descriÇÃo e especificaÇÕes tÉcnicas - daer-rs...elaborado pelo daer/rs/dp – spr – unp,...

31
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DOS TRANSPORTES DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM – DAER/RS PROGRAMA DE REVESTMENTOS POLIÉDRICO DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS JUNHO – 1993

Upload: others

Post on 07-Feb-2021

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DOS TRANSPORTES

    DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM – DAER/RS

    PROGRAMA DE REVESTMENTOS POLIÉDRICO

    DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

    JUNHO – 1993

  • GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DOS TRANSPORTES

    DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM – DAER/RS

    PROGRAMA DE REVESTMENTOS POLIÉDRICO

    DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

    JUNHO - 1993

  • PREFÁCIO

  • PREFÁCIO Com a criação do Programa de Revestimento Poliédrico, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul, através da Secretaria dos Transportes e do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem - DAER/RS, apresenta aos Senhores Prefeitos Municipais um desafio. Trata-se de, com parcos recursos, dar condições permanentes de trafegabilidade a rodovias municipais de baixo volume de trafego. Nessa idéia, unem-se as potencialidades criadoras das comunidades, representadas pelo Srs. Prefeitos Municipais, os recursos financeiros do Estado e a capacidade técnica do DAER, em beneficio de uma maior e melhor garantia de escoamento da produção. As rodovias assim revestidas poderão, no futuro, serem capeadas por misturas asfálticas. Instado a conceber o Programa, o Corpo Técnico do DAER superou-se. Preocupado com complexos conceitos matemáticos, dedicado à Teoria da Elasticidade, a ensaios tecnológicos sofisticados, a métodos de dimensionamento de pavimentos, teve que dar a luz a um Programa de extrema simplicidade. Para isso, buscou subsídios na experiência do Departamento de Estradas de Rodagem do estado do Paraná/DER-PR, onde programa similar vem sendo desenvolvido, há já alguns anos, com excelentes resultados. Este apoio foi fundamental, e a oportunidade de ver o desempenho de trechos já revestidos levou nossos técnicos a convicção de que, neste momento histórico, o REVESTIMENTO POLIÉDRICO constitui, de fato, uma solução adequada e capaz de melhorar os padrões de conforto das redes rodoviárias municipais. A Direção do DAER registra o fato com satisfação, uma vez que, sob seu ponto de vista, lidera uma equipe que responde aos desafios, não importando a maior ou menor complexidade técnica do problema. O que realmente importa é produzir o máximo, com os recursos disponíveis. Deseja também agradecer ao DER-PR pela inestimável colaboração. Este é o sentido do nosso Programa de Revestimento Poliédrico. Seu sucesso dependera da receptividade que os Senhores Prefeitos Municipais derem ao chamamento do DAER.

    A DIREÇÃO

  • Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem Conselho Executivo

    * D E C I S Ã O Nº 21.194 *

    Sessão Ordinária nº 2.965, dia 05 de julho de 1993.

    O CONSELHO EXECUTIVO DO DAER, regularmente reunido em Sessão desta data e no uso de suas atribuições legais, tendo presente o proces-so CE-19.735(02.760/92-3) no qual a Diretoria-Geral encaminha ao Conselho, para fins de apreciação, o PROGRAMA DE REVESTIMENTO PO- LIÉDRICO e ESPECIFICAÇÕES, elaborado pelo DAER/RS/DP — SPR — UNP,' CONSIDERANDO os elementos constantes do processo; CONSIDERANDO O relato expendido em Plenário pelo Conselheiro Relator José Francisco Duarte Néto, cujos fundamentos acolhe, por unanimidade,

    D E C I D E:

    - aprovar o PROGRAMA DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO E ESPECIFICAÇÕES, elaborado pelo DAER/RS/DP – SPR – UNP, incluso no processo n° 02.760/92-3. -

    CONSELHO EXECUTIVO DO DAER, em 05 de julho de 1993. -

  • Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem Diretoria Geral

    GDG/582/93 Porto Alegre, 06 de julho de 1993.

