corrida eleitoral eleições 2020 na largada, 6 partidos

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Corrida eleitoral Eleições 2020 Pantanal Campo Grande-MS |Terça-feira, 29 de setembro de 2020 A3 POLÍTICA Caminhadas e adesivagens foram feitas por PT, PDT, PP, SD, PV e Novo Na largada, 6 partidos começam campanhas nas ruas da Capital Candidato quer ser o 1º com deficiência eleito ao Legislativo Senadora defende equilíbrio entre agro e ambientalistas Rafael Belo Joel Lídio Faustino é PcD (pessoa com deficiência) com história no esporte e foi res- gatado da tristeza de perder uma perna pela esperança e pelo talento do próprio filho. Candidato a vereador pelo Patriota, Joel quer ser o pri- meiro vereador a representar as PcD e lutar pela valori- zação do esporte trazendo CTs (centros de treinamento) para Campo Grande. Motorista de ônibus até 2008, quando foi atropelado no feriado do dia 1º de maio e perdeu a perna esquerda, Joel teve 2.024 votos em 2016, quando saiu pela primeira vez para disputar eleições. Pressionou por acessibilidade como o elevador na Câmara Municipal e sonha que um PcD esteja na Casa de Leis para fazer serem cumpridas as leis criadas para as PcD. Ele quer retribuir a oportunidade de viver de novo e acredita que entrando na Câmara vai trabalhar pela pessoa com deficiência, fiscalizar e cobrar o Executivo, além de continuar sendo o espelho do filho no que chama de caminho do bem. O candidato conta sua his- tória e como começou o pro- jeto Amigos do Joel. “Estava indo no sentido Moreninhas, quando um carro veio e me atropelou. Fiquei desacor- dado por horas e quando fui internado na Santa Casa os médicos me desacreditaram. Estava praticamente sem vida. Eles falaram para minha esposa que eu não passaria de dez minutos, para ela ir embora arrumar a roupa do velório que eu não tinha mais condições. No terceiro dia, o médico veio falar comigo. Perguntou se eu acreditava em Deus e disse que eu devia me apegar a ele que nunca havia visto isso. No dia seguinte tive alta”, revelou. Ficou um ano em casa, de cama e desempregado. Seu filho vinha pedir para ser trei- nado e ser jogador como o pai que tem diversos prêmios e medalhas. “Hoje, sou técnico de futsal, meu filho tem con- trato até com o Betinho Ta- lentos que revelou o Neymar. Meu filho passou por Santos, Flamengo e Corinthians na avaliação. Ele tem 13 anos e no ano que vem vai embora jogar”, lembrou. Amigos do Joel saiu depois desta inicia- tiva com o filho, quando co- locou a prótese e muita gente o procurava para saber como a havia adquirido. O projeto atende mais de 2,5 mil pessoas e faz reforma de cadeira de rodas, além da escolinha Amigos do Joel, com dez anos de existência, onde ensina crianças que nunca jogaram bola. É um projeto premiado e reconhecido no Brasil. Muitas crianças estão sendo reveladas. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) garantiu que a Co- missão Temporária Externa para acompanhar as ações no Pantanal está funcionando a todo vapor. “Mais do que comoção e indignação, es- tamos no campo da ação. Nós queremos criar uma legis- lação (Estatuto do Pantanal), não para mudar a legislação estadual – que já é boa –, mas para criar políticas de prevenção”, disse. Ela também defende a destinação de recursos de fi- nanciamento a fundo perdido, para bancar uma melhor es- trutura de brigada de incêndio e o apoio constante da Força Nacional e da Defesa Nacional, para, em parceria com a Segu- rança Pública de MS, garantir a prevenção contra novas quei- madas descontroladas. Corumbá A senadora disse que o mi- nistro do Meio Ambiente, Ri- cardo Salles, já confirmou pre- sença na visita da Comissão do Pantanal a Corumbá e Ladário, marcada para o pró- ximo sábado, dia 3 de outubro. Ela também disse que os se- nadores estão vislumbrando a presença do vice-presidente, Hamilton Mourão, que co- manda o Conselho Nacional da Amazônia Legal. Há cerca de dois meses, Simone propôs a inclusão do Pantanal no Conselho da Amazônia com o objetivo de garantir mais recursos e estrutura ao bioma pantaneiro. Também é presença confirmada a mi- nistra da Agricultura, Tereza Cristina. A reunião em Co- rumbá ainda reunirá autori- dades estaduais, municipais, ONGs, especialistas, popu- lação afetada e membros da sociedade civil. A senadora alerta que a devastação ocorrida nesta temporada de seca não pode se repetir no próximo ano sob pena de inviabilizar a recupe- ração do ecossistema. Esperança Simone