critica filmes
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Alunos 10º Escola Azambuja, com criticas cinematográficasTRANSCRIPT
O programa de 10º ano de Português
aborda vários textos do domínio tran-
saccional ao nível da leitura e da
escrita. Achámos que seria interes-
sante e útil partilhar o nosso trabalho
com o resto da escola e, ao mesmo
tempo, ajudar na escolha de livros e
filmes actuais (ou nem tanto!) que
pudessem funcionar como sugestões
culturais, lúdicas e de apoio às activi-
dades curriculares.
Os textos que aparecem neste
pequeno boletim foram elaborados
por alunos, dentro da sala de aula,
foram revistos ao nível da correcção e
da tipologia textual, mas mantiveram
o essencial do estilo de escrita de
cada um.
Num local onde tudo é possível e mágico, os autores
do filme tentam introduzir os amantes do cinema num
mundo, o Mundo Avatar, onde escorre pelas suas veias
simbologia, tradições e muitas paixões.
Os humanos, com o seu dom de descoberta, criaram
uma forma de entrar na floresta de Pandora e é aqui
que se desenrola uma história de um amor impossível:
Jack, o humano e Neyt i r i , a nat iva.
Apesar das inúmeras aventuras e desventuras deste
filme tridimensional, optei por referir dois aspectos sim-
bólicos:
1º Quando Jack monta o dragão simboliza que se tor-
nou ‘‘um homem’’.
2º Após a junção dos corpos de Jack e Neytiri na árvo-
re das Almas ficou celebrado o casamento sagrado.
Embora houvesse outros aspectos para referir não vos
massacro mais com as minhas opiniões, permanecen-
do agora a critério do público: Ver ou não ver o filme…
Fica assim um enorme ponto de interrogação: porque
será que os humanos só pretendem descobrir novos
povos para os poder usar, enquanto os outros apenas
pretendem o equilíbrio? Eis a questão no cinema mais
perto de si! Afonso Madeira 10º B
Cinema Paraíso
Projecto Oficinas de Escrita do 10º ano
Pontos de interes-
se especiais:
Sugestões de filmes
Opiniões dos alunos
O que se faz nas salas
de aula.
t ra b a lh os e s c r i to s do 10 º A , B e C 2 0 10 /2 01 1
Fevereiro/Março
Volume 1, Edição 1
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
DE AZAMBUJA
Nota: alguns dos textos seguem as
novas regras de redacção do acordo
ortográfico.
As opiniões aqui expressas são pes-
soais e estão assinadas.
recomendações da sua mãe e parte numa aventura pelos bos-ques onde conhece um rapaz, Schmuel, que estava no interior da vedação do campo de concentração. Entre ambos uma ami-zade surpreendente nasce. É um filme que nos demonstra a ingenuidade das crianças e um pouco do que se passou durante a Segunda Guerra Mun-dial. Porém, o livro em que foi baseado descreve melhor os acontecimentos e os sentimentos. Um filme inesquecível e emocio-nante, que nos transmite várias mensagens e ideias da época. Um filme com injustiças. Um filme imperdível.
Ana Rita soares 10º A
Carina Sardo 10º C
Numa parceria inteli-
gente e bem conseguida entre
Jackie Chan e Jared Smith,
somos enviados a uma via-
gem ao mundo do Kong Fu.
Através da China do
século XXI, é-nos apresenta-
da não só uma nova e melho-
rada versão de Karaté Kid,
como também um país mais
agradável do que o espe-
rado.
Com cenários sur-
preendentes e banda sonora
adequada, é um filme que
não só despertará a consciên-
cia dos espectadores para a
moralidade e história do
Kong Fu como para a beleza
da China antiga.
Um filme a não perder
Este filme é baseado no best-seller de John Boyne e é passado durante a Segunda Guerra Mundial. Bruno é um rapaz com oito anos, inocente e ingénuo. Tal como todos os rapazes da sua idade, ele também gosta muito de explorar. A casa para onde Bruno se mudou há pouco tempo fica perto de um campo de concentração. Bruno ignora as
Avatar é um filme com muitos efeitos especiais: os cenários, as persona-
gens, tudo com um grande trabalho da parte dos produtores. O filme leva
-nos à imaginação de que as pessoas podem ter uma vida diferente da que
os humanos têm, no corpo de outro ser. Com isto, dá-nos uma ideia de
fantasia, de magia, de seres fantásticos. Os autores do filme quiseram
demonstrar ao público, que se pode criar algo que sejamos nós a dominar:
“avatar” e a junção do ADN de humanos com os seres de “Pandora“.
