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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

1

DIVISÃO CELULAR E A PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA COMO AGENTE DE

INCLUSÃO.

Sônia Mara Harmuch Horodenski11 [email protected] .br

Carlos Eduardo Bittencourt Stange2 [email protected]

RESUMO

Este artigo é resultado de uma ampla pesquisa incentivada pela busca de vários encaminhamentos metodológicos para trabalhar a divisão celular com a inclusão de alunos surdos e ouvintes em sala de aula, garantindo o sucesso de todos nas aulas de Biologia, pois a inclusão é uma realidade em nossas escolas, e torna-se, portanto, imperativo criar mecanismos para que a distância artificialmente gerada entre os estudantes seja superada de maneira respeitosa aos direitos, à individualidade do aluno, e à natureza democrática do conceito de inclusão, não apenas no âmbito de uma única disciplina, como a Biologia, mas de modo que a aquisição de maiores conhecimentos, com ferramentas do conhecimento biológico, contribua para uma vivência mais harmoniosa entre todos os indivíduos, mostrando suas potencialidades para contribuir com a sociedade. A Divisão Celular é um conteúdo de Biologia presente na vida de todos, seu aprendizado é importante para que os alunos compreendam como ocorre o crescimento dos seres vivos, a cicatrização, a reprodução e a produção de gametas, assim como para facilitar a compreensão da embriologia, da genética, da histologia entre outros e para assegurar condições de qualidade para todos no tocante a inclusão, a aprendizagem da divisão celular, tanto para os surdos quanto para os ouvintes se dará através de encaminhamentos metodológicos diversificados. Palavras-chave: Inclusão Social; Divisão Celular; Mapas Conceituais; Metodologias e Histórias em quadrinhos.

Abstract

1 Professora de Ciências e Biologia do Ensino Fundamental e Médio da rede pública do Estado do Paraná,

Núcleo de Guarapuava, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE. 2 Doutorando do Programa Internacional de Doutorado em Ensino de Ciências que se desenvolve em convênio

estabelecido entre as Universidades de Burgos - Espanha e Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Brasil.

Professor do Departamento de Ciências Biológicas da UNICENTRO – Paraná – Brasil. Coordenador do Projeto

IDEC.

2

This article is the result of extensive research encouraged by the pursuit of various methodological referrals to work with Cell Division to include deaf and hearing students in the classroom, ensuring the success of all in Biology classes, because the inclusion is a reality in our schools, and it is therefore imperative to create mechanisms so that the artificially generated distance between students should be bridged in a respectful manner to the rights, to student’s individuality and the democratic nature of the concept of inclusion, not only within a single discipline, like Biology, but so that the acquisition of more knowledge, with tools of biological knowledge, contribute to a more harmonious experience between all individuals, showing their potential to contribute with the society. The Cell Division is a Biology content that is present in everyone's lives, its learning is important for students to understand how growth occurs in living beings, healing, reproduction and gamete production, as well as to facilitate the understanding of Embryology, Genetics, Histology and others to ensure quality conditions for all in respect of inclusion and Cell Division learning, both for the deaf and the listeners, will be accomplished through diversified methodological referrals.

Key-words: Social Inclusion; Cell Division; Concept Maps; Methodologies and

Comics.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo busca demonstrar, dentre outras maneiras, sugestões de

organização didático-pedagógica em como trabalhar a divisão celular com a inclusão

em sala de aula, garantindo o sucesso de todos nas aulas de Biologia, pois a

inclusão é uma realidade em nossas escolas, e, portanto, é importante buscarmos

metodologias e estratégias para que a distância artificialmente gerada entre os

estudantes seja vencida de maneira respeitosa aos direitos, à individualidade do

aluno, e à natureza democrática do conceito de inclusão, não apenas no âmbito de

uma única disciplina, como a Biologia, mas de modo que a aquisição de maiores

conhecimentos, com ferramentas do estudo da biologia, contribua para uma vivência

mais harmoniosa entre todos os indivíduos, mostrando suas potencialidades para

contribuir com a sociedade.

A Divisão Celular é um conteúdo de Biologia presente na vida de todos, seu

aprendizado é importante para que os alunos compreendam como ocorre o

crescimento dos seres vivos, a cicatrização, a reprodução e a produção de gametas,

3

assim como para facilitar a compreensão da embriologia, da genética, da histologia

entre outros e, no âmbito deste trabalho, para assegurar condições de qualidade

para todos no tocante a inclusão. A aprendizagem da divisão celular, tanto para os

surdos quanto para os ouvintes, foi objetivada através de mapas conceituais, mapas

conceituais imagísticos, vídeos, produção de histórias em quadrinhos, confecção de

um gibi, modelagens, imagens e sons de caráter documental e instrucional. Esses

instrumentos foram trabalhados ao longo do projeto e colocados ao alcance de

docentes e discentes através dos recursos da rede mundial de computadores.

Após a disseminação do saber, será a hora da intervenção na realidade

passar a envolver os próprios alunos, sujeitos e objetos, em toda a sua diversidade,

dos mecanismos de aprendizagem.

A pesquisa foi realizada com alunos surdos e ouvintes do Ensino Médio do

Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro de Guarapuava, que convivem com a

realidade crescente da inclusão. Com o desenvolvimento deste trabalho esperava-se

que os alunos fossem capazes de compreender a importância e as fases da divisão

celular presentes no seu cotidiano e que obtivessem o embasamento necessário

para compreender a embriologia, a genética, a histologia entre outros conteúdos de

forma lúdica.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Fundamentação Teórica

Em um primeiro momento foi necessária uma pesquisa bibliográfica para

interação sobre o universo da inclusão e dos surdos, bem como as leis e diretrizes

que garantem o direito das pessoas com deficiência e a busca de encaminhamentos

metodológicos diversificados para a compreensão do conteúdo divisão celular,

presente no cotidiano de todos os seres vivos.

2.1.1 Inclusão

4

Como falar em diversidade nas escolas sem nos referirmos à inclusão que em

nossa sociedade é um desafio e vem crescendo com bastante ênfase no ensino

fundamental? Segundo dados do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Inep, o número de

alunos matriculados na rede regular de ensino saltou de 46,8% em 2007 para 54%

em 2008. Uma das consequências é que a inclusão para deficientes, hoje, é uma

realidade em todas as escolas, públicas ou privadas.

Foram muitas as iniciativas no trabalho com a educação especial em nosso

país e várias leis e documentos internacionais foram criados para garantir o direito

das pessoas com deficiência à educação, portanto a inclusão é um direito garantido

por lei.

