente Castro são muito mais impor-tantes do que, por exemplo, a derrota deReagan no Legislativo na questão dos 14milhões de dólares de ajuda aos "contras"da Nicarágua. A impressão é que o Gover-no norte-americano não compreende, nemremotamente, este fato e seu perigosoimpacto a longo prazo para a influênciados EUA na região.

Consideremos os seguintes aconteci-mentos, todos ocorridos no mês de abril:

• Leon Febres Cordero Rivadeneira,Presidente do Equadoí, de centro-direita,tornou-se o primeiro chefe de estado eleitoda América Latina a visitar Cuba desdeque Castro assumiu o poder há mais de 26¦nos (presidentes mexicanos já estiveramem Havana, mas o sistema político doMéxico não é um exemplo de democraciarepresentativa). O resultado foi um acordopúblico dos dois presidentes, segundo o

Ciro

qual as diferenças ideológicas não devemimpedir a nova unidade da América La-tina.• O Ministro de Relações Exteriores daColômbia, Augusto Ramírez-Ocampo, foia Havana entregar uma carta do Presiden-te Belisario Betancur^conservador, e.dis-cutir a situação nicaragúense com Fidel.Na mesma época, o Presidente da Nicará-gua, Daniel Ortega Saavedra, estava —secretamente — em Cuba. O governocolombiano ainda enfrenta os guerrilhei-ros esquerdistas em seu país, não mantémrelações diplomáticas formais com Hava-na, mas Fidel e Betancur freqüentementese consultam por telefone — e Betancuracredita que Havana deve se envolverdiretamente no processo diplomático de-senvolvido pelos países do Grupo de Con-tadora (Colômbia, México. Panamá e Ve-nezuela) em busca de um acordo na Amé-rica Central. Castro já afirmou publica-mente sua disposição de fazer parte dogrupo, mas os Estados Unidos sáo contraesta participação, baseados no discutívelargumento de que os cubanos são osculpados por todos os explosivos proble-mas da América Central.

Pouco após sua posse como o primeiropresidente eleito do Uruguai depois demais de dez anos de ditadura militar, JuiioMana Sanguinetti cancelou a proibiçãodas relações comerciais de seu país comCuba. Montevidéu planeja reatar relaçõesdiplomáticas com Havana e uma missãocomercial cubana já está instalada na capi-tal uruguaia.

Desde a eleição de Raúl Alfonsín comoo primeiro presidente democrático da Ar-gentina depois de oito anos de ditaduramilitar, as relações entre Buenos Aires eHavana foram muito fortalecidas, e ocomércio entre os dois países está muitoativo. A Argentina fornece créditos deexportação a Cuba e recentemente o maispopular cantor cubano, Silvio Rodríguez,conquistou Buenos Aires com seus espeta-culos — numa visita que teve implicaçõespolíticas.

Também em outras partes do conti-nente a aceitação de Cuba está aumentan-do. não por causa de simpatias socialistasmas motivada pelo disseminado sentimen-to de que a América Latina deve cuidar deseu próprio destino.

Castro, com muito talento, tem enco-rajado este sentimento, e sua posição nosfreqüentes pronunciamentos sobre a gravecrise econômica do continente é a de um.velho estadista. Mas não há dúvida: quan-do Fidel fala, os latino-americanos escu-tam. Sua declaração numa entrevista aojornal mexicano Excelsior, em março últi-mo, de que a dívida externa da AméricaLatina (atualmente de 360 bilhões de dóla-res) simplesmente não pode ser paga edeve ser cancelada pelos bancos, a maioriados Estados Unidos, deu orgiem a muitasdiscussões na região — discussões que oscubanos, com grande habilidade, mantive-ram acesas.

Fidef Castro argumenta que a dívidados latino-americanos deve ser resolvidaatravés de negociações entre governos eque para tanto os países do continentedeveriam se unir para formar algo comoum "cartel de devedores" — e encontrouuma audiência simpática a seus argu-mentos.

Naturalmente, as idéias de Castro sãorepugnantes para Reagan (e presumível-mente também para os banqueiros) mas o

problema é que os arquitetos da políticanorte-americana não compreenderam queo problema da dívida evoluiu de umaquestão financeira para uma situação poli-tica e emocional na América Latina.

Com grande senso de oportunidade,Fidel Castro tomou a questão da dívidados países latino-americanos para tentarconquistar'! "fraternal" ITdéiahça políticade uma região onde muitos governos relu-tam em falar conta o Fundo MonetárioInternacional, os bancos particulares e oGoverno Reagan.

E o Governo norte-americano aindaajudou mais ainda a cruzada de Fidel,qüando o Secretário do Tesouro James A.Baker III deixou de mencionar a dívida docontinente (só falando nela de passagem)em recente reunião do comitê de governa-dores do FMI. Esta omissão, inevitável-mente, foi notada em toda a AméricaLatina.' A posição de Cuba no hemisfério estámelhorando, porque na maioria dos paíseslatino-americanos a situação econômica esocial está piorando e há a percepção deque os Estados Unidos estão negligen-ciando-os.

A Bolívia já está trabalhando em es-treita ligação com Cuba. O Peru indicousua vontade de fazer o mesmo. No Brásil.país que tem a maior dívida do mundo(quase 110 bilhões de dólares), a comissãode relações exteriores da Câmara1 dosDeputados votou aprovando o reatamentode relações diplomáticas com Cuba,' é osdois países estão interessados no potencialde seu comércio bilateral.

As questões econômicas não são aúnica causa do ressentimento latino-americano com os Estados Unidos sob oGoverno Reagan e do sucesso dos cubanosem virar a situação a seu favor. A"guerrasecreta" dos EUA contra a Nicardgua temantagonizado grande parte da opinião pú-blica latino-americana, que teme uma in-tervenção militar de Washington.

Logicamente a nova influência deCuba no hemisfério não deve ser exagera-da, e o próprio Presidente Castro é extre-mamente cauteloso em não forçar demaisa situação. Prefere que os próprios latino-americanos decidam que querem aceitá-loem sua irmandade política, em vez. deembaraçá-los ao exigir maiores contatos.

Entretanto, em Havana há um claroconsenso entre os diplomatas estrangeiros,inclusive os latino-americanos, de que umaimportante mudança já ocorreu nas rela-ções de Cuba com o resto do hemisfério.

O

extraordinário é que os Esta-dos Unidos estejam alegre-mente inconscientes do-queestá acontecendo. Presumi-

velmente, a obsessão ideológica dos réaga-nistas com Cuba e a Nicarágua cegou oGòvefhõ' norte-americano para outrqç. di-mensões da realidade latino-americana. Omedo absurdo de Cuba (algo que, ,porexemplo, Henry Kissinger não tinha, e olevava a procurar uma acomodação) temparalisado quaisquer instintos criativosque porventura existissem na burocraciados EUA. *

Considerando tudo, então não deveser surpresa o fato de Cuba ter finalmentequebrado seu isolamento no hemisfério,obtendo uma espetacular modificação po-lítica — e que o Governo Reagan nãotenha percebido nada disto, o que, teráimplicações muito graves para o papel dosEstados Unidos na América Latina.

TAO SZULCThe New York Times

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JORNAL DO BRASIL domingo, 12/5/85 ? ESPECIAL D 3 1

A recuperação dos símbolos

Á Ibero-América vai perdendo seu álibi histórico: seus erros são seus mesmo. Cabe-lhe provar que não é um continente maldito.

Recentemente, o Brasil mostrou em Minas Gerais que tem alma e que ela está intacta.

IRROMPEU,

há pouco, dofundo da alma nacional,quando da paixão e agoniade Tancredo Neves, o que

ela ainda dispõe de intacta. Passoua desfilar o que existe de maistradicional, embora não necessaria-mente tradicionalista, das raízes dasMinas Gerais, a mais portuguesadas províncias-estados do Brasil.Era até a Brasil barroco do espetá-culo, não só da arquitetura, o Brasilme,smo de irmandade de opa, comprocissões de tocheiro de prata etudo. O oposto das modernosidadesdó deboche eletrônico, menos porcausa da sua música que dos vícioscom que querem acompanhá-laseus impositores, mais que merosdivulgadores. Pseudo-contracultura porqueimposta, mais que im-portada.

O Brasil de SãoJoão dei Rei é o mes- ^^mo Brasil de Olinda-/Recife, Salvador, SãoLuís do Belém doGrão-Pará, Porto Ale-gre dos casais, não sóneolusitano, tambémmultiétnico e portantopluralista cultural, desde que cadauni fiel à sua fonte e todos com umdenominador comum.

A televisão dava outro passo navolta às raízes. A técnica, já se dissetantas vezes e ainda há quem esque-ça ou teime em ignorar, é em sineutra, serve a qualquer propósito.

• Mas a redescoberta bem quepôde,, e ,deve continuar, ser apro-fundada. O Brasil tem de exorcizarò fantasma da "leyenda negra" deorigens suas supostamente com pe-cado original, manchando-o parasempre. Portugal e Espanha, asmatrizes, estão mais que saindo dotúnel de ditaduras relegadas aosarquivos históricos. Passam a emer-girdos vales do seu anacronismotambém econômico e tecnológico

rumo, enfim, à integração na Euro-pa. Os estrangeiros e os puristastendem a reconciliar-se entre osdescendentes das duas grandes li-nhas. E a América Latina, melhordita Ibero-América, vai perdendoseu "álibi" histórico. Precisa, cadavez mais, rever-se: muitos dos seuserros são mesmo seus, inclusivequando não reage aos vindos defora. Mais de 150 anos de indepen-dência política, mesmo formal-jurídica, invalidam o pretexto dadescolonização recente.

É à Ibero-América que passou acompetir a responsabilidade de pro-var que não é um continente maldi-to. Na corrupção e opressão.

"Ramo brotado do ocidente",dele disse certa vez um europeugeneroso... enquanto mais outroproclamava especificamente o Bra-sil "o

país do futuro". Mas de que

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futuro? O das contradições de solu-ção adiada, até que se dilacereminclusive por esquecimento dasraízes?

Minas demonstrou, aos quatroventos do Brasil, que não esqueceuas suas, enquanto desmoronam asde tantos outros. Suas igrejas ecasarios e orquestras barrocas pros-seguem vivos, de pé. Não se trata,em nada, de folclore nem de meraatração turística. É a nação queainda lateja, pulsa e irradia. Quan-tos Estados, Brasil afora, degreda-dos em subúrbios degradados, não

se reencontraram,- por momentos,consigo mesmo? A morte de Tan-credo devolvia a vida da polis atantos deles.

A memória é parte básica daconsciência. Morre a cada geraçãonum país amnésico. Já Sílvio Rome-ro apontava como o pensamentobrasileiro precisa voltar ciclicamcri-te a fontes estrangeiras, pouco oumesmo nada tendo a ver com aetapa anterior. Só sobrevivendo oque Machado de Assis, há mais de100 anos, chamou de "instinto denacionalidade". O que pode sermuito, se servir de fundamento,mas pode também ser nada, se ficarniste mesmo. Multidões de sonâm-bulos, estas, as de alma arrancada,por isto de estômago vazio, nãodispõem de consciência para o com-bate.

CHEGOU

a ser moda, emprincípios deste século, asuperstição do términodas nacionalidades. Com-

preenda-se. Era por abusos suicidasdos nacionalismos e das esperançasdo consumo em massa, por econo-mias de escala cobrindo as fron-teiras.

Mas a natureza do homem é acultura. Em nada ele toca, que nãose transfigure humanizado ou desu-manizado, sempre com o homemcomo ponto de referência. O re-morso ataca quem se esquece disto.Tem de recorrer ao que já CharlesBaudelaire classificava de "paraísosartificiais", naquele tempo mais oabsinto e o haxixe. Enquanto a vidacultural verdadeira continua emer-gindo, como exemplo dos povosgenuinamente civilizados, aquelesdas sociedades ameríndias à afe-niense pré-socrática, quando nãoexistia separação rígida entre o pú-blico e o privado e a virtude sepraticava em comum.

A passagem para a fase da orga-nização social complexa não conduz

inevitavelmente à anomia. Pode re-congregar-se, em massa por gran-des causas, agora através dos mí-dias. Quem sabe, se estes não vãoproporcionar também uma possibi-lidade de retorno à própria demo-cracia direta ateniense, com plebis-citos instantâneos pelo acesso detodos à informática? Já na França,potência de nível médio, os compu-tadores estão chegando às escolasde primeiro grau.

A teoria dos sistemas reconhecesua permeabilidade inevitável apartir de certa etapa, assim queultrapasse determinado limite. Al-guém competente no ramo, comoHans Magnus Enzensberger, mos-trava que,

"por exemplo, o controlede todas as ligações telefônicaspressupõe um aparelhamento bemmais amplo e complicado do que odo atual sistema de comunicações".Um subsistema teria de ser maiorque o sistema...

Quando a imprensa registra queem La Paz, apesar de todas aslimitações da pobreza boliviana, jáexistem pelo menos cinco mil ante-nas parabólicas, compráveis mesmopor contrabando ao preço de menosde mil dólares cada uma, é um dossinais de alarme para a autodefesatambém da cultura brasileira. Nãode cima para baixo por comissõesestatais de moral e civismo, aindahoje como nos tempos do EstadoNovo, quando e sempre o civismo ea moral devem estar presentes emtudo, da música à matemática, enão numa matéria apoiogética dosdonos do poder no momento.

Se as forças externas, tão pode-rosas, pressionam, que se reaja.Minas Gerais demonstrou-o com asingeleza e firmeza que a caracte-riza.

VAMIREH CHACONProfessor do Departamento da

Ciência Política da UnB

II

CONSTITUINTEA invenção da democracia

A Constituição vigente, imposta pela Junta Militar e, depois, remendada para servir à

abertura política, é vista como um freio a qualquer projeto nacional sério.

ENTRE

abril e abril defcenro-lou-se um dos mais notáveismomentos políticos da históriado País. Da dramática derrota

da emenda das diretas, no 25 de abril de1984, à trágica morte do Presidente Tan-credo Neves, em 21 de abril, inaugurou-seuma nova cena política cuja característicafundamental foi a mobilização popular,conquistando na rua novos espaços dedemocratização da vida nacional, exigindoque os centros do poder se tornem maispermeáveis às aspirações do povo.

Durante a tragédia garantiu-se a conti-nuidade institucional. Respeitando osprincípios constitucionais dá-se posse aovice-presidente. Sinal de uma difícil matu-ridade política que nem por isso deixa deevidenciar fissuras perigosas na transiçãoconservadora que se leva a efeito.

O povo não discute a necessidade degarantir José Sarney na Presidência. Ga-rante a Constituição, exatamente aquelaConstituição que quer ver reformulada,quç.. não conseguiu emendar apesar detoda a campanha pelas diretas. No seuesforço para se legitimar, o Presidente emexercício, durante a doença de TancredoNeves, despachou tendo diante de si, emsolene evidência, o livrinho da Constitui-ção. A imagem, transmitida a todo paíscom todas as suas cores e simbolismos, nãoesconde o incômodo do vice-Presidenteque, para dizer o mínimo, não conta com apopularidade do Presidente, então adoen-tado.

Imagem frustrada e frustrante: nãoapenas porque o povo não pôde comemo-rar, como queria, o fim de uma era, masporque a mudança leva à Presidência umpersonagem indesejável, cuja vida políticareoente é marcada pela militância contraas diretas-já e que precisa brandir, comogarantia, uma Constituição que não temnenhuma legitimidade.

Se o povo não pôde promover a festa,soube engrandecer-se na tragédia. Mais doqtle claro ficou que o povo deseja o vigorpõlítico das suas instituições. Hoje, osbrasileiros desconfiam delas. Suportam,mas não referendam. Isso permaneceráaté que o povo possa se identificar comessas instituições, elegendo seus dirigen-tes, participando efetivamente dos meca-nismos decisórios.

A multidão que ternamente carregouTancredo e bandeiras, que finalmente sim-fcoiizam uma Pátria feita por nós para nós.repetiu no enterro os mesmos princípiospolíticos que levou aos comícios pelasdiretas. Paia quem pode entender, afir-mou que. hoje, respeitar a Constituiçãosienifú i exatamente reformulá-la.

O grande tema que resume a vontadedeste país é a convocação imediata de umaAssembléia Nacional Constituinte.

Quando tanto se fala de "remoção doentulho autoritário", é bom lembrar que oexemplo maior desse entulho está na pró-pria Constituição. Removê-la não é umatarefa que dependa apenas de uma novaredação, mas do próprio encaminhamentodas mudanças necessárias, ou seja, de umanova relação entre os cidadãos e suasinstituições sociais, ou, ainda, de umanova relação entre Estado e SociedadeCivil.

A velha Constituição não serve nemmesmo para os setores mais conservado-res. Imposta pelos militares em 1967, afia-da em 69 para melhor oprimir, depoisremendada parcamente para responderaos novos tempos de abertura, tornou-seapenas um freio, para qualquer projetopolítico nacional. Por isso vemos todo opaís reivindicar uma Assembléia NacionalConstituinte.

Mas o que será a nova Constituição?Não basta, como querem muitos, dis-

cutir apenas um texto novo, remendado ouoriginal. É preciso discutir o modo comoserá elaborado esse texto. A primeiragrande discussão começa na própria formada convocação da Constituinte. Não setrata de uma mera atividade preparatória,mas de um movimento que imprimirá naCarta um caráter definido.

Uma Constituição náo inaugura a vidasocial e, por si. não pode transformarnada. Ela resulta de transformações so-ciais. Transformar, para instituir: tal deveser a preocupação do movimento pelaConstituinte.

O resultado ideal desse movimentoseria elaborar uma Carta que não fossesimplesmente uma demarcação nova davida social, um mapeamento que se pre-tenda eterno e imutável. Seria produziruma Constituição que servisse como ga-rantia dos direitos dos cidadãos e princi-palmente como garantia da invenção denovos direitos que surgem no perene mo-vimento social. Mais do que "instituir"uma sociedade, a Constituição deve prevera liberdade da sociedade de auto-instituir-se permanentemente, numa realizaçãoconstante da democracia. A democracia,nesse sentido, náo é mera forma governa-tiva, nem um sistema fixo e estável, masum processo de equilíbrio de forças queneutralize a arrogância de qualquer poder.

A

tradição das Constituições re-publicanas estabelece que"todo poder emana do povo".Lidamos aqui com o conceito

de "soberania". No entanto, a complexi-dade da vida social dificulta o exercíciodireto do poder. Isso foi traduzido pelafórmula: "e em seu nome será exercido",que reafirma e contradiz a proposiçãoinicial, chegando-se freqüentemente, naprática do credo liberal, a esvaziá-la com-pletamente. Estamos aqui diante do con-ceito de "representação". Essas duasquestões — soberania e representação,ambas envolvendo a definição de cidada-nia e participação — iluminarão todas asdiscussões.

Por definição, a Constituinte consagrao princípio da soberania popular, tia

deveria ser a Assembléia representativa detodo o povo, que estabeleceria livrementeas regras gerais de convivência social. Noentanto, não se pode reunir todo o povo —o que é um problema prático. Mas, umproblema maior, e anterior, é saber do quese fala quando se diz todo o povo.

A grande dificuldade, que falseia to-das as conclusões posteriores, é tomarcomo ponto de partida uma totalidadeabstrata ("o povo"), já que o que caracte-riza a sociedade são diferenciações profun-das e dinâmicas. As diferenças nâo podemser apagadas ou diluídas. Há muito sabe-seque é preciso considerar essas diferenças.Por exemplo, todas as lutas pela extensãodo sufrágio são baseadas nesse reconheci-mento. Desde nossa primeira Constituiçãorepublicana, em 1891. expressamente re-conhecia-se o "direito de representação daminoria". No entanto, a questão é bemmais complexa do que admitir a diferença,como quer o princípio liberal. Essa é umapostura que continua partindo de umatotalidade abstrata com "diferenças" maisou menos ríeidas. definitivas e imutáveis.

Na verdade, a realidade imediata davida social é a diferenciação, uma constan-te transformação histórica. Não basta re-conhecer as diferenças (ou supo-las), épreciso consagrar a diferenciação comofundamento da democracia, na medida emque é garantida a convivência com a multi-plicidade de diferenças. Só partindo doprincípio do direito à diversidade é possi-vel garantir a representação a todos ossetores de tal modo que os sucessivosequilíbrios de torça garantam a participa-ção real do todo.

Isso nos leva a responder uma primei-ra questão a respeito da convocatória deConstituinte: a convocação da Constituin-te deve ser separada da eleição para oCongresso, ou o Congresso deve ser eleitocomo Constituinte?

Ora, o Congresso, como hoje é com-posto, é uma dada forma de representaçãoque, além da representação do povo dire-tamente, através da eleição proporcional(Câmara), inclui a representação dos Esta-dos e Territórios (Senado). Naturalmenteessa segunda forma de representação éuma mediação. Como a Constituinte deverepresentar imediatamente todo o povo,deve ser composta de representantes elei-tos diretamente. Deve-se procurar a formamenos distorcida de representação paraque a Constituinte possa inclusive discutire decidir os próprios mecanismos de repre-sentaçáo da República, o que envolvetanto o sistema eleitoral quanto o sistemapartidário. A priori. o Congresso tenderiaa conservar e perpetuar seus própriosmecanismos. Não se trata aqui de umadesconfiança. Simplesmente isso resultade uma constatação e de uma necessidadede renovação completa da vida políticabrasileira.

Note-se que falamos aqui de umamaneira geral, e náo nos deixamos levarpor nenhuma ingenuidade quanto á possi-bilidade de implantar um sistema eleitoral,hoje. que esteja isento de deformaçõestradicionais. No entanto, é mais tacil com-batê-las evitando confundir as eleiçõespara a Constituinte com as eleições para oCongresso, abrindo a possibilidade paraqualquer cidadão — mesmo que não seinteresse pela atividade parlamentar —

participar no processo decisório da Leimaior da República.

A Convocação da Constituinte envol-ve, como se vê, uma série de condiçõespolíticas e o processo tem sido denomina-do "remoção do entulho autoritário". Cer-tamente é preciso remendar a atual legisla-ção para garantir um mínimo de eficácia àação constituinte.

Cabe então uma pergunta: como enca-minhar a "remoção" desse "entulho"?Parece que é óbvio que náo cumpre ape-nas às instituições já existentes desempe-nharem essa tarefa, para a qual seriam asmenos indicadas. É exatamente essa "re-moção" que deve caracterizar o movimen-to pela Constituinte. Esse movimento nãoestá nascendo ou por nascer: ele já vem seformando desde o final da última década eencontrou sua forma mais clara na campa-nha pelas diretas. É daí que o movimentocontinua, e só daí pode retirar sua verda-deira capacidade de elaborar uma Consti-tuiçáo renovadora.

POR

isso mesmo não é precisoesperar muito tempo para"criar condições" para a Cons-tituinte. Pelo contrário, como

tão bem provam os acontecimentos recen-tes, é preciso convocar a Constituinte parao mais breve prazo possível.

O calendário político que vai de agoraaté as eleições de 1986 deve ser estabeleci-do dc tal forma que a Constituinte ocupeaí o lugar central.

A proposta oficial é a realização daseleições para a Constituinte em novembrode 1986. juntamente com o Congresso.Isto significa que a Constituinte se instalaem março de !987, daqui a dois anos. cencerra seus trabalhos provavelmente umano após. Ou seja, só teremos uma novaConstituição daqui a 3 anos. Será que opais em crise suporta essa longa espera'.'Sabendo-se que Sarney náo tem a legitimi-dade de Tancredo, será que parcelas crês-centes da população náo poderão descrerdesse lento processo de democratizaçãoinstitucional e terminar cedendo à tenta-ção de projetos autoritários'.'

Por essas razões, a tese de antecipaçãoda Constituinte deve ser imedia-tamentediscutida por todos os partidos e entidadesque se pretendem representantes dos inte-resses populares

LISZT VIEIRADeputado estadual fluminense, i.aer do PT

E

4 n ESPECIAL D domingo, 18/5/85 JORNAL DO BRASIL

Vida no

CAMPUS

? Imprensaautomatizada

Entre os dias 27 e 31 deste mês, aEscola de Comunicações e Artes da USPreunirá expoentes da imprensa paulistaem sua 12* Semana de Estudos de Jorna-lismo. O tema deste ano será "O jornalis-ta na sociedade informatizada: a prepara-çáo profissional para o mercado de tra-balho".

O evento, que conta com o apoio daCoordenadoria de Atividades Culturaisda USP (Codac), terá lugar no anfiteatrodo Instituto de Psicologia, sempre das 8às 12h.

Confirmaram suas presenças, entreoutros, Audálio Dantas, José MarquesMelo, José Hamilton Ribeiro, EthevaldoSiqueira, Caio Túlio Costa, Luís Nassif eGabriel Romeiro.

em Desenvolvimento da PUC/RS, com-posto por 11 disciplinas e assistido por 40graduados em Medicina, Veterinária,Agronomia, Biologia e Ecologia.

? Constituinte no Sul

A partir de amanhã, estudantes eprofessores da Unisinos, de São Leopol-do (RS), poderão debater com a popula-ção local uma questão de urgente apelopolítico: a Assembléia Nacional Consti-tuinte. Para enriquecer a troca de idéias,foram convidados, entre outros nomes, ojurista Paulo Brossard, o ex-Ministro Ru-bem Ludwig, o empresário Luís OctávioVieira, o secretário-geral da CNBB,Dom Luciano Mendes de Almeida.

Os debates deverão ser encerradosdia 24 de maio. As aulas serão todas ànoite.

? Imigração japonesa D Influência italiana

Os imigrantes japoneses fizeram su-cesso no Brasil graças a dois fatores:muito trabalho e pouca conversa. Esta é atese da professora Arlinda Rocha No-gueira, do Instituto de Estudos Brasilei-ros da USP, que acaba de concluir alenta-do estudo sobre a imigração nipônica emnosso país, assunto que a ocupa desde1963.

Segundo ela, a maioria dos países daAmérica Latina queria os japoneses nalavoura. Aos poucos, porém, eles invadi-ram as cidades, onde se dedicarem aatividade que exigiam pequeno capital:tinturaria, floricultura, pastelaria e bar-bearia. Ainda assim, tornou-se forte apresença japonesa na área rural. Atual-mente, eles estão representados nos maisvariados campos profissionais.

Arlainda Rocha Nogueira observaque, no Brasil, houve enorme resistênciaà imigração no setor urbano. Temia-sè,diz ela, que os imigrantes concorressemcom a mão-de-obra nacional e que, namestiçagem, o tipo brasileiro saiu per-dendo. Um engano, como se viu com opassar dos anos, conclui a pesquisadoraem seu estudo.

? Chuva ácida

Dois experts argentinos, os professo-res Emilio Astolfi e Carlos Gottelli, dauniversidade de Buenos Aires, estarãodias 17 e 18 na PUC gaúcha para minis-trar aulas sobre ecotoxicologia — discipli-na que estuda a ação dos agentes quími-cos tóxicos no meio ambiente. Ambosconcentrarão sua exposição na chuva áci-da, um dos piores agentes da poluiçãoatmosférica.

As aulas fazem parte do Curso dePós-graduação em Toxicologia Aplicada

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A Universidade Federal de SantaCatarina e o Governo estadual associa-ram-se para promover, de 14 a 17 demaio, no auditório da Reitoria da UFSC,o 1° Simpósio de Cultura e Imigraçãoitaliana.

Nos intervalos das conferências sobrehistória e sociedade, e entre os debatessobre arte e literatura da Itália, se apre-sentarão grupos folclóricos e corais espe-cialmente convidados desse país.

O objetivo do Simpósio é revelar arica influência italiana sobre os catari-nenses.

Bolsistas aflitos

Os pró-reitores de pós-graduação ede pesquisa da Universidade Federal deMinas Gerais, Marcus Vinícius Gomez eGlaura Vasques de Miranda, apelaramao presidente do CNPq, Roberto Santos,e ao diretor-geral da Capes, Edson Ma-chado de Souza, para não atrasarem maiso pagamento das bolsas aos estudantes.

Explica-se sua aflição: é que cansa-ram de ouvir reclamações de uma multi-dão de bolsistas "descapitalizados".

Enfermagemdo trabalho

Através de convênio com a FundaçãoJorge Dugrat Figueiredo de Segurança eMedicina do Trabalho (Fundacentro), oDepartamento de Enfermagem da Facul-dade de Ciências Médicas realizará apartir do dia 15 o seu 2° Curso deEspecialização em Enfermagem do Tra-balho, sob a coordenação da prof MariaCecília Cardoso Benatti.

O curso vai durar dois meses, desti-nando-se à especialização de enfermeirosna área de saúde ocupacional.

Estimuladores

No momento, apenas três grupos depesquisadores internacionais (dois ameri-canos e um europeu) realizam estudos etestes com protótipos de estimuladorespara bexigas neurogênicas (que fogem aocontrole de pessoas enfermas ou defi-cientes).

No Brasil, as pesquisas nesse sentidotêm sido desenvolvidas no Departamentode Biofísica e Radiobiologia da Universi-dade Federal de Pernambuco. Ali sedesenvolve um projeto — pioneiro nopaís — para a confecção de eletro-estimulador, implantável para bexiganeurogênica. Os estudos receberam atéagora Cr$ 198 milhões da financiadora deestudos e projetos da Seplan.

Shakespeare no Asa Branca

Neste novo capítulo da polêmica sobre a tradução de "Hamlet" a

controvérsia fica por conta da versão de uma palavra: "alone"

(sozinho)

H O Departamento de ComunicaçãoSocial da UFF realizará em junho uma"Oficina de Rádio", patrocinada e coor-denada pela CIESPAL e a Rádio Neder-land. Esta Oficina é destinada a professo-ra da área radiofônica e a profissionaisligados a emissoras comunitárias, educa-tivas e culturais. Informações na RuaLara Vilela, 126, Niterói, CEP 24210.H O professor Raul Casas Olascoaga,diretor do Centro Pan-Americano de Fe-bre Aftosa, estará dia 15, às 12h, noInstituto de Biologia da UERJ para fazeruma'palestra sobre a "Situação dos pro-gramas de controle da febre aftosa naAmérica do Sul em 1984".¦ Acaba de sair o terceiro número darevista Sitientibus, publicada pela Uni-versai Estadual de Feira de Santana. Deseu alentado sumpário destacam-se arti-gos sobre a poesia e seus sons, a modernaFicção norte-americana, o cultivo de ca-cau na Bahia e o planejamento botânico-paisagístico do campus da UEFS.M Começa dia 20, na Faculdade daCidade, o 3" Curso de Formação deGuias de Turismo, reconhecido pela As-sociação de Guias do Rio de Janeiro(AGTUR-RJ). Os interessados podemprocurar a escola, na Av. Epitácio Pes-soa, 1664, na Lagoa, ou usar o telefone227-8996.B Duas faculdades cariocas estão ofe-recendo cursos de análises de sistemas.Na Associação Educacional Veiga deAlmeida, será ministrado de 13 de maio a20 de dezembro um exaustivo curso depós-graduação; e na Faculdade CândidoMendes (Centro) estão abertas as inseri-çóes para o 8o Curso de Especializaçãoem Análise de Sistemas, com início dia23.

Instituto Politécnico do México e aSecretaria Estadual de Educação promo-verão, a partir do dia 27. seminário sobrealfa alfabetização, organizado pelo Mes-trado de Psicologia da Universidade Fe-deral de Pernambuco. O encerramentoserá dia 31 no Recife.B A Universidade Federal de MinasGetais está desenvolvendo na periferiade Belo Horizonte uma séiie de projetos

de extensão, com ênfase na saúde públi-ca, e acaba de lançar duas cartilhas,ensinando como usar água de cisternas deminas, sem riscos.M Na Faculdade de Economia e Admi-nistração da Universidade de São Pauloserá realizado de 13 a 24 de maio o curso"Protap Nordeste", destinado a propor-cionar a paulistas capacitação na área deadministração de ciência e tecnologia.B Para uma série de conferências naUERJ sobre a origem e as característicasda comédia clássica latina, desembarcouontem no Rio o prof. Vincenzo Ussani,titular de Latim da Universidade de Ro-ma "La Sapienza". Sua visita foi organi-zada pelo Consulado da Itália no Rio.B Stanley e Marylin Weitzman, autori-dades mundiais em sistemática de peixes,acabam de acertar com pesquisadoresgaúchos do Museu de Ciências da PUC-RS um plano de coleta de espécimes emalgumas regiões do Sul do país. Os Weitz-man são do Smithsonian Institute, deWashington.B A Companhia'Metalúrgica Barbaráestará recebendo até 30 de junho, em seuescritório à Av. Almirante Barroso,72/12° andar, monografias sobre o tema"O tubo de ferro dúctil e o saneamento",dentro do concurso Arens/De Lavaudpara engenheiros sanitaristas e universi-tários de Engenharia. O prêmio tem porobjetivo estimular a pesquisa no Brasil ehomenagear a invenção dos engenheirosFernando Arens Jr. e Dimitri Sensaud deLavaud.B O prof. Joree Mário Jauregui come-ça dia 21, no NÍuscu de Arte Modernaum curso de 8 aulas sobre os "Conceitosfundamentais do pós-moderno na Arquitetura". As aulas serão às terças e quin-tas-feiras, às 18h.B A gaúcha Rosa Maria Buenos Fischer. pesquisadora e coordenadora deprogramas didáticos na TV Educativa doRio. estará autografando dia 20s na Mita-vai Livraria (Rua da Matriz. 89. emBotafogo), seu livro O mito na sala dejantar, análise da relação entre crianças etelevisão. O trabalho era. originalmente.te>L de mestrado em Filosofia da Educação.

DE

regresso de férias, respon-do à réplica de Josué Mon-tello ao artigo Hamlet —Erros reais de tradução, em

que rebati a crítica do excelente roman-cista à versão de uma palavra na minhatradução do Hamlet. No artigo inicial,Josué Montello julgou que a versão dealone por "sozinho" talvez tivesse "cono-tação feminina" e usou a expressão comoponte para introduzir a tese: Hamlet,mulher disfarçada em homem. Contesteia interpretação de "sozinho" e, de.leve, ametamorfose do Príncipe da Dinamarcaem mulher-macho ou em maricas. Naréplica, Montello não substanciou a"co-notação feminina", eludiu a caracteriza-ção do personagem e insistiu nos acertosnobres.

Assinalo primeiro que não acho obje-tivo analisar uma tradução do Hamletfeita em 1877, como a de Dom Luiz, semexaminá-la na diacronia do texto. Paraavaliar o mérito do trabalho, cumpreinvestigar até em que ponto correspondeao nível de conhecimento lingüístico doinglês elisabetano na época. "Scholars"shakespearianos mostram que o texto doBardo mudou, em virtude de novos estu-dos léxicos que apareceram a partir docomeço do século e, principalmente, nosúltimos 30 anos. A mais importante eséria tradução da peça — a de Schlegel —está superada e obsoleta, em inúmerosaspectos. O mesmo acontece com a ver-são de Eugênio Montale, o grande poetade Ossi di Seppia.

