breco1 - rd | relações com investidores

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INDICADORES TAXA DE CÂMBIO COMPRA VENDA 20.7.2011 Bovespa - São Paulo 0,06 59.119,71 Dow Jones - Nova York -0,12 12.571,91 Nasdaq - Nova York -0,43 2.814,23 S&P 500 - Nova York -0,07 1.325,84 FTSE 100 - Londres 1,10 5.853,82 Hang Seng - Hong Kong 0,46 22.003,69 JUROS META EFETIVA BOLSAS VAR.% ÍNDICES Selic (ao ano) 12,25% 12,17% País mantém maior juro do mundo com Selic a 12,5%. P33 V ale usa Malásia como tática para crescer na China. P18 Atuação do Tesouro melhora o perfil da dívida pública. P31 Dólar Ptax (R$/US$) 1,5643 1,5651 Dólar Comercial (R$/US$) 1,5590 1,5605 Euro (R$/€) 2,2199 2,2212 Euro (US$/€) 1,4191 1,4192 Peso Argentino (R$/$) 0,3794 0,3800 Nos últimos seis meses, quando começaram as negociações para obra da arena corintiana, o preço médio dos imóveis nos arredores do futuro estádio subiu mais de 30%. P10 Com a queda da bolsa, Petrobras perde valor igual ao de um Banco do Brasil Expectativa com o Itaquerão aquece especulação imobiliária Daniel Ramalho/O Dia Direção da estatal dá como certa desistência da sócia PDVSA na Abreu e Lima e vai bancar sozinha empreendimento de R$ 15 bi Petrobras exclui a Venezuela do projeto da refinaria em Pernambuco A queda generalizada na bolsa de valores brasileira este ano já enxugou o valor de mercado das 30 maiores empresas em R$ 190 bilhões. Ainda a maior do país, a Petrobras encolheu cerca de R$ 70 bilhões, quase um Banco do Brasil a preço de bolsa. P34 Recursos para manter a obra em andamen- to já estão reservados, apesar do corte bilio- nário promovido pelo ministro da Fazen- da, Guido Mantega, no novo plano de negó- cios da empresa para o período 2011-2015. Ao contrário das duas primeiras versões de orçamento, que previam cerca de US$ 250 bilhões em investimentos, a nova de- verá ter valor próximo dos US$ 224 bi- lhões do plano atual (2010-2014). Docu- mento será analisado pelo conselho da pe- trolífera na sexta-feira. P4 Eletro Shopping incorpora 150 lojas à Máquina de Vendas, que prevê faturar R$ 7,2 bilhões neste ano, segundo Luiz Carlos Batista. P24 QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO, 2011 | ANO 3 | Nº 478 | DIRETOR RICARDO GALUPPO | DIRETOR ADJUNTO COSTÁBILE NICOLETTA Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 O Banco do Brasil oferece linha de crédito especial do BNDES Exim para financiar a importação argentina, chilena e paraguaia de bens produzidos no Brasil. Para negociar, basta entrar em contato com o seu Gerente de Contas. Banco do Brasil. Um banco diferente que liga tudo isso. bb.com.br R$ 2,00 Indústria de guindastes Manitowoc constrói primeira fábrica na América Latina, no polo de Passo Fundo (RS), eplaneja faturar R$ 400 milhões. P20 www.brasileconomico.com.br mobile.brasileconomico.com.br Claudio Gatti Andrés Sanchez (à esq.), presidente do Corinthians, com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab Decisão sobre redução do etanol na gasolina fica para agosto. Petrobras deve importar mais combustível.

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INDICADORESTAXADECÂMBIO COMPRA VENDA

20.7.2011

Bovespa - São Paulo 0,06 59.119,71Dow Jones - Nova York -0,12 12.571,91Nasdaq - Nova York -0,43 2.814,23S&P 500 - Nova York -0,07 1.325,84FTSE 100 - Londres 1,10 5.853,82Hang Seng - Hong Kong 0,46 22.003,69

JUROS META EFETIVA

BOLSAS VAR.% ÍNDICESSelic (ao ano) 12,25% 12,17%

PaísmantémmaiorjurodomundocomSelica12,5%.➥ P33

Vale usa Malásia como táticapara crescer na China. ➥ P18

AtuaçãodoTesouromelhoraoperfildadívidapública. ➥ P31

Dólar Ptax (R$/US$) 1,5643 1,5651Dólar Comercial (R$/US$) 1,5590 1,5605Euro (R$/€) 2,2199 2,2212Euro (US$/€) 1,4191 1,4192Peso Argentino (R$/$) 0,3794 0,3800

Nos últimos seis meses, quando começaram as negociações para obra da arena corintiana,o preço médio dos imóveis nos arredores do futuro estádio subiu mais de 30%. ➥ P10

Comaquedadabolsa,Petrobrasperdevalor igualaodeumBancodoBrasil

Expectativa com o Itaquerãoaquece especulação imobiliária

Daniel Ramalho/O Dia

Direção da estatal dá como certa desistência da sócia PDVSA na Abreu e Lima e vai bancar sozinha empreendimento de R$ 15 bi

Petrobras exclui a Venezuela doprojeto da refinaria em Pernambuco

A queda generalizada na bolsa de valoresbrasileira este ano já enxugou o valor demercado das 30 maiores empresas em R$ 190bilhões. Ainda a maior do país, a Petrobrasencolheu cerca de R$ 70 bilhões, quase umBanco do Brasil a preço de bolsa. ➥ P34

Recursos para manter a obra em andamen-to já estão reservados, apesar do corte bilio-nário promovido pelo ministro da Fazen-da, Guido Mantega, no novo plano de negó-

cios da empresa para o período 2011-2015.Ao contrário das duas primeiras versõesde orçamento, que previam cerca de US$250 bilhões em investimentos, a nova de-

verá ter valor próximo dos US$ 224 bi-lhões do plano atual (2010-2014). Docu-mento será analisado pelo conselho da pe-trolífera na sexta-feira. ➥ P4

Eletro Shopping incorpora 150 lojasà Máquina de Vendas, que prevêfaturar R$ 7,2 bilhões neste ano,segundoLuizCarlosBatista. ➥ P24

QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO, 2011 | ANO 3 | Nº 478 | DIRETOR RICARDO GALUPPO | DIRETOR ADJUNTO COSTÁBILE NICOLETTA

Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088

O Banco do Brasil oferece linha de crédito especial do

BNDES Exim para financiar a importação argentina,

chilena e paraguaia de bens produzidos no Brasil.

Para negociar, basta entrar em contato com o seu

Gerente de Contas.

Banco do Brasil. Um banco diferente que liga tudo isso.

bb.com.br

R$ 2,00

Indústria de guindastes Manitowocconstrói primeira fábrica na AméricaLatina, no polo de Passo Fundo (RS),e planeja faturar R$ 400 milhões. ➥ P20

www.brasileconomico.com.brmobile.brasileconomico.com.br

Cla

ud

ioG

atti

AndrésSanchez(àesq.), presidentedoCorinthians,comoprefeitodeSãoPaulo,GilbertoKassab

Decisãosobrereduçãodoetanolnagasolinaficaparaagosto.Petrobrasdeve importarmaiscombustível.

Divulgação

Henrique Manreza

DecisãodoCadesobreBRFoodsmovimentaomercadopublicitárioA obrigatoriedade da venda de algumas marcas dogrupodeve se refletir nos investimentos em novascampanhas. A DPZ, agora do Grupo Publicis, e a DM9DDBsão responsáveis pela conta da Sadia, enquantoa Young&Rubicam tem a conta da Perdigão. ➥ P26

Projetoparaevitar desmatamentodeflorestasavançanoAmazonasA Fundação Amazonas Sustentável, parceria entre ogoverno amazonense e o Bradesco, uniuseu métodode verificação de redução evitada de emissões decarbono com o do Fundo Biocarbon do Banco Mundial,para viabilizar o mercado desses certificados. ➥ P14

BematechreforçaapostaemdesenvolvimentodesoftwareDepois de adquirir sete empresas de software, acompanhia especializada em automação comercialprevê que em prazo de três anos os sistemas járepresentem 50% de sua receita, que ficou emR$ 326,4 milhões no ano passado. ➥ P22

FundosdepensãodeixamadesejarnagovernançacorporativaPesquisa da Deloitte e Abrapp aponta deficiênciasdas fundações, cuja maior fragilidadeestá na gestãode riscos. ParaGilbertoSouza, sócio da consultoria,emboratenham evoluído os fundos“ainda estão nomeio do caminho.” ➥ P32

Há no exterior uma apreensão quanto ao desenvolvi-mento de uma bolha de crédito no Brasil. Exageradosaumentos do endividamento das famílias e do compro-metimento da renda dos consumidores no pagamentode suas dívidas já estariam determinando um limite àexpansão do consumo, o que levaria, fatalmente, aofim do crescimento da economia brasileira. A tese ape-sar de apresentar falhas tem o mérito de ressaltar osperigos do crédito farto. Os financiamentos para as fa-mílias vêm crescendo extraordinariamente, em mé-dia, 18% nos últimos três anos em termos reais, de for-ma que atualmente alcançam 15,4% do PIB. Mas, alémdo crescimento vigoroso, dois outros pontos caracteri-zam uma bolha de crédito, os quais não são preponde-rantes no ciclo atual do crédito no país.

Primeiro, uma típica bolha de crédito e de consumofaz do financiamento uma variável autônoma com rela-ção à renda. Isso é fruto de uma concorrência bancáriaque é tão intensa quanto é “desregulamentada” a ativi-dade financeira. Significa que na medida em que o cré-dito evolui e amplia o poder de compra da população,vai sendo perdida a referência à renda que lhe devia ser-vir de base, de forma que passa a residir na própria dis-posição das instituições de financiamento de não inter-romperem a trajetória do crédito a condição de conti-nuidade do processo. O que foi descrito equivale ao “fi-nanciamento especulativo” de Hyman Minsky, segun-do o qual um agente, no caso as famílias, depende da re-novação do crédito para evitar a inadimplência.

No caso brasileiro, uma evolução da massa real derendimentos da população de 8%, como nos anos dopré e do pós crise, propiciou a ancoragem do aumentodo crédito, de modo que a taxa de inadimplência temsido na média do corrente ano a mais baixa jamais re-gistrada no país a despeito da vigorosa ampliação dosempréstimos bancários. Nossos cálculos indicam queo endividamento (dívida/renda anual) das pessoas físi-cas passou de 21,8% para 36,6% de dezembro de 2006a maio de 2011, o que, no entanto, não foi acompanha-do de correspondente maior comprometimento darenda mensal, que passou de 20,8% para 22,4% nomesmo período. Além do maior rendimento real, osprazos de financiamento mais dilatados explicam apreservação da capacidade de honrar dívidas.

Ademais, uma típica bolha de crédito está associa-da à hiper-valorizações de ativos a exemplo das bo-lhas imobiliárias. O crédito abundante nesse caso im-pulsiona o valor dos ativos, o que renova e poten-cializa a capacidade de endividamento dos agentessustentando o aumento da sua riqueza e de sua capaci-dade de consumo. Nesse caso, o crédito também nãopode parar porque sua sustentação — a valorizaçãodos ativos — cairia junto. O Brasil assiste a um forteaumento dos preços dos imóveis, mas não há nemsombra de uma bolha já que o financiamento imobiliá-rio é baixo — representa cerca de 4% do PIB — e neletem grande preponderância o crédito dirigido da ca-derneta de poupança. Uma mega especulação imobi-liária explica a valorização nesse setor.

O Brasil não vive uma bolha de consumo, emboraseja intenso o desenvolvimento do crédito. Isto é umafonte de amplificação da capacidade de crescimentoda economia, mas também uma possível causa de pro-blemas se os financiamentos perderem a referência àrenda pessoal. Por isso, são importantes as medidasmacroprudenciais na área do crédito. ■

Temos uma bolhade crédito?

A grave situação econômica europeia, que se espa-lha para o ambiente político, é cada vez mais próxi-ma da charada do buraco: quanto mais se tira e me-xe, maior ele fica. A crise no Velho Continente cami-nha nesse rumo, embora se comece a falar em medi-das diferentes. A questão de fundo que se coloca, degrande capacidade reorganizadora, é saber o que se-rá projetado no lugar do estado do bem estar social.

No plano mais imediato, somente depois de arrui-nar Espanha e Portugal, liquidar com a Islândia, co-locar de joelhos a Irlanda e ameaçar a Itália, as auto-ridades europeias consideram a opção de reescalo-namento, reestruturação ou reempréstimo da dívi-da grega — a ideia é usar o Fundo Europeu de Estabi-lização Financeira para recompra de títulos.

Em paralelo, estuda-se um pacote de investimen-tos na Grécia, para reaquecer a economia e devol-ver a credibilidade ao país. Em suma: formas de en-frentar a crise para além do aperto fiscal e cortedrástico nos gastos, exigências do Fundo MonetárioInternacional (FMI).

Antes tarde do que nunca, pode-se pensar. Mas aque custo? O estopim da crise internacional defla-grou na Europa um processo de salvamento dos ban-cos — “sistema financeiro”, se preferir — com so-corro estatal e um ferrenho receituário de “austeri-dade”. Falaram mais alto os interesses alemães efranceses, cujos bancos e governos são os responsá-veis pelo que aconteceu na Grécia.

A crise tem raízes nos EUA, mas os bancos ale-mães e franceses quebrarão se a Grécia for para o bu-raco. É isso o que tentam evitar.

O resultado das “medidas de austeridade” tem si-do um verdadeiro caldeirão de problemas: 30 mi-lhões de desempregados, o maior arrocho salarial jávisto, aumento escorchante de impostos, vexató-rios cortes em programas sociais e nos benefícios daprevidência, recessão e liquidação de empresas e,claro, privatizações.

Ademais, os trabalhadores pagarão duas vezes pe-la crise: no endividamento dos Estados para salvaros bancos e, agora, no ajuste para salvar o Estado.Saldos do velho receituário econômico ortodoxocontra o qual nos levantamos.

A Europa poderia ter feito o que fizeram outrospaíses: socorrer seus governos e garantir suas dívi-das, no mínimo. A escolha por uma receita ultrapas-sada evidenciou o extermínio das ilusões, mas tam-bém a carência de lideranças e partidos políticos.Há, portanto, uma crise estrutural, com o apagar dasocial democracia e o abandono dos pactos e acor-dos políticos que sempre preservaram o Estado debem estar social. Ao aderir ao “deus mercado”, aomodelo anglo-saxão, a Europa capitulou social, eco-nômica e politicamente.

Não haverá uma Europa liberal, dificilmente a di-reita seguirá no poder na Alemanha, França e Itália.Mas mesmo os conservadores que venceram elei-ções — casos de Grã-Bretanha, Portugal e Espanha— não têm solução de curto prazo.

O momento é de reflexão mais profunda, de re-pensar a social democracia para além da Europa, vol-tando-se à África, à América Latina e à Ásia.

A crise na Europa encerra lições — não tão novas,é verdade — que, espero, sejam lembradas aqui nostrópicos. ■

A crise na Europaé mais profunda

José DirceuAdvogado, ex-ministro da Casa Civil emembro do Diretório Nacional do PT

Julio Gomes de AlmeidaProfessor da Unicamp e Consultordo Instituto de Estudos parao Desenvolvimento Industrial

OPINIÃO

Os trabalhadores pagarão duas vezespela crise: no endividamento dosEstados para salvar os bancos e,agora, no ajuste para salvar o Estado

O país não vive uma bolha deconsumo, muito embora sejaintenso o desenvolvimentodo crédito nos últimos anos

NESTA EDIÇÃO

2 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

Henrique Manreza

TRÊSPERGUNTASA...

Divulgação

Osman Orsal/Reuters

MinistroconsideraSãoPaulofavoritaparaaaberturadaCopa“SãoPaulotemomaiornúmerodehotéis,éodestinodamaiorpartedosvoosinternacionais,temmelhorinfraestrutura,osmelhoresserviços,éevidentequeamaiorcidadedoBrasiléfavoritaemqualquercenárioparareceberaaberturadaCopade2014”,afirmouo ministrodoEsporte,OrlandoSilva.“SãoPaulotinhaumaindefinição:nãotinhaequacionadootemaestádio.Agoraotemajáestáequacionado”,acrescentouoministro,quepediuàFifaqueantecipeoanúnciodolocaldojogodeaberturadacompetição,marcadoparaoutubro.OsoutrosconcorrentesareceberojogoinauguralsãoBrasília,SalvadoreBeloHorizonte.

ChequessemfundosaumentamcomrestriçõesaocréditoLevantamentodaSerasaExperianindicaquenoprimeirosemestreaproporçãodechequesdevolvidosfoide1,93%deumtotalde508,8milhõesdedocumentoscompensados,enquantoemigualperíododoanopassadoataxahaviasidode1,87%eem2009,2,3%.AmaiorelevaçãodopercentualdechequessemfundonoprimeirosemestrefoiconstatadaemRoraima(11,87%)eamenor,emSãoPaulo(1,46%).De acordo com economistas,esse aumentofoiprovocado pelo orçamento doméstico maisapertado, com a “expansão do endividamento doconsumidor, a inflação reduzindo os rendimentosfamiliares, as altas taxas de juros, a elevaçãodo IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)e as restrições ao crédito”.

O lote de BDRs (recibos de açõesemitidos por companhias abertas

no exterior) do Itaú começaa ser negociado na próximasegunda-feira.Esse lote contempla dezempresas, entre elas Amazon,MasterCard, Nike e Coca-Cola.O diretor da área de soluçõespara mercado de capitais dobanco, Ricardo Soares, contaquais as iniciativas do bancopara melhorar a liquidez dessespapéis na bolsa.

O que é preciso ser feito parapromover a liquidez dessespapéis, que hoje é baixa?Há uma série de ações dos órgãosreguladores e da própria Anbima.Um exemplo é a CVM, que noinício do ano deu a autorizaçãopara que os fundos de pensãocomprassem BDRs.

E o que o banco está fazendopara acelerar esse processo?

Estamos promovendo algumasações. Uma delas é realizarpalestras sobre riscos e acessos,mas isso de forma bem diferenciadapara cada tipo de público, poiscada um tem uma necessidadediferente. São três grupos: fundosde pensão; private bankings efamily offices (consultoria para apreservação do patrimônio enegócios de famílias de maiorrenda); e os gestores de carteira.

Temos que trabalhar na educaçãofinanceira. A ideia é formar essemercado, dar maior conhecimento.

Para estimular a liquidezdos BDRs o Itaú poderiafazer com que os fundoscomprassem esses papéis?É uma possibilidade. Esse é umtema que está sendo discutidoneste momento com a área deprodutos. Ana Paula Ribeiro

Diretor da área de soluções paramercado de capitais do Itaú

AvançoMOMENTOS INESQUECÍVEIS NA TURQUIA

Mesquitas, palácios e muita magia encantam o turista numa viagem pela Turquia,país cuja economia registra uma das maiores taxas de crescimento entre os emergentes.A culinária é salgada no preço, mas muito saborosa. ➥ P29

...RICARDO SOARES

Retrocesso

“BDRnos fundosestásendodiscutidocomaáreadeprodutos”

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 3

Editora: Fabiana Parajara [email protected]

DecisãoEmbora a Petrobras internamen-te dê como certa a importaçãode mais um lote de gasolina pa-ra abastecer o mercado brasilei-ro, o governo só vai tomar qual-quer decisão para reduzir os pre-ços dos combustíveis do país noinício de agosto. Nos últimosdias deste mês a presidente Dil-ma Rousseff definirá os novospercentuais de mistura do eta-nol à gasolina. Embora o merca-do até ontem tenha trabalhadocom a expectativa de redução já

A Petrobras já reservou recursospara assumir a parcela da Petro-leos de Venezuela S.A (PDVSA)na refinaria Abreu e Lima, em Per-nambuco. Embora o prazo finalseja 15 de agosto para confirmar aparticipação do sócio venezuela-no, a diretoria da estatal sabe queterá a responsabilidade de assu-mir sozinha o empreendimentode quase US$ 15 bilhões. O gover-no de Hugo Chávez manifestoudisposição de permanecer no ne-gócio, mas o recente questiona-mento dos valores é visto pela Pe-trobras como subterfúgio parauma saída honrosa do projeto.

A refinaria Abreu e Lima,com ou sem a PDVSA, é um dosempreendimentos que se salva-ram do bilionário corte impostopelo ministro da Fazenda, GuidoMantega, ao novo plano de negó-cios da estatal para o período2011-2015. O documento prova-velmente será apreciado pelo con-selho de administração da Petro-bras, pela terceira vez, na reuniãode amanhã. Ao contrário dasduas primeiras versões, que pre-viam cerca de US$ 250 bilhõesem investimentos, a nova deveráter valor próximo dos US$ 224 bi-lhões do plano atual (2010-2014).

Com relação à refinaria Abreue Lima, a saída da PDVSA levará aPetrobras a assumir a parcela de40% originalmente destinada àestatal venezuelana. Em recenteentrevista, Paulo Roberto Costa,diretor de Abastecimento da pe-trolífera, informou que 35% doempreendimento foram concluí-dos. Até o momento, a Petrobrasteria desembolsado R$ 7 bilhões.Em agosto, no entanto, expira o fi-nanciamento contraído pela esta-tal brasileira para construir a refi-naria. Por isso, seria necessáriouma definição da PDVSA.

Idealizada em 2005, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Sil-va com o colega venezuelano Hu-go Chávez, a refinaria era umprojeto de US$ 4,5 bilhões, masteve os custos majorados ao lon-go dos anos devido a inflação deequipamentos e matérias-pri-mas. A última revisão oficial indi-cava US$ 13,5 bilhões, mas fontesda estatal confirmam que o valorestá em quase US$ 15 bilhões.

Apesar do custo adicional coma saída da PDVSA, a estatal dispõede recursos para concluir a obra,diz uma fonte ligada à administra-

ção da empresa. Sem o sócio, po-rém, o projeto poderá prescindirde uma unidade de craqueamen-to para processar o petróleo pesa-do da Venezuela. A ideia originalera processar tanto petróleo brasi-leiro, do campo de Marlim, quan-to do país vizinho, de um tipomais pesado. O objetivo era capa-citar a unidade a produzir com-bustíveis em quantidade propor-cional à participação societária.

Verba garantidaO novo plano de negócios tam-bém deve poupar os investimen-tos da subsidiária de transpor-tes da Petrobras, a Transpetro.Além das duas fases do Progra-ma de Modernização e Expan-são da Frota da empresa (Pro-mef), foram preservados recur-sos do Promef Hidrovias, paraconstrução de embarcações flu-viais em estaleiros brasileiros.

Na última segunda-feira, Sér-gio Machado, presidente da sub-sidiária, teve a confirmação deque a holding desistiu de trans-ferir para a empresa Sete Brasilos petroleiros encomendadospelo Promef. A operação erauma manobra para reduzir o en-dividamento total da estatal.

Como a Petrobras terá ape-nas 10% da Sete BR — cujo con-trole seria dividido com bancosprivados e fundos de pensão —,a diretoria pretendia abater oscustos da frota de seu balançoconsolidado. A proposta foiabortada, no entanto, por umamanobra do presidente daTranspetro junto à presidenteDilma Rousseff. ■

DESTAQUE COMBUSTÍVEIS

Petrobras vai assumirsozinha refinaria emPE

RESERVAS

Levantamento anual daOrganização dos PaísesExportadores de Petróleo (Opep),divulgado esta semana, diz que asreservas comprovadas depetróleo da Venezuelaultrapassaram as da ArábiaSaudita no ano passado. Segundoa Opep, o país tem reservas de296,5 bilhões de barris, uma altade 40,4% no ano. As reservassauditas somaram 264,5 bilhõesde barris. Mas analistas têmdúvidas sobre se as adições àsreservas venezuelanas têmviabilidade econômica, já que amaior parte é de óleo pesado eextrapesado da Bacia doOrenoco, cuja extração éconsiderada mais difícil e maiscara. As estatísticasvenezuelanas, que anteriormenteeram controvertidas, agora sãoconsideradas mais confiáveis,depois de a Agência Internacionalde Energias, da ONU, ter revisadoseus critérios de cálculo, no mêspassado. Agências internacionais

EM NEGOCIAÇÃO

Estatalavalia investimentosnoCongo juntocomaChevron

Diretoria da estatal aposta que venezuelana PDVSA desistirá de sociedade naAbreu Lima, apesar de Hugo Chávez manifestar disposição de permanecer no negócio

Dilma só deve definir medidaspara conter preços após o dia 27

A petrolífera brasileira e aamericana estão em conversascom a República Democráticado Congo sobre investimentosna indústria de petróleo e gásdo país, informou Celestin Mbuyu,ministro de petróleo do paísafricano. O Congo quer aumentara produção de petróleo e gáse ampliar sua infraestrutura.Para isso está alocando blocosa companhias para exploração.Representantes da Petrobrasvão visitar o país nas próximassemanas “e então vamos elaboraruma proposta que eu vouapresentar ao governo”,disse Mbuyu, em Kinshasa.

