cultura e historia dos povos indigenas mod 2 texto 07

28
133 7

Upload: saruba-baien

Post on 07-Sep-2015

13 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

okokpokpokpok

TRANSCRIPT

  • 133

    7

  • 134

  • 135

    Chegana (Antnio Nbrega e Wilson Freire)

    Sou Patax,

    sou Xavante e Cariri,

    Ianonami, sou Tupi

    Guarani, sou Caraj.

    Sou Pancararu,

    Carij, Tupinaj,

    Potiguar, sou Caet,

    Ful-ni-o, Tupinamb.

    Depois que os mares dividiram os continentes

    quis ver terras diferentes.

    Eu pensei: vou procurar

    um mundo novo,

    l depois do horizonte,

    levo a rede balanante

    pra no sol me espreguiar.

    Eu atraquei

    num porto muito seguro,

    Kalna Mareto Teao

    Sociodiversidade indgenano Brasil: onde esto e quais so os povos indgenas

  • 136

    cu azul, paz e ar puro...

    botei as pernas pro ar.

    Logo sonhei

    que estava no paraso,

    onde nem era preciso

    dormir para se sonhar.

    Mas de repente

    me acordei com a surpresa:

    uma esquadra portuguesa

    veio na praia atracar.

    De grande- nau,

    um branco de barba escura,

    vestindo uma armadura

    me apontou pra me pegar.

    E assustado

    dei um pulo da rede,

    pressenti a fome, a sede,

    eu pensei: vo me acabar.

    me levantei de borduna j na mo.

    Ai, senti no corao,

    o Brasil vai comear.

    A populao indgena na poca do descobrimento

    Os indgenas esto presentes no Brasil h mais de 12 mil anos, de acordo com

    pesquisas arqueolgicas que questionam os dados sobre o povoamento americano,

    como a teoria do Estreito de Bering. Pesquisas da arqueloga norte-americana Ana

    Roosevelt (1992) apontam para registros de sociedades complexas na Amaznia,

    considerando desenvolvimento da cermica e da organizao social. Essa desco-

    berta aponta para um povoamento anterior quele indicado pela teoria do Estreito

    de Bering na Amrica. Outros estudos questionam as antigas hipteses de povo-

  • 137

    amento que eram baseadas na existncia de

    sociedades pequenas e simples, de caadores

    e coletores, caracterizadas pela alta mobilida-

    de e pelo uso de cestarias.

    Segundo Nimeundaju, existiam cerca de

    1.400 povos indgenas no Brasil na poca

    do descobrimento: tupi-guarani, j, karib,

    aruak, xirian, tucano, entre outros, com di-

    versidade geogrfica e de organizao social.

    Os Tupi teriam se deslocado atravs de rotas

    de expanso a partir da regio do Madeira e

    do Amazonas, segundo o arquelogo Francisco Noell. De acordo com essa teo-

    ria, os Tupinamb expandiram-se do Baixo Amazonas ao litoral do Nordeste at

    atingirem a regio de So Paulo; j os Guarani percorreram em direo ao rio da

    Prata. Os Tupi encontravam-se na regio da costa e do vale amaznico e os aru-

    k situavam-se prximos aos rios Negro e Madeira, enquanto os Karib estavam

    na regio das Guianas e no Baixo Amazonas.

    H vrias estimativas sobre a populao indgena na poca do descobrimento:

    Steward (1949) estimou 1.500.000 ndios, Hemming (1978) 3.600.000 e Denevan

    quase 5.000.000 de ndios na Amaznia (Bethell, 1998:130-131). A depopulao in-

    dgena ocorreu devido s guerras de conquista, ao extermnio e escravizao, alm

    do contgio de doenas como va-

    rola, sarampo e tuberculose.

    Para Oliveira e Freire (2006,

    p.24), a histria demogrfica no

    deve ser compreendida apenas

    como uma sucesso de doenas,

    massacres e violncias diversas j

    que a disperso populacional pos-

    sibilitou diversas reaes dos po-

    vos indgenas em relao aos co-

    lonizadores, como a promoo de

    grandes deslocamentos para esca-

    par da escravido e das doenas.

    Cermica marajoara

    Gravura de Hans Staden

  • 138

    A populao indgena atual

    Estima-se que quando da chegada dos europeus, os indgenas eram entre 2.000.000

    e 4.000.000 de habitantes, com uma diversidade de 1.000 grupos tnicos diferentes.

    Hoje, segundo dados do IBGE (2011), a populao indgena estimada em 800.000

    habitantes. Para o Instituto Socioambiental (ISA) a populao amerndia estimada

    em 600.000 indivduos, sendo que 450.000 vivem em terras indgenas e 150.000

    esto localizados em reas urbanas.

    A Fundao Nacional do ndio (FUNAI) e a Fundao Nacional de Sade (FU-

    NASA) consideram uma populao de 300.000 ndios. A variao populacional de-

    corre da utilizao de diferentes mtodos para a obteno dos dados. A FUNAI e

    a FUNASA trabalham com as populaes reconhecidas e registradas por essas, em

    geral, populaes aldeadas. Nesses dois rgos no est contabilizada a populao

    indgena que reside nas cidades

    e em terras indgenas ainda no

    demarcadas. O IBGE utilizou

    o mtodo de autoidentificao

    para chegar aos nmeros des-

    critos acima, mas ainda existem

    povos indgenas no contabiliza-

    dos nessas estimativas, como os

    ndios isolados, os ndios urba-

    nos e os ndios em vias de reafirmao tnica.

    Segundo dados da FUNASA, existem 374.123 ndios distribudos em 3.225 al-

    deias, pertencentes a 291 etnias e falantes de 180 lnguas. Dessa populao, 192.773

    so homens e 181.350 mulheres.

    O maior ndice de populao indgena concentra-se na Regio Norte (49%) e

    na Regio Sudeste encontra-se o menor ndice (apenas 2%).

    O crescimento demogrfico da populao indgena possui mdia de 4% enquan-

    to a mdia nacional de 1,6 % da populao brasileira. Houve um aumento de

    250.000 ndios no incio da dcada de 1970 para 700.000 em 2001.

