aps engenharia unip ii semestre - ponte macarrÃo
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CAMPUS FLAMBOYANT
CURSO DE ENGENHARIA CICLO BÁSICO
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
“Ponte de Macarrão”
Goiânia
2014
CURSO DE ENGENHARIA CICLO BÁSICO
GUILHERME H. SANTOS – C11AAE-8
HEBERT VIEIRA CARDOSO DA SILVA – C11077-9 JOÃO PEDRO MELO – C00FGB-9 LEONIDAS MARTINS – C18BGE-6
LUCAS SAMPAIO – C06559-5 LUCIANO NERES AZEVEDO – C01IJE0-D
MARCO AURÉLIO V. DE SOUZA – C169IE-7 MATEUS COELHO MAIA – C3788H-6
ROBERTO CARLOS C. BOTELHO FILHO – C05JJA-5
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
“Ponte de Macarrão”
Trabalho de pesquisa e desenvolvimento de protótipo apresentado a Universidade Paulista Campus Flamboyant como exigência parcial para aprovação no 2º semestre do Curso de Engenharia Ciclo Básico.
Orientador: Prof. Leonardo Dantas
Goiânia
2014
CURSO DE ENGENHARIA CICLO BÁSICO
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
“Ponte de Macarrão”
Trabalho de pesquisa e desenvolvimento de protótipo apresentado a Universidade Paulista Campus Flamboyant como exigência parcial para aprovação no 2º semestre do Curso de Engenharia Ciclo Básico.
Orientador: Prof. Leonardo Dantas
Aprovado em __/__/__
COMPONENTES DO GRUPO
C11AAE-8 – GUILHERME H. SANTOS
C11077-9 – HEBERT VIEIRA CARDOSO DA SILVA
C00FGB-9 – JOÃO PEDRO MELO
C18BGE-6 – LEONIDAS MARTINS
C06559-5 – LUCAS SAMPAIO
C01IJE-0 – LUCIANO NERES AZEVEDO
C169IE-7 – MARCO AURÉLIO V. DE SOUZA
C3788H-6 – MATEUS COELHO MAIA
C05JJA-5 – ROBERTO CARLOS C. BOTELHO FILHO
RESUMO
O presente trabalho tem como predominante proposta à pesquisa, planejamento e
desenvolvimento de um protótipo de ponte construída em macarrão espaguete e
cola a base de resina epóxi. Este relatório tem o objetivo de apresentar em pauta
acadêmica o passo a passo da construção da ponte através de ilustrações (fotos),
além de descrever os materiais e ferramentas utilizadas, expor o esboço do projeto,
metodologia e cálculos utilizados, conclusões finais e referências bibliográficas.
Todo o trabalho, tanto protótipo quanto parte escrita, está em conformidade com o
edital disponibilizado pela coordenação do curso de engenharia da Universidade
Paulista Campus Flamboyant.
Palavras chaves: Ponte, Macarrão, Cola.
ABSTRACT
This paper has proposed as the predominant research, design and development of a
bridge's prototype built with spaghetti and epoxy resin. This report aims to present
academic staff in the step by step construction of the bridge through illustrations
(pictures), and describe the materials and tools used, exposing the outline of the
design, methodology and fisics applyed, conclusions and references. All work, both
prototype as part of writing, is in accordance with the notice provided for the
engineering course from Universidade Paulista (UNIP), Campus Flamboyant.
