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TKBirO — instável, me-lhorando no decorrer doperíodo. TEMPERATURA— estável. VENTOS —va-riávei-, fracos. MÁXIMA —19.1. MÍNIMA — 13.2.(Mais detalhes na AgendaJB, pás. 13)

JORNAL DO BRASILRio de Janeiro— Sexta-feira, 4 de setembro de 1964 Ano LXXIV — N.° 209

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1.

Chilenos escolhem hoje entre Allende e FreimC

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S. A; JORNAL DO BRASIL-,'»_. Tel. JORBRASIL -

Av. Rio Branco, 110/112(GB) — Tel. Rede

Interna 22.1818. Sucursais:Rua Barão tle Itapelininga,1S1 — conj.'21/22 (SP) —Tcl. 32-8702. Av. W-3, Qua-<ha 16, c/ 82 (Brasília),Tel. 241866. Rua dos Ta-,nwins, 200, 22° and. — Tcl.2-58/8 (B. Horizonte) —Correspondentes: P. Ale-gre, Curitiba. Salvador, Re-ei/e, Natal, Estado tio Rio,Washington, Nova Iorque,Paris. PREÇOS — VENDAAVULSA: Dias úteis, Cr$100,00 — Domingos, CrS200,00. Entrega domiciliar:Ano — CrS 15 000,00; Se-mestre — Cr$ 8000,00; Tri-mestre — Cr$ 5 000,00;Mês — Cr$ 3 000,00. Assina-tura Postal: Ano — CrS[10000,00. Sem. CrS 5 000,00

ACHADOSEPERDIDOSDIA 2 DE SETEMBRO —8 horas da manhã, foi es-querido por mim uma pas-ta marrom com documen-tos no ônibus da Linha433 (linha Leblon—PraçaBarão de Drummond) —Pede-se a quem achou, de-volver por favor a pastacom os documentos na Av.Gomes Freire, 315-10* an-dar. sala 1002. Tei. 52-7788— Ficando o dinheiro quese acha na mesma como5ratificação.

A pasta comocumentos, pede ser de-

volvida Indiretamente oupelo Correio.PASTA desaparecida comlivros ,e papeis comerciais,domingo último da Aveni-da Pres. Vargas altura dnMangue. — Apela-se maisuma vez para quem achou,favor informar tcl. 38-460.1ou Rua Guamerim, 30, An-daraí, gratificando-sc bem.CHAVEIRO PERDIDO — Têrca-íeira, na Rua Colina —Ilha Gov. Favor entregar loJa 13 — Centro comercial —Tels.: 67 e 239. Gratifica-seGRATÍ-IGA-SE a quem en-contrar uma pasta de plástl-co com todos os documento:,pertencentes a Manuel Cor-rela Freitas — Entregar noDep. Clreulaç-o desta Jornal,o/ Nisla. . • ¦: GRATI. IOA-SJ3 a quem en-tregar na .Rua Gomes" Carnol-ro, 139, ap. 002, os documen-toa funcionais perdidos nodia 3 de agosto, pertencentesa José dos Santos Raullno.FERDEU-SK a Cart. Prof. doCRE A n. 816G-D. Pede-se aquem encontrá-la, devolver p'a residência do Enp. BorisMimlmls ou para o CREA —Ministério do Trabalho.PÊRDEU-SE placa traseira dccamlnháo n.° OB 61-03-57Perie-so a quem a encontrar,o favor dc devolvê-la ao Serviço de Trânsito;PERDEU-SE CARTEIRA DOCREA — Gratifica-se a quemencontrar — Mário Murtlnho— Tel. 43-0090.

t PERDEU-SE: uma carteira dcmotorista, prontuário n.° .289 _»2í), acompanhado da matrícula, pertencente ao SrJoáo Joselt. Quem os encon-trou pode se comunicar, naGuanabara, com o telefone23-5393 e na Praia dc Mauá,Mago, Estado do Rio, no De-pósito Imperador, que será'__-_ .ratifica do.

'PASTA PERDIDA — Gratifi-carse bem a quem encontraruma pasta contendo duplica-tas, esquecida num ònLbus503, da Unha Saenz Pena—Largo do Machado. Qualquerinforrr.oçáo, telefonar para52-6175 ou 31-4002.PERDEU-SE o Livro copia-dor de faturas n.o 8 e o LI-* vro Registro das Contas As-aluadas n.° 4, da firma A.VOLOCH, sita na Rua An-tõnlo Mendes Campos n.° 228— Solicita-se a quem cncoivtrar entregar no endereçoacima que será gratificadoPERDEU-SE num táxi tunamala contendo livros fiscais

»da Sociedade Industrial deMolas Paraíba. Gratifica-sequalquer iníormaçSo. — Tei54-0526. á nclte.PERDEU-SE uma placa, deVespa n.o 78 95. Pede-se aquem encontrar entregá-lan . Rua Almirante Baltazar,194._Gra tl Hca^M,

1 PÍÍRDE-T-SE o Alvará de lo-callzaçGo da firma Elza Fe-lix, estabelecida na R. Ama-ro Rangel, 33 (Favela do Jn-carezinho), inscrito no De-partamento do Rendas Di-versas sob o n. 600 455 —Gratifica-se a quem encon-trar.PERDEU-SE o Alvará de lo-

Realização cia Rua da Matriz.309, Botafogo de n. 60 675,da firma José Pereira da Pai-X _o & Cia. Ltda. — Agrade-ce a quem encontrou devoi-ver p/o endereço acima.PASTA PERDIDA OU TRO-CADA — Perdeu-se. dia 3.nela manh&, no AeroportoSantos Dumont, uma pastaae couro marrou, tendo etl-•cvi-t.a com nom., contendodinheiro e documentos. Nãose.faz questão da Importan-c!a, mas dos documentos. —Qualquer informaçáo parafeste~ Joriínlv-^

EMPREGOSAUJaF.lAF.-_S DÉESCRITÓRIOAUXILIAR — Escritura-ria — Siderúrgica euro-peja procura maça cemmínimo ginásio, dactiló-grafa, com noções serviçosgerais de escritório. Hora-rio para trabalho de 8,30as 17, com sábados livresInicial: 70 mil. Procurar oSr. Scdlacek, na Av. 13 deMaio,_33._gny»os_616 e 615.ÂUXILIARlE ESCRITÓRIO - ISSá??t! 1&Precisa-se rapaz maior, coMp.?^»^',9 _$_&£prática, boa letra, dactiló- Jgf-^^f^00^:151^1-grafo com capacidade. Ruaj_5l^£fÍf«™ioBsnedilo Otoni, 62, das 14-„fe,I?ba.ís|% «>».« eni- to . ' V-lculos, boa letra e quo sejaas 18 horas. Tratar a nar-cIntenta, semana de 5rul dias. Apresentar-se na RuaFrel_Can_eca, J!33.AÜXILÍARES^ escritório" pãrã

Bancos numperíodoascensional

As autoridades íinancei-ras informaram ontem quea situação da rede banca-ria nacional é de absolutasolidez e confiança e que,na verdade, os bancos bra-sileiros vêm atravessando,após a Revolução, a suamelhor fase dos últimosanos, com uma linha as-censional imperturbável.

A manifestação dos fun-cionários financeiros foiprovocada por uma noti-cia divulgada "com obje-tivos definidos, cujos au-tores, que visam a pertur-bar o processo de recupe-ração econômica do Pais,já foram devidamenteidentificados pelas autori-dades competentes".

Advertênciaentreguea Goulart

Montevidéu (FP-AP-JB) —O Ministro do Interior, Adol-fo Tejera, apresentou ontemao ex-Presidente do Brasil,João Goulart, uma nota relte-rando-llie as suas obrigaçõescomo asilado político e exor-tando-o a náo adotar atitudesque violem as disposições inter

. nacionais sôbre o direito deasilo.

A nota do Governo do Uru-guai íoi motivada pelo piáni-íesto do ex-Presidente João '-Goulart, enviado ao Brasil porocasião das comemorações do10.° aniversário da morte doPresidente Getúlio Vargas e lidona Câmara dos Deputados bra-sileira; provocando uma reaçãodo Governo local.

O Ministro do Exterior doUruguai, Alejandro Zorrllla deSan Martin, anunciou ontem oadiamento, para o dia 9 de se-tembro, de sua viagem ao Bra-sil, onde manterá conversaçõescom o Chanceler Vasco Leitãoda Cunha sóbre a situação dosasüados brasileiros em territóriouruguaio.

u/nLaraMalásia emestado deemergência

A Federação da Mala-sia decretou ontem o es-tado de emergência emtodo o país, preparando-se para a guerra contraa Indonésia, que é con-siderada inevitável pe-los principais jornais ma-laios, embora o Presiden-te Sukarno, em Jacarta,tenha negado qualquerdesembarque de tropasindonésias no territórioda Malásia.

O Primeiro-Ministro daMalásia, Tunku AbdulRahman, informou já terpedido formalmente umareunião de emergênciado Conselho de Seguran-ça das Nações Unidas,além da ajuda militardas demais nações mem-bros da Comunidade Bri-tánica. (Pág. 7)

O TEMPO PERDIDO

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carne hojeOs frigoríficos, abatedo-

res e açougues decidiramsuspender hoje o forneci-mento de carne à Guana-bara, a fim de forçar a ré-visão da tabela baixadapela SUNAB, para a vendado produto no varejo,"cujos preços são imprati-caveis e não atendem aoscustos reais de produção".Alguns açougues, entretan-to, estarão abertos para avenda de carne de porco,galinha e miúdos.

Os açougueiros Informa-ram à SUNAB que a culpapela suspensão do forneci-mento cabe aos frigoríficose abatedores, que só entre-,gam o produto recebendo,por íora da nota de com-pra, Cr$ 80 a Cr$ 100 porquilo e são, por sua vez,acusados pelos frigoríficosde se recusarem a receber, oproduto, "para não ter devendê-lo ao povo pela ta-bela". (Página 4)

A Polícia varejou toda a Tijuca em busca de Cara de Cavalo, mas perdeu seu tempo

O Presidente do ChileJorge Alessandri, reuniu-se ontem com os chefes Guanabaramilitares c da policiapara examinar ps planos UaO temde segurança que serãopostos em prática hoje,em todo o país, por chu-6a das eleições em quedois milhões e meio dechilenos escolherão o. seusucessor.

A vitória está entre aesquerda moderada, re-presentada pelo demo-c r a t a-cristão EduardoFrei, e a extrema esquer-da, representada pelo so-cialista • marxista Salva-dor Allende, situaçãoque os observadores con-sideram u m a guinadapara a esquerda em umpaís que desde 1931 nãosofre um golpe dc Es-tado.

O lema da campanhade Frei é Revolução comLiberdade e o de Allen-de .Revolução par a oSocialismo, e, na opinião II ExérCÍtOgeral dos observadores, j ¦¦seja qual fôr o resultado QCSD-_^<ltc.revelado esta noite pelasmáquinas eletrônicas, osinteresses norte-america-nos no Chile, particular-mente as grandes coin-panhias. mincradoras de.cobre Anaconda e Ken-necott, poderão ser sè-riamente afetados.

r Se nenhum dos can-didatos obtiver maioriaabsoluta, o Congres-so elegerá, em sessãoconjunta, o novo Presi-dente, cinqüenta diasapós a eleição direta, ouseja, ein 24 de outubropróximo, devendo o elei-to tomar posse dia 5 denovembro. Segundoa tradição, o Congressoescolhe sempre o candi-dato mais votado na elei-ção direta. (Página 2)

guerrilhasO Serviço Secreto do II

Exército prendeu 12 guerrilhei-ros, a maioria estudantes, noSul de São Paulo e Norte doParaná, onde pretendiam

"dè-senvolver atividades contra-re-voluclonárias, e s t a b e lecendouma cabeça-de-ponte na ré-gião em que proprietários e la-vradores têm questões lltifjio-sas. 1

. As Investigações estavamsendo conduzidas em tal sigiloque, anunciadas pelo Governa-dor Ademar de Barros numdescuido, surpreenderam dele-gados da DOPS e muitos mili-tares, levando o Coronel Car-los Einar Mendonça de Lima adecretar a prisão preventivados implicados, por 50 dias, e atransferi-los para xadrez mili-tar, antes que fosse impetradohabeas-corpus em seu favor..

O ex-Governador Seixas Dó-ria, que obteve do SuperiorTribunal Militar uma ordemde habeas-corpus e íoi nova-mente preso pelo Exército, estásendo esperado hoje no Biopara ser libertado. (Página -4)

de fl 7 5.Lavalo escapaMOBILIZAÇÃO TOTAL

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de novo da PolíciaCercado durante várias les Guerra, convocou'}'-»

horas por soldados^ das alto comando policial daPolícias Militar e de Vi- Guanabara para urnagilância, o bandido Cara reunião esta manhã,de Cavalo — reconhecido quando, depois de frisarpelo PV Mauro Roberto, a necessidade de a disci-a PM Jocelino Elias e plina ser mantida, con-detective Nelson — vol- denará o clima emocio-tou a escapar à Polícia, n&l que tem caracteriza-saltando muros, pulando d? as diligências e traça-telhados e escondendo-se ra normas para a exe-em jardins de casas das cuçao de um plano téc-Ruas Lúcio de Mendon-" n-co> Ç0IS so assim se-ca, Benevenuto Berna í.a P0SPei[ a captura deSão Francisco Xavier,iludindo, inclusive, o Go-vernador Carlos Lacerda,que foi à Tijuca super-visiónar as diligências

Cara de Cavalo".O advogado Wilson

Mirza prometeu ao Dele-gado Edmur Farah, do20.° Distrito Policial, que

Segundo o PV Mauro *FeJ*—"á SojeAàMRoberto, Cara de Cavalo a* i°_?-?SqUei_0 A2to2io_„- 'j Areias, compadre do de-erra um dos cinco passa- £Sj£' SSS^f^.r"eeiros do táxi OR 4-44-^T l?ctlve Perpétuo Freitasgeiros do taxi QB 4-44-33, da gilva e apontado --.

do Catete a Tijuca e cer

O Governador Carlos Lacerda foi comandar o cerco, suspetuso depois de seis horas

cado na Rua Lúcio deMendonça. Logrando Íu-gir, trocou tiros com oPM Jocelino Elias e, maistarde, quando mais in-tenso era o cerco, fêz seisdisparos contra o detec-tive Nélsòn, errando to-dos.

O Superintendente dePolícia Judiciária, Sr. Sa-

pelo atrito que causou ramorte do policial. Infor-mou, ao mesmo tempo,que a apresentação deAramis Freitas, filho dePerpétuo " e acusado dodisparo que feriu o detec-tive Jorge Galante Gò-mes, assassino do seupai, só ocorrerá quandohouver provas concretasda sua inocência. (Pá-gina 9)

^^^^m^MÊsM^mimm^^^^^^^^s^^^ím^AUXILIAR Dat. Moças, vá- Rio Branco, 151, sloja, ul.

íir ds segunda-feira.âSSSSSHS r.i_?__A. ?,_._.'J?<»**. .Bocha., s

Contro. Ginásio, dact. SeulDantas. 117, gr. 223. „, „.,__=__-±i ria5 v-ua'; 90. Av. P. Varsas! ____:AUXILIAR DE SÈCBE- ___^____i_S_i: AUXILIAR E..t D.t RanTARIA (meio expediente.) AUXILIAR DE ESCRITÓRIO ¦ -- ' ¦ :•:•--''— Admite-se com CrSfi. .í-e.'%ise- Bu:l Conde dc«0 000,00, moça ale . ff nrios; Bo.nflm m' *"lllii'dc perfeita aparência ci AUXILIAR escrit... p| Sfiodesembaraço, que seja jn-Jofto Merltl. dat.. c] prAtlca,dependente, para rccepci.ol?-,00?,.,0»- Av, Ç'° Branco.f. atpnrt.r <„l..f_„- wf» _"• a!loJa..-nla 209.e atender telefone. Não

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Cad,, Jornal do Brasil, Soxta-Fclra. .4-9-04

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CHILENOS ESGQLHEM HOJE O SUCESSOR DE ALESSANDRI'—' —....- . ,~— ,,, ,. _ ..._—O Chile continuará onde sempre esteve: à esquerda

Ja América Lntiha

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Cliarge de Claudius

Hoje à noite já sesabe quem será o nôvoPresidente do Chile

Marinho de AzevedoEnviado especial

Santiago do Chile — Nas pri-meiras horas da noite de hojejá se saberá quem íoi eleitoPresidente do Chile. A rapidezdo processo de apuração chi-leno vem de que os votos sãocontados, logo que acaba a vo-tação, pelos próprios compo-nentes da mesa, que se res-ponsabllizam pelos resultadosapresentados. Os números sãocm seguida encaminhados parao Ministério do Interior, que seocupa da divulgação.

Nas últimas eleições, os re-sult-ados jã eram conhecidos àsoito horas da noite. Nesta,como o número de eleitorescresceu (são aproximadamentetres milhões), eles só aparece-râo um pouco mais tarde. Paraevitar que se divulguem notí-cias falsas, as emissoras derádio estão sendo controladase só pessoas autorizadas, entreas quais 250 correspondentesestrangeiros, terão acesso aoPalácio de La Moneda,CIRCUITO DE TV .

Os correspondentes acredita-dos junto ao Ministério do In-terior não poderão assistir àapuração, mas terão conheci-mento dos dados, à medida queeles íorem conhecidos, atravésde um.circuito fechado de te-levisão. A ordem na cidade se-ri garantida por uma mlnucio-sa organização policial. Os par-.tidos estão pedindo a seus ciei-tores que votem o mais cedopossível, para evitar demora naapuração.

O clima em Santiago perma-nece calmo, mas sente-se algumnervosismo. O uso de slogansfoi quase que inteiramentesubstituído por gestos: para sedi-erem partidários de Allendeou Frei, os chilenos limitam-sea levantar um ou dois dedos,Já, que o candidato socialista éo primeiro colocado na cédulaúnica, e o democrata-cristão, o«egundo. Menos favorecido pelosorteio, Júlio Durán ficou emterceiro lugar, o que deu a seusadeptos um sinal menos elo-quente para se expressarem.

Na última manifestação pú-blica da campanha, Allende,Frei e Durán falaram pela te-levisão, na noite de quarta-íei-ra, depois de seis meses de umacampanha exaustiva, durante aqual Já haviam dito tudo quequeriam, os três candidatos li-mitaram-se a repetir as prin-cipais metas de seus progra-mas. Ninguém disse nada denôvo, exceto Frei, que, prepa-rando-se para enfrentar crítl-cas a medidas que tomaria, sefor eleito, avisou a seus adeptosque, por vezes, a democraciapode ser mais árdua que a di-tadura.POBREZA

Um dos fatores que toma di-flcil fazer prognóstico é queninguém .pode dizer com cer-teza com quem está a maioriado eleitorado pobre. Emboramulto rico potencialmente, oChile está nas mãos de umaspoucas pessoas. Um Jornalista,de esquerda, em El Slglo, re-sumo essa oligaa-quia em "doismil latifundiários, onze famíliase duas companhias estrangei-ras". As duas companhias sãoa. Anaconda e a Kennecott, que'controlam 90% das minas decobre. A miséria do povo émuito grande.

O centro de Santiago é rico« os bairros residenciais impo-nentes. As pessoas que podempagar uma residência moramquase todas em caias. Quemlimitar-se ao pano.rama dasruas principais e de algunsbairros, poderá ter uma idéiamuito otimista sobre a rique-za do Chile. Mas, mesmo nasruas ricas do centro da Cida-de, é grande o número de men-digas e de crianças desagasa-lhadas, apesar do frio que, porvezes, é intenso, que pedem cs-molas à. porta dos cinemas edos hotéis principais.

í.'sse eleitorado é nltidatrién-te de esquerda e sabe que sópoderá melhora., de vida seforem efetuadas reformas naestrutura econômica e social do•pais. Isso faz com q-.e umacandidatura conservadora, eo-mo a de Júlio Durán, não te-nha nenhuma possibilidade.Quem sairia lucrando com is.so, aparentemente, seria Allen-de. Mas dois outros fatoresprecisam ser levado, em con-ta: Um é que Frei, afirmando,se reformista e defensor deuma "esquerda democrática",

consegue emocionar grande¦parte desse eleitorado pobre;outro è que o anticomunismoestá sendo usado e abusado pa-ra combater Allende.O MEDO

O próprio Frei não rtcorrea êsses métodos * os membrosmais evoluídos do Partido De-mocrata-Cristóo não o apro-vam, na intimidade. Segundoeles, e_sa campanha de rriédòé organizada peles conservado-res o liberais que apoiam Freic que só o fazem para evitarque um candidato marxistavença as eleições. Mas, venhade encie vier, essa campanhaestá emocionando o povo. Nãohá nenhum dado que possa in-dicar que Allende, caso eleito,venha a se transformar em di-tade-.-. No entanto, é comocandidato a ditador comunistaoue êle 6 apresentado pelos de-íensores de Frei. "Votar emAllende e en ei comunismo esIs _!Y._"*-'>",' repetem ca.ta.__scolatic: .. paredes e nos vi-dros ... ' carros. Fidel Castro,o Paredúii, o muro de. Berlim,Stalin, a revolta húngara, e !•tudo mais, comparecem a.esselialíet anticomunista, difundidopor todo o Chile, pelos maiavariados canais. .

Como essa tecla é de efeitoseguro, principalmente junto aoeleitorado feminino, que crês-ceu muito depois das últimaseleições, é difícil dizer até queponto èle abalou o prestigio deAllende. E quase certo que, seo candidato socialista conse-guisse íazer sua campanha nabase de luta entre ricos e po-tires; êle conseguiria vencer. Nocomício de Frei, terça-feirapassada, os allendistas que semanifestaram eram, nitidamen-te, mais pobres que os .reli-tas,Mas um só trecho de uma. ma-ni.estaçáo não é bastante parase íazer idéia de uma distribui-ção de íôrças. £ fato inegávelque Frei possui uma grandeárea de pessoas pobres que oapoiam. Não há quem tenhaestatísticas a respeito e, parajulgar, mesmo os que possuemmuitos dados, só podem recor-rer a impressões pessoais.POLTTIZAÇAO

Porque, além de todos os fa-tôres emocionais que influemem uma eleição, é preciso le-var-se em conta que o povochileno é muito politizado. Emtermos latino-americanos essegrau de polltizaçáò è espantoso,e, durante o Governo de Ales-sandri, êle cresceu bastante,Isso faz com que tanto a cam-panha de Allende para caracte-rizar Frei como um cartola rea-clonário, quanto a campanhaíreiista que pinta Allende co-mo um candidato a ditador, po-¦dem não ter a repercussão quese Imagina.

Os dados de que dispõem umobservador ficam também des-torcidos por um fator suple-mentar: a quantidade de di-nheiro gasta pelas duas cam-punhas. Embora ambos sejamsenadores e tenham um bompadrão de vida — seus advèr-sários repetem mesmo, commalignidade, que a casa de Al-lende é mais rica que a de Frei— as forças que os apoiam nãose equilibram, pelo menos noque se refere ao setor eco-nòmico.

Como todo candidato apoia-do pelos conservadores, Freipossui, incomparavelmentemaiores recursos. Quem per-correr Santiago encontrarámais cartazes de Frei do quede Allende. O barulho feito cmtorno do democrata-cristão émaior que-o feito em torno deAllende, embora a quantidadedo propaganda seja imensa' deambos os lados.

Uma certa perspectiva queaponta Frei como candidatofavorito pode vir disso. E ofato de o eleitorado chileno serpolitizado torna possível umasurpresa de última hora. Emtodo caso, os primeiros mes.sde governo do candidato eleitonão oferecerão grandes sur.présns. As eleições para o Con-gresso serão realizadas emmarço e isso fará com que denovembro, data da posse, atéentão, o nôvo Presidente atuecom cautela. Frei terá interes-se em manifestar desejo pelasreformas c, possivelmente, ten-tara compor com os fôrer-sallendistas. Allende, por suavez. não fará provavelmentenenhuma reforma radical.

o''-ú- mundo dena experiência

eleitoral chilenaNcwtòn Carlos

Editor Internacional do JBTrezentos jornalistas de

todo'o.muiido e equipes detevê:dfi seis paises .EstadosUnidos, Inglaterra, Alemã-nha; Ocidental/ França, Itá-Ua e Bélgica) estão emSan ti ág o, para. cobrir i aseleições gerais chilenas. Ne-nhum outra pleito, na Àmé-rica Látiná, provocou iaii-ta movimentação, A razãoé simples: pela primeira vesuma coligação de esquerda,incluindo comunistas, podechegar ao Poder por viapacifica, neste Continente.

A parte das doses de sen-sacionalismo que Jatalmtn-te receberiam, as eleiçõeschilenas ganham um des-taque proporcional à sua- importância. Elas não afe-iam, somente, à tripa deterra cujos oito milhões dehabitantes, o mais homo-gêneo grupo étnico latino-americano, souberam cons-truir uma democracia di-nãmica e estável. Todo oprocesso^ político continen-tal terá ãe haver-se comsuas repercussões.SEIS ANOS DEPOIS

Em setembro ãe 1962,eleições . parciais realizadasem Santiago, reduto tradi-cional áas forças no Poder,revelaram que a coligaçãode conservadores, liberais eradicais, qúe elegeram oPresidente Alessandri ein1958, cedia terreno. Aomesmo tempo, a Frente deAção Popular, reunindo so-cialistas, comunistas e ou-tros três partidos menores,arregimentava votos. Co-mentanão o lato, afirmouo Senador Luis Corvalân,Secretário-Geral. do Parti-do Comunista do Chile:

— Ê inevitável a conquis-ta do Governo pelas forçaspopulares.

As últimas eleições ge-gais chilenas, há seis anos,forain marcadas pela agiu-tlnação . dos . partidos maisexpressivos em. duas pode-rosas coligações, com pro-grames diametralmenteopostos. Como. representan-te de uma.- tendência em-polgada pela. direita,- triun-fou Alessandri, um celiba-tário de pouco mais de 60anos. A Frente de Ação Po-pular, tendo conquistado 30das 147 cadeiras de ãepu-tados, firmou-se como oprincipal grupamento poli-tico de Oposição.'

Desde então, trabalhamsocialis tas, comunistas eseus aliados subalternos, vi-sando a um único objetivo:

a coiiquista do Poder 7iuseleições dè 1964. Seus lide-res ' pareciam seguros ãeque conseguiriam eliminarcom relativa facilidade apequena diferença (30 mllvotos) que permitiu, a vi-tória de Alessandri, em195S. Mas os resultados daseleições parciais de San-tlagó; traduzindo crescenteinsatisfação pela situaçãoeconômica e social do Chi-le, não fortaleceram ape-nas a Frente dc Ação Po-pular, Vm partido até en-tão modesto, o DemocrataCristão, viu-se levado aoprimeiro plano da cena po-litlca. Defendendo um pro-grama de reformus mode-radas, especialmente nocampo, e de nacionalizaçãoprogressiva do cobre, o caféchileno, o Partido Demo-crata Cristão cresceu aindamais nas eleições munici-pais de 1963. Obtendo, nes-sas eleições, um quarto dototal de votos depositadosnas urnas, transformou-seêle no grupamento políticomais forte ão Chile, isola-damente.O PLEITO AGORA

Allende, que se cândida-ta a Presidente pela tercei-ra vez, teria, de fato, otriunfo assegurado, caso aopção para os chilenos fôs-se votar 7ium conservadorou num reformista. Já seisanos atrás, 7ium outro con-texto, disputou êle o Poderpalmo a palmo.•Mas os próprios conser-vadores chilenos chegaramú conclusão ãe que não es-tão ?nais em condições delutar com fisUmomia pró-pr ia: Esfacelaram sua còll-gação é correram em a-pciodos clemocratas-cristãos.Frei passou, então, a sercandidato de um conjuntode forças, ss?-. abdicar, desuas teses reformistas. Teò-ricamente, êlè é candidatoapenas do Partido Demo-crata Cristão, o único a quedeve fidelidade.

Em 19SS, a opção eracotiservadorismp e refor-mkmò. Falido- o :conserva-âorismo, ás portas do Po-der, em 1964,' estariam aber-tas para a Frente de AçãoPopular. A ela se opõe, noentanto, uma outra coliga-ção poderosa, desta vez em-polgada por forças refor-mistas. Seja qual fôr o re-sultaâo das eleições chile-nas, sua lição é clara, des-de já: no Chile, só a pro-messa âe mudança atraivotos.

Observadores acham quequalquer resultadoafetará os americanos

Santiago (FP-JB) — Sejaqual fôr o resultado das elei-ções de hoje, os interessesnorte-americanos no Chile,particularmente os dos pro-¦prietários da Gran Mina decobre, poderão ser seriamenteafetados, segundo a opinião ge-ral dos observadores, que nãose atrevem a formular outrosprognósticos.

Os dois candidatos sérios —uma vez que ninguém acreditanas possibilidades de êxito docandidato radical, Júlio Durán— divergem quanto à soluçãodas problemas da indústria ex-trativa. Onde Allende, cândida-to da FRAP, promete naclona-lizar se fôr eleito, o candidatodemoc-ata-C-is.5.o Eduardo Freidiz que negociará com as com-panhia.. mineradoras para queas autoridades chilenas inter-venham semiprc que se trate deinversões na indústria do co-bre.

A GRAN MINA

Se Salvador Allende vencerns eleições nacionalizará, as mi-nas de cobre, ou pelo menos aGran Mina, pertencente a so-ciedade norte-americana. Estaempresa fornece pelo menos.75pór cento da produção chilenade cobre, calculada em 600 miltoneladas.

Se triunfar Eduardo Frei, onôvo Governo hão nacionali-zni-á as minas, (preferindo ne-gociar. Além disso, Frei nego-ciará também para que o Chi-le tire maior proveito do me-tal extraído dq subsolo.

Allende espera que o apoiodos comunistas e dos socialis-tas, somado ao de vários pe-quenos grupos marxistas e defuma parta dos (radiaaL?, tti«traga 1200 000 votos do eleito-rado de cerca de 2 600 000.Eduardo Frei, por sua vez,contará com os votos dos ds-mocratas-cristãos e de eleniên-tos conservadores* c liberais queconsideram o candidato einmelhores condições para "ven-cer a sangrenta conspiraçãocomunista internacional". Freitambém e.pera alcançar

200 000 votos.REFORMAS

Seja qual íór o vencedor. _possível prever que o Chile se-

rá objeto de profundas refor-mas na próxima gestão. TantoAllende como Frei já anunci::-ciaram publicamente que pre-t e n d em introduzir profundasmodificações na organização —que ambos consideram ároal-ca — deste país de sete mi-lhões de habitantes, possuidorde imensas riquezas naturais eque não produz o necessáriopara os seus habitantes.

Os dois candidatos se dizemdecididos a liquidar com a. po-breza, ó desemprego, a influ-ência preponderante das cias-ses ricas. Desejam eliminar oproblema da infância desvali-da. o déficit econômico per-manente, o analfabetismo, anecessidade crônica de ajudafinanceira externa etc., mas

. divergem quanto aos meios dealcançar os objetivos.

O católico Eduardo Frei, par-tidário de uma democracia re-presentativa, discípulo esplri-tual.de Santo Tomás de Aqui-no e do escritor francês Jac-quês Maritain, náo pode real-mente adotar os métodos deAllende, marxista convicto epartidário de uma democraciasocialista,

Allende pretende fortalecer osPodêres do Parlamento — noqual os trabalhadores deveriam .contar com ampla maioria —às expensas das prerrogativasdo Presidente [ da República,Frei quer a modificação daatual Constituição,. onde pas-.sarlam a figurar os.direitos dostrabalhadores. Allende prele-re substituí-la por outra, maisdemocrática..

ECONOMIA

O candidato socialista-co-munista é partidário de umareforma profunda no sistemaeconômico mediante a nacio-nalização dos bancos, dos ser-viço. públicos, da indústria docobre e das companhias pe-t r o 1 í feras estrangeiras. Freinão irá tão longe, mas advogauma ampla reforma agráriapara redistribuir as terras nãocultivadas. Os dois estão doacordo quanto _> necessidadetle diversificação da produção,para que o Chile não depen-da exclusivamente do cobre..

partidoDemocrata Cristão foi

que maiscresceu ultimamente

No Chile, nos últimos anos, seguido do Partido Comunista,Partido Democrata Cristão que Já ultrapassou a casa dos,lol o que apresentou os melho-. 12 por cento.res índices junto ao eleitorado, As cifras comparativas dospassando do 15,96 por cento Partidos chilenas nas duas úl-em 1961 para 23,80 em 1963, tlmas eleições são as seguintes:PARTIDO 1961 1963

Dcmocfata-Cristáo .... 213 569 15,96% 455522 22,80%?adlcal 396 704 22,17% 431340 21,59%!**?•-,';• 231361 16,54% 260197 13,03%Comunista; i5765l 11,78% 255 776 12,80%Socialista 149400 11,17% 229 229 11,48%Conservador... 197151 14,73% 226 717 ll!35%Padena. ... 95.82 7,12% 102767 5,15%Democra Ico 772 0,06% 19393 0,07%Independente 13 393 0 68%Vanguardia 30£m 016£Union Nacional 3 394 0,25% 1_

Total 1338123 99,78% i 997 887 100,00%(O índice de 0,22 por cento que falta na coluna das percen-tagens correspondentes a eleição de 1961 são os votos nulos ouem branco). Em 1961, o total de Inscritos era de 1858 930 - eem 1963 era de 2 570 291. -. =

partidSos-CandÍtlíltCS' oficliUmcntc* contain co»i os seguintes

SALVADOR ALLENDE:

SS?*" '¦• 255776 ".80%Socialistas 229229 11,48%Padena. 102 767 515%Vanguardia 3098 0,16%

Total 590 870 29,59%EDUARDO FREI:

Democrata-cristão 455 522 2280..í;ibcrais ¦• 260197 13,02%Conservadores 226 777 11,35%

Total 942436 47,17%JÚLIO DURAN:

Radicais 431-un 01 k_./^'«ocráticos :::::: 4^3° ?jjç*

TotaI. 450733 22,56%Também devem ser conside- 3 - o Senador Greeoi-iorados os 13 718 independentes. Amunategui. ultradireithta e500 mll novos inscritos e o can- liberal, foi expulso de seu par!celamcnto dos eleitores faleci- tido Juntamente com mn grupo'

SSfiS flcialm"ltó-° n>*-™ro de de militares, dando apoio iS-%mf$i!&. urnas' •* ™onal •candida?ura Tu

Para os observadores politi- 4 — Fui conseqüência da der-cos, os resultados das eleições 10ta sofrida em Curivo pela cx-<ie 1903 não podem ser conside- Frente Democrática (liberais,rados como previsões absolutas conservadores e radicais) for-para hoje, devido aos seguintes mou-se uma íorte correntelatos: dentro do radicalismo para ten-

1 - Padena dividiu-se e \Z a ^núncia do candidatosetor majoritário, ou pelo me- ^,1'° . Puran « tuma a!Í2nÇanos o que contava com maior S&&*^irán, refltou asnúmero de parlamentares, con- ^X - negociação e seutinuou na Frente de Açáo Po- P,a™do> Para defender a dis-pular, que apúla Allende. en- £Ípllna- «pulsou o Senadorquanto a parcela^menor deci- Z***™1 Ooaz&\ez Madariaga,dla-se por Eduardo Fiei- em como u"s cinqüenta dirl-

„ TT , ,'„¦ gentes e militares, que foram

rr, 8rupo,de EOC-al-stas aumentar as fileiras esquerdis-chefiado por Waldo Grez reti- tas. Também formou-se umrou-se do Partido, formando grupo radical pró-Frel, porémPartido Socialista do Povo muito mais reduzido que o pró-favor ae Eduardo Frei; Allende

O Governofite sai

A o|_ra mais importan-te do Governo de JorgeAlessandri, que terminaseu mandato, foi o ini-pulso dado à construçãode habitações, impul-so esse que se traduziu— durante os seis anosde sua administração —em mais de 150 mil nri-vas casas. Esta cifra su-pera a atuação realizada,neste setor, por todos osGovernos chilenos ante-riores.

Por outro lado, graçasa leis especiais, Alessan-dri conseguiu dar consi-derável Impulso desen-volvimentista à zona nor-te do pais, principal-mente a região de Inqui-que, onde se assinala hojeuni grande progresso eco-nòmico, graças à insta-lação ali de várias f«i-bricas tle farinha de pes-cado.

A política governa-mental de Alessandri ca-racterizou-se pela ma-nutenção do valor damoeda chilena e por umfirme declínio do pro-cesso inflacionârio queafetava o país. De fato,tlc um Índice de inflaçãode 15% em 1946, o Chi-le passou para 80% em1952. Alessandri consí:-guiu pôr termo a esteprocesso entre 1959 e1962.

Entretanto, nesse últi-mo ano, sua política eco-nõmica sofreu um colap-so e reapareceu o rit-mo inflacionârio, que em1963 traduüiu-se em umaumento de 46,5% nocusto* de vida.

Entre as leis mais im-portantes propiciadas porJorge Alessandri, desta-ca-se a da reforma agra-ria, atualmente em vlgcr.

Gastos, dadose palpites

1. Estão inscritos, no Chile, cerca de 2 900 000eleitores, o que representa 36 por cento da população.Só votam 03 que sabem ler e escrever;

2. A abstenção é estimada em 15 por cento;3. As eleições de Ijoje custaram ao Estado 900

mil dólares. A maior parcela foi destinada a "publi-cações eleitorais". Foram impressas, pelo Estado,3 300 000 cédulas;

4. A empresa norte-americana IBM recebeu atarefa de fazer o levantamento, por processo mecâ-nico, do eleitorado chileno;

5. Eduardo Frei, candidato democrata-cristão,acredita que triunfará por uma maioria de 400 milvotos;

6. A Frente de Ação Popular estima que seu can-didato, Salvador Allende, terá maioria de 200 mllvotos;

7. Segundo uma revista especializada chilena,as mulheres votarão em Frei numa proporção de 52 a

60 por cento e em Allende de 24 a 28 por cento;8. é calculado em dois milhões de dólares o total

do dinheiro gasto pelos candidatos. Vive o Chile a suamais custosa eleição.

GRÜMEY GUARCÍATUDO

P.aip dér São CWftovão, 24 a 34 - Tel. 54-1601

Santiago do Chile (AP-JB) — O Presidente JorgeAlessandri examinou ontempessoalmente, com os che-fes militares e policiais, o.splanos de segurança adota-dos para as eleições de hoje,em que dois milhões e meiode chilenos escolherão seusucessor, entre um esque.-dista moderado c nm mar-xlsta.

Embora trôs candidato,,disputem as eleições, apé-.nas dois tèm possibilidade,de vitória — o democrata-cristão Eduardo Frei e .0.socialista Salvador Allende,ambos reformistas. O ter-celro candidato 6 o SenadorJullo Durán, apoiado peladireita, e que já admitiupreviamente sua derrota.

i

FavoritosA maioria dos observado-

res aponta Frei como favo-rito, mas sem afastar aspossibilidades de vitória deAllende, e assinala que ofato de os dois principais .*¦•candidatos serem reíormts-tas constitui uma guinadapara a esquerda no pano-' rama político do Chile, paisque desde 1931 não conhecegolpe de Estado e constituiexemplo na América Latinade estabilidade política.

Allende é o candidato daFrente de Ação Popular(FRAP), integrada por so-clalístas, o Partido Comu-nista — legal no Chile des-de 1958 e o mais importai!-te da frente — e vários gru-

pos menores de esquerda.-È a terceira vez que dispu--ta a Presidência: em 1952ficou em quarto e último*lugar e em 1958 perdeu pa-.ra o atual.Presidente Ales-,sandri por apenas 33 mp.votos. . „¦_..*,

Frei é candidato do Par-tido Democrata Cristão, cmaior do Chile, com o apoioda maioria não marxista do.,país, inclusive dos ,conser-r.vadores e liberais, dois for-,tes e tradicionais partidosde direita que, juntos, ele-geram Alessandri. Nas ele:-ções de 1958 foi o terceirocolocado entre cinco candi-datos.

5

*-: 1

Programas.O programa de Allende

prevê a nacionalização detodas as companhias nor-te-americanas no Chile,desde os serviços elétricos etelefônicos às grandes com-panhias de cobre Anacondae Kennecott. Disse Allendeque o seu "Governo popu-lar será o primeiro passono caminho do socialismo".

O programa de Frei prevêmaior estatização da eco-nomia, reforma agrária ra-dlcal e a construção cmmassa de escolas e casaspopulares. O lema de suacampanha é Revolução comliberdade enquanto o de Al-

lende é Revolução para oSocialismo.

Os dois partidos de direi-ta que apoiam a cândida-tura de Frei — conserva-dores e liberais — discor-dam de seu programa re-formísta mas o considerammal menor do que Allende.-São partidos que governa-ram o Chile durante ámaior parte de sua Histó-;ria, mas ijúe, em cohseqüên-.cia dos ventos de reforma,que sopram no País, perde-ram prestigio, embora cons-tituam ainda forças politi-*cas consideráveis.

;< *, -**..' .

m 1

CubaTanto Allende como Frei

preconizam uma políticaexterna independente, dedefesa e paz e do desarma-mento. Admlte-so, porém,que com a eleição de-Allen-de o Chile se Incline mais .para o bloco socialista.

Allende é defensor, entu-siasta da revolução cubana,que qualificou como "exem-pio para todas as nações daAmérica Latina", e prome-teu que se fòr eleito rea-tara as relações diplomáti-cas com Cuba, rompidasdia Íl de agosto. ém xum-.,•primei-to à decisão da Con.ferência de Chanceleres daOEA. Já esteve cinco vezesem Cuba a convite de FidelCastro.

O terceiro candidato Ju-.lio Durán dificilmente po-dera ser eleito porque con-

ta apenas com o apoio doPartido Radical, de tendei.-cia centrlsta. Afirma-se quesua candidatura visa apenasa manter a união dó Par-tido. cujas alas esquerda e.direita ameaçavam apoiarAllende e Frei, respectiva-mente.

Durán era favorito atémarco deste ano, como can-didato do Partido Radicale dos conservadores e li-berais. Os três partidosconstituíam a base da coa-lizão do Governo de Ales-sandri. Essa vitória daFRAP nas eleições pára aCâmara dos Deputados errimarço último desfez a coa-lizão: os radicais abando-naram o Governo e os con-servadores e liberais pas-saram a apoiar Frei.

--.*

* ê

OposiçãoTodos os três candidatos,

são de oposição. O Presi-dente Alessandri não deuapoio a nenhum cândida-to, preferindo manter-se àmargem do problema suces-sório. A Constituição chile-na proíbe sua reeleição.

Se nenhum dos cândida-tos obtiver a maioria abso-luta, o Congresso se reuni-rá 50 dias após as eleiçõespara, em sessão conjunta,eleger o Presidente, que as-

sumirá o posto em 5 de no-vembro próximo. Até ago-ra, porém, o Congresso temdado posse ao candidato vi-torioso por maioria relativa.

Hoje os chilenos elegerãoapenas o Presidente. NoChile não há Vice-Presldcn-te e quando a Presidênciaficar vaga o Ministro do In-terior assume interinamen-te o Poder e convoca elei-ções num prazo de doismeses.

Goldwater diz que sefor eleito acabarácom o serviço militarPrescott, Arizona (AP-JB)

O Senador Barry Goldwateriniciou ontem a campanhaeleitoral, em sua cidade na-tal, com a promessa de cli-minar o serviço militar obri-gatório e a acusação ao Go-vêrno de usar os serviçosmilitares "para fins políticose sociais", tendendo para aguerra "em uma maré va-zante de força militar".

Um porta-voz do Pcntágo-no disse, ontem em "Wash-ington que "estamos satis-feitos ao ver que o candi-dato republicano concordacom o Governo" a respeitodo cancelamento do serviçomilitar obrigatório.

"O crescimento cancerosodo Governo federal" deve serimpedido, afirmou Goldwa-ter sob os aplausos da mui-tidão, estimada pelo chefede polícia local em quatromll pessoas, bem abaixo das35 mil que haviam sido pre-vistas pelas autoridades mu-nicipais.

Goldwater, falando deum palanque situado no altoda escadaria do edifício dotribunal, ante uma enormebandeira dos Estados Uni-dos, não explicou a acusaçãoao Governo, mas seu encar-regado de imprensa disseque se tratava de planos doGoverno para reeducar csconscritos rejeitados nos exa-mes preliminares.

O Presidente Johnson pe-dlu ao Congresso no dia 14de agosto 16,7 milhões do

dólares para custear os pro-gramas de ensino e reablli-tação dos rapazes rejeitados-por insuficiência física oamental. O Governo iniciouum programa de "salvameri- ¦to" em janeiro para adestrarêsses rejeitados. ,r.;,!

Depois de promoter dedi-'car-se a manter a paz, con-ter a burocracia e fomentai-uma economia "próspera ..e,compassiva", Goldwater dè-saíiou Lyndon Johnson a "seentregar eficientemente ao:trabalho, já, para restabele-cer o respeito devido à lei>eà ordem no país — não ape-nas na véspera das eleições".

Referindo-se aos incide_i-<tes motivados pela questãodos direitos civis, Goldwaterdisse que ninguém, em sãconsciência, pode defender"a ilegalidade na busca deum remédio para um mal dúno atendimento a umaqueixa. *.*.

"Quando os homens pro-curam tirar vantagens pc-ticas desviando o olhar dostumultos e da violência, po-demos compreender bemporque cresce o desaforo eu.quanto nós aprovamos maisleis", afirmou.

Goldwater escolheu a Çi-dade de Prescott para ini-ciar sua campanha porquefoi ai que sua família come-cou a fazer fortuna e ondejá havia iniciado duas cam-panhas vitoriosas como Sé-nador.

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UDN de São Paulo é pelaconvenção nacional já,pára examinar sucessão

São Paulo (Sucursal) — O Diretório Regional da Uniãodemocrática NnHrmai de S5o Paulo resolveu por unanimi-dade. que seja enviado à direção nacional do Partido umpedido de convocação, o mais cedo possível, da ConvençãoNacional, "com os objetivos de traçar a linha política ude-nista e de tratar da sucessão federal para o pleito presiden-ciai de 1866".

Decidiu a UDN paulista recomeçar as concentraçõesregionais partidárias em todo o interior do Estado. A pri-meira cidade a ser visitada será Araraquara, no dia 26próximo. Próceres partidários estarão reunidos naquela Ci-dade para tratar, entre outros assuntos, da organizaçãopartidária e da linha a ser adotada na próxima ConvençãoNacional.

Jornal do Brasil, Scxta-Felra, 4-9-84, 1.° Cad.

CONVENÇÃO CEDO

Além de solicitar k direçãonacional do partido a rápidaconvocação da Convenção Na-cional, o Diretório Regional deSSo Paulo vai enviar telegra-mas aos diretórios dos demaisEstados solicitando apoio a essadeclsRo. As concentrações re-glonais, que a UDN resolveurecomeçar, já íoram realizadasno passado, com a participa-Çfio dos Srs. Carlos Lacerda eJuraci Magalhães e dos padresBenedito Calazans e Antônio

Nacional e ãglslativa.

Assembléia Le-

Bilac hoje na reunião daUDN em B. Horizonte

Belo Horizonte (Sucursal) —O Deputado Bilac Pinto é es-perado hoje nesta Capital para• uma reunião com membros doDiretório Regional da UDN,quando consultará a bancadaestadual sobre a conveniênciade antecipação da convenção.nacional do partido.

O "ponto-de-vista

da seç8omineira poderá ser definidonas conversações de hoje com*o Deputado Bilac Pinto, embo-ra uma pesquisa íeita na As-sembléia Legislativa já tenharevelado que entre 16 depu-tados estaduais udenistas 11acham cedo o lançamento dequalquer candidatura, ainda

que o escolhido venha a ser oGovernador Magalhães Pinto.

O Deputado Bilac Pinto vaitambém tratar dos assuntos re-lacionados com a divergênciaentre o Secretário do Interior,Sr. Osvaldo Pierucettí, e o SrPaulo Campos Guimarães. Pre-sidente do Diretório Regionalda UDN, procurando evitarqualquer cisão no partido.O Sr. José Monteiro de Cas-tro e outros udenistas de tra-dição no partido também com-parecerão à reunião, para quea média de opiniões seja o ia-tor principal do apaziguamen-to dos Srs. Osvaldo Pierucettic Paulo Campos Guimarães.

Herbert Levi adverte que aatual política financeiraleva à crise deflacionária

• Brasilia (Sucursal) — Marcando sua hosição contíá-na.a política econômica e financeira do Governo CasteloBranco.mas ressalvando, que o fazia, -'"'por desejar ciue "a

revolução acerte e atinja seus objetivos", o Deputado Her-bert Levi, da UDN de São Paulo, advertiu ontem a Cama-ra sobre os perigos da "febre arrecadadora dos planeis-dores, que excede, largamente, às necessidades rea's dccombate aos deficits- do Tesouro".

„,"V.enh0 denunciar os erros do Governo no setor eco-

™-?"í*na?ce,ro; erros ^aves alguns, capaees de com-bnV.il"°'

l6Vaud? ° Pais a uma crise deflacionária, em-ex°:irSenteCOdabaUDNa -

"^ ~: C°mCÇ°U P°r acusar ?

CRUZEIRO DEPRECIADO

Lembrou o Sr. Herbert Levique a Instrução 275, sem qual-quer justificativa técnica, de-preoíou o cruzeiro de 1 300 pa-ra 1 700 por dólar, quando 1300já era uma taxa desfavorávelpara a nossa moeda. Subiram,pm conseqüência, todos os pre-ças dos artigos importados eexportados, impondo-.se, alémdisso, um aviltamento artificiale contraproducente do crusairono mercado cambial. Tambémse pretendia elevar o preço da.combustíveis líquidos e de aces-sérios dos autos c caminhões,«orno pneus e outros- E rcajíis-tavam-se as taxas dos serviçospostais e. telegráficos, promo-vendo aumentos que vão de 100a 1 000 por cento.

A COBERTURA DOSDEFICITS*

O Ministro da Fazenda —informou — .dissera à Câmaraque o déficit de caixa de 700bilhões de cruzeiros para 1964"será financiado, em grandeparte, por processos não infla-cionários, como sejam, recursosprovenientes do exterior ou re-cursos levantados no Pais pormeio de empréstimos voluntá-rios". Então para 1964 não háproblemas. Por que então os no-vos sacrifícios Impostos? A ta-xa de 20 por cento nas impor-tftções, o reajustamento do dó-lar fiscal, a elevação das tarl-ias postais-telegráficas e por-que declara o ministro repe-tindo ò plano bienal, ainda nes-ta altura, que a preservação docruzeiro envolve, entre outras(medidas, intensificações nosaumentos de impostos, enquan-to não se consegue o ajustamen-to das despesas e receitas naadministração pública. Mas,não vimos Já, com os exemploscitados, e é claro, que esse a jus-tamento está se processando emtoda a parte, nos institutos, nasempresas do Estado e na melho-ria da arrecadação? E sem queseja preciso prosseguir no agra-vamento dos tributos?

A FEBRE ARRECADADORA

« Prosseguiu o Deputado Her-bert Levi:

fide notar que nem o Mi-nistro da Fazenda faz qualquermenção, como recursos dispo-níveis para o Tesouro, dos itens

s| relacionados com a arrecada--'•çáo de 22.50 dólares por sacade café sobre uma exportação

\áe 19 a 20 milhões de sacas, oque representa, tal seja a taxacambial a considerar, entre 550a 650 bilhões de cruzeiros; re-cursos a serem apurados coma venda de cerca de 9 milhõesde sacas do IBC para o mer-cado interno e para a expor-• tação. Serão 350 a 400 bilhõesde_ cruzeiros. Mais de um trí-Ihão de cruzeiros que não sãosequer mencionados; depósitoscompulsórios dos bancos àSUMOC, também recursos dis-ponfveis para o Tesouro, repre-sentando.várias dezenas de bi-

, lhoes de cruzeiros; crescimentodos depósitos nas Caixas Eco-nomicas Federais, representan-.ao outras dezenas de bilhõesde cruzeiros.

O Deputado Herbert Levi cri-ticou também o fato de naprevisão da receita para 1965

figurarem apenas 250 bilhões- para os novos tributos, quandosegundo estimativa provisóriado Departamento de Receita doMinistério da Fazenda, a arre-cadação .para esse tributo (rea-vali ação do ativo) é de 25 bi-lhões para 1964 e 75 bilhões pa-ra 1965.

Com relação ao Imposto d.Renda, afirmou que as tabelasdo imposto progressivo consti-tuiam um elemento impresslo-nah.e para evidenciar até queponto chegou a carga fiscal noBrasil.

Renda que no Brasil paga33 por cento — disse — inci-de nos Estados Unidos em 14por cento apenas. E com de-duções bem mais generosas.Nos escalões inferiores e supe-riores a desigualdade é tambémgritante. Isto demonstra comoé imperativa a reforma do Im-pôsto de Renda, mas para di-minuir as taxas cm todos osescalões, salvo, talvez, nos maiselevados.POLÍTICA DO CAFfi

Afirmou o Sr. Herbert Levique no setor rural o impacto dapolitica governamental é for-temente negativo sob varies as-pectes. Na política do café pre-valece um fator nocivo que vi-nha de longa data: um confis-co de grandes proporções queretira do lavrador a receita in-dispensável pára melhorar ediversificar a lavoura e parapoder pagar salários que per-mitam "a dignificação das con-dições do homem do campo,e que ao mesmo tempo signifi-ca a manutenção de um sub-EÍdio aos produtores de outrespaíses para que eontinuem nesexpulsando dos mercados mun-diais".

O programa de ação eco-nômica Bienal — disse — fala,vagamente, nes recursos nãoinflacicnários femecidos pelocafé no segundo semestre de1964, para saldar obrigaçõescambiais assumidas em épocasanteriores, embora não existamdisponíveis quaisquer dades.Mas, para isso não era neces-sárlo onerar só o café e sempreo café. Por que não também oaçúcar, cujo preço íoi fixadoacima das próprias pretensõescies usineiros e plantadores decana de Sáo Paulo, para am-parar as lavouras e usinas anti-econômicas que estão fazendoa desgraça do consumidor? Perque há alguém que duvide queretirando o Governo mais de60 por cento da receita do la-vrador em cada. saca de cafépossa êle cumprir o estatuto eo salário mínimo? Essa políticaleva pois ao anlquilamento dagalinha dos ovos de ouro quetem sido o café. Por infelici-dade, ao lado disso, o plano decomercialização foi elaboradocom absoluto desconhecimentoda realidade.

Afirmou ainda o Sr. HerbertLevi que-no tocante à reformaconstitucional o erro do Minis-tério do Planejamento foi com-pleto, pois ao Invés da "ampliaçao da oferta de empregos nôsetor ruríl?, o reavlvamentocia questão da reforma consti-tucional para pagamento emtitules determinou desastrosasconseqüências, como dispensaem larga escala de meeires earrendatários, transformando asterras de cultura em pastarias.

AO ITAMARATI

Godinho. No próximo dia 20,em Araraquara, estaráo reuni-dos os Srs. Roberto de AbreuSodré, Presidente da UDN-São Paulo, Antônio Mastraco-la, Secrétário-Geral, deputadosfederais e estaduais. A. pautados assuntos prevê a discussãode organização partidária, de-ílnição de linha a ser adotadana Convenção Nacional, pro-jetos de interesse popular a se-rem Sugeridos ao Congresso

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Jean Lêvêque foi recebido pelas autoridade» do Ministério do Externíor

Guedes acha que só outrarevolução pode devolverdireitos de Kubitschek

Belo Horizonte (Sucursal) — O General Carlos LuísGuedes disse ontem ao JORNAL DO BRASIL que não vêpossibilidade de o Governo ou o Congresso devolverem osdireitos políticos ao Sr, Juscelino Kubitschek, como o ex-Presidente afirmou a amigos na Europa, porque à anistianão é admissível nos termos do Ato Institucional "a nãoser que façam uma outra revolução".

Declarou ainda o General Guedes que o Presidente daRepública, no encontro que tiveram domingo nesta Capi-tal, disse que sua transferência para o Comando da II Re-gião Militar foi feita tendo em vista a necessidade de suapresença em São Paulo.

já conhece muito essa turma".Informou que não acredita emum novo manifesto para o dia7 de setembro, "pois ninguémmexe em caixa de marim-bondos".

FALA DEMAIS

Sobre a situação nacional, oGeneral Carlos Luís Guedesafirmou que náo deu impor-tância ao manifesto do ex-Pre-sidente João Goulart, lido natribuna da Câmara Federal pe-lo lider do PTB, Deputado Dou-tel Andrade, "que sempre falaquando não deve".

— Enquanto permanecer —disse — a disposição atual doExército, não haverá perigo.Reina tranqüilidade em todo o_ii'as!l c c:n Minas a situaçãoé de absoluta calma; Jangoquando davia, não falo»; aço-rá que não devo, ís'a. Não con-KDjulni porém qualquer resul-tsdo prjst.cr. ná sua tentativade agitai' o Pai..

Dis.a também que a presençado ex-Doputado José Aparecidode Oliveira em Minas não re-presenta perigo, "porque o povo

ESCRITOR

O General Carlos Guedesanunciou ontem que o livroTinha que ser Minas, que estáescrevendo desde o fim do mo-vimento revolucionário, estarápronto até novembro.

O livro, no prólogo, examinaa situação nacional em 1954.Depois o General depõe, cm ca-pitulos. sobre a situação nacio-nal cm janeiro de 1961, agosto,do mesmo ano, como transcor-rau o ano de 1962 em MinasGerais, para finalizar com osacontecimentos da Revoluçãoque derrubou o ex-PresidenteJoão Goulart.

Finanças aprova na Câmaraemenda que Senado apôsa financiamento de papel

Brasília (Sucursal) — As emendas do Senado ao pro-jeto do Governo sobre financiamento para aquisição depapsl pelas empresas editoras dc livros, jornais e revis-tas foram aprovadas, ontem, na Comissão de Finanças daCâmara e, após o exame da, Comissão de Economia, terça-feira, serão submetidas à deliberação do plenário, já queo prazo para a Câmara sc pronunciar sóbre a matéria ter-mina dia 10.

O relator Mário Covas (PST — São Paulo), autor dosubstitu.ivo aprovado pela Câmara, deu parecer favorá-vel as emendas do Senado, com exceção da de número 1-considerada prejudicada, e que incluiu as editoras de livrosentre as empresas com órgãos de tiragem inferior a 5 milexeniDlares que poderiam obter financiamento de 50% enao de 30%. Disse o Sr. Mário Covas que tal hipótese jáesta prevista no próprio projeto aceito pelas duas CasasDEBATES

A emenda João Agripino. es-tabelacenáo a supervisão do Mi-nistério da Indústria e do Co-mércio na produção e dis-tribuição do papel para jornais,quando a produção ,fôr insufici-ente, suscitou longos debatesentre o relator c os deputadospaulistas Carvalho Sobrinho eHamilton Prado. Com o pare-cer do Sr. Mário Covas ficaramos Deputados Peracchi Barce-los, Flores Soares, Ario Teodo-ro, Mateus Schmidt, BatistaRamos e Chagas Freitas.

O Sr. Chagas Freitas dissoque os jornais estão nas mãosde um monopólio, que exerceuma verdadeira ditadura, cque os órgãos de imprensa quedefendem há anos a iniciativa

privada no Brasil estão favorá-veis à emenda Agripino "poisnão é mais possível suportar asituação criada pelo monopólio,que comete até crime previstona lei antitruste, negando pa-pel aos jornais".

O parlamentar carioca disseque o objetivo da emenda é ode controlar o ritmo da produ-ção de papel e não o de permi-tir a intervenção governamen-tal. O Deputado Maurício Gou-lart (PTN — São Paulo) con-cordou com os pontos-de-vistasdos Srs. Mário Covas e ChagasFreitas favoráveis à emendaAgripino, dizendo que no Bra-sil, "existe, mesmo, um mono-pólio, exercido pela indústriaKiabin, que é a única fábricade papel para jornais em nossoPais".

Oscar Correia revela queo Congresso já aceita aseleições diretas em 1965

¦ Belo Horizonte (Sucursal) — O Deputado Oscar Diasoorreia, da UDN, disse ontem ao JORNAL DO BRASIL quea maioria do Congresso Nacional, no momento, tende aaceitar a realização de eleições diretas em 1965, como fór-mula tanto para se efetuar a coincidência de mandatos apart r de 1970 como ainda para trazer completa norma-lidade a vida democrática do PaisDisse o Deputado Oscar Dias Correia que o próprioPresidente Castelo Branco se inclina por esta solução e

que mensagem neste sentido deverá ser enviada ao Con-gresso Nacional na próxima semana.ELEIÇÕES

Frisando que é francamentefavorável à realização de elei-ções em 1965, observou que jáexiste completa normalidade noPaís e que se não houver climapara as eleições do próximoano, quando serão mudadosGovernos de apenas 11 Esta-dos, também não haverá cli-ma para as eleições presiden-ciais em 1966, juntamente comeleições para o Governo de 23Estados.

O País, segundo o Sr. OscarCorreia, vem entrando em rit-mo de progresso e de noimaü-zação', sendo que a Revoluçãotende a consolidar-se, princi-palmentc com os primeiros re-sultados da atual, politica fi-nanceira do Govêmo, revela-dos pela Fundação Getúlio Var-gas, segundo os quais a ta-xa de 2,2% no aumento de pre-

ços foi das menores já regis-tradas no Pais. .FORTALECIMENTO

Analisando os entendimentosentre o PSD e a UDN coman-dadas pelos Srs. Adauto LúcioCardoso e Ernâni Sátiro, dis-se o Deputado Oscar Dias Cor-reia que "constituem conse-qtiências naturais da preocu-pação dos principais partidospolíticos nacionais em fortale-cer o Poder Civil e consolidaro regime democrático".

— O prestígio do Presiden-te da República — observou —está ligado ao regime e o pró-iprio PSD já compreendeu que,integrando-se no esquema deapoio ao Governo no Congres-so Nacional, estará contribuiu-do para fortalecer o regime de-moerático. O ideal seria a re-integração do PSD no bloco damaioria.

Jornalista francês diz naTV que Brasil tem lugargarantido no mundo futuro

O jornalista francês Jean Lêvêque, que visita o Rio deJaneiro a convite do JORNAL DO BRASIL, afirmou, em en-trevista a Televisão Excêlsior, que "por sua posição na Amé-rica^Latina e riquezas naturais, o Brasil terá certamenteum lugar importante no futuro do mundo".

O jornalista Jean Lêvêque foi recebido ontem no Ita-marati pelo assessor do Ministro Vasco Leitão da Cunha,Sr. Décio de Castro Alves, com quem conversou demorada-mente sobre os problemas do desenvolvimento brasileiro.ALMOÇO

O Chefe do DepartamentoCultural e de Informações doItamarati, Ministro EveraldoDayrell de Lima, ofereceu aojornalista um almoço no Res-taurante do Museu de ArteModerna. Compareceram oEmbaixador Augusto FredericoSchmidt, os Conselheiros HélioScarabotolo e José Maria Vil-lat de Queirós; o Conselheirode Imprensa da Embaixada daFrança, Sr. Georges Mac Cie-nahan; e os Srs. Oto Lara

De Gaulle recusa proteçãoespecial no Brasil porquesó se pode morrer uma vez

Paris (Correspondente) — Novas advertências íoramfeitas pelos serviços de segurança franceses ao General DeGaulle, quanto aos riscos de atentado que êle correrá emsua viagem à América do Sul, mas o Presidente da Françarespondeu, filosòficamente, que "não é possível passar avida dentro de um automóvel blindado." Só se morreuma vez".Um relatório dos policiais franceses que percorreramcomo batedores as dez repúblicas sul-americanas admite,com certo exagero, que "no Brasil e na Argentina 60 porcenta dos habitantes possuem uma oú várias armas pes-£Oc.lS B

Resende, Mauro Vilar, AntônioCalado e Celso de Sousa e Sil-va, Diretor do JORNAL DOBRASIL.

