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Crise Econômica 2008

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Crise Econômica 2008

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Fundamentos e desdobramentos da crise econômica mundial Desequilíbrio na Economia EUA

Fundamentos da Crise em 15 etapas: 1) A partir de 2001, o mercado imobiliário dos Estados Unidos passou por uma fase de expansão acelerada. 2) Com a ajuda do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), que passou a reduzir a taxa de juros, a demanda por imóveis cresceu, atraindo compradores. 3) Ao mesmo tempo, com os juros baixos, cresceu o número de pessoas que hipotecavam seus imóveis, a fim de usar o dinheiro da hipoteca para pagar dívidas ou consumir. 4) Em meio à febre de comprar imóveis ou hipotecá-los, as companhias hipotecárias passaram a atender clientes do segmento subprime (de baixa renda, às vezes com histórico de inadimplência). Contudo, como o risco de inadimplência desse setor é maior, os juros cobrados também eram maiores.

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5) Diante da promessa de retornos altos aos empréstimos, os bancos compravam esses títulos subprime das companhias hipotecárias e liberavam novas quantias de dinheiro, antes de o primeiro empréstimo ser pago. 6) Ao mesmo tempo, esses títulos lastreados em hipotecas eram vendidos a outros investidores, que, por sua vez, também emitiam seus próprios títulos, igualmente lastreados nos subprime, passando-os, a seguir, para frente. 7) Todos se esqueceram, no entanto, de que se o primeiro tomador do empréstimo não consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento, de tal maneira que todo o mercado passa a ter medo de continuar emprestando dinheiro ou comprando novos títulos subprime. 8) A partir de 2006, os juros, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram os compradores de imóveis. Como a oferta começou a superar a demanda, o valor dos imóveis passou a cair. 9) Com a subida dos juros, as dívidas ficaram mais caras (e também as prestações das hipotecas), o que aumentou a inadimplência, fazendo com que a oferta de crédito também diminuísse. 10) Sem oferta de crédito, a economia dos EUA se desaqueceu, pois, se há menos dinheiro disponível, compra-se menos, o lucro das empresas diminui e empregos não são gerados.

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11) Preocupado com os pagamentos de créditos subprime nos EUA, o banco BNP Paribas congelou cerca de 2 bilhões de euros de alguns fundos. 12) O mercado imobiliário, então, entrou em pânico, pois o ciclo de empréstimos sobre empréstimos havia sido congelado. Começaram a surgir os pedidos de concordata. 13) A crise passou a afetar todo o sistema bancário, afinal, as instituições financeiras apostavam nos títulos subprime. Várias instituições se viram à beira da falência. E se descobriu que, com a globalização, o sistema financeiro internacional estava contaminado e sofreria graves consequências. 14) Instalou-se, assim, uma crise de confiança e os bancos pararam de emprestar, congelando a economia, reduzindo o lucro das empresas e provocando desemprego. 15) Muitos países entraram em recessão, e seus respectivos governos têm, desde então, tomado diferentes medidas para aquecer a economia e, ao mesmo tempo, garantir que o sistema financeiro volte a emprestar.

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Desdobramentos da Crise nos EUA Diminuição das exportações; Importações mais caras; Juros elevados; Crédito parado; Recessão Econômica; Desemprego Crise do Neoliberalismo? Um Desdobramento da crise é o abalo da crença dogmática na autoregulação dos mercados ou seja, de que os mercados se corrigem por si próprios, o que se revelou ser falso, quando houve intervenção das autoridades nos mercados financeiros.

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- EUROPA: Impactos da crise americana sobre a zona do Euro Principais afetados: PIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha)

- Crise Grega: Dificuldades de sanear as finanças evasão fiscal + endividamento externo desconfiança do mercado = elevado risco país Medidas de austeridade (aumento de imposto + contenção de gastos

públicos) = recessão Greves e manifestações públicas Queda dos premiês: Berlusconi e Papandreau Expõe a vulnerabilidade do EURO Fundo de Resgate/Aumento da liquidez bancária

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A Crise Grega Elevados gastos públicos/endividamento A dívida pública grega é de 350 bilhões de euros, o equivalente a 165% do PIB. É a maior relação déficit/PIB entre os países europeus, sendo que o limite de endividamento estabelecido na zona do euro é de 60%.