Keywords: Bridge, Noodles, Prototype.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Imagem 01 – Modelo de treliça plana ----------------------------------------------------------- 12
Imagem 02 – Macarrão Barilla nº 07 ------------------------------------------------------------ 13
Imagem 03 – Cola epóxi Araldite ---------------------------------------------------------------- 13
Imagem 04 – Modelo da ponte a ser construída --------------------------------------------- 14
Imagem 05 – Cálculo das reações de apoio -------------------------------------------------- 15
Imagem 06 – Verificação do equilíbrio no nó A ---------------------------------------------- 15
Imagem 07 – Verificação do equilíbrio no nó B ---------------------------------------------- 15
Imagem 08 – Verificação do equilíbrio no nó C ---------------------------------------------- 16
Imagem 09 – Representação dos esforços em cada barra ------------------------------- 16
Imagem 10 – Escolha do modelo da ponte ---------------------------------------------------- 20
Imagem 11 – Esboço do projeto em Auto CAD 2007 --------------------------------------- 20
Imagem 12 – Simulação das reações de apoio no Ftool ---------------------------------- 21
Imagem 13 – Seleção e corte do macarrão --------------------------------------------------- 21
Imagem 14 – Agrupamento em feixes ---------------------------------------------------------- 22
Imagem 15 – Secagem dos feixes --------------------------------------------------------------- 22
Imagem 16 – Lixagem com ajuda de minirretifica ------------------------------------------- 23
Imagem 17 – Montagem das peças em plano horizontal ---------------------------------- 23
Imagem 18 – Colagem da treliça plana -------------------------------------------------------- 24
Imagem 19 – Execução de furo para encaixe da barra de aço -------------------------- 24
Imagem 20 – Junção dos dois planos da treliça --------------------------------------------- 25
Imagem 21 – Maquete pronta -------------------------------------------------------------------- 25
Imagem 22 – Ensaio destrutivo ------------------------------------------------------------------ 26
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Tipo de esforços em cada barra ------------------------------------------------ 16
Tabela 02 – Custos do projeto -------------------------------------------------------------------- 26
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------- 10
1 OBJETIVO ------------------------------------------------------------------------------------------ 11
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA --------------------------------------------------------------- 11
2.1 Treliças Planas ------------------------------------------------------------------------ 11
2.2 Cálculos de Treliça ------------------------------------------------------------------- 12
2.2.1 Método dos Nós ou Método de Cremona ----------------------------- 12
2.2.2 Método das Seções ou Método de Ritter ----------------------------- 12
3 METODOLOGIA ----------------------------------------------------------------------------------- 13
3.1 Considerações Sobre o Projeto ------------------------------------------------- 13
3.2 Cálculos Utilizados ------------------------------------------------------------------- 14
3.2.1 Cálculo das Reações de Apoio ------------------------------------------ 14
3.2.2 Reações de Apoio em cada Barra -------------------------------------- 15
3.2.3 Resistência do Material (Macarrão) ------------------------------------ 17
3.2.4 Cálculo para Dimensionamento de Barras --------------------------- 17
3.2.4.1 Dimensionamento das Barras em Tração ----------------- 17
3.2.4.2 Dimensionamento das Barras em Compressão --------- 18
3.3 Software para Simulação ---------------------------------------------------------- 18
4 CONTRUÇÃO DA PONTE DE MACARRÃO ---------------------------------------------- 19
4.1 Materiais e Ferramentas Utilizadas --------------------------------------------- 19
4.2 Etapas da Construção -------------------------------------------------------------- 19
4.2.1 Resultado Final: Maquete pronta! -------------------------------------- 25
5 CUSTOS DO PROJETO ------------------------------------------------------------------------ 26
6 COMPETIÇÃO DE PONTES ------------------------------------------------------------------- 26
CONCLUSÃO ----------------------------------------------------------------------------------------- 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ------------------------------------------------------------ 29
10
INTRODUÇÃO
Conceituada pelo Dicionário Online de Português como “Tudo que serve de
ligação ou comunicação”, uma ponte tem ao longo de toda a história da humanidade
exercido esse papel de encurtar distâncias e quebrar barreiras de modo a propiciar o
desenvolvimento e expansão territorial do Homem sobre a face da terra, sendo sem
sombra de dúvidas uma das maiores e mais fantásticas criações de todos os
tempos.
As primeiras surgiram de forma natural pela queda de troncos sobre os rios,
processo prontamente imitado pelo homem que começou a fabricar pontes feitas de
troncos de árvores ou pranchas e eventualmente de pedras, usando suportes muito
simples e traves mestras. Com o surgimento da idade do bronze e a predominância
da vida sedentária, tornou-se mais importante à construção de estruturas
duradouras, nomeada pontes de lajes de pedra.
A partir de então nos vem algumas perguntas: Como estruturas tão simples e
que apareceram ao acaso se tornaram tão importantes para o progresso humanitário
e como estudantes, professores e profissionais encaram cientificamente tais
estrutura? De modo simplório a responder estas e outras perguntas e também
estimular o estudo de tais ciências, foi instituído em 1983 o primeiro Concurso de
Ponte World Open Heavyweight, realizada no Okanagan College no Canadá,
segundo dados da própria instituição de ensino.