No programa de hoje do jor-nalista Jean Lêvêque constauma visita ao Ministro SanTiago Dantas e um coquetelna residência da Condêssa Pe-reira Carneiro, Dlretora-Presi-dente do JORNAL DO BRA-sn,, ocasião em que o visltan-te terá oportunidade de travarconhecimento com personali-dades dos meios jornalísticos esociais do Rlo de Janeiro.

CARNAVAL

Entre os franceses que "resi-

dem no Brasil, há numerososcolaboracionistas do Governode Vichy, que abandonaram aFrança no momento da liber-tação, e repatriados da Argélia,que emigraram recentemente.Os mais conhecidos serão con-vidados a sair do Rio, SãoPaulo c Brasilia, com todas asdespesas pagas, durante a es-tada de De Gaulle.

O semanário Candide, que.apoia De Gaulle, prevê que avisita ao Brasil será um ver-dadeiro carnaval: "A multidãoromperá os cordões de isola-mento, sem que ninguém façanada para contê-la. Foguetesexplodirão em toda parte. Ha-verá mesmo tiros para o ar.

como costuma acontecer lá emsinal de alegria."

Entre os ex-chefei da OESainda em liberdade, a políciafrancesa teme que cinco te-nham chegado à América doSul: o ex-Coronel Château Jo-bert, o ex-Capitão Souetre, oex-Capitão Sergent e os terro-ristas Gilles Buscia e Mar Ro-bin.

Os serviços de segurança re-ceiam que um assassino do gê-nero Lee Oswald aproveite-seda alegria popular para alve-jar De Gaulle, mas o Presiden-te recusou-se, terminantemen-te a cancelar, em seu roteirosul-americano, os contatos coma massa. A recente descobertade 3 quilos de TNT numa jarrado. monumento de Toulon queDe Gaulle visitou no dia 15 deagosto fêz redobrar.as precau-ções.

Deputados criticam falade Lacerda e afirmam queêle age como um ditador*» .SÜír? *°S Çronu??ífmei»tos políticos feitos na sessãott

°rnj5m dTa Assembléia Legislativa íoram de críticas aosr. Carlos Lacerda, mesmo da parte do Sr. Frota Aguiar,do SvSÍ,Vda

TOÍ' "gistrando-se como única defèsànL£*»ve^ador.«"? breve aparte do Sr. Geraldo Ferraz,-íiofonárlo

°U JUstas as critlcas íettas pelo seu corre-

¦_.s__.0iD2pU«fl? Jamil Haddad> d° PSB, lembrou declara-çoes do Sr. Carlos Lacerda, segundo as quais se o Ato Ins-titucional nao for aplicado na Guanabara estará instala-da uma ditadura, para afirmar que o Governador é queesta agindo como ditador, outorgando leis não aprovadaspelo Legislativo a pretexto de aplicar o Ato.

a revolução, "porque se o mo-vimento de abril não resolveros problemas do povo, tendosurgido da vontade coletiva,outra revolução, originada emInteresses pessoais e políticos,não Iria resolver nada."

Prosseguindo, o Sr. FrotaAguiar revelou que se o seupartido, a UDN, se manifestarcontra o Presidente CasteloBranco, não o acompanhará, eacrescentou que era bom acen-tuar Isso desde Já, "para quefique bastante claro, pois oPresidente é um homem equl-librado, e patriota e está pro-curando promover a paz dafamília brasileira, para resolveros problemas nacionais."

PROVIDENCIAL

Falando a seguir, o Sr. Gon-üaga da Gama, do PSD,, atri-buiu ao Governador a convic-ção de que _ um Cornem pro-videncial. o único que poderáresolver todos os problemas noPais e salvar a Nação, razãopela qual julga que tudo o quefizer é lícito e legítimo, desdeque o leve ao Poder.

Êste o seu grande equivo-co, êste o seu grande erro. Êisto que o faz ser coerente naIncoerência, é isto que o auto-riza a se utilizar de todos osmeios, de todos os subterfúgios,processos e Instrumentos, paragjlgar ou manter-se no Poder.Êle acredita nisso mas,nos que acreditamos na demo-cracia, que não acreditamos emhomens providenciais, que que-remos que o povo seja o únicodetentor do Poder, da sobçra-nia, capaz de' delegá-la aos seusautênticos representantes, so-mos levados a combatê-lo in-transigehtemente, porque esta-mos convencidos de que èle,hoje, é nocivo ao processo po-lítico brasileiro — disse o Sr.Gonzaga da Gama.APOIO

O udenista Frota Aguiar, rea-firmando sua confiança no Go-vêrno Federal, disse que apoiao Presidente Castelo Branco e

Vasco dáalmoço hojea Rostow

O Chanceler Vasco Leitãoda Cunha oferecerá hoje, às13 horas, um almoço no Ita-marati ao Sr. Walt Rostow,representante dos EstadosUnidos no Comitê Interame-ricano da Aliança para oProgresso.

Thibau diz ao PSD que acompra das empresas éboa para as duas partes

Brasília (Sucursal) — O Ministro das Minas e Energia,Sr. Mauro Thibau, declarou, ontem, durante uma reuniãocom a bancada do PSD na Câmara dos Deputados, que acompra das concessionárias de energia elétrica do grupoAMFORP atende,, especialmente, aos interesses do Brasilatual, e constitui, pela íorma como está sendo encaminha- .do, um bom negócio para ambas as partes.

Ressaltou ainda o Sr.. Mauro Thibau, respondendo a ?uma interpelação do Deputado maranhense Renato Archer, ¦que o Governo, ao' decldlr-se pela operação de compra das •concessionárias não se ateve a compromissos passados, afir-'mando, por íim, que. cm verdade, esse compromisso nãoexistiu: o atual Governo assume inteira e completa res-ponsabilidade pela transação.

Agripino tem posição marcada-mente contra a iniciativa doGoverno, mas o líder do Go-vêrno no Senado crê que aoperação será aprovada naCâmara Alta sem maiores difi-culdades.

ENCONTRO A NOITE

Na madrugada de anteontempara ontem, na residência doMinistro Otávio Gouveia deBulhões, reuniram-se dez se-nadores com o Sr. RobertoCampos e passaram a discutira compra das concessionárias.Entre os senadores encontra-vam-se os Srs'. Daniel Krieger,Mem de Sá, Antônio Carlos,Wilson Gonçalves, João Agri-pino, Vltorlno Freire, Eugêniode Barros, Slzeíredo Pacheco,Edmundo Levi e Bezerra Neto.

Disse o Senador Krieger queo Ministro Roberto Camposconvenceu a maioria dos pre-sentes da necessidade de seefetivar a compra do acervoda AMFORP. Entre os senado-res presentes apenas o Sr. João

Coiicessionáropiniões no

Niterói (Sucursal) — A men-sagem que o Presidente da Re-pública enviará terça-feira aoCongresso Nacional, propondo acompra das concessionárias deenergia elétrica (AMFORP) di-vide as opiniões de políticos eadministradores fluminenses, fidefendida, no entanto, pelo Go-vernador Paulo Torres, que rea-firmou que "qualquer

pais deconceito deve e tem de zelarpelos compromissos assumidospor qualquer Governo".

O PTB do Estado do Rio,através de seus líderes na As-sembléia Legislativa, não queropinar sobre a matéria, antesde constatar se são verídicas asinformações prestadas ao Con-gresso pelo Ministro das Minase Energia, Sr. Mauro Thibau,de que a compra íoi acertadaainda polo ex-Presidente JoãoGoulart e que o Presidente Cas-rolo Branco nada mais preten-cie fazer do que manter o com-promlsso assumido.

UDN Ê CONTRA

A UDN definiu-se contráriaa compra, na reunião de ontemde seu Diretório Regional, se-

APÓS A INDEPENDÊNCIA

A mensagem do PresidenteCastelo Branco ao CongressoNacional propondo a comprada empresa será encaminhada,no próximo dia 8 do corrente,o conterá cinco importantesitens a serem decididos peloPoder Legislativo, entre osquais o que pede a abertura decrédito especial e o que autori-za o Tesouro Nacional a seconstituir avalista do Govêmobrasileiro para a compra.

ias dividemE. do Riogundo informou, ao JORNALDO BRASIL, o seu líder na As-sembléia. Deputado Paulo Her-vê, porque acha muito elevadaa soma de USS 135 milhões por ¦"um acervo inexpressivo".

O líder do PDC, DeputadoDali de Almeida, afirmou queé pessoalmente contrário àtransação, mas não se negará

a apoiá-la se ela ¦ representar,de fato, o cumprimento de umcompromisso anteriormente as-sumido.RJ QUER CBEE

A compra das empresas do •grupo AMFORP, depois de con- •cretlzada, levará o Governo doEstado do Rio a pleitear doGoverno Federal a cessão daCBEE ao holding constituídopelas Centrais Elétricas Flu- jmiiiénsés, a fim de que elapossa ser ampliada.

A empresa tem sido ultima-mente alvo de críticas e dequeixas dos seus usuários, por-que funciona com baixa fre-qüência e aumenta constante-mente, sem autorização doConselho Nacional de Águas eEnergia, as suas tarifas de fór-ça e luz.

Çhateaubriand afirma emLondres que não houveuma revolução no Brasil

Londres (Correspondente) — O Embaixador Assis Cha-teaubriand disse ao Sunday Times (a publicação será fei-ta no domingo, em Londres) que no Brasil não houve umarevolução, porque o Congresso Nacional elegeu regular-mente o Presidente Castelo Branco, depois que o Presiden-te João Goulart abandonou o País.

Disse o Embaixador Assis Çhateaubriand que o Sr. JoãoGoulart tentara governar com "irregularidades" marxis-tas, quando a Nação entrou em estado de alerta e as Fôr-ças Armadas secundaram a ação do povo".

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Abandonou o subversivoPresidente a Chefia do Govêr-no — continuou — porque nãoencontrava um só pelotão quegritasse "viva o Presidente",para que èle pudesse resistir. OCongresso elegeu seu substitu-to um antigo chefe de divisãobrasileira que serviu na Itáliasob o Comando de Lorde Ale-xander.

Disse o Sr. Assis Chateau-briand que "a. direção da tro-pa que colaborou com a Nação,para que não se abrisse naAmérica Latina uma segundaírente cubana, coube a antigoscomandados desse chefe brita-meo".HISTÓRIA

Eu estava no Hotel cia-ridge, em 1952 — lembrou oEmbaixador Assis Chateau-briand — numa tarde em queo ex-Comandante na Itália fa-lava a nós, delegados brasilei-ros á coroaçáo da Rainha Eli-zabeth II. O oficial inglôs per-guntou-me:Onde estão os oficiais datropa brasileira que lutaram co-nosco em 44 e 45?

Respondi:Como os senhores. Ne-

nhum deixou o Exército ou aForça Aérea. Todos eram sol-dados profissionais e assim con-tinuaram. Não se sabe até hojede um "herói de guerra bra-

sileiro" que tenha transborda-do para a vida politica.No momento em que eufalava — continuou — Lorde.Alexander tomou o microfonepara pronunciar uma saudaçãoao Brasil. Depois que termi-nou, comentei para o oficialbritânico com quem palestrava:.Têm ai os senhores ummodelo do espirito do nossoExército. Êle contribuiu paraaperfeiçoar a educação técnicae politica da fôrçá de terra bra-slleira.OBJETIVO

Disse o Sr. Assis Chateau-briand que "a verdade é quea jornada de 31 de março seriapara os soldados que se bate-ram sob o comando de LordeAlexander como se o velho pi-loto continuasse a inspirá-los,graças ao seu gênio providen-ciai na qualidade de defensordo ideal democrático no mun-do. Tal sombra poderosa é auese projeta sóbre o Exército quereimplantou a ordem sóbre ocastrismo e sóbre o marxismoiníerhacional.

O Embaixador Assis Chateau-briand encontra-se na Ingla-terra para tomar parte no fes-tival que os jornais e emissorasAssociados oferecem na Cidadede Hereíord, onde será ofere-cido üm churrasco brasileiro àsociedade britânica.

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União ajudará Guanabara acompensar arquivamentodo empréstimo compulsório

O Secretário de Finanças, Sr. Mário Lorenzo Fernan-des, disse ontem ao JORNAL DO BRASIL que o arquiva-mento da mensagem do Governo, instituindo o emprésti-mo compulsório, não causará grandes prejuízos à Guana- ¦bara, pois será atenuado pelo.auxilio que o Estado rece-berá da União através do adicional do Imposto de Con-'sumo.

O empréstimo compulsório, a ser cobrado sob a formade uma sobretaxa aos Impostos Predial e Territorial, foiproposto à Assembléia pelo Sr. Rafael de Almeida Maga-Ihães — quando no exercicio da Governança — e o seuarquivamento foi determinado pela Comissão de Eco-nomia.

MENSAGENS

A criação dp empréstimocompulsório era uma das qua-tro mensagens enviadas peloSr. Rafael de Almeida Maga-Ihães ao Legislativo, das quaisduas já foram transformadascm leis, através da promulga-ção do Governador Carlos La-cerda: a que aumenta em 0,5..

o Imposto de Vendas e Consig-nações c a que estrutura cmquadros o funcionalismo do Es-tado.

A promulgação das duas leislevou a Assembléia a recorrer,arguindò inconstitucionalidade,ao Supremo Tribunal Federal,por não concordar com a apli-cação do Ato Institucional.

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1.° Cad., Jornal do Brasil, Sexta-Feira, 4-0-64

Coluna do Castello

Nâo há fato nôvo paraPSD mudar posiçãoBrasília (Sucursal) — Disposto a coope-

rar com o Governo, no exame e aprovação dosprojetos de lei e das emendas constitucionaispropostas ao Congresso, tal como o tem feitoinvariavelmente até aqui, o PSD não identi-tlca, contudo, a. existência de qualquer jatonôvo que justifique uma mudança de atitudepolítica do partido desde que decidiu afasllr-se do bloco da maioria no Congresso.

Essa, em síntese, a posição do PSD co-tnunicada pelo Sr. Amaral Peixoto ao Presi-dente Castelo Branco, no correr de uma lon-ga conversa, na qual se examinaram, em con-tinuação expressa ao contato da semana pás-tada no Rio de Janeiro, a reforma agrária, oproblema da coincidência dos mandatos eoutros temas políticos relacionados com aatual conjuntura.

O Sr. Amaral Peixoto disse que seu par-tido vê com entusiasmo as iniciativas do Go-vêrno em matéria de reformar, esclarecendomais uma vez que o PSD tem posição firmadaem favor de alterações constitucionais paradeflagração da reforma agrária.

O Sr. Martins Rodrigues lembrou toda aatuação da bancada pesseãista na votaçãodos projetos governamentais, alguns delesrelatados por deputados do PSD. A exceção,nessa corrente de apoio, foi no caso da lei daEletrobrás, quando prevaleceram, sobre astendência políticas, as divisões da Câmara emmatéria de filosofia econômica.

A conversa, considerada como satisfatõ-ria e aclaradora no sentido de aprofundar acolaboração pesseãista com o Governo na es-fera legislativa, terá se desdobrado em itenssecundários, que irão sendo a seu tempo ana-Usados pelos interessados.

UDN: convenção ou novela?

O Sr. Ernâni Sátiro concluía ontem asondagem junto à bancada e aos representan-tes udenistas no Diretório Nacional do parti-do em torno do problema da convenção. Amaioria inclina-se pela reunião das bases par-tidárias, numerosos deputados declararam-lhe que estavam pelo que decidisse a direçãodo partido e outros, como o Sr. Rondou Pa-checo, de Minas Gerais, pediram tempo paraconsultar as seções que representam.

O Sr. Antônio Carlos Magalhães comu-nicou-lhe que enviará ao Sr. Bilac Pinto, emnome da seção da Bahia, uma carta dandoplenos podêres ao presidente do partido paratomar uma decisão. Essa atitude, um fatonôvo na articulação udenista, tende a serimitada por outros setores partidários e éuma primeira indicação tática relativa àabertura ãe uma nova'crise para o Sr. Lacer-da, esta afetando sua própria candidatura àPresidência.

Quanto ao Sr. Bilac Pinto, que viaioupara Belo Horizonte, onde não encontrará oGovernador Magalhães Pinto, animou o la-cerdista Cúri no correr de um jantar, asse-gurando-lhe que não tem qualquer interesseem impedir a convenção e mostrando-se mes-mo, a esta altura, interessado em que asdémarches favoráveis à reunião se concluamsatisfatoriamente.

O longo arrastar-se ãas manobras em tôr-no da convocação parece ter, no entanto,afastado a UDN do núcleo do problema e sóagora, quando os obstáculos estão aparente-mente transpostos, é que os udenistas dão si-nais de perplexidade, quase de pânico ante aiminência de ser convocada a Convenção.Afinal, perguntam-se, para que a Convenção?Não é para lançar candidato à sucessãopresidencial, pois para isso é cedo. Não é parareiterar apoio ao Governo, pois isso seria oóbvio. E é aí que se insinua a terrível hipó-tese: não será para erguer em Brasília, faceao Palácio ão Planalto, um muro das lamen-tações?

Esse problema vai ser colocado nas pró-ximas horas para o Sr. Carlos Lacerda. E vão-lhe perguntar afinal se êle quer mesmo aConvenção, se pensou no que pode ser agorauma Convenção do partido, se há objetivosúteis a cobrir. Alguns, udenistas de proa jádesconfiam mesmo que o próprio Sr. CarlosLacerda estará mais do que qualquer outroembaraçado, pois afinal o que êle queria nãoera a Convenção, mas a conversa da Conven-çâo, a longa novela sem fim da Convenção,pedida e negada, admitida e contornada, re-pelida e afinal quase convocada.

Castelo sobre liberdade de cátedraO Presidente Castelo Branco já está comseu discurso de Curitiba pronto, abordandoum tema de excitante atualidade: a liberda-de de cátedra.

Indústria volta a trabalhar

Com a intenção ãe demonstrar que nãoexiste recessão na oferta de trabalho no se-tor industrial, fontes ão Palácio áo Planaltorevelaram ontem que, segundo informaçõesrecebidas pela Presidência da República, aVolkswagen registrou em agosto um recordeabsoluto, produzindo 6 572 carros, o que sig-nifica uma média diária de 312 unidades, ex-cedendo 58,8 por cento da produção de agôs-to dó ano passado.

Castelo, o alencarista

.. O Presidente Castelo Branco, no jantarque lhe ofereceu o Sr. Arnaldo Cerdeira, coma presença do Sr. Ademar de Barros (aindacandidato, mas admitindo que o problemadeve ser revisto, com a exclusão de todos oscandidatos atuais), preferiu ao diálogo comos políticos, um bate-papo literário com Mi-nistros dó Supremo.Numa roda, em que estavam os Ministros

Ribeiro ãa Costa, Pedro Chaves e Vilasboas,, revelou o Presidente que, quando estudante ãoColégio Militar, numa hora de arte dos alu-nos, em que se recitavam poesias, recitoit umapágina ãx> Guarani, que ainda hoje consideraum verdadeiro poema.

Caarlos Castello Branco

Serviço Secreto do Exércitoguerrilheiros de São Paulo e

Sla Paulo (Sucursal) — AsInvestigações que o Serviço Se-creto do II Exército o a DOPSestavam realizando cm todo oEstado c zonas limítrofes doParaná, para o levantamentode contros dé guerrilheiros, fo-ram precipitadas quando oOo-vernador Ademar de Barrosanunciou, no Jantar na resl-dència do Deputado Cerdeira,a prlsfio de 12 guerrilheiros,muitos dos quais estudantes.

O plano dos guerrilheiros de-tidos incluía, principalmente,atividades contra-revolucioná-rias na zona dos municípios doABC e em.todo o Estado deSáo Paulo e, em especial, nas

A presença <lo -_-aovomado.deSergipe, Sr. Seixas Dória, estásendo aguardada, hoje, às 13 ho-rus, uo Superior Tribunal Mlll-tar, conforme lntlm.çfto ícitA noComandante do IV Exército, dc-neral Mourto Filho, pelo Minis-tro Orlnndo Ribeiro da Costa, da-quela Corte de Justiça. '

O Sr. Seixas Dória, depois dobeneficiado com uma ordem dehabeas-corpus. íoi novamente prC-so nn Bahia, devendo comparecerhoje na sess.o plenária do STMc Imediatamente posto em llber-dade.

CHINESES

Hoje, As l.h, o Conselho de Jus-tiça. da 2.» Auditoria da 1.» Re-SlAo Militar dará inicio à qua-llíl.-çfio dos nove chineses queeo encontram presos no Batalhãode Guardas do I Exército, bem as-«im do ex-sargento da FAB An-tónlo Prestes de Paula, e man-dará expedir edital de citação pa-ra os oito outros políticos denun-ciados por crime contra a Segu-rança Nacional, que se acham io-..Ridos ou exilados.

O Superior Tribunal Militar de-terminou, ontem, que seja refor-çado o dispositivo de segurançapnra a audiência do. chineses,sendo pedido pelo Julz-audltorLima Torres um Intérprete paraa qualificação desses elementos.

Os chineses a serem qualifica-dos s.o os seguintes: Wang Wel

fronteiras do Paraná, aprovei-taftdp-se do litígio de terrasentre lavradores e proprietá-rios.

As Investigações estavam s.n-do conduzidas tão secretamon-te que alguns delegados daDOPS ficaram surpresos com adetencfto dos 12 elementos nopróprio xadrez daquela espe-ciallzada. As investigações vl-savam estabelecer vínculos en-tre essas atividades e os atos deterrorismo verificados no BioGrande do Sul e Estado do Bio.

A precipltaçfto do Governa-dor Ademar de Barros, que ha-via tomado conhecimento do

Siexas Dória esperadono Rio para ser solto

Chen, Chu Chlnp' Tung, liou FaTseng, Su Tse Ping, Wans Chi,Chnng Pao Shfcns. Wang YaoT.cn,. Sun Kuel Pao c Ma YaoT-.ng.

Os acusados brasileiro. fornEl-dos ou exilados s6o: Jofio Ama-3 o n a s, Lincoln Cordeiro Oest,Maurício Grabois, Antônio Gar-cta Filho, Max José da Costa San-tos, AdSo Pereira Nunes, Ama-rlllo Vasconcelos e Raquel Cossol.

MARINHA

O Superior Tribunal Militar co-meçou a expedir, ontem, os ofl-cios dc intlinaçAo no. oficiais dnMnrlnha denunciados juntamentecora o ex-Almirante Cândido Ara-E_o, pelo Procurador-Gerál daJustiça Militar, Sr. Ivo d'Aqul-no, a fim de serem Julgados poraquela Corte de Justiço. Ter.1»..les o prazo de 15 dias para aapresentação da defesa prévia, •na ocasião ser.o qualificados.

Além do ex-Almirante cândidoArag&o, foram denunciados osAlmirantes SIMo Mota, PedroPaulo de Araújo Suzano, Wash-Ington Frazoo Fraga e José Luistle Araújo Goiano; os Caplt.es-do-Mar-e-Guerra Juan LopesAlonso Júnior, Paulo da SilveiraWerncclc, Rcnê Magarinos Tôri-es« Ari da Frota Roque; o Capitão-de-Krágata Bernardino CoelhoPontes, o Prlmclro-Tencnte Justi-no Lopes da Silva e cs Segundos-Tenentes Antônio Arinos Mar-

fato poucos minutos antes de.partir para Brasília, anuncian-do a prisão dos 12 elementos,fêz com que os acontecimentosse antecipassem. O Cel. CarlosEinar Mendonça de Lima, Pre-sidente da Comlss&o que invés-tlga atos subversivos, ao tomarconhecimento de que advoga-dos poderiam ingressar compedidos de habeas-corpus paraos detidos, decretou a prisãopreventiva dos implicados, porSO dias, e ordenou _> remoçãodo xadrez da DOPS para oquartel da 7.» Cia. de Guardas,para prosseguimento do lnqué-rito instaurado.

"MinasGerais"refeito

,j. _ ?

prendeuParaná j

_

t Paulo HenriqueCosta.

que.1! da SilvaMedeiros Ferro

As testemunhas arrolados nadenúncia, e que serão Interroga-.... após o término do prazo paraaprescnt.çSo da defesa prévia dosacusados, sio as seguintes: Ca-plt&o-de-Mar-e-Guerra José LimaFilho, Vlce-Almlranto FernandoCarlos de Matos, Vlce-Almli-ant.Hélio de Almeida Azambuja, Al-inlrante-de-Esquadra Antônio Cé-_ar Andrade e CapUâo-de-Fra.a-ta Clemente José Monteiro Filho.

Deram entrada, ontem, no S'.i-pcrlor Tribunal Militar, mais osseguintes pedidos de habeos-coi--pus em favor do ex-Dlretor-Ge-ml do Imposto de Renda. Sclplo-ne Mandlna, e do Sr. AlexandraLuís Mandlna, Augusto da Mota.Nelson Frutuoso Amado. OsmarAlves Campos Golega, Osnl Néridos Santos, Jurandlr de Abreu,Sérgio Martins, José Barbosa Lei-te Júnior, Antônio Lisboa, Afon-so Neves Guerra, Manuel de Al-melda, Henrique Martins do.»Santos, Rafael Babunovlch. ArgeuAnacleto Silva, Altamlro CláudioCosta, Milton Silva. Cláudio Jos»Ribeiro, Antônio Guarnleri. Va'.-demar da Silva, Antônio FerreiraCaiu, Agenor Queirós Barbo...Augusto Carrnzonl, Mauro Perei-ra, Hugo Carvalho, Sérgio Cav-valho, José dos Santos, JoSo Lu-ca.. Alves, Álvaro Moreira de OU-veira Filho. Geraldo Lopes Seró-dlo e Osvaldo Soares.

O porta-aviões Minas Gerais.já recuperado das avarias quesofreu, partirá, amanha, Jun-tamente com as íôrças-tarefasbrasileira, argentina, norte-americana e uruguaia, paracumprir a segunda fase daOperação-Unitas, levando abordo quatro helicópteros pilo-tados por oficiais da Marinhade Ouerra.

A belonave brasileira, numdia a ser determinado, será umdos controladores do exercício,através de seus equipamentoseletrônicos e, ainda, terá a in-cumbência de comandar nsíôrças-tarefas ao sair do Rio,quando serão executadas àboca da entrada, da barra exer-ciclos de proteção de um com-bolo que sai do porto.

Frigoríficos e açouguessuspendem fornecimento decarne de boi à Guanabara

Os frigorífico-, abatedores e açougueiros decidiram sus-pender hoje o fornecimento de carne à população, "porquê*os preços estabelecidos pela SUNAB para a venda de camaverde, no varejo, são impraticáveis, não atendendo aoscustos reais de produção".

O fornecimento de carne h Guanabara lol reduzidoontem em 80 por cento, devendo atingir hoje.os 1Ü0 porcento. Alguns açougues permanecerão abertos somente para •a venda de carne de porco, galinha e miúdos.

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Castelo reforma e demitemais 30 ua Aeronáutica

Brasilia ('Sucursal) — Deíicórdo com o Artigo 7.° do AtoInstitucional, o Presidente daRepública, na Pasta da Aero-náutica, assinou decreto refor-mando os seguintes oficiais:Brlgadciro-do-Ar Eglon Mar-quês e exclulndo-o do quadroda Ordem tío Mérito Aeronáu-tico, reformando o Tenente-Coronel-Àviador Oscar Ferreirade Sousa, reformando os se-guintes majores: Júlio BorgesEraldes de Oliveira, Paulo Odl-lon (Dockorn, Hélio FernandoÁvila; os Primeiros-Tenéntes:Sérgio dos Santos Pinto, Osval-

Recije (Sucursal) — O Con-selho Permanente de Justiça da7.» Região MUitar, atendendopedido do Coronel Hélio Ibi_-pina Uma, revogou a prisãopreventiva de 12 presos politi-cos, entre os quais o lider poi--tuário Alfredo Francisco Silva,o médico Bianor Teodósio c oSr. José Guedes Andrade,acusado de chefiar a célula co-munista do IAPI.

O Coronel Ibiapina recebeua visita da Cruzada DemocrataFeminina, que lhe levou a soli-dariedade em face do compor-tamento em relação aos presospolíticos, secundando a propo-sição do Presidente da Cama-ra Municipal, Vereador Vnn-denkolk Vanderlei, de aplauso"por sua atuação no combataaos que", no Governo passado,vinham pondo em prática umprograma subversivo que com-prometia a família brasileira".

Os presos que foram liber-tados pelo Conselho de Justi-

do França Júnior e Jônatas daRocha Ferreira.

DEMISSÕES ,Demitindo .dos fileiras da

FAB: o Major Tales Faria Bre-ner, Tenente Relnor PecàlaRae, o l.°-Tenente Antônio Sér-gio Gulmaráe* e Adão da SilvaSilveira. Demitindo • tio* qua-dros da Aeronáutica:-o Capi-tão-Aviador Alfredo RibeiroDaudt e Tenente Avelino, Iost.

¦Demitindo, com expulsão' dascarreiras da FAB: o suboficia.Arnaldo Francisco Renz, sar-

Ibiapina pede à Justiçalibertação dc 12 presos

ça são: José Guedes Andrade,Bianor Teodósio, Alfredo Fran-cisco Silva, Edgar Santlno, Isí-dio Silva, Francisco JcrônlmoSousa, José Felizardo Silva, Pe-dro Alves Oliveira. Petrônio Me-deiros Andrade, José Alves La-cerda, José Joaquim Santos eBenedito Vicente Ramos.

O mesmo Conselho resolveuconverter em diligência o pe-dido de revogação da prisãopreventiva do médico Luís Igle-sias, que presidia a AssociaçãoBrasil-URSS, do ex-Presidenteda Companhia de Revenda eColonização, Sr. Valdir Xime-nes, e do ex-Deputado SérgioMurilo.

O Coronet Ibiapina pediu aoConselho que lhe reserve o di-reito de, em face de qualqueratividade subversiva e rearti-culação de elementos ora bene-íiciados pela revogação da pre-ventiva. voltar a solicitar suasdetenções.

O Desembargador Rodolfo

gentes Édio Elegidio Péricles,Nei Moura Callxto, Antônio Ri-beiro de Carvalho Filho. JoséLauro Moreira, lEstácio RibeiroSantana. Nivaldo Almeida Fon-seca, Valdemir Ribeiro Moreira,Clearci Escaglione, MarlaldoRibeiro Guimarães e Edéslo RI-'beiro Costa.

- Reformando os suboficiais:;(Rubens Malresse Tornazplle,'Moacir Estevan Paluskeizs e ossargentos Mllquesedeo AbraãoLopes Medeiros' e Sílvio Palmae, finalmente, aposentando ofiscal do Aeroporto, Darci Mo-reira de Carvalho.

Aureliano, relator do processoa que responde Paulo Cavalcân-ti, ex-Secretário de Finanças doPrefeito Pelópidas Silveira e cx-Diretor da Administração doPorto do Recife no Govéirno Ar-rais, solicitou ao Secretário deSegurança, General Pais Lima,que apresente o indiciado às13h de amanhã no Gabine-te do Secretário do Tribunal deJustiça, a fim de ser interroga-do. É acusado de subversão daordem política e social, e de tersido elemento de vanguarda dashostes do Partido Comunista.

O Promotor Público da 5.»Vara Criminal, Júlio Vasconce-los, vai oferecer denúncia con-tra o ex-Superintendente da Rê-de Ferroviária do Nordeste,eng.° Almir Braga e contra oex-Deputado Estadual LuísCláudio Braga, ambos asiladosno México, como autores do des-vio de Cr$ 21 milhões perten-centes ao Sindicato dos Ferro-viários.

Habeas-corpus em Natalsó dura poucos minutos

Natal (do correspondente) —Alguns minutos depois de tersido posto em liberdade gra-ças a uma ordem de habeas-corpus concedida pelo SuperiorTribunal Militar, o advogadoHélio Vasconcelos foi preso no-vãmente e conduzido para localignorado. A Guarnição Federalde Natal está subordinada aoComando do IV Exército, se-diado em Recife.

O advogado Hélio Vasconce-los, funcionário da AssembléiaLegislativa e preso sob acusa-

ção de atividades subversivas,saiu do quartel em que estavapríso, sorridente e carregandouma mala de roupas. Quandodeu os primeiros passas cm di-reção à sua residência, foi in-terceptado por um jipe do Exér-cito e seqüestrado.MAIS PRESOS

Ainda não foi concluído o in-quérito sobre subversão, tendo6Ído preso ontem o marítimoIvo Ferreira, de Macau. Os en-carregados pelas investigações

admitem a hipótese de novasprisões.

O Governador Aluisio Alvespediu aos encarregados do in-quérito sobre corrupção que,após a conclusão de seus tra-balhos, façam um inquérito sô-bre a aplicação da cota federalpor parte dos prefeituras dointerior. Esse inquérito, antes,era presidido pelo Secretáriode Estado Jocelln Vllar, masdificuldades políticas tornaramimpraticável seu prosse-guimento.

Memória não pode falarsobre sanidade mental

O Encarregado do IPM naUniversidade Rural (Km 47),Coronel Humberto Carneiro deMendonça, disse ao JORNALDO BRASIL que o agrônomoMoacir Pompeu Memória, Di-retor da Divisão de Silvicultura

do Ministério da Agricultura,não está autorizado a emitirdeclarações sobre sindicânciasque desconhece.

Os fatos divulgados em umjornal dizem respeito ao Sr. Jo-sé Calazans, assessor do IPM.

Mourão diz ao Rotary quea Revolução é ideológica

O CULPADO

Os açougueiros informaram âSUNAB que não estão venden-dó a carne verde porque os frl-gorificos e abatedores só que-rem fornecer o produto co- •brando dos retalhistas, por ío-ra da nota de entrega, CrS 80a Cr$ 100. por quilo. Os íri-gorificos, por sua vez, afirmam

que os açougueiros é que náoquerem receber a carne; "paranão ter de vendê-la ao consu-mldor pelos preços da tabela".

O Grupo do Trabalho que,elaborou a portaria de tabela-' mento informou que não pre-tende voltar atrás em sua de-cisão, "pois os preços tabel,.-dos são justos e garantem umlucro razoável".

COMUNICAÇÕES

r. Banqueiros e bancários seSegundo comunicado do Serviço de Relações Públicas doMinistério da Marinha, duran-te os exercícios cm 'alto-maras comunicações de um navio -,íTcm fnX^dSXcom mas não entram em acordoum código de mensagens, sen

encontram para ver aumento

e cuja sanidade mental foi pos-ta em dúvida pelo Sr. Memó-ria. O Coronel está ultimandocs resultados do IPM paraapresentar as conclusões den-tro de 15 dias.

Recife (Sucursal) — O Co-mandante do IV Exército, Ge-neral Olímpio Mourão Filho,agradecendo à homenagem queo Rotary Club lhe prestou nossalões do Clube Internacional,disse que "a Revolução de mar-ço foi a primeira de caráterideológico no Brasil e prosse-guirã. cumprindo seu destinoaté a conquista do último obje-tivo".

Afirmou que do ponto-de-vista operacional militar a Re-

volução é assunto superado. OGeneral Mourão, que estavaacompanhado do Comandanteda VII Região Militar, Gene-ral Antônio Carlos Murici, afir-mou não ter realizado opera-ções militares apenas para dc-por Goulart, mas para "erra-dlcar o sistema canceroso quevinha consumindo as energiasdo Pais".SAUDAÇÃO

o General Mourão foi sau-

dado pelo Professor AmauriTeixeira Nunes, que destacouseu papel como pioneiro da Re-volução. Declarou o Generalter recebido confortantes pro-vas de apoio às suas idéias.Depois disso, prosseguiu aconspiração pelo Sul do País eás vésperas da Revolução jáestava decidido a não entregaro comando de sua tropa e con-fiar o Comando das forças devanguarda ao General Murici.

do mantidos vários canais ra-diotelefônicos entre os coman-dantes de grupo, comandantesde navios com estações de ter-ra e com aeroportos, o que fará'com que sejam mantidas con-tlnuamente no ar cerca de 35freqüências.

Informa ainda aquele Servi-ço que, durante a operação, osnavios perderão seus nomes,ganhando outros que sejam defácil leitura dos países partlci-pantes. Haverá ainda comuni-cações visuais, com piscamentode luzes, pelo Código Morse oupor bandeiras.

EXBRCICIOS

Outros exercícios serão exe-cutados, como o controle deaviões através de mensagensradioelétricas, que tèm a fi-nalidado de conduzi-los a fazerum ataque a um submarinonáo visível' pel» avião e sobcontato sanar por parte do na-vio, tendo o navio controladorde corrigir a tendência do ven-to e determinar a posição queo avião deve lançar o torpedoanti-submarino, levando emconsideração a curva què des-creverá'o torpedo ao ser lan-çado.

Outros controles de aviõesserão feitos durante os exerci-cios; sobre um submarino, per-mitindo que seja obtido o con-tato MAD (equipamento quepossuem os ayiões através doqual, qualquer campo mp.gné-tico feito por objeto metálicoé acusado no mostrador).Con-trôle de aviões na* execução deum plano de busca ou de pro-teção avançada no caminhopelo qual passará o comboio,o que, segundo os técnicos daMarinha, é um dos problemasmais difíceis, uma vez que osaviadores têm de compensar oefeito do vento que não é sen-tido por éle.

As íôrças-tarefas ao saíremdo porto executarão um exer-cício no qual dois submarinosficarão submersos, esperandoa oportunidade de atacar. Oscontratorpedeiros sairão comvárias horas de antecedênciado porto, fazendo uma buscasoriar em toda a área das• proximidades, colocando-se' emum semicírculo esperando asaída, do comboio, com o sò-nar ligado e varrendo o mar,À medida que o comboio sairos contratorpedeiros colocar-se-ão por trás dele, formandoum círculo em redor, semprecom o sonar varrendo- Esseexercício, que será feito sobcomando brasileiro, é conside-rado pela Marinha como o

. mais importante.O grupo-tarefa brasileiro

desincorporar-se-á dos demaisno dia 10 deste mês, na bô-ca do Rio da Prata, retornan-do em seguida para o Rio deJaneiro.

VISITAÇÃO

Ontem, milhares de pessoasvisitaram, de 14 às 16 horas,os navios ancorados no pterda Praça Mauá, sendo osmais visitados os norte-ameri-canos, principalmente o des-tróier Norfolk, que está anco-' rado ao lado do submarinoOdax, c participou do bloqueioa Cuba e foi o apanhador decosmonautas quando de suasdescidas no mar.

VISITAS

Um grupo de '50 cadetes daEscola Naval visitou ontem, pe-Ia manhã, os navios da flotilhanorte-americana, que se en-contrain atracados no píer daPraça Mauá. Também um gru-po de 30 crianças da Funda-ção Romão Duarte esteve uocontratorpedelro USS Willis.

Hoje, nova turma de 50 ca-detes visitará os navios daíôrça-tarefa brasileira. Anoite haverá uma recepção noClube Naval Piraquê. ofereci-da pelos comandos das frotasque participam da Operação-Unitas.

Também ontem, oficiais daíôrça-tarefa norte -america-na estiveram no Centro doAção Social Cardeal Jaime Cã-mara, quando doaram uma má-quina de costura à entidade.A professora Alda Matias agra-deceu aos oficiais Robert Sil-vert e Lynn Livingstone a doa-ção.

A Comissão nomeada pelo Ministro Arnaldo Sussekincfcomposta de três representantes de banqueiros e bancários— do Rio, São Paulo e Minas — depois de duas reuniões noGabinete do Superintendente do Banco do Brasil, Sr. PauloFigueira, não chegou a nenhum acordo quanto à porcen-tagem para o aumento dos bancários.

Segundo o Sr. Alceu João Batista, do Sindicato dos Ban-cárlos da Guanabara, cada Estado terá que resolver o seuproblema. Disse que hoje, às 14h30m, haverá uma reunião1no Sindicato dos Banqueiros para estudo de uma propostaoue será apresentada aos bancários possivelmente quarta-feira, na assembléia-geral.DIFICULDADES

Prosseguindo, o Sr. Alceu JoãoBatista disse que foram doisos motivos para que não liou-vesso acerto. O primeiro a re-sistência dos banqueiros em nãoultrapassarem os 92 % ofereci-dos anteriormente e em segun-do lugar a negativa de reajas-tamento em março.

Outro ponto delicado —continuou — prendeú-se aoBanco do Brasil, que segundoo seu Diretor-Presidente nãofirmará acordo que ascenda aos92% e que inclua reajustamen-to de seis meses. Tentamos con-tornar o problema do Bancodo Brasil adiando a soluçãodo caso da reunião de quarta-*feira para ade ontem, paraque o Superintendente do Bán-co do Brasil consultasse o Mi-nistro do Trabalho sobre aspossibilidades do Banco do Bra-sil dentro do acordo a ser as-sinado.

Tudo em vão. Não obti-vemos resultado prático eagora teremos de resolver o as-sunto separadamente e não sa-bemos nem onde êle nos poderálevar — finalizou.ACUSAÇÃO

Belo Horizonte (Sucursal).—O interventor no Sindicato dnsBancários de Minas Gerais, Sr.

Manuel Alvim, acha que "oacordo de reajustamento sala-fiai não foi conseguido ainda»porque uma minoria atuanteestá agitando o problema para •evitar que a Junta Governativatenha qualquer êxito em suasiniciativas".

Afirma o Sr. Manuel Alvimque na última campanha sala-rinl. o Sindicato dos Bancáriosgastou mais de Cr$ 5 milhõessó cm propaganda, enquanto ia Junta Governativa, ago-ra só teve pequenas despesascom viagens e hospedagens, semprecisar de subversão, o quenão agrada aos agitadores.FÓRMULA NACIONAL

A proposta conciliatória apre-sentada pelo Delegado Regionaldo Trabalho em. Minas GeraiivSr. Onéslmo Viana, tem inte-ressado ao Ministro ArnaldoSussekind como fórmula capazde atender aos bancários e ban-queiros cariocas, paulistas, mi-neiros e goianos, segundo iií-formação do Sr. Manuel Alvim.

O interventor na Federaçãodos Bancários de Minas Gerais,disse que "só convocaria outraassembléia-geral da classequando tivef uma segurança depossibilidade de acordo e todosos bancários tiverem conhec}-mento exato do problema, semmotivo para agitação''.

Usineiros nãocarteira de

assinam

Recife (Sucursal) — Traba-lhadores do Município de Ma-caparanã e São Vicente Ferrerdenunciaram ao Delegado doTrabalho que donos de enge-nhos se recusam a assinar suascarteiras profissionais e nâorecolhem a contribuição dosempregados aos sindicatos,proibindo inclusive a presençados delegados sindicais em suaspropriedades.

O padre Melo confirmou asdenúncias dos trabalhadores,afirmando que "nem no tempode Arrais ' o sindicato entrouem Macaparanã ou São VIcen-te Ferrer",

camponesesA Companhia de Industriai-

zação do Leite Misto informouontem ao Delegado do Trabn-lho que a empresa não temcondições de dar qualquer me-lhoria salarial aos seus funcio-nários, que pedem GO"*., dc au-monto.

O Delegado do Trabalho eivviou imediatamente o processoà Justiça. Também o Sindica-to dos Proprietários de Pada-rias íêz a mesma alegação, res-salvando que só poderá conce-der o benefício no caso de seraumentado o preço do pão. Psempregados reivindicam 40.,de aumento. ¦*•

Deputado do PTB quer quea Justiça Eleitoral acabecom a cúpula do partido

O Deputado Luis Correia oficiou à Justiça Eleitoral pe-dindo a dissolução da cúpula do PTB, da qual êle própaíofaz parte, sob a alegação de que o Regimento Interno dopartido é de características fascistas, "devendo por Isso serproscrito dentro do nôvo quadro democrático que â Revo-lução Instituiu no País".

O Sr. Luis Correia — que dirigiu ofício idêntico ao Mi-nistro da Justiça, lembrando que no momento aquela Pastatrata da reforma eleitoral — aponta como uma das razõestío seu pedido o fato de o Regimento petebista determinarpara a Convenção partidária o mesmo número de rejpresen-tantes (dois) para cada Estado e Território.DESPROPORÇÃO

Acha o representante peto-bista que o Acre, como umEstado' de pequena popula-ção, não* pode igualar-se nonúmero de votos aos Estados

de São Paulo, Guanabara eMinas Gerais, com grandes po-,pulações.

Terça-feira a bancada doPTB estará reunida, principal >mente para tratar da maneirade votar as contas do Executivo.

PTB de Minas atacarámanifesto de Goulart

Belo Horizonte (Sucursal) —Cora apoio da Comissão Executl-va e do Diretório Regional, abancada do PTB na AssembléiaLegislativa de Minas divulgaráhoje um manifesto _ Naçílo, cri-Meando o manifesto lançado polocx-Presldente Jollo Goulart, nodia 24 de agosto, c pedindo arcclomocratlzaçílo e completa nor-mall.açao da vida do Pais.

O manifesto — que reafirma _posiç.o do PTB do .Unas cm fa-vor das reformas de base — Eerálido tia tribuna da Assembléiapelo Deputado Feliciano de OU-veira, após um discurso do Depu-tado Jo.é de Castro Ferreira, re-dator do documento.

A bancada do PTB manteve on-•tem uma reunião secreta, quan-do decidiu divulgar o dooumento.que está pronto desde, ft, últimase_-.nda-.eira, não tendo sido 11-do da tribuna da Assembléia de-vido a um telefonema, do Sen:»-dor Camilo Nogueira da Gama aoDeputado José de Castro Ferrei-ra, pedindo que esperasse algumdias. *' "*

No manifesto, os trabalhistas fl-xam, ainda, sua posiç.o em íac.da nova ordem de coisas reinar^tes no País, aceitando a Revo-lução como ..to conaupiado econdenando quaisquer tnanobra.contra revolucionárias òu subver-eiva.. •• .

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Juarez defende na Câmaraa instituição do ImpostoÚnico sobre combustíveis

Brasília (Sucursal) — Na exposição que fêz ontem, naComissão Especial da Câmara que examina o projeto deImposto ünico sobre lubrificantes e combustíveis, o Minis-trõ da Viação, Marechal Juarez Távora, disse que o objeti-vo da mensagem governamental é corrigir a politica er-rada de transportes, que consiste em subvencionar o siste-ma rodoviário, em detrimento dos transportes marítimos eferroviários e que a mensagem transfere tais ônus para osusuários.

— O custo de vida não deverá aumentar em mais de 3por cento, caso o projeto seja aprovado. A SUNAB que po-nha na cadeia os que invocarem o aumento dos combus-tiveis para elevarem as mercadorias acima daquele per-centual — frisou o Marechal Juarez Távora.RODOVIAS

Disse o Ministro que atual-mente o Governo cobre os

,,,-. ônus pela conservação das ro-,;,...',.' dovlas,, cobrando imposto nâo

somente dos que a usam, masde toda a população.

Comentou que o.s buracos dasrodovias "sâo reparados pelo

wsfl povo, indiscriminadamente,»¦ ¦_¦ não pelos seus autores, as em-.n<i, presas de transportes". Afir-

mou que cada quilômetro de'¦ estrada pavimentada implan--.-Yi tada custa 50 milhões de cru-

zeiros e a conservação de um..quilômetro de rodovia, anual-

mente, custa, em média, SOO milcruzeiros.

SEGURANÇA NACIONAL

: O Ministro Juarez Távora sa-lientou que do ponto-de-vista

._ de segurança nacional as ro-'¦" .• f dovias perdem no confrontocom as estradas de ferro oucom o transporte marítimo e;',. que na eventualidade de uma

( g-uerra "nâo poderíamos trans-portar soldados, armas e mu-nições pelas rodovias, do Sulpara o Norte, e vice-versa".

Disse ainda que o transporterodoviário custa nove vezesmais que o marítimo e três ve-

.,;,„ ies mais que o ferroviário.

Revelou o Ministro que até ofim do ano será inaugurada asegunda pista da Via Dutra, emcujas obras foi usado o pro-cesso de aplicação de chapasasfáltlcas, de maior resisten-cia.

Afirmou também que, peloplano rodoviário, terão de serimplantados mais de 32 milquilômetros de rodovias noPais. Até 1971, porém, a poli-tica de transportes deverá ori-entar-se no sentido de equili-brar os atuais meios de comu-nicações, eliminando as des-vantagens ém que se encontramos sistemas ferroviários e ma-rítimos.

CUSTO DE VIDA

O Marechal Juarez Távoradisse que os vários órgãos téc-nicos- consultados — FundaçãoGetúlio Vargas, Petrobrás.DNER — avaliaram em 1,8 porcento o máximo de incidênciados combustíveis no preço dasmercadorias e, quanto ao au-mento médio de 5 por centonas tarifas sobre o preço dosveículos rodoviários, as peçassobressalentes e acessórios, nomáximo elevariam o custo dostransportes em 34,18 por cento,o que Importaria em aumentoda mercadoria transportada em1,75 por cento.

Plano de Habitação não saipublicado porque Ministrosestão ausentes de Brasília

Brasília (Sucursal) — A lei que aprova o Plano Nacio-nal de Habitação, já sancionada pelo Presidente da Repú-blica, ainda não foi publicada no Diário Oficial, porque fal-ta o referendo dos Ministros de Estado, há vários diasausentes da Capital.

Acreditava-se que a lei seria posta em vigor esta sema-na, com a volta dos Ministros ausentes, mas, como não hou-ve reunião ministerial, a previsão é de que o Plano Nacionalde Habitação sairá só na próxima semana.INQUIMNATO

Pontes do Ministério da Jus-tiça Informaram ao JORNAI»DO BRASIL que o projeto daLei do Inquilinato se encontro-va ho Palácio do Planalto, hádiversos dias, quando houve oentendimento na área parla-mentar para prorrogação da.

atual lei, por três meses, a fimde que o documento seja es-tutiado melhor.

Durante os três meees daprorrogação, o projeto do Mi-nistério da Justiça será subm«-tido, nó Palácio do Planalto, aalgumas modificações. O do-cumento não pode entrar emconflito com o Plano Nacionalde Habitação.

Campanha contra sonegaçãona Guanabara já puniu 85firmas no seu primeiro dia

O Diretor da Inspetoria de Rendas da Guanabara, Ma-jor Edelmar Paturi Monteiro, revelou, ontem, em entrevis-ta coletiva, que a campanha contra os sonegadores de Im-posto de Vendas e Consignações já puniu 85 firmas e inti-mou 1300 para depor sobre o não fornecimento de talão devenda, no primeiro dia de funcionamento.

A campanha que utiliza todos os fiscais da Guanabaratem.o objetivo, segundo o Major Paturi Monteiro, de arre-cadar recursos para o cumprimento de seu programa deobras, eliminando os comerciantes que fazem concorrênciailegal e dando apoio ao concurso Seus Talões Valem Mi-lhões.METADE DO COMPRADOR

Observando que, em cadacinco operações de venda ape-nas numa o consumidor rece-be o seu talão, que o Impostode Vendai e Consignações re-presenta mais de 80% da arre-cadação estadual, o Major Pa-turi Monteiro disse que os cin-co anos anteriores de campa-nha educativa dos contribuin-tes não alcançou os resultadosdesejados e que a sonegaçãoprovoca uma evasão de Cr$ 10bilhões anuais.• O Major Paturi acentuou ocaráter essencialmente puniti-vo da campanha que vem exe-cutando, pedindo o . apoio dapopulação e garantindo qUe tô-das as pessoas que apontaremos sonegadores de talões devenda receberão metade damulta de Cr$ 50 mil, cobrada

, de Imediato dos sonegadorespilhados em flagrante, semprejuízo da ação penal porprática de crime contra a Fa-zenda do Estado.

EFEITO PSICOLÓGICO

Disse o Major Paturi que oefeito psicológico da campanhaagora em execução já se fêzsentir, pois no último dia 31 deagosto foi recolhida aos cofresdo Estado a maior arrecadaçãodo ano, no montante de Cr$ 1bilhão e 150 milhões.

Nesse trabalho, a InspetoriaGeral de Rendas do Estadoatuará em estreita ligação com

a Delegacia de Crimes contraa Fazenda, encarregada de darinício à fase punitiva, apon-tando ao público os que preju-dicam a população por meioda fraude. A fraude, em geral,é cometida através de do-cumentos chamados notas frias,notas falsas de venda.COMPROVAÇÃO

É especialmente através danota fria que se processa amaior sonegação do Impostode Vendas e Consignações, in-cldindo quase sempre na áreados atacadistas. O Inspetor-Geral de Vendas, Sr. MendesTavares, divulgou, ontem, porocasião da entrevista, uma sé-rie de firmas — todas do co-mércio de ferro — que foramautuadas operando com do-cumentos falsos. Entre essas, aMellomac Engenharia Ltda.,com um capital de Cr$ 75 mi-lhões e um contrato, com oIAPI, de mais de Cr$ 1 bilhão.Na sua escrita comercial efiscal íoram enoontrados

Cr$ 320 milhões de comprovnn-tes falsos que possibilitaramreajustamento de custo de obra,com o IAPI, no valor de Cr$ 480milhões. Outra íirmá, a IncofelIndústria e Comércio de FerroLtda., na Av. Rio Branco, 25,sala 91,1, emitiu Cr$ 374 milhõesem notas frias. No mesmo es-critório, funciona a Perro In-dústria Ltda., que tem os mes-mos sócios t opera regular-mente.

Aprovadosalário-educação

Brasília (Sucursal) — Emre-glme de urgência urgentíssima.o Senado aprovou ontem oprojeto da Câmara que' dispõesóbre o salário-educnção, cujavolta à Câmara se tornou ne-cessaria em decorrência daaprovação de diversas emendas,entre as quais a do SenadorMem de Sá, que faculta a Fun-dações Educacionais o recebi-mento da contribuição de quetrata a letra a do Artigo 4.° dalei. A emenda aprovada diz oseguinte:

— Os Conselhos Estaduais deEducação — ou os Governosestaduais, onde não existiremos Conselhos — poderão dele-«ar o recebimento e a aplica-çfto total ou parcial da contri-bulcão prevista na letra a doArtigo 4." a Fundações Educa-cionais que, sem fins lucrati-vos, com sede nos respectivosEstados, tenham por objetivoo custeio do ensino primárioou a construção de prédios es-colares a serem doados e in-corporados à rede estadual oumunicipal da instrução públicaprimária, ou a realização deobras de conservação e repara-ção desses prédios.

Energiaelétricavai subir

Brasília (Sucursal) — A re-formulação das tarifas de ener-gia elétrica constituirá o pró-. ximo passo do Governo federalna série já iniciada para cor-rigir defeitos da legislação emvigor sobre a prestação de ser-viços públicos.Segundo ontem informou oMinistro Roberto Campos aosmembros da Ação Democrática

parlamentar, expressamente re-unidos para ouvi-lo, uma men-sagem nesse sentido será bre-vemente encaminhada ao Con-gresso. Disse o Ministro, ao ex-plicar tal decisão do Governo,que a revisão das tarifas deenergia elétrica constitui passodecisivo para estimular a ini-ciativa privada no Brasil.

Juiz defendeatestado

Jornal do Brasil, Sexta-Feira, 4-9-64, l.o Cad. — 5

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para salário Bancos do Estado do Riorecomendam urgênciapara ligação Rio-Niterói

Tôn*es dá um mês para afiscalização do comércio

Niterói (Sucursal) — A As-seniibléia Legislativa aprovou,em sessão extraordinária, nanoite de ontem, mensagem doGovernador Paulo Torres, per-mltindo à fiscalização estadualvigiar, durante 30 dias seguidos,o movimento de vendas dosestabelecimentos comer ciais,para confrontá-lo com oipaga-mento de Mnpostos, e dando odireito ao Secretário das Finan-ças de Interditar as firmas ematraso com suas obrigações.A mensagem foi aprovadapor 26 votos contra cinco, mas10 parlamentares ocuparam atribuna, fazendo declarações de

votos contra o artigo que per-mite a Interdiçfio dos estabe-lecimentos comerciais, classifi-cando-o de "uma arma políticaperigosa dequeoSeciatário dasFinanças poderá fazer uso paracoagir cs seus adversários poli-ticos".ORÉSDITOS

O Legislativo iniciou, às 22hora_3, nova sessão extraordíná-ria para apreciar outras men-sagens do Governador PauloTorres, inclusive a que abrecréditos suplementares de Cr$23 bilhões a diversas dotaçõesdo orçamento.

O Juiz de Menores, Sr. Au-gusto Cavalcanti de Gusmão,defendeu ontem a necessidadedo atestado policial para efei-to do recebimento do salário-familia, "afim de evitar queelementos inescrupulosos con-tinuem percebendo o benefício,depois de abandonar mulher ofilhos".

Esses pais — afirmou —visam apenas o beneficio pró-prio, com prejuízo das íamí-lias. Assim, todos devem es-tar prontos a tomar providen-cias contra eles. entre elas acomprovação periódica da de-pendência, por meios hábeis,previstos em lei.

QUEM RECEBENão é apenas a condição

de filho — revelou — que dádireitos, hoje em dia, à per-cepção do salário-família. Tam-bem a guarda e responsabili-dade, a adoção, a tutela e adelegação do pátrio poder.

Segurançaleva Justinoa Meneghetti

Porto Alegre (Correspondeu-te) — O General Justino Al-ves Bastos visitou o Governa-dor lido Meneghetti, mantendouma palestra reservada, sóbreproblemas relacionados com a °segurança pública do Estado.

O General esteve depois naAssembléia Legislativa, conver-sando informalmente comdeputados das diversas banca-das e, hoje, partirá para Curi-tlba. onde inspecionará unida-des militares da Capital.

Senadovê acordonuclear

Brasília (Sucursall — Ten-do a Comissão de SegurançaNacional do Senado se mani-festado pela aprovação doacordo de cooperação no cam-po de utilizações pacificas daenergia atômica, entre o Bra-sil e a Comunidade Européia deEnergia Atômica, com emenda,o Sr. Afonso Arinos requereuaudiência da Comissão de Jus-tiça a íim de que esta se pro-nuncie sobre a viabilidade ounão de ser emendado um acôr-do de adesão. Simult&neamen-te, o Sr. Silvestre Péiicles pe-diu audiência do Conselho deSegurança Nacional sobre essaemenda.

Conforme parecer do Sr.Ermirio de Morais, a Comissãode Segurança Nacional preten-de suprimir do texto do acordoa letra C do Artigo 17 que dis-poe sobre a eventualidade deuma denúncia do acordo, dc-terminando que, nesse caso. osacordos ou contratos conclui-dos no quadro de sua aplica-ção continuarão cm vigor du-rante toda a duração dos pe-ríodos para os quais foram es-tabelecidos, salvo disposição emcontrário, estipulada entre aspartes contratantes.

Niterói (Sucursal) — O Presidente do Sindicato dosBancos, Sr. Danton Queirós, declarou que, tratando-se deponte ou túnel, o Governo Federal deve cuidar com urgên-cia de uma solução definitiva capaz de ligar a Guanabaraa Niterói por sistema mais rápido, moderno, eficiente eseguro.

. — A Guanabara é verdadeiramente o centro das aten-çoes fluminenses e precisa de um nôvo elo para permitirum contato mais rápido com Niterói, influindo, inclusive,no progresso do Estado, que também pode beneficiá-la —disse.VANTAGENS

Manifestou a certeza de queuma nova ligação pela Bafa daGuanabara viria contribuir pa-

ra a melhoria do comércio deNiterói, aumentar a populaçãoda Cidade e favorecer a clrou-lação da riqueza.

Luci Bloch aplaude criaçãodo Instituto! de Turismoe anunciai Mercado Comum

A Diretora do Departamento de Turismo e Certamrsdo Ministério da Indústria e Comércio, Sr.a Luci Bloch, de-clarou ao JORNAL DO BRASIL que o Instituto Brasileirodo Turismo, cujo projeto já foi aprovado pelo Senado, tor-nará possível a expansão, do movimento turístico no Pais,satisfazendo uma necessidade há muito reclamada.— O Brasil está imbuído de uma nova mentalidade tu-rística e está liderando na América do Sul um movimentoque visa a organizar o Mercado Comum Latino-Americanode Turismo, promovendo, na Guanabara, em janeiro próxi-mo, um Congresso sobre o assunto, que contará com a par-tícipação de todos os paises do continente.

Aviões huscam sinais do"Patagônia" que sumiu no

mar a 16 milhas do portoPdrío Alegre e Buenos Aires (Correspondente e PP) —Aviões, das Forças Aéreas do Brasil e da Argentina estãoprocurando o navio argentino Patagônia, que. na noite dequarta-feira, a 16 milhas do porto da Cidade do Rio Gran-ae, emitiu sinais de. socorro, informando que estava ameaça-oo de naufragar.Imediatamente após o pedido de socorro, os navios bra-sileiros Presidente Vargas e Mataripe, juntamente com acorveta Angustura, partiram ao encontro do Patagônia, nãoencontrando sinais do barco, que transportava 1300 tone-ladas de trigo para o Brasil.

ÍBT

O projeto do Instituto Brasilei-ro do Turismo íoi apresentado, hív12 anos, pelo Senador Mem do Sii.Um simpósio sobro turismo, recen-tomente rcallzndo cm Brasília,despertou a atençSo do Congres-ao, íazendo com quo novamenteo projeto íôsse debatido.

A Sr.» Luci Bloch íoi convidadaa dar sugestões no projeto, nftona ciurilidade de Diretora do De-partiimento de Turismo e Certa-mes e sim como estudiosa no as-sunto, pois sempre se preocupouem transformar o potencial tu-ristlco do Brasil numa realidade.POSIÇÃO DOS ESTADOS

O que existe, atualmente, deoficial em matéria de turismo estia cargo do Ministério da Indús-tri» e do Comércio e de algumas Se-cretnrias dos Estados, que contu-do, nfio têm força nem verba cn-pazes de realizar multo pelo turis-mo no Pais. ,

OS PERDIDOS

O navio estava sob o coman-do do Capitão Domingo Figi-ni e entre seus tripulantes fi-guram Higinio Andreattinlitaliano, Juan dos Reis SãoMarco e Antônio Duarte, por-tuguêses, Anastácio Roa 'e

Os-car González Ojeda, para-guaios. e Atiliano Garcia, es-panhol.

O navio — que havia par-tido a 29 de julho do porto ar-gentino de Quequen, situado700 quilômetros ao sul de Bue-nos Aires — desloca 744,26 to-rieladas e havia sido construi-üo em 1930, na Alemanha,O Patagônia havia sido re-formado recentemente, o ouelhe teria tirado a estabilidade.

Navios serãovendidoscomo sucata

¦ O Presidenta Castelo Bran-co autorizou ontem o Ministroda Viação Marechal JuarezTávora, a vender, como sucata14 navios do Lóide Brasileiroe da Companhia Costeira, des-de que assegurada preferênciaà Companhia Siderúrgica Na-cional.