Assim, aconselho a todos os curiosos e amantes de cinema que vejam este
filme.
Ana Rita Silva 10º B
Mais um Avatar
Karate Kid
O Rapaz do Pijama às Riscas
Cinema Paraíso Página 2
“Que se tenha o máximo de documentação, façam filmes, gravem testemunhos, porque, em algum ponto ao longo da história, algum bastardo se erguerá e dirá que isto nunca aconteceu" General Dwight D. Eisenhower
Um filme com grande marketing. 2012,
um filme tipicamente americano, teve
todas as possibilidades para se ter tor-
nado um bom filme, embora não as
tenha aproveitado.
Sem dúvida que 2012 foi um dos filmes
mais esperados do ano em que foi pro-
duzido. No entanto, a expectativa pare-
ce ter sido manchada por um filme com
um bom argumento, mas com Holly-
wood Style a mais.
Apesar de o filme contar com uma boa
banda sonora, normal neste tipo de
filmes, e ainda, com um desempenho
médio dos atores, fica condenado por
uma má construção do enredo e por
uma boa dose de efeitos especiais exa-
gerados.
O argumento em que o filme é basea-
do, o fim do mundo, é um argumento já
usado em Hollywood e é um assunto
que, por si só, faz marketing e torna o
filme mais apetecido pelo público. É um
argumento estrategicamente pensado,
não só pela publicidade à volta do
tema, mas também pelo facto de as
pessoas terem medo do desconhecido.
A imagem geral que obtive do filme foi
uma imagem de má construção e exa-
geros, tornando a sua visualização
fatigante. Um aspeto que me intrigou foi
o facto de a zona da África do Sul nun-
ca ter chegado a ser inundada, o que
me parece algo propositado e dá a
sensação que convém às personagens.
Embora tenha ganho prémios, é um
filme que não tem interesse cinemato-
gráfico, sendo assim, aconselho que
pense duas vezes antes de o ver.
Francisco Santos 10º B
2012
Página 3 Volume 1, Edição 1
O filme “Karaté Kid” centra-se na
amizade e na honra.
Jaden Smith segue o legado do pai
e passa a personagem principal -
um rapaz da cidade que tem de se
mudar para a China com a mãe.
Esta personagem é assediada fisi-
camente na escola, ruas e parque
por rapazes chineses, porque tem
uma paixoneta por uma menina
que se destaca porque toca violino.
Esta onda insaciável de
“fisicalidades”, conduz a persona-
gem a experimentar a antiga arte
de Kong-Fu, ensinada pelo canali-
zador do prédio (Jackie Chan). Esta
parceria envolve treinos bastante
repetitivos, que mudam radical-
mente quando o rapaz ameaça
desistir. Diogo Ribeiro 10º A
O filme “Karaté Kid” leva-nos aos gran-
des feitos de Jackie Chan, com a partici-
pação de Jedan Smith. Neste filme, Jackie
Chan tem problemas com o álcool, e Jedan Smith é
agredido.
A paisagem da muralha da china onde Jackie Chan
e Jedan Smith treinavam dá um ar liberdade e realis-
mo. Também mostra a disciplina que se vive nas
escolas da china e as regras do kung Fu.
A banda sonora é adequada ao filme e é pena ter
sido pouco divulgado, o que talvez mostre o precon-
ceito face a diversas culturas.
Assim, o filme “Karaté Kid” é excelente, deviam ir
ver. Ricardo Nunes 10º A
de ladrões, que penetraram as mura-
lhas de Alamute com a finalidade de
invadir a cidade sagrada. Foi Nizam,
irmão do rei, que ordenou o ataque
para obter um punhal sagrado que lá
jazia e poder ter acesso às areias do
tempo. Com este poder, o vilão poderia
retroceder no tempo e tornar-se rei.
Tamina, princesa de Alamute e guardiã
do punhal, foge com Dastan que ficou
na posse do artefacto, depois da morte
do rei facto de que os seus irmãos
adoptivos o responsabilizam. Tudo isto
era um plano de Nizam. O objectivo de
Tamina era proteger o punhal, tarefa que
tentou levar o mais séria e arriscadamen-
te possível.
Atendendo ao conteúdo da
obra pode dizer-se que “Prince of Persia
– the sands of time”, título original do
filme, veio a surpreender os espectado-
res pela positiva. Este êxito em bilhetei-
ras do Verão de 2009 foi talvez um dos
melhores filmes de animação jamais
projectados pela Disney, e transmite uma
grande lição acerca das ambições pes-
soais, embora finais felizes só mesmo
nas histórias. Penso que o maior defeito
do filme será o último flashback, que nos
leva aos momentos iniciais e faz com
que nada do que se vê no filme esteja
realmente presente no seu cessar.