    A partir da ltima dcada do sculo passado ocorre no pas o fenmeno de etnog-

    nese, principalmente nas Regies Norte e Nordeste, j que devido s presses polticas,

    econmicas e religiosas os ndios esto assumindo e recriando suas tradies.

    ndio guarani, liderana religiosa

  • 139

    Quem ndio?

    O termo ndio foi utilizado para designar os povos aqui encontrados pelos europeus

    na poca em que os portugueses aqui chegaram, pensando estar nas ndias. Atribui-

    se o termo indgena aos povos nativos do Brasil e do continente americano, tam-

    bm chamados de amerndios. O termo silvcola foi muito utilizado para definir ndio

    como aquele originrio da selva,

    mas atualmente essa expresso

    encontra-se em desuso.

    O Estatuto do ndio (Lei

    6.001/73) em seu artigo 3,

    item I considera ndio ou silv-

    cola: todo individuo de origem

    e ascendncia pr-colombiana

    que se identifica e identificado

    como pertencente a um grupo tnico cujas caractersticas culturais o distinguem da

    sociedade nacional.

    No item II, define-se comunidade indgena ou grupo tribal como um conjunto

    de famlias ou comunidades ndias, quer vivendo em estado de completo isolamento

    em relao aos setores da comunho nacional, quer em contatos intermitentes ou

    permanentes, sem contudo, estarem nele integrados.

    No artigo 4, so classificados os ndios isolados como os que vivem em grupos

    desconhecidos ou de que se possuem vagos conformes atravs de contatos eventuais

    com elementos da comunho nacional.

    Os ndios em vias de integrao so considerados aqueles que quando em con-

    tato intermitente ou permanente com grupos estranhos, conservem menor ou maior

    parte das condies de sua vida nativa, mas aceitem algumas prticas e modos de

    existncia comuns aos demais setores da comunho nacional da qual vo necessi-

    tando cada vez mais para o prprio sustento.

    Os ndios integrados so definidos como incorporados comunho nacional e

    reconhecidos no pleno exerccio dos direitos civis, ainda que conservem usos, costu-

    mes e tradies caractersticos da sua cultura.

    Aps sculos de excluso e dizimao dos povos indgenas, devido aos pro-

    cessos de colonizao, de dominao econmica, religiosa, cultural, dos conflitos

    ndia tupinikim, preparo de farinha

  • 140

    fundirios e de interesses em reas de minerao, os diversos pases e organismos

    internacionais como a Organizao das Naes Unidas (ONU), a Organizao

    Internacional do Trabalho (OIT) e a Organizao dos Estados Americanos (OEA)

    apresentam critrios bastante distintos para identificar quem indgena. Muitos

    deles baseiam-se em conceitos e noes como: raa, traos culturais ou desen-

    volvimento econmico.

    A Conveno 169 da OIT classifica os povos indgenas como descendentes de

    populaes que habitavam o pas ou regio geogrfica pertencente ao pas na poca

    da conquista ou da colonizao ou estabelecimento de fronteiras estatais e que, seja

    qual for sua situao jurdica, conservam todas as suas prprias instituies sociais,

    econmicas, culturais a polticas, ou parte delas.

    Segundo definio da ONU (1986):

    As comunidades, os povos e as naes indgenas so aquelas que, contando com uma

    continuidade histrica das sociedades anteriores invaso e colonizao que foi de-

    senvolvida em seus territrios, consideram a si mesmos distintos de outros setores da

    sociedade, e esto decididos a conservar, a desenvolver e a transmitir s geraes futuras

    seus territrios ancestrais e sua identidade tnica, como base de sua existncia continu-

    ada como povos, em conformidade com seus prprios padres culturais, as instituies

    sociais e os sistemas jurdicos.

    No Brasil, o critrio para se definir indgena baseia-se na autoidentificao tni-

    ca, isto , se define ndio como aquele que se reconhece como diferente da sociedade

    nacional, por possuir uma ancestralidade de origem pr-colombiana. Todo indivduo

    que se reconhece como parte de um grupo com essas caractersticas e reconhecido

    pelo grupo como tal pode ser considerado ndio.

    Para Luciano (2006, p.27), entre os povos indgenas existem alguns critrios de

    autoidentificao como:

    continuidade histrica com sociedades pr-coloniais;

    estreita vinculao com o territrio;

    sistemas sociais, econmicos e polticos bem definidos;

    lngua, cultura e crenas definidas;

    identificao como diferente da sociedade nacional;

    vinculao ou articulao com a rede global dos povos indgenas.

  • 141

    O ndio hoje

    Diante das mudanas histricas, o ndio hoje visto como um sujeito portador de

    direitos. Essa mudana de perspectiva deve-se forte atuao das organizaes e dos

    movimentos indgenas no Brasil e na Amrica Latina, a partir da dcada de 1970. As

    lutas dos povos indgenas foram asseguradas em diversas leis, como a Constituio

    de 1988, a Conveno 169 da OIT, a Lei 11.645/08, dentre outras.

    Para se compreender a questo indgena importante percebermos que, de-

    vido s grandes transformaes histricas, deve-se ter ateno a duas idias,

    descritas a seguir.

    A primeira delas acerca da dinmica da cultura. Os povos indgenas no pos-

    suem uma cultura esttica, ao contrrio, esto em constante transformao. O ndio

    de hoje um cidado do seu tempo, usa jeans, celular, internet; professor, advo-

    gado, cientista; mora na cidade, na favela, na aldeia, na mata ao mesmo tempo em

    que mantm suas tradies e culturas vivas.

    Mesmo em contato com a sociedade no ndia, os povos indgenas mantm seus

    costumes, suas crenas, suas organizaes, suas tradies. Enfim mantm suas iden-

    tidades, reconhecendo-se como diferentes da sociedade nacional.

    No Brasil hoje, h cerca de 225 povos indgenas falantes de 180 idiomas dis-

    tintos, tamanha a diversidade cultural em nosso pas. So povos que representam

    culturas, conhecimentos, crenas, artes, literaturas de acordo com seus espaos ge-

    ogrficos, polticos e sociais. O conhecimento da histria e da cultura desses povos

    possibilita reconhecermos a sua contribuio para a formao da sociedade nacional.

    ndios emergentes

    No Brasil e na Bolvia, durante os ltimos anos, aumentou a quantidade de povos

    que passaram a reivindicar a condio de indgenas. So famlias miscigenadas e es-

    poliadas de seus territrios que encontram no presente contexto histrico e poltico

    condies favorveis para a afirmao de suas identidades tnicas.