Dentro de poucos dias o Mi-nistério da Viação providen-ciará a publicação dos editeisde concorrência, que será ven-cida pela Companhia Siderúr-glea Nacional se ela puder sus-tentar o preço e as condiçõesde pagamento idênticas aoconcorrente que venha a alcan-çar o primeiro lugar.

O IBT, se aprovado, disporíi deverba própria, que somente noprimeiro ano está calculada cmCrs 2 bilhões, tendendo a aumen-tar, progressivamente, nos anossubeqüentes e nfio trará nenhumnôvo ônus tributário para o povo,além daqueles Já pagos, mas quonfio sfio canalizados, lntegralmen-te, para um órgão centralizadordo turismo cm todo o Pais.

MERCADO COMUM

A Guanabara receberá, om Ja-neiro próximo, representantes detodos os paises latino-americanos,que debaterão a criação de umMercado Comum de Turismo,qunndo serfio aprovadas diversasmedidas tendentes a facilitar aexpansão turística, entre as quaisa liberação de passaportes e datráfego de automóveis nas íron-teiras. ,

Políticado petróleo;não se alíei;a-Um informante do Conselho

Nacional de Petróleo disse on-tem não ter fundamento a in-formação de que estaria feendoelaborado um estatuto refor-mulando a política nacionalde petróleo, frisando que aorientação governamental etoda legislação referente àque-le setor permanecem regidaspela lei 2 004, que estabeleceuo monopólio estatal do petró-leo.

Lacerda abreescola comJuana Castro

O Governador Carlos Lácer-da vai inaugurar ;hoje à tardea Escola Antônio Maceo, cons-truida pela Fundação Otávio¦ Mangabeira, em Anchieta, e asolenidade contará com a pre-

• sença da Srta. Juana Castro,que chega às 12 horas, de Bue-nos Aires.

Pela manhã, o Sr. Carlos La-cerda fará uma inspeção a di-versas obras do Estado.

ÀS MARGENS PLÁCIDAS DO IPIRANGA».

OOO.NASCEUUM BBASI1L

MOVO 2. Homenagem do Banco de Boston

a todos os brasileiros,na data em que se comemora

a Independência do Brasil.

» !hr HRS ! \AT10N.\I.! BANK of BOSTON

«io ne janeiro . av. Rio Branco, 1»SAO PAULO - Hua Libero Badan), 487santos - Praça Visconde de Mauá, 14campinas - Av. ft«üd_.co Glicério, 121»

.._-_.

Cartasdosleitores* o Sr. Luis Agnaldo Bue-no, chofer de praça, solicitaque se dé atenção "ao pontodc táxis que existia na RuaBolivar, esquina de Copacaba-na liá mais de 40 anos, queatende ao teKone 36-61M oque íol retirado de lá pelo Co-ronel Fontenele, quando das' modificações no trânsito".

E argumenta: "Se os tâxlsIncomodavam o trânsito por-çue^estavam trabalhando paraganjiar o pfio de seus íamilia-

i res, por que entáo, depois dedeterminada hora, podem en-costar os particulares que vSoao cinema ou aos restauran-tes ali existentes?""A nossa classe — observa—n&o pode viver como fera acua-da. H& em todas as classesos bons e os maus elementos.Assim, selecionem motorista»tendo em vlsta o IV Cente-nário, pois somos nós o vet-culo" de aproximaç&o dos vlsl-tantes, nacionais e estrangei-ros/fcom a beleza do Rio".

4- Ò Presidente do Grupo deTrabalho do Departamento deCultura da Secretaria deEdu-caç&o e Cultura, Sr. MuriloMiranda, esclarece, a respeitodo Concurso Alberto Nepomu-ceno, que "a Comlssüo Julga-dora do referido concurso de-cldiu que a nenhum dos can-didatos deveria ser atribuído oprêmio • que, assim, a Dire-toria que preside nenhuma in-gerência teve no Julgamentodos trabalhos uma vez que aComissão era — como nãopo-dia deixar de ser — soberanana apreciação dos candidatos""A- Comissão Julgadora —continua — estava assim cons-tltuida: Aires de Andrade, El-za Cameu, .Valdemar Henrl-que-e Manuel Bandeira, todoselementos de alta expressão ar-tistica e cultural entre nós. E,sendo o objeto do concursoestipular os compositores bra-sllelros, a direçáo do Depar-tamento de Cultura, em facedo resultado apresentado pelaComissão Julgadora, houve porbem^ determinar a abertura denovas inscrições. Tal critériodemonstra, de íorma irretor-quWel, o propósito de levar aefeito a distribuição dos prê-mios dando, assim, nova opor-tunldade aos concorrentes quejá se. candidataram e não lo-graram classificação, como aoutros que ainda queiram fa-zé-lo."

í|» O Sr. José Alberto Silvalembra que, "quando no tempodos bondes elétricos, havia trêslinhas — a9a24ea60 — que,partindo de Botafogo, passa-vam pelas Ruas Senador. Ver-gueiro, Largo do Machado, Ca-tete, Largo da Lapa, AvenidaMem de Sá, Gomes Freire etc.sendo que a 60 ia depois porSalvador de Sá, Haddock Lobo,Conde de Bonfim, até a Muda"."Acontece — continua — queos bondes foram suprimidos enão houve mais as ligações di-retas desses bairros. Os passa-geiros que vêm de Botafogo,Flamengo, Catete para a Ave-nida Mem de Sá, Gomes Frei-re etc. sâo obrigados a fazerbaldeação no Largo da Lapa etêm do tomar dois ônibus — oque é muito caro nos diasatuais."

Sugere o Sr. José AlbertoSilva que o Departamento deTrânsito coloque uma linha deÔnibus indo de Botafogo quedescesse pelas Ruas SenadorVergueiro, Catete, Mem de Sáetc.;|c O Sr. Cristóvão Campariinforma que na Rua Nerval deGouveia, em Quintino Bocaiú-va, os esgotos correm pelas cal-çadas, "porque o Departamen-to de Esgotos Sanitários daSURSAN ainda não cuidou de

|t- canalizar o rio que. atravessa'•-, grande parte do bairro e noqual são depositados,' inclusive,os detritos do Instituto Profis-sional Quinze de Novembro".

Diz o leitor que o rio trans-formou-se "numa gigantescapoça nas proximidades da RuaGarcia Pires, representando a

1; causa principal dos mosquitos. •que infestam o bairro e dosconstantes casos de tifo".

— Quando chove, como ocor-reu no Inicio da semana, é umdeus-nos-acuda. O rlo-pocatransborda e os moradores dascasas mais próximas têm deafastar-se," tão intenso é o maucheiro. Além disso, o matocresce, criando novas condiçõespara a proliferação de mos-quitos.«{; O Sr. Benjamim SilvaAraújo enviou ao JORNAL DOBRASIL cópia do telegrama emque reclama contra os concur-sos promovidos pelo Estado daGuanabara.

"A atitude do júri dò concur-' so da Melhor Canção de 1964-i- diz — resolvendo não con-ferir os devidos prêmios àscanções que deveriam ser cias-sif içadas nos três primeiros lu-gares, conforme regulamentotornado público pela impren-sa e pelo rádio, além de revol-tante é lhesplicável."«]c O Sr. F. de Melo lembraque há, na Câmara, desde 1958,uma emenda constitucional de

. ii autoria do Deputado PauloBentes, que corrige a desigual-

\'í dade entre servidores civis da.;.-.| União e os militares e funcio-

nárlos estaduais., "A emenda constitucionalque trata do assunto — diz —'f:.[ já foi estudada pela ComissãoEspecial Interpartidárla, que aCâmara designou. Tão justa foiconsiderada que, os deputados,a aprovaram. Com parecer fa-vorável da única comissão aque íol submetida seis anos de-pois de aprovada, a emendaainda não veio a plenário.":k O Sr. e Sra. George A. Ottodesejam comprar moedas sul-americanas antigas para a suacoleção, aceitando propostaspara venda e sugestões sóbrelocais de compra em 7702Appleton, em Houston, Texas.

O casal aceita respostas emespanhol, interessando-se, tam-

bém, em corresponder-se comcolecionadores brasileiros, paraeventuais trocas,

JOBNAL DO BRASIL COISAS DA POLÍTICA

Dlretor-IMeldcnt*:C. Pereira Carneiro

Bio, 4 de ictr.nil.re ie 1961Diretores:

M, F. do Nascimento Brito • Celso de Souza e Silva

Diálogo francoEdttor-Ohefe :Alberto Dlnes

Pressupostos doi novoencontro Castelo-PSD

Enquanto forem mantidas as regras cio jogo,o diálogo entre o Governo dc expressão revolu-cionária c os dirigentes políticos é o meio ade-quado ao encaminhamento das soluções brasilei-ras mais profundas e com a marca de inadiáveis.Depois das iniciativas tomadas no campo ècouômi-co e financeiro, ao impulso do movimento inicial,o Governo chega às bordas de responsabilidadesmais altas num contexto histórico: as reformaspassam a merecer precedência definitiva. Cabe aoGoverno propor e conduzir, sob o debate escla-recedor, as grandes soluções nacionais.

O diálogo está restaurado em tôda a gran-deza que deve presidir aos entendimentos entreo Executivo c os legisladores. Não há barganha,ninguém negocia nas costas do povo, nada existea esconder. As grandes soluções devem ser claras.As reformas não podem deixar de sc pautarempelas soluções democráticas. Portanto, o entendi-mento constante é o caminho pedagógico que arevolução escolheu para atingir, o mais cedo pos-sível, a plena normalização política, social e eco-nômica que falta ao Brasil há alguns anos.

A revolução manteve o Congresso e o AtoInstitucional revalidou os mandatos dos depu-tados e senadores. O estreitamento da convivên-cia entre os dois Podêres, de que se tornou cx-pressão definitiva o comparecimento freqüentedos Ministros às casas do Congresso, confirma opropósito inicial e se traduz em maior confiança.Sob o signo dessa confiança é que o Governo teráde realizar também a reforma dos partidos, par-te importante das modificações políticas indispen-sáveis, dentro do conjunto de reformas inadiáveispelas quais o Brasil esperou com temor e paciên-

cia, mas que realizará agora com determinaçãodemocrática e convicção histórica.

À responsabilidade de propor e à coragem!de falar com clareza, o Governo, revolucionárioespera agora do Congresso a mesma franqueza,inseparável da lealdade que os homens contem-piados dc responsabilidades cm abril tiveram paracom os legisladores. É hora dc conceder priorida-de às necessidades, nacionais e ganhar tempo nassoluções, inclusive abreviando os sacrifícios dopovo. Quanto mais rápida fôr a transição para anormalidade, melhor para todos. As reformas nãoserão dirigidas contra nenhum setor vivo é atuan-te do País, mas em benefício do Brasil e portantode todos os grupos sociais. Na hora da reavalia-ção dc responsabilidades políticas e na revisão dospartidos, o interesse da democracia, o sentido darepresentação, a autenticidade do voto, as liber-dades devem prevalecer sobre as consideraçõestáticas de grupos. Nem os setores identificadoscom a tradição, nem a representação de idéias ain-da sem o lastro da experiência podem pretendera hegemonia política.

O diálogo precede o debate. A discussão vemcom autenticidade e selada pela coragem leal.Chegou a hora de apresentar-se a revolução como seu programa nas mãos, para ein torno de suagrandeza aglutinar um núcleo destinado a con-duzir as grandes responsabilidades. Possivelmentedessa união de homens vindos de todos os parti-dos venha a sair um partido com a responsabili-dade da continuidade histórica. E os que se opu-serem ao programa certamente criarão partidopara contestar as soluções de abril, sem contudojamais duvidar de sua legalidade democráticanem contra ela tentar.

Exportar para crescerEmbora o Brasil já esteja situado no andar

dos países de investimento, onde o componenteprincipal para a formação da renda é a taxa deinvestimento interna, c não mais a renda do co-mércio exterior, continua sendo verdade mais donunca, em um país que quer sair da estagnação,que exportar é a única maneira válida para am-pliar a capacidade de importar. E essa capacida-de de importar é condição fundamental para amanutenção da taxa de investimento em nível decrescimento.

A nossa posição de pais dc investimento nosobriga a pensar em termos de exportação compauta diversificada, e com grande componente dcmanufaturas. Pensar cm termos de exportaçãosignifica tentar exportar em vez dc esperar quenos venham comprar aquilo que há séculos ven-demos no mercado internacional. A mentalidadeexportadora é compatível com o crescimento ecom o desenvolvimento, haja vista os exemplos depaíses como a Inglaterra, Holanda, Alemanha etc.A idéia de crescer fechado cm si mesmo dentrode nossas fronteiras, abrindo mão de uma inteli-gente utilização da divisão internacional do tra-balho, revelaria de nossa parte um primarismoque, existindo em largas camadas da população,sob aspecto de tabus, precisa desaparecer parasempre.

Exportar para importar. Importar para cx-portar. O comércio exterior exclui a idéia da mãoúnica. Êle é sempre de mão dupla, e assim scamplia, graças ao fluxo coriiercial mais amplo ediversificado, a escala da produção interna. Oprodutor brasileiro passa a ter condições para fa-zer acréscimos de produtividade e de redução realde custos e preços, porque produz mais unidadese tem melhor assegurada plena utilização dc suacapacidade produtiva.

Por isso, o esforço atual de exportação pro-movido pelo Governo é decisivo para o êxito desua política de reversão do mercado de vendedorpara mercado de comprador, de sua política dedesinflação, sem estagnação. Porque, quando ocor-rer o amortecimento relativo da demanda internaglobal, esse amortecimento deverá ser contraba-lançado pela exportação, pelo aumento de produ-tividade e pela redução relativa dos preços inter-

nos, a qual estimulará a procura. Exportar tudoque nos sobre para poder importar o que nos fal-ta, sem endividamento. Só a exportação é capaz,nesse momento, de sustentar a nossa capacidadede pagar enquanto não se registrar novamentesaldo de líquido de capitais estrangeiros em nos-so Balanço de Pagamentos. Daí se infere que asmedidas que estão sendo tomadas pelo Governotêm de sair do papel e se transformarem em açãoviva, capaz de despertar no povo e no produtora idéia de que só há vantagens a ganhar num co-mércio de exportação inteligentemente.orientado.

A economia brasileira está enjaulada pelosvistos, pelo papelório, pela desconfiança expressaem regulamentos que, sendo de intenção preven-tiva, são de fato impeditivos. Para prevenir frau-des de exportação vem-se proibindo a exportação.Essa mentalidade significativa de um complexo dcinferioridade nacional inexplicável se origina nafalsa premissa de que todo brasileiro é desonestoaté provar o contrário. Até provar que é honesto.Tal complexo, projetando-se em nossas relaçõesde exportação com o mundo, obsta qualquer cs-forço de liberalização do comércio exterior. Pararestaurar o comércio de exportação será preciso,por isso, estabelecer o comportamento inverso:confiança a priori e de responsabilidade a poste-riori. Todo brasileiro é honesto, até prova emcontrário, é a substância filosófica da nova poli-tica de exportação, da política de liberdade paraexportar.

Do ponto-de-vista financeiro, não será pos-sível estimular a exportação enquanto ela consti-tuir o cabide onde se penduram todas as taxasmais inexpressivas do ponto-de-vista econômico.Onera-se a exportação, sem nada criar em troca.Não faria sentido o Governo financiar, pelaCACEX (com redesconto potencial no. BID), aexportação, iniciar o financiamento de produçãopara exportação e com a outra mão cobrar recur-sos inúteis, que tiram de nossos produtos possibi-lidades de competição.

O Governo está no caminho certo. É precisoapenas que venda melhor, a mentalidade de ex-portação, com fatos e palavras, com lemas sim-pies como este: exportar para crescer. •

Dilemas e contradiçõesO Governador Carlos Lacerda pretende ar-

mar um novo dilema para a Revolução, em queentra ò elemento nada novo de eua renúncia, obje-to de ameaças anteriores. A outra ponta do dile-,ma é a aplicação do Ato Institucional no Estadoda Guanabara — vale dizer, em todos os Estados,e municípios —, tese solitária do Governador,que não encontra qualquer apoio jurídico no tex-to do documento revolucionário e duvidamos qiieencontre a mínima receptividade na opinião civile militar do País.

O gesto do Sr. Carlos Lacerda, portanto, éestritamente político. Trata-se de mais uma peçade sua confusa estratégia, agora apelando para odramático. O Governador explica que está fazen-do o teste decisivo da Revolução (o que, aliás,não lhe foi encomendado), quando na verdadedeseja apenas que a Revolução se negue c se dc-sacredite através de soluções contrárias à sna ins-piração democrática, ao desiderato de reconstruirein breve prazo um límpido estado de direito.

Depois de assumir uma posição de incompa-tibilidade com ns diretrizes políticas e adminis-tratiyas da Revolução, consubstanciadas no. .Go-

A integração, ão PSDnuma sóliáa ba^e parla-mentar áestinaáa a sus-tentar a autoriâaâe âoPresiâente ãa Repúblicafoi o objeto central dalonga conversa mantidaanteontem, em Brasília, •entre o Marechal CasteloBranco e o DeputadoAmaral Peixoto; mas aêle, segundo informaçõesincompletas liberadas deambas as partes, nenhumdos dois chegou a fazeralusão direta.

Como o verdadeiro mô-vel do encontro ficou,assim, disfarçado nos su-bentenâiâos da lingua-gem de dois homens há-' beis, também se evitoufalar de outro tema, queseria inevitável se o pri-meiro ousasse aparecercom a devida clareza naconferência: a compensa-ção política, tomaâa a ex-pressão embora em seu,sentião mais elevado, que

, os pesseáistas receberiampela sua adesão ao esque-ma governamental.

O Marechal CasteloBranco, nas conversaçõesque anteceâeram seu nô-vo encontro com o Pre-sidente do PSD, disse osuficiente para uma in-terpretação correta dessainiciativa de entendimen-to com um dos partidosvisados e atingiãos ruâe-viente pela Revolução de31 de março. Está no ro-teiro ãe suas intenções arecuperação do prestígiodo poder civil, que êleprocura ãefenãer na me-dida em que defende asua própria autoriâaâede primeiro mandatário.

A superação âo confli-to estabeleciâo entre opoãer civil e o poãer mi-litar não pode ser alcan-cada, a seu ver, por me-ros expedientes ãe rotina,nem pelo puro exercíciodo alto cargo que lhe foiconfiado, nem mesmo porâemonstrações âe auto-ridade pessoal, que sóserviriam para aguçar atendência para o autori-tarismo,, inevitavelmentefixada entre os militarescom os riscos da conspi-ração âe áois anos e a vi-tória espetacular e ines-

vêrno Castelo Branco, seria o cúmulo do esdrú-xulo que o Sr. Carlos Lacerda surgisse com tãoextremada identidade revolucionária, a ponto dearriscar o próprio mandato, a autonomia do Esta-do e a segurança do regime, pela aplicação exces-siva, ultra petita, do ato que instituiu e sustentaa ordem vigente.

Sem dúvida que entre a ameaça de renúnciae a renúncia propriamente dita vai grande a dis-tância, conforme testemunha a experiência. Masa manifestação de incoerência já se caracteriza,com todos os seus desvios e perigos. Temos desdelogo o Supremo Tribunal coagido e a Guanaba-ra (visto que o Sr. Carlos Lacerda fala tambémem nome do Vice-Governador) exposta à alter-nativa de intervenção federal, aquilo que em ou-tros tempos o Governador considerava íun òpró-brio ao povo carioca.

Desta Vez, porém, o Sr. Carlos Lacerda co-meteu um erro de avaliação. A Revolução não vairenunciar, como o Sr. Jânio Quadros, ao soprode sua ameaça. Os incomodados é que terão demudar-se, - - - ¦-

peraãa obtida em algu-mas horas, em março.

Dêsse conflito, no qualo poder militar acaba le-vando sempre a melhor,o País não sairá senão pe-la porta larga âo ãesen-volvimento econôm i c o,alcançaãa através dasreformas estruturais pia-nejaãas em suas granâeslinhas pelo Governo revo-lucionario.

Chegará o Governo aalcançá-la? A esta per-gunta, que- resumiria asapreensões presiâenciaisante suas responsabiliâa-des internas e externas,responde-se com outra,formulada como epígrafeàs conversações de altonível iniciaãas pelos lide-res Adauto Cardoso eMartins Rodrigues e con-tinuaãosno encontroCastelo-Amaral: — Se es-sa porta de fuga não fôralcançada, que restaráãos partiâos, ão Congres-so e áos Tribunais, áaquia alguns poucos anos,quanâo o conflito poáeráevoluir âo arama instiUi-cional para a tragédianacional âa guerra civil?

Uma resposta segura eotimista a esta segunâapergunta, eis o que pre-tende dar o MarechalCastelo Branco, nas ten-tativas de sedução ãe umpartiâo âa experiência âoPSD.

No plano em que se co-loca o problema, não ha-veria, como se percebe,nenhum lugar para fa-lar-se em compensaçãoâe qualquer tipo. O queo Presiâente âa Repúbli-ca solicita ao partido ma-joritário, segundo as fon-tes ãe que nos valemosneste momento, chega aser pouco em face âo quepromete: pede apoio paraum programa orgânicode reformas e oferece aperspectiva de uma res-tauração rápiâa âo regi-me âemocrático, no qualdeve preãominar o poãer• civil com o seu elenco âegarantias e opressupostoâobem-estar c ol ei ivoconâicionanâo as ativi-dades gerais.

O Marechal CasteloBranco não cogita âe re-formar o Ministério para

a eventual colocação depessedistas.

Oposição da l/DJV- i

Um dos elementos âe -funão mais importantes,que levaram o MarechalCastelo Branco a voltar àlinha de entendimentocom o PSD, é indicaáo napreocupação manifestadapor êle mais âe uma vez....ante a onâa oposicionistaque se vem avolumandona UDN.

Vozes como a ão Gó-vernador Carlos Lacerda,como a do Deputado Her-bert Levi e do gaúchoFlores Soares, alertaramo Presidente para um fe-nômeno que a princípioo surpreendeu e em se-guida o incentivou a tra-balhar pela sua anula-ção: as resistências maisponáeráveis à ação áoGoverno e ao seu progra-ma ãe reformas organiza-vam-se justamente nopartiâo moral e politica-mente mais comprometi-áo com o movimento mi-litar âe 31 ãe março.

Um dos ,rècursos paraanular esse fenômeno in-quietante ou, pelo menos,para circunscrevê-lo a se-tores que não importas-sem em perigo para aevolução normal ãa Re?volução, era o apelo aoutras forças integrantes-do Congresso, onde o Go-vêrno haveria de encon-trar a sua base de apoiopara alvejar com segu-rança o objetivo final,que é a renovação âa es-trutura na qual se assen-tara, depois, o regime,expurgado dos vícios ad-quiridos nos últimos

¦ anos.• A integração ão PSDnum sistema âe apoio aoprograma reformista áoGoverno teria, além dis-so, o efeito de constran-ger a UDN na linha anti-reforma de alguns ãosseus líderes, obrigando-aa cumprir os seus com-promissos com o movi-mento âe março.

Oposição e conspiraçãoTristão de Athayde

Um dos sinais distinti-vos das democracias e oque as separa radical-mente dos regimes tota-litários ou ditatoriais éa existência de uma opo-sição organizada. Numademo cracia a oposiçãofaz parte áo Governo. Namais antiga das demo-cracias, a inglesa, o chefedá oposição recebe doErário Público um orde-nado simbólico, para sig-nificar essa sua co-res-ponsabilidade no manejodos negócios nacionais.A qualidade de um re-gime democrático é maisbem medida pela forçarelativa da oposição doque pela do próprio Go-vêrno. Um Governo bemorganizado é tanto maisforte quanto mais fortea oposição com que sedefronta.

Ora, o oposto da opo-sição é... a conspiração.Ou a falsa unanimidade.Esta é a que existe nosregimes totalitários, co-mo máscara plebiscita-ria. Aquela, a conspira-ção, a que se manifestanas democracias claudi-cantes. Como a nossa...Uma das revelações quenos trouxe o movimentode abril foi a complacên-cia ou até mesmo o des-vanecimento com que po-liticos, militares e jorna-listas, da mais alta in-fluência, se orgulhavamde ter começado a cons-pirar no próprio momen-to da renúncia do Sr.Jânio Quadros! Todas ascríticas, tantas vêzés me-recidas, que o juízo daHistória vier a fazer doregime J.G. não poderãoesquecer jamais esse de-

nominador comum. Aoposição foi então subs-tituída pela conspiração.Desapareceu o regime de-mocrático. A legalidadese tornou apenas nomi-nal. Já não me refiro aosarranhões da legalidade— com a precipitada re-forma constitucional, in-troduzindo de cima parabaixo e por motivos me-ramente oportunistas umregime parlamentaris-ta improvisado —, masao fato muito mais gra-ve que os mais explícitosdefensores da democraciapassaram a conspirar. E,ao mesmo tempo, a pra-ticar o pior dos métodosde oposição o do quantopior melhor.

A conseqüência foi adecomposição gradativae precipitada, não ape-nas da situação política,mas ainda e principal-mente da. situação eco-nômica e financeira.: Osurto inflacionário, quefoi sem dúvida a causaprofunda mais impor-tante do movimento deabril, representou a maiscatastrófica conseqüén-cia econômica dessa dis-trofia política, com atransformação da opo-sição em conspiração.Basta um exemplo: a in-sistência com que os mi-litares, e logo em segui-da os civis, exigiram,durante o governo SanTiago Dantas, um au-mento de 70% nos ven-cimentos, em vez dos40% programados. Issodestroçou o Plano Trie-nal de Celso Furtado ecom êle as esperanças deuma recomposição eco-nòmico-financeira. Foi a

primeira vitória da cons-'piração. Os historiadoresfuturos estudarão o fe-'nômeno mais a fundo,quando procurarem in-terpretar o movimentode abril.

No momento, o que '.

nos deve interessar não éo passado, mas o futuro.E uma das grandes li-vçõ23 da vitória direitistade abril é a imperiosa'necessidade de uma opo-sição organizada e . res-,';peitada, para a extetèxi&e,cia e .a sobrevivênci^lifc^.,*qualquer regime demo-;}¦¦crático. Enquanto viver-,mos nessa gangorra de -Governo e Conspiração,em vez de Governo eOposição, não passare-mos de uma imposturademocrática. . }^

E como o maior peri-go com que se defronitam os homens livré3sj_,que aspiram a viver numpaís em que se respéi-tem os direitos e a dig-rnidade da pessoa humfi-na, é o cepticismo .dat''.povo, em face da libei*dàde e a impostura ájj>jÇ'elites, confundindo^*com seus privilégios^ >oque se impõe, na hoi^,da volta à democraciajurídica, é a necessidadeinsubstituível de uniaoposição organizada énão de uma conspiraçãomascarada. Como escre-víamos poucos dias an-tes do 31 de março (a13 - III - 64): "Respeite-mos, em nosso próximo,embora errado, o queexigimos seja em ní>srespeitado. Ai de todos,se substituirmos o indi-ferentismo de ontem,pelo fanatismo de hoje."

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Jornal do Brasil, Se. ta-Felra, 4-0-84, l.o Cad. — 7

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Malásia decreta emergência contra a Indonésia:Kruschev visitará aAlemanha Ocidental nosprimeiros meses de 65

Moscou — Bonn (AP — UPI— FP — JB) — o Governo deBonn anunciou ontem . que oPrimeiro-Ministro soviético, NI-kita Krushcev, visitará a Ale-manha Ocidental posslvelmen-te ein fevereiro ou março do1965, para conversações com oChanceler Ludwig Erhard sô-bre..-importantes problemas po-liticos, inclusive Berlim e a dl-visão da Alemanha.

Nos círculos de Bonn não scespera que a visita traga umamodificação básica às relaçõesentre os dois paises. Mas, poroutro lado, a, Alemanha Oci-dental tem o maior interesseem'intensificar o comércio como bloco comunista, e assim re-cuperar algo de sua antiga in-

• fluência na Europa Oriental.

OTIMISMO

À viagem de Kruschev seráa primeira que jamais fêz àAlemanha Ocidental um Chefode Governo da União Soviética.Kruschev julgou convenienterealizá-la após as eleições nosEstados Unidos e Grã-Breta-nha, mesmo porque seus com-promissos até o fim do ano não

o permitiriam sair de Moscouantes disso.

O convite a Kruschev estáem pauta desde que Erhard su-cedeu Adenauer como Chance-ler, em outubro. Em 1965 dispu-tara, eleições gerais e, sem dii-vida, lhe trará prestigio o fatode se ter esforçado por soluclo-nar os problemas germano-so-viéticos. A visita, na verdade,foi preparada por Alexel Adju-be i, genro de Kruschev, que es-teve em Bonn em julho.

Pontes diplomáticas sugeri-ram que o Tremler soviéticotalvez apresente a Erhard umanova proposta sôbre o proble-ma alemão, que incluiria, alémde um aumento considerávelno intercâmbio comercial, o re-púdio formal, por parte deBonn, ao Pacto de Munique, de1938. Mas as fontes advertemque são remotas as possibilida-des de Erhard aceitar tais con-dições.

A visita de Kruschev, contu-do, se cerca de otimismo. £ sa-bido que o Prcmier soviéticotem Erhard em conta de umhomem "mais realista" que seupredecessor e poucas criticaslhe fêz até agora.

Governo turco achapossível guerra comos gregos por Chipre

Ancara — Nicõsiá (AP-UPI-PP-JB) — O Primeiro-Ministroturco, Ismet Inonu, declarouontçm ao Parlamento Nacionalque o problema de Chipre po-deria resultar numa guerra en-tre Grécia e Turquia,

Diplomatas dos Estados Uni-dos e Grã-Bretanha iniciaram,em Londres, uma série de ges-toes para obter a paz cm Chi.pre, depois do fracasso da me-diação da ONU na luta que. háoito meses, travam cipriotas.gregos e turcos,

GESTÕES

O ambiente das conversaçõesse aolia um tanto tumultuadopelo violento ataque lançadopelo Arcebispo Makarios, Presi-dente de Chipre, que acusouC-rá-Bretanha e Fitados Unidosde "tolerar os ataques aéreosda Turquia". Admite-se quesão poucas as possibilidades deêxito e, até o momento, não sepropôs outro plano que o apre-sentado por Dean Aolieson. Se-cretário de Estado norte-ame-ricano, em Genebra. Achesone o Secretário britânico do Es-terior, Richard Butler, lideramas gestões.

Na Turquia, falando à- Cá-mara Baixa, Inonu fêz um apí-lo aos Estados Unidos para quenão poupem esforços, visando auma solução rápida para o pro-blema de Chipre, Disse ser er-rôneo supor que o Governo deWashington apoiasse as atro-cidades praticadas na ilha, con-tra os cipriotas turcos, masnada comentou acerca do papeldesempenhado pela Grã-Breta-nha.

Ao final de seu discurso de30 minutos, o Premier Inonuapresentou em detalhes as pro-postas feitas em Genebra, cl-tando sobretudo o Plano Ache-son, que implica a união deChipre com a Grécia, em trocada entrega, pelo Governo grego,da região nordeste da penin-sula de Knrpas, com autoriza-ção para ser utilizada como basemilitar.

Por seu lado, o PresidenteMakarios se negou a aceitar aexigência dos Estados Unidos,para que se retratasse de suasacusações. Pontes não oficiaisrevelaram que o Ministro doExterior, Spyros Kyprianou, iráa Moscou discutir os detalhesda oferta soviética/de ajuda mi-litar.

Budistas cedem e adiamgreve de fome contrao Governo vietnamita

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Saigon (AP — UPI — FP —JB). — Os líderes budistas ace-deram a uma petição pessoaldo Premier Nguyen Khan ecancelaram a greve de fome da48 horas, anunciada para on-tem. como protesto às persegui-çõep do Governo.

O General Khan regressoua Saigon, apôs breve retiro nasmontanhas, e hoje assumiu suasfunções. Nem o Premier inte-rlno Oanli, nem o Major-Gene-ral Duong Van Minh, seu prin-cipál rival pelo poder, foram es-perá-lo. Partiram para o Viet-name > Central, esperando alivencer,a forte oposição ao re-gime militar.

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AÇADO

Pontes budistas disseram queKhan telefonou ao poderosomoage Thich Tam Chau, pe-dindo que adiasse a greve. Aoque parece, o Governo cedeu a

todas as exigências budistas, deque fossem libertados «isentosde culpa os manifestantes de-tidos nos distúrbios da semanapassada.

Acredita-se que, com o re-torno de Khan áo poder, a si-tuação se estabilize mais. —Os militares garantiram apoiocompleto ao General Khan —disse um porta-voz, após umareunião do Gabinete que du-rou seis horas.

Enquanto isso, em Danang,o General Minh se entrevista-va com as autoridades. Polnessa cidade que, nas duas úl-timas semanas, ocorreram vio-lentos incidentes entre católi-cos e budistas, que deixaramum saldo de onze mortos e 105feridos. Em Hue, estão insta-lados comitês revolucionários,que pedem a democratização dopais, batendo-se pelo estabele-cimento de um Governo civilno Vietname.

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LOJAS:

Kuala Lampur e Jacarta(AP-UPI-FP-JB) ~ A Federa-ção da Malásia decretou, on-tem, o estado d» emergência •aumentou oi preparativo- paraa guerra contra a Indonésia,considerada Inevitável pelamaioria dos Jornais de KualaLampur.

O Primeiro-Ministro malasio,Tunku Abdul Rahman, infor-mou aos correspondentes es-trangeiros que há fortes Indi-cios de uma nova "grande ofen-siva" indonésia contra seu pais.Todas as estações de rádio etelevisão, bem como os jornais,estão sob censura e já se ini-ciou o treinamento da popula-ção civil para a eventualidadede um ataque.

AJUDA

O Governo malásio solicitouuma reunião de emergência doConselho dc Segurança das Na- -ções Unidas para examinar o"ato de agressão da Indonésia",já tendo recebido a promessade ajuda das nações membrosda Comunidade Britânica.

Os Ministros da Economia daGrã-Bretanha. Austrália e No-va Zelândia expressaram suaprofunda preocupação peloagravamento da crlfe entre aFederação da Malas!- c Indo-nésia, concordando em aumen-tar, imediatamente, a ajuda f l-nanceira e militar ao regime doPrimeiro-Ministro Rahman.

CHOQUES

Tropas malásins mataram on-tem três invasores . indonésio?desembarcados perto de Lábis.tendo perdido um soldado e íi-cado outro ferido gravemente. ¦

Acredita-se, oíiclosamen-te, que a Indonésia desembar.•cou trinta soldados, cm diver-sos pontos próximos a aldeiade Lábis, considerada de gran-de importância estratégica. Emnota oíiical," o Gabinete do Pri-meiro-Minlstro Rahman infor-mou qué outra força de indo-nésios haviam desembarcadonas costas de Pontian, 112 qui-lometros ao sudeste de Lábis.

DESMENTIDO

Em Jacarta, um porta-voz doGoverno indonésio desmentiuqualquer desembarque de tro-pas em território malásio, ne-garido. também, os preparativospara uma invasão em grandeescala da Federação Malásia.

— Tudo isso nâo passa deuma simples guerra dc nervosprovocada pelo regime de Kua-la Lampur — acrescentou1 —garantindo que o que houve fo'um erro de cálculo do comandode uma avião indonésio, qu»passou perto da Cingapura- devolta do Camboja, onde foralevar um conjunto de bailari-nos nativos para as festas daindependência.

ArgentinarelembraMalvinas

Nações unidas (PP) — A de-legação argentina na ONU pu-blicou ontem um comunicadorecordando que o problema dasIlhas Malvinas.será o( primeirotema a ser examinado quandoforem reiniciados os trabalhos,a oito de setembro, de um dossubcomitês da Comissão Espe-ciai de Descolonização da ONU.

Assinala, ainda, o comunicadoque estas ilhas (chamadas tam-bém Falkland) pertencem àRepública Argentina e "íoramtomadas pela força" em 1833,pela Grã-Bretanha. A delega-ção argentina tomará parte nostrabalhos do subcomitê e pe-dirá que sejam reconhecidos osdireitos de soberania da Argen-tina sôbre o arquipélago, assimcomo o apoio da,ONU.: •...

O comunicado declara que osdireitos da Argentina sôbre asIlhas Malvinas se baseiam narecondução dos direitos da Es-panha sôbre estas ilhas, depoisda colonização da América.

Árabespreparam

mlaiCüpiCairo (UPI-JB) — Os Mi-

nistros do Exterior dos paisesmembros da Liga Árabe ter mi-naram, ontem, uma reunião dequatro dias em preparação àConferência de Cúpula a seriniciada amanhã, nó Cairo, pa-ra "estudo da situação com Is-rael e o' mundo imperialista".

Os porta-vozes da reuniãonão deram nenhuma informa-ção detalhada sôbre o que fi-cou decidido, esclarecendo, en-tretanto, que íoi aprovada a.ordem do dia e uma série deassuntos especiais a serem tra-tados, considerados de "gran-de importância para as Naçõesárabes."

Oficiosamente, considera-secomo parte importante da reu-nião encerrada ontem, a de-cisão dos-paises árabes úe nãoutilizarem a Conferência deCúpula para debate de seusproblemas internos. Os princi-pais assuntos a serem tratadossão os seguintes: 1 — planode desvio das águas do ' RioJordão pelo Governo de Is-rael; 2 — ajuda à Frente deLibertação da Palestina; 3 —relações das Nações árabes comos paises que apoiam Israel;

— coordenação da defesaárabe sob um comando único;

— ajuda aos nacionalistasda Federação da Arábia do Sule aumento da cooperação eco-nômica entre as Nações árabes.

Fuzilado o ex-Comandanteacusado de prepararatentado a Ben Bella

CraveiroLoptessepultado

Argel (UPI-FP-JB) — O ex-Comandante da VI Região Mi-litar da Argélia (Deserto deSaara), Coronel MehamedChaabani, foi fuzilado, ontem,em Argel, por ter chefiadouma conspiração militar paraderrubar o Primeiro-MinistroAhmed ¦ Ben Bella.

Chaabani, dé 37 anos, aju-dou Ben Bella na luta contraa França em julho de 1962 efoi julgado há dois dias porum Conselho de Guerra quelhe negou o pedido de clemên-cia, também recusado por BenBella, em última Instância.LINHA DURA

Observadores políticos con-linuam achando que a série de

fuzilamento na Argélia signlfi-ca um endurecimento da linhapolitica adotada pelo Primei-ro-Ministro Ben Bella, a fimde evitar novas tentativas con-tra seu regime, principalmen-te por parte de grupos mili-tares;

Há dois dias foram fusiladoscinco membros da FPS, parti-dftrios do socialismo, tendo oMinistério do Exterior argelinobaixado normas restringindo alocomoção dos diplomatas es-trangeiros que deverão, de ago-ra em diante, informar paraonde vão, como e com que ob-jetivo. Enquanto isso, segundofontes oficiais, a Policia e oServiço Secreto continuamprendendo dirigentes da es-querda e da direita.

EUA rejeitara novaproposta soviéticapara o desarmamento

PG italiano divulgamanifesto de Togliatticontra posição russa

Lisboa (AP-PP-JB) — OMarechal Higino Craveiro Lo-pes, ex-Presidente da Repúbli-ca, vitima de um ataque do co-ração há dois dias, foi sepul-tado, ontem, com honras mili-tares no Cemitério Ocidentaldc Lisboa.

Antes do enterro foi celebra-da missa de corpo presente pe-lo Capelão'da Aeronáutica, pa-dre João Ferreira. Comparece-ram _ solenidade o PresidenteAmérico Tomás, o Presidentado Conselho de Ministros, Oü-veira Salazar, representantesdo Corpo Diplomático e milha-res de populares. Os jornaisportugueses dedicaram as pri-meiras páginas de ontem a elo-gios ao ex-Presidente.

- .Vara"mudoude

Genebra (AP-PP-JB) — OsEstados Unidos rechaçaram,ontem, nova proposta soviéti-ca para um tratado geral proi-bindo o uso de armas nuclea-res, por não conter uma cláu-sula que possibilitasse a verifi-cação In loco dos compromis-sos estabelecidos no acordo.

O representante norte-ame-ricano, Killinm Foster, afirmouque não havia,' em um futuropróximo, qualquer esperançatíe ser assinado ' em Genebraum acordo sobre a proibiçãototal das experiências nuclea-res.

QUADROPintando um quadro sombrio

do atual final de períodos desessões da Conferência do De-

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sarmamento, a delegaçãoEstados Unidos afirmouuma guerra nuclear aniquila-ria atualmente, em uma hora;''-300 milhões de homens nwijwEUA, Europa Ocidental e União /Soviética. o 8'— Uma guerra atômica —*"¦acrescentou Pôster — não ln-ji,teressa a ninguém, porém é ex» Atremamente difícil negociar»;mos tendo em vista milhões?.-de vidas humanas e o perigo.,;'1que correriam com um trata-»-};do mal feito ou que permitisse».,burlos. ...,'

Advertiu a seguir contra aa Jfalsas garantias propostas naConferência, dizendo que umg,declaração geral renunciando £«,utilização das armas atômicas^.,.",reclamada pelos paises neu-'.tros, é "totalmente inútil". ',

JlV

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rumolt-r.ia (AP-JB) — Um relato-

rio de F.ilmiro Tcgliatti ao Pri-n-.eivc-Mini-tro Nikita Krus-chev, argumentando contra aposição de Moscou na disputaideológica com o Governo dePequim, será divulgado hojepelo Partido Comunista lta-liahó-

Diz-se que o relatório advogapor uma completa ação inde-pendente entre os partidos co-munistaG, e propõe a maior de-mocratlzação do próprio PC so-viético.

CRITICAS

LT.spresso, que conta combcas fontes nos círculos politi-cos esquerdistas, declarou queum de seus 'correspondentes

emMoscou viu o documento. — Orelatório de Tcgliatti, afirma.

reitera os argumentas contra-ries a uma reunião de cúpulado bloco comunista, manifes-tando receios de uma cisão for-mal no movimento comunistainternacional.

Ao falar da "falta de demo-cracia" nos partidos comunis-tas na União Soviética e ou-tr. s nações do bloco, sugeriaTogll-ttl que os PCs devam re-ceber "completa autonomia esoberania, sendo cada partidoresponsável por 6uas própriasatitudes ante as classas tra-balhadoras em seus países".Segundo L'Espresso, duasconferências — uma de liderescomunistas no poder e outrados que se encontram fora dopoder — foram propostas porTcgliatti, em lugar da reuniãode cúpula sugerida por Krus-chev.

Miami — São João de PortoF.ico (AP-UPI-JB) -. O íu-ração Dora mudou de r u m oontem, dirigindo-se para asIlhas de Sotavento, mas seusventos, d2 mais cle 180 miiiô-metros por hora, se deslocampara o mar alto.

Dora foi localizado a 460 ml-lhas a nordeste de São João,Porto Rico, e os habitantes dasIlhas dc Sotavento continuamem alerta, afastados das .praias,para fugir aos efeitos das gTan-des mai-és. A passagem do íu-ração, a 200 milhas ao Nortee Este das Ilhas LeewaTd, íêzo mar picado c violentas on-das se quebram nas praias.Mas não há informações sôbreventos fortes, embora as pe-quenas embarcações tenhamordem de permanecerem anco-redas. Quanto ao Cle«, conti-mia a se deslocar, estando a330 milhas a Nordeste dasBer-mudas.

Japoneses váò impedirentrada de submarinosnucleares americanos

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Tóquio (UPI-.JBl — o acôr-do asinado pelos Estados Uni-dos e Jnpão para entrada emportos japoneses de submari-nes nucleares norte-americanosprovocou manifestações em Tó-o.uio e a promessa de várias or-ganizações de impedir, pelaíôrça, a entrada dos barcos,programa dos para os JogosOlímpicos.

Oficiosamente, afirma-se quemilhares de barcos de pescado-res e pesadas redes de pesca se-rão colocadas ao longo da baíade Tóquio, às primeiras noticiasda chegada dos submarinos.Ontem, na capital japonesa,csnteníis de manifestantes des-filaram pelas ruas centrais emprotesto contra o acordo.

Observadores comentam areação japonesa como um caso

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mais patológico que político de«Vvido aos efeitos, ainda presen-.'tes, das bombas atômicas Ian-"-.'çadas sôbre Hiroshima e Ná- ¦gasaki, que provocou a morta-'. 'de mais de 150 mil pessoas, xtütàfim da última guerra. Siiiiw

Dez anos depois, em 1955, dois1''barcos de pesca japoneses fo*-'ram atingidos no atol de Bi-"[kini; no Pacífico, por uma chú-''''va radioativa provocada por

'¦uma explosão atômica norte- '-':americana. Um dos pescadores'1morreu e o íato foi explorado-"pela imprensa, causando gravei',';,manifestações no Japão contra.',;os EUA, obrigando alguns diri«>.gentes políticos a exigir a retl-.-irada dos 46 mil soldados amei ;ricanos acantonados em territó- ".,rio japonês. ;.;;*

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500 contos eram um dinheirão...Quinhentos contos de réis: capital inicial do seu

banco, ponto de partida de uma instituição quehoje movimenta bilhões de cruzeiros.Tudo começou em Juiz de Fora. 75 anos atrás.No decorrer destes três quartos de século, am-

parado numa política previdente e empreendedora,o Banco de Crédito Real de Minas Gerais desen-volveu-se num ritmo comparável ao do próprio país.E hoje, orgulha-se de ostentar uma posição desolidez e prestígio em permanente, crescimento,

que a simples transcrição de alguns dados bematesta: capital atual - 3 bilhões de cruzeiros; agèn«cias em todo o país -172; número de íuncionários -cerca de 8 mil.

Ao completar .75 anos, o Banco de Crédito Realde Minas Gerais sente-se no dever de manifestarde público o seu caloroso reconhecimento a quem -pela preferência, estímulo e confiança-tornou pos»sivel tudo isto: você.BANCO DE CRÉDITO REAL

DE MINAS GERAIS S.A

ANOS•PHOMOVENDO

PROGRESSO

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8 — l.° Cad., Jornal do Brasil, Sexta-Pelra, 4-0-64

Segunda WILSON FIGUEIREDOBRASIL PRORROGA DÍVIDA

SeçãoEmbaixador voanas asas da crisepara ouvir Paris

O embarque inesperado do Em-baixador da França no Brasil, numsalto a Paris no último sábado, estásendo atribuído num setor diploma-tico ao problema do acordo aéreoBrasil-Prança, há pouco denunciadopelo Itamarati. Os círculos diploma-ticos, onde tudo é delicado, conside-ram o episódio também delicado.

Em 27 de janeiro de 1947, Brasile Franca firmaram o acordo aéreo,reatualizado, a pedido do Governobrasileiro, a 27 de dezembro de 1960,para vigorar na era do jato. A 18 deagosto último o Brasil denunciou oinstrumento que regia as^ relaçõesaéreas entre os dois. De acordo como próprio documento, a denúnciadeveria entrar em vigor seis mesesdepois, mas parece que o Brasil pre-tende fazer valer imediatamente oque estabelece o Artigo 10 do anexodo acordo. Aí é reconhecida a liber-dade que têm as duas partes de mo-dificar, mediante simples comuni-cação ao outro interessado, suas es-calas em território de um dos doisou mesmo de terceiros.

É assim que o Brasil — na ver-são francesa — pretende impedirque a França continue mantendo oseu vôo que termina em S. Paulo,e não mais em Buenos Aires, comoera até poucos meses passados. Nasáreas de aviação e nos setores di-plomáticos dos dois países o assuntocomporta todas as variações, desdeo nacionalismo exaltado até o pes-simismo total. No lado francês, sub-siste a esperança de que o Brasilmantenha o prazo de 6 meses esta-belecido no acordo, para não agra-var as relações normais com a Fran-ça, principalmente à véspera da vi-sita de De Gaulle. Queixam-se tam-bém os franceses de que o clima dedificuldades conta com os mesmosresponsáveis que, ao tempo de Gou-lart, se empenhavam no Ministérioda Aeronáutica em agravar as rela-ções entre os dois países, passandopor cima dos compromissos.

Homem e cão

Entre os violões tristes do Rio, oo de Luís Bonfú é o mais afinadocom a tristeza nacional. Aconteceuque uma cadela setter, que atendeoelo prenome de Queen, contando

pouco mais de quatro anos de trata-mento carinhoso, perde-se de Luisna Barra da Tijuca. Bonfá, velhopescador, estava nas lides do caniçoe do molinete, quando Queen desa-pareceu como por encanto. Não dei-xou rasto. A Barra foi batida deuma ponta a outra, os pescadoresficaram avisados. E até mesmo ai-guns violões clamam a horas mor-tas pela volta de Queen, uma setterde pêlo vermelho, mansinha e ensi-nada, que deixou abandonados umhomem e seu violão.

Saída para minério

Depois de navegar três dias naBaía ãe Sepetiba e contornar váriasvezes as Ilhas de Guaiabinha e DuasIrmãs, o repórter Bernarãino Car-valho chegou à conclusão de queSepetiba — onde a COSIGUA locali-za em sonhos o seu porto — é impró-pria para terminal de minérios, por-que a profundidade da água ali éinsignificante. E ainda anotou ou-tros traços negativos. Na verifica-ção que foi fazer no próprio lugardas hipóteses para a construção determinais marítimos destinados àexportação de minério de ferro doVale do Paraopeba, Bernardino Car-valho concluiu que Guaiabinha é o

lugar que melhor se presta à obra.Melhor mesmo do que Duas Irmãs.Para o repórter que mergulha nominério, o Brasil em 1965 poderáarrecadar 100 milhões de dólarescom a exportação de minério deferro e em 1966 passar a 150 ou 200milhões. Para isso, basta que os mi-neraãores do Vale do Paraopebapossam usar um terminal por alie que a Vale do Rio Doce esteja uti-lizando o porto que constrói em Tu-barão (Espírito Santo). Pelo portodo Rio é que não é possível vendermais, lembra Bernardino, porque asinstalações não permitem saída dequantidade superior a 2 milhões detoneladas de minério por ano.

Vidas célebresLife desautoriza a versão da com-

pra da vida do detective Perpétuo,em termos de exclusividade para assuas páginas: o que houve entre opolicial carioca e a revista america-na foi uma longa entrevista estam-pada há coisa de dois anos. O episó-dio não daria por si só para criar aversão da compra dos direitos devida. Procura daqui e dali, a questãoficou mais clara com a segunda par-te: quando era preparada a filma-gem de Assalto ao Trem Pagador,Roberto Faria e Luis Carlos Barretoprocuraram Perpétuo, por sugestãode José Luís de Magalhães Lins, pa-ra convidá-lo a ser o intérprete prin-cipal. O detective recusou, com aalegação de que a exclusividade desua vida pertencia à Life. Os homensda revista americana, no confrontodos dados para esclarecer a versão,concluem que êste foi o argumentoa que Perpétuo recorreu para re-cusar o convite. Apenas cortesia:Life movimentou-se ontem para di-zer que esta vida ela não comprou.Como é useira e vezeira em comprarvidas célebres, fica uma dúvida ter-rivel sem esclarecimento: o segredobaixou à terra com Perpétuo.

Aos paulistasO Tartufo será mostrado aos

paulistas a partir de hoje noTeatro ãe Arena, trezentos anos de-pois âe apresentado pela primeiravez. Molière se mostra em S. Paulopelas mãos de Guilherme Figueire-do, que traduziu a criatura predile-ta do dramaturgo francês. No eUn-co estão Gianfrancesco Guarnieri,Lima Duarte, Assunta Pêrez, JairoArco e Flexa e Miriam Muniz. A di-reção é de Augusto Boal e os cena-rios foram criações de Paulo Joséde Sousa. O acompanhamento'mu-sical será na base de composiçõesde dois mestres da Alta Renasceu-ça, Michael Praetorius e ErasmusWiãmann.

Todos compramEm agosto a Volkswagen bateu

o recorde aa produção mensal na in-dústria automobilística: pela pri-meira vez uma fábrica ãe automó-veis no Brasil alcançou, em 21 diasde trabalho, 6 572 unidades, o quedá a média diária de 312 carros.Contudo, parece que-o desejo docomprador ainda é maior do que anossa capacidade de produção, em-bora a inflação já lhe diminua opoder de comprar. O poder, não avontade.Agressividade

Por que não a Vitória? é o ti-tulo que levará o livro de BarryGoldwater, a ser lançado no dia 18em Paris. São duzentos páginqs ver-sando problemas e soluções de poli-tica externa norte-americana, no ân-guio agudo do candidato republica-no. A França, coitada, figura em 4linhas, en passant, E o PresidenteDe Gaulle nem isso: nâo mereceu ahonra de ser citado no livro de Gold-water.

Lance livre-!: A Força Aérea dos EUA assinou con-trato com a Burroughs para a comprade 151 computadores eletrônicos, do tipodos aparelhos já em funcionamento noBanco Nacional de Minas Gerais, noBanco Português do Brasil e na Compa-nhla Docas de Santos. Poi considerada amaior operação até agora realizada, naárea dos computadores, em qualquer paisdo mundo.:¦- Não é verdade que Eioina tenha sidoconvidada a mostrar Como Vencer naVida sem Fazer Força. Ê a própria atrizquem faz o esclarecimento. Quem a con-vidou foi o Sr. Abraão Medina em pes-soa, mas para tomar parte saliente nummusical que está em preparo no JoãoCaetano.-!- As fichas de hóspedes não paravamVazias ontem no Serrador: a cada ml-nuto chegava um hóspede nôvo. Pri-meiro os Deputados Abraão Sabá e An-tônio Carlos Magalhães. Pouco depois, oGeneral Almir Borges Fortes, o Cônsulfrancês Jean François e o Cônsul ame-ricano Burle Latton, personagem da no-vela Aliança para o Progresso.>.: De.ca.pos no Parque entrou agorano seu quarto _n.s-.de exibição no Tea-tro da Maison de France, premiado pelareforma de trânsito do Coronel Fonte-nele. Pela sua porta passa o grosso da3conduções que vêm da Zona Sul para oCentro. Cora bolo e champanha, o elencoda comédia comemorou as cem primei-ras apresentações.-'.- Antes que agosto acabasse, a COPEQconcedeu à Destilaria Macleans finan-

ciamento para a compra de equipamen-to que significará aumento da produçãode uisque. A Gráfica Portinho Cavalcân-ti obteve também financiamento para acompra de máquinas.-.: Poesia e Melancolia (Quixote, Ham-let e Tasso) é o tema da conferência queo prôf. Harald.Weinrlch, da Universi-dade de Kiel, faz hoje às 5 horas da tar-de no Pen Clube (Nilo Peçanha, 27,13.°andar). _ >-¦- Noite de Autógrafos reúne no dia 14,no Palácio da Cultura (Av. Copacaba-na, 805-B), autores e livros frente aosseus públicos: Esdras Nascimento, cumConvite ao Desespero, Silvan Paezzo comA Êpocà dos Tristes, Olímpio Monat comUm Homem Sem Rosto, Guido WilmarSassi, com Geração ão Deserto, e JoãoBethencourt, que é o pai de A Mãe gueEntrou em órbita.-!- Comprar uma cadeira mole, inven-ção de Sérgio Rodrigues e apresentadana OCA, transplantada para S. Paulo, éa nova moda paulista: o preço para es-tar na moda paulista é 400 mil cruzeiros.* Do Deputado udenista Arruda Cas-tanho, sobre Juana Castro: "Mesmo quemeu irmão fosse um bandido, eu nãosairia por aí a falar mal dele".-!- Funcionários da Assembléia Legisla-tiva de S. Paulo tiveram de ser convo-cados às pressas, para preencherem oslugares vazios do recinto. Durante a ses-são em homenagem à Irmã e inimigapolítica de Fidel Castro, o comparecimen-to andou fraco. Para não dar na vlsta,os funcionários tomaram-lhes os lugares.

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Juraci diz que o Brasilquer a liberdade sindicale o progresso econômico

Washington (AP-UPI-JB) — o Embaixador brasileiroJuraci Magalhães assegurou ontem que o Governo do Pre-sidente Castelo Branco deseja a liberdade sindica!, "aomesmo tempo em que desenvolve todos os esforços paraobter o progresso econômico e a vitória da justiça social",Falando durante a cerimônia de graduação de nove di-rlgentes sindicais brasileiros, que realizaram um curso noInstituto Americano para o Desenvolvimento do Slndicalis-mo Livre, o Sr. Juraci Magalhães indicou que o Governo re-yolucionário não admite que os movimentos sindicalistassejam desviados de seus verdadeiros objetivos.APEIiO PARAAS ELEIÇÕES

A'a solenidade da assinatura tia emenda do acordo entre o Govémo brasileiro e o Governo norte-americano, o Embaixador Juraci Magalhães rece be os cumprimentos do Secretário do Tesouro, Sr.Douglas Dillon. Ao ato, estava presente, o General Emílio Garrastazu Mediei, Adido Militar à Em-

baixada do Brasil em Washington, que aparece em segundo plano

Mascarenhasé da ativaaté morrer

Brasília (Sucursal) — OMarechal Mascarenhas deMorais, segundo mensagemencaminhada ao Congresso,ontem, pelo Presidente daRepública, faz jus aos ven-cimentos de Ministro do Su-premo Tribunal Federal, epermanecerá na ativa en-quanto viver, respeitando-seo limite máximo que fôr íi-xado para os magistrados

O projeto de lei tem porfinalidade regularizar a si-tuação do ex-comandante daFEB.

Empresas aéreas inglesasinteressadas em explorarlinhas da BOAC no Brasil

O Serviço de Imprensa da Embaixada Britânica infor-mou ontem ao JORNAL DO BRASIL que três empresasaéreas inglesas jã entraram era concorrência, em Londres,para explorar as linhas da BOAC que serão suspensas apartir de 1 de outubro, conforme o comunicado divulgadopelo Ministério da Aviação da Grã-Bretanha.

A agência da BOAC ho Rio não recebeu ainda qual-quer comunicação da direção geral, a respeito da suspen-são dos vôos, mas a Comissão de Estudos Relativos à Na-vegação Aérea Internacional (CERNAI) aguarda um co-municado do Governo inglês, através do Itamarati, paraestudar as justificativas apresentadas para o cancelamento,LINHA ÜNICA

A BOAC é a única empresaaérea que liga diretamente cl-dades do Brasil a Londres, fa-zendo escalas em Recife, JBio

Debatido no Itamaratio melhor aproveitamentoda assistência do CIME

Industriais e representantes do Comitê Intergoverna-mental para Migrações Européias, SENAI e Ministério dasRelações Exteriores reuniram-se ontem, no Itamarati, paradebater a criação de condições favoráveis ao melhor apro-veitamento da assistência financeira e especializada queo CIME proporciona aos países que o integram, entre osquais se inclui o Brasil.

Na reunião, entre outros Itens, foram examinadas aspossibilidades de ampliação dos cursos de treinamento eadaptação profissional para brasileiros e imigrantes, e aexecução do programa de aperfeiçoamento de' técnicos bra-sileiros em centros industriais da Europa e Estados Unidos.

e São Paulo, em seus vôos pa-ra a Argentina e Uruguai. Comapenas uma pequena interrup-ção, explora essas linhas desde1946. Os tiltimos aviões quetem usado para a América doSul são jatos Comets, que têmduas viagens semanais.

Além do Brasil, Argentina eUrwguai, a companhia temvôos para o Chile, Venezuela,Peru e Colômbia. Suspenderátambém a linha do Chile,mantendo ainda por algumtempo a do Peru. Os aviõesVC-10 com que a BOAC pro-jetava substituir os Comets,para eliminar os deficits quediz ter em suas linhas da Amé-rica do Sul, não chegaram aser colocados em uso. As em-presas que se interessaram pe-las linhas s&o a British UnitedAirways, a British Eagle In-ternational e a Caledonian.

Dirigindo-se aos sindicalistasbrasileiros, o Embaixador Ju-rael Magalhães pediu-lhes quen&o comprometam o movimen-to operário nas próximas elei-Çôes a eerem realizadas noBrasil.

— Participem ativamente daseleições'— aconselhou — mastenham cuidado para não com-prometer o respeito e a auto-nomia. dc seus Sindicatos atra-vés da união a qualquer cam-panha que possa ser alheia aomovimento sindical.

•Disse o Sr. Juraci Magalhãesque o sindicalismo no Brasilcarece, em muitos casos, da au-tenticidade e eficiência que oPais, sua sociedade e desenvol-vimento, estão a requerer,acrescentando que éle seriamuito melhor se não houvessesofrido a ação perniciosa da in-tervenção governamental, "quetinha propósitos alheios ao mo-vimento operário".

O Embaixador Juraci Maga-lhães recomendou aos sindica-listais brasileiros que tenhamsempre em mente as normasditadas pela Aliança para oProgresso-

E encerrando:— Regressem ao Brasil com

renovado entusiasmo e comu-niquem aos seus colegas sin-dicalistas a 6ensação de forçae confiança em si mesmo e oprestígio que caracterizam osindicalismo nos EstadosUnidos.

Os nove sindicalistas brasilei-

FAB vai vermostraaeronáutica

A fim de assistirem à Expo-sição Aeronáutica de Farbou-rough, seguiram ontem para aInglaterra o Diretor do ParqueAeronáutico de São Paulo,Brigadeiro Agemar da RochaSantos, o Coronel Rodolfo Be-cker, o Tenente-Coronel Car-neiro de Campos e o MajorFernando Martins Costa.

Os representantes da FABestenderão sua visita às insta-lações das principais indústriasaeronáuticas da Inglaterra, no-tadamente das que se dedicamã fabricação de aparelhos su-persônicos.

FINANCIAMENTOA Missão no Rio do Comitê

Intergovernamental para Mi-grações Européias, sediado emGenebra, programou nova reu-pião para o dia 10, quando se-rá discutida a forma de finan-ciamento para o envio de téc-nicos brasileiros ao exterior aditando-se que haverá colabo-ração do CIME, órgãos nacio-nais • empresas brasileiras.

Também será debatido no dia

Prontos osestudos sobre

Uoi

10 o critério de escolha doscandidatos, duração do estágio,meios de financiamento e sele-ç&o dos centros europeus eamericanos mais indicados pa-ra a realização dos estágios.

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o mO Chefe do Gabinete do Mi-

nistro da Justiça, Sr. Calo Má-rio da Silva Pereira, informouontem ao JORNAL DO BRA-SIL que aguarda apenas acon-.vocação do Presidente da Re-pública para entregar-lhe osestudos de sua assessoria sobreo problema do Inquilinato.

Na elaboração do trabalho, oSr. Calo Mário Pereira utilizousubsídios apresentados por en-tldades dé classe, nias levou emconta, principalmente, a reco-mendaç&o presidencial paraque fosse encontrada uma fór-'mula que respeitasse os inte-rêsses de locadores e locatários.NAO Ê DEFINITIVO

Oficiais do Gabinete do Ml-nistro da Justiça esclareceramque o trabalho, embora apro-vado pelo Sr. Milton Campos,não é definitivo, pois ainda se-rá cuidadosamente examinadopela assessoria do PresidenteCastelo Branco. -.-. .'.'

Durante a fase de estudos, oSr. Caio Mário da.Silva Perei-ra analisou os diversos as-peetos do problema do iriquill-nato, principalmente os relatl-vos is incorporações e condo-minio, procurando resumir, emseu trabalho, as observações econclusões de longos meses deatividade.