João Vieira 10º B
Difícil é quando um realizador
adapta uma obra literária de forma a obter
um bom argumento para um filme, assim se
diz. E se um outro realizador quiser ir ainda
mas além e obter um filme a partir do argu-
mento de um videojogo? Poderá este ser um
bom filme? “Príncipe da Pérsia – As areias
do tempo” é a prova em como um filme des-
te tipo pode muito bem ser um bom filme.
A adaptação do argumento e a
criação de novas personagens não existen-
tes no jogo tornam esta obra uma fantástica
aventura pelo tempo e pelo espaço, trans-
portando o espectador até à Pérsia, quase
tão real e perfeita como rezam as histórias
da época; recorda-nos mitos antigos e foca,
sobretudo, a coragem e determinação dos
viris guerreiros Persas.
Foi numa praça de comércio que o
rei Persa, face a um acto de coragem de um
menino chamado Dastan, toma a decisão de
adoptar este jovem órfão e o acolher no
palácio real. Anos depois, enquanto os seus
dois irmãos lideravam o poderoso exército
Persa, o príncipe Dastan liderava um bando
“Prince of Persia – The Sands of Time”
Cinema Paraíso Página 4
Devil (2010)
e, apesar de se
desvendarem no
final, acaba por não
ser o fim esperado.
M. Night Shyamalan
consegue tornar este
argumento inovador,
todo o potencial para
um bom filme de terror/suspense
num filme enfadonho e incoeren-
te.
Catarina Grilo 10º A
Este filme original começa
com imagens da cidade viradas
ao contrário, subvertendo os con-
ceitos de Bem e de Mal.
A história passa-se na sua
maioria num elevador, onde cinco
pessoas ficam presas sem qual-
quer explicação. Revelam-se
todas pecadoras e merecem um
castigo: a morte. Uma destas per-
sonagens, Salesman, não tem
qualquer sentido nesta história.
Sem ele, a acção poderia ter sido
mais coerente e clara, o que não
acontece.
No elevador, morrem quase
todos, um a um, sempre
que a luz se apaga. Entre
eles, pensam que um é o
assassino, como é lógi-
co, mas acabam por
não saber qual deles é.
A religião também tem o
seu papel neste filme, para expli-
car a presença demoníaca atra-
vés de um segurança, Ramirez.
Ramirez, extremamente católico,
acredita que é o demónio quem
faz isto às pessoas presas no
elevador.
A confusão de factos acaba
por ocupar quase toda a história
Hemsworth).
A interpretação consistente dos
actores, a banda sonora e as
várias peripécias ao longo do
filme foram aspectos importan-
tes para o seu sucesso.
As bonitas paisagens e a fideli-
dade ao livro foram também
pontos que cativaram o espec-
tadores.
Mónica Pereira 10º C e Ana Vicente 10º
A
Veronica, mais conhecida
como Ronnie (Miley Cyrus) é
a personagem principal de
mais uma adaptação dos livros
de Nicholas Sparks e, portanto,
como não podia deixar de ser,
trata-se de um drama com mui-
to romance à mistura.
Este excelente filme conta
uma emocionante história entre
um pai com cancro e em estado
terminal, Steve Miller, e uma
filha revoltada com o divórcio
dos pais.
A Melodia do Adeus, com a
sua brilhante argumentação,
consegue focar-se na mudança
da relação de Ronnie com o
seu pai e com a descoberta de
um novo amor, Will (Liam
das, por isso torna-se desinte-
ressante.
Este filme não é um filme que
aconselhe a quem gosta de fil-
mes de verdadeiro terror, com
cenas variadas.
Ana Filipa 10º B
Neste filme, Katie e o seu mari-
do passam por experiências
diferentes durante todas as
noites, que podem mudar as suas
vidas.
Confinadas ao seu quarto, as
personagens estão sujeitas a
grande tensão e tentam passar
esse sentimento aos espectado-
res o que faz com que as cenas
se tor- nem
demasiado repetitivas. O filme
só consegue manter as pessoas
atentas durante a noite. Tem
falta de acção e de cenas varia-
americano
de nome
Frank
Tupelo (Johnny Depp). A partir daí
desenrola-se a acção do filme, com
imensas voltas e reviravoltas, até
um final emocionante e feliz,
embora um pouco previsível.
É um filme bastante bom, merece-
dor de ser visto devido aos seus
belos cenários de Veneza, ao bom
desempenho dos actores e à histó-
ria empolgante.