    Senhor Presidente:

    Pelo presente, estamos agradecendo a es-sa prestigiada Associação, pela sua contribuição na elabora- ção do Programa de Revestimento Poliédrico e Especificações, especialmente na indicação e participação do Eng° Flavio Maestri, que muito contribuiu para que o referido programa chegasse a bom termo e fosse aprovado por unanimidade em réu-nião do Conselho Executivo deste Departamento.

    Com os votos de uma feliz gestão na di- reção da AGEC, subscrevemo-nos, atenciosamente.

    Ilustríssimo Senhor Eng° Athos Roberto Cordeiro Muito Digno Presidente da Associação

    Gaucha de Empresas de Consultoria CANOAS - RS NT/MV

  • ELABORADO PELO DAER I RS DP-SPR - UNP COLABORAÇÃO DO ENG° FLAVIO MAESTRI

  • SUMÁRIO

  • SUMÁRIO

    1 - DESCRIÇÃO DO PROGRAMA......................................................................... 1

    1.1 - Introdução ..................................................................................................... 2

    1.2 - Bases Gerais do Programa ........................................................................... 3

    1.3 - Execução e Fiscalização das Obras .............................................................. 3

    1.4 - Roteiro para Assinatura do Termo de Cooperação Técnica e Financeira ..... .4

    2 – ESPEClFlCAÇÕES TÉCNICAS PARA OBRAS DE REVESTIMENTO POLIÉDRICOS ....................................................................................................... 6

    2.1 - Generalidades ............................................................................................... 7

    2.2 - Materiais ........................................................................................................ 7

    2.3 - Equipamentos ............................................................................................... 8

    2.4 - Execução ....................................................................................................... 9

    2.5 - Controle ......................................................................................................... 20

    2.6 - Medição e Pagamento .................................................................................. 21

  • 1

    1 - DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

  • 2

    I - DESCRIÇÃO DO PROGRAMA 1.1 - Introdução O GOVEMO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, através da SECRETARIA DOS TRANSPORTES E DEPARTAMENTO AUTONOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DAER/RS, está implantando no RS o PROGRAMA DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO de rodovias municipais. Este revestimento consiste na aplicação das tradicionais técnicas de calçamento com pedras irregulares, aperfeiçoadas e com padrões de execução definidos através das especificações técnicas que compõe este volume. O programa será implementado sob a forma de CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA firmado entre as PREFEITURAS MUNICIPAIS e o DAER-RS. Os serviços serão executados ou empreitados pelas prefeituras, sendo fiscalizados e medidos mensalmente pelo DAER que repassará aos municípios os valores correspondentes aos segmentos concluídos. Esta modalidade apresenta inquestionáveis vantagens para o Estado e para os Municípios: - redução dos custos de execução com a utilização dos equipamentos e estrutura das próprias prefeituras; - redução dos custos de conservação dos trechos revestidos não comprometendo orçamento futuros das municipalidades; - garantia de condições permanentes de trafego com velocidade de operação satisfatória; - vida útil bastante grande; - geração de grande numero de empregos pela utilização de mão-de-obra local (em média 70 empregos diretos por frente de serviço para a execução de 1 Km/mês).

  • 3

    É, portanto, uma solução inovadora para estradas vicinais com pequena estimativa de trafego, garantindo condições permanentes e melhores de circulação de veículos e produtos no interior dos municípios. 1.2 - Bases Gerais do Programa As rodovias abrangidas pelo PROGRAMA deverão apresentar obrigatoriamente as seguintes características: a) ser municipais e não ter possibilidades de integrar o SRE num horizonte de 10 anos; b) ter um VDM menor do que 200 veículos/dia; c) ter extensão máxima de 10 km e ligar a sede a distritos ou comunidades do município; d) localizar-se em zona de minifúndios ou médias propriedades; e) obedecer aos padrões exigidos pelas ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS quanto à geologia da região, propriedades do sub-leito, topografia e condições de drenagem, quando isto não ocorrer em algum aspecto corrigível (ex. drenagem) as correções deverão ser feitas pelas Prefeituras Municipais; os serviços correspondentes a essas etapas não farão parte do TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA que engloba apenas os aspectos relativos a execução do REVESTIMENTO POLIÉDRICO; f) os custos de cada rodovia incluída no programa serão apresentados pelas Prefeituras Municipais ao DAER/DP-SPR para aprovação e serão orçados por km de rodovia, com pista de 6m de largura (L= 6,00m), considerada entre as faces interna dos cordões (tentos). As despesas ficarão divididas entre o DAER e as Prefeituras Municipais na proporção de 65% para o primeiro e 35% para as Prefeituras, sendo os valores correspondentes ao DAER cobertos pelo projeto 3186 CONSTRUÇÃO DE TRECHOS ESPECIAIS. 1.3 - Execução e Fiscalização das Obras a) As obras deverão ser executadas de acordo com as ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO/DAER-RS diretamente pelas