O acordo deve incluirtreinamento e transferência detecnologia entre a companhiabrasileira e a Cohydro, produtorade petróleo controlada pelogoverno congolês, disse ele.O ministro liderou uma delegaçãoque esteve ao Brasil no mêspassado. A Petrobras nãoquis comentar o assunto.O Congo também está emconversas com a americanaChevron, sobre produção de gáse planos de tratamento quepodem alimentar os projetosda companhia no país vizinho,a Angola. A Cohydro quer fecharum acordo de cooperação com a

Petrobras após assinar umacordo similar em 7 de julhocom a Korea National Oil.O Congo produz cerca de 25 milbarris de petróleo por diae quer aumentar esse volumeexplorando regiões próximasà fronteira com a Tanzânia,Burundi, Ruanda e Uganda, bemcomo no centro do país e próximoà fronteira a oeste com a Angola.O país busca investimentosem exploração, oleodutos,distribuição e armazenamento,além de compilação de dadospara ajudar no desenvolvimentoda indústria, disse Mbuyu.Bloomberg

Ricardo Rego [email protected]

Até agora, 35% doempreendimentofoi concluídoe a Petrobras teriadesembolsadoR$ 7 bilhões nas obras

VenezuelaultrapassaArábiaSaudita

4 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

Copersucar engrossa listade empresas que adiam

oferta de ações. Apesar do apetitedos investidores por papéis daárea de açúcar e álcool, conjunturainternacional não ajuda.

Para economista da FGV,Nora Raquel Zygielszyper,

alta foi causada pela enxurradade crédito. “Brasileiros compramprimeiro automóvel, masnão lembram dos custos”, diz.

Cesta do automóvel sobe8,4%, índice acima do

IPC/FGV, que foi de 6,4% nosúltimos doze meses, puxadaespecialmente por combustíveis.Só o etanol subiu 29,18%.

● ●●

sobre etanol na gasolina fica para agostohoje, em reunião no Ministériode Minas e Energia, as novas me-didas só serão anunciadas de-pois de um encontro interminis-terial marcado para o dia 27.

Na ocasião, os ministros deMinas e Energia, Edison Lobão;da Agricultura, Wagner Rossi;do Planejamento, Miriam Bel-chior; e do Desenvolvimento,Fernando Pimentel, deverão fe-char o pacote de medidas que se-rá submetido à presidente.Além da redução da mistura —que poderá baixar dos atuais25% para 20% ou 18% —, a listadeverá incluir outras iniciativas

de estímulo à produção de eta-nol, como sobretaxação da ex-portação de açúcar e créditoaos usineiros pelo BNDES.

Na reunião de hoje, na sededo Ministério de Minas e Ener-gia, técnicos da pasta discutirãocom representantes da Petro-bras, de distribuidoras de com-bustíveis, de usineiros e do Mi-nistério da Agricultura os impac-tos de cada medida em estudo.Como uma espécie de prévia doencontro do dia 27, a reunião de-verá produzir as primeiras refle-xões não só sobre a mistura,mas também para medidas

mais antipáticas do ponto de vis-ta do mercado. Nada, no entan-to, será conclusivo.

A Petrobras aguarda só a deci-são oficial do governo quanto àmistura do etanol para confir-mar a importação, nas próxi-mas semanas, de um novo lotede gasolina. Diante de uma sa-fra de cana-de-açúcar menorneste ano, o governo teria toma-do a decisão de reduzir a mistu-ra. Falta apenas definir se osatuais 25% de etanol na gasoli-na vão para 20% ou 18%.

A estatal já teve que recorrerao mercado externo para abaste-

cer o país de gasolina no iníciodo ano, quando importou cercade 2,5 milhões de barris do deri-vado. A medida tornou-se ne-cessária quando o consumo decombustíveis do país encontra-va-se no ápice, ao mesmo tem-po em que a entressafra de canareduzia a oferta de etanol. A ex-pectativa do governo, na oca-sião, era de normalizar o abaste-cimento do derivado da canaem abril, com a entrada da safra2011. O problema é que a colhei-ta revelou-se inferior à expecta-tiva, devido à influência de fato-res climáticos. ■ R.R.M.

Ag. Petrobras

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Orçada inicialmenteemUS$4,5bilhões,AbreueLima

devecustarUS$15bilhões

Petrobras aguardaapenas a decisãooficial sobre misturapara confirmara importação denovo lote de gasolina

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 5

Além da escalada do preço doscombustíveis, que preocupa ogoverno federal, a venda de car-ros também é um fator decisivopara a inflação neste ano. Com arenda em alta, os brasileiros vãoem busca de realizações de so-nhos e um deles é o primeiro au-tomóvel. Mas, em geral, essesconsumidores não se lembramdos custos adicionais que vemcom a compra de um carro. E éisso que vem crescendo.

Segundo pesquisa da Funda-ção Getulio Vargas (FGV), emum ano, a cesta do automóvelapresentou um aumento de8,42%. Esse valor está acimada inflação de 6,40% computa-da pelo Índice de Preços aoConsumidor (IPC/FGV) no mes-mo período. Etanol e estaciona-mento elevaram os custos noconjunto de itens, ao subirem29,18% e 16,28% em 12 meses,respectivamente.

Para Nora Raquel Zygielszy-per, professora de economia daFGV, até o final deste ano, a in-flação que incide sobre os cus-

tos de manutenção de um auto-móvel deverá ter uma freada. Is-so porque as medidas de conten-ção de crédito, como aumentodos juros, poderão surtir efeitoe assim reduzir o ritmo de cres-cimento da inflação.

“As medidas macropruden-ciais tomadas pelo Banco Cen-tral (BC), no ano passado, le-vam pelo menos um ano parasurtir efeito. Contendo a infla-ção, consequentemente os cus-tos para a manutenção de umcarro acompanham essa tendên-cia”, diz a professora. Segundoela, até o final do ano esse índi-ce deverá chegar a 7% enquan-to que a inflação deverá fecharem 6% ao ano.

“Isso tudo é reflexo da festade crédito que se teve no paísnos últimos anos. Agora, o Ban-co Central tem que conter oconsumo para controlar a infla-ção. E uma das formas é aumen-tar a taxa referencial”, acres-centou Nora Raquel, referindo-se à decisão do Comitê de Polí-tica Monetária de aumentarem 0,25 ponto percentual a Se-lic, na noite de ontem (leiamais na página 33).

Sem tréguaPara arrumar o carro, tambémfoi preciso desembolsar maisno último ano. O serviço co-brado pelos mecânicos ficou10,92% mais caro. Mas forammesmo os combustíveis osmaiores vilões da inflação docarro neste período, com au-mento de 29,18% nos doze me-ses, puxado especialmente pe-lo etanol. Essa alta preocupa ogoverno, que já pensa em medi-das para reduzir os preços nasbombas (leia mais na página 5).

E o etanol ainda continua pu-xando a inflação mesmo duran-te o período de safra. Segundo oÍndice de Preços ao Consumi-dor Amplo-15 (IPCA-15) de ju-lho, divulgado ontem pelo Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Es-

tatística (IBGE), o combustívelapresentou uma alta de 1,79%.Só na região metropolitana deSão Paulo, o preço do litro subiu5,75%. Mas houve aumentos re-lativamente acentuados tam-bém em Curitiba (2,07%), Brasí-lia (1,82%) e Salvador (1,55%).Sem medidas governamentais,a tendência é ainda de alta, de-pois da previsão de queda naprodução para a safra deste ano.

“Mas o carro é um desejo,um sonho do brasileiro. O con-sumidor não olha muito o pre-ço do IPVA (Imposto sobre Pro-priedade de Veículo Automo-tor) ou dos combustíveis. A eco-nomia continua aquecida e ocarro ainda será um dos an-seios da população”, afirma aprofessora da FGV. ■

Paulo Fridman/Bloomberg

Cesta do automóvel sobe mais queinflação e chega a 8,4% em um ano

3,6 milhõessão as vendas de veículosestimadas para este ano, o queequivale a um aumento de 5%.Com isso, o mercado brasileiroserá o 4º no ranking mundial.

PREVISÃO

OTIMISMO

Petróleotemnovaaltanomercadointernacional

MAISCAROS

Os preços do petróleo fecharamontem em leve alta em NovaYork, sustentados pela esperançade que a crise da dívida na Europae nos Estados Unidos tenhamuma solução, e ganharam mais deUS$ 1 em Londres. A redução dosestoques de petróleo americanotambém contribuíram para oaumento. No New York MercantileExchange (Nymex), o barrilterminou em US$ 98,14, altade US$ 0,64 em relação àterça-feira. O contrato paraentrega em setembro foi aUS$ 98,40. Depois de ganharUS$ 1,50 na terça-feira, os preçoscontinuaram se beneficiando deuma “situação macroeconômicabastante favorável” e “maisapetite por risco” dosinvestidores, diz Bart Melek,analista da TD Securities.“Tem-se a impressão de que nosaproximamos de uma soluçãosobre o limite da dívida nos EUA.O mercado é também otimistaquanto a um acordo na Europa”.Como consequência, osoperadores mostram-se maisconfiantes na conjunturaeconômica, e mais otimistas sobrea demanda de petróleo. AFP

5,8%foi a alta nos preços doscarros de 2009 a 2011, segundoestudo da Associação Nacionaldos Fabricantes de VeículosAutomotores (Anfavea).

Índice da FGV mostra que etanol e estacionamento são grandes vilões dos custos de manutenção do carro

Ana Paula [email protected]

DESTAQUE COMBUSTÍVEIS

Para arrumar o carrotambém foi precisodesembolsar mais noúltimo ano. O serviçodos mecânicos ficou10,92% mais caro

ApenasnaGrandeSãoPaulo,etanol subiu5,75%nosúltimosdias

6 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 7

A crescente demanda por açú-car e etanol levou algumas em-presas do setor a recorrerem aomercado de capitais brasileiropara se financiar. Entretanto, aatual conjuntura desfavoráveladiou os planos da Tereos Inter-nacional e, mais recentemente,da Copersucar, em decisão con-firmada ontem pela compa-nhia. “O setor de açúcar e ál-cool está em ebulição. Sendo as-sim, a precificação incorretados papéis deve ter sido respon-sável pelo insucesso”, acreditaRicardo Torres, professor de fi-nanças da Brazilian BusinessSchool (BBS), para quem haviaapetite pelas ações.

Para ele, a interrupção oumesmo o cancelamento da reali-zação da oferta afeta a imagemda empresa. “Todos sabem quea companhia precisa de recur-sos, seja para financiar seu cres-cimento, seja para pagar dívida.Isso muda a percepção no inves-tidor em uma possível retoma-da da oferta”, completa.

Mas não foram apenas moti-vos pontuais que levaram Te-reos Internacional e Copersucara adiar os planos de lançarações na BM&FBovespa. CamilAlimentos, Enesa Participa-ções, Perenco Petróleo e Gás, In-Brands, Los Grobo, CimentosLiz, Densevix, Vulcabrás e Bra-sil Agro estão na mesma situa-ção. “As condições gerais domercado, dado o elevado graude incerteza em relação à econo-mia mundial, juros locais altos edescrença em relação aos IPOs,têm afastado os investidores dabolsa brasileira”, afirma Torres.“É provável que essas ofertas se-jam retomadas assim que as con-dições de mercado melhora-rem. A decisão de abrir capital étomada no longo prazo”, expli-ca Frederico Sampaio , vice-pre-sidente e diretor de investimen-tos da Franklin Templeton In-vestimentos Brasil.

Caso CopersucarA Copersucar informou ter soli-citado à Comissão de ValoresMobiliários (CVM) a interrup-ção do prazo de análise do pedi-do de registro da operação por60 dias, “em decorrência daatual conjuntura de mercadodesfavorável à realização daoferta neste momento”. A em-presa, que foi uma cooperativaaté 2008, tem exclusividade nacomercialização dos volumesde açúcar e etanol produzidospor quase 50 unidades associa-das, localizadas nos estados deSão Paulo, Paraná, Minas Gerais

e Goiás. Ela também negocia aprodução de açúcar e etanol decerca de 50 unidades produto-ras não-associadas. Na últimasafra, foram comercializadas5,2 milhões de toneladas de açú-car, segundo a empresa.

Os recursos levantados pelaCopersucar seriam destinados àinvestimento em terminal detancagem, instalações portuá-rias, sistema de distribuição in-tegrada de etanol, além de refor-çar a estrutura de capital. “A ne-cessidade da Copersucar de le-vantar recursos não é tão urgen-te e pode esperar. Já a Perenco,por exemplo, precisa dos recur-sos para iniciar sua campanhaexploratória de petróleo” , afir-ma Sampaio, da Franklin Tem-pleton Investimentos Brasil.Neste caso, o adiamento da ofer-ta de ações, em virtude das con-dições de mercado, pode atrapa-lhar o desempenho da empresano longo prazo. ■

Tadeu Fessel

Copersucar engrossa a listade ofertas de ações adiadasDescompasso no preço dos papéis pode ter atrapalhado, mas conjuntura internacional também não ajuda

Vanessa [email protected]

DESTAQUE COMBUSTÍVEIS

A retomada dasofertas de açõesainda este anoé esperada porespecialistas, desdeque as condições docenário internacionalmelhorem

Recursosvindosdabolsaseriaminvestidosem

instalaçõesportuáriaseinfraestrutura,entreoutros

MERCADO ACIONÁRIO

Copersucar foi a última empresa a suspender oferta

OFERTAS CONCLUÍDAS

Petróleo e gás Açúcar e álcool

ArezzoSonae SierraAutometalQGEP ParticipaçõesTecnisaBrasil BrokersDirecional EngenhariaRede EnergiaMagnesita RefratáriosInternational Meal CompanyT4FMagazine LuizaGerdauBRMallsBrazil PharmaQualicorpTechnosBR PropertiesKroton EducacionalMahle MetalEDP Energias do Brasil

OFERTAS SUSPENSAS

Camil AlimentosEnesa Participações Perenco Petróleo e Gás InBrands Los Grobo Agronegócios Copersucar

OFERTAS CANCELADAS

Cimentos LizWebjetDensevixVulcabrásBrasilAgro Tereos Internacional

PetrorecôncavoAbril Educação

OFERTAS EM ANDAMENTO

Fontes: CVM e Anbima

8 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 9

A construção do estádio do Co-rinthians, o Itaquerão, para arealização dos jogos da Copa de2014 na cidade de São Paulo, jáestá movimentando o mercadoimobiliário da região. O valormédio dos imóveis no distritode Itaquera, zona leste, subiu36% em seis meses, passandode R$ 2,5 mil para R$ 3,4 milpor metro quadrado. Os dadossão da consultoria Geoimovel.

No primeiro semestre do ano,o número de lançamentos atin-ge 70% do volume registradoem 2010, totalizando 170 habita-

ções — contra 260 unidades no-vas colocadas à venda no anopassado inteiro. Os arredores doestádio, contudo, já possuem di-versos terrenos loteados, aguar-dando o início das obras. A cons-trutora Tenda, por exemplo, pre-tende fazer um lançamento embreve na região. Procurada, a em-presa não concedeu entrevistaaté o fechamento desta edição.

Não são apenas os lançamen-tos que estão se valorizando. Se-gundo informações da imobiliá-ria Primar, situada em Itaquera,os preços de imóveis usados jáapresentam alta de 50% a 100%.Um exemplo são os conjuntos ha-bitacionais da Companhia de Ha-

bitação (Cohab) do estado deSão Paulo. O Cohab 2, que fica atrês quilômetros do Itaquerão,possui apartamentos à vendapor R$ 140 mil. Há seis meses, ovalor cobrado pelo imóvel era deR$ 70 mil. Já o Cohab 1, vizinhoao estádio, possui unidades àvenda por R$ 160 mil, valoriza-ção de 50% no mesmo período.

“O bairro está crescendo mui-to desde a construção do metrô,do Sesc e de uma universidade fe-deral. Com os investimentos pre-vistos para a Copa, a região serámuito valorizada. O preço do me-tro quadrado ainda é baixo, emtorno de R$ 3 mil, e tem margempara subir”, afirma o consultor Cí-

cero Yagi, do Secovi-SP, sindica-to de habitação de São Paulo. Nosbairros mais valorizados da cida-de, como Moema, o metro qua-drado vale, no mínimo, R$ 9 mil.

Além do próprio investimentoprevisto para o Itaquerão (vejamais na matéria ao lado), o bair-ro receberá uma série de obras pa-ra fomentar o desenvolvimento,como o Polo Institucional.

“O projeto já existia antes daconfirmação da construção doestádio, mas isso deu mais for-ça para a construção do Pólo”,afirmou o secretário Especialde Articulação para a Copa doMundo em São Paulo, Gilmar Ta-deu Ribeiro Alves.

Valor de imóveis dispara comoCom a perspectiva de construção do estádio do Corinthians, para a Copa de 2014, o preço médio dos apartamentos

“Carolina Alves e Priscilla [email protected]

BRASIL

O estádio vai colocaro bairro em foco,mas só isso não basta.Com o crescimentoda economia local,a arrecadaçãodeve subir também,compensando osgastos públicosno estádio

Bruno VivancoDiretor da consultoria

Abyara Brokers

Editora: Elaine Cotta [email protected]: Ivone Portes [email protected]

10 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

O prefeito de São Paulo, GilbertoKassab, sancionou ontem a leique concede incentivos fiscais deR$ 420 milhões ao futuro estádiodo Corinthians, em Itaquera, zo-na leste da cidade. A concessãoserá feita por meio de títulos, oscertificados de Incentivo ao De-senvolvimento (CIDs), entreguesa um fundo gerido pela construto-ra Odebrecht e o Corinthians. Oestádio custará R$ 820 milhões,dos quais os R$ 400 milhões res-tantes virão de financiamento doBanco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social (BN-DES). A obra contempla 48 mil lu-gares, abaixo da exigência da Fifapara a abertura da Copa. Segun-do a Odebrecht, o governo deSão Paulo aplicará R$ 70 milhõesna construção de 20 mil lugaresprovisórios para o evento.

A Odebrecht, contudo, reco-nheceu que o valor total pode so-

frer alterações, mas esta é uma hi-pótese “remotíssima”: “as exi-gências da Fifa encarecem a cons-trução, pois exigem um projetoautossustentável. Mas o retornodo investimento é certo com aeconomia de energia elétrica,por exemplo”, afirma Carlos Ar-mando Paschoal, diretor superin-tendente da empresa. Segundoele, os dutos da Petrobras, queainda estão no terreno, devemser retirados em agosto por con-tratada da Transpetro.

Apesar do local da aberturanão estar definido, Kassab dizter confiança na realização daabertura em São Paulo, o que tor-naria os incentivos públicos àconstrução facilmente recuperá-veis. Cálculos da prefeituraapontam que a abertura da Copapode gerar receitas de R$ 1,5 bi-lhão ao município. Entretanto,caso seja em outra cidade, as re-ceitas de São Paulo com a Copacaíriam pela metade. ■ C.A.,P.A., com colaboração de DanielCarmona, do Marca Brasil

Dentre as obras previstas, des-tacam-se a construção de umaunidade da Faculdade de Tecnolo-gia de São Paulo (Fatec) e da Esco-la Técnica (Etec), cujas obras se-rão finalizadas até dezembro de2013. Nesse prazo, também seráentregue o Parque Linear do RioVerde. Alves não detalhou, con-tudo, o valor dos investimentos.“A entrega do Pólo completo ain-da não tem data, pois o terrenovai abrigar estruturas provisóriaspara auxiliar na infraestruturados jogos da Copa.”

Além disso, serão investidosR$ 480 milhões para a constru-ção de vias de acesso à avenidaJacu Pêssego e à Nova Radial. “O

transporte mais utilizado, contu-do, tende a ser o metrô e o trem.A previsão é de que a cidade rece-ba cerca de 500 mil turistas du-rante o evento e queremos am-pliar a frequência das viagens e onúmero de vagões”, estima.

Outro investimento que ten-de a aquecer a economia localvem da Operação Urbana RioVerde-Jacu, projeto da Secreta-ria Municipal de Desenvolvi-mento Urbano. As empresastêm até 10 de agosto para apre-sentar projetos que fomentem ocomércio e a prestação de servi-ços em Itaquera. As vencedorasreceberão R$ 10,8 milhões paradesenvolver um projeto. ■

Itaquerão

Planejamentoespera inflaçãode5,8%noano

AOS45DO2ºTEMPO

Daniel Ramalho/O Dia

Odebrecht reconheceque custo pode subir

Estádio tende a serentregue com atraso

Obras serão feitas com incentivofiscal de R$ 420 milhões efinanciamento público do BNDES

na região subiu 36% em seis meses

Com capacidade para quase 95mil espectadores, o Soccer Cityfoi reformado para a Copa de2010 na África do Sul, com custopróximo de US$ 350 milhões.A entrega do estádio, contudo,foi feita em abril, dois mesesantes da abertura. A Arenado Corinthians, o Itaquerão,tende a seguir o mesmo padrão,segundo analistas. O estádio,que terá capacidade para 48 millugares, deve ficar pronto atédezembro de 2013 — a própriaOdebrecht, que construirá a obra,fala em 36 meses para conclusão.Segundo levantamento doTribunal de Contas da União,apenas 1% da obra estáconcluída. “É possível que oestádio esteja pronto para aabertura, porém as obras têmque começar logo, para queo período de chuvas, recorrentedo final do ano, não atrase ostrabalhos", diz José RobertoBernasconi, presidente doSindicato da Arquitetura e daEngenharia (Sinaenco). P.A. e C.A.

Adriano Machado/Bloomberg

Os aspectos técnicos,econômicos efinanceiros, já estãoresolvidos. Faltamapenas os jurídicos

Carlos Armando PaschoalDiretor da Odebrecht

O Ministério do Planejamento, de Paulo Bernardo, elevoua expectativa de inflação de 2011 para 5,8%. O ministério tambématualizou os parâmetros macroeconômicos, incluindo os do ProdutoInterno Bruto (PIB), que teve estimativa mantida em 4,5% para esteano, com expectativa de R$ 4,109 trilhões, ante os R$ 4,091 trilhõesda estimativa anterior. Houve aumento também, de R$ 6,8 bilhões,nas estimativas das receitas administradas pela Receita Federal.

Kassabsancionouontemaleiqueconcede incentivosfiscaisparaconstruçãodo

estádiodoCorinthians

POLO INSTITUCIONAL DE ITAQUERA

Fonte: Secretaria Especial de Articulação para a Copa do Mundo de 2014

1 6

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FÓRUM

RODOVIÁRIA

FATEC/ETEC

CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

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INCUBADORA E LABORATÓRIOS PARA O PARQUE TECNOLÓGICO DA ZONA LESTE

CENTRO DE CONVENÇÕES E EVENTOS

POLÍCIA MILITAR E BOMBEIROS

OBRA SOCIAL DOM BOSCO

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PARQUE LINEAR RIO VERDE

COHAB

ESTAÇÃO ITAQUERA - METRÔ

ESTAÇÃO ITAQUERA - CPTM

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LINHA DA CPTM

LINHA DO METRÔ

ESTÁDIO

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 11

O governo brasileiro determi-nou que as concessionárias deserviços ferroviários passem acompartilhar sua infraestruturacom outras empresas. A deter-minação foi publicada ontemno Diário Oficial da União juntocom as novas regras para o se-tor. O objetivo, segundo a Agên-cia Nacional de Transportes Ter-restres (ANTT) é integrar o siste-ma ferroviário nacional. A prin-cipal mudança é a regulamenta-ção das operações de direito depassagem e tráfego mútuo.

Segundo a ANTT, a concessio-nária que possui o direito de ex-plorar a ferrovia vai comparti-lhar seu trecho com outra em-presa para o transporte de cargade um ponto a outro. O trem uti-lizado pode ser da concessioná-ria dona do trecho ou da empre-sa que o alugou para o transpor-te. As tarifas referentes à opera-ção serão estabelecidas por meiode negociação entre as partes.

O novo marco regulatóriotambém determina metas de

produção por trecho da ferroviapara as 12 concessionárias detransporte de carga. De acordocom a nova regra, a meta portrecho leva em consideração ovalor mínimo de produção detransporte medido por tonela-das por quilômetro útil da ma-lha ferroviária. As concessioná-rias têm de apresentar à ANTTas metas de produção para ospróximos cinco anos.

Competitividade“O objetivo é criar um ambien-te competitivo nas ferrovias pa-ra uma melhoria na qualidadedos serviços e um melhor pro-cesso de formação dos preços”,disse o diretor-geral da ANTT,Bernardo Figueiredo. Segundoele, as regras criam compromis-sos de exploração das ferrovias.“Hoje, da forma como é geren-ciada, as concessionárias nãotêm compromisso em explorartoda a malha e isso permite queparte não seja utilizada”.

Dos 28,5 mil quilômetros de-

ferrovias do país, cerca 6 milquilômetros não estão em condi-ções de uso. Segundo Bernardo,essas resoluções também criamas condições para que esses tre-chos possam ser reutilizados. Sea concessionária não tiver a pro-posta de explorar e criar servi-ços nesses trechos, pode abrirpara o mercado ou devolver pa-ra o governo. “Esses trechos sónão terão transporte ferroviáriose o mercado, de uma forma in-tegral, não tiver a percepção deque isso é viável”, diz. Segundoo diretor da ANTT, há vários tre-chos com mais de cem anos quenão são mais aderentes à atualtecnologia. O governo faria no-va concessão com uma propos-ta mais moderna ao trecho.