A Constituição da República de 1988, em seu capítulo II, seção I, Art. 205

afirma"[...] A educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, será

promovida e incentivada com a colaboração da sociedade [...]". Isto já seria

suficiente para garantir o direito e a educação para os deficientes, pois a lei é para

todos e no Art. 208, inciso III, “[...] O dever do estado com a educação será efetivado

mediante a garantia do atendimento educacional especializado aos portadores de

deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino [...]”.

A Constituição garante, nos aspectos legais, o direito de conviver em

sociedade e exigir desta, mudanças para os portadores de deficiência, combatendo

assim a segregação que impossibilita os alunos de conhecer todas as dimensões e

desafios da vida de forma a garantir que o atendimento deve ser dado

preferencialmente, na rede regular de ensino.

Como aponta Monroy (2004, apud KENDRICK, 2004, p. 5), os direitos das

pessoas portadoras de deficiência estão assegurados em outros dispositivos legais,

como a lei Federal 7853/89 que dispõe sobre o apoio aos deficientes e sua

integração social, ao definir o preconceito como crime recusar, suspender, adiar e

cancelar a matrícula, o acesso do deficiente à instituição. A pena a essa infração

pode variar de um a quatro anos de prisão, além de multa.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA-1990), instituído pela Lei

8069/90 no Art. 54, inciso III, assegura o "[...] atendimento educacional especializado

aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino [...]". Há

5

também o Art. 66, que garante aos adolescentes com deficiência o direito ao

trabalho protegido.

A Conferência Mundial da Educação para todos em Jomtien, na Tailândia, em

1990 e a Declaração de Salamanca, de 1994, foram eventos internacionais que

vieram a fortalecer “as lei criadas para assegurar os direitos e oportunidades dos

portadores de deficiência em participarem da vida social em todos os âmbitos,

inclusive o escolar”. (KENDRICK, 2004, 5.) A Declaração de Salamanca (UNESCO

1994) afirma que cabe à escola adequar-se às especificidades de cada aluno. Surge

o conceito de unificação do sistema de ensino e a partir daí os alunos com

necessidades educacionais especiais deveriam, junto com os demais alunos de

ensino regular, frequentar a sala de aula.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº. 9394/96 no Art.

59, afirma:

"Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender às suas necessidades (...) III – Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns (BRASIL, 1996, p37).

A LDB reconhece a importância da Educação Especial e firma caminhos e

fundamentos da educação brasileira.

O Parecer CNE/CEB número 17/2001 e resolução CNE/CEB número 02 de

11/09/2001 estabelece as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na

Educação Básica, considerando a inclusão escolar do portador de necessidades

especiais em todas as suas etapas e modalidades.

A Lei Nº 10.048/2000 assegura atendimento prioritário de pessoas com

deficiência nos locais públicos. E a Lei Nº 10.098/2000 estabelece normas gerais e

critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de

deficiência ou com mobilidade reduzida aos meios físicos, diante de obstáculos nas

vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e

nos meios de transporte e de comunicação.

6

O Decreto Nº 3.956, da Convenção da Guatemala de 2001, reafirma que as

pessoas portadoras de deficiências têm os mesmos direitos e liberdades, de outras

e portanto não deve ser privado seu acesso ao ensino regular fundamental.

O Decreto número 5.626/05, no seu Art. 3º afirma "[...] A Libras deve ser

inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de

professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos

de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal

de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios [...]”.

O Decreto 6.571/08 que, de acordo com o MEC, reestrutura a Educação

especial, consolida ações e diretrizes, já existentes para a Educação Inclusiva e

destina a distribuição de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) ao

atendimento de portadores de deficiência.

Todas estas Leis, diretrizes e normas promoveram avanços na educação com

relação aos portadores de deficiência e a educação inclusiva ganhou consistência

nas políticas públicas do país, no entanto, esses avanços ainda não acontecem em

todas as redes e não são suficientes para assegurar o direito de todos os alunos

com alguma deficiência a uma educação com qualidade no ensino fundamental.

Ainda temos uma escola muito discriminatória que ao invés de se adequar à

diversidade, escolhe com qual diversidade irá trabalhar, até porque, “[...] de modo

geral, as coisas e situações desconhecidas causam temor, a falta de conhecimento

sobre as deficiências em muito contribuiu para que as pessoas portadoras de

deficiências, ‘por serem diferentes’,fossem marginalizadas, ignoradas. (MAZOTTA,

1996, p.16, apud KENDRICK,2004, p. 3).

Além das dificuldades encontradas por todos os profissionais, no cotidiano

escolar, Mendes, (2002) afirma que há uma incoerência nas propostas para a

educação formal de indivíduos que apresentam necessidades educacionais

especiais.

O fim do preconceito em relação às pessoas deficientes na sala de aula só

será possível através de ações pedagógicas participativas dos alunos e suas

famílias para a conscientização e construção de uma cultura inclusiva, mudanças na

metodologia, no currículo, na avaliação, serviços e recursos que ajudem na inclusão,

professores de apoio e intérpretes no caso dos surdos e a formação continuada dos

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profissionais frente ao contexto da inclusão. A escola inclusiva deve ser crítica,

significativa, interativa e reflexiva. Deve haver mudanças e reflexões, ou seja, uma

nova maneira de pensar e agir diante da diversidade sempre valorizando, não

excluindo e acreditando nas possibilidades de aprendizagem de cada um conforme

o seu ritmo, respeitando as necessidades individuais na coletividade.

A inclusão é um processo gradual, determinado e interativo e para aceitar e

valorizar a inclusão precisamos estar abertos, trabalharmos com responsabilidade e

consciência e sermos participantes ativos do processo, com uma educação de

qualidade e termos o auxílio e ajuda de uma política pública que garanta os direitos

na prática dos portadores de deficiência assim como condições básicas de

formação, aperfeiçoamento, atualização e valorização para todos os profissionais da

educação para que haja o estímulo para ensinar na diversidade, sem exclusões ou

preconceito. Para isso, é preciso que a sala de aula seja um local de interação,

integração e reflexão entre todos os alunos, os considerados “normais” e os que

apresentam alguma necessidade especial, porque os alunos “normais” apresentam

as suas peculiaridades e têm a oportunidade de aprender e conviver com a

diversidade e a diferença, através da integração e cooperação.

Então, incluir, não é tratar igualmente todos os alunos, pois todos são diferentes uns dos outros. É perceber que em suas diferenças, todas são capazes de alcançar os mesmos objetivos. Se compreender-se que o portador de necessidade especial é um ser humano, com capacidades a serem desenvolvidas, com imperfeições e limitações como qualquer outra pessoa, estar-se-á caminhando na direção da efetivação da inclusão. Sendo que “caberá” à escola encontrar respostas educativas para as necessidades específicas de cada aluno, quaisquer que sejam elas (WERNECK, 1997, p. 52).