O rei-tradutor morreu em 1889, antesda publicação de obras fundamentais pa-ra a lúcida leitura do texto de Hamlet,como: A Shakespeare Glossary, de C.T.Onions (1911); The Language of Shakes-peare, de G.L. Brook (1976); Tudor toAugustan English, de A.C. Partridge(1969); Shakespeare Language, de N.F.Blake (1983); Shift of Meaning, de J.Copley (1961); Explorations in Shakespe-rean Language, de M.M.Hulme (1963);A History of the English Language, deG.L.Brook (1977); The Dramatic Use ofBawdy in Shakespeare, de E.A.M. Col-man (1976); Studies in Words, de C.S.Lewis (1902); Shakespeare Wordplay, deM.M. Mahood (1957). Menciono apenasalguns das dezenas de livros que tratamespecificamente do problema da língua-gem. Por outro lado, o Rei não folheou oOxford English Dictionary cuja ediçãoterminou em 1928. Envelheceram todasas traduções, em qualquer Ungua, em-preendidas antes do OED. E há mais.Não se consegue traduzir o Hamlet semconsulta às modernas edições críticas dapeça, entre as quais: E. Dowden (1928);G.B. Evans (1974); J.Q. Adams (1929);E. Hubler (1963); G.L. Kittredge (1939);

J.D. Wilson (1934); H. Jenkins (1983):Finalmente ninguém obterá uma tradu-ção clara e fiel do Hamlet sem a ajuda denumerosos e brilhantes ensaios sobre vá-

C\RO '

rios aspectos do estilo e da linguagem dapeça, entre os quais: Shakespe rean Tra-gedy, de A.C. Bradley (1903); Prefaces toShakespeare, de H. Granville-Barker(1945); Shakespeare and the Nature ofMann, de J. Spencer (1938); The Dreamof Learning, de D.G. James (1951); TheWorld of Hamlet de M. Mack (1952); AnApproach to Hamlet, de L.C. Knights(1960); Hamlet as Minister and Scourge,de F. Bower (1955); Consdenct and theKing, de B. Joseph (1953); What Hap-pens in Hamlet, de J.D. Wilson (1934);Style in Hamlet, de M. Charney (1969);The Wheel of Fire, de G.W. Knight(1930). E poderia citar outros estudosquê contribuem decisivamente para umamais exata tradução da peça. À luz doOED e dos novos glossários e ensaiosanalíticos, a versão de Dom Luiz apre-senta centenas de erros.

JOSUÉ

Montello assevera que"naked", na carta de Hamletao rei, significa "nu" (comoDom Luiz verteu o vocábulo) e

não "desarmado". Harry Levin, em TheQuestion of Hamlet (p. 52), declara que"naked", naquele passo, quer dizer "de-sarmado". E quem é Harry Levin? Pro-fessor de Literatura Comparada em Har-vard, especialista em Shakespeare, e umdos melhores ensaístas norte-americanosda atualidade. Dr. Johnson anota o senti-do "desarmado" no seu dicionário. Aautoridade do lexicógrafo e a do críticoconfirma a definição do OED, citada noartigo anterior, e a do Webster: "semarmas ou meios de defesa ou ataque:desarmado". Não vejo Hamlet tiritandonum strip-tease...

Josué Montello descobre metáfora napalavra "naked". Em Shakespeare (veja-se a "crítica espacial" de Wilson Knight)os tropos quase sempre formam corrente,muitas vezes se encadeiam em temas na

situação dramática e, até, no conjunto dapeça. E então florescem em múltiplosentido. Wolfgang Clemen, CarolineSpurgeon e M. Morosov examinaramexaustivamente as metáforas do Hamlet enão aludem a"naked". E nem o pode-riam ter feito, porque a palavra, seca nasua concreticidade, não amadurece emimagem, pois o Poeta a emprega apoeti-camente — reclusa que se encontra nacontenção do texto. Há metáfora em"nu" e não em "desarmado". E comoShakespeare é mestre genial da poesiabarroca e da alegoria, não me parece quese possa, traduzindo-o, desenhar novasmetáforas. Já se viu alguém enfeitar abarba do Moisés de Michelangelo?

Dom Luiz colocou em itálico as pala-vras correspondentes a "naked" e"alo-ne". Não há grifo no texto do segundo inquarto (nem no do primeiro in folio),conforme mostrei, reproduzindo, na ilus-tração, o original. Shakespeare poucasvezes usou grifo. Curiosamente as pala-vras aparecem em itálico na tradução deMontegut. (Libraire Hachette et Cie.,Paris, 1870, vol. III, p. 528):

Laertes — Connaissez vous Pécri-ture?

Le Roi — C'est celle d'Hamlet: —"Nu" — et dans un post scriptum, il dit"seul".Há itálicos também na versão de Letour-neur, publicada no século XVIII. Longede mim pensar que Dom Luiz traduziu acarta de Hamlet na Biblioteca Nacionalde França. No artigo de Montello não há,contudo, palavra alguma em defesa doitálico.

Montegut e Letourneur, ao contráriode Schlegel e de Astrana Marin, elimina-ram o "here" (aqui) da missiva ao rei.Por coincidência, Dom Luiz acompanhade novo os tradutores franceses. "Here"é uma stage-directkm embutida no texto

(algo raro e importante em Shakespea-'re): marcação do teatrólogo para gestodo personagem. Também diretor de tea-tro, o Bardo não brincava em serviço.

Segundo Montello, Dom Luiz e Gideacertaram transladando he says por acres-centa e pondera que o autor da SinfoniaPastoral o fez"por recurso de ordemestilística, ajustado à beleza verbal daUngua". Que "recurso" e que "beleza"existem na substituição de diz por acres-centa? Pergunta Montello: "Gide errou?Como?" Respondo: Gide errou muito ede propósito. Na carta-prefácio da tradu-ção do Hamlet, Gide se desespera com adificuldade de transpor o que chama de"realidade extranatural" da escrita deShakespeare para o francês, "língua in-transigente" com "exigências gramaticaise sintáticas estritas", língua "clara, preci-sa, prosaica" "antipoética". (Pons nota,a propósito, que o francês é o menosshakespereano de todos os idiomas). Ale-gando depois que Shakespeare não é "umpensador" e sim "um poeta", Gide expü-ca que cometeu infidelidade para criartexto representável no teatro.

NO

Hamlet, Gide and Bar-rault, Lee Cairns afirmaque o romancista verteu er-roneamente palavras isola-

das, dividiu sentenças, saltou trcchos,resumiu passagens.

Josué Montello encampa a definiçãoúnica da palavra "sozinho" do DicionárioMoraes. Não abrangente, a definiçãoexclui seis outros sentidos registrados noAurélio. Para Moraes, a palavra só querdizer tristeza e, na opinião de Montello,não se pode empregá-la com ironia. Va-mos brincar. Numa viagem através dotempo, transporto personagens da cortede Elsinore para a noite carioca. E imagi-no cena:"Rei — Disseram-me que oRosencrantz se diverte todas as noitesnum cabaré da Lapa". "Polonius — Co-mo súdito fiel de Vossa Majestadç, devoconfessar-lhe que ainda ontem o vi pulan-do sozinho com duas mulatas no AsaBranca". Qual a tristeza do sozinho?Outra cena. O nosso Polonius volta aoAsa Branca e encontra o amigo Guildens-tern, casadíssimo, sentado sozinho, tra-çando uma caipirinha. E exclama: "Oi!Tudo bem? Sozinho, heim!" Não háironia no sozinho...

Agradeço a Josué Montello, mestreda crítica e do romance brasileiros, adeixa que me deu para, outra vez, mos-trar ao leitor como procurei trabalhar.Afinal, "Shakespeare escreveu para opovo", na acusação de Pope.

GERALDO DE CARVALHO SILOSEmbaixador do Brasil em Berna

e tradutor de HamM

Os mitos e as metas

O problema dos transportes de massa na Nova República exige uma conjugaçãode criatividade, planejamento e recursos. Sem isso, haverá um colapso

A

boa utilização dos fatores deprodução, objetivo de qual-quer administração, na atualconjuntura nacional; impe-

rativamente, exigirá do Governo da NovaRepública um perfeito gerenciamento doTrabalho, Capital, Recursos Naturais eTecnológicos, para superação da criseeconômica e retomada do desenvolvi-mento.

A presença da atividade-meio trans-porte, cm diferentes fases dos processosprodutivos de praticamente todos os seg-mentos da economia, faz com que a buscade um eficiente sistema de transportes,seja permitindo o deslocamento urbanodo homem, transportando insumos ouligando mercados produtores e consumi-'dores, constitua-se em meta de todos osprogramas de governo.

Se em matéria de transportes demassa os usuários tomam contato diretocom os custos e a eficiência dos sistemas,em outros casos as conseqüências dedecisões errôneas são menos transpa-rentes.

Sendo normalmente complexa a es-colha do modo de transporte mais ade-quado a cada situação, com as variaçõesqualitativas e quantitativas dos diversosfatores que influem nesta decisão, torna-se impossível a fixação de um ponto deequilíbrio ideal da repartição modal. Por-tanto, é estéril a discussão sobre as vanta-gens absolutas de qualquer sistema sobreos demais. Estéril e tanto mais incorreta aconclusão, quanto maiores as deficiênciasde planejamento dos diversos setores daeconomia brasileira, geradores das de-mandas por transportes. Invocar-se ape-nas questões de eficiência energética, naanálise do problema, no mínimo, refletedesconhecimento da matéria.

Distorções históricas e legislações emdesacordo com os interesses dos usuáriosocasionaram grande defasagem entre asquantidades produzidas e a capacidadedos meios de transportes apropriados. Arigidez de alguns sistemas cujos projetostêm maturação lenta e exigem elevadosinvestimentos iniciais contribuiu para oquadro atual em que mais de 609r dascargas e 949c dos passageiros são trans-portados, no Brasil, por via rodoviária. Oexame analítico desta sintética repartiçãopropiciará uma visão ainda mais clara daimportância do bom funcionamento des-se meio de transporte para a economia dopaís. Apenas como exercício teórico, ex-cluu-se da análise, por exemplo, a parteda região amazônica atendida exclusiva-mente por via fluvial e as cargas relativasa carvão minério de ferro e outras,especificas do transporte ferroviário e

veremos, mais facilmente, nossa depen-dência da malha viária. Por conta destedesequilíbrio, é um erro concluir-se que arede rodoviária nacional peca por exces-so. Condená-la ao completo abandonopor escassez de recursos constitui umatentado ao patrimônio nacional.

SÃO;

assim, prioridades do se-tor rodoviário, a manutençãoda rede existente, a expansãoda malha vicinal, a melhoria

da superestrutura viária e a otimizaçãooperacional do sistema com a intensifica-ção dos intermodais.

A manutenção da rede preservará oativo rodoviário, evitando o colapso dosistema. São perfeitamente conhecidas asperdas para a economia brasileira decor-rentes-da deterioração acentuada e pre-matura de nossas rodovias. Por outrolado, a conservação rotineira, a manuten-ção preventiva e a restauração no setorrodoviário são os trabalhos de maioríndice de empregos gerados por unidadede recursos aplicados. Vale repetir, emresumo, que os serviços mais necessáriosnesta área são os que propiciam a absor-çáo de maior quantidade de mão-de-obra.

Quanto à extensão da malha, o Brasilpossui pouco mais de 12 km de rodoviaspavimentadas por 1.000 km2 de área. Nasregiões Sul e Sudeste, este índice é supe-rior a 35. enquanto na Centro-Oeste éinferior a 5 e na Norte, menor que 2.Mesmo tomando-se por base o total derodovias pavimentadas e não pavimenta-das. enquanto na região Sul temos quaseh(H) km de rodovias por l.(XK) km2 dearca. na Centro Oeste este índice e pou-

co superior a 100 e na Norte, de cerca de12.

A menos que se queira perpetuar talquadro, necessariamente algum investi-mento deverá ser feito neste setor detransportes.

A expansão da malha vicinal e amelhoria da superestrutura viária paragarantia de tráfego permanente, ao mes-mo tempo em que ampliam as fronteirasagrícolas, estimulam a correção dos dese-quilíbrios sócio-econômicos existentes,contribuindo para a integração do territó-rio nacional e a fixação do homem aocampo, permitindo o transporte rural depassageiros e de cargas, evitando perdasde safra, reduzindo consumo de combus-tíveis e custos operacionais em geral.

Por outro lado, as dificuldades en-frentadas pelo setor rodoviário dentro darealidade econômica bíusileira-estão-rela-cionadás a uma causa fundamental: aimplantação, a partir de 1975, de umapolítica de centralização de recursos e dedecisões sobre a forma de aplicá-los. ouseja, regime de "caixa única" e "únicodono" da caixa.

Apesar das dificuldades iniciais doatual governo, quanto à descentralizaçãoda decisões, há indícios de significativaalteração nesse comportamento.

Os recursos gerados pelo setor trans-porte, os quais deveriam ser "destinadosa financiar os investimentos na infraestru-tura e na operação dos serviços de trans-porte de interesse econômico", conformeconsta da Lei n" 5.917/73. passaram a sermal administrados, tanto no aspecto uesua própria geração, como quanto aosmontantes a ele redistribuídos.

Na atividade rodoviária. ,i p:r*ir deNo. o Imposto l ruço sobre I.ubrifican-

tes e Combustíveis Líquidos e Gasosos —IULCLG, que constitui o Fundo Rodo-viário Nacional, passou a decrescer conti-nuadamente, chegando, no triênio 1982-1984, a representar apenas 16% da médiarelativa ao período de 1975-1976, fruto dereduções gradativas das alíquotas, mu-danças na base de cálculo desse tributo ediminuição no consumo de gasolina. Si-multaneamente, tem sido praticada umatributação adicional a este Imposto Úni-co, correspondente à incidência de umacarga parafiscal que onera os consumido-res de gasolia e óleo diesel, e cujosrecursos não se destinam ao setor rodo-viário. Em 1983, estes encargos parafis-cais representavam mais de 70% do totalde encargos pagos pelos usuários do mo-do rodoviário.

HOJE,

dos Cr$ 2.170 pagospor litro de gasolina apenasCr$ 43,47 constituemIULCLG, ou seja, cerca de

2% de seu preço de venda. Para o óleodiesel esta relação representa menos de1%.

Com a gradual diminuição das rccei-tas destinadas ao setor nos três níveis degoverno, federal (DNER), estadual(DERs) e municipal, caiu também opadrão de manutenção das rodovias bra-sileiras, com reflexos negativos nos custosoperacionais dos veículos, para a econo-mia como um todo e, principalmente,para a segurança do usuário.

Em paralelo, grande parte dos pro-gramas rodoviários, nos últimos anos,tem sido viabilizada com o aporte derecursos originários de financiamentosexternos e internos. Como os benefíciosfinanceiros destes investimentos não têmretornado em volume suficiente ao setor,percentuais cada vez maiores dos orça-mentos dos órgãos rodoviários têm sidodestinados à amortização da dívida con-traída.

Os mitos da supremacia absoluta dequalquer dos modos de transporte, daexistência de rodovias em demasia e daindisponibilidade de recursos, deverãoser superados com o restabelecimento daverdade dos fatos, um adequado pleneja-mento global, garantia de retorno dosrecursos gerados pelo setor e estabeleci-mento de metas compatíveis, que propi-ciarão maior economia e conseqüentegeração de mais recursos e criação deempregos.

EGBERTO DA COSTA GAIAEngenheiro e professor de Transportes s. pe-rinter-.de-te executivo de ABDER e conselheirodo Ciube de Engenharia SEASW e C RFA Rj

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JORNAL DO BRASIL CIÊNCIA domingo, 12/5/85 ? ESPECIAL ? 5

Casas com jcontrole remoto 1

A casa com controle remoto está sen- Ido apresentada pela indústria ele- I

trònica como o máximo em vida moder- Ina. Desde a invenção dos computadores, Ios cientistas e escritores de ficção científi- Ica estão prevendo a criação de casa onde Itudo pode ser controlado por botões, mas Iisto vinha sendo traduzido em pouco mais Ido que exibições de aparelhos em feiras Icomerciais. I

Agora, dois gigantes da indústria ele- Itroeletrônica, a General Electric e a Mit- Isubishi Electric, decidiram entrar neste Imercado, dando credibilidade e visibili- Idade aos produtos futurísticos. As duas Iempresas estão oferecendo sistemas que Ipodem ajustar o aparelho de ar condicio- Inado, descongelar a geladeira, ligar a Icafeteira ou controlar praticamente qual- Iquer aparelho eletrodoméstico. Estes sis- Itemas também podem ser ligados ao Itelefone e assim serem dirigidos por um Itelefonema. I

Até pouco tempo atrás o grande Inome neste mercado de controle apare--1lhos eletrodomésticos era a X-10, uma Ipequena empresa de Nova Jersey que Icomeçou a vender seu módulo portátil de Icontrole, com 16 funções, em 1979. I

A General Electric incorporou o mó- Idulo produzido pela X-10 ao seu sistema IHomeminder, acrescentando-lhe o soft- Iware gráfico que lhe permite operar atra- Ivés de um aparelho de televisão. I

Apesar da X-10 só ter vendido cerca Ide um milhão de seus sistemas de contro- Ile doméstico nò espaço de seis anos, IGE está prevendo que dentro de dez anos Imetade das casas norte-americanas terão Itais sistemas de controle. I

O sistema de controle doméstico lan- Içado pela Mitsubishi é muito mais sofisti- Icado e caro do que o da GE. Enquanto o IHomeminder tem o preço básico de 480 Idólares, o da Mitsubishi deverá custar Ientre mil e dois mil dólares. O'sistema da Iempresa japonesa pode abrir portas e Ijanelas, chamar os bombeiros se soar ura Ialarme de fumaça e tirar o retrato de Iquem tocar a campainha; também pode Itelefonar para o dono da casa e avisar Icomo estão as coisas no lar ou avisá-lo de Ium arrombamento ou escapamento de Igás, podendo ser reprogramado por tele- Ifone. O sistema da GE é instalado com o 1circuito elétrico normal das casas, mas o Ida Mitsubishi precisa de uma fiação espe- Iciai. I

Leucemia ataca Iradioamadores I

OS radioamadores estão duas vezes I

mais sujeitos a contrair leucemia do Ique a maioria das pessoas. Esta advertência Ié de um epidemiologista da Universidade de IWashington, Dr. Samuel Milham Jr., com Ibase em estatísticas realizadas entre 1971 e I1983. Examinando os atestados de óbitos de I1.691 radioamadores dos Estados da Cali- Ifórnia e de Washington, ele descobriu que I24 deles haviam morrido de vários tipos de Ileucemia. Num grupo igual de pessoas, a Iincidência de leucemia é de 12,6 pessoas. I

As-vítimas de leucemia linfática e mono- Icítica estavam dentro dos padrões estatísti- Icos normais. Porém, os casos de leucemia Inão especificada e mielóide são muito mais Inumerosos. O Dr. Milham, em artigo no Inúmero da revista médica The Lancet, ob- Iserva que em 1982 apresentou provas de Iuma ligação entre a leucemia e a exposição a Icampos elétricos ou magnéticos. Esses cam- Ipos, adverte, aumentam consideravelmente Ios riscos de câncer. I

Em outro artigo, também publicado na IThe Lancet, pesquisadores da Nova Zelân- Idia asseguraram que a porcentagem de Icasos de leucemia é muito alta em profissões Ique envolvem a exposição a campos magné- Iticos e elétricos, associados à corrente alter- Inada. Comparando 546 vítimas de leucemia Icom um grupo de 2.184 homens, seleciona- Idos para efeitos de controle, os pesquisado- Ires descobriram que a estatística — de Iforma geral — confirma a hipótese de que Itrabalhadores cm eletricidade estão mais Ipropensos à leucemia do que outros profis- Isionais. I

Carro dispensamotorista

UM novo carro, com seis rodas e câma-

ras de televisão, que não precisa de'motorista está na linha de frente do que oscientistas chamam de "a nova geração derobôs". O veículo, chamado de Terregator,descende dos primeiros robôs da década de60 e da geração muito mais sofisticadaatualmente empregada para realizar traba:lhos automatizados em fábricas.

As novas máquinas misturam os maisrecentes progressos no campo da inteligèn-cia artificial, ciência de computadores emicroeletrônica. Elas vão ter a capacidadenão só de reunir informações, como oTerregator, mas também de assumir deci-sões independentes, como o carro precisafazer para ajustar suas velocidades e evitarobstáculos.

O Terregator emprega uma combinaçãode lasers, e instrumentos acústicos que usamo som para avaliar distâncias, como osmorcegos, c televisão estéreo com váriascâmaras para examinar o terreno à suafrente, e depois combinar este terreno comimagens semelhantes gravadas em seucomputador.

Assim, teoricamente, as retas, ondula-ções, curvas, meios-fios característicos dasestradas em geral podem ser vistos e asinstruções de direção e ajustes de 'velocida-de podem ser feitas quando necessários. Seos sensores se depararem com padrões ex-tremamente complicados, o Terregator po-de se comunicar pelo rádio com um compu-tudor grande, programado com uma maiorvariedade de cenários visuais.

Uma organização com grande interessenestas novas máquinas é o Departamento daDefesa dos Estados Unidos, o Pentágono,que no ano passado iniciou um programa de600 milhões de dólares em 10 anos, para acomputação estratégica, destinado a desen-volver robôs de terceira geração, alguns jános próximos cinco anos.

Classificados pelo exercito dos EUA¦wno tecnologia de máquinas inteligentes,estes novos robôs afetam o desenvolvimentode instrumentos militares como mísseis. Um-ques e estações submarinas de mísseis e desensores.

As experiências com embriões humanos

QUASE

sete anos depois donascimeno do primeiro be-bê de proveta, a Ciênciaenfrenta a Sociedade com

um novo desafio: o dos embriões huma-nois excedentes.

Empenhados em melhorar o trata-mento da infertilidade (esterilidade) hu-mana e eliminar doenças hereditárias,cientistas ingleses estão procurando obterautorização legal para poderem realizarexperiências com os embriões humanosque sobraram nos laboratórios em quesão realizadas as fecundações in vitro,popularmente conhecidas como criação-de bebês de proveta.

As experiências poderiam ser realiza-das com embriões defeituosos ou danifi-cados — por exemplo, os infeccionadoscom câncer — ou os reservados para usoposterior em caso de fracasso de umatentativa de gravidez e que, ao ocorrer agravidez, se tornam desnecessários.

Então, estes são os embriões huma-nos excedentes: esperma e óvulos unidosem uma massa celular do tamanho daponta de um lápis, mas que não foramcolocados no útero da mãe. Estes seres sósão considerados fetos depois de oitosemanas.

Não há acordo quanto à definição deum embrião como algo humano ou sim-plesmente humano em potencial. Mas, dequalquer forma, a sugestão de que pos-sam estar sujeios a experiências tem mo-tivado protestos dos grupos de defensoresdos direitos da vida, autoridades eclesiá-ticas e outras pessoas, que acreditam quea ciência perdeu seus fundamentos mo-rais. Estes setores afirmam que realizarexperiências com embriões humanoseqüivale a reduzi-los à condição de ani-mais de laboratório.

O deputado conservador inglêsEnoch Powell, autor de um projeto paraproibir as investigações científicas emembriões humanos, afirmou que "muita

gente sente uma repugnância profunda einstintiva ante o uso de embriões huma-nos para se alcançar um objetivo científi-co, por mais nobre que ele possa ser".

As pesquisas com embriões é apenasum dos muitos dilemas apresentados peloprogresso na técnica de criação de bebêsde proveta desde o nascimento na Ingla-terra, em 1978, da primeira criatura ges-tada através deste método, a meninaLouise Joy Brown.

Os cientistas, que trabalhavam emum vazio jurídico, empregam toda umasérie de métodos para ajudar casais comproblemas de fertilidade a terem filhos,

entre estes métodos está o congelamentode embriões, a doação de óvulos e esper-ma, a transferência de embriões e amaternidade sub-rogada.

Com cada avanço desta técnica, co-nhecida cientificamente como fertilização

,in vitro, são apresentados novos desafiosàs noções tradicionais de procriação epaternidade.

À medida em que os cientistas seaprofundam nos mistérios da vida, opúblico, perplexo, pergunta onde isto vaiparar. No ano passado, houve clamor epreocupação com a sugestão de que em-briões humanos poderiam ser introduzi-dos em úteros de ovelhas, coelhas ouporcas, para deixá-los crescer por algu-mas horas. O objetivo desta experiênciaseria determinar se existem certas condi-ções favoráveis à fecundidade no úterodos animais. Esta idéia foi proposta àcomissão de ética que fiscaliza o trabalhodos precursores da fertilização in vitro, osdoutores Robert Edwards e Patrick Step-toe, que têm sua clínica em Bourn Hall,perto de Cambridge.

O Dr. Edwards explica que em 1970fez uma experiência destas, com a coloca-ção de um embrião humano no útero deuma coelha: "Não funcionou e não pre-

tendemos voltar a realizar a experiência.Não vemos nisto benefício algum".

Diante de alarma público, o Governoinglês criou leis para controlar o trata-mento da infertilidade e a investigaçãocientífica nas questões relacionadas aosbebês de proveta. No ano passado, umgrupo de 16 personalidades chefiado pelafilósofa Mary Warnock, da Universidadede Cambridge, publicou um relatóriocontendo 63 recomendações, abarcandotodo o campo da reprodução artificial.

A principal recomendação deste gru-po foi o estabelecimento de um grupo deespecialistas para supervisionar os traba-lhos; mas ele também aprovou a realiza-ção de experiências com embriões até um-máximo de 14 dias após a fertilização,etapa em que normalmente a implanta-ção foi concluída mas quando o embriãoainda não desenvolveu características in-dividuais identificáveis.

A

Comissão Warnock, cujo re-latório está sendo debatidono Parlamento inglês, tam-bém foi favorável a permitir

aos cientistas a criação de embriões com.fins exclusivamente experimentais.

Apesar de se calcular que desde 1978tenham nascido em todo o mundo cerca

de mil bebês de proveta, a probabilidadede o método de fertilização resultar emgravidez e na gestação de um novo serhumano é de apenas entre 10 e 15%. Oscientistas argumentam que sem a realiza-ção de experiências com embriões huma-nos será impossível aumentar a propor-ção de resultados positivos; e alegam queo estudo das células humanas, o maiscedo possível, em sua etapa de desenvol-vimento oferece as maiores esperanças(ainda que remotas) de se erradicar en-fermidades congênitas ou hereditárias co-mo a síndrome de Down, a hemofilia e adistrofia muscular.

Segundo o Dr. Edwards, especialistaem fisiologia, "em minha opinião, asexperiências com embriões humanos sãonecessárias, mas devem ser feitas sobestrita permissão e estrito controleético".

O Dr. Edwards é contra a criação deembriões apenas para fins de pesquisaporque "sempre achei que isto na verda-de transforma um embrião humano emum embrião de rato". Para ele, o em-brião é um ser humano desde o momentoda concepção. Contrariamente aos cien-tistas que desejam a liberdade de realizarexperiências com todos os embriões hu-

manos excedentes, o Dr. Edwards achaque só deveriam ser usados os embriõesdefeituosos e que, de qualquer forma,não sobreviveriam.

O professor lan Kennedy, catedráti-co de direito e ética médica da Universi-dade de Londres, afirma que as experiên-cias com embriões viola a tradição filosó-fica ocidental e os acordos internacionaisque proíbem as experiências com sereshumanos.

"Os pesquisadores médicos e científi-cos querem impor seus critérios ao afir-mar que se isto não for feito muitos bebêspoderiam morrer. Esta é uma forma deargumentar com ameaças. Mas, se aúnica forma de descobrir remédio para asíndrome de Down é através da trans-gressão de nossos princípios morais bási-cos, teremos que decidir que não podere-mos éncontrar este remédio", acrescentaKennedy.

Em nenhuma parte do ntundo a ex-pertencia com embriões humanos estáproibida mas, riá prática, os cientistasdedicados a estes trabalhos estão aderin-do a um tipo de código voluntário deética.

ROBERT GLASSAssociated Press'

Fisiatria, a cura pelo

exercício

PESSOAS

que sofrem dedores nas costas, vítimasde acidentes, um númerocada vez maior de sobrevi-

vientes de ataques cardíacos, câncere outras doenças debilitantes, assimcomo uma verdadeira multidão detenistas com mais de 60 anos deidade que insiste em continuar prati-cando seu esporte, estão encontran-do ajuda no pouco conhecido campoda medicina chamado fisiatria.

Os fisiatras são médicos que rea-bilitam incapacitados. Tratam todo otipo de paciente, desde o recém-nascido com problemas congênitosaté pessoas com 90 anos com proble-mas de artrite, tentando ajudar cadaum a levar uma vida mais completapossível. Segundo o testemunho demuitos que recorreram aos fisiatrasem busca de auxílio, estes especialis-tas são extraordinariamente efi-cientes.

Os fisiatras receitam mais exerci-cios do que remédios e normalmenteprocuram afastar seus pacientes dasdrogas e analgésicos, fazendo trata-mentos, basicamente, sem remédiose sem cirurgia.

Numa recente pesquisa entre 500pessoas com problemas de dores nascostas, foi comprovado que a fisia-tria, a longo prazo, é muito maiseficiente do que a ortopedia e aquiroprática para tratamento dos di-versos tipos ae dores da coluna ver-tebral. Contudo, os fisiatras aindasão especialistas relativamente des-conhecidos.

A fisiatria se desenvolveu atra-vés dos esforços do Dr. Howard A.Rusk na reabilitação de soldadosdurante a Segunda Guerra Mundial.Apesar de a fisiatria ter sido formal-mente reconhecida, nos EstadosUnidos, como especialidade médicaem 1947, até hoje ela permanececomo um pequeno ramo da mediei-na, com apenas cerca de dois milpraticantes — dos quais aproximada-mente metade trabalha em hospitais,cuidando dos incapacitados mais gra-ves e os demais em consultóriosparticulares, tratando dores da colu-na, problemas causados pela práticade esportes e doenças.

Um dos motivos para o relativodesconhecimento da fisiatria é o fatode oferecer salários menores do queos das outras especialidades médicase o preconceito de outros médicos,que encaram o fisiatra mais como umterapeuta físico do que como umcolega médico. Alguns médicos apa-rentemente se recusam a indicar umfisiatra para seus pacientes porque osencaram como rivais e competi-dores.

O Dr. Stanev A. Herring. fisia-

. ^

tra com clínica em Portola Valley, naCalifórnia, explica que é a atitude doespecialista em relação à incapacita-ção que o distingue dos outros médi-cos: "Não consideramos um pacientecurado quando sua fratura está con-solidada e ele voltou a um nívelmínimo de funcionamento. Para nós,o paciente só está curado quandoconsegue fazer novamente todas ascoisas que gosta".

Os programas de reabilitação fi-siátrica cobrem tantas situações —problemas decorrentes de doençascardíacas, diabetes, ferimentos daespinha dorsal etc — que freqüente-mente é necessário mais de umaespecialidade médica para atender eresolver o problema do paciente.Além do trabalhar em cooperaçãoíntima com outros médicos, o fisiatrareúne equipes de terapeutas físicos,patologistas na fala, assistentes so-ciais e terapeutas ocupacionais quepoderão ser necessários nos diversosprogramas individuais de reabili-tação.

Nos Estados Unidos, o númerode novos médicos em busca da espe-cialização e registro como fisiatra jásaltou de menos de 150 em 1977 paracerca de 500 este ano e, com areconhecida falta de especialistas noramo, agora atrai um número cadavez maior de bons estudantes demedicina. Atualmente, a educaçãoem medicina física está se tornandocada vez mais rigorosa. Em janeiro,o curso de fisiatria foi aumentado de

três para quatro anos nos 70 centrosmédicos onde os estudantes de medi-cina podem receber treinamento es-pecializado em fisiatria. Hoje, cercade 30% dos estudantes fazendo resi-dência em fisiatria são mulheres.

O resultado da descoberta destanova especialidade é que os centrosde reabilitação fisiátrica estão sendoabertos mais rapidamente do que épossível encontrar fisiatras para diri-gir seus trabalhos. A publicação es-pecializada do ramo, Archives ofPhysical Medicine and Rehabilita-tion, está cheia de anúncios pro-curando fisiatras para hospitais, car-gos de diretores de clínicas e dechefia de departamentos acadê-micos.

Também há a conscientização deque manter os pacientes fora doshospitais significa uma grande eco-nomia em termos de custos médicos;os centros de reabilitação permitemque muitos pacientes continuem mo-rando em suas casas, voltem ao tra-balho e continuem pagando seus im-postos. .

Mas apesar de haver provável-, mente milhões de pessoas com dores-da coluna e outros problemas múscu-lo-esqueletais que poderiam se bene-ficiar dos cuidados de um centro defisiatria, na maioria das cidades ain-da é muito difícil encontrar estesespecialistas.

DAVA SOBOLThe New York Times

A força terapêutica da massagem

A boa e antiga massagem está de volta. Não tanto pelainflação de saunas e suspeitas casas de massagem queatraem clientes à procura de relax, mas porque tem

realmente propriedades curativas. E possível comprová-lo noscentros de massagem a sério, onde profissionais treinadosrecuperam quase milagrosamente desde executivos cansadosaté donas de casa em busca de alívio para dores. Assim, amassagem, antigamente um luxo e privilégio de elites, está-setornando uma necessidade para quem tenta enfrentar o ritmodesgastante da vida moderna.

Mas é preciso cuidado, pois a promessa de "curasmiraculosas" com tratamento barato pode desviar muita gentede cuidados médicos vitais. Para quem sofre artrite grave, porexemplo, uma massagem vigorosa pode ser perigosa. Alémdisso, alguns massagistas supostamente profissionais podemser. na verdade, enganadores. E o que seria uma redescobertados valores da massagem talvez se torne uma desapontadoraexperiência.

A massagem se baseia no sentido de tato. o mais forte e omenos reconhecido dos sentidos. O antrópologo Ashley Mon-tagu considera o lato "a mãe dos sentidos", uma vez que jácomeça a se desenvolver quando o embrião ainda está no úteromaterno e ressalta que a área do cérebro destinada ao tato émuito grande. Quando outros sentidos, tais como a visão e aaudição, entram em colapso, o tato freqüentemente os subs-titui.

Há séculos. ii" Oriente ,i massagem c considerada uma

valiosa técnica de saúde. No Ocidente, porém, foi esquecida apartir da Idade Media, quando muita gente passou a condenaros prazeres da carne.

O moderno renascimento da massagem no Ocidente podeser atribuído, em parte, a Per Henrik Ling, um sueco quecombinou seu conhecimento de ginástica e fisiologia comtécnicas de massagem de antigas culturas e formulou a técnicaconhecida como massagem sueca. Além de duas outras técnicasde massagem, shiaLsu e reflexologia, a massagem sueca hojeem dia é amplamente usada para tranqüilizar o lado psíquico econtrolar as dores e mal-estares do corpo.

A massagem sueca, a técnica mais usada no Ocidente,sistematicamente emprega pancadinhas e apertões dos tecidosmacios (músculos, ligamentos, tendões e pele) para induzir umrelaxamento total. Õ "paciente" geralmente fica nu. sem bemque um lençol possa ser usado para cobrir as regiões que nãoestejam massageadas (principalmente para evitar resfriamento)e o massagista usa óleo como lubrificante para reduzir airritação da pele. As mãos do massagista trabalham sobregrandes áreas do corpo do massageado e ficam em movimentoconstante para não quebrar a continuidade do trabalho. Osmúsculos são vigorosamente amassados para relaxá-los e acarne c repetidamente "martelada" e esfregada para estimulara circulação.

Shiatsu é uma técnica japonesa de massagem na qual osdedos, cotovelos, joelhos ou pés trabalham sobre os "pontos elepressão" do corpo humano, os mesmos tratados na acupu-

ntura. Segundo a teoria do shiaLsu, a dor e a doença resultamdos bloqueios de energia. Segundo seus especialistas, a energiapassa por 12 meridianos c a pressão nos pontos de acupunturaao longo de cada meridiano serve para desbloquear a energiapresa e restaurar seu fluxo constante. Assim, estimular umaparte do corpo pode afetar os tecidos de outra região.