    Nas ltimas dcadas esse fenmeno surge com mais frequncia, devido ao avan-

    o dos estudos das histrias regionais, ampliao e consolidao dos direitos ind-

    genas e atuao de organizaes indgenas.

  • 142

    Etnognese

    Desde os anos de 1970, vm se multiplicando os fenmenos de etnognese. H registro

    de 50 novos grupos com demandas para serem reconhecidos como indgenas em 15

    estados no pas, concentrados no Nordeste (vinte e dois no Cear e cinco em Alagoas)

    e no Norte (sete no Par), dos quais se sabe muito pouco alm das prprias demandas.

    As emergncias, ressurgimentos, ou viagens da volta so designaes al-

    ternativas para etnognese. Mesmo sendo um termo conceitualmente controvertido,

    ainda assim, usado para descrever a constituio de novos grupos tnicos.

    Alguns obstculos como a tradio legalista e os critrios de definio do que

    deve ser um ndio (naturalidade e imemorialidade) tm dificultado a implementao

    de avanos tericos e jurdicos no reconhecimento de povos indgenas resistentes.

    Ao falarmos de etnognese, estamos nos referindo a um processo social e no a

    um tipo especfico e diferenciado de grupos indgenas. Depois do reconhecimento

    dos grupos indgenas diante do movimento indgena, da sociedade regional e dos

    rgos pblicos oficiais, esses grupos devem deixar de ser contabilizados nas lista

    dos emergentes, justamente por terem percorrido o mais ou menos longo, depen-

    dendo de cada situao, processo de etnognese.

    Mas, um dos problemas em classific-los como emergentes, ressurgentes,

    ressurgidos, ou mesmo remanescentes consiste em no atentar para a dinmica

    da histria e da cultura.

    ndios isolados

    Os ndios isolados tambm so conhecidos como povos em situao de isolamento

    voluntrio, povos ocultos, povos no contatados, entre outros. So assim chamados

    os grupos com os quais a Funai no obteve contato. As informaes sobre eles so

    heterogneas, transmitidas por outros ndios ou por regionais, alm de indigenistas

    e pesquisadores. Segundo Luciano (2006, p.51), so estimados 46 grupos isolados,

    mas desses, apenas 12 foram confirmados pela Funai.

    Pouco se sabe sobre esses povos: quem so, onde esto, quantos so e a ln-

    gua que falam. Algumas poucas informaes reunidas baseiam-se em vestgios ou

    depoimentos orais.

  • 143

    Das 46 evidncias de grupos isolados, seis esto em terras indgenas prprias, isto

    , reconhecidas e/ou demarcadas para eles, quinze esto localizados em terras reco-

    nhecidas para outros grupos e seis esto em terras indgenas no reconhecidas. A

    demarcao de terras para esses povos importante na medida em que se garantem

    seus direitos e evitam-se ataques de mineradoras e madeireiras.

    Para Luciano (2006, p. 52), os ndios isolados em algum momento do passado

    tiveram contato com os no ndios e optaram por refugiar-se em lugares distantes e

    inspitos com intuito de evitarem processos de dizimao de seus povos.

    A Funai possui uma unidade para realizar estudos sobre localizao e proteo

    dos ndios isolados chamado Departamento de ndios isolados, que atua em frentes

    Fonte: Instituto Socioambiental

  • 144

    de expanso etno-ambiental, nas regies de Cuminapanema (PA), Envira(AC), Rio

    Guapor(RO), Madeirinha (RO/MT), Vale do Javari e Purus(AM).

    Os povos isolados abaixo foram contatados e protegidos pela Funai devido aos inme-

    ros problemas advindos da situao de contato, das epidemias e das invases de suas terras:

    os Kano: contatados h cinco anos em Rondnia;

    os Akuntsu: contatados h cinco anos em Rondnia;

    os Zo: contatados desde 1989 pela Funai, no estado do Par, pertencem ao

    grupo tupi-guarani. Suas terras foram delimitadas entre os anos de 1996 e 1998.

    os Korubo: um grupo de 17 pessoas que se separaram dos demais e que perma-

    necem em constante fuga. Foram contatados na regio do Vale do Javari, Amazonas

    e so conhecidos como ndios caceteiros por usarem bordunas como instrumento

    de defesa e ataque contra os inimigos.

    Atividades

    1) Desde o perodo colonial j existia uma grande diversidade de povos indgenas no

    Brasil. Comente sobre alguns povos existentes.

    2) Existe um consenso sobre as estatsticas dos povos indgenas hoje? A que se

    deve essa variao?

    3) Como a OIT defi ne povos indgenas?

    4) No Brasil correto afi rmar que os ndios so povos com um fentipo defi nido?

    Como trabalhado o conceito de povos indgenas em nosso pas?

    5) Por que os povos indgenas no podem ser compreendidos como povos do

    passado e isolados?

    6) Comente sobre os processos de etnognese.

    7) Pesquise sobre um povo indgena do seu estado. Relate um pouco de sua histria,

    seus costumes, sua cultura e seus problemas atuais.

    Confi ra as tabelas dos ndios

    Isolados em TIs e o Quadro

    Geral dos Povos Indgenas

    no anexo da pgina 147.

  • 145

    Para saber mais sobre a temtica indgena:

    Referncias

    OLIVEIRA, Joo P. de. ROCHA FREIRE, Carlos A. A presena indgena na formao do

    Brasil. Braslia: MEC/SECAD/LACED/ Museu nacional, 2006.

    LUCIANO, Gersem dos S. O ndio brasileiro: o que voc precisa saber sobre os povos

    indgenas no Brasil de hoje. Braslia: MEC/SECAD/LACED, Museu Nacional, 2006.

    SILVA, Aracy; L. GRUPIONI, Lus D. B. (orgs). A temtica indgena na escola: novos subsdios

    para professores de 1 e 2 graus. 4. ed. So Paulo: Global, Braslia: MEC/MARI, UNESCO, 2004.