Entre os portadores de necessidades educacionais especiais estão os surdos

e é importante entender a forma como os portadores de deficiência são vistos pela

sociedade, que tipo de representação se faz, que norteia todas as relações.

“Visto que como alguém, cujo significado não pode ser concebido a partir do puro dado orgânico, que a surdez implica. Vista então, também, como pessoa que eficientemente, produz conhecimentos tão organizados quanto dos ouvintes, mesmo mantidas as diferentes características de processos básicos, aí intervenientes (CICCIONE, 1995. p.52).

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O Brasil tem hoje 5.750.811 indivíduos surdos, dos quais 776.884 estão em

idade de escolarização. O número de surdos na escola ainda é muito baixo: apenas

69.420, o que representa uma porcentagem de 8,94%, segundo dados do Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

As pessoas surdas sofreram e sofrem discriminações, e, como se fossem

incapazes, durante muito tempo, eram escondidas não participando das atividades

sociais. Hoje a educação de surdos passa por mudanças nas suas concepções

sobre os surdos, sua língua, as políticas educacionais e a relação de conhecimento

entre surdos e ouvintes, através dos avanços das políticas públicas educacionais

eles aparecem cada vez mais em maior número nas escolas e no ensino superior.

Ao recebermos esses alunos na sala aula precisamos de uma prática pedagógica,

apoios e recursos para enfrentarmos o novo desafio.

Para que o processo ensino e aprendizagem se concretize e para que este

aluno se beneficie da aula, o professor precisa utilizar todas as estratégias e

recursos visuais de forma contextualizada que acompanham a oralidade, tendo o

professor um papel decisivo para o sucesso dos alunos.

2.1.2 Conteúdo – Divisão Celular

A revisão da literatura do conteúdo assim como a prática do ensino se

pautará nas Diretrizes Curriculares da Rede Publica de Educação Básica do Estado

do Paraná.

A base de discussão para o ensino de Biologia se dará a partir de

KRASILCHIK (2005) e CURY (1996).

Quanto aos aspectos pedagógicos libertadores serão estudados a partir de

FREIRE (1998), MORIN (2001) e a problematização através de GASPARIN (2003).

E, como apoio sobre metodologia de pesquisa, a discussão será centrada em

MOREIRA (2002 e 2003).

A Aprendizagem significativa por assimilação será baseada em

AUSUBEL(1982).

9

O conteúdo específico, divisão celular e as atividades de fixação serão

baseados nos autores AMABIS (2006), LINHARES S (2005) e SONIA LOPES

(2004).

2.2 Metodologia da intervenção na escola

Em conjunto com o corpo discente, foram criados com o advento e apoio do

investimento em novas tecnologias disponíveis em nossas escolas, como os

laboratórios de informática e os televisores multimídia, materiais voltados a registrar,

sistematizar e disponibilizar de maneira didática e cientificamente condizente com os

objetivos determinados pela política de inclusão do Estado do Paraná, as

experiências de alunos, suas vivências devidamente autorizadas com respeito

máximo às questões de direito de uso de imagem, ao Estatuto da Criança e do

Adolescente e às leis que protegem o direito de autor em nosso país.

Com a seleção de textos, produções e testemunhos elaborados pelos

próprios estudantes, buscou-se estabelecer uma nova forma de enfrentamento e

superação dos desafios da inclusão.

Para facilitar a aprendizagem da divisão celular, tanto para os surdos quanto

para os ouvintes, o conteúdo foi trabalhado através de mapas conceituais, mapas

conceituais imagísticos, vídeos, molduras, produções de histórias em quadrinhos e a

elaboração de um gibi gigante a partir de suas produções. E através de Gasparim

2003) e Ausubel (1982), foi estabelecido um método dialético de trabalho trazendo

estudos como a problematização e a da aprendizagem significativa com base em

conhecimentos científicos necessários para compreender o modo pelo qual o

conhecimento se infiltra através das teias de relações que se estabelecem entre os

estudantes.

Para complementar o desenvolvimento das atividades, imagens e sons de

caráter documental e instrucional foram trabalhados ao longo do projeto e colocados

ao alcance de docentes e discentes através dos recursos da rede mundial de

computadores.

Por fim, os alunos trabalharam, em contra turno para desenvolver atividades

complementar e enriquecer seus trabalhos de sala de aula, havendo, para isso, além

10

do envolvimento do docente de Biologia, também de docentes de Língua Portuguesa

e de Artes. Entre as atividades estão a confecção de molduras da célula mitótica e

elaboração de histórias em quadrinhos finalizando com a produção de um gibi

gigante, que foi divulgado para todas as séries e turnos do colégio.

Além do envolvimento das disciplinas de artes e de língua portuguesa, a

disciplina de matemática esteve presente na construção dos gráficos e nos cálculos,

progressão geométrica, necessários no desenvolvimento e compreensão do

conteúdo.

O resultado de todas as atividades foi divulgado nos três turnos do Colégio

Estadual Antonio Tupy Pinheiro no município de Guarapuava Paraná, onde foi

desenvolvido o projeto com os alunos da primeira série, turma B, Educação Básica,

Ensino Médio, no segundo período no ano letivo de 2010.

Para o desenvolvimento das atividades, foi produzida uma unidade para o

projeto FOLHAS: Divisão Celular e a Participação da Escola como Agente de

Inclusão, destinado aos alunos e disponibilizado para os mesmos e também para

professores, com o objetivo de aplicar a problematização do conteúdo Divisão

Celular concretizando assim as ações para o tema abordado. Todos os alunos

receberam uma cópia da unidade, realizaram a leitura, seguida das atividades

propostas.

2.2.1 Encaminhamentos Metodológicos

Em cada sala de aula sempre haverá uma grande diversidade de culturas e

de conhecimentos onde o aluno surdo utiliza-se da visão em sua interação com o

meio como forma de comunicação e de aprendizagem. Neste contexto, cabe a nós

educadores, buscar estratégias, desenvolver novas metodologias de ensino, utilizar

diferentes recursos, promover avaliações adequadas para trabalhar estas

diversidades diminuindo cada vez mais as desigualdades com as quais nos

deparamos em nosso cotidiano.

Os alunos surdos necessitam de uma metodologia mais visual, com

estratégias de ensino diferenciadas e com a utilização de vários recursos visuais e

11

tecnológicos, possibilitando aos mesmos, maior compreensão do conteúdo e maior

sucesso em seu desempenho e aprendizagem.

A utilização de metodologias diferenciadas, principalmente o uso de materiais

visuais, concretos, lúdicos, práticas na sala de aula viáveis para surdos e ouvintes

foi fundamental para a compreensão da Divisão Celular, pois todos foram

estimulados na construção da aprendizagem através de suas participações e

produções, minimizando suas diferenças fisiológicas de percepção.

