centros multimédia comunitários em moçambique: um mapa

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1 New Mine Lab New Media in Education Lab Università della Svizzera italiana Via Giuseppe Buffi 13 CH – 6904 Lugano, Switzerland (w) http://www.newmine.org/ (t) +41 (0)58.666.4674 (f) +41 (0)58.666.4647 Centros Multimédia Comunitários em Moçambique: um mapa Editado por: Isabella Rega, Lorenzo Cantoni Pesquisado por: Sara Vannini, Salomão David, Alexandre Baia, Gertrudes Macueve Sumário executivo Os Centros Multimédia Comunitários (CMCs) em Moçambique foram implantados durante a década de 90, representam o modelo mais comum de acesso público às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no país. Este relatório apresenta um breve historial e tipologia dos CMCs em Moçambique, bem como um mapa atualizado contendo o número de CMCs existentes e a sua localização geográfica. Por fim, descreve pormenorizadamente uma amostra de dez (10) CMCs, um por cada província do país. A descrição pormenorizada foca-se nos seguintes elementos: Contexto, conjunto de serviços, instrumentos técnicos, o grupo de pessoas que administra o CMC e o grupo de pessoas que os utiliza. As informações utilizada para elaboração deste relatório foi colhida durante os meses de Março e Abril de 2011, no âmbito do trabalho de campo do projeto RE-ACT (Representações sociais dos centros multimédia comunitários e ações de melhoria), um projeto de pesquisa e desenvolvimento executado pelo NewMinE Lab (Laboratório NewMinE da Universidade de Lugano, Suiça), em colaboração com o Centro de Estudos Africanos (CEA) e o Departamento de Matemática e Informática (DMI) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Maputo, Moçambique. Este relatório é dirigido a pesquisadores e profissionais na área de tecnologias de informação e comunicação para desenvolvimento (ICT4D), bem como as pessoas ligadas a implementação de politicas ligadas as TICs. Maio 2013 Ver. 1.1

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New Mine Lab New Media in Education Lab

Università della Svizzera italiana Via Giuseppe Buffi 13 CH – 6904 Lugano, Switzerland

(w) http://www.newmine.org/ (t) +41 (0)58.666.4674 (f) +41 (0)58.666.4647

Centros Multimédia

Comunitários em

Moçambique:

um mapa

Editado por:

Isabella Rega, Lorenzo Cantoni

Pesquisado por:

Sara Vannini, Salomão David, Alexandre Baia, Gertrudes Macueve

Sumário executivo

Os Centros Multimédia Comunitários (CMCs) em Moçambique foram

implantados durante a década de 90, representam o modelo mais comum de

acesso público às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no país.

Este relatório apresenta um breve historial e tipologia dos CMCs em

Moçambique, bem como um mapa atualizado contendo o número de CMCs

existentes e a sua localização geográfica. Por fim, descreve pormenorizadamente

uma amostra de dez (10) CMCs, um por cada província do país. A descrição

pormenorizada foca-se nos seguintes elementos: Contexto, conjunto de serviços,

instrumentos técnicos, o grupo de pessoas que administra o CMC e o grupo de

pessoas que os utiliza.

As informações utilizada para elaboração deste relatório foi colhida durante os

meses de Março e Abril de 2011, no âmbito do trabalho de campo do projeto

RE-ACT (Representações sociais dos centros multimédia comunitários e ações

de melhoria), um projeto de pesquisa e desenvolvimento executado pelo

NewMinE Lab (Laboratório NewMinE da Universidade de Lugano, Suiça), em

colaboração com o Centro de Estudos Africanos (CEA) e o Departamento de

Matemática e Informática (DMI) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM),

Maputo, Moçambique.

Este relatório é dirigido a pesquisadores e profissionais na área de tecnologias

de informação e comunicação para desenvolvimento (ICT4D), bem como as

pessoas ligadas a implementação de politicas ligadas as TICs.

Maio 2013

Ver. 1.1

2

ACRÓNIMOS

CAICC Community Information and Communication Support Centre

CIUEM Center of Informatics of Eduardo Mondlane University

CMC Community Multimedia Centre

FORCOM Mozambique National Forum of the Community Radios

ICS Institute of Social Communication

ICT Information and Communication Technology

MCT Ministry of Science and Technology of Mozambique

MEGCIP Mozambique eGovernment and Communications Infrastructure Project

NGO Non-Governmental Organizations

PAV Public Access to ICTs Venues

RE-ACT Social REpresentations of community multimedia centres and ACTions for improve

ment

SDC Swiss Agency for Development and Cooperation

SNSF Swiss National Science Foundation

STIFIMO Programme of Cooperation in Science, Technology and Innovation between Finland

and Mozambique

TDM Telecommunications of Mozambique

UEM University Eduardo Mondlane

UNESCO United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

UNDP United Nations Development Programme

UTICT ICT Policy Technical Implementation Unit in Mozambique

A longo do relatório os preços são expressados em Meticais (Mzn). 1 Mzn corresponde a 0.037 USD o a 0.027

EU (esta conversão foi efetuada no website www.ec.europa.eu no dia 21 Novembro de 2011).

CONVERSOR DE MOEDA

Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada

Tem o direito de:

Compartilhar — reproduzir, distribuir e transmitir o trabalho

De acordo com as seguintes condições:

Atribuição: Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, conquanto

que deem créditos devidos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.