Nuno Botas 10º C
O filme “O Turista”, remake do filme
francês de 2005, “Anthony Zimmer”,
prometia ser um sucesso desde o iní-
cio, uma vez que conta com dois dos
actores mais conhecidos de Holly-
wood do momento, Johnny Depp e
Angelina Jolie.
No filme, Elise Clifton-Ward
(Angelina Jolie) é uma mulher apai-
xonada por Alexander Pearce, um
homem que roubou dinheiro a Regi-
nald Shaw (Steven Berkoff), um
mafioso bielorrusso. Em Paris, Elise
tem indicações, através de uma
carta que recebeu de Alexander,
para apanhar um comboio para
Veneza e, nesse mesmo comboio,
se sentar ao lado de um homem.
O objectivo é levar a polícia, que
tenta seguir o rasto de Alexan-
der por questões fiscais, a pen-
sar que ele é Alexander (de
quem nunca viu o rosto). O
homem que Elise acha ser mais
apropriado para tal é um turista
A Melodia do Adeus
Paranormal Activity
O Turista
Página 5 Volume 1, Edição 1
Veneza foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de
150 canais numa lagoa rasa.
As ilhas em que a cidade é construída são ligadas por cerca de 400 pontes.
O transporte dentro da cidade continua a ser, como foi em séculos passados,
inteiramente na água ou a pé.
A meu ver, foi um dos
grandes filmes deste ano e
como tal devia ter sido
mais divulgado.
Pedro Sousa 10º C
“Um Sonho Possível”, uma
historia verídica acerca de
um rapaz (Michael Ower)
que é abandonado pelos
pais e acolhido por uma
família com poder financei-
ro, e que, um dia mais tar-
de, se torna um conceitua-
do jogador de râguebi dese-
jado por todos os clubes da
modalidade. Um filme com
um elenco não muito
luxuoso, com a excepção de
Sandra Bullock, mas com
bastante qualidade.
Um filme que nos transmi-
te que temos, de certa for-
ma, uma ideia errada da
alta sociedade visto os pais
de acolhimento de Michael
nunca se importarem com
o que os seus amigos pode-
riam pensar por Michael
era negro e poder desper-
tar sentimentos racistas.
Nesta fantástica comédia
romântica, várias vidas se cru-
zam, muitas sem nunca se che-
garem a conhecer. As 12 perso-
nagens principais estão todas
interligadas de uma forma ou de
outra. É um filme onde o amor
prevalece não sendo lamechas,
de todo! A grande mensagem
que pretende transmitir é que “o
amor está realmente à nossa
volta”.
Esta excelente adapta-
ção cinematográfica baseada no
livro de Richard Curtis “Love
actually” consegue relatar com
pormenor a história contada no
livro.
A espectacular banda
sonora acompanha integralmen-
te toda a acção do filme e suscita
-nos vontade de acompanhar
alguns dos famosos êxitos musi-
cais. Os enredos, com muita
imaginação, prendem-nos ao
ecrã durante todo o filme.
O aeroporto, local de início e
final da história, pretende, por
incrível que pareça, reforçar a
mensagem principal, secundado
pelo discurso inicial do novo pri-
meiro-ministro Britânico, que
nos faz logo
reflectir.
Das várias his-
tórias, destaca-
se a química
que se cria
entre David
(Hugh Grant), o primeiro-
ministro Britânico e a sua nova
assistente Natalie (Martine
McCutcheon). No filme, nasce
uma outra relação entre Jamie
(Colin Firth), um escritor que
tenta recuperar de uma relação
falhada, e Aurélia, personagem
interpretada pela actriz portu-
guesa Lúcia Moniz, que, no iní-
cio, começou por ser uma sim-
ples criada portuguesa. Ainda se
pode salientar a comovente rela-
ção entre Sam (Thomas Sangs-
ter), um pequeno rapaz que per-
de a mãe, e o seu padrasto (Liam
Neeson) que no início não sabe
como lidar com ele.
O filme promete ainda,
muitas surpresas entre traições,
arrependimentos, casamentos e
grandes paixões.
É um filme extraordiná-
rio a não perder.
Inês Marques 10º A
O Amor Acontece
Um Sonho Possível
Cinema Paraíso Página 6
Pearl Harbor, um filme de Michael
Bay, tem como principais actores
Ben Affleck, no papel de Rafe, um
militar das tropas americanas, Kate
Beckinsale, no papel de Evelyn, uma
médica que é amada por Rafe e por
Danny, personagem protagonizada
por Josh Hartnett, que também
pertence às tropas americanas. Fil-
me baseado em factos verídicos,
que tiveram lugar nas ilhas Havaia-
nas, numa manhã de 7 de Janeiro de
1941.