    TEAO, Kalna M.. LOUREIRO, Kltia. Histria dos ndios do Esprito Santo. Vitria. Edi-

    tora do Autor, 2009.

    Stios de pesquisa na Internet

    http://temaindigena.blogspot.com/

    http://www.sitesindigenas.blogspot.com/

    CTI ( Centro de Trabalho indigenista): http://www.trabalhoindigenista.org.br/

    ISA( Instituto socioambiental): http://www.socioambiental.org.br/

    CIMI(Conselho indigenista missionrio): http://www.cimi.org.br/

    FUNAI(Fundao nacional do ndio): http://www.funai.gov.br/

    MEC (Ministrio da educao): http://www.mec.gov.br/

    Museu do ndio: http://www.museudoindio.org.br/

  • 146

    Museu Nacional do Rio de Janeiro: http://www.museunacional.ufrj.br/

    Grupo de histria indgena de John Monteiro: www.ifch.unicamp.br/ihb

  • 147147

    Terras Indgenas Estado Situao Jurdica

    Alto Tarauac Acre Homologada e Registrada

    Hi Merim Amazonas Homologada

    Igarap Taboca do Alto Tarauac Acre Com restrio de uso

    Jacareuba/Katawixi (quase integralmente dentro do Parque Nacio-nal Mapinguari e com uma pequena parte dentro da Resex Ituxi)

    Amazonas Com restrio de uso

    Kawahiva do Rio Pardo Mato Grosso Com restrio de uso

    Massaco Rondnia Homologada e registrada

    Piripkura: chamados de Piripicura pelos ndios Gavio da TI Igarap Lourdes. Esses ndios se localizam na rea entre os rios Branco e Madeirinha, afl uentes do Roosevelt,/MT. J foram con-tatados dois ndios, e parece existir mais um grupo sem contato de cerca 17 pessoas.

    Mato Grosso Com restrio de uso

    Riozinho do Alto Envira (Xinane) Acre Identifi cada e aprovada pela Funai

    Tanaru Rondnia Com restrio de uso

    Isolados em TIs reconhecidas para eles

    Anexo

    Fonte: Instituto Socioambiental

  • 148148

    TIs demarcadas e/ou homologadas para outros ndios, tambm habitadas por ndios isolados

    Terras Indgenas Isolados Estado Situao Jurdica

    Apiak e Apiak isolados

    Em 1984, o antroplogo Eugenio Wenzel, que viveu mais de 15 anos com os ndios Apiak, informou que havia notcias sobre a existncia de um grupo de Apiak que, depois de viver em contato com a sociedade regional e sofrer massacres no perodo da borracha, no incio do sculo XX, fugiu, afastando-se das margens dos rios maiores. Localiza-se na regio dos rios Ximari e Matrinx, entre os rios Teles Pires e Juruena, no municpio de Apiacs/MT e Apui/AM

    MT e AM Em identifi cao

    Alto Turiau, Kaapor e Temb

    Isolados Guaj, no igarap Jararaca MA Homologada e registrada

    Arara do Rio Branco MT Homologada e registrada

    ArariboiaGuajajara

    Isolados Guaj MA Homologada e registrada

    AripuanCinta Larga

    MT e RO Homologada e registrada

    CaruGuajajara

    Isolados no Oeste da TI MA Homologada e registrada

    Kampa e Isolados do Rio Envira, Ashaninka

    AC Homologada

    Kaxinaw do Rio Humait AC Homologada e registrada

    Kayapo Isolados Pituiaro, do grupo Kayap PA Homologada e registrada

    Continua

  • 149149

    Terras Indgenas Isolados Estado Situao Jurdica

    Koatinemo Assurini

    Isolados PA Homologada e registrada

    MenkragnotiIsolados Mengra Mrari, grupo Kayap, que se separou dos Gorotire em 1938

    PA Homologada e registrada

    Mamoadate dosYaminawa e Manchineri

    Isolados Masko, no vero circulam entre os rios Mamoadate e cabeceiras do Rio Purus, chamados de Masho-Piro, no Peru

    AC Homologada e registrada

    Rio Tea (isolados Maku) AM Homologada e registrada

    Trombetas/Mapuera Wai Wai

    Karafawyana isoladosRO, AM e PA

    Declarada

    Tumucumaque Tiriy, Katxuyana, Wayana e Apalai

    PA e AP

    Uru Eu Wau WauH pelo menos dois grupos isolados, a nordeste e ao sul da TI

    RO Homologada e registrada

    Vale do JavariVrios grupos isolados: do Jandiatuba, do Alto Juta, do So Jos, do Quixitos, do Itaqua e May

    AM Homologada e registrada

    Waimiri Atroari Isolados Piriutiti dentro e fora da TI RO e PA Registrada

    Xikrin do Catete dos Xikrin

    Segundo a antroploga Isabelle Giannini, os Xikrin dizem que ao norte da TI, na re-gio do Rio Cinzento, vivem ndios iguais aos que encontraram, em 1987 em suas terras, um grupo de Arawet isolados

    PA Homologada e registrada

    Fonte: Instituto Socioambiental

  • 150150

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    1 AikanMassaca, Tubaro, Co-lumbiara, Mund, Huari, Cassup, Aikan

    Aikan RO180 (Vasconcelos, 2005)

    2 Ajuru Tupari RO 94 (Funasa, 2006)

    3 Akuntsu Akuntsu Tupari RO 5 (Funai, 2009)

    4 Amanay Amanai, Araradeua Tupi-Guarani PA 87 (Correia de Assis, 2002)

    5 Amondawa Tupi-Guarani RO 83 (Kanind, 2003

    6 Anac CE

    7 Anamb Tupi-Guarani PA 182 (2000

    8 AparaiApalai, Apalay, Appirois, Aparathy, Apareilles, Aparai

    Karib AP, PA 317 (Funasa, 2006)

    9 Apiak Apiac Tupi-Guarani AM, MT, PA 1.000 (Tempesta, 2009)

    10 Apinaj Apinai, Apinajs, Apinay J TO 1.525 (Funasa, 2006)

    11 Apurin Ipurina, Popukare Aruak-maipure AM, MT, RO 3.256 (Funasa, 2006)

    12 Aran MG 54 (Funasa, 2006)

    13 Arapaso Arapasso, Arapao Tukano AM 569 (Dsei/Foirn, 2005)

    14 Arapiuns PA

    15 Arara Arara do Par, Ukaragma Karib PA 271 (Funasa, 2006)

    16Arara do Rio Amnia

    Apolima-Arara, Arara Apolima

    AC 278 (GT Funai, 2003)