Tebet ainda ma- nifestou esperança, especial- mente ao ver que ativistas am- bientais e representantes do agronegócio estão chegando a um ponto de equilíbrio em relação ao uso sustentável do meio ambiente. “Neste momento, pela pri- meira vez, pessoas ligadas ao meio ambiente e pessoas da agroindústria e do agrone- gócio falam a mesma língua. Isso nos dá esperança de perceberem que uma coisa não exclui a outra. Tanto am- bientalistas estão percebendo que o pé do boi, de forma or- ganizada, sob os parâmetros de manejo e da legislação, não destrói o Pantanal, como também o agronegócio tem percebido que se não cuidar da reserva, ele mesmo passa a perder dinheiro, porque no ano que vem não tem a mesma produtividade deste ano. Esse ponto de equilíbrio começa a acontecer no Pantanal.” A delegada Sidnéia Tobias, do Podemos, e o promotor Sérgio Harfouche, do Avante, lançaram suas candidaturas oficialmente pelas redes so- ciais. Harfouche postou uma foto com o seu número junto ao vice André Salineiro e depois um vídeo sobre a campanha pedindo compartilhamento. A delegada Sidnéia postou uma foto com a família dela e do vice, professor Samuca Brasil. O mesmo aconteceu com o can- didato à reeleição Marquinhos Trad. Ele postou uma foto com a família, suas quatro filhas e duas netas e uma com a mulher e duas netas. Todos seguem as gravações para os programas eleitorais. Apenas o PSD, de acordo com a assessoria, con- cluiu as gravações, mas a co- municação ainda finaliza a dos partidos de coligação. A assessoria do MDB, de Márcio Fernandes, informou que houve agenda fechada e que as gravações estão em dia. Cris Duarte, do PSOL, ainda não lançou sua campanha ofi- cialmente. “Vamos concentrar nossa campanha nas redes. Te- remos algumas atividades de ruas e reuniões pequenas, mas neste momento não, porque, inclusive, ainda não mandamos confeccionar nosso material gráfico. Estamos aguardando o fundo eleitoral para pro- duzir. Por enquanto, vamos estar usando as redes sociais mesmo e gravando programa eleitoral que vamos começar esta semana”, frisou. A candi- data revelou que vai começar o engajamento. “Vamos começar a vaquinha, o financiamento coletivo. Mas tem ainda alguns impedimentos. Saiu o CNPJ agora no fim de semana. Tem estas questões burocráticas que nos impedem de fazer tudo que a gente quer”, disse. Paulo Matos, do PSC, des- tacou que o partido só fez gra- vações, filmagens, revisão do plano de governo, montagem de estratégia, enfim estão or- ganizando. “No fim de semana que vem vamos fazer uma car- reata para dar o start. Estamos construindo os materiais dentro dos temas, muito para mídias digitais e olhando os programas eleitorais PSC com PROS com um tempo predefinido de 25 a 30 segundo. Se sobrar fechamos com uma vinheta. Estamos firmes e vamos fazer uma cam- panha muito bacana”, pontuou. O PL, de João Henrique Catan, visitou a região das Mo- reninhas, mas não há nada registrado nas redes. Loester Carlos, o “Tio Trutis”, ainda está registrado no TSE apesar da decisão da Justiça Eleitoral de ontem (28), que recoloca o ve- reador Vinicius Siqueira na dis- puta. Trutis diz que vai recorrer. Por isso o PSL não realizou ne- nhum ato no fim de semana. “Na verdade, não porque eu não sou candidato ainda. Tem de lançar no sistema. Enquanto não tiver lançamento no sistema eu não posso fazer campanha. Então, não teve ato nenhum. Estou esperando. Tem 24 horas para lançar no sistema”, afirmou Si- queira. Nilson Figueiredo Divulgação Fotos: Divulgação Pedro Kemp realizou campanha na região central e também na periferia de Campo Grande Marcelo Miglioli esteve adesivando em frente da sede do partido e ainda percorreu alguns bairros da cidade Celina Jallad, acompanhando as agendas dos candidatos a vereador. Pedro Kemp, do PT, também apostou na periferia de Campo Grande, de acordo com o presidente municipal do partido, Agamenon Rodrigues. “Nós fizemos um ato lá Praça Cuiabá, conhecida como Ca- beça de Boi, entre as ruas Dom Aquino e Marechal Rondon. O intuito era concentrar os carros dos militantes dos amigos e pessoas que já aderiram ao Kemp. Foi uma surpresa. Foi um ato muito bom para a adesi- vagem com participação efetiva da nossa militância”, destacou. Esacheu Nascimento e Carlla Bernal estiveram, além de bairros da Capital, também em comunidade indígena Dagoberto Nogueira e a vice Kelly Costa percorreram sete bairros da cidade no começo da campanha Agamenon ainda esclareceu que já estão gravando