Os actores desempenham bem o
papel de cada uma das personagens,
transmitindo um elevado grau de
realismo ao filme. Este filme mostra
-nos a natureza hipócrita dos seres
humanos. Neste caso, os Japoneses
assinaram um acordo de paz com as
forças americanas, mas, enquanto
estes tinham uma vida pacífica, nas
ilhas Havaianas, os japoneses pla-
neavam um ataque furtivo a Pearl
Harbor, bases navais americanas.
É uma história que, em certos
momentos, nos faz pensar em três
valores: amizade, pátria e sobretu-
do amor. Amizade, pois Danny e
Rafe são como dois irmãos, e, ao
longo do filme, vão passando por
diversas fases um com o outro;
pátria, porque, quando Pearl Harbor
estava a ser atacado pelos japone-
ses,
O Crepúsculo
Pearl Harbor
Página 7 Volume 1, Edição 1
A cada filme realizado da Saga Crepúsculo, os actores Isabella Swan (Kristen Stewart),
Eduard Cullen (Robert Pattonson) e Jacob Black (Taylor Lautner) facultam cada vez
mais sucesso às obras editadas. A saga, de Stephanie Meyer, tem quatro edições, narradas
por Bella, com muita fantasia e romance, mostrando assim o lado irreal da vida entre três
tipos de seres: humanos, vampiros e lobisomens. É organizada e intitulada com partes do
dia que mostram as diversas fases da vida - crepúsculo, Lua-Nova, Eclipse e Amanhecer -
uma ideia bastante original. De todas essas fases a “Lua-Nova” retrata a fase mais obscu-
ra da vida de Bella devido à perda do seu verdadeiro amor.
Toda a nossa imaginação nos leva a crer que os lobisomens são seres horríveis e mons-
truosos, mas a saga Crepúsculo conseguiu transcender essa crença. O que também nos
surpreende nestes filmes é a transposição do lado terrível e assustador para uma fantasia
romântica que contorna a história de um amor impossível entre uma humana e um
vampiro. Pelo meio comparece ainda um lobisomem que é o melhor amigo de Bella. A
questão nesta saga é como é que Bella conseguirá dar a volta ao problema já que se trata
de um amor impossível à partida. Margarida Martins 10º B
os protagonistas pilotavam dois
aviões e juntos abateram 12 caças
japoneses; e, finalmente, amor,
pois Rafe e Evelyn têm uma gran-
de paixão, mas, com o desenrolar
do filme, vemos que Evelyn e
Danny também gostam um do
outro, o que também vai criando
pontes entre os dois amigos.
O guarda-roupa é adequado
àquela época, em que as senhoras
ainda usavam meia de liga e ainda
não usavam calças. Os militares
aparecem vestidos a rigor, nas
suas fardas. A banda sonora que
acompanha o filme, está ajustada
a dois dos temas centrais do fil-
me: amor e pátria.
Um filme no meu ponto de ver
muito bom, e recomendável a
todas as pessoas que gostem de
filmes de acção.
Teresa Penedos 10º A
elenco surpreendente que reúne
figuras bem conhecidas da músi-
ca, como Fergie, e outras boas
actrizes como Penélope Cruz e
Kate Hudson, retrata a falta de
inspiração de um artista de músi-
ca que recorre às suas musas para
ter sucesso, o que, em certo ponto,
nos torna difícil de distinguir a
realidade das suas visões.
Embora o argumento não
seja surpreendente, o espectáculo
audiovisual proporcionado é bem
coordenado e conseguido. Nomea-
do para os Óscares no ano do seu
lançamento, o filme Nove não
excede a qualidade de Chicago, se
a intenção era essa.
Recomendado pelo entre-
tenimento mas de história desa-
pontante, a eternidade de Nine
fica aquém das expectativas.
Rute Abreu 10º B
Música, movimento,
luzes… tudo fazia crer que Nine,
ou em português Nove, seria mais
um triunfo, um sucesso na linha-
gem do aclamado Chicago. Com a
mesma produção deste último, um
musical explosivo e musicalmente
envolvente, vencedor de Óscares
numa história de sonhos, traições
e fama, chega-nos um igual musi-
cal, com excelentes coreografias e
vocais poderosos, mas de história
monótona e pouco cativante.
“Tudo por fama”: em
ambos os filmes esta parece ser a
mensagem principal num enredo
bem estruturado. Nine, com um
Estamos perante um filme
que, desde há muito, deixou de ser
para crianças e passou a ser, com a
aparição dos devoradores da morte
que têm apenas o objectivo de des-
truir Harry Potter, uma espécie de
história de terror.