II FESTIVAL INTERNACIONAL DE MUSICA E DANÇATEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

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DOMINGO — DIA 6 — AS 16 HORAS

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^K inKrSBIft^ll ^BbB ^^nMH WÊÊtimmW ' • mW

Aotia filial das Organizações Avelino Torres S. A. vem de ser inaugurada, desta feita na Rua Pintode Figueiredo n.° 31-B, bem próximo à Praça Saens Pena, na Tijuca. O acontecimento revestiu-se deremarcada repercussão, não só por que so tratava da 13.a filial da conceituada firma como, também,pelo real prestigio de que goza seu dinâmico titular e idealisador, Sr. Avelino Torres. Ao atoinaugural, de que riamos um aspecto acima, esteve presente o Administrador Regional da Tijuca, Sr.Paulo V.ohin, que desfez o laço simbólico, ladeado pelo Sr. Avelino Torres, Diretor-Presidente dasOrganizações, o Revnio. Vigário da Paróquia « elevado número de convidados da melhor repre-sentação social, além de, funcionários e amigos daquele estabelecimento ccmercial

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ros diplomados são Geraldo He-leno Barroso, de Belo Horizon-te: Alberto Ciuladn, TomásPerry e Rosita Magiana Rie-kes, de Sáo Paulo; Ernâni finioJuchen, de Porto Alegre; TitoMarinho, do Rio; Valdir PedroBrânèto, de Santa Qatarina;Valdir Soares,,de Niterói; e AriZimmermann, do Paraná.

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e de Vigilância e detectives daDelegacia de Vigilância cerca-ram ontem, durante cinco ho-ros, um quarteirão na Tijuca,para prender o bandido Caiutle Cavalo, que, depois de íazer«eis disparos na direção do de-tcctlve Nelson, errando todos,conseguiu fugir, saltando pelostelhados, enquanto o Governa-dor Carlos Lacerda debatiaplanos para a sua captura.O PM Jocelino Elias infor-mou que Cara de Cavalo con-seguiu escapar do cerco ao táxiGB 4-44-33, perseguido porduas viaturas da. Radiopatru-lha, fugindo pela Rua Lúcio deMendonça e desaparecendoquando mais de 200 policiais operseguiam armados de metra-lhadoras.

FUGA

Perseguido pelo soldado Jo-jl cellno Elias, Cara de Cavalo

g íi *Mrw »<> Prédio n.« 35 da RuaI « Lu,cloi de Mendonça, passando,pelo telhado, para o n.° 37, de| . onde alcançou os fundos da| Garagem Stadtum, na' Rua SãoFrancisco Xavier.

Sentindo a presença de po-'liciais nas redondezas, o ban-dido voltou e pulou o muro don.° 47 da Rua Benevenuto Ber-na, correndo pela calçada atéo n.° 43, subindo a escada atéalcançar o telhado, onde esteveescondido durante o tempo emque os detectives vasculharamj- os prédios vizinho*.

$T AMEAÇA -

f As domésticas Neli da Silvae Maria Conceição da Silva,que trabalham na residência domedico Rui Lobo — Rua Bene-venuto Berna, 45 — estiverama pouco menos de dois metrosde Cara de Cavalo. O bandidoameaçou-as com um revólver etentou voltar, mas desistiu elorçou a porta da cozinha, queas duas jovens já haviamfechado.

Continuando em sua fugaCara de Cavalo tomou o cami-Jiho da Rua Sáo Francisco Xa-vier, encontrando-se no n.» 116com o detective Nelson, emquem íêz seis disparos. A par-tir daí, o cerco intensificou-secom os soldados da Polícia deVigilância pulando muros e te-lhados à procura do bandido.LACERDA NO LOCAL

O Governador Carlos Lacerdachegou às 18h 30m na Rua Be-

versas ruas e reuniu-se comseus principais auxiliares naresidência do médico Rui Lobo.Ouviu então curta exposição doSuperintendente da Policia Ju-dlclárla, Sr. Sales Guerra, doCurador Araújo Jorge e do Co-mandante da Policia .de Vigi-láncla, General Fernando Ca-valcânti, sobre as providênciastomadas para capturar o ban-dido.

Preocupado com as dúvidassobre a identidade do homemperseguido, o Governador Csr-los Lacerda conversou com odetective Nelson e o PM Joce-Uno Elias, que confirmaram te-rem reconhecido como Cara deCavalo o autor des disparo» fei-tos contra eles.

Depois de ouvir o Chefe deCaptura da Delegacia de Vigl-láncla, detective Daniel Men-des, que mantinha suas dúvl-das, o Governador Carlos La-cerda determinou que as buscasprosseguissem:— Ê possível que não sejaCara de Cavalo..Mas é certoque um marginal está soltoneste quarteirão, disparandosuas armas e colocando em pe-rlgo a vida dos moradores. Quea tousca não seja relaxada. Va-mos prendê-lo t

Percebendo que o Governa-dor voltaria & rua, para parti-cipar das diligências, inúmerassenhoras saíram, de suas casase pediram-lhe que não se de-írontasse com o bandido, "poisêle também pode matá-lo".SUSPENSAS AS BUSCAS

As buscas foram suspensas às20 horas, por determinação doGovernador Carlos Lacerda.Dois choques foram mantidosnas Ruas Mariz e Barros, Lúciode Mendonça, Benevenuto Ber-na e São Francisco Xavier, emface do receio dos moradoresde que o bandido continuasseescondido em algum porSo ouno telhado de alguma cosa nãoexaminada. Os detectives daDelegacia de Vigilância volta-rão hoje à Tljuca para realizarnovas buscas.

O detective Chiquinho reco-lheu nos Jardins e telhados •

.cápsulas perdidas pelo bandidoem sua fuga e ouviu as pessoasque o viram. Segundo as infor-mações, Cara de Cavalo estáusando uma calça azul e umcasaco de nylon marrom, comgola de pêlos, traje idêntico aoque vestia quando fora visto,no inicio da tarde, no Catete.

O Deputado e detective Fio-ravante Praga (PRT) manifes-tou ontem, na Assembléia Le-gislativa,. o seu profundo pesarpela morte do seu colega Pér-pétuo Freitas da Silva, recor-dando, em emocionado discur-bo, os serviços que o policialprestara à Cidade, "zelando pe-Ia ordem, tranqüilidade e segu-rança da população carioca".Disse o Sr. Fioravante Fragaque Perpétuo transformou-seem símbolo de policial eflclen-te e nobre, "a cujo espirito hu-manitário os próprios delln-quentes confiavam sua sorte,quando a natureza dos crimescometidos já nflo permitia queficassem ein liberdade e exi-gia da Polícia ação mais dinà-.nica".

O líder da Maioria, Sr. NinaRibeiro, solidarlzou-se com o Sr.

Assembléia lamentaa morte de Perpétuo

Fioravante Fraga, afirmando'que conhecera o detective PerJpétuo e oferecendo o seu tes-temunho dos excelentes servi-'ços prestados à Guanabara pelopolicial. O lider da Oposição.Sr. Sinval Sampaio, tambémteve palavras de simpatia c lou-vor a Perpétuo.

O Deputado Danilo Nunesque já exerceu a direção de umDepartamento da Policia, disseque Perpétuo teve a vida e amorte dos policiais honestos etrabalhadores que existem, emgrande número, na Polícia ca-rioca, e o Sr. Frota Aguiar, De-legado de Polícia aposentado,afirmou que só quem conhecea Polícia pode compreender ador* que o desaparecimento déPerpétuo traz à família policialda Guanabara.

Sales prega disciplinahoje em reunião matinal

O Superintendente da Poli-cia Judiciária, Sr. Paulo Sa-les Guerra, vai reunir-se hoje,às 9 horas, com o Delegado deVigilância e Capturas, os Che-íes das três Subseções e os Di-retores dos Departamentos daPolícia, para traçar novos pia-nos — "com base em discipll-na" —, visando à localização ecaptura de Cara de Cavalo,Entende o Sr. Sales Guerra

que só a execução de um planoaltamente técnico, "sem o cli-ma "emocional que domina al-

gumas diligências", poderá pos-sibilitar a prisão do assassinodo detective Milton Le Cocq,procurado por toda a Polícia hámais de uma semana.GALANTE MELHORA

O Departamento de RelaçõesPublicai da Secretaria .de Se-gurança infoi<nou ontem que

ainda é delicado o estado geraldo detective Jorge Galante Go--mes, assassino do seu colegaiPerpétuo Freitas da Silva.Já foram registradas, no en-tanto, algumas melhores: o po-ilicial, operado na noite do cri*me, pôde alimentar-se de Íru4tas e ser interrogado pelo De-legado Farah, do 20.° Distrito

Policial. Galante continua souproteção rigorosa e, além dosmédicos do Hospital da PoliciaMilitar, só o Delegado Farahpode entrar em seu quarto.FLAGRANTE NA JUSTIÇA

Foi distribuído ontem ao ItTribunal do Júri o flagrantecontra o o detective Jorge Ga-lante Gomes. Espera-se parahoje ou amanhã o pedido dobaixa dos autos à Delegacia,para complementação dos de*poimentos e demais provas.

Polícia de Neves fazcerco à Ilha do Pontal

Centenas dt homens das Policia» Militar

JOSÉ REGIS TECIDOSINAUGURA - RAMOS

Civil tmpenharanusa na cerco a Cara de CavaloVMA BUSCA CANSATIVA

Radiopatrulha perseguetáxi e prende 3 na Tijuca

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&^SP__I ___! . '*"*!*S**¦-* K M;(mmÊÊ£< :~y' ir'...MMTiy ...,Dia 24 último, às lOh, foi aberta ao público maisuma loja de tecidos da Organização JOSÉ REGISCompareceram à inauguração figuras de proieçãodo comercio e da indústria.

Podemos anotar entre outros o Sr. Álvaro Fernan-des Sr. Carlos Alves dos Santos, Sr. Emílio Sembla-no, Sr. Geraldo Cardoso de Oliveira, Sr. Antero Rai-mundo Sr. Evair Pereira Alemand/ Sr. João AlmeLda Santos, Sr. Isac Regis de Farias, Sr. Israel Regisde Panas e outros. 6Na foto, vemos um aspecto da loja logo após ainauguração. 5 y (P

LETRAS'E CÂMBIOAYMORÉ

'RENDIMENTO CERTO

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A polícia procurou o bandido horas _ hqras, mas êle conseguiufugir outra vez

Após uma perseguição Inicia-da no Catete e desenvolvida a120 km/h no Túnel Santa Bár-bara, os policiais das RPs 8-93e 8-100 prenderam ontem, na

i Rua Lúcio de Mendonça, TIJu-: ca, três dos cinco passageiros e; o motorista do taxi GB 4-44-33,i no qual — segundo o vigilante

Mauro Roberto — viajava obandido Cara de Cavalo.— Eu o reconheci logo —contou o PV Mauro Roberto —,embora êle usasse uma boinaescura, mas as suas orelhas,muito grandes, são inconfundi-veis. Durante toda a persegui-ção estive preparado para a suaprisão, mas quando o táxi foicercado já o bandido havia de-: saparecido.

i AVISO E PERSEGUIÇÃO

. A viatura 8-93 da Radiopa-I trulha trafegava pela Rua doCatete, quando recebeu o aviso

geral de que Cara de Cavaloviajava no táxi GB 4-44-33,com mais quatro pessoas.— Dois minutos depois avis-tamos o táxi — narrou o fiscalValdir. — Pedimos reforço pelorádio e saímos em perseguiçãoao bandido. Atravessamos asRuas Bento Lisboa, o Largo doMachado, Ipiranga, PinheiroMachado e alcançamos o TúnelCatumbi—Laranjeiras, onde otáxi desenvolveu,o máximo, pa-ra escapar. Só conseguimos cer-car o veículo na Rua Lúcio deMendonça, contando com a aju-da da RP 8-100, que viera cmnosso auxilio.

No banco traseiro estavam.Feliciano. Gomes (Rua do Ca-tete, 121); Roberto Sousa No-gueira (Rua Bento Lisboa, 63,

ap. 202) e José Trajano deMedeiros (Rua Conde PereiraCarneiro 681), usando o últi-mo um revólver Ina, calibre32. Todos foram presos semresistência, mas o quarto pas-sageiro, que viajava ao lado domotorista José dos Santos (R.Cinco de Julho, 388), conse-guiu escapar, abrindo cami-nho a bala.

Os presos informaram que ofugitivo se chama Rui e é odono da valise na qual os pa-trulheiros encontraram diver-sos objetos próprios de quemsempre muda de pouso. .

NAO SE CONHECEM

Os presos, inclusive o moto-rista, negaram que viajasse notáxi o bandido Cara de Cava-lo. Roberto Nogueira disse àPolícia que é inspetor internono Colégio Pedro II, mas asprimeiras Investigações revela-ram que já foi autuado porfurto de automóveis. Bastanteirritado, Roberto gritava que oseu pai já chefiara a Policiado Rio, ameaçando que "ascoisas não vão ficar assim".

O motorista José dos Santos,prontuário 370 323. informoudesconhecer os seus passagei-ros. Disse que um deles fizerasinal no'Largo da Lapa, ondetomara o caminho da Rua Ipi-ranga, quando entraram maisdois, apanhando o quarto pas-sageiro — "o último" — naRua Marquês de Pombal.

Os presos disseram que nãose conhecem, embora Pelicia-no Gomes tenha afirmado queRoberto o convidara para umapartida de futebol no subúrbio,"para onde se dirigiam".

Niterói (Sucursal) — Poli-ciais do 4." Distrito Policial deNeves, em São Gonçalo, vas-culhoram ontem a nha doPontal, para apurar denúnciasde alguns moradores que di-ziam ter visto um homem sus-peito — que poderia ser Carade Cavalo — escondido há doisdias num barracão abando-nado.

O barracão foi cercado pelospoliciais, mas já estava vazio.Investigações posteriores indi-caram que nele se esconderao bandido Mozart Silva, con-denado por assassinato e queee encontra foragido. A Poli-cia Militar continua com 200homens nos morros de SáoGonçalo para localizar Caro deCavalo.

EM NILÓPOLIS

O Delegado Mauro Maga-Ihães, de Nilópolis, teve infor-mações de que o assassino dodetective Le Cocq estaria nacasa de um amigo, no BairroMaravilha. Foi ao local, masnada encontrou, a não ser rou-pas usadas, sujas de barro, queacredita serem de Cara de Ca-valo. Todas as entradas parao Municípip estão vigiadas pe-

*:; (Ia Polícia, que <ím otdeoi ã_deter todos os suspeitos.

O Delegado de Nova Igiia-çu, Sr. Belas Pascoto, disse qu»tem esperanças de que Carádc Cavalo não apareça em seuMunicípio, pois sua Delegaciaestá desaparelhada, com ape-nas um veiculo. Se êle apare-cer por aqui, com os recurso»que tenho, será difícil prende-lo — acrescentou. ,PRISÕES EM BELOHORIZONTE

i-,Belo Horizonte (Sucursal) —LA Polícia prendeu ontem 25marginais, numa blitz que rea»lizou nos morros e favelas des»ta Cidade, para localizar Caraáe Cavalo e outros bandidosafugentados do Estado daGuanabara.

O Subinspetor da Delegaciade Vigllância-Geral já se co-municou com a Policia cario-ca. pedindo um retrato do ban-dido Cnra de Cavalo, para exf-bi-lo aos 30 investigadores én-carregados das batidas nas fa-velas.

Entre os 25 marginais pre»sos ontem estão assaltantes;ladrões e maconheiros, masnenhum é egresso da Guana-bara.

Mulher assassinada aoresistir a assaltante

A Sra. Maria Amália daCosta Nunes foi assassinada eo seu marido duas vezes esfa-queado ao oferecerem resistén-cia, na manhã de ontem, a umhomem não identificado queinvadira a pensão de que sãoproprietários, à Rua Senador-Pompeu, 63.

Os policiais do 4.° DP infor-maram que não será fácil iden-tificar e prender o criminoso,alegando que "o local é de gran-de movimento". Ressaltaram,porém, que "as investigações jáforam iniciadas".O CRIME

A empregada do casal, Será-fina Martines, ainda avistou o

criminoso no momento em queêle saltava o muro existente noafundos da pensão para escapar.O Sr. José Jordão, que voltavada padaria, onde fora fazercompras, perseguiu o assassinode sua mulher, mas recebeuduas facadas, sendo uma nopescoço. Está internado emestado grave no Hospital Sou-sa Aguiar.

A Sra. Maria Amália íoi en-contrada com uma cadeira sò-bre o corpo, em posição de quemtentou defender-se do assaltan-te. A Polícia iniciou aa suaisdiligências, intenroganido pes».soas que conheciam as viti.mas.

.4 DOR DO GOVÊR1SOLacerda foi à missa desétimo dia por Le Cocq

"Cara de Cavalo" passouno Catete e houve crime

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O Governador Carlos Lacer-da, acompanhado de seu Se-

• cretarlado, foi ontem à Cate-dral Metropolitana assistir àmissa de sétimo dia pela almado detective Milton Le Cocq e,à saída, declarou que submete-rá a Assembléia Legislativa umprojeto de lei para que o Esta-do conceda ajuda às viúvas depoliciais mortos em serviço.

As mais alta., autoridadespoliciais do Estado, os compa-nheiros de turma de. Le Cocq —Roberto, Sinval, Americano,Lincoln, Cartola e Ernâni —deram os pêsames à viúvaAmélia de Oliveira Le Cocq,que chorou durante toda a ce-rimônla oficiada por Monse-nhor Vital Cavalcanti. Todos osdistritos policiais mandaramrepresentantes, bem como a

daGuarda Civil e a GuardaEPCB.

PENSÃO

O Secretário de Segurança,Coronel Gustavo Borges, já en-tregou ao Governador CarlosLacerda o projeto de lei queconcede pensão especial à Sr.»Alice Leila Le Cocq de Olivei-ra, viúva do detective Milton LeCocq de Oliveira, assassinadopelo bandido Cara de Cavalo.

A concessão da pensão éjustificada porque "o policialtombou vitimado pelas balasde perigoso marginal, quando,em diligência e no estrito cum-primento do dever, tentavaprendê-lo para entregá-lo àJustiça",

O industrial mineiro Rober-to Amorim Chamusco, de 62anos, de Governador Vaiada-,res. íoi encontrado morto nanoite de ontem, com as máosamarradas e com a boca cheiade palna de travesseiro, noapartamento 702, do n.° 30 daRua do Catete, nas proximida-des do local onde o bandidoCara de Cavalo foi visto à tar-dé.

O apartamento estava intei-ramente em desalinho com a

porta fechada por dentro,acreditando as autoridades do9.° Distrito Policial na hipó-tese de latrocínio. O local foiinterditado, sendo solicitada a

perícia para íazer o levantaimento do local.

Segundo apurou a policia, oIndustrial vivia em companhiade Maria da Glória, de 26 anos,caixa da fábrica de caixas pa-ra calçados Cherry, que porcoincidência atrasara-se on-tem no serviço, chegando alimuito depois do que habitual-mente.

A môça chegou em casa mui-to nervosa, tendo mais tardeas autoridades policiais entra-do om contato com o seu pa-tráo, que justificou o atraiodevido à dificuldade em encer-

.rar o movimento do dia, poruma diferença de caixa. -1**:

Birosqueiro dirá hojecomo morreu Perpétuo

O advogado Wilson Mirzacomunicou ontem ao delegadoEdmur Farah, do'20.° DistritoPolicial, que o birosqueiro An-tônio Areias, compadre do de-tective Perpétuo Freitas daSilva, deverá apresentar-sehoje, as 14 horas, para esclare-cer o crime ocorrido têrça-fei-ra na Favela do Esqueleto.

Quanto à apresentação deAramis Freitas, filho de Per-pétuo e apontado como o autordo disparo que íeriu o detecti-ve Jorge Galante Gomes — ocriminoso —, o advogado iníor-mou que ela só ocorrerá quan-do houver provas concretas dainocência do jovem, "sendopossível, no entanto, que Ara-mis vá à noite ao distrito".

V Vvvetmido^Cnrlas Lacerda, pessoalmente, apresentou suas con-dolcncias a viuva Le Cocq, na missa de 7.9 dia

Ouça diariamente

a RÁDIOJORNAL DO BRASIL

IPM-SAPSEDITAL |

HERYALDO MARTINS FERREIRA, Cel. Encaivíregado do Inquérito Policial Militar instaurado nóSAPS, faz saber a todos que o presente Edital vireiiaou dele tomarem conhecimento que os SenhoresEDGARD PEDRO ROBERTO RIHL, LUIZ CARLOSFERREIRA BELORA, GARIBALDI TEIXEIRA 6ERLICH SIQUEIRA CAMPOS estão intimados acomparecer ao órgão Central do SAPS, no Largo deSão Francisco, 34, sala 1 601, no dia 8 de setembrp,às 8 horas, para

'prestarem depoimento como indi-ciados. E para constar, eu, ARMANDO NELSONMORETI, 2.° Ten. Escrivão, o escrevi. (p

.. ,.,...,.-, ..... .

'¦

10 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, Sexta-Feira, 4-9-64

1

§

y,

Todo imposto ou taxa federal podeser pago com cheque sem o "visto"

' Qualquer Imposto ou taxafe-deral poderá ser pago por che-que bancário, sem necessidadede visto, desde que emitido pelopróprio contribuinte, segundodetermina a Lei 4 388, da28-8-04, publicada no DUrloOficial de 31-8-64, e qua «sta-belcceu várias inovações comrelação no imposto do félo empartienlnr e aos tributos fe-deriils em geral.

Adverte no entanto a lei quaaqueles que emitirem, aceita-rem ou derem curso a chequessem data ou com data falsaserei» passíveis de multa igualao l valor escrito no cheque.Quanto à selngem de recibos,os tie v a 1 o r até Cr$ 10 milestão Isentos de selo, enquan-to, íos que se elevarem dessevalor por CrS 10 mil ou fraçãodeitem ter selos de CrS 5.PROPORÇÃOE PROGRESSÃO

Na selngem proporcional, ospaneis até Cr$ 5 mil' estão isen-tos; os de mais de CrS 5 milpor Cr$ 1 mil ou fração —Cr$ 10. • -

líos casos de promessa decompra e venda e de cessão dedireitos de bens móveis e imó-veis, a selagem progressiva seráfeita da seguinte forma:até CrS 1 milhão .... 1%até CrS 2 milhões .... 1:;5%até Cr$ 3 milhões 2%acima de CrS 3 mi-

lhões, pelo que cx-ceder 3íi

COMPRA E VENDAlios contratos de compra e

venda de bens móveis,' haveráIsenção para:

a) os realizados no Pais, en-tre Industriais, comerciantes e

produtores, para fins mercan-tis;

b) os realizados entre expor-tadores, no País, e importado-res no exterior, desde que es-trltamente relacionados com aexportação, ainda que celebra- 'do sob a íorma de pedidos, or-çamentos, propostas ou ofertasaceitas ou confirmadas.

CONTRATOS DECONSTRUÇÃO

¦ Nos contratos de construçãocelebrados pela Unifi/o, Esta-dos, Municípios, Territóriosfederais, Distrito Federal, au-tarquiaa ou sociedades de eco-nomia mista, o imposto recai-rá sempre, em sua totalidade,sóbre a outra parte contratan-te. É facultado, entretanto,que o pagamento do Impostodo Selo se faça, não no con-trato, mas pa«:eladamente porguia, por ocasifio do pagamen-to das faturas, nos oito diassubsequentes.

EM MOEDAESTRANGEIRA

Nos papéis cm que o valorestiver expresso em moeda es-trangeira, o imposto incidirá_>ôbre a quantia equivalente emcruzeiros apurada pela taxaque estiver cm vigor — no diacm que o selo se.tornar devido —para conversão do valor exter-no das mercadorias impor-tadas.

POR VERBA

A selagem por, verba fiscalsomente será permitida cm.papéis cujo valor do impostoseja superior a Cr$ 20 mil. Seinferior a Cr$ 20 mil, o selo

devora obrigatoriamente sersatisfeito por estnmpilha.DIREITOPÚBLICO

Alterada n isenção dos, atosJurídico* e seus instrumentosem que fossem partes a União,os Estados « os Municípios,pnra isenção apenas a. essasentidades e não aos papéis emque intervierein (isenção sub-jetiva ao invés de objetiva) eextensiva aos Territórios Fe-derais c ao Distrito Federal.FINANCIAMENTOSAGRÍCOLAS

Isenção paTa os contratos definanciamentos agrícolas deentressaíras, de valor não su-perior a 80 (oitenta) vezes omaior salário mínimo vigenteno País <Cr$"3 320 mil, no mo-mento).

CONTAGEMDE PRAZOS

Os prazos para pagamento,recolhimentos, reclamações, re-cursos contar-se-ão, relaciona-dos com quaisquer tributos fe-derais por dlns úteis, excluídossempre os em que não houverexpediente nas repartições íe-derais. Recaindo o prazo emferiado local será automática-mente prorrogado para o pri-meiro dia útil.CHEQUES

_No caso do pagamento deimpostos por intermédio decheques, sem necessidade devisto, o contribuinte, no .casode pessoa fisica, deverá neleconsignar o, número da Car-teh-a de Identidade do emi-tente e seu respectivo ende-rêço.

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e 26-6071CAMPO GRANDE — Rua AROStinho Coelho, 6 — Tel.: CGr.: 648CASTELO — Av. Nilo Peçanha, 12 — Tels.: 22-3258 e 22-1556CATETE — Rua do Catete, 190 — Tel.: 45-6192CATUMBI — Rua Catumbi, 28 — Tels.: 52-0043 e 42-7332COELHO NETO — Av. Automóvel Clube, 4 023 — Tel.: 29-8395COPACABANA — Av. N. S. de Copacabana, 1 335 — Tels.: 27-7

e 27-1904DIAS DA CRUZ — Rua Silva Rabelo. 6/12 — Tel.: 49-6369GOVERNADOR — Praia da Olaria, 567-A — Tel.: GOV. 482IPANEMA — Rua Visconde de Pirajá, 411-A — Tels.: 47-2004 e 47-3CIRAJA — Rua Cisplatina, 17 — Tel.: 29-8616

JACARÉ — Rua Lino Teixeira, 300-A — Tel.: 29-7603JACAREPAGUÁ — Av. Geremário Dantas, 56 — Tels.: JPA. 453 e 498MADUREIRA — Av. Min. Edgard Romero, 239 — Tels.: MHs. 376 c 1022MARQUÊS DE HERVAL — Av. Rio Branco, 185

Tels.: 52-1575, 52-1373, 52-3141 e 42-9252MSIER — Rua Frederico Méier, 22-A — Tels.: 29-7915 e 29-7962PAQUETÁ — Rua Pinheiro Freire, 49 — Tel.: PQA. 26PENHA — Rua José Maurício, 101-B/C — Tels.: 30-5311 e 30-2752POSTO 4 — Av. N. S. de Copacabana, 730 — Tel.: 57-2117SANTA CRUZ — Rua Felipe Cardoso, 241-B/C — Tel.: STC. 261SAO CRISTÓVÃO — Av. do Exército, 13 — Tels.: 34-5871 e 34-5766SANTO CRISTO — Rua Pedro Alves, 5 - loja 313 — Tel.: 43-3687TIJUCA — Rua Maior Ávila, 132 — Tels.: 28-3259 e 28-3672FILIAL DE SAO PAULO — Av. Ipiranga, 890 — Tels.: 36-1739, 33-3295

e 37-4509

ATIVO PASSIVO

A —DISPONÍVELCAIXAEm moeda correnteEm depósito no Banco do

Brasil Em outras espécies

B —REALIZÁVELDepósitos em dinheiro no

Banco do Brasil, á ordemda SUMOC 3 479 305 247,30letras do Tesouro Nacional,depositadas no Banco doBrasil, à ordem daSUMOC, no valor nomi-nal de Cr$ 900 000 000,00 900 000 000 00Apólices -e-- Obrigações Fe-derais depositadas no

., Banco do Brasil, à ordemda SUMOC, no valor no-minai de CrÇ 86 057 000,00 73 962 760,00

Empréstimos em ContaCorrente 16 674 414 669,60i.mprestimos Hipotecário.! 889 387 363 20Títulos Descontados 22 487 899 776,00beiras a Receber de Conta

.1.róPlia 91852086,00Agencias no Pais 99 134 433 534,60Cmrespondentes no Pais .. 73 577 997 80Correspondentes no Exterior 227778216090Outros Valores em Moeda_Wo?nge£a 66 924190,60nn? „ % Realizar 146õ 823 400i00Soveis 6 89197170Ú0TitulosSe Valora MobiiÜHos':

2 *7° W 539,3°Apólices e Obrigações Fe-derais nâo à ordem da

SUMOC 17 018 497=10;\^ri^aduais 1I»1SLetras do Tesouro Nacio-¦:. nal não à ordem daSUMOC, no valor nominalt íw! Cr5 30-í_ 00° 000'00 300 000 000,00Letras do Banco do BrasilS.A. (Instruções ns. 192 e204) no valor nominal de,Cr$ 60001000,00 60 001 OM) nnffie^êntures-::::: iSSSKOutros Valores 75298 m,30

C —IMOBILIZADO ~~Edifícios de -Uso do BancoMóveis e Utensílios Material de Expediente ....Instalações

D —RESULTADOS PENDENTESJuros e Descontos .....Impostos Despesas Gerais ...."!.!!ti ¦

E-r CONTAS DE COMPENSAÇÃOValores em Garantia ....Valores em CustódiaTítulos a Receber de Conta

jAlheia Outra» Contas """

2 494 344 656,60

4 520 766 548,80310 OOO.OO 7 015 421 205,40

4 453 268007,30

153 011912 569,10 157 465180 576,40

436716702,60773 899238,20250460306,40314145625,60

48317424,006 397273,80

655123 006,20

1 775 221 872,80

708837704,00

166 965 661358,6011380 430638,00

2 514525017,20'

10 447 925 397,709 345 927598,50 33 688 808 651,40

200654470010,00

ANTÔNIO CARLOS DE ALMEIDA BRAGADireto» Presidente

F —NAO EXIGIVEL

Capital

Realizado 1 000 000 000,00Aumento 1500 000 000,00

Fundo de -Reserva Legal ..Fundo de Previsão Outras Reservas

3 —EXIGiVEL

Depósitos¦

A vista e a curto prazo:

de podêres públicos 5 877de autarquias 6 507em C/C sem limite 20 247em C/C populares 12 186em C/C limitadas 179em C/C sem juros 640outros depósitos .... 2262

A prazo:

de podêres púbiiccs 150

de diversos:

a prazo íixo '¦'-. 21de aviso prévio 66

2 500 000 000,00

118 576 618,20952 855 618,20777 807 098,00 4 349 239 334,40

678 837,80413 320,00605 878,10034 965,60442 185,80451 339,90595 437,40 47 901 221 964,60

534 644,60

923 688,60658000,10 239 116 333,30

48140 338297,90

Outras Responsabilidades:

Obrigações Diversas 2 529Estado da Guanabara —'

(Conta FinanciamentoRural — prazo longo) .. 124

I.A.P.I. — Conta Convênio 46Letras Hipotecárias em

Circulação 492Agências no Pais 98 681Correspondentes no Pais ..- 2Correspondentes no Exterior 5Ordens de Pagamento e

outros créditos 11102Dividendos a Pagar 2

523 999,00

000 000,00008 690,10

355 000,00869 647,20415 736,50212 510,90

639 486,10223 620,00 112 986 248 689,80 161126586987,70

H —RESULTADOS PENDENTES

Contas de Resultado ......-:

I —CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Depositantes de Valores emGarantia e em Custódia

Depositantes de Títulos cmCobrança no País

Outras Contas

1469835036,50

166 965661358,60

13 894955655,20

10447925397,709 345 927598,50 33 688808651,40

200654470010,00

JOSS PAES DE ALMEIDA CAMPOS JÜNIORContador Geral — Ber. MO — CRC-GB

GÊNEROS E MATÉRIAS-PRIMASCAFÉ

Nova Iorque (AP-UPI-JB) — Ocafé tipo Santos número 4 lotcotado, ontem, no disponível a,45.00 centavos de dólar a libra-poso nus operações de fechamen-to da BOlsa de Nova Iorque. En-tre oa tipos que incluem custo afrete, o Santos Bourbon número3 foi cotado K 46.50 centavos dedólar 11 llbra-pêso.

Nas operações realizadas nomercado a termo, o contrato Bassinalou uma alta de 7 a sepontos, sendo netroelados 738contratos. O contrato M, por suavez fechou tranqüilo, sem rea-llzaçao de vendas.MERCADO A TERMO

Cotações em centavos de dólarpor llbra-pêso, entregas íuturas:

DÓLAR

Compra CrS 1450,00Venda Cr$ 1500,00

LIBRA „

Compra Cr$ 4 038,00Venda Cr$ 4185,00LIVRE

Abriu ontem, o mercado detaxa livre em condições calmas,com os bancos vendendo o dó-lar a Cr* 1 500,00 e a libra aCr$ 4 183,00 e comprando a CrS1 450,00 e a Cr$ 4 038,00 respec-tlvamente. Fechou fraco, com odólar regulando para venda aCrS 1 520,00 e paia compra aCl» 1 480,00.

MANUAL

Na abertura do mercado decambio manual o dólar-papel

Funcionou ontem, o mercadode títulos em condições ativase acusou nsgóclos mais desen-volvidos em diversos papéis emmovimento. Foram vendidos du-

Contrato B:

Sotombro 43.76Dezembro 44. BOMarço 43.01Maio 43.30Julho 42.80

AÇÚCAR

O merendo mundial de açúcarapresentou-se, ontem, irregularcom poucas vendas. O dlsponl-vel foi cotado a 0.25 centavos dodólar a llbra-pêso. O mercadodoméstico assinalou uma alta rie1 e uma baixa de 8 pontos, «on-do negociados 150 contratos.

O contrato mundial númerooito apresentou-se com umabaixa de 4 a 17 pontos, senãonegociados 959 contratos.

MERCADO A TERMO

Cotações em centavos de dólarpor llbra-pêso, entregas futuras-

MOEDASfoi cotado a CrS 1 710.P0 paracompra e a CrS 1 720,00 paravenda. Fechou calmo, com o dó-lar vigorando para compra aCrS 1 695,00 e para a venda aCrS 1 705,00.

PARALELO

No mercado paralelo o dólar-papel vigorou na abertura aCrS 1 700,00 para compra e aCr$ 1 710,00 para venda. Fe-chou mais calmo, com o dólarcotado a CrS 1 690,00 para com-pia e a Crs 1 700,00 para venda.

Foram afixadas as seguintestaxas de cambio livre:

Venda Compra

Llbn» 4 185.00 4 038,00Dólar

Contrato n.° 7;Novembro 6.22Março 6.30Maio 6.37Julho 6.40

Contrato n.° 8:Outubro Março Mnlo Julho Setembro Outubro

3.63-643.61-633.61-623.57-003.383.53

CACAU

Cotações do cacau, para entre-ga imediata, em centavos de dó-lar norte-americano por libra-peso durante as operações do íe-ciutmento da Bolsa de Nova íoi-que:

Acra 23:54Bahia 23.29Equador 27-.2ADominicano 29.84

Poso nrff. ,.Poso urug.Coroa nor.Coroa din.Bhilllns ..Florlm ....Escudo Marco

10.6066,00

209,40216,40

58,20413,40

52,20377,30

10,0061.60

202,40209,20

56,20401,30

50,30364,70.

Câmbio

Fco. belga .Fco. suíçoFco. francêsPcsotn, Lira

C. sueca ..

1 500.00 1 450,0030,20 29,20

335,00306,2025,20

2.41292,00

2-17,30293.9024,00

2,33232,30

TÍTULOSrante os trabalhos 314 902 tltu-los, na, importância de CrS ..507 352 915.00. Venderam-se le-trás de importação no valor deCrS 164 739 913,00 e letras de

emN. Iorque

Nova Iorque (UPI-JB) — Co-tações de moedas estrangeirasem relação com. o dólar norte-americano:Cruzeiro (mercado livre). 0,0075Libra esterlina 2,7842Marco alemío ocidental 0,2115Peso argentino 0,0070

câmbio no de Cr$ 208 517 830,00.'O Índice BV da Bolsa, foi cota-do em 419 pontos, com alta de13 pontos.

CURSO DOS TÍTULOS DO I.B.V. EM: 2-9-64

Companhias Quant.Ações

Valorem CrÇ

Cot.Mái.

Min.Cot.

Méd.Cot. Vai.

I

;«*

Banco do Brasil .,Amér. Fabril (pt)D. Isab. (pri) Aços Vilares Amo Brás. Roupas Brahma (ord) Brahma (pref) ...Carioc. Indust, ..Sousa Cruz D. Santos Berro BrásKlbon (ord.) L. Americanas ...Brlnq. EstrMesbla S.imltn od M. Santista Petrobrás S. P. Alpargatas ..Belgo MinManesm. (pf) Sid. Nacicna! ...;V. R. Doce ipt) :.Willys (ord)

769395

• 4003 90010 600

256080

11 153250064

46 00015 04816 450

1071 000804

11 8461 9001 269

77 15T24 000

500397504500

2 44720 450

60012 87012 9856 059

22 32281 568

52524 63926 42228 27215 82116 895

165.31 82928 310

5 280355

28 37158 816

1 146818'9 084

1 404

I000500COO000000800430950 |000 |250 |000 |960 |500 |350 |000 |800 |509 |000 |320 |120 |000 |000 |450 I000 I000 |

1 9503 0501 SOO300

1 260900

5 500850100950640950989

4 100200300 '

2 5002 800230380

2 5002 300

630200980

1 900900500

: 300200850

1 450700ICO

: 350530700930

4 000150200

2 3502 750280355

2 4002 280630

6 000950

904974

•1 500300

1 225861

5 471763100866574879962

4 055165247

2 3902 779280368

2 4512 29264804O962

+

6.813.61,5-2.78.60,6l,7.t!1,0

-r 2.4H- 1,9+ 19,3-+ 17,2.+ 5,1+¦ 2,7-j- 3,7-f 5,3'4- 7,0+ 2,9

est.-j- 8,2-f 2,3 '-f 14.6

est,est.

-!- 1,8

MÉDIA S/N DOS TÍTULOS PARTICULARES DA BOLSA DO RIO DE JANEIRO

3-9-642 340

2-9-642 741

27-8-642 547

28-8-642 672

Setembro de 19632 417

(Elaborada pelo Serviço Nacional de Investimentos Ltda.).

FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTOS

Data Valor da CotaCr«

íllt. Dlst.Cr$

Valor do FundoCr»

FUNDO CRESCINCO 1/9CONDOMÍNIO DELTEC 3/9FUNDO ATLÂNTICO 31/8FUNDO ORCICA 31/8FUNDO HALLES 3/9FUNDO BRASIL 2/6FUNDO NORTEC 1/9

436,56293,70276.90133,79440,87106,00549,71

15,00 set.8,00 junho8,00 junho4,00 junho8,00 fev.1,50 maio

30,00 Junho

23 475 680;2 329 693

1 211 723,353 929,

49 658,45 723,

117 516;

Letras deImportaçãoBanco do Brasil

1944 Em. 31-8-64 83,502339 Em. 13-5-64 92,232388 Em. 23-5-64 91,004805 Em. 30-5-64 90,222812 Em. 8-6-64 89,452244 Em. 12-6-64 89,003055 Em. 14-6-04 89,891319 Em. 15-6-64 88,67

166122 Em. 22-6-64 87,89

Apólices eObrigações

50 Rec. Financ 900

Estaduais

16 Minas - 1.» S.. For-tador — 1634 165

10 Idem - 2.» 1655 Idem • 3.» 105

7ÍOLel 14 630180 Lei 820 - f;a 630260 Idem - P|B 620

AçõesOutros Bancos

1053 Lar Brasileiro. Ord.Port 220

450 Idem - ?ref. Pt. .. 230 .

AçõesOutras Companhias

477 N. América. - Port. 2700982 Artes Gráficas Go-

mes do Sousa. Pref. 3003000 Borghoíf — Brasl-

sileira de Pet. Ipi-ranga — Pref. .... 850

160 Chenile do Brasil . 1500100 Decasa Utilidade -Port 200O

100 Duratex 2020300 Fábrica de Artefa-

tos Têxteis Arteit . 1960300 Idem 1965600 Idem . ,. 1700

1000 Industrial e Ag, Sta.Cecília - Direitos . 60

4000 Industrial e Ag. Sta.Cecilia — Fração deAções 100

330 List, Telef. Brasilei-lelra — Pref 300

1000 Mot. TJ n i ão Com.Importadora 1000

200 Paulista Roup. ... 1070600 Idem 1080100 Idem 1100

1269 Pet. Brás 26050 Petromlnas 1000

400 Idem 1050500 Ref. • Exp. de Pet.

UniSo - Ord. 700

Debêntures4971 Brae. Roupas 100»1000 Paulista Roup. .... 1000

3 Petrobrás (300) ... 300«39 Idem . ,. 10PO

Vendas 1 Prazo

1000 Sid. B. M. - P|C en-trega 30-9-64 2580

Letras de CâmbioEm Milhares decruzeiros

Crcsa S. A.

1650 2191200 2541000 204

50 264"50 311

200 321100 234100 108

50 229400 139700 119100 306100 111200 131

1200 202

CAFfi

diasdiasdiasdiasdiasdiasdiasdiasdiasdiasdiasdiasdiasdiasdias

78,1074,6079.6073,6068,9067,9076,6089,2077,1080,1088,1069,4088.9087,9079,80

100 231100 216100 326

50 316550 325

60000 1122150 2581600 233

COO 152'500 2032C0 110700 300200 324

1000 291600 294SOO 308100 241900 120200 201100 318300 317COO 307600 299250 323230 250

diasdiasdiasdiasdiasdiasdias

76,9078,4067,4068,4067,5088,8074.7Q

dias 76,70dias 84,80dias 79,80dias 89,00dias 70,00dias 67,60dias 70,00dias 70,60dias 69,20dias 75,90dias 88,00dias 79,90dias 68.20dlns ..- ,, 6ÍS.30dias 69,30dias 70,10dias 67,70dias 1Í,V)

400 293 dias 70,70

MERCADORIASO mercado de café disponível

funcionou ontem, em condiçõescalmas e com as cotações lnal-teradas. Os possuidores deramao tipo 7, safra 1964/65, centri-bulç&o de 22,50 dólares ao preço<le CrS 4 300.CO por 10 quilos enao houve vendas declaradassóbre o disponível. Foram des-pachadas para embarques 86 096sacas. Fechou inalterado.

Cotações por 10 quilos:

Safra 1964-65 — Contribui-çáo de 22,50 dólares.

Tipo 2 CrS 5 300,00Tipo 3 CrS 5 100,00Tipo 4 CrS 4 900,00Tipo 5 CrS 4 700,00Tipo 6 CrS 4 500,00Tipo 7 CrS 4 300,00Tipo 8 CrS 4 100,00

ESTADO DE MINAS:

Europa 10 463Ásia 100 MO

Tctal:

Desde 1 do mês Desde 1 de Junho ...Idem. ano passado ..Existência Idcm, ano passado ...

lli 745;?» 9. ¦.

418 105737 031630 195579 226650 318

AÇÜCAR }£,

O mercado de açúcar regulouontem, firmo e cem os preçosinalterados. Entradas 500 sacosdo Estado do Rio. Saldas 10000.Existência 570 316 sacos.Cotações por 60 qoiios:

Resoluçfto n.o 1 846, de 291S!64— PVTJ — CrS 8 300,00.

ALGODÃO .'."

O mercado de algodáo em ra-ma regulou ontem, firme e comos preços inalterados. EntradasnSo houve. Saidas 200. Exlstêu-cia 5 927 fardes.

Idcm, safra 64/65 CrS 430,00(Entrega cm 120 dias)

ESTADO DO RIO:Serldó Tipo 2 9 300,00 9 400,00

Café comum saíra 64/65 430,00 Serldó Tipo 4 9 200,00 9 300,00

Llberaçáo em 31 de agosto: Fibra Curta:

Nâo houve. Sertões Tipo 8 100,00 8 200,00Sertões Tipo 8 000,00 8 100,00

Desde 1 do mèâ 456 673 Ceará Tipo ,3 8 800,00 7 900,00Desde 1 de Julho .... 1 432 320 Ceara Tipo 7 700,00 » 800,00Idem, ano passada .... 530 712

Fibra Média:nnUbarqu* em 91 d» «gesto: ¦.

Mataa Tipos 1-4 6 800 —Amérloa do Sul „..__. t 280 Paulista Tipo 6 6 800 » 000

1

T»»»»^^ f&ttfsVtrirGíMsgxgtxt.

Jornal do Brasil, Soxta-Foira, 4-9-64, 1.° Cad. — 11 ,tt-

Ms

SS Faraco afirma aue Governo não mudaJoão Muniz de Sousa

A Carteira de ComércioExterior do Banco do Bra-sil (CACEX) está procedeu-do a estudos para verificara possibilidade da adoção damedida sugerida pela Comis-ado de Comércio Exterior, doMinistério da Indústria e doComércio, que unifica, numsó documento, a Licença deExportação da CACEX e aQuia de Embarque da FI-BAN.

Acreditam os técnicos daCarteira de Comércio Exte~rior. gue, se de fato a me-dida vier a favorecer a des-burocratização do sistema deexportação vigente, além deconstituir um instrumentode fomento às exportações,poderá vir a ser adotado do-ravante no processamentodas normas burocráticas pa-ra as exportações.FILOSOFIA DOS PREÇOS

O Ministro Roberto Cam-pos, que está acumulando asPastas do Planejamento eFazenda, e o Superlntenden-te da SUNAB, Sr. ArnaldoGomes Taveira, estiveramontem pela manhã em con-ferência com o PresidenteCastelo Branco cerca ãeuma hora.

O Sr. Roberto Campos, aosair informou que o seu des-pachocom o Presidente foiâe rotina, enquanto o Sr. Ar-naldo Taveira declarou ha-ver entregue ao Chefe doGoverno a minuta áo decre-to de preços mínimos, acom-panhada de exposição sóbreo que chamou de "filosofiados preços mínimos".

Três problemas considera-dos importantes para o mer-cado segurador nacional se-rão tratados agora com aÍ7istalação dos trabalhos dasComissões Especiais criadasem conseqüência de recen-te decreto do Presidente daRepública: estabelecimentoãe um regime de ampla re-ciprocidade nos negócios domercado segurador brasilei-ro com o exterior; reestru-turação da Bolsa Brasileiraáe Seguros e implantação deum sistema de seguros emmoedas, estrangeiras, dandocondições ao mercado segu-rador brasileiro para expan-dir suas operações no setordo comércio externo do Pais.

.ECONOMIA ABANDONADAFoi considerando que a"economia do mate não é '

uma economia pobre e simuma economia abandonada"que o Presidente do Institu-to Nacional do Mate, Sr. Oli-veira Franco Sobrinho, deuentrevista ontem a jorna-listas.

Com relação à exportaçãoãa erva-mate, disse o Pre-sidente do INM que está es-tudando, com muito interês-se, a posição do Brasil noque diz- respeito aos merca-dos estrangeiros, confirman-do que estão sendo prepara-dos, em colaboração com oltamarati, alguns convêniosque "assentam no realismoda economia ervateira".DIVERSAS

O Banco âe Desenvolvi-mento de Minas Gerais re-cebeu ontem oficio da SU-DENE, informando que jáse encontram vinculados aoFrigorífico Norte âe Minas— Frlgonorte — 33 milhõesde cruzeiros em forma ãeações compradas pela Valedo Rio Doce, na forma âoArtigoil34 da Lei que permi-te aplicação de 50 % do Im-posto.#è Renda, dos contri-buintes jurídicos, em proje-to de desenvolvimento naárea do Polígono das Secas.

Nada menos do que novefirmas comerciais foram re-gistraâfis por hora, na Jun-ta Comercial ão Paraná, emmediai durante o mês de ju-lho.último. Enquanto nessemês se constituíam 2169novas, firmas no Paraná, ne-nhuma falência se registroue apenas 26 contratos foramcancelados.

política de exportação para o café

y:M--"

Brasil e Colômbia iniciamcontatos para evitar aqueda dos preços do café

Paris (Correspondente) — O Brasil e a Colômbia — ostíois maiores paises cafeicultores — coordenaram esta se-mana, na Europa, sua ação diplomática para, de comumacordo, fazer face ao problema da queda dos preços do pro-duto, provocada pela Costa do Marfim.

Os embaixadores dos dois paises entregaram notas,nesta capital e em Londres, solicitando ao Qual D'Orsay eao Foreign Office que os Governos francês e britânico en-videm esforços no sentido da estabilização dos preços dosprodutos básicos.POSIÇÃO FRANCESA

Instituto do Açú-car e do Álcool

EXPORTAÇÃODE AÇtCAK

Aviso n° 20/64-I-A-A- comunica que

colocará à venda, em 4 docorrente, mês, às 15 horas,na Divisão de Exportação,na: Praça 15 de Novembron." 42, 4.° andar, 9 000 T.M.de . açúcar . demerara, ±h% pára •' embarque pelosportos de Maceió e/ou Re-clfe, durante o mês de oú-tubro, destinado ao merca-do norte-americano, dentroda quota estatutária.

Os Interessados podemprocurar a referida Divisãopara melhores esclarecimen-tos. ¦ .-.;;'

Rlò dé janeiro, 3 de se-tembro áe 1964.

a.) Francisco WatsonDiretor da Divisão de

ç 4'_-Tf Exportação<p-¦¦

--

A Costa do Maríim é acusa-da de torpedear o Acordo doCafé, provocando um dumpingnos preços mundiais. Seus pro-dutorés em principio não témprejuízos com a baixa, porque,nos termos do contrato de as-soclação entre o Mercado Co-mum e as antigas ColôniasAfricanas, os paises europeus secomprometem a cobrir a diíe-rença da desvalorização.

Nas assembléias internado-nuis, seja no GATT ou naConlerência do Comércio, cmGenebra, o Governo francês(tradicionalmente vem defen-dendo o principio da cstabili-zação das matérias-primas.Porlsso, diante do novo pro-blema do café, nota-se, estasemana, nos meios latino-ame-riamos desta Capital, o dese-jo de que o General De Gaulle,antes ou durante a sua via-gem, faça um pronunciamentode repercussão internacionalno sentido dessa pretendidaestabilização.

Após a reunião cafeeira deLondres, o Sr. Leónidas Bório,Presidente do IBC, velo a Pa-ris. a convite do EmbaixadorMendes Viana, para avistar-secom os importadores france-"ses. De então para cá houvevários contatos na Capitalfrancesa. Esta semana, o Em-baixador Mendes Viana desen-volveu intensa atividade diplo-mática, tendo-se avistado como Embaixador Carbonnei. Se-cretárlo-Geral do Qual D'Or-say, o Deputado Maurice Schu-mann, Presidente da Comissãode Relações Exteriores da As-sembléla Nacional, e váriosEmbaixadores latino-america-nos. E' possível que o proble-ma do café tenha sido aborda-do nesses encontros.

' DEFORMAÇÃO

O Instituto Brasileiro doCafé, diante de um editorialpublicado por um jornal deNova Iorque, se viu obrigadoa fazer a seguinte declaração:"A tradicional politica de não-intervençfio do Brasil é maisdo que conhecida. Em nossoPais respeitamos as opiniões einteresses de outros como que-remos que sejam respeitadosos nossos próprios. Mas nãopodemos calar-nos quando averdade é conscientemente de-formada para servir a propó-sitos não confessados."

E' o que ocorre com o edi-torial em que Wall StreetJournal do dia 1 de setembrodefende a opinião de que oAcordo Internacional do Cafénão serve aos interesses ame-ricanos.

O editorialista de tal formadeturpa os fatos que, diantedo processo utilizado, só restaconcluir que não objetivou adefesa de consumidores ame-ricanos. Seus propósitos te-riam sido evidentemente outrosque preferimos náo discutir.

Para começar, aquele jornalamericano sugere que os au-mentos nos preços internado-nais do café resultaram doAcordo. Na verdade o Acôr-do Internacional do Café fl-xou as quotas para o ano ca-íeeiro de 62)63 em outubro de1962 para vigorar até outubrodo ano subseqüente. Os pre-ços começaram a subir em se-tembro de 1963. Durante osprimeiros onze meses de vigên-cia da quota (outubro de 62,outubro de 63) os preços decafés brasileiros não só , nãosubiram como caíram aos ni-veis mais baixos dos' últimosquatorze anos.

As geadas que ocorreram naszonas cafeeiras do Brasil emagosto de 1963, somadas aosefeitos dos incêndios e da sê-ca, prejudicaram de formara-dical as colheitas. Então, oscompradores, receosos de queviesse a ocorrer falta de cafésno mercado, apressaram-se emrealizar estoque acima dos nl-

Produçãocom preço

veis normais. Portanto, a ele-vação dos preços não decor-reu dó Acordo, como é óbvio,e sim de ocorrências climàtl-cas incontrolávels. O Governobrasileiro em nada concorreupara precipitar' as elevaçõesdos preços".PREJUÍZOS

" >

Por sua vez, noticias proce-dentes do Paraná informamque a queda de temperaturaverificada nos últimos doisdias, de cerca de 5 graus, té-ria prejudicado a floração docafé, embora não existam, ain-da, informações precisas, umavez que não foram feitos oslevantamentos. Entretanto, se*gundo o JORNAL DO BRA-SIL; apurou, a ílorada no Pa-rana será prejudicada de 20a 30%, com os conseqüentesreflexos sóbre o montante dapróxima safra.

Brasília (Sucursal) — O Mi-nistro da Indústria e do Co-mércio, Sr. Daniel Faraco, vol-tou ontem a afirmar, na Ca-mara dos Deputados, que o Go-vérrjp nfio. pretende mudar aatual politica cafeeira e que "éaparente" a queda de vendas docafé brasileiro nos Estados Uni-dos, explicando que "os com-pradores norte-americanos con-somem atualmente os estoques 'acumulados no segundo semes- ]tre do ano passado, quandocompraram muito ê por alto ipreço, sob o medo de um vo-lapso das remessas nacionais,face à ocorrência de geadas noSul do Pais"; ' ¦ ¦ •

Segundo o Sr. Daniel Fará-co, "o que houve no passadofoi uma antecipáç&o de vendas,pois temia-se uma guerra civilno Brasil, mas agora, com arevolução e a tranqüilidade po-litica, o País já atende regular-mente as remessas". O Minis-tro .lembrou, ainda, que "é ne-cessário que se entenda que omercado era dominado pelovendedor e agora passou a serpelo ¦ comprador". 'DISTINÇÃO

A primeira pergunta doDeputado Pacheco Chaves(PSD-São Paulo) sobre as in-tençóes do Governo' de reversua politica do café "abando-nando a prática da conquistade mercados novos pouco inte-ressantes, que compram poucoe em moeda inconversível, emdetrimento dos mercados tra-dicionias", respondeu o Sr. Fa-raco:

— £ preciso distinguir-se en-treosmercados tradicionaisaqueles que têm realmente a

se "Indignado com a Jhtolerftn-cia dos críticos em relacfioàquela operaçfio".

Chegou-se a falar que aoabastecer com 180 mil sacas decafé para a Argélia, estávamosliberando Igual quantidade deRobusta, da Costa do Marfim,que antes fornecia à Argélia,para que a Costa do Marfim avendesse aos Estados Unidos.Ora,.assim.nfto é possível. As-sim nós jamais conquistaremosnovos mercados. ,ARGÉLIA NAO REVENDE

As suspeitas de que a Argé-lia estaria revendendo o caféfornecido pelo Brasil, funcio-nando, assim, como interme-diária, foram também refuta-das pelo. Ministro Faraco:, — Nfio temos até hoje qual-quer Indício de que tal reven-da esteja sendo feita. A Argé-lia nfio revendeu uma só sacadé café,—garantiu o Ministro,lembrando ainda que já antesda chegada do café brasileiro

. à Argélia, procurava-se difun-dlr ho Brasil a suspeita dessa

.revenda. ..QUERIA O ROBUSTA •

Ainda sobre a venda do café& Argélia, quando já respondiaao Deputado Milton Reis, doPTB de Minas Gerais, o Sr.Daniel Faraco explicou a ra-zão da escolha do café do tipoRobusta de qualidade inferiorpara aquela operaçáo:

Vendemos o Robusta, queé de fato inferior, porque a Ar-gélia queria comprar exata-mente esse café. Não queria ou-tro, mas este.

Esclareceu ainda o Ministroque desde a saída da grande

tuando-se a garantia de com-pra em torno de Cr$ 17 mil 'eos financiamentos em apenasCr$ 11 mll, grande parte delespor vencer. Ressalte-se que osfinanciamentos no porto, de sa-iras anteriores, eram da ordem'de Cr$ 6 mil e existiam cercaide 600 mil a utn mllhfio de sa-cos de café de safras anterioresa 63/64.; Os financiamentos no inte-rior, concedidos pelo Banco do :Brasi], nos moldes' da cédularural pignbraticla, principal-mente a cooperativas de lavra-dores e maquinistas, venciamno dia 31 de maio.

Analisada a conjuntura ex-terna, pareceu ao Governo te-merárlo forçar a liquidação.daposição desses cafés, através doresgate do financiamento. Pá-receu muito mais lógico prorro-'gar os financiamentos concedi-dos, evitando-se assim umaoferta desordenada desses ca-fés, que Iria funcionar depres-slvamente no mercado externo.POLÍTICA

— Ao ser discutida a política. cafeeira para a nova safra —

disse o Ministro — duas pro-vldênclas se tornaram impera-tivas. A primeira, era a de darsustentação financeira maioraos cafés existentes em mãosdo comércio e da lavoura, evl-tando uma venda acelerada etumultuada, com reflexo nascotações. Foram, por isso, pos-tas em prática medidas de am-pliaçfio dos financiamentos que,de Cr$ 11 mil passaram a Crs20 mil para esses cafés, com ele-vaçao para Cr$ 24500,00 a par-ffr, tel de outubro. Por outrotradção de consumir o café massa de população francesa lado, foi ranraüd» ¦>Lm£?brasileiro. S_bom que se saiba da Argélia, em conseqüência que se sitSw em &i?f £nalguns mercados chamados tra- da Indenendínfii» domiA „«t. ._, *<L_rürlIL'^ 5*? 17 mtt-

DECEPÇÃO

O Conselho Superior do Co-mércio Exportador do CaféBrasileiro — CONSCECAB —

dicionais, na verdade, precisamser conquistados ainda.

No debate com o deputadopessedista, o Ministro DanielFaraco defendeu a necessidadede o Governo brasileiro manter

da independência daquele pais,o tipo de consumo modificou-se para o Robusta, já que amassa consumidora do café dotipo superior, a francesa, des-locóu-se para a metrópole.

Ressalvou, no entanto, que

ao nivel de Cr$ 30 mil para oscafés nos po,^ e imiatónsreguladores e Cr* 35 mil paraos cafés da nossa safra.JE^S medldas e com a am-Pütude qua tiveram conrei-Ponderam A disposição demanifestou, ontem, a sua de- em íunclonamento os entrepos- nBo cabe an __ra__n Mmr. ».» !_, ™ " ** "»j*»»çao ae su-

cepção em face das novas medi- tos de café (Trleste. HÓng- Sedi» Mtafèlecéro *ti£a?n"

fíL" P08lç6,es do *"*«*>..w «omM.i. f_,m.^«. .«o» m_ «•„„«, _. -a_.e_n,^_ «... ' „„ ™„ r. °r' «ataDeiecer o tipo de ca- de forma a melhor .normi», „das cambiais tomadas pela FI-BAN, pois, ao contrário doque se anunciou, a ampliaçãodo câmbio livre não beneíi-ciou o café, tornando aindapior a situação da exportação-

"Foi dito que a posição cam-bial do café ficaria a mesma,pois o aumento, da cotação dodólar, em cruzeiros, pelo pou-co que deixa ao exportador de-pois do confisco (de mais dametade do valor cambial) se-ria reduzido com o aumento domesmo confisco, chamado de"contribuição". Mas, na verda-de, a nova Resolução da FI-BAN eliminou o repasse aosbancos particulares, de 10%. dofruto liquido da cambial, per-centagem esta que era negocia-da a preço um pouco,mais alto.A eliminação desse repasse re-duz o preço em cruzeiros, do va-Íor do cfcíé, em cerca de 600 a750 cruaelros em saca, impor-tância que, muitas vezes, repre-sentava o lucro do negócio. Omais curioso — diz o CONSE-CAB — é que os exportadoresnfio puderam, ontem, registraros seus negócios no IBC, emvirtude da alegação dos funcio-nários da autarquia, de que nãotinham conhecimento, ainda,da Resolução da FIBAN, quetem o n.° 580, de 2 de setem-bro corrente e já se encontra-va, desde o dia anterior, emmãos de todos os bancos e detodos os comerciantes, importa-dores e exportadores do Pais.Aquela Resolução ¦_— finaliza oConsecab — foi substituída, aseguir, pela de n.° 581, mas ape-nas para corrigir erros decálculo."

REUNIÃO

O Secretário-Geral do Minis-.tério do Exterior da Noruega,Sr. Johan Georg Raeder, reu-nlu-se, ontem, com autoridadesbrasileiras da Marinha Mercan-te, a fim de discutir as ponde-rações do Governo norueguêsreferentes ao frete do café, con-tidas na carta que entregou noltamarati.

A assessorla do Gabinete doMinistro das Relações Éxterio-res afirmou ao JORNAL DOBRASIL que nfio houve por par-' te do Governo norueguês umprotesto em relação ao frete docafé, mas apenas ponderações,que serão devidamente conside-radas pelo Governo brasileiro.

Kong e Beirute) que — na suaopinião — "funcionam comopontas-de-lança do nosso co-mércio, fazendo aquilo que ocomércio não pode fazer porfalta de condições e de orga-nização".

Como se podo pensar emfechar, em retroagir ou para-lisar, um entreposto como o deTrieste, que vendeu ao MercadoComum Italiano 840 mil sacasde café? — indagou o Sr. Fa-raco, justificando sua posição,mesmo depois de declarar-sefrancamente' favorável à livre ¦Iniciativa nos negócios do café.CASO ARGÉLIA

O Ministro da Indústria e doComércio declaroú-se revoltadocom "a absurda celeuma" cria-da em torno' da operaçfio devenda de 180 mil sacas de ca-fé para a Argélia:

Foi uma venda perfeita-mento normal — Insistiu. — AArgélia já comprava café bra-sileiro através da França, masno ano passado essa compracaiu verticalmente, até que nos-so Embaixador passou a em-penhar-se pessoalmente parapromover, inicialmente, umavenda de 150 mil sacas e, após,uma venda de 180 mll sacas. £esse um mistério que náo con-segui decifrar nesse periodoatribulado em que ocupo o car-go de Ministro: não possoentender como se levantou emtorno dessa operação uma ce-leuma injustificável, com jor-nais abrindo manchetes, parafalar de negociatas, comissõesde intermediário e etc.