Uso Não comercial: Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que

sejam para fins não-comerciais.

Não a obras derivadas (ND): Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar apenas cópias exatas da obra, não podendo

criar derivações da mesma.

No entendimento de que:

Renúncia—Qualquer uma das condições acima pode ser renunciada pelo titular do direito de autor ou pelo titular dos direitos

conexos, se obtiver deste uma autorização para usar o trabalho sem essa condição.

Domínio Público—Quando a obra ou qualquer dos seus elementos se encontrar no domínio público, nos termos da lei aplicável,

esse estatuto não é de nenhuma forma afetado pela licença.

Outros Direitos— A licença não afeta, de nenhuma forma, qualquer dos seguintes direitos:

Os seus direitos de "uso legítimo" (fair dealing ou fair use) concedidos por lei, ou outras exceções e limitações

aplicáveis ao direito de autor e aos direitos conexos;

Os direitos morais do autor;

Direitos de que outras pessoas possam ser titulares, quer sobre o trabalho em si quer sobre a forma como este é usado,

tais como os direitos de publicidade ou direitos de privacidade.

Aviso— Em todas as reutilizações ou distribuições, tem de deixar claro quais são os termos da licença deste trabalho. A melhor

forma de fazê-lo é colocando um link para esta página.

Fonte: creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/deed.pt

3

Este relatório foi elaborado tendo como base em

visitas de campo efetuadas, em todas as províncias

de Moçambique. As visitas realizadas tinham como

objetivo colher dados no âmbito do projeto RE-

ACT (representações sociais dos centros

multimédia comunitários e ações de melhoria -

www.react-project.ch), financiado pela Swiss

National Science Foundation (SNSF) e a Agência

Suíça para o Desenvolvimento e Cooperação

(SDC).O objetivo do projeto RE-ACT é investigar e

conceptualizar como Centros Multimédia

Comunitários (CMCs) em Moçambique são

percebidos por diferentes atores: agências que

preludiaram os CMCs, as associações que gerem os

CMCs, os agentes locais, os usuários e não-

usuários. Os resultados desta investigação,

permitirão que diferentes ações de melhoria

visando melhorar o desempenho dos CMCs

envolvidos no projeto tenham lugar. O projeto RE-

ACT é uma colaboração entre a Universidade de

Lugano (NewMinE Lab - Laboratório de Novas

Mídias na Educação) e a Universidade Eduardo

Mondlane (Departamento de Matemática e

Informática e do Centro de Estudos Africanos), que

começou em novembro de 2010, e termina em

outubro 2013.

Os pesquisadores que participaram das visitas de

campo acima mencionados são: Dr. Alexandre Baia

(Centro de Estudos Africanos da Universidade

Eduardo Mondlane), Dr. Gertrudes Macueve

(Departamento de Matemática e Informática da

Universidade Eduardo Mondlane), a Dra. Isabella

Rega, Sara Vannini e Salomão David (NewMinE

Lab , Universidade de Lugano).

Entre os meses de março e abril de 2011, a equipe

do Projeto RE-ACT realizou três viagens distintas a

cada zona de Moçambique. As províncias do sul do

país (Inhambane, Gaza e Maputo), ao centro (Tete,

Manica, Sofala e Zambézia) e para as províncias do

norte (Cabo Delgado, Nampula e Niassa). Este

relatório apresenta um breve historial e tipologias

de locais de acesso público às Tecnologias de

Informação e Comunicação (TIC) existentes em

Moçambique. Em seguida, é fornecido um mapa

dos CMCs no país (até Agosto de 2011) e,

finalmente, um olhar pormenorizado a uma

amostra de 10 CMCs, um por cada província do

país.

INTRODUÇÃO O CENÁRIO

Nesta secção definiremos telecentro, locais de

acesso publico as TICs, Centro multimédia

comunitário e Vilas do milénio. Apresentaremos

também um breve sumário sobre os CMCs

existentes em Moçambique.

TELECENTROS E OUTROS LOCAIS PUBLICOS DE ACESSO AS TICs

Um telecentro é um local público que providência

acesso às Tecnologias de Informação e

Comunicação (TICs), de entre elas computadores,

internet, fax, fotocopiadoras, e formação no uso

das TICs. A principal vocação dos Telecentros é

providenciar acesso às TICs com vista a apoiar o

acesso a informação sobre educação, saúde,

oportunidades económicas as comunidades onde

os Telecentros estão instalados. Os Telecentros

começaram a ser implantados internacionalmente

a vinte cinco (25) anos atrás, apenas recentemente

começaram atrair a atenção de pesquisadores

(REGA, 2010).

Durante a sua existência os Telecentros têm

recebido várias designações no mundo tais como:

locais de acesso público às TICs, centros de

informação, centros comunitários de tecnologias,

centros multimédia comunitários, centros

comunitários e ou locais de acesso público as TICs .

A Organização das Nações Unidas para a Educação,

Ciência e Cultura (UNESCO) criou o modelo dos

CMCs em 2001. A implementação deste projeto foi

apoiado pelo Programa de Cooperação Suíço

(SDC), desta parceria cerca de quarenta (40)

CMCs foram instalados em quinze(15) países em

vias de desenvolvimento.