A aprendizagem do conteúdo divisão celular requer conhecimentos prévios da

citologia, cálculos matemáticos, noções de tempo, interpretação de imagens, por

isso é, considerado um conteúdo difícil de ser transmitido e compreendido pelos

alunos

Considerando que a Divisão Celular, Mitose e Meiose, acontece com duas

distintas finalidades e em um mesmo organismo e que estas podem ser

esquematizadas, visualizadas através de figuras, desenhos e gráficos e, para este

trabalho, também com o microscópio óptico, foi possível utilizar várias metodologias

e estratégias para a sua maior compreensão e aprendizagem.

2.2.2 Desenvolvimento

A implementação da pesquisa constituiu-se em várias etapas que estavam

sempre focadas em estratégias com metodologias visuais, lúdicas, concretas e

práticas, com a utilização de vários recursos para facilitar a aprendizagem tanto dos

surdos quanto dos ouvintes, as quais são apresentadas a seguir.

Primeira etapa

Levantamento das concepções prévias que os alunos possuíam sobre o

conteúdo: Divisão Celular.

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Antes de iniciar o conteúdo Divisão Celular, os alunos estudaram a célula e as

principais funções de cada organela celular interando-se do conteúdo proposto.

Através das concepções prévias dos alunos, foi possível realizar

investigações importantes para o processo ensino e aprendizagem dos mesmos,

pois para uma aprendizagem se tornar mais significativa é necessário relacionarmos

o conhecimento trazido pelo aluno e o novo conteúdo que lhe é apresentado de

forma organizada e sistematizada, para reconstruir conceitos.

A ação docente requer muito cuidado, pois as ideias trazidas pelos alunos

podem se organizar tanto como o início para esclarecimentos do assunto quanto em

um obstáculo, por isso fazer uma investigação dos conhecimentos prévios dos

alunos, antes de iniciar um conteúdo, facilita o trabalho do professor, que poderá

adaptar o conteúdo proposto para atender às necessidades dos alunos.

Em um primeiro momento, com o objetivo de levantar as explicações em

termos de concepções prévias que os alunos possuíam sobre o conteúdo divisão

celular e sua importância para os seres vivos, foram propostos textos do livro

didático e do Livro Didático Público, que foram selecionados por serem de fácil

acesso pelos alunos, seguidos de discussões sobre o assunto. A compreensão do

conteúdo do texto exigia conhecimentos biológicos que foram tratados no decorrer

da aula para a explicação de novos conceitos e das diferentes fases da divisão

celular. Neste momento foram apresentados os conteúdos específicos de forma

organizada e sistematizada, para que os alunos pudessem assimilá-los e confrontá-

los com as explicações anteriormente vistas. Durante toda a aula os alunos tiveram

a oportunidade de contribuir com a exposição perguntando, respondendo,

acompanhando e analisando os conceitos apresentados, o que desencadeou várias

discussões sobre o tema proposto.

O objetivo desta etapa do trabalho foi analisar os conceitos e ideias prévias

dos estudantes, sobre o conteúdo divisão celular. Após a análise realizada,

observou-se que 40% dos alunos tinham um bom conhecimento do conteúdo

proposto, 25% apresentavam concepções erradas sob o ponto de vista científico,

35% apresentaram dificuldades no entendimento de alguns conceitos e mostraram-

se confusos com a quantidade de novas informações recebidas. A partir daí, foram

desenvolvidas várias estratégias de ensino para que os alunos pudessem reformular

suas concepções.

13

Segunda etapa

Introdução ao Estudo da Mitose – Interfase – Gráficos

Os gráficos são funcionais para demonstrar resultados, com várias

informações quantitativas, podendo ser utilizados como um suporte visual,

importante na aprendizagem tanto dos surdos quanto dos ouvintes. Têm como

objetivo mostrar uma impressão visual rápida do conteúdo em estudo.

Eles aumentam a qualidade de visualização de resultados de dados coletados

e através das ilustrações e cores à leitura torna-se mais agradável, a aula fica mais

atraente, motivadora e dinâmica, facilitando os processos interpretativos

determinados.

Os gráficos são, portanto, eficazes sistemas de representação que permitem

sistematizar dados, possibilitando a compreensão do todo e não apenas de aspectos

isolados das informações trabalhadas.

Nesta etapa, com o objetivo dos alunos compreenderem as fases da interfase

e a sua importância para a divisão celular e também para que eles fossem capazes

de analisar e interpretar os gráficos que representam a interfase, foram realizadas

explicações com o apoio de imagens preparadas para a TV Pendrive sobre a

Interfase, suas fases e a importância desta para a divisão celular. Os alunos tiveram

como apoio a leitura e as ilustrações da unidade do projeto Folhas: Mitose e Meiose:

Uma fábrica de células? Ela é mesmo necessária para os seres vivos?

(HORODENSKI, 2010).

Após a análise dos gráficos que representam a interfase os alunos

responderam aos questionamentos propostos na unidade do Projeto Folhas.

Após a apresentação das fases e gráficos da interfase com imagens em

slides e com as ilustrações do projeto Folhas, todos conseguiram caracterizar,

compreender e analisar o processo da interfase.

14

Os gráficos, as ilustrações e a unidade do projeto Folhas foram fundamentais

para a compreensão do conteúdo proposto, tanto para os surdos quanto para os

ouvintes, pois os alunos realizaram as atividades sem dificuldades.

Terceira etapa

Apresentação das fases da mitose e da meiose em slides.

Os slides confeccionados em aplicativos computacionais como no

“BrOffice.orgImpress” e no “Power Point”, são uma ferramenta de baixo custo,

acessível, fácil de usar, deixando as aulas mais atraentes, dinâmicas, motivadas e

interativas. Possibilitam maior organização e sintetização das ideias, a visualização

de imagens ilustrativas, a quebra a monotonia e maior contato visual para os alunos.

Os slides podem ser utilizados para a apresentação de novos conteúdos,

induzirem debates, revisões, apresentação de trabalhos realizados pelos alunos,

motivação, apoio ao discurso do professor, incentivar a participação, realçar os

pontos mais importantes de um conteúdo, verificar a compreensão do assunto,

diversificar, participação, fixação dos conteúdos, desenvolvimento da aprendizagem.

Nesta etapa, os slides foram produzidos com imagens das fases da mitose

para enriquecer o conteúdo abordado, aproximando os alunos através do contato

visual, da ilustração dos conceitos servindo de roteiro de estudo, apresentação de

esquemas, desenhos e gráficos de forma mais prática, agradável e motivadora.

Esta etapa teve como objetivo a compreensão, caracterização e visualização

dos alunos às fases da mitose. Como todos conseguiram caracterizar, diferenciar e

compreender todas as fases da mitose e da meiose, o objetivo foi plenamente

atingido.