Vale, MRS, MMX Mineração &Metálicos SA, Transnordestina Lo-gística SA — que é do grupo daCia. Siderúrgica Nacional SA — eALL estão entre as empresas quepossuem concessões de ferroviasno Brasil, segundo a AssociaçãoNacional dos Transportadores Fer-

roviários (ANTF). Mais da meta-de do transporte de carga no Bra-sil passa por rodovias. Dado o cus-to 30% maior do transporte rodo-viário, o governo quer elevar aparticipação das ferrovias na mo-vimentação de cargas no País de25% para 32% até 2025. Nesteano, o governo pretende entre-gar 5.000 quilômetros de ferro-vias. Para os próximos anos, es-tão planejados outros 2.000 quilô-metros e há estudos para mais10.000 quilômetros até 2020.

A falta de interesse das con-cessionárias em operar determi-nados trechos afeta o escoamen-to de produtos agrícolas e miné-rios do Mato Grosso do Sul, dooeste do Rio Grande do Sul e doEspírito Santo. Sem a possibili-dade de transporte ferroviário,é necessário usar o rodoviário,que é mais caro. Os investimen-tos e o aumento da competitivi-dade vão ajudar o Brasil a redu-zir o custo do frete em até 40%,segundo estimativas de Figuei-redo. ■ Bloomberg e ABr

SAÚDE

Ações contra a União pela garantia deatendimentoaumentam6%entre2010e2011

ÍNDICEDEPREÇOS

IPCA-15 fecha julho commenortaxa desde agosto de 2010

“Vamos ganhar competitividade”

TETOTARIFÁRIO

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao ConsumidorAmplo-15 (IPCA-15) desacelerou mais que o esperado em julho e atingiua menor taxa desde agosto do ano passado, em razão da queda dosalimentos e de menores altas de vestuário e habitação. O indicadorficou em 0,10% em julho, ante alta de 0,23% vista em junho, segundodados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Novo valor serádefinido até outubro

A frase foi dita pelo diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, ao comentar as novas regras do setor ferroviário

O Ministério da Saúde registrou, de 2010 a 2011, aumento de 6% nonúmero de ações judiciais contra a União no que diz respeito à garantiado atendimento de cidadãos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).Embora o crescimento pareça pequeno, a evolução dos gastosem real é de cerca de R$ 2 milhões só nesse período e apenas noque se refere à disputa judicial com o Governo Federal.

O novo teto tarifário para o setorferroviário será definido atéoutubro deste ano para ir àaudiência pública, disse BernardoFigueiredo, diretor-geral da ANTT.Desde o início das concessões,em 1996, os tetos nunca foramalterados, apenas corrigidos acada ano. O novo valor tarifário,que levará em consideração o tipode produto transportado, serádiscutido com as concessionáriase entra em vigor em janeiro de2012. "Estamos criando uma novarelação de força no mercado",disse Figueiredo. "O cliente passaa ter maior poder de barganhacom a ferrovia que vai gerar maiorserviço para o usuário." A ANTTquer tirar as concessionárias"da zona de conforto"promovendo maior concorrência econsequentemente redução detarifas para o usuário. Bloomberg

Esses trechos sónão terão transporteferroviário se omercado, de umaforma integral, nãotiver a percepçãode que isso é viávelfinanceiramente

Bernardo FigueiredoDiretor-geral da Agência Nacionalde Transportes Terrestres (ANTT)

BRASIL

Renato Araújo/ABr

Figueiredo:expectativadeampliarousodamalha

ferroviáriadopaís

12 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

R$ 33 bié o valor estimado do TAV.

R$ 20 bié o volume de recursos quepoderão ser desembolsados peloBNDES para financiar a obra.

R$ 5 bié o limite da manobra deamortização do financiamento,previsto pelo governo federal.

O leilão da primeira etapa dotrem de alta velocidade(TAV), que vai interligar as ci-dades do Rio de Janeiro, SãoPaulo e Campinas (SP), deveocorrer em fevereiro do anoque vem. A expectativa é dodiretor-geral da Agência Na-cional de Transportes Terres-tres (ANTT), Bernardo Figuei-redo. Segundo ele, o edital daprimeira etapa deve ser publi-cado em outubro próximo e oda segunda etapa, só no fim

do ano que vem. “Como todosjá conhecem o projeto, acha-mos que o prazo adequado éde quatro meses”, disse.

Na semana passada, o gover-no decidiu dividir o projeto dotrem-bala em duas partes: aprimeira trata da contrataçãoda tecnologia e do operador doTAV e a segunda, da empresaresponsável pela construçãoda linha férrea e das estações.A estimativa para o início daobra continua sendo os primei-ros meses de 2013, com conclu-são do projeto em, no máximo,seis anos. Segundo Figueiredo,o cronograma da obra não vaiter mudanças significativas

porque, apesar das duas licita-ções, haverá uma redução detempo, já que não há mais ne-cessidade de elaboração de umprojeto executivo da obra.

Figueiredo ressaltou que ogoverno não vai dar subsídiospara a empresa que irá operaro TAV e que o financiamentodo Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e So-cial (BNDES) será apenas paraa construção da infraestrutura.“Esse financiamento só faz sen-tido para a infraestrutura por-que, normalmente, as operado-ras têm financiamentos emcondições favoráveis em seuspaíses de origem”, afirmou. ■

TURISMO

Em nove meses, EUA já emitiram maisde meio milhão de vistos a brasileiros

CUSTOBILIONÁRIO

INDICADORES

Indústriae consumo puxam desaceleraçãoda economia, segundo dados do Ipea

Leilão da primeira etapa do trem-balasó deve ocorrer em fevereiro de 2012

Cerca de 1 milhão de brasileiros viajam para os EUA por ano. Segundoa embaixada americana no Brasil, desde 2006, a demanda por vistoscresceu 230%. Em 2010, o consulado dos EUA em São Paulo emitiuquase 320 mil vistos de não imigrante, mais do que qualquer outra seçãoconsular americana no mundo. Para atender a demanda, a embaixadaem Brasília e os consulados em SP e Rio vão abrir sábado (23).

A estimativa parao início da obracontinua sendoos primeirosmeses de 2013,com conclusão doprojeto em, nomáximo, seis anos

Indicadores como a desaceleração da indústria e a queda do consumodas famílias confirmam a trajetória de desaquecimento da economia e atendência de manutenção da inflação entre 5% e 6%. A conclusão é doInstituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A entidade destaca que,mesmo a expansão do Produto Interno Bruto no 1º trimestre (6,2%), émenor do que a taxa registrada no mesmo período de 2010 (7,5%). ABr

O edital para primeiraetapa do projeto deve serpublicado em outubrodeste ano, diz ANTT

Henrique Manreza

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 13

Enquanto as negociações inter-nacionais sobre um novo acordodo clima ainda engatinham e oCongresso Nacional vive o im-passe sobre o novo Código Flo-restal, iniciativas que aplicam osconceitos do REDD, ou Reduçãode Emissões para o Desmatamen-to e Degradação, prosseguem naAmazônia e em outras partes domundo. A ideia, lançada há qua-tro anos na 13ª Conferência dasPartes (COP-13), em Bali, visacriar valores econômicos para afloresta em pé, ou para o desma-tamento evitado, desde que hajafontes de financiamento. Umadas dificuldades para isso é esta-belecer como medir, relatar e ve-rificar as reduções de emissões

pela conservação de florestas.A Fundação Amazonas Sus-

tentável (FAS), parceria públicoprivada entre o governo doAmazonas e o Bradesco, uniuseu método de verificação como do Fundo Biocarbon do BancoMundial, para estabelecer ummecanismo que pode ajudar aabrir o mercado de carbono pordesmatamento evitado em vá-rios países, além do Brasil.

ValidaçãoA metodologia que permite a ob-tenção de créditos de carbonoestá sendo aplicada na Reservade Desenvolvimento Sustentá-vel do Juma, em Novo Aripuanã(AM), sendo a primeira a ser va-lidada pelo Verified CarbonStandard (VCS). Os créditos decarbono estão sendo usados pa-

ra neutralizar as emissões da re-de de hotéis Marriott.

A existência de validação é im-portante uma vez que, como nãoexistem regras pré-definidas pa-ra transações de créditos por RE-DD, é preciso adotar salvaguar-das que garantam a consistênciae transparência dos projetos. Atéhoje, apenas cinco metodologiasforam validadas no VCS, mas ado Juma é a única do Brasil.

Segundo o superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana, aaprovação da metodologia é im-portante porque teve o assesso-ramento técnico do Instituto deConservação e Desenvolvimen-to Sustentável do Amazonas(Idesam), além da consultoriaCarbon Decision International(CDI), o que mostra que os pes-quisadores brasileiros têm con-

dições de participar da defini-ção de metodologias internacio-nalmente reconhecidas, que atéagora eram estabelecidas pelospaíses desenvolvidos.

A Reserva do Juma já tinhacertificação pelos padrões doClimate, Community Biodiversi-ty Alliance (CCBA), que verificaos impactos positivos do proje-to nas comunidades e sobre abiodiversidade, mas o VCS émais técnico. “Conseguimos fa-zer um roteiro de como deve serfeito um projeto de REDD”, dizViana. “De agora em diante,quem quiser seguir este cami-nho, pode submetê-lo ao VCS eassim ter facilidade maior paraconseguir créditos de carbonono mercado voluntário.”

De acordo com Viana, a apro-vação da metodologia dá mais se-

Divulgação

AMvalidamétodo para evitar

Martha San Juan Franç[email protected]

SEXTA-FEIRA

TECNOLOGIA

“Conseguimos fazer um roteirode como deve ser feito umprojeto de REDD. Quem quiserseguir esse caminho, pode termais facilidade para conseguircréditos de carbono”

Projeto financiado pela rede Marriott consegue aprovação de mecanismo criado para calcular crédito de emissão de

INOVAÇÃO & SUSTENTABILIDADE

Virgilio VianaSuperintendenteda FundaçãoAmazonasSustentável(FAS)

SEGUNDA-FEIRA

ECONOMIACRIATIVA

ReservadoJuma:comunidadesvivememáreapróximaderodovianaAmazôniaquepodeserdesmatada

14 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

gurança e resolve muitas dú-vidas que existiam sobre afórmula de calcular as emis-sões. "Queremos enfatizar avalorização do ativo da flores-ta, em vez de diminuir o pas-sivo", diz. Viana consideraque isso é importante nas ne-gociações que prosseguem so-bre mudanças climáticas naCOP-17, marcadas para de-zembro em Durban.

A proposta, segundo ele,também facilita a aprova-ção de projetos em paísesem desenvolvimento, prin-cipalmente na África, de res-tauração de ecossistemasque retiram ou conservamcarbono nas florestas, e secandidatam a receber finan-ciamento do Fundo Biocar-bon, do Banco Mundial. ■

Fotos: divulgação

EVOLUÇÃONAAMÉRICALATINA

Cartilhaapresentaoutras iniciativas

A árvore estará salva quandofor vista como uma vaca

O Instituto de Conservação eDesenvolvimento Sustentáveldo Amazonas (Idesam) acreditaque outros projetos relacionadosa REDD em desenvolvimento noBrasil e na América Latina podemusufruir da metodologia aprovadapelo Verified Carbon Standard(VCS). A instituição elaborou umacartilha, em colaboração coma entidade não-governamentalThe Nature Conservancy,destinada a apresentar paragovernos, investidores e sociedadeas iniciativas que estão maisadiantadas na possibilidade deserem eleitas para o mercadode carbono. “Fizemos uma linha

de corte para identificar osprojetos mais elegíveis, mas algunspodem não conseguir acompanharum processo rigoroso dequantificação de emissões”, dizMariano Cenamo, secretário-geraldo Idesam. O guia mapeou17 projetos em diferentes fasesde implementação na Bolívia,Equador, Guatemala, Paraguai,Peru e Brasil, além de iniciativasinternacionais relacionadas aoREDD, como o Fundo Amazôniano Brasil e o Forestry CarbonPartnership Facility, do BancoMundial. A quase totalidade está naAmazônia, sendo apenas um emGuaraqueçaba, litoral paranaense.

QUARTA-FEIRA

EDUCAÇÃO/GESTÃO

desmatamento

Um dos maiores desafios na construção de uma consciência predo-minante em favor da preservação do patrimônio ambiental é a con-tabilidade dos serviços da natureza. Posto dessa maneira, esse con-ceito ainda carrega muito de subjetividade, mas há quase uma deze-na de metodologias testadas em casos específicos. A principal difi-culdade se refere ao fato de que se trata de avaliar o resultado positi-vo decorrente da redução de perdas florestais.

O programa conhecido como REDD - sigla em inglês para Redu-ção de Emissões por Desmatamento e Degradação de Florestas -abriga o complexo de mecanismos financeiros pelos quais se procu-ra estimular o investimento em projetos de preservação florestal.Trata-se de um processo globalmente reconhecido e apoiado pelaONU, que se consolidou a partir da Cúpula de Copenhague, ocorri-da no final de 2009 e já conta com a adesão de 35 países.

Para os investidores, esse novo ambiente de negócios representamais diversidade na gestão financeira e uma grande oportunidadepara ingressar no lado sustentável do capitalismo. Se estamos falan-do de uma alternativa estimulada pela ONU e pelo Banco Mundial,com grande potencial e benéfica para a reputação dos participan-tes, quais seriam os empecilhos para sua aplicação em grande esca-la? Como sempre, os elementos da chamada realidade objetiva.

Há quem diga que o combate aodesmatamento, quase sempre loca-lizado nas regiões menos densas dopaís, representa um confronto en-tre as urgências da modernidade ea cultura retrógrada do Brasil arcai-co. Nessas fronteiras, onde a ativi-dade econômica principal aindaconsidera a floresta como um obstá-culo à produção de renda, permane-ce ainda um estado de tensão entreas convicções contemporâneas arespeito do valor da floresta em pée o resistente e antiquado conceitode que a terra só produz se for despi-da de sua cobertura vegetal.

Para mudar isso, é preciso muitomais do que belos discursos em fa-vor da natureza. É necessário de-

monstrar, “na ponta do lápis”, que o dinheiro vem mais rápido, du-rante mais tempo e em maior volume quando o patrimônio ambien-tal é valorizado. Para isso servem as metodologias que transfigu-ram a redução das emissões de carbono em valor monetário.

O Bolsa Floresta é um desses processos, mas ainda carrega certoestigma de programa social - o agricultor, o pecuarista e o madeirei-ro se consideram empresários. Talvez possa sensibilizá-los a cons-cientização de que, na Amazônia, as comunidades criadas com ba-se na exploração irracional das florestas não produzem riqueza pormais do que quinze anos. Passado esse período, essas economias en-tram em rápido declínio.

Mas, para quem se habituou a viver no limite, essa é uma dificul-dade que se supera com mais desmatamento. Essa lógica perversada destruição deve ser vencida com a racionalidade dos modelos denegócio sustentáveis. Metodologias eficazes e simples permitemtangibilizar os ganhos da preservação, com a aplicação do conheci-mento científico e sua comprovação em termos de resultados.Quem vive longe da diversidade cultural das grandes cidades temurgências que desprezam teorizações. Para ele, o conceito da redu-ção de emissões é tão intangível quanto o próprio ar. Só vai enten-der quando enxergar a árvore como uma espécie de vaca. ■

TERÇA-FEIRA

EMPREENDEDORISMO

ReservatemprojetopioneirodeREDD

A Reserva de DesenvolvimentoSustentável do Juma, onde vivemcerca de 430 famíliasem 48 comunidades, foi criadapelo governo do Amazonashá nove anos com o objetivode proteger a floresta comalto valor de biodiversidadee propiciar a melhoria daqualidade de vida a seushabitantes por meio do BolsaFloresta. O Projeto de REDD,desenvolvido pela FundaçãoAmazonas Sustentável,tem o apoio da rede de hotéisMarriott, e deverá resultar

na contenção de desmatamentode quase 8 mil hectares defloresta, evitandoo lançamento de 3,6 milhõesde toneladas de carbonona atmosfera. “Além dacontribuição direta de US$ 2milhões, o Marriott obteve maisUS$ 250 mil de seus hóspedesque se dispõem a neutralizar asemissões de carbono relativas àhospedagem, eventos e doaçõesde empregadose parceiros de negócios”, diz MariSnyder, vice-presidente deresponsabilidade social da rede.

É necessáriodemonstrar “naponta do lápis”que o dinheirovem mais rápido,durante maistempo e em maiorvolume quandoo patrimônioambiental évalorizado

carbono segundo modelo em discussão nas negociações da ONU

LUCIANO MARTINS COSTAJornalista e escritor, consultorem estratégia e sustentabilidade

Maisde400famíliasdesenvolvematividade

extrativistaemreservaestadual

EscoladoJuma:projetovisamelhorarqualidade

devidadapopulação

relógios de coleção & acessórioswww.tictaclink.com

TICTACLINK

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 15

Fabrice Coffrini/AFP

Felipe Aguillar

LURDETE ERTEL

Raqueteporpincel

ENCONTRO DE CONTAS

Semfazercera

Lixoeletrônico

O tenista Guga, por meio do InstitutoGustavo Kuerten, é o embaixador doprojeto “Tudo de cor para Florianópolis”,da Coral, que renovou as fachadasde alguns dos ícones da tradicionalarquitetura da capital catarinense.Casas no Ribeirão da Ilha, o Largo doMercado e a parte externa do MercadoPúblico Municipal da capital catarinenseestão ganhando cores renovadas

no projeto da indústria de tintas Coralque, neste ano, prevê investimentode R$ 10 milhões.Hoje Guga participará, ao lado de cerca de200 colaboradores e clientes da AkzoNobel— detentora da marca Coral e presidida porJaap Kuiper (com o tenista na foto) —, deum mutirão de pintura no Ribeirão da Ilha.A entrega da pintura em Florianópolistambém será celebrada com um show da

banda Jota Quest, na Beira Mar.Esta é a oitava grande cidade que recebeo “Tudo de cor para você”, iniciativasocioambiental da Coral que tem comoobjetivos a renovação e a preservação depatrimônios históricos no País, além depromover a cidadania e a sustentabilidadepelo Brasil. Desde agosto de 2009, quandoo programa começou, foram usados 80 millitros de tintas em mais de 2.100 casas.

TropasdeBaco

As abelhas do Piauí estão emregime de trabalho aditivado.O Estado assumiu a liderançada exportação brasileira demel em junho, ultrapassandoSão Paulo e Rio Grande do Sul.No primeiro semestre, asexportações brasileiras de melalcançaram US$ 40 milhões,38% mais do que o mesmoperíodo do ano passado.Em volume, foram embarcadas12,3 mil toneladas de mel nesteano, contra 10,1 mil em 2010.

O Rio Grande do Sul pretendesair na frente e lançar emagosto um programa estadualinédito de coleta de materialobsoleto de telefonia einformática. A meta do SistemaFecomércio/Sesc/Senac éambiciosa: retirar do ambientee dar destinação correta a 100toneladas de resíduos e 20 milcelulares e baterias em 60 dias.Projeções indicam que, até 2030,o Brasil produzirá 680 miltoneladas/ano de lixo eletrônico.

“Entendoquetenhagentequenãotenhadinheiroparacomprarumingressode cinema.(...)Mesmoassim,piratariaéumroubo”

Javier Bardem, ator espanhol,durante encontro da OrganizaçãoMundial da PropriedadeIntelectual, em Genebra.

O centro de São Paulo ganha mais um espaçohistórico de visitação aberta ao público.O palacete tombado na Alameda Nothmann,que há 16 anos abriga a sede do Grupo Tejofran,vai entrar no roteiro turístico da cidade.Construída entre os anos de 1911 e 1912,

a mansão recebeu pensadores da Semana deArte Moderna (1922), como Mario de Andrade,Murilo Mendes, Gilberto de Andrade e Silva eTácito e Guilherme Almeida. Também foi cenáriode episódios durante as revoluções de 1924 e 1932.O palacete vem sendo mantido pelo Grupo Tejofran.

A fermentação domercado brasileirode vinho fez encorpartambém o númerode vinícolas no país.Conforme balanço doInstituto Brasileirodo Vinho (Ibravin),o Rio Grande do Sul,que responde por 90%da produção nacionaldo segmento, alcançouneste ano 751 empresasdedicadas à bebida,ante 741 em 2010.Em uma década, onúmero de vinícolascresceu 71%.A maioria se concentraem Flores da Cunha(25%), Caxias do Sul(17,4%), Bento Gonçalves(10,7%), Garibaldi (8,8%)e Farroupilha (6%).Dados do Ibravin tambémmostram expansão nonúmero de municípiosgaúchos dedicados àprodução de uvas: nestasafra, foram 151 (30% dototal), ante 119 em 2004.

Portasabertasparaahistória

16 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

Pésnochão MARCADO● O WTC Business Club realiza, dia 26,o International Perspectives Austráliacom o tema Cidades Sustentáveis —Soluções de Arquitetura, PlanejamentoUrbano e Tecnologias Verdes.O evento contará com a presençado Cônsul Geral da Austrália emSão Paulo, Sr. R. Gregory Wallis.

Abrindovitrinas

Escritadeouro

Fotos: divulgação

O Hotel Transamérica Ilha deComandatuba (BA) será palco,de 3 a 6 de agosto, da CopaRádio Transamérica de Golfe,etapa do CBG Pro Tour -Circuito Brasileiro de Golfe.A classificação no torneio daráacesso ao aberto do Brasil.A Bahia já é o principal destino doviajante que pratica golfe no país.

O Shopping Leblon, no Rio deJaneiro, reforça seu mix delojas com três novas operações:a primeira loja da estilistaNica Kessler, o projeto conceitomall da Kipling e a primeira lojacarioca da The North Face.

[email protected]

Para comemorar seus 250 anos,a Faber-Castell está lançandouma linha de canetas premiumconfeccionadas com madeirada oliveira, platina e ouro18 quilates. A Coleção GrafVon Faber-Castell chegaao Brasil em setembro, comapenas cinco peças. O preçosugerido é de R$ 7.500 cada uma.

Depois de receber uma representação de300 consumidores (94% homens) que sesentiram ofendidos com a campanhaMulheres Evoluídas, da Bombril,o Conselho Nacional de AutorregulamentaçãoPublicitária (Conar) decidiu, porunanimidade, arquivar e encerrar o caso.Em maio, o Conar já havia decidido, tambémpor unanimidade, manter a veiculação dosfilmes nos quais Marisa Orth, Dani Calabresae Monica Iozzi satirizam o sexo masculino.Pelo julgamento do conselho, as queixas sãoimprocedentes já que os anúncios usamrecursos próprios da publicidade, como oexagero e humor. O número de reclamaçõescontra a campanha foi recorde no Conar.

A cidade histórica deTiradentes, em MinasGerais, se prepara parareceber, entre os dias19 e 28 de agosto,a 14ª edição do Festivalde Cultura e Gastronomia,considerado um dosmaiores eventos de altagastronomia do país.Com o tema Nova Geração,a festa, que esperareceber cerca de 35 milpessoas neste ano, contarácom shows do cantorEd Motta e da cantora Céu.A cidade também vaireceber investimentosde R$ 10 milhões dogoverno estadual deMinas Gerais, para concluirobras de saneamento.

O Hospital Alvorada, emSão Paulo, está inaugurandosua ala VIP nesta semana.O espaço conta com oito suítesde até 78 metros quadrados,com televisores de LED, laptopse enxovais Trussardi, alémde mordomo 24 horas, camareirae cardápio diferenciado.

A T&A Pré-Fabricados,de Itu (SP), fornecerá a estruturapré-fabricada de concreto paraa ampliação do TransaméricaExpo Center em São Paulo,a cargo da construtora Serpal.A montagem inicia em agostoe deve terminar em novembro.O Transamérica Expo Centervai ganhar mais dois pavilhões,em uma ampliação estimadaem R$ 60 milhões.

Se tudo o mais parece atrasado,pelo menos a Polícia Militarde São Paulo começa a sepreparar para a Copa de 2014.A escola Berlitz assinoucontrato com a corporaçãopara dar aulas de idiomasaos policiais, a fim de quepossam se comunicar melhorcom a revoada de estrangeirosque deve aportar no país.

Pioneira no mercado deacademias ao trazer a ginásticaaeróbica para o país em 1983,a Runner começa sua expansãopara fora do Estado de São Paulo.A 16ª unidade da rede acabade ser aberta em Brasília (DF) e,daqui a alguns meses, a marcadesembarca em Natal (RN).Outras 10 academias estãoem aquecimento.

Comer,passearecantar

Tacadacerta

Paracurar

Puxadão

CanIhelpyou?

Malhação

Mileumacontrovérias

O criador, produtor e apresentador do programaTrabalho Sujo, do Discovery Channel, Mike Rowe, acabade fechar parceria com a CAT Footwear para lançara linha de calçados Mike Rowe Works by Cat Footwear.No Brasil, a coleção de sapatos e botas profissionaisassinada por Rowe será comercializada pela MarinelliBrasil, representante oficial da marca no país.