    17Arara do Rio Branco

    Arara do Beirado, Arara do Aripuan

    MT 209 (Cimi, 2005)

    18AraraShawdawa

    Arara do Acre, Shawanaua

    Pano AC 332 (CPI/AC, 2004)

    19 Arawet Arauet, Bde Tupi-Guarani PA 339 (Funasa, 2006)

    20 Arikapu Jabuti RO 32 (Funasa, 2009)

    21 Aru Mond RO 92 (Funasa, 2009)

    22 Ashaninka Kampa, Ashenika Aruak AC, Peru 869 (CPI/Acre, 2004)

    23Asurini do Tocantins

    Akuawa, Asurini Tupi-Guarani PA 384 (Funasa, 2006)

    Quadro Geral dos Povos Indgenas

    Continua

  • 151151

    Continua

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    24Asurini do Xingu

    Assurini, Awaete Tupi-Guarani PA 124 (2006)

    25 Atikum Aticum BA, PE 5.852 (Funasa, 2006)

    26 Av-CanoeiroCanoeiro, Cara-Preta, Carij

    Tupi-Guarani GO, MG, TO 16 (Funasa, 2006)

    27 AwetiAwytyza, Enumani, Anumani, Auet

    Aweti MT 140 (2006)

    28 Bakairi Bacairi, Kur, Kur Karib MT 950 (Taukane, 1999)

    29 Banaw Araw AM 101 (Funasa, 2006)

    30 BaniwaBaniva, Baniua, Curipa-co, Walimanai

    AruakAM, Venezuela, Colmbia

    5.811 (Dsei/Foirn, 2005)7.000 (2000)1.192 (1992)

    31 BarBara tukano, Wapin-mak

    Tukano AM, Colmbia1 (Dsei/Foirn, 2005)296 (1988)

    32 Barasana Paneno Tukano AM, Colmbia939 (1998)34 (Dsei/Foirn, 2005)

    33 Bar Hanera Aruak AM, Venezuela10.275 (Dsei/Foirn, 2005)2.790 (1998)

    34 Borari PA

    35 BororoCoxipon, Araripocon, Aras, Cuiab, Coroados, Porrudos, Boe

    Bororo MT 1.392 (Funasa, 2006)

    36 CanelaRamkokamekr, Apanyekr

    J MA 2.502 (Funasa, 2008)

    37 Chamacoco Samuko MS, Paraguai40 (Grumberg, 1994)1.571 (2002)

    38 Charrua RS, Argentina40 (Prmio Culturas Indge-nas, 2007)676 (INAI, 2004)

    39 Chiquitano Chiquito Chiquito MT, Bolvia737 (Funasa, 2006)55.000 (1995)

    40 Cinta larga Matetame Mond MT, RO 1.440 (Funasa, 2006)

  • 152152

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    41 CoripacoCuripaco, Curripaco, Kuripako

    Aruak AM 1.332 (Dsei/Foirn, 2005)

    42 Deni Jamamadi Araw AM 875 (Funasa, 2006)

    43 Desana Desano, Dessano Tukano AM, Colmbia2.204 (Dsei/Foirn, 2005)2.036 (1998)

    44 Djeoromitx Jaboti Jabuti RO 187 (Funansa, 2009)

    45Enawen-naw

    Enauen nau, Salum, Enawen-naw

    Aruak MT 540 (Opan/Funasa, 2009)

    46 Fulni- Ia-t PE 3.659 (Funasa, 2006)

    47Galibi do Oiapoque

    Galibi, Kalin KaribAP, Guiana Francesa

    66 (Funasa, 2006)2.000 (1982)

    48Galibi-Marworno

    Galibi do Ua, Aru Creoulo AP 2.177 (Funasa, 2006)

    49GavioParkatj

    Gavio do Me Maria, Gavio Parakatej, Ga-vio do Oeste, Parkatej

    J PA 476 (Funasa, 2006)

    50GavioPykopj

    Gavio do Maranho, Gavio Pukobi, Gavio do Leste, Pykopcatej

    J MA 494 (Funasa, 2006)

    51 Guaj Av, Aw Tupi-Guarani MA, PA 283 (Funasa, 2005)

    52 Guajajara Guajajara, Tenetehara Tupi-Guarani MA 19.471 (Funasa, 2006)

    53GuaraniKaiow

    Pai-Tavyter, Tembekura

    Tupi-Guarani MS, Paraguai31.000 (CTI, 2008)13.000 (CTI, 2008)

    54 Guarani Mbya Guarani Mby Tupi-Guarani

    ES, PA, PR, RJ, RS, SC, SP, TO, Paraguai, Argentina

    15.000 (CTI, 2008)5.500 (CTI, 2008)7.000 (CTI, 2008)

    55Guaraniandeva

    Ava-Chiripa, Ava-Guara-ni, Xiripa, Tupi-Guarani

    Tupi-GuaraniMS, PR, RS, SC, SP, Paraguai, Argentina

    1.000 (CTI, 2008)13.000 (CTI, 2008)13.200 (CTI, 2008)

    56 Guat Guat MT, MS (Funasa, 2008)

    57 Hixkaryana Hixkariana Karib AM, PA, RR 631 (Funasa, 2006)

    58 IkolenGavio de Rondnia, Gavio Ikolen, Digut

    Mond RO 523 (Kanind, 2004)

    59 Ikpeng Txico, Ikpeng Karib MT 342 (Funasa, 2006)

    60 Ingarik Akawaio, Kapon KaribRR, Guiana Equatorial,Venezuela

    1.170 (Coping, 2007)4.000 (1990)728 (1992)

    Continua

  • 153153

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    61Iranxe Ma-noki

    Irantxe, Manoki Iranxe MT 356 (Funasa, 2006)