Como se pode falar assim,quando se trata de uma ope-ração efetuada de Governo,para Governo, com a presençae a assistência de nossa repre-sentação diplomática naquelepaís? — indagou ainda o Sr.Faraco para declarar adiante:

v — Fiz e fard quantas ope-rações dêsse tipo puder. Nãotem cabimento que deixemos180 mil sacas estocadas nos ar-mazéns e deixar de receber aNação oito milhões de dólares.SEM RESPOSTA

O Ministro deixou sem res-posta a indagação do DeputadoPacheco Chaves sobre os mo-tivos por que o Governo permi-tiu que ã venda à Argélia íôsse'realizada por preços inferioresàqueles cotados no MercadoInternacional, porém declarou-

fé que a Argélia deverá consu-mir, porém apenas atender ássuas exigências.

Em defesa da administração-do Senador Nelson Maculan àírente do IBC, à qual esteveligado, o Deputado Renato Ce-lidflnlo praticamente resumiu otempo do seu Interrogatóriopara justificar as oscilações dasoperações brasileiras em perío-dos passados, atribulndo-as àíalta de continuidade entre asdecisões das diversas autorida-des que se sucederam nas pas-tas da Fazenda e da Indústriae do Comércio.

Sugeriu o Sr. Celidônlo que oMinistro Daniel Faraco promo-va a criação de uma assessorlacomum ao Ministério da Fa-aenda, da Indústria e do Co-mércio e ao IBC, de forma que,mesmo mudando as autorida-des, possa o Pais manter úni-forme a sua politica e as suasdiretrizes em relacfio ao café.•EHNiDBNCilA

Após demorada exposição só-bre a participação do Brasil naúltima reunião do ConvênioInternacional do Caíé e sôbvea política que vinha sendo se-guida pelo IBC, o Ministro Da-niel Faraco disse que "no iniciodo atual esquema cafeeiro, en-controu o Governo, no planoexterno, uma íorte tendênciapara o recuo na compra e nascotações do produto e, interna-mente, uma grande massa decafés baixamente sustentados,do ponto-de-vista financeiro,com uma espectativa de preçosprogressivamente elevados".— Cafés que, no inicio da sa-ira, em julho de 1963, íoramnegociados no interior por ..Cr$ 10 mil — afirmou — che-garam a atingir Cr$ 35 mil. ecotações de cafés brasileirosque, em fevereiro deste anoeram superiores às cotações detodos os outros, inclusive os co-lomblanos (que geralmente sesituam 4 cente acima dos nos^sos), nfio prenunciavam, defato, uma possibilidade de ele-vaçfio continuada dos preços.Entretanto, Internamente, a po-sição dos detentores de café,englobando mais de 10 milhõesde sacas entre as quantidadesexistentes nos portos e no in-terior, era de extrema íraglli-dade: é que esses cafés náo ti-nham garantias de compra doGoverno a nivel suficiente, si-

DE PAOLI CONTRATA FUNDAÇÕESi&$;.'.'s*

mínimoBrasília (Sucursal) — O Qabl-

nete do Ministério da Agrlcultu.ra em Brasília observou ao JOR-NAL DO BRASU, que o preçomínimo é uma medida de ado-ç»o clá-Sfilca para o aeseguramen-to da produç&o, e a única dlfe-rença é que está «endo estabe-lecldo agora, pelo ato assinadoontem pelo Presidente CasteloBranco, antes da produção, ofe-recendo, assim, ao agricultor acerteza de que poderá plantarsem a preocupação do prejuízo.Ainda a respeito dos preçosmínimos estabelecidos pelo Fre-íldente da República, observa-ram aa fonteí do Ministério daAgricultura que a política ado-tatla nesse sentido pelo Minis-tro Hugo de Almeida Leme nãoconsiste, apenas, no «eu estabe-leclmento, mas sim a preocupa-Vfio de garanti-lo no momentooportuno e a todos que produ-eem. Ainda mais, previu o rea-Justamento das tabelas no custode vida dominante.

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|MhS ^W* _Wmk WWi-WX WS.'O contrato para execução elas fundações do Edifício Rodolpho De Paoli — que se encontra emplçna construção na Avenida Rio Ilranco. .esquina da Rua Assembléia — foi assinado entre o DePaoli S. 4. Comércio e Indústria e a empresa. Estacas Franki Ltda. Ao ato de assinatura, realizadonos escritórios da De Paoli S. A. Comércio e In dústria, compareceram os diretores das duas em-presas contratantes e representantes da Comissão ele Construção do edifício. Pela empresa constru-tora, firmaram o contrato seu Presidente, Sr. Ho elolpho De Paoli. t os diretores, Srs. Raul De Paolie Rômulo De Paoli; pela Estacas Franki Ltda., assinaram seu Presidente, Sr. Michel De Goull, e osdiretores, Srs, Antônio Carlos Duarte e Juarez dos Santos liarros. A comissão ele construção do edifícioRodolpho De Paoli foi representada pelos rnndôminos João Ferreira Braga, AntiXiio llussel Raposor -• - ;•-•.¦--•.. . í de .Almeida e Eduardo J.-May

««t,_m*„ * melhor .permitir asustentação em período de ex-pectatiya e, até um certo pon-to, de hibernação das exporta-Çóes brasileiras, hipótese Jáprevista ao se estabelecer oesquema."CAMBIO

"Paralelamente com a modi-ficação do câmbio, pela qualse elevava o dólar de Cr$ 600,00para Cr$ 1160,00,. cabia modi-íicar também a estrutura dasistemática cambial. Ao niveldos 42 cents no registro, fixa-do o dólar em Cr$ 1160, a taxade contribuição corresponden-te, de forma a garantir ao ex-portador a mesma receita emcruzeiros que vinha obtendopelo sistema anterior, seria, narealidade, de US$ 30 para oPorto de Santos. O que o Go-vêrno íêz íoi reduzir a taxade contribuição para US$ 28,proporcionando, portanto, umareceita adicionai de Ci* 2 300,00por saca sobre a situação an-terior, além de ampliar o íi-nanciamento e garantir a com-pra, aos níveis Já menciona-dos. Logo, encontrando umasituação trabalhada pela ex-pectativa de preços as:enden-tes, consolidou o Governo a si-tuação desses cafés a um nívelrazoável, não reconhecendo, cóbvio, niveis de preços superio-res aos de registro, nem consi-derando as grandes oscilaçõesdo dólar nas ssmanas que an-tecederam à Revolução. Pro-porcionar maior pagamentoainda, em cruzeiros, pelas cam-bials, como queriam muitos,resultaria certamente em ace-leração de ofertas com recuocerto no nivel das cotações."REMUNERAÇÃO"A segunda providênda noplano interno — frisou o Mi-nistro — era garantir aosprodutores remuneração com-pativel com a baixa safra quese prenunciava. As csttmati-vas iniciais de 9 milhões de sa-cas foram, depois, alteradas.si-tuándo-se, hoje, em, tomo de8 milhões. Trata-se, na reali-dade, de uma safra três vezesmenor que á saíra anterior eJusto seria que os preços pagoscompensassem tal redução."

Assim, de um nivd de pre-ços vigorante em julho de 1963,de Cr$ 11 mil, passou o Go-vêrno a garantir um preço mi-nimo Inicialmente a partir de1 de outubro, depois antecipa-do para 1 de agosto, de Cr$35 mil interior. Portanto, pre-ço mais de três vezes superiorao vigente no início da safraanterior.DEFESA

— A delegação brasileira —assegurou o Ministro — nãoobstante os entraves, adotou,em Londres, posição de irre-dutível defesa da letra do Acõr-do, nos seguintes termos: 1.°)estabelecimento de quotas ade-quadas ao consumo, ajustáveispara mais ou para menos, sem-pre que os preços sofressem al-tas ou baixas em relação aosníveis atuais, considerados ra-zoávels para produtores e con-sumidores; 2.°) estabelecimen-to de diferenciais de preços en-tre os .diversos tipos de caíé,compatíveis com a estrutura dademanda; 3.°) aplicação rigo-rosa de penalidades aos mem-bros infratores do Convênio,nos termos ali previstos.

Como resultado da decididaatuação do Brasil, na reuniãode Londres e apesar de se' ha-ver ela iniciado em clima me-nos favorável, as quotas esta-belecidasi embora superiores aoprovável consumo global, ío-ram fixadas em níveis aceita-veis se, e:n data próxima, oAcordo entrar em pleno vigor,através do controle de impor-tações por parte dos paisesconsumidores. Para isso 6 íun-damental a aprovação, peloCongresso dos Estados Unidos,da legislação complementar queporá em vigor a exigência docertificado de origem dos ca-fes, ponto no qual reside a fôr-ça essencial do Convênio." '

— Comentário Econômico —-

Revista do BNDENão chega talvez a meia-ãúzia o número

de revistas especializadas que entre nós tra-tam de assuntos econômicos e financeiros emalto nível. E é por isso que o aparecimento do.primeiro número da Revista do BNDE deveser saudado como um marcante aconteci-mento.

Até aqui temos mantido contatos provei-tosos com diversas monografias elaboradaspelo corpo de técnicos do Banco Nacional âoDesenvolvimento Econômico, algumas âasquais fornecendo valiosos subsíâios para estepróprio Comentário Econômico, como Merca-do Brasileiro de Fertilizantes, Mercado Bra-silèiro de Chumbo, Mercado Brasileiro de Me-tais não Ferrosos etc. Assim, o surgimento,agora, âe uma publicação que inicialmenteserá trimestral, mas que acreâitamos o seuêxito a levará a mensal, é mais uma fontesegura âe valiosas informações com que o jor-nalismo econômico especializaào passará acontar âofavante.

Em seus âoze anos âe existência, o BNDEtem atuado âe maneira satisfatória na exe-cução âaquela tarefa inicial e prioritária quelhe fora imposta pelas realiâaâes âa economiabrasileira — eliminação áos pontos âe estran-'gulamento localizados na infra-estrutura.Operanào âentro âe critérios técnicos, condi-cionanâo sua cooperação financeira à apre-sentação âe projetos específicos, estudando-lhes os aspectos econômicos e financeiros, vemo Banco prestando ao País contribuição valio-sa, permitinâo ao setor público oferecer maioreficácia à sua atuação no processo âe ãesen-volvimento.

Tôâa essa experiência no campo âa pro-gramação econômica, tão necessária ao nosso"desenvolvimento,

estará agora mais perto âeoutros estuâiosos através ãa nova publicaçãoque traz em seu número primeiro estudos ela-boraâos por categorizaâos funcionários âoBanco, como Estudos Econômicos no BNDE,de Jaime Magrassi ãe Sá, Chefe âo Departa-mento Econômico, Anotações, para Progra*;mação Macroeconômica, âe Bruno Matos Li-nhares, Chefe ãa Divisão ãe Programação, eEstudos Setoriais e Programação Econômica,de José Pelúcia Ferreira, Chefe áa Divisão áeEstudos Setoriais, todos trabalhos de eleva-do teor técnico. Fazem parte, ainda, da revis-ta alguns indicadores econômicos, todos li-gados às atividades ãe entiâaãe.

Está, assi7n, a literatura econômica bra-sileira acresciâa âe mais uma publicação pe-rióâica, e os economistas, homens ãe negóciose estudiosos ãos problemas mais áiretamenteligaâos ao àesenvolvimento áo País contarãode agora em diante com mais essa fonte desuprimento de conhecimentos e informaçõestão úteis quão necessários.

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SINDICATO NACIONAL DASEMPRESAS AEROVIÁRIAS

EDITALPelo presente edital, em cumprimento ao disposto no artigo

6.° letra "F" da Portaria n.° 146, de 18 de outubro de 1957, con-voco os associados deste Sindicato para a votação no pleito paraeleição da Diretoria, Conselho Fiscal e respectivos Suplentes. Aeleição será realizada no dia 14 de setembro corrente, e seráprocessada perante à Mesa Coletora designada, que funcionaráno seguinte local e horário:

Mesa ColetoraFuncionará ,na. sede do Sindicato, situada na Av. Nilo Pe-

çanha, 155 — 7.° andar — s/714, durante o dia, no horário de13 horas ás 19 horas.

Só poderão votar os associados contando mais de seis mesesde inscrição social, contínuos ou não e mais de dois anos de exer-ciclo da atividade.

Os associados deverão comparecei- durante o horário de íun-cionamento da Mesa Colei n-a, munidos de recibo de mensalidadedo Sindicato do mês de agosto ou declaração do Sindicato parasupri-la bem como, para prova de sua identidade com um dos,seguintes documentos: carteira de identidade, certificado de re-'seryista, titulo de editor, carteira de estrangeiro ou carteitasocial.

Para validade do pleito, em primeira convocação torna-senecessário o comparecimento de 19 (dezenove) eleitores (2/3) doisterços.

Rio de Janeiro, 1 de setembro de 19S4. a.) J. BENTO RI-BEIRO DANTAS — Presidente. (P

SINDICATO NACIONAL DASEMPRESAS AEROVIÁRIASELEIÇÕES EM 14/9/1964

Na forma da legislação vigente, tornamos pú-blico que, para as eleições marcadas para o dia 14de setembro vindouro, foi registrada na Secretariadeste Sindicato a chapa abaixo, pelo que, na formado art. 6.°, letra "b", combinado com o art. 7.°, § úni-co da Portaria n.° 146, de 18-10-57, fica estabelecidoo prazo de 5 (cinco) dias, para oferecimento deimpugnação a qualquer candidatura.

Para a Diretoria: José Bento Ribeiro Dantas,Jorge Mourão, Guido Frederico João Pabst, José Bü-garin Moloper;

Suplentes: Leopoldino Cardoso Amorim Filho,Edgard Froes da Fonseca, Nilton Lagares da Silva,José Rochedo;

Conselho Fiscal: Ornar Fontana", Norman BruceEsquerdo, Cláudio Godofredo da Silveira;

Suplentes: José Miguel Miceli, Antônio Alves Ra-mos Netto, Agamenon Nocetti.

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 1964.a.) J. BENTO RIBEIRO DANTAS

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Glasgo.v, Escócia (AF-FP-JB) — Três ovos íoram ntira-

Irfos ontem contra o carro emque viajavam a Rainha Eliza-bctli e o Príncipe Philip, mnserraram seu alvo e se quebra-ram no chão, a alguns metros.

Elizabeth, que visitara Glns-gow para inaugurar uma cx-posiçiio comercial, encontrava-se a caminho de Town Hall.onde almoçaria com LordeProvost. Ela e o Príncipe pa-receram n&o notar o incidente.

A mulher que jogou os ovos,bem vestida, aparentando 40anos, íoi imediatamente con-duzlda à chefatura da Glas-gow, para interrogatório. Serátambém submetida a examemédico. A Policia negou-se aidentiíicà-Ia,

TelefonechegaaMogidas Cruzes

São Paulo (Sucursal) — FoiInaugurado no dia 1 de setem-bro último o serviço de tele-

- fones automáticos de Mogl das' Cruzes, instalado pela Telefo-nica Mogi das Cruzes.

A Inauguração do serviço te-lefônico coincidiu com o ani-versário de fundação do muni-cipio, tendo comparecido aoato representantes dos Gover-nos estadual e das cidades vi-

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AVISOS RELIGIOSOS

SANTAFILOMENA

Julicta agradece a graça ai-cançada.

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NOVENAPODEROSA

AO MENINO JESUSDE PRAGA

Oh! Jesus que dissestes: Peçae receberás, procura e acharás,bata e a porta se abrirá: Porintermédio de Maria, Vossa Sa-grada Mãe. Eu bato, procuro eVos rogo que minha prece sejaatendida: (menciona-se o pe-Üido). ___ ,

Oh! Jesus que dissestes: Tudoque pedires ao Pai em Meu No-me, Ele atenderá: Por intermé-dio de Maria, Vossa SagradaMãe, eu humildemente rogo aoVosso Pai em Vosso nome queminha oração seja ouvida:(menciona-se o pedido).

Oh! Jesus que dissestes: OCéu e a Terra passarão, mas aMinha palavra não passará:Por intermédio de Maria, Vos-sa Sagrada Mãe, eu confio queminha oração seja ouvida:(mencionar o pedido). Rezar3 Ave Maria e 1 Salve Rainha.

Em casos urgentes essa no-vena deverá ser feita em ho-ras (9 horas consecutivas).

Por uma graça alcançada. —MARIA V. P. DA SILVA.

Prece a S. Judas TadeuT" Para ser recitada em grande

o>of aflição ou quando se parececr- privado de todo auxílio visível,* e nos casos desesperadores.

S7 ..' São Judas, glorioso Aposto-).m..]0i fiei servo e amigo de Je-

sus, o nome do traidor foi cau-sa de que fósseis esquecido pormuitos, mas a Igreja vos honra' e invoca universalmente, como

ín'„, o patrono nos casos desespera-- ,,iii dos, nos negócios sem remédio.Rogai por mim, que sou tão

:-• ,,„„ miserável. Fazei uso, eu vos pe-i. ço, desse particular privilégio

I Jy"que vos foi concedido, de tra-zer visível c imediato auxílio,onde o socorro desapareceu

liuí quase por completo. Assisti-mèfl.___.nesta grande necessidade, pnra"que

possa receber as consola-ções e o auxílio do Céu, era tô-das as minhas precisões, atri--¦bulações e sofrimentos, alcan-*eando-me a 'graça de (aquiláz-se o pedido particular), epara que possa louvar a Deus

I .0i.convosco e com todos os elei-' tos, por toda a eternidade.|-

'-'"' Eu prometo, ó benditoS. Judas, lembrar-me sempredéste grande favor, e nuncadeixar de vos honrar, como meu

J especial e poderoso patrono, e_„., fazer tudo o que estiver a meualcance para incentivar a devo-

cão para convosco. Amom. SãoJudas, rogai por nós e por to-, .wrdos os que vos honram e in-vocam o vosso auxílio!"

. ,r„_ (3 Pai-Nossos, 3 Ave-Marias.., 3 Glória-Patri).

:„¦„ Por uma graça alcançada. —¦, MARIA V. P. DA SILVA.

I PERPÉTUOf FREITAS DA SILVA

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(MISSA DE 7.° DIA)

, JL Dora dos Santos Pereira: f'Tf e Aramis Freitas da SU-

va comunicam o faleci-_id mento de PERPÉTUO FREI-

TAS DA SILVA, e convidam|« parentes e amigos para assis-.JL^./tlrem a missa no dia 8, terça-

feira, às 8 horas, na Igreja da|.„._, Candelária. Antecipadamente

•¦* agradecem.

Castelochega hojeao Paraná

Brasília (Sucursal) — O Pre-sidente Castelo Branco chegahoje cedo a Curitiba e conce-tlcrá entrevista coletiva à im-prensa amanhã, às 10 horas,recebendo, depois, os titulos deCidadão Benemérito e DoutorHonoris Causa, na Unlverslda-de do Paraná. O Presidenteparte amanhã mesmo para oRio, a fim de assistir às co-mcmoraçôes de 7 de setembro.

A Agência Nacional distri-buiu declarações do GovernadorNei Braga, saudando o Presi-dente, a quem chama de "liderautêntico do Movimento De-mocrático de março, cuja po-litica está sendo compreendi-da pelo povo". O Marechal Cas-telo Branco desembarcará noAeroporto Aíonso Pena.

AprovadoTeles paraa China

Brasília (Sucursal) — Emsessão extraordinária reali-zada ontem à noite, o Sena-do aprovou a mensagempresidencial que Indica o di-plomata Milton Teles Ribei-ro para chefiar a Embaixa-da do Brasil na China Na-cionalista.

Francisco Antônio Teixeira Basto(MISSA DE 7.° DIA)

Sua família e seus amigos, agradecendo asmanifestações de pesar recebidas por moti-vo de seu falecimento, convidam para amissa de 7.° dia, que, por intenção de sua

alma, mandam celebrar amanhã, sábado, dia 5, naIgreja Matriz de N. S.a de Copacabana (Praça Ser-zedelo Corrêa), às 8h30m. (P

+Maria FranciscaPereira Nunes

(VIVI NA)Missa de 30.° dia

+

Á família PEREIRA NUNES, aindaprofundamente consternada com odesaparecimento de sua querida

VIVI NA, convida os parentes e amigos paraa missa que fará realizar em intenção de suaboníssima alma, pelo 30.° dia do seu faleci-mento, e que será celebrada no Altar-Morda Igreja de N. S. do Carmo, na Rua 1.° deMarço, no próximo sábado, dia 5 dó corren-te, às 9 horas. (P

Cav. Emílio Cavaliere(7.° DIA)

+ Alayde Chavantes Cavaliere, Yittorio Cavaliere, Salva-tore Cavaliere, Maria Julieta Cavaliere Sartorio e Carlos

Affonso Sartorio convidam aos seus parentes e amigos paraassistirem à missa de 7.° dia que por alma de seu pranteadoesposo, pai e sogro EMÍLIO CAVALIERE, mandam celebrar ama-nhã, sábado, dia 5 de setembro, às 8:30 horas, no altar-morda Igreja de São Francisco de Paula (Largo de São Francisco).

CAV. EMÍLIO CAVALIERE(7.° DIA)

+

Pastificio Mundial S/A (sucessora de Emílio Cavalie-re & Cia.), convida aos seus clientes, amigos e colabo-radores, para assistirem à missa que- pelo descanso

da alma de seu fundador e ex-presidente: EMÍLIO CAVA-LIERE, mandam celebrar amanhã, dia 5 de setembro, sába-do, às 8h30m, na Igreja de São Francisco de Paula. (Largode São Francisco).

CAV. EMÍLIO CAVALIERE(7.° DIA)

+

A Construtora Vittorio Cavaliere convida colaborado-res, clientes e amigos para assistirem à missa de 7.°dia que, por alma de seu inesquecível inspirador e in-

centivador. EMÍLIO CAVALIERE, mandam celebrar amanhã,sábado, dia 5 de setembro, às 8 h 30 m, na Igreja de São Fran-cisco de Paula. (Largo de São Francisco).

IGNEZ FARIA PEREIRA DE SOUZAMISSA DE 7.° DIA

+ Pereira de Souza & Cia. Ltda., Diretores e funcionários,profundamente consternados com o desaparecimento daesposa de seu Diretor Presidente, IGNEZ FARIA PEREIRA

DE SOUZA, convidam clientes e amigos para a missa que, emsufrágio de sua boníssima alma,será celebrada na Igreja deNossa Senhora do Carmo (Praça 15) sábado, dia 5, às 11 horas.

IGNEZ FARIA PEREIRA DE SOUZAMISSA DE 7.° DIA

+ FRANCISCO PEREIRA DE SOUZA, LUIZ FARIA PE-REIRA DE SOUZA, esposa e filhos, THEOBALDO DESOUZA, esposa e filhos, FRANCISCO FARIA PEREI-

RA DE SOUZA, esposa e filho, JOSÉ FARIA PEREIRA DESOUZA, esposa e filhos, ARCHIMEDES DINAU TAVARES,esposa e filhos, JOSÉ SÁ BORGES, esposa e filha, JORGE FA-RIA PEREIRA DE SOUZA e JOSÉ DABUL, esposa e filha,consternados agradecem as manifestações de pesar recebi-das por ocasião do falecimento de sua querida esposa, mãe,sogra e avó, IGNEZ FARIA PEREIRA DE SOUZA, e, convi-dam demais parentes e amigos para a missa que, em sufrágiode sua boníssima alma mandam celebrar no altar-mor daIgreja de Nossa Senhora do Carmo (Praça 15), amanhã, sá-bado, dia 5, às 11 horas. Antecipadamente agradecem a to-dos que comparecerem a este ato de fé cristã. (P

¦r_•§ ,f Aminadah Fernandes Soares

MISSA DE 30.° DIAA família AMINADAB FERNANDESSOARES convida parentes e amigos paraa missa que fará celebrar em sufrágio

de sua alma, no próximo dia 5, sábado, às 9h30m, na Igreja de Nossa Senhora das Mercês,Rua Roberto Silva, Ramos.

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MARIA DO CARMO VALENTE(MISSA DE 7.° DIA)

+

Iracema do Carmo Valente, Maria dos An-jos Reis Pimentel agradecem a todos o ca-rinhoso conforto que lhes proporcionaram,em sua imensa dor; pela perda da queridamãezinha e irmã, e convidam para missa de 7.° dia

em sufrágio de sua boníssima alma, que será ceie-brada, .sábado, dia 5 do corrente, às 9h30m, na Ma-triz de Santa Teresinha do Menino Jesus, na RuaMariz e Barros.

Dr. Roberto dos Santos Moreira(MISSA DE 7.° DIA)

JL Sua família (ausente), Dr. Oduvaldo dos Santos Mo-¦ reira e Senhora, irmão e cunhada, Dr. Murilo GarciaMoreira e Senhora, sobrinhos comunicam seu falecimentoem São, Paulo e convidam seus parêntese amigos paraassistirem à Missa que manda celebrar, amanhã, sábado,dia 5, às 10,30 horas, na Igreja São José do Jardim Bota-nico, na Avenida Borges de Medeiros (antiga EpitâcioPessoa) n.° 2 735, Lagoa, nesta cidade.

Dr. Roberto dos Santos Moreira(MISSA DE 7." DIA)

¦fr A Diretoria da COMPANHIA RHODOSA DE RAIONS/À. comunica o falecimento em São Paulo de seu estima-do Presidente DR. ROBERTO DOS SANTOS MOREIRA,e convida seus clientes e amigos para assistirem à Missaque manda celebrar, amanhã, sábado, dia 5, às 10,30 ho-ras, na Igreja São José do Jardim Botânico, na AvenidaBorges de Medeiros (antiga Epitâcio Pessoa) n.° 2 735,Lagoa, nesta cidade.

Dr. Roberto dos Santos Moreira(MISSA DE 7.° DIA)

J, A Diretoria da COMPANHIA BRASILEIRA RHO-¦ DIAGETA comunica o falecimento em São Paulo deseu estimado Presidente Dr. ROBERTO DOS SANTOSMOREIRA, e convida seus clientes e amigos para assisti-rem à Missa que manda celebrar, amanhã, sábado, dia 5,às 10,30 horas, na Igreja São José do Jardim Botânico,na Avenida Borges de Medeiros (antiga Epitâcio Pessoa)n.° 2 735, Lagoa, nesta cidade.

Dr. Roberto dos Santos Moreira(MISSA DE 7.° DIA)

JL A Diretoria da VALISÈRE S/A. comunica o faleci-¦^ mento em São Paulo de seu estimado Presidente DR.

ROBERTO DOS SANTOS MOREIRA, e convida seusclientes e amigos para assistirem à Missa que manda ce-lebrar, amanhã, sábado, dia 5, às 10,30 horas, na IgrejaSão José do Jardim Botânico, na Avenida Borges de Me-deiros (antiga Epitâcio Pessoa) n.° 2 735, Lagoa, nestacidade.

Dr. Roberto dos Santos Moreira(MISSA DE 7.° DIA)

JL A Diretoria da COMPANHIA QUÍMICA RHODIAT BRASILEIRA comunica o falecimento em São Paulode seu estimado Presidente Di. ROBERTO DOS SANTOSMOREIRA, e convida seus clientes e amigos para assisti-rem à Missa que manda celebrar, amanhã, sábado, dia 5,às 10,30 horas na Igreja São José do Jardim Botânico, naAvenida Borges de Medeiros (antiga Epitâcio Pessoa) n.°2 735, Lagoa, nesta cidade.

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Jornal do Brasil, Sexta-Felra, 4-9-84, l.o Cad. — 13

Trânsito será alterado na Cidade durante o desfile do dia 7AGENDA JB

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PAGAMENTOS — O Tesouro Naelomil p»ga Hoje o 12.» dia útil,Pons-Oi Militares da Guerra, falhas 7228 u 7240. * O Diretor da

.Despesa Pública comunica que o pagamento do funcionalismo fe-; «lerul referente ao mis de setembro, tora inicio dia 17..* Prossegue,l.ej-, o pagamento do funcionalismo fluminense. BeceberSo osservidores das Socrotarlaa do Obras, Educação, Energia, Trabalho,Transporto o Agricultura.beneficência — Em beneficio da Obra Social do Cristo Reden-tor, será realizada amanhã, às 16 horas, no Colégio Bennet, na__iia'SAn Clemente, uma Jam.ession, com presença de vários con-'juntos de jazi cariocas. O Jornalista Luis Orlando Carneiro apre-sentará como abertura uma brevo História do Jazz Ilustrada por

., dlecos.COMEMORAÇÕES — A Cosa do Pequeno Jornalelro comemora dia8, o sou 24.° aniversário, com missa às 10 horas e churrasco às

.11 h 30 m, em sua sede na Rua do Livramento, 27. * O Colégio Pe-.fro II, sede e demais seçfies do Externato, comemora amanha, às11 horas a Proclamaçfio da Independência* do Brasil * A Associa-

| «So dos Cabos e Soldados das Policias Militares do Brasil comemo-r» amanha e dopols o 5.° aniversário de sua fundação.FXEIÇAO — O Sindicato dos Médicos do Rlo de Janeiro marcoueleições dia S para renovação da Diretoria e Conselho Fiscal.JORNADA — A LcglAo Brasileira de Assistência promova dia 0 suaII Jornada Cientifica, com mesas redondas sobre temas de Puerl-cultura c Pediatria.REUNIÃO — O Dlrotor do Departamento de E_u._v_o Física daSecretaria dc Educaç&o do Estado do Rlo vai se reunir, hoje, às9-horas, no Ginásio Calo Martins, com seus auxiliares, para tra-tar do desfilo escolar de 7 do setembro.ELEIÇÕES — Os professores dos colégios particulares de Niteróireúnem-se, hoje. às 1» horas, na sedo do sindicato da classe, paraeleger a nova diretoria da entidade.EXÉRCITO — O Instituto de Geografia e História Militar do Bni-sil programou uma série de reuniões para receber seus diversossócios eleitos cm épocas diferentes e até hoje nfto empossados. Aprimeira reunlllo será dia 11, às 16 horas, no salàp do conferênciasdo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, quando tomará possede sua cadeira o sócio Oencral Nelson Wemeck Sodré. * O CirculoMilitar da Vila elogeu sua nova diretoria tendo escolhido parnPresidente o Coronel DUcrmando Gomes Monteiro. * O GeneralArlstóbulo Godovla Rocha, por ter regressado de S. Gabriel, onde foia serviço, reassumiu ontem o seu cargo de diretor de Obras e

, Forttílcações. * O Ministro da Guerra baixou aviso resolvendo da-.nova redação ao Item 4, do aviso 134 D4-DP, de 7 de maio de1064, que passa a ser a seguinte: 4) Art. 25 — aqueles que estive-rem percebendo as atual3 gratificações Integrais, passam a recebe-- Jas na base de 40% do atual saldo do seu pôsto ou graduação;aqueles que as recebem pela metade, passam a receber a referida

, gratlflcaçAo calculada sóbre o valor atual do soldo, os que rece-.. bem frações, passam a recebê-las, com base no soldo atual, cmèotas de 1/10 do valor integral atribuído k categoria 'C" na mes.-ma proporçtto.

¦BEIRAS — Em Niterói, serio realizadas felrns-Uvres, hoje, na Pra-sçá Enélas do Castro, no Barreto, e Rua Presidente Becker, em Icarai.^INAUGURAÇÃO — O Diretório Acadêmico Otávio Catanhede, daj Escola Fluminense de Engenharia, Inaugura, hoje, às 10 horas, a

Biblioteca organizada pelos alunos do Curso de Biblioteconomia daUFERJ. As 13 horas, haverá palestra por engenheiros da Eternit.

s" AERONÁUTICA — O Ministro Nelson Vanderlel transferiu para a._ Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, o Tenente-Coronel Aviador

:. 'Ollson Castognino da .Mota, do 5.» Grupo do Aviação, e deslgnan-

i <|p-o para exercer as funções de Chefe do Departamento de Ensinodaquela Escola; para a Base Aérea de Natal, o Major Aviador NerlSA Freire; c para a Diretoria de Aeronáutica Civil, o Tencnte-Coro-nel Aviador Valdemar Gonçalves. * Domingo, a Associação dos Ser-vidores Civis da Aeronáutica realiza em colaboração com os associa-dos do Núcleo de Parque de Eletrônico, uma domlnguclra dançan-~.te, animada pelo conjunto de Armando Júnior. Na ocasiSo seriofsorteados presentes, entre os aniverslarlantes do mês. A festa teráInicio às 15 horns, com término marcado para às 20 horns. É efetivaa colaboração da FAB aos integrantes do Batalhão Suez, que na1'alxa do Gaza, ajudam a Organlzaçüo das Nações Unidas a mantera paz naquela região. Todos os meses um avião da FAB pnrtc doBlo levando material e suprimentos pnra as tropas de nosso Exér-cito ali aquarteladas. Amanha o C-34 2403 decolará do Galeão comdestino a El-Arlsh. com escala em Recife, Ilha do Sal, Lisboa, Roma,Atenas, aterrlzando, por íim, na Bnse Aérea egípcia, em pleno deser-to. ao norte do pais africano. O aparelho será comandado peloBrigadeiro Parreiras Horta„ Comandarit» do OAT-TEB (ComandaAerotátlco Terrestre) e fará 24 617 quilômetros até chegar seu des-tino, sendo a mais longa Unha do Correio Aéreo Nacional. A FABtambém presta serviços às nossas representações diplomáticas cm. Lisboa, Roma, Atenas, Cairo e Beirute, * O Chefe do Estado-Maior

iL.da Aeronáutica fixou para a FAB o uniforme 1.. B, armado, .com-/condecorações e medalhas nacionais • estrangeiras, para o palan-que presidencial, no desfile das Forças Armadas em comemoraçãoao 142.0 .aniversário da Independência do Brasi),.àa 9 horas., d,» dia! ,7,." tíe setembro. .'Por,', outro iadó.' o • -_nehte-Brlg_de.ro Henrique'Fleluss fixou, para a FAB, o uniforme 4.». desarmado cor» conde-'. corações e medalhas nacionais e estrangeiras, para os quo compa-t. recerem àquele desfile na arquibancada armada em frente ao edi-ílclo do Ministério da Guerra, quo não seja o palanque presidencial.

t inscrições — Até 31 de dezembro deste ano, estarão abertas as• inscrições para o prêmio de Cr* 2 milhões, ao melhor trabalho sobreo tema Melhoramentos de variedades de trigo destinadas àa dlfe-.rentes reirlõe... O trabalho premiado será publicado pelo MinistérioI da Agricultura, com uma. tiragem de até 10 mll exemplares, se-gundo o regulamento do concurso, aprovado pelo MA. Os Snte-ressados podem obter maiores Informações escrevendo ao Moinho'.£ ITluminonse,. Av. Presidente ' Vargas, 409, 8.° andar, 'Blo de Ja-' neiro, GB.

.; LICENÇAS — Os interessados om licenças de caça, guias de trân-_ sito para animais silvestres e guias de exportação de peles silvestresdevem procurar a Seção do Fiscalização, do Serviço de Defesa deFlora e Fauna, órgão do MlnlBtérlo da Agricultura que fica naBua Jardim Botânico n.° 1008. fundos, ao lado do Almoxarifado.tempo — Brasília — tempo bom com nebulosidade; temperatura...em declínio; ventos do quadrante sul fracos a moderados; vislblll-dade boa; máxima, 27.4; minlma, 13.7. Recife — tempo Instávelchuvas esparsas; temperatura estável; ventos de sul a leste fracosa moderados. Belo Horizonte — tempo bom com nebulosidade- tem-peraturo cm declínio; ventos do quadrante sul fracos a moderados-visibilidade boa. SSo Paulo — tempo Instável melhorando no decoi-Irer do período; temperatura estável; ventos variáveis fracos; vlsiblli-dade moderada a boa. Curitiba — tempo bom, nevoeiros ocaslo-nais; temperatura estável, noites frles. geadas nas zonas-sujeitas aofenômeno; ventos variáveis fracos; visibilidade boa a moderada Riotle Janeiro e Guanabara — tempo Instável melhorando no decorrerdo período; temperatura estável; ventos variáveis fracos; vlslblllda-d» boa a moderada.

Análise Slnótica do Mapa — a frente fria, na sua marcha parao norte, atingiu o Estado do Espirito Santo, e, na sua retaguardaainda sob a ação de ar marítimo, de origem polar, o tempo ed' mantém Instável, com chuvas fracas até Santos. Para as próximaa«horas, melhora acentuada ocorrerá nos Estados de São PauloGuanabara e sul do Estado do Elo. ""'¦?•| Região sallnelra fluminense — tempo Instável, ainda com chu-tos. melhorando nas próximas 36 a 48 horas, dia 4 para 5- nevoei-ros esparsos. Temperatura em declínio nas próximas 24 horasvanfv.. V_* ^lTu nordeS"na ~ tempo nublad0 com nebulosidadejarlavel. Há. condições para formação de chuvas passageiras naárea, principalmente entre Natal e sul de Fortaleza, nos dlas 5 e fl

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Costa e Silva afirma dia 7independência da Revolução

Brasilia (Sucursal) — O Mi-nistro da Guerra, General Ar-tur da Costa e Silva, vai afir-mar, na ordem do dia de 7 deSetembro que no Governo pas-sado "íalava-se muito em indo-pendência mas à emancipação,tão apregoada pelos subversi-vos, nada mais era do que uminstrumento de luta para os queao contrário, desejavam inte-grar o Brasil na esfera do so-cialismo vermelho".

Depois de dizer que a Re-volução não pode se comprome-ter, o Ministro da Guerra, afir-mará que "a vitória das forçasdemocráticas nacionais afastouos perigos iminentes da perdada independência, da comuni-zação satelizante e da deslnte-gração do Pais".ÍNTEGRA

3S a seguinte a integra da or-dem do dia para o 7 dc Sc-tembro:"Na data em que, jubilosos,comemoramos a maior festa danacionalidade, é justo que nosvoltemos para aqueles dlas emque o Brasil decidia o seu fu-turo na luta pela. independeu-cia politica.

Ein 1822, o ideal emancipado-nista, fortalecido pelo exemploe o sacrifício dos precursores,era uma aspiração nacional pro-funda. Foi esse forte ideal queanimou o espirito combativo epropiciou a indispensável coe-são dos patriotas, no conflitojá aberto com as forças portu-guêsa_. estacionadas no Brasil.

Além dos perigos inerentes àguerra pela independência, cor-riamos, então, os da anarquiapolítica e da fragmentação ter-ritorial; e carregando mais as

Cerca dc 15 tanques modernos— comprados há dois anos nosEstados Unidos e superiores emvelocidade, blindagem e potên-cia de fogo aos tanque Shermanmédio — participarão da para-da do dia 7 de setembro, perordem expressa do Comandantedo I Exercito, General TerraUruraí.

Belo Horizonte (Sucursal) —O Departamento de VigilânciaSocial iniciou ontem o policia-mento ostensivo para o dia 7de setembro, e adverte a todosos moradores dos edifícios daAvenida Afonso Pena, por on- -de passará o desfile, no senti-do de que comuniquem às au-toridades qualquer presençasuspeita nos prédios.

O Comando da ID-4 e a De-legacia de Vigilância Socialsão os encarregados do pianodc policiamento para o dia se-te, que contará com a cober-tura de todos os investigado-res da Polícia Civil, e de ele-mentos do Exército e da Poli-cia Militar.

O CUIDADO

Para facilitar o trabalho depoliciamento, o Departamento

Brasília (Sucursal) — O Go-verno brasileiro doará ao Pa-raguai, no próximo dia 7, umcolégio experimental que de-verá funcionar na Faculdadede Filosofia, Ciência e Letrasde Assunção. O edificio doColégio Experimental é o pri-meiro a ser construído na Cl-dade Universitária, já estandomobiliádo com os seus labora-tórios instalados.

O Ministro da Educação, Sr.Flávio Supllcy de Lacerda de-verá chegar a Assunção, no

cores desse quadro ameaçador,correntes ideológicos antagôni-cas entrecruzavam-se e lutavampara empolgar o poder centrale os podêres locais.

£ quando a figura do Pa-trlarca da Independência sedestaca no cenário confuso, tra-çando a diretriz política quó,para felicidade nossa, so im-poria afinal: combater os re-publicanos, cm nome do trono,os provinclalistas, em nome daUnião, os democratas radicaisem nome- da ordem, tudo comoum meio de conquistar a inde-pendência.

Felizmente também, a par doliderança -tão firme e lúcida,contava o Brasil com forças ter-restres verdadeiramente nacio-nais e unidas em torno da per-sonalldade providencial de DomPedro. Foi por isso que êste pô-de contar com a indispensávelforça material para obrigar àstropas portuguesas a abando-nar o Blo de Janeiro e a Ba-hia.

O Exército brasileiro consti-tuiu, assim, um fator preponde-rante no encaminhamento fa-vorável de nossa emancipaçãopolítica. E a guerra da inde-pendência pôde ser ganha pelonosso incipiente poder nacional,cujos componentes militareseram representados pelas nos-sas forças terrestres e uma no-vel e valorosa marinha.

Agora, não podemos deixarde volver nossas vistas para oquadro não menos ameaçadordos dias que precederam omovimento democrático dc 31de março.

Falava-se. e multo, em inde-pendência, nas fileiras dà de-

I Exército vai nsaros modernos tanques

As unidades do I Exército —regimentos, batalhões e com-panhias de serviço — começa-rão hoje a preparação para odesfile militar, que contarácom cinco mil homens, 300 via-turas leves e pesadas e arma-mentos de todos os tipos usadospelo Exército.

Minas vai desfilarmas desconfiando

de Vigilância Social e a ID-4dividiram a Afonso Pena emduas zonas: a primeira partin-do da Praça Sete e indo à Fei-ra de Amostras e a segunda,da Praça Sete ao prédio daCompanhia de Força e Luz,na Avenida Carandal. Investi-gadores e militares à paisanaserão espalhados entre o povo,nas duas zonas, com a incum-bôncia do impedir qualquermanifestação contra a ordempública.

No edifício da SULACAP,que fica em frente ao palan-que, serão colocados militaresarmados de metralhadoras ecom binóculos para garantira. autoridades. Sabe-se tam-bém que investigadores ocupa-rão os edifícios próximos aolocal do palanque para evitarqualquer surpresa.

Na tarde de ontem, o Chefe

Brasil dá no dia 7colégio ao Paraguai

domingo, quando fará a en-trega oficial do prédio. Du-rante sua estada na Capitalparaguaia, o Ministro FlávioSupllcy de Lacerda inauguraráa exposição de energia atôml-ca, promovida pela ComissãoNacional de Energia Atômicado Brasil.

magogla comandada pelo Go-vêrno deposto. Mas, a emanei-pação tão apregoada pelos sub-versivos nada mais era do quoum instrumento de luta paraos que, ao contrário, deseja-vam integrar o Brasil na es-fera do domínio, do socialismovermelho,

A luta civil, para onde asubversão seguramente condu-zia o País, ameaçava, por ou-tro lado, a independência e aunidade brasileiras.

Graças às forças democráti-cas nacionais, a vitória da re-volução afastou os perigos imi-nentes da perda de indepen-déncia, da comunização sateli-zante e da desintegração doPais.

Vivemos, assim, uma novaguerra da independência, naqual o movimento de 31 demarço eqüivaleu ao gesto épicode D. Pedro às margens doIpiranga.

Na fase atual da consolida-ção de nossa esplêndida vitó-ria, há outra ameaça que de-vemos eliminar: a do divisio-nismo das forças revoluciona-rias. £ o que os bons patriotas,à semelhança dos nossos ante-passados de 1822. sob a lide-rança de José Bonifácio, estãohoje verificando. E mais: queacima das diferenças momen-tâneas, há os altos valores sal-vos pela revolução democrática.

Esta, sim, não pode ficarcomprometida. E o nosso Exér-cito, fiel ao espírito de 1822,continuará a ;er o defensor darevolução restauradora da in-dependência e da unidade na-cionais.

Os regimentos sediados naVila Militar — onde se concen-tra a maior parte do efetivo doI Exército — iniciaram ontemos treinamentos de ordem uni-da no interior dos quartéis. Aguãrnlçãó terminou o preparodo armamento pesado c dasviaturas que desfilarão dia sete.

do corpo de segurança este-ve na ID-4 tratando dos úl-timos detalhes do plano de po-liciamento.

MASCARENHAS

A convite da Associação dosex-Combatentes de Juiz deFora e do General Carlos LuísGuedes, o Marechal Mascare-nhas de Morais chegará, do-mingo, a Juiz de Fora, paraparticipar das festividades dodia 7 de setembro como hós-pede oficial da Prefeitura da-quela Cidade.

O General Carlos Luis Gue-des, que ontem chegou a BeloHorizonte, seguirá, sábado,para Juiz de Fora, para re-ceber no dia seguinte o Maré-chal Mascarenhas de Morais.Ainda no domingo vai a Gua-rani, onde será homenageado.

Recife (Sucursal) — A Co-missão da Semana da Pátriaem Recife decidiu transformaro desfile des estudantes no dia7 de setembro cm concentração,a ser feita no sábado, na Praça

Os esperantistas de CampoGrande vão promover, no dia 7de setembro, com a presençado Embaixador Lincoln Gor-don, uma homenagem ao Pre-sidente John Kennedy que

Niterói (Sucursal) — O De-legado Regional do Trabalhono Estado do Rio, Sr. Luis An-tónia Areias Júnior, informouque em atendimento às solici-tações de entidades interessa-das e de acordo com o Artigo

Cerca de 20 ônibus extraor-dinários foram colocados pelasempresas nas linhas de BeloHorizonte e Sâo Paulo, para ocarioca que passará o final dasemana íora do Rio, devido aoferiado de 7 de Setembro, e quedemonstrou sua preferência pe-lo transporte mais barato, umavez que as empresas de avia-ção revelaram ser o movimen-to normal, o que atribuem aomau tempo.

O movimento na Rodoviária

DOAÇÃO

Nessa ocasião, será doado aoGovêmo paraguaio o aparelha-mento de isótopos, cedido pelo

Dom Hélder fala decivismo aos jovens

da República, com a participa-ção de todos os colégios e mu-nicípios.

Dom Hélder Câmara Arcebis-po de Recife e Olinda vai ofi-ciar a bênção a todos os par-

Campo Grande faráhomenagem a Kennedy

"pregou, com tanto entusiasmoa justiça, paz e fraternidadeentre todos os povos do mun-do". Um desfile de estudantesiniciará as homenagens queterminarão no Instituto Barce-

Comércio de gênerospode abrir até as 122.° da Portaria n.° 277, de 19 deoutubro de 1948, decidiu permi-tir o funcionamento do comer-cio de gêneros alimentícios esalões de barbearia, até as 12 hdo dia 7 de setembro.

O Delegado acrescentou que

Passagens para Minasnão há mais por terra

c na Central do Brasil, nos úl-timos três dias foi intenso, contem não havia mais passa-gens, o que fêz aumentar naPraça Maua o número de cam-bistas que anunciavam ter pas-sagens para São Paulo e BeloHorizonte.

LOTADOS

Apesar de terem sido acres-centados mais 20 ônibus nasempresas Cometa e Expresso

Instituto de Energia Atômicade São Paulo. Ainda no dia7, o Ministro brasileiro presi-dirá a abertura de um seminá-rio de professores da Facul-dade de Filosofia do qual to-marão parte o.s brasileiros Luisde Matos e Irene Estêvão deOliveira.

A noite, haverá uma recepçãona Embaixada brasileira, emcomemoração a nossa data na-cional. A volta do Sr. Supllcyde Lacerda está prevista paraàs 8h do dia 8.

ticipantes, ao mesmo tempo emque dirigirá a palavra aos es-tudantes, abordando a respon-eabilidade cívica da juventudebrasileira.

los Domingos com a inaugura-ção da Sala John Kennedy euma palestra da Presidente daJuventude Esperantista de.Campo Grande, ProfessoraEmilia Coelho.

a indústria, os bancos e o co-mércio lojista não abrirão asportas. Colégios e órgãos muni-

.cipais, estaduais e federaistambém nâo funcionarão se-gunda-feira.

Brasileiro, que fazem as linhaspara São Paulo e Belo Hori-zonte, ainda ontem o movi-mento de cariocas à procurade passagens era intenso.

No Aeroporto Santos Du-mont, as empresas informaramque o tráfego aéreo para os diasfi, C e 7 é normal, sem qual-quer movimento maior. Atrl-buiram o fato ao mau tempo,que faz muitas pessoas desisti-rem de viajar de avião.

O Diretor do Departamentodo Trânsito, Coronel AméricoFontenele( baixou instruções,ontem, regulamentando a clr-culação do trânsito por oca-sifio do desfile militar de 7 deSetembro, interditando o trA-íego de veículos a partir de8h45m até a salda das viatu-ras militares, na Avenida Pre-sidente Vargas, Proça da Ban-deira. Rua Mariz e Barros, RuaIbituruna e Viaduto São Cris-tóvão.

Os trechos interditados se-rão os seguintes: na Av. Pre-sidente Vargas entre a Av.Francisco Bicalho e Praça daBandeira; na Rua Mariz e Bar-ros, entre Praça da Bandeirae Rua rbltui-una; na Praça daBandeira, entre a Av. Presi-dente Vargas e a Rua Marize Barros.

ABERTOS

O Departamento de Transi _to determinou, de acordo comhs autoridades militares, quolicarão abertos ao tráfego, atoo mício do desfile, os seguin-tos cruzamentos: Avenida RioBranco com Visconde de Inhaú-ma; Praça Mauá com a RuaAcre; Avenida Presidente Var-gas com a Rua Visconde deItaborai; Avenida Rio Bran-co com as Ruas São Bento cDom Gerardo, e Avenida Pre-sidente Vargas com Rua Pri-meiro de Março.

Informou a nota que o aces-so dos carros particoilarcs ctáxis a, Praça Cristlano Otônldeverá ser íelto pela Aveni-da Pcrlmetral ou PresidenteAntônio Carlos, Rua 1.° doMarço, Praça XV, Ruas " doMercado, Visconde de Itabóraí,

Visconde de Inhaúma, Carne-rlno e Barão dc Sáo Féllx. Tra-vossa Tinoco, Praça Barao tíeLadário, e Avenida MarechalFloriano. A volta deverá serIcita pelas Ruas Senador Pom.pou,' Oamerino, Avenida Maré-chal Floriano, Ruas Viscondede Inhaúma, l." de Março, Ave-nida Presidente Antônio Car-los etc.

— Os autos particulares étáxis vindo» da Zona Sul comdestino à Zona Norte, ou vice-versa, deverão evitar o Centroda Cidade, utilizando o túnelda Rua Alice. As Avenidas Al-íredo Agachc e Presidente Var-gas só serão entregues ao tra-fogo depois de concluída a Um-peza que será procedida nasmesmas, logo aspós o desfile,pelo Departamento de LimpezaUrbana,

FECHADOS

A instrução do Departamen-to de Trânsito determina que,por ocasião do desfile militardo dia 7, a partir das 8 atéo término do desfile, seja ob-servado o seguinte: fica inter-ditado o tráfego, exceto às via-turas militares, na Avenida RioBranco, entre as Ruas Blten-court da Silva e São Bento;Praça Duque de Caxias, Av.Presidente Vargas, e Praça PioXI, entre ns Ruas Viscondede Itaborai e Santana, Alame-da Rodrigues Alves, Rua San-tana, Av. Alfredo Agache, en-tre Praça XV c Visconde deItaborai; Rua da Alfândega,entre 1,° de Março e Uruguaia-na; Rua Buenos Aires entre1.° de Março e Av. Passos,Rua do Rosário, Sete de Se-tembro, da Carioca, e da As-

sembléia, entre Largo da Cfrloca e Av. Rio Branco-

Fica adotado o regime (mão única na Praça .da __ipública, Rua Moncorvo Fil)e Av. Henrique Valadares,de mão dupla na Av.. Rodrgues Alves, Av. Presidente Aitônio Carlos, Rua 1.° de Ma:ço, Miguel dc Frias e Visco,dc de Inhaúma.

ESTACIONAMENTOPROIBIDO . j

— A partir de zero hora ¦determina a nota — ílca rgorosamente proibido o estijcionamento nos seguintes 1,gradouros: Ruas Alfredo Agiche, da Assembléia, entre ARio Branco e Largo da Cartca, Afonso Cavalcanti, da Afándega, entre as Ruas Unguaiana e Io de Março, eRuBenedito Hlpóllto, Buenos Ares, Praça Barão de Ladár.Rua da Carioca, Rua Dom Grardo, Estáclo dc Sá, Av. Eramo Braga, Rua Frei CanecAv. Francisco Bicalho, Rua Gneral Pedra, Av. Gomes FreiiRua Joaquim Palhares, Rido Lavradlo, Rua da Lar.Praça Mauá, Av. Mem de £Rua Marquês de Pombal, APresidente Vargas, Praça FX, Av. Rio Branco, Rua iRosário, Av. República do crle, Rua Riachuelo, Rua Sa:tana, Av. Salvador de Sá, Ruda Constituição, Sete.. de Stembro, do Senado, Viscondé Itaborai e Visconde do BBranco, entre a Rua do Lvradio e Praça Tiradentes.

Exército divulga oesquema de entrada

As autoridades militares di-vulgaram, ontem, o esquema depreparação da parada do dia 7de setembro, estabelecendo, en-tre outras coisas, que somenteo carro do Presidente da Repú-blica poderá estacionar defron-te ao portão principal do edifí-cio do Ministério da Guerra,fixando, também, a distribuiçãodos convidados. e seus íami-.liares.

As medidas foram tomadasem combinação com o Depar-tamento de Trânsito e. estabe-lecem as passagens e sua utili-zação, delimitando áreas espe-ciais de estacionamento, naPraça Cristlano Otônl e Vis-conde da Gávea; para atendera qualquer eventualidade.USO DASPASSAGENS

£ a seguinte a localização daspassagens para a Parada de 7de Setembro, com respectivautilização:

Passagem A — Avenida Ma-reehal Floriano Peixoto, entrea Escola Rivadávia Correia e oPalácio do Itamarati, para au-tomóveis e pedestres. PassagemB — Avenida Presidente Var-

gas, junto à esquina da Aveni-da Tome de Sousa, para auto-móveis e pedestres. PassagemC — Praça da República, ladoda Igreja dé São Jorge, esqui-na com a Avenida Presidentete Vargas,, para automóveis epedestres. Passagem D — Pra-ça da República, lado da Casada Moeda, esquina com a Ave-nida Presidente Vargas. Só pa-ra pedestres. Passagem E —Avenida Presid.nte Vargas, es-quina da Rua Santana, paraautomóveis e pedestres. Passa-gem F — Praça 11 de Junho,esquina da Rua Santana (ladoda Rua General Pedra), parapedestres e salda para automo-veis. Passagem G — Junto àsaída da passagem subterrâneado lado da EFCB e face aomercado, só para pedestres.Passagem H — Praça CristianoOtóni, esquina das Ruas Mar-cilio Dias, Senador .Pompeu eBento Ribeiro, para pedestrese saida para automóveis. Pas-sagem I — Portão dos fundosdo edifício áo Ministério daGuerra, para pedestres e saídapara automóveis. Passagem J— Portão lateral da Rua Vis-conde da Gávea, apenas entra-

da para os serventes e pracde serviço no Ministério <Guerra. Passagem L — Portido lado esquerdo da escadarda írente do edifício do Minitério da Guerra (lado da Escla Rivadávia Correia). Só pa:automóveis. Passagem MPortão principal, em frente i"edifício do Ministério da Guera. Só para pedestres.. Pass.gem N — Portão do lado direto da escadaria em frente :edifício do Ministério da Guera (lado da EFCB). Só pa:automóveis. Passagem O — ínal da rampa atrás do panteíde Caxias, para àqueles quedestinam às arquibancadas, se ivindo, também, para a saida •carro que conduz o Presider.da República. Passagem P |Os convidados do palanque prsidencial sairão por trás SPanteão. Passagem QT-Osqse destinam às arquibancadipelo inicio da rampa atrás ¦

'¦'¦

Panteão, local por onde entrrá o automóvel do Presidenda República. Passagens L e— Somente funcionarão cor. .saída de automóveis, apóspartida do Presidente da Repbüca.

Niterói tem normaspara trânsito dia 7

JViferó! (Sucursal) — O Ins-petor-Geral de Trânsito do Es-tado do Rio, Capitão AntônioFrancisco Torres, informou quea partir das 18 h do dia 6 otrânsito pela Avenida AmaralPeixoto estará proibido a vei-culos, com excessão dos ônibuselétricos. A medida é prepara-tória para as modificações aserem feitas no dia 7, para odesfile militar.

A partir das 6 h do dia 7, otráfego de veículos será proi-hido nas seguintes ruas: Mar-quês do Paraná. J & n s e n deMelo, Dr. Celestino, Viscondede Sepetiba, Barão do Amazo-nas. Visconde de Itaiboraí e Vis-conde do Uruguai. Foi proibi-do também, sob pena de rebo-que, o estacionamento de vei-culos na Avenida Amaral Pel-xoto e nas Ruas Dr. Celestino,

Coronel Gomes Machado e Con-ceição .

A Inspetoria determinou ain-da que os veiculos do transpor-te coletivo que demandam aocentro da Cidade pela AvenidaFeliciano Sodré, seguirão daí,pelas Ruas Barão do Amazo-nas, Marechal Deodoro, Viscon-de do Rio Branco e, novamen-te, Feliciano Sodré.

As autoridades e convidaiterão acesso ao local de estcionamento e palanque oficpelos seguintes itinerários: 1 jMarquês do Paraná, AveniAmaral Peixoto e Praça da Ppública; 2 — Rua Visconde¦Rio Branco, Amaral PeixotoPraça da República; 3 — RVisconde de Sepetiba, Ama:Peixoto c Praça da Repúbllc

COMPRE NA FÁBRICASOFA-CAMA de CrS 53 000 por CrS 32 000POLTRONAS de Cr$ 30 000 por CrS 18 000GRUPOS ALMOFADA SOLTA de CrS300000 por CrS 165000

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(P

Aviso aos Consumidores de EnergiaPara expansão e melhoramento da rede de

pessoal que realiza esse serviço, torna-se indisdade, nos seguintes logradouros:

HOJE.4-9-1964 (SEXTA-FEIRA)

SUBÚRBIOS DA CENTRALPeríodo aproximadamente das 11 .'is 16 horas

BANGU

RUAS: Saina, Janarite, "A". "F", Catiri, "B","C", "E". ESTRADAS: do Engenho doRetiro, do Gerlcinó, Guandu do Sena.PRAÇA: Pequiróbi.

ZONA DE ILHASPeríodo aproximadamente das 7h 30m às 16h

ILHA DO GOVERNADOR

RUAS: "A", "B", Barão de Capanema. PRAIAS:da Olaria, do COcotá, Barão de Capane-ma, da Guanabara. Ilha Manuel Ro-drigues.

AMANHA5-9-1964 (SÁBADO)

Período aproximadamente das 7 às 15 horas

GAMBOARUAS: Santo Cristo, União, Comendador La-

cerda. Gamboa.

ZONA NORTEFcriodo aproximadamente das 13 às 17 horas

VILA ISABELRUAS: Teodoro da Silva, Felipe Camarão.

distribuição de energia elétrica, e segurançapensável interromper o fornecimento de elétri

SUBÚRBIOS DA CENTRALPeríodo aproximadamente das 12 às 16 hor

VILA MILITARRUA: General Fonseca Ramos.Período aproximadamente das 12 às 16 hor

INHAÍIMARUAS: Dr. Magessi, Álvaro Miranda, Itapar:

Padre José Beltrão, Mateus SilVa, 1da Costa, Soares Meireles, Edmui,José Faigre, Luís Simoni, Álvaro Fgoso, Pinheiro Amado, Guardre, Heidora, Sousa Freitas, Dona Joaqui"B", João Faivre, "A", Álvaro CarneLuís de Castro, Cinclnato, Lopes, Ibi

Período aproximadamente das 12 às 17 horIRAJARUAS: Maira. Tanabi, Cetlmã, Uaricl, Eli

Poaçu, Maria Lopes, Mendes de AguCurimatá, Rima, "C". ESTRADA; ,ronel Vieira. TRAVESSAS: "A". 'AVENIDA: Automóvel Clube entre Ites 5-Q2/1-- e 134 CTB-034 e 040.

Período aproximadamente das 12 às 17. hotOLARIA 1RUAS: Dr. Nunes, Firmino Gameleirá, Fj

mena Nunes, Comandante VergueiroCruz. CAMINHO: Maria Angu.

Período aproximadamente das 7 às 17 hotPENHARUAS: Sete, Oito, Um, Dez, Dois, Três, I

Müller.Período aproximadamente das 12 às 17 horCORDOVIL . |RUAS: Amaetinga. Mcengaba, Aricambu, lg

pera, Cambuci. ESTRADA: do PVelho. TREVO: das Missões. AVEDAS: Brasil, junto ao poste 4141/das Bandeiras, poste 6 847/68-1.

RIO LIGHT S. A.

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¦:¦¦¦••

14 — 1,9 Cad., Jornal do Brasil, Soxta-Feira, 4-9-64

Chico acha que a raia pode prejudicar Honey LoveTitular galopou ontem800 metros em 50" comsobras bem acentuadas

Ò cavalo Titular, recente ganhador na pista degrama no Hipodromo da Gávea, voltou a impressio-nar no apronto de ontem, pela manhã, ao passar os8Ò0 Imetros em 50", cravados, com rara facilidade,sempre pela cerca externa, na direção do jóquei Fran-cisco Conceição.

Trovão também desceu a reta em 37"3/5, coma raia agarrando bastante, mas mesmo assim arre-matou com excelente disposição. A diminuição dadistância no páreo em que está inscrito, veio favo-recer bastante o cavalo treinado por Paulo Morgado.PROVAO ARKEPAN

• Arkepan (D. Neto) ao lado.do Sem Pescoço (O. Cardoso)finalizaram os 700 em 46"3|5,sendo que o primeiro vinha dogalope largo. Titular (P. Con-ceição* os 800 cm 50", com rarafacilidade c quase pela cercaexterna. — Eleven (J, Pagun-des) a reta em 38", de galo-pinho e Clericato (D. Moreira)os 800 em 51"2|5, com sobrase Lunaisón (J. Silva) melho-rou para 51", com reservai.

RAIAPREOCVPA

Trovão (J. Portilho) desceu a¦eta em 73" 3/5, com grandeacllidade. Seu Caetano (A.leis) íchegou agarrado com{porting Life (U. Cunha) cm5" para os 700 metros. Vanh)g'h (H. Vasconcelos) a retaim 38" 2/5, nao agradando. So-Uuntoulo <M. Andrade) melho-ou pára 37", correndo muitoio final. Cantllever (M. Silva)leu um carreirão de 43," para. reta. Evreux (D. Moreno)hegoii muito junto com Pi-ihelral (J. Santos) em 51" 3/5¦ara os 800 metros. DespachoP. Alves) deu um pique de 22"iara os 360 metros, chegando¦lgo contido.

JARAMBACaramba (M. Silva) vindo de

aals longe, finalizou a reta cm0", & ,moda da casa. Onça (J.V>rrela) os 800 metros em 54",om sobras. Sotéla (D. More-i0) os 360 metros em 22", mui-3 solicitada. Harmônica (A.tamos) a reta em 38", não¦ gradou. Lady Corrulra (O.iardoso) os 700 metros em 44"/5, com alguma facilidade,tzaléa (A. Reis) levou a melhor6bré Bomarbelo (Lad.) em7" para a reta. Fair JustiçoH. Vasconcelos) completou aegunda partida em 22" para os60 metros, agradando bastante.