GIRO RÁPIDO

Com Karen [email protected]

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 17

O estreito de Malacca, no oesteda Malásia, ganha destaque naestratégia logística da Vale. Amineradora pretende usar o ca-nal de 800 quilômetros comoplataforma exportadora paravencer as concorrentes austra-lianas BHP Billiton e Rio Tintona disputa pelo mercado chinêsde minério de ferro. Para isso,instala um terminal portuário eum centro de distribuição comcapacidade para estocar 30 mi-lhões de toneladas de minérioem Teluk Rubiah, província naregião desértica de Perak.

O mote do empreendimentode US$ 1,371 bilhão é aproveitara ligação entre os oceanos Índi-co e Pacífico feita pelo estreitopara acessar o Mar da China Me-ridional — o pedaço do Pacíficoque banha o Sudeste Asiático. Ocomplexo vai facilitar o acessorápido às siderúrgicas da Chi-na, principais consumidoras dominério da Vale. As chinesasconsumiram 129 milhões das297 milhões de toneladas de mi-nério vendidas pela minerado-ra em 2010. “Vamos ficar maispróximos dos chineses do queos australianos”, afirma o dire-tor de marketing, vendas e es-tratégia José Carlos Martins.

A perspectiva positiva já fez amineradora projetar a amplia-ção do complexo para 90 mi-lhões de toneladas após a con-clusão da primeira etapa no se-gundo semestre de 2013. Estepasso, segundo Martins, inclui-rá a instalação de duas pelotiza-doras que beneficiarão o miné-rio mais fino.

O objetivo da Vale também éfazer com que a Malásia ajude areduzir o custo do transporte deminério entre o Brasil e a Chi-na. “O nosso desafio é colocar ominério na Ásia, que fica do la-

do do nosso principal concor-rente”, diz Martins.

Frete menorO preço do trajeto Austrália-Chi-na, operado pela BHP e a Rio Tin-to, é 8% menor que o da Vale(Brasil-China). O custo da brasi-leira já chegou a estar 13% maiscaro. A redução foi puxada peloinício da operação do primeirode 12 navios com capacidade pa-ra 400 mil toneladas. O granelei-ro, hoje o maior em operação nomundo, derrubou em 20% o cus-to do frete Brasil-China, em rela-ção ao que os navios de 300 miltoneladas operados até então re-gistravam. O ganho da Vale é decerca de US$ 10 por tonelada deminério, e, segundo Martins, aturbinada logística somada aonovo sistema de precificação adi-cionou US$ 5 bilhões ao fatura-mento da empresa.

Agora, o centro logístico daMalásia deve servir para consoli-dar a posição da brasileira no to-po do mercado mundial de mi-nério de ferro. O cálculo é deque junto com o complexo emconstrução em Omã, no Orien-te Médio, a Vale consiga agilizaro escoamento da produção re-presentado pela ampliação deCarajás (PA) e a implantação damina Simandou, na Guiné. Daí,a importância da frota enco-mendada à chinesa Rongsheng,em 2009, por US$ 1,6 bilhão.

Os 12 graneleiros substituemo antigo sistema FOB, no qual osclientes recolhiam o minério emportos brasileiros. A mineradoraganha também escala no quesitoposição geográfica, após se verparalisada durante a crise, quan-do os clientes deixaram de virbuscar o minério. “Estamos asso-ciando as minas com centros lo-gísticos, já que elas estão em mé-dia 800 km longe do mar, en-quanto as australianas ficam a300 km”, diz Martins. ■

A Vale quer aproveitar a capaci-dade de redução de gás carbôni-co CO2 de seu minério commaior teor de ferro como umaditivo para formular o preçodo produto. Segundo o diretorde marketing, vendas e estraté-gia, José Carlos Martins, a ideiaé focar a qualidade como fatorde preço. “O aumento deve vircom a percepção da qualidadedo minério”, afirma.

O movimento deve ser simi-lar ao realizado no auge da crise2008/2009, quando a Vale pres-sionou a mudança no sistemamundial de precificação. Na oca-sião, a empresa passou a cobrarum valor adicional para cada1% de ferro contido em seu mi-nério. O argumento foi de que oinsumo siderúrgico, na casa dos65% de ferro, era superior aonegociado no mercado (62%).A nova fórmula, junto com ga-nhos logísticos, representouum ganho de US$ 5 bilhões nofaturamento da companhia. “Odesafio foi trabalhar para o mer-cado reconhecer a qualidade do

Vale apostanaMalásia parabater BHP Billitone Rio Tinto

Nova fórmulaMineradora diz que o produtodiminui o consumo de carvãopelas siderúrgicas e estudafórmula para ganhar com essaredução de custo e poluição

Nivaldo [email protected]

Centro de distribuição da mineradora brasileira no país asiático vaiganhar pelotizadoras e servirá de plataforma para acessar a China

Preço do freteBrasil-China caiu20% para a Vale coma operação do maiorgraneleiro do mundo.Outros navios comcapacidade para400 mil toneladasdevem aproximar asminas de Carajás (PA)e Simandou (Guiné)do principal mercadoda mineradora

EMPRESAS

Editora: Rita Karam [email protected]: Estela Silva [email protected]

Isabelle Moreira Lima [email protected]

GraneleiroJacarandá,oprimeirode 12queaValevaiusarnarotaBrasil-China

18 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

minério”, conta Martins.Agora, a mineradora assegu-

ra que o teor de ferro mais eleva-do faz as siderúrgicas consumi-rem menos coque, o carvão mi-neral usado em altos-forno pa-ra transformar o minério emaço. Com isso, as siderúrgicasteriam um ganho de custo pro-dutivo que a Vale quer absorverno preço final de seu produto.O desafio é encontrar uma fór-mula para calcular esse ganho.

A empresa estuda uma fórmu-la para fazer com que a reduçãode gás carbônico vire um fatorde atração de cliente interessa-dos em atingir índices de exce-

lência em sustentabilidade am-biental e, para isso, estejam dis-postos a pagar mais caro.

Para o analista Leonardo Al-ves, da Link Corretora, apesarde ousada, a proposta faz senti-do ante o aumento de preço docarvão no mercado internacio-nal. “No momento, as siderúrgi-cas já pagam um prêmio pelominério da Vale. Mas, caso essaredução de gás carbônico sejacomprovada, e como o carvãoestá caro, as siderúrgicas po-dem aceitar pagar mais”, diz.

Para Martins, um termôme-tro do interesse ambiental dosclientes da Vale é a operação do

graneleiro Jacarandá. O maiorem operação nos oceanos, se-gundo o executivo, reduzidoem 35% a emissão de CO

²ao lon-

go do trajeto Brasil-ChinaMartins argumenta que a di-

minuição consistente em tem-pos de preocupação ambientaljá desperta interesse logísticode clientes fora da rota percorri-da pelo navio com capacidadepara 400 mil toneladas. “É im-pressionante a quantidade declientes que estão adaptandoseus portos para se beneficiarde um frete mais baixo e, princi-palmente, da redução de carbo-no”, afirma. ■ N.S.

Agencia Vale

65%é o teor médio de ferro dominério da Vale, para umamédia de mercado de 62%.A empresa cobra um adicionalpela diferença na qualidadede seu produto.

US$ 5 bifoi o ganho no faturamentoda companhia com a mudançana precificação do minérioconsiderando o teor de ferro.

Preço

de preço considera redução de CO2

MENOSEMISSÕES

Produçãodeaçocresce4%emjunhonopaís

Para José Carlos Martins,diretor de marketing, vendas eestratégia da Vale, a urbanizaçãodos países asiáticos devemanter os prelos do minérioelevado nos próximos anos.O cálculo do executivo é de quea industrialização desses paíseselevará o consumo de aço e,consequentemente, de minério.“Apesar dos esforços paraelevar mercados como o EUAe a Europa, a verdade é que elessão maduros. O novo foco dedesenvolvimento está na Ásia.”

Antonio Milena

Crescimento asiáticomanterávalor dominério emalta

O aumento devevir com a percepçãoda qualidadedo minério

José Carlos MartinsDiretor de marketing, vendas

e estratégia da Vale

Os dados são da Associação Mundial de Aço (WSA). No mês passado,o Brasil produziu, segundo a entidade, 2,962 milhões de toneladas deaço bruto, ante 2,850 milhões em junho de 2010 e 1,942 milhão nomesmo período de 2009. Enquanto isso, a produção chinesa cresceu11,9% em junho, na comparação anual, para 59,9 milhões de toneladas,impulsionando o volume mundial para alta de 8% no mês passado.Até maio, segundo o IABr, a produção de aço bruto havia crescido 9%.

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 19

A indústria americana de guindas-tes Manitowoc está em fase deconstrução de sua primeira fábri-ca na América Latina, que deveráser concluída em março de 2012.O espaço de 28 mil metros quadra-dos, localizado no município dePasso Fundo, a 293 quilômetrosde Porto Alegre, deverá produzir350 guindastes por ano, com in-vestimentos de R$ 70 milhões.

Os equipamentos produzidosno Brasil terão potencial paracargas de até 120 toneladas e de-vem gerar receita para o próxi-mo ano de R$ 400 milhões. “En-contramos no Brasil grande po-tencial de vendas para as áreasde construção civil, elétrica eportos”, diz Mauro Nunes da Sil-va, diretor-presidente da com-panhia no Brasil.

A Manitowoc vai oferecer nopaís duas linhas de produtos.“A demanda do mercado brasi-leiro é por guindastes de terre-no acidentado, móvel e o mode-lo fixo”, afirma. O executivotambém diz que a empresa templanos para iniciar a produçãode guindastes acoplados em ca-minhões comerciais até 2013.

No Brasil, a Manitowoc já for-nece equipamentos para a Petro-bras, Vale, Odebrecht, Gerdau,Queiroz Galvão e acredita emum avanço na receita de 20% aoano, impulsionada pelas vendasde equipamentos para os gran-des eventos que o Brasil deverásediar, com a Copa de Mundo ea Olimpíada.

Silva explica que a fábrica de-ve contribuir para diminuir ematé 30% o preço final dos guin-dastes, que atualmente variamde US$ 100 mil e US$ 1 milhão.“A redução ocorre porque nosprodutos nacionais não se conta-biliza frete marítimo, seguro eimpostos de importação. Po-rém, o valor do equipamentocostuma variar com base no va-lor pago pelas peças para a cons-trução dos guindastes, que sãoimportadas”. O executivo expli-ca que durante a fase inicial, oproduto será produzido com pe-ças exportadas de fornecedoresinternacionais, mas afirma que

em quatro anos conseguirão en-tregar um produto 100% nacio-nal, já que os fornecedores

Lawrence J. Weyers, vice-pre-sidente executivo para as Améri-cas, diz que atualmente a empre-sa possui 26 montadoras espalha-das pelo mundo, como EstadosUnidos, Europa, Japão, Índia eChina. “Nos Estados Unidos, a ca-pacidade de produção anual che-ga a 2,5 mil guindastes”, afirma.

Segundo Silva, a produçãomédia de um guindaste por dia ésuficiente para a demanda atual.No entanto, a produção pode serampliada para o dobro, chegan-do a 700 unidades por ano. Dototal produzido, 25% será desti-nado aos países da América Lati-na como Argentina, Uruguai, Pa-raguai, Venezuela, Colômbia ePeru, enquanto 75% atenderãoao mercado brasileiro. Silva con-ta que a entrega dos equipamen-tos será feita pelo porto de RioGrande, no Rio Grande do Sul.

Rio Grande do SulA escolha do Sul para a instala-ção da fábrica foi motivada pelaexistência de um polo metal-mecânico, além do potencial defornecimento para o estado. “Es-peramos crescer 40% só na re-gião Sul entre 2011 a 2104”, diz oexecutivo. A Manitowoc fezuma parceria com a prefeiturade Passo Fundo, que disponibili-zou o terreno e benefícios fiscaiscomo, a isenção do IPTU. ■

*O repórter viajou a convite da Manitowoc

ENERGIA

Mercado cativo da Copel cresce4% noprimeiro semestre deste ano sobre 2010

QUÍMICA

Ecolab comprará Nalco, especializada emtratamento de água, por US$ 5,4 bilhões

Americana Manitowoc iniciaprodução de guindastes no Brasil

O negócio avalia a Nalco em US$ 38,80 por ação, um prêmio de 34%sobre a cotação de fechamento dos papéis da empresa na véspera.A Nalco, que forneceu dispersantes para controlar o vazamento depetróleo no Golfo do México em 2010, produz químicos que reduzemo consumo de recursos naturais e minimizam a emissão de poluentes.Já a Ecolab fornece serviços de higiene, limpeza e desinfecção.

O desempenho marcou um consumo de 11.086 GWh na primeirametade do ano ante 10.661 GWh nos seis primeiros meses de 2010.O consumo classe industrial cresceu 1,7% no período, com 3.558 GWhde janeiro a junho deste ano. Ao final de junho, os clientes industriaisrepresentavam 32,1% do mercado cativo da Copel. Já as classesresidencial e comercial apresentaram crescimentos de 4,7% e 6,8%.

Companhia investe R$ 70 milhões em unidade em Passo Fundo (RS) para faturar R$ 400 milhões ao ano

Mercadodemáquinasdeveexpandir em20%neste ano

EMPRESAS

*Rafael Palmeiras,de Passo Fundo (RS)[email protected]

Nilton Santolin

Esperamos crescer40% só na Região Sulentre 2011 a 2104

Mauro Nunes da Silva

Estudo feito pela AssociaçãoBrasileira de Tecnologia paraEquipamentos e Manutenção(Sobratema) sobre o MercadoBrasileiro de Equipamentos paraConstrução revela que em 2011,as vendas de guindastes no Brasildevem chegar a 600 unidades,crescimento de 20%, em relaçãoao ano anterior, impulsionadopelo Programa de Aceleração doCrescimento (PAC). “O programateve um peso importante para o

crescimento das vendas em25% entre 2009 para 2010”, dizEurinilson Daniel, vice-presidenteda Sobratema. Além do governo,construção civil e mineração têmregistrado destaque de compras.“A Petrobras tem sido um grandecomprador, pela necessidadede transportar tubulaçãopara projetos do pré-sal.”Com a demanda cada vez maior,o país tem ampliado sua presençano mercado internacional.

Atualmente o Brasil representa3% do total de vendas no mundo.“Em 2004, era de apenas 1%.Acreditamos que em 2014,esse saldo deverá chegar a 4%.Cerca de 59% das vendasestavam concentradas no Japãoe América do Norte. Em 10 anos,esse valor vai cair para 34%.No mesmo ano de 2004, 23% dasvendas eram feitas para China,Brasil e Índia, que juntos deverãopassar para 47% em 2014.” R.P.

MauroNunesSilva,àesq.,presidentenoBrasil, eLawrenceJ.Weyers,

vice-presidenteparaasAméricas:potencialparadobraraproduçãonopaís

Tim Boyle/Bloomberg

20 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 21

O mercado de varejo está se pro-fissionalizando cada vez mais.Com a onda de consolidação pe-la qual vem passando, a exem-plo da fusão entre Casas Bahia ePão de Açúcar, os concorren-tes, mesmo de pequeno porte,se veem obrigados a procurar di-ferenciais que os tornem maiscompetitivos diante dos gran-des conglomerados.

Muitas vezes, as empresasencontram em novos softwa-res o diferencial que estavamprocurando, de acordo comCleber Morais, presidente daBematech. É por esse motivoque a empresa nacional, volta-da para automação comercial ecom faturamento de R$ 326,4milhões em 2010, quer aumen-tar sua receita vinda da área de

desenvolvimento de sistemase serviços. Desde 2007, a com-panhia já investiu R$ 260 mi-lhões em aquisições de sete em-presas de software e agora, soba gestão de Morais desde abril,espera que em três anos estesegmento seja responsável pormetade da receita em, no máxi-mo, três anos.

No primeiro trimestre, o per-centual do faturamento vindoda área de software e serviçosfoi de 23%, totalizando R$ 16milhões, enquanto há um anoo percentual era de 14%. Se-gundo Morais, o mercado devarejo está passando por umafase de amadurecimento e seprofissionalizando e, por isso,demandando mais sistemas pa-ra, por exemplo, aumentar pro-dutividade.

“A onda de consolidaçõestem acelerado a adoção de soft-

ware pois estimula os concor-rentes a usarem certos siste-mas para tentar se diferenciar eenfrentar a concorrência dosgrandes grupos varejistas” afir-ma Morais, que não descartacontinuar fazendo aquisiçõespara reforçar a área.

Além das compras, a empre-sa também investe em pesquisapara criar novos softwares quepossibilitem o crescimento dareceita na área. Uma das apos-tas da Bematech é o sistema queliga os iPads utilizados para cap-tar o pedido dos clientes direta-mente às cozinhas dos restau-rantes. O investimento total emdesenvolvimento de produtosem 2010 foi de R$ 19 milhões.

Declínio da receitaApesar do crescimento da recei-ta vinda da área de software,que foi de 13,7% no primeiro tri-

mestre do ano em relação aomesmo período de 2010, o fatu-ramento total da empresa nãotem apresentado os mesmo índi-ces positivos. De janeiro a mar-ço, foi contabilizada uma quedade 14,4% sobre o ano anterior.O lucro também está negativo,com queda de 28,9% no perío-do, números que mostram moti-vos para que a empresa invistana diminuição da dependênciada companhia do setor de hard-ware para varejo.

A empresa possui hoje entreseus clientes empresas comoLeroy Merlin, Subway e O Boti-cário, além de atuar fora dopaís, de onde vem 8% do fatura-mento total. Atualmente a com-panhia é a 34ª colocada o Ran-king das Transnacionais Brasi-leiras feito pela Fundação DomCabral e tem fábricas na Chinae em Curitiba. ■

TECNOLOGIA1

Mais um funcionário da Foxconn, que produziPhone, morre em fábrica no sul da China

TECNOLOGIA2

Companhiade segurança móvel fazsoftwarepara lojas de aplicativosA Lookout Mobile Security, cujos softwares protegem cerca de10 milhões de aparelhos móveis, afirma ter desenvolvido uma tecnologiaque permite a execução de varreduras em jogos, editores de melodiase fotos, assim como em outros aplicativos móveis, a fim de encontrararquivos contaminados. A Mobile Threat Network, a tecnologiaencontra arquivos problemáticos antes que infectem aparelhos.

Bematech aposta em softwarepara recuperar crescimento

Marcela Beltrão

Um funcionário de uma fábrica da Foxconn no sul da China morreu,no mais recente caso de uma série de suicídios de jovens trabalhadoresmigrantes nos complexos fabris da companhia, nos últimos dois anos.A Foxconn, que fabrica o iPhone e outros produtos da Apple e tambémtem entre os clientes Dell, HP, Nokia e Sony Ericsson, é criticada porgrupos de defesa dos trabalhadores por práticas trabalhistas cruéis.

Com receita em declínio, companhia focada em hardware para o varejo já investiu R$ 260 mi para ampliar atuação

O varejo está seprofissionalizando.Hoje, com o aumentoda concorrênciano setor, é precisose diferenciarpara competir

Cleber MoraisPresidente da Bematech

EMPRESAS

Carolina [email protected]

CleberMorais,queassumiuapresidênciadaBematechcomofaturamentoemqueda

22 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

TECNOLOGIA4

Intel anuncia a aquisição da FulcrumMicrosystems, de semicondutores

TECNOLOGIA3

Apple atualiza linha de computadoresMacBook Air e MacMini com processadorA Apple atualizou dois de seus computadores, MacBook Air e Mac mini,com processadores de última geração e novo sistema operacional.O novo MacBook Air é equipado com processadores Intel Core Duale é acionado pelo sistema operacional Lion. Na terça-feira, a Appleregistrou lucro trimestral maior do que o esperado, com forte alta nareceita, impulsionada por vendas elevadas de iPhones e tablets iPads.

Jean Chung/Bloomberg

A Fulcrum é uma empresa privada de semicondutores sem fábricaprópria, que projeta microchips para switches Ethernet para datacenters. Fundada em 1999, a fabricante está sediada em Calabasas,Califórnia. Outros termos da transação não foram divulgados.O acordo está sujeito a aprovação dos acionistas da FulcrumMicrosystems, e à aprovação dos órgãos regulatórios.

A Samsung lançou ontem uma versãomais leve e fina do computador tabletGalaxy Tab, em um esforço para tentarconquistar parte do imenso mercadodominado pelo Apple iPad. O Galaxy Tabcom tela 10,1 polegadas é uma versãomelhorada do modelo com tela de7 polegadas lançado em outubro.O aparelho funciona com a mais recenteversão do Google Android e conta comum processador de núcleo duplo Tegra 2,da Nvidia. A tela do tablet é maior e maiornítida que a do iPad 2, e o peso do modeloé menor. Com preços a partir de US$ 500nos Estados Unidos, comparáveis aosdo iPad 2, o novo modelo da Samsungenfrenta forte concorrência de maisde 100 outros aparelhos lançados emresposta ao iPad, a maioria dos quaisacionados pelo sistema Android.Reuters

SAMSUNG LANÇA VERSÃO MAIS LEVE E MAIS FINA DO GALAXY TAB

Tony Avelar/Bloomberg

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 23

A Máquina de Vendas deu maisum importante passo em sua ex-pansão. A rede formada por Ri-cardo Eletro, Insinuante e CityLar, uniu-se a Eletro Shopping,com 150 lojas em Sergipe, Ala-goas, Paraíba, Pernambuco, RioGrande do Norte e Ceará. A ope-ração, cujo valor não foi revela-do, envolveu a compra de 51%das ações da varejista e a cria-ção da Máquina de Vendas Nor-deste, que ficará sob o comandode Richard Saunders, fundadorda Eletro Shopping.

Com mais esta associação aMáquina de Vendas chega a 900lojas e um faturamento estima-do em R$ 7,2 bilhões para 2011,ante os R$ 5,7 bilhões do anopassado. Mas a briga pelo segun-do lugar no varejo de eletroele-trônicos ainda deve ter novoscapítulos. O Magazine Luiza,com 732 lojas e receita de R$ 6,1bilhões, abriu o capital recente-mente e ainda tem dinheiro pa-ra gastar. A última aquisição daempresa foi a rede Baú da Felici-dade, em junho deste ano.

No entanto, a Globex, forma-da por Casas Bahia e Ponto Frio,segue isolada em primeiro lugarcom 989 unidades e faturamen-to de R$ 10 bilhões em 2010 (oresultado considera vendas deapenas dois meses da Casas Ba-hia, período em que ela se uniuoficialmente ao Ponto Frio). Ameta da Máquina de Vendas échegar a este porte em 2014,quando deverá ter mil lojas e fa-turamento de R$ 10 bilhões.

Nordeste mapeadoA Máquina de Vendas está pre-sente no Nordeste com 233 lo-jas da Insinuante em nove esta-dos. Contudo, Luiz Carlos Batis-

ta, presidente do conselho daMáquina de Vendas, garanteque as 150 unidades da EletroShopping não vão se sobreporaos pontos de venda existentes.“Cerca de 70% das cidades on-de a Eletro Shopping está, nãohá unidades da Insinuante”,diz. Por enquanto, a nova asso-ciada ficará de fora da financei-ra da Máquina de Vendas. cria-da este ano em parceria com obanco HSBC.

IntegraçãoA Secretaria de Direito Econô-mico (SDE), do Ministério daJustiça, recomendou na semanapassada, a aprovação da fusãodas varejistas Ricardo Eletro eInsinuante, sem restrições. Noentanto, o mercado não perce-be a fusão. Apesar de ter um de-partamento de compras centra-lizado em Belo Horizonte (MG),a Máquina de Vendas ainda não

tem um CNPJ único, ou seja, asnotas ficais das encomendassão emitidas para diferentes em-presas. Por este motivo, algunsfabricantes têm a sensação deque a companhia não passa deuma central de compras, infor-mação refutada por Batista. “Aindústria fala isso porque esta-mos nos fortalecendo. Teremosum único CNPJ em dois meses”,

O advogado Wander Brug-nara, especializado em fusõese aquisições, explica que omeio de associação usado pelaMáquina de Vendas é comumno mercado. “Trata-se de umafusão comercial feita por meiode uma SPE, ou seja, socieda-de com propósito específico”,diz. Neste tipo de fusão, ascompanhias mantêm estrutu-ras separadas e se unem ape-nas em assuntos de interessecomum como, por exemplo, asassociações. ■

ÓLEOEGÁS

Produção de petróleo da BHP Billiton cai 5%no ano fiscal, para 91,9 milhões de barris

MONTADORAS

Receita da Randon cresce 11,4% emjunho e atinge R$ 345,2 milhões

EletroShopping seune à Máquinade Vendas

Claudio Gatti

No primeiro semestre, a receita líquida totalizou R$ 2,052 bilhões,um crescimento de 20,6% sobre igual período do ano passado. Já areceita bruta (sem eliminação de impostos) avançou 11,6% em junho,para R$ 529,2 milhões, somando R$ 3,124 bilhões no primeiro semestre.Já a Fras-le reportou que sua receita líquida atingiu R$ 48,8 milhõesem junho, o que representa um aumento de 5,1% sobre 2010.