Os Centros Multimédia Comunitários são uma

tipologia particular de Telecentros, estes possuem

o Telecentro e a componente de rádio comunitária.

A rádio geralmente transmite os seus programas na

língua local da região onde está instalada e na

língua oficial, neste caso especifico de

Moçambique, a língua portuguesa.

Esta visão de Telecentros permite que a informação

chegue à todos os quadrantes da população que

reside em volta do CMC, permite que serviços

sejam providos a comunidade de acordo com os

seus anseios e necessidades (UNESCO, 2004).

4

Fórum Nacional das Rádios Comunitárias

(FORCOM) e o Instituto Nacional de Tecnologias

de Informação e Comunicação (INTIC).

O FORCOM e o CAICC são intervenientes ativos na

organização de cursos para as rádios comunitárias,

enquanto que o INTIC, é uma instituição tutelada

pelo Ministério da Ciência e Tecnologia com o

mandato de supervisionar e implementar as

políticas de TICs e o Governo Electrónico em

Moçambique.

Desde 2009 que o Instituto de Comunicação Social

implementa CMCs em Moçambique. Recentemente

o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

institucionalizou um novo modelo de CMCs, que de

momento estão sendo financiados pelo programa

Science, Technology and Innovation between

Finland and Mozambique (STIFIMO) e o Banco

Mundial com o apoio do Governo local onde estes

CMCs são implantados.

De acordo com MCT, serão estabelecidos 45 CMCs

dentro de 3 anos . O objetivo final do projeto é

implementar novos CMCs para prover acesso às

TICs nos 128 distritos do país nos próximos anos.

UMA ACTUALIZAÇÃO DOS LOCAIS DE

ACESSO PUBLICO AS TICs EM

MOÇAMBIQUE

Nesta secção apresentamos o mapa de CMCs e

outros locais de acesso às TICs em funcionamento

no país, deste mapa não constam os internet-cafés,

cybercafés, escolas e outras instituições de acesso

as TICs.

As escolas e outras instituições com acesso as TICs

não constam pelo facto de não serem locais que

qualquer grupo social da comunidade possa ter

acesso as TICs. Na escola pode ter acesso as TICs

apenas estudantes da escola. Os internet-cafés em

especial constituem uma realidade efêmera, que

não dura muito tempo, isto é, abrem um dia num

local e fecham para reabrir noutro, por isso não

foram considerados pelas dificuldades em localizar

geograficamente os mesmos.

O número total de PAVs no pais e de 42 locais

divididos da seguinte forma: 34 CMCs; 6 Vilas do

Millennium; 2 Telecentros.

Outra tipologia relevante de acesso as TICs em

Moçambique são as Vilas do Milénio, uma

iniciativa que explora um modelo focado em apoiar

as comunidades rurais, combinando meios locais

sustentáveis e os avanços na ciência e tecnológica

(MCT, 2009).

A história dos CMCs em Moçambique esta

diretamente ligada ao aparecimento das primeiras

rádios comunitárias no país durante os anos 90,

quando o primeiro estudo de fisibilidade para

instalação de dois Telecentros em dois distritos

( Manhiça e Namaacha), na Provincia de Maputo

teve lugar. Em consequência deste estudo foram

implantados dois (2) Telecentros, inaugurados em

1999, por iniciativa do Centro de informática da

Universidade Eduardo Mondlane (CIUEM)(MCT,

2009).

Os anos 90, viram também o surgimento das

primeiras rádios comunitárias no país, que foram

instaladas pelo Instituto de Comunicação Social

(ICS), a igreja católica, a UNESCO e organizações

não governamentais. Em 2000, o conceito de

centro multimédia comunitário começou a ganhar

extensão, e as novas rádios comunitárias foram

instaladas em locais onde já existia um Telecentro.

Em 2001, quatro (4) Telecentros foram instalados

nas províncias de Manica e Gaza, e a sua gerência

entregue as associações locais (UNESCO, 2004)

Desde 2004, Moçambique participou da fase de

difusão dos centros multimédia comunitários

promovido pela UNESCO (Moiana, 2007).

Em 2006 o centro de apoio à informação e

comunicação comunitária (CAICC) foi criado com

apoio financeiro da UNESCO e a UNDP. CAICC é

um projeto piloto gerido pelo Centro de

Informática da Universidade Eduardo Mondlane

(CIUEM) com o objetivo de coordenar, apoiar e

contribuir para educação dos centros multimédia

comunitários e rádios comunitárias. CAICC é

agora suportado pelo telecentro.org, um programa

que sustém o estabelecimento e sustentabilidade

dos Telecentros.

Existem outros intervenientes importantes no

estabelecimento dos CMCs nomeadamente o

CMCS EM MOÇAMBIQUE

5

Sul: Chókwè, Chicualacuala, Manjacaze,

Mabote, Massinga, Morrumbene, Bairro

Bagamoyo, Manhiça, Matola, Moamba, Na-

maacha, Xinavane.

Centro: Catandica, Sussundenga, Dondo,

Chitima, Macanga, Mutarara, Alto Molócuè,

Milange, Quelimane.

Norte: Chiúre, Muidumbe, Nacedje/

Macomia, Mpharama/Balama, Angoche,

Ilhade Moçambique, Iuluti, Monapo, Ribáuè,

Cuamba,Mandimba, Mecanhelas, Metangu-

la.