os vere- adores para a propaganda elei- toral em televisão e rádio, além da agenda em busca de votos. “Estamos fazendo alguns clipes. O Pedro está tendo uma agenda muito forte em Campo Grande. A virtual e algumas presenciais tomando todo o cuidado com a questão da pandemia”, disse. Marcelo Bluma, do Partido Verde, junto ao vice, pastor Al- varenga (PV), também lançou a campanha nas ruas. Eles per- correram o corredor cultural, que se inicia nas avenidas Mato Grosso com a Calógeras e ter- mina no Camelódromo. “Este é um espaço incrível que Campo Grande possui para gerar lazer e renda, mas que está abando- nado, servindo de porta de en- trada para drogas e violência”, disse Bluma. O PV segue fa- zendo gravações do programa eleitoral, aguardando o tempo exato a ser divulgado. Esacheu Nascimento, dos Progressitas, é outro que es- teve nas ruas junto do vice Venício Leite (PP) e dos seus 44 candidatos a vereador. A car- reata percorreu Campo Grande para divulgar as candidaturas e o projeto. O roteiro principal foi Moreninha III, com destino na região norte. O itinerário começou na vila Santo Amaro e passou pela a antiga rodovi- ária. “Foi ótima. Nossa passeata teve trezentos carros. Agora está tudo sendo preparado para rádio e TV. Embora nosso tempo seja pequeno”, declarou Esa- cheu. Guto Scarpanti, do Novo, lançou um jingle e anunciou os candidatos. “Foi bem ba- cana. Fizemos em cima da hora, porque não sabíamos se poderia ou não por causa do decreto do prefeito que limita os encontros presenciais. Queríamos fazer carreata e não conseguimos autorização do Agetran. Então, acabamos fazendo um evento mais fechado para filiados e apoiadores mais próximos. Apresentamos os candidatos a vereadores, minha vice e eu”, pontuou Guto. Os candidatos do Novo estão treinando para realizar as gravações. “Como somos em maioria marinheiros de pri- meira viagem. Só eu e a Priscila temos experiência de disputa política, estamos fazendo um treinamento para o pessoal co- meçar a se acostumar em frente às câmeras e as gravações dos horários eleitorais começam a partir da semana que vem, rádio também. Não temos a definição de quanto tempo o Novo tem ainda, porque o TRE não in- formou”, esclareceu. Rafael Belo Mesmo com a pandemia e o decreto sobre as medidas de biossegurança, o tom de início da campanha foi com pé no chão para 6 dos 14 candidatos a prefeito de Campo Grande re- gistrados no TSE (Tribunal Su- perior Eleitoral). Foram visitas aos bairros com caminhadas, carreatas e adesivagens, re- alizadas pelas chapas do PT, PDT, PP, Solidariedade, PV e Novo. Os demais partidos atu- aram nas redes sociais ou não fizeram nada, como é o caso do PSC. Enquanto não iniciam a propaganda eleitoral no rádio e na televisão, partidos usam a velha estratégia do corpo a corpo. O candidato de número 15, Thiago Assad (PCO), não aparece no registro do TSE. Ele garante que enviou seu registro na sexta-feira (25). Dos candidatos pé no chão, apenas Dagoberto Nogueira (PDT) e sua vice, Kelly Costa (PDT), saíram recentemente da COVID, mas usaram máscaras o tempo todo durante o lança- mento da campanha no domingo (27), nos encontros promovidos em sete bairros campo-gran- denses. “Foi uma revolução. Foi ótimo. Foi muito bom. Ocupamos quatro praças: duas de manhã e duas à tarde. Fizemos carreata e fizemos caminhada”, contou. Confiante, Dagoberto disse que, se tiver dois turnos, acha que O PDT estará nele. “Falei para o Marquinhos que com 15 candidatos vai ter dois turnos. Eu tenho dez pro- gramas prontos já de rádio e TV. Não tenho ideia do tempo porque estamos fazendo só como do PDT, são 30 segundos que temos. A distribuição de tempo é muito pouca. São 20% de tempo que será distribuído com igualdade”, reclamou. O pedetista ainda disse que todos os seus candidatos já têm ade- sivos, perfurados e santinhos, mas que se tivesse aliados se- riam melhor. “Não deixaram eu fazer aliança com outros partidos. Todos foram para cima e eu não tinha condições financeiras para segurar. Fiquei sozinho mesmo. Fizeram de tudo para eu ficar sozinho”, des- tacou. Dagoberto está gravando diariamente. Marcelo Miglioli, do Soli- dariedade, esteve adesivando junto ao único com mandato do partido, o vereador Papy, em frente da sede da sigla. Ele regis- trou nas redes sociais visita aos bairros Santa Mônica, Comuni- dade Indígena Inamaty Kaxe e Jardim Batistão, acompanhado com da vice, Carlla Bernal (SD). Também estiveram no bairro Redes sociais