O concurso de pontes de macarrão consiste na construção de maquete de
ponte construída em espaguete com o objetivo de suportar a maior capacidade de
peso com a menor quantidade de massa em sua estrutura. Devido a sua didática e
interdisciplinaridade, tal competição acabou abrangendo vários adeptos no mundo
acadêmico, fazendo parte matriz curricular de diversos cursos nas áreas de ciência
e tecnologia em renomadas universidades no Brasil como: Universidade Federal de
Goiás, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Paulista entre
outras, além de instituição estrangeiras como: Universidade da Columbia Britânica
no Canadá, Universidade do Sul da Califórnia nos Estados Unidos e Universidade
de Tecnologia de Sydney na Austrália.
11
1 OBJETIVO
Conforme edital disponibilizado pela própria Universidade Paulista, este
trabalho tem como escopo o planejamento, construção e ensaio destrutivo de uma
ponte construída com de macarrão do tipo espaguete número 7 e cola de secagem
rápida a base de resina epóxi. As dimensões serão estabelecidas de maneira que o
protótipo seja capaz de vencer um vão livre de 1 m, estando apoiada livremente nas
suas extremidades, além de ter a menor quantidade de massa estrutural e seja
capaz de suportar a maior capacidade de carga em seu ponto médio, atingindo-se o
melhor rendimento possível.
Através de tal experimento, visa-se a aplicação de forma dinâmica de
conhecimentos que envolvem o vasto mundo da física, matéria básica na
composição da grade curricular de engenharia, ao qual damos destaque em especial
às chamadas treliças, conjuntos de elementos de construção interligados entre si.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
O planejamento e a construção da ponte de macarrão só foram possíveis
após uma intensa e minuciosa pesquisa sobre os principais elementos que viriam
compor a estrutura do protótipo: as treliças planas.
2.1 Treliças Planas
Segundo o professor Roberto Buchaim do departamento de estruturas da
Universidade Estadual de Londrina – UEL, treliças são estrutura de barras ligadas
entre si por nós articulados, cujas cargas se aplicam nesses nós, resultando
unicamente em forças normais como esforço solicitante. As forças resultantes nos
vários elementos das estruturas são de tração ou compressão devido ao fato de
todas as articulações serem tratadas como rotuladas.
Para o professor Pinhal da instituição Colégio de Arquitetos, nas treliças as
cargas são aplicadas somente nos nós, não havendo qualquer transmissão de
momento fletor entre os seus elementos. Além disso, designa como plana as treliças
que tem seus elementos dispostos essencialmente sobre um único plano.
12
Imagem 01 – Modelo de Treliça Plana
2.2 Cálculos de Treliça
Existem dois métodos Dois métodos de dimensionamento que podem ser
utilizados para as treliças: o Método dos Nós ou Método de Cremona e o Método
das Seções ou Método de Ritter.
2.2.1 Método dos Nós ou Método de Cremona
A resolução de treliças planas pelo método dos nós consiste em verificar o
equilíbrio de cada nó da treliça determinando as reações de apoio e identificando o
tipo de solicitação em cada barra (barra tracionada ou barra comprimida). Por fim,
deve ser feita a verificação do equilíbrio de cada nó da treliça, iniciando-se sempre
os cálculos pelo nó que tenha o menor número de incógnitas.
2.2.2 Método das Seções ou Método de Ritter
Analítico e usado com maior frequência, método de Ritter expões que, para
determinar as cargas axiais atuantes nas barras de uma treliça plana, deve-se cortar
a treliça em duas partes adotando uma delas como referencial para verificação do
equilíbrio, ignorando-se a outra parte até o próximo corte. Ao cortar a treliça é
13
preciso que o corte a intercepte de tal forma a apresentem no máximo três
incógnitas para haver solução através das equações de equilíbrio. É importante
ressaltar que entrarão nos cálculos somente as barras da treliça que forem cortadas,
as forças ativas e reativas da parte adotada para a verificação de equilíbrio. É
necessário repetir o procedimento até que todas as barras da treliça estejam
calculadas. Neste método, podemos considerar inicialmente todas as barras
tracionadas e as barras que apresentarem sinal negativo nos cálculos estarão
comprimidas.
