década de 60

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  • Esttica dos Anos 60

    Pop Art, Op Art, Minimalismo, Arte Conceitual, Mod, Mao, Hippies, Era Espacial, British Invasion, Provos, Psicodelia, Contracultura, plstico, aeronutica, aerodinmica, tomam o lugar da influncia das turbinas de jatos e do estilo rockn'roll e teddy boys dos anos 50. Ps Modernismo.

    1. DESIGN/MVEIS;

    O plstico passa a ter influncia fundamental na concepo e no design na dcada de 60. Suas vrias frmulas tornam possvel a utilizao em larga escala no processo industrial.

    Ball Chair, 1963, do finlands Eero Aarnio.

    Pastilli Chair, 1967, Eero Aarnio (FIN) Fiberglass e polister reforado (influncia espacial), Prmio American Industrial Award 1968.

  • Egg Chair, 1968, de Peter Ghyczy, alemo de origem hngara;

    Garden Egg Chair, Peter Ghyczy (ALE);

    Rino Levi (ITA), ambiente tpico dos anos 60;

  • Le Balmoral Milk Bar, Blgica;

    Panton Chair em ambiente formal;

    Panton Chair, 1960/1963, do arquiteto e designer Vernon Panton (DIN), a primeira cadeira de plstico injetado. comercializada at hoje Produzida pela Vitra a partir de 1967;

  • A influncia hippie inspirou os designers italianos, Piero Gatti, Cesare Paolini e Franco Teodoro a criar para a Zannota, a primeira cadeira-pufe (a partir das almofadas hippies), Sacco, um saco cheio de poliestireno que se moldava ao corpo;

    Blow Chair, 1967, Poltrona Inflvel, dos italianos Paollo Lomazzi, Jonathan de Pas e Donato dUrbino. Essa cadeira lanou o conceito Pop Design;

    Banco Tam Tam, 1968, de Henry Massonet (FRA), inspirado nas colunas gregas. Em polipropileno;

    Cadeira Eureka, de Giovanni Travasa (ITA), largamente difundida nos anos 60;

  • 2. MODA; A moda nos anos 60 foi muito influenciada pelas criaes de Mary Quant, Barbara Hulanicki, Paco Rabanne, Pierre Cardin e Andr Courrges. A criao da estamparia rotativa imprimiu velocidade e qualidade produo de tecidos. Vrios assuntos foram fundamentais na criao dos tecidos, com os designers inspirando-se em artistas como Mondrian, no psicodelismo, Op Art, motivos hippies.

    Palla Lounge Chair, 1966, Giovanni Travasa (ITA). Parece uma verso orgnica da Ball Chair;

    Cadeira Modesty Blaise (personagem original do escritor Peter ODonnell e do artista Jim Holdaway, 1963), autoria no descoberta, encontrada em bq of sweden, personagem do filme homnimo estrelado por Monica Vitti e direo de Joseph Losey, 1966;

  • At 1961, o penteado que influenciou os jovens, era o corte Teddy Boy, la Elvis. A partir de 1962, o penteado que influenciou os Mods, Mary Quant, e cuja esttica iria influenciar a moda e vrias geraes, foi o corte feito pela fotgrafa Astrid Kirchher em seu namorado Stu Sutcliffe, o 5 beatle - deixou a banda para se dedicar s artes plsticas e faleceu pouco depois nos tempos das apresentaes em Hamburgo, no incio da banda. Esse penteado ficou conhecido como estilo beatles ou mop top e criou indignao na Gr-Bretanha quando os Beatles surgiram na cena, e logo se alastrou por toda a Europa e pelo mundo.

    John Lennon e George Harrison, 1962, no atelier de Stu, aps sua morte, j com o corte de cabelo feito por Astrid e (depois) Klaus VoormaN;

    Astrid e Stu, 1962;

    Mary Quant considerada a inventora da mini-saia, mas ela mesma admite dividir esse mrito com Andr Courrges. Sua loja na Kings Road uma das principais referncias da Swinging London, assim como Barbara Hulanicki, com sua Biba Boutique, que divulgou e popularizou a moda que brotava nas ruas de Londres, com valores acessveis s garotas londrinas.

  • Paco Rabanne utilizava da geometria para criar micro vestidos de plaquinhas de plstico ou metal e dessa forma recriava o conceito de vestir.

