dissertação em condições de iluminação em ambiente de escritórios
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7/26/2019 Dissertao em Condies de Iluminao em Ambiente de Escritrios
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Universidade Tcnica de Lisboa
Faculdade de MotricidadeHumana
Condies de Iluminao em Ambiente
de Escritrio:
Influncia no conforto visual
Dissertao elaborada com vista obteno do Grau de Mestreem Ergonomia na Segurana no Trabalho
Orientador: Professor Doutor Rui Miguel Bettencourt Melo
Jri:
PresidenteProfessor Doutor Rui Miguel Bettencourt Melo
VogaisProfessora Doutora Isabel Maria do Nascimento Lopes NunesProfessor Doutor Paulo Igncio Noriega Pinto Machado
Aida Maria Garcia Pais
2011
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Aida Maria Garcia Pais i
A cincia ser sempre uma busca e jamais uma descoberta. uma viagem,nunca uma chegada.
(Karl Popper)
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Aida Maria Garcia Pais ii
Dedico este trabalho ao meu filho, por me ter
feito crescer profissionalmente, e ao mesmo
tempo ter servido de refgio, nos momentos
amargos que antecederam a sua chegada.
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Agradecimentos
Aida Maria Garcia Pais iii
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais que com amor, incentivo e motivao, me acompanharam ao
longo da minha vida no crescimento pessoal e profissional.
Ao meu companheiro Pedro que sempre me incentivou e acreditou na
execuo deste trabalho.
Ao meu orientador Professor Doutor Rui Melo, pelo incentivo, apoio, dedicao
e contribuio para a realizao deste trabalho.
s colegas de trabalho que me apoiaram e encorajaram na realizao deste
trabalho, em particular Eng Lusa Nobre que me incentivou na escolha do
tema.
Aos responsveis pela Higiene, Segurana e Sade no trabalho das empresas
participantes, e seus colaboradores, que me possibilitaram e apoiaram na
realizao deste trabalho, em particular Eng Paula Loureno, Dr Carla
Gonalves, ao Dr.Joo Areosa, Dr Susana Santos.
Aos colegas do curso pela amizade e companheirismo, em especial Dr
Estela Garcia.
minha famlia e amigos que me ajudaram a seguir em frente e a no desistir.
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Resumo
Aida Maria Garcia Pais iv
RESUMO
Com o aumento da populao laboral na actividade de escritrio surge a
necessidade de adequar estes espaos ao homem de forma a tornar o
ambiente de trabalho motivante, e a melhorar o desempenho laboral. A
adequada iluminao do posto de trabalho um importante factor que contribui
directamente para a segurana, sade, bem-estar e conforto do trabalhador. As
condies de iluminao condicionam a percepo do trabalhador face ao
conforto visual, que se traduz em fadiga visual, stresse esforo fsico.
Este estudo pretendeu identificar condies anmalas e avaliar as condiesde iluminao que influenciam o conforto visual dos trabalhadores em
ambientes de escritrio.
A amostra do estudo constituda por 143 indivduos do sector administrativo,
de 3 empresas. Os instrumentos usados para recolha de informao foram
questionrio, checklist, luxmetro e mquina fotogrfica. Para tratar os dados foi
usado o SPSS, verso 18. Efectuou-se anlise descritiva, anlise de inferncia
estatstica sendo aplicados os testes de Kruskal-Wallis e de comparaes
mltiplas. Para a medio da iluminncia e a uniformidade foram seguidas as
normas europeias EN 12464 (2002), DIN 5035 (1990) e ISO 8995 (2002).
Os resultados do estudo revelam desconforto visual (fadiga visual, irritabilidade
ocular, dores de cabea, dores musculares, dificuldade de concentrao e de
SVC) relacionado com o tempo de trabalho em computador sem pausas, com
valores de iluminncia inferiores aos valores recomendados e com a existnciade brilhos e reflexos.
Palavras-chave: iluminao, desempenho conforto visual, brilhos,
encandeamento, sade visual.
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Abstract
Aida Maria Garcia Pais v
ABSTRACT
With increasing population in the labor office activity comes the need to adaptthese workplaces to man in order to make the work environment motivating,
and improve task performance. Adequate lighting of the workplace is an
important factor that directly contributes to the health, well-being and worker
comfort. The lighting conditions affect the perception of the worker towards
visual comfort, which results in eyestrain, stress and physical exertion.
This study aims to identify anomalous conditions and evaluate the lighting
conditions that influence the visual comfort of workers in office environments.
The study sample is composed of 143 individuals from three companies, of the
administrative sector. The data collection instruments were a questionnaire, a
checklist, a light meter and a camera. To process the data SPSS software,
version 18 was used. A descriptive analysis and a statistical inference analysis
were carried and Kruskal-Wallis tests and multiple comparisons tests were
applied. For measuring the illuminance and uniformity European standards EN
12464 (2002), DIN 5035 (1990) and ISO 8995 (2002) were followed.
The study results revealed visual discomfort (eyestrain, irritated eyes,
headaches, muscle aches and Computer Visual Syndrome) related to working
time with computer without breaks, with illuminance below the recommended
values and with the existence of glare and reflections.
Key-words: lighting, performance, visual comfort, reflections, glare, visual
health.
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ndice Geral
Aida Maria Garcia Pais vi
NDICE GERAL
AGRADECIMENTOS ..................................................................................... .............................................. iii
RESUMO ..................................................................................................................................................... iv
ABSTRACT .................................................................................................... ............................................... v
NDICE GERAL ........................................................................................................ .................................... vi
NDICE DE FIGURAS .......................................................................... ........................................................ ix
NDICE DE QUADROS .................................................................................. ............................................... x
NDICE DE TABELAS ...................................................... ........................................................... ................. xi
NDICE DE GRFICOS ....................................................................... ...................................................... xiii
NDICE DE EQUAES .................................................. ........................................................... ............... xiv
INTRODUO ............................................................................................................................................. 1
1 PARTE REVISO BIBLIOGRFICA ....................................................... .............................................. 51 ASPECTOS LUMINOTCNICOS ................................................... ........................................................ 6
1.1 ESPECTRO DE EMISSO ELECTROMAGNTICA ........................................................... ....... 6
1.2 TEMPERATURA DE COR ............................................................ .............................................. 7
1.3 GRANDEZAS E UNIDADES FOTOMTRICAS .................................................................. ....... 8
1.3.1 Fluxo luminoso ........................................................... ........................................................ 8
1.3.2 Intensidade luminosa ......................................................................................................... 8
1.3.3 Iluminncia ......................................................................................................................... 9
1.3.4 Luminncia ou Brilho de uma superfcie ............................................................................ 9
2
VISO HUMANA E CONFORTO VISUAL .......................................................... .................................. 10
2.1 O Olho Humano ........................................................ ........................................................... ..... 10
2.2 Defeitos da Viso ...................................................... ........................................................... ..... 11
2.2.1 Miopia .............................................................................................................................. 11
2.2.2 Astigmatismo.................................................................................................................... 12
2.2.3 Hipermetropia................................................................................................................... 12
2.2.4 Presbiopia ........................................................................................................................ 13
2.3 Conforto Visual ......................................................................................................................... 13
2.4 Sinais e sintomas de desconforto visual ................................................................................... 13
2.4.1
Fadiga visual .................................................................................................................... 14
2.4.2 Viso turva ....................................................................................................................... 14
2.4.3 Irritabilidade visual ........................................................................................................... 15
2.4.4 Dores de cabea ........................................................ ...................................................... 16
2.4.5 Dores musculares ............................................................................................................ 16
2.4.6 Stress............................................................................................................................... 16
2.4.7 Dificuldade de concentrao .......................................................... .................................. 16
2.5 Sndrome de Viso de Computador ........................................................ .................................. 17
2.6 A Luz e o Metabolismo Humano ................................................... ............................................ 18
3
TRABALHO EM AMBIENTE DE ESCRITRIO ................................................. .................................. 20
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ndice Geral
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3.1 Organizao do Trabalho ......................................................................................................... 21
3.2 Actividade de Escritrio ............................................................................................................ 21
3.2.1 Actividade na Posio Sentada ....................................................................................... 21
3.3 Espao de Trabalho ............................................................ ...................................................... 22
3.4 Posto de Trabalho .................................................................................................................... 23
3.4.1 Posto de Trabalho com Computador ............................................................................... 24
4 ILUMINAO EM AMBIENTES DE ESCRITRIO ..................................................... ......................... 25
4.1 Tipos de Iluminao ............................................................ ...................................................... 25
4.1.1 Iluminao natural ...................................................... ...................................................... 25
4.1.2 Iluminao artificial ..................................................... ...................................................... 25
4.1.2.1 Luminrias ................................................................................................................... 26
