análise macroergonômica do trabalho em uma escola fábrica de móveis de escritório

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ANÁLISE MACROERGONÔMICA DO TRABALHO EM UMA ESCOLA FÁBRICA DE MÓVEIS DE ESCRITÓRIO MACROERGONOMIC WORK ANALYSIS IN A OFFICE FURNITURE FACTORY SCHOOL Cristiane Affonso de Almeida Zerbetto 1 , Carolina Bernardes do Nascimento 2 , Diogo de Hercule 3 , Lílian Lago 4 , Marcela Pialarissi 5 (1) Doutora em Agronomia (Energia na Agricultura), Universidade Estadual de Londrina e-mail: [email protected] (2) Especialista em Gestão Estratégica do Design, Universidade Estadual de Londrina e-mail: [email protected] (3) Especialista em Gestão Estratégica do Design, Universidade Estadual de Londrina e-mail: [email protected] (4) Especialista em Gestão Estratégica do Design, Universidade Estadual de Londrina e-mail: [email protected] (5) Especialista em Gestão Estratégica do Design, Universidade Estadual de Londrina e-mail: [email protected] Palavras-chave: macroergonomia, escola fábrica, móveis de escritório Neste artigo é apresentada a Análise Macroergonômica do Trabalho (AMT) do setor produtivo de uma escola fábrica de móveis de escritório. Por meio deste método, foi possível diagnosticar deficiências ambientais, tecnológicas e interpessoais e propor soluções para tais necessidades. Keywords: macroergonomics, factory school, office furniture This paper presents the Macroergonomic Work Analysis (MWA) of productive sector from a factory school that produces office furniture. Through this method made it possible to diagnose environmental, technological and interpersonal deficiencies and propose solutions to those needs. 1. Introdução Segundo Delwing e Guimarães (2010), a ergonomia contempla vários aspectos da relação humano-trabalho, tais como a máquina, o ambiente, a informação, a organização e os efeitos do trabalho, para aprimorar o planejamento e projeto deste, reduzir o esforço na realização das tarefas, buscando bem-estar e qualidade de vida às pessoas. De acordo com Hendrick e Kleiner (2001) a macroergonomia, uma subdisciplina da ergonomia, consiste no enfoque da tecnologia de interface humano-organização, baseada nos três subsistemas que compõem o sistema sociotécnico: o tecnológico, o pessoal e o laboral. Neste artigo será apresentada a Análise Macroergonômica do Trabalho (AMT) realizada no setor produtivo de uma escola fábrica de móveis de escritório, situada no pólo moveleiro do Paraná. Os objetivos específicos foram levantar e analisar os preceitos da macroergonomia, que são “as variáveis ambientais, tecnológicas e interpessoais que interferem nas interações sistêmicas entre os indivíduos e os dispositivos de trabalho, como forma de otimizar a produtividade” (MEDEIROS, 2005; KLEINER, 1998 apud BUGLIANI, 2007, p.9) e propor melhorias para os Itens de Demanda Ergonômica (IDEs) identificados.

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ANÁLISE MACROERGONÔMICA DO TRABALHO EM UMA ESCOLA FÁBRICA DE MÓVEIS DE ESCRITÓRIO

MACROERGONOMIC WORK ANALYSIS IN A OFFICE FURNITURE

FACTORY SCHOOL

Cristiane Affonso de Almeida Zerbetto1, Carolina Bernardes do Nascimento2, Diogo de Hercule3, Lílian Lago4, Marcela Pialarissi5

(1) Doutora em Agronomia (Energia na Agricultura), Universidade Estadual de Londrina

e-mail: [email protected]

(2) Especialista em Gestão Estratégica do Design, Universidade Estadual de Londrina

e-mail: [email protected]

(3) Especialista em Gestão Estratégica do Design, Universidade Estadual de Londrina

e-mail: [email protected]

(4) Especialista em Gestão Estratégica do Design, Universidade Estadual de Londrina

e-mail: [email protected]

(5) Especialista em Gestão Estratégica do Design, Universidade Estadual de Londrina

e-mail: [email protected]

Palavras-chave: macroergonomia, escola fábrica, móveis de escritório

Neste artigo é apresentada a Análise Macroergonômica do Trabalho (AMT) do setor produtivo de uma escola fábrica

de móveis de escritório. Por meio deste método, foi possível diagnosticar deficiências ambientais, tecnológicas e

interpessoais e propor soluções para tais necessidades.

Keywords: macroergonomics, factory school, office furniture This paper presents the Macroergonomic Work Analysis (MWA) of productive sector from a factory school that

produces office furniture. Through this method made it possible to diagnose environmental, technological and

interpersonal deficiencies and propose solutions to those needs.