No quarto trimestre fiscal, que corresponde aos meses de abril, maioe junho, a produção recuou 17% contra o mesmo período de 2010, para21,288 milhões de barris. A produção de minério de ferro aumentou 8%no ano, atingindo 134,4 milhões de toneladas métricas. No trimestre,a expansão foi de 14%, para 35,5 milhões de toneladas métricas.A produção de zinco caiu 24% de abril a junho de 2011 sobre 2010.

“Não somos umacentral de comprascomo a indústria diz.De qualquer forma,vamos estar comum único CNPJdentro de dois meses

Luiz Carlos Batista

EMPRESAS

DESEMPENHO

Com as 150 lojas da varejista nordestina,companhia deve faturar R$ 7,2 bilhões

Cintia [email protected]

R$ 800 mifoi o faturamento da EletroShopping em 2010. A varejistatem 150 lojas em seis estadosdo Nordeste. A rede foifundada em 1994 por RichardSaunders no Recife (PE).

R$ 7,2 bié a meta de faturamento daMáquina de Vendas para 2011.A nova companhia terá900 lojas em 301 cidadese 24 mil funcionários diretos.

Divulgação

LuizCarlosBatista,presidentedoconselhodaMáquinadeVendas:150 lojasamaisvãocontribuir

paraareceitadesteano

24 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

Em março de 2010, o mercado foisurpreendido com o anúncio dafusão entre Ricardo Eletro e Insi-nuante, que formaram a Máqui-na de Vendas. As empresas esta-vam enfraquecidas diante da fu-são entre Ponto Frio e Casas Ba-hia, que havia começado a ser de-senhada no final de 2009. Ape-nas três meses depois da forma-ção da Máquina, foi a vez da ma-to-grossense City Lar entrar nogrupo. No início deste ano, a com-panhia criou ainda uma financei-ra em parceria com o HSBC . ■

AVIAÇÃO

American Airlines compra 260 aviõesda Airbus e 200 da BoeingA American Airlines fez um pedido de 460 aviões de corredor únicoavaliados em até US$ 40 bilhões entre a Boeing e a Airbus e a Safran.A companhia aérea deve ser a cliente-lançadora do 737 remodelado,que ainda precisa de aprovação da diretoria da Boeing. A Boeinge a Airbus competem pelo mercado de aviões de grande porte,que é estimado em US$ 2 trilhões nos próximos 20 anos.

No mapa da varejista, só falta umaempresa com força no Sul do país

RICARDOELETRO

ForçanasregiõesSudesteeCentro-Oeste

CITYLAR

CoberturanoNortedoBrasil

Desde sua criação, Máquina deVendas não para de anunciarestratégias para crescer

INSINUANTE

Liderançanomercadonordestino

A primeira loja da companhiafoi inaugurada em meadosdos anos 1990, em Divinópolis(MG), cidade natal do fundador,Ricardo Nunes. O empresáriocostuma dizer que inicioua carreira no varejo aos 12 anos,quando vendia mexericas nasruas. Atualmente a rede estápresente em oito estadosdas regiões sudeste ecentro-oeste, com 290 unidades.

ELETROSHOPPING

Reforçoparaosestadosnordestinos

Fundada em 1959, em Vitóriada Conquista (BA), a varejistaé líder em eletrodomésticosno Nordeste. No acordoassinado com a redeRicardo Eletro ficou definidoque a bandeira Insinuanteteria prioridade de expansãona região. Com 260 lojasem nove estados, a empresaestá entre os maioresanunciantes do Nordeste.

Sidney Gasques abriua primeira unidade davarejista em 1979 em MirassolD’Oeste (MT). Antes da loja,Sidney vendia figurinhas emuma Kombi no interior de MatoGrosso. Erivelto Gasques,filho do fundador, é quemcomanda a empresa atualmente.Com 200 unidades, a redeé a força da Máquina deVendas na região Norte do país.

A história da empresacomeça com uma loja dematerial para construção,em Recife (PE), fundadapelo pai de Richard Saunders,no fim dos anos 1980. Mas foisó em 1994 que o empresárioabriu o primeiro pontode venda especializadoem eletrodomésticos eeletroeletrônicos. Hoje a redeé formada por 150 lojas.

Mike Fuentes/Bloomberg

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 25

A Sadia aplicou por volta deR$ 70,5 milhões em publicida-de no ano passado, destacando-se como uma das 300 maioresanunciantes do Brasil em2010. Já a BRF Brasil Foods in-vestiu R$ 30 milhões em anún-cios no mesmo período, segun-do o ranking Agências & Anun-ciantes, do Meio & Mensagem.Ou seja, R$ 100 milhões paradivulgar aves, suínos e pratosprontos congelados na TV, norádio, na internet, na mídia im-pressa e nos pontos de venda.A Perdigão, em meio ao proces-so de fusão, sequer constou doranking do ano passado.

O futuro desta verba, no en-tanto, ninguém sabe qual será apartir de 2012, ano em que a BRFpassa a atuar sem 12 marcas ecom a Perdigão literalmente na

geladeira. A aprovação com res-trição da Sadia com a Perdigão, oque resultou na criação da BRF,virou alvo de especulação nomercado publicitário. Como amarca Perdigão foi punida peloCade (Conselho de Administrati-vo de Defesa Econômica), compoucos produtos nas gôndolasnos próximos cinco anos, a pri-meira pergunta que se faz é: oque acontecerá com o bolo dire-cionado às campanhas da mar-ca? E mais: qual será o futuro daagência que atende a Perdigão?Ou seja, Young&Rubicam. Alémda DPZ, hoje da Publicis, e daDM9DDB, que atendem a Sadia.

Segundo uma funcionária daYoung&Rubicam, o assunto ain-da não foi tratado, uma vez queas mudanças só começam a seraplicadas em 2012. A possibilida-

de do investimento ser direcio-nado a outros produtos existe,de acordo com a fonte. Agora,basta saber qual será a estraté-gia da BRF em relação à Perdi-gão. Se ela não investir, corre orisco de a marca cair no esqueci-mento do público. Se aportarmuito dinheiro na Perdigão, po-de manter o nome e seus produ-tos "aquecidos" na mente doconsumidor até o retorno totalda marca, em 2016. "É uma deci-são estratégica da empresa, mascom certeza, caso ela queiramanter essas marcas, precisarácontinuar investindo em campa-nhas para guardar a lembrançado consumidor", diz DeniseVon Poser, professora de comu-nicação com o mercado na pós-graduação da ESPM. ■ Colabo-rou Françoise Terzian

Kenzo Takada, estilista japonêsque se fixou em Paris nos anos1960 e se transformou em umdos grandes ícones da moda,quer perfumar as mulheres mais

Em busca de fortalecer o contatocom seu público, a marca Tang,de sucos em pó, pertencente aKraft Foods, lançou esta semanaum jogo on-line. O PlanetaVerde Tang foi desenvolvidopela produtora Sioux e acampanhafoi criada pelaagência Ogilvy & Mather Brasil.A comunicação voltadaà sustentabilidade é direcionadaàs mães e filhos, públicoprincipal da marca definidohá dois anos como.“O nosso desafio com o Tangé sempre inovar e engajarnosso consumidor", diz JulianaMacedo, gerente da marca.O jogo desenvolvido estádisponível pelo site:www.esquadraoverdetang.com.br

DUASPERGUNTASA...

MARIANA CELLE

Brasil Foods põe emrisco verba publicitária

TANG

Jogoon-lineénovaaçãocriadapelaOgilvyepelaSioux

Fotos: divulgação

Diretor de criação deKenzo Parfums

CRIATIVIDADE

DPZ, do Grupo Publicis, e a DM9DDB continuarão responsáveis pela conta da Sadia,enquanto a Y&R mantém a Perdigão; dúvida do mercado é o futuro dos investimentos

Para ser preferênciaé preciso seridentidade e,quanto mais vezesaparecer, maisforte estará a marca

Denise Von PoserProfessora de comunicação

com o mercado da ESPM

...PATRICK GUEDJ

“Preferimosrecorreraelementosdanaturezaamodelos”

Celso Vick

OfrangosímbolodamarcaSadiaéumacriaçãodaDPZ

www.espm

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26 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

Em diversos setores do mercado comenta-se, cada vezmais, a importância da criatividade. Fala-se dela, recor-rentemente, sempre ligada à sua causa e consequência,a inovação. Será essa mais uma onda, passageira comotodas, um modismo ou invenção de gurus do campo dagestão? Ou se trata de uma fase do mercado de mão deobra? Ou um novo aspecto do universo da tecnologia?

Sabemos que a inovação veio para ficar, como baseda competitividade. Mas a criatividade, em si, por queestá tão em alta? Arrisco uma resposta inusitada, quedefenderei a seguir: hoje, criatividade está sendo maisusada para substituir a competência.

A edição de junho, da revista da ESPM, dedicada aotema empregabilidade, nos confirma, na maioria deseus textos e suas entrelinhas, que infelizmente a faltade competência é uma epidemia nacional.

O recente escândalo dos 90% de reprovação no exa-me da OAB é apenas um pico dessa desastrosa paisa-gem, mas confirma o panorama. Trememos ao imagi-nar o que revelaria esse tipo de exame, da Ordem dosAdvogados, feito em outras profissões.

Pois bem, por um mecanismo de ajuste do mercado àsua realidade do momento, a solução no curto prazo

passou a ser procuradadentro da arte do possí-vel, na urgência parapreencher postos de tra-balho. E aí aparece umremendo: se não se con-segue selecionar gentecapaz, o remédio é esco-lher quem tem jeito pa-ra substituir a técnicapela gambiarra. Vamosnos virar com as pes-soas criativas, que tal-vez nos tragam menosprejuízo do que nãocontar com ninguém.

Entretanto, quase to-do problema funcionatambém como um indu-

tor de novas soluções, e o meu olhar veterano, de quemleciona criatividade desde 1986, antevê o surgimentoem médio prazo de uma “solução de mercado” para afalta de consistência técnica dos novos profissionais.Alimentando com um pouco de fantasia essa visão intui-tiva, vou então passar para o campo que fica entre a con-jectura e o sonho. O que vejo?

Avisto um movimento de alunos não se conformandomais com sua fraca formação, exigindo mais das esco-las. E um mecanismo normal de depuração do mercadoinicia a eliminação das entidades que se posicionam co-mo simples vendedoras de diploma, já que existe gentepara comprar. Noto assim o sonhado canudo passar aser mais que um documento caro e falso. Percebo umnovo patamar de consistência técnica começar a preva-lecer e até a entrar em moda, enquanto a criatividadevolta a ocupar sua posição natural como uma maravilho-sa característica humana, que, somada à competência eà ética, é fator de crescimento e realização.

Concluo acordando, mas acreditando que um sonhobom como esse tem pode se tornar realidade porque bene-ficiaria a todos, e, portanto, à sociedade e seu futuro. ■

cheirosas do planeta, que são asbrasileiras. Segundo a consultoriaEuromonitor, o Brasil passou osEstados Unidos em 2010 e atingiuo posto de maior consumidormundial de perfumes. ForamUS$ 6 bilhões gastos com eau deparfum, eau de toilette e com aspopulares águas de colônia.De olho neste consumo, o grupofrancês de luxo LVMH, queadquiriu a marca Kenzo em 1993,inseriu o Brasil no primeiro grupoa receber, em setembro próximo,o grande lançamento deperfumaria da marca dos últimostempos. Trata-se da fragrânciaMadly Kenzo!, que combina florese incenso. Boa parte do mercadoglobal só encontrará a novidadeem 2012. “O Brasil tinha de estarna lista dos primeiros a receber operfume, uma vez que é um poloinfluenciador de tendências para

a Kenzo”, diz o francês PatrickGuedj, diretor de criação deKenzo. A fragrância será lançadaaqui simultaneamente com aFrança e na frente dos EstadosUnidos. Para 2011, a meta deKenzo para o Brasil é crescer odobro da inflação. O investimentoem mídia para a marca será25% superior em relação a 2010.

Qual o objetivo com estelançamento?Este é o 12º perfume quelançamos desde a primeirafragrância, em 1998. Vamos nacontramão do mercado queapresenta um lançamento atrásdo outro. Desenvolvemos umperfume intenso, com incenso,que veio para ficar por anos.

Como será a campanhade marketing?

A marca não gosta de trabalharcom modelos famosas, mas comelementos da natureza. Nestecaso, usamos borboletas, que sãocoloridas, estão na embalageme traduzem o aroma do perfume.Françoise Terzian

ENTRE PRODUÇÕES

FestivalBlacknaCenarecebe investimentodeR$500milemmarketing

FILME CONTA COM PARTICIPAÇÂO DE INTERNAUTA

InteleToshibaseuniramparaseaproximardesuaaudiênciajovem.Emumaaçãodesenvolvidapelaagênciaamericana Pereira&O´Dell,quetemcomosócioocriativobrasileiroPJPereira,serácriadoumfilmecolaborativocom espectadoresviaredessociais.Adireção serádeD.JCaruso("paranoia)eteráMauroFiorecomodiretordefotografia.No elencodofilme,queseráexibidoemepisódios apartirde25dejulho,estáaatrizEmmyRossum.

Criatividade está na moda

Orçado em R$ 5 milhões, ofestival de música negra Blackna Cena, que acontecerá entreos dias 22 e 24 de julho naArena Anhembi, em São Paulo,direcionou 20% do total investidoàs ações de marketing. Nas ruas,a Entre Produções criou açõescom duas peruas grafitadas peloartista plástico Júlio Dojcsarque circularam pela cidade deSão Paulo para distribuir materialpromocional e seis edições dotablóide do evento com conteúdosobre a música negra e outrosdetalhes da programação.Nas emissoras de rádio têm sidofeitas duas mil inserções emquatro frequências paulistas, comsorteio de convites e concursosculturais para fãs do estilomusical. No transporte público,cerca de 50 vagões da LinhaVerde do metrô foram tomadospor publicidades do evento.O festival Black na Cena esperareceber cerca de 60 mil pessoaspara curtir as 21 atrações dopalco principal e os nove DJs queserão responsáveis por 30 horasde música ao longo do finalde semana. Bárbara Ladeia

[email protected]

MARCADO● Acontece hoje e amanhã noteatro Frei Caneca, em SãoPaulo, a ExpOnBR 2011, eventode Marketing Digital e Search.São aguardados 1,2 milprofissionais reunidos paramais de 40 apresentaçõesnacionais e internacionais.

JOSÉ PREDEBONProfessor de criação do cursode férias da ESPM

Nesse mundofuturo, minhavisão é a gambiarrasendo trocadapela competência,que nasce com ocomprometimentodo estudante,a partir do sinalque avisa oinício da aula

Neogama/BBHampliaportfóliodasuaáreadevarejo

Nova contaA área de varejo da Neogama/BBH tem agora a conta publicitária daimobiliária Coelho da Fonseca, que antes pertencia à agência Gnova.Os primeiros trabalhos serão veiculados em agosto.

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 27

QUEM LÊBRASILECONÔMICONÃO SÓENTENDE,COMO FAZECONOMIA.

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28 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

EscuroUm dos meus lugares favoritospara correr em São Paulo é oParque do Povo. Uma brilhanteidéia para um local que jámerecia atenção ha muito tempo.Percebo de uns tempos para cá,que alguém esta esquecendode trocar as lâmpadas. Grandeparte dele fica no escuro,principalmente o lado da AvenidaJK. Temos que manter o brilhode um de nossos poucos parques.

EscadaAinda dentro do temaentretenimento em SãoPaulo, não entendo comoum projeto tão bacanacomo a Ciclovia que beiraa Marginal Pinheiros,tem uma gigantesca escadaem sua principal entrada.Já vi varias pessoas caindocom suas bikes. Esta entradaprecisa ser revista. Antes quealgo pior aconteça. Anotem aí.

Chefdomomento

Descrever as belezas da Tur-quia é como viajar por séculosde história de um país que sou-be mostrar ao mundo a maisperfeita convivência em harmo-nia com os muçulmanos. Nestepaís, cerca de 98% da popula-ção é muçulmana. E é isto quedá a Turquia seu maior charme:o clamor vindo das mesquitaschamando os fieis para as ora-ções. É como um canto, genio-samente orquestrado.

Na cidade de Istambul, tudo ésimplesmente mágico. Os caféscom aquele monte de gente ex-perimentando o narguile, o refle-xo nas águas do Bósforo da pon-te que divide a cidade em 2 conti-nentes, o europeu e o asiático, aTorre de Galata, o Mercado deEspeciarias, a imponente SantaSofia e a Mesquita Azul. Bem, vo-cê já percebeu que tem muita coi-sa a ser visitada. Sem contar LaReina, a melhor balada de Istam-bul, o 360 um misto de restau-rante e day club (no meio do Bós-foro), e visita obrigatória ao res-taurante Asitane, com cardápiodos Sultões e receitas de até 800anos. Me lembrei ainda que umdos hotéis mais luxuosos domundo esta em Istambul, o acla-mado Hotel Ciragan, cujos am-bientes internos mais parecemmini castelos. Devo acrescentarque um jantar no Ciragan é umpouquinho salgado. Não a comi-da, mas o preço. Porém a sensa-ção de estar a beira do Bósforo,com uma vista maravilhosa parao lado oriental da cidade, real-mente vale cada centavo. Ah! Re-serve com muita antecedência.

Aí, você tira mais 2 dias parauma inesquecível viagem a Capa-docia. Umas das regiões mais an-tigas do planeta com formaçõesvulcânicas de 60 milhões deanos e que tem, se não a melhor,a mais charmosa das atrações naTurquia: o passeio de Balão. Diga-se, incomparável!!!

Aproveite e confira a religiosi-dade de Éfesus, onde dizem queNossa Senhora viveu seus últi-mos dias em uma casinha de pe-dra no meio de um bosque. Emo-cionante. E, ainda, a modernida-de da cosmopolita Izmir. Só as-sim você vai descobrir porque osSultões escolheram este lugar pa-ra construir seus Palácios. ■

EscapouGuilherme Paulus escapoude perder grande partedo dinheiro que arrecadoucom a venda da CVC.Com a venda da Webjetpara a GOL, o milionárioempresário do turismovoltou seu foco parao que sabe fazer de melhor:pacotes de viagem e hotelaria.Companhia aéreaé um brinquedinho caro!!!

CompanhiadeViagem

PÍLULAS

ResortnaCaverna

LaReina

Turquia Incentivos

Divulgação

MARCIO MORAES [email protected]

PLANO DE VIAGEM

A Turquia fascina por suadiversidade. É um ponto deencontro entre o Ocidente eo Oriente. Um lugar onde asdiferenças convivem em harmonia

Paulo NigroPresidente Tetra Pak

O Capadocia Cave Resortou CCR é um belíssimo resortencravado nas pedrasda imensa planície da Capadocia.Do seu restaurante é possíveladmirar toda a imponênciado Vale. Ali no alto verão,degustar bons vinhos turcos,faz parte do contexto de umaviagem inesquecível. E o Spa fica,literalmente, dentro da pedra.

Viaje neste domingocom o programa Companhiade Viagem para Nova Iorquee Campos do Jordão.Conheça os melhores hotéis,a alta gastronomia e lugaresfantásticos nestes destinos. Estáimperdível! Na RedeTV! as 15h.

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Turquia: antigos impérioscontra-atacamPalácios, mesquitas eoutras magias que os sultõesdeixaram para você

A balada La Reina é um daqueleslugares que a gente fica a noiteinteira. O astral é altíssimo.Você chega até o La Reinade carro ou de barco,afinal ele fica a beira do Bósforo.Os DJs do lugar tocam tudoque você imaginar e a comidaé deliciosa. Sua câmera digitalnão para um segundo.

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Campos do Jordão está “bombando” neste inverno.Recomendo o Villa Casato para um inesquecível jantarem seu bistrô francês. Este hotel boutique de 6 suítes (esqueça,todas já estão vendidas neste inverno) tem decoração primorosa.As delicias preparadas pelo Chef Ajax Cavenaghi como oprato “Nhoque Del Mare”, feito com massa artesanal e lulas,que é o que chamo “abuso de poder”. Este Chef dá um show!!!

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 29

No primeiro semestre desteano, o Tesouro Nacional aju-dou o Banco Central a reduziro volume de operações com-promissadas, por meio dasquais a autoridade monetáriaretira o excesso de dinheiroem circulação nos bancos ofer-tando títulos de sua própriacarteira e se compromete a de-volver a quantia corrigida pelavariação da taxa Selic. Entre ja-neiro e junho, o Tesouro, ges-tor da dívida pública, conse-guiu trocar a quase totalidadede seus títulos vencidos por ou-tros, em leilões. Isso, aliado aoaperto fiscal do setor público,que chegou a R$ 64,8 bilhõesaté maio, contribuiu para tirarreais de circulação e reduzir acarga sobre o BC.

Dessa forma, o saldo dascompromissadas reduziu deR$ 375,23 bilhões no primeiromês do ano para R$ 349,52 bi-lhões em maio, último dadodisponibilizado e equivalentea 9% do Produto Interno Bruto(PIB). Mesmo com essa diminui-ção, o estoque de compromissa-das ainda ficou longe do nívelregistrado em dezembro do anopassado (R$ 259,24 bilhões).

O impacto só não foi maiorporque o BC injetou cerca deR$ 63 bilhões no mercado paracomprar o excesso de dólaresdo primeiro semestre, aumen-tando as reservas internacio-nais em um volume próximo aUS$ 39 bilhões.

As operações compromissa-das têm sido constantes — e vi-nham sendo crescentes — des-de que teve início o acúmulomais intensivo de reservas in-ternacionais. Uma vez que o BCdeixa reais no mercado para ad-quirir os dólares e manter ocâmbio razoavelmente estabili-zado, esses recursos precisamser “enxugados” para não criarmais risco inflacionário. E justa-mente esse acerto na liquidez fi-cou um pouco mais a cargo doTesouro este ano.

“Os dois movimentos impac-tam na dívida bruta, mas se ti-ver mais títulos do que com-promissadas melhoramos operfil do endividamento”, res-

saltou ao BRASIL ECONÔMICO o se-cretário do Tesouro Arno Au-gustin, lembrando que a eleva-ção da exigência para os depó-sitos compulsórios tambémajuda na função de deixar omercado menos líquido.

A melhora de perfil ocorrepor conta do prazo e da indexa-ção. Enquanto os papéis emiti-dos pelo Tesouro podem tervencimento mais longo, de 10anos, por exemplo, e com a ren-tabilidade prefixada ou atreladaa índices de preços, as compro-missadas são de curtíssimo (umdia a três semanas) ou curto pra-zo (entre três e seis meses) e oretorno está baseado na varia-ção da taxa básica de juros.

“O Tesouro acaba tendo de fa-zer um papel que não é propria-mente dele, tendo de ajudar aenxugar a liquidez causada pe-las compras de dólares do BC”,diz o vice-presidente executivode Tesouraria do banco Wes-tLB, Ures Folchini, lembrandoque cabe ao primeiro a gestãodas finanças públicas e à autori-

dade monetária a regulação dosrecursos em circulação.

Liquidez zeradaEste problema só deve ser resol-vido no médio prazo, na medi-da em que o crescimento daeconomia e os sucessivos supe-rávits primários forem permi-tindo ao Tesouro, por meio dasrolagens integrais da dívida, re-duzir excesso de liquidez, atézerá-lo. O alcance dessa meta,entretanto, pode demorar cer-to tempo, a depender do exces-so de dólares em mercado nospróximos anos.

Se continuarem sobrando dó-lares como tem ocorrido em2011 e o BC mantiver sua políti-ca de compra irrestrita dessasobra, a zeragem da liquidez po-de ser adiada indefinidamente.De acordo com dados divulga-dos ontem pela instituição, atéo dia 15 deste mês, o ingressode dólares em território brasi-leiro chegou a US$ 10,13 bi-lhões, sendo US$ 6,8 bilhõesde fluxo financeiro. ■

Tesouro ajuda BC a tirarliquidez domercado

R$ 349,5 bié o saldo das operaçõescompromissadas em maio, dadomais recente, ante R$ 375,23bilhões em janeiro deste ano.Essas operações são feitaspelo Banco Central.

US$ 10,13 bié a entrada líquida de recursosno país neste mês de julho,segundo o BC, até o dia 15.Deste montante, US$ 6,8 bilhõesse referem a fluxo financeiroe o restante, fluxo comercial.

Com rolagem da quase totalidade da dívida no semestre e ajuste fiscal, gestor tira peso deoperações compromissadas da autoridade monetária e melhora perfil de endividamento

SALDO FLUXO

Simone [email protected]

Melhora de perfil dedívida pública se deveao prazo e indexadormais favorável naatuação do Tesouroem relação à açãodo Banco Central

FINANÇAS

Augustin:perfil dedívidamelhorcommais títulosemenoscompromissadas

Editora: Maria Luíza Filgueiras [email protected]: Priscila Dadona [email protected]

ENXUGANDO LIQUIDEZ

Operações compromissadas são de até seis meses e atreladas à variação da taxa Selic. Com ajuda do Tesouro, elas vêm caindo desde início do ano, mas nível ainda está longe do de 2010

SALDOS EM R$ BILHÕES

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MAI/11ABR/11MAR/11FEV/11JAN/11DEZ/10DEZ/09DEZ/08DEZ/07DEZ/06*DEZ/05DEZ/04DEZ/03DEZ/2002

Fontes: Banco Central e Brasil Econômico*A partir de 2006 as aquisições de reservas cambiais se intensificaram

64 56 4723

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428

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30 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

O êxito do Banco Central de re-duzir as expectativas de infla-ção já foi sentido pelo TesouroNacional em seus leilões paraa colocação de títulos no mer-cado. Segundo Paulo Valle, se-cretário-adjunto do órgão, ademanda por títulos com ren-tabilidade prefixada tem au-mentado, como as Letras doTesouro Nacional (LTN) a ven-cer em até dois anos e as Notasdo Tesouro Nacional série F(NTN-F) com vencimentos en-tre cinco e 10 anos.