4.1.2.2 Lmpadas .................................................................................................................... 26
4.2 Sistemas de Iluminao ...................................................... ...................................................... 27
4.3
Iluminao Adequada ao Trabalho de Escritrio ...................................................................... 30
4.3.1 Iluminncia ....................................................................................................................... 31
4.3.2 Uniformidade .................................................... ........................................................... ..... 34
4.3.3 Encandeamento ............................................................................................................... 35
4.3.4 Direco da luz e modelagem ........................................................ .................................. 37
4.3.5 Aparncia de cor da luz ................................................................................................... 38
4.3.6 Caractersticas de ecr de computador ........................................................................... 40
5 ILUMINAO EFICIENTE .................................................... ........................................................... ..... 41
6 QUALIDADE DO AMBIENTE ............................................................................................................... 42
2 PARTE TRABALHO PRTICO DE INVESTIGAO ......................................................................... 44
7 METODOLOGIA ......................................................... ........................................................... ............... 45
7.1 OBJECTIVOS ........................................................... ........................................................... ..... 45
7.2 AMOSTRA ................................................................................................................................ 45
7.3 VARIVEIS ..................................................... ........................................................... ............... 46
7.4 RECOLHA DE DADOS ....................................................... ...................................................... 46
7.4.1 Caracterizao do ambiente de trabalho ......................................................................... 48
7.4.2 Medio da Iluminncia ................................................................................................... 48
7.4.2.1 Mtodo de Clculo da Iluminncia e da Uniformidade ................................................. 49
7.4.2.1.1
Clculo do nvel mdio de iluminncia .................................................................. 49
7.4.2.1.2 - Clculo da uniformidade da iluminncia ............................................................. 49
7.4.2.2 - Tcnica de medio .................................................................................................. 50
7.4.2.2.1 Iluminncia na rea da tarefa ....................................................... ......................... 50
7.4.2.2.2 Iluminncia na vizinhana imediata da rea da tarefa .......................................... 50
7.4.2.2.3 Posio da clula fotoelctrica ..................................................... ......................... 51
7.4.2.3 Resultados das medies .......................................................... .................................. 51
7.4.3 Aplicao de Questionrio ............................................................................................... 51
7.4.3.1 Consistncia interna .................................................................................................... 52
7.5
TRATAMENTO DOS DADOS ....................................................... ............................................ 53
7.5.1.1 Teste de Kruskal-Wallis ............................................................................................... 54
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ndice Geral
Aida Maria Garcia Pais viii
7.5.1.2 Teste de comparaes mltiplas ................................................................................. 54
3 PARTE APRESENTAO E DISCUSSO DE RESULTADOS .................................................... ..... 55
8 APRESENTAO E ANLISE DE RESULTADOS ..................................................... ......................... 56
8.1 Anlise Estatstica Descritiva ........................................................ ............................................ 56
8.1.1
Caracterizao da amostra .............................................................................................. 56
8.1.2 Ocupao dos locais de trabalho ..................................................................................... 59
8.1.3 Actividade laboral ....................................................... ...................................................... 60
8.1.4 Conforto visual ................................................................................................................. 65
8.1.5 Caractersticas luminotcnicas do ambiente ..................................................... ............... 70
8.1.6 Iluminncia e Uniformidade ............................................................ .................................. 75
8.2 Relaes entre Variveis .......................................................................................................... 78
8.2.1 Caractersticas dos trabalhadores ........................................................... ......................... 78
8.2.1.1 Idade Vs Sade ocular ................................................................................................ 78
8.2.1.2
Sade ocular Vs conforto visual .................................................................................. 78
8.2.2 Caractersticas da actividade de escritrio ........................................................ ............... 81
8.2.2.1 Ajustes da cadeira verificados e a sua frequncia Vs Dores musculares .................... 81
8.2.2.2 Viso em relao ao ecr do computador Vs Irritabilidade ocular ............................... 82
8.2.2.3 Tempo de trabalho com computador e pausas efectuadas Vs SVC............................ 82
8.2.3 Iluminao em escritrios ................................................................................................ 84
8.2.3.1 Caractersticas das luminrias Vs Encandeamento e brilhos/reflexos......................... 84
8.2.3.2 Posio das luminrias Vs Brilhos/reflexos e sombras ................................................ 86
8.2.3.3 Caractersticas das janelas Vs Encandeamento.......................................................... 87
8.2.3.4 Posio das janelas Vs ocorrncia de Brilhos/reflexos e sombras .............................. 88
8.2.3.5 Iluminncia mdia na rea da tarefa Vs Percepo do desconforto visual .................. 88
8.2.3.6 Iluminncia mdia na rea da tarefa Vs Sndrome de viso de computador ............... 91
8.2.3.7 luminncia mdia na rea da vizinhana Vs Percepo do desconforto visual ........... 93
8.2.3.8 Iluminncia mdia na rea da vizinhana Vs Sndrome de viso de computador ....... 95
8.2.3.9 Brilhos/reflexos Vs Sinais e sintomas de desconforto visual ....................................... 96
8.2.3.10 Brilhos/reflexos Vs SVC .......................................................................................... 98
4 PARTE CONSIDERAES FINAIS ....................................................... ............................................ 99
9 CONSIDERAES FINAIS .................................................. ........................................................... ... 100
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................... .................................................... 105
APNDICES............................................................................................................................................. 110
APNDICE 1 - CHECKLIST....................................................... ........................................................... ... 111
APNDICE 2 - QUESTIONRIO ............................................................................................................. 114
ANEXOS .................................................................................................................................................. 119
ANEXO 1 FICHA DE REGISTO DE MEDIO DE NVEIS DE ILUMINNCIA .................................... 120
ANEXO 2 DETERMINAO DOS NVEIS DE ILUMINNCIA CLCULOS ...................................... 122
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ndice de Figuras
Aida Maria Garcia Pais ix
NDICE DE FIGURAS
Figura 1.1 Espectro electromagntico ......................................................... .............................................. 6
Figura 1.2 Temperatura de cor. ......................................................... ........................................................ 7
Figura 1.3 Fluxo luminoso ....................................................... ........................................................... ....... 8
Figura 1.4 Intensidade luminosa ....................................................... ........................................................ 8
Figura 1.5 Iluminncia ................................................... ........................................................... ................. 9
Figura 1.6 Luminncia ................................................... ........................................................... ................. 9
Figura 1.7 Estrutura do olho humano ..................................................................................................... 11
Figura 1.8 Posio sentada ..................................................... ........................................................... .... 22
Figura 1.9 Tipo de luminrias ............................................................ ..................................................... 26
Figura 1.10 Eficincia energtica dos vrios tipos de lmpada .......................................................... .... 27
Figura 1.11 Iluminao do posto de trabalho ......................................................................................... 28
Figura 1.12 Sistemas de iluminao ....................................... ........................................................... .... 29
Figura 1.13 Estudo sobre iluminncia em ambiente de escritrio .......................................................... .... 32Figura 1.14 reas da tarefa (verde e laranja) e da vizinhana (amarelo) ............................................... 34
Figura 1.15 Encandeamento ................................................... ........................................................... .... 36
Figura 1.16 Distribuio da luminncia ....................................................................................................... 36
Figura 1.17 Distribuio das fontes de luz. .................................................................... ........................ 37
Figura 1.18 Reflexos ............................................................................................ .................................. 38
Figura 1.19 Sombras ..................................................... ........................................................... .............. 38
Figura 2.1 Luxmetro ............................................................................................ .................................. 49
Figura 3.1 Tipo de local em estudo ................................................... ..................................................... 59
Figura 3.2 Tipo de computadores........................ ........................................................... ........................ 62
Figura 3.3 Cadeiras existentes nos locais estudados ............................................................................ 64Figura 3.4 Superfcies com brilhos, observadas nos locais estudados. ................................................. 68
Figura 3.5 Espaos de trabalho com superfcies envidraadas e cores ................................................. 71
Figura 3.6 Luminrias existentes nos ambientes de escritrio estudados ............................................. 72
Figura 3.7 Janelas e estores de espaos de trabalho estudados .................................. ........................ 72