1. Introdução

Segundo Delwing e Guimarães (2010), a

ergonomia contempla vários aspectos da relação

humano-trabalho, tais como a máquina, o

ambiente, a informação, a organização e os efeitos

do trabalho, para aprimorar o planejamento e

projeto deste, reduzir o esforço na realização das

tarefas, buscando bem-estar e qualidade de vida às

pessoas.

De acordo com Hendrick e Kleiner (2001) a

macroergonomia, uma subdisciplina da ergonomia,

consiste no enfoque da tecnologia de interface

humano-organização, baseada nos três subsistemas

que compõem o sistema sociotécnico: o

tecnológico, o pessoal e o laboral.

Neste artigo será apresentada a Análise

Macroergonômica do Trabalho (AMT) realizada

no setor produtivo de uma escola fábrica de móveis

de escritório, situada no pólo moveleiro do Paraná.

Os objetivos específicos foram levantar e analisar

os preceitos da macroergonomia, que são “as

variáveis ambientais, tecnológicas e interpessoais

que interferem nas interações sistêmicas entre os

indivíduos e os dispositivos de trabalho, como

forma de otimizar a produtividade” (MEDEIROS,

2005; KLEINER, 1998 apud BUGLIANI, 2007,

p.9) e propor melhorias para os Itens de Demanda

Ergonômica (IDE’s) identificados.

1.2 Escola fábrica

O SENAI, Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial, é uma instituição provedora de

formação profissional e inovação tecnológica que

promove a inserção de mão-de-obra qualificada no

setor industrial e, portanto, é um instrumento de

fomentação da economia brasileira.

Por meio de projetos como o “Escola Fábrica”, a

instituição proporciona formação profissional

inicial e continuada a jovens entre 16 (dezesseis) e

24 (vinte e quatro) anos, de renda familiar mensal

per capita de até um salário mínimo e meio e estes

devem estar matriculados na educação básica

regular da rede pública ou na modalidade de

Educação de Jovens e Adultos, prioritariamente no

ensino de nível médio (BRASIL..., 2005).

A Escola Fábrica do SENAI supre as necessidades

de mobiliários da sua própria estrutura, por isso é

autosustentável, e também atende a demanda da

Instituição como um todo.

1.2.1 Caracterização

A indústria de móveis em madeira encontra-se

instalada no interior da escola profissionalizante no

pólo moveleiro de Arapongas. Conhecida como

“escola fábrica”, a mesma caracteriza-se pela

reunião de diversos processos de produção,

envolvendo diferentes matérias-primas e uma

diversidade de produtos finais, que visam atender a

demanda de mobiliários das demais escolas

profissionalizantes do estado do Paraná. Além

disso, atende à produção dos kits didáticos que são:

bancadas móveis contendo ferramental de diversas

áreas, os quais são utilizados nos cursos

profissionalizantes em comunidades e cidades que

não possuem a escola profissionalizante.

Os móveis de madeira detêm expressiva parcela da

produção da escola fábrica analisada, cuja matéria-

prima principal constitui-se de aglomerados e

painéis de compensados, outros materiais como

estruturas de metal são construídas em outra

unidade especializada na área de metal mecânica.

Os maquinários da escola fábrica foram adquiridos

com recursos próprios e alguns doados,

devido à estreita cooperação com indústrias de

máquinas. Como o processo produtivo não é

contínuo torna-se possível que as máquinas

modernas coexistam com as máquinas obsoletas.

A estrutura conta com seis funcionários, que

dividem as tarefas de corte, furação, pintura,

acabamento e montagem, porém os mesmos não

têm funções únicas, executam um pouco de cada

tarefa para a produção diária, ou seja, o sistema

produtivo funciona em células.

2. Método

Para a aplicação do método, é preciso considerar

que os aspectos educacionais coexistem com os

produtivos, portanto, a escola fábrica trata-se de

um ambiente de produção e de aprendizagem.

O método norteador desta pesquisa é a Análise

Macroergonômica do Trabalho (AMT), proposto

por Guimarães (1999), compreendendo as

seguintes etapas: 1 - Fase 0: Lançamento do

projeto (explicação para os trabalhadores do

objetivo do projeto, suas fases, métodos e técnicas

a serem utilizadas); 2 - Fase 1: Apreciação

Macroergonômica, que segundo Moraes e

Mont’Alvão (2000) é uma fase exploratória que

compreende no mapeamento inicial dos problemas

macroergonômicos da empresa; 3 - Fase 2: Análise

ou Diagnose Macroergonômica (aprofundamento e

priorização dos problemas levantados na

apreciação, consiste no mapeamento dos IDEs -

Itens de Demanda Ergonômica); 4- Fase 3:

Projetação Macroergonômica; 5- Fase 4: Avaliação

ou Validação das propostas implementadas.