Nos primeiros seis mesesdeste ano, as emissões dessespapéis somaram R$ 140 bi-lhões ante R$ 40 bilhões de Le-tras Financeiras do Tesouro(LFT), que rende de acordocom a variação da taxa Selic.“Os prêmios estão estáveis e omercado melhorou para os pa-péis prefixados depois que oBC conseguiu ancorar as expec-tativas de inflação”, diz. “Nos-sa mesa de operações conse-gue apurar com bastante sensi-bilidade a demanda para nãopressionar o mercado.”

Diante disso, avalia, o qua-dro de oferta no segundo semes-

tre vai mudar porque o órgãogerenciador da dívida públicapretende emitir menos Notasdo Tesouro Nacional série B(NTN-B), que são indexadas aoÍndice de Preços ao Consumi-dor Amplo (IPCA). “Colocamosbastante no primeiro semestree agora vamos emitir menosporque avançamos muito noprocesso”, afirma, referindo-se ao Plano Anual de Financia-mento (PAF), que prevê umacomposição entre 30% e 35%do total da dívida para títulosatrelados a índices de preços.

Emissões externasEm relação ao cenário externo,os integrantes do Tesouro tam-bém mostram tranquilidade. Se-gundo o secretário Arno Augus-tin, as emissões no mercado in-ternacional só serão feitas deforma qualitativa, já que nãosão necessárias para financiar osetor público brasileiro. “Te-mos uma situação bem diferen-te do caso de outros países euro-peus que, se não emitirem, têmdificuldade de pagar seus com-promissos”, compara Isso por-que, atualmente, além da dívi-da ser reduzida, 95% dela já é fi-nanciada no mercado domésti-co. “Somos credores internacio-nais”, diz Augustin. ■ S.C.

Igo Estrela/Pixel Imagem

Semestre terámenos emissãoatrelada aíndice de preço

CriseexternanãoabalaBrasil, dizMantega

Secretário-adjunto do Tesouroressalta demanda por prefixados eredução de NTN-B até fim do ano

Igo Estrela

O Brasil é um dos países com maior capacidade para enfrentarpossíveis crises nos Estados Unidos e na Europa, disse ontem o ministroda Fazenda, Guido Mantega. Ele acredita que os EUA vão conseguirchegar a um acordo para o aumento do teto do endividamentodo país e que não vai haver rebaixamento da classificação americana.O ministro disse que também acredita em solução para a crisena Europa, mesmo sendo a situação no continente mais séria.

AGENDA● Na Zona do Euro, às 5 horas,será divulgado PMI da indústriae serviços.● No Brasil, o BC informa Notado Mercado Aberto às 10h30.● Nos EUA tem indicadoresantecedentes e atividade do Fedde Filadélfia, ambos às 11 horas.

AGÊNCIA DE MODERNIZAÇÃODA GESTÃO DE PROCESSOS – AMGESP

AVISO DE LICITAÇÃO

Processo: 1101-996/2011Modalidade: Pregão Presencial n.º AMGESP-15.011/2011 Tipo: menor preço por loteObjeto: Registro de preços para eventual e futura contratação de empresa especializada para prestação, SOB DEMANDA, de serviços de planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação de eventos com a viabilização de infra-estrutura e fornecimento de apoio logístico, para atendimento a eventos re-alizados pela Administração Pública Estadual.Data de realização: 05 de agosto de 2011 às 09:00 h.Disponibilidade: endereço eletrônico www.comprasnet.gov.brTodas as referências de tempo obedecerão ao horário de Brasília/DFInformações: Fone: 82 3315-3477, Fax: 82 3315-7246/7241

Maceió, 20 de julho de 2011.KITERIA BLANCHE NASCIMENTO ALVES

Diretora Técnica de Logística

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 31

Donos de um cofre com mais deR$ 530 bilhões, os fundos depensão brasileiros ainda deixammuito a desejar quando o assun-to é governança corporativa. E,assim como vem ocorrendocom as empresas de capital aber-to há mais de uma década, issoterá de mudar. Com dinheiro emcaixa, necessidade de pagar futu-ros aposentados e precisando searriscar mais em um cenário dequeda de juros no longo prazo, osinvestidores institucionais veemna diversificação de sua carteirauma estratégia tão óbvia quantonecessária, e terão que fazer issode forma transparente.

Ainda muito dependentes detítulos públicos para cumprirsuas obrigações atuariais, as enti-dades estão cada vez mais dispu-tadas para investir em grandesobras de infraestrutura e em pa-péis de renda fixa e variável. Ofato é que essa mudança de rotaamplia consideravelmente os ris-cos e a necessidade de gerenciá-los da forma mais adequada. É aíque os problemas de governançacomeçam a ficar mais evidentes.

Uma pesquisa realizada con-juntamente por Deloitte e Asso-ciação Brasileira das EntidadesFechadas de Previdência Com-plementar (Abrapp), com 51 as-sociados, aponta que uma dasmaiores fragilidades das funda-ções são as estruturas de gestãode riscos umbilicalmente liga-das à patrocinadora.

“Embora tenham evoluído,os fundos ainda estão no meiodo caminho em governança. Háfundos médios com boa estrutu-ra e grandes ainda precisandose aperfeiçoar”, afirma Gilbertode Souza, sócio da Deloitte.

O levantamento identificou

que a maior parte dos fundos depensão precisa aprimorar con-troles de riscos em alguns pon-tos, como: atuarial, crédito (en-tidades que possuem operaçõesde créditos para seus participan-tes), operacional, regulatório ede saúde (para fundos que pos-suem planos assistenciais). “Osfundos não são empresas con-vencionais. Precisam analisar epesar uma série de fatores e ce-nários antes de investir. Assim,

cresce a necessidade de profissio-nalização e a busca por mão deobra técnica e bem preparada.”

Neste quesito, o estudo aindamostrou que a maioria das funda-ções sofre com a falta de especiali-zação dos profissionais em previ-dência complementar, ou seja,que tenham conhecimento atua-rial e que sejam capacitados pararealizar uma avaliação indepen-dente em todo processo normal-mente realizado por um terceiro.

Algumas fragilidades como ca-dastro ineficiente, elevada depen-dência de planilhas eletrônicas eaplicativos paralelos e a não atua-ção dos órgãos de governança ematividades realizadas por terceiros,onde o risco pode ser materializa-do, também foram apontados.

Outro ponto sensível para amaioria dos fundos de pensão éa composição do conselho fis-cal. Com a responsabilidade deelaborar relatórios semestrais

CRÉDITO

Númerode cheques devolvidos noprimeiro semestre é o maior desde 2009

BÔNUS 1

Prêmiode título do Votorantim sobe e sedescola de retorno do papel do acionista BB

Fundaçõesainda devemno quesitogovernança

Os investidores internacionais estão preferindo ter um título doVotorantim em vez do Banco do Brasil, acionista da instituição. Ostítulos do banco em dólar com cupom de 5,25% e vencimento em 2016mostram ganho de 4,82%, 1,71 p. p. acima dos papéis com prazosemelhante do BB. É a maior diferença desde que foram emitidos emjaneiro e o maior prêmio desde a emissão do Votorantim em fevereiro.

No primeiro semestre de 2011 foram devolvidos 1,93% dos chequesemitidos, por insuficiência de fundos, segundo a Serasa Experian.Trata-se do maior percentual para o mesmo período em três anos e,segundo economistas da Serasa, a explicação está no maiorendividamento do consumidor, alta nas taxas de juros e elevaçãode tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A maior partedos fundosprecisa aprimorarcontroles deriscos atuariais,de crédito,operacionais,regulatórios ede saúde

Luciano [email protected]

FINANÇAS

Pesquisa mostra que gestão de risco émaior fragilidade dos fundos de pensão

Divulgação

32 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

Sem supresas, o Comitê de Polí-tica Monetária (Copom ) elevouontem a taxa básica de juros (Se-lic) em 0,25 ponto percentualpara 12,5% ao ano, maior pata-mar desde janeiro de 2009. Esta

foi a quinta elevação promovidapelo Banco Central (BC) sob ocomando de Alexandre Tombi-ni. Conforme esperado por eco-nomistas ouvidos pelo BRASIL

ECONÔMICO, o colegiado do BC re-

tirou do comunicado o termo“ajuste suficientemente prolon-gado”, sugerindo que a autori-dade monetária vai aguardar ocomportamento dos índices depreços para definir os próximospassos. Ao que tudo indica devepromover mais uma alta de0,25 p.p. na reunião de agosto(dias 30 e 31), embora existamalgumas “vozes” dissonantesno mercado que acreditam queo aperto monetário possa pros-seguir até outubro.

O economista Carlos Thadeude Freitas Gomes Filho, daFranklin Templeton está com amaioria. Ele considera que, ape-sar das divergências e da desace-leração nos preços (principal-mente de serviços) não teremocorrido de maneira uniforme,o BC deve encerrar o ciclo de al-ta da Selic no mês que vem.“Vai promover mais um aumen-to e parar para ver”, acredita.

Heron do Carmo, presidentedo Conselho Regional de Econo-mia (Corecon), concorda e pon-dera que o BC vai acompanhar aevolução da inflação em julho eagosto e, só assim, terá melho-res condições de avaliar se o rit-mo de aceleração nos preçosrealmente ocorreu. O Índice dePreços ao Consumidor 15 (IP-CA-15), prévia da inflação men-sal, ficou em 0,10% em julho,abaixo do registrado em junho.No entanto, segundo Carmo, oresultado foi bem superior à in-flação do ano passado, quandoficou próxima de zero. “Agoravamos ver se, em 12 meses atéagosto, o IPCA vai parar de su-bir”, pondera.

O economista lembrou quehá riscos, já que os dados de ju-lho e agosto são, normalmen-te, usados como referência pa-ra dissídios salariais de diver-sas categorias de trabalhadoresno final do ano.

Meta de inflaçãoEmbora a maioria dos economis-tas não acredite que o BC vai con-seguir convergir a inflação aocentro da meta de 4,5% em 2012,Carmo prevê que o IPCA devechegar neste patamar por voltade abril do ano que vem. “Se nãoficar em 4,5%, deve ficar bempróximo”, diz. Mas o economistapondera que variáveis alheias àpolítica monetária, como a ques-tão do clima e preços do álcool,podem atrapalhar. ■

sobre controles internos, execu-ção orçamentária e gestão, o ór-gão é diretamente impactadopela interferência - maior oumenor - do patrocinador.

Por isso a capacitação previ-denciária dos membros do conse-lho e a participação de represen-tantes dos patrocinadores com ofoco mais sindical do que previ-denciário estão, mais do que nun-ca, na agenda de discussões dosetor, destaca Souza. ■

O comunicado curto do BancoCentral sobre a decisão doComitê de Política Monetária(Copom) informou a alta dataxa básica de juros em 0,25ponto percentual, para 12,5%.A decisão foi unânime entreos membros do comitê esem viés de alta ou de baixa,segundo a autoridade.

Desde o início do ano, o Copomjá promoveu cinco elevaçõesna taxa. Em janeiro, elevou osjuros em 0,5 ponto percentualpara 11,25% ao ano. Na reuniãoseguinte (março) ajustou a taxaem mais 0,5 ponto, para 11,75%a.a. Em abril, junho e julhopromoveu três altas consecutivasde 0,25 p.p, cada, para 12,5% a.a.

● ●

Considerando a inflação dosúltimos 12 meses, ou a inflaçãoprojetada para os próximos 12,o Brasil se mantém na liderançamundial em taxa de juros reais.No primeiro caso, a tax realbrasileira é de 4,1% e, nosegundo, de 6,8% ao ano,aponta a Cruzeiro do SulCorretora em lista de 40 países.

BÔNUS2

Vista Alegre e Queiroz Galvão buscamrecursos com investidores estrangeiros

Henrique Manreza

JUROS

FRAUDE

Interventor da empresa de Madoff reduz emUS$ 2 bilhões processo contra o UBS

Sem surpresa, BC eleva juro a12,5% e ciclo está perto do fim

A Usina Vista Alegre, produtora de cana-de-açúcar, planeja emitirtítulos de sete anos no exterior, com taxa de 11%. A emissão écoordenada pelo BTG Pactual. Já a Queiroz Galvão Óleo e Gás, quefornece equipamentos para a Petrobras, pode pagar taxa de 5,45%em captação de US$ 700 milhões de títulos com prazos de sete anos.Esta emissão é coordenada por HSBC, Santander e Citigroup.

O responsável pela liquidação da empresa de Bernard Madoff,Irving Picard, pode desistir de US$ 2 bilhões em ações contra o UBS.Ele afirmou a uma juíza da corte distrital de Manhatam que irá pedirreparações apenas dos recursos relacionados ao “esquema de Ponzi”.Por duas vezes, Picard processou o UBS exigindo US$ 2,6 bilhõese alegando que o banco contribuiu para as fraudes de Madoff.

Copom retira o recorrente“ajuste suficientementeprolongado” de comunicado

1 2 3

Decisãodocomitênãotemviés

Juros jásubiram1,75p.p. esteano

Jurosreaisnotopodomundo

Bloomberg

Priscila [email protected]

Souza,daDeloitte: emboratenhamevoluído,

fundaçõesestãonomeiodocaminhoemgovernança

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 33

DI

AÇÕES

MULTIMERCADOS

Fundo Data Rent. (%) Taxa Aplic. mín.12 meses No ano adm. (%) (R$)

RENDAFIXA

Fundo Data Rent. (%) Taxa Aplic. mín.12 meses No ano adm. (%) (R$)

BB REF DI LP PREM ESTILO FIC FI 19/jul 10,67 5,91 0,70 100.000ITAU PERS MAXIME REF DI FICFI 20/jul 10,32 5,77 1,00 80.000BB REF DI PLUS ESTILO FIC FI 20/jul 10,28 5,74 1,00 50.000BB REFERENCIADO DI 5 MIL FIC FI 20/jul 8,62 4,87 2,50 5.000BB NC REF DI LP PRINCIPAL FIC FI 19/jul 8,37 4,70 2,47 100HSBC FIC REF DI LP POUPMAIS 20/jul 8,11 4,62 3,00 30BB REFERENCIADO DI 200 FIC FI 20/jul 8,02 4,56 3,00 200ITAU PREMIO REF DI FICFI 20/jul 7,03 4,03 4,00 1.000BRADESCO FIC DE FI REF DI HIPER 20/jul 6,60 3,81 4,50 100SANT FIC FI CLAS REF DI 20/jul 6,18 3,55 5,00 100

BB ACOES VALE DO RIO DOCE FI 19/jul 17,40 (6,69) 2,00 200CAIXA FMP FGTS VALE I 19/jul 16,36 (7,43) 1,90 -ITAU ACOES FI 19/jul (7,04) (14,42) 4,00 1.000BRADESCO FIC DE FIA 19/jul (8,56) (15,33) 4,00 -BRADESCO BA FIC DE FIA 19/jul (8,73) (15,48) 4,00 -BRADESCO FIC DE FIA MAXI 19/jul (8,80) (15,52) 4,00 -SANTANDER FIC FI ONIX ACOES 19/jul (11,17) (17,09) 2,50 100UNIBANCO BLUE FI ACOES 19/jul (11,57) (17,97) 5,00 200ALFA FIC DE FI EM ACOES 19/jul (16,31) (21,48) 8,50 -BB ACOES PETROBRAS FIA 19/jul (16,37) (17,20) 2,00 200

Fundo Data Rent. (%) Taxa Aplic. mín.12 meses No ano adm. (%) (R$)

ITAU PERS RF MAXIME FICFI 20/jul 10,53 5,92 1,00 80.000BB RENDA FIXA LP 50 MIL FICFI 19/jul 10,47 5,78 1,00 50.000BB R FIXA LP PLUS ESTILO FIC FI 19/jul 10,46 5,77 1,00 50.000CAIXA FIC EXECUTIVO RF L PRAZO 19/jul 10,10 5,59 1,10 30.000CAIXA FIC IDEAL RF LONGO PRAZO 19/jul 9,48 5,27 1,50 5.000BB RENDA FIXA 5 MIL FIC FI 20/jul 9,25 5,19 2,00 5.000BB RENDA FIXA 200 FIC FI 20/jul 8,08 4,59 3,00 200BB RENDA FIXA 50 FIC FI 20/jul 7,56 4,31 3,50 50ITAU PREMIO RENDA FIXA FICFI 20/jul 7,17 4,14 4,00 300BB RENDA FIXA LP 100 FICFI 19/jul 6,97 3,97 4,00 100

Perda de Petrobras já equivale a um BB

Fundo Data Rent. (%) Taxa Aplic. mín.12 meses No ano adm. (%) (R$)

ITAU EQUITY HEDGE ADV MULT FI 19/jul 12,87 6,41 2,00 10.000BTG PACTUAL MULTIE FI MULTIM 19/jul 11,00 5,94 1,10 50.000BB MULTIM TRADE LP ESTILO FICFI 19/jul 10,71 5,84 1,50 -CAPITAL PERF FIX IB MULT FIC 19/jul 10,67 5,91 1,50 20.000ITAU PERS K2 MULTIM FICFI 19/jul 10,52 5,48 1,50 50.000ITAU PERS MULTIE MULT FICFI 19/jul 10,35 5,56 1,25 5.000SANT FIC FI ESTRAT MULTIM 19/jul 7,95 4,35 2,00 10.000SANT CAPITAL PROT 3 FI MULT 19/jul 0,69 (3,21) 2,30 5.000SANT FI CAP PROT VG7 MULT 19/jul 0,60 (4,52) 2,50 5.000SANT FICFI CAP PROT VG6 BR MULT 19/jul (2,17) (6,94) 2,50 5.000

LADEIRA ABAIXO

O fraco desempenho da bolsa, neste ano, provocou impactos extremamente negativosno valor de mercado das dez maiores companhias brasileiras. A exceção é a Telesp que se valorizou 142,3% de janeiro até ontem

Fontes: Economatica e Brasil Econômico

EMPRESA VALOR DE MERCADO,EM R$ BILHÕES

VALOR DE MERCADO,EM R$ BILHÕES

31/DEZ/2010 20/JUL/2011

PREÇO/VALORPATRIMONIAL, ÍNDICE

1,16

2,26

6,44

2,71

2,41

1,65

1,17

1,80

2,18

7,02

380,25

275,01

144,36

159,67

109,76

89,88

86,46

20,60

59,51

64,66

310,02

255,46

137,95

136,83

101,97

74,89

57,73

49,91

49,81

45,30

PREÇO/VALORPATRIMONIAL, ÍNDICE

VARIAÇÃO NO ANO

0,93

1,95

6,27

2,31

2,15

1,44

0,78

2,24

1,75

4,93 0 5010015000 20000 25000 30000 35000

5 0

-18,5%

-7,1%

-4,4%

-14,3%

-7,1%

-16,7%

-33,2%

142,3%

-16,3%

-29,9%

0 5010000 15000 20000 25000 30000 35000 400006 6 OGX PETROLEO

ITAUSA

TELESP

SANTANDER BR

BANCO DO BRASIL

BRADESCO

ITAUUNIBANCO

AMBEV

VALE

PETROBRAS

INVESTIMENTOS

A turbulência internacional está provocan-do forte pressão sobre o valor de mercadodas grandes companhias brasileiras. Em 31de dezembro do ano passado, as 30 maioresempresas eram avaliadas em R$ 1,8 trilhão,mas despencaram até ontem para R$ 1,61 tri-lhão. “Com o estresse no cenário externo, osinvestidores têm se desfeito das carteirasque consideram mais arriscadas. É isso queexplica as bolsas de países com problemasna dívida soberana terem subido, enquantoa do Brasil, caído”, diz Osmar Camilo, analis-ta-chefe da corretora Socopa.

No levantamento feito pelo BRASIL ECONÔ-MICO, Petrobras e Vale permanecem nas pri-meiras posições do ranking, apesar de teremperdido 18,47% e 7,11%, respectivamente,em valor de mercado. Não é pouco: com es-se ajuste, a petrolífera perdeu quase um Ban-co do Brasil em valor de mercado, cerca deR$ 70 bilhões. Oswaldo Telles, analista-che-fe da Banif Invest, lembra que, nos dois ca-sos, além das questões macroeconômicas dopaís, há outro fator envolvido: a interferên-cia do governo brasileiro. “Vale e Petrobrassão as que mais captam os sentimentos domercado. Mas, neste período, houve trocano comando da mineradora por decisão go-

vernamental, e a Petrobras está com dificul-dade para anunciar o seu plano de investi-mentos também por questões estratégicasdo governo”, afirma.

Desde janeiro, a bolsa brasileira caiu14,70%, número bem próximo da queda dovalor de mercado do Itaú Unibanco(14,30%) que, em dezembro, aparecia na ter-ceira posição do ranking e agora está atrásda Ambev, que recuou apenas 4,44%. Outraque alterou a colocação na lista foi a Telesp,mas esta com destaque positivo. As ações daempresa tiveram valorização de 20,5% e seuvalor de mercado subiu 142,30% — uma dasexplicações, segundo Valder Nogueira, ana-lista do Santander, é a incorporação dos pa-péis da Vivo. “O medo de uma junção socie-tária se mostrou um equívoco”, afirma.

Outra razão é o aumento do número deações emitidas: no fim de 2010, eram505,84 milhões de papéis e agora são 1,13 bi-lhão, ou seja, mais do que o dobro. O tercei-ro motivo é o fato de a companhia ser o queo mercado chama de defensiva. “A receita érecorrente e a empresa é boa pagadorade di-videndos”, diz Nogueira. Por esta razão, Ele-trobrás, CPFL, Tim, Cemig e Telemar tam-bém subiram no período. ■

*Taxa de performance. Ranking por número de cotistas.Fonte: Anbima. Elaboração: Brasil Econômico

Natália [email protected]

867

869

871

873

875

17h10h

19.640

19.690

19.740

19.790

19.840

17h10h

58.900

59.025

59.150

59.275

59.400

17h16h15h14h13h12h11h10h

IBRX-100 MIDLARGE CAP - MLCXSMALL CAP - SMLLIBOVESPA

Fonte: BM&FBovespa

59.551,61 59.044,51

59.119,71

MáximaMínimaFechamento

(EM PONTOS)

1290

1293

1296

1299

1302

17h10h

34 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

ÍNDICES RENDAFIXA PALESTRA

BMF&Bovespa alteradata de início davigência de carteiras

Sofisa Direto lançaCDBs para concorrercom Tesouro Direto

Um Investimentosorganiza dois cursospara investidores

A Randon (RAPT4) registroureceita bruta de R$ 529,2 milhõesem junho, 11,6% acima do apuradoem igual mês de 2010. Já a receitalíquida cresceu 11,4% entre osperíodos, totalizando R$ 345,2milhões. No ano, a receita brutasoma R$ 3,12 bilhões e a líquidaR$ 2,05 bilhões, alta de 20,9%e 20,6% respectivamente. Paraanalistas da Concórdia, LeonardoZanfelicio e Karina Freitas,o desempenho de junho foimuito bom, pois superou pormais um mês a elevada basede comparação do ano anterior.Para eles, a alta de 19,5%das vendas ante o segundotrimestre de 2010 e o avançode 15,1% frente ao primeiro.“Sinalizam que seus resultadosneste trimestre serão bastantesatisfatórios”, apontam emrelatório. Para eles, nem mesmoa queda queda das vendas pordia útil mudam os fundamentosmacro e microeconômicospara a Randon que ainda sãopositivos para o médio prazo.“O que nos faz seguir com anossa recomendação de comprapara as suas ações”. O preço-alvoé de R$ 16,57 por ação.

A BM&FBovespa alterou para aprimeira segunda-feira de janeiro,maio e setembro as datas deinício de vigência das carteirasteóricas do Índice Bovespa e dosdemais índices. Até agora, ascarteiras entravam em vigor noprimeiro dia útil destes meses.A mudança já valerá em setembro.A BM&FBovespa divulga trêsprévias das novas composições:a 1ª no primeiro pregão do últimomês de vigência da carteira;a 2ª, no pregão seguinte aodia 15 e a 3ª, no último pregão.

O Sofisa Direto, do banco Sofisa,lançou três CDBs (Certificadode Depósito Bancário) com ointuito de competir com os títulosvendidos pelo Tesouro Direto.Um deles, com vencimento emmaio de 2015, oferece 8,01%ao ano mais IPCA. Há ainda doisCDBs prefixados com vencimentosem janeiro de 2013 e 2014 erentabilidade anual no mínimo12% maior que a dos títulosequivalentes do Tesouro Direto.As taxas valem paraaplicações de qualquer valor.