15

Quarta etapa

Relação da Progressão Geométrica com a Divisão Celular

Progressão geométrica - PG - é qualquer seqüência de números reais ou

complexos, onde cada termo a partir do segundo é igual ao anterior, multiplicado por

uma constante denominada razão (NOÉ, 2010).

Em biologia sabemos que a formação do embrião ocorre a partir da célula ovo

ou zigoto que através de divisões celulares forma todo o organismo, a primeira

célula se divide em duas, estas em quatro e assim por diante. (LOPES, 2004).

Observamos que existe uma sequência (2,4,8,16...) no número de células

formadas, o que constitui uma Progressão Geométrica (PG), pois a partir do 2º

termo, o quociente entre um elemento e seu antecessor é igual. O termo constante

da Progressão Geométrica é denominado razão (q).

A divisão celular também pode ser observada em crescimentos de colônias

de bactérias, seres unicelulares que se reproduzem de modo agâmico, por

Bipartição (Cissiparidade), onde cada célula divide-se em duas, estas duas em

quatro e assim sucessivamente.

Objetivou-se nesta etapa que os alunos fossem capazes de relacionar a

Progressão Geométrica com a divisão celular, observar que na formação de novas

células existe uma sequência constituindo uma progressão geométrica, entender

como ocorre a divisão das células de acordo com o conceito matemático PG e

resolver exercícios utilizando a PG relacionados à divisão celular, tanto na mitose

como na meiose, propostos na unidade do projeto Folhas.

Os alunos conseguiram observar a sequência que existe na formação de

novas células, assim como relacionar com o conceito matemático de Progressão

Geométrica e resolveram as atividades propostas sem apresentarem dificuldades,

alguns, inclusive, comentaram que não sabiam que a matemática estava presente

na Biologia.

Todos, surdos e ouvintes, resolveram as atividades sem dificuldades, pois,

além do reforço visual, exercícios práticos são importantes para o aprendizado.

16

Quinta etapa

Confecção de modelos, molduras e cartazes da célula mitótica com materiais

diversos.

Os modelos são criados para a construção do conhecimento dos seres

humanos, eles representam ideias, objetos, eventos, sistemas, fases, esquemas.

Para a criação destes, são utilizados vários recursos como a modelagem que é uma

reconstrução da realidade de maneira artificial, fazendo com que os modelos sejam

mais dinâmicos, pois possibilitam um desenvolvimento contínuo. Além disso, a

modelagem desenvolve a capacidade de percepção, criatividade, imaginação,

conhecimento, julgamento e intuição do modelador.

O cartaz, um meio de comunicação visual que tem como objetivo informar,

motivar os alunos e transmitir mensagens e conhecimentos, é um recurso que pode

ser exposto para várias pessoas ao mesmo tempo.

A imagem de um cartaz pode ter várias cores e formas tornando a

comunicação mais atrativa. É um material didático de fácil acesso, baixo custo, fácil

confecção e bastante simples.

Esta etapa foi realizada no contraturno e contou com a participação tanto de

alunos surdos quanto ouvintes. Tinha como objetivos, caracterizar, diferenciar e

ordenar as fases da mitose, através de recortes, colagens, cores e montagens a

partir de moldes confeccionados pelos alunos com materiais diversos, desenvolver a

criatividade dos alunos na confecção dos moldes e o reconhecimento das estruturas

envolvidas na divisão celular e suas funções.

Primeiramente foi feita a revisão das fases da mitose, já estudadas na sala de

aula, depois os alunos confeccionaram molduras representativas de cada fase da

mitose, divididos em duplas, utilizando os seguintes materiais: EVA, cartolina, massa

de modelar, macarrão, lã, molas, botões, papel colorido, cola, cola quente, tesoura,

lápis de cor, giz de cera, régua, isopor, gel, entre outros. Todo o trabalho foi

orientado e monitorado pelo docente regente da classe.

17

Os alunos surdos preferiram trabalhar com a massa de modelar, que é um

instrumento lúdico, acessível, divertido e de baixo custo; a atividade foi realizada

com as estruturas da célula. Eles puderam perceber a dimensão destas a relação

delas no processo mitótico de forma concreta, em especial, as diferenças existentes

entre as sucessivas fases.

Todos os alunos foram capazes de diferenciar e organizar as fases da mitose

assim como demonstraram compreender a importância desta para o

desenvolvimento dos seres vivos, demonstraram também grande criatividade na

confecção dos moldes, modelagens e cartazes, com os diversos materiais. Para a

divulgação dos trabalhos, os alunos montaram um mural, para expô-los para as

demais turmas e turnos do colégio.

Sexta etapa

Mapas Conceituais e Mapas Conceituais Imagéticos

Os Mapas Conceituais são instrumentos utilizados como uma estratégia

facilitadora da aprendizagem significativa; são representações gráficas que indicam

relações entre conceitos ligados por palavras, por isso são utilizados para ajudar na

ordenação e na sequenciação dos conceitos, estimulando o aprendizado dos alunos.

(MOREIRA, 2002).

A teoria da aprendizagem de Ausubel (1982) propõe que os conhecimentos

prévios dos alunos sejam valorizados, para que possam construir estruturas mentais

utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir

outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e

eficaz.

Os mapas conceituais têm por objetivo representar relações significativas

entre conceitos na forma de proposições. Uma proposição é constituída de dois ou

mais termos conceituais unidos por palavras para formar uma unidade semântica

(NOVAK; GOWIN, 1988).

18

Os mapas conceituais foram utilizados na aprendizagem do conteúdo divisão

celular com o objetivo de auxiliar o estudante a visualizar a ordenação e a

sequenciação das fases do processo mitótico e meiótico, tornando claros os

conceitos organizados em uma ordem sistemática, reforçando a compreensão e

aprendizagem do conteúdo, assim como proporcionar a visualização da

continuidade e da transição entre as fases do processo mitótico e meiótico, para que

os alunos compreendessem por que a mitose, apesar de ser um processo contínuo,

é representada em apenas quatro fases discretas.

A grande vantagem é que o mapa salienta uma imagem visual de todos os

conceitos estudados de forma organizada além de mostrar as figuras das fases da

mitose e meiose esquematizadas.

Os Mapas Conceituais e os mapas conceituais Imagéticos da Mitose e da

Meiose auxiliaram os alunos na visualização e na ordenação das fases da mitose,

permitindo maior clareza na sistematização e na sequenciação dos conceitos

apresentados e permitiu a visualização da continuidade e da transição entre as fases

da mitose e da meiose. Surdos e ouvintes compreenderam melhor a ordenação

existente entre as fases.

Sétima etapa

Apresentação de vídeo – Mitose e Meiose em 3D.