Após o mapeamento dos CMCs existentes no país,

foram selecionados 10 (1 em cada província) para o

trabalho de campo do projeto RE-ACT. A seleção

dos CMCs foi efetuada de acordo com nos seguintes

critérios: Localização; Proprietário; Ano de

estabelecimento e a variedade de serviços

oferecidos. A tabela número dois (2) apresenta o

número de computadores, cobertura do sinal da

rádio, disponibilidade de internet e número de

funcionários dos 10 CMCs.

É importante salientar que somente dois (2) CMCs

dos visitados tem acesso a internet, os CMCs no Sul

de Moçambique possuem um maior número de

computadores, funcionários e cobertura da radio

em relação aos do Norte e Centro do país.

Tabela 2– CMCs em Moçambique número de computadores, cobertura da radio, internet e voluntarios.

Tabela 1 - PAVs em Moçambique e sua distribuição

Abaixo o mapa dos CMCs existentes em

Moçambique e a sua localização.

Ilustração 1 - Mapa dos CMCs em Moçambique.

O mapa mostra todos CMCs existentes em Moçambique: Os

pintados em vermelho são os escolhidos para a nossa amostra.

O mapa esta disponível em URL: http://g.co/maps/mhjp foi

atualizado em Augusto 2011.

UM OLHAR AOS 10 CMCS

6

telenovelas), para a comunidade. O CMC tem 4

computadores no telecentro, 1 na secretaria

( também usado para o público para digitação de

documentos), 1 computador na sala de emissão e

um último na sala do coordenador.

Estes computadores usam sistema operativo

Windows 2000 e Microsoft office 2003. CDs de

enciclopédias sobre saúde, atlas geográfico,

vocabulário doados pelo CAICC também estão

disponíveis para consulta.

Um bom número de voluntários foi recentemente

recrutado, devido aos prévios voluntários terem

trocado o CMC pela rádio comunitária de

Gwevhane. Maior parte dos usuários são jovens

estudantes, cujo serviço que mais procuram são

fotocópias. Os professores das escolas onde o CMC

foi implantado e escolas vizinhas, atendem cursos

de informática no CMC. Outro grupo que visita o

CMC são homens e mulheres, para assistir

televisão no CMC.

CHÓKWÈ (GAZA) Chokwè localiza-se à 230 km da cidade de Maputo

e possui uma população de 183 531 habitantes

(INE, 2007).Chókwè é uma área agrícola que se

situa no sul do Rio Limpopo. Nesta região, maior

parte dos homens migram para outras regiões,

sendo um dos maiores destinos a África do Sul a

procura de melhores condições de vida para as suas

famílias.

Ilustração 3 - O CMC de Chókwè

A Associação Rural de Ajuda Mútua tem gerido o

CMC de Chókwè desde a sua implantação em 2005,

a diferença entre este CMC e os outros parta da

amostra é a distancia física entre o CMC e a

localização da associação, esta fica a sensivelmente

40 minutos de Chókwè.

XINAVANE (MAPUTO) Xinavane é uma vila no distrito da Manhiça,

província de Maputo e localiza-se a 90 km à norte

da cidade de Maputo. Esta vila possui uma

população de 157 642 habitantes (INE, 2007), a

vila é famosa pela fábrica de açúcar lá instalada e

gerida pela Tongaat Hulett Sugar. A fábrica de

açúcar é um parceiro importante do CMC, pois,

grande parte dos funcionários da açucareira

beneficiam dos serviços do CMC. O CMC recebe da

açucareira em troca pelos serviços, eletricidade e

outras benfeitorias.

Ilustração 2 - O CMC de Xinavane

Para além do sinal da Rádio Comunitária de

Xinavane, o distrito recebe também o sinal da rádio

Moçambique e da rádio Gwevahane. Esta última é

vista como uma rádio concorrente pelos

colaboradores do CMC de Xinavane.

O CMC de Xinavane foi fundando em 2005 e

confiada sua gestão a Associação Juvenil para o

Desenvolvimento da Comunidade (AJUCOM).

O CMC de Xinavane localiza-se no pátio de uma

escola. Este CMC oferece formação em pacotes de

Microsoft Office ( Word, Excel, Power Point), no

valor de 2600 meticais, este curso tem uma

duração de dois (2) meses. As aulas são

ministradas de segunda a sexta feira durante duas

(2) horas por dia.

A rádio comunitária transmite em Português e xi-

changana, oferece serviços de carácter informativo,

anúncios, perdidos e achados, e as suas emissões

ocorrem desde o período da manhã até ao

anoitecer. Outros serviços como fotocópias,

impressões e digitação de documentos são

cobrados por página. Na entrada do CMC existe

uma televisão (transmite noticias, desporto e

7

O CMC possui 6 computadores, dos quais 3

computadores de mesa e 1 computador portátil

estão na sala de formação, 1 está na estação da

rádio comunitária e o outro na recepção, este

último usado pela secretária do CMC para digitar

documentos.

O CMC de Chókwè oferece cursos de formação

Microsoft Office (Word, Excel, internet) á 600

meticais, durante três (3) meses e duas (2) horas

por dia de segunda à sexta-feira. A Rádio

Comunitária, o seu raio de emissão cobre um terço

(1/3) da área de Chókwè e funciona desde as

primeiras horas da manhã até à noite. Estão

também disponíveis no CMC de Chókwè serviços

de fotocópias, impressão, fax e digitação de

documentos.