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ndice de Quadros
Aida Maria Garcia Pais x
NDICE DE QUADROS
Quadro 1.1 Caracterizao dos espaos de trabalho de escritrio .................................................... .... 23
Quadro 1.2 Relao entre os critrios e os sistemas de iluminao .................................................. .... 29
Quadro 1.3 Intervalos de iluminncia recomendada para classes de tarefas ........................................ 32
Quadro 1.4 Valores de iluminncia mdia recomendada para tarefas visuais de escritrio .................. 33
Quadro 1.5 Valores de iluminncia e uniformidade recomendadas ................................................... .... 33
Quadro 1.6 Variao da aparncia de cor, em funo do nvel de iluminao .................................. .... 39
Quadro 1.7 Cores e coeficientes de reflexo ou reflectncias recomendados para as superfcies do local
de trabalho ................................................................................................................................................ 39
Quadro 1.8 Efeitos psicodinmicos que as vrias cores tm sobre o ser humano ................................ 40
Quadro 2.1 Variveis em estudo ....................................................... ..................................................... 47
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ndice de Tabelas
Aida Maria Garcia Pais xi
NDICE DE TABELAS
Tabela 3.1 Dados da amostra do estudo ...................... ........................................................... .............. 56
Tabela 3.2 Distribuio (%) dos trabalhadores por antiguidade na actividade de escritrio................... 58
Tabela 3.3 Distribuio (%) dos trabalhadores pelo regime, turno e tempo de trabalho dirio
efectivo........................................................ ............................................................ ................................. 61
Tabela 3.4 Relao entre as distribuies (%) de pausas efectuadas e do tempo de trabalho
dirio com computador........................................................... ........................................................... .... 62
Tabela 3.5 Distribuio (%) do tipo de computador e de ecr .................................................. 63
Tabela 3.6 Relao entre as distribuies da distncia habitual dos olhos do trabalhador ao
ecr do computador, e a linha da sua viso em relao ao ecr................................................... 63
Tabela 3.7 Relao entre os ajustes da cadeira verificados pelos indivduos e a frequncia da
verificao do ajuste..................................................... ........................................................... .............. 64
Tabela 3.8 Relao entre os problemas oftalmolgicos disgnosticados e a idade dos
trabalhadores....................................................... ........................................................... ........................ 65
Tabela 3.9 Distribuio (%) dos brilhos e sombras nos postos de trabalho................................ 66
Tabela 3.10 Distribuio (%) do tipo de encandeamento, referido pelos ocupantes, nos seus
postos de trabalho................................................................................................................................. 67
Tabela 3.11 Distribuio (%) das superfcies com brilhos, identificadas pelos ocupantes, nos
seus postos de trabalho......................................................... ........................................................... .... 67
Tabela 3.12 Distribuio (%) da percepo do desconforto visual - sinais e sintomas.............. 69Tabela 3.13 Distribuio (%) da Sndrome de Viso de Computador (SVC)............................... 70
Tabela 3.14 Distribuio (%) dos brilhos e de encandeamento, tendo em conta o tipo de
iluminao............................................................................................................................................... 72
Tabela 3.15 Distribuio (%) do posicionamento das janelas e das luminrias em relao aos
planos de trabalho................................................................................................................................. 74
Tabela 3.16 Relao existente entre o posicionamento das luminrias, relativamente ao plano
de trabalho (pt), e a referncia, por parte dos inquiridos, sobre a ocorrncia de brilhos ............ 74
Tabela 3.17 Relao existente entre o posicionamento das luminrias, relativamente ao plano
de trabalho (pt), e a referncia de encandeamento, por parte dos inquiridos .............................. 75
Tabela 3.18 Distribuio (%) dos valores de iluminncia mdia na rea da tarefa e na rea da
vizinhana, por classes........................................................................................................... .............. 76
Tabela 3.19 Distribuio (%) dos valores de uniformidade obtidos nas reas da tarefa e da
vizinhana............................................................................................................................................... 76
Tabela 3.20 Distribuio(%) dos sintomas de desconforto visual, tendo em conta os problemas
oftalmolgicos referidos pelos trabalhadores...................................................................... .............. 79
Tabela 3.21 Comparaes mltiplas de problemas oftalmolgicos, referidos para a dificuldade
de concentrao.................................................. ........................................................... ........................ 80
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ndice de Tabelas
Aida Maria Garcia Pais xii
Tabela 3.22 Distribuio (%) de sintomas de SVC, tendo em conta o tempo de trabalho e as
pausas efectuadas durante o trabalho com computador................................................................. 83
Tabela 3.23 Comparaes mltiplas entre tempos de trabalho com computador, tendo em
conta os sinais e sintomas do desconforto visual simultneos ou SVC........................................ 84
Tabela 3.24 Distribuio (%) da ocorrncia de brilhos e de encandeamento, tendo em conta ascaractersticas das luminrias que iluminam os postos de trabalho.............................................. 84
Tabela 3.25 Comparaes mltiplas entre luminrias, tendo em conta a referncia a
encandeamentos........................................................... ........................................................... .............. 86
Tabela 3.26 Distribuio (%) da ocorrncia de brilhos e de encandeamento, tendo em conta as
caractersticas das janelas que iluminam os postos de trabalho.................................................... 87
Tabela 3.27 Distribuio (%) da percepo dos trabalhadores relativamente ao desconforto
visual, em 3 gamas de iluminncia mdia na rea da tarefa...................................................... .... 89
Tabela 3.28 Comparaes mltiplas entre as gamas de iluminncias, referidas para a rea da
tarefa, tendo em conta a ocorrncia de sinais e sintomas...................................... ........................ 90
Tabela 3.29 Distribuio (%) de sinais e sintomas de SVC, referidos pelos respondentes, em 3
gamas de iluminncia mdia referidas para a rea da tarefa......................................................... 92
Tabela 3.30 Comparaes mltiplas entre gamas de iluminncia da tarefa, tendo em conta os
sinais e sintomas de SVC...................................................... ........................................................... .... 92
Tabela 3.31 Distribuio (%) da percepo do desconforto visual referida pelos respondentes,
pelas gamas de iluminncia mdia na rea da vizinhana............................................... .............. 93
Tabela 3.32 Comparaes mltiplas entre gamas de iluminncias referidas para a rea da
vizinhana, tendo em conta a percepo do desconforto visual ............................................... 94
Tabela 3.33 Distribuio (%) de SVC referidos pelos respondentes, em 3 gamas de iluminncia
mdia referidas para a rea da vizinhana........................................................................................ 95
Tabela 3.34 Comparaes mltiplas entre gamas de iluminncia referidas para a vizinhaa,
tendo em conta os sinais e sintomas do SVC............................................................................... .... 96
Tabela 3.35 Distribuio (%) da frequncia da ocorrncia de sinais e sintomas de desconforto
visual, tendo em conta a existncia de brilhos e reflexos.................................................. .............. 97
Tabela 3.36 Distribuio (%) da SVC, em relao referncia de brilhos e reflexos no posto de
trabalho....................................................... ........................................................... .................................. 98
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ndice de Grficos
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NDICE DE GRFICOS
Grfico 3.1 Distribuio (%) dos trabalhadores, por gnero e por classe etria .................................... 57
Grfico 3.2 - Distribuio (%) dos trabalhadores pela sua lateralidade ..................................................... 58
Grfico 3.3 Habilitaes literrias ...................................................... ..................................................... 59
Grfico 3.4 Distribuio (%) dos postos de trabalho por cada tipo de local de trabalho. ........................ 60
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ndice de Equaes
Aida Maria Garcia Pais xiv
NDICE DE EQUAES
Equao 1.1 Fluxo luminoso ................................................... ........................................................... ....... 8
Equao 1.2 Intensidade luminosa. .......................................................................................................... 8
Equao 1.3 Iluminncia ......................................................... ........................................................... ....... 9
Equao 2.1 Clculo do nvel mdio de iluminncia .............................................................................. 49
Equao 2.2 Clculo da uniformidade da iluminncia .................................................... ........................ 49
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Introduo
Aida Maria Garcia Pais 1
INTRODUO
Com a sua benfica aco e suave presena, a luz, desperta-nos a curiosidade
e estimula-nos a inteligncia e a imaginao. Para muitas civilizaes antigas,
a luz originava e assegurava o bem-estar e a vida, tendo por isso, sido
considerada uma ddiva sobrenatural (Bernardo, 2009).
A luz essencial para a realizao de inmeras tarefas. Na vida domstica ou
no trabalho, a luz crucial para a nossa segurana. A utilizao de fontes de
luz adequadas permite criar uma ambincia luminosa correcta, respeitando a
sade e o conforto visual. Em resumo: luz vida(ADENE, 2009).
Segundo Anshel (2005a), a viso o nosso primeiro contacto com o mundo.
a nossa janela para o exterior. Ns usamos os nossos olhos, para interagir com
o ambiente, mais de um milho de vezes por segundo. O olho uma extenso
do nosso crebro e a nossa ligao directa entre o ambiente fsico (exterior) e
a nossa parte psicolgica (interior). Mais de 80% da nossa aprendizagem
feita atravs da nossa viso e, muitas vezes, s conseguimos acreditar em
alguma coisa, quando a conseguimos ver. A sensao visual desencadeia-se
por meio da luz visvel uma poro do espectro de radiao
electromagntica que estimula o nervo ptico e reflecte a imagem na retina. Os
olhos podem percepcionar cerca de dez milhes de variaes de luz e sete
milhes de diferentes tonalidades de cor. A retina, que recebe a luz,
transforma-a atravs de impulsos nervosos, numa nova imagem, num dcimo
de segundo.
Segundo Lorenz (in FGL, 2000), a viso , dos 5 sentidos, o sentido que
indiscutivelmente mais necessitamos para trabalhar. Assim, uma iluminao
correcta no local de trabalho tem particular importncia, tal como tm mostrado
numerosos estudos cientficos, que apontam para uma estreita ligao entre a
qualidade da iluminao e a produtividade, a motivao e o bem-estar no
trabalho. Por exemplo, estudos efectuados por Veitch et al (2008) evidenciam
uma relao entre as condies de iluminao e o bem-estar e o desempenho
visual. Os resultados obtidos revelam que condies de visibilidade adequadas
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Introduo
Aida Maria Garcia Pais 2
aos espaos de trabalho de escritrio facilitam o desempenho das tarefas
visuais.