Através do vídeo podemos explorar o visualizar, o ter, o falar, o narrar, as

cores, os personagens, a comunicação, os cenários, a música, os efeitos, os textos,

as legendas, as situações, a imaginação, o esplendor, a curiosidade, as relações

espaciais, a realidade, os ritmos, noções de estática e de dinâmica, imprescindíveis

para a aprendizagem de surdos e ouvintes.

O uso do vídeo atrai e seduz os alunos, aproxima a sala de aula do dia-a-dia,

traz informações e entretenimento, ajuda na fixação dos conteúdos, ilustra a teoria,

proporciona questionamentos, promove debates e estimula a imaginação e os

sentidos do espectador.

19

O vídeo foi utilizado na sala de aula com o objetivo dos alunos visualizarem e

fixarem a transição entre as fases da mitose e da meiose através de ilustrações e

animações tridimensionais da célula.

Nesta etapa, primeiro o vídeo foi mostrado sem explicações, apenas para o

reconhecimento do mesmo e dos acontecimentos, em seguida o vídeo foi

novamente passado e foi solicitado aos alunos que dissessem o que estavam

observando, a seguir houve o complemento dos conceitos através da explicação da

professora.

Com base no vídeo, e com apoio da leitura dos textos do livro de Biologia e

da unidade do projeto Folhas, os discentes responderam ao debate proposto na

referida unidade.

A utilização dos vídeos possibilitou aos alunos observar a transição entre as

fases da mitose e da meiose, assim como as modificações que ocorrem com as

estruturas envolvidas no processo mitótico e meiótico. A apresentação do vídeo

também foi importante para a fixação do conteúdo, pois foi possível constatar que as

questões propostas no debate foram respondidas de forma bem fundamentada.

Oitava etapa

Observação das fases da Mitose em células da raiz da cebola, no Microscópio

Óptico.

Nas disciplinas de ciências e biologia a utilização do microscópio óptico é de

grande importância, pois permite a realização de observações que estão fora do

alcance da visibilidade do olho humano, já que se trata de um instrumento capaz de

ampliar estruturas impossíveis de visualizar a olho nu. Abaixo desse valor, não é

possível enxergar os objetos sem o auxilio de instrumentos ópticos de ampliação.

A microscopia óptica na sala de aula, embora não se enquadre na categoria

de ferramenta de baixo custo permite ao aluno sua familiarização com imagens

reais, de células ou cortes destas obtidas em técnicas hsitológicas específicas.

Também permite que os alunos não fiquem apenas nos esquemas dos livros,

20

possibilitando que eles elaborem o seu próprio resumo, observação, comparações e

cheguem a sua conclusão.

Esta atividade teve como objetivo a observação e identificação das diferentes

fases da mitose em células de raiz de cebola (Allium cepa). Nesta etapa para a

realização desta observação na sala de aula o microscópio óptico foi acoplado à TV

Pendrive para que todos tivessem a oportunidade de observar as imagens ao

mesmo tempo.

Todos os alunos observavam as fases da mitose e em seguida responderam

aos questionamentos propostos na unidade do Projeto Folhas. Para finalizar a aula,

foi solicitada a elaboração de um texto argumentativo no caderno com as conclusões

sobre as observações realizadas e a elaboração dos desenhos das fases

observadas.

Todos os alunos conseguiram identificar os estágios da mitose após a

observação no microscópio óptico e elaboraram de forma correta todas as etapas da

mitose observadas.

Nona etapa

Descobrindo a Sequência de Fases da Mitose.

Nesta etapa, objetivando maior interação professor-aluno-conteúdo, foi

realizada a atividade de descobrir a sequência das fases da mitose. Essa atividade

está disponível em:

http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/em/biologia/temasbio/atividades/TB0

9.pdf.

Os objetivos foram: organizar a sequência dos estágios da mitose através do

recorte e colagem de ilustrações de células epidérmicas da larva da salamandra,

recortar as células desenhadas e organizá-las de modo a representar a sequência

de estágios da divisão celular; auxiliar os estudantes a reconhecer os estágios

marcantes do processo mitótico em fases e compreender por que a mitose é

21

representada por apenas 4 fases, motivando os alunos e levando-os a aprofundar

seus conhecimentos sobre o fenômeno da divisão celular.

Posteriormente esta atividade foi adaptada também para as fases da meiose.

Para finalizar, os alunos fizeram em seu caderno um texto argumentativo a partir de

questões propostas na unidade do projeto Folhas.

Esta atividade aproximou mais os alunos, pois os mesmos trabalharam em

grupos, o que também auxiliou os alunos no reconhecimento dos estágios do

processo mitótico e meiótico e na representação das fases das mesmas de forma

dinâmica, divertida e atrativa.

Décima etapa

Produção de Histórias em Quadrinhos

As histórias em quadrinhos estimulam, incentivam e atraem os alunos para o

gosto e o prazer do hábito da leitura e da imaginação promove a ampliação e o

enriquecimento do vocabulário, da criatividade e da comunicação.

A história em quadrinhos foi utilizada, não apenas como auxiliar na

aprendizagem do conteúdo divisão celular, mas também por atrair os estudantes à

leitura e escrita, pela união de palavras e imagens, pela quantidade de informações,

pelo aumento da comunicação, pela ampliação do vocabulário e pelo

desenvolvimento da criatividade. Além disso, para que os alunos compreendessem

como se elabora um roteiro para a produção de uma história em quadrinhos e

finalmente fossem capazes de criar sua própria história com o tema: Fases da

Mitose.

Esta atividade contou com a participação em abordagem integradora dos

docentes de Biologia, Língua Portuguesa e Artes e teve como objetivos: estimular a

imaginação e a criatividade dos alunos, despertarem o interesse pela leitura e pela

escrita, caracterizar o roteiro de uma história em quadrinhos, elaborar um roteiro

com o tema: Fases da Mitose e identificar e reconhecer as fases da mitose.

22

Nesta etapa os alunos receberam um roteiro para a produção de histórias em

quadrinhos e com a participação e a colaboração da professora de Língua

Portuguesa dúvidas puderam ser esclarecidas quanto a termos como onomatopéias,

diagramações, vocativos e a importância da correção ortográfica.

A parte gráfica, desenhos, cores e apresentação das histórias, foi

acompanhada pela professora de Arte.

Após a apresentação do roteiro os alunos puderam visualizar alguns

exemplos de histórias em quadrinhos produzidas pela professora de Biologia com

temas dentro da disciplina.

Em seguida foi solicitado que os alunos em duplas produzissem um roteiro

com o tema: Fases da Mitose para a produção da sua história em quadrinhos, que

poderia ser concretizada manualmente ou usando recursos da rede de

computadores.