    Dois cones da Swinging London: o Mini e a mini;

    Twiggy, outro cone da moda dos anos 60;

    Jane Fonda vestindo Paco Rabanne em Barbarella (original do escritor e ilustrador Jean-Claude Forest), de Roger Vadin, 1968;

  • Franoise Hardy com um micro Rabanne de plaquinhas;

    Yves Saint Laurent inspirou-se em Mondrian para construir seus modelos, 1965;

    Pierre Cardin foi bastante inovador com modelos unisex e estilo espacial. Criou os terninhos iniciais dos Beatles;

  • Bubble Series, Melvin Sokolsky para Harpers Bazaar, 1963 (inspirado em O Jardim das Delcias, de Hyeronimus Bosch);

    Space Age, 1964, um desfile futurista de Andr Courrges;

  • Veruschka, veste Emilio Pucci, 1965;

    Estampa inspirada em motivos psicodlicos;

    Pretinho bsico, de onde vem? Com razes mais antigas, consolidou-se a partir desse look de Hubert de Gyvenchy, para Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo, filme de Blake Edwards, 1961;

  • 3. ARTE;

    A dcada de 1960 marcada pela velocidade das vanguardas artsticas, que tem Nova Yorque como capital cultural do sculo XX. Dentre as manifestaes artsticas como Minimalismo, Op Arte, Arte Cintica, Novo Realismo e Tropiclia, a Pop Arte surgida na Inglaterra, mas apropriada e difundida pelos norte americanos foi a vanguarda mais decisiva da dcada. Sem programa preestabelecido, sem manifesto, utilizando-se do repertrio do cotidiano do consumo e da cultura de massa, foi rapidamente transformada em tendncia internacional. Isso mostrou o poder cultural dos americanos.

    - Pop Art;

    Com clima todo inspirado na psicodelia dos anos 60, trata-se de uma obra fotogrfica de Shae Acopian Detar, de 34 anos;

    Jasper Johns, Mapa Pop dos EUA, 1961;

  • No Brasil, vrios artistas foram influenciados pela Pop Art, como Wesley Duke Lee, Carlos Fajardo, Paulo Baravelli, Aguilar, entre muitos outros, mas com assuntos que refletiam as condies polticas no Brasil.

    Andy Warhol, Campbells Soup, 1962;

    Roy Lichtenstein, The Crying Girl, 1964;

    Robert Indiana, Love, 1964;

  • - Arte minimalista e conceitual;

    Marcelo Nitsche, Mo, 1967;

    Rubens Guerchmann, Policiais Identificados na Chacina (Registro Policial), 1968;

    Yves Klein, Blue Monochrome, 1961;

  • - Op Art;

    Sol LeWitt, Wall Drawing, 1968;

    Donald Judd, Sem Ttulo, 1968;

    Riley, Movements in Squares, anos 60;

  • - Arte Psicodlica;

    - Capas de discos;

    Keiichi Tanaami, anos 60;

    The Beatles, Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, junho 1967;

    Concepo grfica e design de Peter Blake e Jann Haworth fotos de Michael Moore;

  • The Rolling Stones, Their Satanic Majesties Request, novembro 196

    Produo da capa e fotos: Michael Cooper; A imagem foi inicialmente fotografada em 3D.

    Observada com ateno, ao se fazer movimento, surgem os quatro rostos dos Beatles, uma espcie de resposta pela faixa Welcome The Rolling Stones, na capa do Sgt Pepper.

    The Velvet Underground, Velvet Underground & Nico, maro 1967;

    Produo e design de Andy Warhol;

    The Incredible String Band, The 5000 Spirits or the Layers, 1967;

    Arte grfica: The Fool;

    Caetano Veloso, Caetano Veloso, 1968;

    Layout da capa: Rogrio Duarte Fotografia: David Drew Zingg;

  • The Beatles, Yellow Submarine, 1968;

    Desenho de Heinz Edelman;

    Big Brother & The Holding Company, Cheap Thrills, 1968;

    Capa de Robert Crumb;

    The Beatles, The Beatles, 1968;

    Design Grfico : Richard Hamilton;

  • - Posters/Arte Grfica;

    Blind Faith, Blind Faith, 1969; Produo grfica e fotografia

    de Bob Seidemann Spaceship design: Mick Milligan;

    King Crimson, In The Court of Crimson King, 1969;

    Capa: Pintura de Barry Godber;

    Poster de Bob Dylan Sign of the Times by Milton Glaser, 1966;

  • Wes Wilson, Fillmore Concerts, 2 metade dos anos 60;

    Wes Wilson, Poster dos shows de Grateful Dead, Junior Wells, Chicago Blues Band e Doors, 1967;

  • 4. AUTOMVEIS; Um dos principais acontecimentos em termos de design de carrocerias em todo o mundo foi a criao da Italdesign, de Giorgetto Giugiaro, em Torino, ITA, 1968.