As personagens desta saga
vão crescendo, tal como as pessoas
que interpretam esses papéis. Ain-
da se devem lembrar do primeiro
filme, em que Daniel Radcliff tinha
apenas onze anos e agora tem vinte
e um. E é isso que dá seguimento à
saga: a evolução humana dos acto-
res, não só na vida real, como nos
filmes, embora pareça que o único
actor que cresceu, enquanto perso-
nagem do filme, terá sido Emma
Watson, no papel de Hermione.
Daniel Radcliff e Rupert Grint fica-
ram muito aquém das expectativas,
ambos cresceram como pessoas
mas como actores continuaram
sempre no mesmo estilo.
Quanto ao enredo, nas
palavras do
realizador, o
filme ”Harry
Potter e os
Talismãs da
Morte “ iria
ser dividido
em duas par-
tes devido ao
facto de o
livro ser
demasiado extenso”. Percebeu-se
perfeitamente que foi apenas um
truque para lucrar um pouco mais
à custa dos espectadores.
Ao longo do filme, os três
feiticeiros passam a maior parte
do tempo num bosque onde ficam
apenas a conhecer a história dos
talismãs da morte. Acabam por
destruir apenas um dos cinco hor-
cruxes que faltavam para conse-
guir matar o terrível Voltmort. Os
quatro horcruxes que faltam des-
truir deverão ser destruídos apenas
na segunda parte do filme.
O realizador ainda tenta
disfarçar a monotonia do enredo, ao
colocar um pouco de acção no princí-
pio do filme, mas não obteve grandes
resultados, porque, a partir daí, o
enredo passa-se em redor de um bos-
que onde apenas estão os três feiti-
ceiros e onde não existe qualquer
tipo de confronto entre eles e os
devoradores da morte.
Aqueles espectadores que
ficaram deslumbrados com a escola
de feitiçaria de Hogwarts ficarão, de
certo modo, desapontados ou desilu-
didos por não haver cenas que se
passem nesse espaço mágico e fan-
tástico.
Temos, assim, um filme que,
não sendo mau de todo, não posso
deixar de aconselhar, pois sem o
verem provavelmente não compreen-
derão algumas cenas do filme que aí
se avizinha (a segunda parte).
Gonçalo Torres 10º C
Harry Potter e os Talismãs da Morte
Nine
Cinema Paraíso Página 8
Nesta etapa do filme, existem muitas cenas que tiveram de ser retiradas para reduzir o excessivo tempo de filme. Uma dessas cenas é a morte de Cora, uma menina que viajava com os pais, mas que morre afogada no convés inferior. A relação amorosa entre Jack e Rose a bordo do navio fazem-nos recuar até ao Romeu e Julieta de Shakespeare, pois a história tem bastantes semelhanças. Titanic é uma obra, na sua maioria rica
em informação, efeitos especiais e uma
mistura de cenas cómicas com drama e
romance, tudo isto embalado pelo mar.
João Cruz 10º B
A 14 de Abril de 1912 um desastre no oceano Atlântico marcou o início do séc. XX. No fundo do mar, jaz o maior transa-tlântico alguma vez construído pela empresa White Star Line. Tudo isto, levou à realização de filmes ao longo dos anos que retratassem a noite fatídica do deno-minado “navio inafundável”. Cameron adiciona uma história de amor entre clas-ses sociais ao enredo repetido ao longo das décadas, acrescentando-lhe um elen-co de luxo: encontramos Leonardo Di Caprio no papel de Jack e do outro Kate Winslet no papel de Rose. Muitas da personagens envolvidas são baseadas na realidade, como o arquitecto do navio Thomas Andrews e Margeret Brown, uma mulher da mesma classe que Rose e que, após o acidente, ficou conhe-cida como a “inafundável” Molly Brown. Toda a história começa na actualidade onde Rose, uma das poucas sobreviventes do desastre conta a sua história. De repente, recuamos ao passado, mais pre-cisamente até ao dia da viagem inaugural do navio rumo a Nova Iorque.