Porém, neste trabalho só serão apresentados os

resultados da pesquisa até a Fase 3. Este método

sugere que seja eleito um comitê de ergonomia

(COERGO), para fazer o acompanhamento de

todas as etapas da intervenção Macroergonômica

na empresa, atendo-se as questões de posto de

trabalho, ambientais, organizacionais, de

relacionamento, ou seja, de qualidade de vida

como um todo.

2.1 Apreciação Ergonômica

A seguir serão descritas as características

observadas na Apreciação Macroergonômica.

O barracão do setor produtivo da escola fábrica é

construído em alvenaria com cobertura em zinco,

piso plano na cor cinza, o mesmo divide-se em

duas partes, uma contém os maquinários para

corte, furação, usinagem, e a outra possui cabine

de pintura, a montagem é feita em ambas as partes

e não existe um espaço definido para o

armazenamento das peças já concluídas, estas

encontram-se nos corredores e espalhadas nos dois

setores, as peças em andamento também ficam

soltas ao lado das máquinas, e não são

identificadas, deixando dúvidas por quais etapas

ainda deverão passar. O layout das máquinas

configura-se de acordo com uma produção em

série, mesmo que esta não seja o método de

trabalho utilizado na escola fábrica. As máquinas

são identificadas e seu espaço sinalizado; o sistema

de exaustão não é eficaz, deixando o local com

aspecto sujo. As ferramentas ficam espalhadas em

vários locais, até mesmo no chão; a iluminação

natural é adequada assim como a ventilação,

proporcionando um aspecto agradável ao ambiente

em relação a estas duas variáveis. Os funcionários

trabalham uniformizados e utilizando EPI’s, os

itens de segurança como extintores e kit de

primeiros socorros estão bem localizados e

identificados.

Nota-se que as peças produzidas são grandes,

dificultando a acomodação durante as etapas de

produção e até mesmo depois do produto

finalizado, também pode-se observar que existem

muitos equipamentos não utilizados soltos por

todos os lados, sem local definido.

Figura 1 - Escola fábrica

2.2 Diagnose Ergonômica

2.2.1 Entrevistas

O aprofundamento dos fatores previamente

observados pelos pesquisadores na Apreciação

Macroergonômica foi realizado primeiramente por

uma entrevista escrita, a qual solicitava que os

funcionários citassem de três a cinco itens que os

incomodassem, desagradassem e/ou prejudicassem

no local de trabalho nos âmbitos ambiental,

organizacional, de relacionamento e de

equipamentos.

Com base nas respostas de todos os 6 funcionários,

foi elaborada uma lista com os itens mencionados,

os quais foram dados valores conforme a ordem e

o número de itens citado por cada funcionário. Por

exemplo, se o funcionário citou três itens, o

primeiro item citado recebeu peso 1/1=1, o

segundo peso ½=0,5 e o terceiro item peso ⅓=0,33

e assim sucessivamente.

Com a tabulação dos dados, foram identificados

alguns Itens de Demanda Ergonônica (IDE’s) de

áreas distintas, conforme pode ser observado na

Tabela 1.

Entrevistados

Fatores 1 2 3 4 5 6 Total

Espaço de trabalho escasso

A 1 0,5 0,33 1,0 - - 2,83

Maquinário de tecnologia obsoleta

B 0,5 - - 0,5 - 0,33 1,33

Exaustão do ambiente ruim

C 0,33 0,33 - - - - 0,66

Ruídos D - 1,0 0,5 0,33 - 1,0 2,83

Risco na operação de máquinas

E - - 1,0 - - - 1,0

Falta de manutenção nas máquinas

F - - - 0,25 0,33 - 0,58

Falta de organização quanto às sobras de materiais

G - - - 0,2 - - 0,2

Falta de colaborativismo no uso do maquinário

H - - - 0,16 - - 0,16

Sala de bancadas possui cores muito frias

I - - - - 1,0 - 1,0

Ferramentas muito pesadas

J - - - - 0,5 - 0,25

Acúmulo de móveis que estão atrapalhando a circulação

K - - - - 0,25 - 0,25

Relacionamento L - - - - - 0,5 0,5

Sujeira M - - - - - 0,25 0,25

Tabela 1 - Resultados das Entrevistas

2.2.2 Questionários

A tabulação das entrevistas escritas foi utilizada

como base para a elaboração de um questionário

contendo 11 perguntas, a ser aplicado para os

mesmos seis funcionários, o qual mensura o nível

de satisfação de cada um através de uma escala de

avaliação contínua que possui 15 centímetros e

uma âncora em cada extremidade (STONE et

al;1974). As respostas foram avaliadas conforme o

nível marcado na escala, que parte da insatisfação

(nível 0) à satisfação (nível 15).