    Victor Moscoso, Poster para show do Steve Miller Band, 1967;

    Bizarrini Manta - Esse prottipo foi desenvolvido em apenas 40 dias e foi a estrela do Salone dellAutomobile de Torino de 1968. E revolucionou o conceito dos dream cars esportivos. A partir da, o studio desenvolveu modelos e conceitos para vrias montadoras. Criou o grande sucesso da Fiat (Uno), o grande sucesso da Vokswagen (Golf), modelos e conceitos para a Ferrari, Maseratti, BMW, Chevrolet Corvette, Suzuki, Alfa Romeo, Audi, Mitsubishi, entre outros. A partir dos automveis a Italdesign passou a desenvolver uma gama imensa de projetos, desde trens e mveis a cmeras fotogrficas (Nikon), mosaicos e formatos de macarro.

    Citron DS, 1960, uma revoluo que teve incio no final dos anos 50 e tornou-se sucesso de design nos anos 60;

  • Jaguar E Type, 1961; Recentemente foi escolhido em

    votao como o Mais belo carro de todos os tempos. Mas o Comendador Enzo Ferrari j havia dito isso anos atrs;

    Willys Interlagos 1961-1966;

    Volkswagen Karmann Ghia, 1962;

    Mini Cooper, 1963; Esse carrinho, com design de Sir

    Alec Issigonis, foi considerado recentemente o mais impactante em toda produo automobilstica da Inglaterra;

  • Atrs, um dos Mini que foi presenteado aos integrantes dos Beatles por seu empresrio Brian Epstein, pelo sucesso alcanado;

    frente, o Mini novo, j controlado pela BMW, produzido (srie limitada) em homenagem a George Harrison por ocasio de sua morte;

    Ford Mustang, 1964; Um verdadeiro clssico.

    Influenciou toda a indstria norte-americana poca;

    Porsche Speedster, 1965; Sempre foi e sempre ser um

    clssico;

  • 5. ARQUITETURA;

    Ferrari 275 GTB, 1964; Outro super clssico;

    Carros Chevrolet-Camaro-01 1968 SSChevrolet Camaro, 1968;

    Conta a histria que o Mustang foi baseado no Chevrolet Corvair Monza. O Camaro foi a resposta da Chevrolet inspirada no Mustang, e tornou-se o novo clssico dos pony car;

    - Archigram;

    Foi um grupo de arquitetos baseado em Londres, formado no comeo dos anos 60. Tinha o propsito de criar uma nova realidade atravs de projetos utpicos e hipotticos, reflexo da dinmica de mudanas em curso otimista do ps-guerra, nas artes plsticas, tecnologia, msica. Seus principais expoentes foram Peter Cook, Ron Herron, David Greene, Michael Webb, Dennis Crompton e Warren Chalk.

  • - Plug-in City, 1964;

    Inicialmente concebido por Peter Cook, como uma espcie de Lego, toda feita de espaos intercambiveis de acordo com a necessidade, acolhiam servios e habitaes e conectados atravs de passarelas, estruturas tubulares, trens, guindastes, etc.

    -The Walking City, 1964;

    Conceito de Ron Herron

  • Geodsica do arquiteto norte-americano Buckminster Fuller na Expo 1967 em Montreal, Canad. Buck revolucionou, criou o princpio de megas estruturas leves, um dos inspiradores do Archigram e Plug-in City.

    Drop City, 1965, inspirada nas geodsicas de Buckminster Fuller, iniciada por estudantes de arte e cinema da Universidade do Colorado, tornou-se a 1 comunidade rural hippie e underground nos EUA. Pessoas de todo o mundo chegavam para ajudar e participar das construes. partir de 1970, foi sendo desativada.