AYA BONECACatuá (O. Cardoso) a reta em

8", com algumas reservas. Qul-\ada (N. Lima) chegou agar-

ada com Belo Príncipe (F.Es-Jves) : em 36" para a reta."lnkle; (J. Portilho) aumentouar* 38" 2/5, de galope largo,ünabela <<U. Cunha) os 700ietros cm 46" 2/5, dominandoum companheiro-com autori-

adè. Iay4 Boneca (P. Fontou-à) saindo de maior distância,rrematou os 700 metros cm5" 2/5, a puro galope, c sem-re peio miolo da rala. Aripuà-a (H. Vasconcelos) não uempregou multo com os seusi" 2/5 para igual distancia,ievlzana (A. Barroso) a retarn 40M, algo contida pelo seuSquel.ÕBARL DIVERVitaljgo (C. Sousa) finalizou

j 360 metros em 25", nãogradando. Pirambu (J. Portl-io) a reta cm 41" 2/5, à von-ide. Real Constant (L. Carva-io) os 700 metros em 48". algoontldo. Pearl Diver (L. Acuna)o lado de um sparring, fina-zou a' segunda partida de 360ietros! em 24", dominando oDmpanhciro. Ídolo de Madrld' I. Santos) os 700 metros cmJ" 2/5, pelo centro da pista eada apresentou de bom.

EL ENTREVERO

El Entrevero (M. Silva) des-ceu a reta em 42", do galopelargo. Plebiscito (O. Cardoso)cs 700 em 46'', com sobras epelo centro da pista. Egis <U.Cunha) agradou muito os seus38" para a reta, e vinha demaior distância. Mangetout (J.Correia) na reta oposta os 700cm 43", náo agradou. EspalhaBrasas (A. Machado) aumen-tou para 48"1'|5, muito a von-tade e sem preocupação demarca. Enlace (A. Ramos) areta em 37", correndo bem.

MIRACLE

Kochllo (A. Ramos) a retaem 40", a vontade. Mlracle (P.Alves) cs 700 em 46"2|5, de ga-lope largo. Camlnlto (A; Reis)« reta em 37", com facilidade,mas somente corre nas mati-nais. Fifuca (A. Portilho) au-mentou para 40"2i5, de galopelargo. Extend (A. Machado) os700 em 47"2;5, algo contido pc-lo seu jóquei. Cascavelero (J.Portilho) cs 800 em 54", pas-senndo na raia do que própria-mente dando uma partida. SemRival (A. Costa) a reta em 40",não agradou.

GIRASSOL

Ciclone (A. Santcs) os 700em 45", demonstrando algumasmelhoras. Sério (J. Lopes»chegou correndo muito em 37"para a reta. Girassol (A. Aze-vedo) deu um pique da 360 em23", muito contido. Bienhabla-da (A.- Ramos) a reta em 42",a vontade. Chateau (J. Portl-lho) melhorou para 39"3;5, comfacilidade.

STJCRE D'ORGE

Ccrumin (I. Sousa) a retaem 39.", com sobras e Candom-blé (M. Silva) melhora' para37"3|5, a moda da casa. Tor-neio (A. Machado) aumentoupara 42", de carreirão. Caber-net (D. Moreno) duas partidasde 360 metros, sendo a primei-ra cm 22" a outra em 22 "215,correndo bem. Sucre d'Orgé (J.Negrelo) a reta em 37 "2,5,agradando qualquer coisa.

fl.* Páreo — 1200 metros —teta pesada.¦•Chístina, M.A. Ricardo 56* Rosiris, A. Reis 56Vencedor: 44,00 Dupla (23),

>,00. Placês: 22,00 e 15,00.empo: 78". Proprietário: Luísarlas Pacheco. Treinador: Os-tar Reis.

i Nâo correram América e Ma-!§y.'Bí.í Páreo — 1000 metros.>>¦• Oretama, D.P. Silva .. 56y» Engenhoca, I- Oliveira. 54Iò Marqueza, L. Carlos .. 50IVencedor: 22,00. Dupla (13)«1,00. Placês: 13,00, 22,00 o;í,00. Tempo: «5"2|5. Proprie-«rio: Stud Glen. Treinador:1*1. Tavares. Não correram.' elicia e Pedra Preta-

Ã3.* Páreo — 1300 metros.JMJeclive, J. Silva .... 57'Vlàrègglo, J. Baííica .. 57';*¦

Arámacho, J. Negrelo ., 57Vencedor: 17,00. Dupla (12),00. Placês: 11,00, 16,00 e,00. ^Tempo: 84"1|5. Proprle-rio: Stud Lolets.'Treinador:

S. Silva, Não correu Hino.4." Páreo — 1 500 metros.'-.' Faif Landlord, M. Silva 541 Dom Artigas, A. Ricardo 541 PapaDagô, G.Sancho.. 54¦Vencedor: 37,00. .Dupla (14).00. Placês: 19,00 16,00 e 21,00.

-topo: 97". Proprietário: Stud| de Janeiro- Treinador: José

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Francisco Abreu inscreveu a égua Honey Loveno Grande Prêmio Marciano de Aguiar Moreira, ealém dc temer a íôrça da pnrelha Causa-Querajann,mostra-se, agora, preocupado com o estado da pis-ta de grama,, que depois das últimas chuvas ficoubastante pesada. ,—• Em raia normal não estava acreditando naderrota —'- explicou Francisco de Abreu —• pois aminha pupila tem um trabalho de 165'' nos 2 400metros, sempre florcando pelo meio da raia. Comosofre um pequeno rebate na pesada, não sei se serápossível ganhar da Causa.ULTIMA APRESENTAÇÃO

é»'.Y

"I

Hudson bate Snowmanna reta de chegada bemlançado por A. Machado

O cavalo Hudson levantou ontem à noite, nolipódromo da Gávea, a Prova Especial, 6.° páreo doirograma, em 1300 metros, com dotação de Cr$ 600nil, atropelando sobre o ponteiro Snowman, na retae chegada, para quebrar a resistência, do adversa-io, próximo ao espelho, com um corpo de luz.

A partida foi demorada pela indocilidade de Sa-'ôt, e ao serem alçadas as cintas, Snowmán, muito•ronto no pique, despontou, seguido de Retilineo,ludsõn e Sabôt, tendo este melhorado para segundoios 800 metros. Na reta, Sabôt e Retilineo atacaramem sucesso o ponteiro, quando surgiu Hudson, bemmçado por Audálio Machado, para derrotar Snow-lan, por um corpo, no tempo de 82" 2/5, em pistae areia pesada encharcada.

Francisco de Abreu comentou com Rubens Cnrrapito o Attianesi, suas preocupações sobre o estado da raia, ondeHoney Love sofre rtbat*

Scherzo sobrava nofloreio com 133" 1/5para os 2 040 metros

Scherzo voltou a agradar mais uma vez no seuíioreio, tendo assinalado 133"l/5 para os 2 040 me-tros, com ação impressionante no percurso, tendo ar-rematado a' milha final em 102", sempre pelo meioda pista e muito contido, pelo bridão J. Correia.

Bandar, também inscrito no Prêmio Vieira Sou-to — segunda-feira -— mostrou melhoras surpreen-dentes, ao" dominar de passagem, na volta fechada,o seu companheiro Decretai, no tempo de 137", com105"2/5 para a derradeira milha.

Pedrosa. Não correu Don Sév-gio.5.» páreo — 1 2*0 metros1.° Diábolo, M. Silva ...... 562.° Taj-El-Emir, I. Oliveira 543.° Orei, P. Alves 54

Vencedor 43,00. Dupla (24)62,00. Placês: 27,00, 36,00 e 30,00.Tempo: 77". Proprietário: StudAlpina. Treinador: R. Carrapi-to. Não correram: Batton e Vo-vô Maciel.

«.• páreo — 1 300 metros —Prova Especial.l.° Hudson, Á. Machado .. 55'2.°

Snowman, J. Silva 53'3." Sabôt, A. Barroso 61

Vencedor 28,00. Dupla (24)62,00. Placês: 14,00, 18,00 e27,00. Tempo: 82"2|5. Proprie-tário: Haras Cuiabá. Treina-dor: Miguel Gil. Não correuPeônla Rúbia.

7." páreo — 1 500 metros.1." Anavlon, O. Cardoso ... 562.° Bluejenns, I. Sousa ... 543.° Boa Vida, J. Ramos ... 50

Vencedor 29.00. Dupla (14)49,00. Placês: 17,00, 75,00 e 21.00.Tempo: 97"2|5. Proprietário:Stud Monte Alegre. Treinador:V. Alves. Náo correu: KíngsRow.

O movimento geral de após-tas atintriu a importância deCrÇ 160 339 580.

DEOANHA

Dega_nha (A. Ricardo), vindode um íioreio de 83" para os1 300, .nesta . semana deu uragalope de saúde de 86"3|5" páraigual distância, sempre pelomiolo da rala e sem preocupa-ção de marca. Prata (A. Reis)os 1 200 em 76"2|ô, com sobras.Dharma (Mi Silva) chegoucorrendo na marca de 89."i;5para os 1 400. Montemusa (P.Tavares) os 1 200 em 77", agra-dando muito, e Decanl, (A. Ma-chado) os 1 400 em 89"lj5, comalguma facilidade e pelo centroda raia.HAPPY QUEEN

Happy Queen (A..Costa) naúltima semana ao lado de umdesconhecido assinalou 95" pa-ra os 1 400, dominando de pas-sagem o eventual adversário.CHEGOU AGARRADO

Zorro Prateado (A. Reis) nãofoi adversário em 88" os 1 300,perdendo feio para uma com-panheira. Hall Mark (P. Con-ceição) chegou agarrado comDatcha (A. Ricardo) em 99"para os 1 500. Nápoles (H. Vas-concelos) aumentou para 104",náo agradando, apesar de virmuito contido.GALOPE LARGO

Itaquara (J. Julião), saindomuito apressada e caindo umpouco no final, trouxe para os1 200 a marca de 80"2|5. Braza-la (J. Dlniz) igualou a marca..Bela Prenda (J. Fagundes),desta feita, chegou mais pertode Vale Sagrado (J. Marinho),em 86" para os 1 300, e'FloraAlixia (J. Tinoco) na semanaque findou melhorou a marcapara 85", de galope I largo epelo centro da pista.HAM N'EGGS

Icarai (J. Portilho) vindodc mais longe, finalizou os1400 cm 91", com algumas so-bras. Silver Sprny- (U. Cunha)aumentou para 92"2/5, mas nãoagradou. Cami (J. Sousa) nasemana passada, melhorou pa-ra 92". com grande facilidade.Ham N"Eggs (O. Cardoso) trou-xe para a milha o excelentetempo de 102"2/5, agradandomuito. Nihuil (A. Machado)aumentou para 112"2/5, de ga-lopinho e quase p,ela cerca ex-' terna. Argonaço (A. Ramos)em progressos assinalou 92"2/5para os últimos 1400. Mariti-mo (P. Alves) os 1900 cm 130"com 107" a milha final, com al-gumas reservas, e pelo centroda raia. El Gustavo (F. Perei-ra F.) ao lado de El Elmir (L.Vaz) a volta fechada em134"3/5 com 103"3/5 para a mi-lha final, chegou junto.HUDU

Amilcar's Dilemma (A. Bar-roso) os 1200 em 77*'3/5 comsobras. Rompante (I. Sousa) os1300 em 91", em câmara-lenta.Hudu (N. Lima) melhorou pa-ra 89", de galopo largo. Mon-te Imperial (F. Meneses) os1200 cm 80", a vontade. Mero(P. Fontoura) chegou algoajustado em 86"3/5 para os1300. Shibo (F. Conceição) me-lhorou para 84"3/5, com gran-de facilidade. Marco Polo (A.Machado) aumentou para85"2/5. cóm algumas reservas.BARQUINHO

Bandar (J. Silva) dominouDecretai (I. Oliveira) que o

aguardava no meio do cami-nho, trazendo para a volta otempo de. 137". com 105"2/5 aderradeira milha. Palman (ARicardo) mais a vontade e qua-se pela cerca externa aumen-tou para 141" com a mesmamarca para a milha. Barqul-nho (D.Moreira) melhorou pa-ra 139" com 107" a milha, mui-to contido. El Asteroide (A.Barroso) finalizou os 1400 vin-do demais longe cm 92", de ga-lope largo e Caruá (D. P. Sll-va) chegou correndo muito comas seguintes marcas; 142"2/5 avolta fechada e 107"2/5 a mi-lha. El Condor (J. Marinho)também saindo de maior dis-tâncla, finalizou os 1400 cm93"l/5. com sobras..Scherzo (J.Correia) da mesma íorma emque partiu, assim chegou em133"l/5 para a volta, e com102" a milha. Song (D. P. Sil-va) finalizou a milha em 105".som sobras e Dingo (A. Barro-so) a volta fechada em 138"com 105" a milha, com grandefacilidade, porém, não agradouo seu arremate.

CURIBOCACuriboca (D. P. Silva) des-

ta feita não se empregou, tra-zendo 88" para os 1300, de ga-lope largo. Truly (A. Ricardo)o quilômetro, em 66", agradan-do qualquer coisa.

Binóculo1 — O treinador Paulo Mor-

gado ficou aborrecido com asubstituição de Bequinho porAntônio Ramos, na direção docavalo Ourofan, inscrito no 6.°páreb da reunião de domingo.Paulo havia convidado ManuelSilva para conduzir o animal,mas o titular do Stud A. J. P.foi à Comissão de Corridas epediu íôsse feita a mudança,sem consultar o profissional,que deverá entregar o parelhcl-ro na segunda-feira, apôs acorrida de domingo.

1 — A égua Trofa saiu dotreinador Manuel de Oliveira,sendo enviada para o CentroHípico do Exército.

— Lag, Futurosa e Sastcrchegaram de São Paulo para otreinador Ernâni de Freitas.

— José luis Pedrosa achaque as chuvas vieram, dificul-tar bastante as possibilidadesque éle tinlia para às três cor-ridas da semana,

— Os melhores trabalhospara a corrida de amanhã, naGávea, íoram os de Trovão,Lady Corrulra, Caramba, Qui-nada, Iayá Boneca, Pearl Diver,Artepan, Titular, Belo Princi-pe, Miracle, Sporting Life, Can-domblé e Sucre D'Orge.

— Quibor, que foi apresen-tado no G. P. Brasil, levou¦pontas-de-fogo e como estáafetado dos joelhos e do boleto,tem como problemática a suavolta às pistas.

— O treinador Carlos Ca-toral, que rescindiu contratocom o Haras Ipiranga, assinoucontrato com o Stud Sallum,tendo recebido 23 animais paratreinar, muitos conhecidos cmCidade Jardim e mais seis po-tros Inéditos, adquiridos noHaras São Luis.

Balita é estreantede categoria parao dia 7 na Gávea

Balita, filha de Empenho e Balsamica, criaçãodo Haras Nôvo Mundo e de propriedade da Sra, SílviaLeitão Ribeiro, e que está aos cuidados de GeraldoMorgado, surge como uma estreante de boa categoriana reunião do dia 7 na Gávea.

Grotão, masculino tordilho, descendente de GreyHound em Chica Cuica, treinado por Robertodo, também estréia falado nos bastidores, e temchance de vencer logo na sua primeira apresentação,Pertence ao Sr. Domingos da Costa Lino.ESTREANTES

Na última vez que foi à pis-ta, Honey Love seguiu de per-to o train violento de Lausanne,e no final cedeu a segunda co-locação para Causa, em 2 000metros; na pista de grama úmi-da. Agora, sem a presença dagrande velocista, tem melhorpossibilidade de regular o rit-mo da prova, e se possível, sur-preender as rivais com umagrande exibição.

Confesso que agora estámelhor para Honey Love. Naúltima mandei seguir a todorisco Lausanne, e somente porcausa disto a minha pupila nãoacabou no segundo lugar. Oproblema nôvo que surgiu íoia chuva, mas espero vê-la bri-lhar ainda assim.AMANHA

Procurando analisar as pos-sibilidades dos seus pupilos nareunião de amanhã, o treina-dor de Bar declarou que pos-sivelmente fará forfalt de Ele-ven, pois o filho de Fort Na-poléon sofreu um ligeiro" con-tratempo nos cascos c deveráser guardado para uma corri-da mais importante.

Eleven em vista do acon-tecido não aprontou — dis-se — e penso realmente na suaretirada. Sô será apresentadose melhorar muito. Tenho emvlsta a sua inscrição no Gran-de Prêmio Estado da Guana-bara — primeira prova da tri-pllce coroa — e até amanhãde sábado vou procurar con-tornar este imprevisto. Quan-to ao seu companheiro Clerl-cato, anda tinindo e mesmo

não dando trabalho, tem 105"na milha, correndo com fortedesenvolvimento no final. Achoque Eleven não correndo, êlevai defender multo bem o nú-mero.

PARELHA RETROSPECTO

Ainda na reunião de ama-nhã, Francisco Abreu alistou aparelha Aracena-Azaléa queconta com enormes possiblli-dades de sucesso na turma,porque ambas seguiram tinin-do depois, da sua última apre-sentação.

— Caramba é a maior dlfe-rença da minha parelha. Co-mo vêm de corrida não tra-balharam esta semana, tendosomente floreado a distânciapara não perderem a íorma.Esta carreira é boa, e Aracenase perder será somente para aconduzida de M. Silva. Azaléaé ainda um grande reforço.

NO FERIADO

Finalmente para a corridado feriado na Gávea, Francis-co Abreu alistou Icarai, ElCondor e Talisca, dos quaisacredita mais em Talisca, éguaque surge como retrospecto vi-vo da competição. Quanto aoIcarai, tem 104" nos 1 600 me-tros e sofre um rebate grandena areia pesada, onde recen-temente perdeu para HamN"Eggs novamente seu rivalnesta prova. Quanto a Talisca,não escolhe pista e deve impordesta feita a sua grande for-ma atual. Anda tinindo, e nãosofrendo prejuízos c ponto cer-to na estatística.

»

CLARIUSA — Feminino,castanho, R, de Janeiro, nas-cida em 25-9-1960 .por Cadirem Xona de criação e proprie-dade de Esp; Osvaldo Aranha.Treinador: Levi Ferreira.

BALITA — Feminino, ala-zão, R. G. do Sul, nascida em20-10-1961 por Empenho emBalsamica de criação do Ha-ras Mundo Nôvo e proprleda-de da Sr.» Silvia Leitão Ribei-ro. Treinador: Geraldo Mor-gado.

ELOGIO — Masculino, cas-tanho, São Paulo, nascido em5-11-1961 por Qüiproquó em LaTana de criação do Sr. A. J.Peixoto de Castro e proprleda-de da Sr.» Zélia Gonzaga Pel-xoto de Castro. Treinador: Le-vi Ferreira.

PARIRY — Feminino, ala-zâo, Paraná, nascida em 25-8-1961 por Rao Rajá em Jambo-reé de criação e propriedadedo Haras Guatupê. Treinador:Hélio Cunha.

GROTÃO — Masculino, tor-dllho, R. G. do Sul, nascido em5-10-1959 por Grey Hound emChica Cuica de criação e pro-priedade do Sr. Domingos daCosta Lino. Treinador: Rober-to Morgado.

LIEU TENANT—Masculino,castanho, R.G.do Sul, nascidoem 12-11-61 por LTnconnu emAgraciada de criação do Sr,

Peônia Rúbiateml32rjnavolta fechada

Peônia Rúbia tem o melhoríioreio para o Grande PrêmioMarciano de Aguiar. Moreira,ao marcar 132" para a voltafechada, com 103" 2|5 na últi-ma milha, quando dominou depassagem Miracle e Camlnltoque serviram de sparring du-rante o trajeto.

A parelha do treinador JoséJosé Luis Pedrosa tambémtrabalhou para este páreo, ten-do Causa assinalado o melhortempo com 168" para os 2 400metros, visivelmente contidapelo jóquei. Quanto a Quera-jana, aumentou para 169", mascom rara facilidade no per-curso.

CORRENDO MUITO "

El Piconero (M. Silva) os1300 em 85", com algumas re-servas. Dominó (I. Soysa) che-gou correndo multo em 83"para os 1300. Descarte (J. Sll-va) aumentou para 88", multoà vontade. Pelichek (S. Silva)melhorou para 85" 2^5, muitoapurado. Le Cuisiner (F. Con-ceição) igualou a marca e che-gou contido ao vencedor. Ja-cil (A. Ramos) dominou commuita autoridade a Captor (A.Santos) em 75"3;5 para os1200.

Lauro Antônio Joaquim Moroe propriedade do Stud Melita.Treinador: Geraldo Morgado.

ELMER — Masculino, casta-nho, São Paulo, nascido em 9-9-1961 por Fort Napoléon emViena de criação dos HarasSâo José e Expedictus' e pro-priedade do Stud Corumbaen-se. Treinador: Celestino' Gó-mez.

EDóNIOS — Masculino, cas-tanho, São Paulo, nascido em3-9-1961 por Dragon Blano emRacy de criação dos Haras SãoJosé e Expedictus e proprleda-de do Stud Paulistinha. Trei-nador: Valdemar Costa.-

DINOSAURO — Masculino,castanho, R. G. do Sul, nasci-do em 17-10-60 por Skyllghterem Lira de criação do Sr. A.J. Peixoto de Castro Jr. e pro-priedade do Sr. Bruno Rus-sowsky. Treinador: RobertoMorgado.

GREI-PATURÉ — Masculi-no, tordilho, R. G. do Sul,nascido em 15-8-59 por GreyHound em Chica-Papita decriação e propriedade do Sr.Domingos da Costa Lino. Trei-nador: Roberto Morgado.

Elmer volta melhoradodepois de uma estréia

Morga- em que chegou alastadoElmer reaparece no sexto páreo de amanhã na

Gávea, depois da sua estréia fracassada, quando en-trou íora do marcador, no páreo vencido por Egon,com El Entrevero na formação da dupla. O filho deFort Napoléon, que está aos cuidados de CelestinoGomez, é agora uma boa corrida.

Na sua primeira apresentação, não deixou a pis-tà pisando bem, e somente agora anda em condiçõespara reaparecer, tendo assinalado para os 1 500 me-tros 99"l/5, sempre com muita facilidade no percur-so. D. P. Silva, que o conduziu na estréia, será nova-mente o seu jóquei nesta oportunidade.NOVAS COCHEIRAS

AZUL CELESTE — não vema pista para competir desdeabril, quando entrou terceiro nopáreo vencido por Shannon,com Blondie na dupla. Depoisdesta carreira, trocou de trei-nador, e agora, volta sob a di-reção de Júlio Carrapito. É umanimal que regula com os ad-versárlos, e na pista de areiapesada tem alguma chance nopáreo. Não trabalhou forte adistância.

NUNSUCH — é outro fracoreaparecimento de amanhã,pois vem fracassando seguida-mente e ainda não recuperou oseu melhor estado de treino.Sua última exibição data denovembro de 1963, quando che-gou descolocado na prova ga-

nha por Cadete Orion, comBob Lee na dupla. Não andapisando bem, e desta maneiravem trabalhando apenas suave-mente. Aprontou os 600 me-tros em 39" algo apurado no íi-nal. Carreira ainda difícil.SATÉLITE — vinha íracassan-do seguidamente, quando o trei-nador Milton Mendonça resol-veu fazer uma reforma com-pleta no seu pupilo. Ê um ani-mal que apresenta um retrós-pecto bastante fraco, e na últi-ma apresentação chegou forado marcador para Hervé eGold Lorena na pista de areiapesada, em 84"l/5 nos 1 300metros. Evoluiu pouco nestesmeses, e não acreditamos pos-sa fazer alguma coisa de útilneste páreo.

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Olimpíadasde ontem

e de hoje

DillardJornal'do Brasil, Sexta-Felra, 4-8-íj4,'l.o Cad'. — 15.'.

-«!

venceu competição quenão estava habituado a correr.« .

¦

Yamanaka julga-se velho pom

de David Ettrick — LEF-IcapressExclusivo para o JB

nèdar mas ainda quer medalhaTóquio (Especial para o JOR-

NAIi DO BRASIL) — Uma dasgrandes, vedetes da natação ja-ponêsa'~ e mundial -. Tçuyos-hl Yajiianaka, «itá inquieto àsvésperas; dos Jogos Olímpicos:

— Na, verdade eu estou mui-to velho para a natação — sus-pira éle som cessar. Espero quoum jovem venha me derrotarpara afastar-me das piscinas, deespirito'' realmente tranqüilo,mas ainda treino para tentaruma medalha, qualquer que se-ja ela.'

Entretanto, como o austrália- •no Mun ..y Rose, Yamanaka nãotem senão 25 anos.

AUSÊNCIA DOS OUTROS

De qualquer maneira, e ape-sar do pessimismo, Yamanaka,conhecido em Tóquio pelo ape-lido de-Dragão do Mar, aindanão desistiu inteiramente deconquistar uma medalha de ou-ro nos 400 ou nos 1 500 metros,nado livre, nas Olimpíadas domês que-vem.

Verdadeiro nadador de íôrça,com espàduas poderosas; Ya-manaka,parte atualmente paraos treinos com grande disposi-ção incentivado pelo espírito decompetição que perdera há ai-gum tempo ein seu país, à, Ml-ta de adversários.

EVOLUÇÃO DOS OUTROSEsta fase 6, então, para Ya-

manaka, a busca do tempo per-

A ÚLTIMA OLIMPÍADA

dido, e êle tem treinado maisasslduamento do que há 10anos, quando se consagrou co-mo o grande nadador mundialpara as grandes distâncias.Nesses 10 anos de glórias, Ya-manaka levantou pelo mundotodo uma série, interminável detroféus os mais importantes,quebrou recordes do mundo portodos os continentes.

Mas, embora, aparentementeainda dentro de sua melhor for-ma física, por sua aparênciasaudável e atlética como pou-cas, Yamanaka acha que estátão bem como sempre, conse-guindo Inclusive tempos semo-lhantes aos seus melhores, masé tjue seus adversários é queevoluíram e conseguiram mar-cas superiores.

AS SANDÁLIAS DOPESCADOR

Ultimo dos sete . filhos deuma família de pescadores,Tsuyoshi Yamanaka tornou-seum verdadeiro peixe entre ospeixes, êle que viveu mais tem-po na água que ná terra, cmsua infância. Não importa quetempo fizesse, o, pequeno Tsu-yoshi ia nadar. Desenvolveu-seem um mínimo de tempo, ba-tendo-se todos os dias contraas ondas, ou ajudando seu pat-a puxar pesadas peças de pei-xes.

Mais tarde, aperfeiçoou suasexcepcionais habilidades no co-

légio, onde. treinou com um téc-nico que tenha grande entusi-asmo pielòs jovens que mostra-vam possibilidades acima docomum cm natação. Cedo Ya-manaka correspondeu às espe-ranças de seu técnico e lá naUniversidade batia o recordejaponês dos 200 metros. Logodepois cra selecionado para aequipe do Japão que concorre-ria aos Jogos Olímpicos deMelbourne. Antes da sua par-tida, ouviu de seu pai as se-guintes palavras:

— Você é campeão entre nós,mas agora vai competir comos maiores nadadores do mun-do, na Austrália. Ao menos te-râ a grande honra de repre-sentar o seu país e de em nomedele desfilar na cerimônia deabertura. Assim, comprei istopara presenteá-lo.

Dizendo isso, ofereceu a seuJovem prodígio de filho um partíe sandálias novas.

O MEDO DO JOVEM

Em Melbourne, o mais jo-vem selecionado japonês sen-tiu-se inferior diante de seusadversários, os mais famososnadadores do mundo. Antes dodesfile, sentou-se no cháo, de-«animado, desejando voltar pa-ra sua casa, em Ishikawa, e es-perando não participar da tra-dicional apresentação. Yama-naka não se sentia digno.

Lembrou-se entáo das reco.

mendações de seu pai, olhousuas belas sandálias, e levan-tou-se finalmente com orgulho,marchando atrás da bandeirado Império do Sol Nascente. Aoíim 'do desfile, guardou suassandálias com todo o carinhono armário que lhe estava re-servado no alojamento da VilaOlímpica.

MEDALHAS AO PESCADOR

Como presente para seu pai«le lhe levou, de volta ao Ja-pao, duas medalhas de prata-a dos 400 e a dos 1 500 metrosDepois foi para os EstadosUnidos continuar seus estudosc. evidentemente, nadar, a fimde reviver toda essa. época dea^ria e de recordes em suavida, Yamanaka gostaria deagora, reencontrar pelo menos'o entusiasmo daqueles dias. OsJogos Olímpicos carregam sem-'

pre consigo um ambiente dealegria e é possível que nelesYamanaka reencontre o cam-peão de outros tempos, na ale-gria de voltar a conviver comvelhos rivais e amigos estran-geiros e de ter novamenteaquele gosto pela luta que lhefalta atualmente.

Êle não esconde que, apesardo pessimismo, gostaria bem deganljar uma medalha, princi-paimente nos 400 metros.Por quê?Porque essa prova é maiscurta que os 1 500.

Quando Harrison Dillardprocurou pela primeira vez umtreinador de atletismo, tateies-eadp em conseguir ruma opor-umidade para treinar rias equi-PM de Cleyeland, ípl recebidocom desdém; Aquela, sua exa-gerada magreza lho dava umaspecto bem desajeitado --. va-j!^"-"» também, o ^peUdo deOssada Velha— e o responsa-vel peja seleção de atletas no-vos deu-lhe um conselho: —Deixe de lado essa Idéia e pro-cure uma outra ocupação, poiscom êsse físico, você não podepraticar esporte algum.

Dillard não desanimou e, ai-guns.anos mais tarde, torna-va-se o/campeão mundial dascorridas com barreiras, man-tendo uma Invencibilidade du-rante mais de 80 provas con-secutivas. Consagrado interna-clonalmente, faltava-lhe. po-rem, uma vitória nas Olímpia-«as, e, para conseguir isso, ins-creveu-se entre aqueles qusdisputavam um. vaga para com-Petir em Londres, em 1948. In-felizmente, os resultados obti-dos nessa eliminatória não lheforam favoráveis'e Dillard; dis-posto a ganhar uma medalhaolímpica de qualquer maneira,classificou-se para correr os 100metros rasos contra os maisvelozes corredores •tía mundo.Por isso. a vitória que éle obte-ve foi tão.comentada, já que,afinal, sua especialidade eraoutra.

Quatro anos depois, manten-do sua fidelidade às carreirascom obstáculos, Harrison Dil-lard venceu em Hélsinqui numtempo recorde. Abandonara ascompetições rasas, nas quaisse sentia sempre deslocado, pa-ra dedicar-se àquelas que sem-pre praticara com amor. Masembora êle não tenha dadomulta importância, sua primei-ra vitória olímpica íoi cónquls-tada numa prova que não cs-tava acostumado a disputar ena qual acabou por igualar orecorde de Jesse Owens, esta-belecido antes da II Guerra: 10segundos e três décimos.

to que êle obteve rias corridasde obstáculos não convenceraa ninguém — esquecidos deseu brilhante passado y sua;¦ determinação de vir

'ii sercampeão numa Olimpíada erabem grande, e por isso, depoisde Uma árdua classificação,

disputada palmo a paltao pe-los candidatos. Dillard conse-palu uma, vaga pára- compe-tlr nas provas de corridas ra-zas. Com ,éle, estavam Mel Pat-ton e Barney Ewell'—os doisprimeiros colocados ina ellml-natória — e Eddie Conwell,que ficou alguns centímetrosâ sua retaguarda naquele dia.

No dia 31 de Julho de 1948,afinal, Dillard viu-se lado alado com os mais rápidos cor-redores do mundo. Além da-queles seus patrícios, lá esta-vam alinhados para os 100 me-tros rasos. os. temíveis LloydLa Beach, do Panamá, ,'e'Emmanuel Mc Donald, de Tri-nidad. Os. espectadores mais ¦•entendidos entre os 84 mll quesuperlotavam o Estádio dewembley estranhavam a pre-sença de Dillard entre tão ía-mosos-competidores. Afinal élc

1 .... pa,ssava ' de saltador • deobstáculos e. naquela cpmpa-nhia, suas pretensões, deviamser._ bem reduzidas. — Umamedalha de bronze, era o" má-imo que éle poderia conseguir— comentavam os torcedores.

Yamanáha, n_Angeles,

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MAGRO POR NATUREZA

O norte-americano Harri-son Dillard, carinhosamenteconhecido pelo apelido do Os-sada velha, por causa da suaexuberante magreza, íoi du-rante muito tempo o campeãomundial das corridas com obs-táculos. Invicto em 82 provasconsecutivas, Dillard era o ía-vorito dos observadores paraas Olimpíadas de Londres, em1948, mas, por incrível quepareça, traído por uma péssl-ma atuação na fase. de cias-sificação, êle não _ logrou suaInclusão na equipe olímpicados Estados Unidos que iriadisputar as corridas. dé obs-táculos.

Naquela tarde em Evanston,Illinois, Dillard cumpriu o per-curso num tempo medíocre e,para que as coisas lhe fosseminteiramente desfavoráveis, te-ve a infelicidade de derrubartrês barreiras, o que acaboupor convencer os selecionado-res que o famoso Ossada ve-lha estava em visível declínio.O sonho de se tornar campeãoolímpico, impedido pela guerrademorada è, agora, pela rigidezexcessiva dos treinadores, es-tava se tornando mais difícilde ser realizado-

VAGA POR TEIMOSIA

Dillard, entretanto, não de-sanimou. Se o aproveitamen-

IGUAL AO RECORDE

Logo que os, corredores par-«ram. os espectadores notaram*_? °_íavorito Patton - con-siderado o homem mais rápi-_í^__.?U?d0 - «Casara-seirremediavelmente. O líder da?r_fVí..„ParJa espant0 de to<3os,era Dillard, que movia-se comuma leveza admirável. Nos úl-timos metros, o norte-ameri-cano Ewell. de 30 anos de ida-de, deu uma arrancada violen-nor6 *?_¦ - coíredorfs. separadosPor distancias mínimas, arre-Ewell, aplaudido pela multi-duo, acreditou-se o vencedor epassou a dar pulos de conten-tamento, O resultado, entre-tanto apontou Dillard como ovitorioso, no .tempo de 10 se-gundos e três décimos, o mes-mo que Jesse Owens, recordis-ta olímpico de antes da guerra.

Nesse ano Dillard levou maisuma medalha de ouro para osEstados Unidos: a do reveza-mento. Recebido como heróinacional em sua terra, ó fa-moso ______ velh» aceitou oemprego de chefe de relaçõespublicas do time de beisebolCleveland Indians, recebendoseis mil dólares por ano. TcUdas essas aclamações, entre-tanto, não o convenceram quesuas melhores atuações *e pro-duziam nas corridas de ob_stá-culos. Por isso, apesar dos ex-celentes tempos ob.idos, voltoua dedicar-se a essa modalida-de de provas e, nas Olimpla-das de 1952, cm Helsinque, ba-teu o recorde mundial dos 110metros com barreiras e, comoem Londres, conquistou outramedalha de ouro no reveza-mento.

Ainda hoje, não sem tunaponta de ironia, Dillard recor-da o conselho que um treina-dor lhe deu quando o viu pelaprimeira vez num estádio, pe-dindo para treinar: — Olheaqui, amigo, com essa magrezatoda, o melhor que você podefazer é desistir desse negóciode atletismo. Volte pára casae trate de arrumar outraocupação.

Relatórios passadosajudaram treinador afazer cortes no vôlei

O técnico Sami Mehlinsky declarou que foi obri-gado a recorrer aos relatórios sobre as competiçõesinternacionais anteriores para chegar a uma conclu-são quanto aos jogadores que seriam aproveitadosentre os dez que representarão o voleibol brasileironos próximos Jogos Olímpicos de Tóquio.

À vista dos relatórios, relembrou com detalhes orendimento e as falhas dos atletas atualmente con-vocados e que haviam servido à seleção brasileira emoutras oportunidades, além de estabelecer a médiade produção de cada um, durante os treinos realiza-dos na EEFE, para obter uma conclusão definitiva.;

sr.»*.„Xo :nám,cos ¦ com° v°cé ¦ <-"-'- ••«toda extensão, nao hesitam na escolha de um bom cigarro. Por issopreferem LINCOLM... de ponta a ponta o melhor -

eco

PROGRAMA

Disse mais o treinador que jáestabeleceu a programação deatividades até o dia 12, para osdoze atletas (dez deles Irão aTóquio) que subsistiram ao se-gundo corte. Ontem houve trei-no de fundamentos e hoje serádia de folga geral. Amanha edomingo, os jogadores se sub-meterão a rigorosa prática deconjunto, pela manhã. Dia 7nao haverá atividades, por serferiado nacional, recomeçandoos exercícios dia 8, com repas-so de todos os detalhes relati-vos a fundamentos. O repassose estenderá até o dia 10, es-tando determinados novos exer-cícios de conjunto, nos dias 11e 12.Pnra a semana de 14 a 19 docorrente, ainda não foi orgáni-zada a programação do sele-cionado, mas o treinador con-firmou a disputa de diversosamistosos, provavelmente con-tra as seleções da Guanabara.Sao Paulo e Minas Gerais apartir do dia 21, todos no Rio.Isto porque não pretende per-der tempo de treinamento, com

a deslocação dos Jogadores emviagens exaustivas para os es-tados.

O embarque da delegaçãoolímpica de voleibol não seráa 23 mas, sim, dia 30. Está pre-visto um amistoso em Paris,contra a seleção francesa, dia1 de outubro, à noite, emboraa delegação.'chegue pela ma-nhã. Dia 2, à tarde, a viagemprosseguirá para a capital ja-ponêsa, onde haverá um perío-do de aclimatação, até o iníciodo torneio olímpico de voleibol,dia 13. •

A CBV Já recebeu a tabelaoficial de jogos do referido tor-neio, que prevê a realização denove jogos para a equipe mas-culina brasileira, no período de13 a 23 de outubro, com apenasduas folgas, dias 16 e 20. A ta-bela é a seguinte: dia 13 —Erasil x Egito; dia 14 — Brasilx Romênia; dia lõ — Brasil xHolanda; dia 17 — Brasil x Co-réia; dia 18 — Brasil x Hun-gria; dia 19 — Brasil x Tcheco-Eslováquia; dia 21 — Brasil xJapão; dia. 22 — Brasil x Es-tados Unidos; dia 23 — Brasilx URSS.

-AÍ! grande área<•""'*>1

E se os negros norte-americanos fizessema greve dos Jogos Olímpicos? A pergunta é deum jornal francês, e está em um dos recortes * np.olímpicos enviados às centenas pelo nosso in- ~ Vcansavel Luís Edgar, em Paris, onde todos os "

jornais ja mantêm, há algum tempo, vários \< jenviados especiais a Tóquio, despejando em )\)'Cseu país farto material dos Jogos, tanto dolado técnico como do pitoresco. E a resposta, .surpreendente para muitos, é esta: não acon-teceria praticamente nada que pudesse pre-judicar uma possível vantagem dos norte-ame-ricanos sobre os russos, na contagem de pon-tos, em Tóquio. Se se tomar por base, por "

exemplo, a ultima competição de atletismo 'entre americanos e russos, em Los Angeles, a >vitoria dos americanos poderia ser menor do ".que os 139 pontos marcados contra 97. masseria mantida. '

Os negros são atletas excepcionais no queconcerne ao reflexo, à rapidez (100, 200 me-tros rasos, provas de saltos), mas têm sido su-perados pelos brancos, pelo menos nos Esta-dos Unidos, em quase todas as outras modali-dades de atletismo, sobretudo aquelas queexigem a assimilação de uma técnica (dardodisco, martelo, arremesso de peso). Nos 100metros rasos a equipe norte-americana é com-posta de 16 homens, dos quais 15 negros, masquem esta fazendo o melhor tempo no mo-mento é o único branco, Ashworth, com 10"2O domínio absoluto dos negros nessas provasesta .entre as moças, onde Edith McSuire su-cessora de Wilma Rudolph, está fazendo os 200metros em 23"3, e Vivian Brown em 24" é porisso que, nas bases atuais, os especialistas ematletismo, segundo o jornal francês —- que éo Parts-Presse — só poderiam responder afir-mando que uma eventual greve olímpica dosnegros poderia prejudicar, mas muito difícil-mente seria responsável por uma derrota dosnorte-americanos.* . +

, . ~~ Se as Olimpíadas de Tóquio bateramtodos os recordes quanto à participação deatletas e de países, não conseguem o mesmoquanto a turismo. Os hoteleiros, inclusive queconstruíram milhares ãe luxuosos quartos noestilo ocidental japonês para turistas, estãoinquietos com o movimento turístico, muitoabaixo ão esperado.

E Tóquio, se se desdobra para dar omelhor em conforto e hospitalidade aos tu-ristas, ainda não conseguiu superar também oproblema da falta ãe água, dramático naquelaCapital. Le. Figaro conta que no fim de agòs-to, num espetáculo inédito, 20 mil mulheresdesfilaram pelas ruas aos gritos de "Queremoságua".

E ainda há a ameaça, se bem que re-mota, de uma epidemia dé raiva, que matouduas pessoas em Chirai a leste de Tóquio. Acidade está isolada e tqdas as medidas anti-epidêmicas foram tomadas.A Japan Air Lines assegura, diante-da

possível quebra de tradição reclamada por unijornalista, que a Tocha Olímpica acesa porum espelho côncavo na cidade dé Olímpia che-gará acesa até o fim da viagem, graças a umdispositivo que garante não só a segurançade voo como o respeito à tradição.Os franceses dizem que começaram^com asar, em Tóquio: dois de'seus barcos fo-ram detidos na Alfândega e não há queijopara a delegação.

-¦-T- O monorail deslisa desde o aeroportoa 15 quilômetros do centro, passando por sô-bre toda a Cidade de Tóquio. E faz o percursoem 15 minutos, conseguindo ser um dos gran-des entusiasmos dos turistas. ___-.¦..¦'Apesar da dificuldade para superar ai-

guns obstáculos realmente quase intransponi- .veis, tudo o que o Japão fêz, com um esforço 'raro, para as Olimpíadas, é considerado pelospróprios franceses, tradicionalmente supremosna finura, "o que a Ásia já produziu de maisraffiné".

Uma esperança para a superação áadura seca nas bicas de Tóquio: começa a cho-ver bastante e o Serviço de Meteorologia anun-cia que as chuvas continuarão, numa razoável .porcentagem de precipitação.Os franceses fazem e refazem as con-tas, concluindo que devem conquistar novemedalhas em Tóquio. Mas, áe que metal? —perguntam os jornais. Os japoneses contamcom 15 medalhas de ouro, na melhor das hi-póteses.

No mais, Amoroso teve um arrufo comTim mas volta ao clube hoje para as pazesenquanto o Botafogo continua indefinido eum tanto confuso, E as minhas desculpas aoArmando Nogueira, hoje impedido de escrevere mal substituído, mas amanhã, se Deus qui-ser, de volta. .Interino

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juesa eCoríntiansjogam hoje

São Paulo (Sucursal) —Por-tugúêsa de Desportos, atual vi-ce-líder do Campeonato pau-lista, com 6 pontos perdidos e*oCoríntians; terceiro colocado,com 7 pontos perdidos, jogamhoje à noite, em partida ante-cipada de domingo, reabrindoo Pacaembu que se encontra-va fechado desde o início doCampeonato paulista. As duasequipes jogarão esta noite.coma seguinte formação:

Portufpicsa de Desportos —Pélix. Jair Marinho, Di-tão, Vilela e Edilson; Pampo-Uni e Nair; Dida, Ivair, Hen-rique e Nilson.

Coríntians — Heitor, Augtis-lo, Eduardo, Clovis e Oreco;Amaro e Luisinho; Nei, Silva,Flávio e Lima.

Atléticotreina paraTaça Brasil

Belo Horizonte (Sucursal) —O Atlético treina hoje, i tar-de, preparando-se para o jogo-de domingo, contra o RioBranco, èm Vitória, em dlspiiita da Taça Brasil. No treinode hoje o Atlético definiráquais os jogadores que viajarãopara o Espirito Santo, onde irá.defender a sua condição decampeão mineiro, candidatan-do-se ns semifinais com o Grê-mio Pôrto-alegrense, campeãodo Rio Grande do Sul. O jogode depois de amanhã não se-ti. fácil para o Atlético, já queembora começando bem o cam-peonato mineiro, vem descen-do de produção, acabando porperder para o Uberaba na se-mana passada, caindo da lide-rança.

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Amoroso brigou no Fluè quis sair, masseu tio o faz voltar hoje

Aborrecido por ter o técnico Tim exigido maiorempenho no individual e chamado sua atenção pordiversas vezes, o ponta-direita Amoroso zangou-secntem e saiu do treino dizendo que não pretendiamais voltar ao Fluminense, "porque comigo a his-tória é outra",

Mais zangado ainda do que Amoroso ficou Tim,dizendo que "ou Amoroso se adapta ou sai do time",mas a diretoria do clube não está preocupada, porquejá soube que o tio do jogador conversou com êle econvenceu-o a voltar atrás, "para não estragar suacarreira, agora que você é titular e artilheiro do.Flú-minense".

O BRINQUEDO DO ZAGUEIRO

DE TRANQÜILOA PREOCUPADO

Tim é um homem tranqüilo,mas que as preocupações como. time do Fluminense vêm tor-nando dia a dia mais preo-cupado. Primeiro, com os ca-sos dlsciplinares, que aconte-ciam praticamente toda sema-na, quando êle assumiu a di-reção técnica do Fluminense.

Êste ponto Tim Já conseguiusuperar, porque Inclusive a fã-mosa piscina dc água térmica,antiga fonte de inundações ire-quentes no vestiário, pois todomundo espadanava lá dentro,já está sendo usada tranqüilae diariamente, sem qualquerrebuliço.

VONTADE DE BRILHAR

O que vem marcando de pre-ocupação a fisionomia de Timé agora o problema de manterna liderança um time quasesem jogadores, seja porquemuitos dos aspirantes forampara a seleção de amadores se-Ja porque, de duas semanaspara cíi. diversos jogadores secontundiram. Por causa dadistensão de Joaquinzinho e daçntorse em Evaldo, ocorridasnum único treino, por exem-pio, Tim saiu um dia da sc-mana passada ao meio-dia doFluminense e ficou vagandopelas ruas, só indo para casaa meia-noite.

; Amoroso, por sua vez, é deordinário um temperamentobrincalhão, mas esta semanatambém mal consegue escon-der o nervosismo. Desde queêle entrou para o Fluminensenão esconde sua vontade dôjogíir unia grande partida con-tra o Botafogo e decidir o jogocontra seu antigo clube, quènunca o promoveu à condiçãode titular.

PEDIDO

Na segunda-feira, lembran-do-se do exemplo que Gérsondeu quando jogou pelo Bota*íogo a primeira vez contra oFlamengo, e. lembrando-setambém das declarações que omédio de apoio Jaime, do Bon-sucesso féz contra o Botafogodepois do jogo de domingopassado, Tim chamou Amoro-so e disse-lhe:

— Quero pedir a você paranão fazer declarações contra oBotafogo e quero principal-mente que você compreendauma coisa: você não vai decl-dir Jogo alguni. Se você. insis-tir nisto o time todo é quemvai sair perdendo, pois você sóvai atrapalhar.

A EXIGÊNCIA

. Se Tim queria um Amorosocalmo nas entrevistas, pas-sou a exigir um Amorosomais entusiasmado nos treinos,já que acha que êle é um jo-gador pesado e lento, que pre-cisa' de muitos exercícios.

Na verdade, se Amoroso gos-ta muito dos treinos de con-junto, tem. o maior horror aosindividuais e dois-toques. Hájá uns dois ou três dias que,

acabado o treino, Tim chamaAmoroso e manda-o correrduas ou três voltas pela pista.Amoroso corre, mas corre con-trariado. '

A DESPEDIDA .

Ontem, depois do individual,todos os jogadores. foram cor-rer em redor do campo e Timreparou que Amoroso sempre"parava no final e vinha an-dando. Depois de algum tem-po, dispensou os outros joga-dores e chamou Amoroso:

Você vai correr mais.Eu não, estou cansado.£ por isso mesmo, é para

não se cansar no dia do jogo.Não quero.Então, vá embora — íê%Tim, irritado.

Vou mesmo —• retrucouAmoroso — e não apareço maisaqui.

EVALDO BOM, MATEUSQUASE

Se Amoroso persistisse emseu desejo.de não aparecer maisno clube, Tim ficaria com maisum problema para escalar oataque. A sorte do técnico éque Evaldo está praticamentebom — ontem foi internado naenfermaria para apressar a re-cuperação — e Mateus tam-bém já melhorou muito, poisontem treinou normalmente edisse que só uma hora sentiua distensão muscular "um pou-qulnho".

Com Amoroso de volta, Timescalará o ataque com Amoro-so, Ubiraci, Evaldo e Mateus.Isto no caso de Mateus poderjogar. Caso contrário o técni-co vai formar o ataque para ojogo contra o Botafogo comAmoroso. Ubiraci, Evaldo .Gilson Nunes.

RENATO NO FLU

Em meio de todas as preo-cupações de Tim, surgiu noFluminense, recém-chegado deSão Paulo, o ponta-de-lançaRenato, do Palmeiras, que veiopara um período de èxperiên-cia. O Palmeiras se dispôs aceder o Jogador ao Flumlnenrse por empréstimo durante 4meses por Cr$ 800 mil ou en-tão vendê-lo por Cr$ 6 milhões.

Renato tem 23 anos e, se-gundo Mateus, é um jogadordo tipo de Evaldo, embora dofísico mais. forte. Já hoje Timvai experimentá-lo no time deaspirantes e ficou de dizer atéa próxima' semana se se in-teressa por êle ou não.

Tim dirigirá hoje de manhã,com qualquer tempo, o treinode conjunto para o Jogo con-tra o Botafogo e depois con-centrará imediatamente os jo-gadores Castilho, Márcio, Car-los Alberto, Procópio, Altair,Nono, Oldair, Denilson, Amo-roso, Evaldo, Ubiraci, Mateus,Edson, Dari, Luis Henrique,Laurício e Gilson Nunes. Do-mingo pela. manhã vão se con-centrar Vitorio, Fraldo, Ober-dan, Edinho, Pipico, Jorginho,Lula, João Márcio, Antunes.eAlberico.

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Garrincha ganhai e põe!f^P^, remédio que curai atéuma artrose de cavalo/

O Sr. Eurico Solanês, industrial e proprietáriode diversos cavalos de corrida, acompanhando pelaleitura dos jornais o problema do joelho de Garrin-cha — que depende do treino de hoje para jogar dpVmingo — ofereceu ontem aò jogador algumas latas deum remédio que mandou vir da Inglaterra e quecurou a artrose de um dos seus animais, além dedores reumáticas de um tratador..

Encabulado a princípio, por causa dos desenhosde pernas e patas de cavalos impressos na lata, dar-lincha animou-se depois e começou a aplicar o ré-médio, mas ouviu vários conselhos de seus çpmpa-nheiros, um dos quais, o do goleiro Manga, reco-mendando que pare imediatamente de usá-lo "tãologo comece a relinchar".

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ao individual, Nilton Santos foi participar de lima pelada com o. aspituntes e passou o tempo todo rindo dosdrible» que aplicava

Coletivo do Amêricaise Paulo Leão

poderá jogar amanhãOs jogadores do América, que ontem de manhã

foram à sauna na AOM e se concentraram à noite,fazem esta tarde, no campo do Bonsucesso, um trei-no coletivo que servirá, além das habituais èxperiên-cias táticas, para testar as condições físicas de PauloLeão, que no último treino sentiu dores no joelho.

Embora o Departamento Médico e o técnico Zi-zinho não acreditem na impossibilidade' de contarcom o centroavante, Fernando Cônsul foi concen-trado e está de sobreaviso para voltar ao time. Deresto, não existe outro problema para o jogo de ama-nha contra o Bangu.

Brito pede 10 milhõespara renovar contratotoas o Vasco só dá 2,5

• O zagueiro Brito, cujo contrato terminou ante-ontem, exigiu Cr§ 10 milhões de luvas e CrÇ 200 milmensais para renová-lo por 16 meses, o que foi ne-gado pelo Sr. Antônio Soares Calçada, vice-presiden-te de Futebol do Vasco, que disse achar difícil umacordo com o jogador, "pois êle está pedindo muitoalém das possibilidades do clube, que só dá CrS2 500 mil". n

^ Também Joel e Barbosinha não chegaram a umacordo com o Vasco, quanto à renovação de seus con-traitos: Joel, que deseja se transferir para o México,quer Cr$ 1 milhão para ficar até o final do campeo-nato e Barbosinha exigiu Cr$ 6 milhões de luvas,por 16 meses, sendo ambas as propostas negadaspelo Sr. Antônio Soares Calçada.RESOLVE HOJE

Depois do treino individualde ontem pela manhã, em SãoJanuário, o Sr. Antônio Soa-res Calçada chamou os três jo-gadores para uma conversa, noescritório do Presidente. O pri-meiro a entrar foi o zagueiroBrito, que foi também o quemais se demorou conversando.-»rlto disse ao Vice-Presidentede futebol do Vasco que dese-java para renovar o seu corf-trato, por mais 16 meses, Çr$10 milhões de luvas e Cr$ 300mll mensais. Respondeu o Sr.Antônio Soares Calçada que es-ta quantia o Vasco não poderiapagar-lhe, e que a proposta doClube era somente de Cr$ 2 500mil de luvas e ordenados deCr$ 200 mil. Brito ficou deresponder hoje, e caso não con-corde com a proposta do Vos-Cò, "pedirei ao Eli para nüoconcentrá-lo", disse o Sr. An-tõnio'Calçada.

Barbosinha, por sua vez, po-diu ao Vice-Presidente de íu-tebol CrS 6 milhões de luvase ordenados mensais de Cr$ 230mil. O Sr. Calçada disse-lheque a sua proposta era muito

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f.

Bangu vence Políciapor 4 a 0 em treinosecreto num quartel

O Bangu fêz ontem um treino secreto, porqueo técnico Martim Francisco prefere trabalhar às es-condidas, derrotando, no campo do quartel da Po-licia Militar, em Marechal Hermes, um time de sol-dados por 4 a 0, gols de Roberto Mauro (2), PauloBorges e Parada.

O treino durou uma hora corrida e a equipe ti-tular — que atuou com Ubirajara, Fidélis, MárioTito, Luís Alberto e Nilton Santos; Ocimar (Romeu)e Roberto Pinto; Paulo Borges, Parada, RobertoMauro e Canhoto — é a mesma que deverá enfrentaro América amanhã à tarde, no Maracanã, restandouma única dúvida para Martim, entre Ocimar eRomeu.

MESMO TIME

Zitínho conservará a mesmaequipe dos últimos jogos, pordiversas motivos,- entre os quaiso fato de que ela está entrosa-da. Segundo o técnico, timeque vence não deve ser altera-do, mesmo se outros jogadoreaque n&o sejam titulares este-jain jogando melhor. Nessecaso está o pernambucano Isac;cujos treinos têm impressiona-do a. todos. Mas, como o rendi-mento de Gilber tem agradado,continuará no quadro. O Amé-riça, aliás, está com excessode jogadores e por isso vtii em-prestar vários deles a clubesdc outros Estados,

O novo Diretor de Futebol,

Sr. Silvio Araújo, foi quem te-ve a idéia de emprestar cs jo-gadores juvenis que ultrapas-sarem a idade limite dessa.ca-tegoria. e que não forem apro-veitados no tüno de aspirantes.Na sua opinião, esses jogadorassem jogar ficarão sem oportu-nidade de melhorar suas con-dições técnicas e, .por isso umempréstimo, seria' até um bempara eles.

Apesar disso, o ponta-direitaZéliò, que já jogou nos Juvenisdo Botafogo e atuava no NovaAmérica, teve a sua contrata-ção recomendada pelo Sr. Sil-vio Araújo, considerando queêle poderá ser útil à equipemista que excursionará sema-naimente pelo interior.

ADVERSÁRIOFRACO

O treino foi fraco paia oBangu porque o adversário nãoconseguiu oferecer maior resis-tência e a equipe de MartimFrancisco nâo teve necessidadede so empenhar multo parachegar aos 4 a 0. Essa produ-ção baixa do adversário nãopermitiu que o tremo se consti-tuisse num verdadeiro teste' e otécnico permanece na dúvidaentre Romeu e Ocimar, amboslançados no exercício de ontem.Aldo treinou no gol da Polícia.

Enquanto oe titulares treina-vam em Marechal Hermes, osaspirantes treinavam em MoçaBonita contra o infanto-JUve-nil, time em que esteve inclui-do Cabralzinho.

Na manhã de hoje, a equipe

Fia testará Berico notreino de hoje contraa seleção de amadores

Berico fará no treino de conjunto de hoje àtarde, na Gávea, que será contra a seleção olímpicabrasileira, o teste decisivo para a sua estréia na par-tida contra o Madureira, domingo, pois o jogador au-mentará a velocidade de seus piques para forçar aomáximo o músculo.da coxa esquerda e ver se nãosente mais o estiramento.

O Sr. Adilson Barbosa, diretor do Guarani, deCampinas, esteve na Gávea para receber a prestaçãotíe Cr§ 10 milhões pela venda dos passes de Bericoe Amauri, e voltou a insistir no empréstimo de Fo-guete. O Sr. Fadei Fadei, presidente do Flamengo,disse que Foguete não será emprestado e nem ven-dido porque o clube rubro-negro precisa dele.ALMOÇARÃO ANTES

alta e que o clube só pode pa-gar Cr$ 1 200 mil de luvas eordenados de Cr$ 200 mil. Joeltambém conversou e nada acer-tou, mas segundo o dirigentevascaíno, com êste tudo estaráacertado hoje pela • manhã.Joel, que quer se transferir pa-ra o México, pais de sua mu-lher, pediu Cr$ 1 mtlháo de lu-vas e Cr$ 135 mil mensais parajogar até o final do campéo-nato, ou, então, Cr$"3 milhõesde luvas e Cr$ 250 mensais, por16 meses. Alencar apareceu namanhã de ontem, em São Ja-riuárlo. mas nfio acertou nadacom o Vasco.NIVALDO E ZICO

O ponta-esquerda Nivaldo, doAmérica de Recife, foi ontempela manhã, em São Januário,íêz exames médicos com o Dr.Joriú Marcozzi e hoje de ma-nha, treinará cm conjunto. Ho-je ã tarde, o Sr. Antônio Soa-res Calçada conversará com oPresidente do América e ten-táíá, contratar o jogador, porCr$ 7 milhões. Quanto ao ata-cante Zico, não houve ontemqualquer entendimento entre oVasco e a Portuguesa Santista.

Os Jogadores da seleçãoolímpica brasileira chegarão àOávea às llh30m para almoça-fem no restaurante do Fia-mengo. Depois, ficarão aguar-dando o começo do treino, mar-cado para as 15 horas e 30 mi-nutos.

. A seleção "B" treinará con-tra o quadro dos reservas' du-rante 40 minutos e, a seguir, aseleção "A" enfrentará o qua-dro titular também durante 40minutos. ¦ Neste treino é queBerico testará, com movimen-tos mais puxados —: como sedisputasse uma partida normal— as suas possibilidades parapoder estrear' domingo.

Ontem, houve tim- treino in-divldual de ,30 minutos, noqual o preparador físico EitelSeixas poupou uni pouco os jo-gadores para qüé 'pudessemtreinar em conjunto hoje commais disposição. Murilo; é Fo-guete foram os únicos que nãotreinaram: Murilo em virtudede ter sido dispensado pelo De-partamento Médico e' Fogueteporque conseguiu.permissão,doDepartamento de Futebol para.faltar. Nèlslhho treinou de iria- ,nhã, autorizado pelo tòcnico •Flávio Costa, pois precisava re-iolver durante a tarde uris ne-'góclos particulares '-<adláveis. :

:' Berico voltou á fazer ginasta- 'ça leve c bateu bola. ma"s; em '.movimentos lentos. O jogador¦treinou .*sim por' .-termina-çáo do Dr. Pinkwas Fizsman.

FOGUETE NAO SAIRÁ

Através do seu diretor Adil-son Barbosa, o Guarani voltoua insistir no empréstimo ôiFoguete, mos. nestas coii-ições.nem o jogador quer ir nem o

do Bangu. que já está concen-tradá na Vila Hípica, íará seuindividual, como último movi-mento antes do jogo contra oAmérica. Há, em Bangu, espl-rito muito animado para essapartida, considerada como umaverdadeira encruzilhada para oBangu, pois uma vitória pode-ria realmente colocá-lo em boasituação no campeonato, depoisdc um começo Incerto, sobretu-do se o Fluminense fôr derro-tado pelo Botafogo no domin-go. Acredi,ta-se- que a volta deParada dê nova agressividadeao ataque e, segundo o técnico,a defesa é uma peça bem es-fraturada, com boa segurança,como mostrou contra o Fia-mengo.

O Individual de hoje não serásecreto.

"CARA DE CAVALO"

O Sr. Eurico Solanês expli-cou que o remédio, de nomeRadiol, além da artrose num deseus cavalos, curou outras pes-soas, e, "se bem não fizer, malnão fará", aconselhando porisso o seu uso. Disse que o re-médio é raríssimo no Brasil,tendo-o importado da Inglater-ra. O Sr. Solanês, que não que-ria ter seu nome divulgadopor entender que procuravaapenas "servir o rapaz", escla-receu que o Radiol também épara uso humano.

Quando Garrincha recebeu alata contendo o remédio, ficouencabulado por causa de unsdesenhos de pernas e patas decavalo impressas. Alguém lhemostrou, entretanto, uma insi-crlção em inglês que, traduzida,dizia: "para uso humano". En-tão, ficou radiante e, com aajuda do massagista Aluisio,íêz a primeira aplicação, di-zendo que ia seguir direltinhoa indicação, que manda fazertrês aplicações diárias. NiltonSantos, que estava perto, apro-veitou para dizer, em tom debrincadeira:

Se você fôr ficando comcara de cavalo, pare logo paranão ser preso. .

Garrincha disse que vai to-mar cuidado, esclarecendo:

Se eu relinchar como ca-valo não poderei mais pedirbolas ao Joel.

SOLUÇÃO DA PONTA

O time íêz ontem um indi-vidual e hoje fará o coletivo,ocasião em que o técnico ZouloRabelo resolverá o problema daponta esquerda. Tudo depen-dera das condições do joelho deGarrincha, pois, se não houver

Flamengo concorda. Foguete êde opinião que só.sairia do Riopor um prazo mais longo — oempréstimo seria até o fim docampeonato pnulista — e poruma quantia que realmente"Compensa£se o sacrifício doafastamento da família, danoiva e dos amigos".

O Sr. Fadei Fadei tambémafirmou, ontem à noite, qiie oFlamengo comprou Berico eAmauri para reforçar a equipepara as campanhas do cam-peonato carioca e da, TaçaBrasil e, por isso, não ia em-prestar Foguete, consideradoum elemento indispensável pe-lo técnico Flávio Costa.

— Para comprar o passe deFoguete, o Guarani terá quepagar multo, dinheiro, poisvende. OS'$ eus Jogadores caro— disse ainda o presidente doFlamengo.

; Depois do treino de hoje, co-meçará ã. concentração em SãoConrado. Anianhã, haverá trei-no recreativo, pela manhã.

CÊDquerciirsoparctijuizes

A CBD pedirá o apoio daPIPA para promover, em maioc junho dò ano que vem, noEio, um curso de arbitragem, aser ministrado . pelo jornalistaespanhol Pedro Scartín, exten-sivo aos juizes-dos demais pai-ses sul-americanos.