    62 Jamamadi Yamamadi, Kanamanti Araw AM 884 (Funasa, 2006)

    63 Jarawara Jarauara Araw AM 180 (Funasa, 2006)

    64 JavaKaraj/Java,Itya Mahdu

    Karaj GO, TO 1.456 (Funasa, 2009)

    65Jenipapo-Kanind

    Payaku CE 272 (Funasa, 2006)

    66 JiahuiJahoi, Diarroi, Djarroi, Parintintin, Diahoi, Diahui, Kagwaniwa

    Tupi-Guarani AM 88 (Funasa, 2006)

    67 Jiripanc Jeripanc, Geripanc AL 1.307 (Funasa, 2006)

    68 Juma Yuma Tupi-Guarani AM 5 (Peggion, 2002)

    69 Kaapor Urubu Kaapor, Kaapor Tupi-Guarani MA, PA 991 (Funasa, 2006)

    70 KadiwuKaduveo, Caduveo, Kadivu, Kadiveo

    Guaikuru MS 1.629 (Funasa, 2006)

    71 KaiabiKayabi, Caiabi, Kaiaby, Kajabi, Cajabi

    Tupi-Guarani MT, PA 1.619 (Funasa, 2006)

    72 Kaimb BA 710 (Funasa, 2006

    73 Kaingang Guayans J PR, RS, SC, SP 28.000 (Funasa, 2006)

    74 Kaixana Caixana AM 505 (Funasa, 2006)

    75 Kalabaa

    76 Kalank Cacalanc AL 390 (Funasa, 2009)

    77 Kalapalo Karib MT 504 (Funasa, 2006)

    78 Kamaiur Kamayur Tupi-Guarani MT 492 (Funasa, 2006)

    79 Kamba MS

    80 Kambeba Cambemba, Omagu Tupi-Guarani AM 347 (Funasa, 2006)

    81 Kambiw Cambiua PE 2.820 (Funasa, 2006)

    82 Kanamari Canamari, Tukuna Katukina AM 1.654 (Funasa, 2006)

    83 Kanind

    84 KanoCanoe, Kapixan, Kapixan

    Kanoe RO 95 (2002)

    85 Kantarur Cantarur, Pankararu BA 493 (Funasa, 2006)

    86 Kapinawa Capinawa PE 3.294 (Funasa, 2006)

    87 Karaj Caraiauna, Iny Karaj GO, MT, PA, TO 2.532 (Funasa, 2006)

    Continua

  • 154154

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    88Karaj do Norte

    Xambio, Ixybiowa, Iraru Mahndu, Karaj do Norte

    Karaj TO 269 (Funasa, 2006)

    89 KarapanMuteamasa,Ukopinpna

    Tukano AM, Colmbia63 (Dsei/Foirn, 2005)412 (1988)

    90 Karapot AL 2.189 (Funasa, 2006)

    91Karipuna de Rondnia

    Ah, Karipuna, Ah Tupi-Guarani RO 14 (Azanha, 2004)

    92Karipuna do Amap

    Creoulo AP 2.235 (Funasa, 2006)

    93 Kariri CE

    94 Kariri-Xok Cariri-xoc AL 1.763 (2000)

    95 Karitiana Caritiana, Yjxa Arikn RO 320 (2005)

    96 Karo

    Arara de rondnia, arara karo, arara tupi, ntoga-pd, ramarma, uruk, e urum, Iltrap

    Ramarama RO 208 (Kanind, 2006)

    97 Karuazu AL 336 (Funasa, 2006)

    98 Katuena Waiwai Karib AM, PA, RR 136 (Funasa, 2006)

    99Katukina do Rio Bi

    Tukuna Katukina AM 450 (2007)

    100Katukina Pano

    Pano AC 585 (Funasa, 2008)

    101 Kaxarari Caxarari Pano AM, RO 322 (Funasa, 2009)

    102 KaxinawCashinau, Caxinau, Huni Kuin, huni kuin

    Pano AC 4.500 (CPI/AC, 2004)

    103 Kaxix MG 256 (Funasa, 2006)

    104 Kaxuyana Caxuiana, Katxuyana Karib AP, AM, PA 230 (Funasa, 2006)

    105 Kayap

    Kaiap, Caiap, Goro-tire, Aukre, Kikretum, Makragnotire, Kuben-Kran-Ken, Kokraimoro, Metuktire, Xikrin,Karara, Mebengokre

    J MT, PA5.923 (Funasa, 2006)

    106 Kinikinau Kinikinao, Guan Aruak MS 250 (2005)

    Continua

  • 155155

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    107 Kiriri Kariri BA 1.612 (Funasa, 2006)

    108 Kisdj Sui, Kisidj J MT 351 (Funasa, 2006)

    109 Koiupank AL 1.263 (Funasa, 2009)

    110 Kokama Cocama, Kocama Tupi-GuaraniAM, Peru,Colmbia

    9.000 (CGTT, 2003)10.705 (1993)236 (1988)

    111 Korubo Pano AM 26 (FPEVJ, 2007)

    112 Kotiria Wanana Tukano AM, Colmbia735 (Dsei/Foirn, 2005)1.113 (1988)

    113 Krah Cra, Kra, Mehin J TO 2.184 (Funasa, 2006)

    114 Krah-Kanela J TO 83 (Funasa, 2006)

    115 KrenakCrenaque, Crenac, Krenac, Botocudos, Aimors, Krn

    Krenk MG, SP 204 (Funasa, 2006)

    116 KrikatiKricati, Kricatij, Pca-tj, Kricatij

    J MA 682 (Funasa, 2005)

    117 KubeoCubeo, Cobewa, Ku-bwa, Pamwa

    Tukano AM, Colmbia381 (Dsei/Foirn, 2005)4.238 (1988)

    118 Kuikuro Kuikuru Karib MT 509 (Funasa, 2006)v

    119 Kujubim Kuyubi Txapacura RO 55 (Funasa, 2006)

    120 Kulina Culina, Madiha, Madija Arawa AC, AM, Peru3.500 (Dienst, 2006)450 (1998)

    121 Kulina Pano Culina Pano AM 125 (Funasa, 2006)

    122 Kuntanawa Kontanawa, Contanawa Pano AC 400 (Pantoja, 2008)

    123 Kuruaya Xipia-Kuruia, Kuruaia Munduruku PA 129 (Funasa, 2006)

    124 Kwaz Coai, Koai Koaz RO 40 (Van der Voort, 2008)

    125 MakuMacu, Yuhupde, Dow, Nadob, Hupda. Bara, Kakwa, Kabori, Nukak

    Mak AM, Colmbia2.603 (Dsei/Foirn, 2005)678 (1995)