  • Marcio Kogan, uma arquitetura minimalista;

    Oscar Niemeyer, Edifcio Copan, um marco urbano paulistano, foi concebido em 1954, por ocasio do 4 centenrio da Cidade de So Paulo, foi iniciado em 1957 e inaugurado em 1966.

  • Adolf Franz Heep o autor do projeto do Edifcio Itlia, inaugurado em 1965 e continua sendo muito visitado por causa de seu terrao que proporciona uma viso de 360 da Cidade de So Paulo.

    Lina Bo Bardi arquiteta italiana radicada em So Paulo, criou o projeto do MASP em 1958. O MASP, essa joia incrustada no corao da cidade foi inaugurado em 8 de novembro de 1968 com a presena da Rainha Elizabeth II e do Prncipe Phillip da Inglaterra. Muito arrojado, com um vo livre de 74 metros, a obra tornou-se vivel atravs do engenheiro Jos Carlos de Figueiredo Ferraz.

  • 6. TECNOLOGIAS;

  • 7. MOVIMENTOS CULTURAIS; - Movimento Hippie;

    HIPPIE: JOVEM relaxado, e com os cabelos longos, jovem rebelde dos anos 60 que aceita a liberdade sexual e o uso de drogas.

    Para ser um hippie voc deve acreditar na paz como a maneira de resolver diferenas entre povos, ideologias e religies. A maneira paz com o amor e a tolerncia. Amar significa a aceitao de outra enquanto , dar-lhe a liberdade para expressar-se e no os julgar baseados em aparncias. Este o ncleo da filosofia do hippie.

    Assim ser um hippie no uma matria do vestido, do comportamento, do status econmico... uma aproximao filosfica vida que enfatiza a liberdade, a paz, o amor e um respeito para outro e terra. A maneira do hippie nunca morreu. .

    Comearam a surgir jovens rebeldes delinquentes, e desajustados, mas tinham um grande potencial criativo, e seus prprios ideais, o rock psicodlico, e as drogas, e as contradies dos antigos valores dados pela sociedade, marcaram esse perodo " mgico".

    A partir dos anos 50, comeam a surgir movimentos com esses pensamentos.

  • Os beatniks;

    Em pleno ps-guerra comeou a penetrar nos jovens um sentimento de insatisfao, mas ainda seguiam os papis antigos habituados pela sociedade. Foi nos Estados Unidos que os jovens no queriam mais viver ou seguir aquela vida medocre, e superficial, que viviam, eles queriam liberdade, emoes diferentes, sensaes novas. Por no conseguirem aceitar aquela sociedade, entram no mundo das drogas, e do lcool, e saam pela estrada em busca de aventuras, foi a que surgiu a gerao "beat", mais tarde batizados de "beatniks". Possuam sua prpria linguagem, suas prprias literaturas, escreviam sem usar muito as regras de sua lngua, usando grias e criando termos. Nessa poca surgiram escritores que at hoje tm grande influencias nos jovens, Allen Ginsberg, autor de "Howl", poema escrito com doses de erotismo e obscenidade que fizeram de Allen um smbolo mundial de depravao sexual e Jack Kerouac que escreveu o livro "P na Estrada", considerado a bblia dos beatniks, onde conta suas

  • aventuras pelas estradas, cruzando a Amrica de costa a costa. Criaram seu reduto na cidade de So Francisco, no bairro de North Beach.

    Em So Francisco, nos primeiros anos da dcada de 60, os jovens j tinham uma educao liberal, que estimulava a capacidade de expresso, os jovens passaram a serem mais crticos e contestadores. Queriam modificar a sociedade, queriam um mundo de sonhos, baseado s no amor e arte, e na paz. Queriam acabar com todos os sentimentos e atos ruins que cobriam o Planeta Terra, como a pobreza e o racismo, denunciar a poluio atmosfrica, se libertar da inveja e da cobia entre outros, tudo isso j estava semeando o movimento Hippie, que eram a forma concreta , que os beatniks queriam pois tambm estavam insatisfeitos com a sociedade, porm acreditavam em seus "sonhos dourados".