Algumas pessoas acham que a massagem shiatsu c doloro-sa demais, mas outras elogiam suas vantagens terapêuticas. Oshiatsu deve ser feito por uma pessoa treinada para exercer apressão correta, da forma certa nos lugares exatos para quesejam evitadas luxações c outros danos.

A terceira grande técnica de massagem, a reflexologia, éessencialmente um tipo de massagem nos pes: supõe-se quecertos pontos dos pés afetam determinados órgãos. A reflexo-logia é a técnica de massagem menos arriscada, apesar de osque decidirem experimentá-la precisarem tomar cuidado comas alegações de que pode curar doenças cardíacas e toda umaserie de outros problemas. Seus resultados mais prováveis são orelaxamento e o alívio das dores.

É bom lembrar que a massagem pode ser perigosa parapessoas que enfrentem certos problemas médicos, como febre,infecção local, veias varicosas. flehite. artrite crave, icterícia ounáusea. Também é recomendável que mulheres grávidas epessoas que sofram do coração ou tenham pressão altaconsultem seus médicos antes de se *ubmeter a massagensvigorosas.

ENTREVISTA/Egídio Ferreira Lima

A legitimidade de Sarney

JB — O que é o Brasil de Sarney oucomo flca o Brasil sem Tancredo?

Egfdio Ferreira Lima — Não há comoestabelecer um elo substantivo entre Sar-ney e Tancredo. Se fosse possível fazer umcorte no processo político e histórico, diriaque Tancredo fechou uma fase e estamosdando início a outra. E nesse passar depágina, a ilação fundamental é que opoder foi devolvido aos civis. Sarney en-controu essa nova ambiência, um novo earejado clima político. Mas o Governo deSarney nunca será o que seria o Governode Tancredo.

JB — Por quais razões?Egfdio — Eles são individualidades

políticas bem distintas: na origem, noestilo, na formação, na maneira de ser e ascircunstâncias de hoje são outras, comple-tamente diversas. A grande obra de Tan-credo, o artesanato político que ele execu-tou, num itinerário difícil, até inadmissí-•vel, tudo isso somado à sua morte, àcomoção que ela provocou, à "catarse",fez com que o Brasil, no dia seguinte aoseu falecimento, fosse outro, inteiramentediferente.

JB — Como o Sr. vi este novo país?Egfdio— Encerrado o calvário de

Tancredo, o nosso grande drama se põe,agora. Até o momento, nós, do PMDB,tínhamos como prioritária a questão insti-tucional. Éramos uma frente e tínhamosum projeto que era legitimar o poder, comas eleições diretas, e repor as instituições,

< com a Constituinte. Nós conseguimos legi-timar o poder por vias tortas, pois recor-rendo ao Colégio Eleitoral, graças, sobre-tudo, à habilidade de Tancredo Neves,que se casou com a maturidade da socieda-de, revelada na mobilização pelas diretas ena campanha de rua em favor do Presiden-te falecido, que tinha nítida consciência deque o Colégio não poderia conferir-lhelegitimidade. A legitimidade, que é aanuência, significa juntar a vontade dopostulante à vontade coletiva para dar aoChefe de Governo a vontade política. Semela o Chefe de Governo não tem determi-nação, não gerencia os interesses do país.

JB — O Presidente Sarney não teve aluta de Tancredo. Ele amanheceu Presi-dente.

Egfdio — Perfeito. Você está sendoprecisa. Ele amanheceu Presidente. Nós,do PMDB, que lutamos durante 20 anos,não estamos cobrando o passado de Sar-ney. O imponderável o fez Presidente. Elecomeça agora. Não queremos inquiri-lo.Estamos aceitando-o como ele é. e comonos foi ofertado pelas circunstâncias. Mashá exigências. Ele tem que ser, a partir deagora. Tem que estar à altura dos fedamosde um novo país que resultou da mobiliza-ção pelas diretas, da campanha de Tancre-do, de seu sacrifício e sua obra—devolveraos civis o poder e fazer com que osmilitares refluíssem às suas funções profis-sionais e constitucionais. Tudo isso trouxepara Sarney um grande desafio. Ele temque enfrentá-lo.

JB — Mas como ele vai chegar a essaaltura se não tem a legitimidade e nem apopularidade de Tancredo?

Egfdio — O grande drama de Sarney éque eie está despido desses requisitosindispensáveis para que possa conduzir umbom Governo, para que possa chefiar anação, nesta hora. Ele é o nada política-mente, agora.

JB — Então como o Sr. acha que elevai cumprir essa missão histórica que temdiante dele que é governar este novoBrasil?

Egfdio — Sarney é um homem nu,despido de legitimidade. Foi um dos últi-mos a chegar para integrar a dissidência doPDS e entrar na luta de Tancredo e doPMDB. Houve dificuldades para aceitá-lo.Lembra-se? Mas ele tem a grande vanta-gem de ter sofrido como que um trauma, acomoção nacional, a necessidade absolutade que não se quebrasse a cadeia sucessó-ria, de que não se colocasse em risco asinstituições, a cônsciência da sociedade deque era indispensável preservar as institui-ções, além aa conduta das lideranças doPMDB, de Ulysses Guimarães, que nãotitubearam, em qualquer momento, emaceitar José Sarney na Presidência. Tudoisso deu a ele um campo sem agressão,sem nenhuma ameaça, que ele tem inteiro,para nele construir o edifício político dademocracia. O edifício político que Tan-credo tornou premente com sua mortereclama continuidade.

JB — Como será encaminhada essaluta?

Egfdio — Sarney terá uma vantagemsobre Tancredo. Ele não vai ser obrigado aadministrar as contradições que sempreexistiram no PMDB. Tancredo foi obriga-do a viver e administrar uma polêmicaconstante: com Ulysses, com a esquerdaindependente do PMDB, com as facçõesmais avançadas do partido. E conseguiu,com sua inteligência privilegiada, singular,realizar uma transição pacífica, sepultandoo regime autoritário sem ruptura, semguerra civil e sem eleições diretas.

JB — Mas Sarney não é Tancredo...Egfdio — Correto. Ele não poderá

incorrer no erro de obter ou tentar umaunidade partidária, de forças políticas,uma unidade nacional para apoio ao seugoverno. Nós estamos num regime abertoque foi produto do trabalho de Tancredo,ao PMDB e de Ulysses. O regime demo-crático caracteriza-se pelo conflito. Sar-ney, então, tem que buscar a solidificaçãoe preservação da aliança que elegeu Tan-credo — PMDB e Frente Liberal. Temque fazer isso e deixar que a oposiçãosurja. Sem polarização não há democracia.

JB — E a legitimidade, ele a obterá deque forma?

Egfdio — Só há uma maneira de fazê-lo: pelo exercício, pela execução do ideá-rio de mudanças do PMDB. Sarney teráque reunir seus auxiliares, seus ministros emandar que levantem os problemas funda-mentais do país. Nós sabemos quais sãoeles: são os institucionais. Por exemplo: adefinição da duração do mandato de Sar-ney, quem vai definir isso não será oCongresso, nem o Aureliano, nem a pre-gação de Leonel Brizola e nem mesmo aConstituinte. Quem vai definir a duraçãodo mandato de Sarney é Sarney, agindocom vontade política.

O

Deputado Egidio Ferreira Limachegou a ser líder do Governo naCâmara até o dia cinco de dezem-bro do ano passado como ele mes-mo confessa. Acabou preterido,

mas "sem mágoas". De Tancredo ele guarda alembrança de uma inteligência singular e orespeito pelo trabalho realizado em favor daimplantação da semente da democracia.

Uma semente hoje em mãos de Sarney.Egidio, cassado aos 29 anos em 1969, comodeputado estadual, é, na Câmara, um dosideólogos do PMDB. Metódico — acorda antesdas seis da manhã — sempre foi procuradopelos ex-autênticos do ex-MDB e chegou a sero "guru" do grupo. Agora, o deputado, retorna

ao estilo dos autênticos para advertir: é precisoque Sarney não incorra no erro de retomar umaabertura tutelada — no estilo do ex-PresidenteErnesto Geisel — mas que assuma o privilégioou o ônus de conduzir o processo democráticoem sua inteireza.

Com coragem, Egidio — que nunca foiligado a partidos clandestinos e é apontadocomo "um cristão de esquerda" — afirma queSarney é um homem despido de legitimidademas que poderá conquistá-la pelo exercício doGoverno se optar pelas mudanças reclamadaspor toda a sociedade e ficar à altura de um paísque está num processo revolucionário. E umarevolução não se estanca. Uma revolução secompleta na democracia.

i

encontrou, nas praças, com o povo, econseguiu levar os militares de volta aosquartéis, e que, agora, deverá passar poruma metamorfose, porque seu ideário,como frente, está chegando ao fim, terá,ao lado de exigir que se complete o edifíciodemocrático de elaborar um projeto desociedade. A Sarney cabe a tarefa deexecutor deste projeto para fugir ao riscode retroceder a uma abertura tutelada,calculada, projetada na Escola Superior deGuerra e na Doutrina da Segurança Na-cional.

JB — Mas, Sarney não poderá gover-nar apenas com o PMDB. O Sr. mesmoacha que ele deve preservar a aliança com aFrente Liberal?

Egidio — A bandeira para exterminaresse tipo de abertura é do PMDB. É umaexclusividade sua, imune a usurpações. Afrente, que apóia Sarney, tem que enten-der isto. Também é o PMDB que temlegitimidade e credibilidade, porque secomprometeu com as mudanças reclama-das pela sociedade, Sarney tem que con-cretizá-las, com atos concretos e vontadepolítica inquebrantável.

JB — Se ele capitular, o que o Sr. achaque vai ocorrer?

Egidio — Até sua melhor intençãoserá lesada e terminará derrotada peloprocesso de forças outras que irão secompor para reatar aquilo que você teme,que é a abertura tutelada, que perdeu asua estratégia e seu rumo, com o Riocen-tro e com o comportamento de Figueire-do, que se deixou vencer pela "comunida-de de informações", que era <? seu berço.

"Na verdade, a

oposição a Sarney

não tem

consistência

ideológica. A de

Brizola é seu

projeto pessoalde chegar à

Presidência da

República. Por

outro lado,

Sarney ainda não

disse a queveio."

TW|||üHMMiman^Mte

Deputado Egidio Ferreira Lima

JB — O Sr. está dizendo que Sarneyvai ter de trocar o pacto de elite que elegeua ele e Tancredo por uma conciliação com opovo?

Egfdio — Não se faz conciliação com opovo. Com o povo Sarney terá de comun-gar, terá que se encontrar. É no povo queele deve buscar, com sensibilidade, osanseios e as necessidades da nação. E eleterá que estar à altura dessa missão sem tersido escolhido pelo povo. É a isso que sechama legitimação pêlo exercício. Em ter-mos práticos, ele obterá isso resolvendo oproblema institucional e assumindo as me-didas necessárias na questão da dívidaexterna, com uma posição de firmeza. OBrasil, com negociadores sérios e comcredibilidade, deverá definir quando vaipagar e como vai pagar a sua dívida. Eleterá também que resolver o problema dainflação, do desemprego e sanear todo osistema financeiro, levantando-se, com co-ragem, contra os aventureiros e as forças .poderosas que estão vivendo dessa especu-iação. Ele terá que se voltar também paraum regime de austeridade real no procedere não apenas no discurso, terá que enxugaras empresas estatais dos favores fáceis edas regalias para que eias sejam úteis aopaís.

JB — O Sr. acha que Sarney terá. condições de fazer tudo isso? Não são

exigências em demasia?Egfdio — Alceu Amoroso Lima dizia

que a coisa mais impressionante no ho-mem é o mistério. A oportunidade podeforjar os homens. Os espertos americanosdizem que, às vezes, se elege um medíocreou um homem pouco dotado chega aciden-talmente à Presidência e senta na cadeirapresidencial da Casa Branca e fica maiordo que é. Acaba transformando-se em umestadista. É capaz, por exemplo, de reatarrelações diplomáticas com a China, emmomento ainda agudo da"guerra fria",como fez Nixon. São forças insondáveisque o homem tem e que o desafio faz comque elas venham à tona. São potencialida-des que existem em cada um.

JB — O Sr. acha que Sarney as tem?

Egfdio — Não posso negar-lhe isso. Eele não é um homem medíocre. Teminteligência e formação cultural. Eu jádisse que o PMDB iria assimilar o passadode Sarney e vamos acreditar que ele temagora percepção, capacidade, sensibilida-de e coragem para adotar todos os atos naárea institucional, econômica e social, re-tomando o desenvolvimento e fazendo areforma agrária que está anunciando. Nin-guém reativará a economia deste país semuma reforma agrária capaz de criar umaclasse média no campo. Sem ela, o parqueindustrial acabará estanque e a economiacontinuará girando apenas em torno deuma produção para o mercado externo emdetrimento do mercado interno.

JB — A nível de Congresso como está aposição de Sarney para levar adiante essasmedidas que o Sr. reclama?

Egidio — Sarney terá que atentar parao surgimento de um leque partidário quese conforme com o estágio atual da socie-dade brasileira. Até agora, não tivemos

"Sarney é um

homem nu,

despido de

legitimidade. Foi

quase o último a

se integrar à

dissidência do

PDS. Houve

dificuldades paraaceitar sua

candidatura à

Vice-Presidência.1)

partidos. No regime autoritário, tínhamosuma frente buscando o regime democráti-co. O PMDB, e, do outro lado, umaglomerado de mera sustentação do gover-no, porque mais se cevava nesse governodo que o servia. O desafio no Congresso éduplo: para Sarney e para o PMDB. OPMDB ainda não tem consciência disso,mas ele terá que deixar de ser apenas umafrente de combate à ditadura para setransformar num partido com autonomia eindependência, preservando o seu carátere a sua identidade. Terá que se conscienti-zar de que apenas tem no Presidente umfiliado e, mesmo assim, meramente aci-dental. E, para isso, tem que perseguir umequilíbrio difícil e tenso, sendo um entedistinto e autônomo em relação ao Gover-no e, ao mesmo tempo, sua base parla-mentar. O PMDB não poderá ser, emrelação a Sarney, o que foi a Arena ou oPDS em relação ao regime autoritário.Sarney terá de permitir que o PMDB sejaum partido, com suas teses próprias e seuprojeto de sociedade.

JB — Mas, Sarney, ex-Presidente doPDS — sucedâneo da Arena — não estáacostumado a isto.

Egidio — Então ele terá que amadure-cer no carbureto. Terá que mudar da noitepara o dia. A ditadura liquidou os líderes,ém 1964, e Ulysses, até então, relativa-mente obscuro, um pessedista, um mode-rado, deu um grande salto, que, se vocêquiser, poderá chamar de conversão.Além de Ulysses, vários outros enfrenta-ram o mesmo processo e tornaram-sedefensores das mudanças exigidas pelasociedade. E o processo da hora, da exi-gência do momento histórico e Sarney, senão estiver preparado para o instantehistórico, terá que se habilitar e crescercom urgência.

JB — De que forma deverão agirSarney e o PMDB para fortalecer o proces-so democrático iniciado?

Egidio — O PMDB. entendendo quecumpriu o fundamental de sua missão,como frente, no momento em que se

Logo após a morte do Presidente Tancre-do, o General Golbery do Couto e Silvadeixou seu ostracismo e elogiou Sarney,em enfática ,entrevista. Golbery não diznada à toa. É evidente que há uma grandetocaia para fazer Sarney assumir a abertu-ra tutelada. Golbery quer voltar a ser ogrande bruxo de uma abertura que nãotem relação com o regime democráticoque Tancredo, o PMDB e a sociedadereclamaram nas praças públicas.

JB — Mas como Sarney vai evitar essatocaia?

Egfdio — Pondo emexecução os enunciadosdos dois últimos pronun-ciamentos de Tancredo.O discurso do dia 15 dejaneiro, o mais avançadode Tancredo, e a sua en-trevista, dois dias depois.Ele falou em constituin-te, em termos claros eprecisos. Não falou emtransformar o Congressoem Poder Constituinte,mas em convocar umaAssembléia NacionalConstituinte. Ele assegu-rou a reforma agraria e,

na entrevista, dois dias depois, traçou todoo ideário das reformas. E só objetivá-las,executando esse programa.

JB — De que forma, porém, Sarneymanterá a Aliança assumindo apenas oprograma do PMDB?

Egidio — Sarney precisa cumprir esseprograma para se legitimar e, independen-te disso, os partidos surgirão naturalmen-te. O PMDB buscará se preservar, res-guardando sua legitimidade e a FrenteLiberal vai ter que assumir um caráterpróprio, deixando a fase de identificação eo limbo em que se debate, sob pena de setornar um PDS de roupa mudada, engor-dando e se avantajando com o que sobroude pior do PDS. Se Sarney alcançar apostura de estadista, exigida pelo momen-to, ele permitirá que o PMDB, preservan-do a sua legitimidade e autonomia, fique aseu lado, já a Frente Liberal se tornará umpartido de centro, com menor ou maiorconotação conservadora. O PMDB será opartido de centro-esquerda que o próprioTancredo Neves pregava.

JB — E se o processo não se encami-nhar dessa forma imaginada pelo Sr.?

Egidio — Os militares voltaram aosquartéis, mas querem ter uma interferên-cia indireta, e estão atentos. Continuamatentos. E sabe por que? Porque elesquerem um sistema político aberto, massob vigilância. E não se modificam menta-lidades em dois, três, cinco anos. Elesacham que a vigilância deve ser deles. Esserisco está presente a Sarney e, se ele nãoassumir o regime democrático, ele lenta-mente se tornará presa das Forças Arma-das que querem, pela sua formação, tute-lar a democracia.

JB — Não há evidências de que Sarneyjá começa a ser tutelado?

Egidio — \ entrevista de Golbery,que estava recolhido e parecia resignado,tem essa intenção. Mas esse não será ocaminho em que Sarney praticará os pri-meiros atos de coragem e afrontará osinteresses dos que não querem a democra-cia. Nesta hora. ele adquirirá vontade

política, se legitimará, ganhará credibilida-de, permitirá a preservação do PMDB e osurgimento da identidade da Frente Libe-ral, e, nessa hora, então, os militaresavançarão e aceitarão o processo democrá-tico como ele tem que ser na sua pleni-tude.

JB — Mas, como o Sr. disse, não semudam mentalidades em pouco tempo. AsForças Armadas ainda têm medo das gre-ves e passeatas.

Egidio — É verdade. E acham istoporque entendem, de boa fé, que é omelhor para a sociedade. Mas, estou cer-to, pela própria origem social dos queintegram as Forças Armadas, que elaspoderão, em curto prazo, adequar-se aoprojeto da democracia plena e sem peias.Para isso, a atuação do Presidente JoséSarney, no exercício do Governo, serádecisiva. E eu tenho sólidas esperanças de.que Sarney cresça e se dimensione, reve-lando-se à altura do momento históricoque lhe foi ofertado pelo fado ou fortuna.

JB — O Sr. não teme que as forçasmais conservadoras do Congresso se apro-ximem de Sarney e que ele ache mais fácilatendê-las e optar por um processo deabertura tutelada?

Egidio — Não. O único medo que eutemo é que Sarney não se torne maior doque ele. E ele reconheceu isso no discursoque fez no dia da morte de Tancredo,quando disse: "Serei maior do que eu" efalou, ao que captei, sem pretender fazerfrase de efeito. Ele reconheceu suas limita-ções. No gesto, há um grito de fragilidade,de reconhecimento de sua humanidade,mas, ao mesmo tempo, foi um clamor desua vontade de superar essa fragilidadediante de uma nação que se mobilizoupelas diretas e onde a população exibiu suacoragem e maturidade. Isso mudou o país.O brasileiro hoje, cada um, é um cidadão.E um cidadão não esmola, não aceitamigalhas.

JB — O que o Sr. enxerga nessamudança?

Egfdio — O processo revolucionário.Nós estamos vivendo hoje um processorevolucionário. Esse processo revolucio-nário não se estanca. Ele tem uma forçaimanente e inarredável. Para contê-lo,você precisaria de matar, liquidar, exter-minar, fazer o que já se fez pior na históriada humanidade. Mas, se fizerem isso, serápor um período muito curto, embora mui-to virulento, porque toda a sociedade estáeletrizada por um processo de revoluçãoque quer chegar a termo, com as reformas.Sarney tem hoje o privilégio ou o ônus deter que enfrentar essa situação e ser ocondutor desta revolução. A ele está en-tregue a tarefa de fazer com que elatermine bem, num novo país, ou de entre-gar a sociedade a uma situação de holo-causto. A sociedade tem seus canais e elaestá forçando esse novo caminho e ela vaiquerer que ele alcance o seu objetivo. Essaânsia revolucionária por reformas não éapenas dos marginalizados, dos assalaria-dos, mas da sociedade como um todo.

JB — Sarney poderá conduzir umarevolução como o Sr. disse e contar com osmilitares?

Egidio — Sarney tem em seu favoruma classe militar que quer o melhor parao país, porque, como um todo, não entrouem um regime como o da Argentina. Elasestão dispostas — as Forças Armadas — aevoluírem em sua visão sobre a democra-cia, dependendo da coragem de Sarney. Seele, Sarney, der esmolas a uma sociedadeque não quer esmolas paliativas, mas que-brar os grilhões em todos os sentidos, elenão será maior do que ele tem sido atéhoje.

JB — O Sr. acha que Sarney, aindasem legitimidade e sem partidos estrutura,dos, será capaz de não sucumbir à oposiçãoque sofrerá? O Sr. não avalia a oposição?

Egfdio — Essa oposição que se esboçaa Sarney nao tem consistência ideológica.A de Brizola visa ao seu projeto pessoal dechegar à Presidência da República. A deAureliano se é que ele fará oposição, seriana mesma perspectiva. A do PDS é nosentido de que o quadro empobreça, per-mitindo-lhe medrar e sobreviver. Qualseria a oposição necessária ao País? Aoposição que buscasse a sua inteireza,conformando-se, na sua pregação, aos an-seios da sociedade, e levando Sarney acumprir o ideário das mudanças. O quevemos hoje é um aglomerado de expectati-vas oportunistas, cada um pensando nosseus projetos porque Sarney ainda nãodisse ou teve tempo de dizer a que veio.

JB — O Sr. não falou de Ulysses.Egidio — Ele é o guardião desse

ideário de mudança do PMDB. Sarneytem que estar consciente disso para nãocair nas mãos dos que querem a aberturatutelada. Ulysses e Tancredo não forampeças separadas na luta para plantar asemente da democracia. Eles não eramcontraditórios. Eram peças conflitantes,mas eram a síntese do processo que prega-vam. Tinham uma perfeita consciência deque buscavam o projeto democrático. Osdois queriam ser Presidente, mas nemnisso se chocaram porque se uniram, por-que sabiam perceber a História.

JB — E o papel de Ulysses agora?Egidio — Ulysses que soube se supe-

rar. em 1974, assimilando a pregação dosautênticos e legitimando o MDB, comofrente de combate e demolição do regimeautoritário; que, após a mobilização dasdiretas, fruto de sua pertinácia, emborabatido, teve visão e grandeza para ceder oprimeiro plano a Tancredo Neves, se en-contra agora face a um novo desafio e,talvez, na fase mais nobilitante e substanti-va da missão que a Historia lhe conferiu.Impóe-se-lhe, esquecendo os corredoresdo poder, preservar a legitimidade e credi-biiidade do PMDB. transformando-o emum partido, com um nítido ideário e umpreciso projeto de sociedade. Para isso,deve contar com o decisivo apoio e oestímulo de seus liderados. Por isso, quenão entendo e condeno os que, no PMDB,e. nesta hora decisiva, se comprazem emcatar as faltas humanas de Ulysses Guima-rães. como se fossem "advogados do dia-bo" que. no Vaticano, têm o mister deinvestigar as misérias humanas dos candi-datos a santo.

Entrevista a VANDA CÉLIARepórter do JORNAL DO BRASIL em Brasília

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consegue uma boa maquiagem por problemas de visão

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baseada na absorção rápida pela pele, de oligo elemen

tos e enzimas testadas nos EEUU., e que geralmente Jazem falta ao organismo, no caso de peles desvitalizadas

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bilidade do Dr. Wagner de Moraes, CRM 52-16 575-8 Av. Ataulfo de Paiva, 1079 s/509

nos seguintes endereços: Ed. Vitrine do Leblon. Tel 511-0398em Niterói: Av. Roberto Silveira, 17 tel: 717-6581

sumário

N° 471, 12 de maio de 1985

Um superastro nas telas

Eddie Murphy, 23 anos, interpreta UmTira da Pesada e transforma-se no ator de25 milhões de dólares (Pág. 8)

Uma estrela no mundo

Lucélia Santos chega da China e prepara-se para ir à Polônia. É o sucesso deEscrava Isaura (Pág. 14)

DiretoraMaria Regina BritoEditor de revistasZuenir Ventura

Capa: Foto de Jucá Martins F4

DOMINGOiohmai no HKAS11

EditorArtur XexéoEditora de arteVilma GomezEditora de modalesa RodriguesRepórteresLúcia RitoRose EsquenaziDiagramadoresMaria do CeuJoão Carlos GuedesPaulo Cézar LoboColaboradoresAntonio José MendesDulce CaldeiraElizabeth OrsimHelena CaroneLiliane SchwobMarina MartinsGerente ComercialFábio MatosRedaçãoAv Brasil. 500 6" andarTelefone 264-4422R 410. 481 e 49 7PublicidadeAv. Brasil. 500-5" andarTelefone 264-4422Composição e fotolitoJORNAL DO BRASiLImpressãoJB Indústrias GráficasAv. Suburbana. 301Domingo é uma publicaçãoda Editora JB. Não podeser vendida separadamente.

A hora do amor

Marina Colasanti, autora de E Por Falarem Amor, define o sentimento que estávoltando à moda (Pág. 30)

A hora do "rock"

A nova jovem guarda, com o Biquíni Cava-

dão à frente, chega à segunda geração,dividindo o rock (Pág. 22)

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nomes —-

ideias 1 opre-estreia ——

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usos e costumes —

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Carol, uma diva com ares de musaCarol, uma diva com ares de musa

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CAROL MCDAVIT

É no mínimo lisonjeiro para o

panorama artístico brasileiroa opção que a soprano norte-americana Carol McDavit fazhá dois anos -— viver meioano aqui e seis meses lá,cumprindo tanto no Brasilcomo nos Estados Unidosuma movimentada agendalírica. Com sólida formaçãoclássica, a cantora tem dedi-cado suas últimas semanasa Bach, mais precisamenteao Oratório da Páscoa, àPaixão de Sâo João e àCantata para Soprano Soloe Orquestra, todas apresen-tadas no Cultura Artística deSão Paulo. No Rio, cantou oElixir do Amor, fez Orfeo eintegrou o elenco da últimamontagem de A Flauta Má-

gica. Mas a grande curtiçãoda bela Carol é cantar Gersh-win e Cole Porter — o quefez há meses numa tempo-rada quase secreta no TheTinker. E entre uma aula eoutra — ela é uma disputada

professora — estuda sua

próxima apresentação, em

julho próximo: vai mostrarem primeira audição, no pai-co do IBAM, as Canções, docompositor brasileiro Ronal-do Miranda.

JOSE HUGO CELIDONIO

O declínio da glória da nou-velle cuisine e a ascensão da

cozinha evolutiva não sur-

preendem o chef José HugoCelidônio, que desde a abertu-ra de seu Club Gourmet vemse batendo por outro nome adefinir o movimento lançadona França por Paul Bocuse."Nem ele mesmo", conta Jo-

sé Hugo, "chama o que faz denouvelle cuisine". Com pra-tos hoje mais voltados para aleveza e o sabor do que pro-priamente para a arte, não erasurpresa a proximidade do fimda moda. "A nouvelle cuisinepecou pelo excesso de fanta-sia, ao ponto de chegar a criarsorvete de camembert". Oimportante, segundo Celidô-nio, "é o equilíbrio entre o

gosto clássico e a maneiraatua! de se preparar o prato,sem esquecer o mais impor-tante — a imaginação". Paraele, "a nouvelle cuisine é um

pouco como o carnaval: trêsdias de fantasia e basta". Vivaa cozinha evolutiva!

RICARDO CRAVO ALBIM

Depois de seis anos correndoo Brasil de ponta a ponta,falando sobre cultura e em

particular sobre música popu-lar brasileira, Ricardo Cravo Al-bim está de volta ao Rio, agoracomo coordenador geral dosmuseus da Funarj — vale dizer12 museus espalhados peloEstado, todos com o denomi-nador comum da falta de ver-bas, estrutura anacrônica e àbeira do abandono.

"Quero

reaquecer o Rio como pólocultural do país através do

Celidônio e sua cozinha Ricardo, agora os museus

rejuvenescimento dos mu-seus, do intercâmbio com SãoPaulo e Belo Horizonte pararepartir despesas, custos eidéias, e, principalmente, atra-vés da reanimação das insti-tuições." Para Cravo Albim,apesar das verbas esquálidas,há esperança.

"Pretendemos

transformar o Museu do Ingánum museu dedicado ao mo-biliário brasileiro e a manifes-tações do espírito popular, co-mo arte ingênua, primitiva. Va-mos tirar do papel o projeto decriação do Museu Brasil-França, a ser instalado no pré-dio do antigo Tribunal do Júri,na Praça XV, que será dirigido

por Guilherme Figueiredo. Va-mos criar o Museu do Carna-vai, no sambódromo; refor-mular o Museu da Imagem edo Som ainda em 85, quandoestará festejando 20 anos defundação." Com o entusias-mo de um apaixonado, CravoAlbim lembra ainda o ProjetoMuseus na Rua:

"Já que o

povo não vai aos museus, va-mos levá-los ao povo."

LUIS FELIPE PENNA

O primeiro e seguramente umdos únicos cariocas a ter plan-tado sobre o telhado de suacasa uma enorme antena pa-rabólica capaz de captar pro-gramas de televisão de todo omundo é o ex-Deputado, su-plente federal pelo PMDB eempresário, Luis Felipe Pen-na. "Minha antena tem trêsmetros e meio de diâmetro, éem preto e branco e só captabem a União Soviética. OsEstados Unidos vêm semprecom chuvisco", explica Pen-na. "Estou

partindo para a ins-talação de uma nova antena,desta vez com oito metros dediâmetro, capaz de captartransmissões a cores e pro-gramas da TV americana."Eterno interessado pela revo-lução tecnológica, quer ter apossibilidade de estudar osdois lados da notícia. "Não

quero mais acreditar que oNatal em Nova Iorque nãopassou de imensa fila de de-sempregados, como mostroua televisão soviética, enquan-to o de Moscou foi, segundo aestação, o melhor do mundo."

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Fred Suter

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FRANKIE AMAURY

Qual a elegante brasileira quenão tem em seu guarda-roupapelo menos uma criação dadupla Frankie Amaury? Difícildizer — e precisamente gra-ças a esse sucesso a griffeestá ampliando seu show-room com a inauguração dia16 de sua primeira loja, noShopping Center da Gávea."Demorou, mais saiu", dizFrankie. "Conquistamos

pri-meíro o mercado, inclusive onorte-americano, com nossasroupas de couro para, e sóentão, irmos à rua." Decoradapor Pedro Espírito Santo, aboutique, um primor de am-bientação e bom gosto, vai

passar a mostrar a muitos o

que continuará sendo de pou-cos.

"É esse, talvez, o suces-

so de nossa marca", concluiAmaury.

AL PACINO

Chama-se Revolution 1776 eserá dirigido por Hugh Hudson— o mesmo de Carruagensde Fogo e Greystoke, a Len-da de Tarzan — o próximofilme a ser estrelado por AlPacino. Trata-se de um dramaambientado na Guerra de In-dependência norte-americana,contando um período épico daHistória Americana que nãovai às telas desde Griffith. Pa-cino, que contracenará comDonald Sutherland, viverá umpapel de pai de família envolvi-do relutantemente nos acon-tecimentos que se seguiram àDeclaração da Independência.

€ D. EUDES DE ORLEANS |

| E BRAGANÇA |® Insatisfeito com a qualidade °

§ final do vinho tinto que leva |"" seu nome no rótulo, D. Eudes ^

de Orleans e Bragança decidiu 2lançar uma safra especial no S.mês que vem. "Quero

quemeu tinto mereça os mesmoselogios do branco que produ-zo." Para tanto, Sua AltezaImperial e Real adquiriu umapartida de seu concorrente —

e considerado o melhor tintoproduzido no Brasil — o VinhoVelho do Museu, está fazendoum corte próprio e prepara-separa voltar ao mercado comforça redobrada. Com su-cesso.

Gismonti: teatro e —

EGBERTO GISMONTI

Tendo sofrido o problema naprópria pele, Egberto Gismon-ti quer fazer alguma coisa pe-los compositores e artistasconsiderados não comerciaise, em conseqüência, banidospelas estações de rádio. É ocaso de todo o elenco da Car-mo Gravadora, de Gismonti,que, graças aos esforços dopróprio, prepara-se para ga-nhar um teatro só para eles noRio e, possivelmente ainda es-te ano, uma emissora de rádioespecializada na música miú-ra. Enquanto esse dia nãochega, Gismonti está em No-va Iorque apresentando-se noCarnegie Hall."Comercial ounão", diz o artista, "eu loto umteatro lá mais facilmente doque um Municipal aqui."

MARTINA NAVRATILOVA

Martina Navratilova anunciou

que se está preparando paraabandonar as quadras de tênisao final da atual temporada.Vai dedicar-se às prendas do-mésticas, instalando-se emsua mansão de Malibu comseus livros, dois cães e seusdiscos. Sozinha, pois sua com-

panheira já de seis anos saiuhá dois meses para comprarcigarros e nunca mais voltou

para casa.

MARÍLIA KRANZ

Ágil, apaixonada, informada edisponível — assim é a pinturaque a artista plástica MaríliaKranz está mostrando parale-lamente em duas grandes ex-posições, a primeira em Goiâ-nia, no Hotel Bandeirantes, e asegunda em Brasília, na Gale-ria Paulo Figueiredo. "Marília

Marília duplamente em cartaz

é em pessoa o que é em sua

pintura", conta o crítico Wal-mir Ayala.

"É permanente-

mente uma novidade." Suafase atual, segundo a artista,mostra uma visão pulcra doamor, um sentimento de raiz

que envolve tudo e redime aemoção como participação in-consútil.

"É uma projeção doideal sobre o real", explica.

BRUNO BARRETO

Sem ter ainda colhido os frutosde sua última produção, Alémda Paixão, que estréia amanhãnum grande circuito nacional, odiretor Bruno Barreto já se pre-para para rodar um novo filme.Estou desenvolvendo o roteiro aquatro mãos com Walter George-Durst contando uma época doCiclo do Café", conta Bruno. Vaiser uma produção paulista, masnão será um filme épico. "Vou

contá-lo à minha maneira", expli-ca o diretor. Ainda sem títulodefinitivo, o próximo projeto dojovem Barreto atende até agorapelo nome de Eldorado.