Após a aplicação dos questionários, foi feito um

levantamento do nível apontado em cada pergunta

e, posteriormente, a média aritmética entre os

níveis de uma mesma questão indicados pelos seis

funcionários. O resultado dos questionários, que

pode ser visualizado na Figura 2, indicando as

prioridades a serem solucionadas em relação aos

Itens de Demanda Ergonômica (IDE’s). Se

considerar que os itens abaixo do ponto médio da

escala, ou seja, 7,5, devem merecer atenção

especial, possuímos quatro itens, dos quais três

referem-se a pontos negativos do ambiente físico

de trabalho (sistema de exaustão, ruídos internos e

tamanho do espaço). Pode-se verificar que o quinto

item do gráfico continua demonstrando que há

insatisfação com o ambiente de trabalho no âmbito

do conforto térmico. Apenas um item refere-se à

falta de manutenção do maquinário.

Um fato importante que deve ser observado é que

três dos seis funcionários estão na faixa etária entre

os 17 e 21 anos e os outros três funcionários têm

entre 38 e 52 anos. Porém, as respostas

encontradas nos questionários são muito

semelhantes.

Os itens de maior satisfação referem-se a

relacionamento entre funcionários, qualidade do

maquinário, operação das máquinas de risco,

organização e limpeza do ambiente de trabalho.

Figura 2 - Resultado dos questionários quanto aos Itens

de Demanda Ergonômicas (IDE’s)

3. Discussão dos dados e Projetação

Ergonômica

Segundo Iida (2005) uma grande fonte de tensão

no trabalho são as condições ambientais

desfavoráveis, como excesso de calor, ruídos e

vibrações. Esses fatores causam desconforto,

aumentam o risco de acidentes e podem provocar

danos consideráveis à saúde.

3.1 Sistema de exaustão (3,66)

Mesmo que tenha sido identificada no local

analisado a existência de dutos e sistema de

exaustão, acredita-se que o mesmo possa ter sido

mal dimensionado. De acordo com a American

Conference of Governmental Industrial Hygienists

(ACGIH), a importância da ventilação local

exaustora deve ter como objetivo principal captar

os poluentes de uma fonte (gases, vapores ou

poeiras tóxicas) antes que os mesmos se dispersem

no ar do ambiente de trabalho, ou seja, antes que

atinjam a zona de respiração do trabalhador. A

ventilação de operações, processos e

equipamentos, dos quais emanam poluentes para o

ambiente, é uma importante medida de controle de

riscos. De forma indireta, a ventilação local

exaustora também influi no bem-estar, na

eficiência e na segurança do trabalhador, por

exemplo, retirando do ambiente uma parcela do

calor liberado por fontes quentes que

eventualmente existam.

A Figura 3, a seguir, mostra uma instalação de

dutos interligados a um coletor.

Figura 3 – Sistema de exaustão

Para American Conference of Governmental

Industrial Hygienists (ACGIH) os objetivos de um

sistema de ventilação local exaustora podem ser:

Proteção da saúde do trabalhador:

reduzindo a concentração de poluentes

nocivos abaixo de certo limite de

tolerância.

Segurança do trabalhador: reduzindo a

concentração de poluentes explosivos ou

inflamáveis abaixo dos limites de

explosividade e inflamabilidade.

Conforto e eficiência do trabalhador: pela

manutenção da temperatura e umidade do

ar do ambiente.

Proteção de materiais ou equipamentos:

mantendo condições atmosféricas

adequadas (impostas por motivos

tecnológicos).

3.2 Conforto Ambiental (Ruídos Internos -

5,23; Tamanho do espaço físico - 7,33 e

Temperatura - 8,17)

Segundo Rio e Pires (2001) o estudo das condições

ambientais de natureza química, física e biológica

é, em grande parte, realizado pela higiene

ocupacional e pela engenharia de segurança do

trabalho. À ergonomia tem cabido o estudo das

condições de conforto ambiental, que se refere às

características do ambiente de trabalho que podem

afetar as pessoas. No caso da ergonomia, o

interesse volta-se essencialmente para estes

aspectos:

iluminação;

ruído;

temperatura;

vibração.

Na escola fábrica, os aspectos de conforto

ambiental apontados que necessitam de melhora,

foram ruídos internos e temperatura. Porém, o

tamanho do espaço físico também foi citado, e este

se relaciona ao conforto ambiental.

3.2.1 Ruídos internos (5,23)

Conforme Iida (2005), uma definição de natureza

mais operacional considera o ruído um “estímulo

auditivo que não contém informações úteis para a

tarefa em execução”.

A principal causa das reclamações sobre as

condições ambientais de trabalho são os ruídos,

mesmo que os indivíduos apresentem diferenças

em relação à tolerância aos mesmos. Além disso,

os tipos de ruídos, contínuos ou esporádicos, a

freqüência e o tempo de exposição são itens

primordiais a serem analisados em um ambiente,

segundo Iida (2005).