A partir daqui, já a bordo do Titanic, é possível observar e perceber os conflitos e as diferenças entre as classes altas e
baixas, salientando os camarotes minús-culos com beliches e as suites com vários quartos e salas de estar. O próprio navio recriado nesta obra, ape-sar de ser mais pequeno, contém todos os cenários do original como a grande esca-daria, os salões de baile, as salas de jan-tar, de convívio, de fumadores, etc. No meio de todos estes cenários encontra-mos Jack e Rose, que ao conhecerem-se desenvolvem uma relação. Isto provoca desentendimentos entre Rose e a sua família que, aparentemente, despreza Jack. Chegamos então ao momento do embate no iceberg que despoletou o pânico a bordo do navio. O filme consegue trans-mitir a sensação de desespero dos passa-geiros que a todo o custo tentam entrar nos botes para ficarem a salvo.
seu interesse pela procura da verdade, tal como ela se pode concluir pela observação e correlação entre os dados, em vez de se deixar enredar pelas explicações emotivas e limitativas de que os fenómenos ocorridos são obra do Diabo (explicação simples e cómoda para quem não quer que se façam muitas perguntas que permitam duvidar do determinante papel de Deus na vida do homem).
Ao contrário do Abade, que entende que a mensagem de Deus é una e inquestionável (e de preferência a interpretação que ele faz dela!), Guilher-me defende a interpretação livre dos textos, confiando nas capacidades do homem e no seu livre arbítrio para decidir o melhor caminho: não é Deus que determina o destino do homem, é este que o constrói pela sua iluminação das coisas, pela sua reflexão e pela sua escolha, mas essa escolha tem que ser consciente e derivar do conhecimento efectivo das coisas e não de uma interpretação imposta de fora. É a partir desta crença que o home dignifica o seu papel no mundo (de notar, por exemplo, a ironia de Guilherme enquanto observa a avidez com que o povo recolhe o lixo deita-do fora pelos padres – “mais uma caridosa dádiva da Igreja”), retirando partido das capacidades que Deus lhe deu.
De referir que esta perspectiva nunca põe em
causa a fé das pessoas no seu Deus: o que se altera é
a visão do Homem e não a visão de Deus. Mais: a
perspectiva crítica face à Igreja (por exemplo, o despre-
zo que Guilherme sente pela actuação da Inquisição)
reflecte-se só na instituição e não em Deus.
Ana Paula Barão
O filme “O Nome da Rosa” retrata de forma soberba o contraste de duas mentalidades - Idade Média e Renascimento. A história decorre numa Abadia isolada do resto do mundo, em Itália, de difícil acesso e com um aspecto lúgubre, carregado e impregnado de superstições.
Na Idade Média, o papel da Igreja foi funda-mental para a implementação do cristianismo da Europa e, consequentemente, para o aparecimento de fanatismos religiosos e morais que contrariavam a doutrina pura de Cristo. Estes aparecem no filme como a interpretação fechada e dogmática de que o livro sobre a comédia de Aristóteles contrariava a mensagem cristã e de teria de ser alvo de censura. É curioso verificar que o responsável pelo acesso aos livros (símbolo do conhecimento) é um Abado velho e cego: a sua cegueira física não é mais do que o prolongamento de uma “cegueira” ideológica e religiosa que o obriga a ser dogmático e a impedir o livre acesso e a livre interpretação de livros precio-sos para a compreensão a cultural ocidental.
Em determinada altura, aparece em cena um frade Franciscano que, por força das circuns-tâncias, se vê obrigado a assumir uma postura revolucionária face a esta aceitação plácida e mantida graças ao medo da punição divina, incutido após um longo e árduo trabalho da Igreja. Esta oposição de Guilherme (William) faz-se notar, principalmente, pelo recurso à razão como método para explicar os fenómenos estra-nhos (?) que se sucediam naquela Abadia: confrontado com as explicações imediatistas e supersticiosas dos padres, Guilherme tenta contrapor, pela clareza do raciocínio, pela inteli-gência naturalmente humana e pelo equilíbrio e controle das emoções (a aparente passividade quando a rapariga é condenada), esta visão limitada do mundo. Naturalmente curioso, como um humanista que confia nas suas capacidades intelectuais deve ser, Guilherme nunca esconde o
Titanic
O Nome da Rosa
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nhar o que irá acontecer.
Algumas figuras não estão
bem construídas como o formoso cava-
lo voador Pégasus que, neste filme,
aparece de cor negra apesar de se
saber que este representa a luz, não se
percebendo a intenção. A interpreta-
ção da personagem principal esperava
-se melhor uma vez que este foi prota-
gonista de Avatar: aqui ele é um bravo
que não teme nada o que não transmi-
tiu nenhuma sensação de coragem
porque coragem é ter medo mas
enfrentá-lo.
Em conclusão, temos um bom
filme em termos de acção, história,
mas pobre em características mitológi-
cas e no confronto final com o grande
mau da fita que não teve quase
nenhum interesse por ser demasiado
rápido em comparação com o confronto
com pequenos obstáculos. Aconselho o
filme a quem gosta de acção, não acon-
selho a quem gosta de mitologia pois
irá ter uma desilusão.