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Eddie

Murphy,

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Um Tira da Pesada

está chegando ao

Brasil para mostrar

por que seu ator fez

o maior contrato da

história do cinema

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perfil

três anos, ele era um jovemator estreando no cinema comum filme despretensioso, 48 Ho-ras, de Walter Hill. No final do

ano passado, pouco antes do Natal, quan-do sua quarta comédia chegou às telasdos Estados Unidos, Eddie Murphy trans-formou-se num fenômeno. Com duas se-manas de exibição, a tal comédia — UmTira da Pesada (The Cop of BeverlyHills), já em cartaz em São Paulo e comestréia prevista para antes do fim do mêsn0 Rj0 _ rendeu 64 milhões de dólares,muitos pontos acima das duas grandesesperanças da temporada, Duna, de DavidLynch, e Cotton Club, a última extrava-

gância de Francis Ford Coppola. Detalhe:cada uma destas produções custou pertode 50 milhões de dólares, enquanto UmTira... não passou de 14 milhões. Hoje, acarreira do filme já atingiu 200 milhões dedólares e alçou Murphy ao segundo lugarna lista das maiores bilheterias da Améri-ca, só perdendo para o imbatível ClintEastwood. Por isso mesmo, a Paramountassinou um contrato com o ator quegarante a produção de seus próximos seisfilmes. Em troca, Murphy embolsou 25milhões de dólares — um contrato que asdivas de Hollywood, de Marilyn Monroe aElizabeth Taylor, jamais sonharam assinar.

Aos 23 anos, Eddie Murphy chegou aum posto que nenhum outro ator negroalcançou. Nem Sidney Poitier, nem Ri-chard Pryor. Mas sua trajetória não foi feitasó de sucessos. Entre Um Tira... e seusegundo filme. Trocando as Bolas, eleprotagonizou, ao lado de Duddley Moore(aquele baixinho que se apaixonava por BoDerek em Mulher Nota Dez e por LizaMinelli em Arthur), a comédia Best De-fense, que com o título A Melhor Defesaé o Ataque também será mostrada noBrasil ainda este ano. Pois foi um fracassotão grande que nem faz mais parte dafilmografia oficial de Murphy. No mais, elenão tem do que se queixar. Filho de umafuncionária da Companhia Telefônica deNova Iorque e criado por um cozinheiro defábrica de sorvetes (o pai morreu quandoMurphy tinha três anos), ele nunca duvi-dou que sabia fazer rir. Até os 19 anos,

garantia o dinheiro de cada mês ganhandotodos os programas de calouros que pas-savam em sua frente. Sua especialidadeeram as imitações, principalmente a deElvis Presley. Ele adora Elvis e é capaz deficar um dia inteiro ouvindo o LP Live atthe Madison Square Garden. De imita-

ção em imitação, chegou à boate ComicStrip, em Manhattan, de propriedade deRobert Wachs e Richie Tienken. O encon-tro foi bom para todo mundo. A dupla deempresários arranjou um contrato paraMurphy participar do Saturday Night Li-

ve, uma espécie de Faça Humor NãoFaça a Guerra da TV americana. Era 1980e Murphy ganhava 750 dólares por progra-ma. Ficou quatro anos no ar. Só que, a

partir do segundo ano, seu contrato subiu

para 30 mil dólares por aparição. A trinca— Murphy e os empresários Wachs eTienken — nunca mais se separou.

Com quase 20 anos de atraso, EddieMurphy está ajudando a convencer a cias-se média americana que black is beauti-fui. No esporte, ela torce pelo presbiteria-no Carl Lewis. Na música, ela consome otestemunha de Jeová Michael Jackson. Eno cinema, depois de um rápido namorocom o ateu Richard Pryor, ela está apaixo-nada pelo católico Eddie Murphy. Era difí-cil mesmo gostar de Pryor. Afinal, sempreque se falava dele, ninguém esquecia dedizer que Pryor fora viciado em heroína equase morrera queimado durante umaexótica experiência com o tóxico. Gostarde Murphy não causa danos. Ele nãobebe, não fuma, não usa drogas e moranuma casa, num subúrbio de Nova Jérsei,quase toda decorada pela mãe. Melhor:desde que surgiu no meio artístico, estásempre acompanhado pela mesma namo-rada, Lisa Figueroa, uma estudante deBiologia. "Eddie adora roupas, jóias, carrose mulheres — mas não necessariamentenesta ordem", costuma dizer o empresá-rio Wachs.

O irrepreensível comportamento deEddie Murphy não pode ser a única justifi-cativa de seu sucesso. Não adianta resis-tir. Ele é um comediante e tanto. Em 48Horas, pouco visto nos cinemas brasilei-ros, mas sempre um must entre as fitasde videocassetes dos videoclubes, ele jámostrava que podia fazer rir sem usar otruque que, de Charles Chaplin a RenatoAragão, garante a fama dos palhaços decinema: bancar o frágil, o fracassado, osofredor, para obter a identificação com aplatéia. Com Eddie Murphy em cena, já sesabe que ela vai se dar bem desde o

primeiro plano. "Eu nunca sou vítima", diz

ele. Aliás, Murphy — coisa rara entrecomediantes — não tem Chaplin comoseu mestre. "Ele não tinha nada de ge-nial", já disse uma vez. Mesmo assim,pretende refilmar O Garoto (The Kid). Osdireitos autorais do roteiro, porém, sóestarão liberados a partir de 1997. MasMurphy não tem pressa. Até lá, pretendejá estar produzindo, dirigindo e escreven-do seus filmes. "A década de 50 foi deElvis, a de 60 dos Beatles", analisa.

"Ain-

da vou ouvir alguém dizer que a de 80 foide Eddie Murphy."

Se é exagero ou não, a platéia cariocapode comprovar quando Um Tira da Pe-sada entrar em cartaz. Não espere uma

obra-prima. É apenas uma comédia poli-ciai, daquelas recheadas de perseguiçõesem automóvel e heróis voando através de

janelas. Murphy é o detetive Axel Foley,da polícia de Detroit, que, em férias, vai

para Beverly Hills tentar desvendar o mis-tério do assassínio de um velho amigo. Dehábitos grosseiros, acostumado a resolvercasos no grito, Foley se espanta com orefinamento da polícia local e com oscostumes dos suspeitos que encontra,todos cercados por croissants e cocaína.É possível que a gente já tenha visto estefilme antes. Mas não com o carisma deEddie Murphy. O papel, aliás, foi escrito

para Silvester Stallone. O filme todo é sóuma chance para o comediante fazer suasimitações — de um homossexual a umrepórter da Rolling Stone que tenta entre-vistar Michael Jackson. Alguém pode ima-

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ginar o brutamontes Stallone nestes per-sonagens?

Já perguntaram a Murphy se ele gosta-ria de ser o primeiro presidente negro dosEstados Unidos. Ele rejeitou a idéia. "Sou

muito mais amado que o Presidente",analisou. "E,

para isso, basta contar umas

piadas."

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Para Escobar, Nietzsche é como um gato. Para Carol, ele é o ímpeto dionisíaco

A nietzschemania

Por que um polêmico pensador do século

XIX atrai tanto o interesse dos jovens?

André Brugni de Aguiar

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J J | | á homens que nascempóstumos", escreveu o fi-lósofo alemão Friedrich Wi-lhelm Nietzsche. que a par-

tir da próxima quarta-feira será debatido noConjunto Universitário Cândido Mendesem simpósio com a participação de inte-lectuais e professores do Rio e São Paulo."0 meu tempo não é o hoje", profetizavaele ainda, "nem mesmo o amanhã. Só odepois de amanhã." Ele sabia o que dizia.85 anos depois de sua morte, Nietzscheestá conseguindo o que não conseguiuem vida: ser um filósofo da moda, inclusi-ve no Brasil. Nos últimos anos, o professorCarlos Henrique Escobar. um ex-marxistae hoje nietzschiano, tem recebido emseus cursos centenas de jovens alunos.Só este ano foram ou estão sendo realiza-dos pelo menos oito cursos no Rio sobre opensamento nietzschiano. A demanda pe-Io filósofo alemão chegou a tal ponto que oprofessor Emanuel Carneiro Leão, da fa-culdade de Filosofia da UFRJ, não estámais aceitando teses de pós-graduaçãosobre Nietzsche — por causa do excessoe porque ele acha que essa onda revelamais um modismo do que real interesse.No entanto, a publicação recente de obrascomo Nietzsche Hoje — antologia organi-zada pela professora Scarlett Marton —,

de Por que Nietzsche? — organizado pelopróprio Escobar — e de Nietzsche e a

Verdade, do filósofo Roberto Machado,

revela que o interesse não é apenas aca-dêmico. A procura pelos textos do autorde Assim Falava Zaratustra chegou atransformá-lo em best-seller das coleções"Os Pensadores", da Editora Abril, e "En-

canto Radical", da Editora Brasiliense.

Como se explica a atualidade de umcontrovertido pensador que viveu no sécu-Io passado e que ainda por cima costumaser associado ideologicamente ao na-zismo?

Para a nietzschiana Rosângela Araújo,professora de Comunicação da PUC-RJ,ele é atual porque foi "o mais radicalinsurgente contra a crise de decadência doOcidente". O comportamento dos punks,por exemplo, que se autodenominam

"os

filhos da decadência", seria uma reaçãosintomática a essa crise. "0

que fascinaem Nietzsche", segundo a professora,

justamente esse radicalismo crítico, nemsempre bem entendido, e que deseja queo homem se realize em si próprio, em

plenitude, isto é, seja o super-homem."

Já o professor Escobar, para quem"Nietzsche é um gato, uma flor, uma

fúria", esse sucesso deve-se ao momentoespecial por que passam o Brasil e omundo: "A revitalização das teorias epolíticas de transformação nos parece im-possível sem Nietzsche". O Partido dosVerdes alemão e alguns movimentos eco-lógicos se aproximam muito do pensa-mento nietzschiano, segundo ele.

Um outro admirador do filósofo, oprofessor Dráuzio Gonzaga, acredita queNietzsche tem crescido porque conseguesolucionar questões mal resolvidas pelotradicional pensamento de esquerda: "Se

olharmos para o mundo ocidental e para omundo socialista sob a liderança soviética,veremos muitos problemas em comum.Só Nietzsche representa o radicalismocontra as feridas de nossa opção civilizató-ria", garante ele.

"Marx e Freud são talvez a mola denossa cultura, porém Nietzsche é a molade uma contracultura", escreveu o filósofofrancês Gilles Deleuze. De fato, Nietzscheé considerado o precursor do pensamentoalternativo, do combate ao racionalismo edo existencialismo. Ao contrário dos filó-sofos tradicionais, o estilo de Nietzschenão é acadêmico nem sistemático. Suasobras são cheias de metáforas e recursosde linguagem — e de poesia. Aliás, poesiae música eram suas formas de arte prefe-ridas. Ele dizia que

"o mundo é músicaencarnada". Para a musicista Carol Guber-nikoff, "a forma mais segura de se pensaro que seria a música para Nietzsche nãoestá propriamente nos seus textos sobremúsica, mas nas grandes propostas desua filosofia". Segundo Carol, ele é opróprio

"ímpeto dionisíaco", quer dizer, odesejo de viver o prazer, que se opõe aoexcessivo racionalismo do "ímpeto apolí-

10

idéias

neo". A música seria a mais dionisíaca dasartes.

Nietzsche viveu 56 anos, e nos dezúltimos em semidemência, provocada poruma sífilis adquirida e talvez pelo excessi-vo consumo de haxixe, ópio e soporíferos.O autor de A Genealogia da Moral teveuma vida atormentada, sempre em lutacom vertigens, irritantes dores de cabeçae sérios problemas visuais. Após o rompi-mento de uma forte ligação com o compo-sitor Wagner, Nietzsche veio a conhecer ogrande amor de sua vida: a irresistível LouSalomé, que fascinou homens comoFreud e o poeta Rilke, com quem secasou. Ela desesperou o filósofo ao recu-sar-lhe duas propostas, uma de casamen-to e outra de amor livre.

Com um pensamento radicalmenteinovador, Nietzsche é considerado o filó-sofo da vida, ainda que, ou por issomesmo, tenha passado a vida lutandocontra a dor e o fantasma da morte. Ele

partia do pressuposto de que "Deus está

morto", assim como todas as ideologias,religiões e morais. Acreditava que só arealização de sua própria vontade faz ohomem feliz. Ao contrário do que chama

de "populacho", isto é, a massa, que elevê sempre escravizada a religão, à ciênciaou ao Estado, o ideal de homem paraNietzsche é o "super-homem", um sercapaz de, graças à sua força de vontade,transformar-se em seu próprio deus.

Algumas de suas idéias (ver quadro) ea hoje reconhecida deformação de seustextos pela irmã, casada com um notórioanti-semita pelo qual o filósofo nutria anti-

patia, possibilitaram o aproveitamento detextos nietzschianos pelos ideólogos do

partido nazista alemão. A idéia do super-homem nietzschiano, por exemplo, foiidentificada pelos nazistas como o louroariano, que seria superior ao "populacho"

das demais raças. No entanto, há passa-gens da obra de Nietzsche que criticam onacionalismo alemão já exarcebado emsua época e os anti-semitas. Escobar lem-bra que

"Nietzsche foi o mais radical doscríticos do Estado e da disciplina, o quetorna absurdo querer identificá-lo com onazismo". E para Dráuzio Gonzaga, é uma

questão de interpretação. "Uma leituranatural demonstra que Nietzsche é o críti-co número um do nazismo." É possível,mas a discussão ainda está longe determinar.

Assim falava

Nietzsche

Algumas idéias do controvertido autor

de Assim falava Zaratustra:Lembrai-vos, meus irmãos, de que os

homens não são iguais.Não há ninguém entre os vivos com o

qual eu sinta a menor afinidade.Eu vos digo: que é o macaco para o

homem? Objeto de zombaria, objeto devergonha. E assim será também ohomem para o Super-Homem: objeto dezombaria, objeto de vergonha.

Vós, os solitários de hoje, vós queandais apartados, sereis um dia um povo:de vós erguer-se-á um povo escolhido; edele, o Super-Homem.

Não sou um homem, sou dinamite.O cristianismo é o subterfúgio do

escravo.Sou Dionísio, sou o Deus da Alegria.

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Grita continuamente dentro de vós:busca o prazer! Desde que aHumanidade existe, o homem se divertiu |muito pouco.

O homem é corda distendida entre oanimal e o Super-Homem.

O Super-Homem é o sentido da Terra.Há muito se esconde na mulher um

escravo e um tirano. A mulher sóconhece o amor, e no amor da mulherhá injustiça e cegueira para tudo quandodeixa de amar.

No amigo deve-se poder vislumbrar omelhor inimigo.

És escravo? Então não podes seramigo. És tirano? Então não podes teramigos.

Ouvi certa vez o diabo me dizer: Deustambém tem o seu inferno; é o seuamor pelos homens.

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Mistura de música e dança para jovens

Um filme popular mostra como

se pode chegar ao sucesso com

bom humor, música e alegria

pré-estréia

Como vencer

fazendo força

Euma

história banal:

quatro jovens desço-nhecidos se encontram

por acaso e, somando seustalentos, criam uma produtorade clips. Depois de muita luta,vencem um concurso e co-nhecem, enfim, o sucesso.Tropclip, o terceiro longa me-tragem de Luis Fernando Gou-lart, 43 anos (Marília e Mari-na e A Rainha do rádio) éisso. Um filme para jovensdos 13 aos 18 anos, feito emseis semanas, com um orça-mento pequeno — 200 mildólares — mas altas preten-sões:

"O filme será lançadona época das férias e o suces-so será igual ao de RenatoAragão", acredita o diretor.Goulart quer mostrar o jovem

brasileiro como ele é, "sem afantasia do visual bonito, daasa delta e do surf, batalhandopara vencer na vida porquedescobriu que o diploma só jánão basta". Ele teve a idéia doroteiro quando viu que seusfilhos, de 12 e 13 anos, que-riam abrir uma fábrica de pran-chas para ganhar um dinheiroextra. O nome do filme foiescolhido como uma marcade sucesso,

"uma coisa ven-dável como foi Flashdance eFootloose para os america-nos", e é dessa maneira que apublicidade em torno do lança-mento será feita. Se fizer su-cesso os produtores já pen-sam em fazer o Tropclip 2 e3. O filme lança quatro novosatores:

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Marcos Frotta

0 Emiliano de Tropclip é omais famoso dos quatro es-treantes em cinema. Já feznovela na Globo (Vereda Tro-picai) e, no teatro, ganhoudois prêmios Moliére por Co-mo a Lua, em 82 e Feliz AnoVelho, em 84. Para ele, ofilme vai acabar com o distan-ciamento entre público e ato-res — "como os jovens deTropclip, todo mundo temque batalhar para sobreviver"

e desmitificar a idéia deque cinema brasileiro é paraintelectual: "Vamos mostrarque o povo também gosta defilmes bem-feitos." Com 26anos, Frotta, atualmente, ex-cursiona pelo país com a peçaFeliz Ano Velho

Tania Nardini

Com 22 anos, ela é a Krish-na de Tropclip. É bailarinadesde os quatro anos e vivedas aulas de dança que dá noCentro de Artes do Tempo,uma espécie de faculdade ofi-ciosa criada por Luís CarlosRipper em Botafogo. No filme,ela repete o que já fez na vidareal: tenta vencer na profissãoe organizar um grupo. Faz par-te do Bandança, um grupoque já se apresentou com su-cesso nos teatros cariocas.Ela confia no sucesso de seuúltimo trabalho: "Geralmente

os filmes mostram os sonhosrealizados num passe de má-

gica. Tropclip é real. Mostraque é preciso muita batalha,para fazer sucesso".

Carlos Lofler

Tem 25 anos, começouem cursos no Teatro Tabladoe é neto do lendário Oscarito.Tentou viver de música, masvenceu mesmo com teatro in-fantil com a peça Além daLua que lhe valeu um troféuMambembe de melhor ator eum Molière para seu grupo.Não desistiu da música — ain-da tenta formar uma banda —

e já fez um segundo filme,Um Dia Virgínia, de José Jof-fily. É o Chico de Tropclip eaposta no sucesso popular daprodução:

"Ninguém precisa-

rá quebrar a cabeça para en-tender o que queremos dizer.É claro como água, um filmebem popular".

Ticiana Studart

Tem 24 anos e como Car-los Lofler também começouno Tablado. Já participou devárias montagens teatrais —de Hoje É Dia de Rock a OsPequeno-Burgueses — fezponta em novela da Globo eatualmente faz parte do elen-co da peça infantil Morangose Lunetas. Ela é a Luciana deTropclip, já participou de umasegunda produção (1o deAbril, Brasil, de Maria Letícia)e faz força para entrar no elen-co do novo filme de Ana Caro-lina, "a cineasta mais surrea-lista do Brasil", Ticiana Studartapaixonou-se por cinema:"Temos

que passar a emoçãocom uma virada de olho. Éfascinante."

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Um sucesso

da China

Lúcia Rito

Parecia

cena de umasuperprodução. Aodesembarcar no aero-porto de Pequim no

último dia 29 de março, parareceber o primeiro prêmio da-do na China a um artista es-trangeiro, depois da Revolu-ção Cultural, a atriz LucéliaSantos custou a acreditar noque via: milhares de chinesessorridentes e em roupas defesta gritavam

"Isola, Isola lai-lalai", ensaiando desajeitadospassos de samba. Emociona-da, Lucélia descobriu que elesdiziam "Isaura chegou", por-que é assim que seu nome éconhecido em toda a China,depois do sucesso da novelaEscrava Isaura, vista por 300milhões de chineses. Com omesmo entusiasmo demons-trado pelos cubanos no anopassado — em Havana suasfotos se transformaram emfigurinhas de bala — os chine-ses trataram Lucélia como umídolo. Além de ganhar deze-nas de presentes, ela nuncapôde ficar sozinha nos 16 diasem que visitou o país de Mao."Em todos os lugares onde euia, no mínimo 500 pessoascorriam atrás. Não conseguinem ver a Grande Muralha,porque todos queriam mecumprimentar."

Ainda tonta com tudo oque viu nos seus 39 dias deviagem — da China ela foipara o Japão, Canadá e NovaIorque — Lucélia incorporouvários hábitos chineses à suarotina diária. Quando relembraa viagem, ela pula e faz gestoslargos para mostrar como foimimada. Mas sente dificulda-de em contar tudo o que acon-teceu por lá. "Foi uma recep-ção tão grandiosa, um suces-so tão estrondoso, que tenhomedo de as pessoas acharemque eu estou querendo mepromover. Quando penso noque vi e como me trataram,

acho que estou sonhando!"Assim que desarrumou as ma-Ias — voltou ao Rio no dia 2 demaio — Lucélia recebeu outroconvite de um país comunis-ta. O governo da Polônia querque ela esteja em Varsóviaentre 13 e 26 de maio, tam-bém por causa do final deEscrava Isaura. Se continuarassim, Lucélia será a artistabrasileira mais conhecida nospaíses vermelhos, graças aosucesso de uma novela que,quando foi exibida pela TVGlobo em 1976, quase passoudespercebida. Ela mesma re-conhece que esse não foi dosseus melhores trabalhos naTV, mas tem uma explicaçãopara o interesse despertadono público estrangeiro. "É umtema universal. A novela ésobre a liberdade dos que so-frem ou são oprimidos poralgum sistema. Mostra o con-flito de classes, a luta de Isau-ra para libertar-se da escrava-tura e isso é entendido tantona China como em Nova Igua-çu", acredita a atriz. Lucélianão recebe nem um tostãoem direitos autorais pela exibi-ção de Escrava Isaura no ex-terior, porque a novela é ante-rior à lei que prevê uma per-centagem para os atores, masacha que essa briga tem queser discutida pela classe e nãoindividualmente.

Lucélia Santos visitou cin-co cidades da província deHangzhow, uma das mais ri-cas da China, a região da sedae da agricultura. Foi lá que elarecebeu o prêmio de melhoratriz, dado por uma revista detelevisão. Como gosta muitode comida chinesa, causousensação nos banquetes ofi-ciais. Não recusava nada: "No

dia do pato laqueado", relem-bra, "eles

se deliciaram mevendo comer o bico, a pele,tudo. E eu tive que aprender aenganá-los, deixando sempre

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Lucélia trouxe chás, vasos

chineses e roupas coloridas

para receber amigos na Barra

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o prato um pouso cheio, por-que senão não agüentaria che-gar ao fim dos 12, 13 pratosde cada jantar". A atriz ficoufascinada também com o há-bito de os chineses pratica-rem os exercícios do Tai chichuan nas praças das cidadesde manhã cedo, espreguiçan-do-se e buscando um espaço

"eles moram tão apertadosque só nas praças têm condi-ções de se esticar" — e com asensação de segurança que aacompanhou durante os diasque passou na China. "Lá sãotodos por todos, não existeessa competição e essa ansie-dade que temos aqui. Em ne-nhum momento senti medode nada, todos se respeitamdemais e parecem felizes."Em todas as entrevistas quedeu ela sempre falava quequeria andar de bicicleta, mascomo não tinha tempo livre naagenda, precisou fugir umamanhã com o pessoal da em-baixada brasileira para conse-guir. O resultado é que Lucéliavai receber uma bicicleta ver-melha com caracteres chine-ses e buzina, que chega embreve de navio.

Cheia de planos para esseano — além da viagem à Polô-nia foi convidada para ir àNicarágua, em julho, pela mu-lher do Presidente Daniel Or-tega para comemorar o aniver-sário da Revolução Sandinista

Lucélia vai fazer cinema eteatro no segundo semestre,mas não sabe se aceita oconvite para a novela das se-te, "por falta de condiçõesfísicas". No cinema, ela vai

participar do filme Clara, Anae Lia, de Haroldo Marinho Bar-bosa e no teatro de Tupã, aVingança, de Mário Rasi, uma

discussão sobre as raízesculturais do país, no Villa-Lobos, em julho, dirigida porMiguel Falabella. Casada como músico John Neshling háoito anos, mãe de Pedro Hen-rique, de três, Lucélia tambémtem pretensões políticas. Pre-tende reunir, assim que suaagenda permitir, um grupo depessoas, para criar um PartidoVerde. "E uma coisa para já,para entrar na campanha pelaConstituinte. Precisamos deum deputado para defendernossos interesses nesse sen-tido".

O sucesso da atriz nospaíses comunistas chegou aprovocara seguinte mancheteda revista italiana Novela2000, na capa da edição de 15de janeiro:

"Fidel se enamorade uma estrela de telenove-Ias". Lucélia ri e desfaz o boa-to. Segundo ela, toda a equipeda novela foi bem tratadaquando esteve em Cuba noano passado. Ângela Leal eRubens de Falco, por exem-pio, também receberam pre-sentes quando voltaram. "Fi-

dei mandou uns charutos parao John, umas pulseirinhas ar-tesanais para mim e até umvestidinho mas foi só isso."Na China ela não teve essetipo de problema. Os chinesessão muito formais com seusídolos apesar da quase adora-ção.

"Eles não respeitam mui-to a privacidade das pessoas",explica. "Meu

quarto no hotelvivia cheio de chineses. Mefaziam massagens para queeu relaxasse à noite e muitasvezes adormeci depois delas.Mas, quando acordava, a por-ta do quarto estava aberta, asluzes acesas e tudo em or-dem. Lá a segurança é total."

Lucélia e o prêmio de melhor

atriz; na fábrica de doces e

no jardim dos mandarins

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0 novo som da Cidade

Monika e Alberto de

Carvalho programam

a Contemporânea

Com

a mesma força com que impôsaos seus ouvintes cariocas o rockprogressivo, o programa 60 Minu-

tos de Música Contemporânea, da RádioCidade, está de volta com a nata do rock.De segunda a sexta, das 13h às 14h,entram no ar desde o conjunto japonêsKitaro, o australiano Mídnight Oil até umou mais grupos ingleses de maior suces-so: The Smiths, U.2, UB 40, Siusie and theBanshess, Tears and Fears, Alien SexFriends.

À frente do programa está AlbertoCarlos de Carvalho, 38 anos e que, de1970 a 1977, criou e dirigiu o 60 Minutosna Rádio JB AM. Desde março, foi convi-dado a relançar a proposta mais modernada emissora. Os discos do programa sãoinéditos no Brasil e chegam aqui atravésda importação ou através de contratoscom a BBC inglesa que grava, ao vivo, osconcertos da audaciosa casa de espetácu-los Hammersmith Odeon, de Londres.

Com apenas dois anúncios, de 30segundos cada, em uma hora de progra-mação, "é o que ha de mais oxigenado edespasteurizado na radio carioca", segun-do o músico Lulu Santos, 32 anos, queescuta o 60 Minutos desde sua primeirafase. Sintonizar a Radio JB AM, as 15h,naquela época, era a garantia de ouvir emprimeira mão os inéditos Emerson, Lake &Palmer, Tangerine Dream, Jetro Tull.Amon Dull ou Can.

No lugar das possantes vozes de Sér-gio Chapelin e Orlando de Souza — apre-sentadores dos reprimidos anos 70 —ouve-se agora a espontânea e seguralocução de Monika Venerabile, 22 anos, eque há 10 trabalha em rádio. Filha deitaliano e alemã, Monika começou na Rá-dio Fluminense aos 12 anos, tornando-seprofissional dois anos mais tarde. Felizcom o convite da Rádio Cidade — "era

oque sempre quis" — consegue acertar asfaixas de música que vão entrar no ar, aovivo, cantar e dançar, atender o telefone,dar a hora certa e ainda sorrir com asinsinuações de seus ouvintes que inven-tam maneiras criativas de chegar perto deMonika.

— Eles me pedem músicas difíceis eaí me ligam todos os dias para ver se euconsegui

Em cada programa são apresentadoscerca de 14 grupos diferentes, todos de

qualidade irrepreensível. Sinal dos tem-pos: na década de 70, as faixas eramlongas e tocavam-se três ou quatro con-juntos. Para Carlos Alberto de Carvalho,

que abandonou o jornalismo e a críticadiária pela direçáo de programação daRádio Cidade, a mudança foi marcante."Antes dominavam os ídolos. Hoje são amúsica e as tendências que são levadasem conta

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Si Eles qostam de Chaka Kan, so bebem agua e refrigerantes e namoram como J Fanatico pela saga de Duna, 1"

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No embalo da danceteria infantil

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Francesca Annis em Duna

| Na onda da dunamania

Eles qostam de Chaka Kan, só bebem água e refrigerantes e namoram como | Fanático pela saga de Duna,

qente qrande. Veja, na página 11, como é uma tarde de domingo na J Eduardo Tornaghi conta o que |

danceteriaHelp.Vocêencontratodaaprogramaçãoinfantilapartirdapágina 10. | achou do filme. Na página 2.-' |

2 domingo de cada um _9cinema

teatro 6 bares e restaurantes

show

dia da mães

7 rádio e TV

expôsições, de graça

8

9

filmes na TV

o melhor da semana

Doido

por

"Duna r r

PARECE

que ninguém está entendendodireito o filme Duna, em cartaz emgrande circuito. Já se diz que quem não

leu o livro não compreende o filme. O livro dopremiado escritor de ficção científica FrankHerbert tem adeptos no mundo inteiro, clubede leitores e discussões regulares. Verdadeiroscultuadores da obra. Um deles, o ator EduardoTornaghi não gostou muito da versão cinemato-

gráfica dirigida por David Lynch, achou o resul-

tado confuso. "Fui ao cinema com um amigo

que não conhecia a história e ele saiu meioabestalhado", conta

Eduardo fala com conhecimento de causa.Seu primeiro contato com Duna foi em 71,

Depois de ler toda a saga de Duna, Tornaghi critica o filme

quando um amigo do Tablado emprestou a eleum volume de 400 páginas.

"Eu quase não lia

direito em inglês, tive de devolver o livro antesde acabar e fiquei na maior fissura. Passei 7anos procurando um exemplar e só encontreiem 79 no aeroporto, quando me mudei pra SãoPaulo", lembra. Ele ficou sabendo, então, que aepopéia se desevolvia em seis volumes edemorou mais dois anos até conseguir todos.No Brasil só foi editado o primeiro recentemen-te."É um livro fantástico, mania séria. Algum diaa cultura oficial ainda vai render tributos à ficçãocientífica", declara na linguaguem própria dequem já fez de Duna um culto.

O filme não conseguiu arrebatar o dunama-

níaco. Ele achou pretencioso. "O livro fala de

um universo que privilegia o homem. As máqui-nas são utilizadas mais como curiosidade, prati-camente não se tem tecnologia. As pessoasandam à pé, as lutas são de faca e espada, háuma discussão ecológica. O filme passa aolargo disso, minimiza tudo", reclama.

Eduardo ainda critica a direção de arte("achei a arquitetura do filme pesadona") e osefeitos especiais ("2001 e Guerra nas Estrelastinham efeitos mais envolventes"). Achou quese poderia ter trabalhado mais os atores, atécomo forma de mostrar que Duna antes demais nada valoriza as pessoas.

"Foram infelizesnas simplificações para a linguagem visual",resume.

UM AMOR DE SWANN (Un Amour de Swann). deVolker Schlondorff, com Ornella Muti. Jeremy Irons,Alam Delon. Fanny Ardant. Marie-Christine Barrault,Nathalie Juvet e Cnarlote Kerr Studio GaumontCopacabana (Rua Raul Porripéia. 102 — 247-8900)15h15min, 17h30min, 19h45min, 22h (18 anos)Drama francês inspirado no primeiro volume de EmBusca do Tempo Perdido de Marcel Proust Vale pelotrabalho de Delon como o homossexual Barão Charlus.

A HISTÓRIA DE UM SOLDADO IA Soldier s Story). deNorman Jewison, com Howard E Rollms Jr, AdolphCaesar, Art Evans. David Alan Grier, David Harris eDenms Lipscomb Bruni Ipanema (Rua Visconde dePirajá. 371 — 521 -4-690) 14h, 16h. 18h, 20h. 22h.Bruni Tijuca 'Rua Conde de Bonfim, 370 — 268-2325/ Art Cassashopping-3 (Av Alvorada, 2.150 —325-0746) 15h, 17h, 19h. 21 h Censura 14 anosDrama americano sobre um advogado negro queinvestiga ao final da Segunda Guerra Mundial, oassassinio de um sargento

A VIDA EN ROSE (L'Etincelle), de Michel Lang, comClio Goldsmith. Roger Hanin, Simon Ward, John Moul-der-Brown e Lysette Anthony Ópera-1 (Praia deBotafogo. 340 — 266-2545) 14h. 16h, 18h, 20h, 22hCensura 14 anosComédia francesa sobre o romance entre um dono derestaurante cinqüentão e uma jovem e descontraídadisck-jóquei casada

OS INCOMPREENDIDOS Hes 400 Coups). de Fran-çois Truffaut co^ Jean Pie-re Leaud Claire Maurier.Albert Remy. Gu\ Decomble e George Flanant Pais-sandu (Rua Senador Vergueiro 35 -- 265-4653) 14h.16h. 18h, 20h, 22n Censura 14 anosDrama francês, primeiro longa-metragem de Truffaut eprimeiro filme com o oersonagem Antome Domei queaparece auatrc outros trabalhos do cmeasta

SEXUALMENTE FALANDO (Sesso e Volentieri), deDrno Risi, com ..aura Antonelli. Gloria Guida, JohnnyDorelh. Salvatore Lacono e Margaret LeeSão Luiz-1 iRua do Catete, 307 — 285-2296), Copaca-

bana (A, Copacabana, 105 801-255-0953): 14h10min,16h, 17h50min, 19h40min, 21h30min, Palácio-2 (Ruado Passeio, 38 — 240-6541): 13h40min, 15h30min.17h20min, 19h10min, 21 h Censura: 16 anos.Comédia italiana de episódios. Em dez filmes curtosindependentes, casos maliciosos entre casais

NO LIMITE DA REALIDADE (The Twilight Zone), deJohn Landis, Steven Spielberg, Joe Dante e GeorgeMiller Com Dan Aykroyd, Albert Brook, SóatmanCrothers e Vic Morrow. Lido-1 (Praia do Flamengo,72): 15h, 17h, 19h, 21 h (14 anos).Filme dividido em quatro episódios, com cada seg-mento focalizando um aspecto pouco conhecido denossa existência, analisando aquele ponto peculiar emque o tempo e o espaço parecem diluir-se na conscién-cia de uma pessoa. Produção americana.

A DAMA DE VERMELHO (The Woman in Red), deGene Wilder, com Gene Wilder, Charles Grodin, Jo-seph Bologna, Judith Ivey, Kelly Le Brock e GildaRadner. Roxy (Av. Copacabana, 945 — 236-6245), SãoLuiz-2 (Rua do Catete, 307 — 285-2296), Barra-3 (Av.das Américas. 4.666 — 325-6487): 13h40min,15h20min, 17h, 18h40min, 20h20min. 22h. Imperator(Rua Dias da Cruz, 170 — 249-7982): 15h. 17h, 19h,21 h, Olaria (Rua Uranos, 1.474 — 230-2666):14h20min, 16h, 17h40min, 19h20min. 21 h. Odeon(Praça Mahatma Gandhi, 2 — 220-3835): 14h,15h40min, 17h20min, 19h. 20h40min, Tijuca (RuaConde de Bonfim, 422 — 264-5246) 13h40min,15h20min, 17h, 18h40min, 20h20min, 22h. Nos cine-mias Roxy, São Luiz-2, Tijuca e Odeon. a projeção éem dolby stereo. Censura: 14 anosComédia americana, refilmagem de O Doce Perfumedo Adultério Um marido tido corno exemplar ficacompletamente louco ao conhecer uma modelo lindís-sima, Oscar de melhor canção para I Just Called ToSay I Love YouCARMEM (Carmen), de Francesco Rosi Com JuliaMigenes Johnson, Plácido Domingo, Ruggero Raimon-di, Faith Esham e Jean-Philippe Lafont. Studio-Gaumont Catete (Rua do Catete, 228 — 205-7194):15h40min, 18n20min. 21 h

Há um intervalo de oito minutos em cada sessão.(Livre) Filme-ópera francês, na linha de LaTraviata, quemostra a obra de Georges Bizet em cenários naturais.A história do triângulo amoroso formado por Carmem,o chefe de guarda Dom Jose e o toureiro Escamillo.