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Corrida eleitoral Eleições 2020

Pantanal

Campo Grande-MS |Terça-feira, 29 de setembro de 2020 A3Política

Caminhadas e adesivagens foram feitas por PT, PDT, PP, SD, PV e Novo

Na largada, 6 partidos começam campanhas nas ruas da Capital

Candidato quer ser o 1º comdeficiência eleito ao Legislativo

Senadora defende equilíbrio entre agro e ambientalistas

Rafael Belo

Joel Lídio Faustino é PcD (pessoa com deficiência) com história no esporte e foi res-gatado da tristeza de perder uma perna pela esperança e pelo talento do próprio filho. Candidato a vereador pelo Patriota, Joel quer ser o pri-meiro vereador a representar as PcD e lutar pela valori-zação do esporte trazendo CTs (centros de treinamento) para Campo Grande.

Motorista de ônibus até 2008, quando foi atropelado no feriado do dia 1º de maio e perdeu a perna esquerda, Joel teve 2.024 votos em 2016, quando saiu pela primeira vez para disputar eleições. Pressionou por acessibilidade como o elevador na Câmara Municipal e sonha que um PcD esteja na Casa de Leis para fazer serem cumpridas as leis criadas para as PcD. Ele quer retribuir a oportunidade de viver de novo e acredita que entrando na Câmara vai trabalhar pela pessoa com deficiência, fiscalizar e cobrar o Executivo, além de continuar sendo o espelho do filho no que chama de caminho do bem.

O candidato conta sua his-tória e como começou o pro-jeto Amigos do Joel. “Estava indo no sentido Moreninhas, quando um carro veio e me atropelou. Fiquei desacor-dado por horas e quando fui internado na Santa Casa os médicos me desacreditaram. Estava praticamente sem vida. Eles falaram para minha esposa que eu não passaria de dez minutos, para ela ir embora arrumar a roupa do

velório que eu não tinha mais condições. No terceiro dia, o médico veio falar comigo. Perguntou se eu acreditava em Deus e disse que eu devia me apegar a ele que nunca havia visto isso. No dia seguinte tive alta”, revelou.