Aumento da pressão sanguínea, aceleração da

freqüência cardíaca e metabolismo, aumento da

tensão muscular, contração dos vasos sanguíneos

da pele e redução da velocidade de digestão são

sinais dados pelo corpo, apontados em estudos de

fisiologia, em conseqüência da exposição aos

ruídos, conforme Kroemer e Grandjean (2005).

Ademais, foi apontado que os ruídos possuem

efeitos psicológicos, pois, despertam sentimentos e

sensações e estes podem ou não ser um incômodo.

Iida (2005) citou que as tarefas mais prejudicadas

pelos ruídos são as que envolvem concentração e

precisão dos movimentos e tais tarefas podem

piorar após 2 horas de exposição ao ruído.

O ruído de 85 dB é considerado como limite

máximo para uma exposição contínua durante a

jornada de trabalho, já para o nível de ruído de 90

dB ou mais, algumas ações devem ser tomadas

para reduzir este nível, limitar o tempo de

exposição ou proteger o trabalhador. A seguir são

detalhadas algumas dessas medidas citadas tanto

por Iida (2005), quanto por Kroemer e Grandjean

(2005) que podem ser aplicadas à escola fábrica:

atuar na fonte: medida eficiente para a

redução de ruídos, propõe, por exemplo, o

redesenho das máquinas, a substituição de

máquinas ruidosas por outras menos

ruidosas ou ainda a troca de peças metálicas

por peças de materiais orgânicos que são

mais absorventes e que transmitem menos

vibrações, como a madeira, borracha e

plástico. A manutenção periódica também

contribui para a redução de ruídos;

isolamento das fonte através de cabines ou

barreiras acústicas de materiais de alta

densidade que dissipam as ondas sonoras

através das reflexões das paredes;

reduzir a reverberação com a colocação de

materiais absorventes, como por exemplo o

carpet no piso, que absorvem mais o som e

consequentemente diminuem a

reverberação;

alteração do layout da fábrica com a

realocação dos trabalhadores e/ou máquinas

ruidosas;

conscientização dos trabalhadores sobre os

efeitos danosos do ruído através de

treinamentos e uso de equipamentos de

proteção individual, que no caso da escola

fábrica são essenciais e obrigatórios o uso de

protetores auriculares.

3.2.2 Tamanho do espaço físico (7,33)

O espaço de trabalho é, para Iida (2005), um

volume imaginário, necessário para o organismo

realizar os movimentos requeridos durante o

trabalho. E é neste sentido que o IDE “tamanho do

espaço físico” apontado pelos funcionários da

escola fábrica foi inserido no contexto do conforto

do ambiente de trabalho.

Na escola fábrica, a reclamação em relação às

dimensões do espaço físico não se refere ao espaço

para o maquinário e as ferramentas. As peças dos

móveis originadas na produção possuem grandes

dimensões e, além disso, tais peças são produzidas

em grandes quantidades, mas não há um local de

depósito temporário e estas ficam armazenadas

junto ao local de trabalho. Assim, a reclamação dos

funcionários entrevistados em relação ao espaço

físico refere-se ao fato do ambiente de trabalho

estar sendo prejudicado porque o depósito dos

móveis está junto dele. Como afirma Rios e Pires

(2001), há o aspecto psicológico de como os

trabalhadores se sentem dentro dos seus ambientes

de trabalho, que por mais que os móveis e

máquinas utilizadas estejam ergonomicamente

corretos, os trabalhadores precisam se sentir

psicologicamente bem. Portanto, o correto, e

aplicável a situação da escola fábrica, não é

aumentar o local de trabalho, mas sim construir um

local apropriado separado da área de trabalho, mas

interligado a ela, para depositar temporariamente

estes móveis e, consequentemente melhorar a

qualidade do ambiente destes trabalhadores.

3.2.3 Temperatura (8,17)

De acordo com Iida (2005) e Weerdmeester

(2004), o desempenho do trabalho humano é

influenciado, principalmente, pelo conforto

térmico, composto pelos fatores: de natureza

ambiental - temperatura do ar, umidade do ar, calor

radiante e velocidade do ar; e de natureza ocasional

- a vestimenta e a intensidade do esforço físico.

A norma ISO 9241 (apud IIDA, 2005) sugere

manter a temperatura entre 20 e 24ºC no inverno e

23 a 26ºC no verão, pois o gradiente térmico (a

variação de temperatura) não deve ultrapassar 4ºC,

e a umidade relativa do ar deve oscilar entre 40 e

80%. Iida (2005) afirma que em temperaturas

acima de 24ºC, trabalhadores sentirão sonolência e

abaixo de 18ºC, os que realizam trabalho

sedentário (ou de mínimo esforço físico) irão sentir

tremores.