SINFONIA DA PRIMAVERA (Fruhlings Sinfonie), deVon Peter Schamoni, com Nastassja Kinski, HerbertGronemeyer, Holf Hoppe, André Hellere BernhardVicki. Art Copacabana (Av. Copacabana, 759 — 264-4246). Art São Conrado-2 (Estrada da Gávea, 899 —322-1258) 14h40min, 16h30min, 18h20min,20h10min, 22h. Art Casashopping-1 (Av. Alvorada.2.150 — 325-0746), Art Tijuca (Rua Conde de Bonfim,406 — 254-9578): 14h, 15h50min, 17h40min.19h30min, 21h20min. Censura: 10 anos.Drama romântico alemão baseado no amor entre ocompositor Robert Schuman e sua mulher, uma pianis-ta jovem e talentosa

PASSAGEM PARA A ÍNDIA (A Passage to índia), deDavid Lean. Com Dame Peggy Ashcroft, Judy Davis,James Fox, Alec Guiness, Victor Banerjee e NigelHavers. Coral (Praia de Botafogo. 316 — 266-2545),Tijuca-Palace-1 (Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4610): 14h30min, 17h30min, 20h30min. Censura:livre.Superprodução inglesa, do mesmo diretor de A Filhade Ryan, baseada no livro de E. M. Forster. Romancee aventura num país exótico Dois Oscar na premiaçãode 85: melhor atriz coadjuvante e melhor trilha sonora.

DUNA — O MUNDO DO FUTURO — (Dune), deDavid Lynch, com Kyle MacLachlan, Francesca Annis.Jurgen ^rochnow, José Ferrer e Sting. Metro Boavis-ta (Rua do Passeio, 62 — 240-1341): 12h10min,14h30mm. 16h50min, 19r>10min. 21h30min. CondorCopacabana (Rua Figueiredo Magalhães, 286 — 255-2610;. Largo ao Machado-1 (Largo do Machado, 29— 205-6842/, Leblon-1 (Av Ataulfo de Paiva, 391 —239-5048), 14n30min, 16h50mm. 19h10min.21h30min, Leblon-1 (Av Ataulfo de Paiva, 391 —239-50481. Barra-1 (Av das Américas. 4.666 — 325-6487),

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Carioca (Rua conde de Bonfim, 338 — 228-8178)14h, 16h30min, 19h. 21h30min. Baronesa iRua Cãndi-do Benício, 1.747 — 390-5745). Art Méier (Rua SuvaRabelo. 20 — 249-4544), Madureira-2 (Rua Dagmarda Fonseca. 54 — 390-2338): 13h30min, 16h.18h30min, 21 h. No Metro Boavista, cópia em 70mm. Projeção em dolby stereo nos cinemas Condor,Largo do Machado, Leblon-2, Carioca e Madureira-2. Censura: 10 anos. Ficção científica americana,ambientada no ano 10.091, no planeta Duna onde seluta pela água. Uma produção de quase 50 milhões dedólares, baseada no best seller de Frank Herbert

UM LUGAR NO CORAÇÃO (Places in the Heart), deRobert Benton Com Sally Field. Lindsay Crouse, Ed

Harris Amy Madigan e John Malkovich. Ricamar (AvCopacabana. 360 — 237-9932): 14h, 16h, 18h, 20h.22h. (14 anos)Melodrama americano ambientado na década de 30,dirigido pelo mesmo realizador de Kramer vs KramerGanhou dois Oscar na última festa da Academia deHollywood: Melhor Atriz e Melhor Roteiro Original

O FIO DA NAVALHA (The Razor's Edge), de JohnByrun, com Bill Murray, Theresa Russel. CatherineHicks, Denholm Elliott e James Keach. Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro, 502 — 256-4588:14h30min, 16h45min, 19h, 21h15min, Coper-Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88): 14h.16h20min. 18h40min, 21 h. Coper-Tijuca (Rua Conde

oe Bonfim 615) 18h40min 21n Censura 14 anosDrama americano baseado no romance de SomersetMaugham Um homem tenta dar novo sentido a suavida. aepois de iutar na Primeira Guerra Mundial

OS GRITOS DO SILÊNCIO (The Kiliing Fieids). deRoland Joffé Com Sam Waterston, Haing S Ngor,John K/alkovich. Julian Sands e Gragig T NelsonVeneza (Av Pasteur, 184 — 295-8349) Barra-2 (Avdas Américas, 4.666 — 325-6487) 14h, 16h30mm,19h, 21n30min. Comodoro iRua Haddock Lobo, 145— 264-2025): 16h, 18h30min, 21 h Palácio-1 (Rua doPasseio 38 — 240-6541): 13n30min. 16h, 18h30min,21 h. Nc Veneza e Palácio-1. a projeção é em dolbystereo (16 anos)

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A VIAGEM DE UMA MULHER AO INFERNO

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PATRÍCIO BiSSO no papel de "B0MB0M"

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Michael Biehn, o herói de O Exterminador do Futuro, o campeão de bilheteria da temporada

Drama de guerra americano que narra a amizade entreum correspondente ao New York Times e seu intèr-prete durante a guerra do Cambou Ganhou trêsOs:,.-- melhor ator coadjuvante, rç nor fotografia erneihi r rt (Ir taaern

EXTERMÍNADOR 00 FUTURO .lhe Te'minator)de griles Cameron Com Arnoid Schwarzenegger.Michae! Biehn, Linda Hamiitor Pau. W nfield e LanceHenr.ksen Rio Sul (Rua Marquês de são Vicente, 52

¦ 274-4532) 14h. 16h, 18h, 2Cih 22h América (RuaCoroe í(- Bonf.m. 334 264-42461 13h30min,15h,30mm 17h30m.r 19h30m,;n 21h3Ümin Madu-reira-1 R.. i Dagmar da fonseca [>4 — 390-2338:13h 1 5h ' !• 19' 21h Paacio (Campo Grande)Lido-2 -P,a s do r ^«>eog,-i 72; 'r.h 17h i9n 21hí 16 anos.< icçao-oen: f. a a" er.cana ar"b estada na Los Angees :ji ' .' ,r; e na de agira Um guerreiro volta noterrpo oara matar a mulher Que ainda va> gerar umnerf; 10 ' .t;Jro

UM HOMEM, UMA MULHER, UMA NOITE ICia.r deFemrr e) de Costa-Gavras Com Yves Montand, RomySchneider Romo^ vaüi , Ja Kedrova e Hemz BennentCinema-1 'Av Padro Júnior 281) 15n30mm,

7h30mifi ':¦• 30'r.n 2 1 n jOrr.m |14 anos)Drama francês •} ie reiata um encontro casual entre

,,-p homem e ,— i •• uit er a .e muda a vida dos dois

O MENSAGEIRO DO DIABO (The Night of the Hun-ter), de Charles Laughton, com Robert Mitchun, Shel-ley Wrnters, Lilian Gish, Evelyn Varden e Peter Graves.Largo do Machado-2 (Largo do Machado, 29 — 245-7374) 15h, 16h40min, 18h20min, 20h, 21h40minCensura 14 anosDrama de suspense americano em torno da trajetóriade um psicopata Na cadeia, ele conhece um ladrãoque escondera o produto do roubo em casa Emliberdade, ele tenta obter 0 roubo a Qualquer custo.CARMEN (Carmen), de Carlos Saura Com AntomoGades, Laura Del Sol, Paco de Lúcia, Cristina Hoyos eJuan Antomo Jimenez. Art São Conrado-1 (Estrada daGávea, 899 - 322-1258) 14h, 16h. 18h. 20h, 22h (14anosiCinema e dança num dos melhores exemplos dosúltimos anos de que eles podem andar no mesmortmo Produção espanholaO BAILE <Le Bali, de Ettore Scola Com ChristopheAHwright, Aziz Arb.a, Marc Berman, Regis Bouquet,

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nantai Capron e Martine Chauvan Ópera-2 (Praia deotafogo, 340 — 266-2545) Leblon-2 (Av. Ataulfo deaiva, 391 -- 239-5048) 14h, 16h, 18h, 20h, 22h.

.,-Livre!Comédia dramática co-produzida por França Itália eArgélia Num salão de bailes, um grupo de dançarinosconta a história da França nos últimos 50 anos e, aomesmo tempo, um pouco da história do cinema nesteperíodo

O PICOLINO (Top Hat), de Mark Sandrich, com FredAstaire, Ginger Rogers. Jóia (Av. Copacabana, 680):15h, 16h40min, 18h20min, 20h, 21h40min (livre).Comédia musical com a famosa dupla de dançarinos emúsica de Irving Berlin.

NOITES DO SERTÃO, de Carlos Alberto Prates Cor-reia, com Débora Bloch, Cristina Aché, Tony Ramos,Carlos Kroeber e Carlos Wilson. Cândido Mendes(Rua Joana Angélica, 63 — 267-7098): 14h, 16h, 20h,22h. Censura: 18 anos.Drama brasileiro baseado no conto Buriti de Guima-rães Rosa: a amizade entre uma jovem recém-desquitada e as duas irmãs do marido.

BETE BALANÇO, de Lael Rodrigues, com DéboraBloch, Lauro Corona, Diogo Vilela e Maria Zilda. Bristol(Av. Ministro Edgar Romero, 460 — 391-4822): 14h,15h30min, 17h, 18h30min, 20h, 21h30min. Censura:14 anos.Musical brasileiro que relata a trajetória de umaadolescente do interior que tenta vencer como cantorano Rio.-Prêmio Air France de melhor atriz para DéboraBloch.

THUNDER. UM HOMEM CHAMADO TROVÃO(Thunder), de Ludman, com Mark Gregory, Bo Sven-son e Raymond Hamstorf. Art Casashopping-2 (Av.Alvorada, 2150 — 325-0746), Art Madureira (Shop-ping Center de Madureira, 390-1827): 14h40min,16h20min. 18h, 19h40min, 21h20min. Censura: 16anos.Western americano sobre um jovem guerreiro índioque se revolta quando sabe aue o governo estátomando suas terras.

FOME DE VIVER (The Hunger), de Tony Scott, comCatherine Deneuve, David Bowie, Susan Sarandon,Cliff de Young e Beth Ehlers. Lagoa Drive-in (Av.Borges de Medeiros, 1.426 — 274-7999): 20h15min,22h30min, (18 anos).Terror americano em que Deneuve, uma mulher com 4000 anos de idade, tenta prolongar a vida e seunamorado. Bowie.

A IDADE DO OURO (L'age d'Or), de Luis Buftuel.Cinemateca do MAM (Av Beira-Mar, s/n°) Sessão às16h30minDentro do ciclo A Escolha do Público, com legendasem francês.

O TRIUNFO DA VONTADE (Triumph des Willens),de Leni Riefenstahl. Cinemateca do MAM (Av. Beira-Mar, s/n°). Sessão às 18h30min.Dentro do ciclo A II Guerra Mundial no Cinema,versão original em alemão, sem legendas.

GAROTAS QUENTES PARA MARUJOS TARADOS(Supergirls do the Navy), de Henri Pachard. Scala(Praia de Botafogo, 320 — 266-2545): 14h, 15h30min,17h, 18h30min, 20h, 21h30min. Orly (Rua AlcindoGuanabara, 21). a partir de 14h30min. Tijuca Palace-2(Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4610), Astor (RuaMinistro Edgar Romero, 236 — 390-2036): 15h,16h30min, i8h, 19h30min. 21 h. Censura: 18 anos.Pornô.

SEXO DOS ANORMAIS, de Alfredo Sternheim. Rex(Rua Álvaro Alvim, 33 — 240-8285): 14h, 16h40min,19h20mm Censura. 18 anos.Pornô brasileiro.

GOZO ALUCINANTE, de Jean Garret, com DéboraMuniz Vitória (Rua Senador Dantas, 45 — 220-1783):14h. 15h40min, 17h20min, 19h, 20h40min, Botafogo(Rua Voluntários da Pátria, 35 — 266-4491) 13h50min,16h45min. 19h40min Censura: 18 anosPornô brasileiro

BOM APETITE (Bon Appetit), com Kelly Nichols.Pathé (Praça Floriano, 45, 220-3135): 13h40min,15h20mm, 17h, 18h40min. 20h20min, 22h, Paratodos(Rua Arquias Cordeiro, 350 — 281-3628): 14h30min,16h10mm. 17h50min, 19h30min, 21h10min. Censura:18 anos.Pornô.

SEXO EM FÚRIA, com Victor Zambito. Bruni Méier ,(Av Amaro Cavalcanti. 105 — 591-2746): 14h, ^

15h30min, 17h, 18h30min, 20h, 21h30min. Censura.18 anos. Pornô brasileiro.

NiteróiCENTRAL — Duna com Kyle MacLachlan. Às13h30min, 16h, 18h30min. 21 h. (10 anos)

CENTER — Gritos do Silêncio, com Sam WaterstonÀs 14h, 16h30min, 19h, 21h30min (16 anos;

ICARAÍ — A Dama de Vermelho, com Gene WilderÀs 13h40min, 15h20min, 17h, 18h40mm, 20h20min,22h. (14 anos)CINEMA— 1 — Sinfonia da Primavera, com Nastas-

Sj3 Kinski As 14h40min. 16hJ0rrin 1 y--2Qr- -20h10mm 22h HO anosíART-UFF — À Sombra do Vulcão : • A cer'Finney Às 14h20min 16^40^.^ i gr 2*^20°" *"Censura 18 anosWINDSOR — História de um Soldado cot -E RoilmsJr As15h I7h 19h 2ln Cens'jra 14 anos

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— O Exterminador do Futuro (Madureira-1 e grandecircuito). Público: 566 641 na 6a semana.

— Passagem para a índia (Coral e Tijuca Palace-1). Público:241 450 na 6a semana.

— Duna — O Mundo do Futuro (Largo do Machado e grandecircuito). Público: 194 861 na 2a semana.

— Um Homem, Uma Mulher, Uma Noite (Cinema 1)Público: 189 716 na 20a semana.

— A Dama de Vermelho (Barra-3 e grande circuito). Público:156 982 na 2a semana.

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Público: 1 mil 968 em 7 representações

C DE CANASTRA - Comédia cie esquetes com;textos, direção e interpretação de Felipe Pinheiro eiPedro Cardoso Musica de Tim Rescala Teatro Cândifdo Mendes. Rua Joana Angélica. 63 (251-2596}Sessões as 19h e 21h15mm Ingressos a CrS 15 mil é.para estudantes. CrS l1".1 mil

GRANDE E PEQUENO — Drama de Botho Strauss.tradução de Millõr Fernandes, direção de Ceiso Nunes,com Renata Sorrah, Paulo Villaça, Selma Egrey TeatroNelson Rodrigues, Av Chile, 230 (212-56951 Sessjãoas 19h Ingressos a Cr$ 15 mil e para estudantes), aCrS 10 mil Duração 2h10min, censura 14 anos:

FRANK SINATRA 4815 - Comédia de João Bethen-co,Jrt Direção de Cláudio MacDowelI Supervisão deDomingos de Oliveira Com Milton Moraes, SuelyFranco e outros Teatro Mesble Rua do Passeio 61(240-6141) Sessões as 18he21h Ingressos a OS, 15mti Duração 2h, censura 14 anos

UM BEIJO, UM ABRAÇO, UM APERTO DE MÀOTexto direção e cenografia de Na jm Alves de Soi.zaCom Marieta Severo, Pedro Paulo Rangel, AraluPrestes e outros Teatro Villa Lobos, Av PrincesaIsaoei (275 6695; Sessões as 18h e 21- Ingressos aCrS 15 mil e, para estudantes. CrS 10 mi! Duraçto

l h50m n Censura 1f; anos

De 24 a 28 de abril:— Brincando em Cima Daquilo (Teatro

representações— Um Beijo, Um Abraço, Um Aperto de M

representações— Negócios de Estado (Teatro Clara Nunes)— Escola de Mulheres (Teatro Copacabana}. Público: 1 mil 670 em 7 representações

— Grande e Pequeno (Teatro Nelson Rodrigues). Público: 815 em 4 representações

Fonte: SBAT ,

Ingressos a CrS 18 mil (setor A) e CrS 12 mil (setor B)Não aceitam cheques Duração. 2h15min, censura 18anos.

CABRA MARCADO PARA CORRER — Comédia deMartins Pena Direção de Antonio Pedro Com AndréaDantas, Anselmo Vasconcelos, Ricardo Petraglia eoutros Teatro da Cidade, Avenida Epitácio Pessoa.1 664 (247-3292). Sessões às 18h30min e 21 h. Ingres-sós a CrS 15 mil Duração: 1h30min, censura: 14 anos

UM TOQUE DE HITCHCOCK — Comédia de terror deYoya Wursch. Direção de Paulo Afonso de Lima. ComEdson Laim. Sonaira D'Avila e outros Teatro do Sescda Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539 (208-5332!.Sessões às 19h e 21h15min Ingressos a CrS 10 mil eCrS 7 mil, para estudantes Duração. 1h. censura. 14anos.

ESCOLA DE MULHERES — Comédia de MolièreTradução, adaptação e direção de Domingos de Olivei-ra Com Jorge Dóna e grande elenco. Teatro Copaca-bana. Avenida Copacabana, 291 (257-1818) Sessõesas 18h e 21h15min com ingressos a CrS 15 mil e, paraestudantes. CrS 10 mil Duração' 1h50mm Censura14 anos

O ANALISTA DE BAGÉ — O MUSICAL TCHÊ —Comédia musical adaptada de crônicas de Luís Feman-do Veríssimo por Cláudio Cunha. Direção de CláudioCunha Com Cláudio Cunha, Simone Carvalho e grandeelenco Teatro Casa Grande, Avenida Afrâmc de MeloFranco, 290 (239-4046) Sessão às 20h. Ingressos aCrS 10 mil Censura 16 anos, duração: 1h50minUltimo dia

O AVESSO DO AVESSO — Comédia de MichaelFrayn Aaaptação de uoâo Bethencourt. Direção deJosé Renato. Com Sandra Brea, Sônia Guedes, Ewer-ton ae Castro e outros Teatro da Praia, Rua FranciscoSa 88 '267-7749) Sessões às 18h e 21h15minIngressos a CrS 15 mi! e CrS 10 mil, estudantesDuração 2h15min, censura 10 anos.

BABY SITTER — Comédia de René de Obaldia.Tradução e direção de Denny Perrier. Adaptação deJésus Rocha Com Denney Perrier, Faly Siqueira eClaudia Raia Teatro Cawell. Rua DesembargadorIsidro, 10'268-9176) Sessões as 18h e 20h Ingressosa CrS 10 mil Duração 1h10min censura: 18 anos.

A MÃE — Drama de Bertold Brecht, direção de Joãodas Neves. Com Lélia Abramo e o grupo JovensAtores da Casa de Artes de Laranjeiras. Teatro Dulci-na. Rua Alcmdo Guanabara, 17 (220-6997). Sessões às18h e 21h Ingressos a CrS 15 m I e. para estudantes,CrS 10 mil Navesperal. Lélia Abramo é substituída porGarisse Carvalho Duração 2h. censura: 18 anos

BOCAGE — Comédia com texto e direção oe PauloAfonso de Lima Com Cláudio Gonzaga. Suzane Carva-lho Isolda Cresta. Lia Farre! e outros Teatro doPlanetário Av pe Leonel Franca, 24G (274-0096)Sessão as 19h30mm e 211- Ingressos a CrS 10 mil e.oara estudante, CrS 8 mil

O SANTO E A PORCA — Comédia de Ariano Suassu-na Di'eção de Dylmo Elias Com o grupo EuivocêTeatro do América. a ja Campos Salles. 118 (234-

FELISBERTO DO CAF£ Cot ed a íe Gastao Tci•o Direção de Amir ^acJdad Cenários e figurinosNaum Alves de Souza Com Aríete Sanes RobeBonfim e outros Teatro Maison de France AvenAntônio Canos 58 1220 4779) Sessões as I8he2hgressos a CrS 15 mil e para estuda OS 10 rDuração 1 n50m, n censura 10 anos

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NEGÓCIOS DE ESTADO Comédia de louis Vneuil Direção de Flâvio Rangel Com Vera Fiscf"Perry Salles e outros Teatro Clara Nunes, F1Marquês de São Vcente (274-9696) Sessõesj18h e 21 h Ingressos a CrS 18 mil e CrS 14 mil, paraestudantes Censura livre Duração 2h10min

DISQUE M PARA MATAR - Drama de s jspensç deF'eder.c Knott Direção de Oauoo Cavalcanti ComCláudio Cavalcanti. Maria cuca ;ta Roberto ptnlo.Roger o Froes e Marcos Wa "t erg Teatro Senac, RuaPotwj Loye^rc 45 1256-2641) Sessões às 18h e21h Ir grassos i c-s 'r m Censura 18 anos

MAO NA LUVA (INTRODUÇÃO AO HOMEM DEDUAS FACES) Drama ie Oüuvaidc Vianna FjlhoDireção de Adema : r o- Ce- Marco Na^ni e Ju'ianaCarneirc : Teatro Glaucio Gill praça CardealArcoverae 237 70C3; SessãL as i9n ingressos a CrS¦: Duração 1n3Ümir'. (.envjm 16 anos

BRINCANDO EM CIMA DAQUILO " ' o uos >-•1 v ; ; •• Fran ., Rame Direção Hooeitc • çj"3t'"-adjçãc PoDer'.c . ot » \'cre>e P-col< Lom

a Pera Teatro Teresa Rachel °ua S'CjUei'3Cá-roos Sessác as i9h ingressos a-r< n 'Jurarão censura 16 aros

OH, CALCUTTA! \n.sca ae \ernetn "ynar ;omtextos ce John Lennon. Ju^es Fetffer. Dan Greenourg.Jacq .es _ew e ou"cs D 'eção de < ko Jaess. coreo-grafia de Marsiena Ansaid1 Com N^anoe'a Assurição.

1 ps Agu'3* Teatro Ginástico. Avenida Graça¦ ;!""a 18/ sessões as 18^ e 21h

2060). Sessão às 21 h Ingressos a CrS 8 mil. Censura14 anos

A NOITE DAS MALDORMIDAS — Texto e direção depetersen Com Guilherme Osty. Niels Petersen eCarios Aaib Teatro do Sesc de São João do Meriti,Rua Tenente Manoel Alvarenga Ribeiro, 66 (756-4615).Sessão às 21 h. Ingressos a CrS 8 mil e, para comerciá-rios, CrS 4 mil.

SUA EXCELÊNCIA, O CANDIDATO — Comédia deMarcos Caruso e Jandira Martmi. Direção de AttilioRiccõ Com Felipe Carone. Paulo Figueiredo, TonyFerreira e outro Teatro Vanucci, Rua Marquês de SãoVicente, 52 — 3° andar (274-7246). Sessões às 19h e21 h30min ingressos a CrS 15 mil. Duração: 2h,censura 16 anos.

LAÇOS — Drama de Odavlas Petti baseado na obra deRonald D Laing Direção de Odavlas Petti. ComAdemir de Souza, Ana Zettel e outros. Teatro CacildaBecker, Rua do Catete, 338 (265-9933). Sessões às19h30min e 21 h. Ingressos a CrS 8 mil e CrS 5 mil,para estudantes. Duração: 1 h. censura- 18 anos.

QUIXOTE — Roteiro de Eric Nielsen baseado na obrade Cenvantes Direção de Eric Nielsen Com DuduSandroni, Luiz Carlos Parsagani e outros. TeatroDelfin. Rua Humaitá, 275 (266-4396). Sessão às 20h.Ingressos a CrS 7 mil. Duração: 1h, censura: Manos.

SANGUE MUITO SANGUE — Texto e direção deEduard Roessier, com o grupo Papel Crepom: EduardRoessler, Maninha Cerrone, Cristina Fracho. TeatroLeopoldo Fróes, Rua Manuel de Abreu, 16, Niterói(717-1600). Sessão às 21h. Ingressos a CrS 7 mil.

MARCHA NUPCIAL — Textos de Artur Azevedo eAnton Tchecov. com Clara Reis, Elizabeth Moreira.Elke Stupakoff. Aliança Francesa de Botafogo, RuaMuniz Barreto, 730 (286-4248). Sessão às 18h. Ingres-sos a CrS 6 mil. Censura livre.

UM CASAL ABERTO... MA NON TROPPO — Corné-dia de Dano Fo e Franca Rame. com Herson Capri eMalu Rocha Teatro da UFF, Rua Miguel de Frias, 9,Niterói. Sessão às 21 h. Ingressos a CrS 10 mil.

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Jorge Dória em Escola de Mulheres

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JUNTOS — «-Espetáculo do cantor, compositor epianista Ivan Lins, acompanhado da Banda Furiosa.Canecão (Av. Venceslau Braz, 215 — 295-3044).Sessão às 20h. Ingressos a Cr$ 30 mil na arquibanca-da, Cr$ 35 mil em mesa lateral e no jirau e a Cr$ 40 milem mesa central.

CONFIDÊNCIAS DE UM ESPERMATOZÓIDE CARE-CA — Com Carlos Eduardo Novaes. Texto de CarlosEduardo Novaes e Caulos. Direção de Benjamin San-tos. Teatro Delfin, Rua Humaitá, 275 (266-4396).Sessões às 18h e 22h. Ingressos a Cr$ 15 mil e, paraestudantes, a CrS 10 mil. Censura: 14 anos.

VOU QUERER TAMBÉM SENÃO EU CONTO PRATODO MUNDO, de Gugu Olimecha, Agildo Ribeiro,Max Nunes, Jésus Rocha e Ziraldo. Com AgildoRibeiro. Teatro Princesa Isabel, Av. Princesa Isabel,186 (275-3346). Sessões às 19h e 21 h. Ingressos a CrS12 mil.

ORQUESTRA DE VOZES A GARGANTA PROFUN-DA — Sob a regência do Maestro Marcos Leite.Direção musical de Nestor de Hollanda Cavalcanti. Às20h na Casa de Artes de Laranjeiras, Rua Rumânia,44. Ingressos a CrS 5 mil.

HOMEM NÃO ENTRA N° 2 — Texto de HeloneidaStudart e Cidinha Campos. Direção de Wima Dulcetti.Com Cidinha Campos. Teatro Vanucci, Rua Marquêsde São Vicente, 52/3° (274-7246). Sessão às 17h.Ingressos a CrS 15 mil. É proibida a entrada dehomens.

GAFIEIRA DO PROJETO VERÃO NO PARQUE —Apresentação da banda de Paulo Moura. Às 21 h30min,na Rua Jardim Botânico, 414. Ingressos a CrS 10 mil,homens e CrS 8 mil, mulheres. A mansão já está comcobertura definitiva e os shows não serão maissuspensos quando chover..

DOMINGUEIRA VOADORA — Baile com a OrquestraTabajara. A partir de 21 h30min no Circo Voador, Lapa.Ingressos a CrS 7 mil.

GOLDEN RIO — Espetáculo musical com a cantoraWatusi e o ator Grande Otelo à frente de um grandeelenco de bailarinos. Direção de Maurício Sherman,coreografia de Juan Cario Berardi e a orquestra doMaestro Guio de Moraes. Scala, Av Afránio de MeloFranco, 296 (239-4448). Sessão às 23h. Couvert a CrS60 mil.

Paulo Moura no Parque Lage

SONHO SONHADO DE UM BRASIL DOURADO —Os cantores Sapoti da Mangueira e Sílvio Aleixo e mais125 artistas, mulatas, ritmistas e orquestra sob aregência do Maestro Sílvio Barbosa. Direção de J.Martins e Sônia Martins. Às 23h. Consumação a CrS70 mil. Plataforma. Rua Adalberto Ferreira, 32. (274-4022)

SAMBA RIO — Com Iracema, Ronaldo (Golden Boys),Maria Helena e o cantor Olavo Sargentelli. Orquestrado maestro índio e espetáculo com passistas e ritmis-tas. Às 23h. Couvert a CrS 50 mil. Oba Oba, na RuaHumaitá, 110 (286-9848).

revista

EU VOU NA BANGUELA DELAS — Com Nélia Paula,Reny de Oliveira e Colé. Teatro Rival, Rua ÁlvaroAlvim, 33 (240-1135). Sessões às 18h30min e 21 h.Ingressos a CrS 10 mil e, para estudantes, a CrS 7 mil.

AS MIMOSAS QUEREM PODER — Com os travestisCamile. Alex Mattos, Tania Letieri. Teatro BrigitteBlair (Rua Miguel Lemos, 51 —521-2955). Sessões às18h30min e 21h30min. Ingressos a CrS 10 mil.

A GAIOLA DAS MIMOSAS — Com Alex MattosTeatro Serrador (Rua Senador Dantas, 13 — 220-5033). Sessões às 18h30min e 21h15min. Ingressos aCrS 10 mil.GIRLS AND GIRLS — Texto de José Bastos eVeruska. Direção de João Paulo Pinheiro. Com Marle-ne Casanova, Samantha, Veruska, Luis Carlos Macha-do e outros. Teatro Alaska, Av. Atlântica. 3. 806 (247-9842). Sessões às 19h e 21h30mm. Ingressos a CrS 8mil e CrS 5 mil.

casas noturnas

JAM SESSION — Com Idris Bondriwa (sax), Wander-ley Pereira (bateria) e outros. Às 19h, O Viro doIpiranga, Rua Ipiranga, 54 (225-4762) Couvert a CrS 6mil.

LUIZ CARLOS VINHAS — Além do pianista, umshow com grupo de salsa. Às 22h no New Privé, RuaJangadeiros, 28 (267-2544) Ingressos a CrS 10 mil.

TERRA MOLHADA — O grupo se apresenta às22h30min mostrando músicas dos Beatles no People,

Av. Bartolomeu Mitre, 370 (294-0547) Couvert a CrS11 mil.BENITO Dl PAULA — Com a participação da orques-tra do maestro Cipó. Às 23h, na Gafieira Asa BrancaAv. Mem de Sá. 17 (242-4428) Ingressos a CrS 20 mil

MARY EKLER E EUGENE RICE — Apresentação doscantores californianos, ao lado dos pianistas AeooFlávio e Fernando Costa. No piano-bar Alõ-Alõ, RuaBarão da Torre, 368 (521-1460). A partir de 22hCouvert a CrS 15 mil.

CONCERTO PARA UMA VOZ — Apresentação dacantora Cláudia no Un, Deux, Trois, Av BanolomeuMitre, 123 (239-0198). Couvert a CrS 30 mil.

PATRULHA RODOVIÁRIA — O grupo se apresentano Let It Be, às 22h. Ingressos a CrS 7 mil. RuaSiqueira Campos, 206.

RICARDO DUARTE — Apresentação do cantor às22h, no Amigo Fritz, Rua Barão da Torre, 472 (267-4347). Couvert a CrS 4 mil

SIDNEY MARZULLO — Apresentação do pianista apartir das 20h, no Valentino's, Hotel Sheraton, AvNiemeyer, 121 (274-1 122). Recomenda-se fazer re-serva.

FRANK MAIA — E o conjunto Bruma Às 22h, noForró Forrado, Rua do Catete, 235 (245-0524) Ingres-sos a CrS 5 mil, homens e CrS 1 mil 500, mulheres

A VIAGEM TRANQÜILA — Música instrumental comMonica Fontoura (violão), Nelson Duriez (guitarra) eoutros. Às 22h30min, no Manga Rosa, Rua 19 deFevereiro, 94 (266-4996) Consumação a CrS 15 milSem couvert

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dia das mães

Huje e o segundo domingo de maio Quemainda não comprou presentes ou planejou umaprogramação para o dia das mães. ainda da tempoA cidade se preparou para a comemoração Abaixo,sugestões de programas e uma lista de oportuniclades para encontrar presentes de ultima hora

Quase todos os restaurantes da cidade esta-rão hoje promovendo um almoço especial emhomenagem ao dia das mães No CopacabanaPalace. por exemplo, o almoço será na pérgula aosom dos Violinos de Varsóvia. das 12h às 16h Asmães receberão de presente urn bolo em formatode coração No cardápio, pratos frios, um pratoquente e variedades de sobremesa Os adultospagarão CrS 60 mil e as crianças OS 30 mil O CaféRestaurante Mirador, do Sheraton Hotel, fará umalmoço com Brunch Carioca e a apresentaçãomusicai da dupla Ipacaiaí Também das 12h às16h O preço para adultos e CrS 47 mil e paracrianças ate 12 anos, CrS 23 mil 500 A partir dehoje o Rio Design Center (Av Ataulfo de Paiva.270) abrira sempre aos domingos, das lOh as 22hPara visitação haverá exposições do show-room eos três restaurantes que funcionam no locai estarão atendendo No Nóbili. o almoço das mães seraregado a champanhe e o presente e surpresa Osadultos pagarão CrS 35 mil e as crianças CrS 10 milChances para fazer compras

CHOCOLATES KOPENHAGEN A loja preparouum < hocolate especial para as mães Sao coraçõesembalados em papei laminado vermelho rechea-dos com letras também em chocolate que formamuma palavra surpresa O coração de 250g custaf'S 22 o de 500g. CrS 43 mi O coraçãozmhocom cartão mais sirnpies embrulhado em celofane esta a CrS 8 n>.; Fugirão abertas hoje as lojas deIpanema. Copacabana Saens Pena e Meier Das8h as 22hMERCADO DAS FLORES Ele estará aberto das7h as 12h Algumas sugestões sao os buqueés derosa ou de flores do campo, a CrS 40 rnil Urnarranjo mais caprichado na cestinna. sai por CrS 6(3mil O mercado fica no Centro da cidade, na praçaOlavo Bilac, entre as 'uas do Rosário e BuenosAires Também atendem por telefone, fazendoentregas a domicilio Por esse serviço paga se umataxa extra que pode variar entre CrS 10 mil. paia azona sul e CrS 15 para zona norteA CAMELIA O forte desta loja de fioies e oatendimento por telefone Como é época das• amelias seia uma opção sem erro, as flores estãofresquinhas A caixa custa CrS 50 mil e a cort.eiiaCrS ' Ü0 mil O rama lhe te de rosas esta com preços

1 pariu de CiS 40 mil a corbélia, a parti: de ( rS HOmil As flores do campo estão CrS 30 mii oramalhete e CrS 50 mil, a corbélia Uma caixacontendo uma orquídea custa CrS 30 mil, comduas, o preço e CrS 50 mil Nestes preços estãoincluídos a embalagem para presente e a entrega a

domicílio. O endereço, para quem quer escolherpessoalmente, é Rua do Rosário, 164, Lj. 12,Estará aberta das 7h às 17h.