A corretora Um Investimentospromoverá duas palestrasgratuitas para investidores emSão Paulo. No dia 26/07, a partirdas 18h30, a aula “Candlestickse Análise Técnica Avançada”será dividida entre conceitosteóricos e sessão prática sobreo tema. Já no “Encontro comInvestidores”, no dia 27/07, serãoabordados os principais eventosque movimentaram o mercadoao longo do mês. Inscrições:[email protected] pelo número (11) 3525-3590.

BOLSAGiro financeiro

Fontes: Leandro Martins, Economatica, BM&FBovespa e Brasil Econômico

17,000000

20,500000

24,000001

27,500001

17,00

20,50

24,00

27,50

31,00

0

20/JUL17/JUN16/MAI11/ABR10/MAR1/FEV

25,00

27,00

30,00

24,0022,50

Primeiroobjetivo

Segundoobjetivo

Terceiroobjetivo

ResistênciaSuporte

24,00

19,25

Redecard ON (RDCD3) (fechamento em R$)

JUROContrato futuro

“O segredo da felicidade não é ganhardinheiro, que a maioria acabará perdendo.O segredo é ter feito uma diferença”

@StephenKanitz, Stephen Kanitz,administrador de empresas

“#MNDL4 Você sabia que em algumassituações um leilão pode se arrastarpor até 48 horas? Existem regraspara isto, pesquise porque vale a pena!”

@picapautrader, investidor

“Brasileiros não têm motivo paracomemorar, governo sim!Impostômetro antecipará em 31 diasmarca de R$ 800 bilhões”

@Investpedia, site de investimentos e finanças pessoais

“Com essas taxas enormes na#renda fixa, é natural que oempresário fique desmotivado numprimeiro momento, mas o verdadeiro#empreendedor segue firme”

@Fontes, consultor financeiro e economista

“‘O real é a moeda mais valorizadaentre as 58 principais economias.’Apenas uma saída de $ estrangeiros dariaum alento. Péssimo para o mercado!”

@chrinvestor, Christian Cayre, investidor

Redecard podesevalorizardurante o ano

Randon

Com a bolsa andando de lado, está cada vez mais difícil encontrarboas indicações de papéis que podem se valorizar até dezembro.As ações da Redecard (RDCD3) dão sinais de que podem ser aexceção que os investidores tanto esperavam. Ontem, os papéisda companhia fecharam o pregão cotados a R$ 24, com leve altade 0,21%. Este valor é equivalente à sua resistência (ponto que,se superado, indica a possibilidade de continuidade de movimentode alta). Segundo Leandro Martins, analista-chefe da WalpiresCorretora, com o rompimento do patamar, o primeiro objetivodas ações é chegar aos R$ 25 e isso deve ocorrer em apenasuma semana. Já o segundo objetivo pode ser mais difícil de seralcançado e, provavelmente, deve demorar algumas semanasaté que o patamar de R$ 27 seja rompido. “Chegar aos R$ 30,por sua vez, vai custar alguns meses”, afirma o especialista.Caso essa projeção de longo prazo se confirme, os papéisrecuperariam o ponto alcançado um ano atrás, época em quecomeçaram a se desvalorizar. No entanto, se as expectativasnão se concretizarem, o valor do suporte (patamar que,se perdido, aponta para uma chance de queda em sequência)é de R$ 22,50, alerta Martins. Neste caso, o especialista indicaapertar o botão de venda dos papéis.

R$ 5,2 bilhõesfoi o volume financeiro registrado ontem no segmentoacionário da BM&FBovespa. O principal índice encerrou asessão com variação positiva de 0,42%, aos 59.082 pontos.

12,46%foi a taxa de fechamento do contrato futuro de DI com vencimentoem janeiro de 2012, o mais líquido na sessão de ontem. O volumefinanceiro foi de R$ 39,6 bilhões, em 417.709 contratos negociados.

Concórdia mantém indicaçãode compra para as ações

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CENAEEL - Central Nacional de Energia Eólica S.A.

CNPJ/MF nº 04.959.392/0001-71 - NIRE 42.300.029.611Ata da Assembléia Geral Extraordinária

1. Data, Hora e Local: Realizada aos 23 (vinte e três) dias do mês de fevereiro de 2011, às 9:00 horas, na sede social da Companhia, na Rodovia PRT 280 - Km 94,3, CEP 89654-000, Município de Água Doce, Estado de Santa Catarina. 2. Convocação e Presença: Presentes os acionistas que representam a totalidade do capital social, em razão do que fica dispensada a convocação, nos termos do art. 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas da Companhia. 3. Mesa: Sr. António Manuel Barreto Pita de Abreu - Presidente;e Sra. Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti - Secretária. 4. Ordem do Dia: Alteração do endereço da filial da Companhia. 5. Deliberações: 5.1 Os acionistas, por unanimidade dos presentes, aprovaram a alteração do endereço da filial da Companhia, atualmente localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Bandeira Paulista, nº 530, conjunto 92, no Itaim Bibi, São Paulo/SP, CEP 04532-001, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 04.959.392/0002-52, registrada na Junta Comercial do Estado de Santa Catarina - JUCESC sob nº 35902758313 e na Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP sob o nº 366530094, para a Rua Joaquim Floriano, nº 413, 17º andar, Conjunto 172, Edifício Result Corporate Plaza, CEP: 04534-010 - São Paulo - SP - Brasil. 5.2 Tendo em vista a deliberação acima, o artigo 2º do Estatuto Social da Companhia passará a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 2º - A sociedade tem sua sede e foro na Rodovia PRT 280 - Km 94,3,CEP 89654-000, no Município de Água Doce, Estado de Santa Catarina, e filial que funciona como escritório administrativo localizado na Rua Joaquim Floriano, nº 413, 17º andar, conjunto 172,Edifício Result Corporate Plaza, CEP: 04534-010 - São Paulo - SP - Brasil, podendo abrir filiais, agências ou representações, em qualquer localidade do país ou do exterior, mediante resolução da Diretoria.” 6. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém a pedisse, declarou encerrados os trabalhos e suspensa a assembléia pelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual, reaberta a sessão, foi lida, aprovada e por todos os presentes assinada. Presidente da Mesa: António Manuel Barreto Pita de Abreu. Secretária: Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti. Acionistas: Sr. Antonio Manuel Barreto Pita de Abreu; e EDP Renováveis Brasil S.A. representada por seu Diretor Presidente Sr. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas e por seu Diretor Sr. Carlos Emanuel Baptista Andrade. Declaro que a presente é cópia fiel extraída da original. Registrada na JUCESP sob o nº 202.141/11-1 em sessão de 31/05/2011. Secretária Geral: Kátia Regina Bueno de Godoy.

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 35

A cúpula europeia, marcada pa-ra hoje, em Bruxelas, é conside-rada decisiva para o futuro daGrécia e da União Europeia. Osdirigentes dos 17 países da zonado euro discutirão um segundoplano de resgate para a econo-mia grega, no qual tentarão en-volver o setor privado. Os mer-cados financeiros esperam umaresposta firme em relação a umsegundo plano de ajuda à Gré-cia, enquanto que os EstadosUnidos estão preocupados comas consequências potencialmen-te devastadoras que uma crise

da dívida europeia teria parasua economia.

Sinal das divergências que de-vem ser superadas, o presidentefrancês Nicolas Sarkozy tomou ainiciativa de ir a Berlim ontempara se reunir com a chanceleralemã Angela Merkel, que se de-clarou confiante de que a cúpulaterá bons resultados, em um co-municado imitido antes da reu-nião o líder francês.

A maioria das opções contem-pladas que envolvem a participa-ção de credores privados da Gré-cia, como a Alemanha exige des-

de o início por razões políticas,suporiam de fato um “aconteci-mento de crédito”, um “default”ou a falta de pagamento parcialde sua dívida pela Grécia.

O reescalonamento da dívidagrega iria impor aos credoresuma mudança nos vencimentosdos reembolsos, o que seria cas-tigado pelas agências de classifi-cação. Já a recompra da dívidagrega, também em discussão,poderia não supor um “default”se a Grécia realizar ela mesma aoperação com a ajuda de em-préstimos europeus. A vanta-

gem é que o custo da dívida gre-ga nos mercados é muito baixoatualmente e poderia permitirreduzir o volume global de endi-vidamento do país.

Mas se o Fundo Europeu deAjuda (FESF) comprasse os títu-los gregos, haveria um risco decalote parcial. A terceira opçãocontemplada é a criação de umataxa bancária especial na zonado euro. Esta solução “teria avantagem de não intervir direta-mente nos bancos e, portanto,de potencialmente não criar umdefault” da Grécia, que apresen-

¤ 350 bié o valor estimado dadívida pública grega.

150%é o percentual estimadoda dívida do país em relação aoProduto Interno Bruto (PIB).

Cúpula europeia é consideradadecisiva para crise daGrécia

ROMBO

Michael Kappeler/AFP

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, tomou a iniciativa de ir ontem a Berlim para se reunir com a chanceleralemã, Angela Merkel, um dia antes do encontro em Bruxelas com representantes de 17 países

MUNDO

Achanceleralemãeopresidente francêstentamsoluçãoparaacriseeuropeia

Editora: Elaine Cotta [email protected]: Ivone Portes [email protected]

36 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

taria riscos de contágio, expli-cou na segunda-feira o ministrofrancês das Relações Exteriores,Jean Leonetti.

O Fundo Monetário Interna-cional (FMI) fez um alerta dizen-do que se não houver rapidez pa-ra se lidar com a crise econômi-ca na Europa, ela pode ter gra-ves consequências em todo omundo. Segundo o FMI, a zonado euro precisa adotar umaação decisiva que impeça que acrise se espalhe para fora da re-gião e que restaure a confiançano bloco. ■ AFP

O volume de exportação mun-dial, em mercadorias, cres-ceu 14,5% no ano passado, de-pois de apresentar queda de12% em 2009, em razão da cri-se financeira global que redu-ziu o fluxo de comércio entreos países. Com isso, o desem-penho das exportações nomundo no ano passado foi re-corde — melhor resultadodesde 1950. Os dados fazemparte de relatório divulgadoontem pela Organização Mun-dial do Comércio (OMC).

Em valores, as exportaçõesglobais somaram US$ 15,2 tri-lhões no ano passado, valor su-perior aos US$ 12,5 trilhões de2009. O estudo aponta as dife-renças entre o melhor rendi-mento das economias em de-senvolvimento na compara-ção com os países avançados.

O destaque é o crescimentodo comércio nos países asiáti-cos, que levaram as econo-mias em desenvolvimento aatingirem participação inédi-ta de 45% no total das exporta-ções mundiais em 2010. Asvendas externas, em volume,aumentaram 17% nos paísesem desenvolvimento, enquan-to observou-se alta de 13%nos desenvolvidos. Segundo aorganização, a China regis-trou uma contribuição “semmedidas” para a recuperaçãodo comércio mundial no anopassado ao aumentar suas ex-portações, em volume, em28%, e importações em 22%.

O país asiático foi o maiorexportador no planeta em2010, com US$ 1,58 trilhão ou10% do total das exportações.Os países da América do Sul eCentral foram os responsáveispela maior expansão anualnas importações (22,7%),com US$ 135 bilhões. No Bra-sil, as saídas e entradas de mer-cadorias e serviços cresceram15% e 35%, respectivamente.

Os resultados divulgados le-vam o comércio mundial devolta aos níveis do período

pré-crise, mas a “alta nas ex-portações poderia ter sido ain-da maior caso o comércio ti-vesse retornado rapidamenteàs estimativas anteriores à cri-se”, afirma o relatório. Para aOMC, as dificuldades paraum comércio internacionalainda mais intenso surgiramcom as medidas de austerida-de fiscal impostas pelos gover-nos europeus; aumento gene-ralizado nos custos de ener-gia; e manutenção de taxasde desemprego elevadas nospaíses desenvolvidos. ■

35%de aumento das importações noBrasil em 2010, na comparaçãoanual. As exportaçõesregistraram alta de 15%.

US$ 1,72 trifoi o valor total das exportaçõesda Europa no ano passado.A região foi a maior exportadoraem todo o mundo no período.

73%foi o crescimento dasexportações de equipamentospara escritório e telecomde 2009 a 2010, o melhorresultado entre setores.

EUA Comérciomundial temcrescimentorecorde em 2010

NEGÓCIOS

Premiêbritânicosedefendesobregrampos

Rafael [email protected]

Casa Branca diz queacordo de curto prazopara dívida é possível

Volume de exportação mundialcresceu 14,5% no ano passado,após retração de 12% em2009, em razão da crisefinanceira global de 2008

A Casa Branca deu a entenderontem, pela primeira vez, queaceitará um incremento de curtoprazo no teto da dívida parachegar a um acordo de um planomais amplo, uma vez que a datalimite (para evitar a moratória)de 2 de agosto se aproxima.O presidente Barack Obama,no entanto, já disse claramenteque não apoiaria um incrementode curto prazo do limite da dívidapor parte do Congresso, disseo seu porta-voz, Jay Carney,em seu encontro diário com osjornalistas. “O que queremosdizer com isso é que nãoapoiaríamos um acordo de curtoprazo se não houver um acordomais amplo que inclua umaredução do déficit”, explicouCarney. O bloqueio político seprolonga porque os democratasquerem reduzir o déficit com basenos ingressos fiscais, enquantoque os republicanos pensamsomente em drásticos cortesorçamentários. O teto da dívidaamericana, de US$ 14,3 trilhões,foi atingido em maio e o Tesourojá informou que, se o limite nãofor elevado, só vai conseguirmanter os pagamentos de suascontas até 2 de agosto. AFP

Suzanne Plunkett/Reuters

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu ontema forma com que seu gabinete tratou com a polícia diante dasalegações de grampos telefônicos e subornos nos jornais britânicosdo magnata Rupert Murdoch. “O Número 10 agora publicoua troca integral de e-mails entre o chefe de gabinete e John Yates,e o documento mostra que meu gabinete se comportou de formacorreta”, disse Cameron ao Parlamento. SELEÇÃO DE ESPECIALISTA PARA REALIZAÇÃO DE MAPEAMENTO

DOS PRINCIPAIS PROCESSOS CONTÁBEIS DO SISTEMA DECONTABILIDADE FEDERAL.

Edital TCU-BIRD 01/2011TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Encaminhar currículo para:Tribunal de Contas da UniãoEDITALTCU-BIRD 01/2011Unidade de Coordenação de Projetos Financiados por Operações de CréditoExterno– UCP/SegepresEndereço: SAFS, Quadra 4, Lote 01, Anexo I, sala 15.CEP 70042-900, Brasília-DFTelefones: (0XX61) 3316.5071/7939Em envelope lacrado, ou para o e-mail [email protected], até às 18h00min horasdo dia 29/7/2011 devendo indicar, entre outras, as seguintes informações:a) FormaçãoAcadêmica:i. nas áreas deAdministração, Contabilidade, Economia, Engenharia,Tecnologia da Informação ou áreas correlatas;

ii. Curso de extensão em gestão de processos;iii. pós-graduação/mestrado/doutorado com programa relacionado à gestãode processos.

b) Experiência Profissional em mapeamento de processos de negócio na áreafinanceira e não financeira e em contabilidade, controles internos ou auditoria;Serão DESCONSIDERADOS os currículos remetidos após a data indicada.A. Remuneração:Aser definida com base na formação acadêmica e experiênciaprofissional;B. Modalidade de contrato: Produto (Global);C: Forma de pagamento: Mediante apresentação de produtos indicados nocontrato;D: Duração do contrato: até 5 meses;E. Local de Trabalho: Brasília – DF.Acontratação será efetuada emBrasília por meio de processo seletivo simplifica-do (análise curricular).Não poderão participar do processo seletivo, por força da legislação em vigor,servidores ativos daAdministração Pública Federal, Estadual, do Distrito Federalou Municipal, direta ou indireta, bem como empregados de suas subsidiárias econtroladas.Para obtenção da Manifestação de Interesse – MI, favor encaminhar e-mail [email protected] indicando no assunto "Solicitação de MI-01/2011" ou acessar apágina www.tcu.gov.br opção “licitações e contratos do TCU / Editais 2011”.

HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A.CNPJ/MF: 10.629.105/0001-68 - NIRE: 33.3.0029084-2

COMPANHIA ABERTAAta da Reunião do Conselho de Administração nº 16/2011 realizada em 13 de julho de 2011.1. Data , Hora e Local: Aos 13/07/2011, às 11h, na sede social da HRT Participações em PetróleoS.A. (�HRTP� ou �Cia.�), na Av. Atlântica, 1130, Entrada 1, com entrada suplementar na Av. PrincesaIsabel, 10º andar, parte, Copacabana - RJ. 2. Convocação: Realizada mediante correspondênciasubscrita pelo Presidente do Conselho de Administração da HRTP, enviada eletronicamente a todosos membros do Conselho de Administração da HRTP em 06/07/2011, na forma do art. 19 do EstatutoSocial da Cia.. 3. Presença: No dia 13 /07/2011, estiveram presentes na sede da Cia. os Srs. MarcioRocha Mello, John Milne Albuquerque Forman, Eduardo de Freitas Teixeira, Antonio Carlos Sobreirade Agostini, Mathew Todd Goldsmith e Carlos Thadeu de Freitas Gomes, e presentes, através deconferência telefônica, os Srs. Michael Stephen Vitton, John Anderson Willott e William LawrenceFisher. 4. Mesa: O Presidente do Conselho de Administração da Cia., Sr. Marcio Rocha Mello, assumiua presidência dos trabalhos, tendo convidado o Sr. John Milne Albuquerque Forman para secretariara Reunião. 5. Ordem do Dia: (a) Inclusã o de novas alterações ao Estatuto Social da HRTP, paradeliberação na Assembleia Geral Extraordinária prevista para 13/09/2011; (b) 1º Aditivo ao ContratoHRT-SOL-018/2010 � Weatherford, cuja formalização foi aprovada pelo Conselho de Administraçãona reunião realizada em 12/11/2010; (c) Novas oportunidades de negócios. 6. Deliberações: (a)O Conselho de Administração analisou a Proposta da Administração de homologação do capital ealteração do Estatuto Social da HRTP, como abaixo detalhado, arquivada na sede da Cia., preparadaem conformidade com as informações e documentos previstos na Instrução da Comissão de ValoresMobiliários (�CVM�) nº 481 de 17/12/2009, as quais aprovou: (i) A homologação parcial do aumento decapital no valor de R$85.046.484,91, mediante a emissão de 238.679 ações subscritas em decorrênciade: (a) Exercício do Direito de Preferência no âmbito do aumento de capital aprovado pela AssembleiaGeral Extraordinária realizada em 19/04/2011 (�Aumento de Capital�) correspondente a subscrição de537 ações no valor de R$1.047.150,00; (b) Exercício do direito a sobras no referido Aumento de Capitalcorrespondente à subscrição de 2 novas ações no valor de R$3.900,00; (c) Exercício de opções decompra de ações correspondente a 8.832 novas ações no valor de R$8.832,00; e (d) Exercício debônus de subscrição correspondente a 229.308 novas ações no valor de R$ 83.986.602,91. (ii) Aalteração do art. 5º do Estatuto Social da Cia. de modo a refletir o aumento de capital parcialmentehomologado pelo Conselho de Administração da Cia. em 28/04/2011 no valor de R$1.272.521.250,00,mediante a subscrição de 652.575, bem como decorrente dos eventos acima mencionados. Colocadaa matéria em votação, o Conselho, por unanimidade, decidiu aprovar a seguinte Ordem do Dia paraa Assembleia Geral Extraordinária que será realizada no dia 13/09/2011: (i) Registrar que houve asubscrição de 539 novas ações ordinárias, escriturais e sem valor nominal, ao preço de emissão deR$1.950,00 por ação, no âmbito do aumento do capital social da Cia., aprovado na Assembleia GeralExtraordinária da Cia. realizada em 19/04/2011 (�Aumento de Capital�); (ii) Homologar parcialmente oreferido Aumento de Capital, tendo em vista a subscrição, no âmbito do Aumento de Capital, de númerode ações superior ao montante mínimo de 652.575, e inferior ao montante máximo de 1.350.000,ambos aprovados na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 19/04/2011; (iii) Alterar o art. 5ºdo Estatuto Social da Cia. de modo a refletir o novo capital social decorrente do Aumento de Capitale do exercício de opções de compra de ações e bônus de subscrição; (iv) Alterar o art. 18 do EstatutoSocial da Cia. para tornar facultativa a designação do Vice-Presidente do Conselho de Administração;(v) Alterar o art. 21 e seu parágrafo 1º do Estatuto Social da Cia. para determinar que membros doConselho de Administração serão considerados presentes na reunião quando participarem atravésde teleconferência ou vídeo-conferência, desde que assinem a respectiva ata; (vi) Alterar o art. 23do Estatuto Social da Cia. para incluir os parágrafos 1º e 2º determinando que os diretores da Cia.deverão fiscalizar a atuação das Diretorias de suas subsidiárias, bem como que os diretores da Cia.terão dedicação exclusiva e em tempo integral em relação à Cia., sendo permitido porém o exercícioconcomitante de cargos da Administração nas subsidiárias, controladas e coligadas; (vii) Ratifi car aalteração do §1º do art. 25 do Estatuto Social da Cia., aprovada na Assembleia Geral Extraordináriarealizada em 9/05/2011, para indicar os substitutos nos casos de ausências e impedimentostemporários dos diretores da Cia.; (viii) Alterar os art. 28, 29, 30, 31, 32 e 33 do Estatuto Social da Cia.para definir as atribuições dos diretores; e (ix) Alterar o §1º do art. 17, o título do Capítulo VII, os art. 44,52, 53 e 54 e o §1º do art. 57 do Estatuto Social da Cia., com o fim de adequar o Estatuto Social da Cia.às novas disposições do Regulamento do Novo Mercado adotado pela BM&FBOVESPA S.A. � Bolsade Valores, Mercadorias e Futuros. (b) O Sr. Marcio Mello, prestou esclarecimentos aos Conselheirossobre o Aditivo ao Contrato HRT-SOL-018/2010 firmado com a empresa Wheatherford. O Conselhode Administração decidiu aprovar o aditivo. (c) O Sr. Marcio Mello prestou esclarecimentos sobre: (i) aaquisição da empresa Vienna Investments (Proprietary) Limited e (ii) a possibilidade de participaçãoda HRT em novos blocos exploratórios na Namíbia, através de contrato de risco com a empresaCowan Petróleo e Gás. Colocada as matérias em votação o Conselho de Administração aprovouambas as matérias e determinou (i) que a HRT África tome as medidas necessárias para efetivara referida aquisição e (ii) que o Sr. John Milne Albuquerque Forman conduza as negociações oraaprovadas. O Sr. John Forman prestou esclarecimentos aos demais Conselheiros sobre o andamentodas negociações com a empresa Petra Energia. O Sr. Marcio Mello relatou aos demais Conselheiros osucesso da visita de oitenta investidores às instalações da HRT na Bacia do Solimões, �Solimões FieldTrip�. 7. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a reunião, da qual se lavrou apresente Ata que, lida e achada conforme, foi assinada. Assinaturas: Srs. Marcio Rocha Mello, JohnMilne Albuquerque Forman, Eduardo de Freitas Teixeira, Antonio Carlos Sobreira de Agostini, MathewTodd Goldsmith, Carlos Thadeu de Freitas Gomes, Michael Stephen Vitton, John Anderson Willott eWilliam Lawre nce Fisher. Marcio Rocha Mello - Presidente da Mesa e Presidente do Conselho deAdministração, John Milne Albuquerque Forman - Secretário da Mesa e Membro do Conselho deAdministração. JUCERJA nº 00002209801 em 18/07/2011. Valéria G. M. Serra - Secretária Geral.

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 37

UM ALERTA EM DEFESA DOS ELEFANTES

Tony Karumba/AFP

TABELADEPREÇOS

AssinaturaNacionalTrimestral Semestral AnualR$ 181,44 R$ 302,40 R$ 504,00

Cerca de 5 toneladas demarfim contrabandeadoe apreendido pelasautoridades foramincineradas, ontem,em Nairobi, no Quênia, comouma maneira de alertar omundo para o problema.O presidente queniano MwaiKibaki ateou fogo na pilha,ato que se repete desde 1989.