    126 Makuna Yeba-mas Tukano AM, Colmbia32 (Dsei/Foirn, 2005)528 (Colmbia, 1988)

    127 Makurap Macurap Tupari RO 381 (Funasa, 2006)

    128 Makuxi Macuxi, Macushi, Pemon KaribRR, Guiana Equatorial

    23.433 (Funasa, 2006)9.500 (Guiana, 2001)

    129 Manchineri Machineri Aruak AC 937 (CPI/AC, 2004)

    130 Marubo Pano AM 1.252 (Funasa, 2006)

    Continua

  • 156156 Continua

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    131 Matipu Karib MT 103 (Funasa, 2006)

    132 MatisMushabo,Deshan Mikitbo

    Pano AM 322 (2008)

    133 Matss Mayoruna Pano AM, Peru1.592 (Funasa, 2006)1.000 (1988)

    134 MaxakaliMaxacalis, Monac, Kumanux, Tikmun, Kumanax - tikmun

    Maxakali MG 1.271 (Funasa, 2006)

    135 MehinakoMeinaco, Meinacu, Meinaku

    Aruak MT 227 (Funasa, 2006)

    136MenkyManoki

    Munku, Menku, Myky, Manoki

    Iranxe MT 356 (Funasa, 2006)

    137 Migueleno Miqueleno RO

    138 Miranha Mirana Bora AM, Colmbia836 (Funasa, 2006)445 (Colmbia, 1988)

    139 Mirity-tapuya Buia-tapuya Tukano AM 75 (Dsei/Foirn, 2005)

    140 Munduruku Mundurucu Munduruku AM, MT, PA 10.896 (Funasa, 2009)

    141 Mura Mura AM 9.299 (2006)

    142 NahukuNafukw, Nahkw, Nafuqu, Nahukw

    Karib MT 124 (Funasa, 2006)

    143 Nambikwara

    Nambiquara, Anunsu, Halotesu, Kithaulu, Wakalitesu, Sawentesu, Negarot, Mamaind, Latund, Saban, Man-duka, Tawand, Hahain-tesu, Alantesu, Waikisu, Alaketesu, Wasusu, Sarar, Waikatesu

    Nambikwra MT, RO 1.682 (Renisi, 2008)

    144 Naruvtu Karib MT 78 (2003)

    145 Nawa Nua AC 423 (Correia, 2005)

    146 Nukini Nuquini Pano AC 600 (Correia, 2003)

    147 Ofai Ofai-Xavante Ofay MS 61 (Funasa, 2006)

    148 Oro Win Txapacura RO 56 (Funasa, 2006)

    149 Paiter Suru Paiter, Paiter Mond MT, RO 1.007 (Funasa, 2006)

    150 Palikur

    Paricuria, Paricores, Palincur, Parikurene, Parinkur-Ine, Pakwen, Paikwen

    AruakAP, Guiana Francesa

    1.293 (Iep, 2010)950 (Iep, 2010)

  • 157157

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    151 PanarKreen-Akarore, Kre-nhakore, Krenakore, ndios Gigantes

    J MT, PA 374 (Yaki, 2008)

    152 Pankaiuk PE

    153 Pankar PE

    154 Pankarar BA 1.562 (Funasa, 2006)

    155 Pankararu MG, PE 6.515 (Funasa, 2006)

    156 Pankaru Pankararu-Salambaia BA 79 (Funasa, 2006)

    157 Parakan Tupi-Guarani PA 900 (Fausto, 2004)

    158 Pares Pareci, Halti, Arit Aruak MT2.005 (AER Tangar da Serra, 2008)

    159 Parintintin Cabahyba Tupi-Guarani AM 284 (Funasa, 2006)

    160 Patamona Ingarik, Kapon KaribRR, Guiana Equatorial

    87 (Funasa, 2006)5.500 (1990)

    161 Patax Maxacali BA, MG 10.897 (Funasa, 2006)

    162Patax H-H-He

    Maxakali BA 2.219 (Carvalho, 2005)

    163 Paumari Pamoari Araw AM 892 (Funasa, 2006)

    164 Pipip PE 1.640 (Funasa, 2006)

    165 Pirah Mura Pirah Mura AM 389 (Funasa, 2006)

    166 Pira-tapuyaPiratapuya, Piratapuyo, Piratuapuia, Pira-Tapuya

    Tukano AM, Colmbia1.433 (Dsei/Foirn, 2005)400 (1988)

    167 Pitaguary Potiguara, Pitaguari CE 2.351 (Funasa, 2006)

    168 Potiguara CE, PB 11.424 (Funasa, 2006)

    169 Poyanawa Poianaua Pano AC 403 (CPI/AC, 2004)

    170 Purobor RO 62 (Funasa, 2006)

    171 RikbaktsaErigbaktsa, Canoeiros, Orelhas de Pau, Rikbakts

    Rikbakts MT 1.117 (Funasa, 2006)

    172 SakurabiatSakiriabar, Mequns, Sakurabiat

    Tupari RO 84 (Funasa, 2006)

    173 Sater Maw Sater-Mau Maw AM, PA 9.156 (Funasa, 2008)

    174 ShanenawaKatukina Shanenawa, Shanenawa

    Pano AC 361 (Funasa, 2006)

    175 Siriano Tukano AM, Colmbia71 (Dsei/Foirn, 2005)665 (1988)

    176 Suru Aikewara, Sorors, Aikewara Tupi-Guarani PA 264 (Funasa, 2006)

    Continua

  • 158158

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    177 Tabajara CE, MA

    178 Tapayuna Beio de pau J MT 58 (1995)

    179 Tapeba Tapebano, Perna-de-pau CE 5.741 (Funasa, 2006)

    180 Tapirap Tupi-Guarani MT, TO564 (Projeto Aranowayo, 2006)

    181 Tapuio Tapuya, Tapuia GO 180 (Funai/GO, 2006)

    182 Tariana Aruak AM, Colmbia1.914 (PRN/ISA, 2002)205 (1988)

    183 TaurepangTaulipang, Taurepangue, Taulipangue, Pemon

    Karib RR, Venezuela582 (Funasa, 2002)20.607 (1992)