CEASA/HUMAITÁ — As barracas de flores funcio-narão das 8h às 17h. Uma dúzia de rosas estácustando CrS 12 mil. o mesmo preço de um buquêde flores do campo ou de um vaso com margaridasplantadas, Se a idéia é dar uma flor diferente, aexótica aliconha custa CrS 2 mil a unidade. Umxaxim com uma samambaia viçosa e de bomtamanho pode ser encontrado entre CrS 30 mil eCrS 40 mil. É sempre bom fazer uma comparaçãode preços. Em alguns casos, a embalagem parapresente fica em mais CrS 2 mil.FEIRA DE ANTIGÜIDADES — Agora funcionandotodos os domingos no Casa Shopping (Av. Alvora-da, 2150, entre o Carrefour e o Makro) é uma boasolução para compra de presente. São 33 barracascom design novo e uma grande variedade deobjetos antigos Tem estacionamento no local. Afeira fica aberta das 10h as 22h.FEIRA HIPPIE - Na praça General Osório, emIpanema, das 8h as 18h Ah podem ser encontra-dos artigos para gostes variados. Trabalhos emcouro, prata, tecidos, enfeites para casa Comacabamento de qualidade. E só dar uma volta napraça para uma comparação de preços.

dança

FESTIVAL INTERNACIONAL DE DANÇA — Apresen-tação do Ballet do Teatro San Martin, grupo deDanza Contemporânea, de Buenos Aires A direção dorjaié é de Maurício Wainrot Maitre: Cristina BarnilsHoje. às 17h Suite Percai, coreografia de Ana Hitel-man para tangos e milongas, Cantares, coreografia deOscar Araiz e música de Ravel, Anna Frank, coreogra-fia de Maurício Wainrot e musica de Bella Bartok.Teatro Municipal. Cinelãndia (262-6322). Ingressos aCrS 60 mil. platéia e Dalcâo nobre, a CrS 40 mil. balcãosimples, a Cr$ 25 mil. galeria, e a CrS 400 mil, frisa ecamarote

JOÀO JOANA Cordel de Carlos Drummond deAndrade Musicas de Sérgio Ricardo Coreografia deRegina Sauer Com o grupo Nós da Dança. Direção eroteiro de Soma Dias Solista Maria Lúcia PriolliTeatro João Caetano, Pça Tiradentes (221-0305)Sessão as 17h Ingressos a CrS 15 mil e CrS 10 mil,balcão

BALÉ LOS ROMEROS — Apresentação do conjuntofolclórico espanhol. Sessão às 17h, no Salão JamesMonroe, Hotel Nacional, Av Niemeyer. 769 (322-1000) Ingressos a CrS 20 mil.

Gable e Monroe em vídeo

vídeo

OZZY OSBOURNE — Show ao vivo com o cantoracompanhado da banda Black Sabbath. Sessões às14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Sala de Vfdeo CândidoMendes, Rua Joana Angélica, 63

VÍDEO-SHOW — Exibição ce Country Music/UsFestival Sessões a partir das 22h, no Mistura FinaRua Garcia D'Ávila. 15.

VÍDEO-BAR — Exibição no painel-vídeo de clips comDavid Bowie, Madness. Spyro Gira, Blondie e outros.Em sessões contínuas, das 19h às 3h da manhã. Notelão, às 20h30min: Os Desajustados (The Misfits),com Clark Gable e Marilyn Monroe. No telão. às 23h:Jimi Hendrix Live at Berkeley No TV Bar Club, RuaTeresa Guimarães, 92

ESPAÇO PRÓ-VlDEO — Follow the Run filme desurf produzido em 1984 na Austrália, Havaí e Caribe.Complemento: Free Ride Three, surf na Austrália eÁfrica. Sessões às 18n e 20h. Na Estrada dos TrêsRios, 90 — sala 336.

VÍDEOS EM PETRÓPOLIS — Rod Stewart, às 15hIron Maiden e Twisted Sisters. às 16h30min. Queen,às 17h30min Ali That Jazz, às 19h e 21 h. Cine-VideoBauhaus, Rua João Pessoa, 88 — sala 27.

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exposições

DA ADVERSIDADE VIVEMOS — Coletiva de pintu-ras, desenhos e esculturas reunindo obras de oitoartistas de Niterói. Galeria de Arte da UFF, RuaMiguel Frias, 9 — Icaraí. Das 16h às 20h.

ELETROPOESIAS — Apresentação em display dopoema Rio, de Antonio Cícero. Galeria do CentroCultural Cândido Mendes, Rua Joana Angélica, 63.De 9h às 24h.

O BONDE NA PAISAGEM CARIOCA — Fotografiasde Bira Soares sobre a importância cultural do bondeno Rio de Janeiro, desde os tempos de Lima Barreto.Casa da Marquesa de Santos, Av. Pedro II, 293. Das13h às 17h.

LETÍCIA GACEK — Óleos sobre tela. RestauranteManga Rosa, Rua 19 de Fevereiro, 94. Das 11 h30minàs 14h30min e a partir das 20h.

GILBERTO BAPTfSTA — Pinturas. Associação Atléti-ca Banco do Brasil, Av. Borges de Medeiros, 829Das 11 h às 20h. Último dia.

15 ANOS DE RESISTÊNCIA INDÍGENA — Fotografias de Edilson Martins e liana Lansky. Museu doParque da Cidade, Estrada de Santa Marinha, s/n°.Das 12h às 17h.

CARA DE PAPEL — Máscaras de Nonato Tavares.Sala Memória Aloísio Magalhães do Cenacen, AvRio Branco, 179. Das 9h30min às 21 h.

MESTRE VITALINO, UM ESPAÇO DA CULTURAPOPULAR — Exposição com cerca de 100 obras doMestre Vitalino, além de trabalhos de seus contempo-râneos e filhos. Galeria Mestre Vitalino, Rua doCatete, s/n°, Museu do Folclore. Das 15h às 18h.

CARMEN É O SHOW — Fotos documentando acarreira de Carmen Miranda no Brasil e no exterior.Museu Carmen Miranda, Parque do Flamengo, emfrente ao n° 560 da Av. Rui Barbosa. De 13h às 17h.

RIO DE JANEIRO VISTO POR DEBRET — 36 aquareias de Debret Museu da Chácara do Céu, RuaMurtinho Nobre, 93. De 11h às 17h.

TINTURAGENS — Panôs, litografias e desenhos deRoberto Burle Marx Rio Design Center, Av. Ataulfode Paiva, 270 — 3o andar. Das 10h às 22h.

EMANUEL COUTINHO — Fotografias de espetáculosde balé. Foyer do Teatro Municipal, Cinelãndia.Diariamente durante o Festival de Dança.

BELLÁ PAES LEME — Cenários, figurinos e pinturas.Sala Bernardelli do Museu Nacional de Belas-Artes,Av. Rio Brasil, 199. Das 15h às 18h.

DANIELLE GOLDRAJCH — Obras em nanquim, grafi-te e pastel. Clube Monte Sinai, Rua São FranciscoXavier, 104. Das 17h30min às 21h. Último dia

EDUARDO GARCIA—Fotografias. SESC Tijuca, RuaBarão de Mesquita, 539. Das 13h às 21 h.

o domingo de cada um

Tássia

Camargo

A atriz Tássia Camargo, 24 anos, a Môni-ca da novela Um Sonho a Mais, vai

passar este domingo, dia das mães, pas-seando com seu filho Diego, de 11 meses.Se fizer sol irão à praia ou a piscina e depoisdo almoço e de uma dormidinha, ela vai levá-Io ao parque de diversões. Os domingos deTássia são sempre assim: dedicados a Diegoe aos três filhos do ator Denis de Carvalho,com quem está casada há três meses. Como

grava a novela todos os dias, das oito damanhã às oito da noite, sente muitas saúda-des do filho e reserva para ele todos osdomingos. Para sua mãe, D. Iracema, quemora em São Paulo, Tássia comprou umaroupa de linho e vai mandar o presente pelocorreio. Ela não acha o "dia das mães" umdia especial. "É uma data inventada pelocomércio. Para mim todo dia é dia da mãe".Tássia é coerente com o que pensa. Hoje,como todos os domingos, vai ligar para amãe e mandar-lhe flores, como faz quinze-nalmente. "Minha mãe merece ser mimadatodos os dias."

RIO COLONIAL Passeio guiado pelo Professor Carlos Roquete através cio reüuto maisantigo da cidade Visita-se igrejas barrocas eseus interiores como a de N Sra. da Lapa dosMercadores, do período colonial, que teve umatorre derrubada a bala de canhão na Revolta daArmada, em 1893. Passeia-se pelo local dedesembarque da Família Real, pelo prédio daantiga Alfândega, projetado pelo Grandjean deMontigny; pela casa onde morou Carmem Mi-randa, na Travessa do Comercio, entre outrosmarcos da História da cidade e do Brasil Otérmino e no Palácio Tiradentes. A saída e as 15horas do Monumento ao General Osório, naPraça XV. A CrS 6 mil por pessoa. Pede-sechegar alguns minutos antes para as inscrições

de graça

FIM DE SEMANA NO CENTRO CULTURAL -Recreação coletiva com o nome de Antiga-mente se brincava assim, às 14h Espetáculoinfantil No Fundo do Quintal: teatro de bonecos com o grupo Bonecandeiros. às 16h. Paraos adultos, Conversa de Fim de Tarde, tam-bem as 16h, com o escritor Clóvis Brigagàosobre seu livro A Corrida para a Morte, quetrata da corrida armamentista No CentroCultural Municipal de Santa Teresa, RuaMonte Alegre, 306 (242-9741). A Biblioteca dolocal fica aberta das 9h às 1 7h

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BETO E TECA — Texto de Volker Ludwig. Direção deRenato Icarahy. Com o grupo TAPA. Teatro do Plane-tário, Rua Padre Leonel Franca, 240 (274-0046). Ses-são às 16h. Ingressos a Cr$ 6 mil.

SAPOMORFOSE ou O PRÍNCIPE QUE COAXAVA —Musical humorístico de Cora Rónai Direção de Anto-mo Grassi. Teatro Gláucio Gil. Praça Cardeal Arcover-de, s/n° (237-7003). Sessão às 16h Ingressos a CrS 8mil.

PINÓQUIO — Direção de Eduardo Tolentino. Com ogrupo Tapa Teatro Arthur Azevedo, Rua Vítor Alves,454 (394-1622), Campo Grande Sessão às 16h. In-gressos a CrS 4 mil

O DRAGÃO VERDE — Texto de Mana Clara Machado.Teatro Tablado, Avenida Lineu de Paula Machado,795 Sessão às 17h. Ingressos a CrS 5 mil.

MORANGOS E LUNETAS — Texto de Demse e BetoCrispun. Direção de Beto Cnspun. Teatro Ipanema,Rua Prudente de Moraes, 824 (247-9794). Sessão às16h Ingressos a CrS 6 mil

MARIA MINHOCA — Texto de Maria Clara Machado.Direção de Bernardo Jablonsky Música de OswaldoMontenegro Teatro do América, Rua Campos Salles,118 (234-2060). Sessão as 17h Ingressos a CrS 5 mil.

CABARÉ INFANTIL — Textos de Manana Sabino,Cristina Maia e outros. Direção de Felipe Pinheiro.Teatro Cândido Mendes. Rua Joana Angélica, 63.Sessão às 17h Ingressos a CrS 6 mil.

OS MONSTRENGOS DO REI - Texto de MaríliaGama Monteiro. Direção de Lúcia Coelho. Com oGrupo Navegando Teatro Villa-Lobos. Av PrincesaIsabel. 440 '275-6695) As 17b Ingressos a CrS 8 mil.

O MÁGICO DE 02 - Original de Lyman Frank BaumAdaptação de Nelson Wagner ^ F-ancis Mayer D>re-ção de Fernando Berditchevsky Plataforma-I. RuaAdalberto Pfre"";. 32 1239-439! Sessão as I7hIngressos a CrS 10 mil

A IDADE DO SONHO — Texto de Tomo Carvalhodireção de Vicente Maiohno Com o grupo Feliz MeuBem Teatro Cacilda Becker, Rua do Catete, 338(295-9933). Sessão as 17- ingressos a CrS 4 mil

CIRCO — Musical de Hugo Sandes Direção de LiaFarrel Teatro Casa Grande. Avenida Afrânio de MelloFranco, 290 1239-4046) Sessão 3? 17h. Ingressos 3Cr$ 6 mil e CrS 3 mil, mães

ASTROFOLIAS — Musical de Antonio Adolfo, ChicoXaves e Paulinho Tapajós Teatro cie Ana Luiza JobTeatro do Planetário, Avenida Padre Leonel Franca,240 Sessão às 17h30mm Ingressos a CrS 6 mil

LUSTROSA E MISTERIOSA — Òoen-rock com textoe direção de Sylvia Orthof Teatro de Arena, RuaSiqueira Campos, 143 (235-5348). Sessão as 16hIngressos a CrS 7 mil

BAGUNÇAS E GOSTOSURAS — Texto de AnaCampo e Daniel 8arceios com Jose Prata e SuzanaQueiroz Direção de Daniel Barcelos Circo Voador,Lapa Sessão às 15h Ingressos a CrS 6 mil

BOM-DIA COMADRE — Musical com texto e direçãode Afonso de L Adaptação de As AlegresComadres de Windsor, de ShakesDeare Teatro daCidade Avenida Epitácio P9ssca. '664 Sessão as

Rh Ingressos 3 CrS 6 mil e Crs 3 mil, mães (só noie)Professores entram de graça

SONHO DE UMA NOITE DE VERÀO - Adaptação deLenita Piocmsky para a Deça de Sbakespeare Direçãode Moacyr Goes Teatro Glauce Rocha, Avenida RioBranco 179 Sessão as 16h Ingressos a CrS 4 mil

ARCA DE NOE — Musical de Toqumho e Vinícius deMoraes Roteiro de Mar a de Lourdes Martim. Direçãoae Alice Viveiros ae Castro Teatro dos Quatro, RuaMa-quès de São Vicente, 52 2- 1274-9895» Sessão às1-y Ingressos 3 C'3 5 mil

COMO A LUA Texto de Viadimir Caoei^a Direçãode V'-)C "'ir Caoe a e Marco Miranda Teatro Rival,

Rua Álvaro Alvim, 33 (240-1135). Sessão às 16h.Ingressos a CrS 4 mil.

PLANETA LILÁS — Texto de Ziraldo. Com o grupoCante Conte. Teatro Delfin, Rua Humaitá, 275 (266-4396). Sessão às 16h. Ingressos a Cr$ 6 mil.

NOSSO HÓSPEDE É UM PALHAÇO — Texto deLuna Brum. Sessão às 17h30min no Tijuca TênisClube, Rua Conde de Bonfim, 451. Ingressos a CrS 4mil.

A CASA DE CHOCOLATE — Texto de NazarethRocha. Adaptação de Henrique Nunes. Direção deWagner Lima. Teatro de Bolso Aurimar Rocha, Av.Atauifo de Paiva, 269 (239-1498). Sessão às17h30min. Ingressos a CrS 8 mil.

OS SALTIMBANCOS — Comédia musical de SérgioBardotti adaptada por Chico Buarque de Holianda.Direção de Jorge Corrêa. Com os bonecos do grupoSalamè Minguê. Teatro da Galeria, Rua SenadorVergueiro, 93 (225-9185). Sessão às 16h, ingressos aCrS 8 mil e CrS 4 mil, mães.

LENDA DO BEIJA-FLOR — Comédia musical de AnaElisa Gregori. Direção de Marcos Miranda. TeatroDulcina, Rua Alcindo Guanabara, 17 (220-6997). Ses-são às 16h. Ingressos a CrS 4 mil.

ZEZEU E O MINI-TOURO — Textc de Cláudio Carva-lho Direção de Humberto Abrantes. Teatro Cadwell.Rua Desembargador Isidro, 10 (268-9176). Às 16h.Ingressos a CrS 5 mil.

DUCA VAI À LUTA — Musical de Antônio CarlosBernardes. Direção de Henrique Nunes. Teatro deBolso, Av. Atauifo de Paiva, 269 (239-1498). Sessão às16h. Ingressos a CrS 6 mil.

A ROSA BRANCA ENCANTADA — Texto de SilvioRomero e direção de Lutero Luiz. Teatro da Galeria,Rua Senador Vergueiro, 93 (225-8846). Sessão às11h15min e 17h15min. Ingressos a CrS 10 mil, adui-tos, e CrS 5 mil, crianças.

O CACHORRÃO FEITICEIRO — Musical de HamiltonSaraiva. Adaptação e direção de Marcos RamosTeatro Alaska, Av. Copacabana, 1.241 (247-9842)Sessão às 16h. Ingressos a CrS 5 mil.

A ABELINHA CASAMENTEIRA — Texto e direção deEduardo Marins. Teatro Teresa Raquel. Rua SiqueiraCampos, 143 Sessão às 16h30min Ingressos a CrS 5mi!.

UM PALHAÇO SEM NOME — Musical com texto edireção de Carlos Adib. Teatro Leopoldo Fróes, RuaManoel de Abreu. 16, Niterói (716-1600). Sessão as16h Ingressos a CrS 5 mil

VERDE QUE TE QUERO VER — Texto de EdmundoSouto e Paulinho Tapa|ós. Direção de Cláudio TovarTeatro Municipal de Niterói, Rua 15 de Novembro,35 Sessão às 17h Ingressos a CrS 7 mil.

A FLAUTA DE PÁ — Texto de Paulo César CoutinhoDireção de Michei Pobm Teatro da UFF, Rua Migue1de Frias, 9, Niterói Às 16h. Ingressos a CrS 5 mil.

POPEYE E O LÍVIA PALITO EM BUSCA DO TESOU-RO — Com o grupo Carrossel. Sessão às 16h noTeatro Dom Camilo. Rua Toneíero, 76 (236-22001.Ingressos a CrS 5 mil.

CHAPEUZINHO VERMELHO E O LOBO MAU -Com o grupo Carrossel. Teatro Dom Camilo, RuaTonelero, 76 (236-2200) Sessão às 17h Ingressos aCrS 5 mil.

ET E OS TRÊS PORQUINHOS — Revista musicai deBrigitte Blair. Elenco infantil. Teatro Brigitte Blair. RuaMiguel Lemos, 51 (521-2955) Sessão às 17h. Ingres-sos por CrS 7 mil.

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS — Texto edireção de Jair Pinheiro. Teatro Brigitte Blair, RuaMiguel Lemos, 51 (521-2955) Sessão às 16h Ingres-sos a CrS 7 mil

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Luciana gostou de ver os pais explodindo

Crítica

da criança

Como

entender aquelas duas mães lou-cas: uma querendo, desesperadamente,que sua filha coma um sorvete e a outra,

também desesperada e neurótica, negando osorvete para a filha. Na platéia, Luciana Fiaux deMoraes, seis anos, moradora da Tijuca, queacaba de assistir à peça Cabaré Infantil, noTeatro Cândido Mendes, acha difícil saberquem estava com a razão. Por isso diz ter

preferido a cena em que uma atriz explode ospais — tipicamente classe média, que só falamem despesas e dinheiro — com um detonadorde TNT.

Lambuzado de jujuba, outro espectador,João Manuel da Rocha Lima, 1 ano e oitomeses, do Jardim Botânico, chorou muito dametade para o fim da peça.

"Ele ficou entediadocom o filme" — diz a mãe. O filminho, em pretoe branco, faz parte da peça e se chama Emfrangalhos. Os protagonistas são pintinhosmascotes que crescem na casa de duas crian-ças. Até que viram um casal de frangos eacabam na panela da família.

Foi justamente do frango, preso numa gaio-Ia enfeitada, que o ipanemense Rafael de SouzaNóbrega. três anos, gostou mais. Morrendo desono — teve febre à noite — comportou-sebem na platéia. Era a primeira vez que ia aoteatro e. "apesar de não ter entendido absoluta-mente nada" — garante a mãe — gostou einclusive bateu palmas no final.

Os irmãos Léo, três anos, e Lara FajardoLeiner, quatro anos, de Ipanema — prestaramoastante atenção na peça dirigida por FelipePinheiro. A cena do supermercado foi apontadacomo a melhor por Lara. A mãe-atriz que sai decasa para comprar um pacotinho de caldo decarne apenas, e tem que enfrentar o ímpetoconsumista das filhas que cantam todos osjingles da televisão. Acabam arrancando risa-das sucessivas e vozes das crianças para umcoro de anúncios.

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10

o dia da criança

Uma tarde com

luzes, clips

e muito rock

A

maioria chega a pé ou de ônibus. Algunssão deixados na porta, mais tarde al-guém vai buscar. Há um certo gostinho

de independência. Nas matinês das dancete-rias, maiores de 18 anos não entram. Se osegurança desconfia, barra logo e pôde compro-vante de idade. Adultos, só acompanhando ascrianças menores. Mas são poucos os pais quese arriscam a enfrentar quatro horas seguidasde rock, new wave, funk, disco despejadosem muitos watts de potência e luzes coloridaspiscando.

A partir das 13h começa a se formar umafila no calçadão da Av. Atlântica, em frente àdiscoteca Help. As portas só abrem 15h mas opessoal quer garantir os melhores lugares paradançar — sobre as caixas de som e em cima dopalco. Dali não saem para nada. Júlio, 10 anos,suava a camisa sobre uma dessas caixas e

explicava a vantagem de chegar tão cedo parabrigar pelo lugar: "Daqui é mais fácil arrumaruma gatinha, dá pra escolher".

o" ingresso de Cr$ 7 mil dá direito a um'refrigerante ou água, oue custa CrS 2 mil ocopo. Bebidas alcoólicas são proibidas. Poucodepois das 16h, duas mil pessoas se movimen-tam como podem lá deníro. O ar condicionado einsuficiente para tanta energia mas ninguém seimporta. Para Tatiana (11 anos), Giida (10) eJosé (13) as músicas que fazem mais a cabeçasão do B-52's, Chaka-Kan, Phil Collins, Parala-mas. Lobão, Herva Doce. A mãe de Gilda,Cristina de Carvalho Mota, 34 anos. sentadologo atrás acompanhava as crianças com osolhos e a música com os pés.

"Acho um baratoPra mim, depois que fizeram a matinê foi umsossego. Venho sempre com eles, acho que fazum bem danado".

Namorando na matinê

A moda é dançar todo mundo igual, passi-nho marcado O discotecário Rommel, enge-nheiro, 27 anos, taz o som da Help todas asnoites mas Curte mesmo a matinê. "Da maisvontade de trabalhar porque o objetivo principalda garotada e se divertir" Atras de sua cabmeos rnen nos formam o que chamam de corredorpolonês. As meninas se arrepiam só de pensarAíi alguns beijos são roubados e as primeirascantadas são ensaiadas. No telão acima dopalco são projetados alguns video-chps O demaior sucesso e o do USA For África (We arethe World), que acompanham cantando

Nádia Rebouças, publicitária, levou seusfilhos Carolina '8 anos) e Pedro (5) pela primevavez na semana passada e saiu dividida Felizporque as crianças se divertiram e nostalgica"Me deu vontade de ser adolescente de novo"confessou

Helena Carone

«nrami

SE A BANANA PRENDER, O MAMÃO SOLTA— Musical com texto e direção de Dilma Loes.Teatro do América, Rua Campos Saltes. 118.Às 16h. Ingressos a CrS 7 mil.

JONAS VAI A VEGA — Texto e direção deSérgio Thelency. Aliança Francesa do Méier,Rua Jacinto, 7. Às 16h. Ingressos a Cr$ 3 mil.

O SAPATINHO ENCANTADO — Texto deWashington Guilherme. Direção de ConradoFreitas. Teatro do Sesc de Engenho de Den-tro, Av. Amaro Cavalcanti, 1661. Às 16h.

FADA DO LAGO AZUL — Texto e direção deLimachem Cherem. Teatro Imperial, Praia deBotafogo, 524. Às 17h. Ingressos a Cr$ 5 mil.Acompanhantes não pagam.

matinê

SESSÃO COCA-COLA — Cavalinho Azul — LagoaDrive-ln. 18h30min. (Livre)

ARISTOGATAS — Lido-1: 14h e 15h30min. (Livre)

FANTASIA — Coper-Tijuca: 14h30min,16h20min. (livre).* Outros filmes com censura livre ver na seçãode CINEMA.

show

danceteria

HELP — Música para dançar a partir das 21h30min.Ingressos a CrS 15 mil, homem e Cr$ 10 mil, mulher.Vesperal às 16h, a CrS 7 mil. Av. Atlântica, 3432 (521-1296).METRÓPOLIS — Matinê com vídeos e música paradançar. Das 16h. às 22h.Ingressos a CrS 7 mil. Estrada do Joá, 150 (322-3911).MANHATTAN DISCOTÉQUE — Música para dançarcom fita e vídeos. A casa abre às 16h. Ingressos a CrS10 mil, homem e CrS 5 mil, mulher. Estrada Grajau—Jacarepaguá, 3 020. (392-8757).

HOLIDAY ON ICE — Espetáculo com o grupo europeuque retorna ao país após uma ausência de dois anos emeio. Traz um elenco de 150 figurantes e diversoscampeões de patinação internacional, entre eles AniteSiegfried, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos deInverno, em Berna, Suíça. Circo Tihany, Av Presiden-te Vargas, Cidade Nova Sessões às 15h. 18h e 20hIngressos, à noite, de CrS 10mil a CrS 30mil, decrianças, à noite, de CrS 5 mil a CrS 25 mil, matinê, deCrS 5 mil a CrS 20 mil.

PÃO DE AÇÚCAR DAS CRIANÇAS — Grupo Melancia. Mimo Tropical. Além de discoteca mirim. Sessãoàs 16h. Concha Verde do Morro da Urca, AvPasteur, 520 (541-3737 ramal 23). Ingressos a CrS3 800 e, para crianças entre quatro e 10 anos, CrS1.900

A BRINCADEIRA É NOSSA — Festival deCirco, com a participação de palhaços, malaba-rista, mágicos, ventríloquos, acrobatas Haveiano local várias oficinas de Teatro, Dança, ArtesPlásticas e vídeos, em horários alternados, ripartir das 14h. A programação e coordenadapeio grupo paulista A Brincadeira É NossaClube Gurilândia, Rua São Clemente, 408.Botafogo (246-9801) Ingressos para não sóck>sa CrS 6 mil.

AQUALOUCOS CIRCUS - Apresentação de aquaioucos e bailarinas aquáticas Sessões às 16h. I7h30mme 19h. Ingressos a CrS 5 mil, para crianças, e CrS 7 miioara adultos No Barrashopping, Av aas Américas4,666.

parqueT1VOLI PARK — Parque com 14 brinquedos pa*aadultos e oito para crianças Avenida Borges deMedeiros, Lagoa Das lOh as 22h Ingressos a OS 13mil (para crianças até 10 anos) e CrS 15 mii i.paraadultos), com direito a todos os brinquedos

planetárioCARRINHO FELIZ — As 17h De AKM—2 — AGALAXIA DX às 18h30mm No Planetário AvenidaPadre Leonel Franca. 240 Ingresses a OS 2 200 epara crianças com menos de 10 anos, a OS 100

11

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bares e restaurantes

Cozinha portuguesa

Informe publicitário

rrtae

onde melhor recepcioná-la

COM AS TORTAS DAITÁLICA

A Itálica selecionou seis tipos de tortas parahomenagear a Mãe. "Imperatriz ; Torta deAmêndoas" e "Black Pauer", na base desuspiro e "Charlott" à base de biscoito cham-

pagne e chocolate, "Marquesa (pão de ló e

chocolate) e "Torta de Mousse de Frutas"

(manga, maracujá, limão). Itálica é aquelerestaurante na esquina da Carlos Góis, noLeblon, que, ao lado, possui uma casa de"Delikatessen" com a maior variedade deimportados, pratos prontos e um "Frango na

Brasa" que provoca filas a porta. Ela nos

socorre, entregando a domicílio tudo queimaginamos para uma recepção de últimahora, uma visita inesperada, etc. Seu telefo-ne é 294-4949.

COM AS LAGOSTAS VIVASDO REAL

O Restaurante Real, no Lerne, já conhecido

por suas peixadas, caldeiradas, etc., tem

pela Mãe muito carinho e quer oferecer a elaalgo muito especial. Assim, decorou seu

salão com lagostas vivas, as quais a Mãe

poderá escolher e mandar preparar da ma-neira que preferir (ao thermidor, à america-na, em maionaise, etc } Também recomen-dam o "Misto

grelhado ao Real' compostode vários tipos de peixes e crustáceos. E,como entrada, as "Patinhas de Caranguejo àmilaneza". Apesar do Real ser "O Rei dasPeixadas", estarão presentes seis receitasde filet mignon. "Gonçalvinno" (branco outinto) é boa pedida. Toda Mãe será agracia-da com um brinde "surpresa". Para reser-vas, telefone 275-9048.

COM A MÚSICA DE

HÉLIO SILVA PARA DANÇAR

A Churrascaria Roda Viva, quer fazer a Mãereviver seus bons tempos Para tal, o almoçocontará com a orquestra, ao vivo, de HélioSilva que tocará músicas da velha guardapara dançar. O serviço à ia carie, constaráde grande variedade de pratos da cozinhainternacional como "Picanha na Brasa", pei-xes, lagostas, camarões, bacalhaus de vá-rias maneiras etc. 1 udo dentro daquele espí-rito alegre e descontraído que lhe é peculiar.O ambiente amplo e arejado, comporta1.500 pessoas na mais perfeita tranqüilidadee segurança, com amplo estacionamento,em frente. Toda Máe receberá uma rosa.Para reservas, telefone 295-4045 ou à Av.Pasteur. 520 — ao lado do bondinho do Pãode Açúcar.

COM O RODÍZIO À GAÚCHA

DA CIDADE DO PORTO

Uma maneira gostosa de proporcionar mo-meníos de prazer àquela a quem devemos avida é levando-a a conhecer o rodízio àmoda dos Pampas na Churrascaria Cidadedo Porto, que fica no Campo de S. Cristovão,254. É, sem duvida alguma, dos mais com-

pletos e mais fartos da cidade, além de serdos mais baratos: 23 mil. No Restaurante

(térreo) são encontrados peixes, lulas, pol-vos. bacalhau etc., preparados à moda por-tuguesa e espanhola e um cardápio comple-

i com serviço à Ia carte. As mães seráoíerecida uma rosa. Da zona sul, é sóatravessar o túnel Rebouças e seguir asindicações do viaduto (15 minutos da zonasul). Para reservas, telefone 580-9037'580-9038.

OS restaurantes portugueses são, sem dúvi-

da, o que de mais honesto existe na

cidade. São os restaurantes naturais. Distingo:não naturais, gênero naturette, que vivem a

custa do esforço da moda. Mas naturais porespontâneos: servem aquilo que soem servir.Nada mais justo, nada mais pertinente, nada

mais dentro da ordem das coisas que um

bacalhau ou um polvo quando chegam a mesanas circunstâncias devidas (E se o leitor não

acna elucidativa esta explicação é que, na

verdade, ela nada explica Limita-se a constatar.

Dè-se por muito satisfeito.)Fazer com que o freguês se dê por satisfei-

to é. justamente, a maior ambição dos restau-rantes portugueses. Para isto não usam meiasmedidas: utilizam material consistente, tratadq

com justiça e servido em boa quantidade. E

lúcic Costa quem fala da "tradiçãq portuguesade não f nqir ." Parece simples. E. Mas ficou'aro

É no Centro que os restaurantes mantém;nelnor 0St9 tradição d6 sólida sinipiicidads.Alguns, de maneira mais reservada, como o

Penafiel de escassas mesas Outros, como A

Lisboeta, insistindo em serem francamenteoopuiares. (com, aliás, cornida 6xc6lGnt6.) NoAdegão Português os preços sooem, mas a

qualidade, em gerai, permanece E no Sentai,Portugal ganha um ritmo mais descuidado e

orasileiroMa Zona Sul, os portugueses

"clássicos

começam a escassear. Ainda há, em Botafogo,o Aurora e, em Copacabana, A Marisqueira

(Esta, porém inventou de abrir uma sucursal emIpanema que é puro desastre.) Com a Revolu-

ção dos Cravos, houve um reflorescimento, poraqui, da melnor cozinha portuguesa. Atravessa-ram o mar o Aviz, que desistiu e voltou, e o

A LISBOETA — Rua Fre Caneca, 5 e 7. Praça daRepuüiica Te: 232-2611 Diariamente das 9h às 21 h.Aceita cheques, cartões de crédito e tickets É urr,restaurante tradicional do Centro, cnde já funciona ná80 anos, com capacidade para 300 pessoas O ambien-te é simpies, decorado com azuiejos franceses. Nocardápio, bacalhau a Zé do Pipo (CrS 33 mil): Peixe à.jsPoeta (CrS 19 mil). Leitão assado à Oswaldo AranhaiCrS 22 mil), cabrito tostado com brôcolis ao alho eóleo íCrS 22 mil), salpicâo português (com arroz eervilhas verdes, Cr$ 30 mil), sarrabulho a portuguesa(uma especie de sarapatei, CrS 12 mil)

SENTAÍ — Rua Barão de São Félix, 75. Centro (atrás30 itamaratyi Tel 283-1385 Diariamente das 11h às19h, aom, até 15h Aceita cheques mas não trabalhacom cartão de credito Funciona desde 1964 comespecialidades Dortuguesas e frutos do mar. O restau-rante temi dois saiões refrigerados com capacidadepara 130 pessoas No cardápio, cozido a portuguesaiCrS 18 mil), bacalhau a portuguesa (CrS 28 mil),caldeirada ce• frutos do mar (CrS 35 mil), arroz amarinheira (CrS 20 mil), lagosta grelhada <CrS 35 mil) epei*e c. brasileira (CrS 20 mil) Sobremesas a partir deCrS 2 mil 500

ANTIQUARIUS - Rua Aristídes Espínola. 19. Tel294 1049 294-1496 Diariamente das 12h às 2h damanhã Ace-ta cheques e cartão de crédito. Temcapacidade oara 80 pessoas no salão e 40, no bar, arcondicionado e musica ambiente No cardápio, baca-ma o Antiquarius (CrS 29 mil), timbaio de marisco (CrS75 mil), favas à portuguesa (CrS 30 mil); lagostagrelhada a ternidor (CrS 90 mil). As sobremesaspodem ser os doces portuguesas, a CrS 9 mil. Ores'.aurante só ace.ta reservas até às 21 h

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Antiquarius que ficou, felizmente. Nesta últimaleva, também vieram algumas coisas bizarras.Como A Desgarrada. E um lugar que, tendodesistido de alimentar o freguês com coisascomestíveis, entope-o de canções. Como acigarra de La Fontaine, se tivesse inventado de

ganhar a vida em um restaurante.

Apicius

AURORA Rua Capitão Salomão, 43, Botafogo. Tel.

226-4756. De 2a a 5a das 7h (serve café da manhã) àmeia-noite. 6a e sáb. das 7h às 2h da rnanhã, dom. das7h as 19h. O restaurante tem capacidade para 150

pessoas, aceita cheques e tickets. O ambiente ésimples, com mesas antigas e os preços bem razoá-veis. No cardápio, cozido à portuguesa (às 4as, a CrS 10mil), feijoada (aos sáb. e dom a CrS 10 mil): rabadacom polenta e agrião (CrS 8 mil); lulas com arroz debrócolis (CrS 12 mil), bacalhau alentejana (CrS 25 mil),xerelete à Sarney (CrS 6 mil 500); galinha ao molho

pardo (CrS 7 mil 500).