3 METODOLOGIA
O planejamento e construção da ponte foram regidos pelas normas
apresentadas nos itens V, VI, VII e VIII do edital disponibilizado pela coordenação do
curso de engenharia da Universidade Paulista Campus Flamboyant, no qual o
mesmo conteúdo foi adaptado do edital da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul – UFRGS.
3.1 Considerações Sobre o Projeto
De modo a manter conformidade com o edital do trabalho, a ponte deve ser
indivisível não podendo ter peso superior a 1 Kg e capaz de vencer um vão livre de 1
m estando apoiada livremente nas suas extremidades. Além disso, terá de ser
construída exclusivamente em massa do tipo espaguete nº 7 da marca Barilla, sendo
permitido apenas o uso de cola de secagem rápida da marca Araldite que tem como
componente principal a resina epóxi.
Imagem 02 – Macarrão Barilla nº7 Imagem 03 – Cola Epóxi Araldite
14
3.2 Cálculos Utilizados
Após a escolha do modelo da ponte a ser construída a partir de decisão
coletiva tomada por meio de várias discussões envolvendo temáticas como
eficiência, grau de dificuldade e estética, iniciou-se uma das partes mais delicadas
do projeto: os cálculos.
Imagem 04 – Modelo da ponte a ser construída
Bem como mencionado anteriormente, foram utilizados conhecimentos de
física e de resistência de materiais para determinar as proporções numéricas das
estruturas de cada treliça a ser empregada no protótipo. A pesar de ainda não
termos tido em sala de aula o contato com algumas ciências que são de suma
importância para o cômputo das resistências, o empenho do grupo em buscar tal
saber tornou possível a realização dos cálculos necessários para construção da
ponte de macarrão.
3.2.1 Cálculo das Reações de Apoio
Para auferir as reações de apoio, ou seja, as forças atuantes nos “pés” da
ponte foram utilizadas equações de equilíbrio de força resultante e momento
resultante, fundamentadas sobre a segunda lei de Isaac Newton. Segue o cálculo:
15
Imagem 05 – Cálculo das Reações de Apoio
3.2.2 Cálculo das Reações em cada Barra
A partir das reações de apoio, foram calculadas as reações em cada barra a
partir do método dos Nós ou de Cremona, bem como descrito anteriormente. A
seguir, encontra-se a relação dos cálculos analíticos para cada nó.
Imagem 06 – Verificação do equilíbrio no nó A
Imagem 07 – Verificação do equilíbrio no nó B
16
Imagem 08 – Verificação do equilíbrio no nó C
NOTA: Como se trata de uma treliça plana simétrica, podemos dizer que os
nós: A = F, B = E, C = D. Portanto as forças aplicadas nas barras AB = FE, BC = ED,
BG = EG e CG = DG. A figura e a tabela abaixo apresentam em resumo quais
esforços cada barra sofre na treliça plana.
Imagem 09 – Representação dos esforços em cada barra
BARRAS TIPO DE REAÇÃO
AB Compressão
BC Compressão
CD Compressão
ED Compressão
FE Compressão
AG Tração
BG Tração
CG Tração
FG Tração
EG Tração
DG Tração
Tabela 01 – Tipo de esforços em cada barra
17
3.2.3 Resistência do Material (Macarrão)
Segundo dados publicados pelo Prof. Luis Alberto Segovia González,
coordenador da competição de pontes de macarrão na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS, o macarrão espaguete nº 7 da marca Barilla possui as
seguintes especificações:
Número médio de fios de espaguete em cada pacote: 500
Diâmetro médio: 1,8 mm
Raio médio: 0,9 mm
Área da seção transversal: 2,545 x 10-2 cm2
Momento de inércia da seção: 5,153 x 10-5 cm4
Comprimento médio de cada fio: 25,4 cm
Peso médio de cada fio inteiro: 1 g
Peso linear: 3,937 x 10-2 g/cm
Módulo de Elasticidade Longitudinal: 36000 kgf/cm2
3.2.4 Cálculo para Dimensionamento de Barras
O dimensionamento de cada barra foi estipulado com base na pesquisa
editada Prof. João Ricardo Masuero da URFGS. A partir de 6 testes de tração
(realizados pelo Prof. Inácio Morsch - URFGS) e dos resultados de 93 ensaios de
compressão de corpos de prova de diferentes comprimentos e formados por
diferentes números de fios de espaguete (realizados pelo Coordenador da
Competição, Prof. Luis Alberto Segovia González, com seus alunos Luis Henrique
Bento Leal, Mário Sérgio Sbroglio Gonçalves, Bruna Guerra Dalzochio, Rafael da
Rocha Oliveira e Carlos Eduardo Bernardes de Oliveira - URFGS) foi criado um
roteiro de cálculo para o dimensionamento das barras das treliças das pontes.