Ficou um ano em casa, de cama e desempregado. Seu filho vinha pedir para ser trei-nado e ser jogador como o pai que tem diversos prêmios e medalhas. “Hoje, sou técnico de futsal, meu filho tem con-trato até com o Betinho Ta-lentos que revelou o Neymar. Meu filho passou por Santos, Flamengo e Corinthians na avaliação. Ele tem 13 anos e no ano que vem vai embora jogar”, lembrou. Amigos do Joel saiu depois desta inicia-tiva com o filho, quando co-locou a prótese e muita gente o procurava para saber como a havia adquirido.

O projeto atende mais de 2,5 mil pessoas e faz reforma de cadeira de rodas, além da escolinha Amigos do Joel, com dez anos de existência, onde ensina crianças que nunca jogaram bola. É um projeto premiado e reconhecido no Brasil. Muitas crianças estão sendo reveladas.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) garantiu que a Co-missão Temporária Externa para acompanhar as ações no Pantanal está funcionando a todo vapor. “Mais do que comoção e indignação, es-tamos no campo da ação. Nós queremos criar uma legis-lação (Estatuto do Pantanal), não para mudar a legislação estadual – que já é boa –, mas para criar políticas de prevenção”, disse.

Ela também defende a destinação de recursos de fi-nanciamento a fundo perdido, para bancar uma melhor es-trutura de brigada de incêndio e o apoio constante da Força Nacional e da Defesa Nacional, para, em parceria com a Segu-rança Pública de MS, garantir a prevenção contra novas quei-madas descontroladas.

CorumbáA senadora disse que o mi-

nistro do Meio Ambiente, Ri-cardo Salles, já confirmou pre-sença na visita da Comissão do Pantanal a Corumbá e Ladário, marcada para o pró-ximo sábado, dia 3 de outubro. Ela também disse que os se-nadores estão vislumbrando a presença do vice-presidente, Hamilton Mourão, que co-manda o Conselho Nacional da Amazônia Legal. Há cerca de dois meses, Simone propôs a inclusão do Pantanal no Conselho da Amazônia com o objetivo de garantir mais recursos e estrutura ao bioma pantaneiro. Também é presença confirmada a mi-nistra da Agricultura, Tereza Cristina. A reunião em Co-rumbá ainda reunirá autori-dades estaduais, municipais, ONGs, especialistas, popu-

lação afetada e membros da sociedade civil.

A senadora alerta que a devastação ocorrida nesta temporada de seca não pode se repetir no próximo ano sob pena de inviabilizar a recupe-ração do ecossistema.

EsperançaSimone Tebet ainda ma-

nifestou esperança, especial-mente ao ver que ativistas am-bientais e representantes do agronegócio estão chegando a um ponto de equilíbrio em relação ao uso sustentável do meio ambiente.

“Neste momento, pela pri-meira vez, pessoas ligadas ao meio ambiente e pessoas da agroindústria e do agrone-gócio falam a mesma língua. Isso nos dá esperança de perceberem que uma coisa não exclui a outra. Tanto am-bientalistas estão percebendo que o pé do boi, de forma or-ganizada, sob os parâmetros de manejo e da legislação, não destrói o Pantanal, como também o agronegócio tem percebido que se não cuidar da reserva, ele mesmo passa a perder dinheiro, porque no ano que vem não tem a mesma produtividade deste ano. Esse ponto de equilíbrio começa a acontecer no Pantanal.”

A delegada Sidnéia Tobias, do Podemos, e o promotor Sérgio Harfouche, do Avante, lançaram suas candidaturas oficialmente pelas redes so-ciais. Harfouche postou uma foto com o seu número junto ao vice André Salineiro e depois um vídeo sobre a campanha pedindo compartilhamento. A delegada Sidnéia postou uma foto com a família dela e do vice, professor Samuca Brasil. O mesmo aconteceu com o can-didato à reeleição Marquinhos Trad. Ele postou uma foto com a família, suas quatro filhas e duas netas e uma com a mulher e duas netas. Todos seguem as gravações para os programas eleitorais. Apenas o PSD, de acordo com a assessoria, con-cluiu as gravações, mas a co-

municação ainda finaliza a dos partidos de coligação.