O curso visará ¦ a orientaçãodos árbitros brasileiros sôbre adisputa da Copa do Mundo.

Deputados em Niteróidefendem direito deCanto do Rio continuar

Niterói (Sucursal) — Cinco deputados defende-;ram, ontem, na Assembléia Legislativa do Estadodo Rio, o direito de continuar o Canto do Rio dispu-tando o Campeonato Carioca de Futebol, tendo umdeles, o Sr. Dail de Almeida (PDC), afirmado que "oato do Conselho Nacional de Desportos, de elimina-ção do clube niteroiense, foi ilegal e arbitrário".

O deputado disse que a discussão do caso doCanto do Rio, na sessão do Conselho, foi repentina,porque não constava da pauta, como manda a lei.Classificou ainda o presidente do CND de mau des-portista, "porque sabendo que o Canto do, Rio temuma sede e onde ela fica, mandou comunicar a de-cisão através de um telegrama endereçado à Admi-nistração do Estádio Caio Martins",VAI RECORRER

As discussões em tomo doproblema Canto do Rio gasta-ram uma hora da sessão deontem da Assembléia, com esgalerias lotadas de diligentes etorcedores do clube. O Sr. JoãoLeiros, diretor do Canto do Rio,que assistia aos debates, disseao JORNAL DO BRASIL, que"se receber um ofício do CND,porque do telegrama não to-momos conhecimento, recorre-remos à Justiça da decisão".

No Legislativo Estadual de-íenderam a permanência do'Canto do Rio na Federação Ca-rioca os Deputados Daíl de Al-meida. (PDC), C.iüxto CalUIPR), Hamilton Xavier (PSD elíder do Governe), Klífer Neto(PTB) e Beba-tíão tíe Azrím-

Inter dátudo àCBD em 66

O Internazlonalè. de Milão,colocou à. disposição da CBDtódas as suas instalações ' etambém suas equipes, paraquantos treinos forem necessá-rios, a fim de facilitar o pré-pato da seleção brasileira quedisputará a Copa do Mundode 196C.

A comunicação Io_i feita atra-vés do Sr. Mendonça Falcão,Presidente da FPF, a quem ositalianos se dirigiram, e suge-re, também, a realização deum jógo-trelno com o selecio-nado que excursionará.

sinais de derrame, êle poderájogar. Nesse caso, Zoulo faráum apelo a Quarentinha paraque jogue na ponta esquerda.Mas, *se Garrincha não jogar,quem entrará nessa posição se- ,rá mesmo Arlindo, uma vez quenão há outro jogador disponívelpara o lugar.

Quarentinha — disse Zou-lo — é a melhor pessoa indi-cada para jogar na ponta es-querda dentro do Botafogo. Suapassada é larga, seu pique mui-to bom, domina bem a bola echuta como ninguém. Tem tu-do para se sair bem. Mas, eunão posso escalar um homemque não está preparado pslco-logicamente. Desconfiei desde oinício que êle nada tinha nojoelho quando pediu para sairno treino contra os amadores,mas sim estava era aborrecidopor ter trocado de posição. ¦•'

Embora ache Arlindo umbom jogador, o técnico prefere'Quarentlna no time. Por outrolado, Didi vai ser mantido naatual posição, ficando o meiocampo com Élton e Gérsonmesmo. Zoulo disse que o Bo-tafogo é um time um tantoacomodado.

Com exceção dos zagueiros,que por força do andamentoda partida não podem se aco-modar, os demais estão sempretranqüilos, menos Elton e Jair-zinho, que são lutadores. El-ton é um dinamo. É marcadopelos torcedores pelos passesque erra, mag na verdade éèle o jogador que mais vezespega na bola. Vou mantê-lo.

Rildo. fará um teste de cam-po hoje e se não puder jogarJailton entrará em seu lugar,ficando Paulistinha de zaguéi-ro central, saindo Zé Carlosdefinitivamente.

Feola fêz preleção ei ímandou seleção jogarcom os pontas abertos

O técnico Vicente Feolâ fêz, ontem de tarde,Uma longa preleção aos jogadores olímpicos, Insto-riando os jogos da seleção desde Colatina até o úl-timo treino contra o Botafogo, contou fatos relativosà Copa do Mundo e, por fim, deu instruções de or-dem tática, exemplificando num quadro-ríegro comoquer que o time jogue, usando os pontas abertos.

Após a preleção, houve 30 minutos de individualseguido de recreação, tudo no ginásio da Escola deEducação Física do Exército, para que a chuva e ovento frio não prejudicassem o estado físico dos jo-gadores, gripando-os. Na tarde de hoje, a seleção de£,madores treinará na Gávea, fazendo conjunto con-tra o Flamengo.

buja Ribeiro (PSB). Contra asua permanência falaram osDeputados Jorge Davi (UDN) eNícanor Campanário (PL).

O Deputado Callxto Calil, quejá foi Presidente e atleta doclube, diae que "cemo funda-dor dst Federação Carioca deFutebol (exibiu a ata de íun-dação da PCF) éle não podeeer desligado assim, como umcão danado".

OLARIA SCC0RR3

Segundo o Deputado Scbas-tiüo de'Azambuja Ribeiro; oOlaria já se prontificou a aju-dar o Canto do Rio, emprés-tando-lhe o seu campo, paraque èle, alugando uma pequenasede no Rio, pessa desvincular-sa de Niterói, já qué para de-crétar seu desligamento a par-tir.de 1965 o CND alegou que"a medida se impunha, porquejá existem campeonatos de fu-tebol profissional em diversascidades fluminenses, inclusivena Capital",

A transferência do Canto doRio para o Rio' de Janeiro dl-vide; no entanto, os seus sócios,porque; o clube está cbnstruin-do uma nova sede na Rua Vis-còndèdo Rio Branco e já temempatado na obra um capitalde CrS 200 milhões.

Durante os debates na As-.embléia Legislativa o Depu-tado Nicanor Campanário su-geriu a substituição do Cantodo Rio pelo Fonseca, no Cam-pecnato Carioca, alegando quoêste clube, duas vezes campeãofluminense e várias vezes cam-peão niteroiense, terá maioresoportunidades de brilhar, por-que o comércio de Niterói jásí prontilicou a ajudá-lo.

CONVERSA AMISTOSA

Vicente Feola fêz uma pre-leçâo aos jogadores olímpicosfalando-lhes cm amistoso tomde conversa, contando-lhes ca-sos da Copa do Mundo e con-seguindo assini fugir _ mono-tonia. Analisou os jogos da se-leçâo de amadores desde apartida de Colatina até o úl-timo treino contra o Botafogo,explicou a forma de atuar dosJogadores, aproveitando as suascaracterísticas, além de dizero que queria de cada um.

Aproveitando um quadro-ne-gro, o técnico desenhou esque-mas e exemplificou jogadas,ilustrando assim r sua prele-ção, que foi ouvida atentamen-te pelas jogadores. Dentro dasrecomendações de ordem táti-ca e das críticas feitas ao ata-que, Vicente Feola destacou oprejuízo que acarreta para otime a insistência dos pontasem fecharem sempre sôbre. ogol, formando um funil. Disseentão que eles teriam que for-çar as jogadas pelas lateraispara dar mais estmeo às pene-trações pelo centro.

INDIVIDUAL RITMADOAo final da preleção, o téc-

nico passou os jogadores paraa direção de Rudolf Herman-r.y, que deu 30 minutos de in-dividual, bem aproveitado portodos, pois os exercícios foramfetos sob o ritmo de palmas, oque cadencíou os movimentos.

Por precaução, para não gri-par os jogadores, Rudolf Her-manny deu o treino no giná-sio, fugindo & chuva e ao ven-to. Depois do individual hou-ve a parte recreativa, com ai-guns Jogas.

Zé Luis foi poupado por tertreinado 90 minutos de con-junto na véspera, mas assistiuà preleção. Roberto não seapresentou Já que estava llbe-rado para tratar de assuntosparticulares, mas tanto êle co-mo Zé Luís treinarão, hoje detarde, na Gávea-.

TREINO COM FLAO programa de hoje ê um

treino, à tarde, dos titularescontra o time principal do Fia-mengo e dos reservas contra osaspirantes, na Gávea, para on-de os olímpicos irão cedo eonde almoçarão.

O horário previsto para oinicio do treino é às 15h 15m,

faltando ser acertado quemtreinará primeiro, se os- titu-lares ou os reservas, o que sbdecidirá numa conversa de Vi-cente Feola com Flávio Costa,durante o almoço. ,.:

Vicente Feola pretende, man-ter a equipe titular que enfren-tou 6 Botafogo, no treino -dequarta-feira, sendo, conseqUen-temente, a escalação 'assim:Florisvaldo, Mura, Zé Luís,Valdez e Advaldo; Íris e Ivo;Roberto, Zé Roberto, Aladim eCaraveti. A seleção \ reservaainda não teve a sua-escala-ção definida e o Dr. .HiltonGosling ainda íará uma revi-sâo médica hoje para' ver. seDimas poderá treinar. O juizdo treino será o Sr.. Eunápiode Queirós.

ARGENTINOS INSTRUÍDOS

A AFA telegrafou à CBD co-municando que instruiu os di-rifrentes que acompanharão adelegação de seus olímpicosque se exibirão no Brasil paraque eles possam discutir as.ba-ses do segundo jôgb entreamadores dos dois países, cmBuenos Aires.

A primeira partida entre asduas seleções será de portõesabertos, dia 7, no Maracanã,mas o segundo jogo dependedas conversações, pòls a CBDquer uma compensação finan-ceira para mandar seus joga-dores à Argentina.

Maria Estevetenta biem .,,Forest Hills '

Nova Iorque (USIS-JB. ,—Começaram ontem as' elimina-tórias do torneio de ForestHills nas quais Maria EsterBueno tentará conservar seutítulo norte-americano, emboraa presença no torneio dos me-jhores tenistas europeus e doHemisfério Ocidental tornemais difícil o trabalho em quetevá de empenhar-se a tenistabrasileira, vencedora do cam-peonato de 1903.

Estão inscritos 3õ6 tenistas,representando trinta e sete pai-¦ ses e proporcionando númerorecorde de jogadores na histó-ria desse campeonato.

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JORNAL

DO BRASIL2 ;. ¦^•... Sexta-feira, 4 do setembro de 1961

Museu

gastacera

com

mau

defunto

Nesta semana, quan-do o inundo inteirorememora o inícioda II Guerra e os hor-rores que logo se se-

guiram, Hitler, siuis-tra figura central detodo o desastre, in-

gressou no Museu deCera de Londres.

Carregado pelos fun-dilhos, o boneco doditador deu entradana Sala dos Horrores,sem cabeça e com asmãos decepadas.

Somente no lugar

que lhe competia, en-tre outros monstros,teve a diabólica cabe-

ça colocada, e as mãos

que assinaram tantasordens de morteforam fixadas aos

pulsos.

Já pronto, o Hitlerde cera ficará atrásdas grades, de ondenunca deveria ter saí-do, olhando os visi-tantos com seus olhosde vidro.

IV

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LITERATURALAGO BURNETT

t/ma <__* muitos e surpreendentes ilustraçõesde Poti para o livro de Campos de Carvalho

O DILEMA BÚLGAROA existência, ou não, da Bulgária

é o tema apaixonante desenvolvido porCampos de Carvalho no seu deliciosoO Púcaro Búlgaro, um volume de me-nos de 100 páginas editado pela Ci-Vllização Brasileira em sua Coleção OHomem que RI e no qual o estilista deA Chuva Imóvel e Vaca de Nariz Sutil,ao mesmo tempo em que aprimora atécnica narrativa, consolida a sua po-sição da humorista de alto nivel, fa-zendo-nos oscilar entre o real e o ima-ginário, o lógico e x> absurdo, a partirdo momento em que levanta uma dú-vida que atinge indistintamente a Hls-tória, a Geografia, o bom-senso, o tem-po e o espaço.

Apesar de sua aparente simplici-dade (para os que encontram sempresoluções singelas e esquemáticas) oproblema se reveste de muita comple-xidade, tais são as sutilezas de que oreveste o raciocínio do humorista, paraquem não Interessa apenas checar aexistência dos búlgaros^ mas dos púca-ros búlgaros. A convicção de que hápúcaros búlgaros toma óbvia a exis-tência de búlgaros, mas o fato deexistirem búlgaros não conduz, fatal-mente, à dedução de que há púcarosbúlgaros. E muito menos a Bulgária,que pode ser apenas um estado de es-pirito, como é o caso do Professor Ra-damés Stepanovicinsky, natural deQuixeramobim, no Ceará, e o primei-ro voluntário à I Exposição à Bulgária.

Shangrilá, Cingapura, Pasárgada,a Bulgária de Campos de Carvalhonão é com certeza um país de apenas110 828 km2, com uma população depouco mais de oito milhões de habi-tantes, limitada ao Norte com a Ro-mênia, a Este com o Mar Negro, aoSul com a Turquia e a Grécia, e a Oes-te com a Iugoslávia. Essa Bulgária,donde emana a suspeita da existênciade um_ poderoso artezanato de púca-ros, não tem limitações geográficasnem demográficas, porque ela, emtoda a acepção do vocábulo que a re-presenta no mundo tangível, existe defato na fronteira do onírico com oreal.

Muitos leitores talvez torçam o na-riz a literatura de Campos de Carva-lho, induzidos por um falso puritanis-mo com o qual só têm a perder. Issoe natural, sempre ocorre aos que bus-cam afastar-se dos padrões ortodoxospara criar alguma coisa íora das fór-mulas gastas. Isso acontece semprecom _quem programa uma viagem aBulgária, quando o bom senso turísti-co secular só recomenda visitas àFrança, à Itália ou aos Estados Uni-dos.

* • «• E já que estamos falando de búlga-ros, a Legação da República Popularda Bulgária por intermédio do seuAdido de Imprensa, Sr. Boyan Mihay-'lov, receberá um grupo de jornalistaspara. um coquetel hoje, às 15h, na RuaPaulino Fernandes, 82, em Botafogo.

• O ensaísta alemão Harald Weil-rick, da Universidade de Kiel, pro-nunciará uma conferência hoje noPEN Clube, sob o título de Melancolia ePoesia, um estudo inspirado no Ham-let, em Dom Quixote e na obra deTorquato de Tasso.

• • •o No Museu de Arte Moderna, às17h 30m, o escritor português JoelSerrão falará sóbre A Vivência do Té-dio na Poesia de Fernando Pessoa.

Os admiradores do poeta AugustoFrederico Schmidt poderão identifica-lo sem dificuldade na obra do prosa-dor, cujas páginas selecionadas aca-bam de ser lançadas pela Editora Le-trás e Artes sob o título de Antologiade Prosa. Além de um fragmento doseu Galo Branco, Schmidt comparecenesse livro com numerosas crônicaspublicadas em jornal, ao sabor dastransformações que o mundo vem pas-sando, em tantos anos de atividade in-telectual, e que se refletem no contex-to de sua literatura. Nó prosadorcomo no poeta — não é demais repe-tir — a tônica é a poesia.

• ¦• »

A figura de São Francisco, de As-sis é o tema principal do novo livro deHilário Cintra, A Inspiração Francis-cana, editado pela Gráfica Olímpica,com prefácio de Agripino Grieco. Crô-nicas sobre outros temas compõem ovolume, que é entremeado de curiosi-dades — pequenos tópicos sobre es-cri tores, efemérides, vida literária etc.

«.*.',•De Maceió, Gulomar Alcides de

Castro envia-me seu São Miguel áosCampos, livro de crônicas publicadopelo Serviço de Divulgação do Depar-tamento Estadual de Cultura, na sérieEstudos Alagoanos. Nessa obra, deinequívoca importância histórica, aautora faz um levantamento sobre asorigens do Município, destacando osseus vultos mais ilustres, num relatoem que o tom pessoal não prejudicaas informações e os dados paciente-mente colhidos para realização daobra.

¦ •

¦»

•

Temas Literários e Juízos Críticosé o título do livro do crítico mineiroFábio Lucas (Edições Tendência, deBelo Horizonte) e no qual são analisa-dos vários poetas, como Carlos Drum-mond de Andrade, Henriqueta Lisboae Emílio Moura, o romance de JorgeAmado e Fernando Sabino, além de es-tudos sobre o Classicismo, Romantismoetc. '

• A escritora Chang Sing estará au-tograíando hoje, às 21h, na LivrariaEldorado, em Copacabana, seu livroNefertiti e os Mistérios Sagrados doEgito, um lançamento da Editora Ro-demar.

MÚSICARENZO MASSARANI NOTASO Diário de Noticias do dia 28 infor-

S-^vJ^JS OK' com ofício 1«e tomou2. ú .£ 584, P'rBuntou ao Ministério doTrabalho o seguinte: I.?) se a fiscaliza-Çao do trabalho de músico, isto é, a veri-íicaçao de contrato, anotação de cartel-ra profissional ou nota declaratória e de-mais imposições da Lei, está afeta exelu-slvamente ao Ministério do Trabalho;2.°) se a fiscalização e autuação da Ordemdos Músicos constitui invasão das atribui-ções especificas deste Ministério. O Minis-tcrlo respondeu às duas perguntas, que simSó o Ministério pode fiscalizar contratosde trabalho, multar, fazer exigências etc.« a interferência da Ordem é uma invasãonas atribuições específicas da Divisão dodito Ministério. O despacho conclui-Acresce notar que & Lei 3887 (a que crioua Ordem) não foi, até agora, regulamen-tada e enquanto tal não se der, definindoa competência da imposição das multas dis-cipllnares, no âmbito privativo da OMB,nenhum auto poderá ser lavrado pelos'agentes dessa instituição."

O Sr. Nelson de Almeida Filho me es-creve: "Fala-se outra vez na mudança daRadio Ministério da Educação para Brasi-Ua. Considero sem mais que isso será umcrime contra a educação e a cultura danossa gente. A Rádio MEC é a única querealmente honra a radiofonia nacional, etem sido utilizada sempre (exceção do úl-timo Governo) para fins realmente edu-cativos. A RADIO JORNAL DO BRASIL,ligada ao jornal onde o senhor tem suacoluna, assim como a Globo, sâo estaçõesde ótimo padrão radiofônico, porém liga-

das ao problema da propaganda; náo pd-dem ter os mesmos fins. da MEC. Em Bra-silia existem duas ou três estações de rádiocompletamente inúteis, que po^em muitobem atender às necessidades do Congressopara «transmissão dos debates, que mui-tas vezes nao são nada educativos, nempoliticamente falando. Sua palavra noJORNAL DO BRASIL será de grande au-xilio para o debate do caso. Plagiando Ro-quete Pinto: pela cultura da nossa gentee pelo progresso do Brasil."

No artigo Os Tristes Destinos da PRA-2em 29 de julho p.p.. preocupei-me ~ pri-mel* na Imprensa carioca — com este gra-ve problema. Fiz algo mais: entrevistei opróprio Professor Eremildo Viana, Diretorda Dlvis&o Rádio Difusão Educativa e pu-bliquel suas importantes palaVras. Agorao procurei novamente, esperando obterqualquer novidade: mas infelizmente (oumelhor, felizmente?) ainda nada de nòvo'O Prof. Eremildo Viana, porém, me remeteo texto do recurso interposto pelo Dr. Joãodc Oliveira Filho, advogado dos herdeirosde Roquete Pinto, recurso que procurareiresumir nos próximos dias.NOTICIÁRIO — Amanhã, às 21 horasOrquestra de Câmara de Berlim; no pro-grama, Haendel, Weber, Voss e Mozart.Domingo, recital da suprauo MontserratCaballé. com programa a ser oportuna-mente divulgado. -— O Duo Guerra Vi-cente-Moura Castro realizou uma vitoriosatournce na America do Sul. Din is,concerto OSB regendo Ivo Cruz Filho,'com o Concerto n." 1, de Vila-Lôbos.

PASSARELAGILDA CHATAIGNIER

MULHER É SEMPRE NOTICIAMinette Prévert, a fi-

lha de Jacques Prévert,que lança modas paraela e suas amigas, adap-tou-se completamenteaos idos de 30. Suas cri-ações são engraçadas,destacando-se as calçasde boca larga, os pale-tós masculinos com en-chimentos nos ombros,os plissados flutuantes

Ingredientes: 6 claras, 10colheres de açúcar, 2 ma-çãs.

Ingredientes para o cre-me: 2 copos de leite, 6 ge-mas, 1 colher de sobreme-sa rasa de maisena, bau-nilha e açúcar a gosto.

Modo de fazer: Bata asclaras em ponto de suspi-

•e as mangas japonesas.Seus croquis percorremParis de ponta a pontae seus modelos podemser adquiridos em umasérie de boutiques, en-tre as quais destacam-se as conhecidíssimasLaura e Franck. Ocurioso é que a própriaMinette usa essas rou-pas, além de pentear-se

e pintar-se à la mode.Nos desenhos, as bos-

sas de Minette, que co- *meçam a s e r imitadaspelas elegantes do Rioe de São Paulo:

?manto em lã casta-nha, com cortes, go-la e botões redondos.vestido em jérseiameixa, com plissa-

dos nas mangas ena saia.tailleur em escocêsmarrom, com cortesredondos e saia éva-sée.camisa pólo em. ve-ludo listrado ferru-gem e bege, comcalça larga em cote-lê ferrugem.

ESPUMA DE MAÇA

ro e vá Juntando o açúcaraos poucos. Adicione asmaçãs raspadas com umacolher, misture muito beme despeje em fôrma comcanudo no centro, prévia-mente caramelada. Asseem banho-maria, com aporta do forno um pouqul-

nho aberta para não mur-char. Depois de assado eainda morno, deseníormenum prato.

O creme: Misture o leitecom as gemas e a maise-na e passe por peneira fina.Junte açúcar a gosto e leveao fogo brando mexendo

ZUNZUNZUMTeresa Santa Helena

vai abrir brevemente emCopacabana a BoutiqueTeresa. A propósito: elalançará no verão argo-Ias coloridas e brincosde fustão em forma demargarida.

Segunda-feira vaiacontecer na Dinamar-ca, o Baile das Prince-sas, festa de despedidada Princesa Ana Maria,que se casa no dia 18com o Rei ConstantinoVII. Ana Maria segui-rá depois para Atenaspor via marítima e o seu

rei encantado a rece-berá com flores no cais,de acordo com o proto-colo grego.

Ricardo Suárez Ear-bosa Lima casa-se comCeleste Reis Veluso,amanhã às 12 horas naIgreja de São José daLagoa.

Anik Malvil aprovei-tou suas longas trancaspara uma adaptação doestilo medieval lançadopor Alexandre em mar-ço: deixou-as soltas esalpicou camélinhas nosfios.

Cléia Simões revelou-se cantora de primeira,numa reunião do Clubede Arte, organizada porIara Vitória.

Começará no dia 16, oCurso de Alto Nível pa-ra secretárias, idealiza-do pela Fundação Lown-des. Entre as muitaspalestras que serão da-das, destacam-se as deJosué Montelo, IreneTavares de Sá, Frei Se-condi, Válter Poiares,Socila, GU Brandão eElisabete Arden.

O C a s t e 1 o Country

RUTH MARIAsempre até cozinhar. Per-fume com baunilha, e des-peje na fôrma em que foifeita a espuma de maçãe mexa com uma colher,para que se incorpore àcalda que ficou na fôrma.Deixe esfriar e leve à ge-ladeira. Sirva bem gelado.

Club convida para aa boate-s/ioMJ amanhãàs 23 horas, em sua se-de social em Petrópolis.

Jeanne Moreau ema-greceu bastante com asfilmagens de Mata-Harie descansa agora emsua fazenda na Pro-vence. Jeanne, ao con-trário de outras ar-tistas que são vedetís-simas, deixou-se foto-grafar sem a mínimapintxtra, mesmo para fo-tos coloridas.

CINEMACLÁUDIO MELLO E SOUZA

DON JUAN ERA APRENDIZ* DE QUE?

Êste filme procurou es-truttirar-se e, mais doque isto, viver às custasde Jack Lemmon. Nomefamoso, talento incontes-tável, motivo automáticode riso, Jack Lemmonpassa, no entanto, o filmeinteiro tentando encon-trar no personagem quelhe deram e nas situa-ções que lhe criaram umestímulo qualquer. parao seu talento de histrião.Os resultados não sãomuito bons.

Ao lado de Jack Lem-mon, o rosto mais conhe-cido por causa de umanúncio de sabonete doque por causa do cinema,da jovem e bonitinha Ca-rol Linley. Quem nãocostuma ver televisão, háde lembrar-se dela como

a pretty little girl of yel-low dress, do bem equili-brado O último Pôr doSol, em que ela foi namo-radinha e filha ãe KirkDouglas. E quem costu-ma ver televisão há de as-sustar-se ao ver na telao mesmo rosto cuja be-lesa é'conservada por umsabonete famoso.

Formam ambos, por-tanto, um casal notório.Um casal que, antes desê-lo, realmente, resolvetestar se têm condiçõesde uma vida em comum,debaixo do mesmo tetoe presos pelos chamadoslaços indissolúveis. Masnão testam o que é es-sencial, mas simplesmen-te o que integra a rotinaburocrática ãe uma vidaem comum. Caminhando

por esse atalho, o filmetorna-se cínico, de um çi-nismo involuntário, quepoderia ser melhor apro-veitado se tivesse sidoconsciente. Por que nãopartir logo para um fil-me piquant? Mas há osférreos códigos de moral,as exigências dos costu-mes, e por isso a soluçãofoi mesmo passar porcima das intenções epermanecer na superfíciedas situações e da comi-cidade. A solução foitambém apelar para a co-micidade mecânica, combase na lei segundo aqual dois corpos nãoocupam o mesmo lugarno espaço, e assim pordiante. O filme reveste-se âe uma capa de inge-nuidade que não nos in-

cômoda por atingir ao ci-nismo mas por impedirque o filme chegasse on-de deveria ter chegado.Ê filme que, por erro deorigem, quis ser visto portodos, moços e velhos,mas no qual há cenas deevidente e hipócrita lu-bricidaãe. Seria maishonrado e principalmen-te seria mais cômico seêle se despisse, e aos seusatores, do véu âiáfano dahipocrisia, para buscarnas agruras e nos equívo-cos que certamente nas-ceriam ão fato de um ca-sal resolver testar o casa-mento antes de casar to-do o potencial cômico ãeque êle necessitou parase transformar, então,numa comédia aceitável.

PENADINHO

V/OCE OA'PENSOU?OS ESCRITORESVIVOS LUTAM TAMTO"TANTO. POR ISSO.'.. / f

:(X- ->. /^... MAS ATE-AGORA NAO ^\ ...E papamos Entendo BEM PO^Que \1 E'UWDOM W ^^ ) MESMO, f Qu6 Et-ES LOTAM I/ TORAl! NAO O^ ( TANTO PAf?A SE TORNAREM jJ i

( PRECISAMOS _E- F_A ». IMORTAIS -I ' .

VVANTAr. <jMA mfi I ^—-._ * ^ :

PERGUNTE¦rs1

AOJOÃO

ESQUIZOFRENIAHILÁRIO MOTA E SIL-

VA — Engenho Novo: "Ent.gue consiste, para os*psi-quiatras, a esquizofrenia?"

Os psiquiatras designampor esquizofrenia umadoença mental crônica, queataca sobretudo os indivi- mduos moços e se caracté-riza essencialmente porsintomas afetivos. A esqui-zofrenia corresponde auma fuga do mundo real ed e s a g r àdável, para. um ,mundo de fantasia, regres-sáo a um nível mais in-íantil, distante do ambien-te hostil ao qual o paciep-te é incapaz de ajustar-se.Foram Já descritas quatroformas de esquizofrenia:simples, hebefrênica, cata-tônica e páranóide.

INQUILEVISMOELISABETE MONTEIRO ,BESSA — Ramos: "Em

Biologia, o que é inqüili-nismo?"

No domínio da Biologia,dá-se o nome de inquili-nismo à variedade de asso-ciação em que um ser vivesobre outro sem causar-lhedano, mas sendo com talassociação beneficiado. Hávários casos desta curiosaassociação, encontrada nãosó entre animais (peixesque vivem em holoturídeos, .caranguejos que habitamconchas de moluscos etc),mas até entre as plantas(vegetais epiíitos), comono caso das orquídeas.'

1

SEIXASi

P. GAMA — São Crisjtõ-vão: "Que vêm a ser aspombas-seixas que PeroVaz de Caminha mencionana sua célebre carta?"

Pombas-seixas, no caso,tem o mesmo sentido" depombas-bravas. O vocábuloseixa designa há muitosséculos uma espécie, depombo-bravo do Aléní-Te-jo. O topônimo Seixas (an-tiga freguesia de Caminha,em Viana do Castelo^ ÍPor-tugal), segundo a GrandeEnciclopédia Portuguesa eBrasileira, tomo 28, deveter sido originado da fau-na ornitológica dominanteno local. De seixa, o pom-bo bravo dos rochedos.

IGORNORMA DE ALBÜQUER-

QUE — Engenho âe ben-tro: "O Príncipe Igor, dafamosa ópera, existiu real-mente?"

J.i. ¦¦

ISim, leitora. Igor^11,

Príncipe de Novgorod, mor-reu em 1202, depois dé seperpetuar na memória de 'seus compatriotas. É êle oherói do poema épico-rus-so — Igor — descoberto em1795 e publicado em 1800.Esse poema exerceu gran-de influência sobre a lite-ratura russa, sendo consi- <derado um documento im-portantisssimo sobre a1 Ida-de Média da Rússia,'.tantodo ponto-de-vista históri-co, como do literário e.íin-güistico. A ópera Intitulada *Príncipe Igor, de Boródin,foi estreada em 1890, emSão Petersburgo. . X .

OBESIDADE 'i

CARLOS FIGUEIREDO— Vbatuba: "Como tir a ra barriga ou a incômodaobesidade?"

A chamada barriga,; Sr.Carlos, é possível tirar, se »cumprir uma série deptes-crições, a saber: l.o. Glnás-tlca abdominal diàríamen.te; 2.°. Dieta cuidadosa èbem orientada (evitandolíquidos nas refelçõesfbemcomo evitando refeições (coplosas e alimentação quenão favoreça a engorda)3.°. Verificar, medianteconsulta médica,- Be h_.qualquer indicação-.terá-pêutica no setor endócrir -nológico que possa merecerqualquer tratamento; 4.°. •Ê necessário que o paciente,tenha muita persistência,muita força de vontade eaté certo espírito de rénúh-.cia, para conseguir resulta-dos satisfatórios. Quem fi-eer isso deixará dé ser bar-tlgudo, leitor amigo.'' ' "¦_

MJTÓGRAFOS _>'li<Hoje, às 21 horas, na

Av e n i d a Copacabana ^n.° 605-B (Palácio dáCultura), o redator-pr^dutor do Pergunte qo'João estará autografai.?do o livro que tem.* no-me do programa.-

O HOMEM JoséE A FÁBULA oliveira

ASSALTO E

MONOBIQUÍNI

y Não-conheço melhor diversão do quea leitura de jornais franceses. Neles, asnoticias aparecem transfiguradas, redigi-dás com incomparável delicadeza e humor.Leiam estas duas colhidas num único nú-mero ão Paris-Jour:

¦ "A orquestra tocava um tango: oitohomens mascarados surgiram. Umas cempessoas, aproximadamente, jamais esque-cerão o "assalto à moda da Sardenha"ocorrido na noite de 23 de agosto de 1964.Essas pessoas se distraiam no La Fiestàelegante night-club situado num ponto iso-lado, a uns 200 metros da grande estradaque serpenteia entre colinas, numa esta-çao balneária da Sardenha. A orquestratocava as primeiras notas de um langorosotango. Os dançarinos já se movimentavamsob a luz discreta. Eram 20h 15m. Súbita-mente, das sombras, oito homens, masca-rados e armados de fuzis e metralhadorassurgiram das sombras: "Se.vocês ficaremquietos, não lhes faremos mal. Deitem-seno chão." Os vinte clientes consideraram

que as armas apontadas em sua direçãoeram argumentos bastante convincentes-obedeceram. O dono da boate tentou inter-vir: "Se isto é uma brincadeira. .."A vio-lenta pancada de uma coronha no alto docrânio, o fêz compreender claramente quenao estava lidando com gozadores. En-quanto dois dos bandidos impunham res-peito aos presentes, três outros os despoja-vam do dinheiro que acaso trouxessem Masos,bandidos eram oito: o lucro foi peque-no. Três deles, então, decidiram transfor-mar-se em mestres de cerimônia. Pas-saram a. receber com gentileza e bono-mia-ps novos clientes da boate, que eramencaminhados para a pista de dança. Ládentro, os outros bandidos recomeçavam afrutuosa coleta. O assalto foi organizadocom tal perfeição que o drama não foi pres-sertão pelo lado de fora: três carros ãapolicia, que patrulhavam a estrada, nãodesconfiaram ãe nada. Durante três horasos oito assaltantes puderam saquear de se-tenta a cem casais, entre os quais se con-tava um par de recém-casados britânicosemjiagem de núpcias. Assim, foram re-colhidos sete milhões de liras. Antes departir, os bandidos tomaram alguns tra-gos,e aquele que parecia ser o chefe áobando declarou, com voz suave: "Ponham

esta despesa na conta do patrão.» Depoistodos partiram tranqüilamente." '

r,»*i't ?U!her de mon°Wquíni não tinhanada a declarar. Em Estrasburgo, quandoo luxuoso conversível azul se aproximouda barreira do posto alfandegário francêsdejissemburgo, dois fiscais, julgando ser™CeTrÍ, apems faser ° oontrôle rotinei-ro,,abandonaram suas cadeiras, saíram doposto e se dirigiram ao veiculo. A três me-tros dele porém, pararam bruscamente.Houve entre os áois um instante de silên-cw,ruma rápida troca de olhares. O carroera áo último tipo, baixo, com linhas arrojadas as poltronas forrada,? com comotSftV ° mpaS que estava ao Plantetmha todo o aspecto de um jovem milioná-no elegante e viril. Mas, para falar a ver-dade nao era isso o que chamava a atençãofnLíJa^\P0rque no surtuoso veiculo, aolado ão belo rapaz, estava uma jovem se-nhoracyo braço roliço e. dourado se apoia-lfj.e^temente na porta, cujos luxu-riantes cabelos ruivos estavam protegidospor um lenço de seda, çujos.olhos, que de-Z2SsXeSplênãÍdOS> sorriam <*** dosooulosde lentes panorâmicas escuras. Mas,eZLPam faUir a verdade> também nãonár£?n qUB pre?eupam os dois íuncio-nanps, O que verdadeiramente os apaixo-Tstmlait

* 6Star ° hela passa9eiravestida na ultima moda. E mesmo os ho-mens que nao seguem muito de perto as in-vwoesque os costureiros lançaiZ ZZí^«

sent»ào uma súbita vocaçãode fiscais, quando souberem que a finadama trajava tão-somente um monomqSi•~o pnmeiro a passar por uma barreira!ZT^e^ntemente'constituia um deli-cadopYoblema de conduta. Mas os fiscais£_.«_?.- T

Sã° os »<* Salanles domunâo, tao logo se livraram da emoção li-^aram-se

a erguer a barreira ™dei£r ¦

pássaro veiculo, momento em que fizeramolho^'

E' C°bert0S de mllanLlia^Tsdeco^Z

SegUÍ?m mais tempo d0 iuenumt^L°~

™tomóvel We desapareciaZf^T°

de P°eira- tretanto, nos^baJiZ -"Tf t0mar ouiãado.. cmtra-me2lVndelrd0S' abusando #- senti-E_W

' funcionári°s, Poderiam per-SI«?«f o seu oficio criminoso,SSS._f*"«»

OLHA' QUECOISA

MAIS LINDA

Jomai do Brasil, Sexta-Fclra, 4-0-64, Cad. B — 3

... - ^x^^xwmf^j,r--?'^ _«-.

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H|g& ¦ Hl !__________! ¦¦¦¦ [1^____i ____f^H B|^^jfl ^v^h ^^r^JB ___P_PC

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em Liverpop -, de manhã atende "Si

SeZZ UiTLZ ^/-"C""-°" De»artm™<>

voa para o e,erior como aeromoça, tendo «g^^S^

ALGUMASINGLESAS

FERNANDOSABINO .

PARA ENCERRAR O ASSUNTOLondres (Via Panair)

ATÉ para os ingleses o as-sunto já perdeu a graça — se éque algum dia chegou a ter. Masvale dar a última noticia sóbreo desfecho que veio a ter, pois fir-mou-se jurisprudência e agora aquestão passa a ser mesmo resol-vida em juízo.

Dois casos foram julgados aomesmo tempo. O primeiro foi deuma senhora chamada DianaGorton, de 27 anos — senhora,porque casada — e que cometeuo crime na presença ão marido.

Mas uma senhora não faz oque ela fêz, o juiz decidiu: deter-se na ponte de Westminster,junto a um ponto de ônibus, nahora mais movimentada do dia,remover dos ombos a écharpe erevelar um vestido sem a partesuperior dianteira. Isso agora écrime, e do bom. Um fotógrafo ãerua, Leonard Winter; em vez detirar uma fotografia, não gostouão que viu, foi correndo chamara polícia.

~ O modelo do vestido dei-xava o busto completamente àvista do numeroso público — de-pôs êle mais tarde em juízo:

Um espetáculo extrema-mente desagradável.

O promotor perguntou àeloqüente testemunha se algumaves na vida vira coisa seme-lhante.

Sim. Já vi: minha mulher.Foi a resposta, que interrom-peu o julgamento numa explosãode gargalhadas.

Isso foi em casa — tornouo promotor, aborrecido: — Estoudizendo num lugar público, comoa ponte de Westiminster: queefeito aquilo lhe causou?

Nenhum. Tenho setentaanos de idade.

Mais gargalhadas, o julga-mento a essa altura ameaçavatornar-se mais inconveniente-queo procedimento da acusada.

—tNão quis provocar emba-raço — áeclarou ela: — Nem sa-bia que pudesse existir lei contraisso. o vestido era uma criaçãooriginai minha e ãe meu marido.Pode ser tudo, menos desagrada-vel, como disse aquele ali. Já queestá na moda, alguém tem áeusar, não é isso mesmo?

O Juiz, toáavia, depois depedir uma descrição pormenori-zada do vestido, decidiu que dalipor diante aquilo seria crime —até que uma instância superiordecidisse de outra maneira. E,senão o primeiro a ser julgado,impôs pena branda: um ano deliberdade condicional.

— Houve quem visse o quepode não ter querido ver, que nãodevia ser visto, que ofendia aquem visse — encerrou êle.

O segundo caso foi mais sim-pies: duas irmãs, ambas cantorasde cabaré, saltaram do carro eentraram num cinema de Picca-âilly, em noite ãe estréia, usandovestido topless. Segundo o depoi-mento em juízo, houve "comovi-do silêncio" na sala de espera, se-guião de "manifestações de ine-quívoca perturbação, como cochi-chos e sorrisos".

—- Não pretendo ditar moda— afirmou o juiz: — Mas creioque hoje em dia ainda há umconsiderável número de pessoasnormais que se sente justamentechocada ao ver semelhante coisa.

As moças declararam quepouca gente prestou maior aten-ção no que via, a não ser os guar-das, ao serem detidas — e estesabsolutamente não pareciamchocados. Foi inútil: inabalável,o juiz conãenou-as como a outra.

Fica, pois, encerrado o as-sunto: estará praticando crime,pelo menos neste país, quem da-qui por diante achar que bustofoi feito para inglês ver.

RIODE

GRAÇA

/^^ -jÍ^ IIM-I t^: /J /cJ#V Jír/_ÁM7 Xo máximo c^W

Desenho de Ziraldo

TRIVIALVARIADO

RUBEMBRAGA

O lento castigo

O Governo recebe com amaior indiferença as denúnciasde torturas praticadas por auto-ridades militares e civis. Nãodesmente porque não pode des-mentir. Mas não liga.

Torturar presos é um crimerepugnante pela covardia, peloultraje à pessoa humana. Não in-teressa saber se o torturador émovido por simples sadismo oupor um ideal exaltado. Nenhumfim justifica esses meios dema-siado sórdidos. Uma agravantedesse crime é a quase certeza deimpunidade. No tempo da dita-dura do Sr. Getulio Vargas houvetorturas ainda em maior escalado que hoje. Os nomes dos tor-turadores foram publicados; nãosei de nenhum que tenha sofridoqualquer punição. Sei porém —

ó torturadores de hoje -_— dç umcastigo que alguns deles sofre-ram lentamente, implacàvelmen-te: seus filhos, seus netos, seussobrinhos sentiram, através deanos e anos, na escola, na vidasocial, em toda parte, ao declina-rem seus nomes, a repulsa, às vê-zes silenciosa, às vezes em formade perguntas, o mal-estar, a re-pugnância dos outros. Nome decarrasco mancha mais que nomede criminoso. É triste que, des.sa maneira, os inocentes soframpelos culpados. Mas sofrem. Ês-ses oficiais do Exército e da Ma-rinha e essas autoridades policiaisque em vários pontos do País con-tinnam a torturar presos não seiludam: eles estão aplicando tam-bem, a longo prazo, uma torturamoral a suas próprias famílias.

Falta de classe

Mas falemos de c o i s a s maisamenas. Um amigo meu reclamacontra boates que, para fazer pro-paganda de seus espetáculos, fa-zem filmar o show quando a casaestá chctía de fregueses. O clien-te, que está pagando, e caro, ain-da trabalha de comparsa, sem que

ninguém o consulte se êle quer ounão aparecer no jornal nacionalou na televisão. Além disso a luz

* dos projetores perturba ou impôs-sibilita a visão do espetáculo, con-forme o ponto em que está sen-tado o freguês. Uma casa de cias-se não pode fazer isso.

O estranho Brasil

O engenheiro Eliézer Batista(que dirigia a Vale do Rio Doce)entusiasmado com a cooperativaagrícola que fundou no EspíritoSanto. Fica a 1 400 metros de ai-titude e se instalou junto a umapequena e antiga colônia de tiro.leses trazidos por Pedro II. Os ti-roleses viviam muito isolados porfalta de estradas, mas a Vitória—Belo Horizonte (estrada do Para-leio 20) ora em construção pôs

o lugar a duas horas de Vitória.Novos colonos tiroleses e suíçoschegaram agora. A produção déaspargos é fabulosa em quantida-de e qualidade, e vai toda para...São Paulo. Cuida-se agora de in-dustrializar polpa de maçã, pêra,framboesa e morango e uma cria-ção magnífica é a de faisões. Nes-te inverno o frio chegou a 6 abai-xo de zero.

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4 — Cad, B, Tornai do BrasU, Sexta-Felra, 4-9-64

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Teresa de Sousa Campo* • Aloísio Muniz Freir*Á Secretaria de Educação

e Cultura do Estado da Gua-nabara vai inaugurar, no dia11, na Praia do Russel, umbusto de Lasar Segall.

Casam-se hoje, às 18 ho-ras, na igreja de Nossa Senho*ra do Carmo, Maria de Lour-des Nunes da Fonseca da Sil-va e Leónidas Isller. O tio donoivo, Sr. Marco Aurélio Isller,ofereceu uma recepção, emsua residência, em homena-gem ao futuro casal. Estive-ram presentes: Sr. e Sr.a Ma-nuel Melo Machado, Sr. e Sr.aDeputado Milton Cabral, Au-gusto Rodrigues, Concessa Co-laço Lacerda, Míriam Pedrosa.

O leilão do espólio do Sr.Arnaldo Guinle e dos Olivei-ra de Castro vem despertan-do muito interesse. Já foi vi-sitado por dois representan-tes de galerias européias, dáInglaterra e da França, e peloSr. Válter Moreira Sales. Apeça mais olhada é um retra-to de Tarcila, feito por Se-gall, além de um "auto-retratode Debret.

Uma grande recepção foia que ofereceu o casal Gilber-to Chateaubriand, reunindoum número enorme de ami-gos em sua residência. Pare-cia o encontro do grand-monde: Sr. e Sr.a DeputadoRenato Archer, EmbaixadorAntônio Azeredo Silveira, Sr.aElba Sette Câmara, Sr. Geor-ge Ruef f, Cônsul em Hambur-go, Sr. e Sr.° Jorge Chama,Sr. e Sr.a Jorge Resende, opintor Marcieux, Sr. e Sr.aGuingo Bocaiúva, as Sr.»»»,.Ana Maria Martins e Teresi-nha Lima (filha do poeta Jor-,ge Lima).

Antes de seguirem paraBelo Horizonte e Brasília oMinistro Roberto Campos e

sua equipe tentaram viajarexatamente em oito aviões,mas aparecia sempre um im-pedlmento na última hora, etudo indicava que o Ministroficaria sem avião, O Gover-nador Magalhães Pinto nãosaía do telefone, querendo sa-ber a hora certa da chegada,a fim de que a mesma con-dissesse com a importânciados visitantes. Com tudo isso,o Ministro do Planejamentoacabou chegando em Minascom duas horas de atraso.Casam-se, amanhã, naIgreja de São Pedro/ Maria"Aurélia D'Amico Fazio e Nél-son Violeta. A família da noi-va vai oferecer recepção nasua residência em Santa Te-resa.

A peça Descalços no Par-que conseguiu quebrar o mitode que peça não permanecemais de um mês em cartaz noTeatro da Maison. Vai entrarno 4.° mês, em pleno cente-nário de suas apresentações,com recordes de bilheteria.O advogado Luís AlbertoMartins, que só se interessapor casos de crime... na li-teratura, está traduzindo parao esperanto o policial brasilei-ro O Mistério dos MMM.O cantor Agostinho dosSantos foi-quase o par cons-tante de Vera Lúcia, MissGuanabara em São Paulo.Agostinho propôs uma grava-ção a duas vozes do Sambaem Prelúdio e Vera prometeupensar.O ator José Vasconcelosencerrou por algum temposuas atividades artísticas.Considera satisfatória a arre-cadação que lhe propiciou OExpresso das Seis e Trinta,que apresentou no Teatro Pa-ramount de São Paulo e as

exibições bem pagas de umasérie de programas para a TV.Quando voltar, espera ficar sóna Guanabara.

O Sr. José Campbell, Dl-retor da Polar, reduziu para4 as suas horas de sono dià-rias. Motivo: lançamento dalinha Futurama, que a emprê-sa terá de lançar este mêsparalelamente àcoberturapublicitária.O Banco Nacional de Ml-nas Gerais, em São Paulo,está financiando carros parajornalistas na base.de um mi-Chão e meio em 15 meses.Basta ser sindicalizado paraobter o financiamento.

O conjunto Os Cariocas,finalmente, conseguiu levarpúblico ao Bacará. Trata-sede um bom espetáculo.O ator Procópio Ferreira,que terá o principal papel napeça Como Vencer na Vidasem Fazer Força, embarcouhoje para os EUA. Vai ver deperto, na Broadway, comovencer na peça.Já tiveram inicio os en-saios de Tem Shakespeare noSamba, que será apresentadono El Bodegón, com GrandeOtelo e Maria Pompeu, alémde Leda Figueiró.Estreou no Top Club a Bo-da de Samba, com Zé Kéti aolado de Ataulfo Alves.Õ empresário De Paula des-ligou-se definitivamente, doNight and Day. Desistiu «deapresentar o show que vinhaensaiando há dois meses.Consta que Nelson Rodrigues,autor do texto, deverá assu-mir a responsabilidade do es-petáculo. Enquanto isso, vol-tou àquela casa, para dirigiros serviços de almoço e jan-tar, o maltre Buri, que já ha-via decidido aposentar-se.

RELIGIÃOMARTINS ALONSO

SÃO PIO X

ARTESHARRY LAUS

DOKUMENTA III

!«;

Dokumenta III é o nomeda grande exposição inter-nacional de arte modernaque está sendo apresenta-da atualmente em Kassel,podendo ser visitada até 5de outubro. Da inaugura-ção até o término decor-rem exatamente cem dias,dal a denominação de Mu-seu dos Cem Dias. Do-kumenta I e II foram rea-lizadas igualmente em Kas-sei nos anos de 1955 e1959, entretanto, o plane-jamento de sua realizaçãode quatro em quatro anosteve, em virtude de renü-vação do conjunto neces-sário à exposição, que sertransferido em um ano.

Fazem parte desta expo-sição aproximadamente1500 obras de mais de 280•artistas de todos os re-cantos do globo, e que emvirtude das gigantescasproporções das esculturase dos quadros tiveram queser divididas em três par-tes distintas: o Frldericla-num de dois andares, re-construído há pouco; aVelha Galeria, um edi-fício classicista do séculoXIX, destruído lgualmen-te na guerra e agora re-construído, e finalmenteas dependências situa-das nas proximidadesda Orangerie, onde estãoexpostas algumas dasmaiores obras plásticas.Comb é natural que acon-teça a uma exposição detal monta, dedicada à ar-te do século XX, todas asdiferentes direções artísti-cas estão aí representa-das: os abstratos e a ar-

te concreta, os expresslo-nistas, surrealistas, tachis-tas (na Dokumenta nconstituíam estes o pontocentral da exposição, mascomo se sabe, os movi-mentos da arte modernatêm uma duração efême-ra), n e o-impressionistas,neodadaístas, neoconstru-tivistas, os informais, os íl-gurativos e finalmente oscinevisuais e os represen-tantes da arte de Pop.Mediante uma tal abun-dância de exemplos da ar-te moderna — também naAlemanha motivo de for-tgs discussões — é naturalque o público esboçasseopiniões as mais diversas.Em julgamento positivoentretanto podemos reuniros seguintes pontos de co-incidência unânime:

1 — Os aproxlmadamen-te 500 desenhos a mão ex-postos foram escolhidos demaneira Muito feliz e, umavez «ias vitrinas bem ilu-minadas da exposição, aocontrário, das diversas ou-trás, oferecem um realcetodo especial da forma —uma seleção de qualidadeidêntica jamais foi apre-sentada antes. Excepcio-nalmente não se limitou à.escolha de desenhos ma-nuais do século XX, estan-do também ai representa-dos os precursores da artemoderna das duas décadasdo século XIX. Desta for-ma não faltaram contri-bulções ávidas como a deCézanne, Van Gogh, Seu-rat, Toulouse-Lautrec, Odi-lon Redon, Matta Vols,Sonderburg eVedova, re-

presentantes e m ln e n tesdesses oito decênios.

— Agora como antesHenry Moore destaca-ssoberanamente no setoidás artes plásticas. Com-aconteceu por ocasião dc.Dokumenta II, estão naexposição atual frente àsruínas da Orangerie as fa-mosas esculturas deste ar-tista. Um dos críticos es-creveu sobre tal aconteci-mento: "Experiência aladaque presta a uma obra tãomadura (como a de umMoore) forças cada vezmaiores." Um interesseigualmente digno de notafoi despertado pelas artesplásticas e estáveis dosamericanos George Rickeye Alexander Calder, bem.como as monumentais fl-guras do escultor bascoIpousteguy. O que seren-de a Moore no setor dasesculturas, aplica-se comigual merecimento para Pl-casso no terreno da pintu-ra. O semanário cultivlstaO Tempo escreve a esserespeito: "Ponto alto paraos visitantes alemães daDokumenta são as novascriações de Picasso Pinto-res e Modelos, Des jejum aoAr Livre e Mulher Sentada.De marcante atualidade,Picasso triunfa na pintura— como Henry Moore naplástica."

— Um grande sucessoalcançou a iniciativa dosdiretores da exposição, in-cümblndo a diversos pinto-res que criassem obras es-peclalmente dedicadas aDokumenta — fato único

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nos anais da conhecida ex-posição. Kassel dedicoupara essas obras um lugarpróprio para lhes prestarum efeito particular. Paratal finalidade foi escolhidoo Frederlclanum que per-mite facilmente a instala»ção das paredes necessâ-rias. Desta forma, oi trêsquadros gigantescos cria-dos por Wilhelm Nay, me-dindo cada um 4x4, íoraminstalados num salão degrandes proporções. N&oíoram colocados na paredemas ho teto, de maneirainclinada, sugerindo nestesalão semelhante a umcorredor, a idéia de pintu-ras no teto. O venezianoEmílio Vedova recebeupara sua contribuição Diá-rio de Berlim, um salão àparte para expor as dlver-sas paredes móveis queutilizou para sua obra, queconstitui uma fúria de cô-res, onde utilizou aparelhosmecânicos de pintura, es-malte a fogo e materialadesivo.

O Frederlclanum contémainda a parte mais revolu-cionária da exposição, de-n o minada Aspectos 1964.Entretanto, a DokumentaIII não está apta a respon-der à pergunta: que dire-ção artística tomará agoraa arte moderna? A arte dePop está igualmente ai re-presentada, conforme fotdito, porém não teve umeco tão grande quanto emsua exposição coeva, a Ble-nal de Veneza. Assim sen-do, encontra-se em Kasselapenas uma obra de Ro-b e r t Rauschemberg, pre-miado em,Veneza. O órgãoartístico O Tempo fêz aesse respeito a seguintealusão: "A arte de Pop émuito limitada e especialpara caracterizar a ten-dência ao profano do novoprofanismo. Ela é antes umtumulto que propriamenteuma revolução artística."(Transcrito do Boletim daRep. Fed. Alemã).

* UMA VIDA DE TRABALHO,HUMILDADE E SANTIF1CAÇÃO

Há um monumento na Ci-dade Eterna onde apareceum anjo de asas abertas fi-xando o çéu e acolhendo nosseus braços duas mulheresque apertam contra o seioalguns òrfãozinhos despidos,tendo esculpida na pedra aInscrição: "Pai e salvadordos órfãos da Calábria e daSlcilia." Ê um prelto de gra-tldão à caridade de Pio Xpor ocasião do terremoto queem 1908 assolou as-duas ci-dades, espalhando a destrui-ç&o, a morte e a miséria. Acaridade marcou realmentea existência do grande pon-tifice que ascendeu & glóriados altares e no dia de hojefigura no calendário lltúrgl-co, ao mesmo tempo em quese celebra o cinqüentenáriode sua morte.

S&o Pio X era filho de ummodesto carteiro e uma cos-turelra, que haviam edifica-do o seu lar em Rlese, Tre-viso, no Norte da Itália. Ocasal tinha nove filhos, dosquais o mais velho era JoséSarte, vocacionado para acarreira eclesiástica. Foi pelam&o do vigário da localida-de, depois de ministrar-lheos primeiros conhecimentosde doutrina e de latim, le-?ado. ao Patriarca de Vene-za, que lhe concedeu matrí-cuia gratuita no seminário,sem lhe passar pelo pensa-mento que naquele momentoestaria encaminhando umfuturo patriarca e um futu-ro sucessor de Sãb Pedro notrono de Roma.

Quando entrou no Semi-nário de Fádua, era tão po-bre que sua mãe teve deaproveitar uma batina usa-da que o vigário cedera aojovem estudante. Tendo re-cebido as ordens sacras aosvinte e três anos, foi-lhe de-slgnada uma paróquia paraas funções de coadjutor, naqual a sua maior atividade,além da espiritual, era pro-curar os camponeses e alfa-betlzá-los. Alguns anos de-pois.o vigário da roça, co-mo êle mesmo se intitulava,seria convocado às honras eresponsabilidades do epis-copado.

Contam os biógrafos o queocorreu naquele momento. Oepisódio vem descrito emrecente trabalho de FreiHugo D. Bagglo, OFM, e re-lata que o Bispo de Trevisochamou à sua presença opadre Sarto, já monsenhorvigário-geral e conduziu-oao oratória "Ajoelhemo-nosaqui — disse o prelado — erezemos um pelo outro." Emseguida, anunciou-lhe a es-colha para Bispo de Mâritua.A noticia foi recebida comlágrimas e somente por obe-diêneia Monsenhor Sartonão recusou a plenitude dosacerdócio.

Tão relevantes foram asobras que realizou, que oPapa Leão XIII, conhecendoo seu trabalho e seu zelo,criou-ò Cardeal da SantaIgreja, e nomeou-o Patriar-ca de Veneza. Era extrema-mente amado por seu povoque o aclamava quando ovia passar. Mas, o Pontíficereinante, Leão Xm, se ex-tlnguia e n&o tardaria a che-gar a convocação para o con-clave que devia eleger o seusucessor. O Cardeal Sartodespede-se dos seus dlocesa-nos, aos quais promete: "vi-vo ou morto,, voltarei".

Onze dias após à mortedo Soberano Pontífice, co-meçaram os escrutínios. Noprimeiro, o Cardeal Sartorecebeu cinco votos, no se-gundo dez sufrágios. Não es-tava preocupado. Mas, noterceiro dia, seus votos atln-giam a vinte e quatro, en-quanto eram dados trinta aoCardeal Rampolla. Conta-seque o Patriarca de Venezasentiu pavor e apelou paraos colesas: "por caridade, es-quecei-vos de mim".

Sua humildade aumentouainda mais o desejo dos car-deals, diz o biógrafo, íoramencontrá-lo nos seus apo-aentos desfeito em lágrimas,pedindo que o esquecessem,que lhe fosse possível re-núnciar ao cardlnalato e fa-zer-se capuchinho. Quandoteve de responder à Interpe-lação sobre se aceitava aeleição, disse humildemente:"Que este cálice se afaste demim. Mas, se não fôr possi-vel, seja feita a vontade doSenhor." E como houvessedúvida na resposta, repeti-ram a pergunta. "Aceito-ocomo uma cruz", íoram asauas palavras.

A 9 de agosto de 1903, PioX, assumia a cadeira de SãoPedro Iniciando o seu árduopontificado que devia durarquase exatamente onze anos,pois em agosto de 1914,com a eclosão da Ia Guer-ra Mundial, era o Pontíficechamado à glória da éter-nidade e não tardaria que omundo visse proclamada aheroicldade de suas virtudese julgasse a Igreja o momen-to de incluir o seu nome nocatálogo dos santos.

Uma vida de trabalhomarcou a existência do San-

to Pio X, desde a infância,quando tinha de ajudar nosserviços de lavoura e nascolheitas, mais tarde comosacerdote zeloso dos seus de-veres paroquiais e, quandolhe sobrava algum tempo,dedlcava-o a construir reló-glos solares, entre estes oque se encontra na igrejade Fontaniva," com esta lns-crlç&o aposta pela munici-palldade: este relógio solaré obra do Rev. Pe. JoséSarto, capelão de Tombolo,1868, e agora Fio X, 1903.Durante o seu pontificadorealizou a codiílcaç&o doDireito Canônlco, cujo Códigoestá sendo revisto pelo Con-clllo Ecumênico, reformou oBrevlárlo e consagrou-se in-tensamente ao apostoladodas missões. Legislou sóbrea Liturgia e a música sacrae preocupou-se com grandezelo pelo Incremento da AçãoCatólica, cujos fundamen-tos e normas de atividadeconsubstanciou na encíclicáII fermo propósito.

Deve-se a Pio X a deci-s&o de permitir a comunhãoâs crianças de sete anos,oportunidade em que rece-beu a visita de quatrocentascrianças francesas, que en-tregaram a Sua Santidadeum álbum com a assinaturade cento e trinta e cinco co-mungantes contempladospelo decreto sóbre a freqüên-cia à Sagrada Eucaristia.

Inúteis foram, porém, osesforços de Pio X para pre-servar a paz entre as nações.Quando os horizontes se so-brecarregaram, aumentava a-aflição do Papa ao mesmotempo que a enfermidade seagravava. As hostilidades bé-licas haviam começado e fa-zlam envolver na luta váriasnações. No dia 20 de agôsriomorria Pio X. A epígrafe noseu túmulo escrita em latimdiz:

•Papa Pio X, pobre e rico,[manso e humilde de co-

[ração

¦ destemido propugnador da[Causa Católica, que de-

[sejpu[Restaurar tudo em Cristo.[Faleceu piedosamente no[dia 20 de agosto do ano[do Senhor de 1914.

A causa da beatificação dePio X se completou no anode 1950 e prosseguiu até 1954,quando se fêz a* prova dosmilagres para a canoniza-ção. Um destes íol a cura doadvogado Belsani, de Nápo-les, desenganado por incurá-vel doença pulmonar. O ou-tro milagre comprovado íoia cura de uma irmã de cari-dade, Maria Ludovlca Scor-cia, vitima de menlngite-en-ceíalomlellte, também decla-rada Incurável. São Pio Xíoi canonizado por Pio XIIa 29 de maio de 1954.

Cinco anos após, confir-mava-se uma de suas inú-meras profecias, aquela emque dissera que vivo ou mor-to voltaria a Veneza. Assimdesejaram os habitantes dalinda cidade. E coube aoPapa João XXIII, que tam-bém saíra de Veneza paraa Catedral de São Pedro, au-torlzar que o corpo de SãoPio X voltasse, na gôndola,à sede do seu patrlarcado aoqual prometera voltar.

Esta é, a rápidos traços, ahistória de São Pio X, queneste século alcançou a glo-rificação dos altares. O úl-timo Papa canonizado foraSão Pio V, no século XVI, e,segundo se afirma no mun-do católico, parece pensa-mento dos padres do Conci-lio pedir ao Papa que anun-cle a beatificação de JoãoXXIH. Nesse sentido, exis-tem vários movimentos einiciativas, inclusive a dosdiocesanos de Bérgamo, quejá encaminharam petiçãocom cinqüenta mll asslnatu-ras. A imprensa junto aoVaticano e ao Concilio nãooculta a sua impressão comrelação ao Pontífice que deuao mundo as encíclicas so-ciais de tanta repercussão.

£ LUIZ SEVERIANO RIBEIRQ-LU1Z SEVERI ü

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"PKAIA DOS AMORES"com Bob Cummings, Dorothy Malone,

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com Hélio Souto e Eva WilmaProib.: 18 anos — às 2,00 - 4,00 - 6,008,00 - 10 hs.

"LAWRENCE DA ARÁBIA»• com Alec Guinness, Anthony Qulnii,Jack Hawkins, José Ferrer e Peter

OTooleProib.: 10 anos — às 1,40 - 5,20 e

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Proib.: 14 anos — às 2,00 - 4,00 - 6,008,00 - io hs."AS SETE MAGIAS DE AM BABA"com Rod Flash, Bela Cortez, LUianaZagraProib.: 10 anos — às 2,00 - 4,00 - 6,006,00 - 8,00 - 10 hs.

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"PRAIA DOS AMORES"com Bob Cummings, Dorothy Malone,Frankie AvalonProib.: 14 anos — às 2,00 - 4,00 - 6,008,00 - 10 hs.

"MALDITA AVENTURA"com Robert Mitchum, Elza Martinelli,

Jack Hawkins e SABUProib.: 10 anos — às 2,00 - 4,00 - 6,00 -

8,00 - 10 hs.

ROTEIROESTRÉIAS

O ESPADAC1IIM MERCÊ-NARIO —Italiano em oôros Dlr.: Mario Bohnard — ComAntônio Clíarlelo, DaniclaRocca — Plana Filmes — Proib.:10 Rnos — PLAZA — OLINDAMASCOTE — RIAN — Hor.:14h — lflli — I8h _ 20h e 22h.

