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Construindo a voz do profissional da educação: análise linguística de situações de sala de aula e possibilidades de intervenção Universidade Federal do Pampa – Campus Jaguarão Semana Acadêmica de Letras 29 de setembro de 2015 Profa. Dra. Silvana Silva (UFRGS)

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Construindo a voz do profissional da educação: análise linguística de situações de sala de aula e possibilidades de intervenção

Universidade Federal do Pampa – Campus JaguarãoSemana Acadêmica de Letras

29 de setembro de 2015Profa. Dra. Silvana Silva (UFRGS)

Pressupostos históricos e teóricos

Um pouco de história A filósofa Adriana Cavarero mostra que,

durante séculos, a voz, essa característica dita feminina, foi relegada a segundo plano, em prol da razão (logos), atributo dito masculino.

Cavarero destaca que: “O sentido transita da esfera acústica à palavra e, consequentemente, a tarefa da voz é a de funcionar como trâmite entre corpo e palavra.”

A voz feminina e o mito da sedução fatal (Ulisses e as sereias, J. Waterhouse, 1891)

Um pouco de história: da cultura oral à cultura escrita “Ao contrário do alfabeto

hebraico, o alfabeto grego de-sonorizou a palavra. O alfabeto grego é composto de consoantes e vogais. À voz não é concedida nenhuma esfera autônoma em relação ao plano da escrita. Constitui-se então, paulatinamente, uma tradição escrita que congela o efeito sonoro, autônomo da voz, e da oralidade.” (Cavarero, 2011)

ConsequênciasSociedades tecnológicas e

grafocêntricas;

Supremacia da escrita sobre a fala em diversas instâncias sociais (jurídica, cultural, escolar, etc.)

Letramento é eixo central na escola (leitura/escrita/gramática);

Na contramão da história O linguista Luiz Antônio

Marcuschi : uma vida de pesquisa sobre a questão da oralidade. (Consultar o PPG- Letras- UFPE http://www.pgletras.com.br/)

O campo de estudos da voz e da enunciação (PPG- Letras- UFRGS. Valdir do Nascimento Flores; Luiza Milano; Eda Franco; Daiane Neumann)

Voz e enunciaçãoA voz é uma categoria a priori,

pressuposta em qualquer ato de uso da língua (Agamben, 2001), seja fala, seja escrita.

É necessário ‘apurar’ o ouvido e escutar ritmo, voz, linguagem em cada ato de fala ou de escrita.

Voz é sempre relacional

“Uma voz é sempre uma relação, ela se dá em um contexto preciso e face a interlocutores reais ou presumidos. O indivíduo não possui a mesma voz se ele registra uma mensagem na caixa postal ou se ele fala sozinho em seu quarto, da mesma forma se ele pensa que alguém subitamente escuta atrás da porta. Cada um dispõe de inumeráveis vozes no interior de um espectro único (...) Toda voz se transforma restando, no entanto, a mesma, como um rosto. Se todo indivíduo possui uma pluralidade de ‘eus’, toda uma série de personagens se atualizam segundo contextos e públicos, a cada um corresponde uma voz própria. Se a persona é uma máscara, não esqueçamos que ela serve para portar a voz, a se fazer per sona (por sons).”

(David Le Breton, 2011)

Voz, palavra e fala: distinções iniciaisFala – aspecto concreto da

emissão sonora; Palavra – a ideia central da fala

(‘Fulano tem palavra’) Voz - aspecto individual da

emissão sonora

Componentes Fala Palavra Voz

Foco informacional ou Desfoque

Função política Entonação/Prosódia

Hesitações ou Clareza

Função social Estilo individual

Gagueira ou Limpidez

Função fática Fraseado

Turno ou Monólogo Engajamento pessoal

Modos (ruídos, falas ou cantos)

Formal/Informal/ Coloquial

Memória/Lembranças

Ritmo

Acentuação sobre o parceiro

A boa comunicação acontece quando

O Leitor apreende e não esquece

A fala não apresenta falhas, é audível

A palavra tem um

foco informacional preciso

A voz denota

confiança e tranquilidad

e

Desequilíbrios

A fala é audível, a palavra é comprensível, tem conteúdo relevanteA voz é desagradável