Na altura da visita, o CMC havia alterado a gestão

do CMC, passando a ser gerido por um (1)

coordenador diretamente envolvido nas atividades

da rádio e do telecentro, uma (1) secretária, um (1)

segurança e quatro (4) voluntários para a rádio e

para o telecentro. Os utilizadores do CMC são

maioritariamente adolescentes e adultos que

aparecem de vez em quanto, muitos destes vêm

solicitar serviços de digitalização.

MORRUMBENE (INHAMBANE) Morrumbene, é uma vila na província de

Inhambane, situada a 450 km da cidade de

Maputo, na Estrada Nacional N1. Esta vila possui

124 436 habitantes (INE, 2007). As sua fontes de

receitas são a agricultura, pesca e turismo.

O CMC de Morrumbene foi fundado em 2012 pelo

Ministério da Ciência e Tecnologia e é gerido pela

Associação Juvenil “a Chama”. Este é parte do

“novo modelo” dos CMC no país.

Ilustração 4 - O CMC de Morrumbene

O CMC de Morrumbene oferece formação em

Microsoft Office ao custo de 800 Meticais, por três

(3) meses, durantes duas (2) horas ao dia de

segunda a sexta-feira.

Os programas da Rádio são transmitidos na língua

Portuguesa e xi-changana. O CMC cobre serviços

de notícias, seminários, internet café e cinema

durante o fim-de-semana.

Aquando da nossa visita haviam sido adquiridos

novos computadores e software . Dos dezesseis (16)

computadores existentes, 12 encontram-se na sala

de formação, dois (2) para acesso público à internet

e serviços de informação multimédia, um (1) na

rádio e um (1) na sala do coordenador.

O Sistema Operativo instalado nos computadores

do CMC de Morrumbene é o Windows XP, e o

Microsoft Office 2003. Existem também neste

CMC, CDs como enciclopédias de saúde, atlas e

dicionários.

O CMC de Morrumbene possui um total de catorze

(14) voluntários. Estes voluntários são membros da

Associação Juvenil “a Chama”. Os utilizadores do

CMC de Morrumbene são maioritariamente

estudantes e funcionários do Governo.

DONDO (SOFALA) Dondo é um Distrito da província de Sofala e

possui uma população de 77 532 habitantes (INE,

2007). A maior atividade económica do distrito é a

agricultura.

O CMC de Dondo foi fundado em 2004 e é gerido

pela Associação dos Serviços Comunitários de

Sofala.

Ilustração 5 - O CMC de Dondo

Em Março de 2011, o CMC iniciou a atividade de

formação em TICs com 3 computadores

oferecidos pela UNESCO.

8

O CMC providencia serviços de informação,

necrologia e anúncios. O CMC aluga tempo de

antena as instituições do distrito de Dondo.

O CMC também oferece serviços como fotocópias a

um preço relativamente baixo em relação aos

comerciantes locais.

O CMC possui 30 voluntários. Os seus utilizadores

são maioritariamente estudantes e o serviço mais

solicitado são as fotocópias.

Os estudantes da Escola Secundária de Maçaroque

estão organizados de modo que o chefe de cada

turma é responsável por fazer cópias dos seus

colegas de turma.

SUSSUNDENGA (MANICA)

Sussundenga é um distrito da Província de Manica,

com uma população de 128 866 habitantes (INE,

2007) ,cuja principal atividade económica é a

agricultura. Fundado em 2001, o CMC de

Sussundenga é gerido pelo Instituto de

Comunicação Social. O telecentro oferece cursos de

informática, principalmente o uso de pacotes de

Microsoft Office ( Word, Excel) com duração de

dois (2) meses, durante duas (2) horas por dia , de

segunda à sexta-feira.

A rádio Comunitária transmite os seus programas

em Português, Chiuté e Chamanhica desde as

primeiras horas da manhã até a noite.

Ilustração 6 - O CMC de Sussundenga

A rádio oferece serviços de informação, anúncios,

aluguer de espaço de antena, educação cívica e

aconselhamento para prevenção de doenças

sexualmente transmissíveis. De referir que esta

rádio Comunitária transmite programa da Rádio

Moçambique e Televisão de Moçambique.

O CMC também providencia serviços de fotocópias,

fax, bens alimentícios, e brochuras. O CMC possui

9 computadores, dos quais 6 são usados para a

formação e os restantes 2 são usados pela rádio

para realizar os programas e o outro está alocado a

sala do gestor do CMC.

O CMC possui um efetivo permanente de 6

funcionários com idades compreendidas entre 30 e

40 anos contratados pelo Instituto Nacional de

Comunicação Social. Deste efetivo, 4 são técnicos e

2 são seguranças do local. Para além destes,

existem 30 voluntários que trabalham no local.

Devido à heterogeneidade dos serviços oferecidos

no CMC várias são as pessoas tendem a visitar o

CMC.

CHITIMA (TETE)

O CMC de Chitima localiza-se no distrito de Cahora

Bassa, na província de Tete próximo do Lago

Cahora Bassa, o quarto maior lago artificial em

África e o mais importante para a produção de

energia na África Austral. Este distrito possui uma

população de 86 641 habitantes (INE, 2007).