3.2.4.1 Dimensionamento das Barras em Tração
18
Para encontrar o número de fios de espaguete necessário nas barras que
sofrem tração, basta dividir o Esforço Normal de tração calculado, pela resistência
de cada fio:
3.2.4.2 Dimensionamento das Barras em Compressão
Para encontrar o número de fios necessários nas barras que sofrem
compressão, precisamos considerar o comprimento do fio a ser utilizado, pois a
flambagem ocorre em regime elástico linear, seguindo a equação de Euler. Em
síntese, o resultado dos ensaios resultou nas equações:
para N em kgf, l e r em cm
para N em N, l e r em mm
3.3 Software para Simulação
De modo a facilitar o entendimento de como as forças atuaram sobre o
protótipo idealizado e também como forma de corrigir possíveis falhas no projeto,
contamos com a ajuda de uma ferramenta para análise estrutural bidimensional: o
Software Ftool. Criando em 1991 por Luiz Fernando Martha, Professor Associado do
Departamento de Engenharia Civil da Universidade Católica do Rio de Janeiro, o
Ftool é um software que permite executar cálculos de estruturas planas de forma
rápida e bastante intuitiva, evitando o recurso a programas mais complexos quando
é necessário obter esforços e deformadas de estruturas simples.
19
4 CONTRUÇÃO DA PONTE DE MACARRÃO
4.1 Materiais e Ferramentas Utilizadas
Segue abaixo a lista contendo os materiais e as ferramentas utilizadas
durante o processo de fabricação e montagem da ponte de macarrão:
Macarrão Spaghettoni Barilla Nº 7
Cola Epóxi Araldite
Cano PVC ½”
Vergalhão de Aço CA50/60 (5/16") 8mm
Fio Dental
Fita Crepe
Faca
Alicate de Corte
Estilete
Trena
Réguas e Esquadros
Nível
Transferidor de Graus
Paquímetro
Mini Retífica
Furadeira Elétrica
Marcador Multiuso
Caneta Esferográfica
Jornais
4.2 Etapas da Construção
O processo de planejamento e construção do protótipo da ponte de macarrão
ficou dividido em 11 etapas, como descrito a seguir no passo a passo:
20
1º Passo: Escolha do modelo de ponte a ser executada, bem como suas
respectivas dimensões.
Imagem 10 – Escolha do modelo da ponte
2º Passo: Esboço do projeto em software de desenho (Auto CAD 2007) com o
intuito de corrigir dimensões e ângulos entre as treliças.
Imagem 11 – Esboço do projeto em Auto CAD 2007
21
3º Passo: Cálculo para verificação de reações, dimensionamento de barras e
simulação por software (Ftool).
Imagem 12 – Simulação das reações no Ftool
4º Passo: Seleção e corte dos fios de macarrão.
Imagem 13 – Seleção e corte do macarrão
22
5º Passo: Agrupamento dos fios de macarrão em feixes. Foi utilizado fita
crepe e fio dental como auxílio na junção dos feixes.
Imagem 14 – Agrupamento em feixes
6º Passo: Colagem das extremidades dos feixes e secagem.
Imagem 15 – Secagem dos feixes
23
7º Passo: Lixagem e alinhamento das pontas em cada feixe.
Imagem 16 – Lixagem com ajuda de minirretífica
8º Passo: Montagem das peças em plano horizontal e ajustagem de chanfros.
Imagem 17 – Montagem das peças em plano horizontal
24
9º Passo: Colagem da treliça plana e secagem.
Imagem 18 – Colagem da treliça plana
10º Passo: Retirada do excesso de cola presente nos nós e execução do furo
para encaixe da barra de aço.
Imagem 19 – Execução do furo para encaixe da barra de aço
25
11º Passo: Junção das treliças planas e colagem do suporte de cano PVC.