    184 Temb Tenetehara Tupi-Guarani MA, PA 1.425 (Funasa, 2006)

    185 Tenharim Kagwahiva Tupi-Guarani AM 699 (Funasa, 2006)

    186 Terena Aruak MT, MS, SP 24.776 (Funasa, 2009)

    187 Ticuna Tikuna, Tukuna, Maguta TikunaAM, Peru, Co-lmbia

    4.535 (1988)4.200 (1988)30.000 (CGTT, 2003)

    188 Tingui Bot AL 302 (Funasa, 2006)

    189 Tiriy

    Tiri, Trio, Tarona, Yawi, Pianokoto, Piano, W tarno, Txukuyana, Ewarhuyana, Akuriy

    KaribAP, PA, Suri-name

    1.156 (Funasa, 2006)1.400 (2001)

    190 Tor Txapacura AM 312 (Funasa, 2006)

    191 Trememb CE 2.049 (Funasa, 2006)

    192 Truk BA, PE 4.169 (Funasa, 2006)

    193 Trumai Trumi MT 147 (Funasa, 2006)

    194 Tsohom Djap Tucano Katukina AM 100 (1985)

    195 Tukano Tucano Tukano AM, Colmbia6.241 (Dsei/Foirn, 2005)6.330 (1988)

    196 Tumbalal BA 1.469 (Funasa, 2006)

    197 Tupari Tupari RO 433 (Funasa, 2006)

    198 Tupinamb Tupinamb de Olivena BA 4.729 (FUNASA, 2009)

    199 Tupiniquim ES 1.950 (Funasa, 2006)

    200 Turiwara PA 60 (1998)

    201 Tux AL, BA, PE 3.927 (Funasa, 2006)

    Continua

  • 159159

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    202 Tuyuka Tuiuca Tukano AM, Colmbia825 (Dsei/Foirn, 2005)570 (1988)

    203 Umutina Barbados, Omotina Bororo MT445 (Associao Indgena Umutina Otopar, 2009)

    204Uru-Eu-Wau-Wau

    Bocas-negras, Bocas-pretas, Cautrios, Sotrios, Cabea-ver-melha, Urupain, Jupa, Amondawa, Urupain, Parakuara, Jurures

    Tupi-Guarani RO 100 (Funasa, 2006)

    205WaimiriAtroari

    Kinja, Kia, Uaimiry, Crichan

    Karib AM, RR 1.120 (PWA, 2005)

    206 WaiwaiHixkaryana, Mawayana, Karapayana, Katuena, Xerew

    Karib AM, PA, RR 2.914 (Zea, 2005)

    207 Wajpi Wayapi, Wajapi, Oiampi Tupi-GuaraniAP, PA, Guiana Francesa

    412 (1992)905 (Apina/Funai, 2008)

    208 Wapixana AruakRR, Guiana Equatorial

    7.000 (Funasa, 2008)6.000 (Forte, 1990)

    209 Warekena Werekena Aruak AM, Venezuela806 (Funasa, 2006)491 (1998)

    210 Wari Uari, Wari, Paka Nova Txapacura RO 2.721 (Funasa, 2006)

    211 Wassu AL 1.560 (Funasa, 2003)

    212 Wauj Waur Aruak MT 410 (Funasa, 2006)

    213 Wayana

    Upurui, Roucouyen, Orkokoyana, Urucuiana, Urukuyana, Alucuyana, Wayana

    KaribAP, PA, Guiana Francesa, Suriname

    288 (Funasa, 2006)400 (1999)800 (1999)

    214 Witoto Uitoto WitotoAM, Peru,Colmbia

    5.939 (1988)42 (Funasa, 2008)2.775 (1988)

    215 Xakriab J MG 7.665 (Funasa, 2006)

    216 Xavante Akwe, Auwe J MT 13.303 (Funasa, 2007)

    217 Xerente Acuen, Akwen, Akw J TO 2.569 (Funasa, 2006)

    218 Xet hta, chet, set Tupi-Guarani PR 86 (da Silva, 2006)

    219 Xikrin Kayap J PA 1.343 (Funasa, 2006)

    Continua

  • 160160

    NomesOutros Nomes ou Grafi as

    Famlia/LnguaUF (Brasil) Pases Limtrofes

    PopulaoCenso/Estimativa

    220 Xipaya Xipya Juruna PA 595 (Funasa, 2002)

    221 Xokleng

    bugres, botocudos, Aweikoma, Xokrn, Kaingang de Santa Catarina, Aweikoma-Kaingang, Laklan

    J SC 887 (Funasa, 2004)

    222 Xok Choc, Xoc SE 364 (Funasa, 2006)

    223 Xukuru Xucuru PE 10.536 (Funasa, 2007)

    224 Xukuru-Kariri Xucuru AL, BA 2.652 (Funasa, 2006)

    225 Yaminaw Iaminaua, Jaminawa PanoAC, AM, Peru, Bolivia

    855 (Funasa, 2006)324 (1993)630 (1997)

    226 YanomamiYanoama, Yanomani, Ianomami

    YanomamiAM, RR,Venezuela

    15.682 (Funasa, 2006)

    15.193 (1992)

    227 Yawalapiti Aruak MT 222 (Funasa, 2006)

    228 Yawanaw Iauanaua PanoAC, Peru, Bolivia

    519 (Funasa, 2006)324 (1993)630 (1993)

    229 Yekuana Yekuana KaribAM, RR,Venezuela

    430 (Moreira-Lauriola, 2000)4.800 (Rodriguez e Sar-miento, 2000)

    230 Yudj Yuruna, Juruna, Yudj Juruna MT, PA 362 (Funasa, 2006)

    231 Zo Poturu Tupi-Guarani PA 177 (2003)

    232 Zor Pangyjej Mond MT599 (Funai/Ji-Paran, 2008)

    136 (Funai, 2007)

    233 Zuruah ndios do Coxodo Araw AM

    Fonte: Instituto Socioambiental