No mundo moderno, a iluminao de um espao de trabalho no deve ter em
conta apenas aspectos quantitativos. , tambm, necessrio promover osaspectos qualitativos que, ao longo do dia de trabalho, ajudem a criar estmulos
e situaes de descontraco (Lorenz, inFGL, 2000).
, por isso, fundamental conhecer os efeitos fisiolgicos e psicolgicos da
iluminao no organismo humano, e o modo como a luz pode afectar o conforto
e o desempenho visual (Wout e Bommel, 2006).
Uma boa iluminao equivale a requisitos de quantidade e de qualidade,
devendo necessariamente ser adequada tarefa, tendo em vista o conforto e a
eficincia visual do trabalhador (Piccoli et al, 2004).
Segundo Grandjean (1984), a partir da segunda metade do Sc. XX assistiu-se
ao crescimento do sector tercirio, e ao aumento da populao laboral no
sector administrativo. Assistiu-se ao aumento do nmero e da variedade de
espaos de escritrio. Deu-se uma reduo de variabilidade das tarefas,
predominando o trabalho em computador, e o aumento do nmero de horas
dirias ao ecr do computador. Com esta mudana aparecem os problemas
visuais ligados s condies de iluminao e de visibilidade inadequadas s
tarefas desenvolvidas, conduzindo ao aumento de situaes anmalas que
pem em risco a sade, o conforto e o bem-estar.
Surge, assim, a necessidade de adequar estes espaos ao homem,
valorizando caractersticas como o conforto, a sade, a segurana, o bem-estar
fsico e psicolgico e a esttica, de forma a tornar o ambiente de trabalho
motivante, e a melhorar o desempenho laboral (Veitch et al, 2008).
A Ergonomia, ao perspectivar a optimizao das interaces entre o indivduo e
o meio que o rodeia, segundo critrios de eficcia, eficincia, segurana e
conforto, torna indubitvel a necessidade de identificar os riscos e os perigos
para a sade do trabalhador para control-los, eliminando-os ou reduzindo-os.
A anlise ergonmica feita de forma integrada tendo em conta o Homem, os
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Introduo
Aida Maria Garcia Pais 3
instrumentos, o espao de trabalho, o ambiente fsico e a organizao do
trabalho (Castillo e Villena, 2005).
Atendendo a este ponto de vista, a iluminao de primordial importncia, no
devendo ser descorada.
As condies de iluminao condicionam a percepo e a sensao do
trabalhador face ao conforto visual, que se traduz em fadiga visual, stress,
esforo fsico, desmotivao (Veitchet al, 2008).
muito importante, por isso, identificar e avaliar as situaes de trabalho
anmalas, para que se possam corrigir, com vista melhoria das condies de
trabalho e preveno de riscos para a sade humana.Assim, o presente trabalho pretende identificar e avaliar factores de risco, no
contexto luminotcnico, que pem em risco a sade visual dos trabalhadores.
Pretende-se investigar como que as condies de iluminao influenciam o
conforto visual dos trabalhadores em ambiente de escritrio.
O trabalho tem o objectivo de estratgico de analisar abordagens gerais de
conhecimentos, tcnicas e ferramentas dos domnios da luminotecnia em
ambientes de escritrio, tendo como enquadramento geral o conforto visual e
bem-estar dos trabalhadores.
Os objectivos especficos do trabalho so os seguintes:
- Estudar a percepo dos trabalhadores do desconforto visual;
- Caracterizar os trabalhadores;
- Caracterizar a actividade de escritrio;
- Caracterizar os postos de trabalho;
- Caracterizar os aspectos luminotcnicos dos locais e postos de trabalho;
- Medir a iluminncia;
- Relacionar o trabalho administrativo de escritrio (tempo de trabalho, pausas,
actividade e tarefas, posto de trabalho) com a percepo do desconforto visual
(sinais e sintomas);
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Introduo
Aida Maria Garcia Pais 4
- Relacionar caractersticas luminotcnicas com situaes de encandeamento;
- Relacionar nveis de iluminncias com a ocorrncia de sinais e sintomas de
desconforto visual;
- Relacionar a referncia a brilho/reflexos com a percepo de desconfortovisual.
Esta dissertao tem a seguinte organizao de contedos:
- Primeira parte, correspondente Reviso Bibliogrfica, onde feito o
enquadramento terico. Esta parte inclui o desenvolvimento dos seguintestemas: aspectos luminotcnicos, viso humana e conforto visual, trabalho em
ambiente de escritrio, iluminao em ambiente de escritrio, iluminao
eficiente e qualidade do ambiente;
- Segunda parte, onde se apresenta o trabalho prtico de investigao
realizado. Nesta parte desenvolvida e apresentada a metodologia, que inclui
os objectivos, a caracterizao da populao e amostra, a definio das
variveis e dos materiais e mtodos para recolha e tratamento de informao;
- Terceira parte, correspondente apresentao e discusso de resultados;
- Quarta parte, onde so apresentadas consideraes finais do estudo e as
concluses, procurando dar-se destaque aos resultados com maior significado,
tendo em vista os objectivos do estudo.
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Reviso Bibliogrfica
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1 PARTE REVISO BIBLIOGRFICA
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1 ASPECTOS LUMINOTCNICOS
A luminotecnia a cincia que estuda as diversas formas de produo,
controlo e aplicao da iluminao artificial (Nunes, 2006).
1.1 ESPECTRODEEMISSOELECTROMAGNTICA
A luz energia radiante capaz de produzir sensaes visuais ou, de outro
modo, a luz , semelhana do som, do cheiro e do calor, a energia que
estimula o sentido da viso. A radiao electromagntica visvel a forma deenergia capaz de provocar a viso humana, ao incidir na retina (Pritchard,
1999).
A radiao electromagntica visvel caracteriza-se pela sua capacidade de
estimular o sentido da viso dentro de uma banda de comprimento de onda
muito estreita, compreendida entre 380 e 780 nm. Esta gama de radiaes est
compreendida entre as radiaes ultravioletas e as radiaes infravermelhas,
que no so visveis pela viso humana (Nunes, 2006), como se apresenta noespectro electromagntico apresentado na figura 1.1.
Figura 1.1 Espectro electromagntico (Fonte: Bartolomeu, 2003)
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1.2 TEMPERATURADECOR
A temperatura de cor utilizada para caracterizar a cor da luz por comparao
com a cor do corpo negro, a uma determinada temperatura. Por exemplo, a cor
da chama de uma vela similar de um corpo negro temperatura de 1800 K,
pelo que se diz que a temperatura de cor da chama de uma vela de 1800 K.
A temperatura de cor s pode ser aplicada s fontes de luz que tenham
semelhana com a cor de um corpo negro, como por exemplo a luz das
lmpadas incandescentes e a luz das lmpadas fluorescentes.
A cor aparente da luz um conceito que est ligado temperatura de cor (K), e
que traduz a sensao de tonalidade de cor (Paes, 2008):
Branca azulada (Fria) T> 6000 K;
Branca (Intermdia) 3000 K
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Observando a figura 1.2, verificamos que a referncia a cores quentes ou
frias tem o significado inverso ao do valor da temperatura da cor.
1.3 GRANDEZASEUNIDADESFOTOMTRICAS
1.3.1 Fluxo luminoso
O fluxo luminoso a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa, num
intervalo de tempo (t), em todas as direces, medida logo sada da fonte de
luz (figura 1.3, equao (1.1)).
=t
Wrad (1.1)
Smbolo:
Unidade: lmen (lm)
Energia radiante
tempoFigura 1.3 Fluxo luminoso (Fonte: Philips, 2005)
1.3.2 Intensidade luminosa
A intensidade luminosa corresponde ao fluxo emitido por uma fonte luminosa
numa s direco, ou seja, constitui uma medida do fluxo emitido numa
determinada direco, dentro de um ngulo slido unitrio (figura 1.4, equao
(1.2)).
=
(1.2)
Smbolo: I
Unidade: candela (cd)
Fluxo luminoso
ngulo slido Figura 1.4 Intensidade luminosa (Fonte: Philips,
2005)
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Aida Maria Garcia Pais
1.3.3 Iluminncia
Quando a luz emitida
iluminada. Assim, a
numa superfcie, por
E =
Smbolo: E
Unidade: lu
Fluxo lumin
rea
Lmen / m2= Lux
1.3.4 Luminncia o
A luminncia a int
unidade de superfcie
Smbolo: L
Unidade: c
quadrado (c
por uma fonte atinge uma superfcie, es
iluminncia a medida de quantidade
nidade de rea (S) (figura 1.5, equao
/ S (1.3)
(lx)
so Figura 1.5 Iluminn
2005).
Brilho de uma superfcie
nsidade luminosa emitida, transmitida
(figura 1.6).
ndela por metro
d/m2)
Figura 1.6 Luwww.prof2000.pt/users/e
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ta superfcie ser
de luz incidente
(1.3)).
cia (Fonte: Philips,
ou reflectida por
inncia (Fonte:ta/Iluminao.htm).