Através do acompanhamento da produção do roteiro e da elaboração da

história, observou-se que todos os alunos surdos e ouvintes compreenderam os

passos para a elaboração do roteiro, todos conseguiram produzir a sua história

dentro do tema solicitado e realizaram a atividade sem dificuldade e com muita

criatividade.

Para a produção das histórias em quadrinhos foram utilizados diversos

materiais e no total foram produzidas 24 histórias, cada uma com as características

de seus autores. Todos tiveram a curiosidade de ler as histórias produzidas pelos

colegas, oportunidade em que puderam fazer comentários e observações sobre as

mesmas.

Décima primeira etapa

Elaboração de um gibi ampliado com as histórias em quadrinhos produzidas.

Os gibis são recursos pedagógicos que estimulam a aprendizagem, a leitura e

a interpretação, enriquecem o vocabulário, promovem a criatividade, ludicidade,

unem a literatura às artes plásticas.

23

O gibi tem uma linguagem visual e é um material de fácil manipulação, o que

favorece o aprendizado dos surdos e estimula os ouvintes.

Com o objetivo de reunir todas as histórias em quadrinhos produzidas pelos

alunos, estimulá-los para a leitura e a escrita, divulgar o trabalho dos alunos, ampliar

as histórias produzidas e definir formas de organização, foi elaborado um gibi, que

posteriormente foi ampliado e pode ser visto e lido por todas as turmas e turnos do

colégio.

A atividade contou com a participação das professoras de Biologia, Língua

Portuguesa e Arte.

Nesta etapa as histórias produzidas foram distribuídas para os demais alunos

da turma para que todos tomassem conhecimento das produções de todos os

colegas. Em seguida eles fizeram a seleção da sequência das histórias para a

montagem do gibi.

Posteriormente os alunos fizeram a ampliação das histórias em quadrinhos

produzidas e em seguida iniciaram a montagem das mesmas em tamanho ampliado.

Os alunos utilizaram diversos materiais, recorte e colagem, ferramentas da

internet e desenhos para a reprodução das mesmas.

2.3.Apresentação e análise dos resultados

A realização das atividades se deu no Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro

com a turma da 1ª série, turma B, Educação Básica, Ensino Médio, com alunos

surdos e ouvintes. A atuação dos intérpretes em nosso colégio constituiu-se em um

apoio riquíssimo, pois todos têm formação específica, exatidões na interpretação,

são discretos, imparciais e grandes colaboradores no desempenho e integração dos

alunos valorizando sempre os resultados e aprendizagem dos mesmos, o que exige

muito empenho e dedicação.

No levantamento das concepções prévias feito através das leituras propostas,

foi possível observar que alguns alunos possuíam vários conceitos e ideias sobre a

divisão celular de senso comum que foram relacionados aos conceitos científicos,

tornando a aprendizagem dos mesmos mais significativa e organizada, sempre se

tomando o cuidado para que os conceitos trazidos pelos alunos não se tornassem

24

um obstáculo na aprendizagem e sim um ponto de partida para facilitar o processo

adequando-o às necessidades dos alunos. Após a análise realizada, observou-se

que vários alunos tinham um bom conhecimento do conteúdo proposto, alguns

apresentavam concepções erradas sob o ponto de vista científico, alguns

apresentaram dificuldades no entendimento de alguns conceitos e alguns

mostraram-se confusos com a quantidade de novas informações recebidas e a partir

daí, foram desenvolvidas várias estratégias de ensino para que os alunos pudessem

reformular suas concepções e relaciona-las ao conhecimento prévio que possuíam.

Foi uma prática importantíssima que serviu como ponto de partida para o início do

conteúdo: Divisão Celular.

Na apresentação dos gráficos da interfase, que foram utilizados para ilustrar e

demonstrar resultados com informações quantitativas e como um suporte visual para

os alunos, observou-se que os mesmos tiveram uma visualização mais dinâmica,

atraente e clara das fases e importância da interfase, pois os dados foram

representados e sistematizados com ilustrações e cores, possibilitando uma leitura

mais agradável e prática. Após a apresentação das fases e gráficos da interfase com

imagens em slides e com as ilustrações da unidade do projeto Folhas, todos

conseguiram caracterizar, compreender e analisar o processo da interfase, ficando

clara a importância desta para o processo da divisão celular. A utilização dos

gráficos, as ilustrações e a unidade do projeto Folhas foram fundamentais para a

compreensão do conteúdo proposto, tanto para os surdos quanto para os ouvintes.

Os alunos realizaram as atividades e responderam aos questionamentos propostos

sem dificuldades.

As fases da mitose e da meiose foram apresentadas através de slides

preparados para a TV pendrive, por se uma ferramenta de baixo custo, acessível e

fácil de usar, o conteúdo abordado propiciou a utilização deste recurso aproximando

os alunos do contato visual e ilustrativo o que promoveu uma aprendizagem mais

participativa, motivadora, interativa e prática. Após a apresentação das fases da

mitose e meiose com imagens em slides e ilustrações, todos conseguiram

caracterizar, diferenciar e compreender todas as fases da mitose e da meiose sem

dificuldades, o que foi demonstrado através das atividades propostas.

O conceito de Progressão Geométrica – PG foi relacionado ao processo da

divisão celular, pois a mesma ao formar novas células apresenta uma sequencia de

25

números (2,4,8,16...) constituindo uma progressão necessária para a compreensão

do processo de formação de novas células. Os alunos conseguiram observar a

seqüência que existe na formação de novas células e relacionar com o conceito

matemático de Progressão Geométrica. Resolveram as atividades propostas sem

apresentarem dificuldades, alguns comentaram que não sabiam que a matemática

estava presente na Biologia. percebi que os alunos prestaram muita atenção quando

foi realizada a explicação e a relação do conceito matemático com a Biologia. Todos,

surdos e ouvintes, resolveram as atividades sem dificuldades. Além do visual,

exercícios práticos são importantes para o aprendizado tanto de surdos quanto de

ouvintes.

Ao ser proposta a confecção de modelos, molduras e cartazes da célula

mitótica para fixação do conteúdo e divulgação dos trabalhos, observou-se grande

empenho, disposição, criatividade e dinamismo na produção dos trabalhos, que

foram feitos com diversos tipos de materiais distribuídos para os alunos que

puderam escolher com os quais iriam trabalhar. Os trabalhos foram acompanhados

e orientados pela professora sempre respeitando e incentivando a participação, a

imaginação, o conhecimento, a habilidade e criatividade de todos na confecção dos

mesmos. Notou-se que a utilização de formas, cores, desenhos, modelos

proporcionou uma comunicação visual mais atrativa. Todos os alunos foram capazes

de diferenciar e organizar as fases da mitose assim como demonstraram

compreender a importância desta para o desenvolvimento dos seres vivos,

demonstraram também grande criatividade na confecção dos moldes, modelagens e

cartazes utilizando materiais diversos. Para a divulgação dos trabalhos os alunos

montaram um mural, para as demais turmas e turnos do colégio.