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Crise Financeira dos EUA de 2008 Crise de Crédito ligada perda de liquidez do sistema bancário tendo sua origem na construção civil (bolha da economia americana) Crise Europeia Crise de Crédito liga a perda de liquidez do sistema bancário e o enfraquecimento do EURO tendo como origem o descompasso das contas públicas dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia, e Espanha)!

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Alguns Desdobramentos França Impacto da crise econômica: plano econômico que prevê corte de 30 bilhões de euros em impostos Governo François Hollande: Impopularidade, escândalos pessoais Escócia/Reino Unido (líder escocês primeiro ministro Alex Salmond) Crise econômica movimenta movimentos separatistas (Catalunha, etc..) Setembro de 2014 referendo para a independência do reino unido, o primeiro ministro inglês pede a população que vote contra. População rejeitou o separatismo (55,3%)! Espanha Separatismo Catalão Movimento Indignados Elevado Desemprego e medidas de austeridade

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EUA

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Economia dos EUA cresce 2,4% em 2015 • Em dólares, PIB do país alcançou US$ 17,9 trilhões.

No quarto trimestre, crescimento da economia perdeu fôlego. O resultado veio abaixo da última estimativa do FMI, de 2,6%. O crescimento no ano passado foi puxado pelo pela maior expansão nos

gastos dos consumidores em uma década, com uma alta de 3,1% (só perde para o crescimento de 3,5% em 2005). Houve aceleração também nos gastos residenciais fixos (8,7%) e nos gastos dos governos estaduais e locais (1,4%).

Na contramão, ajudaram a conter a alta do Produto Interno Bruto (PIB) a desaceleração das exportações (1,1%, abaixo da taxa de 3,4% do ano anterior) e a aceleração das importações (alta de 5%), além de uma pequena queda nos gastos do governo federal (-0,3%).

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Sete anos após congelar os juros perto de zero, o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) iniciou um temido e esperado ciclo que pode causar abalos nos mercados globais, e elevou a taxa – no piso histórico desde 2008 – para entre 0,25% e 0,5%.

o efeito positivo da elevação dos juros nos EUA é a confirmação de que a maior economia do mundo se recuperou e a política monetária do país pode normalizar

• Juros negativos existem quando o retorno para investir é menor que o dinheiro aplicado. Com juros perto de zero e alguma inflação, o ganho real é negativo. Isso acontece em economias consideradas extremamente seguras como os EUA (livres de calotes), quando o investidor prefere “perder dinheiro” em troca dessa segurança.

• a volatilidade dos mercados mundiais é possivelmente o efeito mais imediato da decisão do Fed.

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Por que os juros dos EUA estavam próximos a zero? A taxa básica de juros dos EUA (equivalente à Selic brasileira) vinha sendo

mantida no piso histórico desde o final de 2008. Naquele ano, a economia dos EUA passava pela crise mais grave desde 1929, por conta do estouro da bolha imobiliária.

A estratégia do Fed, então, foi incentivar a economia colocando mais dinheiro no mercado. Isso aconteceu diretamente e por meio da redução da taxa de juros para entre 0 e 0,25%.

Esses juros são pagos como recompensa – os chamados yields – a investidores que aplicam seu dinheiro em títulos do Tesouro norte-americano (a dívida do governo). Se os juros são muito baixos, não há incentivo para deixar o dinheiro "parado" nesse tipo de aplicação, o que estimula o consumo e o investimento em produção

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Por que o Fed decidiu subir os juros? Há alguns meses, o BC dos EUA vem comunicando que a economia norte-

americana deu sinais de recuperação, o que justificaria uma elevação das taxas. O crescimento da economia dos EUA foi revisado para um ritmo anual de 1,5% no terceiro trimestre.