Weerdmeester (2004) recomenda em altas

temperaturas, utilizar-se de artifícios para ventilar

do local, para auxiliar o corpo a livrar-se do calor,

assim melhorando o conforto térmico. Iida (2005)

completa que em “ambientes industriais, a

ventilação pode ter o objetivo principal de remover

o ar contaminado de aerodispersóides.”

Para Kroemer e Grandjean (2005), o desconforto

térmico gera alterações funcionais que podem

afetar todo o corpo. As temperaturas elevadas,

acima de 32°C, podem gerar cansaço e sonolência,

redução do desempenho físico e aumento de erros.

A manutenção de um clima confortável é essencial

para o bem-estar e bom desempenho nas

atividades. Assim, para diminuir o calor sugere-se

a redução das atividades, desta forma o corpo

produz menos calor internamente. Já o excesso de

frio gera superatividade, a qual reduz o estado de

alerta e concentração, principalmente nas

atividades mentais. Neste caso, sugere-se a

estimulação para uma atividade que gera mais

calor interno.

Medidas aplicáveis ao caso da escola fábrica -

trabalho sob condições de muito calor - são

propostas por Kroemer e Grandjean (2005):

aclimatização do ambiente: indica-se que

seja feita gradativamente, começando com

uma exposição de apenas 50% do tempo

de trabalho sob o calor e aumentar 10% a

cada dia;

pausas no trabalho: quanto maior a carga

de calor e maior o esforço físico realizado

sob o calor, mais longas e mais frequentes

devem ser as pausas para resfriamento;

ingestão de líquido durante a jornada de

trabalho: não mais que 250ml a cada 10 ou

15 minutos. Se grandes quantidades de

líquidos foram necessárias, o ideal é que

este seja água;

a água para beber deve estar disponível e

perto do posto de trabalho, para que se

possa beber sempre que o individuo sentir

vontade.

Além destas ações que favorecem a melhora do

conforto térmico, Iida (2005) cita que o projeto

arquitetônico, determina o grau de penetração da

energia solar e a influência do calor. O isolamento

do telhado tem uma grande influência na troca de

calor entre edificação e o ambiente externo. Os

telhados de zinco e de cimento-amianto transferem

muito calor para dentro das edificações. Com base

neste estudo, indica-se a colocação de um forro sob

o telhado da escola fábrica. Os telhados e as

paredes com contatos diretos à luz solar deverão

ser pintadas de cores claras para refletir a energia

solar. Com providências desse tipo, espera-se

reduzir em até 2°C a temperatura interna.

3.3 Falta de manutenção das máquinas

(5,69), Qualidade das máquinas (10,14) e

Qualidade das ferramentas (8,20)

A escola fábrica faz parte é uma instituição que se

utiliza de licitações para a compra de produtos e a

contratação de serviços. Nem sempre o

produto/serviço é o de melhor qualidade no

mercado, porém, é preciso articulação diante desta

realidade, e para se conservar a qualidade do

equipamento adquirido, é necessário manutenção.

Barbosa (2000, p.74) afirma que “toda atividade

produtiva exige uma certa manutenção, sem o que

a produção entre em colapso”. De acordo com

Tavares (1999), manutenção são processos

necessários para que um artigo seja conservado ou

tenha sua condição reestabelecida. Mirshawka

(1991) relata que o sucesso na manufatura está

ligado a constantes atividades de manutenção.

Kardec e Nascif (1999) relatam que a manutenção

evolui por 3 gerações. A primeira, no período

anterior à II Guerra Mundial, quando os

maquinários necessitavam apenas de limpeza,

lubrificação e reparos após quebra - uma

manutenção corretiva. A segunda, a partir do

período da II Guerra até os anos 60, com o

aumento da mecanização e a maior complexidade

dos equipamentos, surgiu dependência e a

necessidade da confiabilidade para se garantir a

produtividade e a intenção de evitar falhas nos

equipamentos - uma manutenção preventiva. E a

terceira e atual geração, devido à intensa

automação, cresce o número de falhas, que

consequentemente, afetam a capacidade de manter

padrões de qualidade. É preciso então, detectar

precocemente chances de falhas para intervir no

momento correto - uma manutenção preditiva.

A manutenção corretiva, segundo Tavares (1999),

é todo o trabalho realizado nos equipamentos com

falha. Monchy (1989) acrescenta que esta é uma

ação defensiva enquanto se espera uma futura

falha, o que é característico da conservação

tradicional. Tavares (1999) também cita as

desvantagens desta manutenção corretiva ao longo

do tempo a diminuição do tempo de vida útil dos

equipamentos, aumento nos riscos de acidentes,

baixa na produção e queda na qualidade dos

serviços.