ADEGÃO PORTUGUÊS — Campo de São Cristóvão,212. tel. 580-7288. Diariamente das 12h à meia-noite.Aceita cheques e cartões de crédito. Capacidade para160 pessoas, com ar refrigerado e música ambiente.Geralmente, seus pratos dão para duas pessoas. Nocardápio, cabrito a Transmontana (Cr$ 25 mil), cozido à

portuguesa (às 4a5, CrS 25 mil); bacalhau (varia de CrS29 a CrS 40 mil), tripa à moda do Porto (às 3as. CrS 20mil); feijoada (sáb., CrS 25 mil); sardinhas portuguesas(CrS 15 mil). O restaurante também serve os bolinhosde bacalhau (CrS 1 mil 200, cada) e ostras (CrS 8 mil),que podem ser opções como entrada. Não é necessá-rio fazer resen/a.A TASCA — Rua do Mercado, 21, Praça XV Tel. 242-8357. De 2a a 6a das 11h30minàs 16h. O restaurantefunciona há quatro anos com capacidade para L0pessoas Tem ar condicionado, aceita cheques, car-tões de crédito e tickets No cardápio, bacalhau a Brás(CrS 20 mi! 500); rojões (pedaços de carne de porcocom batatas e pickles, CrS 17 mil 500); peito de frangoà Nina Hagen (CrS 15 mil 900); feijão à portuguesa(feijão fradinho com carne de porco, CrS 12 mil 500);peixe à Severina (CrS 18 mil 500); peixe assado àLisboeta (CrS 23 mil 900)

televisão

manhã

6:30 (11) GINÁSTICA— Programa educativo7:00 ( 4) SANTA MISSA EM SEU LAR — Precedida de

uma mensagem de D. Eugênio Salles( 7) TERRA VIVA — Noticiário rural

7:30 (11) REX HUMBARD — Programa religioso8:00 ( 7) A CONQUISTA DA TERRA — Programa jornalís-

tico sobre o campo(11) SESSÃO DESENHO — Seleção de desenhos ani-

mados8:10 ( 4) GLOBO RURAL — Reportagem sobre um novo

centro produtor de soja localizado em Barreiras,sertão baiano. Um grupo de técnicos explicacomo se faz a secagem do leite por volta do sextomès de prenhez. Na seção cartas um métodopara evitar a murchadeira que ataca as batatas euma ração especial para as tilapias

( 7) O MELHOR NEGÓCIO — Programa jornalísticocom depoimentos

( 7) EMPÓRIO BRASILEIRO —Programa de músicassertanejas apresentado por Rolando Boldrin

( 9) NOVA VIDA — Programa religioso( 4) SOM BRASIL — Programa de música sertaneja

apresentado por Lima Duarte, enfocando hoje astradicionais duplas caipiras de Tonico e Tinoco aMilionário e José Rico, passando pelas maismodernas como Sá e Guarabira.

( 9) BIKE SHOW — Programa jornalístico sobre vei-culos de duas rodas

( 2) PALAVRAS DE VIDA — Mensagem religiosacom D. Eugênio Salles

( 2) AS LÉGUAS TIRANAS DO NORDESTE - Pro-grama produzido pela TVU de Pernambuco

( 7) SHOW DE TURISMO — Atrações turísticas doBrasil e do mundo com apresentação de PauloMonte

( 4) GLOBO INFORMÁTICA — Programa apresenta-do por Luiz Armando Queiroz, mostrando hojeuma entrevista com o Ministro da Ciência eTecnologia, Renato Archer O programa explicaainda o que é uma rotina de automação

( 9) FUTEBOL MINICRAQUES — Jogos de futeboldisputados por times dente-de-leite

( 2) TELECURSO 2o GRAU — Aula inédita de biolo-gia e recapitulação semanal

( 4) CAMPEONATO ITALIANO DE FUTEBOL — Jo-go: Verona X Atalante

(11) PROGRAMA CULTURA JOVEM( 7) SHOW DO ESPORTE — Jornalístico esportivo

Apresentação de Luciano do Valle. Juarez Soarese Elyz Marina

(11) PROGRAMA SÍLVIO SANTOS — Programa devariedades apresentado por Sílvio 5antos. commusicais, competições e prêmios

11:20 (11) PROGRAMA SlLVIO SANTOS — Programa devariedades apresentado por Sílvio Santos, comjogos, gincanas e calouros

8:50

9:00

9:10

9:15

9:20

9:50

10:00

10:10

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10:5711:00

tarde

12:00

12:45

12:50

13:45

14:00

14:45

15:00

15:45

16:00

16:50

17:00

17:55

rádio e tv

6) DOMINGO NO CINEMA — Fume Escândalosna Riviera

4) TEMPO QUENTE — Seriado com Perry King, JoePenny e Thom Bray. Episódio de hoje Garotaem Perigo

2) JACQUES COUSTEAU — Documentário Episó-dio de hoje: O Calipso em Busca do Britanic

4) ÁGUIA DE FOGO — Seriado com Ernest Borgm-ne e Alex Cord. Episódio de hoje: O Filho daÁguia

noite

( 2) NO MUNDO DO ESPORTE — Reportagensesportivas

( 6) FÓRMULA 2 — Transmissão ao vivo da terceiraprova do Campeonato Sul-Americano de Fórmula2 diretamente de Salta

DISNEYLÁNDIA — Programa infantil produzidonos estúdios de Walt Disney

( 4) VlDEO-SHOW — Programa apresentado por Mi-riam Rios e Paulo Betti. Hoje o programa faz umahomenagem a Salvador Dali que está completan-do 82 anos. As outras atrações são os campeona-tos de surf no Havaí e África do Sul. o encontromusical entre Elba Ramalho e Luiz Gonzaga e ahistória do trompete através dos tempos

( 2) FORRÓ — Programa com músicas regionaisbrasileiras

( 6) SESSÃO ANIMADA — Seleção de desenhosanimados

( 4) CASAL 20 — Senado com Robert Wagner eStefanie Powers. Episódio de hoie: Casal 40

( 2) VIOLA MINHA VIOLA — Programa de musicaregional

( 6) XINGU — Reapresentação do 4o capítulo AmorEntre os índios

( 4) DURO NA QUEDA — Senado com Lee MajorsEpisódio de hoje: O Roubo de São Francisco

( 2) OS MAIS BELOS DESENHOS - Cinema deanimação com premiações internacionais

"' » '

18:00 ( 2) VÔLEI MASCULINO —Jogo: Brasil X Cuba. Aovivo

( 6) DOMINGO NO CINEMA — Filme: Assassinosda Natureza

19:00 ( 4) OS TRAPALHÕES — Programa humorístico comos quatro trapalhões

20:00 ( 2) JORNAL DE DOMINGO — Programa jornalisn-co. Edição nacional

( 4) FANTÁSTICO, O SHOW DA VIDA — Ante asprevisões meteorológicas, que anunciam um in-verno rigoroso para o Rio e São Paulo, médicosensinam como fazer a prevenção da pneumonia,cada vez mais comum em bebês e crianças. O ex-campeão de peso-pesado George Foreman tor-nou-se um pastor e é entrevistado por HélioGarcia

( 6) PROGRAMA DE DOMINGO — Programa devariedades apresentado por Renée de VielmonüNo quadro Expressão que, a partir de hoje. seráapresentado por Roberto Maya, uma reportagemsobre a Albânia, o país mais fechado do mundoXuxa e a vida em Nova Iorque A polêmica da FEBcom entrevistas de Joel Silveira e Wiltiam WaackUma reportagem sobre o chá da academia e umaentrevista com Bruno Barreto sobre o seu novofilme — Além da Paixão O programa mostraainda uma descoberta científica que pode acabarcom a operação de ponte de safena Na seçãcmusical o encontro de Léo Jaime com o Tremendão Erasmo Carlos e a apresentação do Miúchano People. Comentários de Villas-Bõas Corrêa.Robelo d'Ávila e Jânio de Freitas

( 7) BOLA NA MESA — Programa esportivo comentrevistas, debates e reportagens sobre as di-versas categorias de esporte. Apresentação deAlberto Léo

( 9) SEMPRE AOS DOMINGOS —Filme O Filho deSansão

(11) SHOW DO MENUDO — Programa musica1

20:30 (11) SNOOPV — Desenhe animado21:00 ( 2) SEMPRE UM SHOW — Coroado de íi0|e

Miúcha(11) CHIP'S — Senado

22:00 ( 2) PRIMEIRO TIME — Programa esportivo ao vivo( 4) OS GOLS DO FANTÁSTICO — Apresentação

dos gols da rodada Narração de Léo Batista eFernando Vanucci

( 6) PERSONA — Programa de entrevistas apresen-tado oor Roberto d'Ávila Entrevistado de hojeHélio Pellegrino

( 7) APITO FINAL —Os gols da rodada com apresen-tação de Juarez Soares

( 9) GENTE DO RIO — Show de entrevistas evariedades com apresentação de João RobertoKelly. Entrevistado de hoie Antônio Carlos deAlmeida Braga

(11) LONGA-METRAGEM22:20 ( 4) RJ TV — Noticiário local apresentado por

Liliane Rodrigues22:25 ( 4) CINECLUBE — Filme Balada de um Soldado

22:30 ( 7) CRÍTICA E AUTOCRÍTICA — Jornalístico deentrevistas e debates Apresentação de RobertoMuller Filho

23:00 ( 6) DEBATE EM MANCHETE —Programa de entre-vistas apresentado por Arnaldo Niskier Entrevis-tado de hoje. Ministro Fernando Lyra Entrevis-tadores Murilo Mello Filho. Marcelo Cerqueira,Antônio Carlos Biscaia e Paulo Fabião

00:00 ( 4) DOMINGO MAIOR — Filme Harlow, a VênusPlatinada

( 9) NOVOS TEMPOS — Programa sobre informáti-ca. Apresentação de Arcádio Vieira e ManeClaude

00:30 ( 7) TV INFORMÁTICA —Jornalístico de entrevistas.debates e informações sobre o mercado decomputadores Apresentação de José Levy

(11) FUTEBOL COMPACTO00:40 ( 2) CONVERSA DE FIM DE NOITE — P'ograma

apresentado por Jonas Resende Tema de hoieA Mensagem de Pinóquio

Almeida Braga na Record

Braguinha na TV

No programa Gente do Rio (TV Record -

22h) uma presença rara na televiscão. oempresano Antônio Carlos de Almeida Braga,presidente do Braoesco Na entrevista elo falade sua experiência como homem ligado aoesporte e às finanças : conversa sobre artes epolítica Ames dei^ "trarão no programa asatri/es Recaia Suruif e Sura Berditchevski,Milene Oibeüe (locotora da Rádio FluminenseFM), o Vereador Nieisun Leite Passos e o diretorda Souza Guz. Acef Oniha. Os convidados sãoentrevistados po> A^edo Souto de Almeida,Rui Porto, Maria ana Nina Ribeiro. GonilsonGonzaga e joão Rolu.-rto Kelly

/ | i nradio JB

AM 94CC\

)

Programação esportiva

10h05mm, REVISTA ESPORTIVA JB1ln05min - TORCIDA JB12h05min — CONCENTRAÇÃO12h45rcin — DOMINGO BOM DE BOLAMhOOrnin — JB FUTEBOL SHOW20h00m;n - GRANDE PLACAR ESPORTIVO JB20h45min — DOMINGO ESPORTIVO JB

FM Estéreo — 99,7 MHz

10 h - Abertura Leortora n° 3. de BeethoveníKarajan — 14 40'; Concerto em ré menor, paraórgão, flauta 6 cordas cie Corrente (Rilling 9 24).A Montanha Misteriosa, de Hovhaness (Fritz Reiner

- 19 00). Quinteto para piano e cordas, de Césarf-ranck (Samson François e Quarteto Bernede —38 .44) Sinfonia n° 1, em dó menor, op. 3 de Dvorak(Rowitzki — 51 45), First Pavan and Gailliard. deByrd (Gould — 7 11); Suite Francesa em sol menor,de um discípulo anônimo de Lully (Paillard — 13 10),Introdução e Allegro para harpa, quarteto de cor-des, flauta o clarinete de Rave1 (Zabaleta e solistasda Orquestra de Paul K.uentz — 11 15)

20 h — Pass8calha para orquestra, op. 1, deAnton Webern (Karajan 12:08); Sonata em Fá, deHaydn (Horowitz 13 55), Sinfonia n° 5 — daReforma, em rô menor, op. 107 de Mendelssohn(Leppard — 27 43). Oferenda Musical, de Bacn(Nicoiet, Búchner Gunther. Meinecke, Kiskalt. Bilgrame Kar! Richter 45 47), O Príncipe de madeira — oballet completo de Bartok (Boulez — 53 12); Con-certo em ré menor, para oboé, cordas e continuode Alessandic iV^ceüo (Holliger - 12 16,'

13

filmes na tv

ESCÂNDALOS NA RIVIERATV Manchete — I6h

On the Riviera' — Produção americana cie 1951.a ng da oor Walter Lang Elenco Danny Kaye. Gene

c-rr ev Connne Calvel, Mareei Dalio, Jean Mura'Colorido (90 mm)Herói da aviação francesa. Henr> Duran (Kaye) precisa

ausentar urgentemente do pais devido a problemaseconomicos. mas para que sua ausência não sejanotada contrata artista americano (Kayef que se exibe

jp 3 ooate e com. o qual tem notável semelhança.Mas a mulher iTiemeyí do aviador e a namorada

" ) do cômico sentem que alguma coisa esta0rf3(j3

ASSASSINOS DA NATUREZATV Manchete — 18h

Killers of the Wildi — Produção americana de 1976r g<da nor Robert J Ryan Elenco Andy Pruna

oosqu s sdor) Carlos Zapata e Eduardo Berlot (auxilia-,-si Colorido (92 min)>ocur:.trr>?sric narrado pelo biólogo marinho Andy

r -.. a .ore suas pesquisas ecológicas na Patagônia.Sui A-qe 't;na O filme mostra a fauna da região a

• da evolução crono'ógica da expedição, até oc.r-ratc com grupos de caçadores de penas e pe'es

: ... matam violentamente os animais da região

BALADA DE UM SOLDADOTV Globo 22h25min

(Bailada O Soldate) — • -aução rufcsa de 1960: nqifjô poi Grigori Chukhid :. enco Via imii ivashov,

Sn,ma Rronorenko, Ante na Maximcva e f"i,^.oiai<r;, jkov Preto e branco '8o mm>,ó.3 li Gueta Mu"d jOvon' soldadosov:'.".'';co 'Ivashov) põe fca •I»' ação dois tanquest:.;rnàes Como prêmio recei.e .uatro d.as de'icença

: tr • . s ' >• a mãe IMaximovSi Ncrsse curto período¦ ooue reunir um casa! que estava se separando

.. : ."uníi por uma jOvt-n :ami.onesa (Pronorenr.j, \-1üs os dias passar* rapidamente o ele tem devoltar aos perigos da frente do batalha r - b>do com;. rr, ongi' 3' legm das t-n- nmtuy iftj

HARLOW. A VÊNUS PLATINADATV Globo Cm1. ; m:n

Harlow Produção .vi-' ;ana de 1966 dirigida porGcclor Dougias Elenco C.vc Baker Manm BaisamHed Buttons. V.chael C • ors Ar.çes. Lansbury

l afc r'd Raf Vallone deshe Nife'sen. Ma-,r . Colorido

a " a d», ima mãe dominaoora iLarsbur, c- 'rustradapo' jir pr.n e<ro casamento fracassado jean HarlowiShkwi apesar de vitoriosa em Holiywcced leva uma

vicio :iesorc!enaaa e infeliz qi e a airast^ra a jma morteitura. no auge da pcp-Jancfade

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Ivachov e Prohorenko em "Balada de um Soldado"

Uma balada impecáve

u

? :ri3 agradável surpresa da programaçãodeste domingo e a exibição de Baladade um Soldado 'TV Globo, 22h25min.i

Por motivos obvios pouco foi oermitido conhe-cer da cinematografia soviética desde o fmal daSegunda Guerra Sabemos que o cinema russosofre grande pressão do estado e que o culto apersonalidade de Stalm, enquanto durou, fezsofrer gerações de intelectuais soviéticos tanto

quanto a guerra os privou de seus melhoresanos e amigos

Gngori Chukhrai (ou Tchoukhray) foi umavitima da guerra, mas mostrou sua ieaicade aoideal cia revolução realizando com simplicidadefilmes convincentes e ardentes, rigorosos naunidade e no estilo Balada de um Soldado e ah:stóna de um soldado russo que destroi dO'Stanques alemães e ganha corno prêmio quatrodias com sua mãe, ionge do front de batalha Aviagem da zona de frente e difícil e serve paraque Chukhrai mostre com detalhes seu paissob o rude aspecto da guerra. No caminho, ojovem soldado aiuda um inválido que teme oretorno e conhece uma garota por quem seapaixona. 0 amor e flamejante como só osjovens podem conceber, mas o retorno dosoldado ao campo de batalha é um encontrocom a morte A história pungente tem um ladolacrimejante que não chega a subestimar areconstituição detalhada da vida domestica ecotidiana na Rússia durante a Segunda GuerraDois fotógrafos, Vladimir Nikolayev e Era Save-leva realizaram um trabalho impecável. Fora daU.R.S.S Balada de um Soldado foi premiadorios festivais de Cannes, São Francisco e TChe-co-Esiovaquia Em 58. concorreu ao Oscar qe

melhor filme estrangeiro e melhor roteiro origi-nal, mas não levou.

Exceto o destaque acim3. os filmes de hojesão reprises de pequena relevância Escânda-los na Riviera (TV Manchete, 16 horas; e aterceira adaptação da peça de Rudolph Lothar eHans Adier. levada a tela pela primeira vez em1935, sob o título Folies Bergère, com MauriceChevaiier e, em 1941, com Don Ameche, UmaNoite no Rio, que lançou Carmem Miranda emHollywood On the Riviera e vez de Dany Kayeviver a trama do sósia no lugar de um homemem apuros financeiros, Com sua mascara ex-pressiva ele arranca risadas da platéia 0 filmeem si não apresenta o mesmo rendimento doator.

Assassinos da Natureza (TV Manchete, 18horas) e documentário ecologico comi roteiro enarração do biólogo marinho Andy Pruna, en.ío-cando suas pesquisas no litoral da Patagônia

Harlow, A Vênus Platinada (TV Globo,0h55min) é produção com roteiro original deSidney Boehm. mas. quando as cámeras sepreparavam para rodá-lo, o pai da atriz moveuuma ação contra o autor ao livro em que sebaseou o roteiro, alegando difamação da me-mona da filha. Para evitar ser processada, aParamount contratou novo roteinsta. John Mu-enaei Hayes. Este disfarçou fatos e alterounomes, diluindo de tal forma a vida amorosa daatnz — notória até pelos padrões permissivosde Hollywood — o filme parece desfocadopercebem-se os contornos mas sem uma visãoglobal nítida

Roberto Machado Jr.

14

El

o melhor da semana

show

Mesmo sem grandes estréias, a semana

é bastante movimentada com showspara todos os gostos, do instrumental aovocal. A terça-feira, por exemplo, exibe Mar-cos Ariel e Trio tocando no Aíeph, a partir das22h. Ainda na terça-fe.ra outra programaçãoinstrumental reúne o saxofonista Paulo Mou-ra e a pianista Clara Sverner em únicaapresentação no Auditório da Cultura In-glesa.

A animada terça-feira traz no ProjetoPixinguinha os teclados de Wagner Tiso e osucesso de seu Coração de Estudante, emparceria com Milton Nascimento, reunido aocanto da ótima Cida Moreyra. São duasúnicas apresentações no Circo Voador, às18h30min, terça e quarta-feira, apresentandotambém Marcelo Barra. A noite de terçaconta ainda com a estréia de Terezinha deJesus e Luiz Duarte, com participação deCelso Adolfo, em mais um programa da SalaFunarte Sidney Miller, às 21 h.

Na quarta-feira a principal estréia é dacantora Miúcha, apresentando-se no Peopledurante duas semanas em shows de quarta-feira a sábado. O instrumental continua a

movimentar a semana com o chorinho doconjunto Galo Preto tocando quarta-feira noAleph. E a Banda Meia-Sete apresenta-se noO Viro da Ipiranga somente quarta e quinta-feira.

Os cantores também estão presentes naprogramação com o show reunindo Monar-co e Rico, no Arco da Velha de quinta-feira asábado. E no Botanic, o espaço é de LisieuxCosta seguindo a tradição da família, pois elaé irmã de Sueli e Telma Costa. O showcontará ainda com a participação de NelsonÂngelo, de quinta-feira a sábado.

Um outro programa — este para quemtem tempo disponível — bem interessante éo das Quintas Musicais, promoção do BancoNacional, mostrando no Auditório do Centrode Tecnologia do Fundão shows com gran-des nomes da música popular. O destasemana, 12h, com entrada franca, é com omestre Luiz Gonzaga. Fechando a semanaacontece a festa de aniversário da Holly-wood Discoteca, de Bangu, com farta distri-buição de troféus para as anunciadas presen-ças de Djavan, Jorge Ben, Gonzaguinha,Egberto Gismonti, entre outros.

Diana Aragão

cinema

A semana começa com três estréias bemHeterogêneas: Além da Paixão, de Bruno

Barreto, Amor e Boêmia, de Robert Ellis Miller,e Assalto Em Cine Dimensão, que tem comomaior atrativo relançar a terceira dimensão,sensação efêmera dos anos 50

Além Da Paixão Uma mulher bemcasada, dois filhos, envolve-se com um travestia ponto de abandonar a família para acompa-nhá-lo durante uma s.mana pela estrada queconduz ao "paraíso" Sétimo filme de BrunoBarreto, tem no elenco Regina Duarte, FlávioGalváo, Paulo Casteili, Patrício Bisso, FelipeMartins, Maria Helena Dias.

Amor e Boêmia (Reuben, Reuben) — Umpoeta escocês alcoólatra em circuito umversitá-rio pelos Estados Unidos revela o péssimohábito de seduzir todas as mulheres frustradasque encontra. Tom Conti, o excelente atoringlês de Furyo — Em Nome da Honra, liderao elenco, ao lado de Kelly Mc Gillis e RobertBlossom.

Assalto Em Cine Dimensão (Comin'at Ya)Iodos os contratempos a que um western

tem direito recheiam esta produção filmada em3-D. Para ser devidamente curtida, o especta-dor alugara oculos especiais de celulóide antesde entrar na saia, por Cri 1 000

Susana Schild

teatro

São quatro as estréias da semana, reunindo

autores importantes como Luigi Pirandelloe William Shakespeare, um novo, Hersch Bas-baum, e um habilidoso, Joseph Kesselring.

Este Mundo É Um Hospício, de JosephKesselring, com direção de Geraldo Queirozestréia quinta-feira no Teatro de Arena. Arsenicand Old Lace, no original, já foi montado noBrasil e filmado por Hollywood com grandesucesso. É uma historia policial deliciosamenteconstruída. Essa versão tem a peculiaridade dereunir históricos tabladianos, o diretor GeraldoQueiroz e as atrizes Mana Clara Machado eMarta Rosman, num espetáculo profissional. Asduas velhinhas adoráveis, mas que tramamcrimes hediondos serão interpretadas por Clarae Marta, que, com a longa tradição do Tablado,saberão construir personagens tão ricos paraqualquer atriz.

A FiIha do Presidente, oe Hersch Baus-baum, com direção de Oswaldo Loureiro iniciatemporada sexta-feira no Teatro Glauce Rocha.Sátira política que conta a história de umseqüestro simulado numa republica latino-americana, A Filha do Presidente é um textobrasileiro inédito, fato digno oe registro numatemperada tão carente de peças nacionais. Oelenco, como informa a produção,

"reúne gran-

des nomes dos áureos tempos humorísticos daTV Tupi": Ari Leite, Carlos Duval, ValentimAnderson,

Assim É Se Lhe Parece, de Luigi Pirandel-Io, direção de Paulo Betti, estréia sexta-feira noTeatro dos Quatro. A peça de Pirandello trata

com extrema sutileza a questão da "verdade decada um", do jogo de aparências, transforman-do-se quase numa história policial cujos perso-nagens manipulam a imponderável fluidez dasversões. Produção ambiciosa, Assim É Se LheParece reúne um elenco de alto nível: NathaliaTimberg, José Wilker, Sérgio Britto, Yara Ama-ral. Ary Fontoura. Para Betti, "Pirandello temneste texto dois conjuntos distintos: os trêsvisitantes que chegam a uma província (marido,mulher e sogra) e todo um grupo de pessoasque circula em cena encadeando as situaçõesem torno deles. Isto torna difícil um trabalhointegrado, se não se partir para uma criaçãointegrada e participativa. Só depois de 10 diasde trabalho analisamos indagações, falsas con-clusões e admitimos que Pirandello conta umahistoria de amor e de ciúme acontecida em1917. Fala do relacionamento humano. Desço-brimos juntos."

Uma Peça Como Você Gosta, de. WilliamShakespeare em adaptação e tradução de Ge-raldo Carneiro estréia sábado no Teatro Ipane-ma. O diretor Aderbal Júnior define As You LikeIt como "uma comédia que mostra especial-mente as aventuras de cidadãos na floresta. Acidade é assim como Ipanema, com seusduques usurpadores e as suas encantadorasprincesas na platéia e a floresta está no seu eno meu coração. Como tigres ou como águias,podemos habitar essa floresta encantada." Par-ticipam do elenco Maria Padilha, Xuxa Lopes,Ricardo Blat, Guida Vianna, Angela Rebello,Fábio Junqueira, Henri Pagnocelli, Ricardo Ko-sovski, José Lavigne, Alexandre Dacosta eFlávio Antônio.

Macksen Luiz

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Jackson no Conejao Internacional

o melhor da semana

um bom time de jornalistas como Paulo Mar-kum, Celso Ming, Fausto Macedo e MariaHelena Barros do Amaral. O jornal se propõe aapresentar, além das notícias, comentários so-bre os principais acontecimentos do dia. Oanimador de Perdidos na Noite, o engraçadoFausto Silva, fará seu humor no quadro ABomba do Dia. E Gepp e Maia mostram,diariamente, uma charge animada.

Na terça-feira, às 21 h20min a TV Mancheteexibe Conexão Internacional. O entrevistadode Roberto d'Ávila é o reverendo Jesse Jacksonque fala de sua recente campanha à Presidênciada República e o papel do negro na vida políticados Estados Unidos. A conversa foi gravada nointerior de uma catedral, em Chicago, acompa-nhada por um coral de negros que interpretouum belo repertório de blues e spirituals, incluí-dos no programa. A Intervídeo, produtora deConexão Internacional, considera o programacomo um dos melhores da série.

Depois dos amistosos disputados aqui noBrasil, a Seleção Brasileira de futebol entra nafase dos jogos no exterior, eliminatórios para aCopa de 1986. Na quarta-feira, às 22h20min, oscraques escolhidos por Evaristo Macedo en-frentarão o time da Colômbia. Todas as emisso-ras acompanharão a partida, disputada em Bo-

gotá. Antes do jogo, às 21h20min, a TV Globomostrará o segundo capítulo da aventura dopesquisador francês Jacques-Yves Cousteau naAmazônia. É um programa recheado de belíssi-mas imagens da região que ele chamou deMarco Zero, ou seja. o princípio de tudo.

Miriam Lage

música

Semana cheia de música. Teremos, afinal,

de volta a nossa Sala Cecília Meireles, quereabre dia 16 com um programa^dedicado àmúsica brasileira. Em torno desse grande acon-tecimento, há outras coisas interessantes. Dia

15, no Teatro Municipal, e curiosíssima apre-sentação de Gilbert Kaplan à frente da Orques-tra Sinfônica Brasileira, regendo a Segunda

Sinfonia de Mahler. Kaplan é o milionário

americano que resolveu, um dia, reger a sua

obra favorita à frente de uma grande orquestra,

pagando um bom dinheiro por isso. Estudou detal maneira a Segunda de Mahler, que o NewYork Daily News considerou a sua perform-ance "uma das melhores interpretações daSegunda jamais ouvida''. A conferir. Terça-feira,na Cultura Inglesa, o ótimo duo Paulo Moura

(sax) e Clara Sverner (piano) toca Milhaud,

Glazunov, Villa-Lobos e outros. No mesmo dia,no IBAM, recital de clarineta e piano com SérgioBurgani e Luiz Senise: Saint-Saenz, RonaldoMiranda, Martinu, Poulenc e outros. Quarta-feira, na Aliança Francesa da Tijuca, a Juventu-de Musical-Brasi! apresenta um outro duo:Aloysio Fagerlande (fagote) e Lígia Leite (piano).Dia 16, toca no IBAM a pianista Liliana Maffiot-te, sob os auspícios do Consulado Geral daEspanha, que lhe confere o título de "embaixa-

dora da música espanhola".

Luiz Paulo Horta

A semana marca a estréia de um novo tele-jornal, o Jornal da Record, no ar de

segunda a sexta-feira, às 18h30min, Começauma nova fase da emissora que está disposta atornar sua programação mais atraente, investin-cio em jornalismo, com a contratação de profis-sionais experientes O Jornal da Record temdireção gerai de Dante Mattiussi — ex-Globo —apresentação de Ricardo Carvalho e corta com

Jackson no Conexão Internacional

televisão

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Norma Bengell está

de volta ao teatro

com A Rosa Tatuada

Mais uma

história

de amor

Resistindo

a escreversuas memórias ("soumuito jovem para is-

so"), mas observando a vidacomo "um épico cinematográ-fico", Norma Bengell. aos 50anos, está muito diferente.Cabelos curtos, 12 quilos maismagra, fazendo ginástica to-dos os dias ("a minha geraçãoainda me cobra a beleza dosanos 60"), ela se prepara paraviver, no palco do Teatro Gló-ria, a personagem principal deA Rosa Tatuada, de Tennessee Williams, uma humildecostureira do interior que. de-pois de guardar luto sofridopelo marido assassinado, vivede repente uma paixão avas-saladora por um caminhonei-ro, muito mais jovem que ela.

"Eu sou uma atriz bissextaem teatro", conta Norma."Mas

me apaixonei por estapeça. É uma grande históriade amor e tem um ótimo pa-pel feminino, o que costumaser difícil. Serafina, o meu per-sonagem, é uma mulher docampo, sem instrução e tratosocial, muito diferente demim Ela me permite um óti-mo exercício como atriz. Euquero me dar o presente defazer bem este personagem."

A história de TennesseeWilliams, que já teve uma ver-

são cinematográfica com AnaMagnani e Burt Lancaster,tem estréia prevista para ju-nho. Trata-se de uma super-produção, orçada em mais deCr$ 100 milhões, e que traz devolta uma figura quase extintanas atuais montagens: a doprodutor individual. O investi-mento está sendo feito pelocolunista social Reinaldo Loyque paga ensaio a um elencode nove atores e uma equipetécnica de 15 pessoas. Noelenco estão Germano Pilho,Maria Helena Pader. PauloCdStelli, Claudia Magno. UuseNaccaratti e. como o jovemcaminhoneiro, R ò m u I oArantes.

Além dos ensaios diários,Norma tem uma atividadecompulsiva. "Ocupo o meudia inteiro para não ficar louca.Acordo às 6h e vou andar napraia. Estou aproveitando omeu país. As 10h, vou para aginástica. Depois, expressãocorporal e aulas de voz. Eainda arranjo tempo para le-vantar a produção do meu fil-me." No segundo semestre,com financiamento da Embrafilme, Norma Bengell preteride dirigir e estrelar Fogo Pa-gu, uma cinebiografia de Pa-trícia Galvão, autora de Par-que Industrial e segunda mulher de Oswald de Andrade.

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"Mastros e bandeirinhas"

capa

As cores de um

pintor essencial

Os

sinais particulares dessa

pintura são conhecidos. Emsua longa e constante simpli-

ficação em busca do essencial, o mare o céu se tornaram faixas coloridas,os telhados se fizeram triângulos, asladeiras e janelas viraram losangos. Aalegria simples do povo está no anil,no rosa ou no verde das bandeirinhas,emblema terminal de uma antiga de-cantação plástica. Pintura lúdica, lapi-dar, imaterial, festivamente coloridade Alfredo Volpi, 89 anos, reconheci-do como o maior pintor vivo do Brasil.Pintura com a qual o Rio poderá seregalar a partir da próxima terça-feira,numa exposição comemorativa dos25 anos de atividade da Galeria Bo-nino.

A unanimidade a respeito de Volpié a resposta agradecida a sua extraor-dinária lição de coerência e integrida-de artísticas. Seu carisma feito de

pureza vem do que o crítico SérgioMilliet chamava, já em 1944, de sua

Cláudio Bojunga

"simplicidade clarividente". Enga-

nam-se, pois, os que o julgam ingênuosó porque ele nada tem de afetado,sendo avesso a modismos e manei-ras. Volpi ama e homenageia Giotto eMatisse (um pintor que coloca a sen-sação antes da idéia) porque prefere aforma simples e as cores virginais.Para alertar os incautos que chamamde infantil essa pintura tão elaborada eadulta, ele diz com um sorriso irônico:"Criança

não consegue fazer isso. Édiferente". Claro que é. Sua candura esolidez têm outras raízes. Como ob-servou Wilson Coutinho, por ocasiãode uma mostra na Galeria Ipanema,em 1982:

"Volpi tem muito da vivida

malícia dos camponeses italianos quechegam à velhice com o sólido realis-mo do mundo". Daí uma outra carac-terística de sua arte: a eterna vitalida-de, a permanência do que Maria Euge-nia Franco, uma grande conhecedorade sua obra, chamou de

"sentido

vanguardista crescente".

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"Marinha"

Volpi não costuma datar seus quadros e nemse preocupa com os títulos. É capaz dechamar de "Bandeirinhas" vários deles ousimplesmente não colocar nome nenhum

"Composição" (1962)

Alfredo Volpi nasceu na cidadeitaliana de Lucca, em 1896, e doisanos mais tarde veio com os paisimigrantes para o Brasil. O pequenoAlfredo freqüentou algumas escolasitalianas no bairro paulistano do Cam-buci, mas não chegou a completar ocurso primário. Aos nove anos ronda-va, impaciente, ateliês de entalhado-res; aos 12, empregou-se numa tipo-grafia onde, nas horas livres,

"borrava

papéis com aquarela". Sua escola foia decoração de paredes das casasabastadas cujos motivos variavam seo dono era português ou italiano. Emseguida, enveredou pelas estampasreligiosas, alternadas por um impres-sionismo intuitivo — telas de pequenoformato onde retratava a intimidadeda família de imigrantes. Depois, evo-luiu para o que Mário Pedrosa chamoude

"fase social", temas populares,

mulheres proletárias, trabalhadores;"mas

todos como homens privados,em sua vida particular, sentados àmesa, jogando dados, na rua etc." E ogrande crítico conclui:

"As figuras aísão como argamassadas, à maneira

pesada de Cézanne." A ausência deintelectualismo e a preocupação arte-sanai, proveniente de sua origem ope-rária, se combinam para fazer comque os problemas especificamente

picturais adquiram estatuto autô-nomo.

Volpi teve uma trajetória absoluta-

mente independente e original. Nosanos 20 ficou à margem do movimen-to modernista. Enquanto Di Cavalcantie seus amigos freqüentavam o pala-cete de dona Olívia Guedes Penteado,Volpi carregava baldes de cal e pintavapainéis em trompe-l'oeil. Olhando re-trospectivamente, ele sentencia:

"Era

pintura, mas não era arte." Nos anos30, seu assunto é a São Paulo doCanindé, Vila Guilherme e Casa Verde,e seus companheiros, com ele etique-tados de

"pintores de subúrbio", se

chamam Francisco Rebolo Gonçalves,Mario Zanini, Clóvis Graciano e FúlvioPennachi. Todos eles de origem hu-milde (Rebolo foi jogador de futebol,Graciano ferroviário, Pennachi era do-no de um açougue), membros dochamado

"Grupo Santa Helena", no-

me de um Palacete onde Rebolo alu-gou seu ateliê.