Presidente do Conselho de AdministraçãoMaria Alexandra Mascarenhas VasconcellosDiretor-Presidente José MascarenhasDiretores Executivos Alexandre Freeland,Paulo Fraga e Ricardo Galuppo

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Arte Pena Placeres (Diretor), Betto Vaz (Editor),Evandro Moura, Letícia Alves, Maicon Silva, PauloArgento, Renata Rodrigues, Renato Gaspar, (Pagi-nadores), Infografia Alex Silva (Chefe), AndersonCattai, Monica Sobral Fotografia Antonio Milena(Editor), Marcela Beltrão (Subeditora), HenriqueManreza, Murillo Constantino (Fotógrafos), AngélicaBueno, Wellington Reis (Pesquisa) WebdesignerRodrigo Alves Tratamento de im gem HenriquePeixoto, Luiz Costa Secretaria/Produção ShizukaMatsuno Informações econômicas e estatísticasPedro Cássio Produção gráfica Ivanilson Fernan-des, Márcia Fernandes, Samuel Coelho

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Projetos Especiais Márcia Abreu (Gerente),Alexandre de Vicencio (Coordenador), Daiana SilvaFaganelli (Analista)Publicidade Legal Marco Panza (Diretor dePublicidade Legal e Financeira), Adriana Araújo,Valério Cardoso, Carlos Flores (Executivos deNegócios), Ana Paula Monção (Assistente Comercial)Departamento de Marketing Evanise Santos (Dire-tora), Rodrigo Louro (Gerente de Marketing), GiselleLeme, Roberta Baraúna (Coordenadores deMarketing),João Felippe Macerou Barbosa (Coordenadores)Operações Cristiane Perin (Diretora)

Departamento de Mercado Leitor Nido Meireles(Diretor), Nancy Socegan Geraldi (Assistente Diretoria),Denes Miranda (Coordenador de Planejamento)Central de Assinantes e Venda de AssinaturasMarcello Miniguini (Gerente de Assinaturas), HelenTavares da Silva (Supervisão de Atendimento),Conceição Alves (Supervisão)

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PONTO FINAL

38 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011

“O sonho de Hollywoodse tornou um pesadelo”

A FRASE

Iain Smith, produtor de cinema, cujas obras incluem SeteAnos no Tibete, que, junto com outros cineastas e atores,lançou, na terça-feira, um apelo aos internautas para queevitem fazer downloads ilegais de filmes e músicas gratuitos. Ele calculaque, somente nos Estados Unidos, a pirataria causou perdas de US$ 25 bilhõesà indústria do cinema. “A pirataria é a maior maldição do setor”, acrescentou.

Tarifa de energia elétrica ecompetitividade industrial

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Adriano PiresDiretor do Centro Brasileiro de InfraEstrutura

O preço da energia elétrica no Brasil tem sido objeto de intenso debate pelos altosvalores praticados quando comparados a de outros países. No segmento indus-trial, por exemplo, isso vem comprometendo a competitividade. Apesar de a ma-triz energética brasileira ser constituída por fontes de geração de baixo custo, co-mo a hidroeletricidade, responsável por 80% da geração em 2010, as tarifas aosconsumidores finais se tornam elevadas devido a uma significativa incidência deencargos e tributos na conta de energia. No âmbito internacional, a tarifa indus-trial brasileira posiciona-se entre as mais elevadas. Em 2010, o valor médio da tari-fa foi de US$ 125/MWh, enquanto as indústrias americanas pagaram, em médiaUS$ 68/MWh. Em 2009, entre os países em desenvolvimento, a Rússia apresentoua menor tarifa, US$ 50/MWh, o Brasil ficou com US$ 118/MWh, enquanto o Méxi-co teve a maior tarifa, US$ 126/MWh. Países vizinhos como Uruguai, Peru, Equa-dor e Paraguai possuem tarifas menores.

A tarifa industrial de energia elétrica possui 16 tributos (diretos e indiretos) e 14encargos setoriais, excluindo os encargos sociais, que elevam o valor da conta deenergia elétrica. Os tributos e encargos equivaleram a 45% da conta de energia elé-trica em 2010. Na composição da carga tributária do setor elétrico, os tributos esta-duais representam 47%, os tributos federais correspondem a 31%, enquanto a esfe-ra municipal responde por um percentual próximo a zero. Os encargos setoriais etrabalhistas somam 22%.

Ao invés de reduzir os encargos setoriais, o governo prorrogou a Reserva Global deReversão (RGR) e o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica(Proinfa), por meio da Medida Provisória (MP) 517, de 30 de dezembro de 2010, sancio-nada em junho deste ano.

Na tentativa de ter tarifas menores e uma maior garantia de oferta, as indústriasvêm investindo em autoprodução. Em 2009, a autoprodução industrial chegou a41,4 MWh, 11% superior a 2008. O segmento de produtores de não ferrosos e outrasmetalurgias ampliou a autoprodução em 28%.

A possibilidade de escolha do ambiente de contratação de energia está levando asempresas a avaliarem o valor das tarifas e migrarem da condição de consumidorescativos para livres no mercado de energia elétrica. O consumo no mercado livre au-mentou ao longo dos anos, chegando a 26% do consumo de energia no Sistema Inte-grado Nacional (SIN), em 2010.

As tarifas pouco competitivas têm levado a uma redução de investimentos e até afechamento de unidades, como ocorreu com a Vale de Santa Cruz (RJ), em 02009. ANovelis fechou uma unidade de fundição com capacidade para produzir 60 mil tonela-das de alumínio primário, em 2010, em Aratu (BA).

A redução da competitividade industrial brasileira, devido à elevada tarifa deenergia elétrica, vem despertando o interesse em direcionar investimentos em no-vas unidades nos países vizinhos. O Paraguai, que recentemente assinou contratocom o Brasil para a construção de uma linha de transmissão que interligará a UHEde Itaipu à capital Assunção, aumentará a oferta de energia e, por possuir tarifasmais competitivas para setor industrial, já foi citado como possível destino a novasunidades de fundição. Em 2008, a tarifa média industrial de energia no Paraguaifoi de US$ 48/MWh, 59% menor que a tarifa média praticada no Brasil. A Rio TintoAlcan, por exemplo, estuda a instalação de uma fundição no Paraguai com a inten-ção de produzir 674 mil toneladas de alumínio por ano. ■

Jereissati Participações S.A.Companhia Aberta

CNPJ/MF nº 60.543.816/0001-93 - NIRE nº 35.300.027.248AVISO AOS ACIONISTAS

Comunicamos aos Senhores acionistas que, conforme deliberação da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 01/07/2011 e da Reunião do Conselho de Administração realizada na mesma data, a partir de 28 de julho de 2011, inclusive, iniciaremos a distribuição dos dividendos aprovados em referidas ocasiões, obedecendo às seguintes condições:1. Pagamento de R$ 0,010899, por ação, isentos de IRRF, de acordo com o disposto no artigo 10 da Lei 9.249/95,referente ao exercício findo em 31/12/2010;2. Pagamento de R$ 0,146170, por ação, isentos de IRRF, de acordo com o disposto no artigo 10 da Lei 9.249/95,referente à distribuição de dividendos intermediários à conta de reserva e lucros existentes;3. Instruções quanto ao pagamento dos dividendos:3.1. Os acionistas terão seus créditos disponíveis de acordo com o domicílio bancário fornecido ao Itaú Unibanco S.A.- Instituição Depositária de Ações, a partir da data de início de distribuição deste direito.3.2. Os acionistas usuários das custódias fiduciárias terão seus dividendos creditados conforme procedimentos ado-tados pela BM&F Bovespa.3.3. Aos acionistas cujo cadastro não contenha a inscrição do número do CPF, CNPJ ou indicação de Banco/Agência/Conta Corrente, os dividendos somente serão creditados a partir do 3º dia útil, contado da data da atualização cadas-tral nos arquivos eletrônicos do Banco Itaú Unibanco S.A., desde que os interessados providenciem a regularização de seu cadastro, pessoalmente, em uma das agências do Itaú Unibanco S.A. que disponha de atendimento exclusivo aos acionistas. Caso a atualização dos dados seja providenciada em agência não especializada ou por meio de corres-pondência à Unidade de Processamento de Soluções Para Corporações do Itaú Unibanco S.A. localizada na Avenida Engenheiro Armando Arruda Pereira, n.º 707, 10º andar, CEP 04344-902, cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, o pagamento somente será liberado após a efetivação dos devidos registros nos arquivos eletrônicos do referido banco.4. Maiores informações poderão ser obtidas junto às agências do Banco Itaú Unibanco S.A., especializadas no atendi-mento a acionistas, no horário bancário.

São Paulo, 20 de julho de 2011.Carlos Francisco Ribeiro Jereissati

Presidente do Conselho de Administração

JEREISSATI TELECOM S.A.(atual denominação da La Fonte Telecom S.A.)

Companhia Aberta - CNPJ/MF Nº 53.790.218/0001-53 - NIRE Nº 35.300.099.940AVISO AOS ACIONISTAS

Comunicamos aos Senhores acionistas que, conforme deliberação da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 01/07/2011 e da Reunião do Conselho de Administração realizada na mesma data, a partir de 27 de julho de 2011, inclusive, iniciaremos a distribuição dos dividendos aprovados em referidas ocasiões, obedecendo às seguintes condições:1. Pagamento de R$ 0,312615, por ação, isentos de IRRF, de acordo com o disposto no artigo 10 da Lei 9.249/95;2. Instruções quanto ao pagamento dos dividendos:2.1. Os acionistas terão seus créditos disponíveis de acordo com o domicílio bancário fornecido ao Itaú Unibanco S.A. - Instituição Depositária de Ações, a partir da data de início de distribuição deste direito.2.2. Os acionistas usuários das custódias fiduciárias terão seus dividendos creditados conforme procedimentos adotados pela BM&F Bovespa.2.3 Aos acionistas cujo cadastro não contenha a inscrição do número do CPF, CNPJ ou indicação de Banco/Agência/ContaCorrente, os dividendos somente serão creditados a partir do 3º dia útil, contado da data da atualização cadastral nosarquivos eletrônicos do Banco Itaú Unibanco S.A., desde que os interessados providenciem a regularização de seu cadastro,pessoalmente, em uma das agências do Itaú Unibanco S.A. que disponha de atendimento exclusivo aos acionistas. Casoa atualização dos dados seja providenciada em agência não especializada ou por meio de correspondência à Unidade deProcessamento de Soluções Para Corporações do Itaú Unibanco S.A. localizada na Avenida Engenheiro Armando ArrudaPereira, nº 707, 10º andar, CEP 04344-902, cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, o pagamento somente será liberadoapós a efetivação dos devidos registros nos arquivos eletrônicos do referido banco.3. Maiores informações poderão ser obtidas junto às agências do Banco Itaú Unibanco S.A., especializadas no atendimento a acionistas, no horário bancário.

São Paulo, 20 de julho de 2011Carlos Francisco Ribeiro Jereissati

Presidente do Conselho de Administração

ATA da 15ª ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIARealizada em 29 de abril de 2011

(lavrada em forma de sumário - art. 130, § 1º, da Lei nº 6.404/76)1) DATA, HORA E LOCAL: Às 9:00h Snove horas) do dia 29 (vinte e nove) do mês de abril do ano de 2011 (dois mil e onze), na sede social da TERMINAIS PORTUÁRIOS DA PONTA DO FÉLIX S.A. (doravante “Companhia”), situada na Rua Engenheiro Luiz Augusto de Leão Fonseca, nº 1.520, em Antonina, Paraná. 2) CONVOCAÇÃO: Edital de Convocação publicado nos dias 13, 14 e 15 de abril de 2011 no Diário Oficial do Estado do Paraná, páginas 39, 26 e 30, respectivamente, e nos dias13, 14 e 15/17 de abril de 2011 no jornal Brasil Econômico, páginas 15, 37 e 27, respectivamente. As demais publicações legais necessárias à realização das assembleias foram efetuadas nestas condições: as demonstrações financeiras previstas no art. 133 da Lei nº 6.404/76 foram publicadasno dia 13 de abril de 2011 no Diário Oficial do Estado do Paraná, páginas 41/44, e na mesma datano jornal Brasil Econômico, páginas 35/37; foi dispensada a publicação do aviso aos acionistas de que trata o art. 133 da Lei nº 6.404/76, em razão da presença da totalidade dos acionistas aesta Assembleia geral e por deliberação unânime assim tomada. 3) PRESENÇAS: Presentes acionistas representando 100% (cem por cento) do capital votante da Companhia, que assinaram o livro de presença e também assinam esta ata, além dos Srs. Edison Napoleão de Araújo, membro do Conselho Fiscal da Companhia, e Gilberto de Souza Schlichta, representante dos auditores independentes da companhia BDO. A acionista Fundação Copel de Previdência e Assistência Social foi representada por seu procurador, o acionista Sílvio Matucheski, conforme instrumento de mandato recebido pela Mesa e arquivado na Companhia como documento nº 1. 4) MESA: Presidente:Valdécio Antônio Bombonatto; Secretário: Guilherme Kloss Neto. 5) ORDEM DO DIA: a) Examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, Demonstrações Financeiras e Relatório dos Auditores Independentes, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010; b) Eleger os membros do Conselho Fiscal; c) Fixar os honorários globais dos integrantes dos Conselhos de Administração e Fiscal e da Diretoria Executiva para o exercício de 2011. 6) DELIBERAÇÕES TOMADAS POR UNANIMIDADE: 6.1. Dispensada a publicação do aviso aos acionistas de que trata o art. 133 da Lei nº 6.404/76, na forma do permissivo contido no art. 133, § 4º, da mesma Lei, sendoconsiderada regular a instalação da assembleia. 6.2. Após leitura do parecer do Conselho Fiscal e do Relatório dos Auditores Independentes, por seus respectivos representantes presentes, foram aprovados o Relatório da Administração, Balanço Patrimonial, Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010. 6.3. ELEITOS PARA COMPOR O CONSELHO FISCAL: (1) Luiz Afonso Baldissera, brasileiro, casado, bacharel em ciências contábeis, inscrito no CRC/PR sob nº 024.281/0-0 e no CPF sob nº 370.116.349-91 eno RG nº 2.182.898-0/SSP-PR, residente à Rua José de Sá Cavalcanti, nº 559, em Cascavel/PR, CEP85.811-440, como titular, e Antonio Joaquim da Silva Neto, brasileiro, casado, contador, inscrito no CRC/PR sob nº 050281 e no CPF sob nº 030.537.859-78 e no RG nº 6.830.447-4/SSP-PR,residente à Rua Munhoz de Mello, 546, em Matinhos, PR, CEP 83.260-000, como suplente.(2) Edison Napoleão de Araujo, brasileiro, casado, contador, portador da C.I. RG nº 3.086.388-7/IIPR, inscrito no CPF sob nº 536.042.459-15, residente na Rua Pedro Spisla Filho, 310, em Curitiba/PR,CEP 82.640-610, como titular, e Gil Serrato, brasileiro, casado, economista, portador da C.I. RG nº 1.610.798-0/IIPR, inscrito no CPF sob nº 470.459.309-68, residente na Rua João Fonseca Mercer,411, em Curitiba/PR, CEP 82.630-060, como suplente. (3) João Maria da Silva Lima, brasileiro, casado, contador, portador da C.I. RG nº 3.730.477-8, inscrito no CPF sob nº 552.472.379-00, residente na Rua João Nogarolli, 313, sobrado 2, em Curitiba/PR, CEP 81.030-190, como titular, e Vivian Fanton, brasileira, divorciada, contadora, portadora da C.I. RG nº 7.925.948-9/PR, inscrita no CPF sob nº 033.661.179-07, residente à Rua Valparaizo, 203, Casa 1, em Curitiba/PR, CEP82.510-070, como suplente. (4) José Camilo de Faria, brasileiro, casado, engenheiro, portador da C.I. RG nº 041.03421-6 IFP/RJ, inscrito no CPF sob nº 544.529.537-00, residente na Av. GastãoSenges, 327, apto. 403, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro/RJ, como titular, e Alexander Américo Abido Soares da Silva, brasileiro, casado, economista, inscrito no CORECON sob nº 18.964/RJ eno CPF sob nº 005.927.597-92, residente na Rua Miguel de Frias, 77, apto. 1103, bloco 3, Icaraí, em Niterói/RJ, como suplente. (5) Josildo Rodrigues de Lima, brasileiro, casado, economista, portador da C.I. RG nº 1.119.103/PR, inscrito no CPF sob nº 231.200.459/34, residente na Rua Francisco Motta Machado, 495, Capão da Imbuia, em Curitiba/PR, como titular, e Antonio Lidio Tracz, brasileiro, casado, contador, portador da C.I. RG nº 3.263.187-8/PR, inscrito no CPF sob nº478.725.279/87, residente na Rua Pedro da Silva, 89, em Curitiba/PR, como suplente. Assim eleitos, os novos Conselheiros Fiscais foram declarados empossados pela Assembleia, com mandato até a próxima AGO. 6.4. Fixados os honorários globais anuais dos Conselhos de Administração e Fiscal e da Diretoria Executiva para o exercício de 2011, sendo aprovada a remuneração global da ordem de R$ 1.032.257,05 (um milhão, trinta e dois mil, duzentos e cinquenta e sete reais e cinco centavos), cabendo ao Conselho de Administração deliberar acerca do rateio dessa verba entre cada conselheiro e cada diretor. 7) ENCERRAMENTO: Como nada mais houvesse a tratar, ou quem quisesse fazer uso da palavra, o Sr. Presidente suspendeu a sessão pelo tempo necessário à lavratura da presente ata, atendendo ao disposto no art. 130 da Lei nº 6.404/76, que, concluída,foi lida por mim, Guilherme Kloss Neto, Secretário desta Assembleia, depois de reiniciada a sessão, sendo nesta oportunidade aprovada e assinada por todos os acionistas presentes, após o que o Sr. Presidente declarou encerrados os trabalhos desta Assembleia Geral Ordinária. FUNDAÇÃO SANEPAR DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL - José Luiz Costa Taborda Rauen; FUNDAÇÃO COPEL DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL - Silvio Matucheski; PORTUS INSTITUTO DE SEGURIDADE SOCIAL - José Camilo de Faria; REGIUS SOCIEDADE CIVIL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - Nilza Rodrigues de Morais; EQUIPLAN CONSULTORIA EMPRESARIALS.A. - Valdécio Antônio Bombonatto; Valdécio Antônio Bombonatto; Almir Jorge Bombonatto; Luiz Alberto Boni; Daniela Boni; Edézio Castelassi Filho; Edézio Castelassi; José Renato Inácio de Rosa; Alberto Higino de Camargo Assis; Sílvio Matucheski; Thelma Fadel Sandrini; Cláudia Trindade; Josildo Rodrigues de Lima; Edison Napoleão de Araújo; Gilberto de Souza Schlichta; Guilherme Kloss Neto (OAB/PR nº 10.635). JUNTA COMERCIAL DO PARANÁ. Certifico o registro em:17/06/2011, sob o número 20111364736, protocolo: 11/136473-6, de 13/06/2011. SEBASTIÃOMOTTA - SECRETÁRIO GERAL.

TERMINAIS PORTUÁRIOS DA PONTA DO FÉLIX S.A.CNPJ Nº 85.041.333/0001-11

NIRE nº 41300014230

A redução da competitividade industrialbrasileira, devido à elevada tarifa de energia,vem despertando o interesse em direcionarinvestimentos em novas unidades nos países vizinhos

Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 39

A usina Pedro Afonso, uma parceria com a trading japo-nesa Itochu, absorveu investimentos de R$ 600 mi-lhões e tem capacidade para processar, inicialmente,2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano.Nesta primeira etapa, a usina produzirá apenas etanolpara atender a demanda interna e externa.

Uma segunda fase está prevista para ser implantadaentre 2012 e 2014 e deverá duplicar a capacidade pro-dutiva de Pedro Afonso que além do álcool combustí-vel, vai produzir também açúcar e energia elétrica.Aproveitando o bagaço da cana, a geração de energiadeve atender às necessidades da companhia e ser tam-bém vendida no mercado.

A Itochu já tem parceria com a Bunge em outra usina,a Santa Juliana, em Minas Gerais. No Tocantins, a Tra-ding japonesa responde por 20% dos investimentos.Até 2012 a Bunge vai aplicar R$ 2,8 bilhões em seus ne-gócios no Brasil. ■ Redação

Mudança de ventos

Antonio Milena

Marcos Issa/Bloomberg

Divulgação

José Inácio de Abreu e Lima, que dará nome à refina-ria que a Petrobras constrói nas imediações do Recife,foi um homem que viveu de forma extremada asideias de seu tempo. Todas elas. Com a idade de 23anos, apoiou o movimento republicano que aconteceuem Pernambuco em 1817 — tendo deixado o país apósa derrota da insurreição. Mudou-se para a Venezuelae, ali, alistou-se nas tropas de Simón Bolívar que luta-vam pela independência da “Pátria Grande”. Herói,chegou ao topo da hierarquia mas não teve a patentede general reconhecida pelos sucessores do “Liberta-dor”. Decepcionado, voltou ao Brasil e, com o mesmoentusiasmo com que defendia os ideais republicanos,passou a defender o império de seu país. Abreu e Limadedicou a Dom Pedro II um compêndio sobre a Histó-ria do Brasil em que reduz a revolução pernambucanaa uma desavença entre portugueses e brasileiros e jus-tifica cada uma das falhas cometidas pelo pai e ante-cessor do imperador, Pedro I. A mudança de lado, se-guida pela defesa firme da posição do momento, se re-produz agora nos capítulos da novela em torno daconstrução da obra que levará seu nome.

A obra está adiantada e, como se sabe, é ou deveriaser uma parceria entre a Petrobras e a PDVSA, estatalque explora o petróleo da Venezuela. Foi anunciadacom festa em 2007 pelo então presidente Luiz InácioLula da Silva e pelo governante da Venezuela, HugoChávez. Na época, a Venezuela nadava em dinheiro ea estatal daquele país era vista e fazia questão de agircomo a parte forte do negócio. No anúncio da parce-ria, louvou-se a capacidade financeira da empresa ve-nezuelana e à grande contribuição de seu conhecimen-to ao negócio do petróleo no Brasil. O tempo passou,as circunstâncias mudaram, o preço do petróleo caiu eo dinheiro malgasto por Chávez na época da fartura su-miu. Agora, depois de tentar junto ao BNDES um em-préstimo sem garantias para bancar a parte que lhe ca-be, tudo indica que a Venezuela mudará de posição esairá do negócio antes do fim de agosto.

A empresa de Chávez certamente virá com a descul-pa de que os custos fugiram ao controle e que os pre-ços estão muito acima dos previstos quatro anos atrás.Sem fazer a defesa de ninguém (mesmo porque, falardo preço de qualquer obra pública no Brasil exige cau-tela), é lógico que não houve, em relação aos valoresanunciados na celebração da parceria, qualquer eleva-ção que não se justifique pela alta exagerada do real epela elevação geral de custos provocada pelo aqueci-mento da economia brasileira. Mesmo assim, Cháveztentará empurrar para o lado brasileiro a responsabili-dade por sua desistência. Para a Petrobras e para o Bra-sil, não poderia ter acontecido melhor negócio. Assimcomo Abreu e Lima se decepcionou com os sucessoresde Bolívar, a Petrobras de agora se deu conta de que osideais “bolivarianos” mudam ao sabor da cotação dopetróleo. Ter a turma do “socialismo do século 21” co-mo aliada já não é fácil. Tê-la como sócia seria se can-didatar a uma dor de cabeça permanente. ■

Eddie Seal/Bloomberg

Ricardo [email protected] de Redação

Claro fatura R$ 3,1 bino segundo trimestre

A HRT, companhia brasileira de petróleo com ações lis-tadas na Bovespa, anunciou ontem aumento de partici-pação em blocos de exploração de petróleo e o fim doprograma de aquisição de sísmica 3D no mar da Namí-bia. O programa de sísmica 3D permitirá que a compa-nhia trace prospectos mais precisos do volume de re-servas de que dispõe e possa começar o planejamentoda perfuração de poços.

O aumento de participação nos blocos foi feito atra-vés da aquisição de participações acionárias que ofundo Vienna Investments detinha em companhiasestabelecidas no país africano. Ao todo, a HRT pagouUS$ 30 milhões, através de sua subsidiária integral,HRT Africa. ■ Redação

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Lucro líquido da Naturacai 1,8% no trimestre

HRT avança na África

A Claro, subsidiária brasileira da companhia mexicana detelecomunicações América Móvil, teve receita de R$ 3,1bilhões no segundo trimestre, alta de 3,7% frente aomesmo período do ano passado. A companhia conquis-tou 2,1 milhões de novos assinantes no período, encer-rando junho com 55,5 milhões de clientes, de acordocom relatório no site da Bolsa de Valores do México. AClaro é a segunda maior operadora de telefonia móveldo país, mas segundo estudo da consultoria Teleco, atri-buído a dados preliminares da Agência Nacional de Tele-comunicações (Anatel), a operadora fechou junho em-patada com a Tim, com 25,5% de mercado. ■ Reuters

ÚLTIMA HORA

Bunge inaugurausinanoTocantins

O aumento no consumo de produtos de beleza e higienepessoal no Brasil não foi suficiente para manter os ga-nhos da Natura em rota de ascensão. Pelo menos, é issoo que mostra o lucro líquido em queda de 1,8% do se-gundo trimestre deste ano, quando atingiu R$ 188,1 mi-lhões. Já no consolidado dos primeiros seis meses de2011, o lucro líquido cresceu 1,7%, atingindo R$ 338,6milhões. A receita líquida da companhia de abril a ju-nho chegou a R$ 1,3 bilhão, um incremento de 8,6%em relação a 2010. Já no primeiro semestre, o salto foide 10.5%, chegando a uma receita líquida de R$ 2,5 bi-lhões, praticamente o mesmo percentual em volume,que cresceu 10,4%. ■ Françoise Terzian

Chávez virá com a desculpa deque o preço da obra está mais altodo que o previsto há quatro anos

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40 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011