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2 VISO HUMANA E CONFORTO VISUAL
Segundo Anshel (2005b), os olhos so instrumentos simples concebidos para
captar a luz. Eles recebem, filtram e conduzem a informao ao crebro, que
processa as imagens, fazendo a anlise e a interpretao da informao,
proporcionando-nos a percepo visual do mundo que nos rodeia.
A interaco com o ambiente que nos rodeia, no qual se inclui o ambiente de
trabalho, impe o recurso a variados mecanismos de defesa dos olhos e do
sistema visual.
Os conhecimentos bsicos sobre a estrutura do olho e do funcionamento dosistema visual so ferramentas importantes que auxiliam a tomada de decises
inteligentes, tendo em vista, requisitos de visibilidade nos ambientes de
trabalho.
2.1 OOLHO HUMANO
Segundo Anshel (2005c) o olho humano o rgo da viso, no qual uma
imagem ptica do mundo externo produzida e transformada em impulsosnervosos para ser conduzida ao crebro.
O globo ocular responsvel pela captao da luz reflectida pelos objectos
existentes nossa volta. A luz incide, em primeiro lugar, na crnea, que um
tecido transparente que cobre a ris. Em seguida, a luz passa atravs do humor
aquoso, penetrando no globo ocular atravs da pupila, atingindo de imediato o
cristalino, que funciona como uma lente de focalizao, que converge os raios
luminosos para um ponto focal sobre a retina (figura 1.7).
na retina, constituda por cones e bastonetes, que se processam os primeiros
passos do processo perceptivo.
A retina transmite os dados visuais, atravs do nervo ptico e do ncleo
geniculado lateral, para o crtex cerebral. No crebro tem, ento, incio o
processo de anlise e interpretao, que nos permite reconstruir as distncias,
cores, movimentos e formas dos objectos que nos rodeiam.
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Figura 1.7 Estrutura do olho humano(Fonte: Portal Dr. Viso, 2006).
2.2 DEFEITOS DA VISO
O processo descrito em 2.1 o normal, sendo o que acontece quando o olho e
o sistema visual funcionam em condies perfeitas.
No entanto, esta situao nem sempre se verifica. Muitas vezes, acontece algo
que perturba o funcionamento normal do olho, e que se reflecte em alguns
defeitos da viso, como por exemplo, a miopia, o astigmatismo, ahipermetropia, a presbiopia. Estes defeitos podem ser consequncia de
factores como a idade e doenas crnicas (Anshel, 2005c).
2.2.1 Miopia
A miopia, ou hipometropia, o distrbio visual que produz uma focalizao da
imagem antes de ela chegar retina. Uma pessoa mope consegue ver
objectos prximos com nitidez, mas os distantes so visualizados como seestivessem embaados (desfocados).
Para uma viso mais precisa, o ponto focal dos raios luminosos deve convergir
para uma rea prxima dos receptores de luminosidade (localizados na retina).
No caso da miopia, o ponto focal formado frente da retina.
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O sintoma precoce da miopia a viso turva de objectos distantes. Outros
sintomas so o pestanejar permanente, dores de cabea ou tenso ocular
(Anshel, 2005c).
2.2.2 Astigmatismo
O astigmatismo uma deficincia visual, causada pelo formato irregular da
crnea, ou do cristalino, que leva formao da imagem em vrios focos que
se encontram em eixos diferenciados. Traduz-se na incapacidade de focar, em
simultneo, linhas horizontais e verticais. Uma pessoa com astigmatismo v
todos os objectos prximos e/ou afastados de forma distorcida.
O astigmatismo hereditrio e pode ocorrer em conjunto com a miopia ou com
a hipermetropia.
Os sinais e sintomas so, nos casos mais intensos, viso turva, fadiga ou dores
de cabea (Gaspar, 2002).
2.2.3 Hipermetropia
A hipermetropia traduzida pelo erro de focalizao da imagem no olho,
fazendo com que a imagem seja formada aps a retina. Isto acontece porque,
nestes casos, o olho um pouco menor do que o normal.
O hipermtrope tem, em geral, boa viso ao longe, pois o seu grau, se no for
muito elevado corrigido pelo aumento do poder diptrico do cristalino,
processo designado por acomodao. Este processo provoca sintomas de
desconforto visual, como cansao ou dor de cabea.
A hipermetropia ocorre quando o ponto mais prximo do olho est mais
afastado do que no olho normal, devido a uma anomalia do cristalino, uma
insuficiente curvatura, causando assim, dificuldades em ver ao perto (Anshel,
2005c).
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2.2.4 Presbiopia
A presbiopia , normalmente, conhecida como vista cansada. uma evoluo
natural da viso causada pela perda de elasticidade do cristalino, que dificulta o
processo de acomodao, fazendo com que as imagens se formem atrs daretina, e impedindo a focalizao das imagens ao perto. Este processo
progressivo e atinge as pessoas, normalmente, a partir dos 40 anos, tendendo
a estabilizar por volta dos 60 anos (Gaspar, 2002).
2.3 CONFORTO VISUAL
Uma boa iluminao deve necessariamente ser adequada tarefa, tendo em
vista o conforto visual do indivduo. As exigncias de quantidade e de
qualidade da iluminao (iluminncia, luminncia, uniformidade, contraste, cor,
outros) contribuiro para determinar as condies de visibilidade (Vilar, 1996).
Factores como a sade, o bem estar, o conforto e a motivao traduzem a
satisfao dos ocupantes num determinado espao.
O conforto visual est relacionado com o conjunto de condies, num
determinado ambiente, no qual o ser humano pode desenvolver tarefas visuaiscom o mximo de acuidade e preciso visual, com o menor esforo, com o
menor risco de prejuzos vista e com reduzidos riscos de acidentes (Lamberts
et al, 1997).
Alm de afectar a sua segurana e de aumentar o risco de acidente, uma m
iluminao pode provocar tenses psquicas e fisiolgicas, que se traduzem
atravs de sinais e sintomas como dificuldade de concentrao na execuo
das tarefas, stress, dores de cabea, fadiga fsica e nervosa, tendo comoconsequncias finais o absentismo (Lamberts et al, 1997).
2.4 SINAIS E SINTOMAS DE DESCONFORTO VISUAL
As condies de iluminao condicionam a percepo e a sensao do
trabalhador face ao desconforto visual, que se traduz atravs de sinais e
sintomas de fadiga visual, viso turva, irritabilidade visual, dores de cabea,
dores musculares, stress, dificuldade de concentrao (Veitch, 2008).
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Seguidamente apresenta-se uma pequena abordagem dos sintomas de forma
a perceber a relao existente entre a viso e o ambiente.
2.4.1 Fadiga visual
A fadiga visual uma manifestao de desconforto, de dor e de irritao visual.
provocada pelo enfraquecimento dos msculos ligados ao globo ocular,
responsveis pelo movimento, fixao e focalizao dos olhos (Silva, 1995). O
termo mdico usado para definir fadiga visual astenopia.
Astenopatia o termo utilizado para definir queixas relacionadas com erros de
refraco, provocados pelo desequilbrio do msculo ocular, que incluem dor
em redor dos olhos, ardor e comicho nas plpebras, fadiga ocular e dores decabea (Anshel, 2005d).
Os sintomas podem diminuir com a realizao de pausas na actividade visual.
Se tal no acontece, e se a continuidade do esforo visual prossegue, o
desconforto visual tende a evoluir para dor ocular e dores de cabea, com
tenso muscular secundria ao esforo involuntrio. Quando estas pausas no
ocorrem, o esforo visual inicial de sensao de peso nos olhos progride para a
sonolncia, com queixas de desconforto, de dor, de irritao visual e de
dificuldade de concentrao.
As principais causas de astenopatia so a hipermetropia, o astigmatismo, a
miopia, o excesso de luz, entre outras (Anshel, 2005d).
2.4.2 Viso turva
A acuidade visual a capacidade de distinguir dois pontos situados a uma
determinada distncia, ou seja, a capacidade de visualizao de detalhes,
que permite a formao de imagens ntidas.
A viso turva acontece quando a formao da imagem em frente, ou atrs, da
retina, impressiona uma imagem desfocada, originando sintomas de viso de
aspecto bao, ou de falta de nitidez, e dificuldade de concentrao.
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A acuidade visual, nitidez ou poder de resoluo, pode ainda ser definida
quantitativa, ou qualitativamente (Gaspar, 2002).
A acuidade visual afectada pelos seguintes factores:
o A qualidade do olho, como instrumento ptico (idade, miopia,astigmatismo, presbiopia);
o O tempo disponvel para a percepo, isto , para a interpretao dos
estmulos visuais;
o A presena, ou ausncia, de factores perturbadores (encandeamento,
grande contraste de cor de fundo);
o Posicionamento inadequado dos ecrs do computador, em relao sfontes de luz;
o As condies de iluminao do campo visual.