Rui Gomes 10º B
Confronto de Titãs é mais um filme da
era mitológica muito baseado nas
aventuras de Hércules, um semi-deus
que possui os poderes divinos mas é
mortal como o ser humano.
O protagonista do filme é filho de
Zeus, o deus supremo, e da mulher do
rei da rebelião que tenta acabar com o
domínio dos deuses. Este semi-deus,
ou como é chamado no filme o Demi-
god, faz uma longa jornada, enfren-
tando figuras mitológicas para travar
o domínio dos deuses, como Medusa,
Kraken, Hades e, até, as três bruxas
com um olho.
O filme está bem organizado
e a história, apesar de as aventuras
terem muita influência das aventuras
de heróis gregos, está interessante e
bem construída. No filme, cada peque-
no pormenor é importante para o
desenrolar da aventura, que podia
conter muito mais cenas, pois acredito
que muitas foram cortadas. A parte
romântica do filme não o favorece
muito porque é deixada para segundo
plano e, por vezes, pode-se até adivi-
Este filme conjuga perso-nagens como Wesley Gibson (James McAvoy), um rapaz monó-tono e apático até se cruzar com Fox (Angelina Jolie), uma sensual e mortífera assassina profissional que recruta Wesley para uma Fra-ternidade comandada pelo líder Sloan, interpretado por Morgan Freeman, que traz uma certa dose de experiência ao filme.
O argumento é baseado na transformação de um perfeito des-conhecido num “justiceiro sem igual”. As acções sucedem-se diversas vezes com tiroteios, per-seguições e lutas. Todas estas ten-
do sempre um toque de efeitos especiais brilhantes, mas, por estarem um pouco em demasia, poderão pôr em causa a cre-dibilidade das acções junto do telespecta-
dor. Na minha óptica, se o filme não usufruísse das constantes cenas de vio-lência acompanhadas de sensualidade ficaria
aquém do esperado. É de destacar, ainda, o facto de ter um elenco de luxo, o bom filme de entretenimento, adrenalina e diversão.
Joana Silva 10º C
Wanted
Confronto de Titãs
Cinema Paraíso Página 10
Na mitologia grega, os Titãs – masculino –
e Titânides – feminino - (em grego Τιτάν,
plural Τιτᾶνες) estão entre a série de deuses
que enfrentaram Zeus e os deuses olímpicos
na sua ascensão ao poder. (Wikipedia)
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Esperamos que tenham gostado!
Aqui ficam outras sugestões de filmes, alguns poderá encontrar na Biblioteca da Escola Secundária.
Invictus
Desporto, política, racismo, superação, unidade, simplicida-
de e elegância! Tudo em torno da inteligência e sensibilida-
de de um dos maiores líderes mundiais— Nelson Mandela.
América Proibida
Uma nação dividida pelo racismo. O papel da escola e da
família na formação do carácter. A violência na prisão e o
crescimento moral . Às vezes, é demasiado tarde…
Fiel Jardineiro
O poder cego e amoral dos grandes laboratórios: num país afri-
cano, uma empresa faz testes aos seus medicamentos com os
seres humanos que, na sua miséria, ainda se sentem agradecidos
pelo facto. Chocante, emotivo e, infelizmente, realista
Diamante de Sangue
Os países ricos exploram os países pobres: fomen-
tam as guerras internas para, mais facilmente,
imporem a sua ganância. Violento, mas muito real.
A não perder.
t r a b a l h os e s c r i to s d o 1 0 º A, B e C
O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Os olhos de Amélie cativam-nos de início! Um filme delicioso,
como alguém disse um dia , “para se saborear devagar com
uma colherzinha de café”! A não perder esta comédia român-
tica muito original.
Goodbye Lenine
Imagina que a tua mãe sai de um coma profundo, durante o qual o país
que ela tanto amava sofreu transformações profundas. Com um proble-
ma de coração, não se pode emocionar. Até que ponto eras capaz de
fingir que tudo estava na mesma?
Freedom Writers
Ensinar pode ser uma arte e uma paixão. Mas que fazer quando a
realidade brutal e violenta dos alunos se impõe? Criatividade,
imaginação e um grande humanismo para tornar tudo possível.
Dois clássicos para nos emocionarem com histórias de amizade entre adultos e
jovens, com as suas tragédias, as suas fraquezas, no fundo, com a sua humanida-
de. Dois filmes de sempre. Para sempre.