  • 4

    Prefeituras Municipais ou por empreitada, mediante licitações realizadas por estas; b) A fiscalização das obras será feita pelo DAER através das Unidades de Conservação. c) O Engenheiro Fiscal aprovará previamente: - a jazida de basalto e a forma das pedras; - a jazida de argila para o colchão de assentamento; - o subleito da rodovia, inclusive o sistema de drenagem; - os equipamentos a serem utilizados na execução dos serviços. d) O pagamento dos serviços executados será feito pelo repasse às Prefeituras, dos valores correspondente aos segmentos totalmente concluídos, medidos pelo DAER, sendo a unidade “km DE RODOVIA REVESTIDA”. 1.4 - Roteiro para Assinatura do Termo de Cooperação Técnica e Financeira a) Solicitação pelo Senhor Prefeito Municipal, ao Secretário dos Transportes da inclusão de determinada rodovia no PROGRAMA DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO. Deverá ser indicado o trecho, a extensão, uma justificativa, o orçamento da obra com a discriminação dos serviços e apresentado mapa com a localização da rodovia. b) O processo será encaminhado ao DAER-DP/SPR para elaboração de parecer técnico/econômico sobre o trecho solicitado. c) O parecer da SPR será enviado a Diretoria de Planejamento e posteriormente à Diretoria Geral. Se for negativo, a Prefeitura Municipal será comunicada. Se for favorável, a DG decidirá sobre a sua execução. d) Decidida à execução, deverá ser anexada ao processo cópia do TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA e o mesmo encaminhado ao Conselho Executivo do DAER para aprovação. e) Aprovado pelo Conselho Executivo deverá ser feito empenho pela SCM e após remetido o processo a Comissão de Controle. f) Com o parecer favorável da Comissão de Controle será assinado o TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA E FINANCEIRA. g) Este será enviado a Secretaria dos Transportes, que o encaminhará a Casa Civil, e finalmente a Assembléia Legislativa para aprovação.

  • 5

    h) Com a aprovação da Assembléia Legislativa, retomará ao DAER, sendo então enviado à Unidade de Conservação responsável para serem iniciadas as obras.

  • 6

    2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA OBRAS DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO

  • 7

    2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA OBRAS DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO 2.1 - Generalidades A presente Especificação trata dos procedimentos a serem aplicados na execução de obras de revestimento com pedras irregulares (REVESTIMENTO POLIEDRICO). Este tipo de revestimento pode ser executado com a dispensa de projetos individualizados, sem comprometimento de sua performance, quando atendidas as seguintes condições: a) GEOTÉCNICAS: Subleito em argila com poder suporte (CBR) > 7 e expansão < 2%. b) TOPOGRAFICAS: A topografia deve permitir a drenagem das águas superficiais do leito estradal. Essa condição, via de regra, é facilmente atendida nas estradas vicinais do tipo “ROLLING GRADE”, construídas no ou próximas ao divisor de águas. c) DE DRENAGEM: O lençol freático não deve estar próximo da superfície do subleito, devendo ficar, pelo menos, 1,50m abaixo deste. Quando tais condições não se verificarem, deverão ser buscadas soluções que permitam o atendimento das mesmas. Se isto não for possível, o trecho não poderá ser incluído no programa. 2.2 - Materiais 2.2.1 - Pedras As pedras irregulares devem ser de basalto, mostrar uma distribuição uniforme dos materiais constituintes e não apresentar sinais de desagregação ou decomposição. Devem ter a forma de poliedros de quatro a oito faces com a superior plana. A maior dimensão dessa face deve ser menor do que a altura da pedra quando assentada e suas medidas estar compreendidas dentro dos seguintes limites:

  • 8

    a) deve ficar retida em um anel de 8cm de diâmetro; b) deve passar em um anel de 18cm de diâmetro. 2.2.2 - Cordões ou Tentos Os cordões ou tentos são elementos de contenção e proteção das bordas do calçamento constituídos por peças de pedra (basalto) com formato aproximadamente retangular e com as seguintes dimensões: piso: 0,12 m; altura: 0,35 m; comprimento: 0,45 m. Também poderão ser usadas para esse fim pedras irregulares com peso mínimo de 20Kg e que apresentem duas faces planas formando esquadro. 2.2.3 - Argilas. O material argiloso deve apresentar coloração vermelha, vermelha escura ou marrom, cores características das argilas lateríticas encontradas em abundancia no Planalto do RS. Devem atender um CBR mínimo de 7% e expansão < 2% Recomenda-se como limites físicos Índice de Plasticidade T < IP < 15 e Limite de Liquidez LL 50% o que caracteriza argilas de média plasticidade e baixa compressibilidade. 2.3 - Equipamentos 1) Motoniveladora ou tratores de esteiras leve e médio, com lâminas frontais. 2) Rolo liso, vibratório ou estático, de 10 t. 3) Caminhão basculante. 4) Caminhão pipa.

  • 9

    5) Ferramentas manuais. 6) Rolo vibratório com patas curtas. 7) Trator de lâmina com carregadeira frontal ou equivalente. 2.4 - Execução 2.4.1 - Terraplenagem e Obras de Obras de Arte Correntes (Anexo 1, 2) Para efeito desta Especificação, consideram-se concluídas essas fases. 2.4.2 - Preparo do Subleito: (Anexos 1, 2, 3, 4, 5, 6) a) quando necessária a conformação do subleito, dentro dos perfis transversais, greides e alinhamentos previstos no projeto (vide Anexos), esta deverá ser feita, preferencialmente, pelo aporte de material, ou pela escarificação, patrolagem e compactação do subleito existente, evitando-se cortes; b) onde o subleito não apresentar condições favoráveis à compactação como: baixo suporte, material saturado, etc., este deverá ser removido e substituído por material selecionado de modo a se obter um bom suporte; c) o perfil transversal do subleito deverá conformar rampas de 4% para greide (perfil de projeto longitudinal) de até 3%; Para greide acima de 3% essa inclinação transversal poderá ser reduzida para 3%; (Anexos 3, 4); d) deverá ser executada superelevação da plataforma em curvas horizontais, utilizando-se a taxa máxima de 4% e comprimento fictício de transição, antes do inicio da curva, de 30 m para distribuição da superelevação (Anexos 5, 6); e) nos bordos da terraplenagem, deverão ser executadas valetas de pé de corte de modo a dar escoamento as águas superficiais;

  • 10

  • 11

  • 12

  • 13

  • 14

    f) a compactação, quando o material for granular, poderá ser feita com rolo liso estático ou vibratório; quando o material for argila, a compactação deverá ser feita com rolo pé de carneiro; g) eventuais manobras do equipamento de compactação que impliquem variações direcionais prejudiciais deverão se processar fora da área de compactação; h) em lugares inacessíveis ao equipamento de compactação, ou onde seu emprego não for recomendável, a compactação requerida será feita com compactadores portáteis, manuais ou mecânicos. 2.4.3 - Abertura das Valas para colocação dos Cordões Laterais (Anexo 7) Concluída a regularização e estando o leito conformado, com a seção e o perfil de projeto, serão assentados os cordões laterais: a) para o assentamento dos cordões serão abertas manualmente, valas longitudinais localizadas nos bordos da plataforma, com profundidade compatível com a dimensão das peças; b) a marcação da vala será feita topograficamente, obedecendo alinhamento, perfil e dimensões estabelecidas no projeto (Anexo 7); c) o material resultante da escavação deverá ser depositado na lateral, fora da plataforma. 2.4.4 - Assentamento dos Cordões Laterais (Anexo 8) a) Os cordões laterais de contenção serão assentados no fundo das valas e suas arestas superiores rigorosamente alinhadas. b) Os topos dos cordões deverão ficar 0,15m acima do subleito preparado e coincidentes com a superfície do revestimento. O fundo das valas deverá ser regularizado e apiloado. Para corrigir o recalque produzido pelo apiloamento poderá ser utilizado o material da própria vala que será, por sua vez, apiloado. A operação deverá ser repetida até atingir o nível desejado.