A assessoria do MDB, de Márcio Fernandes, informou que houve agenda fechada e que as gravações estão em dia. Cris Duarte, do PSOL, ainda não lançou sua campanha ofi-cialmente. “Vamos concentrar nossa campanha nas redes. Te-remos algumas atividades de ruas e reuniões pequenas, mas neste momento não, porque, inclusive, ainda não mandamos confeccionar nosso material gráfico. Estamos aguardando o fundo eleitoral para pro-duzir. Por enquanto, vamos estar usando as redes sociais mesmo e gravando programa eleitoral que vamos começar esta semana”, frisou. A candi-data revelou que vai começar o

engajamento. “Vamos começar a vaquinha, o financiamento coletivo. Mas tem ainda alguns impedimentos. Saiu o CNPJ agora no fim de semana. Tem estas questões burocráticas que nos impedem de fazer tudo que a gente quer”, disse.

Paulo Matos, do PSC, des-tacou que o partido só fez gra-vações, filmagens, revisão do plano de governo, montagem de estratégia, enfim estão or-ganizando. “No fim de semana que vem vamos fazer uma car-reata para dar o start. Estamos construindo os materiais dentro dos temas, muito para mídias digitais e olhando os programas eleitorais PSC com PROS com um tempo predefinido de 25 a 30 segundo. Se sobrar fechamos com uma vinheta. Estamos

firmes e vamos fazer uma cam-panha muito bacana”, pontuou.

O PL, de João Henrique Catan, visitou a região das Mo-reninhas, mas não há nada registrado nas redes. Loester Carlos, o “Tio Trutis”, ainda está registrado no TSE apesar da decisão da Justiça Eleitoral de ontem (28), que recoloca o ve-reador Vinicius Siqueira na dis-puta. Trutis diz que vai recorrer. Por isso o PSL não realizou ne-nhum ato no fim de semana. “Na verdade, não porque eu não sou candidato ainda. Tem de lançar no sistema. Enquanto não tiver lançamento no sistema eu não posso fazer campanha. Então, não teve ato nenhum. Estou esperando. Tem 24 horas para lançar no sistema”, afirmou Si-queira.

Nilson Figueiredo

Divulgação

Fotos: Divulgação

Pedro Kemp realizou campanha na região central e também na periferia de Campo

Grande

Marcelo Miglioli esteve adesivando em frente da sede do partido e

ainda percorreu alguns bairros da cidade

Celina Jallad, acompanhando as agendas dos candidatos a vereador. Pedro Kemp, do PT, também apostou na periferia de Campo Grande, de acordo com o presidente municipal do partido, Agamenon Rodrigues.

“Nós fizemos um ato lá Praça Cuiabá, conhecida como Ca-

beça de Boi, entre as ruas Dom Aquino e Marechal Rondon. O intuito era concentrar os carros dos militantes dos amigos e pessoas que já aderiram ao Kemp. Foi uma surpresa. Foi um ato muito bom para a adesi-vagem com participação efetiva da nossa militância”, destacou.

Esacheu Nascimento e Carlla Bernal estiveram,

além de bairros da Capital, também em comunidade indígena

Dagoberto Nogueira e a vice Kelly Costa

percorreram sete bairros da cidade no

começo da campanha

Agamenon ainda esclareceu que já estão gravando os vere-adores para a propaganda elei-toral em televisão e rádio, além da agenda em busca de votos. “Estamos fazendo alguns clipes. O Pedro está tendo uma agenda muito forte em Campo Grande. A virtual e algumas presenciais tomando todo o cuidado com a questão da pandemia”, disse.

Marcelo Bluma, do Partido Verde, junto ao vice, pastor Al-varenga (PV), também lançou a campanha nas ruas. Eles per-correram o corredor cultural, que se inicia nas avenidas Mato Grosso com a Calógeras e ter-mina no Camelódromo. “Este é um espaço incrível que Campo Grande possui para gerar lazer e renda, mas que está abando-nado, servindo de porta de en-trada para drogas e violência”, disse Bluma. O PV segue fa-zendo gravações do programa eleitoral, aguardando o tempo exato a ser divulgado.