2.4.3 Irritabilidade visual
A irritabilidade visual, ou olho seco, provocada pela falta de humidificao do
globo ocular, que resulta do pestanejar das plpebras. O pestanejar permite a
lubrificao do olho, fornecendo oxignio s estruturas externas.
A concentrao exigida pelo trabalho em ecr de computador faz diminuir a
frequncia do pestanejar, originando irritabilidade ocular nos utilizadores de
computador.
Segundo alguns investigadores (Megaw, 1984 e Zwahlen, 1984), este sintoma
aumenta a fadiga ocular e mental. A ocorrncia deste sintoma pode estar
relacionada com a posio dos olhos em relao ao monitor. Desta forma, aconselhvel que o horizonte visual passe por cima do bordo superior do
monitor, ou seja, o ecr do computador deve ficar por baixo do horizonte visual.
Isto permite que as plpebras cubram uma maior rea da crnea e diminua a
exposio da crnea, evitando os brilhos e a fadiga visual.
A distncia dos olhos ao ecr do computador deve ser de cerca de 30 cm
(Anshel, 1998).
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Para alm disso, devem ser feitas pausas regulares e no permanecer com os
olhos fixos no ecr do computador durante um tempo indeterminado.
2.4.4 Dores de cabea
As dores de cabea so uma das queixas relacionadas com sintomas de
astenopatia ou fadiga visual.
Este sintoma relaciona-se com algumas condies visuais, como por exemplo
o astigmatismo, com condies inadequadas do espao de trabalho,
relacionadas com a existncia de brilhos e reflexos, iluminao insuficiente e
espaos de trabalho inadequados, e tambm com algumas formas de stress,
como estados de ansiedade e de depresso (Anshel, 2005d).
2.4.5 Dores musculares
As dores musculares, que incluem dores nas zonas cervical, dorsal e lombar da
coluna vertebral, no fazem parte do mbito dos problemas visuais. No
entanto, estes distrbios resultam de ms posturas adoptadas, resultantes do
desenvolvimento de problemas visuais e de ms condies de iluminao
(Anshel, 2005d).
2.4.6 Stress
O stress um sintoma comum, fazendo parte integrante do nosso dia de
trabalho, tal como em muitos aspectos do nosso quotidiano.
O stressest normalmente associado tenso muscular, e o stressvisual com
trabalho com computador.
O stressafecta facilmente a viso uma vez que o olho e o sistema visual esto
ligados ao crebro.Em estudos efectuados por Pierce (1966), foi feita a medio do stressvisual
atravs das ondas cerebrais, usando o electrocardiograma.
2.4.7 Dificuldade de concentrao
Analisando os sintomas acima descritos verificamos ser relevante referir a
dificuldade de concentrao visual como um sintoma por ser um aspecto
comum maioria dos distrbios visuais referidos.
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2.5 SNDROME DE VISO DE COMPUTADOR
Nos dias actuais, o computador tornou-se num equipamento indispensvel,
quer na actividade laboral, quer no lazer. Pensar na actividade laboral de
escritrio sem computador praticamente inconcebvel.
De acordo com Anshel (2005d), dado que o trabalho em computador exige um
grande esforo visual, problemas visuais e sintomas de desconforto visual
tornam-se comuns.
Muitos estudos indicam que os operadores de computadores reportam mais
problemas relacionados com a viso, do que os trabalhadores quedesempenham actividades de escritrio sem computador. Alguns
investigadores (Collins et al, 1991; Smith et al, 1981; Yamamoto, 1987) tm
indicado que esses sintomas visuais ocorrem em 75 a 90% dos indivduos que
trabalham com computadores.
A Sndrome de Viso de Computador (SVC), ou Computer Vision Syndrome
(CVS), surge devido ao esforo visual exigido no trabalho com computador, por
tempo prolongado, e caracterizada pela ocorrncia de uma srie de
sintomas em simultneo, relacionados com o desconforto ou cansao visual
(Anshel, 2005d).
Os sintomas de CVS incluem: fadiga visual, dores de cabea, viso turva,
irritao e secura ocular, sensibilidade luz, dores ao nvel da coluna vertebral,
viso dupla e distoro da cor (Anshel, 2005d).
A causa destes sintomas est, segundo o autor acima referido, relacionada
com a combinao de factores externos, como por exemplo, falta de
iluminao, iluminao mal localizada, mau posicionamento do ecr do
computador, e de factores internos, relacionados com problemas oculares pr-
existentes.
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2.6 ALUZ E O METABOLISMO HUMANO
A luz, para alm de ter influncia directa na viso humana, tem tambm
influncia nos ritmos biolgicos internos. A cronobiologia o ramo da cincia
que estuda os ritmos e os fenmenos fsicos e bioqumicos peridicos, que
ocorrem nos seres vivos. A variao alternada do claro-escuro a forma bsica
de marcao do tempo e o seu acompanhamento feito por sensores fsico-
qumicos e de sistemas humorais e neurais que informam todo o organismo
sobre a iluminao ambiental presente (Nascimento, 2006).
Segundo Wout (2004), a confirmao efectuada, em 1834, por German
Gottfried Treviranus, da existncia de clulas fotoreceptoras sensveis luz, aonvel do crebro, veio permitir a compreenso de muitos efeitos visuais
influenciados pela iluminao.
A influncia da iluminao natural nas funes fisiolgicas dos seres vivos
acontece de duas formas: a exposio aos raios UV da radiao solar, que
influencia o funcionamento do sistema nervoso, a absoro de vitamina D e a
defesa imunolgica, e a intensidade da exposio iluminao natural, queinfluencia o ciclo ou ritmo circadiano (Nascimento, 2006). O ritmo circadiano o
ritmo biolgico de altas frequncias, com ciclos peridicos de 24 horas, que
afecta numerosas funes do organismo (temperatura corporal, os batimentos
cardacos, a presso sangunea, a fome) e a alternncia sono-viglia, que
modelam a nossa resistncia s agresses do mundo exterior (rudo, produtos
txicos, etc.) (Carvalhais, 2006).
A glndula pineal localiza-se na base crebro e responsvel pela produo
da hormona melatonina, a partir de informaes sobre os nveis de iluminao
recebidos pelas clulas fotoreceptoras existentes na retina (Wout, 2004). A
produo de melatonina diminui com a idade e tem influncia nos ritmos das
estaes e sobre o ritmo circadiano, ao nvel do sono-viglia, sobre a regulao
trmica do corpo e sobre o comportamento sexual (Ballone, 2002). Sob
circunstncias naturais de um ciclo claro-escuro ocorre uma produo rtmica
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circadiana de melatonina que tem o seu auge s 4 horas da madrugada,
entrando em decrscimo e sendo interrompida pela exposio luminosidade.
Os estudos efectuados por Wout e Bommel (2006) revelam o contributo que a
descoberta das clulas fotoreceptoras, no olho, tiveram na compreenso dos
benefcios de uma iluminao adequada no trabalho, tendo em conta os efeitos
visuais e os efeitos biolgicos (sade, bem-estar, estado de alerta). Assim, de
forma a manter a estabilidade destes efeitos, necessrio projectar sistemas
de iluminao que mantenham a quantidade suficiente de iluminao nos locais
de trabalho, no descuidando a sua qualidade. Esta perspectiva permite, em
locais sem iluminao natural, adequar a iluminao artificial s tarefas, de
forma a manter os trabalhadores num estado de alerta activo, e promover a
sade, o bem estar e o desempenho.
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3 TRABALHO EM AMBIENTE DE ESCRITRIO
Segundo Grandjean (1984) o trabalho de escritrio dispe de uma grande
variabilidade de tarefas: visualizao de documentos, leitura de textos,
comunicao com os colegas, trabalho em computador e outras, ao longo dodia de trabalho. Esta variabilidade de tarefas diminui a ocorrncia de situaes
de desconforto.
A maioria do investimento em escritrios est associada necessidade do
aumento da produtividade e, consequentemente ao aumento e a uma nova
organizao espacial. No entanto, com esta mudana surgem novos problemas
ambientais e o aumento do trabalho em computador, diminuindo a variabilidade
das tarefas (Grandjean, 1984).
De acordo com o FGL (2000), nas ltimas dcadas, a actividade de escritrio
tem sido sujeito a alteraes radicais. Com o avano dos sistemas de
informao e das tecnologias de comunicao, novas formas de trabalho
emergem, nos dias de hoje, e o trabalho em computador e o trabalho
distncia ganham particular destaque no mundo do trabalho.
A par destas mudanas na actividade surgem novos conceitos de espaos deescritrio, mais flexveis e dinmicos. Espaos estes adaptados s
necessidades de privacidade, de comunicao e de trabalho em equipa.
Com este conceito surgem novos equipamentos de mobilirio, que facilitam os
ajustes individuais, como por exemplo cadeiras, e que se adaptam nova
perspectiva de trabalho.