Para Kardec e Nascif (1999), a manutenção

preventiva são ações para minimizar e evitar falhas

ou quedas no desempenho produtivo organizadas

em intervalos específicos de tempo. Mirshawka

(1991) destaca duas vantagens da manutenção

preventiva: custos predeterminados que facilitam a

organização no setor financeiro e a programação

prévia das atividades na produção. E como

desvantagens, ele cita (apud BARBOSA, 2000,

p.77) “o custo das operações se eleva devido a

periodicidade e além do mais não se pode esquecer

que quanto maior é a freqüência maior se torna a

probabilidade de erro humano; a intervenção

comumente é antecipada para ficar em fase com

outras paradas; a desmontagem, mesmo parcial, de

um equipamento, incita a substituição de peças

provocada pela síndrome da precaução”.

De acordo com Tavares (apud BARBOSA 2000,

p.77), “a manutenção preditiva tem por objetivo

executar a manutenção preventiva em

equipamentos no ponto exato em que eles

interferem na confiabilidade do sistema”.

Wyrebski (1999), afirma como vantagens da

manutenção preditiva: a vida útil dos componentes

do equipamento é utilizada ao máximo, sendo

possível programar o reparo de apenas uma peça

comprometida. E como desvantagens, a

necessidade de acompanhamentos e vistorias

periódicas e profissionais capacitados para a

função.

Uma das máquinas da escola fábrica ficou fora de

atividade por um ano e meio, pois uma peça tinha

vida útil de 20 mil giros e a substituição desta

requeria um pedido para o fabricante alemão e

contratação de um profissional apto para este

trabalho. Depois do ocorrido, a escola fábrica

concluiu ser melhor programar a manutenção desta

máquina e importar antecipadamente a peça para

que o equipamento não fique ocioso, prejudicando

a produtividade do setor.

Assim, como ações recomendadas para

manutenção e garantia de qualidade e

produtividade do setor, têm-se:

Preparar um cronograma de manutenção

sob a orientação dos funcionários que

utilizam os equipamentos e devem estar

atentos às orientações do fabricante e

também às suas próprias necessidades de

utilização, as quais podem ser mais

urgentes do que o recomendado pelo

fabricante.

Orientar a equipe a avisar a gerência sobre

qualquer sinal de falha e suspender o uso

daquele maquinário ou ferramenta até que

este seja vistoriado por um técnico da área.

3.4 Coletividade: Organização e limpeza

(9,14), Relacionamento entre funcionários

(11,37), Uso coletivo das máquinas (8,37)

A ideia de coletividade remete a sistemas de

comunicação, portanto, os itens acima citados

estão inseridos no campo da ergonomia cognitiva.

De acordo com Michaelis (2011), a cognição está

relacionada à aquisição de conhecimento, mas de

maneira mais completa, Fialho (2011) define o

fenômeno da cognição uma função biológica,

como um processo pedagógico e por último, uma

episteme.

3.4.1 Ergonomia cognitiva

A ergonomia cognitiva, de acordo com a

APERGO... (2011), diz respeito aos processos

mentais como percepção, memória, raciocínio e

resposta motora que afetam as interações entre os

humanos e os outros elementos de um sistema. Os

tópicos relevantes incluem a carga de trabalho

mental, tomada de decisão, desempenho

especializado, interação homem-computador,

confiabilidade humana, stress no trabalho, e

formação relacionadas com a concepção homem-

sistema.

Segundo Fialho (2011), a visão cognitivista se

refere às aquisições simbólicas apoiadas em

significados cujo suporte é a linguagem natural ou

a linguagem especializada (formais ou técnicas).

Guimarães (2011) atribui três tipos de

características para o sistema cognitivo

(intersecções entre as pessoas, a tecnologia e o

trabalho):

1. Características de coordenação: como a

cognição, por meio dos agentes e artefatos,

se comporta dentro das situações de

mudança;

2. Características de resiliência: a

flexibilidade na adaptação e antecipação

de erros e problemas;

3. Características de affordance: o

comportamento dos artefatos em relação à

reação humana de mostrar conhecimento

diante das demandas de trabalho.

3.4.2 Dispositivos de Sinalização

Por meio de dispositivos de sinalização é possível

estabelecer e reforçar maneiras de proceder na

rotina de trabalho. Uma vez que as boas práticas

são traduzidas graficamente, tanto colaboradores

experientes quanto novatos comungarão da melhor

maneira de fazer uso das máquinas, aos poucos, a

percepção e a compreensão do suporte de

sinalização vai sendo incorporada aos métodos de

trabalho.

Uma maneira de estimular a percepção e

compreensão de um sistema de comunicação é

envolver os receptores da mensagem na sua

locução, ou seja, o sistema de sinalização pode

nascer de forma participativa e colaborativa para

que os resultados sejam mais eficazes.