Imagem 20 – Junção dos dois planos da treliça
4.2.1 Resultado Final: Maquete pronta!
Imagem 21 – Maquete pronta
26
5 CUSTOS DO PROJETO
Bem como qualquer empreendimento, o projeto e execução da ponte de
macarrão também tiveram seus custos, além de tempo e dedicação. Em meio ao
planejamento do protótipo, foi visada a economia de recursos e materiais desde o
inicio no intuito de reduzir os gastos e desperdícios. A seguir, a relação dos
materiais utilizados e seus respectivos valores.
QUANT MATERIAL CUSTO
UNITÁRIO TOTAL
4 Macarrão Italiano Spaghetoni Nº 7 Barilla 500g R$ 7,98 R$ 31,92
8 Araldite Hobby Cola Epóxi 10 min. 16g Brascola R$ 15,99 R$ 127,92
1 Cano PVC ½” para água fria R$ 2,50 R$ 2,50
1 Fita crepe 18x50 mask 710 Adelbras PT 1 RL R$ 5,00 R$ 5,00
Tabela 02 – Custos do projeto TOTAL: R$ 167,34
6 COMPETIÇÃO DE PONTES
A apresentação da maquete foi realizada no dia 10 de Novembro de 2014, às
08 horas, no Bloco D do campus de Universidade Paulista de Goiânia (Campus
Flamboyant). Tal exposição consistia em ensaio destrutivo assistido da comissão
julgadora da atividade prática supervisionada, representada pelo professor Leonardo
Dantas, que avaliou com base nos critérios pré-estabelecidos no edital. Confira o
vídeo do ensaio destrutivo da nossa ponte através do link: (https://www.youtube.
com/watch?v=dSo8s7TMCGc&feature=youtu.be).
Imagem 22 – Ensaio destrutivo
27
CONCLUSÃO
Quem vê uma ponte de macarrão e cola não imagina o quão trabalhoso é
para se projetar e construir uma. Com os membros envolvidos nesse projeto também
não foi muito diferente a primeira percepção. A partir do lançamento da proposta
desta atividade supervisionada, todos nós ficamos empolgados e ansiosos para
colocar a mão na massa o quanto antes, imaginando ser uma tarefa extremamente
simples ao ponto de ser desempenhada em poucas horas. Quanta ingenuidade de
nossa parte.
A princípio, as discussões a respeito do projeto envolviam a questão estética
do trabalho onde procurávamos inovar de alguma forma e apresentar um protótipo
que fosse igualmente bonito quanto resistente. Tais consideração e modelos
idealizados acabaram sendo reformulados após o início das pesquisas a respeito do
tema e metodologia, proporcionando-nos uma visão mais sensata da situação.
Com base em projetos encontrados na internet, realizados em outras
instituições de ensino e também na própria Universidade Paulista, deparamo-nos
com o fundamento teórico base do exercício proposto: o estudo das treliças. Tal
estudo era de total desconhecimento do grupo, pois até então não havíamos tido
contato algum com a matéria em sala de aula, a pesar de termos ciência de vários
conceitos envolvendo a segunda lei de Newton.
A partir desse choque de realidade foi que o simples trabalho com massa de
espaguete se tornou uma verdadeira operação de engenharia e corrida contra o
tempo. O primeiro passo desse empreendimento obviamente era conhecer e
aprender a calcular treliças planas, já que apenas este conhecimento nos forneceria
o conteúdo necessário para prosseguirmos na escolha do modelo, dimensionamento
do projeto e sua execução. Após algumas noites mal dormidas em meio a pesquisas
e exercícios, além de orientação de professores, finalmente criamos aptidões
suficientes para progredir no tocante de nossos debates pendentes.
Já com a escolha da ponte efetivada e com seus respectivos cálculos em
mãos, iniciou-se a construção do protótipo ao qual mais uma vez surpreendeu a
nossa equipe pelo grau de dificuldade, cronologicamente falando, tendo que a
mesma consumiu aproximadamente 72 horas somente em sua execução. Além
disso, durante a montagem das treliças planas verificou-se pequenas falhas que
28
acabaram acarretando em algumas distorções no projeto original, mas nada que
interferisse no desempenho da mesma.
Por fim, conseguimos finalizar com êxito o protótipo quase uma semana antes
do ensaio destrutivo que foi agendado para o dia 10 de Novembro de 2014, ás 08
horas no próprio campus da Universidade Paulista de Goiânia (Flamboyant).