Esses pintores tinham em comumapenas a origem italiana e proletária,tanto é que no dizer de Pietro MariaBardi, na sua História da Arte Brasilei-ra, "do

cenáculo foi Volpi a permane-cer na crista, pois soube acompanharos tempos mediante mutações lógi-cas e boa intuição; colorista de gosto,passou da paisagem de impressãoplein-air para as aldeias simplificadasem sínteses heráldicas, para depoisexaltar-se em telas repletas de ban-deirinhas o mesmo espírito do povoque enfeita as ruas nos dias de festa.

Volpi atingiu uma pirotécnica variaçãode modulações tonais, análogas àscadências das Bachianas de Villa-Lobos".

Essa evolução no sentido de des-cartar o ilusionismo e o volume ("ovolume destrói a cor") atravessa adécada dos 50. A primeira data impor-tante é a viagem à Itália, em 1950,primeira e última volta às fontes: amedieval Lucca, a descoberta dosafrescos de Giotto em Pádua, a admi-ração diante de Margaritone d'Arezzo,pintor do século XIII. A tendência àdepuração se acentua após uma visitaà barroca Bahia em 1954. SegundoVolpi, a abstração que surge em suastelas pode bem ter sido a reação dadisciplina geométrica diante das tenta-ções exercidas pelas formas convul-sas que viu em Salvador. Essa fasecoincide com a aproximação com osconcretistas. Um deles escreveu: Vol-pi é o primeiro e último grande pintorbrasileiro. Uma declaração radical, eapocalíptica, bem sintomática de ummovimento à procura de um grandeartista capaz de justificar suas teorias.Volpi aceitou a aproximação e as ho-menagens, mas deixa bem claro quenão pertenceu a movimento nenhum.

No final dos anos 50, Volpi volta àspaisagens populares como ponto departida: é a época em que a visão deMoji das Cruzes enbandeirada desen-cadeia a exploração sistemática dos ?

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"Cubos" "Paredes, portas e bandeirinhas"

As fachadas, portas, paredes, cubos, atémesmo uma madona, são motivos que, de-pois de depurados, possibilitam a explosãode cores e luminosidade da pintura de Volpi

Sem título

pequenos triângulos coloridos. Volpicombina as bandeirolas com mastrose fachadas e o total abandono domodelado ajuda na explosão das co-res e da luminosidade. Essa filtragemabstrata levou a crítica e ensaístaAracy Amaral, diretora do Museu deArte Contemporânea, de São Paulo, acomparar o formalismo de Volpi aodos artistas pop americanos. Para ela,assim como os pintores americanosrecusam qualquer intenção satírica doconsumismo, Volpi não admite inten

ções extrapicturais de resgate de uma"atmosfera brasileira". No entanto, éinegável

"a presença do casario, da

luminosidade, de nossas pequenascidades litorâneas ou do interior, ele-mentos que ele, num enorme despo-

jamento, já desencarnou do casario e

que permanecem como referênciadessa realidade."

As objeções contra Volpi são as

que atingem todos os pintores do

grupo Santa Helena: a reação socialde artistas da classe média, ávidos decosmopolitismo, contra um grupo de

pintores proletários com idéias sim-

pies e preocupações marcadamenteartesanais. Os acadêmicos os consi-deravam excessivamente modernos,e os modernistas julgavam-nos maisou menos acadêmicos. Geraldo Ferrazcerta vez atacou os

"defensores do

carcamanismo artístico da paulicéia, a

morrer de amores pelos processos deGiotto e Cimabue". A objeção emnada atinge Volpi, cuja fascinação pe-los processos artesanais e pelo

"fazer

bem" nunca o impediram de inventar

permanentemente novas formas aolongo de sete décadas. Há também ociúme, mais comprensível e nem porisso perdoável

A história mais folclórica foi a divi-bao do prêmio da II Bienal de SãoPaulo entre Volpi e Di Cavalcanti,

graças à interferência de Sir HerbertRead, um dos mais importantes histo-riadores da Arte da época. Mais de 20anos mais tarde, Di ainda atacava"esse

carcamano que pinta bandeiri-nhas". Volpi nunca deu o troco, e atéhoje fala de Di Cavalcanti com granderespeito e consideração.

Mas é certo que, como diz OlívioTavares de Araújo, autor de livros efilmes sobre Volpi, os gestos e qua-dros do artista brotam espontâneos,ritmados e tranqüilos em parte graçasao enfoque artesanal que Volpi trouxede seu background çperário para a

pintura de cavalete. "É

significativo ofato de que o próprio Volpi faz, atéhoje, todas as tarefas preparatórias desua pintura, desde a construção datela até a mistura do solvente, à basede verniz, água de torneira e um ovo,tudo medido na casca do próprio".

E todo esse ritual é realizado com

zelo e paciência, sem qualquer traçode angústia ou precipitação. Aquelesenhor rosado e sólido, de cabelos

prateados e esparsos, trabalha de for-ma pausada num ateliê que reacendea terebintina e fumo de palha. E háainda o cheiro do óleo de cravo, umcomponente dos solventes, que fazcom que as telas mais recentes deVolpi sejam reconhecidas de olhosfechados.

O cotidiano de Volpi no ateliê doCambuci confirma as característicasde pureza e simplicidade de sua obra.O fiel grupo de amigos que freqüentasua casa se habituou a vê-lo empu-nhando um martelo ou uma furadeira.Ao longo de 70 anos de pintura, Volpinão esqueceu o metiê adquirido nosanos vinte quando desenhava pare-des. Sua vitória tardia — sua primeiraexposição individual foi em 1944,quando já contava com 30 anos depintura — só veio reforçar a consciên-cia da humildade de sua profissãoinicial. Ladi Biezus, um dos maiorescolecionadores de Volpi, descreve olocal de trabalho do pintor:

"Inocência

e confraternização cósmica é o quepalpita em seu ateliê que é o templodedicado à simplicidade: a serra, arégua, o cavalete, a morça, o banqui-nho, as peneiras e a prancheta, tudode fabricação pessoal, com um saborarcaico que lembram as ferramentas

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"Portas com janelas"

Com Volpi, a

arte se torna

pura e simples

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"Fachada com bandeiras"

do carpinteiro São José como apare-cem nalguma pintura primitiva ita-liana". !

O poeta, psicanalista e crítico dearte Theon Spanudis, grego radicadoem São Paulo e que foi um dosprimeiros compradores de Volpi,acentua a importância do pintor:

"Tar-

sila do Amaral fez algo de semelhanteao construtivismo de Volpi, com suasfachadas de casas. Mas ela bebeu nasfontes européias. Vivia em Paris econhecia de perto o cubismo francês,o futurismo italiano e o surrealismointernacional. Foi a primeira, de fato, afazer construtivismo no continenteamericano, mas se inspirou na Euro-pa. Milton da Costa, que também teveuma fase construtivista, deixou-se in-fluenciar pelo cubismo francês. JáVolpi é uma pessoa sem cultura, seminteresses intelectuais, sem interes-ses teóricos (embora extremamenteinteligente), completamente sozinho.Enveredou por um caminho maravi-lhoso, tomando-se um dos maiorescoloristas do Brasil. O que me impres-sionou no primeiro quadro dele que vina Bienal foi a densidade formal daconcepção da composição. Ele evo-luiu no sentido da simplificação, isiose deu não só por escolha conscientecomo por necessidade interior".

O perfil de Volpi corresponde per-feitamente ao retrato falado do artista

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demiurgo que opera a síntese dasgrandes tendências internacionaiscom enraizamento e naturalidade. É onativismo apenas como revelação pie-tórica, sem nada sacrificar à moderni-dade; a prevalência do espontâneo, acerteza nos gestos desenvolvida ape-nas através do apelo à intuição. Volpi éo pintor de olhar nítido e alma imper-turbável, em meio ao incrível sarilhode tendências e correntes descartá-veis que obrigavam os fiéis da últimamoda a mudarem de alma a cada seismeses. Sua arte ilustra o florescimen-to da verdadeira cultura que, como sesabe, começa quando se esqueceutudo. Em seus quadros, o passado e opopular se tornaram contemporâ-neos: esse infatigável artesão já emi-grou para a eternidade.

Agora o Rio celebra mais uma vezAlfredo Volpi, numa mostra que étambém simbólica da irrepreensíveltrajetória de uma galeria que semprese manteve fiel às exigências da quali-dade dos artistas e da diversidade detendências. Desde 1960, a Boninotem feito tudo para consolidar umautêntico mercado de arte capaz delivrar os artistas do parasitismo e dasubserviência. A exposição de mestreVolpi é, sem dúvida, o presente indica-do para tornar suas bodas de pratacom a cidade uma data inesquecível.

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comportamento

não basta dizer quese gosta de rock paraestar na moda. As ver-tentes são tantas e

mudam com tal rapidez que,em qualquer conversa de es-

quina, é perigoso mostrar-sefiel ao heavy metal, ou aohard rock. "O rock hoje écomo o cristianismo, se divideem mil religiões", acredita Ro-berto Peixoto, 26 anos, produ-tor dos novos grupos musicaisdo Circo Voador. Ele mesmosente dificuldade em enume-rar quase uma dezena de va-nações que surgem a todahora na boca dos jovens e nãosabe se a próxima

"onda"

será o som tribal de MalcolmMaclaren ou o som, aindasem nome, de Gary Neuman,uma fusão de tecnopop com

progressivo. Outro especia-lista nessas excentricidades,Paulo Senise, 21 anos, maisconhecido como "Heavy Me-tal" e o responsável pelo pro-grama Guitarras, da RádioFluminense FM, adverte que"falar em rock'n'roll indica

que a pessoa é tradicional,não busca novos caminhos.No Rio hoje há pelo menostrês novas vertentes em as-censão: o hard-core, otecno-brega e o balck wind. Seusseguidores nasceram quandoMick Jagger já era "velho".

São inquietos, e como dizia ovelho Jagger, numa das letrasde suas canções,

"não conse-

guem se satisfazer comnada".

O grupo hard core tem noconjunto Aushwitz seu maisfamoso representante na cida-de Para eles, hard core signi-fica "coração áspero". É umatendência pós-punk e, além

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Geléia geral

Três novas tendências para um

velho gênero, o rock'n'roll

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Jo ritmo, a sigla serve paradesignar filmes pornográficos"ios

países anglo-saxões. Co-no os punk tradicionais eles:êm fascínio por trajes milita-es, condecorações com suás-ticas e a saudação nazista"heilHitler". Só a batida difere por-que é superveloz. A citação aHitler não significa adesão,mas crítica:

"As vítimas deAushwitz ainda não foram vin-

gadas. Saudamos Hitler paralembrar que o nazismo nãomorreu e agora é liderado pe-los Reagans e Gorbachevs",explica o vocalista do grupo,Fernando José Castelo Bran-co. O grupo é bem heterogê-neo. Além de Castelo Branco,operador de computador dometrô e morador de Copaca-bana, há o bancário RogérioSantos, o office boy Rocicleida Silva, baixista e morador deDuque de Caxias, e o estudan-te de Eletrônica Ernael da Sil-v/a, morador de Vila Kennedy.Os adeptos do hard core eãs do Aushwitz seguem umaartilha inesperada. Eles usam

3s cores branca, da paz, e oinza, da paz armada que exis-

e agora. O vocalista não pre-:isa ser afinado: mas é essen-

ciai vomitar bem alto no mi-orofone até ficar vermelho. Ecantar letras agressivas, como;;e estivesse num comício. As3tras falam em morte aos

ditadores e eles defendem osocialismo sem líderes. Seusídolos são o grupo inglês Dis-

çharge e o americano Faith.Acham a MPB "um lixo", comèxceção de Raul Seixas e damúsica Poderes Poderes deCaetano Veloso. Para eles orock "é uma farsa para ganhardinheiro, coisa do capitalis-

Antonio José Mendes

mo". Ignoram Elvis Presley eno máximo sentem

"respei-

to" por Janis Joplin e JohnLennon. Mas o pior inimigo éMick Jagger,

"um safado, bur-

guês fascista e um falso selva-

gem". Os hard core não acei-tam drogas, "é masoquismoingerir algo que só destrói" ecurtem mesmo pizza com co-ca-cola. Mesmo assim ele-

gem a "honestidade e a since-ridade" como os valores maisimportantes, embora seachem incapazes de comporuma canção de amor:

"amor édar carinho e estender a mão.É para falar e fazer, não paravender discos", ensina Fer-nando.

Os tecnobregas do Biquí-ni Cavadão não são tão radi-cais. Admitem que os fãs deChico Buarque e Milton Nasci-mento devem continuar gos-tando de seus antigos ídolos,mas também não curtem asdrogas. Suas letras falam dodia-a-dia ou fazem a caricatura"brega" de fatos tidos comocomuns ou normais, "como

falar das pessoas que ouvemrádio AM", explica Bruno. To-dos os componentes do grupotêm idade média de 18 anos emoram na Zona Sul. São eles:o vocalista Bruno Gouveia, obaixista André Fernandes, oguitarrista Carlos Coelho e obaterista Álvaro Lopes. Elescompõem coletivamente e fa-zem um som que quebra oestilo exageradamente eletrô-nico do tecnopop, com umrock fluente e melódico. Sãocriativos, atrasam meio tempoas batidas da bateria, o que,somado ao jeito

"brega" de

dançar de Bruno, torna o con-junto sui generis. Como a

.Aushwitz e Biquíni Cavadão

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De cima para baixo, Kronus,...De cima para baixo, Kronus,

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maioria estuda música, a qua-lidade do trabalho é boa e elesjá gravaram um compacto pe-Ia Polydor com as músicasTédio e No Mundo da Lua.Os integrantes do Biquíni Ca-vadão, que também podemser chamados de new wave,não desprezam a "filosofia

punk" de refletir as misériasdo mundo, mas levantam altosua própria bandeira:

"Quan-

do passamos gel nos cabelose usamos ternos coloridosqueremos dizer que somoslindos".

Quem quiser entender deblack wind precisa freqüentaro clube Caverna que funcionanas noites de domingo ao ladodo Canecáo. É lá que adoles-centes vestidos de jaquetasde couro e braçadeiras de ta-chas curtem as músicas do

grupo Kronus, o mais novorepresentante do black wind.Do conjunto participam Ale-xandre Mesquita, 15 anos,Walter Costa, 18. Sérgio Lott,sobrinho do Marechal Lott, eAndré Bastos, de 16. Eles di-zem que o black wind é omais novo estágio do heavymetal. "Se Richard Wagnerfosse heavy metal certamen-te tocaria hoje o black wind".Eles respeitam os punks, masconsideram essa correntemuito pessimista.

"Nós que-

ríamos que o Tancredo vives-se. Somos otimistas, temosboa vontade e torcemos paraque as coisas boas aconte-

çam", explicam. Para enten-der o black wind é preciso veros filmes de Conan o Bárba-ro — cada membro do Kro-nus já assistiu ao filme pelomenos seis vezes.

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Quem

pesquisa asnovidades de m-verno, sabe queum blazer de

boutique está custandoCr$ 800 mil e uma calçabem cortada do prêt-à-porter chega aos Cr$ 500mil, fácil. E os preços não

garantem a queda certano corpo, nem sempreum manequim 42 exato,nem ombreiras perfeitas.Nesta hora, lembramosda roupa sob medida, umluxo até agora, quando setrata de apelar para a altacostura. Atualmente, umtailleur de lã custa cercade Cr$ 1 milhão; um ves-tido de seda vai a Cr$ 1milhão 200, com a costu-ra impecável, tecidos fi-nos e um estilo exclusivoou de acordo com nossossonhos. Desta diferençamínima pode vir a voltado prestígio da alta-costura brasileira, que an-dou tão relegada ao su-

persupérfluo que provo-cou a saída de GuilhermeGuimarães, que desistiudo métier e foi morar emNova Iorque. O cariocaJoãozinho Miranda, quese diz preguiçoso e sóveste quem conquistasua amizade, é um doscriadores de linhas secas,eternas.

"Amo moda, emorro de tristeza quandovejo a deselegância de al-

gumas festas cariocas".

A costura

em alta

lesa Rodrigues

Liliana Syrkis

Joãozinho Miranda

Laços, sedas multicoloridasj babados e brilhos enfeitam a

muihet atual, que procure uma moda requintada, exclusiva,

e recorre as assinaturas cie alta-costura. O luxo e o

acabamento perfeito não comprometem o custo: o preço da

roupa de atelier e equivalente ao prêt-à-porter de produçãoindustrial

"Mulheres, volteni a ser mulheres", pede Joãozi-

nt o Miranda, esperando que;a elegância faça parte do dia-a-

dia e não aoenas das festas

moda -- ¦>

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| decotes, na cintura, nusa ombros." Politizada, Lucilia

^ não aumentou os pregosem março, para djudar ae c o n o m i a d a N o va R e p u b 11

,• ca. 0 atelier no Huniditdtp§ atende com horas marcd

j das, e a agenda reyisua«¦ urna media cie 20 clientes<D1 diárias Ja a Casa Coletie

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SEM MEIAS MEDIDAS

Ter um balcão de bar em casaestá entre os sonhos de mui-tos donos de casa, que adora-riam receber os amigos entrecopos de caipirinha (cada umtem sua receita especial) egarrafas de água cristal, si-fões, abridores. Entre a apare-lhagem ambicionada, o medi-dor de uísque e o máximo.Este modelo adapta-se a qual-quer prateleira ou balcão, éfácil de manipular e custa Cr$130 mil na Toque

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CONSERVANDO O GAS

Nada pior do que, depois dasaída dos amigos, descobrirque sobraram garrafas aindacom bebida... e sem rolhas. Ogadget que acaba com a tris-teza de perder vinhos e cham-panhas e refrigerantes é estatampa, presa pela garra metá-lica, que garante manter intac-to o gás e o sabor do líquido

que sobrou. Custa apenas Cr$5 mil na Design (Shopping Rio-Sul). Só falta arranjar um gad-get contra a ressaca

BOMBONS CASEIROS

Raspe e derreta chocolate, co-loque dentro de uma fôrma deconchas, corações, laços e fa-

ça os melhores bombons. Asfôrmas custam cerca de Cr$ 4mil, na Mesbla

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IMPECÁVEIS GRAVATAS

Elas viajam e são guardadassempre bem passadas, dentrodo estojo de couro criado porGeorges Henri, com cabideembutido. O preço: Cr$ 92mil.

COTELE NAS CARTEIRAS CANUDO BEM MODULADO

Lugar para cheques, cartões,fotos, notas e caneta é umavantagem das carteiras daDimpus. O lado da moda estágarantido pelo material: sãofeitas de veludo cotelé ecustam CrS 58 mil

Da Cao Stationery (R. Viscon-de de Pirajá, 351, sobreloja), ocanudo de plástico que au-menta e diminui telescopica-mente, para guardar projetose desenhos

CONTRA O MAU JEITO MEL, SEM MELAÇÕES

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Pescar as azeitonas fica maisfar.M i i im ' > pote e a colherOhpei iji. .lê iír i. perfuraiia n,i c< incha. para eliminar aaqu í Pcí OS 48 mil. na Toque(Av At.» í'; > tie Fi'va, 101 5 A)

O pegador plástico, com pia-cas circulares na ponta, nãodeixa o mel escorrer e com-pleta o pote com base e tam-pa de pinho de riga. Custa CrS22 mil, na Toque (Av. Ataulfode Paiva, 1015-A)

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Leve, gostosi-nho, macio, ocasaco-cardi-gan da Benne-ton tem as co-res mais deli-cadas do outo-no, desde omarfim ao me-lão, passandopelos rosas-chocantes eclássicos mari-nhos

Vivendo e improvisando. Ago-ra e moda: vestir duas cami-sas pólos, de tons diferentesda mesma cor. A gola levanta-da identifica a camisa que vaipor baixo, e deve ficar semprealta, segundo a equipe de esti-Io da Cantão-4. O batom qua-se violeta é da Max Factor

Um detalhe que não passadesapercebido nas calças deinverno é a barra, mais larga elonga. Com a possibilidade deficar mais apertadinha e es-portiva, graças ao abotoamen-to na bainha. O exemplo é dacoleção Philippe Martin emmodelo de brim cinza

É um pijama?Ou um trai-ning? Quemsabe, uma rou-pinha de astro-nauta? Podeser tudo isto,lembrando asroupas do es-paço, acol-choadas, combotinhas. É onovo estilo ca-seiro da AmorPerfeito

Loja e fã-clube

para as garotasAtenção, menudetes! O Riojá tem um lugar para abrigarseus pedidos, saber das novi-dades sobre o quinteto porto-riquenho e até deixar mensa-gens carinhosas para o Ricky,Robbie, Ray, Charles ou Roy.Diariamente, mais de cinqüen-ta adolescentes visitam e sereúnem na primeira MenudoShop carioca, que fica na so-breloja de um prédio comer-ciai de Copacabana. Elas tro-cam novidades, armam seusfãs-clubes e compram chavei

ros, canecas, discos, posters,bonecos, bijuterias, agendas,caderninhos na loja montada

por Heloísa Herberto Sales.Os preços ficam entre CrS 3mil 500 (por um broche) ateCrS 42 mil 500, por uma fras

queira. Os fa-clubes se reunem as terças, quartas e quintas feiras e promovem con-cursos de dança, beleza, chlouros, divertidíssimos. (O endereço: Av. N. S. de Copaca-bana, 680, sobreloja)

27

usos e costumes

-À3*

Com uma

câmera na mão

Quando

Caíque Ferreiraaparece feliz na TVcom a prosperidade da

produtora independente de vi-deo que seu personagem fun-

dou na novela das 8, o espec-tador pode até pensar que a

Rede Globo está forçando acriação de um novo modismo.Mas agora que o personagemde Tássia Camargo teve amesma idéia na novela das 7,da ate para acreditar que aatividade e mesmo um bomnegocio A Globo acertou comas discotecas, a asa delta, owmdsfurf e -- não duvide —

acenou outra vez com a vídeo-

s&r*w x. m jM&cL m &

mania: as produtoras indepen-dentes estão prosperando.

Podem ser até pequenas,como a Bela Vídeo, do portu-guês Luís Troy, que cobra deCr$ 300 mil a Cr$ 400 mil pela

gravação de uma festa de ani-versário. Para elas, o mercadoé formado por casamentos,desfiles de moda, batizados eaté flagrantes de adultério Jáé um clássico entre os profis-sionais do setor o caso doiluminador que interrompeuuma filmagem no meio por-que desmaiou com o que acâmera registrava. Ele tentava

gravar o parto de uma cliente.

A Provídeo conseguiu um contrato

Já há também as grandesempresas entre as produto-ras: Globovídeo, Globotec, aVT 1 e a Provarejo. Para elas, o

mercado é mais sofisticado.Podem ser os cursos em tei-

pe, para outras grandes em-

presas, como faz a Globotec,ou anúncios de TV. como faz aProvarejo. Entre elas, cres-cem também as médias, co-mo a Provídeo.

"Enquanto a

Globo tem 100 câmeras, te-mos só 10 Mas a nossa quali-dade é idêntica", garante Otá-vio Escobar, ex-editor do Fan-tástico e um dos sócios daProvídeo. Ela faz produções

para gravar os páreos do Jóquei

para a TV, como o programaSexta-Feira, da Bandeirantes,material de reportagem paraemissoras estrangeiras e alu-

guel de equipamentos paraagências de publicidade. Re-centemente, fechou um con-trato com o Jóquei Clube paragravar os páreos que são exi-bidos em circuito interno logoapós cada corrida. Mas muitasvezes, o faturamento da Provi-deo vem do aluguel de câme-ras para a superocupada RedeGlobo. Como se vê, na novaonda de vídeo nem sempre é

preciso ter uma idéia na cabe-

ça. Basta uma câmera namão.

Mesoterapia: a celulite pode

acabar

Cristina Scorza conta sua experiênciacom a Mesoterapia

resolverem de uma vez portodas o problema da celulitecom um método clínico esério.O método consiste naintrodução de microdoses de

11 enzimas agem diretamente no loa

Um corpo livre de celulites euma boa imagem de sí mesmaé o saldo deste tratamento.Capitais como Roma. Paris eLondres já combatem acelulite através daMesoterapia.(, i istma Si orza. mi>deli>.iniiíou seu tratamento emRoma. n<> mês de janeiro, eterminou suas aplicações aqui.

afetado

Hoje. um corpo perfeito."Meu único problema era acelulite". diz Cristina.

''na

coxa e nas nádegas. Deicontinuidade ao tratamentono Bellecenter, a única clínicaa utilizar este método no Rio.Só posso cüí iir os resultados.For isso concordei em

participar desta entrevista:

para estimular os brasileiros a

() corpo, hoje, livre de celulite

enzimas nas regiões onde acelulite costuma aparecer e.não resta dúvida, apresentaexcelentes resultados.

Informações: 285-5048ou 230-4998

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aries121 3 a 20 4)

Dia em que o ariano recebe influênciasmuito favoraveis para os assuntos propnos de seu signo, ligados a vida militar, otrato com metais e a prática medica.Dedicação amorosa Saúde estável

touro(214 a 20 5)

As indicações predominantes neste do-mingo mostram um quadro de valorizaçãopessoal para o taurino. Pessoa próxima lhedará razões fortes de muita satisfaçãointerior. Equilíbrio físico.

~ir zrgemeos

(21 5 a 20 6)

Sua vivência pessoal passa por momentosde grande significado pratico e, nestedomingo, você terá razões de sobra parase envaidecer diante do julgamento desuas ações e atitudes.

câncer(21 6 a 21 7)

Para o canceriano as influências destedomingo se fazem favoráveis em relação anovas amizades e no trato de assuntosdomésticos. Participe da vida em família.Quadro positivo no amor

leão(22 7 a 22 8)

As indicações deste domingo, profunda-mente ligadas aos seus sentimentos evalorizadas pelas comemorações do Diadas Mães. o tocarão profundamente emtermos íntimos e afetivos Saúde boa.

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virgem(23 8 a 22 9)

Indicações bem favoraveis para que ovirginiano hoje se dedique ao lazer, pas-seios de curta duração e jogos ou esporte.Você encontrara campo de bom relaciona-mento com Touro e Capricórnio.

libra(239 a 22 10)

Um acontecimento inesperado, ligado àsua rotina, o deixará bem feliz no passardeste domingo. Entendimento fácil. Saúdeirregular Cuide-se.

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escorpião(23 10 a 21 111

Trato bem disposto nos assuntos ligados apessoas estranhas ou de pouca intimida-de. No entanto, com o passar do dia, vocêtendera a agir de forma facilmente irritavel Saúde equilibrada.

sagitário(22 11 a 21 12)

Habitualmente influenciável por acontecimentos extremos, aos quais se da emexcesso, o sagitariano deve controlar im-pulsos neste domingo. Sua vida afetivaestá carente de atenção.

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capricornio(22 12 a 20 1)

Favorecido para ações ligadas à política ebem posicionado em relação a amizades,você terá um excelente dia. Vantagens emassuntos materiais ligados à família. Saú-de equilibrada.

Vàaa aquario(21 1 a 19 2)

Dia em que o aquariano recebe influênaamuito forte do posicionamento lunar. Comisso estão potencializadas suas ações emtudo o que se relaciona a construções.Saúde regular.

peixes(20 2 a 20 3)

O pisciano terá hoje destacados os seusdotes psíquicos. Momento muito positivopara o amor. Em família você deve buscarum relacionamento mais equilibrado. Sau-de regular.

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repente, todo mundo desandoua falar de amor, a botar a palavraamor em título de livro ou filme, a

musicar, desenhar, cantar amor. Amor eum produto em alta. E as pessoas se

perguntam, sera que ele voltou à moda?Bobagem. So pode voltar quem esteve

ausente. E o amor, sentimento nosso decada dia, nunca se afastou um passo,nunca saiu do uso corrente. Esteve, issosim, enfrentando reformas, quase incógni-to. nos disfarces impostos pelos estalei-ros. Disfarces que, agora retirados, nosdevolvem o amor em sua forma maisfacilmente identificável.

Passamos os últimos 15 anos mergu-lhados na euforia das experimentaçõeserótico-amorosas. Declarada a falência doamor-relação, do amor-casamento, parti-mos para o sexo sem compromisso, asamizades coloridas, os casamentos aber-tcs, a troca de casais, o sexo grupai. Se oamor se demonstrava incapaz de nos dar afelicidade, nos a encontraríamos num se-xo finalmente livre de preconceitos, livrede laços escravizantes, obediente apenasao deseio, e dócil escravo das fantasias.Tudo era realizável. E, contando resolverao mesmo tempo o problema da aima e docorpo, realizamos tudo

Ate que as experimentações se revela-ram insatisfatórias. Não como experimen-tações, mas como solução totalizadora. Afelicidade, que era afinal a meta de tudoisso, não havia sido obtida; corpo e mentepareciam mais dissociados do que nunca.Então paramos. E agora aqui estamos,freneticamente espanando o velho amor,quase oedindo desculpas por tè-lo injusta-mente difamado, dispostos a tirar dele oparaíso tão procurado.

Mas o que ele pode realmente nosJar'

Do amor diz-se que e muito bomquando começa, mas que acaba invariavel-mente assassinado pela convivência. Ejiz se tombem que não há exaltação se-

capaz de resistir a anos de repetiçãodo mesmo cardápio erotico. Passam-seessas 'rases adiante com convicção, massem muita analise

ha •. >- r(i ide, o que mata o amor não e ai um venc.a Se fosse, teríamos nas mãos

i 'r ,cs cristalina das soluções bastaria• i" v ver juntos. Mas os casais que nãoviveu juntos não sao em absoluto maistf /<•:. do que os outros, e riem de longe

O amor

volta à moda

tão douradouros. O que desgasta a relaçãoe o tempo, exatamente como desgastatudo o mais. Não por

"envelhecimento"

do sentimento, mas porque, modificandoas pessoas interna e externamente, modi-fica os seus desejos, e a capacidadereciproca de satisfazer esses desejos. Es-sas modificações ocorreriam de qualquermaneira, independente da convivência, esignificam que o perigo, para o amor, estálocalizado justamente onde colocamostambém a sua maior qualidade: na du-ração.

Ao mesmo tempo, porém, a mutação,tantas vezes responsável pelo desgastedo amor, pode conter o segredo da suarevitalização. O casal que se aterra àrelação "dos

tempos do namoro" estafadado ao fracasso. As chances de suces-so estarão sempre com os arquitetos doamor, que se propõem a constantementeedificar novos projetos sobre as renovadasestruturas.

Nem a repetição mata o sexo. O quemata o sexo é o empobrecimento sexual.E convivência não significa necessaria-mente repetição empobrecedora. Podesignificar aprimoramento, descobertas. Ocasal que se ama ao longo de anos não ésempre igual. Modifica se nas crises, mo-difica-se na própria convivência. E as modi-ficações sao trazidas para a vida sexual.Sena preciso uma falta de imaginaçãoimpensável, para que um casal fizesseamor da mesma forma, noite apos noite,durante toda a vida.

Mais uma vez estamos nos aproximamdo rio amor com excessivas exigências.Queremos que nos preencha onde o sexodescompromissado não nos preencheu.Que nos resolva onde o culto do eu nãonos resolveu. Que nos dê a plenitude queas procuras místicas não nos deram. Quenos faca totalmente feiizes, compensandoausências e frustrações. Mas o amor nãoe um fenômeno isolado, aleatorio. capazde solucionar sozinho todos os problemas.E sentimento gerado por cada um, conforme ci totalidade do comportamento, partee decorrência do padrão de vida. Difícil-mente uma existência toda cinzenta geraum amor estrelar E dificilmente tambémrecebemos do amor a imensidão quedesejamos se, voltados so para ele, nosesquecermos de cuidar do principal, deenriquecer a vida em que o amor seonqina

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Marina

Colasanti

A autora tem 47 anos, nasceu em Asmara, naEtiópia, e veio para o Brasil em 1948. É casada como escritor Affonso Romano de Sant'anna e temduas filhas. Já escreveu 10 livros e o último, E PorFalar em Amor, já está na 2* edição, com 15 milexemplares vendidos.

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apresentaT/HANY . . . to deslumbrante

150 ASTROS E ESTRELAS!A MAIOR PiSTA DE GÈLO

JA MONTADA EM UM CIRCO!GUARDA ROUPA DE INCRÍVEL •

LUXO JAMAIS MOSTRADONO Riu DE . --.EiRO'

33 MAIS AC RO BA" «COSASES DA PATINAÇÃO!

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CADERNO DE QUADRINHOS -" Suplemento do JORNAL DO BRASIL Pògirta 3

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EU ACHO O QUE OLiER DIZER COM "GU-GU - DA-OA-6U-GU " 22^ JiQUE SIM ' ESSE SEU "ACHO QUE /^!\ V". -1^7

Daniel Aiulaf(UAiAor*t

WJCÉS rê/Ví oi-Re/to A 30

MINUTOS... £ JA' USA&AM

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OUTRO o QUÊ- VocêsMAIS GOSTAM MO

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f MAIS RJBA,üMA GDLHER X.PE AQLjeaR. MAIS FARlAWA,MAIS OVO FERWtEATTO...•— VWIS P^RlAiWA . -j xIU, AGORA TEM SAl DEiMlS1UM poueo DE PARIA1HARESOLViE >SSO 'AGORAMAIS UM PCfcjG llrtníO DE yFERME/VJTO . ¦*—

W1MM . A MASSA OA ESTA'PRCWTA PARA tf? AO FOf?WOSC) FALTA ISM POüQUlNUOMAIS DE SAL '... e'QUE MÃO SOLSTÃO ESTÜP/DA QUANTO

ELE.'

ESTOU PREOCUPADOCOM ELE...MÃO COMEUNADA ...NÃO QUIS FALAR

COM NINGUÉM...

El, ALTE ZATELEX DOMOVOMUNDO' ,'

A FONTE DAJUVENTUDE.', ELE AENCOM-TROU'

ainda sem... mãoÉ" NAOA...E so' UWA

ligeira indisposição.

O QUE QUER DIZER COMESSE SEU "ACHO QUE /SIM"'¦"O QUE ELE //A \ r\ MANDOU A A /I(;Y U..\DIZER' \vVL

Pógino 2 CADERNO DE QUADRINHOS - Suplementado JORNAL DO BRASIL

05

my POR FAVOR, LAGARTO LAM- v\ / f ESTA \ I E POR ^^USA D/^„ Y \ .B&O. POR QUE MAO r\A£ ) \A / RFM \ \ IWlMWA CONGESJAO ) t\AFAZ SERENATA EM / // / _ ' 1 V N1ASAL, MAO E ?/ /; //

^ ' E'! E AfJUELE MENI-" -n f-J MMO!*" <-' ~\_^Utm^-li-l-^—rl. 7. : .,~ .f ' t- -;. Ji PcebO BKl SSiW.AC N.NHO GAGO QUE TA* f> I" III fi /- VE TOOO ESSE/gss V . CC-CCM vovrtfes," MOtAMOO AOUI NO / .,- {¦; j |(S| tJ —s.-X^Sv V MUNOiZO. IMENSO, Al' SOB SEUS I

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CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL Página 5

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' ...MAS DEVE SER MUITOCHATO FICAR FELIZ EM TROCA_ DESSA VIDA TODA!

Página 4 CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

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CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL Págino 7

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Página 6 CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento cio JORNAL DO BRASIL

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MENITO atravésDE UM MENSAGEIROPALACIANO/ UMAFONTE BEM INFOR-MAOA, OU UM POR-TA-VOZ CONFIÁVEL.

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Página 8 CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

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