A maior atividade económica desta região do país é

a produção de energia elétrica, seguido da

agricultura e pesca artesanal.

O CMC de Chitima possui uma rádio Comunitária,

que transmite programas em Português e Nhongue.

O CMC de Chitima possui uma rádio Comunitária,

que transmite programas em Português e Nhongue.

A rádio cobre somente a área do Vale de Chitima.

Durante o dia a rádio tem intervalos de duas horas

por cada duas horas de trabalho, durante estes

intervalos de duas (2) são oferecidos serviços de

fotocópias.

Ilustração 7 - O CMC de Chitima

9

A rádio cobre somente a área do Vale de Chitima.

Durante o dia a rádio tem intervalos de duas horas

por cada duas horas de trabalho, durante estes

intervalos de duas (2) são oferecidos serviços de

fotocópias.

O CMC de Chitima tem problemas de energia

devido a deficiente instalação de rede eléctrica, não

podendo oferecer múltiplos serviços em simultâneo

à comunidade. O CMC também providencia água

potável à comunidade.

No CMC existem 4 computadores doados pela

UNESCO, que em Março de 2011 não foram usados

devido à oscilações de energia.

O CMC de Chitima funciona com 13 voluntários

que trabalham na rádio. Os maior grupo que utiliza

os serviços do CMC são estudantes da comunidade

que procuram por serviços de fotocópia.

QUELIMANE (ZAMBEZIA) Quelimane é a capital da província da Zambézia a

quarta maior província do país. Localiza-se a 25 km

do rio dos Bons Sinais. Quelimane possui uma

população de 192 876 habitantes (INE, 2007).

Em 1998, a igreja católica fundou a rádio, durante

o ano de 2006 em cooperação com a UNESCO, foi

implantado o telecentro e a sua gestão confiada a

Paróquia local.

Ilustração 8 - O CMC de Quelimane

O CMC de Quelimane está localizado no primeiro

andar da Escola Primária São Carlos Luanga, onde

duas (2) salas de aulas são usadas para rádio e

telecentro.

O CMC oferece cursos de informática dos pacotes

de Microsoft Office (Word, Excel, Power Point),

que duram 2 meses, e têm lugar 2 horas por dia de

segunda a sexta-feira. O CMC também oferece

formação em rádio, cobrindo as áreas de

jornalismo, técnicas de entrevistas e elaboração de

relatórios.

O CMC possui 5 computadores, dos quais 4 são

para a formação e um para a rádio. Os

computadores existentes tem instalado o sistema

operativo Windows XP e office 2003.

O CMC possui 2 coordenadores e 12 voluntários.

Destes, um deles é proveniente de um CMC de um

distrito vizinho.

Da paróquia local, duas irmãs são responsáveis

pelo CMC.

Os utilizadores são maioritariamente graduados da

escola secundária que enquanto esperam entrar na

Universidade vão aumentado o seu nível de

conhecimento fazendo cursos de informática.

CHIURE (CABO DELGADO) Chiure é um distrito da província de Cabo Delgado,

norte de Moçambique, possui uma população de

230 044 habitantes (INE, 2007). A vila situa-se

junto à estrada que vem de Pemba, capital da

província de Cabo- Delgado. Chiure é conhecida

por ser rica em recursos minerais.

O CMC oferece cursos básicos de informática na

ótica de utilizador, todos pacotes de Microsoft

Office, exceto o Power Point. Os cursos são

ministrados durante à noite, e tem duração de 3

meses, duas (2) horas diárias de segunda à sexta-

feira.

A parte do telecentro disponibiliza computadores

para a digitalização de documentos. Os voluntários

do CMC permitem que pessoas sem meios usem os

computadores de graça. O CMC também oferece

serviços de fotocópias e impressão de documentos.

Ilustração 9 - O CMC de Chiure

10

A rádio Comunitária transmite programas em

Português e em Emakhuwa, anúncios, necrologia,

publicidade e aluga o tempo de antena para a

televisão nacional.

O CMC tem 6 computadores que funcionam

plenamente para uso público e um para o estúdio

da rádio. O sistema operativo instalado nestes

computadores é Windows XP.

O CMC tem 9 funcionário a trabalhar em pleno,

com idades compreendidas entre os 35 e 45 anos

de idade, e 19 voluntários constituído

maioritariamente de adolescentes e jovens.

Constituem utilizadores frequentes do CMC

agricultores, estudantes e funcionários de estado.

ILHA DE MOÇAMBIQUE (NAMPULA) A Ilha de Moçambique se localiza na província de

Nampula, no norte de Moçambique entre o canal

de Moçambique e a Baía de Mossuril. A ilha possui

uma população de cerca de 14 000 habitantes

(INE, 2007). A ilha faz parte do património

mundial, é conhecida por turistas internacionais.

A ilha tem uma longa história e foi à primeira

capital de Moçambique. Esta ilha atrai ONGs e

associações internacionais e turismo pela sua

beleza e facilidades no acesso a acomodação,

transporte e alimentação.

Ilustração 10- O CMC de Moçambique

Existem várias associações na ilha que oferecem

cursos básicos de uso de computadores à

comunidade. Fazem parte destas associações, as

vilas do Milénio que estão dentro e fora da ilha, o

projeto “Oceano” para jovens, SAMANI uma ONG

italiana e a empresa telecomunicações de

Moçambique (TDM).