    The Family Dog;

    Foi responsvel por um grande acontecimento: a organizao do primeiro baile de rock da cidade, realizado em 16 de outubro de 1965, no Longshoreman's Hall, com quatro bandas locais. Essa poca mudou a cidade e principalmente o bairro North Beach, reduto dos beatniks, que passou a ser a rea um velho gueto negro que os jovens redecoraram com cores psicodlicas, incenso, roupas e joias orientais, criando uma comunidade por volta da esquina das ruas Haight com Ashbury. Essa comunidade tinha como a principal droga o cido lisrgico, conhecido como LSD, apesar de haverem centenas de mortes por overdose, o seu uso era defendido por Timothy Leary, entre outros artistas e personalidades.

    Os Blues eram as suas msicas, falavam da dor e davam voz as suas frustraes, sugiram essa viso de blues acompanhados de visuais psicodlicos, e muitas filosofias e crenas antigas, ideais de vida comunitria, amor livre, e crenas ancestrais (astrologia, tar, magia) e com as mais exticas religies orientais (budismo, taoismo), expressa nas figuras de So Francisco de Assis e Cristo (comeavam a surgir o Jesus Freaks: jovens que seguiam os ideais de Jesus, aliados a filosofia hippie), praticavam rituais dos primitivos ndios americanos e dos africanos, Os Hare Krishna tambm ganhavam fora. Havia uma nova indagaao para a espiritualidade...

  • Em 1966 houve o fim da The Family Dog, e agora o novo templo do rock era organizado por Bill Graham, dono do Filmore Auditorium e por Chet Helms, dono do Salo Avalonos grupos de rock de So Francisco (que eram pouco mais de meia dzia) passaram a se multiplicar, chegando, no final de 1966, a aproximadamente 1.500, todos sob a influncia do blues.

    -Tropiclia;

    O Tropicalismo foi um movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da msica popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, alm das participaes da cantora Gal Costa e do cantor-compositor Tom Z, da banda Mutantes, e do maestro Rogrio Duprat. A cantora Nara Leo e os letristas Jos Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve tambm o artista grfico, compositor e poeta Rogrio Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.

    Os tropicalistas deram um histrico passo frente no meio musical brasileiro. A msica brasileira ps-Bossa Nova e a definio da qualidade musical no Pas estavam cada vez mais dominadas pelas posies tradicionais ou nacionalistas de movimentos ligados esquerda. Contra essas tendncias, o grupo baiano e seus colaboradores procuram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra eltrica. Ao mesmo tempo, sintonizaram a eletricidade com as informaes da vanguarda erudita por meio dos inovadores arranjos de maestros como Rogrio Duprat, Jlio Medaglia e Damiano Cozzela. Ao unir o popular, o pop e o

  • experimentalismo esttico, as idias tropicalistas acabaram impulsionando a modernizao no s da msica, mas da prpria cultura nacional.

    Seguindo a melhor das tradies dos grandes compositores da Bossa Nova e incorporando novas informaes e referncias de seu tempo, o Tropicalismo renovou radicalmente a letra de msica. Letristas e poetas, Torquato Neto e Capinan compuseram com Gilberto Gil e Caetano Veloso trabalhos cuja complexidade e qualidade foram marcantes para diferentes geraes. Os dilogos com obras literrias como as de Oswald de Andrade ou dos poetas concretistas elevaram algumas composies tropicalistas ao status de poesia. Suas canes compunham um quadro crtico e complexo do Pas uma conjuno do Brasil arcaico e suas tradies, do Brasil moderno e sua cultura de massa e at de um Brasil futurista, com astronautas e discos voadores. Elas sofisticaram o repertrio de nossa msica popular, instaurando em discos comerciais procedimentos e questes at ento associados apenas ao campo das vanguardas conceituais.

    O movimento, libertrio por excelncia, durou pouco mais de um ano e acabou reprimido pelo governo militar. Seu fim comeou com a priso de Gil e Caetano, em dezembro de 1968. A cultura do Pas, porm, j estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trpicos.

    Sincrtico e inovador, aberto e incorporador, o Tropicalismo misturou rock mais bossa nova, mais samba, mais rumba, mais bolero, mais baio. Sua atuao quebrou as rgidas barreiras que permaneciam no Pas. Pop x folclore. Alta cultura x cultura de massas. Tradio x vanguarda. Essa ruptura estratgica aprofundou o contato com formas populares ao mesmo tempo em que assumiu atitudes experimentais para a poca.