O novo conceito de iluminao acompanha esta mudana, tanto em termos de
concepo e de equipamentos, como tambm em termos dos requisitos legaisda iluminao adequada. Por exemplo, o novo conceito privilegia o
cumprimento dos requisitos mnimos de quantidade de iluminao e de
uniformidade ao nvel do posto de trabalho, surgindo assim os conceitos de
tarefa e de vizinhana visuais do posto de trabalho, em detrimento da
manuteno da iluminncia mdia mnima em todo o espao geral de trabalho.
Estes novos conceitos aparecem nas normas europeias DIN 5035 (1990), EN
12464 (2002) e ISO 8995 (2002).
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3.1 ORGANIZAO DO TRABALHO
O trabalho de escritrio , tradicionalmente, organizado em regime fixo, em
horrio de trabalho diurno. No entanto, face s necessidades e exigncias do
trabalho, esta modalidade de organizao do trabalho , em algumas
empresas, alargado para outro tipo de regime de trabalho. Surgem, assim, as
modalidades de organizao de trabalho em regime flexvel e rotativo, com
horrios diurno, nocturno e/ou misto.
O tempo de trabalho habitual, varia entre as 6h30 e as 8 horas, podendo em
alguns casos ser superior.
3.2 ACTIVIDADE DE ESCRITRIO
As tarefas habitualmente desempenhadas nos actuais espaos de escritrio
so:
o Leitura de documentos e escrita em papel;
o Trabalho em computador (visualizao, leitura e introduo de dados);
o Apoio ao cliente, via telefnica;
o Atendimento ao pblico;o Reunies;
o Formao;
o Fotocpias, faxes e impresso de documentos.
3.2.1 Actividade na Posio Sentada
Segundo, Grandjean (1984), o trabalho contnuo, na posio sentada, obriga a
movimentos restritos e a posturas rgidas, durante o dia de trabalho, facilitando
o aparecimento de problemas de desconforto.
A actividade laboral de escritrio do tipo sedentria, em que a pessoa
permanece a maior parte do tempo de trabalho na posio sentada (figura 1.8).
Assim, de forma a prevenir o desconforto postural, a postura sentada deve ser
dinmica, de forma a permitir o alvio de tenses musculares e permitir a livre
circulao sangunea ao nvel dos membros inferiores, (Sommerich, 2005).
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A cadeira disponvel deve ter 3 caractersticas: dar apoio, sustentao e
permitir o movimento.
Desta forma, a cadeira deve ser ajustvel a qualquer indivduo. Deve permitir
os ajustes adequados a uma posio sentada, no posto de trabalho.
A cadeira disponibiliza os seguintes ajustes:
o Na altura do assento,
o Na altura do encosto,
o Na profundidade do assento,
o Na inclinao do encosto,
o Na altura e largura dos braos.
Dever ter tambm apoio de braos (Karin, s/ data).
Figura 1.8 Posio sentada.(Fonte: Giroflex, s/ data)
3.3 ESPAO DE TRABALHO
De acordo com o citado no FGL (2000), os espaos de trabalho de escritrio
so normalmente diversos e com alguma complexidade. A tipologia mais
comum de espaos de trabalho encontrada nas empresas poder ser o
gabinete, a sala comum e o open-space.
Estes espaos so definidos por algumas caractersticas, que se apresentam
no quadro 1.1.
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Quadro 1.1 Caracterizao dos espaos de trabalho de escritrio (FGL, 2000).
Caractersticas Espaos de trabalho
GabineteCombi offices
Sala comumCellular offices
Open-Space
rea (m2) 9 a 12 10 a 50 400 a 1200
Comprimento (m) 4 a 5 4 a 5,5 20 a 30
Largura (m) 2,3 a 3 2,5 a 4,5 20 a 40
N de funcionrios 1 a 2 1 a 6 25 a 100
Via de acesso ao postode trabalho
Corredor Corredor No est definido
Para alm dos espaos referidos, existem outros espaos comuns, como
espaos de faxes, de impresso e de fotocpias, salas de reunio, salas de
formao, espaos de refeio e lazer, salas de conferncia.
3.4 POSTO DE TRABALHO
Os postos de trabalho, nos espaos de trabalho, podem estar dispostos de
forma individual ou combinada.
A forma individual habitualmente encontrada nos 3 espaos caracterizados,
em que cada posto de trabalho se encontra isolado numa determinada rea de
trabalho. A forma combinada aparece normalmente em open-spaces, em que
os postos de trabalho esto organizados em ilhas, com lotao habitual de 2 a
4 postos de trabalho.
O posto de trabalho mais comum est equipado com uma secretria (plano de
trabalho), uma cadeira, um computador fixo de secretria e um telefone.
Em redor do posto de trabalho podero estar outros postos de trabalho,
superfcies laterais (paredes), superfcies de separao (biombos), janelas,
mveis e mesas de apoio. No tecto, encontram-se habitualmente as luminrias
e as grelhas de ventilao.
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3.4.1 Posto de Trabalho com Computador
O trabalho com computador uma actividade comum em ambientes de
escritrio.
Habitualmente nos postos de trabalho existe um computador fixo de secretria.No entanto, em alguns postos de trabalho opta-se pelo uso do porttil em
alternativa ao anterior, podendo tambm existir o uso combinado de ambos, ou
ainda de vrios computadores em simultneo.
Os componentes deste posto de trabalho so: o ecr, o teclado e o rato.
A concentrao visual permanente exigida pelo trabalho em ecr de
computador faz desta tarefa uma actividade penosa, que pe em risco a sade
ocular dos usurios, requerendo uma ateno na concepo e na manuteno
de um ambiente de trabalho adequado.
Segundo a OSHA (2007), os postos de trabalho com computador devem
obedecer a alguns princpios tais como:
o O monitor deve ser regulvel e apresentar uma imagem estvel;
o A cadeira ser ajustvel estatura do usurio;
o O computador deve estar colocado numa superfcie estvel, com espaosuficiente para a disposio do teclado, do rato e dos documentos, de
modo a permitir uma posio confortvel dos punhos;
o O monitor deve estar posicionado abaixo da linha do horizonte da viso;
o A distncia entre o utilizador e o monitor deve ser de cerca de 30 cm;
o O utilizador deve fazer pausas no trabalho prolongado com computador;
o O monitor deve ter caractersticas anti-reflexo e estar posicionado de
forma a evitar brilhos no ecr.
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4 ILUMINAO EM AMBIENTES DE ESCRITRIO
Seleccionar o tipo de iluminao certa consiste em encontrar o ponto de
equilbrio entre a performance, o conforto e o ambiente luminoso. Isto significa
tambm encontrar, ou reunir, os requisitos tcnicos, os nveis de iluminaoestabelecidos e regulamentados, a distribuio harmoniosa dos brilhos directos
e a limitao dos reflexos, a direco da luz, modelando a cor da luz e as cores
seleccionadas para a actividade de escritrio.
4.1 TIPOS DE ILUMINAO
A iluminao existente nos locais de trabalho pode ser natural e/ou artificial.
4.1.1 Iluminao natural
A iluminao natural proporcionada pela existncia de janelas, ou de
superfcies envidraadas, instaladas nas superfcies laterais das salas ou no
tecto.
A entrada da luz solar atravs destas superfcies dever ser regulada, de modo
a evitar encandeamentos directos ou indirectos (brilhos e reflexos) no ambientede trabalho, devendo por isso estar equipadas com persianas regulveis ou
cortinas.
De igual forma, para evitar a incidncia da luz solar, os ecrs de computador
devem estar instalados perpendicularmente s janelas e nunca, em caso
algum, o trabalhador deve receber a luz solar directamente nos olhos. Para
evitar reflexos no ecr do computador, o posto de trabalho deve estar
posicionado de forma a no ter janelas por trs.
4.1.2 Iluminao artificial
A iluminao artificial distribuda por luminrias, que so dispositivos que
distribuem, filtram ou transformam a iluminao proveniente de uma ou vrias
lmpadas e que incluem os elementos necessrios para as fixar e proteger e
para lig-las a uma fonte de energia.
As luminrias incluem elementos que reflectem ou difundem a luz.
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4.1.2.1 Luminrias
Segundo Neto (1980), as luminrias so dispositivos cuja finalidade suportar
a lmpada e distribuir o fluxo luminoso. Tm tambm a funo de ocultar a
fonte de luz da viso directa do observador, evitando o encandeamento.
As luminrias so classificadas segundo o sistema de iluminao obtido na
distribuio da luz. Dentro das principais caractersticas das luminrias, o
design, o rendimento, o tipo de lmpadas e a esttica so de extrema
importncia, sendo necessrio que a luminria proporcione nveis de
iluminao e conforto visual adequados ao ambiente de trabalho. tambm
importante que a luminria seja eficiente e que possua elevado rendimento
energtico, que obtido pela matria-prima utilizada no seu fabrico (por
exemplo, reflectores de alto brilho) e equipamentos auxiliares (reactores e
lmpadas).