A NOITE DO IGUANA —Americano em córes — Dlr.:John Huston — Com RichardBurton, Ava Gai-dner t Debo-,rah Kerr — Metro — Proib,:18 anos. — METRO PASSEIO,COPACABANA e TIJUCA —ASTECA — CAltUSO — PA-LACIO III O I E N ÓPOI.IS —ALFA — MATILDE — Hor:13b 30m — 15h40m — I7h50m20h e 22h lOm. •

NOITES QUENTES DE CO-PACABANA — Teuto-braslleiroDlr.: Horst Heachler —Com Eva: Vllma, Hélio Sou-to — UCB — Prob.: 18 anosPALÁCIO — ALASKA — RIOPALACE — CARIOCA — MI-HAMAR — CENTRAL — SAN-TA ALICE — Hor.: 14h — 16h18b — 20h e 22h._!_

ESTRANHO MALEFÍCIO —Francês — Dir.: Henry Décoln— Com Juliette Grecco, JeanMarc Bory — Paramount —Proib.: 10 anos — ÇARUSÓ —MARROCOS — RAMOS — Hor.:14h — 16h — 18h — 20h e 22h.

CONTINUAÇÕES

IRMÃ LA DOUCE — Ameri-cano em cores, Dlr.: Btlly W1I-der. — Oom Shirley MacLalnee Jack Lemmon. — United Ar.Proibido: 18 anos. — ÓPERA.Horário: 14h30m — 17h20m —20h e 22h40m.

PAVILHÃO 7 — AmericanoDlr.: David MUler — ComOregory Peck — Proib.: 14 anosAMÉRICA — VITÓRIA —LEBLON — Hor.: 14h — 16h30m19h e 21h30m.

MOSCOU CONTRA 001 —Produçáo Inglesa em cores. Dl-reçáo de Terence Young. ComSean Connery e Pedro Armen-dáriz — United Artlst. — Prol.bldo: 18 anos. — BRUNI FLA-MENGO. — Horário 13h30m.15h40m — 17h50m — 20h e22hl0m.

CAÇANDO MARIDO — Ita-liano, em cores. Dlr.: MarlnoGlrolaml. Com Walter Ohlarl,Lorella de Luca. — Franco-brasileiro — Livre — SCALA.Horário: 14b — I6h — 18b20h e 22h. ;

VIVER A VIDA — FrancêsDlr.: Jeau-LXic Godard. — ComAnna Karlna. — Franco-bras.Proibido: 18 anos. — CORAL.Horário: 14h — I5h40m 17h20m — ISh — 20h40m e22h20m.

DOR JUAN ERA APRENDIZAmericano em cores — Dlr.:

David Swlít — Com Jack Le-mon e Carol Lynley — Colum-bta' — Proib.: 10 anos — SAOLUÍS — CAPITÓLIO — MA-DRI — Hor.: 13h20m — 15h30m17h40m — 19h50m • 22h.

O BEM-AMADO — Produçãoamericana em cores — Direçüode Bud Yorkln. — Com FrankSinatra e Barbara Rusb, —Paramount. — Proibido: 14anos — BRUNI IPANEMA —BRITANIA — Horário: 14h —16h — 18h — 20 e 22h.

AS AVENTURAS DE TOMJONES — Porução inglesa emcóres — Dlreçáo de Tony Ri-chardson. — Com Albert FUieye Sussannah York. — UnitedArtlsts. — Proibido: 18 anos. —KELLY — BRASÍLIA — SAOPEDRO — Hor.: 13h30m —15h40m — 17h50m — 20h e22hl0m.

LAWRENCE DA ARÁBIA —Produçüo anglo-americana,emcoros. DireçSo de David Lean.Com Peter OToole, Alec-Gul-ness e Anthony Qulnn. — Oo-lumbia. — Proibido. 10 anos.— REX — VENEZA — ESKIEHor.: 13h — 16h40m • 22h20m.

ÊSSK MUNDO Ê MEU, —Nacional. Dlr.: Sérgio Ricardo.Oom Sérgio Ricardo, AntônioSampaio, Léla Bulcio, Copa-cabana — Proibido: 18 anos.PRESIDENTE — IPANEMA —Hor.: 14b — 15h40m — 171i20m— 18b — 20h40m e 22h20m,

A ILHA DOS AMORES PROI-BIDOS — Italiano. Dlr.: Da-mlano Damianl. — Com Re-glnald Kernan, Vannl de Mal-gret. — Metro. — Proib.: 18anos. — ALVORADA. — Hòrá-rio: 14h — lõh — 18b ^-,.20he 22h. ¦

REAPRESENTAÇOES

FAVELA — Argentlna-brâsl-leiro — Dlr.: Armando Bo —Oom Isabel Sarll, Jece.Vala-dio — Superoinemjis — Proib,;18 anos — ART PALÁCIO.CO-PACABANA — ART MÉIER —ART TIJUCA — Hor.: 14b —15h40m — 17h20m — 19h —20b40m e 22h20m.

MELODIA INTERROMPIDA— Americano e_# cores. —Com Glenn Ford e EleonorParker — Metro — Livre —PAX — Hor.; I4h — 10b —18b — 20b e 22h. . ..

OS AMORES DE PANDORABrltAnlco-amerlcana em cô-

res — Dlr.: Albert Lei*ln —'Oom Ava Gardner, James Ma-son — Proib.: 14 anos — |PA-THÉ — RICAMAR — Hor.: 14b

16b — 18h — 20h * 22b...

O INTRÉPIDO GENERALCUSTEK — Americano — Dlr.:Raoul Walsb — Com ErrolFlynn, Ollvla de Havlland —United — Proib.: 10 anos —FLÓRIDA — UUUNI BOTAFO-GO — Hor.: 14b — lOh — 18b— 20b e 22h.

A PROVOCAÇÃO — Italiano— Dlr.: Francesco Hosl — ComRossana Schiaíílno, José Sua-res — Franco-Bras. — Proib.:18 anos — PAISSÁNDU -..Hor.:14h — 16h — 18h — 20b je, 22h.

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TEATROYAN MICIIALSKÍ

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MEU QUERIDO

MENTIROSOUma troca de corres-

pondência, mesmo entre umescritor genial e uma mu-llier sensível e inteligente, cmesmo dramatizada por umadaptador habilidoso, aindanão chega a ser teatro, nosentido habitual da palavra.Dois atores lendo essa cor-respondência e esboçandouma sugestão de representa-ção, não chegam ainda arealizar um espetáculo, nosentido habitual da palavra.E no entanto, trata-se dèuma experiência original ecuriosa, principalmente doponto-de-vista histórico e doponto-de-vista humano; e asoma dos talentos de G. B.Shaw, de Mrs. PatrickCampbell, de Natália Tim-berg e de Sérgio Brito é sufi-ciente para evitar a monoto-nia, em toda a medida dopossível.

É difícil julgar até ondevai o mérito do adaptador,pois indiscutivelmente osméritos maiores do textopertencem aos próprios au-tores das cartas, que puse-ram nessa correspondênciatanto de si mesmos, com sin-ceridade, com o calor huma-no, e numa forma literáriasempre elegante e cheia deespírito. "Se soubesse escre-ver cartas como você, eu es-creveria cartas a Deus", dizStella Campbell numa desuas cartas. Mas, em todocaso, o adaptador J é r ô m eKilty soube preservar e pôrem relevo a pureza dessasvirtudes, resistiu à tentaçãoinevitável de "escrever umapeça", ousou lançar a formade um simples "recital aduas vozes", e limitando-seapenas a selecionar os tre-chos mais adequados, soubecontar realmente a históriade uma bela "amizade amo-rosa".

Do mesmo modo, é di-íícil julgar até onde vai omérito do encenador Antô-nio de Cabo, pois os méritosmaiores do espetáculo per-t e ncem, indiscutivelmente,aos dois intérpretes. Mesmoassim, podemos dizer que setrata do mais correto e po-sitivo dos trabalhos até ago-ra apresentados por De Cabo.

Se não nos falha a me-mória, a mesma peça inter-pretada no Municipal, umaúnica vez, por Maria Casa-rès e Pierre Brasseur, tinhauma empostação um poucodiferente: o aspecto de lei-tura de cartas erá mais acen-tuado, a presença física dascartas mais ativa e subli-nhada, a ponto de tornar-sequase simbólica. No espeta-culo inaugural do TeatroCarioca (que precisa, aliás,providenciar urgentementeum sistema de refrigeração!)a sugestão de uma represen-tação é mais apoiada, os atô-res se aproximam mais doque seria uma "interpreta-ção de personagens", e amarcação, por sua vez, favo-rece essa linha. As duas con-cepções nos parecem perfei-tamente válidas. O que real-mente nos desagradou no es-petáculo de De Cabo foi,apenas, o seu caráter às vê-zes demasiadamente latino eexteriorizado: faltou umpouco de malícia fina, desorriso irônico e contido, en-quanto sobravam gritos e ri-sadas francas e barulhentas.

Sérgio Brito, principal-mente, teria muito a ganharcom um desempenho maiscontrolado, menos tempe-ramental, precipitado e rui-doso (mesmo admitindo queG. B. Shaw, como bom ir-

landes, era temperamental enada controlado). O traba-lho de Sérgio, de qualquermodo, é altamente compe-tente e possui pelo menosdois momentos brilhantes eextremamente comoventes:a carta em que Shaw des-creve a cremação do corpode sua mãe, e a reação doescritor à notícia da mortedo filho da atriz. NatáliaTimberg realiza um traba-lho mais equilibrado, fazen-do desfilar diante de nósuma grande riqueza de re-cursos. A sua bela e fortepresença, a elegância com aqual usa os alinhadíssimosvestidos de José Ronaldo, asensibilidade das suas rea-ções fisionômicas, a inteli-gente ternura das suas in-flexões, o seu brilhante con-trôle vocal nos dão uma pro-va exata do seu grande ta-lento. A sua cena de en-saio de Pigmalião, no pri-meiro ato, e a sua sutil su-gestão de envelhecimento, nofinal, são momentos de ótimoteatro e de excelente arte derepresentar.

A tradução de CiaudeVincent consegue conservaro fogo de artifício estilísticoe, ao mesmo tempo, a espon-taneidade do original.

_ O conjunto, repetimos,nao chega a ser muito tea-trai; mas não é todo dia quepodemos ouvir e ver numteatro tanta coisa inteli-gente.

* * *MORATÓRIA NO FE-RIADO — O Teatro Jovemresolveu dar na próxima se-

gunda-feira, dia de feriadonacional, duas sessões espe-ciais de A Moratória, de Jor-ge Andrade. As sessões serãorealizadas às 17 e às 20 hs.

w * >aO próximo cartaz doTeatro do Rio será Diário deum Louco, adaptação de umconto de Gogol feita por Syl-vie Luneau e Roger Coggioe traduzida para o portuguêspor Luís de Lima. Trata-sede uma peça para apenasum ator, e Rubens Correia,

premiado várias vezes comoo melhor intérprete de 1963,terá nesse one-man-showuma verdadeira prova defogo. Em Paris, a peça estáem cartaz há cerca de trêsanos, e a interpretação deRoger Coggio tem sido calo-rosamente elogiada. RubensCorreia está sendo dirigidopor Ivã de Albuquerque, e ocenário será de Gianni Rat-to. A estréia está previstapara a segunda metade desetembro.

* * *Também Pena Ela Ser

o Que É, de John Ford, emtradução de Manuel Bandei-ra, deverá estrear antes dofim do mês, no Museu deArte Moderna. A cenógrafa efigurinista Lina Bo Bardiestá preparando, no auditó-rio do terceiro andar onde apeça será encenada, uma ar-quitetura cênica experimen-tal, visando a uma total in-tegração da platéia com opalco. Leia Bulcão, que faráo principal papel feminino,comunica a mudança do seuri o m e artístico para LeiaFalconi.

* * *O julgamento final e a

conse quente proclamaçãodos resultados do I Concur-so de Peças do SNT, que es-tavam marcados para 1 desetembro, foram transferi-dos, por motivo de forçamaior, para data a ser anun-ciada oportunamente.

EM CENA

BOLSO — 27-2122 — O Cunhado doEx-Presidente — 21h 15m — Vesp. quin-ta e dom., 16h 15m.

CARIOCA — Hua Sen. Vergueiro,2.18 — Meu Querido Mentiroso IlliHOm — Vesp. quinta e dom., 16h 30m.

COPACABANA — 57-1818, R. Tea.tro — Qualquer Quarta-feira — 211}30m. Veap. quinta e dom., I6h.

DULCINA — 32-5817 — Amor a OitoMão» — 21U 15m — Vesp. quinta e do-mingo. I5h 15m.

GINÁSTICO — 42-4521 — A Noitedo Iguana — 2.h — Vesp. quinta a do-mingo, lOh.

JOVEM — 40-3166 - A Moratória— 2111 30m — Vesp. quinta, 16h 30m,e dom., 17 h.MAISON DE FRANCE — 52-3456 _Descalços no Parque — 31h 15ra —Vesp. quarta, 18h, quinta e dom., lfl

__ ÜANTA ROSA — 47-8641 — Os Can-

surus — 2lli 30m — Vesp. quinta, sA.uado e domingo. lõh 15m.

TNC — 22-0367 — O Patinho Tortoou os .Mistérios do Sexo — 211i — Vesp,dom., lCh.

TfcATRO INFANTÍL

ARENA DA GUANABARA - 52-3330.R. Teatro — JoJozinho e Maria — SAb.e dom., 16h.

BOLSO _ 27-3122 — A Onça e oBodo — Báb. ,16h, • dom. 14h 30m.

COPACABANA (GOLDEN ROOM) —57-1818, R. Teatro — Pluft, O Fantas.minha — Dom. 15h.

MATRI2. — Rua das Laranjeiras n.«519 — Cada Lobo com Sua Mania ->SAb. e dom., 16 li.

PEQUENA CRUZADA — At. IÇpltA-cio ressoa, 1930 — Passa, Tassa Ga.viito — SAb. e dom., I6h.

RIO — 43-9051 — Em Busca doTemuro — SAb. e dom., 16h.

TELEVISÃOFAUSTO WOLFF

DE SELVAS

Caso o senhor ainda não te-nha seguido o conselho do re-verendo de Buckingham e que-brado o seu aparelho de TV comum martelo, nao se precipite. Sóíaça isso em último caso. EmTV nativa, o problema é sele-cionar. Sobra muito pouco, éverdade, mas sempre há o queassistir. Digamos, 5 por cento. Seo senhor vier cansado do traba-lho e quiser divertir-se um pou-co, ligue para o Canal 2, naquarta-feira e assista a um íil-me com Jim das Selvas. Tudo nofilme, exceto Tamba (que já íoiChita), é trágico. Garanto, en-tretanto, que o senhor consegui-rã dar ao riso aquele sentimen-to anárquico que êle contém emessência. As burrices sâo tantase a realização táo desastradaque não há outra coisa a íazer.

Trata-se de um programapara ser assistido apenas umavez, visto que a segunda pode-,rá contaminar o telespectadoratravés do tão difundido meto-do subliminar de transmitir vul-garidades. O último filme a queassistimos tinha um enredo in-teressantissimo e absolutamenteoriginal. A história da mocinhabranca raptada pelos Índios eque acaba chefe da tribo. Ter-mina por salvar sua mãe quevem salvá-la. Evidentemente, oguia da expedição é Jim das Sei-vas, ou seja, o macróblo JohnyWeissmüller, que, certamente,merecia melhor destino. A selvaé um parque norte-americanoqualquer, o leão é tuberculoso eos Índios, extras apanhados àspressas no Harlem. Jim das Sei-vas já nâo mais pula na águade grandes alturas (também pu-dera, já passou dos 60) e tomabastante cuidado ao sorrir paraevitar as rugas. Agora tem umfilho que nâo cresce nunca e quemantém nos lábios um indefec-mo criado asiático chamadotível sorriso de futuro abobalha-do. Há também um suspeitissi-Kassim (embora a aventura sepasse na Africa, ou seja, no par-que de Nova Iorque), que conse-gue andar de Quênia até Nigériasem suar. O pior, ou seja, o me-lhor, visto que é o mais diver-tido, entretanto, é a dublagem.Em determinado momento, Jimdas Selvas descobre que os nati-vos (por um desses inexplicáveismilagres) falam a sua língua.Nesse instante, então, o teles-pectador pode deleitar-se e ou-vir os indígenas falando no maispuro sotaque de Plndamonhan-gaba. No final, evidentemente,Jim dribla 10 mil Índios e vol-ta para a sua vida celibatáriacom o filho e o criado.

PROGRAMAS

Para hoje — EXCELSIOR: JornalFeminino, apresentando hoje Moda •Beleza, As 18 h 45 m; Jornal da Cidade,àa 19 h 30 m; Aristocrata 6 o Sucesso,*« 19 fc. 45 m; Viva o Vovô Bevllle, pelamúsica e pela coreografia, As 20 h 30 m;Trezentos Segundos de Míislca, is 21 li20 m. — TUPI: Arte Culinária, às 16 h30 m; Repórter Esso, As 20 li; Ponto Crí-tico, qu» recomendo especialmente. Ai21 h 35 m; Por trás da Noticia, comen-tários políticos às 22 h 25 m; PanoramaPan-Americano, documentário cultural.As 23 h S0 m. — CONTINENTAL — SpcikKnílish, às 17 h 30 m; Artigo 89, hoje comaula de Matemática, As 19 h: R«pdrterContinental, As 19 h 30 m; Telesporte Fa-eit Aí 19 h 45 m; Momentos Musicais, As20 h 35 m; Gente e Finanças, para osentendidos, As 21 h 05 m; Fala o Juiz, es-portlvo, às 21 h 35 m; Mesas-Redondas deGilson Amado, As 22 h 40 m. — RIO:Pergunto ao João, As 18 h 23 m; Showíinuo KeUogg's, desenhos. As 18 h 35 mjTelejornal Rio, As 19 h 43 m; Bate-Fron.to, comentários esportivos, às 22 h 43 mjOrdem do Dia, As 22 h 50 m.

ANATOMIA DA FERA - IVJornal do Brasil, Sexta-Feira, 4-9-64, Cad, B -

A ARTE DA

CORRUPÇÃO

DE HITLER

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M! S°b" os Pintores e escultores vivos que protegia nãonos cabe aqui gastar qualquer palavra. Seguiu-se, maistarde, a revalorização de todos os valores. Pintores mais

erSs0SnfnOtnarrtfan^t0 ^^ C°locados de repente Sograndes pintores, sob as luzes da rlbalta, e se os artistasSdosZ^^ co^eclmento artístico, eram corromíplüos por Hitler ao se deixarem dominar por seu deselo deSSf ^ c°avul?iva o« ao executar temas encíS5S 5Í £ ?bem d^ acôrd0 com a íorma encomendada:KÍ?— corretamente, tudo pintado com limpeza ede acordo com o respectivo conteúdo, o pior era que essesartistas começavam repentinamente a ter sucesso, embo-ra merecessem ser expostos ao escárnio geralHitler estava convencido de que iniciava dessa ma-neira um novo e melhor capitulo na história da arte ale-ma Para a exposição na Casa de Arte Alemã aportaram— termo adequado, pois as galerias e salas do museu lém-bram uma estação de estrada de íerro — de 10 a 12 milobras. Desses quadros foram selecionados 1200 _ assimtít^t Pi'" a 29 de 3ulh0 de 1942 - e seriam tam-oem, sob todos os aspectos do primeira classe" e, do pon-to-de-vista numérico, uma percentagem incrivelmente alta!n_>i_TfS0 s leí' a 5.eJveridade d* escolha fora garantidapelo fato de não ter sido realizada por artistas, "que po-ll"

aw^10Strar;Se,. Parclals". "as por seu fotógrafo pes-soa Hoffmann Os o quer dizer, um leigo ignorante, orien-M,,LPeTl°,ueUJ0St0 de Pe(lueno burguês) .e o diretor deMuseu.Kolb. Que o nóvo empreendimento tenha tido re-percussão provam-no os milhões de visitantes da exposi-££ ^í"0 demonstra ainda a espantosa segurançacom que Hitler e seus auxiliares decidiam o que era bome o que era mau. Faz lembrar as juntas de seleção doExército que decidem se um cidadão está apto ou nãopara, o serviço militar. Todavia, a comparação não se apli-ca inteiramente no caso, pois no Exército a aptidão de-pende de decisão médica com bases objetivas, enquantona mostra de arte em questão, influíram na decisão a pre-ferêncla por conceitos ultrapassados e falsos conhecimen-tos do assunto.

Como revelou freqüentes vezes, Hitler teria, por seugosto, mandado os maus pintores para a prisão, o mánicô-mio ou, quem sabe, até para serem reformados num cam-po de concentração. Que conceito da luta do artista seevidencia aqui! o destino de Ernst Barlach, que fora proi-Diao de trabalhar, mostra que essas ameaças não eram vãs.Como funcionava essa organização unilateral da arte?7,?™ 0S ?r, palavra a Gert H- Theunlssen, que comentou em1937 e 1938, no Jornal de Colônia, a exposição da Casa deArte Alemã — aprovando-a aparentemente mas registran-ao nas entrelinhas, de modo desconcertantemente hábil amorte da verdadeira arte. '

Eis o que viu nas pinturas: camponesas velhas, enru-gadas, mas sem o cheiro da gente pobre do naturalismo-moças frescas, tostadas de sol, fazendo o fundo dos qua-dros e identificadas por uma leiteira na mão como as pro-prietanas da herdade; mulheres que davam ao filho oseio robusto; famílias ao redor de um berço em cuidadoambiente caseiro e outros assuntos gratos aos sentimentosde afetividade e bem-estar do povo alemão. Mas muita coi-sa da fabricação em série, computada à conta da belezado trabalho, bem como assuntos bélicos (por exemplo, .ds-sim era a S. A., quer dizer, uma marcha de valentões ar-rogantes por uma ruela, tendo por fundo comunistas sub-nutridos) e — por último mas não menos importante —muito nu.O critico em questão ridicularizava — demonstrandoaparentemente admiração — a "maciça monumentalida-de e a "tensão musculosa" de Josef Thorak, originadaem conceito biológico, e as figuras femininas, de um gi-gantismo alongado, de Ferdinand Liebermann, nas quaisuma "certa solenidade sagrada" era conseguida pelo dou-rado do gêsso.Notava ainda que a imitação do gótico, caracteriza-da pela escultura em carvalho em tamanho superior aonatural de Margarete Hanusch, despertava grande inte-resse na maioria dos visitantes — por já estarem a elanabítuados de um modo ou outro. Nessa escultura, a au-dácia artística retrocedia no tempo.Embora a pintura permita maior liberdade de movi-mento, pouco uso íoi feito dessa faculdade. A escolha re-caiu, sem exceção, nos temas "preferidos pelo século 19"Predomina o idílio intimista: "Schwind e Eichter exer-cem forte influência, enquanto, por exemplo, os primeirosromânticos e suas contribuições pioneiras ainda não ío-ram reconhecidos na mesma medida dos Nazarenos, queinfluenciam abertamente os atuais pintores dessa ten-dência. Todos procuram, assim, engatar de um modo ououtro, nos tradicionalistas a íim de alcançar certa segu-

XaliÇtl,O escárnio não se acha perfeitamente oculto quandoo critico observa que os nus femininos de Konrad Zieglerpintados com a exatidão própria da fotografia, detêm orecorde de atração — somente um pequeno passo separa-va, na verdade, esses quadros do nu fotográfico, que con-ta sempre com admiradores.Resumindo, registra na exposição o predomínio dosentlmentalismo e do sensualismo, pois segue-se nela oprincipio de que a pintura deve ser, antes de mais nada,uma boa ornamentação do lar. A arte atual se encon-tra, portanto, sob o signo de uma amável lembrança eprescinde de experimentações. Também na gravura,'nãoseria decisivo o modo e a maneira de o artista ver o mun-do, mas a reprodução mais fiel possível do que observa.Caracteriza-a a representação otimista da realidade —concluiu em 1937|38, G. H. Theunlssen.

Uma nação, um povo, um chefe — e uma arte! E, n*verdade, uma arte utilitária, que respeitava as linhas mes-trás da política e pela sua falta de classe correspondiaao gosto do pequeno burguês; uma arte que procuravaatrasar a História uns trinta anos ou mais, mas era ba-

tlithr te curva diante de Madama Simpson

rulhentamente louvada como progresso sadio e se espa-lhava sobre tudo que tivesse realmente vida como pó mor-mero; uma arte que se encontrava muito próxima áaque era pior e cujos produtos — se ainda não foram des-truidos ou nao sumiram — desapareceram silenciosamen-te nos sotaos das coisas velhas, enquanto a verdadeiraarte, estigmatizada de degenerada, era oferecida no ex-terior por preços de liquidação e servia, na melhor dashipóteses, para obter divisas.MÚSICA — Assim como as arte3 plásticas, a músicadesempenhou papel decisivo na vida de Hitler, embora élanao tocasse nenhum instrumento. Ainda menino de coroverificou que cantava mal e era desafinado, por isto nuncamais tentou cantar. Durante o tempo em que viveu emViena conheceu a ópera e a opereta; data dessa época seuamor pelo Morcego e A Viúva Alegre, de Lehar, e muitosnomes do mundo musical de então se lhe tornaram fami-liares: testemunhos das fortes impressões que o marcaramna ocasião.É significativo que a música de câmara nada lhe dis-sesse. Nunca apreciou Bach ou Beethoven, e muito menosa musica do século precedente, que se tornara objeto decrescente interesse justamente nos anos de sua formaçãoO coração de Hitler pertencia à ópera. Mozart, pelo'que se sabe, pouco lhe significava, mas gostava do FrancoAtirador, de Weber, e gostava da Boêmia e Madame BuUterjly, de Pucclni, da Aída, de Verdi, da Planície, de d'Al-bert, e de uma ou outra ópera de Richard Strauss. Eraindiferente a Schumann, Brahms, Reger — para citar ape-nas alguns nomes do século 19, e interessava-se uma vezou outra por Bruckner.

O compositor de sua preferência íoi sempre RichardWagner, que o fascinava pela musicalidade.^-.lQlÍand0 ouço Waener — explicava a seus comensais(25|26 de janeiro de 1942) — parece-me sentir os ritmoscio mundo pré-terrestrel» (Quer dizer: uma áurea aetasdesaparecida, de cujas maravilhas fantasiara um estranhoquadro para v.so próprio).

Havia, no Berghof, uma grande coleção de discos e ex-celentes aparelhos, mas Hitler quase não os utilizava. Du-rante a guerra, deixou completamente de ouvir música.Hitler não sentia a menor afinidade pela moderna 'arte

da dança, que tentava libertar-se do ballet tradicional pelosmais variados caminhos. De um ensaio geral na óperaestadual de Berlim levou a impressão de que se tratava dafilósofos dançantes dirigidos por uma mulher altamenteintelectualizada.Goebbels tentou despertar sua simpatia pela bailarinaGret Palucca, festejada desde a década de 20. Hitler foive-la e achou que não se tratava mais de dança no sen-tido estético, mas de pulação e saltos retorcidos.Seu ideal — ainda preso totalmete ao século XIX —

continuava a ser o da bela figura da dançarina graciosa,ao mesmo tempo leve e flutuante, cujas pretensões nãoultrapassassem o desejo de ser um prazer para os olhos.LITERATURA — Conquanto haja muito a dizer sobraa atitude de Hitler perante as artes plásticas e a música,6 escasso o inventário sobre sua formação literária. Sualigação com os clássicos alemães se limitava às leiturastle juventude ou às peças a que assistira no teatro — causaestranheza o pequeno número de citações e de máximasencontradas em seus discursos. "A poesia, especialmentea lírica, não tinha para Hitler... qualquer sentido" (Pro-fessor Von Hasselbach), e ler romances significava paraêle perder tempo. '

Como a muitos leitores, ficou-lhe fechado, graças a !decisão própria, um dos mais importantes domínios davida espiritual alemã. Tampouco fêz uso da possibilidadede tomar conhecimento da problemática espiritual da úl-tima metade do século através dos romances sociais.

Hitler tinha uma estupenda memória, capaz de retercom exatidão mesmo o que não era essencial e guardartudo quanto caísse em seu campo visual: seus professo-res e suas colegas, as personagens dos contos de KarlMay, os autores de livros lidos ou a marca da bicicletaque usara em 1915. Lembrava-se também com exatidãodas datas de sua carreira política, dos restaurantes ondeestivera, das ruas que percorrera.Por este motivo, os oficiais encarregados de apre-sentar relatórios a Hitler se esforçavam com cuidado emfazer coincidir perfeitamente o que lhe expunham no mo-mento com o que haviam dito antes — pois se percebesseuma contradição, sua desconfiança sempre desperta ir-rompia imediatamente e dizia que queriam enganá-lo.

Para esclarecer uma idéia, Hitler andava sozinho, noquarto, de um lado para outro — quilômetros e quilôme- Itros, como êle mesmo dizia. Mas necessitava depois daoportunidade de "passar a limpo" suas meditações. Estaera — além da de diverti-lo — uma das funções das con-versações à mesa. Conseguia, aí, transformar a deixa qi;elhe íôra lançada — os comensais pressentiam sempre oque o preocupava no momento — numa palestra instru.- Itiva. Para ordenar seus pensamentos, introduzia freqüen- ]temente a enumeração: primeiro, segundo etc. Todavia,desviava-se muitas vezes dos pormenores, pois os pensa-mentos novos se intrometiam nos primeiros. Por estemotivo seus discursos apresentam tantos saltos, faltando-lhes freqüentemente a seqüência lógica. Mas não perdiade vista a meta que se propusera. Por isto suas dedu-ções terminavam, após algumas voltas, na conclusão quecalculara e cuja aceitação pelos ouvintes lhe parecia per-íeitamente natural.

Durante a Segunda Guerra Mundial, quando milharesde compatriotas morriam nas frentes por êle abertas, Hi-tier conseguia ler livros. Paz ocasionalmente menção, paraos comensais, de uma História da Humanidade que lheíóra arranjada por Bormann, outra vez revela estar muitoiuteressado na obra de Franz Petrl sóbre A Herança Po-pular Germânica no Valão e na França Setentrional, quelhe fora enviada por um colunista de cinema.

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ACIDADE DAS LÁGRIMAS

%..y Singramos nas águas o rastro das quilhasdás caravelas de Jacques Riffault: nesta Laiano .qiie navegamos, faz cinco séculos Alonso dc Ho-jéda, com Juan de Ia Costa e Américo Vespúciòdèvfem ter tentado penetrar. Diogo de Lepc és-teve aqui a serviço de Castelà, assim também'Flrnão Álvares d'Andrade, com uma das maispoderosas armadas que até então tinham vistoos rtiares americanos.

. INestas águas que navegamos, sepultaram-eç muitos sonhos de conquista: a marujada ho-landesa das 18 naus do pirata Jan Cornelis.zoon Lichthardt ancorou aqui. Esta c a baíadós", três nomes: Todos os Santos, Santa Maria«¦ São Marcos. A armada de Lorde Cochranetambém fundeou aqui. O poeta Raimundo Cor-UeSá nasceu num navio que singrava estas águas;í_el-is morreu afogado o poeta Gonçalves Dias.O poeta Manuel Sobrinho atirou-se nela, daamurada do cais, depois de ter escrito um poemade amor e náo voltou nunca mais.

i.çn E vamos que as águas nos levam para avelha cidade dos capitães-mores, de ruas sagra-d$s, povoadas de assombração, de lendas c demistérios eternos. Contemplada assim de longeà cidade é um cartão-postal do tempo da Co-.orna.

,;,... Olhai, pois já aparecem, ao longe, as ve-lhas torres do Carmo, do Rosário dos Pretos,de Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora dosRemédios, Nossa Senhora do Desterro, NossaSenhora das Vitórias. Já se vêem os telhadosí..'-j..mouriscos, de beirais corridos, portas e janelasdesarrumadas, umas sobre as outras, dc sobradi-nhos vestidos dc azulejos, com muxarabis e bal-cões de sacadas dc ferro, numa despreocupadaconfusão arquitetônica.ig«$ ?':.:-..¦.¦.¦.¦¦

ffi- A Cidade é do Rei.v''" Tem nome de Santo..]'*'• É nobre, a Cidade.

; Foi voz de fidalgo que a batizou. Era Ba-rão, o fidalgo. Senhor de Rassily.¦-"¦•-¦'

v^.;s Foi mão de fidalgo que a dominou. FoiDaniel de La Touche, Cavaleiro de La Ravar-'òiçve quem, a 8 de setembro de 1612, chantouseus princípios, em nome do Rei.

..fl_: O Rei era de França e de Navarra. Luis,

.§§.<_> o nome do Rei.

•Ú A Cidade de São Luís é feita dc lenda. È•_toiva do Tempo. É filha da História. Tem pa--ácios mouriscos, igrejas bizantinas, igrejas gó-

-lí-cas, tem mirantes de clarabóias noivando com"ò mar. Está a cavaleiro do mar; é uma ilha cer-Coda de encanto por todos os lados.iVrO-C-1'

Tem ruas e becos e ladeiras e largos c pra-ças e avenidas e fontes de nomes com gosto defruta, com sabor de verdura, com cheiro deperfume: Ruas das Flores, da Ingàzeira, dos'Craveiros, das Laranjeiras, do Alecrim, da Pai-¦rri-t, da Cotovia, das Cajàzeiras, dos Remédios,id* Manga, da Mangueira e do Coqueiro.

j ígjyfi«0*8 Tem a Praça da Alegria e a Praça da Sau-íade, a Rua aa Saúde e a Rua do Norte, a Ruadas Barrocas e das Barraquinhas, da Cascata,dó Passeio, do Marajá, do Trapiche. A Rua dosPrazeres e a Rua da Inveja; a Rua do Sol e aRua da Estrela, a Rua do Giz e a Rua do Pes-

fj pontão; a Rua da Calçada e a Rua dos Afoga-~ dos e a Rua das Crioulas e a Rua da Madre

I de Deus e a Rua Formosa e a Rua da Paz.

Tem o Beco Feliz e o Beco do Precipício,

$* o* Beco das Minas e o Beco de Catarina Mina,¦ a Praça da Hortaliça e a Rua das Hortas; o

*.; Beco Escuro e o Beco do Vira-Mundo. Tem os. Becos do Rancho, do Portinho, do Gavião, do

Prego, do Silva, do Portão, do Desterro, do De-eerto e do Quebra-Costa.

Tem a Rua Portugal e a Rua do Egito. Tem. a' Fonte do Bispo, a Fonte das Pedras e a Fon-te do Ribeirão. Nessa Fonte do Ribeirão — diz

* a lenda — começam os subterrâneos (ninguém«abe quantos) sóbre os quais a Cidade foi as-sentada. Há documentos que afirmam que eles

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GOVERNONONNATO MASSON

são antigas galerias fenícias do tempo em queos fenícios comerciavam cornos ricos mercado,res da Atlântida e ali escondiam seus carrega-mentos dc pedrarias. Há a lenda que diz queexiste Uma serpente descomunal, imóvel, demuitas cabeças, dentro dos subterrâneos (cadacabeça numa galeria) e que no dia em que semexer a Cidade de São Luís desaparecerá sobas águas atlânticas.

E outras lendas povoam a cidade: a deque Bequimão, toda sexta-feira, meia-noite, pas-seia com sua túnica de enforcado à frente delúgubre procissão, desde o Palácio das Lágrimasaté a Praia do Caju; a de que a matriarca AnaJansen, que foi senhora de muitos escravos,também passeia, nas noites de lua cheia, na suacarruagem tirada a cavalos sem. cabeça, cujoscascos faíscam na cantaria das ruas aladeira-das. E há também a lenda de que Silvério dosReis (que lá morreu depois de delatar a Con-juração Mineira) vai toda noite, alta noite,sentar-se num banco, no Largo do Carmo, onde,em vida, sentava-se todo dia, amargurado e só.

Muitos há que ainda existem e que juramouvir também nas horas calmas da noite, doadro da Igreja de Santo Antônio, a voz do padreAntônio Vieira alteando-se lá dentro co-mo trombetas de apocalipse, do mesmo púlpitono qual, em vida, disse verdades eternas.

Estas ruas são sagradas: nelas o poeta Sou-sândrade caminhou seus passos trôpègós, vesti-do num longo roupão, dialogando coni o sol ecom as estrelas, debaixo das pedras e do éscáír-nio dá gentalha.

Telhados de São Luis: a rua i a do Giz, que acaba no Desterro

No bronze dos sinos destas igrejas dormea voz de três séculos; estes adros foram praçade guerra, à sombra destes muros cobertos demusgos ergueram-se as heróicas barricadas dosegundo quartel do século XVII e tombaramas primeiras vítimas da resistência brasileirapela liberdade, contra a opressão e a tirania.

Pisai nas pedras de cantaria lavrada des-tas ruas como se andásseis de joelhos, falai comose rezásseis, pois este chão é sagrado, está tintodo sangue generoso dos protomártires da Inde-pendência do Brasil do jugo estrangeiro.

Quando soar a hora em que os bárbarosdormem e os poetas Velam, debruçai-vos naamurada do cais do Desterro para escutar oque a minha querida Cidade de São Luís, ba-nhada em lágrimas, tem a dizer, para os que ti-verem ouvidos para ouvir:

— Salvai-me a alma. Que não fique nadade mim, que não deixem torre sem destruir,nem jazigo sem profanar, mas que respeitemao menos a minha alma, que sc detenham pe-rante a glória da minha velhice indefesa, quenão injuriem a preclara grandeza do meu nome.Deixem o campo vazio, ó bárbaros, ó vósque viestes arrancar-me dos seios os filhos di-letos e que os exilastes para longe do meu afeto,deixem o campo vazio e ponham nele uma cruz,como nos cemitérios, e escrevam nela êste epi-táfio: '"Cá fulgiu durante séculos o esplendorde uma civilização venerável. Aqui havia umacidade majestosa, onde a vida era risoníia efranca, e que contou por centena» seus filhosilustres. Preferiu a

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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — 4 de setembro de 1964

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Fiúza condena asdeclarações deMozart Russomano

(Noticiário de Trabalho na página 3)

Trânsito melhorana Cidade mas háfalhas a corrigir

(Noticiário dc Automóveis na página 8) v

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DE MINAS GERAIS S/A., comunica quefoi extraviado o seu cartão provisório deinscrição mercantil n.° 267 313, do Depó-sito, na Av. Brasil, 1 669, com esquina daRua Sá Freire, 130.

Rio de Janeiro, 3 de setembro de 1964,

a.) ANTÔNIO MENESES MELLOCasa Celestino da-Costa S/À

A ilrma em referência por ocasião de sua mudan-ça tia Rua do Mercado n.° 22, para a Rua CapitãoFelix n.° 28 — Rua 2, loja 20, teve seus livros èx-travindos, razão pela qual solicita a quem por venturaos tenha encontrado, os remeta para o endereçoenumerado. O presente aviso tem por intuito atenderas exigêriòiás.da lei! _. [

SINDICATO DOS MÉDICOS DORIO DE JANEIRO

EDI TALPelo presente edital, em cumprimento ao disposto

no Art. 6.° alínea "í" da Portaria n.° 146, de 18 dooutubro de 1957, convoco os associados deste Sindicatopara a votação do pleito para eleição da Diretoria,Conselho Fiscal e respectivos suplentes. A eleiçio será,realizada nos dias 8, 9, 10, 11, 12. 13 e 14 do mês desetembro e serii processada perante as mesas coletorasdesignadas que funcionarão nos seguintes locais, diase horas: * :

Mesa coletora n." I — funcionara na sede do Sin-dicato, situada na Avenida Churchill n,° 97 - 10.° .an-dar, no horário de 9 às 19 horas, dos dias 8, 9, 10, 11,12, 13 e 14 do mès de setembro de 1964. Nessa mesavotarão os associados cujos nomes se iniciam coma letra "A" até "L".

Mesa coletora «.• II — funcionará, na sede doSindicato, situada na Avenida Churchill n.° 97 - 10.°andar, no horário de 9 às 19 horas, dos dias 8, 9, 10,11, 12, 13 e 14 do mês de setembro de 1964. Nessamesa votarão os associados cujos nomes se iniciamcom a letra "M" até "Z".

Mesa coletora n.' HI. — Itinerante — funcionarádurante os dias 8. 9, 10, 11, 12, 13 e 14 de setembrode 1964, no horário de 8 às 17 horas e percorrerá oshospitais do Centro, Zona Norte e Zona Sul da Cidade.

Mesa coletora n.° IV — Itinerante — funcionarádurante os dias 8, 9. 10. 11, 12, 13 e 14 de setembrode 1964, no horário dc 8 às 17 horas e percorrerá' òshospitais do Centro, Zona Norte e Zona Sul da Cidade.

Mesa coletora n." V — Itinerante — funcionarádurante os dias 8. 9. 10, 11, 12. 13 e 14 de setembro do1964, no hqrário dè 8 às 17 horas e percorrerá os hos-pitais do Centro, Zona Norte e Zona Sul da Cidade.

Só poderão votar os associados quites, contandomais de seis meses de inscrição social, contínuos ounão, e com mais de dois anos de exercício da pro-fissão, contínuos ou não, a menos que se encontrem,nas condições previstas no Art. 540 i 2.° da Conso-lidação das Leis do Trabalho.

Os associados deverão comparecer durante o ho-rário de funcionamento da mesa coletora, munidos derecibo de mensalidade sindical do mês de junho, oudeclaração do Sindicato para supri-la, bem como, paraprova de sua identidade, com um dos seguintes do-cumentos: carteira de identidade, carteira do Conse-lho Regional de Medicina, do Estado da Guanabara,carteira profissional, certificado de reservista, títulode eleitor (novo), carteira de instituição da previ-dência social ou carteira social.

Ò associado poderá obter informações na secre-tarla da entidade, sobre o local em que deverá votar,sendo-lhe facultativo examinar a lista de votantes.

O "quorum" necessário à validade do pleito emsegunda convocação é de 1501 eleitores.

Rio de Janeiro, 3 de setembro de 1964.Dr. Jorge ile Castro Barbosa. .."J

Presidente

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Trabalhoni4

José Machado ~'J.

uízes classistas condenam;as afirmações de Russomano

bn?_S£rss_'sss.S-S^a«ss^ilvir uadora da verdade dos fatos, a entrevista d» Sr? SS_?vB"RussòriSóum dos autores do projeto do Código Judiciário do Trabalho _ na auaTiri-forma qUe a campanha contra o seu trabalho parte de Juzm cla£sist£itotribunais superiores da Justiça do Trabalho, "queTse sentem toSdo^™'<«„ZbrfdeíUjí^

v™™^™??'. Lamentou o^PnSSfâlfig «ummeí!bro da Justiça ignore os trabalhos dos Tribunais, especialmente do TOT cuL

mulo oSS dne»tacarfm' àt íorma ^discutível, como°f cSso/dò jlSStrS R.-

t™.""' q^e p.0,de r^1* com os mais cultos juizes do Trabalho"/-Também o Presidente do TST, Ministro Astolfo Serra, defendeu os classls-tas, ressaltando "os relevantes serviços que vêm prestando ai mlis.alto Sf»Sm inte_raPnt d! Tre"timlnando :a atitud« *»* W5S e &S fic^rSum integrante da Justiça especializada".n'. r?r..iUDe .ac°mPanham os julgamentos e as atividades do TST afirmam ou_,?o Í2Í.Tr:

* -S d°_ emPregados « empregadores _ no TST e no TRT da'p're_tSo»~E «fã ^m.M°intinUaÍ' Sf-nd0 resPeitad°s Pelos serviços que vêmSin, &F l- ,y™2 diBnos de toda a consideração e respeito" Rômulo

j r,mih_ rF-erreÍra Àa Costa' Portunato Peres Júnior. Raimundo S. J. J. Carvalho Júnior e Fiúza Lima, "para não dar os nomes de todos". I

COVEffiOS

Nao ha possibilidade de paralisação dos ce-miterlos da Guanabara — principalmente doscovelros — neste fim de semana. Os coveirosquerem receber da Santa Casa da Misericórdiaos atrasados referentes aos reajustamentos sa-larlais de 62 e 63, mas não pensam, pelo menospor enquanto, em suspender os sepultamento..

TRIGOHoje, às 17 lioras, reunião dos trabalhado-res na industria de trigo, milho, mandioca, mas-sas alimentícias e rações balanceadas da Gua-

!Jm_;ra_ ?eu,?indicato, que se encontra em di-dificuldades financeiras (sérias), quer elevar asmensalidades para um por cento do saláriomínimo regional.

presença de um representante do Ministro doTrabalho na sua posse é prova' bastante doprestígio com que conta Junto ao Sr. Arnaldo-Sussekind".

CANTORESEleito para a presidência da Sociedade dos.Artistas Líricos Brasileiros o Sr. Carlos Má-rio Chiapinotte, que pretende criar em dois'anos o Sindicato dos Artistas Liricos da Gua-nabara.

CURSO

METALÜRGICOSOs sete primeiros dias do novo reajusta-mento — 90 por cento - obtido pelos meta-lurgicos irão para os cofres do sindicato daclasse o «ajustamento começará a ser pagoa partir de 1 de agosto, com o salário mínimopiofiss onal de CrS 50 mil. Conseguiram, aindaos metalúrgicos, um reajustaniento salarial deacordo com as taxas de elevação do custo devida, desde que superiores a 20 por cento.

Terá início dia 8, com aula inaugural abMinistro Arnaldo Sussekind, o Curso de Edu-cação Cívico-Trabalhista, promovido pelo Ins--tituto Brasileiro de Cidadania e Adminstra-Jção — IBCA — em convênio com a ComissãoTécnica de Orientação Sindical do Ministé-. rio do Trabalho.

Para o curso, que terá a duração de 90:'dias, já estão inscritos dirigentes das Confe-.derações de trabalhadores no comércio e emtransportes marítimos. Sindicatos e federações,de desenhistas, vendedores viajantes e conduztores autônomos de veículos rodoviários tam-bém estarão representados nos cursos. Ainda'há tempo para as inscrições. Informações naComissão Técnica de Orientação Sindical —¦'7.° andar do Palácio do Trabalho.

ESTALEIROS RADIALISTASOs trabalhadores filiados ao Sindicato dosAux liares. Técnicos. Mestres e Artífices de Es-taielros Navais estarão reunidos, hoje às 17noras, em sua entidade. No encontro será pro-posto e votado o orçamento para 65.

MARÍTIMOSMarcado para o dia 17 um novo e últimoencontro dos marítimos, no Tribunal Superiordo Trabalho. Pleiteiam reequiparação aos ser-vidores autárquicas, tendo sido a cláusula 12de seu contrato coletivo anulada por solicita-

çao do Ministro da Viação ao Ministério doTrabalho.

Iniciada a campanha dos radialistas, po'r:um reajustaniento salarial de 100 por cento.'Ofícios nesse sentido estão sendo enviados pe-"lo sindicato aos empregadores. •"

REAJUSTAMENTO %Começa a vigorar a 2 de setembro o rea-

justamente de 100 por cento, obtido no Tri-"bunal Regional do Trabalho, pelos emprega-tios na administração escolar da Guanabara.

ENFERMEIROS

COMERCIÁRIOSEncontra-se em estudos na Diretoria daConfederação Nacional dos Trabalhadores noComercio, um plano de ação que visa a dinami-zar as relações daquela entidade com as fe-derações e sindicatos filiados, "a fim de nãopermitir a ingerência de organismos espúriosna alta política sindical do País". Acredita-se

que a medida é conseqüência dos desentendi-mentos havidos durante as eleições para osórgãos de cúpula da Previdência Social.

Marcada para o próximo dia 9 a posse danova diretoria do Sindicato Nacional dos En-"íermeiros da Marinha Mercante. Teremos co-'mo presidente o Sr. Mário Ramos Moreira.

JUIZ

PESCADORES

A isenção e o respeito aos candidatos comque agiu a presidência da mesa escrutinadora'durante as eleições para os órgãos de cúpula'da Previdência Social fizeram com que o Pro-'curador Mas do Rego Monteiro. Presidente-do Conselho Superior da Previdência So-.ciai, fosse cumprimentado por empregados e em-pregadores. Em todos os momentos, agiu com aserenidade de um juiz.

Por exigência do IBGE, o Sindicato dosPescadores da Guanabara está realizando umlevantamento de seu quadro social. O Presi-dente da entidade faz apelo aos associados emfalta com a secretaria, no sentido de que com-pareçam à sede do Sindicato, a fim de ser re-organizado o íichário.

REPERCUSSÃO

JORNALISTASO Sr. Luis Guimarães, Presidente reeleito

para o Sindicato dos Jornalistas Profissionaisda Guanabara, não crê na possibilidade de in-tervenção na entidade, achando "que a simples

Repercutiu favoravelmente nos meios sin~idicais a primeira audiência coletiva do Minis-'tro Arnaldo Sussekind com trabalhadores e re-presentántés de empregadores. Debates e in-.formações, predominando ferroviários, securi-tários, barbeiros, gráficos, metalúrgicos, te-lejráficos e trabalhadores no comércio arma-zenador, indústria de carnes, frios e laticínios..Anotamos também a presença do Sindicatodos Estivadores, que está ameaçado de inter-venção, e de uma delegação de operários dè'Santos, com problemas das indústrias meta1-1lurgicas, mecânicas e de material elétrico.

O QUE VOCÊ DEVE SABER1) O reajustaniento das

aposentadorias, por motivode alteração de salário ml-nimo, se faz pelo piso, istoé. pelo mínimo legal, querepresenta 70 por cento dosalário mínimo regional,atingindo a todos que rece-biam quantia inferior à es-tabelecida. Há, ainda, o rea-justamente móvel, calcula-do por meio de coeficientescorrespondentes ao iníciodos benefícios e ao valormensal da primeira presta-ção.

2) De acordo com a legis-

lação vigente, o seguradocom mais de sessenta anosde idade, em gozo de apo-sentadoria por invalidez, fi-ca isento de revisão de exa-mes médicos, tornando-se,portanto, o benefício pràti-camente definitivo e incan-celável.

3) O valor da aposenta-doria por tempo de serviçocorresponde a 80 por centodo salário de benefício, ouseja, da média das contri-buições verificadas nos úl-timos doze meses, para osegurado com 30 anos de

serviço, e de 100 por cen-to para os que contarem 35;'

4) A aposentadoria por'invalidez, superior a 5 anos,;é definitiva e incancelãvel,-.incluindo-se nesse tempo operíodo de auxilio-doença/

5) A contribuição em "dó-,

bro, feita pelo segurado de-sempregado, cessa quandoéle obtém novo emprego. Se"por acaso, nesse emprego,,passar a contribuir para ou-tro Instituto, os descontos"feitos serão, para todos os'efeitos, também compu-.tados. .„

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6 — S.0 Cad., Jornal do Brasil, Sexta-Feira, 4-9-64

Serviço de Utilidade Pública'lÊÊf

UTILIDADEPUBLICA

O Serviço de Utilidade Pública da RADIO JORNAL DO BRA-SIL-Banco de Crédito Real, convida as pessoas abaixo relacionadas,para virem buscar seus documentos perdidos. Podem ser procuradosna Avenida Rio Branco, 110 — 3.° andar.

DOCUMENTOS ENCONTRADOSMoacir Lopes de Melo, Antônio João Ribeiro Ferreira Mendes,

Paulo Kruger da Nóbrega, Virgílio Andronico de Negreiros, RomildaMaria do Nascimento, Sebastião João Nepomuceno, Antônio VitorioNoayais. Cami Hadid Nigri, João Luiz de Andrade Neto, Júlio Nunes,Ondina do Couto Neves, João Pereira das Neves, João Dale Neto, Or-lando Soares Netto, Oswaldo Nascifaiento, Ailton de Souza Novales,José Sabino do Nascimento, José Nunes do Nascimento, Pedro doNascimento, Guilherme Domingos das Neves, Haroldo Francisco doNascimento, Abigail do Lago Neri, Idallna Menezes Nicory, João Ri-beiro Neves, Luiz de França do Nascimento, Renato Demetrio doNascimento, Silvio Ferreira Netto, Raimundo Vieira do Nascimento.Waldlr Zacarias do Nascimento, Therezinha Ferreira Nobre, ManoelBatista Neto, José Antônio de Souza Netto, Antônio Benazio Neto,Maria da Conceição Nobrega, Milton Bandeira Nery, Odaléa ZilrfaMiranda do Nascimento, Raimundo Ribeiro Novato, José Amadeu cioNascimento, Akira Nishiguchi, Rogelio Nogueira, Osvaldo Nascimen-to, Celicia Baptlsta Nunes, Fernando Vaz Neves, Maria José do Nas-cimento, José Maria Gomes Netto, Oswaldo Gomes Noronha, Arlindodo Nascimento, Peirina Novelli, Manuel Antônio de Oliveira, Sebas-tião Costa de Oliveira, Marina Ribeiro Quinta e outra, Edivaldo No-nato de Oliveira, Cliveraldo de Oliveira, Hélio Gonçalves de Oiivei-ra, Cláudio Bernardino de Oliveira, Nilzo Carvalho de Oliveira, Eru-ande3 de Oliveira, João Nascimento de Oliveira, Osmar Gomes deOliveira, Domingos de Souza Oliveira, Osmar de Oliveira, Jorge Mes-quita de Oliveira, Walace S. Oliveira.

DOCUMENTOS PERDIDOS

Raul Pereira da Silva, Geraldo Gomes da Silva, Neusa BarrosoProbst, Mario Brasiliano da Silva, Conceição Cruz Amaral, Cecilia deOliveira, Helena Gomes da Silva, Dorival Aquilino, Elisabeth Nascin-to da Conceição. Luzimar Silveira dos Santos, Sidney Rocker, MarioRotbcrg, Delio Torreão Mendes Tavares, José Soares da Silva, Hum-berto Costa Ferreira, Alfredina Pereira de Sá, Nelson Antônio deCarvalho, Guilherme Parreira Horta, Florlano Bastos Ramos, M. A.Monteiro, José Vicente Gonçalves Arruda, Jaime Hurivitv, JoãoShort Paulo Roberto de Araújo Aguiar, Maria de Lourdes Navi, Josedos Soutos, Atencia, Robert Allen Kinnunen, Francisco Neves daSilva Hilda Celeste Estruc, Sidney Costa, Gildomar José Regis dosSantos Gentil Henrrigue da Silva, Paulo da Silva Rocha, Carlos Fa-Blindes Signoretti, José Domingos Damiano, Lauro Dornelles, HansGeottT, Elza Teber, Sebastião da Silva, Arlere Leão Mala, ManoelHenrique Amorim, Carlos Eugênio Penha do Carmo Lima, RobertoMachado da Rosa, Libero Luciano de Miranda, Manoel Antônio deOliveira Levi Dias Firme, Daniela Witkowska, Lázaro Umbelino deBrito José Rizk, Roman Sterbutch, Joffre Magalhães Santos, Fer-nando Simões Mateus, Audizio de Araújo Zelir.Xavier, Nilson Ma-chado Jean de Bremerker, Augusto César Henriques, Manoel Henn-oues Pio da Silva, Amália Veras de Castro, Cecilia Lemos Fonseca,Fortünato Azulay Ayton Ferreira, João Nascimento Freire, RubenNodden Pinto José Portela Coelho, Jorge Roumillac, Luiz BarbosaViana. José Augusto Estêves, Altair Gomes Tavares, Francisco PeresMartins, Joel José de Lima, Lucila Cota, Joaquim do Carmo José DdNegro Glselda Rios de Menezes e Souza Ferreira, Messias Asbtahan.S Schneeweiss, Mauro Reis Santiago, Eduardo^Moreira.SantosOriente Silveira, Jarbas Abreu, Ademar Soares da.Costa^AntônioJosé de Carvalho. José Atll de Araújo, João Ferreira da Silva, Bolssclaokv Alexandre de Paula, Adelino Soares de Souza. .

Re você encontrou estes documentos, favor entregar no Servi-co de utilidadePública-Banco de Credito Real. Avenida Rio Bran-co, 110 —3.° andar.

PESSOAS DESAPARECIDAS

Aleluia Camelo - 34 anos, branca .Alexandre Pobes -16

.branco, cabelos castanhos. Alvina Barbosa da Silva - Ehta• __ _.'„,. -_.,. AT.tnv.ir_ T.enncio de Souza — 41

cSse^3ÍmW^anos,

mã cabelo seSTea tánhos. Antônio Trajano de Moraes -

?2 anos, pardo olhos castanhos, cabelos grisalhos Bibiana Rosoi-60 anos, parda. Carlos Baar - engenheiro escultor de Volta Re-donda Carlos Francisco Carvalho Vila Nova - Cabo da Vila Mi-íi?« r,rmem Heliane de Abreu Dolentlni - 14 anos, branca, ca-bdos louro?"Dto I Barres"5 Motorista gaúcho Dejalma Rosemo!',,,„_ 7 anos moreno. Ednaldo Farias Torres - 21 anos,í^an o

"crbelosTastanhos. Elcio Fernando Betzler -.* anosivnnon alto Elenita Cascai — 40 anos, branca. Enio Jesus Mon-feiro - 2 W branco, cabelos e olhos castanhos. Errol JosephK«o7- 42 anos, preto, americano. Francisco Moreira Nunes -

2 Isl^anSaSensê: Gabriel Ruiz - Georgina Pires da Trm-Jade - GUbe to de Freitas - 22 anos, branco, cabelos castanhos.Saucl Maria Monteiro - 22 anos, branca, cabelos e.^os

Casto-nhos. Hélio Otaviano Galvão Filho - 18 anos, mulato. Irene Ale-xandrina dos Santos - 35 anos, preta. Irene Moreira Matos -

36 ans, branca, cabelos castanhos. Jamil <Chantusco de Morai* ~Tessi AÍves - 27 anos, pardo. Joana da Silva — João Grego Fi-

¦ Sio- 40 anos, branco. Jorge Amaro Ribeiro de Almeida -42anos nardo, cabelos e olhos castanhos. Jorge Couvmo -27 anos,branco! doente mental. José Afonso Lopes - português. JoseiAle-vandrino - 27 anos, moreno, cabelos e olhos castanhos Jose Ama-to do Santos - 47 anos, branco, cabelos pretos. Jose BaWomirodos Santos - 11 anos, branco, cabelos castanhos. Jose Gonçalvesda Cruz - José Joaquim Fernandes - 52 anos, branco. Jose Jus-tino de Souza - José Martins Espíndola - Jose Moreira dos San-tos - José Mota Barcelos - Jovam Alexandrino dos Santos - 40anos, preto. Léo Lourega - Lúcia Maria de Assis - 20 anos parda,cabe os e olhos pretos. Major Tocantins de Brito,— Manuel PinhoFilho - 36 anos, pardo. Margarida Nogueira - Maria Anunciaçãode Almeida — 27 anos, branca. Maria Augusto Loureiro — MariaTavares de Souza - 36 anos, parda. Maria Vitoria - 60 anos, por-tuguêsa. Mario Gomes Pimenta - 40 anos, branco. Mario Lean-dro Salatiel - mulato, mineiro. Miriam Santana de Paula - 28anos, mulata, cabelos e olhos pretos. Nair Cândida dos Reis _ NeaJurema Moreira dos Santos - 30 anos, branca. Nilton dos Santos— 28 anos, branco. Onésio Domingos - 30 anos, pardo, olhos cas-tanhos. Otávio Luiz - Paulina Souza de Jesus - 17 anos, parda.Paulo Roberto de Almeida - 14 anos, moreno, magro. PulcinaPires da Trindade - Renato Cezar Calado - 23 anos, branco. RosaPereira de Souza Nunes — 13 anos, loura de cabelos compridos.Ruth Soares de Almeida - 30 anos, branca. Sebastiana Nogueira_ 10 anos, branca. Silvestre Ramos de Moura - Tereza Cândidade Jesus da Silva — 27 anos, parda, cabelos e olhos pretos. TeiezaMoreira dos Santos - 25 anos, branca. Vicente de Albuquerque -médico. Vladir Lourenco - Zilda Ribeiro Leite -r 19 anos, parda,cabelos castanhos. Washington de Souza Baeta Neves - 17 anos,cabelos pretos retardado mental. Jorge Alberto dos Santos — Es-meralda Rodrigues Soares - 13 anos, branca, cabelos castanhos.

Se você souber do paradeiro destas pessoas ou for alguma deias,telefone para 22-1519, com urgência, ou venha pessoalmente aoServiço de Utilidade Pública da RÁDIO JORNAL DO BRASIL eBanco de Crédito Real, Avenida Rio Branco, 110, 3.° andar.

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A desobstrução das ruasda Cidade é hoje uma rea-lidade.

As medidas tomadas peloDepartamento de Trânsito,arbitrárias ou não, resolve-ram o tremendo problemaque afligia a motoristase pedestres, constituindo-seem preocupação constantepara as várias administra-ções.

Conhecíamos a capacida-de administrativa do Coro-nel Fontenele desde o tem-po da Secretaria de Trans-portes. Antes mesmo de serposto em prática qualquerponto desse nôvo plano, dis-semos, daqui, da certeza quetínhamos do sucesso dessaempreitada. E não estava-mos enganados,

O plano foi trazido para oterreno da prática e, ape-sar de multa gente fazerforça contra êle, em poucotempo os resultados positi-vos se faziam sentir e hoje,êle ai está totalmente vi-torioso.

Mesmo aqueles que, porforça da .comodidade e doegoísmo, o criticavam, hojedão o braço a torcer e jáo elogiam a cada passo.

Mas há ainda muita coi-sa a ser feita no que dizrespeito a trânsito, a movi-mentação de veículos. E hámesmo" medidas que preci-sam ser tomadas imediata-mente.

Nas imediações do Minis-

•tério da Guerra e Centraldo Brasil, por exemplo, acoisa se complica de tal ma-neira que chega mesmoa assustar. Forma-se umaenorme confusão de carrosentrando na Presidente Var-gas para seguir Visconde daGávea ou dobrar para o la-do da Central do Brasil. Sãoônibus que vão e que vemnaquele trecho e existem,ainda, os carros'que saemdo Ministério da Guerrapara os dois lados.

Isso tudo, feito em ordem,poderia dar certinho, semcomplicações, mas o brasi-leiro não tem paciência pa-ra isso. Não tem educaçãomesmo para acatar uma coi-sa dessas. E tudo se trans-íorma em bagunça. Tudovira anarquia.

Coronel Fontenele, vale apena perder alguns minutosqualquer tarde destas e iraté ali ver como aquilo está.

No Leblon, também, há ai-guns senões. Ruas transver-sais a Ataulfo de Paiva, DiasFerreira e General San Mar-tin passaram a ter mão úni-ca. Acontece que muitopouca gente respeita as pia-cas que foram colocadas eo que se vê é os que seguemas novas determinações, cor-rerem, ,constantemente, orisco de abalroamento pelosque entram na contramãode qualquer maneira, às vê-zes, em velocidade excessiva.

Merece, igualmente, umarevisão a questão dos pon-tos finais de ônibus coloca-dos, exatamente, nas esqui-nas das ruas" transversais,p r e j udicando, tremenda-mente, quem precisa atra-vessar a Ataulfo de Paiva.Acreditamos que isso sejada alçada do Departamentode Concessões mas, seriabom dar uma palavrinhacom o General Mandim por-que isso prejudica o planodc trânsito, trazendo gravesproblemas para o público.

Agora, embora bem noinicio da Operação-ZonaNorte, já se pode pensar emdar uma olhadela para aRua General Canabarro eestudar a possibilidade defazer a Rua Oto de Alencardar saída para a Rua Mo-rais e Silva,, já que é a pri-meira perpendicular à direi-ta numa rua de mão únicae, parece-nos mais plausívelque ela dê saída e não en-trada para General Cana-barro. Será bom lembrarque a Rua Luis Gama —primeira perpendicular à es-querda — dá entrada paraCanabarro.

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