    - Jovem Guarda;

    Foi um movimento surgido na segunda metade da dcada de 60, que mesclava msica, comportamento e moda. Surgiu com um programa televisivo brasileiro exibido pela Rede Record, a partir de 1965. Ao contrrio de muitos movimentos que surgiram na mesma poca, a Jovem Guarda no possua cunho poltico.

  • Os integrantes do movimento foram influenciados pelo Rock and Roll da dcada de 50 e 60 e pela percussora do rock no pas, Celly Campello (foi uma cantora e percussora do rock no Brasil, surgindo antes que a Jovem guarda). Com isso, faziam uma variao nacional do rock, batizada no pas de "l-l-l (expresso surgida em 1964, quando os Beatles lanaram o filme "A hard Day's Night", batizado no Brasil de "Os Reis do l-l-l"), com letras romnticas e descontradas, voltada para o pblico jovem. A maioria de seus participantes teve como inspirao o rock da dcada de 60, comandada por bandas como Beatles e Rolling Stones.

    Marx dizia: "O futuro est nas mos da Jovem Guarda". Essa frase de Marx influenciou o programa de auditrio da TV Record que foi comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderla. Esse programa impulsionou a venda de muitos acessrios e roupas.

    Instrumentos tpicos: guitarra eltrica, baixo, bateria e metais (instrumentos musicais de sopro como trompete).

    L l l: expresso de dominao do rock'n'roll brasileiro.

    Principais sucessos: "Quero Que V Tudo Pro Inferno"; "Festa de Arromba"; "Pare o Casamento"; "Garoto Papo-Firme"; "Biquni de Bolinha Amarelinha"; "Meu Bem";

    Em termos estilsticos o principal dolo e exemplo que influenciou as vestimentas masculinas desse movimento foi Elvis Presley: Jovem de bluso de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia ingnua. A minissaia e olhos maquiados chegaram com fora intensa e as perucas tambm estavam na moda e nunca venderam tanto. Wanderlia de minissaia, Roberto Carlos, de roupas coloridas e como na msica, usava botinha sem meia e cabelo na testa (como os Beatles). A palavra de ordem era "quero que v tudo pro inferno".

    8. PALETA DE CORES; Os anos 60 so marcados pela erupo de uma sociedade jovem, de revoluo e contracultura. Denominada de era psicodlica, as cores da dcada so bem abertas e vivas, com um equilbrio grande entre os tons frios e quentes. Quanto mais cor, melhor.

  • 9. MODA; - Acessrios femininos;

    Em 1960 a moda dos acessrios grandes estava to em alta e no precisavam estar por todo o corpo, porm, os poucos que estavam ali, eram grandes e chamativos. Os acessrios e enfeites comeam pela cabea como os laos, fitas e tiara de bolinhas. No rosto, os famosos culos de gatinho, que apesar de ser moda nos dias de hoje, estava no auge na dcada de 60. No pescoo as mulheres usavam tambm lenos ou colar que na maioria das vezes acompanha a cor da roupa (vestido, geralmente), sendo o mais usado o colar de prolas. Usar brincos de argola nos anos 60 tambm era moda, coloridos e grossos.

    Nos braos, no podemos nos esquecer das luvas, que so marcadas geralmente por serem usadas noite, comum combin-las com o cinto ou bolinhas do vestido, que na maioria das vezes da cor preta ou branca. Durante o dia as luvas so substitudas por pulseiras, que possuem diferentes formatos, podem ser redondas (normalmente conhecida), quadradas ou at mesmo em forma de heptgono, mas nada impedia as moas de usar diversas pulseiras ao mesmo tempo.

  • - Roupas femininas;

    As roupas femininas dos aos 60 no tm muito segredo, pois como sabemos as baladas eram frequentadas por mulheres de vestido, muitas vezes de bolinha, no comprimento do joelho ou abaixo, e que possuam cintos. As minissaias tambm estavam em alta nessa dcada.

  • Cores chamativas apareciam como estampas em quadrados e outras formas geomtricas nas roupas. O uso de cintos largos e chamativos tambm caa muito bem, assim como cabelo volumoso, cheio de laos, e enfeites como tiaras que chamam a ateno; Lenos e roupas de bolinhas.