A construção dos mapas conceituais e mapas conceituais imagísticos da

mitose e da meiose com os alunos foi um processo bastante interessante, atraente e

facilitador para eles, considerando que o conteúdo fases da mitose e da meiose

propicia este tipo de trabalho, devido ao fato de as representações serem através de

desenhos e esquemas, o que facilita a aprendizagem significativa.

Como são representações gráficas que indicam relações entre conceitos

ligados por palavras, elas ajudam na sequenciação e ordenação dos conceitos,

estimulando e incentivando a aprendizagem dos alunos, pois através das palavras

podemos diminuir a distância entre a teoria e prática, utilizando uma linguagem que

permite aos alunos refletirem e visualizarem os novos conhecimentos. A grande

26

vantagem é que o mapa salienta uma imagem visual de todos os conceitos

estudados de forma organizada além de mostrar as figuras das fases da mitose e

meiose esquematizadas.

Em uma turma inclusiva com surdos a dificuldade apresentada foi a de

repassar os novos conceitos associados às palavras. A disciplina de Biologia por si

só apresenta uma quantidade muito grande de novos termos, portanto existe muita

dificuldade em adaptarmos essas palavras específicas para libras, pois muitas não

existem na língua de sinais e particularmente no conteúdo divisão celular o número

desses novos termos é muito grande e passam a ser verdadeiras incógnitas para os

alunos surdos e que necessitam da tradução de letra por letra pelas intérpretes,

dificultando o aprendizado e o ritmo das aulas, pois os alunos precisam relacionar o

conceito e a palavra associada a ele, para compreendê-lo e relacioná-lo ao seu

cotidiano.

Os Mapas Conceituais e os mapas conceituais Imagístico da Mitose e da

Meiose auxiliaram os alunos na visualização e na ordenação das fases da mitose,

permitindo maior clareza na sistematização e na sequenciação dos conceitos

apresentados e permitiu a visualização da continuidade e da transição entre as fases

da mitose e da meiose. Surdos e ouvintes compreenderam melhor a ordenação

existente entre as fases.

A utilização dos vídeos da mitose e meiose em animação 3D foi um recurso

que possibilitou a visualização através de imagens a transição entre as fases da

mitose e da meiose, favorecendo a fixação do conteúdo e proporcionando

argumentações para o debate proposto. A utilização dos vídeos possibilitou aos

alunos observar a transição entre as fases da mitose e da meiose assim como as

modificações que ocorrem com as estruturas envolvidas no processo mitótico e

meiótico, a apresentação do vídeo também foi importante para a fixação do

conteúdo. As questões propostas no debate foram bem fundamentadas e

argumentadas.

O vídeo é um importante recurso para a comunicação de ideias, pois as

imagens são interpretadas de acordo com a visão do expectador e permite a sua

relação com as experiências por ele vivenciada e para a atribuição do significado

destas para o indivíduo. O vídeo é um importante recurso para a comunicação de

ideias, pois as imagens são interpretadas de acordo com a visão do expectador e

27

permite a sua relação com as experiências por ele vivenciada e para a atribuição do

significado destas para o indivíduo.

CONCLUSÃO

A inclusão está presente em nossas salas de aula e cabe a nós educadores

nos adequarmos a esta nova realidade, procurando novas estratégias e

metodologias, rompendo as barreiras, promovendo a comunicação, proporcionando

a integração e a participação dos alunos surdos e buscando uma didática que

favoreça a inclusão destes nas classes regulares de ensino. Assim, trabalharmos

com recursos visuais, interativos, imagens, práticas, vídeos, gráficos, gibis, mapas

conceituais, como facilitadores do processo ensino e aprendizagem, torna as aulas

mais dinâmicas, atrativas, diversificadas e interativas.

A Divisão Celular deve ser estudada de forma detalhada e aprofundada, pois

é um dos conteúdos mais importantes do currículo do ensino médio e imprescindível

para a compreensão do fenômeno vida, e é considerado um conteúdo difícil de ser

transmitido e aprendido, por isso a necessidade de se estabelecer diferentes

estratégias e recursos para a compreensão do mesmo.

As produções dos alunos mostraram que houve a compreensão do conteúdo

proposto, tanto por parte dos surdos quanto dos ouvintes. Os surdos apresentaram

algumas dificuldades na apresentação de alguns novos termos da divisão celular,

devido à semelhança na grafia ou por ela ainda não apresentar um sinal próprio.

Os alunos ficaram satisfeitos e felizes ao apresentarem e exporem trabalhos

produzidos, mostrando que houve o aprendizado dos conceitos e do significado das

palavras durante o desenvolvimento das atividades.

Foi constatada a necessidade de formação continuada dos professores, para

que estes possam adequar-se ao processo da inclusão desenvolvendo novas

metodologias para um ensino de qualidade com as turmas inclusivas e que a cultura

da língua de sinais deve ser respeitada, pois ela possibilita mais comunicação e

integração dos surdos nas turmas regulares principalmente através dos intérpretes,

atenderem a necessidade do uso de diversos recursos visuais, concretos e

abstratos, e avaliações adequadas.

28

Como estudo para o futuro, sugere-se o desenvolvimento de teatro que na

escola desempenha um papel educativo, com peças relatando as histórias em

quadrinhos produzidas pelos alunos, pois o teatro é uma arte lúdica e coletiva,

promove o trabalho em equipe, a comunicação visual, a construção do

conhecimento, desenvolvimento da criatividade, habilidade, oralidade, leitura,

vocabulário, estimula a imaginação e a articulação das expressões.

Por fim, em razão da boa oportunidade vivenciada no desenvolvimento da

educação científica e inclusão de alunos da Educação Básica, agradeço aos

professores em especial de Língua Portuguesa e Artes, funcionários, alunos surdos

e ouvintes da 1ª série B do colégio, pelo incentivo e colaboração. Aos intérpretes

que tiveram um papel importantíssimo pelo apoio, cooperação e estímulo.

Agradeço a Senhora Rosana Apolônia Harmuch e Jéferson Luis Franco, que

tiveram participação ativa neste trabalho, colaborando, fazendo as correções

ortográficas e incentivando.

Agradeço, também, ao professor/orientador Mestre Carlos Eduardo

Bittencourt Stange, que proporcionou momentos de reflexão, pesquisa e

organização sobre o assunto.

Sobremaneira, agradeço a minha família que sempre esteve presente,

incentivando e colaborando para os momentos de pesquisa e estudo.

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