Desta forma, é possível promover a troca de

experiências a fim de construir um sistema

informativo que se encarregue de disseminar

rotinas de organização e limpeza, além de

normatizar o uso das máquinas.

De acordo com Guimarães (2008) a visão é o

principal sentido humano, uma vez que os olhos

são os responsáveis pela maior parte do contato

que homem tem com seu meio ambiente. Além

disso, a imagem estabelece elos entre a mente e o

mundo físico.

Portanto, avaliando o tipo de informação, a forma

que ela será usada, a localização do receptor e o

ambiente em que ele atua, conclui-se que dentre os

canais sensoriais o visual é o mais apropriado para

construir o dispositivo de sinalização dentro da

escola fábrica.

Segundo Krippendorff (apud OKIMOTO, FADEL

e SILVA, 2011), no contexto semântico, o usuário

passa por três modos de atenção: reconhecimento,

exploração e confiança. Nas etapas de reconhecimento, metáforas visuais

são uma maneira de estabelecer a associação do

objeto com o contexto de sua utilização. O

momento de exploração permite que o usuário

compreenda o funcionamento do produto. E,

finalmente, a confiança, que se baseia em cenários

e motivações. Atualmente, a organização das peças no espaço da

escola fábrica acontece a partir da necessidade

individual. Sugere-se, então, que o ambiente seja

estruturado a partir do processo de produção. Deste

modo, as peças e seus respectivos setores

produtivos podem ser identificados por todos os

integrantes da fábrica. Como: setor de corte, setor

de furação, setor de usinagem, setor de pintura,

setor de montagem e setor de armazenamento.

3.5 Operação de máquinas de risco (9,91)

De acordo com Andrade (2004) os locais de

trabalho, por meio da atividade e pelas

características da empresa, podem comprometer a

saúde e segurança do trabalhador em curto, médio

e longo prazo, provocando lesões imediatas,

doenças ou a morte, além de prejuízos de ordem

legal e patrimonial para a empresa.

Assim indica-se a identificação das máquinas e dos

processos utilizados por meio da elaboração de um

Mapa de Riscos, que para Cohn e Sato (1996) é

uma modalidade simples de avaliação qualitativa

dos riscos existentes nos locais de trabalho. A

representação gráfica dos riscos, por meio de

círculos de diferentes cores e tamanhos, permite

fácil elaboração e visualização destes. O Mapa de

Riscos está baseado no conceito filosófico de que

quem faz o trabalho é quem conhece o trabalho.

Ninguém conhece melhor a máquina do que o seu

operador.

Neste sentido, Cohn e Sato (1996) sugerem que as

informações e queixas devem partir dos

trabalhadores. E que neste estudo puderam opinar,

discutir e elaborar o Mapa de Riscos o qual foi

fixado em local visível. O mapa elaborado em

conjunto com os colaboradores da escola fábrica

pode ser visto na Figura 4.

Figura 4 – Mapa de Riscos

Com isso os colaboradores passaram a ter

consciência quanto ao uso adequado dos

equipamentos de proteção coletiva e individual e

na redução nos danos dos equipamentos da

empresa.

É importante ressaltar que as empresas privadas,

públicas e órgãos governamentais (incluindo a

escola fábrica em questão) que possuam

empregados regidos pela consolidação das Leis do

Trabalho (CLT) ficam obrigados a organizar e

manter em funcionamento uma Comissão Interna

de Prevenção de Acidentes (CLT Artigo 164 Inciso

5.6|5.6.1|5.6.2|5.7|5.11 e Artigo 165 inciso 5.8) [2]

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -

CIPA - que tem como objetivo a prevenção de

acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de

modo a tornar compatível permanentemente o

trabalho com a preservação da vida e a promoção

da saúde do trabalhador.

4. Conclusões

A aplicação da ferramenta de Análise

Macroergonônica do Trabalho na escola fábrica

proporcionou a participação dos usuários no

levantamento de suas demandas ergonômicas. Esta

participação propicia que sejam explicitadas

problemáticas que são normalmente invisíveis à

simples observação, além de auxiliar o

ergonomista a interpretar e organizar, por pesos de

importância, as demandas ergonômicas dos

trabalhadores. O uso de técnicas estatísticas e de

análise de decisão propicia maior confiabilidade no

tratamento dos dados coletados, assim como dos

resultados obtidos.

As hipóteses de potenciais demandas ergonômicas

reforçam a importância de se levantar a opinião

dos usuários na concepção e execução dos

projetos. O conhecimento técnico de especialistas

também tem espaço nesta ferramenta, os quais

podem intervir sempre que acharem pertinente.

Essa característica faz do Design

Macroergonômico um guia de projeto que não

impede e sim estimula a proposta de soluções

adequadas.

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