Esacheu Nascimento, dos Progressitas, é outro que es-teve nas ruas junto do vice Venício Leite (PP) e dos seus 44 candidatos a vereador. A car-reata percorreu Campo Grande para divulgar as candidaturas e o projeto. O roteiro principal foi Moreninha III, com destino na região norte. O itinerário começou na vila Santo Amaro e passou pela a antiga rodovi-ária. “Foi ótima. Nossa passeata teve trezentos carros. Agora está tudo sendo preparado para rádio e TV. Embora nosso tempo seja pequeno”, declarou Esa-cheu.

Guto Scarpanti, do Novo, lançou um jingle e anunciou os candidatos. “Foi bem ba-cana. Fizemos em cima da hora, porque não sabíamos se poderia ou não por causa do decreto do prefeito que limita os encontros presenciais. Queríamos fazer carreata e não conseguimos autorização do Agetran. Então, acabamos fazendo um evento mais fechado para filiados e apoiadores mais próximos. Apresentamos os candidatos a vereadores, minha vice e eu”, pontuou Guto.

Os candidatos do Novo estão treinando para realizar as gravações. “Como somos em maioria marinheiros de pri-meira viagem. Só eu e a Priscila temos experiência de disputa política, estamos fazendo um treinamento para o pessoal co-meçar a se acostumar em frente às câmeras e as gravações dos horários eleitorais começam a partir da semana que vem, rádio também. Não temos a definição de quanto tempo o Novo tem ainda, porque o TRE não in-formou”, esclareceu.

Rafael Belo

Mesmo com a pandemia e o decreto sobre as medidas de biossegurança, o tom de início da campanha foi com pé no chão para 6 dos 14 candidatos a prefeito de Campo Grande re-gistrados no TSE (Tribunal Su-perior Eleitoral). Foram visitas aos bairros com caminhadas, carreatas e adesivagens, re-alizadas pelas chapas do PT, PDT, PP, Solidariedade, PV e Novo. Os demais partidos atu-aram nas redes sociais ou não fizeram nada, como é o caso do PSC. Enquanto não iniciam a propaganda eleitoral no rádio e na televisão, partidos usam a velha estratégia do corpo a corpo. O candidato de número 15, Thiago Assad (PCO), não aparece no registro do TSE. Ele garante que enviou seu registro na sexta-feira (25).

Dos candidatos pé no chão, apenas Dagoberto Nogueira (PDT) e sua vice, Kelly Costa (PDT), saíram recentemente da COVID, mas usaram máscaras o tempo todo durante o lança-mento da campanha no domingo (27), nos encontros promovidos em sete bairros campo-gran-denses. “Foi uma revolução. Foi ótimo. Foi muito bom. Ocupamos quatro praças: duas de manhã e duas à tarde. Fizemos carreata e fizemos caminhada”, contou. Confiante, Dagoberto disse que, se tiver dois turnos, acha que O PDT estará nele.

“Falei para o Marquinhos que com 15 candidatos vai ter dois turnos. Eu tenho dez pro-gramas prontos já de rádio e TV. Não tenho ideia do tempo porque estamos fazendo só como do PDT, são 30 segundos que temos. A distribuição de tempo é muito pouca. São 20% de tempo que será distribuído com igualdade”, reclamou. O pedetista ainda disse que todos os seus candidatos já têm ade-sivos, perfurados e santinhos, mas que se tivesse aliados se-riam melhor. “Não deixaram eu fazer aliança com outros partidos. Todos foram para cima e eu não tinha condições financeiras para segurar. Fiquei sozinho mesmo. Fizeram de tudo para eu ficar sozinho”, des-tacou. Dagoberto está gravando diariamente.

Marcelo Miglioli, do Soli-dariedade, esteve adesivando junto ao único com mandato do partido, o vereador Papy, em frente da sede da sigla. Ele regis-trou nas redes sociais visita aos bairros Santa Mônica, Comuni-dade Indígena Inamaty Kaxe e Jardim Batistão, acompanhado com da vice, Carlla Bernal (SD). Também estiveram no bairro

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