O CMC da Ilha de Moçambique foi fundado em

2007 e é gerido pela associação dos amigos da Ilha

de Moçambique. Durante a visita do RE-ACT não

havia nenhum computador funcional no CMC.

O gestor usava o seu próprio laptop para Digitar

documentos e às vezes para enviar e-mails em

beneficio da comunidade, gravar CDs, trabalhos

gráficos, vídeos e editar fotografias. De acordo com

o coordenador o CMC está sem computadores há 2

anos.

O CMC oferece serviços de fotocópia, digitação de

documentos e acesso à conteúdos multimédia. O

telefone fixo deste CMC não funciona porque a

linha foi cortada devido a falta de pagamento.

A rádio Comunitária do CMC On‘hipiti transmite

os seus programas em português e Emakhuwa

desde as primeiras horas da manhã até à noite,

com um intervalo de duas horas durante o dia. A

rádio comunitário possui somente um computador

que tem instalado o sistema operativo Windows XP

para realizar os seus programas. Na altura da nossa

visita a UNESCO acabava de oferecer mais 3

computadores à rádio dos quais um estava

destinado para uso da comunidade. O CMC tem um

total de 16 voluntários que trabalham na rádio.

Os seus utilizadores são maioritariamente

estudantes e moradores da ilha que necessitam de

serviços de fotocópias.

CUAMBA (NIASSA)

Cuamba é uma cidade no distrito da província de

Niassa localizada a norte de Moçambique, no

Noroeste do Monte Namuli. Encontra-se no

cruzamento da linha férrea de Nacala Porto (o

principal porto comercial no Norte de

Moçambique) e da cidade de Nampula (a maior

cidade do Norte do país), o que torna a este ponto

um local importante para o comércio e as pessoas

movimentos. Cuamba possui uma população de 56

801 habitantes (INE, 2007). Em Cuamba está

localizada a Faculdade de Agricultura da

Universidade Católica de Moçambique.

Para além do CMC, o distrito possui 2 telecentros

na cidade que pertencem a TDM e a Igreja Católica.

O CMC de Cuamba foi fundado em 2006 e foi

confiada à associação da rádio comunitária de

Cuamba para a sua gestão. O CMC oferece cursos

básicos de informática, os pacotes da Microsoft

Office (Word, Excel, PowerPoint) e Internet que

custam 1000 Meticais, duram 3 meses e decorrem

de segunda à sexta durante 2 horas.

11

Ilustração 11 - O CMC de Cuamba

Esta rádio comunitária transmite programas em

Emakhuwa, Chinyanja e Português, desde as

primeiras horas da manhã até à noite. A rádio

comunitária oferece cursos de jornalismo

radiofónico para os seus membros e hospeda o

sinal da rádio e televisão nacional .

Os outros serviços oferecidos são fotocópias,

impressão, encadernação e fax. O CMC também

oferece cursos de línguas para ajudar a manter a

rádio comunitária sustentável.

O CMC de Cuamba possui 5 computadores,

distribuídos do seguinte modo: 1 na recepção, um

na sala do coordenador, 2 para a formação e 1 para

a rádio comunitária.

Apenas um computador está ligado à internet para

evitar que os estudantes se desconcentrem durante

a formação. Na altura da visita o CMC havia

recebido mais equipamento da UNESCO e

CAICC, mas ainda não haviam instalado. O

presidente da associação é uma mulher sueca que

vive em Cuamba e o resto dos membros da

associação são moçambicanos. Os utilizadores do

CMC são na sua maioria estudantes e professores

de Cuamba e regiões circunvizinhas.

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) têm

em vista providenciar pelo menos 1 CMC por cada

distrito (128). Para tal, tem tido o apoio do Banco

Mundial através do projeto Mozambique e-

Governmnet and Communication Infrastructure

(MEGCIP) e do programa STIFIMO (Science

Technology and Innovation between Finland and

Mozambique). O programa STIFIMO pretende

instalar 25 CMCs em todo o país e o projeto

MEGCIP pretende instalar 20 CMCs.

Estes 45 CMCs terão um novo modelo que contém

para além da rádio comunitária, um telecentro com

uma méedia de 15 a 20 computadores. Estes CMCs

com o novo modelo oferecerão cursos de TICs em

pacotes de Microsoft Office, Internet a custos

relativamente baixos comparados com o modelo

atual. Os cursos terão a duração de dois (2) meses,

e terão lugar de segunda a sexta feira num período

de duas (2) horas.

Está incluído dentro deste modelo a existência de

um espaço aberto para biblioteca e

conferências,serviços de governo electrónico e uma

sala extra com dois computadores para acesso a

internet e multimédia.

PERSPECTIVAS FUTURAS

12

Os CMCs visitados variam consideravelmente em

termos de recursos e serviços fornecidos.

A tabela a seguir sumariza o conjunto de serviços

atualmente disponíveis em cada um dos 10 CMCs:

A rádio comunitária e os serviço de

fotocópias estão sempre presente ;

Os cursos de TICs ( Word, Excel, Power

Point) estão também presentes exceto em

Chitima, Dondo e Ilha de Moçambique

durante o periodo da nossa visita a estes

CMCs;

Cada CMC oferece serviços específicos as

comunidades, estes serviços variam de scan

de documentos, impressão, fax, televisão,

língua, educação cívica, diversos cursos,

cinema e jornal local.