Desequilíbrios

A voz é agradável, suaveA palavra é dura, e a fala tem falhas na emissão

Eu minto, mas minha voz não mente

Minha voz soa exatamenteDe onde no corpo da alma de uma

pessoaSe produz a palavra ‘eu’

Fernando Pessoa

Um pouco de teoriaBologna afirma que: “a voz e a

palavra são dissimuladas na sua “espontaneidade”, e simuladas, pelo contrário, para o exterior, a fim de adequar a aparência ao catálogo normativo das retóricas sociais.”

‘modos de falar’ do homem, da mulher, de transmitir uma notícia boa, uma notícia

ruim, entre outras restrições.

Voz e jornalismo Eda Franco (2002), fonoaudióloga,

conclui que há relação entre a voz e sentidos de linguagem em telejornais. Nas notícias positivas, houve aumento da frequência da voz, já para notícias negativas houve decréscimo da frequência, tanto para homens quanto para mulheres. A variação foi mais sensível em mulheres. A voz tem papel de persuasão na credibilidade da notícia.

Diferentes paixões são expressas por tons de voz peculiares

O amor por uma voz macia; a raiva por uma voz forte, elevada; a alegria por uma voz rápida, doce, clara; o medo por uma voz trêmula e hesitante; a coragem possui uma voz cheia, alta; a perplexidade, uma voz grave, séria; nas persuasões, as vozes são fortes. (Franco, 2002, p. 20)

Modos da voz (Parret, 2002)

Ruído ou voz-antes-da-linguagem: balbucio, riso, grito, gagueira, tosse,onomatopéias

Voz-na-linguagem ou palavra: uso da voz com ‘conteúdo’ informacional

Voz-além-da-linguagem: uso estético da voz, canto em várias modalidades artísticas

Ruído ou voz-antes-da-linguagemGrito, tosse, riso - necessidades vitais

da criança (nutrição, afeto, calor)

Balbucio – primeiro encontro de linguagem da criança consigo mesma, o corpo se fazendo voz

(Parret, Herman. La voix et son temps)

Vozes em dissonâncias: a escola

Rampton, pesquisador da escola pública no subúrbio de Londres, mostra que as cantorias dos alunos, diferentemente do que os professores em geral pensam, tem uma função de aprendizagem: a da memória. Por outro lado, se tais cantorias servem apenas para ‘debochar’ dos professores....

Recado: é necessário escutar o que os alunos fazem com a aula.

Descrevendo a voz

Ritmo da voz; ritmo na voz O ritmo é a organização do movimento da fala

na linguagem, do sentido no discurso. Ele é o arranjo característico das partes num todo, as configurações particulares daquilo que se move, a forma do movimento (Benveniste, 1951, citado por Meschonnic, 2007, p. 69).

O ritmo está mais próximo do valor do que da significação e vem mostrar que o texto não é feito só de signos - as palavras - ainda que logisticamente seja composto só por eles. "O ritmo é o sentido do imprevisível" e inapreensível, podemos acrescentar, esse que não controlamos, não vemos intencionalmente no texto, mas que se impõe pelo efeito do ritmo imposto ao texto (Meschonnic, 2007, p. 94).

Voz: características“Ela é vigorosa ou sofrida, delicada,

quebrada, fresca, rouca, pesada. Há enunciação, enunciador na voz, que carrega suas emoções, sua relação com os outros. Essa voz pode ser enunciada ou percebida pelo outro como uma voz encantadora, emotiva, tensa, doce, seca, irônica, brusca, delirante, suplicante, polida ou grosseira. A voz unifica, se assemelha ao sujeito, a sua idade, seu sexo, seu estado. Ela é um retrato oral.”(Neumann, 2014)

Voz: acento discursivo sobre o parceiro

O acento discursivo sobre o parceiro é o(s) ponto(s) no discurso (sílaba, palavra, frase) onde o sujeito enfatiza uma determinada ideia.