O resultado ficou abaixo do trimestre anterior, quando chegou a 3,9%, mas a demanda doméstica sólida continuou a alimentar a expectativa de que o Fed pudesse elevar a taxa em dezembro. Ao longo do ano, também ajudaram o aumento das exportações, dos gastos dos governos locais e estaduais, dos investimentos residenciais e a desaceleração das importações. Os gastos dos consumidores também cresceram e o mercado de trabalho fortaleceu-se.

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Como a decisão do Fed pode afetar a economia global? O mercado acredita que boa parte do dinheiro investido no mundo pode

migrar para os EUA, fazendo com que destinos considerados menos seguros (com maior risco de calote) fiquem mais vulneráveis.

Os EUA estão entre as economias consideradas mais seguras do mundo para investir. Por esse motivo, uma taxa maior que zero, mesmo que baixa, torna esse mercado altamente atrativo. Isso pode "roubar" recursos de países como o Brasil – que recentemente perdeu o selo de bom pagador pela Standard and Poor’s (S&P) – também motivando a valorização do dólar frente a moedas como o real.

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Economistas do Banco Mundial (Bird) acreditam que uma mudança na

política econômica pelo Fed pode estimular uma "tempestade" nas economias emergentes, particularmente as mais vulneráveis.

A mudança aconteceria em momento de menor crescimento do comércio mundial, somado à queda dos preços das matérias-primas, que tem castigado vários emergentes, diz o Bird. "Dado que o ajuste foi amplamente antecipado e será feito de forma gradual em um contexto de uma economia americana robusta, espera-se que tenha um impacto benigno nos fluxos de capitais em direção aos países emergentes", argumentou o Bird.

Entretanto, no pior dos casos, prevê, "uma volatilidade dos mercados financeiros durante o ciclo de ajuste pode ser combinada com fragilidades domésticas, em uma tormenta perfeita que pode levar a uma brusca redução nos fluxos de capitais a países mais vulneráveis".

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Europa

• o resultado de 2015 do PIB da Espanha. A economia do país cresceu cresceu 3,2% em 2015, depois de avançar 1,4% em 2014, o que confirma a consolidação da recuperação econômica do país após uma profunda crise, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

• Já a economia da França no ano de 2015 cresceu 1,1%, em linha com a estimativa do governo e o ritmo mais rápido desde 2011, segundo a Reuters. Enquanto isso, a economia da Alemanha cresceu 1,7% em 2015, uma leve melhora ante o ano anterior e a taxa mais forte em quatro anos, de acordo com estimativa preliminar da Agência Federal de Estatísticas.

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A economia da Grã-Bretanha encerrou 2015 com fraqueza depois que o

ritmo anual de crescimento atingiu o patamar mais fraco em quase três anos. O PIB do quarto trimestre cresceu 0,5%, informou a Agência Nacional de Estatísticas. Em 2015 como um todo, a economia britânica cresceu 2,2%, contra 2,9% em 2014

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Inflação na Eurozona continua muito baixa Os preços no consumidor desceram 0,2% em fevereiro, no conjunto da

Zona Euro, em comparação com o mesmo mês do ano passado, confirmando as previsões para uma descida generalizada dos preços.

A inflação na eurozona continua muito fraca, paira mesmo o fantasma da deflação, o que vai contra os objetivos do Banco Central Europeu, que recentemente baixou a taxa diretora para zero por cento.

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Refugiados vão fazer crescer a economia europeia FMI fez contas ao impacto da chegada massiva de refugiados. Os efeitos

são reduzidos, mas globalmente o PIB europeu vai aumentar, sobretudo nos países onde mais estrangeiros procuram asilo.

Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre os "Desafios Económicos da Vaga de Refugiados na Europa" afirma que esta até pode ser boa para a Economia. Os técnicos responsáveis pelo trabalho foram ver exemplos do que aconteceu no passado com outras situações de grandes fluxos migratórios e fizeram contas.

Nos anos mais próximos, a vaga de migrantes levará a um "ligeiro aumento do crescimento do PIB, em resultado das despesas do Estado para apoiar os refugiados, bem como da maior oferta de mão-de-obra no mercado de trabalho".