Por fim, a disponibilidade de internet

constatou-se que somente 2 CMCs dos 10

visitados tem acesso a internet.

Tabela 3 - O resumo dos Serviços

International Monetary Found. (2005). Republic

of Mozambique: Poverty Reduction Strategy, Eco-

nomic and Social Plan for 2005. Report No.

05/312. International Monetary Fund: Publication

Services.

Instituto Nacional de Estatistica. (2007). III Re-

censeamento Geral da Populaçao e habitaçao. Ma-

puto. INE . CD-ROM.

Ministry of Foreign Affairs of Finland. Develop-

ment policy: Implementation of development co-

operation. http://formin.finland.fi/Public/

default.aspx?contentid=202035 (2010, Dec 10 ).

Moiana et all. (2007). Missão de Revisão Triparti-

da da Iniciativa de Expansão de Centros Multimé-

dia Comunitários em Moçambique .

Ministerio da Ciencia e Tecnologia. (2008). Pro-

grama Nacional De Centros Multimédia Comu-

nitários . 4. eds. Maputo.

Ministério da Ciencia e Tecnologia. (2009). Pro-

grama Nacional de Centros Multimédia Comuni-

tarios.

Rega, I., (2010). What do local people think about

telecentres? A key issue for sustainability. Doctoral

Dissertation, Università della Svizzera italiana,

Lugano, Switzerland.

United Nations Educational Scientific and Cultural

Organization. (2004). Scale up Initiative for Com-

munity Multimedia Centres in Mozambique. Pro-

ject Document.

REFERÊNCIAS CONCLUSÃO

13

AUTORES

Prof. Alexandre Baia é doutorado em Geografia

Humana e especialista em

G e o g r a f i a U r b a n a , é

pesquisador do Centro dos

Estudos Africanos (CEA) e

docente da Faculdade de

Letras e Ciências Sociais da

U n i v e r s i d a d e E d u a r d o

Mondlane localizada em Maputo-Moçambique. As

suas áreas de interesse são: processos de

urbanização em Moçambique incluindo turismo,

desigualdades sociais, pobreza urbana e

socialização das Tecnologias de Informação e

Comunicação.

Prof. Lorenzo Cantoni é doutorado em

Comunicação e Educação. É

Diretor da Faculdade das

Ciências de Comunicação da

Universidade da Suíça

Italiana, em Lugano, Diretor

adjunto do Instituto de

Comunicação Pública e

Educacional e diretor científico dos laboratórios

webatelier.net, eLab, e NewMinE Lab na

Universidade da Suíça Italiana. As suas áreas de

interesse são e-Learning, e-Tourism, e das TICs

para o desenvolvimento (ICT4D).

Prof. Cantoni foi designado Cadeira UNESCO para

garantir o Desenvolvimento e a Promoção do Turismo

Sustentável do Património Mundial.

Salomão David é licenciado em Softwares de

Aplicações, Mestrado em

Ciências e Tecnologias de

Informação pela Universidade

de Osmania em Hyderabd na

Índia. Trabalhou para o Centro

d e I n f o r m á t i c a d a

U n i v e r s i d a d e E d u a r d o

Mondlane (CIUM) como Analista de Sistemas e

Administrador de Base de Dados. Atualmente é

estudante de Doutoramento (Ph.D.) pela

Universidade da Suíça Italiana na Suíça. As suas

áreas de interesse são: literacia digital, e-Learning,

ICT4D, design participativo.

Prof.ª Doutora Gertrudes Macueve é

doutorada em Sistemas de

Informação pela Universidade

de Oslo. É Diretora do Curso

de Mestrado em Informática

n o D e p a r t a m e n t o d e

Matemática e Informática, da

Faculdade de Ciências da

Universidade Eduardo Mondlane em Moçambique.

Suas áreas de interesse são governo electrónico,

saúde electrónica, ICT4D e aspectos de género

relacionados às TICs.

Dr. Isabella Rega é mestre em Comunicação

Intercultural e doutorada em

Ciências de Comunicação pela

Universidade da Suíça

Italiana. Ela é diretora

executiva da Escola de

Doutoramento CROSS-FIELD

do Laboratório NewMinE Lab

da Universidade da Suíça Italiana. Também

desempenha o papel de gestora de projetos que

lidam com TICs na formação de professores em

desvantagem no Brasil e África do Sul e gestora do

projeto RE-ACT. Tem experiência de ter trabalhado

como pesquisadora e instrutora em telecentros da

América Latina e África. É co-fundadora da

organização sem fins lucrativos Seed.

Sara Vannini é licenciada em Línguas e

Literaturas Estrangeiras pela

Universidade de Bolonha na

Itália, cuja dissertação

realizada em colaboração com

a Universidade Católica de

Temuco do Chile focada em

fa c et a s l i ng u ís t ic a s e

antropológicas pela preservação da cultura

aborígine Mapuche .

Depois da graduação ela trabalhou para a indústria

de desenvolvimento de Web onde desenvolveu o

i nt er e s s e p e l a c o mu n ic a ç ã o o nl i ne ,

desenvolvimento participativo de Web e e-

Learning. Atualmente ela trabalha para o projeto

RE-ACT e é estudante de Doutoramento (Ph.D.)

pela Universidade da Suíça Italiana.