Tal acentuação, que enfatiza o ponto onde o locutor pretende que o interlocutor preste mais atenção, pode ser dar sobre um parceiro real, imaginado, coletivo ou individual.

Voz: o fraseadoO fraseado é a subjetivação do discurso, na

medida em que traz o afeto para a significação, onde torna indissociáveis o afeto e o semântico. Ele faz com que, na fala, o corpo esteja sempre presente.” (Dessons, 1997)

“O fraseado é verdadeiramente o corpo-linguagem, no que ele é, no discurso, a própria dicção do discurso – reencontrando assim o valor da palavra frase na língua clássica, isto é, torneio de frase, forma de falar, maneira de dizer, valor que implica a subjetividade.” (Dessons, 1997)

Vídeo

Como se apresenta a qualidade da voz do profissional?

Que palavras ele enfatiza (acento)?Como se observa o fraseado?E o ritmo?

Você considera este um bom profissional?

A voz do profissionalTransmitir autoridade? Transmitir leveza? Transmitir alegria?Transmitir seriedade?

Não importa....A questão é sempre: em que ponto

do discurso? Qual é a relação estabelecida entre palavra, fala e voz?

A voz do profissional da Educação

Vozes da experiência: o Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa

Após supervisionar16 estagiários, em diferentes momentos, entre 2012 e 2015, observo que os mais sucedidos souberam aliar um projeto adequado à realidade escolar e que o professor-estagiário soube ‘conversar’ com os alunos, fazer uso da voz de forma eficiente, calma, acolhedora e, principalmente, singular para cada aluno.

EJA. Pinheiro Machado, RS. (2012)

Encontro final 2012

Análise linguística: o que é, para que serve?Segundo Saussure, a língua é

forma e não substância; é sistema e não estrutura, é a percepção de um ponto de vista sobre a linguagem.

A análise linguística visa a compreender a relação entre sujeito e língua, seu ponto de vista e, com essa percepção, indicar ou não uma modificação.

Critérios de análise linguística da voz/palavra- Fraseado- Acentuação discursiva com o

parceiro- Ritmo

- Sintagmatização- Semantização- Pessoalização

Relatório de Estágio: elementos

1. Contextualização da legislação, contextualização da escola, contextualização teórica

2. Objetivos gerais e específicos3. Referencial teórico4. Referencial cultural5. Sequência didática6. Planos de Aula7. Diários reflexivos da prática docente 8. Anexos (documentos comprobatórios)

DadosAnálise do Projeto de Maribel

Dias

Projeto Afrodescentes no Brasil: uma proposta para o ensino de língua portuguesa para jovens e adultos no Ensino Médio, setembro de 2013

Análise: Diário reflexivo Terça-feira, 20 de agosto de 2013.

Hoje, iniciei minha atividade prática na turma 312. A aula ocorreu da seguinte forma, primeiramente me reapresentei novamente para a turma, pelo fato de alguns alunos não estavam presentes nos dois dias em que fui à escola para observar as aulas. Logo após ter prestado alguns esclarecimentos sobre como ocorreriam as aulas, apresentei o tema e como ocorreriam as avaliações durante nossos encontros em sala de aula.

No segundo momento, conforme havia planejado, distribuí para os alunos cinco cartazes do Maurício Pestana, a fim de que os mesmos fizessem um comentário sobre a imagem de cada cartaz. No início dessa atividade, os alunos ficaram um pouco inseguros e no geral fizeram o seguinte comentário: Professora, eu não sei se está certo, mas... Após ter percebido a insegurança dos alunos em exporem seus pontos de vista, tentei motivá-los a participarem da atividade, falando que eles poderiam atribuir na leitura de cada cartaz. Com a ideia de incentivá-los ainda mais, apresentei aos alunos o seguinte questionamento. Se vocês passassem por um mural de divulgação eventos e deparassem com um desses cartazes, o que vocês entenderiam? A partir daí, notei que os alunos se sentiam mais seguros e começaram argumentar e participar da aula.