  • - Sapatos femininos;

    Os sapatos tinham salto menos alto, e com tiras delicadas, muitas vezes com botes. Os sapatos mais usados eram do estilo boneca e sapatilhas, alm disso, algumas mulheres costumavam usar meia para acompanhar.

    Os sapatos com fivelas tambm eram muito bem vindos.

  • - Roupas masculinas;

    J a moda masculina nos anos 60 foi marcada pela rebeldia, o principal cone da poca foi James Dean, que anunciou toda a sua rebeldia com suas calas jeans e camisetas brancas bsicas, alm disso, as jaquetas de couro tambm marcaram poca.

    Alm das roupas dos anos 60 os homens da poca passaram a ter um ar mais rebelde, com motos e carros envenenados a poca ficou marcada e revolucionou o mundo da conquista.

  • 10. SLOGANS; Foi nos Anos 60 que nasceu um novo modo de viver, sonhar e morrer, no qual o que importava era a revoluo em beneficio do homem, em nome da liberdade. O novo homem devia estar de acordo com seus instintos. Buscava-se libertar o corpo e a alma de conceitos artificialmente institudos pela indstria cultural e pela comunicao de massa, e entrar em sintonia com seus desejos.

    O mundo sob os olhos dos profetas e grandes msticos falaram muito sobre isso, mas parecia algo longnquo e at mesmo impossvel. Um dia, em abril de 1961 o irreal se tornou real; um homem, sozinho dentro de uma nave espacial, viveu a incrvel experincia de ver a Terra em todo o seu conjunto, redonda, inteira. "A Terra azul". Este homem era Yuri Gagarin. Em 1969 o homem finalmente pisa na Lua, anunciando a chegada de um novo tempo. O mundo deixou de ser abstrato e passou, realmente, a existir.

    Entre os slogans grafitados pelos muros de Paris, podia-se ler: "Quando penso em revoluo quero fazer amor"; " proibido proibir" (titulo de uma musica do tropicalista Caetano Veloso); "A felicidade o poder estudantil";

    1951 / 1965: Isto faz um bem 1966 / 1971: Tudo vai melhor com Coca-Cola

    11. TEATRO;

    Dos fins da dcada de 60 em diante, a Literatura Dramtica brasileira, que at ento contava com rarssimos nomes de autoras teatrais, passara por uma considervel transformao. Por razes tanto histricas como sociais e culturais, mulheres como Renata Pallottini, Hilda Hilst, Leilah Assuno, Isabel Cmara, Consuelo de Castro e outras voltam-se para o teatro acompanhada atentamente pela crtica e pelo pblico, ampliando e enriquecendo nossa produo dramatrgica.

  • Abre-se assim um novo e importante espao pblico para a atuao feminina no Brasil.

    Teatro: cena de 68 - Flvio Deckes Texto referente ao livro 'Radiografia do terrorismo no Brasil' onde se descreve o cenrio no Brasil de 1968. Cita a perseguio sofrida pelo o elenco do espetculo Roda Viva e o sequestro de Norma Benguel em So Paulo.

    Teatro de Resistncia - Ita Cultural Um movimento teatral e um conjunto de dramaturgos que se colocaram contra o regime militar de 64.

    Teatro do Oprimido - Ita Cultural Movimento teatral e modelo de prtica cnico-pedaggica criada e desenvolvida por Augusto Boal (1931) nos anos 70. Possui caractersticas de militncia e destina-se mobilizao do pblico, vinculando-se ao teatro de resistncia.

    Artistas paulistas sofreram censura - Lisio Pereira Entrevista com Srgio Mamberti que fala da invaso do Teatro Ruth Escobar pelo Comando de Caa aos Comunistas (CCC), em 1968, pice da represso do regime militar.

    12. CINEMA;

    Na dcada de 60, prevaleceu uma influncia europeia, sobretudo do cinema francs e do italiano. O modo de produo tambm passou a ser mais prximo do europeu, uma vez que o modelo de Hollywood mostrou-se inadequado. Hoje, observa-se que o sistema de produo adotado no cinema brasileiro, tem mais afinidades com o modelo europeu e norte-americano de cinema independente que trabalha numa escala industrial e numa proposta esttica bem diferente do modelo de Hollywood. Por isto, no seria adequado afirmar que mais parecido com um ou com outro.