As luminrias mais frequentemente usadas em ambientes de escritrio podem
ser embutidas, fixas ou suspensas (Figura 1.9).
a) b) c)
Figura 1.9 Tipo de luminrias: a) Luminria com aletas parablicas em alumnio de alto
brilho, (Fonte: FGL, 2000); b)Luminria com aletas planas em chapa de ao, (Fonte: Art-
luz, 2009); c) Luminria com difusor prismtico, (Fonte: FGL, 2000).
As luminrias parablicas com alto brilho so as que tm um maior rendimento
energtico para o trabalho de escritrio (Philips, 2005).
4.1.2.2 Lmpadas
Segundo Grandjean (1984), a escolha das lmpadas para os locais de trabalho
deve ter em conta a sua funo e a natureza do trabalho.
As lmpadas mais usadas nos ambientes de escritrio podem ser do tipo:
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o Fluorescente tubular;
o Fluorescente compacto;
o Halogneo.
Segundo a OSRAM (2003), a diferenciao das lmpadas feita, no apenas
pelos diferentes fluxos luminosos que irradiam, mas tambm pelas diferentes
potncias que consomem. Para poder compar-las necessrio saber quantos
lmen so gerados por Watt consumido. A esta grandeza d-se o nome de
eficincia energtica (figura 1.10).
Figura 1.10 Eficincia energtica dos vrios tipos de lmpada (Fonte: OSRAM, 2003).
4.2 SISTEMAS DE ILUMINAO
Segundo FGL (2000), os sistemas de iluminao nos locais de trabalho tm
como objectivo a iluminao das tarefas a desempenhar. Para alm disso,
necessrio que estes sejam funcionais e que tenham uma aparncia estticaagradvel, que ajude a proporcionar bem-estar.
Hoje em dia so concebidos sistemas de iluminao com caractersticas
prprias, que promovem iluminao adequada s tarefas de escritrio.
Enquadrados na concepo destes sistemas, existem no mercado produtos
especficos que possibilitam a adequada iluminao nestes espaos, como por
exemplo, sistemas de controlo da iluminao, materiais e lmpadas com
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caractersticas de elevada eficincia e rendimento luminoso, materiais
supressores de reflexos e brilhos, entre outros (Philips, 2005).
Segundo FGL (2000), o sistema de iluminao do posto de trabalho, num
espao de escritrio deve ter em conta 3 critrios (figura 1.11):- Iluminar o espao imediato de trabalho;
- Iluminar a rea da tarefa;
- Iluminar o plano ou superfcie de trabalho.
Figura 1.11 Iluminao do posto de trabalho(Fonte: FGL, 2000).
Os 3 critrios acima descritos podero estar presentes nos 4 tipos de sistemas
de iluminao, definidos por (Figura 1.12):
- Iluminao directa (figura 1.12 - a))
- Iluminao directa/indirecta (figura 1.12 - b));
- Iluminao directa/indirecta localizada (figura 1.12 - c));
- Iluminao combinada (figura 1.12 - d)).
3 conceitos de iluminao: Espao envolvente
rea da tarefa
Superfcie de trabalho
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a) Iluminao
directa.
b) Iluminao
dir/indirecta.) Iluminao
ir/indirecta.d) Iluminao
combinada.
Figura 1.12 Sistemas de iluminao (Fonte: FGL, 2000).
Estes critrios e os sistemas de iluminao podem estar relacionados,conforme o apresentado no quadro 1.2.
Quadro 1.2 Relao entre os critrios e os sistemas de iluminao (Fonte: FGL, 2000).
Critrios de
iluminao
Sistemas de iluminao
Directa Directa/
Indirecta
Directa/
Indirecta
Combinada
Espao de
trabalho
rea da tarefa
Superfcie de
trabalho
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4.3 ILUMINAO ADEQUADA AO TRABALHO DE ESCRITRIO
A iluminao adequada e as caractersticas luminosas do meio envolvente do
posto de trabalho de escritrio so condies fundamentais para o bom
desempenho das tarefas visuais, isentas de fadiga visual. As condies de
iluminao devem contribuir para a sensao de bem-estar e estimular a
motivao no trabalho (FGL, 2000).
Uma boa iluminao , no s aquela que fornece a quantidade de luz
suficiente para a execuo das tarefas, mas, tambm, a que proporciona
condies de visibilidade que favoream o conforto visual (Boyce e Fiesna,
2003).
De acordo com a norma ISO 8995 (2002), a boa iluminao dos locais de
trabalho essencial para que as tarefas sejam desempenhadas com facilidade
(sem esforo visual), de uma forma confortvel e em segurana. A iluminao
deve assegurar aspectos quantitativos e qualitativos exigidos pelo ambiente de
trabalho, de forma a garantir:
- conforto visual o trabalhador deve manter a sensao de bem estar
(sem esforo);
- desempenho visual o trabalhador dever manter a capacidade de
execuo da tarefa, com preciso e rapidez, mesmo durante perodos
longos;
- segurana visual o trabalhador no deve perder a noo da
vizinhana e deve manter-se alerta para os perigos.
O sistema de iluminao adoptado deve ter em considerao critrios de
quantidade e de qualidade, tais como, iluminncia, uniformidade,
encandeamento, direco da luz e modelagem, aparncia de cor da luz.
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4.3.1 Iluminncia
O valor recomendado para o nvel de iluminao de um dado local funo da
exigncia visual da tarefa, de factores psicolgicos e fsicos dos indivduos (idade,
sade visual) e factores econmicos, garantindo os gastos mnimos necessriosna iluminao dos espaos de trabalho.
A iluminao mnima a fornecer a um plano de trabalho depende das
caractersticas da tarefa visual (Vilar, 1996):
contraste necessrio (diferenciando os objectos das superfcies
vizinhas);
tamanho do objecto e nvel do detalhe;
velocidade de percepo do detalhe;
qualidade da percepo;
tempo de execuo da tarefa.
Segundo a FGL (2000), o nvel de iluminao, ou iluminncia, crucial para o
desempenho das tarefas visuais isentas de erros e de fadiga visual.
Os nveis adequados de iluminao melhoram a performance visual dos
trabalhadores que executam as tarefas. Segundo a FGL (2000), existem estudos
efectuados por cientistas, como por exemplo Wout e Bommel (2006), que
demonstraram que 50% dos respondentes a um questionrio, consideram 500 lux
um nvel de iluminncia adequado leitura, enquanto que os restantes 50%
responderam que este nvel era baixo, preferindo nveis de iluminao mais
elevados (Figura 1.13).
Os nveis de iluminao recomendados, de acordo com o grau de exigncia
visual da tarefa, esto referenciados em tabelas, constantes de documentos
normativos (Quadro 1.3), como por exemplo normas europeias EN 12464
(2002), DIN 5035 (1990) e ISO 8995 (2002).
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Figura 1.13 Estudo sobre iluminncia em ambiente de escritrio. (Fonte: FGL, 2000).
Quadro 1.3 Intervalos de iluminncia recomendada para classes de tarefas (Norma DIN
5035 2: 1990).
Tarefas Iluminncia
Mnimo p/a locais de trabalho, s/ actividade 100 150 lx
Classe I: Tarefas visuais simples, s/ gde. esforo 250 500 lx
Classe II: Observao contnua de detalhesmdios
500 1000 lx
Classe III: Tarefas visuais contnuas e precisas 1000 2000 lx
Classe IV: Tarefas mto. precisas e c/ gde. esforo > 2000 lx
A norma DIN 5035 2 (1990) descreve os nveis de iluminao
detalhadamente, mencionando exemplos de actividades.
Por sua vez, a norma ISO 8995 (2002) apresenta requisitos de iluminao
interior de locais de trabalho, para diferentes tarefas. Os valores so
estipulados em funo das exigncias visuais da tarefa, das necessidades
Estudo sobre os nveis de iluminncia que melhor se adequam leitura nos espaos de escritrio:
1 Metade dos respondentes satisfeitos com nveis de iluminncia de 500 lx ou mais;
2 A maioria dos respondentes prefere valores entre 1000 e 3000 lx.
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fisiolgicas e da necessidade de uma utilizao ptima de energia, ao menor
custo. Um desempenho visual satisfatrio e o bem-estar dos utilizadores so
objectivos a prosseguir (Miguel, 2006).
De modo exemplificativo, e de acordo com as normas ISO 8995 (2002) e EN12464 (2002), apresentam-se os nveis mnimos recomendados de iluminncia
mdia para as tarefas visuais desempenhadas em salas de escritrio (Quadros
1.4 e 1.5).
Quadro 1.4 Valores de iluminncia mdia recomendados para tarefas visuais de
escritrio (ISO 8995:2002).
Tarefas de Escritrio Iluminncia mdia da tarefa
- Arquivo, fotocpias, circulao, etc. 300 lux
- Escrita, leitura e processamento de
dados
500 lux
- Desenho tcnico 750 lux
- Unidade de CAD 500 lux
- Salas de conferncias e de reunio 500 lux
- Recepo 300 lux
Quadro 1.5 Valores de iluminncia e uniformidade recomendados para a rea da tarefa
e da vizinhana em geral, onde se incluem as tarefas de escritrio (ISO 8995:2002 e EN
12464:2001).
rea da tar