SondagemComo está a voz dessa

professora no Diário?

Tímida?

Confiante?

Curiosa?

Análise: Diário reflexivoDe forma geral, observamos que o signo

‘apresentação’ ressoa ao longo de todo o texto, gerando auto-referência, isto é, retorno do eu sobre seu dizer, impulsionando um efeito poético e conferindo densidade vocal ao dizer.

Entre apresentar-se como ‘nova’ e apresentar sua ‘percepção’ do ser e compreender dos alunos, a professora Maribel está passando também por um processo nascente de individuação de ser docente. Diríamos que, nesse processo, está nascendo uma professora consciente de seu papel.

Análise: Diário reflexivoQuinta-feira, 05 de setembro de 2013.

Hoje, a aula ocorreu da seguinte forma: primeiramente entreguei aos alunos um texto no formato de uma entrevista para que os mesmos fizessem a leitura e identificassem que tipo de texto nós iríamos trabalhar em aula. Bom, os alunos conseguiram identificar e a partir daí apresentei a função e o contexto de circulação desse gênero. Embora estivesse um pouco nervosa pelo fato da professora supervisora estar presente em aula, acredito que ocorreu tudo bem, pois os alunos colaboraram muito na construção da aula. No segundo momento, solicitei aos que criassem um roteiro para uma entrevista com uma pessoa afrodescendente. Após os alunos terem escrito o roteiro, a professora supervisora sugeriu que eles trocassem suas produções com os outros. Essa ideia foi maravilhosa porque eles entraram em contato com as produções dos demais colegas. Logo após, um dos grupos se candidatou a fazer a leitura do roteiro para então criarmos um único roteiro para as entrevistas.

(Continua)

Essa atividade não foi totalmente encerrada como o planejado, teve que ser interrompida, pois os participaram bastante da aula e isso acabou tomando um pouco de tempo. Já que o tempo estava esgotado, sugeri aos alunos que acrescentassem cinco perguntas do roteiro que foi criado por eles nas duplas. Acredito que essa atividade tenha sido bem interessante, pois os alunos participaram bastante da atividade. Se tivesse que modificar ou alterar alguma coisa que os alunos escrevessem dez perguntas, eu solicitaria 5 perguntas. Cabe salientar que essa ideia surgiu a partir das sugestões da professora supervisora em sala de aula. Acredito que valeu a pena a visita da professora supervisora em sala de aula, pois todas as sugestões foram ótimas e colaborativas na construção de minha aula. Um fato que me surpreendeu foi a participação dos alunos, pelo fato deles não terem se intimidado com a presença da professora em sala de aula. Concluo minha reflexão dizendo que valeu a pena a aula de hoje.

SondagemE agora?

Percebem diferença na qualidade da voz da estagiária? E o ritmo?

Análise: ritmo da voz Em relação ao ritmo, observamos que a estagiária

manteve o mesmo tom sereno, calmo e pausado do primeiro Diário, ritmo de frases longas e preocupado em separar mais incisivamente somente as pausas entre uma atividade e outra dos alunos. Professora preocupada com a execução das tarefas.

Observamos apenas que o ritmo se tornou mais ‘largo’ durante a avaliação final da presença da supervisora. Segundo Parret (1997, p. 72), a emoção do sucesso e alegria pode ser expressa por uma variabilidade larga, volume forte e tempo rápido. Essa distensão mostra que a estagiária se revelou, ao final, satisfeita, com sua própria prática.

Análise: a voz da supervisora na voz do estagiário

Quanto à acentuação discursiva sobre o parceiro, percebemos que o foco está sobre o sintagma ‘os alunos’. Esse ‘eles’ é apreendido em sua singularidade e em seu movimento. Assim, podemos considerar que se trata de parceiro como forma ‘coletiva’ do discurso. Assim, a professora Maribel, em seu processo de aprendizagem, ainda tem um caminho para percorrer, isto é, perceber os alunos individualmente.