    13. POLTICA;

    Nem mesmo o golpe militar de 1964 foi suficiente para abafar a efervescncia cultural da poca, marcada tambm pela contestao poltica. Mas os militares conseguiram impedir a manifestao mais legtima de cidadania: proibiram o voto direto para presidente da Repblica e representantes de outros cargos majoritrios, como governador, prefeito e senador. Apenas deputados federais, estaduais e vereadores eram escolhidos pelas urnas. O regime que destituiu o presidente Joo Goulart fechou emissoras de rdio e televiso, e a censura tornou-se prtica comum.

  • 14. REVISTA EM QUADRINHOS;

    A dcada de 60 marcou a recuperao do mercado de heris. Isso se deveu a vrios motivos. O cdigo de tica, que previa menos violncia j estava em vigor a algum tempo, a perseguio da justia americana j estava em baixa e as editoras lanaram heris com caractersticas mais humanas e filosficas, com dramas psicolgicos e problemas cotidianos. Surgiram nessa poca personagens como o Homem-Aranha, o Quarteto Fantstico, o Thor - o Deus do Trovo e o Surfista Prateado. Todos foram criados pela editora Marvel, concebidos pelas mentes dos mestres Stan Lee e Jack Kirby. Com o mercado de heris em alta novamente, os quadrinhos ganharam nova exploso de criao. As outras categorias vinham no embalo. Surgiram personagens femininas que inspiravam a moda das mulheres no mundo inteiro. Surgiram tambm personagens erticas como Vampirela, de Jean-Claude Forrest, Jodelle, de Guy Peelaert, Valentina, de Guido Crepax. No fim da dcada, surgiu o gnero underground, que abordava o submundo das drogas e do sexo livre, satirizando as situaes. Em 1973, Hagar - o Horrvel, criado por Dirk Browne e vira sucesso instantneo.

    15. LITERATURA;

    Na dcada de 1960, a literatura brasileira estava num impasse. Nenhum dosnovos escritores conseguira superar o impacto causado pela renovao introduzido por Guimares Rosa e Clarice Lispector, que continuavam a criar obras primas de nossa literatura. Em contraponto ao trabalho dos grandes mestres, bem como as obras de autores de grande consumo, como Jorge Amado e rico Verssimo, surge uma nova gerao, que cria a chamada erupo inconformista, rompendo com o elemento discursivo, o lirismo e a lgica realista, fazendo uma literatura mais ligada cultura de massa. a poca em que profissionais de outras categorias, como os publicitrios, comearam a fazer literatura, exemplos com Ricardo Ramos (Rua Desfeita, 1963) e Marcos Rey. Outro autor que alcanou consagrao foi Autran Dourado (ex-assessor de imprensa de JK), que publicou pera dos Mortos em 1967 e iniciou suas experincias de metaliteratura, fazendo crtica e criao ao mesmo tempo. A preocupao em

  • fazer uma literatura que retrate o seu tempo uma das caractersticas da obra de Antnio Callado, que no romance Quarup (1967) descreve o intelectual da cidade experimentando a realidade da selva. Seus personagens vo viver no Xingu e, no caminho, deparam-se com a represso no nordeste nos primeiros anos da Revoluo de 1964. comum tambm nos anos 60 um tipo de literatura que o crtico Alfredo Bosi chamou de brutalista, ou seja, que se caracterizava pela tnica na agressividade da vida nas grandes cidades. Assim, os contos de Dalton Trevisan, passados em Curitiba, mostram as agruras da vida conjugal e as humilhaes do homem da rua. Sempre seguindo esta temtica, Trevisan lanou Cemitrio de Elefantes (1964), O Vampiro de Curitiba (1965). Outros exemplos de crtica social na literatura encontram-se livros de Joo Antnio (Malagueta, Perus e Bacanao, 1963) e de Marcos Rey (Memrias de um Gigol, 1968), que revelam a vida marginal no submundo de So Paulo, e tambm nos contos de Rubem Fonseca, que retratam os marginais cariocas, executivos em frias e a prostituio de luxo, em obras como A Coleira do Co (1965) e Lcia McCartney (1969). Um nome emergente nos anos 60 foi J. J. Veiga (A Hora dos Ruminantes, 1966), mestre da alegoria e percursor do realismo fantstico, na linha de Cem Anos de Solido, de Gabriel Marca Mrquez.