Havíamos projetado a ponte no intuito que ela resistisse a cargas entre 150 e 200N
(Newtons), o que, para nossa surpresa, foi muito bem correspondido em razão da
maquete de macarrão ter suportado 18kg, conferindo ao trabalho físico nota máxima
(6,0).
Em resumo, a proposta de atividade supervisionada foi de grande valia para
nossa formação acadêmica, levando em consideração toda a temática e dinamismo
existentes no trabalho apresentado. A pesar dos vários contratempos, tivemos a
oportunidade de colocar em prática uma série de conhecimentos sobre física
ministrados em sala de aula, em especial, a segunda lei de Isaac Newton. Para além
disso, o empenho do grupo durante a realização das pesquisas tornou palpável uma
vasta gama novos conhecimentos envolvido o mundo da engenharia, onde podemos
dar enfoque especial no fantástico estudo de treliças planas.
29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUCHAIM, Roberto – Treliças Planas. Departamento de Estruturas da
Universidade Estadual de Londrina; Mecânica das Estruturas II. Disponível em:
<http://www.uel.br/ctu/dtru/DISCIPLINAS/3tru022/TrelicasIsosRBRev2011.pdf>.
Acesso: 02 de Novembro de 2014.
UEL, Universidade Estadual de Londrina – Departamento de Estruturas.
Portal com histórico e informações sobre o departamento. Disponível em:
<http://www.uel.br/portal/frmOpcao.php?opcao=http://www.uel.br/ctu/dtru>. Acesso:
02 de Novembro de 2014.
PINHAL, Professor – O que é treliça? Colégio de Arquitetos – Dicionário da
arquitetura: Terminologia arquitetônica, Prof. Pinal. Disponível em:
<http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2009/02/o-que-e-trelica/>. Acesso
em: 02 de Novembro de 2014.
LIMA, Luciano Rodrigues Ornelas de – Capítulo 06 – Treliças. Definição,
método dos nós e método das seções. Disponível em:
<http://www.labciv.eng.uerj.br/rm4/trelicas.pdf>. Acesso em: 05 de Novembro de
2014.
MASUERO, João Ricardo – Proposta de roteiro de cálculo para
dimensionamento das barras. Resultado de testes. Disponível em:
<http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/pontesdeespaguete/pdf/Proposta_de_Roteiro
.pdf>. Acesso em: 05 de Novembro de 2014.
COMPETIÇÃO DE PONTES DE ESPAGUETE – Dados para projeto. Dados
sobre macarrão Barilla Spaghettoni número 07. Disponível em:
<http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/dados.html>. Acesso em: 05 de
Novembro de 2014.
30
PPGEC – UFRGS – Dados gerais. Dados gerais sobre macarrão utilizado na
competição. Disponível em: < http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/dados_
gerais.html>. Acesso em: 05 de Novembro de 2014.
PPGEC – UFRGS – Dados sobre a resistência à compressão. Dados
relacionados à compressão. Disponível em: < http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/
espaguete/dados_compressao.html>. Acesso em: 05 de Novembro de 2014
PPGEC – UFRGS – Dados sobre tração. Dados relacionados à tração.
Disponível em: <http://www.ppgec.ufrgs.br/segovia/espaguete/dados_tracao.html>.
Acesso em: 05 de Novembro de 2014.
ENGENHARIA CIVIL.COM – Ftool v2.12. Breve histórico sobre a criação do
software, bem como informações sobre o seu uso. Disponível em:
<http://www.engenhariacivil.com/ftool-v212>. Acesso em: 15 de Novembro de 2014.
GONZÁLEZ, Luis Alberto S.. Competição de Pontes de Espaguete.
Departamento de Engenharia Civil. Escola de Engenharia. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. 2005. Disponível em: <http://www.cpgec.ufrgs.br/segovia
/espaguete>. Acesso em: 15 de Novembro de 2014.
WIKIPÉDIA – Pontes. Histórico, desenvolvimento e especificações.
Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte>. Acesso em: 15 de Novembro de
2014.
FORMATAÇÃO NAS NORMAS DA ABNT – Formatação nas normas ABNT.
Referências para formatação do relatório. Disponível em: < http://formatacaoabnt
.blogspot.com.br>. Acesso em: 16 de Novembro de 2014.