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O FMI admite, no entanto, que o crescimento da riqueza produzida nos

países europeus devido aos refugiados é "modesto", rondando os 0,05% em 2015, 0,09% em 2016 e 0,13% em 2017. O ganho será maior nos países que mais abriram as fronteiras: +0,5% do PIB em 2017 na Áustria; +0,4% na Suécia e +0,3% na Alemanha.

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Noticiário Europa União Europeia aceita afrouxar neste ano sua política de austeridade Crise de refugiados na Alemanha, despesa militar na França e redução

de impostos na Espanha reconfiguram a política fiscal A Alemanha e os países nórdicos elevarão seu gasto público em 2016 com

a chegada de milhares derefugiados. A França aumentará o orçamento em defesa e segurança após os atentados de Paris, e Itália e Espanha acabam de aprovar reduções de impostos. Bruxelas prevê “acomodar” sua política fiscal para permitir esse conjunto de medidas, que em conjunto constituirão o primeiro miniestímulopara a zona do euro desde o início da crise de dívida, em 2010, segundo fontes da União Europeia. Esse tímido incentivo pode ser suficiente para compensar riscos como a instabilidade política e, sobretudo, os problemas da China e dos emergentes.

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União Europeia tenta evitar a saída do Reino Unido em reuniões com David Cameron

O presidente do Conselho admite que “ainda há muito por fazer” para se chegar a um acordo

Os dirigentes da União Europeia (UE) conseguiram realizar apenas “alguns avanços” nas negociações com o Reino Unido para se chegar a um acordo que permita evitar a retirada britânica do bloco econômico. Ainda restam inúmeras e intensas horas de reuniões bilaterais, nesta sexta-feira, para procurar estabelecer um compromisso satisfatório para todos. As intensas conversações entre o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e os dirigentes dos outros 27 membros da UE se prolongaram madrugada adentro. O encontro registrou as divergências que ainda persistem quanto às exigências de Londres para conseguir a aprovação dos britânicos no referendo sobre a saída (movimento que tem sido chamado de Brexit) que Cameron deve convocar para junho.

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Grécia continua a ponto de deixar o euro apesar do novo resgate As receitas do programa europeu complicam o crescimento do país A negociação do terceiro resgate financeiro para a Grécia abriu a caixa de

pandora dos tabus europeus. Os Governos dos países do euro negociam agora o maior resgate financeiro de sua história. E será o terceiro para a Grécia,depois do fracasso dos dois planos anteriores. Mas as bases de negociação mudaram. Se até agora tudo parecia voltado a preservar a integridade da união monetária, agora o abandono temporário do euro se transformou em arma de negociação.

“O abandono da moeda única é possível. No futuro, a irreversibilidade da associação ao euro em tempos de crise será posta em questão”, advertiram os economistas da Goldman Sachs em um informe

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“A ideia de Grexit [saída da Grécia da zona do euro] ganhou legitimidade como forma de remediar o fato de que a dívida da Grécia disparou e a evidência de que necessita de um perdão, um tipo de reestruturação que não é permitida sob o Tratado de Maastricht”, explicou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF), o lobby dos maiores bancos privados do mundo, em sua nota semanal aos associados.

O novo programa negociado por Atenas com os demais sócios também não ajuda. “O ajuste fiscal é pronunciado demais se levarmos em conta que a Grécia ainda está presa a uma forte recessão econômica. Esta política possivelmente terá um efeito de contração, e tornará ainda mais difícil alcançar os objetivos fiscais acordados com os credores”

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China

Na China, o PIB teve crescimento de 6,9% em 2015, o mais baixo desde 1990, segundo os dados oficiais do Escritório Nacional de Estatísticas em Pequim. A segunda maior economia do mundo, acostumada com crescimentos acima dos dois dígitos nas últimas décadas, cresceu 6,8% no quarto trimestre de 2015 no comparativo com o mesmo período de 2014.

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os mercados ao redor do planeta estavam agitados pela contínua desaceleração da segunda maior economia mundial, que em 2014 registrou crescimento de 7,3%.

No quarto trimestre de 2015, o PIB chinês progrediu 6,8%, o que representa um leve retrocesso na comparação com o trimestre anterior (6,9%) e o pior resultado desde a explosão da crise financeira em 2008.