  • 15

  • 16

    c) O enchimento lateral das valas, para firmar as peças, deverá ser feito com o mesmo material da escavação, fortemente apiloado com soquetes não muito pesados para não desalinhar as peças. 2.4.5 - Contenção Lateral (Anexo 9) Após a colocação dos cordões, será executada na parte externa, correspondente aos acostamentos, a contenção lateral, de acordo com os seguintes padrões: a) colocação de solo do próprio local, formando um triangulo de altura: 0,15m e base: 1,00m, colocado atrás dos cordões que deverá ser compactado com soquetes manuais ou pela passagem do rolo compressor, quando da fase final da compactação da pedra; b) a contenção, apos concluída, deve coincidir com a superfície do revestimento. 2.4.6 - Colocação do Colchão de Argila (Anexo 10) Concluída a contenção lateral, será espalhada sobre o subleito compactado, uma camada de solo argiloso que atenda o especificado do item 2.3, devendo ser executada como segue: a) a camada será espalhada manualmente e deve atingir uma espessura mínima de 0,15m, coincidente com a superfície de projeto do calçamento; b) o colchão de solo argiloso terá espessura variável entre 0,15m e 0,20m, com a finalidade de corrigir pequenos defeitos do sub-leito. 2.4.7 - Assentamento da Pedra Irregular (Anexos 11 e 12) a) Sobre o colchão de argila o encarregado fará o piqueteamento dos panos, com espaçamento de 1 metro no sentido transversal e de 4 a 5 metros no sentido longitudinal, de modo a conformar o perfil projetado. Assim, as linhas mestras formam um reticulado facilitando o trabalho de assentamento e evitando desvios em relação aos elementos do projeto. Nessa marcação o

  • 17

  • 18

  • 19

    encarregado verifica a declividade transversal e longitudinal e, no caso das curvas, a superelevação. b) Concluída a marcação segue-se o assentamento das pedras que é feito por cravação, com as faces de rolamento planas, cuidadosamente escolhidas. Na cravação, feita com auxilio de martelo, as pedras deverão ficar bem entrelaçadas e unidas, de modo que não coincidam as juntas vizinhas e se garanta um perfeito travamento. Não são admissíveis pedras soltas, sem contato direto com as adjacentes, nem travamento feito com lascas, que terão apenas a função de preencher os vazios entre pedras já travadas. 2.4.8 - Rejuntamento Concluído o assentamento das pedras, processa-se o rejuntamento. Para isso, espalha-se manualmente sobre a superfície do calçamento uma camada de solo (o mesmo utilizado no colchão) de cerca de 3cm. Após, com o auxílio de rodos e vassouras, movimenta-se o material, de forma a facilitar a penetração entre os vazios, removendo-se o excesso. Caso exista pó de pedra e seu custo não seja superior a utilização da argila, o mesmo poderá ser utilizado para este rejuntamento. 2.4.9 - Compactação Após a conclusão do rejuntamento, inicia-se a compactação com rolo compressor liso de 3 rodas ou do tipo tandem, de porte médio, com peso mínimo de 10 t. ou ainda rolo vibratório. a) O revestimento deve ser executado em pista inteira, sendo vedado executá-lo em meia pista. Não deve haver qualquer circulação de veículos sobre o mesmo durante a obra, sendo imprescindível à existência de desvios que permitam a passagem fora das pistas. Somente após a rolagem final ele estará apto a receber tráfego, tanto de animais como de veículos automotores.