Por fim, quanto ao fraseado, isto é, propriamente o contorno de sentido final, podemos dizer que se escuta uma música ‘em dueto’, em que a primeira voz é cautelosa e doce, a da estagiária, e a segunda voz é pontual e enérgica, a da supervisora. É esse contraponto inicial que modifica o fraseado no momento em que a estagiária faz a avaliação final: a alternância entre um contorno cauteloso (moderato, para fazer uma analogia com os termos da música) e um contorno mais duro (stacatto), enérgico, cria, sinestesicamente um terceiro fraseado: um contorno mais vívido (andante).

Possibilidades de intervenção Análise auto-centrada

Análise hetero-centrada: a preferencial, mas menos disponível

A tecnologia e o professor

Qualquer celular tem hoje um gravador de voz. Grave sua voz e veja sua ‘saúde’.

Tente dizer 3 frases (uma verdade difícil, uma frase de amor e um conselho). Em qual das três você se sai melhor? Por quê?

Grave sua aula e analise-a (pontos fortes e fracos da dinâmica com os alunos).

Você já prestou atenção em sua voz hoje?

Uma citação de inspiração

“O rumor é o barulho daquilo que está funcionando bem. Segue-se o paradoxo: o rumor denota um barulho limite, um barulho impossível, o barulho daquilo que, funcionando com perfeição, não tem barulho; rumorejar é fazer ouvir a própria evaporação do barulho. (...) E a língua, pode rumorejar? Falada, ela permanece condena ao balbucio; escrita, ao silêncio e à distinção dos signos. Mas o que é impossível não é inconcebível: o rumor da língua forma uma utopia. Que utopia? A de uma música do sentido: o rumor não é mais que o ruído de uma ausência de ruído, referido à língua, ele seria esse sentido que faz ouvir, esse não-sentido que faria ouvir ao longe um sentido agora liberto de todas as agressões de que o signo, formado na ‘triste e selvagem história dos homens’, é a caixa de Pandora.”

(Barthes, Roland. O rumor da língua)

Obrigada

pela atenção!

ReferênciasBENVENISTE, E. A noção de ‘ritmo’ na sua expressão linguística. IN:

Problemas de Linguística Geral I. Campinas, São Paulo: 1988, p. 361-70.

___.Semiologia da língua. IN: Problemas de Linguística Geral I. Campinas, São Paulo: 1989, p. 361-70.

CAVARERO, Adriana. Vozes plurais. Tradução de Flavio Terrigno Barbeitas. Belo Horizonte: UFMG, 2011.

DESSONS, Gérard. Le phrase et le phrasé. Trad. Silvana Silva e Alena Ciulla e Silva. A frase e o fraseado. Intraduções. 2014 (no prelo).

___. Émile Benveniste: l’invention du discours. Paris: InPress, 2006.

FLORES, Valdir do Nascimento. Sobre a fala no Curso de Linguística Geral e a indissociabilidade língua/fala. IN: FANTI, Glória di.; BARBISAN, Leci. Enunciação e discurso: tramas de sentidos. São Paulo: Contexto, 2012, p. 188-196.

 

ReferênciasLE BRETON, David. Éclats des voix. Paris: Métailié, 2011.

MESCHONNIC, Henri. L’enjeu de la théorie du rythme. IN: ___. Critique du rythme: anthropologie historique du langage. Paris: Verdier, 1982, p. 65-116.

NEUMANN, Daiane. Reflexões acerca dos estudos enunciativos pós-benvenistianos. IN: NEUMANN, D.; DIEDRICH, M. Estudos da linguagem sob a perspectiva enunciativa. Passo Fundo: Méritos, 2012, p. 63-80.

__. Reflexões acerca da semântica do texto. IN: CAYSER, E.; DIEDRICH, M. S.; VALERIO, P. Ensino de língua e enunciação. Passo Fundo: Méritos, 2014, p. 31-52.

PARRET, Herman. La voix et son temps. Bruxelles: De Boeck Université, 2002.