As autoridades chinesas, que projetavam um avanço "por volta de 7%", atribuem a desaceleração de uma economia que há pouco tempo ostentava crescimentos de dois dígitos à "nova normalidade" de um crescimento menor, porém mais estável, baseado no consumo interno, inovação e serviços, em detrimento das indústrias pesadas, dos investimentos estimulados pelo endividamento e as exportações.

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Mesmo debilitado, o gigante asiático continua sendo um dos principais motores do crescimento planetário, o personagem mais importante do comércio internacional e um colossal consumidor de matérias-primas. A afirmação é comprovada pela queda nas bolsas ao redor do mundo no início de janeiro, após os sobressaltos registrados nos mercados chineses.

Ao longo de 2015, os indicadores permaneceram no vermelho: contração da atividade manufatureira, enfraquecimento do setor imobiliário e queda do comércio exterior, todos pilares tradicionais do crescimento chinês.

A desaceleração teve um impacto severo nos países emergentes como o Brasil, que se transformaram nos últimos anos em grandes fornecedores de matérias-primas para a China

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Esse é projeto que os dados parecem ratificar, pois o setor de serviços representou 50,5% do PIB em 2015, superando pela primeira vez mais da metade do total, segundo a agência oficial Xinhua.

Os investimentos em bens de capital, que refletem sobretudo os gastos nas infraestruturas, aumentaram 10% em 2015, menos do que a previsão do mercado (10,2%) e em forte desaceleração.

O Partido Comunista da China deve reduzir as previsões para este ano,

conforme analistas, que recordam que o presidente Xi Jinping já afirmou que uma expansão do PIB de 6,5% deveria ser suficiente para responder às necessidades do país.

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Lagarde defende que abertura da economia chinesa é essencial. A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde,

defendeu que a abertura da economia chinesa, entre outras reformas estruturais, é essencial para que a China alcance um crescimento mais sustentável.

No Fórum de Desenvolvimento da China, que reúne empresários e líderes locais em Pequim, Lagarde destacou que o país asiático deve encontrar mais sustentabilidade e avançar nas “reformas necessárias”, segundo um comunicado publicado na página do FMI.

Lagarde sugere três “políticas imperativas”, como a abertura da economia chinesa, a redução das diferenças entre pobres e ricos e entre zonas urbanas e rurais e investimento em Investigação e Desenvolvimento.

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Por que a China está crescendo Menos?

Com o forte avanço do PIB chinês nos últimos anos, a China tentou mudar o perfil de sua economia de um modelo predominantemente exportador para uma economia voltada ao consumo interno.

O Banco Central da China se comprometeu a apoiar o crescimento ‘sustentável’ do país e passou a limitar investimentos do exterior. As exportações, que apoiavam a economia chinesa, passaram a cair e o governo precisou desvalorizar o iuan.

Para o FMI, a desaceleração da China e a forte queda de seu mercado acionário não é o anúncio de uma crise, mas um ajuste "necessário".

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Com o crescimento menor que o esperado na China, a demanda por

commodities (petróleo, minério de ferro, soja, açúcar) no mundo cai e isso afeta todos os países, especialmente o Brasil, que tem o país asiático como principal destino de suas mercadorias.

Os grandes afetados neste panorama são os países emergentes que se alinharam à China, principalmente depois da crise de 2008”. "A expectativa é sobre como a China irá se inserir nesse novo cenário de crescimento mais modesto e como os países que se tornaram dependentes da China vão se comportar a partir disso.

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O que tem acontecido com a Bolsa de Valores Chinesa? As ações chinesas vêm perdendo valor pois os dados da economia

chinesa não têm sido muito positivos ultimamente, e isso vem gerando temor entre os investidores sobre a "saúde" do país. O PIB do primeiro trimestre, por exemplo, apesar de ter crescido 7%, mostrou o pior ritmo em seis anos.

Na China, diferentemente dos mercados europeus ou dos Estados

Unidos, 80% dos investidores são cidadãos, pessoas físicas. Muitos deles são inexperientes e seguem rumores ao tomar decisões. Assim, o mercado é mais vulnerável a reviravoltas repentinas, como num rebanho.