  • 20

    b) A rolagem deverá ser feita no sentido longitudinal, progredindo dos bordos para o eixo nos trechos em tangente, e do bordo interno para o externo nos trechos em curva. c) A rolagem deverá ser uniforme, progredindo de modo que cada passada sobreponha metade da faixa já rolada até a completa fixação do calçamento, ou seja, que não se observe nenhuma movimentação das pedras pela passagem do rolo. d) Quaisquer irregularidades ou depressões que venham a surgir durante a compactação, deverão ser corrigidas renovando ou recolocando as pedras, com maior ou menor adição de material no colchão e em quantidades adequadas a completa correção do defeito verificado. e) Na ocorrência individualizada de pedras soltas, essas deverão ser substituídas por peças maiores, cravadas com auxilio de soquete manual. f) Para a conclusão da compactação deverá ser espalhada sobre a superfície de rolamento, nova camada de material de rejuntamento de aproximadamente 3cm para a rolagem final. O material que ficar por excesso será retirado pela ação do trafego e das chuvas. 2.4.10 - Proteção Vegetal (Anexos 5 e 6) De modo a prever possíveis erosões deverá ser realizada proteção vegetal nos bordos laterais com capim cidreira (erva), transformado em pequenas mudas e plantado a 0,30m do cordão de pedra com espaçamento de 0,25m no sentido longitudinal. 2.5 - Controle a) Todo o material a ser empregado deverá ser previamente aprovado e verificadas as condições de aplicabilidade. b) O calçamento não deverá ser executado quando o material do colchão estiver excessivamente molhado (saturado).

  • 21

    c) O revestimento pronto deverá ter a forma definida pelos alinhamentos, perfis, dimensões e seção transversal típica, estabelecidas pelo projeto (VER Anexos). d) No inicio de cada obra, sob a supervisão direta do Engenheiro Fiscal, ser executado um TRECHO PADRÃO com área mínima de 20m², que servira de padrão para o recebimento da obra. 2.6 - Medição e Pagamento a) O Eng° Fiscal emitirá, mensalmente, medições dos serviços concluídos em quilômetros. b) O pagamento será feito pelo repasse às Prefeituras de parcelas mensais correspondentes às serviços medidos.

  • 22

    QUADRO DE QUANTIDADES E CUSTOS

    PREÇO ITEM DESCRIÇÃO UNID. QUANT. UNITÁRIO TOTAL

    1 - ASSENTAMENTO DE CORDÕES E CONTENÇÃO LATERAL

    Extração, corte, carga, transporte, descarga dos cordões. m

    Assentamento dos cordões m

    Contenção lateral c/solo local m³

    2 - COLCHÃO E ASSENTAMENTO DA PEDRA

    Escavação, carga, transporte, descarga e espalhamento de argila. m³

    Extração, corte, carga, transporte e descarga da pedra. m²

    Assentamento da pedra m²

    3 - PREENCHIMENTO E COMPACTAÇÃO

    Escavação, carga, transporte, descarga e espalhamento da argila. m³

    Compactação m²

    4 - FORNECIMENTO E PLANTIO DE ERVA CIDREIRA

    un

    VALOR GLOBAL

    VALOR /Km

    CapaPREFÁCIOSUMÁRIOI - DESCRIÇÃO DO PROGRAMA1.1 - Introdução1.2 - Bases Gerais do Programa1.3 - Execução e Fiscalização das Obras1.4 - Roteiro para Assinatura do Termo de Cooperação Técnica e Financeira

    2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS PARA OBRAS DE REVESTIMENTO POLIÉDRICO2.1 - Generalidades2.2 - Materiais2.2.1 - Pedras2.2.2 - Cordões ou Tentos2.2.3 - Argilas.

    2.3 - Equipamentos2.4 - Execução2.4.1 - Terraplenagem e Obras de Obras de Arte Correntes2.4.2 - Preparo do Subleito:2.4.3 - Abertura das Valas para colocação dos Cordões Laterais2.4.4 - Assentamento dos Cordões Laterais2.4.5 - Contenção Lateral2.4.6 - Colocação do Colchão de Argila2.4.7 - Assentamento da Pedra Irregular2.4.8 - Rejuntamento2.4.9 - Compactação2.4.10 - Proteção Vegetal

    2.5 - Controle2.6 - Medição e Pagamento

    QUADRO DE QUANTIDADES E CUSTOS